121
RELATÓRIO E CONTAS 2002

RELATÓRIO E CONTAS 2002 - web3.cmvm.ptweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC1078.pdf · 9.c.1 Organigrama funcional ... como os escândalos contabilísticos de grandes empresas americanas

Embed Size (px)

Citation preview

RELATÓRIO E CONTAS 2002

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 2 of 59

Índice

1. INDICADORES FINANCEIROS.................................................................................................................................. 3 2. MENSAGEM DO PRESIDENTE.................................................................................................................................. 5 3. BREVE DESCRIÇÃO DO SECTOR DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO . 7 4. O GRUPO PARAREDE EM 2002................................................................................................................................. 9 5. ÁREAS DE NEGÓCIO ...................................................................................................................................................11 6. MERCADOS VERTICAIS ............................................................................................................................................14 7. PRODUTOS PRÓPRIOS ...............................................................................................................................................16 8. PARCEIROS .....................................................................................................................................................................22 9. RELATÓRIO DE GESTÃO .........................................................................................................................................23

9.A QUADRO ECONÓMICO GLOBAL ...................................................................................................................................23 9.B. GRUPO PARAREDE ......................................................................................................................................................27

9.b.1 Introdução................................................................................................................................................................27 9.b.2 Factos Relevantes Ocorridos em 2002....................................................................................................................27 9.b.3 Redução de Capital..................................................................................................................................................32 9.b.4 Responsabilidades para com as Autoridades Fiscais e Segurança Social..............................................................32

9.C GOVERNO DAS SOCIEDADES........................................................................................................................................33 9.c.1 Organigrama funcional ...........................................................................................................................................33 9.c.2 Mercado de Capitais – Evolução da cotação das acções........................................................................................33 9.c.3 Política de dividendos..............................................................................................................................................34 9.c.4 Stock Options ...........................................................................................................................................................35 9.c.5 Gabinete de Apoio ao Investidor .............................................................................................................................36 9.c.6 Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas................................................................................36 9.c.7 Regras Societárias ...................................................................................................................................................37 9.c.8 Órgão de Administração..........................................................................................................................................37

9.D EVOLUÇÃO DA GESTÃO ...............................................................................................................................................42 9.d.1 Condições de mercado.............................................................................................................................................42 9.d.2 Análise e interpretação de custos e proveitos .........................................................................................................42

9.E RECURSOS HUMANOS...................................................................................................................................................50 9.F INVESTIMENTOS.............................................................................................................................................................52 9.G INTERNACIONALIZAÇÃO..............................................................................................................................................53 9.H FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO........................................................................54 9.I EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA SOCIEDADE.....................................................................................................................55 9.J ACÇÕES PRÓPRIAS ADQUIRIDAS E ALIENADAS DURANTE O EXERCÍCIO................................................................56 9.L NEGÓCIOS COM A SOCIEDADE.....................................................................................................................................57 9.M PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS............................................................................................................57 9.N SUCURSAIS.....................................................................................................................................................................57

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2002.................................................................58

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 3 of 59

1. Indicadores Financeiros

Contas Consolidadas

Activo LíquidoEuro '000

0

25.000

50.000

75.000

100.000

125.000

150.000

1999 2000 2001 2002

Volume de NegóciosEuro '000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

1999 2000 2001 2002

EBITDAEuro '000

-20.000

-15.000

-10.000

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

1999 2000 2001 2002

Resultados LíquidosEuro '000

-125.000

-100.000

-75.000

-50.000

-25.000

0

25.000

1999 2000 2001 2002

Recursos HumanosNº de Colaboradores

0

100

200

300

400

500

600

700

1999 2000 2001 2002

Capitais PrópriosEuro '000

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1999 2000 2001 2002

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 4 of 59

Contas Individuais

Activo LíquidoEuro '000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

1999 2000 2001 2002

Volume de NegóciosEuro '000

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

1999 2000 2001 2002

EBITDAEuro '000

-7.000-6.000-5.000-4.000-3.000-2.000-1.000

01.0002.000

1999 2000 2001 2002

Resultados LíquidosEuro '000

-125.000

-100.000

-75.000

-50.000

-25.000

0

25.000

1999 2000 2001 2002

Recursos HumanosNº de Colaboradores

0

5

10

15

20

25

30

1999 2000 2001 2002

Capitais PrópriosEuro '000

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1999 2000 2001 2002

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 5 of 59

2. Mensagem do Presidente

Em conformidade com as orientações definidas no início do ano, 2002 representou a continuidade do processo de restruturação iniciado em Julho de 2001, permitindo ao Grupo iniciar um novo ciclo empresarial, assente numa estratégia de dinamização comercial e flexibilização operacional. O plano de restruturação apontou como grandes objectivos a consolidação e agilização operacional nas áreas de aposta estratégica, assim como a eliminação de ineficiências estruturais existentes no Grupo, tendo sido materializado por um conjunto articulado de medidas estruturais e conjunturais, das quais se destacam: § O desinvestimento nas áreas de elevado cash burn, fundamentalmente projectos de B2B e B2C a

que o Grupo esteve exposto, em anos anteriores, enquanto accionista maioritário; § A eliminação da sobreposição de competências, definindo um modelo de organização matricial

para os recursos produtivos e comerciais, estes especializadas nos principais segmentos de mercado;

§ A racionalização das actividades internacionais do Grupo, através da fusão operacional das operações em Espanha e do desinvestimento e reposicionamento no Brasil;

§ A redefinição do modelo de negócio da ParaRede, assumindo-se o Grupo como Integrador de Sistemas e Tecnologias de Informação, através de áreas core nos domínios das Infraestruturas de Informação, Soluções de Gestão Empresarial, Web Services, Consultoria, Desenvolvimento de Sistemas e Outsourcing de ambientes de TI;

§ A redução expressiva de custos fixos, quer pela racionalização de estruturas quer pela implementação de medidas específicas de contenção;

§ O ajustamento da capacidade produtiva do Grupo à evolução depressiva do mercado de tecnologias de informação observada ao longo do ano;

§ A dinamização da vertente comercial, suportada pelo significativo reforço das áreas verticais de mercado do Grupo. Esta dinamização comercial visou dotar o Grupo com a capacidade e as competências necessárias a um crescimento rentável, pela intensificação de relações sustentadas com os nossos Clientes, posicionando-se a ParaRede como um verdadeiro parceiro tecnológico;

§ A resolução da contingência com a Sterling Commerce, pelo estabelecimento de um acordo definitivo, nos termos do qual cessaram todas as responsabilidades emergentes da ParaRede;

§ A resolução da contingência associada à aquisição da totalidade de acções da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, S.A.;

§ A redução do Capital Social da ParaRede, mediante a diminuição do valor nominal de cada acção, de 1 euro para 0,4 euros, permitindo a cobertura de prejuízos, nos termos do disposto nos artigos 35º, 94º e 95º do Código das Sociedades Comerciais;

§ A alienação da totalidade das acções representativas do capital social da sociedade Futursis – Sistemas de Informação, S.A. (sociedade detentora de participação maioritária da sociedade Rumos – Formação e Comunicação, S.A.). O encaixe desta operação, além de permitir financiar uma continuidade do Programa de Restruturação/Ajustamento, dotou o Grupo de fundo de maneio necessário à intensificação e dinamização da sua área comercial.

No mês de Abril do exercício de 2002 foi a ParaRede informada, na sequência de comunicação recebida dos seus Accionistas que, nos termos previstos no acordo Parassocial em vigor, este não foi renovado, tendo cessado os seus efeitos no dia oito do passado mês de Junho. O desempenho da actividade do Grupo em 2002 reflecte, por um lado os efeitos da implementação do plano de restruturação, e por outro lado o abrandamento económico nacional e, em particular, a contracção do investimento, público e privado, no domínio das tecnologias de informação.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 6 of 59

Como consequência, o Grupo ParaRede apresentou, no conjunto do exercício, um volume de vendas inferior, em trinta e cinco por cento ao verificado no ano anterior, tendo no entanto registado ao longo dos trimestres uma progressão positiva, situando-se a taxa média de crescimento trimestral em 15,2%. Ao nível dos custos fixos, observou-se uma redução significativa, fruto das medidas de restruturação implementadas. Comparativamente a 2001, os custos com pessoal foram reduzidos em trinta e oito por cento e os FSE’s em vinte e nove por cento, tendo-se igualmente verificado uma tendência de redução ao longo do exercício. De facto, o esforço de restruturação do Grupo visando o seu equilíbrio operacional, permitiu que o EBITDA registasse um crescimento superior a cinquenta por cento face ao valor de 2001, e, em simultâneo, uma clara melhoria da margem. Os Resultados Líquidos do exercício apresentaram ainda um valor fortemente negativo, pese embora a melhoria, associada a um crescimento alcançado superior a sessenta por cento, relativamente ao exercício anterior. Antes dos agradecimentos que dirigimos, aos nossos Clientes, Colaboradores e Accionistas, gostaríamos de realçar os prémios recebidos pelo Grupo – HP Software Business Partner of the Year (pelo segundo ano consecutivo) e o Prémio de Inovação, da Nortel Networks, para a área de infra-estruturas de redes de comunicações. Aos nossos Clientes, que nos distinguiram com a sua preferencia, reiteramos o nosso compromisso em exceder as suas expectativas, relativamente à nossa prestação, e em contribuir para a criação de valor nos seus negócios. A todos os nossos Colaboradores, um voto de reconhecimento pelo seu profissionalismo e empenho, contributos relevantes para que a ParaRede prossiga a seu objectivo vital – crescimento e equilíbrio operacional. Aos nossos Accionistas, endereçamos um sincero agradecimento pelo apoio concedido, e pela confiança manifestada, nas acções desenvolvidas e na criação de condições para a concretização de um novo ciclo da vida do grupo, com início em 2003, em coerente alinhamento com os objectivos permanentes de equilíbrio operacional e de criação de valor para os Accionistas.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 7 of 59

3. Breve descrição do sector de Tecnologias de Informação e Comunicação

Apesar das previsões, que apontavam para um ano de crescimento moderado, 2002 veio a revelar-se um ano menos bom para o sector de Tecnologias de Informação e Comunicação, representando o segundo ano consecutivo de estagnação do mercado a nível mundial. A acrescer à desaceleração económica que já se fazia notar em 2001, e que foi agravada com os acontecimentos de 11 de Setembro desse ano, 2002 foi um ano marcado por acontecimentos que fizeram diminuir ainda mais a confiança dos investidores e o normal funcionamento dos mercados, como os escândalos contabilísticos de grandes empresas americanas como a Enron e a Worldcom. Assim sendo, é natural que os principais analistas a nível mundial não se mostrem muito optimistas em relação à evolução do mercado de Tecnologias de Informação em 2003. A maior parte das opiniões aponta para níveis de crescimento moderado, muito longe dos verificados na última metade da década de noventa, quando as taxas de crescimento anuais atingiam os dois dígitos. Depois dos investimentos realizados durante o boom da chamada “nova economia” e dos investimentos relacionados com o “bug” do ano 2000, e, na Europa, com a introdução do euro, assiste-se, de momento, a uma contenção no domínio alargado das Tecnologias de Informação. Esta contenção tem-se reflectido no mercado, com uma pressão cada vez maior sobre os preços e uma dificuldade crescente em fechar novos negócios. De acordo com a IDC, em 2003 o mercado de Tecnologias de Informação irá movimentar cerca de 924 biliões de dólares a nível mundial, sendo expectável um crescimento entre 2 a 5%. A Forrester Research apresenta uma estimativa mais pessimista, prevendo um crescimento de apenas 1%, enquanto a Gartner apresenta o cenário mais optimista, com um crescimento estimado de 7%. Uma das áreas com fortes probabilidades de destaque em 2003 será o Outsourcing, assumindo-se este como factor de convergência com as actuais prioridades empresariais: flexibilidade e redução de custos. À medida que se assiste a uma crescente utilização deste tipo de serviço, vão-se diluindo algumas das principais objecções que se colocavam à sua adopção, nomeadamente os receios de perda de controlo ou deterioração da qualidade em processos críticos da empresa, pelo facto da operação ser realizada por terceiros. Outra tendência que se admite venha novamente a registar um elevado crescimento será a adopção do Linux, à semelhança do que já se verificou em 2002, ano em que se assistiu a crescimentos de 50 por cento na adopção do Linux para servidores empresariais. A robustez e fiabilidade do Linux têm vindo a granjear a este sistema um cada vez maior número de adeptos, embora uma entrada expressiva, no segmento dos desktops, dificilmente terá lugar no próximo ano. Também em 2003 se poderão começar a notar os efeitos da parceria entre a Microsoft e a Siebel, esperando-se para breve a entrada da primeira no mundo do CRM, através das aplicações Siebel baseadas nas suas plataformas. Áreas, como a consultoria, serão negativamente condicionadas pela contenção de despesas em TI. Depois de anos de crescimento acelerado, as empresas de consultoria depararam-se com uma situação de excesso de capacidade, tendo-se assistido a elevados índices de despedimento na maioria dos grandes players do sector, considerando-se este processo de redimensionamento ainda não concluído.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 8 of 59

Durante o ano de 2003 deverá ainda assistir-se a uma continuidade do movimento de concentração do sector, com um número crescente de fusões e aquisições. Neste domínio, e no ano de 2002, verificou-se a nível internacional a aquisição por parte da Microsoft, da empresa dinamarquesa de desenvolvimento de aplicações de gestão, Navision, por um valor de 1,4 mil milhões de dólares. A nível nacional será de destacar a aquisição da GE Capital IT Solutions pela Novabase.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 9 of 59

4. O Grupo em 2002

Iniciou-se em 2001 um ciclo de consolidação, através da definição e implementação de um Plano Estratégico de Restruturação e Focalização do Negócio, decorrente da necessidade de flexibilizar e reorientar as estruturas do grupo de acordo com as prioridades do mercado. Este plano, nas suas principais linhas de orientação, contemplou os seguintes objectivos: § Eliminação de unidades economicamente não rentáveis (cash burn) § Eliminação de sobreposições de competências § Redefinição do modelo de negócios

Deste modo, e ao longo do ano de 2001, a actividade do grupo obedeceu a estas directrizes, e cumpriu--se, no essencial, os objectivos estabelecidos. Em 2002, dado o complicado cenário macro-económico global, agravado por factores específicos da economia portuguesa, assistiu-se a uma quebra acentuada do investimento público e privado, que afectou seriamente o sector nacional das Tecnologias de Informação. Neste contexto, e como extensão do Plano de Restruturação, a ParaRede procedeu a um ajustamento interno face à nova realidade do mercado, tendo sido desenvolvidas as seguintes acções complementares: § Ajustamento da capacidade produtiva § Racionalização de custos com serviços externos § Forte aposta na dinamização comercia l

Estrutura do Grupo Paralelamente, e no âmbito do Plano Estratégico de Reestruturação e Focalização do Negócio, deu-se continuidade à política de consolidação de estruturas pela alienação e encerramento de projectos nas áreas de negócio B2C e B2B.

Estrutura do Grupo até Novembro 2002

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 10 of 59

A 11 de Dezembro de 2002, a ParaRede procedeu à alienação da sua participação de 100% na empresa Futursis, accionista maioritária da Rumos. Com esta alienação, o Grupo ParaRede refocalizou a sua actuação concentrando os seus recursos no seu core business – Integração de Sistemas de Informação (Business Integration) –, confirmando este como o seu domínio central de competências. Paralelamente a esta operação, será estabelecido um protocolo de colaboração de negócio entre o Grupo ParaRede e a Rumos, garantindo a continuidade dos serviços prestados por esta empresa ao Grupo ParaRede nas áreas de Formação e Outsourcing de recursos humanos, assegurando-se assim a manutenção desta oferta na cadeia de valor da ParaRede.

Estrutura do Grupo em Dezembro 2002 .

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 11 of 59

5. Áreas de Negócio

Na sua adequação ao mercado, o Grupo ParaRede estruturou as suas competências nos domínios alargados de Outsourcing & Training e de Business Integration, este vocacionado para a concepção, implementação e operação de soluções integradas de suporte ao negócio, envolvendo tecnologias, processos e pessoas. O domínio alargado de Business Integration compreende as quatro áreas de negócio: Information Infrastructure, Enterprise Management Solutions, Web Services e IT Consulting & Custom Solutions. IT Consulting & Custom Solutions : consultoria de sistemas de informação, implementação e gestão de soluções específicas para mercados verticais e soluções à medida. A área de negócio de IT Consulting reúne as competências do Grupo na prestação de serviços de elevado valor acrescentado, permitindo responder às necessidades estratégicas dos seus clientes na área de Sistemas de Informação. Constituída por equipas de consultores com competências específicas em termos sectoriais, actua com maior incidência nos sectores da Banca e Serviços Financeiros, Governo, Administração Pública e Utilities. No domínio da gestão de sistemas de informação, esta área de negócio mobiliza um vasto leque de competências e produtos que, suportados em sólidas metodologias e práticas de projecto, viabilizam uma cobertura extensiva das necessidades correntes e emergentes no mercado.

Oferta

• Planeamento Estratégico de Sistemas de Informação; • Consultoria de Sistemas de Informação; • Gestão de grandes projectos; • Transformação, extensão ou reestruturação de soluções pré-existentes; • Soluções empresariais especializadas para mercados verticais; • Soluções tailor-made para cobertura de necessidades específicas; • Projectos complexos de integração de sistemas/aplicações em ambientes tecnológicos heterogéneos.

Web Services: orientada para o desenvolvimento de projectos, a área de negócios Web Services está estruturada para conceber, desenhar, desenvolver, implementar e fazer evoluir soluções tecnológicas para processos críticos de negócio, com recurso à Internet e à convergência dos novos meios de comunicação.

Soluções de negócio

Contado com uma comprovada experiência no desenvolvimento e integração de soluções de negócio para Internet (e-Business Integration Solutions), destacam-se: • Integração de processos de negócio internos e externos; • Integração de dados e aplicações de e-Business com os processos de negócio de back -end; • Troca segura, automática e fiável de informação através da Internet e/ou redes privadas; • Sistemas de compensação, conversão de formatos e infra-estrutura de movimentação de informação, para comunicações entre comunidades de parceiros; • Integração e desenvolvimento de soluções Web; • Desenvolvimento de soluções para Televisão Interactiva; • Sistema de gestão de atendimento e optimização do fluxo de utentes na área do atendimento público (MSWait); • Inventário e gestão de colecções museológicas (Matriz); • Sistema integrado de gestão multimédia para broadcast de televisão em circuito fechado (Intrapub).

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 12 of 59

Modelo de Desenvolvimento

A estratégia de desenvolvimento de soluções assenta no recurso à composição de componentes base de negócio, com utilização de tecnologias e produtos standard . Destaca-se a experiência acumulada na implementação de soluções, nas seguintes áreas: • e-Procurement; • Leilões nas suas mais variadas vertentes; • Venda directa; • Centrais de compras; • e-Distribution; • e-Marketplaces; • Qualificação e alinhamento de dados; • Gestão de conteúdos, loja e centro comercial virtual; • Ferramentas de desenho e integração; • Supply Chain Management.

Serviços Complementares

A área de Web Services disponibiliza serviços de suporte à operação, manutenção e suporte técnico, nomeadamente: • Competências de qualificação de projectos e soluções; • Edição de software e desenvolvimento de documentação técnica; • Desenvolvimento e implementação de processos de teste e aceitação de software; • Consultadoria e arquitectura de soluções; • Migração e roll-out de soluções; • Estudos de integração de aplicações; • Testes de carga aplicacional; • Desenvolvimentos específicos.

Enterprise Management Solutions : consultoria, implementação e integração de soluções no domínio dos sistemas de gestão empresarial. As competências reunidas nesta área de negócio baseiam-se na concepção e implementação de soluções tecnológicas integradas de apoio aos processos de negócio, recorrendo à integração de tecnologias standard e soluções próprias, nos domínios de:

Tecnologia Alguns Produtos

• Enterprise Resource Planning • Customer Relationship Management • Business Intelligence • Gestão Documental • Business Processes e Workflow

• SAP, Navision • Goldmine • Business Objects, Set Analyser • Officeworks.net • Ultimus, Staffwa re

Information Infrastructure : planeamento, desenho, implementação e administração de infra-estruturas tecnológicas complementados com serviços especializados de segurança e gestão de redes e comunicações empresariais. A área de negócio de Information Infrastructure integra as competências que permitem à ParaRede oferecer soluções integradas, a par de uma capacidade de gestão de todo o ciclo de vida da infra-estrutura tecnológica das organizações.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 13 of 59

Esta capacidade inclui o planeamento, desenho, implementação e administração de sistemas, acompanhada de serviços de segurança e gestão de redes e comunicações empresariais.

Networking e Comunicações

Gestão de Infra-estruturas Tecnológicas

Segurança de Sistemas de Informação

Infra-estruturas Tecnológicas e

Serviços

§ Cablagem estruturada

§ Implementação de LAN

§ Acesso, concentração e comutação

§ Soluções Multimédia IP

§ Soluções Wireless § VPN Seguras § Soluções para Data

Centers § Gestão de infra-

estruturas de redes de comunicação

§ Serviços especializados

§ Plataformas de gestão de redes, sistemas e aplicações

§ Integração de produtos específicos

§ Sistemas de helpdesk e Service Level Agreement (SLA)

§ Sistemas de distribuição de software

§ Controlo remoto e inventariação de hardware e software

§ Soluções para gestão e documentação de infra-estruturas

§ Análise de performance e de desempenho

§ Controlo de acesso inbound/outbound

§ Detecção e remoção de vírus

§ Web/Content Filtering § Integridade de

Sistemas § Logging & Auditing § Identificação,

autenticação e autorização

§ Serviços especializados: análise de vulnerabilidade, auditoria e segurança, avaliação e definição de políticas e arquitecturas de segurança, consultoria e serviços de gestão remota

§ Assistência técnica a hardware

§ Serviços de suporte com metodologias de helpdesk

§ Instalação e configuração de servidores

§ Fornecimento de equipamentos das principais marcas

Outsourcing & Training: serviços de outsourcing de recursos humanos qualificados, formação e certificação técnica de profissionais de informática, assim como de serviços de formação à distancia (e-learning). A área de Outsourcing & Training funcionou em grande complementaridade com as áreas de Business Integration, desempenhando um papel importante no desenvolvimento e continuidade dos projectos e negócios desenvolvidos no âmbito desta área.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 14 of 59

6. Mercados Verticais

O Grupo reconhece a importância e a diferença das necessidades de cada organização, e consequentemente dos seus clientes. Tendo em conta o know-how e a experiência acumulada ao longo dos últimos dez anos, a ParaRede desenvolveu uma abordagem de mercado assente na verticalização e no desenvolvimento de serviços e soluções específicas para os seus principais mercados: Administração Pública; Indústria e Serviços; Serviços Financeiros; Telecomunicações Media e Tecnologias de Informação (TMT); e Utilities. Administração Pública A Administração Pública é um dos mercados tradicionais do Grupo, onde este tem uma presença activa e permanente, que vai dos Ministérios, Direcções Gerais e Institutos às Universidades e Autarquias, incluindo municípios/capitais de distrito, passando pelo desenvolvimento de projectos específicos (tais como a Loja do Cidadão). Na Administração Pública, a ParaRede tem demonstrado a sua diferenciação e a excelência das suas competências em projectos nos domínios da infra-estrutura tecnológica, integração, iTV, sistemas centrais, gestão de TI, desenvolvimento à medida, business intelligence e e-Security. Indústria e Serviços O Grupo tem uma experiência nacional e internacional comprovada junto do sector Indústria e Serviços, em sectores de actividade tão diversos como a indústria alimentar, automóvel, construção civil, metalúrgica, petrolífera, equipamentos de telecomunicações ou ainda do sector turístico e de viagens. Nestes sectores foram desenvolvidos projectos de business intelligence, iTV, e-Security ou de web services e serviços de integração ou de infra-estrutura e networking, dos quais resultaram ganhos de eficiência, aumentos de produtividade e redução de custos, através de uma abordagem especializada no desenvolvimento e integração de soluções focadas nos processos de negócios dessas empresas. Serviços Financeiros A experiência da ParaRede no sector financeiro estende-se a todo o sector bancário – grandes e pequenos bancos nacionais e estrangeiros, bancos comerciais e bancos especializados, como os de investimento – passando pelas principais seguradoras, e chegando a segmentos tão específicos como o leasing, factoring, crédito ou actividades do mercado financeiro como a corretagem. Paralelamente, tem um conhecimento sólido sobre a organização do sector, através do trabalho realizado para os principais organismos reguladores da actividade bancária, seguradora ou dos mercados financeiros. Telecomunicações Media e Tecnologia de Informação O Grupo tem entre os seus Clientes os principais grupos de telecomunicações do mercado português, para os quais tem desenvolvido diversos projectos de valor acrescentado, incluindo desenvolvimento, implementação e gestão de toda a infra-estrutura de networking, Training & Outsourcing, e-Security,

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 15 of 59

integração, workflow/pontos de atendimentos, gestão de TI, gestão de processos de negócio e business intelligence. A ParaRede dispõe ainda de uma oferta comprovada no fornecimento de soluções de CRM, integração de sistemas aplicacionais independentes do acesso e gestão de TI. O objectivo é apoiar as TMT para a criação de valor de forma a que estas o possam reflectir no consumidor final. Utilities As relações do Grupo ParaRede com as organizações nacionais do sector das Utilities assenta em parcerias estáveis e duradouras, que se têm vindo a consolidar no seguimento da desregulamentação operada em sectores tradicionalmente tutelados pelo Estado, como a energia, água e serviços postais, através do desenvolvimento de projectos e prestação de serviços nos domínios da integração, sistemas centrais, business intelligence, ou no desenvolvimento à medida, workflow e pontos de atendimento.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 16 of 59

7. Produtos próprios

O MSWaitTM é um Sistema de Gestão de Atendimento desenvolvido especificamente para entidades com necessidades de atendimento a clientes, e vocacionado para a Gestão e Optimização de fluxos de clientes nos mais diversos serviços prestados na área do atendimento público. Com este sistema é possível disponibilizar, em tempo real, informação dinâmica à entidade sobre os diferentes serviços de atendimento – indicadores de qualidade do serviço e estatísticas diversas – , permitindo-lhe efectuar uma gestão mais eficiente e uma actuação em tempo útil sobre o atendimento. Deste modo, ao mesmo tempo que se promove a eficiência operativa, o sistema permite garantir o controlo e melhoria da qualidade do serviço prestado. Adicionalmente, o sistema fornece informação histórica relativa aos indicadores de qualidade dos serviços prestados, possibilitando o planeamento futuro da estrutura de atendimento. O sistema permite ainda a disponibilização de informação ao utente sobre o serviço que pretende utilizar, como por exemplo o tempo médio de espera até ser atendido. A solução é adaptada às reais necessidades das oganizações, quer em termos de funcionalidades do software, quer em termos do design dos dispensadores de senhas, por forma a que estes se integrem no ambiente previamente definido por aquelas. O produto MSWait TM tem sido adoptado por organizações com grandes necessidades ao nível da gestão dos processos de atendimento, nomeadamente a Loja do Cidadão e a TMN.

Intrapub O Intrapub Media Manager é um sistema autónomo, de gestão multimédia para campanhas publicitárias em espaços públicos e áreas de atendimento. A solução de gestão multimédia da ParaRede é um sistema integrado de geração de grelhas de spots em vários suportes, estando fundamentalmente vocacionado para a divulgação de imagem institucional ou promocional em televisão corporativa. Escalável em função das necessidades do cliente, este sistema assume-se como veículo de divulgação e instrumento de suporte à gestão de marketing, contribuindo para a diminuição dos custos de processo associados ao meio de transmissão de campanhas multimédia podendo ser utilizado como factor de rentabilização do próprio meio. Baseado no conceito de “Real Time Television” e utilizando as mais recentes tecnologias multimédia, é a mais inovadora solução do mercado. É a solução ideal para promover a rentabilização dos espaços de onde se verificam tempos de espera, transmitindo em simultâneo uma imagem de modernidade e dinamismo de forma consistente e integrada.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 17 of 59

O MATRIZTM – INVENTÁRIO E GESTÃO DE COLECÇÕES MUSEOLÓGICAS, é um sistema completo de documentação para colecções museológicas que se destina a todos os profissionais de museus, gestores de espaços culturais e detentores de bens culturais móveis, públicos e privados. O MATRIZTM vem disponibilizar uma ferramenta de trabalho destinada à digitalização dos acervos e colecções, respondendo desse modo à necessidade de informatização de inventários. O MATRIZTM é também um instrumento global de gestão de colecções que integra componentes associadas aos processos de circulação de peças (exposições temporárias, organização de reservas, intervenções de conservação e restauro, levantamentos fotográficos, gestão de depósitos, etc), num apoio essencial à concretização das actividades de um museu. Desenvolvido em colaboração com o Instituto Português de Museus (IPM), este sistema encontra-se já instalado em várias dezenas de museus nacionais, ultrapassando em larga escala o universo do próprio IPM. Em Março de 2002, foi apresentado publicamente o projecto “matriznet”, um projecto desenvolvido pela ParaRede para o IPM, com base na solução Matriz. O “matriznet” disponibiliza através da Internet conteúdos relativos às colecções e exposições existentes nos seus museus, apresentando-os em formatos de texto, imagem, vídeo e som.

Desenvolvido a partir do OfficeWorks, o OfficeWorks.net é um produto de Gestão Documental assente em tecnologia WEB, acessível a partir de um browser de Internet. É uma solução integrada e aberta, que disponibiliza um ambiente para trabalho em grupo, fluxos de trabalho e gestão documental, para a plataforma Microsoft BackOffice Server. O OfficeWorks.net está vocacionado para todo o tipo de organizações e integra, num vasto conjunto de aplicações e ferramentas, as funcionalidades de Arquivo, Registo de Correspondência, Fax, Endereços, Pesquisa Documental e Workflow.. A integração com o Microsoft Outlook Client e o Microsoft Exchange Server, disponibiliza uma plataforma de Messaging a nível corporativo para Correio Electrónico, Agenda e Endereços (contactos). De modo a corresponder aos desafios actuais, face à grande volatilidade das soluções informáticas, o OfficeWorks.net integra tecnologias multimedia, Internet/Intranet e sistemas de gestão de bases de dados relacionais, protegendo o investimento dos clientes, com um sistema aberto, configurável e escalável, sobre a plataforma Microsoft BackOffice Server. Caribe O CaribeTM é uma solução que permite a transacção de informação através de canais de recepção e distribuição que actuam em tempo real. Esta plataforma permite a disponibilização de informação proveniente de diversas fontes de fornecedores (aplicações, agências noticiosas, etc.) a clientes,

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 18 of 59

mediante uma determinada pré-configuração. Trata-se de uma aplicação independente do meio e dos canais de acesso e que permite agrupar e processar informação de forma a torná-la mais relevante para os seus utilizadores. É uma implementação de tecnologia, que recorre com sucesso a uma metodologia de acesso a informação do tipo "push", na qual a informação subscrita é fornecida a utilizadores num formato acordado e sempre que se verifiquem determinadas condições. O sistema envia a informação para o destinatário de um pedido prévio (através de SMS ou de uma applet Java instalada no browser do cliente), possibilitando ainda um acesso tradicional do tipo "Pull", através de um browser, sempre que o cliente deseje aceder a informação não agregada (ou previamente subscrita). O Caribe pode ainda ser integrado com Application Servers como o WebSphere da IBM.

O ClarinetTM é uma solução de catálogo electrónico, que possibilita o sincronismo de informação ("data Synchronisation") de produtos entre clientes e fornecedores. Funciona como uma infra-estrutura de base para Comércio Electrónico, ao assegurar o correcto referenciamento e alinhamento de informação entre os intervenientes na cadeia de distribuição. Assenta o seu funcionamento num processo standard de mensagens, dispondo de um Sistema Central de Codificação Standartizada, de Pesquisa e Distribuição Automática de Informação sobre produtos, possibilitando o alinhamento entre bases de dados. Este sistema permite a criação e gestão de bases de dados dos produtos comercializados com todas as informações de ordem logística e comercial necessárias para contacto com parceiros comerciais, bem como o seu envio automático para as bases de dados dos parceiros, das informações logísticas, comerciais e outras. O ClarinetTM permite ainda a visualização e possibilidade de impressão das fichas de produto, além da gestão do controlo de acesso à informação por cliente e por nível logístico.

Solução desenvolvida pela ParaRede, com comercialização no Brasil, Portugal e Espanha. A família de produtos Global Commerce inclui os componentes E-Distribution, E-Procurement, E-Sales e E-Marketplace. Global Commerce: E-Distribution É um sistema totalmente desenvolvido em ambiente Internet que tem por finalidade automatizar todo o processo de distribuição. Concebido para integrar as empresas com os seus distribuidores, filiais e representantes, através de uma simples consulta a um catálogo de produtos até à emissão de pedidos de factura e ao recebimento da mercadoria. O desafio da globalização torna evidente a necessidade de crescimento. O aumento das vendas e a ampliação da carteira de clientes são essenciais para esse crescimento. Nesse cenário o aumento de eficiência na comunicação com os parceiros comerciais e a melhoria dos processos de distribuição são primordiais. Aumentar a competitividade dos nossos clientes é o objectivo do E-Distribution da EZTrade.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 19 of 59

A solução E-Distribution permite agilizar e simplificar o relacionamento entre filiais, representantes comerciais, distribuidores e clientes. O E-Distribution permite manter um catálogo de produtos sempre actualizado e com consulta "on line", enquanto administra tabelas de preços diferenciadas por cliente, grupos de clientes e/ou região geográfica e facilita a colocação e o acompanhamento do atendimento dos pedidos, tanto pelo cliente como pela força de vendas. Este sistema incorpora ainda muitas outras facilidades, como o tratamento electrónico das facturas e a transmissão de informações por outros meios, por exemplo por telemóvel. O E-Distribution configura uma excelente solução para tornar as operações extremamente eficientes e flexíveis. Global Commerce:E-Procurement Num ambiente cada vez mais agressivo e competitivo, a redução de custos e a melhoria nos processos são peças fundamentais para a competitividade. A área de compras e aprovisionamento tem um papel muito importante no seio das organizações, onde "comprar bem" é indispensável para se alcançar os resultados planeados. A solução de E-Procurement foi tota lmente desenvolvida para automatizar os processos integrados de compras, seja de bens directos ou indirectos. Concebida para integrar toda a cadeia de compra, desde uma simples consulta a um catálogo de produtos on-line até à emissão de pedidos de factura e ao recebimento da mercadoria. Utilizando tecnologia de ponta, totalmente personalizável e adaptável às necessidades das empresas, é a mais completa solução no mercado. É a solução certa para que as empresas possam utilizar todo o potencial da Internet tornando as suas operações mais eficientes, menos dispendiosas e mais flexíveis do que nunca. Global Commerce: E-Sales A solução E-Sales foi concebida para que a partir do seu catálogo de produtos, uma empresa possa atender directamente consumidores finais ou captá-los e direccioná-los para a sua rede comercial, através de uma loja virtual, com todas as características e facilidades para criar uma nova forma de comercialização dos seus produtos e serviços através da Internet. Global Commerce: E-Marketplace A solução E-Marketplace, totalmente personalizada e adaptada às necessidades das empresas ou comunidades utiliza as mais modernas ferramentas de E-Business. Apresentando-se como uma das mais completas soluções disponíveis no mercado, concebida para se integrar com o seu modelo de negócio digital utilizando a Internet como uma nova forma de fazer negócios.

A ParaRede desenvolveu uma solução de WebEDI que possibilita aos pequenos e médios fornecedores comunicarem com os grandes clientes através de EDI (Intercâmbio Electrónico de Dados). A solução é totalmente automatizada, desde a fase de registo de novos clientes, à emissão da factura de serviços a esses clientes e ao envio dos dados de cobrança para o banco.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 20 of 59

O WebEDI permite que, com a integração de sistemas, uma empresa que utiliza o processo de EDI tradicional possa trocar informações através da Internet com os seus parceiros comerciais que não possuem esse EDI, tornando-os aptos a receber e enviar documentos electrónicos utilizando apenas uma ligação e um browser para Internet. Com o WebEDI as empresas podem receber, dos seus clientes, pedidos de cotação, pedidos de compra e programação de entrega, e paralelamente enviar entre outros, facturas e avisos de embarque. Também pode ser utilizado no sentido inverso, isto é, com o conjunto de fornecedores. Os documentos são lidos ou preenchidos através de páginas exibidas no browser. No caso do envio de documentos, estes são transmitidos para a VAN (Rede de Valor Acrescentado) da EZTrade, onde o documento será convertido para o formato que o destinatário deseja receber. Para os documentos recebidos, pode-se imprimir e/ou gravar o documento em ficheiro, num formato proprietário que pode ser facilmente integrado nos sistemas das empresas (ERP, etc.). Este serviço tem um custo inicial consideravelmente baixo, comparado com o custo tradicional do EDI, e um prazo de implementação bastante curto.

A actividade de factoring ou cessão financeira consiste na aquisição de créditos a curto prazo, derivados da venda de produtos ou da prestação de serviços, nos mercados interno e externo. As empresas de factoring confrontam-se com problemas de volume de informação, que estão relacionadas não só com as quantidades dos documentos tratados, mas também com o nível de detalhe de informação que é necessário para um tratamento rigoroso dos procedimentos normais do negócio. Para além das condições contratuais obtidas (comissões, taxas de juro, etc), é cada vez mais um factor diferenciador neste mercado a qualidade dos serviços prestados pela empresa de factoring. Neste contexto, o fornecimento rápido e eficiente de informação aos Clientes constitui um factor chave de sucesso. A Eurociber, disponibiliza no mercado o EUROFAC, uma Solução Integrada de Factoring, que cobre todas as fases do ciclo de vida do negócio, desde os contactos iniciais para angariação de Clientes até à renegociação de condições ou expiração do contrato. O cálculo financeiro de custos e a sua imputação é uma das vertentes mais importantes deste processo. A diferenciação e a concorrência do mercado exigem que as condições contratuais sejam analisadas caso a caso, e que a renegociação seja possível a qualquer momento e em qualquer fase do processo. Assim, a parametrização desta aplicação desempenha especial relevo no tempo de resposta da empresa a flutuações de mercado, nomeadamente a nível das taxas de juro, comissões, novos produtos ou outras situações particulares. Para levar a bom termo estes objectivos, a aplicação processa, não só, a informação directamente relacionada com o negócio, mas também, toda a informação que, não tendo implicações tangíveis, é de especial importância para o nível de qualidade dos serviços prestados. O detalhe da informação e o seu fácil acesso são factores determinantes para a imagem externa da empresa no contacto com Clientes actuais ou potenciais.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 21 of 59

Principais Características:

SISTEMA EM

TEMPO REAL O EUROFAC é um sistema assente maioritariamente em tempo-real. Toda a informação importante é actualizada on-line, garantindo-se assim a disponibilidade imediata dos dados e a sua exactidão.

SEGURANÇA A aplicação é controlada por processos de segurança lógica, parametrizável por níveis e utilizadores, por forma a limitar a visão individual do negócio.

FLEXIBILIDADE Esta característica é conseguida através de tabelas de parâmetros que vão de encontro às necessidades do utilizador.

FACILIDADE DE

UTILIZAÇÃO O sistema apresenta interfaces do tipo Microsoft Office, favorecidos pela facilidade de utilização e enorme divulgação que o caracterizam.

INTEGRAÇÃO É um sistema que tem por centro o Cliente, permitindo uma visão global deste.

INVESTIMENTO PARA O FUTURO

É uma plataforma evolutiva, o que lhe permite adaptar-se com relativa facilidade a novas tecnologias (ex. web). É modular, pelo que permite a integração de novos módulos, possibilitando a adaptação à evolução do negócio.

MULTIMOEDA O EUROFAC permite a recolha de documentos em moeda estrangeira, sendo visualizada em toda a aplicação a moeda origem.

Gestão do Ramo Colheitas A alteração à legislação do Ramo Colheitas efectuada no ano de 1997, nomeadamente a exigência de maior detalhe de informação para a constituição do contrato e a contemplação de um novo método de calculo de bonificações, provocou a necessidade de serem adaptados os actuais S.I. das Seguradoras a estes novos requisitos. Para responder a estes requisitos, desenvolveu a Eurociber uma solução departamental para a Gestão do Ramo Colheitas (SGRC), permitindo às Seguradoras uma fácil e rápida adaptação às novas necessidades de informação. O Sistema de Gestão do Ramo Colheitas permite a gestão do Ramo Colheitas, o tratamento estatístico da informação e a transferência de dados para outros sistemas de informação.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 22 of 59

8. Parceiros

A globalização da economia, o aumento da concorrência e a consequente necessidade de grande especialização e qualificação por parte dos fornecedores, tem conduzido à procura de parceiros que complementem competências e acrescentem valor. O estabelecimento de parcerias sólidas e credíveis tornou-se num dos pilares da competitividade das organizações e também num dos seus factores de diferenciação. No sector da prestação de serviços e fornecimento de soluções de integração de Tecnologias de Informação, as parcerias são uma das condições essenciais para o sucesso do negócio, através do desenvolvimento de uma actividade sólida e estabelecimento de uma relação de confiança duradoura junto dos Clientes. O Grupo ParaRede sabe que os parceiros são uma componente chave para o sucesso do seu negócio junto dos seus Clientes e considera-os mesmo uma extensão natural da organização. Nesse sentido, tem vindo a estabelecer um conjunto de parcerias com empresas líderes em áreas tecnológicas e de negócio, como a 3Com, BMC, Business Objects, Check Point, Cisco Systems, Fujitsu, Goldmine, Hewlett-Packard – de quem recebeu em 2002 o prémio de “Business Partner of the year”, na área do software (Open View) –, IBM, Macromedia, Microsoft, Navision, Nortel – tendo sido destacada com o prémio de Inovação – , Netopolis, Oracle, Paradigma, PWC, Rank Xerox, SAP, Siemens, Sterling Commerce e Sun Microsystems, Xcellenet. Paralelamente, a ParaRede tem desenvolvido competências tecnológicas em áreas específicas como a segurança, com empresas como a Internet Security Systems, TrendMicro, Nokia, WebSense, WebTrends, Baltimore, GemPlus, ICSA – TrueSecure e Secure Computing.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 23 of 59

9. Relatório de Gestão

9.a Quadro económico global

Ao contrário do esperado, 2002 não foi o ano da recuperação da economia Global. O crescimento do PIB foi frágil tanto nos Estados Unidos (EUA) como na Europa, com forte estagnação do investimento. A situação da economia mundial manteve-se incerta até ao final de 2002. De facto, 2002 não se configurou como um ano de retoma, uma vez que as duas maiores áreas económicas, os EUA e a Europa, não conseguiram ultrapassar os efeitos da desaceleração de 2001. EUA O esperado boom nos EUA não se materializou. Depois de um forte início do ano, a economia arrefeceu em meados de 2002, apesar dos fortes cortes nas taxas de juro por parte do Fed, ainda em 2001. A Reserva Federal, preocupada com os sinais mistos da economia, decidiu em Novembro passado, cortar a taxa de referência americana para o seu nível mais baixo nos últimos 40 anos. Alguns analistas atribuem aos conhecidos escândalos contabilísticos e financeiros protagonizados por vários gigantes da economia Americana – ex: Worldcom, Xerox, Enron – , a responsabilidade da quebra de confiança nos mercados de investimento americanos, lançando uma onda de pessimismo sobre toda a economia. Consumidores e investidores retraíram-se, incluindo empresas que estavam a planear aumentar o seu investimento. Toda esta conjuntura se conjugou para o enfraquecimento da economia americana no segundo semestre de 2002. Existe a percepção de que não fossem os vários cortes nas taxas de juro por parte do Fed. desde 2001, e que permitiram a manutenção do consumo em bens duradouros, como casas e automóveis, a realidade em 2002 teria sido uma recessão na economia americana. No entanto, a política monetária foi fundamental para um crescimento de 2,4% do PIB, acima do registado em 2001. Este desempenho reflecte ainda um aumento da variação de existências, uma aceleração do consumo, como já referido, e uma redução das exportações abaixo do estimado, ainda que as exportações líquidas, potenciadas negativamente pelo fortalecimento das importações tenham tido um efeito negativo na economia. A economia americana não registou pressões inflacionistas, tendo o desemprego rondado os 6%. Europa Quanto à União Europeia, encontra-se em desaceleração pelo segundo ano consecutivo, sendo a situação particularmente preocupante na maior economia deste conjunto, a Alemanha, com o desemprego a manter-se teimosamente em torno dos 10% e o investimento privado a manter-se reduzido. Este cenário levou a um crescimento do PIB alemão praticamente nulo em 2002. A principal causa para este desempenho foi o defraudar das expectativas relativamente à recuperação económica global, que não se materializou. Este facto teve um forte impacto negativo no investimento. O factor mais contributivo que se verificou para a fragilidade da economia alemã, e por arrastamento da União Europeia, foi o declínio do consumo privado, quando a maioria dos analistas previa um crescimento deste agregado. A quebra no consumo deveu-se às expectativas de aumento do desemprego e à continuada incerteza económica, o que levou a um aumento substancial da poupança. A desaceleração económica global atingiu também a Grã-Bretanha, a maior economia europeia fora da zona euro, levando o Governo a rever em baixa as suas estimativas de crescimento de 2,25% para

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 24 of 59

1,6%. Assim, apesar da economia Britânica se ter comportado melhor que congéneres europeias, também foi afectada pela desvalorização dos mercados de capitais, subida dos preços de petróleo, pela incerteza pós 11 de Setembro e ainda pelos escândalos contabilísticos de grandes empresas. Quanto à França, deverá ter registado em 2002 um crescimento do PIB de cerca de 1%, o valor mais baixo desde 1996. Agravando esta realidade, o Banco Central Europeu (BCE), em contraste com o seu homólogo americano Fed., foi lento na redução das taxas de juro de referência, como forma de estimular o crescimento. A taxa de referência na zona euro mantinha-se, em Dezembro, 1,5% acima da americana, apesar da recuperação (ainda que ligeira) da economia americana, contrastar com a estagnação na Europa. A adicionar à perda, por parte dos países aderentes à moeda única, dos instrumentos de política cambial e monetária como mecanismos de estabilização do ciclo económico, junta-se a reduzida margem de manobra na política orçamental. Por força das rígidas regras do cumprimento do Pacto de Estabilidade, que impõe um limite de 3% do PIB para o défice orçamental, os Governos depararam-se com fortes restrições ao aumento da despesa e investimento públicos, importantes para estimular as economias em períodos de crise. A importância do instrumento de política orçamental e as limitações ao seu recurso por parte da União Europeia, têm sido visíveis em países como a França, a Alemanha e Portugal, que já foram formalmente advertidos pela Comissão Europeia, por ultrapassarem o tecto de 3% do PIB estabelecido. Resultado de todos estes factores a economia na zona euro deverá ter registado um crescimento de 0,8% em 2002. Quanto à inflação, apesar da desaceleração económica, manteve-se acima dos 2% – resultado essencialmente do aumento do preço de alguns bens comercializados a granel (commodities), nomeadamente o petróleo –, valor de referência do BCE, sendo esta a razão invocada para uma política monetária mais conservadora. Por seu lado os analistas argumentam que a relutância do BCE e a sua obsessão pela estabilidade de preços, prolongou a delicada situação na zona euro, nomeadamente porque manteve os preços dos empréstimos bancários artificialmente elevados. Um factor de destaque no comportamento da economia europeia, em 2002, foi a subida do euro em relação ao dólar, ultrapassando mesmo a paridade. Contudo a apreciação do euro deve ser vista mais como um enfraquecimento do dólar, do que como um real fortalecimento da moeda única europeia. Isto porque os ganhos do euro foram consequência da taxa de juro mais alta na Europa, o que levou os investidores a adquirirem obrigações denominadas em euros e a investirem no mercado monetário, com taxas de retorno superiores. Os mercados de acções europeus não beneficiaram desta transferência de capital, o que pode significar a continuação da falta de confiança dos agentes económicos na recuperação. Espanha A economia espanhola apresentou, em 2002, um desempenho positivo relativamente ao contexto internacional e apesar do mesmo, nomeadamente na zona euro. O PIB apresentou um crescimento de 2%, muito acima do português e do europeu, dando continuidade ao processo de convergência real com a média dos países europeus. Em termos absolutos o ritmo de crescimento foi relativamente modesto, mas sustentado durante todo o ano, com uma ligeira tendência de desaceleração no final do ano. Este comportamento do PIB alicerçou-se num crescimento de 2% da procura interna, de cerca de 3% do consumo público, numa forte variação de existências, e um aumento apreciável no investimento em

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 25 of 59

construção imobiliária, sobretudo no sector residencial. A contribuir negativamente para o crescimento do PIB esteve o investimento em equipamento, com uma evolução muito negativa e as exportações líquidas que registaram um valor similar ao do ano anterior. A taxa de inflação disparou para os 3,6%, tendo sido o indicador que pior desempenho apresentou, relativamente aos países congéneres da zona euro. A taxa de desemprego aumentou para os 11,5%, não condicionando substancialmente o crescimento económico, dada a recuperação observada na produtividade da economia. Quanto às contas públicas, o Governo espanhol conseguiu, num ano de desaceleração do crescimento, atingir praticamente o equilíbrio orçamental, com um déficit de 0,2% do PIB, para o que contribuiu uma política orçamental praticamente neutral. Portugal Portugal deverá ter registado um crescimento de 0,5% em 2002, abaixo dos 0,8% da zona euro. Este desempenho é consequência da conjugação de vários factores. Primeiramente registou-se um forte abrandamento no consumo privado devido ao clima de pessimismo e falta de confiança generalizada na retoma económica, aumento da taxa de desemprego dos 4,1% para os 6,2% e aumento do rigor dos critérios bancários na atribuição de empréstimos a particulares. Relativamente ao investimento, observou-se uma forte retracção, tanto da parte do Estado obedecendo ao seu desígnio de manter o déficit orçamental abaixo dos 3% do PIB, como das empresas, resultado da sua falta de confiança na procura interna e nas dificuldades em obterem financiamento – estagnação do mercado de capitais e banca mais exigente. O PIB acabou por apresentar um crescimento ligeiramente positivo devido ao aumento das exportações líquidas, resultado não só de uma maior afectação da produção para o exterior, como da estagnação da procura interna, com um impacto de redução nas importações. Apesar da estagnação económica, assistiu-se a um aumento do índice de preços na ordem dos 3,7%, bem acima da média europeia, resultado do: § processo de conversão em euros de preços em escudos, verificado no início de 2002 e

aproveitado pelos comerciantes para actualizar preços de forma exagerada, princ ipalmente nos bens não transaccionáveis;

§ aumento dos preços em alguns bens públicos, como por exemplo portagens e transportes públicos, por forma a aumentar as receitas do Estado e empresas públicas e retirar pressão do orçamento;

§ aumento da taxa normal do IVA de 17% para 19%, que produziu efeitos a partir de Junho de 2002;

§ forte aumento do preço do petróleo. Perspectivas para 2003 As projecções do Banco de Portugal para 2003 apontam para um crescimento do produto no intervalo de 0,25% e 1,25%. No que respeita à evolução da inflação, projecta-se que a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor se situe entre os 2,4% e os 3,4%.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 26 of 59

Isto significa que o processo de estagflação observado em 2002 se prolongará em 2003, registando-se uma estagnação do crescimento económico, ao mesmo tempo que a inflação se manterá bem acima do objectivo de 2% estabelecido pelo Banco Central Europeu. Ainda assim, os valores projectados para a inflação representam uma diminuição em relação a 2002, o que se justifica pelos seguintes factores: § posicionamento cíclico da economia portuguesa, que deverá condicionar a evolução das margens

de lucro e dos salários; § o exercício do eurosistema deverá ter repercussões ao nível do arrefecimento dos preços de

importação de bens de consumo, não só pela apreciação do euro face ao dólar, como pela contenção de preços na zona euro, principal parceiro económico português;

§ efeitos de base, já que as taxas de variação homóloga deixarão de incluir os impactos associados à convergência dos preços de escudos para euros e ao aumento da taxa de IVA.

A projecção de crescimento para 2003 tem subjacente um crescimento marginalmente positivo da procura interna privada e variações negativas para o consumo e investimentos públicos, em resultado da necessidade de consolidação orçamental. Em termos agregados a procura interna deverá registar uma nova redução, à semelhança do que aconteceu em 2002. As exportações deverão ser o agregado a registar o crescimento mais significativo, entre 5% e 6%, o que reflecte uma possível melhoria no enquadramento externo da economia portuguesa. As importações deverão observar um crescimento nulo, prevendo-se assim uma redução do défice da Balança de Bens e Serviços, o que deverá contribuir para que prossiga a redução das necessidades de financiamento externo da economia portuguesa. Deste modo perspectiva-se o prosseguimento do processo de ajustamento do comportamento dos agentes económicos privados (famílias e empresas). Este processo tem-se traduzido no crescimento da procura interna privada a uma taxa inferior à do produto e na atenuação do ritmo de endividamento do sector privado, depois do significativo aumento observado nos últimos anos da década de 90. O impacto sobre o crescimento económico deste processo de ajustamento é reforçado, no curto prazo, pela necessidade de proceder à consolidação das finanças públicas. Este cenário deverá ainda afectar o desempenho do investimento privado, agregado onde não se prevê uma retoma em 2003. Fontes: Banco de Portugal, Banco de España, U.S. Department of Commerce – Bureau of Economic Analysis, European Central Bank

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 27 of 59

9.b. Grupo ParaRede

9.b.1 Introdução

Ao longo do exercício de 2002, dado o complicado cenário macro-económico global, agravado por factores específicos da economia portuguesa, assistiu-se a uma quebra acentuada do investimento público e privado, que afectou seriamente o sector das Tecnologias de Informação. Nesta conjuntura, e como extensão do Plano de Restruturação iniciado em 2001, a ParaRede procedeu a um ajustamento interno face à realidade do mercado, uma vez que a evolução deste se situou abaixo das expectativas. Este processo ficou marcado pelo ajustamento da capacidade produtiva, pela racionalização de custos com serviços externos e pela forte aposta na dinamização comercial. Entre os factos mais significativos há a destacar: § Aquisição de participação na Catálogo Electrónico de Produtos, a 27 de Junho de 2002, a

ParaRede adquiriu acções representativas de 51% do capital social da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, SA. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representativas de 100% do capital social dessa sociedade.

§ Redução do valor nominal das acções, a 11 de Outubro 2002, a ParaRede informou o mercado de

que foi celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 cêntimos cada uma.

§ Acordo com a Sterling Commerce, a 17 de Outubro de 2002, nos termos do qual foi posto termos

a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade. § Alienação da totalidade do capital social na Futursis, empresa detentora da Rumos, a 09 de

Dezembro de 2002, à sociedade Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A..

9.b.2 Factos Relevantes Ocorridos em 2002

O período em análise ficou marcado pela ocorrência dos seguintes factos: § Interposição de uma acção judicial – A 31 de Janeiro de 2002, a ParaRede veio informar o

público que foi notificada da interposição, na qualidade de co-demandada, de uma acção judicial a correr no Tribunal Judicial de Madrid, por “AOL Servicios Interactivos Multimédia, Sociedade Limitada, Sociedad Unipessoal”. A acção tem o valor de 2.644.389,68 euros. É entendimento da ParaRede que a acção interposta é improcedente, indo por isso proceder à respectiva contestação, nos termos das regras aplicáveis;

§ Adenda – Em adenda ao comunicado anterior a ParaRede vem acrescentar que a acção

interposta refere-se ao alegado incumprimento de uma suposta obrigação de transmissão de uma participação social;

§ Transmissão da participação na CCSA – A 1 de Março de 2002, a ParaRede veio comunicar

que a 25 de Fevereiro de 2002 foi celebrado um acordo entre a ParaRede e a empresa sul-africana Datacentrix Holdings Limited (Datacentrix) nos termos do qual a ParaRede e suas participadas procederam à transmissão da totalidade das suas participações na empresa Commerce Centre of

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 28 of 59

Southern Africa (proprietary) Limited (CCSA), para a Datacentrix, até então o accionista maioritário da empresa. Esta operação enquadra-se nas orientações estratégicas delineadas no Plano de Reestruturação do Grupo ParaRede apresentado em Julho de 2001 e aprovado pelos seus accionistas;

§ Lançamento da aplicação “MatrizNet” – Apresentado a 8 de Março de 2002, trata-se de um

projecto desenvolvido pela ParaRede, para o Instituto Português de Museus (IPM), que disponibiliza, através da Internet, conteúdos relativos às colecções existentes nos museus membros do IPM e outros, designadamente a informação contida nas respectivas fichas de inventário e também informação relativa a exposições programadas. Esta informação é apresentada nos formatos, texto, imagem, vídeo e som. A aplicação MatrizNet funciona em conjunto com o programa Matriz – Inventário e Gestão de Colecções Museológicas e permite o acesso ao inventário dos museus, realizado sobre este produto, também desenvolvido pela ParaRede em conjunto com o IPM. O MatrizNet está acessível ao público desde o dia 8 de Março, através do endereço www.matriznet.ipmuseus.pt. A disponibilização de informação de inventário cria um novo elo entre o público e o Museu, através da possibilidade de se conhecer não só o que está exposto, mas também o melhor do que está exposto;

§ Implementação de um serviço de comunicação WebEDI para a Wal*Mart Brasil – a

EZTrade implementou para a Wal*Mart Brasil o serviço de comunicação WebEDI (Web Electronic Data Interchange via Internet), que possibilita aos fornecedores da indústria de retalho a consulta on-line de avisos de pagamento. O serviço destina-se tanto a pequenos e médios fornecedores (que não dispõem de capital para investir em tecnologia) como a grandes estabelecimentos que já possuem um sistema de EDI convencional;

§ Termo da acção arbitral interposta por Guillermo Barrera – A 18 de Março de 2002 a

ParaRede, na sequência do comunicado disponibilizado em 16 de Novembro de 2001, veio informar o público que foi celebrado um contrato com os senhores Guilherme Barrera Fierro e Rosa Barrera Fierro nos termos do qual foi acordado pôr termo ao processo arbitral de execução específica movido contra a ParaRede que tinha o valor de € 20.396.936,00, mediante o pagamento de € 1.496.393,70. Com a transacção efectuada, passou a ParaRede a deter 22.050 acções representativas de 49% da Catálogo Electrónico de Produtos e Bases de Dados, S.A;

§ Adenda – Comunica-se que a aquisição das 22.050 acções representativas de 49% do capital da

Catálogo Electrónico de Produtos Bases de Dados, S.A., foi efectuada mediante o pagamento de € 1.122.295,27, já pagos em 2000, à Senhora D.ª Rosa Lígia Andreazzi Barrera Fierro e dos € 1.496.393,70, referidos no facto relevante, ao Senhor Guilherme Barrera Fierro, em 15 de Março de 2002;

§ Alienação de activos detidos na Portalimentar – A 4 de Abril de 2002, a ParaRede, SGPS, SA

veio informar o público que esta sociedade e as sociedades por si dominadas ParaRede Investments, SGPS, Sa e ParaRede – Serviços Financeiros e Administrativos, SA, procederam à alienação de 381.582 acções, com o valor nominal de € 1 (um euro) cada uma, que detinham no capital social da Portalimentar, Gestão de Conteúdos Electrónicos, S.A., correspondendo as acções objecto de alienação à totalidade do capital social detido pela ParaRede, SGPS, SA, ParaRede Investments, SGPS, SA e ParaRede – Serviços Financeiros e Administrativos, SA na mesma sociedade. Nos termos do negócio celebrado, para além do preço recebido em contrapartida da alienação das acções, as vendedoras receberão uma compensação adicional, tendo ainda ficado prevista a celebração de um Contrato de Prestação de Serviços entre a sociedade Portalimentar, e uma das sociedades em relação de domínio ou grupo com a ParaRede, SGPS, SA, pelo que em termos globais, será recebido um montante de € 184.203;

§ Sistema de leilões implementado pelo BEST (www.best.pt) – A 10 de Abril de 2002, a

ParaRede anunciou que desenvolveu e instalou o software que assegura o funcionamento dos

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 29 of 59

leilões de depósitos a prazo – Best Offer disponibilizados pelo Banco BEST. Este constitui um dos casos de sucesso do Grupo, aproveitando o know-how da BJS Software, empresa do Grupo sediada em Espanha, que colaborou na implementação de um sistema semelhante a este, no exercício de 2001, no Bankinter;

§ Acordo Parassocial – A ParaRede, SGPS, SA, vem a 11 de Abril de 2002, na sequência de

comunicação recebida dos seus accionistas e por referência e em complemento à informação oportunamente disponibilizada ao mercado, nomeadamente no Prospecto de Aumento de Capital, ocorrido em Setembro de 2001, o seguinte: 1. A cláusula 15ª do Acordo Parassocial celebrado em 08 de Junho de 1999 entre Carlos

Alberto Monsanto Coelho de Campos, João Manuel de Oliveira Figueiredo Pereira, Manuel Pedro Reis Sobral, Edgar Figueiredo Fernandes Secca, José Luís Antunes Mota, Rui Fontoura, João Pinto e Sousa, Eduardo Miguel Botelho Rangel Silvano, Central – Banco de Investimento, SA, BPI – Private Equity, SGPS, SA, BPI – Participações, SGPS, SA, e Banco Espírito Santo, SA. (posteriormente alterado) dispõe, no seu n.º 1, que o Acordo se manteria em vigor por um período de 3 anos (ou seja, até 08 de Junho de 2002), prorrogável por períodos suplementares sucessivos de 1 ano, caso nenhuma das partes se opusesse à sua renovação.

2. Foi a ParaRede informada que, nos termos previstos no Acordo Parassocial, Carlos Alberto Monsanto Coelho de Campos manifestou a sua oposição a essa renovação, razão pela qual, nos termos do próprio Acordo, o mesmo cessará os seus efeitos no próximo dia 08 de Junho de 2002.

3. Aproveita-se a ocasião para informar, na sequência do que consta do acima referido Prospecto, que o “Acordo Parassocial Subordinado” e o “Aditamento ao Acordo Parassocial”, cujos processos de assinatura se haviam iniciado em Março de 2001, nunca completaram o respectivo processo de aceitações, razão pela qual nunca entraram em vigor.

§ A ParaRede e a Siemens estabelecem acordo de parceria – A ParaRede SGPS, S.A.,

informou, a 20 de Maio de 2002, que a Siemens e a ParaRede estabeleceram um acordo de parceria que abrange a prestação, pela ParaRede, de serviços de IT, Formação na área das Tecnologias de Informação, e serviços de Desenvolvimento de Software para vários Operating Groups da Siemens, S.A.. Na área de serviços de IT, em que ambas as empresas têm feito investimentos consideráveis, foi concretizado um acordo segundo o qual a ParaRede fornece ao Operating Group Siemens Business Services serviços num valor anual estimado de 500.000 euros. A parceria inclui também o fornecimento, por parte da ParaRede, de serviços de formação nas áreas de Networking e Software a vários outros Operating Groups da Siemens em Portugal, através da área de Outsourcing & Training do Grupo ParaRede;

§ PT Prime e ParaRede estabelecem acordo de parceria no âmbito do programa Technical

Partner da PT Prime – A ParaRede SGPS, SA, informou, a 26 Junho 2002, que a PT Prime e a ParaRede estabeleceram um acordo de parceria, através do qual a PT Prime irá utilizar os serviços da ParaRede na sua oferta de soluções "PrimeOffice". Trata-se de um serviço inovador de gestão de infra-estrutura informática que disponibiliza aos clientes PT Prime uma oferta integrada e modular de suporte e gestão dos diversos componentes de uma rede local;

§ Aquisição de participação na Catálogo Electrónico de Produtos – A 27 de Junho de 2002, no

âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede vem informar que adquiriu a Carlos Coelho de Campos, Manuel Sobral e João Pereira, acções representativas de 51% do capital social da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, SA, por um preço global de 3 euros. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representativas de 100% do capital social dessa sociedade. No âmbito do acordo firmado, foi posto fim a todas as contingências da ParaRede relacionadas com a aquisição destas acções;

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 30 of 59

§ ParaRede seleccionada para implementação de sis tema de informação de suporte à Integração da Gestão Logística e Financeira no Grupo BES – A ParaRede informou a 23 Julho 2002, que o Grupo Banco Espírito Santo (BES), a seleccionou, através da sua subsidiária Eurociber, como parceiro tecnológico para a implementação de uma solução única de sistema de informação de suporte à Integração da Gestão Logística e Financeira, a que corresponde, no curto prazo, um orçamento superior a dois milhões de euros.

§ Nomeação do Dr. Paulo Miguel Ramos para Administrador Executivo da ParaRede SGPS,

SA – A 2 Setembro 2002, o Dr. Paulo Miguel Ramos passa a integrar a equipa de gestão do Grupo ParaRede, juntando-se a Joaquim Silva Correia e João Nuno Palma na Comissão Executiva.

§ Transmissão da participação na Certipor para a Multicert – A 2 de Outubro de 2002, a

ParaRede veio informar o público do seguinte: 1. Por contrato acordado a 30 de Agosto de 2002 e formalizado em 1 de Outubro de 2002, a

ParaRede Investments, SGPS, S.A., na qual a ParaRede, SGPS, S.A. detém a totalidade do respectivo capital social, procedeu à transmissão para a Sociedade Multicert – Serviços de Certificação Electrónica, S.A., de 1.500.000 acções correspondentes a 100% do capital social da Sociedade Certipor – Sociedade Portuguesa de Certificados Digitais, S.A.

2. A transmissão das acções foi realizada pelo preço de referência de 29.926,87 (vinte e nove mil novecentos e vinte e seis euros e oitenta e sete cêntimos).

§ Redução capital social – A ParaRede, SGPS, SA informou, a 11 de Outubro de 2002, o mercado

do seguinte: ter sido celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 cêntimos cada uma. Em virtude da redução de capital social por alteração do valor nominal de 1 para 0,40 euros, a partir de 28 de Outubro de 2002, inclusive, a negociação em bolsa passou a ter por base o novo valor nominal de 0,40 euros;

§ ParaRede seleccionada para a implementação de Mapeamentos EDI e de um site Web para

o envio, consulta e gestão de declarações de trânsito por parte dos Operadores Económicos – A ParaRede anunciou a 14 de Outubro de 2002, que a DGITA - Direcção Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros, a seleccionou, como parceiro tecnológico para a realização de Mapeamentos EDI e para o desenvolvimento e implementação de uma aplicação para o envio, consulta e gestão de declarações de trânsito por parte dos Operadores Económicos – NSTI (Novo Sistema de Trânsito Informatizado).

§ Acordo com a Sterling Commerce – A 17 de Outubro de 2002 a ParaRede veio informar o

público que no âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede finalizou um acordo definitivo com a Sterling Commerce, nos termos do qual foi posto termos a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade;

§ MatrizWEB, ParaRede lança o interface Internet do Matriz – A 21 de Outubro de 2002, a

ParaRede anunciou o lançamento do MatrizWEB, uma nova aplicação destinada a todos os utilizadores da solução Matriz que desejem divulgar na Internet os seus acervos e colecções. Com concepção e desenvolvimento do Instituto Português dos Museus e da ParaRede, o MatrizWEB disponibiliza ferramentas que facilitam a divulgação e o estudo de colecções das entidades detentoras de acervos, constituindo uma etapa natural do processo de investigação, revisão crítica e digitalização dos inventários no programa Matriz;

§ ParaRede seleccionada para projecto de reformulação das áreas de telecompensação de

cheques no Grupo BES - A ParaRede anunciou a 28 de Outubro de 2002, que o Grupo Banco Espírito Santo (BES), a seleccionou, através da sua subsidiária Eurociber, como parceiro tecnológico para a implementação de um projecto de reformulação das áreas de telecompensação

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 31 of 59

de cheques do Grupo BES. Este projecto, orçado em cerca de quinhentos mil euros e com conclusão prevista até ao final de 2002, foi adjudicado à ParaRede numa lógica “chave-na-mão” e terá um alcance multi-empresa envolvendo as diversas unidades bancárias do Grupo BES.

§ Sterling Commerce estabelece acordo com a ParaRede para utilização da tecnologia

WebEDI no Brasil – O Grupo ParaRede e a Sterling Commerce, líder mundial no fornecimento de soluções de e-business, subsidiária da SBC Communications, informaram a 15 Novembro 2002, que estabeleceram um acordo para a utilização, pela Sterling Commerce, da tecnologia WebEDI, desenvolvida pela ParaRede. Este acordo, válido por um período inicial de dois anos, renovável, permite a utilização pela Sterling Commerce, no mercado brasileiro, de uma licença da tecnologia WebEDI, propriedade da ParaRede, tendo por contrapartida o pagamento de royalties sobre as receitas da Sterling Commerce decorrentes do uso da tecnologia e da prestação dos serviços associados, com montantes mínimos anuais;

§ Komax selecciona ParaRede para projecto de implementação de Microsoft Business

Solutions Navision (antigo Navision Attain) – A 18 de Novembro de 2002, a ParaRede anunciou que a Komax Portuguesa a seleccionou como parceiro tecnológico para a implementação de uma solução Microsoft Business Solutions Navision (MBS Navision) horizontal a todas as áreas funcionais da empresa.

§ ParaRede recebe, pelo 2º ano consecutivo, o prémio HP Software Business Partner of the

Year - A ParaRede anunciou, a 20 de Novembro de 2002, que a sua unidade de Gestão de Tecnologias de Informação recebeu da HP, pelo 2º ano consecutivo, o prémio HP Software Business Partner of the Year.

§ ParaRede implementa projecto de reestruturação de Infra-estrutura de Comunicações da

Tranquilidade – A ParaRede anunciou a 3 de Dezembro de 2002, que a Companhia de Seguros Tranquilidade lhe adjudicou o projecto de reestruturação da sua Infra-estrutura de Comunicações. Trata-se de um projecto de renovação tecnológica das actuais infra-estruturas de rede LAN existentes, que compreende o estudo, desenho, implementação e colocação em serviço de uma solução que garanta a migração da actual infra-estrutura baseada em tecnologia “HUB” para tecnologia de “Switching”.

§ Contrato com a Multipessoal sobre participação na Futursis – A ParaRede, SGPS, S.A., veio

no dia 09 de Dezembro de 2002 informar que nesta data celebrou com a sociedade Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A., contrato de compra e venda das acções representativas da totalidade do capital social da sociedade Futursis – Sistemas de Informação, S.A. (sociedade que detém participação maioritária na sociedade Rumos – Formação e Comunicação, S.A.) por um preço global de € 4.500.000;

§ Complemento ao facto relevante divulgado a 09 de Dezembro 2002 – A 11 de Dezembro de

2002, a ParaRede veio informar que por contrato celebrado no dia 09 de Dezembro de 2002, a ParaRede SGPS alienou à sociedade Multipessoal acções representativas de 100% do capital social da Futursis. O preço de 4.500.000 euros refere-se a uma detenção de 50% mais uma acção de acções representativas do capital da Rumos pela Futursis, uma vez que no complexo contratual, as demais acções detidas pela Futursis serão para entrega superveniente aos accionistas Fundadores da Rumos contra libertação das correspondentes responsabilidades pela ParaRede que, deste modo, ficou liberada de quaisquer responsabilidades supervenientes relacionadas com esta transacção. O encaixe desta operação permitirá financiar uma continuidade do Programa de Reestruturação/Ajustamento, ao mesmo tempo que dota o Grupo do fundo de maneio necessário para a intensificação e dinamização em curso da área comercial, sendo estas acções críticas para a concretização do objectivo de equilíbrio operacional. Com esta alienação de participações na Futursis, o Grupo ParaRede refocaliza a sua actuação e concentra os seus recursos no seu core business – Integração de Sistemas de Informação (Business Integration) –,

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 32 of 59

confirmando este como o seu domínio central de competências. Paralelamente a esta operação, decorre o estabelecimento de um protocolo de colaboração de negócio entre o Grupo ParaRede e a Rumos, através do qual é garantida a continuidade dos serviços prestados por esta empresa ao Grupo ParaRede nas áreas de Formação e Outsourcing de recursos humanos, assegurando-se assim a manutenção desta oferta na cadeia de valor da ParaRede, bem como as sinergias existentes entre os negócios de ambas as empresas;

§ Nortel Networks destaca ParaRede com o prémio de inovação – A 17 de Dezembro de 2002,

a ParaRede comunicou que a empresa Nortel Networks, um dos líderes mundiais no fornecimento de equipamentos de infra-estruturas de comunicação, destacou a unidade de Networking da ParaRede, pela capacidade de inovação demonstrada na concepção e implementação de soluções de infra-estruturas de redes de comunicações.

9.b.3 Redução de Capital

No segundo semestre de 2002 a ParaRede efectuou uma redução do capital de 125.087 para 50.035 mil euros, tendo o registo comercial da escritura sido efectuado a 01 de Agosto. Deste modo, foi objecto de registo comercial, com efeitos reportados à data de 22 de Julho, a deliberação adoptada em reunião de accionistas realizada em 24 de Maio que aprovou a redução do capital social da sociedade de 125.087.500 para 50.035.000 euros, mediante a diminuição do valor nominal de cada acção para 0,4 euros. Esta operação teve como finalidade a cobertura de prejuízos, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 35º, 94º e na alínea a) do nº 4 do art. 95º do Código das Sociedades Comerciais (CSC). O referido artigo 35º impõe que os capitais próprios das empresas tenham de ser pelo menos correspondentes a metade do capital social. Ou seja, uma sociedade não pode ter prejuízos acumulados que ascendam a mais de metade do capital. A ParaRede manteve a realização desta operação, apesar da decisão do Governo de suspender por dois anos o artigo 35º do CSC. A escritura da redução do capital social foi celebrada a 11 de Outubro, tendo esta sido executada, em termos operacionais, no dia 23 do mesmo mês, data em que as acções da ParaRede passaram a negociar em Bolsa com o novo valor nominal de 0,4 euros.

9.b.4 Responsabilidades para com as Autoridades Fiscais e Segurança Social

Todas as empresas do Grupo encontram-se em situação de total cumprimento das suas responsabilidades para com as Autoridades Fiscais e Segurança Social.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 33 of 59

9.c Governo das Sociedades

9.c.1 Organigrama funcional

Administração

Comissão Executiva

RH e LegalBusiness

Development FinanceiroContabilidade

e Controlo

Relações com Investidores e Institucionais

MarketingSistemas de Informação

•Processamento de salários•Processamento administrativo dos RH•Gestão de frota•Assessoria Jurídica

•Corporate Finance•Corporate Development•Desenvolvimento de Negócios

•Controle de Crédito•Cobranças•Tesouraria•Património•Serv. Apoio

•Contabilidade•Consolidação de contas•Controlo de Gestão

•Apoio comunicação e Relações com Accionistas, Investidores Institucionais, Analistas, CMVM e BVLP

•Comunicação interna•Relacionamento com o exterior e com os Média•Imagem corporativa•Ferramentas de suporte à venda

•Gestão dos sistemas internos de Informação, Comunicação e Segurança de dados

Administração

Comissão Executiva

RH e LegalBusiness

Development FinanceiroContabilidade

e Controlo

Relações com Investidores e Institucionais

MarketingSistemas de Informação

•Processamento de salários•Processamento administrativo dos RH•Gestão de frota•Assessoria Jurídica

•Corporate Finance•Corporate Development•Desenvolvimento de Negócios

•Controle de Crédito•Cobranças•Tesouraria•Património•Serv. Apoio

•Contabilidade•Consolidação de contas•Controlo de Gestão

•Apoio comunicação e Relações com Accionistas, Investidores Institucionais, Analistas, CMVM e BVLP

•Comunicação interna•Relacionamento com o exterior e com os Média•Imagem corporativa•Ferramentas de suporte à venda

•Gestão dos sistemas internos de Informação, Comunicação e Segurança de dados

9.c.2 Mercado de Capitais – Evolução da cotação das acções

Representando a totalidade do capital social da ParaRede SGPS, S.A., estão admitidas à cotação no Mercado de Cotações Oficiais um total de 125 087 500 acções ordinárias, escriturais e ao portador, de valor nominal de 0,40 euros cada. Durante o ano de 2002 assistiu-se a uma desvalorização de cerca de 71% da cotação das acções da ParaRede, tendo estas terminado o período com um valor de 0,20 euros e uma capitalização bolsista de aproximadamente 25 milhões de euros. De referir que no mesmo período o índice PSI20 sofreu uma quebra de cerca de 25%. Apresentamos em seguida a evolução das cotações da empresa:

ParaRede – Evolução das cotações

0

0,2

0,4

0,6

0,8

Jan-02 Fev-02 Mar-02 Abr-02 Mai-02 Jun-02 Jul-02 Ago-02 Set-02 Out-02 Nov-02 Dez-02

Eur

os

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 34 of 59

Este desempenho ficou a dever-se à continuação do abrandamento da economia Global, que teve um importante impacto na economia Portuguesa. À semelhança do exercício anterior, continuou a assistir-se nos mercados financeiros mundiais a um decréscimo nos indicadores de grau de confiança tendo-se igualmente registado fortes quebras devido às baixas expectativas em relação ao futuro da economia. Como é normal nestas ocasiões, os investidores fogem dos mercados periféricos, como é o caso do português, que por isso são os mais afectados em momentos de crise. Adicionalmente, houve também factores específicos da ParaRede, que influenciaram fortemente esta descida da cotação dos seus títulos em 2002: § Resultados da empresa abaixo das expectativas, consequência da refocalização do seu negócio, e

do clima de recessão que se instalou no mercado nacional; § Contracção do investimento em Tecnologias de Informação por parte da Administração Pública,

sector tipicamente responsável por uma parte significativa do negócio da empresa; § Continuação da desvalorização global do sector das Tecnologias de Informação; § A pequena dimensão da ParaRede no universo do mercado europeu e até português e a sua

reduzida liquidez, tem como consequência a “fuga” dos investidores em momentos de crise, por forma a conseguirem desfazer rapidamente grandes posições que possam deter, sem sofrer demasiadas perdas.

Em baixo a comparação do desempenho da ParaRede com o principal índice português, o PSI 20.

Comparação da performance bolsista da ParaRede e do PSI20 em 2002

0

20

40

60

80

100

120

Jan-02 Fev-02 Mar-02 Mai-02 Jun-02 Ago-02 Set-02 Nov-02 Dez-02

PSI 20 ParaRede

9.c.3 Política de dividendos

A Administração da ParaRede tem adoptado uma política de não distribuição de dividendos, a qual tem vindo a ser aceite pela Assembleia Geral da sociedade.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 35 of 59

9.c.4 Stock Options

A fim de criar fortes incentivos à retenção dos principais colaboradores, a empresa elaborou em 1999 de um programa de “stock options”, cabendo à Assembleia Geral fixar o número, o preço e a sua distribuição entre os titulares dos órgãos sociais e os demais colaboradores (quadros e trabalhadores de elevado potencial e/ou valor estratégico). A Assembleia Geral Extraordinária de 23 de Setembro de 1999 autorizou o Conselho de Administração a instituir um programa de “stock options”, relativo ao exercício de 1999 e a exercer no ano de 2002, até ao montante máximo de 400.000 acções, das quais, no máximo, 150.000 seriam atribuídas aos membros do Conselho de Administração e Conselho de Estratégia e Internacionalização. O preço de aquisição aprovado pela mencionada Assembleia Geral foi de 8,5 euros por acção. Na mesma Assembleia Geral, a Administração da sociedade foi mandatada para elaborar e regulamentar o plano de “stock options”, bem como para tomar as deliberações necessárias para sua implementação, sem prejuízo, se necessário for, de deliberações de Assembleia Geral que sejam impostas por lei, nomeadamente a deliberação de aumentos de capital para fazer face à concretização do plano. Do programa relativo ao exercício de 1999 foram atribuídas, a partir de Fevereiro de 2000, 366.400 acções, das quais 117.000 acções aos membros do Conselho de Administração e Conselho de Estratégia e Internacionalização e 249.400 acções a 83 colaboradores. Na Assembleia Geral de 3 de Abril de 2000, foi aprovada a disponibilização de um total de 400.000 acções de valor nominal de um euro, representativas do Capital Social de 11.681.250 euros, ou seja, anterior ao aumento do capital social deliberado na referida Assembleia Geral, das quais, no máximo, 150.000 acções seriam atribuídas aos membros do Conselho de Administração e Conselho de Estratégia e Internacionalização e as restantes para os colaboradores do Grupo ParaRede. As acções deverão ser postas à venda no ano 2003 pelo preço de 9,6589 euros, ajustado pelos aumentos de capital que entretanto venham a ocorrer. Do programa relativo ao exercício de 2000, foram atribuídas, em Abril de 2001, 147.000 acções a membros do Conselho de Administração e 1.248.333 aos colaboradores da ParaRede. Para o exercício de 2001 foi estabelecido o limite máximo de 2.500.000 acções das quais 900.000 reservadas aos membros do Conselho de Administração e do Conselho de Estratégia e Internacionalização e 1.600.000 aos colaboradores. O preço de exercício de 2,591 euros por acção foi fixado na Assembleia Geral de 27 de Abril de 2001, com base na média das cotações das acções da ParaRede durante o mês de Dezembro de 2000, podendo as opções ser exercidas faseadamente, um terço em cada um dos anos seguintes, caducando as opções do plano de 2001, caso não sejam exercidas até ao quarto aniversário da deliberação da Assembleia Geral que as tenha aprovado. Os planos anteriores apenas permitiam o exercício decorridos 3 anos, através da emissão de novas acções a aprovar em Assembleia Geral. Dado o valor de exercício actual, face ao aumento de capital de Outubro de 2001, e a cotação actual, o exercício das opções maduras em 2002 e em 2003 não representa qualquer interesse para os respectivos titulares. Todavia, a Assembleia Geral de 2001 permitiu que os titulares de opções dos planos anteriores (1999 e 2000), pudessem vir a exercê-las faseadamente segundo o regulamento aprovado naquela Assembleia Geral caducando os respectivos direitos em 2004 e 2005, para os planos de 1999 e 2000 respectivamente.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 36 of 59

Durante o exercício de 2002 foi interrompido o programa de “Stock Options”, não tendo sido fixado qualquer montante de acções com essa finalidade. A Comissão de Vencimentos é a entidade competente para proceder à distribuição de opções pelos membros do Conselho de Administração e Conselho de Estratégia e Internacionalização. Preferencialmente, o cumprimento do plano de “stock options” far-se-á através da emissão de novas acções mas, em função do número das opções cujo exercício for solicitado, poderá o Conselho de Administração optar, alternativamente ou cumulativamente, integral ou parcialmente pelo recurso à entrega de acções próprias ou aquisição das acções, por conta e em nome dos titulares, em mercado regulamentado. O regulamento de aplicação das “stock options” pode ser alterado, suspenso ou terminado na sua aplicação por deliberação do Conselho de Administração.

9.c.5 Gabinete de Apoio ao Investidor

O Departamento de Relações com Investidores e Institucionais tem como objectivo assegurar o adequado relacionamento com os accionistas, analistas financeiros e as entidades reguladoras do mercado de capitais nomeadamente a CMVM e a Euronext Lisbon. A prestação de informação poderá ser solicitada através do telefone ou através do site na Internet (www.pararede.com). Cabe a este departamento divulgar toda a informação relativa à empresa que seja relevante para o mercado através de comunicados, press releases ou conferências, bem como toda a informação de carácter financeiro, nomeadamente a divulgação das contas. A orientação deste departamento é levada a cabo pelo representante para as relações com o mercado, Dr. Pedro Rebelo Pinto.

9.c.6 Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas

Os Estatutos da Sociedade não contêm qualquer disposição relativa à participação e exercício de direitos de voto pelos Accionistas, regendo-se no essencial pelo Código das Sociedades Comerciais que à matéria se referem. A cada acção corresponde um voto. A prova de titularidade das acções para o exercício de voto em Assembleia Geral é feita através de certificado à entidade financeira intermediária ficando as acções bloqueadas até à sua realização. Os Accionistas podem fazer-se representar mediante simples carta a apresentar ao Presidente da Assembleia Geral com a antecedência a constar da convocatória. Quanto ao voto por correspondência, aos Accionistas é dado um prazo (em princípio oito dias a contar da publicação da convocatória) para manifestar a sua intenção de voto por correspondência, e após o envio pela sociedade dos boletins de voto e demais documentação, deverão os Accionistas remeter, em envelope fechado, ao Presidente da Assembleia Geral o certificado das acções e os boletins de voto preenchidos, com uma antecedência de oito a dez dias em relação à realização da Assembleia Geral.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 37 of 59

9.c.7 Regras Societárias

Não foram adoptados quaisquer documentos relativos a códigos de conduta ou regulamentos respeitantes a conflitos de interesses, sigilo ou incompatibilidades. O Conselho de Administração norteia -se pelos princípios éticos e disposições gerais e legais que às matérias em apreço são de aplicar. Igualmente não dispõe de unidades orgânicas internas específicas para gestão e controlo de risco fazendo assentar essa função em auditorias externas. Não se conhecem quaisquer limites ao exercício de direitos de voto. O Acordo Parassocial, datado de 8 de Junho de 1999, subscrito por oito accionistas individuais e três institucionais (Bancos), cessou a 8 de Junho de 2002, não tendo sido renovado.

9.c.8 Órgão de Administração

Nos termos dos estatutos o Conselho de Administração pode ser composto por nove, onze ou treze membros e é admitida a existência de uma Comissão Executiva. A Assembleia Geral de 18 de Junho de 2002, procedeu à recomposição do Conselho de Administração para o mandato em curso (2001 a 2003), tendo fixado o Conselho em nove elementos. O Conselho de Administração tinha à data de 31 de Dezembro de 2002 a seguinte composição:

Presidente Eng. Joaquim Serrão da Silva Correia

Vice- Presidente Dr. João Nuno de Oliveira Jorge Palma

Vogal Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos

Vogal Dr. Luís Paulo de Almeida Lagarto

Vogal Central Banco de Investimento, S.A., que designou o Dr. Luís Manuel Abrantes Marques

Vogal Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa, S.A., que designou o Eng. Nuno Miguel Pombeiro Gomes Diniz Clemente

Vogal Eng. Paulo Jorge Tavares Guedes

Vogal Banco BPI, S.A., que designou o Dr. Rui Manuel Rego Lopes Ferreira

Vogal Dr. Jorge Manuel de Brito Pereira

Ao longo do ano renunciaram, o Eng. Rui Martins Barata que não foi substituído, Rafael Jimenez Buendia substituído, por cooptação, pelo Dr. Jorge Manuel de Brito Pereira, o Eng. Pedro Manuel Moutinho Girão de Oliveira substituído, por cooptação, pelo Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 38 of 59

Ramos, e o Dr. José Augusto Carrilho Granado substituído, por cooptação, pelo Eng. Paulo Jorge Tavares Guedes. São membros independentes os elementos que compõem a Comissão Executiva, abaixo referidos, bem como o Dr. Jorge Manuel de Brito Pereira. Considera-se administrador independente o administrador que, podendo ter sido eleito em lista proposta por Accionistas, não representa, no Conselho de Administração, Accionistas individualmente considerados, e actua como gestor profissional sem qualquer dependência ou orientação dos Accionistas, que não sejam as estabelecidas em Assembleias Gerais. A ParaRede tem uma Comissão Executiva com competências expressamente delegadas e era constituída no início do exercício por quatro elementos. À data de 31 de Dezembro de 2002 era constituída pelos administradores Eng. Joaquim Serrão da Silva Correia, Dr. João Nuno de Oliveira Jorge Palma, e Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos. O Conselho de Administração reservou para si o seguinte conjunto de matérias: § O pedido de convocação de Assembleias Gerais; § A aprovação dos relatórios e contas anuais; § A aprovação de planos estratégicos de médio e longo prazo; § A cooptação de Administradores; § A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis; § A prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade; § As propostas de emissão de obrigações pela Sociedade; § A celebração de negócios entre a sociedade e os seus administradores, incluindo empréstimos,

garantias ou adiantamentos de remunerações superiores a um mês; § A mudança de sede; § A modificação relevante da estrutura ou actividade das sociedades participadas; § A constituição ou participação no Capital Social de outras sociedades e a celebração, neste

âmbito, de acordos parassociais; § A aquisição e alienação de participações sociais noutras sociedades; § O estabelecimento ou cessação de cooperação duradoura e importante com outras empresas ou

entidades; § Os projectos de fusão, cisão e de transformação da Sociedade.

O Conselho de Administração reúne no mínimo uma vez por mês, tendo realizado, ao longo do ano, treze reuniões. O Presidente da Comissão Executiva durante o exercício de 2002 foi simultaneamente Presidente do Conselho de Administração e em todas as reuniões do Conselho de Administração faz a síntese dos factos mais relevantes ocorridos no mês, distribuindo aos Administradores indicadores de actividade, contas mensais com especial relevo para os aspectos de financiamento, cobranças e carteira de negócios. Em matéria de remunerações, apenas são remunerados os Administradores que fazem parte da Comissão Executiva. Existe uma remuneração fixa e está prevista a atribuição anual de “stock options” cujos limites são fixados pela Assembleia Geral, bem como um prémio anual em função de eventuais mais valias realizadas com a venda de participações no Capital Social de empresas subordinadas ou aquisições de novas empresas, negócios ou parcerias que, no seu conjunto, provoquem impacto positivo no valor do Grupo.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 39 of 59

Atendendo à conjuntura que o sector das TI atravessou em 2002, as “stock options” fixadas pela Assembleia Geral para atribuição em 2002, como aliás as “stock options” atribuídas em planos de anos anteriores, não têm condições de exercício pelos respectivos titulares, em virtude do respectivo preço de exercício se situar muito acima da média das cotações dos últ imos doze meses. Assim e relativamente ao exercício de 2002, apenas é de considerar a parte fixa, tendo o valor, para o conjunto dos Administradores que integraram a Comissão Executiva, sido de 918.954 euros. Cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração em outras Sociedades Joaquim Serrão da Silva Correia § Sócio-gerente da Sociedade UNIT – Consultores de Empresas Lda, empresa familiar § Presidente do Conselho de Administração das empresas:

o BJS Software, S.L. o ParaRed Tecnologias de la Comunicacion, S.A.

João Nuno de Oliveira Jorge Palma § Presidente do Conselho de Administração das empresas:

o ParaRede – Serviços Financeiros e Administrativos, S.A o ParaRede Investments, SGPS, S.A. o Orebron Business – Consultadoria e Projectos, S.A. o NetPeople – Conteúdos Multimédia e Comércio Electrónico, S.A. o PluriRede – Sistemas de Comunicação, S.A.

§ Presidente da empresa ParaNet LLC § Vogal do Conselho de Administração das empresas:

o GRECE – Gestão de Rede Empresarial do Comércio Electrónico, S.A. o BJS Software, S.L o ParaRed Tecnologias de la Comunicacion, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração Liquidatário das empresas: o Datec – Sociedade Técnica de Sistemas, S.A., Sociedade em Liquidação o Admiras – Gestão Integrada de Redes, Aplicações e Sistemas, S.A., Sociedade em

Liquidação o ParaRede Internacional – Gestão e Promoção de Soluções e Sistemas Globais, S.A.,

Sociedade em Liquidação Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos

§ Presidente do Conselho de Administração das empresas:

o ParaRede Electronic Business Solutions – Comercialização de Sistemas de Informação e Comunicação, S.A.;

o Eurociber Portugal – Tecnologias de Informação S.A.; o ParaRede Information and Comunication Technology – Produção de Software e

Hardware S.A. § Vogal do Conselho de Administração das empresas:

o ParaRede Investments, SGPS, S.A.; o ParaRede – Serviços Financeiros e Administrativos, S.A

§ Liquidatário da empresa ParaRede Internacional – Gestão e Promoção de Soluções e Sistemas Globais, S.A., Sociedade em Liquidação.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 40 of 59

Luís Paulo de Almeida Lagarto § Vogal, com funções de gestão, do Conselho de Administração das empresas::

o CENTRAL – Banco de Investimento, S.A. § Vogal não executivo do Conselho de Administração das empresas:

o MS VINHOS, S.A. o PACTUS – Produtos Alimentares, S.A. o SÍTIUS – Serviços de informação e Turismo, S.A. o Madragoa Filmes – Exibição – SGPS, S.A.

Luís Manuel Abrantes Marques § Vogal, com funções de gestão, do Conselho de Administração das empresas::

o CENTRAL – Banco de Investimento, S.A. o CENTRAL – Fundos, SGFIM, S.A. o NCO – Gestão de Patrimónios, S.A. o CBI Finance, Limited o CBI – SGPS, S.A. o CBI Equity, Limited

Nuno Miguel Diniz Clemente § Integra o Conselho de Administração das seguintes empresas, em representação do Banco

Espírito Santo: o E.S. CONTACT CENTER – Gestão de Call Centers, S.A. o E.S. INTERACTION – Sistemas de Informação Interactivos, S.A. o CREDIFLASH – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A.

Rui Manuel Rego Lopes Ferreira § Vogal, com funções de gestão, do Conselho de Administração das empresas:

o Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. o Solo, SGPS, S.A.

§ Vogal não executivo do Conselho de Administração das empresas: o FIEP – Fundo para a internacionalização das Empresas Portuguesas, SGPS, S.A. o Telemanutenção – Assistência Remota a Computadores, S.A. o SVB, SGPS, S.A. o ENSITEL, SGPS, S.A. o Change, SGPS, S.A. o Caderno Verde – Comunicação, S.A. o First Media – Comunicação, S.A. o Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA o SDEM – Sociedade de Desenvolvimento Empresarial da Madeira, S.A. o Whatevernet Computing, Sistemas de Informação em rede , S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da SIUP – Sociedade Imobiliária da Urbanização do Parque, S.A.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 41 of 59

Paulo Jorge Tavares Guedes § Vogal não executivo, em representação da Espírito Santo TechVentures do Conselho de

Administração da QUADRIGA S.A. § Professor Associado no Instituto Superior Técnico § Director de Informática na Espírito Santo TechVentures

Jorge Manuel de Brito Pereira § Secretário da Mesa da Assembleia Geral da PARAREDE, SGPS, SA. § Presidente da Mesa da Assembleia Geral das empresas:

o Eurociber, SA. o SOCET, SDR.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 42 of 59

9.d Evolução da Gestão

(alínea a. do artigo 66 do Código das Sociedades Comerciais)

9.d.1 Condições de mercado

Durante o ano de 2002 continuou a verificar-se uma quebra na procura de soluções de TI, assistindo-se a uma contenção orçamental cada vez maior por parte dos clientes tradicionais deste tipo de produtos e serviços. Esta contenção tem-se reflectido no mercado, com uma pressão cada vez maior a ser exercida sobre os preços e uma dificuldade crescente em fechar novos negócios. A ParaRede foi, à semelhança da maioria das empresas de TI, afectada de forma negativa por esta conjuntura. Como forma de contrariar esta tendência, e tendo em vista a dinamização da sua actividade comercial, a ParaRede procedeu durante o último trimestre de 2002 a um reforço significativo da sua estrutura comercial.

9.d.2 Análise e interpretação de custos e proveitos

* Inclui a empresa Catálogo Electrónico de Produtos e exclui no mês de Dezembro a empresa Rumos

Demonstração de Resultados Consolidadaproforma CEP/RUM Variação Var. YoY

(valores em Eur '000) 2001 2001* 2002 YoY Proforma

Vendas 13.110 13.112 6.045 -53,9% -53,9%Prestação de Serviços 27.014 27.912 20.356 -24,6% -27,1%Receitas Totais 40.124 41.024 26.401 -34,2% -35,6%CMVMC 10.023 10.018 3.661 -63,5% -63,5%Margem Bruta 30.100 31.006 22.740 -24,5% -26,7%Margem Bruta 75,0% 75,6% 86,1%

TPE's 1.578 1.416 398 -74,8% -71,9%Subsídios à Exploração 1.259 896 2.322 84,4% 159,2%

FSE's 22.958 23.287 16.435 -28,4% -29,4%Custos com Pessoal 27.814 28.239 17.451 -37,3% -38,2%EBITDA -17.791 -18.167 -8.614 51,6% 52,6%Margem EBITDA -44,3% -44,3% -32,6%EBITDA Ajustado de TPE's -19.369 -19.583 -9.011 53,5% 54,0%Margem EBITDA ajustado de TPE's -48,3% -47,7% -34,1%

Amortizações 15.073 15.521 11.255 -25,3% -27,5%Provisões 10.075 10.028 521 -94,8% -94,8%EBIT -42.939 -43.716 -20.389 52,5% 53,4%Margem EBIT -107,0% -106,6% -77,2%

Resultados Financeiros -646 -631 -7.089 -997,1% -1022,7%

Resultados Extraordinários -74.324 -79.953 -15.957 78,5% 80,0%

Resultados Antes de Impostos -117.910 -124.300 -43.435 63,2% 65,1%Resultado Líquido -113.950 -120.287 -43.538 61,8% 63,8%Margem Líquida -284,0% -293,2% -164,9%

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 43 of 59

Durante o exercício de 2002, e ao nível do perímetro de consolidação do Grupo ParaRede, verificaram-se duas importantes alterações, nomeadamente a incorporação da empresa Catálogo Electrónico de Produtos e a exclusão do Grupo Futursis/Rumos no último mês do ano de 2002. Relativamente aos Resultados no período, estes reflectem de forma progressiva o desenvolvimento e implementação da orientação estratégica delineada no Plano de Restruturação (PR), que contemplava a eliminação de ineficiências estruturais no Grupo e a consolidação das operações nas áreas-chave de actuação, através da focalização no fornecimento de Serviços Horizontais de Tecnologias de Informação, complementado com a área de Formação e Outsourcing e ainda uma base sólida de actuação no fornecimento de infra-estruturas de informação. Por outro lado, a implementação das linhas estratégicas definidas no PR permitiu igualmente uma reestruturação e ajuste da capacidade produtiva do Grupo ao seu mercado expectável, bem como uma racionalização de custos e eliminação de áreas internas que representavam um nível considerável de cash-burn para a ParaRede. Simultaneamente, a actuação do Grupo no ano de 2002 ficou pautada pela resolução de um conjunto de contingências que condicionavam a actividade da empresa, bem como o lançamento de um novo ciclo empresarial, em particular a partir do mês de Setembro de 2002, apostando na dinamização comercial do Grupo e no estabelecimento de parcerias estratégicas e tecnológicas enquadradas na estratégia do Grupo. A implementação do referido Plano de Reestruturação desenvolvido pelo Grupo ParaRede deverá ser enquadrada à luz da observância nacional e internacional de uma conjuntura particularmente desfavorável, tanto a um nível macro-económico como ao nível do sector de TI, confirmando os indícios que se que se foram progressivamente evidenciando ao longo dos três primeiros trimestres do ano. Volume de Negócios – Análise Anual O volume de negócios consolidado do Grupo ascendeu no exercício a cerca de 26,4 milhões de euros, representando um decréscimo de 34,2% face ao ano de 2001, e um decréscimo de 35,6% considerando as contas pró-forma de 2001 com a inclusão da empresa Catálogo, cujas contas de 2002 foram totalmente incorporadas no perímetro de consolidação, e exclusão do mês de Dezembro das contas do Grupo Futursis/Rumos, que saiu do perímetro em Dezembro de 2002.

Receitas por área de negócio

Euro '000

Receitas por Área de Negócio 20012001

ProForma * 2002 Var %Business Integration 32.440 34.158 21.675 -37%

Produtos e Mercadorias 12.339 12.426 5.909 -52%Serviços 20.101 21.732 15.767 -27%

Outsourcing & Training** 7.276 6.096 7.046 16%Receitas 6.025 5.208 4.726 -9%Formação Subsidiada (Subs. à Exploração) 1251 887 2.320 161%

Collaboration Hubs & B2C 1.659 1.659 0 -100%Total** 41.375 41.912 28.722 -31,5%* Inclui empresa Catálogo Electrónico de Produtos SA e exclui o mês de Dez 2001 da Rumos** A área de Outsourcing & Traning inclui os valores relativos a Formação Subsidiada que foram contabilizados em Subsídios à Exploração

O decréscimo apresentado ao nível das receitas deve ser analisado atendendo aos seguintes factores:

1. No valor total de Proveitos da área de Outsourcing & Training, cerca de 2.320 mil euros

dizem respeito a Formação Subsidiada registados na rubrica de Subsídios à Exploração e não

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 44 of 59

incluídos no Volume de Negócios consolidado. Incluindo este montante em 2002 e 2001, uma vez que o mesmo diz respeito a vendas recorrentes, a quebra nas receitas referida reduz-se em 4,1 pontos percentuais;

2. Em linha com a estratégia definida no Plano de Restruturação, as Receitas, nas áreas dos

projectos Internet descontinuados – Collaboration Hubs e B2C – foram nulas, o que explica 1.659 mil euros da redução no total no Volume de Negócios do Grupo. Ajustando as Receitas de 2001 deste factor, é possível observar uma redução na quebra referida de 2,9 pontos percentuais;

As receitas ajustadas destes dois factores colocam a quebra registada no Volume de Negócios consolidado em 28,6% face ao período homólogo.

3. Alteração do Mix de Vendas na área de Business Integration, caracterizada por uma forte

redução da venda de mercadorias (-53,0%) consequente da estratégia de focalização na prestação de serviços.

4. Confirmando os indícios evidenciados ao longo dos três primeiros trimestres, observou-se

durante o ano de 2002 uma quebra generalizada na procura de Soluções de TI’s, tanto a nível nacional como internacional, registando-se um fenómeno generalizado de alargamento temporal nos processos de decisão, com maior incidência nos sectores da Administração Pública e Serviços Financeiros. Este fenómeno traduziu-se num aumento dos ciclos de venda, que teve impacto negativo no Volume de Negócios, em particular na área de Business Integration.

5. Deve ainda ser considerado pela sua dimensão e profundidade, quer ao nível dos processos de

negócio quer ao nível das Unidades de Negócio, o impacto decorrente do processo de restruturação e consequente ajustamento da capacidade produtiva do Grupo, iniciado ainda no exercício de 2001.

Receitas por Área de Negócio – evolução year-on-year

Euro '000

Receitas por Área de Negócio 20012001

ProForma * % 2002 %Variação

YoYBusiness Integration 32.440 34.158 81% 21.675 75% -37%

Information Infrastructure 14.696 14.696 35% 7.314 25% -50%Enterprise Management Solutions 3.734 3.734 9% 2.472 9% -34%Web Services 6.711 8.429 20% 5.263 18% -38%IT Consulting & Custom Solutions 7.298 7.298 17% 6.626 23% -9%

Outsourcing & Training** 7.276 6.096 15% 7.046 25% 16%Collaboration Hubs & B2C 1.659 1.659 4% 0 0% -100%Total** 41.375 41.912 100% 28.722 100% -31%* Inclui empresa Catálogo Electrónico de Produtos SA e exclui o mês de Dez 2001 da Rumos** A área de Outsourcing & Traning inclui os valores relativos a Formação Subsidiada que foram contabilizados em Subsídios à Exploração

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 45 of 59

Receitas por Área de Negócio – decomposição

Web Services18%

Information Infrastructure

25%

Enterprise Management Solutions

9%

Outsourcing & Training**

25%

IT Consulting & Custom Solutions

23%

Da decomposição das receitas por área de negócio pode-se observar uma quebra de 37% no domínio de Business Integration, ressaltando, no entanto, uma quebra de apenas 9% na área de IT Consulting & Custom Solutions. Este valor reflecte a referida estratégia adoptada de focalização do negócio que previa uma aposta do Grupo nesta área, através da prestação de serviços de alto valor acrescentado, permitindo desta forma o estabelecimento de uma presença ao longo de toda a cadeia de valor dos Clientes. Por outro lado, relativamente à área de Information Infrastructure, a quebra registada nas receitas atingiu os 50%, reflectindo uma conjuntura particularmente negativa nesta área. Em Dezembro de 2002, no âmbito da alienação da participação no Grupo Futursis/Rumos, foi delineado um programa que visa uma continuidade de colaboração de negócio entre o Grupo ParaRede e a Rumos com vista ao estabelecimento de um protocolo de colaboração entre as duas empresas. Desta forma, será garantida a continuidade dos serviços prestados por esta empresa ao Grupo ParaRede nas áreas de Formação e Outsourcing de recursos humanos, assegurando-se assim a manutenção desta oferta na cadeia de valor da ParaRede bem como as sinergias existentes entre os negócios de ambas as empresas.

Receitas vs. Cash Flow Operacional – Análise Anual

13.1126.045

27.912

20.356

-19.583-9.011

-25.000

-15.000

-5.000

5.000

15.000

25.000

35.000

45.000

2001* 2002

Val

ore

s em

eu

r '0

00

Vendas Prestação de Serviços EBITDA Ajustado de TPE's

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 46 of 59

O EBITDA ajustado de Trabalhos para a Própria Empresa apresentou um valor de –9.011 mil euros, registando uma melhoria de cerca de 54% comparativamente a um valor de –19.583 mil euros em 2001. Este fenómeno resulta dos efeitos da implementação do Plano de Restruturação, em particular ao nível da orientação e redimensionamento dos negócios do Grupo e da racionalização da estrutura de custos.

Margem Bruta – Análise Anual

41.024

26.401

17.833

8.629

86,1%

75,6%

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

2001 2002

Val

ore

s em

eu

r '0

00

70,0%

72,0%

74,0%

76,0%

78,0%

80,0%

82,0%

84,0%

86,0%

88,0%

Receitas Totais Custos Variáveis Margem Bruta

Aumento da margem bruta dos 75,6% das vendas em 2001 para os actuais 86,1% no período em análise, devido fundamentalmente à alteração no mix de negócios do Grupo. Esta alteração reflecte positivamente a orientação traçada no Plano de Reestruturação, que ao estabelecer o reposicionamento da empresa como fornecedora de serviços e a afectação dinâmica da capacidade disponível, permitiu potenciar a prestação de serviços horizontais do Grupo. Estas premissas permitiram o aumento do peso relativo das prestações de serviços nas receitas totais, de 68% em 2001 para 76,7% em 2002; Redução de 71,9% na rubrica de Trabalhos para a Própria Empresa, resultado do recuo estratégico do Grupo no desenvolvimento de produtos próprios, o que se reflectiu na redução da actividade em Investigação e Desenvolvimento (I&D);

Custos Operacionais Fixos – Análise Anual

28.239

17.451

15.473

11.467

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2001 2002

Va

lore

s e

m e

ur

'00

0

Custos com Pessoal FSE's

-25,9%

-38,2%

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 47 of 59

Diminuição de 29,4% nos FSE’s. Esta rubrica ao ser decomposta entre subcontratos e outros FSE’s, merece os seguintes comentários: § Decorrente da redução verificada na rubrica de Prestação de Serviços, os subcontratos registaram

uma natural diminuição de 36,4%, um valor superior à quebra registada na prestação de serviços de 27,5%, pelo que se observou um aumento da margem de prestação de serviços;

§ Relativamente aos outros FSE’s, estes registaram uma quebra de 25,9%, resultado das medidas

de contenção de custos fixos e também dos efeitos associados à própria redução do número de efectivos (diminuição substancial das rendas pagas com edifícios e viaturas, despesas de comunicações, etc.).

Nos custos com pessoal, resultante da diminuição de headcount verificada no Grupo (de 580 para 344), observou-se uma diminuição de 38,2%, reflectindo a adaptação da estrutura do Grupo ao seu mercado potencial. Resultado Líquido – Análise Anual As amortizações registaram um decréscimo de 27,5% relativamente ao ano de 2001. Esta redução está relacionada essencialmente com os seguintes factores: § amortização extraordinária de activos efectuada em 2001, no âmbito do plano de reestruturação; § abates de imobilizado incorpóreo, totalmente amortizado; § forte redução do investimento em 2001 e 2002;

Quanto às provisões, voltaram a registar um valor normal, não comparável com 2001, ano em que se incluiu o provisionamento de contas relativas a clientes das áreas de B2C e B2B; Significativo crescimento dos encargos financeiros, devido a: § aumento do endividamento e respectivos encargos com o serviço da dívida, encargos estes que

ascenderam a cerca de 1,6 milhões de euros; § diferenças de câmbio decorrentes da actividade no Brasil, resultado da desvalorização do Real,

diferenças que representaram um encargo de cerca de 5,8 milhões de euros; Os resultados extraordinários registaram um valor de cerca de –16,0 milhões de euros, com a seguinte decomposição: § Custos – cerca de 33,5 milhões de euros, sendo de destacar:

1. Amortização Extraordinária da empresa Eurociber no montante de 11.004 mil euros. Esta amortização enquadra-se no âmbito da reserva colocada em 2001 por parte da sociedade responsável pela auditoria do Grupo, relativa ao valor líquido registado na rubrica de “Trespasse” referente à aquisição da Eurociber. Neste sentido, a Administração decidiu proceder a uma reavaliação do valor dos capitais próprios da referida empresa, tendo para o efeito recorrido a uma entidade independente.

2. Aumento de amortizações e provisões que inclui a amortização extraordinária da Catálogo (já provisionada), no montante de 8.324 mil Euros e da Eztrade no montante de 1.746 mil euros;

3. Dívidas incobráveis no valor de 3.705 mil euros, cerca de 84% do qual, já provisionado; 4. Outros custos e perdas extraordinárias, que incluem cerca de 1.700 mil euros de custos de

reestruturação, nomeadamente indemnizações a pessoal e FSE’s associados a efectivos sairam da empresa, e cerca de 1.500 mil euros de perdão de dívida à Commerce Center of Southern Africa, antiga participada do Grupo;

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 48 of 59

§ Proveitos – cerca de 17,5 milhões de euros, onde se destacam:

1. Redução de amortizações e provisões, que inclui a redução da provisão criada para a contingência do investimento na empresa Catálogo, no montante de 8.324 mil Euros e da provisão criada para dívidas consideradas incobráveis, nomeadamente de clientes da área de Collaboration Hubs, no montante de 3.700 mil euros;

2. A rubrica de Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários que inclui cerca de 779 mil euros, referentes ao reconhecimento de subsídios obtidos para projectos de desenvolvimento, e 2.474 mil euros relacionados com o acordo com a Sterling Commerce mediante o qual se conseguiu uma redução dos montantes em dívida.

Os prejuízos consolidados registaram um valor de aproximadamente 43,5 milhões de euros, registando uma diminuição de 63,8% face a 2001. Volume de Negócios – Análise Trimestral

Demonstração de Resultados Consolidada 3Q02 4Q02 VariaçãoVariação

QoQ(valores em Eur '000) 3Q02 EX RUM 4Q02 EX RUM QoQ EX RUM

Vendas 1.435 1.456 2.466 2.297 71,8% 57,8%Prestação de Serviços 4.719 3.592 5.816 4.809 23,3% 33,9%Receitas Totais 6.154 5.047 8.282 7.106 34,6% 40,8%CMVMC 738 705 2.244 2.167 203,9% 207,4%Margem Bruta 5.415 4.343 6.038 4.939 11,5% 13,7%Margem Bruta 88,0% 86,0% 72,9% 69,5% -19,2%

TPE's 116 83 104 104 -9,7% 26,3%Subsídios à Exploração 489 0 468 1 -4,3% NACustos Fixos 6.764 5.436 6.935 5.524 2,5% 1,6%FSE's 3.730 2.485 3.839 2.942 2,9% 18,4%Custos com Pessoal 4.110 3.814 4.332 3.934 5,4% 3,1%EBITDA -1.864 -1.914 -1.634 -1.902 12,4% 0,7%Margem EBITDA -30,3% -37,9% -19,7% -26,8%

O volume de negócios consolidado do Grupo observou no 4º trimestre um forte crescimento de 34,6% quando comparado com o terceiro trimestre do ano, valor este que ascende a 40,8% QoQ quando analisada apenas a área de Business Integration, ajustando os valores em causa através da exclusão do Grupo Futursis/Rumos (alienado em Dezembro de 2002). Este bom desempenho ao nível das receitas, relativamente ao terceiro trimestre, deve-se essencialmente a dois factores:

§ Forte aposta na vertente comercial do Grupo com um importante reforço da sua equipa; § 4º Trimestre tipicamente forte, e 3º trimestre tipicamente fraco, dado o período de férias do mês

de Agosto. Relativamente à Margem Bruta, podemos observar um acréscimo de 13,7%, valor este inferior ao acréscimo verificado ao nível das Receitas. Este facto fica a dever-se, na recuperação observada ao nível do Volume de Negócios, à incidência de projectos com ciclos de venda mais curtos (os primeiros negócios, decorrentes do novo ciclo de dinamização comercial, a ter impacto nos resultados), e que tipicamente geram margens mais reduzidas. Cash Flow Operacional – Análise Trimestral

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 49 of 59

O EBITDA ajustado de Trabalhos para a Própria Empresa (TPE’s) apresentou um valor de –1.738 mil euros, o que representa uma diminuição de prejuízos operacionais de 12,2%, relativamente ao terceiro Trimestre. Comparação proforma, excluindo o Grupo Futursis/Rumos nos últimos dois Trimestres do corrente exercício, constata-se a manutenção do valor do EBITDA, assumindo este o valor negativo de 2.006 mil euros. De notar que os custos fixos aumentaram 1,6% de um trimestre para o outro, devido ao reforço da equipa comercial, o qual foi compensado por uma maior contenção ao nível dos FSE’s fixos.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 50 of 59

9.e Recursos Humanos

Desde sempre a ParaRede tem considerado o capital humano como um recurso estratégico essencial e determinante para uma prestação qualificada do Grupo para com os seus Clientes, procurando, em paralelo, fomentar bons níveis de satisfação e retenção selectiva dos seus colaboradores. O Grupo contava, em 31 de Dezembro de 2001, com 580 colaboradores nos seus quadros. No final do primeiro semestre do exercício de 2002, o número de colaboradores atingia os 437, tendo encerrado o ano com 344 colaboradores nos seus quadros. Em particular, a redução de colaboradores esteve relacionada com: § Continuidade de desinvestimento nas áreas de negócio B2C e B2B com a redução das posições

accionistas e do envolvimento do Grupo na gestão dos projectos em curso (Certipor, Grece, Agenciafinanceira, Digital City, NetPeople);

§ Redução dos recursos de I&D alocados ao desenvolvimento de determinados produtos próprios (essencialmente ParaRede ICT);

§ Racionalização das operações internacionais – Brasil e Espanha; § Racionalização dos Centros Corporativos (Pararede SGPS e SFA).

Tratou-se acima de tudo de um processo encarado como uma medida necessária para a viabilização da empresa, tendo envolvido colaboradores altamente competentes então afectos a áreas entretanto definidas como não core no novo plano estratégico. Procurou-se apoiar a recolocação dos colaboradores envolvidos através do recurso a serviços especializados neste domínio, com resultados francamente positivos. O Quadro de Recursos Humanos do Grupo ParaRede registou a evolução a seguir indicada:

Evolução de Recursos Humanos

Empresa 2000 2001 2002

ParaRede SGPS, SA 28 21 5

ParaRede – Electronic Business Solutions, SA 133 83 68

ParaRede – Information and Comunication Tecnhologies , SA

157 144 43

ParaRede - Serviços Financeiros e Administrativos, SA 35 50 53

ParaRede – Investments, SA - 1 -

ParaRede Brasil, Ltda 31 4 -

ParaRede Internacional, S.A. - 1 -

Parared - Tecnologias de la Comunicacion, SA 13 - -

BJS – Software, SL 42 50* 41*

NetPeople – Conteúdos Multimédia e Comércio Electrónico, SA

29 - -

Rumos – Comunicação e Formação, SA*** 34 59 -

GRECE – Gestão de Rede Empresarial de Comercio Electrónico, SA

9 2 -

AgeFinan – Agencia de Notícias Financeiras, SA 5 - -

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 51 of 59

Certipor – Sociedade Portuguesa de Certificados Digitais, SA***

16 1 -

Portalimentar, SA** - 2 -

Eurociber, SA - 132 122

EZTrade - 30 -

CEP – Catálogo Electrónico de Produtos, SA - - 12

Total 532 580 344 * Inclui os colaboradores da ParaRed – Tecnologias de la Comunicacion, SA ** Deixou de fazer parte do Grupo ParaRede durante o primeiro semestre de 2002 *** Deixou de fazer parte do Grupo ParaRede durante o segundo semestre de 2002

A evolução verificada na população do Grupo, em termos de idade, antiguidade e formação profissional, é a apresentada no quadro seguinte:

Evolução da População do Grupo ParaRede

Evolução da População 1999 2000 2001 2002

Quadro pessoal 318 532 580 344

Idade média 33 32 31 32

Antiguidade 2 2 2 4

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 52 of 59

9.f Investimentos

Imobilizado O investimento realizado durante o ano 2002 foi, à semelhança do que já tinha acontecido em 2001, condicionado pela conjuntura do mercado de Tecnologias de Informação e também por especificidades do próprio Grupo ParaRede associadas à necessidade de resolução de várias contigências. Deste modo, o Grupo limitou o seu investimento a imobilizações em curso no valor de 462 mil euros e à manutenção e reposição de equipamentos, nomeadamente equipamento básico, de transporte e administrativo. O investimento corpóreo ascendeu a 508 mil euros. O Imobilizado Bruto do Grupo registou uma diminuição significativa no ano de 2002, no montante de cerca de 25,6 milhões de euros, que se prendem com diversos abates e alienações efectuados, nomeadamente: § Alienação da participação de 100% na Futursis, que consolida a 100% as contas da Rumos; § Abate na rubrica de Investigação e Desenvolvimento (I&D), do qual cerca de 8,1 milhões de

euros dizem respeito à aquisição de uma licença de software à Sterling Commerce, com o objectivo de operar e-marketplaces. Este montante encontrava-se totalmente amortizado, pelo que se procedeu ao seu abatimento;

§ Abate na rubrica de Propriedade Industrial – cerca de 4,4 milhões de euros relativos a direitos de propriedade industrial da ParaRede Espanha. Este montante encontrava-se totalmente amortizado;

§ Liquidação de activos da EZ Trade, que teve um impacto de cerca de 2,4 milhões de euros. Investimentos Financeiros A ParaRede registou uma redução nos Investimentos Financeiros de cerca de 2,6 milhões de euros, resultado essencialmente das seguintes operações: § Alienação da participação na Commerce Centre of Southern Africa – impacto de cerca de 1,5

milhões de euros; § Aquisição de 51% da empresa Catálogo Electrónico de Produtos, e consequente inclusão das

suas contas no perímetro de consolidação da ParaRede. Uma vez que a ParaRede tinha adiantado o pagamento referente a uma parcela dos restantes 49%, esta operação originou uma transferência, do montante referente a este adiantamento, da rubrica “Adiantamentos por conta de Investimentos Financeiros” para “Diferenças de Consolidação”. Este montante ascende a cerca de 0,9 milhões de euros.

Goodwill A ParaRede, SGPS, S.A. registou, em termos consolidados um aumento de Goodwill no montante de cerca de 2 milhões de euros, relativo ao valor líquido entre as diferenças de consolidação decorrentes da aquisição de 100% e consequente inclusão no perímetro de consolidação da empresa Catálogo Electrónico de Produtos, e a alienação das empresas Futursis/Rumos. O Goodwill resultante da operação Catálogo foi amortizado neste período por se tratar da resolução de uma contingência.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 53 of 59

9.g Internacionalização

10% 90%

11% 89%2001

2002

Participação em % no Total de Vendas

Internacional Portugal

A actividade internacional do Grupo durante o ano de 2002, registou um Volume de Vendas de 2.760 milhares de euros, que representa 10% do Volume Total de Receitas do Grupo no ano, contra uma percentagem de 11% em 2001. A actividade internacional do Grupo em 2002 compreende as actividades das empresas BJS/ParaRed, em Espanha, e EZtrade, no Brasil. A BJS/ParaRed resulta do processo de racionalização da operação da ParaRed Espanha que teve como objectivo o reequilibro da sua actividade operacional, através da sua incorporação na estrutura da BJS. A 27 de Fevereiro de 2003, a EZTrade encerrou as suas actividades operacionais, mantendo a sua existência jurídica como “dorment company”. Este reequacionamento da estratégia de actuação do Grupo no mercado brasileiro insere-se nas linhas de acção definidas no plano de restruturação, que determinava um forte desinvestimento nas áreas de negócio B2B, acompanhado de uma redução do envolvimento do Grupo na gestão destes projectos e um reposicionamento como fornecedor de serviços e tecnologia.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 54 of 59

9.h Factos Relevantes Ocorridos após o termo do exercício

Do final do exercício até à data da elaboração do presente relatório, registou-se a ocorrência dos seguintes factos: § ParaRede amplia Plataforma de Gestão de Redes de Clientes da PT Prime - A ParaRede

anunciou a 13 de Fevereiro de 2003, que a PT Prime lhe adjudicou a actualização da sua Plataforma de Gestão de Redes de Clientes. Trata-se de um upgrade da actual solução da PT Prime que tem como objectivo escalar a Solução de Gestão de acordo não só com a dimensão do actual universo de clientes a gerir, mas também prepará-la para responder às perspectivas de evolução. O projecto inclui o fornecimento do software e hardware necessários à actualização da solução existente, bem como a prestação de serviços de planeamento, especificação técnica, gestão do projecto, implementação, testes de aceitação e apoio ao arranque;

§ EZTrade encerra actividades operacionais no Brasil - A ParaRede anunciou a 26 de Fevereiro

de 2003, que a EZTrade, sociedade do Grupo ParaRede actuante no mercado brasileiro, encerra as suas actividades operacionais no dia 27 de Fevereiro, sendo no entanto intenção da administração a manutenção da sua existência jurídica como “dorment company”. Adicionalmente, e de acordo com comunicado da sociedade datado de 15 de Novembro de 2002, o Grupo irá manter a sua presença no Brasil através de um acordo para a utilização da tecnologia WebEDI da ParaRede, no território brasileiro, pela Sterling Commerce;

§ ParaRede fornece Banco de Portugal - O Banco de Portugal adjudicou à ParaRede, o

fornecimento de serviços de assistência e de manutenção do seu parque de equipamentos de microinformática, através de um contrato anual de manutenção;

§ Alteração do Conselho de Administração e da Comissão Executiva – A ParaRede SGPS, S.A.

anunciou a 27 de Fevereiro de 2003 o seguinte: na sequência de proposta da Comissão Executiva e de deliberação do Conselho de Administração desta mesma data, procedeu-se à reestruturação da Comissão Executiva da sociedade, através dos seguintes actos: (i) o Senhor Eng. Silva Correia e o Senhor Dr. João Nuno Palma deixaram de integrar a Comissão Executiva da sociedade, mantendo-se como Administradores não executivos, tendo sido substituídos pelo Senhor Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos (na qualidade de novo Presidente da Comissão Executiva) e pelo Senhor Engenheiro Paulo Jorge Tavares Guedes; (ii) na sequência de carta de renúncia apresentada pelo Senhor Dr. Jorge de Brito Pereira, este cessou as suas funções como Administrador da sociedade, tendo sido substituído pelo Senhor Dr. Pedro Rebelo Pinto, designado por cooptação, que fará também parte da Comissão Executiva.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 55 of 59

9.i Evolução Previsível da Sociedade

(alínea c. do artigo 66 do Código das Sociedades Comerciais) Encontrando-se em fase adiantada de implementação o Plano de Reestruturação do Grupo, resolvido o conjunto de contingências que condicionavam a actividade do Grupo, encontram-se restabelecidas as condições de base para se iniciar em 2003 um novo ciclo empresarial, reiterando como objectivo fundamental conseguir o equilíbrio operacional do Grupo no ano de 2003, na sequência da tendência registada ao longo dos trimestres de 2002. Após um período de restruturação que evidenciou, em termos financeiros, uma significativa racionalização dos custos fixos, perspectiva-se neste novo ciclo uma actuação prioritária ao nível das receitas, potenciando a complementaridade da oferta do Grupo e confirmando as suas áreas de negócio core – infraestruturas de informação, consultoria e integração de sistemas, web services, soluções de gestão empresarial e outsourcing de ambientes de TI.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 56 of 59

9.j Acções Próprias adquiridas e alienadas durante o Exercício

Durante o exercício de 2002 não foram adquiridas ou alienadas quaisquer acções próprias. O saldo de acções próprias a 31 de Dezembro de 2002 é idêntico ao saldo de acções próprias a 31 de Dezembro de 2001, totalizando 212.806 (duzentas e doze mil, oitocentas e seis) acções. Todas as acções admitidas à cotação na Euronext Lisbon têm o valor nominal de 0,40 euros.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 57 of 59

9.l Negócios com a Sociedade

Não foram concedidas quaisquer autorizações para a realização de negócios entre a Sociedade e os seus Administradores durante o exercício de 2002.

9.m Proposta de Aplicação de Resultados

Propomos que o Resultado Líquido do exercício de 2002, negativo no montante de 43.538.298 euros, seja transferido para Resultados Transitados.

9.n Sucursais

A sociedade não tem sucursais.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 58 of 59

Anexo ao Relatório de Gestão do exercício de 2002

Participação dos Membros dos Orgãos de Administração e Fiscalização, na Sociedade e em Sociedades em relação

de domínio ou de Grupo (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais)

Concelho de Administração da ParaRede, SGPS Oneradas Acções detidas

Quantidade Data Preço(Eur) Quantidade Data Preço(Eur) 31-Dez-02

Joaquim Silva Correia - - - - - - - -

João Nuno Palma - - - - 232.975 Jan-02 0,69 -

Paulo Miguel Gonçalves Ramos - - - - - - - -

Pedro Manuel Girão** - - - - - - - -

Rui Martins Barata* - - - - - - - -

João Figueiredo Pereira* - - - - 353.179 Jun-02 0,33 -

Manuel Reis Sobral* - - - - 269.650 Jun-02 0,33 -

Rafael Jimenez Buendia** - - - - - - - -

Nuno Clemente - - - - - - - -

Paulo Tavares Guedes - - - - - - - -

José Augusto Granado** - - - - - - - -

Rui Lopes Ferreira - - - - - - - -

Luís Lagarto - - - - - - - -

Luís Manuel Marques - - - - - - - -

Jorge Brito Pereira - - - - - - - 1.652

Concelho Fiscal da ParaRede, SGPS

Raúl Bordalo Junqueiro - - - - - - - 15.000

Manuel Pinto Machado 65.200 Jun-02 0,30 99.252

Vítor Rodrigues de Oliveira - - - - - - - -* Deixaram de pertencer ao Conselho de Administração da ParaRede no 1º semestre de 2002**Deixaram de pertencer ao Conselho de Administração da ParaRede no 2º semestre de 2002.

Adquiridas Vendidas

Participações Qualificadas Para efeitos da alínea e) do nº 1 do artigo 6º do regulamento 11/2000 da CMVM, apresenta-se a lista de titulares de participações qualificadas conhecidas a 31 de Dezembro de 2002 calculadas nos termos do art.20º do Código dos Valores Mobiliários, e também, para efeitos do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, quando a lista dos accionistas que na data do encerramento do exercício de 2002, são titulares de pelo menos um décimo do capital da sociedade:

Participação qualificada na ParaRede,SGPS,S.A. nº de acções % do Capital % Dtos de votoCentral Banco de Investimento 7.155.232 5,72% 5,73%Banco Português de Investimento,S.A. 56.212 0,04% 0,05%Banco BPI, S.A. 4.811.910 3,85% 3,85%BPI Fundos - Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. 21.177 0,02% 0,02%Total das acções detidas/imputáveis ao BPI-SGPS 4.889.299 3,91% 3,92%Banco Espírito Santo, S.A. 11.872.510 9,49% 9,51%Grupo BSCH 40.000.000 31,98% 32,03%

Junta-se ainda, a lista de accionistas que deixaram de ser titulares dessas participações durante o ano de 2002: § A PME Capital, adquiriu em 26 de Junho de 2002, 2.771.000 acções representativas de 2.22%

dos direitos de voto correspondentes ao capital da ParaRede. Em 28 de Junho de 2002, a PME Capital reduziu a sua participação para 1,18% dos direitos de voto correspondentes ao capital da ParaRede, deixando de ter nesta data uma participação qualificada na ParaRede;

§ Manuel Reis Sobral, deixou de ter 2% ou mais dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade a partir do dia 21 de Junho de 2002;

§ João Figueiredo Pereira, deixou de ter 2% ou mais dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade a partir do dia 25 de Junho de 2002.

§ Carlos Coelho de Campos, deixou de ter 2% ou mais dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade a partir do dia 2 de Agosto de 2002.

RReellaatt óórriioo ee CCoonntt aass 22000022

Page 59 of 59

§ A Sterling Commerce Inc., deixou de ter 2% ou mais dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade a partir do dia 9 de Julho de 2002.

(valores em Euros)

ACTIVO 31-12-2002 31-12-2001

AB AP ALIMOBILIZADO

Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação 5.064.081 4.445.464 618.617 1.776.812 Despesas de investigação e desenvolvimento 13.201.222 11.350.022 1.851.200 4.266.052 Prop. Intelectual e Outros Direitos 223.082 209.670 13.412 14.963 Imobilizações em curso 461.968 0 461.968 1.779.162 Diferenças de consolidação 60.832.296 35.598.153 25.234.143 47.684.882

79.782.649 51.603.309 28.179.340 55.521.871 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 84.422 0 84.422 170.855 Edificios e outras construções 828.321 527.353 300.968 690.062 Equipamento básico 1.103.227 704.184 399.043 2.871.083 Equipamento de transporte 469.913 359.596 110.317 385.688 Ferramentas e utensílios 27.204 24.504 2.700 6.862 Equipamento administrativo 6.586.250 4.452.694 2.133.556 3.052.044 Outras imobilizações corpóreas 196.561 111.698 84.863 128.869 Imobilizações em curso 0 0 0 0

9.295.898 6.180.029 3.115.869 7.305.463 Investimentos financeiros: Partes de Capital em Empresas Associadas 78.524 0 78.524 293.976 Partes de Capital em Empresas Participadas 104.707 87.170 17.537 97.510 Títulos e outras aplicações financeiras 0 0 0 0 Adiant. Por c/ Investimentos Financeiros 0 0 0 0

183.231 87.170 96.061 391.486Total do Activo Imobilizado 89.261.778 57.870.508 31.391.270 63.218.820

CIRCULANTE Existências: Matérias primas, subsidiárias e de consumo 4.701 4.701 0 76.314 Produtos e Trabalhos em Curso 32.469 0 32.469 32.469 Produtos acabados e intermédios 21.269 21.269 0 21.269 Mercadorias 3.065.429 2.383.092 682.337 1.634.816

3.123.868 2.409.062 714.806 1.764.868 Dívidas de terceiros - curto prazo: Clientes c/c 9.645.078 150.000 9.495.078 15.224.237 Clientes de cobrança duvidosa 1.288.529 1.157.797 130.732 369.805 Accionistas 7.194 0 7.194 7.194 Adiantamentos a fornecedores 29.290 0 29.290 742.185 Estado e outros entes públicos 3.976.204 0 3.976.204 6.897.973 Subscritores de capital 18.833 0 18.833 83.549 Outros devedores 4.882.588 3.570.668 1.311.920 2.065.734

19.847.716 4.878.465 14.969.251 25.390.677 Títulos Negociáveis: Outras Aplicações de Tesouraria 2 0 2 180.304

2 0 2 180.304 Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 3.940.625 3.940.625 4.227.215 Caixa 12.458 12.458 36.768

3.953.083 0 3.953.083 4.263.983Total do Activo Circulante 26.924.669 7.287.527 19.637.142 31.599.832

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de Proveitos 197.917 197.917 353.229 Custos diferidos 470.972 470.972 1.241.386

668.889 668.889 1.594.615

Total de amortizações 57.783.338 Total de provisões 7.374.697

Total do Activo 116.855.336 65.158.035 51.697.301 96.413.267

Grupo ParaRede

Balanço Consolidado

A Administração

(valores em Euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31-12-2002 31-12-2001

CAPITAL PRÓPRIO Capital 50.035.000 125.087.500 Acções Próprias - Valor Nominal (212.806) (212.806) Acções Próprias - Descontos e Prémios (434.513) (434.513) Prémios de Emissão de Acções 22.719.261 22.719.261 Reservas de Conversão 4.203.583 1.389.632 Diferenças de Consolidação 103.241 103.241 Ajustamentos de Partes de Capital 6.522 16.730 Resevas: Reservas Legais 1.586.367 1.586.367 Reservas Livres 1.345.415 1.345.415 Resultados Transitados (31.710.483) 5.471.625

Subtotal 47.641.587 157.072.452

Resultado Líquido do Exercício (43.538.298) (113.950.339)

Total do Capital Próprio 4.103.289 43.122.113

Interesses Minoritários 32.993 773.984

PASSIVO

Provisôes p/ Riscos e Encargos Outras Provisões p/ Riscos e Encargos 0 3.750.000

0 3.750.000

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo: Dívidas a instituições de crédito 5.314.709 5.604.880 Fornecedores de Imobilizado c/c 0 0 Estado e Outros Entes Públicos 0 0 Outros Devedores e Credores 2.088.327 2.608.393

7.403.036 8.213.273

Dívidas a terceiros - Curto prazo: Dívidas a instituições de crédito 26.190.805 14.363.443 Fornecedores 6.877.531 11.362.709 Accionistas 0 25.400 Fornecedores de Imobilizado c/c 441.454 1.767.909 Adiantamentos de Clientes 124.699 50.540 Estado e outros entes públicos 1.412.773 2.479.593 Outros credores 738.446 3.668.574

35.785.708 33.718.168

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de custos 2.405.517 3.301.372 Proveitos Diferidos 1.966.758 3.534.357 4.372.275 6.835.729

Total do Passivo 47.561.019 52.517.170

Total do Capital Próprio, dos I. M. e do Passivo 51.697.301 96.413.267

Grupo ParaRede

A Administração

Balanço Consolidado

(valores em Euros)

Descrição 31-12-2002 31-12-2001

CUSTOS E PERDAS

Custo das mercadorias vendidas

e das matérias consumidas:

Mercadorias 3.661.054 10.023.341

Fornecimentos e serviços externos

Subcontratos 4.967.637 7.101.227

Outros 11.467.350 16.434.987 15.857.237 22.958.464

Custos com o pessoal

Remunerações 14.168.024 22.177.873

Encargos sociais 3.283.163 17.451.187 5.635.674 27.813.547

Amortizações do imob. corp. e incorp. 11.254.588 15.073.330

Provisões 521.098 11.775.686 10.075.034 25.148.364

Impostos 203.528 171.335

Outros custos e perdas operacionais 41.782 245.310 92.174 263.509

(A)............... 49.568.224 86.207.225

Amort. Prov. Apli. Invest. Financeiros 0 87.170

Juros e custos similares: 7.510.693 7.510.693 1.902.028 1.989.198

(C)………… 57.078.917 88.196.423

Custos e perdas extraordinários 33.454.649 76.119.387

(E)............... 90.533.566 164.315.810

Imposto sobre o rendimento do exercício 108.800 505.490

(G)............... 90.642.366 164.821.300

Interesses Minoritários (5.569) (4.465.005)

Resultado líquido do exercício (43.538.298) (113.950.339)

47.098.499 46.405.956

PROVEITOS E GANHOS

Vendas 6.044.587 13.110.064

Prestações de Serviços 20.356.491 26.401.078 27.013.745 40.123.809

Variação da Produção 0 32.469

Trabalhos para a própria empresa 397.558 1.578.388

Proveitos Suplementares 15.050 164.686

Subsidios à exploração 2.321.810 1.259.270

Outros proveitos operacionais 43.249 109.217

(B)............... 29.178.745 43.267.839

Outros juros e proveitos similares 421.879 1.343.035

(D)............... 29.600.624 44.610.874

Proveitos e ganhos extraordinários 17.497.875 1.795.082

(F)............... 47.098.499 46.405.956

'RESUMO:

Resultados Operacionais (B) - (A) (20.389.479) (42.939.386)

Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) (7.088.814) (646.163)

Resultados Correntes (D) - (C) (27.478.293) (43.585.549)

Resultados Antes de Impostos (F) - (E) (43.435.067) (117.909.854)

Resultados Líquido do Exercício (F) - (G) - (IM) (43.538.298) (113.950.339)

A Administração

Grupo ParaRede

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

Rubrica 31-12-2002 31-12-2001

Vendas e prestações de serviços 26.401.078 40.123.809Custo das vendas e das prestações de serviços 22.486.859 38.868.244

Resultados Brutos 3.914.219 1.255.565

Outros proveitos e ganhos operacionais 7.749.077 4.906.643Custos de distribuição 34.601 75.019Custos administrativos 6.237.191 10.682.955Outros custos e perdas operacionais 23.368.875 38.213.123Anulações de ganhos e perdas operacionais Intra-Grupo 0 0

Resultados Operacionais (17.977.371) (42.808.889)

Custo Líquido de financiamento (7.093.778) (558.993)Ganhos (perdas) em filiais e associadas 4.964 (1.159.068)Ganhos (perdas) em outros investimentos 0 (87.170)Resultados não usuais ou de ocorrencia não frequente (18.368.882) (73.295.734)

Resultados correntes (43.435.067) (117.909.854)

Impostos sobre os resultados correntes 108.800 505.490

Resultados correntes após impostos (43.543.867) (118.415.344)

Resultados extraordinários 0 0

Impostos sobre os resultados extraordinários 0 0

Resultados líquidos antes de Interesses Minoritários (43.543.867) (118.415.344)

Interesses minoritários (5.569) (4.465.005)

Resultados líquidos do grupo (43.538.298) (113.950.339)

(valores em Euros)

Grupo ParaRede

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

A Administração

DESCRIÇÃO 31-12-2002 31-12-2001

Actividades Operacionais

Recebimentos de clientes 30.054.684 47.885.725

Pagamentos a fornecedores -26.343.255 -37.908.197

Pagamentos ao pessoal -21.929.925 -28.712.985

Fluxo gerado pelas operações -18.218.496 -18.735.457

Pagamentos / recebimentos imposto s/ rendimento 1.650.937 -697.242

Outros pagamentos / recebimentos relat. activ. operacionais 1.968.977 -43.959.828

Fluxo gerado antes de rúbricas extraordinárias -14.598.582 -63.392.527

Recebimentos relacionados com rúbricas extraordinárias 76 54.783

Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias -1.629.711 -985.067

Fluxo de actividades operacionais [1] -16.228.217 -64.322.811

Actividades de Investimento

Recebimentos provenientes de:

Variações de perímetro 0 0

Imobilizações corpóreas 1.072.193 33.935

Investimentos financeiros 4.500.000 0

Subsídios de investimento 1.754.644 541.408

Juros e proveitos similares 71.449 233.701

Sub-total - Recebimentos 7.398.286 809.044

Pagamentos respeitantes a:

Variações de perímetro 293.211 505.210

Investimentos financeiros 1.496.396 0

Imobilizações corpóreas 1.368.262 384.977

Imobilizaçöes incorpóreas 0 14.845.168

Outros 0 0

Sub-total - Pagamentos 3.157.869 15.735.355

Fluxo actividades de Investimento [2] 4.240.417 -14.926.311

Actividades de Financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 1-a) 18.734.990 14.596.158

Aumento capital, prest. suplem., prémios emissão 0 56.993.599

Accionistas 0 0

Sub-total - Recebimentos 18.734.990 71.589.757

Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos 1-a) 5.292.123 3.117.487

Amortização contratos locação financeira 0 0

Juros e custos similares 1.920.871 1.631.129

Aquisição acções (quotas) próprias 0 188.442

Accionistas 25.400 141.965

Sub-total - Pagamentos 7.238.394 5.079.023

Fluxo actividades de Financiamento [3] 11.496.596 66.510.734

Variações de caixa e seus equivalentes [4] -491.204 -12.738.387

Efeito das diferenças de câmbio

Caixa e seus equivalentes - Início do período 2) 4.444.287 17.182.675

Caixa e seus equivalentes - fim do período 2) 3.953.083 4.444.287

0

A ADMINISTRAÇÃO

GRUPO PARAREDE

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA(valores em Euros)

Método Directo

Pararede SGPS- Consolidado 2001

ANEXO À DEMONSTRAÇÄO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

Segundo o Regulamento 93/11 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e de acordo com a Directriz Contabilística nº 14 da Comissão de Normalização Contabilística

1. Relativamente às aquisiçöes ou alienaçöes de filiais e outras actividades empresariais materialmente relevantes existe o seguinte:

Unid: Euros

a) EMPRÉSTIMOS DE FINANCIAMENTO Valor recebido valor reembolsadono exercício no exercício

Empréstimos Bancários 18.734.990 5.246.822Subsidios 0 45.301

18.734.990 5.292.123

2. Discriminaçäo dos componentes de Caixa e seus equivalentes:2001 2001

Numerário 12.458 36.768

Depósitos Bancários à Ordem 2.122.011 4.208.843

Outras Disponibilidades 1.818.614 198.676

Disponibilidades Constantes no Balanço 3.953.083 4.444.287

3. Variacões de perímetro do Grupo

Durante o exercício o perimetro alterou-se com a aquisição de 100% da Catalogo assim como da alienação do Grupo Futursis

Durante o ano as aquisições efectuadas deram lugar ao apuramento de um Goodwill que surge dos seguintes elementos:

Catalogo

Valor de Aquisição 2.618.691

Valor dos Capitais Próprios à data de aquisição -5.705.600

Diferenças de Consolidação 8.324.291

Relativamente à aquisição dos 100% da Catalogo já tinha sido pagos sob a forma de adiantamento 1 122 mil euros durante o ano de 2001Quanto à alienação do Grupo Futursis o produto da sua venda (4 500 mil euros) foi recebido integralmente no exercício de 2002

A Administração

Página 1

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE 2002

(valores expressos em euros)

INTRODUÇÃO

A ParaRede SGPS, SA foi constituída em Dezembro de 1995 com o objectivo de definir, rever e controlar periodicamente a missão, linhas de orientação estratégica e objectivos do Grupo. O Plano de Reestruturação Empresarial iniciado no ano anterior teve a sua maior expressão no ano de 2002. Os impactos principais deste plano, nas contas de 2002 foram essencialmente as seguintes: (i) Aquisição de participação na Catálogo Electrónico de Produtos, SA, a 27 de Junho de 2002: a ParaRede adquiriu acções representativas de 51% do capital social da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, SA. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representativas de 100% do capital social dessa sociedade. (ii) Redução do valor nominal das acções, a 11 de Outubro 2002: a ParaRede informou o mercado de que foi celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 cêntimos cada uma.

(iii) Acordo com a Sterling Commerce, a 17 de Outubro de 2002, nos termos do qual foi posto termos a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade. (iv) Alienação da totalidade do capital social do Grupo Futursis, empresa detentora da Rumos, a 09 de Dezembro de 2002, à sociedade Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A.. Desta forma a ParaRede deu continuidade à refocalização do seu negócio que passará por uma oferta que privilegiará as áreas de IT Consulting & Custom Solutions, Web Services, Enterprise management Solutions e Information Infrastructure. A continuidade das operações está dependente do apoio futuro dos principais accionistas e dos bancos. A empresa já utilizou todas as linhas de crédito disponíveis estando em curso a sua renegociação, de forma a garantir a solv ência da empresa. As Demonstrações Financeiras consolidadas anexas da ParaRede SGPS, SA e suas subsidiárias foram preparadas, em todos os seus aspectos materiais em conformidade com os princípios contabilísticos e critérios valorimétricos estabelecidos no Plano Oficial de contabilidade, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89 de 21 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 239/91 de 2 de Julho. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no POC para apresentação de Demonstrações Financeiras Consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ou a sua apresentação não é considerada relevante.

Página 2

INFORMAÇÃO RELATIVA ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E OUTRAS EMPRESAS

1.Empresas incluídas na consolidação em 31.12.2002:

a) Firma e sede das empresas consolidadas e Capital e Resultado Líquido das empresas incluídas na consolidação:

31 de Dezembro de 2002 (a)

Sede Social Capital Capital Resultado Nome Social Próprio Liquido

ParaRede SGPS, SA Lisboa 50 035 000 4 103 287 (43 358 297)

ParaRede – Electronic Business Solutions , SA Lisboa 175 000 5 712 787 1 369 624

ParaRede – Information and Comunication Technologies , SA. Lisboa 1 000 000 (864 742) (3 739 683)

ETT - Equipamentos e Acessórios de Electrónica e Telemática, SA Lisboa 24 940 167 709 (27 171) ICE - Instalações de Cabos Especiais, SA Lisboa 24 940 222 930 (2 451) ParaRede - Serviços Financeiros e Administrativos, SA Lisboa 50 000 (1 922 407) (5 077 813)

Datec - Sociedade Técnica de Sistemas, SA Lisboa 399 038 (5 190) 315 509 AdmiRas – Gestão Integrada de Redes Aplicações e Sistemas, SA Lisboa 24 940 107 776 (373)

Spades – Sistema de Apoio ao Desenvolvimento Informático, Lda Lisboa 29 928 252 (384) Parared - Tecnologias de la Comunicacion, SA Madrid 1 899 198 (8 072 989) (233 716) BJS – Software, SL Madrid 3 005 (158 663) (493 742)

Orebron Business – Consultoria e Projectos SA Funchal 50 000 (7 233 404) (7 466 248) ParaNet LLC Delaware - EUA 2 840 903 1 864 093 (1 980) NetPeople – Conteúdos Multimédia e Comércio Electrónico, SA Lisboa 2 500 000 (3 081 383) (269 804)

GRECE – Gestão de Rede Empresarial de Comercio Electrónico, SA Lisboa 12 470 000 (996 901) (15 621) ParaRede International, SA Lisboa 50 000 (799 079) (710 464) ParaRede Investments, SGPS, SA Lisboa 50 000 (3 907 006) (3 940 339) Eurociber, SA Lisboa 350 000 111 652 (302 562)

EZTRADE, LTDA São Paulo 351 688 (8 311 613) (6 761 691)

Catálogo Electrónico de Produtos- Base de Dados, SA Lisboa 224 459 (6 281 606) (573 055)

Notas: O Grupo Futursis (Rumos) foi considerado até ao mês de Novembro como parte integrante do Grupo ParaRede (Ver nota 10 e 43)

(a) Contas a serem aprovadas na respectiva Assembleia Geral

Página 3

b) Proporção do capital detido nas empresas incluídas na consolidação:

SGPS, SA EBS, SA SFA, SA PARARED,

SA

OREBRON,

SA

INVES T,

SGPS, SA TOTAL

ParaRede EBS, SA 100% - - - - - 100%

ParaRede ICT, SA - - - - - 100% 100%

ICE, SA 9 % 91% - - - - 100%

ETT, SA. 100% - - - - - 100%

ParaRede SFA, SA 100% - - - - - 100%

Datec, SA - - 100% - - - 100%

Spades, Lda 100% - - - - - 100%

AdmiRas, SA 100% - - - - - 100%

Parared, SA 99% - - - - - 99%

BJS – Software, SL - - - 99% - - 99%

NetPeople, SA 40% - - - - 60% 100%

Orebron, SA 100% - - - - - 100%

ParaNet LLC - - - - 81% - 81%

Grece, SA - - - - - 69% 69%

ParaRede Internacional , SA 100% - - - - - 100%

ParaRede Investments, SA 100% - - - - - 100%

EZTRADE, LTDA 100% - - - - - 100%

Catálogo, SA 100% - - - - - 100%

Eurociber, SA 100% - - - - - 100%

c) Condições que determinaram a consolidação:

A empresa consolidante detém o controlo sobre as empresas incluídas no perímetro de consolidação através de participação maioritária no capital destas ou do controlo sobre a gestão, conforme previsto na alínea d) do artigo 1º e no artigo 2º do Decreto-lei 238/91 de 2 de Julho.

3. Empresas Associadas

As empresas associadas do Grupo, suas respectivas sedes sociais e a proporção do Capital detido são como segue:

ASSOCIADA Sede % Detida

Plurirede, SA Aveiro 40%

LeadCom Lisboa 11%

Página 4

7. O número médio de trabalhadores à data de fim do ano:

O número médio de empregados ao serviço das empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2002 era de 344, dos quais 41 afectos à actividade no estrangeiro.

III. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO.

10. Diferenças de Consolidação

As Diferenças de Consolidação foram determinadas pela diferença entre o custo de aquisição atribuído às participações financeiras nas empresas subsidiárias e o valor obtido pela respectiva proporção do capital próprio dessas empresas à data da respectiva aquisição. As Diferenças de Consolidação positivas estão contabilizadas nas Imobilizações Incorpóreas por um valor líquido de 25 234 143 euros e pode ser demonstrado por:

ACTIVO BRUTO

31.Dez.01 Aumentos Reduções 31.Dez.02 ParaRede EBS, SA 763 676 - - 763 676 ParaRede SFA, SA 34 651 - - 34 651 ETT, SA 187 329 - - 187 329 Datec, SA 453 871 - - 453 871 ICE, SA (9%) 97 440 - - 97 440 Spades, Lda 12 949 - - 12 949 BJS, SL 3 687 134 - - 3 687 134 Futursis, SA 5 478 860 990 895 (6 469 755) 0 Netpeople, SA 310 697 - - 310 697 BKS, Ltda 894 988 - (894 988) 0 Catálogo Elect. Prod., SA 0 8 324 291 - 8 324 291 Eztrade, Ltda 4 888 786 - - 4 888 786 Eurociber, SA 42 071 472 - - 42 071 472

Totais positivas 58 881 853 9 315 186 (7 364 743) 60 832 296

Página 5

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

31.Dez.01 Aumentos

Aumento Extraordinário Redução 31.Dez.02

ParaRede EBS, SA 763 676 - - - 763 676 ParaRede SFA, SA 34 651 - - - 34 651 ETT, SA 144 063 43 266 - - 187 329 Datec, SA 453 871 - - - 453 871 ICE, SA (9%) 97 440 - - - 97 440 Spades, Lda 12 949 - - - 12 949 BJS, SL 737 425 368 714 - - 1 106 139 Futursis, SA 1 095 773 593 112 198 128 (1 887 013) 0 Netpeople, SA 310 697 - - - 310 697 BKS, Ltda 894 988 - - (894 988) 0 Catálogo Elect. Prod., SA 0 - 8 324 291 - 8 324 291 Eztrade, Ltda 2 444 293 698 352 1 746 145 - 4 888 790 Eurociber, SA 4 207 147 4 207 146 11 004 027 - 19 418 320

Totais positivas 11 196 973 5 910 590 21 272 591 (2 782 001) 35 598 153 A 27 de Junho de 2002, a ParaRede adquiriu, por 3 euros, aos Senhores Carlos Coelho de Campos, Manuel Sobral e João Pereira, as acções representativas de 51% do capital da empresa Catálogo Electrónico de Produtos e Base de Dados, SA (à frente designada por Catalogo, SA). Estas acções somadas às adquiridas em 15 de Março de 2002, como resultado do termo das negociações com os senhores Guilherme Barrera Fierro e Rosa Barrero Fierro, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de 100% do Capital desta Sociedade. Por outro lado, conforme referido na introdução do presente Anexo, a ParaRede alienou em Dezembro de 2002 a participação que detinha no Grupo Futursis. A operação consistiu na venda de 100% da Futursis à Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, SA, pelo valor de 4 500 mil euros. Contabilisticamente a operação traduziu-se numa menos valia de aproximadamente 544 mil euros – valor que resulta da diferença entre o valor do encaixe e os valores contabilísticos relacionados com este activo.

O aumento extraordinário de 11 004 mil euros nas amortizações das Diferenças de

Consolidação da Eurociber, SA resultou de uma avaliação efectuada por uma entidade externa ao Grupo.

O aumento extraordinário de 1 746 mil euros nas amortizações das Diferenças de

Consolidação da Eztrade, LTDA resultou no facto de o Grupo ter encerrado a actividade operacional no Brasil (ver nota 51).

As Diferenças de Consolidação negativas estão contabilizadas no Capital Próprio por um valor de 103 241 euros, e podem ser demonstradas por:

Página 6

31.Dez.01 Aumentos Reduções 31.Dez.02

ICE, SA (91%) 56 903 - - 56 903 Sub-Grupo ParaRede, ICT, SA 46 338 - - 46 338

Totais negativas 103 241 - - 103 241 13. Datas de referência de consolidação

Todas as Demonstrações Financeiras incluídas na consolidação têm data de referência igual à da Empresa-Mãe.

14. Mudanças de perímetro das empresas consolidadas

No decurso do exercício de 2002 registou-se uma alteração no perímetro de consolidação, consubstanciada no reforço de 100% da participação no capital da empresa Catálogo , SA. Por outro lado, as empresas Portalimentar, SA, ParaRede Brasil Ltda, Certipor, SA, e o Grupo Futursis (Rumos) deixaram de estar incluídos no perímetro de consolidação em virtude da sua alienação. 17. Amortização de diferenças de consolidação As Diferenças de Consolidação estão a ser amortizadas num sistema de duodécimos pelo método das quotas constantes, num prazo de cinco a dez anos, de acordo com o período de recuperação esperada do investimento. Referente a Amortizações Extraordinárias, ver nota 27. 18. Métodos de relevação das partes de capital em associadas Relativamente a estas empresas associadas é política do grupo aplicar o método da equivalência patrimonial. No entanto, a 31 de Dezembro de 2002, visto que todas as associadas apresentavam valores imateriais, este método não foi aplicado.

IV. INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS

21. Compromissos financeiros

No desenvolvimento da negociação inerente ao processo de aquisição das acções representativas do capital da Eurociber, SA foram constituídos penhores a favor do Banco Espirito Santo, SA sobre a totalidade das acções da ParaRede EBS, SA, ParaRede ICT, SA, bem como das acções da Eurociber, SA. 22. Responsabilidades por garantias prestadas

Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas no valor de 5 831 753 euros discriminados como segue:

Página 7

Beneficiários Valor Observações Antigos accionistas BJS 2 608 393 Garante o bom cumprimento da aquisição da BJS REN 566 715 Garante da boa execução de trabalhos Outras Garantias 2 656 645 Garantias derivadas da actividade da empresa 5 831 753

V. INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram elaboradas de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação do Plano Oficial de Contabilidade, com a alteração introduzida pelo Decreto - Lei Nº 238/91, de 2 de Julho. 23. Bases de apresentação e principais critérios valorimétricos utilizados

a) Bases de apresentação

As Demonstrações Financeiras Consolidadas anexas, foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos (posteriormente ajustados com as quantias ainda sem registo contabilístico) das empresas incluídas na consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

b) Princípios de consolidação

A consolidação das empresas referidas na nota 1, efectuou-se pelo método de consolidação integral. As transações e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado na rubrica interesses minoritários. Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas encontram -se valorizados no Balanço Consolidado, pelo método da equivalência patrimonial. Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20% foram valorizados ao mais baixo de entre custo de aquisição e o seu valor estimado de realização. c) Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas, foram os seguintes:

• Custo histórico

As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram preparadas em observância do custo histórico.

Página 8

• Bases de Consolidação

As Demonstrações Financeiras Consolidadas incluem a sociedade mãe e as suas filiais. As transacções e os lucros entre empresas do grupo foram eliminados.

• Imobilizações Incorpóreas

As Imobilizações Incorpóreas, que compreendem, para além das Diferenças de

Consolidação abaixo referidas, as Despesas de Instalação e Propriedade Intelectual, as Despesas de Investigação e Desenvolvimento são amortizadas num sistema de duodécimos pelo método das quotas constantes durante um período de três anos. As Despesas de Investigação e Desenvolvimento dizem respeito a projectos e produtos de software desenvolvidos internamente e que já foram concluídos. Estas despesas são capitalizáveis, dado existir a expectativa fundamentada de que produzirão benefícios económicos futuros. As Imobilizações em Curso respeitam aos projectos (subsidiados e não subsidiados) e produtos de desenvolvimento interno de software ainda em execução, sendo valorizados em função dos custos das horas gastas pelos colaboradores envolvidos, bem como os custos directamente associados aos mesmos e, os custos incorridos com subcontratações de entidades externas. No momento em que o projecto ou produto tem o seu fim, estes valores são transferidos para Despesas de Investigação e Desenvolvimento. • Imobilizações Corpóreas

As Imobilizações Corpóreas são contabilizadas ao respectivo custo de aquisição. As amortizações são calculadas num sistemas de duodécimos pelo método das quotas constantes, de acordo com o período de vida útil estimado que não diferem substancialmente das taxas máximas anuais permitidas para efeitos fiscais.

RUBRICAS Anos

Edifícios e outras construções 5 a 50

Equipamento básico 3 a 10

Equipamento de transporte 3 a 10

Ferramentas e utensílios 3 a 6

Equipamentos administrativos 4 a 10

Outras imob. corpóreas 3 a 10 • Diferenças de Consolidação

As Diferenças de Consolidação, quando positivas, correspondem ao excesso do custo de aquisição sobre o valor atribuível aos capitais próprios, sendo política do Grupo apresentar as Diferenças de Consolidação activas nas Imobilizações

Página 9

Incorpóreas, assim como depreciar as mesmas num período de cinco a dez anos, de acordo com o período de recuperação esperada do investimento; quando negativas, representam o excesso dos Capitais Próprios relativamente ao custo de aquisição. Quando o valor de aquisição estiver dependente de eventos futuros, podendo por isso vir a ser ajustado, também as Diferenças de Consolidação serão ajustadas subsequentemente. • Locação Financeira

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizadas pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na nota anterior, sendo registados como custos na demonstração de resultados do exercício a que respeitam. • Investimentos Financeiros

As participações de capital em empresas que não são do Grupo nem a ele associado, são relevadas ao custo de aquisição. No caso de se verificarem perdas permanentes é constituída provisão para o efeito. • Existências

As mercadorias encontram -se valorizadas ao custo de aquisição incluindo todas as despesas até à entrada em armazém. O software adquirido para revenda é reconhecido como um bem activo ao custo de aquisição no momento da sua facturação pelos fornecedores. • Projectos de exploração em Curso

Os proveitos e custos referentes a projectos de exploração (não se tratando de projectos de I&D) substancialmente acabados no final de cada exercício são relevados na demonstração de resultados pelo método do grau de execução. Para os outros projectos de exploração com incipiente grau de execução, os proveitos e os custos são diferidos no Balanço. • Provisões As provisões são constituídas com base na avaliação das perdas económicas estimadas. • Activos e Passivos em moeda estrangeira As operações em moeda estrangeira são registadas ao câmbio da data considerada para a operação. São actualizadas no contravalor em euros às taxas de cambio em vigor no final do período. As diferenças de câmbio ocorridas

Página 10

na primeira metade do exercício realizadas ou potenciais são registadas nos resultados.

• Reservas de Conversão Relativamente aos investimentos financeiros detidos no exterior, foi efectuada a conversão das Demonstrações Financeiras de acordo com o entendimento de que se trata de uma entidade estrangeira sendo que os activos e passivos estão valorizados ao cambio em vigor no final do período, e os resultados do período convertidos à taxa média. O impacto líquido destas conversões está reflectido numa Reserva de Conversão relevada nos Capitais Próprios. • Impostos A estimativa de Imposto sobre o Rendimento é determinada com base no resultado antes de impostos ajustado de acordo com a legislação fiscal, tomando em consideração as diferenças temporárias existentes.

• Subsídios

Os subsídios estão reflectidos nas contas quando são recebidos e são reconhecidos em proveitos de acordo com a amortização dos respectivos investimentos, após a sua conclusão.

• Caixa e Seus Equivalentes Em Caixa e seus equivalentes estão incluídos Depósitos à Ordem, Caixa, Outras Aplicações de Tesouraria e outros meios líquidos. • Reestruturações Quando existe num plano de reestruturação aprovado e que os compromissos são comunicados e irrevogavelmente assumidos, os activos que sofrem imparidade de valor são amortizados sendo constituídas provisões em conformidade com as necessidades do plano e com as melhores estimativas elaboradas numa base conservadora.

24. Cotações

As cotações utilizadas para as transacções denominadas em moeda estrangeira foram as seguintes (valores em euros):

Moeda Média

Compra/Venda Dólar EUA 1,0487 Real Brasil 3,7124

Página 11

VI INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS

25. “Despesas de Instalação” e “Despesas de Investigação e Desenvolvimento” A rubrica Despesas de Instalação diz respeito essencialmente a custos com a constituição das sociedades, aumentos de capital (na ParaRede SGPS, SA) e certos custos de comunicação e imagem institucional. As Despesas de Investigação e Desenvolvimento referem-se a projectos e produtos de software desenvolvidos internamente e que já foram concluídos, existindo expectativa de recuperar o seu valor liquido em exercícios económicos futuros.

27 Movimentos do Activo Imobilizado

A coluna "Alterações de Perímetro" refere-se ao imobilizado existente na empresa Catálogo, SA à data da compra, bem como ao imobilizado existente nas empresas do Grupo Rumos alienadas durante o exercício.

Activo Bruto

Alterações Abates Rubricas

S.º Inicial Perímetro Aumentos Alienação. Transf. Dif. Cambio S.º Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de instalação 5 207 360 (74 422) - - - (68 857) 5 064 081

Despesas de I&D 25 594 698 1 730 120 - - 1 167 748 (15 291 344) 13 201 222

Prop. intelectual e Outros Direitos 4 590 513 86 185 3 320 - - (4 456 936) 223 082

Imobilizações em curso 1 779 162 (611 813) 462 367 - (1 167 748) - 461 968

Diferenças de consolidação 58 881 855 - 9 315 188 (6 469 755) - (894 992) 60 832 296

Total Imobilizações Incorpóreas 96 053 588 1 130 070 9 780 875 (6 469 755) 0 (20 712 129) 79 782 649

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Terrenos e recursos naturais 170 855 (86 433) - - - - 84 422

Edifícios e outras construções 1 210 745 (259 298) - (915) - (122 211) 828 321

Equipamento básico 7 097 932 (3 996 919) 124 038 (707 712) - (1 414 112) 1 103 227

Equipamento de transporte 883 525 (430 781) 76 778 (56 572) - (3 037) 469 913

Ferramentas e utensilios 30 551 (3 992) 645 - - - 27 204

Equipamento administrativo 6 540 495 167 857 298 237 (246 572) - (173 767) 6 586 250

Outras imobilizações corpóreas 239 741 (4 353) 8 118 (46 945) - - 196 561

Imobilizações em curso 0 - - - - - 0

Total Imobilizações Corpóreas 16 173 844 (4 613 919) 507 816 (1 058 716) 0 (1 713 127) 9 295 898

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Partes capital emp. associadas 1 572 568 - - (1 486 846) (7 198) - 78 524

Partes capital outras empresas 97 510 - - - 7 198 - 104 707

Outros Investimentos financeiros 0 - - - - - 0

Adiantº p/ conta Inv. Financeiros 1 122 295 (1 122 295) - - - - 0

Total Investimentos Financeiros 2 792 373 (1 122 295) 0 (1 486 846) 0 0 183 231

Página 12

Amortizações Acumuladas

Alteração Abates + Rubricas

S.º Inicial Perímetro Reforços Alienações Transf. Dif. Câmbio S.º Final

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalação 3 430 548 (49 870) 1 127 509 - - (62 723) 4 445 464

Despesas de I&D 21 328 646 1 728 735 3 143 765 - - (14 851 124) 11 350 022

Propriedade intelectual outros direitos 4 575 550 67 235 23 820 - - (4 456 935) 209 670

Diferenças de consolidação 11 196 973 - 27 183 181 (1 887 013) - (894 988) 35 598 153

Total Amortizações Imobilizado Incorpóreo 40 531 717 1 746 100 31 478 275 (1 887 013) 0 (20 265 770) 51 603 309

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edifícios e outras construções 520 683 (96 696) 156 239 (238) - (52 635) 527 353

Equipamento básico 4 226 849 (3 546 705) 770 383 (306 205) - (440 138) 704 184

Equipamento de transporte 497 837 (268 092) 156 416 (24 642) - (1 923) 359 596

Ferramentas e utensílios 23 689 (3 860) 4 675 - - - 24 504

Equipamento administrativo 3 488 451 122 294 1 027 348 (124 844) - (60 555) 4 452 694

Outras imobilizações corpóreas 110 872 (4 475) 18 314 (13 013) - - 111 698

Total Amortizações Imobilizado Corpóreo 8 868 381 (3 797 534) 2 133 375 (468 942) 0 (555 251) 6 180 029

O aumento de 9 315 mil euros nas Diferenças de Consolidação é referente essencialmente à aquisição da Catalogo, SA (ver nota 10).

A redução de 6 470 mil euros nas Diferenças de Consolidação é referente ao abate resultante da alienação do Grupo Futursis (ver nota 10) A redução de 1 486 mil euros em Partes de Capital em empresas associadas diz respeito à alienação feita pela ParaNet da participação que detinha na CCSA. A amortização de 27 183 mil euros em Diferenças de Consolidação inclui essencialmente:

- Amortizaçã o extraordinária da Eurociber, SA 11 004 mil euros - Amortizaçã o anual da Eurociber, SA 4 207 mil euros - Amortização extraordinária da Catalogo, SA 8 324 mil euros - Amortizaçã o extraordinária da Eztrade, SA 1 746 mil euros - Amortizaçã o anual da Eztrade, SA 698 mil euros

28. Custos Financeiros capitalizados Não foram capitalizados quaisquer custos financeiros em imobilizações. 29. Amortizações e Provisões Extraordinárias por fins fiscais Não se verificaram amortizações e provisões extraordinárias apenas para fins fiscais.

Página 13

36. Repartição do valor líquido consolidado das vendas e das prestações de serviços, por mercados geográficos.

Mercado Interno Mercado Externo Total

31 de Dezembro de 31 de Dezembro de 31 de Dezembro de Rubricas

2002 2001 2002 2001 2002 2001 Vendas 5 963 856 12 905 381 80 730 204 683 6 044 587 13 110 064

Prestação Serviços 18 147 076 22 712 290 2 209 415 4 301 455 20 356 491 27 013 745 Totais 24 110 932 35 617 671 2 290 145 4 506 138 26 401 077 40 123 809

39. Remunerações dos Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais da Empresa Mãe no exercício foram as seguintes:

Euros Conselho de Administração 918 954 Conselho Fiscal 7 183

40. Empréstimos e adiantamentos activos e passivos respeitantes ao pessoal em 31 de Dezembro de 2002

Euros

Remunerações a liquidar (5 199) Adiantamentos ao pessoal 10 056 Despesas (22 730)

43. Valores Comparativos

Conforme referido no ponto 14, o Grupo passou a deter 100% do capital empresa Catálogo Electrónico de Produtos e Bases de Dados, SA e alienou a totalidade da participação que detinha no Grupo Futursis. Por via destas operações a comparação das demonstrações financeiras fica prejudicada, designadamente:

a) O impacto da referida aquisição nas contas consolidadas de 31 de Dezembro de 2002, é o seguinte: Euros

Activo Liquido 1 696 938 Passivo 7 978 545 Vendas e Prestação Serviços 477 688 Resultado do Exercício (573 055)

Página 14

b) Relativamente à alienação referida, a comparabilidade ficará restabelecida após efectuados os seguintes ajustamentos às contas consolidadas de 31 de Dezembro de 2001:

Euros

Activo Liquido 7 951 958 Passivo 6 409 282 Vendas e Prestação Serviços1 7 904 311 Resultado do Exercício 427 790

1 O ajustamento a efectuar nas vendas de 2001 deverá ser acompanhado de outro nas contas de 2002 no montante de 5 321 553 Euros – este montante refere-se ao valor das vendas do Grupo Futursis nos primeiros 11 meses de 2002 e reflectidos nas contas consolidadas.

44. Demonstração consolidada dos Resultados Financeiros

Os Resultados Financeiros têm a seguinte composição:

CUSTOS E PERDAS 31.12.02 31.12.01 PROVEITOS E GANHOS 31.12.02 31.12.01

Juros suportados 1 561 971 1 336 284 Juros obtidos 71 448 320 886

Perdas empresas associadas - - Ganhos em Empresas Assoc 4 964 -

Prov. aplic. financeiras - 87 170 Rend. Títulos Participação - 10

Dif. câmbio desfavoráveis 5 763 441 368 706 Dif. câmbio favoráveis 281 774 955 533

Out. custos financeiros 185 281 197 036 Descontos p.p. obtidos 63 370 64 639

Outros prov. financeiros 323 1 966

Resultados Financeiros (7 088 814) (646 162)

Total Custos Financeiros 421 879 1 343 034 Total Prov. Financeiros 421 879 1 343 034 As diferenças de câmbio desfavoráveis decorrem essencialmente dos investimentos efectuados no Brasil.

45. Demonstração consolidada dos Resultados Extraordinários

Os Resultados Extraordinários têm a seguinte composição:

CUSTOS E PERDAS 31.12.02 31.12.01 PROVEITOS E GANHOS 31.12.02 31.12.01 Donativos - 48 979 Restituição de impostos - 10 568

Dividas Incobráveis 3 705 054 402 024 Recuperação de dívidas 40 -

Perdas em Existências 380 4 062 Ganhos em existências 76 1 393

Perdas em imobilizado 1 059 165 1 785 545 Ganhos em imobilizado 426 835 62 119

Multas e penalidades 41 975 19 166 Benef. Penal.Contratuais - 1 746

Aumentos amort . provisões 22 357 106 30 992 381 Reduções amort. prov. 12 526 466 26 663

Correcções exerc. anteriores 1 457 781 965 901 Correc. exerc. anteriores 353 839 274 967

Out. C. perdas extraordinários 4 833 188 41 901 329 Out. prov. G. extraordinários 4 190 620 1 417 627

Resultados Extraordinários (15 956 773) (74 324 305)

Total Custos Extraordinários 17 497 876 1 795 082 Total Prov. Extraordinários 17 497 876 1 795 082

Página 15

O aumento de amortizações e provisões inclui a amortização extraordinária da Catálogo, SA no montante de 8 324 mil euros, da Eurociber, SA no montante de 11 004 mil euros e da Eztrade LTDA no montante de 1 746 mil euros. Por outro lado, a redução de amortizações e provisões inclui essencialmente a redução de provisões que se encontravam afectas à Catálogo, SA no montante de 8 milhões de euros (ver nota 46) e a redução da provisão para os clientes que foram considerados incobráveis no montante de 4 milhões de euros. A rubrica de Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários inclui cerca de 779 mil euros, referentes ao reconhecimento de subsídios obtidos para projectos de desenvolvimento, e 2 474 mil euros relacionados com o acordo com a Sterling Commerce mediante o qual se conseguiu uma redução dos montantes em dívida. A rubrica de Outros Custos e Perdas Extraordinárias inclui essencialmente os custos com o processo de reestruturação (1,7 milhões de euros) que excederam a provisão constituída no exercício transacto (ver nota 46), o perdão de dívida efectuado à empresa Supported Software aquando do encerramento das operações do Grupo na África do Sul (1,5 milhões de euros) e a menos-valia (0,5 milhões de euros) resultante da venda do Grupo Futursis (Rumos).

46. Provisões

Durante o ano de 2002 realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de Provisões:

Movimento nas contas de provisões

PROVISÕES Saldo Inicial Var.Perimetro Aumento Reduções Saldo Final

Provisões para investimentos financeiros 2 400 887 - - (2 313 717) 87 170

Provisões para cobranças duvidosas 8 744 557 (70 210) - (7 366 550) 1 307 797

Provisões para outros devedores 9 002 016 - 26 706 (5 458 054) 3 570 668

Provisões depreciação de existências 1 604 670 433 505 494 392 (123 505) 2 409 062

Provisões para riscos e encargos 3 750 000 - - (3 750 000) 0

Totais 25 502 130 363 295 521 098 (19 011 826) 7 374 697 A dotação de provisões corresponde ao reforço da provisão para mercadorias em armazém, de baixa rotatividade e de carácter obsoleto.

A redução da provisão para Investimentos financeiros diz respeito à anulação da provisão referente à CCSA ( 1 191 mil euros - cuja participação foi alienada à Datacentrix em 25 de Fevereiro de 2002) e à Catálogo, SA (1 122 mil euros), em virtude desta sociedade passar a estar incluída no perímetro de consolidação.

Pelo mesmo motivo (aquisição da empresa Catálogo, SA) foram anuladas provisões para Créditos de cobrança duvidosa e outros devedores (cerca de 8 milhões de euros), que compensaram as amortizações extraordinárias decorrentes do aumento das Diferenças de Consolidação originadas no processo de aquisição (ver nota 45).

Página 16

A anulação da provisão para outros riscos e encargos corresponde à utilização da provisão constituída para fazer face aos custos a incorrer, no corrente exercício, no âmbito do Plano de Reestruturação.

47. Bens em regime de locação financeira

Valor Amortização Descrição do Bem

aquisição Acumulada Valor líquido

Viaturas 98 104 98 104 0

Edifícios 175 576 26 336 149 240

Equipamento administrativo 414 669 230 393 184 276

Equipamento informático 724 015 448 086 275 929

Totais 1 412 364 802 919 609 445

VII - INFORMAÇÕES DIVERSAS

50. Movimentos Ocorridos nos Capitais Próprios

Contas Sº Inicial Aumentos Diminuições Transferências Sº Final

Capital Social 125 087 500 - - (75 052 500) 50 035 000

Acções Próprias (647 319) - - - (647 319)

Prémio de emissão de acções 22 719 261 - - - 22 719 261

Reservas de conversão cambial 1 389 632 4 294 081 - (1 480 130) 4 203 583

Diferenças de consolidação 103 241 - - - 103 241

Ajustamentos partes de capital 16 730 - (10 208) - 6 522

Reservas legais 1 586 367 - - - 1 586 367

Reservas livres 1 345 415 - - - 1 345 415

Resultados transitados 5 471 625 (113 950 339) 235 600 76 532 630 (31 710 484)

Res. Líq. Consolidado do período (113 950 339) (43 538 298) 113 950 339 - (43 538 298)

Total dos Capitais Próprios 43 122 113 (153 194 556) 114 175 731 0 4 103 289

O resultado líquido do exercício de 2001 foi integralmente transferido para a rubrica de resultados transitados.

O Grupo procedeu à redução do seu Capital Social, por escritura pública realizada a 9 de Outubro de 2002 (ver nota 51). A rubrica Reservas de Conversão Cambial sofreu um incremento de 4 294 mil euros que resulta essencialmente da desvalorização do Real face ao euro. O Capital Social é composto por 50 035 000 acções ao portador com o valor nominal de 0,40 Euro. Durante o exercício não houve movimento de acções próprias, encontrando-se em carteira 212 806 adquiridas ao preço médio de 3,042 euros.

Página 17

51. Outras Informações Relevantes

a) As facturas cedidas a sociedades de Factoring, sujeitas a recurso, encontram-se classificadas na rubrica Clientes ascendendo em 31 de Dezembro a 2 353 mil euros.

b) Grande parte dos empréstimos bancários do Grupo, apresentam -se sob a forma de contas

correntes caucionadas com natureza de curto prazo, sendo que os valores podem vir a ser exigidos no mesmo espaço de tempo. No entanto é expectativa do Grupo que estes empréstimos serão renovados por períodos futuros.

c) O período em análise ficou marcado pela ocorrência dos seguintes factos:

• Interposição de uma acção judicial – A 31 Janeiro 2002, a ParaRede veio informar o público que foi notificada da interposição, na qualidade de co-demandada, de uma acção judicial a correr no Tribunal Judicial de Madrid, por “AOL Servicios Interactivos Multimédia, Sociedade Limitada, Sociedad Unipessoal”. A acção tem o valor de euros 2.644.389,68. É entendimento da ParaRede que a acção interposta é improcedente, indo por isso proceder à respectiva contestaçã o, nos termos das regras aplicáveis;

• Transmissão da participação na CCSA – A 1 Março 2002, a ParaRede veio comunicar que a 25 de Fevereiro de 2002 foi celebrado um acordo entre a ParaRede e a empresa sul-africana Datacentrix Holdings Limited (Datacentrix) nos termos do qual a ParaRede e suas participadas procederam à transmissão da totalidade das suas participações na empresa Commerce Centre of Southern Africa (proprietary) Limited (CCSA), para a Datacentrix, até então o accionista maioritário da empresa. Esta operação enquadra-se nas orientações estratégicas delineadas no Plano de Reestruturação do Grupo ParaRede apresentado em Julho de 2001 e aprovado pelos seus accionistas;

• Termo da acção arbitral interposta por Guillermo Barrera – A 18 Março 2002 a ParaRede, na sequência do comunicado disponibilizado em 16 de Novembro de 2001, veio informar o público que foi celebrado um contrato com os senhores Guilherme Barrera Fierro e Rosa Barrera Fierro nos termos do qual foi acordado pôr termo ao processo arbitral de execução específica movido contra a ParaRede que tinha o valor de € 20.396.936,00, mediante o pagamento de € 1.496.393,70. Com a transacção efectuada, passou a ParaRede a deter 22.050 acções representativas de 49% da Catálogo Electrónico de Produtos e Bases de Dados, S.A;

• Aquisição de participação na Catálogo Electrónico de Produtos – A 27 Junho 2002, no âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede vem informar que adquiriu a Carlos Coelho de Campos, Manuel Sobral e João Pereira, acções representativas de 51% do capital social da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, SA, por um preço global de 3 €. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representativas de 100% do capital social dessa sociedade. No âmbito do acordo firmado, foi posto fim a todas as contingências da ParaRede relacionadas com a aquisição destas acções;

Página 18

• Transmissão da participação na Certipor para a Multicert – A 2 Outubro 2002, a ParaRede veio informar o público do seguinte:

§ Por contrato acordado a 30.08.02 e formalizado em 1 Outubro 2002, a ParaRede Investments, SGPS, S.A., na qual a ParaRede, SGPS, S.A. detém a totalidade do respectivo capital social, procedeu à transmissão para a Sociedade Multicert – Serviços de Certificação Electrónica, S.A., de 1.500.000 acções correspondentes a 100% do capital social da Sociedade Certipor – Sociedade Portuguesa de Certificados Digitais, S.A.

§ A transmissão das acções foi realizada pelo preço de referência de € 29.926,87 (vinte e nove mil novecentos e vinte e seis euros e oitenta e sete cêntimos).

• Redução capital social – A ParaRede, SGPS, SA informou, a 11 Outubro 2002, o mercado do seguinte: ter sido celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 cêntimos cada uma. Em virtude da redução de capital social por alteração do valor nominal de 1 para 0,40 euros, a partir de 28 de Outubro de 2002, inclusive, a negociação em bolsa passou a ter por base o novo valor nominal de 0,40 euros;

• Acordo com a Sterling Commerce – A 17 de Outubro de 2002 a ParaRede veio informar o público que no âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede finalizou um acordo definitivo com a Sterling Commerce, nos termos do qual foi posto termos a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade;

• Contrato com a Multipessoal sobre participação na Futursis – A ParaRede, SGPS, S.A., veio no dia 9 Dezembro 2002 informar que nesta data celebrou com a sociedade Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A., contrato de compra e venda das acções representativas da totalidade do capital social da sociedade Futursis – Sistemas de Informação, S.A. (sociedade que detém participação maioritária na sociedade Rumos – Formação e Comunicação, S.A.) por um preço global de € 4.500.000;

Página 19

d) Programa de “Stock-Options” A seguinte informação sumariza os dados principais sobre o plano de “Stock Option” do Grupo ParaRede:

A fim de criar fortes incentivos à retenção dos principais colaboradores da ParaRede, as Assembleias Gerais de 1999, 2000 e 2001 autorizaram o Conselho de Administração a instituír um programa de “stock options”, a exercer no período de 2002 a 2006, conforme evidenciado no quadro acima.

e) Reconciliação da Demonstração de Resultados por naturezas com a Demonstração de

Resultados por funções

Demonstração de Resultados de 2002 Rubricas Por Naturezas Reclassificações Por Funções

Resultados Operacionais (20 389 479) 2 412 108 (17 977 371 ) Resultados Financeiros (7 088 814) (4 964) (7 093 778) Resultados Correntes (27 478 293) (15 956 774) (43 435 067 ) Resultados Extraordinários (15 956 774) 15 956 774 0 Resultados Líquidos do Exercício (43 538 298) 0 (43 538 298)

A coluna de reclassificações tem o valor de 15 956 774 euros que são os resultados extraordinários da Demonstração de Resultados por natureza e que à luz da Directriz contabilistica n.º 20/97 são de natureza corrente, sendo na sua maior parte classificados em “Resultados não usuais ou de ocorrência não frequente”, por outro lado, os resultados operacionais apresentam uma reclassificação de 2 412 108 euros que é a diferença entre os resultados extraordinários da Demonstração de Resultados por naturezas e aqueles que foram classificados na rubrica “Resultados não usuais ou de ocorrência não frequente” na Demonstração de Resultados por funções.

1 Depois da correcção do aumento de capital

Planos por Nº de Acções1 Nº de Opções sobre Data de Preço de

Anos a disponibilizar Acções atribuídas Exercício Exercício (Eur)

1999 2 400 000 2 210 400

Cons. Administração 900 000 702 000 2002 2,425

Colaboradores 1 500 000 1 508 400 2002 2,425

2000 2 400 000 2 400 000

Cons. Administração 900 000 900 000 2002-2003 2,633

Colaboradores 1 500 000 1 500 000 2002-2003 2,633

2001 2 500 000 - -

Cons. Administração 900 000 - 2004-2006 2,793

Colaboradores 1 600 000 - 2004-2006 2,793

Página 20

f) Do final do exercício até à data da elaboração do presente relatório, registou-se a ocorrência dos seguintes factos:

• ParaRede amplia Plataforma de Gestão de Redes de Clientes da PT Prime - A

ParaRede anunciou a 13 Fevereiro 2003, que a PT Prime lhe adjudicou a actualização da sua Plataforma de Gestão de Redes de Clientes. Trata-se de um upgrade da actual solução da PT Prime que tem como objectivo escalar a Solução de Gestão de acordo não só com a dimensão do actual universo de clientes a gerir, mas também prepará-la para responder às perspectivas de evolução. O projecto inclui o fornecimento do software e hardware necessários à actualização da solução existente, bem como a prestação de serviços de planeamento, especificação técnica, gestão do projecto, implementação, testes de aceitação e apoio ao arranque.

• EZTrade encerra actividades operacionais no Brasil - A ParaRede anunciou a 26

Fevereiro 2003, que a EZTrade, sociedade do Grupo ParaRede actuante no mercado brasileiro, encerra as suas actividades operacionais no dia 27 de Fevereiro, sendo no entanto intenção da administração a manutenção da sua existência jurídica como “dorment company”. Adicionalmente, e de acordo com comunicado da sociedade datado de 15 de Novembro de 2002, o Grupo irá manter a sua presença no Brasil através de um acordo para a utilização da tecnologia WebEDI da ParaRede, no território brasileiro, pela Sterling Commerce.

• ParaRede fornece Banco de Portugal - O Banco de Portugal adjudicou à ParaRede,

o fornecimento de serviços de assistência e de manutenção do seu parque de equipamentos de microinformática, através de um contrato anual de manutenção.

• Alteração do Conselho de Administração e da Comissão Executiva – A ParaRede

SGPS, S.A. anunciou a 27 Fevereiro 2003 o seguinte: que, na sequência de proposta da Comissão Executiva e de deliberação do Conselho de Administração desta mesma data, procedeu -se à reestruturação da Comissão Executiva da sociedade, através dos seguintes actos: (i) o Senhor Engenheiro Silva Correia e o Senhor Dr. João Nuno Palma deixaram de integrar a Comissão Executiva da sociedade, mantendo-se como Administradores não executivos, tendo sido substituídos pelo Senhor Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos (na qualidade de novo Presidente da Comissão Executiva) e pelo Senhor Engenheiro Paulo Jorge Tavares Guedes; (ii) na sequência de carta de renúncia apresentada pelo Senhor Dr. Jorge de Brito Pereira, este cessou as suas funções como Administrador da sociedade, tendo sido substituído pelo Senhor Dr. Ped ro Rebelo Pinto, designado por cooptação, que fará também parte da Comissão Executiva.

Aconselha -se, para melhor compreensão dos pontos acima referidos, a leitura do Relatório de Gestão.

A ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

(CONTAS CONSOLIDADAS) Nos termos legais e estatutários e do mandato que nos foi conferido, vimos apresentar o Relatório sobre a nossa actividade fiscalizadora e o Parecer sobre os documentos de prestação de contas consolidadas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, emitidos sob a responsabilidade do Conselho de Administração da “ParaRede - SGPS, SA”. O Conselho Fiscal acompanhou a gestão da Empresa e a evolução dos seus negócios, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento das normas legais e estatutárias, tendo solicitado e recebido do Conselho de Administração e dos Serviços a documentação e os esclarecimentos convenientes ao desenvolvimento das suas funções. Relevamos a disponibilidade permanente da Comissão Executiva para o diálogo elevado e profícuo que temos vindo a manter. O Relatório de Gestão clarifica os aspectos mais significativos da actividade desenvolvida pela “ParaRede” neste Exercício, tendo sido verificada a conformidade com os preceitos legais e a sua concordância com as Contas Consolidadas do Exercício. Permitimo-nos destacar, pela sua relevância e impactos imediato e futuro, o Plano de Reestruturação do Grupo em execução desde Julho de 2001. As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram elaborados de acordo com as disposições legais e contabilísticas aplicáveis e apresentam adequadamente a situação financeira do Grupo em 31 de Dezembro de 2002, os seus resultados consolidados e os fluxos de caixa consolidados neste Exercício. A nossa opinião foi apoiada pelo suporte técnico configurado na Certificação Legal das Contas Consolidadas, incluindo ênfases, a qual merece a nossa concordância e se considera integralmente reproduzida neste Relatório e Parecer. Tomámos conhecimento do Relatório de Auditoria, incluindo ênfases, emitido pelos Auditores Externos nos termos e para os efeitos do Art.º 245.º do Código dos Valores Mobiliários.

O Balanço evidencia um valor do capital próprio inferior a metade do capital social pelo que, para cumprimento das disposições do Artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, a Administração deverá analisar desde já as soluções adequadas a propor aos Accionistas até à aprovação das demonstrações financeiras do Exercício de 2004. Face ao que antecede, somos de parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras Consolidadas do Exercício de 2002 e do Relatório Consolidado de Gestão, incluindo a proposta de aplicação de resultados, nos termos em que foram apresentados pelo Conselho de Administração. A Administração, e em particular a Comissão Executiva, evidenciou um desempenho digno de registo, designadamente na consecução dos objectivos fundamentais traçados no Plano de Reestruturação do Grupo. O Conselho Fiscal congratula-se ainda pela consecução dos meios financeiros e pelo revigoramento operacional do Grupo que permitem assegurar a continuidade das operações da ParaRede. Lisboa, 3 de Abril de 2003 O CONSELHO FISCAL Raul Bordalo Junqueiro – Presidente Manuel Pinto Machado - Vogal Vítor Rodrigues de Oliveira - ROC

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da “ParaRede – SGPS, SA” as quais

compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 51 697 301 Euros e um total de capital próprio de 4 103 289 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 43 538 298 Euros), as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras

consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada

no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa

opinião. OPINIÃO 6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma

verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da “ParaRede – SGPS, SA” em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

PAG. 2/2

ÊNFASES 7. Sem afectar o parecer expresso no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações

seguintes: 7.1. A insuficiência de informação em 2001 quanto à recuperação do valor de aquisição da “Eurociber, SA”

-- que determinou a inclusão de uma reserva na certificação legal das contas desse Exercício -- foi suprida durante o Exercício de 2002.

A avaliação desta participada por entidade independente, reportada a Dezembro de 2002, determinou

a amortização extraordinária de “Diferenças de Consolidação” no montante de 11 004 027 Euros e conduziu o valor líquido desta participação a 22 653 152 Euros em 31.DEZ.2002, conforme se evidencia nas Notas 10 e 45 do Anexo.

7.2. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das

operações, o que pressupõe que a Empresa irá conseguir gerar autonomamente, ou obter dos seus Accionistas e/ou das Entidades Financiadoras, os meios monetários que eventualmente venham a revelar-se necessários para a prossecução da sua actividade.

A insuficiência de informação em 2001 quanto à validação de tal pressuposto -- que determinou a

inclusão de uma reserva na certificação legal das contas desse Exercício -- foi suprida durante o Exercício de 2002, existindo evidência, nesta data, de acordos com Entidades Bancárias que permitem a assunção deste pressuposto de continuidade.

Contudo, a Administração deverá ter em atenção que o Balanço em 31.DEZ.2002 evidencia um valor

do capital próprio inferior a metade do capital social, situação que deverá ser ultrapassada até ao final do ano de 2004 em cumprimento do disposto no Artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais.

7.3. Em consequência do Plano Estratégico de Reestruturação, verificaram-se em 2001 e em 2002

desinvestimentos ou reduções significativas quer em actividades da área da “Internet” quer no desenvolvimento de tecnologia própria e, ainda, alienações de participações financeiras não enquadradas na reorientação estratégica do Grupo. Os efeitos da Reestruturação do Grupo repercutidos nos resultados líquidos do Exercício de 2002 estão devidamente explicitados no Anexo às Demonstrações Financeiras designadamente na Introdução e nas Notas 10, 27, 45, 46 e 51.

Lisboa, 2 de Abril de 2003

_____________________________________________

VÍTOR OLIVEIRA E HÉLIA FÉLIX, S.R.O.C. Representada por

Vitor Manuel Rodrigues de Oliveira (ROC)

Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº25

Sede: Edifícios "As Caravelas", Rua Dr. Eduardo Neves 9 - 5º Dtº., 1050 - 077 Lisboa Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 219

NIPC 501 255 958 Capital social Euros 11.200 Correspondente da PricewaterhouseCoopers

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº10675

Bernardes, Sismeiro & Associados, SROC, Lda. Avenida da Liberdade, 245 - 7º C 1250 - 143 Lisboa Portugal Tel +351 21319 70 00 Fax +351 21316 11 12

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Relatório de Auditoria sobre a

Informação Financeira Consolidada Introdução 1 Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório consolidado de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas anexas da ParaRede SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 51.697.301 euros, um total de interesses minoritários de 32.993 euros e um total de capital próprio de 4.103.289 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 43.538.298 euros), as Demonstrações Consolidadas dos resultados, por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração (i) a preparação das demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas compreendidas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira consolidada contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº25

Sede: Edifícios "As Caravelas", Rua Dr. Eduardo Neves 9 - 5º Dtº., 1050 - 077 Lisboa Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 219

NIPC 501 255 958 Capital social Euros 11.200 Correspondente da PricewaterhouseCoopers

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº10675

Bernardes, Sismeiro & Associados, SROC, Lda. Avenida da Liberdade, 245 - 7º C 1250 - 143 Lisboa Portugal Tel +351 21319 70 00 Fax +351 21316 11 12

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Relatório de Auditoria sobre a

Informação Financeira Consolidada Introdução 1 Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório consolidado de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas anexas da ParaRede SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 51.697.301 euros, um total de interesses minoritários de 32.993 euros e um total de capital próprio de 4.103.289 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 43.538.298 euros), as Demonstrações Consolidadas dos resultados, por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração (i) a preparação das demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas compreendidas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira consolidada contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

ParaRede, SGPS, SA

(2)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluíu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método de equivalência patrimonial; (iii) apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório consolidado de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da ParaRede SGPS, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

ParaRede, SGPS, SA

(3)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Ênfases 8 Sem afectar o parecer expresso no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as seguintes situações: 8.1 Durante o corrente exercício a Empresa procedeu à avaliação por entidade independente e com referência a Dezembro de 2002, da sua participada Eurociber, tendo, em resultado de tal estudo, e conforme referido nas Notas 10 e 45 do Anexo às Demonstrações Financeiras, procedido à amortização extraordinária de diferenças de consolidação no valor de 11.004 milhares de euros e ultrapassado as insuficiências de informação referidas no nosso Relatório datado de 17 de Abril de 2002. 8.2 As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das operações, o que pressupõe que a empresa irá conseguir gerar autonomamente ou obter dos seus accionistas e/ou entidades financiadoras os meios monetários que eventualmente se venham a revelar necessários para a sua actividade. Existem, à data do presente relatório, evidência de acordos com entidades bancárias que indiciam a razoabilidade de tal assunção. No entanto, tal como relevado no seu balanço, a empresa apresenta um capital próprio inferior a metade do seu capital social. Deste modo, tal como previsto no Artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, a Administração deverá iniciar o processo de resolução desta situação, que a não ser ultrapassada até à aprovação das demonstrações financeiras de 2004, dará origem á sua dissolução. 8.3 O Conselho de Administração da Empresa iniciou durante o exercício de 2001 e continuou durante o de 2002, uma revisão estratégica das operações do Grupo, tendo implementado um vasto Plano de Reestruturação. Como consequência deste plano, a Empresa desinvestiu ou reduziu significativamente o nível de algumas actividades que desenvolvia na área de B2B e B2C, bem como no desenvolvimento de tecnologia própria, tendo ainda procedido à alienação de várias participações financeiras que não se enquadravam na nova orientação estratégica do Grupo. Tal como referido nas Notas de Introdução, 10, 27 e 45 do Anexo às Demonstrações Financeiras, os Resultados do exercício encontram-se significativamente influenciados pelos efeitos de tal reestruturação. Lisboa, 2 de Abril de 2003 Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda representada por: Jorge Manuel Santos Costa, R.O.C.

BALANÇO

(valores em Euros)

Código

das ACTIVO 31.12.2002 31.12.2001

Contas AB AP AL

IMOBILIZADO

Imobilizações Incorpóreas:

431 Despesas de Instalação 4.407.007 3.816.802 590.205 1.640.713

432 Despesas de Invest. Desenvolvimento 14.964 7.066 7.898 12.886

433 Prop. Industrial e Outros Direitos 17.248 17.219 29 4.147

434 Trespasses 59.256.450 34.022.308 25.234.142 47.684.881

44 Imobilizações em curso 0 0 0 0

63.695.669 37.863.395 25.832.274 49.342.627

Imobilizações corpóreas:

426 Equipamento administrativo 293.947 145.955 147.992 228.886

429 Outras Imobilizações Corpóreas 43.789 12.316 31.473 36.947

337.736 158.271 179.465 265.833

41 Investimentos financeiros:

4111 Partes de Capital em Empresas do grupo 6.266.366 0 6.266.366 1.649.846

4112 Partes de Capital em Empresas Associadas 78.524 0 78.524 73.560

4113 Partes de Capital em Outras Empresas 97.510 87.170 10.340 10.340

447 Adiant. Por conta Invest. Financeiros 0 0 0 0

6.442.400 87.170 6.355.230 1.733.746

CIRCULANTE

Dívidas de terceiros - curto prazo:

211 Clientes c/c 3.596.746 0 3.596.746 12.176.895

252 Empresas do Grupo 96.383.333 0 96.383.333 111.714.483

229 Adiantamentos a fornecedores 24.740 0 24.740 24.740

24 Estado e Outros Entes Públicos 382.804 0 382.804 718.667

264 Subscritores de Capital 0 0 0 0

26 Outros devedores 3.822.758 3.019.506 803.252 338.711

104.210.381 3.019.506 101.190.875 124.973.496

Depósitos bancários e caixa:

12 Depósitos bancários 1.961.285 0 1.961.285 1.859.459

11 Caixa 4.382 0 4.382 4.413

1.965.667 0 1.965.667 1.863.872

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

271 Acréscimos de Proveitos 0 0 0 0

272 Custos diferidos 62.847 0 62.847 48.911

62.847 0 62.847 48.911

Total de amortizações 38.021.666

Total de provisões 3.106.676

TOTAL DO ACTIVO 176.714.700 41.128.342 135.586.358 178.228.485

ParaRede - SGPS, S.A.

O Técnico Oficial de Contas A Administração

BALANÇO

(valores em Euros)

Código

das CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2002 31.12.2001

Contas

CAPITAL PRÓPRIO

51 Capital 50.035.000 125.087.500

521 Acções Próprias (212.806) (212.806)

522 Acções Próprias-Desc. e Prémios (434.513) (434.513)

54 Prémios de Emissão de Acções 22.719.261 22.719.261

55 Ajust. Partes Cap. Em Filiais e Assoc. 6.522 6.522

57 Reservas

571 Reservas Legais 1.586.367 1.586.367

574 Reservas Livres 698.096 698.096

578 Reservas Indisponíveis 647.319 647.319

59 Resultados Transitados (27.403.662) 6.974.706

Subtotal 47.641.584 157.072.452

88 Resultado Líquido do Exercício (43.538.297) (113.950.339)

Total do Capital Próprio 4.103.287 43.122.113

PASSIVO

Provisões para Riscos e Encargos

298 Outras Prov. P/ Riscos e Encargos 96.023.882 114.518.387

96.023.882 114.518.387

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:

231 Dívidas a instituições de crédito 0 0

0 0

Dívidas a terceiros - Curto prazo:

221 Fornecedores c/c 642.489 573.903

231 Dívidas a instituições de crédito 28.267.236 15.626.068

261 Fornecedores de Imobilizado 66.066 111.937

25 Accionistas 1.245.106 16.703

24 Estado e outros entes públicos:

241 Estimativa IRC a pagar 15.750 0

Outros 52.163 132.973

26 Outros credores 4.929.890 3.673.265

35.218.700 20.134.849

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

273 Acréscimos de custos 240.489 453.136

240.489 453.136

Total do passivo 131.483.071 135.106.372

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 135.586.358 178.228.485

O Técnico Oficial de Contas A Administração

ParaRede - SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

(valores em Euros)

Código

das Descrição 31.12.2002 31.12.2001

Contas

CUSTOS E PERDAS

61 Custo das mercadorias vendidas

e das matérias consumidas:

Mercadorias 0 0

62 Fornecimentos e serviços externos 1.444.094 2.187.571

64 Custos com o pessoal

641+642 Remunerações 1.405.029 2.979.127

645/8 Encargos sociais 653.274 2.058.303 635.141 3.614.268

66 Amortizações do imob. corp. e incorp. 7.056.572 7.080.474

67 Provisões 26.706 7.083.278 0 7.080.474

63 Impostos 139.661 51.636

65 Outros custos e perdas operacionais 25.832 165.493 21.326 72.962

(A)............... 10.751.168 12.955.275

682 Perdas em Empresas do Grupo 16.920.014 87.849.566

684 Amort. Prov. Aplic. Invest. Financeiros 0 87.170

Outros Juros e custos similares 2.319.680 19.239.694 911.285 88.848.021

(C)............... 29.990.862 101.803.296

69 Custos e perdas extraordinários 21.844.698 13.103.858

(E)............... 51.835.560 114.907.154

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 15.750 0

(G)............... 51.851.310 114.907.154

88 Resultado líquido do exercício (43.538.297) (113.950.339)

8.313.013 956.815

PROVEITOS E GANHOS

71 Vendas 0 0

72 Prestações de Serviços 1.200.088 1.200.088 55.136 55.136

74 Subsidios à Exploração 0 0

75 Trabalhos para a própria empresa 0 0

76 Outros proveitos e ganhos operacionais 10.453 8.489

(B)............... 1.210.541 63.625

782 Ganhos em Empresas do Grupo 1.372.358 333.546

Outros juros e proveitos similares 289.941 1.662.299 452.779 786.325

(D)............... 2.872.840 849.950

79 Proveitos e ganhos extraordinários 5.440.173 106.865

(F)............... 8.313.013 956.815

RESUMO:

Resultados Operacionais (B) - (A) (9.540.627) (12.891.650)

Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) (17.577.395) (88.061.696)

Resultados Correntes (D) - (C) (27.118.022) (100.953.346)

Resultados Antes de Impostos (F) - (E) (43.522.547) (113.950.339)

Resultados Líquido do Exercício (F) - (G) (43.538.297) (113.950.339)

A AdministraçãoO Técnico Oficial de Contas

PARAREDE-SGPS,S.A.

Rubrica 31-12-2002 31-12-2001

Vendas e prestações de serviços 1.200.088 55.136Custo das vendas e das prestações de serviços 0 0

Resultados Brutos 1.200.088 55.136

Outros proveitos e ganhos operacionais 10.453 115.354Custos de distribuição 0 0Custos administrativos 0 0Outros custos e perdas operacionais 10.782.857 13.872.642Anulações de ganhos e perdas operacionais Intra-Grupo 0 0

Resultados Operacionais (9.572.316) (13.702.152)

Custo Líquido de financiamento (2.029.740) (458.506)Ganhos (perdas) em filiais e associadas (15.547.656) (87.516.020)Ganhos (perdas) em outros investimentos 0 (87.170)Resultados não usuais ou de ocorrencia não frequente (16.372.835) (12.186.491)

Resultados correntes (43.522.547) (113.950.339)

Impostos sobre os resultados correntes 15.750 0

Resultados correntes após impostos (43.538.297) (113.950.339)

Resultados extraordinários 0 0

Impostos sobre os resultados extraordinários 0 0

Resultados líquidos antes de Interesses Minoritários (43.538.297) (113.950.339)

Interesses minoritários 0 0

Resultados líquidos do grupo (43.538.297) (113.950.339)

Resultados por acção (em euros) (0,403) (1,435)

O Técnico Oficial de Contas A Administração

(valores em Euros)

ParaRede, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES

DESCRIÇÃO 31-12-2002 31-12-2001

Actividades Operacionais

Recebimentos de clientes 1.086.616 309.087

Pagamentos a fornecedores -1.409.380 -2.148.313

Pagamentos ao pessoal -2.351.715 -3.832.067

Fluxo gerado pelas operações -2.674.479 -5.671.293

Pagamentos / recebimentos imposto s/ rendimento 307.513 -64.067

Outros pagamentos / recebimentos relat. activ. operacionais 570.703 -1.876.376

Fluxo gerado antes de rúbricas extraordinárias -1.796.263 -7.611.736

Recebimentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0 16.613

Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias -158.656 -182.549

Fluxo de actividades operacionais [1] -1.954.919 -7.777.672

Actividades de Investimento

Recebimentos provenientes de:

Investimentos Financeiros 4.500.000 0

Imobilizações Incorpóreas 0 0

Imobilizações Corpóreas 0 0

Subsídios de investimento 0 0

Juros e proveitos similares 0 0

Dividendos

Sub-total - Recebimentos 4.500.000 0

Pagamentos respeitantes a:

Acções Próprias 0 188.446

Investimentos financeiros 1.496.396 41.968.663

Imobilizações Incorpóreas 0 236.926

Imobilizaçöes Corpóreas 0 503.364

Emprestimos concedidos a empresas do grupo 11.668.819 23.385.006

Sub-total - Pagamentos 13.165.215 66.282.405

Fluxo actividades de Investimento [2] -8.665.215 -66.282.405

Actividades de Financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 1-a) 17.933.291 13.843.544

Aumento capital, prest. suplem., prémios emissão 0 56.856.048

Accionistas 0 0

Juros e proveitos similares 344.764 500.034

Sub-total - Recebimentos 18.278.055 71.199.626

Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos 1-a) 5.292.123 2.119.891

Juros e custos similares 2.264.002 1.489.732

Empresas do Grupo 0 0

Aquisição acções (quotas) próprias 0 0

Accionistas 0 0

Sub-total - Pagamentos 7.556.125 3.609.623

Fluxo actividades de Financiamento [3] 10.721.930 67.590.003

Variações de caixa e seus equivalentes [4] 101.796 -6.470.074

Efeito das diferenças de câmbio

Caixa e seus equivalentes - Início do período 2) 1.863.871 8.333.945

Caixa e seus equivalentes - fim do período 2) 1.965.667 1.863.871

O Técnico Oficial de Contas A Administração

ParaRede SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA(valores em Euros)

Método Directo

PARAREDE, SGPS, S.A.

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DEZEMBRO DE 2002

Segundo o Regulamento 93/11 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e de acordo com a

Directriz Contabilística nº 14 da Comissão de Normalização Contabilística

1. Relativamente às aquisições ou alienações de filiais e outras actividades empresariais, material-

mente relevantes, existe o seguinte:

a)- AQUISIÇÕES E ALIENAÇÕES DE FILIAIS E OUTRAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Catalogo Futursis

Valor da Compra/Venda 2.618.692 4.500.000

Valor pago/Recebido no ano de 2002 1.496.396 4.500.000

Equivalentes a caixa à data de aquisição/alienação 28.664 36.571

b)- EMPRÉSTIMOS DE FINANCIAMENTO:

Valor recebido Valor reembolsado

no exercício no exercício

Empréstimos Bancários 17.933.291 5.246.822

Subsidios- ICEP 0 45.301

17.933.291 5.292.123

2. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes:

2002 2001

Numerário 0 0

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1.961.285 1.859.458

Equivalentes a caixa 4.382 4.413

Caixa e seus equivalentes 1.965.667 1.863.871

Outras disponibilidades 0 0

Disponibilidades constantes no balanço 1.965.667 1.863.871

3. Variacões de perímetro do Grupo

Durante o exercício de 2002 o perimetro do grupo sofreu alterações com a aquisição de 100% da Catalogo e

alienação de 100% da Futursis.

Durante o ano a aquisição efectuada deu lugar ao apuramento de um Goodwill que surge dos seguintes elementos:

Catalogo

Valor de Aquisição 2.618.692

Valor dos Capitais Próprios à data de aquisição -5.705.601

Diferenças de Consolidação 8.324.293

Relativamente a esta aquisição já tinha sido pago cerca de 1 122 mil euros em 2001.

O Técnico Oficial de Contas A Administração

Página 1

PARAREDE - SGPS, S.A.

Contribuinte nº 503 541 320

2002

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

(valores expressos em euros)

INTRODUÇÃO A ParaRede - SGPS, SA é a Holding do Grupo ParaRede, com sede na Avenida José Malhoa, nº 21, em Lisboa, registada na Conservatória do registo Comercial de Lisboa sob o nº04861, com o nº de contribuinte 503 541 320.

O Plano de Reestruturação Empresarial iniciado no ano anterior teve a sua maior expressão no ano de 2002. Os impactos principais deste plano, nas contas de 2002 foram essencialmente as seguintes: (i) Aquisição de participação na Catálogo Electrónico de Produtos, SA, a 27 de Junho de 2002: a ParaRede adquiriu acções representativas de 51% do capital social da sociedade Catálogo Electrónico de Produtos, SA. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representativas de 100% do capital social dessa sociedade. (ii) Redução do valor nominal das acções, a 11 de Outubro 2002: a ParaRede informou o mercado de que foi celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 cêntimos cada uma. (iii) Acordo com a Sterling Commerce, a 17 de Outubro de 2002, nos termos do qual foi posto termos a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade. (iv) Alienação da totalidade do capital social do Grupo Futursis, empresa detentora da Rumos, a 09 de Dezembro de 2002, à sociedade Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A.. A continuidade das operações está dependente do apoio futuro dos principais accionistas e dos bancos. A empresa já utilizou todas as linhas de crédito disponiveis estando em curso a sua renegociação, de forma a garantir a solvência da empresa. 1. INDICAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES DO POC O registo dos factos contabilísticos e a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras obedeceram não só às características qualitativas de relevância, fiabilidade e comparabilidade como também aos princípios contabilísticos da continuidade, da consistência e da especialização, do custo histórico, da prudência, da substância sob a forma e da

Página 2

materialidade conforme estão definidos respectivamente nos capítulos 3 e 4 do Plano Oficial de Contabilidade aprovado pelo Decreto-Lei 410/89, de 21 de Novembro. Deverão considerar-se sem aplicação as notas não mencionadas neste anexo.

3. Critérios valorimétricos

3.1. IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO

• O imobilizado corpóreo é valorizado ao custo de aquisição, incluindo as despesas imputáveis à compra.

• O imobilizado incorpóreo compreende fundamentalmente as despesas de instalação

e o valor dos trespasses que correspondem ao excesso do custo de aquisição sobre o valor atribuível aos capitais próprios, tendo sido a partir do exercício de 1998, política do grupo apresentar os investimentos financeiros pelo método da equivalência patrimonial.

• As amortizações do imobilizado são efectuadas pelo método das quotas constantes,

de acordo com o período de vida útil estimado que não diferem substancialmente das taxas máximas anuais permitidas para efeitos fiscais.

• As amortizações dos trespasses são efectuadas num período entre 5 e 10 anos,

aplicando o método das quotas constantes, tendo em consideração o período de recuperação do investimento.

• As amortizações das despesas de investigação e desenvolvimento são efectuadas

pelo método das quotas constantes num período de 3 anos.

3.2. ACTIVOS E PASSIVOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

As operações em moeda estrangeira são registadas ao câmbio da data considerada para a operação. São actualizadas no contravalor em euros às taxas de câmbio em vigor no final do exercício. As diferenças de câmbio ocorridas no exercício, realizadas ou potenciais, são registadas como Ganhos ou Perdas Financeiros.

3.3. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

As participações financeiras em empresas do Grupo estão relevadas pelo método de equivalência patrimonial, de modo a dar ao utilizador das demonstrações financeiras individuais da empresa, uma imagem próxima dos valores globais encontrados nas Demonstrações Financeiras Consolidadas do grupo a nível de capitais próprios e resultados líquidos. No momento em que o Capital Próprio da Participada passa a ter valor negativo é constituída uma provisão para o efeito.

3.4. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Página 3

A estimativa do Imposto sobre o Rendimento é determinada com base nos Resultados Antes de Impostos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal, tomando em consideração as diferenças temporais existentes.

3.5. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Em Caixa e seus equivalentes estão incluídos depósitos à ordem, caixa e outras aplicações

de tesouraria . A 31 de Dezembro encontrava-se em caixa um cheque no montante de 4 132,85 euros.

4. COTAÇÕES UTILIZADAS

As operações em moeda estrangeira estão registadas ao câmbio da data considerada para a operação. Todas as diferenças de câmbio apuradas neste exercício foram registadas em resultados, tendo sido utilizadas as taxas abaixo listadas, à data de 31 de Dezembro de 2002.

Moeda Média Compra/Venda ( euro

)

Franco Suiço 1.4524

Libra Inglesa 0.65050

Real Brasileiro 3.7124

Dolar EUA 1.0487

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO SERVIÇO DA EMPRESA

A 31 de Dezembro a empresa tinha ao seu serviço 5 empregados no seu quadro de pessoal.

8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

As despesas de instalação incluem para além dos custos com os aumentos do Capital Social, todos os custos relacionados com a entrada da empresa na Bolsa de Valores de Lisboa e respectiva campanha publicitária.

10. MOVIMENTOS OCORRIDOS NA RÚBRICA DE IMOBILIZAÇÕES E RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES 10.1. – MOVIMENTO DO ACTIVO BRUTO

Rúbricas Saldo Inicial Ajustamentos Transferências

e Abates

Aumentos Saldo final

Imobilizações Incorpóreas Despesas de instalação Despesas invest. Desenvolvimento Propr. Intelectual e out. direitos Trespasses Imob.em curso

4 462 934

422 359 17 248

58 881 854 --

-- -- -- -- --

(55 927)

(407 395) --

(8 940 594) --

-- -- --

9 315 190 --

4 407 007

14 964 17 248

59 256 450 --

Total Imobilzações Incorpóreas 63 784 395 -- (9 403 916) 9 315 190 63 695 669

Página 4

Imobilizações Corpóreas Equip. administrativo Out. Imob. Corpóreas

293 947 43 789

-- --

-- --

-- --

293 947 43 789

Total Imobilizações Corpóreas 337 736 -- -- -- 337 736

Investimentos financeiros Partes de Capital em Emp.do Grupo Partes de Capital em Emp. Associadas Partes de Capital em Out. Empresas Adiant. Por conta de Inv. Financeiros

1 649 846

73 560 97 510

1 122 295

(40 787 003)

4 964 --

210 612

-- --

(1 122 295)

45 192 911

-- -- --

6 266 366

78 524 97 510

--

Total Investimentos Financeiros 2 943 211 (40 782 039) (911 683) 45 192 911 6 442 400

A coluna de ajustamentos reflete a aplicação do Método da Equivalência Patrimonial que, devido ao Plano de Reestruturação anunciado, tornou os capitais próprios de algumas participadas negativos – para mais informações ver nota 34. 10.2 MOVIMENTO DAS AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES

Rúbricas Saldo Inicial Ajustamentos Reforço Saldo final

Imob.Incorpóreas Desp.instalação Desp. Invest. desenvolvim. Prop. Intelect. out. direitos Trespasse

2 822 221

409 473 13 101

11 196 973

(55 927)

(407 395) --

16 914 745

1 050 508

4 988 4 118

5 910 590

3 816 802

7 066 17 219

34 022 308

Total Amortiz. Imob. Incorp. 14 441 768 16 451 423 6 970 204 37 863 395

Imob.corpóreas Equip. administrativo Outras imobil. Corporeas

65 061 6 842

-- --

80 894 5 474

145 955 12 316

Total Amortiz. Imob. Corp. 71 903 -- 86 368 158 271

Investimentos Financeiros Partes de Capital em Emp.do Grupo Partes de Capital em Emp. Associadas Partes de Capital em Out. Empresas Adiant. Por conta de Inv. Financeiros

-- --

87 170 1 122 295

-- -- --

(1 122 295)

-- -- -- --

-- --

87 170 --

Total Provisões Investimentos Financeiros 1 209 465 (1 122 295) -- 87 170

15. BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA.

A empresa mantém equipamentos em regime de locação financeira, com os seguintes valores contabilísticos:

Descrição do Bem Valor de Aquisição Amortização Valor Líquido

Equipamento Informático 162 904 61 089 101 815

Página 5

Total 162 904 61 089 101 815

16. PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS

Capital detido

ULTIMAS CONTAS APROVADAS

Empresa % Ano Capitais

Próprios RL do

Exercício

Página 6

GRUPO: ParaRede-Electronic Business Solutions, S.A. Sede-Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa ETT-Equip.Acessórios Elect.Telemática, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa I.C.E. – Instalações de Cabos Especiais, SA. Sede: Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa ParaRede-Serv. Financeiros e Administrativos, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa AdmiRas-Gestão Integrada de Redes, Aplicações e Sist, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa Spades-Sistemas de Apoio ao Desenvol. Informático,Lda Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa ParaRed Tecnologias de la Comunicacion, SA Sede – Avenida Afonso XOO, 105 –28016 Madrid Orebron Business-Consul. e Projectos,S.A. Sede – Madeira ParaRede Investments – SGPS, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa ParaRede International, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa Eurociber Portugal, S.A. Sede – R. Laura Alves, 12-3º - 1050-138 Lisboa Eztrade LTDA Sede – São Paulo – Brasil Net People, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa Catálogo Electrónico de Produtos, S.A. Sede- Avenida José Malhoa,21 –1070-157 Lisboa

100

100 9

100

100

100

99

100

100

100

100

100

40

100

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

2002

5 712 787

167 709

222 930

(1 922 407)

107 777

252

(8 072 991) (7 233 400)

(3 907 006)

(799 079)

111 651

(8 311 613)

(3 081 383)

(6 281 606)

1 369 624

(27 171)

(2 450)

(5 077 813)

(373)

(384)

(233 716)

(7 466 250)

(3 940 339)

(710 464)

(302 563)

(6 761 691)

(269 804)

(573 055)

ASSOCIADAS: PluriRede – Sistemas de Comunicação, S.A. Sede-Rua de Anselmo Lopes, 46, S.Bernardo- 3810 Aveiro Leadcom – Tel. Móveis, S.A. Sede – Lisboa

40

11

2001

--

182 561

--

41 664

--

Página 7

25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS RESPEITANTES A PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2002 existiam as seguintes dívidas passivas:

Despesas 2 349 euros

32. RESPONSABILIDADES DA EMPRESA POR GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2002 a empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas no valor de 3 313 189 euros, dos quais se destacam:

Beneficiário Valor Observações

Antigos Accionistas da BJS, SL 2 608 393 Garante o bom cumprimento da aquisição da empresa BJS, SL

Três Colaboradores 448 918 Garantir o rendimento obtido com o exercício das “stock options”

Outras Garantias 255 878 Garantias derivadas da actividade normal da empresa

Total 3 313 189

34. Provisões

Movimento nas contas de provisões

PROVISÕES Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Provisões para investimentos financeiros 1 209 465 - 1 122 295 87 170

Provisões para outros devedores 2 992 800 26 706 - 3 019 506

Provisões para riscos e encargos 3 750 000 - 3 750 000 -

Provisões para outros (MEP) 110 768 386 11 716 268 26 460 772 96 023 882

Totais 118 720 651 11 742 974 31 333 067 99 130 558

A Provisão para Outros diz respeito às participações financeiras que têm, à data de 31 de Dezembro de 2002, Capitais Próprios negativos, resultando o valor da aplicação do método da equivalência patrimonial. A anulação da Provisão para Outros Riscos e Encargos corresponde à utilização da provisão constituída para fazer face aos custos incorridos no exercício, no âmbito do Plano de Reestruturação.

36. FORMA DE REPRESENTAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

O Capital Social está representado por 125 087 500 acções ao portador ao valor nominal de 40 cêntimos/acção.

Página 8

40. MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO EM CAPITAIS PRÓPRIOS

O Resultado Líquido do exercício de 2001 foi transferido para Resultados Transitados (113 950 339 euros). A empresa procedeu à redução do seu Capital Social, por escritura pública realizada a 9 de Outubro de 2002 ( ver Nota 48 ). 43. REMUNERAÇÕES DOS ORGÃOS SOCIAIS

Conselho de Administração 918 954 euros Conselho Fiscal 7 183 euros

44. REPARTIÇÃO DO VALOR LÍQUIDO DAS VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Mercados Prestações de Serviços

Mercado Interno 1 200 088

Mercado Externo --

Total 1 200 088

45. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Rúbricas

Saldo inicial Aumentos

Ano

Diminuições Ano M E P

Saldo Final

Capital Social

Acções Próprias (v. nom)

Acções Próprias(desc./pr)

Prémio Emissão Acções

Ajust. Partes de Capital

Reservas Legais

Reservas Livres

Reservas Indisponíveis

Resultados Transitados

Resultado Liquido

125 087 500

(212 806)

(434 513)

22 719 261

6 522

1 586 367

698 096

647 319

6 974 706

(113 950 339)

--

--

--

--

--

--

--

--

(113 950 339)

(43 538 297)

(75 052 500)

--

--

--

--

--

--

--

75 052 500

113 950 339

--

--

--

--

--

--

--

--

4 519 471

--

50 035 000

(212 806)

(434 513)

22 719 261

6 522

1 586 367

698 096

647 319

(27 403 662)

(43 538 297)

Total 43 122 113 (157 488 636) 113 950 339 4 519 471 4 103 287

Página 9

Custos e Perdas 31.12.02 31.12.01 Proveitos e Ganhos 31.12.02 31.12.01

681 Juros Suportados 1 246 489 819 726 781 Juros obtidos 30 893 248 293

682 Perdas em Emp. Grupo 16 920 014 87 849 566 782 Ganhos Emp. Grupo 1 372 358 333 546

684 Prov. Aplic. Financeiras -- 87 170 785 Dif. de câmbio favoráveis 259 048 204 486

685 Dif. Câmbio desfavor. 1 003 581 23 276

688 O. custos p. Financ. 69 610 68 283

Resultados Financeiros (17 577 395) (88 061 696)

Total 1 662 299 786 325 1 662 299 786 325

O valor de perdas em empresas do Grupo refere-se na sua maior parte aos custos do Plano de Reestruturação que foram reflectidos nas contas individuais das participadas afectadas. 46. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Custos e Perdas 31.12.02 31.12.01 Proveitos e Ganhos 31.12.02 31.12.01

691 Donativos -- 47 386 794 Ganhos em imobilizções -- 28 184

694 Perdas Imobilizações 413 205 678 761 796 Red. Amort. Provisões 4 899 781 6 012

695 Multas e penalidades -- 58 797 Correc. exerc. Anteriores 220 56 056

696 Aum. Amort. Provisões 21 272 616 11 532 215 798 Outros prov e g. extraord. 540 172 16 613

697 Correc. exerc. Anteriores 112 790 191 162

698 Out. Cus. Perdas Extra. 46 087 654 276

Resultados Extraordinários (16 404 525) (12 996 993)

Total 5 440 173 106 865 5 440 173 106 865

O montante de Custos Extraordinários encontra-se influenciado pela dotação de amortizações e provisões efectuadas no âmbito do processo de reestruturação em curso, nomeadamente: Amortização extraordinária GoodWill Catálogo, SA 8 324 292 GoodWill Eztrade, LTDA 1 746 117 GoodWill Futursis, SA 198 180 Goodwill Eurociber, SA 11 004 027 21 272 616 48. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES a) Empresas do Grupo Na sequência da centralização da gestão financeira do Grupo pela ParaRede SGPS, SA, no sentido da optimização dos recursos obtidos e aplicados, esta última contratou a maior parte dos financiamentos bancários necessários ao suporte do investimento e do ciclo de exploração. b) Programa de “Stock-Option”

Página 10

A seguinte informação sumariza os dados principais sobre o plano de “Stock Option” do Grupo ParaRede:

A fim de criar fortes incentivos à retenção dos principais colaboradores da ParaRede, as Assembleias Gerais de 1999, 2000 e 2001 autorizaram o Conselho de Administração a instituír um programa de “stock options”, a exercer no período de 2002 a 2006, conforme evidenciado no quadro acima.

c) O período em análise ficou marcado pela ocorrência dos seguintes factos:

• Interposição de uma acção judicial – A 31 de Janeiro de 2002, a ParaRede veio informar o público que foi notificada da interposição, na qualidade de co-demandada, de uma acção judicial a correr no Tribunal Judicial de Madrid, por “AOL Servicios Interactivos Multimédia, Sociedade Limitada, Sociedad Unipessoal”. A acção tem o valor de 2 644 389,68 euros. É entendimento da ParaRede que a acção interposta é improcedente, indo por isso proceder à respectiva contestação, nos termos das regras aplicáveis;

• Adenda – Em adenda ao comunicado anterior a ParaRede veio acrescentar que a

acção interposta se refere ao alegado incumprimento de uma suposta obrigação de transmissão de uma participação social;

1 Depois da correcção do aumento de capital

Planos por Nº de Acções1 Nº de Opções sobre Data de Preço de

Anos a disponibilizar Acções atribuídas Exercício Exercício (eur)

1999 2 400 000 2 210 400

Cons. Administração 900 000 702 000 2002 2,25

Colaboradores 1 500 000 1 508 400 2002 2,25

2000 2 400 000 2 400 000

Cons. Administração 900 000 900 000 2002-2003 2,44

Colaboradores 1 500 000 1 500 000 2002-2003 2,44

2001 2 500 000

Cons. Administração 900 000 - 2004-2006 2,591

Colaboradores 1 600 000 - 2004-2006 2,591

Página 11

• Termo da acção arbitral interposta por Guillermo Barrera – A 18 de Março de 2002 a ParaRede, na sequência do comunicado disponibilizado em 16 de Novembro de 2001, veio informar o público que foi celebrado um contrato com os senhores Guilherme Barrera Fierro e Rosa Barrera Fierro nos termos do qual foi acordado pôr termo ao processo arbitral de execução específica movido contra a ParaRede que tinha o valor de 20 396 936,00 euros , mediante o pagamento de 1 496 393,70 euros. Com a transacção efectuada, passou a ParaRede a deter 22 050 acções representativas de 49% da “Catálogo Electrónico de Produtos e Bases de Dados, S.A”;

• Adenda - Em adenda ao comunicado anterior a ParaRede vem acrescentar que a

aquisição das 22 050 acções representativas de 49% do capital da “Catálogo Electrónico de Produtos Bases de Dados, S.A.”, foi efectuada mediante o pagamento de 1 122 295 euros, já pagos em 2000, à senhora D. Rosa Lígia Andreazzi Barrera Fierro e dos 1 496 393,70 euros, referidos no Facto Relevante, ao Senhor Guillermo Barrera Fierro, em 15 de Março de 2002;

• Alienação do capital social da Portalimentar – A 4 de Abril de 2002, a ParaRede SGPS, SA

e as sociedades por si dominadas, ParaRede Investments, SA e ParaRede SFA, SA, informaram que procederam à alienação de 381 582 acções, com o valor nominal de 1 euro cada uma, que detinham no capital social da “Portalimentar, Gestão de Conteúdos Electrónicos, S.A.”. As acções objecto de alienação correspondem à totalidade do capital social detido pela ParaRede. Adicionalmente ficou previsto a celebração de um contrato de prestação de serviços entre a sociedade Portalimentar e uma das sociedades do Grupo ParaRede;

• Cessação do Acordo Parassocial – A 11 de Abril de 2002, a ParaRede comunicou que foi

informada de que, nos termos previstos no Acordo Parassocial celebrado em 8 de Junho de 1999, Carlos Alberto Monsanto Coelho de Campos manifestou oposição à sua renovação, razão pela qual, nos termos do próprio acordo, o mesmo cessou os seus efeitos no dia 8 de Junho de 2002;

• ParaRede adquire “Catálogo Electrónico de Produtos, SA” – A 27 de Junho de 2002, a

ParaRede informou que no âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede adquiriu aos senhores Carlos Coelho de Campos, Manuel Sobral e João Pereira, acções representativas de 51% do capital social da sociedade “Catálogo Electrónico de Produtos, SA”, por um preço global de 3 euros. Estas acções, somadas às antes adquiridas, fazem com que a ParaRede seja hoje detentora de acções representadas de 100% do capital social dessa sociedade. No âmbito do acordo firmado foi posto fim a todas as contingências da ParaRede relacionadas com a aquisição destas acções;

• Redução capital social – A “ParaRede, SGPS, SA” informou, a 11 Outubro 2002, o mercado do seguinte: ter sido celebrada a escritura pública de redução do capital social desta sociedade de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, mediante a redução do valor nominal das respectivas acções para 0,40 euros cada uma. Em virtude da redução de capital social por alteração do valor nominal de 1 para 0,40 euros, a partir de 28 de Outubro de 2002, inclusive, a negociação em bolsa passou a ter por base o novo valor nominal de 0,40 euros;

Página 12

• Acordo com a Sterling Commerce – A 17 de Outubro de 2002, a ParaRede veio informar o público que, no âmbito de um conjunto de acordos celebrados, a ParaRede finalizou um acordo definitivo com a Sterling Commerce, nos termos do qual foi posto termo a todas as responsabilidades que para a ParaRede emergiam perante essa entidade;

• Contrato com a Multipessoal sobre participação na Futursis – A “ParaRede, SGPS, S.A.” veio, no dia 09 Dezembro 2002, informar que nesta data celebrou com a sociedade “Multipessoal – Sociedade de Prestação e Gestão de Serviços, S.A.”, contrato de compra e venda das acções representativas da totalidade do capital social da sociedade Futursis – Sistemas de Informação, S.A. (sociedade que detém participação maioritária na sociedade “Rumos – Formação e Comunicação, S.A.”) por um preço global de 4.500.000 euros.

• EZTrade, LTDA encerra actividades operacionais no Brasil - A ParaRede anunciou, a 26 Fevereiro 2003, que a EZTrade, LTDA, sociedade do Grupo ParaRede actuante no mercado brasileiro, encerra as suas actividades operacionais no dia 27 de Fevereiro, sendo no entanto intenção da administração a manutenção da sua existência jurídica como “dorment company”. Adicionalmente e de acordo com comunicado da sociedade datado de 15 de Novembro de 2002, o Grupo irá manter a sua presença no Brasil através de um acordo para a utilização da tecnologia WebEDI da ParaRede, no território brasileiro, pela Sterling Commerce.

• Alteração do Conselho de Administração e da Comissão Executiva – A “ParaRede SGPS, S.A.” anunciou, a 27 Fevereiro 2003, o seguinte: que, na sequência de proposta da Comissão Executiva e de deliberação do Conselho de Administração desta mesma data, procedeu-se à reestruturação da Comissão Executiva da sociedade, através dos seguintes actos: (i) o Senhor Engenheiro Silva Correia e o Senhor Dr. João Nuno Palma deixaram de integrar a Comissão Executiva da sociedade, mantendo-se como Administradores não executivos, tendo sido substituídos pelo Senhor Dr. Paulo Miguel de Sousa Gonçalves Ramos (na qualidade de novo Presidente da Comissão Executiva) e pelo Senhor Engenheiro Paulo Jorge Tavares Guedes; (ii) na sequência de carta de renúncia apresentada pelo Senhor Dr. Jorge de Brito Pereira, este cessou as suas funções como Administrador da sociedade, tendo sido substituído pelo Senhor Dr. Pedro Rebelo Pinto, designado por cooptação, que fará também parte da Comissão Executiva.

d) Reconciliação da Demonstração de Resultados por naturezas com a Demonstração de

Resultados por funções

Rubricas Demonstração de Resultados de 2002

Por Naturezas Reclassificações Por Funções

Resultados Operacionais -9 540 627 - 31 689 -9 572 316

Resultados Financeiros -17 577 395 15 547 655 -2 029 740

Resultados Correntes -27 118 022 -16 404 525 -43 522 547

Resultados Extraordinários -16 404 525 16 404 525 0

Página 13

Resultados Líquidos do Exercício -43 538 297 0 -43 538 297

A coluna de reclassificações tem o valor de 16 404 525 euros, que são os resultados extraordinários da Demonstração de Resultados por natureza e que à luz da Directriz contabilistica n.º 20/97 são de natureza corrente, sendo na sua maior parte classificados em “Resultados não usuais ou de ocorrência não frequente”, por outro lado, os resultados operacionais apresentam uma reclassificação de 31 689 euros que diz respeito à diferença entre os Resultados Extraordinários da Demonstração de Resultados por naturezas e o valor que foi considerado para a rubrica “Resultados não usuais ou de ocorrência não frequente” na Demonstração de Resultados por funções. Quanto aos resultados financeiros a coluna da reclassificação contém o valor resultante da aplicação do Método da Equivalencia Patrimonial

Aconselha-se, para melhor compreensão dos pontos acima referidos, a leitura do Relatório de Gestão.

O Técnico Oficial de Contas A Administração

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

(CONTAS INDIVIDUAIS)

Nos termos legais e estatutários e do mandato que nos foi conferido, vimos apresentar o Relatório sobre a nossa actividade fiscalizadora e o Parecer sobre os documentos de prestação de contas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, emitidos sob a responsabilidade do Conselho de Administração da “ParaRede - SGPS, SA”. O Conselho Fiscal acompanhou a gestão da Empresa e a evolução dos seus negócios, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento das normas legais e estatutárias, tendo solicitado e recebido do Conselho de Administração e dos Serviços a documentação e os esclarecimentos convenientes ao desenvolvimento das suas funções. O Relatório de Gestão clarifica os aspectos mais significativos da actividade desenvolvida pela “ParaRede” neste Exercício, tendo sido verificada a conformidade com os preceitos legais e a sua concordância com as Contas do Exercício. Permitimo-nos destacar, pela sua relevância e impactos imediato e futuro, o Plano de Reestruturação do Grupo em execução desde Julho de 2001. As Demonstrações Financeiras foram elaborados de acordo com as disposições legais e contabilísticas aplicáveis e apresentam adequadamente a situação financeira do Grupo em 31 de Dezembro de 2002, os seus resultados e os fluxos de caixa neste Exercício. A nossa opinião foi apoiada pelo suporte técnico configurado na Certificação Legal das Contas, incluindo ênfases, a qual merece a nossa concordância e se considera integralmente reproduzida neste Relatório e Parecer. Tomámos conhecimento do Relatório de Auditoria, incluindo ênfases, emitido pelos Auditores Externos nos termos e para os efeitos do Art.º 245.º do Código dos Valores Mobiliários.

O Balanço evidencia um valor do capital próprio inferior a metade do capital social pelo que, para cumprimento das disposições do Artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, a Administração deverá analisar desde já as soluções adequadas a propor aos Accionistas até à aprovação das demonstrações financeiras do Exercício de 2004. Face ao que antecede, somos de parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras do Exercício de 2002 e do Relatório de Gestão, incluindo a proposta de aplicação de resultados, nos termos em que foram apresentados pelo Conselho de Administração. O Conselho Fiscal congratula-se ainda pela consecução dos meios financeiros e pelo revigoramento operacional do Grupo que permitem assegurar a continuidade das operações da ParaRede. Lisboa, 3 de Abril de 2003 O CONSELHO FISCAL Raul Bordalo Junqueiro – Presidente Manuel Pinto Machado - Vogal Vítor Rodrigues de Oliveira - ROC

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras da “ParaRede – SGPS, SA” as quais compreendem o

Balanço em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 135 586 358 Euros e um total de capital próprio de 4 103 287 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 43 538 297 Euros), as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras

que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada

no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluíu: - a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa

opinião. OPINIÃO 6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e

apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da “ParaRede – SGPS, SA” em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

PAG. 2/2

ÊNFASES 7. Sem afectar o parecer expresso no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações

seguintes: 7.1. A insuficiência de informação em 2001 quanto à recuperação do valor de aquisição da “Eurociber, SA” -

- que determinou a inclusão de uma reserva na certificação legal das contas desse Exercício -- foi suprida durante o Exercício de 2002.

A avaliação desta participada por entidade independente, reportada a Dezembro de 2002, determinou

a amortização extraordinária do “Trespasse” no montante de 11 004 027 Euros e conduziu o valor líquido desta participação a 22 653 152 Euros em 31.DEZ.2002, conforme se evidencia nas Notas 10 e 46 do Anexo.

7.2. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das

operações, o que pressupõe que a Empresa irá conseguir gerar autonomamente, ou obter dos seus Accionistas e/ou das Entidades Financiadoras, os meios monetários que eventualmente venham a revelar-se necessários para a prossecução da sua actividade.

A insuficiência de informação em 2001 quanto à validação de tal pressuposto -- que determinou a

inclusão de uma reserva na certificação legal das contas desse Exercício -- foi suprida durante o Exercício de 2002, existindo evidência, nesta data, de acordos com Entidades Bancárias que permitem a assunção deste pressuposto de continuidade.

Contudo, a Administração deverá ter em atenção que o Balanço em 31.DEZ.2002 apresenta um valor

do capital próprio inferior a metade do capital social, situação que deverá ser ultrapassada até ao final do ano de 2004 em cumprimento do disposto no Artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais.

7.3. Em consequência do Plano Estratégico de Reestruturação, verificaram-se em 2001 e em 2002

desinvestimentos ou reduções significativas quer em actividades da área da “Internet” quer no desenvolvimento de tecnologia própria e, ainda, alienações de participações financeiras não enquadradas na reorientação estratégica do Grupo. Os efeitos da Reestruturação do Grupo repercutidos nos resultados líquidos do Exercício de 2002 estão devidamente explicitados no Anexo às Demonstrações Financeiras designadamente na Introdução e nas Notas 10, 34, 45, 46 e 48.

Lisboa, 2 de Abril de 2003

_____________________________________________

VÍTOR OLIVEIRA E HÉLIA FÉLIX, S.R.O.C. Representada por

Vitor Manuel Rodrigues de Oliveira (ROC)

Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº25

Sede: Edifícios "As Caravelas", Rua Dr. Eduardo Neves 9 - 5º Dtº., 1050 - 077 Lisboa Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 219

NIPC 501 255 958 Capital social Euros 11.200 Correspondente da PricewaterhouseCoopers

Matriculada na Conse rvatória do Registo Comercial sob o nº10675

Bernardes, Sismeiro & Associados, SROC, Lda. Avenida da Liberdade, 245 - 7º C 1250 - 143 Lisboa Portugal Tel +351 21319 70 00 Fax +351 21316 11 12

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Individual

Introdução 1 Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas da ParaRede SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de 135.586.358 euros e um total de capital próprio 4.103.287 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 43.538.297 euros), as Demonstrações dos resultados, por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

ParaRede, SGPS, SA

(2)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contém distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluíu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da ParaRede SGPS, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfases 8 Sem afectar o parecer expresso no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as seguintes situações: 8.1 Durante o corrente exercício a Empresa procedeu à avaliação por entidade independente e com referência a Dezembro de 2002, da sua participada Eurociber, tendo, em resultado de tal estudo, e conforme referido nas Notas 10 e 46 do Anexo às Demonstrações Financeiras, procedido à amortização extraordinária de diferenças de consolidação no valor de 11.004 milhares de euros e ultrapassado as insuficiências de informação referidas no nosso Relatório datado de 17 de Abril de 2002.

ParaRede, SGPS, SA

(3)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

8.2 As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das operações, o que pressupõe que a empresa irá conseguir gerar autonomamente ou obter dos seus accionistas e/ou entidades financiadoras os meios monetários que eventualmente se venham a revelar necessários para a sua actividade. Existem, à data do presente relatório, evidência de acordos com entidades bancárias que indiciam a razoabilidade de tal assunção. No entanto, tal como relevado no seu balanço, a empresa apresenta um capital próprio inferior a metade do seu capital social. Deste modo, tal como previsto no Artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, a Administração deverá iniciar o processo de resolução desta situação, que a não ser ultrapassada até à aprovação das demonstrações financeiras de 2004, dará origem á sua dissolução. 8.3 O Conselho de Administração da Empresa iniciou durante o exercício de 2001 e continuou durante o de 2002, uma revisão estratégica das operações do Grupo, tendo implementado um vasto Plano de Reestruturação. Como consequência deste plano, a Empresa desinvestiu ou reduziu significativamente o nível de algumas actividades que desenvolvia na área de B2B e B2C, bem como no desenvolvimento de tecnologia própria, tendo ainda procedido à alienação de várias participações financeiras que não se enquadravam na nova orientação estratégica do Grupo. Tal como referido nas Notas de Introdução, 10, 34 e 45 do Anexo às Demonstrações Financeiras, os Resultados do exercício encontram-se significativamente influenciados pelos efeitos de tal reestruturação. Lisboa, 2 de Abril de 2003 Bernardes, Sismeiro & Associados, S.R.O.C., Lda representada por: Jorge Manuel Santos Costa, R.O.C.

PARAREDE – SGPS, S.A.

Assembleia Geral de Accionistas realizada a trinta de Maio de dois mil e três

EXTRACTO DA ACTA

«No dia trinta de Maio de dois mil e três, pelas dezassete horas, reuniu no Hotel Mercure,

Avenida José Malhoa, Lote 1684, salas Sebastião S. e Robert D., em Lisboa, por na respectiva

sede social não haver condições satisfatórias para a realização da reunião, a Assembleia Geral

da sociedade PARAREDE – SGPS, SA, sociedade aberta, com sede na Avenida José Malhoa,

número vinte e um, em Lisboa, pessoa colectiva número cinco zero três cinco quatro um três

dois zero, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número quatro

mil oitocentos e sessenta e um, com o capital social de cinquenta milhões e trinta e cinco mil

euros, representado por cento e vinte cinco milhões oitenta e sete mil e quinhentas acções com

o valor nominal de quarenta cêntimos cada.

O Secretário da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade, Dr. Jorge de Brito Pereira, tomou a

palavra para explicar que o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, o Dr. Luís

Sáragga Leal, não pôde comparecer à presente Assembleia Geral em virtude de se encontrar

no estrangeiro, tendo de seguida solicitado aos Senhores Accionistas o seu acordo para que

fosse o Secretário da Mesa da Assembleia Geral a assumir a sua Presidência. Nenhum dos

Senhores Accionistas presentes e devidamente representados manifestou qualquer oposição

tendo, aliás, dado o seu acordo expresso a que, nos termos e para os efeitos do Artigo

trezentos e setenta e quatro do Código das Sociedades Comerciais, o Dr. Jorge Brito Pereira

assumisse a Presidência dos trabalhos e fosse secretariado pelo Dr. Raul Lufinha, Secretário

da Sociedade suplente.

O Presidente da Mesa confirmou a regularidade da convocatória desta Assembleia Geral (...).

Mais verificou estarem presentes ou devidamente representados Accionistas titulares de

sessenta e cinco milhões cento e sessenta e oito mil quinhentas e vinte oito acções,

representativas de cinquenta e dois vírgula um por cento do capital social, pelo que considerou

que a Assembleia (...) estava em condições de ser validamente constituída e deliberar sobre

todos os pontos da Ordem de Trabalhos.

(...)

Seguidamente o Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou aberta a sessão e procedeu à

leitura da ordem de trabalhos da reunião:

PONTO PRIMEIRO: Deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício de 2002.

PONTO SEGUNDO: Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de

2002.

PONTO TERCEIRO: Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da

Sociedade no exercício de 2002.

PONTO QUARTO: Deliberar sobre o relatório de gestão consolidado e as contas consolidadas

do exercício de 2002.

(...)

Estando reunidos os requisitos legais para que a presente Assembleia Geral pudesse

validamente deliberar, o Presidente da Mesa declarou aberta a discussão da referida Ordem de

Trabalhos.

(...) foram os Pontos Um e Quarto da Ordem de Trabalhos submetidos a votação

conjuntamente e aprovados por maioria com o voto favorável dos Accionistas titulares de

sessenta e cinco milhões cento e trinta e quatro mil e quatrocentas e dezoito acções

representativas de noventa e nove vírgula noventa e cinco por cento do capital social e a

abstenção de Accionistas titulares de trinta e quatro mil cento e dez acções representando zero

vírgula zero cinco por cento do capital social.

(...) o Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos (...) foi (...) aprovado por maioria com o voto

favorável dos Accionistas titulares de sessenta e cinco milhões cento e trinta e quatro mil e

quatrocentas e dezoito acções representativas de noventa e nove vírgula noventa e cinco por

cento do capital social e a abstenção de Accionistas titulares de trinta e quatro mil cento e dez

acções representando zero vírgula zero cinco por cento do capital social.

No âmbito do Terceiro Ponto da Ordem de Trabalhos (...) a apreciação e o voto de louvor

relativos à forma como a Administração e a Fiscalização da Sociedade exerceram as suas

funções (...) foi aprovada por maioria com o voto favorável dos Accionistas titulares de

sessenta e cinco milhões cento e trinta e quatro mil e quatrocentas e dezoito acções

representativas de noventa e nove vírgula noventa e cinco por cento do capital social e a

abstenção de Accionistas titulares de trinta e quatro mil cento e dez acções representando zero

vírgula zero cinco por cento do capital social.

(...)

Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão pelas dezoito horas e trinta minutos, dela se

lavrando a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo Presidente e pelo

Secretário da Mesa da Assembleia Geral.»

Raul Lufinha

Secretário da Sociedade suplente