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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA CARLOS HENRIQUE DA SILVA FERNANDO HENRIQUE VENTILAÇÃO: PROJETO DE UM SISTEMA DE EXAUSTÃO RECIFE 2015

Relatório de Ventilação

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Dimensionamento de um sistema de ventilação

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Page 1: Relatório de Ventilação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CARLOS HENRIQUE DA SILVA

FERNANDO HENRIQUE

VENTILAÇÃO: PROJETO DE UM SISTEMA DE EXAUSTÃO

RECIFE

2015

Page 2: Relatório de Ventilação

Sumário

1 Introdução ............................................................................................................................ 2

2 Objetivo ................................................................................................................................ 2

3 Projeto do novo sistema de exaustão ............................................................................. 5

4 Conclusão .......................................................................................................................... 17

5 Referências Bibliográficas ............................................................................................... 18

Page 3: Relatório de Ventilação

2

1 Introdução Todo processo produtivo pressupõe perdas, as quais normalmente

passam ao meio ocupacional participado pelas máquinas e operários. Estas

perdas podem ser por processos de fragmentação de substâncias sólidas,

gerando material particulado e dependendo de suas dimensões, na forma de

aerossóis, podendo ser inalado pelo trabalhador (Sá, 2007).

Nos últimos anos vem se observando um exponencial crescimento na

indústria, crescimento impulsionado pela difusão da tecnologia empregada nos

processos de produção. Concomitante ao crescimento industrial ocorre o

aumento de resíduos gerados nesta atividade, provocando desiquilíbrios nos

sistemas ambientais onde estão inseridas estas empresas.

2 Objetivo O propósito do presente trabalho será projetar um sistema de exaustão

para uma marcenaria fictícia. O problema se resume a fazer um novo layout na

área de produção, pois a empresa tem a necessidade de reduzir os custos e

para isso pretende vender metade de seus equipamentos e também reduzir a

área de produção a fim de construir um outro empreendimento. A planta inicial

da área de produção é mostrada conforme abaixo.

Page 4: Relatório de Ventilação

3

Figura 1

Legenda:

Planta inicial da área de produção

1: Lixadeira horizontal (largura da lixa: 7’’);

2: Lixadeira horizontal (largura da lixa: 10’’);

3, 4: Tupia de bancada;

5: Plaina (lâmina: 6’’);

6: Plaina desengrossadeira (lâmina: 14’’);

7: Serra circular (diâmetro do disco: 8’’);

8: Serra circular (diâmetro do disco: 18’’);

Page 5: Relatório de Ventilação

4

Após os ajustes planejados, a planta deverá ficar conforme abaixo:

Figura 2

Figura 3: Esquema do sistema anterior.

Page 6: Relatório de Ventilação

5

Figura 4: Esquema do sistema após os ajustes.

3 Projeto do novo sistema de exaustão Para o projeto será seguido o método proposto por Macyntre (1990).

Para o cálculo da vazão serão utilizados os seguintes dados extraídos da

literatura:

Tabela 1

A partir desses dados construímos a tabela a seguir.

Vazão

Nº de

Identificação Máquina [cfm] [m3/s]

5 Plaina 350 0,165182

6

Plaina

desengrossadeira 550 0,259571

7 Serra circular 350 0,165182

8 Serra circular 440 0,207657

Tabela 2

Page 7: Relatório de Ventilação

6

Para os cálculos seguintes usou-se os termos:

𝐴𝑖= Área da tubulação do trecho i

𝑄𝑖 = Vazão no trecho ou captor i

𝑉 = Velocidade

𝐷𝑖 = Diâmetro no trecho i

𝑃𝐶𝑖 = Pressão cinética em i

𝑃𝐸𝑖 = Pressão estática em i

∆𝑃𝑖 = Perda de carga no trecho ou captor i

𝐾𝑐 = Constante de perda de carga no captor

𝐿𝑖 = Comprimento do trecho i

1. Vazão necessária para serra circular

Como visto na tabela temos que a vazão necessária na serra circular

menor é de

Q7 = 0,165182 m3/s

Para determinação da velocidade usaremos os dados da tabela abaixo.

Figura 5

Pela atividade da empresa iremos escolher o item 2 e adotar velocidade

como 18 m/s.

2. Dimensionamento do duto 7-A

Sendo a velocidade igual a 18 m/s, temos que

𝐴7 =𝑄7

𝑉=

0,165182

18= 0,009176 𝑚2

Page 8: Relatório de Ventilação

7

𝐷7 = √4 ∙ 𝐴7

𝜋= 0,108 𝑚 = 108 𝑚𝑚

3. Cálculo da pressão estática em A vindo de 7

3.1 Perda de carga na entrada do captor 7

∆𝑝𝑐7 = 𝐾𝑐 ∙ 𝑃𝐶7 = 0,6𝑃𝐶7 𝑚𝑚𝐶𝐴

3.2 Pressão estática do captor 7

𝑃𝐸𝑐7 = −(∆𝑝𝑐7 + 𝑃𝐶7)

𝑃𝐸𝑐7 = −(0,6 + 1)𝑃𝐶7

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑃𝐸𝑐7 = −1,6 ∙ 𝑃𝐶7

Figura 6

Page 9: Relatório de Ventilação

8

Figura 7

3.3 Perda de carga no duto reto 7-A

𝐿7−𝐴 = 1,2 + 3,0 + 1,7 + 1,9 = 7,8 𝑚

𝐷7 = 108 𝑚𝑚

𝑄7 = 0,165182𝑚3

𝑉7 = 18 m/s

Com dois desses valores é possível determinar o fator da perda por

atrito dos membros retos do conduto, através da figura 7.

Page 10: Relatório de Ventilação

9

Figura 8

Portanto:

∆𝑃𝐿7−𝐴 =0,22 ∙ 𝑃𝐶7

1 𝑚∙ 𝐿7−𝐴 = 0,22 ∙ 7,8 ∙ 𝑃𝐶7 = 1,716 ∙ 𝑃𝐶7 𝑚𝑚𝐶𝐴

3.4 Perda de carga nos 3 cotovelos

Figura 9

Page 11: Relatório de Ventilação

10

Ângulo = 90°

R = 2D

Para 1 cotovelo: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 0,27 ∙ 𝑃𝐶7

Para 3 cotovelos: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 3 ∙ 0,27 ∙ 𝑃𝐶7 = 0,81 ∙ 𝑃𝐶7

3.5 Pressão estática no ponto A vindo de 7

𝑃𝐸𝐴−7 = −(|𝑃𝐸𝑐7| + ∆𝑃𝐿1−7 + ∆𝑃𝑐𝑜𝑡)

𝑃𝐸𝐴−7 = −(1,6 + 1,716 + 0,81) ∙ 𝑃𝐶7

𝑃𝐸𝐴−7 = −4,126 ∙ 𝑃𝐶7

Para 𝜌𝑎𝑟 = 1,2𝑘𝑔

𝑚3 , 𝑉7 𝑒𝑚𝑚

𝑠 𝑒 𝑃𝐶7 𝑒𝑚 𝑚𝑚𝐶𝐴 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒:

𝑉7 = 4,043√𝑃𝐶7 , sendo V7 = 18 m/s, temos que

𝑃𝐶7 = 19,82 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo 𝑃𝐸7−𝐴 = −4,126 ∙ 19,82 = −𝟖𝟏, 𝟕𝟕𝟕 𝒎𝒎𝑪𝑨

4. Vazão necessária para a serra circular maior

Como visto na tabela temos que a vazão necessária na serra circular

menor é de

Q8 = 0,207657m3/s

5. Dimensionamento do duto 8-A

6. Sendo a velocidade igual a 18 m/s, temos que

𝐴8 =𝑄8

𝑉=

0,207657

18= 0,01154 𝑚2

𝐷8 = √4 ∙ 𝐴8

𝜋= 0,121 𝑚 = 121 𝑚𝑚

7. Cálculo da pressão estática em A vindo de 8

7.1 Perda de carga na entrada do captor 8

∆𝑝𝑐8 = 𝐾𝑐 ∙ 𝑃𝐶8 = 0,6𝑃𝐶8 𝑚𝑚𝐶𝐴

7.2 Pressão estática do captor 8

𝑃𝐸𝑐8 = −(∆𝑝𝑐8 + 𝑃𝐶8)

𝑃𝐸𝑐8 = −(0,6 + 1)𝑃𝐶8

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑃𝐸𝑐8 = −1,6 ∙ 𝑃𝐶8

7.3 Perda de carga no duto reto 8-A

𝐿8−𝐴 = 1,5 + 3,0 + 2,0 = 6,5 𝑚

Page 12: Relatório de Ventilação

11

𝐷8 = 121 𝑚𝑚

𝑄8 = 0,207657𝑚3

𝑉8 = 18 m/s

Com dois desses valores é possível determinar o fator da perda por

atrito dos membros retos do conduto, através da figura 7.

Portanto:

∆𝑃𝐿8−𝐴 =0,19 ∙ 𝑃𝐶8

1 𝑚∙ 𝐿8−𝐴 = 0,19 ∙ 6.5 ∙ 𝑃𝐶8 = 1,235 ∙ 𝑃𝐶8 𝑚𝑚𝐶𝐴

7.4 Perda de carga nos 3 cotovelos

Ângulo = 90°

R = 2D

Para 1 cotovelo: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 0,27 ∙ 𝑃𝐶8

Para 3 cotovelos: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 3 ∙ 0,27 ∙ 𝑃𝐶8 = 0,81 ∙ 𝑃𝐶8

7.5 Perda de carga na junção

Figura

10

Ângulo de 60° Figura x

∆𝑃𝐶𝑖 = 0,44𝑃𝐶8

7.6 Pressão estática no ponto A vindo de 8

𝑃𝐸𝐴−8 = −(|𝑃𝐸𝑐8| + ∆𝑃𝐿1−8 + ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 + ∆𝑃𝐶𝑖)

𝑃𝐸𝐴−8 = −(1,6 + 1,235 + 0,81 + 0,44) ∙ 𝑃𝐶8

Page 13: Relatório de Ventilação

12

𝑃𝐸𝐴−8 = −4,085 ∙ 𝑃𝐶8

Para 𝜌𝑎𝑟 = 1,2𝑘𝑔

𝑚3 , 𝑉8 𝑒𝑚

𝑚

𝑠 𝑒 𝑃𝐶8 𝑒𝑚 𝑚𝑚𝐶𝐴 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒:

𝑉8 = 4,043√𝑃𝐶8 , sendo V8 = 18 m/s, temos que

𝑃𝐶8 = 19,82 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo 𝑃𝐸8−𝐴 = −4,085 ∙ 19,82 = −𝟖𝟎, 𝟗𝟔𝟓 𝒎𝒎𝑪𝑨

8. Balanceamento da pressão estática no ponto A

%desbalanc = |𝑃𝐸𝐴−7|−|𝑃𝐸𝐴−8|

|𝑃𝐸𝐴−8|× 100 =

81,777−80,965

80,965 × 100 = 1%

%desbalanc = 1%

%desbalanc < 1% Não há necessidade de correção.

9. Vazão no trecho AB

𝑄𝐴𝐵 = 𝑄7 + 𝑄8 = 0,165 + 0,207657 = 0,373𝑚3

𝑠

10. Dimensionamento do duto principal AB

Segundo a Industrial Ventilation a velocidade recomendada num duto

principal é de 3500 fpm, que equivale a 17,78 m/s

𝐴𝐴𝐵 =𝑄𝐴𝐵

𝑉𝐴𝐵=

0,373

17,78= 0,021 𝑚2

𝐷𝐴𝐵 = √4 ∙ 𝐴𝐴𝐵

𝜋= √

4 ∙ 0,021

𝜋= 0,167 𝑚 = 𝑫𝑨𝑩 = 𝟏𝟔𝟕 𝒎𝒎

10.1 Perda de carga no duto principal AB

𝐿𝐴𝐵 = 5 𝑚

𝐷𝐴𝐵 = 167 𝑚𝑚

𝑄𝐴𝐵 = 0,373 𝑚3/𝑠

𝑉𝐴𝐵 = 17,78

Analisando a figura x, temos que

∆𝑃𝐿𝐴𝐵 =0,12 ∙ 𝑃𝐶𝐴𝐵

1 𝑚 × 𝐿𝐴𝐵 = 0,12 ∙ 5 ∙ 𝑃𝐶𝐴𝐵 = 0,6𝑃𝐶𝐴𝐵

𝑀𝑎𝑠, 𝑃𝐶𝐴𝐵 = (𝑉𝐴𝐵

4,043)

2

= (17,78

4,043)

2

= 19,34 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo, ∆𝑃𝐿𝐴𝐵 = 0,6 ∙ 19,34 = 11,604 𝑚𝑚𝐶𝐴

Page 14: Relatório de Ventilação

13

11. Pressão estática em B vindo de 7 ou 8

𝑃𝐸𝐵−7 = 𝑃𝐸𝐵−8 = −(|𝑃𝐸𝐴−7| + ∆𝑃𝐿𝐴𝐵)

𝑃𝐸𝐵−7 = 𝑃𝐸𝐵−8 = −( 81,777 + 11,604)

𝑃𝐸𝐵−7 = 𝑃𝐸𝐵−8 = −𝟗𝟑, 𝟑 𝒎𝒎𝑪𝑨

12. Vazão necessária para a plaina

Idem de 1.

𝑄5 = 0,165182 m3/𝑠

13. Dimensionamento do duto 5-B

14. Sendo a velocidade igual a 18 m/s, temos que

𝐴5 =𝑄5

𝑉=

0,165182

18= 0,009 𝑚2

𝐷5 = √4 ∙ 𝐴5

𝜋= 0,107 𝑚 = 107 𝑚𝑚

15. Cálculo da pressão estática em B vindo de 5

15.1 Perda de carga na entrada do captor 5

∆𝑝𝑐5 = 𝐾𝑐 ∙ 𝑃𝐶5 = 0,6𝑃𝐶5 𝑚𝑚𝐶𝐴

15.2 Pressão estática do captor 5

𝑃𝐸𝑐5 = −(∆𝑝𝑐5 + 𝑃𝐶5)

𝑃𝐸𝑐5 = −(0,6 + 1)𝑃𝐶5

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑷𝑬𝒄𝟓 = −𝟏, 𝟔 ∙ 𝑷𝑪𝟓

15.3 Perda de carga no duto reto 5-B

𝐿5−𝐵 = 1,8 + 3,3 + 3 = 8,1 𝑚

𝐷5 = 107 𝑚𝑚

𝑄5 = 0,165182𝑚3

𝑉5 = 18 m/s

Com dois desses valores é possível determinar o fator da perda por

atrito dos membros retos do conduto, através da figura 7.

Portanto:

∆𝑃𝐿5−𝐵 =0,16 ∙ 𝑃𝐶8

1 𝑚∙ 𝐿5−𝐵 = 0,16 ∙ 8,1 ∙ 𝑃𝐶5 = 𝟏, 𝟐𝟗𝟔 ∙ 𝑷𝑪𝟓 𝒎𝒎𝑪𝑨

15.4 Perda de carga nos 3 cotovelos

Page 15: Relatório de Ventilação

14

Ângulo = 90°

R = 2D

Para 3 cotovelos: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 3 ∙ 0,27 ∙ 𝑃𝐶5 = 0,81 ∙ 𝑃𝐶5

15.5 Perda de carga na junção

Ângulo de 90° Figura x

∆𝑃𝐶𝑖 = 1𝑃𝐶5

15.6 Pressão estática no ponto B vindo de 5

𝑃𝐸𝐵−5 = −(|𝑃𝐸𝑐5| + ∆𝑃𝐿5−𝐵 + ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 + ∆𝑃𝐶𝑖)

𝑃𝐸𝐵−5 = −(1,6 + 1,296 + 0,81 + 1) ∙ 𝑃𝐶5

𝑃𝐸𝐵−5 = −4,706 ∙ 𝑃𝐶5

Para 𝜌𝑎𝑟 = 1,2𝑘𝑔

𝑚3 , 𝑉5 𝑒𝑚𝑚

𝑠 𝑒 𝑃𝐶5 𝑒𝑚 𝑚𝑚𝐶𝐴 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒:

𝑉5 = 4,043√𝑃𝐶5 , sendo V5 = 18 m/s, temos que

𝑃𝐶5 = 19,82 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo 𝑃𝐸5−𝐵 = −4,706 ∙ 19,82 = −𝟗𝟑, 𝟐 𝒎𝒎𝑪𝑨

16. Vazão no trecho BC

𝑄𝐵𝐶 = 𝑄7 + 𝑄8 + 𝑄5 = 0,165 + 0,207657 + 0,165182 = 0,538𝑚3

𝑠

17. Dimensionamento do duto principal BC

Segundo a Industrial Ventilation a velocidade recomendada num duto

principal é de 3500 fpm, que equivale a 17,78 m/s

𝐴𝐵𝐶 =𝑄𝐵𝐶

𝑉𝐵𝐶=

0,538

17,78= 0,030 𝑚2

𝐷𝐵𝐶 = √4 ∙ 𝐴𝐵𝐶

𝜋= √

4 ∙ 0,030

𝜋= 0,199 𝑚 = 𝑫𝑩𝑪 = 𝟐𝟎𝟎 𝒎𝒎

17.1 Perda de carga no duto principal BC

𝐿𝐵𝐶 = 4 𝑚

𝐷𝐵𝐶 = 200 𝑚𝑚

𝑄𝐵𝐶 = 0,538 𝑚3/𝑠

𝑉𝐵𝐶 = 17,78

Analisando a figura x, temos que

Page 16: Relatório de Ventilação

15

∆𝑃𝐿𝐵𝐶 =0,10 ∙ 𝑃𝐶𝐵𝐶

1 𝑚 × 𝐿𝐵𝐶 = 0,10 ∙ 4 ∙ 𝑃𝐶𝐵𝐶 = 0,4𝑃𝐶𝐵𝐶

𝑀𝑎𝑠, 𝑃𝐶𝐵𝐶 = (𝑉𝐵𝐶

4,043)

2

= (17,78

4,043)

2

= 19,34 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo, ∆𝑃𝐿𝐵𝐶 = 0,4 ∙ 19,34 = 7,736 𝑚𝑚𝐶𝐴

18. Pressão estática em C vindo de B

𝑃𝐸𝐶−𝐵 = −(|𝑃𝐸𝐵| + ∆𝑃𝐿𝐵𝐶)

𝑃𝐸𝐶−𝐵 = −( 93,3 + 7,736)

𝑃𝐸𝐶−𝐵 = −𝟏𝟎𝟏, 𝟎𝟑𝟔 𝒎𝒎𝑪𝑨

19. Vazão necessária para a plaina desengrossadeira

Idem de 1.

𝑄6 = 0,259571 m3/𝑠

20. Dimensionamento do duto 6-C

21. Sendo a velocidade igual a 18 m/s, temos que

𝐴6 =𝑄6

𝑉=

0,259571

18= 0,014 𝑚2

𝐷6 = √4 ∙ 𝐴6

𝜋= 0,136 𝑚 = 136 𝑚𝑚

22. Cálculo da pressão estática em C vindo de 6

22.1 Perda de carga na entrada do captor 6

∆𝑝𝑐6 = 𝐾𝑐 ∙ 𝑃𝐶6 = 0,6𝑃𝐶6 𝑚𝑚𝐶𝐴

22.2 Pressão estática do captor 6

𝑃𝐸𝑐6 = −(∆𝑝𝑐6 + 𝑃𝐶6)

𝑃𝐸𝑐6 = −(0,6 + 1)𝑃𝐶5

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑷𝑬𝒄𝟓 = −𝟏, 𝟔 ∙ 𝑷𝑪𝟔

22.3 Perda de carga no duto reto 6-C

𝐿𝐶−6 = 2,0 + 4,0 + 4,6 = 10,6 𝑚

𝐷6 = 107 𝑚𝑚

𝑄6 = 0,259571𝑚3

𝑉6 = 18 m/s

Page 17: Relatório de Ventilação

16

Com dois desses valores é possível determinar o fator da perda por

atrito dos membros retos do conduto, através da figura 7.

Portanto:

∆𝑃𝐿6−𝐶 =0,16 ∙ 𝑃𝐶6

1 𝑚∙ 𝐿𝐶−6 = 0,16 ∙ 10,6 ∙ 𝑃𝐶6 = 𝟏, 𝟕 ∙ 𝑷𝑪𝟔 𝒎𝒎𝑪𝑨

22.4 Perda de carga nos 3 cotovelos

Ângulo = 90°

R = 2D

Para 3 cotovelos: ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 = 3 ∙ 0,27 ∙ 𝑃𝐶6 = 0,81 ∙ 𝑃𝐶6

22.5 Perda de carga na junção

Ângulo de 90° Figura x

∆𝑃𝐶𝑖 = 1𝑃𝐶6

22.6 Pressão estática no ponto C vindo de 6

𝑃𝐸𝐶−6 = −(|𝑃𝐸𝑐6| + ∆𝑃𝐿6−𝐶 + ∆𝑃𝑐𝑜𝑡 + ∆𝑃𝐶𝑖)

𝑃𝐸𝐶−6 = −(1,6 + 1,7 + 0,81 + 1) ∙ 𝑃𝐶6

𝑃𝐸𝐶−6 = −5,1 ∙ 𝑃𝐶6

Para 𝜌𝑎𝑟 = 1,2𝑘𝑔

𝑚3 , 𝑉6 𝑒𝑚𝑚

𝑠 𝑒 𝑃𝐶6 𝑒𝑚 𝑚𝑚𝐶𝐴 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒:

𝑉6 = 4,043√𝑃𝐶6 , sendo V6 = 18 m/s, temos que

𝑃𝐶6 = 19,82 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo 𝑃𝐸6−𝐶 = −5,1 ∙ 19,82 = −𝟏𝟎𝟏, 𝟐 𝒎𝒎𝑪𝑨

23. Vazão no trecho CD

𝑄𝐶𝐷 = 𝑄7 + 𝑄8 + 𝑄5 + 𝑄6 = 0,165182 + 0,207657 + 0,165182 + 0,259571

= 0,8𝑚3

𝑠

24. Dimensionamento do duto principal CD

Segundo a Industrial Ventilation a velocidade recomendada num duto

principal é de 3500 fpm, que equivale a 17,78 m/s

𝐴𝐶𝐷 =𝑄𝐶𝐷

𝑉𝐶𝐷=

0,8

17,78= 0,045 𝑚2

𝐷𝐶𝐷 = √4 ∙ 𝐴𝐶𝐷

𝜋= √

4 ∙ 0,045

𝜋= 0,24𝑚 = 𝑫𝑪𝑫 = 𝟐𝟒𝟎 𝒎𝒎

Page 18: Relatório de Ventilação

17

24.1 Perda de carga no duto principal CD

𝐿𝐶𝐷 = 13 𝑚

𝐷𝐶𝐷 = 240 𝑚𝑚

𝑄𝐶𝐷 = 0,8 𝑚3/𝑠

𝑉𝐶𝐷 = 17,78

Analisando a figura x, temos que

∆𝑃𝐿𝐶𝐷 =0,08 ∙ 𝑃𝐶𝐶𝐷

1 𝑚 × 𝐿𝐶𝐷 = 0,08 ∙ 13 ∙ 𝑃𝐶𝐶𝐷 = 1,04𝑃𝐶𝐶𝐷

𝑀𝑎𝑠, 𝑃𝐶𝐶𝐷 = (𝑉𝐶𝐷

4,043)

2

= (17,78

4,043)

2

= 19,34 𝑚𝑚𝐶𝐴

Logo, ∆𝑃𝐿𝐶𝐷 = 1,04 ∙ 19,34 = 20,113 𝑚𝑚𝐶𝐴

25. Pressão estática em D vindo de C (pressão estática até o

ventilador)

𝑃𝐸𝐷−𝐶 = −(|𝑃𝐸𝐶| + ∆𝑃𝐿𝐶𝐷)

𝑃𝐸𝐷−𝐶 = −(101,2 + 20,113)

𝑃𝐸𝐷−𝐶 = 𝑃𝑉 − 𝟏𝟐𝟏, 𝟑𝟏𝟑 𝒎𝒎𝑪𝑨

26. Potência requerida pelo ventilador

𝑁𝑅𝑉 =𝑄(𝑚3/𝑠) ∙ 𝑃𝑉(𝑚𝑚𝐶𝐴)

75 ∙ 𝐸𝑉

𝑂𝑛𝑑𝑒 𝐸𝑉= 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑒 𝑃𝑉 𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟.

Adotando 𝐸𝑉 = 0,7, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:

𝑁𝑅𝑉 =0,8 ∙ 121,313

75 ∙ 0,7= 𝟏, 𝟖𝟓 𝑪𝑽

4 Conclusão

A partir dos cálculos conclui-se que para a nova configuração do sistema

de produção será necessário um exaustor com uma potência de 1,85 CV.

Dependendo da empresa, ao analisar os catálogos, esse valor poderá ser

arredondando, porém, tomando o cuidado de ser arredondado sempre

para cima.

Page 19: Relatório de Ventilação

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5 Referências Bibliográficas

SCHIRMER, W. N. Ventilação industrial: uma ferramenta na gestão de

resíduos atmosféricos em indústrias moveleiras – estudo de caso.

REVISTA DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, Canoas, v.2, n.1, p. 15 a 28, 2008

MACINTYRE, A. J. 1990. Ventilação Industrial e Controle da Poluição.

Rio de Janeiro: Guanabara, 403p.

NEFUSSI, N, et al. 1988. Engenharia de ventilação industrial. São

Paulo: CETESB, 422p.