Relatorio Pesquisa Mortalidade Minas

7/22/2019 Relatorio Pesquisa Mortalidade Minas

1/40

Fatores Condicionantese Taxa de Mortalidade

de Empresas no Brasil

RELATRIO DE PESQUISANovembro/2004


2/40

2

Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil

2005 Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais SEBRAE/MG

Este documento pode ser reproduzido, deste que citada a fonte.

CCCCCONTATOServio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais SEBRAE/MG

Av. Baro Homem de Melo, n 329 Nova Sua Belo Horizonte/MG CEP: 30.460-090

www.sebraemg.com.br

PRESIDENTEDOCONSELHODELIBERATIVOLuiz Carlos Dias de Oliveira

DIRETORSUPERINTENDENTEEdson Gonalves de Sales

DIRETORDEDESENVOLVIMENTOEADMINISTRAOLuiz Mrcio Haddad Pereira Santos

DIRETORDECOMERCIALIZAOEARTICULAOREGIONALSebastio Costa da Silva

ESTUDOS E PESQUISASCOORDENAOMargarida Maria Souto Fantoni

EQUIPETCNICABrenner LopesFelipe Brando de MeloGuilherme Couto Machado

Alair Nogueira JniorLuander Cipriano de Jesus Falco

Pesquisa de CampoFundao Universitria de Braslia FUBRA

Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas de MinasGerais. Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 2004.

26 p. il.

Relatrio de Pesquisa, outubro de 2004, resultado de contrato celebradoentre o SEBRAE/MG e Fundao Universitria de Braslia FUBRA

1.Pequenas e mdias empresas - MG Taxa de mortalidade. I. SEBRAE/MG. II. Fundao Universitria de Braslia. III. Ttulo

CDU:658

F254


3/40

3


Este Relatrio de Pesquisa resultado de contrato celebrado entre o SE-BRAE/MG e a Fundao Universitria de Braslia (FUBRA), com o objetivo derealizar pesquisa amostral em municpios selecionados do Estado, visando identificao da taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas e os prin-cipais fatores condicionantes da mortalidade empresarial. Cumpre ressaltar quetrabalho semelhante foi realizado recentemente para o SEBRAE Nacional, tendosido adotada nesta pesquisa a mesma metodologia.

O fechamento prematuro de empresas no Pas tem sido uma das preocupa-es da sociedade, particularmente para as entidades que desenvolvem progra-mas de apoio ao segmento das empresas de pequeno porte, como o caso doSistema SEBRAE. Por isso, de fundamental importncia obter informaes quepropiciem identificar as causas das elevadas taxas de mortalidade das empresas

mineiras, visando atuao coordenada e efetiva dos rgos pblicos e priva-dos em prol da permanncia maior dos negcios em atividade.

Na primeira fase dos trabalhos, apurou-se a taxa de mortalidade das em-presas para at quatro anos, contados do ano de constituio das mesmas. Asegunda etapa procurou identificar os fatores condicionantes dessa mortalidade,cotejando-se os resultados de entrevistas realizadas junto aos estratos das empre-sas extintas e em atividade, tendo sido identificadas algumas hipteses para odesaparecimento prematuro de boa parcela das empresas.

No que se refere s taxas de mortalidade, este relatrio contempla avaliaesda situao no Estado de Minas Gerais para cada grupo de empresas Extintase Ativas , sendo as mesmas, ainda, comparadas com os resultados apuradospara o Brasil e para as regies.

O critrio utilizado para classificao do porte de empresas diz respeito aonmero de empregados, conforme conceito adotado pelo SEBRAE: considera-secomo microempresa (ME) aquela com at 19 empregados na indstria e at 9

no comrcio e no setor de servios; as pequenas empresas (PE) so as que

ApresentaoApresentaoApresentaoApresentaoApresentao


4/40

4


possuem, na indstria, de 20 a 99 empregados e, no comrcio e servios, de 10a 49 empregados; as mdias empresas (MDE), de 100 a 499 empregados naindstria e de 50 a 99 no comrcio e servios. Por sua vez, a grande empresa

(GE) aquela com 500 ou mais empregados na indstria e com 100 ou mais nocomrcio e no setor de servios.


5/40

5


SumrioSumrioSumrioSumrioSumrio

I . PRINCIPAIS RESULTADOS ............................................................................................. 71. Taxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresas ..................................................................... 7

2. Caracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e Empresas ...................................... 9

2.1 Perfil do Proprietrio / Administrador das empresas extintas e ativas

2.1.1 - Sexo, faixa etria e escolaridade.

2.1.2 - Principal atividade antes de constituir a empresa e atividade remune-

rada no primeiro ano de funcionamento do negcio2.1.3 - Experincia anterior ou conhecimento no ramo de negcio

2.1.4 - Motivo pelo qual resolveu constituir ou participar da sociedade daempresa

2.2 Perfil das empresas extintas e ativas

2.2.1 - Porte e setor de atividade

2.2.2 - Principal cliente da empresa

2.2.3 - Faixa de faturamento bruto anual da empresa

2.2.4 - Situao da empresa em relao ao Sistema SIMPLES2.2.5 - Participao em alguma Rede Associativa

2.3 Situao das empresas extintas

2.3.1 - Quanto situao da empresa na Junta Comercial

2.3.2 - Composio do capital investido pela empresa extinta

2.3.3 - Origem dos recursos investidos pela empresa extinta

3. RRRRRazes apontadas para o fechamento da empresa (extinta)azes apontadas para o fechamento da empresa (extinta)azes apontadas para o fechamento da empresa (extinta)azes apontadas para o fechamento da empresa (extinta)azes apontadas para o fechamento da empresa (extinta)e principais dificuldades encontradase principais dificuldades encontradase principais dificuldades encontradase principais dificuldades encontradase principais dificuldades encontradas na conduo das atividadesna conduo das atividadesna conduo das atividadesna conduo das atividadesna conduo das atividadesda empresa (ativa)da empresa (ativa)da empresa (ativa)da empresa (ativa)da empresa (ativa) ............................................................................................. 20

4. Fatores Condicionantes da Sobrevivncia eFatores Condicionantes da Sobrevivncia eFatores Condicionantes da Sobrevivncia eFatores Condicionantes da Sobrevivncia eFatores Condicionantes da Sobrevivncia edo Sucesso Empresarialdo Sucesso Empresarialdo Sucesso Empresarialdo Sucesso Empresarialdo Sucesso Empresarial ..................................................................................... 25

4.1 Fatores apontados para o sucesso empresarial

4.2 reas de conhecimento apontadas como mais importantes no primeiro

ano de atividade empresarial


6/40

6


4.3 Comportamento quanto busca de assessoria para o gerenciamento

da empresa

4.4 Tipo de assessoria / auxlio que teria sido til para enfrentar as

dificuldades da empresa ativa

5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEsMedidas de polticas pblicas para apoio s MPEsMedidas de polticas pblicas para apoio s MPEsMedidas de polticas pblicas para apoio s MPEsMedidas de polticas pblicas para apoio s MPEs ..................................... 29

6.reas de interesse por assessoria e grau dereas de interesse por assessoria e grau dereas de interesse por assessoria e grau dereas de interesse por assessoria e grau dereas de interesse por assessoria e grau deutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAE ...................................................... 30

7. ConclusoConclusoConclusoConclusoConcluso ............................................................................................................ 32

II. ASPECTOS METODOLGICOS ................................................................................ 34

1. Primeira etapaPrimeira etapaPrimeira etapaPrimeira etapaPrimeira etapa .................................................................................................... 34

1.1 Universo

1.2 Plano Amostral

1.3 Rastreamento

1.4 Critrio adotado para efeito de clculo das taxas de mortalidade

2. Segunda etapaSegunda etapaSegunda etapaSegunda etapaSegunda etapa..................................................................................................... 38

2.1 Instrumentos de coleta de dados

2.2 Coleta de campo

2.3 Tratamento dos dados


7/40

7


I. PRINCIPAIS RESULTADOSI. PRINCIPAIS RESULTADOSI. PRINCIPAIS RESULTADOSI. PRINCIPAIS RESULTADOSI. PRINCIPAIS RESULTADOS

1.1.1.1.1. Taxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresasTaxa de mortalidade de empresas

Para as empresas constitudas na Junta Comercial do Estado de MinasGerais nos anos 2002, 2001 e 2000, a taxa de mortalidade encontrada de45% para aquelas com at 2 (dois) anos de existncia, 50% no caso dos estabe-

lecimentos com at 3 (trs) anos, e 47,4 % no permanecem no mercado almdos 4 (quatro) anos.

O cotejamento dos resultados desta pesquisa com as apuraes nacional eregional mostrado na Tabela 1, podendo ser verificado que inexistem diferen-as significativas entre as taxas, principalmente se considerarmos que o erro deamostragem de 5 pontos percentuais.

Nesse contexto, vis--visas taxas apuradas nas regies e para o resultado

ponderado para o Brasil, observa-se que, em todos os anos considerados, astaxas de mortalidade de empresas no Estado de Minas Gerais so inferiores.Para at 2 (dois) anos de existncia, por exemplo, a mortalidade empresarial emMinas de 45%, contra 49,4% no resultado Brasil, e menor que as taxas apura-das para todas as regies. Se comparada com a taxa de mortalidade de 47%apurada para empresas com os mesmos 2 (dois) anos de existncia em pesquisarealizada no ano de 1997, observa-se uma queda de 2 pontos percentuais.

No caso dos estabelecimentos com at 3 (trs) anos de constituio, tem-se50% de empresas mineiras fechadas, taxa essa inferior registrada no Pas(56,4%) e regies. Para as empresas com at 4 (quatro) anos, o Estado de Minasapresenta a menor taxa de mortalidade empresarial 47,4% , comparativa-


8/40

8


mente s das regies e do Brasil.

Em valores absolutos, aplicando-se as taxas de mortalidade apuradas emrelao ao nmero de empresas constitudas no perodo, tem-se uma estimativado total de empreendimentos que fecharam as portas, acarretando, por conse-guinte, impactos significativos nos indicadores socioeconmicos do Estado deMinas Gerais.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA11111Taxa de mortalidade de empresas em Minas Gerais,comparativamente com as das regies e do Brasil (%)

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MGObs:Obs:Obs:Obs:Obs: Para a obteno da taxa de mortalidade empresarial para o Brasil, foram efetuadas ponderaes.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA22222Natalidade e estimativa de mortalidade de empresasno Estado de Minas Gerais, comparativamente s

regies e Brasil, em nmeros absolutos, no perodo 2000-2002

(1) Valores apurados a partir da ponderao das taxas de mortalidade das Regies, para cada ano.Fonte: Departamento Nacional de Registro do Comrcio DNRC/MICT e Pesquisa direta do SEBRAE/MGDepartamento Nacional de Registro do Comrcio DNRC/MICT e Pesquisa direta do SEBRAE/MGDepartamento Nacional de Registro do Comrcio DNRC/MICT e Pesquisa direta do SEBRAE/MGDepartamento Nacional de Registro do Comrcio DNRC/MICT e Pesquisa direta do SEBRAE/MGDepartamento Nacional de Registro do Comrcio DNRC/MICT e Pesquisa direta do SEBRAE/MG


9/40

9


2.2.2.2.2. Caracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e EmpresasCaracterizao Geral dos Empresrios e Empresas

2.1. Perfil do Proprietrio/Administrador das empresas2.1. Perfil do Proprietrio/Administrador das empresas2.1. Perfil do Proprietrio/Administrador das empresas2.1. Perfil do Proprietrio/Administrador das empresas2.1. Perfil do Proprietrio/Administrador das empresasextintas e ativasextintas e ativasextintas e ativasextintas e ativasextintas e ativas

2.1.1.2.1.1.2.1.1.2.1.1.2.1.1. Sexo, faixa etria e escolaridade

O dado mais importante refere-se diferena apurada na escolaridade dosproprietrios, uma vez que cerca de 23,1% daqueles das empresas ativas detm

curso superior completo, contra apenas 4,1% de ex-empresrios. Unindo-se osnveis colegial completo at superior incompleto e superior completo ou mais,observa-se discrepncia ainda mais acentuada entre os dois grupos 61,3% deempresrios de estabelecimentos ativos, contra 20,8% daqueles extintos.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA33333Distribuio dos proprietrios das empresas, segundo o sexo

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MG

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA44444Distribuio dos proprietrios das empresas, segundo a faixa etria



10/40

10


2.1.2.2.1.2.2.1.2.2.1.2.2.1.2. Principal atividade antes de constituir a empresa e atividaderemunerada no primeiro ano de funcionamento do negcio

Em ambos os grupos, os empresrios eram principalmente funcionrios deempresas privadas (30,4% no caso das extintas e 34,1% nas ativas), sendo ainda

marcante ex-proprietrios que desempenhavam atividades autnomas (26,1%).TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA66666

Distribuio dos proprietrios das empresas, segundo aprincipal atividade antes de constituir a empresa


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA55555Distribuio dos proprietrios das empresas, segundo o grau de instruo



11/40

11


GGGGGRFICORFICORFICORFICORFICO11111Empresa como a nica fonte de renda doproprietrio, no primeiro ano de atividade

2.1.3.2.1.3.2.1.3.2.1.3.2.1.3. Experincia anterior ou conhecimento no ramo de negcio

Observa-se, neste item, que, nos estabelecimentos extintos, so maiores ospercentuais dos empresrios que no detinham qualquer experincia ou conhe-

cimento da atividade da empresa, vis--vis aqueles dos estabelecimentos em ati-vidade 33,3% contra 25,5%, respectivamente , cuja experincia ou conheci-mento no ramo provm, com maior nfase, da atuao anterior em outra empresae de familiares que j possuam um negcio similar.

Conforme ilustrado no Grfico 1, um maior nmero de ex-empresrios tinhana empresa a nica fonte de renda no primeiro ano de funcionamento do negcio(83,3%), vis--visproprietrios de estabelecimentos ainda em atividade (68,8%).


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA77777Experincia anterior ou conhecimento no ramo de negcio


12/40

12


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA88888Motivo pelo qual resolveu constituir ou participar da sociedade da empresa

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MGObs.:Obs.:Obs.:Obs.:Obs.: A questo admite respostas mltiplas.

2.1.4.2.1.4.2.1.4.2.1.4.2.1.4. Motivo pelo qual resolveu constituir ouparticipar da sociedade da empresa

Para a maioria dos respondentes das empresas extintas (62,5%), a abertu-

ra do negcio deveu-se, apenas, ao desejo de ter o prprio negcio, percentualesse que bem menor na apurao para as empresas ainda em atividade 48,5%. Do mesmo modo, o fato de estar desempregado levou 33,3% dos pro-prietrios das empresas extintas a se tornarem empresrios, contra apenas 11,3%dos pertencentes aos estabelecimentos ativos. A Tabela 8 mostra outras diferen-as acentuadas nos motivos que levaram empresrios de empresas ativas e ex-empresrios a se tornarem empreendedores, tais como: abriu a empresa paraaumentar a renda/melhorar de vida (20,8% extintas e 15,1% ativas); por influ-

ncia de outras pessoas (12,5% e 6,7%, respectivamente); e tinha capital dispo-nvel (12,5% e 7,9%, na mesma seqncia).


13/40

13


Os pontos levantados nessa questo suscitam reflexes acerca de vriosmotivos que podem influenciar no sucesso da futura empresa. Pode-se supor quea abertura de uma empresa deve estar alicerada na anlise prvia acurada

sobre o negcio, no refletindo, apenas, em anseios de a pessoa se tornar umempreendedor.

Por outro lado, parece existir certa correlao entre nvel de escolaridade,experincia anterior em empresa privada, experincia/conhecimento anteriordo negcio e sucesso empresarial. Os resultados obtidos pela pesquisa sugeremum importante campo de avaliao a ser aprofundado de modo a aprimorar-seos mecanismos de orientao prvia dos empreendedores quanto ao desenvolvi-mento de habilidades especficas para a sobrevivncia dos negcios.

2.2. Perfil das empresas extintas e ativas2.2. Perfil das empresas extintas e ativas2.2. Perfil das empresas extintas e ativas2.2. Perfil das empresas extintas e ativas2.2. Perfil das empresas extintas e ativas

2.2.1.2.2.1.2.2.1.2.2.1.2.2.1. Porte e setor de atividade

A totalidade das empresas pesquisadas de ambos os grupos constitui-se demicro e pequenos estabelecimentos e concentra as suas atividades no setor co-mercial 58,3% no caso de extintas e 63,1% ativas. Cabe ressaltar ainda a

incidncia de um percentual relativamente maior de microempresas extintas(95,8%), em relao quelas ainda em atividade (86,8%).


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA99999Distribuio das empresas mineiras, por setor

de atividade, segundo o porte (%)


14/40

14


2.2.3.2.2.3.2.2.3.2.2.3.2.2.3. Faixa de faturamento bruto anual da empresa

Tendo como base o levantamento do faturamento das empresas extintas eativas (Tabela 11), observa-se que h maior concentrao, em ambos os gru-pos, na faixa de at R$ 120 mil (54,2% no caso das extintas e 66,2% para asempresas ativas), ou seja, empresas consideradas como microestabelecimentos,segundo o critrio adotado pelo Sistema SIMPLES. H que se ressaltar que um

percentual bem maior de empresas extintas no obteve faturamento, em compa-rao com as empresas em atividade (20,8%, contra 4,9%).

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1010101010Principal cliente da empresa

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta do SEBRAE/MG

2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2. Principal cliente da empresa

Tanto empresas extintas como ativas elencaram o varejo (sem distino dotipo de cliente) como principal canal de distribuio dos seus produtos/servios.

A venda sob encomenda para empresas privadas aparece em segundo lugar,com menor relevncia.


15/40

15


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1111111111Faixa de faturamento bruto anual da empresa


2.2.4.2.2.4.2.2.4.2.2.4.2.2.4. Situao da empresa em relao ao Sistema SIMPLES

Levando-se em conta o percentual de respondentes de empresas extintasque eram optantes do Sistema Simples (79,2%) e ativas que so optantes pelomesmo sistema (88,3%), pode-se considerar como majoritria essa escolha tri-butria assumida pelas empresas, tanto extintas quanto ativas. Esse resultadolevanta questes relevantes, pois, por um lado, demonstra a importncia confe-rida pelos empreendedores questo tributria, ao mesmo tempo em que d umindicativo de que a mesma no est sendo suficiente para determinar a perma-nncia da empresa nos negcios, vis--vis, os aspectos mais amplos que influen-

ciam a performance empresarial, relacionados sobretudo com a dinmica demercado e a prpria conjuntura econmica.


16/40

16


2.2.5.2.2.5.2.2.5.2.2.5.2.2.5. Participao em alguma Rede AssociativaNenhuma das empresas extintas participava em qualquer associao. No

caso das empresas ativas, o percentual de no-participao tem significativadiferena em relao ao outro grupo, embora tambm elevado (87,8%). Essefato pode ser considerado como indicativo de um elemento propiciador do insu-cesso de um empreendimento.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1313131313

Participao em alguma Rede Associativa


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1212121212Situao da empresa em relao ao Sistema SIMPLES


Os resultados obtidos pela pesquisa, no tocante ao perfil das empresas extintas eativas, sugerem que aspectos relacionados com o tamanho da empresa/porte e suarespectiva capacidade de gerao de receita (faturamento) representem um fator rele-

vante na maior ou menor capacidade de sobrevivncia da empresa na medida em quetraduzem o grau de fragilidade/exposio do negcio s oscilaes do mercado.Tambm devem ser cuidadosamente avaliados os benefcios da cooperao empresa-

rial como mecanismo para reduo dos efeitos dessa fragilidade/exposio.


17/40

17


GGGGGRFICORFICORFICORFICORFICO22222Situao da empresa mineira extinta na Junta Comercial

22222.3. Situao das empresas extintas.3. Situao das empresas extintas.3. Situao das empresas extintas.3. Situao das empresas extintas.3. Situao das empresas extintas

22222.3.1..3.1..3.1..3.1..3.1. Quanto situao da empresa na Junta Comercial

Entre as empresas extintas entrevistadas, a maioria (62,5% dos casos) afir-mou no ter dado baixa dos respectivos atos constitutivos na Junta Comercial,resultado prximo apurao nacional (68%). Os principais motivos desse com-portamento so o custo elevado e o desconhecimento do processo de baixa noregistro da empresa (27% em cada caso), diferentemente do resultado do Brasil,onde 37% afirmaram que alimentavam a esperana de reativar as atividades doestabelecimento, o que acabou no ocorrendo.

GGGGGRFICORFICORFICORFICORFICO33333Motivos de sa empresa mineira extinta

no dar baixa dos atos constitutivos


18/40

18


2.3.22.3.22.3.22.3.22.3.2..... Composio do capital investido pela empresa extinta

Na composio do capital investido pela empresa extinta, 60% referiam-seao ativo imobilizado e 40% representavam os recursos utilizados para cobrir as

despesas variveis da empresa capital de giro.

GGGGGRFICORFICORFICORFICORFICO44444Composio do capital investido pela empresa extinta

(Brasil Regio)

2.3.32.3.32.3.32.3.32.3.3.....Origem dos recursos investidos pela empresa extinta

No levantamento da origem dos recursos investidos pela empresa extinta compa-rativamente s regies e Brasil, tem-se que a maior parte desses investimentos provmde recursos prprios: 67% no caso do investimento fixo e 70% no do capital de giro.

Tem-se, assim, um indicativo de perda nominal da poupana pessoal/familiardos empreendedores.

GGGGGRFICORFICORFICORFICORFICO55555Origem dos recursos investidos pela empresa mineira extinta,

comparativamente s Regies e Brasil


19/40

19


Tabela 14Tabela 14Tabela 14Tabela 14Tabela 14Percentual de recuperao dos recursos aplicados pelos proprietrios

das empresas extintas (Minas Gerais Brasil Regio)


Importante ressaltar que os percentuais estimados das perdas da poupanapessoal / familiar, apresentados acima, no representam perda total, pois umaparcela dos recursos investidos foi recuperada, conforme mostra a Tabela 14.

Com relao ao percentual estimado de recuperao dos recursos investidosna empresa extinta, a maioria dos respondentes (70%) assegurou ter recuperado at50% do capital aplicado, ressaltando que 20% declararam perda total dos recursos.


20/40

20


3. Razes apontadas para o fechamento da empresa3. Razes apontadas para o fechamento da empresa3. Razes apontadas para o fechamento da empresa3. Razes apontadas para o fechamento da empresa3. Razes apontadas para o fechamento da empresa(extinta) e principais dificulades encontradas na conduo(extinta) e principais dificulades encontradas na conduo(extinta) e principais dificulades encontradas na conduo(extinta) e principais dificulades encontradas na conduo(extinta) e principais dificulades encontradas na conduodas atividades da empresa (ativa)das atividades da empresa (ativa)das atividades da empresa (ativa)das atividades da empresa (ativa)das atividades da empresa (ativa)

Este tpico trata especificamente das razes que levaram as empresas identifi-cadas como extintas ao insucesso, bem como das principais dificuldades encontra-das pelas empresas identificadas como ativas na conduo de suas atividades, soba tica da percepo dos empreendedores. Os dois estratos sero analisados sepa-radamente, uma vez que tratam de conceitos semelhantes, porm no-idnticos.

Para isso, foram utilizados dois tipos de abordagem, sendo o primeiro pormeio de uma questo espontnea, isto , de livre opinio do entrevistado, e o outroestimulado, com a apresentao ao empresrio de uma cartela contendo vriasalternativas de respostas possveis.

No caso da argio estimulada, os ex-empresrios julgaram que a falta decapital de giro foi o elemento mais crucial para o fechamento das suas empresas(45,8% das respostas), vindo, a seguir, a questo da carga tributria elevada (41,7%),

ponto este, alis, levantado em vrias pesquisas j realizadas junto s MPEs. Ade-mais, reclames mais acentuados so feitos com relao a problemas financeiros,concorrncia muito forte e a xistncia de maus pagadores.


21/40

21


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1515151515Principais razes para o fechamento dasempresas a partir de pergunta estimulada

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MGObs.:Obs.:Obs.:Obs.:Obs.: A questo admitia respostas mltiplas.

Tambm nas respostas espontneas, os ex-proprietrios mencionam como prin-cipais problemas que levaram paralisao da empresa: a falta de capital (20%),encargos e carga tributria elevada (13,3%) e problemas financeiros (6,7%). Entre-tanto, alegam, como motivo primordial, o baixo nvel das vendas (23,7%).


22/40

22


Do lado dos proprietrios dos estabelecimentos ainda em atividade, o pro-blema da elevada carga tributria exaustivamente citado (68,2% das respos-tas), tendo tambm a questo da falta de capital de giro conotao acentuada(43,6% das citaes), para a pergunta estimulada.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1616161616Principais razes do fechamento segundo asopinies espontneas dos ex-proprietrios



23/40

23


No questionamento espontneo, os respondentes das empresas ativas (Ta-bela 18), semelhana da pergunta induzida, igualmente mencionaram, comomaiores dificuldades encontradas na conduo da empresa, falta de capital(30,8%), recesso econmica do Pas (14,4%), alm de falta de profissionalqualificado (9,2%) e inadimplncia (maus pagadores, com 9,2%). O problema

de juros elevados (15%) aparece apenas nesse contexto de resposta espontnea.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1717171717Principais dificuldades encontradas na conduo das atividades

da empresa ativa, a partir de pergunta estimulada



24/40

24


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1818181818Principais dificuldades na conduo das atividades da empresa ativa,

segundo as opinies espontneas dos proprietrios



25/40

25


4.4.4.4.4. Fatores Condicionantes da Sobrevivncia e doFatores Condicionantes da Sobrevivncia e doFatores Condicionantes da Sobrevivncia e doFatores Condicionantes da Sobrevivncia e doFatores Condicionantes da Sobrevivncia e doSucesso EmpresarialSucesso EmpresarialSucesso EmpresarialSucesso EmpresarialSucesso Empresarial

4.1. Fatores apontados para o sucesso empresarial4.1. Fatores apontados para o sucesso empresarial4.1. Fatores apontados para o sucesso empresarial4.1. Fatores apontados para o sucesso empresarial4.1. Fatores apontados para o sucesso empresarial

Indagados sobre os fatores mais importantes para o sucesso de uma empresa(Tabela 19), os empreendedores afirmaram que um bom conhecimento do mercado ponto crucial para o sucesso de uma empresa, sendo essa colocao mais enfticapara ex-empresrios (66,7% das respostas, contra 55,4% dos empresrios de empre-sas ativas). Ademais, tambm existe concordncia dos proprietrios de empresas extin-

tas e ativas quanto necessidade de se ter uma boa estratgia de vendas (62,5%extintas e 43% ativas), bem como criatividade na conduo dos negcios (ambos emtorno de 45% das respostas). Na sequncia dos fatores mais importantes, ex-empres-rios julgam que deveria haver reinvestimento dos lucros na prpria empresa (37,5%),enquanto proprietrios de estabelecimentos em atividade entendem que seria necess-rio ter acesso a novas tecnologias, assim como aproveitar as oportunidades de neg-cios que venham a surgir (ambos com 38,3% das assinalaes).

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA1919191919Fatores apontados para o sucesso empresarial



26/40

26


4.3. Comportamento quanto busca de assessoria para o gerencia-4.3. Comportamento quanto busca de assessoria para o gerencia-4.3. Comportamento quanto busca de assessoria para o gerencia-4.3. Comportamento quanto busca de assessoria para o gerencia-4.3. Comportamento quanto busca de assessoria para o gerencia-mento da empresamento da empresamento da empresamento da empresamento da empresa

A busca por assessoria/auxlio na conduo do negcio fator que tam-bm considerado importante para a sobrevivncia da empresa. No caso dasempresas extintas, cerca de 33,3% dos entrevistados declararam no ter se vali-do desse tipo de apoio no gerenciamento do seu estabelecimento, contra percen-tual relativamente menor dos informantes de firmas em atividade (25,4%). Emambos os casos, os empresrios se valeram mais do contador, pessoas que co-nheciam o ramo e, em menor escala, o SEBRAE.

4.2. reas de conhecimento apontadas como mais importantes no4.2. reas de conhecimento apontadas como mais importantes no4.2. reas de conhecimento apontadas como mais importantes no4.2. reas de conhecimento apontadas como mais importantes no4.2. reas de conhecimento apontadas como mais importantes noprimeiro ano de atividade empresarialprimeiro ano de atividade empresarialprimeiro ano de atividade empresarialprimeiro ano de atividade empresarialprimeiro ano de atividade empresarial

Relativamente s reas de conhecimento mais importantes no primeiro ano

de atividade de uma empresa, apurou-se que o planejamento consideradopara os dois grupos como o ponto mais essencial nos primeiros 12 (doze) mesesde funcionamento de um empreendimento (62,5% das respostas, no caso deextintas, e 50% para as ativas). Em segundo plano, ex-proprietrios e empres-rios ainda no mercado elegeram como mais importantes as reas de vendas,organizao empresarial, anlise financeira e marketing/propaganda.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2020202020reas de conhecimento apontadas como mais importantes

no primeiro ano de atividade empresarial



27/40

27


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2121212121COMPORTAMENTOQUANTOBUSCADEASSESSORIA

para o gerenciamento da empresa

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Pesquisa direta SEBRAE/MGObs.:Obs.:Obs.:Obs.:Obs.: A questo admitia mltiplas respostas.

4.4. Tipo de assessoria/auxlio que teria sido til para enfrentar as4.4. Tipo de assessoria/auxlio que teria sido til para enfrentar as4.4. Tipo de assessoria/auxlio que teria sido til para enfrentar as4.4. Tipo de assessoria/auxlio que teria sido til para enfrentar as4.4. Tipo de assessoria/auxlio que teria sido til para enfrentar asdificuldades da empresa ativadificuldades da empresa ativadificuldades da empresa ativadificuldades da empresa ativadificuldades da empresa ativa

No caso dos proprietrios das empresas em atividade, perguntou-se qualsua opinio sobre o tipo de assessoria ou auxlio que teria sido til para o enfren-tamento das diversas dificuldades a que esto sujeitos os empreendimentos depequeno porte. Nestse caso, o SEBRAE/MG citado como primordial para au-

xiliar as empresas nos momentos de dificuldades (16,5% das assinalaes), se-

guido pela necessidade de emprstimos bancrios (14,7%), cursos de aperfeio-amento (13,8%) e assessoria e anlise financeira (11% e 10,1%, respectivamente).

0


28/40

28


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2222222222Assessoria/auxilio que teria sido til para enfrentar as

dificuldades da empresa ativa, segundo a opinio dos proprietrios



29/40

29


5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs5. Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs

Tomando-se por base outras pesquisas realizadas no Pas, inexiste qual-quer surpresa na apurao desta pesquisa quanto s principais aes que de-

vem ser tomadas, no mbito governamental, para alicerar os empreendimentosde pequeno porte. H unanimidade dos entrevistados quanto necessidade de 4(quatro) medidas governamentais indispensveis: i) crdito preferencial (66,7%

na opinio de ex-empresrios e 61,6%, segundo o outro grupo); ii) tratamentotributrio diferenciado (50% e 51,6%, respectivamente); iii) desburocratizaodo registro/baixa de empresas (33,3% e 36,2%); e iv) programa de treinamentode pessoal (20,8% e 22,2%).

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2323232323Medidas de polticas pblicas para apoio s MPEs


Extintas AtivasMedidas de Polticas Pblicas

(%) (%)

Crdito preferencial (juros e prazos) 66,7 61,6

Tratamento tributrio diferenciado 50,0 51,6

Desburocratizao do registro/baixa de empresas 33,3 36,2

Programa de treinamento de pessoal 20,8 22,2

Programa de cooperativismo 12,5 14,8

Acesso s compras governamentais 8,3 6,8

Programa para facilitar as exportaes 8,2 5,2

Disponibilizao de informaes de mercado 4,1 16,0

Nenhuma 4,1 6,8

Outra medida - 0,8


30/40

30


6. reas de interesse por assessoria e grau de6. reas de interesse por assessoria e grau de6. reas de interesse por assessoria e grau de6. reas de interesse por assessoria e grau de6. reas de interesse por assessoria e grau deutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAEutilidade do apoio recebido do SEBRAE

Das empresas que tiveram oportunidade de procurar a assessoria/auxliodo SEBRAE/MG (Tabela 24), tanto as extintas quanto as ativas demonstraram,conjuntamente, maior interesse pelas reas de Crdito e Orientao Empre-sarial. Ressalte-se o interesse acentuado por parte dos ex-empresrios relativoao item Comercializao (12,5%), se comparado com os empresrios das

empresas em atividade (2,8%).

Das reas de interesse por assessoria do SEBRAE, que a empresa teveoportunidade de usufruir, a indicao do grau de utilidade do atendimento sedeu da seguinte forma: conforme mostra a Tabela 25, sobressai, no caso dasextintas, o apoio recebido para a comercializao dos produtos/servios, consi-derado pela totalidade das empresas que responderam a esse questionamentocomo de muita utilidade. J para empresrios de estabelecimentos ativos, ograu muita utilidade conferido sobretudo orientao empresarial fornecida

pela instituio (65% dos respondentes).

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2424242424reas de interesse por assessoria do SEBRAE/MG



31/40

31


TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2525252525Grau de Utilidade dos produtos Sebrae/MG (%)



32/40

32


7. Concluso7. Concluso7. Concluso7. Concluso7. Concluso

Analisando-se os resultados obtidos pela pesquisa, pode-se visualizar cla-ramente que, entre os fatores possveis de auxlio na reverso desse quadro deelevada mortalidade empresarial, se destacam como primordiais a busca poruma efetiva disseminao da cultura empreendedora e tambm a promoo dafacilitao de acesso s ferramentas de gesto, com a particularidade da adap-

tao dessas s necessidades e realidade especficas dos empreendimentos demicro e pequeno portes.

Esse fato justifica-se quando se avaliam os principais fatores que balizari-am uma trajetria de sucesso, levantados pelos prprios empresrios de empre-sas extintas e ativas, em que se destacam principalmente a necessidade de umbom conhecimento do mercado de atuao, boa estratgia de vendas, cri-atividade do empresrio, aproveitamento das oportunidades de negcios, ca-pacidade de liderana do empresrio, empresrio com perseverana/persis-tncia e capacidade do empresrio para assumir riscos.

Excetuando-se os fatores estruturais e conjunturais caractersticos do estgioem que se encontra a economia brasileira, tambm foram apontadas as razespara o insucesso das empresas extintas e as principais dificuldades encontradas naconduo das atividades das empresas ativas: falta de capital de giro, concor-rncia muito forte, problemas financeiros, maus pagadores, falta de clien-tes, ponto/local inadequado, desconhecimento do mercado e falta de co-

nhecimentos gerenciais. Mais uma vez, observa-se que a posse de um conhecimentomais aprofundado das ferramentas de gesto e das caractersticas empreendedo-ras por parte dos empresrios e empresas geraria impactos considerveis na dimi-nuio da intensidade e ocorrncia das principais razes levantadas para o fecha-mento das empresas na opinio dos ex-empresrios, e no caso dos empresriosem atividade, das dificuldades encontradas na conduo dos negcios.

Ressalte-se, tambm, a importncia da busca por parcerias/associaescomo ponto importante de auxlio no combate ao fechamento das empresas,

alm de propiciar a formao de um melhor ambiente para as empresas de


33/40

33


micro e pequeno portes em atividade. A insero das empresas em um ambienteassociativo possibilita melhorias reais em termos de competitividade, incrementona rentabilidade, lucratividade, operacionalidade, investimento acessvel, infor-

maes, estudos e pesquisas, tecnologia de qualidade e certificao de qualida-de das empresas, o que vem ao encontro dos pontos levantados pela pesquisacomo fatores condicionantes do sucesso empresarial.

O percentual de empresas que no participam de nenhum tipo de associa-o extremamente elevado, como demonstraram os resultados da pesquisa,indicando a necessidade de uma mudana de comportamento por parte dosempresrios dos estabelecimentos de micro e pequeno portes. Mudana essa quenecessita da atuao premente de um agente propagador e consultivo como

instrumento para viabilizar esse necessrio redirecionamento. Finalizando, de-vem-se destacar a relevncia e a importncia estratgica das medidas de polti-cas pblicas na construo de um ambiente mais favorvel s MPEs. Um trata-mento tributrio e creditcio diferenciado, assim como a reduo da burocraciaque envolve o registro e a baixa de empresas, so demandas j levantadas pelossegmentos representativos das mesmas e que contribuiriam positivamente para areduo da mortalidade precoce das empresas de micro e pequeno porte, tra-zendo benefcios substanciais para a economia mineira.


34/40

34


II. ASPECTOS METODOLGICOSII. ASPECTOS METODOLGICOSII. ASPECTOS METODOLGICOSII. ASPECTOS METODOLGICOSII. ASPECTOS METODOLGICOS

1. Primeira etapa1. Primeira etapa1. Primeira etapa1. Primeira etapa1. Primeira etapaAferio da taxa de mortalidade nos trs anos considerados (2000, 2001

e 2002), por meio de exaustivo rastreamento junto a uma amostra de empresassorteadas, de acordo com os seguintes parmetros:

1.1. Universo1.1. Universo1.1. Universo1.1. Universo1.1. Universo:cadastro na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais(JUCEMG) de empresas localizadas em Belo Horizonte e em 13 (treze)municpios selecionados, constitudas e registradas no perodo de 2000a 2002.

1.2. Plano Amostral1.2. Plano Amostral1.2. Plano Amostral1.2. Plano Amostral1.2. Plano Amostral:amostra aleatria simples, com representatividadepor ano, erro de amostragem d0=5 p.p., coeficiente de confiana de95% ep = 50%.

Para cada ano considerado de constituio das empresas, foi extradauma amostra aleatria estratificada desproporcional. Nessas condi-es, a tabela a seguir apresenta o plano amostral das empresas ras-treadas nos trs anos considerados, obtido a partir dos universos deempresas constitudas na JUCEMG. Ademais, procedeu-se a reparti-o amostral obedecendo-se proporcionalidade existente entre ostipos jurdicos de empresas, segundo o novo Cdigo Civil: Empres-rio (antiga Firma Individual - FI) e Sociedade Empresarial Limitada(antiga Limitada Ltda).

Cabe ressaltar que os dados apurados para Belo Horizonte foramextrados da pesquisa nacional, tendo sido os mesmos agregados amostra complementar realizada nos municpios selecionados peloSEBRAE/MG.


35/40

35


TTTTTABELA

ABELA

ABELA

ABELA

ABELA

26

26

26

26

26


36/40

36


1.3. Rastreame1.3. Rastreame1.3. Rastreame1.3. Rastreame1.3. Rastreamentontontontonto:executado junto s empresas e aos scios, por meiode vrias tentativas, tais como: telefone, servio de auxlio listatelefnica, visita in loco, na vizinhana e no endereo do scio,

sendo desconsideradas as empresas que no chegaram a funcionar(9 casos).

No que se refere aos procedimentos de busca das empresas, observa-se, na tabela a seguir, que foram efetuadas ao todo 1.837 tentativaspara localizao das 735 empresas selecionadas na amostra, commaiores incidncias para a ida ao local de funcionamento da empresa(38% do total), contatos pelo telefone do estabelecimento (27%) e son-dagem na vizinhana (20%).

A partir desses levantamentos, surgiram trs tipos de situao: 1) empresasem atividade; 2) empresas extintas; 3) empresas que no chegaram a funcionare que foram desconsideradas nos resultados.

1.4. Critrio adotado para efeito de clculo1.4. Critrio adotado para efeito de clculo1.4. Critrio adotado para efeito de clculo1.4. Critrio adotado para efeito de clculo1.4. Critrio adotado para efeito de clculodas taxas de mortalidadedas taxas de mortalidadedas taxas de mortalidadedas taxas de mortalidadedas taxas de mortalidade

O critrio adotado para efeito de clculo das taxas de mortalidade, paracada um dos anos de interesse, o representado na Tabela 28, ressaltando que,para a obteno da taxa de mortalidade empresarial para o Brasil, foram efetu-

adas ponderaes.

TTTTTABELAABELAABELAABELAABELA2727272727Procedimentos de busca/localizao da empresa mineira


37/40

37


Fon

te:

Fon

te:

Fon

te:

Fon

te:

Fon

te:Pesquisa

diretaSEBRAE/MG

TTTTTABELA

ABELA

ABELA

ABELA

ABELA

28

28

28

28

28

C

lcu

lodataxa

demorta

lida

de,segun

doasituaodasempresas

rastrea

dasnoEsta

do

deM

inasGeraisenasregies

doPas


38/40

38


Aplicao dos questionrios estruturados atravs de entrevistas em profun-didade a empresas encontradas dos grupos citados nos itens 1 e 2 anterior-mente referidos, visando levantar questes que pudessem suscitar a possibilidadede verificao das diferenas existentes entre ambos quanto aos fatores quedeterminaram a sobrevivncia ou a extino da atividade empresarial.

2.1. Instrumentos de coleta de dados2.1. Instrumentos de coleta de dados2.1. Instrumentos de coleta de dados2.1. Instrumentos de coleta de dados2.1. Instrumentos de coleta de dados:questionrios com respostas esti-muladas (utilizao de cartelas) e espontneas, visando caracteriza-o das empresas, a identificao do perfil do administrador (scio-gerente) pesquisado, alm de um bloco de informaes sobregerenciamento da empresa, dificuldades na conduo das atividades,fatores de sucesso e reas de conhecimento mais importantes, suges-tes de medidas de polticas pblicas e alguns indicadores econmi-cos. Tambm foram enfocados pontos relativos utilizao de produ-tos SEBRAE e o grau de utilidade dos mesmos.

22222.2. Coleta de campo.2. Coleta de campo.2. Coleta de campo.2. Coleta de campo.2. Coleta de campo:foi executada por pesquisadores arregimentadose treinados, comprovada por meio de averiguaes junto a umaamostra de 20% (vinte por cento) do total de entrevistas de cadapesquisador; e

2.3. Tratamento dos dados2.3. Tratamento dos dados2.3. Tratamento dos dados2.3. Tratamento dos dados2.3. Tratamento dos dados:digitao e tabulao por meio de softwareespecfico de pesquisa, sendo elaborado plano tabular com os cruza-mentos desejveis entre variveis dependentes.

2. Segunda etapa2. Segunda etapa2. Segunda etapa2. Segunda etapa2. Segunda etapa


39/40

39



40/40

Documents

Relatorio Pesquisa Mortalidade Minas