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Fevereiro de 2014 Relatório Parcial FCTY-RTP-AVI-001-01-14 Referência: Diagnóstico da Avifauna. Fevereiro/2014 At.: Gerência de Sustentabilidade FCTY

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Fevereiro de 2014

Relatório

Parcial

FCTY-RTP-AVI-001-01-14

Referência: Diagnóstico da Avifauna.

Fevereiro/2014

At.: Gerência de Sustentabilidade FCTY

1º Relatório Parcial. Diagnóstico da Avifauna. FCTY-RTP-AVI-001-01-14. Fevereiro/2014

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1

2 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2

3 METODOLOGIA .............................................................................................. 4

3.1 PROCEDIMENTOS ................................................................................................. 4

3.2 AMBIENTES AMOSTRADOS .................................................................................. 5

4 RESULTADOS PARCIAIS ............................................................................... 6

5 EQUIPE ............................................................................................................... 9

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 10

7 ANEXO I ........................................................................................................... 13

7.1 FOTOS DE ESPÉCIES DA AVIFAUNA REGISTRADAS EM CAMPO ........................ 13

7.2 ART .................................................................................................................... 14

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1 APRESENTAÇÃO Este trabalho refere-se a um estudo de atualização do diagnóstico da fauna e sua mobilidade, realizado para o projeto Fashion

City Brasil, que visa atendimento do preposto da condicionante ambiental nº 22, da LI 143/2013 concedida pelo COPAM,

que solicita “um novo diagnóstico de fauna, contemplando espécies com ocorrência registrada em dados primários e

secundários e descrição de hábitos territoriais de espécies de maior mobilidade”.

O empreendimento está sendo implantado em um terreno de 25,13 ha, na bacia do ribeirão da Mata, na porção sudeste da

sede do município de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Sua implantação está locada no entroncamento da rodovia estadual de

ligação LMG-800 e a Estrada Lapa Vermelha, próximo às rodovias estaduais MG- 424 e MG-010 e Aeroporto Internacional

Tancredo Neves.

A área do projeto está incluída numa região de considerável importância para a diversidade de flora e fauna do Cerrado,

porém as fortes pressões geradas pelo adensamento populacional e atividades extrativistas, reduziram muito as possibilidades

da área em questão ser um refúgio seguro para essas comunidades.

O entorno da área possui fitofisionomias do bioma Cerrado como o cerrado “stricto sensu”, cerradão, campo sujo, campo

limpo e algumas relacionadas à Floresta Atlântica, como enclaves de florestas estacionais em áreas de drenagem e matas

ripárias, constituindo uma formação transicional ou de ecótone. A vegetação nativa encontra-se em diferentes estágios

sucessionais, com muitas áreas em regeneração e presença marcante de pastagens com poucas árvores isoladas.

Não diferente de todo o entorno do empreendimento, a ADA está completamente descaracterizada de sua conformação

original. A única fisionomia presente em toda a área do empreendimento é a pastagem, com 7 indivíduos arbóreos isolados.

Neste trabalho serão estudados os grupos da avifauna, herpetofauna e mastofauna de pequeno, médio e grande porte, sendo

que neste relatório serão apresentados os resultados parciais para o grupo da avifauna.

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2 INTRODUÇÃO Atualmente são registradas 1.901 espécies de aves no Brasil, distribuídas em 33 ordens e 103 famílias (CBRO, 2014). Esse

número representa, aproximadamente, 60% das espécies registradas em toda América do Sul (Cracraft, 1985). Este elevado

número de espécies tende a ser ainda maior graças a uma diversidade “escondida”, que só agora, com modernas revisões

taxonômicas, começa a ser plenamente revelada (Silveira & Olmos, 2007; HBW, 2013). Além disso, nosso país abriga mais

de 240 espécies endêmicas e 193 espécies e subespécies indicadas como ameaçadas pela IUCN (2013) e pela lista nacional de

fauna ameaçada (Machado et al., 2008).

Minas Gerais abriga aproximadamente 770 espécies de aves, o que corresponde à quase metade da riqueza estimada para o

Brasil (Silveira, 2009). Destas espécies 54 são endêmicas da Mata Atlântica, 20 do Cerrado e 12 da Caatinga (Marini, 2005).

Por sua diversidade, conspicuidade e abundância em praticamente todos os ecossistemas terrestres, as aves correspondem à

classe mais bem estudada entre os vertebrados (Sick, 1997), especialmente nos estudos que se destinam a avaliar a qualidade

do ambiente (Antas & Almeida, 2003).

Por ocuparem uma grande diversidade de nichos ecológicos, as aves são consideradas excelentes indicadores da diversidade

dos ecossistemas (Vielliard et al. 2010). A redução da cobertura florestal a fragmentos pequenos e outras alterações aos

ambientes naturais tem trazido consequências negativas para a avifauna (Marini, 1996). Por um lado temos a diminuição do

número de espécies especializadas, que podem ser extintas localmente ou da natureza, ou viverem restritas a pequenos

“refúgios florestais” (Metzger, 1999; Mendonça-Lima & Fontana, 2000) e, por outro, a manutenção, em sua maioria, das

espécies generalistas, que se beneficiam com as alterações do habitat e aumentam suas populações, chegando a causar

prejuízos ou desequilíbrios (D´Angelo Neto et al. 1998; Marini & Garcia, 2005).

As intervenções humanas afetam, significativamente, as espécies que habitam os ecossistemas naturais brasileiros (Marini &

Garcia 2005). A utilização de comunidades biológicas para avaliação de mudanças e impactos ambientais vem sendo

amplamente difundida (Ramos et al. 2006).

Apesar da urbanização transformar o ambiente natural, ela oferece uma oportunidade ao estudo de comunidades de aves,

visto que é um ambiente fragmentado em um mosaico de ilhas de diferentes tamanhos e formas, com vegetação alterada,

composta geralmente por espécies oportunistas ou exóticas, além das perturbações humanas contínuas (Emlem, 1974;

Dickman, 1987; Matarazzo-Neuberger, 1995). As aves fazem parte da paisagem urbana, constituindo-se num elemento

comum dentro deste ambiente antropizado (Silva & Blamires, 2007).

A análise de uma comunidade de aves em um dado local é um instrumento pelo qual é possível determinar graus de

intervenção antrópica (Gimenes & Anjos 2003; Levy & Montanhini 2007). Devido à atual velocidade de urbanização

vivenciada nos últimos tempos, é importante entender a vida desses seres nos ecossistemas urbanos (Matarazzo-Neuberger

1995). Elas são indicadores biológicos interessantes, pois possuem comportamento conspícuo, são de fácil e rápida

identificação, possuem elevada diversidade, são de fácil amostragem, há riqueza de informações e são altamente sensíveis a

distúrbios (Rutschke 1987, Stotz et al. 1996). Características que colocam o grupo em destaque, no que diz respeito aos

estudos, são: as espécies são primordialmente diurnas, detectáveis pela visualização ou pelo canto característico de cada

espécie; a catalogação científica da grande maioria das espécies existentes; sistemas de trabalho em campo padronizados em

escala global e o seu papel no ecossistema bem compreendido (Antas & Almeida, 2003).

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Em paisagens fragmentadas as espécies de aves variam em suas respostas à fragmentação, na medida em que populações de

algumas aumentam, algumas permanecem não afetadas, e outras declinam ou desaparecem em fragmentos (Stouffer &

Bierregaard, 1995).

Segundo Gardner e colaboradores (2008) um estudo realizado com 14 grupos animais em florestas primárias, secundárias e

plantadas de eucalipto, demonstrou que aves e besouros (rola-bosta) são os grupos mais adequados para avaliação e

monitoramento das conseqüências ecológicas relacionadas a mudanças de hábitat ao longo do tempo. Em função desses

argumentos, é creditado ao grupo das aves um importante papel de bioindicação, principal motivo pelo qual deve ser

estudado.

Este diagnóstico, com base em dados primários e secundários, apresenta um retrato sobre a comunidade de aves urbanas

existente na área do projeto Fashion City Brasil, bem como uma visão geral da comunidade encontrada na macrorregião onde

o empreendimento está inserido.

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3 METODOLOGIA

3.1 PROCEDIMENTOS

O levantamento da Avifauna está ocorrendo de forma simultânea com os demais grupos de fauna, e conterá amostragens nos

meses de fevereiro a abril de 2014, abrangendo o fim do verão e início do outono.

Os esforços são concentrados nos períodos matutino (a partir do alvorecer) e vespertino (estendido até o crepúsculo), visando

atingir maior eficiência no coeficiente “riqueza de espécies”. Foi empregado o método de transectos de varredura não

sistemáticos (Bibby, et al, 1992), que consiste em caminhadas pelos ambientes mais representativos de toda a área. Em certos

momentos foi utilizada a técnica da observação “ad libitum” (Martin & Bateson 1986), a fim de observar comportamentos

específicos das espécies, como atividades nos ninhos, forrageamento, alimentação, predação, entre outros que necessitam

atenção especial do observador.

As espécies foram identificadas por visualização direta com auxilio de binóculo, por zoofonia ou evidências indiretas como

ninhos, penas ou vestígios. A execução da prática do playback1 ocorreu, sempre que necessária.

Deve-se ainda mencionar que, a título de ilustração, foram tiradas fotografias in loco dos ambientes estudados, bem como de

algumas aves identificadas no local.

Para a confecção da lista de espécies foi utilizada a plataforma Táxeus (www.taxeus.com.br) considerando a nomenclatura

sugerida pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos / CBRO 2014.

Para a verificação de ocorrência de espécies em categorias de ameaça, foram utilizadas as listas oficiais da IUCN (2013),

Brasil (Machado, et al. 2008) e do estado de Minas Gerais (COPAM, 2010).

FOTO 1: VISÃO GERAL DA ÁREA DO PROJETO FCTY.

FOTO 2: AMOSTRAGEM EM AMBIENTE FLORESTAL.

1 O Playback é o processo de sonorização que utiliza gravação prévia de trilha sonora (Dicionário Aurélio). É utilizado para a atração de aves através da

reprodução sonora de seu próprio canto. Tem como principais objetivos, facilitar a identificação de espécies devido à aproximação do indivíduo em relação

ao observador, além de facilitar a visualização de aspectos comportamentais importantes para o estudo.

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3.2 AMBIENTES AMOSTRADOS

Nas visitas já realizadas, foram percorridos alguns dos principais pontos de relevância pré-selecionados para o inventário da

avifauna, presentes no buffer estabelecido para o trabalho (Tabela 1). Além de áreas antropizadas, como aquelas encontradas

na área de implantação do projeto, áreas florestais mais expressivas e margens de ambientes lacustres foram amostradas,

aumentando a diversidade de ambientes e, consequentemente, potencializando o incremento de espécies. As áreas florestais

foram definidas em conjunto com a mastofauna, a fim de permitir análises mais consistentes sobre mobilidade ao longo do

trabalho. A amostragem abrangeu ambientes de floresta estacional semidecidual secundária, Cerrado, pastagem artificial,

lagoas naturais e áreas brejosas (Foto 3 à Foto 6).

Área Ambiente Coordenadas de Referência – UTM 23 K

Latitude Longitude Altitude (m) 1 Lagoa natural existente no município de Confins 606085 7829492 747 2 Região do Monumento Natural da Lapa Vermelha 605098 7831018 714 3 Área de pastagens na área de inserção do projeto 604161 7830216 819 4 Mata da Infraero, com transição entre Mata-Cerrado 608564 7830569 776

Tabela 1: Áreas de amostragem da avifauna na área de influência do empreendimento FCTY

FOTO 3 LAGOA NATURAL LOCALIZADA EM CONFINS.

FOTO 4: REGIÃO DA LAPA VERMELHA, COM PRESENÇA DE ÁREA

FLORESTAL, AFLORAMENTO CALCÁRIO E SUMIDOURO BREJOSO.

FOTO 5: PASTAGENS NA REGIÃO DE INSERÇÃO DO PROJETO.

FOTO 6: REGIÃO FLORESTAL CONHECIDA COMO MATA DA INFRAERO,

COM TRANSIÇÃO ENTRE MATA-CERRADO.

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4 RESULTADOS PARCIAIS Foram registradas, até o presente momento, 88 espécies de aves, distribuídas em 20 ordens taxonômicas e 41 famílias,

conforme demonstrado na Tabela 2. A família mais abundante foi Tyrannidae, com 12 espécies, seguida por Thraupidae (9

espécies) e Columbidae, com 5 espécies. A distribuição de espécies por área está, também, demonstrada na tabela, sendo que

no final deste estudo, diversos outros parâmetros, como tipo de registro, riqueza, grau de ameaça, abundância relativa, nível

de sensibilidade, comparativo entre a comunidade levantada no estudo anterior e no atual, entre outros aspectos, serão

apresentados com a consolidação dos dados totais.

NOME DO TÁXON NOME COMUM ÁREAS

Tinamiformes Huxley, 1872

Tinamidae Gray, 1840

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 3

Anseriformes Linnaeus, 1758

Anatidae Leach, 1820

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê 1

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho 1

Podicipediformes Fürbringer, 1888

Podicipedidae Bonaparte, 1831

Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador 1

Suliformes Sharpe, 1891

Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849

Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1

Pelecaniformes Sharpe, 1891

Ardeidae Leach, 1820

Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu 1

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 2,3

Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira 3

Cathartiformes Seebohm, 1890

Cathartidae Lafresnaye, 1839

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1,2

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 2

Accipitriformes Bonaparte, 1831

Accipitridae Vigors, 1824

Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro 1

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 2

Gruiformes Bonaparte, 1854

Aramidae Bonaparte, 1852

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 1

Rallidae Rafinesque, 1815

Aramides cajaneus (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes 1

Gallinula galeata (Lichtenstein, 1818) frango-d'água-comum 1

Charadriiformes Huxley, 1867

Charadriidae Leach, 1820

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 3

Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1

Columbiformes Latham, 1790

Columbidae Leach, 1820

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NOME DO TÁXON NOME COMUM ÁREAS

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa 1,3

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou 2,3

Columba livia Gmelin, 1789 pombo-doméstico 1

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão 2,4

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando 1,3

Cuculiformes Wagler, 1830

Cuculidae Leach, 1820

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 2,4

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,3

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1

Strigiformes Wagler, 1830

Strigidae Leach, 1820

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3

Caprimulgiformes Ridgway, 1881

Caprimulgidae Vigors, 1825

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 4

Apodiformes Peters, 1940

Trochilidae Vigors, 1825

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura 4

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho 4

Amazilia lactea (Lesson, 1832) beija-flor-de-peito-azul 3

Coraciiformes Forbes, 1844

Alcedinidae Rafinesque, 1815

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 1

Piciformes Meyer & Wolf, 1810

Ramphastidae Vigors, 1825

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu 3

Picidae Leach, 1820

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão 4

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo 3

Cariamiformes Furbringer, 1888

Cariamidae Bonaparte, 1850

Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema 3

Falconiformes Bonaparte, 1831

Falconidae Leach, 1820

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 2

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 4

Psittaciformes Wagler, 1830

Psittacidae Rafinesque, 1815

Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã 2

Eupsittula aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei 4

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo 2

Passeriformes Linnaeus, 1758

Thamnophilidae Swainson, 1824

Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 chorozinho-de-chapéu-preto 4

Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata 4

Dendrocolaptidae Gray, 1840

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 4

Furnariidae Gray, 1840

1º Relatório Parcial. Diagnóstico da Avifauna. FCTY-RTP-AVI-001-01-14. Fevereiro/2014, Pág. 8

NOME DO TÁXON NOME COMUM ÁREAS

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro 1,3

Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) joão-de-pau 4

Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 petrim 4

Pipridae Rafinesque, 1815

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho 4

Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta 4

Tyrannidae Vigors, 1825

Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro 2

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 2,4

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela 2

Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) alegrinho 1

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 3,4

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 2,4

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei 4

Myiozetetes similis (Spix, 1825) bentevizinho-de-penacho-vermelho 1,2

Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe 2

Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) lavadeira-mascarada 1,2

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera 3

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca 3

Vireonidae Swainson, 1837

Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) vite-vite-de-olho-cinza 4

Corvidae Leach, 1820

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo 3

Hirundinidae Rafinesque, 1815

Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa 1,3

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 2

Troglodytidae Swainson, 1831

Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,2

Turdidae Rafinesque, 1815

Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco 4

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca 2

Mimidae Bonaparte, 1853

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 1,3

Motacillidae Horsfield, 1821

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor 3

Passerellidae Cabanis & Heine, 1850

Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) tico-tico-do-campo 2,3

Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947

Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula 4

Myiothlypis flaveola Baird, 1865 canário-do-mato 4

Icteridae Vigors, 1825

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1,3

Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi 1

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta 3

Thraupidae Cabanis, 1847

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 4

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento 4

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela 4

1º Relatório Parcial. Diagnóstico da Avifauna. FCTY-RTP-AVI-001-01-14. Fevereiro/2014, Pág. 9

NOME DO TÁXON NOME COMUM ÁREAS

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 2,4

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,4

Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) saíra-ferrugem 4

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro 2,3

Sicalis luteola (Sparrman, 1789) tipio 3

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 3

Fringillidae Leach, 1820

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 4

Passeridae Rafinesque, 1815

Passer domesticus (Linnaeus, 1758) pardal 1 TABELA 2: AVES REGISTRADAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO PROJETO FCTY, COM AS RESPECTIVAS ÁREAS DE OCORRÊNCIA.

Não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção ou raras, mas nota-se que no ambiente florestal, várias espécies que

apresentam dependência de áreas verdes foram registradas, como a choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), arapaçu-

verde (Sittasomus griseicapillus), soldadinho (Antilophia galeata) e canário-do-mato (Myiothlypis flaveola). Da mesma

forma, no ambiente lacustre, diversas outras espécies características foram registradas, como o irerê (Dendrocygna viduata),

mergulhão-caçador (Podilymbus podiceps) e o gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis). Espera-se, com a realização de

novas visitas ao local, o encontro com novas espécies, ainda não registradas neste estudo. Fotos de algumas das espécies

reportadas são apresentadas no ANEXO I.

5 EQUIPE

Equipe Técnica Formação Responsabilidade

Gustavo Henrique Prado Pedersoli CRBio: 57253/04-D

Biólogo, especialista em avifauna Técnico Responsável

Guilherme Mendonça da Silva

Auxiliar de Campo

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Antas, P.T.Z. & Almeida, A.C. (2003). Aves como bioindicadoras de qualidade ambiental: aplicação em áreas de plantio de

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Bibby, C. J., Burgess, N. D., Hill, D. A. (1992) Birds census techniques. London: Academic Press.

Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2014) Listas das aves do Brasil. 11ª Edição, 1/1/2014, Disponível em

<http://www.cbro.org.br>. Acesso em: 29/01/2014.

Copam (2010). Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais. Deliberação Normativa nº

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Cracraft, J. (1985). Historical biogeography and patterns of differentiation within the South American avifauna: areas of

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D’angelo-Neto, S.; Venturin, N. e Oliveira-Filho, A.T. (1998). Avifauna de quarto fisionomias florestais de pequeno tamanho

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Dickman, C. R. (1987) Habitat fragmentation and vertebrate species richnes in an urban environment. J. Appl.Ecol. 24:337-

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Emlen. J. T. (1974). An urban bird community in Tucson, Arizona: derivation, structure, regulation. Condor 76: 184-97.

Gardner, T.A.; Barlow, J.; Araujo, I.S.; Ávila-Pires, T.C.; Bonaldo, A.B.; Costa, J.E.; Esposito, M.C.; Ferreira, L.V.; Hawes,

J.; Hernandez, M.I.V.; Hoogmoed, M.S.; Leite, R.N.; Lo-Man-Hung, N.F.; Malcolm, J.R.; Martins, M.B.; Mestre, L.A.M.;

Miranda-Santos, R.; Overal,W.L.; Parry, L.; Peters, S.L.; Ribeiro-Junior, M.A.; da Silva, M.N.F.; Silva Motta, C.; Peres,

C.A. (2008) The cost-effectiveness of biodiversity surveys in tropical forests. Ecology Letters 11 (2), 139–150.

Gimenes, M. R.; Anjos, L. (2003). Efeitos da fragmentação florestal sobre as comunidades de aves. Acta Scientiarum.

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7 ANEXO I

7.1 FOTOS DE ESPÉCIES DA AVIFAUNA REGISTRADAS EM CAMPO

FOTO 7: pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis)

FOTO 8: garça-vaqueira ( Bubulcus ibis)

FOTO 9: beija-flor-tesoura ( Eupetomena macroura)

FOTO 10: pica-pau-do-campo ( Colaptes campestris)

FOTO 11: choca-da-mata ( Thamnophilus caerulescens)

FOTO 12: soldadinho (Antilophia galeata)

1º Relatório Parcial. Diagnóstico da Avifauna. FCTY-RTP-AVI-001-01-14. Fevereiro/2014, Pág. 14

7.2 ART