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RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO Formação de Agentes Comunitários de Saúde, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem da Saúde da Família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas Porto Alegre, agosto de 2015.

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RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE

FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO Formação de Agentes Comunitários de Saúde, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem da

Saúde da Família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas

Porto Alegre, agosto de 2015.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 2 DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÃO E FORMAÇÃO DA EQUIPE

2.1 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 2.2 EDUCADORES 2.3 APOIADORES PEDAGÓGICOS 2.3 ORIENTADORES 2.4 TUTORES

3 MATERIAL EDUCATIVO 4 FORMAÇÕES

4.1 Elaboração do Curso de Orientadores e Tutores 4.1.1 Objetivos do curso de orientadores: 4.1.2 Objetivos do Curso de Tutores:

4.2 Seleção de Tutores/Orientadores (elaboração dos Termos de Referência/articulações locais) 4.3.Formação presencial dos tutores e orientadores 4.4 Elaboração de instrumentos de avaliação para a classificação/seleção 4.5. Formações realizadas (nº, local, nº de aprovados) 4.6. Análise singular das oficinas de formação 4.7. Sociodrama como estratégia formativa 4.8 Certificação - componente presencial

5 COMUNIDADE DE PRÁTICAS 5.1. O EAD na educação permanente em saúde (tutor e orientador- comunidade de tutoria) 5.2 Desenvolvimento e utilização da plataforma de Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado

5.2.1 Requisitos de Interação, Colaboração e Aprendizagem 5.2.2 Arquitetura da Informação 5.2.3 Plataforma de Comunidades de Práticas 5.2.4 Funcionalidades desenvolvidas especificamente para o Caminhos do Cuidado 5.2.5 Problemas encontrados no uso da plataforma

5.3 Oficinas de uso das Comunidades de Práticas 5.4 Especificação do processo de avaliação 5.5 Acompanhamento técnico/pedagógico

5.5.1 Atividade de suporte 5.6 Participações

5.6.1 Volume total de postagens 5.6.2 Volume total de acessos 5.6.3 Volume total de atividade por comunidade

5.7. Regionalização e subcomunidades 5.8 Usos de outros meios de comunicação (Fragilidades e Potências) 5.9 Estratégias de acompanhamento do trabalho do tutor (orientadores, equipe estadual, equipe de referência) 5.10 Estratégias de acompanhamento do trabalho do orientador 5.11 Certificação - componente EAD

6 TERRITORIALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

6.1 Educação permanente no território

Equipe Pedagógica - Caminhos do Cuidado – 2013/2015

Educadores: Apoios Pedagógicos: Consultores: Coordenação Pedagógica:Aline Cescon Alves Jardim Andréia Silveira de Souza Antônio Lancetti Odete Torres

Dênis Roberto da Silva Petuco Angélica Bomm Stefanie Kulpa Renata PekelmanHelizett Santos de Lima Débora Garcez Leal Sueli Goi Barrios

Marco Aurélio Soares Jorge Filipe Caldeira FurlanMaria Beatriz de Miranda Matias Gabriely Buratto Farias

Marise de Leão Ramôa Giulia Caruline Lima CostaNatale Oliveira de Souza Guilherme de Souza Müller

Paula Gaudenzi João Paulo PinheiroPilar Belmonte Juliana de Bittencourt Escobar

Renata Veloso Vasconcelos de Andrade Karina Rosa da Rosa Sirangelo

Sandra Arôca Luis Carlos Nunes Vieira de VieiraSérgio Alarcon Pedro Augusto Papini

Rafael Gil MedeirosRita Pereira Barboza

Rossana AlmeidaThais Maranhão de Sá e Carvalho

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

1 APRESENTAÇÃO

O Projeto “Caminhos do Cuidado” foi criado para ampliar a ação de Agentes Comunitários

de Saúde, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem das equipes de Saúde da Família na Saúde Mental

com ênfase em crack, álcool e outras drogas, visando ampliar o cuidado em saúde mental na

Atenção Básica. Foi construído a partir de estratégias pedagógicas que potencializassem a atenção

ao usuário e seus familiares, por meio da formação dos trabalhadores da Rede de Atenção Básica

em Saúde, que ressignificaram suas práticas, transformando seus processos de trabalho, em uma

perspectiva de Educação Permanente em Saúde. Teve como meta inicial formar 290.197

trabalhadores, tendo atingido esta meta em julho de 2015 (BRASIL, 2013).

A execução deste projeto pressupôs a articulação entre as instituições do SUS, em especial a

parceria entre estados e municípios. As Escolas Técnicas do SUS e Escolas de Saúde Pública foram

as instituições responsáveis pela coordenação do projeto em cada um dos estados da federação e

pela articulação com os demais atores e instituições em seus estados, em especial as áreas de

atenção básica, saúde mental, Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e secretarias

municipais de saúde (BRASIL, 2013).

Para tanto, constituíram-se nos estados Colegiados de Gestão, com variadas composições,

incluindo Coordenações Estaduais, Apoios Estaduais, Coordenação de Atenção Básica,

Coordenação de Saúde Mental, COSEMS, entre outros atores.

O nascimento do projeto

O projeto Caminhos do Cuidado começou a ser concebido a partir do convite do Ministério

da Saúde a duas instituições de educação em saúde: o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto

Alegre, Rio Grande do Sul e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. A

coordenação pedagógica, sob responsabilidade do GHC, ocupou-se das formações e

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

acompanhamento pedagógico e a Fundação Oswaldo Cruz coube toda a parte de infraestrutura do

Projeto.

Articulado pela Casa Civil e sob a responsabilidade do Ministério da Justiça, o projeto está

inserido no eixo do Cuidado do Plano Integrado “Crack, é possível vencer”. A base do projeto é a

política de atenção integral e cuidado com as pessoas que fazem uso prejudicial de drogas

(BRASIL, 2014).

Os setores do Ministério da Saúde, Departamentos de Gestão da Educação na Saúde

(DEGES), de Atenção Básica (DAB) e da Coordenação de Saúde Mental, foram fundamentais para

a criação e realização do Projeto “Caminhos do Cuidado”. A articulação entre as instituições do

Sistema Único de Saúde (SUS), protagonistas nessa formação, com destaque para a parceria entre

estados e municípios, Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e com as Escolas

Técnicas do SUS e Escolas de Saúde Pública (ETSUS/ESP), possibilitou a constituição e execução

do Projeto (BRASIL, 2014).

O ponto de partida

O início se deu quando os representantes das instituições proponentes formaram as

coordenações do projeto Caminhos do Cuidado (executiva, planejamento, infraestrutura, grupo

condutor, macrorregiões, acadêmica, pedagógica e comunicação social) e se reuniram em oficinas

de trabalho para construir a estrutura organizacional e o cronograma para a elaboração dos trabalhos

por área (BRASIL, 2014).

Para atingir a meta de formação de 290.197 agentes comunitários de saúde (ACSs) e

auxiliares e/ou técnicos em enfermagem (ATENFs), planejou-se um número inicial de 80

Orientadores de Aprendizagem que acompanhariam um quantitativo de 1.200 tutores, trabalhadores

da rede de saúde, para o desenvolvimento da formação em território (BRASIL, 2014). Este

planejamento inicial modificou-se ao longo das articulações e demandas territoriais,

compreendendo a dimensão do projeto e as especificidades territoriais, redimensionando este

quantitativo.

O número total de tutores e orientadores que participaram das formações realizadas pela

equipe pedagógica nacional foi de 2761 participantes dos processos de formação de orientadores e

tutores. Destes, foram aprovados 2139, somando tutores e orientadores, sem considerar o número de

suplentes. Muitos desses candidatos que ficaram como suplentes foram chamados para a execução

do projeto, totalizando 2199 tutores e orientadores ativos no projeto.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Desses 2199 tutores que atuaram na formação presencial e em EAD, todos foram

certificados do componente presencial de formação de ACSs e ATENFs. Na modalidade EAD, o

segundo módulo do Curso de Formação de Tutores, obtiveram a condição de serem certificados, por

realizarem três turmas ou mais, o total 1726 tutores. Destes 1726 tutores, com mais de três turmas

realizadas, ao todo, 982 tutores responderam aos critérios de certificação, e foram certificados no

Segundo Módulo do Curso de Formação de Tutores (56,8%).

A participação destes atores ocorreu a partir de seleções públicas. Orientadores e tutores,

foram selecionados nos estados a partir de duas etapas de processos seletivos, que envolveram a

análise de currículo e a formação presencial. Nas etapas finais das formações nos estados, frente à

desistências de muitos tutores, outros trabalhadores que cumpriam os critérios dos Termos de

Referência foram mapeados e convidados pelas equipes estaduais para se submeterem ao processo

seletivo.

Construção do material pedagógico, planejamento das oficinas e seleção dos

orientadores e tutores

A proposta de construção do material pedagógico se desenhou após alguns encontros, de um

pequeno grupo formado pela coordenação pedagógica (Renata Pekelman e Suely Barrios), três educadores

(Marco Aurélio Jorge, Sergio Alarcon e Marise Ramoa), três apoiadores pedagógicos (Pedro Papini, Karina

Sirangelo e Rita Pereira Barboza), dois consultores (Antônio Lancetti e Stefanie Kulpa) e coordenadores e

gestores nacionais: Lisiane Boeira, Quelen Tanize da Silva, Edelves Rodrigues, Maria Cristina Guimarães,

Maria Conceição de Carvalho, Cristina Ruas, Mônica Durães, Claudio Barreiros, Marcelo Pedra.

Considerando a dimensão territorial de nosso País para um processo de Educação Permanente que

atingisse a totalidade de Agentes Comunitários de Saúde e um Auxiliar ou Técnico de Enfermagem por ESF,

identificou-se como um ousado desafio a construção de um material e de ações pedagógicas presenciais e

de educação à distância, que respondessem aos objetivos do projeto e suas metas.

Com o desafio lançado e a composição inicial da equipe pedagógica, foram realizados encontros

presenciais e à distância para construção da proposta e do material pedagógico da “Formação em Saúde

Mental (crack, álcool e outras drogas)”.

Para tanto, ocorreram discussões considerando as diversidades regionais e especificidades locais no

modo de constituição e implementação do SUS em cada território. Partiu-se da definição dos eixos

balizadores e objetivos ao qual se pretendia com este trabalho. Os três eixos temáticos compreendem:

- Eixo 1 - Conhecendo o território, as redes de atenção, os conceitos, políticas e as práticas de

cuidado em saúde mental;

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

- Eixo 2 - A Caixa de Ferramentas dos ACS e ATEnf na Atenção Básica;

- Eixo 3 - Eixo transversal: Reforma Psiquiátrica, Redução de Danos e Integralidade do Cuidado como

diretrizes para intervenção em saúde mental e no uso de álcool, crack e outras drogas.

Os objetivos do projeto pedagógico foram:

Objetivo geral:

Contribuir para a formação de Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliares e Técnicos de

Enfermagem da Atenção Básica, atuarem no acolhimento e escuta, embasando suas práticas de

cuidado em saúde mental, com ênfase nos problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras

drogas.

Objetivos específicos:

• Apropriar-se do processo de reforma psiquiátrica, da política de saúde mental com ênfase

na rede de atenção psicossocial com vistas à produção do cuidado, a reintegração social e da

cidadania das pessoas usuárias de álcool e outras drogas;

• Discutir e construir o papel do ACS e do Auxiliar/Técnico de Enfermagem da Atenção

Básica para o cuidado em saúde mental conforme especificidade de cada território, qualificando o

olhar e a escuta para dar visibilidade à questão da saúde mental e uso prejudicial de álcool e outras

drogas;

- Reconhecer as práticas em Saúde Mental já realizadas no seu cotidiano pelas equipes de

Atenção Básica;

• Ampliar a caixa de ferramenta do ACS e Auxiliar/Técnicos de Enfermagem para o cuidado

em saúde mental, atuação na rede de atenção e na construção de territórios de paz.

+Desenvolver o curso com uma metodologia participativa que permita a reflexão sobre as

práticas cotidianas

No decorrer dos encontros da equipe pedagógica, foi elaborado o material didático baseado

na proposta do Projeto. Por meio de encontros presenciais, tanto do grupo ampliado como do grupo

local (GHC/Rede de Governo) o material foi se constituindo tendo por base pedagógica a educação

permanente e a educação popular como formas de produção de saberes e reflexões sobre o trabalho

e o cotidiano dos serviços, para a constituição de diálogos entre sujeitos na problematização deste

cotidiano. Cada ator envolvido com a construção do material pedagógico compartilhou suas experiências,

práticas e inquietações. Contava-se com desenho diversificado de categorias profissionais compartilhando

suas experiências no processo de Educação Permanente, práticas de cuidado em saúde mental e na

atenção básica, modos de operacionalidade de cuidados, trabalho em rede, promoção de saúde, e também

experiências diante dos entraves e situações nos setores que compõem o SUS. Alguns norteadores na

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

construção dos eixos e propostas pedagógicas, observaram cursos já realizados no território nacional em

EP em saúde, manuais do MS e a própria legislação. Após a elaboração do material, promoveram-se

oficinas a fim de validar o material junto aos agentes comunitários de saúde (ACSs) auxiliares e

técnicos de enfermagem (ATEnf) que contribuíram para que este material fosse finalizado e

disponibilizado para os trabalhadores que fizeram a formação e no site do projeto para o publico em

geral (BRASIL, 2014).

Foi definido que o perfil dos orientadores e tutores de aprendizagem, fossem trabalhadores

atuando no serviço de SM ou AB, ou ainda na gestão ou docência em saúde, para que houvesse uma

referência mais aproximada com as temáticas, bem como com o território.

Para garantir os objetivos e metas do projeto, ampliou-se a equipe pedagógica nacional,

novos parceiros juntaram-se nesta caminhada. Deu-se a seleção dos demais membros da equipe

pedagógica nacional, num total de 10 educadores, 10 apoiadores e 2 coordenadores, além da

formação dos orientadores de aprendizagem. Esses orientadores são responsáveis pelo

acompanhamento à distância, dos tutores de uma região, por meiodas Comunidades de Práticas

(CDPs) e ainda participam na formação presencial destes tutores com a equipe pedagógica nacional,

que passa a se chamar núcleo pedagógico. No processo de formação dos ACSs e os ATEnfs no

Caminhos do Cuidado, os tutores, por sua vez, acompanham os trabalhadores por todo o curso

(BRASIL, 2014).

O planejamento da formações de orientadores, tutores e ACS/ATEnf, todos baseados neste

último foi realizado pela equipe nacional e coordenado por ela durante todo o projeto, sendo que

nas suas últimas etapas construiu-se uma parceria com as ETSUS/ESP onde algumas escolas

assumiram o protagonismo nas formações de tutores de aprendizagem do projeto, com o apoio da

equipe nacional.

Os orientadores de aprendizagem foram profissionais de nível superior com pós-graduação

em áreas como Saúde Mental, Saúde Coletiva, Saúde Pública, Atenção Básica, Educação ou

Ciências Sociais. Para integrar o projeto, eles participaram de um processo seletivo com a análise de

currículo e de uma oficina de formação pedagógica na modalidade presencial, com carga horária de

24 horas(BRASIL, 2014), também parte do processo seletivo, com critérios de seleção

classificatória e eliminatória. Os tutores, foram trabalhadores de saúde graduados com mínimo de

um ano de experiência profissional, participaram de um curso de formação com carga horária de

124 horas distribuídos em dois módulos: 40h presenciais, com critério de seleção classificatória e

eliminatória (Módulo I), e 84h em Educação à Distância (EAD), acompanhados pelo orientador de

aprendizagem (Módulo II). A formação para ACSs e ATENFs, objetivo final do projeto, teve carga

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

horária de 60 horas, sendo 2/3 do tempo desenvolvidos em horas presenciais e 1/3 em atividades de

campo (BRASIL, 2014).

Logomarca e divulgação

Para divulgação e conhecimento sobre o projeto, a Comunicação Social criou a logomarca e

produtos como a camisa e a mochila entregues aos orientadores, tutores e alunos, juntamente com o

kit do material pedagógico (cadernos didáticos, guia de Saúde Mental, DVDs contendo textos e

vídeos, livros e publicações do Ministério da Saúde). Foi criado o site

http://www.caminhosdocuidado.org/ com a disponibilização desse material didático, além de vídeos

de apoio, abordando temas relacionados ao curso de capacitação em saúde mental, crack e outras

drogas (BRASIL, 2014).

Nos territórios

Após o lançamento do primeiro edital (Termo de Referência) para a seleção de orientadores

nos estados do Acre, Pernambuco, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal,

tiveram início as formações dos mesmos. O primeiro edital foi publicado em 09 de agosto de 2013.

A primeira oficina de orientadores aconteceu em Brasília, durante três dias, e selecionou 12 dos 21

participantes. Foram realizadas outras oficinas destinadas a formação e seleção de orientadores e

tutores dos seis estados pilotos que ocorreram em Recife, Curitiba e São Paulo (BRASIL, 2014).

Lançamento oficial do projeto

O projeto Caminhos do Cuidado foi lançado, oficialmente, em 23 de outubro, em cerimônias

simultâneas, nos estados pilotos do Acre, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e no

Distrito Federal. Organizou-se um evento em cada estado, com foco nos eixos do Projeto

Caminhos, contando com uma introdução institucional, destacando autoridades locais, nacionais e

colaboradores do projeto. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), Auxiliares e Técnicos de

Enfermagem (ATEnf), destes estados, tiveram uma aula magna, com palestra de técnicos do

Ministério da Saúde, ou convidados locais que debateram os principais temas do curso, e assistiram

a atrações culturais (BRASIL, 2014).

Para marcar o lançamento, foi produzido um vídeo com os melhores momentos do

lançamento nos estados, e que está disponibilizado na internet:

(https://www.youtube.com/watch?v=nkSQ3V-jU40&list=UUsCTLaiJZPrO4fiX9_L_4_w)

(BRASIL, 2014).

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Segunda fase do projeto

A segunda etapa do projeto foi consolidada em dezembro de 2013 e foram abertas seleções

para orientadores e tutores nos estados de Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Santa

Catarina, Tocantins, Minas Gerais, Goiás, Amapá, Bahia, Alagoas e Amazonas (BRASIL,

2014).

Terceira etapa do projeto

A terceira fase do Projeto Caminhos do Cuidado foi iniciada em fevereiro de 2014 com a

participação dos Estados do Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí,

Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe (BRASIL, 2014).

Fase final: regionalização

O projeto Caminhos do Cuidado chega à sua etapa final de opercionalização em maio de

2014 e entra em processo de regionalização e consequente descentralização de suas ações. Nesta

fase os principais pontos são: o reforço ao protagonismo da RET-SUS, com destaque à plataforma

Comunidade de Práticas que serve como apoio à distância entre o Núcleo Pedagógico, os

orientadores e tutores, que vão atuar na formação dos ACSs e ATENFs (BRASIL, 2014).

Além desta estrutura, foram organizadas equipes matriciais nacionais, formadas por:

coordenação de macrorregional, técnico do Ministério da Saúde (SGTES), Educador e Apoio

Pedagógico do Projeto. Estas equipes nascem com a finalidade de dar apoio aos estados para a

organização das formações e acompanhamento das ações do projeto.

Para facilitar o processo de regionalização das ações, a área de Infraestrutura do projeto

criou manuais para as coordenações estaduais trabalharem suas ações de forma descentralizada

(BRASIL, 2014).

Percorrendo os caminhos: a descentralização

Nessa nova etapa, a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), parceira do projeto,

ganhou destaque participando tanto da produção de turmas como da formação pedagógica de

tutores e avaliação de candidatos, contando com o apoio das equipes matriciais nesse processo. O

objetivo foi sustentar a iniciativa que superou o tempo de duração, previsto inicialmente para final

(Dezembro) de 2014 (BRASIL, 2014).

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Finalização das Ações do Projeto Caminhos do Cuidado

Inicialmente, a finalização das ações do Projeto Caminhos do Cuidado estava prevista para

dezembro de 2014. A extensão do prazo de finalização do Projeto ocorreu para o cumprimento da

meta inicial, mantendo a qualidade da ações em todos os espaços, desde a formação, passando pela

gestão do projeto e pela articulação entre os atores. Este fato denota a capilarização desta proposta

de formação que atingiu a maioria dos municípios brasileiros e promoveu a qualificação dos

profissionais em todo o território nacional, superando as metas iniciais.

Outros fatores também contribuíram para a ampliação do prazo de realização do projeto:

(1) A complexidade de articulação local, demandada pelo projeto em suas variadas

composições: articulação com municípios, realização das turmas, e outros fatores de acordo

com as realidades regionais.

(2) O projeto Caminhos do Cuidado teve que se adaptar a uma mudança de legislação ocorrida

no decorrer de suas ações. Essa mudança foi desencadeada pelo período eleitoral e colocava

que circulação e divulgação das logomarcas impressas nos materiais do pedagógico, não

estariam de acordo com a nova legislação eleitoral. Desse modo não puderam ser

distribuídos nesse período, pastas camisetas, mochilas e canetas.

(3) Durante o período da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, as atividades presenciais nos

territórios da equipe nacional foram reduzidas.

(4) O desligamento voluntário de diversos tutores e a negativa de realização de turmas, entre

outros fatores, impediram a atuação de tutores para a formação de muitas turmas (quer pela

dificuldade de deslocamento, acesso ou outras questões regionais) e levaram a necessidade

de novas formações de tutores.

Com todos esses fatores, até dezembro de 2014, doze estados finalizaram o projeto sendo

eles: DF, GO, MS, ES, TO, AC, AL, PE, SE, RS, AP, RN. Até março de 2015, outros nove estados

concluíram suas atividades: BA, PR, SC, AM, PA, CE, PI, RR e MT. Em junho, MA concluiu suas

atividades e em julho, SP, MG e RJ. As atividades pedagógicas na plataforma CdP encerraram-se

em agosto de 2015.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

2 DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÃO E

FORMAÇÃO DA EQUIPE

A Equipe Pedagógica inicial do projeto é composta por educadores, orientadores de

aprendizagem e tutores, cujos objetivos, atribuições e resultados foram apresentados em documento

produzido pelos gestores do projeto (BRASIL, 2013), sendo que ao longo de sua implementação

estas atribuições e equipes sofreram alterações, abaixo descritas.

Cabe destacar que na equipe pedagógica somaram-se os apoiadores pedagógicos. Como

forma de organizar o processo de trabalho constituiu-se, ainda, o núcleo pedagógico composto pela

coordenação pedagógica, educadores e apoiadores pedagógicos.

2.1 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

No Projeto inicial constam os objetivos, as atribuições, os componentes e os resultados

esperados do Núcleo Pedagógico (BRASIL, 2013):

Objetivo: Propor, desenvolver e acompanhar a estratégia pedagógica dos cursos de

ACS/ATEnf e coordenar o curso de orientadores e tutores em função das particularidades locais.

Atribuições:

● Coordenar a elaboração de Plano de Curso dos ACS e ATEnf, orientadores e tutores;

● Definir e compor autores para o material didático;

● Planejar, articular e coordenar as oficinas de execução, validação e a avaliação permanente

do processo pedagógico, das tecnologias de aprendizagem e do material didático;

● Planejar, articular e coordenar o processo de formação e acompanhamento dos orientadores

e tutores;

● Contribuir com a formulação dos requisitos do processo seletivo dos tutores e orientadores;

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

● Monitorar e avaliar o processo pedagógico da formação dos ACS e ATEnf, tutores e

orientadores;

● Analisar o processo pedagógico e coordenar a modificação/ criação de normas técnicas de

operacionalização e execução do projeto;

● Produzir relatórios técnicos de monitoramento e acompanhamento do projeto nas questões

pertinentes ao objetivo da sua atuação.

Resultados: Plano de cursos elaborados e definidos; material didático e tecnologias de

aprendizagem confeccionadas; Tutores e orientadores formados; processo formativo dos

orientadores, tutores e ACS monitorados; Relatórios produzidos.

Considera-se que o núcleo pedagógico conseguiu desenvolver suas atividades conforme o

esperado, superando em muito as metas iniciais. O projeto previa a formação de 80 orientadores e

1200 tutores. Ao final do projeto formamos cerca de 2700 trabalhadores entre orientadores e

tutores, equipes das ETSUS e participantes das coordenações estaduais. Desenvolveu-se o

acompanhamento nas CdPs e nos territórios, com ações de educação permanente.

2.2 EDUCADORES

Os Educadores são Profissionais de Saúde e/ou Educação, com notório conhecimento no

campo da atenção primária e/ou saúde mental, com experiências em docência, gestão e

planejamento ou pesquisa.

Objetivo: Realizar a formação, acompanhar e supervisionar as atividades dos orientadores

de aprendizagem e dos tutores.

Atribuições:

● Participar, com o Núcleo Pedagógico, do planejamento e elaboração da programação do

conteúdo programático dos cursos dos ACS e ATEnf, dos tutores e dos orientadores;

● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos orientadores e

tutores;

● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos ACS e ATEnf;

● Elaborar o Guia de Saúde Mental, que faz parte do material dos alunos;

● Participar das Reuniões ordinárias e extraordinárias do Núcleo Pedagógico;

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

● Participar na formação dos orientadores e tutores nos espaços de discussão sobre Reforma

Psiquiátrica, Atenção Primária/Saúde Mental, Redução de Danos na Atenção em Saúde, e o

papel do ACS/ATEnf na atenção em saúde mental;

● Na formação dos tutores realizar apoio aos orientadores nos grupos de discussão;

● Fazer planejamento diário de atividades com os orientadores durante a formação dos tutores

● .Participar da seleção de orientadores e tutores;

● Analisar o processo avaliativo de tutores e orientadores e propor instrumentos de avaliação;

● Acompanhar e supervisionar as atividades dos orientadores na sua condução técnica,

auxiliando na superação de dificuldades técnicas e teóricas acerca dos conteúdos temáticos;

● Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos orientadores em sua relação com os tutores;

● Participar, através de amostragens, das aulas de formação dos ACS e ATEnf.

● Garantir que os conteúdos compartilhados em sala de aula e nas CdP’s estejam em sintonia

com os princípios e diretrizes das reformas Sanitária e Psiquiátrica, e com a Política do

Ministério da Saúde para a Atenção Integral ao Usuário de Álcool e outras Drogas (2003);

● Contribuir na elaboração de documentos/ cartas de orientação para orientadores e tutores;

● Contribuir na avaliação de pedidos de certificação de tutores no II módulo do Curso

formação de tutores.

● Organizar e participar de agendas de educação permanente nos territórios de atuação das

equipes matriciais.

Resultados: A partir da elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnfs foram criados os

materiais educativos e elencadas as tecnologias de aprendizagem. Criados planos de curso e

formados tutores e orientadores, nas diversas regiões do país. Também foram acompanhados tutores

e orientadores pela plataforma virtual e em atividades de Educação Permanente no território, tendo

como produto final uma visão sobre a qualificação e ampliação do debate da Saúde Mental na

Atenção Básica na quase totalidade de seu território e os relatórios produzidos.

2.3 APOIADORES PEDAGÓGICOS

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Os Apoiadores Pedagógicos são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência

mínima de um ano na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica,

Saúde Mental e/ou Saúde Coletiva.

Objetivos: participar da elaboração de material educativo, organizar e promover a formação

presencial de orientadores e tutores de aprendizagem e acompanhar suas atividades à distância.

Atribuições:

● Participar do planejamento e elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnf, dos tutores e

dos orientadores;

● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos orientadores e

tutores;

● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos ACS e ATEnf;

● Elaborar o Guia de Saúde Mental, que faz parte do material educativo dos alunos;

● Participar das reuniões ordinárias e extraordinárias do Núcleo Pedagógico;

● Participar das reuniões semanais dos apoiadores pedagógicos junto à coordenação

pedagógica;

● Participar de reuniões e compor equipes regionalizadas (Coordenação macrorregional,

apoiadores pedagógicos, educadores, técnico do DEGES);

● Organizar materiais necessários para as formações presenciais de tutores e orientadores e

articular com a coordenação acadêmica essas formações;

● Promover, organizar e participar integralmente na formação dos orientadores e tutores;

● Fazer planejamento diário de atividades com os orientadores durante a formação dos tutores.

● Organizar a turmas de tutores e orientadores na Comunidade de Práticas;

● Participar da seleção de orientadores e tutores;

● Analisar o processo avaliativo de tutores e orientadores e propor instrumentos de avaliação;

● Acompanhar e supervisionar junto com educadores, as atividades dos orientadores na sua

condução técnica, auxiliando na superação de dificuldades técnicas acerca dos conteúdos

temáticos;

● Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos orientadores em sua relação com os tutores;

● Garantir que os conteúdos compartilhados em sala de aula e nas CdP’s estejam em sintonia

com os princípios e diretrizes das reformas Sanitária e Psiquiátrica, e com a Política do

Ministério da Saúde para a Atenção Integral ao Usuário de Álcool e outras Drogas (2003);

● Organizar e participar de agendas de educação permanente nos territórios de atuação das

equipes matriciais;

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

● Analisar as atividades/tarefas obrigatórias dos tutores, conjuntamente com o orientadores e

solicitar a certificação da atividade em EAD junto à coordenação acadêmica;

● Elaborar documentos/cartas junto a coordenação pedagógica, de orientação técnico/

pedagógicas, para orientadores e tutores;

● Responder as demandas pedagógicas e das Comunidades de Práticas que chegaram via e-

mail do Fale Conosco no site do projeto;

● Articular com as Macrorregionais e solicitar a Coordenação Acadêmica a certificação dos

orientadores.

Resultados:A partir da elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnfs foram criados os

materiais educativos e elencadas as tecnologias de aprendizagem. Criados planos de curso e

formados tutores e orientadores, nas diversas regiões do país. Também foram acompanhados tutores

e orientadores pela plataforma virtual e em atividades de Educação Permanente no território, e

acompanhamento das atividades acadêmicas da plataforma virtual, tendo como produto final uma

visão sobre a qualificação e ampliação do debate da Saúde Mental na Atenção Básica na quase

totalidade do território nacional e os relatórios produzidos.

2.3 ORIENTADORES

Os Orientadores são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência mínima de dois

anos na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica, Saúde Mental

e/ou Saúde Coletiva.

Objetivo: Participar da formação dos tutores, monitorar e acompanhar a atuação dos tutores

em EAD.

Atribuições:

● Participar da oficina presencial, formação de Orientadores, com carga horária de 24 horas,

em dias úteis consecutivos (item 6.2 deste Termo de Referência);

● Responsabilizar-se pelo acompanhamento em Educação a Distância (EAD), dos tutores,

numa média de 15 horas mensais;

● Realizar a formação presencial de tutores em no mínimo uma oficina organizada pela equipe

do projeto, com duração de 40 horas em dias úteis consecutivos, executada em data(s) e

local(is) a serem divulgados oportunamente;

● Realizar os registros acadêmicos, avaliar os tutores e elaborar relatórios pertinentes à

formação sob sua responsabilidade.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Resultados: Tutores formados, acompanhados e certificados.Um grande número de tutores

e orientadores conseguiram atingir os resultados esperados, mas em um número muito menor do

que as metas com os ACS/ATEnf. O maior desafio foi poder implementar a EAD para os mais

variados cenários deste país diverso. Problemas de conexão com a internet, domínio das

ferramentas da informática, construção da linguagem e da reflexão foram as principais dificuldades

do EAD. Houve situações onde os orientadores não conseguiram corresponder ao trabalho exigido

na EAD tendo sido desligados do projeto e outros solicitaram sua saída. A substituição desses

orientadores foi feita por meio de convite aos já orientadores para assumirem novas turmas ou pela

chamada de suplentes. Apenas em um estado onde não havia mais suplentes a serem chamados,

uma tutora foi convidada a assumir essa tarefa, tendo também participado de nova oficina de

formação de tutores, agora no papel de orientadora, completando sua formação para ser orientadora

de aprendizagem o projeto.

2.4 TUTORES

Os Tutores são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência mínima de um ano

na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica, Saúde Mental e/ou

Saúde Coletiva.

Objetivos: Realizar a formação dos Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliares/Técnicos

de enfermagem.

Atribuições:

● Participar da oficina presencial, formação de tutores, na modalidade presencial, com duração

de 40 horas, em dias úteis consecutivos (item 6.2 deste Termo de Referência);

● Ter disponibilidade para ser acompanhado em EAD pelo orientador de aprendizagem num

período de 84 horas que corresponde ao II módulo do curso de formação de tutores do

projeto;

● Realizar e acompanhar a formação presencial das turmas de Agentes Comunitários de Saúde

e Auxiliares/Técnicos em Enfermagem, sob sua responsabilidade;

● Realizar os registros acadêmicos, elaborar relatórios pertinentes à formação e avaliar as

turmas sob sua responsabilidade.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Resultados: Turmas formadas e participação parcial nas comunidades de práticas. Muitos

tutores tiveram uma boa participação nas CdPs, entretanto não se alcançou o resultado esperado em

termos de interação entre os próprios tutores e destes com seu orientador. Problemas de conexão

com a internet, domínio das ferramentas da informática, construção da linguagem e da reflexão

foram as principais dificuldades do EAD, muitos tutores fizeram apenas relatos descritivos das

aulas. Há um grande número de imagens postadas, mas poucas com comentários. A certificação do

módulo II do curso de tutores do projeto acabou voltando-se mais para a entrega de atividades do

que para o debate pedagógico e temático.

Um grande número de tutores formados realizou ao menos uma turma sendo que muitos não

conseguiram manter-se no projeto por vários motivos. Observou-se que muitos tutores tiveram uma

atuação responsável e positiva, entretanto houve situações de abandono de turmas sem sua

finalização, tutores que avisaram de véspera que não poderiam comparecer, outros que

apresentaram alguma dubiedade em relação aos conteúdos do curso.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

3 MATERIAL EDUCATIVO

A construção do material educativo (Caderno do Tutor e Caderno do Aluno) se deu a partir

das primeiras oficinas que definiram a matriz curricular do curso dos ACS/ATEnf e os eixos

temáticos dos cursos. Definidos os temas e a concepção pedagógica do curso, orientada pelas

políticas de formação para o SUS (Política de Educação Permanente na Saúde e Política de

Educação Popular em Saúde) foram realizadas buscas bibliográficas, construção de textos e

elaboração do plano de ensino/plano de aula do curso dos ACS/ATEnf.

Após a elaboração do curso e do material educativo, que se deu por meio de oficinas de

autores e com o trabalho de sistematização local. Para definição do material educativo e da proposta

de curso para ACS/ATEnf foram realizadas 04 oficinas. Ao término dessa etapa, realizou-se uma

Oficina de Validação do material com a participação de ACSs e Técnicos de Enfermagem de várias

regiões do país. As observações e contribuições dos participantes foram incorporadas ao material,

que foi finalizado. O tempo desse processo foi de cerca de quatro meses. Finalizados os Cadernos,

iniciou-se a elaboração do Guia de Saúde Mental, considerado importante material de apoio para o

curso.

O Caderno do Aluno contém textos e casos que foram utilizados ao longo das atividades

presenciais e aquelas atividades de campo que também são descritas no material. Identifica-se

através do material o itinerário formativo do curso. Este propõe que se parta do território como

contexto para a discussão das políticas de atenção básica e saúde mental e o cuidado em saúde

mental na perspectiva da reforma psiquiátrica. Adentra no conceito de redução de danos como ética

1no cuidado e investiga a caixa de ferramentas dos trabalhadores, em seus contextos. Propõe ao

final o retorno ao território com o conceito de cuidado em rede.

Os aspectos metodológicos que orientam o processo pedagógico do curso baseiam-se na

construção do diálogo, na problematização e no reconhecimento dos saberes que os sujeitos

produzem em seu fazer cotidiano em saúde. Buscou-se trazer este cotidiano para o curso e as

reflexões dele para o trabalho em saúde, nas tarefas de sala de aula e de campo. O curso foi

essencialmente participativo, construído em roda onde a palavra de todos é ouvida e desejada.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

O Caderno do Tutor é composto pelos planos de aula, com dinâmicas e propostas de

problematização, descreve as técnicas e os objetivos de aprendizagem. Nele também além dos

textos e casos que serão utilizados ao longo do curso dos ACS/ATEnf, estão presentes alguns textos

complementares para ampliar o debate de sala de aula. O tutor recebeu também um CD com textos

de apoio e um CD com os vídeos propostos para serem debatidos durante a formação. Um dos

vídeos (Crack! Crack!) também foi produzido como parte do material educativo do curso.

Além do material produzido para o projeto, orientadores e tutores, em especial os formados

nas primeira e segunda etapas receberam três livros e duas publicações do Ministério da Saúde com

o objetivo de ofertar material de pesquisa e fundamentação teórica para esse grupo. Tendo em vista

a temática do curso e os profissionais que atenderam aos Termos de Referencia, considerou-se

muito importante a distribuição desse material:

1. ALARCON, S.; JORGE, M.A.S. (orgs.); Álcool e outras drogas: diálogos sobre um mal estar

contemporâneo; Ed. FIOCRUZ; RIO DE JANEIRO/RJ, 2012.

2. BRASIL; Ministério da Saúde; Caderno de Atenção Básica nº 34; BRASÍLIA/DF, 2013.

3. ______________________; Manual de Atenção à População de Rua; BRASÍLIA/DF, 2013.

4. JATENE, A.; LANCETTI, A. et al. Saúde e Loucura 7- Saúde Mental e Saúde da Família; ED.

HUCITEC, 3ª Ed.; SÃO PAULO/SP; 2013.

5. PAULON, S.; NEVES, R. (orgs.); Saúde mental na atenção básica: a territorialização do cuidado;

Ed. Sulina; PORTO ALEGRE/RS; 2013.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

4 FORMAÇÕES

As propostas de formações do Caminhos do Cuidado (sejam elas para orientadores, tutores

ou ACS e ATEnf) tiveram a intenção de ser dinâmicas, com estratégias que levassem aos atores da

Atenção Básica e da Saúde Mental ferramentas para refletir sobre o trabalho em rede, acolhendo e

cuidando dos usuários. As formações buscaram dialogar com as especificidades das diferentes

regiões do Brasil, sempre em consonância com os princípios e diretrizes do SUS e da Reforma

Psiquiátrica brasileira. (BRASIL, 2014). A proposta pedagógica tem na centralidade do aluno sua

principal direção.

O curso dos ACS/ATEnf foi planejado para cinco encontros presenciais de 8h, totalizando

40h e 20h em atividades de dispersão, ou seja, o curso previu atividades de intervenção no

território. Em um primeiro plano e para a maioria dos alunos o curso ocorreu uma vez por semana

por cinco semanas. Entretanto foi necessário replanejar o desenvolvimento do curso frente às

diversidades territoriais do país. Outras propostas de desenvolvimento do curso no apêndice 01.

4.1 Elaboração do Curso de Orientadores e Tutores

As formações de orientadores e tutores foram construídas a partir do curso dos ACS/ATEnf.

Algumas questões orientaram a proposta das formações: Quais as diretrizes do curso

(ACS/ATEnf/Tutores)? Quais debates devem ser provocados na formação do orientador/tutor que

ampliem e instiguem as discussões com seus alunos (ACS e ATEnf/Tutores)? Que caminhos

formativos privilegiam o diálogo e reflexão como processo pedagógico? Quais os processos

potentes para construção de novos olhares para o cuidado em Saúde Mental e para o uso prejudicial

de álcool e drogas na Atenção Básica? Que vivências do curso eles devem experimentar para

refazê-las a partir também de sua experiência?

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

A partir destes questionamentos foi feita a programação dos cursos de orientadores e tutores

com seus objetivos listados abaixo. As formações foram se modificando, considerando os novos

saberes construídos ao longo dos processos formativos, com a ampliação da parceria entre equipe

nacional e as equipes locais e a partir das avaliações realizadas sobre os cursos.

As formações de orientadores e tutores foram planejadas, organizadas e executadas pela

equipe pedagógica nacional (coordenadores, consultores, educadores e apoios pedagógicos e equipe

de educação à distância [OTICS]) em conjunto com a coordenação executiva, coordenação

acadêmica, coordenação de comunicação e de infra-estrutura do projeto, ETSUS/ESP estadual e/ou

municipal e participação do Ministério da Saúde.

A participação dos integrantes da equipe pedagógica nas formações se deu de forma

diferenciada, ou seja, na maioria das formações os apoiadores pedagógicos permaneceram as 40h

do Curso na coordenação dos grupos de trabalho e na organização do curso em geral, os educadores

que permaneceram de 10h a 40h, contando com a colaboração das equipes estaduais, coordenação

macrorregional e demais coordenações. Considerou-se fundamental a presença dos consultores do

Ministério da Saúde dos Departamentos de Atenção Básica, da Coordenação de Saúde Mental e dos

apoiadores da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SEGETS) nas formações

de orientadores e tutores da etapa de implantação do projeto. Esta presença reforçou a presença

local dos representantes das políticas nos estados.

Em um segundo momento do projeto, de regionalização, a partir da metade do ano de 2014,

a atuação das equipes nacionais foi modificando sua participação, imprimindo maior protagonismo

para os atores locais (estaduais e municipais) nas formações de tutores.

4.1.1 Objetivos do curso de Orientadores:

● Apresentar o projeto caminhos do cuidado: objetivos; estrutura; fluxos etc.,

reforçando os eixos que sustentam a proposta.

● Contextualizar o papel do orientador, suas atribuições e funções ao longo do curso, tanto na

atividade presencial de formação dos tutores, quanto na EaD, através da Comunidade de

Práticas.

● Debater o cuidado em Saúde Mental na Atenção Básica

● Conhecer e compreender o método de ensino em educação à distância e a Comunidade de

Práticas

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

● Conhecer e compreender o curso presencial dos tutores do projeto e o material educativo do

curso do tutor

● Ser avaliado, conhecer os métodos de avaliação do tutor e avaliar a oficina

● Vivenciar algumas metodologias do processo formativo dos ACS e ATEnfs.

● Ter caráter classificatório e eliminatório na seleção do projeto

4.1.2 Objetivos do Curso de Tutores:

● Apresentar o projeto caminhos do cuidado: objetivos; estrutura; fluxos etc., reforçando

os eixos que sustentam a proposta.

● Contextualizar o papel do tutor na atividade presencial de formação dos ACS/ATEnf

● Debater a Saúde Mental na Atenção Básica

● Conhecer e compreender o método da educação à distância e a Comunidade de Práticas suas

atribuições e funções ao longo do curso para acompanhamento no módulo II do curso de

tutores do projeto.

● Conhecer e compreender o curso presencial dos ACS/ATEnf do projeto e o material

educativo

● Vivenciar a maioria das metodologias do processo formativo dos ACS e ATEnfs.

● Debater os aspectos pedagógicos envolvidos no projeto

● Ser avaliado e avaliar o curso presencial.

● Ter caráter classificatório e eliminatório na seleção do projeto

As programações estão no (APÊNDICE 02

4.2 Seleção de Tutores/Orientadores (elaboração dos Termos

de Referência/articulações locais)

A seleção de orientadores e tutores no projeto se deu em duas etapas. A primeira etapa

compreendeu a apresentação do currículo exigido para cada cargo, que teve seus critérios

estabelecidos e foi avaliado pelas equipes nacionais e estaduais sob os cuidados da coordenação

acadêmica do projeto. Após a análise do currículo, os candidatos aprovados participaram do

segundo momento, que compreendeu as oficinas de formação de orientadores/tutores com a

participação da equipe nacional e local, coordenação estadual e/ou corpo das ETSUS. Somente após

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

concluída a formação e aprovado na avaliação final o orientador/tutor (titular ou suplente) pôde

exercer as atividades no projeto.

4.3.Formação presencial dos tutores e orientadores

A formação de orientadores e tutores teve início em setembro de 2013. Foram realizadas 53

turmas no total, entre 2013 e 2015, sendo 06 de orientadores e 47 de tutores. O número de

participantes em cada formação variou de 10 a quase 200 candidatos a orientadores e tutores.

O curso de orientadores se realizou em 24h presenciais em uma primeira etapa, e o

acompanhamento de ao menos uma turma de formação de tutores como co-facilitadores dos grupos

de tutores.

O curso de tutores se desenvolveu em dois módulos. O módulo I presencial de 40h,

classificatório e eliminatório para a seleção de tutores do projeto. O módulo II na modalidade de

educação à distância (EAD), onde os orientadores coordenaram as Comunidades de Práticas (CdP),

plataforma utilizada para este módulo da formação com carga horária de 84h.

A estruturação dos cursos presenciais teve a mesma organização teórico-metodológica

proposta para o curso de ACS/ATEnf. A proposta de condução dialógica, de valorização da

experiência, na proposição de reflexão sobre o cotidiano do trabalho e sua relação com a temática

do curso, proporcionando debates de concepções de cuidado e de discussão de situações-limite.

Para a efetiva participação dos educandos, como em grande maioria das formações o

número de participantes superava as 60 pessoas, utilizaram-se estratégias de organização para o

desenvolvimento das atividades de sala de aula entre pequenos grupos, grupos intermediários,

denominados médios grupos, e o grande grupo onde todos os participantes se encontravam,

principalmente na abertura e encerramento do curso. No apêndice 02 exemplificam-se os planos de

aula para as 40h, desenvolvido no curso de tutores em 05 ou em 04 dias (desenvolvido para turmas

menores que vinte participantes).

4.4 Elaboração de instrumentos de avaliação para a

classificação/seleção

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Na primeira etapa do projeto, as oficinas de formação eram classificatórias para orientadores

e tutores. Essa experiência apontou a necessidade de se realizar uma avaliação mais criteriosa, que

pudesse desclassificar alguns candidatos que não se identificavam com o objetivo do projeto ou que

teriam muita dificuldade em exercer a atividade de orientador ou tutor. Assim, definiu-se um ponto

de corte para a classificação dos candidatos a partir das avaliações que vinham sendo realizadas

para a classificação dos candidatos. Este ponto de corte foi de 30% relativo ao aproveitamento final

do candidato/a, ou seja, a média final da avaliação deveria ser acima de 03 pontos em 10 para ter a

possibilidade de ocupar a vaga de orientador ou tutor.

A avaliação dos candidatos a orientadores e tutores durante o curso de formação, contou

com dois instrumentos de avaliação. No primeiro, o orientador/tutor era avaliado quanto às

habilidades, participação e compreensão crítica demonstrada ao longo da formação, nos trabalhos

de grupos. Para isso, foi utilizado um instrumento norteador utilizado por uma equipe composta por:

- educador, apoio pedagógico, coordenação estadual do Projeto e representante da ETSUS

na avaliação de orientadores;

- orientador, educador, apoio pedagógico, coordenação estadual do Projeto e representante

da ETSUS na avaliação de tutores.

A segunda etapa, compreendia em uma avaliação escrita baseada em um caso ou de CdP

(postado pelos tutores em forma de relato) ou de sala de aula respectivamente. Para ambos os casos

elaborou-se um roteiro para a correção no qual os parâmetros considerados como conteúdos

essenciais do projeto foram analisados.

Ao longo do processo, houve uma qualificação dos instrumentos avaliativos da seleção de

orientadores/tutores na formação presencial. As propostas de melhoria se deram a partir da

experiências vivenciadas durante as formações de orientadores e tutores do Projeto.

O apêndice 03 traz os instrumentos de avaliação e gabaritos correspondentes.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

4.5. Formações realizadas (nº, local, nº de aprovados)

Tabela com as formações dos orientadores de aprendizagem

Data Local Estados participantes

Educadores Apoio Pedagógico

Equipe de EAD

Coordenação

09 à 11 de setembro de

2013

Brasília PE, AC, RS, PR, SP

Marco Sérgio Marise Dênis

Karina Rita

Pedro

Alexandre Nilva

Renata Sueli

Edelves

14 a 18 de outubro de

2013

São Paulo SP Marco Dênis

Stefanie Bia

Lancetti

Karina Pedro Rita

Alexandre Nilva

Renata

20 a 22 de novembro de

2013

Brasília GO, MS, SC, AL, AM, TO, PR, RJ, DF

Natale Renata

Pilar Marco Sérgio Marise Dênis

Karina Pedro

Angélica Thaís

Alexandre João

Renata

08 a 10 de janeiro de 2014

Brasília AM, GO, BA, AP, PA, MS

Hellizett Marco Marise Natale Sérgio

Angélica Filipe Pedro

Alexandre

Renata

03 a 05 de fevereiro de

2014

Belo Horizonte

MG, SE, RO, ES, MT, RR

Marise Lancetti

Dênis

Giulia Karina Pedro

Rossana

Nilva Charles

Renata

24 a 26 de fevereiro de

2014

Brasília CE, PB, RN, PI, MA, RO Pilar

Denis

Gabriely Juliana

Rita

Alexandre Nilva

Charles Renata

Tabela com as formações dos tutores de aprendizagem

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Data Local Estados participantes

Educadores Apoio Pedagógico

Equipe de EAD

Coordenação

30 de setembro a 04 de outubro

de 2013

Recife AC, PE Stefanie Marco Marise Sérgio

Karina Rita

Pedro Renata

Alexandre Cadu

Renata Sueli

07 a 11 de outubro de

2013

Curitiba DF, RS, PR

Marco Marise Sérgio

Karina Rita

Pedro Thaís

João Matheus

Renata

14 a 18 de outubro de

2013

São Paulo João Matheus

Cadu

Renata

25 a 29 de novembro de

2013

São Paulo SP Stefanie Lancetti

Pilar Marise Marco Sérgio

Pedro Rita

Karina Thaís

Juliana Filipe

João Matheus

Edelves Renata

09 a 13 de dezembro de

2013

Florianó- polis

SC, RS

Pilar Stefanie

Bia Dênis

Marise Sérgio

Karina Rita

Alexandre Molon

Renata

09 a 13 de dezembro de

2013

Goiânia GO, MS

Natale Renata Marco

Hellizett

Juliana Filipe Thaís Pedro

João Matheus

Renata

16 a 20 de dezembro de

2013

Brasília DF, AL, TO Dênis Hellizett Marise Sérgio

Thaís Pedro Juliana

João Matheus

Renata

16 a 20 de dezembro de

2013

Rio de Janeiro

RS, RJ Pilar Marco Bia ?

Natale Lanceti Renata

Rita Karina

Angélica Filipe

Alexandre Molon

Renata

20 a 24 de janeiro

Salvador BA, GO Marco Pilar

Renata

Karina Rita

Angélica

João Molon

Renata Edelves

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Natale Marise

Giulia Rossana

Filipe

20 a 24 de janeiro

Belém PA, AP Bia Dênis

Hellizett Sérgio

Stefanie

Gabriely Juliana Pedro

Matheus Charles

Renata

27 a 31 de janeiro

São Paulo SP, PE, MT, RJ, DF

Pilar Sérgio Marco

Bia Renata

Stefanie Lancetti

Karina Giulia

Rossana Angélica

Filipe

João Molon

Renata

27 a 31 de janeiro de 2014

Salvador BA Natale Dênis

Hellizett Marise

Pedro Gabriely Juliana

Rita

Matheus Luciano

Renata

03 a 07 de fevereiro de

2014

Manaus AP, RR, AM

Marco Pilar

Juliana Gabriely

Filipe Angélica

Luciano João

10 a 14 de fevereiro de

2014

Porto Alegre RS, SC Dênis Stefanie

Bia Natale

Giulia Juliana Pedro

João Charles

Renata Odete

17 a 21 de fevereiro de

2014

Belo Horizonte

MG Marco Pilar

Marise Renata Sérgio Dênis

Stefanie Bia

Natale Hellizett Lancetti

Karina Rita

Pedro Angélica

Filipe Juliana Giulia

Gabriely Rossana

João

Alexandre Charles

João Luciano

Renata Edelves

03 a 07 de março de 2014

Belém PA,MA Marco Sérgio

Angélica João

Giulia Rossana

Alexandre Charles

Renata

10 a 14 de Fortaleza CE, SE Sérgio Giulia Matheus e Edelves

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

março de 2014 Natale

Filipe Juliana

João

Charles

10 a 14 de março de 2014

Vitória ES, SE Dênis Pilar Bia

Stéfanie

Angélica Rita

Karina Pedro

João Douglas

Renata

10 a 14 de março de 2014

Foz do Iguaçu

Marco

Aurélio Rossana Gabriely

João Douglas

17 a 21 de março de 2014

Fortaleza CE

Marise Natale Pilar

Gabriely Rossana Angélica

Alexandre Adriane

Renata

17 a 21 de março de 2014

João Pessoa PB Denis Marco Sandra

Giulia Filipe

Juliana João

João Luciano

17 a 21 de março de 2014

Natal RN Sérgio Bia

Hellizett

Karina Rita

Alexandre Adriane

Renata

24 a 28 de março de 2014

Teresina PI Dênis Bia

Renata Stefanie Natale

Gabriely Rossana Juliana

Alexandre Charles

Renata

24 a 28 de março de 2014

Cuiabá MT, MS, RO Sandra Pilar

Marise Paula

Karina Angélica

Giulia João Filipe

João Adriane

Renata

31 de março a 04 de abril de

2014

São Luis MA, RJ Marco Pilar

Sérgio Paula

Gabriely Rossana Angélica

Rita

Matheus Felipi

Renata

02 a 06 de junho de 2014

Maceió AL Renata Natale

Juliana Luis

João Adriane Renata

11 a 15 de Porto Alegre RS Marco Giulia João Renata

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

agosto de 2014 Aurélio Rafael Débora Andréia

Odete

11 a 15 de agosto de 2014

São Paulo SP Bia Lancetti Stefanie

Filipe (suporte remoto)

Renata

18 a 22 de agosto de 2014

Campo Grande

MS

(suporte remoto) Renata

18 a 22 de agosto de 2014

São Luis MA

Luis Karina

(suporte remoto)

25 a 29 de agosto de 2014

São Luis MA Sérgio Rafael (suporte remoto)

26 a 29 de agosto de 2014

Montes Claros

MG Sandra Andréia (suporte remoto)

25 a 29 de agosto de 2014

Goiânia GO,DF Stefanie Débora (suporte remoto)

25 a 29 de agosto de 2014

Aracaju SE

Luis (suporte remoto)

25 a 29 de agosto de 2014

Ji-Paraná RO Dênis Pedro ?

(suporte remoto)

01 a 05 de setembro de

2014

Manaus AM Dênis Juliana (suporte remoto)

01 a 05 de setembro de

2014

Rio de Janeiro

RJ Aline Pilar

Karina (suporte remoto)

02 a 05 de setembro de

2014

Florianó- polis

SC Marco Andréia Débora

(suporte remoto)

08 a 11 de setembro de

2014

Belém PA

Juliana (suporte remoto)

08 a 11 de setembro de

2014

Imperatriz MA

Luis (suporte remoto)

15 a 19 de setembro de

2014

Cruzeiro do Sul

AC

Karina (suporte remoto)

Renata

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

15 a 18 de setembro de

2014

Cuiabá MT Stefanie Angélica Rafael

(suporte remoto)

22 a 25 de setembro de

2014

Boa Vista RR Dênis

(suporte remoto)

29 de setembro a 03 de outubro

de 2014

Feira de Santana

BA

Angélica (suporte remoto)

29 de setembro a 03 de

outubro de 2014

Itabuna BA

Aline Luis (suporte remoto)

9 a 22 de janeiro de 2015

São Luís

MA Pilar

Luís

(suporte remoto)

23 a 26 de fevereiro de

2015

Manaus AM

Juliana (suporte remoto)

4.6. Análise singular das oficinas de formação

Na tabela abaixo encontram-se os relatos das impressões pessoais dos participantes da

equipe pedagógica nas formações de tutores e orientadores.

Pode-se considerar que houve duas grandes etapas de formação de orientadores e tutores. A

primeira respeitou as etapas de implantação do projeto nacionalmente. Encerrou-se primeiro a

formação de orientadores apesar de terem sido realizadas de forma concomitante, e ocorreram de

setembro de 2013 a fevereiro de 2014. Nesse período todos os estados e distrito federal tinham

tutores e orientadores para a implementação do projeto. A segunda etapa de formações de tutores

iniciou em junho de 2014, intensificando-se no segundo semestre e finalizando em março de 2015.

Estas formações direcionaram-se para grupos menores de alguns estados que não tinham alcançado

o número necessário de tutores.

Data

Formação

Local

Coordenação

Apoio Pedagógico

Educadores

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Estados participantes

09 a 11 de setembro de 2013 Orientadores

Brasília PE, AC, RS, PR

Marco, Karina, Renata, Sérgio, Rita, Sueli, Marise, Pedro, Edelves, Lancetti.

Relato dos Formadores Primeira formação onde estávamos nos encontrando pela primeira vez toda a equipe para o fazer

educativo. Experimentamos na prática as atividades que vínhamos compondo para o curso.Já nos

conhecíamos da construção e criação coletiva dos cursos, como vamos colocar esses debates em prática? A

infra-estrutura não comportava o número de participantes nas salas, começamos a partir daqui com o

processo de reinvenção. Algumas das atividades fizemos no saguão da ETSUS em Brasília. Esta primeira

oficina serviu para que revíssemos algumas organizações previas, a exemplo da primeira dinâmica, a do

barbante. Revendo seu fazer em GG para PG, para que de fato pudéssemos fazer uma escuta qualificada

da “bagagem” de cada participante.

Embora já nos conhecêssemos, havia uma expectativa muito grande de saber, como seria mediar essa

oficina, saber como as pessoas responderiam às dinâmicas e rodas de conversas, a vivência nestes dias de

formação, enfim, reforçando a oficina de validação do material pedagógico, ocorrida em março. Esta

primeira oficina foi muito bem sucedida. Os participantes se envolveram, mergulharam na proposta e

mostraram-se dispostos a serem multiplicadores em seus estados. Tivemos na correção das avaliações

escritas, realizada no processo final da formação para os orientadores, um grande sentimento por aqueles

que não entraram no processo, naquele momento, devido ao nível satisfatório dos candidatos presentes.

Um nível excelente de profissionais presentes. Enfim, apostas de qualidade nos territórios. Nesta primeira

formação, ainda não tínhamos o material oficial, que seguiria no curso, contávamos com cópias impressas

e necessidade de improvisos como tamanho das salas, trazendo alguns problemas a formação. Pudemos

também conversar sobre as dificuldades prováveis, de locais e populações específicas, problematizando

questões que pudessem trazer um rico debate em sala e em EAD. Essa formação ocorreu na ETSUS de

Brasília, sob a Coordenação de Tereza Cristina e demais apoiadores, que nos receberam e foram excelentes

no acolhimento de todos. A primeira atividade da teia, atividade de apresentação dos participantes foi

muito lenta, porque que foi realizada com todos os participantes, de uma única vez num pequenos espaço

físico. Nossa primeira experiência. A partir desta e outras experiências, fomos ajustando no decorrer dos

caminhos. E como saldo final, todos saíram contemplados nas discussões e trocas que pudemos promover,

e nós, satisfeitos e mais seguros para as próximas oficinas.

30 de setembro a 04 de outubro de 2013 Tutores Recife AC, PE

Stefanie Karina Renata Marco

Rita Sueli

Marise Pedro Sérgio Renata

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Relato dos Formadores A distância e o trânsito de Recife dificultaram o cumprimento dos horários. Primeira formação de tutores,

testando a programação vendo se correspondia aos objetivos. Muitas discussões, debates, desconstruções,

foram os primeiros resultados da oficina. Tínhamos um grupo de candidatos a tutores heterogêneos,

vindo de regiões bem diferentes, com especificidades e necessidades muito singulares. Para tantos o teor

das discussões de SM e AB era totalmente diferentes. Percebia-se as diferenças nas falas, nos relatos dos

candidatos e na rede estabelecida. Contudo, pudemos também perceber uma potência nessas diferenças e

explorar nas discussões, os modos de como se organizavam para estabelecer o cuidado na rede existente.

Já nesta formação, estávamos um pouco mais experientes, mas ainda sim, na expectativa de uma oficina

com mais dias de vivências, e mais temáticas a aprofundar. Contávamos com a presença dos orientadores

de aprendizagem, aprovados na oficina realizada em BSB, como coordenadores dos pequenos gruposPGs,

junto conosco, Apoiadores, Educadores e Consultores. Marcelo, Renata, Lorena, Caroline, de Pernanbuco e

Bruno do Acre. As turmas tinham um número previsto de participantes. Os pequenos grupos haviam sido

organizados e preparados anteriormente ao encontro, para que pudéssemos fazer uma oficina muito

produtiva, e assim se fez. Neste encontro a diversidade regional, deixou tatuado as muitas especificidades

e discussões locais, dentro de um mesmo Sistema Único de Saúde- SUS. Pudemos perceber os avanços e

algumas dificuldades na materialização das ações socioeducativas, disponibilidades no acesso aos recursos

e dispositivos de saúde no território, as possibilidades de discutir sobre as formas de cuidado em Saúde

Mental na Atenção Básica, reconhecimento do trabalho dos ACS e ATenfs e RD. Algumas discussões que

em alguns territórios já vinham acontecendo. Enfim, questões que o Projeto Caminhos do Cuidado,

também pode ser facilitador, por meio das discussões e relato de experiências em outros locais. Saímos

com um saldo positivo deste encontro, e percebendo que a cada formação íamos nos refazendo e

fortalecendo os nossos traços, através das trocas produzidas.

07 a 11 de outubro de 2013 Tutores Curitiba

DF, RS, PR

Marco Karina Renata Marise

Rita Sérgio Pedro Thaís

Relato dos Formadores A formação teve problemas com a estrutura, salas muito cheias, grupos grandes, muita dificuldade na apresentação da CdP, estabeleceu-se número máximo de participantes (30) por sala para a formação relacionada com a plataforma na EAD. O grupo por estado muito diferentes, uma potencia nos debates de médios grupos. Os do RS com uma maior clareza da RD e desinstitucionalização, O PR resistente para pensar outras formas de cuidado em SM. . Os candidatos eram menos receptivos e de fato bem resistentes à redução de danos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

14 a 18 de outubro de 2013 Orientadores

São Paulo SP

Karina Dênis

Stefanie Rita

(Lancetti)

Relato dos Formadores Problemas com a distância entre o hotel e a escola onde ocorreu a formação. Houve muita perda de tempo nos deslocamentos matutinos e vespertinos, e também no deslocamento para o almoço, que ocorria em um shopping relativamente distante do local da formação. O grupo era muito díspare, alguns com a história da reforma psiquiátrica em sua história e outros muito distantes desse cuidado em SM, focados na internação psiquiátrica como excelência de cuidado em SM.

20 a 22 de novembro de 2013 Orientadores

Brasília GO, MS, SC, AL, AM, TO, PR, RJ, DF

Natale Karina Renata Renata Pedro Pilar

Angélica Marco Thaís Sérgio Marise Dênis

Relato dos Formadores Primeira reunião do grupo todo constituindo o núcleo pedagógico com a entrada de novos educadores e apoios. Definimos sobre as participações nas formações. Minha primeira formação. Nos chamou atenção negativamente a apresentação da mesa do MS da parte tanto da SM quanto da AB, criando um certo murmurinho na platéia em momentos da apresentação. No grupo menor fiquei com o pessoal de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Alguns profissionais da saúde mental muito bons e outros, nem tanto. Alguns orientadores do RJ que, como verificado posteriormente, não deveriam ter sido selecionados, pois a fragilidade demonstrada na formação, se refletiu por todo o tempo na CdP. Lembro que nesse momento, ainda não se excluíam candidatos, ficando os menos capacitados ou mesmo sem condições, na lista de suplência. Recém apresentada ao Projeto, tinha tido a compreensão de que os orientadores viriam com uma boa noção da discussão na área de SM e AD para servirem de suporte aos tutores nas suas dúvidas, através da EaD, o que, infelizmente, não foi o quadro que se apresentou nesta e em outras capacitações. Assim, os 03 dias previstos para uma capacitação de orientadores se mostraram insuficientes para poder esclarecer os tópicos que seriam necessários, pelo pouco conhecimento apresentado.

25 a 29 de novembro de 2013 Tutores

São Paulo SP

Stefanie Pedro

Edelves Lancetti

Rita

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Renata Pilar

Karina Marise Thaís

Marco Juliana Sérgio Filipe

Relato dos Formadores Um grupo com disparidades na compreensão dos eixos do Projeto. Intensa discussão sobre Reforma Psiquiátrica, havendo profissionais com vivências a partir do manicômio. Além disto, foi necessário intensificar a discussão sobre cuidados de saúde mental a partir da atenção básica, já que os profissionais não tinham tal formação tão presente. Hoje, rememorando todas formações sejam as de tutores, sejam as de orientadores das quais participei,

não hesito em concluir que o projeto contou com um grupo de candidatos extremamente frágil, com muita

dificuldade de compreensão dos textos, dificuldade de leitura e interpretação e praticamente nenhum

conhecimento da área de SM e AD. Em especial, o grupo do interior de SP, majoritariamente da AB.

09 a 13 de dezembro de 2013 Tutores

Florianópolis SC,

Pilar Karina Renata

Stefanie Rita Bia

Dênis Marise Sérgio

Relato dos Formadores Os tutores de Santa Catarina demonstravam pouca aproximação com a política de Saúde Mental, mas com

um debate positivo e criativo para a compreensão dos temas propostos. Houve um momento muito rico e

curioso, em que os participantes aceitaram sustentar uma roda de conversa sobre Redução de Danos em

um local pouco convencional (o deck do hotel, que avançava sobre o mar), em um horário bastante

estendido, avançando até perto das 20 horas. Foi uma das rodas de conversa em que mais se concretizou o

espírito de uma roda muito produtiva. Uma das tutoras presentes havia participado de uma das primeiras

experiências brasileiras de Redução de Danos, na cidade portuária de Itajaí, e seus relatos trouxeram muito

conteúdo para a atividade.

09 a 13 de dezembro de 2013 Goiânia

Natale Renata Marco

Hellizett Juliana Filipe Thaís Pedro

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Grande resistência ao conteúdo do projeto em relação ao cuidado em Saúde Mental e uso de drogas por parte da maioria dos candidatos, sendo que alguns colocaram-se frontalmente contra as propostas da reforma psiquiátrica e a redução de danos. A partir dessa formação, decidiu-se não ser mais possível evitar a exclusão do projeto de candidatos que o grupo do Núcleo Pedagógico percebesse como não apto a levar adiante a proposta que o curso pretendia.

16 a 20 de dezembro de 2013 Tutores Brasília

DF, AL, TO

Dênis Thaís

Renata Hellizett

Pedro Marise Juliana Sérgio

Relato dos Formadores Percebeu-se que os tutores de AL demonstravam ser uma primeira aproximação a muitos conceitos que estão na matriz curricular, excetuando-se os trabalhadores com experiência no Consultório na Rua, que demonstravam bom acúmulo à respeito da Redução de Danos e aos princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica, além de uma imensa bagagem oriunda de suas experiências cotidianas com o trabalho desenvolvido diretamente no território, com pessoas em situação de rua e usuários de álcool e outras drogas. Já os tutores de Tocantins apresentaram suas preocupações e experiências com a questão indígena, muito presente no cotidiano daquele território. Ainda entre os tutores do TO, percebeu-se uma forte influência das igrejas pentecostais nas suas concepções de vida e também de cuidado em SM. A potência das atividades de dramatização foi muito importante para as discussões deste grupo. Alguns tutores de AL e DF se destacaram pelo bom conhecimento do campo da SM e AD.

16 a 20 de dezembro de 2013

Tutores RS, RJ

Pilar Rita

Renata Marco Karina Bia ?

Angélica Natale Filipe

Lanceti Renata

Relato dos Formadores Tivemos muitas discussões sobre Saúde Mental na Atenção Básica, a partir do trabalho em território dos trabalhadores ali presentes, um grupo bastante implicado com a discussão do trabalho em território e um número significativo de trabalhadores mais da área de saúde mental. No que diz respeito ao eixo temático de Redução de Danos, o grupo tinha pouca discussão, mas foi possível fazer encontro com a temática. Apesar de realizada no Rio de Janeiro, a ETSUS local não se fez presente na formação. Pudemos contar com a presença constante da coordenação estadual, contudo. A mesa de abertura foi uma mesa realmente interessante e que, pela primeira vez, pode contar com Leon Garcia, representante da SENAD. Lembro que terminamos a quinta-feira com uma Roda de Samba do CAPS AD Mané Garrincha que não só impressionou a todos os presentes pela qualidade como contribuiu para a desmistificar o lugar do usuário de drogas, tema a que nos dedicamos no dia seguinte, quando da Roda de Redução de Danos.

08 a 10 de janeiro de 2014 Hellizett

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Orientadores Brasília

AM, GO, BA, AP, PA, MS

Angélica ?

Marco Filipe

Marise Pedro Natale Sérgio

Relato dos Formadores Oficina com um grupo com muitas diferenças, mas um distanciamento dos temas centrais do curso. As experiências distintas de práticas entre os estados. Forte compreensão manicomial do cuidado, em relação ao cuidado com usuários de droga e ainda uma visão da potencia da religião como espaço de cuidado.

20 a 24 de janeiro Tutores Salvador BA, GO

Marco Karina Renata

Pilar Rita

Edelves Renata

Angélica Natale Giulia

Marise Rossana

Filipe Relato dos Formadores

Formação de tutores com participação dos orientadores e pouca participação da Coordenação estadual e nenhuma da ETSUS Bahia. Ainda estávamos em um momento de lançarmos olhar para as composições com outros atores para além da equipe nacional do projeto. A formação contou com um número bastante significativo de tutores (117) de diferentes regiões do Estado. A formação se deu no mesmo espaço de hospedagem, o que facilitou o trabalho e horários com os grupos. Os tutores tinham pouca afinidade com a Redução de Danos, mas muitos vinham de espaços de trabalho dentro da RAPS e estavam bastante abertos para compor com este olhar de saúde mental na atenção básica.

20 a 24 de janeiro 2014 Tutores Belém PA, AP

Bia Gabriely Renata Dênis

Juliana Hellizett

Pedro Sérgio

Stefanie Relato dos Formadores

O impacto da (re) construção o olhar para um problema. O Pará foi dos estados brasileiros nos quais jamais

houve qualquer investimento na construção de uma política de Redução de Danos. O resultado é um

profundo desconhecimento a respeito das práticas concretas, e também da ética da Redução de Danos. Foi

preciso trabalhar profundamente estes aspectos, partindo de questões muito básicas, e isto foi feito,

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

sobretudo por meio de uma grande roda de conversa sobre Redução de Danos, protagonizada por Sérgio

Alarcon (que trouxe elementos referentes às relações entre as transformações no conceito de saúde

disparadas pela Reforma Sanitária e o campo da Saúde Mental) e Dênis Petuco (que compartilhou aspectos

históricos da Redução de Danos). Foi a primeira vez que esta roda foi realizada com este formato, que

voltaria a repetir-se em diversas outras formações. Apesar da fragilidade de discussões anteriores ao

Projeto, o grupo de tutores se mostrou bastante aberto a questionar as lógicas de cuidado que vinham

desenvolvendo e a transformar seu entendimento a partir dos eixos que o Projeto propõe.

27 a 31 de janeiro 2014 Tutores

São Paulo SP, PE, MT, RJ, DF

Pilar Karina Renata Sérgio Giulia Marco

Rossana Bia

Angélica Renata Filipe

Stefanie Lancetti

Relato dos Formadores Nesta formação a atividade do sociodrama foi muito destacada, comandada por Antonio Lancetti, abriu para debates muito intensos. A presença de tutores de estados diferentes que ficaram juntos nos pequenos grupos foi criticada por diminuir as potências para trocas entre os tutores. Criticada por uns, elogiada por outros, que entenderam nesse encontro entre diferentes estados/regiões do país a possibilidade de conhecer e trocar diferentes vivências/experiências. Foi uma formação bastante intensa, porém de muitas trocas. Com o grupo de SP, pudemos discutir muito a questão da Reforma Psiquiátrica e os movimentos no Estado, tendo candidatos com criticas interessantes quanto a esta lógica e com apostas importantes no cuidado em território. Este grupo também trouxe a Educação Permanente como uma grande aposta, tendo estes já passado por formações em EPS. Trabalhamos bastante com o papel do ACS, discussão bastante enfatizada e pouco olhada até então pelos trabalhadores.

27 a 31 de janeiro de 2014 Tutores Salvador

BA

Natale Pedro

Renata Dênis

Gabriely Hellizett Juliana Marise

Rita Relato dos Formadores

Uma das formações mais potentes. Tutores instigados, com grande abertura para o uso de técnicas

teatrais, proporcionando momentos em que questões controversas podiam aparecer com naturalidade,

permitindo o debate e a reflexão. Também chamou atenção o bom conhecimento da maioria dos

participantes sobre a história, as técnicas e os princípios éticos construídos ao longo da experiência

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

brasileira da Redução de Danos. Seria possível imaginar que isto se deve, ao menos em parte, ao

protagonismo e à vanguarda da Bahia no que se refere ao desenvolvimento de ações de Redução de Danos

desde os anos 90, e, sobretudo ao pioneirismo do CETAD (Centro de Estudos e Terapia de Abuso de

Drogas), centro de pesquisa e extensão ligado à Faculdade de Medicina de UFBA.

03 a 05 de fevereiro de 2014 Orientadores

Belo Horizonte MG, SE, RO, ES, MT, RR

Marise Giulia

Renata Lancetti Karina Dênis Pedro

Rossana Relato dos Formadores

Ao longo do processo, identificamos problemas no modo como vínhamos conduzindo as atividades voltadas a formação de orientadores. Ficou clara uma grande diferença na potência dos processos dirigidos a tutores e orientadores. Identificou-se que o tempo da formação de orientadores, além de curto (apenas 3 dias), vinha sendo mal aproveitado. Decidiu-se que haveria uma redefinição do cronograma da formação de orientadores, para as atividades que ainda viriam. Contamos com orientadores mais preparados, atentos as discussões trazidas pelo projeto, com uma roda de conversa conduzida pelo educador Dênis e finalizamos com um Sociodrama conduzido pelo Consultor Lancetti. As notas nas avaliações foram muito satisfatórias, tal era o nível dos candidatos, alguns militantes da SM e bem apropriados da temática de RD, com algumas ações de facilitadores nos territórios. Saímos com bons orientadores selecionados.

03 a 07 de fevereiro de 2014 Tutores Manaus

AP, RR, AM

Marco Juliana Renata

Pilar Gabriely

Filipe Angélica

Relato dos Formadores Nesta formação tivemos um conflito inicial que se deu junto com um grupo de profissionais da rede do município de Manaus, que estiveram presentes no primeiro dia de formação, sem estarem inscritos. Os mesmos alegavam que não haviam sido notificados e convidados para participar desta seleção e que tinham muito desejo por participar deste processo. Após negociações com equipe pedagógica, coordenação Macrorregional e coordenação Estadual, avaliaram que diante da demanda de número de tutores e do desejo destes de vivenciar esta formação, deveríamos abrir esta exceção. Contudo, os candidatos passaram pelo mesmo critério de seleção de currículo, permanecendo apenas os que estavamde acordo com o termo de referência daquela formação. Com relação à formação, esta foi bastante rica em termos de trocas entre os tutores e de olhar para seus territórios. Recebemos muitas questões sobre o projeto para as comunidades indígenas. Com relação ao tema, os tutores tinham pouco conhecimento sobre redução de danos e as práticas de cuidado em saúde mental ainda avançando. Tivemos um sociodrama muito rico, que permitiu explorar os papéis de cada um e intervir em cenas do trabalho destes em território, o que aponta uma modificação para além da formação, mas também da prática cotidiana em saúde no território. A questão indígena trazida por alguns tutores nos brindou não só novos dados da realidade brasileira, mas também trouxe ao projeto novos desafios para adequar uma metodologia pensada em 5 encontros

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

semanais em uma nova organização que possibilitasse que o projeto chegasse nas distantes áreas e de difícil acesso da população indígena e ribeirinha.

10 a 14 de fevereiro de 2014 Tutores

Porto Alegre RS, SC

Dênis Giulia

Renata Stefanie Juliana Odete

Bia Pedro Natale

Relato dos Formadores Desde o início, ficou evidente a diferença de acúmulo entre os tutores do Rio Grande do Sul e de Santa

Catarina (o que não deve ser tomado como uma diferença entre os trabalhadores dos dois estados, mas

chamar nossa atenção para os caminhos diferenciados pelos quais passaram as divulgações das seleções

em cada estado brasileiro). Diferentemente dos catarinenses, os gaúchos presentes demonstravam

profundo conhecimento e compromisso militante com os princípios e diretrizes das reformas sanitária e

psiquiátrica, e também com respeito à Redução de Danos. Como estratégia para enfrentar este problema,

os educadores e apoiadores presentes decidiram modificar alguns aspectos da formação, ampliando o

número de atividades em grande grupo, promovendo mais encontros entre os tutores dos dois estados. A

estratégia mostrou-se acertada, permitindo uma tensão criativa e produtiva que ampliou os horizontes de

todos os participantes. Além disto, ficou patente que o decorrer do projeto ampliava o entrosamento e a

sintonia entre os envolvidos na condução dos processos formativos, tornando mais consistentes os

eventuais “improvisos” disparados pelas equipes envolvidas nas formações.

17 a 21 de fevereiro de 2014 Tutores

Belo Horizonte MG

Marco Karina

Renata P. Pilar Rita

Marise Pedro

Renata Angélica Sérgio Filipe Dênis

Juliana Stefanie

Giulia Bia

Gabriely Natale

Rossana Hellizett

João Lancetti

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Relato dos Formadores Foi a formação com o maior número de participantes, demandando a presença de todos os membros da equipe pedagógica. Como não poderia deixar de ser, aconteceram muitos problemas, como o vazamento de som das salas de aula, dificultando as atividades. Não obstante, a capacidade de improviso resultante do entrosamento construído ao longo das formações foi fundamental para garantir que os inúmeros pequenos problemas que iam aparecendo fossem contornados com eficiência. As tensões vivenciadas pela equipe pedagógica neste intenso processo colocou a sensibilidade de seus membros em ação, potencializando, de certa forma a formação sensível de tutores. Merece registro o show do Trem TanTan, grupo formado por usuários de serviços de Saúde Mental da cidade de Belo Horizonte e dirigido pelo músico Babilak Bah, que garantiu um momento não apenas lúdico, mas profundamente inspirador quanto à potência da arte no trabalho em Saúde Mental. O grupo de tutores que trabalham próximo ao manicômio de Barbacena fez intensas discussões sobre o respeito à diferença disparado pela Reforma Psiquiátrica. Pela grande quantidade de alunos, a distribuição das turmas de EaD gerou um certo stress, afetando

principalmente os alunos das primeiras turmas, que tiveram que ser trocados de uma sala para outra, pela

lotação excessiva em uma; a falta de cadeiras, o que fez que começássemos tardiamente essas primeiras

turmas. Até esse momento a responsabilidade de apoio nas aulas de EaD ficava mais a cargo dos apoios

pedagógicos. Esse episódio serviu para que reavaliássemos a importância dos educadores acompanharem

também essas aulas e assim, iniciamos uma divisão entre todos do NP na participação dessa atividade. Um

outro ponto que pesou na avaliação dos tutores, foi a dramatização da parte da tarde. Confusões de

horários informados e reais, cansaço da equipe que já tinha assumido a mesma atividade na parte da

manhã e, principalmente, o fato de ambos os grupos (manhã e tarde) serem grupos extremamente

grandes, fora do padrão com o qual vínhamos trabalhando, contribuíram para que o grupo da tarde não

pudesse usufruir dessa atividade tão especial, que sempre é um sucesso na condução de Antonio Lancetti.

24 a 26 de fevereiro de 2014 Orientadores

Brasília CE, PB, RN, PI, MA, RO

Pilar Gabriely

Denis Juliana

Rita Renata P.

Relato dos Formadores Primeira formação depois da reconfiguração do processo dirigido aos orientadores. Inserimos mudanças que tornaram a formação mais consistente, garantindo espaço para uma roda de conversa no cronograma. Orientadores se mostraram com bom acúmulo teórico e boa bagagem de experiências. No último dia, alguns dos presentes ligados ao CEFOR da Paraíba solicitaram uma reunião para falar de seu desconforto por sentirem-se deslocados ao longo da formação. A intervenção dos paraibanos foi muito potente em chamar nossa atenção para o fato de que vínhamos desperdiçando a potência da participação destes importantes atores ao longo de boa parte das formações realizadas em todo o Brasil. Seria necessário repensar a participação destes parceiros nas atividades formativas, de modo que o convite parasua participação não se configurasse em mera formalidade diplomática. Equipes estaduais com menor percurso nas discussões propostas pelo Projeto, a formação destes atores se mostra ainda mais necessária, pois conduzem o processo a nível local. Se desejarmos a transformação de práticas de cuidado, precisamos transformar os modos de gestão que facilitem e potencializem tais processos de mudanças nas práticas profissionais com usuários.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

03 a 07 de março de 2014 Tutores Belém PA, MA

Marco Angélica Sérgio João

Giulia Rossana

Renata P. Relato dos Formadores

No grupo do MA, a grande maioria dos profissionais não tinham contato com a Atenção Básica e demonstraram dificuldades para visualizar as ações no território. Percebeu-se a aproximação ao longo da semana em relação às Políticas de Saúde. O grupo de candidatos à tutores do Estado do Pará trouxe um debate que contemplava mais o cuidado em

atenção básica com dificuldades em perceber as questões de integralidade, uma vez que não percebiam a

saúde mental e a questão de álcool e outras drogas como questões para a Atenção Básica, o que foi

bastante (des)construído ao longo da formação, buscando trabalhar muito a partir das experiências

singulares de cada um, para que estes pudessem lançar outros olhares para o cuidado. Pautou-se muito a

questão do trabalho com os indígenas e a importância de uma formação como esta também nestes

territórios.

10 a 14 de março de 2014 Tutores

Fortaleza CE, SE

Sérgio Giulia

Edelves Natale Filipe

Juliana João

Relato dos Formadores A formação se deu com disparidades entre os pequenos grupos. Enquanto alguns grupos os Tutores

demonstravam descaso, desrespeito as atividades e aos Integrantes da equipe pedagógica, outros grupos

realizaram produções criativas e sensibilização aos temas. Houve grande questionamento da Coordenação

estadual quanto aos critérios de avaliação do curso durante toda a semana. Esta formação foi desafiante

para a equipe nacional, pois colocou em questionamento a abertura que tivemos a demanda de tutores de

efetivação da formação a partir da educação popular, historicamente fortalecida neste estado. Em alguns

grupos as discussões sobre o modo de formação e de atuação com usuários se conectava e potencializava.

Apesar das dificuldades enfrentadas em alguns grupos nesta formação, houve grupos que a intensidade de

trocas foi tal que o tempo de formação extrapolou as 40h previstas, ampliando tempo em sala de aula.

17 a 21 de março de 2014 Tutores

Fortaleza CE

Marise Gabriely

Renata P. Natale

Rossana Pilar

Angélica Relato dos Formadores

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

A segunda formação na cidade de Fortaleza contou com a presença de candidatos à tutores, que foram divididos por região. Na região do Cariri tivemos trabalhadores bastantes dispostos a discutir os conteúdos propostos pela formação e com uma importante discussão sobre saúde mental, o que ocasionou um debate sobre o cuidado com o usuário na Atenção Básica. Sobre a questão do cuidado com o usuário de drogas tivemos mais dificuldades, mas que foram se desdobrando em importantes problematizações ao longo da formação.

17 a 21 de março de 2014 Tutores

João Pessoa PB

Dênis Giulia Marco Filipe

Sandra Juliana

João Relato dos Formadores

Esta formação contou com 93 candidatos a tutores para o estado da Paraíba, com a participação das 16

regiões de saúde, segundo divisão estadual. As atividades seguiram nos grupos revelando-nos a força da

presença da Estratégia de Saúde da Família no estado, uma vez que a PB possui 98% de cobertura da ESF e,

portanto, as práticas em saúde trazem um quotidiano marcado pelas ações de suas equipes. Tal

intensidade da atenção básica refletiu-se nas discussões propostas pelas oficinas, sobretudo ao deixar

entrever as tensões existentes entre esta e o cuidado ao sofrimento psíquico na perspectiva da Saúde

Mental. Além disto, cabe registrar que a Paraíba possui uma importante e histórica interface entre

Educação Popular e Saúde, a partir de trabalhos de professores como Eymard Vasconcelos e Emmanuel

Falcão, e que é especialmente influente entre trabalhadores da Atenção Básica.

A abordagem ao tema da desinstitucionalização, principalmente através das representações e

dramatizações, expôs de forma mais espontânea as opiniões pessoais e formas com que os profissionais

enfrentam as situações de sofrimento psíquico e de uso prejudicial de álcool e outras drogas.

Outro diferencial, para além da cobertura quase total em termos de Saúde da Família, é que a Paraíba é

também o estado brasileiro com o maior número de CAPS por habitante, não apenas na região

metropolitana de João Pessoa, mas também em todo o interior do estado.

O grupo de tutores mostrou-se heterogêneo em suas elaborações e aprofundamentos sobre os conteúdos colocados em debate a partir das atividades, mas, em geral, pode-se afirmar que tiveram um bom trânsito pelos temas saúde mental, o cuidado psicossocial e o reconhecimento da atenção básica como lugar privilegiado de cuidado para o uso prejudicial de álcool e outras drogas. A desconstrução do conceito de drogas e das noções de uso e dependência, como de costume, provocaram movimentos claudicantes, mas reflexivos, de abertura para outras formas de conceber o fenômeno da droga, e que pudessem abrir caminhos para as práticas da Redução de Danos. Ao final, 88 foram selecionados e passaram a atuar como tutores no estado. Já a participação dos orientadores na formação teve, sobretudo uma função de apoio para o pedagógico do projeto durante as atividades, com pouca participação nas discussões temáticas propriamente ditas. Também merece destaque a intensa colaboração e participação, ao longo de todos os cinco dias da formação, dos técnicos do CEFOR, nome dado ao centro de formação ligado à Secretaria Estadual de Saúde, e responsável pelos processos de Educação Permanente no estado da Paraíba. Esta parceria foi resultado do intenso trabalho desenvolvido pela coordenação macro regional, e também das conversas realizadas em Brasília, durante a formação de orientadores. Por fim, cabe salientar a participação de grupos musicais ligados a dois CAPSad da região metropolitana de João Pessoa, que além de animar os participantes, ajudou a reforçar a ideia de que a arte é uma

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

importante ferramenta no trabalho em Saúde Mental.

17 a 21 de março de 2014 Tutores

Natal RN

Sérgio Karina

Renata P. Bia Rita

Relato dos Formadores A formação ocorreu em um hotel na praia Ponta Negra, bem afastada do centro da cidade. Trabalhamos com quatro pequenos grupos, contamos com os orientadores coordenando cada um dos grupos. a equipe estadual participou, mas de modo mais tímido do processo de formação, mas devido alguns questões a resolver com infra-estrutura do hotel e regiões de tutores, ficaram mais focado nestas questões. Foi uma formação tranquila, onde conseguiu-se discutir os cuidados possíveis em SM, RD e equipe de trabalho, dentro das realidade local, sem muitas dificuldades. o educador Sergio Alarcon fez uma roda de RD onde todos fizeram muitas contribuições, e saíram muito satisfeitos com as trocas realizadas.

24 a 28 de março de 2014 Tutores Teresina

PI

Dênis Gabriely Renata

Bia Rossana

Renata P. Juliana

Stefanie Natale

Relato dos Formadores Esta formação foi bastante peculiar, em que sentimos transformação intensa da turma ao longo da

semana, reafirmado pela avaliação final das tutoras. Pelo adoecimento de um colega, precisamos

reorganizar os pequenos grupos e a programação para que Denis pudesse trazer a discussão da redução de

danos já no primeiro dia. Trouxe um belo relato de sua experiência de vida, inclusive como redutor de

danos, onde trabalhamos a escuta, preconceitos e ética da redução de danos de forma mais intensa, desde

o primeiro dia. As tutoras eram enfermeiras da atenção básica em sua maioria, trazendo a riqueza da

complexidade dos território de atuação.

“Ao final de cinco consecutivos intensos dias de formação no estado do Piauí, na roda sobre

Redução de Danos, uma trabalhadora da atenção básica faz um apelo: “entendi que preciso pensar sobre

as práticas, que saúde mental está atravessando todos os casos que atendo do território, que usuários de

drogas também tem direito a saúde e não precisam ficar abstinentes, que precisamos investir em escuta

produzindo bons encontros que permitam as pessoas pensar sobre si. Entendi, to conseguindo entender a

lógica de trabalho. Mas e na escola, como faço? Não posso deixar de dizer que as drogas são terríveis!”.

Enquanto o grupo ia respondendo, ela mostrava certo sofrimento em ver que não havia um protocolo em

como lidar com essa questão na escola na comunidade dela. Ela teria que pensar a partir daquela realidade

o que é possível construir a partir da ética da RD. Após a devolutiva do grupo, ela meio desanimada me

olha e pergunta com quem ela pode seguir pensando sobre essa ética e se nós iremos voltar ao Piauí. Conto

que teremos o espaço virtual para conversar, mas o mais importante era ela criar junto a sua equipe de

saúde. Pensei que podemos acompanhar o desamparo necessário para a criação. Ela estava titubeante na

crença que alguém podia ter a verdade sobre a melhor forma do cuidado, começou a questionar essa

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

verdade e estava com medo do vazio criador.” (Diário de campo de Juliana, abril de 2014) Nesta formação, foi marcante a intensidade com que o tema das violações de direitos, associadas

às formas tradicionais de tratamento dirigidas a pessoas com uso problemático de álcool e outras drogas, reverberou nos presentes. Com isto, ultrapassávamos a discussão em torno das técnicas de cuidado e seus efeitos desejados, ingressando no terreno do debate ético, em que se torna possível refletir sobre o potencial iatrogênico de nossas práticas cotidianas. O curso foi mobilizador para novos olhares e o grupo também muda a percepção de si, a partir dos debates, descobre seus fazeres como potência na intervenção possível na saúde mental da atenção básica.

24 a 28 de março de 2014 Tutores Cuiabá

MT, MS, RO

Sandra Karina

Renata P. Pilar

Angélica Marise Giulia Paula João Filipe

Relato dos Formadores A semana de formação que reuniu este três estados aspirantes à tutoria em seus respectivos estados. Com relação à formação de tutores para acompanhar o estado de Rondônia, os dias transcorreram com os marcantes relatos acerca das inundações causadas pelo Rio Madeira e as chuvas da estação, contexto este que apareceu em diversas atividades, e que foi problematizado dentro da perspectiva do sofrimento psíquico advindo dos transtornos à vida daquela população. Os candidatos, de modo geral, sustentaram um bom nível de discussão em torno dos conteúdos propostos pelo projeto, apoiados em suas práticas de saúde mental e no trabalho desenvolvido na interface saúde mental-atenção básica, ainda que alguns presentes reivindicassem com afinco um discurso moralista sobre o uso de drogas e a hegemonia do modelo hospitalocêntrico mesmo após o desenvolvimento de diversas discussões que justamente propunham apresentar a ética e a estética de cuidado da redução de danos e da clínica psicossocial na dimensão de suas práticas ampliadas e de base territorial-comunitária. Sendo assim, deste coletivo, alguns não alcançaram os requisitos para compor o trabalho no Projeto Caminhos do Cuidado na função de tutor/a. As orientadoras que estiveram presentes à formação não tiveram boa participação no decorrer das

atividades. Praticamente não fizeram intervenções durante as atividades apesar de incentivadas para que

aproveitassem mais aquele espaço de formação e de estabelecimento de vínculos de trabalho com os

tutores que iriam acompanhar. No entanto, sua participação foi de grande ajuda na avaliação final dos

tutores pois, com o olhar observador que elas mantiveram durante as oficinas, as mesmas puderam

complementar nossas avaliações individuais ao trazer outros pontos de vista que a nos escaparam durante

a condução do cronograma estabelecido.

Em um dos grupos tivemos a participação de uma orientadora que vinculou-se bastante com a turma e

com a qual pudemos fazer combinações ao final da formação sobre a s dificuldades e potências a serem

trabalhadas no espaço em EaD. Durante o sociodrama percebemos uma dificuldade no manejo com as

questões de saúde mental, seja pelo não reconhecimento das ferramentas e rede, quanto pela dificuldade

do trabalho interdisciplinar, porém pudemos trabalhar um pouco destas questões afim de provocar

questões e movimentos nos candidatos.

Talvez uma das formações mais difíceis. Pode-se perceber que os candidatos selecionados por, processo de indicação, contavam na sua grande maioria com membros da ETSUS-MT. Nem todos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

tinham propriedade acerca da temática de SM. As discussões eram de pouco aprofundamento, tendo sido necessário uma intervenção da educadora Pilar, com uma explicação/aula, sobre Residenciais Terapêuticos e demais dispositivos RAPS, para tutores que eram profissionais de SM. Existia uma ausência em sala de aula muito grande dos tutores, muitas justificativas e esvaziamentos. No último dia contamos com roda de conversa com as educadoras Sandra e Marise, pensando com os tutores a Saúde Mental na Atenção Básica. Ainda assim, aconteceram muitas discussões e dúvida dos tutores sobre o objetivo do Projeto, de qual lógica seguia, com perguntas no último dia de formação, se Caminhos do Cuidado trabalhava na lógica da internação compulsória. Enfim uma formação mais difícil, pois as concepções de cuidado em saúde mental e desta na AB mostraram-se muito distintas àquelas do projeto e uma grande resistência a possibilidade de mudanças.

31 de março a 04 de abril de 2014 Tutores São Luis MA, RJ

Marco Gabriely

Pilar Rossana Sérgio

Angélica Paula Rita

Renata P. Relato dos Formadores

Na formação com os candidatos a tutores do Estado do MA tivemos uma discussão muito rica sobre os cuidados em saúde mental, principalmente pelos tutores que tinham uma experiência significativa em saúde mental e que traziam uma discussão importante sobre os cuidados em saúde mental apesar de no manejo em seus territórios ainda enfrentarem muitas dificuldades. Tivemos a participação de uma orientadora com uma discussão bastante interessante sobre a rede de cuidados do Estado. Com relação à discussão sobre o uso drogas, os candidatos a tutores expressaram um desconhecimento sobre a rede e como articular a mesma, contudo foram bastante abertos para o debate, o que possibilitou muitas afecções a partir das vivências sobre o tema a partir das metodologias propostas na formação. Os orientadores dessa formação foram excepcionalmente ativos, permanecendo todo o tempo em sala de aula e nos ajudando na avaliação do conselho de classe e na correção das avaliações.

02 a 06 de junho de 2014 Tutores Maceió

AL

Renata Juliana

Renata P. Natale

Luis Relato dos Formadores

A segunda formação de tutores de Alagoas foi para um número reduzido de tutores e consequentemente um grupo menor de formadores. Caracterizou-se por uma dureza da turma em relação ao modo de cuidado proposto. Ao mesmo tempo a turma tensionava fortemente o espaço pela via da seleção que estava colocada. Nesse processo foi perceptível que muitos tentavam ajustar seus discursos às questões que estavam colocadas pelos formadores. Porém mesmo com isso vimos que a turma movimentou muitos pensamentos a partir das atividades propostas. Vimos que muitos preconceitos apareceram e foram colocados para discussão. Um caso claro foi uma relação direta, que um pequeno grupo fez, entre as casas de religião africanas e prostituição, apontando para essa prática como uma espiritualidade menor, suja, que necessita uma intervenção de saúde. Com isso foi possível discutir tanto o acolhimento das múltiplas práticas espirituais e religiosas como fator importante para criação de vínculos, seja qual for a religião ou prática espiritual. Discutimos também o trabalho de prostituição e todos os preconceitos associados a ele,

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

assim como os riscos, olhando para os princípios da liberdade de escolha, da singularidade histórica de cada sujeito e do direito fundamental a saúde e a vida. Percebemos que os conceitos e práticas para os quais apontávamos eram desconhecidos para a maioria e fez com que eles tomassem um ar de novidade e muitas vezes de suspeita. Ao longo do curso foi possível redimensionar esse olhar mostrando práticas e ações que no cotidiano de trabalho se pautam pelos direitos humanos, pela integralidade do cuidado e pela redução de danos. No decorrer do curso percebemos a necessidade de aprofundar algumas questões sobre a atenção básica, pois a maior parte dos tutores vinham da saúde mental. Para isso fizemos grupos de conversa que discutiram algumas das principais questões relativas à atenção, como direito à saúde e acesso, acolhimento e território, entre outras. A seleção do curso foi muito difícil, pois as avaliações escritas mostraram que os tutores estavam com dificuldade para relacionar o conteúdo trabalhado no curso aos casos da avaliação.

11 a 15 de agosto de 2014 Tutores

Porto Alegre RS

Marco Giulia

Renata Rafael

Débora Andréia

Relato dos Formadores A formação ocorreu na sede ESP, com a pactuação de que algumas pessoas vinculadas à escola iriam

participar da formação. Apesar de alguns imprevistos com o material didático, (material não organizado,

equipe local ausente), a formação iniciou no horário previsto. Estavam presentes 14 Tutores, em que a

grande maioria já tinha experiência na área de saúde mental e atenção básica. Apesar da pactuação com a

equipe da ESP, não houve a presença dos integrantes durante a formação. As discussões foram bem

produtivas, com a participação da maioria. No momento da roda de Redução de Danos, não conseguimos

ampliar a discussão para todos do grupo, e esse tema poderia ter sido mais aprofundado. A formação

ocorreu em 4 dias, sendo o 5º dia um encerramento e um espaço de EP com a presença de Tutores de

diversas regiões do RS.

11 a 15 de agosto de 2014 Tutores

São Paulo SP

Bia Filipe

Renata Lancetti Stefanie

Relato dos Formadores

18 a 22 de agosto de 2014 Tutores

Campo Grande MS

Renata Relato dos Formadores

Esta formação foi a primeira de muitas onde tínhamos um número bem menor de tutores em formação e, por esta razão, foi possível manter as 40h de formação em apenas 4 dias, utilizando-se uma parte do início da noite para tanto. Observou-se que por ter um menor número de pessoas, as participações mesmo que

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

intensas necessitou-se de um tempo menor de debate, o que ajudou a ser menos cansativa a formação, mesmo em um tempo menor. Considerou-se que houve um bom rendimento dos alunos, com compreensão dos temas e oportunidades para todas as manifestações. A partir dessa experiência, foi possível realizar as formações de tutores com número igual ou menor que 20 participantes em 04 dias.

18 a 22 de agosto de 2014 Tutores São Luis

MA Luis Karina

Relato dos Formadores A formação em São Luís foi realizada para um grupo que vinha do interior do estado, para atuar em suas regiões. O grupo era composto por uma maioria de trabalhadores da atenção básica e com alguns atores da saúde mental. Essa composição permitiu que os elementos do cotidiano da saúde família se articulassem aos modos de cuidado da saúde, relacionando as práticas dos trabalhadores da saúde mental e da família na construção do conhecimento. Foi se criando no grupo, assim, um saber sobre modos de cuidar que se colocava nas práticas cotidianas realizadas, mas que também extrapolava elas. O coletivo foi se constituindo grupo na medida em que uma identificação entre sujeitos foi possível. Essa identificação começou na produção dos territórios, onde os tutores perceberam que certas cenas eram comuns nos diversos territórios. Na medida em que pudemos desnaturalizar as práticas repressoras e estigmatizantes, como por exemplo uma relação de proximidade entre as religiões de matriz africana e a prostituição, mostrando que estas não são os únicos olhares possíveis, a turma em geral, mostrou disposição e compromisso com a proposta da formação. O grupo conseguiu se aproximar bastante do modo de formação proposto, com as qualidades da educação popular. Essa proximidade ficou clara na leitura do texto “paciente impacientes” do caderno do aluno, se concretizando nas avaliação do curso feita pelos tutores, onde eles colocaram de modo enfático o quanto haviam se deslocado de seus lugares comuns a partir das atividades pedagógicas propostas. leituras, vídeo passado e roda de conversa com os tutores, mesmo sendo a grande maioria da AB. Esta formação, mesmo diante de um quadro tenso da Equipe Estadual, momento de fragilidade vivido na ETSUS, contou com 100% de protagonismo da equipe/apoiadores estaduais no processo de formação. A equipe muito bem organizada e apropriada, conhecedora dos tutores, fragilidade/ pontecialidades das regiões, realizou conosco muitas intervenções. Um grupo ímpar, atentos a todo processo, acolheu muito bem os tutores nas dificuldades que surgiram, o que nos possibilitou realizar uma formação tranquila e muito proveitosa. As avaliações foram de modo geral boas. Pôde-se discutir sobre Redução de Danos,e houve grande interesse em esgotar a temática. Nas discussões que faziam, traziam exemplos de suas realidades, a fim de pensar juntos, outras formas possíveis de cuidado em SM na AB. No último dia o grupo presenteou o grupo os Apoiadores Pedagógicos, com uma apresentação, forma de coral, com uma musicatipica de SL. A organização da oficina foi muito bem amarrada pelao trabalho feito com a coordenação estadual.

25 a 29 de agosto de 2014 Tutores São Luís

MA

Sérgio Rafael

Relato dos Formadores A formação em São Luís contou com o apoio da coordenação estadual (ESP), que mostrou os resultados de ações prévias da equipe do apoio pedagógico visando a sustentabilidade do acompanhamento dos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

desdobramentos do projeto no estado. As atividades da formação tiveram seu acompanhamento dividido entre duas turmas em espaços físicos diferentes, e foram facilitadas em conjunto com apoio pedagógico, educador e a equipe da ESP. Acompanhamos ao longo da semana um processo no qual o conteúdo do projeto, e especialmente o eixo transversal da reforma psiquiátrica, fizeram com que a troca de experiências profissionais dessem lugar à troca de experiências pessoais. Parte da turma de tutores(as) identificava familiaridade com a produção acadêmica, enquanto que outras trajetórias davam conta de uma atuação focada na Atenção Básica. O eixo transversal da Redução de Danos pôde se fazer presente nas discussões através dos dispositivos de discussão de casos, bem como na problematização dos mapas desenhados em conjunto pelos grupos. Houve prejuízo na elaboração de alguns temas ao longo da formação, quando o tempo maior dedicado à discussão sobre reforma psiquiátrica acabou cobrindo o tempo que seria dedicado à leitura, em grupos, do material sobre educação popular (que sugeriu-se à turma a leitura em casa, para posterior problematização). Os efeitos desta ausência foram notados sobretudo na elaboração das avaliaçãoes, quando na resposta diante dos casos, notou-se um certo receio na exposição de dúvidas e metodologias mais abertas, aliado a um maior apego à busca por soluções e encaminhamentos com fluxo mais fechado ou definido, à revelia da escuta das demandas que poderiam estar envolvidas; mesmo entre participantes que já haviam demonstrado ao longo das dinâmicas potencialidades neste sentido. Ao fazer esta análise mais abrangente entre a prudência e certa dureza trazida pelas avaliações, que contrastava por vezes a abertura e maior dialogicidade vivenciada junto à turma, pudemos levar em conta a relevância e potência da educação popular, ao potencializar e autorizar os saberes das pessoas envolvidas no projeto; e levamos em conta o menor tempo dedicado a esta temática ao fazer a avaliação final da turma.

26 a 29 de agosto de 2014 Tutores

Montes Claros MG

Sandra Andréia

Relato dos Formadores Esta formação caracteriza-se por ter ocorrido num momento de pleno andamento das turmas nos territórios da Unimontes, e das ações de educação à distância, o que permitiu uma integração entre os trabalhos já em execução e a própria formação dos novos tutores para a região. A Formação foi realizada para um grupo de 16 tutores, sendo 15 da região da Unimontes e 1 da região da ESP, contou com a presença de representantes da Escola, gestores e trabalhadores da rede de saúde, orientadores, tutores já em atividade, e alunos (ACS/ATenf já formados), convidados para as diversas atividades, como rodas de conversa, dinâmicas e outras. O Núcleo Pedagógico (orientadores, educador e apoio) se dividiu na condução das atividades de cada dia, compondo duplas. O grupo de tutores se apresentou de forma bem heterogênea, alguns com poucos conhecimentos sobre as temáticas de Saúde Mental, outros mais preparados em função de suas inserções profissionais na rede de saúde pública. Desta forma, diversos temas foram fomentados e discutidos e, de um modo geral, o próprio grupo de tutores construiu e compartilhou conhecimentos e aprendizagens com o suporte e intervenções do núcleo pedagógico presente. Percebeu-se que algumas temáticas precisaram de maiores discussões, como: Apoio Matricial e Redução de Danos. Do grupo em formação, apenas duas pessoas não foram aprovados como tutores, pois apresentaram dificuldades em algumas temáticas importantes para as discussões de sala de aula. Destaca-se a participação de alunos já formados nas rodas de conversa do curso de tutores. Os alunos de uma turma de ACSs e ATENFs apresentaram-nos uma atividade de dispersão, tendo isto vivificado o próprio projeto que pôde, já desde aquele momento de formação de tutores, se mostrar em pleno funcionamento. Esta oportunidade de formação de tutores conjugada com a formação dos ACsS e ATENFs (que ocorria no mesmo local) possibilitou a ampliação do olhar dos presentes frente às ações e realidades do dia-a-dia dos ACS/ATenf trazidas e debatidas por eles durante o curso.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Outro ponto valioso desta formação, ocorrida já em fase de amadurecimento do trabalho nas comunidades de práticas, foi a presença constante dos orientadores da região durante as oficinas. As 05 orientadoras da região puderam, desde aquele momento, estabelecer laços de compromisso com as tarefas em EAD. Além disso, aproveitamos a oportunidade deste encontro com as orientadoras para fazermos alguns ajustes e propostas para o trabalho de acompanhamento das tarefas em EAD nas CDPs, e para esclarecermos sobre a escrita dos relatos por eixo, tal qual proposto pelo Projeto.

25 a 29 de agosto de 2014 Tutores Goiânia GO, DF

Stefanie Débora

Relato dos Formadores Houve a participação de apenas 06 candidatos, com isso as discussões e debates foram mais aprofundados e a equipe não percebeu uma grande resistência a respeito dos eixos discutidos

25 a 29 de agosto de 2014 Tutores Aracaju

SE Luis

Relato dos Formadores A formação se deu para 09 candidatas à tutoria e um candidato. Uma característica forte dessa formação foi mais intimista na qual ela se desenvolveu. Isso se deu tanto pelo tamanho reduzido do grupo, quanto pela própria composição do coletivo que se permitiu entrar no método e no conteúdo de modo tranquilo, com humildade e desejo pelos temas propostos. Duas cenas interessantes qualificaram essa formação. A primeira foi o silêncio revelado após uma tarde de conversa com o professor Domiciano Siqueira, que após fazer uma fala sobre a genealogia do senso comum, pôde mostrar que certas produções sociais tomadas como naturais, não o são. Desse certos desconfortos vieram à tona, mas acabaram sendo trabalhados no outro dia do curso. A segunda cena é de um candidato a tutor que tensionou boa parte das discussões a partir de um discurso fatalista em relação aos usuários de drogas. Porém percebemos que o discurso foi perdendo força, tanto no grupo como nele próprio e na avaliação escrita esse tutor mostrou outro discurso com relação aos usuários de droga, muito impulsionado pela fala de Domiciano e pelas discussões propostas nos 5 dias de formação. Essas duas cenas apontam para a potência da formação como modo de sensibilização de atores e de mudanças de olhar. A formação com um menor número de participantes permite a criação de vínculos mais fortes e, consequentemente, conversas com uma maior abertura para o olhar da cidadania proposta pelos direitos humanos e pelo caminhos do cuidado.

25 a 29 de agosto de 2014 Tutores

Ji-Paraná RO

Dênis Pedro

Relato dos Formadores Esta formação teve um início bastante truncado, em decorrência do atraso na entrega dos cadernos, e também no depósito das diárias dos tutores. A transportadora responsável informava que os materiais

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

haviam sido entregues no CAPSad, para uma pessoa de nome desconhecido para todos os trabalhadores do serviço. No segundo dia, o mistério prosseguia, e as atividades iam sendo desenvolvidas com dificuldade. Usáva-se a estratégia de projetar o caderno por meio do datashow, e nas atividades em pequeno grupo, foram feitas cópias de trechos do caderno. Apenas no final da tarde do segundo - na metade da formação, portanto - os cadernos foram finalmente entregues no CAPSad, pela própria transportadora. Ou seja: a informação de que os mesmos já haviam sido entregues não passava de uma grande mentira. Depois que este ponto foi resolvido, emergiu com força o problema das diárias. A orientadora local dizia que foi informada, pela coordenação nacional do projeto, de que não haveria atraso no pagamento das diárias, em hipótese alguma, e que por isto a formação havia sido agendada. Explicava que esta garantia era fundamental para a formação, pois os tutores não teriam recursos próprios para pagar por sua hospedagem e alimentação. Este impasse tornou o clima da formação extremamente difícil, abalando a necessária empatia e confiança que deve permear as relações entre educador e educandos. Com a chegada do coordenador macro regional, foi possível equalizar a situação de algumas pessoas, com recursos tirados do próprio bolso do coordenador. No quarto dia de formação, as diárias foram finalmente depositadas, resultando em novos problemas para a formação em si, já que os tutores precisaram ir a uma agência para retirar recursos com os quais poderiam pagar suas hospedagens e alimentação. Em resumo, esta foi uma formação em que os problemas logísticos e burocráticos comprometeram em muito a qualidade do processo pedagógico.

01 a 05 de setembro de 2014 Tutores Manaus

AM

Dênis Juliana

Relato dos Formadores Foi possível perceber os olhares e perspectivas transformando-se ao longo da semana. O desconhecimento acerca da Redução de Danos e de questões pertinentes à Reforma Psiquiátrica eram quase totais, mas isto mudou sensivelmente durante a formação. Um momento por demais impactante ocorreu durante a atividade de leitura do caderno, quando uma das tutoras perguntou de que maneira se deveria agir com ACS’s analfabetos. A questão disparou uma reflexão muito importante sobre o processo de seleção de trabalhadores de saúde, sobretudo quando um dos participantes disse que estes ACS’s sem letramento talvez tivessem dificuldades para executar suas atividades cotidianas, mas certamente seriam muito eficientes para arrecadar votos durante o período eleitoral (seus cargos seriam, portanto, um prêmio por seu compromisso com este ou aquele candidato). A formação ocorreu na ETSUS, onde havia sérios problemas com internet, o que dificultou demais a formação em EAD, onde utilizou-se o guia construído para esta atividade, mas com quase nenhuma possibilidade de atuação direta na CdP exemplo. O formato de formação em grupo menor facilitou o processo de construção mais coletiva das discussões, oportunizando mais tempo para que mais tutores colocassem suas questões ao grupo.

01 a 04 de setembro de 2014

Tutores Belém

PA

Juliana

Esta formação foi direcionada a uma grupo bastante pequeno, permitindo discussões intensas entre todos participantes. A participação de três orientadores do estado foi bastante importante, tanto para contribuir com o debate, quanto para seguir formando os orientadores que apresentavam fragilidade em algumas discussões propostas pelo Projeto. A turma construiu vínculo importante que permitiu trazer seus preconceitos para a discussão. A metodologia foi bastante elogiada pela turma que trouxe a importância da ETSUS trabalhar mais nesta direção.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

01 a 05 de setembro de 2014 Tutores

Rio de Janeiro RJ

Aline Karina Pilar

Relato dos Formadores Foi uma das melhores turmas, mais homogêneas em termos de perfil e conhecimento afim do Projeto, do estado do Rio de Janeiro. Realizada num período de 4 dias com uma carga horária diária de 10 a 12 horas, essa turma apresentou bastante interesse e qualidade na formação, sendo composta, em sua maioria, por profissionais da rede de saúde mental do estado. Contamos com alguns membros da ETSUS Izabel dos Santos, no processo, vivenciando a formação de modo que pudessem se apropriar da metodologia e conteúdo do curso, com vistas a disseminação do tema pela Escola. E tambémcom a parceria de alguns orientadores de aprendizagem, coordenando grupos, auxiliando nas discussões e trazendo exemplos vivenciados na tutoria em EAD . De fato foi uma formação muito completa que contou com poucos recursos, realizada no Instituto Philippe Pinel e a EaD na Escola Politécnica, quando contamos com a alimentação do kit, distribuída para tutores, orientadores e núcleo pedagógico. A roda de conversou contou a presença do educador Sergio Alarcon. Os tutores demonstram interesse interagindo, contando de suas experiências e realidades. Foi uma formação em que selecionaram-se tutores melhor preparados e dispostos a disseminarem novos modos de cuidado em SM na ABS nos territórios. Também contamos com apresentações de relatos de experiência de tutores e de ACS/Atenf, possíveis a partir do curso CC, organizado pela coordenação estadual e macrorregional referência do RJ. Nós também estávamos mais experientes, não apenas nas formações presenciais mas também em relação a CdP/EaD. Assim, foi possível apontar nessa formação exemplos, situações, critérios que realmente possibilitaram um maior envolvimento dessa turma na CdP.

02 a 05 de setembro de 2014 Tutores

Florianópolis SC

Marco Andréia Débora

Relato dos Formadores A formação ocorreu em quatro dias com 24 Tutores, na ESP, sem a participação dos integrantes da escola. No primeiro dia, os materiais estavam prontos e a formação iniciou no horário previsto. Participou da formação uma Orientadora (ex Tutora), referência para o grupo em formação. O grupo foi bem participativo, destacamos o crescimento do primeiro ao último dia, onde as discussões se apresentaram de acordo com as premissas do projeto. Alguns Tutores não foram muito participativos durante a formação, porém destacaram-se na avaliação final contemplando de forma esperada os temas abordados.

08 a 11 de setembro de 2014 Tutores

Imperatriz MA

Luis

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Relato dos Formadores A formação em Imperatriz se deu pela necessidade de interiorizarmos os tutores no projeto, em especial no sul do estado do Maranhão. Na formação havia uma turma mista, entre profissionais da atenção básica, saúde mental e até urgência e emergência. Ficou claro o distanciamento do território com as práticas de redução de danos e a problematização a respeito do uso de drogas. Isso ficou claro em uma fala ao final quando uma das tutoras relatou nunca ter escutado pessoas falarem sobre drogas com tanta naturalidade como feito no curso. Ainda vimos uma dificuldade na visualização de práticas de saúde mental fora dos especialismos. Alguns trabalhadores chegaram com títulos de especialização em saúde mental, buscando mostrar seu saber e na medida em que as dinâmicas do curso iam apresentando o modo de cuidado e o modo de produção de saber que buscamos, foi possível deslocar os tutores do lugar comum, do saber instituído e das verdades proferidas. O caso de Francisco do caderno de texto mostrou que nas propostas de cuidado ofertadas ao menino os trabalhadores ainda tiveram muitas dificuldades em se colocar no lugar do outro e vê-lo como sujeito potente. No decorrer da discussão a turma conseguiu rever algumas propostas e incluir alguns desejos e potencialidades do sujeito para propor intervenções. Esse exercício mostrou como as posições foram revisitadas e realocadas na medida em que alguém problematizava a ação traçada no território ficticio. A educação permanente foi uma estratégia utilizada para problematizar as praticas cotidianas, em especial dos trabalhadores da saúde mental. Foi também necessário discutir a intima e as vezes distante relação entre moral e ética, pois alguns tutores não conseguiam entender como é possível produzir cuidado “ofertando” drogas (ao discutirmos estratégias de substituição de drogas). Para isso realizamos uma discussão onde o cuidado moral e o cuidado ético foram colocados em pauta e diferenciados (na medida do possível, ja que muitas vezes o trabalho moral e o ético andam de mãos dadas, enquanto em muitas outras estão a quilometros de distancia um do outro).

15 a 19 de setembro de 2014 Tutores

Cruzeiro do Sul AC

Karina Renata

Relato dos Formadores Devido as especificidades locais esta formação teve um tempo de realização especial. fechamos numa proposta de oficina a ser realizada em quatro dias. Foi necessário ter um olhar especial para as articulações de cuidado em saúde mental na atenção básica, muito mais do que avançar nas discussões da ética da redução de danos. Recebemos tutores de regiões afastadas, do seringal, de cruzeiro do sul, os tutores tinham muitas fragilidades na qualificação do cuidado primário na atenção básica. Foi uma formação mais sintética, realizada em Cruzeiro do Sul, para tutores indicados pela coordenação estadual que ja tivessem uma caminhada na AB e SM. Contamos com candidatos a tutores vindo do seringal e demais regiões afastadas. os quais se deslocaram por dois dias de viagem para chegar até o local da formação. Esta foi uma formação diferenciada, que levou em consideração estas e outras especificidades, discussões presentes no territórios, e possíveis rearranjos para pensar o cuidado em SM dentro de uma realidade mais simples. As avaliações não foram das mais satisfatórias, mas também refletiu o nível e acesso a discussão, neste território. A organização foi muito bem pensada, em relação aacessibilidade, pela equipe estadual, que esteve presente todos os dias. A formação ocorreu na Escola Técnica do Estado e pudemos contar em alguns dias/turnos, com a presença do Orientador de aprendizagem do Acre, Bruno. O saldo final foi produtivo

15 a 18 de setembro de 2014 Tutores

Stefanie Angélica

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Cuiabá MT

Rafael

Relato dos Formadores

Em Cuiabá, tivemos como pontos altos da formação o retorno, pela turma participante, de como os temas trabalhados puderam não somente ampliar a apropriação em estratégias de cuidado em saúde, trazidas pelos eixos temáticos do projeto, como além disso a troca e as metodologias ativas fizeram surtir um efeito de renovação de compromissos éticos e políticos na atuação profissional de participantes, diante das durezas institucionais dos processos de trabalho nos quais boa parte da turma estava inserida; a saber, em serviços da RAPS, cujas constantes pressões político-partidárias endureciam o processo de trabalho e faziam perder a crença que levava muitas pessoas a identificarem-se com sua profissão em primeiro lugar. Que este efeito tenha sido mencionado ao término da avaliação foi de grande importância para que também a equipe do projeto envolvida na organização retomasse a importância do mesmo e o seu potencial de mudar relações, olhares e saberes nos lugares que pudéssemos chegar. A dinâmica que pudemos notar como divisora de águas na compreensão e interesse pela temática do projeto foi o relato da educadora Stefanie ao comentar sobre o histórico da reforma psiquiátrica, que contemplou não só experiências pessoais mas uma história das diferentes práticas de cuidado, e a diferença que o cuidado em saúde mental em liberdade podia operar nas vidas de pessoas em sofrimento, bem como o papel da desconstrução do estigma sobre loucos e drogados neste processo; dentre outros tópicos que foram sendo lembrados pela turma nas dinâmicas seguintes, ajudando também a dar conta de compreender dinâmicas anteriores. Já o debate sobre o eixo temático da redução de danos foi prejudicado por conta de uma metodologia mais expositiva, escolhida como estratégia para otimização do tempo, o que trouxe prejuízos à construção de uma dialogicidade, e para que dúvidas e eventuais resistências tivessem um lugar na discussão deste tópico em específico. Isso foi melhor trabalhado, portanto, através de outras dinâmicas, como a elaboração dos mapas de territórios, e na tentativa de aproximar a questão das drogas das outras demandas em saúde que já estavam sendo vistas com uma perspectiva mais ampla. Também foi de difícil compreensão a apresentação da plataforma EaD, mas consideramos também que a apropriação de ferramentas interativas se daria principalmente com a sua utilização no cotidiano. Esta segunda formação também contou a presença de uma orientadora de aprendizagem que pode trazer um pouco mais sobre os processos do Projeto Caminhos do Cuidado nos territórios do Estado a partir de experiências de outros tutores já atuantes, o que foi muito significativo, uma vez que aproximou os candidatos a tutores da formação em sala de aula, sob um olhar das mudanças desencadeadas pela formação junto aos ACS e ATENfs. No que diz respeito às práticas destes trabalhadores, pudemos problematizar o cuidado interdisciplinar, integral, e em território, uma vez que muitos destes traziam praticas mais endurecidas quanto as trocas de saberes e uma dificuldade com processos hierárquicos dentro das equipes. Realizamos um sociodrama que possibilitou a vivencia em muitos papéis, buscando ofertar outras possibilidades de cuidado que fizessem sentido a estes trabalhadores e que pudesse ser passada no trabalho em sala de aula.

22 a 25 de setembro de 2014 Tutores

Boa Vista RR

Dênis Pedro

Relato dos Formadores Formação realizada em um formato reduzido, em quatro dias e com apenas um único componente da equipe nacional, juntamente com a orientadora local. O encontro foi realizado na ETSUS, com exceção do módulo EAD, para o qual estabeleceu-se parceria com uma faculdade privada local. Participaram desta etapa cerca de trinta candidatas à tutoria, além de três pessoas ligadas à própria ETSUS. Turma

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

diversificada, formada por pessoas com experiência na Atenção Básica, na Saúde Mental, e também em serviços da rede hospitalar. Não houve nenhuma grande dificuldade. Destaque para a roda de conversa sobre Redução de Danos articulada pela orientadora local, e que contou com a presença do coordenador municipal de Saúde Mental, e também de redutores de danos ligados à uma ONG local. Esta participação foi muito importante para dar mais consistência aos aspectos históricos e teóricos apresentados, e também para aproximar as tutoras da prática cotidiana de Redução de Danos desenvolvida em Boa Vista.

29 de setembro a 03 de outubro de 2014 Tutores

Feira de Santana BA

Angélica Relato dos Formadores

A formação ocorrida na cidade de Feira de Santana foi realizada no período de 05 dias, com encontros manhã e tarde se deu na FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciência de Feira de Santana), onde tivemos a formação de tutores das regiões próximas ao Município. A formação contou com a presença de muitos trabalhadores da Atenção Básica, alguns da Saúde Mental e também de gestores de saúde. A formação foi bastante participativa, onde os trabalhadores candidatos a tutores encontravam-se bastante receptivos às discussões a cerca das ferramentas de cuidado, tal como na discussão sobre o uso de drogas. O processo foi de um encontro em que a Educação Permanente esteve transversalizando a formação o tempo todo, uma vez que os trabalhadores compartilharam muitas experiências de seus trabalhos a partir das temáticas propostas pelo projeto, em seus territórios. Na formação tivemos um sociodrama que permitiu aos tutores trazerem suas dificuldades em relação à compreensão sobre o cuidado e o trabalho em rede, o que foi bastante trabalhado com os mesmos, bem como o papel do ACS e ATEnfs, já bastante reconhecido pelos mesmos. Quanto à questão sobre a saúde mental, esta foi amplamente discutida e ‘matriciada’ pelos trabalhadores da saúde mental, oportunizando uma problematização e reconhecimento de ferramentas por parte dos trabalhadores da Atenção Básica. Também tivemos a oportunidade de trabalhar dando mais sentido à ferramenta em EaD, onde buscamos trabalhar com a continuidade dos processos de Educação Permanente, como ocorridos presencialmente. Tivemos a participação de uma orientadora durante toda a formação, também docente da ETSUS/BA, o que foi muito importante para que a mesma pudesse levar esta discussão para dentro da Escola.

29 de setembro a 03 de outubro de 2014 Tutores Itabuna

BA

Aline Luis

Relato dos Formadores

Relato dos Formadores A formação se deu para tutores da região sul do estado da Bahia. Na maioria eram trabalhadores da rede de saúde mental, trabalhadores de CAPS e alguns trabalhadores da rede básica de saúde. Durante a formação a turma acolheu bem o cuidado proposto pelo curso, mostrando que existia uma forte demanda da rede pela discussão em torno da saúde e mental e do uso de drogas. Observamos que a turma trazia muitos relatos da suas realidades de trabalho e até mesmo de vida em relação ao uso de drogas e partir disso foi possível tocar na questão dos diferentes usos possíveis de drogas. Além disso, a turma, de

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

maneira geral, trouxe uma importante discussão sobre a importância de considerarmos os contextos de vida na compreensão das demandas de saúde, bem como na construção de projetos de cuidado. Importante destacar também que os profissionais apontaram as questões inerentes à gestão quanto à consolidação do SUS. As discussões realizadas proporcionaram reflexões que traziam o acolher e o não julgar como eixos fundamentais do cuidado em saúde, especialmente em saúde mental. Uma das candidatas à tutoria mostrou muita dificuldade em acolher a ética de cuidado proposta. Ficou claro que sua posição como gestora municipal estava enraizada e ela teve dificuldade de se descolar desse lugar e pensar um cuidado menos prescritivo e mais inclusivo. Essa foi a única candidata não apta da formação. O restante da turma não teve dificuldade em olhar para sua rede de saúde com lentes críticas e pôde reconhecer as potências e os nós que compunham a rede de saúde. Essa possibilidade foi aberta pelo acolhimento dos formadores e da equipe estadual presentes na formação, além da abertura da própria turma para o método e assunto trabalhados. Vale apontar ainda que essa metodologia favoreceu a experimentação dos processos de reflexão das práticas e de consideração do protagonismo dos sujeitos na cena do cuidado.

19 a 22 de janeiro de 2015

Tutores São Luís

Maranhão

Luis Pilar

Relato dos Formadores A formação se deu pela falta de tutores em certas regiões do estado, que pelo seu tamanho torna dificil os deslocamentos e ida de tutores ao territorios de formação. Se deu inicialmente para um número de 20 tutores, sendo que pela disseminação da informação acabamos com 30 canditatos a tutoria. O grupo era divido entre trabalhadores da saúde mental, atenção e gestores. Esse arranjo permitiu que conseguissemos promover trocas intensas a partir do diferentes olhares que os sujeitos lançavam sobre o cuidado e sobre a educação em saúde. As discussões por vezes eram atravessadas por um discurso mais conservador, da droga como algo ruim por si, sem olhar para as relações possíveis no uso das substancias. Assim que a cena que mais me chamou atenção foi a roda de discussão sobre redução de danos, na qual não foi colocado um conceito, mas construído pelo grupo através de uma dinâmica. Nesse momento o grupo conseguiu discutir tanto a redução de danos e as práticas de cuidado que a envolvem, como a fluidez dos conceitos e dos entendimentos sobre as práticas de RD. Em dois momentos toda turma negou um dos conceitos escritos por um dos tutores o que mostrou que quem escreveu pôde rever seu conceito e se reposicionar. Acredito que o reposicionamento, tanto de olhares, como de conceitos e pré-conceitos deu a tona a formação. Isso ficou claro nos posicionamentos ao final do curso na medida em que o discurso da turma, de modo geral, foi se refazendo e se aproximando da proposta de cuidado integral. Ao final foram selecionados 20 tutores.

23 a 26 de fevereiro de 2015

Manuas AM

Juliana

Formação bastante potente, direcionada a docentes da CETAM, sendo fundamental a discussão sobre metodologia de aula que foi considerada inovadora pelo docentes. Os docentes do curso técnico de enfermagem não mostraram conhecimento sólido sobre o Política Nacional de Atenção Básica, e apresentaram outras fragilidades de discussão como a redução de danos e reforma psiquiátrica, sendo necessário que as discussões fossem densas nessa formação. Com o apoio das duas orientadoras do estado, esta formação se mostrou potente e intensa na transformação do entendimento do modo de cuidar e de ensinar. A participação da equipe estadual que havia mudado a poucos meses foi muito

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

importante para compreensão do Projeto de forma mais abrangente.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

4.7 Sociodrama como estratégia formativa Realizou-se sociodramas especialmente na formação de tutores, mas o consultor Antonio

Lancetti dirigiu outros em eventos de grande a Amostra de Atenção Básica ocorrida em Brasília e

que contou com a participação de mais de 6000 pessoas

(https://www.youtube.com/watch?v=EiygGhE2gDc), conferências o Projeto Caminhos do Cuidado

à Rede Unida em Fortaleza em abril de 2014, a cursos de formação de redutores de Danos como o

acontecido em Maceió.

Os sociodramas se iniciavam com uma apresentação do diretor, um aquecimento

inespecífico, isto é andar, respirar fundo, alongar, etc. Em alguns sociodramas como os dois

acontecidos em Belo Horizonte com aproximadamente 100 pessoas cada um o aquecimento foi

dirigido para Renata Vasconcellos. Ela dirigiu um trabalho de corpo, com respiração, auto

percepção do corpo e exercício de massagens. Feitos em parceria, essa prática, além de manifestar a

facilidade de entrosamento do núcleo pedagógico, permitiu um clima muito mais favorável para o

trabalho grupal. Depois do aquecimento inespecífico, seguia o aquecimento específico que poderia

ser um psicodrama interno, isto é fechar os olhos e pensar numa cena do cotidiano, uma divisão do

grupo entre usuários e ACSs e auxiliares de enfermagem etc. As vezes propôs-se conversas em

pares para trocar as cenas ou situações geradas nesse começo de trabalho coletivo. As vezes

dramatizaram situações de acolhimento, de visitas domiciliares, de discussões de caos nas unidades

de saúde, etc. Outras em que os tutores administravam aula para ACSs auxiliares de enfermagem ou

técnicos de enfermagem. Em todas essas ocasiões desenvolveu-se cenas onde era possível operar as

ferramentas de trabalho propostas pelo Projeto Caminhos do Cuidado e outras situações dramáticas.

Na própria cena foi possível enfrentar obstáculos epistemológicos e dificuldades de transmissão. Na

penúltima parte discutia-se as cenas produzidas de modo a facilitar a desconstrução de preconceitos

e, dessa forma, incorporar o entendimento de conceitos que exigem uma plasticidade psíquica que,

facilitou o processo pedagógico e a própria mobilização que se expandiu ao longo do Brasil. No

final dos sociodramas, compartilhou-se a experiência vivida e na maioria absolutas dos casos os

participantes expressaram a intensidade vivida e a facilitação da compreensão dos conceitos

propostos pelo núcleo pedagógico dos Caminhos do Cuidado. Eles falaram que o exercício grupal

lhes facilitava a compreensão dos conceitos fundamentais e a posterior transmissão dos mesmos.

Num sociodrama acontecido em São Paulo se desenvolveu uma cena na qual um grupo de tutores

dava aula para ACSs Técnicos de enfermagem e Auxiliares de enfermagem. Num costado da cena

havia um grupo que representava o Ministério da Saúde e os Educadores de Caminhos do Cuidado.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Uma protagonista estava explicando dramaticamente conceitos de Redução de Danos. A mulher fez

um ato falho e disse Redução de Donos. Marco Aurélio Jorge, que acompanhava a dramatização fez

a intepretação analítica e a tutora dramática fez o insight e disse; “eu achava que o Projeto era do

Governo ou da Fiocruz, agora sinto que o Projeto é meu”. No Shering final (compartilhamento) ela

disse que saiu de lá diferente da maneira como havia chegado. Outras pessoas também disseram que

o Projeto tinha mudado as maneiras de ver o mundo e de entender o trabalho de atenção básica.

4.8 Certificação - componente presencial

A certificação do momento presencial dos cursos de formação de tutores e orientadores foi emitida, por meio do site, para todos os presentes, na modalidade participantes, mesmo os que não foram aprovados na seleção foram certificados, sendo exigido um mínimo de 75% de frequencia.

5 COMUNIDADE DE PRÁTICAS

Uma das estratégias fundamentais no processo de formação na modalidade Educação à

Distância (EAD) dos tutores são as Comunidades de Prática (CdPs), que proporcionaram espaço

de encontro e produção compartilhada de conhecimento entre os diversos atores do projeto,

cumprindo a função de educação permanente. Esta estratégia, do uso da tecnologia virtual se

amplia quando utilizada na perspectiva da territorialização do Projeto, tanto no sentido do

monitoramento e avaliação, bem como para a gestão locorregional, descentralizada.

A Educação Permanente é balizada por um Política Nacional (BRASIL, 2009), e visa

complementar os desafios colocados pela prática da capacitação, ou da educação continuada,

principalmente dando ênfase à dimensão pedagógica da produção de conhecimento no encontro

entre pares, bem como na experiência com o território vivido. Ela remete à concepção do curso e

das metodologias participativas no Projeto Caminhos do Cuidado, que prevê atividades de

dispersão nos territórios dos ACS e ATEnfs, posteriormente divididos nas turmas, bem como a

projeção, em grupos, de potenciais parcerias no território para a promoção e garantia das

estratégias de vínculo, acolhimento e escuta de pessoas que usam drogas e/ou são portadores de

sofrimento mental.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Neste contexto mais amplo que o projeto propõe, o lugar da CdP é também o de uma troca

de experiências entre pares, porém com uma temporalidade específica, que não é a do encontro

presencial, mas o da interação virtual por meio de postagens de estudos de casos que surgiram

nas turmas, dentre outras questões, através de textos, links, vídeos, artigos e dúvidas diversas

surgidas entre tutores(as).

No Projeto Caminhos do Cuidado, a CdP constitui um espaço virtual por meio do qual se

pretendeu a construção de reflexão, compartilhamento e aprofundamento de questões e temas

presentes em sala de aula. Deste modo, ela deve acompanhar o processo presencial no que

tange ao desenvolvimento da proposta pedagógica do curso e do tema em pauta.

Antes de relatar o que pudemos aprender ao longo do projeto sobre a CdP como

ferramenta de acompanhamento das turmas do Caminhos do Cuidado, passemos a descrever,

adiante, quem são as figuras que habitaram este espaço virtual.

● Participantes:

Moderadores(as) - o papel da moderação é facilitar a construção coletiva de conhecimento dos

grupos de orientadores(as) e tutores(as), trazendo elementos para o debate, problematizando as

questões e dúvidas trazidas pelos participantes, entre outras.

Participantes - tem o compromisso de trazer questões das suas vivências por meio dos relatos

dos encontros com os ACS e ATEnfs, interagindo/problematizando as vivências e intervenções

com demais colegas;

Observadores(as) - têm o papel de monitoramento e acompanhamento do projeto. Esse status

permite a visualização das interações que ocorre na CdP e o acompanhamento das atividades

sem a permissão de interlocuções diretas. Podem observar uma CdP específica ou um grupo de

CdPs.

Quadro: Membros Comunidade de Práticas

Status Membros

Moderador Orientador, Educador e Apoiador Pedagógico

Participante Tutores

Observador Técnicos do Ministério da Saúde, Coordenação Macrorregional, Coordenação

Estadual e ETSUS/ESP

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Além das CdPs orientador-tutor, foram criadas subcomunidades onde Orientadores são

organizados por estado ou mais de um estado (conforme seu quantitativo), para interagirem com

o Núcleo Pedagógico nacional (educadores, apoiadores e coordenação), assim como com

ETSUS/ESP, coordenação estadual, coordenação macrorregional e técnicos de referência do MS.

Estas subcomunidades também são espaços de educação permanente dos seus participantes.

5.1. O EAD na educação permanente em saúde (tutor e

orientador- comunidade de tutoria)

O projeto estruturou dois espaços distintos de Educação à Distância, que se propõem a

cumprir a necessidade da educação permanente e do próprio acompanhamento das atividades

relacionadas às oficinas de formação dos ACSs e ATENFs: a comunidades de tutores, composta por

um orientador (moderador), um grupo de tutores (modalidade participantes), apoio pedagógico e

educador (como observadores), e a subcomunidade de orientadores, integrada por um grupo de

orientadores (enquanto participantes), educador e apoio pedagógico (ambos na qualidade de

moderadores). Além destes, as distintas plataformas são também integradas por outros na

modalidade da observação, segundo suas inserções diferenciadas no projeto (macrorregional,

membros das equipes estaduais e das escolas técnicas do SUS e Saúde Pública).

Uma das principais potencialidades da Comunidade de Práticas é a de disponibilizar um

espaço rico de trocas entre seus participantes. Em cada comunidade, composta pelos tutores do

curso e por um orientador, foi possível que fossem trocadas diversas experiências, além da

postagem de fotos, relatórios, casos e outras produções dos ACSs e dos ATenfs. A cada postagem

foi possível que qualquer participante da comunidade interagisse e fizesse comentários acerca

daquela situação relatada. Isso possibilitou que os tutores conhecessem diversas turmas formadas

em sua região, compartilhando anseios e tirando dúvidas por suas turmas. Além disso, foi um

espaço de discussões conceituais acerca dos temas presentes na formação como redução de danos,

projeto terapêutico singular, rede de atenção psicossocial, atenção básica e etc.

Nos espaços das subcomunidades, composta pelo conjunto de orientadores de cada região, o

apoio pedagógico e educadores, foi possível fazer a interlocução do que era discutido nas

comunidades de tutoria, além de trocar situações presentes e dúvidas que emergiram no decorrer do

processo de formação presencial e em EAD das turmas.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Apesar da interlocução possibilitada pela plataforma entre moderadores e participantes, e

também entre estes últimos, as comunidades de práticas, não raro, enfrentam seus desafios de

promover e de manter aquecido o exercício da comunicação através deste espaço virtual que, em

parte, tem como membros pessoas que não se conhecem pessoalmente e que, ainda assim, precisam

estabelecer pactos de trabalho mediados também à distância, ainda que sob a contundente chancela

de um Projeto desta magnitude nacional e institucional. Sendo assim, uma das dificuldades

encontradas diz respeito à frouxidão da rede de relação com que alguns membros - sejam estes

moderadores ou participantes-, estabeleceram com as suas comunidades de práticas, refletindo-se

em baixo e/ou inadequado uso desta ferramenta para os fins a ela destinados. Neste sentido, a

função do apoio pedagógico e do educador foi fundamental para provocar um aumento e para

qualificar as atividades nas comunidades e nas subcomunidades por meio de sua abordagem direta

com os orientadores: o exercício da educação permanente do orientador. De fato, com as

intervenções realizadas ao longo do tempo nas subcomunidades e, ainda, colhendo os efeitos

positivos dos encontros presenciais que ocorreram entre núcleo pedagógico e orientadores, foi

possível observar um incremento de participação em algumas comunidades, ratificando sobretudo o

papel estratégico do orientador enquanto provocador para as discussões temáticas e produções dos

relatos, bem como acompanhando para que as dúvidas, sejam de conteúdo, metodológicas e/ou de

natureza infralogística, pudessem ser sempre atendidas em suas demandas.

Outro ponto importante que diz respeito às produções nas CDPs aponta para as atividades de

escrita de relatos por eixos temáticos e relatos de casos discutidos em sala de aula com os ACSs e

ATENFs e sobre a sala de aula, estes como parte integrante e necessária à obtenção da certificação

no módulo II, como será explicado mais adiante. Aqui, se observa, com relação à qualidade do

produto, duas dificuldades que obstacularizam as construções narrativas: de um lado, as limitações

pessoais que um grande número de tutores apresentaram em relação à atividade da escrita. Muitos

deles desenvolvem boas conduções das oficinas formativas com os alunos, sustentaram discussões

importantes para os propósitos do Projeto e apresentaram com destreza seus manejos em sala de

aula. No entanto, parte deles têm dificuldade com a representação escrita, cuja qualidade muitas

vezes se mostra aquém da própria experiência no curso. Neste caso, o auxílio do orientador é capaz

de localizar as fragilidades da narrativa e buscar qualificar o que foi relatado, considerando os

limites que suas intervenções encontraram com cada um. De outro, encontramos as dificuldades na

compreensão quanto à abordagem de cada um dos três eixos temáticos dos relatos e na construção

dos relatos de caso. Para superar esta barreira, o núcleo pedagógico, através do apoio pedagógico e

do educador, exerceu importante função de orientar na construção destes relatos avaliando, junto

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

aos orientadores, o conteúdo de alguns trabalhos específicos. Por fim, outro fator que incide sobre

as produções em EAD guarda relação com a contratualidade dos tutores quanto a esta tarefa, uma

vez que ela, ainda que presente entre os compromissos assumidos frente ao projeto CC no TR, não

se configurou como um condição para o recebimento da bolsa de tutor, que estava vinculada à

execução das turmas de ACS/ATEnf.

5.2 Desenvolvimento e utilização da plataforma de

Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado

5.2.1 Requisitos de Interação, Colaboração e Aprendizagem

A plataforma de comunidades de práticas utilizada no projeto Caminhos do Cuidado propicia um espaço para a troca de experiências entre pares, prioritariamente de forma assíncrona (com cada participante interagindo na plataforma no seu tempo), usando postagens de estudos de casos, comentários, textos, links, vídeos, artigos e dúvidas orientadas em Fóruns. A interação propicia o relacionamento entre tipos variados de conteúdos organizados em espaços que facilitam o acesso e a recuperação das informações. Além disso, todas as postagens devem ser passíveis de receber comentários, propiciando a construção coletiva de conhecimentos através da interlocução e avaliação entre pares.

O processo de avaliação individual dos Tutores prevê a realização e acompanhamento de atividades específicas que foram centralizadas no espaço de Portfólio (produção individual) para facilidade de acesso de Tutores, dos Orientadores, bem como dos demais atores que participaram da avaliação. Outras postagens gerais da comunidade estão localizadas em um espaço denominado Acervo (produção coletiva).

As atividades de avaliação e acompanhamento de Tutores e Orientadores foram conduzidos em um espaço específico na comunidade, através do preenchimento de formulários definidos e desenvolvidos para esta finalidade.

Para as demais atividades de aprendizagem colaborativa e interação social, outras ferramentas foram integradas, tais como Fórum, Chat, notificações por email, calendário e acervo de conteúdos.

5.2.2 Arquitetura da Informação O portal de Comunidades de Práticas para o projeto Caminhos do Cuidado foi especialmente organizado em função das necessidades e requisitos apresentados na seção anterior, estruturado da seguinte forma, como ilustrado na Figura 1:

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

1. Página Inicial: página de apresentação exibindo as definições do Projeto Caminhos do Cuidado;

2. Novidades: esta seção exibe uma linha do tempo de todos os conteúdos atualizados em todas as comunidades que o usuário participa, fornecendo uma visão global das atividades que estão acontecendo na área de comunidades do portal. Com isto, o usuário tem sempre uma noção de quais atividades recentes ele pode monitorar para se manter atualizado;

3. Comunidades do Caminhos do Cuidado: seção destinada a conter as comunidades dos tutores, orientadores e apoio pedagógico do projeto. Este espaço é hierarquicamente organizado para listar todas as comunidades por Estado, comunidades para orientadores com respectivas subcomunidades por região de orientação, além de comunidades de gestão para o apoio pedagógico;

4. Ajuda: este espaço está reservado para informações de ajuda ao usuário e agrupa quatro subseções de ajuda:

a. Novidades nas comunidades apresenta todas as novas funcionalidade e atualizações com suas descrições e explicações de uso;

b. Orientações gerais para correção de problemas e encaminhamentos de defeitos específicos que ocorrem do lado do usuário;

c. Tutorial Online que apresenta o tutorial para o usuário da plataforma, em uma forma navegável com menu apresentando os principais pontos de funcionalidade sobre o uso e funcionamento da plataforma;

d. Perguntas Frequentes agrupa as principais dúvidas do usuário, sistematizadas pela equipe do suporte aos usuários;

5. Gestão: esta seção agrupa funcionalidades de gestão de acesso e comunicação dos membros da plataforma. A partir desta seção é possível, por exemplo, enviar mensagens para todos os usuários cadastrados na plataforma;

6. Fale conosco: seção com um link para o canal de comunicação do Projeto Caminhos do Cuidado para esclarecimento de dúvidas gerais e funciona como um elo entre o Projeto e o cidadão.

Figura 1 0

Figura 5xx - Arquitetura da informação para o espaço de comunidade de prática do Caminhos do Cuidado

5.2.3 Plataforma de Comunidades de Práticas O produto CommunitiesofPracticePlataform (CoPPla) oferece uma plataforma genérica para construção de comunidades de prática virtuais, disponibilizando uma série de ferramentas de comunicação e colaboração integradas em um ambiente voltado para o compartilhamento de conhecimento, onde a criação de conteúdo e a manipulação de objetos é flexível e intuitiva. A plataforma oferece recursos para o gerenciamento da comunidade, possibilitando a criação, o armazenamento e o acesso a seus conteúdos e participantes. O conjunto de ferramentas de gestão, comunicação e publicação são configuráveis e envolvem a manipulação de textos, imagens, páginas web, links, eventos, fóruns de discussão e espaços para experiências de aprendizagem. Os usuários tem a habilidade de criar e gerenciar suas comunidades como um espaço para compartilhar conhecimento envolvendo atividades de aprendizagem.

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O produto CoPPla disponibiliza espaços para a criação de conteúdo e interação entre os participantes através de:

� Timeline: funcionalidade de visualização prática e flexível que lista todas as atividades na comunidade permitindo um rápido acesso ao seu autor e conteúdo, além de permitir inserção rápida de comentários;

� Calendário: onde eventos podem ser criados por participantes e moderadores; � Acervo: armazena o conteúdo geral da comunidade, podem ser inseridos arquivos, imagens,

links, páginas e pastas; � Portfólio : u tilizado para publicação de produções individuais, disponibiliza a criação de

arquivos, imagens e páginas; � Tarefas: utilizado para entrega de trabalhos; � Fórum de discussão: nas comunidades discussões podem surgir em comentários dos itens

publicados ou através de um ambiente de conversas; � Notificações: utilizam-se duas formas de notificação nas comunidades. A primeira delas é

um mecanismo que permite aos moderadores o envio direto de mensagens aos participantes e a segunda é através de um resumo diário (Digest) das atividades da comunidade enviado por e-mail;

� Perfil dos usuários: exibe informações referentes ao usuário bem como seu conteúdo compartilhado;

� Lista de participantes: exibe os participantes e moderadores da comunidade, sendo possível a pesquisa e o acesso ao perfil de cada um;

� Nível de atividade: ferramenta desenvolvida para verificar o nível de interação nas comunidades, tanto coletivo quanto individual;

� Pesquisa: armazena todo o conteúdo produzido pelos participantes, pode-se pesquisar por conteúdos específicos utilizando filtros como nome, data de criação, quem publicou, temas relacionados, entre outros.

� Convite: ferramenta para envio de convites por e-mail, onde é possível anexar mensagens personalizadas.

� Perfil da comunidade: através da página inicial de uma comunidade é possível encontrar seu nome, imagem, descrição, lista de participantes e histórico.

Um tutorial navegável completo de utilização está disponível no portal de comunidades do Caminhos do Cuidado e pode ser acessado através do link:

� http://comunidades.otics.org/ajuda/tutorial/o-que-e-a-plataforma-para-comunidades-de-pratica-coppla.

5.2.4 Funcionalidades desenvolvidas especificamente para o Caminhos do Cuidado

Durante o andamento do projeto, foram realizadas diversas alterações na plataforma, buscando atender a novos requisitos e/ou dar melhor suporte a determinadas atividades. Nas primeiras oficinas realizadas foi feito um estudo de usabilidade com os participantes, o que deu subsídios para compreender melhor como eles estavam usando a plataforma e quais as dificuldades encontradas. As atualizações realizadas na plataforma procuraram contemplar melhorias que cobrissem estas dificuldades. Entre as novas funcionalidades desenvolvidas se destacam:

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� Gestão das Notificações: foi desenvolvida uma funcionalidade para permitir a gestão do recebimento das notificações em um conjunto grande de comunidades. Isto era especialmente crítico para os Observadores e Moderadores que acompanhavam um grande número de comunidades;

� Sala de Chat: foi desenvolvida uma ferramenta de mensagem instantânea (Chat), com uma sala de bate-papo disponível em cada comunidade/subcomunidade;

� Detalhamento da ferramenta de Atividades: foi realizado um maior detalhamento das atividades monitoradas através da ferramenta Atividades. Além disto foi criada uma nova camada, permitindo visualizar o resumo das atividades do conjunto das comunidades (disponível para Observadores e Moderadores Master);

� CoPAnalytics: foi desenvolvida uma ferramenta para monitorar o acesso ao ambiente por parte dos participantes. A ferramenta Atividades contemplava o acompanhamento das ações realizadas pelos participantes na plataforma, mas não a sua navegação. Com esta ferramenta se tornou possível acompanhar o número de vezes que cada participante acessou a plataforma em determinado período, bem como as páginas visitadas. Embora esta ferramenta tenha sido desenvolvida e colocada em operação durante o andamento do projeto, não disponibilizando acesso a estas informações desde o seu início, ela foi útil para acompanhar a participação de tutores e orientadores nas fases subsequentes;

� Formulário de acompanhamento dos Tutores: foi criado um formulário para que os orientadores fizessem o registro das atividades desenvolvidas pelos seus respectivos tutores, alinhado com o modelo de avaliação utilizado no projeto;

� Novos papéis: foram criados os papéis de Observador, Observador Master e Moderador Master na plataforma, permitindo que outros atores do processo tivessem acesso às comunidade, seja como observadores, seja como gestores, tanto de comunidades individuais, como do conjunto das comunidades;

� Post Simplificado: foi desenvolvido um novo tipo de postagem (inserção de conteúdos), para posts simples (apenas texto), onde é possível inserir uma mensagem diretamente na timeline da comunidade. Isto pode ser usado para enviar recados, ou começar uma conversa menos estruturada (ou mais informal) com o grupo. Essa foi uma demanda dos participantes, quando buscavam uma forma mais simples e direta de enviar uma mensagem para sua comunidade;

� Atualização do Fórum de Discussão: a ferramenta Fórum foi simplificada, ao invés de salas de fórum com tópicos dentro delas (ou seja, dois níveis de organização das conversas), passou a ter um Fórum em cada comunidade, onde é possível realizar diversas conversas. Também foi feito um ajuste nas permissões, possibilitando que todos os participantes da comunidade pudessem criar estas conversas (isso não fica mais restrito aos moderadores).

5.2.5 Problemas encontrados no uso da plataforma

Durante o andamento do projeto foram encontrados diversos problemas que tiveram impacto no acesso e/ou uso da plataforma de comunidades de práticas. Embora eles tenham sido tratados com a maior urgência possível, cabe registrar quais foram e os devidos encaminhamentos:

� Não recebimento das notificações com as novidades das comunidades: com o crescimento do número de participantes nas comunidades, e consequente aumento no número de emails enviados pela plataforma (em especial com as novidades diárias), foi necessário mudar a forma como era feito o envio destas notificações. Deixou-se de utilizar um email do Gmail (que possui uma quota diária de envios) para utilizar um servidor de email próprio (sem limites). Isso teve como efeito colateral a dificuldade na entrega das notificações para

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

diversos provedores, em especial Yahoo e Hotmail. Foram tomadas diversas medidas para reduzir o problema: foi feito contato com os administradores destes provedores para desbloqueio dos emails; foi dada orientação aos participantes de como informar nos respectivos provedores que o endereço de email que estava sendo utilizado não era indesejado.

� Problema no uso do Chat em alguns locais: a ferramenta desenvolvida para o Chat utiliza portas diferentes para a comunicação com o servidor, o que faz com que em contextos onde as redes locais tem restrições (nos respectivos firewalls), pode acontecer da comunicação não acontecer. Nestes casos cabe fazer contato com o administrador da rede local onde o problema está acontecendo e verificar se é possível liberar o acesso nas portas utilizadas para o Chat.

� Efeitos colaterais nas atualizações da plataforma: foram realizadas muitas atualizações na plataforma, introduzindo diversas novas funcionalidades, durante o andamento do projeto. Em alguns momentos foram identificadas incompatibilidades e/ou efeitos colaterais (na performance por exemplo), que precisaram ser sanados. A criação dos novos papéis mudou significativamente os fluxos nas comunidades, e foi onde pode ser observado o maior número destes problemas.

� Queixas com relação à performance da plataforma: em diversos momentos houveram queixas dos participantes com relação à performance da plataforma. Em alguns casos (como citado acima, no que diz respeito às atualizações), isso era procedente e foram tomadas as devidas medidas. No entanto, na maioria dos casos o problema estava na conexão com a internet, que não oferecia uma performance adequada para o acesso à plataforma. Cabe aqui um esclarecimento, como cada página dentro das comunidades é criada especificamente para o participante que está fazendo o acesso/visualização, não é possível usar o mecanismo de cache (ou pelo menos não no mesmo nível), normalmente utilizado por sites onde o conteúdo é estático. Isso com que o volume de dados transmitidos desde o servidor até o navegador do participante seja um pouco superior. Para identificar estas situações, os participantes foram orientados a utilizar um programa de teste de performance da conexão (SIMET - simet.nic.br) antes de reportar um problema de lentidão.

5.3 Oficinas de uso das Comunidades de Práticas Como o trabalho com comunidades de prática apresenta diferenças em relação aos processos de ensinar e aprender quando comparado com Ambientes de Aprendizagem tradicionais, mostrou-se necessário e indispensável preparar os participantes para o uso das Comunidades de Práticas. Assim, foram organizadas e desenvolvidas oficinas presenciais, por região, para capacitação dos integrantes do projeto. As oficinas foram organizadas contemplando dois momentos principais:

1) Oficina Pedagógica/Metodológica: Nesta ocorreu a apresentação e discussão dos referenciais teóricos que orientam as formas

como as interações devem ocorrer em um ambiente virtual desta natureza. Este momento caracterizou-se pela apresentação dos conceitos estruturantes: aprendizagem social e colaborativa, papel dos atores de comunidades de prática, ensino e aprendizagem em ambientes virtuais, potencias e limitações do uso de comunidades de prática; formas de mobilizar para a construção de conhecimentos em comunidades de prática; origem, tipos e características das comunidades de prática, entre outros.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

2) Oficina Técnica: Oficina prática sobre o uso da ferramenta tecnológica, com demonstração e treino de cada participante.

A oficina Pedagógica/Metodológica se destinou aos Orientadores, enquanto as oficinas Técnicas foram dirigidas a todos os participantes do projeto.

5.4 Especificação do processo de avaliação Foram realizadas reuniões com o núcleo condutor para definição do processo de avaliação (variáveis que seriam levadas em conta, aspectos definidores do processo) e formas de realizá-la na plataforma. A partir do resultado destas reuniões, foram feitos os ajustes necessários na Plataforma e identificados aspectos a serem levados em conta para definir se as habilidades e competências propostas pelo processo estavam sendo desenvolvidas.

A avaliação do trabalho realizado foi de processo e de produto. A avaliação de processo ocorreu pela observação da qualidade e frequência das interações, bem como da disponibilidade de colaborar com a aprendizagem dos colegas nas comunidades. A avaliação de produto se deu pela observação de aspectos mensuráveis, tais como o número de interações, a postagem de materiais, a execução das tarefas e atividades propostas.

5.5 Acompanhamento técnico/pedagógico Foi construída uma estrutura de atendimento para suporte aos usuários do Projeto, consistindo de um atendimento on-line via chat e e-mail, na própria plataforma para os usuários tirarem as dúvidas diretamente. Esta estrutura de suporte ficou disponível das 8h30 da manhã até às 21h30 de segunda a sexta e, nos sábados, até as 17h30 - com intervalo das 12h30 às 13h30. Durante o período off-line, os usuários ainda poderiam enviar suas dúvidas pela mesma ferramenta de acesso do Chat que encaminha as mensagens via e-mail para disponibilizar aos operadores no próximo turno de atendimento.

Desde que o atendimento através do chat foi ativado (11/10/2013), foram realizados 1157 atendimentos, correspondendo a um total de 624.145 minutos de atendimentos on-line.

5.6 Participações

5.6.1 Volume total de postagens

A tabela abaixo mostra um resumo das atividades (postagens) na plataforma de Comunidades de Práticas. Não estão sendo contabilizadas aqui as comunidades usadas nas formações (1 a 4 comunidades por formação, dependendo do número de participantes).

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Comunidades ativas no final do projeto

155

Participantes 3.315

Arquivos 22.119

Imagens 15.819

Páginas 3.609

Eventos 161

Links 753

Comentários 45.073

Fórum 8.999

Formulários 7.096

Total de postagens 103.638

5.6.2 Volume total de acessos

Os dados apresentados a seguir correspondem às estatísticas de acesso à plataforma de Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado. Os dados foram obtidos com o uso do Google Analytics, para o período de 01 de janeiro de 2014 a 30 de agosto de 2015:

O número total de sessões no período foi de 135.310. Para um total de 20 meses, isso corresponde a uma média mensal de 6.765 sessões por mês, ou 225 sessões por dia. O gráfico abaixo mostra a média de sessões por dia ao longo do período. Como se pode observar, durante o ano de 2014 (período mais intensivo das formações) a média de sessões foi sensivelmente superior que no ano de 2015. 0

O número total de visualizações de páginas no período foi de 2.054.828. Para um total de 20 meses, isso corresponde a uma média mensal de 102.741 páginas visualizadas por mês, ou 3.424 páginas visualizadas por dia. O gráfico abaixo mostra a média de visualizações de páginas por dia. Como pode-se observar durante o ano de 2014 (período mais intensivo das formações) a o número de páginas visualizadas por dia foi sensivelmente superior que no ano de 2015.

0

O tempo médio que os participantes permaneceram acessando a plataforma em cada acesso (duração média da sessão) foi de 16min e 24 seg. Este número se manteve consideravelmente estável ao longo do período todo.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

O número médio de páginas visitadas pelos participantes em cada acesso à plataforma

(média de páginas acessadas por sessão) foi de 15,19. Este número se manteve consideravelmente estável ao longo do período todo.

5.6.3 Volume total de atividade por comunidade

A tabela abaixo mostra os dados referentes às atividades (postagens) na plataforma de Comunidades de Práticas, discriminado por comunidade. São apresentados os dados das principais comunidades, em especial as usadas para acompanhamento dos Tutores e Orientadores. Não estão sendo contabilizadas aqui as comunidades usadas nas formações (01 a 04 comunidades por formação, dependendo do número de participantes).

Comunidade Data de criação

Partici-pantes

Arquivos Imagens Páginas Eventos Links Comentários Fóruns Formulários Total de postagens

Orientadores CO (GO-MT-DF-MS)

12/04/2014 23 28 0 3 2 5 273 24 25 360

Orientadores Do Programa Caminhos Do Cuidado

08/09/2013 256 154 56 51 10 17 1175 353 17 1833

Orientadores N (PA-AM-RO)

03/04/2014 17 42 43 39 2 5 358 177 16 682

Orientadores N (TO-AC-RR-RO)

21/05/2014 15 15 9 26 0 3 175 44 6 278

Orientadores NE (AL-SE-MA)

10/03/2014 24 27 3 6 1 8 273 80 22 420

Orientadores NE (BA-PE)

12/04/2014 24 39 2 35 0 12 541 207 48 884

Orientadores NE (CE-PI)

12/04/2014 16 16 1 8 0 1 295 84 17 422

Orientadores NE (RN-PB)

19/02/2014 18 27 1 9 1 6 263 130 14 451

Orientadores SE (MG)

12/04/2014 26 212 6 4 5 13 2045 878 30 3193

Orientadores SE (RJ-ES)

11/02/2014 25 48 3 19 9 7 475 213 30 804

Orientadores SE (SP)

04/03/2014 26 22 1 29 0 1 500 101 25 679

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Orientadores Sul (RS-PR-SC)

10/03/2014 20 33 0 17 0 2 517 93 95 757

Tutores AC(Grupo Bruno)

29/10/2013 32 236 81 34 0 11 253 43 54 712

Tutores AL (Grupo 2 Maria Luiza)

11/01/2014 34 261 29 90 0 0 401 110 33 924

Tutores AL (Grupo Maria Luiza)

11/01/2014 28 203 73 94 1 8 593 117 71 1160

Tutores AM (Grupo 2 Patrícia Melo)

02/04/2014 38 61 26 47 2 4 132 34 29 335

Tutores AM (Grupo Maria De Lourdes Siqueira)

02/04/2014 34 76 69 25 2 2 80 11 16 281

Tutores AP (Grupo Juliana Naomi)

02/04/2014 16 167 53 13 0 0 264 12 32 541

Tutores BA (Grupo 2 Ester Gelman)

10/02/2014 24 89 73 25 2 1 104 1 46 341

Tutores BA (Grupo 2 Glaucia Ventura Esteves)

10/02/2014 16 201 71 18 0 6 186 0 62 544

Tutores BA (Grupo 2 Renata Cunha)

10/02/2014 20 454 37 10 1 1 240 28 53 824

Tutores BA (Grupo 3 Ester Gelman)

10/02/2014 15 271 123 16 0 11 210 54 104 789

Tutores BA (Grupo Ester Gelman)

10/02/2014 19 181 156 7 0 2 445 20 32 843

Tutores BA (Grupo Glaucia Ventura Esteves)

10/02/2014 24 124 118 3 0 1 331 30 34 641

Tutores BA (Grupo Patrícia Carvalho)

10/02/2014 30 534 359 37 0 1 343 58 77 1409

Tutores BA (Grupo Renata Cunha)

10/02/2014 21 110 109 51 1 7 193 36 27 534

Tutores BA (Grupo Victor Ribeiro)

10/02/2014 27 39 47 5 0 3 142 160 29 425

Tutores CE (Grupo 07/04/2014 19 83 68 1 3 0 19 5 0 179

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

2 Alexandre Nogueira)

Tutores CE (Grupo 2 Raylene Da Silva)

08/04/2014 20 410 328 4 1 8 266 6 74 1098

Tutores CE (Grupo AdryanaTrummer)

08/04/2014 14 33 14 1 0 1 76 0 24 149

Tutores CE (Grupo Alexandre Nogueira)

07/04/2014 18 181 33 7 0 10 202 25 48 507

Tutores CE (Grupo Carolina Castro)

08/04/2014 19 326 143 6 0 15 256 91 98 935

Tutores CE (Grupo Milena Bastos)

08/04/2014 16 270 188 15 0 49 573 2 68 1165

Tutores CE (Grupo Neusa Goya)

08/04/2014 18 373 52 15 6 0 409 3 78 936

Tutores CE (Grupo Raylene Da Silva)

08/04/2014 14 171 190 12 0 4 149 13 55 594

Tutores CE (Grupo Regina Cavalcante)

08/04/2014 14 180 138 1 0 3 153 0 16 491

Tutores DF (Grupo Rossana)

11/01/2014 17 100 71 1 3 2 191 15 26 409

Tutores ES (Grupo Alexandra)

25/03/2014 4 117 217 9 1 4 507 27 102 984

Tutores ES (Grupo Andrea)

25/03/2014 4 252 66 31 3 7 641 0 49 1049

Tutores ES (Grupo Cláudia)

25/03/2014 4 126 354 3 2 16 149 52 44 747

Tutores ES (Grupo Élem)

25/03/2014 4 155 26 19 2 6 241 2 77 532

Tutores ES (Grupo Necia)

25/03/2014 4 157 116 15 0 3 195 7 62 555

Tutores ES (Grupo Paula)

25/03/2014 4 185 22 13 0 6 105 83 36 450

Tutores GO (Grupo Gleydson)

06/02/2014 23 453 380 30 0 2 81 3 126 1075

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Tutores GO (Grupo Maria Salette)

18/12/2013 18 83 57 8 0 0 155 41 35 379

Tutores GO (Grupo Yanne Teles)

18/12/2013 24 230 89 14 6 1 153 42 62 597

Tutores MA (Grupo Maria Milhomem – Janete Valois)

12/04/2014 20 74 57 6 0 6 222 23 36 424

Tutores MA (Grupo Patrícia Melo – Izabel Santos Da Silva)

12/04/2014 23 82 182 30 0 2 115 43 50 504

Tutores MA (Grupo José Adailton Roland Diniz )

12/04/2014 18 63 102 3 3 0 39 42 38 290

Tutores MA (Grupo Lia Cardoso Aguiar)

06/10/2014 22 93 77 3 0 0 57 11 38 279

Tutores MA (Grupo Luciana Albuquerque De Oliveira)

06/10/2014 26 71 74 2 0 0 97 26 28 298

Tutores MA (Grupo Maria De Fátima)

12/04/2014 19 125 305 4 0 7 69 13 51 574

Tutores MA (Grupo Maria Dos Remédios Da Silva Lira)

12/04/2014 27 120 86 7 0 1 74 0 33 321

Tutores MG (Grupo 2 Dinalva)

25/03/2014 19 292 315 83 0 2 661 18 97 1468

Tutores MG (Grupo 2 Eveline)

25/03/2014 18 286 115 17 0 2 494 205 142 1261

Tutores MG (Grupo 2 Jania)

25/03/2014 24 180 126 40 0 6 660 56 58 1126

Tutores MG (Grupo 2 Luiza Portella)

25/03/2014 16 189 37 27 0 0 165 16 45 479

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Tutores MG (Grupo 2 Verônica)

25/03/2014 15 158 41 91 0 2 407 73 54 826

Tutores MG (Grupo 2 Viviane)

25/03/2014 18 43 16 18 0 1 127 0 12 217

Tutores MG (Grupo 2 Waleska)

25/03/2014 18 75 34 15 0 2 275 26 36 463

Tutores MG (Grupo 2 Wânier)

25/03/2014 15 221 98 45 0 1 360 8 55 788

Tutores MG (Grupo 3 Wânier)

25/03/2014 18 126 100 28 0 12 482 138 67 953

Tutores MG (Grupo Dinalva)

25/03/2014 20 220 334 11 0 2 926 124 103 1720

Tutores MG (Grupo Eveline)

25/03/2014 23 200 169 62 1 19 948 381 77 1857

Tutores MG (Grupo Jania)

25/03/2014 17 245 67 24 3 16 1092 159 57 1663

Tutores MG (Grupo Luiza Portella)

25/03/2014 20 279 206 44 0 13 520 65 92 1219

Tutores MG (Grupo Verônica)

25/03/2014 24 362 222 148 9 1 974 43 93 1852

Tutores MG (Grupo Viviane)

25/03/2014 20 133 47 5 0 3 559 62 51 860

Tutores MG (Grupo Waleska)

25/03/2014 16 142 211 16 0 19 698 320 62 1468

Tutores MG (Grupo Wanier)

25/03/2014 21 204 144 46 0 2 771 46 87 1300

Tutores MS (Grupo Ângela Gimenes)

18/12/2013 25 327 126 5 3 1 174 56 59 751

Tutores MS (Grupo Cassia Reis)

18/12/2013 21 58 21 3 2 0 24 12 18 138

Tutores MS (Grupo Erika Ferri)

07/04/2014 27 76 82 16 0 0 76 88 71 409

Tutores MS 07/04/2014 21 70 65 4 0 0 83 7 4 233

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

(Luzimeire Dos Santos Teixeira)

Tutores MT (Grupo Maria Milhomem)

22/04/2014 24 164 134 8 1 8 192 56 80 643

Tutores MT (Grupo Rosiene Pires)

22/04/2014 29 134 65 8 0 2 119 6 71 405

Tutores PA (Grupo 2 Cléucio Heleno)

06/04/2014 18 36 54 23 0 4 131 4 19 271

Tutores PA (Grupo 2 Denise Contente)

06/04/2014 15 70 86 44 0 1 125 21 13 360

Tutores PA(Grupo 2 FrancianniVinhote)

06/04/2014 19 47 41 35 0 1 90 6 2 222

Tutores PA(Grupo Cléucio Heleno)

06/04/2014 19 73 67 25 1 6 142 44 88 446

Tutores PA(Grupo Denise Contente )

06/04/2014 28 143 95 26 0 0 321 28 51 664

Tutores PA (Grupo FrancianniVinhote)

06/04/2014 18 122 83 36 2 0 359 9 37 648

Tutores PB (Grupo 2 Leandro Silva)

07/04/2014 21 70 210 8 0 0 75 18 39 420

Tutores PB (Grupo 2 Maria Milaneide)

07/04/2014 18 195 146 24 0 11 138 68 28 610

Tutores PB (Grupo 3 Leandro Silva)

07/04/2014 16 182 528 7 0 4 258 65 90 1134

Tutores PB (Grupo Leandro Silva)

07/04/2014 24 401 104 20 0 19 309 88 136 1077

Tutores PB (Grupo Maria Milaneide)

07/04/2014 20 196 124 21 0 12 226 97 64 740

Tutores PE (Grupo Lorena)

29/10/2013 20 108 73 9 1 16 291 52 16 567

Tutores PE (Grupo 2 Lorena)

27/02/2014 15 62 20 9 1 11 85 5 7 200

Tutores PE (Grupo 3 Lorena)

29/10/2013 20 59 6 23 0 5 259 11 2 365

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Tutores PE (Grupo 4 Lorena)

29/10/2013 20 33 17 10 3 7 172 14 0 256

Tutores PE (Grupo 5 Lorena)

27/02/2014 19 65 26 29 1 12 232 1 36 402

Tutores PE (Grupo 6 Lorena)

29/10/2013 20 101 166 75 0 11 434 263 36 1086

Tutores PI (Grupo 2 Conceição)

09/05/2014 25 132 60 12 0 4 119 22 54 403

Tutores PI (Grupo 2 Sammia)

09/05/2014 26 157 112 43 4 1 165 23 69 574

Tutores PI (Grupo Conceição)

09/05/2014 24 72 119 208 0 4 737 33 103 1276

Tutores PI (Grupo Sammia)

09/05/2014 23 156 79 32 0 5 156 62 47 537

Tutores PR (Grupo Adriano Brischiliari)

22/04/2014 18 67 60 3 0 0 110 5 26 271

Tutores PR (Grupo Adriano)

29/10/2013 22 28 16 13 1 0 51 65 29 203

Tutores PR(Grupo Márcia Avelar)

22/04/2014 17 74 142 14 0 1 69 0 77 377

Tutores PR (Grupo Rejane)

29/10/2013 20 110 52 4 0 1 277 132 27 603

Tutores PR(Grupo Sheila)

29/10/2013 21 122 125 7 1 1 200 70 21 547

Tutores PR (Grupo Silvana Aparecida Valentim)

22/04/2014 18 62 45 9 0 2 54 14 39 225

Tutores RJ (Grupo 2 Júlio Cesar)

15/04/2014 22 87 102 17 0 0 227 13 41 487

Tutores RJ (Grupo Ana Silveira)

08/01/2014 34 591 503 146 2 4 1954 20 177 3397

Tutores RJ (Grupo Júlio Cesar)

08/01/2014 22 97 89 23 1 1 424 15 44 694

Tutores RJ (Grupo Maria Alice Ii)

08/01/2014 19 299 311 27 3 6 435 47 47 1175

Tutores RJ(Grupo 08/01/2014 24 236 214 54 3 8 663 5 12 1195

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Maria Alice)

Tutores RN (Grupo Deivson)

05/04/2014 19 224 372 16 4 2 83 187 71 959

Tutores RN (Grupo Lannuzya Oliveira)

07/04/2014 19 191 44 22 0 18 523 131 28 957

Tutores RN (Grupo Liege)

07/04/2014 21 386 537 64 7 1 369 5 95 1464

Tutores RN (Grupo Wilka)

05/04/2014 21 183 197 71 1 9 141 21 76 699

Tutores RO(Grupo 2 Ednéia Do Nascimento)

22/04/2014 20 63 16 17 0 13 66 0 14 189

Tutores RO (Grupo Ednéia Do Nascimento)

22/04/2014 21 50 105 20 0 12 136 1 10 334

Tutores RR(Grupo Patrícia Melo)

26/03/2014 24 194 61 24 0 4 297 97 65 742

Tutores RS (Grupo Henrique)

29/10/2013 17 40 7 13 0 0 122 60 13 255

Tutores RS (Grupo Márcia)

08/01/2014 19 140 78 7 0 4 165 67 58 519

Tutores RS (Grupo Shana)

28/03/2014 22 171 102 9 0 7 419 61 26 795

Tutores RS (Grupo Vânia)

29/10/2013 30 32 35 8 0 5 111 61 14 266

Tutores SC (Grupo Alessandra)

19/12/2013 17 137 84 41 1 4 549 18 71 905

Tutores SC (Grupo Gisele)

19/12/2013 19 142 42 16 0 1 220 0 24 445

Tutores SC (Grupo Heloisa Luz)

22/04/2014 23 377 135 9 0 7 175 27 125 855

Tutores SC (Grupo Luciane)

19/12/2013 19 274 134 34 0 0 516 0 49 1007

Tutores Sc (Grupo Patricia Pereira)

30/09/2014 28 164 78 22 0 1 384 51 68 768

Tutores SE (Grupo Flávia Tenório)

25/03/2014 22 160 179 87 3 10 361 44 100 944

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Tutores SE (Grupo Rosiane Cerqueira)

25/03/2014 22 206 111 28 2 11 504 89 68 1019

Tutores SP(Grupo Rossana - Valéria Pugin)

29/10/2013 26 157 46 8 0 2 202 115 50 580

Tutores SP (Grupo Valéria Ferreira)

29/10/2013 39 115 68 30 0 2 279 16 38 548

Tutores SP (Grupo 2 Andrea Dias)

09/04/2014 27 56 40 4 0 2 91 3 7 203

Tutores SP (Grupo Andrea Dias)

29/10/2013 25 165 42 9 1 24 524 141 15 921

Tutores SP(Grupo Juliana)

29/10/2013 24 160 220 9 3 2 443 64 34 935

Tutores SP (Grupo Paula Calipo - Sônia Gouvêa)

09/04/2014 24 66 362 30 11 2 143 45 49 709

Tutores Sp (Grupo Paula Calipo)

09/04/2014 33 225 289 73 0 4 207 46 107 951

Tutores SP (Grupo Regina Bichaff – Luana)

29/10/2013 27 111 70 10 6 6 179 23 25 430

Tutores SP (Grupo Regina Bichaff)

29/10/2013 30 162 148 8 0 4 549 23 96 990

Tutores SP (Grupo Rossana)

29/10/2013 32 300 159 34 0 3 499 341 111 1447

Tutores SP (Grupo Valéria Ferreira – Cecília)

29/10/2013 20 179 28 5 1 1 176 12 52 454

Tutores TO (Grupo Ester)

11/01/2014 20 197 155 18 2 10 256 21 58 717

Tutores TO (Grupo Neydemar)

11/01/2014 23 375 191 27 4 4 181 90 88 960

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

5.7. Regionalização e subcomunidades

Após todos os estados terem tutores e orientadores formados, regionalizou-se o

acompanhamento pedagógico pela equipe nacional. Este processo aproximou educadores e

apoiadores pedagógicos de orientadores e tutores nos seus locais de atuação. Além destes,

participaram da regionalização das comunidades de práticas outros atores nacionais e locais como

as coordenações macrorregionais, técnicos do Ministério da Saúde, coordenações estaduais do

projeto e representantes das escolas técnicas do SUS nos seus respectivos estados.

Os critérios para a regionalização e distribuição dos orientadores baseou-se nas regiões

territoriais e na relação entre número de orientadores e as duplas da equipe nacional (educador e

apoio pedagógico). Assim formaram-se subcomunidades regionais a partir da comunidade geral de

orientadores. Foram dividas da seguinte forma: Região Norte- Subcomunidades: AC-TO-RR-RO

e AM-PA-AP; Região Nordeste Subcomunidades: AL-SE-MA, BA-PE, CE-PI e RN-PB; Região

Centro-Oeste Subcomunidade: GO-MT-DF-MS; Região Sudeste Subcomunidades: RJ-ES,

MG, SP; Região Sul Subcomunidade: PR-RS-SC.

A Educação Permanente na educação à distância teve como foco apoiar os orientadores de

aprendizagem para que esses fizessem as intervenções pedagógicas necessárias para apoio aos

tutores. Tanto nos aspectos de conteúdos dos temas em debate quanto nas problematizações com os

tutores sobre os processos em sala de aula. O uso da plataforma, a exploração de seus recursos,

também foram debatidos, assim como ela se tornou um importante meio de comunicação entre a

equipe pedagógica nacional e os orientadores de aprendizagem.

A ferramenta das subcomunidades foi explorada de diversas maneiras, dando vazão a

questões e dificuldades que se apresentavam nas diferentes regiões. Assim cada subcomunidade

apresentou desenhos e modos de operar a educação a distância, muito particulares e diferentes entre

si. Em algumas identificam-se grandes potencias, trocas de experiência, debates sobre as questões

trazidas pelos tutores, outras centraram-se mais em debates temáticos, todas com maior ou menos

participação. Uma questão muito presente e de certa forma uma limitação do uso da plataforma é

que ela por vezes levava muito tempo para carregar, com internet mais frágil, isso fica ainda mais

difícil. Muitos orientadores utilizaram-se de outras mídias e formas de comunicação.

Abaixo alguns relatos dos movimentos provocados nas subcomunidades:

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

DISTRITO FEDERAL: O estado contou com as atividades de apenas uma comunidade e

orientadora. No geral, o estado foi bem com trocas de experiências potentes e cumpriu com as

expectativas. Ocorreram algumas dificuldades de comunicação por um certo período pela mudança

no apoio pedagógico e saída do educador.

GOIÁS (GO): Nesse estado, ocorreram discussões em três comunidades, dividido entre os três

orientadores. Após as primeiras formações, notou-se uma participação ativa dos tutores, entretanto,

ao longo do tempo, o número de postagens foi diminuindo.

O EAD nesse estado não cumpriu com as expectativas de ser um espaço potencial de trocas

de educação permanente. No geral, as postagens se restringiram a descrever brevemente algumas

ações no território. As intervenções dos tutores e dos orientadores nas postagens dos colegas

também não foram satisfatórias. Esse fato poder ter sido decisivo na não participação dos outros

colegas e da qualidade das postagens.

Após a visita de educação permanente com os orientadores no território em novembro,

houve um significativo aumento na participação na CdP, com aumento dos comentários e postagens

até a finalização do projeto em dezembro.

MATO GROSSO: O estado teve duas comunidades, com a organização de dois orientadores. As

comunidades se desenvolveram bem e com boas trocas. A presença ativadora das orientadoras

também foi muito importante para o uso desse espaço de educação permanente. Algumas

dificuldades técnicas ocorreram ao longo do período, mas sem comprometer a qualidade das

discussões.

MATO GROSSO DO SUL: Esse estado foi composto por quatro orientadores e comunidades. O

espaço da CdP nesse local foi rico, com discrepâncias significativas na quantidade e qualidade entre

as comunidadade. Essas diferenças entre as comunidades ocorreu principalmente pela frequência de

participação dos orientadores. Alguns orientadores relataram dificuldades de acesso em alguns

períodos, ficando muito tempo sem entrar na CdP. Além disso, houve dificuldades técnicas com a

ferramenta, que dificultaram as trocas.

MINAS GERAIS: Ao longo dos meses, o acompanhamento da Subcomunidade de Minas Gerais

foi crescendo. Fóruns, arquivos, indicações de leituras e materiais produzidos pelos tutores eram

postados e discutidos entre todos os participantes. Para dar conta e compreender melhor o material

produzido pelos tutores, assim como as dúvidas de orientação que surgiam, foi inevitável o

mergulho nas CdPs de Orientador-tutor, o qual foi realizado em dupla (apoio e educador), sempre

priorizando a troca entre ambos para sincronizar as orientações. Desta forma, conseguiu-se

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

fortalecer o trabalho da equipe pedagógica na Subcomunidade, assim como trocar experiências,

ampliando também o conhecimento do território o qual acompanhamos.

Entre as atividades realizadas em dupla, procuramos orientar as escritas dos relatos e dos casos

escritos pelos tutores, analisar o material postado (e o tutor sugerido para certificação), realizar a

avaliação de processos de trabalho dos orientadores ao longo do tempo, entre outras. Criamos

alguns materiais que nos auxiliaram nesse acompanhamento, sendo estes os mais importantes: I)

tabela de acompanhamento de tutor (anteriormente ao Formulário criado para todas as

subcomunidades do projeto, e que então passou a ser utilizado em seu lugar); II) fórum específico

para discussão das certificações, onde orientador, apoio e educador discutem caso a caso; III)

relatório do orientador com seu olhar sobre cada tutor e território acompanhado, de acordo com os

eixos do projeto; IV) material de orientação pormenorizada sobre as escritas dos relatos por eixos

temáticos, identificando os dias e as atividades desenvolvidas durante a formação dos alunos, para

que o tutor possa localizar em sua experiência em sala de aula os debates que compõem cada

narrativa.

Em relação às produções nas comunidades observadas pelo apoio e pelo educador percebeu-

se, sobretudo no começo das ações na plataforma, narrativas meramente descritivas das

experiências em sala de aula, assim como dos relatos de eixo, deixando encoberta uma perspectiva

reflexiva e problematizadora do que foi trabalhando com os ACSs e ATENFs em sala de aula.

Assim, perdia-se a dimensão que os debates e atividades engendravam entre os alunos para

descrições que basicamente contavam sobre o cronograma das oficinas. De outro lado, foi também

observada a frequência de intervenções superficiais por parte dos orientadores, o que acentuava o

risco do empobrecimento daquela ferramenta de educação permanente. Paralelamente a isso, as

plataformas foram ocupadas por questões de infralogística relacionadas à formação das turmas, uma

vez que se avolumavam as dúvidas e os problemas a ela relacionados Deste modo, apoio e educador

precisaram centrar esforços para promover um espaço de interlocução mais potente nas

comunidades, trazendo para as subcomunidades elementos encontrados nas comunidades tutores-

orientadores, a fim de apontar para os orientadores as discussões que poderiam ser fomentadas com

seus tutores. Os fóruns de discussão foram criados para colocar em movimento alguns assuntos

mais recorrentes e que elegeram-se como prioritários para qualificar o debate dentro das CDPs.

A interação com os orientadores se deu prioritariamente na própria CdP, sendo utilizado em

poucos casos a ferramenta “notificação”, assim como os e-mails e telefonemas. Estes últimos

apenas nos casos de não respostas na comunidade, e sempre indicando o retorno das conversas para

a CdP. Também foram utilizados quando a situação exigia presteza na resposta.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

O monitoramento e avaliação dos orientadores foi feita de forma sistemática e ao longo do

tempo, principalmente a partir de setembro de 2014 quando percebemos algumas ausências

importantes de interação orientador-tutor e do orientador na Subcomunidade. A ferramenta

“Atividades” foi essencial neste processo, demonstrando mês a mês a quantidade de intervenções de

cada um nas CdPs. Nesta tabela inserimos o total de postagens e a média por mês, tendo alguns

orientadores uma média de postagens mensais de 16,7 na Subcomunidade e 79 na CdP orientador-

tutor, e outros com baixas produções, apresentando uma média de 0,5 e 1,6, respectivamente. Com

estas avaliações quantitativas, juntamente com uma avaliação qualitativa das intervenções de cada

um, iniciamos o processo de desligamento dos orientadores que não estavam cumprindo com suas

tarefas conforme Termo de Responsabilidade assumido. Em Novembro foram desligados dois e, em

dezembro, juntamente com a análise da diminuição de vagas ofertadas por território, solicitamos a

finalização de atividades de mais 08 orientadores. É importante salientar que antes dos referidos

desligamentos, e antes mesmo do necessário redimensionamento do projeto já em sua fase de

finalização paulatina das ações, foram feitas diversas abordagens aos orientadores que

apresentavam baixa atividade no sentido de dialogar sobre suas dificuldades e de tentar retificar sua

qualidade de participação.

5.8 Usos de outros meios de comunicação (Fragilidades e

Potências)

Devido à dificuldade de acesso a internet na região nortee centro-oeste do país, muitos

orientadores produziram outros meios de comunicação com os tutores, em geral por telefone. Em

algumas regiões, a internet é utilizada principalmente através do telefone, com aplicativos de fácil

acesso como WhatsApp, que funciona bem apesar do pouco sinal. As discussões nos grupos de

WhatsApp são menos aprofundadas, mas mantém o contato cotidiano e breves discussões sobre

algum tema mais polêmico vivido em sala de aula pelos tutores. Além disto, orientadores relatam

ter utilizado telefonemas e encontros presenciais para acompanhar alguns tutores, em períodos que

nem o WhatsApp está acessível. Para planejamento de outros cursos em EAD, sugere-se que haja

aplicativo da plataforma para telefone.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Outros orientadores lançaram mão do e-mail e de relatos enviados a eles dessa forma, pois

vários tutores alegaram que a plataforma era muito pesada e lenta para a qualidade de internet.

Certamente essa foi uma limitação em várias regiões do país, diminuindo a potência da EAD, pois

houve prejuízo de possíveis debates entre os tutores.

5.9 Estratégias de acompanhamento do trabalho do tutor

(orientadores, equipe estadual, equipe de referência)

O trabalho de acompanhamento do tutor, no segundo módulo do curso do tutores, realizado

pelo orientador, tinha duas intencionalidades: a primeira de ser um apoio temático e metodológico

ao tutor para a execução das turmas de ACS/ATEnf. A segunda foi de desafiar os tutores a

discutirem criticamente a partir da sua prática, da experiência da formação que ele está responsável.

A proposta de construírem relatos, narrativas sobre as práticas de sala de aula direcionou para um

enfoque metodológico de debater o trabalho a partir de sua construção em ato.

O acompanhamento dos tutores também foi realizado pela equipe nacional com técnicos de

referência: educador, apoio pedagógico, coordenação macrorregional e técnico do MS, constituindo

a equipe matricial ou de referência no processo de regionalização das atividades pedagógicas. O

acompanhamento deu-se por meio da plataforma virtual CdP e em encontros presenciais de

organização e educação permanente de orientadores e/ou tutores. A plataforma CdP já possuía

instrumentos próprios para esse acompanhamento além disso, criou-se um instrumento de

acompanhamento dos tutores na CdP – subcomunidades de orientadores – para sistematizar as

atividades obrigatórias para a certificação do módulo II do curso de tutores do projeto.

As equipes estaduais estiveram muito próximas aos tutores tanto na viabilização do curso

nos municípios como, muitas delas no apoio pedagógico com a promoção de encontros entre

tutores.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

5.10 Estratégias de acompanhamento do trabalho do

orientador

Uma das estratégias de acompanhamento e avaliação dos Orientadores na CdP ocorreu

através de um monitoramento sistemático de suas atividades e postagens na plataforma, através da

ferramenta Atividades, disponível em todas as Comunidades. Esta ferramenta permite avaliar mês a

mês a quantidade de interações de cada participante, como postagens de comentários e arquivos,

criação de fóruns, formulários, eventos e atas. Para qualificar esses dados de “quantidade de

interações” é preciso acessar cada CDP e visualizar a forma de interação do orientador. Em muitos

estados, a Equipe Pedagógica realizou as análises quanti e qualitativas de cada orientador,

encaminhando feedbaks de seus trabalhos e direcionando mudanças necessárias em alguns casos.

Em virtude dessa avaliação do trabalho do orientador, alguns orientadores tiveram seu

contrato suspenso por insuficiência na realização do acompanhamento de seus tutores. Quando isso

ocorreu, outros orientadores do projeto foram convidados, e aceitaram, a assumir mais turmas.

Outra estratégia de acompanhamento de seus trabalhos foi através do Relatório Final do

Orientador, solicitado a todos os orientadores na maioria dos Estados. Este relatório foi solicitado

ao final das ações dos orientadores (de acordo com o término da formação de ACS/ATenf em cada

estado) e deveria conter uma avaliação sobre o território ao qual acompanhou através das escritas de

seus tutores, assim como identificar ações e produções de alunos no território. Ele não foi uma

solicitação obrigatória, entretanto um grande número de orientadores o fizeram.

5.11 Certificação - componente EAD

As atividades em Educação à Distância (EAD) fazem parte do Módulo II do Curso de

Tutores do Projeto Caminhos do Cuidado e da sua estratégia de Educação Permanente (EP). Do

total de tutores formados no primeiro módulo presencial, estavam na condição de ser certificados,

por ter realizado três turmas ou mais, 1726 tutores. Do total, 982 tutores responderam aos critérios

de certificação, e foram certificados no Segundo Módulo do Curso de Formação de Tutores

(56,8%).

O processo de EAD teve como objetivo o fortalecimento da rede mobilizada, após as

40 horas de formação presencial, a interação continua em um ambiente virtual entre os

Orientadores e os colegas na Comunidade de Práticas (CdP). Esse espaço possibilitou trocas

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

de saberes e experiências, facilitando a discussão das questões que emergiram em cada

território em relação aos eixos temáticos trabalhados no Projeto. Para cada turma realizada o

tutor foi orientado a postar três relatos baseados nos eixos do projeto, dois casos, imagens

contextualizadas, e realizar interações com seus colegas.

Nos relatos por eixo o tutor realizaria uma narrativa, descritiva, explicativa e

reflexiva, contando as experiências, relatando como aconteceram as discussões dos Eixos do

Curso, levantando questões que suscitaram dúvidas, dificuldades e/ou situações que

demonstraram as potencialidades do grupo. É orientado que nesta narrativa sejam destacadas

as contradições e conflitos vivenciados em sala de aula, o que possibilitaria o

aprofundamento do debate teórico-metodológico e subsidiaria o tutor para os futuros

desafios encontrados no campo da Saúde Mental (crack, álcool e outras drogas) na Atenção

Básica.

Na escrita dos Casos, os tutores foram orientados a escrever sobre as produção do

cuidado vivenciado pelos alunos em seu território de trabalho, de situações relatadas em sala

de aula pelos ACS/ATenf e um caso que apresentasse situações vivenciadas em sala de aula

(Manual de atividades em EAD- Apêndice 04)

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

6 TERRITORIALIZAÇÃO E

REGIONALIZAÇÃO

As estratégias de territorialização do projeto foram direcionadas pela divisão dos

orientadores em subcomunidades e com o acompanhamento da equipe pedagógica nacional como

descrito no item 5.3. Além do acompanhamento em EAD foram realizadas atividades de educação

permanente nos territórios e mostras de finalização em diversos estados. Estas atividades

envolveram tutores, orientadores, equipes estaduais e das escolas técnicas do SUS nos seus

respectivos territórios, além da participação intensa dos alunos (ACS e ATEnf) nas mostras de

finalização do projeto. A equipe nacional, em especial as coordenações macrorregionais, educador e

apoio pedagógico do local e eventual participação de consultores e/ou coordenação do projeto.

No próximo item seguem relatos de algumas atividades de educação permanente realizadas

nos territórios.

6.1 Educação permanente no território

Rondônia (RO): Buscando atuar junto às orientadoras do estado que apresentavam

fragilidades no uso da plataforma e nas discussões que o Projeto propõe, foi proposto pela

apoiadora pedagógica um encontro no dia 20 de outubro de 2014 em Porto Velho. Em um primeiro

momento, conversamos com equipe da ETSUS sobre andamento do Projeto e, posteriormente

realizado encontro com as orientadoras sobre funcionamento da plataforma, ações necessárias das

orientadoras no espaço virtual e envio de materiais.

Goiás (GO): No dia 10 de novembro de 2014 realizou-se uma reunião em Goiás com as

orientadoras, apoio pedagógico e equipe estadual. O objetivo foi compartilhar as experiências,

dificuldades e potencialidades do processo até aquele momento. Nessa reunião os orientadores

falaram sobre a participação tímida na comunidade de práticas por parte dos tutores. Os motivos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

para isso seriam a falta de acesso regular à internet em algumas cidades, a lentidão da ferramenta,

além da desmobilização com a falta de interação no grupo. Foi proposto uma maior participação e

uma força tarefa para a finalização no processo. Alguns casos expostos na CdP foram discutidos

com o grupo, a fim de ter um posicionamento mais crítico por parte dos orientadores ao trabalho

realizado nas CdPs.

Mato Grosso do Sul (MS): No dia 12 de novembro de 2014, semelhante à atividade

desenvolvida em Goiás, ocorreu uma reunião com os orientadores do Mato Grosso do Sul. Nesse

encontro os orientadores relataram estar desmotivados com seu trabalho, devido ao esvaziamento

das CdPs. Foi reforçado a necessidade dos orientadores ter esse papel de promover a interação do

grupo e pactuado as datas para a finalização. Após esses dois encontros no centro-oeste se pode

perceber uma nova energia nas atividades da comunidade de prática. A participação dos

orientadores e tutores mais que dobrou nas semanas seguintes, revelando a importância de estar

junto no território.

Sergipe (SE): No estado de Sergipe, foram realizados duas atividades de educação

permanente. A primeira aconteceu em Abril de 2014, na Fundação de Saúde do Estado do Sergipe

(FUNESA) com o tema relação entre atenção básica e saúde mental. Esse encontro foi coordenado

pela equipe pedagógica, e teve participação de gestores da atenção básica e saúde mental do

município de Aracaju.

A segunda atividade ocorreu em outubro de 2014 e contou com tutores, orientadores e

estudantes universitários. Essa atividade teve como tema central as redes de atenção psicossocial e a

religiosidade e uso de drogas. O encontro aconteceu em dois dias. No primeiro dia o tema da

religiosidade e uso de drogas foi abordado em uma oficina com todos os participantes, realizada

pelo parceiro estadual do projeto Domiciano Siqueira e pelo tutor José Augusto, ambos apoiadores

institucionais do município de Aracaju.

Essa oficina foi atravessada pela fala provocadora de Domiciano, que tensionou certos pré-

conceitos postos como naturais, buscando mostrá-los como produções sociais que podem e devem

ser modificadas. Mostrando os três olhares que incidem sobre os usuários de drogas (crime, pecado,

doença), ele construiu a base para falar do quarto olhar que é o olhar da cidadania, pautado pelos

direitos humanos e pelo acolhimento a liberdade de escolha e singularidade do outro, que passa a

ser olhado como sujeito de direitos.

No segundo dia da EP, as atividades foram facilitadas pela equipe pedagógica de referencia

do projeto no estado (Renata Vasconcelos e Luis Carlos Vieira). Nesse dia foi realizada uma

atividade na qual os participantes puderam ter um maior contato com seus corpos e seus

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

movimentos, buscando um estado de maior abertura dos corpos para a discussão. À tarde foram

feitas discussões em grupo sobre os temas do encontro (Redes de Atenção Psicossocial e

Religiosidade x Uso de drogas). Nos grupos foram trazidos casos de sala de aula que poderiam

mostrar como esses temas apareceram no território. Os grupos fizeram discussões muito potentes

sobre ambos os temas e conseguimos perceber que as discussões que o projeto fez no estado

tomaram corpo nas práticas de muitos tutores em sala de aula, o que consequentemente afetou o

território de cuidado da atenção básica e saúde mental, aproximando-os. Ao final do encontro foi

passado o vídeo “O riso do Outros” (disponível no youtube) que mostra como o humor, por mais

inocente que possa parecer, também contribui para produção e manutenção de estigmas e

preconceitos, mas que pode ser transformador de realidades. Fizemos uma breve discussão sobre as

possibilidades de ampliar o olhar da cidadania, não deixando ele apenas para os usuários de drogas

ou que sofrem por questões de saúde mental, mas a todos os que vivem a margem da nossa

sociedade.

Alagoas (AL): A atividade de educação permanente no estado de Alagoas foi realizada em

espaço cedido pela UFAL em 2014 e reuniu em torno de 30 tutores do projeto, além da equipe

estadual, da educadora e do apoiador pedagógico de referencia para o estado. Nela foram feitos

relatos dos tutores sobre as situações em sala de aula com os agentes e técnicos de enfermagem e

discutidas em grupo. Ainda foi feita uma discussão sobre o filme “Guerra ao Drugo” que foi

assistido no encontro.

Ao final a educadora propôs uma atividade de dramatização sobre algumas das situações que

ocorreram em sala de aula e mais uma vez discutimos os efeitos do projeto na rede de saúde. Boa

parte das análises feitas pelos tutores sobre o curso mostraram o potente efeito do projeto na rede e

o impacto que ele teve em práticas de muitos agentes e técnicos de enfermagem. Mesmo assim

certas dificuldades também apareceram, como a dificuldade de dialogar com o discurso religioso,

muito presente em diversas regiões do estado. Trouxemos que o diálogo é sempre importante, mas

que não podemos confundir as práticas de cunho religioso e moral daquelas que se aproximam da

redução de danos e dos direitos humanos.

Minas Gerais (MG): A Educação permanente no Estado de Minas Gerais ocorreu em três

momentos no ano de 2014:

● Oficina de Planejamento da ESP (9 e 10/06/2014)

● Encontro com Orientadores de Montes Claros (25/8) e Formação de tutores (26 a 29/8/2014)

● Encontro Equipe Estadual de Belo Horizonte (16/10) e Encontro de Orientadores da ESP

(17/10/2014)

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

A Oficina de Planejamento da ESP ocorreu em dois dias e contou com representantes da

Saúde Mental, Atenção Básica, Equipe Estadual e Nacional. Esta oficina foi pensada e desenvolvida

para compartilhar com a escola (ESP) as questões referentes à formação de tutores, visando

sobretudo possibilitar que a escola fizesse a formação de tutores de forma descentralizada,

incorporando mais organicamente os elementos característicos de seu próprio território, e de acordo

com as premissas do Projeto. Alguns representantes da escola haviam participado da formação de

tutores e orientadores que ocorrera em fevereiro de 2014, refizeram a leitura do caderno do tutor

previamente à oficina. No encontro repassamos os objetivos e as atividades do curso de tutor,

realizamos algumas dinâmicas e discutimos a formação (tempos, avaliações, etc). Como a oficina

ocorreu em apenas dois dias, faltou tempo para aprofundar algumas leituras e atividades, como a

parte de EAD (Cdp) e as avaliações. Após a oficina, a ESP realizou a Primeira Formação de

Tutores Descentralizada, que ocorreu de 24 a 30 de junho, na ESP. Esta formação foi realizada

unicamente com a presença de docentes da ESP e convidados locais, e contou com a importante

contribuição de uma das orientadoras da região da ESP, que desenvolveu diversas atividades

previstas nos dias de formação. A formação contou com suporte remoto dos professores da

comunidade de práticas e com a disponibilidade se fosse necessário deste suporte à distância da

equipe nacional. Em compartilhamento posterior (via videoconferência) foi discutido com todos o

andamento da formação. De um modo geral, ocorreu tudo conforme orientado na oficina, com a

realização das atividades propostas. Devido ao tempo, não realizaram a leitura do Texto de Paulo

Freire, o que acreditamos ter sido uma perda lamentável posto que este texto é muito importante

para a condução do tutor em sala de aula. As avaliações dos tutores foram feitas pela equipe da ESP

e compartilhadas com a equipe nacional/matricial através de e-mail e reunião por Skype.

O Encontro de Orientadores e a Formação de Tutores da região de Montes Claros

ocorreu em agosto de 2014. Todos os orientadores estiveram presentes no primeiro dia (Encontro) e

se revezaram para acompanhar a formação de tutores durante a semana, conforme disponibilidade.

O encontro com Orientadores permitiu conhecer melhor suas atividades, dificuldades na Cdp e

pactuar algumas ações coletivas. Entre as pactuações destacamos a combinação de realizar um

mapeamento do território que acompanham a partir dos materiais postados pelos tutores e de acordo

com os eixos do Projeto. Foi sugerido que durante a formação se praticasse a escrita de um relato

por eixo e de um caso para melhor compreensão das atividades a serem postadas na CdP. A

Formação de Tutores de Montes Claros foi muito rica em termos de debates. Contou com um grupo

bem diversificado de tutores, alguns com boas compreensões das temáticas do Projeto, e outros

com visões bem diferentes. Esta heterogeneidade de composição possibilitou discussões potentes e

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

uma grande troca de conhecimentos entre os atores. A participação de tutores, ACSs e Atenf na

formação, conforme descrito em ítem acima sobre as formações, foi uma experiência muito rica e

positiva, onde a palavra do aluno e suas vivências em sala de aula e no dia a dia foram fundamentais

para muitos tutores reconsiderarem suas crenças e fomentou o aprendizado das temáticas de saúde

mental e do uso de drogas.

O Encontro em Belo Horizonte com a Equipe Estadual e os Orientadores ocorrido em

outubro/2014 possibilitou uma aproximação importante com os articuladores da escola, assim como

com os outros membros da equipe. As reuniões trouxeram pactuações importantes quanto à

possibilidade de continuidade do Projeto no Estado, assim como as dificuldades enfrentadas pela

equipe. Entre os tópicos levantados, discutimos sobre a CdP, as interações e o trabalho dos

orientadores da ESP na comunidade, a possibilidade de alguns desligamentos de orientadores- via

monitoramento e avaliação-, as tarefas dos tutores e o possível resgate das atividades postadas para

o conhecimento da escola sobre o território. O encontro com os Orientadores contou com a presença

de apenas seis (dos 12) orientadores desta região que foram convidados, sendo uma orientadora

acompanhando via Skype. Em um primeiro momento pedimos que cada um pudesse falar do seu

processo de trabalho. Os relatos foram das experiências como orientador, atuação nas CdPs,

relações com tutores, dificuldades e facilidades das ferramentas. Foi solicitado previamente à

reunião, que cada um fizessem um relatório sobre o território e sobre a avaliação dos tutores que

acompanham. Assim, cada orientador pôde falar sobre seus territórios e tutores, alguns com

apresentação visual (slides, escritas em word e etc). Entre as pactuações do encontro, destaca-se a

definição de turmas e regiões que seguiram com formações, a escrita de um novo relatório dos

orientadores com atualização das turmas, a possibilidade de desligamento de orientadores que não

conseguem atuar nas CdPs conforme o contrato - mínimo de 15 horas mensais e trabalho efetivo nas

CdPs.

O encontro presencial com os orientadores afirmou-se como uma estratégia importante de

fortalecimento da contratualidade das ações de educação à distância e, neste sentido, avaliamos o

quanto teria sido potente para o projeto em Minas Gerais se outros como esse tivessem ocorrido em

etapas diferentes do Caminhos do Cuidado, uma vez que ajudaram a estreitar os laços de trabalho e

a fazer os seus ajustes necessários e processuais.

Paraíba (PB): O primeiro encontro com a equipe matricial ocorreu no CEFOR-RH/PB em

João Pessoa. Estavam presentes a equipe estadual, a Macrorregional Francéli F. Dos Santos e a

Apoiadora Pedagógica Giulia Costa. Na manhã do dia 02/09/2014, Giulia conversou com a equipe

estadual, sobre a Comunidade de Práticas, de como a equipe poderia utilizar esse espaço para

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

comunicação e interação com os orientadores, não só da Paraíba, mas do Rio Grande do Norte

também. À tarde, tivemos uma conversa com os Orientadores, à qual, estavam presentes os

orientadores, Shenia, Leandro, Roberto e Milaneide, pois Maura não pôde estar presente. Iniciamos

com relato de experiências dos Orientadores, também sobre os encontros presenciais que alguns

Orientadores relataram. Shenia relatou que esteve bastante ausente na CdP e que pretende retomar

as atividades. Não realizou nenhum encontro presencial. Leandro trouxe que a maior demanda nos

encontros é a dificuldade com as ferramentas da Comunidade de Práticas. Ele diz que sempre após

os encontros presenciais o pessoal interage mais, mas que essa interação vai decaindo com o tempo.

Milaneide relata que teve que repassar toda parte do EaD para os Tutores e que achou que na

formação presencial essa parte deixou a desejar. Ela relatou também que alguns Tutores optaram

por não postarem as atividades, por medo de exposição (temíam que as informações cheguessem

aos gestores). Milaneide fala também que se sentia desmotivada, pelo não retorno e participação dos

tutores na Plataforma. Roberto disse que esteve ausente por alguns meses da CdP por motivos

pessoais e que percebeu o esvaziamento do espaço. Ele disse que tentava estimular os Tutores,

como atividades presenciais fora da plataforma, como o encontro em Aracajú de Redução de Danos.

Relata também a dificuldade de acesso dos tutores à internet no interior. Disse também que os

Tutores relataram que a metodologia adotada na formação está gerando novas necessidades de

discussão sobre processo de trabalho e linhas de cuidado. Paulo Rodrigues, coordenador estadual

relatou um pouco sobre os Tutores acompanhados pela Orientadora Maura, que fizeram um

encontro e os tutores relataram dificuldades no sistema acadêmico. O encontro foi no formato de

mini oficinas para sanar dúvidas e discutir o processo em sala e na Comunidade. Encaminhamentos:

Acesso/intervenção mínima dos Orientadores de uma vez semana na CdP dos Tutores e

Orientadores (RN e PB). Dessa forma, essa proposta poderia gerar questionamentos e debates na

CdP, fortalecendo o processo de Educação Permanente. Giulia mostrou as ferramentas disponíveis

na plataforma e como o Orientador deveria avaliar o tutor para a certificação através da ferramenta

formulários. Giulia reforçou formas de problematização através de fóruns, como um Cordel que foi

postado no CdP e também o usou para rediscutir a papel do Orientador na Comunidade.

Na manhã do dia 03/09, aconteceu uma roda de conversa, onde estiveram presentes a equipe

ampliada, tutores, coordenação pedagógica do CEFOR e ACS. Paulo apresenta o painel com

números do Estados. Os Tutores compartilharam relatos de suas experiências. Foram apresentadas

algumas produções dos alunos, dentre elas o “Martelo agalopado” do ACS Sebastião Araújo de

Macêdo. No final, foi feita uma breve avaliação. Encaminhamentos: Cada Orientador criar um

fórum na CdP para a discussão dos pós projeto. Saíram algumas priopostas a serem encaminhadas

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

pelos atores locais do projeto: estimular os tutores a inscreverem trabalhos na mostra proposta pelo

CEFOR- I Congresso Rede Escola SUS-PB e I Mostra de Experiência do CEFOR-RH/PB, dias 18 a

20/11 e participar do evento de RD em Aracajú. Escrever uma carta ao Ministério com solicitação

de ampliação do Projeto para outras profissões. Realizar uma grande Mostra ao final do projeto com

as produções do Estado.

O segundo encontro com a Equipe Matricial do estado da Paraíba ocorreu nos dias 20 e 21

de novembro de 2014 e estavam presentes a equipe estadual, a Macrorregional Francéli e a

Apoiadora Pedagógica Giulia. No dia 20, pela manhã, realizamos uma Oficina de Sociodrama

juntamente com o consultor do projeto Antônio Lancetti na I Mostra de experiências do CEFOR-

RH/PB. Estavam presentes muitos estudantes de graduação, profissionais da rede e alguns tutores

do projeto. Foi feito um stand do Caminhos do Cuidado e ao final da Oficina, Lancetti autografou

alguns guias de saúde mental para os presentes.

No dia 21, realizou-se uma reunião sobre o descomissionamento das equipes e finalização e

fechamento do projeto no estado da Paraíba.

Rio Grande do Norte (RN): O encontro com a equipe matricial ocorreu nos dias 29 e

30/09/2014. Estavam presentes, a equipe estadual, a Macrorregional Francéli, a Apoiadora

Pedagógica Giulia, o Educador Sérgio Alarcon e o Técnico do DEGES Marco Aurélio. No dia 29,

pela manhã, deu-se uma conversa com a equipe estadual. Eles relataram que a equipe estadual está

mais próxima dos tutores do que os Orientadores. Discutiu-se o papel de cada ator na CdP e fora

dela (apoio, educador, orientador, tutor). Venina coloca a necessidade de encontros presenciais dos

tutores/orientadores, pois os tutores não se sentem a vontade para postar algumas questões.

Encaminhamentos: auto avaliação dos Orientadores, estratégias de aproximação das equipes

nacional e Orientadores/Tutores, utilização do telessaúde para aproximação dos Orientadores/

Tutores e equipe pedagógica, Mostra de práticas do Caminhos do Cuidado regional. À tarde,

realizou-se uma roda de conversa com os Orientadores. Estavam presentes, Lannuzya, Liége e

Deivson. Wilka não pode comparecer por motivo de doença. Inicia-se com um relato de

experiências. Liége inicia, dizendo que a seleção dos tutores poderia ter sido mais criteriosa e que

viu o crescimento dos Tutores ao longo do projeto. Fala também da dificuldade de comunicação

dentro da plataforma e a difícil troca com os Tutores. Diz já ter tentado essa comunicação e não

teve retorno por essa razão sente a CdP se esvaziar. Acha que facilitaria ter um chat, um horário

marcado para todos estarem na Comunidade. Diz que a CdP fica muito como espaço tarefeiro e que

acha fundamental o papel do Orientador. Está marcando um momento presencial com os Tutores.

Lannuzya relata que uma tutora realizou 6 turmas presenciais mas que nunca entrou na CdP. Fala

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

que são sempre os mesmos tutores que se manifestam e que há uma dificuldade de inserir os

Auxiliares e Técnicos de Enfermagem nas discussões da Comunidade, e que percebe muita

discussão focada nos Agentes Comunitários. Deivson disse que no início postava materiais e que os

tutores demandavam mais dúvidas sobre o espaço acadêmico. Giulia, fala da baixa interação dos

Orientadores na Sub-Comunidade, pergunta se existe alguma dificuldade dos Orientadores em

relação a isso. Liége relata que não tem tempo para estar muito presente na Sub-Comunidade, pois

se fosse apenas as Comunidade dos tutores seria possível mas, a Sub-Comunidades torna inviável o

acesso frequente. Lannuzya falou que as postagens de materiais na CdP estão sendo importantes

para sua vida profissional também, pois se utiliza dos materiais de outros Orientadores. Deivson se

propõe fazer encontros presenciais com os tutores, já Lannuzya acha complicado, pois no território

dela os locais são muito distantes. Giulia reforça o preenchimento da ferramenta Formulários na

CdP. Encaminhamentos: fazer chats semanais da Equipe Pedagógica e Orientadores, encontros

presenciais com os tutores, Mostra Exitosa do Caminhos do Cuidado no estado.

No dia 30 pela manhã, foi feito a apresentação do Painel de

acompanhamento/monitoramento pelo Marco. Fizemos uma discussão sobre os dados, sendo que

nesse dia, 74% da meta já havia sido cumprida. Faltam 1403 alunos para se cumprir a meta.

Conversamos também sobre a Mostra do RN que pode ser feita através de parcerias, como com o

PET-Saúde ou com a Universidade.

Piauí (PI): A equipe estadual, solicitou que a equipe pedagógica do projeto Caminhos do

Cuidado fizesse uma roda de conversas sobre metodologias de aprendizagem com a Equipe de

educadores da Escola Técnica do SUS. A Escola técnica do SUS (ETSUS) do estado do Piauí,

oferta diversos cursos, entre eles, o curso de Agentes Comunitários de Saúde. Essa roda de

conversa, se deu no Auditório da ETSUS do Piauí, no dia 07/05/2015, com início às 14 horas.

Estavam presentes diversos Educadores, muitos destes também tutores do Projeto Caminhos do

Cuidado. Esses tutores relataram como as metodologias ativas apresentadas no Curso, auxiliaram na

dinâmica e participação dos alunos. Dentre esses relatos, foi citado o empoderamento dos Agentes

Comunitários frente às equipes de saúde.

No dia 08/05/2015, foi realizado uma Mostra de trabalhos do Projeto Caminhos do Cuidado

e experiências de Saúde Mental na Atenção Básica através da parceria entre a Escola Técnica do

SUS do Estado do Piauí e o Projeto Caminhos do Cuidado. O Objetivo da Mostra foi apresentar e

discutir experiências vivenciadas pelos diferentes atores (Agentes Comunitários de Saúde,

Auxiliares/Técnicos de Enfermagem, Tutores, Orientadores e Gestores) do Projeto Caminhos do

Cuidado e trabalhadores da rede de saúde, contemplando a temática do cuidado em Saúde Mental

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

na Atenção Básica, buscando reconhecer as diversas vivências no território do Estado do Piauí. O

evento teve início pela manhã, com a mesa de abertura, ao qual foi composta pelo secretário de

Estado de Saúde do Piauí, Francisco de Assis de Oliveira Costa; o diretor de gestão de pessoas da

Secretaria Estadual de Saúde, José Antônio Richarson; representando a Coordenação de Atenção

Básica, Luciana Sena; além da coordenadora da Escola Técnica do SUS do Piauí, Josélia Moreira; a

diretora do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde (CEEPS), Clarice Pereira; a

coordenadora estadual do projeto, Patrícia Samara Portela Oliveira e a coordenadora pedagógica do

projeto, Renata Pekelman. Após, ainda pela manhã, foram realizadas duas rodas de conversas: A

primeira, intitulada: Saúde Mental na Atenção Básica, foi coordenada pela Renata Pekelman

(Coordenadora Pedagógica do Projeto), juntamente com José Ivo dos Santos Pedrosa (Professor

Doutor da UFPI). A segunda Roda de Conversa, tratou do tema Redução de Danos como estratégia

de cuidado, e foi coordenada pela Renata Pekelman (Coordenadora Pedagógica do Projeto)

juntamente com Ricardo Cruz (Psicólogo e Redutor de Danos)

A tarde foi reservada para apresentações de trabalhos, que foram apresentados em forma

oral, declamações de poesias/cordéis e pôsters digitais. Os trabalhos apresentados foram os

seguintes: “O cuidar em Saúde Mental no Serviço de Residência Terapêutica: relato de experiência

do Cuidador”; “Saúde Mental na Atenção Básica e o papel do enfermeiro na notificação de

transtornos mentais decorrentes do trabalho”;“Estratégias para ampliação do cuidado em Saúde

Mental na Atenção Básica”; “Boca De Fumo”; “Projeto Bem Viver”; “O matriciamento como Elo

de Ligação entre Equipes de Saúde Mental e Atenção Básica”; “As redes formais e informais na

promoção da saúde”; “Importância do uso do planejamento estratégico situacional (PES) na UBS”;

“Histórias de Vida” ; “Caminhos do Cuidado um novo olhar”; “O cuidado e os caminhos

percorridos” e “Produções científica sobre drogas no estado do Piauí: uma revisão integrativa”. O

evento encerrou com a apresentação cultural do grupo Vozes da Rua que é articulado pelo

Consultório de Rua de Teresina.

Ceará (CE):

Em reunião na Escola de Saúde Pública em Fortaleza, em 24/09/14, com a presença dos

atores institucionais nos níveis nacional e estadual (MS, ESP, apoio pedagógico, educadora e apoio

estadual), a coordenação estadual apresentou novidades na distribuição das macrorregiões, que

pautou a divisão de tutores(as), bem como critérios para composição das duplas. Foram relatados

desafios no acompanhamento junto aos municípios, bem como da composição para regiões de

difícil acesso (Cariri e Sertão Central), considerando-se como estratégia a participação de

tutores(as) dos outros estados que fazem divisa com estas regiões.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Apresentou-se brevemente o andamento das turmas, bem como identificamos desafios e

estratégias para melhoria no acompanhamento na plataforma EaD, contando com a presença de boa

parte das orientadoras envolvidas no projeto.

Dentre os desafios levantados, listou-se a definição para uma estratégia de comunicação

entre orientadoras e coordenação estadual, bem como entre orientadoras e tutores(as), considerando

distâncias geográficas e a utilização de outras vias de acesso à internet, além de contatos telefônicos

e reuniões presenciais. Entre a coordenação pedagógica do projeto e a coordenação estadual,

pautou-se o agendamento de reuniões em videoconferência, e a maior visibilidade dos tutoriais já

construídos sobre acesso e utilização da plataforma Otics.

Quanto aos desafios próprios do acompanhamento pedagógico, falou-se sobre a baixa

procura da plataforma EaD enquanto espaço para consulta ou troca de experiências, com um

silenciamento entre as postagens (ou ausência de postagens) que poderia refletir, também, algo do

desafio que se dá nas aulas presenciais. Os relatos trouxeram a necessidade de repensar a ponte

entre aquilo que ocorre nas salas de aula e os processos de reflexão dentro da CdP, pois o modo de

escrita do relatório poderia ou não promover estas aberturas: por um lado, algumas vezes não

haveria qualquer tipo de anotação; enquanto que outros(as) tutores(as) estariam fazendo diários de

campo com descrição densa. A metodologia ativa foi vista como um desafio no cotidiano das

turmas, sendo que muitas vezes se constrói uma "postura professoral" no grupo, que mais provoca o

retraimento do que chama à participação. No ambiente da CdP, por vezes a postagem de relatos

longos e detalhados, devidamente elogiados, também poderia ser levado em conta no sentido de

pensar em que medida inibiria outras formas de relato e comunicação das experiências nas turmas.

Nisto, lembramos da educação popular como uma postura transversal e aposta ética no cotidiano do

projeto, visto que esta discussão se aliava também à falsa dicotomia colocada por Paulo Freire,

entre elitismo e basismo, trazida como texto de apoio no manual de tutores(as).

Retomamos a existência de pactuação de 10h semanais por turma que deveriam ser

dedicadas ao acompanhamento no ambiente EaD, bem como a melhoria no entendimento da relação

entre orientadores(as) e tutores(as).

Dentre orientadores(as), listou-se a necessidade de focar em capacitações que

contemplassem os eixos transversais do curso, como o da redução de danos. O acompanhamento da

compreensão efetiva do conteúdo foi colocada como tarefa do apoio pedagógico em conjunto com a

coordenação estadual, cuidando para que esta última não se sobrecarregasse junto às suas outras

demandas, tais como cumprimento de carga horária.

Em conversa aberta com seis orientadoras do projeto, foram levantados e debatidos os

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

seguintes tópicos: Como ampliar a compreensão da tutoria como processo de formação, trazendo o

fechamento de turmas como requisito à certificação; Importância de lidar com um equilíbrio na

intervenção nas comunidades de práticas (entre a “enxurrada” de postagens e a ausência de

provocações); Como contornar questões éticas que impediam a melhor compreensão dos eixos

temáticos do projeto (“queremos produzir mudanças ou falar para quem já concorda conosco?”);

Reavaliação do modo como a CdP foi apresentada nas formações, ressaltando-a mais

explicitamente como um ambiente interativo do que para postagens de tarefas ou relatórios, dentre

outros.

Pernambuco (PE):

No Estado de Pernambuco foram realizados dois encontros de Educação Permanente (EP)

junto aos Orientadores em parceria com equipe estadual e ESP-PE. Nos encontros tivemos a

participação da equipe pedagógica, bem como coordenação macro-regional.

O primeiro encontro se deu no dia 13 de agosto de 2014, na cidade de Recife, na sede do

Projeto Caminhos do Cuidado. Neste encontro discutimos com os orientadores os processos de

Educação Permanente em Saúde, dentro do espaço da comunidade de práticas e também nos

encontros presenciais organizados pela equipe estadual. Na oportunidade foi abordado o

acompanhamento dos tutores e certificações do Módulo II. Tivemos a participação de todos os

orientadores do estado, onde apresentou-se, em um primeiro momento, uma panorama sobre as

formações no estado e o acompanhamento realizado em loco pela equipe estadual.

O encontro seguiu com a discussão de algumas situações trazidas pelos tutores através da

comunidade de práticas e também as dificuldades do trabalho em EaD. Muitos manifestaram seus

movimentos de busca ativa dos tutores e o desejo destes de não realizarem o Módulo II da

formação, seja pela dificuldade em acessar a internet, como da realização das tarefas.

Retomou-se a pactuação realizada na formação dos tutores, onde o Módulo II ainda estava

se estruturando, não havendo o formato de atividades para certificação. Solicitamos a repactuação

dos orientadores com seus tutores e discutimos conteúdos trazidos por estes sobre seus territórios de

atuação. Tivemos também, neste encontro, muitos retornos positivos com relação à formação do

Caminhos do Cuidado, onde os orientadores compartilharam conteúdos trazidos pelos tutores, seja

no espaço da Comunidade de Práticas, como também em outros espaços (telefone, presencialmente,

e-mail, whats app). Retomamos a importância destes conteúdos migrarem para o espaço da

Comunidade, onde ficaram registrados os movimentos de EP.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Na oportunidade também acompanhamos tutores em sala de aula, atuando na cidade de

Recife. Esta experiência foi muito singular, pois pudemos perceber tutores mobilizados e ativadores

destes alunos na discussão do cuidado em Saúde Mental, Álcool de Outras Drogas. Contudo, estes

mesmos tutores que realizaram um processo de EP bastante rico, realizando um número grande de

formações, não habitaram o espaço virtual.

Tivemos anterior e posterior a este primeiro encontro presencial muitos encontros on-line,

onde realizamos reuniões, discussões e combinações referentes à formação dos tutores e destes dos

ACS e ATEnfs. Seguindo os critérios pactuados pela coordenação pedagógica sobre a finalização

do Projeto no Estado, o acompanhamento dos tutores seguiu sendo realizados por apenas uma

orientadora, ficando esta responsável por acompanhar os tutores ainda ativos em território de

formação.

O segundo encontro com os orientadores do Projeto Caminhos do Cuidado aconteceu na

data do dia 27 de novembro de 2014, data que antecedeu à I Mostra em Saúde Mental da ESP-PE.

Neste encontro discutimos as dificuldades dos tutores em realizar o Módulo II, sendo manifesto por

muitos o não interesse na certificação. Cabe ressaltar que, diante dos números atingidos no Estado e

nos retornos obtidos pela coordenação estadual, tivemos muitas formações potentes e modificadoras

das práticas de cuidado. Durante a Mostra fomos encontrando diversos orientadores e buscando

retornos destes sobre seus processos de trabalho no Projeto, bem como realizamos a discussão do

segmento do acompanhamento em EaD, buscando estratégias de mobilizar os tutores que seguiriam

no processo de formação.

Seguindo os movimentos de EP em território, tivemos ainda a I Mostra em Saúde Mental da

ESP-PE (compartilhando experiências para multiplicar práticas de cuidado em saúde mental). Essa

Mostra foi realizada com a parceria do Projeto Caminhos do Cuidado, através da equipe nacional e

estadual, junto com a Escola de Saúde Pública de Pernambuco. Tivemos a participação do

Consultor Antônio Lancetti, bem como da equipe pedagógica no papel do Apoio Pedagógico e

Educadora. Durante a Mostra muitas atividades referentes às práticas em sala de aula foram

apresentadas, seja pelos tutores, quando por ACS que ali estavam. As produções vieram das mais

diversas formas, seja no formato de cordel, poesia, apresentação de experiências e relatos de

vivências.

Durante a Mostra nos deparamos com uma infinidade de práticas movimentadas pelo

Projeto. Acessamos estas via apresentação de trabalhos, como através de “conversas de corredor”,

vislumbrando assim uma série de intervenções que se desdobraram em novas práticas de cuidado. A

questão do uso de drogas e a mobilização desta temática junto aos ACS e ATEnfs apresentou uma

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

série de encontros com usuários de saúde, onde a escuta e o vínculo puderam aproximar estes. A

Mostra mobilizou não somente quem, de alguma forma fez parte do Projeto, mas também a rede em

geral, uma vez que os debates se deram com trabalhadores/usuários/gestores dos diversos pontos na

rede (Consultório de Rua, CAPS, ESF, Residência Multiprofissional, dentre outros).

Bahia – (BA)

O Estado da Bahia contou com dois momentos de EP. O primeiro foi realizado nos dias 29

de janeiro e 30 de janeiro de 2015, contando com a presença de cinco orientadores, equipe estadual

em uma parceria com a EFTSUS/BA, equipe nacional no papel do apoio pedagógico, educador,

coordenação pedagógica e coordenação macro-regional. Este foi o primeiro encontro presencial

realizado com os orientadores do Projeto Caminhos do Cuidado.

O encontro contou com a presença dos orientadores que haviam permanecido no

acompanhamento dos tutores após a finalização de 2015, sendo que o contato com os demais, que

não continuaram o período de prorrogação do Projeto havia se dado até então de forma virtual,

através de reuniões por Skype e vídeo-conferências.

Naquele momento foram discutidas inúmeras questões, sendo as principais: avaliação do

processo de acompanhamento; avaliação e apresentação do acompanhamento da sala de aula a

partir da interação dos tutores; estratégias de qualificação do processo de acompanhamento e da

prática de sala de aula; critérios de certificação dos tutores; construção dos formulários de

acompanhamento. Como metodologia de revisão e aprofundamento dos conteúdos apresentados

pelo projeto, cada um dos orientadores trouxe um caso de sala de aula apresentado pelos tutores na

CdP, no qual localizasse um tema importante a ser debatido. As principais questões que apareceram

foram: identificação em sala de aula do atravessamento das práticas religiosas na problematização

do uso de drogas; a possibilidade que o Projeto ofereceu de refletir sobre o “olhar” do profissional

de saúde; a importância do Projeto trabalhar na desconstrução do processo de culpabilização do

usuário de drogas; o apontamento da importância da inclusão da família e do entorno do paciente na

construção de uma proposta de cuidado; reconhecimento do território como promotor de diálogo e

de relações. Discutimos a importância de considerar as singularidades das questões e dos contextos

onde apareceram, buscando colocar em questão o acesso à saúde, que muitas vezes não consegue

ser garantido por parte das equipes, considerando as diversas dificuldades existentes nos diferentes

âmbitos, diferente por exemplo dos espaços religiosos que aceitam o usuário para que possam

realizar as intervenções que consideram como cuidadoras.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Neste encontro também trabalhamos a questão da interação no ambiente da comunidade de

práticas e de quais as estratégias e recursos para realização de um acompanhamento mais vivo,

mesmo que no formato à distância. Discutimos as formas de divulgação e estímulo à participação

dos tutores e dos ACSs e ATenfs na Mostra de Saúde Mental que seria realizada como atividade de

encerramento do Projeto no Estado da Bahia. Trabalhamos também com o uso das ferramentas de

acompanhamento.

No que concerne à avaliação do processo de acompanhamento realizado através da CdP,

foram destacados os seguintes pontos: dificuldades dos tutores realizarem as tarefas de acordo com

o previsto pelo Manual; insatisfação dos tutores quanto à infra estrutura das salas de aula; o formato

das ferramentas da CdP não estimulou maior participação dos tutores; a fragmentação da CdP em

relação ao processo presencial da sala de aula; importância de avaliação dos conteúdos postados

pelos tutores de forma a balizá-los de acordo com os Eixos do Curso.

No segundo encontro presencial com os Orientadores, realizado em 24 de março de 2015,

realizamos uma roda de conversa, buscando reconhecer junto a eles as intervenções realizadas até

aquele momento, bem como um levantamento dos trabalhos realizados pelos mesmos para a

Mostra.

O segundo momento no Estado da Bahia ocorreu no período de 24 a 26 de março de 2015 e

compreendeu a formação dos docentes da EFTSUS/BA. A formação foi realizada em três dias,

buscando contemplar as metodologias pedagógicas usadas no Projeto Caminhos do Cuidado, bem

como os conteúdos relativos ao cuidado em saúde mental, álcool e outras drogas. Durante a

formação junto ao corpo docente da escola, discutimos a proposta de cuidado em saúde mental na

atenção básica, de forma a construir esta problematização junto aos professores, buscando ampliar o

olhar sobre o cuidado integral.

Identificamos, tanto na Oficina de formação quanto em nas reuniões realizadas junto à

direção da escola, que a prática docente da Escola apresentava discussões que pouco abordavam as

questões de saúde mental e uso prejudicial de álcool e outras drogas, fato reconhecido pelos

próprios profissionais. A participação na Oficina se deu de forma contínua para alguns docentes e

para outros, no entanto, não foi possível uma participação integral no período da formação, o que

dificultou o aprofundamento da discussão e a apropriação dos conteúdos e metodologias propostas

pelo Projeto. De maneira geral, a questão do uso de álcool e outras drogas também foi um tema

novo para os docentes, sendo apresentada a política de atenção integral ao usuário de drogas de

forma a pensar as possibilidades de cuidado a partir das singularidades do território. Abordamos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

ainda a lógica da Redução de Danos, buscando trazer uma aproximação de suas práticas com o

cuidado em território do usuário.

Como finalização da Oficina de Formação, realizamos uma vivência de Sociodrama,

coordenado por Antônio Lancetti, consultor do Projeto, na qual abordamos as práticas formativas e

a discussão dos cuidados em saúde através do princípio da integralidade, buscando discutir as

ferramentas do cuidado em saúde mental a serem trabalhadas por todos os profissionais da rede de

cuidados em seus respectivos territórios.

No dia 27 de março de 2015 foi realizada a I Mostra de Saúde Mental na Atenção Básica:

Caminhos do Cuidado e Outras Experiências, evento de encerramento do Projeto Caminhos do

Cuidado na Bahia.Os objetivos desse evento foram: possibilitar o encontro dos diversos atores que

participaram do Projeto, possibilitar a apresentação dos trabalhos que aconteceram nos territórios e

na CdP, favorecer o debate sobre a temática da Mostra, agregar outros atores institucionais e

profissionais do campo na discussão.

A programação da Mostra compreendeu, na parte da manhã: uma Mesa de Abertura, com a

participação da Escola, que falou sobre os movimentos do Projeto em todo território Baiano, da

Coordenação Estadual, que apresentou o histórico de implantação e desenvolvimento do Projeto no

Estado, e da Coordenação Nacional; e uma Conferência com Antônio Lancetti, seguida de espaço

para debate. No período da manhã contamos com a presença de professores, orientadores, tutores,

alunos (ACS e ATENfs), bem como de alunos de Programas de Residência, estudantes e

trabalhadores locais.

No período da tarde aconteceu a Mostra de trabalhos. Inicialmente, a proposta de

apresentação dos trabalhos era de acordo com os temas alinhados aos Eixos do Curso (“Política e

Território” e “Estratégias de Cuidado: Redução de Danos e Desinstitucionalização”). A pedido dos

presentes e apresentadores, optamos pela apresentação dos trabalhos no mesmo espaço, de modo a

permitir que os presentes assistissem a todos os trabalhos e pudessem compartilhar suas práticas de

formas mais coletivas. A Mostra contou com trabalhos escritos, vídeos, relatos, poesias, que

buscaram trazer as experiências vivenciadas por cada um em seu território a partir do Projeto

Caminhos do Cuidado e a partir da prática como profissional de saúde em outros contextos. Na

apresentação de trabalhos por atores do Projeto, alunos, residentes e demais trabalhadores da rede

de saúde, discutiu-se muito sobre a construção do cuidado em saúde mental a partir das experiências

locais, bem como do cuidado às pessoas com uso abusivo de álcool e outras drogas, a partir das

práticas que tinham como temas transversais as diretrizes da reforma psiquiátrica e a lógica da

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

redução de danos. Ao final da Mostra fizemos uma breve discussão com todos ali presentes,

buscando compartilhar afetos a partir dos relatos e trabalhos apresentados.

A Mostra contou ainda com uma apresentação artística, Coral, e com a presença de uma

tenda de acarajé, com uma baiana a caráter oferecendo degustação desta comida aos presentes.

Mato Grosso (MT):

No Estado do Mato Grosso tivemos um encontro presencial de EP, junto aos Orientadores

do Projeto. Este se deu no dia 02 de abril de 2015, na cidade de Cuiabá, onde discutiram-se

questões pertinentes aos conteúdos trazidos pelos tutores, bem como aos processos de EP no espaço

virtual. As orientadoras relataram muitas dificuldades referentes à postagem dos alunos. Na

oportunidade presenciamos o recebimento dos relatos e casos de um tutor por pen-drive. Esta

questão está ligada diretamente à dificuldade acesso à internet no Estado, principalmente nas

regiões mais longes da capital.

O Estado do Mato Grosso surpreendeu muito as Orientadoras e Equipe Estadual, pelas

intervenções que ocorreram nos territórios. Desde a mobilização de ACS frente aos serviços, quanto

da mudança de práticas relatadas por estes. Tivemos acesso a muitos relatos carregados de emoção

e mudanças de paradigmas que não apareceram no espaço da comunidade, mas que fizeram grandes

intervenções no território.

Ao trabalharmos com a ferramenta de acompanhamento dos tutores (formulário disponível

na Comunidade de práticas), as orientadoras relataram muitas situações onde os tutores, na ausência

de acesso a internet, enviam as produções pedagógicas relativas ao curso, via pendrive, whatsapp,

impressões (via correio), ligações e e-mail.

Para que houvesse a garantia da certificação, combinamos que as mesmas irão postar o

material recebido pelos tutores em suas comunidades, problematizando as produções com os

demais; Uma das orientadoras construiu uma tabela de acompanhamento que viabiliza um

panorama sobre o território e as intervenções nele realizadas. As mesmas apresentaram memoriais

fotográficos realizados pelos tutores. Este material além de trazer um número grande de imagens

contextualizadas faz também um link entre todos os processos do projeto, pois apresenta uma

construção cronológica das intervenções em território.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Discutimos muitos casos e questões relacionadas ao curso trazidas pelos tutores. Abrimos

portfólios e slides enviados pelos tutores; Problematizamos a questão da religião e do cuidado em

saúde mental, bem como do cuidado através de espaços como as comunidades terapêuticas.

Neste encontro as orientadoras se dispuseram a fazer uma escrita dando um panorama por

regiões de saúde do Projeto Caminhos do Cuidado para ser postado no site da SES-MT e do

Projeto, bem como elaboraram uma apresentação do que foi o Projeto no Estado para ser

apresentada como devolutiva a CIB-MT no dia 07 de maio de 2015.

Por final propõem uma articulação com as conferências de saúde municipais e estaduais de

saúde que acontecerão neste ano, levando como pauta, a inserção de propostas de implementação de

ações de saúde mental na atenção básica, a partir da experiência do Projeto Caminhos do Cuidado.

Este encontro também desdobrou em uma articulação com os Centro de Referência Regional

de Formação em crack, álcool e outras drogas/ UFMT (CRR), buscando a divulgação dos impactos

do Projeto Caminhos do Cuidado, enquanto ação formativa na temática, abrangendo a saúde mental

na Atenção Básica. O encontro contou com a presença do Apoio Pedagógico, Coordenação Macro-

Regional e Equipe Estadual.

Região Sul (RS/PR/SC)

Realizaram-se poucos encontros de EP nestes estados. No RS realizou-se um encontro de

tutores junto com a última formação de tutores do RS em 15/0814. Foi interessante esse encontro

entre os ingressantes e os que já tinham desenvolvido experiência. Este encontro ocorreu com a

presença do educador Marco Aurélio Jorge e os apoiadores pedagógicos em especial com alguns

que estavam ingressando na atividade de apoiador.

No Paraná realizou-se encontro de EP com os orientadores incluindo orientadora de SC

quando houve a prorrogação do prazo de término do projeto com objetivo de atingir as metas em

ambos estados.

Ao término do projeto realizou-se um encontro entre o educador e os docentes da ETSUS do

PR para debate e aprofundamento dos temas do projeto CC, e como eles podem permanecer em

debate nos cursos realizados pela escola.

Espírito Santo (ES)

O primeiro encontro EP aconteceu em 15/04/2014. Havia sido percebido durante a formação

a dificuldade em relação ao matriciamento em Saúde Mental. Considerando o momento em que o

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Estado passava, de instalação de novos Núcleos de Apoio de Saúde da Família, elegeu-se o tema

“Matriciamento em Saúde Mental na AB”, por necessidade e pertinência, conduzido pela

Educadora do ES, que apresentou alguns dados e provocou o debate sobre o assunto. Todos os

orientadores estavam presentes e a grande maioria dos tutores assim como a coordenação estadual

do projeto, a diretora da Escola e a coordenação pedagógica da ETS. Também presentes da

coordenação macrorregional e o apoio pedagógico do Estado.

O encontro também possibilitou espaço para a discussão de algumas situações trazidas pelos

tutores e orientadores, através da Comunidade de Práticas, como as dificuldades do trabalho em

EaD.

O segundo encontro foi nos dias 05 e 06/06/2014. No dia 05 pela manhã com diretora da

ETS, Coordenação Estadual do CC, Coordenadora Pedagógica da ETS, Coordenação de

Macrorregional, Educadora e Apoio Pedagógico.

A diretora da Escola fez um breve relato do percurso da ETS e dos projetos que estão

acontecendo concomitantemente ao projeto CC, reafirmando que o projeto está sendo executado,

em sua potencialidade máxima pela ETS, e se desenha muito bem estruturado no Estado com o

apoio da Gestão, que se demonstra muito mobilizada para atender ao Projeto em tempo hábil. Nesse

encontro foi solicitada uma capacitação para 10 Técnicos Pedagógicos sobre o tema -

Compartilhando a construção de um projeto: os aspectos pedagógicos e metodológicos, com

objetivo de potencializar o núcleo pedagógico da Escola, na construção de um material pedagógico,

e também disseminar apropriação do Processo Formativo do CC.

Na parte da tarde desse dia acompanhamos a reunião com o Colegiado Gestor, no qual foi

dado o informe sobre o monitoramento das turmas no Estado e, demais estratégias de divulgação do

CC em espaços potentes, com a divulgação através do Tele-saúde. Sugerido levar a esse espaço

debates e diálogos da realidade da SM e AB no Estado e estratégias possíveis possibilizadas pelo

curso. Fortalecimento da EP em ato.

No dia 06 aconteceu o encontro com orientadores, coordenação estadual do projeto,

educadora e apoio pedagógico. A discussão central foi sobre a qualidade das postagens na CdP,

sobre estratégias de estímulo aos tutores que ainda não vinham postando ou postando com pouca

regularidade, e o debate de situações delicadas como o fato da religião, bem permeado nos trabalhos

finais dos ACS sem uma crítica por parte dos tutores e pouca por parte dos orientadores.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Esse momento também propiciou que a Educadora pudesse conversar com os profissionais

da Escola envolvidos em cursos de saúde mental sobre as perspectivas e desdobramentos futuros

dos cursos da ETS nessa área.

O último encontro EP foi em 13/10 na parte da manhã e atendendo a solicitação do encontro

anterior, apresentamos experiências metodológicas e pedagógicas, em especial as do Caminhos do

Cuidado, e também as experiências de duas Escolas Técnicas: a do GHC e da Fiocruz. Essa reunião

contou com vários técnicos da ETS além da coordenadora estadual do projeto, a coordenadora

executiva do projeto, a coordenadora macrorregional, educadora e apoio pedagógico. A Escola

pretende oferecer, em 2015, um curso de aperfeiçoamento em saúde mental para profissionais de

nível médio da atenção básica, no qual será possível utilizar ferramentas e conteúdo do curso do

Caminhos do Cuidado. Espera-se conseguir produzir material didático específico para esse curso, o

qual já ocorreu em ‘piloto’, em 2011. Conversamos sobre os cursos que a Escola já oferece e a

maioria deles já trabalha com metodologias ativas. A ETS capacita profissionais de nível médio e

nível superior da rede, mas não podem titular os profissionais de nível superior, e por isso, fazem

parceria com outras instituições.

A tarde nos reunimos com os orientadores, coordenação estadual, macrorregional,

educadora e apoio pedagógico, quando avaliamos novamente as postagens, critérios de

acompanhamento e avaliação da EaD, com materiais extraídos da CDP, sinalizando aos

orientadores questões ainda possíveis de intervenção com seus tutores (devido o tempo restante);

abordamos as dificuldades, dúvidas em relação ao material de finalização - relatório das ações

enquanto orientadores de aprendizagem.

Chegou-se à conclusão de que mesmo face a algumas dificuldades de postagens por parte

de alguns tutores, a experiência de conhecer o que vem sendo apresentado pelos ACS e Atenfs em

sala de aula permite que se tenha um desenho da atual situação da atenção a saúde mental no

Estado. Avaliamos também que os encontros presenciais, mensais, que vem sendo realizados entre

os orientadores com seus tutores e da Coordenação Estadual com os orientadores - organização não

estava prevista no Projeto -, vem trazendo como consequência o percurso de sucesso do CC no ES.

Pactuamos uma proposta para o encerramento do Caminhos no ES que aconteceria em

12/12, na qual os orientadores teriam a atribuição de apresentarem o território de saúde no qual

ficaram como referência, incluindo na apresentação dados demográficos, dados de saúde, tutores,

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

turmas realizadas e relato de algumas experiências em sala de aula e sua percepção no processo em

que esteve como orientador de aprendizagem.

No último encontro de 12/12 finalizamos no Estado o Projeto CC com alcance acima do

esperado nas metas, no prazo, com qualidade e irradiação no processo de EP. Iniciamos com as

apresentações das produções organizadas pelo Orientadores, do seu processo de trabalho,

construindo via CdP, com a “Equipe Matricial” (Educadora/Apoiadora e Macrorregional). As

apresentações de modo geral comtemplaram o pactuado. Foram abordados os tópicos combinados

no encontro anterior, com apresentações mais aprofundadas de informações e discussões e outras

menos, retrato do processo apreensão enquanto orientadores de aprendizagem e também, das

experiências profissionais na área SM e AB. Esses reflexos fizeram que alguns orientadores se

apropriassem melhor das discussões via comunidade prática com os seus tutores, e possibilitou a

construção um desenho mais aproximado do panorama das regiões tutoreadas. De modo geral, até

mesmo os que não tinham muita experiência puderam realizar trocas ricas nos encontros presenciais

e em EaD, por meio das postagens em fóruns, chats e também com as discussões entre orientadores

com tutores, orientadores com educador e apoio e com os demais orientadores do Brasil,

participantes da CDP. Em um segundo momento nos reunimo-nos com alguns ACS, representantes

de SM e AB do Estado numa perspectiva de uma roda de conversa, para partilharmos tanto as

experiências exitosas quanto as não tanto, a fim de compreendermos a “ caminhada” do Curso CC

nas regiões e as discussões/construções possíveis para qualificar a SM na AB. Obtivemos como

retorno uma fala de impactos positivos por parte dos ACS e uma reivindicação de extensão proposta

do curso CC para os demais níveis, por entenderem a sua importância no cuidado integral.

Rio de Janeiro (RJ)

O RJ contou com 4 capacitações de tutores e em todas elas os orientadores estiveram

presentes o que propiciou um incremento na compreensão da lógica da Educação Permanente, por

parte dos orientadores.

O primeiro encontro com o grupo de orientadores, a coordenação estadual e o núcleo

pedagógico (macro, educadora e apoio) aconteceu em 20/05/2014 no Instituto Philippe Pinel,

quando foi possível compartilhar as experiências, dificuldades e potencialidades do processo até

aquele momento, como por exemplo, as fragilidades dos locais para a realização das formações, as

principais discussões no cotidiano e nós trazidos pelos ACS com a gestão e regime de trabalho. Os

orientadores comentaram sobre a participação tímida na CdP por parte dos tutores. Os motivos

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

alegados seriam a lentidão da ferramenta e a dificuldade em compreender o seu funcionamento,

considerando os diversos locais de postagens. Foram discutidas estratégias para convocar os tutores

a uma maior participação, como ao divulgar a previsão de início de novas turmas, não apenas o

tutor fosse avisado/lembrado por e-mail, mas que no mesmo e-mail se copiasse o orientador,

educador e apoio. Assim, o orientador, decorrido de dois a três dias do início da turma, entraria em

contato pela notificação da CdP com seu tutor, em busca de notícias, ao invés de aguardar a

postagem do tutor. Aproveitamos o encontro para discutir alguns casos postados na CdP buscando

uma compreensão mais homogênea do grupo. Em um segundo momento os tutores também

estiveram presentes, o que foi importante também para que pudéssemos nos reunir para além do

espaço virtual, acreditando que essa aproximação presencial cria laços e funciona como um

facilitador para postagens futuras.

Nosso encontro seguinte foi a última formação de tutores para completar turmas em regiões

mais distanciadas, que possuíam poucos tutores para a realização do curso. Construímos com a

Coordenação Estadual, Macrorregional e Núcleo Pedagógico, uma formação para um número

menor de pessoas com mesma qualidade num período menor de dias concentrados. Esta aconteceu

em parte no Instituto Municipal Philippe Pinel e na Escola Politécnica Joaquim Venâncio, em

06/09/2014. Presentes nesta formação estavam membros da ETIS participando do curso como até

então não havia acontecido.

Em 18/12/2014 realizamos um encontro apenas com a coordenação estadual,

macrorregional, educadora, apoio e orientadores para falarmos da mudança, a partir de janeiro, da

nova coordenação estadual, assim como pactuar com os três orientadores selecionados entre os

cinco, a nova redistribuição dos tutores e os desdobramentos para o ano de 2015.

No outro encontro, no dia 10/03/2105, na Escola Ana Nery, já com os tutores redistribuídos

entre os três tutores, combinamos com os orientadores um encontro que abordasse as dificuldades

que estavam tendo em convocar alguns tutores mais ausentes à CdP para compreender as razões da

ausência, as dificuldades em realizarem os relatos das turmas feitas, sua importância no processo de

EP. Nessa reta final deixar ainda mais claro como o trabalho ficava difícil quando os tutores não

postavam as listagens das turmas, a confirmação do total de alunos em sala de aula no início do

curso, assim como abordamos a responsabilidade dos orientadores com os tutores nas

observações/avaliações para que estes pudessem ter seus certificados liberados.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Educadora e apoio montaram uma apresentação de slides para que pudessem compreender o

uso possível de suas postagens, as informações pertinentes que as mesmas possibilitavam, desde

que compartilhadas. Iniciamos com um pequeno vídeo de Emerson Merhy a fim de sensibiliza-los

acerca do processo de “estar com o outro”, de ouvi-lo e compreender a sua fala e demanda.

Entender o outro como sujeito, fazendo uma analogia a fala de Merhy quanto a semelhança

observar uma obra de arte com o trabalho na saúde. A importância despir-se do conceito pronto e

sensibilizar-se em ouvir o que outro tem a dizer, para além do visível, dos protocolos. Os

orientadores e os tutores puderam falar de suas impressões no processo de aprendizagem por pares,

a dificuldade da ferramenta e os enfrentamentos que estavam tendo no território, e muitas vezes a

demora na resposta dos orientadores. Realizamos algumas pactuações, falamos da nova fase que

entraria o projeto com a prorrogação do prazo, convidando os tutores a permanecerem. Muitos

verbalizaram a vontade de permanecer e fazer novas turmas. Combinamos de construir com a

Equipe Estadual/ matricial a construção de uma tabela com os melhores dias de realizações de

turmas, locais/ áreas programáticas e demais regiões. A partir desse encontro tivemos mais avanços

nas postagens e melhora na comunicação entre coordenação estadual, tutores, orientadores e Equipe

matricial. Para este encontro foi repactuado a divisão de tutores por orientadores, visto o

redimensionamento que passava o projeto e as metas já atingidas. A Equipe estadual/ matricial e

orientadores fizeram juntos as divisões e adesões de novos tutores, respeitando os limites e

considerando suas áreas de trabalho para facilitar na discussão em EaD. Organizamos também

postagens de manuais de movimentações na plataforma.

Por último realizamos nova formação simplificada, para completar o quadro de tutores para

as turmas abertas. Optamos por aproveitar membros da equipe anterior que trabalharam como apoio

da coordenação estadual em regiões do estado, ou seja, pessoas que já tinham uma familiaridade

com projeto, não sendo necessário dispensar muitos dias de formação, devido a apropriação dos

mesmo com o projeto. Realizamos o processo com duas articuladoras da Equipe Estadual e uma

professora da Etis. Depois do processo simplificado as tutoras já assumiram turmas. Assim,

seguimos fortalecendo as trocas no ambiente virtual, qualificando o processo de Educação

Permanente.

A finalização contemplou de modo muito satisfatório todos esses esforços, qualificação da

equipe, responder a demanda do grande populacional de turmas com qualidade e pouca

disponibilidade/oferta de tutores, mantendo a qualidade das discussões no espaço EaD, impacto no

território e estreitamento da distância da SM e AB. Aspectos medidos de modo empírico através

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

das falas dos ACS quanto a modificação de seus olhares no cotidianos de trabalho, das

apresentações dos trabalhos contendo: paródias, casos e demais comentários em sala de aula, acesso

aos usuários não antes abordados, todos possibilitados a partir do curso. A palavra ressoada nos

depoimentos era de mudança de olhar a uma população, presente no território, porém, antes

invisibilizada pelo (pre) conceito e fragilidade da rede.

A macrorregional, educadora e apoio organizaram, através de fotos, poesias, frases e

comentários na CdP, um varal que possibilitou que os participantes pudessem conhecer um pouco

do que foi o CC no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, havia sido solicitado aos municípios que

tivessem interesse, que trouxessem pôsteres que contassem um pouco do percurso do CC no seu

território. O município do RJ atendeu em peso ao chamado e as 10 áreas programáticas da saúde

expuseram suas experiências. Niterói, S.João de Meriti, Duque de Caxias, entre alguns outros,

também optaram por apresentar através de um banner, sua experiência.

A coordenadora macrorregional nos presenteou com um vídeo musicado de momentos dos 2

anos de CC no Estado. Os coordenadores estaduais também apresentaram dados e vivências do

Projeto.

O evento aconteceu na Biblioteca Parque de Manguinhos. Pudemos contar com o cine-teatro, o

saguão vizinho a ele onde ficaram varal e pôsteres e ainda um local para o buffet, já que foi servido

um brunch para os presentes.

Participaram do evento de encerramento do CC, 01/09/2015, representantes das Coordenações das

Áreas Programáticas de Saúde do município do RJ e demais regiões do Estado abrangidos pelo CC,

Equipe Pedagógica, Macrorregional, Executiva Nacional, DEGES, Orientadores, Tutores, ACS’s e

Representantes da SM, ABS e EP do Estado. Cada região pode apresentar suas impressões,

experiências e desenho do curso na região e foi aberto, ao final, para que tutores e orientadores

assim como demais pessoas presentes ao evento, pudessem falar.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

6.2 Atividades do colegiado de gestão

A participação da equipe pedagógica junto aos colegiados de gestão dos estados foi eventual

e em alguns poucos estados. Esse dispositivo de gestão do projeto quando existente foi um fator de

potencialização do projeto nos territórios pois propunha a participação das áreas de SM e AB

estaduais, CONASEMS, entre outros sendo propulsor do debate sobre a Rede de Atenção

psicossocial (RAPS).

6.3 Desenvolvimento das ações junto à ETSUS

As atividades da equipe nacional mais específicas com as ETSUS e seus colaboradores

tomaram lugar mais na finalização do projeto. Denominadas como Oficinas de compartilhamento,

em algumas escolas desenvolveram-se oficinas do projeto com o objetivo de formação de tutores,

MG, SP; em outras com objetivo de debater as práticas educativas das escolas referentes a saúde

mental e à saúde mental e atenção básica, como ES, BA, PI. As atividades desenvolvidas já foram

descritas em outros itens deste relatório.

6.4. Outros

7 SUPORTE DA EQUIPE PEDAGÓGICA NACIONAL

Preciso de Ajuda e Fale Conosco

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Para auxiliar os participantes das CdPs quanto à dificuldades de acesso, perda de senha,

problemas para postagem de material, entre outras, foram criadas e disponibilizadas duas

ferramentas: Preciso de Ajuda e o Fale Conosco.

O Fale Conosco é o suporte dado por email. Os emails enviados com dúvidas, sugestões,

dificuldades e outros, foram acessados pelo grupo da coordenação acadêmica, que respondia aos e-

mails referente a questões acadêmicas e encaminhou ao Apoio Pedagógico as questões pedagógicas,

relativas ao acesso da CdP, assim como certificações, dúvidas, comentários, reclamações e etc.

O Preciso de Ajuda é uma janela virtual acessada no canto inferior da plataforma onde é

possível conversar online com o suporte do site. Esse suporte é disponibilizado em horário

comercial e o suporte é dado pelos técnicos da OTICS, responsáveis pela manutenção, alterações e

aprimoramento da plataforma, explicado em outro item deste relatório.

8. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

O núcleo pedagógico foi de certa forma o coração do projeto. A partir das concepções

iniciais no âmbito dos conteúdos e na proposta metodológica o projeto foi se constituindo.

O encontro entre a perspectiva pedagógica de centralidade no sujeito e a perspectiva de

cuidado a partir da redução de danos que propõe a centralidade no sujeito foi a grande potência do

curso. Isto foi visto tanto na formação dos formadores como na formação dos alunos.

Destaca-se alguns momentos que foram importantes no largo e intenso caminho dos

Caminhos do Cuidado como o núcleo pedagógico se mostrou altamente eficaz nos encontros

acontecidos em Brasília e em Porto Alegre. Além da maneira rápida de encontrar uma linha

pedagógica e uma organização suficientemente clara e ao mesmo tempo aberta, de maneira a ser

operada nos mais diversos locais do extenso território brasileiro. Um destaque especial merece a

organização e produção de textos. Todos eles foram escritos e reescritos inúmeras vezes. Isso

aconteceu com o caderno do Tutor na escolha de textos guias, de casos para discussão. Muitos dos

textos foram reescritos pelos consultores, educadores, apoiadores pedagógicos e coordenadoras e

entre os vários companheiros o clima de doação e criatividade foi permanente. Merece destaque a

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

produção do Guia de Saúde Mental que reescrita aproximadamente 30 vezes. Porém considera-se

que esse pequeno livrinho é o ponto alto da produção bibliográfica do projeto.

O núcleo pedagógico (NP) esteve à frente de um grande desafio, o de formar orientadores e

tutores para atuarem em todo o Brasil, em todas as regiões de saúde, o número de 1280 projetados

foi em muito superado. Ao final foram 2761 pessoas formadas/selecionadas em formações em sua

maioria de 40h (exceto 06 de orientadores de 24h), que foram coordenadas presencialmente por um

grupo de dez educadores, dez apoiadores pedagógicos, 2 consultores, equipe OTICS, 2

coordenações. Todos os participantes deste núcleo contavam com uma coerência teórica nos eixos

do curso e com uma coerência metodológica que foi se reconstruindo e reforçando ao longo do

processo. A organização e infraestrutura permitiu que mesmo quando os grupos de tutores eram

grande, conseguiu-se ampliar a discussão de forma participativa e reflexiva. Ao final das formações

comentários comuns eram que “você entra de uma forma no curso e sai de outra”; “o que muda é o

olhar”; “é possível fazer”...

Encontrou-se muitas visões sobre o cuidado em saúde mental entre os trabalhadores de

saúde. Do nada a fazer a grandes potências de inclusão (como na letra do samba mineiro (...)

esquizofrênico também tem sentimento (...)). Uma forte influência de uma visão manicomial do

cuidado em saúde mental, mas em contraponto uma forte visão de cuidado em liberdade com

equidade. O curso com suas dinâmicas, com a potência dos debates promovidos pelo NP promoveu

nas formações de orientadores e tutores uma compreensão do cuidado em saúde mental na atenção

básica, no acolhimento e no vínculo como grande potência de cuidado, e a construção de redes para

esse cuidado. A principal mudança percebida foi o deslocamento de olhar, da substância ou doença

para o sujeito que sofre. A metodologia centrada nos alunos com o deslocamento do genérico para

si, encontra o mesmo sentido do conteúdo, isso também desperta a mudança do olhar.

Havia uma projeção de término de formações de orientadores em fevereiro de 2014 (o que

ocorreu) e de tutores em março de 2014. Entretanto o NP realizou formação presencial para tutores

até março de 2015.

A partir de junho de 2014 educadores e apoiadores foram distribuídos regionalmente para o

acompanhamento em EAD nas comunidades de práticas. A interação foi muito diferenciada na

participação nas CdPs. Alguns interagiram muito, produziram excelente diálogo entre orientadores,

educadores e apoios, melhorando a intervenção com os tutores, outros tiveram muito pouca

interação com os orientadores, tanto em relação aos apoiadores como em relação aos educadores.

Pelas CdP pode-se perceber como o projeto foi um disparador de debates nos municípios, de

questionamentos tanto de si, como de relações familiares, relações entre a equipe de saúde, desta

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

com outros membros da rede e com a gestão local dos serviços. Apesar de muitos dos relatos dos

tutores nas CdPs terem sido burocráticos, muitos expressaram a riqueza do debate que se fazia em

sala de aula entre os ACS e ATEnf., como o curso estava provocando uma mudança, até mesmo na

valorização do trabalhador ACS/ATEnf, pois o curso propõe partir do cotidiano, do saber local e a

partir daí gerar reflexão. É possível acessar uma parte dessa produção no site

www.caminhosdocuidado.org .

A utilização da plataforma virtual para a realização da educação permanente dos tutores foi

de uso irregular. Algumas regiões pelas dificuldades de conexão, outras pela pouca intimidade com

meios virtuais, outras pela própria dificuldade de construir relatos/narrativas do fazer cotidiano.

Houve uma grande dificuldade de atuação de muitos orientadores que deveriam cumprir um papel

de animador de debates, de comentar a produção dos tutores, assim como teve tutores que apesar do

esforço do orientador, não responderam aos chamados, ou muitos permaneceram na

superficialidade.

Durante a finalização do projeto, permaneceram apenas os orientadores considerados mais

ativos e participantes do processo, o que potencializou a produção virtual nas últimas etapas do

projeto.

Pode-se concluir que os momentos presenciais foram extremamente potentes para o

questionamento inicial, para a mudança de olhar; que o período virtual foi menos impactante e que

realizar EP no território beneficiou os grupos que participaram, ampliando a participação nas CdPs.

8.1 Potencialidades e fragilidades dos Educadores

A grande potencialidade dos educadores foi sua experiência. A coerência teórica quanto aos

eixos do curso, o entusiasmo na construção de um debate nacional a respeito de redução de danos

no cuidado em saúde mental, do cuidado em liberdade e o apoio nos direitos humanos no cuidado

em saúde mental e uso prejudicial de drogas. Os encontros de formação presenciais foram de muita

troca teórica, grupos de discussão muito potentes, rodas de conversa. Potencializar o espaço virtual

provocando os orientadores, animando os debates, ampliando o escopo teórico do grupo. Quando as

formações ficaram menores alguns educadores eram os únicos facilitadores do curso

As fragilidades foram, por vezes não poder permanecer toda a formação impactando nas

avaliações e a pouca participação de alguns no ambiente virtual.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

8.2 Potencialidades e fragilidades dos Apoios Pedagógicos

As potencialidades dos apoios pedagógicos também baseou-se nas experiências do grupo e

sua participação entusiasmada tanto do momento de elaboração dos matérias do projeto como no

planejamento e execução das formações de tutores e orientadores. Toda organização em relação a

materiais pedagógicos e acadêmicos das formações ficaram sob a responsabilidade dos apoios. A

entrega das aprovações e reprovações para a coordenação acadêmica. Os apoios tiveram também

durante a realização dos cursos papel fundamental coordenando os pequenos grupos e os médios

grupos também, em parceria com os educadores e orientadores. Quando as formações ficaram

menores muitos colegas do apoio eram os únicos facilitadores do curso.

Nas CdPs tiveram papel importante nas subcomunidades junto com os educadores nos

debates temáticos e de orientação aos tutores e estiveram apoiando a gestão acadêmica da CdP junto

aos orientadores. Toda certificação do módulo II do curso de tutores do Projeto Caminhos do

Cuidado foi feita em conjunto entre apoiadores e orientadores. A finalização das comunidades ficou

como responsabilidade dos apoios.

Dentre as fragilidades tinha-se que alguns tinham mais vivência ou na AB ou na SM e essas

diferenças que foram potentes mas por vezes geraram conflitos. Essa fragilidade refletiu-se por

vezes nas coordenações de grupos e no debate temático com orientadores. A saída de alguns e a

necessidade de repor novos colegas, muitos que não tiveram a vivência das formações presenciais

dos tutores dificultou um pouco o trabalho nas CdPs.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Site do Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2014. Disponível em: http://www.caminhosdocuidado.org/. Acesso em: 05 dez 2014. [Sugestão de como referenciar textos de site assinado por jornalista] TORRES, Odete Messa[ou OM]. [Nome da matéria]. IN: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Site do Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2014. Disponível em: http://www.caminhosdocuidado.org/[ENDEREÇO DO LINK DA MATÉRIA]. Acesso em: [DATA/MÊS/ANO DE ACESSO] 05dez 2014.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

APÊNDICES

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

APÊNDICE 01 Programações alternativas para o curso de ACS/ATEnf. 1. Formato alternativo I do curso de alunos ACS/ATEnf para demanda inicialmente da

região norte, acabou sendo utilizada em outros locais do Brasil.

1º Encontro Território e introdução a temática das drogas

2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos

• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.

• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-

para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min

• Substituição da atividade de dispersão: leitura e debate do texto de DomicianSiqueira -são realizadas nas equipes que os alunos identificam como redução de danos.

• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:

1h15min • Apresentação dos grupos, debates e

leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45

min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15

min.

• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min

• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –

15min.

• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:

1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min

INTERVALO DE 2 A 3 SEMANAS

TURNO EXTRA

4º Encontro Caixa de Ferramentas

5º Encontro Redes de Cuidado

MANHÃ • Apresentação das

Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h

• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos-

leitura das ferramentas: 1h30min

• Apresentar e debater as propostas elaborados pelos grupos: 1he15min

• Dinâmica da Caixa de Ferramentas: 45min

• Intervalo: 15min • Debate das Principais

Ferramentas: 1h45min

• Apresentar na Roda de Conversa a atividade de Dispersão nº. 04: 1h

• Retomar os mapas (atividade de dispersão) e jogo da rede: 1h45min

• Intervalo: 15min • Debater as questões: 1h

TARDE

• • Leitura e debate do texto de apoio: 45h

• Elaborar substituição da atividade de dispersão por equipe de ESF: planejamento de uma intervenção educativa da atividade de

• Em grupos construir a proposta das atribuições ACS/ATEnf: 45min

• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min

• Intervalo: 15min

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

dispersão nº4: 2h • Intervalo: • Apresentação dos

grupos:

• Apresentar as experiências: 1h45min

• Processo de avaliação- formulário: 30min

SUBSTITUIÇÃO DA TAREFA DE DISPERSÃO Nº 04 ROTEIRO PARA PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE EDUCATIVA DA DISPERSÃO Nº 4/ Por grupos de ESF: TEMA: OBJETIVOS DA ATIVIDADE: PÚBLICO ESPERADO: FORMAS DE MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS: RECURSOS A SEREM UTILIZADOS (FILME, CARTILHA, VÍDEO, ETC): DINÂMICA DA ATIVIDADE: como vai ser realizada a atividade, qual a dinâmicas de apresentação ou de descontração a ser utilizada; como serão utilizados os recursos ou materiais educativos? AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE: o que vai ser avaliado? Como vai ser avaliado? 2. Formato alternativo II

1º Encontro Território e introdução a temática das drogas

2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos

• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.

• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-

para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min

• Substituição da atividade de dispersão:leitura e debate do texto de Domiciano Siqueira -são realizadas nas equipes que oidentificam como redução de danos.

• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:

1h15min • Apresentação dos grupos, debates e

leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45

min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15

min.

• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min

• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –

15min.

• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:

1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min

INTERVALO DE 2 A 3 SEMANAS

4º Encontro DISPERSÃO

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Caixa de Ferramentas MANHÃ

• Apresentação das Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h

• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos- leitura das

ferramentas: 1h30min

Realizar a tarefa de dispersão nº 4 no município na região – 4h

• Retomar os mapas (atividade de dispersão nº 01) e jogo da rede: 1h45min

• Intervalo: 15min• Debater as questões sobre rede de cuidado:

1h • Em grupos construir a proposta das

atribuições ACS/ATEnf: 45min

TARDE • Apresentar e debater as propostas

elaborados pelos grupos: 1he15min • Dinâmica da Caixa de Ferramentas:

45min • Intervalo: 15min • Debate das Principais Ferramentas:

1h45min

• Apresentação da tarefa de dispersão nº 04 – 2h

• Leitura e debate do texto de apoio da caixa de ferramentas e relacionar com a atividade de dispersão: 45h

• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min

• Intervalo: 15min • Apresentar as experiências: 1h45min• Processo de avaliação

3. Formato alternativo III

1º Encontro Território e introdução a temática das drogas

2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos

• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.

• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-

para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min

• Substituição da atividade de dispersão: leitura e debate do texto de DomicianoSiqueira -

• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:

1h15min • Apresentação dos grupos, debates e

leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45

min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15

min.

• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min

• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –

15min.

• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:

1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min

4º Encontro

Caixa de Ferramentas 5º Encontro

Redes de cuidado MANHÃ

• Apresentação das Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h

• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos- leitura das

ferramentas: 1h30min

• Apresentar na Roda de Conversa a atividade de Dispersão nº. 04: 1h

• Retomar os mapas (atividade de dispersão) e jogo da rede: 1h45min

• Intervalo: 15min • Debater as questões: 1h

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

TARDE • Apresentar e debater as propostas elaborados

pelos grupos: 1he15min • Dinâmica da Caixa de Ferramentas: 45min • Intervalo: 15min • Debate das Principais Ferramentas: 1h45min

• Em grupos construir a proposta das atribuições ACS/ATEnf: 45min

• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min

• Intervalo: 15min • Apresentar as experiências: 1h45min • Processo de avaliação- formulário: 30min

TURNO ESTENDIDO OU UM TURNO A MAIS

• Leitura e debate do texto de apoio: 45h • Elaborar atividade de dispersão:

planejamento e relato de uma intervenção educativa da atividade de dispersão nº4: 2h

ROTEIRO PARA PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE EDUCATIVA DA DISPERSÃO Nº 4 TEMA: OBJETIVOS DA ATIVIDADE: PÚBLICO ESPERADO: FORMAS DE MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS: RECURSOS A SEREM UTILIZADOS (FILME, CARTILHA, VÍDEO, ETC): DINÂMICA DA ATIVIDADE: como vai ser realizada a atividade, qual a dinâmicas de apresentação ou de descontração a ser utilizada; como serão utilizados os recursos ou materiais educativos? AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE: o que vai ser avaliado?

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

APÊNDICE 02 Programações dos cursos presenciais para orientadores e tutores

Oficina de Formação e Seleção de Orientadores

1º DIA - 20/11 2º DIA - 21/11 3º DIA - 22/11

MANHÃ

9h -10h- Credenciamento 10h-10h15min: Abertura 10:15- 10:30min: Apresentação do Projeto – Grupo Condutor e/ou Executiva 10:30- 11:15h: Contextualização do trabalho do orientador de aprendizagem 11:15h – 12h: Apresentação dos participantes da oficina 12-13h: Intervalo almoço.

Grupo A 8h30- 10h30 – EAD – Comunidade de Práticas 10h30-10h45 – Intervalo 10h45 – 11h30 -– EAD – Comunidade de Práticas 12h30-13h30: Intervalo de almoço ___________________________________ Grupo B 8h30 – 10h30h: Conversa sobre programação do curso dos Tutores: Leitura da programação, junto com o Caderno do Tutor. 10h30-10h45min: Intervalo 10h45h – 12:30h: Orientar as dinâmicas, aprofundar as temáticas da Programação e do Curso ACS/ATENFs.

8h30-10h30 - Exercício de Imersão sobre processo de orientação - Educadores e apoio pedagógico. 10h30- 10:45min: Intervalo 10h45 - 12h30: Continuação da atividade 12h30- 13h: Intervalo almoço.

TARDE

13-13:30 min: Vídeo Crack? Crack! 13:30 min -16h: Roda de Conversa: Atenção Básica/Saúde Mental no Cuidado à Saúde – DAB e SM 16 -16:15 min: Intervalo 16:15 – 19h: EAD – Comunidade de Práticas

Grupo A 13h30 – 15h30h: Conversa sobre programação do curso dos Tutores: Leitura da programação, junto com o Caderno do Tutor. 15h30-15h45min: Intervalo 15h45h – 18h: Orientar as dinâmicas, aprofundar as temáticas da Programação e do Curso ACS/ATENFs. ___________________________________ Grupo B 13h30- 15h30 – EAD – Comunidade de Práticas 10h30-10h45 – Intervalo 15h45 – 16h30 -– EAD – Comunidade de Práticas

13h30 – 15h: Avaliação de conteúdo/ Conselho de classe 15h – 15h15min: Intervalo 15h15min - 16h: Conversa sobre avaliação dos Tutores 16h-17h: Roda de conversa: Avaliando a oficina. 17h-17h30min: Encerramento com leitura do poema

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

“Massa instantânea”

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

1. Formação em 05 dias grupos de 60 a 200 participantes.

FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES – 27 a 31 de Janeiro de 2014 – São Paulo/SP 1º DIA - MANHÃ 2º DIA - MANHÃ 3º DIA - MANHÃ 4º DIA - MANHÃ

8h30min-9h30min: Grande Grupo - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores 9h30min-10h: - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso 10h – 10h15min: Intervalo 10h15min- 11h: Médio Grupo - Dinâmica da teia (pág. 21) 11h- 12h30min: Pequeno Grupo - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23) 12h30 13h30m: Intervalo almoço

8h30min-9h30min: Grande Grupo - Vídeo “Pedras no Caminho” 9h30min -11h: Médio Grupo - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 11h- 11h15min: Intervalo 11h15min-12h30min: Pequeno grupo - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Ueslei (pág. 51) 12h30min-13h30min: Intervalo almoço

8h30min-9h30min: Pequeno Grupo Jogo da Rede (pág. 78) 9h30min – 10h15min: Médio Grupo - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Dinâmica de descontração 10h15min- 10h45min: Pequeno grupo -Preparação das cenas 10h45 – 11h:Intervalo 11h- 12h30min: Médio Grupo - Apresentação e Debate -Construção de painel com as atribuições dos ACS e ATENFs levantadas pelos grupos. 12h30min-13h30min: Intervalo almoço

GRUPO A Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa GRUPO B 8h30min- 12h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD12h30min-13h30min: Intervalo almoço

1º DIA - TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA - TARDE 4º DIA - TARDE

13h30min-15h: Grande Grupo - Roda de conversa Atenção Básica e Saúde Mental (MS/DAB) 15h- 15h15min: Grande grupo - Vídeo de clown 15h15- 15h30min: Intervalo 15h30mnin- 16h45min: Médio Grupo - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate da entrevista do Domiciano, a partir das questões norteadoras (pág 86) 16h45- 17h30min: Grande Grupo - Vídeo “Não é o que parece – Fora de si - Leitura coletiva e debate do texto “Drogas e cultura” (pág 176)

13h30min-15h45min: Pequeno Grupo - Leitura de textos e discussão de casos Intrumento de intervenção (pág. 68) 15h45min-16h: Intervalo 16h-17h30min: Médio grupo - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70)

13h30min-17h30min: Pequeno Grupo 13h30min-15h30min: -Atividade dos Contos 15h30min- 15h45min: Intervalo 15h45min – 17h30min: - Leitura sobre metodologias de aprendizagem

GRUPO A 13h30min-17h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD GRUPO B Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES – 27 a 31 de Janeiro de 2014 – São Paulo/SP 1º DIA - MANHÃ 2º DIA - MANHÃ 3º DIA - MANHÃ 4º DIA - MANHÃ

8h30min-9h30min: Grande Grupo - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores 9h30min-10h: - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso 10h – 10h15min: Intervalo 10h15min- 11h: Médio Grupo - Dinâmica da teia (pág. 21) 11h- 12h30min: Pequeno Grupo - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23) 12h30 13h30m: Intervalo almoço

8h30min-9h30min: Grande Grupo - Vídeo “Pedras no Caminho” 9h30min -11h: Médio Grupo - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 11h- 11h15min: Intervalo 11h15min-12h30min: Pequeno grupo - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Ueslei (pág. 51) 12h30min-13h30min: Intervalo almoço

8h30min-9h30min: Pequeno Grupo Jogo da Rede (pág. 78) 9h30min – 10h15min: Médio Grupo - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Dinâmica de descontração 10h15min- 10h45min: Pequeno grupo -Preparação das cenas 10h45 – 11h:Intervalo 11h- 12h30min: Médio Grupo - Apresentação e Debate -Construção de painel com as atribuições dos ACS e ATENFs levantadas pelos grupos. 12h30min-13h30min: Intervalo almoço

GRUPO A Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa GRUPO B 8h30min- 12h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD12h30min-13h30min: Intervalo almoço

1º DIA - TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA - TARDE 4º DIA - TARDE

13h30min-15h: Grande Grupo - Roda de conversa Atenção Básica e Saúde Mental (MS/DAB) 15h- 15h15min: Grande grupo - Vídeo de clown 15h15- 15h30min: Intervalo 15h30mnin- 16h45min: Médio Grupo - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate da entrevista do Domiciano, a partir das questões norteadoras (pág 86) 16h45- 17h30min: Grande Grupo - Vídeo “Não é o que parece – Fora de si - Leitura coletiva e debate do texto “Drogas e cultura” (pág 176)

13h30min-15h45min: Pequeno Grupo - Leitura de textos e discussão de casos Intrumento de intervenção (pág. 68) 15h45min-16h: Intervalo 16h-17h30min: Médio grupo - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70)

13h30min-17h30min: Pequeno Grupo 13h30min-15h30min: -Atividade dos Contos 15h30min- 15h45min: Intervalo 15h45min – 17h30min: - Leitura sobre metodologias de aprendizagem

GRUPO A 13h30min-17h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD GRUPO B Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa

1. Formação em 04 dias para grupos menores do que 20 pessoas.

FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES NO MA - 04 DIAS

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

1º DIA – MANHÃ (25/08) 2º DIA – MANHÃ (26/08) 3º DIA – MANHÃ (27/08) 4º DIA – MANHÃ

8:30-9:00 Entrega de materiais 9h- 9:30h -Abertura – Colegiado Gestor - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores (Sérgio) - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso. (Rafael e Sérgio) 9:30-10:00h - Dinâmica da teia (pág. 21) 100:00h-10h15min Intervalo 10:15h- 12h - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23)- 12h- 13:30h – Intervalo almoço

8h30min - 9h30min - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 9h30min -10h - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Uéslei (pág. 51) 10:00h-10h15min Intervalo 10h15min-10:45h Apresentação e debate a partir do caso Ueslei 10:45h - 12h - Leitura de textos e discussão de casos Instrumento de intervenção (pág. 68) 12hmin-13h30min: Intervalo almoço

8h30min-12:00 Formação para EAD (grupo A) Dinâmica de descontração(grupo B) - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Preparação das cenas 10:00-10:15 Intervalo 10:15 – 12:00 - Apresentação e Debate 12h -13h30min Intervalo almoço

8h30min- 10h Leitura do caderno de apoio do Tutor 10h-10h15min Intervalo 10h15min- 12h Roda de Conversa- Redução de Danos e o cuidado em SM na AB. 12hmin-13h30min Intervalo almoço

1º DIA – TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA – TARDE 4º DIA - TARDE13h30min -16h - Vídeo crack?crack! - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate do texto: Prazer e Risco da Cartilha “Drogas e cultura” (pág 176) 16h-16h15min - Intervalo 16h15min - 17h30min Política de SM na AB textos do segundo dia, trabalho em 4 grupos (pg.31) 18:00-18:30 Intervalo- 18:30- 19:00 Vídeo: Fora de si Vídeo “Pedras no Caminho” Debate

13h30min-14:30 h -Apresentação dos instrumentos e os casos - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70) 14:30 – 16:00 -Atividade para debate da desinstitucionalização -Utilizar os contos como material de apoio. 16:00h-16h15min Intervalo 16:15 – 18:00 Jogo da Rede (pág. 78) 18:00-18:30 Intervalo 18:30 – 19:00 Leitura do texto Paulo Freire apresentação e debate

13h30min-18:00 Formação para EAD (grupo B) 13:30 – 15:30 - Dinâmica de descontração (grupo A) - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Preparação das cenas 16:00-16:15 Intervalo 16:15 – 18:00 - Apresentação e Debate 18:00-18:30 Intervalo 18:30 – 19:00 Roda de Conversa- Atenção Básica e Saúde Mental e o papel dos ACS e ATENF no cuidado em SM.

13h30min – 15:00h Avaliação escrita 15h- 16h - capacitação em gestão acadêmica 16:00-16:15 Intervalo 16:15h- 18h Reunião da coordenação estadual com os tutores/orientadores Encerramento

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

APÊNDICE 03 Instrumentos de avaliação de conteúdo e participação Instrumento de avaliação de conteúdo da Oficina de Formação de Orientadores do Projeto nas primeiras formações/seleção junto com o gabarito para correção:

PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO

Nome:

Estado:

AVALIAÇÃO DE CONTEÚDO

ORIENTADORES

A seguir apresentamos uma situação de sala de aula para que, a partir da experiência da

oficina de orientadores, você discorra sobre as possibilidades de intervenção. Responda, com no

máximo 15 linhas, às questões abaixo apresentadas:

O tutor José Jean relata na comunidade de práticas, que teve dificuldade no

desenvolvimento do debate sobre redes. Ele conta que a turma tem dito nas discussões que os

conceitos e idéias previstas nas políticas são muito ideais, os alunos têm apresentado dificuldades

de visualizar e colocar em prática os conteúdos no seu cotidiano. O tutor narra o exemplo da ACS

Flávia que falou em uma aula que no seu município não existe rede, contou: - “Fica difícil assim,

sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar

para as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra.

A gente vai lá, dá uma palavrinha, mas é só isso! ”

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO ORIENTADORES

Gabarito para o texto-resposta: 1)- Problematizou a questão na comunidade de práticas de modo que convide os outros tutores para o debate. (1 ponto) 2) Problematizou se as ações que a ACS descreve compõe o processo de cuidado em saúde mental (1 ponto) 3) Referiu ferramentas para o processo de cuidado em saúde mental. (0,5 ponto) 4) Problematizou a noção de ideal frente ao trabalho que acontece no dia-a-dia. (1 ponto) 5) Considerou o saber do tutor buscando mapear ações ou ferramentas que o tutor dispõe para o trabalho em sala de aula (1 ponto) 6) Sugeriu atividade complementar para sala de aula e/ou para o tutor . (0,5 ponto)

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Instrumento de avaliação de conteúdo do Módulo I do Curso de Tutores do Projeto nas primeiras formações/seleção junto com o gabarito para correção:

TUTORES

A seguir apresentamos duas situações de sala de aula para que, a partir da experiência do curso de tutores, você discorra sobre as possibilidades de intervenção. Escolha uma das situações e responda, de 15 a 25 linhas, às questões abaixo apresentadas: Situação de sala de aula 1 Em um trabalho de pequeno grupo, após a oficina de caixa de ferramentas, Vladimir Michel disse ao tutor, de modo que todos da turma pudessem ouvir, que “ferramenta para tratar de drogado é a cadeia”. Isso gerou um silêncio na sala. Após alguns instantes, Vladimir, que é técnico de enfermagem do ESF Vila Formosa, disse que assiste todos os dias nos noticiários “que quem usa drogas tem apenas dois destinos: o caixão ou a cadeia”. Vladimir disse também que quem usa drogas o faz porque quer, logo, o posto não tem obrigação de atender essas pessoas, pois elas teriam escolhido fazer mal para o próprio corpo. De que forma, você, tutor, lidaria com a manifestação de Vladimir?

Situação de sala de aula 2 Em aula, Flávia, que é ACS da ESF Irmã Cunha, diz, em tom de desabafo, que é muito difícil de trabalhar. Relata que no seu município não existe rede, diz: - “Fica difícil assim, sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar para as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra. A gente vai lá, dá uma palavrinha, mas é só isso!” Como você tutor(a) trabalharia com o anseio de Flávia?

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Gabarito para o texto-resposta situação 1: 1) Propôs discussão coletiva com a turma sobre a questão de Vladimir (2 pontos) 2) Utilizou de pelo menos uma das metodologias ativas de aprendizagem: dinâmica, problematização, princípios do Freire, etc. (1 ponto) 3) Problematizou sobre pelo menos um dos itens abaixo: (1 ponto) a: direito ao acesso à saúde b: singularidade dos usos de drogas c: drogas lícitas e drogas ilícitas 4) Articulou questões acerca da desinstitucionalização e da Reforma Psiquiátrica e da Atenção básica e o cuidado no território (1 ponto) 5) Referiu variadas alternativas de cuidado para pessoas que usam drogas (1 ponto)

Gabarito para o texto resposta situação 2: 1)-Propôs discussão coletiva com a turma sobre a questão de Flávia (2 pontos) 2)- Utilizou de pelo menos uma das metodologias ativas de aprendizagem: dinâmica, problematização, princípios do Freire, etc. (1 ponto) 3)- Referiu pelo menos duas ferramentas ou intervenções para o cuidado em saúde mental, como: acolhimento, vínculo, co-responsabilização, escuta, apoio matricial, etc. (1 ponto) 4) Reforçou as ações que a ACS realiza como sendo Ferramentas (1 ponto) 5)- Problematizou a noção de ausência de rede citada por Flávia, abordando ao menos um dos itens (1 ponto) :

-Abordar sobre as redes informais existentes no território: afetiva, familiar, comunitária.

- Abordar sobre as redes formais existentes no território: serviços de saúde, assistência social, educação, justiça, controle social.

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Instrumento de avaliação de conteúdo aprimorado do Módulo I do Curso de Tutores do Projeto nas últimas formações/seleção junto com o gabarito para correção: Nome:_________________________________________________________________

Data de nascimento:________________

Orientador:_____________________________________________________________

A seguir apresentamos três situações de sala de aula para que, a partir da experiência do curso de tutores,

você discorra sobre as possibilidades de intervenção enquanto tutor. Escolha uma das situações e

responda, de 15 a 25 linhas, às questões abaixo apresentadas:

Situação de sala de aula 1

Em um trabalho de pequeno grupo, após a oficina de caixa de ferramentas, Vladimir Michel disse

ao tutor, de modo que todos da turma pudessem ouvir, que “ferramenta para tratar de drogado é a

cadeia”. Isso gerou um silêncio na sala. Após alguns instantes, Vladimir, que é técnico de enfermagem do

ESF Vila Formosa, disse que assiste todos os dias nos noticiários “que quem usa drogas tem apenas dois

destinos: o caixão ou a cadeia”. Vladimir disse também que quem usa drogas o faz porque quer, logo, o

posto não tem obrigação de atender essas pessoas, pois elas teriam escolhido fazer mal para o próprio

corpo.

De que forma, você tutor(a) lidaria com a manifestação de Vladimir em sala de aula?

Situação de sala de aula 2

Na discussão sobre atividades dos contos, Flávia, que é ACS da ESF Irmã Cunha, diz em tom de

desabafo que é muito difícil de trabalhar. Relata que no seu município não existe rede, diz: - “Fica difícil

assim, sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar para

as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra. A gente vai lá,

dá uma palavrinha, mas é só isso!”

Como você tutor(a) trabalharia com as questões trazidas por Flávia em sala de aula?

Situação de sala de aula 3

Na discussão sobre o vídeo Pedras no Caminho, o ACS Riobaldo relata – “tenho dificuldade em

cuidar de casos de saúde mental ou de quem abusa de drogas como apareceu no vídeo, mas entendo a

importância do posto como porta de entrada, apesar da rede não funcionar na prática”. Lisbela, auxiliar de

enfermagem, responde que “quem tem que tratar destas pessoas são especialistas, pois os viciados

produzem violência e estão dizendo por aí que é preciso varrer as ruas, tirar essas pessoas que fazem mal a

sociedade”.

Tutor (a), como você lidaria com essa discussão em sala de aula?

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Gabarito para as questões da Avaliação Escrita:

- Atuação enquanto Tutor : o candidato se coloca como tutor em sala de aula? Compartilhou a questão

com a turma? Propõe metodologias ativas de aprendizagem? Valorizou a questão trazida pelo aluno?

Problematizou a questão? Baseou-se nos Princípios de Freire? (até 3 pontos)

- Papel dos ACS e Atenf: Identifica no papel de ACS e Atenfs potências, saberes, estratégias de cuidado

em saúde mental? Reconhece a importância deles no trabalho da equipe? (até 1 pontos)

- Ferramentas de cuidado em saúde mental: apresenta na escrita o entendimento das ferramentas de

cuidado (escuta, acolhimento, vínculo, corresponsabilização, apoio matricial)? Amplia para os instrumentos

de intervenção (Rede de Atenção Psico Social, Mobilização Social, Genograma e Ecomapa, Projeto

Terapêutico Singular)? Articula esse entendimento das ferramentas de cuidado com as suas propostas de

intervenção, aliando teoria e prática? (até 2 pontos)

- Cuidado no território: Identifica espaços de cuidado no território (rede formal: serviços de saúde,

assistência social, educação, justiça, controle social e/ou informal: afetiva, familiar, comunitária)? Propõe

outras possibilidades de cuidado? Aborda possibilidades de atuação em rede (rede real x ideal)? (até 2

pontos)

- Trabalho em equipe e Redes de atenção: Refere a importância do trabalho em equipe, considerando o

trabalho compartilhado? Coloca o profissional de saúde enquanto ator potente da produção da RAPS?

Identifica dispositivos da RAPS? (até 2 pontos)

- Produção social de estigmas: problematiza relação entre drogas lícitas e ilícitas? Problematiza discurso

do senso comum em relação às drogas e à loucura? (até 2 pontos)

- Redução de Danos: descreve os princípios, cita estratégias e traz em seu discurso a ética da redução de

danos? (até 2 pontos)

- Políticas públicas: Abordou questões de direito à saúde, a integralidade do cuidado e a singularidade do

indivíduo? Articulou acerca das políticas (Política Nacional de Atenção Básica, Atenção Integral à saúde

mental, Política para Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas, Desinstitucionalização, Reforma

Psiquiátrica, Reforma Sanitária, Princípios do SUS, Princípios da Atenção Primária, Política de

Humanização, etc)? Refere outras políticas que venham a agregar no cuidado (por exemplo, políticas de

assistência social)? (até 1 ponto)

/3 =

Soma dos Pontos (Max – 15 ptos) Total

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Instrumento de avaliação presencial para a seleção de orientadores e tutores utilizado nas primeiras etapas do projeto

CONSELHO DE CLASSE - ORIENTADORES/TUTORES PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO

ALUNO:

PARTICIPAÇÃO (DE 1 A 5): - Mobilização do grupo - Iniciativa - Interesse - Escuta - Propositividade

DISPONIBILIDADE PARA AS TURMAS (DE 1 A 5) - Tempo disponível por semana - Disponibilidade em viajar - Flexibilidade

COMPROMETIMENTO (DE 1 A 5): - Disponibilidade de realizar tarefas - Receptividade - Respeito às combinações - Pontualidade

HABILIDADES (DE 1 A 5): -Capacidade crítica - Proposição de debates - Comunicação com o grupo - Compreensão dos eixos temáticos do curso

TOTAL

RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

O instrumento de avaliação foi aprimorado ao longo do projeto e foi substituído:

AVALIAÇÃO DE PROCESSO - TUTORES PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO

PARTICIPAÇÃO (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO

AVALIADORES MOBILIZAÇÃO DO GRUPO: Dispara questões no grupo? Incentiva a participação de outros na

partilha de conhecimentos e experiências favorecendo uma convivência colaborativa e

complementar?

INICIATIVA: Demonstra disposição para agir, executar, expor opiniões e questões, mesmo

não sendo solicitado ou demandado pelas circunstâncias? Se dispõe para debates e

questionamentos?

INTERESSE: Mantém-se atento e curioso (pergunta/indaga) nas atividades propostas? Busca

compreender os eixos e temas levantados na oficina?

ESCUTA: Respeita opiniões de colegas no grupo? Respeita a singularidade e o ponto de vista

diferente do seu (verbal/não verbal)? Permite espaço para diálogos?

PROPOSITIVIDADE: Propõe composições a partir das demandas que aparecem no grupo?

Propõe-se e é inventivo diante das atividades propostas durante a oficina? Propõe

alternativas de construção para os debates que surgirem no grupo? Compõe e coletiviza

diálogos e experiências?

COMPROMETIMENTO (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO

AVALIADORES DISPONIBILIDADE EM REALIZAR TAREFAS: Demonstra responsabilidade com as

atividades? Realiza as atividades propostas no curso? Participa ativamente da construção dos

saberes?

RECEPETIVIDADE: Demonstra refletir sobre os temas abordados? Consegue dialogar com

experiências trazidas pelos colegas? Demonstra abertura para produção de

sentidos/significados a partir dos temas trabalhados?

RESPEITO AS COMBINAÇÕES: . Respeita os acordos feitos no grupo?

ASSIDUIDADE/PONTUALIDADE: é assíduo e pontual no curso?

COMPROMETIMENTO COM A PROPOSTA FORMATIVA: Demonstra interesse no processo

de educação permanente? Demonstra interesse no trabalho enquanto tutor? Demonstra

comprometimento com princípios do curso?

HABILIDADES (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO

AVALIADORES CAPACIDADE CRÍTICA: Indaga, investiga, questiona, problematiza, contextualiza as

experiências e eixos temáticos trabalhados no grupo?

ENTENDIMENTO DE CONCEITOS/EIXOS TEMÁTICOS DO CURSO: Demonstra compreender

os conceitos chaves correlacionado aos eixos temáticos do curso (território/redes de

atenção/políticas e práticas de cuidado em saúde mental, caixa de ferramentas, etc.)? Se sente

à vontade com as propostas metodológicas do curso e de conteúdos/eixos?

RECONHECIMENTO DE PRÁTICAS: Identifica experiências em saúde mental e redução de

danos que já estão sendo desenvolvidas no território e que estão em consonância com o

referencial dos eixos temáticos do curso? Reconhece a rede de cuidado formal e informal

existente no seu território?

ARTICULAÇÃO DE SABERES: Durante o curso, fez articulação entre os diferentes saberes de

modo horizontal (compartilhamento de saberes)? Se coloca a partir dos princípios de Freire

trabalhados?

TOTAL DE PONTOS OBTIDOS (Pontuação máxima 15/3):

JUSTIFICAR NOTA A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO, COMPROMETIMENTO E HABILIDADES: (usar o verso) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________