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RELATÓRIO E CONTAS 2011 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA

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Índice

I. RELATÓRIO DE GESTÃO 06 Destaques 09

Introdução 11

1. O GRupO SOARES DA COSTA 12

2. DESENvOLvImENTO SuSTENTávEL 24

3. ATIvIDADE 28

3.1 Enquadramento 30

3.2 Área de Negócio — Produção 36

3.3 Área Comercial 52

3.4 Recursos Humanos 58

4. ANáLISE ECONÓmICA E fINANCEIRA 64

4.1 Contas Individuais 66

4.2 Contas Consolidadas 68

5. GESTÃO DE RISCOS 74

6. pERSpETIvAS pARA 2012 80

7. fATOS RELEvANTES ApÓS O TERmODE EXERCÍCIO 84

8. OuTRAS INfORmAÇÕES LEGAIS 88

9. RECONHECImENTO 92

10. pROpOSTA DE ApLICAÇÃODE RESuLTADOS 96

II. DEmONSTRAÇÕES fINANCEIRAS INDIvIDuAIS 100

III. pOLÍTICAS CONTABILÍSTICAS INDIvIDuAIS E NOTAS

EXpLICATIvAS 108

Iv. DEmONSTRAÇÕES fINANCEIRASCONSOLIDADAS 134

v. RELATÓRIOS DE fISCALIZAÇÃO 142

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IRelatór iode Gestão

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Destaques

//  Volume de negócios (VN) consolidado atinge 796,2 milhões de euros, em linha com o valor do ano anterior (-0,5%);

//  VN no mercado externo cresce 4,1% para 532,0 milhões de euros, com o VN do mercado interno a decrescer 8,5% para 264,2 milhões de euros;

//  EBITDA atinge 47,7 milhões (53,0 milhões em 2010), reduzindo a margem de 6,6% um ano antes para 6,0%;

//  Resultados financeiros situam-se em -16,9 milhões que comparam com -15,3 milhões do ano anterior (Δ 10,1%);

//  Resultado consolidado atribuído ao Grupo de 7,4 milhões de euros fica 44,6% abaixo do valor de 13,4 milhões do ano 2010;

//  Resultado líquido individual cifra-se em 4,1 milhões de euros(12,8 milhões um ano antes);

//  SDC Construção SGPS, SA fusiona por incorporação a SDC Indústria, SGPS, SA.

principais indicadores consolidados da AN Construção

Rubricas 2011 2010 variação%

Volume de negócios 796,2 800,0 -0,5%

Portugal 264,2 288,8 -8,5%

Mercado externo 532,0 511,2 4,1%

EBITDA 47,7 53,0 -10,0%

Resultados operacionais (EBIT) 29,4 33,2 -11,4%

Resultados financeiros -16,9 -15,3 10,1%

Resultado líquido 7,4 13,4 -44,6%

(Milhões de euros)

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Introdução

O Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assembleia-Geral de Acionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011.

Estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. e das principais sociedades em que participa, bem como sobre os principais riscos e incertezas com que se defronta.

Os dados contabilísticos apresentados quer respeitantes às demonstrações financeiras individuais da sociedade quer no contexto das contas consolidadas devem ser interpretados à luz das normas internacionais (IAS/IFRS: Normas Internacionais de Contabilidade/Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como adotadas na União Europeia.

Mais se informa que, enquanto entidade totalmente detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., sociedade aberta ao investimento do público, a Soares da Costa Construção SGPS, S.A. não está sujeita à elaboração e divulgação de contas consolidadas, cabendo essa responsabilidade à empresa-mãe. Assim, as contas consolidadas que aqui se referem assumem um caráter facultativo que, porém, elaboradas segundo o quadro normativo internacional já acima referido, transmitem a dimensão conjunta e a respetiva performance da atividade da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa.

A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da atividade e desempenho da área de Construção e não substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e apresenta nos termos da legislação vigente.

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1.O GrupoSoaresda Costa

Vila Olímpica, Moçambique (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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missão e valores

Na sua qualidade de estrutura coordenadora de toda a atividade do Grupo Soares da Costa diretamente ligada à construção, é à Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. que incumbe a responsabilidade de, através deste segmento de atividade — um dos dois considerados estratégicos no Grupo (a par das Concessões / Serviços) - realizar a missão deste, ou seja, a de "corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas".

Esta missão é prosseguida não ao acaso ou de modo aleatório, antes através do sulco de caminhos áridos e difíceis mas bem orientados e que se consubstanciam na prática reiterada de valores que, sendo definidos ao nível geral do Grupo, são orgulhosamente partilhados pela Sociedade:

•  Orientação permanente para o mercado e para a satisfação do cliente;•  Eficácia e eficiência da gestão;•  Integridade e ética;•  Conduta socialmente responsável;•  Respeito pelo ambiente.

Referências Históricas

A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., de um ponto de vista formal, nasceu em 30 de dezembro de 2002, tendo sido criada mediante o apport pelo seu acionista único – o Grupo Soares da Costa S.G.P.S., S.A. — do portefólio de participações sociais da área de negócios da construção.

Todavia, remontam a 1918 as origens do que é hoje o Grupo Soares da Costa. De pequena empresa com 10 operários dedicada essencialmente à execução de acabamentos de alta qualidade a um dos maiores grupos económicos portugueses com presença global, toda a história da Empresa se encontra intimamente ligada ao negócio da Construção.

No decorrer da sua já longa existência, a Empresa atravessou várias fases de crescimento, acompanhando sempre os sinais dos tempos:

•  Em 1944, converte-se numa sociedade por quotas, com 8 milhões de escudos de capital;

•  Em 1968, e já com atividade em toda a região Norte de Portugal, transforma-se em Sociedade Anónima com um capital de 9 milhões de escudos, ainda detido inteiramente pelos herdeiros do fundador;

•  No período que se seguiu à Revolução de 1974, e reagindo com inovação à crise que então se instalou no mercado, a empresa encontrou na construção, utilizando tecnologia de “cofragem túnel", a porta para a continuação do seu crescimento. Em 1977, já com mais de 4.000 trabalhadores, a sede social é transferida para um novo edifício na Avenida da Boavista;

•  No início da década de 80 do século passado, é iniciada a expansão internacional da empresa, sendo a Venezuela e a Guiné-Bissau os países eleitos como pioneiros. O seu capital social passa a ser de 180 milhões de escudos;

•  É também na mesma década que, aproveitando a explosão de crescimento das infraestruturas do país que a adesão à Comunidade Europeia anunciava, a atividade da empresa sai da quase exclusividade dos edifícios e se alarga à construção dessas infraestruturas;

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•  Em 1988, e após uma mudança acionista interna que, sem ainda perder o caráter familiar, levou a Empresa a um período de maior exposição ao Mercado Financeiro, procede-se a um novo aumento de capital, para 5.250.000 contos;

•  Durante as décadas de 80 e 90, a atividade internacional da Empresa diversifica-se e o volume de exportações cresce. A presença em Mercados tão distantes entre si como Iraque, Macau, Egipto, Guiana, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Alemanha são exemplos da clarividência na busca de oportunidades e da capacidade para as aproveitar;

•  A entrada da Empresa no mercado dos Estados Unidos da América deu-se em 1994, com a constituição da SDC Contractor Inc.;

•  Em 2002 dá-se uma nova reestruturação que conduziu à formalização do grupo económico. A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., converte-se numa sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com o capital social de 160 milhões de euros, que por sua vez detém inteiramente o capital social de quatro outras sociedades gestoras de participações sociais, cada uma delas encabeçando as participações do respetivo segmento de negócios. À Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., cabe-lhe a missão de gerir todo o negócio da Construção, sendo constituída com o capital social nominal de 90 milhões de euros;

•  O período compreendido entre o final do ano de 2006 e o início de 2007 é outro marco histórico para a Empresa, com a obtenção por parte do Grupo Investifino - Investimentos e Participações S.A. do controlo do Grupo Soares da Costa. O caráter familiar que, até então, estava intimamente ligado à gestão (e, sobretudo, à imagem da empresa) desaparece, dando origem a uma nova filosofia de gestão, mais profissionalizada e moderna.

É longa e complexa a história do Grupo Soares da Costa no mercado da construção, mas nas suas várias fases sempre procurou e soube encontrar espaço para modernização e crescimento. Desta forma, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. tem a responsabilidade de honrar com a sua atividade os pergaminhos de que é depositária, vendo no seu passado o exemplo mas sabendo sempre encontrar no presente o caminho de crescimento que lhe garanta o futuro.

Daí que competindo-lhe a gestão e o desenvolvimento do negócio da Construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, a sociedade evidencia um grande crescimento e dinâmica desde que nasceu formalmente. Em 2008, procedeu às aquisições da Contacto em Portugal e da Prince, no estado da Florida, Estados Unidos da América, para além da integração da Clear adquirida à área industrial.

No decurso do ano de 2011 incorporou, por fusão, a Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., S.A..

Também no ano findo, tendo em conta as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, a gestão do Grupo Soares da Costa procedeu ao ajustamento do seu plano estratégico1. Esta atualização direciona as linhas de orientação estratégica para a INTERNACIONALIZAÇÃO, para a ÁREA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO e para a SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA das atividades. 

1 Vide Comunicado no sítio da CMVM

Assim, visando assegurar um nível de crescimento da atividade do Grupo compatível com as condicionantes externas, nomeadamente de índole financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e possibilitando, no final do período de aplicação do plano (2015), atingir uma expressiva redução do endividamento, foram selecionados os seguintes vetores de atuação:

•  Manutenção do crescimento em África;•  Desenvolvimento do mercado brasileiro por via orgânica, perspetivando uma aquisição a médio prazo;•  Permanência dos Estados Unidos, com enfoque na rentabilidade;•  Adiamento dos investimentos em novos negócios de Energia e Ambiente;•  Alienação de ativos;•  Concessões: minimização de necessidades de capital;•  Redução de custos de estrutura.

Como se compreende nem todos estes vetores de atuação se relacionam com a área de negócios da construção e por isso se relacionam com a sociedade a que respeita este relatório. Porém, dado o enfoque na Construção e sendo a sociedade a holding de participações desta área de negócios esta assume um papel fundamental na implementação e concretização desta estratégia.

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Orgãos Sociais

Os órgãos sociais da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. à data do início do exercício de 2011 tinham a seguinte composição válida para o mandato (2010-2012): 

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente Jorge Manuel Oliveira AlvesSecretário Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Pedro Manuel de Almeida GonçalvesVogais Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade SantosLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesAntónio José Cadete Paisana FerreiraPaulo Eugénio Peixoto FerreiraAntónio Manuel Lima de Miranda EstevesPaulo Jorge dos Santos Pinho LealFernando Manuel Fernandes de Almeida

FISCAL ÚNICO

Efetivo Grand Thornton & Associados – SROC, LdaRepresentada por Joaquim Filipe Martins de Moura AreosaSuplente José Carlos Nogueira Faria e Matos

Durante o exercício de 2011 a composição do Conselho de Administração sofreu algumas alterações, a saber:

•  Na sequência da renúncia, por carta datada de 28 de Julho, do Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves com efeitos em 31 de Agosto de 2011, por deliberação da Assembleia-Geral de Acionistas de 9 de Setembro de 2011, foi nomeado para Presidente do Conselho de Administração o Dr. António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques. Mais foi deliberado nomear para o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração o Eng. Jorge Domingues Grade Mendes e para o cargo de vogal daquele Conselho o Eng. Carlos Alberto Príncipe dos Santos, todos para completar o mandato em curso (2010/2012).

•  Por sua vez, o vogal do Conselho de Administração Eng. Fernando Manuel Fernandes de Almeida, com efeitos a partir de 30 de Novembro de 2011, apresentou carta de renúncia ao seu cargo.

Assim, à data deste Relatório é a seguinte a composição do Conselho de Administração: 

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente António Manuel Pereira Caldas de Castro HenriquesVice-Presidente Jorge Domingues Grade Mendes

Vogais Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade SantosLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesAntónio José Cadete Paisana FerreiraPaulo Eugénio Peixoto FerreiraAntónio Manuel Lima de Miranda EstevesPaulo Jorge dos Santos Pinho LealCarlos Alberto Príncipe dos Santos

Acionistas

Com a operação de fusão a que já se aludiu o capital social da Soares da Costa Construção, SGPS, SA foi aumentado de 90 milhões de euros para 131.080.340 euros, passando a ser representado por 26.216.068 ações nominativas de valor nominal unitário de 5 euros. A totalidade do capital social continua a ser detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.

Em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que a Sociedade não detém nem transacionou no exercício findo quaisquer ações próprias.

Organização da Sociedade

A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade gestora da área de negócios da construção do Grupo, exerce a sua atividade enquadrando as participações nas várias empresas dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infraestruturas.

Todos os membros que constituem o Conselho de Administração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias participações da Sociedade.

Novas participações e alterações no perímetro de

consolidação da AN Construção durante o exercício

de 2011

1.  Inclusão da Soares da Costa Brasil – Construções, Ltda., uma sociedade constituída em janeiro de 2011 e detida pelo Grupo em 100%, cujo objeto social é a construção civil em geral, em particular nas áreas de engenharia civil, elétrica e mecânica, por administração ou empreitada, bem como a elaboração de projetos, cálculos e estudos, compra e venda de bens móveis, imóveis e materiais de construção, incorporações imobiliárias, concessão de serviços públicos e de utilidade pública e atividades afins às mencionadas, sempre visando práticas sustentáveis na construção civil para a redução do consumo de energia e outras soluções ecológicas para a preservação do meio ambiente.

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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2.  Inclusão no perímetro de consolidação de Soares da Costa e Lena, A.C.E., um agrupamento complementar de empresas constituído em março de 2011 e detido pelo Grupo em 50%, que tem por objeto melhorar as condições de exercício, a otimização de meios e o resultado da atividade económica das agrupadas, através da realização em conjunto de todos os atos, materiais e jurídicos, necessários à execução de todos os trabalhos de construção civil relativos à empreitada de construção do lote 2, numa extensão de 52.206 quilómetros, do troço Poceirão–Caia do corredor da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid.

3.  Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade Cerenna–Cerâmica Nacional de Angola, S.A., uma sociedade detida pelo grupo em 51%, cujo objeto social é a produção e comercialização de telhas, tijolos, abobadilhas e outros artefactos de barro vermelho ou branco, bem como, a implementação e/ou gestão de projetos de investimento e desenvolvimento relacionados com a indústria mineira e derivados, cerâmica, metalo-mecânica, comércio, importação e exportação, tecnologias de informação, transportes, hotelaria, e turismo, construção civil e industrial, imobiliária, formação profissional, representações, intermediação, gestão e exploração de imóveis ou empreendimentos imobiliários, próprios ou alheios, incluindo a sua exploração comercial ou turística.

4.  Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade Santolina Holding B.V., sociedade constituída 

em abril de 2011 e detida pelo grupo em 100%, cujo objeto social é a incorporação, participação, condução da gestão e aquisição de participações financeiras noutras empresas, prestação de serviços administrativos, técnicos, financeiros, económicos ou de gestão a outras empresas ou pessoas, aquisição, alienação, gestão e exploração de bens móveis e imóveis, incluindo patentes, marcas, licenças, permissões e propriedade industrial e outros direitos, emprestar e/ou pedir emprestado dinheiro, atuar como fiador ou avalista, desempenho e promoção de todas as atividades que direta ou indiretamente se relacionem com este objeto.

5.  Reforço da participação no capital da sociedade Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda., sociedade que passou a ser totalmente detida pelo Grupo.

6.  Fusão da Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. na Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., e consequente migração de todas as participações financeiras por esta detidas para a área de negócio da Construção Civil e Obras Públicas.

7.  Inclusão no perímetro de consolidação da sociedade Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento LTDA, uma sociedade detida pelo grupo em 50%, que tem por objeto o planeamento, desenvolvimento, gestão e elaboração de projetos, consultoria e execução de obras de engenharia civil, serviços de elétrica e mecânica, relativos aos empreendimentos nas unidades de Rio Branco – PR e de São Luiz – MA, 

da empresa Votorantim Cimentos, S.A.,nos termos indicados no Edital para Contratação de Serviços de Construção de 20 de setembro de 2010.

8.  No âmbito de reorganização do Grupo Vortal: transmissão por venda das ações detidas na Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, S.A. à Vortal SGPS, S.A. e aquisição de participação no capital social da sociedade Vortal SGPS, S.A. na percentagem correspondente à participação antes detida na Vortal – Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, S.A.

9.  Redução da posição detida na sociedade MTA – Máquinas e Tractores de Angola, Limitada, com a alienação de 66% do capital desta sociedade.

Na página seguinte representa-se o organigrama de participações da Sociedade:

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

ESTRUTURA DE PARTICIPAÇõES DA SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, S.A.

VORTAL, SA

SDC Construção, SGPS, SA

SDC América, INC Transmetro, ACE Normetro, ACE

Porto Construction Group, LLC

SDC Construction Services, LLC

Prince, LLC

SDC Contractor, LLC

60%

80%

100%

100% 17,9%50%

Israel Metro Builders Somague-SDC, ACE50%30%

Três ponto dois, ACE Teatro Circo, ACE50%50%

HidroAlqueva, ACE Nova Estação, ACE25%50%

Terceira Onda, Lda GACE - Gondomar, ACE24%50%

LGV, ACE GCVC, ACE28,57%17,25%

GCF, ACE Matosinhos, ACE28,57%28,57%

Estádio Coimbra, ACE Estádio de Braga Acabamentos, ACE

40%60%

ASSOC - Estádio de Braga, ACE

SdC e Lena, ACE50%40%

45%

33%

50%

60%

95%

Somafel e Ferrovias, ACE

Somafel, Ltda. (Brasil)

LGC - Linha de Gondomar, ACE

CAET XXI, ACE50%30%

GEC - Guiné Ecuatorial Construcciones

51%

SDC Moçambique, SARL

80%

SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda.

100%

Soc. Construções Soares da Costa, SA

100%

SDC Construcciones Centro Americanas, SA

100%

SANTOLINA Holding B.V

Soares da Costa Brasil, Ltda.

99,96% 0,04%

100%

1%

35%

100%

CARTA, LDA

Carta Angola, Lda99%

100%

CLEAR, SA

CLEAR ANGOLA, SA95%

100%

Contacto, SA

SDC/Contacto ACE65%

100%

Coordenação & SDC100%

SOCOMETAL, SA100%

CERENNA, SA51%

40%

Grupul Portughez de Constructti

50%

SDC Emirates, LLC

VSL, SA

Construtora S. José Ramon, SA

49%

Construtora - S. José- Caldera, SA

17%

CFE - Indústria de Condutas, SA

33,33%

MTA. LDA. (1)

Alsoma, ACE

Traversofer, SARL

5%

OFM, SA100%SOMAFEL, SA

Método Integral

(1) Adicionalmente, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma participação de 1% no capital social da MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda.

11,3%

7,24%

E. Patrimonial Custo de aquisiçãoMétodo Proporcional

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Desenvolvi-mentoSustentável

2.

Ponte sobre o Rio Zambeze, Moçambique (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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O compromisso do Grupo Soares da Costa para com um desenvolvimento sustentável está incutido na Visão e Missão da Empresa, que aspira, simultaneamente, à rentabilidade e criação de valor acionista, à proteção e bem-estar dos seus colaboradores e comunidades com quem interatua, à preservação do meio ambiente, através da minimização de impactes ambientais negativos e à melhoria contínua do valor criado para os grupos de interesse prioritários.

Este compromisso é transversal a todas as áreas de negócio do Grupo Soares da Costa e, sendo a construção a mais representativa, assume especial relevância no contexto dos projetos e ações que são desenvolvidos, nos quais é procurada, continuamente, a minimização de impactes negativos destas atividades e, por outro lado, a maximização de potenciais impactes positivos.

Saúde e segurança, ambiente, e educação são as três grandes preocupações do Grupo Soares da Costa em matéria de responsabilidade social corporativa.

A gestão ambiental, a saúde e a segurança e o apoio a diversas comunidades com quem interagimos foram alvo de uma gestão sustentável durante o ano, mas foi sobretudo ao nível da educação e formação dos nossos colaboradores de áreas técnicas que se desenvolveram mais ações em 2011.

A par do aumento generalizado das horas de formação técnica prestadas aos nossos colaboradores, foram desenvolvidas várias sessões teóricas e práticas que tiveram como objetivo a partilha do conhecimento entre eles.

Nos seus mais de 90 anos de atividade, o Grupo Soares da Costa tem vindo a acumular entre os colaboradores das várias empresas que o integram um imenso know-how, procurando cada vez que essas experiências pessoais e profissionais sejam transmitidas às gerações mais jovens que se juntam ao Grupo.

Assim, em 2011 e com este mesmo objetivo, voltaram a repetir-se as Jornadas Técnicas do Grupo Soares da Costa, iniciadas em 2010, complementadas por um conjunto de sessões mais direcionadas a determinados quadros da empresa – os Workshops Técnicos - e, sempre que possível, complementadas com visitas práticas a obras em curso.

Por outro lado, não só os temas técnicos da atividade de construção foram abordados nestas iniciativas, havendo lugar à discussão de temas complementares, vocacionados para a gestão de contratos e de grandes obras de construção.

De realçar que a maior parte dos temas foram apresentados por colaboradores do Grupo Soares da 

Costa, que em cada sessão partilharam com outros colaboradores diferentes aspetos das experiências vividas.

TEMAS APRESENTADOS NAS II JORNADAS TéCNICAS DA

CONSTRUÇÃO:

Investigação na Alta Velocidade, LEAN Construction, Gestão da Sustentabilidade em Obra, Técnicas de Automação na Segurança Contra Incêndios em Edifícios, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Viaduto sobre o Rio Corgo, SDC Angola - Algumas Obras de Referência.

TEMAS APRESENTADOS NOS WORkSHOPS TéCNICOS –

CONSTRUÇÃO E GESTÃO:

Código Contratos Públicos, Viaduto sobre o Rio Corgo, Modelo de Contrato FIDIC, Índice de Gestão da Sustentabilidade em Obra, Metodologias de Montagem de Obras de Arte Metálicas e Mistas, Sistema LEED: Avaliação da Construção Sustentável, Produção Descentralizada e Eficiência Energética, Procurement Internacional.

VISITAS TéCNICAS REALIZADAS:

Ponte sobre o Rio Fervença, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Viaduto sobre o Rio Corgo.

Mais informações sobre o Desenvolvimento Sustentável no Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, podem ser consultadas no Relatório de Sustentabilidade 2011, disponível emwww.soaresdacosta.pt

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3.At iv idade

Ponte pedonal de Coimbra, Portugal (Socometal)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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3.1 ENQUADRAMENTO

Análise Geral

O ano de 2011 mostrou um enfraquecimento do crescimento à escala global e um aumento da incerteza. O produto mundial ter-se-á expandido 4,0%2 continuando a ter como motor as economias emergentes, com a Ásia na liderança. A economia mundial vive sob a confluência de dois desenvolvimentos adversos: uma quase estagnação das economias avançadas e um acréscimo da incerteza nos planos financeiro e fiscal. A consolidação fiscal prosseguida em muitas das economias mais desenvolvidas tem implicações na procura interna; por outro lado, verificou-se um aumento do ceticismo dos mercados relativamente à capacidade de muitos países estabilizarem a sua dívida pública, preocupações essas mais generalizadas e não só limitadas, como antes, aos países periféricos da Europa.

A economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 1,7% estimando-se para 2012 uma taxa de crescimento ligeiramente mais elevada (2,0%), mas ainda abaixo da média histórica. A necessidade de acelerar o processo de consolidação fiscal coloca em pressão a despesa pública que deixará de constituir um estímulo ao crescimento, enquanto o investimento empresarial sendo positivo tem evoluído de forma tímida. Observa-se um esvaziamento da bolha imobiliária com a redução dos stocks e os preços das casas a cair menos mas tão cedo o setor não constituirá um fator propulsor determinante do crescimento económico.

A Zona Euro, afetada pelas preocupações relacionadas com a dívida pública, viu em 2011 a sua atividade económica muito condicionada. Políticas orçamentais conservadoras e em alguns casos severamente restritivas, a necessidade de aceleração do processo de desalavancagem financeira e o aumento do preço de petróleo conduzem a que o produto revele um fraco crescimento tendendo expetavelmente em 2012 para a estagnação, com as principais economias como a Alemanha e a França a apresentar expansões do produto muito limitadas.

2 Projeções do Fundo Monetário Internacional IMF - World Economic Outlook, setembro, 2011.

A Economia portuguesa

O ano de 2011 foi dominado pelo pedido de assistência financeira do Estado português junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia (formulado ainda antes do ato eleitoral que conduziria à substituição do partido dominante no Governo). Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo de Portugal se comprometeu a adotar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de caráter estrutural.

Estas medidas que se consubstanciam designadamente na significativa redução do investimento público e de agravamento fiscal visando a consolidação orçamental refletem-se em termos económicos numa contração em resultado da evolução negativa do consumo privado (em ambas as vertentes de consumo corrente e consumo duradouro). Observa-se igualmente uma contração do investimento com o indicador da FBCF a fixar-se em novembro de 2011 no mínimo histórico da série iniciada em 1995, com contributos negativos de todas as componentes: material de transporte, máquinas e equipamentos e construção, sendo mais significativo no último caso.

O bom andamento do comércio internacional de bens com as exportações a registarem um crescimento assinalável (+15,1% em termos de variação homóloga em novembro, com as importações a reduzirem-se 3,6%) é insuficiente para compensar a forte redução da procura interna3.

Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de Inverno aponta para uma contração da economia portuguesa em 2011 que ter-se-á situado em -1,6% e projeta para 2012 uma quebra mais acentuada de 3,1%.

Em termos de inflação em 2011 o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média de 3,7% (1,4% em 2010). Este resultado traduz o aumento bastante acentuado do preço dos produtos energéticos e a alteração da taxa do IVA a partir de janeiro de 2011. Já a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) passou de 1,4% em 2010 para 3,6% em 2011, registando um  

3 Segue-se aqui como fonte a Síntese Económica de Conjuntura – dezembro de 2011, INE.

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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diferencial face à Área Euro de 0,9 p.p. (-0,2 p.p. no ano anterior)4.

O desemprego continua a ser uma variável com evolução preocupante ao nível económico e social. Os dados mais recentes disponibilizados pelo INE5 colocam a taxa de desemprego estimada no 3º trimestre de 2011 em 12,4%, tendo-se incrementado 0,3 pontos relativamente ao trimestre anterior.

mercado Interno: O Setor da Construção

Em 2011 os indicadores da evolução do setor da construção traduzem invariavelmente uma progressiva degradação. Assim, o índice de produção na construção apresentou em novembro findo uma variação homóloga de -11,6% em resultado das variações homólogas de -11,5% na construção de edifícios e de -11,7% no segmento da engenharia civil. Este acentuar do ritmo de decréscimo das variações homólogas mensais levou a taxa de variação média nos últimos doze meses a situar-se em -9,3%, com a construção de edifícios a apresentar uma variação média em novembro de -9,9% ainda pior do que a correspondente à da engenharia civil (-8,7%)6.

Não obstante a acostumada demora no ajustamento do mercado de trabalho, o ciclo recessivo setorial inusitadamente longo a que se vem assistindo, traduz-se inevitavelmente na redução do emprego com a taxa de variação média nos últimos doze meses, aferida em novembro, a situar-se em -9,8%.

Este clima recessivo prolongar-se-á a fazer crer no número de concursos promovidos pela administração central que contrairam 70,3% em termos homólogos acumulados até novembro. Em termos globais, a quebra em valor dos concursos abertos até novembro, por comparação com o período homólogo, foi de 1.239 milhões de euros (-31,6%)7. Também os licenciamentos de novas habitações e de novos fogos registaram em novembro reduções homólogas de -21,7% e 29,6%, respetivamente8.

4 Índice de Preços no Consumidor, dezembro de 2011, INE 11 janeiro de 2012.

5 Estatísticas de Emprego - 3º. trimestre de 2011 - 16 novembro de 2011.

6 Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção, novembro 2011, INE, 11 janeiro de 2012.

7 Conjuntura da Construção nº. 57, dezembro de 2011, FEPICOP.

8 Síntese Económica de Conjuntura - setembro de 2011, INE.

mercado Externo

Uma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção direta da sociedade:

ANGOLA

Em Angola o Relatório do FMI datado de 16 de setembro de 2011 relativo à Quinta Avaliação no âmbito do Acordo Stand-By, refere que o crescimento económico em 2010 e no primeiro semestre de 2011 foi forte, apesar de muito abaixo dos níveis anteriores à crise. As principais condicionantes foram a produção de petróleo abaixo do esperado e a desaceleração no fluxo de créditos e na atividade dos setores afetados pelos atrasos nos pagamentos do governo. Ainda assim o mesmo relatório projetava em 7,7% a taxa de crescimento do PIB não petrolífero para 2011; já a estimativa do crescimento do PIB global situa-se em 3,4%.

Com efeito, as estimativas de crescimento da economia angolana continuam a sugerir um forte desempenho ainda que os cenários de fraca performance da economia mundial e a queda verificada na produção de petróleo coloquem incertezas que recomendam prudência nas projeções das taxas de expansão da economia.

O controlo da inflação é uma das prioridades das autoridades. A tendência de descida tem sido conseguida situando-se em novembro a taxa de variação dos preços nos últimos doze meses em 11,3% e assumindo-se como objetivo para 2012 o valor de 10%.

MOÇAMBIQUE

O país é considerado um caso de sucesso entre as economias africanas e tem assumido um papel cada vez mais importante no contexto da África Austral, atendendo, designadamente ao seu potencial como fornecedor de energia.

Quer fontes internas (OE retificativo de 2011) quer entidades internacionais projetam taxas de expansão da economia moçambicana para 2011 e anos subsequentes superiores a 7%9, acima do crescimento de 6,8% verificado em 2010 e já de si uma das expansões mais pronunciadas da África Subsariana.

Esta aceleração do ritmo de crescimento deve-se aos avanços promovidos pelo investimento direto estrangeiro sob a forma de megaprojetos em particular no setor da exploração de recursos minerais, aumento do investimento público e bem assim ao bom comportamento do setor agrícola, fatores determinantes para o progresso na concretização do 

9 7,4% ao final do 1º. semestre de 2011 segundo declarações proferidas pelo Senhor Governador do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do ano económico de 2011.

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objetivo estratégico global de erradicação da pobreza absoluta do país.

Não obstante estes indicadores, importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional.

Uma das prioridades ao nível político tem sido o combate à inflação que, no entanto, é afetado por fatores exógenos como o aumento do preço das commodities e dos bens alimentares ao nível internacional. A adoção por parte do Banco de Moçambique de medidas monetárias restritivas e o comportamento mais estável da moeda nacional (metical) tem vindo a possibilitar uma desaceleração da inflação ainda assim, a apresentar uma taxa de variação média anual de 11,3% aferida em novembro.

ROMéNIA

Em 2011 a Roménia obteve um crescimento económico do PIB na ordem de 1,5% e as previsões apontam para um crescimento do PIB na ordem dos 4,3% para o ano de 2012.

O setor de construção no país apresentou em 2011 um certo dinamismo suportado essencialmente no desenvolvimento e construção de infraestruturas.

ESTADOS UNIDOS DA AMéRICA

Como se disse acima a economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 1,7% e as projeções para 2012 da taxa de expansão da economia situam-se ao redor dos 2%.

Na área imobiliária as restrições de crédito e os ajustamentos que ainda se verificam no excesso de stocks no mercado de habitação levam a admitir um mercado ainda pouco dinâmico, embora o mínimo do ciclo já tenha sido ultrapassado. Por sua vez a política orçamental federal e a de muitos estados, menos expansionista, conduzem a que o investimento público não constitua um grande fator propulsor de crescimento económico.

As respostas aos inquéritos de opinião realizados pela AGC of AMERICA (The Associated General Contractors of America) com referência ao setor da construção no Estado da Florida para 2012 são, para a generalidade dos segmentos, conservadoras ou pessimistas (autoestradas, outros transportes, águas/saneamento, edifícios públicos, escritórios, etc.), constituindo apenas o segmento da energia o único em que as respostas de previsível aumento de volume de negócios para 2012 superam as respostas de redução.

Ao nível das parcerias público-privadas, depois de um ano de 2011 desapontante com um comportamento anémico e a verificação de cancelamentos de projetos – designadamente na Flórida – Florida High-Speed Rail - e na Georgia, onde neste último se refere especificamente o cancelamento do “West by Northwest Project”, no segmento das autoestradas rodoviárias, em que o Grupo estava pré-qualificado, espera-se em 2012 uma reanimação em vários campos: “greenfield", “brownfield”, infraestruturas sociais e águas.

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3.2 ÁREAS DE NEGÓCIO– PRODUÇÃO

portugal

As sociedades integradas na AN Construção pelo método integral com intervenção significativa no país são:

•  Sociedade de Construções Soares da Costa, SA;•  Contacto – Sociedade de Construções, SA;•  Clear – Instalações Electromecânicas, SA;•  Construções Metálicas Socometal, SA, proveniente da área da Indústria.

Para além disso, existem em operação vários Agrupamentos Complementares de Empresas ou ACEs (consolidados pelo método proporcional) em que, nomeadamente, a primeira das sociedades acima enunciadas participa; no exercício de 2011 juntaram-se, consolidadas pelo método proporcional, as participadas do segmento das obras ferroviárias e marítimas provenientes da área da Indústria: Somafel e OFM.

Analisemos em seguida, com especial enfoque no capítulo da produção, os aspetos mais relevantes da atividade desenvolvida por estas sociedades no mercado nacional:

O desempenho destas sociedades não é imune ao clima depressivo verificado no mercado nacional da construção civil e obras públicas já acima caraterizado. Há ainda que considerar, não obstante a assinatura da reforma do Contrato de Concessão ocorrida em fevereiro de 2011, o atraso na concessão do visto por parte do Tribunal de Contas (contrato com o concessionário ELOS), referente ao projeto da linha de alta velocidade para o troço Poceirão-Caia.

Sendo fortes os condicionalismos de mercado que enquadram a atividade das empresas do setor em Portugal, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, soube tornear com sucesso o ano de 2011, podendo-se afirmar que o desempenho da empresa no mercado nacional conseguiu superar positivamente as dificuldades que se lhe colocaram.

Com grande relevância na atividade do ano assume-se o projeto de construção da autoestrada Transmontana desenvolvido pelo agrupamento complementar de empresas CAET XXI - Construções, ACE, em que a sociedade participa em 50%. Na realidade, tendo sido a atividade nacional da sociedade expressa no VN em linha (até ligeiramente acima +1,8%) com o ano anterior 

não fora a importância deste projeto e o decréscimo de atividade teria sido bastante significativo.

Para além do merecido destaque deste projeto em particular relevam-se pela sua importância as seguintes obras concluídas em Portugal, durante o exercício de 2011:

•  Parque Escolar – Lote 2AN2;•  ETAR do Barreiro;•  Subsistema de drenagem Barreiro-Moita;•  Rede de Rega da Capinha, na Cova da Beira;•  Pousada da Cidadela de Cascais;•  Amarsul - Estação de Triagem;•  Variante a Madalena do Mar, na Madeira;•  Central de Valorização Orgânica do Seixal, que entrou em fase de testes ao equipamento e sistemas.

Em relação às iniciadas em 2011, e apesar do clima de contenção instalado em Portugal, destacam-se as seguintes:

•  Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã;• World Hotel, na Praia da Tocha;• Hotel Sana Evolution, em Lisboa;

•  EDIA – Bloco de Aljustrel;• EDIA – Bloco de Pedrógão 3;• Infraestruturas de Loteamento em Tróia;• Substituição da cobertura na Central da Vitória, na Madeira.

Quanto à distribuição geográfica operacional da atividade nacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, confirmou-se uma grande estagnação na Madeira (1% da atividade em 2011, a comparar com 4% em 2010 e 14% em 2009) e uma grande concentração da atividade no norte do país. Deve ser referido que esta percentagem resulta sobretudo da autoestrada Transmontana, que representa uma importante parcela deste número.

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A distribuição por segmentos de atividade, seguindo a tendência do setor que já se manifestara em 2010, em que pode ser detetada uma clara desaceleração da atividade privada, caraterizou-se por um maior peso do segmento da Engenharia e Infraestruturas, que de uma quota de apenas 27% em 2008 passou para quase 54% em 2009,representando cerca de dois terços em 2010 e subiu para mais de 90% em 2011. 

Mais uma vez, é de referir que este número não representa qualquer tendência de vontade de investimento público, mas reflete, por isso mesmo, a queda abrupta do investimento privado.

Dentro do Segmento da Construção Civil, quase três quartos da atividade foi materializada no subsegmento de Hotelaria, partilhando a Habitação e a construção de Escolas o resto da atividade em 2011. Este último subsegmento, por ser investimento público, reforça ainda mais a ideia atrás transmitida de iniludível estagnação de investimento privado.

No segmento da Engenharia e Infraestruturas, as Estradas representaram cerca de dois terços da atividade, seguidos das Infraestruturas e Ambiente com peso rondando os 10%, das Barragens (correspondendo essencialmente ao reforço de potência da barragem do Alqueva) com cerca de 6% e das Pontes, com 5%.

ATIVIDADE NACIONAL 2011: DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA GEOGRÁFICA

Madeira 1%

Sul 31%

Norte 68%

ATIVIDADE NACIONAL 2011: DISTRIBUIÇÃO POR SEGMENTO

Engenharia e Infraestruturas 91,2%

Construção Civil 8,8%

ATIVIDADE NACIONAL 2011 – CONSTRUÇÃO CIVIL: DISTRIBUIÇÃO POR SUBSEGMENTO

Escritórios 1,8%

Escolas 11,8%

Indústria 0,6%

Hotéis 73,6%

Habitação 12,2%

ATIVIDADE NACIONAL 2011 – ENGENHARIA E INFRAESTRUTURAS: DISTRIBUIÇÃO POR SUBSEGMENTO

Estradas 65,2%

Barragens 6,4%

Ambiente 11,3%

Infraestruturas 10,5%

Pontes 4,8%

Ferrovias 1,7%

Túneis 0,1%

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Ao nível dos Agrupamentos Complementares de Empresas em que a sociedade participa para além do CAET XXI – Construções, ACE (50%) já acima referido e do LGV - Engenharia e Construção de Linhas de Alta Velocidade, ACE (17,25%), que foi constituído tendo por objeto “executar a empreitada no âmbito do contrato de empreitada a celebrar com a ELOS – Ligações de Alta Velocidade, S.A., sociedade que vai celebrar o Contrato de Concessão do projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização, por todo o período da Concessão RAVE, do Troço Poceirão - Caia e a exploração da Estação de Évora, incluindo a gestão e comercialização da publicidade nela instalada, das áreas comerciais que a compõem e dos parques de estacionamento que lhe são adjacentes”, não obstante as indefinições do projeto, são ainda de referir:

•  HidroAlqueva, ACE (50%), tendo por objeto a empreitada geral de construção do reforço de potência do Escalão de Alqueva, para a EDP;

•  Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACE (28,57%), referente ao projeto de construção das infraestruturas necessárias à execução do plano de investimentos da Indáqua Matosinhos, SA; .•  GCVC – Grupo Construtor de Vila do Conde, ACE (28,57%), referente à “conceção, projeto e construção das infraestruturas necessárias à execução do plano de investimentos da Indáqua Vila do Conde, SA”;

•  Nova Estação, ACE (25%) – Empreitada de conceção/construção dos toscos do prolongamento entre a Estação Amadora Este e a Estação Reboleira da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa E.P.

O mercado nacional tem sido o mercado alvo de atuação da subsidiária Contacto. Esta participada registou um decréscimo da atividade em 2011 muito acentuado. A diminuição considerável da procura de edifícios comerciais por parte do cliente Sonae e a dificuldade de angariação de novas obras num contexto de mercado muito deprimido, a que se associa ainda o adiamento de arranque de projetos por parte dos investidores, face à situação financeira nacional e internacional de escassez de meios de financiamento e de aversão ao risco, e um programa muito limitado de investimento público, colocam o exercício de 2011 como sendo um dos de menor atividade da empresa na sua história mais recente.

Em 2011 prosseguiu a trajetória de substituição do cliente Sonae e reforçou-se significativamente o peso relativo das obras públicas no mix de obras da empresa ainda que, como ficou patente acima, a exiguidade da procura tenha determinado uma quebra relevante de atividade.

Durante o ano de 2010 foram concluídas as seguintes obras:

•  Construção do 2º. Troço do Adutor Pisão-Roxo do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva;

• Construção da A12 Autoestrada Setúbal / Montijo Sublanço Nó A2 – A12 Setúbal (EN 10) – Alto da Guerra;

• Construção da Reformulação do Nó do Campo, do Alargamento e Beneficiação para 2x3 vias, entre o Km 19+800 e o Km 20+825, do Sublanço Valongo/Campo – A4- Autoestrada Porto / Amarante;

• Escola Secundária de Monserrate;

• Escola Secundária de Caldas das Taipas;

• Escola Secundária Carlos Amarante;

O VN individual cifrou-se em 25,2 milhões de euros, com um resultado operacional de 115 milhares de euros, face aos valores de 73,2 milhões de euros e 576 milhares de euros, respetivamente, em 2010.

A Clear é outra subsidiária da sociedade com relevante atividade no país e também em Angola neste caso através da sua filial Clear Angola.

Em Portugal, em termos de produção e beneficiando de um volume relativamente confortável de obras transitado do ano anterior, a atividade decorreu dentro do esperado, conseguindo-se uma taxa de ocupação significativa dos recursos da empresa. Destaca-se a participação da empresa nos seguintes projetos:

•  Pousada da Cidadela de Cascais, com envolvimento nas instalações hidráulicas, mecânicas e elétricas;

•  CVO - Central de Valorização Orgânica do Seixal: obra angariada no ano de 2010 pela Hidráulica, teve no ano findo uma evolução significativa, estando na fase final;

•  Escola Secundária de Vila Verde, no distrito de Braga, com intervenção da área da climatização.

No âmbito da construção da autoestrada Transmontana e pela área da eletrotécnia realizaram-se as subempreitadas de “Infraestruturas elétricas de iluminação dos nós de Espingheiro, do Alto de Espinho, de Vila Real Centro e Vila Real Norte”, “Infraestruturas de telecomunicações e de redes de iluminação pública no nó da Amendoeira” e “Infraestruturas de telecomunicações e de redes de iluminação pública no Lote 10”.

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Na Madeira foram concluídas pela hidráulica as “Instalações e equipamentos hidráulicos da Escola Secundária e Profissional de São Martinho”.

Perto do final do exercício foi recomeçada a empreitada de “Instalações hidráulicas e equipamentos da Quinta do Lorde – Marina e Resort Hotel – Fase II”, após interrupção ocorrida em 2010.

No setor ferroviário segmento de atividade da participada Somafel verificou-se em 2011 a degradação da atividade produtiva em consequência da inexistência de novas adjudicações. Com efeito, a limitação dos níveis de endividamento das empresas do setor empresarial do Estado imposta pela tutela governamental, implicou a cessação praticamente do lançamento de concursos públicos. Nem tão pouco foi concretizada a expetativa de alguns projetos na Linha do Norte, justificada pelo insuficiente desempenho da infraestrutura, sobretudo nos troços não modernizados.

Desta forma a atividade da empresa no mercado nacional foi insignificante, tendo-se orientado para o mercado externo onde nos países da região do Magreb (Reino de Marrocos e República Popular e Democrática da Argélia) se tem vindo a consolidar, desde 2005 e 2007, respetivamente.

Com respeito à Socometal, a atividadade da empresa desenvolveu-se de acordo com o esperado e em linha com a do ano anterior. Releve-se como obras de maior significado o viaduto sobre o Rio Fervença e a passagem superior 6.2 A em Vila Real, ambas no âmbito do CAET XXI e para clientes totalmente externos ao Grupo a Ponte sobre o Rio Febros, no âmbito da concessão do Douro Litoral (Teixeira Duarte, SA) e o projeto estrutural, fornecimento e montagem de estruturas metálicas da cobertura de sombreamento do Armazém 08 (Gran Cruz Porto, SA) todas na especialidade de “Ferro”, enquanto nos “Alumínios” se destaca a Pousada da Cidadela em Cascais.

Globalmente o volume de negócios consolidado da AN Construção no mercado nacional situou-se nos 264,2 milhões de euros, uma descida de 8,5% face aos 288,8 milhões de euros do ano anterior.

Angola

O mercado de Angola contribuiu globalmente em 2011 com o VN consolidado de 327,6 milhões de euros constituindo a principal quota de atividade, representando 41,1% do VN global.

Neste mercado é de fundamental importância a atividade da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. mas também a subsidiária da Clear, a Clear Angola, tem vindo a assumir uma posição invariável de crescente relevo.

Com incidência neste mercado situa-se ainda a Carta Angola, direcionada para a prestação de serviços de catering e comércio de bens alimentares que, pelas suas especificidades, não é neste capítulo desenvolvida, fazendo-se a remissão para os dados gerais das participadas apresentados adiante aquando da análise económico-financeira.

Com referência à atividade da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA neste país durante o ano de 2011, não tendo atingido os níveis do ano anterior manteve-se, porém, em níveis elevados. O papel de notoriedade e reconhecido prestígio e reputação técnica grangeado no segmento de construção de edifícios nos diversos subsegmentos (residencial, comercial e de escritórios), justifica e requer a participação da empresa em variados projetos importantes.

No entanto, também o segmento de infraestruturas, um vetor de desenvolvimento estratégico no sentido da diversificação e de alargamento do portefólio de negócios, assume já neste mercado uma importância operacional significativa. Entre as obras de maior relevância na produção do ano faz-se referência às seguintes:

•  Construção dos Edifícios de Escritórios Bayview;•  Requalificação da Marginal de Luanda;•  Edifício do Largo do Ambiente (concluída);•  Torre do 1º Congresso;•  Edifício Atrium Independência (concluída);•  Museu da Ciência e da Tecnologia – GOE;•  INE – Novo Edifício;•  Sana Luanda Royal Hotel (concluída).

Importa destacar a progressiva extensão da atividade da empresa a outras regiões para além da zona de Luanda com a execução de obras, nomeadamente, no Soyo (Bechtel – LNG Project: Bairro Fina School), Benguela (Edifício Sede do BESA no Lobito), e Huambo (Centro Cultural do Huambo), obras que foram adjudicadas e iniciadas durante o exercício.

A Clear Angola continua a crescer invariavelmente a sua atividade tendo o seu VN aumentado 18,2% quando expresso na unidade monetária local e em 

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9,9% na sua expressão em euros atingindo o valor de 57,5 milhões de euros, já depois de em 2010 ter revelado um crescimento de 43,5% que sucedeu a um crescimento de 35% em 2009.

Com efeito, em 2011, a Clear teve uma participação ativa na maioria dos grandes projetos de habitação e escritórios que estão a ser edificados em Luanda, tais como a “Torre Dipanda”, a Torre Atrium, o “Edifício Total”, o edifício “Sonangol Distribuidora” e ainda noutras áreas como é exemplo a dos “Hospitais do Sambizanga, Cazenga e Futungo”, o que proporcionou à empresa uma crescente e valiosa afirmação no mercado e também um notável progresso nas capacidades técnicas de execução.

O mix de atividades não sofreu alterações significativas com a “eletricidade” a representar 41% do output (43% um ano antes), a climatização a crescer em valor relativo (29% face a 26% em 2010) e a “hidraúlica” a representar 27% (face a 28% um ano antes). Finalmente a “manutenção” gerou proveitos de 3%, uma percentagem igual à do ano anterior. Todavia, realce-se o crescimento em valor nominal de proveitos de todas as especialidades quando comparado com o ano anteiror.

Neste mercado a Socometal também tem procurado intervir crescentemente ainda que, por enquanto, como subempreiteiro da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, com intervenções na área dos “Alumínios” no Edifício do Largo do Ambiente e do novo edifício de escritórios da Total em Luanda.

Estados unidos da América

A Prince assume-se como empresa nuclear no âmbito da atividade da construção do Grupo Soares da Costa, nos Estados Unidos da América.

A atividade da empresa centralizou-se no segmento da construção de infraestruturas de transporte com clientes públicos, convalidando, assim, uma alteração estratégica importante desde que a empresa foi adquirida pelo Grupo Soares da Costa, em 2008.

Entre os projetos concluídos durante o ano de 2011 relevam:

•  SR683/US 301 - Este projeto de 18,3 milhões de dólares para o FDOT referente à reconstrução e alargamento de 2.604 milhas da SR 683 (US301) em Sarasota County, Florida, incluiu a reconstrução e alargamento da autoestrada, um novo sistema de drenagem, melhorias no sistema de águas e esgotos e nova sinalização foi concluído durante o 1º semestre do ano, e antes da data aprazada, tendo a Prince ganho um prémio de 580.000 dólares pela sua conclusão antecipada.

•  SR50/West Colonial Drive - Em dezembro último a Prince completou a reconstrução da SR50, um contrato de 19,4 milhões de dólares, que consisitiu no alargamernto de 4 para 6 pistas desta principal artéria de conexão de Clermont para Orlando. Iniciado no Verão de 2009, este projeto foi completado no prazo tendo valido à Prince dois incentivos no valor de 1.348.000 dólares.

•  Outros projetos – A Prince completou também em 2011 outros dois projetos adjudicados pela Liberty Mutual durante o Verão de 2010: SR50/Dean Road no valor de 10,6 milhões de dólares e Narcoossee Road no valor de 9 milhões de dólares.

A Prince continuou a desenvolver as suas capacidades na construção de pontes. No final de 2010 a Prince tinha 13 pontes em construção. Este número aumentou para 31 no ano de 2011. Esta diversificação possibilita à Prince aumentar a sua competência nos projetos deste segmento e torna-a mais competitiva nos projetos que combinam a construção de autoestradas e pontes.

De destacar, no âmbito do alargamento da área geográfica de atuação da empresa, a abertura de escritórios na cidade de Dallas no estado do Texas, onde já submeteu propostas e espera em 2012 ter sucesso na angariação de projetos.

Outros mercados Internacionais

Para além dos mercados core: Portugal, Angola e Estados Unidos da América faz-se de seguida um roteiro sobre os principais aspetos da atuação da empresa durante 2011 noutros mercados internacionais em que a sociedade através das suas participadas intervém: Moçambique, Roménia, S. Tomé e Príncipe, Brasil, Costa Rica e Israel.

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moçambique

Moçambique é, também, um mercado de intervenção de longa data da Soares da Costa. Para além da atividade diretamente desenvolvida pelo estabelecimento estável da empresa construtora nacional, a atividade é desenvolvida através da Soares da Costa Moçambique, SARL, subsidiária de direito moçambicano, detida pelo Grupo em 80% através da sociedade a que respeita este relatório. 

Este mercado merece uma referência importante neste relatório não só pelo acréscimo significativo do VN e rentabilidade mas pela relevância, qualidade e importância das obras/projetos que tem em desenvolvimento.

Um dos acontecimentos públicos de maior relevância internacional para Moçambique, no ano de 2011, foi a organização dos X Jogos Africanos, ao qual a empresa está indubitavelmente associada. A dedicação dos intervenientes na construção da Vila Olímpica, respetivas infraestruturas, zona de treinos e o complexo de piscinas olímpicas, permitiu o cumprimento dos objetivos, tendo a entrega, nomeadamente, dos 848 apartamentos ocorrido na data prevista, criado as condições ideais de alojamento e de concretização das provas aos atletas presentes nos X Jogos que se realizaram em setembro de 2011. O profissionalismo e a capacidade da SDC, continuam a refletir uma imagem de credibilidade e confiança, reconhecida pelo mercado em geral, pelas entidades públicas e privadas.

A evolução do projeto de reabilitação da Estrada EN 221, nomeadamente nos dois lotes contratados à SDC, foi condicionada pela extrema demora no processo de operacionalização da Linha de Crédito Comercial Portuguesa, que lhe dá cobertura. Apesar dos condicionalismos inerentes a esta situação, não desmobilizamos os meios humanos, no sentido de promover um arranque célere, logo que estivessem reunidas condições para tal, o que veio a ocorrer no limiar do terceiro trimestre de 2011. O estaleiro central da obra apresenta já condições de alojamento do pessoal expatriado, os equipamentos estão mobilizados, perspetivando o início imediato dos trabalhos no terreno, apesar da época de chuvas que esta zona do país atravessa nesta altura do ano.

Mobilizados todos os recursos humanos e técnicos, a Ponte de Tete evidencia já um estado de evolução apreciável, com a construção das estacas (no rio e em terra) com ritmos tendentes a evoluir progressivamente, ao mesmo tempo que já se elevam encontros e pilares da superestrutura. Desconhecendo-se as eventuais consequências da subida das águas do Rio Zambeze na normal evolução dos trabalhos (resultado da época de chuvas que nesta zona e nesta altura do ano são características), tudo indica que estão criadas as condições para uma evolução regular e sustentada dos índices de produção e de produtividade. Esta é uma infraestrutura 

que envolve a construtora e, simultaneamente, a concessionária do Grupo (integrada na empresa Estradas do Zambeze), e que se reveste de particular importância no enquadramento regional da rede viária moçambicana e nas ligações aos países do Interland, nomeadamente Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.

Adicionalmente, em relação à Soares da Costa Moçambique, SA esta subsidiária no exercício de 2011 concluiu os seguintes projetos:

•  Construção do novo edifício da Direção Províncial do Plano e Finanças – Inhambane;

•  Acabamento do edifício da Millénnium Devellopers;

•  Construção do posto de combustíveis da Petromoc Moatize (Tete);

•  Construção do Mosteiro das Irmãs Clarissas – Namaacha;

•  Construção do posto de combustíveis Petromoc Muelé – Inhambane;

•  Reabilitação de residência oficial do Banco de Moçambique – Maputo;

•  Reabilitação de instalações para o Call Center das TDM – Maputo;

•  Adaptação de instalações para a agência do Banco Único da Matola;

•  Adaptação de instalações para a agência do Banco Único da Sommershield;

•  Adaptação de instalações para a agência do Banco Único do Mica;

•  Construção do parque de estacionamento da Feira do Artesanato – Maputo.

E iniciou também as obras a seguir listadas:

•  Construção do edifício do INSS – Tete;

•  Construção do parque de estacionamento e centro de conferências do Hotel Vip Inn Beira;

•  Construção da sede da TVCABO na Beira;

•  Construção de edifício gémeo do Hotel Vip Inn Beira (2ª. Fase);

•  Demolição de edifícios existentes no terreno da Ex-Facim;

•  Construção do posto de combustíveis Petromoc Zoo – Maputo.

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Roménia

Durante o ano de 2011 foram concluídas neste mercado as seguintes obras:

•  Abastecimento de Água e Rede Esgotos de Pitesti – Obra em consórcio com a MAEC (sendo a Soares da Costa o líder), com um volume de trabalhos executados de 18,2 milhões de euros, para a qual se obteve já a receção definitiva da obra no dia 16 de dezembro de 2011; 

•  Abastecimento de Água e Rede Esgotos de Galati – Obra em consórcio com a MAEC (sendo a Soares da Costa o líder), com um volume de trabalhos executados no valor de 40,7 milhões de euros, concluída em novembro de 2011 e em garantia até novembro de 2012;

•  Acessos ao parque eólico de Vutcani em Vaslui, Roménia, uma obra para o cliente Global Services Provider (EDP Renováveis – Espanha), com um valor do contrato aprox. 4,3 milhões de RON (1,05 milhões de euros); obra em joint-venture com a ISIS Europa (50/50), sendo a ISIS Europa o líder do consórcio; conclusão em novembro de 2011;

•  Corugea Bypass em Tulcea, Roménia, uma obra para o cliente consórcio Alpha Wind / Beta Wind / Enel Green Power Romania, com um valor contratual de 610 mil RON (140 mil Euros); obra em joint-venture com ISIS Europa (50/50), sendo a Soares da Costa o líder do consórcio; conclusão dos trabalhos em novembro de 2011.

Mantém-se em execução as obras referentes aos acessos ao parque Eólico de Casimcea e ao Parque Eólico Alpha Wind, ambas em Tulcea.

Brasil

O Brasil, em execução do plano estratégico do Grupo, é considerado um dos mercados prioritários no âmbito da seleção de novas geografias de atuação da empresa. O ano de 2011 corporizou o início desta intervenção. Para esse efeito, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, registou neste território, em Junho de 2011, uma sucursal o que permitirá no futuro desenvolver de uma forma direta novos negócios.

Para além da atividade comercial desenvolvida, essencialmente dirigida para clientes privados da área industrial é de realçar que, através de uma outra entidade denominada “Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento, Ltda.”, na qual a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA detém 50% do capital (sendo os restantes 50% detidos por uma construtora local), foi já possível neste primeiro ano participar em dois projetos de construção civil integrados num investimento da cimenteira Votorantim, designado “3ª Onda de Investimentos da Votorantim Cimentos”.

O primeiro contrato, correspondente à construção civil para implantação de um projeto de moagem de cimento em S. Luís do Maranhão, no valor de 12,7 milhões de reais, com um prazo de execução de 8 meses, iniciou-se em março de 2011 e ficou concluído em novembro do mesmo ano.

O segundo contrato, que diz respeito à construção civil para uma linha de produção de 5.000 ton/dia, em Rio Branco do Sul – Paraná, assume um valor de 36,3 milhões de reais e, iniciado também em março de 2011, tem o seu fim previsto, dentro do prazo contratado, para julho de 2012.

Foi ainda constituída uma sociedade de direito brasileiro totalmente detida pelo Grupo Soares da Costa – Soares da Costa Brasil, Lda. – que se encontra inscrita no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), pelo que dispõe já de capacidade legal para desenvolver atividade neste país.

A abordagem a um novo mercado representa sempre um desafio, quer pelas questões de diferenças culturais e legais existentes, quer pela necessidade que acarreta de disponibilidades financeiras de investimento. No entanto, a presença da empresa no Brasil com ambições de permanência, é assumida como um vetor importante do atual plano estratégico.

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S. Tomé e príncipe

Neste mercado a atividade é desenvolvida através da subsidiária: Soares da Costa, STP Construções, Lda. O ano de 2011 com a conclusão dos trabalhos referentes à obra da Escola Secundária da Trindade (inaugurada oficialmente em finais de Agosto) caracterizou-se por uma atividade reduzida. Em finais do ano deu-se início à execução da obra de ampliação do edifício sede do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe contratada em novembro após seleção entre seis empresas convidadas e em que a empresa tendo a segunda melhor proposta financeira beneficiou do resultado da avaliação técnica para vencer o concurso.

No período que mediou entre o acabamento e o início das obras acima referidas, para além de várias intervenções no Estaleiro Central de Palmar, a empresa procedeu a pequenas obras no Resort Bombom para o Grupo HBD, um grupo sul-africano com interesses económicos na região e cuja aproximação pode vir a revestir-se de grande interesse futuro.

Costa Rica

A atividade de construção, neste mercado, é exercida por via da Sociedade de Construciones Centro-Americanas que é uma sociedade de direito local, detida a 100%.

Em 2011, a atividade desta empresa centrou-se fundamentalmente na reabilitação e na execução do novo tabuleiro da ponte sobre o Rio Virilla na autoestrada General Cañas (Estrada Nacional nº 1), no valor aproximado de 2 milhões de dólares.

Paralelamente, e por solicitação do dono de obra, foram elaborados os estudos prévios e orçamentos para a possibilidade de se reabilitar e ampliar o resto da estrutura da ponte, em três fases, e que perfizeram um orçamento total de cerca de 3 milhões de dólares, não tendo no entanto havido até este momento qualquer decisão sobre as mesmas.

O volume de negócios atingiu o equivalente a 1,5 milhões de euros, provindo esta faturação essencialmente do projeto da ponte sobre o Rio Virilla.

Esta sociedade detém participações de 17% em duas outras sociedades que levam a efeito dois grandes projetos que se integram no subsegmento das Infraestruturas rodoviárias. Um deles - a empreitada de conceção/construção da autoestrada San José – Caldera, que compreende uma extensão aproximada de 76 quilómetros, - foi entregue e rececionada provisoriamente já em 2010.

Neste projeto foram realizados alguns trabalhos em falta e outros de reabilitação e garantia. No âmbito da nossa participação neste projeto, prestaram-se alguns serviços de aluguer de equipamento e de cedência de pessoal técnico.

Neste projeto equaciona-se a ampliação para 4 vias em alguns troços. A decisão sobre estes trabalhos carece ainda de aprovação final por parte da concessionária Autopistas del Sol e do governo da Costa Rica.

Outro projeto, similar, respeita à autoestrada entre San José e San Ramón. O início da realização deste projeto está pendente ainda do ultimar de detalhes negociais entre a concessionária (Autopistas del Valle) e o governo da Costa Rica.

Israel

Em Israel, a participação da Soares da Costa Construção acontece por via da colaboração com a área das concessões do Grupo, no âmbito do projecto do Metro de Telavive. Para além da sucursal da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, esta sociedade possui uma participação de 30% no consórcio da construção “Israel Metro Builders” (IMB).

Este projeto, como consta do Relatório do ano passado, foi interrompido pelo dono da obra, que pôs termo, unilateralmente, ao contrato de concessão estando a decorrer um processo de arbitragem internacional que decidirá este conflito.

A sociedade partilha da convicção da sociedade concessionária, parte direta do processo, de que não existiram fundamentos para aquela rescisão unilateral e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral. Reconhece-se, contudo, que a realização dos ativos relacionados com este projeto designadamente os que resultam da incorporação proporcional da IMB pode estar dependente do sentido desta decisão.

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3.3 ÁREA COMERCIAL

O setor da construção vive em Portugal sob um contexto enquadrador bastante severo: carência de meios de financiamento, clima de restrição pública orçamental, sobreoferta de mercado imobiliário, aversão ao risco dos agentes privados, perceção externa negativa sobre as condições de solvabilidade do país (ratings e desvalorização de ativos), incerteza e aversão ao risco, o que desagua numa relevante quebra de investimento em construção. Importa, assim, elencar alguns factos significativos que condicionam a atividade comercial:

•  Escassez geral de concursos, com a consequente aviltação de preços;•  Estagnação ainda mais drástica dos concursos lançados no arquipélago da Madeira;• Suspensão do Programa do Parque Escolar;•  Suspensão das parcerias público-privadas nas infraestruturas rodoviárias;•  Suspensão dos planos de expansão dos Metros de Lisboa e Porto;•  Suspensão de todos os novos concursos para a Linha de Alta Velocidade;•  Suspensão do novo Aeroporto de Lisboa;•  Suspensão de projetos privados no subsegmento de escritórios;•  Adiamento de projetos privados no subsegmento da hotelaria.

A juntar a estes, e a agravar ainda mais o nível de desafio, é de referir a reduzidíssima taxa de decisão quanto aos concursos lançados: o Hospital de Todos os Santos, que se encontra numa situação de impasse, e vários concursos importantes no domínio do abastecimento de água e tratamento de águas residuais encontram-se igualmente suspensos.

Como única nota positiva no investimento em Portugal temos o Plano Nacional de Barragens, com vários concursos lançados quer pela EDP quer pela Iberdrola. Apesar destas perspetivas, em 2011 não se assistiu a nenhuma materialização em obra real por parte da Iberdrola, sendo que a EDP adiou a execução de uma das barragens concursadas – Barragem do Alvito.

Com este panorama negativo a pairar sobre a atividade da construção em Portugal ainda assim obtiveram-se algumas adjudicações importantes de que se salientam: Variante da Madalena do Mar, 2ª. fase na Madeira, Via Expresso Fajã da Ovelha – Ponte do Pargo (em consórcio) na Madeira, as Empreitadas de Construção das Infraestruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Bloco de Aljustrel e do Bloco 3 de Pedrogão, Intervenções 

estruturais nos Túneis da Trofa e Sortes (Refer), a Conduta Adutora Moura-Safara (AGDA), o Hotel da Tocha para o cliente World Hotel e o Hotel Sana Evolution, para a Aziparque. Com referência à subsidiária Contacto refere-se a adjudicação de uma moradia em Tróia (lote 86), uma unidade hoteleira na Praça da Ribeira, no Porto e o Continente Bom Dia de Ramalde, Porto.

No âmbito da atividade comercial internacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, durante o ano de 2011, registam-se os seguintes aspetos:

•  Início da atividade comercial na Costa Ocidental Africana, com a apresentação de uma série de propostas em concursos no Senegal e Gâmbia;

• Pré-qualificação para rede ferroviária de alta velocidade entre Tânger e Kenitra, em Marrocos, com participação já efetivada em vários concursos;

• Apresentação de vários concursos em Oman;

• Manutenção em níveis elevados da atividade comercial nos países africanos de expressão portuguesa de presença tradicional da sociedade (Angola e Moçambique - com alargamento e extensão efetiva do espetro geográfico de atuação no território destes países - e S. Tomé e Príncipe);

• Passos relevantes no sentido da consolidação da presença, recentemente iniciada, no Brasil.

Em Angola, pela sua relevância, sublinha-se a adjudicação: do projeto Edifício Blue Plaza, que será 

um dos edifícios de escritórios mais altos do centro de Luanda com 17 pisos e 4 caves; do Empreendimento Luanda Sul, constituído por dois edifícios residenciais; o Empreendimento “Shopping Fortaleza” que irá nascer junto ao viaduto da nova marginal, com frente virada para a baía de Luanda, integrando um edifício de 7 pisos para o promotor Sopros – Sociedade Angolana de Promoção de Shoppings e, pela sua representatividade face aos critérios de elevada seletividade impostos, a entrada da Soares da Costa no “universo” dos empreiteiros/ fornecedores da Nestlé, com a adjudicação de um projeto com prazo de execução de 9 meses e valor superior a 6 milhões de dólares.

No âmbito das infraestruturas, a importante obra lançada pela Direcção Nacional de Infraestruturas Públicas do Ministério do Urbanismo e Construção da República de Angola (abrangendo a execução de infraestruturas públicas de drenagem das águas pluviais, a construção de acessos rodoviários, a montagem de infraestrutura de abastecimento 

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de energia elétrica e a rede de iluminação pública) integrada no projeto de requalificação do Município de Sambizanga e Encostas da Boa Vista, em Luanda, parcialmente em zona do ex-“Roque Santeiro”, no valor de 90 milhões de dólares (63 milhões de euros) e prazo de execução de 12 meses.

Quanto ao âmbito de atuação da Clear Angola esta empresa teve um bom desempenho comercial no ano findo que se consubstanciou na angariação de novas obras no valor de 4.939 milhões de kwanzas (com a área da Eletricidade a representar 67%, a climatização 21% e a Hidráulica 12%). Entre o conjunto de obras angariadas destacam-se a Torre do 1º Congresso para o BESA, o New Parking Lot Building a realizar pelo consórcio Namkwang / Soares da Costa, o Empreendimento Residencial Talatona, na zona Sul de Luanda, sendo o cliente o consórcio Hagen/Goecimenta e o Edifício Fénix, para a Somague.

Em Moçambique, o nível de adjudicações e novas contratações decorreu em ritmo razoável. Objetivando aumentar o potencial universo de angariação de obras, tem-se vindo a estender a ação de trabalho a quase todo o país, pelo que, à data de fim do exercício, marcávamos presença nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Tete.

Nos Estados Unidos há a destacar como acontecimentos principais na área comercial, a adjudicação do projeto da maior valor na história 

da subsidiária Prince: o alargamento e reconstrução da I-75/SR 93 in Tampa, Florida, um contrato de 94,7 milhões de dólares, para o FDOT (Florida Department of Transportation), com prazo de execução de 1.500 dias e que consiste na reconstrução e alargamento de 10 milhas da autoestrada interestatal I-75 desde SR56 até Fowler Avenue e 3 milhas da rodovia arterial, incluindo a construção de 13 pontes.

Para além deste projeto em 15 de março de 2011 a Prince foi anunciada como adjudicatária do projeto de construção da New Tampa Boulevard Bridge, na cidade de Tampa, sobre a I-75 que ligará New Tampa Boulevard ao Commerce Park, um projeto de 12,5 milhões de dólares.

A Cattlemen Road - Sarasota County anunciou em 6 de abril de 2011 a Prince como licitante de menor preço para o projeto de 14,5 milhões de dólares da construção de uma nova rodovia de 3 milhas com prazo de execução até 8 de janeiro de 2013, tendo já sido começadas as atividades de preparação de terras.

Na US27 (SR25) X SR50 DB, a equipa de conceção - construção da Prince-Atkins realizará este projeto, no valor de 20,8 milhões de dólares, com um prazo de execução de 700 dias para District Five da FDOT.

Em resumo, a atividade comercial da Prince durante o ano de 2011 permitiu a angariação de obras no valor de 142 milhões de dólares.

A empresa continuará apostada no alargamento do seu âmbito geográfico de atuação com expansão ao Estado do Texas e atenta às oportunidades de mercado no âmbito dos chamados projetos 3P (parcerias público-privadas) que se espera tenham um desenvolvimento no ano de 2012, depois de o ano findo ter sido anímico neste domínio, com a verificação, aliás, do cancelamento de vários projetos entre os quais: Florida High-Speed Rail e Georgia’s West by Northwest, em que a empresa se encontrava qualificada.

Na Costa Rica a empresa local está pré-qualificada para a construção e fornecimento de equipamento básico do “Hospital de Trauma” no valor de cerca de 60 milhões de dólares. Está previsto que o concurso seja lançado durante o ano de 2012.

Também em 2011 foram desenvolvidos trabalhos de orçamentação para a reconstrução e ampliação de 28 pontes, no valor global de 7,6 milhões de dólares. Aguardam-se as respetivas decisões, sabendo-se já, porém, que alguns destes projetos não terão sequência no que toca à sua execução.

Em conjunto com a Prince (líder do consórcio) e mais dois parceiros locais, orçamentamos a obra de ampliação e reabilitação da Estrada Nacional nº 1, estrada Interamericana Norte, Secção Cañas – Liberia, numa extensão de 50 quilómetros, com um valor global de cerca de 114 milhões de dólares, sendo a participação do Grupo no consórcio de 55%.

Das participadas do segmento das obras ferroviárias e marítimas com atividade relevante orientada para os mercados do norte de África destaca-se, em 2011, a adjudicação de uma obra de intervenção no Porto de La Guaira, na Venezuela, em montante superior a 27 milhões de euros.

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€ milhões Dez. 2011 % Dez. 2010* % var. %

Total 1.404.602 100,0% 1.667.748 100,0% -15,8%

Portugal 482.566 34,4% 720.647 43,2% -33,0%

Angola 467.044 33,3% 446.408 26,8% 4,6%

EUA 201.677 14,4% 197.349 11,8% 2,2%

Moçambique 131.574 9,4% 170.200 10,2% -22,7%

Roménia 35 0,0% 7.192 0,4% -99,5%

S. Tomé e Príncipe 2.049 0,1% 15.261 0,9% -86,6%

Costa Rica 43.357 3,1% 43.482 2,6% -0,3%

Brasil 5.365 0,4% 0 0,0% -

Argélia 38.142 2,7% 53.694 3,2% -29,0%

Marrocos 3.619 0,3% 8.821 0,5% -59,0%

Cabo Verde 1.589 0,1% 4.696 0,3% -66,2%

Venezuela 27.585 2,0% 0 0,0% -

* Rexpresso (incorporado a AN Indústria, na altura autónoma, de modo a permitir adequada comparabilidade).

Carteira de encomendas

Traçada uma panorâmica por mercados e empresas, o quadro seguinte reflete a carteira de encomendasda área de construção e a sua evolução entre finais de 2010 e 2011.

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formação por Categoria profissional 2011

Dirigentes 393

Quadros superiores 6.307

Quadros médios 2.278

Quadros intermédios 631

Prof. qualificados 8.511

Prof. semi-qualificados 47

Prof. não qualificados 96

Praticantes e aprendizes 12

Total 18.276

formação por Temas 2011

Informática na ótica do utilizador 985

Ciências sociais e do comportamento 85

Construção civil e engenharia civil 7.583

Eletricidade e energia 106

Eletrónica e automação 150

Engenharia e afins 305

Gestão e Administração 3.196

Línguas e literaturas estrangeiras 990

Marketing e publicidade 6

Contabilidade e Administração 501

Direito 413

Não especificado 300

Proteção do ambiente 320

Saúde 101

Segurança e higiene no trabalho 3.236

Total 18.276

3.4 RECURSOS HUMANOS

Recrutamento e Seleção de pessoal

Apostada em alinhar o capital humano com a sua estratégia de desenvolvimento organizacional, a Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. procurou dar continuidade em 2011 a uma estratégia de recrutamento, ao nível das empresas participadas, que garantisse na admissão de novos colaboradores não só as competências requeridas para a função, mas também um significativo potencial de desenvolvimento profissional.

O recrutamento interno foi em 2011 uma abordagem preferencial no preenchimento de vagas, o que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os consequentes ganhos de motivação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos colaboradores. Em 2011 foram recebidos pedidos de recrutamento e seleção para o preenchimento de 15 vagas em funções das empresas participadas, com prevalência da Clear Angola. Estes processos tiveram como principal objeto as funções Diretor de Obra, Desenhador / Projetista, Preparador de Obra e Técnicos de AVAC.

formação

Como primeira caraterização do investimento feito na formação em 2011, importa referir que foram realizadas no âmbito das empresas participadas 18.276 horas de formação, que implicaram um total de 88.492 euros de custos com inscrições. Este volume contemplou um total de 1.119 formandos.

A análise da distribuição das horas pelas categorias profissionais, revela que os Profissionais Qualificados e os Quadros Superiores reúnem o maior número de horas de formação frequentada. Esta distribuição denota valores baixos na formação frequentada pelos Quadros Intermédios, o que ressalta a necessidade de intervir a este nível.A “Construção Civil e Engenharia Civil” foi a área temática que registou maior número de horas de formação em 2011 – 7.583 horas, seguida da área de “Segurança Laboral” 3.236 horas e em terceiro lugar a área de “Gestão e Administração” com 3.196 horas.

(Horas) (Horas)

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Ao nível da gestão de topo, o ano 2011 ficou marcado pelo Encontro de Quadros de Alta Direção. Neste evento, assessorado por consultores em desenvolvimento organizacional, reuniram, durante dois dias, 50 quadros diretivos para trabalhar os temas liderança e inovação empresarial. Destes 50 quadros, 26 pertencem às empresas participadas pela Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.

Este Encontro constituiu um importante momento formativo, com inegáveis ganhos ao nível do alinhamento de valores e atitudes aplicados à liderança de equipas de trabalho. A metodologia adotada conciliou as palestras de oradores credenciados nas temáticas, com animadas dinâmicas de grupo muito orientadas para a partilha, coesão e desenvolvimento de equipas de trabalho.

Com grande impacto na partilha e transmissão do conhecimento existente no seio do Grupo, foram criados os Workshops Temáticos de Engenharia e de Gestão. Trata-se de um formato que reúne oradores internos, experientes numa dada temática, que partilham o seu know-how com uma plateia de colegas a quem o tema interessa profissionalmente. Face a algumas temáticas de engenharia, a apresentação em contexto de workshop foi complementada com visitas de estudo a obras, onde se pôde visualizar, in loco, alguns dos aspetos técnicos abordados previamente no workshop.

A totalidade dos workshops temáticos de Engenharia e de Gestão reuniu em sala cerca de 1000 formandos das empresas da área de negócio Construção e versaram sobre os seguintes temas: Metodologias de Montagem de Estruturas Metálicas e Mistas, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Contratos FIDIC, Produção Descentralizada de Energia e Eficiência Energética, Código dos Contratos Públicos, Jornadas Técnicas 2011, Índice de Gestão da Sustentabilidade em Obra, LEED-Avaliação da Construção Sustentável, Procurement Internacional, Visita à Obra Viaduto do Corgo.

Por último, no ano 2011 foi criada a Academia do Conhecimento que, obedecendo ao conceito e modelo de universidade corporativa, tem na sua missão os seguintes desideratos:

1.  Promover a partilha de experiências e transmissão do conhecimento das gerações mais experientes no Grupo para as gerações mais jovens;

2.  Proporcionar um conjunto de programas formativos específicos que visam desenvolver uma série de competências corporativas transversais aos diversos grupos funcionais;

3.  Disseminar um conjunto de valores e padrão comportamental que permita consolidar a cultura organizacional pretendida no seio de todas as empresas do Grupo;

4.  Levar os programas formativos de cariz corporativo aos colaboradores mobilizados no estrangeiro, nomeadamente através de soluções e-learning.

Na prossecução desta missão é desejável o fomento de parcerias com as melhores escolas de negócios nacionais ao nível do desenvolvimento dos programas formativos. Em 2011 concretizámos a primeira parceria entre a Academia do Conhecimento e a Católica Executive Education Lisbon, o que resultou na realização do Programa Avançado de Gestão e Negociação de Projetos.

A Academia do Conhecimento incrementará os níveis de qualificação dos recursos humanos das empresas da área de negócio Construção e auxiliará as pessoas a perspetivar percursos de carreira profissional mais concretos e previsíveis. Estaremos assim a promover o incremento do nosso capital humano e, por conseguinte, a capacidade de assumirmos desafios mais exigentes nas empresas participadas.

programas de Estágios

No âmbito do Prémio Talento foram contemplados três recém-diplomados em Engenharia Civil, que viram os seus trabalhos de investigação premiados com um estágio de 6 meses na Sociedade de Construções Soares da Costa. Os estagiários tiveram 

a oportunidade de conhecer, sob a orientação de experientes coordenadores, duas importantes áreas funcionais da atividade da empresa: Técnica e Técnico-Comercial.

As empresas pertencentes à área de negócio Construção acolheram ainda outras modalidades de estágio ao longo do ano 2011, designadamente 11 estágios curriculares e 3 estágios profissionais. Entre as entidades promotoras destes estágios curriculares e profissionais, destacam-se o CICCOPN, o IEFP, a Escola Profissional do Fundão, a Fundação da Juventude e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja.

As atividades de estágio incidiram sobre um conjunto de áreas temáticas, das quais se destacam Preparação, Preparação e Execução de Obra; Topografia; Gestão Ambiental; Higiene e Segurança no Trabalho.

A disponibilidade das empresas pertencentes à área de negócio Construção para acolher estágios promovidos por entidades externas, reflete o elevado nível de responsabilidade social que estas empresas assumem perante a comunidade envolvente.

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Avaliação de Desempenho

O sistema de avaliação de desempenho do Grupo Soares da Costa tem como principais objetivos promover o desenvolvimento profissional dos colaboradores, premiar a excelência e incrementar os resultados operacionais das diversas áreas de negócio.

No ano 2011 integraram o processo de avaliação de desempenho cerca de 780 colaboradores das empresas pertencentes à área de negócio Construção, sendo que neste total se incluiu, para além dos colaboradores que exercem funções em Portugal, também os colaboradores ao serviço em Angola, Moçambique, Roménia, Costa Rica e Brasil.

Avaliação de potencial

O processo de Avaliação de Potencial e Gestão do Talento conjuga, de forma integrada, dados relativos a competências técnicas, competências operacionais de índole comportamental, interesses profissionais, fatores motivacionais, projeto de carreira, disponibilidade para mobilidade internacional, entre outros aspetos.

No ano 2011 deu-se continuidade a estes processos de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento sobre as competências, interesses, disponibilidade e projeto de carreira dos quadros das empresas participadas.

Os recursos humanos constituem um dos mais importantes fatores de competitividade e desenvolvimento das organizações.

Consolidados que estão os princípios e as linhas de orientação estratégica em matéria de desenvolvimento de Recursos Humanos no seio do Grupo, tem-se vindo a implementar e a consolidar, paulatinamente, no âmbito das participadas da Soares da Costa, Construção, SGPS, S.A., um conjunto de metodologias e boas práticas promotoras do incremento do capital humano.

Número de Trabalhadores

No ano de 2011 o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas consolidadas pelo método integral foi de 5.318 trabalhadores (face ao número de 5.598 um ano antes).

A sociedade individualmente dispõe de cinco efetivos.

Em termos consolidados os Custos com Pessoal assumiram o valor de 132,8 milhões de euros representando 17,2% dos custos operacionais (face ao valor de 135,0 milhões de euros e 17,8%, respetivamente, no ano de 2010).

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4.AnáliseEconómicae financeira

Reforço de Potência da Barragem do Alqueva, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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4.1 CONTAS INDIVIDUAIS

Como aspeto relevante ocorrido em 2011 com efeito significativo na demonstração da posição financeira salienta-se a operação de fusão ocorrida em meados do ano mas com efeitos reportados ao início do exercício em que a sociedade integrou o património da sociedade incorporada Soares da Costa Indústria, SGPS, SA.

A integração das participações da SDC Indústria contribuiu assim para o aumento verificado nos investimentos financeiros que representam no final do exercício 292,7 milhões de euros face ao valor de 263,2 milhões um ano antes.

Verificou-se ainda uma redução substancial dos ativos correntes e bem assim dos passivos correntes com as relações de crédito e débito entre empresas do Grupo, associadas e participadas a baixarem passando de 53,4 milhões para 7,3 milhões de euros no ativo e de 208,7 para 141,6 milhões de euros no passivo.

Os capitais próprios vieram incrementados quer pelo aumento de capital motivado pela fusão (de 90 milhões para 131,1 milhões de euros), quer pelo aumento dos prémios de emissão (também por via da fusão) que passaram de 5,9 milhões para 12,9 milhões e ainda por via do resultado do exercício reconhecido que foi de 4,1 milhões de euros.

A demonstração de resultados revela a prevalência dos resultados financeiros de 3,0 milhões de euros, ainda assim bastante inferiores ao de um ano antes (12,6 milhões) por terem sido auferidos rendimentos de participações de capital de 9,7 milhões (inferiores aos 17,2 milhões de euros de 2010).

Os dividendos recebidos em 2011 foram provenientes das seguintes participações:

•  Sociedade de Construções Soares da Costa - 6,500 milhões de euros;•  Contacto - Sociedade de Construções - 3,000 milhões de euros;•  Soares da Costa Moçambique - 0,137 milhões de euros;•  VORTAL - 0,121 milhões de euros.

O custo líquido de financiamento situou-se em -6,7 milhões de euros inferior aos -4,5 milhões de euros, registados no ano anterior.

Já os resultados operacionais situaram-se em patamar semelhante ao de um ano antes (-1,3 milhões de euros face a -1,2 milhões em 2010).

O resultado do exercício após a função de imposto situou-se em 4,1 milhões de euros (com 12,8 milhões de euros em 2010), elevando os capitais próprios no final do exercício a 153,9 milhões o que proporciona um rácio de autonomia financeira superior a 50% (51,1%).

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4.2 CONTAS CONSOLIDADAS

Embora não seja legalmente obrigada a apresentar contas consolidadas, uma vez que, sendo detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. entidade cotada e líder do Grupo, é a esta que compete a sua elaboração e apresentação, as contas consolidadas dão informação muito relevante e pertinente sobre este segmento de negócios. É, pois, com referência a estas contas consolidadas da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.G.P.S, S.A., elaboradas, segundo o «padrão» IAS/IFRS, que passamos a transmitir as informações e análise seguintes:

volume de negócios

O Volume de negócios da área da Construção atingiu no exercício de 2010 o valor de 796,2 milhões de euros, praticamente em linha com o verificado no ano anterior (-0,5%). O próximo quadro apresenta a estratificação do volume de negócios consolidado da área construção por mercados geográficos.

VOLUME DE NEGÓCIOS POR MERCADO GEOGRÁFICO

mercado 2011 % 2010 % ∆ 2011/10

Portugal 264.201 33,2% 288.814 36,1% -8,5%

Angola 327.633 41,1% 362.130 45,3% -9,5%

Estados Unidos da América 114.198 14,3% 78.914 9,9% 44,7%

Moçambique 72.104 9,1% 36.323 4,5% 98,5%

Brasil 4.161 0,5% 0 0,0% -

Roménia 6.630 0,8% 25.876 3,2% -74,4%

Outros 7.280 0,9% 7.969 1,0% -8,6%

Total 796.208 100,0% 800.026 100,0% -0,5%

Este quadro permite constatar para VN globais próximos, nos anos em comparação, importantes variações na sua distribuição, com os maiores mercados (Portugal e Angola) a reduzirem o seu peso relativo ainda que se mantenham a grande distância na linha da frente e Estados Unidos e Moçambique a aumentarem significativamente o seu contributo, apresentando expressivos crescimentos em 2011.

A restrição da procura do mercado nacional profusamente ilustrada pelos diversos indicadores referidos aquando da análise do enquadramento do setor (e especialmente na subsidiária Contacto em que o volume de negócios individualmente desceu 48,0 milhões de euros), implicou uma descida de 24,6 milhões de euros (8,5%). Angola mantém-se como primeiro mercado e o fato de a tabela ilustrar uma redução de 9,5% do seu VN não permite uma leitura desvalorizada do seu comportamento uma vez que a base de referência (2010) constituiu um marco extraordinário e consagrou um máximo histórico deste mercado, regressando, assim, a um nível de atividade mais padronizado e semelhante a 2009.

Nos mercados internacionais observa-se ainda uma descida na Roménia, bastante significativa, e surge uma nova geografia – Brasil – ainda com um contributo modesto.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO VOLUME DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO EM 2010

Estados Unidos 14%

Angola 41%

Portugal 33%

Moçambique 9%

Brasil 1%Roménia 1%Outros 1%

(Milhares de euros)

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Resultados

Se o volume de negócios teve o comportamento acima assinalado, os resultados ao nível operacional situaram-se num patamar de relativa eficiência. O EBITDA de 2011 foi de 47,7 milhões correspondendo a uma margem do VN de 6,0 que compara com o EBITDA 53,0 milhões do ano anterior 6,6% respetivamente.

À pressão sobre as margens no mercado nacional adicionou-se um efeito negativo da rentabilidade da atividade nos Estados Unidos da América que tendo apresentado um VN recorde não extraiu, pelo contrário, daí os desejáveis padrões de rentabilidade.

Os resultados financeiros situaram-se em -16,9 milhões de euros (face a -15,3 milhões de euros no ano de 2010) evolução que se justifica pelo maior custo líquido de financiamento que se situou em -12,5 milhões (face a -5,7 milhões) um ano antes. Os fatores de agravamento geral das condições de financiamento, aumento da dívida líquida (net-debt) justificam este andamento. Já a evolução da “balança cambial” evoluiu favoravelmente.

Os resultados líquidos consolidados da Soares da Costa Construção, SGPS, SA, atribuíveis ao grupo, situaram-se, assim, em 7,4 milhões de euros, num nível inferior em 44,6% aos registados no ano de 2010.

Balanço: Evolução dos Ativos

A demonstração da posição financeira consolidada evidencia um aumento do ativo total que passou de 1.076,2 milhões em 31.12.2010 para 1.157,1 milhões de euros em 31.12.2011, por força de um aumento do ativo não corrente (+14,3 milhões) e de um aumento mais expressivo do ativo corrente (+66,6 milhões de euros).

No ativo não corrente não existiram alterações significativas ao nível do goodwill e ativos intangíveis. O aumento concentra-se ao nível dos ativos fixos tangíveis (+6,6 milhões de euros) e também nos ativos por impostos diferidos (4,6 milhões) essencialmente derivados das subsidiárias dos Estados Unidos.

Já ao nível do ativo corrente as alterações são mais significativas destacando-se um aumento nos clientes (+23,0 milhões de euros) e das outras dívidas de terceiros (+89,1 milhões de euros), neste caso relacionadas com créditos sobre empresas relacionadas do Grupo, mas fora do perímetro de consolidação da AN Construção.

Importa, porém, registar que o balanço de 2011 passou a incorporar as participadas provenientes da ex-área industrial do Grupo e que, por via disso, algumas destas variações têm de ser relativizadas pela alteração verificada no perímetro.

Já ao nível dos inventários verificou-se uma desejada redução de 105,1 para 74,3 milhões de euros.

Capitais próprios

Aqui importa realçar que o capital social sofreu um aumento significativo durante o exercício, sendo reforçado em 41,1 milhões de euros, em resultado da operação de fusão por incorporação Soares da Costa Indústria, SA, já referido aquando da análise das contas individuais da sociedade e que solidifica a capacidade e autonomia financeira de modo a fazer face aos desafios de internacionalização e participação em concursos internacionais.

A peça contabilística Demonstração das Alterações nos Capitais Próprios dá conta das variações ocorridas no exercício e que colocam os capitais próprios consolidados no final do exercício em 181,6 milhões de euros (face a 141,4 milhões de euros um ano antes).

passivo

Correlativamente ao aumento verificado no ativo (80,9 milhões) embora em muito menor dimensão também a expressão do passivo na análise inter-balanços 2010-2011 teve um acréscimo passando de 934,8 milhões de euros para 975,4 (+40,7 milhões).

Este aumento foi dividido entre passivo não corrrente (17,9 milhões de euros) e passivo corrente (22,8 milhões de euros). No ativo não corrente verifica-se um incremento dos empréstimos bancários de 16,5 milhões de euros enquanto ao nível do passivo corrente havendo alterações inter-rubricas mais ou menos compensatórios ao nível das dívidas a terceiros a variação mais significativa ocorre nos outros passivos correntes relacionado essencialmente com acréscimos de custos e/ou proveitos diferidos nos movimentos de especialização de exercício relacionados com os contratos de construção em curso (variação de 20,2 milhões de euros).

O endividamento líquido consolidado da área da construção subiu ligeiramente face a um ano antes situando-se à data de 31.12.2011 em 232,2 milhões de euros o que compara com o valor de 224,1 milhões de euros no final do ano anterior. Este endividamento líquido conjugado com o EBITDA de 47,7 milhões de euros, coloca o múltiplo Endividamento Líquido/EBITDA em 4,9x.

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Desempenho individual das participadas

Já acima neste Relatório deu-se conta da estrutura de participações da sociedade, da sua evolução no ano findo bem como da evolução do comportamento dos principais mercados geográficos. Na seção anterior fez-se a análise dos principais indicadores consolidados.

O quadro da página seguinte faz uma síntese do contributo das diferentes empresas consolidadas para: Volume de Negócios, EBITDA, EBIT, Resultados Financeiros e Resultados Líquidos, o que exterioriza analiticamente a formação destes níveis de resultados consolidados por participada de origem.

Empresa participada vol. negócios EBITDA EBIT R. financ. R. líquido

Soc. Construções Soares da Costa, SA 605.677.038 45.520.086 31.827.217 (13.290.948) 12.178.856

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 25.200.231 100.187 114.587 4.333.492 3.136.662

Soares da Costa América, Inc. 257.140 (766.912) (766.912) (543.124) 2.597.061

Prince Contracting, LLC 113.686.985 (2.460.848) (4.241.067) (170.378) (4.411.445)

Soares da Costa Construction Services, LLC 192.880 (3.208.813) (3.216.829) (802.891) (4.019.719)

Soares da Costa Contractor, INC 320.723 (431.956) (434.428) (10.005) (444.434)

Porto Construction Group, LLC 26.498 (82.524) (110.982) (307) (111.288)

Eliminações de consolidação EUA (346.097) 0 0 (167.141) (122.626)

Estados unidos da América 114.138.129 (6.951.052) (8.770.218) (1.693.845) (6.512.451)

CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 36.277.633 (1.971.774) (2.041.513) 12.344.881 7.765.107

CLEAR ANGOLA, S.A. 57.469.764 11.596.822 11.231.790 (131.288) 11.100.502

Eliminações de Consolidação (20.277.300) 311.962 311.962 (12.776.797) (13.101.947)

Clear + Clear Angola 73.470.097 9.937.010 9.502.238 (563.204) 5.763.662

CAET XXI - Construções, ACE 125.486.880 6.467.381 5.729.771 352.657 6.071.353

HidroAlqueva, ACE 20.873.540 406.866 71.363 (71.363) (7.215)

Nova Estação, ACE 5.429.573 (2.113) (9.166) 9.166 (681)

SDC/Contacto - Modernização de Escolas, ACE 4.116.573 17.611 17.611 (17.611) 0

Mota-Engil,SDC,MonteAdriano - Matosinhos, ACE 3.232.947 (6.228) (7.659) 7.659 0

GACE - Gondomar, ACE 2.174.910 1.556 1.556 (1.556) 0

GCVC, ACE 2.159.188 (5.998) (5.998) 5.998 0

LGV, Eng. e Const. Linhas de Alta Velocidade, ACE 1.466.202 154.931 154.931 (21.722) 133.310

LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE 1.154.986 146.596 122.677 (118.140) 4.359

TRANSMETRO -Const. Metropolitano do Porto, ACE 682.298 23.800 22.281 0 22.282

Normetro - Agrup. Metropolitano do Porto, ACE 211.506 8.047 8.047 8.384 16.431

Soares da Costa e Lena, ACE 200.000 11 11 (11) 0

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE 4.043 (517) (517) 517 0

Soares da Costa Moçambique, SARL 18.737.275 1.088.901 1.033.277 (99.751) 587.501

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A 12.252.613 (744.995) (939.508) (91.695) (827.486)

Carta - Restauração e Serviços, Lda 10.661.053 595.357 54.894 (48.334) 2.358

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, SA 7.760.625 (213.225) (1.306.751) (103.445) (1.266.934)

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, SA 5.378.875 (92.737) (427.957) (241.085) (546.660)

Terceira Onda Planejamento e Desenvolv., Ltda. 3.863.866 460.896 460.781 19.961 322.356

SDC Construcciones Centro Americanas, SA 1.540.877 (270.327) (316.966) 342.703 98.178

Soares da Costa S. Tomé e Príncipe - Construções, Lda 563.962 (27.389) (114.361) (104.618) (218.979)

SDC Construções SGPS, SA 360.000 (936.691) (936.771) 2.979.907 4.129.545

Coordenação & Soares da Costa, SGPS Lda 0 (1.589.299) (1.589.299) (5.206) (1.594.504)

Outros 15.660 (323.877) (327.711) (21.027) (344.037)

Eliminações de consolidação (250.601.023) (6.043.765) (4.937.883) (8.442.983) (13.743.188)

Total Geral Construção 796.207.878 47.721.541 29.430.998 (16.876.621) 7.404.717

Quadro resumo dos principais Indicadores das participadas da AN Construção em 2011

(Valores em unidades de Euro)

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5.Gestãode Riscos

Ponte sobre o Rio Tua, Autoestrada Transmontana, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Conforme os restantes capítulos deste Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras revelam a atividade da sociedade, situando-se no setor de construção e engenharia civil, acaba por assumir variadas vertentes e atuações em diferentes mercados geográficos, assumindo uma verdadeira dimensão internacional.

Neste âmbito a sociedade e as suas participadas estão expostas a diversos riscos que podem ser classificados em:

Riscos de negócio:

• Riscos operacionais: os que podem afetar a eficácia e a eficiência dos processos operativos e prestação dos serviços do Grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das empresas;

• Riscos de integridade: os relacionados com fraude interna e externa a que possam estar sujeitas as empresas do Grupo;

• Riscos de direção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão, direção, liderança, limites de autoridade, deslocalização, inserção local, etc.;

• Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez e risco de crédito.

Riscos de informação:

•  Informação operativa, financeira e avaliação estratégica.

Riscos do meio:

• Concorrência;

• Meio político, económico, legal e fiscal;

• Regulação e mudanças no setor.

Do ponto de vista organizativo, em 2011 foram dados importantes passos para a alteração do sistema de análise e gestão de risco. Assim, foi criada no âmbito do Centro Corporativo e, por isso, com competência transversal a todo o grupo uma Unidade de Análise e Gestão do Risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.

A análise do risco é assegurada pelas diversas unidades corporativas do Grupo. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (determinados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto), e são definidas estratégias de Gestão do Risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. Neste sentido o Grupo tem vindo a proceder à implementação de atividades de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo.

Essa matriz parte das linhas gerais do plano estratégico em vigor, das metas que pretende alcançar, do tipo de atividade que prossegue e dos países que constituem os locais preferenciais de intervenção estável. Depois, e em obediência a essas linhas gerais, define um conjunto de parâmetros que orientam os objetivos estratégicos de assunção de riscos e toda a sua monitorização para conferir a conformidade dos riscos efetivamente incorridos com aqueles objetivos.

Para se poder efetuar a apreciação e ulterior monitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de Negócios, Direção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. Em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela Unidade Central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação.

O sistema de análise e gestão é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele relacionadas se mostram extintas. Naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e 

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Para a sua cabal gestão, são criados procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais.

O objetivo da gestão do risco do capital no Grupo Soares da Costa é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo e assim proporcionar retornos para os acionistas e benefícios para os restantes stakeholders, manter uma estrutura de capital sólida para apoiar o desenvolvimento do negócio. O Grupo tem assim reforçado as suas políticas de análise do risco de forma a estar melhor habilitada a responder às incertezas e vicissitudes que decorrem da adaptação da sua atividade à retração do mercado nacional, com a consequente procura de alternativas que potenciem as suas capacidades.

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6.perspetivaspara 2012

Pousada da Covilhã, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

Considerando o enquadramento da atividade, as carteiras de encomendas e os riscos e incertezas nomeadamente de conjuntura económica que foram sendo enunciados ao longo deste Relatório de Gestão, mas confiantes na capacidade de ultrapassar as dificuldades e no rumo de qualidade e sucesso que a sociedade vem percorrendo, são positivas ainda que exigentes as expetativas orçamentais com referência aos indicadores consolidados para o ano de 2012.

Perspetiva-se a obtenção de um crescimento moderado da atividade global desta área de negócios centrando-se os principais desafios na rentabilidade do negócio nomeadamente quanto à preservação e sustentabilidade das margens EBITDA/Volume de Negócios que se mantém sob pressão de erosão pela concorrência agressiva e decréscimo da procura em alguns mercados de atuação.

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7.factosRelevantes após o termo do Exercício

Halliburton, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

Não ocorreram posteriormente ao encerramento do exercício factos materialmente significativos que ponham em causa a expressão das demonstrações financeiras que acompanham este Relatório de Gestão ou mereçam especial referência.

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8.OutrasInformaçõesLegais

Sana Luanda Royal Hotel, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

Dívidas ao Estado e à Segurança Social

À data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos, nem de contribuições para a Segurança Social.

Negócios com a Sociedade

Durante o exercício não se registaram negócios entre a sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência.

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9.Reconheci-mento

Edifício residencial Farol Velho, Ilha de Luanda, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

Os nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para que a Sociedade tivesse o desempenho descrito neste Relatório.

Aos membros dos outros órgãos sociais da Sociedade, bem como aos nossos auditores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma como exerceram as suas funções.

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10.proposta de Aplicação de Resultados

Estação de metro do Heroísmo no Porto, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

O Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., tendo presentes as Demonstrações Financeiras, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º. do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de 4.129.544,69 euros obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de dezembro de 2011, seja aplicado do modo seguinte:

•  Para reserva legal - 206.477,23€;•  Para distribuição de dividendos - 3.300.000,00€;•  Para resultados transitados - 623.067,46€.

Data, 12 de março de 2012

O Conselho de Administração,

António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) 

Jorge Domingues Grade Mendes

Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira

Paulo Eugénio Peixoto Ferreira

António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal

Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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IIDemonstrações financeirasIndividuais

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Demonstrações Financeiras Individuais do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Demonstração Individual da posição financeira para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Demonstração individual da posição financeira para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

ATIvO

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

NÃO CORRENTE

Ativos intangíveis

0 0

Ativos fixos tangíveis

Equipamento administrativo 4 321 401

321 401

Investimentos financeiros

Participações de capital em subsidiárias 5 213.171.864 212.864.138

Empréstimos concedidos a subsidiárias 5 50.238.393 47.360.907

Participações de capital em associadads 5 24.191.790 624.175

Empréstimos concedidos a associadas 5 29.187 0

Outros investimentos financeiros 5 3.135.372 2.379.300

290.766.606 263.228.520

Ativos por impostos diferidos

1.974.777 0

TOTAL DO ATIvO NÃO CORRENTE 292.741.703 263.228.921

CORRENTE

Dívidas de terceiros

Clientes 147.632 0

Empresas do grupo, associadas e participadas 8 7.338.646 53.401.528

Outras dívidas de terceiros 8 642.640 297.513

8.128.918 53.699.041

Outros ativos correntes

9 1.069 821

Caixa e seus equivalentes

10 6.156 25.720

TOTAL DO ATIvO CORRENTE 8.136.143 53.725.582

TOTAL DO ATIvO 300.877.846 316.954.503

(Valores em unidades de Euro) (Valores em unidades de Euro)

CApITAL pRÓpRIO E pASSIvO

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

CApITAL pRÓpRIO

Capital realizado

11 131.080.340 90.000.000

Reservas e resultados transitados

Prémios de emissão 12.926.618 5.929.853

Reservas legais 2.522.794 1.881.036

Resultados transitados 3.217.065 1.182.662

Resultado líquido do período

4.129.545 12.835.161

Dividendos antecipados

- (6.500.000)

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO 153.876.362 105.328.711

pASSIvO

CORRENTE

Financiamentos obtidos

Empréstimos bancários 12 2.774.008 290.698

2.774.008 290.698

Dividas a terceiros

Fornecedores 197.990 310.779

Estado e outros entes públicos 13 73.681 19.700

Empresas do grupo, associadas e participadas 13 141.620.832 208.725.264

Outras dívidas a terceiros 13 2.243.472 2.219.135

144.135.975 211.274.877

Outros passivos correntes

14 91.501 60.217

TOTAL DO pASSIvO CORRENTE 147.001.484 211.625.792

TOTAL DO pASSIvO 147.001.484 211.625.792

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO E pASSIvO 300.877.846 316.954.503

*  O Técnico Oficial de Contas   **  O Conselho de Administração

*  Manuela Coelho

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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Demonstrações Financeiras Individuais do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Demonstração individual dos resultados separada para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

DEmONSTRAÇÕES DOS RESuLTADOS

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

Vendas e prestação de serviços 15 360.000 0

Outros rendimentos e ganhos operacionais

Outros rendimentos e ganhos 17 41 29.690

RENDImENTOS E GANHOS OpERACIONAIS 360.041 29.690

Fornecimentos e serviços externos 7 (354.290) (537.441)

Gastos com pessoal 18 (935.852) (672.710)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (80) (80)

Outros gastos e perdas operacionais

Impostos (6.540) (5.772)

Outros gastos e perdas 17 (50) (1.559)

GASTOS E pERDAS OpERACIONAIS (1.296.812) (1.217.562)

RESuLTADO OpERACIONAL (936.771) (1.187.872)

Custo líquido do financiamento

Juros obtidos 19 1.540.189 3.296.389

Juros suportados 19 (8.273.591) (7.821.203)

(6.733.403) (4.524.814)

Ganhos e perdas em empresas associadas 0 0

Outros ganhos e perdas financeiras

Outros ganhos financeiros 19 1.136.713 192.372

Rendimentos de participações de capital 19 9.757.782 17.184.700

Outras perdas financeiras 19 (1.181.186) (276.520)

9.713.309 17.100.552

RESuLTADO fINANCEIRO 19 2.979.907 12.575.738

RESuLTADO ANTES DE ImpOSTOS 2.043.136 11.387.866

Imposto sobre o rendimento do período 20 2.086.409 1.447.295

RESuLTADO LÍQuIDO DO pERÍODO 4.129.545 12.835.161

Resultado por ação

Básico 21 0,158 0,713

Diluído 21 0,158 0,713

*  O Técnico Oficial de Contas   **  O Conselho de Administração

*  Manuela Coelho

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

(Valores em unidades de Euro)

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Resultado líquido do período 4.129.545 12.835.161

Outros rendimentos integrais

Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira

0 0

Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados 0 0

Outras variações 0 0

TOTAL DO RENDImENTO INTEGRAL 4.129.545 12.835.161

*  O Técnico Oficial de Contas   **  O Conselho de Administração

*  Manuela Coelho

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

(Valores em unidades de Euro)

Demonstração individual do Rendimento Integral para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

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Demonstrações Financeiras Individuais do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Rubrica Capital realizado

Açõespróprias

Reservas e resultados transitados

Reserva de conversão

cambial

Derivados de cobertura

Outros Total dos capitais próprios

Saldo a 1/jan/2011 90.000.000 - 15.328.711 - - - 105.328.711

Dividendos -

Ações próprias -

Outros 41.080.340 3.337.766 44.418.106

Rendimento integral 4.129.545 - - - 4.129.545

Saldo a 31/dez/2011 131.080.340 - 22.796.022 - - - 153.876.362

Rubrica Capital realizado

Açõespróprias

Reservas e resultados transitados

Reserva de conversão

cambial

Derivados de cobertura

Outros Total dos capitais

próprios

Saldo a 1/jan/2010 90.000.000 17.993.550 107.993.550

Efeito da adoção do novo referencial contabilistico

(15.500.000) (15.500.000)

Dividendos -

Ações próprias - -

Outros -

Rendimento integral 12.835.161 - - 12.835.161

Saldo a 31/dez/2010 90.000.000 - 15.328.711 - - - 105.328.711

*  O Técnico Oficial de Contas   **  O Conselho de Administração

*  Manuela Coelho

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

(Valores em unidades de Euro)

(Valores em unidades de Euro)

Demonstração individual das alterações no Capital próprio para os períodos findos em 31 de dezembro

de 2011 e 2010

Demonstração individual dos fluxos de caixa para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

31 DEZ 11 31 DEZ 10

ATIvIDADES OpERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 219.600 0

Pagamentos a fornecedores (449.040) (284.829)

Pagamentos ao pessoal (593.278) (667.581)

(822.718) (952.411)

Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento 1.144.434 1.559.436

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (740.138) (219.727)

404.296 1.339.709

fLuXOS DAS ATIvIDADES OpERACIONAIS (418.422) 387.299

ATIvIDADES DE INvESTImENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 85.549.881 235.293.267

Ativos fixos tangíveis 0 0

Ativos intangíveis 0 0

Subsídios de investimento 0 0

Juros e ganhos similares 0 0

Dividendos 9.695.602 95.245.483 17.116.531 252.409.798

pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 41.176.688 299.008.317

Ativos intangíveis 0 0

Ativos fixos tangíveis 0 41.176.688 0 299.008.317

fLuXOS DAS ATIvIDADES DE INvESTImENTO 54.068.795 (46.598.518)

ATIvIDADES DE fINANCIAmENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 87.313.321 254.290.231

Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 0 0

Subsídios e doações 0 0

Venda de ações (quotas) próprias 0 0

Cobertura de prejuízos 0 0

Juros obtidos 1.535.842 88.849.163 2.932.336 257.222.567

pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 130.897.030 188.068.626

Amortização de contratos de locação financeira 0 0

Dividendos 3.659.000 15.500.000

Reduções de capital, prestações suplementares 0 0

Aquisições de ações (quotas) próprias 0 0

Juros e gastos similares 7.955.180 142.511.210 7.443.192 211.011.818

fLuXOS DAS ATIvIDADES DE fINANCIAmENTO (53.662.047) 46.210.749

Variação de caixa e seus equivalentes (11.674) (471)

Efeito das diferenças de câmbio (11.412) (9.249)

Caixa e seus equivalentes no início do período 29.242 35.439

Caixa e seus equivalentes no fim do período 6.156 25.720

*  O Técnico Oficial de Contas   **  O Conselho de Administração

*  Manuela Coelho

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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IIIpolíticasContabilísticas Individuaise Notas Explicativas

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1. Nota introdutória

ELEMENTOS IDENTIFICATIVOS

// Denominação social: Soares da Costa Construção, SGPS, SA

// Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva: 505 906 490

// Sede Social: Rua de Santos Pousada, 2204000 - 478 PORTO

// Objeto social: Gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indireta de exercício de atividades económicas.

// Designação da empresa-mãe: Grupo Soares da Costa SGPS, S.A.

// Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada,220, 4000 – 478 PORTO

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro.

2. Referencial contabilístico de preparação

das demonstrações financeiras

A empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da Costa,SGPS, SA, elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adotadas na União Europeia. Assim, ao abrigo do nº 1 do art. 4º do DL 158/2009, de 13 de julho, a sociedade optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais.

As sociedades Soares da Costa Construção, SGPS, SA e a Soares da Costa Indústria, SGPS, SA realizaram em 30/06/2011 uma operação de fusão dos seus patrimónios na modalidade de fusão por incorporação prevista na alínea a) do número 4 do artigo 97º. do Código das Sociedades Comerciais, com efeitos contabilísticos a partir de 01/01/2011. Esta fusão realizou-se mediante integração da totalidade do património da SDC Indústria na SDC Construção, afetando o comparativo com o ano de 2010.

3. principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são asseguintes:

3.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assunções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso.

O Conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira.

Nas presentes demonstrações financeiras a empresa não procedeu à implementação de qualquer norma ouinterpretação já emitida pelo IASB cuja data de aplicação obrigatória seja posterior.

3.2 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado,deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes por duodécimos, de acordo com osseguintes períodos de vida útil estimada:

•  Equipamento administrativo - 4 a 8 anos de vida útil.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

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3.3 ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

a) Investimentos FinanceirosOs investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago.

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registado como gasto na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são remensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de gastos da transação em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício. Atualmente, a empresa não possui investimentos financeiros desta natureza.

b) Dívidas de terceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) EmpréstimosOs empréstimos são registados no passivo e mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva. As despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

d) Dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.

e) Caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

3.4 ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRéSTIMOS OBTIDOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

3.5 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expetativa atual da sua recuperação futura. 

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de montantes registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

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3.6 APRESENTAÇÃO DE BALANÇO

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes.

3.7 RECONHECIMENTO DE GASTOS E RENDIMENTOS

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte de terceiros são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos.

A empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. 

3.8 SALDOS E TRANSAÇõES EXPRESSOS EM MOEDA

ESTRANGEIRA

As transações em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação. 

Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. 

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício. 

As cotações utilizadas para conversão em euros das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes:

Câmbio médio de compra e venda em

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Dólar Americano EuR/uSD 1,2939 1,3362

Metical de Moçambique EuR/mZN 34,67 43,31

3.9 IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado.Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.

3.10 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras exceto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

3.11 EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

3.12 GESTÃO DE RISCO

No desenvolvimento da sua atividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: risco de mercado (incluindo risco de taxa câmbio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da atividade normal, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.

À data de 31 de dezembro de 2011 os créditos constantes do balanço são essencialmente referentes a empresas do Grupo, entendendo a Administração da sociedade que não se verificam riscos de crédito com significado.

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4. Discriminação do movimento no período do ativo tangível

a) Ativo brutoO movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis Saldo inicial variação no perímetro

Aumentos Alienações Efeito de conv. cambial

Transfer. e abates

Saldo final

Equipamento administrativo 641 - 0 0 0 0 641

641 - 0 0 0 0 641

b) Depreciações acumuladasO movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis Saldo inicial variação no perímetro

Reforço Anulação reversão

Efeito de conv. cambial

Saldo final

Equipamento administrativo 240 - 80 0 0 321

240 - 80 0 0 321

5. Discriminação do movimento no período em investimentos financeiros

O movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

Investimentos financeiros Saldo inicial

fusão Efeito cambial

Outros aumentos

Alienações Equivalência patrimonial

Transfer. e abates

Saldo final

Participações de capital em subsidiárias

212.864.138 4.778.158 - 307.725 - - - 217.950.021

Empréstimos concedidos a subsidiárias

47.360.907 3.598.437 - 2.400.000 - - - 53.359.344

Participações de capital em associadas

624.175 23.596.803 - 0 - - (29.187) 24.191.790

Emprést. concedidos associadas 0 - - 0 - - 29.187 29.187

Outros investimentos financeiros 2.379.300 - 0 2.122.872 (1.366.800) - 0 3.135.372

Investimentos financeiros em curso 0 - - 0 - - - 0

263.228.520 31.973.398 0 4.830.597 (1.366.800) 0 0 298.665.714

A coluna “fusão” respeita aos aumentos verificados por via da incorporação, conforme nota 2, da Soares da Costa Indústria, SGPS, SA, respeitando às seguintes participações financeiras: Somafel (23.581.386€), Cerena (8.354€), Socometal (4.778.158€) e prestações acessórias da Socometal (3.598.437€) foram incorporadas na SDC Construção, SGPS, SA.

No presente exercício foi constituída a Soares da Costa Brasil ascendendo a sua participação a 307.724,21€, constituída a empresa Vortal, SGPS, SA na qual a sociedade detém a participação de 2.122.872€ e por sua vez procedeu-se à alienação da participação na Vortal – Comércio Electrónico Consultadoria e Multimédia, SA.

Foram efetuados suprimentos à empresa Soares da Costa América, Inc no montante de 2.400.000€.

Em finais de 2011, a empresa procedeu nos termos da IAS 36, a testes de imparidade respeitante à aquisição da Contacto através de avaliação realizada a esta empresa, por entidade independente. Desta avaliação não resultou qualquer imparidade.

A metodologia utilizada foi a dos Fluxos de Caixa Atualizados (DCF – “Discounted Cash Flows”).

As estimativas foram produzidas a valores nominais admitindo uma taxa de crescimento equivalente à inflação anual de 2%.

O período de projeção explícito foi de cinco anos, ou seja, de 2012 a 2016. Foi considerado um valor residual que corresponde ao valor global em que se considera a estabilização da sua rentabilidade, ou seja, no caso presente, após 2016, valor esse determinado como sendo o valor atual de uma renda perpétua, tendo sido pressuposta uma taxa de crescimento a longo prazo dos fluxos de caixa igual à taxa de inflação adotada.

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Os fluxos de caixa livres operacionais foram atualizados por uma taxa anual de desconto de 11,7% que reflete o custo médio ponderado dos capitais (WACC):

•  Custo dos capitais alheios: 5,5%, acrescido um spread de 3.8 p.p.•  IRC sobre o EBT: 26,5%•  Para taxa de juro sem risco, o “yield” das German Government Bonds a 30 anos/cupão: 3,25%•  Para prémio de risco do mercado, o valor de 9,13%•  Utilizou-se um Beta dos ativos de 1,04•  Para alavancar o ß utilizou-se a fórmula de Hamada•  Estrutura de capital alvo de 19,2%

O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor nos investimentos financeiros é como segue:

Ajustamentos de valor Saldo inicial fusão Aumento Redução Saldo final

Participações de capital em subsidiárias - 4.778.158 - - 4.778.158

Empréstimos concedidos a subsudiárias - 2.293.465 827.486 - 3.120.951

Investimentos financeiros - 7.071.622 827.486 - 7.899.109

Total de ajustamentos de valor 0 7.071.622 827.486 - 7.899.109

Investimentos em empresas subsidiárias e associadas

Em 31 de dezembro de 2011, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa diretamente eram as seguintes:

Denominação social Sede valor de balanço em 31-12-2011

percentagemde capital detido

Capitaispróprios

Resultado em31-12-2011

Empresas do Grupo:

Soares da Costa América, Inc.7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH3 33126 - FL MIAMI

430.825 100,00% 46.620.570 2.597.061

Soares da Costa Moçambique, SARLAv. Hochimin, 1178 3º andar1667 - Maputo

868.470 80,00% 2.507.328 587.501

SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda.

Cidade de São Tomé São Tomé e Príncipe

9.900 99,00% 710.664 (218.979)

SDC Construcciones Centro Ameri-canas, SA

Cantón Cero Uno (San José)1009 San José

853.555 100,00% 4.141.380 98.178

Carta - Cantinas e Restauração, Lda.R. de Santos Pousada, 2204000-478 Porto

904.969 100,00% 200,490 (15.248)

Soc. Construções Soares da Costa, SAR. de Santos Pousada, 2204000-478 Porto

89.304.974 100,00% 119.319.090 5.628.503

Contacto - Soc. Construções, SAR. de Santos Pousada, 2204000-478 Porto

81.588.200 100,00% 41.870.197 3.136.662

Coordenação & Soares da Costa SGPS, SA

R. Julieta Ferrão, 12 - 13º1600-131 Lisboa

250.001 100,00% (1.112.881) (1.594.504)

Clear - Instalações Electromecânicas, SA

R. de Santos Pousada, 2204000-478 Porto

38.653.246 100,00% 11.907.521 7.765.107

Soares da Costa Brasil - Construção, Ltda.

Rua Bandeira Paulista, 600 - 1ºCidade de São Paulo

307.724 99,97% 41.298 (266.120)

Construções Metálicas Socometal, SAR. de Santos Pousada, 2204000-478 Porto

477.486 100,00% 477.486 (827.486)

Empresas Associadas:

Grupul Portughezde Constructii, S.R.L.

Roménia 010873 - Bucharest 500.000 50,00% (557.192) (14.667)

SDC Emirates Construction, L.L.C. Abu Dhabi - Emirados Árabes Unidos 93.376 49,00% 839 (67,086)

GEC - Guínea Ecuatorial Construcciones, SA

Urbanizacion Villa Orquidea, 4 Malabo | Guiné Equatorial

7.775 51,00% 15.241 (4)

Cerenna - Ceramica Nacionalde Angola, S.A.

R. Cónego Manuel das Neves, 19 Luanda - Angola

8.253 51,00% 17.119 747

Somafel - Engª e Obras Ferroviárias, SA

Lagoas Park - Edifício 1, Piso 22740-264 Porto Salvo

23.581.386 40,00% 30.159.475 (3.167.334)

Outras Empresas:

VSL - Sistemas de Portugal, SARua Quinta da QuintãEdifício D. João I, nº 4 - Piso 2A2770-203 PAÇO DE ARCOS

1.012.500 11,25% 3.408.292 (707.574)

VORTAL - SGPS, SA R. Prof. Fernando Pessoa, 3º - Lisboa 2.122.872 7,24% 29.547.067 341.164

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7. Demonstração dos gastos com fornecimentos e serviços externos

Os gastos com fornecimentos e serviços externos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 apresentam a seguinte decomposição:

fornecimentos e serviços externos 31-12-2011 31-12-2010

Trabalhos especializados 141.184 396.402

Deslocações e estadas 104.544 75.911

Rendas e alugueres 78.019 47.426

Seguros 6.767 3.082

Serviços diversos 23.776 14.620

354.290 537.441

8. Discriminação das dívidas de terceiros

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe era o seguinte:

Dívidas de terceiros 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Empresas do grupo 7.338.646 53.401.528

Empresas do grupo, associadas e participadas 7.338.646 53.401.528

Outros devedores 642.640 297.513

Outras dívidas de terceiros 642.640 297.513

9. Discriminação de outros ativos correntes

Outros ativos correntes 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Gastos a reconhecer 1.069 821

1.069 821

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Gastos a reconhecer

Seguros 1.069 821

1.069 821

10. Caixa e seus equivalentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Numerário 162 1.678

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 5.993 24.033

Caixa e seus equivalentes 6.156 25.720

Disponibilidades constantes do balanço 6.156 25.720

11. Composição do capital social e reservas

Durante o exercício de 2011, por via da operação de fusão já referida na nota 2 supra, foi o capital aumentado em 41.080.340 €, passando de 90.000.000 € para 131.080.340 € mediante a emissão de 8.216.068 ações com valor nominal unitário de 5 €. Por conseguinte, o capital social da empresa passou a ser de 131.080.340 €.

A diferença entre o total dos capitais próprios da Soares da Costa Indústria, SGPS, SA (48.077.106 €) à data dos efeitos da fusão e o valor das novas ações emitidas (41.080.340 €) foi considerado prémio de emissão e integrado nos capitais próprios da sociedade incorporante.

O capital social é detido a 100% pela Empresa Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.

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A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

O Resultado Líquido do exercício de 2010, no montante de 12.835.161 euros, foi aplicado do modo seguinte, conforme ata nº 15 de 2011/03/17, da assembleia geral.

Reserva legal 641.758

Resultados transitados 2.193.403

Para distribuição de dividendos

Adiantamento sobre lucros deliberado em 2010 6.500.000

Valor a atribuir 3.500.000 10.000.000

12.835.161

12. Empréstimos bancários

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

passivos correntes

Empréstimos bancários 360.000 290.698

Descobertos bancários 2.414.008 0

2.774.008 290.698

Nos descobertos bancários estão incluídos cheques emitidos à Soares da Costa América, Inc a título de suprimentos (2.400.000€).

Os empréstimos, à data de 31 de dezembro de 2011, venciam juros às seguintes taxas:

Natureza mínimo máximo

Empréstimos bancários 10,000% 10,000%

13. Discriminação de outras dívidas a terceiros

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

Dívidas de terceiros 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Empresas do Grupo 141.620.832 208.725.264

Empresas do grupo, associadas e participadas 141.620.832 208.725.264

Outros credores 2.243.472 2.219.135

Outras dívidas de terceiros - corrente 2.243.472 2.219.135

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” à data de 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 é como segue:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Imposto sobre o valor acrescentado 20.700 -

Contribuições para a segurança social 26.198 7.453

Outros 26.783 12.247

73.681 19.700

14. Discriminação de outros passivos correntes

Outros passivos correntes 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de gastos 91.501 60.217

91.501 60.217

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Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de gastos

Remunerações a liquidar 83.207 55.339

Juros a liquidar 4.684 38

Outros acréscimos de gastos 3.610 4.840

91.501 60.217

15. Informação por segmentos

As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

Réditos de vendas por mercados geográficos 31-DEZ-2011 % 31-DEZ-2010 %

Portugal 360.000 100,00% - -

Outros - 0,00% - -

Totais 360.000 100,00% - -

16. partes relacionadas

Os saldos e transações com as empresas do grupo e associadas encontram-se discriminados nos quadros abaixo. Os termos ou condições praticados entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Saldos em 31 de dezembro de 2011Outras

dívidas de terceiros

Empréstimos a empresas do grupo e

associadas

Regime especial de tributação

grupos sociedades

fornecedores

Empréstimos de empresas

do grupo e associadas

Outras dívidas a terceiros

Clientes

Grupo Soares da Costa SGPS 1.879.537 136.166.481 537.493

Somafel - Engenharia e Obras Fer-roviárias S.A.

147.600

Clear, SA 32

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda

331.495

Construções Metálicas Socometal, SA 5.122.856

Contacto - Soc. Construções, S.A.

Soc. Construções Soares da Costa, SA 2.211 736.406

Soares da Costa Serviços Partilhados, Lda

2.020 40.937

Costaparques, SA 108

Habitop, SA 667

Carta, Lda 557.902

Constructora San José 255

SDC Construcciones Centro Americanas, SA

200.944 441.782 927.361

SDC Moçambique, SARL 180.717

SDC América, Inc. 340.072 6.678.707

SDC Emirates Construction, L.L.C. 101.624

642.640 7.859.109 1.879.537 5.006 141.620.832 2.242.453 147.632

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Transações em 2011 fornecimentos e serviços externos

vendas e prestação de

serviçosJuros debitados Juros suportados Outros ganhos

financeiros

Soares da Costa Serviços Partilhados, Lda 19.092

Costaparques, SA 484

Habitop, SA 7.832

Construções Metálicas Socometal, SA 102.319

Somafel - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. 360.000

Soc. Construções Soares da Costa, SA 5.550 0

Contacto - Soc. Construções, S.A. 1.357.091

Grupo Soares da Costa SGPS 10.357 1.342.664 6.781.736

Clear, SA 13.444

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda 9.488 10.454

Carta, Lda 27.716

SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda

SDC América, Inc. 160.321 333.397

SDC Construcciones Centro Americanas, SA 10.873

43.315 360.000 1.540.189 8.265.044 344.270

17. Outros ganhos e perdas operacionais

Os outros ganhos operacionais são como segue:

Outros rendimentos e ganhos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Restituição de impostos 20 26.090

Outros rendimentos e ganhos operacionais 21 3.600

41 29.690

As outras perdas operacionais são como segue:

Outros gastos e perdas 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Multas 50 0

Outros gastos e perdas operacionais 0 1.559

50 1.559

18. pessoal

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, num total de 5, é como segue:

Direção Quadros superiores Quadros médios Encarr., mestres

e Chefesprofissionias alta qualific.

Qualificados e semi-

qualificados

Não qualificados

praticantes e aprendizes

4 1

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, num total de 3, é como segue:

Direção Quadros superiores Quadros médios Encarr., mestres

e Chefesprofissionias alta qualific.

Qualificados e semi-

qualificados

Não qualificados

praticantes e aprendizes

3

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram as seguintes:

Orgãos sociais 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Administração 673.857 592.232

Conselho fiscal 6.253

Fiscal único 4.000 6.050

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19. Demonstração dos resultados financeiros

Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 apresentam a seguinte decomposição:

Gastos e perdas 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Juros suportados 8.273.591 7.821.203

Diferenças de câmbio desfavoráveis 32.732 75.276

Perdas por imparidade em investimentos financeiros 827.486 0

Outros gastos e perdas financeiros 320.968 201.244

(1) 9.454.777 8.097.723

Rendimentos e ganhos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Juros obtidos 1.540.189 3.296.389

Diferenças de câmbio favoráveis 39.535 1.772

Mais valias na alienação de investimentos financeiros 752.051 0

Rendimentos de participação de capital 9.757.782 17.184.700

Outros rendimentos e ganhos financeiros 345.127 190.600

(2) 12.434.684 20.673.461

Resultados financeiros (2)-(1) 2.979.907 12.575.738

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, gastos com garantias bancárias e gastos com serviços debitados por instituições bancárias.

20. Imposto sobre o rendimento e impostos diferidos

A Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo dominada, regista nas contas de “Acionistas/Empresas do Grupo” o crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.

De acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa referentes aos anos de 2008 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 decompõe-se do seguinte modo:

Imposto sobre o rendimento 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Imposto corrente (1.879.537) (1.447.295)

Imposto diferido (206.872) 0

(2.086.409) (1.447.295)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Resultado antes de impostos 2.043.136 11.387.866

Ajustamentos geradores de impostos diferidos 827.486 -

Outros ajustamentos não geradores de impostos diferidos (10.508.995) (17.208.206)

Lucro tributável (7.638.373) (5.820.340)

Taxa nominal média de Imposto sobre o rendimento 25,0% 25,0%

(1.909.593) (1.455.085)

Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (206.872) -

Tributação autónoma 30.056 7.790

Imposto sobre o rendimento (2.086.409) (1.447.295)

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21. Resultados por ação

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os resultados básicos por ação correspondem ao resultado líquido dividido pelo número de ações ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

Resultados por ação 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Resultado das operações continuadas 4.129.545 12.835.161

Resultado líquido 4.129.545 12.835.161

Número total de ações ordinárias 26.216.068 18.000.000

Resultado por ação

Básico e diluído 0,158 0,713

22. Garantias prestadas

O detalhe das garantias bancárias pela empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de 2011, são como segue:

•   Garantias bancárias prestadas a terceiros - 10.958.810 euros.

23. Riscos financeiros

a) Risco cambialEste risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como 

objetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos com responsabilidades na mesma divisa.

b) Risco de créditoEste risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das atividades da empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades. Em 31 de dezembro de 2011 é convicção do Conselho de Administração que os ajustamentos de contas a receber estimados se encontram adequadamente relevados nas demonstrações financeiras.

c) Risco de liquidezA política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.

24. Acontecimentos subsequentes

Não existem factos relevantes a assinalar.

25. Cumprimento de disposições legais

Decreto-Lei nº 318/94 art 5º nº4Durante o período findo em 31 de dezembro de 2011 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas:

•  Soares da Costa America, Inc.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2011 foram celebrados contratos de operações financeiras com as seguintes empresas:

•  Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A.•  Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.•  Clear – Instalações Electromecânicas, SA•  Carta, Lda•  Soares da Costa América, INC•  Construções Metálicas Socometal, SA•  SDC Construcciones Centro Americanas, SA.

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132

Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

133

As respetivas posições devedoras e credoras a 31 de dezembro de 2011 e 2010 são as seguintes:

Empresa 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Suprimentos/prestações acessórias

Soares da Costa América, Inc. 43.214.152 40.814.152

Clear - Instalações Electromecânicas, Sa 6.346.754 6.346.754

Construções Metálicas Socometal, SA 477.486 0

Coordenação & Soares da Costa SGPS, SA 200.000 200.000

TOTAL 50.238.393 47.360.907

Empréstimos concedidos

Soares da Costa Moçambique, SARL 10.513 10.513

Soares da Costa América, Inc. 4.278.707

SDC Construcciones Centro Amer 441.782

Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. 0 51.846.987

Carta - Cantinas e Restauração Lda. 557.902

Cerenna - Cerâmica Nacional de Angola, S.A. 29.187 0

TOTAL 5.318.091 51.857.500

Empréstimos obtidos

Empresa 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA 136.166.481 108.150.768

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, SA 331.495 0

Construções Metálicas Socometal, SA 5.122.856 0

Contacto - Sociedade de Construções, S.A. 0 99.408.800

Clear - Instalações Electromecânicas, S.A. 0 673.803

TOTAL 141.620.832 208.233.371

26. Aprovação de contas para emissão

Em reunião de 12 de março de 2012 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.

27. Alterações de políticas, estimativas e erros

Durante o exercício de 2011 não foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

O Técnico Oficial de Contas

Manuela Coelho

O Conselho de Administração

António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) 

Jorge Domingues Grade Mendes

Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira

Paulo Eugénio Peixoto Ferreira

António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal

Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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IvDemonstrações financeirasConsolidadas

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Demonstrações Financeiras Consolidadas do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

137

Demonstração da posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

ATIvO

31 DEZ 11 31 DEZ 10reexpresso

31 DEZ 10

NÃO CORRENTE

Ativos Intangíveis

Goodwill 82.715.787 82.715.787 82.715.787

Ativos intangíveis 20.551 11.921 11.921

82.736.339 82.727.709 82.727.709

Ativos fixos tangíveis

Terrenos e edifícios 79.882.582 65.949.766 65.949.766

Equipamento básico 64.688.012 60.117.700 60.117.700

Outros ativos fixos tangíveis 14.040.232 17.773.439 17.773.439

Ativos fixos tangíveis em curso 5.256.388 13.411.089 13.411.089

163.847.214 157.251.994 157.251.994

propriedades de investimento 37.649 30.857 -

Investimentos financeiros

Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 3.043.498 2.569.268 2.569.268

Empréstimos a empresas associadas 3.015.019 643.631 643.631

Outros investimentos financeiros 3.154.239 2.494.748 2.525.605

9.212.756 5.797.647 5.738.504

Ativos por impostos diferidos 11.779.304 7.215.648 7.215.648

Dívidas a terceiros 28.129.118 28.496.467 242.392

TOTAL DO ATIvO NÃO CORRENTE 295.742.380 281.430.322 253.176.247

CORRENTE

Inventários 74.338.595 105.067.243 105.067.243

Dívidas a terceiros

Clientes 453.000.549 429.976.376 458.230.452

Imposto sobre o rendimento do exercício 416.294 65.342 65.342

Outras dívidas de terceiros 199.550.880 110.493.915 110.493.915

652.967.723 540.535.634 568.789.709

Outros ativos correntes 77.134.170 97.508.072 97.508.072

Caixa e seus equivalentes 56.898.903 51.651.563 51.651.563

TOTAL DO ATIvO CORRENTE 861.339.391 794.762.512 823.016.588

TOTAL DO ATIvO 1.157.081.771 1.076.192.834 1.076.192.834

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração da posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010

(Valores em unidades de Euro)

CApITAL pRÓpRIO E pASSIvO

31 DEZ 11 31 DEZ 10 reexpresso

31 DEZ 10

CApITAL pRÓpRIO

Capital social 131.080.340 90.000.000 90.000.000

Reservas e resultados transitados 40.841.769 42.930.413 42.930.413

Resultado líquido do período 7.404.717 13.359.365 13.359.365

Dividendos antecipados - (6.500.000) (6.500.000)

Capital próprio atribuível ao grupo 179.326.826 139.789.779 139.789.779

Interesses não controlados pelo Grupo 2.315.209 1.646.026 1.646.026

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO 181.642.034 141.435.805 141.435.805

pASSIvO

NÃO CORRENTE

provisões 828.366 675.005 675.005

Empréstimos

Empréstimos bancários 77.708.462 61.174.492 61.174.492

Dívidas a terceiros 146.206.034 144.218.284 115.070.244

passivos por impostos diferidos 16.524.445 17.339.148 17.339.148

TOTAL DO pASSIvO NÃO CORRENTE 241.267.307 223.406.929 194.258.888

CORRENTE

Empréstimos

Empréstimos bancários 170.007.341 162.326.373 162.326.373

Outros empréstimos obtidos 37.850.092 44.528.677 44.528.677

207.857.433 206.855.050 206.855.050

Dívidas a terceiros

Fornecedores 210.506.114 216.334.292 224.951.307

Fornecedores de investimento 2.855.346 6.887.392 6.887.392

Adiantamento de clientes 78.389.260 104.011.367 124.542.393

Imposto sobre o rendimento do exercício 579.322 348.401 348.401

Outras dívidas a terceiros 85.434.127 48.365.901 48.365.901

377.764.168 375.947.353 405.095.394

Instrumentos financeiros derivados 1.190.357 1.337.993 1.337.993

Outros passivos correntes 147.360.472 127.209.704 127.209.705

TOTAL DO pASSIvO CORRENTE 734.172.430 711.350.101 740.498.141

TOTAL DO pASSIvO 975.439.737 934.757.030 934.757.030

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO E pASSIvO 1.157.081.771 1.076.192.834 1.076.192.834

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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Demonstrações Financeiras Consolidadas do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

139

Demonstração dos resultados consolidados separada para os períodos findos em 31 de dezembro

de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

Demonstração dos resultados

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Venda e prestação de serviços (volume de negócios) 796.207.878 800.025.869

Variação nos inventários da produção (21.902.192) (33.075.092)

Outros ganhos operacionais 25.052.019 25.252.645

RENDImENTOS E GANHOS OpERACIONAIS 799.357.705 792.203.422

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (182.157.921) (159.519.348)

Fornecimentos e serviços externos (416.646.332) (425.986.912)

Gastos com o pessoal (132.767.864) (135.046.992)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (17.258.738) (16.497.268)

Provisões e ajustamentos de valor (1.555.338) (3.591.755)

Outras perdas operacionais (19.540.514) (18.339.651)

GASTOS E pERDAS OpERACIONAIS (769.926.707) (758.981.927)

RESuLTADOS OpERACIONAIS DAS ATIvIDADES CONTINuADAS 29.430.998 33.221.495

Juros obtidos 12.798.760 12.581.009

Juros suportados (25.342.628) (18.264.861)

CuSTO LÍQuIDO DO fINANCIAmENTO (12.543.867) (5.683.852)

Ganhos relativos a empresas do grupo e associadas 427.443 408.693

Perdas em investimentos financeiros em associadas (72.426) (505.651)

GANHOS E pERDAS Em EmpRESAS ASSOCIADAS 355.017 (96.958)

Outros ganhos financeiros 35.230.912 25.663.021

Outras perdas financeiras (39.918.683) (35.212.584)

OuTROS GANHOS E pERDAS fINANCEIROS (4.687.770) (9.549.563)

RESuLTADO fINANCEIRO (16.876.621) (15.330.373)

RESuLTADO ANTES DE ImpOSTOS 12.554.378 17.891.122

Impostos sobre o redimento (4.475.955) (4.098.197)

RESuLTADO CONSOLIDADO DO pERÍODO 8.078.422 13.792.925

Atribuível ao grupo 7.404.717 13.359.365

Atribuível a interesses não controlados pelo grupo 673.706 433.559

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração do rendimento consolidado integral para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Resultado consolidado líquido do período 8.078.422 13.792.925

Outros rendimentos integrais

Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira 13.930 1.839.462

Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados 147.636 (974.234)

Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados (42.814) 388.018

Ajustamentos de investimentos financeiros em equivalência patrimonial (1.570) (100.690)

Outras variações - 41

Total rendimento consolidado integral 8.195.604 14.945.521

Atribuível:

A interesses não controlados pelo grupo 669.183 642.550

Ao grupo 7.526.422 14.302.971

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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Demonstrações Financeiras Consolidadas do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Demonstração das alterações no capital próprio para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

Rubrica Capital social Reservase resultados transitados

Reservade conversão

cambial

Derivadosde cobertura

Outros Capital próprio atribuível aos acionistas da empresa mãe

Interesses não

controlados pelo grupo

Total dos capitais próprios

Saldo a 1 jan 2011 90.000.000 51.402.095 (799.122) (949.976) 136.782 139.789.779 1.646.026 141.435.805

Fusão AN indústria 41.080.340 (5.233.984) - - - 35.846.356 35.846.356

Dividendos - (3.659.000) - - - (3.659.000) (3.659.000)

Ações próprias - - - - - - -

Outros - 189.289 (366.020) - - (176.730) (176.730)

Rendimento con-solidado integral - 7.404.717 18.453 104.822 (1.570) 7.526.422 669.183 8.195.604

SALDO A 31 DEZ 11 131.080.340 50.103.117 (1.146.688) (845.154) 135.211 179.326.826 2.315.209 181.642.035

Rubrica Capital social Reservase resultados transitados

Reservade conversão

cambial

Derivadosde cobertura

Outros Capital próprio atribuível aos acionistas da empresa mãe

Interesses não

controlados pelo grupo

Total dos capitais próprios

Saldo a 1 jan 2010 90.000.000 53.559.231 (2.429.593) (363.759) 237.430 141.003.309 1.003.476 142.006.786

Dividendos - (15.500.000) - - - (15.500.000) - (15.500.000)

Ações próprias - - - - - - - -

Outros - (16.502) - - - (16.502) - (16.502)

Rendimento con-solidado integral - 13.359.365 1.630.471 (583.216) (100.649) 14.302.971 642.550 14.945.521

SALDO A 31 DEZ 10 90.000.000 51.402.095 (799.122) (949.976) 136.782 139.789.779 1.646.026 141.435.805

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração dos fluxos de caixa consolidados para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Atividades operacionais

Recebimentos de clientes 788.560.644 669.662.173

pagamentos a fornecedores (592.479.393) (558.152.300)

pagamentos ao pessoal (121.224.325) (130.099.313)

74.856.926 (18.589.440)

pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento (7.127.358) (5.009.969)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (17.436.093) (2.722.543)

(24.563.451) (7.732.512)

fLuXOS DAS ATIvIDADES OpERACIONAIS 50.293.475 (26.321.952)

Atividades de investimento

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 257.155.505 369.369.348

Ativos fixos tangíveis 2.398.866 1.565.688

Juros e ganhos similares 516.342 127.542

Dividendos 213.993 260.284.706 117.043 371.179.622

pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 331.889.468 358.937.134

Ativos fixos tangíveis 7.673.912 7.794.502

Ativos intangíveis 2.149 339.565.529 1.738 366.733.374

fLuXOS DAS ATIvIDADES DE INvESTImENTO (79.280.823) 4.446.248

Atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 302.162.720 314.366.463

Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão - 3.658

Juros obtidos 4.214.251 306.376.971 3.349.856 317.719.977

pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 236.027.154 253.376.687

Amortização de contratos de locação financeira 8.647.875 10.037.124

Juros e gastos similares 23.315.918 17.679.889

Dividendos 3.948.525 15.500

Aquisições de ações (quotas) próprias - 271.939.472 - 296.593.700

fLuXOS DAS ATIvIDADES DE fINANCIAmENTO 34.437.499 21.126.277

variação de caixa e seus equivalentes 5.450.151 (749.427)

Efeito das diferenças de câmbio (1.239.412) 1.774.902

Efeito das alterações de participação 1.036.602 -

Caixa e seus equivalentes no início do período 51.651.563 50.626.088

Caixa e seus equivalentes no fim do período 56.898.903 51.651.563

*  O Responsável Técnico   **  O Conselho de Administração

*  Fernando Silva Semana

**  António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | António Manuel Lima de Miranda Esteves

Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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vRelatórios de fiscalização

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Relatórios de Fiscalização do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Certificação legal das contas

INTRODUÇÃO

1.  Examinámos as demonstrações financeiras da Soares da Costa Construções, S.G.P.S., S.A., as quais compreendem a demonstração individual da posição financeira em 31 de dezembro de 2011, (que evidencia um total de ativos de 300.877.846 euros e um total de capital próprio de 153.876.362 euros, incluindo um resultado líquido de 4.129.545 euros), a Demonstração individual dos resultados separada, a Demonstração individual do rendimento integral, a Demonstração individual das alterações no capital próprio, a Demonstração individual dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as Políticas contabilísticas e Notas explicativas. 

RESPONSABILIDADES

2.  É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3.  A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBITO

4.  O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame inclui:

•  A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;•  A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação tendo em conta as circunstâncias;•  Verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;•  A apreciação sobre se é adequada em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5.  O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6.  Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7.  Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da Soares da Costa Construções, S.G.P.S., S.A. em 31 de dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia. 

RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS

8.  É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. 

ÊNFASE

9.  Sem afetar a opinião expressa no parágrafo 7, chamamos a atenção para a situação seguinte:

9.1  Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a empresa adquiriu uma participação financeira na Sociedade Contacto - Sociedade de Construções S.A., cujo preço de compra poderá sofrer uma variação positiva ou negativa, de até 4.900.000 euros (mesmo valor em 2010), no prazo de 5 anos.

Porto, 15 de março de 2012

Grant Thornton & Associados - SROC, Lda.Representada por Joaquim Filipe de Moura Areosa (ROC nº 1027)

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Relatórios de Fiscalização do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Relatório e parecer do fiscal Único

Ao acionista único da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A.Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a atividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. 

Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que consideramos adequada, a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor tendo recebido do Conselho de Admnistração e dos diversos serviços da Empresa as informações e os esclarecimentos solicitados.

Durante o exercício, analisámos a operação de fusão com a Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., S.A., tendo procedido, nos termos do nº. 1 do artigo 99º do Código das Sociedades Comerciais, à emissão de um parecer sobre o respetivo projeto de fusão.

No âmbito das nossas funções, examinámos a Demonstração individual da posição financeira em 31 de dezemrbo de 2011, a Demonstração individual dos resultados separada, a Demonstração individual do rendimento integral, a Demonstração individual das alterações no capital próprio, a Demonstração individual dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e as Políticas contabilísticas e Notas explicativas. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2011 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta de aplicação de resultados nele incluída. Como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos nesta data a Certificação Legal da Contas, que inclui no seu parágrafo 9 uma ênfase.

Face ao exposto, somos de parecer que, apesar do descrito no parágrafo 9 da Certificação Legal das Contas, as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Acionistas. 

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 15 de março de 2012

Grant Thornton & Associados - SROC, Lda.Representada por Joaquim Filipe de Moura Areosa (ROC nº 1027)

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Relatórios de Fiscalização do Exercício de 2011 | Soares da Costa Construção, SGPS, SA

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Ata nº. 19 (Dezanove)

•  Aos vinte de Março de dois mil e doze, pelas 9h e 15m, na Rua Santos Pousada, nº 220, no Porto, reuniu a Assembleia Geral da sociedade “SOARES DA COSTA – CONSTRUÇÃO, S.G.P.S., Sociedade Anónima”, com sede neste local, com o capital social de cento e trinta e um milhões e oitenta mil trezentos e quarenta euros, com o número único de Pessoa Coletiva (NIPC) e matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto 505 906 490.

•  Assumiu a Presidência da Mesa, por direito próprio, o Exmo. Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves, o qual foi secretariado, também por direito próprio, pelo Exmo. Sr. Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós. 

•  Estava presente o representante da acionista única “GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, Sociedade Anónima”, Exmo. Sr. Dr. António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques, da qual é Presidente da Comissão Executiva. 

•  Estavam também presentes membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Sociedade. 

•  Esta reunião teve lugar sem observância de quaisquer formalidades prévias, mas foi pelo representante da única acionista manifestada a vontade de que esta Assembleia se constituísse e validamente deliberasse, nos termos do artigo 54º do Código das Sociedades Comerciais, sobre a seguinte Ordem de Trabalhos: 

1.  “Relatório de Gestão e as Contas do exercício de 2011”;

2.  “Proposta do Conselho de Administração de Aplicação de Resultados”;

3.  “Apreciação geral da Administração e da Fiscalização da Sociedade”.

•  Aberta a reunião, foi deliberado o seguinte: 

1.  Quanto ao ponto UM da Ordem de Trabalhos, e após uma exposição feita pelos membros do Conselho de Administração sobre as áreas de atividade de que cada um foi responsável no exercício em causa, aprovar o Relatório de Gestão e as Contas relativas ao exercício de 2011; 

2.  Quanto ao ponto DOIS, aprovar a proposta do Conselho de Administração no sentido de que o resultado líquido individual de € 4.129.544,69, obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de dezembro 2011, seja aplicado do modo seguinte:

a) Para reserva legal - 206.477,23€;b) Para distribuição de dividendos - 3.300.000,00€;c) Para resultados transitados - 623.067,46€.

3. Quanto ao ponto TRÊS, conferir ao Conselho de Administração um voto de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, principalmente num contexto económico e financeiro particularmente difícil, e expressar ao Órgão de Fiscalização reconhecimento e agradecimento pelo acompanhamento e apoio técnico prestados; 

•  Por último, foi unanimemente entendido manifestar um voto de louvor aos membros da Mesa da Assembleia Geral pela forma como conduziram os trabalhos quer desta Assembleia Geral quer das Assembleias Gerais das Participadas desta área de negócio, também hoje realizadas. 

•  Nada mais havendo a tratar, foi esta reunião dada por encerrada e dela lavrada a presente Ata que, em sinal de concordância e conformidade, vai ser assinada pelo representante da acionista única e pelos membros da Mesa.

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RELATÓRIOE CONTAS2011

SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕESSOARES DA COSTA, SA

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RELATÓRIOE CONTAS2011

SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA , SA

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Índice

I. RELATÓRIO DE GESTÃO 06

Destaques 09

Introdução 11

1.O GRupO SOARES DA COSTA 12

2. ATIvIDADE 18

2.1 Enquadramento 20

2.2 Evolução da Produção 26

2.3 Qualidade, Segurança, Ambiente e Saúde 36

2.4 Atividade Comercial 38

2.5 Recursos Humanos 40

3. ANáLISE ECONÓmICA E fINANCEIRA 46

4. pERSpETIvAS pARA 2012 54

5. pRINCIpAIS RISCOS 58

6. DESENvOLvImENTO SuSTENTávEL 64

7. fACTOS RELEvANTES ApÓS O TERmODE ExERCÍCIO 68

8. RECONhECImENTO 72

9. pROpOSTA DE ApLICAçÃO DE RESuLTADOS 76

10. ANExOS 80

II. DEmONSTRAçÕES fINANCEIRAS 86

III. pOLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS ExpLICATIvAS 94

Iv. RELATÓRIOS DE fISCALIZAçÃO 142

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IRelatório de Gestão

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Destaques

// O Volume de Negócios (VN) atinge 605,7 milhões de euros situando-se globalmente 3,3% abaixo do valor do ano anterior;

// EBITDA atinge 45,5 milhões de euros, crescendo 14,9% e melhorando a margem de 6,3% para 7,5% do VN;

// Os resultados financeiros situam-se em -13,3 milhões de euros agravando-se 9,7%;

// Resultados antes de impostos sobem 36,9% atingindo 18,5 milhões de euros;

// Resultados líquidos atingem 12,2 milhões de euros o que representa um aumento de 46,6% face ao ano anterior.

Rubricas 2011 2010 variação

Volume de negócios 605,7 626,5 -3,3%

EBITDA 45,5 39,6 14,8%

Margem EBITDA 7,5% 6,3% +12p.p

Resultados financeiros -13,3 -12,1 9,7%

Resultados antes de impostos 18,5 13,5 36,9%

Resultado líquido 12,2 8,3 46,6%

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Introdução

O Conselho de Administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., no cumprimento do preceituado no Código das Sociedades Comerciais, normas estatutárias e outras disposições legais em vigor aplicáveis às sociedades anónimas, submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011.

Estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira da sociedade, bem como sobre os principais riscos e incertezas com que esta se defronta.

As demonstrações financeiras a que este Relatório de Gestão se reporta foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adotadas pela União Europeia, tendo sido objeto de auditoria nos termos legais e sobre elas emitida a certificação legal de contas e parecer do fiscal único que em conjunto se apresentam.

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1.O GrupoSoaresda Costa

ETAR do Barreiro, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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missão e valores

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. é a principal empresa de construção do Grupo Soares da Costa. A sua missão consiste em corporizar e dar plena concretização, no âmbito do segmento da construção, à missão do Grupo Soares da Costa de “corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas”.

Também ao nível dos valores a Sociedade incorpora e exterioriza, na sua atitude perante o mercado da construção, os valores do Grupo a que pertence:

• Orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente;• Eficácia e eficiência da gestão;• Integridade e ética;• Conduta socialmente responsável;• Respeito pelo ambiente.

Tendo como objetivo permanente a rentabilidade, o êxito da sociedade e do Grupo Soares da Costa em que se insere baseia-se num crescimento sustentável apoiado numa equipa humana de alta qualidade e numa preocupação de diversificação e inovação em todos os seus projetos.

Referências históricas

As origens do Grupo Soares da Costa remontam a 1918, quando uma pequena empresa que se dedicava à execução de acabamentos de alta qualidade e pinturas a ouro fino foi fundada no Porto. Nas décadas seguintes a empresa expandiu-se fortemente em termos de competências, alcançando a liderança no setor na zona norte do país mas simultaneamente alargando a sua atividade a todo o território. A década de 80 é crucial para o desenvolvimento do Grupo, iniciando-se o seu processo de internacionalização: primeiro entrando na Venezue-la e mais tarde Egito, Guiné-Bissau, Angola, Nigéria, Moçambique, Iraque, Argélia, Guiana, Cabo Verde, Macau, Espanha, Alemanha e Estados Unidos da América. Em finais de 1986 a sociedade passa a ter as suas ações admitidas a cotação na Bolsa.

A década seguinte é marcada pela crescente especialização da empresa em grandes obras de engenharia e obras públicas e pela consolidação de uma forte estratégia de internacionalização e diversificação da atividade, que são caraterísticas do Grupo ainda hoje. O crescimento da atividade conduz, em 2002, a uma reestruturação e reorganização da empresa sendo constituída uma sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com capital social de 160 milhões de euros, ramificada segundo as diversas áreas de atividade em quatro outras sociedades gestoras de participações sociais: construção, concessões, indústria e imobiliária.

A partir de meados de 2006 altera-se a estrutura acionista da sociedade, com a saída da família fundadora e a entrada de um novo acionista maioritário, a Investifino – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., após a concretização da Oferta Pública de Aquisição de Ações em janeiro de 2007.

Já após a mudança acionista, no plano estratégico “Ambição Sustentável 2007-2012”, apresentado em outubro de 2007, o Grupo seleciona as áreas de Construção e Concessões/Serviços como áreas estratégicas de atuação futura sendo uma das seis linhas de desenvolvimento definidas a adequação consequente do seu portefólio de negócios. Nesse âmbito inseriram-se as operações ocorridas durante 2008, de aquisição das empresas de construção – Contacto (Portugal) e Prince (Estados Unidos) - e o reforço da participação na concessionária de autoestradas Scutvias.

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

Por sua vez, o Plano Estratégico “Ambições Renovadas 2014”, anunciado em setembro de 2010, realinhou as orientações estratégicas do Grupo, salientando-se a componente de diversificação de negócios, estratégia em que se inseriu a aquisição de 57,26% do capital da “Energia Própria” em finais de 2010. Em 2011, tendo em conta as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, a gestão procedeu ao ajustamento do plano estratégico1. Esta atualização direciona as linhas de orientação estratégica para a INTERNACIONALIZAÇÃO, para a ÁREA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO e para a SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA das atividades. Assim, visando assegurar um nível de crescimento da atividade do Grupo compatível com as condicionantes externas, nomeadamente de índole financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e possibilitando, no final do período de aplicação do plano, atingir uma expressiva redução do endividamento, foram selecionados os seguintes vetores de atuação:

• Manutenção do crescimento em África;• Desenvolvimento do mercado brasileiro por via orgânica, perspetivando uma aquisição a médio prazo;• Permanência dos Estados Unidos, com enfoque na rentabilidade;• Adiamento dos investimentos em novos negócios de Energia e Ambiente;• Alienação de ativos;• Concessões: minimização de necessidades de capital;• Redução de custos de estrutura.

Como se compreende nem todos estes vetores de atuação se relacionam com a sociedade a que respeita este relatório. Porém, dado o enfoque na Construção e assumindo-se a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA como a principal empresa do Grupo deste setor, não deixará esta de desempenhar um papel fundamental na implementação e concretização desta estratégia.

1 Vide Comunicado no sítio da CMVM.

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Atividade2.

Pousada de Cascais, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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2.1 ENQUADRAMENTO

Análise Geral

O ano de 2011, à escala global, mostrou um enfraquecimento do crescimento e um aumento da incerteza. O produto mundial ter-se-á expandido 4,0%2 continuando a ter como motor as economias emergentes, com a Ásia na liderança. A economia mundial vive sob a confluência de dois desenvolvimentos adversos: uma quase estagnação das economias avançadas e um acréscimo da incerteza nos planos financeiro e fiscal. A consolidação fiscal prosseguida em muitas das economias mais desenvolvidas tem implicações na procura interna; por outro lado, verificou-se um aumento do ceticismo dos mercados relativamente à capacidade de muitos países estabilizarem a sua dívida pública, preocupações essas mais generalizadas e não só limitadas, como antes, aos países periféricos da Europa.

A economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 1,7% estimando-se para 2012 uma taxa de crescimento ligeiramente mais elevada (2,0%), mas ainda abaixo da média histórica. A necessidade de acelerar o processo de consolidação fiscal coloca em pressão a despesa pública que deixará de constituir um estímulo ao crescimento, enquanto o investimento empresarial sendo positivo tem evoluído de forma

2 Projeções do Fundo Monetário Internacional IMF - World Economic Outlook, setembro 2011.

tímida. Observa-se um esvaziamento da bolha imobiliária com a redução dos stocks e os preços das casas a cair menos mas tão cedo o setor não constituirá um fator propulsor determinante do crescimento económico.

A Zona Euro, afetada pelas preocupações relacionadas com a dívida pública, viu em 2011 a sua atividade económica muito condicionada. Políticas orçamentais conservadoras e em alguns casos severamente restritivas, a necessidade de aceleração do processo de desalavancagem financeira e o aumento do preço de petróleo conduzem a que o produto revele um fraco crescimento tendendo expectavelmente em 2012 para a estagnação, com as principais economias como a Alemanha e a França a apresentar expansões do produto muito limitadas.

A Economia portuguesa

O ano de 2011 foi dominado pelo pedido de assistência financeira do Estado português junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, formulado ainda antes do ato eleitoral que conduziria à substituição do partido dominante no Governo.

Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo de Portugal se comprometeu a adotar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de caráter estrutural.

Estas medidas, que se vêm consubstanciando na significativa redução do investimento público e de agravamento fiscal, visando a consolidação orçamental refletem-se em termos económicos numa contração, em resultado da evolução negativa do consumo privado (em ambas as vertentes de consumo corrente e consumo duradouro). Observa-se igualmente uma contração do investimento com o indicador da FBCF a fixar-se em mínimos históricos da série iniciada em 1995, com contributos negativos de todas as componentes: material de transporte, máquinas e equipamentos e construção, sendo mais significativo no último caso.

O bom andamento do comércio internacional de bens com as exportações a registarem um crescimento assinalável (+15,1 em termos de variação homóloga em novembro, com as importações a reduzirem-se 3,6%) é insuficiente para compensar a forte redução da procura interna3.

3 Segue-se aqui como fonte a Síntese Económica de Conjuntura - dezembro de 2011, INE.

Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de Inverno aponta para uma contração da economia portuguesa em 2011 que se terá situado em -1,6% projetando para 2012 uma quebra mais acentuada de 3,1%.

Em termos de inflação em 2011 o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média de 3,7% (1,4% em 2010). Este resultado terá traduzido o aumento bastante acentuado do preço dos produtos energéticos e a alteração da taxa do IVA a partir de janeiro de 2011. Já a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) passou de 1,4% em 2010 para 3,6% em 2011, registando um diferencial face à Área Euro de 0,9 p.p. (-0,2 p.p. no ano anterior)4.

O desemprego continua a ser uma variável com evolução preocupante ao nível económico e social. Os dados recentes disponibilizados pelo INE5 colocam a taxa de desemprego estimada no 4º trimestre de 2011 em 14,0%, superior em 1,6 pontos percentuais à do trimestre anterior. A taxa de desemprego média anual foi de 12,7% em 2011.

4 ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR, dezembro de 2011, INE 11 janeiro 2011, INE

5 Estatísticas do Emprego - 4º Trimestre de 2011 - 16 fevereiro de 2012

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mercado Interno: O Setor da Construção

Em 2011 os indicadores da evolução do setor da construção traduzem invariavelmente uma progressiva degradação. Assim, o índice de produção na construção apresentou em dezembro findo uma variação homóloga de -12,7% em resultado das variações homólogas de -12,2% na construção de edifícios e de -13,1% no segmento da engenharia civil. Este acentuar do ritmo de decréscimo das variações homólogas mensais levou a taxa de variação média nos últimos doze meses do índice global a situar-se em -9,9%, representando uma diminuição de 0,6 pontos percentuais comparativamente à observada a novembro, com a construção de edifícios a apresentar uma variação média em novembro de -10,2% ainda pior do que a registada no segmento da engenharia civil (-9,6%)6.

Não obstante o habitual desfazamento temporal no ajustamento do mercado de trabalho, o ciclo recessivo setorial inusitadamente longo a que se vem assistindo, traduz-se inevitavelmente na redução do emprego com a taxa de variação média nos últimos doze meses, aferida em dezembro, a situar-se em -10,1%.

Este clima recessivo prolongar-se-á a fazer crer no número de concursos promovidos pela administração central que contrariam 70,3% em termos homólogos acumulados até novembro. Em termos globais, a quebra em valor dos concursos abertos até novembro, por comparação com o período homólogo, foi de 1.239 milhões de euros (-31,6%)7. Também os licenciamentos de novas habitações e de novos fogos registaram em dezembro reduções homólogas de –25,2% e -35,0% (21,7% e 29,6% no mês anterior), respetivamente8.

6 Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção, dezembro de 2011, INE, 10 de fevereiro de 2012

7 Conjuntura da Construção nº 57, dezembro 2011, FEPICOP

8 Síntese Económica de Conjuntura, janeiro de 2012, 17 de fevereiro 2012, INE

mercado Externo

Uma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção direta da sociedade:

ANGOLA

Em Angola o relatório do FMI datado de 16 de setembro de 2011 relativo à Quinta Avaliação no âmbito do Acordo Stand-By, refere que “o crescimento económico em 2010 e no primeiro semestre de 2011 foi forte, apesar de muito abaixo dos níveis anteriores à crise. As principais condicionantes foram a produção de petróleo abaixo do esperado e a desaceleração no fluxo de créditos e na atividade dos setores afetados pelos atrasos nos pagamentos do governo”. Ainda assim o mesmo relatório projetava em 7,7% a taxa de crescimento do PIB não petrolífero para 2011; já a estimativa do crescimento do PIB global situa-se em 3,4%.

Com efeito, as estimativas de crescimento da economia angolana continuam a sugerir um forte desempenho ainda que os cenários de fraca performance da economia mundial e a queda verificada na produção de petróleo coloquem incertezas que recomendam prudência nas projeções das taxas de expansão da economia.

O controlo da inflação é uma das prioridades das autoridades. A tendência de descida tem sido conseguida situando-se em Novembro a taxa de variação dos preços nos últimos doze meses em 11,3% e assumindo-se como objetivo para 2012 o valor de 10%.

MOÇAMBIQUE

O país é considerado um caso de sucesso entre as economias africanas e tem assumido um papel cada vez mais importante no contexto da África Austral, atendendo, designadamente ao seu potencial como fornecedor de energia.

Quer fontes internas (OE retificativo de 2011), quer entidades internacionais projetam taxas de expansão da economia moçambicana para 2011 e anos subsequentes superiores a 7%9, acima do crescimento de 6,8% verificado em 2010 e já de si uma das expansões mais pronunciadas da África Subsariana.

9 7,4% ao final do 1º semestre 2011 segundo declarações proferidas pelo Governador do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do ano económico de 2011.

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Esta aceleração do ritmo de crescimento deve-se aos avanços promovidos pelo investimento direto estrangeiro sob a forma de megaprojetos em particular no setor da exploração de recursos minerais, aumento do investimento público e bem assim ao bom comportamento do setor agrícola, fatores determinantes para o progresso na concretização do objetivo estratégico global de erradicação da pobreza absoluta do país.

Não obstante estes indicadores, importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional.

Uma das prioridades ao nível político tem sido o combate à inflação que, no entanto, é afetada por fatores exógenos como o aumento do preço das commodities e dos bens alimentares ao nível internacional. A adoção por parte do Banco de Moçambique de medidas monetárias restritivas e o comportamento mais estável da moeda nacional (metical) tem vindo a possibilitar uma desaceleração da inflação ainda assim, a apresentar uma taxa de variação média anual de 11,3% aferida em novembro.

ROMÉNIA

Em 2011 a Roménia obteve um crescimento económico do PIB na ordem de 1,5% e as previsões apontam para um crescimento do PIB na ordem dos 4,3% para o ano de 2012.

O setor de construção no país apresentou em 2011 um certo dinamismo suportado essencialmente no desenvolvimento e construção de infraestruturas.

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2.2 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO

mercado Nacional

Num ambiente tão negativamente propenso ao investimento, o mercado nacional da construção civil e obras públicas sofre uma profunda depressão o que determina a necessidade imperiosa, e naturalmente dolorosa, de ajustamentos à forte desocupação da capacidade produtiva instalada no País. A acrescer a este aspeto, encontram-se os constrangimentos adicionais advenientes do aumento de dificuldade de acesso a financiamento com que o setor se debateu em 2011.

Apesar deste enquadramento económico, a atividade no mercado nacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, nela integrando o contributo dos agrupamentos complementares de empresas em que participa, conseguiu manter em 2011 um nível em linha com o ano anterior, face ao relevante contributo da construção da autoestrada Transmontana.

Atendendo a que se assistiu, cumulativamente, ao adiamento do início efetivo da fase de produção da linha de alta velocidade Poceirão-Caia, facilmente se infere que, no que diz respeito à produção nacional, o ano de 2011 constituiu para a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. um desafio ultrapassado com sucesso.

Entre as obras concluídas em Portugal durante o ano de 2011, realçam-se, pela sua importância, as seguintes:

• Parque Escolar – Lote 2AN2;• ETAR do Barreiro;• Subsistema de drenagem Barreiro-Moita;• Rede de Rega da Capinha, na Cova da Beira;• Pousada da Cidadela de Cascais;• Amarsul - Estação de Triagem;• Variante a madalena do Mar, na Madeira;• Central de Valorização Orgânica do Seixal, que entrou em fase de testes ao equipamento e sistemas.

Em relação às iniciadas em 2011, e apesar do clima de contenção instalado em Portugal, são de destacar as seguintes:

• Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã;• World Hotel, na Praia da Tocha;• Hotel Sana Evolution, em Lisboa;• EDIA – Bloco de Aljustrel;• EDIA – Bloco de Pedrógão 3;• Infraestruturas de Loteamento em Troia;• Substituição da cobertura na Central da Vitória, na Madeira.

Quanto à distribuição geográfica operacional da atividade nacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, confirmou-se uma grande estagnação na Madeira (1% da atividade em 2011, a comparar com 4% em 2010 e 14% em 2009), e uma grande concentração da atividade no Norte do país. Deve ser referido que esta percentagem resulta sobretudo da autoestrada Transmontana, que representa uma importante parcela deste número.

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A distribuição por segmentos de atividade, seguindo a tendência do setor que já se manifestara em 2010, em que pode ser detetada uma clara desaceleração da atividade privada, caraterizou-se por um maior peso do segmento da Engenharia e Infraestruturas, que de uma quota de apenas 27% em 2008 passou para quase 54% em 2009, representando cerca de dois terços em 2010 e subiu para mais de 90% em 2011.

Mais uma vez, é de referir que este número não representa qualquer tendência de vontade de investimento público, mas reflete, por isso mesmo, a queda abrupta do investimento privado.

Dentro do segmento da Construção Civil, quase três quartos da atividade foi materializada no subsegmento deHotelaria, partilhando a Habitação e a construção de Escolas o resto da atividade em 2011. Este último subsegmento, por ser investimento público, reforça ainda mais a ideia atrás transmitida de iniludível estagnação de investimento privado.

No segmento da Engenharia e Infraestruturas, as Estradas representaram cerca de dois terços da atividade, seguidos das Infraestruturas e Ambiente com peso rondando os 10%, das Barragens (correspondendo essencialmente ao reforço de potência da barragem do Alqueva) com cerca de 6% e das Pontes, com 5%.

ATIVIDADE NACIONAL 2011: DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA GEOGRÁFICA

Madeira 1%

Sul 31%

Norte 68%

ATIVIDADE NACIONAL 2011: DISTRIBUIÇÃO POR SEGMENTO

Construção Civil 9%

Engenharia e Infraestruturas 91%

Escritórios 1,8%

Escolas 11,8%

Indústria 0,6%

Habitação 12,2%

Hotéis 73,6%

ATIVIDADE NACIONAL 2011 – CONSTRUÇÃO CIVIL: DISTRIBUIÇÃO POR SUBSEGMENTO

Escritórios 1,8%

Escolas 11,8%

Indústria 0,6%

Habitação 12,2%

Hotéis 73,6%

ATIVIDADE NACIONAL 2011 – ENGENHARIA E INFRAESTRUTURAS: DISTRIBUIÇÃO POR SUBSEGMENTO

Estradas 65,2%

Infraestruturas 10,5%Túneis 0,1%

Ferrovias 1,7%

Pontes 4,8%

Ambiente 11,3%

Barragens 6,4%

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Ao nível dos agrupamentos complementares de empresas em que a sociedade participa merecem referência, emfunção da importância do seu volume de atividade durante o ano findo, os seguintes:

• CAET XXI – Construções, ACE (50%): Conceção, projeto, construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos viários associados que integram a subconcessão Transmontana;

• Não obstante as indefinições sobre o projeto, o LGV - Engenharia e Construção de Linhas de Alta Velocidade, ACE (17,25%), que foi constituído tendo por objeto “executar a empreitada no âmbito do contrato de empreitada a celebrar com a ELOS – Ligações de Alta Velocidade, S.A., sociedade que vai celebrar o contrato de concessão do projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização, por todo o período da concessão RAVE, do Troço Poceirão-Caia e a exploração da Estação de Évora, incluindo a gestão e comercialização da publicidade nela instalada, das áreas comerciais que a compõem e dos parques de estacionamento que lhe são adjacentes”;

• HidroAlqueva, ACE (50%), tendo por objeto a empreitada geral de construção do reforço de potência do Escalão de Alqueva, para a EDP;

• Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACE (28,57%), referente ao projeto de construção das infraestruturas necessárias à execução do plano de investimentos da Indáqua Matosinhos, SA;

• GCVC – Grupo Construtor de Vila do Conde, ACE (28,57%), referente à “Conceção, projeto e construção das infraestruturas necessárias à execução do plano de investimentos da Indáqua Vila do Conde, SA”;

• Nova Estação, ACE (25%) – Empreitada de Conceção/Construção dos toscos do prolongamento entre aEstação Amadora Este e a Estação Reboleira da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa E.P.

Angola

O mercado de Angola continua a representar um papel de grande importância na atividade da empresa, território onde a empresa atingiu grande notoriedade e reconhecido prestígio e reputação no segmento de construção de edifícios, com a construção de projetos de grande significado nos diversos subsegmentos: residencial, comercial e de escritórios.

No entanto, também o segmento de infraestruturas, um vetor de desenvolvimento estratégico no sentido da diversificação e de alargamento do portefólio de negócios, assume já neste mercado uma importância operacional significativa. Entre as obras de maior relevância na produção do ano faz-se referência às seguintes:

• Edifícios de Escritórios Bayview;• Requalificação da Marginal de Luanda;• Edifício do Largo do Ambiente (concluída);• Torre do 1º Congresso;• Edifício Atrium Independência (concluída);• Museu da Ciência e da Tecnologia – GOE;• INE – Novo Edifício;• Sana Luanda Royal Hotel (concluída).

Neste mercado importa destacar a progressiva extensão da atividade da empresa a outras regiões para além da zona de Luanda com a execução de obras, nomeadamente, no Soyo (Bechtel – LNG Project:

Bairro Fina School), Benguela (edifício sede do BESA no Lobito), e Huambo (Centro Cultural do Huambo), obras que foram adjudicadas e iniciadas durante o exercício.

moçambique

Em Moçambique, outro mercado de permanência histórica da Soares da Costa, importa no contexto deste Relatório referir apenas a atividade que diz respeito ao estabelecimento estável da sociedade, uma vez que, como se sabe, a atividade do Grupo Soares da Costa neste território extravasa esse âmbito, sendo desenvolvida através da subsidiária de direito moçambicano, Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L., cujo capital é detido na proporção de 80% pela Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A..

Um dos acontecimentos públicos de maior relevância internacional para Moçambique, no ano de 2011, foi a organização dos X Jogos Africanos, ao qual a empresa está indubitavelmente associada. A construção da Vila Olímpica, respetivas infraestruturas, zona de treinos e o Complexo de Piscinas Olímpicas concretizou-se com a entrega na data prevista dos 848 apartamentos, criando as condições ideais de alojamento e de concretização das provas aos atletas presentes nos X Jogos que se realizaram em Setembro de 2011. O profissionalismo e a capacidade da empresa,

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continuam a refletir uma imagem de credibilidade e confiança, reconhecida pelo mercado em geral, sejam entidades públicas ou privadas.

A evolução do projeto de reabilitação da Estrada EN 221, nomeadamente nos dois lotes contratados à Soares da Costa, foi condicionada pela extrema demora no processo de operacionalização da Linha de Crédito Comercial Portuguesa, que lhe dá cobertura. Apesar dos condicionalismos inerentes a esta situação, não se procedeu à desmobilização dos meios humanos no sentido de promover um arranque célere, logo que estivessem reunidas condições para tal, o que veio a ocorrer no limiar do terceiro trimestre de 2011. O estaleiro central da obra apresenta já condições de alojamento do pessoal expatriado, os equipamentos estão mobilizados, perspetivando o início imediato dos trabalhos no terreno, apesar da época de chuvas que esta zona do país atravessa nesta altura do ano.

Mobilizados todos os recursos humanos e técnicos, a Ponte de Tete evidencia já um estado de evolução apreciável, com a construção das estacas (no rio e em terra) com ritmos tendentes a evoluir progressivamente, ao mesmo tempo que já se elevam encontros e pilares da superestrutura. Excetuando as eventuais consequências da subida superior ao normal das águas do Rio Zambeze na normal evolução dos trabalhos (resultado da época de chuvas que nesta zona e nesta altura do ano são caraterísticas), tudo indica que estão criadas as

condições para uma evolução regular e sustentada dos índices de produção e de produtividade. Esta é uma infraestrutura que envolve a construtora e simultaneamente a concessionária do Grupo (integrada na empresa Estradas do Zambeze), e que se reveste de particular importância no enquadramento regional da rede viária moçambicana e nas ligações aos países do Interland, nomeadamente Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.

Roménia

Durante o ano de 2011 foram concluídas neste mercado as seguintes obras:

• “Abastecimento de Água e Rede Esgotos de Pitesti” – obra em consórcio com a MAEC (sendo a SDC líder), com um volume de trabalhos executados de 18,2 milhões de euros, para a qual se obteve já a receção definitiva da obra no dia 16 de dezembro de 2011.

• “Abastecimento de Água e Rede Esgotos de Galati” – obra em consórcio com a MAEC (sendo a SDC líder), com um volume de trabalhos executados no valor de 40,7 milhões de euros – concluída em Novembro de 2011 e em garantia até novembro de 2012.

• “Acessos ao parque eólico de Vutcani”, em Vaslui para o cliente Global Services Provider (EDP Renováveis – Espanha) no valor contratual de 4,3 milhões de RON (1,05 milhões de euros), uma obra

em joint-venture com a ISIS Europa (50/50) e em que esta empresa é líder do consórcio – conclusão em novembro de 2011.

• “Corugea Bypass" em Tulcea, para o consórcio Alpha Wind/ Beta Wind / Enel Green Power Romania, no valor contratual de 610 Mil RON (140 Mil euros), obra em joint-venture com ISIS Europa (50/50), com a SDC líder do consórcio – conclusão dos trabalhos em novembro de 2011.

Mantém-se em execução as obras referentes aos acessos ao parque eólico de Casimcea e ao parque eólico Alpha Wind ambas em Tulcea.

Brasil

O Brasil, decorrendo do plano estratégico do Grupo, é considerado um dos mercados prioritários no âmbito da seleção de novas geografias de atuação da empresa. O ano de 2011 corporizou o início desta intervenção. Para esse efeito a sociedade registou neste território em junho de 2011 uma sucursal o que permitirá desenvolver de uma forma direta, neste país, novos negócios.

Para além da atividade comercial desenvolvida, essencialmente dirigida para clientes privados da área industrial é de realçar que, através de uma “Sociedade de Propósito Específico” denominada “Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento, Ltda.”, na qual a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA detém 50% do capital (sendo os restantes 50% detidos por uma construtora local), foi já possível neste primeiro ano participar em dois projetos de construção civil integrados num investimento da cimenteira “Votorantim” designado “3ª Onda de Investimentos da Votorantim Cimentos”.

O primeiro contrato, correspondente à construção civil para implantação de um projeto de moagem de cimento em S. Luís do Maranhão, no valor de 12,7 milhões de reais, com um prazo de execução de 8 meses, iniciou-se em março de 2011 e ficou concluído em novembro do mesmo ano.

O segundo contrato, que diz respeito à construção civil para uma linha de produção de 5.000ton/dia, em Rio Branco do Sul – Paraná, assume um valor de 36,3 milhões de reais e, iniciado também em março de 2011, tem o seu fim previsto, dentro do prazo contratado, para julho de 2012.

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A sociedade participa também, ainda que residualmente, numa outra sociedade de direiro brasileiro constituída no âmbito mais amplo de atuação do Grupo e cujo capital é detido pela Soares da Costa Construção, SGPS (99,9%). Esta sociedade já se encontra inscrita no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), pelo que dispõe já de capacidade legal para desenvolver atividade naquele país.

A abordagem a um novo mercado representa sempre um desafio, quer pelas questões de diferenças culturais e legais existentes, quer pela necessidade que acarreta de disponibilidades financeiras de investimento. No entanto, a presença da empresa no Brasil com ambições de permanência, porque é estratégica, é também muito desafiante. As primeiras obras realizadas, em que a empresa contou com um parceiro local, permitiram encurtar drasticamente o inevitável período de aprendizagem. É pois com muita confiança que a Sociedade de Construções Soares da Costa encara o seu futuro naquele país.

Uma vez que a atividade em 2012 não foi diretamente exercida pela sociedade este relatório não reflete, por isso, em termos numéricos, efeitos relevantes com respeito a este mercado.

Israel

A atividade da sucursal da sociedade neste país, geneticamente associada ao desenvolvimento do projeto do Metro de Telavive, foi interrompida ainda em 2010, pelas vicissitudes já conhecidas deste projeto após a intenção inesperada do dono da obra de pôr termo unilateralmente ao contrato de concessão, conforme é do conhecimento público10.

A sociedade, não fazendo parte da entidade concessionária, detém uma participação no consórcio construtor e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral, ainda que partilhe da convicção de que não existiram fundamentos para aquela rescisão.

10 http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR29785.pdf

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2.3 QUALIDADE, SEGURANÇA,AMBIENTE E SAÚDE

Decorreu com êxito, no final de 2011, a auditoria externa de acompanhamento aos sistemas de gestão da qualidade (NP EN ISO 9001:2008), gestão ambiental (NP EN ISO 14001:2004) e gestão da segurança e saúde no trabalho (NP 4397:2008 e OHSAS 18001:2007).

A equipa auditora da APCER referiu que “a Empresa demonstrou um adequado controlo tecnológico dos seus processos produtivos e da conformidade dos seus produtos, tendo igualmente evidenciado um bom nível de controlo sobre os seus aspetos ambientais, bem como sobre os perigos e riscos associados às suas atividades”.

Pese embora a crise que tem afetado a economia nacional, com particular incidência no setor da construção civil, a Empresa conseguiu manter os níveis de rigor e qualidade na implementação dos seus sistemas de Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS).

Com a maturidade atual dos sistemas, a melhoria contínua passou a assumir uma importância fundamental na sua gestão, utilizando as constatações e as conclusões das auditorias, a análise de dados, as revisões pela gestão ou outros

meios, para a tomada de ações corretivas ou mesmo preventivas. Em particular, as oportunidades de melhoria detetadas em auditorias internas ou externas passaram a ser objeto de tratamento adequado.

Manteve-se a estrutura da direção que enquadra as áreas da qualidade, ambiente, segurança e saúde, que com ajustamentos pontuais decorrentes da conjuntura, permitiu continuar a assegurar níveis de eficiência apropriados.

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2.4 ATIVIDADE COMERCIAL

Da análise, já acima feita, da atividade produtiva da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, infere-se que 2011 foi um ano em que o grau de laboração produtiva da empresa no país, tendo decrescido em número de obras, teve expressão importante. No entanto, para melhor se entender o nível de desafio que a quebra de investimento imposta pelas deficientes condições financeiras de Portugal implica, teremos que ter em linha de conta, em paralelo, alguns factos relacionados com a atividade comercial no país. Desses factos, importa ressaltar, por serem os mais significativos, os seguintes:

• Escassez geral de concursos, com a consequente aviltação de preços;• Estagnação ainda mais drástica dos concursos lançados no arquipélago da Madeira;• Suspensão do Programa do Parque Escolar;• Suspensão das parcerias público-privadas nas infraestruturas rodoviárias;• Suspensão dos planos de expansão dos Metros de Lisboa e Porto;• Suspensão de todos os novos concursos para a Linha de Alta Velocidade;• Suspensão do novo Aeroporto de Lisboa;• Suspensão de projetos privados no subsegmento de escritórios;• Adiamento de projetos privados no subsegmento da hotelaria.

A juntar a estes, e a agravar ainda mais o nível de desafio, é de referir a reduzidíssima taxa de decisão quanto aos concursos lançados: o Hospital de Todos os Santos, que se encontra numa situação de impasse, e vários concursos importantes no domínio do abastecimento de água e tratamento de águas residuais encontram-se igualmente suspensos.

Como única nota positiva no investimento em Portugal, temos o Plano Nacional de Barragens, com vários concursos lançados quer pela EDP quer pela Iberdrola. Apesar destas perspetivas, em 2011 não se assistiu a nenhuma materialização em obra real por parte da Iberdrola, sendo que a EDP adiou a execução de uma das barragens concursadas – Barragem do Alvito.

Com este panorama negativo a pairar sobre a atividade da construção em Portugal ainda assim obtiveram-se algumas adjudicações importantes de que se salientam: Variante da Madalena do Mar, 2ª. fase na Madeira, Via Expresso Fajã da Ovelha – Ponte do Pargo (em consórcio) na Madeira, as Empreitadas de Construção das Infraestruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Bloco de Aljustrel e do Bloco 3 de Pedrogão, Intervenções estruturais nos Túneis da Trofa e Sortes (Refer), a Conduta Adutora Moura-Safara (AGDA), o Hotel da Tocha para o cliente World Hotel e o Hotel Sana Evolution, para a Aziparque.

No âmbito da atividade comercial internacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, durante o ano de 2011, registam-se os seguintes aspetos:

• Início da atividade comercial na Costa Ocidental Africana, com a apresentação de uma série de propostas em concursos no Senegal e Gâmbia;

• Pré-qualificação para uma linha de alta velocidade entre Tânger e Kenitra, em Marrocos, com participação já efetivada em vários concursos;

• Apresentação de vários concursos em Oman;

• Manutenção de níveis intensos da atividade comercial nos países africanos de expressão portuguesa de presença tradicional da sociedade (Angola e Moçambique - com alargamento efetivo do espetro geográfico de atuação no território destes países - e S. Tomé e Príncipe).

• Em Angola pela sua relevância sublinha-se a adjudicação: do projeto Edifício Blue Plaza, que será um dos edifícios de escritórios mais altos do centro de Luanda com dezassete pisos e quatro caves; do Empreendimento Luanda Sul, constituído por dois edifícios residenciais; o Empreendimento “Shopping Fortaleza” que irá nascer junto ao viaduto da nova marginal, com frente virada para a baía de Luanda,

integrando um edifício de sete pisos para o promotor: Sopros – Sociedade Angolana de Promoção de Shoppings e pela sua representatividade face aos critérios de elevada seletividade impostos à entrada da Soares da Costa no “universo” dos empreiteiros/ fornecedores da Nestlé com a adjudicação de um projeto com prazo de execução de 9 meses e valor superior a 6 milhões de dólares. No âmbito das infraestruturas a importante obra lançada pela Direção Nacional de Infraestruturas Públicas do Ministério do Urbanismo e Construção da República de Angola (abrangendo a execução de infraestruturas públicas de drenagem das águas pluviais, a construção de acessos rodoviários, a montagem de infraestrutura de abastecimento de energia elétrica e a rede de iluminação pública) integrada no projeto de requalificação do Município de Sambizanga e Encostas da Boa Vista, em Luanda, parcialmente em zona do ex-“Roque Santeiro”, no valor de 90 milhões de dólares (63 milhões de euros) e prazo de execução de 12 meses.

• Passos relevantes no sentido da consolidação da presença, recentemente iniciada, no Brasil.

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formação por categoria profissional 2011

Dirigentes 48

Quadros superiores 4.891

Quadros médios 586

Quadros intermédios 164

Prof. qualificados 6.175

Prof. semi-qualificados 17

Prof. não qualificados 86

Praticantes e aprendizes 12

Total 11.978

formação por temas 2011

Ciências informáticas 596

Informática na ótica do utilizador 36

Ciências sociais e do comportamento 6.274

Construção civil e engenharia civil 32

Eletricidade e energia 25

Eletrónica e automação 1.864

Línguas e literaturas estrangeiras 620

Marketing e publicidade 6

Contabilidade e administração 501

Direito 235

Não especificado 76

Proteção do ambiente 39

Segurança e higiene no trabalho 1.675

Total 11.978

Total 11.978

2.5 RECURSOS HUMANOS

Recrutamento e Seleção de pessoal

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. preconiza uma estratégia de recrutamento que garanta na admissão de novos colaboradores não só as competências requeridas para a função, mas também um significativo potencial de desenvolvimento profissional.

O recrutamento interno foi em 2011 uma abordagem preferencial no preenchimento de vagas, o que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os consequentes ganhos de motivação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos colaboradores.

Nesta ótica, em 2011 foram residuais os processos de recrutamento externo, pelo que, predominantemente, o preenchimento de vagas, designadamente ao nível da Sucursal em Angola, foi garantido por recurso à mobilização internacional de colaboradores da empresa.

formação

Como primeira caraterização do investimento feito na formação em 2011, importa referir que foram realizadas 11.978 horas de formação, que implicaram um total de 55.985€ de custos com inscrições. Este volume contemplou 792 formandos.

A análise da distribuição das horas pelas categorias profissionais, revela que os Profissionais Qualificados e os Quadros Superiores reúnem o maior número de horas de formação frequentada. Esta distribuição denota valores baixos na formação frequentada pelos Quadros Médios e Quadros Intermédios, o que ressalta a necessidade de intervir a este nível.

A “Construção Civil e Engenharia Civil” foi a área temática que registou maior número de horas de formação em 2011 – 6.274 horas, seguida da “Gestão e Administração” com 1.865 horas e pela área da “Segurança Laboral” com 1.675 horas.

(Horas) (Horas)

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Organizacional pretendida no seio de todas as empresas do Grupo;

4. Levar os programas formativos de cariz corporativo aos colaboradores mobilizados no estrangeiro, nomeadamente através de soluções e-learning.

Na prossecução desta missão, procura-se estabelecer parcerias com as melhores escolas de negócios nacionais ao nível do desenvolvimento dos programas formativos. Em 2011 concretizámos a primeira parceria entre a Academia do Conhecimento e a Católica Executive Education Lisbon, o que resultou na realização do Programa Avançado de Gestão e Negociação de Projetos.

programas de Estágios

Ao longo de 2011 a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. acolheu 17 estagiários, com a seguinte distribuição: 3 estágios em Engenharia Civil no âmbito do Prémio Talento; 11 estágios profissionais; 3 estágios curriculares.

No âmbito do Prémio Talento foram contemplados três recém-diplomados em Eng. Civil que viram os seus trabalhos de investigação premiados com um estágio de 6 meses na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. Os estagiários tiveram a oportunidade de conhecer, sob a orientação de experientes coordenadores, duas importantes áreas

funcionais da atividade da empresa: Técnica e Técnico-Comercial.

Avaliação de Desempenho

O sistema de avaliação de desempenho do Grupo Soares da Costa é aplicado aos colaboradores da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. e tem como principais objetivos promover o desenvolvimento profissional dos colaboradores, premiar a excelência e incrementar os resultados operacionais das diversas áreas de negócio.

No ano 2011 integraram o processo de avaliação de desempenho cerca de 564 colaboradores da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., sendo que neste total se incluiu, para além dos colaboradores que exercem funções em Portugal, também os colaboradores ao serviço em Angola, Moçambique, Roménia, Costa Rica e Brasil.

No que concerne à Formação Planeada, o ano 2011 teve como principais objetivos desenvolver nos titulares de determinadas funções críticas, um conjunto de competências técnicas e comportamentais que se nos afiguram estratégicas para o incremento do capital humano do Grupo, a saber: gestão de projetos, idiomas, liderança, inovação empresarial e competências técnicas em engenharia e gestão.

Ao nível da gestão de topo, o ano 2011 ficou marcado pelo Encontro de Quadros de Alta Direção. Neste evento, assessorado por consultores em desenvolvimento organizacional, reuniram, durante dois dias, cinquenta quadros diretivos para trabalhar os temas liderança e inovação empresarial, dos quais 18 pertencem à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

Este Encontro constituiu um importante momento formativo, com inegáveis ganhos ao nível do alinhamento de valores e atitudes aplicados à liderança de equipas de trabalho. A metodologia adotada conciliou as palestras de oradores credenciados nas temáticas, com animadas dinâmicas de grupo muito orientadas para a partilha, coesão e desenvolvimento de equipas de trabalho.

Com grande impacto na partilha e transmissão do conhecimento existente na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., foram criados os Workshops Temáticos de Engenharia e de Gestão. Trata-se de um formato que reúne oradores internos, experientes numa dada temática, que partilham o seu know-how

com uma plateia de colegas a quem o tema interessa profissionalmente. Face a algumas temáticas de engenharia, a apresentação em contexto de workshop foi complementada com visitas de estudo a obras, onde se pôde visualizar, in loco, alguns dos aspetos técnicos abordados previamente no workshop. Estes workshops temáticos de Engenharia e de Gestão versaram os seguintes temas: Metodologias de Montagem de Estruturas Metálicas e Mistas, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Contratos FIDIC, Produção Descentralizada de Energia e Eficiência Energética, Código dos Contratos Públicos, Jornadas Técnicas 2011, Índice de Gestão da Sustentabilidade em Obra, LEED-Avaliação da Construção Sustentável, Procurement Internacional, Visita à Obra Viaduto do Corgo.

Por último, no ano 2011 foi criada a Academia do Conhecimento que, obedecendo ao conceito e modelo de universidade corporativa, tem na sua missão os seguintes desideratos:

1. Promover a partilha de experiências e transmissão do conhecimento das gerações mais experientes no Grupo para as gerações mais jovens;

2. Proporcionar um conjunto de programas formativos específicos que visam desenvolver uma série de competências corporativas transversais aos diversos grupos funcionais;

3. Disseminar um conjunto de valores e padrão comportamental que permita consolidar a Cultura

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Avaliação de potencial

O processo de Avaliação de Potencial e Gestão do Talento conjuga, de forma integrada, dados relativos a competências técnicas, competências operacionais de índole comportamental, interesses profissionais, fatores motivacionais, projeto de carreira, disponibilidade para mobilidade internacional, entre outros aspetos.

No ano 2011 deu-se continuidade a estes processos de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento sobre as competências, interesses, disponibilidade e projeto de carreira dos quadros da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.

Número de Colaboradores

Em 31 de dezembro de 2011 trabalhavam na Sociedade 1.634 funcionários (face a 1.872 um ano antes), divididos de acordo com a seguinte tabela:

Tipo de função 2011 2010

Dirigentes 2 4

Quadros superiores 265 290

Quadros médios 72 80

Quadros intermédios 219 239

Prof. altamente qualificados e qualificados 938 1.114

Prof. semi-qualificados 19 20

Prof. não qualificados 119 131

Praticantes e aprendizes - -

Total 1.634 1.872

Ao quadro anterior há que adicionar o pessoal contratado localmente nas diferentes sucursais e delegações estrangeiras da sociedade em número de 1.683 à data do fecho do exercício (1.783 um ano antes).

A análise comparativa evidencia uma redução com algum significado no número de colaboradores. A empresa privilegia na sua estratégia de gestão dos recursos humanos, conforme acima se referiu, a mobilidade interssetorial e geográfica e, no âmbito mais alargado de Grupo, a mobilidade interempresas, como forma de mitigar os efeitos da exiguidade do mercado nacional da construção que suscitam excedentes de recursos humanos em certas categorias profissionais; a severidade desta problemática, contudo, não deixa de requerer a implementação de ajustamentos na dotação deste importante fator de produção, o que a empresa tem vindo a procurar implementar de modo cuidado e progressivo com respeito pela legislação vigente e, mais do que isso, ímbuída das preocupações de responsabilidade social que perpassa transversalmente o exercício de toda a sua atividade.

Neste âmbito, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, foi declarada, por despacho do Secretário de Estado do Emprego de 7 de dezembro de 2011, empresa em reestruturação, nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do nº 2 e nº 4 do artigo 10º do Decreto-Lei nº 220/2006, de 3 de novembro.

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Análise Económica e financeira

3.

Viaduto sobre o Rio Corgo, Autoestrada Transmontana, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Em complemento do conjunto de peças que compõem as demonstrações financeiras anexas e que por si contêm informação pormenorizada sobre as contas da sociedade, fazem-se em seguida as referências tidas como pertinentes sobre os aspetos de maior relevo relativos à situação económico-financeira e ao desempenho da sociedade no ano ora findo:

volume de Negócios

O volume de negócios (Vendas + Prestações de Serviços) da sociedade situou-se em 2011 em 605,7 milhões de euros um valor que representa uma descida de 3,3% relativamente ao valor verificado no ano anterior. O quadro que se segue evidencia a desagregação do VN por mercados geográficos em análise comparativa com o ano anterior:

Não obstante o clima recessivo no mercado nacional suficientemente caracterizado em capítulo anterior conseguiu-se manter (e até incrementar ligeiramente) o VN em Portugal em resultado dos efeitos compensatórios proporcionados pelo desenvolvimento da execução da obra da autoestrada Transmontana. Na verdade, expurgado o efeito deste projeto a atividade nacional teria caído consideravelmente (43,7%) em relação ao ano anterior.

No mercado externo salienta-se o extraordinário crescimento de Moçambique enquanto Angola mantendo-se como o mercado mais representativo da empresa, com uma quota superior a metade do VN global da empresa, sofreu uma redução de 10,6% que, porém, tem de ser relativizada uma vez que resulta da comparação com o ano de 2010 em que registara um máximo histórico.

Rentabilidade

Para melhor análise reproduz-se de seguida em jeito de síntese as principais componentes da formação dos resultados para o exercício findo e para o exercício anterior:

[Valores em milhares de euros]

Designação 2011 % pO 2010 % pO ∆ 2011/10

volume de negócios 605.677 99,5% 626.544 101,7% -3,3%

Variação da produção -19.107 -3,1% -29.914 -4,9% -36,1%

Outros ganhos operacionais 22.236 3,7% 19.352 3,1% 14,9%

proveitos operacionais (pO) 608.806 100,0% 615.982 100,0% -1,2%

Custo merc. vend. e mat. cons. 97.662 16,0% 103.810 16,9% -5,9%

Fornecim. e serviços externos 369.862 60,8% 363.028 58,9% 1,9%

Gastos com pessoal 83.097 13,6% 95.622 15,5% -13,1%

Outros custos operacionais 12.665 2,1% 13.879 2,3% -8,8%

EBITDA 45.520 7,5% 39.642 6,4% 14,8%

Amortiz., provisões e ajustam. 13.693 2,2% 13.988 2,3% -2,1%

Resultado operac. (EBIT) 31.827 5,2% 25.654 4,2% 24,1%

Resultado financeiro -13.291 -2,2% -12.119 -2,0% 9,7%

Resultado antes impostos 18.536 3,0% 13.536 2,2% 36,9%

Imposto sobre o rendimento 6.357 1,0% 5.230 0,8% 21,6%

Resultado líq. do exercício 12.179 2,0% 8.306 1,3% 46,6%

[Valores em milhares de euros]

mercado 2011 % 2010 % ∆ 2011/10

Portugal 233.097 38,5% 229.198 36,6% 18%

Angola 310.619 51,3% 347.285 55,4% -10,6%

Moçambique 54.899 9,1% 20.945 3,3% 162,1%

Roménia 6.630 1,1% 25.876 4,1% -74,4%

Outros 432 0,1% 3.239 0,5% -87,3%

Total 605.677 100,0% 626.544 100,0% -3,3%

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Se o VN se reduziu em 3,3% os Proveitos Operacionais tiveram uma redução ainda mais ligeira de 1,2%, dada a menor variação observada no exercício dos inventários de produção e um maior contributo dos outros proveitos operacionais, relativamente ao exercício precedente.

Na evolução da estrutura de custos sobressai uma redução de 13,1% dos Gastos com Pessoal diminuindo 12,5 milhões de euros em valor absoluto e passando a representar 13,6% dos proveitos operacionais (em comparação com 15,5% um ano antes). Trata-se do reflexo de importantes medidas implementadas de racionalização de custos e que não têm ainda uma expressividade completa pela verificação de alguma subutilização de recursos humanos em certos segmentos profissionais essencialmente no mercado doméstico onde a adaptação da estrutura à dimensão do mercado carece de mais tempo de implementação.

As componentes de custos com as mercadorias vendidas e consumidas e de fornecimentos e serviços externos tiveram uma evolução diferenciada e praticamente compensatória entre si com uma redução do peso relativo da primeira e um aumento dos segundos, em percentagens, aliás, não muito expressivas, o que parece não refletir propriamente uma tendência de comportamento bem definida, uma vez que no ano transato havia-se verificado precisamente uma trajectória inversa, mais parecendo ser consequência do “mix” e tipo de obras predominantes em cada exercício.

O EBITDA apresenta um crescimento bastante relevante de 14,8% atingindo os 45,5 milhões de euros, o que permite elevar a taxa de rentabilidade para 7,5% dos proveitos operacionais, ou seja, um acréscimo de 1,1 pontos percentuais relativamente ao verificado em 2010.

Esta melhoria da margem – face à verificação de valores de amortizações e ajustamentos de valor nos dois últimos anos em patamar semelhante - transporta-se também para o nível operacional com o EBIT a subir de 25,7 para 31,8 milhões de euros.

Os resultados financeiros viram o seu comportamento penalizado pelo aumento do custo líquido de financiamento mas a evolução da “balança cambial” permitiu amenizar os impactos que, ainda assim, determinaram um agravamento dos resultados financeiros globais em 9,7% situando-se em -13,3 milhões de euros face ao valor de -12,1 milhões no exercício imediatamente anterior.

A conjugação das componentes anteriormente referidas teve por consequência a obtenção de um resultado antes de impostos de 18,5 milhões de euros superiores em 36,9% aos 13,5 milhões verificados em 2010.

Considerando a função de impostos (revelador de uma taxa efetiva de 34,3% em 2011) os resultados líquidos aproximaram-se do valor de 12,2 milhões de euros (8,3 milhões em 2010) um nível bastante importante

e que reflete a solidez, capacidade e desempenho da empresa.

Uma nota final para o resultado líquido integral que apenas se distanciou do resultado líquido do período por via do reconhecimento da variação no justo valor (líquida de impostos diferidos) nos instrumentos financeiros de cobertura (+0,1 milhões de euros) e que, assim, situou-se em 12,3 milhões de euros (7,8 milhões um ano antes).

principais Investimentos

Como se sabe a conjuntura não é propícia à realização de elevados investimentos. O investimento bruto (capex) durante o exercício de 2011 situou-se, ainda assim, em 9,4 milhões de euros praticamente idêntico ao do ano anterior (9,5 milhões), com elevada concentração nas instalações e edifícios industriais (estaleiro de Viana e instalações fabris do estaleiro central) em Angola.

Demonstração da posição financeira

Ao nível do Balanço observa-se uma redução substancial e desejável dos inventários em particular na rubrica de produtos e trabalhos em curso enquanto as dívidas de terceiros observam um aumento no ativo corrente de 44 milhões de euros, ainda que deste aumento +28,8 milhões de euros respeitem a créditos

sobre empresas do grupo, associadas e participadas. A situação generalizada de dificuldades de obtenção de crédito e de liquidez das empresas traduz-se no facto de o saldo de clientes ao nível do ativo corrente manter um valor expressivo (397,0 milhões de euros) aumentando 7,2 milhões de euros em relação ao ano anterior.

Já no passivo uma análise comparativa 2010-2011 permite observar agora um melhor escalonamento da dívida com o passivo corrente a reduzir-se 31,7 milhões de euros (para cujo resultado releva a evolução dos adiantamentos de clientes que se reduzem 28,5 milhões) parcialmente compensados com um aumento do passivo não corrente de +14,8 milhões. Este aumento no passivo não corrente respeita, na prática, aos empréstimos bancários que passaram de 50,3 (em 31.12.2010) para 63,5 milhões de euros no final de 2011.

O Net-debt ou endividamento líquido situa-se ao final do exercício de 2011 em 198,0 milhões de euros (189,7 milhões de euros um ano antes), passando a representar um múltiplo em relação ao EBITDA bastante conservador, aliás, de 4,4 (4,8 em 2010).

Capitais próprios

Durante o exercício de 2011 não se verificaram operações de alteração do capital social nem a sociedade detém ou transacionou no exercício ações

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

próprias. O capital social continua, assim, a ser de 50 milhões de euros representado por 10 milhões de ações ordinárias de valor unitário de 5 euros, sendo totalmente detido pela Soares da Costa Construção, SGPS, SA.

Os capitais próprios situam-se em 31 de dezembro de 2011 num valor de 128,2 milhões de euros elevando-se dos 122,4 milhões de euros verificados no final do ano transato.

Conforme resulta da Demonstração da Variação nos Capitais Próprios extraem-se as seguintes ilações:

1. A Assembleia-Geral ordinária que aprovou as contas do exercício de 2010 deliberou a distribuição de dividendos no valor de 6,5 milhões de euros;

2. No exercício de 2011 ocorreu uma variação de 0,1 milhões de euros no justo valor de instrumentos financeiros derivados;

3. Reconhecimento do resultado líquido do exercício de 12,2 milhões de euros.

Rácios

A evolução dos indicadores económico-financeiros exigidos pela Portaria nº 274/2011, de 26 de setembro, para revalidação anual do alvará previsto no regime jurídico do exercício da atividade de construção, aprovado pelo Decreto-Lei nº 12/2004, de 9 de janeiro, tiveram no último triénio a seguinte evolução:

Indicadores 2009 2010 2011 Exigido

Liquidez geral 120,3% 109,9% 124,0% 100,0%

Autonomia financeira 14,6% 15,1% 15,9% 5,0%

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perspetivas para 2012

4.

Fortaleza de Luanda, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Como se percebeu do enquadramento económico nacional em geral e do setor da construção em particular as expetativas dos empresários para o exercício de 2012 não podem ser otimistas.

É, assim, esperada uma redução da atividade no mercado nacional, onde continuará a assumir importância relevante a construção da autoestrada Transmontana com previsível conclusão próximo do final do ano.

A manutenção de bons níveis de atividade nos países africanos de expressão lusófona permitirão expectavelmente aumentar a quota do mercado externo no volume de negócios total da empresa que globalmente deve situar-se em patamar não muito distante do obtido no ano a que respeita este relatório.

Em termos de margem EBITDA a sua estabilização no patamar alcançado em 2011 é objetivo pretendido ainda que possa ser pressionada pela ocorrência de custos com pessoal não recorrentes no âmbito do processo de adaptação em curso da capacidade instalada dos recursos humanos relativamente às necessidades atuais de produção.

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principais Riscos

5.

Vila Olímpica, Moçambique (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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No contexto da sua atividade, as organizações encontram-se expostas a um conjunto de fatores de risco externos e internos que provocam impactos na sua performance, reputação e desempenho. Riscos e oportunidades ocorrem constantemente. A análise, identificação e mitigação dos primeiros e a potenciação e capacidade de concretização das segundas é o que distingue uma boa de uma má gestão. Só assim se potencia o alcance dos objetivos definidos e a melhoria dos resultados da organização.

Face a níveis elevados de exigência, quer ao nível dos custos quer ao nível de cumprimentos de prazos, as empresas devem procurar alcançar uma redução dos riscos e das incertezas a que estão expostas. As frequentes mudanças de ordem política, económica, social, organizacional e comportamental sentidas nos diversos mercados de atuação onde o Grupo exerce a sua atividade, exigem a existência de estratégias de eliminação e/ou antecipação dos impactos desses riscos e incertezas, sob pena de condicionarem o alcance dos objetivos e em última instância da sua continuidade. Muito embora as decisões envolvam sempre carga subjetiva e uma certa dose de critérios intuitivos, muitas vezes quase inexplicáveis, não poderão, no essencial, deixar de assentar em parâmetros racionais, seguros, conhecidos, analisados e fundamentados. A fundamentação é, de resto, um elemento essencial no processo de análise do risco: pela disciplina que representa, pela obrigação que impõe de justificar as opções tomadas, pela

obrigatoriedade de registo de todos os passos que vão sendo dados, no fundo, porque permite uma melhor verificação posterior das boas e más decisões.

Conforme os restantes capítulos deste Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras revelam a atividade da sociedade enquadrada no setor de construção e engenharia civil, assume variadas vertentes e atuações em diferentes mercados geográficos, tendo uma verdadeira dimensão internacional.

Neste âmbito a sociedade está exposta a diversos riscos que podem ser classificados em:

RISCOS DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO:

• Riscos operacionais (riscos que podem causar impacto na performance dos processos operativos e prestação de serviços do Grupo, na satisfação do cliente e na reputação da empresa no mercado);

• Riscos de integridade (os relacionados com fraudes internas e externas a que possam estar sujeitas as empresas do grupo);

• Riscos de direção (riscos vinculados entre outros à gestão, direção, liderança, limites de autoridade, etc.);

• Riscos de recursos humanos (riscos relacionados com a disponibilidade, qualificação e políticas de recursos humanos locais, legislação laboral, etc.);

• Riscos financeiros (riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez, risco de crédito e de tesouraria).

RISCOS DE INFORMAÇÃO:

• Informação operativa, financeira e de avaliação estratégica.

RISCOS DO MEIO:

• Riscos decorrentes do ambiente concorrencial;

• Riscos relacionados com o meio político, económico, legal e fiscal;

• Riscos decorrentes da regulação e mudanças no setor.

No contexto económico e financeiro em que vivemos, a sociedade reconhece que é fundamental a existência de uma estratégia de gestão do risco, totalmente integrada na estratégia global da organização, que aumente o seu grau de resiliência e a torne gradualmente imune a imprevistos e efeitos adversos.

Do ponto de vista organizativo, em 2011 foram dados importantes passos para a melhoria do sistema de análise e gestão de risco do Grupo em que a sociedade se insere. Assim, foi criada no âmbito do centro corporativo e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo uma Unidade de Análise e Gestão do Risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos

ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.

Neste âmbito da análise e gestão de risco é desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (determinados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto), e são definidas estratégias de gestão do risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. Neste sentido a sociedade, como se disse, inserida na estratégia mais ampla de gestão de risco do Grupo, tem vindo a proceder à implementação de atividades de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos.

Durante o exercício de 2011 aprofundou-se o desenvolvimento de um modelo sistematizado de análise do risco para implementação em empreitadas de construção de maior relevância, que sirva de mais-valia no processo de gestão de obra, que potencie o alcance dos objetivos traçados para a mesma, que deverá acompanhar o projeto desde a fase de prospeção/desenvolvimento até à fase da produção/implementação do negócio e, simultaneamente assegure que todos os stakeholders envolvidos também consigam alcançar os seus próprios objetivos (clientes, comunidades, entidades públicas,

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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fornecedores, parceiros estratégicos, colaboradores, acionistas ou empresas participadas).

Através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de Negócios, Direção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. Em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela Unidade Central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação.

Enumeram-se, de seguida, alguns exemplos da abordagem sistematicamente efetuada. Assim, no que respeita aos riscos de mercado, a postura tem sido de aprofundar as suas vertentes de internacionalização e de diversificação;

Relativamente aos riscos financeiros, tem-se adotado uma atitude conservadora e prudente, procurando evitar uma sobre exposição a este tipo de riscos - sempre associados ao exercício normal e corrente da atividade e nunca assumindo posições em instrumentos financeiros de natureza especulativa.

Como grandes linhas da atuação política do Grupo face aos riscos de caráter financeiro destaca-se:

1. No financiamento de operações específicas de elevado montante, a sociedade estuda sempre a oportunidade de realização de operações de cobertura (swaps) de taxa de juro, seguindo as seguintes políticas:

• A contratação destes instrumentos tem sempre como objetivo a cobertura do risco e não a especulação;

• A eficiência da cobertura atinge-se fazendo coincidir as datas dos fluxos de juros pagos no financiamento objeto da cobertura com as datas de liquidação ao abrigo do instrumento de cobertura e adotando o mesmo indexante no financiamento objeto de cobertura e no instrumento de cobertura.

2. O risco da taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa dos instrumentos financeiros virem a variar em resultado de alterações nas taxas de câmbio. O risco da taxa de câmbio advém principalmente da presença internacional da sociedade; no que respeita à cobertura do risco cambial, as operações de cobertura têm sido esporádicas. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata financiamentos em moeda estrangeira e usa swaps de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

3. As situações de risco de crédito apuradas à data de cada balanço são identificadas pelas áreas competentes e em função da antiguidade do crédito, perfil do risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias aplicáveis ao caso concreto, é revisto o registo de imparidades nas contas a receber. Os valores em dívida dos clientes são periodicamente monitorizados e quando se justifique, os fornecimentos são cobertos por garantias.

4. Para gerir o risco de liquidez a sociedade mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, há contratos de apoio à tesouraria que permitem, evitar a existência de roturas temporárias.

O sistema de análise e gestão é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele conexionadas se mostram extintas. Naturalmente que, no seu iter evolutivo, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Destacam-se o momento de prévia seleção, o da apresentação de proposta ou outro tipo de resposta,

a formalização contratual, o momento de arranque, a fase de execução, a sua conclusão e entrega e, quando aplicável, a extinção das obrigações de garantia.

Para a sua cabal gestão, são criados procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências.

Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais.

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo e assim proporcionar retornos para os acionistas e benefícios para os restantes stakeholders, manter uma estrutura de capital sólida para apoiar o desenvolvimento do negócio.

A sociedade tem reforçado as suas políticas de análise do risco de forma a estar melhor habilitada a responder às incertezas e vicissitudes que decorrem da adaptação da sua atividade à retração do mercado nacional, com a consequente procura de alternativas que potenciem as suas capacidades.

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Desenvol-vimentoSustentável

6.

Autoestrada Transmontana, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Saúde e segurança, ambiente e educação são as três grandes preocupações do Grupo Soares da Costa em matéria de responsabilidade social corporativa.

A gestão ambiental, a saúde e a segurança e o apoio a diversas comunidades com quem interagimos foram alvo de uma gestão sustentável durante o ano, mas foi sobretudo ao nível da educação e formação dos nossos colaboradores de áreas técnicas que se desenvolveram mais ações em 2011.

A par do aumento generalizado das horas de formação técnica prestadas aos nossos colaboradores, foram desenvolvidas várias sessões teóricas e práticas que tiveram como objetivo a partilha do conhecimento entre eles.

Nos seus mais de 90 anos de atividade, o Grupo Soares da Costa tem vindo a acumular entre os colaboradores das várias empresas que o integram um imenso know-how, procurando cada vez que essas experiências pessoais e profissionais sejam transmitidas às gerações mais jovens que se juntam ao Grupo.

Assim, em 2011 e com este mesmo objetivo, voltaram a repetir-se as Jornadas Técnicas do Grupo Soares da Costa, iniciadas em 2010, complementadas por um conjunto de sessões mais direcionadas a determinados quadros da empresa – os Workshops Técnicos - e, sempre que possível, complementadas com visitas práticas a obras em curso.

Por outro lado, não só os temas técnicos da atividade de construção foram abordados nestas iniciativas, havendo lugar à discussão de temas complementares, vocacionados para a gestão de contratos e de grandes obras de construção.

De realçar que a maior parte dos temas foram apresentados por colaboradores do Grupo Soares da Costa, que em cada sessão partilharam comoutros colaboradores diferentes aspetos das experiências vividas.

Temas apresentados nas II Jornadas Técnicas da Construção: Investigação na Alta Velocidade, LEAN Construction, Gestão da Sustentabilidade em Obra, Técnicas de Automação na Segurança Contra Incêndios em Edifícios, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Viaduto sobre o Rio Corgo, SDC Angola - Algumas Obras de Referência.

Temas apresentados nos Workshops Técnicos – Construção e Gestão: Código Contratos Públicos, Viaduto sobre o Rio Corgo, Modelo de Contrato FIDIC, Índice de Gestão da Sustentabilidade em Obra, Metodologias de Montagem de Obras de Arte Metálicas e Mistas, Sistema LEED: Avaliação da Construção Sustentável, Produção Descentralizada e Eficiência Energética, Procurement Internacional.

Visitas Técnicas Realizadas: Ponte sobre o Rio Fervença, Reforço da Potência da Barragem do Alqueva, Viaduto sobre o Rio Corgo.

Mais informações sobre o Desenvolvimento Sustentável no Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, podem ser consultadas no Relatório de Sustentabilidade 2011, disponível em www.soaresdacosta.pt

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factosrelevantes após otermo do Exercício

7.

Ponte sobre o Rio Arade, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

Não ocorreram posteriormente ao encerramento do exercício factos materialmente significativos que ponham em causa a expressão das demonstrações financeiras que acompanham este Relatório de Gestão ou que mereçam especial referência neste capítulo.

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Reconheci-mento

8.

Museu de Ciência e Tecnologia de Luanda, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

Ao concluir o relatório sobre a atividade desenvolvida durante o exercício de 2011 o Conselho de Administração aproveita a oportunidade para expressar os seus agradecimentos a todos as entidades públicas e privadas que, direta ou indiretamente têm apoiado e colaborado com a sociedade.É gratificante assinalar, em particular, o relacionamento de confiança com que os clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio, nomeadamente instituições financeiras nos têm honrado.

Aos membros dos outros órgãos sociais, bem como aos nossos auditores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma e rigor com que exerceram as suas funções.

Finalmente, é merecedor de reconhecimento o elevado espírito de profissionalismo e sentido de dever dos colaboradores da sociedade, sem cujo esforço e dedicação não seria possível a criação de valor de que a sociedade é responsável.

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proposta de Aplicação de Resultados

9.

Escola Secundária de Monserrate, Viana do Castelo, Portugal (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

O Conselho de Administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, tendo presentes as Demonstrações Financeiras do exercício que terminou em 31 de dezembro de 2011, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de 12.178.856,39 euros obtido pela sociedade, seja aplicado do modo seguinte:

• Para reserva legal (5% dos resultados líquidos do exercício) - 608.942,82€;• Para distribuição de dividendos - 9.600.000,00€;• Para reservas livres, o valor remanescente de 1.969.913,57€.

Porto, 12 de março de 2012

O Conselho de Administração,

António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente)

Jorge Domingues Grade Mendes

Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Paulo Eugénio Peixoto Ferreira

Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Roberto António Pereira Pisoeiro

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira

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Anexos10.

Torre da Schlumbergen na Sonilis, Porto de Luanda, Angola (Sociedade de Construções Soares da Costa)

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Anexos ao Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Glossário

Neste Relatório são usadas abreviaturas e expressões correntes na linguagem financeira que têm o seguinte significado:

EBIT - Resultado Operacional.

EBITDA - Meios Libertos Operacionais, correspondente à soma do Resultado Operacional, Amortizações do Exercício, Ajustamentos de Valor e Provisões do Exercício (líquidos de reversões).

VN - Volume de Negócios, correspondente à soma das Vendas, Prestações de Serviços e proveitos suplementares.

PO - Proveitos Operacionais englobando para além do VN as restantes rubricas de proveitos operacionais, designadamente a variação da produção e trabalhos para a própria empresa.

PC&NE - Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas

Net-debt - Endividamento líquido remunerado: Valor das contas de passivo respeitantes a fontes de financiamento remuneradas, líquido das disponibilidades.

Órgãos Sociais

Os órgãos sociais da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. à data do início do exercício tinha a seguinte composição válida para o mandato (2010-2012):

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente Jorge Manuel Oliveira AlvesSecretário Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Pedro Manuel de Almeida GonçalvesVogais Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade SantosPaulo Eugénio Peixoto FerreiraFernando Manuel Fernandes de AlmeidaCarlos Alberto Príncipe SantosDomingos Alberto Nave Serpa dos SantosRoberto António Pereira Pisoeiro

FISCAL ÚNICO

Efetivo BDO & Associados, SROC, Lda., SROC nº 29, NIPC 501 340 467, representada por Paulo Jorge de Sousa Ferreira, ROC nº 781.Suplente Nuno Miguel Loureiro Marques Vasconcelos Magina, ROC nº 1226.

A composição do Conselho de Administração sofreu algumas alterações durante o exercício, a saber:

Na sequência da renúncia, por carta datada de 28 de julho, do Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves com efeitos em 31 de agosto de 2011, por deliberação da Assembleia-Geral de acionistas de 9 de setembro de 2011 foi nomeado para Presidente do Conselho de Administração o Dr. António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques. Mais foi deliberado nomear para o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração o Eng. Jorge Domingues Grade Mendes e para o cargo de vogais daquele Conselho o Eng. Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves e o Eng. António José Cadete Paisana Ferreira, todos para completar o mandato em curso (2010/2012).

Por sua vez, os vogais do Conselho de Administração Eng. Fernando Manuel Fernandes de Almeida, com efeitos a partir de 30 de novembro de 2011 e Eng. Domingos Alberto da Nave Serpa dos Santos, com efeitos a partir de 31 de dezembro de 2011, apresentaram cartas de renúncia aos seus cargos.

Assim, à data deste Relatório é a seguinte a composição do Conselho de Administração:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PresidenteAntónio Manuel Pereira Caldas de Castro HenriquesVice-PresidenteJorge Domingues Grade MendesVogaisPedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade SantosPaulo Eugénio Peixoto FerreiraCarlos Alberto Príncipe dos SantosRoberto António Pereira PisoeiroLuís Miguel Andrade Mendanha GonçalvesAntónio José Cadete Paisana Ferreira

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Anexos ao Relatório de Gestão do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Organização Interna

Todos os membros que constituem o Conselho de Administração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias áreas de negócios da Sociedade. O organograma representativo da estrutura organizativa da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. é o que consta a seguir.

Acionistas

O capital social da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., no valor de 50 milhões de euros, é representado por 10 milhões de ações ordinárias, ao portador, de valor nominal unitário de 5 euros, sendo totalmente detido pela Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., sociedade gestora das participações sociais da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa.

Desde já se informa, em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, que a sociedade não detém nem transacionou no exercício findo quaisquer ações próprias.

Outras Informações Legais

DÍVIDAS AO ESTADO E à SEGURANÇA SOCIAL

À data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos ou de contribuições para a Segurança Social.

NEGÓCIOS COM A SOCIEDADE

Durante o exercício não se registaram negócios entre a sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência.

Conselho de Administração

Controlo de GestãoCosta Alves

Gestão ContratualAntónio Ferrão

Direção Central de Aprovisiona-mentosÉlio Abrantes

Direção Técnico-ComercialRui Carrito

Grandes Clientes de C.C.Carlos Santos

Suc. AngolaRoberto PisoeiroJorge Rocha

Suc. MoçambiqueVieira de Magalhães

Suc. RoméniaNelson Paquete

Direção Geral de Recurso de ProduçãoRosário Mendes

Recursos Humanos de ProduçãoPinho Aguiar

EquipamentosCarlos Jorge

Direção Geral TécnicaLuís Afonso

Qualidade, Ambiente, Segurança e SaúdeBagão Félix

Estudos e ProjetosAbel Almeida

TopografiaDomingos Ramada

Direção Geral de ProduçãoDaniel Barreira

Direção de Área 1Daniel Barreira

Direção de Área 2Daniel Barreira

Direção de Área 3António Winck

Direção de Área 4Nuno Ribeiro

Planeamento e Controlo de ProduçãoArmanda Mendes Jorge Braga

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Demonstrações financeiras

II

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Demonstrações Financeiras do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Demonstração individual da posição financeira para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

ATIvO

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10 reexpresso

31 DEZ 10

NÃO CORRENTE

Ativos intangíveis 6

Outros ativos intangíveis - 63 63

- 63 63

Ativos fixos tangíveis 7 e 8

Terrenos 4.800.554 4.800.554 4.800.554

Edifícios 68.154.584 55.736.105 55.736.105

Equipamento básico 47.108.996 52.678.784 52.678.784

Equipamento de transporte 9.067.991 12.008.027 12.008.027

Equipamento administrativo 2.275.255 2.927.967 2.927.967

Outros ativos fixos tangíveis 36.256 153.305 153.305

Ativos fixos tangíveis em curso 3.068.157 11.616.086 11.616.086

134.511.792 139.920.827 139.920.827

Investimentos financeiros 9 e 10

Participações de capital em subsidárias 20.622 2.303 2.303

Empréstimos concedidos a subsidárias 257.886 258.114 258.114

Participações de capital em associadas 63.359 63.359 63.359

Empréstimos concedidos a associadas 2.970.019 598.631 598.631

Outros investimentos financeiros 10 10 10

3.311.896 922.417 922.417

Ativos por impostos diferidos 28 1.051.219 1.326.892 1.326.892

Dividas a terceiros:

Clientes retenções de garantia 31 24.373.301 26.847.941 -

TOTAL DO ATIvO NÃO CORRENTE 163.248.208 169.020.140 142.172.199

CORRENTE

Inventários 11 e 22

Matérias-primas subsidiárias e de consumo 13.910.879 17.183.157 17.183.157

Produtos acabados e intermédios 20.778.204 20.778.204 20.778.204

Produtos e trabalhos em curso 26.837.389 45.944.733 45.944.733

Adiantamentos por conta de compras - - -

61.526.471 83.906.093 83.906.093

Dívidas de terceiros 13 e 22

Clientes 31 397.010.299 389.823.170 416.671.111

Adiantamentos a fornecedores 14.343.537 6.515.069 6.515.069

Estado e outros entes públicos 5.804.979 3.574.668 3.574.668

Empresas do grupo, associadas e participadas 54.367.942 25.572.254 25.572.254

Outras dívidas de terceiros 9.839.559 11.702.302 11.702.302

481.366.316 437.187.463 464.035.404

Outros ativos correntes 14 61.272.973 76.543.440 76.543.440

Caixa e seus equivalentes 15 39.358.235 43.233.676 43.233.676

TOTAL DO ATIvO CORRENTE 643.523.995 640.870.673 667.718.614

TOTAL DO ATIvO 806.772.204 809.890.813 809.890.813

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira

** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos | Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira Pisoeiro | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração individual da posição financeira para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

CApITAL pRÓpRIO E pASSIvONotas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

reexpresso31 DEZ 10

CApITAL pRÓpRIO

Capital realizado 50.000.000 50.000.000 50.000.000

Reservas e resultados transitados

Prémios de emissão 22.174.402 22.174.402 22.174.402

Reservas legais 4.200.058 3.784.749 3.784.749

Excedentes de revalorização 35.823.889 35.849.821 35.849.821

Outras reservas 9.335.168 7.839.469 7.839.469

Resultados transitados (5.485.637) (5.511.569) (5.511.569)

Resultado líquido do período 12.178.856 8.306.186 8.306.186

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO 16 128.226.736 122.443.058 122.443.058

pASSIvO

NÃO CORRENTE

provisões 22 15.000 15.000 15.000

financiamentos obtidos 18

Empréstimos bancários 63.469.487 50.263.287 50.263.287

63.469.487 50.263.287 50.263.287

Dívidas a terceiros

Fornecedores retenções de garantia 31 9.706.410 7.404.277

Fornecedores de investimentos 11 617.939 2.301.925 2.301.925

Adiantamentos de clientes 31 19.570.325 18.207.628 -

29.894.674 27.913.830 2.301.925

passivos por impostos diferidos 28 10.756.814 11.142.378 11.142.378

TOTAL DO pASSIvO NÃO CORRENTE 104.135.975 89.334.495 63.722.590

CORRENTE

financiamentos obtidos 18

Empréstimos bancários 134.322.067 130.697.516 130.697.516

Outros financiamentos obtidos 37.005.321 44.293.314 44.293.314

171.327.388 174.990.830 174.990.830

Dívidas a terceiros

Fornecedores 31 174.542.189 184.967.229 192.371.506

Fornecedores de investimentos 11 2.277.351 5.662.639 5.662.639

Adiantamentos de clientes 31 72.815.925 101.278.511 119.486.139

Estado e outros entes públicos 20 2.058.065 1.285.173 1.285.173

Empresas do grupo, associadas e participadas 20 8.180.059 10.894.352 10.894.352

Outras dívidas a terceiros 20 37.101.488 31.904.112 31.904.112

296.975.077 335.992.016 361.603.921

Instrumentos financeiros derivados 19 1.190.357 1.337.993 1.337.993

Outros passivos correntes 21 104.916.669 85.792.421 85.792.421

TOTAL DO pASSIvO CORRENTE 574.409.492 598.113.260 623.725.166

TOTAL DO pASSIvO 678.545.467 687.447.755 687.447.755

TOTAL DO CApITAL pRÓpRIO E pASSIvO 806.772.204 809.890.813 809.890.813

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira

** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos | Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira Pisoeiro | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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Demonstrações Financeiras do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Demonstração individual dos resultados separada para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

DEmONSTRAçÃO DOS RESuLTADOS

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

vendas e prestação de serviços 23 605.677.038 626.544.465

variação nos inventários da produção (19.107.345) (29.914.047)

Outros rendimentos e ganhos operacionais

Trabalhos para a própria entidade 7 6.793.682 12.952.730

Outros rendimentos e ganhos 24 15.442.323 6.398.819

RENDImENTOS E GANhOS OpERACIONAIS 608.805.698 615.981.967

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (97.662.156) (103.810.331)

fornecimentos e serviços externos 26 (369.861.690) (363.027.756)

Gastos com o pessoal 25 (83.097.026) (95.622.054)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade 6 e 7 (12.329.052) (12.858.662)

provisões e ajustamentos de justo valor 22 (1.363.816) (1.129.295)

Outros gastos e perdas operacionais

Impostos (4.847.497) (4.715.932)

Outros gastos e perdas 24 (7.817.243) (9.163.340)

GASTOS E pERDAS OpERACIONAIS (576.978.481) (590.327.370)

RESuLTADO OpERACIONAL DAS ATIvIDADES CONTINuADAS 31.827.217 25.654.598

Custo líquido do financiamento

Juros obtidos 5.789.104 9.577.125

Juros suportados (14.928.587) (12.767.628)

(9.139.483) (3.190.503)

Outros ganhos e perdas financeiras

Outros ganhos financeiros 29.102.223 22.091.970

Rendimentos de participações de capital 20.000 512

Outras perdas financeiras (33.273.687) (31.020.698)

(4.151.465) (8.928.216)

RESuLTADO fINANCEIRO 27 (13.290.948) (12.118.719)

RESuLTADO ANTES DE ImpOSTOS 18.536.269 13.535.879

Imposto sobre o rendimento do período 28 (6.357.413) (5.229.693)

RESuLTADO LÍQuIDO DO pERÍODO 12.178.856 8.306.186

Resultado por ação das atividades continuadas

Básico 1,218 0,831

Diluído 1,218 0,831

Resultado por ação 29

Básico 1,218 0,831

Diluído 1,218 0,831

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira

** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos | Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira Pisoeiro | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração individual do rendimento integral para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Resultado líquido do período 12.178.856 8.306.186

Outros rendimentos integrais

Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados 147.636 (974.234)

Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados (42.814) 388.018

Outras variações - 41

TOTAL DO RENDImENTO INTEGRAL 12.283.678 7.720.010

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira

** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos | Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves

António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira Pisoeiro | Carlos Alberto Príncipe dos Santos

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Demonstrações Financeiras do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Demonstração individual das alterações no capital próprio para os períodos findos em 31 de dezembro

de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

Rubrica Capital realizado

Reservase resultadostransitados

Derivadosde cobertura

prémios de emissão

Outros Total dos capitais próprios

Saldo a 1/jan/2011 50.000.000 51.218.591 (949.975) 22.174.402 41 122.443.058

Dividendos - (6.500.000) - - - (6.500.000)

Ações próprias - - - - - -

Outros - - - - - -

Rendimento integral - 12.178.856 104.822 - - 12.283.678

Saldo a 31/dez/2011 50.000.000 56.897.447 (845.153) 22.174.402 41 128.226.736

Rubrica Capital realizado

Reservase resultadostransitados

Derivadosde cobertura

prémiosde emissão

Outros Totaldos capitais próprios

Saldo a 1/jan/2010 50.000.000 52.912.405 (363.759) 22.174.402 - 124.723.048

Dividendos - (10.000.000) - - - (10.000.000)

Ações próprias - - - - - -

Outros - - - - - -

Rendimento integral - 8.306.186 (586.216) - 41 7.720.010

Saldo a 31/dez/2010 50.000.000 51.218.591 (949.975) 22.174.402 41 122.443.058

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira PisoeiroCarlos Alberto Príncipe dos Santos

Demonstração individual dos fluxos de caixa para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

(Valores em unidades de Euro)

Notas 31 DEZ 11 31 DEZ 10

ATIvIDADES OpERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 575.170.641 482.868.774

Pagamentos a fornecedores (440.987.139) (415.305.872)

Pagamentos ao pessoal (74.945.984) (91.984.276)

59.237.518 (24.421.376)

Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento (5.736.100) (6.217.401)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (11.776.202) (3.260.562)

(17.512.302) (9.477.963)

fLuxOS DAS ATIvIDADES OpERACIONAIS 41.725.216 (33.899.338)

ATIvIDADES DE INvESTImENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 13 108.612.992 220.289.874

Ativos fixos tangíveis 264.633 152.002

Juros e ganhos similares 183.478 7.582

Dividendos 15.708 109.076.811 512 220.449.970

pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 13 138.835.212 205.671.945

Ativos fixos tangíveis 1.164.005 139.999.217 4.921.803 210.593.748

fLuxOS DAS ATIvIDADES DE INvESTImENTO (30.922.406) 9.856.223

ATIvIDADES DE fINANCIAmENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 196.102.903 263.774.665

Juros obtidos 2.381.493 198.484.396 2.098.693 265.873.359

pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 185.635.788 206.906.667

Amortização de contratos de locação financeira 6.498.582 7.891.344

Dividendos 6.500.000 10.000.000

Juros e gastos similares 12.776.231 211.410.601 11.930.072 236.728.083

fLuxOS DAS ATIvIDADES DE fINANCIAmENTO (12.926.205) 29.145.276

Variação de caixa e seus equivalentes (2.123.395) 5.102.160

Efeito das diferenças de câmbio (1.752.047) 1.114.995

Caixa e seus equivalentes no início do período 43.233.676 37.016.521

Caixa e seus equivalentes no fim do período 39.358.235 43.233.676

* O Responsável Técnico ** O Conselho de Administração

* Maria das Dores Oliveira** António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques (Presidente) | Jorge Domingues Grade Mendes | Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos

Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves | António José Cadete Paisana Ferreira | Paulo Eugénio Peixoto Ferreira | Roberto António Pereira PisoeiroCarlos Alberto Príncipe dos Santos

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IIIpolíticas Contabilísticas e Notas Explicativas

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Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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1. Nota introdutória

ELEMENTOS IDENTIFICATIVOS

// Denominação social: Sociedade de Construções Soares da Costa, SA.

// Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva: 505 924 170

// Sede Social: Rua de Santos Pousada, 2204000 - 478 PORTO

// Objeto social: Exploração da Indústria de Construção Civil e Obras Públicas, Atividades Conexas e Acessórias, Aquisição e Disposição de Imóveis

// Designação da empresa-mãe: Soares da CostaConstrução, SGPS, S.A.

// Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada,220, 4000 – 478 PORTO

A Sociedade foi constituída em 30 de dezembro de 2002, por escritura pública celebrada no 4º Cartório Notarial do Porto, resultando do trespasse da atividade de construção da então “ Sociedade deConstruções Soares da Costa, SA”, NIPC 500 265 763 que, na mesma data, procedeu à alteração da sua denominação para “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA” e do respetivo objeto social para “Gestão deParticipações Sociais”. Os elementos ativos e passivos foram transferidos pelos valores contabilísticos que figuravam anteriormente nas contas da empresa trespassante, tendo-se seguido o regime de

neutralidade fiscal estabelecido no código do IRC.Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro.

2. Referencial contabilístico de preparação das

demonstrações financeiras

A empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ( IAS/IFRS) tal como adotadas na União Europeia.

Assim, ao abrigo do nº 1 do art. 4º do DL 158/2009, de 13 de julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais.

3. principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

3.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir

dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em conformidade com as NormasInternacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as quantiasreportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstraçõesfinanceiras dos eventos e transações em curso.

O conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as notasque se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira.

As seguintes normas, emendas e interpretações são efetivas pela primeira vez com referência a 1 dejaneiro de 2011 mas não têm efeito materialmente relevante na Sociedade de Construções Soares daCosta, S.A.:

• Classificação das emissões de direito(emenda à IAS 32);• Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio (IFRIC 19);

• Divulgações de partes relacionadas(emenda à IAS 24);• Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo (emenda à IFRIC 14);• Melhoramentos introduzidos nas IFRS em maio de 2010.

Ao nível das normas ou interpretações endossadas pela Comissão Europeia mas ainda não efetivas nesteexercício, é de salientar apenas a alteração da IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: divulgações (efetiva no exercício de 2012, mediante o Regulamento nº 1205/2011, de 22 de Novembro), pela qual não se esperam impactos significativos.

Em 2011 procedeu-se à alteração da política contabilística relativa à distinção entre ativos e passivos correntes versus não correntes, associadas ao registo das retenções de garantias prestadas a clientes, retenções de garantias efetuadas a fornecedores e adiantamentos de clientes, tendo-se procedido à reexpressão relativa à demonstração da posição financeira referente a 31 de dezembro de 2010. Deste modo, foram estimados os valores de retenções e de adiantamentos, cujo vencimento ocorre num prazo superior a 1 ano, após a data da referida demonstração.

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Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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3.2 ATIVOS INTANGÍVEIS

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizaçõesacumuladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por ela e se possa medirrazoavelmente o seu valor.

As amortizações do exercício dos ativos intangíveis são registadas na demonstração dos resultados narubrica “ Gastos de depreciação e de amortizações e perdas de imparidade”. O método de amortizaçãoutilizado nos ativos intangíveis com vida útil finita é o método das quotas constantes, tendo-se consideradopara estes ativos um período de vida útil compreendido entre 3 e 5 anos.

3.3 ATIVOS FIxOS TANGÍVEIS

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado,deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com osseguintes períodos de vida útil estimada:

vida útil

Edifícios 8-100

Equipamento básico 2-20

Outros ativos tangíveis 3-10

Os ativos fixos tangíveis em curso encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

3.4 ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

a) Investimentos financeirosOs investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscose vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justovalor do preço pago incluindo despesas de transação.

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indícios de que o ativo possa estar emimparidade, sendo registado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir. Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados sãoremensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de custos da transação em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas, encontram-se registados ao custo de

aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valoratravés de resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício.

b) Dívidas de TerceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade,reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflitam oseu valor realizável líquido.

c) EmpréstimosOs empréstimos são registados no passivo e mensurados ao custo amortizado (utilizando o método da taxa de juro efetiva) . As despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados, à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”.

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d) Dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.

e) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoringAs letras descontadas e as contas a receber cedidas em factoring (com recurso) encontram-se apresentadas no ativo pelo seu valor nominal e no passivo pelo adiantamento já recebido.

Os encargos com juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

f) Caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa,depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

3.5 LOCAÇÕES

Os contratos de locação são classificados como:

• Locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse;

• Locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos evantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não daforma do contrato.

Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, são registados pelo seu valorno ativo e as respetivas responsabilidades no passivo. As amortizações destes ativos calculadas em conformidade com o descrito em 3.3, supra são registadas em gastos de depreciações e amortizações do exercício.

A parcela de capital incluída nas rendas pagas é registada como redução daquelas responsabilidades e os juros incluídos nessas rendas são registados como custos financeiros do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto nademonstração dos resultados durante o período do contrato de locação na rubrica “Fornecimento e serviços externos”.

3.6 INVENTÁRIOS

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo deaquisição ou do valor realizável líquido. O método de custeio utilizado na movimentação das matérias-primas, subsidiárias e de consumo é o custo médio ponderado.

Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao menor do custo de produção ou do valor realizável líquido. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão de obra direta e gastos gerais de fabrico. O método de custeio é o custo médio.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para terminar aprodução e dos custos de comercialização.

3.7 ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Estes encargos são capitalizados quando associados a ativos qualificáveis de acordo com a IAS 23.

3.8 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de montantes registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

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3.9 APRESENTAÇÃO DE BALANÇO

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes.

3.10 RECONHECIMENTO DE GASTOS E RENDIMENTOS

Os rendimentos relativos a vendas e prestações de serviços em geral são reconhecidos com a sua realização.

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade. Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos.

a) Contratos de construçãoPara o reconhecimento dos rendimentos e gastos dos contratos de construção, foi adotado o método dapercentagem de acabamento. De acordo com este método, os rendimentos diretamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a faturação emitida são contabilizadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. Os rendimentos e gastos relativos à promoção imobiliária são diferidos no

balanço até que a respetiva execução esteja total ou substancialmente terminada.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

b) Empreendimentos imobiliáriosO reconhecimento das vendas de empreendimentos imobiliários é efetuado no momento em que legalmente ocorre a transferência de propriedade ou, excecionalmente, quando a posse ou riscos inerentes ao imóvel são transmitidas ao promitente comprador e se considera a venda irreversível.

c) Custos com a preparação de propostasOs gastos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável.

d) Especializações dos exercíciosA empresa regista os seus rendimentos e gastos de

acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou “ Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

3.11 SALDOS E TRANSAÇÕES ExPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transações em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação. Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbioem vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício. As principais cotações utilizadas das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes:

Câmbio médio de compra e venda em

31 DEZ 11 31 DEZ 10

Dólar Americano EuR/uSD 1,2939 1,3362

Metical de Moçambique EuR/mZN 34,67 43,31

Dobra de S. Tomé e Príncipe EuR/STD 24.500,00 24.500,00

Kwanza de Angola EuR/AOA 122,55 121,60

Leu Romeno EuR/ROL 4,3233 4,2620

Shekel Israel EuR/ILS 4,9453 4,7406

Real do Brasil EuR/BRL 2,4159 2,2177

Dirhams Emirados Árabes EuR/AED 4,7566 4,9095

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3.12 IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.

3.13 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras exceto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

3.14 EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

3.15 INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Em cada exercício são identificados os segmentos geográficos aplicáveis à empresa. Informação detalhada é incluída na Nota 23.

3.16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

A empresa recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com o objetivo de efetuar cobertura de riscos financeiros a que se encontra exposta, em particular as decorrentes nas variações de taxa de câmbio, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação.

Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O método de reconhecimento depende da natureza e objetivo da contratação.

Contabilidade de coberturaA possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições do IAS 39, nomeadamente quanto à respetiva documentação e efetividade. Os critérios utilizados para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

• Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;• A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;• Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura;• A transação objeto da cobertura é altamente provável.

As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como cobertura de “cash-flow”

são reconhecidas em “Reservas de operações de cobertura” na sua componente efetiva e, em resultados financeiros na sua componente não efetiva. Os valores registados em “Reservas de operações de cobertura” são transferidos para resultados financeiros no período em que o item coberto tem igualmente efeito em resultados.

A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos no IAS 39.

3.17 TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE

Os trabalhos para a própria entidade correspondem basicamente a obras de construção e beneficiaçãoexecutadas pela própria empresa. Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

• Os ativos desenvolvidos são identificáveis;• Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros, e;• Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

3.18 INTEGRAÇÃO PROPORCIONAL DOS ACE’S

Os Agrupamentos Complementares de Empresas foram integrados pelo método proporcional conforme referido na nota 4.

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3.19 GESTÃO DE RISCO

No desenvolvimento da sua atividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: Risco de mercado (incluindo risco de taxa câmbio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.

No âmbito de gestão do risco da taxa de câmbio, a empresa contratou instrumentos financeiros de cobertura de taxa de câmbio, descritos na nota “Instrumentos financeiros derivados”.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal atividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.

3.20 JUÍZOS DE VALOR, PRESSUPOSTOS CRÍTICOS E PRINCI-

PAIS FONTES DE INCERTEZA ASSOCIADAS A ESTIMATIVAS

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

4. Agrupamentos Complementares de Empresas

Os Agrupamentos Complementares de Empresas integrados pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2011, são as seguintes:

Denominação social Sede social do capital detido

TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE R. de Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE R. de Santos Pousada, 300 - 7º Bonfim Porto 17,90%

ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádio de Braga, ACE Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume - 4700-034 Braga 40,00%

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE R. de Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 60,00%

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa - Soares da Costa, Const. do Estádio de Braga - Acab. e Instal./Infraestr. Interiores, ACE

Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume - 4700-034 Braga 40,00%

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE. R. de Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 35,00%

Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do Norte, ACE Av. das Forças Armadas, 125 - 2ºC - Lisboa 50,00%

Somague, Soares da Costa - Agrup. Construtor do Metro de Superfície, ACE R. Engº Ferreira Dias, 164 4100-247 Porto 50,00%

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE R. de Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE Rua do Rego Lameiro, nº 38, Campanhã, 4300-454 Porto 28,57%

GCVC, ACE Rua do Rêgo Lameiro, nº 38, Campanhã, 4300-454 Porto 28,57%

Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACEVia Adelino Amaro da Costa nº 315, Lugar da Guarda 4470-557 Moreira da Maia

28,57%

HidroAlqueva, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº54 7º Andar, Lisboa 50,00%

Nova Estação, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº54 7º Andar, 1749-083 Lisboa 25,00%

GACE - Gondomar, ACE R. Eng. Ferreira Dias, nº 161 - Porto 24,00%

LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE R. Eng. Ferreira Dias, nº 161 - Freguesia de Ramalde - Porto 30,00%

CAET xxI - Construções, ACE R. de Santos Pousada, 220 - Bonfim, Porto 50,00%

LGV - Engenharia e Construção de Linhas de Alta Velocidade, ACE R. Abranches Ferrão, nº 10, 9ºF, 1600-001 Lisboa 17,25%

Soares da Costa e Lena, ACE R. Julieta Ferrão, 12º e 13º andar, N. Sra. de Fátima, 1649-039 Lisboa 50,00%

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Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 ocorreram as seguintes alterações nos Agrupamentos Complementares de Empresas integrados pelo método proporcional:

• Inclusão do agrupamento complementar de empresas, Soares da Costa e Lena, ACE., com a participação de 50%;

• Extinção da “Acestrada – Construção de Estradas, ACE”, agrupamento complementar de empresa encerrado no segundo trimestre de 2011.

À data de 31 de dezembro de 2011 as quantias agregadas, ponderadas pela percentagem de controlo conjunto, dos ativos correntes, dos ativos não correntes, dos passivos correntes, dos passivos não correntes, dos rendimentos e dos gastos relacionados com os interesses em empreendimentos conjuntos são como seguem:

Empresa AtivoNão Corrente

Ativo Corrente

passivoNão Corrente

passivo Corrente Gastos Rendimentos Resultado

Líquido

ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE - - - - - - -

ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádio de Braga, ACE

- 73.571 - 73.571 124 124 -

CAET xxI - Construções, ACE 1.344.827 43.418.169 830.643 35.430.377 119.969.155 126.040.508 6.071.353

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa - Soares da Costa, ACE

37 23.141 - - 61 137 76

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE - 297.712 - 297.712 4.561 4.561 -

GACE - Gondomar, ACE - 2.638.708 - 2.638.708 2.174.910 2.174.910 -

GCVC, ACE - 953.323 - 953.323 4.100.414 4.100.414 -

GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 2.548 365.186 - 367.733 - - -

HidroAlqueva, ACE 1.676.888 2.533.593 - 4.222.344 21.145.854 21.138.639 (7.215)

LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE 7.266 4.411.030 178.311 2.644.876 1.153.625 1.157.984 4.359

LGV - Engenharia e Construção de Linhas de Alta Velocidade, ACE

606 9.988.344 - 9.788.482 1.440.338 1.573.648 133.310

Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACE

1.863 1.297.178 - 1.299.041 6.444.847 6.444.847 -

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE

- 3.490.375 - 3.473.944 258.135 274.566 16.431

Nova Estação, ACE 7.302 2.348.632 - 2.357.101 5.442.990 5.442.309 (681)

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE

- 1.726.606 - 1.726.606 2.700 2.700 -

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE

- 37.360 - 37.360 1.464.081 1.464.081 -

Somague, Soares da Costa - Agrupamento Construtor do Metro de Superfície, ACE

- 311.171 107.756 203.415 8.975 8.975 -

TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE

- 6.502.583 - 5.750.430 690.289 712.570 22.282

Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do Norte, ACE

- 488.569 - 339.309 78.499 227.759 149.260

Soares da Costa e Lena, ACE - 177.955 - 177.955 337.307 337.307 -

TOTAL 3.041.336 81.083.203 1.116.710 71.782.283 164.716.863 171.106.039 6.389.175

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Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Saldos em 31 de dezembro de 2011 Clientes c/cEmpréstimos

a empresas doGrupo e Associadas

fornecedores Outros devedorese credores

Empréstimos de empresas do

Grupo e Associadas

Auto-Estradas xxI - Subc. Transmontana, S.A. 15.867.362 26.895 - (533) -

C.P.E. - Companhia de Parque de Esacion, S.A. 12.099 - - 247 -

Carta - Cantinas e Restauração, Lda - - 895 - -

Carta - Restauração e Serviços, Lda 921.777 - 353.016 - -

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. 55.524 - 267.749 (4.201) -

CLEAR - instalações Electromecânicas, S.A. 77.655 - 4.231.176 - -

CLEAR ANGOLA, S.A. 735.143 - 31.930.963 (6.216.232) -

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 51.256 - 160.103 157.693 -

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 935.766 - 149.630 7.112 -

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda 565.498 - - 438.837 -

COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. 863 - 1.499 - -

Elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. 8.078.470 - - - -

Energia Própria, SGPS, S.A. 132 - - - -

Estradas do Zambeze, S.A. 2.489.226 - - (10.320.764) -

Exproestradas xxI - AE Transmontana, S.A. 39.063 - - 1.999 -

Grupo Soares da Costa SGPS 5.394 53.583.424 949.701 (13.539) 6.488.791

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 1.220.804 455.754 - 49.766 -

HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. 95 - - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada 250.272 - - - -

Hotti - Angola Hotéis, S.A. 46.673 - - 10.463 -

IMOKANDANDO - Promoção Imobiliária, Lda 32.665 - - 28.650 -

INDAQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 64.523 - -

Indáqua Feira-Ind.. Águas S. Maria da Feira,SA - - 7.618 189 -

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, SA 922.704 454 3.359 - -

Indáqua Vila do Conde-Gest.Águas Vila Conde S.A. 624.380 - 100 - -

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 934.179 - - 231.857 -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda.. 22.304 - 17.431 147.663 -

NAVEGAIA - Instalações Industriais SA 2.190 - - (13.544) -

OPERESTRADAS xxI S.A. 2.800 - - (2.000) -

Prince Contracting, LLC 346 - - - -

Santolina Holding B.V. - - - 500 -

SDC Construções SGPS, SA 740.443 - 2.228 - -

Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 11.106 - 555.765 1.102 -

Soares da Costa Brasil - Construções Ltda. - - - (94) -

Soares da Costa Conscessions USA, Inc. 83.275 - - - -

Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 17.138 - - 200.476 -

Soares da Costa Construc. Centro Americanas, S.A. 777.729 - - - -

Soares da Costa Contractor, INC 185.486 - 3.956 (4.746) -

Soares da Costa Imobiliária, Lda 345.260 - - (63.990) -

Soares da Costa Moçambique, SARL 2.424.096 - 1.355.739 190.021 -

Soares da Costa S. Tomé e Princípe - Construções 477.675 - - 94.585 -

Soares da Costa Serv. Técnicos e de Gestão, SA 89.506 - - 1.578 -

SOARTA - Soc. Imob. Soares da Costa, S.A. 1.806 - - - -

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, SA - - 1.402 - -

Talatona imobiliária, Lda 17.153.647 - - 8.430 -

Terceira Onda Planej. e Desenvolvimento, Ltda - - - (220) -

TOTAIS 56.201.805 54.066.528 40.056.851 (15.068.693) 6.488.791

5. partes relacionadas

Os termos ou condições praticadas entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Os saldos e transações com empresas do grupo e associadas encontram-se discriminadas nos quadros seguintes:

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Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Saldos em 31 de dezembro de 2010 Clientes c/cEmpréstimos

a empresas do Grupo e Associadas

fornecedores Outros devedorese credores

Empréstimosde empresas do

Grupo e Associadas

Auto-Estradas xxI - Subc. Transmontana, S.A. 32.834.356 13.642 - - -

C.P.E. - Companhia de Parque de Esacion, S.A. 16.608 - - 247 -

Carta - Cantinas e Restauração, Lda - - 895 - -

Carta - Restauração e Serviços, Lda 2.272.652 - - - -

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. 80.400 - 169.236 (4.201) -

CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 12.442 - 4.172.978 (138.501) -

CLEAR ANGOLA, S.A. 240.879 - 25.079.165 (2.950.402) -

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 26.078 - 1.938.385 1.767.387 -

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 1.006.179 - 1.102.799 21.918 -

COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. 986 - 949 - -

Elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. 8.939.068 - - - -

Exproestradas xxI - AE Transmontana, S.A. - - - 1.999 -

Grupo Soares da Costa SGPS 12.863 24.412.145 488.720 (6.810) 5.760.109

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 1.238.362 462.309 - 50.487 -

HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. 14 - - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada 250.259 - - - -

Hotti - Angola Hotéis, S.A. 45.195 - - - -

IMOKANDANDO - Promoção Imobiliária, Lda - - - 16.200 -

INDAQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 60.725 - -

Indáqua Feira-Ind.. Águas S. Maria da Feira,SA - - 1.352 46 -

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, SA 799.582 325 538 - -

Indáqua Vila do Conde-Gest.Águas Vila Conde S.A. 710.841 - - 6.330 -

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 974.517 - - 224.517 -

Mini Price Hotels (Porto), S.A. - - 944 - -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda.. 306.489 - 51.510 387.465 -

NAVEGAIA - Instalações Industriais SA 4.118 - - (13.544) -

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. - - 150 - -

OPERESTRADAS xxI S.A. 1.000 - - (2.000) -

Prince Contracting, LLC 346 - - - -

SDC Construções SGPS, SA 741.119 - - - -

Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 7.186 - 521.741 1.102 -

Soares da Cosra Concessões, SGPS, S.A. 92.461 - - 196.257 -

Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, S.A. 592.982 - - - -

Soares da Costa Contractor, INC 179.614 - 3.830 (4.746) -

Soares da Costa Hidroenergia, S.A. 2.244 - - - -

Soares da Costa Imobiliária, Lda 568.799 - 297.485 21.184 -

Soares da Costa Moçambique, SARL 2.287.050 - 706.690 170.095 -

Soares da Costa S. Tomé e Princípe - Construções 1.249.862 - 65.009 94.585 -

Soares da Costa Serv. Técnicos e de Gestão, SA 943.588 - 1.578 1.578 -

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE 604.431 - 32.155 7.963 -

SOARTA - Soc. Imob. Soares da Costa, S.A. 109.486 - - - -

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, SA - - 2.800 - -

Talatona imobiliária, Lda 12.997.040 - - 37 -

TOTAIS 70.149.096 24.888.421 34.699.634 (150.807) 5.760.109

Transações em 2011 fornecimentos e serviços externos

vendas e prestaçãoe serviços

Outros ganhos e perdas operacionais

Custo líquido do financiamento

Outros ganhos e perdas financeiras

Auto-Estradas xxI - Subconc. Transmontana, SA - 122.111.485 - 155.966 -

C.P.E. - Companhia de Parque de Estacion, S.A. - 16.324 - - -

Carta - Restauração e Serviços, Lda 6.256.181 928.891 - - (159.211)

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. 1.685.361 174.570 (220.503) - -

CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 11.876.384 168.805 -1 3.263 715

CLEAR ANGOLA, S.A. 47.108.942 1.501.623 - - (2.193.928)

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 6.184.652 94.139 - 6.007 226.298

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 3.127.017 2.916.831 (15.704) 3.107 14.755

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda - - - - 52.559

COSTAPARQUES - Estacionamento, S.A. 3.650 2.351 - - -

Elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. - 1.466.267 - - -

Energia Própria, SGPS, S.A. - 108 - - -

Estradas do Zambeze, S.A. - 12.564.974 - - 68.157

Expoestradas xxI - AE Transmontana, S.A. - 31.758 - - -

Grupo Soares da Costa, SGPS 3.785.436 25.537 49.219 2.220.004 -

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. - - - - (24.835)

HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. - 545 - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada - 13 - - -

Hotti - Angola Hotéis, S..A. - - - - 1.303

IMOKANDANDU - Promoção Imobiária, Lda - - - - 5.286

INDAQUA - Indústria de Gestão de Águas, S.A. 223.145 - - - -

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 7.784 3.232.947 - 129 -

Indáqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A.

6.978 2.158.912 - - -

Israel Metro Builders - a Registered Partnership - - - - (32.998)

Metropolitan Transportation Solutions Ltd. 28.240 - (93) - (228)

Mini Price Hotels (Porto), S.A. 205 633 - - -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda. 4.788 43.377 (228) - (1.267)

NAVEGAIA - Instalações Industriais, S.A. - 16.768 - - -

OPERESTRADAS xxI, S.A. 2.512.091 56.304 - - 20.000

SDC Construções SGPS, SA - 4.485 - - -

Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 5.010.262 26.468 - - -

Soares da Costa Brasil - Construções, Ltda. - - - - 5

Soares da Costa Concessions USA, Inc. - 83.275 - - -

Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. - 2.846 - 281.528 -

Soares da Costa Construc. Centro Americanas, S.A. - 184.746 - - -

Soares da Costa Contractor, INC - - - - 5.575

Soares da Costa Hidroenergia, S.A. - 638 - - -

Soares da Costa Imobiliária, Lda 378.544 390.000 - - (4.413)

Soares da Costa Moçambique, SARL 457.060 1.410.937 (6) - (111.398)

Soares da Costa S. Tomé e Príncipe - Construções 41.509 309.106 (588) 12.185 2.811

Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão - 122.855 - - -

SOARTA - Soc. Imob. Soares da Costa, S.A. - 16.801 - 7.225 -

Talatona Imobiliária, Lda - 3.385.373 - - 770.935

TOTAIS 88.698.229 153.450.693 (187.904) 2.689.415 (1.359.878)

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Transações em 2010 fornecimentos e serviços externos

vendas e prestaçãode serviços

Outros ganhos e perdas operacionais

Custo líquido do financiamento

Outros ganhos e perdas financeiros

Auto-Estradas xxI - Subconc. Transmontana, SA - 37.253.957 - 212.607 -

C.P.E. - Companhia de Parque de Estacion, S.A. - 33.173 - - -

Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliários, SA - 9 - - -

Carta - Restauração e Serviços, Lda 7.041.028 2.859.852 - - (34.187)

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. 1.648.882 179.203 - 31.663 119.921

CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 5.146.034 161.590 3 1.413 41.705

CLEAR ANGOLA, S.A. 38.463.536 687.294 - - (708.817)

Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 3.255.955 106.924 1 901 (22.898)

CONTACTO - Soc. Construções, S.A. 17.240.855 3.569.013 4.945 - 27.211

COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. 3.372 834 - - -

Elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A. - 3.238.447 - - -

Grupo Soares da Costa SGPS 2.507.629 21.114 138.700 498.896 -

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 20.115 35.145 - - (2.540.380)

HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. - 244 - - -

Hidroeléctrica STP, Limitada - 5.591 - - -

Hotti - Angola Hotéis, S..A. - - - - 3.275

IMOKANDANDU - Promoção Imobiária, Lda - - - - 115

INDAQUA - Indústria de Gestão de Águas, S.A. 182.340 - - - -

Indáqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A.

27.799 - - - -

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. 8.752 3.198.847 - 97 -

Indáqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A.

5.376 2.970.969 - - -

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 175.813 409.822 - - 155.715

Mercados Novos - Imóveis Comerciais, Lda. - - - 13.570 51.395

Metropolitan Transportation Solutions Ltd. 287.337 396.282 (1.503) - (78.654)

Mini Price Hotels (Porto), S.A. 2.658 - - - -

MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda. 26.034 165.899 - - (5.271)

NAVEGAIA - Instalações Industriais, S.A. - 9.355 - - -

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 150 - - - -

OPERESTRADAS xxI, S.A. - 1.000 - - -

SDC Construções SGPS, SA - 169 - 1.523.514 -

Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 4.958.790 35.433 - - -

Soares da Costa América, Inc. - 83.138 - - -

Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. - 1.848 - 403.603 2.638

Soares da Costa Construc. Centro Americanas, SA - 117.543 - - -

Soares da Costa Contractor, INC - - - - 12.359

Soares da Costa Hidroenergia, S.A. - 1.855 - - -

Soares da Costa Imobiliária, Lda 608.257 378.000 - - 27.958

Soares da Costa Moçambique, SARL 229.923 962.184 24.615 - 16.128

Soares da Costa S. Tomé e Princípe - Construções 60.956 853.352 - 8.899 6.455

Soares da Costa Serv. Técnicos e de Gestão, SA - 781.184 - - -

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE 43.822 3.397.644 - - -

SOARTA - Soc. Imob. Soares da Costa, S.A. - 158.358 - 9.888 -

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, SA 192.455 - - - -

Talatona imobiliária, Lda (62.489) 19.700.494 - 1.506.024 54.134

TOTAIS 82.075.379 81.775.766 166.761 4.211.075 (2.871.198)

6. Discriminação do movimento no período do ativo intangível

A) ATIVO BRUTO

O movimento ocorrido no valor bruto dos ativos intangíveis é como segue:

Ativos intangíveis Saldo inicial variaçãono perímetro

Aumentos Alienações Efeito de conv. cambial

Transfer.e abates

Saldo final

Outros ativos intangíveis 303 - - - - (76) 227

303 - - - - (76) 227

B) AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos ativos fixos intangíveis é como segue:

Ativos intangíveis Saldo inicial variaçãono perímetro

Reforço Regularizações Efeito de conv. cambial

Saldo final

Outros ativos intangíveis 240 - 63 (76) - 227

240 - 63 (76) - 227

7. Discriminação do movimento no período do ativo tangível

A) ATIVO BRUTO

O movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis Saldo inicial variaçãono perímetro

Aumentos Alienações Efeito de conv. cambial

Transfer.e abates

Saldo final

Terrenos 4.800.554 - - - - - 4.800.554

Edifícios 72.030.982 - 5.790.764 (891.064) - 10.050.827 86.981.509

Equipamento básico 93.869.277 - 879.875 (134.458) - (2.285.206) 92.329.488

Equipamento transporte 27.022.596 - 11.662 (1.129.476) - (2.061.926) 23.842.856

Equipamento administrativo 8.465.863 - 182.563 (66.263) - (621.524) 7.960.639

Outros ativos fixos tangíveis 227.970 - 2.301 (152.484) - - 77.787

Imobilizações em curso 11.616.086 - 2.578.455 - - (11.126.385) 3.068.157

218.033.328 - 9.445.620 (2.373.745) - (6.044.214) 219.060.989

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Na coluna “Alienações” da rubrica de “Edifícios”, consta a alienação do direito de superfície do terrenoEdurb-Talatona, que gerou uma mais-valia contabilística no valor de 2.527.349,22€.

Na coluna “ Aumentos” das rubricas “ Imobilizações em curso” e “ Edifícios” encontram-se registadostrabalhos para a própria entidade 1.138.282 euros e 5.655.399 euros, respetivamente.

B) DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS

O movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue:

Ativos fixos tangíveis Saldo inicial variaçãono perímetro

Reforço AnulaçãoReversão

Efeito de conv. cambial

Saldo final

Edifícios 16.294.877 - 3.349.529 (817.482) - 18.826.925

Equipamento básico 41.190.493 - 6.006.243 (1.976.244) - 45.220.492

Equipamento transporte 15.014.569 - 2.179.389 (2.419.094) - 14.774.865

Equipamento administrativo 5.537.896 - 776.062 (628.575) - 5.685.384

Outros ativos fixos tangíveis 74.665 - 17.765 (50.899) - 41.531

78.112.501 - 12.328.989 (5.892.293) - 84.549.197

8. Quadro discriminativo das reavaliações do ativo fixo tangível

Rubricas Custos históricos (a) Reavaliações valores contabilisticos reavaliados (a)

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 2.227.883 966.100 3.193.983

Edifícios e outras construções 1.222.810 422.330 1.645.140

Equipamento básico 4.270 262 4.532

3.454.962 1.388.693 4.843.655

a) Líquidos de depreciações

9. Discriminação do movimento no período em investimentos financeiros

A) ATIVO BRUTO

O movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

Investimentos financeiros Saldo inicial variaçãono perímetro

Efeito cambial

Aumentos Alienações Transfer.e abates

Saldo final

Investimentos financeiros:

Participações de capital em subsidiárias 2.303 - - 18.319 - - 20.622

Empréstimos concedidos a subsidiárias 258.114 - - - - (228) 257.886

Participações de capital em associadas 63.359 - - - - - 63.359

Emprést. concedidos a associadas 598.631 - - 2.371.388 - - 2.970.019

Outros investimentos financeiros 10 - - - - - 10

922.417 - - 2.389.707 - (228) 3.311.896

10. Investimentos em empresas subsidiárias e associadas

Em 31 de dezembro de 2011, as empresas do Grupo e associadas em que a sociedade participa diretamente eram as seguintes:

% participações Capitais próprios Resultado 2011.12.31

partes de capital em empresas do Grupo

SCSP - Soares da Costa Serviços Partilhados, SA. 0,01% 1.447.702 328.708

CARTA - Restauração e Serviços, Lda 1,00% 1.046.678 2.358

Soares da Costa - S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda. 1,00% 710.664 (218.979)

Terceira Onda 50,00% 624.203 644.713

Santolina Holding B.V. 100,00% 18.000 -

Soares da Costa Brasil - Construções Ltda. 0,04% 41.298 (266.120)

partes de capital em empresas associadas

Expoestradas xxI - AE Transmontana, SA. 0,004% 15.307 (45.300)

Operestradas xxI, SA. 4,00% 4.240.329 4.143.302

Auto-Estradas xxI - Subconcessionária Transmontana, SA. 4,00% (18.415.236) 927.993

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11. Informação sobre os bens em regime de locação financeira e operacional

LOCAÇÃO FINANCEIRA

A empresa possui ativos fixos tangíveis incluídos no balanço em regime de locação financeira. À data de31 de dezembro de 2011 o valor contabilístico desses bens é como segue:

Locação financeira Imob. bruto Amort. acum. Imob. Llíquido

Edifícios 977.904 248.880 729.023

Equipamento básico 8.672.616 1.979.288 6.693.328

Equipamento transporte 212.368 84.047 128.321

Equipamento administrativo 110.829 23.089 87.739

9.973.716 2.335.305 7.638.412

A responsabilidade por estes contratos é como segue:

Curto prazo 1.979.664

Médio e longo prazo 617.939

A reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos das locações financeiras à data do balanço eo seu valor presente, por períodos, é como segue:

31-DEZ-11

pagamentos mínimos da locação financeira:

2012 2.043.644

2013 538.962

2014 93.060

2.675.665

Atualização/Juros 78.062

Valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira 2.597.603

CORRENTE 1.979.664

NÃO CORRENTE 617.939

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxa de mercado e têm períodos de vida útil definidos.Não existem à data de 31 de dezembro de 2011 rendas contingentes nem restrições respeitantes a dividendos (ou qualquer dívida adicional) associados aos contratos de locação financeira em vigor.

LOCAÇÃO OPERACIONAL

Durante o exercício de 2011 foram reconhecidos gastos de 1.293.766 euros relativos a rendas de contratos de locação operacional.

As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pela empresa em 31 de dezembro de 2011, essencialmente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintes vencimentos:

pagamentos mínimos da locação operacional:

2012 936.905

2013 352.469

2014 133.835

2015 53.135

1.476.344

12. Discriminação dos inventários

Inventários 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 13.910.879 17.183.157

Produtos e trabalhos em curso 26.837.389 45.944.733

Produtos acabados e intermédios 24.648.043 24.648.043

Ajustamentos de valor (3.869.840) (3.869.840)

61.526.471 83.906.093

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O valor das mercadorias em trânsito à data de 31 de dezembro de 2011 é de: 513.750 €.A rubrica de “Produtos e trabalhos em curso” à data de 31 de dezembro de 2011 respeita, essencialmente, a empreitadas em curso em território Angolano, cujo valor do rédito ainda não está contratualmente definido.

13. Discriminação das dívidas de terceiros

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe era o seguinte:

Dividas de terceiros correntes 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Clientes c/c 394.058.043 384.095.322

Clientes-títulos a receber 2.952.256 5.727.848

Clientes de cobrança duvidosa 18.602.666 17.238.850

Ajustamentos de valor (18.602.666) (17.238.850)

Clientes 397.010.299 389.823.170

Empresas do grupo 53.586.444 24.415.035

Empresas participadas 480.861 1.156.229

Outros acionistas (sócios) 300.636 990

Empresas do grupo, associadas e participadas 54.367.942 25.572.254

Outros devedores 11.223.681 13.086.424

Ajustamentos de valor (1.384.122) (1.384.122)

Outras dívidas de terceiros 9.839.559 11.702.302

O valor considerado em empresas do grupo diz respeito a empréstimos de tesouraria concedidos, à GrupoSoares da Costa, SGPS, SA..

Durante o exercício de 2011 o valor recebido proveniente de investimentos financeiros foi de 108.612.992€ da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA. e o valor pago respeitante a investimentos financeiros foi de 138.835.212 € (136.445.824€ à Grupo Soares da Costa, SGPS, SA., 2.371.368€ à Auto-Estradas XXI, SA. e 18.000€ relativos à constituição da sociedade Santolina Holding B.V.).

O Detalhe da rubrica “ Estado e Outros Entes Públicos" em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de2010 era o seguinte:

31-DEZ-11 Imposto

Imposto sobre o rendimento do exercício 54.256 39.074

Imposto sobre o valor acrescentado 5.724.885 3.534.629

Outros 25.838 965

5.804.979 3.574.668

14. Discriminação de outros ativos correntes

Outros ativos correntes 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de rendimentos 49.548.146 68.125.706

Gastos a reconhecer 11.724.827 8.417.734

61.272.973 76.543.440

Em dezembro de 2011 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de rendimentos

Trabalhos executados não faturados 31.089.715 43.166.981

Processos de indemnizações em curso 15.624.980 22.009.750

Outros acréscimos de rendimentos 2.833.451 2.948.975

49.548.146 68.125.706

Gastos a reconhecer

Custos iniciais de arranque de obra 3.904.435 1.782.257

Outros gastos a reconhecer 7.820.392 6.635.477

11.724.827 8.417.734

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15. Caixa e seus equivalentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Numerário 465.795 528.863

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 38.892.440 42.704.813

Caixa e seus equivalentes 39.358.235 43.233.676

Disponibilidades constantes do balanço 39.358.235 43.233.676

16. Composição do capital social e reservas

O capital social da empresa tem o valor nominal de 50.000.000 de euros. O capital da sociedade é representado por 10.000.000 de ações ordinárias com o valor nominal de 5 euros cada uma. O capital social é detido a 100% pela Soares da Costa Construção, SGPS, SA.

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos acionistas, exceto se se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados.

17. Dividendos

Os dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, atribuídos ao acionista, de acordo com a deliberação da Assembleia Geral datada de 17 de março de 2011, ascendeu a 6.500.000,00€. O seu pagamento ocorreu em 07 de abril de 2011.

Relativamente aos dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o Conselho de Administração propõe que seja pago um montante de 9.600.000,00€. Estes dividendos estão sujeitos à aprovação do acionista em Assembleia Geral, não tendo sido incluídos como passivo nas demonstrações financeiras anexas.

18. Empréstimos bancários

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

passivos não correntes

Empréstimos bancários 63.469.487 50.263.287

63.469.487 50.263.287

passivos correntes

Empréstimos bancários 123.840.053 123.097.371

Outros empréstimos obtidos 37.005.321 44.293.314

Descobertos bancários 10.482.015 7.600.145

171.327.388 174.990.830

Em 31 de dezembro de 2011 os empréstimos bancários, sob a forma de contas correntes caucionadas, venciam juros à taxa média anual de 10,601%.

Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do NCG Banco, SA, sucursal em Portugal no montante atual de 1.235 milhares de euros, cujo reembolso ocorrerá em janeiro, fevereiro e março de 2012.

Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Montepio Geral no montante atual de 3.000 milhares de euros, cujo reembolso ocorrerá em janeiro de 2012.

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Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante atual de 138 milhares de dólares, cujo reembolso ocorrerá em janeiro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do NCG Banco, SA, sucursal em Portugal no montante de 1.150 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 23 prestações semestrais com termo em janeiro de 2023.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante atual de 355 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 2 prestações trimestrais com termo em maio de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante atual de 1.491 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 7 prestações trimestrais com termo em setembro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante atual de 59 milhares de euros, cujo reembolso ocorrerá em fevereiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Português de Negócios no montante atual de 1.689 milhares de

euros, cujo reembolso será realizado, em 13 prestações trimestrais com termo em janeiro de 2015.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Português de Negócios no montante atual de 2.717 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 5 prestações trimestrais com termo em fevereiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BIC no montante atual de 400 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 6 prestações mensais com termo em junho de 2012.Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do BANIF Banco Internacional do Funchal no montante atual de 3.542 milhares de euros, cujo reembolso será realizado, em 13 prestações trimestrais com termo em fevereiro de 2015.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante atual de 8.750 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 7 prestações trimestrais com termo setembro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal) no montante atual de 3.750 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 2 prestações mensais com termo fevereiro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Barclays Bank no montante atual de 3.040 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações mensais com termo julho de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Barclays Bank no montante atual de 1.600 milhares de euros, cujo reembolso será realizado em 5 prestações com termo junho de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BAI Europa no montante atual de 2.000 milhares de dólares, cujo reembolso ocorrerá em junho de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do BRD Groupe Société Generale no montante atual de 755 milhares de Rol´s, cujo reembolso será realizado, em 3 prestações trimestrais com termo em agosto de 2012.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com o Barclays Bank a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 9.900 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até agosto de 2013. Em 31 de dezembro de 2011 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com a Caixa Central de Credito Agrícola Mutuo a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 5.000 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até janeiro de 2014. Em 31 de dezembro de 2011 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. tem contratado com a Caixa Geral de Depósitos a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 15.000 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até junho de 2012.Em 31 de dezembro de 2011 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com o Banco Comercial Português a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 4.500 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até janeiro de 2014. Em 31 de dezembro de 2011 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com o Banco Comercial Português e com o Banco Popular Portugal a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 15.000 milhares de euros, ao abrigo de um contrato programa válido até janeiro de 2014. Em 31 de dezembro de 2011 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

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Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante atual de 1.950 milhares de dólares, cujo reembolso será realizado, em 13 prestações mensais com termo em janeiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco de Fomento de Angola no montante atual de 462.157 milhares de kwanzas, cujo reembolso será realizado, em 22 prestações mensais com termo em outubro de 2013.

O valor da rubrica “Empréstimos bancários”, com a implementação da normas respeitantes à mensuração dos empréstimos bancários pelo custo amortizado - IAS 39 e IAS 32 – reflete uma diminuição de 82.200 €.

O valor dos empréstimos registados no balanço à data de 31 de dezembro de 2011 tem as seguintesmaturidades:

maturidades Empréstimos bancários

Emprést. por obrigações

Outros emprést. obtidos

Descobertos bancários

O. empréstimos obtidos (factoring)

Total

2012 123.840.053 10.482.015 37.005.321 171.327.388

2013 30.518.758 30.518.758

2014 27.771.609 27.771.609

2015 3.012.216 3.012.216

2016 1.516.905 1.516.905

2017 100.000 100.000

após 2017 550.000 550.000

187.309.540 10.482.015 37.005.321 234.796.876

Os empréstimos, à data de 31 de dezembro de 2011, venciam juros às seguintes taxas:

Natureza mínimo máximo

Contas caucionadas 5,030% 9,190%

Hot Money 7,235% 11,940%

Empréstimos bancários 2,222% 8,670%

Emissão de papel comercial 4,856% 6,604%

19. Instrumentos financeiros derivados

Para fazer face ao risco cambial associado aos fluxos de caixa esperados num projeto específico, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., contratou com uma instituição financeira um conjunto de forwards cambiais, resumidos no seguinte quadro:

Tipo de instrumento financeiro: Derivados

Descrição dos derivados: Forward

Banco: Barclays Bank

Moeda: Dólar

Data do contrato: 03-07-2009 18-09-2009

Data de início: 03-07-2009 18-09-2009

Data de vencimento: 09-07-2012 09-07-2012

Periodicidade: Flexível Flexível

Swap: 1,4455 1,5100

Montante total coberto em 31-12-2011: 8.150.000 USD 5.000.000 USD

Referência: Taxa de Câmbio EUR/USD

20. Discriminação de outras dívidas a terceiros

Em 31 de dezembro de 2011 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

Dívidas a terceiros 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Empresas do grupo 66.953 66.945

Regime especial de tributação dos grupos de empresas 6.488.791 5.760.109

Empresas participadas 1.580.283 3.857.038

Empresas associadas 44.031 -

Outros acionistas (sócios) - 1.210.259

Empresas do grupo, associadas e participadas - corrente 8.180.059 10.894.352

Outros credores 37.101.488 31.904.112

Outras dívidas a terceiros - corrente 37.101.488 31.904.112

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O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de dezembro de2011 e 31 de dezembro de 2010 é como segue:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Imposto sobre o valor acrescentado - 11

Imposto sobre o rendimento do exercício 8.251 12.152

Contribuições para a segurança social 1.531.247 945.566

Outros 518.568 327.444

2.058.065 1.285.173

21. Discriminação de outros passivos correntes

Outros passivos correntes 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de gastos 75.739.407 62.258.681

Rendimentos a reconhecer 29.177.263 23.533.740

104.916.669 85.792.421

Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31-DEZ-11 31-DEZ-10

Acréscimos de gastos

Faturas por rececionar 66.549.522 52.349.692

Remunerações a liquidar 5.416.612 5.997.286

Juros a liquidar 1.322.178 591.830

Outros acréscimos de gastos 2.451.095 3.319.874

75.739.407 62.258.681

Rendimentos a reconhecer

Trabalhos faturados não executados 28.589.418 20.203.337

Outros rendimentos a reconhecer 587.845 3.330.403

29.177.263 23.533.740

22. Discriminação do movimento no período dos ajustamentos de valor e das provisões

O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:

Ajustamentos de valor Notas Saldo inicial Alterações no perímetro

Aumento Redução Saldo final

Clientes cobrança duvidosa 17.238.850 - 1.363.816 - 18.602.666

Clientes 13 17.238.850 - 1.363.816 - 18.602.666

Outros devedores 1.384.122 - - - 1.384.122

Outras dívidas de terceiros 13 1.384.122 - - - 1.384.122

Produtos acabados e intermédios 3.869.840 - - - 3.869.840

Inventários 12 3.869.840 - - - 3.869.840

Total de ajustamentos de valor 22.492.811 - 1.363.816 - 23.856.627

O movimento ocorrido nas provisões é como segue:

provisões Saldo inicial Alterações no perímetro

Aumento Redução Saldo final

Outras provisões para riscos e encargos 15.000 - - - 15.000

15.000 - - - 15.000

O registo das perdas por imparidade relacionadas com as dívidas de terceiros tem por base uma análiseindividualizada do risco, ponderando a natureza do terceiro, a mora do crédito.

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23. Informação por segmentos

As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

Réditos de vendas por mercados geográficos 31-DEZ-2011 % 31-DEZ-2010 %

Portugal 233.096.859 38,49% 229.198.710 36,58%

Angola 310.618.639 51,28% 347.285.389 55,43%

Roménia 6.629.981 1,09% 25.876.496 4,13%

Moçambique 54.899.201 9,06% 20.944.767 3,34%

Outros 432.356 0,07% 3.239.103 0,52%

Totais 605.677.038 100,00% 626.544.465 100,00%

A decomposição desta rubrica à data de 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 é a seguinte:

vendas e prestações de Serviços 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Mercadorias 487.579 922.958

Produtos acabados e intermédios 22.990 525.668

Prestação de serviços 591.651.888 612.466.616

Rendimentos suplementares 13.514.581 12.629.224

605.677.038 626.544.465

Os ativos líquidos e Investimentos em ativos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos como segue:

portugal Angola moçambique S. Tomé e príncipe

Guiné Roménia Outros Total

Ativos líquidos

Ativos fixos tangíveis 20.841.040 111.001.520 1.626.105 370.108 306.069 366.950 - 134.511.792

Investimentos financeiros 3.033.488 4.066 - 256.024 - - 18.319 3.311.896

Inventários 23.846.600 37.281.313 398.558 - - - - 61.526.471

Dívidas a terceiros 185.641.544 266.426.627 38.218.425 805.656 6.960.858 4.442.988 3.243.519 505.739.617

Disponibilidades 18.375.712 18.708.223 847.143 - 13.454 1.356.834 29.869 39.358.235

Ativos por impostos diferidos 1.051.830 - - - - - - 1.051.830

Outros ativos 37.523.830 17.983.531 155.813 32.979 1.263.236 3.438.383 875.201 61.272.974

TOTAIS 290.313.432 451.405.281 41.273.044 1.464.767 8.543.618 9.605.154 4.166.907 806.772.203

Investimentos realizados em 2011

Ativos fixos tangíveis e intangíveis 945.282 8.192.732 307.288 - - 318 - 9.445.620

TOTAIS 945.282 8.192.732 307.288 - - 318 - 9.445.620

24. Outros ganhos e perdas operacionais

Os outros ganhos operacionais são como segue:

Outros rendimentos e ganhos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Ganhos em ativos fixos tangíveis (*) 2.643.416 83.750

Benefícios e penalidades contratuais 227.759 507.606

Restituição de impostos 132.600 251.571

Recuperação de dívidas - 47.001

Outros rendimentos e ganhos operacionais (**) 12.438.547 5.508.892

15.442.323 6.398.819

(*) Ver nota 7

(**) Inclui regularizações de saldos no valor de 7,3 milhões de euros

As outras perdas operacionais são como segue:

Outros gastos e perdas 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Dívidas incobráveis 315.011 -

Perdas em ativos fixos tangíveis 1.672.564 858.333

Multas 116.677 80.212

Donativos 17.726 9.338

Perdas em inventários 113.597 185.964

Penalidades contratuais 771.805 1.857.257

Outros gastos e perdas operacionais 4.809.864 6.172.236

7.817.243 9.163.340

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25. pessoal

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010, num total de 1.990 e 2.224, respetivamente, é como segue:

Direção Quadros superiores Quadros médios Encarr., mestres

e Chefesprofissionais alta qualific.

Qualificados e semi-

qualificados

Não qualificados

praticantes e aprendizes

Construtora

4 267 74 225 956 19 121 0

ACE’S

20 13 29 11 11 92 148 0

Direção Quadros superiores Quadros médios Encarr., mestres

e Chefesprofissionais alta qualific.

Qualificados e semi-

qualificados

Não qualificados

praticantes e aprendizes

Construtora

4 290 87 262 1.182 21 145 1

ACE’S

27 42 28 39 16 42 38 0

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram as seguintes:

Orgãos sociais 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Administração 706.480 697.000

Conselho fiscal 48.500 35.000

Os gastos com o pessoal durante os exercícios de 2011 e 2010, apresentam a seguinte decomposição:

Gastos com pessoal 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Remunerações 67.987.704 79.629.158

Encargos sociais 15.109.322 15.992.896

83.097.026 95.622.054

26. Decomposição dos gastos com fornecimentos e serviços externos

Os gastos com fornecimentos e serviços externos no exercício de 2011 e 2010, apresentam a seguinte decomposição:

fornecimentos e serviços externos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Subcontratos 185.441.319 178.988.321

Consórcios e ACE’S 17.217.734 21.729.318

Trabalhos especializados 11.307.782 11.459.215

Aluguer de equipamentos 4.883.780 9.456.425

Alugueres de viaturas pesadas 2.922.109 6.903.122

Deslocações e estadas 4.457.664 5.928.927

Rendas de edifícios 4.344.130 5.864.731

Vigilância e segurança 2.213.584 2.551.944

Transportes 1.707.114 2.339.085

Honorários 1.122.887 1.623.420

Seguros 1.753.790 1.572.901

Comunicação 820.856 1.315.906

Combustíveis 1.417.414 1.268.398

Alugueres de viaturas ligeiras 1.160.741 1.245.461

Eletricidade 431.490 513.616

Rendas de terrenos 83.804 465.698

Outros 23.293.761 31.891.051

Integração ACE’s 105.281.730 77.910.219

369.861.690 363.027.756

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27. Demonstração dos resultados financeiros

Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 apresentam a seguinte decomposição:

Gastos e perdas 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Juros suportados 14.928.587 12.767.628

Diferenças de câmbio desfavoráveis 24.693.093 23.627.896

Descontos de pronto pagamento concedidos 28.721 36.363

Outros gastos e perdas financeiros 8.551.873 7.356.439

(1) 48.202.274 43.788.325

Rendimentos e Ganhos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Juros obtidos 5.789.104 9.577.125

Diferenças de câmbio favoráveis 28.736.391 21.783.296

Descontos de pronto pagamento obtidos 352.094 42.617

Rendimentos de participação de capital 20.000 512

Outros rendimentos e ganhos financeiros 13.738 266.057

(2) 34.911.327 31.669.607

RESuLTADOS fINANCEIROS (2)-(1) (13.290.948) (12.118.719)

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, custos com garantias bancárias e custos com serviços debitados por instituições bancárias.

28. Imposto sobre o rendimento e impostos diferidos

A Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo dominada, regista nas contas de “ Empresas do grupo, associadas e participadas” o crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.".

De acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa referentes ao ano de 2008 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 decompõe-se do seguinte modo:

Imposto sobre o rendimento 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Imposto corrente 6.508.117 5.771.646

Imposto diferido (150.705) (541.953)

6.357.413 5.229.693

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

Taxa Base fiscal Imposto

Taxa e imposto nominal sobre o rendimento (em vigor em Portugal) 26,50% 18.536.269 4.912.111

Derrama estadual 1.776.124 470.673

Tributação autónoma 1.955.893 518.312

Ajustamentos geradores de impostos diferidos (568.696) (150.705)

Outros ajustamentos 2.290.648 607.022

Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento 34,30% 6.357.413

Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem:

Ativos por impostos diferidos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Justo valor dos instrumentos financeiros 345.204 388.018

Outros 706.015 940.874

1.051.219 1.328.892

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passivos por impostos diferidos 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Diferença valorização ativos fixos 10.327.166 11.009.652

Mais valias com tributação diferida 137.695 132.726

Outros 291.953 -

10.756.814 11.142.378

29. Resultados por ação

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os resultados básicos por ação correspondem ao resultado líquido dividido pelo número de ações ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

Resultados por ação Base fiscal Imposto

Resultado das operações continuadas 12.178.856 8.306.186

Resultado líquido 12.178.856 8.306.186

Número total de ações ordinárias 10.000.000 10.000.000

Resultado por ação das operações continuadas

Básico 1,218 0,831

Diluído 1,218 0,831

Resultado por ação

Básico 1,218 0,831

Outros 1,218 0,831

30. Garantias prestadas

O valor das garantias bancárias prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de 2011, é como segue:

• Garantias bancárias prestadas a terceiros - 232.450.258€;• Cauções prestadas - 13.938.072€.

31. Riscos financeiros

a) Risco CambialEste risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como objetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos com responsabilidades na mesma divisa.

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Ativos EuR uSD AOK mZm ILS Outras Total

Investimentos financeiros 3.309.512 2.065 - - - 319 3.311.896

Clientes 169.774.636 234.198.517 - 13.872.150 934.179 2.604.119 421.383.600

Empresas do Grupo 53.586.444 - - - - - 53.586.444

Empresas associadas 24.329 - - - - 455.754 480.084

Empresas participadas e participantes 778 - - - - - 778

Outros acionistas (sócios) 300.636 - - - - - 300.636

Adiantamentos a fornecedores 6.546.983 6.056.933 1.739.621 - - - 14.343.537

Estado e outros entes públicos 5.804.979 - - - - - 5.804.979

Outros devedores 9.527.203 - 178.079 61.812 12.447 60.019 9.839.559

Depósitos bancários 21.696.335 9.332.925 7.474.449 362.544 8.939 17.247 38.892.440

Caixa 76.127 146.645 181.861 58.237 2.926 - 465.795

Acréscimos e diferimentos 61.272.973 - - - - 61.272.973

passivos EuR uSD AOK mZm ILS Outras Total

Empréstimos bancários 140.292.381 29.436.263 22.909.891 41.879 - 5.111.139 197.791.554

Outros financiamentos obtidos 37.005.321 - - - - - 37.005.321

Empresas do Grupo 66.953 - - - - - 66.953

Empresas associadas 44.031 - - - - - 44.031

Empresas participantes e participadas 1.580.283 - - - - - 1.580.283

RETGS 6.488.791 - - - - - 6.488.791

Fornecedores 117.199.436 58.085.435 2.509.251 4.054.357 3.518 2.396.602 184.248.599

Fornecedores de investimento 297.687 - - - - - 297.687

Adiantamentos de clientes 31.850.288 58.428.884 151.895 1.955.183 - - 92.386.250

Credores por locação financeira 2.597.603 - - - - - 2.597.603

Estado e outros entes públicos 2.058.065 - - - - - 2.058.065

Outros credores 34.928.534 - 451.250 1.721.704 - - 37.101.488

Instrumentos financeiros derivados 1.190.357 - - - - - 1.190.357

Acréscimos e diferimentos 103.389.058 257.540 1.267.991 - - 2.080 104.916.669

b) Risco de créditoEste risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das atividades da empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

Em 31 de dezembro de 2011 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são as seguintes:

vencimento Clientes C/C Clientes Títulos a receber 2011 2010

Não vencido 153.169.198 2.952.256 156.121.454 168.414.421

1 a 180 dias 59.719.539 59.719.539 55.200.397

181 a 360 dias 35.424.630 35.424.630 23.060.118

361 a 540 dias 32.231.897 32.231.897 35.862.084

541 a 720 dias 12.580.876 12.580.876 35.398.222

+ de 720 dias 125.305.205 125.305.205 98.735.869

TOTAL 418.431.344 2.952.256 421.383.600 416.671.111

Os valores em dívida há mais de 360 dias, estratificam-se por tipo de cliente de modo seguinte:

valores em dívida > 360 dias 31-DEZ-11 31-DEZ-10

Entidades Públicas Angolanas 66.251.920 82.679.932

Entidades Privadas Angolanas 25.710.594 28.660.776

Entidades Públicas Nacionais 34.388.738 26.496.806

Entidades Privadas Nacionais 24.441.239 29.625.345

Entidades Públicas Guineenses 2.533.240 2.533.317

Entidades Privadas Moçambicanas 13.940.095 -

Outras 2.852.153 -

TOTAL 170.117.978 169.996.175

Os valores acima referidos na categoria “Entidades Públicas Angolanas” incluem, com referência a 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, 60,8 milhões de euros, em nome de uma entidade com a qual decorrem negociações tendo em vista a sua regularização.

É convicção do Conselho de Administração que o valor dos ajustamentos de contas a receber, à data de 31 de dezembro de 2011, mostra-se adequado para fazer face às imparidades estimadas.

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c) Risco de liquidezA política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.

32. Acontecimentos subsequentes

Não existem factos relevantes a assinalar.

33. Contingências

Diferendo Quinta da Murtosa / Sociedade de Construções Soares da Costa / CM PortoA empresa mantém uma conta a receber da entidade “Quinta da Murtosa – Empreendimentos Imobiliários, Lda.” no montante de 5.985.575 euros, evidenciado no balanço na rubrica “Clientes – conta corrente”, o qual está associado a um contrato promessa de venda de um terreno que deveria ter sido entregue pela Câmara Municipal do Porto ao abrigo de um protocolo celebrado em 7 de dezembro de 2000. A realização desta conta a receber está pendente da resolução de um processo de contencioso que envolve aquela entidade e a Câmara Municipal do Porto. Paralelamente, a referida entidade intentou um processo judicial contra a empresa no sentido de lograr judicialmente a anulação ou resolução do contrato-promessa acima referido.

Em janeiro de 2005 a empresa intentou um processo contra a Câmara Municipal do Porto visando a entrega do terreno que constitui objeto de litígio. Subsidiariamente, caso não seja concretizada a entrega do terreno, a empresa exige o pagamento da quantia de 7.182.689 euros acrescida de juros de mora.

Já foi realizado o julgamento deste processo, tendo a decisão favorável à empresa já transitado em julgado, e, como o Município do Porto não deu espontânea execução àquela sentença foi intentada a competente ação executiva, que corre seus termos.

Dado que o Conselho de Administração entende que a resolução deste processo não produzirá qualquer impacto relevante nas demonstrações financeiras, não foi registada qualquer provisão.

34. Aprovação de contas para emissão

Em reunião de 12 de março de 2012 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.

35. Alterações de políticas, estimativas e erros

Durante o exercício de 2011 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2010 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

36. principais indicadores financeiros

Indicadores económicos 31-DEZ-11 31-DEZ-10reexpresso 31-DEZ-10

Liquidez reduzida 110,9% 93,8% 94,3%

Liquidez geral 124,0% 110,2% 109,9%

Solvabilidade 118,9% 117,8% 117,8%

Autonomia financeira 15,9% 15,1% 15,1%

Autofinanciamento capitais permanentes 55,2% 57,8% 65,8%

Grau de cobertura do imobilizado 160,8% 142,4% 124,3%

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Relatórios de fiscalização

Iv

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Relatórios de Fiscalização do Exercício de 2011 | Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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Certificação Legal das Contas

INTRODUÇÃO E RESPONSABILIDADES

1. Examinámos as demonstrações financeiras da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (adiante designada por empresa), as quais compreendem a demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2011 (que evidenciam um ativo líquido de 806.722.204 euros e um capital próprio de 128.226.736 euros, incluindo um resultado líquido de 12.178.856 euros), a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo às demonstrações financeiras, referentes ao exercício findo naquela data. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem, de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião profissional e independente, baseada no exame que realizámos às referidas demonstrações financeiras.

ÂMBITO

2. O nosso exame foi efetuado de acordo com as normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado e executado com o objetivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto, o nosso exame inclui: (i) a verificação por amostragem, do suporte das quantias constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da preparação das demonstrações financeiras, (ii) a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adotadas e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, (iii) a apreciação da aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade das operações, e (iv) a verificação de ser adequada a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

3. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., em 31 de dezembro de 2011, bem como resultados das suas operações e os fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIC/NIRF), tal como adotadas na União Europeia.

RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS

4. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 15 de março de 2012

Paulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação de BDO & Associados, SROC

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Relatório e parecer do fiscal Único

Senhores Acionistas,

RELATÓRIO

No cumprimento do mandato que V. Exas. nos conferiram e no desempenho das nossas funções legais e estatutárias, acompanhámos durante o exercício de 2011 a atividade da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., examinámos regularmente os livros, registos contabilísticos e demais documentação, constatámos a observância da lei e dos estatutos e obtivemos do Conselho de Administração os esclarecimentos, informações e documentos solicitados.

A demonstração da posição financeira, a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa, os anexos às demonstrações financeiras e o Relatório de Gestão, lidos em conjunto com a Certificação Legal das Contas, permitem uma adequada compreensão da situação financeira e dos resultados da Empresa e satisfazem as disposições legais e estatuárias em vigor. Os critérios valorimétricos utilizados merecem a nossa concordância.

PARECER

Assim, propomos:1. Que sejam aprovados o Relatório de Gestão, a demonstração da posição financeira, a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações do capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo às demonstrações financeiras, apresentados pelo Conselho de Administração, relativos ao exercício de 2011.2. Seja aprovada a proposta de aplicação de resultados apresentados pelo Conselho de Administração.

Porto, 15 de março de 2012

O Fiscal Único

Paulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação de BDO & Associados, SROC

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Ata nº. 18 (Dezoito)

• Aos vinte de Março de dois mil e doze, pelas 9h e 15m, na Rua Santos Pousada, nº 220, no Porto, reuniu a Assembleia Geral da sociedade “SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, Sociedade Anónima”, com sede neste local, com o capital social de cinquenta milhões de euros, com o número único de Pessoa Coletiva (NIPC) e matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto 505 924 170.

• Assumiu a Presidência da Mesa, por direito próprio, o Exmo. Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves, o qual foi secretariado, também por direito próprio, pelo Exmo. Sr. Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós.

• Estava presente o representante da acionista única “SOARES DA COSTA - CONSTRUÇÃO, SGPS, Sociedade Anónima”, Exmo. Sr. Dr. António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques, da qual é Presidente do Conselho de Administração.

• Estavam também presentes membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Sociedade.

• Esta reunião teve lugar sem observância de quaisquer formalidades prévias, mas foi pelo representante da única acionista manifestada a vontade de que esta Assembleia se constituísse e validamente deliberasse, nos termos do artigo 54º do Código das Sociedades Comerciais, sobre a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. “Relatório de Gestão e as Contas do exercício de 2011”;2. “Proposta do Conselho de Administração de Aplicação de Resultados”;3. “Apreciação geral da Administração e da Fiscalização da Sociedade”.

• Aberta a reunião, foi deliberado o seguinte:

1. Quanto ao ponto UM, da Ordem de Trabalhos, o Presidente do Conselho de Administração, Sr. Dr. António Castro Henriques, usando da palavra, deu uma panorâmica geral do exercício da atividade do Grupo, abordando os principais indicadores económicos e financeiros (VN, EBITDA, RF, RAI e RL) e fazendo a análise comparativa com o período homólogo, fazendo, depois, uma referência às perspetivas futuras de negócio nas diversas áreas geográficas em que a Empresa está a operar.

• De seguida, cada um dos restantes membros do Conselho de Administração fez uma exposição sobre as áreas de atividade e os mercados geográficos que cada um foi responsável no exercício em causa.

• Seguidamente, foi posto à votação o Relatório de Gestão e as Contas relativas ao exercício de 2011, que mereceram aprovação;

2. Quanto ao ponto DOIS, aprovar a proposta do Conselho de Administração no sentido de que o resultado líquido individual de 12.178.856,39 euros, obtido pela Sociedade, seja aplicado do modo seguinte:

a) Para reserva legal (5% dos resultados líquidos) - 608.942,82€;b) Para distribuição de dividendos - 9.600.000,00€;c) Para reservas livres, o valor remanescente de 1.969.913,57€.

3. Quanto ao ponto TRÊS, manifestar um voto de louvor e de reconhecimento ao Conselho de Administração pela forma como conduziu a gestão dos negócios sociais, numa conjuntura de crise, nacional e internacional, particularmnentre difícil, e expressar ao Órgão de Fiscalização reconhecimento e agradecimento pelo acompanhamento apoio técnico demonstrados;

• Nada mais havendo a tratar, foi esta reunião dada por encerrada e dela lavrada a presente Ata que, em sinal de concordância e conformidade, vai ser assinada pelo representante da acionista única e pelos membros da Mesa.

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pORTO

Rua de Santos Pousada, 220

4000 – 478 Porto | Portugal

T. +351 228 342 200

F. +351 228 342 641

LISBOA

Rua Julieta Ferrão, 12-13º

1649 – 039 Lisboa | Portugal

T. +351 217 913 200

F. +351 217 958 484

ANGOLA

Rua Cónego Manuel das Neves, 19

CP 2762 Luanda | Angola

T. +244 222 447 360

F. +244 222 447 326

mOçAmBIQuE

Av. Ho Chi Min, 1178-1º e 2º Andar

Caixa Postal 1667

Maputo | Moçambique

T. +258 21421 059

F. +258 21321 653

EuA

7270 nw 12th Street, Penthouse 3

Miami – Florida — 33126 USA

T. +305 592 93 99

F. +305 718 87 93

ROmÉNIA

Str. Episcop Chesarie, Nº. 15, Bloco A

Parter, Setor 4 - Bucuresti

Código Postal 040183

T. + 0372 747 777/8/9

F. + 0372 870 595

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