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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIANGULO MINEIRO RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES Projeto Agrisus Nº: 1252/13 PLANTIO DIRETO DE OLERÍCOLAS SOBRE DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO NO CERRADO: DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E CICLAGEM DE NUTRIENTES VERSUS DESENVOLVIMENTO DAS CULTURAS. Coordenador do Projeto: José Luiz Rodrigues Torres Professor Titular Doutor em Produção Vegetal. Bolsista de Iniciação Científica: Fernando Rodrigues da Cunha Gomes Graduando em Engenharia Agronômica do IFM Campus Uberaba Instituição: Instituto Federal de Educação do Triângulo Mineiro (IFTM) Campus Uberaba. Rua João Batista Ribeiro, 4000 Distrito Industrial II, Uberaba - MG. CEP: 38064-790, Tel: (34) 3319-6000 / Fax: (34) 3319-6003. Site: http://www.iftm.edu.br Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 28.800,00 Vigência do Projeto: 01.11.13 a 28.08.16 Uberaba MG Agosto/2016

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO · 3.5 - Taxa de decomposição e tempo de meia vida dos resíduos das coberturas ... no delineamento de blocos ao acaso, em esquema

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIANGULO

MINEIRO

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES

Projeto Agrisus Nº: 1252/13

PLANTIO DIRETO DE OLERÍCOLAS SOBRE DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO

NO CERRADO: DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E CICLAGEM DE

NUTRIENTES VERSUS DESENVOLVIMENTO DAS CULTURAS.

Coordenador do Projeto: José Luiz Rodrigues Torres

Professor Titular Doutor em Produção Vegetal.

Bolsista de Iniciação Científica: Fernando Rodrigues da Cunha Gomes

Graduando em Engenharia Agronômica do IFM Campus Uberaba

Instituição: Instituto Federal de Educação do Triângulo Mineiro (IFTM) Campus Uberaba.

Rua João Batista Ribeiro, 4000 – Distrito Industrial II, Uberaba - MG. CEP: 38064-790, Tel: (34)

3319-6000 / Fax: (34) 3319-6003. Site: http://www.iftm.edu.br

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 28.800,00

Vigência do Projeto: 01.11.13 a 28.08.16

Uberaba – MG

Agosto/2016

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIANGULO

MINEIRO

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES

Projeto Agrisus Nº: 1252/13

PLANTIO DIRETO DE OLERÍCOLAS SOBRE DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO

NO CERRADO: DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E CICLAGEM DE

NUTRIENTES VERSUS DESENVOLVIMENTO DAS CULTURAS.

Prof. Titular Dr. José Luiz Rodrigues Torres

Coordenador do projeto

Fernando Rodrigues da Cunha Gomes

Graduando em Engenharia Agronômica

Bolsista de Iniciação Científica do projeto

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SUMÁRIO

RESUMO.........................................................................................................................................04

I - INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................05

II - MATERIAL e MÉTODOS........................................................................................................06

1 - Caracterização da área em estudo........................................................................................06

2 - Delineamento experimental.................................................................................................06

3 - Adubação utilizada..............................................................................................................07

4 - Plantio das plantas de cobertura..........................................................................................08

5 - Avaliação da taxa de decomposição e tempo de meia vida dos resíduos...........................08

6 - Colheita e avaliações...........................................................................................................08

7 - Analise estatística................................................................................................................09

III - RESULTADOS e DISCUSSÃO..............................................................................................09

3.1 - As plantas de coberturas...................................................................................................09

3.2 - Avaliações agronômicas da couve-flor e do repolho cultivados simultaneamente..........10

3.3 - Analises químicas da couve-flor e do repolho..................................................................11

3.4 - Avaliações agronômicas dos brócolis, couve-flor e repolho em monocultivo.................12

3.5 - Taxa de decomposição e tempo de meia vida dos resíduos das coberturas......................13

3.6 - Avaliação agronômica do brocolis...................................................................................15

3.7 - Avaliação agronômica da couve-flor................................................................................16

3.8 - Avaliação agronômica do repolho....................................................................................17

IV - CONCLUSÕES........................................................................................................................18

V - REFERÊNCIAS.........................................................................................................................19

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RESUMO

Vários estudos vêm sendo conduzidos no Cerrado envolvendo o cultivo de plantas de cobertura,

avaliando produção, taxa de decomposição e ciclagem de nutrientes, antecedendo ou em sucessão

ao cultivo de culturas anuais. Contudo, poucos estudos avaliam a utilização deste sistema de manejo

na produção de olerícolas no Cerrado. Na produção de hortaliças, estes resíduos geralmente são

utilizados como adubação verde e incorporados ao solo, contudo o uso destas plantas para produção

de palhada e manutenção destes resíduos na superfície do solo em áreas cultivadas com hortaliças, é

mínimo no Cerrado. Neste estudo avaliou-se a produção de biomassa, decomposição e ciclagem de

nutrientes dos resíduos de plantas de cobertura, o efeito sobre algumas características agronômicas,

rendimento e na composição físico-química dos brócolis, couve-flor e repolho quando cultivados

sobre os resíduos destas coberturas e avaliou-se diferentes doses de adubação mineral no cultivo de

brassicas sob plantio direto, no cerrado mineiro. O cultivo da couve-flor sobre os resíduos de

crotalária apresentaram valores significativamente maiores (p<0,05) para lipídeos, proteínas,

carboidratos, sólidos solúveis totais e acidez, enquanto que para o repolho os valores para

carboidratos, acidez, e ácido ascórbico foram maiores sobre braquiária, enquanto que para proteína

a melhor cobertura foi a de crotalária; Aos 120 dias a biomassa remanescente sobre o solo na área

sem irrigação foi 13,89; 17,34; 69,00 e 103,08% maior para braquiária, milheto, crotalária e mistura

crotalária + milheto, quando comparado à área irrigada, respectivamente; A braquiária apresentou a

maior constante de decomposição e o menor tempo de meia vida nas áreas em estudo; Os resíduos

das coberturas influenciaram positivamente as características agronômicas dos brócolis, que

apresentou melhor desempenho quando a planta foi cultivada sobre os resíduos da crotalária; As

doses de adubo influenciaram a produtividade dos brócolis e do repolho, que foram superiores na

dose de 100% de adubação mineral.

Palavras chave: brássicas, plantas de cobertura, decomposição, ciclagem de nutrientes.

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I - INTRODUÇÃO

Uma das premissas básicas do sistema de semeadura direta é a permanência dos resíduos

vegetais na superfície do solo, que favorece a melhoria e manutenção da qualidade do solo, pois

estes resíduos podem restituir quantidades consideráveis de nutrientes aos cultivos, uma vez que

essas plantas absorvem nutrientes das camadas subsuperficiais do solo e os liberam, posteriormente,

na camada superficial pela decomposição dos seus resíduos (Boer et al., 2008).

Vários trabalhos de pesquisa têm avaliado a produção de biomassa e a ciclagem de

nutrientes para o cultivo de milho, soja, feijão, arroz e outras culturas no Cerrado (Kliemann et al.,

2006; Boer et al., 2008; Torres et al., 2005; 2008; Torres e Pereira, 2008; Fabian, 2009; Pereira et

al., 2010, Pacheco et al., 2011; Teixeira et al., 2012, Assis et al., 2013), enquanto que outros estudos

têm demonstrado os benefícios das plantas de cobertura quando utilizadas como adubação verde na

produção orgânica de hortaliças (Oliveira et al., 2008; Cesar et al., 2006; Ribas et al., 2003),

contudo, o uso destas plantas para produção de palha e utilização da semeadura direta de hortaliças

ainda é muito restrita (Santos, 2009).

A maioria destes estudos tem demonstrado que braquiária, crotalária e milheto são as plantas

de cobertura melhor adaptadas às condições edafoclimáticas do cerrado, que aportam quantidades

consideráveis de nutrientes ao solo, que podem ter produção considerável de biomassa verde e seca,

tanto no período seco quanto no chuvoso (Carvalho et al., 2011; Pacheco et al., 2011; Chioderoli et

al., 2012; Teixeira et al., 2012; Assis et al., 2013, Torres et al., 2014; 2015).

Entre as várias hortaliças ofertadas aos consumidores brasileiros, as brássicas estão incluídas

entre as mais consumidas no país (Carvalho et al., 2013), tem grande importância socioeconômica

em alguns estados brasileiros, pois podem ser produzidas durante o ano inteiro, tem alto valor

nutritivo, crescimento rápido e elevado valor comercial (Kano et al., 2010). Contudo, necessitam de

grandes aportes de nutrientes em períodos de tempo relativamente curtos, que normalmente é feito

através do uso de fertilizantes químicos, complementados por estercos e compostos orgânicos.

Uma das alternativas utilizadas para diminuir o consumo de fertilizantes é o cultivo de

plantas de cobertura antecedendo o plantio dessas hortaliças, que após serem manejados,

disponibilizam grandes quantidades de nutrientes (Leite et al., 2010). Esses efeitos são bastante

variáveis, pois dependem da espécie, manejo dado à biomassa, época de semeadura, persistência

dos resíduos sobre o solo, condições locais e da interação entre os fatores (Teixeira et al., 2012).

Contudo, Altieri & Nicholls (2003) destacam que algumas práticas agrícolas e o uso

intensivo de fertilizantes inorgânicos podem causar o desequilíbrio nutricional das plantas e

influenciar a qualidade do produto final. Vários estudos são conduzidos avaliando o

desenvolvimento agronômico destas culturas quando cultivadas sob plantio direto, mas poucos

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avaliam as alterações que ocorrem nos atributos químicos da hortaliça após a colheita (Oliveira et

al., 2005; Santos et al., 2013).

O objetivo deste estudo foi avaliar a produção de biomassa, decomposição e ciclagem de

nutrientes dos resíduos de plantas de cobertura, o efeito sobre algumas características agronômicas,

no rendimento e na composição físico-química dos brócolis, couve-flor e repolho quando cultivados

sobre os resíduos destas coberturas, sob plantio direto, no cerrado mineiro.

II - MATERIAL e MÉTODOS

1 - Caracterização da área em estudo

O estudo foi conduzido na área experimental do Instituto Federal do Triângulo Mineiro

(IFTM) Campus Uberaba-MG, localizado entre 19 º39’19” de latitude Sul e 47 º57’27’’ de

longitude Oeste, numa altitude de aproximadamente 795 m, no período de fevereiro//2014 a

janeiro/2016. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico

(Embrapa, 2013), textura média, apresentando na camada arável (0 – 20 cm), 200 g kg-1

de argila,

720 g kg-1 de areia e 80 g kg

-1 de silte, pH H2O 5,9; 14,7 mg dm

-3 de P (Mehlich); 112 mg dm

-3 de

K+; 1,1 cmolc dm

-3 de Ca

2+; 0,4 cmolc dm

-3 de Mg

2+; 1,7 cmolc dm

-3 de H+Al e 6 g kg

-1 de carbono

orgânico.

2 - Delineamento experimental

Foram conduzidos dois estudos, onde foram testadas doses de adubação mineral e orgânica.

No primeiro experimento conduzido, o delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema

fatorial (4x2x2), quatro tipos de cobertura: crotalária juncea (Crotalaria juncea L.); braquiária

(Urochloa brizantha cv marandu), milheto ADR 500 (Pennisetum glaucum L.) e pousio (vegetação

espontânea); Duas brássicas (couve-flor cv Sharon e repolho cv Astrus plus), dois tipos de

adubação: mineral e orgânica (esterco bovino), com 4 repetições, em parcelas de 20 m2 (4,0x5,0 m).

Neste estudo, na preparação das covas antes do transplantio das mudas foi utilizado à

metade da adubação recomendada com composto orgânico (esterco bovino curtido) na dose de 10 t

ha-1

. No plantio foi utilizado metade da adubação mineral recomendada para as culturas com base

na análise do solo e de acordo com a recomendação da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado

de Minas Gerais (1999). Para a couve-flor e repolho utilizou-se 50 kg ha-1

de P2O5, 50 kg ha-1

de

k2O e 75 kg ha-1

de N, sendo este ultimo parcelado no plantio, 30 e 45 dias após, além de 1 g de

ácido bórico (17,5% de B) por cova.

Nos experimentos seguintes, brócolis (Avenger híbrida), couve-flor e repolho foram

cultivados isoladamente, no delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial (4x3), onde se

manteve quatro coberturas, entretanto substituiu-se o tratamento pousio por uma mistura de plantas,

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que ficou da seguinte forma: crotalária juncea (C) (Crotalaria juncea L.); braquiária (B) (Urochloa

brizantha cv marandu), milheto ADR 500 (M) (Pennisetum glaucum L.) e mistura C + M; Três

doses de adubação mineral (0,0; 50 e 100% da adubação recomendada para a cultura). O plantio das

plantas de cobertura foi feito de forma mecanizada, sem utilização de qualquer forma de adubação

(Figura 1).

Figura 1 - Plantio mecanizado das plantas de cobertura (crotalária juncea (C), milheto (M),

braquiária (B) e mistura C + M), em Uberaba-MG.

3 - Adubação utilizada

As doses de adubo foram definidas com base na análise do solo e de acordo com a

recomendação da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais (1999). A dose de

nitrogênio (N), fosforo (P) e potássio (K) recomendado para as culturas foram de 150 kg ha-1

de N,

100 kg ha-1

de P2O5 e 100 kg ha-1

de k2O. O N e o K foram parcelados no plantio, 30 e 45 dias após,

além disso, foi aplicado 1 g de ácido bórico (17,5% de B) por cova.

A área experimental foi preparada convencionalmente (uma aração e duas gradagens),

cultivada soja na sequência, que foi colhida no final de março de 2012. Após a colheita a área ficou

em pousio até o momento da implantação do experimento. No mês de dezembro de 2012 foram

semeadas as plantas de cobertura (braquiária, crotalária e milheto) com espaçamento de 0,45 m

entre as linhas, com 50, 25 e 50 sementes por metro, respectivamente. As coberturas foram

dessecadas em março de 2013, com aproximadamente 100 dias após o plantio, quando mais de 50%

das plantas atingiram o máximo florescimento, aplicando-se a dose de 1440 g ha-1 de glifosato +

600 g ha-1

de Paraquat.

Em um primeiro momento, logo após o manejo das coberturas, foi feito o coveamento,

adubação e plantio somente das mudas da couve-flor e repolho no final de março de 2013, que

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foram cultivadas, colhidas e avaliadas até agosto de 2013. Logo após a colheita da olerícola o

mesmo procedimento foi repetido, ou seja, em setembro de 2013 as plantas de cobertura foram

novamente semeadas e conduzidas até o máximo florescimento (novembro/2013), manejadas e a

seguir plantou-se couve-flor e repolho sobre os resíduos vegetais, que foi conduzido, avaliado e

colhido entre o período de dezembro/2013 e fevereiro/2014.

4 - Plantio das plantas de cobertura

Em março de 2014 as plantas de cobertura foram novamente semeadas, conduzidas e

manejadas até junho de 2014, entretanto as brássicas passaram a ser semeadas a seguir foi plantada

somente couve-flor, que foi conduzida, avaliada e colhida entre o período de julho a setembro de

2014. Os mesmos procedimentos, intervalos de plantio, condução e avaliação foram repetidos para

repolho e brócolis, que foram sendo cultivados alternadamente no mesmo local. Não foram

confeccionados canteiros neste estudo, pois as mudas foram plantadas diretamente nas covas.

A partir do manejo das coberturas do solo foi avaliada a taxa de decomposição dos resíduos

através do método das sacolas de decomposição (litter bags) até completar 120 dias após o manejo.

O resíduo vegetal de cada sacola foi limpo manualmente sobre peneira, seco em estufa a 65ºC até

peso constante, determinado sua massa, depois moído e levado ao laboratório para análise química

e quantificação dos macronutrientes (Tedesco et al., 1985; Embrapa, 1997).

5 - Avaliação da taxa de decomposição e tempo de meia vida dos resíduos

Para descrever a decomposição dos resíduos vegetais será utilizado o modelo matemático

exponencial descrito por Thomas e Asakawa (1993), do tipo X = Xo e-kt

, em que X é a quantidade

de biomassa seca (BS) remanescente após um período de tempo t, em dias; Xo é a quantidade

inicial de BS ou de nutriente e k é a constante de decomposição do resíduo. Com o valor de k, será

calculado o tempo de meia vida (T1/2

vida) dos resíduos remanescentes (Paul e Clark, 1996), que

expressa o período de tempo necessário para que metade dos resíduos se decomponha. Serão

elaboradas equações matemáticas que representarão a decomposição de BS e a liberação de

nutrientes, com auxílio do software SigmaPlot versão 10.

As mudas de brócolis, couve-flor e repolho foram transplantadas no espaçamento de 0,8 x

0,50 m, totalizando 24 plantas por parcela por tratamento. As avaliações foram feitas sempre nas

duas linhas centrais para todas as culturas, onde as parcelas úteis continham oito plantas. A umidade

do solo na área foi mantida próximo à capacidade de campo.

6 – Colheita e avaliações

A colheita dos brócolis e da couve-flor foi realizada à medida que as inflorescências

apresentavam desenvolvimento completo com botões florais ainda unidos, cabeças compactas e

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firmes. Com início aos 90 dias após semeadura, a colheita se estendeu por mais 30 dias, período

este onde foram realizadas avaliações a cada três dias. Para o repolho, a colheita foi realizada

quando a compacidade (firmeza) das cabeças alcançava a aceitação comercial, que teve inicio aos

100 dias após a semeadura e se estendeu por mais 20 dias. Após a colheita, as plantas foram

levadas ao laboratório para avaliações do número de folhas (NF), altura (A), diâmetro da cabeça

(Dcab), do caule (Dcau) e horizontal (DH), massa fresca (MFC) e massa seca (MSC) da cabeça e

produtividade (Prod).

Após a colheita, as plantas são levadas ao laboratório de Análise de Alimentos do IFTM

para avaliações da umidade, cinzas, lipídeos, fibra bruta (FB), proteínas (PTN), carboidratos

(CHO), Sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), pH e acido ascórbico (AA),

segundo metodologia do IAL (2008) e AOAC (2005).

7 – Análise estatística

Os valores das características avaliadas foram submetidos à análise de variância, utilizando-

se o programa estatístico SISVAR. Aplicou-se o teste F para significância e as médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

III - RESULTADOS e DISCUSSÃO

3.1 - As plantas de coberturas

Analisando os dados obtidos nos dois primeiros cultivos de plantas de cobertura

(dezembro/2012 a fevereiro/2014), onde utilizou-se adubação orgânica e mineral, observou-se que

a produção média de biomassa seca (BS) que ocorreu no milheto e pousio (8,6 Mg ha-1

) foram

iguais e diferiram significativamente (p<0,05) da braquiaria (6,5 Mg ha-1

) e crotalária (4,6 Mg ha-

1). Estas plantas de cobertura e o pousio têm sido as mais utilizadas para produção de BS no

Cerrado, contudo esta produção obtida é considerada elevada para esta época seca do ano, pois é

um período onde menor volume de precipitação, que coincide com o final do período chuvoso e

início do período seco, contudo estas plantas estão adaptadas a estas condições edafoclimáticas,

conforme já comprovado em outros estudos (Torres et al., 2005; 2008; 2013; 2014; 2015).

No verão na região, alguns relatos destacam que braquiária, milheto e crotalária produzem

BS variando entre 6,0 e 13,0 t ha-1

, 7,0 a 12,0 t ha-1

e 4,0 e 9,0 t ha-1

, respectivamente, enquanto que

no inverno estes valores diminuem para 2,0 e 3,0 t ha-1

, 2,0 e 4,0 t ha-1

e 3,5 e 5,3 t ha-1

,

respectivamente (Torres et al., 2008; Crusciol e Soratto, 2009) e entre 2,1 e 5,5 t ha-1

para o pousio,

em qualquer época do ano (Carvalho et al., 2011; Torres e Pereira, 2014).

10

3.2 - Avaliações agronômicas da couve-flor e do repolho cultivados simultaneamente

Avaliou-se as características agronômicas da couveflor e observou-se que os melhores

resultados foram evidenciados quando a cultura foi cultivada sobre os resíduos culturais de

braquiária e crotalária, onde se obteve os valores para diâmetro da cabeça (Dcab) (55,1 e 54,7 cm),

horizontal (DH) (169,9 e 175,5 mm), massa fresca (MFC) (1,0 e 1,2 kg) e massa seca (MSC) da

cabeça (73,4 e 74,1 g) e produtividade (Prod) (7,3 e 8,2 t/ha), respectivamente (Tabela 1).

Tabela 1 - Avaliações agronômicas da couve-flor cultivada sobre resíduos de diferentes coberturas do solo, em Uberaba-MG.

Coberturas Couve-flor

NF Altura Dcab Dcau DH MFC MSC Prod

-- cm mm kg g t ha-1

Braquiaria 24 11,4 a 55,1 a 70,4 a 169,9 a 1,0 a 73,4 a 7,3 a Crotalaria 23 10,9 b 54,7 a 30,3 c 175,5 a 1,2 a 74,1 a 8,2 a Milheto 24 10,7 b 51,7 b 45,9 b 157,6 b 0,9 b 60,4 b 5,9 b Pousio 24 10,2 c 48,5 c 47,5 b 153,1 b 0,8 b 54,6 b 5,3 b CV (%) 3,82 5,58 5,48 19,04 6,56 22,00 19,40 22,01 ns

= Não significativo e * = Significativo. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si (Tukey, p<0,05). NF = número de folhas; Dcab = diâmetro da cabeça, Dcau = diâmetro do caule; DH = diâmetro horizontal; MFC = massa fresca da cabeça; MSC = massa seca da cabeça; Prod = produtividade. Fonte: Modificado de Torres et al. (2015).

Os valores observados podem ser justificados pelo desempenho destas plantas de cobertura

quando cultivadas no Cerrado, pois estas plantas caracterizam-se pela elevada produção de

biomassa, alta capacidade de extração de nutrientes do solo e elevada ciclagem de nutrientes,

principalmente N e K, para as culturas sucessoras, além de reduzir as perdas por lixiviação (Torres

et al., 2005; Boer et al. 2008; Crusciol & Soratto, 2009; Marouelli et al., 2010; Pacheco et al., 2011;

Vargas et al.; 2011 e Assis et al., 2013), que influenciam na produtividade das culturas.

Para o repolho verificou-se que o número de folhas, diâmetro da cabeça, do caule, horizontal

e produtividade foram superiores quando a cultura foi cultivada sobre resíduos culturais de

braquiária (Tabela 2). Os valores de massa fresca de repolho obtidos nesse estudo foram superiores

aos padrões exigidos pelo mercado consumidor brasileiro (1,0 a 1,5 kg de massa fresca comercial),

mostrado por Lêdo et al.(2000). Isso pode ser justificado pelo maior período de cultivo, pois as

colheitas tiveram início aos 100 dias após a semeadura.

A maior taxa de absorção e acúmulo de nutrientes pelo repolho ocorre entre 60 e 70 dias

após o transplante, o que não ocorreu para a braquiária, a qual decompõe e libera os nutrientes

contidos nos resíduos mais rapidamente, até 42 dias após o manejo. Apesar disso, os valores de

massa fresca (2,8 kg) por cabeça obtida nesse estudo para repolho sobre palhada de crotalária foram

superiores a 1,3 kg relatados por Oliveira et al. (2005), 1,4 kg por Fontanétti et al. (2006) e 2,3 kg

por Vargas et al. (2011) para essa cultura e cobertura.

11

Tabela 2 - Avaliações agronômicas do repolho cultivado sobre resíduos de diferentes coberturas do solo, em Uberaba-MG.

Coberturas Repolho

NF Altura Dcab Dcau DH MFC MSC Prod

-- cm mm kg g t ha-1

Braquiaria 18 a 63,8 a 194,8 a 49,2 a 14,8 a 2,8 a 0,65 a 19,2 a Crotalaria 16 c 60,9 a 179,7 c 41,5 b 12,8 c 2,1 b 0,66 a 14,7 b Milheto 17 b 64,6 a 190,8 b 41,9 b 13,7 b 2,4 b 0,53 b 16,8 b Pousio 17 b 61,2 a 182,1 c 41,7 b 13,7 b 2,1 b 0,46 b 14,8 b CV (%) 4,89 3,20 4,04 10,75 6,85 14,91 19,78 14,92 ns

= Não significativo e * = Significativo. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si (Tukey, p<0,05). NF = número de folhas; Dcab = diâmetro da cabeça, Dcau = diâmetro do caule; DH = diâmetro horizontal; MFC = massa fresca da cabeça; MSC = massa seca da cabeça; Prod = produtividade. Fonte: Modificado de Torres et al. (2015).

3.3 - Análises químicas da couve-flor e do repolho

Após a colheita, as plantas foram levadas ao laboratório para avaliações da umidade, cinzas,

lipídeos, fibra bruta (FB), proteínas (PTN), carboidratos (CHO), Sólidos solúveis totais (SST),

acidez total titulável (ATT), pH, acido ascórbico (AA) e observou-se que os teores encontrados para

lipídeos (0,16%), proteínas (PTN) (1,36%), carboidratos (CHO) (5,66%), Sólidos solúveis totais

(SST) (4,99 ºBrix) e acidez total titulável (ATT) (2,98%) na couve-flor, foram significativamente

superiores (p<0,05) quando a cultura foi cultivada sobre os resíduos de crotalária, enquanto que

para pH (5,76), AA (2,62 mg 100 g-1

) e fibras (1,28) estes valores foram inferiores, quando

comparados às outras coberturas, enquanto que paras as cinzas não houve diferenças entre as

coberturas avaliadas (Figura 2).

Estes parâmetros provavelmente foram influenciados pela maior disponibilidade de

nitrogênio (N) proporcionado pela fixação biológica que ocorre nesta planta, que após serem

manejadas disponibilizam este nutriente no solo, conforme comprovado em outros estudos (Torres

et al., 2008; Carvalho et al., 2011; Perin et al., 2015).

Figura 2 - Quantificação das cinzas, lipídeos, fibras, proteínas (PTN), carboidratos (CHO), SST,

Acidez, pH e teor de ácido ascórbico (Ác asc) da couve-flor sobre diferentes coberturas vegetais.

O pH reduziu e a acidez aumentou na couve-flor cultivada sobre crotalária, contudo Dantas

(2010) destaca que isso é normal para a cultura, pois à medida que ocorre o amadurecimento, os

teores de ácido cítrico e da acidez diminuem, que dentre outros fatores pode ser decorrente dos

12

próprios compostos naturais do alimento. O teor de ácido ascórbico na couve-flor cultivada sobre os

resíduos de braquiária e milheto foram superiores (p<0,05) quando comparados aos demais

tratamentos, o que pode representar uma maior proteção contra oxidação dos compostos desses

vegetais (Coultate, 2004).

Para o repolho os teores encontrados para UM, CZ, LIP, FB, CHO, SST e pH não ocorreram

diferenças significativas (p<0,05) entre as coberturas avaliadas. Com relação a PTN, o valor foi

maior (p<0,05) ocorreu quando a planta foi cultivada sobre os resíduos de crotalária (1,33%),

enquanto que para as outras plantas variaram entre 1,15 e 1,16% (Figura 3). Para ATT (5,59%) e

AA (20,96 mg 100 g-1

) os valores foram superiores (p<0,05) quando a planta foi cultivada sobre os

resíduos de braquiária, enquanto que para as outras coberturas variaram de 4,19 a 4,93% para ATT

e de 4,48 a 8,93 mg 100 g-1

para AA.

Os maiores teores de PTN (1,33%) no repolho também ocorreram na área cultivada nos

resíduos de crotalária, devido a maior disponibilidade de N (Torres et al., 2008) e K (Torres &

Pereira, 2008) no solo, que ocorre após o manejo desta planta. Segundo Vallverdú-Queralt et al.

(2012), o repolho naturalmente é uma planta que apresenta alto valor nutritivo e altas

concentrações de cálcio, PTN e AA, principalmente, quando há maior concentração de N

disponível no solo.

Figura 3 - Quantificação das cinzas, lipídeos, fibras, proteínas (PTN), carboidratos (CHO), SST,

Acidez, pH e teor de ácido ascórbico (Ác asc) do repolho sobre diferentes coberturas vegetais.

3.4 – Avaliações agronômicas dos brócolis, couve-flor e repolho em monocultivo

Analisando os dados obtidos nos experimentos seguintes com diferentes doses de adubação

mineral (março de 2014 a agosto/2016) observou-se que a produção de BS na área irrigada no ano

de 2014 foi significativamente superior (p<0,05) para a área com mistura de crotalária + milheto

(25,15 t ha-1

), quando comparado às áreas com crotalária (23,20 t ha-1

), milheto (19,35 t ha-1

) e

braquiária (13,63 t ha-1

). No ano de 2015, este mesmo padrão se repetiu, pois a produção de BS na

área com mistura de crotalária + milheto (23,15 t ha-1

) foi superior (p<0,05), quando comparado à

área com crotalária (19,20 t ha-1

), milheto (17,23 t ha-1

) e braquiária (9,86 t ha-1

).

13

Vários estudos já foram conduzidos no cerrado para avaliar a produção de biomassa verde e

seca de plantas de cobertura cultivadas de forma isolada, que evidenciaram que milheto, braquiária

e crotalária são as principais espécies utilizadas na região, pois estas plantas caracterizam-se por

apresentar produção de biomassa satisfatória no período seco (outono/inverno) e elevada produção

no período chuvoso (primavera/verão), com maior persistência dos seus resíduos sobre o solo

(Kliemann et al., 2006; Crusciol e Soratto, 2009; Carvalho et al., 2011; Assis et al. 2013; Torres et

al., 2005; 2008; 2013; 2014; 2015).

De forma geral, as Poáceas geralmente apresentam maior relação C/N e destacam-se pelo

crescimento radicular ativo e contínuo, alta capacidade de produção de biomassa, reciclagem de

nutrientes e preservação do solo no que diz respeito à matéria orgânica, nutrientes, agregação,

estrutura, permeabilidade e infiltração, enquanto que as Fabáceas apresentam menor relação C/N,

contudo desempenham papel fundamental como fornecedoras de nutrientes, uma vez que as plantas

dessa família têm a vantagem de prontamente disponibilizar nutrientes para culturas sucessoras, em

virtude da rápida decomposição dos seus resíduos (Assis et al., 2013).

A mistura de Fabáceas e Poáceas em uma mesma área vem sendo realizada com o objetivo

de proporcionar uma cobertura que permaneça mais tempo sobre a superfície do solo e com maior

fornecimento de nutrientes, pois este consorcio produz uma palhada com relação C/N intermediaria,

quando comparado aquela das espécies em cultivo isolado, o que resulta em uma menor taxa de

decomposição dos resíduos da Fabácea, proporcionando cobertura de solo por mais tempo e maior

demanda de N pelas culturas (Giacomini et al., 2003).

Os resultados obtidos neste estudo foram semelhantes a outros já divulgados na literatura,

onde as misturas que tem a presença da crotalária apresentaram maior produção de biomassa, pois

esta planta desempenha um papel fundamental como fornecedora de nutrientes, principalmente do

nitrogênio, proveniente da fixação biológica (Bettiol e Sá, 2013; Silva Neto et al., 2014).

3.5 - Taxa de decomposição e tempo de meia vida dos resíduos das coberturas

Analisando a taxa de decomposição dos resíduos no ano de 2014, observou-se que ao final

de 120 dias após a distribuição das sacolas de nylon, ainda restavam 40,63; 34,33; 28,85 e 27,47 %

dos resíduos, enquanto que no ano de 2015, restavam 52,24; 54,36; 54,68 e 55,73% dos resíduos de

braquiária, milheto, crotalária e mistura crotalária + milheto (Figura 4), respectivamente.

Alguns estudos conduzidos avaliando a decomposição dos resíduos de milheto, crotalária e

braquiária em condições naturais evidenciaram que as maiores taxas sempre ocorrem nas Fabáceas

e os menores nas Poáceas (Kliemann et al., 2006; Carvalho et al., 2011; Assis et al. 2013; Torres et

al., 2005; 2008; 2013; 2014; 2015), que os valores são diretamente influenciados pela precipitação

pluviométrica, pois a decomposição aumenta paralelamente ao aumento da precipitação e

14

diminuem, a valores mínimos, no período seco do ano (Torres et al., 2008; Boer et al., 2008; Leite

et al., 2010; Pacheco et al., 2011).

Figura 4 – Decomposição da palhada nos anos de 2014 (A) e 2015 (B).

Esta influência da água na decomposição dos resíduos foi comprovada neste estudo, pois a

decomposição dos resíduos das plantas coberturas cultivadas de forma isolada ou em mistura em

área irrigada foi superior aos valores registrados na maioria dos estudos conduzidos em condições

naturais. Isto pode ser comprovado através da estimativa do tempo de meia vida destes resíduos,

variaram de 11 a 17 dias no ano de 2014 e de 55 a 70 dias no ano de 2015 (Tabela 3). Outra

comprovação importante foi que as misturas de plantas de cobertura apresentam valores

intermediários, quando comparados a plantas cultivadas isoladamente.

Tabela 3 - Constante de decomposição (k) e tempo de meia-vida (T½

vida) do material remanescente (MR) das coberturas avaliadas na área irrigada, nos anos de 2014 e 2015, em Uberaba, MG.

Coberturas MR

K T½ r

2

Mg g g-1

Dias

2014 Braquiaria (B) 0,0647 11 0,97 Milheto (M) 0,0562 12 0,96 Mistura C + M 0,0421 16 0,95 Crotalaria (C) 0,0398 17 0,96

2015 Braquiaria (B) 0,0127 55 0,99 Milheto (M) 0,0099 70 0,96 Mistura C + M 0,0127 55 0,99 Crotalaria (C) 0,0117 59 0,90

* = Significativos (p<0,01); r2 = coeficiente de determinação.

Em estudos conduzidos nas mesmas épocas do ano, área experimental em condições naturais

de precipitação pluviométrica, Torres et al. (2005), no período de 2001/02, observaram T½

vida de

15

para o milheto (90 dias), crotalária (64 dias) e braquiária (95 dias), enquanto Fabian (2009), nos

anos de 2005/06 e 2006/07 quantificaram T½

vida valores para milheto (114 e 112 dias), crotalária

(112 e 120 dias) e braquiária (42 e 37 dias), respectivamente. Estes valores comprovam que as

condições climáticas influenciam decisivamente na velocidade de decomposição e no T½

vida dos

resíduos vegetais.

3.6 - Avaliação agronômica dos brócolis

Avaliando as características agronômicas dos brócolis cultivado em sucessão as plantas de

cobertura (Figura 5), observou-se que nos tratamentos onde havia uma Fabácea presente (C e

mistura C + M) os parâmetros massa fresca da cabeça (MFC) e produtividade (PROD) foram

estatisticamente iguais e superiores (p<0,05), quando comparados aos tratamentos B e M, onde

havia só a presença de Poáceas (Tabela 4). Isto pode ser explicado pela maior produção de BS e

provavelmente maior ciclagem de nutrientes dos resíduos vegetais destas culturas, principalmente

do N decorrente da elevada fixação biológica que ocorre na crotalária. Fontanétti et al. (2006)

destacam que a absorção dos nutrientes provenientes da mineralização da matéria orgânica,

depende da sincronia entre a decomposição e liberação dos nutrientes contidos nos resíduos e a

época de maior exigência nutricional da cultura, mas que ela ocorre naturalmente.

Figura 5 - Cultivo de brócolis sobre diferentes coberturas e doses de adubo, em Uberaba-MG.

Com relação às doses de adubo avaliadas, observou-se que para os parâmetros avaliados, as

doses de 50 e 100% apresentaram valores estatisticamente superiores quando comparado à dose

zero para os parâmetros NF, MFC e MSC, enquanto que a produtividade foi significativamente

maior quando se utilizou 100% da dose recomendada de adubação mineral.

De forma geral, os resíduos culturais das coberturas utilizadas influenciaram positivamente

os indicadores agronômicos da cultura, aumentando sua produtividade quando havia uma Fabácea

presente, cultivada de forma isolada ou em mistura, entretanto, somente a ciclagem dos nutrientes

contidos nos resíduos deixados por estas coberturas não são suficientes para que se tenha uma boa

produção dos brócolis, pois os tratamentos com dose zero e 50% de adubo foram os que

apresentaram os menores valores, quando comparado à dose de 100%, entretanto os valores se

16

apresentaram muito próximo, que serve de motivação para continuidade aos estudos e testar

outras plantas de cobertura como cultura antecessora ao cultivo desta hortaliça.

Tabela 4 - Avaliações agronômicas dos brócolis cultivados sobre resíduos de diferentes coberturas e doses de adubação mineral (0,0; 50 e 100% da adubação recomendada), em Uberaba-MG.

Coberturas Brócolis

NF Altura MFC MSC Prod

-- cm kg kg t ha-1

Coberturas Braquiária (B) 31 a

ns 16,0 a

ns 0,82 b* 0,06 a

ns 20,5 b*

Crotalária (C) 32 a 15,2 a 0,97 a 0,07 a 24,7 a Milheto (M) 31 a 14,8 a 0,81 b 0,06 a 21,4 b

Mistura C + M 33 a 16,2 a 1,00 a 0,07 a 24,9 a

Doses 0,0 31 b* 15,9 a

ns 0,79 b* 0,05 b* 20,5 b

*

50 31 b 15,4 a 0,90 a 0,07 a 22,8 b 100 33 a 16,2 a 1,01 a 0,08 a 25,3 a

CV (%) 6,91 8,91 11,06 12,28 9,51 ns

= Não significativo e * = Significativo. Médias gerais seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si (Tukey, p<0,05). NF = número de folhas; MFC = massa fresca da cabeça; MSC = massa seca da cabeça; Prod = produtividade.

3.7 - Avaliação agronômica da couve-flor

Para a couve-flor não ocorreram diferenças significativas para as características agronômicas

avaliadas (Figura 6), quando a cultura foi cultivada sobre qualquer uma das coberturas ou doses de

adubo mineral (Tabela 5), com exceção da altura da planta, que foi maior na dose de 100%.

Figura 6 - Cultivo de couve-flor sobre diferentes plantas de coberturas e doses de adubo, em

Uberaba-MG.

Estes resultados foram influenciados por alguns problemas que ocorreram na condução dos

estudos com esta cultura, principalmente pela escolha equivocada da variedade cultivada, que não

era a recomenda para aquele período do ano. Observou-se que a formação da cabeça da couve-flor

ocorreu de forma irregular, em várias parcelas a planta estiolou, o que prejudicou as avaliações

realizadas. Isto afetou os resultados que são apresentados, contudo, os estudos estão tendo

continuidade e estão sendo repetidos com a cultura. Mesmo assim, a produtividade da couve-flor

17

sobre as plantas de coberturas utilizadas nesta segunda etapa do estudo foram maiores, quando

comparadas às observadas na primeira etapa (Tabela 1), o que indica que já pode estar ocorrendo

alguma melhoria nos atributos físicos, químicos e biológicos deste solo, após 4 ciclos de plantas de

cobertura e de plantio de brássicas, entretanto outros estudos vêm sendo conduzidos com objetivo

de elucidar estas questões.

Tabela 5 - Avaliações agronômicas da couve-flor cultivada sobre resíduos de diferentes coberturas e doses de adubação mineral (0,0; 50 e 100% da adubação recomendada), em Uberaba-MG.

Coberturas Couve-flor

NF Altura MFC MSC Prod

-- cm kg kg t ha-1

Coberturas Braquiária (B) 20 a

ns 11,2 a

ns 0,41 a 0,05 a

ns 11,6 a

ns

Crotalária (C) 20 a 14,0 a 0,54 a 0,07 a 13,7 a Milheto (M) 21 a 11,1 a 0,50 a 0,07 a 11,3 a

Mistura C + M 19 a 10,9 a 0,41 a 0,05 a 11,3 a

Doses 0,0 20 a

ns 10,7 b* 0,46 a

ns 0,05 a

ns 11,4 a

ns

50 20 a 11,2 b 0,45 a 0,06 a 11,4 a 100 20 a 13,5 a 0,53 a 0,07 a 14,0 a

CV (%) 9,60 10,46 17,29 28,7 16,54 ns

= Não significativo e * = Significativo. Médias gerais seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si (Tukey, p<0,05). NF = número de folhas; MFC = massa fresca da cabeça; MSC = massa seca da cabeça; Prod = produtividade.

Estes valores de produtividade e MFC obtidos para todas as coberturas e doses de adubação

mineral foram inferiores, quando comparados aos observados por Morais Junior et al. (2012) para a

cultivar Sharon, que atingiram 1,5 kg de MFC e 30,7 t ha-1

de produtividade.

3.8 - Avaliação agronômica do repolho

Para o repolho verificou-se os parâmetros avaliados não foram influenciados

significativamente pelas plantas de cobertura (Figura 7), entretanto, o mesmo não ocorreu com as

doses avaliadas, pois altura, MFC, MSC e produtividade foram maiores quando a cultura foi

cultivada utilizando a dose de 100% da adubação mineral (Tabela 6).

Figura 7 - Cultivo de repolho sobre diferentes coberturas e doses de adubo, em Uberaba-MG.

18

A absorção dos nutrientes pelas hortaliças, advindos da mineralização da matéria orgânica,

depende da sincronia entre a decomposição e mineralização dos resíduos e a época de maior

exigência nutricional da cultura, que no caso do repolho ocorre entre 60 e 70 dias após o

transplante (Fontanétti et al., 2006).

Tabela 6 - Avaliações agronômicas do Repolho cultivado sobre resíduos de diferentes coberturas e doses de adubação mineral (0,0; 50 e 100% da adubação recomendada), em Uberaba-MG.

Cobertura Repolho

NF Altura MFC MSC Prod

-- cm kg kg t ha-1

Cobertura Braquiária (B) 15 a

ns 11,2 a

ns 1,35 a 0,35 a

ns 43,5 a

ns

Crotalária (C) 14 a 14,0 a 1,34 a 0,35 a 45,7 a Milheto (M) 14 a 11,1 a 1,33 a 0,33 a 44,3 a

Mistura C + M 14 a 10,9 a 1,33 a 0,33 a 45,3 a

Doses 0,0 15 a

ns 10,7 b* 1,18 c* 0,25 b* 32,0 c*

50 15 a 11,2 b 1,32 b 0,25 b 43,4 b 100 14 a 13,5 a 1,53 a 0,52 a 58,8 a

CV (%) 5,99 10,46 5,86 14,76 7,70 ns

= Não significativo e * = Significativo. Médias gerais seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si (Tukey, p<0,05). NF = número de folhas; MFC = massa fresca da cabeça; MSC = massa seca da cabeça; Prod = produtividade.

Os valores de MFC observados neste estudo para a dose de 50% foram superiores aos 1,3

kg relatados por Oliveira et al. (2005) e inferiores aos 1,4 kg por Fontanétti et al. (2006) e 2,3 kg

por Vargas et al. (2011), que cultivaram repolho sobre palhada de crotalária, mesmo assim ainda

ficaram dentre da faixa padrão exigidos pelo mercado consumidor brasileiro têm variado entre 1,0

a 1,5 kg de massa fresca comercial (Lêdo et al., 2000).

IV - CONCLUSÕES

O cultivo da couve-flor sobre os resíduos de crotalaria apresentaram valores

significativamente maiores para lipídeos, proteínas, carboidratos, sólidos solúveis totais e acidez,

enquanto que para o repolho os valores para carboidratos, acidez, e ácido ascórbico foram maiores

sobre braquiária, enquanto que para proteína a melhor cobertura foi a de crotalária.

Aos 120 dias a biomassa remanescente sobre o solo na área sem irrigação foi 13,89; 17,34; 69,00

e 103,08% maior para braquiária, milheto, crotalária e mistura crotalária + milheto, quando

comparado à área irrigada, respectivamente.

A braquiária apresentou a maior constante de decomposição e o menor tempo de meia vida nas

áreas em estudo.

19

Os resíduos culturais das coberturas utilizadas influenciaram positivamente somente as

características agronômicas dos brócolis, que apresentou melhor desempenho quando a planta foi

cultivada sobre os resíduos que continha a presença da crotalária.

As doses de adubo influenciaram decisivamente a produtividade dos brócolis e do repolho,

que foram superiores na dose de 100% de adubação mineral.

V - REFERÊNCIAS

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Uberaba, 28/08/2016

José Luiz Rodrigues Torres

Coordenador do projeto PA No. 1252/13

Professor Titular do IFTM Campus Uberaba.