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Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda Universidade de Aveiro Grupo nº3 2010/2011 Projeto Temático em Instalações de Energia Elétrica Projeto das instalações elétricas de um edifício de habitação e comércio 3º ANO 1º Semestre ESQUERDO D IRE ITO ESQUERDO D IRE ITO CENTRO Orientador: Prof. António José Conde Grupo n.º 3: Cláudia Ferreira Nº: 45980 José Cardoso Nº: 30085 Tiago Cardoso Nº: 46872

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda Universidade de Aveiro

Grupo nº3 2010/2011

Projeto Temático em Instalações de

Energia Elétrica

Projeto das instalações elétricas de

um edifício de habitação e comércio

3º ANO

1º Semestre

a c e s s o p a r a p e s s oa s c om mobilidade reduzida

c om d e s n í v e l de 0,03m

E SQ UERDO D IRE ITO E SQ UERDO D IRE ITO

C EN TRO

Orientador:

Prof. António José Conde

Grupo n.º 3:

Cláudia Ferreira Nº: 45980

José Cardoso Nº: 30085

Tiago Cardoso Nº: 46872

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Grupo nº3 2010/2011

Orientador de Projeto:

Prof. António José Conde

Elementos do Grupo n.º 3:

Cláudia Sofia Correia Ferreira Nº: 45980

(Assinatura)

José António Rodrigues Cardoso Nº: 30085

(Assinatura)

Tiago Simões Cardoso Nº: 46872

(Assinatura)

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Índice I. Memória Descritiva e Justificativa ..................................................................................... 4

1. Introdução .................................................................................................................... 4

2. Conceção das Instalações .............................................................................................. 5

3. Classificação dos locais .................................................................................................. 6

3.1. Código IP ............................................................................................................... 6

3.2. Código IK ............................................................................................................... 7

3.3. Influências externas ............................................................................................... 7

3.4. Estabelecimentos recebendo Público ..................................................................... 8

3.5. Modos de colocação .............................................................................................. 8

4. Iluminação .................................................................................................................... 9

4.1. Iluminação Normal ................................................................................................ 9

4.2. Iluminação de segurança ....................................................................................... 9

5. Ligação á rede e alimentação de energia ..................................................................... 10

6. Alimentação das caixas de coluna e colunas montantes............................................... 11

7. Ductos técnicos para colunas montantes ..................................................................... 11

8. Entradas ...................................................................................................................... 12

9. Contadores .................................................................................................................. 13

10. Quadros elétricos .................................................................................................... 13

10.1. Entradas para os Quadros Parciais ................................................................... 13

10.2. Quadro do elevador ......................................................................................... 14

11. Canalizações (generalidades) ................................................................................... 14

12. Aspetos técnicos a ter em conta na execução das instalações .................................. 15

13. Tubagens ................................................................................................................. 15

14. Condutores e cabos ................................................................................................. 16

15. Caixas ...................................................................................................................... 16

16. Aparelhagem ........................................................................................................... 17

17. Elevadores ............................................................................................................... 17

18. Proteção para garantir a segurança ......................................................................... 18

19. Terras ...................................................................................................................... 18

19.1. Ligador amovível: ............................................................................................. 18

20. Cálculos Justificativos .............................................................................................. 19

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20.1. Proteção contra sobrecargas ............................................................................ 19

20.1.9. Cálculo das quedas de tensão .......................................................................... 22

21. Proteção contra curto-circuitos................................................................................ 23

21.1. Cálculo da corrente de curto-circuito, Icc .......................................................... 23

21.2. Cálculo do tempo máximo dos cabos tcabo ........................................................ 23

21.3. Cálculo do tempo de corte do disjuntor tcorte .................................................... 23

22. Conformidade dos materiais .................................................................................... 24

23. Instalações em casas de banho ................................................................................ 25

24. Corte geral das instalações ...................................................................................... 26

25. UPS .......................................................................................................................... 26

26. Posto de transformação ........................................................................................... 26

26.1. Intensidade de corrente nominal ..................................................................... 27

26.2. Intensidade de corrente de curto-circuito ........................................................ 28

26.3. Intensidade de corrente de curto-circuito na alta tensão ................................. 28

26.4. Intensidade de corrente de curto-circuito na baixa tensão ............................... 29

26.5. Dimensionamento de circuitos ......................................................................... 31

26.6. Circuito de alta tensão ..................................................................................... 32

26.7. Circuito de baixa tensão ................................................................................... 32

26.8. Escolha das proteções de sobreintensidades .................................................... 32

26.9. Dimensionamento dos circuitos de ligação à terra ........................................... 33

26.10. Impedância de defeito à terra e tempo de eliminação do defeito ..................... 34

26.11. Circuito de terra de proteção ........................................................................... 35

26.12. Circuito de terra de serviço .............................................................................. 37

26.13. Tensões no interior da instalação ..................................................................... 38

26.14. Tensão de passo permitida no exterior ............................................................ 38

26.15. Tensões no exterior da instalação .................................................................... 39

26.16. Tensões transferíveis para o exterior ............................................................... 39

26.17. Ventilação do posto de transformação ............................................................. 39

26.18. Dimensionamento do depósito de óleo ............................................................ 39

26.19. Estimativa de custos ........................................................................................ 40

27. Análise de resultados, reflexão crítica e trabalho futuro........................................... 41

28. Diversos ................................................................................................................... 43

Bibliografia ............................................................................................................................. 44

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II. Caderno de Encargos ....................................................................................................... 45

1. Capítulo I: Disposições gerais ....................................................................................... 45

1.1. Cláusula 1.ª: Objeto ............................................................................................. 45

1.2. Cláusula 2.ª: Contrato .......................................................................................... 45

1.3. Cláusula 3.ª: Prazo ............................................................................................... 45

2. Capítulo II : Obrigações contratuais ............................................................................. 46

2.1. Secção I: Obrigações do prestador de serviços ..................................................... 46

2.2. Secção II: Obrigações do ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro .................. 46

2.3. Capítulo III – Material .......................................................................................... 47

2.4. Capítulo IV – Disposições finais ............................................................................ 49

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA......................................................................................................... 50

Posto de Transformação ..................................................................................................... 50

ÍNDICE .................................................................................................................................... 50

1. ÂMBITO DO PROJETO ...................................................................................................... 50

2. REGULAMENTAÇÃO ........................................................................................................ 50

3. CLIENTE ........................................................................................................................... 51

4. LOCALIZAÇÃO .................................................................................................................. 51

5. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO ........................................... 51

6. EDIFÍCIO .......................................................................................................................... 51

IMPLANTAÇÃO: ............................................................................................................... 52

EQUIPOTENCIALIDADE: ................................................................................................... 52

IMPERMEABILIDADE: ...................................................................................................... 52

ÍNDICE DE PROTEÇÃO: ..................................................................................................... 53

ESTRUTURA E PAREDES: .................................................................................................. 53

TETOS: ............................................................................................................................ 53

PAVIMENTO: ................................................................................................................... 54

DEPÓSITO DE RECOLHA DE ÓLEO: ................................................................................... 54

PORTAS: .......................................................................................................................... 54

7. REDE DE ALIMENTAÇÃO .................................................................................................. 54

8. APARELHAGEM DE MÉDIA TENSÃO ................................................................................. 54

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CELAS: ............................................................................. 54

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS CELAS: ......................................................................... 55

FUNÇÃO INTERRUPTOR SECCIONADOR TIPO IS – FUNÇÃO Nº1: ...................................... 56

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FUNÇÃO PROTEÇÃO TRANSFORMADOR COM DISPARO POR FUSÃO TIPO CIS - FUNÇÃO

Nº2: ................................................................................................................................ 56

EQUIPAMENTO ESPECIAL INCLUÍDO: ............................................................................... 57

TRANSFORMADOR 1: ...................................................................................................... 57

LIGAÇÃO NO LADO PRIMÁRIO (AT): ................................................................................. 58

LIGAÇÃO NO LADO SECUNDÁRIO (BT): ............................................................................ 58

9. APARELHAGEM DE BAIXA TENSÃO .................................................................................. 58

10. TERRA DE PROTEÇÃO .................................................................................................... 58

11. TERRA DE SERVIÇO ........................................................................................................ 59

12. TERRAS INTERIORES ...................................................................................................... 59

REGIME DO NEUTRO DE BAIXA TENSÃO: ......................................................................... 59

13. ILUMINAÇÃO E TOMADAS ............................................................................................. 59

14. VENTILAÇÃO .................................................................................................................. 59

15. SEGURANÇA .................................................................................................................. 60

SEGURANÇA NAS CELAS “FLUOFIX”: ................................................................................ 60

16. ACESSÓRIOS .................................................................................................................. 61

FORNECIMENTO E MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS SEGUINTES: ....................................... 61

Anexos: .................................................................................................................................... A

A. Enunciado do projeto ................................................................................................... A

B. Posto de transformação ............................................................................................... B

C. Lista de material ........................................................................................................... D

D. Projeto de uma divisão utilizando o “software WinElux”................................................ E

E. Ficha técnica da luminária ASAK 07-218 .........................................................................I

F. Ficha técnica da luminária ASE 07 258 ........................................................................... J

G. Níveis de luminância ......................................................................................................K

H. Classificação dos locais .................................................................................................. L

Caderno de encargos .............................................................................................................. M

Peças desenhadas ............................................................................................................... M

1. Luminárias do 1º ao 4º Andar .......................................................................................... M

2. Luminárias do andar recuado .......................................................................................... M

3. Luminárias da cobertura .................................................................................................. M

4. Luminárias da cave -2 ...................................................................................................... M

5. Luminárias da cave -1 ...................................................................................................... M

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6. Luminárias do rés-do-chão .............................................................................................. M

7. Tomadas do 1º ao 4º Andar ............................................................................................. M

8. Tomadas do andar recuado ............................................................................................. M

9. Tomadas da cobertura .................................................................................................... M

10. Tomadas da cave -2 ..................................................................................................... M

11. Tomadas da cave -1 ..................................................................................................... M

12. Tomadas do rés-do-chão ............................................................................................. M

13. Quadros QE1, QE2 e QE3 ............................................................................................. M

14. Quadros QE4, QE5 e QE6 ............................................................................................. M

15. Quadros QE7, QE8 e QE9 ............................................................................................. M

16. Quadros QS, QIS e Quadro UPS (QE6 e QE7) ................................................................ M

17. Quadro de colunas e coluna montante (CM2) .............................................................. M

18. Quadro de colunas e coluna montante (CM1) .............................................................. M

19. Legendas ..................................................................................................................... M

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Código IP............................................................................................................... 6

Ilustração 2: Código IK............................................................................................................... 7

Ilustração 3: Exemplo de modo de instalação ............................................................................ 9

Ilustração 4: Quedas de tensão máxima admissíveis................................................................ 22

Ilustração 5: Definições relativamente à equação apresentada anteriormente ........................ 22

Ilustração 6: Gráfico do tempo de corte do disjuntor magneto térmico ................................... 24

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Potências dos equipamentos de habitação................................................................. 4

Tabela 2: Codificação de influências externas ............................................................................ 8

Tabela 3: Classificação dos edifícios em função da sua lotação .................................................. 8

Tabela 4: Corrente estipulada In e a corrente convencional de funcionamento I2 ..................... 21

Tabela 5: Conformidade dos materiais utilizados .................................................................... 25

Tabela 6: Valores do circuito de baixa tensão .......................................................................... 28

Tabela 7: Valores do curto-circuito em baixa tensão ............................................................... 31

Tabela 8: Valores do circuito de alta tensão ............................................................................ 32

Tabela 9: Valores dos Fusíveis ................................................................................................. 33

Tabela 10: Valores do depósito de óleo ................................................................................... 40

Tabela 11: Resultados dos custos ............................................................................................ 40

Tabela 12: Lista de material ..................................................................................................... D

ÍNDICE DE EQUAÇÕES

Equação 1: Corrente de serviço ............................................................................................... 14

Equação 2: Cálculo da potência aparente ................................................................................ 14

Equação 3: Cálculo da potência aparente e da potência reativa .............................................. 19

Equação 4:Cálculo da corrente de serviço ............................................................................... 19

Equação 5: Cálculo do coeficiente de simultaneidade ............................................................. 20

Equação 6: Fórmula da queda de tensão ................................................................................. 22

Equação 7: Cálculo da corrente de curto-circuito .................................................................... 23

Equação 8: Cálculo do tempo dos cabos .................................................................................. 23

Equação 9: Cálculo da corrente de alta tensão ........................................................................ 27

Equação 10: Cálculo da corrente de baixa tensão .................................................................... 27

Equação 11: Cálculo da corrente de curto-circuito de alta tensão............................................ 29

Equação 12: Cálculo da impedância de curto-circuito da rede ................................................. 30

Equação 13: Cálculo da impedância de curto-circuito do transformador ................................. 30

Equação 14:Cálculo da corrente de curto-circuito na baixa tensão .......................................... 31

Equação 15: Cálculo da impedância de neutro ........................................................................ 34

Equação 16: Cálculo da impedância do neutro de natureza reativa ......................................... 34

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Grupo nº3 Página | vii

Equação 17: Cálculo da resistência de terra............................................................................. 36

Equação 18: Cálculo da corrente de defeito à terra ................................................................. 36

Equação 19: Cálculo da tensão de defeito ............................................................................... 37

Equação 20: Cálculo da resistência de terra............................................................................. 37

Equação 21: Cálculo da tensão de passo máxima admissível ................................................... 38

Equação 22: Cálculo da tensão de passo no exterior ............................................................... 39

Equação 23: Cálculo do volume do depósito de óleo ............................................................... 40

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Ficha de identificação do projeto

Ref. ª Data de entrada

Câmara Municipal de Águeda

Distribuidor: EDP

Serviços Externos da DGGE:

Direcção-Geral dos espetáculos:

1. Requerente

1.1. Nome: ESTGA – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda

1.2. Morada: Rua Comandante Pinho e Freitas, nº28

3750-127 Águeda

2. Instalação

2.1. Local: Águeda

2.2. Freguesia: Águeda

2.3. Concelho: Aveiro

2.4. Categoria da instalação: B

2.5. Descrição sumária: Instalação elétrica de instalações de habitação e comércio

3. Técnico responsável pela elaboração do projeto

3.1. Nome: Grupo III

3.2. Morada:

3.3. Número de inscrição na DGGE:

4. Tramitação do projeto

4.1. Distribuidor de energia elétrica:

4.2. Serviços externos da Direcção-Geral de Geologia e Energia:

4.3. Direcção-Geral dos espetáculos:

4.4. Câmara Municipal de Aveiro

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Ficha Eletrotécnica (1)

Concelho Aveiro Instalações novas Sim

Lugar Águeda Instalações existentes

Localização Águeda

Requerente ESTGA – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda Morada Rua Comandante Pinho e Freitas, nº28

Categoria da instalação B Número de licença municipal Portinhola ( 2 ) Q. Colunas ( 2 ) Cx. Corte Cx. Barr. Cx. prot.

Constituição do imóvel

Motores e aparelhos de soldadura (3)

Pisos

Q

uan

tid

ade

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o

de

Inst

alaç

ões

po

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VA

)

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qu

e Potência

total (KVA)

Observações

Cave (s)

Rés-do-chão

Andares

Totais

Potências previstas (4).

Instalações sem projecto

Locais de utilização

Qu

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ão:

Uso

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(7)

Po

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(kV

A)

Co

lun

as

Tipo de condutores _______________

Secção ________mm2

Prot. mecânica ________ ________

Habitações

5 114232 114232

Entr

adas

Tipo de condutores _______________

Secção _______mm2

Prot. mecânica ________ ________

Inst

. Uti

liz.

____ circ. a 1,5 mm2 c/ prot. ______A

____ circ. a 2,5 mm2 c/ prot. ______A

____ circ. a mm2 c/ prot. ______A

(6) Serv. Comuns 1 13773 13773

Totais

Técnico responsável inscrito na DGE, sob o nº _____________________________

Nome (legível) _ESTGA________________________________________________

Morada (legível) Rua Comandante Pinho e Freitas___________________________

Assinatura:____________________________ _____/_____/_____

(1) – Uma por cada ramal, chegada ou entrada. (2) – A preencher só quando se tratar de instalações existentes. (3) – A preencher só quando se tratar de instalações de FM, nos aparelhos

de soldadura indicar em observações se é estático ou rotativo.

(4) – Utilizar os escalões de potência fixados no tarifário em vigor. (5) – Com contador separado. (6) – Utilizar para estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, etc.

(7) – O coeficiente de simultaneidade refere-se ao conjunto das instalações servidas pela mesma coluna.

(RESERVADO AO VISTO DO DISTRIBUIDOR)

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Grupo nº3 Página | 3

Termo de responsabilidade

Eu, abaixo assinado, _____________ Engenheiro Eletrotécnico, inscrito na Direção

Geral de Energia com o n.º___________, portador do Bilhete de Identidade n.º

________, passado pelo arquivo de identificação de __________, em __________,

domiciliado em ____________, autor do projeto Centro de Saúde, Escola Superior de

Gestão e Tecnologia de Águeda, Águeda, declaro que nele se observam as disposições

regulamentares em vigor, bem como outra legislação aplicável.

Declaro também que esta minha responsabilidade terminará com a aprovação do

projeto ou dois anos após a sua entrega ao proprietário da instalação, caso o projeto

não seja submetido a aprovação.

Local, data

_____________________, ____,____,_____

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I. Memória Descritiva e Justificativa

1. Introdução

Este projeto tem como objetivo a conceção das instalações elétricas, de um

prédio de habitação com comércio. Este prédio tem cinco andares, duas caves e um

rés-do-chão. Quatro andares são iguais e cada um tem três apartamentos. O quinto

andar tem apenas dois apartamentos. O rés-do-chão tem duas lojas para o comércio,

um depósito de resíduos sólidos, uma sala de condomínio e uma entrada com acesso

às garagens. As garagens e os pequenos arrumos estão nas caves (-1 e -2) e na cave -2

tem uma cisterna. Para se ter acesso ao telhado é através das escadas do prédio.

A instalação elétrica irá alimentar todos os andares deste prédio incluindo as

caves e o rés-do-chão. Nos andares de habitação é preciso ter-se em atenção a certos

equipamentos, como a máquina de lavar e secar roupa, o forno, a máquina de lavar

loiça, o ar condicionado e o aquecedor elétrico devido às potências que absorvem.

[Tabela 1]

Equipamentos: Potência (kW):

Máquina de lavar roupa 1,9 a 3

Máquina de secar roupa 2 a 3,4

Forno/Fogão 2,1 a 13,1

Máquina de lavar loiça 1,28 a 3,3

Ar Condicionado 0,55 a 5,43

Aquecedor Elétrico 0,75 a 3

Tabela 1: Potências dos equipamentos de habitação

Page 14: Relatorio Inst.1

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Grupo nº3 Página | 5

2. Conceção das Instalações

As instalações elétricas serão desenvolvidas a partir da rede de baixa tensão

existente no ponto a definir durante a execução da obra. Fazem parte desta

empreitada, todas as canalizações de iluminação e tomadas, de acordo com o fim a

que se destinam os diversos compartimentos e secções, e as especificações técnicas

referentes aos serviços a implementar e ao uso dos espaços.

A instalação elétrica alvo deste projeto foi concebida com o objetivo de

maximizar a sua funcionalidade. Foram levados em conta fatores como a forma do

edifício, a sua utilização, os equipamentos a instalar e as condições ambientais de cada

espaço a utilizar.

Pretende-se que este projeto seja um guia para a execução da instalação

elétrica, contendo todos os dados necessários ao técnico executante. Durante a

execução da instalação devem ser seguidas as boas práticas de montagem elétrica de

edifícios de habitação com comércio. Todos os equipamentos utilizados devem estar

de acordo com as normas aplicáveis.

Tendo em conta a necessidade de otimizar a utilização da instalação elétrica, a

potência elétrica necessária à sua alimentação tem em conta os coeficientes de

utilização dos equipamentos utilizados na habitação e os coeficientes de

simultaneidade na utilização dos vários recetores de energia elétrica. É efetuado um

estudo de cada quadro elétrico tendo em conta estes fatores, com o objetivo de obter

a potência total a contratar. As proteções utilizadas, contra sobrecargas, curto-

circuitos e corrente de defeitos foram calculadas de forma a garantir a seletividade ao

longo da instalação.

Todas as instalações serão executadas em conformidade com os

regulamentos em vigor nomeadamente as disposições relativas aos locais de

habitação, de acordo com o referido nas Regras Técnicas[1].

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3. Classificação dos locais

No projeto e na execução de uma instalação elétrica devem ser consideradas a

codificação e a classificação das influências externas de cada local. Para isso, é

necessário classificar as várias dependências dos edifícios. Na escolha das

características dos materiais atendeu-se às influências externas, concretamente,

procedeu-se à análise das condições ambientais envolventes, com o duplo objetivo de

promover um funcionamento correto e simultaneamente garantir a fiabilidade das

proteções e segurança.

3.1. Código IP

O código IP corresponde ao índice de proteção, contra a penetração de corpos

sólidos e líquidos nos equipamentos elétricos. Este código é constituído por dois

dígitos. O primeiro dígito indica o grau de proteção contra corpos sólidos podendo

variar entre 0 e 6, enquanto o segundo dígito identifica o grau de proteção contra a

penetração de líquidos variando entre 0 e 8. Os índices de proteção estão definidos no

anexo H, segundo a norma EN60529 e na figura seguinte apresenta-se os graus de proteção do

código IP.

Ilustração 1: Código IP

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3.2. Código IK

O código IK define o índice de proteção contra choques mecânicos externos,

isto é, revela a capacidade de um material ou um equipamento para resistir a impactos

mecânicos. Cada valor de IK corresponde a um valor máximo em Joules que um

equipamento suporta sem alterar as suas características, sendo que todos os valores

do código estão presentes na tabela seguinte e são delimitados no anexo H.

Ilustração 2: Código IK

3.3. Influências externas

Quando se concebe uma instalação elétrica devem avaliar-se as condições

ambientais dos vários locais para que a seleção dos equipamentos e das canalizações

seja a mais adequada.

Segundo as Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT

[1]), a classificação dos locais depende das influências externas. A classificação dos

locais é traduzida por um código alfanumérico. Os dois primeiros elementos do código

são letras e o terceiro elemento é um número. Toda a informação sobre seleção de

equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas está

descrito na secção 32 das RTIEBT [1] e pode ser consultada no anexo H.

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Grupo nº3 Página | 8

Na Tabela 2 é possível visualizar a codificação das influências externas e ainda a

quantidade de naturezas existentes.

Tabela 2: Codificação de influências externas

3.4. Estabelecimentos recebendo Público

A secção 801.2 das RTIEBT [1] é destinada a estabelecimentos recebendo

público. No que diz respeito à classificação quanto à sua lotação estes

estabelecimentos são classificados de acordo com a Tabela 3.

Na lotação incluem-se não só os utentes mas também os possíveis funcionários

do edifício. Quando um estabelecimento recebendo público é constituído por vários

edifícios ou quando num edifício existirem vários tipos de estabelecimentos, devem

ser considerados para efeito de cálculo, como edifício único. No nosso caso classificou-

se como edifício de categoria 5.

Tabela 3: Classificação dos edifícios em função da sua lotação

3.5. Modos de colocação

As canalizações devem ser colocadas de modo a facilitar a sua manobra,

inspeção, manutenção e o acesso às suas ligações. O modo de instalação deve ser

selecionado a partir do quadro 52H das RTIEBT [1]. No presente projeto selecionou-se

o método de referência B, condutores isolados em condutas circulares embebidas nos

elementos de construção (Alvenaria), como é possível observar na Ilustração 3.

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Ilustração 3: Exemplo de modo de instalação

4. Iluminação

No presente caso de estudo optou-se por escolher uma iluminação simples em termos

estéticos e simultaneamente o mais eficaz possível. Selecionaram-se diferentes tipos de

luminárias em função do local e das tarefas a desempenhar descritas no caderno de encargos,

peças desenhadas para cada divisão.

4.1. Iluminação Normal

As armaduras de iluminação previstas e assinaladas nas peças desenhadas

estarão completas, com lâmpadas e estão colocadas nos locais, segundo as normas e

regras da boa execução. Nos anexos E e F tem-se dois exemplos das luminárias

utilizadas neste projeto e no anexo D demonstra uma das luminárias feitas no

“software WinElux”.

Todos os circuitos de iluminação serão realizados em condutor tipo H07V de

secção 1,5mm2, enfiado em tubo anelado de 16mm de diâmetro. Os referidos

circuitos, serão protegidos por disjuntores com calibre de 16A nos quadros

respectivos. Os aparelhos de comando para montagem embebida, com IP não inferior

a 30, serão instalados a 1,10m de altura. Com isto pode-se verificar no anexo G os

níveis de luminância utilizados para cada divisão desta habitação.

4.2. Iluminação de segurança

A iluminação de segurança deve permitir em caso de avaria da iluminação

normal, a evacuação segura e fácil do público para o exterior e a execução de

manobras respeitantes à segurança e à intervenção de socorros: iluminação de

circulação (evacuação) e a iluminação de ambiente (antipânico).

Foram previstos circuitos de iluminação de segurança, com o traçado indicado

nas peças desenhadas respectivas, que alimentarão os blocos autónomos de

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iluminação de segurança (BAIS), cujo número e localização é indicado nas peças

desenhadas respectivas. A iluminação de segurança assegurará a iluminação de

circulação (evacuação).

Os blocos autónomos de iluminação de segurança (BAIS), previstos para este

edifício serão do tipo fluorescente, equipados com uma lâmpada de 8W, alimentada

por um equipamento de emergência constituído por bateria, carregador automático e

balastro com autonomia para uma hora.

A iluminação de circulação é obrigatória nos locais onde possam permanecer

mais de 50 pessoas e também nos corredores e caminhos de evacuação.

Deve-se utilizar aparelhos de iluminação fixos e em regra instalados fora do

alcance do público, não devendo provocar encandeamento diretamente ou através da

luz refletida.

Utilizou-se um kit de conversão (Legrand 618 40) nas luminárias de entrada das

lojas e nas luminárias das escadas da habitação, para prevenção de falta de energia.

5. Ligação á rede e alimentação de energia

A alimentação das instalações elétricas do Edifício será feita por uma chegada

subterrânea coletiva, a estabelecer pela EDP, a cabo a partir da rede de Baixa Tensão

(BT), pelo que será deixado em cada entrada um tubo de PVC rígido ou do tipo

corrugado vermelho, desde o exterior do edifício até à portinhola respectiva.

Os tubos saem do edifício à profundidade mínima de 0,70m.

O empreendimento será alimentado por sistema trifásico em BT (Baixa Tensão).

O edifício será alimentado a partir dum Quadro de Colunas (QC) a colocar no Rés-do-

Chão do edifício. Considera-se a existência de portinhola a montante do QC e contém a

proteção geral contra sobreintensidades, dando início á instalação coletiva.

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Assim para efeitos de alimentação serão usados cabos subterrâneos, do tipo

H07V-R4x95mm2, enfiados em tubos de PVC Ø110mm, desde o PT até ao QC,

conforme representado nas peças desenhadas (CM1/CM2) mostradas em anexo.

As características da rede são as seguintes:

Baixa Tensão . . . . . . . . 400/230 V

Frequência . . . . . . . . . . 50 Hz

6. Alimentação das caixas de coluna e colunas montantes

As caixas de coluna serão executadas de acordo com a NP1272

complementada pela NP60439 e nelas serão incorporados seccionadores porta-

fusíveis, equipados com fusíveis com os calibres indicados nas peças desenhadas, e

terão poder de corte de 50kA, tipo gG.

As caixas de coluna deverão ser previstas para a derivação de entradas

trifásicas, mesmo que, quando no seu estabelecimento as caixas sejam derivadas

apenas por entradas monofásicas.

As caixas de coluna deverão ser instaladas entre 2m a 2,80m acima do

pavimento. Estas canalizações serão estabelecidas na entrada e nos patamares do

bloco, conforme se indica nas peças desenhadas.

Os condutores da coluna montante não deverão ser cortados ao longo do seu

percurso, apenas se permitindo o corte do isolamento nas caixas de coluna para efeito

de efetuar derivações.

No mesmo terminal não serão permitidos apertos de condutores de secções

diferentes. Todas as caixas de colunas, bem como os quadros de colunas, terão um

dispositivo para selagem e serão da classe II de isolamento.

7. Ductos técnicos para colunas montantes

Deverão ser executados ductos técnicos nos diversos pisos (no bloco indicado

nas plantas), para o desenvolvimento de coluna montante, de acordo com o referido

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nas RTIEBT [1] ponto 803.4.2 a 803.4.12, como se pode ver seguidamente com a

transcrição tirada das RTIEBT [1].

“803.4.2.1 - Os ductos devem, em regra, servir todos os pisos do edifício onde forem

instalados, ter um traçado rectilíneo, sem qualquer mudança de direção e não devem

comunicar diretamente com o exterior do edifício.

803.4.2.2 - Os ductos devem ser acessíveis e visitáveis a partir dos patamares,

corredores ou de outras zonas comuns do edifício.

Os materiais usados na construção das paredes dos ductos devem ser incombustíveis e

ter um grau de resistência ao fogo não inferior ao definido para o edifício onde se

situarem.

803.4.2.8 - As portas de acesso aos ductos devem ser munidas de um dispositivo de

fecho, que impeça o acesso aos ductos a pessoas não autorizadas.

803.4.2.10 - Entre os equipamentos colocados nos ductos devem ser garantidas

distâncias mínimas entre eles, por forma a permitir as operações de manutenção e de

exploração das instalações.

803.4.2.12 - Quando houver necessidade de instalar, nos ductos, outros equipamentos,

nomeadamente os indicados na secção 803.2.3.2.3 ou nos casos de alimentações

múltiplas, pode ser necessário aumentar as dimensões indicadas no quadro 803A, em

conformidade.”

8. Entradas

A partir de cada caixa de colunas serão estabelecidas as entradas de

alimentação das instalações de utilização particulares das habitações e a partir de cada

Quadro de colunas (QC) os serviços comuns correspondentes.

As secções dos condutores, calibres dos disjuntores e o diâmetro dos tubos a

empregar nas entradas são os indicados nas peças desenhadas.

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9. Contadores

Os contadores das habitações ficarão instalados nos patamares das zonas

comuns, junto das portas de entrada das respectivas habitações. Sempre que possível

ficarão em bateria em cada patamar.

Os contadores dos serviços comuns do edifício ficarão instalados na entrada

do rés-do-chão correspondente.

Todos os contadores deverão ser instalados à altura que permita que o visor

não fique a menos de 1m nem a mais de 1,70m acima do pavimento. As caixas para os

contadores serão de classe II de isolamento.

10. Quadros elétricos

Os quadros dos serviços comuns dos blocos ficarão junto aos Quadro de

Colunas correspondentes, terão um módulo para receber o ACE (Aparelho de Corte de

Entrada) e outro para a aparelhagem modular.

Os restantes quadros serão do tipo capsulado, de montagem saliente, ou

embebida de preferência, constituídos por uma caixa construída em material isolante

auto extinguível, ficando alojados na parede, com porta, recebendo também os

Aparelhos de Corte de Entrada (ACE) e terão o equipamento indicado nas peças

desenhadas.

Deverão ser todos da classe II. A cablagem será constituída por condutores de

cobre do tipo H07V-U/H07V-R ou do tipo H07V-K, não podendo ser nunca inferior à

secção dos condutores da canalização correspondente.

10.1. Entradas para os Quadros Parciais

As alimentações para os Quadros Elétricos (QE), desenvolvem-se a partir das

caixas de coluna do tipo CBB a ser instaladas em cada piso.

O aparelho de corte e proteção da entrada será um disjuntor diferencial. Este

será montado dentro de cada habitação a montante do respectivo quadro. Para cada

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quadro, a potência a contratar será a sua potência aparente. O calibre do fusível de

proteção a instalar na caixa de coluna será em função da sua corrente de serviço.

Equação 1: Corrente de serviço

Todos os quadros serão do tipo armário modular em matéria isolante, auto

extinguível, com índice de proteção não inferior IP30, de acordo com a norma

EN60439-3 equipados com calhas tipo DIN.

10.2. Quadro do elevador

A alimentação a este quadro será feita a partir do quadro dos serviços comuns,

ficando localizado na casa das máquinas do elevador. A montagem do quadro será

saliente e terá as dimensões de 501x312x143mm.

O quadro alimenta a casa das máquinas dos elevadores e as respectivas

máquinas. A potência prevista para estes quadros será de cerca de 5000VA, para uma

potência trifásica de 4000W (potência do elevador). Assumindo uma Corrente de

Serviço de 10A, a potência aparente dá um valor de:

Equação 2: Cálculo da potência aparente

A canalização para a alimentação será executada em cabo H07V-U5G6, enfiado

em tubo “Isogris” 40mm. O calibre do disjuntor de proteção será de In=32A localizado

no quadro dos serviços.

11. Canalizações (generalidades)

As canalizações serão constituídas por cabos ou por condutores enfiados em

tubos do tipo VD, VFFE ou outros, de acordo com o indicado nas peças desenhadas.

Todas as canalizações com tubos e condutores serão embebidas, em roços

atacados a cimento e desenvolvem-se no chão, nas paredes ou nos tetos.

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Também é preciso ter em conta que as canalizações quando estão enterradas

deverão ser colocadas à profundidade mínima de 0,60m, exceto nas travessias de

arruamentos com trânsito de veículos, em que aquela profundidade não poderá ser

inferior a 1m, devendo ser respeitadas no entanto outras profundidades superiores,

eventualmente previstas no presente projeto.

12. Aspetos técnicos a ter em conta na execução das instalações

Os traçados das instalações, representados nas plantas, são esquemáticos, pelo

que na sua execução deverão ser tidos em conta os aspetos técnicos abaixo descritos

(além de outros aspetos específicos).

Nos circuitos previstos para iluminação (normal e segurança) executados com

cabos ou condutores enfiados em tubos, haverá no máximo agrupamento de 9

circuitos lado a lado.

Nos circuitos previstos para tomadas, força-motriz ou outros fins (que não

iluminação), são executados com condutores enfiados em tubos haverá no máximo

agrupamento de 2 circuitos lado a lado.

Haverá pontualmente enfiamento de condutores em tubos agrupados em

maior quantidade na vertical junto dos quadros elétricos, no máximo de 1,5 a 2

metros.

13. Tubagens

Todos os tubos serão do tipo VD e “Isogris”, embebidos em roços atacados a

cimento, com os diâmetros mínimos indicados nas peças desenhadas.

Serão ligados entre si e às caixas por acessórios adequados, não sendo

permitidas emendas por abocardagem dos tubos.

As tubagens montadas em tetos falsos ou quando assentes em esteiras

deverão ser fixadas por abraçadeiras, não podendo em caso algum ficarem soltas.

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14. Condutores e cabos

Os condutores estarão indicados nas peças desenhadas, fabricados de acordo

com as normas aplicáveis e devidamente certificados, com as secções indicadas nas

peças desenhadas com os isolamentos nas cores regulamentares.

As ligações dos cabos de energia serão feitas por intermédio de terminais de

cravar por compressão, devidamente rematados por manga Termo retráctil.

O número de condutores em cada troço da instalação será devidamente

marcado em planta e serão os necessários para se executarem as ligações e as

manobras previstas.

Qualquer deficiência ou omissão não isenta o empreiteiro de aplicar o

número de condutores necessários à realização das referidas manobras.

15. Caixas

As caixas de derivação e passagem a instalar no interior do edifício serão de

PVC moldado com dimensões adequadas ao número e diâmetro dos tubos que lhe vão

ligar com tampa fixada por parafusos.

As caixas de derivação terão as dimensões mínimas de 75x75x35mm até 4

entradas e 150x75x55mm até ao máximo de 6 entradas, construídas em PVC moldado,

do tipo estanque com junta de borracha e de aperto por quatro parafusos de latão

cadmiado. Em nenhuma situação se deverá apertar em cada terminal das caixas mais

do que quatro condutores.

No interior das caixas de derivação serão aplicadas placas de terminais em

material isolante com bornes adequados ao número e à secção dos condutores a ligar.

Não é permitida a utilização de mais do que uma placa de bornes em cada caixa nem a

utilização de separadores.

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As caixas de aparelhagem serão igualmente em PVC moldada, adequadas à

fixação da aparelhagem por parafusos. Nas instalações embebidas, as caixas de

aparelhagem onde se fazem as derivações serão de fundo duplo.

As ligações dos tubos às caixas de derivação e de aparelhagem, nas

instalações embebidas, serão feitas por intermédio de boquilhas com batente.

16. Aparelhagem

A aparelhagem de manobra das instalações de iluminação a aplicar, ficará

instalada a 0,9m do piso acabado, à altura dos puxadores das portas, à altura dos

parapeitos das janelas ou a outra indicada pela arquitetura, será dimensionada para a

intensidade nominal de 10A.

As tomadas a instalar serão monofásicas com polo de terra, do tipo “schuko”,

de alvéolos protegidos, instaladas a 0,30m do piso acabado quando colocadas nas

paredes, com as eventuais exceções indicadas em planta. Serão dimensionadas para a

intensidade nominal de 16A.

A aparelhagem agrupada levará espelhos duplos ou triplos conforme os casos

e respeitando as indicações da arquitetura. O comando de alguns circuitos de

iluminação (em diversos locais indicados expressamente nas plantas) far-se-á por

intermédio de detetores de movimentos/interruptor crepuscular.

17. Elevadores

Serão montados elevadores isentos da casa de máquinas, de acordo com as

tecnologias mais atuais. Terão equipamento em armário compacto específico, que será

colocado nos locais indicados nas peças desenhadas.

Os referidos elevadores são homologados, cumprindo as diretivas europeias e

as portuguesas.

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Não faz parte desta empreitada a montagem do elevador, nem a instalação de

eletrificação do poço, que será executada e licenciada pelo instalador do elevador de

acordo com a legislação específica.

18. Proteção para garantir a segurança

A proteção quanto aos contactos diretos será assegurada pela proteção

mecânica dos quadros e invólucros da aparelhagem e pela inacessibilidade das

peças sob tensão.

A proteção contra contactos indiretos será assegurada pela ligação de

todas as peças metálicas ao condutor de proteção, associado a aparelhos de corte

automático, sensível às correntes de defeito.

Os aparelhos de corte automático a empregar serão interruptores e

disjuntores diferenciais, de média e alta sensibilidade respectivamente 300mA e

30mA, montados nos quadros de distribuição e com os calibres indicados nas

peças desenhadas, da “HAGER”, “LEGRAND”, ou equivalente.

19. Terras

Em cada quadro elétrico existirá um barramento de terra de proteção. O eléctrodo

deverá ficar enterrado no solo, a uma profundidade tal que, entre a superfície do solo

e a parte superior do eléctrodo, haja uma distância mínima de 0,80m.

Cabe ao instalador a medição do valor da resistência de terra. A ligação à terra será

efetuada através de condutor tipo HO7V-R1G50mm2, sendo o mesmo protegido em

todo o seu percurso através de tubo de PVC40.

19.1. Ligador amovível:

O ligador amovível da rede de terras ficará colocado no interior de uma caixa de

PVC de 40x42x15cm (Comprimento x Largura x Altura), embebida na parede, sob o

quadro de colunas, a 0,2m do nível do pavimento.

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O ligador amovível será constituído por uma barra de cobre de 25x5mm2 de

secção, com um comprimento de 100mm. As duas extremidades da barra terão uma

furação para parafuso M8, com porca, onde serão ligadas as extremidades dos

condutores de terra (o condutor de ligação ao anel de terra e o condutor de ligação ao

quadro de colunas).

20. Cálculos Justificativos

Todos os cálculos tiveram por base as RTIEBT 2006, Regras Técnicas das

Instalações Elétricas de Baixa Tensão [1].

20.1. Proteção contra sobrecargas

20.1.1. Cálculo da potência ativa, reativa e aparente

O cálculo da potência ativa (P (W)) para iluminação teve por base o cálculo das

potências totais de todos os circuitos em funcionamento, para assim se proceder ao

cálculo das suas potências a aparente (S (VA)) e a reativa (Q (VAr)), para o pior caso, ou

seja, todas em funcionamento.

Tal como estabelecido nas RTIEBT [1] o fator de potência para iluminação será

de cosϕ=0,95 e de cosϕ=0,8 para circuitos de tomadas. Assim sendo:

Equação 3: Cálculo da potência aparente e da potência reativa

20.1.2. Cálculo da corrente de serviço Ib

Para o cálculo da corrente de serviço foi usada a seguinte fórmula:

Equação 4:Cálculo da corrente de serviço

Em que “n” é o coeficiente de simultaneidade.

Para os circuitos de tomadas usou-se Ib=16A, corrente máxima de cada tomada.

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20.1.3. Coeficiente de simultaneidade (n)

O coeficiente de simultaneidade usado representa o regime de utilização da

instalação. Para iluminação usou-se o valor de n=1. Para tomadas usou-se a seguinte

fórmula:

Equação 5: Cálculo do coeficiente de simultaneidade

Em que “N” é o número de tomadas de cada circuito.

20.1.4. Cálculo da corrente máxima Imax*k1

Pelo Quadro 52H, Referência 5, das regras técnicas [1] obtêm-se um método de

referência B, com condutores isolados em condutas circulares, embebidas nos

elementos da construção.

Pelo Quadro 52-C1 também das regras técnicas [1] para a secção dos

condutores de cobre isolados a PVC, obtêm-se para os circuitos de iluminação uma

secção de s=1,5mm2 e uma corrente admissível I=17,5A e para tomadas uma secção de

s=2,5mm2 e uma corrente admissível I=24A.

20.1.5. Fatores de correção, k2 e k3

O cálculo dos fatores de correção k2 e k3, fatores de correção com a

temperatura ambiente e para agrupamentos de cabos ou condutores

respectivamente, foram obtidos a partir dos Quadros 52-D1 e 52-E1 das regras

técnicas [1]. Para estes fatores usou-se os valores de 30oC para a temperatura

ambiente, logo k2=1 para iluminação e tomadas e para o agrupamento de cabos ou

condutores é preciso verificar o número de condutores que estão agrupados a um

circuito de cabos.

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20.1.6. Cálculo da corrente admissível na canalização Ik e corrente

convencional de funcionamento I2

Pela fórmula obtêm-se a corrente admissível na

canalização e para a corrente convencional de funcionamento utiliza-se

20.1.7. Cálculo da corrente estipulada In

Para o cálculo da corrente estipulada do dispositivo de proteção, neste caso são

disjuntores, foi usada a tabela da corrente estipulada em função da corrente

convencional de funcionamento I2 Tabela 4.

Tabela 4: Corrente estipulada In e a corrente convencional de funcionamento I2

20.1.8. Coordenação entre os condutores e os dispositivos de proteção

As características de funcionamento dos dispositivos de proteção das

canalizações contra as sobrecargas satisfazem, simultaneamente, às duas condições

seguintes:

116

145

181

100

125

14

23

29

36

46

58

72

91

25

32

40

50

63

80

Corrente estipulada In (A)Corrente convencional de

funcionamento I2 (A)

10

16

20

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20.1.9. Cálculo das quedas de tensão

Segundo as RTIEBT [1] para o cálculo das quedas de tensão entre os quadros e

os pontos de utilização foi usado o seguinte quadro e fórmula:

Ilustração 4: Quedas de tensão máxima admissíveis

Equação 6: Fórmula da queda de tensão

Em que:

Ilustração 5: Definições relativamente à equação apresentada anteriormente

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21. Proteção contra curto-circuitos

21.1. Cálculo da corrente de curto-circuito, Icc

Para o cálculo da corrente de curto-circuito na instalação foi usada a seguinte

fórmula:

Equação 7: Cálculo da corrente de curto-circuito

Em que “S” é a secção do condutor, “L” é o comprimento dos condutores e “ ”

é a resistividade térmica dos condutores de fase e de neutro.

21.2. Cálculo do tempo máximo dos cabos tcabo

A fórmula usada para calcular o tempo necessário para que a corrente de

curto-circuito eleve a temperatura dos condutores até ao seu valor limite foi a

seguinte:

Equação 8: Cálculo do tempo dos cabos

Em que, k=115 (constante para condutores de cobre isolados a PVC).

21.3. Cálculo do tempo de corte do disjuntor tcorte

A obtenção do tempo de corte do disjuntor foi efetuada seguindo os gráficos

dos tempos de corte dos disjuntores em função da sua corrente de curto-circuito e da

sua corrente nominal para um disjuntor magneto térmico, como se pode ver na figura

seguinte.

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Ilustração 6: Gráfico do tempo de corte do disjuntor magneto térmico

22. Conformidade dos materiais

Os materiais utilizados devem estar conforme as diretivas comunitárias e a

legislação nacional que são aplicadas aos produtos. A evidência pode ser apresentada

de duas formas:

Através de uma declaração CE de conformidade e uma marcação CE do

produto;

Através de um certificado emitido por uma entidade de certificação

reconhecida.

Os materiais utilizados tem de respeitar as normas indicadas na tabela

seguinte.

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Tabela 5: Conformidade dos materiais utilizados

23. Instalações em casas de banho

As casas de banho têm regras de instalação específicas devido aos riscos de

choque elétrico que pode ocorrer devido à redução da resistência elétrica do corpo

humano e ao contacto do mesmo com o potencial da terra (RTIEBT 2006 [1]). Para a

proteção dos choques elétricos é necessário que se utilize barreiras ou invólucros com

um índice de proteção minino de IP2X e também que se utilize um isolamento que

suporte uma tensão de ensaio de 500V durante um minuto.

Neste caso escolheu-se utilizar o volume 3 para a proteção de canalizações nas

casas de banho. Este tipo de volume indica que as canalizações que estão à vista e as

canalizações que estão embebidas nos elementos de construção têm de ter uma

profundidade no máximo de 0,05m.

Neste tipo de volume pode-se usar tomadas, interruptores e outro tipo de

aparelhagem desde que estejam alimentados individualmente por um transformador

de separação e a uma tensão reduzida de segurança. Também tem de estar protegidos

por um dispositivo diferencial de corrente estipulada não superior a 30mA.

Material: Normas:

Cabo eléctrico NP 2356; NP 2357;IEC 6050;IEC 60702

Tomada monofásica NP 1260 (Usos domésticos);EN 60309 (Usos industriais)

Quadro eléctrico NP 60439

Interruptor IEC 60669-1

Disjuntor IEC 60898; IEC 60947-2

Contactor EN 60647-4-1

Tubo VD EN 61386-21:2004

Luminária NP EN 60598-1:2000

Luminária de emergência NP EN 60598-2-22:2007

Caixa de derivação EN 60670-22:2006

Involucro para quadro EN 62208:2003

Indice de proteção IK IEC 62262:2002

Indice de proteção IP EN 60529

Seccionador IEC 606947-3

Diferencial IEC 60947-2

Barramento EN 60947-7-1:2002

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24. Corte geral das instalações

O quadro de entrada (Quadro Geral) da habitação tem de ter um dispositivo de

corte geral, que corte todos os condutores que estejam ativos. O dispositivo de corte

geral tem uma corrente estipulada de 250A.

Para os equipamentos fixos que estão intercalados nas canalizações fixas não

devem ter correntes estipuladas inferiores à corrente estipulada do dispositivo de

proteção contra as sobrecargas da canalização.

25. UPS

Para o suporte energético nas falhas de energia nas zonas mais sensíveis como

as zonas públicas, foi projetado a instalação de uma UPS Monofásica, tipo

66766,Ellipse ASR de 600VA, ou similar compatível com a norma IEC616431,

funcionando em regime estático, garantindo uma alimentação de energia elétrica de

boa qualidade. Terá como função alimentar as tomadas socorridas, o circuito de

iluminação de emergência e o circuito de iluminação de circulação.

O valor da potência necessária da UPS escolhida foi de 600VA monofásicos.

26. Posto de transformação

De forma a construir um Posto de Transformação que cumpra os objetivos a

que foi proposto e simultaneamente respeite a segurança de pessoas e bens, impõe-se

o cálculo de algumas grandezas elétricas fundamentais. O conhecimento dos valores

destas grandezas para cada caso particular permite a adequada escolha de técnicas e

materiais a usar. No anexo B apresenta o esquema do posto de transformação a

utilizar e a norma respectiva é “Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de

Transformação e de Seccionamento” [2].

Nas secções seguintes são apresentados os cálculos efetuados e a respectiva

adequação dos equipamentos escolhidos.

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26.1. Intensidade de corrente nominal

No cálculo das intensidades de corrente nominais nos circuitos de alta tensão e

baixa tensão, considera-se que os transformadores estão em regime de exploração

trifásico equilibrado.

Considera-se, também, que o sentido do fluxo de energia é da alta tensão para

a baixa tensão. Este pressuposto é importante, pois no cálculo das correntes nominais

é necessário considerar as perdas do transformador. No caso do fluxo de energia ser o

inverso estas perdas serão consideradas na expressão de IAT e não na expressão de IBT.

Circuito de Alta Tensão

A intensidade de corrente no circuito de alta tensão é calculada através da

seguinte expressão:

Equação 9: Cálculo da corrente de alta tensão

Onde:

S é a potência nominal do transformador, em kVA.

UAT é a tensão composta na alta tensão, em kV.

IAT é a intensidade de corrente nominal no circuito de alta tensão, em A.

Circuito de Baixa Tensão

A intensidade nominal de corrente no circuito de baixa tensão é calculada

através da seguinte expressão:

Equação 10: Cálculo da corrente de baixa tensão

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Onde:

S é a potência nominal do transformador, em kVA.

UBT é a tensão composta em carga na baixa tensão, em kV.

Wcu são as perdas por efeito de joule nos enrolamentos, em kW.

Wfe são as perdas no circuito magnético por correntes de Foucault e histerese,

em kW.

IBT é a intensidade nominal de corrente no circuito de baixa tensão, em A.

Substituindo os valores respectivos nas expressões anteriores, obtêm-se os

seguintes resultados:

Potência Nominal do Transformador (kVA)

Intensidade Nominal na Alta Tensão (A)

Intensidade Nominal na Baixa Tensão (A)

TR1 100 3,849 149

Total 100 3,849 149 Tabela 6: Valores do circuito de baixa tensão

26.2. Intensidade de corrente de curto-circuito

As intensidades de corrente de curto-circuito são calculadas em função da

potência de curto-circuito da rede, SccR, da tensão de curto-circuito do transformador e

pressupondo que os curto-circuitos são trifásicos simétricos. De todos os tipos de

defeito possíveis, esta é a que conduz aos valores máximos das intensidades de

corrente.

O valor de SccR é fornecido pela Empresa Distribuidora de Energia Elétrica e a

tensão de curto-circuito do transformador é fornecido pelo fabricante.

26.3. Intensidade de corrente de curto-circuito na alta tensão

A intensidade de corrente de curto-circuito na alta tensão poderá ser

provocada por um curto-circuito no lado da alta tensão ou no lado da baixa tensão.

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Esta intensidade de corrente será sempre superior para o caso do curto-circuito ser na

alta tensão, pois o valor total da impedância de curto-circuito será menor.

Curto-circuito na Alta Tensão

O cálculo desta intensidade de corrente de curto-circuito realiza-se utilizando a

seguinte expressão:

Equação 11: Cálculo da corrente de curto-circuito de alta tensão

Onde:

SccR é a potência de curto-circuito da rede de distribuição, em MVA.

UAT é a tensão composta na alta tensão, em kV.

IccAT é a intensidade de corrente de curto-circuito no circuito de alta tensão, em

kA.

Curto-circuito na Baixa Tensão

Devido à impedância interna do transformador a corrente na alta tensão

devido a um curto-circuito na baixa tensão será inferior ao valor calculado pela

expressão anterior. Assim, na prática, o seu cálculo não é relevante. Pois o

dimensionamento dos equipamentos do circuito de alta tensão relativamente à

intensidade de limite térmico e a intensidade limite eletrodinâmica será efetuado em

função do maior valor possível para a corrente curto-circuito na alta tensão.

26.4. Intensidade de corrente de curto-circuito na baixa tensão

O cálculo da intensidade de curto-circuito na baixa tensão, na maioria dos

casos, resulta apenas de curto-circuitos no circuito baixa tensão. Assim, o cálculo

seguinte será para esta situação.

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Curto-circuito na Baixa Tensão

Para o cálculo desta intensidade de corrente de curto-circuito é necessário

conhecer a impedância de curto-circuito equivalente da rede distribuidora (referida ao

secundário) e também a impedância de curto-circuito do transformador.

O cálculo da impedância de curto-circuito equivalente da rede distribuidora

realiza-se utilizando a seguinte expressão:

Equação 12: Cálculo da impedância de curto-circuito da rede

Onde:

SccR é a potência de curto-circuito da rede de distribuição, em MVA.

UBTV é a tensão composta em vazio na Baixa Tensão, 230V.

ZccR é a impedância de curto-circuito equivalente da rede distribuidora, em Ω.

Para o cálculo da impedância de curto-circuito do transformador utiliza-se a

seguinte expressão:

Equação 13: Cálculo da impedância de curto-circuito do transformador

Onde:

UBT é a tensão composta em carga na baixa tensão, 400 V.

STR é a potência nominal do transformador, em kVA.

ucc é a tensão de curto-circuito do transformador, em %.

Zcc é a impedância de curto-circuito do transformador, em Ω.

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O cálculo da corrente de curto-circuito na baixa tensão realiza-se utilizando os

valores calculados nas expressões anteriores, na seguinte expressão:

Equação 14:Cálculo da corrente de curto-circuito na baixa tensão

Onde:

UBT é a tensão composta em carga na baixa tensão, 400 V.

Zcc é a impedância de curto-circuito do transformador, em Ω.

ZccR é a impedância de curto-circuito equivalente da rede distribuidora, em Ω.

IccBT é a intensidade de corrente de curto-circuito na baixa tensão, em kA.

Substituindo os valores na expressão anterior e calculando obtêm-se:

IccAT= 19 kA

Potência Nominal do

Transformador (kVA)

Intensidade Curto-Circuito na

Baixa Tensão (kA)

TR1 100 4

TOTAL 100 4

Tabela 7: Valores do curto-circuito em baixa tensão

26.5. Dimensionamento de circuitos

Nos postos de transformação compactos, os equipamentos que constituem os

circuitos de alta tensão e baixa tensão são projetados, fabricados e certificados de

acordo com as normas CEI aplicáveis, respectivamente. A escolha dos equipamentos é

feita de modo que as características nominais satisfaçam, no mínimo, os valores das

grandezas elétricas calculadas nos pontos anteriores. Assim é garantida a segurança e

fiabilidade na utilização destes equipamentos.

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26.6. Circuito de alta tensão

O quadro “FLUOFIX” a utilizar terá características elétricas mínimas superiores

aos valores calculados, para a intensidade de corrente nominal, IAT, intensidade de

corrente de curto-circuito, IccAT e tensão nominal maior ou igual a UAT.

Assim, o quadro “FLUOFIX” a instalar terá as seguintes características elétricas

relevantes, de acordo com norma CEI298:

Tensão Nominal Corrente Nominal Corrente de curto-circuito Corrente de pico

UN (kV) IN(A) Icc (kA/1s) Ip(kAp)

17,5 400 20 50

Tabela 8: Valores do circuito de alta tensão

26.7. Circuito de baixa tensão

O interruptor de entrada do Quadro Geral de Baixa Tensão, assim como o cabo

que liga este aos terminais de baixa tensão do transformador devem ter tensão

nominal, UBT e corrente nominal superior a IBT. O poder de corte de fusíveis e

disjuntores, e a corrente de curto-circuito suportada pelos restantes equipamentos do

quadro deverá ser no mínimo igual a IccBT, ou seja, 4kA, valor calculado no ponto 26.4.

26.8. Escolha das proteções de sobreintensidades

Alta Tensão

A escolha das proteções de curto-circuito na alta tensão é feita considerando o

poder de corte dos equipamentos de proteção e o tempo máximo para a eliminação

do defeito. A Empresa Distribuidora de Energia Elétrica impõe como valor máximo

para eliminação do defeito, 800ms.

FUNÇÃO CIS

Neste caso utiliza-se para a função de proteção de sobreintensidades os corta-

circuitos fusíveis. Dispositivo constituído por fusível e interruptor atuado por percutor

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associado. A escolha dos fusíveis a aplicar deve considerar a tensão nominal da rede, a

intensidade da corrente de magnetização do transformador, cerca de 12 vezes a

corrente nominal durante 0,1s, a sua corrente nominal e o poder de corte superior ao

valor calculado para a corrente máxima de curto-circuito na alta tensão.

Assim os fusíveis a utilizar terão as seguintes características elétricas principais:

Tensão Nominal: UAT (kV)

Corrente Nominal: 1,6 x IAT (A)

Poder de Corte: IccAT (kA)

Potência Nominal do

transformador (kVA)

Calibre do Fusível

(A) Poder de Corte (kA)

Tensão de serviço

(kV)

100 10,0 40,0 15,0

Tabela 9: Valores dos Fusíveis

Baixa Tensão

A saída do transformador será protegida por disjuntor de poder de corte e

intensidade de corrente nominal no mínimo iguais a 4kA e 149A, respectivamente.

Estes valores foram calculados anteriormente.

26.9. Dimensionamento dos circuitos de ligação à terra

Os circuitos de ligação á terra devem ser dimensionados e instalados de modo

a garantir com a máxima fiabilidade e eficiência, a segurança das pessoas e os

equipamentos constituintes e/ou ligados ao Posto de Transformação – PT. O sistema

de terras será constituído por dois circuitos independentes de ligação à terra:

Terra de proteção;

Terra de serviço da baixa tensão.

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26.10. Impedância de defeito à terra e tempo de eliminação do defeito

De forma a calcular a elevação de potencial no circuito de terra de proteção,

devido ao defeito à terra nas instalações do posto de transformação, é essencial

conhecer o valor da impedância de defeito à terra da rede de alta tensão.

De acordo com informação da Empresa Distribuidora o regime de neutro é

impedante. No regime de neutro impedante, o neutro da rede de alta tensão é ligado à

terra através de uma impedância de neutro, ZN. O cálculo desta impedância é feito

considerando a intensidade de corrente de defeito máxima, IdM. A condição de

corrente máxima de defeito á terra pressupõe a resistência de terra do PT nula.

Neste tipo de ligação do neutro e de acordo com informações da Empresa

Distribuidora, considera-se 0,8s o tempo máximo para eliminação do defeito à terra.

No cálculo da impedância de neutro, ZN, é utilizada a seguinte expressão:

Equação 15: Cálculo da impedância de neutro

Onde:

UAT é a tensão composta na alta tensão, em kV.

IdM é a intensidade máxima de corrente de defeito, em A.

ZN é a impedância da rede de alta tensão, em Ω.

Esta impedância é de natureza reativa, assim a componente resistiva é

desprezável. Como,

Equação 16: Cálculo da impedância do neutro de natureza reativa

E RN≈0Ω, logo ZN≈XN .

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Substituindo os valores 15kV e 300MVA na expressão anterior obtêm-se

ZN=28,868Ω.

26.11. Circuito de terra de proteção

O interior da cabina do PT será percorrido por uma barra de cobre nu, fixa nas

paredes, com secção não inferior a 35mm2.

A esta barra serão ligadas as seguintes massas metálicas:

Carcaça do transformador de potência;

O circuito de terra do quadro de alta tensão;

Circuito de terra do quadro de baixa tensão;

As grelhas de ventilação e as portas.

Todas as peças metálicas que normalmente não estejam em tensão mas

possam vir estar como consequência de avarias ou causas fortuitas.

A barra será ligada ao terminal geral da terra de proteção da cabina. Este

terminal, amovível, é ligado ao eléctrodo de terra no exterior através de um condutor

isolado, isolamento a 1kV, de secção não inferior a 35mm2, enterrado e protegido

contra eventuais ações mecânicas.

O eléctrodo de terra será constituído por um anel de cabo de cobre nu de

secção não inferior a 35mm2. Este anel será colocado a 0,8m de profundidade e a uma

distância horizontal aproximada de 1m das paredes da cabina. A este anel serão

solidamente ligados, quatro eléctrodos de vareta de cobre com 2m de comprimento e

20mm de diâmetro, enterrados verticalmente a 0,8m. Estes serão dispostos ao longo

do anel, um por cada lado da cabina e com uma separação entre eles de

aproximadamente 4m. Deverá ser prevista a disponibilidade de terreno necessário à

instalação deste eléctrodo.

Os parâmetros característicos deste eléctrodo são:

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KR= 0,071 Ω/ (Ω.m)

KP= 0,0089 V/ (Ω.m.A)

Poderá ser usado outro tipo de eléctrodo desde que garanta valores de KR e KP

inferiores aos indicados e tenha configuração em anel envolvendo a cabina do PT.

Cálculo dos valores de defeito à terra

Para o cálculo da resistência de terra, RT, do eléctrodo é usada a seguinte

expressão:

Equação 17: Cálculo da resistência de terra

Onde:

RT é a resistividade do terreno, em Ω.m.

Fazendo o cálculo obtêm-se: RT= 1,42Ω.m

Com o valor de RT, pode-se calcular o valor da intensidade de corrente de

defeito à terra, Id e o valor da tensão de defeito à terra Ud:

Equação 18: Cálculo da corrente de defeito à terra

Onde:

UAT é a tensão composta na alta tensão, em kV.

ZN é a impedância de neutro da rede de alta tensão, em Ω.

Id é a intensidade de corrente de defeito à terra no PT, em A.

Substituindo os valores e calculando, obtêm-se: Id= 299,638A.

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Com os valores calculados anteriormente obtém-se a tensão de defeito, Ud:

Equação 19: Cálculo da tensão de defeito

Obtendo um resultado de Ud= 425,486V.

O isolamento dos equipamentos dos circuitos de baixa tensão do PT deverão

ter um isolamento superior à tensão de defeito calculada, 425,486V. Deste modo

evita-se que em caso de defeito à terra na alta tensão do PT não exista dano para os

equipamentos, evitando a transferência de sobretensões para a rede de baixa tensão.

26.12. Circuito de terra de serviço

Ao circuito da terra de serviço de baixa tensão será ligado o neutro do

transformador de potência. Este circuito será ligado, através de um ligador amovível,

ao eléctrodo de terra no exterior por um condutor isolado, isolamento de 1kV, de

secção não inferior a 35mm2. O eléctrodo da terra de serviço será instalado a uma

distância mínima de 20m do eléctrodo da terra de proteção.

O eléctrodo da terra de serviço será constituído por um conjunto de 4 varetas

de cobre nu de 2m de comprimento e enterradas verticalmente até uma profundidade

de 0,8m. As varetas serão interligadas através de um condutor de cobre nu de secção

35mm2, enterrado a uma profundidade de 0,8m. A disposição relativa das varetas não

é relevante desde que a distância mínima entre qualquer uma delas seja 4m.

Este eléctrodo terá os seguintes parâmetros característicos:

KR= 0,120 Ω/(Ω.m) e KP= 0,0298 V/(Ω.m.A)

Para o cálculo da resistência de terra, RS, do eléctrodo da terra de serviço é

usada a seguinte expressão:

Equação 20: Cálculo da resistência de terra

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Onde:

RT é a resistividade do terreno, em Ω.m.

Fazendo o cálculo obtêm-se: RS= 2,40Ω.m

Como se verifica este valor está abaixo dos 20Ω.m de valor máximo permitido

pelo Artigo 58º do RTIEBT [1].

26.13. Tensões no interior da instalação

Este tipo de PT é de exploração exclusivamente exterior. No entanto o piso de

assentamento do PT, é constituído no seu interior por uma malha condutora electro

soldada de quadrícula não superior a 20cm e secção não inferior a 4mm2. Esta malha

será ligada ao circuito de terra de proteção, de forma a garantir contacto elétrico

sólido. Assim, consegue-se uma superfície equipotencial fazendo desaparecer o perigo

do aparecimento de tensões de contacto e de passo no interior da cabina do PT.

26.14. Tensão de passo permitida no exterior

O cálculo da tensão de passo máxima admissível no exterior do PT é feito

recorrendo à expressão seguinte:

Equação 21: Cálculo da tensão de passo máxima admissível

Onde:

t é o tempo máximo de eliminação do defeito, 0,8s.

K é a constante dependente do máximo de eliminação do defeito, 72.

n é a constante dependente do máximo de eliminação do defeito, 1.

RT é a resistividade do terreno, em Ω.m.

UP é a tensão no exterior, em V.

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Substituindo os valores e calculando obtêm-se 1008V como valor máximo para

a tensão de passo no exterior.

26.15. Tensões no exterior da instalação

Devido ao facto de o eléctrodo da terra proteção ser um anel contornando, na

totalidade, a cabina do PT à distância de um metro do seu perímetro exterior, é criada

uma superfície equipotencial no solo circundante e adjacente ao PT. Desta forma não

existirão tensões de contacto significativas no exterior do PT.

A tensão de passo no exterior, UP, será calculada pela seguinte

expressão:

Equação 22: Cálculo da tensão de passo no exterior

Substituindo os valores calculados anteriormente, tem-se: UP= 173,191V

26.16. Tensões transferíveis para o exterior

Não existem meios de transferência de tensões para o exterior, assim não é

necessário tomar medidas para a sua redução ou eliminação.

26.17. Ventilação do posto de transformação

Com o objetivo de evitar o sobreaquecimento dos equipamentos no interior do

PT há que garantir a adequada renovação de massa de ar. Isto é conseguido através do

correto dimensionamento das grelhas de ventilação da cabina do PT. A cabina do PT

tipo “PUCINOX” possui na sua estrutura grelhas de ventilação devidamente protegidas

que garantem a ventilação adequada às gamas de soluções existentes.

26.18. Dimensionamento do depósito de óleo

O depósito de recolha de óleo será ser colocado por debaixo do transformador

ou então devem existir caleiras de recolha e condução do óleo até ao depósito. Este

terá uma capacidade superior ao volume de óleo do transformador.

Page 49: Relatorio Inst.1

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É usual a quantidade de óleo do transformador ser fornecida pelo fabricante

em massa de óleo, assim tem-se que usar a seguinte expressão para calcular a

capacidade:

Equação 23: Cálculo do volume do depósito de óleo

Onde:

σ é a densidade típica do óleo de transformador a 20ºC, 0,887kg/litro.

M é a massa de óleo do transformador, em kg.

V é o volume de óleo, em litros.

Potência Nominal do Transformador (kVA) Volume Mínimo do Depósito (litros)

100 89

Tabela 10: Valores do depósito de óleo

26.19. Estimativa de custos

Item Quantidade Descrição PV Unit. (€)

1 1 “PUCINOX”* 20.241,00

PV Total (€): 20.241,00 Tabela 11: Resultados dos custos

*Descrição do Item 1:

1 Edifício pré-fabricado em aço inox de modelo “PUCINOX”, destinado

unicamente a esta finalidade, de dimensões 3250x1500mm e altura útil de 1930mm.

O PT referido está homologado pela Direção Geral de Energia e incluí o seguinte

equipamento:

1 Quadro de Média Tensão composto por funções da gama monobloco “FLUOFIX

GC”, 17,5kV, 400A, homologado pela Direção Geral de Energia, com isolamento,

corte e extinção do arco em hexafluoreto de enxofre - SF6. O quadro “FLUOFIX

GC” será constituído pelas seguintes funções IS, CIS.

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1 Transformador da marca “EFACEC”, com tecnologia de enchimento integral em

banho de óleo mineral e arrefecimento natural. 100kVA de potência estipulada e

15kV de tensão nominal no primário. As características mecânicas e elétricas

estão de acordo com as normas CEI60076. Acessório de proteção incluído:

Termómetro.

Iluminação e tomadas.

Acessórios regulamentares: 1 tapete isolante em borracha; 1 par de luvas

isolantes; 1 quadro de instruções para Primeiros Socorros; 1 quadro de registo de

valores de resistência de terra dos eléctrodos respectivos; 3 chapas de aviso de

"Perigo de Morte" e 1 lanterna

Observações:

O quadro de baixa tensão, do tipo capsulado, não está incluído na estimativa

apresentada.

Os custos estimados acima estão considerados apenas os equipamentos de

fornecimento “EFACEC”, não estando incluída a instalação do mesmo.

A estimativa de custos indicada é, tal como referido, uma estimativa de custos, e

não tem valor contratual.

27. Análise de resultados, reflexão crítica e trabalho futuro

Dada a extensão do presente projeto de elaboração de uma instalação elétrica

de um edifício, tendo por base as RTIEBT [1], torna-se necessária uma reflexão sobre

os resultados obtidos da elaboração do projeto.

Por se tratar de um projeto de engenharia, a sensibilidade do projetista na

tentativa de obter a melhor solução possível em termos de qualidade/custo torna-se

fulcral e na sequência do conhecimento obtido tanto nas aulas de Instalações Elétricas,

como do conhecimento geral das instalações, nos resultados obtidos, e no

dimensionamento e métodos de cálculo de alguns componentes da instalação, o grupo

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Grupo nº3 Página | 42

teve em consideração alguns fatores de influência direta na realização prática de um

projeto desta natureza tais como:

No decorrer do projeto, foi usado o programa “WinElux” para obtenção do

projeto luminotécnico, baseado na escolha das luminárias efetuadas. Em

algumas situações deu um elevado número de luminárias, por isso, foram

eliminadas algumas luminárias considerando as mesmas desnecessárias, dadas

as condições e o lugar a que se destinavam, com o objetivo de reduzir custos,

nunca comprometendo os níveis de luminância recomendados.

Os resultados obtidos para as potências pedidas á rede por cada quadro de

habitação estão em conformidade com os valores recomendados. Este

resultado apenas é possível em função da redução dos fatores de

simultaneidade em iluminação, dado que, os cálculos foram efetuados para as

luminárias trabalharem simultaneamente, e muito raramente numa instalação,

tal situação se verifica, obrigando necessariamente a baixar a potência pedida á

rede. Também nos circuitos de tomadas o grupo verifica esta situação, apenas

foi elevado o fator de simultaneidade para tomadas isoladas de maior potência

consumida (fogão, máquina de lavar, etc…).

Foi aumentada a secção da coluna montante com o objetivo de reduzir a queda

de tensão existente entre o quadro de coluna e cada um dos quadros de

habitação.

Para trabalho futuro, o grupo acha importante a otimização do trabalho

efetuado, melhorias no projeto luminotécnico, uma escolha de luminárias mais

adequada em função da sua potência, utilização e preço, com vista a diminuir custos

de manutenção, usando por exemplo luminárias tipo “LED” para reduzir a potência

pedida por cada apartamento. Uma melhor escolha dos caminhos de cabos embebidos

nas paredes, torna-se também essencial na realização prática deste projeto.

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Grupo nº3 Página | 43

Dada a natureza de um dos apartamentos, destinado a pessoas de mobilidade

reduzida, o grupo acha importante, a implementação de um sistema de domótica

neste apartamento, podendo o utilizador usufruir em pleno a sua habitação.

Com vista a reduzir custos de manutenção, poderá também ser implementado

um sistema de microgeração de energia com recurso a painéis solares para toda a

iluminação de serviço do edifício.

28. Diversos

Foram feitos cálculos luminotécnicos para os espaços comuns diversos, tendo-

se verificado os níveis de iluminação adequados, de acordo com a tabela internacional

e de acordo com as condições específicas solicitadas para este tipo de edifício.

Antes da entrega da instalação ao proprietário, deverão ser ensaiados todos os

equipamentos, verificando toda a aparelhagem de comando e proteção e continuidade

de todos os circuitos de terra, substituindo todo equipamento ou aparelhagem onde

se encontrem deficiências.

Quando forem aplicados os quadros elétricos em armários técnicos, deve-se

ter em conta que deverão ser colocadas sinaléticas adequadas no exterior das portas

dos armários correspondentes. O edifício é classificado quanto à utilização como

“locais de habitação”.

Poderá haver em obra acertos relativamente ao posicionamento de

luminárias e circuitos de tomadas, de acordo com a implantação exata dos

equipamentos (nomeadamente nas cozinhas). É da responsabilidade do empreiteiro

de eletricidade a boa coordenação da execução destas canalizações, evitando assim

que o posicionamento da instalação elétrica não esteja de acordo com o

posicionamento dos equipamentos previstos.

Em caso de omissão deverão as instalações elétricas serem executadas de

acordo com as regras de arte e segurança adequadas e serem entregues ao

proprietário em boas condições de funcionamento.

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Toda a instalação será executada de acordo com as regras técnicas das

instalações elétricas de baixa tensão [1].

Bibliografia

[1] “Regras Técnicas das Instalações Eléctricas em Baixa Tensão - RTIEBT,” p. 411, 11 Setembro

2006.

[2] EDP, “Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e de

Seccionamento”.

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II. Caderno de Encargos

1. Capítulo I: Disposições gerais

1.1. Cláusula 1.ª: Objeto

O presente Caderno de Encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato

a celebrar na sequência do procedimento pré-contratual que tem por objeto principal

a aquisição de serviços para a exploração das instalações elétricas de um edifício afeto

ao ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro: Centro de Saúde.

1.2. Cláusula 2.ª: Contrato

1. O contrato é composto pelo respectivo clausulado contratual.

2. O contrato a celebrar integra ainda os seguintes elementos:

a) Os esclarecimentos e as retificações relativos as Caderno de Encargos;

b) O presente Caderno de Encargos;

c) A proposta adjudicada;

d) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo

adjudicatário.

3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a

respectiva prevalência é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.

4. Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado

do contrato, prevalecem os primeiros.

1.3. Cláusula 3.ª: Prazo

O contrato mantém-se em vigor até à conclusão dos serviços em conformidade

com os respectivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações

acessórias que devem perdurar para além da cessação do Contrato.

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2. Capítulo II : Obrigações contratuais

2.1. Secção I: Obrigações do prestador de serviços

2.1.1. Cláusula 4.ª: Obrigações principais do prestador de serviços

1. Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável, no Caderno

de Encargos ou nas cláusulas contratuais da celebração do contrato decorrem para

o prestador de serviços a obrigação de prestar a entrega dos bens e/ou serviços

identificados na sua proposta.

2. A título acessório, o prestador de serviços fica ainda obrigado, designadamente,

a recorrer a todos os meios humanos, materiais e informáticos que sejam

necessários e adequados à prestação do serviço, bem como ao estabelecimento do

sistema de organização necessário à perfeita e completa execução das tarefas a

seu cargo.

2.1.2. Cláusula 5.ª: Prazo de prestação de serviço

1. O prestador de serviços obriga-se a concluir a execução do serviço, no prazo

estabelecido na sua proposta, a contar da data do ofício de adjudicação.

2. O prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado por iniciativa do ARS

Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro ou a requerimento do prestador de

serviços devidamente fundamentado.

2.1.3. Cláusula 6.ª: Conformidade e garantia técnica

O prestador de serviços fica sujeito, com as devidas adaptações e no que se

refere aos elementos entregues ao ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro, às

exigências legais, obrigações do fornecedor e prazos respectivos aplicáveis aos

contratos de aquisição de bens móveis.

2.2. Secção II: Obrigações do ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro

2.2.1. Cláusula 7.ª: Preço contratual

1. Pela prestação dos serviços objeto do contrato, bem como pelo cumprimento

das demais obrigações constantes do presente Caderno de Encargos, o ARS Centro,

Sub-Região de Saúde de Aveiro, deve pagar ao prestador de serviços o preço

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Grupo nº3 Página | 47

constante da proposta adjudicada, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se este

for legalmente devido.

2. O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e

despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao contraente

público, (incluindo as despesas de alojamento, alimentação e deslocação de meios

humanos, despesas de aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de

meios materiais bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de

marcas registadas, patentes ou licenças).

3. O preço a que se refere o n.º 1 é dividido pelas diversas fases de execução do

Contrato.

2.2.2. Cláusula 8.ª: Condições de pagamento

1. As quantias devidas pelo ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro, nos

termos da cláusula anterior, deve(m) ser paga(s) no prazo de 60 dias após a

receção pelo ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro, as quais só podem ser

emitidas após o vencimento da obrigação respectiva.

2. Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a

emissão da declaração de aceitação ARS Centro, Sub-Região de Saúde de Aveiro.

3. Em caso de discordância por parte do ARS Centro, Sub-Região de Saúde de

Aveiro, quanto aos valores indicadas nas faturas, deve este comunicar ao prestador

de serviços, por escrito, os respectivos fundamentos, ficando o prestador de

serviços obrigado a prestar os esclarecimentos necessários ou proceder à emissão

de nova fatura corrigida.

4. Desde que devidamente emitidas e observado o disposto no n.º 1, as faturas

são pagas através de Transferência Bancária.

2.3. Capítulo III – Material

2.3.1. Cláusula 9.ª: Conformidade do material

O material usado no presente projeto terá que estar conforme o requisitado,

sendo usado este, ou em caso de impossibilidade um equivalente.

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Grupo nº3 Página | 48

2.3.2. Cláusula 10.ª: Lista de material

No presente projeto será utilizado o seguinte material:

Caixa de derivação estanque Plexo, da marca Legrand, com referência 922 07;

Caixa de aparelhagem estanque Plexo, da marca Legrand, com referência 922

01;

Tomadas monofásicas do tipo “schuko”, da marca Legrand, com referências

7711 39 / 7712 39 / 7713 39 / 7714 39 / 7759 24 / 576 69 ;

Tomadas monofásicas do tipo “schuko” com espelho central vermelho, da

marca Legrand, com referência 7759 30;

Tomada para máquina de barbear com transformador de isolamento, da marca

Legrand, com referência 775 86;

Tomada trifásica de encastrar, da marca Legrand, com referência 576 24;

Interruptores da gama “Suno”, da marca Legrand, com referência 7740 01;

Comutador de lustre da gama “Suno”, da marca Legrand, com referência 7740

05;

Luminária de encastrar, da marca “EEE”, com referência GLX225C 01 139;

Luminária “downlight”, da marca “EEE”, com referência DK200 01 118;

Luminária exterior zona de estacionamento, da marca “Phillips”, com referência

BPP406;

Luminária exterior zona de acesso, da marca “Phillips”, com referência CDS580;

Disjuntor da gama “Lexic DX” de 10A, da marca Legrand, com referência 033

84;

Disjuntor da gama “Lexic DX” de 16A, da marca Legrand, com referência 033

86;

Disjuntor da gama “Lexic DX” de 20A, da marca Legrand, com referência 033

87;

Disjuntor da gama “Lexic DX” de 25A, da marca Legrand, com referência 033

88;

Disjuntor da gama “Lexic DX” de 32A, da marca Legrand, com referência 033

89;

Disjuntor diferencial da gama “Lexic DX” de 4x25A 300mA, da marca Legrand,

com referência 078 76;

Disjuntor diferencial da gama “Lexic DX” de 4x40A 300mA, da marca Legrand,

com referência 078 78;

Conjunto de duas botoneiras de emergência da gama Plexo, da marca Legrand,

com referência 695 47;

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Grupo nº3 Página | 49

Descarregador de sobretensão tetrapolar da gama “Lexic”, da marca Legrand,

com referência 030 23;

Condutores do tipo H05VV-U para recetores monofásicos, H07VV-U para

recetores trifásicos, H05XV-U para recetores monofásicos exteriores e H07XV-U

param ligação do posto de transformação ao quadro de entrada, da marca

General Cable;

Repartidores modulares monobloco, da marca Legrand, com referência 048 81;

Quadros elétricos do tipo armário com porta de vidro, da marca Legrand;

2.3.3. Cláusula 11.ª: Manutenção

A manutenção deverá ser assegurada por pessoal devidamente especializado,

com uma periocidade idêntica à fornecida pelo fabricante.

2.4. Capítulo IV – Disposições finais

2.4.1. Cláusula 12.ª: Subcontratação e cessão da posição contratual

A subcontratação pelo prestador de serviços e a cessão da posição contratual

por qualquer das partes depende da autorização da outra.

2.4.2. Cláusula 13.ª: Comunicações e notificações

1. Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e

comunicações entre as partes do contrato, estas devem ser dirigida para o

domicílio ou sede contratual de cada uma, identificados no contrato.

2. Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve

ser comunicada à outra parte.

2.4.3. Cláusula 14.ª: Contagem dos prazos

Os prazos previstos no contrato são contínuos, correndo em sábados,

domingos e dias feriados.

2.4.3.1. Cláusula 15.ª: Legislação aplicável

O contrato é regulado pela legislação portuguesa.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Posto de Transformação

ÍNDICE

1. ÂMBITO DO PROJETO 2. REGULAMENTAÇÃO 3. CLIENTE 4. LOCALIZAÇÃO 5. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO 6. EDIFÍCIO 7. REDE DE ALIMENTAÇÃO 8. APARELHAGEM DE MÉDIA TENSÃO 9. APARELHAGEM DE BAIXA TENSÃO 10. TERRA DE PROTEÇÃO 11. TERRA DE SERVIÇO 12. TERRAS INTERIORES 13. ILUMINAÇÃO E TOMADAS 14. VENTILAÇÃO 15. SEGURANÇA 16. ACESSÓRIOS

1. ÂMBITO DO PROJETO

Este projeto tem como finalidade a especificação das condições técnicas

de construção, exploração e de segurança do Posto de transformação, de

características normalizadas, cujo objetivo é o fornecimento de energia elétrica

em Baixa Tensão.

2. REGULAMENTAÇÃO

Este projeto foi elaborado de acordo com as normas e regulamentos em

vigor, nomeadamente:

Regulamento de segurança de Subestações e Postos de Transformação e

de Seccionamento.

Regulamento de segurança de Instalações de Utilização de Energia

Elétrica.

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Regulamento de segurança de Instalações Coletivas de Edifícios e

Entradas.

Normas Portuguesas aplicáveis ao equipamento incluído neste projeto.

Recomendações técnicas da CEI e outra regulamentação, aplicáveis ao

equipamento incluído neste projeto.

Determinações da empresa responsável pelo fornecimento de energia

elétrica e respectivas DRIE's.

3. CLIENTE

ESTGA – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda

4. LOCALIZAÇÃO

Águeda

5. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

O Posto sobre o qual se refere o presente projeto será para instalação e

exploração no exterior, e será composto por celas pré-fabricadas em invólucro

metálico.

A chegada será subterrânea, alimentada da rede de Alta Tensão de 15kV,

frequência de 50 Hz, sendo a Empresa Distribuidora a EDP - Portugal Continental.

6. EDIFÍCIO

O Posto de Transformação será instalado numa cabina monobloco em aço

inoxidável, de dimensões 3250x1500mm e altura útil de 1930mm, que será

destinada unicamente a esta finalidade.

A referida cabina terá uma estrutura interna metálica executada em

perfis de aço inoxidável, revestidos exteriormente com teto, painéis e portas em

chapa de aço inoxidável. A união dos painéis aos perfilados é feita por soldadura e

rebitagem. Para melhorar o efeito estético exterior, o invólucro é revestido com

uma laca constituída por 2 componentes com uma cor semelhante à RAL7032.

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O aço inox utilizado é de acordo com as normas AISI 304L, com

acabamento primário “aralcin” e esmalte “acrythane”.

O acesso aos compartimentos de Média Tensão e Baixa Tensão é realizado

através de portas duplas, com as dimensões 1250X1700mm. O transformador é

montado ao nível do solo através de uma porta dupla com as dimensões

1800X1700mm, conforme desenho anexo. Todas as portas são munidas de

fechadura de segurança.

O PT está homologado pela Direção Geral de Energia.

O acesso ao PT será restrito ao pessoal da Empresa Distribuidora e ao

pessoal de manutenção especialmente autorizado. Dispor-se-á de uma porta cujo

sistema de fechadura permitirá o acesso ao pessoal descrito.

IMPLANTAÇÃO:

Para instalar o posto no local desejado, e simultaneamente facilitar o

acesso para a passagem de cabos e tubagens é suficiente colocar uma laje de

betão no local. A laje que servirá de base para assentamento do PUC, de

dimensões 1500mm por 3250mm, será provida de valas para a passagem dos

cabos MT e BT.

EQUIPOTENCIALIDADE:

A própria estrutura do Posto em aço inoxidável garantirá a perfeita

equipotencialidade de todo o conjunto. Seguindo a regulamentação, também

todas as portas estarão ligadas ao sistema equipotencial.

IMPERMEABILIDADE:

Toda a estrutura do monobloco metálico é executada em aço inoxidável,

sendo a união dos painéis aos perfilados feita através de soldadura e rebitagem.

Todos os acessórios que estão em contacto com o exterior são em aço inoxidável.

Estas características garantem uma elevada robustez e a total ausência de

infiltrações.

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Os tetos serão concebidos para impedir a acumulação de água e quaisquer

infiltrações, escoando-se a água diretamente para o exterior.

O invólucro exterior sendo de aço inoxidável não requer qualquer

manutenção. Para melhorar o efeito estético exterior, o invólucro é revestido

com uma laca de cor semelhante à RAL7032.

ÍNDICE DE PROTEÇÃO:

O índice de proteção dos compartimentos do Posto (Média Tensão, Baixa

Tensão e Transformador) será o IP35D de acordo com a recomendação CEI529.

Os principais componentes que formarão o “PUCINOX” serão:

Laje para assentar o PUC

Estrutura do PUC que inclui paredes e Teto

Portas de acesso ao interior

Cuba de recolha de óleo (no caso de transformador de isolamento a óleo)

ESTRUTURA E PAREDES:

A estrutura interna metálica do Posto é executada em perfis de aço

inoxidável de 2mm de espessura, revestidos exteriormente com painéis e portas

em chapa de aço inoxidável de 1,5mm de espessura. A união dos painéis aos

perfilados é feita por soldadura e rebitagem.

A estrutura será assente numa laje em betão pré-fabricada que disporá de

valas para a entrada e saída de cabos de AT e BT.

TETOS:

Os tetos são também construídos em chapa de aço inoxidável, mas de

2mm de espessura, sendo a união dos painéis aos perfilados feita por soldadura e

rebitagem. Este sistema, complementado pela conceção do teto, garante a

estanquidade do edifício.

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PAVIMENTO:

Uma laje plana, pré-fabricada, de betão armado servirá como base para

assentar o edifício metálico. Nesta laje existem valas que permitem a passagem

de cabos para as celas de Média Tensão e para os quadros elétricos de Baixa

Tensão.

DEPÓSITO DE RECOLHA DE ÓLEO:

Caso seja necessário proceder à recolha de óleo do transformador será

implementado um fosso que estará dimensionado para recolher no seu interior

todo o óleo do transformador sem que este se derrame para a restante área.

PORTAS:

O acesso aos compartimentos de Média Tensão e Baixa Tensão é realizado

através de portas duplas equipadas com dobradiças e fechos especialmente

desenhados para resistirem ao impacto do arco interno.

À semelhança do que acontece para o restante edifício as portas, de aço

inoxidável, não requerem qualquer manutenção. Para melhorar o efeito estético

exterior, são revestidas com uma laca de cor semelhante à RAL7032.

7. REDE DE ALIMENTAÇÃO

A rede de alimentação do Posto será subterrânea a uma tensão de 15kV e

à frequência de 50Hz.

A potência de curto-circuito máxima da rede de alimentação será de

500MVA, segundo os dados fornecidos pela Empresa Distribuidora.

8. APARELHAGEM DE MÉDIA TENSÃO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CELAS:

As celas a usar no posto de transformação serão da gama “FLUOFIX GC”.

A gama monobloco “FLUOFIX GC”, homologada pela Direção Geral de Energia, é

constituída por celas com isolamento, corte e extinção do arco em hexafluoreto

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de enxofre - SF6.

As celas serão construídas em chapa de aço revestida de alumínio e zinco

(“Aluzinc”) e serão revestidas por uma pintura electroestática de “epoxy-

poliester”, na cor standard RAL 7032 (cinzento claro)

As celas respeitarão, na sua conceção e fabrico, a definição de

aparelhagem sob envolvente metálica compartimentada de acordo com as

Normas CEI: 298; 129; 694; 420; 56; 60265-1.

As Celas serão divididas em três compartimentos separados, da seguinte

forma:

Compartimento de Média Tensão.

Compartimento de Cabos.

Compartimento de Fusíveis.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS CELAS:

Tensão estipulada: 17,5kV

Tensão de isolamento:

De curta duração a 50 Hz/1 minuto: 38kV eff.

À onda de choque (1,2/50 µs): 95 kV crista

Intensidade estipulada da entrada: 400 A

Intensidade estipulada para cela fusível: 200 A

Intensidade estipulada de curta duração admissível:

Durante 1segundo: 16kA eff.

Valor de crista da intensidade estipulada de curta duração admissível: 50

kA crista ex. 2.5 vezes a intensidade estipulada de curta duração

admissível

Índice de proteção segundo IEC 259:

Partes ativas IP 3X

Comando IP 2XC

Coletor de terra.

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O condutor de ligação à terra estará disposto ao longo de todo o

comprimento das celas e estará dimensionado para suportar a intensidade de

curta-duração admissível.

O barramento será sobredimensionado para suportar sem deformação

permanente os esforços dinâmicos que, em caso de curto-circuito, se podem

apresentar, o que se detalha no capítulo 26.

FUNÇÃO INTERRUPTOR SECCIONADOR TIPO IS – FUNÇÃO Nº1:

As funções tipo IS terão as seguintes características:

Barramento tripolar em barra de cobre para uma intensidade de

corrente nominal de 400A, existente no interior de uma cuba metálica estanque e

cheia com SF6.

Um interruptor-seccionador ISFG de três posições (fechado, aberto,

terra) com isolamento em SF6, 400A, tripolar, com comando manual tipo CI1.

Conjunto de 3 isoladores-condensadores e uma caixa indicadora de

presença de tensão com lâmpadas de néon

Seccionador de terra, com poder de fecho, integrado no ISFG.

Conjunto de encravamentos mecânicos diretos entre o ISFG e a porta

de acesso ao compartimento de cabos.

Cela preparada para receber 3 cabos até 240 mm2.

FUNÇÃO PROTEÇÃO TRANSFORMADOR COM DISPARO POR FUSÃO TIPO CIS -

FUNÇÃO Nº2:

As funções tipo CIS terão as seguintes características:

Barramento tripolar em barra de cobre para uma intensidade de

corrente nominal de 400A, existente no interior de uma cuba metálica

estanque e cheia com SF6.

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Um interruptor-seccionador ISFG de três posições (fechado, aberto,

terra) com isolamento em SF6, 200A, tripolar, com comando manual tipo

CI2. O interruptor abre automaticamente por atuação de um percutor, em

caso de fusão de um ou mais fusíveis.

Conjunto de 3 isoladores-condensadores e uma caixa indicadora de

presença de tensão com lâmpadas de néon.

Seccionador de terra, com poder de fecho, integrado no ISFG.

Seccionador de terra adicional, ligado à extremidade do fusível junto ao

cabo, localizado no interior da cuba metálica estanque.

Conjunto de encravamentos mecânicos diretos entre o ISFG e a porta

de acesso ao compartimento de cabos e fusíveis.

Função preparada para receber 3 cabos até 90 mm2.

EQUIPAMENTO ESPECIAL INCLUÍDO:

Conjunto de 3 fusíveis de 24kV, com dimensões definidas pela norma

DIN 43625

Bobina de disparo com 1 contacto auxiliar

Fechadura de encravamento do seccionador de terra na posição

fechado e fechadura para porta de acesso ao transformador

TRANSFORMADOR 1:

O transformador a instalar, de fabrico “EFACEC”, empregará a tecnologia

de enchimento integral em banho de óleo mineral e terá arrefecimento natural.

As suas características mecânicas e elétricas estarão de acordo com a

recomendação internacional,

Norma CEI 60076 e apresentam-se de seguida:

Potência estipulada: 100 kVA

Tensão estipulada primária: 15000 V

Regulação no primário: + - 5%

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Tensão estipulada secundária em vazio: 420 V

Tensão de curto-circuito: 4 %

Grupo de ligação: Dyn5

Tensão de ensaio à onda de choque (1,2/50 µs): 95 kV crista

Tensão de ensaio a 50 Hz 1 min: 38 kV

Acessório: Termómetro com 2 contactos NA (alarme e disparo)

LIGAÇÃO NO LADO PRIMÁRIO (AT):

A ligação no lado primário será feita por três cabos monocondutores do

tipo “LXHIOV” – 8,7/15kV, 1x120mm2 e sua ligação através de extremidades

Termo retrácteis de 17,5kV de terminais bimetálicos de 120mm2 ao

transformador de potência (lado de AT) e fichas tipo “Elastimold” à função de

proteção respectiva.

LIGAÇÃO NO LADO SECUNDÁRIO (BT):

A ligação no lado secundário será feita por cabos XV 1x95mm2 0,6/1kV

entre o TRF e o QGBT, sendo 2 cabos para as fases e 1 cabo para o neutro

incluindo terminais CU e mangas Termo retrácteis. E sua ligação através de

terminais bimetálicos ao transformador de potência (lado de BT) e ao Quadro

Geral de Baixa Tensão.

9. APARELHAGEM DE BAIXA TENSÃO

Quadro geral de baixa tensão do tipo capsulado (fechado), com

configuração dependente do tipo de instalação em causa.

Armário de telecontagem EDP, do tipo A, sem descarregadores de

sobretensão (S/DST), e em conformidade com DMA C17-510-N.

10. TERRA DE PROTEÇÃO

Serão ligados à terra de proteção os elementos metálicos da instalação

que normalmente não estão em tensão, mas que poderão eventualmente estar,

devido a avarias ou circunstâncias externas (defeito de isolamento).

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As celas disporão de uma barra de cobre que as interligará, constituindo o

coletor de terra de proteção.

O circuito de terra de proteção será constituído por uma barra de cobre á

qual todos os elementos metálicos serão ligados.

11. TERRA DE SERVIÇO

Ligar-se-ão à terra de serviço o neutro do transformador, como se indica

no capítulo 26 deste projeto.

12. TERRAS INTERIORES

A terra no interior do Posto terá como missão pôr em continuidade

elétrica todos os elementos que estão ligados à terra exterior.

Próximo da saída do edifício e dentro deste existirá uma ligação amovível

que permita efetuar a medição das resistências de terra dos eléctrodos.

REGIME DO NEUTRO DE BAIXA TENSÃO:

Regime de neutro em BT tipo TT.

Neutro ligado diretamente à terra. Massas de utilização interligadas à

terra num ponto. O dispositivo de proteção deve assegurar o disparo ao primeiro

defeito num tempo compatível com a curva de segurança.

13. ILUMINAÇÃO E TOMADAS

No interior do Posto será instalada uma lâmpada fluorescente de 36W

posicionada de forma a proporcionar um nível de iluminação suficiente para

verificação e manobras dos elementos do mesmo e uma tomada para usos gerais.

14. VENTILAÇÃO

A ventilação do Posto será feita de modo natural, no qual o próprio

edifício age como dissipador, não sendo necessário recorrer ao uso de grelhas de

ventilação.

Page 69: Relatorio Inst.1

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Grupo nº3 Página | 60

Foi desenvolvido um sistema especial de ventilação inserido no teto,

paredes laterais e portas que garante uma dissipação segura do calor gerado no

transformador. Este sistema também evita a acumulação de humidade. Painéis

protetores nas paredes laterais evitam a acumulação excessiva de calor no

interior do compartimento nas horas de sol.

15. SEGURANÇA

SEGURANÇA NAS CELAS “FLUOFIX”:

As celas tipo “FLUOFIX” dispõem de uma série de encravamentos

funcionais que respondem às recomendações CEI 298 que descrevem da seguinte

forma:

Só é possível fechar o interruptor se o seccionador de terra estiver

aberto e o painel de acesso colocado no lugar

O fecho do seccionador de ligação à terra só é possível se o interruptor

estiver aberto

A abertura do painel de acesso ao compartimento dos cabos só é

possível se o seccionador de ligação à terra estiver fechado

Com o painel dianteiro retirado, é possível abrir o seccionador de

ligação à terra para realizar o ensaio dos cabos, mas não é possível fechar

o interruptor

Dos encravamentos funcionais também está previsto que algumas das

diferentes funções se encravarão entre elas mediante fechadura.

As celas “Fluofix” dispõem de reforços estruturais quer nos painéis quer

na porta de acesso ao compartimento de cabos que lhes permite resistir em caso

de arco interno. Para além deste reforço, estas celas possuem dispositivos de

escape de sobrepressões de modo a proteger os operadores dos fumos e gases

quentes.

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Grupo nº3 Página | 61

16. ACESSÓRIOS

FORNECIMENTO E MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS SEGUINTES:

1 Tapete isolante em borracha

1 Par de luvas isoladas

1 Quadro de instruções para Primeiros Socorros

1 Quadro de registo de valores de resistência de terra dos eléctrodos

respectivos

3 Chapas de aviso de "Perigo de Morte"

1 Lanterna

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Grupo nº3 Página | A

Anexos:

A. Enunciado do projeto

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Grupo nº3 Página | B

B. Posto de transformação

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Grupo nº3 Página | C

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Grupo nº3 Página | D

C. Lista de material

A partir deste projeto fez-se uma lista de material com os equipamentos mais

importantes a se utilizar no edifício de habitação com comércio. Nesta lista faltam

muito mais materiais, como os cabos elétricos, os barramentos e outras coisas, mas

estes materiais não podem ser quantificados com um valor exato porque só no

momento da construção é que se verifica a melhor forma de colocar estes materiais.

Tabela 12: Lista de material

Material: Quantidade:

Tomada monofásica 165

Quadro eléctrico 12

Interruptor 36

Disjuntor 117

Fusível 30

Luminária 239

Luminária de emergência 2

Caixa de derivação 43

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Grupo nº3 Página | E

D. Projeto de uma divisão utilizando o “software WinElux”

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Grupo nº3 Página | F

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Grupo nº3 Página | G

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Grupo nº3 Página | H

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Grupo nº3 Página | I

E. Ficha técnica da luminária ASAK 07-218

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Grupo nº3 Página | J

F. Ficha técnica da luminária ASE 07 258

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Grupo nº3 Página | K

G. Níveis de luminância

Divisão Numeração Teórico Obtido Nº luminárias Refª Obtido Nº luminárias Refª Obtido Nº luminárias Refª Obtido Nº luminárias Refª Obtido Nº luminárias Refª

1 784 12 823 20 873 20

2 745 12 799 12 802 6

3 725 12 782 12

4 922 16 880 9

1 233 2 231 2

2 303 2 303 2

3 306 2 306 2

4 297 2 297 2

5 245 2 245 2

6,7 - - - 271 3

Loja 1 348 4

Loja 2 233 2

1 155 2 2 2

2 152 2 2 2

3 190 2 2 2

4 158 2 233 3

Garagem 6, 7 221 3

Cisterna 100 - - - - - - - - - 296 6 FCBK 01 142

Dep.Residuos Sólidos 100 - - - - - - 539 4 GFUKA 08 336

Entrada de edificio 100 - - - - - - 182 12 TKSV10 01 132 BE

Patamar elevador 100 252 2 UK20 01 255 Br 252 2 UK20 01 255 Br 238 4 308 1 TFD 08 336 308 1 TFD 08 336

Escada 150 115 2 GSP 01 138 115 2 GSP 01 138 235 4

Sala Condominio 200 - - - - - - 747 9 AVV 01 254

C1,parte 1 738 12

C1,parte 2 738 12

C2,parte 1 732 6

C2, parte 2 703 4

C1 256 4

C2 208 3

Entrada de Habitação 100 372 2 AVK 01 236 372 2 AVK 01 236 182 12 TKSV10 01 132 BE

Cozinha 200 228 3 228 3

Marquise 200 193 1 193 1

Sala Comum 100 183 4 DKG890 02 226 183 4 DKG890 02 226

Casa de Banho 200 185 2 TKLI 01 218 185 2 TKLI 01 218

Hall quarto 100 340 2 DKG890 02 226 340 2 DKG890 02 226

Quarto 100 107 4 UK10 01 218 Br 107 4 UK10 01 218 Br

Área de Vestir 100 212 1 DKG890 02 226 212 1 DKG890 02 226

Suite 100 107 4 UK10 01 218 Br 107 4 UK10 01 218 Br

Varanda 100 178 1 DKG890 02 226 178 1 DKG890 02 226

Terraço 100

1 211 2

2 262 6

Exterior

CATÁLOGO EEE

Níveis de luminância (lux) em média

- - -

-

ASAK 07 218

ASUK 07 336

CAVE -2

-

CAVE -1

- -

-

- -

- - -

- -

HFO 02 258

-

- - -

GFBKA 08 236

ATB 01 280

- -

120 1

HFO 02 258

-

-

ASB1 07 258

ASAK 07 218

173173

ASB1 07 258

ASUK 07 336

ASUK 07 336

ASAK 07 218

TKSI 01 132 BE

-

- - -

- - - -

DK500 02 126

QKG 190 01 226

Rés do chão1º a 4º

-- -

Andar Recuado

- - -

ASB1 07 258

-

300

100

100

- -

- -- - -

- - -

WC

- -

- -

Logradouro

Rampa para carros

Comércio -

-

100

120 1 TKSI 01 132 BE

300

200

-

-

-

Arrumo

Estacionamento

Page 82: Relatorio Inst.1

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda Universidade de Aveiro

Grupo nº3 Página | L

H. Classificação dos locais

Divisão IP IK Altitude

Presença

de corpos

sólidos

Efeitos

sísmicos

Descargas

atmosféricas

Competência

das pessoas

Resistência

eléctrica do

corpo humano

Contacto das

pessoas com

potencial da

terra

Evacuação das

pessoas em caso

de emergência

AA AB AD AC AE AP AQ BA BB BC BD

Rampa para carros IP31 IK10 AA7 AB3 AD2 AC1 AE4 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Estacionamento IP31 IK10 AA4 AB4 AD2 AC1 AE4 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Arrumo IP31 IK08 AA4 AB4 AD1 AC1 AE4 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Cisterna IP31 IK06 AA4 AB4 AD1 AC1 AE4 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Dep. Resíduos Sólidos IP31 IK06 AA4 AB4 AD1 AC1 AE4 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Entrada de edificio IP31 IK03 AA4 AB4 AD1 AC1 AE3 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Patamar elevador IP31 IK05 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Escada IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Sala condominio IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Comércio IP31 IK04 AA4 AB5 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

WC IP32 IK04 AA4 AB5 AD2 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Entrada de Habitação IP31 IK03 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Cozinha IP31 IK04 AA4 AB4 AD1 AC1 AE3 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Marquise IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE3 AP1 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Sala Comum IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Casa de Banho IP32 IK04 AA4 AB5 AD2 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Hall de quarto IP41 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Quarto IP41 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Área de Vestir IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Suite IP31 IK02 AA4 AB4 AD1 AC1 AE1 AP1 AQ1 BA2 BB1 BC1 BD1

Varanda IP33 IK03 AA4 AB4 AD3 AC1 AE4 AP2 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Terraço IP24 IK03 AA4 AB4 AD3 AC1 AE4 AP2 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Logradouro IP33 IK03 AA4 AB4 AD3 AC1 AE4 AP2 AQ1 BA1 BB1 BC1 BD1

Exterior IP34 IK05 AA4 AB4 AD6 AC1 AE5 AP3 AQ2 BA1 BB1 BC1 BD1

Temperatura ambiente

Classificação dos Locais

Page 83: Relatorio Inst.1

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda Universidade de Aveiro

Grupo nº3 Página | M

Caderno de encargos

Peças desenhadas

1. Luminárias do 1º ao 4º Andar

2. Luminárias do andar recuado

3. Luminárias da cobertura

4. Luminárias da cave -2

5. Luminárias da cave -1

6. Luminárias do rés-do-chão

7. Tomadas do 1º ao 4º Andar

8. Tomadas do andar recuado

9. Tomadas da cobertura

10. Tomadas da cave -2

11. Tomadas da cave -1

12. Tomadas do rés-do-chão

13. Quadros QE1, QE2 e QE3

14. Quadros QE4, QE5 e QE6

15. Quadros QE7, QE8 e QE9

16. Quadros QS, QIS e Quadro UPS (QE6 e QE7)

17. Quadro de colunas e coluna montante (CM2)

18. Quadro de colunas e coluna montante (CM1)

19. Legendas

Em todo o omisso nas partes integrantes deste projeto, prevalecerão os

Regulamentos e Normas referidas e demais disposições regulamentares em vigor, e

ainda a decisão da fiscalização e/ou dono de obra, bem como do projetista.