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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MÁRCIO ROBERTO ABRANCHES SILVA KHAELL ANDRADE KERSUL DE OLIVEIRA BLOGS DE JORNALISMO CIDADÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS. MOGI DAS CRUZES 2008

Relatório PPM - iNFODIGIT@L - Jornalismo Interativo

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

MÁRCIO ROBERTO ABRANCHES SILVA

KHAELL ANDRADE KERSUL DE OLIVEIRA

BLOGS DE JORNALISMO CIDADÃO E SUAS

CONSEQUÊNCIAS.

MOGI DAS CRUZES

2008

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MÁRCIO ROBERTO ABRANCHES SILVA KHAELL ANDRADE KERSUL DE OLIVEIRA

BLOGS DE JORNALISMO CIDADÃO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Trabalho de Produtos e Processos Midiáticos apresentado ao curso de jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes. Relatório inicial.

Prof.ª Orientadora: Drª Luci Bonini

MOGI DAS CRUZES

2008

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Índice

1. Epígrafe 3

1.2 Introdução 4

2. Evolução: O advento da Internet 5

2.1 Jornalismo digital: Derivações 7

2.2 Casos de jornalistas, seus blogs e objetivos 9

3. Aspectos jurídicos na legislação vigente relativos ao jornalismo digital 12

3.1 Regulamentação profissional específica 13

3.2 Opinião pública: Qual o valor de um diploma? 11

3.3 Análise de mercado: Os blogs em foco. 12

4. Considerações finais. 16

5. Referências bibliográficas. 17

6. Anexos. 18

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1. Epígrafe

"Blogueiros e jornalistas são coisas tão diferentes que nem deviam ser

discutidas"

– Bruna Calheiros (blog Smelly Cat, em Revista Imprensa, 2008)

“É feia a crise. Estou convencido de que donos de jornal e jornalistas

compartilham o firme propósito de acabar com os jornais. Ou então são burros.

Até admito que acabar com os jornais não seja a real intenção deles. Quando

nada porque os donos ficariam sem seus negócios e os jornalistas, sem seus

empregos.”

– Ricardo Noblat (A arte de fazer um jornal diário, 2002)

“A essência do jornalismo é a disciplina da verificação”

– Tom Rosentiel & Bill Kovach (Elementos do Jornalismo, 2004)

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1.1 INTRODUÇÃO

O tema ―BLOGS DE JORNALISMO COLABORATIVO E SUAS CONSEQUÊNCIAS‖ justifica-se em virtude da preocupação na área do jornalismo-colaborativo, ou jornalismo-cidadão, por via dos blogs para fins noticiosos em crescimento constante, credibilidade dos mesmos, seus rumos e impacto no jornalismo impresso. Temos como objetivo averiguar o posicionamento do futuro profissional

de jornalismo em meio a esta torrente de mudanças, apontando, desde

que sejam relevantes, algumas referências de sucessos e fracassos

durante este processo de transição de meios midiáticos.

Um dos nossos objetos de pesquisa é considerar qual a importância do

diploma jornalístico, no novo mercado de trabalho.

Nortearão esta pesquisa os autores:

Mark Briggs (2008), Bill Kovach & Tom Rosentiel (2004), Pollyana

Ferrari (2003), Ricardo Noblat (2005), Alex Fernando Teixeira Primo e

Marcelo Träsel (2003), Sérgio Abranches (2008).

Para atingir os objetivos desta pesquisa, utilizar-se a metodologia de

busca referenciada, com citações diretas e indiretas. Abrange a área

literária impressa e digital, dando preferência a fontes oficiais. Contamos

com o acompanhamento de trâmites jurídicos relativos à qualificação e

exigência de formação superior para o exercício do ofício jornalístico.

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2. Evolução: O advento da internet.

Em seu surgimento (1975) era denominada ARPANET. Tinha como

finalidade a comunicação de uso militar norte-americano. Aos poucos o

acesso público, especificamente acadêmico, foi tornando-se comum,

assim marcando uma revolução nos conceitos de comunicação. Ainda

na atualidade, ela mantém sua principal característica: manter o fluxo

constante de informações.

Podemos acompanhar mudanças de formatos, meios de acesso e o

surgimento de inúmeras ferramentas, com múltiplas aplicações.

Salas de bate-papo, comunicadores instantâneos, ferramentas de

busca, paginas de compartilhamento de arquivos (sejam vídeos,

imagens, áudio, aplicativos, entre outros). Porém, uma ferramenta que

vem ganhando popularidade é o Blog, no qual daremos maior ênfase

durante o decorrer desta pesquisa.

O termo Blog tem origem na contração da expressão Weblog, que seria um diário online que permite interatividade entre o emissor (escritor) e receptor (leitor). Como é natural na internet, temos uma via de duas

mãos na comunicação, onde os papéis se agregam, sendo o emissor também receptor.

“Hoje não há mais receptores. O processo de comunicação se dá em mão

dupla: transmissão e recepção direta, pela web. Seja por blogs, fotologs,

sites de colaboração, como a Wikipédia ou o Digg. “Os jovens que criam

blogs, por exemplo, têm o ideal de virar celebridades, ganhar

reconhecimento. Para eles, aquela mídia antiga, inalcançável, já não

existe mais. As gerações antigas queriam se ver na TV e não podiam. “As

novas, pela internet, podem”. 1

1 Ana Maria Brambilla, pesquisadora em comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

ao Jornal O Estado do Paraná, do dia 03/02/2008.

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Podemos constatar também que este fato origina-se na necessidade de identificação com a fonte de informação, criando um vinculo mais pessoal com o emissor, diz José Calazans, pesquisador do IBOPE Inteligência:

“O jovem está muito preocupado em participar de uma comunidade

virtual, com pessoas que compartilhem dos mesmos gostos”.

“Ele confia muito mais nos membros desse grupo do que em jornais, por

exemplo. Por isso busca informações em blogs.”

Segue um gráfico com os índices de utilização:

Podemos ver que a utilização em países de maior poder econômico tende a apontar determinada paridade com sua realidade socioeconômica. O desenvolvimento tecnológico reflete diretamente nestes números. Para o mercado, estes indicadores são primordiais, criando uma nova metodologia de empregabilidade. Conforme a tecnologia evolui, adicionam-se novas atribuições e exigências de conhecimentos específicos aos profissionais em geral. Segue esta tendência, o jornalismo em questão. Vários profissionais e empresas de comunicação integraram em suas plataformas institucionais os meios digitais disponíveis pela internet. Segundo Pollyana Ferrari, em seu livro Jornalismo Digital (2006), afirma que:

“Para o pensador francês Pierre Lévy, o ser humano é preguiçoso e gosta

de ter acesso fácil a tudo que precisa. No livro cibercultura, ele expõe

dois tipos de navegantes na internet: os que procuram uma informação

específica e os que navegam interessados por um assunto, mas prontos a

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desviar a qualquer instante para links mais interessantes – sendo estes

últimos chamados por ele de navegantes “de pilhagem”, o que me faz

chegar à conclusão de que esta é a navegação típica dos leitores dos

portais”.

Assim, ela justifica por qual motivo as empresas de jornalismo estão migrando para a internet. A margem de ―navegantes de pilhagem‖ é atrativa para geral lucro aos empresários, porém outra parte do mercado também está interessada nestes números, os blogueiros sem formação jornalística, que sem os conhecimentos acadêmicos específicos, abordam a internet com inúmeras notícias. No capítulo 3 abordaremos os aspectos legais relevantes ao exercício do oficio jornalístico e quais atribuições são determinadas pela legislação vigente.

2.1 Jornalismos Digitais: Derivações

No artigo ―Webjornalismo participativo e produção aberta de notícias 2‖ os autores citam que:

“Por outro lado, novas formas de participação vêm sendo oferecidas no

webjornalismo, chegando ao limite de ampla e irrestrita redação e edição

por parte de qualquer pessoa com acesso à rede. Abre-se, assim, espaço

para a interação mútua (Primo, 2004), na qual o desenvolvimento do

processo interativo é negociado entre os participantes. Neste caso, o

relacionamento desenvolvido entre os interagentes têm um impacto

recursivo sobre a interação, seus participantes e produtos.”

Porém, aquele indivíduo que tem acesso a internet crê que possuindo a

informação e repassando-a através do blog, ele obtém o titulo de

repórter cidadão.

“A cada minuto são criados mais dois blogs no mundo, somando-se aos

outros 112,8 milhões que povoam a rede, segundo dados de agosto de

2008 da empresa de busca e medição Technorati, uma das mais

respeitadas na internet. A mesma entidade havia detectado cerca de 4

milhões de blogs no final de 2004. Ou seja, em apenas quatro anos, a

2 PRIMO, Alex; TRÄSEL, Marcelo Ruschel. Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias.

Contracampo (UFF), v. 14, p. 37-56, 2006.

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chamada "blogosfera" cresceu 2.720%. Diante de números assim, há

quem defenda que novas mídias como essa exercerão cada vez mais o

papel de informação e entretenimento antes restritos aos veículos de

massa, detentores de grandes audiências, equipe profissionalizada, e

tradição histórica, como os jornais impressos e a televisão. Desse

complexo panorama de transformações surge uma analogia entre as

mídias tradicionais e digitais e, conseqüentemente, uma irrefreável

indagação: o blogueiro é o novo jornalista?” 3

Temos atualmente 10 tipos principais de blogs, são eles:

1. Blogs de tecnologia;

2. Blogs de monetização, rentabilização e SEO (buscam e

apresentam formas de lucros através de blogs);

3. Blogs autorais (conteúdo poético, pessoal, elaboração de

crônicas, contos, crítico e opinativo);

4. Blogs de downloads, com conteúdo de jogos, sejam

estes online ou para baixar, pornográfico, hypes

(promoção extrema de uma pessoa, idéia ou produto),

disseminação de programas maliciosos e vírus em geral.

5. Blogs monotemáticos;

6. Blogs jornalísticos;

7. Blogs de curiosidades;

8. Blogs de especialistas (tem em foco uma área

determinada, preferencialmente a de formação do seu

autor);

9. Blogs generalistas (abrangem várias áreas e não tem um

estilo definido);

10. Blogs linkadores (blogs que redirecionam através de

links para blogs de terceiros, dos quais são parceiros) 4

3 RIBEIRO, Igor; TEIXEIRA - Fabrício; Revista Imprensa, Ed. 238, 09/2008.

4MALTA, Isaias; Os 10 tipos de blogs mais representativos da blogosfera - Blog Viamão Lotado , 29/09/2008.

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2.2 Casos de jornalistas, seus blog e objetivos.

Quais os atributos que este dito ―repórter cidadão‖ tem que possam

garantir uma maior apuração dos fatos antes do lançamento da notícia?

No livro Jornalismo 2.0, o autor Mark Briggs, cita que em dezembro de

2006, o Cincinnati Inquirer utilizou o método de reportagem distribuída

para medir a audiência pública com relação a uma nova lei de proibição

de fumar. Gregory Korte, repórter investigativo, descreveu em seu blog:

“Fumante ou não fumante, você provavelmente vai querer saber que

bares, restaurantes e boliches de Ohio estão obedecendo à nova

proibição de não fumar – e quais estão ignorando. E nós vamos lhe

contar. Mas como existem 1488 bares e restaurantes, apenas no condado

de Hamilton, é difícil visitar todos eles. Este é um bom exemplo de por

que o The Inquirer, assim como todos os jornais da cadeia Gannett, estão

embarcando numa experiência que poderíamos chamar de

„crowdsourcing‟. Nós pedimos a você que nos ajude a escrever a

reportagem contando o que está acontecendo em todos os lugares aonde

não podemos ir.”5

Neste caso, podemos ver que a iniciativa de promover a informação de forma diferenciada gerou a interação entre os leitores e o jornalista. É um referencial direto da resposta entre comunicador e seu público alvo sem intermediários. Mas atualmente aquilo que era para ser a ferramenta tornou-se a arma, já que seu uso é aberto, criando uma sobrecarga de informações, na maior parte, não apuradas devidamente. Este desencontro causa conflitos inadmissíveis, através de imagens montadas com uso de aplicativos específicos (ex: Adobe Photoshop), falta de fiscalização eficiente das fontes, mediante a facilidade a criação de um email e perfil sem critérios que possam efetivamente auxiliar na identificação dos usuários, tanto por parte dos provedores de serviços quanto por parte dos órgãos reguladores e poder executivo. Estas falhas abrem brechas para todo tipo de fraudes. Quando temos uma sociedade continuamente com ―sede de informações‖ e sem tempo para apurá-las, a situação tem um agravante evidente.

5 BRIGGS, Mark. Jornalismo 2.0 – Como sobreviver e prosperar. Knight Citizen News Network,

P. 50, 2007.

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Segundo estudos do IBGE, entre 1999 e 2006, houve um aumento de 178% da oferta de provedores locais de internet. Isto evidencia que o mercado já captou esta tendência e as empresas investem pesado na área que lha oferece mais lucro. Informação sem necessidade de material gráfico impresso, de custo muito inferior, lógicamente torna-se a melhor opção. Como o dito popular: ―A pressa é inimiga da perfeição!‖ pode refletir de maneira tão simplista a realidade da maior parte da população? A partir do momento em que encontramos pessoas que preferem a

pesquisa rápida e irrestrita via internet ao invés de ler um livro, jornal

impresso, revista especializada.

Neste aspecto, o hábito de leitura tem grande influência, onde a falta

deste pode ser apontado diretamente como causador do padrão

comportamental que acompanhamos em várias camadas da sociedade.

Será que a oferta e procura tem tanta ênfase nas prioridades do individuo ou grupo social, que a rapidez tomou conta do bom senso?

Nunca na história da humanidade, após a inclusão do conceito de

propriedade intelectual, o conteúdo criado por terceiros, com direitos

autorais devidamente registrados, foram tão livremente distribuídos,

copiados e indiscriminadamente utilizados. Até o conceito de

propriedade começa a ser mais flexibilizado, como no caso de algumas

licenças da Creative-Commons, que visam o compartilhamento irrestrito.

Segue o gráfico da enquete realizada pelo Portal Imprensa, onde eles

questionam o fato do blogueiro ser considerado apto para exercer a

função de jornalista:

Fonte: Portal IMPRENSA – Enquetes: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/enquetes/index.asp

A enquete iniciou em 10/2008 – Dados coletados em 02/10/2008

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Temos o exemplo da UOL, que durante o acidente da TAM em

Congonhas, em 18/07/2007, publicou sem efetuar nenhuma verificação

uma foto de uma pessoa, vulgo sobrevivente desesperado da tragédia,

que estaria se atirando do meio das chamas causadas pela colisão do

avião com o edifício da mesma empresa (TAM).

Compare as imagens:

Montagem Original

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Este foi o resultado de uma postagem do UOL: ―Tirou foto do acidente

de Congonhas? Envie‖, onde os mesmos estimularam os leitores a

colaborar de maneira irrestrita, no qual gerou uma demanda fora do

controle de informações e em meio a esta enxurrada de dados, passou

esta montagem despercebida.

Se os próprios jornalistas formados que trabalham na UOL deixaram

passar algo assim, o que uma pessoa sem a formação necessária

poderia fazer?

Assim podemos ver que o caos aéreo também foi causado por falhas na

comunicação.

Mas temos blogs positivos, que contribuem a melhoria da educação,

como no exemplo do EduBlogosfera, que mantém cadastros de blogs de

professores de todas as partes do Brasil, classificados por área.6

3. Aspectos jurídicos na legislação vigente relativos ao jornalismo

digital.

“Entende-se que da mesma forma que os médicos têm a função de cuidar da saúde da nação, a responsabilidade da imprensa deve ser vigiada e zelada. Esta questão toca no âmago da ética do jornalismo. Além disso, a jurisdição está pronta para conhecer, processar e julgar os crimes cometidos pela imprensa. Necessariamente, a grande questão está na forma com que são veiculadas as informações, pois, as denúncias devem ser verdadeiras e que versem sobre fatos relevantes e de interesse público.”7

Aqui Laner indica qual a importância da formação, os direitos do cidadão adquiridos por meio desta e as implicações jurídicas referentes ao mau uso da liberdade de expressão.

6 http://edublogosfera.blogspot.com/2008/01/sobre-o-edublogosfera.html 7 Vinícius Ferreira Laner, 10/2000

Jornalista, advogado, Mestre em Direito e professor na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), para o site

Jus Navigandi: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=146

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Histórico:

Período do Império: Carta de Lei de 2 de outubro de 1823.

Inicio da República: Lei nº 2.183 de 12 de novembro de 1953

Ditadura Militar: Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967 revoga a anterior e é utilizada até hoje.

Constituição Federal de 1998, a Lei 5.250/67 sofre varias alterações, sendo as principais:

Legitimação das liberdades de expressão, informação e de imprensa, que se encontra no Título VII, Capítulo V, Da Comunicação Social, artigos 220 a 224 da Constituição Federal de 1988. O capítulo em questão inscreve normas de comunicação coletiva, extingue a censura, insere o direito de resposta, além do dever de informar e o direito de ser informado. 8

3.1 Regulamentação profissional específica.

Este é um trecho da medida cautelar que garante o efeito suspensivo do

recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público Federal para

evitar os efeitos da decisão do acórdão que determina a exigência de

diploma e registro no ministério do trabalho, até o julgamento do referido

recurso pelo Superior Tribunal Federal. Está citando que, se faz a

qualificação profissional do jornalista obrigatória:

“7. O inciso XIII do art. 5º da Constituição Federal de 1988 atribui

ao legislador ordinário a regulamentação de exigência de

qualificação para o exercício de determinadas profissões de

interesse e relevância pública e social, dentre as quais,

notoriamente, se enquadra a de jornalista, ante os reflexos que

seu exercício traz à Nação, ao indivíduo e à coletividade.” 9

Vale lembrar que até o presente momento, esta ação encontra-se em

tramite de 2ª instancia, podendo haver recursos posteriores.

8 Vade Mecum, Ed. Saraiva, 25ª Ed, 2008. 9 www.stf.gov.br, em MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO, 03/10/2008 às

16h10m.

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3.2 Opinião pública: Qual o valor de um diploma?

A pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, divulgada no último dia 22,

em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), registra

que a maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma

para o exercício da profissão de jornalista. Dos dois mil entrevistados

em todo Brasil, 74,3% se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e

11,7% não souberam ou não responderam.

A Pesquisa CNT/Sensus também elaborou uma pesquisa relacionada à

criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Este seria um órgão

regulamentador, equivalente a OAB e o CREA.

74,8 % acham que o Conselho deveria ser criado;

8,3% que não deveria ser criado;

6,5% depende;

10,4% não sabem ou não responderam.

3.3 Analise de mercado: Os blogs em foco.

Segundo a pesquisa feita pelo IBOPE\NetRatings, publicada em

01/10/2008, o número de usuários residenciais da internet totalizou 24,3

milhões em agosto, significando um aumento de 26,1% com relação ao

mesmo mês do ano anterior.

Lembrando o novo contexto de comunicação que a internet conduz, de haver comunicação direta interativa, o interesse vem crescendo rapidamente e fazendo com que a apuração destas informações seja cada vez mais dificultada, perante a demanda elevada de informações trocadas a cada segundo. Os empresários fazem destes números, lucros com publicidade digital.

“De acordo com pesquisa do Comitê Gestor da internet no Brasil,

divulgada no início de abril, cerca de 40 milhões de brasileiros utilizam a

rede regularmente. Deste total, 64% participam de sites de comunidades

e 13% criam ou atualizam blogs.” 10

10

IBOPE, Web 2.0 é nova fonte de insights para pesquisa de mercado, 04/2008.

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Podemos ver que, ao passar dos anos a tendência em buscar a informação de fácil acesso vem crescendo. Os blogs tornam-se ferramentas de marketing, onde oferecem maiores possibilidades de vendas por número de visualizações, segundo o estudo elaborado pelo site Technorati, que mede as alterações dentre os blogs e o nível de acesso:

Blogs: 77,7 milhões de visitantes únicos nos os E.U. Facebook: 41,0 milhões Myspace 75,1 milhões 94,1 milhões de leitores de blogs em 2007 - E.U. (50% dos utilizadores da

Internet) E.U. 22,6 milhões de blogueiros em 2007 (12%) 184 milhões de WW ter começado um blog | 26.4 E.U. 346 milhões de WW ler blogs | 60,3 E.U. 77% dos internautas ativos lendo blogs

Lembrando dos blogs de monetização, rentabilização e SEO, sabemos

que existem inúmeras formas de obter lucros através da internet:

“Não é de hoje, os blogs mostram um poder de influência cada vez

maior na mídia. A novidade agora é sua classificação perante aos

demais meios de comunicação. De acordo com anúncio "O Estado

da Blogosfera", da Technorati (empresa que desenvolve engine de

mecanismo de busca desses tipos de sites), afirmou que os blogs

viraram agora "mainstream". De acordo com o estudo, são mais de

37 mil posts por hora, com páginas cada vez mais lucrativas.11

11

AMARAL, Bruno; Blogs dão lucro sim!- 24/08/2008 – coletado dia 05/10/0228 às 11h00min de

http://pcmag.uol.com.br/conteudo.php?id=188.

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4. Considerações finais.

Como dito anteriormente e confirmado pelas declarações e exemplos

anexos, se for elaborado por profissional certificado em jornalismo,

enquadra-se em efeito de conteúdo noticioso.

Confiabilidade é base de tudo!

Fazer jornalismo não é apenas contar com a audiência e números, mas

também ser responsável e ético, declarando apenas os fatos apurados

com precisão e mantendo o respeito com aquele que recebe este

conteúdo, o público.

Mediante aos pontos abordados durante nossa pesquisa, vimos que a

sociedade não toma conhecimento deste fato por interesse das

empresas de comunicação.

Pesquisamos com afinco em busca de notas em grandes veículos de

comunicação, sejam quaisquer meios disponíveis.

Até o presente momento, somente nos meios digitais e impressos

(livros de defesa da classe, livros de ética jornalística e de meios

digitais) que encontramos material relacionado ao fato.

Nos veículos de comunicação de maior abrangência, como emissoras

de TV e rádiodifusoras, nada foi citado, ainda às vésperas da decisão da

obrigatoriedade do diploma de curso superior em jornalismo.

Os números do crescimento dos blogs apresentados anteriormente

levam a crer que, segundo a própria Fenaj, os empresários de

comunicação estão tentando financiar a produção de seus veículos a

baixo custo.

Convenhamos que, como o indivíduo busca por um serviço específico

com relação as suas necessidades. Ele espera que o mesmo serviço

seja de qualidade. Esta qualificação provém de atributos relativos à

formação daquele que oferece tal serviço. Se a formação for básica, o

serviço refletirá diretamente.

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Não é diferente em qualquer área. Seja na saúde, educação, segurança,

transporte, alimentação e INFORMAÇÃO. As penalidades para o uso

indevido do direito a liberdade de expressão, neste caso em específico,

estão previstos na Lei nº 5250/67, Artigos 12 e 16.

Os blogs para fins jornalísticos devem ser de uso exclusivo de pessoas

qualificadas, fazendo referencia ao Artigo 5º, inciso XIII da Carta Magna.

―Segundo os dados apresentados anteriormente e na lei nº 9279/96, art.

195, inciso III: Comete o crime de concorrência desleal quem emprega

meio fraudulento para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de

outrem‖, apuramos que os blogs, segundo esta nova regulamentação,

configuram uma forma de concorrência desleal quando não utilizados

por um jornalista formado.

Todo futuro e atual jornalista tem o direito ao trabalho. Estudamos muito

para obter o devido conhecimento e conseqüentemente seu título

referido, portanto, é mérito o direito a exigência de formas de

regulamentação que garantam estes fins.

5. Referencias bibliográficas:

FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. 3ª edição. – São Paulo: contexto, 2006

BRIGGS, Mark. Jornalismo 2.0 – Como sobreviver e prosperar. Knight Citizen News Network, P. 50, 2007.

PRIMO, Alex; TRÄSEL, Marcelo Ruschel. Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias. Contracampo (UFF), v. 14, p. 37-56, 2006.

SARAIVA, Editora. Vade Mecum, Ed. Saraiva 25ª Ed, 2008.

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6. Anexos

Anexo - Medida Cautelar em Ação Cautelar 1.406-9 São Paulo

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO

RELATOR: MIN. GILMAR MENDES

REQUERENTE(S): PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

REQUERIDO (A/S): UNIÃO

ADVOGADO (A/S): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

REQUERIDO (A/S): FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS — FENAJ E

OUTRO (A/S)

ADVOGADO (A/S): JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES

DECISÃO: Trata-se de ação cautelar, ajuizada pelo Procurador-Geral da República,

na qual pleiteia a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário já

admitido no tribunal de origem (fl. 8).

MPF, determinando que a União, ―em todo o país, não mais exija Segundo consta

do relato da petição inicial, ―o Ministério Público Federal ajuizou a Ação Civil Pública

n° 2001.61.00.025946-3, perante a 16ª Vara Cível de São Paulo, com pedido de

antecipação de tutela, objetivando fosse a União condenada a se abster de registrar

ou fornecer número de inscrição no Ministério do Trabalho para os diplomados em

jornalismo, bem como fosse declarada a desnecessidade do registro e inscrição para

o exercício da profissão de jornalista‖ (fls. 2-3).

O Juízo Federal julgou parcialmente procedente o pedido do o diploma de curso

superior em Jornalismo para o registro no Ministério do Trabalho para o exercício da

profissão de jornalista, informando aos interessados a desnecessidade de

apresentação de tal diploma para tanto, bem assim que não mais execute

fiscalização sobre o exercício da profissão de jornalista por profissionais desprovidos

de grau universitário de Jornalismo, assim como deixe de exarar os autos de

infração correspondentes‖ (fl.125).

Essa decisão foi reformada em acórdão proferido pela 4a Turma do Tribunal

Regional Federal da 3a Região no recurso de apelação n° 2001.61.00.025946-3,

cuja ementa possui o seguinte teor:

―CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. REQUISITOS

PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA. LEGITIMIDADE ATIVA

DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. FENÔMENO DA RECEPÇÃO. VIA

ADEQUADA. MATÉRIA EMINENTEMENTE DE DIREITO. JULGAMENTO

ANTECIPADO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO

NECESSÁRIO COM OUTROS SINDICATOS. DECRETO-LEI N. 972/69.

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RECEPÇÃO FORMAL E MATERIAL PELA CARTA POLÍTICA DE 1988. EXIGÊNCIA

DE CURSO SUPERIOR DE JORNALISMO. AUSÊNCIA DE OFENSA À

LIBERDADE DE TRABALHO E DE IMPRENSA E ACESSO À INFORMAÇÃO.

PROFISSÃO DE GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL QUE EXIGE QUALIFICAÇÃO

TÉCNICA E FORMAÇÃO ESPECIALIZADA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À

CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS.

1. Legitimidade do Ministério Público Federal para propor ação civil pública, ante o

interesse eminentemente de ordem social e pública, indo além dos interesses

individuais homogêneos do exercício da profissão de jornalista, alcançando direitos

difusos protegidos constitucionalmente, como a liberdade de expressão e acesso à

informação.

2. Legítima e adequada à via da ação civil pública, em que se discute a ocorrência

ou não do fenômeno da recepção, não se podendo falar em controle de

constitucionalidade.

3. Havendo prova documental suficiente para formar o convencimento do julgador e

sendo a matéria predominantemente de direito, possível o julgamento antecipado da

lide.

4. Todos os Sindicatos da categoria dos jornalistas são legitimados a habilitarem-se

como litisconsortes facultativos, nos termos do § 2º do art. 5º da Lei nº 7.347/85. Não

configuração de litisconsórcio necessário.

5. A vigente Constituição Federal garante a todos, indistintamente e sem quaisquer

restrições, o direito à livre manifestação do pensamento (art. 5º, IV) e à liberdade de

expressão, independentemente de censura ou licença (art. 5º, IX). São direitos

difusos, assegurados a cada um e a todos, ao mesmo tempo, sem qualquer barreira

de ordem social, econômica, religiosa, política, profissional ou cultural. Contudo, a

questão que se coloca de forma específica diz respeito à liberdade do exercício de

qualquer trabalho, ofício ou profissão, ou, simplesmente, liberdade de profissão. Não

se pode confundir liberdade de manifestação do pensamento ou de expressão com

liberdade de profissão. Quanto a esta, a Constituição assegurou o seu livre

exercício, desde que atendidas às qualificações profissionais estabelecidas em lei

(art. 5º, XIII). O texto constitucional não deixa dúvidas, portanto, de que a lei

ordinária pode estabelecer as qualificações profissionais necessárias para o livre

exercício de determinada profissão.

6. O Decreto-Lei n. 972/69, com suas sucessivas alterações e regulamentos, foi

recepcionado pela nova ordem constitucional. Inexistência de ofensa às garantias

constitucionais de liberdade de trabalho, liberdade de expressão e manifestação de

pensamento. Liberdade de informação garantida, bem como garantido o acesso à

informação. Inexistência de ofensa ou incompatibilidade com a Convenção

Americana Sobre Direitos Humanos.

7. O inciso XIII do art. 5º da Constituição Federal de 1988, atribui ao legislador

ordinário a regulamentação de exigência de qualificação para o exercício de

determinadas profissões de interesse e relevância pública e social, dentre as quais,

notoriamente, se enquadra a de jornalista, ante os reflexos que seu exercício traz à

Nação, ao indivíduo e à coletividade.

8. A legislação recepcionada prevê as figuras do provisionado e do colaborador,

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21

afastando as alegadas ofensas ao acesso à informação e manifestação de

profissionais especializados em áreas diversas.

9. Precedentes jurisprudenciais.

10. Preliminares rejeitados.

11. Apelações da União, da FENAJ e do Sindicato dos Jornalistas providas.

12. Remessa oficial provida.

13. Apelação do Ministério Público Federal prejudicada. ‖

Contra essa decisão, o Ministério Público Federal interpôs recurso extraordinário,

alegando a violação aos artigos 5º, incisos IX e XIII, e 220, da Constituição Federal e

sustentando que o Decreto-Lei n° 972/69, que estabelece os requisitos para o

exercício da profissão de jornalista, não foi recepcionado pela ordem constitucional

instaurada em 1988.

Assim, afirma que ―a presente cautelar, que visa à obtenção de efeito suspensivo ao

recurso, tem como escopo garantir efetividade ao recurso extraordinário interposto

pelo Ministério Público Federal e evitar a ocorrência de graves prejuízos àqueles

indivíduos que, em razão da tutela antecipada, confirmada em posterior sentença

monocrática, estavam a exercer a atividade jornalística, independentemente de

registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior específico‖ (fl. 3).

Decido.

O recurso extraordinário ao qual se requer a concessão de efeito suspensivo discute

matéria de indubitável relevância constitucional, especificamente, a interpretação do

art. 5º, inciso XIII, da Constituição, o qual dispõe que ―é livre o exercício de qualquer

trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei

estabelecer‖.

Não se pode negar que o tema envolve, igualmente, a interpretação do art. 220 da

Constituição, o qual dispõe que: ―A manifestação do pensamento, a criação, a

expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão

qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º — Nenhuma lei

conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação

jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art.

5o, IV, V, X, XIII e XIV.

A questão constitucional também é objeto do RMS n° 24.213/DF, Rel. Min. Celso de

Mello, cujo julgamento foi afetado ao Plenário desta Corte.

O tema referente ao âmbito de proteção e as conformações e limitações legais do

direito fundamental à liberdade de profissão e, dessa forma, a questão quanto à

recepção ou não do Decreto-Lei n° 972/69 pela Constituição de 1988, foram

amplamente debatidos nas instâncias inferiores.

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Verifico que o recurso extraordinário foi admitido no tribunal de origem (fl. 8) (Súmula

n° 634 do STF).

Quanto à urgência da pretensão cautelar, entendo como suficientes as ponderações

do Procurador-Geral da República no sentido de que ―um número elevado de

pessoas, que estavam a exercer (e ainda exercem) a atividade jornalística

independentemente de registro no Ministério do Trabalho de curso superior, por

força da tutela antecipada anteriormente concedida e posterior confirmação pela

sentença de primeiro grau, agora se acham tolhidas em seus direitos,

impossibilitadas de exercer suas atividades‖ (fls. 5-6).

Ante o exposto, ad referendum da Turma, defiro a medida cautelar e concedo o

efeito suspensivo ao recurso extraordinário, tal como pleiteado pelo Procurador-

Geral da República.

Publique-se.

Comunique-se.

Brasília, 16 de novembro de 2006.

Ministro GILMAR MENDES

Relator

(fonte: www.stf.gov.br, em 03/10/2008 às 16h10m)

A Educação que nos sufoca

09.02.2007 ―Pedro pedreiro penseiro esperando o trem

Manhã parece, carece de esperar também

Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém...‖

(Chico Buarque – Pedro Pedreiro)

O Brasil já sabia que a crise da educação havia se agravado. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar) divulgada no ano passado mostrou que o número de crianças e jovens fora da escola havia aumentado em 2005. O número de jovens

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de 15 a 17 anos sem escola chegou a 18%. Aumentou, também, pela primeira vez em 14 anos, em 10%, o trabalho infantil. É reflexo direto de mudanças pouco criteriosas no bolsa-escola, ao ampliá-lo no contexto do bolsa-família. Agora o SAEB e o ENEM confirmam: caíram o desempenho e a freqüência nas escolas brasileiras. As ilhas – rasas – de qualidade que persistem estão no setor privado e em escolas federais – tipo colégio aplicação – que são de classe média e alta. Conclusão: aumentamos os privilégios, as desigualdades e condenamos milhões de crianças e jovens à pobreza de seus pais.

Chega a ser patético que um país que faz tanto escarcéu com sem-terras – apenas pessoas sem emprego urbano – aceite com tanta tranqüilidade a existência de sem-escolas, na idade de estudar. O historiador Warren Dean diz em seu livro A Ferro e Fogo, que um povo que pratica a escravidão como o Brasil praticou jamais cuidará de suas matas. O que dizer de uma sociedade que não se importa com a educação de suas crianças e seus jovens? Vai deixar fritar a Amazônia, apodrecer os pulmões dos moradores das grandes cidades, sempre em nome do direito ao desenvolvimento. Puro álibi. De fato, hipocrisia coberta de irresponsabilidade. Não existe desenvolvimento sem educação. Não existe crescimento sustentado e de qualidade, sem educação. Portanto, é conversa fiada das elites econômicas brasileiras, quando dizem que querem ver eliminados os entraves ao crescimento, porque estamos prontos para crescer e o governo não deixa. E é um blefe o pacote de aceleração do crescimento do governo, que chamou de PAC, tanto quanto o ajuntamento de projetos de cultivares, álcool e biodiesel, que chamou de ―biotecnologia‖. Nada disso existe sem educação e com a educação piorando, é o vôo de galinha mais caro da história do Brasil. O que isso tem a ver com meio ambiente? Tudo a ver. Educação perpassa todos os assuntos. Meio ambiente também. E os dois estão indissoluvelmente ligados. Não existe um escaninho para educação, como não pode haver para meio ambiente. Todas as escolhas que fazemos, todas as nossas ações constituem uma pegada ecológica. E todas as nossas escolhas e ações, dependem primariamente de nosso grau de educação e qualificação. Educação e meio ambiente estão presentes em qualquer pauta. Podemos não ver, descartar, desprezar. Mas isso não muda a realidade. Estão lá e farão seus efeitos. Quais as conseqüências diretas desse processo de degradação continuada da educação no Brasil? A primeira é geral e imediata: se a escola não consegue ensinar sequer a ler e fazer contas direito, ela certamente não está preparada para ensinar cidadania. E cidadania não é só conhecer seus direitos, é entender suas obrigações coletivas e com a sua própria pessoa. Com essa educação miserável, temos um processo de evolução negativa da sociedade. Uma série de círculos viciosos. A pobreza se reproduz. Não há como aumentar a produtividade ou fazer programas de qualidade. Não se consegue reduzir os acidentes de trabalho, nem os acidentes de trânsito, nem os acidentes ambientais. A baixa qualificação determina um nivelamento por baixo de nossos padrões de exigência, em todas as áreas. A enganação, a manipulação, o populismo, a demagogia e o clientelismo se tornam a norma no processo eleitoral e na vida política do país. Imaginem se vingasse essa

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tolice parafascista da democracia plebiscitária, comandada por um presidente em relação direta com a massa. Tudo isso tem custo, econômico, ambiental, social e pessoal que, se contabilizados, nos transformaria numa sociedade miseravelmente subdesenvolvida. E na mentalidade somos, sem dúvida, muito subdesenvolvidos mesmo. Quando se pronuncia a palavra desenvolvimento ou crescimento no Brasil, o que se está dizendo é enriquecimento, subsídio, privilégio, para os de sempre: os com-empresa, com-carteira, com-lobby, com-sindicato, com-ONG, com-máquina partidária, com-grupo, com-pistolão, com-igreja, com-reserva extrativista, com-movimento social. Aos despossuídos, o de sempre, também: mais despossessão. O desenvolvimento só chegará aos despossuídos, quando perder a referência material e a base de subsídios aos capitalistas e aos ―com-tudo‖ e investir na educação e qualificação dos filhos dos despossuídos. Esse era o truque embutido nas condicionalidades do bolsa-escola, onde deu certo: seja na administração tucana de Campinas, com José Roberto Magalhães Teixeira; seja na administração petista de Brasília, com Cristovam Buarque; seja na administração socialista de Belo Horizonte, com Célio de Castro. Desenvolver não é enriquecer os ricos e dar bolsa-família aos pobres. É desenvolver pessoas, para criar cidadãos responsáveis, qualificados para debater e deliberar sobre as escolhas coletivas, para trabalhar em empregos de qualidade. Esse investimento tem que começar pelos despossuídos, pelos elos mais fracos da cadeia social. Primeiro cuidar das crianças e dos jovens e, em primeiro lugar, não em último, daquelas mais pobres, para que possam tomar seus destinos em suas próprias mãos e forjar com elas a sua história futura, como protagonistas, inventoras, proprietárias de sua própria vida. Depois cuidar de marmanjo, se der. Aqui, se cuida dos marmanjos e nunca dá para cuidar das crianças despossuídas. Essa má educação nada produz se não uma população de baixa qualificação e a baixa qualificação está associada a atividades econômicas de péssima qualidade, degradantes muitas vezes, de baixo rendimento e que são negativas para o meio ambiente. As atividades que agregam valor, que fazem uma empresa e uma economia competitivas, que produzem produtos de qualidade e geram uma dinâmica sustentada e sustentável, exigem, todas, qualificação e qualificação continuada. Para entendermos a vida, o planeta, a interação positiva e negativa entre o ser humano e a terra, precisamos ter informação científica e, para isso, precisamos aprender a ler e entender o que lemos, fazer contas e resolver problemas, no tempo certo, na idade correta. É o mesmo requisito que as ocupações da nova economia do conhecimento, da era da comunicação exigem. Para termos ciência, tecnologia, biotecnologia, desenvolvimento, precisamos ter jovens qualificados para serem bons cientistas, tecnólogos e técnicos. Portanto, qualquer programa que não comece por uma reestruturação integral da infra-estrutura, qualidade e prioridades da educação, em todos os níveis, não passa de enganação, queimando o meu, o seu, o nosso dinheiro e a fumaça dessa queimada enriquece os de sempre, instalados nas pirâmides das federações empresariais construídas com dinheiro do sistema ―S‖, que deveria ser gasto exclusivamente em educação, nos sindicatos, nos partidos e

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em outras organizações que mobilizam suas ―bases‖, para inalar essa fumaça monetária para benefício próprio.

Para não dizerem que não vi. Houve uma pequena melhora no desempenho da 4a série do Primeiro Grau. Foi pífia e ainda cumprirá o papel negativo de servir de justificativa para essa complacência criminosa e para promessas vãs sobre o futuro imediato. O futuro imediato será mais medíocre que o presente, até que mudemos, no presente, para garantir melhores resultados no futuro. A justificativa de que falta renda e para isso precisamos crescer mais é falsa, tosca e desprezível. Com essa educação não diminuiremos a pobreza e não seremos uma Nação qualificada para enfrentar os desafios do século XXI. Um deles será a mudança climática global. Os pobres e as nações que têm muitos pobres são os que mais sofrerão com suas conseqüências.

A impressão que me dá, acompanhando a discussão sobre desenvolvimento, hoje, no Brasil – e as bobagens que se diz sobre emissões e desenvolvimento – é que estamos nos preparando para jogar de novo a copa do mundo de 1950 e ganhar. Mas vamos perder todas as copas do século XXI. Estamos treinando para o returno que já vem, que já vem, que não vem.

Sérgio Abranches – CBN Ecopolítica

Publicado em seu site ECO:

http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?pub

licationCode=6&pageCode=83&textCode=20822&date=currentDate&contentType=ht

ml

Revista Imprensa

Edição 238 – Setembro de 2008

Em meio a cobranças, blogueiros refutam a comparação de sua atividade com o jornalismo e destacam o poder da livre opinião como sua principal característica

A cada minuto são criados mais dois blogs no mundo, somando-se aos outros 112,8 milhões que povoam a rede, segundo dados de agosto de 2008 da empresa de busca e medição Technorati, uma das mais respeitadas na internet. A mesma entidade havia detectado cerca de 4 milhões de blogs no final de 2004. Ou seja, em apenas quatro anos, a chamada "blogosfera" cresceu 2.720%. Diante de números

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assim, há quem defenda que novas mídias como essa exercerão cada vez mais o papel de informação e entretenimento antes restritos aos veículos de massa, detentores de grandes audiências, equipe profissionalizada, e tradição histórica, como os jornais impressos e a televisão. Desse complexo panorama de transformações surge uma analogia entre as mídias tradicionais e digitais e, conseqüentemente, uma irrefreável indagação: o blogueiro é o novo jornalista?

"Blogueiros e jornalistas são coisas tão diferentes que nem deviam ser discutidas", afirma Bruna Calheiros, principal figura por trás do blog Smelly Cat, dedicado a curtas e longa-metragens em animação.” Apesar da assertividade da blogueira quanto à separação de universos e de sua formação em publicidade, sua página tem abordagem bastante informativa e é constantemente atualizada com as últimas novidades do gênero. Publicou diversos posts sobre o festival AnimaMundi, por exemplo, sem nada dever aos críticos mais tradicionais do setor. Bruna garante que não segue regras e nem pretende fazê-lo: "tenho meu tom, minha maneira e coloco minha personalidade nos textos". Mas ela pertence a um grupo de blogueiros que se propõem a tratar de certos assuntos tão bem quanto o faria um jornalista treinado para isso, quando não melhor.

É o que acontece, por exemplo, com o catarinense Rafael Ziggy, autor do SimViral, blog dedicado a marketing e publicidade. Ou com Nick Ellis, que faz de seu Digital Drops uma fonte confiável sobre gadgets e tecnologia. Ou ainda com Carlos Merigo, cujo blog Brainstorm #9 conta com programas sobre propaganda e cultura gravados de modo bastante profissional. Nenhum deles é jornalista, mas todos escrevem em quantidade e em qualidade, apuram muitas das notícias que publicam, editam textos e selecionam fotos e vídeos para acompanhá-los, entre outras coisas. Sim, fazem tudo isso com bastante personalidade, deixando clara a distância que têm da profissão jornalística. Mas trazem tanta atenção para si e para seus blogs que passam a ser mercadologicamente atraentes como se cuidassem de um jornal de verdade. Cynara Peixoto, que mantém a partir de Fortaleza o blog sobre tecnologia Mundo Tecno, vê com bons olhos o panorama. "É um mercado em franca expansão, que ainda merece mais atenção dos publicitários. A publicidade tem que ir para onde o público está", alerta. ―Diversos blogueiros acompanham o movimento e trocam informações sobre como fazer de sua página na internet uma fonte de lucro. Esperam atingir o grau de Ricardo Noblat, que ficou famoso na época do mensalão por furar o muro do jornalismo impresso com seu site - desde 2005 o blogueiro só vive de e pelo seu blog.”

IBOPE Inteligência detecta blogs e comunidades virtuais sobre finanças que apresentam elevado nível de atividade Na seção: IBOPE Inteligência,Notícias,Internet - Área: Notícias\Press Releases\2008 Data de publicação: 01/07/2008 IBOPE Inteligência detecta blogs e comunidades virtuais sobre finanças que apresentam elevado nível de atividade Estudo inédito do IBOPE Inteligência acompanhou a circulação de informações e comentários entre os principais formadores de opinião na blogosfera e no Orkut; 22

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comunidades reúnem mais de 160 mil investidores e interessados em finanças pessoais O Brasil é um dos países com maior utilização de blogs e sites de comunidades, que compõem a chamada web 2.0 - um conjunto de plataformas de colaboração coletiva que está mudando a maneira como as pessoas interagem com marcas, produtos e informações. Ao mesmo tempo, os brasileiros quebram sucessivos recordes de utilização da rede no domicílio, compram mais computadores do que televisões (segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, em 2007 foram vendidos 10,1 milhões de computadores, um aumento de 23% em relação ao ano anterior), já utilizam a rede mais do que os caixas de agências e call-centers bancários e passam a investir mais em ações e títulos financeiros. Esse conjunto de fatores chamou a atenção dos analistas do IBOPE Inteligência, que por cerca de dois meses acompanharam mais de 240 blogs e 22 comunidades no Orkut para compreender os mecanismos de formação de opinião e circulação de comentários sobre investimentos e finanças pessoais na internet. Além dos posts e dos comentários, foram analisadas as tags utilizadas pelos internautas para classificarem os assuntos, bem como o inter-relacionamento entre as diversas comunidades sobre finanças. O trabalho identificou 11 ―formadores de opinião digital‖, internautas que se revelaram bastante focados no assunto e cujos comentários são acompanhados com interesse pelos demais integrantes, e examinou o perfil de cada um deles. ―O processo de aparecimento de ‗formadores de opinião‘ na internet não é necessariamente similar ao que se verifica na comunicação de massa, e exige trabalharmos com variáveis diferentes das normalmente empregadas pelo marketing tradicional‖, destaca Marcelo Coutinho, diretor de análise de mercado do IBOPE Inteligência. Segundo ele, não é possível quantificar a influência de um blog ou comunidade somente pela sua audiência: ―precisamos levar em conta a ‗autoridade‘ de cada blogueiro ou participante de comunidade, bem como o nível de atividade que um comentário ou post provoca, incluindo reações favoráveis ou desfavoráveis‖. De acordo com o estudo do IBOPE, os tópicos mais comentados sobre uma ação ou cotação em comunidades especializadas do Orkut geram em média 166 comentários. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil indicam que mais de 70% dos brasileiros das classes A/B utilizam regularmente a rede, e dados da Bovespa mostram que em abril mais de 220 mil pessoas utilizaram o Home Broker - sistema de negociação de ações pela internet - um crescimento de 105% em 12 meses. As transações efetuadas pela web já respondem por 12% do volume total negociado em Bolsa. Este é o primeiro estudo comercial sobre o assunto no Brasil e segundo Coutinho, o IBOPE Inteligência irá utilizar o aprendizado para desenvolver pesquisas ainda mais detalhadas com os internautas sobre como as opiniões postadas on-line influenciam o processo de compra. ―Estamos examinando diversas outras áreas nas quais as decisões de aquisição são ‗informação-intensiva‘, como compra e venda de automóveis, imóveis, saúde, eletroeletrônicos, além de trabalhos mais aprofundados na área financeira‖. Fonte: Análise de Redes Soci ais – Estudo sobre Blogs e Comunidades de Finanças Pessoais – IBOPE Inteligência

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Fonte: http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=pesquisa_leitura&nivel=null&docid=F879A1375881CD3483257479007A878F RE/511961 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Origem: SP - SÃO PAULO

Relator: MIN. GILMAR MENDES

Redator para acórdão

RECTE. (S) SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP

ADV.(A/S) RONDON AKIO YAMADA E OUTRO(A/S)

RECTE. (S) MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

RECDO. (A/S) UNIÃO

ADV.(A/S) ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECDO. (A/S) FENAJ- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES

Andamentos DJ/DJe Jurisprudência Deslocamentos Detalhes Petições Recursos

Data Andamento Órgão Julgador

Observação Documento

07/10/2008 Conclusos ao(à) Relator(a)

07/10/2008 Juntada Petição 140118/2008.

07/10/2008 Juntada Petição 134275/2008.

07/10/2008 Juntada Petição 134119/2008.

06/10/2008 Petição 140118/2008, de 03/10/2008 - A ORDEM DOS JORNALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO REQUER A SUA INCLUSÃO NO FEITO COMO ASSISTENTE.

23/09/2008 Petição 134275/2008, de 23/09/2008 - SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP - REQUER

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JUNTADA DE SUBSTABELECIMENTO.

23/09/2008 Petição 134119/2008, de 23/09/2008 - SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SERTESP - REQUER JUNTADA DE SUBSTABELECIMENTOS.

16/09/2008 Despacho Da Secretária Judiciária, na petição nº 125630/2008, em 15/09/2008: "De ordem, ao Excelentíssimo Senhor Ministro-Relator, nos termos do art.1º da Resolução nº 128, de 01/08/1995."

09/09/2008 Petição 125630/2008, de 08/09/2008 - OFÍCIO GP/DL/0527/2008, ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 03/09/2008 - ENCAMINHA DOCUMENTO E SOLICITA O NÃO PROVIMENTO DO PRESENTE FEITO.

07/08/2008 Conclusos à Presidência

06/08/2008 Juntada Da petição nº 105829/2008.

01/08/2008 Petição 105829/2008, de 01/08/2008 - OFÍCIO Nº 246/2008-DARE-UVIP-TRF/SP, 18/7/2008 - ENCAMINHA PETIÇÃO.

12/05/2008 Juntada do mandado de intimação devidamente cumprido - MPF

Pauta 16/2008 - Pleno.

12/05/2008 Juntada do mandado de intimação devidamente cumprido - AGU

Pauta 16/2008 - Pleno

25/04/2008 Intimação do AGU

Ref. a pauta nº 16, do(a) Pleno.

25/04/2008 Pauta publicada no DJE - Plenário

PAUTA Nº 16/2008 - DJE nº 74, divulgado em 24/04/2008

24/04/2008 Intimação do MPF

Ref. a pauta nº 16, do(a) Pleno.

18/04/2008 Inclua-se em pauta - minuta extraída

Pleno Em 18/04/2008 19:21:29

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11/05/2007 CONCLUSOS AO RELATOR

COM PARECER DA PGR PELO PROVIMENTO DOS RECURSOS.

02/02/2007 VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA

02/02/2007 JUNTADA PET 137994/2006

02/02/2007 DESPACHO ORDINATORIO

VISTA AO EXMO SR. DR. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

08/01/2007 CONCLUSOS AO RELATOR

02/01/2007 DISTRIBUIDO POR PREVENCAO

MIN. GILMAR MENDES

18/12/2006 PETIÇÃO 137994/2006, de 18/09/2006 - OFÍCIO Nº 637/2006-DARE-UVIP, TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO, EM 13/9/2006 - ENCAMINHA O TELEGRAMA 35/2006 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM QUE PRESTA IFORMAÇÕES (PROTOCOLO Nº 121378/2006).

Fonte: http://www.stf.gov.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=511961&classe=RE&codigoClasse=0&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M