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Relatório e Contas 2017

Relatório e Contas 2017 · 2018-12-17 · Angola (BNA) e Comissão de Mercado de Capitais (CMC), perseguiu a adequação da sua acção es- ... Banco Nacional de Angola e Unidade

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Relatório e Contas

2017

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“O pano africano simboliza a arte de viver; faz a ligação entre os tempos antigos e as gerações ac-tuais e é testemunha da riqueza cultural da diversi-dade do quotidiano. É uma tradição africana.”

Agnela Barros, in revista Austral, 183 (nº 88)

O Banco Prestígio com o objectivo de homenagear uma rica e secular forma de arte nacional, que é um testemunho vivo da diversidade cultural, foi buscar a inspiração para ilustrar o seu Relatório & Contas ao tradicional tecido artesanal produzido pelo povo Muíla, do sul da Angola: Samakaka.

O pano Samakaka caracteriza-se pelas figuras geo-métricas amarelas, vermelhas, pretas e brancas.

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Mensagem Conjuntado Presidente do Conselho

de Administração e da Presidente da Comissão

Executiva

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Mensagem Conjuntado Presidente do Conselho

de Administração e da Presidente da Comissão

Executiva

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Exmos. Accionistas, Parceiros e Colaboradores, atingimos em 2017, resultados muito favoráveis, a despeito das persistentes debilidades e incertezas do ambiente económico e dos sinais de mudança no plano nacional e internacional, alguns deles a anteci-par alterações futuras importantes.

No plano Nacional, o facto mais marcante terá sido o início do novo ciclo político em Angola em Setembro último. Destacamos por isso o plano intercalar lan-çado pelo Executivo com o objectivo de salvaguar-dar a estabilidade macroeconómica, o crescimento económico e a geração de emprego. O plano, definido para o período de Outubro 2017 e Março 2018, prevê medidas de natureza fiscal, cambial e monetária, tendo o Banco Nacional de Angola, sinalizado com o reforço dos mecanismos de supervisão baseados no Risco, com vista a melhorar globalmente os indi-cadores de estabilidade e o fortalecimento do siste-ma financeiro nacional, devolvendo a credibilidade e promover a melhoraria das relações com os Bancos correspondentes.

No que diz respeito à actividade do Banco em 2017, atingimos os objectivos traçados em 2016, relativa-mente à consolidação da marca Prestígio e a manu-tenção firme da nossa posição como “O Banco de Investimento em Angola”. Dar nota da concretiza-ção da primeira operação de Investment Banking, cujo impacto se reflecte nos indicadores do último exercício económico. Não menos relevante foi tam-bém a abertura da relação de correspondência com duas instituições financeiras Europeias, situação que representa boas perspectivas do ponto de vista es-tratégico para o Banco.

Durante o ano de 2017, alinhados com os objecti-vos de 2016, foram também dados passos impor-tantes no sentido do reforço da eficácia do sistema de controlo interno. Dessa forma, foram publicados

um conjunto de normativos, foram dinamizados os Comités de Controlo Interno e o de Risco. Igualmente, foram reforçadas as medidas e práticas de acompa-nhamento e monitorização de riscos, para além do reforço dos meios humanos e técnicos afectos às funções de controlo.

Pelos feitos e resultados alcançados queremos deixar aqui a expressão do nosso encorajamento e apreço, aos nossos Colaboradores, considerando que o vos-so empenho e dedicação permitiu ultrapassar com êxito os desafios que enfrentamos.

Finalmente, em nome do Conselho de Administração (CAD), e da Comissão Executiva (CEA), agradece-mos aos nossos Accionistas, demais Stakeholders, pela confiança, dedicação e apoio, reiterando o firme propósito de mantermos um crescimento contínuo e equilibrado no próximo exercício económico.

Tito Luis P. Abrantes Zuzarte de MendonçaPresidente do Conselho de Administração

Maria João de AlmeidaPresidente da Comissão Executiva

Mensagem conjunta de Presidente do Conselho de Administração e da Presidente da Comissão Executiva

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ÍNDICE

1ESTRATÉGIA

11

4A NOSSA OFERTA

39

2

ENQUADRAMENTOMACROECONÓMICO

21

3ANÁLISE FINANCEIRA

31

5ESTRUTURA

E GOVERNAÇÃO CORPORATIVA

45

6SISTEMA DE CONTROLO

INTERNO (SCI)

53

7GESTÃO DO RISCO

59

8PROPOSTA DE APLICAÇÃO

DE RESULTADOS

77

9DECLARAÇÃO

DE GESTÃO

81

10DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

85

11RELATÓRIO DO AUDITOR

INDEPENDENTE

137

12RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

143

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Estratégia

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Estratégia

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

1. ESTRATÉGIA

VisãoSer O Banco de Investimento em Angola.

O Banco Prestígio iniciou em 2015 a sua trajectória de afirmação no Mercado como Banco de Investi-mento, apostando num modelo de negócio pouco explorado e com elevado potencial. O Banco propõe-se assim suprir uma lacuna do Mercado, especializando-se num segmento específico e ter uma maior capacidade de diferenciação face aos concorrentes.

MissãoSomos movidos pela ambição de criar valores aos nossos parceiros, com uma oferta integra-da, inovadora, facilitadora e diferenciadora, que viabiliza todas as possibilidades para concretizar objectivos, através de um compromisso sólido e de um posicionamento firme sobre os nossos valores.

Pensando no conforto dos nossos parceiros dis-ponibilizamos um atendimento personalizado nas nossas Boutiques de Investimento, oferecendo um ambiente único, tendo à disposição produtos e serviços. Podem também, em qualquer momento e em qualquer lugar, aceder ao Banco Prestigio via Prestigio Direct.

ValoresA nossa visão está assente em valores natos ao conceito de Instituição Bancária e são funda-mentais para o nosso sucesso. Palavras de ordem como transparência, prudência e lealdade são os princípios chave que tornam os nossos valores tangíveis e investimos por isso na:

Relação Confiança Confidencialidade

1.1 MODELO DE ACTUAÇÃO

O Banco Prestígio apresenta um portfólio de oferta extenso, tendo na sua base produtos e serviços direccionados à actividade de Investment Banking, os quais serão complementados com uma ofer-ta adequada ao segmento de Private Banking. O Banco pretende diferenciar-se através de uma oferta abrangente e de elevada qualidade.

A nível do Investment Banking a oferta está limita-da, inicialmente, para o Corporate Finance: Fusões, Aquisições, Privatizações e Reestruturações; Ava-liações; Leveraged buy-outs; Financiamentos Es-truturados; Assessoria na Obtenção de Ratings; Private Placements; Private Equity: Participação em Projectos Prestígio. Gestão de Activos: Gestão de Investimentos Imobiliários; Gestão de Fundos Externos; Gestão Activa de Património; Apoio na Gestão de Tesouraria de Grandes Empresas.

A nível do Private Banking, pretende-se diferenciar através de uma oferta abrangente e de elevada qualidade, estando orientado para a Gestão do Quotidiano: Depósito à Ordem em Moeda Nacional; Depósito à Ordem em Moeda Estrangeira; Aluguer de Cofres e Serviços de Concierge. Estão igual-mente disponíveis, para Aplicações e Investimento: Depósito a Prazo; Produtos Estruturados; Produtos Derivados e Fundos de Investimento. Por últi-mo, para o Crédito e Financiamento: Cedência de Liquidez; Cartão de Crédito, Garantias Bancárias e Trade Finance.

A estratégia de expansão da actividade de Investment Banking, assenta na aposta e captação de linhas de financiamento através de novos par-ceiros. Os mercados internacionais apresentam-se como alternativa de fonte de recursos, destacan-do-se como potenciais geografias a China, Médio Oriente, África do Sul, Singapura, Coreia do Sul e Malásia.

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1.2 RISCO DE COMPLIANCE

Durante o ano de 2017 o Banco Prestígio con-tinuou a promover a cultura de conformidade. Criou as condições que permitiram a manutenção dos instrumentos automatizados que permitiram uma eficiente gestão do risco de compliance. As Políticas e regulamentos já aprovados, quer no âm-bito da identificação e aceitação de parceiros, quer no que diz respeito à diligência e monitorização de transacções e prevenção ao Branqueamento de Capitais foram complementadas com a elaboração de manuais de procedimentos que seguramente vão impactar a sua actividade no ano de 2018.

O Banco, sujeito à supervisão do Banco Nacional de Angola (BNA) e Comissão de Mercado de Capitais (CMC), perseguiu a adequação da sua acção es-tratégica no Mercado com base em critérios justos (fairness), observando com rigor imperativos de transparência na informação (disclosure), prestação de contas (Accountability) e respeito pelas normas em vigor (Compliance).

Os desafios do sector levaram a que o Banco con-tinuasse a efectuar o ajustamento do modelo de gestão do risco de compliance. A questão da pre-venção ao Branqueamento de Capitais e Financia-mento ao Terrorismo, a garantia de aprimoramento dos mecanismos adoptados e a adoptar, em sede

do cumprimento das normas vigentes e a ma-nutenção de um programa de KYC são temas sobre os quais houve permanente preocupação e acompanhamento.

No âmbito das acções desenvolvidadas durante o exercício ora findo, destacamos análise de con-formidade das fichas de subscrição dos produtos e serviços financeiros; requisitos de abertura de contas; participação na elaboração do Relatório de Governação Corporativa e de Controlo Interno; acompanhamento das inspecções efectuadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e CMC; respostas às solicitações apresentadas pela Administração Geral Tributária (AGT); Banco Nacional de Angola e Unidade de Informação Financeira (UIF); Emissão de diversos pareceres internos (Memorandos) no âmbito da conformidade legal, destinados às várias unidades orgânicas, com destaque para a Direcção de Corporate e Private (DCP).

Dar nota da sua intervenção no processo de reporte no âmbito do regime FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act).

4. Nigéria e África do Sul• Forte capacidade financeira;• Players em expansão para mercados vizinhos;• Experiência em mercados emergentes;• Sector bancário desenvolvido.

3. Singapura, Malásia e Coreia do Sul• Praças financeiras de referência mundial;• Sector bancário desenvolvido;• Economias em forte crescimento;• Funcionam como plataformas de desenvolvimento na Ásia.

2. China• Relação priveligiada com Angola;• Praça financeira de referência

mundial;• Montantes elevados de capital com

custo reduzido;• Taxa de câmbio controlada.

1. Médio Oriente (EAU)• Livre circulação de capitais;• Sector bancário bastante desenvolvido;• Placa giratória de investidores para África e Médio Oriente;• Acesso a mercado energético e de infra-estruturas.

1

4

4

3

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

1.3 CULTURA E VALORES

A visão do Banco Prestígio é de ser “O Banco de Investimento em Angola”.

A nossa missão expõe, claramente, a ambição de criar valor a longo prazo para os nossos parceiros e investidores, com uma oferta integrada, inovadora, facilitadora e diferenciadora, que viabiliza todas as possibilidades para concretizar objectivos, através de um compromisso sólido e de um posicionamen-to firme, tendo como pilares basilares de actuação os seguintes valores:

ConfiançaRespeitando as diferenças, va-lorizando a relação Interpessoal com Empatia pelo outro, tendo a Iniciativa, com Comprometimento e dedicação, vendo outras opções - Inovador, Solidário – olhando para além de cada um de nós.

RelaçãoProfissionalismo suportado no conhecimento do negócio, com Transparência e clareza, suporta-dos na Franqueza e Integridade, sempre numa base de Respeito Mútuo que privilegia a reciproci-dade.

ConfidencialidadeSigilio e Atitude discreta no tra-tamento da relação e assuntos, sempre com Rigor e Responsabi-lidade.

Para a materialização dos nossos objectivos, o Banco conta com uma Boutique de Investimento e canais electrónicos (Prestígio Direct) tendo como premissa de actuação a disponibilização de uma oferta inovadora e diferenciadora de serviços para os segmentos Corporate e Private, voltada para o Investment Banking e Private Banking, por meio de

um serviço personalizado e sofisticado, acentuando a sua actuação nas oportunidades de mercado e alinhado ao contexto macroeconómico.

A cultura “Ser Prestígio”é assente nos valores do Banco, que envolve o empenho e dedicação de todos os membros da nossa equipa.

Isto significa que o seu Capital Humano está alinhado em termos de comportamentos e atitudes profissionais evidenciadas na abordagem aos par-ceiros, no dia-a-dia, como factores diferenciadores para o alcance dos objectivos do Banco.

1.4 BALANÇO SOCIAL

O Banco Prestígio reconhece nos seus Colaborado-res um factor estratégico para a sua sustentabilidade dedicando por isso uma atenção permanente às oportunidades de desenvolvimento profissional dos Colaboradores. Procura também, de forma contínua, aprimorar o relacionamento com os Colaboradores, dispondo de políticas de Gestão de Capital Humano que se baseiam na ética, na igual-dade, no diálogo permanente e na transparência. Complementarmente, faz recurso à comunicação interna como instrumento essencial para a melhoria constante do ambiente organizacional.

• Política de Recrutamento; • Política de Formação;• Política Retributiva e de Benefícios Sociais; • Política de Remuneração de Quadros de Fun-

ção de Controlo; • Política de Carreiras;• Política de Avaliação de Desempenho.

As políticas, encontram-se integradas e definem as bases para a gestão eficiente do Capital Humano, permitindo compreender não só o que motiva, atrai e retém os Colaboradores, mas também perceber os comportamentos esperados pelo Banco cujos princípios, orientadores incluem:

1. Alinhar as práticas retributivas aos objectivos estratégicos e remunerar os Colaboradores de acordo com o valor que criam para o Banco.

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2. Promover a equidade interna, assegurando que as condições salariais praticadas traduzem uma tendência retributiva em funções equiparáveis e em linha com o seu contributo para o resultado do negócio.

3. Reter e motivar os Colaboradores, apresentando um pacote salarial e de benefícios que promo-vam a satisfação interna.

4. Compensação variada com base no mérito e no bom desempenho.

5. Assegurar a promoção e progressão nas car-reiras dos Colaboradores com base no mérito, demonstração e aquisição de competências e experiência e não apenas na antiguidade nos postos de trabalho.

Política Retributiva e de Benefícios Sociais.

O Banco possui uma Política Retributiva e de Benefícios Sociais consistente com os objectivos, valores, interesses e solvabilidade a longo prazo cujos princípios gerais orientadores são:

MERITOCRACIA - Esta política tem implícita uma filosofia de meritocracia, estando orientada para re-conhecer e diferenciar positivamente os Colabora-dores que manifestem melhor nível de desempenho e mais contribuam para os resultados do Banco.

TRANSPARÊNCIA - As regras e critérios de aplica-ção das práticas retributivas devem ser claras e co-municadas aos Colaboradores no início da sua rela-ção laboral e nos momentos de revisão da Política.

FLEXIBILIDADE E MOBILIDADE - Esta Política encontra-se estruturada em bandas e intervalos sa-lariais aplicáveis de forma horizontal às diferentes Funções, no sentido de facilitar a mobilidade e a evolução na carreira.

A INTERLIGAÇÃO COM AS POLÍTICAS DE CAPI-TAL HUMANO - Esta Política está alinhada com os demais normativos de Capital Humano de modo a assegurar a consistência interna e sustentabilidade dos processos de gestão de pessoas.

1.4.1 RECRUTAMENTO

O Banco investe na Relação e tem como premissa a captação e retenção do Capital Humano “Talentos”, tendo como base a idoneidade e rigor como factor intrínseco de selecção e recrutamento, procedendo de igual modo ao investimento na formação e ca-pacitação com a finalidade de aprimorar as suas competências comportamentais e técnicas, ali-nhando-as à cultura organizacional.

Realiza o processo de recrutamento e selecção seguindo critérios rigorosos no intuito de prover as suas distintas unidades orgânicas com profissionais com níveis de qualificação elevada.

Neste contexto, o Banco recorre a diversas fontes e meios de recrutamento, nomeadamente:

Recrutamento InternoBase de Dados Interna

Recrutamento ExternoPlataformas DigitaisEmpresas Externas de Recrutamento

Considerando as modalidades de recrutamen-to acima mencionadas no ano de 2017, foram recrutados 8 (oito) Colaboradores, de um total de 10 (dez) vagas previstas para as destintas unidades orgânicas. Contudo, registamos no GJU 2 (duas) admissões, secundada por 1 (uma) demissão que perfaz um total de 7 (sete) Colaboradores em efec-tivo serviço neste exercício.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

1.4.2 INDICADORES DE CAPITAL HUMANO

A 31 de Dezembro de 2017, o Banco contava com 44 (quarenta e quatro) Colaboradores distribuídos por unidades orgânicas conforme consta no quadro que se segue:

Unidade Orgânica Sigla Responsável Categoria Orgão Social Controlo Suporte Negócio Total

Assembleia de Mesa Geral AGM Maria Luísa Abrantes Presidente 3 3

Conselho Fiscal CFI (Por nomear) Presidente 2 2

Conselho de Administração CAD Tito Mendonça Presidente 3 3

Comissão Executiva CEA Maria João de Almeida Presidente 5 5

Direcção de Mercados Financeiros DMF Mario Januário da Silva Director 4 4

Direcção de Contabilidade DCG Renato Borges Director 2 2

Direcção de Capital Humano DCH José Fernandes Bento Director 2 2

Direcção de Investment Banking DIB Alain Matadidi Director 3 3

Direcção de Corporate e Private DCP Alberto Dias dos Santos Director 5 5

Gabinete de Risco GRI Neusa Alexandre Interina 1 1

Gabinete de Compliance GCO Jucas dos Santos Director 2 2

Gabinete de Auditoria GAI Adalgiza Pedro Interina 1 1

Direcção de Operações DOP Francisco Ribeiro Director 4 4

Gabinete de Organização GOR Bernardo Gunza Interino 1 1

Gabinete Jurídico GJU Niria Silva Directora 1 1

Gabinete de Secretariado GSE Maria de Jesus Serem Directora 3 3

Direcção de Tecnologias DTI Leonardo Oliveira Director 2 2

Total de Colaboradores Dez 2017 13 4 19 8 44

Total de Colaboradores Dez 2016 13 2 14 8 37

Total de Colaboradores Dez 2015 10 1 12 5 28

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1.4.2.1 Género

A 31 de Dezembro de 2017, o efectivo era composto por 39% do sexo feminino e 61% do sexo masculino.

Constatou-se um ligeiro aumento no sexo feminino face a 2016.

1.4.2.2 Faixa Etária

No final do ano em referência, verificou-se em comparação com os anos anteriores a manutenção da concentração da faixa etária dos Colaboradores compreendida entre os 36-45 anos de idade.

1.4.2.3 Nível Académico

No ano de 2017 continuava a predominar os Colaboradores Licenciados com 45%, seguindo-se os que detêm o Ensino Médio com 18%.

1.4.3 BENEFÍCIOS SOCIAIS

No âmbito da Politica Retributiva e de Benefícios Sociais o Banco disponibilizou nos anos de 2016 e 2017, Facilidades de Liquidez para os seus Colaboradores. Neste mesmo âmbito, após pesquisa do mercado e com a finalidade de providenciar maior comodi-dade e qualidade de serviços, o Banco procedeu a subscrição de nova apólice de seguro de saúde e acidentes de trabalho e doenças profissionais.

1.4.4 FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

No âmbito das Políticas de Capital Humano alinhado ao desenvolvimento comportamental, às compe-tências técnicas e às competências profissionais, foram realizadas acções de formação destacando as seguintes vertentes:

FORMAÇÃO SOBRE CULTURA ORGANIZACIONAL – Com o objectivo de alinhar padrões de compor-tamento organizacional (Relação, Confiança e Confidencialidade) foram realizados, workshops, sessões de team building e sessões de formação comportamental que contou com a participação de 31 (trinta e um) Colaboradores, perfazendo um total de 248 (duzentos e quarenta e oito) ho-ras de formação.

CONTROLO INTERNO – Realizaram-se duas acções de formação on job, no exterior, sobre Compliance e Risco, com a participação de 2 (dois) Colaboradores, num total de 880 (oitocentos e oitenta) horas de formação.

LÍNGUA INGLESA – Foram inscritos 20 (vinte) Colaboradores, curso pós-laboral com objectivo de melhorar o nível de conhecimentos da língua, fazendo um total de 520 (quinhentos e vinte) horas de formação até ao final do ano.

Nesta perspectiva, tendo em consideração as diversas acções planificadas sobre diversos temas para além dos acima mencionados, salientamos as acções sobre Sistemas Informáticos, Produtos e Serviços Bancários e a Formação de Formadores, tendo sido realizadas 10 acções que contaram com a participação de 25 Colaboradores, perfazendo um total de 1.876 (mil oitocentos e setenta e seis) horas.

20150%

10%20%30%40%50%60%70%

36%

64%

38%

62%

39%

61%

2016 2017

Feminino Masculino

0%

9%11%

11%

18%

18%

19%29%

27%

27%24%

10%

29%

8%11%

16%11%

14%

7%

5% 10% 15% 20% 25% 30%

20-30 Anos

31-35 Anos

36-40 Anos

41-45 Anos

46-50 Anos

>50 Anos

201520162017

201520162017

0%

11%

18%24%

18%

8%11%

14%19%

29%

45%46%

39%

11%3%

4%

5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

EnsinoMédio

FrequênciaUniversitária

Licenciado

PósGraduação

Mestrado

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

A tabela que se segue representa as acções de formação realizadas ao longo do ano e o número de participantes bem como o número de horas efec-tuadas em cada uma das sessões.

1.4.5 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

A Política de Avaliação de Desempenho constitui uma ferramenta de gestão estratégica do Capital Humano, que define padrões de desempenho, po-tência o desenvolvimento individual dos Colabora-dores e do Banco como um todo.

Esta Política guia-se pelos seguintes princípios:

OBJECTIVIDADE, nos critérios padronizados e claros para o Avaliador e o Avaliado;

EQUIDADE, através da diferenciação das classificações de desempenho;

ADAPTABILIDADE, tornando-se num instrumen-to ajustável às necessidades do Banco;

INTEGRAÇÃO, através da articulação com as res-tantes Políticas de Capital Humano;

TRANSPARÊNCIA, na comunicação e conheci-mento dos processos.

O ano de 2017 marca o segundo ciclo de avaliação de desempenho contando com as seguintes etapas:

• Definição dos objectivos;

• Acompanhamento e Feedback;

• Avaliação Semestral;

• Avaliação Final e a Comunicação e Plano de Desenvolvimento Pessoal.

A implementação desta Politica tem permitido o seguinte:

• Alinhar os objectivos individuais aos institucionais;

• Medir o contributo individual e da equipa face aos objectivos estratégicos do Banco;

• Identificar o potencial dos Colaboradores e diagnosticar as necessidades de formação e aspectos de melhoria;

• Melhorar o diálogo e envolvimento entre os Colaboradores.

Tipo de Formação Participantes Nº de Horas

Curso de Inglês – WSE 20 519

Qualidade e Excelência no Atendimento 25 321

Introdução a Banca de Investimento 22 176

Modelação e Gestão de Processos 1 4

Mercados Financeiros

8 128Mercados e Investimentos Financeiros

Reestruturação Financeira de Empresas

Formação de Formadores 3 300

Compliance e Controles Internos (on job) 1 40

Formação sobre o risco (on job) 1 840

Formação sobre Compliance (interna) 19 28,5

Team Building (High Play) 31 248

EXCEL 22 486

POWERPOINT 19 432

Total de Horas de Formação 3.523

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1.4.6 SEGURANÇA, SAÚDE E HIGIENE NO TRABALHO

Continuamos a priorizar a segurança, saúde e higiene no trabalho dos nossos Colaboradores e neste âmbito vigora a Política de Segurança Saúde e Higiene no Trabalho e a Política de VIH/SIDA. Os nossos Colaboradores e seus dependen-tes registados, usufruem de um Seguro de Saúde bem como do Seguro contra Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais.

Nesta perspectiva de prevenção e de saúde ocupacional, realizamos exames médicos a todos os Colaboradores.

1.5 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA

O Banco Prestígio manteve firme o compromisso de contribuir com o desenvolvimento das Comunidades, potenciando o futuro do capital humano do país.

O Banco considera que os esforços e iniciativas na qualidade de agente de mudança, contribuindo com recursos através do voluntariado, financei-ros e materiais, para o cumprimento de objetivos institucionais.

Em 2017, diversas acções deram corpo ao seu compromisso, tendo dado continuidade às acções junto da comunidade que apadrinhou e que se insere dentro da sua actuação nos sectores Social, Educação e Saúde. Ainda dentro das acções Responsabilidade Corporativa, houve algumas acções de patrocínio no âmbito dos sectores eleitos em 2017, dos quais o maior destaque foi a participação como patrocinador oficial do II Concurso Prémio Redação para Educação Financeira promovido pela CMC – Comissão de Mercado de Capitais.

Este Prémio visa distinguir anualmente os estu-dantes do ensino médio de instituições Públicas e Privadas que produzam os melhores trabalhos de redação sobre os temas relacionados com economia e finanças.

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EnquadramentoMacroeconómico

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EnquadramentoMacroeconómico

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

2. ENQUADRAMENTO MACROECONOMICO

2.1 MERCADOS INTERNACIONAIS

Em 2017, as classes de activos com risco, tiveram uma boa performance a nível global, uma vez que, foram impulsionadas pela recuperação mundial (Cf.: Gráf. 1). Na data da redacção deste Relatório, era amplamente esperado que todos os países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico) registassem um crescimento positivo para o ano em análise. Os Bancos Centrais jogaram um papel chave, particularmente através da flexibili-zação quantitativa. Os balanços dos Bancos Centrais do grupo de países do G3, por exemplo, superaram os USD 14 triliões e podem continuar a crescer em 2018, apesar do Governo Federal dos EUA, por via da Reserva Federal (Fed), ter iniciado uma redução do seu balanço patrimonial. Com os investidores particularmente sensíveis às actas das reuniões dos Bancos Centrais, os mesmos demonstraram muita cautela ao evitar erros de comunicação.

A normalização gradual das taxas, a nível global, teve grande destaque no ano transacto, com o Fed em particular, que aumentou por três ocasiões a sua taxa de referência Fed Funds em 25 pontos bases (pbs), em cada uma delas. A normalização de taxa está prevista para continuar em 2018; no entanto, dependerá muito da subida ou não da taxa de inflação. A inflação iniciou o ano de 2017 com o PCE Core Indicator, indicador de referência do Fed, acima dos 1,8% em relação ao ano anterior, o que corresponde a um desenvolvimento estranho, con-siderando os baixos níveis de desemprego que não

se transformaram em uma inflação salarial e subse-quente subida dos preços. De facto, o baixo nível de inflação foi uma consideração fundamental para o Banco Central Europeu (BCE) e o Fed ao longo do ano. O Reino Unido, por outro lado, experimentou uma inflação elevada na segunda metade de 2017, que finalmente foi respondida por uma subida da taxa em 25bps em Novembro.

Vários eventos geopolíticos ocorreram em 2017, com particular realce e.g.: os testes de mísseis da Correia do Norte,. O voto populista na Europa sofreu repe-tidos recuos após as eleições holandesas, francesas e alemãs. Os receios posteriores ao referendum Brexit para a Europa nunca se materializaram e os mercados ultrapassaram cada obstáculo político. O Brexit apesar de ocupar muito espaço nas notícias, com a postura do Reino Unido e da União Europeia (UE), teve finalmente em Dezembro, um desfecho relativamente positivo em que ambos os lados avançariam com negociações comerciais em 2018. A Primeira-ministra do Reino Unido Theresa May sofreu uma pressão política significativa mas evitou um desafio directo na sua liderança.

A administração Trump terminou o ano de 2017 com o sucesso de ter conseguido o maior número de votos para aprovação da maior reforma fiscal em 30 anos. Foi assim a única Lei efectiva gerida por um Congresso maioritariamente republicano. De salientar também, o início de uma investigação sobre a possibilidade de influência russa nas eleições presidenciais dos EUA. Após muita especulação, Trump nomeou finalmente Jerome Powell para su-ceder a Janet Yellen como Presidente do Fed. Dos potenciais candidatos, Powell foi globalmente visto como o mais parecido com a Yellen, em termos de política monetária.

Na classe de activos com risco, o destaque foi para o desempenho dos mercados emergentes. O índice MSCI Emerging Markets registou o seu maior retorno anual de (37,28%) desde 2009. No entanto, ocorreram vários eventos geopolíticos em países como: a África do Sul, Turquia e Ve-nezuela que foram alvos de destaques. A economia chinesa permaneceu sólida em 2017, apresentando um índice PMI dos gestores de compra situado em 51,6 e um crescimento oficial do PIB anualizado no terceiro trimestre de 6,8%. A resiliência da econo-mia chinesa, juntamente com as negociações sobre

Gráfico 1: Evolução do Índice MSCI World em 2017

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

Índice MSCI World

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

1 700,00

1 750,00

1 800,00

1 850,00

1 900,00

1 950,00

2 000,00

2 050,00

2 100,00

2 150,00

2 200,00

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o tratado NAFTA (North American Free Trade Agreement) e o potencial fortalecimento do dólar dos EUA, poderão ser considerações importantes para os mercados emergentes em 2018.

2.2 MERCADOS ACCIONISTAS

Os mercados de acções mundiais registaram mais um ano de retornos consideráveis em 2017. O índice alargado S&P 500 teve um retorno de 19,42% para 2.673,61 pontos (Cf.: Gráf. 2) e as ações de pequenas capitalizações (small caps), tais como medidas pelo índice Russell 2000, ganharam 14,65%, ambos acima do retorno médio de longo prazo de 11,96% e 11,73%, respectivamente, desde 1979.

À medida que o S&P 500 e outros índices atingiam máximos históricos durante o ano, uma questão que se colocava era se os mercados estavam pre-parados para uma correcção. Os dados históricos mostram que quando um índice de mercado que se encontra em máximos históricos não fornece informações correctas para os investidores.

Os retornos nos mercados de ações não-americanos foram ainda maiores. O índice MSCI World ex. USA, que reflete os mercados desenvolvidos excluindo os EUA, registou um retorno de 24,21% e o índice MSCI Emerging Markets saltou 37,28%, fazendo desta performance o quinto maior retorno na história do mesmo índice.

A nível sectorial, 2017 foi um bom ano para sec-tores cíclicos, uma vez que, o forte crescimento económico sincronizado propagou-se em am-bos mercados desenvolvidos e emergentes. As empresas tecnológicas foram as que tiveram melhor

desempenho com um aumento de 33,9% nos EUA, enquanto as empresas cotadas do sector energé-tico sofreram uma baixa em termos de preferência visto que os investidores escolheram posições mais agressivas.

Todavia as Empresas do sector financeiro negocia-ram tanto no verde como no vermelho durante a maior parte do ano transacto, com performances inferiores aos outros ciclos, com os investidores preocupados sobre a real capacidade de Donald Trump em cumprir com as suas promessas de des-regulamentação financeira e reforma tributária. No entanto, o Fed aumentou as taxas de referência Fed Funds e considerou a forte probabilidade da refor-ma fiscal ser aprovada ainda no final de 2017.

Na Europa, de salientar no entanto um desempe-nho menor mas claramente positivo com o índice alargado Stoxx Europe 600 a ganhar 7,68% para 389,18 pontos (Cf.: Gráf. 3).

Nos mercados emergentes, as cotadas de pequena capitalização apresentaram desempenho inferior ao das cotadas de grande capitalização e as cota-das value apresentaram desempenho inferior ao das cotadas de crescimento (growth). As acções value retornaram 28,07%, conforme medido pelo índice MSCI Emerging Markets Value, mas as cota-das growth tiveram uma performance muito acima ainda com um retorno de 46,80%, como espelha-do pelo índice MSCI Emerging Markets Growth. O prémio de valor, medido pela substração do MSCI Emerging Markets Value pelo MSCI Emerging Markets Growth, foi o mais baixo desde 1999.

Gráfico 2: Evolução do Índice alargado S&P 500 em 2017

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

Gráfico 3: Evolução do Índice alargadoStoxx Europe 600 em 2017

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

Indice S&P 500

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

2 200,00

2 250,00

2 300,00

2 350,00

2 400,00

2 450,00

2 500,00

2 550,00

2 600,00

2 650,00

Indice Euro Stoxx

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

350,00

360,00

370,00

380,00

390,00

400,00

410,00

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

2.3 MERCADOS OBRIGACIONISTAS

O facto de não existir pressão inflacionista conduziu os mercados a uma volatilidade reduzida e ao reforço dos títulos de mercados emergentes. Os três aumentos da taxa fed funds e a redução gradual do Balanço do Fed não impactou nos rendimentos das Treasuries, permitindo aos índices denominados em dólar dos EUA registar retornos mais elevados do que o esperado em 2017.

2.4 MERCADO CAMBIAL

A maioria das principais moedas, incluindo o euro (Cf.: Gráf. 4), o dólar australiano e a libra esterlina, apreciaram-se em relação ao dólar norte-americano. O fortalecimento das moedas referidas anteriormente teve um impacto positivo para os investidores norte-americanos com activos sem cobertura cambial, o que pode ter surpreendi-do alguns investidores, dado que o dólar americano cresceu ao longo de vários anos, considerando os prazos de cinco e dez anos de análise. O ano de 2017 deu início com a eleição de Donald Trump em finais de 2016 a novos receios de guerra cambial entre vá-rias economias assim como a muitas interrogações a nível dos principais Bancos Centrais, nomeada-mente sobre o timing de aperto monetário, ou pelo menos de recuo progressivo das diversas medidas de políticas monetárias flexíveis.

2.5 COMMODITIES

As commodities recuperaram a força em 2017. Com a expansão económica em todas as economias, as commodities demostraram sólidas performances. De entre os metais industriais, o alumínio teve o me-lhor desempenho no ano passado, enquanto a nível

geral, o gás natural foi a matéria-prima que mais desvalorizou. Os preços do petróleo bruto melhora-ram até ultrapassar o patamar simbólico de USD 60 por barril em final do ano, depois da entrada en vigor em Janeiro do acordo de limitação de produção assi-nado entre a OPEP e outros países produtores como a Rússia; acordo este que na segunda parte do ano foi reconduzido até final de 2018. O londrino Brent, referência para as exportações angolanas, progrediu 17,69% para USD 66,87 (Cf.: Gráf. 5) e o seu homólogo americano West Texas Intermediate (WTI) avan-çou 12,47% para USD 60,42 por barril. O ouro teve retornos positivos em 2017 ao crescer 13,85% para USD 1.309,30 por onça (Cf.: Gráf. 6). A depreciação do dólar continuou a afectar positivamente o merca-do de commodities. De facto, enquanto o dollar índex caiu 9,1% no ano passado, os índices de matérias--primas S&P GICS e o Dow Jones Commodity Index ganharam 4% e 10%, respectivamente.

Gráfico 4: Evolução do par Euro/Dólar em 2017

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

Taxa de cambio Euro/USD

Gráfico 5: Evolução do preço do Brent em 2017 (USD/barril)

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

Brent

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

65,00

70,00

Gráfico 6: Evolução do preço do Ouro em 2017 (USD/onça)

Fonte: Factset Digital Solutions – Prime Terminal

jan 17

fev 17

mar 17

abr 1

7mai

17jun 17

jul 17

ago 17

set 1

7out 1

7

nov 17

dez 17

Ouro

1 050,00

1 100,00

1 150,00

1 200,00

1 250,00

1 300,00

1 350,00

1 400,00

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2.6 MERCADOS NACIONAIS

Durante o ano de 2017 um acontecimento político importante marcou a história do País. Ocorreu no dia 26 de Setembro a eleição de um novo Presidente da República, o General João Manuel Lourenço, o ter-ceiro Presidente de Angola, marcando o início da IV Legislatura da República de Angola. Em Novembro, foi nomeado o Dr. José de Lima Massano para o car-go de novo Governador do BNA em substituição do Dr. Valter Filipe Duarte da Silva.

Angola participou na conferência internacional “In-daba Mining” que ocorreu na África do Sul, concre-tamente na Cidade do Cabo, em que o sector Mi-neiro angolano foi apresentado como um caso de estudo. A “Indaba Mining” abordou temas como, vícios económicos globais, a África e a comunidade mineira, o financiamento de infraestruturas, entre outros. O encontro foi acompanhado por um fórum denominado “Angola Business Forum”, com vista a atrair oportunidades de investimento, partilhar in-formação no âmbito do programa Planageo, bem como, o estabelecimento de parcerias.

No ano transacto, o País tornou-se no 108º membro a aderir à Convenção de Quioto – RKC, um evento ocorrido em Bruxelas, Bélgica. O acordo interna-cional visou a simplificação e harmonização dos regimes aduaneiros. A formalização da adesão foi feita pela então embaixadora de Angola na Bélgica Elizabeth Simbrão de Carvalho que pro-cedeu a entrega do documento ao secretário-geral da Organização Mundial das Alfândegas (OMA), o Sr. Kunio Mikuriya, na qualidade de depositário da Convenção. Esta adesão demonstrou à Comunida-de Internacional que Angola continua a melhorar e a modernizar os seus procedimentos aduaneiros.

Em termos sectoriais, foi lançado em órbita o satélite angolano AngoSat-1 avaliado em USD 320 milhões. O Ango Sat-1 começou a ser construído em 2012, tem uma vida útil de 15 anos e tornou Angola no 4º país africano a entrar para a indústria espacial, depois da África do Sul, Nigéria e Egipto. O satélite visa garantir a transferência de tecnologia espacial e o desenvolvi-mento científico e tecnológico, para além de permitir criar receitas e empregos directos e indirectos.

O INACOM - Instituto Angolano das Comunicações, lançou, a 28 de Novembro, um concurso público internacional para um quarto operador de

telecomunicações, incluindo a rede fixa, móvel e de televisão por subscrição. Para além da entrada de um novo operador, o Governo anunciou também a venda parcial da Angola Telecom, que já recebeu autorização para funcionar como operador móvel no país.

2.7 ACTIVIDADE ECONÓMICA

A previsão da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2017, foi de 1,1%, sendo -0,5% respeitante ao sector petrolífero e 1,9% ao sector não petrolífero. Todavia no ano de 2016 a contribuição do sector petrolífero foi de -2,3% e do sector não petrolífero de 1,2%. Apesar do preço médio do barril de petróleo ter vindo a recuperar-se ao longo de 2017, permanecem ainda as condicio-nantes das políticas económicas para contrariar os desequilíbrios gerados na economia.

A taxa de inflação anual estimada pelo Governo nes-te ano de 2017 foi de 22,9% para Angola e de 26,3% para Luanda, o equivalente a uma taxa de inflação média de 32,2%. O sector petrolífero evoluiu em média 1,4% no período 2016-2017. De acordo com o Governo este desempenho foi suportado pela re-cuperação da produção petrolífera 1,70 milhões de barris diários, juntamente com o pressuposto do preço estimado para USD 48,4.

O Plano Anual de Endividamento previu para 2017 necessidades brutas de financiamento de AOA 4.667 mil milhões, sendo que 75% deste valor seria angariado no mercado interno. A restante parcela no valor de AOA 1.183 mil milhões foi prevista para captação no Mercado Externo. O financiamen-to líquido para 2017 foi de AOA 1.087 mil milhões. O remanescente teria como objectivo cobrir as amortizações da dívida durante o ano que findou.

Gráfico 7: Variação mensal da taxa de inflação (%)

Fonte: BNA - INE

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

1-jan

1-fev

1-mar

1-abr

1-mai

1-jun

1-jul

1-ago

1-set

1-out

1-nov

1-dez

20162017

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

O Estado angolano aumentou a dívida pública, tendo emitido através do Banco Central, títulos no valor de AOA 217,9 mil milhões no mês de Outubro, aumentado o endividamento em cerca de 5,7%, face a Setembro que registou um montante de cerca de AOA 206 mil milhões. Do total da dívida emitida em Outubro, a maior parte dizia respeito à Bilhetes do Tesouro (cerca de AOA 140,5 mil milhões). Para Obrigações do Tesouro indexadas ao câmbio, a emissão foi de AOA 77,4 mil milhões, segundo da-dos do Banco Central. As despesas com juros da dívida pública também aumentaram cerca de 71% no primeiro trimestre de 2017, devido ao aumento das taxas de juro dos títulos públicos e o maior vo-lume de emissões ao longo dos últimos trimestres. Segundo os dados do Relatório de Inflação do BNA, no primeiro trimestre do ano, os juros passaram de AOA 70,2 mil milhões para AOA 120,3 mil milhões, comparativamente ao período de 2016. O BNA diz no seu relatório que alguns financiamentos exter-nos que correspondiam ao montante de AOA 50 mil milhões, associados ao Programa de Investi-mento Público, foram liquidados.

De acordo com o relatório da balança de paga-mentos e posição do investimento internacional do BNA , a conta corrente da balança de pagamentos registou em 2016, um saldo deficitário no valor de USD 3.071 milhões, uma melhoria de 70% compa-rativamente ao ano anterior. Devido ao compor-tamento das exportações e importações, a con-ta de bens registou um excedente de USD 14.548 milhões contra USD 12.488 milhões do ano anterior. As RIL (Reservas Internacionais Líquidas) atingiram o valor mais baixo nos últimos 7 anos, tendo se ci-frado em USD 15,6 mil milhões em Agosto de 2017. Em 2016 as RIL diminuíram (-12%) para USD 21,3 mil milhões enquanto a necessidade de RIL em 2015 ascendia a USD 24.266 milhões. Angola ocu-pa o segundo lugar dentre os países da SADC (Southern Africa Development Community) com

maior volume de Reservas Líquidas, perdendo ape-nas para África do Sul. Desde o início da crise, o valor das RIL caiu para a metade, estando o país no limite da solvabilidade externa definida pelo anterior Governo. Antes da crise, isto é, em 2014 as RIL estavam avaliadas em USD 30,7 mil milhões e o valor mais baixo registado foi em 2010 em que a RIL cifravam-se em USD 15,3 mil milhões. A Agência de notação financeira Moody’s anunciou no início do ano que Angola enfrentaria um ano de instabilida-de social e política devido a sua exposição ao risco político, comparando-a com outros países da África subsariana como Uganda, Camarões, Ruanda e RDC (República Democrática do Congo) , tendo fi-xando o rating do país em B2. Já a Standard&Poor’s focou a sua análise na emissão de dívida pública do país, previu que Angola ultrapassaria a Nigéria e a África do Sul, podendo alcançar 82% do total e des-te modo classificou o País com um rating de B -.

Tabela 1: Classificação do rating do país (2017)

Agência Rating Nota Data

S&P B- Negativa Agosto

Moody´s B2 Negativa Outubro

Fonte: Trading Economics

2.8 SÍNTESE MONETÁRIA

O BNA, começou o ano de 2017, anunciando a não desvalorização da moeda nacional, em detrimento da estabilização do nível de preços e taxa de in-flação. A inflação situou-se em 26,26% no mês de Dezembro e a taxa de câmbio Euro/Kwanza man-teve-se estável em AOA 185,38/EUR ao longo do ano. A excessiva procura por moeda estrangeira fez desvalorizar o Kwanza face ao Dólar, tendo a sua taxa se fixado em 165,90 AOA/USD.

As acções realizadas pelo Banco Central, passaram pela recuperação das relações com os Bancos cor-respondentes (Citi Bank, HBSC, Bank of America e Standard Chartered), bem como, na adoção de medidas que permitam a recuperação da imagem do sector bancário, dado o término das relações de correspondência bancária (De - Risking).

Foram também lançados pelo BNA alguns avisos/instrutivos com grande impacto no mercado nacional, dar nota do: i) Aviso nº 1/17 de 03 de Fevereiro – o qual define os procedimentos para a realização de transações no mercado mobiliário, para entidades não residentes; ii) Aviso nº 2/17 de 03 de Fevereiro - sobre as regras aplicáveis para abertura de conta para

Gráfico 8: Evolução anual da dívida pública (%)

Fonte: MINFIN 2017, Plano Anual de Endividamento

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

20,67% 20,61%23,92%

32,64%

49,61%52,47% 53,29%

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não residentes cambiais, denominadas em moeda estrangeira e nacional e; iii) Aviso nº 3/2017 de 30 de Março - que proíbe os Bancos Comerciais de cobra-rem comissões aos serviços mínimos bancários.

O Comité de Política Monetária (CPM), na primeira reunião do ano para análise da economia nacional, manteve a taxa de básica de juro em 16%, a taxa de cedência de liquidez em 20% e a taxa de juro de ab-sorção de liquidez em 7,25% ao ano. A partir do mês de Maio, a taxa de juro de absorção de liquidez a 7 dias foi sofrendo várias reduções tendo se fixado em 5,25% no mês de Maio, 3,25% em Junho e 2,75% em Setembro, tendo atingido, em Dezembro, 0%.

2.9 MERCADO INTERBANCÁRIO

A base monetária restrita em moeda nacional con-traiu 4,41% por causa das operações cambiais, que consistiram em mais vendas de divisas do que com-pras. No terceiro trimestre do ano a taxa LUIBOR overnight situava-se em 19,20%, com um aumento dos montantes transaccionados no trimestre anterior de 18,48%. Ainda neste trimestre, o crédito do sector privado aumentou 1,36% face ao segun-do trimestre. A LUIBOR overnight no último mês de 2017 situava-se em 16,30%, diminuindo assim o preço implícito nas transacções de empréstimos realizados entre os bancos comerciais.

2.10 MERCADO DE CAPITAIS

O ano de 2017 ficou marcado pela nomeação do novo Presidente do CAD da Comissão de Mercado de Capitais (CMC) o Dr. Mário Edison Gourgel Gavião. Uma das metas preconizadas para 2017, pela CMC foi o aprofundamento do Mercado Secundário de dívida pública, bem como, a dinamização do seg-mento de fundos de investimento e surgimento do Mercado Accionista e Obrigacionista.

Dos progressos tecnológicos alcançados pela CMC e pela BODIVA, destacam-se: a criação do SISF – Sistema Informático de Supervisão e Fiscalização do mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados. Foram substituídas as plataformas de registo de operações MRTT – Mercado de Títulos do Tesouro para MROV – Mercado de Registo de Operações sobre Valores Mobiliários. A BODIVA enquanto entidade registadora, adquiriu o acesso a um Código de Identificação de Mercado (MIC): XBDV, um código internacional que permite a identificação da bolsa de valores e plataformas de negociação, o acesso foi cedido pela SWIFT, SCRL, no âmbito na norma ISO10.383.

Em termos estratégicos, a CMC continuou a desen-volver o POPEMA – Programa de Preparação de Empresas para o Mercado de Acções, de forma a pre-parar as empresas para o mercado de acções, refor-çando os requisitos mínimos, no que respeita as boas prácticas de governação e relato financeiro. Desenvol-veu também o programa “Mentor CMC”, que visa a partilha de conhecimentos e experiências, agregando valor aos jovens universitários em início de carreira.

Dos eventos ocorridos durante o ano que findou, a BODIVA participou na 51ª sessão do CoSSE – Com-mittee of SADC Stock Exchange, que ocorreu em Luanda, cuja pretenção foi fazer a integração dos esforços das bolsas de todos os países membros da SADC, de forma a englobar todas as bolsas num úni-co mercado O cumprimento deste objectivo passou pela criação de um portal em comum e de uma linha de comunicação entre os investidores interna-cionais. Ocorreu também o evento “Fórum Mercado de Capitais 2017”, um evento anual que recebeu a presença da vice-presidente da Comissão de Mer-cados e Valores Mobiliários (CMVM), de Portugal, Filomena Oliveira. No evento foi também anuncia-da abertura do mercado de capitais a investidores estrangeiros, sendo que, as condições de acesso e limites seriam fixados pelo Banco Central, assim como, o lançamento de obrigações corporativas. De realçar também a 1ª reunião com os membros BODIVA, ocorrida no dia 09 de Fevereiro, cujos temas abordados foram: a elaboração da proposta de instrução sobre o calendário e horário dos mer-cados BODIVA, proposta de alteração do Mercado de Bolsa e do preçário e organização da reunião se-mestral da Comissão de Bolsas da SADC (CoSSE).

Relativamente às negociações realizadas pela BODIVA, pode constatar-se que no primeiro trimestre de 2017, houve uma diminuição significativa do

Gráfico 9: Evolução da taxa de câmbio média (EUR/AOA)

Fonte: BNA

16-ja

n16

-fev

16-m

ar

16-a

br

16-m

ai

16-ju

n16

-jul

16-a

go

16-se

t16

-out

16-n

ov

16-d

ez160,00

165,00

170,00

175,00

180,00

185,00

190,00

20162017

185,38

185,39 185,39

185,40 185,40

169,87

185,36 185,36 185,37 185,38

185,37

185,38

185,38

185,39

185,39

185,40

185,40

185,41

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

volume transacionado comparado a 2016, período em que registou um volume de AOA 46 mil milhões. A queda foi de 49% comparando com o ano de 2016. Já no segundo trimestre do ano transacto, a BODIVA realizou 342 negócios e movimentou um total apro-ximado de AOA 84 mil milhões, representando um aumento de 50% face ao período homólogo. Por sua vez, no terceiro trimestre de 2017, o número de ne-gócios realizados foi de 524 com um montante total aproximado de AOA 134 mil milhões.

2.11 Enquadramento Regulamentar

Mês Dia Referência Assunto

Janeiro 10 Instrutivo n.º 01/2017 Regula limites de valor, emissão de cheques, subsistemas de compensação e liquidação.

30 Instrutivo n.º 02/2017 Teste de Stress

30 Instrutivo n.º 03/2017Estabelece a necessidade de prestação de informação sobre limites prudenciais aos gran-des riscos.

Fevereiro 3 Aviso n.º 01/2017Regula a realização de investimentos no mercado de valores mobiliários por entidades não residentes cambiais. (Revoga o Aviso n.º 04/2005)

3 Aviso n.º 02/2017Define os procedimentos referentes a abertura e movimentação de contas de depósito tituladas por não residentes cambiais (Revoga o n.º 1 do Artigo 3.º do Aviso n.º 03/2009)

16 Lei n.º 07/17 Lei de protecção das redes e sistemas informáticos

Março 6Decreto Presidencialn.º 43/17

Regulamenta o exercício da actividade do trabalhador estrangeiro não residente (revoga o Decreto n.º 05/95, de 7 de Abril e Decreto n.º 06/01, de 19 de Fevereiro)

27 Instrutivo n.º 04/2017Operações de mercadoria. Suspende temporariamente a aplicação dos n.ºs 3 e 5 do Artigo 15 do Aviso n.º 19/12, de 25 de Abril

30 Aviso n.º 03/2017 Isenção de Comissões no âmbito dos serviços mínimos bancários

Abril 7Decreto Presidencialn.º 75/17

Aprova o regulamento dos procedimentos administrativos de licenciamento de importa-ções, exportações e reexportações

20Decreto Presidencialn.º 77/17

Aprova a estratégia de implementação do Sistema de Pagamentos Móveis de Angola

24Decreto Presidencialn.º 79/17

Altera os artigos 2.º, 7.º e 10º do Decreto Presidencial n.º 43/17, de 6 de Março, sobre o exercício da actividade do trabalhador estrangeiro não residente

Maio 3Decreto-Executivon.º 273/17

Regula o modelo do registo da emissão de valores mobiliários junto do emitente

22Instrução BODIVAn.º 05/17

Define o calendário e horário de funcionamento do mercado BODIVA 2017 (revoga a Ins-trução BODIVA n.º 05/15)

30Directiva n.º 02/DMA/2017

Define a taxa básica de juro do BNA

Junho 20Decreto LegislativoPresidencial n.º 01/17

Define o regime fiscal no âmbito do Fereign Account Tax Compliance Act (FACTA)

28 Aviso n.º 04/2017 Define o regime cambial sobre exportação de mercadoria

30 Lei n.º 10/17 Altera a Lei n.º 20/11, de 13 de Setembro, Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas

Julho 4 Despacho n.º 290/17Estabelece a prorrogação do prazo de envio das informações abrangentes pela obrigação de reporte obrigatório à Administração Geral Tributária, ao abrigo do FATCA

10 Aviso n.º 05/17Regula as actividades de emissão, aceitação e utilização dos cartões de pagamento e os princípios de funcionamento do subsistema multicaixa. (Revoga os Avisos n.º 10/2012, 8/2003, e o Instrutivo n.º 07/1998)

10 Aviso n.º 06/17 Define os níveis de serviços das operações em tempo real da Rede Multicaixa

27Decreto Executivon.º 365/17

Aprova o Regime Jurídico do Número de Identificação Fiscal

Gráfico 10: Volume de títulos negociados (milhões AOA)

Fonte: BODIVA

1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

75.677

46.09456.324

84.530

107.350

134.143

2016 2017

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Mês Dia Referência Assunto

Agosto 16Regra BODIVAn.º 01/2017

Disciplina a organização e funcionamento do Mercado de Bolsa BODIVA

25 Lei n.º 19/17 Lei sobre a Prevenção e o Combate ao Terrorismo

Novembro 7 Aviso n.º 07/2017Regula a prestação de serviços de pagamentos no âmbito do sistema de pagamentos de Angola (Revoga o Aviso n.º 06/2014, de 1 de Outubro)

Aviso n.º 08/2017Estabelece a classificação dos subsistemas de compensação e liquidação do Sistema de Pagamentos de Angola (SPA) (revoga o Aviso n.º 11/2015, de 24 de Dezembro)

Aviso n.º 09/2017Estabelece os prazos para a execução de transferências e de remessas de valores, bem como a disponibilização de fundos ao beneficiário (revoga o Aviso n.º 09/2015 de 20 de Abril)

20Decreto – Executivon.º 658/17

Aprova as instruções para o encerramento do exercício financeiro de 2017

Dezembro 1Regulamento da CMCn.º 01/17

Estabelece os requisitos e procedimentos relativos ao registo dos responsáveis com fun-ção de gestão relevante nas instituições financeiras não bancárias, ligadas ao mercado de capitais e investimento

7Regulamento da CMCn.º 02/17

Disciplina os mercados, estrutura de acesso aos mesmos, define os valores mobiliários passíveis de serem admitidos em negociação e regula o processo de registo

10Directiva n.º 08/DMA/2017

Define a taxa básica de juro do BNA

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Análise Financeira

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Análise Financeira

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

3. ANÁLISE FINANCEIRA

O Banco adoptou em 2017 as Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro (“IAS/IFRS”), que são hoje as normas-chave para as divulgações, e foi a principal e mais relevante novidade a nível contabilístico no exercício. Apesar do impacto fiscal deste novo normativo contabilístico, deve salien-tar-se que as normas fiscais não sofreram qualquer alteração no sentido de se adaptarem a esta nova realidade.

3.1 BALANÇO

O Activo Líquido situou-se em AOA 19.234.855 milhares no final de 2017, representando um aumento de 5%, face ao ano 2016, influenciado pelo efeito líquido das Disponibilidades e Aplica-ções em Títulos que aumentaram AOA 3.965.650 milhares e AOA 1.134.905 milhares respectivamen-te, em relação a Dezembro de 2016, justificado por um lado pelo vencimento das Aplicações em BCs e em Outras Instituições no valor AOA 4.366.900 milhares, e por outro, pela redução Recursos do BC e de Outras Instituições AOA 1.842.025 milhares.

2017 2016 Δ17/16 Δ17/16

Milhares AOA

Milhares USD

Milhares AOA

Milhares USD AOA USD

Activo Líquido

Disponibilidades 6.977.889 42.055 3.012.239 18.157 132% 132%

Aplicações Totais 11.802.817 71.134 14.972.656 90.249 -21% -21%

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 4.455.995 26.856 8.822.895 53.181 -49% -50%

Aplicações em Títulos 7.056.612 42.529 5.916.059 35.660 19% 19%

Aplicações em Créditos 295.858 1.783 233.702 1.409 27% 27%

Outros Activos 459.797 2.771 409.630 2.469 11% 11%

Total do Activo 19.234.855 115.926 18.394.525 110.875 5% 5%

Passivo e Capital Próprio

Recursos do BC e de Outras Instituições - - 1.842.025 11.103 -100% -100%

Recursos de Clientes 13.850.041 83.472 9.878.353 59.543 40% 40%

Outros Passivos 3.216.344 19.384 4.783.834 28.835 -33% -33%

Total do Passivo 17.066.385 102.857 16.504.212 99.481 3% 3%

Capital Social 2.500.000 15.067 2.500.000 15.069 0% 0%

Outras Reservas e Resultados Transitados -609.687 -3.674 -645.715 -3.892 -6% -6%

Resultado Líquido Individual do Exercício 278.157 1.676 36.028 217 672% 672%

Total do Capital Próprio 2.168.470 13.069 1.890.313 11.394 15% 15%

Total do Passivo e do Capital Próprio 19.234.855 115.926 18.394.525 110.875 5% 5%

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A estrutura do Activo foi significativamente alterada pelo aumento das Disponibilidades, cujo peso sobre o Total do Activo, cresceu de 16% em 2016 para 36% em Dezembro 2017, implicando a redução do peso das Aplicações em BC e Outras Instituições de 48% em 2016 para 23% em Dezembro 2017.

3.2 APLICAÇÕES EM BC E EM OUTRAS INSTITUIÇÕES

As Aplicações em BCs e em Outras Instituições de Crédito registaram uma diminuição de 49%, situando-se em AOA 4.455.995 milhares (AOA 8.822.895 milhares em 2016). A diminuição desta ru-brica, está essencialmente relacionada com a gestão da moeda estrangeira, justificada pelas restrições no seu acesso. As cedências no Mercado Monetário In-terbancário (MMI), que apresentam prazos residuais curtos, remunerados a taxa de 16,39% em Moeda Nacional (24,7% e 15% em 2016 para Moeda Nacional e Moeda Estrangeira, respectivamente).

Disponibilidades Aplicaçõesem BC eOutrasInstituições

Aplicaçõesem Títulos

Aplicaçõesem Crédito

OutrosActivos

0

10%

20%

30%

40%

50%

2017 2016

60%

Composição do Activo

2017 Milhares AOA

2016Milhares AOA

2017Milhares USD

2016Milhares USD

Operações no Mercado Monetário Interbancário Mercado Monetário Interbancário

Moeda Nacional 4.450.000 6.900.000 26.820 41.591

Moeda Estrangeira 0 1.659.030 0 10.000

- Em Dólares dos Estados Unidos 0 1.659.030 0 10.000

Proveitos a receber 5.995 52.787 36 318

Aplicações em Instituições de Crédito no EstrangeiroDepósitos a prazo 0 211.044 0 1.272

- Em Dólares dos Estados Unidos 0 165.903 0 1.000

- Em Euros 0 45.141 0 272

Proveitos a receber 0 34 0 0

- Em Dólares dos Estados Unidos 0 34 0 04.455.995 8.822.895 26.856 53.181

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

3.3 APLICAÇÕES EM TÍTULOS

As Aplicações em Títulos registou um crescimen-to, tendo o peso sobre o Total do Activo, passa-do de 32% para 37%. Incluem-se nesta rubrica as Obrigações do Tesouro Indexadas à taxa de câmbio do Dólar Norte Americano, Obrigações em Moeda Estrangeira e os Bilhetes do Tesouro, elevando-se a AOA 3.596.501 milhares, AOA 28.207 milhares e AOA 3.252.048 milhares, (AOA 3.153.765 milhares, AOA 28.204 milhares e AOA 2.505.275 milhares em 2016), respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as carteiras de Títulos estavam classifi-cadas em Disponíveis para Venda.

Os Recursos de Clientes à Ordem situaram-se em AOA 9.380.247 milhares (AOA 4.722.418 milhares em 2016), representando 68% da carteira (48% em 2016). Os depósitos em moeda nacional (incluindo indexados ao dólar), representam 99% da carteira, ao passo que os depósitos em moeda estrangeira

representam 1% da carteira (97% e 3% em 2016, respectivamente).

A rubrica Outros Passivos, representa as respon-sabilidades por liquidar, decorrente do normal funcionamento do Banco, incluindo fornecedores

2017 2016

Risco MoedaPaís

emissor

Taxa de juro média

Milhares AOA

Milhares USD

Taxa de juro média

Milhares AOA

Milhares USD

Disponíveis para Venda

Obrigações do Tesouro Indexadasao Dólar

A AOA Angola 7,00% 3.596.209 21.674 7,00% 3.153.766 19.010

Juros a Receber 81.804 493 78.315 472

Obrigações do Tesouro em ME A USD Angola 5,00% 28.207 170 5,00% 28.204 170

Juros a Receber 63 0 82 0

Bilhetes do Tesouro A AOA Angola 18,88% 3.252.048 19.600 24,70% 2.505.275 15.101

Juros a Receber 92.633 558 150.417 907

Participação ABANC A AOA Angola n/a 5.648 34 0 0

7.056.612 42.529 0 5.916.059 35.660

Composição do Funding

Recurso do BCe de outrasInstituições

Recurso deClientes

OutrosPassivos

FundosPróprios

0

10%

20%

30%

40%

50%

2017 2016

60%

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de bens e serviços, impostos e operações cambiais por liquidar.

3.4 RESULTADOS

Os resultados líquidos atingiram AOA 278.157 milhares (+672%), representando um crescimento significativo, face a 2016 (AOA 36.028 milhares).

A Margem Financeira atingiu AOA 1.110.462 milhares e a Margem Complementar AOA 1.230.259 milhares, representando 47% e 53% do Produto Bancário respectivamente (AOA 1.232.690 milhares e AOA 411.908 milhares, representando 75% e 25%, res-pectivamente). O aumento significativo da Margem Complementar, decorre do aumento das Comissões em AOA 838.361 milhares (+965%) em resultado da operação de Investment Banking.

2017 2016 Δ17/16 Δ17/16

MilharesAOA

MilharesUSD

MilharesAOA

MilharesUSD AOA USD

Juros e Rendimentos Similares 1.500.655 9.044 1.478.941 8.914 1% 1%

Juros e Encargos Similares -390.193 -2.352 -246.251 -1.484 58% 58%

Margem Financeira 1.110.462 6.693 1.232.690 7.430 -10% -10%

Rendimentos de Serviços e Comissões 925.275 5.576 86.914 524 965% 964%

Encargos com Serviços e Comissões -271 -2 -5.009 -30 -95% -95%

Resultados de Activos e Passivos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados

2.238 13 87.880 530 -97% -97%

Resultados Cambiais 407.057 2.453 327.991 1.977 24% 24%

Outros Resultados de Exploração -104.040 -627 -85.868 -518 21% 21%

Produto da Actividade Bancária 2.340.721 14.107 1.644.598 9.913 42% 42%

Custos com o Pessoal -1.210.389 -7.295 -1.040.334 -6.271 16% 16%

Fornecimentos e Serviços de Terceiros -684.050 -4.123 -440.142 -2.653 55% 55%

Depreciações e Amortizações do Exercício -111.162 -670 -101.611 -612 9% 9%

Provisões Líquidas de Anulações -16.178 -98 9.288 56 -274% -274%

Imparidade para Crédito a Clientes Líquida de Reversões e Recuperações

-630 -4 -2.074 -13 -70% -70%

Resultado Antes de Imposto de Operações em Continuação 318.312 1.918 69.724 420 357% 356%

Impostos sobre os Resultados - - - - 0% 0%

Correntes - - - - 0% 0%

Diferidos - - - - 0% 0%

Resultado Após Impostos e Operações em Continuação 318.312 1.918 69.724 420 357% 356%

Resultado de Operações Descontinuadas e/ou em Descontinuação

-40.155 -242 -33.696 -203 19% 19%

Resultado Líquido do Exercício 278.157 1.676 36.028 217 672% 672%

Produto Bancário (Milhares AOA)

1.110.462 1.232.690

1.230.259411.908

2017 2016

Margem complementar Margem financeira

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

3.4.1 CUSTOS DE ESTRUTURA

Os Custos de Estrutura atingiram AOA 2.005.601 milhares (AOA 1.582.087 milhares em 2016), o que re-sulta no rácio cost to income de 86% (96% em 2016), o que representa uma redução de 10 pontos percen-tuais deste indicador, consequentemente, melhoria da perfomance do desempenho da actividade do Banco.

Os custos com Pessoal e Fornecimentos e Serviços de Terceiros atingiram AOA 1.210.389 milhares e AOA 684.050 milhares, representando 60% e 34% (AOA 1.040.334 milhares e AOA 440.142 milhares, 64% e 28% em 2016) dos Custos de Estrutura, respectivamente.

3.4.1.1 Decomposição da Rentabilidade

2017 2016 Δ 17/16 Δ 17/16

Milhares AOA

Milhares USD

Milhares AOA

Milhares USD AOA USD

Custos com o Pessoal 1.210.389 7.295 1.040.334 6.271 16% 16%

Fornecimentos e Serviços e Terceiros 684.050 4.123 440.142 2.653 55% 55%

Depreciações e Amortizações do Exercício 111.162 670 101.611 612 9% 9%

Custos de Estrutura 2.005.601 12.087 1.582.087 9.536 27% 27%

Valores em % do Activo total médio

2017 Real

2016 Real

Δ Real

Taxa da Margem Financeira 5,9 6,5 -1 p.p

Resultados em Oper. Financeiras 2,2 2,2 0 p.p

Resultado em Comissões e Outros Proveitos 4,9 0,4 4 p.p

Outros Proveitos e Lucros 0,1 0,0 0 p.p

Produto Bancário 13,0 9,2 4 p.p

Custos com o Pessoal 6,4 5,4 1 p.p

Fornecimentos e Serviços de Terceiros 3,6 2,4 1 p.p

Outros Custos e Prejuízos 0,1 0,2 0 p.p

Amortizações 0,6 0,5 0 p.p

Custos de Estrutura 10,7 8,5 2 p.p

Resultado de Exploração 2,3 0,7 2 p.p

Provisões 0,0 0,0 0 p.p

Resultado Não Operacional -0,2 -0,1 0 p.p

Resultado Antes de Impostos 2,1 0,5 2 p.p

Provisão p/ Impostos s/ Lucros 0,0 0,0 0 p.p

Lucro Líq. Atribuível ao Banco (ROAA) 2,1 0,5 2 p.p

Multiplicador (ATM / FPM) 9,0 9,2 0 p.p

Lucro Líq. Atribuível aos Accionistas (ROAE) 18,9 5,0 14 p.p

ATM = Activo total médio; FPM = Fundos próprios médios

ROAE = ROAA x Multiplicador

ROAE = Return on average equity

ROAA = Return on average assets

Excepto Multiplicador e o ROAE

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3.5 RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em 31 de Dezembro de 2017 o Rácio de Solvabilidade Regulamentar situou-se em 18,71 %.

Os Fundos Próprios Regulamentares (FPR) atin-giram AOA 2.141.504 milhares (AOA 1.868.454 milhares em 2016), tendo sido calculados de acordo com o definido no Aviso 5/2007 de 12 de Setembro, do BNA .

RSR = x 100 Fundos Próprios Regulamentares

(Activos Ponderados pelo Risco +

Capital para Risco de Câmbio e Ouro / Rácio Mínimo)

2017Milhares de AOA

2016Milhares de AOA

Activos ponderados 9.043.907 3.420.433

Fundos Próprios Base 2.141.504 1.868.544

Fundos Próprios Complementares 0 0

ECRC (Exigência de Capital para Risco Cambial) 239.928 165.710

Fundos Próprios Regulamentares 2.141.504 1.868.544

RSR (Rácio de Solvabilidade Regulamentar) 18,71% 56,7%

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A Nossa Oferta

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A Nossa Oferta

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

4. A NOSSA OFERTA

O Banco Prestígio é uma Instituição Financeira cuja licença universal lhe permite puder servir, de uma maneira geral, todos os segmentos de parceiros particulares, empresas e institucionais. Contudo, de acordo com o intento estratégico definido, o de Investment Banking, a inovação de produtos e a orientação para a qualidade de serviço (em parti-cular o seu reconhecimento em termos de atributos fundamentais como a solidez e a confiança), fazem, dele, uma referência no Mercado.

No acompanhamento do desempenho, por unida-des de negócio, são considerados os seguintes seg-mentos operacionais: Investment Banking e Private Banking, onde cada um dos segmentos engloba as estruturas directamente dedicadas, sendo a mo-nitorização individual e isolada, complementada a nível da Comissão Executiva, pela definição de es-tratégias e de planos de acção para cada segmento operacional.

4.1 INVESTMENT BANKING

O Banco dispõe de uma oferta direcionada para as actividades de Investiment Banking e Advisory, onde presta assessoria na montagem e estruturação de projectos de investimento dirigidos a Empresas, Instituições Públicas e Privadas, Governos Locais e Central. O Banco oferece os seguintes serviços:

4.1.1 FINANCIAMENTO DE PROJECTOS

Apoia os seus parceiros na estruturação de projectos e na captação de fundos de médio e lon-go prazos, com base na expectativa de geração de cash flows do próprio projecto. Conta com uma equipa de especialistas cuja missão consiste em analisar e mitigar o risco intrínseco aos projectos de investimentos dos diversos sectores de actividade.

4.1.2 FINANCIAMENTO CORPORATIVO

As diversas valências, permitem ao Banco prestar aos seus parceiros, aconselhamento financeiro, serviços de assessoria na montagem de soluções de investimentos, com perfil de risco que permite a maximização do valor para os parceiros, por um lado e por outro, apoia também a estruturação de

operações empresariais relativamente à cotação em bolsa (emissão de acções ou obrigações), fusões e aquisições, avaliação de empresas, respondendo deste modo aos objectivos estratégicos do parceiro.

4.1.3 FINANCIAMENTO ESTRUTURADO

Estão criadas as condições para o aconselhamen-to e estruturação de operações financeiras mais complexas que não se enquadram na lista dos produtos financeiros tradicionais, um conjunto va-riado de soluções de investimento não-tradicionais para atender às necessidades dos investidores.

4.1.4 GESTÃO DE ACTIVOS

O Banco gere de forma profissional os investimen-tos dos seus parceiros privados ou institucionais, realizando investimentos em nome e por conta deles num leque alargado de activos imobiliários e mobiliários, tradicionais e alternativos, de modo a atingir os objectivos de curto, médio e longo prazo, em matéria de poupanças, respeitando o perfil do parceiro e o horizonte temporal pré-definido.

No que diz respeito aos fundos de investimen-to ou seja, veículos de investimento colectivo abertos ou fechados, o compromisso do Banco é de conferir aos parceiros acesso a um leque de fundos constituídos com os melhores performers, na base de arquitectura aberta, que garante a não ocorrência de conflitos de interesses.

4.1.5 MERCADOS DE CAPITAIS

O Banco assiste os seus parceiros nas decisões de aplicação de fundos (tomadas e cedências) de curto, médio/longo prazo, através da Sala de Mercados e de outros instrumentos tecnológicos de suporte aos mercados de capital, obrigacionista e accionistas. Com a abertura da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA) e a supervisão da Comissão de Mercados de Capitais (CMC), o Banco está em condições para actuar como corretor, ne-gociador e compensador de valores mobiliários.

As diversas publicações de Research económico representam mais um valor acrescentado para os nossos parceiros que, desta forma, podem contar com o apoio do Banco em matéria de consultoria

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para a definição dos seus objectivos estratégicos, que orienta para uma navegação em alto mar, com os instrumentos e indicadores de mercado mais reais e fiáveis.

4.2 PRIVATE BANKING

A actividade do Private Banking centrou-se no de-senvolvimento de relações com parceiros Corporate e Private, actuando de forma personalizada e utilizando produtos e instrumentos específicos de acordo com as necessidades dos parceiros.

4.2.1 GESTÃO DO QUOTIDIANO

O Banco posicionou-se nas áreas da oferta de produtos de poupança e de cobertura das neces-sidades de protecção e segurança do quotidiano. Ao nível da poupança, disponibiliza soluções de aforro adequadas ao contexto económico, é o caso do DP Parceiro, o Super Prestígio, que permite ao parceiro poupar de forma regular, ou da solução de poupança indexada, isto é, o Prestígio Indexado, permitindo ao parceiro poupar montantes em Moeda Nacional indexados a Moeda Estrangeira.

4.2.2 ALUGUER DE COFRES

As Boutiques de Investimento oferecem uma opção cómoda para a guarda dos valores dos parceiros, através do serviço de aluguer de cofres.

O acesso aos locais dos cofres para aluguer co-locados à disposição dos parceiros é controlado por tecnologia de última geração, proporcionan-do segurança acrescida, pois, o Banco vela pela tranquilidade dos seus parceiros. Por isso, o Banco continuar empenhado na oferta das melhores solu-ções para as necessidades dos seus parceiros.

4.2.3 SERVIÇOS DE CONCIERGE

Trata-se de um serviço pessoal e exclusivo para compras, recomendações de eventos, reservas de shows, teatros, restaurantes e informações de viagem, em Angola e no exterior, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

4.3 APLICAÇÕES E INVESTIMENTOS

4.3.1 DEPÓSITO A PRAZO

Depósito a prazo, opção de investimento que permite escolher o período que melhor se adapta às necessidades dos parceiros com flexibilidade no prazo de 1 a 365 dias, disponível para os seus parceiros nas Boutiques de Investimento ou no canal online Prestígio Direct.

4.3.2 PRODUTOS ESTRUTURADOS

A Oferta de Produtos Estruturados do Banco Prestígio assenta no conceito de obrigações indexadas a determinados subjacentes (acções, cabaz de acções, índice(s), obrigações, taxas de juro, commodities, etc.), tanto nacionais como internacionais, permitindo o investimento indirecto nesses subjacentes de uma forma fácil e flexível.

Estes produtos destinam-se essencialmente ao aproveitamento de oportunidades pontuais de mercado. Podem assumir as mais diversas estrutu-ras e formas de remuneração, permitindo criar solu-ções para diferentes tipos de objectivos, diferentes tipos de conjunturas, necessidades ou solicitações.

4.3.3 PRODUTOS DERIVADOS

Acesso aos principais produtos derivados disponí-veis nos mercados financeiros, tais como opções, futuros e operações cambiais a prazo. Tais pro-dutos poderão ser utilizados como instrumentos de alavancagem e/ou cobertura de risco dos investimentos dos nossos parceiros.

4.3.4 FUNDOS DE INVESTIMENTO

O Banco Prestígio desenvolveu para os seus par-ceiros um portfólio diversificado de Investimentos. Assim, os Fundos de Investimento são uma al-ternativa para a diversificação da sua carteira de investimentos. Com diferentes níveis de risco, op-ções para satisfação dos objectivos, horizonte de investimento e grau de tolerância ao risco.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

O Banco oferece aos seus parceiros excelência na gestão de recursos, actuando globalmente e com forte experiência no mercado, sempre com foco no desenvolvimento de produtos inovadores, aliados a uma visão pioneira em sustentabilidade.

4.4 GESTÃO DE LIQUIDEZ

4.4.1 FACILIDADE DE LIQUIDEZ

Oferece facilidade temporária de liquidez, espe-cialmente desenvolvida para os seus parceiros, subscritores de produtos de investimento.

4.4.2 GARANTIAS BANCÁRIAS

O Banco assegura a boa execução das disposições contratuais assumidas pelos seus parceiros e avaliza a sua capacidade para assegurar pagamentos futu-ros ou prestação de serviços, nomeadamente em concursos, operações de importação e exportação, entre outros.

Oferece prazos de emissão de garantias bancárias adequados às necessidades, sobretudo onde o nível de serviço for um factor crítico de sucesso.

4.4.3 TRADE FINANCE

Para os nossos parceiros que se dedicam à exporta-ção e importação, o Banco executa com segurança e eficiência, as suas soluções de Trade Finance.

4.4.4 PAGAMENTO ELECTRÓNICO

O Banco disponibiliza aos seus parceiros meios de pagamento electrónico como cartões de crédi-to com múltiplas vantagens e serviço e Concierge associadas.

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Estrutura e GovernaçãoCorporativa

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Estrutura e GovernaçãoCorporativa

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

5. ESTRUTURA E GOVERNAÇÃO CORPORATIVA

5.1 MODELO DE GOVERNO

No sentido de conformar-se com o previsto no Aviso nº 1/13 e nº 2/13 de 19 de Abril do Banco Nacional de Angola, o Banco aprovou um conjunto de Políticas e mecanismos que permitem a materia-lização dos pressupostos daqueles normativos, no-meadamente: A Política de Mitigação de Conflitos de Interesse; Política de Identificação e Avaliação de Transacções com Partes Relacionadas; Política de Transparência e Divulgação da Informação e Política de Remuneração dos Quadros das Funções de Controlo Interno.

Conforme o previsto no Aviso nº 1/13 do BNA a Governação Corporativa deve estar adaptada à dimensão, natureza e complexidade da actividade das Instituições. Abaixo a ilustração do modelo de Governo do Banco.

Órgãos de Supervisão

Órgãos de Gestão

Órgãos de Apoio

Comissão Executiva

Conselho de AdministraçãoAssembleia Geral

Conselho Geral

Conselho Fiscal

Comissão de Remunerações

Auditoria Externa

Advisory Board

Assessoria

Secretariado da Sociedade

Auditoria Interna

Comité de Gestão de Risco

Comité de Controlo Interno

Comité de Nomeação, Avaliação e Remuneração

de Colaboradores

Risco

Auditoria Interna

Compliance

Capital Humano

Comité de Investimento

Comité ALCO

Jurídico

Secretariado

Operações

Capital Humano

PrivateBanking

CorporateFinance

PrivateEquity Marketing Tecnologia de

Informação Risco

Gestão de Activos

Mercados Financeiros

Contabilidadee Controlode Gestão

Organização ComplianceMercadode Capitais

CorporateBanking

CorporatePrivate Investment Banking Suporte Controlo

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5.2 ESTRUTURA ACCIONISTA

A estrutura Accionista do Banco é composta por sete accionistas, todos particulares, e as suas participações encontram-se divulgadas na nota às demostração financeiras nº 14. Os Estatutos da Sociedade não preveêm restrições à trans-missibilidade das acções através de cláusulas de consentimento para alienação ou limitações à titula-ridade de acções, apenas prevê no Artigo 9º o direito de preferência dos Accionistas na subscrição de no-vas acções na proporção das acções que ao tempo tiverem. De referir que não existem na Sociedade relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Socie-dade. As participações dos membros dos Órgãos Sociais, totalizam 80.000 acções, representando 32% do Capital Social.

5.3 ASSEMBLEIA GERAL

A Assembleia Geral é o órgão máximo do Banco. Tem como funções principais eleger a mesa da Assembleia Geral, o CAD e CEA, o Conselho Fiscal e designar os respectivos presidentes; eleger os membros do Conselho Geral, designar os membros da Comissão de Remunerações, aprovar o relatório de gestão e as contas de cada exercício, com o pa-recer do Conselho Fiscal; deliberar sobre a defini-ção das políticas gerais do Banco, aprovar os planos e orçamentos anuais e plurianuais propostos pela CEA do CAD e deliberar sobre o aumento de capital que for proposto pela CEA.

Conforme previsto nos Estatutos, a Assembleia Geral reúne-se anualmente, em sessão ordinária, até ao final do primeiro trimestre de cada ano. É ainda constituído por um Presidente, um Vice-Presidente e um ou dois Secretários.

Podem ainda ser convocadas reuniões extraordiná-rias por deliberação do CAD ou Conselho Fiscal, por escrito, por um ou mais accionistas possuidores das acções correspondente ¼ do capital.

Composição da Mesa da Assembleia

Nome Cargo

Maria Luísa P. Abrantes Presidente

Ariete Maria Bolonhês da Conceição Vice-Presidente

Graciela Amuedo Zuzarte Mendonça Secretária

5.4 COMISSÃO DE REMUNERAÇÃO DO MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

A Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais está constituída, nos termos do Artigo 11º do Estatuto do Banco e em concordân-cia com o Aviso nº 1/13, de 19 de Abril, tendo um Regulamento próprio e a principal função é a fixa-ção das remunerações dos membros dos Órgãos Sociais, incluindo os esquemas de segurança social e outras prestações e benefícios complementares, ou quaisquer outras regalias sociais, prémios, bónus ou outras prestações pecuniárias. Esta Comissão está constituída por três (3) membros, dos quais um Presidente e dois vogais, e são eleitos pela Assembleia Geral.

Esta Comissão, é presidida pelo seu Presidente e de acordo com o seu regulamento, reúne-se obrigato-riamente uma vez por ano e extraordinariamente, sempre que for convocado pelo seu Presidente ou por dois dos seus membros. As reuniões são con-vocadas por escrito, carta ou correio electrónico, expedidas com a antecedência mínima de dez dias, e da convocatória consta a ordem de trabalhos da reunião.

5.5 CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal, é composto por um Presidente e dois Vogais efectivos, sendo um dos Vogais, Perito Contabilista, reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requeri-do pela maioria dos seus membros.

As regras de funcionamento deste órgão encontram-se descritas nos Estatutos e no seu regulamento, do qual destacamos as seguintes atribuições:

• Fiscalizar os actos da administração do Banco;• Verificar a exactidão do Balanço e Demonstração

de Resultados;• Verificar a regularidade dos livros, registos

contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte.

As reuniões ordinárias desse órgão ocorrem trimestralmente, e as extraordinárias, sempre que necessário. As deliberações são lavradas em actas e assinadas por todos os membros.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Composição da Mesa da Assembleia

Nome Cargo

(Por nomear) Presidente

Antónia Ariete do Nascimento de Oliveira Vogal

Carla Masivi Marquez Meireles Vogal

O Presidente do Conselho Fiscal, nomeado em 02 de Abril de 2015, apresentou o pedido de renúncia do cargo em 31 de Julho de 2017, devendo a assembleia geral dos acionistas proceder a indi-cação do novo Presidente do Conselho Fiscal, na próxima Assembleia Geral Ordinária do Banco, em 2018.

5.6 AUDITOR EXTERNO

A nomeação do Auditor Externo é feita de quatro em quatro anos, pelo Órgão de Administração nos termos do Aviso nº 4/13 de 22 de Abril. A Auditoria é assegurada pela Ernst & Young Angola, Lda, nas condições definidas pelo referido Aviso, tendo em linha de conta os requisitos de capacidade, experiência relevante, conhecimento específico das matérias relativas à actividade financeira, idoneida-de e independência.

5.7 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O CAD é composto por sete membros, dos quais dois não executivos, o Presidente e o Vice--Presidente, e cinco membros executivos.

O modo de funcionamento do CAD está contem-plado em seu regulamento próprio, conforme o estatuído no número 3, do Artigo 9º, do Aviso nº 1/2013, tendo que a versão em vigor sido aprova-da na reunião de 14 de Julho de 2015.

Neste contexto, o CAD, reúne ordinariamente uma vez por mês, podendo reunir extraordinariamente sempre que for convocado pelo seu Presidente, ou por quem o representa, por escrito, com pelo menos 10 (dez) dias úteis de antecedência.

Composição do Conselho de Administração

Nome Cargo Executivo Não Executivo

Tito Luís Perdigão Z. de Mendonça Presidente do CAD x

Vany Eduardo Sambo Vice-Presidente do CAD e Independente x

Maria João de Almeida Vogal e Presidente da CEA x

Manuel Nicolau Pedro Diogo Vogal x

Sérgio Filipe de Sousa Vogal x

N’ Jinga Nérica Pimentel Pitta Grós Vogal x

Zenaida Gertrudes Ramos Zumbi Vogal x

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A duração do mandato dos membros do CAD é de quatro anos, sendo que o presente mandato iniciou em 2015.

O CAD dispõe dos seguintes comités especiali-zados: Controlo Interno; Nomeação, Avaliação e Remunerações dos Colaboradores; e Gestão de Risco. Nenhum dos Comités possui poderes de decisão, mas sim exclusivamente de supervisão (informação, assessoria e proposta). As regras de funcionamento destes Comités encontram-se de-finidas nos respectivos regulamentos, prevendo, entre outros, que devem reunir-se pelo menos uma vez por trimestre ou sempre que forem convocadas pelos seus Presidentes.

5.8 COMITÉ DE CONTROLO INTERNO

Funções• Verificar a adequação do Sistema de Contro-

lo Interno (SCI) e analisar as conclusões dos relatórios sobre o SCI;

• Propor os planos de acção que visem fortalecer o SCI;

• Analisar e discutir sobre as políticas e orienta-ções gerais em matéria de Auditoria Interna;

• Debater sobre resultados às auditorias realiza-das das diversas Unidades do Banco com vista à análise e tomada de decisão sobre medidas correctivas para oportunidades de melhoria e não conformidades identificadas;

• Analisar e discutir os relatórios dos resultados globais da avaliação do risco de Compliance e do respectivo progresso do desempenho do Banco nesta matéria, com especial enfoque na prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo;

• Analisar e discutir sobre as recomendações do Gabinete de Compliance, no sentido de optimizar a gestão do risco de Compliance e acompanhar a sua implementação, resultantes de incumprimentos ou indícios sobre violação de leis e regulamentos ou de melhorias a serem implementadas.

O Comité no âmbito da sua acção, em 2017, incidiu a sua apreciação e recomendações nos seguintes pontos:

• Aprovação do Regulamento de funcionamento do Comité;

• Acompanhamento dos planos de resolução das deficiências de controlo interno;

• Apreciação dos relatórios sobre as deficiências de controlo interno;

• Apreciação dos relatórios de actividade do Gabinete de Auditoria Interna;

• Apreciação dos relatórios sobre a governação corporativa e o sistema de controlo interno;

• Análise dos impactos do novo pacote regula-mentar sobre o RSR e sistemas de gestão do risco.

5.9 COMITÉ DE GESTÃO DO RISCO (CGR)

Funções• De acordo com a estratégia elaborada pela

CEA, reflectir a mesma nas Políticas de Gestão de Riscos;

• Discutir matriz de riscos do Banco;• Definir indicadores de monitorização para

cada tipologia de risco e analisar os resultados obtidos;

• Verificar a actualidade/adequação dos modelos de cálculo dos riscos;

• Inferir quanto à adequação dos fundos próprios, através da realização de exercícios de stress testing;

• Verificar a actualidade/adequação dos modelos de cálculo dos riscos;

• Monitorizar a adequação do Sistema de Gestão de Riscos;

• Remeter um reporte de informação regular ao CAD sobre o funcionamento dos sistemas de gestão de riscos e recomendações de melhoria aos mesmos.

O Comité no âmbito da sua acção, em 2017, incidiu a sua apreciação e recomendações nos seguintes pontos:

• Aprovação do Regulamento de funcionamento do Comité;

• Apreciação da proposta de revisão da Política de Risco;

• Apreciação da proposta de revisão da Perfil de Risco;

• Apreciação do Manual de Gestão do Risco;• Acompanhamento do Projecto de Implementa-

ção do Sistema de Gestão de Risco;• Fortalecimento dos processos-chave de gestão

de risco e controlo interno;

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

• Análise dos impactos do novo pacote regula-mentar sobre o RSR e sistemas de gestão do risco;

• Apreciação do grau de cumprimento dos limites;

5.10 Comité de Nomeação, Avaliação e Remuneração (CNARC).

Funções• Definir as políticas e processos de remuneração

para os colaboradores, adequados à cultura e estratégia de longo prazo e considerando as vertentes de negócio e do risco;

• Recomendar ao órgão de administração a no-meação de novos colaboradores para funções de direcção, para os quais deve elaborar uma descrição detalhada de funções, tomando em consideração as competências internas existentes;

• Apoiar e supervisionar a definição e condução do processo de avaliação de desempenho dos colaboradores;

• Definir o Plano de Formação e o Investimento Associado;

• Definir a política de contratação de novos colaboradores.

O Comité no âmbito da sua acção, em 2017, incidiu a sua apreciação e recomendações nos seguintes pontos:

• Aprovação da proposta de revisão do Regulamento de funcionamento do Comité;

• Apreciação do Plano de Formação;• Apreciação do Processo de Avaliação de

Desempenho;• Apreciação do Processo de Recrutamento e

Selecção.

5.11 COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A CEA do Conselho de Administração é composta por cinco membros, eleitos pela Assembleia Geral. As competências e regras de funcionamento en-contram-se descritas num regulamento próprio.

A CEA reúne-se pelo menos uma vez por mês ou sempre que for convocada pelo seu Presidente ou por pelo menos dois Administradores Executivos.

A CEA compete fazer a gestão dos negócios correntes do Banco; definir as políticas gerais e propor os planos e orçamentos anuais e plurianuais para aprovação da Assembleia Geral; estabelecer a organização interna e delegar os poderes ao longo da cadeia hierárquica; executar e fazer cumprir os preceitos legais, estatutários e as deliberações da Assembleia Geral.

No âmbito das suas funções a CEA conta com o auxílio do Comité de Activos e Passivos (ALCO), do qual fazem parte os Membros da CEA, responsáveis das Unidades Orgânicas de Negócio e Mercados, reunindo-se mensalmente.

5.12 COMITÉ ALCO

Funções• Definir a Política de Investimento com carácter

estrutural de modo a aproveitar as oportunida-des de mercado;

• Definir a Política de cobertura do Risco de Liquidez;

• Efectuar análises de sensibilidade da margem financeira face a variações não esperadas das taxas de juro e decidir qual a melhor estratégia a adoptar para concretizar o Perfil de Risco definido;

• Definir alternativas de funding;• Tomar decisões sobre estrutura de funding de

curto e médio/longo prazo de acordo com as condições de mercado de dívida ao nível dos vários instrumentos disponíveis;

• Estabelecer as principais políticas de pricing de activos e passivos;

• Aprovar às alterações ao pricing de operações;• Aprovar a comercialização de novos produtos,

definindo as suas características.

O Comité no âmbito da sua acção, em 2017, incidiu a sua apreciação e recomendações nos seguintes pontos:

• Aprovação da proposta de alteração do princing;• Revisão das Fichas Técnicas de Produtos e Ser-

viços;• Análise dos Relatórios de Gestão Mensal;• Apreciação e aprovação dos Relatórios Trimes-

trais de Produtos e Serviços.

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5.13 DISTRIBUIÇÃO DOS PELOUROS

No quadro seguinte é apresentada a distribuição dos pelouros por grupos de funções (negócio, suporte e controlo):

Suporte Controlo Negócio

Vany Eduardo Sambo Vice Presidente do CAD

Gabinete de Auditoria Interna

Maria João de Almeida Presidente da CEA

Direcção de Mercados Financeiros

Direcção de Capital Humano

Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão

Manuel Nicolau Diogo Administrador Executivo

Direcção Investment Banking

Direcção de Corporate e Pivate Banking

Sérgio Filipe de Sousa Administrador Executivo

Gabinete de Risco

Gabinete de Compliance

N’Jinga Nérica Pitta-Grós Administradora Executiva

Gabinete de Organização

Direcção de Operações

Direcção de Marketing (outsourcing)

Zenaida Ramos Zumbi Administradora Executiva

Direcção de Tecnologias de Informação

Gabinete Jurídico

Gabinete do Secretariado Executivo

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Sistema de ControloInterno (SCI)

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Sistema de ControloInterno (SCI)

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

6. SISTEMA DE CONTROLO INTERNO (SCI)

O SCI é entendido como o conjunto integrado de Políticas e processos, com carácter transversal a toda a organização, coordenados pelos Órgãos de Administração e demais Colaboradores por forma a garantir:

1. A continuidade do negócio através da eficiente afectação dos recursos, execução das opera-ções e do controlo dos riscos;

2. A fiabilidade e tempestividade da informação contabilística e de suporte à gestão; e,

3. O cumprimento dos normativos legais e das normas.

Tendo em conta os objectivos acima, o Banco pro-cura garantir um adequado ambiente e actividade de controlo, um sólido Sistema de Gestão do Risco, um eficiente sistema de informação e comunicação, e um contínuo processo de monitorização, com o objectivo de assegurar a qualidade e eficácia do próprio sistema ao longo do tempo.

6.1 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

6.1.1 DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

O Banco possui uma proposta de Política de Remu-neração que estabelece os princípios orientadores a serem observados pela Comissão de Remunera-ções, para definição, implementação e monotori-zação da Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais, tendo sempre presente o estipulado na alínea a) do Artigo 5º e 7º do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril e bem como as boas práticas bancárias de go-vernação corporativa em vigor no sector financeiro.

A Política terá também como objectivo desincenti-var a assumpção excessiva e imprudente de riscos e a promover o alinhamento da remuneração dos Órgãos Sociais com os objetivos estratégicos e os valores do Banco, incluindo medidas destinadas a evitar conflitos de interesses.

Em conformidade com a legislação aplicável e con-siderando as melhores práticas vigentes no sector financeiro, na elaboração da Política foi considerado o contexto de Mercado, a concretização dos seus

objetivos e resultados, os seus recursos financeiros, a qualidade e capacidade de trabalho, disponibili-dade, dedicação e motivação, a responsabilidade dos membros dos Órgãos Sociais e do elevado grau de qualificações específicas exigidas aos mesmos.A Política de Remuneração, reger-se-á pelos se-guintes princípios:

1. Estruturação da remuneração de modo a não incentivar a assunção excessiva e imprudente de riscos;

2. Robustez do processo de fixação das remune-rações;

3. Aplicabilidade aos Membros dos Órgãos Sociais;4. Equilíbrio da composição da remuneração, atra-

vés de:

• Adequação entre remuneração e desempenho;• Alinhamento da remuneração com os interes-

ses de longo prazo;• Transparência das práticas remuneratórias,

cumprindo com rigor os deveres de prestação de informação.

6.1.2 DOS QUADROS DAS FUNÇÕES DE CONTROLO INTERNO

O Banco possui uma Política de Remuneração que estabelece os princípios orientadores, as regras e os procedimentos a serem observados na definição, determinação, implementação e monotorização da Política de Remuneração dos Quadros das Funções de Controlo Interno que consistente com os ob-jectivos, valores, interesses e solvabilidade a longo prazo cujos princípios gerais orientadores são:

1. Estruturação da remuneração de modo a não colocar em causa a independência e de imparcialidade;

2. Cumprimento, no aplicável, da Política de Remu-neração e Benéficos sociais dos Colaboradores;

3. Equilíbrio da composição da remuneração, através da:

• Adequação entre remuneração e desempenho;• Não vinculação da remuneração aos resulta-

dos do Banco, para não ferir a independência e imparcialidade exigidas no artigo 18º do Aviso nº 1/2013;

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• Transparência das práticas remuneratórias, cum-prindo com rigor os deveres de prestação de informação.

6.1.3 DOS COLABORADORES

No que diz respeito ao Artigo 16º do Aviso nº 1/2013, sobre os princípios da Política de Remuneração, o Banco tem formalizado as Políticas abaixo mencio-nadas:

• Dicionário de Competências;• Qualificador de Funções;• Política Retributiva e de Benefícios Sociais;• Política de Gestão Carreiras;• Política de Avaliação de Desempenho.

As Políticas acima referenciadas, encontram-se integradas e definem as bases para a gestão eficiente do Capital Humano, permitindo compreender não só o que motiva, atrai e retém os Colaborado-res, mas também perceber os comportamentos esperado pelo Banco, cujo princípios orientadores incluem:

1. Alinhar as práticas retributivas aos objectivos estratégicos e remunerar os colaboradores de acordo com o valor que criam para o Banco.

2. Promover a equidade interna, assegurando que as condições salariais praticadas tradu-zem uma tendência retributiva em funções equiparáveis e em linha com o seu contributo para o resultado do negócio.

3. Reter e motivar os colaboradores, apresen-tando um pacote salarial e de benefícios que promovam a satisfação interna.

4. Compensação variada com base no mérito e no bom desempenho.

5. Assegurar a promoção e progressão nas car-reiras dos colaboradores com base no mérito, demostração e aquisição de competências e experiência e não apenas na antiguidade nos postos de trabalho.

6.1.4 TIPOS DE REMUNERAÇÃO

Remuneração Fixa Remuneração Variavel Benefícios

Salário BaseSubsídio de Alimentação

Seguros

Subsídio de NatalSubsídio de Transporte

Plafond de Comunicações

Subsídio de Férias Abono de FamíliaFacilidade de Liquidez

Isenção de HorárioFormação e Desenvolvimento

Subsídio de FalhasLicenças Remuneradas

Diuturnidade

Prémio de Antiguidade

Prémio de Desempenho

6.2 CÓDIGO DE CONDUTA

Vigora no Banco Prestígio o Código de Conduta cujo âmbito de aplicação engloba, os Membros dos Órgãos Sociais, Colaboradores, estagiários, bem como a qualquer pessoa física ou jurídica que tenha estabelecido com o Banco uma relação de prestação de serviço e mandatários, a título perma-nente ou ocasional. O Código de Conduta integra um conjunto de regras de natureza ética e deon-tológica que devem ser observados por todos, no desempenho das suas funções, no sentido de ha-bilitar o Banco com integridade institucional. Neste particular importa realçar o seguinte:

• Deveres éticos: princípio da igualdade de trata-mento de todos os parceiros, deveres de profis-sionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dos parceiros sobre o interesse dos colaboradores, dever de sigilo, de colaboração com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e de-veres especiais de tutela do mercado e da sua transparência;

• Princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamen-to do terrorismo;

• Princípios gerais sobre a comunicação de fraude e irregularidades e o tratamento das reclama-ções de parceiros.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

O Código de Conduta é entregue a todos os Cola-boradores no sentido da tomada de conhecimento e assumpção dos princípios e valores que o mesmo prevê. Encontra-se disponível no site do Banco (www.bancoprestigio.ao).

6.3 POLÍTICA DE MITIGAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE

Esta política visa essencialmente definir, imple-mentar e divulgar princípios gerais e específicos necessários para uma gestão eficaz, e sobretudo preventiva, de conflitos de interesse que possam surgir no âmbito da actividade do Banco Prestígio. Este instrumento normativo está alinhado com os demais normativos internos em vigor cuja finalida-de é a implementação e/ou alcance das melhores práticas ao nível de corporate governance.

A Política de Mitigação de Conflito de Interesses está assente nos seguintes pressupostos gerais:

1. Primazia dos Interesses do Parceiro, é reco-nhecida a primazia dos legítimos interesses dos Clientes, sendo o dever de lealdade funcio-nal fundamental no conjunto das normas que pautam a actuação do Banco;

2. Identificação e Gestão de Potenciais Conflitos de Interesse, contemplando naturalmente e de acordo com a Política a identificação de situa-ções potenciadoras de interesses conflituantes conducentes a riscos de parcialidade na análise e decisão;

3. Segregação Efectiva de Funções, isto é, a se-paração e envolvimento de diferentos quadros nas actividades, quer operacionais, fiscalização ou informação, potencialmente geradoras de conflitos de interesse;

4. Efectiva prevenção de influências indevidas, isto é, assegurar a independência do decisor na estrutura interna do Banco, designadamente perante pessoas que exerçam actividades rela-cionadas com os processos em causa;

5. Criação de Barreiras de Informação, que se traduz na manutenção com a devida confidencialidade e acesso restrito aos docu-mentos de suporte dos dados fornecidos aos colaboradores responsáveis pelo seu devido tratamento, em linha com a legislação aplicável no tratamento destes dados;

6. Utilização de Informação, está interdito a re-velação, fora os casos expressamente previstos na lei, e a utilização de informações sobre a actividade do Banco ou as relações deste com os seus Parceiros;

7. Contratação de Serviços ou Produtos, está interdito o envolvimento, directo ou indirecto, na contratação de serviços ou produtos nos quais exista, por parte do colaborador, interes-se financeiro;

8. Decisões de Crédito a Pessoas Ligadas, em conformidade com o previsto na Lei nº 12/15, Lei de Bases das Instituições Financeiras, no seu artigo 84º – “Crédito a pessoas ligadas”;

9. Proibição à Concessão de Crédito, em con-formidade com o previsto na Lei nº 12/15, Lei de Bases das Instituições Financeiras, no seu artigo 83º – “Crédito a Membros dos Órgãos Sociais”;

10. Preçário do Crédito, os créditos concedidos aos accionistas e às pessoas afectas serão efectuados em condições normais de merca-do, atendendo ao seu nível de risco e ao pre-çário praticado pelo Banco, com excepção dos créditos para compra de habitação própria permanente e para o pagamento de despesas de saúde, que são alvo de Gestão de Recursos Humanos;

11. Decorrente do Princípio da Independência, a política prevê restrições aos Membros do CAD e da CEA na apreciação e decisão de operações em que sejam directa ou indirectamente inte-ressados os próprios, seus cônjuges, parentes ou afins em 1º grau ou Sociedades ou outros entes colectivos que directa ou indirectamente dominem.

6.4 POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

A Política de Transparência e de Divulgação de Informação tem por objectivo garantir a transparên-cia e fácil compreensão do modelo de Governação Corporativa do Banco de acordo com requisitos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, estando assente nos seguintes princípios gerais:

Princípio da Abertura, a divulgação de informação deve reger-se pela abertura e por uma maior trans-parência, que são os pressupostos que guiam a conduta do Banco para que as informações

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respeitantes às actividades operacionais e institu-cionais do Banco sejam disponibilizadas a terceiros.

Princípio da Confiança e Protecção de Informações, o Banco adopta o sigilo como condição sine qua non para dissipar os receios relacionados com o tratamento das informações, conferindo assim mais confiança, deste modo os órgãos sociais e colabo-radores do Banco devem zelar pela manutenção do sigilo sobre as informações dos Parceiros, accionis-tas e demais entidades.

Princípio da Promoção da Transparência, o Banco na sua actividade promove activamente a transpa-rência e a boa governação na sua gestão corrente através dos seus órgãos sociais e distintas unidades orgânicas, criando um ambiente que permita o acesso às informações, dentro dos limites institu-cionalmente previstos, a todos os intervenientes directos nas matérias tidas como relevantes.

Princípio da Clareza e Objectividade, o Banco adopta na divulgação da informação uma abor-dagem clara e objectiva, no sentido de se evi-tar qualquer tipo de confusão, que possa criar equívocos às partes interessadas, através de qual-quer via de comunicação, tais como; Cartas, Reco-mendações, Conselhos, Notas de Imprensa, Ordens de Serviço, Relatórios ou por outros instrumentos de comunicação.

Princípio de Licitude e Periodicidade, todas as informações devem ser reportadas de acordo com a Lei, normativos do BNA, e os normativos internos do Banco, podem ser divulgadas. Os fac-tos e elementos cobertos pelo dever de segredo só poderão ser revelados nos casos previstos da Lei. O Banco divulgará informações, diárias, mensais, semestrais ou anuais que ao abrigo dos imperativos normativos forem obrigatórias.

Sempre que o Banco, com sentido de oportunidade entenda que se justifique, por decisão da CEA com objectivo de informar, esclarecer e/ou elucidar aos stakeholders situações, quer no âmbito dos actos de gestão ou sobre factos directa, indirecta ou institucionalmente a si adstritos prestará as infor-mações necessárias, nomeadamente pelo seu sítio de internet ou por outros meios de comunicação actualmente disponíveis.

6.5 COMPLIANCEA função compliance é exercida pelo Gabinete de Compliance que é a Unidade Orgânica responsável por garantir a supervisão do quadro regulamentar vigente aplicável ao Banco. Considerando os riscos inerentes à actividade bancária a sua acção tem como escopo mitigar o risco de conformidade cujo impacto reputacional é insofismável. Por esta razão existe particular interesse no aperfeiçoamento dos mecanismos regulatórios e de controle para a sua preservação aos choques resultantes das perdas fi-nanceiras significativas e reputacionais irreparáveis por razões de não conformidade da sua actuação; atento às boas práticas, que se traduz numa gestão estratégica que privilegia o equilíbrio entre as suas necessidades e as melhores práticas, alinhado com o novo paradigma de corporate governance o qual não privilegia a transferência do risco para o futuro.

Para o efeito concorrem:• O Planeamento e asseguramento do cumpri-

mento efectivo de processos e procedimen-tos relativamente à abertura e manutenção de contas;

• A Monitorização das transacções ordenadas ou recebidas pelo Banco;

• A Comunicação efectiva e preventiva;• A Formação e Treinamento;• A obtenção e optimização dos recursos tecno-

lógicos disponíveis;• A Monitorização de não conformidade;• O Suporte da mitigação do Risco;• O Fomento do respeito às normas e regulamen-

tos em vigor e o uso dos canais de denúncia legalmente previstos e disponíveis;

• A Mobilização de diligências sobre as opera-ções para efeitos de reporte às autoridades competentes internas ou externas e demais stakeholders;

• O Suporte ao Conselho de Administração e às Unidades Orgânicas.

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Gestão de Risco

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Gestão de Risco

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

7. GESTÃO DO RISCO

A estratégia de actuação do Banco Prestígio é traduzida no Orçamento Anual e em Planos de Acção aprovados pelo CAD sob proposta da CEA, sendo parte das acções de Gestão de Risco desen-volvidas no Banco. O CAD entende que o contro-lo e a gestão eficiente dos riscos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento equi-librado e sustentado do Banco, que para além de contribuírem para a optimização do binómio ren-dibilidade/risco das várias linhas de negócio asse-guraram, também, a manutenção do perfil de risco conservador ao nível da solvabilidade e da liquidez.

Em meados de 2016 o BNA publicou um conjunto vasto de normas perspectivando a evolução das instituições financeiras às melhores práticas internacionais em matéria de Gestão de Risco e abordagens muito particulares no que diz respeito ao Risco de Crédito, Mercado e Operacional.

Assim sendo a CEA reviu todo o planeamento previsto e deu início ao processo que visam dotar o Banco das condições para cumprimento cabal das normas.

Deu-se assim início, em finais de 2016, ao Projecto que visava implementar o Sistema de Gestão de Risco (de acordo com a ordem de prioridades estabelecida pelo BNA), tendo sido reforçados os recursos humanos para o Gabinete de Risco e esta-belecidos os marcos de acordo com um cronograma de acções, na sua maioria previstos para 2017.

No âmbito da supervisão das Instituições Finan-ceiras, iniciou-se em 2017 o Reporte ao BNA do Novo Pacote Regulamentar. Este Pacote exige a prestação de informação sobre os riscos de Taxa de Juro, Liquidez, Crédito, Mercado e Operacional bem como Fundos Próprios Regulamentares e Limites Prudenciais aos Grandes Riscos.

No contexto da evolução e melhoria do modelo de governação corporativa (GC) e sistema de controlo interno (SCI), a CEA faz o acompanhamento do SCI através do relatório anual preparado para envio ao BNA, assegurando assim uma gestão e controlo dos riscos inerentes ao negócio.

Decorrente das situações identificadas pelo Auditor Externo, BNA e CMC em períodos anteriores que carecem de melhoria ao nível do cumprimento dos requisitos regulamentares em matéria de modelo de GC, estão actualmente em curso as seguintes iniciativas:

• Continuidade da implementação do modelo de governação do SCI, que assegura o acom-panhamento e a monitorização dos Riscos de acordo com a Política de Risco;

• Reavaliação de todo processo de avaliação do Risco de Compliance;

• Desenvolvimento, documentação e implemen-tação de uma metodologia para realização e definição dos testes de stress, tendo em con-sideração os principais riscos inerentes à activi-dade do Banco;

• A implementação do modelo de GC e SCI será completada por um programa de acções de formação e de sensibilização, a realizar durante 2018;

• A intervenção transversal da Função de Auditoria Interna do Banco, visando coordenar, avaliar a efi-cácia e eficiência do SCI.

Os seguintes Avisos e Instrutivos traçam as normas e procedimentos a adoptar para quantificação dos riscos materialmente relevantes:

Aviso Data Instrutivo

Risco de Taxa de Juro nº 08/0216 22/06/2016 N.A.

Risco de Liquidez N.A. 30/08/2016 nº 19/2016

Risco de Crédito nº 03/2016 16/06/2016 nº 12/2016nº 13/2016

Risco de Mercado nº 04/2016 22/06/2016 nº 14/2016nº 15/2016

Risco Operacional nº 05/2016 22/06/2016 nº 16/2016nº 17/2016

Fundos Próprios Regulamentares

nº 02/2016 15/06/2016 nº 18/2016

Limites Prudenciais aos Grandes Riscos

nº 09/2016 22/06/2016 nº 03/2016

Paralelamente ao cumprimento das imposições re-gulamentares a reportar ao BNA, o Banco desen-volveu ao longo do ano um conjunto de modelos internos com vista à monitorização e mitigação dos riscos materialmente relevantes.

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Os modelos internos têm por base um conjunto de indicadores chave de apetite e tolerância ao risco desenvolvidos internamente e para os quais foram estabelecidos perfis, limites de alerta e limites de activação.

Para além dos riscos de obrigatoriedade de reporte ao BNA, dada a sua relevância, foram também inte-grados no âmbito do desenvolvimento de modelos internos, o risco de estratégia, concentração, con-traparte e reputação.

7.1 MODELO DE GOVERNAÇÃO

As actividades recorrentes de gestão e mitigação de risco são da responsabilidade de todos os Colaboradores do Banco incluindo os membros dos Órgãos Sociais, sendo naturalmente suportados pelos mecanismos e funções do sistema de controlo interno implementados. As funções dos órgãos que compõem o Modelo de Governo são descritas de seguida.

7.1.1 ASSEMBLEIA GERAL

A Assembleia Geral é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Avaliar as políticas de gestão de risco a seguir pela CEA;

• Avaliar a proposta de plano de actividades e orçamento;

• Decidir sobre as medidas necessárias à garantia de solvabilidade e liquidez do Banco.

7.1.2 COMISSÃO EXECUTIVA (CEA)

A CEA é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Definir o apetite e a tolerância para cada tipo de risco;

• Definir a estratégia de gestão do risco de cada área, tendo em conta o apetite ao risco, a capacidade de assumir risco e o ambiente de negócios.

• Rever a Política de Risco apresentada pelo Gabinete de Risco;

• Definir os objectivos globais e os objectivos específicos para cada área funcional em con-cordância com o perfil e o grau de tolerância face ao risco;

• Rever e decidir operações de Crédito com o apoio das Unidades de negócio e Gabinete de Risco;

• Aprovar políticas e procedimentos que visem identificar, avaliar, acompanhar e controlar os riscos a que o Banco está exposto, assegurando a sua implementação e cumprimento;

• Acompanhar os resultados dos testes de esforço;• Acompanhar a evolução dos indicadores do per-

fil de risco do Banco em termos dos vários riscos, classificando-os como materiais ou imateriais;

• Garantir o cumprimento dos níveis de tolerância ao risco;

• Apresentar e validar necessidade de aplicação de medidas correctivas aos processos, princí-pios, limites ou alertas vigentes;

• Aprovar propostas do Gabinete de Risco para a alteração, manutenção ou actualização do Manual de gestão de riscos;

• Garantir o cumprimento das políticas de risco, avaliar a sua eficácia e adequação à activida-de da Instituição, no sentido de possibilitar a detecção e correcção de quaisquer deficiências;

• Solicitar a elaboração e efectuar a apreciação de relatórios periódicos, precisos e tempesti-vos, sobre os principais riscos a que a Instituição se encontra exposta e que identifiquem os procedimentos de controlo implementados para a gestão desses riscos;

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Comité CNARC

Comité de Controlo Interno

Comité Risco

Gabinete de Auditoria Interna

Comissão Executiva

Comité ALCO

Comité de Investimento

Gabinetede Risco

Gabinete de Compliance

Direcção de Mercados Financeiros

Gabinete de Organização

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

• Garantir a efectiva implementação das suas orientações e recomendações no sentido de introduzir correcções e/ou melhorias no siste-ma de gestão de riscos;

• Assegurar que as actividades de gestão de risco têm independência, estatuto e visibilidade sufi-cientes, sendo sujeitas a revisões periódicas;

• Designar o responsável pela função de gestão de risco, assegurando que esta função tem au-toridade suficiente para desempenhar as res-pectivas competências de forma objectiva e independente, possuindo recursos materiais e humanos, adequados ao desempenho das suas funções;

• Assegurar que o exercício das responsabilidades referidas se encontra documentado.

7.1.3 GABINETE DE RISCO (GRI)

O Gabinete de Risco é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Garantir a aplicação efectiva do sistema de gestão de riscos e das medidas de correcção de eventuais deficiências, assim como garantir a actualização periódica da Política de Risco;

• Aconselhar a CEA, elaborando e apresentando a esta e aos órgãos de fiscalização um relatório de avaliação referente à gestão de riscos, com identificação das medidas tomadas para corri-gir eventuais deficiências;

• Elaborar as normas e procedimentos neces-sários tendo como objectivo definir o modelo organizativo de controlo de risco, as métricas a utilizar e os limites a respeitar, bem como apoiar no desenvolvimento e actualização do manual de procedimentos e respectivos riscos e controlos associados;

• Desenvolver modelos que permitam apurar a probabilidade atribuída à ocorrência de impac-tos negativos decorrentes dos vários riscos a que o Banco está exposto.

7.1.4 DIRECÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS (DMF)

A Direcção de Mercados Financeiros é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Definir estratégias de financiamento adequadas, antecipar quebras na remuneração dos exce-dentes de tesouraria e definir os instrumentos de cobertura de riscos;

• Concretizar a estratégia de gestão do risco de mercado, de liquidez e taxa de juro do Banco;

• Elaborar análises de custo/benefício sobre apli-cações de liquidez;

• Informar o Risco, antes de submeter as propos-tas de operações de contraparte para aprovação da CEA;

• Apoiar o Gabinete de Risco na elaboração dos relatórios.

7.1.5 GABINETE DE COMPLIANCE (GCO)

O Gabinete de Compliance é responsável por de-sempenhar as seguintes funções:

• Elaborar relatórios contendo os resultados globais da avaliação do risco de Compliance e do respectivo progresso do desempenho do Banco nesta matéria, com especial enfoque na prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo;

• Identificar, avaliar e medir os riscos de Compliance, monitorizar e realizar testes, no sentido de avaliar o cumprimento das regras definidas;

• Apresentar recomendações resultantes de in-cumprimentos ou indícios sobre violação de leis e regulamentos ou de melhoria a introduzir, no sentido de optimizar a gestão do risco de Compliance e acompanhar a sua implementação.

7.1.6 GABINETE DE AUDITORIA INTERNA (GAI)

O Gabinete de Auditoria Interna é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Definir, em conjunto com a CEA, as políticas e orientações gerais em matéria de Auditoria Interna;

• Desenvolver e actualizar permanentemente a matriz de riscos do Banco ao nível dos factores, áreas, impactos e probabilidades de ocorrência associadas, bem como dos responsáveis ao nível de cada área de risco;

• Realizar inspecções e auditorias nas diversas áreas do Banco, de modo a avaliar o grau de im-plementação dos princípios e regras definidos, identificando eventuais insuficiências e definir, em conjunto com as diferentes áreas, medidas correctivas para as oportunidades de melhoria e não conformidades identificadas nas auditorias.

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7.1.7 GABINETE DE ORGANIZAÇÃO (GOR)

O Gabinte de Organização é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• Assegurar, em coordenação com a CEA, a optimização da estrutura orgânica e funcional do Banco, bem como a adequação dos seus proces-sos, procedimentos e sistemas de informação;

• Desenvolver manuais de funções, visando a racionalização, simplificação, uniformização e normalização dos serviços do Banco;

7.1.8 COMITÉ DE RISCO (CRI)

O Comité de Risco é responsável por desempenhar as seguintes funções:

• De acordo com a estratégia elaborada pela CEA, reflectir a mesma nas Políticas de Gestão de Riscos;

• Discutir matriz de riscos do Banco;• Definir indicadores de monitorização para

cada tipologia de risco e analisar os resultados obtidos;

• Verificar a actualidade/adequação dos modelos de cálculo dos riscos;

• Inferir quanto à adequação dos fundos próprios, através da realização de exercícios de stress testing;

• Acompanhar a exposição a cada tipologia de risco, através dos respectivos indicadores de monitorização;

• Monitorizar a adequação do Sistema de Gestão de Riscos;

• Remeter um reporte de informação regular à CEA sobre o funcionamento dos sistemas de gestão de riscos e recomendações de melhoria aos mesmos.

7.1.9 COMITÉ DE GESTÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS (ALCO)

O ALCO é responsável por desempenhar as seguin-tes funções:

• Definir a Política de Investimento com carácter estrutural de modo a aproveitar as oportunida-des de mercado;

• Definir a Política de cobertura do Risco de Liquidez;

• Efectuar análises de sensibilidade da margem financeira face a variações não esperadas das taxas de juro e decidir qual a melhor estraté-

gia a adoptar para concretizar o Perfil de Risco definido;

• Definir alternativas de funding;• Tomar decisões sobre estrutura de funding de

curto e médio/longo prazo de acordo com as condições de mercado de dívida ao nível dos vários instrumentos disponíveis;

• Estabelecer as principais políticas de pricing de activos e passivos;

• Aprovar às alterações ao pricing de operações;• Aprovar a comercialização de novos produtos,

definindo as suas características.

7.2 INTERVENIENTES

A participação das Unidades referidas anterior-mente encontra-se distribuida pela gestão dos se-guintes riscos:

CEA CRI ALCO GRI GCO DMF GOR

Risco de Liquidez

Risco de Taxa de Juro

Risco de Crédito

Risco de Mercado

Risco Operacional

Risco de Concentração

Risco de Contraparte

Risco de Reputação

Risco de Estratégico

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

7.3 FLUXO DE GESTÃO

Em 2017 foi desenvolvido um conjunto de actividades para as várias fases do sistema de gestão de risco, as quais se ilustram de seguida:

Riscos com obrigatoriedade de reporte ao BNA

1. Cálculo de indicadores

e confrontação com os limites

• O Gabinete de Risco (GRI) solicita apoio na recolha dos inputs necessários à elaboração dos mapas de prestação de informação junto das áreas relevantes;

• As áreas relevantes remetem a informação solicitada à elaboração dos mapas de presta-ção de informação o mais rapidamente possível, no limite, um dia após o envio do pedido pelo GRI;

• Posteriormente, o GRI é responsável pela elaboração do mapa com vista à identificação da exposição em risco e cálculo dos indicadores de reporte ao BNA e dos indicadores de reporte interno. Para tal, o GRI deve:

1. Elaborar os mapas de reporte ao BNA dentro dos prazos limite estabelecidos para cada risco;

2. Monitorizar mensalmente a evolução do mapa de prestação de informação com vista ao cálculo de indicadores de reporte interno.

• Após elaboração do mapa, este deve ser remetido para a Direcção de Mercados Financeiros (DMF), que avalia a situação e principais focos de exposição ao risco do Banco, ao efectuar uma comparação face aos limites definidos e propor um plano de actuação para o mês seguinte ao do reporte;

• Posteriormente, o mapa de prestação de informação ao BNA, bem como o plano de actuação a realizar são enviados para a CEA e restantes áreas relevantes no âmbito da gestão do risco.

2. Análise dos indicadores em CEA e Comité

de Risco, definição e implementação

de medidas correctivas

• De forma a garantir uma adequada gestão dos vários riscos, os temas terão que ser discutidos e avaliados pela CEA da seguinte forma:

1. Dentro dos prazos limite estabelecidos para cada risco, no que diz respeito aos indica-dores de reporte ao BNA;

2. Mensalmente/ trimestralmente, para indicadores de reporte interno.

• Os indicadores de reporte interno serão apresentados e discutidos em Comité de Risco;• Tanto a CEA, como o Comité de Risco serão responsáveis pela discussão e implementação de

medidas correctivas para corrigir potenciais focos de exposição ao risco por parte do Banco.

Riscos sem obrigatoriedade de reporte ao BNA

1. Cálculo de indicadores

e confrontação com os limites

• O GRI solicita apoio na recolha dos inputs necessários ao cálculo dos indicadores de internos às áreas relevantes;

• As áreas relevantes remetem a informação solicitada o mais rapidamente possível, no limite, um dia após o envio do pedido pelo GRI;

• Após elaboração dos documentos de indicadores internos para cada risco, estes devem ser remetido para a DMF, que avalia a situação e principais focos de exposição ao risco do Banco, ao efectuar uma comparação face aos limites definidos e propor um plano de actuação para o mês seguinte ao do reporte;

• Posteriormente, os documentos de indicadores, bem como o plano de actuação a realizar são enviados para a CEA e restantes áreas relevantes no âmbito da gestão do referido risco.

2. Análise dos indicado-res em CEA e Comité de Risco, definição e imple-

mentação de medidas correctivas

• De forma a garantir uma adequada gestão dos diferentes riscos, os temas terão que ser discutidos e avaliados pela CEA mensalmente/trimestralmente.

• Os indicadores serão apresentados e discutidos em Comité de Risco;• Tanto a CEA, como o Comité de Risco serão responsáveis pela discussão e implementação de

medidas correctivas para corrigir potenciais focos de exposição ao risco por parte do Banco.

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7.4 MEIOS DE SUPORTE

No sentido de apoiar os diversos intervenientes na gestão do risco foram desenvolvidos os seguintes documentos:

1. Perfil de risco:Define o perfil de risco a ser adoptado pelo Banco através da definição de indicadores de apetite e tolerância ao risco;

2. Política de risco:Estabelece um conjunto de princípios orientadores de suporte à gestão e monitorização dos principais riscos a que o Banco está exposto;

3. Manual de gestão de risco:Estabelece procedimentos e processos de gestão de risco, que permitem a concretização dos prin-cípios orientadores definidos na “Política de risco” do Banco;

4. Matriz de riscos e controlos:Sintetiza os processos, etapas e actividades das unidades de negócio no processo de gestão de riscos, identificando os respectivos controlos e riscos associados;

5. Listagem de KRI:Listagem de Key Risk Indicators do Banco agrupa-dos por tipologia de risco;

6. Ferramentas de cálculo de risco:Ferramentas de suporte aos reportes a produzir para o BNA e internamente em matéria de gestão de riscos.

7.5 INDICADORES

7.5.1 RISCO DE LIQUIDEZ E RISCO DE TAXA DE JURO

Risco de LiquidezA definição de Risco de Liquidez está associada a uma potencial incapacidade das instituições em financiar o seu activo e em satisfazer, nos prazos e datas contratadas, todas as responsabilidades exigíveis e aplicáveis.

Reporte RegulamentarO mapa de reporte ao BNA deve ser realizado em base individual e consolidada com periocidade quinzenal. Durante o ano de 2017 foram remetidos 33 reportes ao BNA.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo da posição de liquidez do Banco, os quais se encontram enumerados de seguida:

Rácio entre Activos Líquidos e Activos Totais

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Rácio de activos líquidos / activos totais 86,89% 87,23% 89,46% 89,79% 85,15% 82,30% 72,04%

Perfil de Risco 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00%

Limite de alerta 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00% 30,00%

Limite de activação 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00%

Indicador Descrição

Liquidez a 1 semana. Rácio entre activos liquidáveis e passivos devidos nos próximos 7 dias.

Liquidez a 1 mês. Rácio entre activos liquidáveis e passivos devidos nos próximos 30 dias.

Rácio de cobertura de captações de liquidez por activos líquidos.

Rácio entre os activos líquidos do Banco e as captações de liquidez.

Cedências / tomadas. Rácio entre as cedências de liquidez e as tomadas de liquidez do Banco.

Rácio de activos líquidos / activos totais. Rácio entre os activos líquidos e os activos totais.

Gap estático de liquidez. Diferença entre as responsabilidades exigíveis e os activos liquidáveis por time bucket, apresentado de forma acumulada.

Rácio entre activos líquidos e activos totais

jun 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 170%

50%

100%

Rácio de activos líquidos / activos totais

Limite de alerta

Limite de activaçãoPerfil de risco

Lorem ipsum

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Indicador Descrição

Impacto de um choque absoluto de 2% na curva de taxa de juro em AOA (teste de esforço).

Impacto na margem financeira e no valor económico de um choque absoluto positivo e negativo de 2% na curva de taxa de juro Luibor.

Impacto de um choque absoluto de 5% na curva de taxa de juro em AOA (teste de esforço).

Impacto na margem financeira e no valor económico de um choque absoluto positivo e negativo de 5% na curva de taxa de juro Luibor.

Impacto de um choque absoluto de 10% na curva de taxa de juro em AOA (teste de esforço).

Impacto na margem financeira e no valor económico de um choque absoluto positivo e negativo de 10% na curva de taxa de juro Luibor.

Impacto de um choque relativo de 50% na curva de taxa de juro em EUR (teste de esforço).

Impacto na margem financeira e no valor económico de um choque relativo positivo de 50% na curva de taxa de juro Euribor.

Impacto de um choque relativo de 50% na curva de taxa de juro em USD (teste de esforço).

Impacto na margem financeira e no valor económico de um choque relativo positivo de 50% na curva de taxa de juro Libor.

Impacto no VE de um choque de 2% na taxa de Juro / FPR.

Impacto máximo no valor económico de um choque paralelo de 2% (positivo ou negativo) nas taxas de juro Luibor / Fundos Próprios Regulamentares do Banco.

Requisito de Fundos Próprios para risco de taxa de juro / Margem Financeira.

Rácio entre os Requisitos de Fundos Próprios para risco taxa de juro e Margem Financeira.

Gap de repricing Consolidado. Cálculo da diferença entre a refixação de taxa de activos e passivos agrupada por time buckets.

AnáliseNo mês de Dezembro 72,31% dos activos totais de-tidos pelo Banco correspondiam a activos líquidos tendo sido verificada uma descida face aos meses anteriores, estando largamente acima do perfil de risco e respectivos limites, traduzindo-se no risco de liquidez reduzido.

Risco de Taxa de JuroDefiniçãoO risco de taxa de juro é definido como a proba-bilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, como resultado de movi-mentos adversos nas taxas de juro de elementos da carteira bancária. Reporte RegulamentarO mapa de reporte ao BNA do risco de taxa de juro tem periocidade semestral tendo até à data sido entregues 3 mapas.

O Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de taxa de juro, os quais se encontram enume-rados de seguida:

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68

RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Impacto na Margem Financeira de um choque paralelo positivo de 2 p.p na taxa de juro Luibor.

AnáliseO impacto de um choque de 2% na taxa Luibor tem um impacto pouco significativo no valor da mar-gem financeira em Dezembro, traduzindo a pouca exposição do Banco ao indexante. Este indicador encontra-se abaixo do Perfil de Risco e a cumprir os respectivos limites.

7.5.2 RISCO DE MERCADO, RISCO DE CRÉDITO E RISCO OPERACIONAL

Risco de MercadoDefiniçãoPor Risco de Mercado entende-se a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pelo Banco, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de acções e dos preços de mercadorias. O risco referente a taxa de juro, dada a sua importância, é

abordado individualmente no capítulo anterior. O risco de Taxa de Câmbio ganha especial destaque neste capítulo.

Reporte RegulamentarO mapa de reporte ao BNA do risco de mercado tem periocidade mensal tendo sido submetidos ao longo deste ano 6 reportes.

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de mercado, os quais se encontram enumera-dos de seguida:

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Impacto na margem financeira anual (Choque Positivo) 9,18% -0,98% -0,34% -0,18% -0,10% 0,41% 0,78%

Perfil de Risco 2,50% 2,50% 2,50% 2,50% 2,50% 2,50% 2,50%

Limite de alerta 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50%

Limite de activação 4,00% 4,00% 4,00% 4,00% 4,00% 4,00% 4,00%

jun 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 17-9,00%

-7,00%

-5,00%

-3,00%

-1,00%

1,00%

3,00%

5,00%

7,00%

9,00%

Impacto na margem financeira anual (Choque Positivo)

Perfil de Risco

Limite de activaçãoImpacto na margem financeira anual (Choque Negativo)

Perfil de alerta

Impacto MF (2 p.p)

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Indicador Descrição

Peso do activo sujeito a variações da taxa de câmbio.

Rácio entre o montante do activo sujeito a variações da taxa de câmbio e o activo total.

Rácio entre resultados cambiais e o pro-duto bancário.

Rácio entre os resultados cambiais e o produto bancário.

Rácio entre resultados cambiais por varia-ção de USD e o produto bancário.

Rácio entre os resultados cambiais decorrentes de posições em USD e o produto bancário.

Rácio entre resultados cambiais por varia-ção de EUR e o produto bancário.

Rácio entre os resultados cambiais decorrentes de posições em EUR e o produto bancário.

Rácio entre resultados cambiais por varia-ção de GBP e o produto bancário.

Rácio entre os resultados cambiais decorrentes de posições em GBP e o produto bancário.

Posição cambial líquida nas diferentes moedas.

Traduz o risco cambial a que a instituição está sujeita, de forma agregada, para as diversas moedas, não se procedendo à desagregação por Time Bucket. A posição cambial líquida corresponde ao somatório da posição líquida à vista mais a posição líquida a prazo.

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Resultados Cambiais / Produto Bancário 20,74% 25,50% 25,82% 16,38% 18,20% 19,94% 16,65%

Perfil de Risco 25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 25,00%

Limite de alerta 35,00% 35,00% 35,00% 35,00% 35,00% 35,00% 35,00%

Limite de activação 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00%

Rácio entre resultados cambiais e o produto bancário.

jun 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 170%

15%

30%

45%

Res. Cambiais/Prod. Bancário

Perfil de Risco

Limite de alertaLimite de activação

Resultados Cambiais./ Produto Bancário

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Indicador Descrição

Rácio de crédito em incumprimento > 30 dias. Rácio entre o crédito vencido bruto há mais de 30 dias e o crédito total bruto.

Rácio de cobertura do crédito. Soma das garantias e provisões / valor da operação de crédito.

Rácio de transformação. Rácio entre o volume de crédito líquido e Depósitos de clientes.

AnáliseOs resultados provenientes de operações cambiais representam em Dezembro 17,7% do produto ban-cário do Prestígio. Esta percentagem dá ao Banco a percepção do peso que os resultados cambiais têm no total do produto bancário.

Risco de CréditoDefiniçãoEntende-se por Risco de Crédito o risco associado à possibilidade de uma Instituição Financeira incorrer em perdas financeiras, resultantes do incumpri-mento das obrigações contractuais dos tomadores nas respectivas operações de crédito.

Reporte RegulamentarO mapa de reporte ao BNA do risco de crédito tem periocidade mensal tendo sido submetidos ao longo deste ano 6 reportes.

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de crédito, os quais se encontram enumerados de seguida:

jun 17mai 17abr 17mar 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 170,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

140,00%

Rácio de cobertura do Crédito

Perfil de Risco

Limite de alerta

160,00%

Limite de activação

Rácio de cobertura do crédito

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AnáliseEste indicador tem como objectivo calcular o rácio entre o volume de crédito concedido e as garantias recebidas para cobertura do mesmo. No final do ano de 2017, apesar de o rácio indicar valores fora dos limites, todos os créditos encontravam-se devi-damente colaterizados, estando por isso prevista a revisão dos limites definidos.

Rácio de Cobertura do Crédito

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Rácio de Cobertura do Crédito 90,10% 87,73% 88,66% 128,23% 112,33% 114,26% 120,45%

Perfil de Risco 150,00% 150,00% 150,00% 150,00% 150,00% 150,00% 150,00%

Limite de alerta 140,00% 140,00% 140,00% 140,00% 140,00% 140,00% 140,00%

Limite de activação 120,00% 120,00% 120,00% 120,00% 120,00% 120,00% 120,00%

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Rácio de Transformação 4,83% 4,41% 3,01% 3,69% 3,91% 4,36% 2,37%

Perfil de Risco 33,00% 33,00% 33,00% 33,00% 33,00% 33,00% 33,00%

Limite de alerta 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 40,00%

Limite de activação 45,00% 45,00% 45,00% 45,00% 45,00% 45,00% 45,00%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Rácio de trasnformação

Perfil de Risco

Limite de alerta

Limite de activação

40%

45%

50%

jun 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 17

Rácio de Transformação

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

AnáliseEste indicador tem como objectivo calcular o rácio entre o volume de crédito concedido e os depósitos de clientes. Durante o último semestre de 2017 o crédito concedido pelo Prestígio representou apenas uma pequena percentagem dos depósitos detidos pelo Banco.

Risco OperacionalDefiniçãoPor Risco Operacional entende-se a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de perdas resultantes de falhas ou inadequação de processos internos, pessoas, sistemas, fraudes internas ou externas ou inoperacionalidade das estruturas.

O Risco Operacional engloba também o Risco de Sistemas de Informação, que corresponde à possível ocorrência de impactos negativos resultan-tes da inadequação dos sistemas de informação às necessidades do Banco ao nível de processamento, segurança, controlo, disponibilidade e continuidade.

Reporte RegulamentarO mapa de reporte ao BNA do risco de crédito tem periocidade mensal tendo sido submetidos ao longo deste ano 6 reportes.

Indicadores InternosDadas as suas especificidades foi criada, no âmbito da mensuração do Risco Operacional uma ferra-menta, em base Access, que permite a avaliação qualitativa e quantitativa do risco no Banco.

Nunca primeira fase, e após documentação de processos e mapeamento dos riscos inerentes a cada actividade, foram avaliadas a frequência e a severidade, através de questionários, de cada um dos riscos afectos a cada um dos processos do Banco. Esta actividade tem como intuito identificar oportunidades claras de melhoria para os proces-sos mais expostos ao risco identificado.

A identificação dos processos mais críticos permitirá posteriormente a construção de indicadores com vis-ta à monitorização e mitigação do Risco Operacional.Complementarmente aos questionários, que permi-tem estimar o impacto de riscos potenciais, sendo por isso importantes na prevenção de eventos de risco operacional, estará também disponível na fer-

ramenta, a recolha de eventos de modo a registar informações sobre as perdas efectivas em eventos ocorridos.

7.5.3 RISCO DE CONCENTRAÇÃO, CONTRAPARTE, RISCO DE REPUTAÇÃO E RISCO ESTRATÉGICO

Risco ConcentraçãoDefiniçãoO Risco de Concentração é o risco de perdas resultantes da possibilidade de uma exposição ou um conjunto de exposições produzir perdas suficientemente significativas que possam pôr em causa a solvabilidade do Banco.

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de concentração, os quais se encontram enumerados de seguida:

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Indicador Descrição

Maiores contrapartes de crédito / crédito. 3 Maiores contrapartes de crédito / crédito.

Maiores contrapartes de depósitos de clientes / depósitos.

3 Maiores contrapartes de depósitos de clientes / depósitos.

Grandes Riscos. Contrapartes que representam a partir de 10% dos Fundos Próprios Regulamentares / Total das exposições.

Limite a Contrapartes. Contrapartes que ultrapassam o limite definido no artigo 6º do Aviso nº 09/2016, representando mais de 25% do total dos Fundos Próprios Regulamentares / Total das exposições.

Índices de Concentração Herfindahl. Cálculo da concentração do crédito por contraparte.Cálculo da concentração dos depósitos por contraparte.Cálculo da concentração sectorial das 20 maiores exposições do Banco.

Indicador Junho2017

Julho2017

Agosto2017

Setembro2017

Outubro2017

Novembro2017

Dezembro2017

Índice de Concentração Sectorial das 20 Maiores Exposições 0,56% 0,65% 0,62% 0,56% 0,46% 0,35% 0,35%

Perfil de Risco 0,25% 0,25% 0,25% 0,25% 0,25% 0,25% 0,25%

Limite de alerta 0,35% 0,35% 0,35% 0,35% 0,35% 0,35% 0,35%

Limite de activação 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40% 0,40%

jun 17 jul 17 ago 17 set 17 out 17 nov 17 dez 170,00

0,20

0,10

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

Índice de Concentração Sectorial

Perfil de Risco

Limite de alertaLimite de activação

Índice de Concentração Sectorial - Herfindahl

AnáliseEste indicador tem como objectivo quantificar a concentração existente nos sectores a que per-tencem as 20 maiores exposições do Banco. Em Dezembro de 2017 o Índice de Herfindahl apresentava uma concentração sectorial de 0,35, indicando que existe uma elevada concentração de sectores nas 20 Maiores exposições a contrapartes.

Risco de ContraparteDefiniçãoPor Risco de Contraparte entende-se o risco asso-ciado à possibilidade de uma Instituição Financeira incorrer em perdas financeiras, resultantes do in-cumprimento das obrigações contratuais das suas contrapartes financeiras.

Adicionalmente, a definição inclui também as per-das decorrentes da desvalorização de operações financeiras decorrente da degradação de Risco de Crédito das Contrapartes.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Indicador Descrição

Rácio de solvabilidade médio das contra-partes de Aplicações e Disponibilidades.

Cálculo da média ponderada do rácio de solvabilidade das contrapartes de Aplicações e Disponibilidades

Número de entidades estrangeiras com rating entre A e B (S&P ratings).

Corresponde à análise do número de entidades por rating, de forma a estabelecer um limite do número máximo de entidades abaixo de um determinado rating.

Rácio de aplicações em contrapartes nacio-nais.

Número de aplicação em contrapartes nacionais sobre total das aplicações.

Indicador Descrição

Índice de notoriedade na Banca de Inves-timento.

Nº de referências mensais nos órgãos de comunicação social ao Banco Prestígio/nº de referências mensais nos órgãos de comunicação sobre Banca de Investimento.

Número de reclamações com fundamento. Número de reclamações com fundamento.

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de contraparte, os quais se encontram enume-rados de seguida:

Risco de ReputaçãoDefiniçãoO Risco Reputacional é definido como a probabilidade de ocorrência de eventos com impacto negativo nos resultados ou no capital, decorrentes da percepção desfavorável em relação à imagem da Instituição por parte dos clientes, contrapartes, accionistas investi-dores e reguladores.

Indicadores InternosO Banco desenvolveu internamente um conjunto de indicadores chave, que possibilitam o cálculo do risco de reputação, os quais se encontram enume-rados de seguida:

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Indicador Descrição

Rácio de Solvabilidade. Cálculo do Rácio de Solvabilidade.

Volume global de angariação anual de produ-tos/serviços da Banca de Investimento.

Montante médio dos projectos angariados.

Quota de mercado na angariação de projectos para os sectores de actividade-alvo.

Nº de projectos angariados pelo Banco / Nº total de projectos lançados pelo Estado.

Risco EstratégicoDefiniçãoEntende-se por Risco Estratégico a probabilidade de ocorrência de eventos com impacto negati-vo nos resultados ou no capital, decorrentes de decisões estratégicas inadequadas, da deficiente implementação das decisões ou da incapacidade de resposta a alterações do meio envolvente ou a alterações no ambiente de negócios da Instituição.

Indicadores Internos

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Proposta de Aplicaçãode Resultados

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Proposta de Aplicaçãode Resultados

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADO

O exercício de 2017 foi positivo, pois alcançou-se um resultado líquido de AOA 278.157.401,85 (du-zentos e setenta e oito milhões, cento e cinquenta e sete mil, quatrocentos e um kwanzas e oitenta e cinco cêntimos), sendo assim nos termos do artigo 327.º da Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais “LSC”, deve-se constituir a respectiva reserva legal equivalente à 20ª parte dos lucros líquidos do Banco.

O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o resultado liquido, referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, tenha a seguinte aplicação:

% Montante AOA

Reservas Legais 20 55.631.480,20

Resultados Transitados 80 222.525.921,48

Outrossim, o CAD vem, nos termos da alínea b) do Artigo 328.º da LSC, solicitar a autorização para cobertura dos prejuízos transitados do exercício de 2016, pela utilização da Reserva Legal.

Luanda, 27 de Março de 2017

O Conselho de Administração

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Declaração de Gestão

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Declaração de Gestão

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

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9. DECLARAÇÃO DE GESTÃO

O Conselho de Administração declara que as Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo as Normas Internacionais de Contabilidade/Normas Internacionais de Relato Financeiro(“IAS/IFRS”).

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco Prestígio, os resultados das suas operações, as mutações nos fundos próprios a 31 de Dezembro de 2017.

O Relatório de Gestão inclui uma análise das operações e da posição financeira e descreve os riscos signifi-cativos e factores de incerteza que podem afectar o Banco.

O Banco tem um sistema de controlo interno adequado a fim de permitir a preparação de demonstrações financeiras fiáveis de acordo com os princípios e práticas contabilísticas geralmente aceites em Angola para o sector Bancário.

Neste contexto aprovámos as Demonstrações Financeiras em 27 de Março de 2018.

Tito Luís P. Abrantes Zuzarte de MendonçaPresidente do Conselho de Administração

Vany Eduardo SamboVice-Presidente do Conselho de Administração

Maria João de AlmeidaPresidente da Comissão Executiva

Manuel Nicolau DiogoAdministrador

Sérgio Filipe de SousaAdministrador

N’Jinga Nérica Pimentel Pitta-GrósAdministradora

Zenaida Gertrudes Ramos ZumbiAdministradora

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DemonstraçõesFinanceiras

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DemonstraçõesFinanceiras

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

10. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanço em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma) e em 01 de Janeiro de 2016 (Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas e Milhares de Dólares

31/12/2017 31/12/2016 (Pró-forma)

01/01/2016 (Pró-forma)

Notas1 AOA USD AOA USD AOA USD

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

3 3.314.245 19.974 2.036.941 12.278 4.356.227 32.193

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

4 3.663.644 22.080 975.298 5.879 106.643 788

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

5 4.455.995 26.856 8.822.895 53.181 4.172.366 30.834

Activos FinanceirosDisponíveis para Venda

6 7.056.612 42.529 5.916.059 35.660 734.173 5.426

Crédito a Clientes 7 295.858 1.783 233.702 1.409 9.190 68

Outros Activos Tangíveis 8 346.507 2.088 311.244 1.876 37.456 277

Activos Intangíveis 8 21.319 128 21.770 131 97.858 723

Outros Activos 9 80.675 486 76.616 462 21.435 158

Total do Activo 19.234.855 115.926 18.394.525 110.875 9.535.348 70.468

Passivo e Capital Próprio

Recursos de Bancos Centrais e de OutrasInstituições de Crédito

10 0 0 1.842.025 11.103 1.349.455 9.973

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

11 13.850.041 83.472 9.878.353 59.543 6.113.086 45.177

Provisões 12 14.498 87 6.905 42 16.193 120

Outros Passivos 13 3.201.846 19.297 4.776.929 28.794 202.329 1.495

Total do Passivo 17.066.385 102.857 16.504.212 99.481 7.681.063 56.764

Capital Social 14 2.500.000 15.067 2.500.000 15.069 2.500.000 18.475

Outras Reservas e Resultados Transitados

14 -609.687 -3.674 -645.715 -3.892 -645.715 -4.772

Resultado Líquido Individual do Exercício

278.157 1.676 36.028 217 0 0

Total do Capital Próprio 2.168.470 13.069 1.890.313 11.394 1.854.285 13.703

Total do Passivo e do Capital Próprio 19.234.855 115.926 18.394.525 110.875 9.535.348 70.468

1As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras

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Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas e Milhares de Dólares

31-12-2017 31/12/2016 (Pró-forma)

Notas1 AOA USD AOA USD

Juros e Rendimentos Similares 15 1.500.655 9.044 1.478.941 8.914

Juros e Encargos Similares 15 -390.193 -2.352 -246.251 -1.484

Margem Financeira 1.110.462 6.693 1.232.690 7.430

Rendimentos de Serviços e Comissões 16 925.275 5.576 86.914 524

Encargos com Serviços e Comissões 16 -271 -2 -5.009 -30

Resultados de Activos e Passivos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados

17 2.238 13 87.880 530

Resultados Cambiais 18 407.057 2.453 327.991 1.977

Outros Resultados de Exploração 19 -144.195 -869 -119.564 -721

Produto da Actividade Bancária 2.300.566 13.865 1.610.902 9.710

Custos com o Pessoal 20 -1.210.389 -7.295 -1.040.334 -6.271

Fornecimentos e Serviços de Terceiros 21 -684.050 -4.123 -440.142 -2.653

Depreciações e Amortizações do Exercício 8 -111.162 -670 -101.611 -612

Provisões Líquidas de Anulações 9 e 12 -16.178 -98 9.288 56

Imparidade para Crédito a Clientes Líquida de Reversões e Recuperações

7 -630 -4 -2.074 -13

Resultado Antes de Impostos de Operações em Continuação 278.157 1.676 36.028 217

Impostos sobre os Resultados

Correntes 0 0 0 0

Diferidos 0 0 0 0

Resultados Após Impostos de Operaçõesem Continuação 278.157 1.676 36.028 217

Resultado Líquido do Exercício 278.157 1.676 36.028 217

Número Médio de acções Ordinárias Emitidas 250.000 250.000

Resultado por Acção Básico (em kwanzas) 1,1126 0,1441

Resultado por Acção Diluído (em kwanzas) 1,1126 0,1441

1As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma) e em 01 de Janeiro de 2016 (Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas e Milhares de Dólares

Outras Reservas e Resultados Transitados

AOA Capital SocialResultados Transitados Sub-total

Resultado Líquido do Exercício

Total do Capital Próprio

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 2.500.000 -645.715 -645.715 0 1.854.285

Resultado Integral do Exercício 0 0 0 36.028 36.028

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 2.500.000 -645.715 -645.715 36.028 1.890.313

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2016:

-36.028 -36.028

Transferência para Reserva Legal 0 7.206 7.206 0 7.206

Transferência para Resultados Transitados

0 28.822 28.822 0 28.822

Resultado Integral Individual do Exercício

278.157 278.157

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 2.500.000 -609.687 -609.687 278.157 2.168.470

Outras Reservas e Resultados Transitados

USD Capital SocialResultados Transitados Sub-total

Resultado Líquido do Exercício

Total do Capital Próprio

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 18.475 -4.772 -4.772 -4.772 13.703

Resultado Integral do Exercício 0 0 0 217 217

Variação Cambial -3.406 880 880 0 -2.526

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 15.069 -3.892 -3.892 217 11.394

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2016:

-217 -217

Transferência para Reserva Legal 43 43 43

Transferência para Resultados Transitados

174 174 174

Resultado Integral Individual do Exercício

1.676 1.676

Variação Cambial -2 1 1 -1

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 15.067 -3.674 -3.673 1.676 13.069

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Demonstração de Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas e Milhares de Dólares

2017 2016

AOA USD AOA USD

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Juros, Comissões e Outros Proveitos Equiparados Recebidos 1.238.730 7.466 98.877 596

Juros, Comissões e outros Custos Equiparados Pagos -124.715 -752 152.689 920

Pagamentos a Empregados e Fornecedores -3.275.539 -19.741 -1.361.302 -8.205

Outros Resultados -102.472 -618 -4.292 -26

Fluxos de Caixa Antes das Alterações nos Activos e PassivosOperacionais 0 0 0 0

(Aumentos)/Diminuições de Activos Operacionais: 0 0 0 0

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito 1.901.363 11.459 1.044.361 6.295

Activos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados -34.507.016 -207.969 -10.156.969 -61.222

Outros Activos 24.742.047 149.117 9.062.240 54.624

Fluxo Líquido Proveniente dos Activos Operacionais 0 0 0 0

(Aumentos)/Diminuições de Passivos Operacionais: 0 0 0 0

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 14.908.035 89.849 -297.819 -1.795

Outros Passivos -418.002 -2.519 0 0

Fluxo Líquido Proveniente dos Passivos Operacionais 0 0 0 0

Caixa Líquida das Actividades Operacionais Antes dos Impostos sobre o Rendimento

0 0 0 0

Impostos sobre o Rendimento Pagos 0 0 0 0

Caixa Líquida das Actividades Operacionais 4.362.431 26.292 -1.462.215 -8.814

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Dividendos Recebidos 0 0 0 0

Aquisições de Activos Intangíveis, Líquidas de Alienações -396.781 -2.391 -438.178 -2.641

Aquisições de Participações em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos, Líquidas de Alienações

0 0 0 0

Caixa Líquida das Actividades de Investimento -396.781 -2.391 -438.178 -2.641

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO0 0 0 0 0

Aumentos/(Reduções) de Capital Social 0 0 0 0

Emissão de Responsabilidades Representadas por Títulos, Líquida de Reembolsos e Compras

449.762 2.711

Caixa Líquida das Actividades de Financiamento 0 0 449.762 2.711

Variação de Caixa e seus Equivalentes

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 3.012.239 18.157 4.462.870 26.900

Efeitos da Variação Cambial em Caixa e seus Equivalentes 0 0 0 0

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 6.977.889 42.057 3.012.239 18.157

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Demonstração de Mutações nos Fundos Próprios em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas e Milhares de Dólares

Capitais Próprios

AOA 31/12/2016 01/01/2016Resultado Líquido do Exercício 2016

Saldos de Acordo com CONTIF 2.021.009 0 36.028

Desreconhecimento de Imob. Incorpóreas - Despesas de Constituição 2016 -130.696 0 0

Reconhecimento Margem Financeira - Facilidades à Taxa Especial 36.557

Reconhecimento Custos com Pessoal - Facilidades à Taxa Especial -36.557

Total dos Ajustamentos -130.696 0 0

Saldo de acordo com as IAS/IFRS 1.890.313 0 36.028

Capitais Próprios

AOA 31/12/2017 01/01/2017Resultado Líquido do Exercício 2017

Saldos de Acordo com CONTIF 2.168.470 0 249.528

Desreconhecimento de Imob. Incorpóreas - Despesas de Constituição 2016 0 0 28.629

Total dos Ajustamentos 0 0 28.629

Saldo de acordo com as IAS/IFRS 2.168.470 0 278.157

Capitais Próprios

USD 31/12/2016 01/01/2016Resultado Líquido do Exercício 2016

Saldos de Acordo com CONTIF 12.182 0 217

Desreconhecimento de Imob. Incorpóreas - Despesas de Constituição 2016 -788 0 0

Reconhecimento Margem Financeira - Facilidades à Taxa Especial 0 0 220

Reconhecimento Custos com Pessoal - Facilidades à Taxa Especial 0 0 -220

Total dos Ajustamentos -788 0 0

Saldo de acordo com as IAS/IFRS 11.394 0 217

Capitais Próprios

USD 31/12/2017 01/01/2017Resultado Líquido do Exercício 2017

Reconhecimento Custos com Pessoal- Facilidades à Taxa Especial 13.630 0 2.064

Desreconhecimento de Imob. Incorpóreas - Despesas de Constituição 2016 0 0 173

Total dos Ajustamentos 0 0 173

Saldo de acordo com as IAS/IFRS 13.630 0 2.237

Maria João de AlmeidaPresidente da Comissão Executiva

Renato de Assunção BorgesDirecção de Contabilidade e Controlo de Gestão

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Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2017 e 2016(Pró-forma)Valores Expressos em Milhares de Kwanzas (mAOA) e Milhares de Dólares (mUSD)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

O Banco Prestígio, S. A. é uma Instituição Financeira de capitais privados com sede em Luanda, Município de Luanda, Distrito e Bairro da Ingombota, Rua Rainha Ginga, Torre Elysée nº 31. Foi constituído em 12 de Março de 2014. A actividade comercial foi iniciada no dia 26 de Março de 2015.

O objecto da Sociedade é o exercício da actividade bancária nos termos permitidos por Lei, que inclui a obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no BNA, aplicações em instituições de crédito, aquisição de títulos e em outros activos. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira.

O seu Capital Social é de 2.500.000.000 AOA (equivalente a 25.551.399,19 USD, ao câmbio de 97,842), integralmente subscrito e realizado em dinheiro depositado nos termos legais e encontra-se dividido em 250.000 acções, com o valor nominal de 10.000,00 AOA cada.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras do Banco foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações, e de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade / Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”), nos termos do Aviso nº 6/2016, de 22 de Junho, do BNA.

As IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores.

Considerando que até 31 de Dezembro de 2016 o Banco preparou as suas demonstrações financeiras de acordo com o CONTIF, as demonstrações financeiras para o exercício findo naquela data, apresentadas neste relatório, foram preparadas de acordo com as IAS/IFRS para efeitos meramente comparativos em cumprimento da IFRS 1.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se expressas em milhares de Kwanzas arredondadas ao próximo, conforme Aviso nº 15/2007, Art.º 5º do BNA, tendo sido convertidas para dólares para efeitos meramente informativos, não representando uma transposição dos valores confor-me definido na Norma Internacional de Contabilidade nº 21. No processo de conversão foi utilizada a taxa de referência publicada pelo BNA em 31 de Dezembro:

As mesmas reflectem o resultado das operações do Banco para o período findo em 31 de Dezembro de 2017 foram preparadas de acordo com os pressupostos continuidade e do princípio da especialização no qual os itens são reconhecidos como activos, passivos, fundos próprios, proveitos e custos quando satisfa-çam as definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidos na estrutura conceptual,

20161 USD = 165,903 AOA1 EUR = 185,379 AOA

20171 USD = 165,924 AOA1 EUR = 185,400 AOA

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

em conformidade com as características qualitativas da compreensibilidade, relevância, materialidade, fiabilidade, representação fidedignidade, substância sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e comparabilidade.

As demonstrações financeiras do exercício findo a 31 de Dezembro de 2017 foram aprovadas em reunião do Conselho de dministração, a 27 de Março de 2018.

As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017 e 2016.

a) Especialização dos Exercícios

Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio da especialização do exercício.

Os proveitos são considerados realizados quando:

• Nas transacções com terceiros, o pagamento for efectuado ou assumido o firme compromisso de efectivá-lo;

• Na extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento simultâneo de um activo de valor igual ou maior;

• Na geração natural de novos activos, independentemente da intervenção de terceiros; ou• No recebimento efectivo de doações e subvenções.

Os custos, por sua vez, são considerados incorridos quando:

• Deixar de existir o correspondente valor activo, por transferência da sua propriedade para um terceiro;• Pela diminuição ou extinção do valor económico de um activo; ou• Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente activo.

Os dividendos são reconhecidos quando recebidos.

b) Activos e Passivos

São apresentados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou incorridos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustamentos para reduzir o custo de activos ao seu valor de mercado ou de realização.

c) Operações em Moeda Estrangeira

As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema “multi-currency”, sendo cada operação registada exclusivamente em função das respectivas moedas. Este método prevê que todos os saldos expressos em moeda estrangeira sejam convertidos para Kwanzas com base na taxa de referência publicada pelo BNA. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são con-vertidos para Kwanzas à taxa de câmbio de referência publicada pelo BNA à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, são registados na demonstração dos resultados do exercício em que ocorrem.

Os activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, excepto imobilizações financeiras, são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio indicativa publicada pelo BNA na data da transacção.

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Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são imediatamente registadas na posição cambial. Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteú-do e critério de reavaliação é como se segue:

Notas e Moedas Estrangeiras – As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas diariamente com base nas taxas de referência do BNA. As diferenças são registadas como custos ou proveitos do exercício.

Posição Cambial à Vista – A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos dessa moeda. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base na taxa média de referência do BNA, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (contra valor em moeda nacional), por contrapartida de custos ou proveitos.

Posição Cambial a Prazo – A posição cambial a prazo em cada moeda corresponde ao saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na sua ausência, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. A diferença entre os valores em Kwanzas às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em Kwanzas à taxa contratada representa o proveito ou o custo da reavaliação da posição a prazo, sendo registada em contas de proveitos ou custos em diferenças de reavaliação da posição cambial a prazo, por contrapartida de uma conta de especialização de reavaliação da posição cambial a prazo.

d) Títulos e Valores Mobiliários

Os títulos e valores mobiliários adquiridos pelo Banco são registados pelo valor efectivamente pago, incluindo corretagens e emolumentos. O Banco determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial, numa das seguintes categorias, atendendo às características dos títulos e à sua intenção aquando da aquisição dos mesmos:

Títulos para Negociação, os adquiridos com o propósito de serem activa e frequentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado considerando-se a valorização ou a desvalorização em contrapartida do resultado do período;

Títulos Disponíveis para Venda, os adquiridos com o propósito de serem eventualmente negociados, ajustados pelo valor de mercado, considerando-se a valorização ou a desvalorização em contrapartida da conta específica de fundos próprios, devendo ser transferidos para o resultado do período somente no momento da sua venda definitiva;

Títulos Mantidos até ao Vencimento, os adquiridos para os quais haja intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento, devendo ser registados pelo custo de aquisição, reconhecendo-se eventuais lucros ou prejuízos em contrapartida de resultados do período, incluindo os decorrentes da actualização cambial. No caso de eventual venda dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento antes do resgate, devem ser registados os eventuais lucros ou prejuízos apurados na data da venda pela diferença entre o preço de venda e o seu valor contabilístico.

O Banco não poderá classificar quaisquer títulos e valores mobiliários na categoria títulos mantidos até o vencimento se, durante o exercício económico corrente ou em algum dos dois exercícios económicos ante-riores, vendeu ou reclassificou parte substancial deles antes de seu vencimento, exceptuados os casos em que o valor de custo de aquisição dos títulos, acrescido dos rendimentos auferidos, não apresente diferença significativa em relação ao valor de mercado.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Os rendimentos produzidos pelos títulos e valores mobiliários, relativos a juros corridos durante o prazo até o vencimento ou dividendos declarados, devem ser considerados directamente no resultado do período, independentemente da categoria em que tenham sido classificados, observado que os relativos às acções adquiridas há menos de seis meses devem ser reconhecidos em contrapartida à adequada conta que regista o correspondente custo de aquisição.

A CEA determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial, sendo os títulos de dívida do Estado Angola e do BNA no Nível A.

Em 31 de Dezembro de 2017, e tendo em conta que a carteira era apenas composta de títulos públicos, o Banco considerou para a valorização dos seus títulos o valor divulgado pelo BNA.

Transferência de Títulos entre Categorias

As transferências de uma categoria para outra somente poderão ocorrer por motivo isolado, não usual, não recorrente e que não pudesse ter sido razoavelmente antecipado, ocorrido após a data da classificação, devendo permanecer à disposição do BNA a documentação que servir de base para a reclassificação, devi-damente acompanhada de exposição de motivos da CEA do Banco.

A eventual transferência para categoria diversa deve levar em conta a intenção e a capacidade financeira do Banco e ser efectuada pelo valor de Mercado do título ou valor mobiliário, observando-se, ainda, os seguintes procedimentos:

1) na hipótese de transferência da categoria de títulos para negociação para as demais categorias, não será admitido o estorno dos valores já registados no resultado decorrentes de ganhos ou perdas não realizadas;

2) na hipótese de transferência da categoria títulos disponíveis para venda, os ganhos e perdas não rea-lizados, registados como componente destacado nos fundos próprios, devem ser reconhecidos no resultado do período:

i. imediatamente, quando para a categoria títulos para a negociação;ii. em função do prazo remanescente até o vencimento, quando para a categoria títulos mantidos até

o vencimento;

3) na hipótese de transferência da categoria mantidos até o vencimento para as demais categorias, os ganhos e perdas não realizados devem ser reconhecidos:

i. imediatamente no resultado do período, quando para a categoria títulos para a negociação;ii. como componente destacado nos fundos próprios, quando para a categoria títulos disponíveis para

a venda.

Imparidade

As perdas de carácter permanente em títulos e valores mobiliários devem ser reconhecidas imediatamente no resultado do período, observado que o valor ajustado em decorrência do reconhecimento das referidas perdas passa a constituir a nova base de valor para efeito de apropriação de rendimentos. Não se admite a reversão destas perdas.

e) Crédito

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção, e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

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As responsabilidades relativas a garantias e avales prestados e créditos documentários são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações.

As operações de crédito são concedidas em moeda nacional para todas as entidades, com excepção do Estado e Empresas com comprovadas receitas e recebimentos em moeda estrangeira, no âmbito do Regulamento de Facilidade de Liquidez para colaboradores.

Outras modalidades de crédito financeiro com natureza de curto prazo (inferior a um ano) mediante dação de bens e/ou pagamentos em espécie.

f) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e vincendas, incluindo as garantias e avales prestados e os créditos documentários) em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas de acordo com o Regulamento de Crédito, aten-didas as normas estabelecidas pelo Instrutivo nº 9/2015, de 4 de Junho, do BNA, entre as quais destacam-se:

• As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito incluindo as garantias e avales prestados e os créditos documentários e são constituídas mensalmente, resultando do produto decorrente da aplicação dos percentuais de provisionamento sobre o valor contabilístico de cada crédito, assim considerado o montante a receber do tomador do crédito, acrescido dos proveitos e dos encargos de qualquer natureza não recebidos, inclusive aqueles decorrentes de variação cambial, se houver. O seu cálculo tem por base a classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e da operação e não apenas quando da ocorrência de atrasos no pagamento da prestação de capital ou juros:

Operações com prazo inferior a 2 anos

Risco Nível de Risco Dias de atrasoProvisão mínima a ser

constituídaNulo A Até 15 dias 0%

Muito Reduzido B 15 a 30 1%

Reduzido C 30 a 60 5%

Moderado D 60 a 90 30%

Elevado E 90 a 150 50%

Muito Elevado F 150 a 180 70%

Perda G Superior a 180 100%

Operações com prazo superior a 2 anos

Risco Nível de Risco Dias de atrasoProvisão mínima a ser

constituídaNulo A Até 30 dias 0%

Muito Reduzido B 30 a 60 1%

Reduzido C 60 a 120 5%

Moderado D 120 a 180 30%

Elevado E 180 a 300 50%

Muito Elevado F 300 a 360 70%

Perda G Superior a 360 100%

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Conforme o quadro acima, para os créditos concedidos com prazo superior a 24 meses, deverão ser considerados em dobro os prazos definidos para efeito da atribuição da classe de risco.

A classificação das operações de crédito a um mesmo parceiro, para efeitos de constituição de provisões, é efectuada na classe que apresentar maior risco.

A reclassificação do crédito para uma categoria de menor risco, em função da redução do atraso, está limitada ao nível estabelecido na classificação inicial ou decorrente da avaliação periódica do risco.

As provisões para crédito concedido são registadas no activo na rubrica “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”, a abater à rubrica “Créditos” e as Provisões para Garantias e Avales Prestados e Créditos Documentários não Garantidos à data do balanço são apresentadas no passivo, na rubrica “Provisões para Responsabilidades Prováveis – Garantias Prestadas”.

Crédito Transferido para Prejuízos

O crédito classificado em nível de risco G deve ser transferido para a conta extrapatrimonial específica, com o correspondente débito da respectiva provisão, após decorridos 6 meses da sua classificação neste nível de risco, desde que apresente atraso superior a 180 (cento e oitenta) dias, não sendo admitida a transferência em período inferior. Após esta reclassificação, este deverá ser controlado analiticamente e deverá perma-necer registado numa rubrica extrapatrimonial pelo prazo mínimo de 10 anos e enquanto não estiverem esgotados todos os procedimentos para cobrança.

Renegociação dos Créditos

As operações que sejam objecto de renegociação são mantidas, pelo menos, no mesmo nível de risco em que estavam classificadas no mês imediatamente anterior à renegociação.

Por ocasião da revisão mensal da classificação de risco, poderá ser efectuada a reclassificação do crédito para categoria de menor risco, em função da regularidade e da relevância dos pagamentos efectuados em relação ao montante total da divida.

Os ganhos ou proveitos resultantes da renegociação só são registados quando do seu efectivo recebimento.

Recuperação dos Créditos

Nas situações em que são efectuadas recuperações de créditos anteriormente abatidos ao activo por utilização de provisões, os montantes recebidos são reconhecidos nos resultados do exercício.

g) Actualização Monetária

Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do BNA sobre actualização monetária, o qual revogou o Aviso nº 19/2007, de 26 de Setembro, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base na aplicação do Índice de Preços ao Consumidor, nas imobilizações e nos saldos de capital, reservas e resulta-dos transitados.

As demonstrações financeiras de uma entidade cuja moeda funcional seja a moeda de uma economia hiperinflacionária devem ser expressas em termos da unidade de mensuração corrente à data do balanço. A hiperinflação é indicada pelas características do ambiente económico de um país que inclui, mas sem limitar, as seguintes situações:

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• A população em geral prefere guardar a sua riqueza em activos não monetários ou em moeda estrangeira relativamente estável. As quantias da moeda local detidas são imediatamente investidas para manter o poder de compra;

• A população em geral vê as quantias monetárias em termos de moeda estrangeira estável. Os preços podem ser cotados nessa moeda;

• As vendas e compras a crédito têm lugar a preços que compensem a perda esperada do poder de compra durante o período do crédito, mesmo que o período seja curto;

• As taxas de juro, salários e preços estão ligados a um índice de preços e a taxa acumulada de inflação durante os últimos 3 anos aproxima-se de, ou excede, 100%.

O valor resultante da actualização monetária das imobilizações deve ser reflectido mensalmente a crédito na conta de “Resultado da Actualização Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida das rubricas de valor bruto e amortizações acumuladas das imobilizações.

O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente, a débito na conta de “Resultado da Actualização Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida do aumento dos saldos de Fundos Próprios, com excepção da rubrica “Capital Social”, que deve ser classificada numa rubrica específica (“Reserva de Actualização Monetária do Capital Social”) que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital.

Durante o exercício de 2017, o Banco não procedeu à actualização monetária dos seus fundos próprios, em virtude da inflação verificada, bem como a evolução cambial que ocorreu ao longo do período, não perspectivarem que Angola pudesse ser considerada uma economia hiperinflacionária, nos termos do normativo em vigor.

h) Imobilizações Financeiras

As imobilizações financeiras são inicialmente registadas pelo seu custo de aquisição e ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte do Banco nos activos líquidos das correspon-dentes participadas. Os resultados do Banco incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas participadas.

Adicionalmente, deve constituir uma provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto, na partici-pada, e houver intenção manifesta do Banco em manter o seu apoio financeiro à mesma.

Deve deixar de ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, a participação societária em sociedades coligadas e equiparadas com efectiva e clara evidência de perda de continuidade de suas operações ou no caso em que estas estejam a operar sob severas restrições a longo prazo que prejudiquem significativamente a sua capacidade de transferir recursos para a investidora.

As participações em outras sociedades, em que o Método da Equivalência Patrimonial não é aplicável, encontram-se registadas ao custo de aquisição. Sempre que se estimem perdas permanentes no seu valor de realização, são constituídas as respectivas provisões.

Quando as participações se encontram denominadas em moeda estrangeira, são objecto de actualização cambial, sendo o resultado desta actualização cambial reflectido em rubrica específica nos fundos próprios.

i) Imobilizações Corpóreas

As imobilizações corpóreas e incorpóreas, são inicialmente registadas ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, em regime de duodécimos a partir do mês de aquisição

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

do bem, aplicando-se as taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que não diferem substancialmente da vida útil esperada:

j) Imobilizações Incorpóreas

As imobilizações incorpóreas, que correspondem principalmente a software informático, são registadas ao custo de aquisição e amortizadas linearmente ao longo de um período, que se situa normalmente em 3 anos.

k) Redução no Valor Recuperável de Outros Activos (imparidade)

O Banco avalia periodicamente os seus activos, especialmente na ocasião da elaboração de demonstrações financeiras, com vista a identificar activos que apresentem o valor recuperável inferior ao valor contabilístico. O reconhecimento da redução no valor contabilístico (imparidade) de um activo acontece, sempre que o seu valor contabilístico exceder o valor recuperável, por contrapartida de resultados.

Na avaliação do indício de imparidade, o Banco deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:

• declínio significativo no valor de um activo, maior do que o esperado no seu uso normal;• mudanças significativas no ambiente tecnológico, económico ou legal, com efeitos adversos sobre o

Banco;• aumento nas taxas de juros ou outras taxas de mercado, com efeitos sobre as taxas de desconto e

consequente redução no valor presente ou no valor recuperável dos activos;• valor contabilístico de activos líquidos maiores do que o valor de mercado;• evidência disponível de obsolescência ou perda de capacidade física de um activo;• mudanças significativas na forma de utilização do activo, como descontinuidade ou reestruturação, com

efeitos adversos para o Banco;• indicação de que o desempenho económico do activo será pior do que o esperado.

l) Despesas com Custos Diferidos

Incluem pagamentos a fornecedores liquidados antecipadamente para períodos entre seis meses e um ano, sendo imputados mensalmente às contas de custos correspondentes.

m) Impostos

O Banco está sujeito ao regime fiscal sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A. O Imposto Industrial do exercício é determinado com base na taxa de 30% (Lei nº 19/14 de 22 de Outubro) sobre o valor total dos resultados antes de impostos, apurados no período e expressos na demonstração de resultados, acres-cido dos custos fiscalmente não aceites e deduzidos de benefícios fiscais obtidos, conforme legislação aplicável.

Rubrica Número de Anos

Imóveis de Serviço Próprio 25

Equipamento de Transporte 4

Mobiliário e Material 8

Máquinas e Ferramentas 8

Equipamento Informático 3

Instalações Interiores 8

Equipamento e Segurança 8 a 15

Outro Equipamento 4 a 6

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De acordo com a legislação, as declarações para impostos sobre lucros e outros impostos podem ser sujeitos a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais nos cincos anos subsequentes ao exercício a que respeitam (10 anos para a Segurança Social). O CAD entende que eventuais correcções que possam resultar dessas revisões não serão significativas para as demonstrações financeiras anexas.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os impostos diferidos activos e passivos são cal-culados com base nas taxas fiscais em vigor para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os prejuízos fiscais reportáveis dão também origem a impostos diferidos activos.

Os passivos fiscais diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os activos fiscais diferidos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente, não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras situações, incluindo questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

Apesar disto, não são registados activos ou passivos fiscais diferidos relativos a diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável.

n) Provisões e Contingências

ProvisõesAs provisões representam responsabilidades prováveis com prazos e valores estimados. São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade, na data do balanço.

Passivos ContingentesCaso o Banco tenha uma responsabilidade em que não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Estas são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

São reconhecidos passivos contingentes em contas extrapatrimoniais quando (i) o Banco tem uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam sob o seu controlo; (ii) uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é reconhecida porque não é provável que tenha de a liquidar ou o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.

Os passivos contingentes são reavaliados periodicamente para determinar se a avaliação anterior continua válida. Se for provável que uma saída de recursos será exigida para um item anteriormente tratado como um passivo contingente, deverá ser reconhecida uma provisão nas demonstrações financeiras do período no qual ocorre a mudança na estimativa de probabilidade.

Activos ContingentesUm activo contingente é um possível activo presente, decorrente de eventos passados, cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controlo da instituição. Apenas são objecto de divulgação e reconhecidas em contas extrapatrimoniais, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Os activos contingentes devem ser reavaliados periodicamente para determinar se a avaliação inicial continua válida. Se for praticamente certo que uma entrada de recursos ocorrerá por conta de um activo, entrada esta anteriormente classificada como provável, o activo e o correspondente ganho devem ser reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que ocorrer a mudança de estimativa.

o) Reconhecimento de Proveitos Resultantes de Serviços e Comissões

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.

p) Resultado por Acção

O resultado por acção é calculado dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas do Banco pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação no exercício, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Banco e detidas como acções próprias.

Se o resultado por acção for alterado em resultado de uma emissão a prémio ou desconto ou outro evento que altere o número potencial de acções ordinárias ou alterações nas políticas contabilísticas, o cálculo do resultado por acção para todos os períodos apresentados é ajustado retrospectivamente.

q) Principais Estimativas e Incertezas Associadas à Aplicação das Políticas Contabilísticas

As contas do Banco integram estimativas realizadas em condições de incerteza, que requerem que o CAD utilize o julgamento de forma a apurar a estimativa adequada.

Desta forma, em algumas situações as estimativas apuradas pelo CAD , poderiam ser diferentes caso um julgamento distinto fosse efectuado. O CAD considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. Utilizaram-se estimativas e pressupostos, nomeadamente para a margem nos Resultados Cambiais.

r) Fluxos de Caixa

Para efeitos da preparação da demonstração de fluxos de caixa, o Banco considera como disponibilidades o total dos saldos das rubricas de caixa, disponibilidades no Banco Central e disponibilidades em instituições financeiras.

s) Compensação de Saldos

Os elementos do activo e do passivo devem ser valorizados separadamente, não sendo permitidas quaisquer compensações entre os saldos devedores e credores, inclusive das contas de resultado, com excepção das compensações relativas às operações interdepartamentais ou interdependências, ou outras definidas pelo BNA.

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3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAISEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rúbrica tem a seguinte composição:

Os depósitos à ordem no BNA em Moeda Nacional (MN) e Moeda Estrangeira (ME) visam cumprir com as disposições em vigor de manutenção de reservas obrigatórias e não são remuneradas.

As Reservas Obrigatórias são calculadas de acordo com o Instrutivo nº 06/2017 de 01 de Dezembro que revogou o Instrituvo nº 16/2015 de 22 de Julho, que prevê base de incidência em moeda nacional e moeda estrangeira, cujo coeficiente a ser aplicado sobre os saldos diários das rubricas que a compõem é de 21% para MN e 15% para ME (25% para MN e 15% para ME em 2016). O coeficiente de Reservas Obrigatórias a ser aplicado sobre os saldos diários das contas do Governo Central é de 75% para a MN e ME; e dos Governos Locais e Administrações Municipais é de 50% para MN e 100% para ME.

A exigibilidade para a base de incidência em MN e ME é calculada semanalmente sobre a média aritmética dos saldos apurados nas respectivas contas de acordo com fórmula indicada no Instrutivo.

Podem ser deduzidos da exigibilidade em MN:

• Montante até 5% da média aritimética semanal dos saldos diários da conta 1.10.10 Caixa Moeda Nacional;• A apresentação dos dados e das informações relativas ao cálculo da exigibilidade em MN e ME é feita em

MN, mas o cumprimento da exigibilidade em ME é executada nesta moeda, calculado ao câmbio médio diário publicado pelo BNA, do 1º dia útil da semana de reporte.

As Reservas Obrigatórias em moeda estrangeira podem ser cumpridas em 20% com os montantes depositados junto do BNA e 80% em obrigações do tesouro em moeda estrangeira, sendo elegíveis para o cumprimento os títulos colocados em 2015 para o efeito.

À data de 31 de Dezembro de 2017, o saldo de Depósitos à Ordem no BNA inclui os montantes de AOA 2.374.026 milhares em MN e AOA 240.632 milhares em ME (AOA 40.000 milhares em MN e AOA 18.201 milhares em ME em 2016) relacionados com as reservas obrigatórias, não sendo as mesmas remuneradas.

2017 Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Caixa

Notas e Moedas Nacionais 88.702 2.207 535 13

Notas e Moeda Estrangeiras 37.272 1.477 225 9

- Em Dólares dos Estados Unidos 37.087 1.477 224 9

- Em Outras Divisas 185 0 1 0

Fundos de Maneio 1.303 812 8 5

127.277 4.495 767 27

Disponibilidades no Banco Central

Moeda Nacional 2.788.502 2.014.245 16.806 12.141

Moeda Estrangeira 398.466 18.201 2.402 110

- Em Dólares dos Estados Unidos 398.466 18.201 2.402 110

3.186.968 2.032.446 19.207 12.251

3.314.245 2.036.941 19.974 12.278

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEsta rubrica corresponde em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma) tem a seguinte composição:

5. APLICAÇÕES EM BANCOS CENTRAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEsta rubrica corresponde a aplicações de curto prazo no mercado monetário e em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma) tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 as Aplicações de Liquidez apresentam data de vencimentos nos primeiros 30 dias do ano seguinte. As Aplicações venciam juros a taxa de 16,39% para MN (24,7% e 15% em 2016 para MN e ME, respectivamente).

2017 Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Disponibilidades em Instituições Financei-ras no País

Cheques a Cobrar 0 16.000 0 96

Disponibilidades em InstituiçõesCrédito no Estrangeiro

1.837.192 959.298 11.072 5.782

BIC Portugal 1.837.192 959.298 11.072 5.782

- Em Dólares dos Estados Unidos 914.950 56.360 5.514 340

- Em Euros 922.141 902.830 5.558 5.442

- Em Libras 101 0 1 0

Byblos Bank Europe S.A 1.826.452 0 11.008 0

- Em Euros 1.826.452 0 11.008 0

3.663.644 975.298 22.080 5.879

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma)Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Operações no Mercado Monetário Interbancário

Mercado Monetário Interbancário

Moeda Nacional 4.450.000 6.900.000 26.820 41.591

Moeda Estrangeira 1.659.030 0 10.000

- Em Dólares dos Estados Unidos 1.659.030 0 10.000

Proveitos a Receber 5.995 52.787 36 318

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro

Depósitos a prazo 0 211.044 0 1.272

- Em Dólares dos Estados Unidos 0 165.903 0 1.000

- Em Euros 0 45.141 0 272

Proveitos a Receber 0 34 0 0

- Em Dólares dos Estados Unidos 0 34 0 0

4.455.995 8.822.895 26.856 53.181

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6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDAA rubrica Activos Financeiros Disponíveis para Venda, com referência em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), é apresentada como se segue:

De salientar que o Banco adquiriu uma participação na ABANC no decorrer do exercício de 2017, pelo montante de AOA 5.648 milhares.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), o escalonamento activos financeiros disponíveis para venda por prazos residuais é como se segue:

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma)Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Bilhetes do Tesouro – MN 3.252.048 2.505.275 19.600 15.101

Proveitos a Receber 92.633 150.417 558 907

Obrigações do Tesouro ME 28.207 28.204 170 170

Proveitos a Receber 63 82 0 0

Obrigações do Tesouro MN – Indexadas ao Dólar

3.596.209 3.153.766 21.674 19.010

Proveitos a Receber 81.804 78.315 493 472

Participação ABANC 5.648 0 34 0

7.056.612 5.916.059 42.529 35.660

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Em Moeda Nacional:

Até Três Meses 1.529.568 2.505.275 9.218 15.101

De Três a Seis Meses 2.251.665 0 13.570 0

De Seis Meses a um Ano 2.344.480 826.257 14.130 4.980

De Um a Três Anos 725.041 2.327.510 4.370 14.029

Indeterminado 5.648 0 34 0

Juros a Receber 171.841 228.732 1.036 1.379

7.028.243 5.887.774 42.358 35.489

Em Moeda Estrangeira:

Mais de Cinco Anos 28.289 28.203 170 170

Juros a Receber 80 82 0 0

28.369 28.285 171 170

7.056.612 5.916.059 42.529 35.660

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

O valor de balanço dos Títulos Detidos para Venda a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pó-forma), podem ser analisados como se segue:

Política de InvestimentoA Política de Investimentos estabelece os princípios e directrizes que regem o investimento dos recursos do Banco, com vista a promover a segurança, liquidez e rentabilidade necessárias que assegurem o equilíbrio entre activos e passivos.

O Banco define como objectivo a maximização do retorno sujeita a um nível de risco máximo tolerado, previamente acordado pela CEA.

Registo e ValorizaçãoOs títulos e valores mobiliários adquiridos são registados e classificados em duas categorias: activos financeiros mantidos para negociação e activos financeiros mantidos até ao vencimento (avaliada a intenção e capacidade de mantê-los em carteira até ao vencimento).

Os activos financeiros mantidos para negociação são ajustados ao valor de mercado, ao preço definido pelo BNA (taxa de câmbio ou taxa de inflação publicada pelo BNA e informação do SIGMA).

Todos os activos financeiros mantidos para negociação são registados em função do nível de risco.

7. CRÉDITOSEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

2017 2016 (Pró-forma)

Risco Moeda País emissorTaxa de

juro médiaMilhares de AOA

Milhares de USD

Taxa de juro média

Milhares de AOA

Milhares de USD

Disponíveis para Venda

Obrigações do Tesouro Indexadas ao Dólar

A AOA Angola 7,00% 3.596.209 21.674 7,00% 3.153.766 19.010

Juros a Receber 81.804 493 78.315 472

Obrigações do Tesouro em ME

A USD Angola 5,00% 28.207 170 5,00% 28.204 170

Juros a Receber 63 0 82 0

Bilhetes do Tesouro A AOA Angola 18,88% 3.252.048 19.600 24,70% 2.505.275 15.101

Juros a Receber 92.633 558 150.417 907

Participação ABANC A AOA Angola n/a 5.648 34 0 0

7.056.612 42.529 0 5.916.059 35.660

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma)Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Crédito Interno

Particulares 298.847 236.060 1.801 1.423

298.847 236.060 1.801 1.423

Imparidade para Crédito 2.989 2.358 18 14

2.989 2.358 18 14

295.858 233.702 1.783 1.409

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As Facilidades de Liquidez estão classificadas no nível de Risco B, e se enquadram no âmbito da Política Retribuitiva e de Benefícios Sociais dos colaboradores.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), a composição da carteira de crédito por prazos residuais de maturidades é a seguinte:

O movimento das Imparidades para Crédito é o seguinte:

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Em Moeda Nacional

Até Três Meses 85.000 0 512 0

De Um a Três Anos 112.349 153.552 677 926

De Três a Cinco Anos 21.853 0 132 0

Mais de Cinco Anos 77.064 82.261 464 496

Juros 2.581 247 16 1

298.847 236.060 1.801 1.423

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Saldo Inicial 2.358 284 14 1

Reforços 630 2.074 4 13

Utilizações 0 0 0 0

Transferência 0 0 0 0

Reposições 0 0 0 0

Saldo Final 2.989 2.358 18 14

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

8. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEISEstas rubricas apresentam o seguinte movimento durante os exercícios de 2017 e 2016 (Pró-forma):

AOA 31 Dezembro 2017 31 Dezembro 2016 (Pró-forma)

ActivoBruto

AumentosAmortiz.Exercício

Amortiz.Acumulada

Activo Liquido

ActivoBruto

AumentosAmortiz.Exercício

Amortiz.Acumulada

ActivoLiquido

Activos Tangíveis

Imóveis de Uso Próprio 9.999 0 2.000 5.363 4.637 9.999 0 2.000 3.363 6.637

Mobiliário e Material 25.702 330 3.500 7.182 18.520 25.372 10.455 3.500 3.682 21.690

Máquinas e Ferramentas 2.418 808 351 753 1.665 1.609 44 351 402 1.207

Equipamento Informático 34.238 4.963 10.117 26.235 8.003 29.275 1.146 9.435 16.118 13.157

Instalações Interiores 331 0 41 113 217 331 0 41 72 258

Material de Transporte 248.199 0 62.051 89.240 158.960 248.199 246.338 68.091 27.189 221.011

Equipamento de Segurança 7.318 0 778 2.139 5.180 7.318 0 778 1.361 5.957

Obras em Curso 149.326 107.999 0 0 149.326 41.327 41.327 0 0 41.327

477.531 114.101 78.838 131.024 346.507 363.430 299.310 84.196 52.187 311.244

Activos Intangíveis

Software 52.247 0 32.324 30.928 21.319 52.247 0 17.415 30.477 21.770

USD 31 Dezembro 2017 31 Dezembro 2016 (Pró-forma)

ActivoBruto

AumentosAmortiz.Exercício

Amortiz.Acumulada

Activo Liquido

ActivoBruto

AumentosAmortiz.Exercício

Amortiz.Acumulada

ActivoLiquido

Activos Tangíveis

Imóveis de Uso Próprio 60 0 12 32 28 60 0 12 20 40

Mobiliário e Material 155 2 21 43 112 153 63 21 22 131

Máquinas e Ferramentas 15 5 2 5 10 10 0 2 2 7

Equipamento Informático 206 30 61 158 48 176 7 57 97 79

Instalações Interiores 2 0 0 1 1 2 0 0 0 2

Material de Transporte 1.496 0 374 538 958 1.496 1.485 410 164 1.332

Equipamento de Segurança 44 0 5 13 31 44 0 5 8 36

Obras em Curso 900 651 0 0 900 249 249 0 0 249

2.878 688 475 790 2.088 2.191 1.804 508 315 1.876

Activos Intangíveis

Software 315 0 195 186 128 315 0 105 184 131

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9. OUTROS ACTIVOSEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica Despesas Antecipadas, inclui custos a diferir referente a seguros de saúde e rendas. A provisão para Outros Valores de Natureza Administrativa, refere-se ao valor de uma prestação de serviço não recebido.

O movimento das provisões é conforme descrito abaixo:

10. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica apresentava os seguintes montantes:

Em 31 de Dezembro de 2017, não existiam operações com Bancos Centrais e Outras Instituições de Crédito.

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Imposto a Recuperar 12.250 63 74 0

Adiantamentos a Fornecedores 26.511 26.615 160 160

Valores a Regularizar 463 10.846 3 65

Adiantamentos e Antecipações Salariais 10.200 4.000 61 24

Despesas Antecipadas 38.965 29.212 235 176

Material de Escritório 0 1.000 0 6

Outros 871 4.880 5 29

Provisões para Outros Valores Nat.Administrativa

-8.585 0 -52 0

80.675 76.616 486 462

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Saldo Inicial 0 0 0 0

Reforços 8.585 0 52 0

Utilizações 0 0 0 0

Reposições 0 0 0 0

Saldo Inicial 8.585 0 52 0

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Operações no Mercado Monetário Interbancário

0 1.775.848 0 10.704

Juros a Pagar 0 66.177 0 399

0 1.842.025 0 11.103

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

11. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOSEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

Decomposição por Tipo de Depósito:

Decomposição dos depósitos a prazo por prazo residual de vencimento:

2017Milhares AOA

2016 Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

Moeda Nacional

Sector Público Empresarial 714.252 1.472 4.305 9

Empresas 11.211.184 8.707.837 67.568 52.488

Particulares 1.680.452 899.967 10.128 5.425

13.605.888 9.609.276 82.001 57.921

Moeda Estrangeira

Sector Público Empresarial 0 0 0

Empresas 90.052 14.270 543 86

Particulares 154.101 254.807 929 1.536

Empresas 0

244.153 269.077 1.471 1.622

13.850.041 9.878.353 83.472 59.543

2017Milhares AOA

2016 Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Deposito à Ordem

Residentes 9.380.247 4.719.414 56.533 28.447

Não Residentes 0 3.003 0 18

9.380.247 4.722.418 56.533 28.465

Deposito a Prazo

Residentes 4.469.794 5.155.935 26.939 31.078

4.469.794 5.155.935 26.939 31.078

13.850.041 9.878.353 83.472 59.543

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma) Milhares USD

2016Milhares USD

Depósitos a Prazo

Em moeda nacional

Até três Meses 1.553.815 2.635.504 9.365 15.886 69

De Três a Seis Meses 470.673 0 2.837 0 21

De Seis Meses a um Ano 2.245.309 2.520.431 13.532 15.192 100

Mais de 1 Ano 199.997 0 1.205 0

4.469.794 5.155.935 26.939 31.078 190

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12. PROVISÕESEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), as provisões apresentam os seguintes movimentos:

O saldo da rubrica de Provisões visa a cobertura de determinadas contingências devidamente identificadas, decorrente da actividade do Banco, sendo revistas em cada data de reporte de forma a reflectir a melhor estimativa do montante e respectiva probabilidade de pagamento. Em 31 Dezembro de 2017 e 2016 o saldo em provisões referem-se à Contigências Fiscais.

13. OUTROS PASSIVOSEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), as provisões apresentam os seguintes movimentos:

Em 2017, a rubrica Recursos Vinculados a Operações Cambiais diz respeito ao valor de depósitos de clientes em moeda estrangeira associados a créditos documentários à importação. Em 2016, esta rubrica incluia os valores cativos em moeda nacional, que aguardavam disponibilidades de moeda estrangeira para transfê-rencia ao exterior, libertados durante o exercício de 2017 decorrente do Instrutivo nº 05/2017, para liberação dos cativos cambiais.

A rubrica Outros Valores de Natureza Cível, refere-se essencialmente à dívida com fornecedores de bens e serviços no montante AOA 196.432 milhares.

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Saldo Inicial 6.905 16.193 42 98

Reforços 7.593 6.905 46 42

Utilizações 0 0 0 0

Reposições 0 16.193 0 98

Saldo Inicial 14.498 6.905 87 42

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Recursos Vinculados a Operações S/ Estrangeiro

1.669.267 4.680.207 10.060 28.211

Obrigações no Sistema de Pagamentos 1.151.551 3.292 6.940 20

Imposto do Selo 1.432 348 9 2

Imposto s/ Rendimento de Capitais 2.443 782 15 5

Contribuição Especial S/ Oper. Bancárias 2.206 83 13 0

Imposto Rendimento trabalhoDependente

12.105 9.687 73 58

Imposto Rendimento TrabalhoIndependente

216 0 1 0

Retenção Lei 19/14 1.217 1.672 7 10

Imposto Predial Urbano 696 1.771 4 11

Outros Valores de Natureza Cível 201.612 12.314 1.215 74

Outras Obrigações Natureza Administrativa 159.102 66.774 959 402

3.201.846 4.776.929 19.297 28.794

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110

RELATÓRIO E CONTAS | 2017

A rubrica Outras Obrigações de Natureza de Administrativa, inclui mensualização de férias e subsídio de férias a liquidar no exercício seguinte.

14. CAPITAL PRÓPRIOEm 31 de Dezembro de 2017, o capital social do Banco, no valor de AOA 2.500 milhares, encontrava-se representado por 250.000 acções ordinárias de dez mil Kwanzas cada, totalmente subscritas e realizadas. A estrutura accionista por escalões de participação é a seguinte:

De acordo com o artigo 327º da Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais “LSC”, o Banco deverá constituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital, com pelo menos 20% do lucro líquido anual.

Os movimentos no Capital Próprio nos exercícios 2017 e 2016 estão abaixo descritos:

Escalão % Participação Acumulada Nº de Acções Tipo de Acções N.º de Accionistas

Até 5% 13,00% 32.500 Ordinárias 4

Até 30% 87,00% 217.500 Ordinárias 3

100,00% 250.000 7

Capital Social Outras Reservas e Resultados

TransitadosDividendos

AntecipadosResultado Líquido

do ExercícioTotal do

Capital Próprio

AOAResultadosTransitados Sub-total

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 2.500.000 -645.715 -645.715 0 0 1.854.285

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2015:

Transferência para Resultados Transitados

0 0 0 0 0 0

Aumentos/(Reduções) de Capital Social

0 0 0 0 0 0

Resultado Integral do Exercício

36.028 36.028

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 2.500.000 -645.715 -645.715 0 36.028 1.890.313

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2016:

-36.028 -36.028

Transferência para Reserva Legal

7.206 7.206 0 0 7.206

Transferência para Resultados Transitados

28.822 28.822 28.822

Resultado Integral Individual do Exercício

0 0 0 278.157 278.157

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 2.500.000 -609.687 -609.687 0 278.157 2.168.470

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111

Em cumprimento do Aviso nº 02/2018, o Banco prevê aumento do seu Capital Social, para adequação do mesmo e dos Fundos Próprios Regulamentares para AOA 7.500.000 milhares. É expectável que os Accionistas atendam a esta necessidade, de formas a impulsionar a actividade do Banco e reforço da sua capacidade de negócio.

15. MARGEM FINANCEIRAEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

Capital Social Outras Reservas e Resultados

TransitadosDividendos

AntecipadosResultado Líquido

do ExercícioTotal do

Capital Próprio

USDResultadosTransitados Sub-total

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 15.069 -3892 -3.892 0 0 11.177

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2015:

Resultado Integral do Exercício

217 217

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 15.069 -3.892 -3.892 0 217 11.394

Aplicação do Resultado Líquido Individual do Exercício de 2016:

-217 -217

Transferência para Reerva Legal

43 43 43

Transferência para Resultados Transitados

174 174 174

Resultado Integral Individual do Exercício

1.676 1.676

Variação Cambial -2 1 1 -1

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 15.067 -3.674 -3.674 0 1.676 13.070

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos

De Aplicações de Liquidez 561.655 1.029.917 3.385 6.208

De Títulos e Valores Mobiliários 823.729 397.242 4.964 2.394

De Créditos 115.271 51.782 695 312

1.500.655 1.478.941 9.044 8.914

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos

De Depósitos 205.203 172.884 1.237 1.042

De Captação de Liquidez 184.990 73.367 1.115 442

390.193 246.251 2.352 1.484

1.110.462 1.232.690 6.693 7.430

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112

RELATÓRIO E CONTAS | 2017

16. RESULTADO DE SERVIÇOS E COMISSÕESEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

17. RESULTADO DE ACTIVOS AVALIADOS JUSTO VALOREm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

18. RESULTADOS EM OPERAÇÕES CAMBIAISEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

Nesta rubrica são registados os resultados das operações cambiais e da reavaliação da posição cambial líquida.

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Rendimentos de Serviços e Comissões

Comissões sobre Operações Cambiais 125.028 65.602 754 395

Comissões Carta de Crédito 435.975 21.312 2.628 128

Operações Investment Banking 353.374 0 2.130 0

Outras Comissões 10.898 0 66 0

925.275 86.914 5.576 524

Encargos com Serviçoes e Comissões

Custos Comissão Corretagem e Custódia 271 5.009 2 30

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Trading 383.856 313.723 2.313 1.891

Reavaliação 23.201 14.268 140 86

407.057 327.991 2.453 1.977

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Resultados Activos Avaliados Justo Valor

2.238 87.880 13 530

2.238 87.880 13 530

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113

19. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

O Imposto sobre Aplicação de Capitais, incide sobre as aplicações financeiras do Banco, cuja taxa varia entre 5% e 10%.

20. CUSTO COM O PESSOALEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica Outros Custos com o Pessoal inclui o montante de AOA 56.748 milhares (AOA 36. 557 milhares em 2016) referente ao efeito do crédito concedido a Colaboradores, de acordo com a IAS 19.

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Impostos não incidentes sobre resultados

Imposto s/ Aplicação de Capitais 65.254 18.505 393 112

Imposto s/ Invisíveis Correntes 13.542 27.914 82 168

Imposto de Selo 8.317 2.309 50 14

Quotizações 13.329 37.140 80 224

Donativos 3.588 0 22 0

Outros 40.165 33.696 242 203

144.195 119.564 869 721

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Órgãos de Gestão 570.689 412.615 3.439 2.487

Empregados 515.482 529.055 3.107 3.189

Remunerações 1.086.171 941.670 6.546 5.676

Encargos Sociais Obrigatórios 67.470 62.140 407 375

Outros Custos com o Pessoal 56.748 36.524 342 220

1.210.389 1.040.334 7.295 6.271

N.º de Colaboradores em 31 de Dezembro 44 37 44 37

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

21. FORNECIMENTOS DE TERCEIROSEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

22. RUBRICA EXTRAPATRIMONIAISEm 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Pró-forma), esta rubrica tem a seguinte composição:

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Impressos e Material de Consumo 23.947 34.669 144 209

Rendas e Alugueres 83.523 69.657 503 420

Comunicações 113.827 80.485 686 485

Deslocações, Estadas e Representações

45.891 5.533 277 33

Publicidade e Edição de Publicações 7.214 67.474 43 407

Custos com o Trabalho Independente 618 3.196 4 19

Conservação e Reparação 49.538 24.562 299 148

Seguros 33.062 20.476 199 123

Serviços Especializados - Informática 252.958 100.777 1.525 607

Serviços Especializados - Segurança e Vigilância

0 1.103 0 7

Serviços Especializados - Banco de Dados 39.164 5.159 236 31

Encargos com Acções de Natureza Cultural 0 942 0 6

Encargos com a Formação de Pessoal 21.359 25.744 129 155

Outros 12.949 365 78 2

684.050 440.142 4.123 2.653

2017Milhares AOA

2016 (Pró-forma) Milhares AOA

2017 Milhares USD

2016 (Pró-forma)Milhares USD

Remessas e Créditos Documentários Abertos

-4.877.211 -426.573 -29.394 -2.571

Garantias e Avales Recebidos 2.023.139 5.833.319 12.193 35.161

Depósito e Guarda de Valores -9.108.756 -2.560.033 -54.897 -15.431

Créditos Mantido no Activo 298.847 236.060 1.801 1.423

-11.663.981 3.082.773 -70.297 18.582

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23. BALANÇO POR MOEDA

Na rubrica Activos Financeiros Disponíveis para Venda em ME, inclui Obrigações do Tesouro em MN indexadas a Dólares Norte Americanos, nos montantes AOA 3.678.013 milhares e AOA 3.232.081 milhares, em 2017 e 2016 respectivamente.

24. JUSTO VALOR DE ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O Justo Valor tem como base as cotações de Mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. No entanto, o mercado financeiro local é pouco dinâmico e o maior número de transacções financeiras ainda é feito em OTC (mercado de balcão) existindo um número reduzido de operações efectuadas na Bolsa de Valores (BODIVA). Tal realidade faz com que as cotações de mercado, na maioria das vezes, não represen-tam o valor efectivo dos activos/ou títulos avaliados tendo em conta a realidade em que a instituição opera.

Neste contexto e com a informação de mercado disponível, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, e reflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes instrumentos financeiros.

(milhares AOA)

31-12-2017 31-12-2016

MN ME Total MN ME Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 2.878.506 435.739 3.314.245 2.017.264 19.678 2.036.941

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

0 3.663.644 3.663.644 16.000 959.298 975.298

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

4.455.995 0 4.455.995 6.952.787 1.870.108 8.822.895

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 3.350.329 3.706.283 7.056.612 2.655.692 3.260.367 5.916.059

Crédito a Clientes 295.858 0 295.858 233.702 0 233.702

Outros Activos Tangíveis 346.507 0 346.507 311.244 0 311.244

Activos Intangíveis 21.319 0 21.319 21.770 0 21.770

Outros Activos 80.675 0 80.675 76.616 0 76.616

Total do Activo 11.429.189 7.805.666 19.234.855 12.285.075 6.109.451 18.394.525

Passivo e Capital Próprio

Recursos de Bancos Centrais e de Outras Instituições de Crédito

0 0 0 492.569 1.349.456 1.842.025

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 13.612.364 237.677 13.850.041 9.609.277 269.076 9.878.353

Provisões 14.498 0 14.498 6.905 0 6.905

Outros Passivos 1.432.694 1.769.152 3.201.846 4.776.929 0 4.776.929

Total do Passivo 15.059.556 2.006.829 17.066.385 14.885.680 1.618.532 16.504.212

Capital Social 2.500.000 0 2.500.000 2.500.000 0 2.500.000

Outras Reservas e Resultados Transitados -609.687 0 -609.687 -645.715 0 -645.715

Resultado Líquido Individual do Exercício 371.172 -93.015 278.157 36.028 0 36.028

Total do Capital Próprio 2.261.485 -93.015 2.168.470 1.890.313 0 1.890.313

Total do Passivo e do Capital Próprio 17.321.041 1.913.813 19.234.855 16.775.993 1.618.532 18.394.525

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

O justo valor dos activos e passivos financeiros detidos pelo Banco é apresentado como se segue:

31 de Dezembro de 2017 (milhares AOA)

Custo de Aquisição/Custo

AmortizadoCotações de

Mercado

Modelo de Valorização

com Parâmetros Observáveis no

Mercado

Modelo de Valorização com Parâmetros não Observáveis no

Mercado Total de Balanço Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

3.314.245 0 0 0 3.314.245 3.314.245

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

3.663.644 0 0 0 3.663.644 3.663.644

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

4.455.995 0 0 0 4.455.995 4.455.995

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

6.846.970 0 209.642 7.056.612 7.056.612

Crédito a Clientes 295.858 0 0 0 295.858 295.858

Outros Activos 80.675 0 0 0 80.675 80.675

Activos Financeiros 18.657.387 0 209.642 0 18.867.029 18.867.029

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

13.850.041 0 0 0 13.850.041 13.850.041

Outros Passivos 3.201.846 0 0 0 3.201.846 3.201.846

Passivos Financeiros 17.051.887 0 0 0 17.051.887 17.051.887

31 de Dezembro de 2016 (milhares AOA)

Custo de Aquisição/Custo

AmortizadoCotações de

Mercado

Modelo de Valorização com

Parâmetros Obser-váveis no Mercado

Modelo de Valorização com Parâmetros não Observáveis no

Mercado Total de Balanço Justo Valor

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

2.036.941 0 0 0 2.036.941 2.036.941

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

975.298 0 0 0 975.298 975.298

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

8.822.895 0 0 0 8.822.895 8.822.895

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

5.212.727 0 703.332 5.916.059 5.916.059

Crédito a Clientes 233.702 0 0 0 233.702 233.702

Outros Activos 76.616 0 0 0 76.616 76.616

Activos Financeiros 17.358.179 0 703.332 0 18.061.511 18.061.511

Recursos de Bancos Centrais e de Outras Instituições de Crédito

1.842.025 0 0 0 1.842.025 1.842.025

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

9.878.353 0 0 0 9.878.353 9.878.353

Outros Passivos 4.776.929 0 0 0 4.776.929 4.776.929

Passivos Financeiros 16.497.307 0 0 0 16.497.307 16.497.307

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O Banco utiliza a seguinte hierarquia de justo valor, com três níveis na valorização de instrumentos financeiros (activos ou passivos), a qual reflecte o nível de julgamento, a observabilidade dos dados utilizados e a importância dos parâmetros aplicados na determinação da avaliação do justo valor do instrumento, de acordo com o disposto na IFRS 7:

Nível 1: O justo valor é determinado com base em preços cotados não ajustados, capturados em transacções em mercados activos envolvendo instrumentos financeiros idênticos aos instrumentos a avaliar. Existindo mais que um mercado activo para o mesmo instrumento financeiro, o preço relevante é o que prevalece no mercado principal do instrumento, ou o mercado mais vantajoso para os quais o acesso existe;

Nível 2: O justo valor é apurado a partir de técnicas de avaliação suportadas em dados observáveis em mercados activos, sejam dados directos (preços, taxas, spreads, entre outras informações) ou indirectos (derivados), e pressupostos de valorização semelhantes aos que uma parte não relacionada usaria na estimativa do justo valor do mesmo instrumento financeiro. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida;

Nível 3: O justo valor é determinado com base em dados não observáveis em mercados activos, com recurso a técnicas e pressupostos que os participantes do mercado utilizariam para avaliar os mesmos instrumentos, incluindo hipóteses acerca dos riscos inerentes, à técnica de avaliação utilizada e aos inputs utilizados e contemplados processos de revisão da acuidade dos valores assim obtidos.

O Banco considera um Mercado activo para um dado instrumento financeiro, na data de mensuração, dependendo do volume de negócios e da liquidez das operações realizadas, da volatilidade relativa dos preços cotados e da prontidão e disponibilidade da informação, devendo, para o efeito verificar as seguintes condições mínimas:

• Existência de cotações diárias frequentes de negociação no último ano;• As cotações acima mencionadas alteram-se com regularidade;• Existem cotações executáveis de mais do que uma entidade.

Um parâmetro utilizado numa técnica de valorização é considerado um dado observável no mercado se estiverem reunidas as condições seguintes:

• Se o seu valor é determinado num mercado activo;• Se existe um mercado OTC e é razoável assumir-se que se verificam as condições de mercado activo,

com a excepção da condição de volumes de negociação;• O valor do parâmetro pode ser obtido pelo cálculo inverso dos preços dos instrumentos financeiros e ou

derivados onde os restantes parâmetros necessários à avaliação inicial são observáveis num mercado líquido ou num mercado OTC que cumprem com os parágrafos anteriores.

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos Activos e Passivos Financeiros registados no Balanço ao custo amortizado são analisados como segue:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito e Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito.

Estes Activos são de muito curto prazo pelo que o valor de Balanço é uma estimativa razoável do seu respectivo justo valor.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Activos Financeiros Detidos para Negociação (excepto derivados), Passivos Financeiros Detidos para Negociação (excepto derivados), Activos Financeiros Disponíveis para Venda e Outros Activos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados.

Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base as cotações de mercado (Bid-price), sempre que estas se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o cálculo do justo valor assenta na utilização de modelos numéricos, baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa que, para estimar o justo valor, utilizam as curvas de taxa de juro de mercado ajustadas pelos factores associados, predominantemente o risco de crédito e o risco de liquidez, determinados de acordo com as condições de mercado e prazos respectivos.

As taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pelos fornecedores de conteúdos financeiros [Reuters, Bloomberg ou outros] mais concretamente as que resultam das cotações dos swaps de taxa de juro. Os valores respeitantes às taxas de muito curto prazo são obtidos de fonte semelhante mas referentes ao mercado monetário interbancário. As taxas de juro para os prazos específicos dos fluxos de caixa são determinadas por métodos de interpolação adequados. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.

Crédito a ClientesO justo valor do crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o crédito à habitação, são estimados numa base de portfólio. As taxas de desconto utilizadas são as taxas actuais praticadas para empréstimos com características similares.

Recursos de Bancos Centrais e Outras Instituições de CréditoO justo valor destes passivos é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros, considerando que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas.

Recursos de Clientes e Outros EmpréstimosO justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas praticadas para os depósitos com características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu justo valor.

Responsabilidades Representadas por Títulos e Passivos SubordinadosO justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos. Caso estas não existam, o cálculo do justo valor assentou na utilização de modelos numéricos, baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa que, para estimar o justo valor, utilizam as curvas de taxa de juro de mercado ajustadas pelos factores associados, predominantemente o risco de crédito e a margem comercial, esta última apenas no caso de emissões colocadas nos clientes não institucionais do Banco.

25. GESTÃO DE RISCO DA ACTIVIDADE

De acordo com o enquadramento regulamentar definido pelo BNA para a Função Risco, nomeadamente no Artigo 11º do Aviso nº 02/2013, a Função Risco do Banco caracteriza-se por um conjunto de actividades

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que visa avaliar de forma rigorosa, independente e concreta os riscos a que a actividade desenvolvida se encontra sujeita, equipando o Banco com os meios e recursos necessários para adequar a estratégia, pro-cessos, meios técnicos e humanos com vista a assegurar a minimização de perdas e optimizar o binómio rentabilidade-risco.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tipos de riscos – Liquidez, mercado, Concentração, Operacional, Reputacional e Estratégico – a que se encontra sujeita a actividade do Banco.

Principais Categorias de Risco

Liquidez – O Risco de Liquidez está associado a uma potencial incapacidade do Banco em financiar o seu activo e em satisfazer, nos prazos e datas contratadas, todas as responsabilidades exigíveis e aplicáveis. Assim, o Risco de Liquidez é definido como o risco de insuficiência de activos de curto prazo para cumprir responsabilidades de maturidade idêntica, assim como de saídas não previstas de fundos, factores que, numa situação extrema de levantamento de fundos generalizado e abrupto por parte dos Parceiros, associado ao encerramento de outras fontes de financiamento do Banco, poderá dificultar a captação dos fundos a um custo aceitável por parte do Banco, pondo deste modo a posição de liquidez do Banco sob pressão.

Mercado – Por Risco de Mercado entende-se a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pelo Banco, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de acções e dos preços de mercadorias.

Concentração – O Risco de Concentração é o risco de perdas resultantes da possibilidade de uma exposição ou um conjunto de exposições produzir perdas suficientemente significativas que possam pôr em causa a solvabilidade do Banco.

Operacional – Por Risco Operacional entende-se a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de perdas resultantes de falhas ou inadequação de processos internos, pessoas, sistemas, fraudes internas ou externas ou inoperacionalidade das estruturas. O Risco Operacional engloba também o Risco de Sistemas de Informação, que corresponde à possível ocorrência de impactos negativos resultantes da inadequação dos sistemas de informação às necessidades do Banco ao nível de processamento, segurança, controlo, disponibilidade e continuidade.

Reputacional – A reputação desempenha um papel fundamental na sustentabilidade de qualquer Banco. A Gestão do Risco Reputacional é na sua essência uma forma de proteger o Banco face a potenciais ameaças de reputação e servir de alerta ou aviso para a possibilidade de ocorrer uma crise com impactos na percepção e expectativas do meio envolvente do Banco.

Estratégico – Entende-se por Risco Estratégico a probabilidade de ocorrência de eventos com impacto negativo nos resultados ou no capital, decorrentes de decisões estratégicas inadequadas, da deficiente implementação das decisões ou da incapacidade de resposta a alterações do meio envolvente ou a alterações no ambiente de negócios da Instituição.

Organização InternaNo decorrer do exercício de 2017, o Banco implementou o conjunto de Avisos e Instrutivos, emitidos pela Banco Nacional de Angola em 2016, tendo efectuados os reportes requeridos ao longo do ano, e também feito ajustamentos ao modelo e organização interna, igualmente.

O Banco reviu assim, o conjunto integrado de políticas e processos, incluindo procedimentos e sistemas, de modo a identificar, avaliar e monitorizar informações sobre os diferentes riscos. Em termos organizacionais,

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

a estrutura de Gestão do Risco tem no Gabinete de Risco (GRI) o Órgão que garante a aplicação efectiva do sistema de gestão de riscos e das medidas de correcção de eventuais deficiências, assim como, garantir a actualização periódica da Política de Risco;

O GRI tem também como atribuições, aconselhar a CEA, elaborando e apresentando a esta e aos órgãos de fiscalização um relatório de avaliação referente à gestão de riscos, com identificação das medidas tomadas para corrigir eventuais deficiências. E por último, o GRI deve elaborar as normas e procedimentos necessários tendo como objectivo definir o modelo organizativo de controlo de risco, as métricas a utilizar e os limites a respeitar, bem como apoiar no desenvolvimento e actualização do manual de procedimentos e respectivos riscos e controlos associados.

As Unidades de Estrutura do Banco são responsáveis pelo controlo efectivo dos riscos e pelo cumprimento dos manuais de procedimentos internos definidos pela CEA.

O sistema de gestão do risco está documentado através de políticas, normas internas (processos) e manuais de procedimentos.

Avaliação de riscos

Risco de LiquidezA avaliação do risco de liquidez é feita utilizando métricas internas definidas pela gestão do Banco, incluindo os limites de exposição.

Este controlo é reforçado com o acompanhamento mensal de análises de sensibilidade, com o objectivo de adequar o perfil de risco do Banco às exigências da sua actividade e assegurar que as suas obrigações, num cenário de crise de liquidez, são cumpridas.

O controlo dos níveis de liquidez tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades de tesouraria no curto, médio e longo prazo. O risco de liquidez é monitorizado diariamente, sendo elaborado um relatórios diário, para efeitos de controlo e acompanhamento e para o apoio à tomada de decisão da CEA.

A evolução da situação de liquidez é calculada segundo as regras exigidas pelo Banco Nacional de Angola (Instrução nº 06/2016 de 08 de Agosto). São considerados o Balanço do Banco e os fluxos de caixa futuros estimados para vários horizontes temporais. Posteriormente, aos valores apurados, é adicionada a posição de liquidez do dia de análise e o montante de activos considerados altamente líquidos existentes na carteira e disponíveis para operações de liquidez, determinando-se assim o gap de liquidez acumulado para vários horizontes temporais.

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Em 31 de Dezembro de 2017, o gap de liquidez do balanço do Banco apresentava a seguinte estrutura:

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2017

Prazos Residuais

À vista até 1 mêsEntre 1 a 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Entre 6 e 12 meses

Entre 1 a 3 anos

Entre 3 a 5 anos

Mais de 5 anos Indeterminado Total

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

3.314.245 - - - - - - - - 3.314.245

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

3.663.644 - - - - - - - - 3.663.644

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

4.455.995 - - - - - - - - 4.455.995

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

1.529.568 2.251.665 2.344.480 725.041 28.289 5.648 6.884.691

Crédito a Clientes 4.465 94.024 13.775 28.432 90.697 15.567 49.305 - 296.265

Activos Financeiros 11.433.884 4.465 1.623.592 2.265.440 2.372.912 815.738 15.567 77.594 5.648 18.614.840

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

11.314.051 12.000 630.934 10.000 53.634 12.020.619

Outros Passivos 50.103 1.327.931 950.099 439.952 200.204 350.099 3.318.388

Passivos Financeiros 11.364.154 1.339.931 1.581.033 449.952 253.839 350.099 - - - 15.339.008

Gap de Liquidez 69.730 (1.335.466) 42.559 1.815.487 2.119.073 465.639 15.567 77.594 5.648 3.275.833

Gap Acumulado de Liquidez

69.730 (1.265.736) (1.223.177) 592.311 2.711.384 3.177.024 3.192.591 3.270.185 3.275.833 3.275.833

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2016

Prazos Residuais

À vista até 1 mêsEntre 1 a 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Entre 6 e 12 meses

Entre 1 a 3 anos

Entre 3 a 5 anos

Mais de 5 anos Indeterminado Total

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

2.036.941 - - - - - - - - 2.036.941

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

975.298 - - - - - - - - 975.298

Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

8.770.074 - - - - - - - - 8.770.074

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

2.505.275 - 826.257 2.327.510 - - - 5.659.042

Crédito a Clientes - - - 153.552 - 82.261 - 235.813

Activos Financeiros 11.782.313 - 2.505.275 - 826.257 2.481.062 - 82.261 - 17.677.168

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

4.719.414 - 2.635.504 - 2.520.431 - - - - 9.875.349

Outros Passivos 4.776.429 - - - - - - - - 4.776.429

Passivos Financeiros 9.495.843 - 2.635.504 - 2.520.431 - - - - 14.651.778

Gap de Liquidez 2.286.470 - (130.229) - (1.694.174) 2.481.062 - 82.261 - 3.025.390

Gap Acumulado de Liquidez

2.286.470 2.286.470 2.156.241 2.156.241 462.067 2.943.129 2.943.129 3.025.390 3.025.390 3.025.390

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Em 31 de Dezembro de 2017, o Rácio de Liquidez calculado em conformidade com o Instrutivo 19/2016 de 30 de Agosto ascende a 252% , sendo satisfatório face à exigência constante no referido Instrutivo. Este instru-tivo define como mínimo um rácio de 100% para a exposição em AOA e 150% para a exposição em moeda estrangeira.

Risco de MercadoA política de gestão do risco de mercado do banco está alinhada com as melhores práticas de gestão de risco e com as exigências de âmbito regulamentar definidas pelo Banco Nacional de Angola, estando asse-gurado o reporte regular sobre as carteiras de activos financeiros e definidos diversos limites de apetite e exposição ao risco.

O risco de taxa de juro resulta de variações de valor nos instrumentos financeiros induzidas por variações das taxas de juro, estando o mesmo inserido na categoria mais vasta dos riscos de mercado.

No seguimento do disposto no Instrutivo nº 06/2016 de 08 de Agosto, do Banco Nacional de Angola, que estabelece os procedimentos que as Instituições Financeiras Bancárias devem observar na elaboração das divulgações sobre instrumentos financeiros, nos termos previstos pela Norma Internacional de Relato Finan-ceiro 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações (IFRS 7), para o cálculo da exposição ao risco de taxa de juros dos activos e passivos, é apresentado abaixo o detalhe dos instrumentos com exposição ao risco de taxa de juros, decompostos por moeda, tipo de taxa (fixa e variável) e prazos de maturidade ou refixação:

Detalhe dos instrumentos com exposição ao risco de taxa de juros agrupados por moeda:

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2017

KwanzasDólares dos Estados

Unidos da América EurosOutras

moedas Total

Activo

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 4.455.995 0 0 0 4.455.995

Aplicações em Títulos 7.022.694 28.270 0 0 7.050.964

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 295.858 0 0 0 295.858

11.774.547 28.270 0 0 11.802.817

Passivo

Recursos de Clientes 4.469.794 0 0 0 4.469.794

Recursos do BC em outras Instituições 0 0 0 0 0

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0

4.469.794 0 0 0 4.469.793,60

Posição por Moeda 7.304.754 28.270 0 0 7.333.024

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Detalhe dos instrumentos financeiros com exposição ao risco de taxa de juros agrupados por tipo de taxa:

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2016

KwanzasDólares dos Estados

Unidos da América EurosOutras

moedas Total

Activo

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 6.934.814 1.842.939 45.141 0 8.822.895

Aplicações em Títulos 5.887.773 28.286 0 0 5.916.059

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 233.702 0 0 0 233.702

13.056.289 1.871.225 45.141 0 14.972.656

Passivo

Recursos de Clientes 5.155.935 0 0 0 5.155.935

Recursos do BC em outras Instituições 150.070 1.691.955 0 0 1.842.025

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0

Posição por Moeda 13.056.289 1.871.225 45.141 0 14.972.656

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2017

Exposição a

Taxa Fixa Taxa Variável Não sujeito a risco de taxa de juro Derivados Total

Activo

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 4.455.995 0 0 0 4.455.995

Aplicações em Títulos 7.050.964 0 0 0 7.050.964

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 168.504 127.355 0 0 295.858.339

11.675.463 127.355 0 0 307.365.297

Passivo

Recursos de Clientes 4.469.794 0 9.380.248 0 13.850.041

Recursos Captados de Outras Instituições 0 0 0 0 0

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0

4.469.794 0 9.380.248 0 13.850.041

Total 7.205.669 127.355 -9.380.248 0 293.515.256

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

A carteira bancária apresenta maior concentração nos instrumentos à taxa fixa, sendo que dos instrumentos à taxa variável apenas fazem parte os créditos concedidos.

Detalhe dos instrumentos financeiros com exposição ao risco de taxa de juros em função da data de matu-ridade/prazo de refixação.

De acordo às notas do Quadro XXVIII, do Anexo 2 do Instrutivo nº 06/2016 de 08 de Agosto, são considera-dos exclusivamente os instrumentos financeiros com exposição ao risco de taxa de juro, sendo que para o crédito a clientes considerado o capital vincendo, para os instrumentos de rendimento fixo, o valor nominal dos títulos e para recursos de clientes o montante de depósitos constituídos por estes.

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2016

Exposição a

Taxa Fixa Taxa Variável Não sujeito a risco de taxa de juro Derivados Total

Activo

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 8.822.895 0 0 0 8.822.895

Aplicações em Títulos 5.916.059 0 0 0 5.916.059

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 89.150 144.552 0 0 233.702

14.828.104 144.552 0 0 14.972.656

Passivo

Recursos de Clientes 5.155.935 0 4.722.418 0 9.878.353

Recursos Captados de Outras Instituições 1.842.025 0 0 0 1.842.025

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0

6.997.960 0 4.722.418 0 11.720.377

Total 7.830.144 144.552 -4.722.418 0,00 3.252.278

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Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2017

Datas de Refixação/ Datas de Maturidade

Até 1 mêsEntre 1

a 3 mesesEntre 3

a 6 mesesEntre 6

meses a 1 anoEntre 1

a 3 anosEntre 3

a 5 anosMais de 5 anos Indeterminado

Activos

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 4.459.991 0 0 0 0 0 0 0

Aplicações em Títulos 1.000.383 529.185 2.251.665 2.344.480 725.041 0 28.067 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 21.700 189.816 5.573 3.686 14.762 11.423 49.305 0

5.482.074 719.001 2.257.238 2.348.166 739.804 11.423 77.372 0

Passivos

Recursos de Clientes 1.390.034 1.946.024 449.952 253.839 350.099 0 0 0

Recursos Captados de Outras Instituições 0 0 0 0 0 0 0 0

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0 0 0 0

1.390.034 1.946.024 449.952 253.839 350.099 0 0 0

Exposição Líquida 4.092.040 -1.227.023 1.807.286 2.094.327 389.705 11.423 77.372 0

Valores Expressos em Milhares de Kwanzas

2016

Datas de Refixação/ Datas de Maturidade

Até 1 mêsEntre 1

a 3 mesesEntre 3

a 6 mesesEntre 6

meses a 1 anoEntre 1

a 3 anosEntre 3

a 5 anosMais de 5 anos Indeterminado

Activos

Aplicações em BCs e em Outras Instituições 8.770.074 0 0 0 0 0 0 0

Aplicações em Títulos 0 2.505.275 0 326.248 2.829.206 0 28.063 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0 0 0 0

Aplicações em Créditos 37.069 91.119 21.186 3.613 14.817 11.890 55.073 0

8.807.143 2.596.394 21.186 329.861 2.844.023 11.890 83.136 0

Passivos

Recursos de Clientes 593.389 2.281.924 339.702 1.785.618 0 0 0 0

Recursos Captados de Outras Instituições 150.000 1.625.848 0 0 0 0 0 0

Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0 0 0 0 0 0 0 0

Instrumentos Financeiros Derivados 0 0 0 0 0 0 0 0

Outras Captações 0 0 0 0 0 0 0 0

743.389 3.907.772 339.702 1.785.618 0 0 0 0

Exposição Líquida 8.063.754 -1.311.378 -318.515 -1.455.757 2.844.023 11.890 83.136 0

A agregação dos fluxos de caixa esperados em cada um dos intervalos de tempo permite ao Banco determinar os gaps de taxa de juro por prazo de refixação.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Risco ConcentraçãoA política de gestão do risco de Concentração do banco está alinhada com as melhores práticas de gestão de risco e com as exigências de âmbito regulamentar definidas pelo Banco Nacional de Angola, estando assegurado o reporte regular sobre os limites de Exposições aos Grandes Riscos.

O Risco de Concentração é o risco de perdas resultantes da possibilidade de uma exposição ou um conjunto de exposições produzir perdas suficientemente significativas que possam pôr em causa a solvabilidade do Banco.

• Maiores contrapartes de crédito/crédito• Maiores contrapartes de depósitos de clientes/depósitos• Grandes Riscos• Limite a Contrapartes• Índices de Concentração Herfindahl

Os primeiros quatro indicadores são calculados com base nas informações extraídas dos mapas de reporte ao BNA, Liquidez e Grandes Riscos. No que toca aos Índices de Concentração estes foram calculados com recurso à metodologia de Herfindahl para concentração. O exercício é feito para os depósitos, crédito e concentração sectorial das 20 maiores exposições.

Índice de Herfindahl - Concentração Sectorial Dezembro 2017

O índice de Herfindahl é de 0,35, sendo o índice mínimo de 0,17. Assim, concluímos que a exposição ao risco de concentração segundo a variável sector é elevada.

Relativamente ao período comparativo a 31 de Dezembro de 2016 (Pró-forma) não foi apresentado este mapa, dado ser informação pró-forma relativa a um período histórico, em que não existia obrigatoriedade de apresentação da mesma.

Risco OperacionalEncontra-se implementado um Sistema de gestão de risco operacional que se baseia na identificação, avaliação, acompanhamento, medição, mitigação e reporte deste tipo de risco.

Sector Valor Pesorelativo

PesoAcumulado Si

2 A = Xk+1-Xk B = Yk+1+Yk A * B

Sociedades Financeiras Públicas - Banco Central

10.437.226.898,28 43,77% 44% 0,191591 0,166666667 78% 0,12970

Sociedades Financeiras Privadas - Outras Sociedades de Depósito

8.118.939.685,12 34,05% 78% 0,115932 0,166666667 55% 0,09201

Sector Privado Empresarial N/Financeiro 5.044.514.596,59 21,16% 99% 0,044755 0,166666667 22% 0,03679

Particulares 219.225.235,71 0,92% 100% 0,000085 0,166666667 1% 0,00162

Outras Sociedades Financeiras Privadas - Sociedades de Seguros e Fundos de Pensões

12.854.986,00 0,05% 100% 0,000000 0,166666667 0% 0,00018

Soc.Fin.Púb.- Outras Sociedades Depósito 12.250.115,00 0,05% 100% 0,000000 0,166666667 0,00000

Total Valor especificado 23.845.011.516,69 100% 0,352363 0,260296

Total Valor não especificado 0,222836071

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Em matéria de Risco Operacional, o Gabinete de Risco adopta os seguintes princípios orientadores na sua actividade de gestão e mitigação:

• Identificação dos Riscos Operacionais a que as actividades e operações do Banco se encontram sujeitas numa base recorrente;

• Desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos para gestão e controlo do Risco;• Estabelecimento de procedimentos e controlos que garantam a efectividade e o desenvolvimento das

tarefas, a integridade da informação e o cumprimento dos requisitos regulatórios;• Definição de planos de contingência de forma a garantir a conclusão de todos os processos operacionais

em casos de situações extremas;• Avaliação da severidade e da frequência da ocorrência de cada um dos riscos afectos a cada um dos

processos do Banco, identificando oportunidades claras de melhoria para os processos mais expostos ao risco identificado.

Todos os colaboradores são parte integrante da actividade de gestão de Risco Operacional, sendo neste sentido responsáveis por auxiliar o Risco na identificação dos principais pontos de exposição e na identifica-ção de eventuais ocorrências ou eventos de perda potencial ou efectiva;

Relatórios e Gestão de Risco

Gestão de LiquidezNo seu papel de gestão e mitigação do Risco de Liquidez, o Gabinete de Riscos adopta os seguintes princí-pios orientadores:

• Definição da política de gestão de liquidez do Banco e revisão periódica da mesma;• Definição do nível de solvência adequado, através de ferramentas e medidas focadas em atingir uma

rentabilidade compatível com o consumo de recursos próprios;• Implementação, avaliação e análise de indicadores de exposição ao Risco de Liquidez, bem como

produção de relatórios que permitam a análise periódica da situação do Banco e fundamentem a tomada de decisão;

• Monitorização da aplicação dos fundos existentes, de modo a cumprir e assegurar em todos os momentos os níveis de liquidez estimados como adequados e necessários para uma correcta posição de liquidez do Banco;

• Elaboração de um plano de contingência para mitigar possíveis situações de falta de liquidez.

Gestão do Risco de Concentração

Em matéria de Risco de Concentração, o Banco adopta os seguintes princípios orientadores na sua actividade de gestão e mitigação:

• Definição e avaliação dos Riscos de Concentração a que o Banco está sujeito, bem como medidas de prevenção e mitigação a adoptar para cada um dos riscos identificados;

• Implementação de procedimentos adequados que permitam avaliar as necessidades de capital interno, considerando os resultados das técnicas de mitigação de risco aplicadas na gestão do nível de concen-tração das suas carteiras;

• Estabelecimento de limites de exposição apropriados ao risco de concentração, referentes às fontes de funding, aplicações de liquidez, posições fora de balanço, ou outros limites consistentes com a estratégia e perfil de risco global do Banco;

• Definição de procedimentos de acompanhamento regular do cumprimento dos limites definidos e medidas a adoptar em caso de desvio;

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

• Adequação do grau e tipo de acompanhamento do Risco de Concentração regularmente, reflectindo a actual natureza, escala e grau de diversificação da carteira.

Gestão do Risco de Mercado

Dado o impacto potencial do Risco de Mercado nos resultados do Banco, uma gestão de risco que o mantenha em níveis prudentes e adequados revela-se crítica para a estabilidade financeira do Banco.

Nesse sentido, são seguidos os seguintes princípios orientadores:

• Identificação dos tipos de Risco de Mercado a que o Banco se encontra exposto e medição da exposição ao risco associado, desenvolvendo estratégias para gestão dos riscos identificados;

• Definição de procedimentos de recolha de informação das condições do mercado de taxas de juro e cambial e de análise e reporte das mesmas;

• Definição de limites de exposição ao Risco de Taxa de Juro e de Câmbio e acompanhamento diário dos mesmos, comparando a exposição do Banco com os limites definidos;

• Desenvolvimento de indicadores de monitorização do risco, de forma a garantir uma posição no mercado adequada;

• Promoção de acções correctivas sempre que se verificam desvios face aos limites definidos pelo Banco, ajustando a negociação, contratação, operacionalização e cobertura de operações.

Comité de Risco

O Gabinete de Gestão de Riscos é responsável pela organização do Comité de Risco, onde se propõe a desempenhar as seguintes funções:

• De acordo com a estratégia elaborada pela Comissão Executiva, reflectir a mesma nas Políticas de Gestão de Riscos;

• Analisar os resultados dos indicadores de monitorização para cada tipologia de risco;• Verificar a actualidade/adequação dos modelos de cálculo dos riscos;• Inferir quanto à adequação dos fundos próprios, através da realização de exercícios de Stress Testing

elaborados pelo GRI;• Acompanhar a exposição a cada tipologia de risco, através dos respectivos indicadores de monitorização;• Monitorizar a adequação do Sistema de Gestão de Riscos;• Analisar a evolução da carteira de crédito e do crédito vencido;• Expor as novas operações de crédito mais significativas, bem como as operações de crédito vencido

mais significativas, principalmente as novas;• Analisar a evolução das provisões/imparidades;• Analisar as principais operações de reestruturação;• Aprovar as linhas gerais dos manuais dos riscos e as alterações aos mesmos;• Submeter um reporte de informação regular à Comissão Executiva e ao Conselho de Administração

sobre o funcionamento dos sistemas de gestão de riscos e recomendações de melhoria aos mesmos e solicitar a tomada de decisão.

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26. PARTES RELACIONADASO montante global de activos, passivos e responsabilidades extrapatrimoniais a 31 de Dezembro de 2017 relativos a Accionistas, membros dos Órgãos Sociais, empresas associadas e sociedades e entidades colectivas onde os Accionistas e membros dos Órgãos Sociais têm influência significativa, tem a seguinte decomposição:

De acordo com a Lei das Instituições Financeiras:

(i) É considerada participação qualificada a detenção numa sociedade de percentagem não inferior a 10% do capital social ou dos direitos de voto;

(ii) Existe relação de domínio quando uma pessoa singular ou colectiva (entre outros) possa exercer uma influência dominante sobre a sociedade por força do contrato ou estatutos ou detenha uma participação igual ou superior a 20% do capital da sociedade, desde que exerça efectivamente posição dominante ou se encontrem ambas colocadas sob direcção única.

27. ADOPÇÃO DE NOVAS NORMAS (IAS/IFRS) OU REVISÃO DE NORMAS JÁ EMITIDASAs seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram adoptadas na íntegra pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

IFRS 7 – Demonstrações de fluxos de caixa (emenda).Estas emendas vêm introduzir divulgações adicionais relacionadas com os fluxos de caixa de actividades de financiamento.

IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (2009) e emendas posteriores.Esta norma insere-se no projecto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura.

IFRS 12 – Impostos sobre o rendimento (emenda).Estas emendas vêm clarificar as condições de reconhecimento e mensuração de activos por impostos resultantes de perdas não realizadas.

IFRS 14 – Activos regulados.Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adoptem pela primeira vez as IFRS aplicáveis a activos regulados.

Milhares AOA Milhares USD

Crédito Depósitos Tomadas Crédito Depósitos Tomadas

Accionistas 0 406.282 0 0 2.449 0

Membros dos Órgãos Sociais e de Gestão

148.519 901.264 0 895 5.432 0

Empresas subsidiárias e associadas do Banco

0 8.128 0 0 49 0

Sociedades onde os accionistas e membros dos Órgãos Sociais têm influência significativa

0 0 1.625.848 0 0 9.800

148.519 1.315.674 1.625.848 895 7.930 9.800

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

IFRS 15 – Réditos de contratos com Clientes.Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com Clientes, substituindo as normas IAS 18 – Rédito, IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 – Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de Activos Provenientes de Clientes e SIC 31 – Rédito - Transacções de troca directa envolvendo serviços de publicidade.

IFRIC 22 – Transacções em moeda estrangeira e adiantamentosEsta interpretação vem estabelecer a data do reconhecimento inicial do adiantamento ou do rendimento diferido como a data da transacção para efeitos da determinação da taxa de câmbio do reconhecimento do rédito.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2014-2016)

Estes melhoramentos envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com: IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro: elimina algumas isenções de curto prazo; IFRS 12 – Divulgação de interesses noutras entidades: clarifica o âmbito da norma quanto à sua aplicação a interesses classificados como detidos para venda ou detidos para distribuição ao abrigo da IFRS 5; IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos: introduz clarificações sobre a capital de risco ou por fundos de investimento. O Banco ainda não iniciou um processo de avaliação dos efeitos potenciais destas normas. Contudo, dada a natureza das suas actividades, é expectável que as normas IFRS 9 e IFRS 15 venham a ter impactos relevantes nas demonstrações financeiras do Banco.

Impactos de transição pela introdução das Normas Internacionais de Relato Financeiro

A entrada em vigor das IAS/IFRS, nos termos do Aviso nº 6/2016, de 22 de Junho, do Banco Nacional de Angola, em 1 de Janeiro de 2016, tornou necessária a introdução de ajustamentos e reclassificações às demonstrações financeiras de 2015 preparadas e provadas de acordo com os princípios contabilísticos consagrados no plano de contas CONTIF, de modo a que as mesmas sejam comparáveis com as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

O processo de transição das normas CONTIF pela introdução dos IFRS exige o envolvimento de todos os players do mercado e de uma cooperação muito estreita entre as instituições e o BNA. As Normas Internacionais de Relato Financeiro foram adoptadas pela primeira vez em 31 de Dezembro de 2016 para os bancos da tier 1 e 2 respectivamente, conforme definição do Banco Nacional de Angola considerando para o efeito os termos da IFRS 1 para a determinação dos ajustamentos de transição, com referência a 1 de Janeiro de 2015.

Entretanto, é nota de relevo que o Banco Prestígio apenas procedeu a transição às normas no exercício de 2017, tendo convertido as contas do exercício de 2016 (Pró-forma) para efeitos de comparabilidade, conforme descrito na nota introdutória.

Na preparação das demonstrações financeiras, com referência a 1 de Janeiro de 2016, o Banco adoptou retrospetivamente as IFRS optando por algumas das excepções permitidas.

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As reclassificações entre o CONTIF e as IAS/IFRS ao nível das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016 são apresentadas como segue:

Balanço de encerramento em 31 de Dezembro de 2016 CONTIF vs IAS/IFRS (Pró-forma)

CONTIF31-12-2016

CONTIFAjustamentos

Transição31-12-2016

IFRS IFRS Ref.

DISPONIBILIDADES 3.012.239 2.036.941Caixa e Disponibilidades em

Bancos Centrais

975.298Disponibilidades em Outras

Instituições de Crédito

APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ 8.822.895 8.822.895Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

Operações Compra Título Terceiros c/Acordo Revenda

0

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 5.916.059 5.916.059Activos Financeiros Disponíveis

para Venda

Mantidos para Negociação 0

Disponíveis para Venda 5.916.059

OPERAÇÕES CAMBIAIS 0

CRÉDITOS 233.702 233.702 Crédito a Clientes

Créditos 236.060

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

-2.358

OUTROS VALORES 76.616 76.616 Outros Activos

Outros Valores de Natureza Fiscal 63

Outros Valores de Natureza Cível 42.075

Outros Valores de Natureza Administrativa

34.478

Imobilizações Financeiras 0

Imobilizações Corpóreas 311.244 311.244 Outros Activos Tangíveis

Imobilizações Incorpóreas 152.465 -130.695 21.770 Activos IntangíveisDesreconhecimento Despesas

de investigação

Total do Activo 18.525.220 -130.695 18.394.525 Total do Activo

DEPÓSITOS 9.878.353 9.878.353Recursos de Clientes e Outros

Empréstimos

À ordem 4.722.418 4.722.418 À ordem

A prazo 5.155.935 5.155.935 A prazo

CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ 1.842.025 1.842.025Recursos de Bancos Centrais e

de Outras Instituições de Crédito

Operação Venda Tít.de Terceiros c/ Acordo Recompra

0 4.776.929 Outros Passivos

OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS

3.292

Outras Captações Contratadas 0

PASSIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES 0

PROVISÕES P/ RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS

6.905 6.905 Provisões

Total do Passivo 16.504.211 16.504.211 Total do Passivo

Capital 2.500.000 2.500.000 Capital Social

Reservas e Fundos 0

Resultados Potenciais 0

Resultados transitados -515.019 -130.695 -645.715Outras Reservas e Resultados

TransitadosDesreconhecimento Despesas

de investigação

Resultado Líquido do Exercício 36.028 36.028Resultado Líquido Individual do

Exercício

Total dos Fundos Próprios 2.021.009 -130.695 1.890.313 Total do Capital Próprio

Total do Passivo e dos Fundos Próprios 18.525.220 -130.695 18.394.525 Total do Passivo e do Capital Próprio

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Balanço de Abertura a 01 de Janeiro de 2016 CONTIF vs IAS/IFRS (Pró-forma)

De acordo com as IAS, as despesas de Constituição são reconhecidas como custos do exercício.

CONTIF01-01-2016

CONTIFAjustamentos

Transição01-01-2016

IFRS IFRS Ref.

DISPONIBILIDADES 4.462.870 4.356.227 Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

106.643 Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ 4.172.366 4.172.366 Aplicações em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito

Operações Compra Título Terceiros c/Acordo Revenda

0

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 734.173 734.173 Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Mantidos para Negociação 0

Disponíveis para Venda 734.173

CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS

6.250

OPERAÇÕES CAMBIAIS 0

CRÉDITOS 9.190 9.190 Crédito a Clientes

Créditos 9.474

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

-284

OUTROS VALORES 15.185 21.435 Outros Activos

Outros Valores de Natureza Fiscal 17

Outros Valores de Natureza Cível 792

Outros Valores de Natureza Administrativa

14.376

Imobilizações Financeiras 0

Imobilizações Corpóreas 37.456 37.456 Outros Activos Tangíveis

Imobilizações Incorpóreas 228.554 -130.695 97.858 Activos Intangíveis Reclass. Despesas de investigação

Total do Activo 9.666.044 -130.695 9.535.348 Total do Activo

DEPÓSITOS 6.113.086 6.113.086 Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

À ordem 6.103.085 6.103.085 À ordem

A prazo 10.001 10.001 A prazo

CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ 1.349.455 1.349.455 Recursos de Bancos Centrais e de Outras Instituições de Crédito

Operação Venda Tít.de Terceiros c/ Acordo Recompra

0 202.329 Outros Passivos

OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS

565

OUTRAS OBRIGAÇÕES 201.764

PASSIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES 0

PROVISÕES P/ RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS

16.193 16.193 Provisões

Total do Passivo 7.681.063 7.681.063 Total do Passivo

Capital 2.500.000 2.500.000 Capital Social

Reservas e Fundos 0

Resultados Potenciais 0

Resultados transitados -515.019 -130.695 -645.715 Outras Reservas e Resultados Transitados

Reclass. Despesas de investigação

Resultado líquido do exercício 0 0 Resultado Líquido Individual do Exercício

Total dos Fundos Próprios 1.984.981 -130.695 1.854.285 Total do Capital Próprio

Total do Passivo e dos Fundos Próprios 9.666.044 -130.695 9.535.348 Total do Passivo e do Capital Próprio

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Demonstração dos resultados Pró-forma a 31 de Dezembro de 2016.

CONTIF 31-12-2016CONTIF Ajustamentos Transição 31-12-2016

IFRS CONTIF

Margem Financeira Estrita 1.196.133 1.232.690 Margem Financeira

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 1.442.384 1.478.941 Juros e Rendimentos Similares

Proveitos de Aplicações de Liquidez 1.029.917

Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários 397.242

Proveitos de Créditos 15.225

(-) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos 246.251 246.251 Juros e Encargos Similares

Custos de Depósitos 172.884

Custos de Captação para Liquidez 73.367

Custos de Captações com Títulos e Valores Mobiliários 0

Custos de Outras Captações 0

Resultado de Negociação e Ajuste ao Valor Justo 87.880 87.880Resultados de Activos e Passivos

Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados

Resultados em Operações Cambiais 327.991 327.991 Resultados Cambiais

Resultado de Prestação de Serviços Financeiros 81.905 86.914 Rendimentos de Serviços e Comissões

-5.009 Encargos com Serviços e Comissões

(-) Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias

2.074 -119.564 Outros Resultados de Exploração

Resultado de Intermediação Financeira 1.691.836 1.610.902 Produto da Actividade Bancária

(-) Custos Administrativos e de Comercialização 1.636.492

Pessoal 1.003.777 1.040.334 Custos com o Pessoal

Fornecimento de Terceiros 440.142 440.142 Fornecimentos e Serviços de Terceiros

Impostos e Taxas não incidentes s/ Resultado 57.781

Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras 704

Outros Administrativos e de Comercialização 32.477

Depreciações e Amortizações 101.611 101.611Depreciações e Amortizações do

Exercício

(-) Provisões s/ Outros Valores e Resp. Prováveis -9.288 -9.288 Provisões Líquidas de Anulações

Outros Proveitos e Custos Operacionais 5.092 -2.074Imparidade Crédito a Clientes Líquida

de Rever. e Recuperações

Resultados de Imobilizações Financeiras 0

Resultado Operacional 69.724 36.028Resultado Antes de Impostos de

Operações em Continuação

Resultado não Operacional -33.696 0 Impostos sobre os Resultados

Resultado Antes dos Impostos e Outros Encargos 36.028 0 Correntes

(-) Encargos sobre o Resultado Corrente 0 0 Diferidos

Resultado Corrente Líquido 36.028 36.028Resultados Após Impostos de

Operações em Continuação

(- )Interesses Minoritários 36.028 Resultado Líquido do Exercício

Resultado do Exercício 36.028

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

Ajustamentos com impacto nos Capitais PrópriosDas análises feitas a realidade do Banco à luz das IAS/IFRS, abaixo detalhamos os seguintes ajustamentos com impactos nos capitais próprios a 01 de Janeiro de 2016 bem como em 31 de Dezembro de 2016:

Impacto fiscal originado pelos ajustamentos decorrentes da aplicação dos IAS/IFRS.A dificuldade inerente a este exercício na presente data decorre fundamentalmente do facto de ainda não ter sido definido de que forma deverão ser tratados os efeitos da transição para as IFRS em sede de imposto industrial, não tendo também sido definido qualquer regime transitório que eventualmente determine o reconhecimento destes efeitos de forma diferida.

Todavia, e no que respeita em concreto aos efeitos da transição nos fundos próprios, importa apurar o seu impacto fiscal face à legislação em vigor. Assim, foi considerado o valor do imposto diferido para todos os ajustamentos de transição com impacto em fundos próprios identificados, considerando os princípios e regras actualmente aplicáveis, de acordo com o Comunicado de 29 de Janeiro de 2017 o qual transcrevemos abaixo:

“Considerando que têm sido levantadas algumas questões relacionadas com enquadramento fiscal aplicável ao reporte de informação sobre os impactos da adopção plena das IAS /IFRS, o BNA informa que para efeitos: (i) da preparação do Balanço de abertura de acordo com as IFRS e; (ii) da reconciliação entre os capitais próprios em conformidade com os principais contabilísticos geralmente aceites e os capitias próprios de acordo com as IFRS, as instituições devem considerar o enquadramento fiscal em vigor em Angola.“

28. EVENTOS SUBSEQUENTESDe acordo com o Aviso nº 2/2018 de 21 de Fevereiro, as Instituições Finanaceiras Bancárias deverão ter o Capital Social e Fundos Próprios Regulamentares em AOA 7.500.000 milhares até 31 de Dezembro de 2018. Conforme fundamentado no Relatório de Gestão (Gestão do Risco), além de repor o limite mínimo dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR), este aumento irá impulsionar as operações do Banco.

É expectável que os Accionistas atendam a esta necessidade, de formas a impulsionar a actividade do Banco e reforço da sua capacidade de negócio.

O Banco Prestígio, decorrente do exercício de 2015, tomou liquidez em moeda estrangeira, junto de um parceiro internacional, no valor de USD 9.800 milhares, para um período de 90 dias renováveis, registando liquidações parciais de capital no montante global de USD 3.096 milhares, a pedido do parceiro internacional. Após a mobilização do referido montante, o saldo em dívida corresponde a USD 6.704 milhares.

Contudo, atendendo ao actual contexto do sistema financeiro Angolano, que incide particularmente sobre a oferta de divisas, situação que leva os Bancos locais a limitarem tomadas de fundos em moeda estrangeira, situação essa que levou ao Banco a solicitar a renegociação da dívida perante a contraparte dado à data de 31 de Dezembro de 2017 encontrar-se em incumprimento.

Capital Próprio01-01-2016

Resultado Líquidode 2016

Capital Próprio31-12-2016

Capital Próprio CONTIF 1.984.981 36.028 2.021.009

Ajustamentos -130.695 0 -130.695

Total Ajustamentos -130.695 0 -130.695

Capital Próprio IFRS 1.854.285 36.028 1.890.313

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Nesse sentido, o Banco acordou com a contraparte a renegociação da dívida no sentido da liquidação do montante em dívida ocorrer de em três parcelas, até Agosto de 2019, com uma taxa de juro associada crescente num montante máximo de 1%.

29. OUTRAS DIVULGAÇÕESAs normas em vigor relativamente aos elementos para publicação oficial impõem a explicação de alguma informação e indicações acerca das contas anuais mencionadas no balanço e na demonstração dos resul-tados. A sua menção é feita pela respectiva ordem definida no Aviso nº 15/07 de 12 Setembro do BNA e, para os casos em que exista a competente explicação algures no relatório ou nas notas às demonstrações financeiras, isso será mencionado.

a) O resumo dos principais critérios contabilísticos encontra-se descrito na Nota 2;b) O Banco não procedeu à reavaliação dos imóveis de uso próprio;c) O Banco não procedeu à venda de bens a prazo a sociedades ligadas;d) As garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades encontram-se descritas na Nota 24;e) O capital social encontra-se descrito nas Notas 1 e 14;f) O Banco não procedeu a ajustamentos de exercícios anteriores;g) O Banco teve o seu início de actividades em 2015;h) Os resultados por acção são apresentados na demonstração dos resultados;i) O Banco não tem sucursais no exterior;j) Não existem acções com opções de compra das acções outorgadas e exercidas no período;k) Foram efectuados os desdobramentos das principais contas cujo saldo tenha ultrapassado o limite

de 10% do valor do respectivo grupo ou classe;l) Não existem eventos subsequentes à data do encerramento do período que tenham ou possam vir a

ter, efeitos relevantes sobre os resultados do Banco;m) As informações relativas aos títulos e valores mobiliários encontram-se descritos na Nota 6;n) Não existem instrumentos financeiros e derivados à data de encerramento.

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Relatório do AuditorIndependente

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Relatório do AuditorIndependente

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

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Relatório e Parecerdo Conselho Fiscal

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Relatório e Parecerdo Conselho Fiscal

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RELATÓRIO E CONTAS | 2017

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