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RELATÓRIO E CONTAS PERÍODO DE 2014

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RELATÓRIO E CONTAS

PERÍODO DE 2014

RELATÓRIO E CONTAS DO PERÍODO DE 2014

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Índice INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 2

PARTE I – RELATÓRIO E CONTAS DO PERÍODO DE 2014 ............................................................. 4

Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).................... 4

Restantes Respostas Sociais ................................................................................................................. 4

Ativo Não Corrente/ Análise do Investimento ................................................................................ 5

Ativo Corrente ...................................................................................................................................... 6

Passivo ................................................................................................................................................... 7

Comparação dos Rendimentos e Gastos ........................................................................................... 9

Análise dos Serviços Prestados e Subsídios à Exploração: .......................................................... 10

Evolução dos Rendimentos: ............................................................................................................ 13

Evolução dos Gastos: ....................................................................................................................... 15

Recursos Humanos ............................................................................................................................ 16

Balanço .................................................................................................................................................. 18

Demonstração de Resultados ................................................................................................................. 19

Variação da Demonstração de Resultados .............................................................................................. 20

Demonstração dos Fluxos de Caixa ....................................................................................................... 21

CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 22

PARTE II – PARECER DO CONSELHO FISCAL .............................................................................................. 23

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, a AMPER tem demonstrado um crescimento assinalável, motivado

pela capacidade empreendedora de todos que fazem parte da vida da instituição.

Este crescimento está refletido no aumento e adequação das nossas infraestruturas e

espaços, na qualificação dos recursos humanos, no alargamento das respostas sociais e

na capacidade de trabalhar com e para a comunidade.

O ano de 2014 foi particularmente difícil, quer pela dificuldade em iniciar o

funcionamento do “Lar Dr. Álvaro Santos”, que devido a um conjunto de

constrangimentos, nomeadamente a aprovação do acordo de cooperação, se mostrou

inviável antes do fim do ano, quer pela conjuntura extremamente adversa, que tem

provocado a redução dos recursos financeiros disponíveis por parte das famílias, com

um impacto negativo substancial nas instituições.

Contudo, a AMPER continuará a assumir a sua responsabilidade enquanto IPSS,

mantendo a forte dinâmica nos domínios da solidariedade social, da educação, saúde,

desporto, cultura e recreio e no apoio às famílias mais carenciadas.

Temos consciência que as circunstâncias impedem que se continue a pensar numa lógica

de crescimento em termos quantitativos, mas é possível continuar a crescer em

qualidade, em solidariedade e em relação humana. É possível crescer na melhoria de

desempenho e na aplicação de métodos de gestão mais eficientes, tentando manter a

sustentabilidade.

Apesar de não ter sido um ano positivo, muitos foram os que nos honraram com a sua

solidariedade, demonstrando, dessa forma, a sua confiança no nosso trabalho.

Assim, expressamos o nosso agradecimento a todos os Associados e Amigos que

generosa e desinteressadamente continuaram a acreditar na AMPER, traduzindo essa

generosidade em donativos, ofertas, trabalho voluntário, … como também aos

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colaboradores que connosco constroem diariamente uma melhor e maior AMPER, sendo

o motor determinante no alcance dos objetivos traçados.

Queremos também realçar o bom relacionamento institucional que mantemos com o

Centro Distrital da Segurança Social de Aveiro; o Executivo da Câmara Municipal de

Oliveira do Bairro e da Junta de Freguesia de Oiã, a quem expressamos o nosso

agradecimento pela colaboração que vem sendo prestada.

Por último, uma palavra de profundo reconhecimento ao Sócio Honorário e Amigo, Sr.

Dr. Álvaro Santos, pelas suas qualidades ímpares, pela sua grande generosidade humana e

pela entrega sem limites à causa de ajuda ao próximo.

A Direção

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PARTE I – RELATÓRIO E CONTAS DO PERÍODO DE 2014

O Relatório e Contas do ano de 2014 tem como objetivo descrever o essencial da ação da

Direção da AMPER ao longo do ano, através da descrição objetiva dos recursos mobilizados e da forma

como foram aplicados.

Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)

Foi um ano penoso e crítico, dado a obra estar concluída e inaugurada desde finais do ano

de 2013 e não se ter conseguido obter a celebração do Acordo de Cooperação antes de

dezembro de 2014. Esta autorização do Acordo resultou da reafetação de verbas libertas da

revisão de Acordos em baixa pelo Centro Distrital, abrangendo apenas o ERPI com 16

utentes, tendo a estrutura capacidade para 30 utentes. Esta aprovação tardia inviabilizou a sua

entrada de funcionamento antes de finais do ano.

Relativamente ao SAD, ainda não se obteve a aprovação do Acordo, embora o Centro

Distrital já tenha informado da sua intenção de aprovação para meados do ano 2015.

Restantes Respostas Sociais

Houve a continuidade do funcionamento das respostas sociais de Creche; Pré-Escolar; Centro de

Dia, Lar Residencial e Residência Autónoma.

Nas respostas sociais de Creche e Pré-escolar verificou-se a diminuição do número de crianças,

sendo a frequência média real de 12 utentes, para ambas as respostas sociais.

Consequentemente, a AMPER foi alvo da revisão dos seus acordos de cooperação para estas duas

respostas sociais de infância, passando o número de utentes comparticipados pelo I.S.S. IP a ser 16 para

cada uma destas respostas sociais, embora mantenha a mesma capacidade aprovada, de 24 utentes para

Creche e 20 utentes para Pré-escolar.

Relativamente ao CATL, foi solicitado o seu encerramento a partir do mês de setembro, por acordo

assumido com a Solsil e como alternativa ao serviço de fornecimento de refeições no Pólo Escolar Oiã

Nascente. Contudo, a AMPER tem desenvolvido, nas interrupções letivas, projectos de ocupação dos

tempos livres, Projeto “Férias Ativas”.

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As respostas sociais direccionadas à pessoa com capacidades reduzidas mantiveram-se com a sua

capacidade máxima e o centro de dia com uma frequência média de 7 utentes.

Foram desenvolvidos em todas as respostas sociais os respetivos Planos de Atividades aprovados

para o ano de 2014.

Ativo Não Corrente/ Análise do Investimento

O montante global de investimento realizado no ano de 2014 totalizou 37.362,93 euros,

conforme abaixo se descrimina:

ATIVO BRUTO

Rúbricas Saldo Inicial Aumentos Transferências Saldo Final

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Terreno 141.096,85 141.096,85

Edifício e Outras Construções 1.283.459,16 18.366,61 1.066.313,11 2.368.138,88

Equipamento Básico 162.705,89 1.386,11 164.092,00

Equipamento de Transporte 136.990,92 136.990,92

Equipamento Administrativo 67.599,10 492,00 74.484,23 142.575,33

Outros Ativos Fixos Tangíveis 82.170,61 1.792,92 11.222,34 95.185,87

Total 1.874.022,53 22.037,64 1.152.019,68 3.048.079,85

INVESTIMENTOS EM CURSO

Projectos 52.438,23 593,11 -53.031,34 0,00

Infra-estruturas 988.142,05 7.139,72 -995.281,77 0,00

Fiscalização 18.000,00 -18.000,00 0,00

Equipamento Móvel 78.114,11 2.380,08 -80.494,19 0,00

Comunicações e Videovigilância 5.212,38 -5.212,38 0,00

Total 1.136.694,39 15.325,29 -1.152.019,68 0,00

TOTAIS 3.010.716,92 37.362,93 0,00 3.048.079,85

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS

Rúbricas Saldo Inicial Aumentos Reduções/Abate Saldo Final

Terreno 0,00 0,00

Edifício e Outras Construções 452.827,31 40.432,51 493.259,82

Equipamento Básico 132.827,42 8.188,25 141.015,67

Equipamento de Transporte 117.404,61 19.586,31 136.990,92

Equipamento Administrativo 65.551,34 781,61 66.332,95

Outros ativos Fixos Tangíveis 73.985,95 1.853,60 75.839,55

TOTAIS 842.596,63 70.842,28 0,00 913.438,91

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O ativo não corrente, composto pelos ativos fixos tangíveis e investimentos em curso,

apresenta um valor líquido de 2.134.640,94 euros, representando, em termos relativos, 84%

do ativo da instituição.

O investimento realizado (excluindo a ERPI) diz respeito à aquisição e colocação de uma

vedação na piscina, garantindo maior privacidade aos seus utilizadores, a equipamento

informático, um televisor para o Lar Residencial, assim como aquisição de novo fardamento

para os colaboradores.

O montante da rúbrica “Investimentos em Curso” corresponde ao valor investido no

“Lar Dr. Álvaro Santos”, tendo sido realizado no ano 2014 o montante de 15.325,29 euros.

O investimento realizado está excluído de qualquer financiamento e diz respeito

essencialmente à aquisição de cinco portas corta-fogo (para substituição das existentes por

imposição da ANPC), à instalação da central telefónica; sistema de videovigilância; roupa de

cama; atoalhados; cobertores e alguns artigos para decoração e conforto do espaço.

Antes entrada em funcionamento do ERPI todo o montante de “Investimentos em

Curso” foi transferido para as respetivas rubricas do ativo fixo tangível.

Ativo Corrente

ATIVO CORRENTE

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Variação % Variação

Inventários 2.124,27 1.671,37 452,90 27,10%

Clientes C/Corrente 21.504,46 29.375,19 -7.870,73 -26,79%

Utentes C/C 12.732,76 8.973,69 3.759,07 41,89%

Ut. Cob. Duvidosa 20.387,29 20.387,29 0,00

Perdas p/Imparid. -15.662,29 -15.662,29 0,00

CMOB 4.046,70 15.676,50 -11.629,80 -74,19%

Estado e O. Entes Públicos 1.135,15 3.794,07 -2.658,92 -70,08%

IVA - Reembolsos 1.135,15 3.794,07 -2.658,92 -70,08%

Outras Contas a Receber 272.827,09 279.978,93 -7.151,84 -2,55%

POPH 235.849,42 235.849,42 0,00 0,00%

CMOB 0,00 8.777,05 -8.777,05 -100,00%

Dev.p/Acres.Rend. 7.245,40 0,00 0,00

Outros Devedores 29.732,27 35.352,46 -5.620,19 -15,90%

Diferimentos 3.269,23 2.348,81 920,42 39,19%

Caixa e Depósitos Bancários 106.846,18 105.411,48 1.434,70 1,36%

Caixa 1.441,71 199,85 1.241,86 621,40%

Dep.Ordem 5.404,47 5.211,63 192,84 3,70%

Dep.a Prazo 100.000,00 100.000,00 0,00

TOTAIS 407.706,38 422.579,85 -14.873,47 -3,52%

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No ativo corrente destacamos as dívidas de terceiros compostas pelas rúbricas “Clientes

C/Corrente” e “ Outras Contas a Receber”:

- a rúbrica “Clientes C/Corrente - Utentes” traduz as dívidas dos utentes relativas a

comparticipações familiares. Embora haja uma grande esforço para a cobrança atempada

destes montantes, a sua concretização tem sido bastante difícil, com particular evidência na

infância, evidenciando claramente a débil situação financeira de algumas famílias.

- a rúbrica “Outras Contas a Receber” mantém valores de semelhante grandeza,

refletindo essencialmente os montantes em dívida relativos ao financiamento público na

construção da ERPI e SAD, por parte do POPH. Encontram-se por reembolsar cerca de 15%

dos valores realizados, não tendo ocorrido quaisquer pagamentos no ano de 2014.

A CMOB cumpriu na totalidade com os compromissos contratualizados.

Passivo

PASSIVO

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Variação % Variação

Financiamentos Obtidos 613.511,36 566.140,24 47.371,12 8,37%

Não Corrente 437.787,83 436.423,57 1.364,26

Instituições de Crédito 335.547,59 334.183,33 1.364,26

Beneméritos 102.240,24 102.240,24 0,00

Corrente 175.723,53 129.716,67 46.006,86

Instituições de Crédito 175.723,53 129.716,67 46.006,86

Fornecedores C/Corrente 18.214,44 15.212,51 3.001,93 19,73%

Estado e O. Entes Públicos 9.381,09 8.782,43 598,66 6,82%

Outras Contas a Pagar 88.782,75 103.641,15 -14.858,40 -14,34%

Pessoal 0,00 0,00 0,00

Fornecedores Investimento 36.267,43 56.454,14 -20.186,71

Outros Credores 52.515,32 47.187,01 5.328,31

Credores p/Acresc.Gastos 51.025,92 44.768,29 6.257,63

Remun. a Liquidar 51.025,92 44.503,29 6.522,63

Outros Acresc.Gastos 0,00 265,00 -265,00

Outros Credores 1.489,40 2.418,72 -929,32

Diferimentos 0,00 4.742,30 -4.742,30

TOTAIS 729.889,64 698.518,63 36.113,31 5,17%

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O Passivo representa os valores em dívida da instituição a 31 de dezembro de 2014, que

em termos globais sofreu um acréscimo de 5,17%.

Em termos de endividamento, através do recurso a instituições de crédito, a instituição

teve a necessidade de se reforçar através da abertura de uma conta caucionada no banco

Crédito Agrícola, para reforço de tesouraria e para pagamento a Fornecedores de

Investimento. Tem atualmente o empréstimo bancário “Linha de Crédito – IPSS”, no

montante de 250.000,00 euros, em período de carência e amortizou antecipadamente o

empréstimo para construção da ERPI com a entidade bancária CGD, tendo-o

contratualizando com o banco Crédito Agrícola, iniciando-se já a fase de amortização.

Apresentamos a análise comparativa do total do passivo nos últimos 4 períodos económicos:

PASSIVO

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

900.000,00

PERÍODOS ECONÓMICOS

E

U

R

O

S

2011

2012

2013

2014

Gráfico n.º 1 – Evolução do Passivo

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Comparação dos Rendimentos e Gastos

RENDIMENTOS / GASTOS

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Variação % Variação

RENDIMENTOS 583.429,13 632.404,73 -48.975,60 -7,74%

GASTOS 642.907,54 640.744,00 2.163,54 0,34%

RESULTADO LÍQUIDO -59.478,41 -8.339,27 -51.139,14

Da análise comparativa com o período de 2013, constata-se que os rendimentos

sofreram um decréscimo de cerca de 7,75%.

Os gastos, em termos globais, mantiveram-se semelhantes ao ano anterior, tendo-se

dado continuidade à implementação de uma gestão financeira rigorosa, tendo como principal

objetivo o controlo da despesa.

Apresentamos a análise comparativa das rúbricas de gastos, rendimentos e dos

resultados nos últimos 4 períodos económicos:

Gráfico n.º 2 – Evolução dos Rendimentos/Gastos/Resultados

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►Análise dos Serviços Prestados e Subsídios à Exploração:

SERVIÇOS PRESTADOS

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Ano 2012 Ano 2011

Mensalidades Utentes 90.669,36 93.401,88 100.376,70 98.188,07

Creche 11.539,46 15.913,31 20.565,07 20.802,00

Pré-Escolar 12.559,88 14.665,86 18.368,29 17.555,27

CATL 10.087,79 9.504,61 10.142,91 11.790,75

Lar Residencial e RA 47.303,38 43.784,16 42.786,12 41.231,00

Centro de Dia 9.178,85 9.533,94 8.514,31 6.809,05

CMOB-Protocolos 1º Ciclo/CAF 41.533,77 28.563,90 21.249,32 31.040,55

Ginásio 6.509,50 6.062,00 9.661,75 11.389,25

Quotas 7.088,00 8.361,25 7.618,00 7.180,00

TOTAIS 145.800,63 136.389,03 138.905,77 147.797,87

Apresentamos a análise comparativa das mensalidades familiares nos últimos 4

períodos económicos:

Gráfico n.º 3 – Evolução das Mensalidades Familiares

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SUBSÍDIOS Á EXPLORAÇÃO

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Ano 2012 Ano 2011

C.R.S.S. 334.736,00 363.551,87 374.293,09 374.422,29

Creche 35.728,40 59.819,04 64.872,99 66.463,56

Pré-Escolar 25.778,64 37.030,20 43.145,52 43.238,64

CATL 5.478,10 6.508,45 6.512,14 7.507,50

Lar Res./R.A. 252.528,40 250.340,16 251.035,68 247.842,32

Centro Dia 9.514,34 9.854,02 8.726,76 9.370,27

ERPI 5.708,12 0,00 0,00 0,00

Autarquias 4.600,00 4.000,00 4.400,00 4.572,00

C.M.O.B. 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.072,00

Junta Freg.Oiã 600,00 0,00 400,00 500,00

I.E.F.P. 16.175,80 14.264,30 5.725,36 0,00

POPH - Formações Modulares 7.330,57 3.003,72 2.660,31 0,00

TOTAIS 362.842,37 384.819,89 387.078,76 378.994,29

Apresentamos a análise comparativa dos subsídios obtidos, referentes aos Acordos de

Cooperação, por tipo de respostas sociais: infância, deficiência e terceira idade, espelhando a

evolução nos últimos 4 períodos económicos:

Gráfico n.º 4 – Evolução dos Subsídios à Exploração

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Gráfico n.º 5 – Evolução dos Subsídios à Exploração

Gráfico n.º 6 – Evolução dos Subsídios à Exploração

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► Evolução dos Rendimentos:

As variações mais significativas na evolução dos rendimentos, comparativamente com o

ano de 2013, registam-se nas seguintes rúbricas:

Acréscimos:

- CMOB – Fornecimento Refeições Escolares: 12.969,87

- Quotas Associados (Ano 2014): 1.026,00

- POPH: Formações Certificadas: 4.326,85

- Subsídios IEFP – Estágios Prof.: 1.911,50

Quebras:

- Mensalidades Utentes: 2.735,52

- Ginásio: 1.851,75

- Rendimentos Anos Anteriores: 5.991,90

- C.R.S.S. Acordos Cooperação: 28.815,87

- Donativos: 32.370,38

Nos rendimentos, a rúbrica em destaque, pelo aumento mais significativo, é a referente

ao serviço de fornecimento de refeições escolares do 1ª Ciclo e CAF no âmbito dos

protocolos celebrados com a CMOB na Escola 1º Ciclo Oiã Nascente e que foi iniciado no

ano letivo de 2013/2014.

Também, no aumento dos rendimentos, contribuiu o apoio recebido pelo

financiamento no âmbito de candidatura ao POPH, para formações certificadas, ministradas

aos nossos colaboradores durante o período de 2012 a 2014.

As quebras de rendimentos devem-se essencialmente à diminuição da frequência de

meninos de Creche e Pré-Escolar, refletindo-se tanto na diminuição das mensalidades

familiares como na comparticipação da Segurança Social decorrente dos respetivos acordos

de cooperação.

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Analisamos, em seguida, a variação das mensalidades familiares e comparticipações

dos Acordos de Cooperação do ano de 2014 e 2013:

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Variação % Variação

Mensalidades Utentes 90.669,36 93.401,88 -2.732,52 -2,93%

Creche 11.539,46 15.913,31 -4.373,85 -27,49%

Pré-Escolar 12.559,88 14.665,86 -2.105,98 -14,36%

CATL 10.087,79 9.504,61 583,18 6,14%

Lar Residencial e RA 47.303,38 43.784,16 3.519,22 8,04%

Centro de Dia 9.178,85 9.533,94 -355,09 -3,72%

Rúbricas Ano 2014 Ano 2013 Variação % Variação

Subsídios à Exploração: Acordos Cooperação 334.736,00 363.551,87 -28.815,87 -7,93%

Creche 35.728,40 59.819,04 -24.090,64 -40,27%

Pré-Escolar 25.778,64 37.030,20 -11.251,56 -30,38%

CATL 5.478,10 6.508,45 -1.030,35 -15,83%

Lar Residencial / R.Autón. 252.528,40 250.340,16 2.188,24 0,87%

Centro Dia 9.514,34 9.854,02 -339,68 -3,45%

ERPI 5.708,12 0,00 5.708,12

Conforme se constata, as respostas sociais de Creche e Pré-escolar sofreram quebras

muito significativas.

A direção, consciente da necessidade urgente de reestruturação destes dois serviços,

que se mostravam claramente deficitários e sem uma previsão futura otimista, optou por

aguardar o início de funcionamento da ERPI, que se previa para breve, desafetando alguns

destes postos de trabalho mediante o ajustamento de funções, evitando assim os

despedimentos. Esta medida só foi possível concretizar já no final do ano. Contudo, teme

que estas medidas se revelem insuficientes, mantendo um grau de incerteza e a permanente

preocupação quanto ao futuro destas respostas sociais.

Também, na diminuição dos rendimentos, contribuiu o grande decréscimo do

montante de donativos. Embora se tenham realizado alguns eventos, como o cicloturismo ou

as marchas e tasquinhas, foram iniciativas direcionadas para o convívio entre os associados,

não tendo sido realizado o principal evento de angariação de fundos, o almoço anual de

comemoração do aniversário da associação. Não é também esta rubrica comparável com o

ano anterior, dado o ano 2013 ter sido excecional, tanto pelos peditórios realizados para

RELATÓRIO E CONTAS DO PERÍODO DE 2014

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apoio à conclusão da construção do lar de idosos como pela festa da sua inauguração, tendo

resultado receitas extraordinárias de maior montante nesse ano.

►Evolução dos Gastos:

Os gastos totais sofreram um aumento de 2.163,54 euros.

Acréscimos mais significativos:

- Géneros Alimentares: 3.805,39

- Conservação e Reparação: 4.490,40

- Eletricidade: 1.620,62

- Outros Fluidos (Gás): 3.514,69

- Gastos c/Pessoal: 34.545,19

Decréscimos mais significativos:

- Trabalhos Especializados: 6.356,48

- Despesas de Representação: 5.516,00

- Perdas p/Imparidade: 15.662,29

- Juros Suportados: 21.688,00

Nos gastos, a rúbrica que evidencia o aumento mais significativo é a de “Gastos

c/Pessoal” e fica a dever-se, quer ao aumento do pessoal ao serviço, pela contratação da

diretora geral, quer pela finalização do contrato emprego inserção de uma colaboradora, tendo

sido indispensável a sua contratação para o Lar Residencial. Também contribui para esta

variação a frequência e conclusão de dois estágios profissionais, tendo um deles sido admitido

para desempenhar as funções de cozinheira no Pólo Escolar.

O acréscimo da rubrica de “Conservação e Reparação” deve-se ao aumento das

reparações às viaturas.

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Atualmente a instituição tem ao seu serviço duas viaturas ligeiras não adaptadas, uma delas

com cerca de dezasseis anos e outra a perfazer os catorze anos. Apresentam ambas um

desgaste elevado, sendo alvo de sucessivas reparações, começando a levantar preocupações

relativamente às condições mínimas de segurança.

Os “Trabalhos Especializados” sofrem um decréscimo pela diminuição das

formações devidamente certificadas e comparticipadas pelo POPH, que decorreram no ano

de 2014, tendo resultado menores gastos com os formadores.

As “Despesas de Representação” apresentam um decréscimo por não se ter

realizado o almoço-convívio anual dos associados, não tendo resultado gastos com o evento.

A rubrica “Perdas por Imparidade Acumuladas” também evidencia um decréscimo

significativo e deve-se ao reconhecimento, no ano anterior, do valor das dívidas dos “Clientes

C/C – Utentes C/C”, como de cobrança duvidosa, quer pelo insucesso na sua cobrança,

quer pela mora que apresentam, tendo-se considerado uma quantia que não deverá ser

recuperável. No ano de 2014 não se verificou o reforço das imparidades.

Os “Juros Suportados” no período não são comparáveis com os do período anterior.

No ano de 2014 optou-se pela sua capitalização, tendo sido reconhecidos como investimento.

Esta opção de alteração de política contabilística, tem como objetivo o reconhecimento de um

valor que deverá ser imputado à obra, dado constituir um gasto indispensável à sua

concretização e que por essa razão não deve ser imputado a um só período económico.

Recursos Humanos

Em 31 de dezembro de 2014, o quadro de pessoal da AMPER era composto por 35

pessoas.

O número de colaboradores, comparativamente ao ano anterior, aumentou em três,

com as categorias profissionais de diretor geral, ajudante de ação direta e cozinheiro.

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Dado o crescimento da instituição, foi entendimento da Direção a implementação de

uma gestão mais profissionalizada contratando um diretor geral, a tempo parcial. A ajudante

de ação direta foi contratada para o reforço do quadro de pessoal do Lar Residencial, sendo

que já prestava serviço para a instituição através de um contrato emprego inserção e uma

cozinheira direcionada para a cozinha do Pólo Escolar Oiã Nascente, onde são confecionadas

pela AMPER todas as refeições para esse estabelecimento.

O quadro de pessoal atual da instituição distribui-se da seguinte forma:

Categoria Profissional Ano 2014 Ano 2013

Diretor Geral 1 0

Diretor Técnico 1 1

Prof Educação Física 1 1

Educador de Infância 2 2

Ajudante de Ação Educativa 6 6

Ajudante de Ação Direta 12 11

Administrativo 1 1

Cozinheiro 4 3

Auxiliar de Serviços Gerais 6 6

Motorista 1 1

Total 35 32

Mantivemos também como prestadores de serviços: um Psicólogo; uma Terapeuta

Ocupacional e uma Nutricionista.

Tem sido prioridade da Direção melhorar as condições de trabalho e aumentar as

competências dos seus recursos humanos, ministrando contínuas formações às diversas

categorias profissionais, consciente que este é um fator de diferenciação essencial.

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Balanço

Entidade: Associação dos Amigos de Perrães

Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2014 Unidade Monetária (EURO)

RÚBRICAS Notas DATAS

31-Dez-14 31-Dez-13

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 2.134.640,94 1.031.425,90

Investimentos financeiros 176,82

Investimentos em curso 0,00 1.136.694,39

2.134.817,76 2.168.120,29

Ativo corrente

Inventários 2.124,27 1.671,37

Clientes 21.504,46 29.375,19

Estado e outros entes públicos 1.135,15 3.794,07

Outras contas a receber 272.827,09 279.978,93

Diferimentos 3.269,23 2.348,81

Caixa e depósitos bancários 106.846,18 105.411,48

407.706,38 422.579,85

Total do ativo 2.542.524,14 2.590.700,14

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO

Fundos patrimoniais

Resultados Transitados 435.424,65 443.763,92

Outras variações nos fundos patrimoniais 1.436.688,26 1.456.756,86

1.872.112,91 1.900.520,78

Resultado líquido do período -59.478,41 -8.339,27

Total dos fundos patrimoniais 1.812.634,50 1.892.181,51

Passivo

Passivo não corrente

Financiamentos obtidos 437.787,83 436.423,57

437.787,83 436.423,57

Passivo corrente

Fornecedores 18.214,44 15.212,51

Estado e outros entes públicos 9.381,09 8.782,43

Financiamentos obtidos 175.723,53 129.716,67

Outras contas a pagar 88.782,75 103.641,15

Diferimentos 4.742,30

292.101,81 262.095,06

Total do passivo 729.889,64 698.518,63

Total dos fundos patrimoniais e do passivo 2.542.524,14 2.590.700,14

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Demonstração de Resultados

Entidade: Associação dos Amigos de Perrães

Demonstração Individual dos Resultados por Naturezas

PERÍODO FINDO em 31 de Dezembro de 2014 Unidade Monetária (EURO)

RENDIMENTOS E GASTOS

Períodos

31-Dez-14 31-Dez-13

Vendas e serviços prestados 145.800,63 136.392,03

Subsídios, doações e legados à exploração 362.842,37 384.819,89

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -73.833,41 -70.028,02

Fornecimentos e serviços externos -100.927,16 -104.209,17

Gastos com o pessoal -385.755,62 -351.210,43

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 -15.662,29

Outros rendimentos e ganhos 74.786,13 111.192,81

Outros gastos e perdas -7.765,28 -2.280,91

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamentos e impostos 15.147,66 89.013,91

Gastos/reversões de depreciações e de amortização -70.842,28 -71.883,89

Resultado operacional (antes de gastos de financiamentos e impostos) -55.694,62 17.130,02

Juros e rendimentos similares suportados -3.783,79 -25.469,29

Resultado antes de impostos -59.478,41 -8.339,27

Imposto sobre o rendimento do período 0,00 0,00

Resultado líquido do período -59.478,41 -8.339,27

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Variação da Demonstração de Resultados

RELATÓRIO E CONTAS DO PERÍODO DE 2014

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Demonstração dos Fluxos de Caixa

Entidade: Associação dos Amigos de Perrães DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE FLUXOS DE CAIXA Período findo em dezembro de 2014 Unidade Monetária (EURO)

RUBRICAS NOTAS PERÍODOS Dezembro 2014 Dezembro 2013

Fluxo de Caixa das atividades operacionais – método direto

Recebimentos de clientes e utentes 153 671,36 119 726,11

Pagamentos a fornecedores 171 235,64 175 562,14

Pagamentos ao pessoal 379 232,99 350 394,42

Caixa gerada pelas operações (396 797,27) (406 230,45)

Outros recebimentos/pagamentos 405 640,18 654 932,25

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 8 842,91 (36 573,99)

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis 57 549,64 569 730,84

Investimentos financeiros 176,82

Recebimentos respeitantes a:

Subsídios ao investimento 12 500,00 163 200,00

Juros e rendimentos similares 209,00

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (45 017,46) (406 530,84)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 47 371,12

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos 2 100,00

Juros e gastos similares 9 761,87 26 426,31

Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) 37 609,25 (28 523,31)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 1 434,70 (186 355,35)

Caixa e seus equivalentes no início do período 105 411,48 291 766,83

Caixa e seus equivalentes no fim do período 106 846,18 105 411,48

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CONCLUSÃO

Consideramos que o Plano de Ação e Orçamento de 2014 não foi em parte cumprido,

essencialmente pela entrada em funcionamento tardia da ERPI e a impossibilidade de

arranque do SAD, embora por motivos que fomos alheios e que julgamos explicados.

Apesar da situação económica, financeira e social do país não ser a mais favorável, a

Direção continua a encarar o futuro da instituição de uma forma positiva.

Com o esforço de todos, com grande disciplina e rigor, a Direção, em conjunto com

todos os colaboradores, continuará a trabalhar para que se possa aumentar e melhorar os seus

serviços, atingindo os objetivos a que a instituição se propôs.

Continuamos a apelar ao apoio de todas as pessoas coletivas e individuais, que

acreditam no projeto que se está a desenvolver, pois julgamos esse apoio essencial,

demonstrando, de uma forma generosa e desinteressada, que continuam a acreditar na

AMPER – Complexo Social Eng. Jaime Pereira e na sua missão.

A Direção:

Presidente – Henrique Pires Ferreira

Vice-Presidente – Zélia Maria Moreira Vela Pereira

Tesoureiro – Manuel Inácio Guerreiro

Secretário – João Manuel Silva Pereira

Vogal – João Ferreira Pires

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PARTE II – PARECER DO CONSELHO FISCAL