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GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE RELATÓRIO TÉCNICO DE DESMATAMENTO NO ESTADO DO AMAPÁ REFERENTE AO PERÍODO DE 2007 A 2008. MACAPÁ 2010

Relatório do desmatamento no Amapá (2007-2008) - SEMA-AP

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GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ

SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

RELATÓRIO TÉCNICO DE DESMATAMENTO NO ESTADO DO

AMAPÁ REFERENTE AO PERÍODO DE 2007 A 2008.

MACAPÁ 2010

RELATÓRIO TÉCNICO DE DESMATAMENTO NO ESTADO DO

AMAPÁ REFERENTE AO PERÍODO DE 2007 A 2008.

Copyright© Governo do Estado do Amapá. Secretaria de Estado do Meio Ambiente

Pedro Paulo Dias de Carvalho Governador do Estado do Amapá

Benedito Dias de Carvalho Governadoria Coord. Política e Institucional do Amapá

Antonio Carlos da Silva Farias Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico - SEDE

Wagner José Pinheiro Costa Secretário de Estado do Meio Ambiente - SEMA Luiz Fernando de Freitas Freire Coordenadora de Geoprocessamento e Tecnologia da Informação - CGTIA

Catalogação na Fonte: Comissão Técnica e Editorial da SEMA.

A479r Amapá. Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Relatório Técnico do Desmatamento no Estado do Amapá, referente aos

anos de 2007 a 2008 / Secretaria de Estado do Meio Ambiente. – Macapá:

SEMA, 2010.

45f.: 21 X 29,7 cm

1. Desmatamento - Amapá. 2. Meio Ambiente - Amapá. 3. Política Pública

Ambiental – Amapá. I. Secretaria de Estado de Meio Ambiente - Amapá.

III. Título.

CDU (3.ed.): 504.03 (811.6)

Índice para Catálogo Sistemático

1 - Desmatamento – Amapá: 504.03 (811.6) 2 - Meio Ambiente – Amapá: 504 (811.6) 3 - Política Publica Ambiental – Amapá: 32:504 (811.6)

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................5

ÍNDICE DE QUADROS ........................................................................................... 6

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................7

2 METODOLOGIA .........................................................................................10

3 RESULTADOS ...........................................................................................16

3.1 Desmatamento até 2006 ........................................................................... 16

3.2 Desmatamento biênio 2007-2008 ............................................................. 17

3.2.1 Desmatamento no Sistema Viário .............................................................. 17

3.2.2 Desmatamento nos municípios .................................................................. 19

3.2.3 Desmatamento nos Projetos de Assentamentos........................................ 22

3.2.4 Desmatamento nas Unidades Conservação .............................................. 25

3.2.5 Desmatamento nas Terras Indígenas ........................................................ 27

3.2.6 Desmatamento nas Bacias Hidrográficas................................................... 28

3.2.7 Desmatamento na Floresta de Produção................................................... 30

3.2.8 Desmatamento quanto ao Tamanho do Polígono biênio 2007-2008 ......... 32

3.2.9 Desmatamento nos Domínios Florísticos biênio 2007-2008 ..................... 33

3.3 Focos de calor............................................................................................ 35

3.3.1 Ocorrência dos focos de calor por municípios............................................ 35

3.3.2 Ocorrência de focos de calor por Domínios Florísticos .............................. 38

3.2.3 Análise espacial dos focos de calor nas estações de inverno e verão...... 40

4. CONCLUSÕES...........................................................................................42

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................43

6. QUADRO DE ATIVIDADES........................................................................45

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localização do estado do Amapá ------------------------------------------------------ 7

Figura 2 - Exemplo de áreas desmatadas no estado do Amapá. --------------------------- 9

Figura 3 - Configuração espacial do padrão nebuloso associado a um episódio da

ZCIT sobre o Atlântico equatorial, durante o mês de março.------------------------- 11

Figura 4 - Índice de órbita-ponto do satélite LANDSAT--------------------------------------- 12

Figura 5 - Desmatamentos validados em campo. --------------------------------------------- 15

Figura 6 - Mapa demonstrativo de áreas desmatadas em relação ao sistema viário 18

Figura 7 - Desmatamentos contidos em um buffer de 15 km em torno das vias de

acesso----------------------------------------------------------------------------------------------- 19

Figura 8 - Mapa demonstrativo de áreas desmatadas em relação aos Municípios--- 20

Figura 9 - Imagens do ano de 2006 recoberta de nuvens e do ano de 2008 sem a

presença de nuvens ----------------------------------------------------------------------------- 22

Figura 10 - Áreas desmatadas em projetos de assentamentos ---------------------------- 23

Figura 11 - Áreas desmatadas nas Unidades de Conservação --------------------------- 25

Figura 12 - Áreas desmatadas nas Terras Indígenas ----------------------------------------- 27

Figura 13 - Áreas desmatadas nas Bacias Hidrográficas ------------------------------------ 29

Figura 14 - Áreas desmatadas na Floresta de produção. ----------------------------------- 31

Figura 15 - Quantificação dos polígonos de desmatamento identificados no biênio

2007-2008, tomando como referência o tamanho das áreas (ha). ------------------ 33

Figura 16 - Áreas desmatadas nos Domínios Florísticos ------------------------------------ 34

Figura 17 - Ocorrências de foco de calor nos anos de 2007 e 2008 por município.- 36

Figura 18 - Espacialização dos focos de calor nos anos de 2007 e 2008 por município

-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 37

Figura 19 - Ocorrências de foco de calor nos anos de 2007 e 2008 por Domínios

Florísticos.------------------------------------------------------------------------------------------ 39

Figura 20 - Espacialização dos focos de calor nos anos de 2007 e 2008 por Domínios

Florísticos.------------------------------------------------------------------------------------------ 40

Figura 21 -Concentração espacial de focos de calor nos anos de 2007 e 2008. ------ 41

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Acervo de imagens LANDSAT disponíveis na SEMA.------------------------- 13

Quadro 2 - Distribuição da área de cobertura de nuvem no ano 2007 ------------------- 16

Quadro 3 - Distribuição da área de cobertura de nuvem no ano de 2008 -------------- 17

Quadro 4 - Desmatamento em buffer de 15 km ----------------------------------------------- 19

Quadro 5 - Áreas desmatadas por municípios. ------------------------------------------------- 21

Quadro 6 - Quantificação de áreas desmatadas em projetos de assentamentos ----- 24

Quadro 7 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 em áreas de unidades de

conservação --------------------------------------------------------------------------------------- 26

Quadro 8 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 em terras indígenas. ---- 28

Quadro 9 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 nas bacias hidrográficas.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30

Quadro 10 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 na Floresta Estadual do

Amapá----------------------------------------------------------------------------------------------- 32

Quadro 11 - Distribuição dos polígonos de desmatamento por tamanho de área,

detectados no biênio 2007-2008. ------------------------------------------------------------ 32

Quadro 12 - Distribuição dos polígonos de desmatamento detectados no biênio 2007-

2008 por domínios Florísticos. ---------------------------------------------------------------- 34

Quadro 13 - Distribuição dos focos de calor nos municípios -------------------------------- 38

Quadro 14 - Distribuição dos polígonos de desmatamento por Domínios Florísticos 39

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1 I N T R O D U Ç Ã O

O presente trabalho retrata as análises que definiram o mapeamento da

quantificação e a distribuição espacial dos polígonos de desmatamento no estado

do Amapá.

Este Relatório norteará ações de fiscalização e controle, assim como

também, fornecerá subsídios para as análises e avaliações de impactos

ambientais, e ainda, será um importante instrumento de suporte e orientação às

ações gerenciais e a tomada de decisão, nas diversas instâncias governamentais.

Figura 1 - Localização do estado do Amapá

O Amapá é uma das 27 unidades da República Federativa do Brasil. Sua

capital é Macapá, uma das cinco cidades no Globo terrestre cortada pela Linha

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Imaginária do Equador, que divide o mundo em dois hemisférios: norte e sul. Está

situado a nordeste da região norte e limita-se ao norte com a Guiana Francesa, a

leste com o oceano Atlântico, a noroeste com o Suriname e com o estado do Pará

ao sul e oeste. É banhado pelas águas do Rio Amazonas estando na sua margem

esquerda.

Sua área é de 142.814,585 km2, que corresponde a 3,9 % da Região norte e

1,67% do Território Nacional Brasileiro. Possui uma área de 72% de seu território

preservado sendo que boa parte dessa área encontra-se em forma de unidades de

conservação, reservas indígenas e florestas de produção.

O uso inadequado e inconseqüente dos recursos ambientais ameaça a vida

humana. Cabe a nós unirmos esforços no sentido de encontrar soluções que

contemplem a questão da compatibilidade da produção capitalista com a

preservação ao meio ambiente. Como explica Luiz Honorato, em seu artigo

Crescimento Econômico versus Preservação Ambiental.

A teoria econômica nos ensina que existem duas maneiras efetivas de se

expandir a fronteira de possibilidade de produção, a saber: incremento no

uso dos fatores de produção e o avanço tecnológico. A primeira, tem uma

conseqüência clara e imediata nos recursos ambientais. Incremento nos

insumos significaria, em primeira análise, maior atividade exploratória e

maior susceptibilidade de degradação ambiental. A outra alternativa,

sugere não somente a descoberta de novas tecnologias, mas também e,

principalmente, a sua viabilidade econômica para substituição da primeira.

Em 2002, com a consolidação da base cartográfica na escala de 1:100.000,

iniciou-se o processo de realizar a estimativa da quantificação do desmatamento no

Estado do Amapá através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA.

Para efeito conceitual deste relatório entende-se como desmatamento a retirada

total da cobertura vegetal. Conforme o INPE (2008), este é o estágio extremo de

desmatamento e é conhecido como corte raso, geralmente, o solo pode estar

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coberto por resto de madeira morta ou por vegetação rasteira. A figura 02

exemplifica bem o termo “corte raso”.

No caso de corte raso os órgãos ambientais devem realizar a fiscalização e

proceder à responsabilização para ações ilegais e no caso das áreas de

degradação progressiva, além da responsabilização, a federação e os estados

podem atuar para reverter o processo, quando possível.

Figura 2 - Exemplo de áreas desmatadas no estado do Amapá.

As ferramentas de Geoprocessamento utilizadas pela SEMA contribuem no

aprimoramento dos trabalhos, pois a escassez de recursos humanos e a

problemática de acessibilidades, comum na região amapaense muitas vezes

dificultam o trabalho de monitoramento dos recursos naturais em campo. No caso

da Secretaria de Meio Ambiente, a prática de uso das imagens de sensoriamento

remoto em tais atividades proporcionam produtividade, otimização do tempo,

confiabilidade e informações mais atualizadas. O uso de ferramentas tecnológicas

torna-se necessário e contribuem para maior eficiência na garantia de um ambiente

com qualidade.

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2 M E T O D O L O G I A

Para realizar a avaliação do levantamento quantitativo do processo de

desmatamento no estado do Amapá, selecionaram-se um conjunto de imagens

LANDSAT 5 sensor TM (Thematic Mapper) de forma a cobrir grande parte do

estado. A escolha resultou nas imagens com menor cobertura de nuvens possível,

para observar feições globais, como por exemplo, a distribuição da cobertura

vegetal na região amazônica, sendo o seu uso já consagrado, pois vem

propiciando dados a mais de 30 anos sobre a mudança da cobertura da terra na

Amazônia. (BARBOSA, 2006).

O LANDSAT 5 é um satélite de observação de recursos terrestres (Earth

Resourses Sattelite) com resolução temporal de média freqüência e recobre uma

determinada área a cada 16 dias. Tendo em vista que o estado apresenta

extensões significativas de florestas e que parcelas desse território permanecem

com dificuldade de acesso, estas não poderiam ser monitoradas facilmente sem o

uso das tecnologias de sensoriamento remoto.

A ausência de determinadas imagens no banco de imagnes especificamente

as ponto órbita, 227-059, 227-060, 228-059 e 228-058, deveu-se à alta incidência

de nuvens que impossibilitou que esta análise fosse realizada cobrindo todo o

estado do Amapá. Isso se deve ao fato do Amapá estar localizado na Zona de

Convergência Intertropical (ZCIT), que apresenta uma estrutura de nebulosidade

convectiva zonalmente alongada sobre o equador.

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Figura 3 - Configuração espacial do padrão nebuloso associado a um episódio da ZCIT

sobre o Atlântico equatorial, durante o mês de março1.

A ZCIT se deve a dinâmica geral da atmosfera, causadas pelo choque dos

ventos alísios, na região do equador, onde se observa zona de baixa pressão,

caracterizados pelos ventos ascendentes que transportam a unidade para altitudes

e desencadeiam a condensação e a ocorrência de chuvas.

O Estado do Amapá ocupa uma área que apresenta um regime

pluviométrico variável. De junho a novembro são registrados os menores índices de

chuva. Considera-se este, o período ideal para se obter imagens de sensores

ópticos com menor porcentagem de nuvens, já os meses de dezembro a maio, na

1 Fonte : CPTEC/INPE em 30/03/2007

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época de chuva, observam-se imagens com nuvens em demasia, sendo

geralmente desconsideradas. Portanto, as imagens utilizadas se restringem a

época de seca, permitindo a coleta de informações para avaliação da dinâmica de

desmatamento do estado referentes a esta época do ano. As datas de aquisição

das imagens estão compreendidas entre 23 de julho de 2007 a 7 de novembro de

2008, sendo que a figura 04 juntamente com o quadro 01 representam as imagens

utilizadas no processo de análise da quantificação de desmatamento no Amapá no

período 2007 a 2008, referenciadas pelo ponto/órbita com a respectiva data de

aquisição.

Figura 4 - Índice de órbita-ponto do satélite LANDSAT

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DATA DE AQUISIÇÃO DAS CENAS ÓRBITA-PONTO

2007/2008

225-058 08/05/2008

225-059 29/09/2008

225-060 24/05/2008

11/07/2008

226-057 19/08/2008

226-058 02/09/2007

19/08/2008

226-059 02/09/2007

07/11/2008

226-060

16/07/2007

02/09/2007

19/08/2008

226-061 16/07/2007

07/11/2008

227-058 23/07/2007

Quadro 1 - Acervo de imagens LANDSAT disponíveis na SEMA.

A imagem colorida resulta de combinações de três cores básicas (vermelho,

azul e verde), neste caso, estas cores foram associadas formando a composição

das bandas espectrais 5R, 4B e 3G gerando imagens que possibilitaram a

interpretação visual das feições de desmatamento, discerníveis nestas faixas do

espectro eletromagnético. As faixas são indicadas conforme a estrutura do alvo,

por exemplo, a vegetação, que por refletir muita energia na faixa do infravermelho

próximo, é visualizada em tonalidade clara na banda 4, destacando em contraste,

as áreas desmatadas, pela ausência de vegetação.

Outra característica importante de imagens orbitais é a resolução espacial,

em que se determina o nível de detalhamento que permite perceber os objetos da

superfície terrestre. Indica a capacidade que o sensor possui para distinguir objetos

dependendo do seu tamanho. As imagens do Landsat-TM com resolução espacial

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de 30 metros, não permitem identificar objetos com tamanho abaixo de 30x30 m

(INPE, 2007), mas, feições de desmatamentos representados espacialmente acima

destas dimensões são detectadas, e posteriormente analisados, delimitados e por

final quantificados.

A correção geométrica trata da remoção das distorções sistemáticas

inerentes à plataforma, instrumento e ao modelo da Terra introduzidas durante a

aquisição das imagens. Sendo que para possibilitar integração em dados SIG, foi

realizado o registro de imagens, para que estas adquiram a mesma qualidade

geométrica de um mapa. As coordenadas da imagem são transformadas

geometricamente ou seja as coordenadas da imagem bruta (C,L) são relacionadas

às coordenadas de referência (X,Y) de uma imagem referência que servem de

base. (MELO, 2002)

As imagens GEOCOVER 2000 adquiridas através do site da NASA,

serviram de referência para o conjunto de imagens LANDSAT 5TM selecionadas.

Para melhorar a qualidade visual do alvo de interesse na imagem composta,

foi utilizado o realce de contraste, de forma que estas auxiliassem na distinção dos

contornos de desmatamentos conforme o sistema visual humano em que se baseia

nos elementos que caracterizam os alvos, como padrão, tonalidade, cor, forma e

tamanho, textura e sombra, que o técnico utilizou conjuntamente com seu

conhecimento sobre características do ecossistema amapaense.

As etapas de processamento digital de imagens foram realizadas por meio

dos programas ENVI (versão 4.3) e no ArcGis (versão 8.3), sendo este último

utilizado na fase de delimitação de polígonos de desmatamento, sobre as imagens

já mencionadas, sendo que esta vetorização foi executada de forma manual

conforme interpretação do técnico. Apesar do grande potencial das imagens de

satélites para o estudo e monitoramento, foi imprescindível a validação in loco, para

esclarecer dúvidas quanto a resposta espectral de determinados alvos, dar

subsídios aos técnicos e maiores conhecimentos no que concerne aos diversos

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ecossistemas existentes no estado do Amapá, bem como, conceituar o

procedimento da ação observada na imagem. (Figura 05)

Figura 5 - Desmatamentos validados em campo.

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3 R E S U L T A D O S

3.1 Desmatamento até 2006

A estimativa da quantificação de desmatamento no estado Amapá iniciou-se

a partir de 2002. Idealizou-se a apresentação de um relatório anual, entretanto,

este vem sendo apresentado em período bienal devido à dificuldade em se obter

imagens de satélites com pouca cobertura de nuvens cobrindo o estado do Amapá

em sua totalidade. A forte presença de nuvens prejudica a observação dos

fenômenos e assim, nem todos os desmatamentos são possíveis de serem

identificados. Ao analisar o dado de um determinado mês é necessário fazê-lo em

conjunto com a área de cobertura de nuvens. A cobertura de nuvens pode variar

enormemente de um mês para outro, assim como de um local para outro, conforme

pode ser observado nos quadro 02 e 03. É preciso distinguir entre o tempo de

ocorrência e a oportunidade de detecção do desmatamento, que é quando a fração

de exposição de solo permite a sua interpretação e mapeamento.

AMAPÁ (km2)

JAN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

142930

0 %

0 %

0 %

99 %

99 %

95 %

92 %

70 %

99 %

79%

98%

78%

Quadro 2 - Distribuição da área de cobertura de nuvem no ano 20072

2 Fonte: Obt/Deter/INPE_ dados sobre os percentuais de nuvens dos meses de janeiro, fevereiro e

março, não informados ou produzidos pela instituição responsável.

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AMAPÁ (km2)

JAN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

142930

97 %

99 %

99 %

94 %

99 %

97 %

87 %

99 %

92 %

87%

92%

98%

Quadro 3 - Distribuição da área de cobertura de nuvem no ano de 2008

Em muitas áreas do Amapá, é praticamente impossível obter imagens sem

cobertura de nuvens. Nestes casos, a equipe responsável por selecionar as

imagens na CGTI/SEMA procura fazê-lo levando em conta a imagem com menor

cobertura de nuvens no período da estação seca.

3.2 Desmatamento biênio 2007-2008

No biênio 2007-2008 foram contabilizados cerca de 27.549,04 ha,

ressaltando que não foram computadas as áreas destinadas à silvicultura. Em

relação ao quantitativo total até 2006, o percentual de acréscimo foi de 11,98%.

O modelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a níveis

significativos de desmatamento, resultante de múltiplos fatores, tais como a

abertura de estradas, o crescimento das cidades, a ampliação da pecuária

extensiva, a acelerada exploração madeireira e a crescente agricultura intensiva de

monoculturas e mais recentemente a agricultura mecanizada. No Amapá a

realidade não é diferente do resto da Amazônia, sendo assim, foram realizadas

análises espaciais para o conhecimento mais detalhado do desmatamento e sua

relação com o sistema viário, unidades de conservação, terras indígenas,

assentamentos, fitoecologia, municípios, bacias hidrográficas, dentre outros.

1.2.1 Desmatamento no Sistema Viário

Na análise espacial feita pelo cruzamento das feições de desmatamento

com o sistema viário (figura 06) observou-se que grande proporção, fica dentro da

faixa de largura ao longo das rodovias, principalmente na BR 156 e BR 210.

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Figura 6 - Mapa demonstrativo de áreas desmatadas em relação ao sistema viário

As análises demonstraram que 95,31% dos desmatamentos de 2007 e 2008

ocorreram dentro de uma faixa de 15 km de largura ao longo das margens rodovias

(figura 07), o que corresponde a uma área total de 26.257,06 ha.

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Figura 7 - Desmatamentos contidos em um buffer de 15 km em torno das vias de acesso

O quadro abaixo demonstra que a faixa do buffer de até 5 km da margem de

entorno das rodovias é a mais afetada com 73,04% do total desse desmatamento.

Os percentuais vão decrescendo conforme o seu afastamento.

DISTÂNCIA /BUFFER ÁREA (HA) %

0 a 5km 20121,06 73,04

5 a 10km 4748,21 17,24

10 a 15km 1387,79 5,04

Quadro 4 - Desmatamento em buffer de 15 km

1.2.2 Desmatamento por municípios

O desmatamento no Amapá não é distribuído homogeneamente, ele está

concentrado ao longo das rodovias, cujos limites se estendem de norte a sul e

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abrange todos os municípios do Estado (figura 08). Ressalta-se que não foram

contabilizadas as áreas utilizadas para silvicultura.

Figura 8 - Mapa demonstrativo de áreas desmatadas em relação aos Municípios

O Quadro 05 mostra a distribuição quantitativa Acumulada do desmatamento

por município até 2006, assim como também o desmate no biênio de 2007 e 2008

e seus percentuais em relação a cada área municipal. Nessa análise demonstrou-

se que os municípios de Vitória do Jarí, Porto Grande, Tartarugalzinho e Oiapoque

foram os que apresentaram maior extensão de áreas desmatadas respectivamente,

juntos, corresponderam a 15.946,34 ha, o que corresponde a 58% dos

desmatamentos observado nesse período. Em contrapartida, os municípios que

menos desmataram foram Serra do Navio, Laranjal do Jarí e Amapá.

21

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

MUNICÍPIO ÁREA (HA) ACUMULADO

ATÉ 2006 (HA)

DESMATE BIÊNIO 2007-

2008 (HA)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO À ÁREA

DO MUNICÍPIO (BIÊNIO 2007-2008)

AMAPÁ 916.878,70 3.338,52 547,18 0,06 CALÇOENE 1.426.825,80 15.714,22 1.069,36 0,07 CUTIAS DO ARAGUARI 211.473,20 5.580,03 482,21 0,23 FERREIRA GOMES 504.669,60 5.417,84 1.263,55 0,25 ITAUBAL DO PIRIRIM 170.379,30 1.849,09 129,63 0,08 LARANJAL DO JARI 3.096.617,70 18.359,96 1.497,53 0,05 MACAPÁ 640.712,30 17.564,35 1.922,37 0,30 MAZAGÃO 1.313.089,20 24.741,52 1.293,03 0,10 OIAPOQUE 2.262.501,80 16.205,62 8.459,76 0,37 PEDRA BRANCA DO AMAPARI 949.503,20 21.690,78 1.270,26 0,13 PORTO GRANDE 440.176,30 40.966,41 2.447,66 0,56 PRACUÚBA 495.673,90 3.328,78 1.330,51 0,27 SANTANA 157.751,70 5.774,03 595,23 0,38 SERRA DO NAVIO 775.650,60 6.170,78 201,83 0,03 TARTARUGALZINHO 671.195,00 12.904,11 2.981,13 0,44 VITÓRIA DO JARI 248.260,20 1205,3181 2.057,79 0,83

Quadro 5 - Áreas desmatadas por municípios.

Em relação ao Biênio 2005-2006, o acentuado acréscimo na quantificação

de desmatamento do período 2007-2008, inerente a região do município de

Oiapoque credita-se ao fato de que a imagem do ano de 2006 utilizada para

quantificar o desmate (biênio 2005-2006) estava comprometida com uma alta

incidência de nuvens. No entanto, a imagem do ano de 2008 apresentava-se

límpida (poucas nuvens) e, dessa forma foi possível quantificar polígonos de

desmatamento, que possivelmente são desmatamentos anteriores a essa época. É

válido ressaltar que isso foi comprovado na validação em campo, principalmente na

região da Aldeia do Manga e em alguns trechos ao longo BR-156 (figura 09).

22

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

IMAGEM DO ANO DE 2006 IMAGEM DO ANO DE 2008

Figura 9 - Imagens do ano de 2006 recoberta de nuvens e do ano de 2008 sem a presença de

nuvens

1.2.3 Desmatamento por Projetos de Assentamentos

Na Amazônia, 1.354 assentamentos rurais foram criados até 2002,

ocupando mais de 231 mil quilômetros quadrados. Esses assentamentos são

fundamentais para a distribuição de terras e já beneficiaram cerca de 230 mil

famílias. O Amapá possui 31 assentamentos, sendo que 07 são estaduais sob a

jurisdição do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do

Amapá - IMAP e os demais são federais gerenciados pelo Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Como no restante da Amazônia, os

assentamentos no Amapá estão concentrados ao longo das principais rodovias

(figura 10). Entretanto, as atividades desenvolvidas pelas famílias, tal como

agricultura e exploração madeireira, têm grande potencial para gerar

desmatamento e degradação florestal.

23

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 10 - Áreas desmatadas em projetos de assentamentos

No P.A do Cedro foi detectado 855,57 ha de desmatamento, para uma área de 59.222,87ha, sendo que seu percentual de desmate foi de 1,44% Porém no P.A. Cujubim o desmatamento foi de 379,80, em números absolutos, menor que o do P.A do Cedro mas, por possuir uma área de apenas 17,56 % em relação a este último o percentual de desmatamento foi maior que o dobro.

O maior percentual de desmate está no P.A. Igarapé Grande com 18,50% e que desmatou no ano de 2007 e 2008 o dobro do acumulado de desmate ate 2006. (Quadro 06). Por outro lado não foram detectados desmatamentos nos P.A. do Governador Janary, Padre Jósimo, São Antônio da Pedreira e São Benedito do Aporema.

ASSENTAMENTO ÁREA (HA) ACUMULADO ATÉ 2006

QUANTIDADE

DESMATE BIÊNIO

2007-2008 (HA)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO À

ÁREA DO ASSENTAMENTO (BIÊNIO 2007-

2008) P. A. BOM JESUS DOS FERNANDES 33.067,07 2.179,98 56 428,2028 1,29 P. A. CARNOT 39.290,49 5.426,00 6 32,4876 0,08 P. A. CEDRO 59.222,87 4.550,84 127 855,6782 1,44 P. A. CORRE ÁGUA 6.136,70 1.686,65 4 29,0404 0,47

24

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

P. A. CRUZEIRO 5.951,30 1.348,15 13 119,1437 2,00 P. A. CUJUBIM 10.401,92 725,02 29 379,8488 3,65 P. A. DRª MÉRCIA 571,43 69,14 - - - P. A. EXTRATIVISTA ANAUERAPUCU 37.452,73 886,37 5 46,65 0,12 P. A. EXTRATIVISTA DO MARACÁ 571.772,43 10.419,49 - - - P. A. FELIPE E IRINEU 10.681,28 120,59 39 202,3901 1,89 P. A. FERREIRINHA 5.389,70 23,24 17 235,1325 4,36 P. A. GOVERNADOR JANARY 11.295,26 185,59 - - P. A. IGARAPÉ GRANDE 1.207,62 111,17 16 223,8411 - P. A. ITAUBAL 13.634,68 231,98 1 8,2551 0,06 P. A. LOURENÇO 27.386,84 1.732,54 4 32,4299 0,12 P. A. MANOEL JACINTO 16.418,57 1.234,46 19 88,9391 0,54 P.A. MARACÁ - - 86 417,6051 P. A. MATÃO DO PIAÇACÁ 42.893,44 4.617,50 30 208,9208 0,49 P. A. MUNGUBA 34.467,19 3.113,20 30 134,4228 0,39 P. A. NOVA CANAÃ 20.393,12 1.804,17 73 367,9775 1,80 P. A. NOVA COLINA 22.172,54 3.226,19 65 291,9414 1,32 P. A. NOVA VIDA 9.511,38 1.814,33 35 227,4750 2,39 P. A. PADRE JÓSIMO 385,36 0,00 - - P. A. PANCADA DO CAMAIPI 24.276,87 2.153,14 7 39,8109 0,16 P. A. PEDRA BRANCA 29.841,72 3.369,01 43 175,0707 0,59 P. A. PERIMETRAL 39.603,70 4.422,34 62 339,9419 - P. A. PIQUIÁ DO AMAPÁ 4.332,59 686,85 15 237,0344 - P. A. PIQUIAZAL 5.619,57 1.795,62 10 117,0532 2,08 P. A. SANTO ANTÔNIO DA PEDREIRA 744,93 0,00 - - - P. A. SÃO BENEDITO DO APOREMA 2.316,97 323,47 - - - P. A. SERRA DO NAVIO 24.046,19 1.207,94 16 88,1619 0,37 P. A. VILA VELHA 28.748,69 1.790,27 11 67,9727 0,24

Quadro 6 - Quantificação de áreas desmatadas em projetos de assentamentos

25

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

1.2.4 Desmatamento por Unidades Conservação

O Amapá possui 19 unidades de conservação, sendo 12 unidades de

conservação federais, 5 unidades estaduais e duas municipais, ocupam 61,6 % do

território estadual, totalizando cerca de 8.847.135.56 hectares. As UC’s estão

espacialmente distribuídas em 15 dos 16 municípios amapaenses (figura 11).

Figura 11 - Áreas desmatadas nas Unidades de Conservação

Em relação a análise espacial das unidades de conservação os valores de

desmatamentos ficaram em torno de 4.397.47 há, o que representa 1.39% da área

total, (Quadro 07). Existe uma grande diferença na proporção desse desmatamento

dentro ou fora das áreas protegidas, comparados ao índice total (27.549.04) do

desmatamento no Estado do Amapá, enquanto dentro delas o desmatamento foi de

26

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

4.397.47, fora foi de 23.151,57 ha. Dos 61,6 % de áreas protegidas que o estado

possui apenas 1.39% foram desmatadas, enquanto que os restantes (84.03%) do

desmatamento observado no estado do Amapá encontram-se localizados em áreas

que não são protegidas. Esse resultado demonstra claramente a importância das

áreas protegidas.

A área de Proteção do Rio Curiaú foi a que apresentou o maior índice de

desmatamento nesse biênio (44 76 ha).

UC JURISDIÇÃO ÁREA

DECLARADA (HA)

DESMATAMENTO ACUMULADO

ATÉ 2006

DESMATE BIÊNIO

2007-2008 (HA)

% DA ÁREA DA UC

(BIÊNIO 2007-2008)

A.P.A. DA FAZENDINHA Estadual 193,53 - - - A.P.A. DO RIO CURIAU Estadual 21.676,00 477,77 44,76 0,2065 ESEC JARI Federal 207.370,00 249,93 - - ESEC MARACÁ-JIPIÓCA Federal 72.000,00 - - -

FLOES DO AMAPÁ Estadual 2.320.304,

75 1670,13 4.091,84 0,1763 FLONA DO AMAPÁ Federal 412.000,00 536,51 30,02 0,0073 PARMU DO CANCAO Municipal 370,26 - - - PARNA DO CABO ORANGE Federal 619.000,00 426,59 54,07 0,0087 PARNA MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE Federal

3.867.000,00 746,69 14,48 0,0004

R.P.P.N ALDEIA EKINOX Federal 10,87 - - - R.P.P.N BOA ESPERANÇA Federal 43,01 - - - R.P.P.N RETIRO PARAÍSO Federal 46,75 - - - R.P.P.N REVECOM Federal 17,18 - - - R.P.P.N SERINGAL TRIUNFO Federal 9.996,16 1.025,11 98,62 0,9865 RDS DO RIO IRATAPURU Estadual 806.184,00 1.073,37 63,68 0,0079 REBES DO PARAZINHO Estadual 11.132,20 - - - REBIO DO LAGO PIRATUBA Federal 395.000,00 - - - RESEX BEIJA-FLOR BRILHO DE FOGO Municipal 68.524,20 4,92 13,02 0,0190 RESEX DO RIO CAJARI Federal 481.650,00 9.195,17 926,38 0,1923

Quadro 7 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 em áreas de unidades de

conservação

27

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

1.2.5 Desmatamento por Terras Indígenas

As terras indígenas ocupam 8,3% da área do estado estando todas

homologadas pelo governo federal. Essas terras abrangem uma área total de

1.185.503,05 ha (figura 12).

Os desmatamentos detectados em terras indígenas no biênio 2007-2008

totalizaram 2.457,67 ha, sendo que a T.I. Uaçá foi responsável por 2.278,11 ha.

(Quadro 08). Novamente não foram detectados desmatamentos no P.I.

Tumucumaque e na T.I. Galibi.

Figura 12 - Áreas desmatadas nas Terras Indígenas

28

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

TERRA INDÍGENA ÁREA (HA) ACUMULADO

ATÉ 2005

DESMATE BIÊNIO 2007-

2008 (HA)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO A T.I. (BIÊNIO

2007-2008)

P.I. TUMUCUMAQUE 58.027,07 - - - T.I. UAÇÁ 470.816,01 4171,34 2.278,11 0,4839 T.I. GALIBI 6.311,84 - - - T.I. JUMINA 46.434,08 172,71 33,10 0,0713 T.I. WAIÃPI 603.914,05 52,24 146,46 0,0243

Quadro 8 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 em terras indígenas.

1.2.6 Desmatamento por Bacias Hidrográficas.

O Amapá possui 13 bacias hidrográficas. Cerca de 39% dessas bacias,

pertencem a bacia Amazônica. O estado do Amapá se destaca pela presença de

rios caudalosos e perenes, merecem destaque os rios Amapari, Araguari,

Calçoene, Jarí e o Oiapoque, que marca a divisa entre Brasil e Guiana Francesa. A

bacia do rio Araguari merece destaque por sua extensão de aproximadamente

42.710 km2 de área e seu potencial energético devido seu nível médio de vazão de

1.200m3/s.

Conforme demonstrado na figura 13 e no quadro 08, a bacia do Rio Araguari

apresentou um desmate de 6.785,60 ha, em valores absolutos, o que significa

0,16% da sua extensão total. Também chamaram atenção a Ilha de Santana que

desmatou 293, 41 ha com relação a 2006, assim como também, as bacias do Rio

Oiapoque com 5.821,03 ha, e o Rio Jarí (2.567,54 ha) respectivamente de áreas

desmatadas. No que se concerne à extensão de áreas desmatadas, destacam-se

ainda, as bacias do rio Mazagão (0,52 %) e a do Rio Matapi (0,49%).

29

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 13 - Áreas desmatadas nas Bacias Hidrográfic as

30

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

BACIA HIDROGRÁFICA ÁREA (HA) ACUMULADO

ATÉ 2006 (HA)

DESMATE BIÊNIO

2007-2008 (HA)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO À ÁREA

DAS BACIAS (BIÊNIO 2007-2008)

IGARAPÉ FORTALEZA 19.082,50 1,45 - - IGARAPÉ GRANDE CRIQUE 52.162,34 - - - IGARAPÉ MARECAL 81.118,80 - - - IGARAPÉ MATAUAÚ 28.338,20 - - - IGARAPÉ TAMBAQUI 25.408,69 66,92 - - ILHA AÇOUGUE 2.512,40 - - - ILHA BRIGUE 2.396,51 - - - ILHA CAJARI 780,30 28,92 - - ILHA CURUÁ 34.526,28 30,25 - - ILHA DE SANTANA 2.028,97 - 293,41 14,46 ILHA DO BAILIQUE 23.132,03 3,84 - - ILHA DO FAUSTINO 3.539,08 0,69 - - ILHA DO MARACÁ 52.069,98 - - - ILHA PEDREIRA 1.653,29 - - - RIO AJURUXI 125.705,61 1394,47 220,25 0,18 RIO ARAGUARI 4.189.606,56 69311,31 6.785,60 0,16 RIO ARIRAMBA 10.177,03 - - - RIO CAJARI 492.554,43 9163,11 1.082,42 0,22 RIO CALÇOENE 346.398,12 4285,03 505,32 0,15 RIO CASSIPORÉ 546.421,18 8268,60 253,19 0,05 RIO CUNANI 174.946,22 4634,08 59,23 0,03 RIO CURIAÚ 30.093,39 636,20 44,70 0,15 RIO FLECHAL 461.601,42 7008,87 1.961,99 0,43 RIO GURIJUBA 336.593,35 13415,08 1.079,83 0,32 RIO IPIXUNA GRANDE 13.982,42 - - - RIO JARI 3.045.994,98 11639,63 2.567,54 0,08 RIO LAMUTE 44.243,23 - 143,77 0,32 RIO MACACOARI 62.964,23 1866,83 18,26 0,03 RIO MACARRI 116.398,75 - - - RIO MARACÁ-PUCU 339.529,07 6102,75 138,35 0,04 RIO MATAPI 253.967,76 15749,37 1.246,20 0,49 RIO MAZAGÃO 39.982,31 1973,06 207,90 0,52 RIO NOVO 58.665,55 - 171,95 0,29 RIO OIAPOQUE 1.248.875,13 6780,03 5.821,03 0,47 RIO PEDREIRA 221.653,54 3494,90 827,34 0,37 RIO PRETO 138.494,83 6481,74 298,46 0,22 RIO SUCURIJU 216.230,31 - - - RIO UAÇÁ 649.623,25 6083,72 2.461,69 0,38 RIO VILA NOVA 506.268,72 21466,93 1.360,61 0,27

Quadro 9 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 nas bacias hidrográficas.

31

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

1.2.7 Desmatamento na Floresta de Produção

A Floresta de Produção do Amapá formada por 04 módulos, espacializados

na região centro/norte do estado (Figura 14), que juntos possuem área de

2.369.027,80 ha. No biênio 2007 –2008 foram detectados na Floresta de Produção

4.091,84 ha de desmatamentos o que equivale a 14,85% do desmatamento total

estimado no Estado para o período em referência.

O desmatamento dentro da Floresta de Produção concentrou-se no módulo

3 que possui área de 742.576,10 ha onde se identificou 2.574,32 ha de

desmatamento que corresponde a 0,347% (Quadro 10).

Figura 14 - Áreas desmatadas na Floresta de produção.

32

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

MÓDULOS ÁREA (HA)

BLOCO

ÁREA (HA) DESMATAMENTO

2007/2008

PERCENTUAL EM RELAÇÃO À ÁREA DA

FLORESTA DE PRODUÇÃO

(BIÊNIO 2007-2008)

Módulos 1 310483,90 333,58 0,107

Módulos 2 342001,48 188,85 0,055

Módulos 3 742576,32 2.574,32 0,347

Módulos 4 973966,10 995,09 0,102 Quadro 10 - Desmatamentos ocorridos no biênio 2007-2008 na Floresta Estadual do Amapá

1.2.8 Desmatamento quanto ao Tamanho do Polígono bi ênio 2007-2008

Observa-se que nos anos anteriores, até 2006, a maioria dos polígonos

quantificados de desmatamento possuía área de até 10 ha, o que não foge a regra

neste biênio de 2007-2008, pois foram detectadas 1.906 unidades ate 10 ha e por

outro lado na faixa de 10 a 50 ha foram contabilizados ¼ dos polígonos da faixa

citada anteriormente, mas com um total de área desmatada ligeiramente maior

(quadro 11), (Figura 15).

INTERVALO Nº DE POLÍGONO TOTAL DO DESMATE

0 -10 1906 7114,67

10,01 - 50 513 10105,22

50,01 - 100 42 2873,10

100,01 - 500 25 5018,46

500,01 - 1000 - 0,00

Maior 1000 2 1287,86

Quadro 11 - Distribuição dos polígonos de desmatamento por tamanho de área, detectados no biênio 2007-

2008.

33

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

7114,67

10105,22

2873,10

5018,46

01287,86

Figura 15 - Quantificação dos polígonos de desmatamento identificados no biênio 2007-

2008, tomando como referência o tamanho das áreas (ha).

1.2.9 Desmatamento por Domínios Florísticos biênio 2007-2008

Na última análise espacial feita pelo cruzamento das feições de

desmatamento com relação aos domínios florísticos, o total desmatado foi de

27.488,45 ha, o que representa 0,2 % em relação à área total de todo o domínio. A

faixa de transição cerrado/floresta apresentou 1.841,43 ha de desmate, ou seja,

aproximadamente 0,6%, representando o maior percentual se comparado aos

demais domínios. Na seqüência, o domínio de transição cerrado/várzea

representou 0,4093%, ou seja, 500,59 ha em valores absolutos (Quadro 12). O

domínio da floresta de terra firme apontou a maior área desmatada em número

absoluto, ressalta-se, no entanto, que essa faixa florística é a mais extensa do

Amapá (figura 16).

34

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 16 - Áreas desmatadas nos Domínios Florísticos

DOMÍNIOS FLORÍSTICOS ÁREA (HA) ACUMULADO ATÉ 2006

DESMATE BIÊNIO 2007-

2008 (HA)

PERCENTUAL EM RELAÇÃO À ÁREA

DO DOMÍNIO FLORÍSTICO

(BIÊNIO 2007-2008)

CAMPO 1584522,58 13854,20 1.998,28 0,1261 CERRADO 970951,81 14967,32 1.916,47 0,1974 FLORESTA DE TERRA FIRME (DENSA)

9920528,26 126162,45 19.375,22

0,1953

FLORESTA DE VÁRZEA 624576,28 15578,06 1.848,38 0,2959 MANGUEZAL 347937,28 16,97 8,09 0,0023 TRANSIÇÃO CERRADO/FLORESTA

316374,43 26928,51 1.841,43

0,5820

TRANSIÇÃO CERRADO/VÁRZEA

122298,89 2308,88 500,59

0,4093

Quadro 12 - Distribuição dos polígonos de desmatamento detectados no biênio 2007-2008 por

domínios Florísticos.

35

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

1.3 Focos de calor

Objetivando auxiliar a análise do desmatamento, proporcionando uma

discussão mais ampla do relatório foram extraídas informações do banco de dados

de queimadas do INPE sobre os focos de calor detectados no Amapá nos anos de

2007 e 2008. Os referidos dados são produzidos utilizando tecnologias avançadas

com imagens de satélites de baixa resolução como por exemplo: NOOA, TERRA,

AQUA, GOES, MODIS E METEOSAT.

Conforme o INPE nos anos de 2007 e 2008 foram detectados 1.591 e 2.389

focos de calor, respectivamente, no estado do Amapá.

1.3.1 Ocorrência dos focos de calor por municípios

Percebe-se que o maior número de focos de calor foi registrado em

2008(figura 17). Entretanto, os dois anos apontam o centro norte como a região

com maior incidência de focos, Tartarugalzinho e Oiapoque mais uma vez se

destacaram como os municípios que mais apresentaram focos de calor (figura 18).

Ao analisar a relação entre focos de calor e desmatamento, ressalta-se que os

municípios de Oiapoque e Tartarugalzinho em valores absolutos obtiveram os mais

elevados quantitativos de áreas desmatadas para o biênio de 2007-2008 (Quadro

13).

36

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

AMAP

ÁC

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TIAS

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AGU

ARI

FER

REI

RA

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DO

JAR

I

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2007

2008

Figura 17 - Ocorrências de foco de calor nos anos de 2007 e 2008 por município.

37

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 18 - Espacialização dos focos de calor nos anos de 2007 e 2008 por município

38

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MUNICÍPIO FOCOS DE

CALOR 2007

FOCOS DE CALOR

2008

AMAPÁ 121 280 CALÇOENE 198 222 CUTIAS DO ARAGUARI 39 58 FERREIRA GOMES 43 63 ITAUBAL DO PIRIRIM 45 153 LARANJAL DO JARI 78 91 MACAPÁ 162 311 MAZAGÃO 77 156 OIAPOQUE 262 304 PEDRA BRANCA DO AMAPARI 54 55 PORTO GRANDE 68 60 PRACUÚBA 55 65 SANTANA 61 31 SERRA DO NAVIO 9 5 TARTARUGALZINHO 286 495 VITÓRIA DO JARI 33 40

Quadro 13 - Distribuição dos focos de calor nos municípios

1.3.2 Ocorrência de focos de calor por Domínios Flo rísticos

Observando as ocorrências de focos de calor em áreas de domínios

florísticos no biênio de 2007 e 2008 verificou-se, conforme a figura 19, que o maior

índice foi na floresta de terra firme, seguido do domínio campos. Os manguezais

apresentam o menor número de ocorrências. Em 2008, as ocorrências de focos de

calor foram superiores a de 2007. Nota-se na figura 20 que os focos de calor

estendem-se por toda faixa das rodovias, onde ficam localizadas as terras

indígenas e projetos de assentamentos no estado.

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0

500

1000

1500

2000

2500

CAMPO CERRADO FLORESTA MANGUEZAL TRANSIÇÃO

2007

2008

Figura 19 - Ocorrências de foco de calor nos anos de 2007 e 2008 por Domínios Florísticos.

DOMÍNIOS FLORÍSTICOS FOCO DE CALOR 2007

FOCO DE CALOR 2008

CAMPO 317 877 CERRADO 350 574 FLORESTA 1575 2320 MANGUEZAL 39 36 TRANSIÇÃO 123 125

Quadro 14 - Distribuição dos polígonos de desmatamento por Domínios Florísticos

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R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 20 - Espacialização dos focos de calor nos anos de 2007 e 2008 por Domínios

Florísticos.

3.2.3 Análise espacial dos focos de calor nas estaç ões de inverno e verão

Importante também mostrar a densidade de focos de calor de acordo com a

sazonalidade. Para tal utilizou-se a ferramenta Spatial Analyst, extensão do

software ArcGIS 8.3 Analisando-se a distribuição espacial observa-se que no

verão de 2007 a maior concentração de focos ocorreu nos municípios de:

Tartarugalzinho, Oiapoque e Calçoene. No período invernoso os focos persistiram

em Vitória do Jarí, Laranjal do Jarí, Tartarugalzinho e afetou também Porto Grande,

Itaúbal do Piriri, Cutias e Pedra Branca do Amapari. . No verão de 2008 a maior

densidade de focos afetou principalmente os municípios de Itaúbal, Cutias,

Tartarugalzinho, Calçoene e Oiapoque. No inverno do mesmo ano, a densidade de

focos persistiu nos municípios de Cutias, Amapá e Tartarugalzinho (Figura 21).

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R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

Figura 21 -Concentração espacial de focos de calor nos anos de 2007 e 2008.

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2 . C O N C L U S Õ E S

O Relatório do Desmatamento possui uma infinidade de informações,

principalmente quantitativas, no que se concerne à cobertura florística do Estado

do Amapá.

As informações contidas nesse trabalho oferecem subsídios para

complementar Políticas públicas de prevenção, controle e fiscalização do desmate

no Amapá.

Observou-se que no biênio de 2007/2008 ocorreu um desmatamento de

cerca de 27.549,04 ha numero bastante significativo, pois, em uma analise

comparativa, essa área equivale aproximadamente a área do P. A. Lourenço, que

possui uma área de 27.386,84 ha, ou ainda, ultrapassa o total da área de Proteção

Ambiental do Rio Curiaú que mede 21.676,00 há. E importante ressaltar que o fato

ocorrido no biênio de 2005/2006, conforme item 3.1.2 desse relatório, onde a

cobertura de nuvem comprometeu a quantificação do desmatamento na região do

município de Oiapoque.

Com base nos dados é possível concluir que a degradação ambiental é

resultante de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade

apropria-se e utiliza os recursos naturais. A degradação ou destruição de um

ecossistema compromete a qualidade de vida da humanidade. A relação do

homem com o meio ambiente deve ser harmoniosa.

Desta forma, os instrumentos de planejamento e uso do solo são um aliado

para orientar e implementar medidas de adaptação, permitindo identificar as

vulnerabilidades existentes. As queimadas contribuem de forma significativa. A

fiscalização deve ser ostensiva e as normas de proteção florestal devem ser

cumpridas.

Assim, Ferramentas de Geoprocessamento são imprescindíveis no auxilio

desse monitoramento e aliadas na sua prevenção.

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3 . R E F E R Ê N C I A B I B L I O G R Á F I C A

HONORATO, Luiz - Artigo: Crescimento Econômico versus Preservação Ambiental - Por: - http://www.sectma.pe.gov.br/artigos_detalhe.asp?artigo=38&secao_artigo=2&menu_sub=3 - acesso em 24/03/2010.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS – Relatório do monitoramento da cobertura florestal por satélites – Coordenação Geral de Observação da Terra – São José dos Campos/SP.2008.

BARBOSA, Keillah Mara do Nascimento – Monitoramento Espacial de Biomassa e Carbono Orgânico da Vegetação Herbácea de Várzea na Amazônia Central ,Tese de doutorado em Ciências Florestais na Área de Concentração Manejo Florestal, UFPR, CURITIBA - 2006.

MELO, D.H.C.T.B. , Uso de dados Ikonos II na analise Urbana: Teste operacionais na zona leste de São Paulo / D.H.C.T.B. Melo.- São José dos Campos, 2002.

Atlas das Unidades de Conservação do Estado do Amap á / texto de José Augusto Dumond; Tereza Cristina Albuquerque de Castro Dias e Daguinete Maria Chaves Brito – Macapá: MMA/IBAMA-AP; GEA/SEMA, 2008

AMAPÀ, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Relatório Técnico de Desmatamento no estado do Amapá , referente ao período 2005 a 2006/ Secretaria de estado do Meio Ambiente. – Macapá: SEMA, 2009.

INPE, Emissões de CO2 diminuíram em 2008, mas são as maio res em 2 milhões de anos , publicado em 18/11/2009, http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2027 – acesso 19/11/2009.

INPE, Sistema DETER - Relatórios Técnico científico contendo avaliação detalhada do DETER, http://www.obt.inpe.br/deter/nuvens.php - acesso 27/11/2009.

INPE, Sistema DETER – Resumo Deter, distribuição da área de cobertura de nuvens, http://www.obt.inpe.br/deter/nuvens.php - acesso 27/11/2009.

44

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INPE, Monitoramento de Focos , http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/ - acesso em 01/12/2009

INPE, Projeto PORDES - Coordenação Geral de Observação da Terra, http://www.obt.inpe.br/prodes/prodes_1988_2008.htm – acesso em 10/12/2009

IBGE, Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm - acesso em 15/12/2009

IBGE, Síntese do estado do AMAPÁ, http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ap - acesso 27/11/2009 .

IBGE, Área Territorial Oficial Consulta por Unidade da Federação,Área Territorial Oficial Consulta por Unidade da Federação,Área Territorial Oficial Consulta por Unidade da Federação,Área Territorial Oficial Consulta por Unidade da Federação,

http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm - acesso em

15/12/2009.

EMBRAPA, Desmatamento de florestas e aquecimento global é tema de

palestra (noticias), http://www.cpafap.embrapa.br/embrapa/?p=571 – acesso em

28/05/2010

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Projeto Levantamento e Classificação do Uso da Terr a – Diretoria de Ciências – 2004

M. P. de Souza Echer, F.R. Martins e E.B. Pereira. A importância dos dados de cobertura de nuvens e de sua variabilidade : Metodologias para aquisição de dados , Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 3, p. 341-352, (2006).

www.sbfisica.org.br - http://sbfisica.org.br/rbef/pdf/060306.pdf - acesso em 22/02/2010

http://www.ufpa.br/ppgca/dissertacoes/Dissertacao_Douglas.pdf - acesso em 03/04/2010

http://www.imazon.org.br/novo2008/arquivosdb/ea_7p.pdf - acesso em 28/05/2010

USP, A ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL, http://www.master.iag.usp.br/ensino/sinotica/aula11/AULA11.htm - site18jun10

45

R E L A T Ó R I O D O D E S M A T A M E N T O N O E S T A D O D O A M A P Á – 2 0 0 7 - 2 0 0 8

4 . Q U A D R O D E A T I V I D A D E S

ATIVIDADES EXECUTOR(ES)

Ana Corina Maia Palheta

Leonardo Fernandes Vale

Sara Heloiza Alberto Neri

Tratamento e registro de

imagens

Manuel Tiago da Silva

Ana Corina Maia Palheta

Leonardo Fernandes Vale

Sara Heloiza Alberto Neri

Vetorização e validação

topológica

Manuel Tiago da Silva

Agostinho da Silva Pureza

Leonardo Fernandes Vale

Luciana de Amorim Cardoso

Maria do Carmo M.Brito

Sara Heloiza Alberto Neri

Validação em campo

Manuel Tiago da Silva

Ana Corina Maia Palheta Análise espacial

Leonardo Fernandes Vale

Ana Corina Maia Palheta Elaboração do relatório

Maria do Carmo M. Brito

Editoração Ana Corina Maia Palheta