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RELATÓRIO E CONTAS 2014 RELATÓRIO E CONTAS 2014

RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

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RELATÓRIOE CONTAS 2014

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2 RELATÓRIO E CONTAS 2014

População de Moçambique25,83 milhões

Área total do País799.380 km2

CapitalMaputo

ProvínciasNiassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo

MoedaMetical (MZN)

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ÍNDICEFACTOS E ACONTECIMENTOSFactos e Acontecimentos Relevantes

MOZA BANCOHistorialEstrutura AccionistaOrgãos SociaisPrioridades estratégicasActividade ComercialActividades de Suporte ao NegócioDesenvolvimento TecnológicoGestão da Imagem e ComunicaçãoGestão PrudencialGestão Responsável

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICOEconomia InternacionalMercados Bolsistas internacionaisCommoditiesEconomia RegionalEconomia Nacional

ANÁLISE FINANCEIRAPrincipais IndicadoresNotas IntrodutóriasComposição do ActivoAnálise do Risco de CréditoAnálise do Resultado, Eficiência e Rentabilidade

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS E REFERÊNCIASProposta de Aplicação de ResultadosReferências

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RESPECTIVAS NOTAS

PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS E DO CONSELHO FISCALRelatório do Auditor IndependenteRelatório e Parecer do Conselho Fiscal

68

1416161617172022232525

283031313232

363839394143

44

4647

48

94

9697

11.1

22.12.22.32.42.52.62.72.82.92.10

33.13.23.33.43.5

44.14.24.34.44.5

5

5.15.2

6

7

7,17.2

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01.FACTOS E ACONTECIMENTOS

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Profissionalismo desafios

SEGMENTAÇÃO

LIDERARcliente

objectivoTRANSFORMAÇÃO dinâmica

OPTIMIZAR

organização

MOÇAMBIQUE

qualidade

infraestrutura

Lealdade

performanceserviço

rentabilidade

éticaREDE

formação

SE

GU

RA

A

universal

aper

feiç

oar DEDICAÇÃO

excelência

CRESCIMENTO

INFORMATIZAÇÃO

produtosFOCO

solidez

iniciativa

SABER

INVESTIMENTO

SOU MOZAestratégia

Inte

grid

ade

Transparência

rentabilidade

cliente

FOCO

Inovaçao

qualidade

COMPROMISSOSucesso

rentabilidadeRespeito

Ética

DEDICAÇÃO

Rigor

DEDICAÇÃO

dinâmicaRespeito

1.1 - FACTOS E ACONTECIMENTOS RELEVANTES

JANEIRO

Início da implementação do Plano Estratégico (2014-

2018);

Criação do Gabinete de Gestão da Mudança (PMO),

com o objectivo de acompanhar e monitorar a

execução do Plano Operacional;

Parceria com as Nações Unidas, que visa o

desenvolvimento e apoio às abordagens para

antecipar e prevenir potenciais impactos negativos

no meio ambiente e na sociedade;

FEVEREIRO

Disponibilidade do serviço pré-pago de energia

eléctrica (Credelec), nas ATM’s do Moza Banco;

Entrada em funcionamento de um Modelo de Gestão

de Desempenho (MGD) - “A EXCELÊNCIA em mim”;

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MARÇO

Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”,

dirigida aos Colaboradores do Moza Banco;

Moza e Banco Europeu de Investimento (BEI)

assinam linha de financiamento às PME’s no

equivalente a 5 milhões de Euros;

Participação do Moza Banco na TEKTÓNICA

Moçambique, a maior feira profissional para os

sectores de Construção e Imobiliário;

Inauguração de nova Sede;

Início da oferta aos Clientes de um portfólio

de produtos de seguros em parceria com a

Tranquilidade Moçambique – Companhia de

Seguros.

ABRIL

Adesão do Moza Banco a Rede VISA Internacional;

Parceria com a Associação do Comércio e Indústria

(ACIS), o evento “Mantenha o Conteúdo Local”,

enquadrado na iniciativa “Vínculos de Negócios e

Desenvolvimento de Fornecedores”;

Participação no fórum de negócios organizado pelo

Fundo Monetário Internacional (FMI) sob o lema

“Quadro Macroeconómico de Moçambique e da

África Subsariana”;

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JUNHO

Celebração do VI Aniversário do Moza Banco;

Parceria com a “Carteira Móvel”;

Participação na Conferência da ANADARKO, sobre o

Projecto de Gás Natural Liquefeito em Moçambique;

Implementação do Serviço de Alertas (SMS e E-Mail)

na confirmação de transacções, operações com

cartões, serviços de poupança e crédito;

Lançamento da “Campanha de comunicação VISA –

Cartões Moza Banco”;

MAIO

Moza Banco promove em parceria com a

ACIS, o Evento “Mantenha o Conteúdo Local”,

enquadrado na iniciativa “vínculos de negócios e

desenvolvimento de fornecedores”, cujo objectivo é

criar uma verdadeira ligação entre os megaprojectos

e as pequenas e médias empresas.

O Moza Banco no âmbito da sua responsabilidade

social em parceria com a Associação Kulungwana,

promove o projecto de arte “Colecção Crescente”

que conta com a participação de 77 artistas

nacionais que apresentam as suas obras trabalhadas

de maneira livre e criativa. Através deste projecto, o

Moza Banco e a Associação Kulungwana pretendem

abrir novos espaços para os artistas moçambicanos

e ampliar oportunidades de produção e

disseminação dos valores culturais nacionais nas

suas diferentes técnicas artísticas.

O Moza Banco e a Câmara do Comércio

Moçambique/EUA (CCMUSA) organizou um fórum de

negócios com o tema “Quadro Macroeconómico de

Moçambique e da África Subsariana”.

O evento juntou a comunidade empresarial,

sociedade civil, estudantes, membros da Câmara,

quadros do Banco e outros interessados.

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AGOSTO

Realização em Tete, em parceria com a Associação

do Comércio e Indústria (ACIS), do evento Business

Link com o tema “Acresça Conteúdo Local”;

Expansão da rede comercial, ao abrir mais um balcão

localizado num dos locais mais movimentados e

emblemáticos da cidade de Maputo, a Avenida Julius

Nyerere;

Atribuição do prémio excelência aos Colaboradores

que mais se destacaram no exercício das suas

funções, em 2013.

JULHO

Entrada em vigor do novo regime fiscal do Internal

Revenue Code, imposto pelos Estados Unidos da

América, denominado FACTA (Foreign Account Tax

Compliance Act);

Moza Banco e Ministério da Função Pública firmam

parceria;

Participação do Moza Banco na 50ª Edição da Feira

Internacional de Maputo – FACIM - a maior feira de

Moçambique;

Participação do Moza Banco no encontro de

empresários para a cooperação económica e

comercial entre a China e os países de língua

portuguesa (CPLP), promovido pelo Instituto para a

Promoção das Exportações (IPEX);

Oferta do Depósito “Super Poupança” a uma taxa

de juro até 15%/ano aos Clientes fidelizados e

condições especiais para Novos Clientes.

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OUTUBRO

Implementação do projecto de definição da

“Ferramenta de Cálculo de Imparidades e Provisões

Regulamentares”;

Parceria com a Universidade Politécnica;

Assinatura do Protocolo Comercial entre o Moza

Banco e o Ministério da Agricultura;

Lançamento de duas novas Soluções de Leasing,

associadas a marcas de renome internacional,

Renault e Mitsubishi;

Início da implementação da ferramenta de Enterprise

Resource Planning (ERP), denominada SAP “Business

All in One” (BAIO).

SETEMBRO

Lançamento do “Deposito a Prazo Empresas 2015”

e “Conta 100”, com o objectivo contínuo de oferecer

produtos vantajosos, acessíveis e flexíveis aos

nossos clientes;

Distinção do Moza Banco como a instituição

financeira com maior crescimento em Moçambique

em 2014, pelo portal financeiro internacional “Global

Banking & Finance Review”;

Assinatura do protocolo associado à Linha

de garantia do FECOP, através da Embaixada

de Portugal, para potenciar actividades de

financiamento às PME’s em Moçambique, no valor

global de MZN 43 Milhões;

Lançamento de uma Linha de garantia de crédito da

USAID, para a partilha de risco em actividades de

financiamento a Micro, Pequenas e Médias Empresas

na cadeia de valor do agro-negócio.

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NOVEMBRO

Assinatura do Acordo de Parceria entre o Moza

Banco e o African Guarantee Fund (AGF), para o

estabelecimento de uma linha de garantia para apoio

a actividades de financiamento às Micro, Pequenas

e Médias Empresas, no valor equivalente a USD 5

Milhões;

Disponibilização de MZN 270 Milhões para PME´S,

através de uma linha de financiamento rubricada

com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

DEZEMBRO

Consolidação do crescimento do Moza Banco, com a

abertura de 5 novas Unidades de Negócio;

Parceria com o Secretariado Geral da Assembleia da

República;

Abertura oficial do 1º Balcão de Atendimento

implantado no Mercado Informal de Tsalala;

Assinatura do contrato de financiamento com o

Banco de Moçambique, no total de EUR 4 Milhões,

para acesso aos fundos da Organização Alemã KFW,

disponibilizados para o apoio ao sector privado em

Moçambique.

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02.MOZABANCO

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16 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2.1 - HISTORIALO Moza Banco iniciou a sua actividade em 2008, como um

Banco Corporate e Private, tendo, em 2010, sido considerado

pela KPMG no seu relatório das “100 maiores empresas de

Moçambique”, como instituição financeira com o mais rápido

crescimento em termos de volume de negócios.

Em 2012, a conceituada revista “The Banker” classificou o

Moza Banco como o quinto Banco em África que mais cresceu

em termos de activos. Mais recentemente, o Moza Banco foi

galardoado pela prestigiada publicação de especialidade na

área financeira, Global Banking and Finance Review, como o

Banco comercial moçambicano com o mais rápido crescimento

em 2014.

O crescimento do Moza Banco e implantação no mercado

financeiro Moçambicano tem vindo a acentuar-se de um modo

gradual e sustentado, alicerçado num ambicioso projecto de

expansão, modernização e reforço à infra-estrutura tecnológica,

para que gradualmente consolide o seu posicionamento de um

banco universal de retalho, direccionado a todos os segmentos

de mercado.

Actualmente, o Moza Banco ocupa a quarta posição no ranking

bancário nacional, com uma quota de mercado de 6,7%, tendo

registado em 2014 a terceira maior contribuição no crescimento

do envolvimento financeiro.

Esta vaga de crescimento tem como base o reforço da presença

nas principais cidades e a implementação das agências

em locais que apresentam uma projecção de crescimento

económico e a aposta contínua na inovação e na prestação de

um serviço diferenciado e de qualidade.

2.2 - ESTRUTURA ACCIONISTAEm Junho de 2013 a Moçambique Capitais e o BES ÁFRICA

SGPS anunciaram um acordo para o estabelecimento de

uma estrutura accionista renovada face à que o Moza Banco

apresentava no final de 2012.

Na sequência da aquisição por parte da BES África SGPS da

participação do terceiro accionista minoritário, o Moza Banco

passou a ser a primeira instituição Financeira do Mercado

com capitais maioritariamente moçambicanos. O BES África

foi incorporado no Novo Banco e o capital aumentou em

630.000.000 Meticais.

2.3 - ORGÃOS SOCIAIS

Conselho Fiscal

PresidenteLuís Miguel Rosário Baptista

VogalPaula Ferreira

Vice-PresidenteEdgar Danilo Estevão Balói

SuplenteVenâncio Chirrime

Assembleia Geral

PresidenteCastigo José Correia Langa

Vice-Presidente Samora Moisés Machel Júnior

Secretária Márcia Valigy e Silva

2014 Número de acções Total do capital social % capital social

Accionista

Moçambique Capitais, S.A. 38.351.000 958.775.000 50,000%

BES África S.G.P.S., S.A. 36.848.000 921.200.000 49,000%

Dr. Almeida Matos 1 25.000 0,002%

75.200 1.880.000.000 100,00%

Conselho de Administração

PresidentePrakashchandra Ratilal

VogalPaulo Dambusse Marques Ratilal

VogalIbraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo

VogalRui Manuel Fernandes Pires Guerra

VogalAntónio Augusto Figueiredo D’ Almeida Matos

Vogal Luis Tiago Lima de Carvalho Moura Valença Pinto

VogalLuís Magaço Júnior

Vogal João Luís Fernandes Jorge

Comissão Executiva

PresidenteIbraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo

Administrador ExecutivoLuís Magaço Júnior

Administrador ExecutivoLuís Tiago Lima de Carvalho Moura Valença Pinto

Administrador ExecutivoJoão Luís Fernandes Jorge

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2012 2013 2014

35,368

20,443

10,626

92%

73%

2.4 - PRIORIDADES ESTRATÉGICASEm Novembro de 2013, o Conselho de Administração do Moza

Banco aprovou um Plano Estratégico para os 5 anos seguintes,

um instrumento que define as linhas orientadoras e estratégicas

para o Banco, com especial enfoque nos temas referentes ao

posicionamento competitivo e comercial, expansão da rede de

distribuição, e política de investimento e desenvolvimento de

infra-estrutura e recursos humanos.

Nesse mesmo plano, as prioridades estratégicas apontadas para

2014 foram:

■ O reforço da presença do Moza Banco junto dos grandes

clientes e institucionais, bem como a preparação da nova

estrutura comercial para responder às necessidades de

crescimento e aproximação ao cliente;

■ A revisão do catálogo de produtos com uma clara definição

da proposta de valor para cada segmento alvo, bem como a

continuação da expansão da rede em áreas sub-penetradas e

com potencial de negócio.

Para suportar este crescimento do negócio, garantindo a

eficiência e a qualidade necessária e desejada, foi definido

como objectivo, a reestruturação da organização e redesenho

dos processos, adequação dos sistemas e tecnologias de

suporte, forte aposta na formação dos colaboradores e a devida

sofisticação do modelo de risco.

O ano de 2014 foi o primeiro ano de execução deste plano,

onde foi notável o esforço de toda a organização para a

preparação e realização dos objectivos definidos, sendo

de realçar o elevado grau de concretização dos objectivos

traçados.

2.5 - ACTIVIDADE COMERCIALAs principais prioridades estratégicas no plano comercial

passaram pelo reforço da presença do Moza Banco junto

dos grandes clientes e captação de clientes, para além do

crescimento do volume de negócios.

Em resposta aos objectivos traçados, o ano de 2014 foi um ano

de grande envolvimento da rede comercial com a introdução

de um novo modelo de gestão comercial. Este modelo permitiu

criar uma nova dinâmica comercial, capaz de responder

a um novo contexto e que tem por base um modelo de

acompanhamento e orientação para as efectivas necessidades

dos clientes dos diversos segmentos.

Com objectivo de atingir as metas estabelecidas e uniformizar

metodologias de acompanhamento e de dinamização dos

vários segmentos, foi efectuada uma restruturação nas equipas

comerciais, em particular, na estrutura central de apoio, que

visou acompanhar e suportar todas as Unidades de Negócio

para um melhor e mais próximo acompanhamento das reais

necessidades dos clientes.

Foram também reforçadas as iniciativas que permitiram uma

maior proximidade com os clientes, através de parcerias

e protocolos estabelecidos com grandes empresas,

universidades e entidades públicas, procurando responder de

forma transversal às exigências e necessidades dos clientes

particulares e empresas, através da assinatura de protocolos

específicos.

Neste âmbito, foi criada uma estrutura central dedicada à gestão

e acompanhamento dos protocolos e parcerias, orientada para

a comercialização de produtos e serviços de acordo com as

necessidades específicas dos clientes abrangidos, tendo por

base uma oferta diversificada de produtos e serviços, alicerçada

em políticas de cross-selling e cross-segment.

Numa estratégia continuada de adequação da oferta e serviços

dedicados ao segmento Private, o Moza Banco reviu os seus

critérios de segmentação tendo em vista adequar a sua oferta

às características deste segmento com objectivo de potenciar o

seu nível de satisfação.

No segmento de Empresas, foi mantida uma estratégia de

grande foco na captação de grandes clientes e proposta de

valor e serviços, respondendo às necessidades das empresas

e dos seus colaboradores, potenciando desta forma um maior

nível de transacionalidade.

No segmento Retalho, destaca-se a abertura das Direcções

Regionais: Maputo, Sul, Centro e Norte como estratégia de maior

proximidade aos clientes e resposta às suas necessidades. Esta

estratégia contribuiu para o crescimento deste segmento, tendo

apresentado o maior crescimento relativamente a número de

clientes (+84% face a 2013) e consequente volume de negócio

(+78% face a 2013).

Manteve-se o foco permanente nas principais variáveis

estratégicas de negócio do Banco, através do sistema de

objectivos e incentivos que visa premiar o mérito das equipas

comerciais que se distinguiram pelo seu compromisso com o

Banco.

Crescimento do Número de ClientesO Banco verificou em 2014 um crescimento do seu número de

clientes em cerca de 73%, totalizando 35.368 clientes dos quais

mais de 90% são clientes Retalho, demonstrando a contínua

tendência de reforço da presença do Moza Banco neste

segmento.

Evolução do nº de Clientes

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18 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Variação

10.853

(54,05%)

1,23% p.p

12,65%

2013

20.081

5,46%

6,69%

2014

30.933

Movimento Financeiro

Variação da Quota de Mercado

Quota de Mercado

Peso no crescimento do mercado

Variação

1,57% p.p

13,54%

2013

8,479

5,36%

6,93%

2014

Variação da Quota de Mercado

Movimento Financeiro Quota de Mercado

Peso no crescimento do mercado

5,540

(65,34%) 14,019

Crescimento do Movimento Financeiro e Captura de

Quota de MercadoA estratégia comercial definida, permitiu ao Moza Banco

conquistar uma quota de mercado do movimento financeiro de

6,69%, o que representa um crescimento de 1,23 p.p face a 2013

e uma quota no crescimento do mercado na ordem dos 12,65%,

para uma posição consolidada de 4º lugar no ranking nacional.

Em 2014, o crédito a clientes cresceu 65,34% totalizando MZN

14.019 Milhões o que permitiu ao Banco atingir uma quota de

mercado de 6,93%, uma variação na quota de 1,57 p.p., o que

representa um peso de 13,54% na quota do crescimento do

mercado.

Relativamente aos Depósitos de clientes, o Moza Banco

apresentou em 2014, um total de MZN 16.914 Milhões, um

crescimento de 45,79% face ao ano 2013, colocando o Banco no

4º lugar em termos de mercado com uma quota de 6,51%, o que

representa uma quota no crescimento anual verificado na ordem

dos 11,83%.

Variação

1,05% p.p

11,83%

2013

11.602

5,46%

6,51%

2014

Variação da Quota de Mercado

Movimento Financeiro Quota de Mercado

Peso no crescimento do mercado

5.313

(45,79%) 16,914

Estratégia da Oferta e DistribuiçãoNum enquadramento de forte competitividade de mercado e

uma elevada exigência nos níveis da proposta de oferta aos

clientes, esta continuou a evoluir no sentido da disponibilização

de uma gama variada de produtos e serviços orientado para as

necessidades específicas de cada segmento de cliente: Private,

Corporate, Retalho e Institucionais.

O Moza Banco disponibilizou um conjunto de produtos e

soluções de captação de depósitos e poupança, materializando-

se nas campanhas de Depósito Rendimento Já, uma solução

de poupança com pagamentos de juros antecipados. Também,

nesta vertente foram lançadas contínuas campanhas de

captação de poupança através de produtos inovadores

e competitivos: DP rendimento extra, Moza Bónus, Super

Vantagens, Conta 100, DP empresas 2015, Super Poupança e

Super DP Moza.

No que se refere a campanhas e acções de captação e

vinculação de clientes, foi lançada uma campanha interna,

“Moza trás um amigo”, procurando promover o Banco e seus

serviços através dos seus colaboradores. Foi igualmente

lançada a campanha “Conta 100” para a captação de clientes,

com condições especiais e mínimos de abertura de Cem

Meticais como solução para gestão do dia-a-dia. Esta campanha

teve forte apoio de uma estratégia de veiculação e comunicação

exterior nos media, incluindo televisão e painéis publicitários

exteriores.

Para completar a sua oferta, o Banco lançou em 2014 uma

oferta completa de cartões de débito e crédito da rede VISA

Internacional, respondendo desta forma às necessidades de

clientes particulares e empresas. Esta oferta visa responder às

exigências da oferta para a gestão do dia-dia, e vem associada

a vantagens e benefícios para os clientes dos diversos

segmentos, tendo, naturalmente, acesso a rede VISA a nível

global.

Procedeu-se ao lançamento de produtos de Banca Seguros

em parceria com a seguradora Tranquilidade Moçambique,

permitindo ao Moza Banco oferecer produtos de seguros vida e

não vida aos seus clientes.

O Banco dedicou especial atenção a oferta de crédito a clientes,

consolidando o leque de produtos com a oferta de Leasing

Mobiliário e Imobiliário, procurando responder ao aumento da

procura de clientes, em particular as empresas, acompanhando

as exigências e suportando o crescimento do negócio e da

actividade dos seus clientes.

Parcerias com Linhas MultilateraisPara suportar as necessidades de financiamento e apoio ao

crescimento do crédito à economia, o Moza Banco assinou um

conjunto de contratos de parcerias com entidades multilaterais

internacionais, nomeadamente:

Movimento Financeiro (milhões de meticais)

Depósito de Clientes (milhões de meticais)

Depósito de Clientes (milhões de meticais)

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Unidade de Negócio

Zambezia

Nampula

Cabo Delgado

Niassa

Tete

Sofala

InhambaneGaza

Maputo

Manica

5

24

11

1

3

2

5

2

1

Expansão da redeO Moza Banco encerrou o ano de 2014 com um total de 45

unidades de negócio ao longo do País, assegurando a total

cobertura nacional, com sua presença em zonas geográficas

emergentes, posicionando-se para acompanhar e suportar os

agentes económicos no crescimento das suas actividades e

consequentemente da economia nacional. A rede de unidades

de negócio em funcionamento é composta por 30 unidades

de Retalho, 11 Centros Corporate e 4 Centros Private.O ano

de 2014 foi caracterizado pela entrada do Moza Banco nos

mercados informais, através de um modelo inovador e único

no mercado nacional, permitindo a expansão e a propagação

dos serviços bancários a este sector da economia com elevada

transaccionalidade e necessidades específicas de produtos

e serviços. Este projecto, de elevado alcance, encontra-se

suportado por uma entidade associada ao Banco Mundial,

denominada Women World Banking (WWB).

Canais Directos e Meios de PagamentoNo ano de 2014 destacou-se o objectivo de captação de clientes

e a necessidade crescente da sua fidelização e na qualidade

dos serviços fornecidos.

Por forma a materializar a importância estratégica de aposta do

Banco nesta linha de negócio foi criada uma área dedicada a

gestão dos canais directos, designada Moza Digital.

O lançamento dos novos cartões de débito e crédito foi

acompanhado de várias iniciativas de promoção e estratégia

de oferta, fortemente suportada por uma campanha de

comunicação a nível nacional, incluindo televisão e outdoors.

O Moza Banco recebeu a a certificação da rede VISA tanto

na vertente acquirer como da issuer, permitindo oferecer aos

clientes soluções de pagamento completas e com acesso a rede

internacional VISA.

Com objectivo de equipar aos seus clientes com soluções

completas para suportar as actividades do dia-a-dia, o Moza

Banco também procedeu com a certificação da rede Mastercard

na vertente acquirer. Esta adesão permite que todos os cartões

desta rede transaccionem nos equipamentos do Moza Banco,

nomeadamente, ATM e POS.

O ano de 2014 foi marcado pela crescente oferta dos

equipamentos POS junto dos clientes, apresentando um

crescimento de 223%, colocando no mercado, um total de 666

POS. Este crescimento representa a aceitação e confiança

depositada pelos clientes no Moza Banco através da utilização

dos serviços de meios de pagamento que o Banco disponibiliza.

O ano de 2014 caracterizou-se pelo reforço das funcionalidades

na plataforma de Internet Banking, nomeadamente a introdução

da plataforma de pagamentos de salários e pagamento a

fornecedores. Também foi reforçada a ligação à aplicação da

Janela Única Electrónica, permitindo aos clientes do Moza

Banco a liquidação dos impostos aduaneiros no processo de

importação de bens e serviços. O Moza Banco é um dos Bancos

pioneiros na disponibilização deste serviço no mercado.

Entidade Financiadora Descrição e Objectivo Montante Financiado

Banco Europeu de Investimento (BEI) Apoiar as iniciativas de financiamento às pequenas e médias empresas elegíveis:Sector agro-indústrial, turismo e energias renováveis.

EUR 5 Milhões, equivalente a MZN 200 Milhões.

African Guarantee Fund (AGF) Uma linha de garantia para apoio a actividades de financiamento as micro, pequenase médias empresas

Garantia no valor de USD 5 Milhões.

African Development Bank (AfDB) Apoiar às pequenas e médias empresas. São elegíveis os sectores da agro-negócio, construção, serviços e indústria manufactureira.

Valor total da facilidade é de USD 9 Milhões.

FECOP Linha de garantia para potenciar actividades de financiamento às pequenas e médias empresas em Moçambique.

Linha de garantia atribuída no valor de MZN 43 Milhões.

KFW Destinado a apoiar as actividades das pequenas e médias empresas nos sectoresde comunicação, comércio, transporte, indústria e energias renováveis.

Financiamento no valor de EUR 4 Milhões, equivalente em Meticais.

USAID Linha de garantia de crédito da USAID para partilha de risco em actividades de financiamento a micro, pequenas e médias empresas na cadeia de valor do agro-negócio.

Garantia de USD 5 Milhões.

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20 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2012 2013 2014

114 206

6663822

244 712136

TotalATM’sPOS’s

46

2012 2013 2014

TotalNº de Cartões

de Débito

Nº de Cartões

de Débito

5.104 9.461

31.078974685

10.435 34.1975.789

3.119

437

Dez-13

464

1º Trim. 2014

492

2º Trim. 2014

520

3º Trim. 2014

636

4º Trim 2014

Evolução trimestral do nº de Colaboradores

2.6 - ACTIVIDADE DE SUPORTE AO NEGÓCIO

Gestão de Recursos HumanosA expansão e o crescimento do Moza Banco têm exigido

um elevado esforço no recrutamento e gestão dos recursos

humanos do Banco. No final de 2014, o banco apresenta um

total de 636 colaboradores, dos quais 57% afectos a funções

de índole comercial e 43% afectos a funções de suporte (ou

centrais), representando globalmente um crescimento de 46%

face ao ano de 2013. Em 2014, o Moza Banco foi, por certo,

uma das Instituições Financeiras que mais contribuíram para a

criação de emprego em Moçambique, com a contratação de um

total de 199 colaboradores.

Meios de Pagamento Cartões

Page 21: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

21

43%57%

Serviços Centrais Unidades de Negócio

49%51%

Feminino Masculino

Para que este crescimento seja sustentável, foi implementado

um conjunto de estratégias e medidas para o desenvolvimento

do capital humano do Banco, com objectivo de produzir

resultados enquadrados nas referências e padrões definidos.

O ano de 2014 ficou igualmente marcado pela implementação

de um Modelo de Avaliação de Desempenho sólido, tendo

sido criada e desenvolvida a Política de Promoções anuais com

critérios claros e uniformes baseados no mérito, espelhados nos

resultados da avaliação.

FormaçãoO ano de 2014 foi caracterizado pela forte aposta na estratégia

de formação, constituindo-se esta já como factor diferenciador

do Banco. O alargamento das ferramentas de formação e o

E-Learning permitiram disponibilizar de forma remota conteúdos

de formação a todos os colaboradores do Banco.

O desenvolvimento das competências dos Colaboradores,

através de variadas metodologias formativas, constituíram uma

das principais apostas no posicionamento estratégico do Moza

Banco, com vista a posicionar-se na vanguarda do mercado.

Neste sentido, o Plano de Formação 2014 foi muito ambicioso e

exigente, com objectivo de diversificar e adequar as formações

de acordo com as especificidades e exigências de cada função

no Banco.

No período de Janeiro a Dezembro de 2014, foram realizadas

181 acções de formação, sendo 75 acções no âmbito do

Programa de Formação Curricular para os Colaboradores

das áreas Comerciais, 47 acções no âmbito do Programa de

Formação Específico para áreas Centrais de apoio e ainda 59

acções de Formação de Projectos, decorrentes da entrada em

produção de vários projectos estruturantes.

Distribuição do nº de Colaboradores por áreas Distribuição por Género

O investimento total em formação em 2014 foi de MZN 11,6

Milhões, o que representa um crescimento de 71% face a 2013.

No que tange as horas de formação e número de participantes,

foram realizadas cerca de 3.500 Horas e um total de 1.185

Participações. Comparativamente a 2013 verificou-se um

aumento substancial da abrangência do investimento em

formação, para um mínimo de pelo menos duas formações por

Colaborador.

Distribuição por Habilitações Literárias por Género

Pré-Universitário

162 162

119113

19 19

816

28 4 3 0 1

Ensino Superior Ensino Técnico-Profissional

Ensino Secundário

Feminino Masculino

Mestrado Ensino SuperiorPós-Graduação

Doutoramento

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22 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2.7 - DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Tecnologias e SistemasO Moza Banco intensificou em 2014 a execução do plano

de modernização tecnológica e optimização dos sistemas

de informação (IT), através de um conjunto de projectos que

visam a melhoria dos processos e o aumento da produtividade,

alavancando o valor das soluções do negócio, por um lado e,

por outro, garantindo a escalabilidade necessária para suportar

o plano de crescimento do Banco.

Das inúmeras iniciativas e projectos conduzidos durante 2014

destacam-se as seguintes:

Integração AplicacionalCom o rápido crescimento do Banco e consequente aumento de

aplicações de suporte às actividades do dia-a-dia, torna-se cada

vez mais complexo gerir e garantir a

transparência na integração entre as várias plataformas

aplicacionais de modo a que se produza informação consistente

e fiável.

Nesse sentido, foi pensada e criada uma arquitectura

aplicacional para o Banco que permite a integração das várias

aplicações existentes e futuras. Esta é responsável por garantir

a troca de informação entre diferentes plataformas, sem que

seja necessário adaptar cada uma delas à realidade das outras.

Esta arquitectura denomina-se Moza Service Bus ou Middleware

e é constituída por cinco (5) módulos fundamentais que tornam

integração multiaplicacional possível:

Autenticação e Autorização

Responsável por garantir a segurança de informação através

do controle de acesso com base em utilizadores autorizados e

catalogados em cada operação que efectuam.

Adaptadores (cliente e back-end)

Responsável por transformar a linguagem de uma aplicação

externa na linguagem universal de integração e desta para a

linguagem do destinatário. Garante o desacoplamento entre

quem pede informação e quem fornece.

Orquestrador

Responsável, em modo de execução, pela orquestração dos

serviços e pela implementação de todos os serviços standard

da arquitectura de integração do Moza Banco.

Implementa as orquestrações de serviços simples e compostos

e de serviços técnicos (logging, error handling, etc.).

Excepções e Erros

Responsável por tratar todas falhas existentes durante a

execução.

Logging

Responsável por registar toda informação de comunicação

entre as diferentes aplicações para posterior análise ou

auditoria.

26%

41%

33%

Formação Curricular Formação Projectos Formação Específica

Peso por tipologia de formaçãoCom vista à diversificação da formação, foram estabelecidas

parcerias estratégicas com entidades de ensino superior em

Moçambique, destacando a realização da especialização (Pós-

Graduação) em Gestão de Projectos para 16 Colaboradores,

totalmente desenhada em função da realidade inerente ao

estágio de crescimento do Moza Banco.

Ainda no âmbito da diversificação, o Moza Banco proporcionou

aos quadros directivos e técnicos, um conjunto de experiências,

através de estágios internacionais customizados e, por outro

lado, financiou bolsas de estudos para Licenciaturas no

estrangeiro.

As acções de formação e a política de concessão de bolsas de

estudo têm contribuído para o incremento da qualificação do

quadro do pessoal. Em 2014, o capital humano era composto

por:

Page 23: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

23

Utilizando já esta plataforma de integração, foi possível

disponibilizar ao longo de 2014 um conjunto de aplicações ao

serviço dos utilizadores:

Processos OperativosNa área de processos operativos, foram iniciados

vários projectos que visam o aumento da eficiência,

nomeadamente o projecto Workflow (WF), que permite uma

maior desmaterialização dos processos. Em 2014 o WF foi

implementado ao nível dos processos de abertura de conta

e emissão de meios de pagamento (cartões de débito e

cheques) e prevê-se a extensão da utilização da plataforma

em 2015 para os diversos processos críticos na relação diária

com os clientes do Banco. O WF, para além de permitir o fluxo

desmaterializado do processo desde o pedido do Cliente até a

efectivação da resposta ao mesmo, permite a monitorização dos

níveis de serviço dos vários intervenientes e o arquivo digital da

documentação de suporte ao processo.

Para além do WF, no ano de 2014 foram implementadas

revisões organizativas a vários processos, com objectivo de

melhorar a gestão das equipas, a polivalência dos recursos, a

gestão de picos de actividade e simplificação dos processos.

Algumas destas revisões organizativas foram acompanhadas de

melhorias aos sistemas de suporte.

MIS-DatawarehouseImplementação de um sistema responsável pela gestão de

informação e capaz de permitir a extracção de dados das

diversas aplicações e sua agregação num único repositório

facilitando a concepção e geração de relatórios e análise

multidimensional dos mesmos, através de parâmetros pré-

definidos. Este processo de desenvolvimento arrancou em

2014 com prioridade para indicadores financeiros, devendo

progressivamente estender-se a outras dimensões críticas da

actividade do Banco.

VISAEste projecto consistiu em capacitar o Moza Banco, para que

este fizesse parte de uma das redes mundiais de tratamento

mais avançado em transacções online (nacional/internacional),

fornecendo desta forma aos seus clientes cartões que fizessem

parte da rede VISA e também disponibilizar POS que fossem

capazes de receber transacções VISA.

Kondor +Como forma do Moza Banco poder expandir o seu crescimento

financeiro de forma controlada e segura, apostou na

implementação de uma solução direccionada à sala de

mercados, que visa garantir o controlo, registo e manutenção

de todas as operações, bem como a gestão diária de posição

cambial, taxa de juro, mismatch e liquidez.

SAPImplementação de um sistema integrado de gestão, utilizando

a plataforma SAP, e que irá suportar numa perspectiva funcional

os sistemas contabilístico, de recursos humanos, gestão de

activo e património. Esta solução visa a qualidade e eficácia

dos processos, reflectindo-se na optimização da qualidade de

informação para tomada de decisões, e num melhor controlo

sobre os custos e proveitos associados à actividade do Banco.

Paralelamente, outros grandes projectos foram edificados e

contribuem hoje para o plano de crescimento do Moza Banco

e para a própria imagem do Banco, entre os quais se pode

destacar:

Nova SedeA concepção da Nova Sede, tinha como foco a Implementação

de uma nova infra-estrutura e interligações para o novo edifício

que passaria a ser o novo espaço de negócio/serviços centrais

do Moza Banco. Fez parte também do projecto, a instalação

de uma sala de formação, de projecção e implementação de

redundância de rede wireless e segurança.

2.8 - GESTÃO DA IMAGEM E COMUNICAÇÃOO Moza Banco afirmou-se em 2014 como o quarto maior Banco

no mercado financeiro Moçambicano em termos de Activo,

Depósitos de Clientes e Crédito à Clientes. Este crescimento

permitiu ao Banco receber a distinção como a Instituição

Financeira com maior crescimento em Moçambique em 2014

pelo Portal Financeiro Global Banking and Finance Review.

O Banco centrou a sua política de comunicação no apoio ao

crescimento do negócio, no incentivo à poupança através

de diversas campanhas de captação de recursos, no apoio à

literacia financeira e reforçou a sua actuação no domínio da

proximidade ao cliente, em particular, ao segmento do Retalho.

De acordo com essa visão, procurou-se assegurar a consistência

e reforço da notoriedade da marca, através da realização de um

conjunto de acções, com particular destaque para as seguintes:

■ Comunicação transversal de produtos e serviços de forma;

■ Realinhamento do conceito visual de todas unidades de

negócio (com particular enfoque nas ATM´s);

■ Aposta na qualidade de serviço, através de acções de

formação/sensibilização;

■ Estabelecimento de vínculos de relacionamento com os

clientes, através de acções de comunicação dirigida e de

eventos;

■ Participação em Feiras e conferências identificadas com o

nosso âmbito de actuação, missão, visão e valores;

■ Realização e apoio a acções de responsabilidade social

visando a melhoria da qualidade de vida das populações e a

valorização do património cultural nacional.

Notoriedade da MarcaCom objectivo de afirmar-se cada vez mais como um Banco

Universal de Retalho, o Moza Banco, reforçou a sua presença

nos meios de comunicação, com destaque para os meios de

massa (televisão e rádio), tendo como referência as seguintes

campanhas:

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24 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Gestão Da QualidadeCom o objectivo de melhorar o serviço prestado ao cliente,

o Moza Banco tem vindo a implementar em todas as suas

Unidades de Negócio e Departamentos uma estratégia centrada

no cliente, alicerçada na transparência da comunicação e no

desenvolvimento de relações sólidas.

É neste contexto que em 2014, o Moza Banco continuou

a apostar na consolidação e elevação das ferramentas de

Monitorização da Qualidade de Serviço e da satisfação do

Cliente, nomeadamente:

Auditorias de Qualidade às Unidades de NegócioDe modo a tornar os Serviços de Apoio, o mais ajustado possível

à realidade das Agências, tornou-se imperiosa a verificação no

terreno dos desafios que estas enfrentam para o assegurarem

o cumprimento dos Níveis de Serviço. Para o efeito, foram

realizadas Auditorias de Qualidade de todas Unidades de

Negócio do Segmento Retalho, trabalho esse que teve como

seguintes Outputs:

■ Identificação de constrangimentos nos processos associados

aos serviços aos Clientes;

■ Antecipação das incidências futuras de eventuais

reclamações, proporcionando antecipadamente à Unidade de

Negócio informação e conhecimento para o efeito.

Monitorização dos Níveis de ServiçoCom vista a ir de encontro às expectativas dos Clientes, em

2014 o Moza Banco estabeleceu metas de cumprimento dos

Níveis de Serviço em todos os processos (incluindo na gestão

de reclamações) e comprometeu-se a responder a todas as

reclamações em 10 dias.

Implementação da cultura de melhoria contínua nos processos e

gestão de reclamações

A Gestão de Reclamações é um processo fundamental para

fidelizar e reforçar a relação de confiança com os Clientes.

Para o efeito, foram expandidas as alternativas com as quais os

clientes passaram a contar para contactar com o Moza Banco,

nomeadamente; através das Agências, Call Center, email assim

como pelo formulário electrónico disponível no site do Moza

Banco.

O Moza Banco implementou um processo de Acções

Correctivas catalogando as reclamações e sistematizando

o processo de identificação da origem das mesmas, que

passa pela partilha às Áreas responsáveis por cada processo

envolvido na respectiva reclamação e identificação das causas

assim como a definição das necessárias correcções.

Reforço da Componente Web e Redes SociaisO reforço da presença nos media “tradicionais”, em 2014, foi

acompanhado pela intensificação da presença do Moza Banco

nas Redes Sociais através da dinamização e actualização da

página corporativa no Facebook. Um conjunto de acções que

permitiram uma evolução assinalável no número de seguidores,

interacções e comentários reflectindo-se numa maior exposição

da marca e produtos Moza Banco junto dos seus actuais clientes

e potenciais clientes.

Novos Cartões de Débito e Crédito VISA

Na sequência de adesão à rede VISA, no 1º Trimestre de

2014, o Moza Banco levou a cabo uma forte campanha de

comunicação integrada, com objectivo de dar a conhecer aos

Clientes e ao público em geral a nova oferta de cartões com

visual e funcionalidades modernas, cómodos e seguros para

uso nacional e internacional.

Conta 100

O lançamento da Conta 100 (uma aplicação financeira sob a

forma de produto de poupança, bastante acessível enquadrada

nos esforços do Banco de contribuir para uma maior inclusão

financeira, e de tornar-se cada vez mais um banco ao serviço

de todos os moçambicanos) foi acompanhado de uma forte

campanha de comunicação multimeios, com presença na

televisão, rádio, imprensa escrita, meios fixos (outdoors e

painéis electrónicos) assim como na internet.

FACIM

De 25 a 31 de Agosto do ano passado, pela 2ª vez

consecutiva, o Moza Banco participou na 50ª Edição da Feira

Internacional de Maputo – FACIM – a maior feira de dimensões

internacionais de Moçambique, consolidando assim a sua

presença neste evento. Nesta edição, o Moza Banco reforçou

a sua presença tendo colocado 2 stands para divulgação dos

seus produtos, inovações e serviços aos milhares de visitantes.

Feira Tektónica Moçambique

O Moza Banco participou na feira TEKTÓNICA Moçambique,

a maior feira profissional para os sectores de Construção e

Imobiliário. O evento, que já vai na sua 3ª edição, constituiu

uma oportunidade de estabelecimento de parcerias entre o

Banco, as empresas moçambicanas e internacionais presentes,

bem como com os profissionais visitantes, impulsionando

negócios de sucesso e aumentando a confiança entre os

clientes e a instituição.

Conferências da ACIS

No âmbito da parceria que o Moza Banco tem com a

Associação de Comércio, Indústria e Serviços – ACIS, visando

oferecer vantagens em termos de produtos e serviços

financeiros do Moza Banco às mais de 300 empresas

associadas a esta instituição. Como forma de alavancar o

empresariado nacional, o Banco participou em Abril de 2014,

na Conferência “Mantenha o Conteúdo Local”, que constituiu

um momento não apenas de reflexão e partilha mas também

de intercâmbio e estabelecimento de parcerias entre os

participantes.

Participações Estratégicas em Feiras e Eventos

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25

MELHORIA CONTÍNUA NA

QUALIDADE DOS SERVIÇOS

AO CLIENTE

VERIFICAÇÃO DOS

RESULTADOS

IDENTIFICADOS OS NÓS DE

ESTRANGULAMENTO NOS PROCESSOS

IDENTIFICADAS, DISCUTIDAS E AFINADAS AS ACÇÕES

CORRECTIVAS

APROVAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO

DAS ACÇÕESCORRECTIVAS

2.9 - GESTÃO PRUDENCIAL

Gestão De RiscoA gestão de risco do Moza Banco está assente no processo

de identificação e análise da exposição a diferentes riscos

financeiros e não financeiros, nomeadamente, risco de crédito,

risco de mercado, risco de liquidez, risco operacional, risco

estratégico, entre outros.

A gestão global de risco do Moza Banco é da competência da

Direcção de Risco, uma unidade da estrutura centralizada e

independente no que à análise e controlo de risco diz respeito.

Ao nível da Comissão Executiva, o pelouro da Direcção de Risco

é da responsabilidade do Presidente da Comissão Executiva,

um administrador sem responsabilidade directa pela actividade

comercial. A definição da apetência de risco do Moza Banco é

da responsabilidade do Conselho de Administração, que define

os princípios gerais de gestão e controlo dos riscos.

Estas práticas e políticas estão conforme as melhores práticas

de organização no domínio e exigências do Acordo de Basileia.

No âmbito do Plano Estratégico, uma das medidas previstas

é a sofisticação do modelo de gestão de risco e sobre esta

orientação, foram iniciados um conjunto alargado de projectos

que visam a melhoria contínua da gestão profissional de risco do

Moza Banco. Em 2014, foram revistos os limites de escalões de

decisão de crédito adequado ao novo modelo de dinamização

e estrutura comercial. Também foi concluído o projecto que

visa a gestão do risco de concentração no âmbito do acordo de

Basileia II.

O Moza Banco intensificou a execução do plano estratégico

da gestão de risco, tendo iniciado um conjunto de projectos

estruturantes que estarão implementados em 2015 e que

respondem as exigências regulamentares, nomeadamente,

a automatização do cálculo de Provisões Regulamentares,

a automatização e sofisticação do modelo de cálculo de

imparidades, a implementação da metodologia e relatório

ICAAP, introdução do Stress Testing e a implementação da

matriz de Risco Global.

Estes desafios estratégicos iniciados em 2014 implicam uma

profunda transformação na governação, capacitação e formação

dos recursos humanos, adequação e modernização dos

sistemas de informação, revisão dos processos, adequação do

risco ao capital e devida articulação entre o negócio e gestão

de risco.

2.10 - GESTÃO RESPONSÁVEL

Responsabilidade SocialDurante o ano de 2014 foram realizados vários eventos e

iniciativas de responsabilidade social alinhados com a política

do Moza Banco, que tem como principal orientação o apoio

ao ensino e a promoção do conhecimento, bem como o

desenvolvimento da sociedade, cultura e desporto. Das

iniciativas realizadas, destacam-se as seguintes:

Moza Challenge

Este é um programa de Simulação efectuado em estabelecimentos

de ensino secundário seleccionados sobre escolhas, felicidade

e literacia financeira. A consciência de se ter a vida nas mãos é o

principal objectivo desta actividade através da qual os participantes

são confrontados com várias decisões e com as suas respectivas

consequências. Escolhem o trabalho que têm, o nível de educação,

consumo, endividamento, o grau de risco profissional, e muitas

outras variáveis, sempre num ambiente dinâmico. O jogo é

regulado por duas variáveis principais: tempo e dinheiro.

Literacia Financeira

No âmbito da celebração do dia mundial da Poupança e no

quadro do programa do Banco Central, o Moza Banco promoveu

em parceria com a Escola Primária Completa “A Luta Continua”

um concurso de Redacção subordinado ao tema: “A importância

da Poupança” com objectivo de incentivar o fomento de

conhecimentos e hábitos de Poupança e reconhecer talentos na

comunidade local sobre o domínio do tema.

Minuto Moza

Enquadrado no amplo programa de Literacia financeira e educação,

o Moza Banco iniciou em 2014, com a transmissão do programa

televisivo “Minuto Moza”. Este programa visa formar, educar e

comunicar conceitos financeiros básicos, para que os cidadãos

possam tomar decisões económicas e financeiras fundamentadas,

sensatas e estáveis, que contribuam para a sua qualidade de vida.

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26 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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27

Patrocínios

Colecção Crescente

O Moza Banco continuou, em 2014, o seu patrocínio ao projecto “Colecção Crescente “lançado em 2011 pela Associação Kulunguana

e inspirado no projecto Sul-africano “The Creative Block”. Este Projecto visa proporcionar aos artistas novos e consagrados, a

oportunidade de explorarem sua criatividade e exporem seus trabalhos, bem como ao público amante da arte a possibilidade de iniciar

ou fazer crescer a sua colecção particular adquirindo obras originais.

Projecto Xiquitsi

O evento promove a música clássica através da realização de Concertos de carácter didáctico e dedicados à família. A Temporada

de Música Clássica de Maputo 2014, teve como tema principal “a voz humana”, e apresentou-se de forma interactiva com o público,

demonstrando-se as várias vertentes da voz.

Festival Nacional de Cultura

O Festival Nacional da Cultura de Agosto reuniu em Inhambane cerca de 700 artistas de diferentes pontos do país, com várias

expressões artísticas. Na edição de 2014 teve inovações na divulgação das manifestações culturais do país, com destaque para as

danças Niketxe e Tufo de Nampula, Mapiko de Cabo Delgado, Xigubo e Marrabenta de Gaza

e Maputo assim como Utsi e Chioda de Manica, tidas como expressões passíveis de serem proclamadas pela UNESCO, como

património oral e imaterial da Humanidade.

Taça Moza Função Publica

No âmbito do protocolo que o Moza Banco tem com o Ministério da Função Pública, e pela importância que o Moza Banco concede ao

desporto enquanto veículo da promoção da saúde e bem-estar, o Moza Banco patrocinou a Taça Moza Função Pública, um campeonato

de futebol que juntou funcionários públicos de cerca de 20 Ministérios.

Outros Patrocínios

O Banco concedeu diversos patrocínios nas áreas da cultura e promoção de eventos culturais e sociais. Estes patrocínios contribuíram

para a promoção da imagem do Moza Banco e aproximação da marca junto do público em diversas cidades do País.

Compliance e Branqueamento de Capitais

O crescimento e as novas regras regulamentares a nível

nacional e internacional, o dinamismo dos mercados e dos

diversos players, continuam a colocar novos desafios às

Instituições em geral e em particular às Instituições Financeiras.

Neste contexto, torna-se necessário a adaptação e reforço das

funções de controlo, entre as quais o Compliance, por forma a

assegurar o efectivo cumprimento e alinhamento.

Em 2014, no âmbito da prevenção e combate ao

Branqueamento de Capitais, o Moza Banco, desenvolveu

diversas iniciativas no sentido de implementar a Lei n.14/2013

(Prevenção Combate ao Branqueamento de Capitais e

Financiamento ao Terrorismo), que aguardava a publicação do

seu regulamento, facto que ocorreu em Outubro de 2014 com a

divulgação do Decreto-Lei n. 66/2014.

Para além da legislação acima referida, foram igualmente

desenvolvidas diversas iniciativas para o cumprimento da

regulamentação adicional para implementação dos requisitos do

Basileia II e das Novas Directrizes de Risco (Aviso 4/2013).

Complementarmente, constituíram também desafios em 2014, a

implementação de novas regras para identificação de clientes

sujeitos à uma nova regulamentação Norte Americana FATCA

(Foreign Account Tax Compliance Act). A implementação

dessas novas regras, embora necessárias no âmbito das

relações da Banca Internacional, salvaguardam, para os casos

elegíveis neste regime (FATCA), o cumprimento da legislação

Moçambicana no que concerne à protecção de dados e o sigilo

bancário.

O cumprimento dos dispositivos regulamentares aplicáveis e

a sua implementação nos processos internos, bem como as

questões relacionadas com o cumprimento das regras de Ética

e Conduta dos colaboradores do Banco continuam a ser drivers

de actuação e foco por parte do Moza Banco

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28 RELATÓRIO E CONTAS 2014

03.ENQUADRAMANETOMACROECONÓMICO

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29

03.ENQUADRAMANETOMACROECONÓMICO

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30 RELATÓRIO E CONTAS 2014

3,4 3,3 3,3

EconomiaGlobal

Fonte: Fundo Monetário Internacional - World economic Outlook, Outubro 2014

EstadosUnidos

2,2 2,2 3,1

UniãoEuropeia

-0,3

0,2 1,4

China

7,7 7,7 7,5

Japão

1,5 1,5 0,9

EconomiasEmerg. E emDesenvolv.

5,1 4,7 4,4

ÁfricaSubsariana

4,4 5,1 5,1

Moçambique

7,4 7,1 7,4

2012 2013 2014

Crescimento Global (%)

A produção mundial continuou a registar dificuldades de

recuperação, o que se reflecte em grande medida nos níveis

de crescimento das suas economias internacionais. Em 2013

e 2014, o crescimento da economia mundial situou-se em

torno dos 3,3%, mantendo-se desta forma nos mesmos níveis

atingidos em 2012 (3,3%).

Com o abrandamento das políticas fiscais expansionistas

adoptadas pelas principais economias mundiais a seguir à crise

económica, especialmente nos EUA e na Zona Euro, verificou-

se uma contracção no nível geral de procura, descida gradual

dos preços das Commodities, mais recentemente acentuada

pela queda abrupta do preço do petróleo, abaixo de níveis

mínimos históricos (desde 2009) de USD 50/barril.A evolução

da economia mundial durante o ano de 2014 evidenciou

comportamentos diferenciados. Enquanto os EUA registavam

uma ligeira recuperação durante o ano, mais resiliente do

que se esperava, as outras economias demonstravam alguma

estagnação, a exemplo do Japão. Domina neste quadro de

evolução da economia mundial, um cenário caracterizado pela

subida de taxas de juro e aumento dos níveis de aversão ao

risco das economias emergentes, principalmente nos países

exportadores de Commodities.

Particularmente, a economia dos EUA recuperou durante o ano

de 2014 tendo atingido um crescimento de 3,1% (após 2,2% em

2013), após um primeiro trimestre de contracção e aumento

do desemprego, ao mesmo tempo que a inflação se mantinha

estável, muito propiciado pela apreciação do Dólar Norte-

americano e pela redução do preço do petróleo.

Por seu turno, a Zona Euro registou um crescimento mais

modesto, situado em 1,4%, facto que se ficou a dever a uma

significativa desaceleração nos níveis de investimento. Projecta-

se para 2015 um crescimento suportado no relativo baixo preço

do petróleo, medidas adicionais de impulso ao crescimento

económico (expansão monetária) e uma depreciação do Euro.

No Japão, a economia praticamente entrou em recessão

no terceiro trimestre de 2014, facto que se justificou em

larga medida pelos reduzidos níveis de procura interna,

associados a um aumento da carga fiscal, não obstante o

crescimento verificado ao nível das despesas de investimento,

nomeadamente em infra-estruturas. Antecipa-se uma

recuperação económica no decurso de 2015, suportada numa

política expansionista, o que permitirá reverter a tendência

decrescente de aumento do PIB (2014: 0,9% ; 2013:1,5%).

Nos países emergentes e em desenvolvimento, particularmente

na China, registou-se uma desaceleração no investimento no

terceiro trimestre, o que contribuiu para uma desaceleração do

seu ritmo de crescimento para níveis de 7,5% em 2014, depois

dos 7,7% verificados no ano anterior.

Globalmente é notória uma elevada incerteza quanto

às perspectivas de evolução no curto a médio prazo da

economia mundial, apesar do declínio acentuado no

preço do petróleo poder alimentar uma eventual retoma

da procura e consequentemente do crescimento mundial.

Riscos antevêem-se nos mercados financeiros, decorrentes

da normalização das políticas monetárias dos países mais

desenvolvidos, com impactos nas economias emergentes

ao nível do fluxo de capitais. Estes riscos são mais evidentes

nos países exportadores de petróleo, que expuseram as suas

vulnerabilidades na sequência da descida do preço de petróleo,

ao mesmo tempo que os países importadores registaram

alguma folga nas suas contas públicas.

3.1 - ECONOMIA INTERNACIONAL

Page 31: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

31

3.2 - MERCADOS BOLSISTAS INTERNACIONAIS

CommoditesDezembro Variação Anual

2012 2013 2014 2013 2014

Petróleo Bruto Brent (USD/Barril) 110 111 62 0,57% -43,81%

Petróleo Bruto WTI (USD/Barril) 88 98 59 11,25% -39,63%

Alumínio (USD/MT) 2.087 1.740 1.909 -16,64% 9,75%

Ouro (USD/Onça) 1.685 1.224 1.201 -27,33% -1,95%

Gás (USD/Milhões de UTB) 3 4 3 39,67% -18,14%

Carvão Térmico (USD/MT) 100 90 67 -9,64% -26,21%

Milho (USD/MT) 309 198 179 36,08% -9,53%

Trigo (USD/MT) 348 292 270 -16,22% -7,52%

Arroz (USD/MT) 566 448 411 -20,93% -8%

Açúcar (USCents/Pound) 23 21 15 -10,65% -27%

Algodão (USCents/Pound) 83 87 68 5,41% -22%

Carvão metalúrgico (USD/MT) 119 136 111 14,50% -19%

Fonte: Index Mundi

Dezembro Variação anual

Indice Bolsista 2012 2013 2014 2013 2014

S&P 500 1.426 1.849 2.059 29,66% 11,35%

NASDAQ 100 2.996 4.162 4.736 38,92% 13,79%

FTSE 100 5.925 6.731 6.566 13,60% -2,45%

Euro Stoxx 50 2.317 2.636 3.146 13,77% 19,36%

NIKKEI 225 10.421 16.183 17.451 55,29% 7,83%

BOVESPA 61.066 52.507 50.007 -14,02% -4,76%

JSE Africa All Share Index 39.096 46.290 49.770 18,40% 7,52%

Fonte: Bloomberg; Unidades: USD

As principais bolsas nos EUA terminaram 2014 em alta,

estimuladas pelas políticas seguidas pela Administração Obama

ao nível da revitalização da economia e do sistema financeiro

em particular.

Na Europa, o FTSE 100 registou um recuo anual de cerca

de 2,45% comparativamente a 2013, como resultado de um

ambiente caracterizado por um conjunto de factores como: (i)

expectativa de subida das taxas de juro, (ii) declínio no preço do

petróleo e (iii) crise económica na Rússia, entre outros.

No Japão o NIKKEI fechou o ano de 2014 com um crescimento

de 7,83%, tendência que se verifica nos últimos três anos.

Ressurgindo de uma recessão técnica em que a economia

se encontrava, os ganhos no mercado bolsista foram

impulsionados pela política expansionista de injecção de

liquidez através da compra massiva de títulos pelo Banco do

Japão.

3.3 - COMMODITIESOs preços das principais matérias-primas apresentaram uma

tendência de declínio ao longo do ano, acentuada com a

queda do preço do petróleo em cerca de 40% desde Junho

de 2014. De um modo geral, esta tendência poderá resultar

do abrandamento das principais economias, como a China,

por força da redução geral da procura destes produtos.Com

a excepção dos EUA, cujo crescimento tem sido notório nos

últimos anos, a perspectiva de uma eventual reversão na política

expansionista do FED que acontece na mesma altura em que

tanto o BCE quanto o Banco do Japão, anunciam a adopção

desta política, contribuem para uma apreciação do USD contra

estas moedas (JPY – 14%, enquanto EUR – 8%), o que poderá

contribuir para explicar a descida dos preços das Commodities

cotados em USD quando comparados com a sua cotação

noutras moedas.

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32 RELATÓRIO E CONTAS 2014

6,3% 6,5% 6,7%

6,0%5,8%5,9%

3,8%

3,3%

2,4%

2012 2013

Países exportadores de Petróleo

Países de médio rendimento

Países de baixo rendimento

2014

Fonte: Fundo Monetário Internacional - Regional Economic Outlook Sub-Saharan Africa; Outubro 2014

2012 2013

Países exportadores de Petróleo

Países de médio rendimento

2014

13,00%13,00%

7,50%7,50% 7,40%7,40%7,00%6,20%6,20%

11,30%11,30%

5,80%

6,10% 6,00%6,00%

Países de baixo rendimento

8,4%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

8,7%

7,3%6,8%

6,3%7,1% 7,3% 7,4% 7,1% 7,4%

Crescimento do PIB Fonte: Instituto Nacional

de Estatística de Moçambique

3.4 - ECONOMIA REGIONALA região da África Subsariana registou um crescimento

moderado de 4,5% em 2014, quando comparado com os

níveis de 4,2% registados em 2013, impulsionados pelos

investimentos em infra-estruturas públicas, produção agrícola

e serviços. Ao nível das infra-estruturas, projectos por exemplo

nas áreas de portos, electrificação e transportes contribuíram

para assegurar este crescimento. Na mesma esteira, ao nível

da produção agrícola, um recorde de produção de milho

na Zâmbia quase que compensou o declínio na produção

do cobre, do mesmo modo que a Costa do Marfim registou

elevados níveis de colheita de cacau. A expansão do sector

de serviços foi fortemente impulsionada pelos transportes, as

telecomunicações e os serviços financeiros em países como a

Nigéria, Tanzânia e Uganda.

O ritmo de crescimento do PIB foi marcadamente modesto,

particularmente na África do Sul, influenciado pelas disrupções

verificadas no sector mineiro, bem como baixos níveis dos

índices de confiança. Em contraste, na maior economia regional,

a Nigéria, a actividade expandiu-se fortemente, apoiada pelo

sector não petrolífero. O crescimento foi igualmente significativo

em economias como a Costa do Marfim, Moçambique e

Tanzânia. Excluindo a África do Sul, a média de crescimento da

restante economia da região situou-se em torno dos 6,7%.

Inflação

A inflação registou na maioria dos países da região uma

tendência de subida, que se ficou a dever significativamente

à subida dos preços dos produtos alimentares. A aceleração

da inflação foi mais pronunciada em países como o Gana

onde se verificou uma considerável depreciação da moeda

local, tendo inclusive quebrado os objectivos fixados pelo seu

Banco Central. Tal é o caso da África do Sul, o que conduziu a

adopção de políticas monetárias restritivas. O decréscimo do

poder de compra e os custos de financiamento condicionaram

o sentimento dos investidores, tendo conduzido a uma

contracção do consumo interno e consequente abrandamento

da actividade económica. Contudo, a redução generalizada

dos preços das Commodities teve uma contribuição importante

para o abrandamento do ritmo de crescimento da inflação na

generalidade das

economias da região.

3.5 - ECONOMIA NACIONAL

Crescimento na Região

Crescimento - África Subsariana

Crescimento do PIB - Moçambique

Inflação Anual - África Subsariana

A economia nacional terminou o ano registando um crescimento

do PIB de 7,4%, influenciada pela contribuição da indústria

extractiva, sector da construção, indústria transformadora

e dos serviços financeiros. Perspectiva-se a médio prazo a

manutenção de um ambiente económico estável e por isso

favorável a níveis de crescimento anual compreendidos entre os

7,5% e os 8,0% ao ano.

Para tal, e não obstante uma menor contribuição da Industria

extractiva do carvão, espera-se que a implantação dos restantes

megaprojectos, fortes investimentos em infra-estruturas,

transportes e comunicações, bem como projectos agrícolas e

crescimento dos serviços financeiros possam suportar estas

expectativas.

Inflação

A inflação verificada foi favoravelmente influenciada pela

redução dos preços de importação, devido à apreciação do

Metical face ao Rand Sul-africano, a uma época agrícola positiva

que contribuiu para a manutenção de preços em baixa e uma

estabilidade nos preços administrativamente controlados

(combustível, transporte público e água/energia). A conjugação

destes factores contribuiu para uma desaceleração dos níveis

de inflação, tendo esta situado-se em termos homólogos em

1,10% e acumulados de 2,29%.

Page 33: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

33

10,36%

5,46%5,46%

2,09%

2,02%2,02%

4,21%

2,96%2,96%

2,29%

1,10%1,10%

Fonte: Instituro Nacional de Estatística de Moçambique

Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14

Inflação Homóloga

Inflação média anual

Inflação Anual - Moçambique

Taxa de Câmbio

Em termos médios, ao longo de 2014, os meses de Janeiro

e Março foram os que registaram aumentos de preços mais

significativos, na ordem de 1,14% e 1,54%, respectivamente,

enquanto os meses de Junho e de Agosto registaram os níveis

mais baixos, de -1,33% e -1,06%, respectivamente. A evolução

média na ordem dos 4,60% foi igualmente influenciada pelas

componentes da: (i) Saúde e habitação, (ii) água, electricidade,

gás e outros combustíveis com aumentos na ordem de 4,86% e

4,61%, respectivamente.

Para 2015, perspectiva-se uma inflação média anual em torno

dos 5% a 7%, com base nas estimativas elaboradas pelo

Governo. O aumento da inflação poderá estar associado a riscos

derivados do impacto negativo das cheias no início do ano que

afectaram a zona centro e norte do país, associada aos efeitos

da acentuada depreciação do Metical face ao Dólar registada

nos finais de 2014, cujos efeitos se poderão ainda fazer reflectir

ao longo da primeira metade do ano.

Taxa de CâmbioO final do ano de 2014 foi caracterizado por uma forte pressão

no mercado cambial, em resultado de uma forte procura de

divisas para fazer face às importações, e atendendo igualmente

à sazonalidade das importações e exportações no mercado.

A cotação do Metical contra o Dólar no interbancário fechou o

ano de 2014 a USD/MZN 33,60, registando uma desvalorização

anual na ordem dos 5,51%. Face ao ZAR e o EUR, por oposição,

o Metical mostrou-se mais forte, registando uma apreciação na

ordem dos 3,89% e 6,93%, respectivamente, situando em ZAR/

MZN nos 2,90 e EUR/MZN nos 40,84.

37,4337,4339,2339,23

41,4341,43 40,8440,84

28,0629,75 30,08

3,673,67

Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14

3,503,50 2,852,85 2,902,90

33,60

Fonte: Banco de Moçambique

EUR/MZN USD/MZN ZAR/MZN

Para 2015 antecipa-se a manutenção de um cenário de uma

relativa volatilidade do Metical, dissipando os efeitos da ainda

forte pressão registada no final do ano de 2014, das cheias

registadas no início de 2015 e da sazonalidade das importações

e exportações, ao que se terá de somar os eventuais atrasos

nos desembolsos da ajuda externa e do arranque dos projectos

de investimento.

Conta CorrenteDados provisórios a Setembro de 2014 reportam que as

transacções correntes entre Moçambique e o resto do mundo

resultaram num saldo negativo de USD 3.741,1 milhões, o

que representa um abrandamento do défice em cerca de 7%

relativamente ao período homólogo.

Esta melhoria reflecte uma redução do défice da conta de bens

em 17,5% em face do crescimento da receita das exportações

em 6,3%, contra a desaceleração das importações (5,8%).

Antevê-se uma redução no défice da conta corrente em

percentagem do PIB de 44% em 2013 para níveis próximos de

38,8% em 2014.

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34 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em Novembro de 2014 o Comité de Política Monetária reduziu a

Facilidade Permanente de Cedência (FPC) de 8,25% para 7,50%,

mantendo inalteradas as taxas de juro da Facilidade Permanente

de Depósito (FPD) e das Reservas Obrigatórias (RO´s) em 1,5% e

8,0%, respectivamente.

Mesma tendência não foi verificada ao nível das taxas de juro

no Mercado Monetário Interbancário, sendo igualmente de

notar uma ligeira apreciação das taxas implícitas às emissões de

bilhetes de tesouro em todos os prazos.

Sector Financeiro

Dezembro Variação anual

Indicadores Financeiros 2012 2013 2014 2013 2014

Facilidade Perm. De Cedencia (FPC) 9,50% 8,25% 8,25% -1,25 p.p -

Facilidade Perm. De Depósitos (FPD) 2,25% 1,50% 1,50% -0,75 p.p -

Reservas Mínimas 8,00% 8,00% 8,00% - -

Obrigações de Tesouro -91 Dias 2,59% 5,11% 5,37% 2,52 p.p 0,26 p.p

Obrigações de Tesouro -182 Dias 3,38% 6,43% 6,64% 3,05 p.p 0,21 p.p

Obrigações de Tesouro -364 Dias 3,68% 7,13% 7,25% 3,45 p.p 0,12 p.p

T. de Juro Interbancario Overnight 2,59% 3,46% 3,11% 0,87 p.p -0,35 p.p

Fonte: Banco de Moçambique

O Crédito ao mercado em 2014 registou um crescimento

assinalável (MZN 40,9 mil milhões), contando para um

crescimento acumulado de 25,9%. No mesmo período o

crescimento anual dos Depósitos foi de MZN 44,9 mil milhões,

correspondendo a um crescimento acumulado de 21,4%, o que

contribuiu para o aumento anual do gap de liquidez do mercado.

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35

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36 RELATÓRIO E CONTAS 2014

04.ANÁLISEFINANCEIRA

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38 RELATÓRIO E CONTAS 2014

4.1 - PRINCIPAIS INDICADORES

Descrição 2012 2013 2014 Var (%) 2013-2014

Activos Totais 8.689,027 14.820,074 23.100,379 55,87%

Créditos a Clientes1 4.968,362 8.248,869 13.649,852 65,48%

Recursos de Clientes 6.217,736 11.601.922 16.914,452 45,79%

Capital 1.250,000 1.250,000 1.880,000 50,40%

Resultados/Rendibilidade

Resultados Antes de Impostos (Mio MZN) (82.052) 36.670 179.352 389,09%

Producto Bancário (Mio MZN) 599.795 1.197,345 1.789,511 49,46%

Rácio de Solvabilidade 18,33% 11,03% 10,46% -0,57 pp

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) -4,30% 2,93% 9,54% 6,61 pp

Rendibilidade do Activo (ROA) -0,94% 0,25% 0,78% 0,53 pp

Quota de Mercado

Quota de mercado Crédito a Clientes 4,14% 5,36% 6,93% 1,57 pp

Quota de mercado em Depósitos 3,45% 5,46% 6,51% 1,05 pp

Quota de mercado em Activos 3,78% 5,69% 7,47% 1,78 pp

Solvabilidade - Rácio

Solvabilidade - Rácio Moza Banco 18,33% 11,03% 10,46% -0,57 pp

Liquidez (Mi o MZN)

Crédito / Depósitos 81,9% 73,1% 82,9% 9,80 pp

Qualidade dos Activos

Crédito Vencido >90 dias (Mi o MZN) 62.916 209.641 230.607 10%

Provisões para Crédito (Mi o MZN) 122.438 229.781 368.832 61%

Crédito Vencido >90 dias / Crédito a clientes 1,27% 2,54% 1,69% -0,85 pp

Provisões para Crédito / Crédito Vencido 90 dias 195% 110% 160% 50.33 pp

Provisões para Crédito / Crédito a Clientes 2,46% 2,71% 2,63% -0,08 pp

Produtividade dos Activos

Custos Operacionais 531.070 870.210 1.245,331 43%

FSE 248.989 400.736 623.711 56%

RH 282.081 469.474 621.620 32%

Custos Operativos / Activos Totais (%) 6,11% 5,87% 5,39% -0,48 pp

Cost to Income2 90,47% 75,42% 69,59% -5,82 pp

FSE / Produto Bancário 41,51% 39,21% 34,74% -4,47 pp

RH / Produto Bancário 47,03% 33,47% 34,85% 1,39 pp

Indicadores de negócio

Nº de unidades de negócios 32 36 45 25%

Nº de ATM´´s 22 38 46 21%

Nº de POS 114 210 666 217%

Nº de Colaboradores no final do Periodo 325 437 636 46%

Nº de Clientes 10.626 20.443 35.368 73%

Nº de Cartões de Débito 5.104 9.461 31.078 228%

Nº de Cartões de Crédito 685 974 3.119 220%

1 Crédito Líquido;2 Cost to income = Custos Operacionais /Produto Bancário.

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39

2013 2014

14,821

1%

7%

56%

37%

2%

7%

59%

32%

Outros activos

Imobilizado Líq.

Crédito Líquido

Activo Líquido*

23,100

* Composto por Disponibilidade, aplicações em OIC e carteira de títulos

4.2 - NOTAS INTRODUTÓRIAS

O ano 2014 marca o início da implementação do Plano

Estratégico para o período 2014 a 2018, assente essencialmente

em 3 linhas de orientação: Comercial, Produto e Distribuição e

Desenvolvimento de Infraestruturas internas de suporte.

Com este Plano Estratégico o Banco visa alcançar 4 objectivos

principais: a excelência no serviço, o posicionamento

gradualmente universal, uma posição cimeira no ranking do

sistema financeiro Moçambicano e finalmente rentabilidade

alinhada com o mercado.

Foi implementada uma estratégia de crescimento assente

numa mais efectiva performance comercial, definindo-se quatro

pilares de actuação, nomeadamente: Maior presença no terreno,

Gestão segmentada, posicionamento gradualmente Universal e

oferta e abordagem comercial direccionada.

O Banco alterou o seu modelo de negócio passando de uma

cultura de nicho (Corporate e Private) para um posicionamento

gradualmente universal, tendo neste período aumentado o

número de clientes em 73% comparativamente a 2013.

Como resultado das políticas descritas, e apesar do contexto

de negócio exigente, o Moza Banco alcançou um crescimento

significativo da sua actividade, tendo terminado o ano com uma

quota de 6,93% (+1,57 p.p) no crédito a clientes, 6,51% (+1,05%)

em Depósito de clientes e 7,47% (+1,91%) em activos totais,

posicionando-se como a 4º (2013: 5º posição) maior instituição

bancária em Moçambique.

No período em análise, o Banco manteve a solidez da estrutura

do balanço, demonstrada pela manutenção de níveis adequados

de solvência, com o rácio solvabilidade a situar-se em 10,46%,

acima do limite mínimo regulamentar (8%).

O rácio de Transformação, calculado pelo peso do crédito bruto

nos depósitos de clientes, atingiu 82,9% no final de 2014, acima

dos 73,1% verificados em 2013.

O crédito concedido aos clientes totalizou MZN 13.650 milhões,

apresentando um incremento de 65% face a 2013, destacando-

se as linhas de crédito concedido no âmbito do programa de

apoio a PME’s. Não obstante o crescimento da carteira de

crédito, verificou-se uma redução do rácio de cobertura de

crédito por imparidades em cerca 0,08 p.p, num cenário de um

quadro regulamentar mais rígido (Basileia II).

Em termos de rede e canais de distribuição, verificou-se um

incremento de número de Unidades de negócio em 29%, ATM’s

em 21%, PO’s em 217% e cartões em 228%.

Como resultado da evolução acima referida, o Produto Bancário

em 2014 situou-se em MZN 1.790 milhões (+50% face a 2013),

reflectindo o crescimento do negócio. Em termos de custos

operacionais, verificou-se um aumento de 38% face a 2013,

totalizando MZN 1.245 milhões, espelhando o crescimento

programado no início de 2014, com destaque para a mudança

para a nova Sede, abertura de novas agências e aumento do

quadro de colaboradores.

A conjuntura do crescimento superior do Produto Bancário

face aos custos operacionais contribuiu para a geração de

resultados líquidos positivos na ordem de MZN 153 Milhões,

o que corresponde a um incremento de 587% face a 2013,

evidenciado o início de uma trajectória de crescimento do

balanço e de reforço da rentabilidade.

4.3 - COMPOSIÇÃO DO ACTIVO (MILHÕES DE

METICAIS)

No final de 2014, o total do activo apresentava um valor de

MZN 23.100 milhões, um incremento de 56% face a 2013. O

crescimento do activo foi basicamente impulsionado pelo

aumento do crédito concedido aos clientes e activos líquidos,

65% e 38% respectivamente.

Cerca de 59% de activos está concentrado na carteira de

crédito, 32% em activos líquidos, 7% em Imobilizado e 2% em

Outros activos, espelhando a estratégia de diversificação e

optimização na aplicação de fundos.

Carteira de Crédito

8,249

20142013

13,65065%

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40 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Distribuição da Carteira de Crédito por Segmento

Outros

Retalho

Outros

Institucional

Corporate

59,0%

14,1%

19,6%

4,8%

2,5%

O Crédito concedido a clientes cresceu 65% em termos anuais,

atingindo MZN 13.650 milhões, espelhando o crescimento

da actividade comercial em virtude do novo posicionamento

da estrutura comercial. O crédito concedido ao Segmento

Corporate representa a maior fatia da carteira de crédito, 59,0%

(2013: 64,1%), seguido pelo Retalho com 19,6% (2013: 17,1%) e o

Institucional e Private com 7,3%.

A alteração do mix de crédito bruto entre Segmentos

comparativamente a 2013 reflecte a mudança de prioridade

estratégica do Banco, priorizando o crescimento e expansão no

Retalho (Affluent e PME).

2013 2014

8,467

5,424

582

1,450

1,011

8,133

1,008

1,951

2,697

13,650

Corporate

Private + Institucional

Retalho

Outros

O Crédito concedido ao Segmento Corporate ascendeu a MZN

8.133 milhões, reflectindo um crescimento homólogo de 50%.

O Segmento Retalho, face a 2013 apresenta um incremento

de MZN 1.247 milhões, tendo o Crédito concedido às PME’s

apresentando uma posição destacada.

Este crescimento permitiu ao Moza Banco alcançar a quota de

mercado de 6,93%, posicionando-se no 4º lugar (2013: 5º lugar)

maior instituição financeira a operar no mercado Moçambicano

em termos de crédito.

Serviços

Comércio

Particular

Construção

Indústria Transformadora

Hotelaria e Turismo

?????

25,06%

22,49%

17,10%

7,26%

16,09%

2,96%

9,05%

Os sectores que mais beneficiaram do crédito do Moza

Banco em 2014 foram os serviços, comércio, particulares e

Indústria transformadora, totalizando em conjunto 80,74%.

Destaca-se neste período o crescimento do crédito à Indústria

Transformadora que apresentou um incremento de 4,05 p.p

comparativamente a 2013.

Composição da Carteira de Títulos

Obrigações corporativas p/ não residentes

Bilhetes de Tesouro

Obrigações de Tesouro

Obrigações p/ residentes

48,1%

24,4%

23,0%

3,2% 48,1%

A carteira de activos financeiros disponíveis para venda registou

um saldo de MZN 2.190 milhões em 31 de Dezembro de 2014,

correspondente a 9% do activo total do Moza Banco. As

obrigações Corporativas representam 51% do total da carteira

de títulos, seguido por Bilhetes de Tesouro e Obrigações de

Tesouro, com 24,4% e 23,0% respectivamente.

Qualidade dos ActivosNão obstante as alterações do quadro regulamentar de cálculo

de provisões com a introdução do Basileia II, o Moza Banco

continua, no final de 2014, a manter indicadores globalmente

favoráveis no que diz respeito à qualidade da carteira de

crédito.

■ O Rácio de crédito vencido sobre crédito total cifrou-

se em 2,26%, uma melhoria face aos 3,29% verificados no

exercício de 2013. O Rácio de crédito vencido + 90 dias

apresenta uma redução de 0,85 p.p face a 2013, situando-se

em 1,69%. De referir que uma parte da melhoria se deveu à

introdução de políticas mais sistematizadas de tratamento

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41

das situações de incumprimento, desde os primeiros sinais de

dificuldade pelos clientes até a adopção de diversas iniciativas

de acompanhamento e resolução das situações de maior

complexidade, seja através de recursos a canais judiciais como

a obtenção de acordos com os clientes.

■ As imparidades acumuladas do Balanço totalizaram MZN 369

Milhões, tendo o rácio de cobertura de provisões registado um

decréscimo de 0,08 p.p face a 2013, fixando-se em 2,63%;

■ Para o total de exposições de crédito em risco, o Banco

apresenta uma cobertura integral, situando-se o rácio no final de

2014 em 118,6%, reflectindo o compromisso do Moza Banco em

garantir a curto e médio/longo prazo a qualidade do balanço,

em linha com o objectivo estratégico definido.

4.4 - ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO

Decomposição da Carteira por qualidade de Crédito Apresenta-se de seguida uma árvore de decomposição da

carteira de crédito a clientes do Banco que permite aferir

adequadamente a sua composição, evolução e nível de

cobertura de imparidades por categoria.

2,51%2,35%

74,9%44,0%

Imparidade2014 346.202 2013 199.035

Imparidade2014 233.096 2013 122.352

63,9%17,3%

Imparidade2014 51.410 2013 11.866

Crédito Vencido2014 311.015 2013 278.240

Peso (%)2,26%3,28%

Crédito Bruto à Clientes (MZN)2014 13.787.629 2013 8.478.650

78,8%52,7%

Imparidade2014 181.686 2013 110.486

0,84%0,94%

Imparidade2014 113.106 2013 76.683

Crédito Vivo2014 13.476.614 2013 8.200.

Peso (%)97,7%96,7%

Crédito Vencido(menos de 90 dias)2014 80.4092013 68.599

Peso (%)25,9%24,7%

1,22%1,13%

Imparidade2014 113.1062013 76.683

Crédito Vivo com ImparidadeAlocada2014 9.246.201 2013 6.806.979

Peso (%)68,6%83.0%

Crédito Vivo sem ImparidadeAlocada2014 4.230.413 2013 1.393.431

Peso (%)31,4%17,0%

Crédito Vencido - NPL(mais de 90 dias)2014 230.6072013 209.641

Peso (%)74,1%75,3%

Indicadores de Risco de Crédito

2014 2013 Variação

Crédito Vencido s/clientes /Crédito Total 2,26% 3,29% -1,03 p.p

Crédito Vencido + 90 dias /Crédito Total 1,69% 2,54% -0,85 p.p

Imparidades acumuladas do Balanço/Crédito Vencido 118,59% 81,62% 36,97 p.p

Imparidades acumuladas do Balanço/Crédito Total 2,63% 2,71% -0,08 p.p

Provisões acumuladas Regulamentares/Crédito Vencido 213,24 146,06% 67,18 p.p

Provisões acumuladas Regulamentares/Carteira de Crédito 4,81% 4,80% 0,01 p.p

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42 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Financiamento e Liquidez

2014

9%

1%

6%

78%

5%

Fundos Próprios

Outros Passivos

Títulos **

Depósitos de Clientes

Depósitos de OIC

23,100

** Referente à emissão de obrigações Moza Banco

2013

14,821

9%

3%

6%

73%

9%

Em 2014, o total do passivo situou-se em MZN 21.002 milhões

e o Capital Próprio em MZN 2.098 milhões, representando um

incremento de 56% e 55% respectivamente face ao período

homólogo de 2013.

Na estrutura de financiamento da actividade, os depósitos de

clientes apresentam maior peso, embora tenham apresentado

um decréscimo face a 2013 de 5 p.p., fixando-se em 73%. O ano

2014 foi marcado pela estratégia de diversificação de fontes de

financiamento, verificando-se a redução do peso dos Depósitos

de Clientes e um consequente aumento de Depósito de

Instituições Financeiras para além da assinatura de Empréstimos

Consignados.

Depósitos de Clientes

Grande parte de 2014 foi marcada por níveis de crescimento

anémicos dos depósitos do sistema bancário, reflectindo-se na

gradual secagem de liquidez (em particular no 2º Trimestre),

O rácio de transformação de depósitos em crédito, situou-se

em 82,9%, reflectindo uma conjuntura de crescimento superior

de Crédito face aos Depósitos, 65% e 46% respectivamente.

Em termos homólogos, verifica-se um aumento do rácio de

transformação em 9,80 p.p

Rácios de CapitalO Moza Banco procedeu em 2014 a um aumento de capital

social no valor global de MZN 630 Milhões, tendo em

vista fortalecer o seu balanço, manter elevados níveis de

solvabilidade e fazer face ao plano de expansão de Unidades

de Negócio definido no seu Plano Estratégico.

No final de 2014, o Moza Banco continuou a apresentar um

balanço sólido, com rácio de solvabilidade de 10,46% (2013:

11,03%) acima do limite mínimo regulamentar (8%).

16.914

11.602

Rácios DO/DP (%)

46%

20142013

59

41

62

38

DO DP

Rácio de TransformaçãoDepósito de ClienteCrédito a Clientes

2012

5.091

6.218

2013

81,88%

73,08%

82,88%

8.479

11.602

2014

14.019

16.914

tendência que só foi corrigida no último trimestre do ano.

Apesar do cenário acima descrito, o total de Recursos de

clientes, no final 2014, totalizou MZN 16,9 mil milhões, crescendo

cerca de 46% em relação ao valor registado em 2013.

Rácios de Transformação (Milhões de Meticais)

Capitais Próprios 2013 2014Variação

Absoluta %

Capital Social 1,250 1,880 630 50

Reservas 43 10 (33) -76

Resultados Transitados 36 55 19 53

Resultados do exercício 22 153 131 595

Total 1,351 2,098 747 55

Rácios de Capital 2013 2014Variação

Absoluta %

Activos Poderados pelo Risco (RWA)

12,302 17,683 5,381 44

Fundos Próprios Totais 1,357 1,849 492 36

Rácio de Solvabilidade 11,03% 10,46% 0,57 p.p

Core Tier 1 7,35% 6,96% -0,39 p.p

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43

69,6%

2012 2013 2014

1.790

1.245

1.197

902

600

90,5%

75,3%

543

Crédito a Clientes Cost-to IncomeDepósito de Cliente

4.5 - ANÁLISE DO RESULTADO, EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE

Resultado e Rendibilidade (Milhões de Meticais)

799

MargemFinanceira

341

ComissõesLíquidas

669

Mercadose Tesouraria

1.790

ProdutoBancário

648

FSE’s

622

RecursosHumanos

195

Amort.

145

Imparidades

179

ResultadoAntes deImposto

Produto BancárioO Produto Bancário em 2014 fixou-se nos MZN 1.790 Milhões,

um crescimento de 50% face ao verificado no exercício anterior.

A Margem Financeira contribuiu para geração do Produto

Bancário em 44%, Mercados e Tesouraria em 37% e Comissões

líquidas com 19%.

■ A Margem Financeira totalizou MZN 799 Milhões, um

aumento de 20% face a 2013, explicado pelo crescimento do

Movimento Financeiro (Créditos e Depósitos) na ordem dos 51%.

■ O crescimento dos resultados da área de Mercados e

Tesouraria é justificado pela nova estratégia de dinamização e

captação de Clientes pelo aumento de volume de negócios com

clientes tradicionais do Banco, contribuindo fortemente para o

crescimento desta linha de negócio, totalizando no final de 2014

o valor de MZN 669 Milhões, mais 116% comparativamente ao

período homólogo de 2013.

■ As Comissões Líquidas apresentaram um crescimento de

105 Milhões explicados em grande medida pelo aumento da

actividade comercial (Crédito Desembolso e Assinatura) e

pelo volume de transacções, totalizando MZN 341 Milhões, um

crescimento de 47% (MZN +105 Milhões) face a 2013.

Custos Operacionais

Cost-to Income (Milhões de Meticais)

No período em análise, verificou-se uma melhoria gradual

do rácio Cost-To-Income, explicado essencialmente pelo

crescimento da actividade comercial (tendo o Produto Bancário

registado um crescimento de 50% comparativamente a

2013) e de medidas de optimização dos Custos Operacionais

estritamente implementadas.

Os Custos com Pessoal apresentaram um acréscimo de 32% face

a 2013, explicado pelo incremento de número de colaboradores

em 46%, para um quadro de pessoal que no final de 2014 contava

com 636 colaboradores.

Em 2014, os custos com Fornecimento e Serviços de Terceiros

(FSE’s) totalizaram MZN 624 Milhões, representando um aumento

de 49% comparativamente a 2013, espelhando o crescimento

programado no início de 2014, com destaque para a mudança

para a nova Sede, abertura das novas agências e custos

associados a eventos e campanhas de marketing.

O custo com amortizações de activos foi de MZN 195 Milhões,

representando um crescimento de 30% face a 2013, devendo-

se primordialmente a novos investimentos ocorridos durante

o exercício económico em Agências Bancárias e projectos

Informáticos.

Os custos de imparidades do exercício totalizaram MZN 145

Milhões, um crescimento de 34% face a 2013, contudo, o custo

médio das imparidades sobre a carteira de crédito reduziu 31

pontos base relativamente a 2013.

Resultado e Rentabilidade

2012 2013 2014

Resultado Líquido(Mio MZN)

ROE (%) ROA (%)

2012 2013 2014 2012 2013 2014

-82,1 22,3

152,9

-4,30%

2,93%9,54%

-0,94%

0,25%

0,78%

127%

586%

7,2p.p

6,6p.p

1,2p.p

0,5p.p

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44 RELATÓRIO E CONTAS 2014

05.PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSE REFERÊNCIAS

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46 RELATÓRIO E CONTAS 2014

5.1 - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSO exercício financeiro findo em 31 Dezembro de 2014 originou

resultados positivos, após impostos, no valor de 152.944.230

MZN, considerando tal facto assim como as disposições legais

e estatutárias relativas à constituiçãoo de reservas, vem desta

forma a gestão propor a seguinte distribuiçãoo e aplicação do

resultado do exercício:

■ 15% do resultado do exercício, correspondente a 22.941.635

MZN, serão transferidos para reservas legais;

■ 85% do resultado do exercício, correspondentes a

130.002,596 MZN, transferidos para resultados Transitados.

Assim, e após a aplicação e resultados acima proposta, a

estrutura do Capital será a seguinte:

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5.2 - REFERÊNCIASAo concluir a apresentação da actividade no exercício de

2014, o Conselho de Administração e Comissão Executiva do

Moza Banco vem por esta forma expressar o seu profundo

reconhecimento a todos os que contribuíram para o

desenvolvimento da actividade e crescimento deste projecto de

cariz moçambicano, em especial:

Aos nossos clientes;

Aos nossos fornecedores;

Às autoridades monetárias, financeiras e de supervisão, que

acompanharam e cooperaram no decurso da actividade do

Banco;

À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal, pela

colaboração manifestada ao longo do exercício;

Aos accionistas pelo apoio constante e voto de confiança

repetidamente reiterado na gestão do Banco;

Aos colaboradores em geral, pelo seu desempenho, atitude

profissional e esforço empregue em prol deste projecto;

Aos membros dos Órgãos Sociais que cessaram as suas

funções no decurso do ano de 2014.

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48 RELATÓRIO E CONTAS 2014

06.DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RESPECTIVAS NOTAS

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50 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Descrição Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 4 2.003.923.081 1.406.311.771

Juros e gastos similares 4 (1.224.836.258) (754.627.507)

Margem financeira 4 779.086.823 651.684.264

Rendimentos de serviços e comissões 5 367.525.945 258.502.180

Encargos com serviços e comissões 5 (26.222.779) (22.48.775)

Serviços e comissões líquidas 5 341.303.166 236.013.405

Operações financeiras líquidas 6,14 669.120.850 309.647.828

Rendimentos operacionais 1.789.510.839 1.197.345.497

Imparidade líquida do exercício 16 (145.491.226) (108.875.173)

Rendimentos operacionais liquidos 1.644.019.613 1.088.470.324

Gastos com pessoal 7 (621.619.638) (466.773.974)

Depreciações e amortizações 19,20 (194.669.359) (149.754.062)

Outros gastos operacionais 8 (648.378.827) (435.272.044)

Lucro antes de imposto 179.351.788 36.670.244

Imposto corrente 9 (15.157.064) -

Imposto diferido 9 (11.250.494) (14.418.163)

Lucro do exercício 152.944.230 22.252.021

Ganhos por acção

Básicos 10 2.618,91 445,04

Diluídos 10 2.618,91 445,04

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS INTEGRAL

Notas 2014 2013

Lucro do exercício 152.944.230 22.525.081

Outros resultados integrais para serem reclassificado sem rendimentos em períodos subsequentes

Activos financeiros disponiveis para venda 15 (42.958.712) 4.025.044

Impostos sobre o rendimento 19 6.913.140 2.552.662

(36.045.572) 6.577.706

Demonstração do rendimento integral, líquido de impostos 116.898.658 28.829.787

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51

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA

Activo Notas 2014 2013

Caixa e disponibilidades em Banco Central 11 1.706.271.382 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito 12 961.466.882 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 13 2.649.495.007 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 14 776.867.619 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 15 1.413.516.264 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes 16 13.649.852.316 8.248.869.416

Outros activos 17 215.010.130 88.017.597

Activos não correntes detidos para venda 18 149.243.778 -

Activos tangíveis 19 1.075.526.525 748.478.250

Activos intangíveis 20 435.267.558 246.145.842

Activos por impostos correntes 21 64.788.597 52.439.900

Activos por impostos diferidos 9 3.072.464 -

Total do activo 23.100.378.523 14.820.072.774

Actividades de investimento Notas 2014 2013

Recursos de Instituições de crédito 22 2.175.615.613 720.208.357

Depósitos e contas correntes 23 16.914.451.895 11.601.922.322

Recursos consignados 24 205.179.246 -

Outros Passivos 25 413.084.985 183.963.276

Empréstimos obrigacionistas 26 1.272.974.610 949.215.121

Passivos por impostos diferidos 9 20.818.374 13.408.556

Total do Passivo 21.002.124.723 13.468.717.632

CAPITAL PRÓPRIO Notas 2014 2013

Capital social 27 1.880.000.000 1.250.000.000

Reserva de justo valor (15.882.023) 20.163.548

Reserva legal 28 26.345.532 23.007.720

Resultados transitados 54.846.062 35.931.793

Resultado líquido do exercício 152.944.230 22.252.081

Total do capital próprio 2.098.253.800 1.351.355.142

Total do capital próprio e passivo 23.100.378.523 14.820.072.774

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES EM CAPITAL PRÓPRIO

2014 Capital social(nota 27)

Reserva legal(nota 28)

Reserva de justo valor

Resultados transitados

Resultado líquido

do exercício

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 1.250.000.000 65.674.665 13.585.842 60.644.323 (67.379.475) 1.322.525.355

Aplicação do resultado do exercício anterior

- - (67.379.475) 67.379.475 -

Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda (nota 15)

- (42.666.945) 4.025.044 42.666.945 - 4.025.044

Impostos diferidos (nota 9) - - 2.552.662 - - 2.552.662

Resultado líquido do exercício - - - - 22.252.081 22.252.081

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.250.000.000 23.007.720 20.163.548 35.931.793 22.252.081 1.351.355.142

Aplicação do resultado do exercício anterior

- 3.337.812 - 18.914.269 (22.252.081) -

Aumento do capital social 630.000.000 - - - - 630.000.000

Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda (nota 15)

- - (42.958.712) - - (42.958.712)

Impostos diferidos (Nota 9) - - 6.913.140 - - 6.913.140

Resultado líquido do exercício - - - - 152.944.230 152.944.230

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 1.880.000.000 26.345.532 (15.882.023) 54.846.062 152.944.230 2.098.253.800

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52 RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

2014 2013

Actividades operacionais

Resultado antes de imposto 179.351.788 36.670.244

Ajustamentos de:

Depreciações e amortizações 194.669.359 149.754.062

Perdas por imparidade de crédito 145.491.226 108.875.173

(Ganhos)/Perdas em activos financeiros detidos para negociação (9.302.558) (9.710.213)

(Ganhos)/Perdas na alienação de activos tangíveis (3.431) (937.123)

Variação de activos operacionais (6.915.231.238) (3.817.895.986)

Variação de passivos operacionais 7.209.647.602 5.893.212.025

Impostos sobre o rendimento (26.407.558) (14.418.163)

Cash flow gerado das actividades operacionais 778.215.190 2.345.550.019

Actividades de investimento

Aquisição de activos tangíveis (466.936.546) (190.941.452)

Alienação de activos tangíveis 459.125 1.300.375

Aquisição de activos intangíveis (244.358.499) (192.648.476)

(Aquisição)/reembolsos e alienação de activos financeiros disponiveis para venda 3.880.241 (1.289.626.436)

Cash flow usado nas actividades de investimento (706.955.679) (1.671.915.989)

Actividades de financiamento

Aumento do capital social 630.000.000 -

Recursos consignados 205.179.246 -

Emissão obrigaccionista 323.759.489 949.215.121

Reembolso de obrigações - (703.850.000)

Cash flow gerado nas actividades de financiamento 1.158.938.735 245.365.121

Aumento de caixa e equivalentes de caixa 1.230.198.247 918.999.151

Caixa e equivalentes de caixa no inicio do exercício 2.873.463.463 1.954.464.312

Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 4.103.661.710 2.873.463.463

Caixa e equivalentes de caixa apresentam-se como segue:

2014 2013

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.077.934.888

Reservas junto do Banco Central (1.213.571.562) (864.769.666)

Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 2.293.122.248

4.103.661.710 2.873.463.463

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53

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54 RELATÓRIO E CONTAS 2014

IntroduçãoO Moza Banco, S.A. (doravante designado como Moza Banco

ou Banco) é um banco privado comercial, criado em 2007, com

sede social em Maputo, subsidiária da Moçambique Capitais,

S.A. e associada do Novo Banco, S.A. (banco português).

O Moza Banco rege a sua actividade pelos seus estatutos e toda

a legislação aplicável ao sector financeiro em Moçambique.

Moza Banco presta serviços bancários ao longo de todo o país,

com base numa rede de 45 agências (4ª maior rede de agências

no sistema bancário moçambicano), oferecendo produtos

e serviços para uma ampla gama de clientes Empresariais,

Individuais e de Retalho.

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

1.1 Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras em referência a 31 de Dezembro

de 2014, encontram-se em conformidade com as disposições

de relato financeiro definidas pelo Banco de Moçambique, e

foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro (NIRF) emitidas pelo International Accounting

Standard Board (“IASB”).

As demonstrações financeiras foram preparadas com base

no princípio do custo histórico, modificada pela aplicação do

justo valor quando especificamente indicado nas politicas

contabilísticas.

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade

com as NIRF requer a utilização de julgamentos, estimativas

e pressupostos de aplicação de determinadas políticas

contabilísticas fundamentais. Além disso, exige também que

a Administração intervenha criticamente no que diz respeito

à aplicação das políticas contabilísticas do Banco. As notas às

demonstrações financeiras incluem as áreas que envolvem

um maior grau de complexidade, e as áreas em que os

pressupostos e estimativas tenham um impacto significativo para

o Banco. As presentes demonstrações financeiras são expressas

em Meticais e são idênticas às que foram preparadas pelo

Banco a partir dos seus registos contabilísticos e aprovadas pela

assembleia-geral de accionistas.

1.2 Estimativas e julgamentos significativosNa aplicação das políticas contabilísticas do Banco, a

Administração usou os seus julgamentos e estimativas na

determinação dos montantes reconhecidos nas demonstrações

financeiras. As estimativas e pressupostos associados

são baseados na experiência histórica e noutros factores

considerados razoáveis, de acordo com as circunstâncias e com

uma base para os julgamentos sobre os valores dos activos

e passivos cuja valorização não é evidente através de outras

fontes. As principais estimativas e julgamentos contabilísticos

são analisados como segue:

Princípio da continuidadeA Administração do Banco efectuou uma avaliação sobre o

princípio da continuidade, estando satisfeita com os resultados

obtidos em resultado de ter os recursos necessários para

a prossecução da actividade num futuro mais próximo.

Adicionalmente, a Administração não tem conhecimento de

eventuais incertezas materiais que possam colocar em causa

o princípio da continuidade do Banco. Consequentemente,

as demonstrações financeiras foram preparadas na base da

continuidade das operações do Banco.

Perdas por imparidade em créditoO Banco avalia os valores que dizem respeito a crédito vivo e

mal parado periodicamente, a fim de determinar se uma perda

por imparidade deverá ser ou não reconhecida. Em particular, a

Administração utiliza estimativas do valor recuperável do activo

no cálculo dos montantes relacionados com os fluxos de caixa

futuros ao determinar o nível da perda potencial. Tais estimativas

são baseadas na experiência passada e pressupostos de um

número de factores, podendo conduzir a alteração de resultados

actuais, resultando em alterações futuras dos montantes criados

para fazer face a perdas efectivas.

Para além da imparidade específica para cobrir o risco

relacionado com os créditos com prova objectiva de existir

imparidade, o Banco determina uma imparidade numa base

colectiva para os créditos para os quais embora não tenha sido

identificada uma necessidade específica de reconhecer a perda

por imparidade, possuem um nível de risco mais elevado em

relação ao assumido no momento da concessão do crédito.

Para o efeito, toma em consideração factores como a qualidade

de crédito que é dada pelo rácio médio dos últimos dois anos,

entre o crédito em imparidade com o total da carteira.

O Banco considera que a imparidade determinada com base na

metodologia apresentada permite reflectir de forma adequada o

risco associado à sua carteira de crédito.

Justo valor de instrumentos financeirosQuando o justo valor de activos e passivos financeiros

registados nas demonstrações financeiras não pode ser

calculado com base em cotações de mercados activos, o justo

valor é determinado usando diversas técnicas de avaliação,

que incluem uso do método dos cash flows descontados. Os

dados a inserir nestes modelos são calculados com base na

informação disponível de mercados, contudo, sempre que tal

não seja exequível, é necessário recorrer em alguma medida a

ponderações para determinar o justo valor.

As alterações nos pressupostos acerca destes factores

podem afectar o justo valor reconhecido nas demonstrações

financeiras.

Nível 1 – Preço de mercado cotado (não ajustado) num

mercado activo para um instrumento idêntico;

Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados

observáveis, quer directamente (ou seja, como preços), ou

indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria

inclui instrumentos valorizados como utilização de preços em

mercados cotados em mercados activos para instrumentos

similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou

similares em mercados considerados menos activos, ou

outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam

directamente ou indirectamente observáveis a partir de dados

de mercado;

Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não

observáveis no mercado. Esta categoria inclui os instrumentos

financeiros em que a técnica de avaliação inclui inputs

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55

não baseados em dados não observáveis e os inputs não

observáveis têm um efeito significativo na avaliação do

instrumento. Esta categoria inclui os instrumentos que são

avaliados com base em cotações de rendimentos similares,

sempre que houver necessidade de ajustamentos não-

observáveis significativos ou de pressupostos para reflectir as

diferenças entre os instrumentos.

O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam

negociados nos mercados activos são baseados em preços de

mercados cotados ou cotações de preços de revendedor. Para

todos os instrumentos financeiros, o Banco determina os valores

de mercado utilizando técnicas de avaliação.

As técnicas de avaliação incluem o valor actual líquido e

modelos de fluxos de caixa descontados e outros modelos

de avaliação. Pressupostos e inputs utilizados em técnicas de

avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de referência,

os spreads de crédito e outros prémios utilizados para estimar

as taxas de desconto, preços de obrigações, bilhetes de tesouro

e taxas de câmbio. O objectivo das técnicas de avaliação é

chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço

do instrumento financeiro na data do relatório, a qual teria sido

determinada pelos participantes no mercado actuando numa

base comercial.

Impostos sobre o rendimentoOs impostos sobre o rendimento (correntes e diferidos) são

determinados pelo Banco com base nas regras definidas pelo

enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações,

a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e

poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os

valores registados resultam do melhor entendimento do Banco

sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual

é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades

Fiscais.

As Autoridades Fiscais dispõem de faculdade de rever a posição

fiscal do Banco durante um período de cinco (5) anos, podendo

resultar, devido a diferentes interpretações e/ou incumprimento

da legislação fiscal, nomeadamente em sede de Contribuição

Industrial, IRPS (Impostos sobre singulares), IRPC (Imposto sobre

Empresas) e IVA.

A Administração acredita ter cumprido todas as obrigações

fiscais a que o Banco se encontra sujeito.

1.3 Políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação

das demonstrações financeiras têm sido aplicadas de forma

consistente ao longo dos exercícios, sendo descritas como

segue:

a) Transacções em moeda estrangeira (NIC 21)As demonstrações financeiras estão apresentadas em Meticais,

sendo a moeda funcional do Banco e moeda de apresentação.

Transacções em moeda estrangeira são reconhecidas

com a taxa de câmbio à data de transacção. Os activos e

passivos monetários denominados em moeda estrangeira são

reconhecidos à taxa de câmbio média à data de balanço, as

diferenças de câmbio não realizadas são reconhecidas em

resultados no período a que respeitam. Activos e passivos não

monetários denominados em moeda estrangeira que sejam

determinados pelo seu custo histórico, são convertíveis à taxa

de câmbio em vigor na data da transacção.

As taxas de câmbio utilizadas para a conversão de saldos

denominados em moeda estrangeira são as seguintes:

2014 2013

Dólar Norte-Americano 33,60 30,08

Euro 40,84 41,43

Rand Sul Africano 2,90 2,85

b) Instrumentos Financeiros – Reconhecimento inicial

e mensuração subsequente (NIC 32 e NIC 39)

I) Data do reconhecimento

Aquisições e alienações de activos financeiros que exijam a

entrega dos bens dentro do prazo estabelecido geralmente

por regulação ou convenção no mercado, são reconhecidos

na data de transacção, ou seja, a data em que o Banco se

compromete a adquirir ou alienar o activo. Os instrumentos

financeiros são reconhecidos quando o Banco se torna

parte integrante das disposições contratuais do instrumento

financeiro.

II) Reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros

A classificação do instrumento financeiro no reconhecimento

inicial depende do propósito para o qual o Banco o adquiriu.

Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu

justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto

nos casos de activos financeiros ao justo valor através de

resultados, caso em que estes custos de transacção são

directamente reconhecidos em resultados.

III) Ganhos ou perdas do primeiro dia

Quando o preço da transacção diferir do justo valor de uma

transacção observada no mercado para o mesmo instrumento

financeiro, ou baseada em técnicas de avaliação cujas

variáveis incluam apenas informação observada no mercado,

o Banco reconhece imediatamente a diferença entre o preço

de transacção e o justo valor (um rendimento ou gasto do

primeiro dia) na demonstração dos resultados. Nos casos em

que o justo valor é determinado com base em informação

não observada no mercado, a diferença entre o preço de

transacção e o modelo de valorização é apenas reconhecida

na demonstração de resultados quando os ‘inputs’ se tornem

observáveis, ou quando o instrumento é desreconhecido.

c) Instrumentos Financeiros – classificação (NIC 39)

A classificação dos activos financeiros depende do objectivo

para o qual foi adquirido bem como as suas características.

Compete à comissão executiva definir a classificação e

reconhecimento inicial.

O Banco classifica os seus activos financeiros de acordo com

as seguintes categorias: instrumentos financeiros detidos

para negociação, activos financeiros disponíveis para venda e

empréstimos e contas a receber.

I) Instrumentos financeiros detidos para negociação

Os instrumentos financeiros detidos para negociação

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56 RELATÓRIO E CONTAS 2014

são reconhecidos na posição financeira ao justo valor. As

variações de justo valor são reconhecidas na demonstração

dos resultados. Os juros e dividendos são reconhecidos

na demonstração dos resultados de acordo com os termos

do contrato, ou quando o direito ao pagamento ter sido

estabelecido.

Estão incluídas nesta classificação obrigações e acções que

foram adquiridas com o objecto principal de alienação o curto

prazo.

II) Activos financeiros disponíveis para venda

Activos financeiros disponíveis para venda são aqueles

activos financeiros não derivados que sejam designados

como disponíveis para venda ou que não sejam classificados

como empréstimos concedidos ou contas a receber,

investimentos detidos até à maturidade ou activos financeiros

pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos financeiros

disponíveis para a venda são mensurados ao justo valor,

com excepção dos instrumentos de capital próprio não

cotados num mercado activo cujo justo valor não possa ser

mensurado com fiabilidade e, por conseguinte, mensurados

ao custo.

Um ganho ou perda resultante de um activo financeiro

disponível para venda é reconhecido directamente no capital

próprio até que o activo financeiro seja desreconhecido,

momento em que o ganho ou perda cumulativo anteriormente

reconhecido no capital próprio é reconhecido nos lucros ou

prejuízos. As perdas por imparidade reconhecidas nos lucros

ou prejuízos para um investimento num instrumento de capital

próprio classificado como disponível para venda não são

revertidas através dos lucros ou prejuízos.

III) Activos financeiros detidos até à maturidade

Activos financeiros detidos até à maturidade são activos

financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem

intenção e capacidade de deter até à maturidade. Após

o reconhecimento inicial, os investimentos detidos até à

maturidade são mensurados ao custo amortizado, utilizando

o método do juro efectivo, e são deduzidos de perdas de

imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta

qualquer prémio ou desconto na aquisição e taxas que são

uma parte integrante da taxa de juro efectiva. A amortização

é reconhecida em “juros e rendimentos similares” na

demonstração de resultados.

Se o Banco vender ou reclassificar uma parte maior que

insignificante de um investimento detido até à maturidade

antes da sua maturidade (que não em circunstâncias

específicas), toda a categoria é reclassificada para disponíveis

para venda. Quando tais circunstâncias se verificarem, o

Banco não deverá classificar investimentos detidos até à

maturidade durante os dois anos seguintes. O Banco não

classificou qualquer instrumento financeiro nesta categoria.

IV) Empréstimos e contas a receber

São activos financeiros não derivados com pagamentos

fixados ou determináveis, que não estão cotados num

mercado activo. Resultam quando o Banco concede crédito,

bens ou serviços, directamente ao devedor, com nenhuma

intenção de negociar o recebimento.

Após a mensuração inicial, os empréstimos e contas a receber

são mensurados pelo custo amortizado usando o método

de taxa de juro efectiva, menos provisão para perdas por

imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta

qualquer prémio ou desconto na aquisição e taxas que são

uma parte integrante da taxa de juro efectiva. A amortização é

incluída em “Juros e rendimentos similares” na demonstração

de resultados. As perdas decorrentes de imparidade são

reconhecidas na demonstração dos resultados.

V) Passivos financeiros ao justo valor por via dos

resultados

Os passivos financeiros ao justo valor por via dos resultados

incluem os passivos financeiros detidos para negociação e

os passivos financeiros ao justo valor por via dos resultados.

Os passivos financeiros detidos para negociação são

adquiridos com o objectivo de alienação num futuro próximo.

Esta categoria também inclui os instrumentos financeiros

derivados que não estejam designados como instrumentos de

cobertura pela NIC 39. Derivados embutidos estão também

classificados na categoria de detidos para negociação caso

não estejam designados como instrumentos de cobertura.

Os ganhos e perdas de detidos para negociação são

reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os passivos financeiros classificados ao justo valor por via

dos resultados são classificados à data de reconhecimento

inicial, apenas se o critério da NIC 39 for cumprido. O Banco

não classificou qualquer passivo financeiro nesta categoria.

VI) Empréstimos e contas a pagar

Esta é a categoria mais relevante para o Banco. Após

o reconhecimento inicial, os passivos financeiros são

reconhecidos pelo custo amortizado utilizando o método da

taxa de juro efectiva. Os ganhos e perdas são reconhecidos

na demonstração dos resultados quando os passivos são

desreconhecidos como também ao longo do processo de

taxa de juro efectiva.

O custo amortizado é calculado de acordo com o desconto

ou prémio de aquisição e as comissões ou gastos que fazem

parte do método de taxa de juro efectivo. O juro efectivo

está incluído como um gasto financeiro na demonstração dos

resultados.

d) Anulação do reconhecimento de activos e passivos

financeiros (NIC 32 e NIC 39)A anulação do reconhecimento dos activos financeiros é

efectuada quando:

■ Expira o direito contractual a receber fluxos de caixa; e

■ O Banco tenha transferido substancialmente todos os

riscos e benefícios associados à sua detenção ou não obstante

retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos

e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha

transferido o controlo sobre os activos.

A anulação dos passivos financeiros é efectuada quando:

■ A obrigação sob a responsabilidade financeira deixar de

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57

existir ou um passivo financeiro for substituído, para o mesmo

detentor, por outro com condições substancialmente diferentes,

sendo que, tal alteração ou modificação é tratada como um

desreconhecimento do passivo inicial e o reconhecimento

de outro passivo, sendo a diferença no correspondente valor

contabilístico reconhecida em resultados.

e) Determinação do justo valor (NIRF 13)O Banco procede à mensuração dos instrumentos financeiros

ao justo valor à data da posição financeira. O justo valor assume

que o activo ou passivo é transaccionado entre participantes no

mercado numa transacção ordenada de venda do activo ou de

transferência do passivo à data de mensuração nas condições

vigentes de mercado. Uma mensuração pelo justo valor assume

que a transacção de venda do activo ou de transferência do

passivo se realiza:

■ No mercado principal desse activo ou passivo; ou

■ Não existindo um mercado principal, no mercado mais

vantajoso para esse activo ou passivo.

O mercado principal ou mais vantajoso tem de estar acessível

ao Banco.

O justo valor do activo ou do passivo é mensurado através dos

pressupostos que os participantes de mercado utilizaram para

efectuarem a transacção, assumindo que os participantes agem

no seu melhor interesse económico.

A mensuração pelo justo valor de um activo não-financeiro toma

em conta a capacidade que um participante tem no mercado

para gerar benefícios económicos utilizando o activo no seu

pleno e melhor uso ou vendendo-o a outro participante no

mercado que o irá utilizar no seu pleno ou melhor uso.

O Banco utiliza técnicas de valorização consideradas as

mais apropriadas de acordo com as circunstâncias e para os

quais existam dados suficientes para mensurar o justo valor,

maximizando a utilização da informação relevante disponível

com base nas variáveis observáveis e minimizando a utilização

das variáveis não observáveis.

Todos os activos e passivos cujo justo valor seja mensurado

ou divulgado nas demonstrações financeiras encontra-se

reconhecido de acordo com a hierarquia do justo valor,

abaixo descrita, baseada no mais baixo nível de inputs para a

mensuração do justo valor:

Nível 1 — Preços cotados (não ajustados) dos activos ou

passivos em mercados activos a que a entidade tem acesso à

data da mensuração

Nível 2 — Justo valor determinado com base em inputs de

mercado não incluídos no Nível 1, mas que sejam observáveis

em mercado para activo ou passivo, quer directamente ou

indirectamente.

Nível 3 — Justo valor dos activos e passivos é determinado

com base em inputs que não são baseados em informação

observável em mercado.

Para os activos e passivos que são reconhecidos

recorrentemente nas demonstrações financeiras, o Banco

determina se as transferências ocorreram entre níveis da

hierarquia pela reavaliação da categorização (baseado no mais

baixo nível de input para a mensuração do justo valor).

f) Imparidade de activos financeiros (NIC 32 e 39)O Banco avalia, a cada data de balanço se há qualquer prova

objectiva de que um activo financeiro ou uma carteira de activos

financeiros esteja em imparidade. Após o reconhecimento

inicial, um activo financeiro, ou uma carteira de activos

financeiros, poderão ser considerados em imparidade quando

existe evidência objectiva de imparidade resultante de um

ou mais eventos, e quando estes tenham impacto no valor

estimado dos fluxos de caixa futuros. A evidência de imparidade

pode incluir diversos indicadores, tais como a exposição de

cada cliente ao crédito vencido, evidência de dificuldades

financeiras por parte do cliente e da sua capacidade de fazer

face a obrigações futuras, e o património do cliente encontrar-se

em situação de liquidação ou falência.

I) Activos financeiros disponíveis para venda

Um activo classificado nesta categoria encontra-se em

imparidade quando um declínio significativo no justo valor

de um activo financeiro se verifique durante um período

prolongado. O conceito “Significativo” é avaliado de acordo

com o custo de aquisição, enquanto o conceito “prolongado”

se avalia pelo período de tempo que o seu justo valor é

inferior ao custo de aquisição.

Se for identificada imparidade num activo financeiro

disponível para venda, a perda acumulada (mensurada

como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,

excluindo perdas por imparidade anteriormente reconhecidas

por contrapartida de resultados), é transferida de reservas

e reconhecida na demonstração de resultados. Caso, num

período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida

classificados como disponíveis para venda aumentar e esse

aumento puder ser objectivamente associado a um evento

ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade

na demonstração de resultados, a perda por imparidade é

revertida por contrapartida de resultados.

As perdas por imparidade reconhecidas em instrumentos de

capital classificados como disponíveis para venda, quando

revertem, são registadas por contrapartida de reservas.

II) Empréstimos e adiantamentos a clientes

Para os empréstimos e adiantamentos a clientes que se

encontram valorizados ao custo amortizado, o Banco avalia

individualmente as provas objectivas de imparidade para

activos financeiros que sejam individualmente significativos, e

individual ou colectivamente para activos financeiros que não

sejam individualmente significativos. Se o Banco determinar

que não existe prova de objectiva de imparidade de um

activo financeiro avaliado individualmente, quer este seja

significativo ou não, o Banco inclui este activo numa carteira

de activos financeiros com características semelhantes

ao risco de crédito, e avalia-os colectivamente quanto à

imparidade.

Se existirem provas objectivas de perdas por imparidade em

empréstimos e adiantamentos a clientes, ou em investimentos

detidos até à maturidade, que sejam mensuráveis pelo custo

amortizado, as perdas por imparidade são calculadas através

da comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros

esperados descontados à taxa efectiva original de cada

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58 RELATÓRIO E CONTAS 2014

contrato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as

perdas registadas na demonstração de resultados. O valor

contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado no

Balanço líquido das perdas de imparidade.

Os valores presentes dos fluxos de caixa futuros estimados

são descontados à taxa de juro efectiva original do

instrumento financeiro. Se um empréstimo tem uma taxa de

juro variável, a taxa de desconto para medir qualquer perda

é a actual taxa de juro efectiva. O cálculo do valor actual dos

fluxos de caixa futuros estimados de um activo financeiro

colateralizado reflecte os fluxos de caixa que podem resultar

da execução menos os custos da obtenção e da venda da

garantia colateral, quer a execução seja ou não provável.

Segundo o estabelecido pela NIC 39, os seguintes eventos

são considerados como constituindo indícios de imparidade

em activos financeiros:

■ Incumprimento de cláusulas contratuais, como atrasos no

pagamento de juros ou capital;

■ Registo de situações de incumprimento no sistema

financeiro;

■ Existência de operações em vigor resultantes de

reestruturações de créditos ou de negociações em curso para

reestruturações de créditos;

■ Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios/accionistas

e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de

sócios de referência ou dos principais quadros e divergências

entre os sócios;

■ Dificuldades financeiras significativas do devedor em

dívida;

■ Existência de uma elevada probabilidade de declaração

de falência do devedor ou do emissor de divida;

■ Diminuição competitiva da posição do devedor; e

■ Comportamento histórico das cobranças que permita

deduzir que o valor nominal não será cobrado na totalidade.

Para a finalidade de uma avaliação colectiva da imparidade,

os activos financeiros são agrupados de acordo com as

características de risco de crédito semelhantes que são

indicativas da capacidade do devedor para pagar as quantias

devidas de acordo com os termos contratuais. O Banco toma

em consideração a qualidade do crédito que é dada pelo

rácio entre o crédito vencido e a carteira total.

As perdas por imparidade em termos colectivos são

determinadas tendo em consideração a experiência histórica

de perdas em carteiras de risco semelhante, conhecimento

da envolvente económica e da sua influência sobre o nível

de perdas históricas e o período estimado entre a ocorrência

e a sua identificação. A metodologia e os pressupostos

utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos

regularmente para reduzir as diferenças entre as estimativas e

o nível actual de perdas.

III) Investimentos detidos até à maturidade

Para os activos detidos até à maturidade, o Banco avalia

individualmente se existe evidência de perdas por

imparidade. Se existe prova objectiva que essa perda tenha

ocorrido, o valor é mensurado como a diferença entre a

quantia escriturada do activo e o valor actual dos fluxos de

caixa futuros estimados. A quantia escriturada do activo é

reduzida e o valor da perda é reconhecido na demonstração

de resultados.

Se, no ano subsequente, o montante da perda estimada

diminuir, devido a um qualquer evento após a perda por

imparidade ter sido reconhecida, os valores são revertidos e

creditados na demonstração de resultados.

IV) Empréstimos renegociados

Sempre que possível, o Banco procura renegociar os

empréstimos em vez de exercer a opção sobre o colateral.

Isto significa que pode existir um alargamento no prazo

de liquidação do empréstimo. Uma vez renegociado o

empréstimo, o mesmo não é considerado vencido. A

Administração do Banco está a rever continuamente a

questão da renegociação dos empréstimos, a fim de

evitar que os mesmos sejam considerados vencidos. Os

empréstimos continuam a ser alvo de avaliação individual

ou colectiva de perdas por imparidade sendo calculados de

acordo com a taxa de juro efectiva original.

V) Avaliação dos colaterais

O Banco procura utilizar colaterais, sempre que possível, para

mitigar o risco nas demonstrações financeiras. Os colaterais

apresentam-se de diversas formas, tais como depósitos

à ordem, carteiras de títulos, cartas de crédito/garantias,

hipotecas, recebimentos, inventários, outros activos não

financeiros e avales. O justo valor do colateral é determinado,

no mínimo, no início e com base no cronograma de relatórios

trimestrais do Banco, no entanto, algumas garantias, por

exemplo, depósitos à ordem ou títulos relativos aos requisitos

de margem, são avaliados diariamente.

Sempre que possível, o Banco utiliza dados activos do

mercado para avaliar os activos financeiros detidos como

garantias. Outros activos financeiros que não têm um valor

de mercado activo são avaliados por via de modelos de

avaliação. Garantias não financeiras, como hipotecas, são

avaliadas com base em dados fornecidos por terceiros, tais

como correctores de hipotecas, os índices de preços da

habitação, as demonstrações financeiras auditadas, e outras

fontes independentes.

VI) Colaterais readquiridos

A política do Banco é determinar se é preferível proceder à

utilização interna de um activo readquirido ou se este deve

ser alienado.

Os activos cuja decisão seja a utilização interna são

transferidos para a respectiva categoria de activo ao menor

valor entre o valor líquido contabilístico e o valor original. Os

activos cuja decisão seja a alienação são transferidos para

activos não correntes detidos para venda e mensurados ao

justo valor menos os custos de venda à data da reintegração,

de acordo com a política do Banco.

g) Compensação de instrumentos financeiros (NIC 32

e NIC 39)Os activos e passivos financeiros são compensados e o valor

líquido é reconhecido na posição financeira, se apenas existir

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um direito jurídico vinculativo que obrigue as entidades a

reconhecer os valores e se existe intenção de compensar numa

base líquida, ou de realizar o activo e liquidar o passivo em

simultâneo.

h) Garantias financeiras (NIC 37)No decorrer da sua actividade corrente, o Banco concede

garantias financeiras, tais como Cartas de crédito, garantias e

avales. As garantias financeiras são inicialmente reconhecidas

nas demonstrações financeiras (em ‘Outros passivos’) ao justo

valor, sendo o prémio recebido.

Em termos de mensuração subsequente, a responsabilidade do

Banco relativa a cada garantia é mensurada ao valor mais alto

entre o montante inicialmente reconhecido menos amortizações

acumuladas reconhecidas na demonstração de resultados e

a melhor estimativa da despesa necessária para regularizar

qualquer obrigação que possa decorrer em resultado da

garantia.

Qualquer aumento no valor do passivo relativo à garantia

financeira é reconhecido na demonstração de resultados

em Gastos com perdas em créditos. O prémio recebido é

reconhecido na demonstração de resultados em ‘Rendimento

líquido de taxas e comissões’ numa base da vida útil da garantia.

i) Reconhecimento de rédito e gastos (NIC 18)O rédito é reconhecido quando for provável que benefícios

económicos futuros fluirão para o Banco e esses benefícios

possam ser fiavelmente mensuráveis. O reconhecimento do

rédito obedece aos seguintes critérios por rubrica:

I) Juros, rendimentos e gastos similares

Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo

amortizado e juros dos instrumentos financeiros classificados

como disponíveis para venda, o juro ou o gasto é registado

com base na taxa de juro efectiva. A taxa de juro efectiva é

a taxa que corresponde à taxa que desconta os pagamentos

ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada

do instrumento financeiro, ou, quando apropriado, por um

período mais curto, para a quantia líquida escriturada do

activo ou passivo financeiro. Para a determinação da taxa

de juro efectiva, procede-se à estimativa dos fluxos de

caixa futuros considerando todos os termos contratuais do

investimento financeiro (por exemplo opções de pagamento

antecipado), incluindo as comissões consideradas como parte

integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e

todos os prémios ou descontos directamente relacionados

com a transacção.

Uma vez que o activo financeiro ou grupo de activos

financeiros tenha sido reduzido como resultado de uma

perda por imparidade, o rendimento do juro é dai em diante

reconhecido usando a taxa de juro utilizada para descontar os

fluxos de caixa futuros para efeitos de quantificação da perda

por imparidade.

II) Rendimentos provenientes de serviços e comissões

O Banco obtém rendimentos de serviços e comissões através

de uma diversificada rede de serviços que presta aos seus

clientes. As comissões podem ser classificadas em duas

categorias:

Comissões que são cobradas por prestação de serviços

durante um determinado período de tempo.

São obtidos à medida que os serviços vão sendo prestados

e o seu reconhecimento em resultados é efectuado em

função do período em que os serviços são prestados. Estas

comissões incluem valores cobrados nas prestações de

serviços tais como a emissão das Garantias Bancárias e

Cartas de Crédito.

Comissões cobradas pela prestação de serviços

Resultam da prestação de serviços, sendo o seu

reconhecimento efectuado quando o serviço está concluído.

III) Rendimento líquido em operações financeiras

O rendimento líquido em operações financeiras inclui ganhos

e perdas das transacções em moeda estrangeira e operações

conversão dos itens monetários denominados em moeda

estrangeira.

j) Caixa e equivalentes de caixa (NIC 32 e NIC 39)Caixa e equivalentes de caixa, conforme apresentados na

demonstração de fluxos de caixa, englobam os valores em

caixa, contas correntes com o Banco Central e com outras

instituições de crédito e investimentos altamente líquidos, com

maturidades até três meses, mensurados ao custo amortizado.

k) Activos não correntes detidos para venda (NIRF 5)Os activos não correntes (ou grupos para alienação) são

classificados como detidos para venda sempre que seja

expectável que o seu valor na posição financeira seja

essencialmente recuperado através da venda e que a mesma

seja considerada altamente provável. Para um activo (ou grupo

de alienação) seja classificado nesta rubrica é necessário o

cumprimento dos seguintes requisitos:

1) A probabilidade de venda seja elevada;

2) O activo esteja disponível para venda no seu estado actual;

e

3) Deverá existir expectativa de que a venda se venha a

concretizar até um ano após a classificação do activo nessa

rubrica.

Os activos registados nessa rubrica não são amortizados,

sendo valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o

seu justo valor, deduzidos do custo a incorrer na venda. O justo

valor destes activos é determinado com base em avaliações

efectuadas por entidades especializadas.

A Administração compromete-se em como a venda se verificará

um ano após a sua classificação.

Os imóveis não são depreciados quando são classificados como

não correntes detidos para venda.

Os activos e passivos são classificados separadamente na

rubrica da posição financeira.

l) Activos tangíveis (NIC 16)Os activos tangíveis são mensurados pelo custo de aquisição,

deduzido das respectivas depreciações acumuladas, e perdas

por imparidade. Os custos de reparação de parte de um activo

tangível são reconhecidos se for provável que deles resultarão

benefícios económicos futuros para o Banco e possam ser

mensurados com fiabilidade.

As despesas de manutenção e reparação e outras despesas

associadas ao seu uso são reconhecidas nos resultados do

período em que foram incorridas.

As depreciações são calculadas utilizando o método das

quotas constantes, com base na vida útil estimada dos bens,

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60 RELATÓRIO E CONTAS 2014

assim como do seu valor residual. Os valores residuais dos

activos, assim como as vidas úteis dos activos e os critérios

de amortização são ajustados, se necessário, à data de

encerramento da posição financeira. As vidas úteis estimadas

são as seguintes:

O Banco efectua regularmente a análise da adequacidade da

vida útil estimada dos seus activos tangíveis. Alterações na vida

útil esperada dos activos são reconhecidas através da alteração

do período ou método de depreciação, conforme apropriado,

sendo tratados como alterações de estimativas contabilísticas.

As despesas em edifícios arrendados são depreciadas em

prazo compatível com a sua utilidade esperada no contrato de

arrendamento.

Periodicamente, são efectuadas análises no sentido de

identificar evidências de imparidade em activos tangíveis.

Sempre que o valor líquido dos activos exceda o valor

recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade na

demonstração dos resultados. O Banco procede à reversão das

perdas por imparidade caso, subsequentemente, se verifique

um aumento no valor recuperável do activo.

A anulação do reconhecimento do activo tangível é efectuada

quando o mesmo é alienado, ou quando não se esperam

benefícios económicos da sua utilização ou alienação. O ganho

ou perda decorrente da anulação do reconhecimento é incluído

em “outros rendimentos operacionais” ou “outros gastos

operacionais” na demonstração de resultados no período em

que o activo é desreconhecido.

m) Activos intangíveis (NIC 38)Os activos intangíveis incluem os valores de software (licenças).

O software adquirido pelo Banco é registado ao custo menos

a amortização acumulada e menos eventuais perdas por

imparidade.

As despesas com software desenvolvido internamente

são reconhecidas como activo quando o Banco consegue

demonstrar que a sua capacidade e intenção de gerar

benefícios económicos futuros, e pode fiavelmente mensurar

os custos para completar o desenvolvimento. A capitalização

dos custos de software desenvolvido internamente inclui

todos os custos directamente imputáveis ao desenvolvimento

do software, e são amortizados durante a sua vida útil. O

software desenvolvido internamente é mensurado pelo custo

capitalizado menos amortizações acumuladas e menos perdas

por imparidade.

A amortização é reconhecida na demonstração de resultados

segundo o método de quotas constantes ao longo da vida útil

estimada do software, a partir da data em que o mesmo esteja

disponível para uso. A vida útil estimada do software é de 3 a 5

anos.

n) Imparidade de activos não financeiros (NIC 36)

O Banco avalia no final de cada data de relato ou com maior

frequência se eventos ocorram e alterem o valor contabilístico

de um activo, se existe indicação de imparidade por parte

de um activo não-financeiro. Se tais indicações existem, ou

quando o teste anual da imparidade para um activo é exigido,

o Banco estimativa o valor recuperável do activo. Se a quantia

escriturada de um activo (ou unidade geradora de caixa)

exceder a sua quantia recuperável, o activo encontra-se em

imparidade e é registado em balanço pelo valor recuperável.

A cada data de relato, é reavaliada a existência de qualquer

indicação de que uma perda por imparidade anteriormente

reconhecida possa já não existir ou possa ter reduzido. Caso

exista tal indicação, é estimada a quantia recuperável do

activo e revertidas as perdas por imparidade previamente

reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas

estimativas usadas para estimar a quantia recuperável desde o

reconhecimento da perda.

A reversão da imparidade está limitada ao valor da quantia

recuperável do activo, sendo revertidas as perdas por

imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem

ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a

quantia recuperável desde o reconhecimento da perda.

o) Impostos (NIC 12)

i) Impostos correntes

Os impostos correntes, activos ou passivos, são estimados

com base no valor esperado a pagar ou a recuperar às

autoridades fiscais. A taxa legal de imposto usada para

calcular o montante é a que se encontra em vigor à data da

posição financeira.

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável

do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido

a ajustamentos na matéria colectável resultante de gastos

ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que

apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.

ii) Impostos diferidos

Os impostos diferidos são reconhecidos sobre todas

diferenças temporárias à data da posição financeira entre a

base fiscal dos activos e passivos e a sua correspondente

base contabilística. Os passivos por impostos diferidos

são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis, excepto:

Quando o imposto diferido passivo resulta do reconhecimento

inicial do goodwill ou de um activo ou passivo numa

transacção que não seja uma concentração de actividades

empresariais e, no momento da transacção, não afecta nem o

lucro contabilístico nem lucro tributável ou perda, e

No que diz respeito a diferenças temporárias tributáveis

associadas aos investimentos em filiais e associadas, são

reconhecidos passivos por impostos diferidos quando a

empresa-mãe, investidor ou empreendedor, seja capaz

de controlar a tempestividade da reversão da diferença

temporária, e que se seja provável que a diferença temporária

não se reverterá no futuro previsível.

A quantia escriturada do activo por impostos diferidos é

revista à data de encerramento de cada exercício e reduzida

na medida em que já não é provável que os lucros tributáveis

Anos

Edifícios arrendados 10

Equipamentos 10

Outros 4-5

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61

suficientes estarão disponíveis para permitir que todo,

ou parte do imposto diferido activo possa ser utilizado.

Os activos por impostos diferidos não reconhecidos são

reavaliados à data de cada balanço e são reconhecidos

na medida em que se torne provável que lucros tributáveis

futuros permitirão que o activo por imposto diferido possa ser

recuperável.

Os activos e passivos por impostos diferidos são mensurados

pelas taxas fiscais que se espera que sejam aplicáveis no

período quando seja realizado o activo ou seja liquidado o

passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham

sido decretadas ou substancialmente decretadas à data da

posição financeira.

Os impostos correntes e diferidos relativos a itens

reconhecidos directamente em capital próprio são

reconhecidos em capital próprio e não na demonstração dos

resultados.

Os activos ou passivos por impostos diferidos são

compensados caso exista um direito com força legal para

compensar os activos correntes por impostos correntes

relacionados com a mesma autoridade fiscal.

p) Contratos de locação (NIC 17)A determinação de se um acordo é ou contém operações de

locação baseia-se na substância do acordo em relação a data

de início e obriga a uma avaliação sobre se o cumprimento do

acordo depende do uso dum bem ou bens específicos e se o

acordo transmite o direito de usar o bem.

Locações operacionais – Banco como locatário

As rendas pagas são reconhecidas na demonstração dos

resultados numa base sistemática ao longo da vida do contrato

de locação.

Quando um contrato de locação é terminado antes do período

de locação, qualquer pagamento efectuado ao locador a título

de indemnização é reconhecimento como gasto no período a

que respeita.

q) Dividendos sobre acções ordinárias (NIC 10)Os dividendos sobre acções ordinárias são reconhecidos como

passivo e deduzidas ao capital próprio quando são aprovadas

pelos accionistas do Banco. Os dividendos intercalares são

deduzidos ao capital próprio quando declarados quando não

estão mais à disposição do Banco.

Dividendos para o fim do exercício que são aprovados após a

data de balanço são divulgados como um evento subsequente.

r) Reservas de capital (NIC 32 e 39)As reservas reconhecidas em capital próprio do Banco na

demonstração da posição financeira incluem a reserva de justo

valor, que compreende as variações de justo valor dos activos

financeiros disponíveis para venda.

s) Normas emitidas mas não efectivasAs normas e interpretações que foram emitidas, mas ainda não

efectivas, à data de emissão das demonstrações financeiras

do banco são descritas abaixo. O Banco pretende adoptar as

referidas normas, caso aplicáveis, quando as mesmas se tornem

efectivas.

NIRF 9 – Instrumentos financeiros

Em Julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da NIRF 9

Instrumentos Financeiros que reflecte todas as fases do projecto

dos instrumentos financeiros e substitui a NIC 39 Instrumentos

financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões

anteriores da NIRF 9. A norma introduz novos requisitos para

classificação e mensuração, imparidade e contabilidade de

cobertura. A NIRF 9 é efectiva para os períodos com data de

início ou após 1 de Janeiro de 2018, sendo permitida a adopção

antecipada. A aplicação retrospectiva é requerida, contudo,

a informação comparativa não é obrigatória. A aplicação das

versões anteriores da NIRF 9 (2009, 2010 e 2013) é permitida

se as datas da primeira aplicação for anterior a 1 de Fevereiro

de 2015. O impacto da adopção da NIRF terá impacto na

classificação e mensuração dos activos financeiros do Banco,

mas não se verificará quaisquer impactos nos passivos

financeiros.

NIRF 14 Diferimento das Contas do Regulador

A NIRF 14 é uma norma opcional que permite às entidades,

cujas actividades são sujeitas a uma regulamentação de taxas,

que continuem a aplicar a maioria das políticas contabilísticas

para o diferimento das contas do regulador após a primeira

aplicação da NIRF. As entidades que adoptem a NIRF 14 deverão

apresentar o diferimento das contas do regulador numa rubrica

separada na demonstração dos resultados e na demonstração

dos rendimentos integral. A norma exige divulgações da

natureza da, e os riscos associados com a taxa regulamentada

da entidade e os impactos da taxa regulamentada nas

demonstrações financeiras. A NIRF 14 é efectiva para os

exercícios com inicio em, ou após 1 de Janeiro de 2016. Esta

norma não apresentará qualquer impacto nas demonstrações

financeiras do Banco.

Alterações à NIC 19 – Plano de benefícios definidos:

Contribuições dos colaboradores

A NIC 19 exige que a entidade que considere como

contribuições de colaboradores ou de terceiros quando procede

à contabilização de plano de benefícios definidos. Quando as

contribuições estão relacionadas a um serviço, deverão ser

atribuídos a períodos de serviço como um benefício negativo.

Estas alterações clarificam que, se o montante das contribuições

se encontrar dependente do número dos anos de serviço, é

permitido que a entidade reconheça tais contribuições como

uma redução no custo no período ao qual o serviço é prestado,

ao invés de alocar as contribuições aos períodos do serviço.

Esta alteração é efectiva para os períodos iniciados ou após 1 de

Julho de 2014. Esta norma não apresentará qualquer impacto

nas demonstrações financeiras do Banco.

NIRF 15 Réditos de contratos com clientes

A NIRF 15 – Rédito dos contratos com clientes substitui a NIC

11 – Contractos de Construção, NIC 18 – Rédito e interpretações

relacionadas. A NIRF 15 estabelece o tratamento contabilístico

para o rédito dos contractos com os clientes. É aplicável a

todas as entidades que celebraram um contrato de prestação

de serviços ou venda de bens aos seus clientes, salvo se esses

contractos entrarem dentro do âmbito de outra NIRF, tal como

a NIC 17 – Locações. A norma também contempla um modelo

para a mensuração e reconhecimento de ganhos e perdas da

alienação de determinados activos não financeiros, tal como

os activos tangíveis. A nova norma torna-se efectiva para os

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62 RELATÓRIO E CONTAS 2014

períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2017. Não será

expectável um impacto significativo da aplicação da nova

norma nas demonstrações financeiras do Banco, uma vez que

os instrumentos financeiros e outros direitos contratuais ou

obrigações estão dentro do âmbito da NIRF 9 – Instrumentos

Financeiros, encontrando-se fora do âmbito da norma.

NIC 16 Activos tangíveis e NIC 38 Activos intangíveis -

Esclarecimento de métodos aceitáveis de Depreciação e

Amortização

As alterações clarificam o princípio vertido na NIC 16 e NIC 38

de que o rédito reflecte o padrão dos benefícios económicos

que são gerados por um negócio (do qual o activo faz parte) em

vez do benefício económico através da utilização dos activos.

Como resultado, um método baseado na unidade de produção

não pode ser utilizado para depreciar os activos tangíveis,

podendo-o ser apenas em determinadas circunstâncias para os

activos tangíveis.

Estas alterações terão um efeito prospectivo para os períodos

iniciados em, ou após, 1 de Janeiro de 2016, sendo permitida

a adopção antecipada. Não é expectável que estas alterações

tenham qualquer impacto para o Banco, uma vez que o Banco

não utiliza o método de depreciação com base na produção.

Alterações à NIC 27: Método de Equivalência Patrimonial nas

demonstrações financeiras separadas

As alterações vão permitir que as entidades possam usar

o método da equivalência patrimonial para reconhecer os

investimentos em subsidiárias, “joint ventures” e associadas nas

suas demonstrações financeiras separadas. As entidades que

já aplicam as NIRF e que pretendam alterar para o método de

equivalência patrimonial nas suas demonstrações financeiras

individuais terão de aplicar esse método retrospectivamente.

Para os que adoptem pela primeira vez o método da

equivalência patrimonial nas suas demonstrações financeiras,

terão apenas de aplicar este método a partir da data de

transição para as NIRF. As alterações são efectivas para

períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2016, a

adopção antecipada é permitida. Estas alterações não teriam

qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas

do Banco, uma vez que o banco não detém investimentos em

subsidiárias e associadas.

NIC 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras

O International Accounting Standards Board emitiu alterações à

NIC 1 como parte da iniciativa de divulgação que visa melhorar

os requisitos de apresentação e divulgação. As alterações à NIC

1 incluem melhorias em cinco áreas:

■ Materialidade

■ Desagregação e subtotais

■ Estrutura das Notas

■ Divulgação de políticas contabilísticas

■ Apresentação de itens de outros rendimentos integrais,

decorrentes de equivalência patrimonial

As alterações entram em vigor para os períodos findos em ou

após 1 de Janeiro de 2016 e não deverão ter um impacto sobre

o Banco.

Alterações à NIC 16 e NIC 41 Agricultura: Viveiros

As alterações visam modificar os requisitos de reconhecimento

de activos biológicos que atendam à definição de viveiros. De

acordo com as alterações, os activos biológicos que atendam

à definição de viveiros não serão mais enquadrados no

âmbito da NIC 41. Em vez disso, a NIC 16 será aplicada. Após

o reconhecimento inicial, os viveiros serão mensurados de

acordo com a NIC 16 ao custo acumulado (antes da maturidade)

utilizando o modelo de custo ou o modelo de reavaliação (após

a maturidade). As alterações também exigem que os produtos

que cresçam em viveiros sejam tratados de acordo com a NIC 41

mensurados pelo justo valor menos os custos para vender. Para

os donativos do Estado, será aplicada a NIC 20 Reconhecimento

e Divulgação dos Subsídios do Governo. As alterações são

retrospectivamente aplicáveis para períodos anuais com início

em ou após 1 de Janeiro de 2016, sendo a adopção antecipada

permitida. Estas alterações não deverão ter qualquer impacto no

Banco, o Banco não possui viveiros.

Melhorias anuais Ciclo 2010-2012 Estas melhorias são efectivas a partir de 1 de Julho de 2014,

e não se espera que tenham um impacto significativo sobre o

Banco.

Elas incluem:

Pagamento Baseado de Acções - NIRF 2

Esta melhoria é aplicada prospectivamente e esclarece várias

questões relativas à definição de desempenho e condições de

elegibilidade, incluindo:

■ A condição de desempenho deve conter uma condição de

serviço;

■ A meta de desempenho deve ser satisfeita quando a

contraparte presta o serviço;

■ A meta de desempenho deve estar relacionada com as

operações ou actividades da entidade, ou aqueles de outra

entidade do mesmo grupo;

■ A condição de desempenho pode ser uma condição de

mercado ou não; e

■ Se a contraparte, independentemente do motivo, deixar de

prestar o serviço durante o período contratado, a condição de

serviço não será satisfeita.

NIRF 3 Concentração de Actividade Empresariais

A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que

todas as contingências classificadas como passivo (ou activo)

decorrentes de uma combinação de negócios devem ser

subsequentemente mensuradas ao justo valor através de

resultados sendo ou não abrangidas pelo âmbito da aplicação

da NIRF 9 (ou NIC 39, conforme o caso).

NIRF 8 Operações por Segmentos

As alterações são aplicadas retrospectivamente e esclarecem

que:

■ Uma entidade deve divulgar os julgamentos feitos pela

administração na aplicação dos critérios de agregação no

parágrafo 12 da NIRF 8, incluindo uma breve descrição

das operações por segmentos que foram agregados e as

características económicas (por exemplo, as vendas e as

margens brutas) utilizados para avaliar se os segmentos são

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similares.

■ A reconciliação dos activos do segmento de activos totais só

é necessário para ser divulgado se a reconciliação é relatado

para o tomador de decisões operacionais, similar à divulgação

necessária para passivos por segmento.

NIC 16 Activos Tangíveis e NIC 38 Activos Intangíveis

A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece a NIC

16 e NIC 38 que o activo pode ser reavaliado em função dos

dados observáveis usando o valor bruto ou o valor líquido

contabilístico. Além disso, a depreciação ou amortização

acumulada é a diferença entre o valor bruto e o valor líquido do

activo.

NIC 24 Divulgações de Partes Relacionadas

A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece a NIC

24 que uma entidade de gestão (uma entidade que fornece

serviços especializados de gestão) é uma parte relacionada

sujeito à divulgação. Além disso, uma entidade que utiliza esses

serviços de gestão deve divulgar os gastos incorridos com os

serviços de gestão.

Melhorias anuais Ciclo 2011-2013 Estas melhorias são efectivas a partir de 1 de Julho de 2014,

e não se espera que tenham um impacto significativo sobre o

Banco.

Elas incluem:

NIRF 3 Concentração de Actividades Empresariais

A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece as

seguintes excepções no âmbito da NIRF 3:

■ Acordos conjuntos, não apenas joint ventures, estão fora do

âmbito da NIRF 3; e

■ Esta excepção aplica-se apenas ao reconhecimento nas

demonstrações financeiras conjuntas.

NIRF 13 Mensuração do Justo Valor

A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que as

excepções no âmbito da NIRF 13 podem ser aplicados não só

para os activos e passivos financeiros, mas também a outros

contractos no âmbito da NIRF 9 (ou NIC 39, conforme o caso).

NIC 40 Propriedades de Investimento

A descrição dos serviços auxiliares na NIC 40 diferencia entre

propriedades de investimento e propriedade de uso próprio

(ou seja, imóveis, instalações e equipamentos). A alteração é

aplicada prospectivamente e esclarece que a NIRF 3, e não

a descrição de serviços auxiliares na NIC 40, é usada para

determinar se a transacção é a compra de uma combinação de

activos ou negócios.

Emendas à NIRF 11 Acordos conjuntos: reconhecimento de

aquisições de participações

As alterações à NIRF 11 exigem que o reconhecimento da

aquisição de uma participação em uma operação conjunta, em

que a actividade da operação conjunta constitui um negócio

deve-se adoptar a NIRF 3 princípios para reconhecimento

de concentração de actividades empresariais. As alterações

também esclarecem que a participação anteriormente detida

em uma operação conjunta não é reavaliada na aquisição

de uma participação adicional na mesma operação conjunta

enquanto o controlo conjunto é mantido. Além disso, a exclusão

foi adicionada à NIRF 11 para especificar que as alterações

não se aplicam quando as partes que compartilham o controlo

conjunto, incluindo a entidade que relata, estão sob controlo

comum da mesma parte.

As alterações aplicam-se tanto a aquisição do interesse

inicial em uma operação conjunta e à aquisição de quaisquer

interesses adicionais na mesma operação conjunta e são

prospectivamente em vigor para períodos anuais com início

em ou após 1 de Janeiro de 2016, a adopção antecipada é

permitida. Estas alterações não terão qualquer impacto para o

Banco.

Melhorias anuais Ciclo 2012-2014Nas melhorias 2012-2014, o IASB emitiu cinco alterações para

quatro normas, resumidas abaixo. As alterações são efectivas a

partir de 1 de Janeiro de 2016 e não se espera que tenham um

impacto no Banco:

NIRF5 Activos Não-correntes Detidos Para Venda e

Operações descontinuadas

Activos (ou grupo para alienação) são geralmente eliminados

quer através de venda ou através de distribuição aos sócios.

A alteração à NIRF 5 esclarece que a mudança de um destes

métodos de eliminação para o outro não deve ser considerada

como um novo plano de eliminação, pelo contrário, é uma

continuação do plano original. Assim, não há interrupção

da aplicação dos requisitos da NIRF 5. A alteração também

esclarece que a mudança do método de eliminação não altera a

data de classificação. A alteração é aplicada prospectivamente.

NIRF 7 Divulgação de Instrumentos Financeiros

Os parágrafos 42A - H da NIRF 7 exigem que uma entidade

divulgue informação para qualquer envolvimento continuado

num activo transferido que é descontinuado na sua totalidade.

A alteração esclarece que um contrato de serviço que inclui

uma taxa pode constituir envolvimento continuado num activo

financeiro. Uma entidade deve avaliar a natureza da taxa e

disposição contra a orientação para o envolvimento continuado

nos parágrafos NIRF 7.B30 e NIRF 7.42C, a fim de avaliar se são

necessárias as divulgações.

NIRF 7 Divulgação de Instrumentos financeiros

Em Dezembro de 2011, a NIRF 7 foi alterada para acrescentar

orientações sobre a compensação de activos e passivos

financeiros. Na data efectiva da transição da alteração, o

parágrafo nº 44R da NIRF 7 afirma que a entidade deve aplicar

estas alterações aos períodos anuais com início em, ou, após,

1 de Janeiro de 2013 e períodos intermediários dentro desses

períodos anuais. A norma de divulgação provisória, NIC 34,

não reflecte esta exigência, no entanto, não está claro se essas

divulgações são necessárias no relatório financeiro intercalar.

A alteração suprime a expressão “períodos intermediários

dentro desses períodos anuais” do parágrafo nº 44R,

esclarecendo que essas divulgações não são exigidas

no relatório financeiro intercalar. No entanto, o Conselho

observou que a NIC 34 exige que uma entidade divulgue

uma explicação de acontecimentos e transacções que sejam

significativas para a compreensão das alterações na posição

financeira e do desempenho da entidade desde o fim do último

período de relato anual. Portanto, se as divulgações da NIRF

7 fornecem uma actualização significativa relativamente às

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64 RELATÓRIO E CONTAS 2014

informações relatadas no relatório anual mais recente, a gestão

espera que essas divulgações sejam incluídas no relatório

financeiro intercalar da entidade. A alteração deve ser aplicada

retrospectivamente.

NIC 19 Benefícios dos Empregados

A NIC19 exige que a entidade reconheça uma obrigação para

benefícios pós-emprego para os seus planos de benefícios

definidos. Essa obrigação deve ser descontada usando taxas

de mercado de obrigações corporativas de elevada qualidade

ou utilizando taxas de obrigações de dívida pública, na

eventualidade de um mercado activo para títulos corporativos

de alta qualidade não existir. A alteração à NIC 19 clarifica

que a existência de títulos corporativos de alta qualidade do

mercado é avaliada com base na moeda em que é denominada

a obrigação, ao invés do país onde a obrigação está localizada.

Quando não existe um mercado activo para títulos corporativos

de alta qualidade na moeda, as taxas de obrigações de dívida

pública devem ser utilizadas.

NIC 34 Demonstrações Financeiras Intercalares

A NIC 34 exige que as entidades divulguem informações nas

notas explicativas às demonstrações financeiras intercalares ‘se

não divulgadas no relatório financeiro intercalar “. No entanto,

não está claro o que o IASB quer dizer com “em outras partes

do relatório financeiro intercalar”. A alteração estabelece

que as divulgações provisórias requeridas devem ser tanto

nas demonstrações financeiras intercalares ou incorporados

por referência cruzada entre as demonstrações financeiras

intercalares e onde quer que eles estão incluídos dentro do

relatório financeiro intercalar (por exemplo, no comentário da

administração ou relatório gestão de risco). O IASB especifica

que as outras informações dentro do relatório financeiro

intercalar devem estar disponíveis para os usuários nas mesmas

condições que as demonstrações financeiras intercalares

e ao mesmo tempo. Se os usuários não tiverem o acesso a

estas informações dessa maneira, neste contexto, o relatório

financeiro intercalar torna-se incompleto.

2. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS,

ESTIMATIVAS E ERROS

Novas normas e alterações das normas e

interpretaçõesDurante o período findo em 31 de Dezembro de 2014, o Banco

aplicou todas as normas que se tornaram efectivas a partir de 1

de Janeiro de 2014.

Entidades de investimento (alterações à NIRF 10, NIRF 12 e

NIC 27)

Estas alterações prevêem uma excepção à exigência de

consolidação para entidades que atendem à definição

de uma entidade de investimento no âmbito da NIRF 10

Demonstrações Financeiras Consolidadas e deve ser aplicada

retrospectivamente, sujeito a determinadas condições no

período de transição. A excepção à consolidação exige que

as entidades de investimento reconheçam as subsidiárias ao

justo valor através de resultados. Estas alterações não têm

impacto sobre o Banco, uma vez que o Banco não prepara

demonstrações financeiras consolidadas.

Compensação de Activos e Passivos Financeiros - Alterações

à NIC 32

Estas alterações tornam mais claro o significado de ‘actualmente

tem o direito legal de compensar’ e os mecanismos de

resolução não-simultânea para se qualificar para a compensação

e é aplicado retrospectivamente. Estas alterações não têm

impacto sobre o Banco, uma vez que o Banco não dispõe de

quaisquer acordos de compensação.

Novação de Derivados e continuação - Alterações a NIC 39

Estas alterações permitem benefícios ao descontinuar o

reconhecimento de um activo quando a novação de um

derivado designado como um instrumento de cobertura

atende a determinados critérios e é necessária a aplicação

retrospectiva. Estas alterações não têm impacto sobre o Banco

uma vez que o Banco não teve novações de derivados durante

o período corrente e anteriores.

IFRIC 21 “Levies” – Taxas adicionais

A IFRIC 21 esclarece que a entidade reconhece uma

responsabilidade quando a actividade que desencadeia o

pagamento, conforme identificado na legislação respectiva,

ocorre. Para uma taxa que é accionada ao atingir um

limite mínimo, a interpretação esclarece que nenhuma

responsabilidade pode ser antecipada antes do limite mínimo

especificado ser atingido. A aplicação retrospectiva é requerida

no âmbito da IFRIC 21. Esta interpretação não tem impacto sobre

o Banco uma vez que o Banco não apresenta nenhumas taxas

adicionais no âmbito do conceito referido na interpretação.

Adicionalmente, não ocorreram alterações nas estimativas, e

nem foram identificados erros que motivem a reexpressão das

quantias comparativas.

3. GESTÃO DO RISCO, OBJECTIVOS E POLÍTICAS

A gestão de riscos assenta na constante identificação e

análise da exposição a diferentes riscos (crédito, mercado,

liquidez, operacional e outros), e na execução de estratégias de

maximização de resultados face aos riscos, dentro de restrições

pré-estabelecidas e devidamente supervisionadas.

A actividade do Banco é exposta a um conjunto de riscos

financeiros e essas actividades envolvem a análise, avaliação,

aceitação e gestão de determinados graus de risco ou

combinação de riscos. O objectivo do Banco é atingir um

equilíbrio entre o risco e o retorno e minimizar os potenciais

impactos adversos no seu desempenho financeiro.

Por natureza, a actividade do Banco assenta, essencialmente,

na utilização de instrumentos financeiros. O Banco aceita

depósitos de clientes quer a taxa de juro fixa, quer variável,

e, durante vários períodos, procura obter margens acima

da média investindo em activos de alta qualidade. O Banco

procura aumentar as margens consolidando os fundos de curto

prazo e emprestando por períodos mais prolongados a taxas

mais elevadas mantendo a liquidez suficiente para todos os

desembolsos necessários que eventualmente ocorram.

Assim, as políticas de gestão de risco do Banco estão

desenhadas para identificar e analisar esses riscos a fim

de estabelecer determinados limites de risco e controlos a

fim de os monitorar e assegurar a sua aderência aos limites

estabelecidos, por meio de sistemas actualizados. O Banco

regularmente revê as políticas de gestão de risco e sistemas

de forma a reflectir as alterações nos mercados, produtos e

melhores práticas.

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65

A gestão do risco é gerida pelo departamento de risco sob

políticas aprovadas pela Administração. Este departamento

identifica, avalia e cobre os riscos financeiros em cooperação

com as unidades de negócio do Banco. A Administração faculta

princípios para a gestão de risco global, bem como as políticas

que cobrem áreas específicas, como risco cambial, risco de taxa

de juro, risco de crédito e do uso de instrumentos financeiros

derivados e não derivados. Além disso, a auditoria interna é

responsável pela avaliação independente da gestão de riscos

e do ambiente de controlo. Os tipos mais importantes de risco

são o risco de crédito, o risco de liquidez, o risco de mercado e

outros riscos operacionais. O risco de mercado inclui o risco de

moeda, o risco de taxa de juro e o risco de preço.

De acordo com as políticas de gestão de activos e passivos

(ALM), o Banco procura assegurar uma gestão prudente

de liquidez, gastos de capital e controlo associado a riscos

financeiros, com particular detalhe na liquidez, taxa de juro e

taxa de câmbio.

O seu departamento de compliance abrange todas as

áreas do Banco, processos e actividades, com o objectivo

de auxiliar as actividades de prevenção e mitigação dos

“riscos de compliance”, que se traduzem no risco de sanções

legais ou regulamentares, perda financeira ou de reputação,

como consequência de uma falha no cumprimento de

leis, regulamentos, códigos de conduta e de boas práticas

bancárias, promovendo o cumprimento de todas as normas

aplicáveis, quer pelo Banco, quer pelo seu pessoal, através de

uma intervenção independente ou em conjunto com todas as

unidades orgânicas do Banco.

A análise qualitativa da gestão do risco do Banco é apresentada

como segue:

3.1 Risco de créditoO risco de crédito é o risco que o Banco pode sofrer devido

a perdas financeiras, se os clientes do Banco ou contrapartes

de mercado falharem a honrar os compromissos com o Banco.

As contrapartes podem incluir o Governo, outros bancos e

instituições não-financeiras. O risco de crédito pode surgir

também devido à descida da notação de crédito do Banco,

fazendo com que o justo valor dos seus activos diminuam. O

risco de crédito que o banco está exposto é mais ao nível de

crédito comercial e retalho. O Banco tem as suas políticas,

procedimentos e processos, segundo as quais controla e

monitoriza o risco de todas essas actividades.

Embora a exposição ao crédito surja pela via de empréstimos e

adiantamentos, o Banco pode ser exposto a outros riscos de

crédito. Os mesmos dizem respeito a compromissos, passivos

contingentes, títhulos de dívida e outros riscos que ocorram no

decurso de actividades comerciais. Estes riscos são geridos de

forma semelhante que os de empréstimos e adiantamentos a

clientes e estão sujeitos aos mesmos processos de aprovação

e controlo. A exposição ao risco baseada no perfil de crédito do

Banco é monitorizada e gerida diariamente através da detecção

de limites e excessos. O Banco controla a concentração de risco

de crédito que venha a surgir, por tipo de cliente em relação aos

empréstimos e adiantamentos a clientes através de uma carteira

equilibrada.

Máxima exposição ao risco de crédito por classe de activos

financeiros

Para activos financeiros reconhecidos na posição financeira,

a exposição ao risco de crédito é igual à quantia escriturada.

Para as garantias financeiras, a exposição máxima ao risco de

crédito é o valor máximo que o Banco teria de pagar caso a

garantia fosse executada. Para os compromissos de empréstimo

de crédito e outros compromissos relacionados e que sejam

irrevogáveis durante o ciclo de vida das respectivas facilidades,

a exposição máxima ao risco de crédito é o valor da facilidade

não utilizada. Em termos das garantias financeiras e letras de

crédito, o Banco encontra-se igualmente exposto ao risco de

liquidez na extensão em que tais garantias forem utilizadas.

A tabela abaixo demonstra a exposição máxima à data de 31 de

Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, relativamente

ao risco de crédito na posição financeira, e instrumentos

financeiros extrapatrimoniais, sem ter em consideração o valor

das garantias detidas. O Banco apenas detém colaterais para

Crédito de clientes e respeitam, fundamentalmente, a hipotecas

sobre propriedades e penhoras de equipamentos.

Exposição ao risco de crédito relativa a elementos do balanço 2014 2013

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes 13.649.852.316 8.248.869.416

Total do activo na demonstração da posição financeira 21.157.469.471 13.684.991.185

Exposição do risco de crédito relativa a elementos patrimoniais

Garantias 2.793.474.448 1.754.933.546

Cartas de crédito 1.606.170.582 849.557.819

4.399.645.030 2.604.491.365

Total da exposição ao risco de crédito 25.557.114.500 16.289.482.550

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66 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2014 Nem vencido nemem imparidade

Vencido mas não em imparidade

Em imparidade Total

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 - - 1.706.271.382

Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 - - 961.466.882

Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 - - 2.649.495.007

Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - 776.867.619

Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 - - 1.413.516.264

Empréstimos e adiantamentos a Clientes 13.707.669.356 311.015.338 (368.832.378) 13.649.852.316

Total 21.215.286.511 311.015.338 (368.832.378) 21.157.469.471

2013 Nem vencido nemem imparidade

Vencido mas não em imparidade

Em imparidade Total

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.077.934.888 - - 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito 367.175.993 - - 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.293.122.248 - - 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 1.417.396.505 - - 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a Clientes 8.200.410.631 278.239.715 (229.780.930) 8.248.869.416

Total 13.636.532.400 278.239.715 (229.780.930) 13.684.991.185

2014 Valor Imparidade Exposição Líquida

Crédito vigente 13.076.378.248 135.735.897 12.940.642.351

Crédito vencido 942.306.447 233.096.482 709.209.965

Total 14.018.684.695 368.832.379 13.649.852.316

2013 Valor Imparidade Exposição Líquida

Crédito vigente 7.528.511.405 107.428.574 7.421.082.831

Crédito vencido 950.138.941 122.352.356 827.786.585

Total 8.478.650.346 229.780.930 8.248.869.416

Qualidade do crédito:

Com a finalidade de divulgar a qualidade do crédito do Banco, os instrumentos financeiros foram analisados como segue:

O crédito vigente e vencido por produto a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresenta-se como segue:

O quadro a seguir apresenta o detalhe do crédito vencido por categoria e a respectiva imparidade (individualmente analisada) em 31 de

Dezembro de 2014 e 2013:

2014 Empréstimos Contas correntese descobertos

Crédito ao consumo

Hipoteca Outros Total

Crédito vigente sem imparidade 4.798.681.871 3.952.795.136 3.008.907.200 627.049.555 688.944.486 13.076.378.248

Imparidade (40.915.259) (48.234.303) (28.738.411) (6.449.044) (11.398.880) (135.735.897)

Crédito vencido com imparidade 7.019.336 216.160.721 419.153.770 25.687.621 274.284.998 942.306.446

Imparidade (84.232) 71.603.151 (87.227.565) (9.217.350) (64.964.184) (233.096.482)

Total 4.764.701.716 4.049.118.403 3.312.094.994 637.070.781 886.866.421 13.649.852.316

2013 Empréstimos Contas correntese descobertos

Crédito ao consumo

Hipoteca Outros Total

Crédito vigente sem imparidade 2.951.966.847 3.267.030.432 596.975.703 480.589.467 231.948.956 7.528.511.405

Imparidade (56.860.345) (32.318.874) (6.469.596) (4.840.273) (6.939.485) (107.428.574)

Crédito vencido com imparidade 308.143.120 407.195.235 123.969.463 45.053.560 65.777.563 950.138.941

Imparidade (21.718.735) (47.293.667) (38.806.158) (902.254) (13.631.542) (122.352.356)

Total 3.181.530.887 3.594.613.125 675.669.412 519.900.500 277.155.491 8.248.869.416

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67

Colaterais e outras garantias de crédito

A quantidade e o tipo de garantia exigida dependem de uma

avaliação do risco de crédito da contraparte. Os principais tipos

de garantias obtidas são, como segue:

■ Para os títulos de crédito e nas transacções de recompra

reversão, dinheiro ou títulos;

■ Para empréstimos comerciais, encargos sobre imóveis,

inventário e contas a receber;

■ Para crédito de retalho, hipotecas sobre imóveis de

habitação;

O Banco também obtém garantias da empresa-mãe para

empréstimos aos seus clientes.

2014 Até 3 meses Até 3 meses De 6 meses até 12 meses

Acima de 12 meses

Total

Crédito vencido (CV) 80.408.741 18.199.373 72.874.959 139.532.264 311.015.338

Imparidade (51.410.201) (9.995.233) (36.595.617) (135.095.430) (233.096.482)

Rácio de cobertura 63,94% 54,92% 50,22% 96,82% 74,95%

Total 28.998.540 8.204.140 36.279.342 4.436.834 77.918.857

2013 Até 3 meses Até 3 meses De 6 meses até 12 meses

Acima de 12 meses

Total

Crédito vencido (CV) 68.598.958 83.964.114 74.243.045 51.433.598 278.239.715

Imparidade (11.866.063) (29.111.014) (53.681.335) (27.693.945) (122.352.356)

Rácio de cobertura 17,30% 34,67% 72,30% 53,84% 43,97%

Total 56.732.895 54.853.100 20.561.710 23.739.653 155.887.359

2014 Justo valor das garantias de crédito GarantiasLíquidas

ExposiçãoLíquida

Máxima exposição ao

risco de créditoDepósitos

Cartas de Crédito/

GarantiasBancárias

Hipotecas Outros

Disponibilidades sobre instituições de crédito

961.466.882 - - - - - 961.466.882

Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 - - - - - 2.649.495.007

Activos financeiros detidos para negociação

776.867.619 - - - - - 776.867.619

Activos financeiros disponíveis para venda

1.413.516.264 - - - - - 1.413.516.264

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Grandes empresas 6.929.366.670 405.660.000 2.944.271.256 4.210.652.554 168.483.250 7.729.067.060 (799.700.390)

Pequenas e médias empresas 4.673.843.129 252.744.004 - 3.943.432.416 856.077.959 5.052.254.378 (378.411.249)

Particulares 1.972.527.714 270.710.500 - 996.963.700 32.233.289 1.299.907.490 672.620.225

Outros 442.947.180 - - 246.957.379 2.043.676 249.001.055 193.946.125

Total 19.820.030.466 929.114.504 2.944.271.256 9.398.006.049 1.058.838.174 14.330.229.983 5.489.800.483

2013 Justo valor das garantias de crédito GarantiasLíquidas

ExposiçãoLíquida

Máxima exposição ao

risco de créditoDepósitos

Cartas de Crédito/

GarantiasBancárias

Hipotecas Outros

Disponibilidades sobre instituições de crédito

367.175.993 - - - - 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.293.122.248 - - - - - 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação

280.492.135 - - - - - 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda

1.417.396.505 - - - - - 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Grandes empresas 3.390.405.201 66.660.000 1.033.351.940 2.691.452.052 388.658.067 4.180.122.059 (789.716.858)

Pequenas e médias empresas 3.372.106.911 178.040.336 - 3.017.389.649 423.673.854 3.619.103.839 (246.996.928)

Particulares 1.370.407.469 264.178.223 - 989.087.192 21.721.491 1.274.986.906 95.420.563

Outros 345.730.775 - - 186.756.583 482.318 187.238.901 158.491.874

Total 12.836.837.237 508.878.559 1.033.351.940 6.884.685.476 834.535.730 9.261.451.705 3.575.385.532

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68 RELATÓRIO E CONTAS 2014

O Banco considera como “hair-cut” 80% do valor das hipotecas

para mensuração do justo valor.

Activos financeiros que não estão nem vencidos nem em

imparidade

Estes activos são considerados como tendo uma taxa de

incumprimentos muito baixa.

Activos financeiros renegociados

Quando um cliente entra em incumprimento, e temporariamente

não consegue suportar a prestação mensal, o cliente pode

procurar pedir a dilatação do período de forma a conseguir

uma oportunidade com vista a rectificação da situação. Na data

de vencimento do período de reprogramação, a situação do

cliente é reavaliada e os termos dos empréstimos poderão ser

renegociados.

Activos renegociados incluem empréstimos que foram

transferidos dos créditos em imparidade para os créditos

vigentes dentro dos últimos 12 meses depois de terem sido

restruturados e não poderão ser renegociados mais de uma vez

no período de 12 meses.

Activos financeiros que estão vencidos, mas não em

imparidade

Dizem respeito a empréstimos e adiantamentos a clientes em

que o cliente incumpriu com o pagamento dos juros ou capital

mas o Banco acredita que não é apropriado reconhecer uma

imparidade identificada tendo em linha de conta o nível do

colateral que o cliente entregou ao Banco como garantia. O

Banco não apresenta quaisquer activos financeiros que estão

vencidos, mas que não se encontrem em imparidade.

Activos financeiros que se encontrem em imparidade O Banco avalia regularmente se existe uma evidência

objectiva de que o activo financeiro ou a carteira de activos

financeiros valorizados ao custo amortizado esteja a incorrer

em perdas por imparidade. Um activo financeiro ou carteira

de activos financeiros está em imparidade e existem perdas

por imparidade se, e apenas se, existe uma prova objectiva de

imparidade como resultado de um ou mais eventos que tenham

ocorrido após o reconhecimento inicial, após a data do primeiro

registo na posição financeira e esse evento de perda tenha

um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do activo

financeiro ou da carteira de activos financeiros que possam ser

fiavelmente estimada.

Os critérios que o Banco utiliza para determinar se existem

provas objectivas de imparidade incluem:

■ Dificuldades financeiras do cliente;

■ Quebra no contrato, tais como incumprimento das

responsabilidades exigidas;

■ Existem fortes evidências que o cliente vai entrar em

bancarrota ou vai sofrer uma forte reorganização financeira;

■ O desaparecimento de um mercado activo para esse activo

financeiro devido a dificuldades financeiras; ou

■ Observação de dados evidenciando que existe uma

diminuição considerável relativamente aos fluxos de caixa

futuros estimados de um grupo de activos financeiros, desde o

reconhecimento inicial desses activos, apesar desse decréscimo

não ter sido ainda identificado individualmente na carteira,

incluindo:

I. Alterações adversas no estado de pagamento dos

mutuários na carteira;

II. Condições económicas locais ou nacionais que se

correlacionam com a depreciação da carteira de activos.

III. Depreciação do valor do colateral; e

IV. Deterioração da posição do mutuário.

A política de crédito do Banco define incumprimento por parte

de um determinado cliente, quando ocorrerem os seguintes

eventos:

■ O Banco considera que é pouco provável que o mutuário

pagará a sua obrigação de crédito, na íntegra, sem recurso a

que o Banco tenha de exercer a opção sobre o colateral;

■ Se o mutuário entra em incumprimento com quaisquer

condições do contrato, tais como alcançar determinadas

condições financeiras.

O Banco avalia primeiro se a prova objectiva de imparidade

existe individualmente, para activos financeiros que sejam

individualmente significativos e individual ou colectivamente

para activos financeiros que não são individualmente

significativos.

Todas as exposições com indicação de crédito mal parado são

avaliadas individualmente quanto à imparidade. Os activos

avaliados individualmente quanto à imparidade e para os quais

um gasto de imparidade é e continua a ser reconhecido, não

são incluídos na análise da imparidade colectiva.

Para empréstimos e adiantamentos e activos detidos até à

maturidade, o valor da perda por imparidade é mensurado como

sendo a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente

dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efectiva

original do activo.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros

estimados de um activo financeiro colateralizado, reflecte os

fluxos de caixa que podem resultar da execução, menos os

custos de obtenção e da venda, da garantia colateral, quer a

execução seja ou não provável.

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar fluxos

de caixa futuros são revistos periodicamente para reduzir as

diferenças entre as estimativas e perdas reais.

AbatesO Banco reconhece, através de um encargo que

reduz o resultado, uma imparidade para as

perdas ocorridos inerentes à carteira de crédito.

Depois de identificar um adiantamento como

reduzido e sujeito a um desconto de imparidade,

chega-se a uma fase em que se conclui não

existir uma perspectiva realista da sua

recuperação.

O abate irá existir, quando, a totalidade ou parte da dívida é

considerada como incobrável. A periodicidade e a extensão

dos abates podem envolver algum julgamento subjectivo.

No entanto, o abate será sempre antecedido de um evento

específico, como, o início do processo de insolvência ou outra

acção formal de recuperação, que torna possível estabelecer

que uma parte ou a totalidade da dívida vai além das

perspectivas realistas de recuperação.

Page 69: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

69

Estes activos são abatidos apenas quando todos os

procedimentos necessários tenham sido concluídos, bem como

o montante das perdas ter sido determinado. As recuperações

subsequentes de valores que foram abatidos são reconhecidas

2014 Valor contabilisticoinicial

ImparidadeIndividual

ImparidadeColectiva

Valor líquidocontabilistico final

Retalho 3.100.673.946 65.079.404 35.413.419 3.000.181.124

Construção civil 1.001.077.704 27.069.882 8.028.871 965.978.951

Energia 658.547.789 - - 658.547.789

Turismo 407.429.761 3.944.093 3.996.506 399.489.162

Indústria transformadora 2.218.314.981 5.347.631 12.182.510 2.200.784.840

Particulares 2.357.694.060 96.142.982 23.892.623 2.237.658.454

Serviços 2.015.133.905 3.903.312 21.996.098 1.989.234.495

Transporte e comunicações 1.440.152.903 39.912.399 4.411.633 1.395.828.871

Agricultura e pesca 101.722.747 9.293.635 874.771 91.554.342

Outros 717.936.897 169.210 7.173.398 710.594.289

Total 14.018.684.694 250.862.549 117.969.830 13.649.852.316

2013 Valor contabilisticoinicial

ImparidadeIndividual

ImparidadeColectiva

Valor líquidocontabilistico final

Retalho 1.860.484.762 18.772.478 23.661.892 1.818.050.392

Construção civil 1.138.254.496 12.902.502 10.025.212 1.115.326.782

Energia 158.013.725 140.857 1.778.434 156.094.434

Turismo 345.306.875 491.214 4.562.193 340.253.468

Indústria transformadora 1.018.839.691 2.450.003 10.835.172 1.005.554.515

Particulares 1.644.339.483 59.739.678 19.124.148 1.565.475.657

Serviços 1.831.740.176 26.289.223 18.260.332 1.787.190.621

Transporte e comunicações 379.522.482 11.236.683 4.405.732 363.880.067

Agricultura e pesca 85.563.635 1.849.548 56.583 83.657.504

Outros 16.585.022 2.980.205 218.840 13.385.977

Total 8.478.650.346 136.852.392 92.928.538 8.248.869.416

como dedução do gasto de imparidade de crédito na

demonstração de resultados.

A análise dos empréstimos e adiantamento a clientes em

imparidade apresenta-se como segue:

Page 70: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

70 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Concentração de Risco de CréditoExiste concentração de risco de crédito quando um número

de contrapartes estejam ligadas a actividades semelhantes

ou apresentem características económicas similares, e onde a

mesma adversidade possa por em causa a sua capacidade de

cumprir as obrigações contratuais. A concentração de risco de

crédito descrita abaixo não é proporcionalmente relacionada

com a perda de crédito. Alguns segmentos da carteira do Banco

têm e deverão ter taxas de crédito proporcionalmente maiores

em relação à exposição do que outros.

A análise da concentração do risco de crédito por indústria

apresenta-se como segue:

2013Caixa e

disponibilidadesem Banco Central

Disponibilidadessobre instituições

de crédito

Aplicações eminstituiçõesde crédito

Activos financei-ros detidos para

negociação

Activos financei-ros disponíveis

para venda

Empréstimos e adiantamentos a

clientes

Total

Governamental 870.222.977 - - 193.360.148 203.582.225 - 1.267.165.350

Seguros - - - 23.262.600 - - 23.262.600

Financeiro - 367.175.993 2.293.122.248 63.869.387 - - 2.724.167.628

Petróleo e Gás Natural - - - - 653.540.461 - 653.540.461

Retalho - - - - - 1.862.504.714 1.862.504.714

Construção civil - - - - - 1.139.490.313 1.139.490.313

Energia - - - - - 158.185.282 158.185.282

Turismo - - - - 345.681.780 345.681.780

Indústria Transformadora - - - - - 1.004.971.995 1.004.971.995

Particulares - - - - - 1.646.124.764 1.646.124.764

Serviços - - - - - 2.218.898.572 2.218.898.572

Agricultura e pesca - - - - 560.273.819 81.398.399 641.672.218

Outros 207.711.911 - - - - 21.394.527 229.106.438

1.077.934.888 367.175.993 2.293.122.248 280.492.135 1.417.396.505 8.478.650.346 13.914.772.115

2014Caixa e

disponibilidadesem Banco Central

Disponibilidadessobre instituições

de crédito

Aplicações eminstituiçõesde crédito

Activos financei-ros detidos para

negociação

Activos financei-ros disponíveis

para venda

Empréstimos e adiantamentos a

clientes

Total

Governamental 1.353.480.951 - - 420.258.666 437.361.785 - 2.211.101.402

Seguros - - - 23.262.600 - - 23.262.600

Financeiro - 961.466.882 2.649.495.007 56.591.666 164.093.932 - 3.831.647.486

Petróleo e Gás Natural - - - 276.754.688 287.152.363 - 563.907.050

Retalho - - - - - 3.100.673.946 3.100.673.946

Construção civil - - - - - 1.001.077.704 1.001.077.704

Energia - - - - - 658.547.789 658.547.789

Turismo - - - - 407.429.761 407.429.761

Indústria Transformadora - - - - - 2.218.314.981 2.218.314.981

Particulares - - - - - 2.357.694.060 2.357.694.060

Serviços - - - - - 2.015.133.905 2.015.133.905

Transportes e comunicações - - - - - 1.440.152.903 1.440.152.903

Agricultura e pesca - - - - 524.908.184 101.722.747 626.630.932

Outros 352.790.431 - - - - 717.936.897 1.070.727.329

1.706.271.382 961.466.882 2.649.495.007 776.867.619 1.413.516.263 14.018.684.693 21.526.301.848

Page 71: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

71

3.2 RISCO DE LIQUIDEZO risco de liquidez é o risco do Banco ser incapaz de cumprir

com as suas obrigações de pagamento, quando se vencem

em circunstâncias normais e de pressão. A fim de mitigar este

risco, a gestão tem procurado diversas fontes de financiamento,

além de depositar um valor mínimo e monitorizar fluxos de caixa

futuros numa base diária. Este processo inclui uma avaliação

dos fluxos de caixa futuros esperados e da disponibilidade de

garantias de alto grau que possam ser utilizados para garantir

um financiamento adicional, caso seja necessário.

O Banco mantém uma carteira de activos com bastante liquidez,

assim como diversificada que poderá ser facilmente liquidada

numa interrupção não prevista de fluxos de caixa. O Banco

também estabeleceu linhas de crédito com o grupo a que

pertence, a fim de obter liquidez caso seja necessário. Além

disso, o Banco detém reservas obrigatórias correspondentes a

8% do saldo médio dos depósitos de residentes, depósitos de

não residentes e depósitos do Estado. A posição de liquidez

é avaliada e gerida tendo em consideração uma variedade

de cenários, dando a devida atenção a factores de tensão

relacionados tanto para o mercado em geral assim como para

com o Banco em particular. O mais importante é manter os

limites dos rácios de liquidez entre os depósitos de clientes

e passivos para com clientes. O rácio de liquidez consiste na

ponderação dos valores em caixa, depósitos de custo prazo e

investimentos altamente líquidos, com os depósitos de clientes

e empréstimos obtidos com vencimento no mês seguinte.

A gestão e o controlo do risco de liquidez são realizados através

do uso de uma análise dos prazos de vencimento dos diferentes

activos e passivos do balanço, para mostrar a diferença entre

os volumes de fluxos de caixa de entrada e saída, além dos

respectivos gaps de liquidez, para cada um dos diferentes

períodos. A política e gestão da estratégia, relacionada com

o risco de liquidez são definidas pelo ALCO, executado e

controlado pela tesouraria e pela divisão de gestão de risco.

Maturidades contratuais não descontadas dos passivos

A tabela abaixo resume o perfil de maturidade dos activos e

passivos financeiros do Banco em 31 de Dezembro de 2014 e 31

de Dezembro de 2013 com base em fluxos de caixa contratuais

não descontados.

Para todos os valores relativos a 1 ano e mais de um ano,

espera-se que sejam recuperados ou liquidados passados mais

de 12 meses após a data da Posição Financeira.

3.3 RISCO DE MERCADORisco de mercado é o risco de que o justo valor ou fluxos de

caixa futuros de instrumentos financeiros possa variar devido a

alterações das variáveis do mercado, tais como taxas de juros,

taxas de câmbio e cotações.

3.3.1 RISCO DE TAXA DE JUROO risco de taxa de juro decorre da possibilidade de alterações

nas taxas de juro poderem afectar os futuros fluxos de caixa ou

o justo valor dos instrumentos financeiros. O Banco monitoriza a

sua exposição aos efeitos resultantes da flutuação das taxas de

juro do mercado sobre o risco da sua posição financeira e dos

fluxos de caixa. As margens financeiras podem aumentar como

resultado de tais flutuações mas também podem reduzir ou criar

perdas em caso de ocorrer movimentos não previstos.

O Conselho de Administração estabelece limites sobre o grau

de desajuste da taxa de juro, sendo a mesma controlada numa

base diária. Os instrumentos financeiros com risco de taxa de

juro compreendem saldos de disponibilidades e depósitos em

outras instituições de crédito, empréstimos e adiantamentos a

clientes, depósitos e contas correntes de clientes e recursos de

outras instituições de crédito.

A gestão da política e estratégia relacionada com a taxa de juro

é definida no comité ALCO, implementado pelo Departamento

de Tesouraria e controlado pelo Departamento de Gestão de

Risco.

2014 À ordem Menos de 3 meses 3 a 12 meses 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 929.787.169 1.245.828.444 - - - 2.175.615.613

Depósitos e contas correntes 6.268.428.578 5.613.976.281 4.714.254.460 645.249 317.147.327 16.914.451.895

Recursos consignados - - - 205.179.246 - 205.179.246

Empréstimos obrigacionistas - - - 522.068.359 750.906.251 1.272.974.610

Total passivos não descontados 7.198.215.747 6.859.804.725 4.714.254.460 727.892.855 1.068.053.578 20.568.221.364

2013 À ordem Menos de 3 meses 3 a 12 meses 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 562.669.860 7.221.285 150.317.212 - - 720.208.357

Depósitos e contas correntes 4.680.777.304 3.175.834.633 3.689.497.848 54.626.495 1.186.042 11.601.922.322

Empréstimos obrigacionistas - - - 195.387.000 753.828.121 949.215.121

Total passivos não descontados 5.243.447.164 3.183.055.918 3.839.815.060 250.013.495 755.014.163 13.271.345.800

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72 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 569.891.145 150.317.212 - - 720.208.357

Depósitos e contas correntes 6.746.387.766 4.614.594.955 24.595.310 216.344.291 11.601.922.322

Empréstimos obrigacionistas - - 195.387.000 753.828.121 949.215.121

Total dos passivos não descontados 7.316.278.911 4.764.912.167 219.982.310 970.172.412 958.080.485

Sensibilidade da taxa de juro na posição financeira (1.716.103.877) (2.989.962.181) 4.212.504.010 1.136.988.363 643.426.315

2013 Menos de 3 meses 3 a 12 meses > 1 ano Não vencem juros Total

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.077.934.888 - - - 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito - - - 367.175.993 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.225.139.974 67.982.274 - - 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 48.030.119 168.592.629 40.606.787 23.262.600 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 2.682.287 1.538.375.083 1.414.714.218 - 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes 2.246.387.766 - 2.977.165.315 1.716.722.182 8.478.650.346

Total dos activos não descontados 5.600.175.034 1.774.949.986 4.432.486.320 2.107.160.775 13.914.772.115

A sensibilidade na demonstração dos resultados e o impacto na alteração das taxas de juro, essencialmente a FPC, baseado nos activos

e passivos financeiros cuja taxa de juro é variável a 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 é a seguinte:

2014 Aumento (diminuição de pontos base) Impacto nos resultados (antes de imposto)

+50 pb (1.1.194,504)

-50 pb 1.194.504

2013 Aumento (diminuição de pontos base) Impacto nos resultados (antes de imposto)

+50 pb (634.941)

-50 pb 634.941

3.3.2 RISCO DE TAXA DE CÂMBIOO risco cambial é o risco do valor de um instrumento financeiro variar devido às alterações das taxas de câmbio. A Administração fixa

um nível limite de exposição por moeda. De acordo com a política do Banco, as posições cambiais são monitoradas diariamente para

garantir que as mesmas são mantidas dentro dos limites estabelecidos. A gestão da política e estratégia relacionada com o risco de taxa

de câmbio é definida no comité ALCO, implementado pelo Departamento de Tesouraria e controlado pelo Departamento de Gestão de

Risco. A tabela seguinte sumariza a exposição ao risco cambial, a 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013.

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 1.899.707.999 275.907.614 36.294.246 - - 2.175.615.613

Depósitos e contas correntes 14.975.839.749 1.416.991.597 - 79.244.803 406.081.500 16.914.451.895

Recursos consignados 205.179.246 - - - - 205.179.246

Empréstimos obrigacionistas 1.272.974.610 - 833.456 - - 1.272.974.610

Outros passivos 449.299.074 11.183.333 37.127.702 7.273.887 126.515 468.716.264

18.803.000.678 1.704.082.544 (12.288) 86.518.690 406.208.015 21.036.937.6

Exposição Líquida 264.460.794 30.945.986 7.902.974.855 (304) (6.940.747) 28288.453.440

2014 MZN USD ZAR EUR Outros Total

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.501.707.621 164.498.933 12.439.052 27.411.777 214.000 1.706.271.382

Disponibilidades sobre instituições de crédito 268.639.392 608.670.050 17.133.009 50.088.891 16.935.541 961.466.882

Aplicações em instituições de crédito 1.648.660.814 540.141.904 - 6.482 460.685.807 2.649.495.00

Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - - - 7776.867.619

Activos financeiros disponíveis para venda 440.044.072 973.472.192 - - - 1.413.516.264

Empréstimos e adiantamentos a clientes 12.114.128.244 1.535.717.813 119 7.543.234 8.454 9.002.782 (2.314) 13.649.852.316

Outros activos 2.317.413.709 (2.087.472.362) 37.115.413 86.518.386 (78.565.766) 167.921.597

19.067.461.471 1.735.028.530 9.698.921.287 987.411.769 399.267.268 21.325.391.068

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73

A tabela abaixo demonstra a sensibilidade para eventuais alterações em USD, mantendo as restantes variáveis constantes. O impacto

nas demonstração dos resultados (antes de imposto) é a mesma que em capital próprio.

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 717.653.676 2.013.480 - 541.200 - 720.208.357

Depósitos e contas correntes 9.968.532.716 1.107.089.682 66.092.563 102.883.489 357.323.872 11.601.922.322

Empréstimos obrigacionistas 949.215.121 - - - - 949.215.121

11.635.401.513 1.109.103.162 66.092.563 103.424.689 357.323.872 13.271.345.799

Exposição Líquida (1.262.584.165) 1.430.987.341 223.539.879 20.074.943 1.627.387 413.645.385

2013 MZN USD ZAR EUR Outros Total

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.051.737.756 11.751.503 6.664.069 7.781.560 - 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito 246.784.638 85.100.292 2.443.710 32.847352 - 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 656.501.049 914.274.556 280.524.663 82.870.719 358.951.260 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - - - 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 150.745.262 1.266.651.243 - - - 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes 7.986.556.507 262.312.909 - - - 8.248.869.416

10.372.817.348 2.540.090.503 289.632.442 123.499.632 358.951.260 13.684.991.184

Impacto na variação da taxa de câmbio em USD

Impacto nos resultadosantes de impostos

Impacto em capitais próprios

2014

+5% 1.547.299 1.547.299

-5% (1.547.299) (1.547.299)

2013 -

+5% (1.047.924) (1.047.924)

-5% 1.047.924 1.047.924

Os efeitos individuais por moeda sobre os resultados, assim

como sobre os capitais próprios, são determinados de

forma independente, o que significa que não há nenhuma

compensação económica entre eles.

3.4 RISCO OPERACIONALO risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas

de sistemas, erro humano, fraude ou acontecimentos externos.

O risco operacional inclui os riscos legais mas exclui os riscos de

negócio, estratégico e reputacional.

O Banco ambiciona eliminar todos os riscos operacionais,

contudo, através de um quadro de controlo e de vigilância

e respondendo aos riscos potenciais, o Banco é capaz de

gerir os riscos. O risco operacional pode ser dividido entre

elevada frequência/ baixa severidade que podem ocorrer

frequentemente mas nos quais cada evento expõe o Banco a

baixos níveis de perdas, e baixa frequência/elevada severidade

que são geralmente acontecimentos raros mas pelos quais as

perdas na organização podem ser imensas.

O Banco conduz os seus esforços no sentido de mitigar estes

riscos através duma forte estrutura governativa e controlos

internos, que incluem uma adequada segregação de funções,

acessos, autorização e processos de reconciliação, formação do

pessoal e processos de avaliação.

A Administração é responsável pela introdução e manutenção

operacional e manutenção de processos e procedimentos

operacionais eficazes, sendo estes documentados em vários

manuais que são revistos periodicamente para ter em conta a

necessidade de mudança. O Departamento de Auditoria Interna

analisa a eficácia dos controlos e procedimentos internos,

recomendando melhorias para a Administração, quando

aplicável.

3.5 GESTÃO DE CAPITAL E RISCO DE SOLVÊNCIAO Banco mantém uma gestão activa do capital para cobrir

os riscos inerentes ao negócio. A adequação do capital do

Banco é monitorada usando, entre outras medidas os rácios

estabelecidas pelo Banco de Moçambique.

Os principais objectivos da gestão de capital são os que visam

que o Banco:

■ Cumpra com os requisitos de capitais impostos pelo Banco

de Moçambique;

■ Mantenha uma forte e saudável notação de rácios de capital,

a fim de apoiar o seu negócio; e

■ Apresente uma política de continuidade, a fim de

proporcionar o máximo retorno, e maximizar o valor aos

accionistas.

A adequacidade de capital e a utilização do capital regulamentar

são monitorados regularmente pela Administração do

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74 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Banco, aplicando técnicas baseadas na legislação emanada

pelo Banco de Moçambique para efeitos de supervisão. A

informação requerida é apresentada mensalmente ao Banco

de Moçambique. O Banco Central requer que cada banco

cumpra um mínimo de activo de ponderação de risco (rácio de

adequacidade de capital) acima ou no limite de 8%.

O capital regulamentar do Banco é gerido pelo departamento

de gestão de risco e é dividido em duas tiers:

■ Tier 1 capital: capital social (liquido de quaisquer valores

contabilísticos de acções próprias), resultados transitados e

reservas; e

■ Tier 2 capital: divida subordinada, imparidade colectiva e

Seguindo as alterações regulamentares do Banco de

Moçambique, o Moza Banco iniciou o reporte dos rácios de

solvência de acordo com Basileia II, a partir de 1 de Janeiro de

2014, o que implicou necessidades adicionais de capital para

cumprir com o risco de mercado e risco operacional, além da

exposição ao risco de crédito já abrangidos pelos

Fundos próprios de Base (Tier I) 2014 2013

Capital social 1.880.000 1.250.000

Reservas elegiveis e resultados transitados 81.192 79.103

Activos intangíveis (435.268) (246.146)

Imparidades do crédito de acordo com o aviso do BdM (294.388) (179.324)

Fundos próprios de Base (Tier I) 1.231.536 903.633

Fundos próprios complementares (Tier II)

Empréstimos obrigacionistas subordinados 615.768 451.817

Outros 1.868 -

Fundos próprios complementares (Tier II) 617.636 451.817

Fundos próprios de base e complementares (Tier I e II) 1.849.172 1.355.450

Activos ponderados pelo Risco

Na posição financeira 12.738.937 9.535.252

Fora da posição financeira 2.207.326 524.748

Risco operacional e de mercado 2.736.484 -

Total dos activos ponderados 17.682.747 10.060.000

Rácios prudenciais

Tier I 6,96% 8,98%

Tier II 3,49% 4,49%

Rácio de solvabilidade 10,46% 13,47%

Rácio de solvabilidade requerido 8,00% 8,00%

ganhos não realizados de justo valor dos activos financeiros

disponíveis para venda.

A ponderação do risco dos activos é mensurada através

duma hierarquia de cinco riscos, classificada de acordo com

a natureza e reflectindo uma estimativa de crédito, mercado

e outros riscos associados a cada activo ou contraparte,

tomando em consideração os colaterais elegíveis ou garantias.

Um tratamento similar é adoptado para as rubricas das

extrapatrimoniais com alguns ajustamentos a fim de reflectirem

uma natureza mais contingente de uma perda potencial.

A tabela abaixo resume o cálculo do rácio de solvabilidade do

Banco para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, à luz

das exigências do Banco de Moçambique.

requisitos de Basileia I, a aplicação de Basileia II não afectou

significativamente os níveis de adequação já reportados

anteriormente, o que significa que as exigências acrescidas

desde essa data em diante estão devidamente asseguradas

pelo Banco considerando a sua actual base de capital.

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75

Juros e rendimentos similares 2014 2013

Juros de empréstimos e adiantamentos a clientes 1.763.430.705 1.315.261.194

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 41.191.547 54.008.768

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 199.300.828 37.041.809

2.003.923.081 1.406.311.771

Juros e gastos similares

Juros de recursos de clientes 988.177.402 632.598.453

Juros de responsabilidades representadas por títulos 43.624.996 67.536.637

Juros de passivos subordinados 108.750.000 906.250

Juros de recursos do banco central e instituições de crédito 84.283.860 53.586.167

1.224.836.258 754.627.507

779.086.823 651.684.264

4. MARGEM FINANCEIRAA margem financeira apresenta-se como segue:

5. SERVIÇOS E COMISSÕES LÍQUIDOSEsta rubrica apresenta-se como segue:

6. OPERAÇÕES FINANCEIRAS LÍQUIDAS

As operações financeiras líquidas apresentam-se como segue:

Rendimentos de serviços e comissões 2014 2013

Por garantias prestadas 105.971.101 68.348.963

Por serviços bancários realizados 138.577.563 96.245.925

Outros rendimentos de serviços e comissões 122.977.281 93.907.292

367.525.945 258.502.180

Encargos com serviços e comissões

Por garantias recebidas 4.080.910 6.572.296

Por serviços bancários prestados por terceiros 15.773.371 12.493.926

Outros encargos com serviços e comissões 6.368.499 3.422.553

26.222.779 22.488.775

341.303.166 236.013.405

Ganhos em operações financeiras 2014 2013

Ganhos em operações cambiais 623.532.285 262.791.319

Ganhos na alienações de empréstimos - 31.074.257

Ganhos em activos disponíveis para venda (Nota 14)

9.302.558 9.710.213

Outros ganhos em operações financeiras 87.709.606 6.072.039

720.544.449 309.647.828

Perdas em operações financeiras

Outras perdas em operações financeiras 51.423.599 -

51.423.599 -

Rendimento líquido 669.120.850 309.647.828

7. GASTOS COM PESSOALOs gastos com pessoal apresentam-se como segue:

2014 2013

Vencimentos e salários 604.323.963 454.533.068

Impostos 17.295.675 12.240.906

621.619.638 466.773.974

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76 RELATÓRIO E CONTAS 2014

9. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOA rubrica de impostos apresenta-se como segue:

A reconciliação da taxa efectiva de imposto para o exercício findo a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é como segue:

2014 2013

Impostos correntes (15.157.064) -

Impostos diferidos (11.250.494) (14.418.163)

(26.407.558) (14.418.163)

2014 2013

Taxa de Imposto Valor Taxa de Imposto Valor

Lucro antes de imposto 179.351.788 36.670.244

Imposto corrente utilizando a taxa de imposto 16,00% 28.696.286 32,00% 11.734.478

Correcções fiscais

Encargos não dedutíveis 9,08% 16.276.979 83,51% 13.764.109

Matéria colectável -16,62% (29.816.201) -30,73% (11.268.344)

Imposto corrente 8,45% 15.157.064 -38,81% (14.230.243)

8. OUTROS GASTOS OPERACIONAISEsta rubrica apresenta-se como segue:

2014 2013

Comunicações 77.514.874 58.529.925

Honorários profissionais 124.939.313 82.132.944

Consumiveis 57.530.967 35.501.793

Manutenção e serviços relacionados 78.705.796 61.085.160

Despesas de marketing 30.439.617 18.368.309

Rendas e alugueres 186.693.536 83.889.708

Água, energía e combustiveis 19.138.022 14.086.964

Despesas de deslocação e representação 26.756.311 32.959.758

Despesas de formação 11.590.062 6.812.502

Outros 62.438.058 42.842.104

Outros custos operacionais 675.746.556 436.209.167

Ganhos no abate de activos tangíveis 3.431 937.123

Outros 27.364.298 -

Outros rendimentos operacionais 27.367.729 937.123

648.378.827 435.272.044

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77

Os movimentos nos impostos diferidos apresentam-se como segue:

10. RESULTADOS POR ACÇÃO

Ganhos básicos e diluídos por acção

O cálculo dos ganhos básicos e diluídos por acção em 31 de

Dezembro de 2014, baseia-se no rendimento atribuível aos

accionistas ordinários no valor de 152.944.230 Meticais (2013:

22.252.081 Meticais) e no número médio ponderado de acções

ordinárias emitidas até ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2014 de 58.400 (2013: 50.000), calculado como segue:

11. CAIXA E DISPONIBILIDADES NO BANCO CENTRALCaixa e disponibilidades em Banco Central apresenta-se como

segue:

2012 Demonstração dos resultados Capital próprio 2013

Gastos Rendimentos Aumento Diminuição

Activos por impostos diferidos

Prejuízos fiscais 14.230.243 (14.230.243) - - - -

Activos tangíveis 3.348.187 (3.348.187) - - - -

17.578.430 (17.578.430) - - - -

Activos por impostos diferidos 2013 Demonstração dos resultados Capital próprio 2014

Gastos Rendimentos Aumento Diminuição

Activos por impostos diferidos

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 3.072.464 - 3.072.464

- - - 3.072.464 - 3.072.464

Passivos por impostos diferidos

Activos financeiros disponíveis para venda (6.393.338) - - 6.393.338 (3.840.676) (3.840.676)

Activos tangíveis (12.728.147) (6.589.138) 9.749.405 - - (9.567.880)

(19.121.485) (6.589.138) 9.749.405 6.393.338 (3.840.676) (13.408.556)

(14.418.163) 2.552.662

Passivos por impostos diferidos

Activos financeiros disponíveis para venda (3.840.676) - - (3.840.676) - -

Diferenças cambiais - (11.543.597) - - - (11.543.597)

Activos tangíveis (9.567.880) 293.103 - - (9.274.777)

(13.408.556) (11.543.597) 293.103 3.840.676 (20.818.374)

(11.250.494) 6.913.140

Rendimento atribuível aos accionistas detentores de acções ordinárias

2014 2013

Lucro do exercício 152.944.230 22.252.081

Número médio ponderado de acções ordinárias

58.400 50.000

Ganhos por acção

Básicos 2.619 445

Diluídos 2.619 445

2014 2013

Caixa 352.790.431 207.711.911

Banco de Moçambique 1.353.480.951 870.222.977

1.706.271.382 1.077.934.888

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78 RELATÓRIO E CONTAS 2014

13. APLICAÇÕES SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOAs aplicações sobre instituições de crédito apresentam-se como

segue:

14. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃOEsta rubrica apresenta-se como segue:

2014 2013

Bancos nacionais 276.831.112 246.860.366

Bancos estrangeiros 684.635.770 120.315.627

961.466.882 367.175.993

2014 2013

Depósitos no Banco de Moçambique 370.891.817 131.561.836

Depósitos em instituições de crédito 2.278.603.190 2.161.560.412

2.649.495.007 2.293.122.248

2014 2013

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Bilhetes do Tesouro 420.258.666 193.360.148

Acções e outros títulos de rendimento variável

EMOSE 23.262.600 23.262.600

776.867.619 280.492.135

Obrigações de empresas

Papel comercial - Petromoc 2014 I 120.975.000 -

Papel comercial - Petromoc 2014 II 130.771.875 -

Papel comercial - Petromoc 2014 III 25.007.813 -

Companhia de Moçambique 2013 - 1ª emissão 1.634.448 -

Companhia de Moçambique 2013 - 2ª emissão 7.550.469 7.550.469

Moza Banco 2013 - 1ª emissão 527.328 56.318.918

Moza Banco 2013 - 2ª emissão 11.102.410 -

Cooperativa de Poupança e Crédito 2014 - 1ª emissão 35.777.012 -

333.346.353 63.869.387

Uma parte dos saldos mantidos com o Banco de Moçambique

estão em conformidade com as exigências do Banco Central

para cumprir com as reservas mínimas obrigatórias.

A regra aplicável em 31 de Dezembro de 2014, especificado

pelo aviso do Banco Central, estabelece que as instituições

financeiras têm de manter um saldo médio periódico de 8%

de todos os clientes e depósitos do Governo Moçambicano.

A reserva de caixa mínima exigida a 31 de Dezembro de 2014

ascende a 1.213.571.562 Meticais (864.769.666 Meticais em 31

de Dezembro de 2013).

Estes depósitos obrigatórios não são remunerados e não são

considerados como elementos de caixa e seus equivalentes na

demonstração do fluxo de caixa.

12. DISPONIBILIDADES SOBRE INSTITUIÇÕES DE

CRÉDITOAs disponibilidades sobre instituições de crédito apresentam-se

como segue:

Papel Comercial – Petromoc 2014 I

Este Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,

sendo emitido em 24 de Fevereiro de 2014, com o valor nominal

de 100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual

de 11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa

indexada à Facilidade Permanente de Cedência (FPC). O capital

será reembolsado na totalidade na data da maturidade sendo os

juros pagos numa base mensal.

Papel Comercial – Petromoc 2014 IIEste Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,

sendo emitido em 4 de Abril de 2014, com o valor nominal de

100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual de

11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa

indexada à FPC. O capital será reembolsado na totalidade na

data da maturidade sendo os juros pagos numa base mensal.

Papel Comercial – Petromoc 2014 III

Este Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,

sendo emitido em 11 de Abril de 2014, com o valor nominal de

100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual de

11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa

indexada à FPC. O capital será reembolsado na totalidade na

data da maturidade sendo os juros pagos numa base mensal.

Companhia de Moçambique 2013 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de quatro anos,

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79

sendo emitidas a 30 de Setembro de 2013, com valor nominal

de 100 Meticais cada. Os juros são pagos numa base semestral

a uma taxa anual de 13% para os 4 primeiros cupões (2 anos) e a

uma taxa variável indexada à FPC + 4% para os 2 últimos cupões

(1 ano). O capital será reembolsado na totalidade na data da

maturidade.

Companhia de Moçambique 2013 – 2ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de quatro anos,

sendo emitidas a 30 de Setembro de 2013, com valor nominal

de 100 Meticais cada. Os juros são pagos numa base semestral

a uma taxa anual de 12,75% para os 4 primeiros cupões (2 anos)

e a uma taxa variável indexada à FPC + 4% para os 2 últimos

cupões (1 ano). O capital será reembolsado na totalidade na data

da maturidade.

Moza Banco 2013 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos e

foram emitidas pelo Moza Banco em 15 de Novembro de 2013

com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com um

valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos numa

base semestral a uma taxa fixa anual de 12,25% para os 2

primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 3,5%

para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento

antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado a

um rácio de 25% nos últimos 4 cupões.

Moza Banco 2014 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos

e foram emitidas pelo Moza Banco em 6 de Agosto de 2014

com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com

um valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos

numa base semestral a uma taxa fixa anual de 13% para os 2

primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 4,25%

para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento

antecipado por parte do emissor, o qual poderá ocorrer parcial

ou integralmente a partir da data do pagamento do 3º cupão, o

capital será reembolsado de uma só vez na data do pagamento

do último cupão.

Cooperativa de Poupança e Crédito 2014 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de cinco anos,

sendo emitidas em 29 de Outubro de 2014, com um valor

nominal de 100 Meticias cada. Com um valor nominal total de

100.000.000 Meticais, os juros são pagos numa base semestral

a uma taxa fixa anual de 13% para os 6 primeiros cupões (3 anos)

e a uma taxa indexada à FPC + 4,75% para os 4 últimos cupões

(2 anos). Não havendo pagamento antecipado por parte do

emissor, o qual poderá ocorrer parcial ou integralmente a partir

da data do pagamento do 4º cupão, o capital será reembolsado

de uma só vez na data do pagamento do último cupão.

EMOSE

O número de acções detidas na EMOSE (1.163.130) representa

7,4% do total de 15.700.000 novas acções emitidas por esta OPV

efectuada em Outubro de 2013. Cada acção tem o valor nominal

de 1 Metical cada e representa o mesmo direito de voto em

relação ao restante do capital social.

A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os

investimentos detidos para negociação por maturidade

apresenta-se como segue:

2014 2013

Até 3 meses 309.122.609 24.767.519

De 3 meses a 1 ano 398.819.497 168.592.629

De 1 ano a 5 anos 45.662.914 63.869.387

Mais de 5 anos - -

Duração indeterminada 23.262.600 23.262.600

776.867.619 280.492.135

A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os

activos financeiros detidos para negociação analisados por

títulos cotados e não cotados apresentam-se como segue:

2014 2013

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoBilhetes do Tesouro

- 420.258.666 420.258.666 - 193.360.148 193.360.148

Obrigações de empresas 333.346.353 - 333.346.353 63.869.387 - 63.869.387

Acções e outros títulos de rendimento variável 23.262.600 - 23.262.600 23.262.600 - 23.262.600

356.608.953 420.258.666 776.867.619 87.131.987 193.360.148 280.492.135

Os movimentos de activos financeiros detidos para negociação

durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31

de Dezembro de 2013 apresentam-se como segue:

2014 2013

Saldo inicial 280.492.135 96.862.672

Aquisições 593.655.542 526.213.250

Alienações/ reembolsos (106.582.617) (352.294.000)

Ganhos/ (perdas) de justo valor 9.302.558 9.710.213

Saldo final 776.867.619 280.492.135

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80 RELATÓRIO E CONTAS 2014

OBRIGAÇÕES DO TESOURO

Obrigações do Tesouro 2009

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 19 de Maio de 2009 com valor

nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa

base semestral sendo a taxa de juro do primeiro cupão fixada

em 12,5% anual. Os cupões seguintes rendem juros a uma taxa

média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões

de Bilhetes de Tesouro (BT) a 60 dias acrescida de um spread

de 0,5%. O capital será reembolsado de uma só vez na data da

maturidade.

Obrigações do Tesouro 2010

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 1 de Setembro de 2010 com valor

nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa

base semestral sendo a taxa de juro do primeiro cupão fixada

em 15% anual. Os cupões seguintes rendem juros à uma taxa

média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões de

BT a 60 dias acrescida de um spread de 0,5%. O capital será

reembolsado de uma só vez na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2011Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 7 de Dezembro de 2011 com

15. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDAEsta rubrica apresenta-se como segue:

valor nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa

base semestral sendo a taxa de juro dos primeiros 30 meses (5

cupões semestrais) fixada em 17% anual. Os cupões seguintes

rendem juros à uma taxa indexada à taxa interbancária de

cedência acrescida de um spread de 0,5%. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2012

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

três anos e foram emitidas a 22 de Agosto de 2012 com valor

nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa

base semestral sendo a taxa de juro anual do primeiro cupão

fixada em 10%. Os cupões seguintes rendem juros à uma taxa

média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões

de BT a 60 dias acrescida de um spread de 2,5%. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2013 – 2ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

quatro anos e foram emitidas a 19 de Setembro de 2013 com

valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos

numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa

estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações corporativas

Afrasia Bank Ltd. Empréstimo subordinado 2014 - 2020 161.411.645 -

Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) 2013 - 2020 524.908.184 560.273.819

Hellenic Petroleum 2014 - 2016 142.170.478 -

Ramper Investments Ltd. - 2013-2017 - 650.858.174

Petróleos da Venezuela - 2 144.981.885 -

973.472.192 1.211.131.993

Acções e outros títulos de rendimento variável

Sociedade Interbancária Moçambicana (SIMO) 2.682.287 2.682.287

1.413.516.264 1.417.396.505

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 2014 2013

Obrigações do Tesouro

Obrigações do Tesouro 2009 - 21.466.664

Obrigações do Tesouro 2010 5.510.374 5.369.991

Obrigações do Tesouro 2011 64.937.887 63.679.462

Obrigações do Tesouro 2012 16.675.187 16.231.780

Obrigações do Tesouro 2013 - 2ª emissão 22.364.081 21.816.339

Obrigações do Tesouro 2013 - 3ª emissão 55.304.982 53.950.449

Obrigações do Tesouro 2013 -5ª emissão 21.596.483 21.067.541

Obrigações do Tesouro 2014 - 1ª emissão 60.299.637 -

Tesouro 2014 - 2ª emissão 54.389.769 -

Tesouro 2014 - 3ª emissão 54.442.275 -

Tesouro 2014- 4ª emissão 54.697.892 -

Tesouro 2014 - 5ª emissão 27.143.219 -

437.361.785 203.582.225

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81

Obrigações do Tesouro 2013 – 3ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

quatro anos e foram emitidas a 19 de Setembro de 2013 com

valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos

numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa

estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2013 – 5ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 18 de Dezembro de 2013 com

valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos

numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa

estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2014 – 1ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 22 de Outubro de 2014 com valor

nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base

semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida

com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso

antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na

data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2014 – 2ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 21 de Novembro de 2014 com

valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos

numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa

estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2014 – 3ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 26 de Dezembro de 2014 com

valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos

numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa

estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo

reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será

reembolsado na data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2014 – 4ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 26 de Julho de 2014 com valor

nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base

semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida

com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso

antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na

data da maturidade.

Obrigações do Tesouro 2014 – 5ª emissão

Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de

cinco anos e foram emitidas a 21 de Agosto de 2014 com valor

nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base

semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida

com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso

antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na

data da maturidade.

OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS

Afrasia Bank Ltd. Empréstimo subordinado 2014 - 2020

Estas obrigações apresentam uma maturidade de seis anos,

sendo emitidas em Janeiro e 2014, com um valor nominal de

100 USD por obrigação. Corresponde a uma dívida subordinada,

com pagamentos de cupão semestral, a uma taxa de juro fixa de

4,335%.

Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) 2013 - 2020

Estas obrigações apresentam uma maturidade de sete anos,

sendo emitidas e 11 de Setembro de 2013, por um valor

nominal de 1.000 USD por obrigação, apesar da amortização

do capital iniciar em Novembro de 2015, gerando um período

de reembolso antecipado. Este empréstimo rende juros a

uma taxa fixa anual de 4,335% sendo os cupões pagos numa

base semestral. A responsabilidade com este empréstimo está

integralmente coberta por uma garantia emitida pelo Ministério

das Finanças da República de Moçambique.

Hellenic Petroleum 2014 - 2016

Estas obrigações apresentam uma maturidade de dois anos,

tendo sido emitidas em Maio de 2014 por um valor nominal de

1.000 USD por obrigação. Este empréstimo rende juros a uma

taxa fixa anual de 4,625% sendo os cupões pagos numa base

semestral. O capital será reembolsado na data da maturidade.

Petróleos de Venezuela 2009-2015

Estas obrigações apresentam uma maturidade de sete anos,

tendo sido emitidas em Outubro de 2009 por um valor nominal

de 1 USD por obrigação. Este empréstimo rende juros a uma

taxa fixa anual de 5% sendo os cupões pagos numa base

semestral. O capital será reembolsado na data da maturidade.

ACÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO

VARIÁVEL

Sociedade Interbancária Moçambicana (SIMO)

O saldo da SIMO é relativo ao valor das acções detidas pelo

banco na Sociedade Interbancária de Moçambique, uma

instituição financeira detida maioritariamente pelo Banco de

Moçambique e com participação social dos bancos comerciais.

A SIMO tem como missão enquanto entidade financeira a

provisão de acesso aos serviços bancários dos seus sócios,

nomeadamente, através de infra-estruturas próprias de ATM´s e

POS.

A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os

activos financeiros disponíveis para venda por maturidade

apresenta-se como segue:

2014 2013

Até 3 meses - -

De 3 meses a 1 ano 190.083.160 -

De 1 ano a 5 anos 551.342.450 1.414.714.218

Mais de 5 anos 669.408.367 -

Duração indeterminada 2.682.287 2.682.287

1.413.516.264 1.417.396.505

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82 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Os movimentos de activos financeiros disponíveis para venda durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de

Dezembro de 2013 apresentam-se como segue:

O crédito vigente e vencido (excluindo juros especializados), é como segue:

Os empréstimos e adiantamentos por produto analisa-se como segue:

A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os activos financeiros disponíveis para venda analisados por títulos cotados e não

cotados apresentam-se como segue:

2014 2013

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Bilhetes do Tesouro 437.361.785 - 437.361.785 203.582.225 - 203.582.225

Obrigações de empresas 812.060.547 161.411.645 973.472.192 1.211.131.993 - 1.211.131.993

Acções e outros títulos de rendimento variável - 2.682.287 2.682.287 - 2.682.287 2.682.287

1.249.422.332 164.093.932 1.413.516.264 1.414.714.218 2.682.287 1.417.396.505

2014 2013

Saldo inicial 1.417.396.505 123.745.025

Aquisições 613.035.093 1.278.582.616

Acréscimos de juros 17.220.913 11.043.820

Alienações/ reembolsos (672.324.838) -

Diferenças cambiais não realizadas 81.147.303 -

Ganhos/ (perdas) de justo valor (42.958.712) 4.025.044

Saldo final 1.413.516.264 1.417.396.505

16. EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A CLIENTESOs empréstimos e os adiantamentos a clientes apresentam-se como segue:

2014 2013

Empresas 11.463.556.378 6.824.497.705

Particulares 2.324.070.957 1.641.721.225

13.787.627.335 8.466.218.930

Juros especializados e comissões 231.057.360 12.431.416

14.018.684.694 8.478.650.346

Imparidade do crédito (368.832.378) (229.780.930)

13.649.852.316 8.248.869.416

2014 2013

Empréstimos vigentes 13.476.611.996 8.187.979.215

Empréstimos vencidos

Até 90 dias 80.408.741 68.598.958

Mais de 90 dias 230.606.598 209.640.757

311.015.339 278.239.715

13.787.627.335 8.466.218.930

2014 2013

Empréstimos 9.597.634.667 4.746.894.348

Créditos em conta corrente 2.977.901.920 2.354.244.537

Descobertos 866.747.722 1.025.034.734

Outros 576.400.385 352.476.727

14.018.684.694 8.478.650.346

Imparidade do crédito (368.832.378) (229.780.930)

13.649.852.316 8.248.869.416

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83

Os empréstimos e adiantamentos por moeda analisa-se como segue:

A análise pela concentração do risco por indústria apresenta-se como segue:

A maturidade dos empréstimo e contas a receber apresenta-se como segue:

2014 2013

Moeda nacional 12.441.463.854 8.209.030.415

Moeda estrangeira 1.577.220.840 269.619.931

14.018.684.694 8.478.650.346

2014 2013

Retalho 3.100.673.946 1.860.484.762

Construção 1.001.077.704 1.138.254.496

Civil 658.547.789 158.013.725

EnergiaTurismo 407.429.761 345.306.875

Indústria Transformadora 2.218.314.981 1.018.839.691

Privado 2.357.694.060 1.644.339.483

Serviços 2.015.133.905 1.831.740.176

Transportes e comunicações 1.440.152.903 379.522.482

Agricultura e Pesca 101.722.747 85.563.635

Outros 717.936.897 16.585.022

14.018.684.694 8.478.650.346

2014 2013

Até 3 meses 2.584.144.338 2.246.387.766

De 3 meses a 1 ano 3.002.032.800 1.538.375.083

De 1 ano a 5 anos 4.940.965.500 2.977.165.315

Mais de 5 anos 3.491.542.056 1.716.722.182

14.018.684.694 8.478.650.346

O movimento das perdas por imparidade durante o exercício apresenta-se como segue:

Os juros fazem parte das perdas por imparidade, estando incluídos na determinação da imparidade.

2014

Individual Colectiva Total

Saldo de abertura 136.852.392 92.928.538 229.780.930

Imparidade do exercício 230.131.822 84.562.062 314.693.885

Reversões do exercício (102.931.647) (66.271.011) (169.202.659)

Utilização/regularização (13.190.018) 6.750.241 (6.439.778)

Saldo final 250.862.548 117.969.830 368.832.378

2013

Individual Colectiva Total

Saldo de abertura 50.849.638 71.588.650 122.438.288

Imparidade do exercício 106.977.645 138.959.426 245.937.071

Reversões do exercício (20.974.891) (116.087.007) (137.061.898)

Utilização/regularização - (1.532.531) (1.532.531)

Saldo final 136.852.392 92.928.538 229.780.930

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84 RELATÓRIO E CONTAS 2014

19. ACTIVOS TANGÍVEISO movimento dos activos tangíveis é o seguinte:

Os aumentos na rubrica de beneficiações em edifícios arrendados e equipamentos são essencialmente justificados pela expansão da

rede de balcões (2014: 45; 2013: 23).

O aumento na rubrica de Investimentos em curso é justificado pelas despesas incorridas nos balcões que a 31 de Dezembro de 2014 não

se encontram abertos ao público.

2014 2013

Outros recebimentos 162.591.457 -

Acréscimos e diferimentos 34.810.957 24.660.715

Outros 17.607.716 63.356.882

215.010.130 88.017.597

18. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA

VENDA

O saldo desta rubrica representa o valor dos imóveis resultantes

das acções de execução levadas a cabo pelo Banco sobre

clientes com créditos irregulares. Os referidos imóveis tinham

sido hipotecados pelo Banco para garantia dos empréstimos

concedidos aos clientes.

O Banco pretende alienar os imóveis num período de tempo

relativamente curto (menos de 1 ano). A 31 de Dezembro de

2014, aproximadamente 60% do saldo dos activos não correntes

detidos para venda é representado por imóveis industriais e

comerciais registados ao mais baixo entre o valor de aquisição e

o valor de avaliação.

Beneficiações em edifícios arrendados

Equipamento Investimento em curso Outros Total

Custo

A 1 de Janeiro de 2013 333.057.983 238.469.784 174.336.277 790.807 746.654.851

Aumentos 115.701.262 77.067.155 - 47.280 192.815.697

Alienações - (501.595) - - (501.595)

Transferências 18.132.961 60.091.465 (78.224.426) - -

A 31 de Dezembro de 2013 466.892.206 375.126.809 96.111.851 838.087 938.968.953

Aumentos 211.429.905 84.792.491 168.550.149 1.249.182 466.021.727

Alienações - - - - -

Transferências - 134.174.788 (134.174.788) - -

A 31 de Dezembro de 2014 678.322.111 594.094.088 130.487.212 2.087.269 1.404.990.680

Beneficiações em edifícios arrendados

Equipamento Total

Depreciação e imparidade

A 1 de Janeiro de 2013 25.348.040 61.601.380 86.949.420

Depreciação do período 44.838.261 58.841.365 103.679.626

Alienações/regularizações - (138.343) (138.343)

A 31 de Dezembro de 2013 70.186.301 120.304.402 190.490.703

Depreciação do período 58.591.869 80.840.707 139.432.577

Alienações/regularizações - (459.125) (459.125)

A 31 de Dezembro de 2014 128.778.170 200.685.984 329.464.155

Valor líquido contabilístico

A 1 de Janeiro de 2013 307.709.943 176.868.404 174.336.277 790.807 659.705.431

A 31 de Dezembro de 2013 396.705.905 254.822.407 96.111.851 838.087 748.478.250

A 31 de Dezembro de 2014 549.543.941 393.408.104 130.487.212 2.087.269 1.075.526.525

17. OUTROS ACTIVOSOs outros activos apresentam-se como segue:

Os outros recebimentos referem-se a processos instaurados

contra clientes que à data da Posição Financeira, o Banco ainda

não detinha a propriedade legal das hipotecas.

Page 85: RELATÓRIO E CONTAS 2014 - Particulares · Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”, ... Implementação do projecto de definição da “Ferramenta de Cálculo de Imparidades

85

Software Investimento em curso Total

Custo:

A 1 de Janeiro de 2013 69.383.955 81.303.929 150.687.884

Aumentos 147.279.272 45.369.204 192.648.476

Alienações - - -

Transferências - - -

A 31 de Dezembro de 2013 216.663.227 126.673.133 343.336.360

Aumentos 13.906.519 230.507.745 244.414.264

Transferências 291.566.081 (291.566.081) -

A 31 de Dezembro de 2014 522.135.827 65.614.797 587.750.624

Software Total

Amortização e imparidade

A 1 de Janeiro de 2013 51.116.082 51.116.082

Amortização do período 46.074.436 46.074.436

A 31 de Dezembro de 2013 97.190.518 97.190.518

Amortização do período 55.236.783 55.236.783

Alienação/regularizações 55.765 55.765

A 31 de Dezembro de 2014 152.483.066 152.483.066

Valor líquido contabilístico

A 1 de Janeiro de 2013 18.267.873 81.303.929 99.571.802

A 31 de Dezembro de 2013 119.472.709 126.673.133 246.145.842

A 31 de Dezembro de 2014 369.652.761 65.614.797 435.267.558

20. ACTIVOS INTANGÍVEISOs movimentos nos activos intangíveis foi o seguinte:

Os Investimentos em curso são constituídos essencialmente

por despesas incorridas com o desenvolvimento de programas

informáticos que não tinham sido concluídos ate à data de

reporte.

21. ACTIVOS POR IMPOSTOS CORRENTESActivos por impostos correntes apresentam-se como segue:

2014 2015

Pagamentos por conta de IRPC 43.590.482 39.518.482

Retenção na fonte de IRPC 21.198.115 12.921.418

64.788.597 52.439.900

22. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE

CRÉDITOOs recursos de outras instituições de crédito apresentam-se

como segue:

A maturidade dos recursos de outras instituições de crédito

apresenta-se como segue:

2014 2015

Depósitos à ordem 929.787.169 562.669.860

Depósitos a prazo 1.245.828.444 157.538.497

2.175.615.613 720.208.357

2014 2013

Até 3 meses 929.787.169 562.669.860

De 3 meses a 1 ano 1.245.828.444 7.221.285

De 1 ano a 5 anos - 150.317.212

Mais de 5 anos - -

2.175.615.613 720.208.357

23. DEPÓSITOS E CONTAS CORRENTESDepósitos e contas correntes apresentam-se como segue:

2014 2013

Depósitos à ordem 6.268.428.578 4.680.777.304

Depósitos a prazo 10.614.965.345 6.895.120.540

Outros 31.057.972 26.024.478

16.914.451.895 11.601.922.322

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86 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Moza Banco 2013 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos e

foram emitidas pelo Moza Banco em 15 de Novembro de 2013

com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com um

valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos numa

base semestral a uma taxa fixa anual de 12,25% para os 2

primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 3,5%

para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento

antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado a

um rácio de 25% nos últimos 4 cupões.

26. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTASOs empréstimos obrigacionistas apresentam-se como segue:

24. RECURSOS CONSIGNADOSO Moza Banco rubricou um acordo com o Banco Europeu de

Investimento para a concessão de um empréstimo destinado

a apoiar as suas actividades de financiamento às pequenas e

médias empresas, como parte do seu programa de apoio ao

sector privado em Moçambique. Os sectores de actividade

financiados no âmbito deste programa incluem a agro-indústria,

o turismo, a indústria transformadora e energias renováveis.

O empréstimo de 5 milhões de euros (200.400 milhões de

Meticais), foi disponibilizado em Dezembro de 2014 pelo prazo

de 5 anos, devendo ser reembolsado em tranches semestrais

iguais de capital e juros a uma taxa fixa de 8,9%.

25. OUTROS PASSIVOSEsta rubrica apresenta-se como segue:

2014 2013

Contas a pagar 304.634.293 167.165.020

Estimativa de imposto sobre o rendimento 15.157.064 -

Acréscimo de gastos 13.718.620 13.520.000

Contas a regularizar 79.575.008 3.278.256

413.084.985 183.963.276

2014 2013

Empréstimos obrigacionistas

Moza Banco 2013 1ª emissão 270.166.959 195.387.000

Moza Banco 2014 2ª emissão 251.901.400 -

Empréstimos obrigacionistas subordinados

Moza Banco 2013 - 2023 empréstimo subordinado

750.906.251 753.828.121

1.272.974.610 949.215.121

2014 2013

Até 3 meses - -

De 3 meses a 1 ano - -

De 1 ano a 5 anos 522.068.359 195.387.000

Mais de 5 anos 750.906.251 753.828.121

1.272.974.610 949.215.121

A maturidade dos empréstimos obrigacionistas apresenta-se

como segue:

A maturidade dos depósitos e contas correntes apresentam-se

como segue:

2014 2013

À ordem 6.268.428.578 4.680.777.304

Até 3 meses 5.613.976.281 3.175.834.633

De 3 meses a 1 ano 4.714.254.460 3.689.497.848

De 1 ano a 5 anos 645.249 54.626.495

Mais de 5 anos 317.147.327 1.186.042

16.914.451.895 11.601.922.322

Moza Banco 2014 – 1ª emissão

Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos

e foram emitidas pelo Moza Banco em 6 de Agosto de 2014

com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com

um valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos

numa base semestral a uma taxa fixa anual de 13% para os 2

primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 4,25%

para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento

antecipado por parte do emissor, o qual poderá ocorrer parcial

ou integralmente a partir da data do pagamento do 3ª cupão, o

capital será reembolsado de uma só vez na data do pagamento

do último cupão.

Moza Banco 2013-2023 – empréstimo subordinado

O empréstimo subordinado apresenta uma maturidade de dez

anos, tendo sido emitida pelo Moza Banco em 27 de Dezembro

de 2013, com um valor nominal de 100 Meticais cada obrigação.

Com um valor nominal total de 750.000.000 Meticais, os juros

são pagos numa base semestral a uma taxa fixa anual de 14,5%.

Não havendo reembolso antecipado por parte do emissor que

poderá ocorrer a partir do 5º ano com a aprovação preliminar

do Banco de Moçambique, o capital será pago de na data da

maturidade.

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87

27. CAPITAL SOCIALA 31 de Dezembro de 2014, o capital social do Moza Banco encontra-se totalmente subscrito e realizado, apresentando-se como segue:

Durante o exercício de 2014, o Banco Espírito Santo deixou

de ser a casa-mãe do BES África, em resultado da resolução

do Banco de Portugal, que dividiu entre bom e mau banco os

activos e responsabilidades do antigo Banco Espírito Santo. O

BES África foi incorporado no Novo Banco.

Durante o período o capital aumentou em 630.000.000 Meticais

através da emissão de 25.200 acções de 25.000 Meticais cada.

28. RESERVA LEGALA reserva legal apresenta-se como segue:

Nos termos da legislação moçambicana, o Banco deve alocar

anualmente uma reserva legal de pelo menos 15% dos seus

lucros líquidos auditados, até que seja igual ao capital social. A

reserva não pode ser distribuída mas pode ser usada para cobrir

prejuízos ou aumentar o capital.

29. ITENS NÃO REPRESENTATIVOS DE CAIXA

INCLUÍDOS NOS LUCROS ANTES DE IMPOSTOSOs itens não representativos de caixa incluídos nos lucros antes

de impostos apresentam-se como segue:

2014 Número de acções Valor nominal Total do capital social % capital social

Accionista

Moçambique Capitais, S.A. 38.351 25.000 958.775.000 50,999%

BES África S.G.P.S., S.A. 36.848 25.000 921.200.000 49,000%

Dr. Almeida Matos 1 25.000 25.000 0,001%

75.200 1.880.000.000 100,00%

2013 Número de acções Valor nominal Total do capital social % capital social

Accionista

Moçambique Capitais, S.A. 25.499 25.000 637.475.000 50,998%

BES África S.G.P.S., S.A. 24.500 25.000 612.500.000 49,000%

Dr. Almeida Matos 1 25.000 25.000 0,002%

50.000 1.250.000.000 100,00%

2014 Número de acções Valor nominal

Acções ordinárias

A 31 de Dezembro de 2013 50.000 1.250.000.000

Aumento 25.200 630.000.000

A 31 de Dezembro de 2013 75.200 1.880.000.000

2014 2013

Reserva legal 26.345.532 23.007.720

26.345.532 23.007.720

2014 2013

Depreciações e amortizações (notas 18,20) (194.669.359) (149.754.062)

Imparidade do crédito (nota 16) (145.491.226) (108.875.173)

Ganhos na alíenação de activos tangíveis (nota 9,19)

(3.431) (937.123)

Ganhos em activos financeiros detidos para negociação (nota 14)

(9.302.558) (9.710.213)

(349.466.574) (269.276.571)

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88 RELATÓRIO E CONTAS 2014

30. INSTRUMENTOS FINANCEIROSA classificação dos instrumentos financeiros é a seguinte:

2014 Ao justo valor por via dos resultados

Activos financeiros disponíveis para

venda

Empréstimos e contas a receber

Activos não financeiros

Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.706.271.382 - 1.706.271.382

Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 961.466.882 - 961.466.882

Aplicações em instituições de crédito - - 2.649.495.007 - 2.649.495.007

Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - - 776.867.619

Activos financeiros disponíveis para venda - 1.413.516.264 - - 1.413.516.264

Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 13.649.852.316 - 13.649.852.316

Outros activos - - - 215.010.130 215.010.130

Activos não correntes detidos para venda - - - 149.243.778 149.243.778

Activos tangíveis - - - 1.075.526.525 1.075.526.525

Activos intangíveis - - - 435.267.558 435.267.558

Activos por impostos correntes - - - 64.788.597 64.788.597

Activos por impostos diferidos - - - 3.072.464 3.072.464

Total do activo 776.867.619 1.413.516.264 18.967.085.587 1.942.909.052 23.100.378.523

2013 Ao justo valor por via dos resultados

Activos financeiros disponíveis para venda

Empréstimos e contas a receber

Activos não financeiros

Total

Activo

Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.077.934.888 - 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 367.175.993 - 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito - - 2.293.122.248 - 2.293.122.248

Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - - 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda - 1.417.396.505 - - 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 8.248.869.416 - 8.248.869.416

Outros activos - - - 88.017.597 88.017.597

Activos tangíveis - - - 748.478.250 748.478.250

Activos intangíveis - - - 246.145.842 246.145.842

Activos por impostos correntes - - - 52.439.900 52.439.900

Total do activo 280.492.135 1.417.396.505 11.987.102.545 1.135.081.589 14.820.072.774

Ao justo valor por via dos resultados

Empréstimose contas a pagar

Passivos não financeiros

Total

Passivo

Recursos de instituições de crédito - 720.208.357 - 720.208.357

Depósitos e contas correntes - 11.601.922.322 - 11.601.922.322

Outros passivos - - 183.963.276 183.963.276

Empréstimos obrigaccionistas - 949.215.121 - 949.215.121

Passivos por impostos diferidos - - 13.408.556 13.408.556

Total do passivo - 13.271.345.800 197.371.832 13.468.717.632

Passivo

Recursos de instituições de crédito - 2.175.615.613 2.175.615.613

Depósitos e contas correntes - 16.914.451.895 - 16.914.451.895

Recursos consignados - 205.179.246 - 205.179.246

Outros passivos - - 413.084.985 413.084.985

Empréstimos obrigacionistas - 1.272.974.610 - 1.272.974.610

Passivos por impostos diferidos - 20.818.374 20.818.374

Total do passivo - 20.568.221.364 433.903.359 21.002.124.723

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89

31. JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS

FINANCEIROS

Activos financeiros disponíveis para venda

Trata-se de activos financeiros valorizados através de

técnicas de valorização ou modelos de pricing e consistem,

fundamentalmente em acções ou obrigações.

Estes activos são valorizados através de modelos que usam

quer variáveis observáveis ou não observáveis no mercado. As

variáveis não observáveis no mercado incluem pressupostos

relativamente ao investimento, ao perfil de risco e aos

pressupostos económicos relativamente à indústria e geografia

onde o investimento opera.

Activos financeiros detidos para negociação

Para os activos financeiros detidos para negociação não

cotados, o modelo dos fluxos de caixa descontados é utilizado

com vários pressupostos, incluindo expectativas correntes e

futuras de perdas de crédito, taxas de juro de mercado, taxas de

pré-pagamento, assim como pressupostos relacionados com a

liquidez de mercado e spreads.

Determinação da hierarquia de justo valor dos instrumentos

financeiros

O Banco utiliza a seguinte hierarquia na determinação e

divulgação do justo valor dos instrumentos financeiros por

técnica de valorização:

Nível 1: Valores cotados (não ajustáveis) em mercados activos

para os activos e passivos identificáveis.

Nível 2: Outras técnicas de valorização para os quais os inputs

que apresentem um impacto significativo na determinação do

justo valor é efectuado com informação observável, quer directa,

quer indirectamente.

O Banco valoriza as obrigações do tesouro de acordo

com o valor presente nos activos financeiros disponíveis

para venda. As taxas de juro utilizadas para determinar os

factores de desconto são variáveis observadas no mercado,

designadamente as taxas médias de colocação de Bilhetes de

Tesouro por um prazo de 6 meses, actualmente em 7,95%.

Nível 3: Técnicas que utilizam inputs que apresentam um efeito

significativo no justo valor registado com base em variáveis não

observáveis no mercado.

O justo valor dos títulos cotados é baseado em cotações de

preços na data da Posição Financeira apenas quando existe

um mercado activo. Para Títulos do Governo para os quais

não existe um mercado activo, o Banco utiliza o modelo de

desconto.

O justo valor de instrumentos não cotados, empréstimos

de bancos e outros passivos financeiros, bem como outros

passivos financeiros é estimado mediante o desconto dos fluxos

de caixa futuros, utilizando taxas actualmente disponíveis para

dívidas em condições semelhantes, o risco de crédito e prazo

remanescente.

A tabela seguinte demonstra a análise do justo valor dos

instrumentos financeiros de acordo com a hierarquia de justo

valor.

2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.706.271.382 1.706.271.382

Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 979.466.882 979.466.882

Aplicações em instituições de crédito - - 2.724.441.268 2.724.441.268

Activos financeiros detidos para negociação 356.608.953 - 420.258.666 776.867.619

Activos financeiros disponíveis para venda 1.249.422.332 - 164.093.931 1.413.516.264

Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 12.216.617.823 12.216.617.823

1.606.031.286 258.502.180 18.211.149.953 19.817.181.239

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito - - 2.285.917.175 2.285.917.175

Depósitos e contas correntes - - 17.261.338.491 17.261.338.491

Recursos consignados - - 176.454.151 176.454.151

Empréstimos obrigacionistas - - 1.429.280.684 1.429.280.684

- - 21.152.990.501 21.152.990.501

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90 RELATÓRIO E CONTAS 2014

A gestão considera que o Caixa e disponibilidades no

Banco Central e disponibilidades em Instituições de crédito

se aproximam do justo valor, devido ao curto prazo das

maturidades destes instrumentos.

O Justo valor dos activos e passivos financeiros encontram-se

incluídos no montante à data da sua transacção entre partes

interessadas, sem que exista uma exigência de liquidação.

Na determinação da estimativa de justo valor foram utilizados os

seguintes métodos e pressupostos:

■ O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação

e activos financeiros detidos para venda são obtidos com base

no mercado activo, assim como obtidos através da utilização do

valor presente, baseado com variáveis observáveis no mercado,

A tabela seguinte demonstra, por classe, a comparação dos justos valores com os valores líquidos contabilísticos dos instrumentos

financeiros do Banco que não estão mensurados ao justo valor nas demonstrações financeiras.

2014 2013

Valor contabilístico Justo valor Valor contabilístico Justo valor

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.706.271.382 1.077.934.888 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 979.466.882 367.175.993 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.00 2.724.441.268 2.293.122.248 2.336.070.265

Activos financeiros detidos para negociação 7 776.867.619 776.867.619 280.492.135 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 1.413.516.264 1.417.396.505 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes 13.649.852.316 12.216.617.823 8.248.869.416 7.077.765.764

21.157.469.471 19.817.181.239 13.684.991.185 12.556.835.550

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito 2.175.615.613 2.285.917.175 720.208.357 732.908.487

Depósitos e contas correntes 16.914.451.895 17.261.338.491 11.601.922.322 12.261.308.846

Recursos consignados 205.179.246 176.454.151 - -

Empréstimos obrigacionistas 1.272.974.609 1.429.280.684 949.215.121 1.029.816.036

20.568.221.363 21.152.990.501 13.271.345.800 14.024.033.369

589.248.108 (1.335.809.262) 413.645.385 (1.467.197.819)

tais como Bilhetes do Tesouro, variando entre 5,37% a 7,25%.

■ O justo valor dos instrumentos financeiros mensurados

ao custo amortizado, tais como aplicações em instituições de

crédito, empréstimos e adiantamentos a clientes, recursos

de instituições de crédito, depósitos e contas correntes e

empréstimos obrigacionistas são obtidos através do valor

presente.

■ Os activos financeiros são descontados através da utilização

dos Bilhetes do Tesouro variando entre 5,37% a 7,25%. Os

passivos financeiros são descontados através da FPC a 7,5%.

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito - - 732.908.487 732.908.487

Depósitos e contas correntes - - 12.261.308.846 12.261.308.846

Empréstimos obrigacionistas - - 1.029.816.036 1.029.816.036

- - 14.024.033.369 14.024.033.369

2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.077.934.888 1.077.934.888

Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 367.175.993 367.175.993

Aplicações em instituições de crédito - - 2.336.070.265 2.336.070.265

Activos financeiros detidos para negociação 87.131.987 - 193.360.148 280.492.135

Activos financeiros disponíveis para venda 1.414.714.218 - 2.682.287 1.417.396.505

Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 7.077.765.764 7.077.765.764

1.501.846.205 - 11.054.989.345 12.556.835.550

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91

Em Dezembro de 2014, a exposição complementar decorrente de transacções com accionistas apresentada na rubrica empréstimos e

adiantamentos a clientes ascende a 105.760.090 Meticais (120.397.230 Meticais: em Dezembro de 2013).

As transacções com as partes relacionadas apresentam-se como segue:

Accionistas Disponibilidades sobre instituições

de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Outros activos

Recursos de instituições de crédito

Depósitos e contas correntes

Outros passivos

Moçambique Capitais

2014 - - - - 124.000.000 6.404.438

2013 - - 8.330.500 - 135.952.933 8.250.082

Novo Banco

2014 89.147.323 227.035.530 515.615 638.316.830 - 1.000.486

2013 - - - - - -

Banco Espírito Santo

2014 - - - - - -

2013 117.407.070 1.123.439.136 - 2.276.900 - -

Pessoal chave de Gestão

Outros activos Empréstimos e adiantamentos

a clientes

Depósitose contas correntes

Outros passivos

Administração2014 1.176.000 41.382.957 47.760.808 -

2013 - 34.477.533 46.966.600 6.814

Locações operacionais

Juros suportados Juros obtidos

Accionistas

Moçambique Capitais

2014 6.296.609 17.774.488 -

2013 6.327.862 4.904.527 -

Novo Banco

2014 - 109.650.997 2.385.988

2013 - - -

Banco Espirito Santo

2014 - - -

2013 - - 33.111.130

Pessoal chave de Gestão

Administração2014 - - 2.033.682

2013 - - 1.694.329

32. PARTES RELACIONADASOs saldos com as partes relacionadas apresentam-se como segue:

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92 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Benefícios ao pessoal-chave de Gestão

Durante o período de 2014, os vencimentos da Administração

ascenderam a 78.462.955 Meticais (49.146.756 Meticais em

2013).

33. CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS

Contingências

34. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

A gestão considera que o Caixa e disponibilidades no

Banco Central e disponibilidades em Instituições de crédito

se aproximam do justo valor, devido ao curto prazo das

maturidades destes instrumentos.

O Justo valor dos activos e passivos financeiros encontram-se

incluídos no montante à data da sua transacção entre partes

interessadas, sem que exista uma exigência de liquidação.

Na determinação da estimativa de justo valor foram utilizados os

seguintes métodos e pressupostos:

■ O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação

e activos financeiros detidos para venda são obtidos com base

no mercado activo, assim como obtidos através da utilização do

valor presente, baseado com variáveis observáveis no mercado,

tais como Bilhetes do Tesouro, variando entre 5,37% a 7,25%.

■ O justo valor dos instrumentos financeiros mensurados

ao custo amortizado, tais como aplicações em instituições de

crédito, empréstimos e adiantamentos a clientes, recursos

de instituições de crédito, depósitos e contas correntes e

empréstimos obrigacionistas são obtidos através do valor

presente.

■ Os activos financeiros são descontados através da utilização

dos Bilhetes do Tesouro variando entre 5,37% a 7,25%. Os

passivos financeiros são descontados através da FPC a 7,5%.

2014 2013

Garantias 2.793.474.448 1.754.933.546

Cartas de crédito 1.606.170.582 849.557.819

4.399.645.030 2.604.491.365

2014 2013

Até 1 ano 179.237.796 147.313.014

Entre 1 e 5 anos 544.455.876 391.036.850

Mais de 5 anos 154.638.036 246.189.501

878.331.708 784.539.366

Locações operacionais – banco como locatário

O Banco celebrou contractos de locação operacional relativos

a agências e instalações onde funciona a sua sede social.

Estas locações têm duração média de 8 a 10 anos, com opção

de renovar o contrato após o vencimento. Os valores dos

contractos são ajustados anualmente para reflectir a inflação do

mercado. As rendas mínimas a pagar de operações de locação

operacional irrevogáveis eram as seguintes à data de 31 de

Dezembro:

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94 RELATÓRIO E CONTAS 2014

07.PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS E DO CONSELHO FISCAL

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96 RELATÓRIO E CONTAS 2014

7.1 - RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

Aos Accionistas da Moza Banco, S.A.

Auditámos as demonstrações financeiras anexas do MOZA

BANCO, S.A., que compreendem a demonstraçãoo da posição

financeira a 31 de Dezembro de 2014 (que evidencia um total

de activo de 23.100.378.524 Meticais e um total de capital

próprio de 2.098.253.801 Meticais, incluindo o resultado líquido

do exercício de 152.944.230 Meticais), a demonstração do

rendimento integral, a demonstraçãoo das variações do capital

próprio e a demonstraçãoo dos fluxos de caixa referentes

ao ano então findo, bem como um resumo das políticas

contabilísticas significativas e outras notas explicativas.

Responsabilidades da Administração peças demonstrações

financeiras

A Administração é responsável pela preparação e

apresentaçãoo apropriada destas demonstrações financeiras de

acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Esta

responsabilidade inclui ainda a concepção, implementaçãoo e

manutenção do controlo interno relevante para a apresentaçãoo

apropriada de demonstrações financeiras que estejam isentas

de distorções materiais, quer devidas a fraude ou erro.

Responsabilidade do auditor

A nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião

sobre estas demonstrações financeiras baseada na nossa

auditoria. Conduzimos a nossa auditoria de acordo com as

Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem

que cumpramos requisitos éticos e planeemos e executemos

a auditoria a fim de obter segurança razoável sobre se as

demonstrações financeiras estão isentas de distorção material.

Uma auditoria envolve a execuçãoo de procedimentos para

obter prova de auditoria sobre as quantias e divulgações das

demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados

dependem do julgamento profissional do auditor, incluindo a

avaliaçãoo dos riscos de distorção material das demonstrações

financeiras, quer devido a fraude quer a erro. Ao fazer essas

avaliações de risco, o auditor considera o controlo interno

relevante para a preparaçãoo e apresentaçãoo apropriada das

demonstrações financeiras pela entidade a fim de conceber

procedimentos de autitoria que sejam apropriados nas

circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar uma

opinião sobre a eficácia do controlo interno da entidade. Uma

auditoria também inclui a avaliação da adequaçãoo das políticas

usadas e da razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas

pela Administração, bem como a avaliaçãoo da apresntação

global das demonstrações financeiras.

Entendemos que a prova de auditoria que obtivemos é

suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a

nossa opinião de auditoria.

Opinião

Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos

os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira

do Moza Banco, S.A., em 31 de Dezembro de 2014, o seu

desempenho financeiro e os seus fluxos de caixa no exercício

findo naquela data, em conformidade com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro.

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7.2 - RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

RELATIVOS AO EXERCICIO DE 2014

Exmos. Senhores Accionistas do Moza Banco, SA

Nos termos da legislação em vigor apresentamos o Relatório

do Conselho Fiscal, bem como o parecer sobre o Relatório de

Gestão, as contas e a proposta de aplicação de resultados,

que o Conselho de Administração do Moza Banco apresentou

relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.

O Conselho Fiscal, enquanto órgão de fiscalização, acompanhou

a evolução da actividade do Banco através da apreciação das

Demonstrações Financeiras e respectivas informações de

Gestão e apreciou a evolução do sistema de controlo interno

em vigor.

O Conselho Fiscal tomou conhecimento do Relatório do Auditor

Independente sobre as Demonstrações Financeiras do exercício

de 2014, emitido sem qualificações, em 26 de Fevereiro, com o

qual concordamos:

■ As Demonstrações Financeiras apresentadas pelo Conselho

de Administração e demais documentos de prestação de contas

exigidos por lei ou regulamento, que foram do conhecimento

prévio do Conselho Fiscal, e que estão em conformidade com a

lei e satisfazem as disposições estatuárias, bem como as normas

emanadas pelo Banco de Moçambique. Estas Demonstrações

Financeiras foram elaboradas em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis relativamente ao exercício findo em 31

de Dezembro de 2014, e situação financeira e dos resultados do

Moza Banco.

■ O Relatório de Gestão emitido pelo Conselho de

Administação, o qual, em nosso entender, esclarece sobre os

principais aspectos da actividade do Banco no exercício de

2014.

■ A proposta apresentada pelo Conselho de Administração

relativa à aplicação do resultado líquido do exercício de 2014, no

montante de 152.944.230 Meticais.

Finalmente, não podemos deixar de salientar e agradecer a

excelente colaboraçãoo recebida no desempenho das suas

funções por parte do Conselho de Administração e da Comissão

Executiva do Banco, da Secretaria Geral da Sociedade e dos

serviços com os quais tivemos oportunidade de contactar, bem

como reconhecer todos os esforços empreendidos para se

atingir o resultado positivo alcançado.

Maputo, 26 de Fevereiro de 2015

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98 RELATÓRIO E CONTAS 2014

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