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Relatório de estágio do curso de licenciatura em química da UFSC
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
PRÁTICA DE ENSINO DE QUÍMICAMEN 5389
DOMINGAS CARDOSO DA SILVA
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA, REALIZADO NO
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Marques
Profª Regente: Ivete Comunello de Carli
Florianópolis
2009
Sumário
1. Introdução.................................................................................................................................. 1
1.1 Objetivo....................................................................................................................................... 1
2. Fundamentação teórica........................................................................................................... 1
2.1 O uso do diário no registro das aulas do estágio supervisionado............................................... 1
2.2 Aspectos importantes que um professor deve saber para realizar
sua prática docente..................................................................................................................... 2
2.3 O método dialético em sala de aula............................................................................................. 2
3. Planejamento de ensino........................................................................................................... 5
4. Desenvolvimento e análise do trabalho em sala de aula..................................................... 10
4.1 Análise do período de observação............................................................................................. 10
4.2 Análise das práticas desenvolvidas no estágio em sala de aula................................................ 11
4.3 Outras participações................................................................................................................... 17
5. Considerações finais.............................................................................................................. 17
6. Referências bibliográficas..................................................................................................... 18
7. Anexos ..................................................................................................................................... 19
7.1 Planos de aula............................................................................................................................ 19
7.2 Cópia dos registro oficiais de aula............................................................................................. 30
7.3 Atividades desenvolvidas pelos alunos.................................................................................... 31
7.4 Provas aplicadas...................................................................................................................... 32
7.5 Declaração de conclusão do estágio pela escola..................................................................... 35
7.6 Diário coletivo............................................................................................................................. 36
II
1. Introdução
Esse trabalho foi desenvolvido no Instituto Estadual de Educação, com a turma n° 120 do primeiro
ano do ensino médio do período vespertino, sob a regência da professora Ivete Comunello de Carli, no
período de 19 de abril a 15 de maio de 2009. Essa turma possui três aulas semanais de química. Em
22 aulas foram desenvolvidas as seguintes atividades: 3 aulas de observação; 11 aulas ministradas; 1
pesquisa; formulação e aplicação de duas provas; correção de 3 de provas; participação em uma
reunião pedagógica; mostra de vídeo e uma apresentação em grupo dos alunos.
O Instituto Estadual de Educação é o maior colégio público de Santa Catarina. Oferece aulas para
o ensino fundamental e médio, curso de magistério, curso de línguas e dança. Oferece inúmeros
recursos de apoio pedagógico como: duas salas de vídeo, dois laboratórios de informática, biblioteca
com aproximadamente 12.000 volumes, laboratório de química e um auditório. As observações das
aulas foram registradas em um diário (anexo).
Os alunos tratam-se de jovens na faixa etária média de 15 anos, residentes em diversos bairros de
Florianópolis.
1.1 Objetivo
Vivenciar situações reais de ensino, de forma crítica e assistida, a partir do desenvolvimento
planejado do Estágio Supervisionado, ampliando dessa forma a compreensão sobre a identidade,
características e necessidades específicas da docência, enquanto identidade profissional.
2. Fundamentação teórica
2.1 o uso do diário no registro das aulas do estágio supervisionado
O diário de aula é um documento importante, no qual o professor pode registrar aspectos de suas
aulas considerados relevantes. Esses registros são considerados pela literatura como uma ferramenta
de produção de significados que pode ser utilizada pelo professor como um instrumento para
investigação acerca de sua prática pedagógica. Alguns formadores de professores recomendam o uso
do diário durante o estágio supervisionado por considerarem importante suporte às reflexões pela
escrita com o objetivo de favorecer aprendizagens sobre ser professor (GONÇALVES, 2008).
2.2 Aspectos importantes que um professor deve saber para realizar sua prática docente
1
Uma referência importante para a prática pedagógica é a obra de Paulo Freire. Em seu livro
“Pedagogia da Autonomia”(FREIRE, 1996)o autor propõe uma ação educativo-crítica do docente,
baseada no diálogo, e uma postura ética no exercício de sua tarefa. Ao ensinar, o professor pode
também aprender com o aluno. Freire defende que o professor trabalhe com rigor metódico, ao
aproximar os alunos dos objetos cognoscíveis. Para ele, o processo de ensino não deve ser realizado
apenas com o tratamento superficial do conteúdo, tampouco com a ”pura transferência” do
conhecimento, mas se alonga a uma abordagem crítica. E essa abordagem necessita de educadores e
educandos criativos, inquietos, curiosos, persistentes e humildes. Desse modo, ensina-se e aprende-se
o conhecimento já existente e trabalha-se o ainda não sistematizado. Para isso, é imprescindível a
presença da pesquisa no ciclo gnosiológico. Freire destaca ainda algumas posturas que o professor
deve adotar em sua vida e atividade docente. Em sua concepção o professor deve ter consciência de
que não é um ser “pronto”, é inacabado e condicionado; consciente disso pode ir além, numa
permanente busca do aperfeiçoamento.
Para Freire a indagação e a pesquisa fazem parte da natureza da pratica docente. Em sua
concepção ensino e pesquisa são indissociáveis. O professor deve também possuir o espírito científico
investigativo, para poder diagnosticar problemas e buscar soluções em busca do aprimoramento da
arte de ensinar.
“[...] Enquanto ensino, continuo buscando, procurando. [...]. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.”
2.3. O método dialético em sala de aula
Considerando os objetivos da educação pública atuais, o método de ensino tradicional é
ineficaz para formar um cidadão crítico, com autonomia intelectual e com boa capacidade de detectar e
resolver problemas. Na metodologia dialética, proposta por Vasconcelos (1992), o ser humano é
considerado como um ser ativo, que se relaciona. A principal característica do método dialético é a
interação constante entre o professor e o aluno. A educação é participativa e o sujeito é quem constrói
o seu conhecimento se relacionando com o objeto e com as pessoas; para isso o conteúdo deve ser
significativo, o aluno deve agir sobre ele, refletir e reelaborá-lo. Vasconcelos resume:
“O método dialético de conhecimento é pautado, pela construção do conhecimento a partir do movimento do pensamento que vai do abstrato ao concreto.”
O primeiro passo do processo de ensino e aprendizagem do método dialético é a mobilização
do aluno para o conhecimento, tarefa atribuída ao professor. Mobilizar significa provocar, despertar e
acompanhar o interesse dos educandos pelo conhecimento visando estabelecer um vínculo inicial
2
significativo entre o sujeito e o objeto. A mobilização do aluno ocorre quando este dirige sua atenção,
seus sentidos, e se concentra no objeto de conhecimento. Essa etapa deve levar o aluno a elaborar as
primeiras representações mentais do objeto de conhecimento. As três atividades importantes do
professor identificadas na abordagem dialética, durante a mobilização são: a articulação realidade-
objetivo-mediação; a motivação; e a apresentação sincrética do objeto do conhecimento. Para que a
metodologia dialética se estabeleça, o professor necessita ter um bom conhecimento da realidade da
escola e dos alunos, e atuar a partir dela. É necessário também que as características e determinantes
dos alunos, da escola, da comunidade, da sociedade, da disciplina com a qual se vai trabalhar, sejam
conhecidas. Nessa concepção, o professor, ao iniciar um assunto, deve questionar o grupo a respeito
do objeto de aprendizagem, para conhecer suas concepções sincréticas, diagnosticar possíveis
obstáculos epistemológicos e auxiliá-lo na superação desses obstáculos. Nessa perspectiva, a
mobilização para o conhecimento é um processo a ser desenvolvido pelo educador na totalidade da
prática educativa, a qual deve ser provocada, preservada e autonomizada.
Nesse contexto, a motivação é considerada como “a carga energética” colocada no ato de
conhecer, destacando a importância da afetividade como auxiliar no processo de aprendizagem. No
método dialético, o aluno não se motiva sozinho, tampouco o professor é o responsável exclusivo pela
motivação; ela resulta de uma parceria do professor com os alunos, depende do assunto a ser tratado
e da forma como é abordado. Nas palavras de Vasconcelos:
“motivação é um complexo e dinâmico processo de interações entre os sujeitos, os objetos de conhecimento e o contexto em que se inserem.”
O papel do educador no método dialético é o de articulador das relações do educando com o
objeto de conhecimento e com o contexto que interfere na relação sujeito-objeto. Ele é o facilitador das
relações e problematizador das situações, provocador, desafiador, estimulador, ajudando o aluno a
estabelecer uma relação significativa com o objeto; essa relação deve satisfazer uma necessidade do
aluno, enquanto ser humano, seja intelectual, afetiva, ética, física, lúdica, estética, espiritual,
econômica, política, social, cultural. Além das atribuições acima o educador é o responsável para
disponibilizar meios que possibilitem e direcionem a aprendizagem.
O segundo momento do processo educativo na perspectiva dialética é o de construção de
conhecimento. Trata-se da parte operacional do processo educativo, na qual o aluno, sujeito, realiza
suas atividades (pesquisa, estudo individual, seminário, exercícios). Nessa etapa o aluno deve entrar
em contato profundo com o objeto, captando sua essência. Nesse ponto, o educador atua no sentido
de analisar as relações que compõem o objeto de conhecimento.
As sete categorias / critérios orientadores da construção do conhecimento em sala de aula são:
a significação, vínculo ativo do sujeito com o objeto de conhecimento; a práxis, a aprendizagem é ativa,
fruto da interação do sujeito com o objeto; a problematização, através da qual o educador estabelece a
3
contradição com o conhecimento sincrético que o aluno traz, possibilitando a superação desse estágio
de conhecimento; a tarefa do professor em estabelecer a dialética entre a continuidade e ruptura em
relação ao conhecimento do educando, uma vez que no método dialético o conhecimento novo se
constrói a partir do antigo; a articulação do conhecimento com uma visão crítica da realidade, no
sentido de buscar a verdadeira causa das coisas; a historicidade do conhecimento que ajuda a
resignificá-lo; o conhecimento tem origem num todo social; para recuperar seu significado o educador
deve articulá-lo com a totalidade.
Ainda em relação à construção do conhecimento, Vasconcelos sugere ao educador posturas
metodológicas condizentes com o método dialético, tais como: a proposição de atividade-problema,
que estimule o raciocínio dos alunos, articulada com outras estratégias como exposição dialogada,
trabalho de grupo, pesquisa, seminário, experimentação, debate, jogos educativos, dramatização, etc.
Como alternativa de superação da metodologia tradicional, Vasconcelos sugere a seguinte organização
do trabalho pedagógico: “(a) exposição posicionada e estimulante do educador; b) reflexão de
confronto e problematização por parte dos educandos; c) confronto educador-educando (superação
das diferenças de posição educador-educando)”.
Vasconcelos lembra que o trabalho de síntese é fundamental para a compreensão concreta do
objeto. Após percorrer as etapas de aproximação e análise do objeto de conhecimento, o aluno deve
sintetizar o conhecimento, ou seja, sistematizá-lo, aplicá-lo, transferi-lo, expressá-lo concretamente,
seja de forma oral, gestual, gráfica/ escrita ou prática.
3. Planejamento de ensino
PLANO DE ENSINO
Disciplina: Química
Série: 1° ano Turma 120
N° de aulas: 11 aulas período: 19/04 a 15/05/2009
Professora: Domingas Cardoso da Silva
Justificativa
O principal objetivo da educação pública brasileira é o pleno desenvolvimento (cognitivo,
linguistico, motor e afetivo) do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
4
para o trabalho. Na sociedade tecnológica atual a educação pública prioriza formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Se o conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir
na realidade, e se for apresentado como ciência, ou ainda como construção histórica relacionada aos
muitos aspectos da vida em sociedade, a química pode ser uma ferramenta da formação humana
capaz de ampliar nossos horizontes culturais e a autonomia para o exercício da cidadania.
De acordo com os PCN+ o aprendizado de Química no ensino médio deve possibilitar ao aluno
a compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento
científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais,
políticas e econômicas” (PCN+, 2002). Dessa forma, os estudantes podem julgar com fundamentos as
informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos” (PCNEM, 1999).
Uma forma de dar sentido à pratica educativa é que o sujeito conheça o objeto de estudo, o
que é e para que serve. Uma vez que a química é uma área do conhecimento humano que trabalha
com as transformações da matéria e a energia envolvida nessas transformações, e pelo fato de que
tais fenômenos estão presentes nas transformações naturais e em todos os processos de fabricação
de materiais artificiais presentes em nosso cotidiano; faz-se importante que o cidadão perceba onde
ocorrem essas transformações e onde é aplicado o conhecimento químico.
É de fundamental importância que os estudantes entendam a Classificação Periódica dos
Elementos como uma construção histórica da ciência química, assim como sua importância como fonte
de consulta das propriedades físico-químicas dos elementos e dos símbolos que os representam,
bastante requeridas durante o curso de química.
As pilhas, baterias e lâmpadas são importantes para a nossa qualidade de vida. Além de nos
proporcionar os benefícios que já sabemos, quando esse tipo de material é descartado no meio
ambiente pode contaminar o solo, os lençóis freáticos e os rios com metais pesados prejudiciais à
saúde humana. De posse desse saber, o cidadão pode prevenir possíveis contaminações pelo
descarte correto desses materiais que podem ainda ter os seus componentes reciclados, o que é
vantajoso em termos econômicos e ambientais. Estudando esse contexto o aluno pode ainda constatar
o uso dos metais no cotidiano, assim como entender de onde vem a energia gerada nesses
equipamentos.
Metodologia
Para ensinar a influência da química na vida moderna inicialmente será feita uma pesquisa
para diagnosticar a concepção que os alunos tem dessa ciência. Em seguida, eles devem ler um
pequeno texto sobre a presença da química no cotidiano. No próximo passo grupos de cinco alunos
5
devem trazer nomes de componentes químicos presentes em produtos do cotidiano. Por último, eles
assistirão ao vídeo “O que é a indústria química”, do Telecurso 2000, que mostra que conhecimento
químico é aplicado desde a extração da matéria prima até a fabricação dos produtos; além de poder
ser usado para resolver os possíveis problemas ambientais causados pela química.
A Classificação periódica será estudada com o uso do livro texto; com a leitura explicação pelo
professor. Com a ilustração da tabela periódica. Ao final serão resolvidos exercícios para a
consolidação da aprendizagem.
O estudo do tema “O perigo dos metais pesados para a saúde e o meio ambiente” será
explorado inicialmente a problematização através de um questionário. Em seguida um texto será lido e
por último os alunos responderão a questões relativas ao texto. Uma das questões será advinda de
resultados de pesquisa científica que os alunos deverão analisar e resolver questões específicas.
Objetivos gerais
reconhecer a química como ciência, historicamente construída pelas necessidades humanas, e sua
finalidade;
reconhecer a tabela periódica como uma importante base de dados dos elementos que constituem
todos os materiais; assim como sua seqüência lógica e como se deu essa construção;
reconhecer o uso dos metais no dia a dia;
reconhecer o perigo dos metais pesados à saúde e ao meio ambiente.
1. A influência da química na vida moderna
Objetivos específicos
avaliar a concepção que os alunos têm da química;
verificar se eles dispõem de computador e internet, para aliá-lo ao processo educativo como fonte de
pesquisa;
reconhecer a presença dos elementos químicos nos produtos tecnológicos e do dia a dia
reconhecer a presença do profissional químico como responsáveis técnicos da fabricação de alguns
produtos.;
reconhecer a influência da química em nosso padrão de vida atual;
reconhecer que os elementos químicos estão presentes nas matérias primas utilizadas pela indústria
química;
reconhecer o papel da química na separação e purificação das matérias primas.
6
Desenvolvimento metodológico
Inicialmente será aplicado o Questionário 1, anexo, referente à pesquisa. Em seguida os
alunos devem ler o texto “A química em nosso cotidiano” (FELTRE, p. 7). No próximo passo será
solicitado que façam uma pesquisa, em grupo, sobre a presença da química em nosso cotidiano,
identificando os componentes químicos em alguns produtos de casa ( Questionário 2, anexo). Solicitar
a cada grupo que apresentem a pesquisa na próxima aula. Na última do trabalho será exibido o filme
“O que é a indústria química?” (Telecurso 2000).sobre o qual a turma deverá responder algumas
questões (Questionário 3, anexo).
2. Classificação Periódica dos elementos.
Objetivos específicos
reconhecer que os elementos foram sendo descobertos ao longo do tempo;
reconhecer o processo de construção e organização da tabela periódica;
reconhecer a forma como a tabela periódica moderna é organizada;
reconhecer quais são os grupos e famílias;
extrair dados a respeito dos elementos por meio da utilização da tabela periódica;
reconhecer as famílias elementos representativos;
familiarizar-se com os nomes dos elementos químicos;
determinar a posição de um elemento na tabela a partir da configuração eletrônica da última camada.
Conteúdos
Histórico. Classificação periódica moderna. Períodos. Colunas, grupos ou famílias. Os nomes dos elementos químicos.
Metodologia
A metodologia empregada será a exposição dialogada, com ilustrações contidas no livro do
FELTRE. Será realizada uma leitura dinâmica de um texto sobre o histórico da tabela periódica. Para o
estudo das famílias períodos será feito um esboço da tabela no quadro, onde serão indicados quais
são os grupos e os períodos, e as principais famílias. Para o estudo da configuração eletrônica dos
elementos ao longo da tabela periódica será feito um resumo no quadro com orientações sobre a
localização dos elementos na tabela periódica a partir da configuração eletrônica da camada de
valência. Ao final será feito um trabalho onde o aluno irá preencher uma tabela com a configuração
7
eletrônica de alguns elementos, o grupo ou família ao qual pertence, o período e o número de camadas
do átomo.
3. Metais pesados: efeitos à saúde e ao meio ambiente.
Objetivos específicos
problematizar o uso e descarte de lixo eletrônico;
reconhecer o uso dos metais chumbo, cádmio e mercúrio em baterias, pilhas, lâmpadas e em outros
produtos tecnológicos;
reconhecer que os metais pesados são prejudiciais ao meio ambiente à saúde humana;
identificar algumas fontes de contaminação de metais pesados
reconhecer o papel do poder público na implementação fiscalização de legislações ambientais;
identificar a classificação periódica desses metais;
interpretar dados em tabelas;
reconhecer como os metais atingem o ser humano pela cadeia alimentar;
reconhecer as formas de representação das transformações que ocorrem em uma pilha;
resolver situações problema que envolve o descarte correto de lixo tóxico;
reconhecer o uso dos metais chumbo, cádmio e mercúrio em baterias, pilhas, lâmpadas e em outros
produtos tecnológicos.
Conteúdos
efeitos dos metais pesados à saúde humana e ao meio ambiente
classificação periódica dos três principais metais pesados
descarte correto de lixo tóxico.
metais de transição
Metodologia
Inicialmente será feita a problematização do tema com um questionário de cinco itens, que os
alunos devem discutir em grupos de seis e anotar as sínteses das respostas. Em seguida, será feita a
discussão com a turma toda e anotadas as sínteses das respostas no quadro. Depois será introduzido
um texto para eles lerem e interpretarem; nessa etapa a professora deve mostrar lâmpadas, pilhas e
baterias para eles e esclarecer dúvidas. Por último eles responderão a um questionário com questões
sobre o texto e sobre o conteúdo metais da tabela periódica. Esse questionário possui uma questão
especial onde eles vão utilizar conhecimentos obtidos na aula e dados obtidos de uma pesquisa
8
científica para analisar uma tabela, comparando valores de concentrações de metais pesados
encontrados nas análises com valores máximos permitidos pela legislação e tirando conclusões.
Bibliografia: DURÃO, Jr., W. A.; WINDMÖLLER, C. C.; A questão do mercúrio em lâmpadas fluorescentes; Química Nova na Escola, no. 28, maio, 2008.SANTOS W.L.P., Mól, G.S., e col. Química e Sociedade. São Paulo, Nova geração. 2006. p. 658-661ESTADO DE SANTA CATARINA, Lei No. 1.347, de 17 de Janeiro de 2000.Instituto de Pesquisas Nucleares-IPEN-http://www.ipen.br/sitio/?ap=51&idc=3199
Livro adotado: Feltre, R.; Química Geral, v.1, 6ª edição, Editora Moderna.
4. Desenvolvimento e análise do trabalho em sala de aula
4.1 Análise do período de observação
O período de observação foi de três aulas. No primeiro dia ocorreu uma prova sobre o assunto
“a evolução do modelo atômico, isótopos, isóbaros e isótonos” com duração de uma aula. Em seguida,
a professora resolveu, no quadro de giz, alguns exercícios sobre os números quânticos. A professora
ensinava com o apoio do livro didático (FELTRE, 2004), solicitando a participação dos alunos através
de perguntas. Não foi observada a contextualização do conteúdo, sendo inteiramente disciplinar. A
turma mostrou-se bastante indisciplinada e dispersa. Um fato que chamou a atenção foi que, após
várias advertências, a professora regente excluiu um aluno da turma, que saiu fazendo gestos
impróprios para ela; com isso a turma ficou mais calma. Com algumas exceções, a turma revelou-se
bastante indisciplinada, desmotivada e pouco interessada nas aulas de química. Alguns alunos que
sentavam-se à frente participavam ativamente das aulas, fazendo perguntas e respondendo aos
questionamentos da professora, enquanto alguns de trás ficavam conversando e outros totalmente
apáticos. Foi observado que muitos não faziam as atividades e outros sequer abriam os livros, e ainda
que outros não os possuíam. A professora encerrou o assunto sobre números quânticos e marcou a
prova para dez dias depois da primeira. As provas eram de dois tipos diferentes, com questões
objetivas e abertas. Corrigi a primeira prova, formulei e corrigi a segunda. O Quadro 1 contém um
resumo dos resultados das duas avaliações dos conteúdos ministrados pela professora regente.
Quadro 1. Resumo dos resultados de duas provas aplicadas pela professora regente.
9
Assunto Notas (%)
zero 1-6 7-10
A evolução do modelo atômico.
Isótopos,isóbaros e isótonos. 11 67 22
Números quânticos 41 53 6
A chamada era feita pela tabela periódica: a regente chamava um nome e o aluno respondia
com o nome, o símbolo e o número atômico de elemento químico. Eles ficavam bem atentos nessa
hora. Após as provas a professora regente solicitou que, para ter direito à recuperação, os alunos
trouxessem as provas assinadas pelos pais. No entanto, apenas três o fizeram.
4.2 Análise das práticas desenvolvidas no estágio em sala de aula
Diante de um alto índice de notas baixas (Quadro 1) e de uma turma totalmente desmotivada e
desinteressada pelo ensino de química, senti a necessidade de avaliar se eles tinham noções do que é
essa ciência, para que serve estudar química, e onde esse conhecimento é aplicado (Plano de aula 1,
anexo). Para fazer esse diagnóstico formulei um questionário com cinco perguntas, o qual apresento
os resultados abaixo. No intuito de aliar o computador às práticas adicionei uma sexta questão para
saber se eles dispunham de computador em casa, 79% dos alunos responderam que sim.
As cinco questões da pesquisa foram respondidas por 29 alunos. A Primeira indagação feita
diz respeito ao que o aluno entende por química. De acordo com os resultados, apresentados no
Gráfico 1, a resposta mais frequente é a de que a química é “o estudo dos elementos químicos, dos
átomos, etc”., a maioria, 90% conceberam a química como sendo apenas uma disciplina escolar,
enquanto os outros 10% a entendem como sendo uma área do conhecimento que estuda a
composição da matéria e suas transformações.
90%
10%
È o estudo doelementosquímicos, dosátomos, dosprótons,etc.
Estuda osmateriais esuastransformações
Gráfico 1. Concepção que os alunos têm da química.
10
Observei durante a pesquisa, que muitos não sabiam como responder, trocando idéias com os
colegas ou me pedindo sugestões. Solicitei a eles que tentassem responder com suas próprias
palavras, apenas o que sabiam; pois objetivo era exatamente de verificar como eles vêem a química
em seu cotidiano. Abaixo se encontram transcritas algumas respostas da primeira questão que me
chamaram a atenção:
Aluno A: “Que existem elementos, distribuição eletrônica etc...”
Aluno B: “Que eu intendo por quimica que é uma materia muito dificio tem que ter muita cabeça para
fazer os caucolos de massa etc.”
Na segunda questão perguntei aos alunos como eles vêem a presença da química no
seu dia a dia. Nesse caso, as respostas foram diversificadas, ocorrendo inclusive alguns equívocos em
relação à diferença entre fenômenos químico e físico.
20%
23%57%
Em produtos dehigiene/limpeza
Nastransformaçõesfísicas da água
Outros
Gráfico 2. Como os alunos vêem a química em seu dia a dia.
Foram constatadas sete ocorrências (23%) nas quais eles citaram as transformações de
estado físico da água, como a seja evaporação e a solidificação. Os produtos de higiene e limpeza,
como xampus, tinturas para cabelo, materiais de limpeza, etc., foram citados em 20% dos casos. Os
outros 57% colocaram que vêem a química presente em diversos materiais, nos alimentos, na
natureza, nas coisas que utilizamos diariamente e na poluição ambiental.
Abaixo, encontram-se algumas respostas transcritas:
Aluno A: “Nas aulas e nas coisas como elementos”
Aluno B: “Pra mim eu vejo a química muito pouco no meu dia a dia.”
Aluno C: “Em tudo, impossível viver sem a química no século 21.”
11
A terceira questão pede aos estudantes para citarem coisas boas e ruins que a química pode
nos oferecer. Na opinião de 41% da turma, os problemas ambientais representam o lado mais negativo
da química (Gráfico 3). 21% não especificaram coisas prejudiciais e responderam de forma geral, como
por exemplo: “A química hoje em dia nos oferece muita coisa boa, mas se não usarmos ela
corretamente, ela pode se tornar prejudicial à nós e ao meio ambiente.” Parte dos alunos que
conceberam a química somente como uma disciplina escolar, colocaram que o lado ruim da química
são os cálculos e a distribuição eletrônica, citados em 21% dos casos. Em 17% das amostras, as
bombas nucleares surgiram como vilãs.
17%
41%
21%
21%
Bombasnucleares
Problemasambientais
Nãoespecificaram
cálculos edistribuiçãoeletrônica
Gráfico 3. Lado negativo da química
Citação de um aluno: “De ruim e que a química tem cauculos muito difíceis”.
Observei uma certa dificuldade quando eles procuravam relacionar coisas boas. As respostas
para esse caso foram diversificadas (Gráfico 4). Apenas 13 amostras reportaram alguns exemplos.
Isso demonstra que o lado ruim é mais significativo, ou seja, não está claro para eles o papel da
química em nossa sociedade. Alguns se referiram aos alimentos, 17%, os remédios obtiveram 14%,
cosméticos, metais e outros ficaram com 14 % e 55% não especificaram ou não citaram exemplos.
12
55%
17%
14%
14%
Nãoespecificaramou nãoresponderam
alimentos
Remédios
Outros
Gráfico 4. Lado positivo da química na opinião dos estudantes
Transcrição de algumas respostas:
Aluno A: “Bom da química é fazer experiências”.
Aluno B: “Uma coisa boa é desenvolvimento do raciocínio e coisa ruim e o que envolve cálculo”.
Quando questionada se tinha conhecimento de algum problema relacionado à química em sua
comunidade, 52% da turma respondeu desconhecer qualquer fato negativo envolvendo aspectos
químicos. Como apresenta ainda o Gráfico 5, 21% citaram poluição de maneira geral, 24%
responderam esgotos e apenas 3% o lixo.
52%
3%
21%
24%
Nenhum
lixo
poluição
esgoto
Gráfico 5. Problemas envolvendo aspectos químicos no bairro em que moram
A quinta, e última questão, indaga como o estudante gostaria de aprender química. Uma
miscelânia de sugestões predominaram em 45% dos casos, Gráfico 6. As experiências em laboratório
foram reportadas em 38% das amostras e 17% aludiram a uma forma “divertida” de aprender química..
13
38%
17%
45%
Experiências nolaboratório
de uma formadivertida
outros
Gráfico 6. Como os alunos gostariam de aprender química
Vejamos abaixo alguns exemplos das respostas dos alunos, de como gostariam de aprender química:
Aluno A : “Explodindo coisas.”
Aluno B: “Em casa.”
Aluno C: “De um jeito mais fácil, com melhor explicação e descomplicado.”
Sabendo que os alunos não viam sentido em seu aprendizado de química, a medida a ser
tomada para intervir e mudar aquele quadro seria possibilitar que eles conhecessem um pouco dessa
ciência, sua aplicação e seus objetivos. Assim, foi introduzido um texto “A química em nosso cotidiano”
(FELTRE, 2004), que foi lido e discutido em sala de aula. Em seguida, um questionário (anexo), com
cinco perguntas, foi entregue para que eles pesquisassem sobre materiais do dia a dia que contém
componentes químicos e apresentassem, em grupo de seis, na próxima aula. Foi solicitado que eles
pesquisassem em casa e na Internet.
Na aula seguinte, somente dois grupos (de sete) fizeram a pesquisa requerida anteriormente.
O primeiro grupo foi orientado a apresentar sua pesquisa para a turma, mas apenas um dos
componentes e manifestou. O estudante foi orientado a expor a resposta da primeira questão no
quadro. Essa questão pedia para eles identificarem cinco produtos utilizados em casa que continham
componentes químicos. Observou-se, no entanto, que o aluno teve dificuldade em se comunicar com a
turma. Os outros componentes do grupo foram convidados a participar, mas nenhum falou nada. Em
seguida foi explicado a eles o papel da química na produção dos componentes de produtos como o
sabão em pó, o creme dental, entre outros utilizados em nosso dia a dia, assim como a presença dos
profissionais dessa área no controle de qualidade na fabricação dos produtos industrializados.
O segundo grupo foi chamado para apresentar a segunda questão, que perguntava por que
existem dois ou mais tipos de gasolina. Eles responderam que uma seria mais “grossa”, mais densa,
que a outra. Perguntei às alunas onde elas haviam pesquisado essa resposta e elas disseram que não
haviam pesquisado. Então, quando perguntadas novamente se sabiam a diferença entre a gasolina
14
comum e a aditivada, uma delas deduziu que, logicamente, era porque contém aditivos, que ela não
soube dizer quais.
Como os outros grupos não realizaram a pesquisa solicitada, então os dois grupos que já
haviam apresentado retornaram para apresentar as demais. Vale ressaltar que somente o líder do
primeiro grupo participou. Do segundo grupo houve maior participação dos componentes. Pode-se
dizer, portanto, que os objetivos da aula não foram satisfatoriamente alcançados, devido ao baixo
índice de participação da classe.
Ainda na expectativa de dar sentido ao aprendizado de química, foi apresentado o filme “O que
é a indústria química?”, com duração de 12 minutos e cinco questões de interpretação. Um fato
interessante que ocorreu é que a turma não conseguia se concentrar no filme, falavam
ininterruptamente. Após várias tentativas de mantê-los atentos foi necessário que um deles fosse
excluído, pois as advertências não surtiram efeito. A partir dessa medida, a turma ficou em silêncio e
conseguiu assistir ao filme e responder às questões. Algo anormal percebido naquela e em outras
ocasiões é a dificuldade de concentração que alguns têm, em se relacionar com objeto de estudo e até
mesmo focar a atenção em algo para ouvir interpretar os fatos.
A seguir será feita uma breve descrição do filme: mostrava a importância da química na
separação, purificação e transformação das substâncias da natureza. Apresentava diferentes matérias
primas utilizadas na fabricação de materiais utilizados em nosso dia a dia. Mostrava ainda a aplicação
do conhecimento químico na obtenção de materiais importantes para a melhoria de nossa qualidade de
vida, como os fertilizantes, os conservantes de alimentos, os medicamentos, os materiais de
construção, os plásticos, as tintas, etc. Esse filme mencionou também a problemática ambiental que a
indústria química pode provocar, mas que com o uso do conhecimento químico podemos reduzi-la e
até mesmo preveni-la com as medidas adequadas como a redução dos resíduos e a remediação das
áreas poluídas.
As aulas sobre a tabela periódica (Plano de aula 2, anexo) foram ministradas com o uso do
livro e do quadro de giz, onde foi feito um esboço da tabela periódica e indicadas as famílias, seus
respectivos nomes, e os períodos. Em seguida foi feito um exercício. Não foi observada nenhuma
dificuldade na aprendizagem desse conteúdo pelos alunos.
O assunto “configurações eletrônicas dos elementos ao longo da classificação periódica” foi
abordado com um pequeno resumo feito no quadro, com orientações de como a partir da configuração
eletrônica da camada de valência, obter informações sobre a localização de um elemento na tabela
periódica: a família, o período, o elétron de diferenciação, o nível e o subnível mais energéticos. Ao
final, os alunos realizaram uma atividade na qual uma tabela contendo uma coluna com vários
elementos e outras para serem preenchidas com as informações citadas anteriormente. Essa atividade
foi avaliada com dois pontos. Nessa etapa aparentemente não houve dificuldade. A maioria cumpriu a
tarefa de forma satisfatória.
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O terceiro e último plano de aula (Plano 3, anexo), com o tema “Metais pesados: efeitos à
saúde humana e ao meio ambiente”, referia-se ao uso dos metais no dia a dia, especificamente de uma
forma não muito evidente para nós: em lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias. Inicialmente os
alunos foram orientados a formarem grupos de seis. Depois foi entregue um questionário (anexo), cujo
objetivo era fazer a problematização do descarte de lâmpadas, pilhas e baterias o meio ambiente. Foi
solicitado que eles respondessem as questões em quinze minutos. Em seguida foi feita uma discussão
das questões com a turma. O texto “O perigo das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes
descartadas no meio ambiente” (anexo), foi entregue para que eles lessem.
Percebeu-se um grande interesse pelo assunto, no entanto, ao final da primeira aula houve um
tumulto, pois naquela sexta feira haveria apenas a última aula de química. A coordenadora da ala havia
nos cedido a aula de um professor faltoso, ou seja, havia duas aulas para por em prática o último plano
desse estágio. No início da aula esse fato foi avisado aos alunos, mas eles não entenderam. Ao final
da primeira aula foram até a coordenadoria de ala para confirmar se haveria outra aula de química. De
forma que a coordenadora de ala os reconduziu à sala para assistirem a mais uma aula. Esse fato,
somado ao fato de mais uma troca de professora de química, e de ser uma sexta feira fria, serviu para
desestimular os alunos. O tempo foi insuficiente para que eles respondessem às questões referentes
ao tema. Ao final da aula me despedi e dei alguns conselhos para eles, para que procurassem se
dedicar mais aos estudos; pois a educação pode mudar nossa realidade, e para cobrarem um ensino
que tivesse mais contextualização e relação com o seu cotidiano. Um fato que me deixou motivada foi
que eles elogiaram e reconheceram o diferencial da abordagem feita nesse trabalho de estágio. Nesse
dia, a professora regente atual procurou-me para pedir informações sobre as minhas aulas, das quais
os alunos haviam lhe falado.
4.3 Outras participações
Participação em uma reunião pedagógica com todos os professores da instituição. O assunto
abordado nessa reunião foi as novas regras de avaliação implementadas pela Resolução Estadual n°
158/2008 (anexa). De acordo com alguns professores essas mudanças vieram para facilitar a
aprovação dos alunos, uma vez que o peso da participação anual diminuiu e aumentou o da
recuperação final. Alguns professores protestaram contra a nova regra. A responsável pelo setor de
áudio visual aproveitou a oportunidade para solicitar aos professores o empenho no planejamento de
suas aulas, pois, de acordo com ela, eles estariam utilizando os vídeos somente para preencher o
tempo de suas aulas não planejadas.
5. Considerações finais
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Fomos educados em uma escola baseada no método tradicional, onde assistamos às aulas
transmitidas pelo professor com a ajuda de poucos recursos; muitas vezes utilizando apenas caneta e
caderno. Sabe-se que as exigências requeridas pelo mercado de trabalho e para que o nosso
desenvolvimento econômico e social ocorra de forma sustentável, requerem que tenhamos uma
educação escolar diferente daquela que vinha sendo praticada. O mundo está em constante evolução.
No entanto, todos nós tendemos a encontrar um estado de equilíbrio e nele permanecer, ou seja,
permanecer na inércia. É necessário que cada um contribua com sua parte e transforme-se com a
renovação de seu entendimento. Isso não é impossível, basta ter disposição.
Uma vez que o mundo disponibiliza inúmeros recursos que podem ser utilizados para melhorar
as práticas pedagógicas, podemos utilizá-los para potencializar a aprendizagem dos estudantes. Isso
tudo com uma abordagem dialética na perspectiva CTS, tendo cuidado de não esquecer dos conteúdos
de química.
6. Referências bibliográficas
BRASIL. MEC. SEMTEC. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, 1999.
BRASIL. MEC. SEMTEC. PCNs+ ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, 2002.
BRASIL. MEC. SEMTEC. SEB. Departamento de Políticas Públicas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. 2004.
DELIZOICOV, D. Práticas freireanas no ensino de ciências. In Conhecimento científico e vida cotidiana; Capítulo 14; org. Matos, C.; São Paulo; Terceira Margem; 1993.
DELIZOICOV. D., ANGOTTI, J.A., PERNAMBUCO, M.M. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa; São Paulo: Paz e Terra; 148 p.; 1996.
GONÇALVES, F. P., FERNANDES, C. S., e col.; O Diário de Aula Coletivo no Estágio da Licenciatura em Química: Dilemas e seus Enfrentamentos. Química Nova na Escola, n. 30, p, novembro de 2008.
LIBÂNEO, J. C.; Didática, São Paulo, Cortez, 1994.
SANTA CATARINA Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina, 1998.
SANTOS W.L.P., Mól, G.S., e col. Química e Sociedade. São Paulo, Nova geração. 2006.
VASCONCELOS, C. S.; Metodologia dialética em sala de aula; Revista de Educação -AEC; Brasília. v. 21, n. 83, p. 28-55, jun., 1992.
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7. Anexos
7.1 Planos de aula
PLANO DE AULA 1
Escola: Instituto Estadual de Educação Disciplina: Química Data: 31/03/09
Série: 1ª. Turma: 120 Período: vespertino Profa. Domingas Cardoso da Silva
UNIDADE DIDÁTICA: A influência da química na vida moderna
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS No. DE AULAS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
1.Avaliar a concepção que os alunos têm da química;
2. verificar se eles dispõem de computador e internet, para aliá-lo ao processo educativo como fonte de pesquisa;
3. reconhecer a presença dos elementos químicos nos produtos tecnológicos e do dia a dia
4. reconhecer a presença do profissional químico como responsáveis técnicos da fabricação de alguns produtos.
5. reconhecer a influência da química em nosso padrão de vida atual;
6. reconhecer que os elementos químicos estão presentes nas
1.Conceito de química;
2.A química em nosso cotidiano.
3.As transformações da matéria.
4 aulas Aplicar o Questionário 1, anexo.
Explicar aos alunos os objetivos dessa pesquisa.
Pedir que coloquem somente as respostas para facilitar o trabalho deles.
Pedir aos alunos que leiam o texto “A química em nosso cotidiano” (FELTRE, p. 7) e explicar cada parágrafo.
Solicitar que pesquisem, posteriormente, em equipes de 6 alunos, as respostas para o Questionário 2, anexo.
Solicitar a cada grupo para apresentar uma questão e entregar o questionário respondido.
Explicitar a presença dos profissionais de química como responsáveis técnicos pelos produtos.
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matérias primas utilizadas pela indústria química;
7.reconhecer o papel da química na separação e purificação das matérias primas.
Destacar a importância do silício para a fabricação dos chips eletrônicos.
Solicitar aos grupos que corrijam as falhas durante as apresentações.
Pedir que no final eles entreguem o questionário corrigido.
Passar as questões sobre o filme “O que é a indústria química?” (Telecurso 2000). Questionário 3, anexo.
Explicar as questões.
Levar os alunos à sala de Audiovisual.
Exibir o filme e pedir que eles respondam as questões.
Repetir o filme.
Bibliografia Consultada:
Filme: O que é a indústria química? Produção: Telecurso 2000 Duração: 12 minutos
Livro: FELTRE, R.; Química Geral, v.1, 6ª edição, Editora Moderna,
MATERIAL A SER UTILIZADO NO PLANO DE AULA 1
Pesquisa. Questionário 1. Sobre as concepções que os alunos têm da química.
1. O que você entende por química?
2. Como você vê a presença da química no seu dia a dia?
3. Cite coisas boas e ruins que a química pode nos oferecer.
4. Em seu bairro, você vê algum problema relacionado à química?
5. Como você gostaria de aprender química?
6. Você possui Internet em casa?
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Questionário 2. Sobre a presença da química em nosso cotidiano.
1. Identifique cinco produtos em sua casa que contenham componentes químicos.
2. Procure saber porque há, nos postos, dois ou mais tipos de gasolina com preços diferentes.
3. Faça uma relação de equipamentos existentes em sua casa que possuam chips eletrônicos.
4. Compare os rótulos de dois ou mais tipos de creme dental. Procure verificar se há componentes
químicos em comum.
5. Imagine uma experiência para provar que o ar tem massa.
Questionário 3. Sobre o filme “ O que é a indústria química?” do Telecurso 2000.
1. O que a indústria química faz?
2. A partir de quantas substâncias a indústria química produz outras milhares?
3. Qual ácido está entre os mais importantes para a indústria química?
4. Cite 5 tipos de substâncias fabricadas pela indústria química. Uma para cada área:
a) Saúde__________________________
b) Aumenta a produtividade agrícola____________________
c) Mata as pragas da lavoura__________________________
d) Conserva os alimentos___________________
e) Colore os materiais_____________________
5. Qual é a região do Brasil onde há mais indústrias químicas?
PLANO DE AULA 2
Escola: Instituto Estadual de Educação Disciplina: Química Data: 28/04/09
Série: 1ª. Turma:120 Turno vespertino Profa. Domingas Cardoso da Silva
UNIDADE DIDÁTICA: A Classificação Periódica dos Elementos
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS No. DE AULAS DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
1. reconhecer que os elementos foram sendo descobertos ao longo do tempo;
2.reconhecer o processo de construção e organização da tabela periódica;
3.reconhecer a forma como a tabela
1. Histórico
2. Classificação periódica moderna
4 aulas Pedir aos alunos que leiam cada parágrafo do texto das pgs. 111-118 do FELTRE, explicar o texto, os gráficos, as tabelas e as ilustrações.
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periódica moderna é organizada;
4.reconhecer quais são os grupos e famílias;
5.extrair dados a respeito dos elementos por meio da utilização da tabela periódica;
6.reconhecer as famílias elementos representativos.
7.familiarizar-se com os nomes dos elementos químicos.
8.determinar a posição de um elemento na tabela a partir da configuração eletrônica da última camada.
2.1. Períodos3. Colunas, grupos ou
famílias.4. Os nomes dos
elementos químicos
5. Configuração eletrônica dos elementos ao longo da classificação periódica.
Esquematizar no quadro um esboço da tabela periódica e apresentar as colunas como “famílias” ou “grupos” e as linhas como sendo os “períodos”.
Escolher alguns elementos e pedir aos alunos que apontem a família e o período aos quais eles pertencem.
Pedir aos alunos que façam os exercícios 1-12 das páginas. 118-119 em casa.
Corrigir os exercícios na próxima aula.
Trabalho em dupla: entregar uma tabela (anexa) para que os alunos preencham, com os dados dos elementos obtidos pela configuração eletrônica.
Bibliografia Consultada
Feltre, R.; Química Geral, v.1, 6ª edição, Editora Moderna,
MATERIAL A SER UTILIZADO NO PLANO DE AULA 2
TRABALHO EM DUPLA. Com o apoio do diagrama de Pauling e da tabela periódica, complete a
tabela abaixo.
Nome do átomo
simbolo (númeroatômico)
Distribuição eletrônica
Subnível mais energético
Elétron de diferenciação
Número de camadas
Última camada ocupada
Período ao qual pertence
Grupo (família)
lítio
21
SódiopotássioRubídio
hidrogêniolítioBerílioBorocarbononitrogêniooxigênioflúorNeônio
PLANO DE AULA 3
Escola: Instituto Estadual de Educação Disciplina: Química Data: 11/05/2009
Série: 1ª. Turma: 120 Período: vespertino Profa. Domingas Cardoso da Silva
UNIDADE DIDÁTICA: Metais pesados: efeitos à saúde humana e ao meio ambiente
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS No. DE AULAS
DESENVOLVIMENTOMETODOLÓGICO
AVALIAÇÃO
problematizar o uso e descarte de lixo eletrônico;
reconhecer o uso dos metais chumbo, cádmio e mercúrio em baterias, pilhas, lâmpadas e em outros produtos tecnológicos;
reconhecer que os metais pesados são prejudiciais ao meio ambiente à saúde humana;
identificar algumas fontes de contaminação de metais pesados
reconhecer o papel do poder público na implementação fiscalização de legislações ambientais;
identificar a classificação periódica desses
efeitos dos metais pesados à saúde humana e ao meio ambiente
classificação periódica dos três principais metais pesados
descarte correto de lixo tóxico.
metais de transição
1 aula
2
aulas
formar grupos de seis alunos.
Explicar que eles serão avaliados no decorrer da atividade.
Pedir aos alunos que respondam ao Questionário 1 (anexo).
Pedir que discutam as questões no pequeno grupo e anotem as sínteses das respostas. (15 min)
Discussão das questões no grande grupo
Anotar respostas em uma tabela no quadro.
Pedir que eles façam as correções em seus questionários e entreguem
Ler em casa o texto “O
Participação
Questionário 1
Questionário 2 feito em casa
Questionário 2 corrigido.
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metais; interpretar dados em
tabelas; reconhecer como os
metais atingem o ser humano pela cadeia alimentar;
reconhecer as formas de representação das transformações que ocorrem em uma pilha;
resolver situações problema que envolve o descarte correto de lixo tóxico;
reconhecer o uso dos metais chumbo, cádmio e mercúrio em baterias, pilhas, lâmpadas e em outros produtos tecnológicos.
perigo das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes descartadas no meio ambiente”.(anexo)
interpretar as questões e fazer as Atividades (anexa)
recolher as respostas de todos.
Perguntar se alguém teve dificuldade para interpretar o texto.
Se houve dificuldade a profa. deve ler para eles.
Esquematizar a biomagnificação no quadro
Levar algumas pilhas, baterias de celulares e lâmpadas fluorescentes e incandescentes.
Esquematizar no quadro a reação de uma das pilhas
Anotar os equívocos
Anotar a resposta correta no quadro e explicar para que cada um entenda o porque de cada indagação.
Solicitar aos grupos que entreguem as respostas corrigidas em sala de aula.
Bibliografia Consultada
1. DURÃO, Jr., W. A.; WINDMÖLLER, C. C.; A questão do mercúrio em lâmpadas fluorescentes; Química Nova na Escola, no. 28, maio, 2008.
2. SANTOS W.L.P., Mól, G.S., e col. Química e Sociedade. São Paulo, Nova geração. 2006. p. 658-661
3. SANTA CATARINA, Lei No. 1.347, de 17 de Janeiro de 2000.
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4. Instituto de Pesquisas Nucleares-IPEN-http://www.ipen.br/sitio/?ap=51&idc=3199
MATERIAL A SER UTILIZADO NO PLANO DE AULA 3
Problematização inicial
Questionário 1. Discuta e responda as questões abaixo com seus colegas de grupo para em seguida expor para a classe.
1. De onde vem a energia que faz funcionar os relógios, celulares, controles remotos e máquinas fotográficas digitais?
2. Você tem idéia de quais elementos químicos são utilizados para produzir essa energia?3. Quais as vantagens e desvantagens do uso desse tipo de fonte de energia?4. O que você faz com essas fontes quando elas não funcionam mais? Teria outra solução?5. Qual a vantagem de se utilizar lâmpadas fluorescentes em relação às incandescentes?
TEXTO
O perigo das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes descartadas no meio ambiente
O uso de pilhas e baterias é intenso em nossa sociedade. Algumas dessas pilhas e baterias são descartáveis, como as de relógio; outras são recarregáveis, como as de automóveis e celulares, possuindo maior vida útil. Entretanto, todas elas, um dia, perdem sua utilidade e são descartadas.
Apesar da aparência inofensiva, as pilhas e baterias usadas e descarregadas podem causar sérios problemas ambientais. De acordo com dados da Associação Brasileira da· Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o Brasil produz cerca de 800 milhões de pi lhas por ano. Onde elas vão parar depois de usadas?
O outro problema é que muitas pilhas utilizam metais pesados, como mercúrio, cádmio, chumbo, que podem contaminar plantas e animais, entre os quais o ser humano.
Um exemplo desse problema é a utilização de grande quantidade de baterias de automóveis, gerando-se enorme quantidade de sucata que não pode ser descartada no lixo devido à grande quantidade de chumbo e de ácido sulfúrico nela presente. O processo de reciclagem desses materiais, embora viável economicamente, libera grande quantidade de chumbo para o ambiente e contamina as pessoas nele causando problemas de saúde ocupacional, isto é, gerados durante o trabalho.
O descarte das baterias de celulares também é um problema, ainda mais se considerarmos que a vida útil dessas baterias é relativamente curta - cerca de um ano. Por outro lado, sua demanda é cada vez maior; para se ter uma idéia, em 2005 existiam mais de 150 milhões de celulares em funcio-namento somente no Brasil.
O uso de lâmpadas fluorescentes representa uma significativa economia doméstica, uma vez que comparadas às lâmpadas convencionais as lâmpadas que contêm mercúrio têm eficiência luminosa de 3 a 6 vezes superior, têm vida útil de 4 a 15 vezes mais longa e 80% de redução de consumo de energia. Se por um lado a natureza agradece a economia no uso dos recursos naturais pelo uso de lâmpadas fluorescentes na iluminação, a proliferação do seu uso está gerando uma nova demanda ambiental: O que fazer com as lâmpadas queimadas? O mercúrio contido nas lâmpadas, como já sabemos, pode contaminar o solo, as plantas, os animais e a água. O mercúrio tem uma grande capacidade de se acumular nos organismos vivos ao longo da cadeia alimentar, processo esse
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conhecido como biomagnificação. Sua toxicidade já é conhecida de longa data, sendo que não se conhece qualquer função do mercúrio que seja essencial ao organismo humano.
O risco oferecido por uma única lâmpada é quase nulo. No entanto, levando em consideração que o Brasil comercializa cerca de 100 milhões de lâmpadas por ano, o problema do descarte destas se agrava enormemente.
Metais que reagem com o nosso organismo
Como já dizia o estudioso Paracelso (1493-1541), a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Por isso substâncias que são letais para os seres humanos, quando consumidas acima de certas dosagens, podem ser remédios em doses menores. Os metais são bons exemplos. Alguns deles são muito importantes para o metabolismo do nosso corpo.
O ferro, presente na hemoglobina, é responsável pelo transporte de oxigênio no sangue; o cobalto entra na composição de vitaminas; o manganês, molibdênio, o zinco e o crômio estão presentes na estrutura de enzimas que regulam o metabolismo do organismo. Além desses, diversos outros, como o lítio, o cálcio, o magnésio, o sódio e o potássio, também participam de funções metabólicas.
Por outro lado, vários metais são considerados tóxicos. Os metais que agridem demasiadamente o ambiente são denominados metais pesados. Assim, um metal é classificado como metal pesado em consideração ao seu risco toxicológico, e não à sua massa. Por isso, o crômio de massa atômica 52 u é um metal pesado, enquanto o ferro, de massa atômica 56 u, não é classificado como metal pesado.
Os resíduos de metais pesados têm propriedades indesejáveis de toxidez, corrosividade, reatividade, entre outras. A toxidez dos metais deve-se ao fato de os organismos vivos não conseguirem eliminá-los depois de absorvidos, o que provoca uma série de complicações. Em razão disso, eles ficam depositados em alguma parte do corpo, como nos ossos ou em células nervosas. Por essa razão esses metais são chamados de bioacumulativos.
No Brasil, a contaminação por mercúrio tem causado muita preocupação. Esse metal pesado é usado na purificação do ouro, por meio de um processo conhecido como amalgamação, no qual o mercúrio adere ao ouro metálico, formando o amálgama. Posteriormente, o amálgama é aquecido e o mercúrio é vaporizado, restando o ouro puro. Essa forma de garimpo de ouro é extremamente poluidora, uma vez que o mercúrio se acumula no ambiente sob diversas formas. Os peixes são os mais afetados, e seu consumo em áreas de garimpo representa um perigo para a saúde humana e, principalmente, para mulheres gestantes. Fetos podem sofrer teratogênese (malformações) e deficiências de desenvolvimento nervoso e motor quando as mães alimentam-se desses peixes.
Outra fonte de contaminação de metais dos são indústrias que despejam seus efluentes contendo elevadas quantidades de metais pesados em rios. O lixo urbano também pode ser fonte de poluição por metais pesados devido à presença de pilhas, lâmpadas e baterias.
A tabela a seguir apresenta informações sobre os problemas causados a organismos vivos por alguns metais que são liberados durante a degradação de pilhas e baterias.
Efeitos causados à saúde humana por alguns metais pesados
Metal
Onde é encontrado Efeitos
25
Mer
cúrio
Lâmpadas fluorescentes produtos farmacêuticos em garimpo para capturar o ouro interruptores baterias/pilhas tintas amaciantes anti-sépticos fungicidas termômetros
sistema nervoso central distúrbios renais distúrbios neurológicos efeitos mutagênicos alterações metabólicas deficiências nos órgãos sensoriais
Cádm
io
baterias/pilhas plásticos ligas metálicas corantes papéis resíduos de galvanoplastia contaminante de fertilizantes
câncer de pulmão e próstata dores reumáticas e miálgicas distúrbios metabólicos levando à osteo-
porose disfunção renal
chum
bo
tintas como as de sinalização de rua
impermeabilizantes anticorrosivos cerâmicas vidros plásticos inseticidas embalagens pilhas
anemia, ação recai na síntese da hemoglobina
perda de memória dor de cabeça irritabilidade tremores musculares lentidão de raciocínio alucinação depressão
Como fazer o descarte das pilhas e baterias
Órgãos governamentais, entidades civis e organismos não-governamentais têm debatido sobre problemas relacionados ao descarte de pilhas e baterias, na busca de possíveis soluções e formas de minimizar tais problemas.
Para isso, têm sido regulamentadas as quantidades de metais pesados que podem ser utilizadas em pilhas e baterias, além, é claro, de seu descarte. Uma das resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama - determina que pilhas e baterias que possuem cádmio, chumbo e mercúrio acima de determinados níveis, depois de esgotadas devem ser devolvidas aos locais de venda ou aos representantes das indústrias. Tais indústrias devem proceder aos tratamentos adequados para que os resíduos não contaminem o ambiente.
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Em Santa Catarina, os estabelecimentos que comercializam os produtos contento metais pesados, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores são obrigados por lei a aceitar dos usuários a devolução das unidades usadas. Os fabricantes e os importadores desses produtos são obrigados a implantar sistemas de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final. Compete à Fundação do Meio Ambiente do estado – FATMA, à Polícia Ambiental e à Secretaria do Estado da Saúde a fiscalização relativa ao cumprimento dessa lei.
Questionário 2. Leia o texto e, quando necessário consulte seu livro de química e responda as questões:1. Por que pilhas não devem ser descartadas indiscriminadamente junto com o lixo doméstico?
2. O que significa o termo biomagnificação?
3. Quais são os problemas ambientais provocados pelos metais pesados?
4. Qual é a importância dos metais para o nosso organismo?
5. Para onde os usuários deverão destinar pilhas, baterias e lâmpadas usadas?
6. Como a indústria de pilhas e baterias pode contribuir para eliminar ou diminuir a quantidade de
metais pesados presentes nesses produtos?
7. Consulte a tabela periódica e indique qual o único elemento químico metálico que é líquido em
temperatura ambiente.
8. A partir da configuração eletrônica da última camada do cádmio indique o período e família ele aos
quais ele pertence.
9. Pesquisadores do Instituto de pesquisas nucleares - Ipen desenvolveram um estudo que comprova a existência de quantidades relevantes de metais pesados em brinquedos que não contêm o certificado de garantia do Inmetro. Esses metais fazem parte dos pigmentos usados para colorir os brinquedos. As amostras foram compradas pelos pesquisadores em lojas populares que comercializam produtos a partir de um real. Foram analisados um boneco de látex de um personagem infantil conhecido e uma boneca de PVC. Analise os resultados, apresentados na tabela abaixo, e responda as questões:
MetalConcentração
máxima permitida pela legislação
(mg/kg)
Valor encontrado(mg/kg)
Boneca de PVC
Boneco de látex
Chumbo ( ) 90 2722 207
Cádmio ( ) 75 99
Crômio ( )
60 440
FONTE: http://www.ipen.br/sitio/?ap=51&idc=3199
a. Coloque o símbolo dos elementos químicos nos parênteses que estão em branco ao lado dos nomes dos metais na tabela acima.
b. As quantidades de metais pesados estão dentro dos limites estabelecidos pela legislação?
c. Qual dos brinquedos apresenta maiores níveis de contaminação por chumbo? d. Quais são os riscos que as crianças correm brincando com esses brinquedos?
27
7.2 Cópia dos registros oficiais de aula
28
7.3 Atividades desenvolvidas pelos alunos
29
7.4 Provas aplicadas
Prova aplicada em 19/03/09
30
Prova aplicada em 02/04/09
IEE- Instituto Estadual de EducaçãoDisciplina: Química – 1ª. Série Data ..../..../........Aluno (a)............................................................................Turma: _120
Avaliação de Química – Números Quânticos
1-Quantos elétrons tem um átomo que apresenta os subníveis 1s, 2s e 2p lotados?.
2- Dado um átomo 11X o conjunto dos quatro números quânticos para o 10º. elétron é:
a) n = 2; ℓ = 1; m = +1; s = +1/2
b) n = 2; ℓ = 2; m = +1; s = ±1/2
c) n = 2; ℓ = 2; m = -1; s = -1/2
d) n = 2; ℓ = 2; m = +1; s = -1/2
e) n = 2; ℓ = 2; m = -1; s = -1/2
3 – coloque em ordem crescente de energia os subníveis eletrônicos 4d, 4f , 5p e 6s
a) 4d < 4f < 5p < 6s d) 5p < 6s < 4f < 4d
b) 4f < 4d < 5p < 6s e) 6s < 5p < 4d < 4f
c) 4d < 5p < 6s < 4f
4- indique os quatro números quânticos do primeiro elétron colocado no subnível 5s.
5 - Considere três átomos: A, B e C. Os átomos A e C são isótopos; os átomos B e C são isóbaros e os átomos A e B são isótonos. Sabendo que o átomo A tem vinte prótons e número de massa 41, e que o átomo C tem 22 nêutrons, os números quânticos do elétron mais energético do átomo B são:
a) n = 3; ℓ = 0; m = 2; s = -1/2
b) n = 3; ℓ = 2; m = 0; s = -1/2
c) n = 3; ℓ = 2; m = -2; s = -1/2
d) n = 3; ℓ = 2; m = -1; s = +1/2
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Prova de recuperação ( 07/05/09)
IEE- Instituto Estadual de EducaçãoDisciplina: Química – 1ª. Série Data ..../..../........Aluno (a)............................................................................Turma:
Avaliação de recuperação de Química - 1º. Trim.
O Àtomo
1.Relacione os nomes dos cientistas com os modelos atômicos. 1. Dalton 2. Rutheford -Bohr 3. J. J. Thomson ( ) Átomos esféricos, maciços, indivisíveis. ( ) Modelo semelhante a um "pudim de passas", com cargas positivas e negativas em igual número. ( ) Os elétrons giram em torno do núcleo em determinadas órbitas.
2.Os pares de átomos e ; e ; e são respectivamente:
a) isótonos, isótopos, isóbaros;b) isótopos, isóbaros, isótonos;c) isóbaros, isótopos, isótonos;d) isótopos, isótonos, isóbaros;e) isóbaros, isótonos, isótopos.
3.Um elemento químico é caracterizado por seu:a) número de nêutrons b) número atômico c) número de elétrons
d) número de massa e) lugar na tabela periódica.
4.Forneça o número de prótons, de elétrons e nêutrons do átomo .
5.Como vimos no filme sobre a indústria química, para aumentar a produtividade dos alimentos na agricultura é importante o uso de substâncias químicas para aumentar a fertilidade do solo e outras para matar as pragas que destroem a lavoura. Que substâncias são essas?
Números Quânticos
1.Faça a distribuição eletrônica do átomo de .Em qual orbital está o seu elétron mais energético?
2. Faça a distribuição eletrônica do átomo de e forneça os quatro números quânticos do elétron mais
energético.
3. Qual o número atômico de um átomo que apresenta, no último nível, um elétron desemparelhado, com os
seguintes números quânticos: n = 2; ℓ = 1; m = +1; s = -1/2 ?
4.Indique os quatro números quânticos do primeiro elétron colocado no subnível 3s.
5.A última camada de um átomo possui a configuração eletrônica 4s2 4p5. Qual o número atômico desse
elemento?
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7.5 Declaração de conclusão do estágio pela escola
7.6 Diário coletivo
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