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FICHA TÉCNICA

TÍTULO

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012

DIREÇÃO E COORDENAÇÃO Helder Diniz de Sousa

AUTORIA

Coordenadores e autores das Provas Finais de Ciclo e dos Exames Finais Nacionais de:

Ensino Básico – 2.º ciclo: Língua Portuguesa | Matemática

Ensino Básico – 3.º ciclo: Língua Portuguesa | Matemática

Ensino Básico – 2.º e 3.º ciclos: Português Língua Não Materna

Ensino Secundário

Línguas Estrangeiras Alemão | Espanhol | Francês | Inglês

Ciências Naturais Biologia e Geologia| Física e Química A

Ciências Sociais e Humanas Economia A | Filosofia | Geografia A | História A História B | História da Cultura e das Artes

Expressões Desenho A | Geometria Descritiva A

Português e Latim Latim A | Literatura Portuguesa | Português Português Língua Não Materna

Matemática Matemática A | Matemática B Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Maria Antonieta Ferreira

Maria Teresa Castanheira

Rita Brito Romão

Sandra Pereira

Vanda Lourenço

Julho de 2013

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ÍNDICE

ÍNDICE DE FIGURAS ________________________________________________________ 005

INTRODUÇÃO _____________________________________________________________ 007

I. ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA ___________________________________ 010

ENSINO BÁSICO

2.º CICLO

Língua Portuguesa ___________________________________________________ 010

Matemática _________________________________________________________ 014

3.º CICLO

Língua Portuguesa ___________________________________________________ 018

Matemática _________________________________________________________ 021

2.º e 3.º CICLOS

Português Língua Não Materna _________________________________________ 023

ENSINO SECUNDÁRIO

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Alemão ____________________________________________________________ 031

Espanhol ___________________________________________________________ 035

Francês ____________________________________________________________ 041

Inglês ______________________________________________________________ 044

CIÊNCIAS NATURAIS

Biologia e Geologia __________________________________________________ 045

Física e Química A ___________________________________________________ 047

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Economia A _________________________________________________________ 052

Filosofia ___________________________________________________________ 055

Geografia A ________________________________________________________ 057

História A __________________________________________________________ 060

História B __________________________________________________________ 063

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História da Cultura e das Artes ________________________________________ 066

EXPRESSÕES

Desenho A __________________________________________________________ 069

Geometria Descritiva A ______________________________________________ 071

PORTUGUÊS E LATIM

Latim A ___________________________________________________________ 073

Literatura Portuguesa _______________________________________________ 077

Português __________________________________________________________ 081

Português Língua Não Materna _________________________________________ 084

MATEMÁTICA

Matemática A ______________________________________________________ 090

Matemática B ______________________________________________________ 095

Matemática Aplicada às Ciências Sociais ________________________________ 097

II. DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III ________________________________ 100

III. VARIAÇÃO DE RESULTADOS ENTRE 2009-2012 ________________________________ 122

CONCLUSÃO ______________________________________________________________ 136

ANEXOS __________________________________________________________________ 140

ANEXO 1 Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, 6.º ano, por NUTS III (média), 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos __________________________________ 140

ANEXO 2 Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, por NUTS III – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos e Diferença de valor índice entre 2012 e 2009 _______ 152

ANEXO 3 Alunos com Classificação Positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos _________________________________________________ 159

ANEXO 4 Distribuição relativa das NUTS III em função da Média Nacional 2012 e da Variação 2009-2012 ___________________________________________________ 170

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ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1

Distribuição dos resultados da prova final de Língua Portuguesa (61) ______________ 101

FIGURA 2

Distribuição dos resultados da prova final de Matemática (62) ____________________ 102

FIGURA 3

Distribuição dos resultados da prova final de Língua Portuguesa (91) ______________ 104

FIGURA 4

Distribuição dos resultados da prova final de Matemática (92) ____________________ 105

FIGURA 5

Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702) ________________ 107

FIGURA 6

Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715) ________________ 108

FIGURA 7

Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712) ______________________ 110

FIGURA 8

Distribuição dos resultados do exame de Filosofia (714) _________________________ 111

FIGURA 9

Distribuição dos resultados do exame de Geografia A (719) ______________________ 112

FIGURA 10

Distribuição dos resultados do exame de História A (623) ________________________ 113

FIGURA 11

Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706) _______________________ 115

FIGURA 12

Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708) ____________ 116

FIGURA 13

Distribuição dos resultados do exame de Português (639) ________________________ 118

FIGURA 14

Distribuição dos resultados do exame de Matemática A (635) ____________________ 120

FIGURA 15

Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835) ____________________________________________________________________ 121

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FIGURA 16

Variação dos resultados (2009-2012) da prova final de Língua Portuguesa (91) ______ 124

FIGURA 17

Variação dos resultados (2009-2012) da prova final de Matemática (92) ____________ 125

FIGURA 18

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Biologia e Geologia (702) ________ 126

FIGURA 19

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Física e Química A (715) _________ 127

FIGURA 17

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Economia A (712) ______________ 128

FIGURA 18

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Geografia A (719) ______________ 129

FIGURA 19

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de História A (632) ________________ 130

FIGURA 20

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Desenho A (706) _______________ 131

FIGURA 21

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Geometria Descritiva A (708) ____ 132

FIGURA 22

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Português (639) ________________ 133

FIGURA 23

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Matemática A (635) ____________ 134

FIGURA 24

Variação dos resultados (2009-2012) do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835) ______________________________________________________________ 135

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INTRODUÇÃO

A avaliação sumativa externa, realizada através de provas finais de ciclo, no ensino

básico, e de exames finais nacionais, no ensino secundário (doravante designadas por

provas), visa aferir o grau de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos no final do 2.º

e 3.º ciclos do ensino básico e nos anos terminais das disciplinas do ensino secundário

sujeitas a avaliação externa.

Em conjunto com a avaliação sumativa interna, os resultados daquelas provas,

instrumentos de avaliação de âmbito nacional, permitem certificar a transição para o

ciclo de estudos subsequente. No final do ensino secundário, para os alunos que

pretendam prosseguir estudos no ensino superior, os resultados dos exames, em

disciplinas específicas, constituem ainda um fator determinante na seleção dos

candidatos àquele nível de ensino.

Como nota prévia, o leitor deste relatório deve ter sempre presente que a informação

aqui disponibilizada e analisada está unicamente sustentada nos resultados dos alunos

internos que realizaram as provas na 1.ª fase/chamada, sabendo que estas provas são

públicas, escritas e de duração limitada. Esta informação não esgota nem pretende

substituir o manancial de informação de outra natureza que, quer a nível local, nas

escolas, quer a nível regional ou nacional, permite, igualmente, retratar a qualidade do

sistema educativo, em particular na vertente aqui privilegiada, a do desempenho dos

alunos.

O relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012, nesta sua 4.ª

edição, permite identificar, através de uma análise fina dos desempenhos por item,

aspetos específicos da aprendizagem que os indicadores habitualmente utilizados, dos

quais a classificação média é, sem dúvida, o mais conhecido, não conseguem mostrar.

Assim, através do estudo dos resultados médios de cada item de cada prova, fica-se a

conhecer quer os domínios da aprendizagem, gerais e específicos, em que os alunos, em

termos médios, mostram um desempenho que pode ser considerado desejável, quer

aqueles em que, de forma mais ou menos persistente, continuam a evidenciar claras

lacunas e insuficiências, que, aliás, explicam os valores das classificações médias

alcançadas em sede de avaliação externa.

Sabendo da importância de assegurar que as sucessivas coortes de alunos evidenciem

desempenhos de qualidade, tendo em consideração os domínios da aprendizagem que os

resultados de anos anteriores permitiram identificar, considera-se fundamental, como

medida para promover a desejável melhoria contínua e sustentada da qualidade da

aprendizagem, identificar (quiçá, mesmo, confirmar) os domínios em que se conhecem

preocupantes fragilidades. Identificá-las e sugerir medidas de intervenção didática que

possam contribuir para a sua superação constitui, seguramente, a principal finalidade

deste relatório, na sequência do que se tem procurado assegurar nas anteriores edições.

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A informação agora disponibilizada pode constituir uma ferramenta de consulta que

permite ao público, em geral, ter uma visão macroscópica da realidade nacional. Já no

que se refere aos professores e às escolas, convém ter presente que a análise aqui

apresentada deve ser cotejada com a informação facultada a cada escola com os

resultados dos seus alunos, por disciplina e por item, objeto de relatórios técnicos

divulgados em dezembro de 2012. Estes relatórios, de acesso restrito, permitem uma

escala de análise microscópica, focada na realidade de cada escola, aquela que deve

sustentar a reflexão participada dos agentes que poderão intervir localmente no sentido

de assegurar a superação das dificuldades de aprendizagem identificadas.

O presente relatório está organizado em três partes, apresentando ainda um anexo

estatístico.

Na primeira parte − ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA − apresenta-se:

a caraterização, breve, de cada prova realizada na 1.ª fase/1.ª chamada;

a identificação, numa abordagem dicotómica, dos itens com melhor e com pior

desempenho, cujos resultados suportam a identificação dos domínios de

aprendizagem mais consolidados e daqueles em que os alunos evidenciam maiores

fragilidades;

um conjunto de sugestões de intervenção didática que visam contribuir para

ajudar a ultrapassar as limitações detetadas.

Na segunda parte − DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III − são apresentados os

resultados médios nacionais desagregados territorialmente, tendo por referência o nível

NUTS III. Nesta parte, a representação cartográfica dos resultados apenas contempla as

disciplinas cujas provas foram realizadas por mais de 2500 alunos internos.

Na terceira parte − VARIAÇÃO DE RESULTADOS 2009-2012 − faz-se uma análise da

variação dos resultados entre 2009 e 2012, por NUTS III e por disciplina. Os valores

apresentados (valor índice − o valor médio nacional de cada indicador é igual a 100, em

cada ano) permitem isolar o incontornável fator variabilidade interanual dos resultados

das provas.

Analisando conjuntamente a média obtida em 2012 e a diferença dos resultados médios

alcançados em cada NUTS III, entre 2009 e 2012, podem identificar-se:

as NUTS III que, apresentando em 2012 uma classificação média superior à média

nacional, melhoraram ou pioraram a sua posição relativa, em termos nacionais;

as NUTS III que, apresentando em 2012 uma classificação média inferior à média

nacional, melhoraram ou pioraram a sua posição relativa, em termos nacionais.

No final, disponibiliza-se um anexo estatístico no qual se apresenta a informação

quantitativa que permite conhecer os resultados desagregados a nível regional. São

disponibilizados, por NUTS III e por disciplina, os resultados médios de cada disciplina

(ANEXO 1), os valores índice que mostram as diferenças entre os resultados médios

alcançados em 2009 e em 2012 (ANEXO 2), as percentagens de classificações positivas

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 9_175

(ANEXO 3) e, por último, apresenta-se graficamente os valores que ilustram a distribuição

relativa das NUTS III em função da Média Nacional 2012 e da Variação 2009-2012 (ANEXO

4).

Refira-se ainda que a terminologia relativa à classificação dos itens utilizada no relatório

está de acordo com a informação que pode ser consultada na página eletrónica do GAVE em

http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=393&fileName=Terminologia_Itens.pdf

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I. ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA

ENSINO BÁSICO

2.º CICLO − LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA, 6.º ANO

Nota introdutória

As provas finais do 2.º ciclo do ensino básico de Língua Portuguesa e de Matemática,

códigos 61 e 62, respetivamente, realizaram-se pela primeira vez em 2012,

enquadradas pela aplicação do Decreto-Lei n.º 6/2011, de 18 de janeiro, com a

última alteração introduzida pelo Decreto-Lei n.º 94/2011, de 3 de agosto, e pelo

Despacho Normativo n.º 1/2005, de 5 de janeiro, com a última alteração introduzida

pelo Despacho Normativo n.º 14/2011, de 18 de novembro.

Em virtude das alterações introduzidas ao nível da avaliação sumativa externa, é de

salientar a transição de um processo de codificação para um processo de

classificação: a passagem de um modelo de avaliação destinado à aferição e controlo

das aprendizagens para um modelo de avaliação com vista à certificação implicou

que se abandonasse o sistema de classificação por códigos e se aplicasse uma escala

de classificação de 0 a 100 pontos, por forma a quantificar os desempenhos dos

alunos em avaliação.

 

Língua Portuguesa – 61

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Língua Portuguesa (1.ª chamada),

consideraram-se as respostas de 111 677 alunos (internos) do 6.º ano de escolaridade.

Média nacional: 59,4%

Desvio padrão: 16,4%

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 75,8%

Caracterização da prova

A prova apresentava três grupos de itens.

No Grupo I, avaliavam-se aprendizagens e conteúdos nos domínios da Leitura e da

Escrita. Este grupo incluía duas partes e nele eram usados 11 itens de seleção e de

construção. Nos itens de construção, avaliavam-se, simultaneamente, a leitura e a

expressão escrita.

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A Parte A integrava um texto narrativo, que constituía o suporte de itens em que se

privilegiava a avaliação nos domínios da Leitura e da Escrita, através de 8 itens (3

itens de seleção de escolha múltipla, 1 item de construção de resposta curta e 4

itens de construção de resposta restrita).

A Parte B integrava um texto de carácter informativo, que constituía o suporte de

itens em que se privilegiava a avaliação no domínio da Leitura, através de 3 itens de

seleção (1 item de associação e 2 itens de escolha múltipla).

No Grupo II, avaliavam -se aprendizagens e conteúdos no domínio do Funcionamento

da Língua, através de 7 itens (1 item de seleção de escolha múltipla, 2 itens de

resposta curta, 2 itens de completamento e 2 itens de transformação).

O Grupo III, em que se avaliavam aprendizagens e conteúdos no domínio da Escrita,

era constituído por 1 item de construção de resposta extensa. Este item apresentava

orientações relativamente à tipologia textual (texto narrativo), ao tema (um

acontecimento inesquecível) e à extensão (de 140 a 200 palavras). Os descritores de

níveis de desempenho utilizados neste item contemplavam os parâmetros seguintes:

Tema e Tipologia (A); Coerência e Pertinência da Informação (B); Estrutura e Coesão

(C); Morfologia e Sintaxe (D); Repertório Vocabular (E); Ortografia (F).

Classificações por domínios

O Grupo I, destinado à avaliação dos domínios da Leitura e da Escrita, foi aquele em

que os alunos revelaram pior desempenho, com 55,2% de classificação média em

relação à cotação total, sendo que, na Parte A, referente ao texto narrativo, a

classificação média em relação à cotação total foi 52,6% e, na Parte B, referente ao

texto de carácter informativo, a classificação média em relação à cotação total foi

75,7%. O Grupo II, relativo ao domínio do Funcionamento da Língua, foi aquele em

que os alunos revelaram melhor desempenho, com 66,2% de classificação média em

relação à cotação total. O Grupo III, que avaliava o domínio da Escrita, teve 61,7% de

classificação média em relação à cotação total.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 8.1. do Grupo

I, o item 1. do Grupo II e o item 6. do Grupo II, com valores da classificação média

em relação à cotação total de, respetivamente, 81,3%, 79,0% e 85,0%.

No item 8.1. do Grupo I, item de seleção de escolha múltipla relativo ao texto da

Parte B, solicitava-se aos alunos que selecionassem informação explícita no texto de

carácter informativo a partir de uma expressão em contexto frásico. O facto de se

tratar de um item de seleção de escolha múltipla que requeria apenas localização de

informação pode ter contribuído para um tão bom desempenho.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 12_175

O item 1. do Grupo II, item de seleção de escolha múltipla, implicava que os alunos

identificassem o grau de um adjetivo em contexto frásico, selecionando a resposta

correta de entre quatro opções apresentadas. O reconhecimento de metalinguagem

específica de um conteúdo do domínio do Funcionamento da Língua que os alunos

treinam desde o 1.º ciclo do ensino básico, em associação com o formato do item,

pode explicar a percentagem de acerto alcançada neste item.

O item 6. do Grupo II, item de associação/correspondência sob a forma de

completamento, implicava a utilização de conjunções em contexto frásico e sem

recurso à metalinguagem. O formato do item e o facto de, para a sua resolução, não

ser necessário convocar conhecimento metalinguístico podem justificar o bom

desempenho dos alunos neste item.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1.1. do Grupo I,

o item 5. do Grupo I e o item 2. do Grupo II, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 29,7%, 26,1% e 39,0%.

O item 1.1 do Grupo I, item de seleção de escolha múltipla relativo ao texto da Parte

A, implicava que os alunos inferissem um traço distintivo da personagem principal, a

partir do seu comportamento. A natureza dicotómica inerente ao formato de um

item de seleção de escolha múltipla associada à leitura inferencial pode explicar a

dificuldade manifestada pelos alunos neste item.

No item 5. do Grupo I, item de construção de resposta restrita referente ao texto da

Parte A, solicitava-se a indicação de três obstáculos, de entre vários, que a

personagem principal teve de ultrapassar. A dificuldade manifestada pelos alunos

pode ter decorrido do facto de a resolução do item requerer que se inferisse

informação textual implícita. A leitura inferencial, associada às exigências impostas

pelo formato do item, que implica o recurso à paráfrase, poderá explicar a baixa

percentagem de acerto alcançada neste item.

No item 2 do Grupo II, item de construção de resposta curta, solicitava-se aos alunos

que classificassem, com recurso a metalinguagem, a classe e a subclasse de uma

palavra (o determinante demonstrativo «este») num contexto frásico dado. Entre os

fatores que podem explicar o desempenho neste item, pode apontar-se o facto de o

item requerer a identificação da classe da palavra através do contexto sintático e a

utilização de metalinguagem.

Grupo III – Melhores e piores desempenhos nos parâmetros de avaliação da Escrita

Sendo o Grupo III da prova constituído por um único item de construção de resposta

extensa orientada, destinado a avaliar o domínio da Escrita, as considerações que

aqui se tecem referem-se à análise dos resultados obtidos nos seis parâmetros

contemplados na sua classificação: parâmetro A (Tema e Tipologia); parâmetro B

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 13_175

(Coerência e Pertinência da Informação); parâmetro C (Estrutura e Coesão);

parâmetro D (Morfologia e Sintaxe); parâmetro E (Repertório Vocabular); parâmetro

F (Ortografia).

Em termos de resultados, as diferenças entre os seis parâmetros não foram,

aparentemente, consideráveis. O parâmetro A foi o que obteve melhor desempenho,

com 70,6% de classificação média em relação à cotação total. Os parâmetros C e D

foram os que obtiveram piores desempenhos, com valores da classificação média em

relação à cotação total de 58,8% e 59%, respetivamente.

Estes resultados parecem demonstrar que, perante uma tarefa de escrita como a

apresentada, os alunos tiveram facilidade em cumprir a instrução quanto ao tema e

ao tipo de texto; no entanto, no que se refere a aspetos relacionados com a

estrutura, a coesão, a morfologia e a sintaxe, houve, tendencialmente, mais

dificuldades.

Propostas de intervenção didática

Da análise dos resultados apresentada, destacam-se três áreas específicas em que

parece ser necessária uma intervenção didática. As primeiras são a leitura orientada

de texto literário e a escrita compositiva. E não é surpreendente que a terceira área

de conhecimento específico da língua em que se registaram fragilidades seja a que

envolve o conhecimento explícito da gramática.

Como medidas didáticas, sugerem-se estratégias para facilitar a leitura autónoma e a

formulação de juízos fundamentados. Ainda neste domínio, propõe-se igualmente

que se preste uma atenção especial à leitura de enunciados, através do treino

específico e orientado.

Face aos problemas identificados no domínio da Escrita, os quais incidem

particularmente na estruturação do texto, na coesão, na morfologia e na sintaxe,

sugere-se a sistematização de conhecimento explícito relativamente a mecanismos

de coesão textual, morfologia verbal e estrutura da frase. Importa igualmente

reforçar o treino de alargamento lexical e adequação vocabular, bem como promover

práticas de revisão textual que incluam o plano ortográfico. As dificuldades de

escrita compositiva poderão ainda ser minimizadas através de abordagens processuais

de ensino da escrita (que atendam à especificidade da planificação, da textualização

e da revisão) e através de um treino recorrente de escrita com fins multifuncionais.

Por último, os resultados confirmam a necessidade de se reforçar o ensino da

gramática. No que respeita ao domínio da metalinguagem, será de investir quer na

explicitação, quer na manipulação de termos e conceitos.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 14_175

Matemática – 62

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Matemática (1.ª chamada),

consideraram-se as respostas de 112 331 alunos (internos) do 6.º ano de escolaridade.

Média nacional: 53,7%

Desvio padrão: 23,8%

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 56,2%

Caracterização da prova

A prova era constituída por 24 itens, distribuídos por dois cadernos, Caderno 1 e

Caderno 2. O Caderno 1, cuja resolução permitia o recurso à calculadora, era

constituído por 5 itens de resposta extensa. O Caderno 2, em cuja resolução não era

permitido o recurso à calculadora, incluía 7 itens de seleção de escolha múltipla e 12

itens de construção, sendo 7 de resposta curta e 5 de resposta extensa. Todos os

itens de resposta extensa implicavam a apresentação dos passos da resolução:

cálculos, justificações, construções geométricas ou composições.

A prova incidia em quatro temas: Números e Operações, Geometria e Medida,

Álgebra e Organização e Tratamento de Dados (OTD).

Classificações por temas

Relativamente a esta separação dos itens por temas, deve ter-se em conta que as

conexões próprias da Matemática impedem algumas vezes uma separação clara entre

os temas. Por exemplo, vários itens de Geometria e Medida envolvem números

(medidas) e operações entre estes, intersectando obviamente o tema Números e

Operações.

Analisando os resultados por tema, não se encontram diferenças significativas nas

percentagens da classificação média em relação à cotação total, embora se note uma

percentagem ligeiramente mais baixa na Álgebra, tema com pior desempenho, em

que o valor da classificação média em relação cotação total foi de 47,8%. Esta

circunstância pode dever-se ao facto de o estudo deste tema se iniciar no 2.º ciclo

(embora o desenvolvimento do pensamento algébrico seja contemplado também no

1.º ciclo) e de ter um peso relativamente baixo no Programa.

Os temas Números e Operações e OTD foram os que obtiveram melhores

desempenhos, com valores da classificação média em relação à cotação total de

56,3% e 56,4%, respetivamente. No tema Geometria e Medida, o valor da

classificação média em relação à cotação total foi de 51,9%.

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Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 8.1. e

19.2., com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 67,2%, 80,7% e 90,7%.

O item 1. era um item de construção de resposta extensa do tema Geometria e

Medida. Neste item, os alunos tinham de aplicar diretamente as fórmulas de cálculo

do volume do cubo e do paralelepípedo e, de entre os dois resultados obtidos,

identificar o valor mais próximo de 200cm3. Era um item que envolvia um

procedimento simples, cujo cálculo beneficiava da possibilidade de utilização da

calculadora. Apesar de ser um dos itens com melhor desempenho, este item regista

uma diferença significativa entre a percentagem da classificação média em relação à

cotação máxima (67,2%) e a percentagem de respostas com a cotação máxima

(40,1%).

O item 8.1. era de resposta curta e relacionava-se com o tema Números e Operações.

Era um item em que se avaliava a capacidade de identificar um par de números

simétricos num conjunto de oito números inteiros. É de referir que o facto de este

item ter obtido 19,2% de respostas com cotação nula causou alguma surpresa. É

provável que esta circunstância decorra do facto de se tratar de um tópico previsto

para o final do 6.º ano e de, possivelmente, não ter sido plenamente lecionado, quer

por falta de tempo, quer por ter sido preterido relativamente a outros tópicos com

maior peso no Programa. O facto de este tópico nunca ter sido avaliado nas provas de

aferição do 2.º ciclo pode, complementarmente, enquadrar os resultados obtidos.

O item 19.2. era um item de construção de resposta curta do tema OTD. Tratava-se

de um item em que se pretendia avaliar a capacidade de leitura da informação

apresentada numa tabela. Era um item comparável ao item 4.2. da prova de aferição

de 2009, que obteve um valor da classificação média em relação à cotação máxima

de 91,0%. Salienta-se que os cálculos necessários para encontrar a resposta certa

eram bastante simples (a soma de três números naturais com, no máximo, três

algarismos), podendo ser efetuados por cálculo exato, mas sendo suficiente o cálculo

por estimativa.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 14., 17. e

19.3., com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 29,7%, 37,5% e 33,5%.

O item 14., de resposta curta, tinha por objetivo avaliar um conteúdo do tema

Geometria e Medida, mais especificamente uma propriedade dos prismas relativa à

forma das suas faces. Os resultados obtidos poderão dever-se ao facto de se tratar de

um conhecimento que exige que o aluno organize um raciocínio dedutivo a partir do

conceito de prisma decorrente da definição. É de notar que, embora se trate de uma

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 16_175

propriedade que se deduz diretamente da definição, não faz parte do conjunto de

propriedades dos prismas vulgarmente enunciadas.

No item 17., de resposta extensa, pretendia-se avaliar a capacidade de deduzir, por

observação de alguns exemplos, a regularidade do produto de um número natural de

dois algarismos por 101 e de aplicar essa regra, em sentido inverso, combinada com a

simplificação de uma fração.

No item 19.3., de resposta extensa, pretendia-se avaliar conteúdos de OTD, através

da análise de um gráfico circular e da relacionação entre a informação constante

nesse gráfico e os dados apresentados previamente em tabela e a capacidade de

justificar a (des)conformidade detetada. Tendo em conta a exigência de um texto

justificativo, ao qual correspondia 75% da cotação do item, eram previsíveis algumas

dificuldades de desempenho.

Propostas de intervenção didática

A análise dos resultados obtidos nesta prova final permite organizar algumas

propostas de intervenção didática.

É natural que as propriedades relativas aos conteúdos matemáticos que mais

vulgarmente se exploram na sala de aula sejam condicionadas por fatores diversos.

Esses condicionamentos estão, em geral, relacionados com a simplicidade da

propriedade (enunciado/demonstração) ou com a sua aplicabilidade. No caso dos

sólidos geométricos, as propriedades estudadas têm uma forte relação com a

visualização espacial dos mesmos, pelo que se sugere mais trabalho com materiais

manipuláveis e/ou com programas de Geometria dinâmica, de modo a desenvolver e

facilitar a compreensão de conceitos e a melhorar a capacidade de abstração.

Compreende-se que, no decorrer das aulas, grande parte das justificações exigidas

aos alunos sejam apresentadas em discurso oral, cuja estruturação é, em geral,

pouco exigente. No entanto, dada a reflexão organizativa que o discurso escrito

requer, deve insistir-se na apresentação de justificações escritas relativas aos passos

de resolução dos exercícios, em que se utilizem com rigor as regras da escrita e os

termos específicos da Matemática. Paralelamente, é também fundamental o

desenvolvimento da capacidade de interpretação dos enunciados escritos e da

recolha conveniente dos dados relevantes constantes dos mesmos.

Dado que as propriedades devem ser enunciadas do modo mais simples, a sua

aplicação no sentido direto é mais fácil quando comparada com a aplicação da

mesma propriedade em sentido inverso. Por outro lado, a aplicação combinada de

propriedades está sempre associada a um acréscimo do nível de dificuldade. Assim,

propõe-se que as atividades letivas reforcem a aplicação de regras, quer em sentido

direto quer em sentido recíproco, e a prática de exercícios que requeiram a

aplicação combinada de duas ou mais regras.

Page 17: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 17_175

A resolução de um número significativo de exercícios/problemas deve propiciar não

só a consolidação de rotinas, mas também o trabalho sobre questões mais invulgares

ou mais complexas, envolvendo conexões entre os vários tópicos do Programa, que

ajudem a desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo.  

Page 18: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 18_175

3.º CICLO − LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA, 9.º ANO

Língua Portuguesa – 91

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Língua Portuguesa (1.ª chamada),

consideraram-se as respostas de 87 465 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.

Média nacional: 53,7%

Desvio padrão: 15,1%

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 66,5%

Caracterização da prova

A prova apresentava três grupos de itens.

No Grupo I, avaliavam-se os domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo incluía três

partes (A, B e C) e nele foram usados 11 itens: 6 de seleção e 6 de construção.

A Parte A integrava um texto de imprensa de carácter argumentativo, que constituía

o suporte de itens em que se privilegiava a avaliação da Leitura, através de 6 itens

de seleção: 1 item de ordenação e 5 itens de escolha múltipla.

A Parte B integrava um texto narrativo, que constituía o suporte de 5 itens de

resposta restrita.

A Parte C integrava um texto pertencente ao corpus obrigatório das obras para

Leitura Orientada do 9.º ano, a selecionar entre duas alternativas (excerto do Auto

da Barca do Inferno ou excerto do Auto da Índia, de Gil Vicente), o qual constituía o

suporte de 1 item de construção de resposta extensa (de 70 a 120 palavras).

No Grupo II, avaliavam-se conteúdos do domínio do Funcionamento da Língua,

através de 3 itens de construção, de resposta curta (2 dos quais sob a forma de

tarefa de transformação) e 3 itens de seleção (1 de associação e 2 de escolha

múltipla).

O Grupo III, em que se avaliava o domínio da Escrita, era constituído por 1 item de

construção de resposta extensa. Este item apresentava orientações no que respeita à

tipologia textual, ao tema e à extensão (de 180 a 240 palavras). Os descritores de

níveis de desempenho utilizados neste item contemplavam os parâmetros seguintes:

Tema e Tipologia (A); Coerência e Pertinência da Informação (B); Estrutura e Coesão

(C); Morfologia e Sintaxe (D); Repertório Vocabular (E); Ortografia (F).

Classificações por domínio

A comparação dos resultados por domínio, distinguindo, dentro do Grupo I, os

desempenhos das partes A, B e C, evidencia maiores dificuldades no domínio do

Funcionamento da Língua, com um resultado médio de 36,7%. A Parte A do Grupo I,

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 19_175

em que se pretendia avaliar a leitura de texto de imprensa de carácter

argumentativo, foi aquela em que os alunos revelaram melhor desempenho (84,2%).

Na Parte B e na Parte C, os resultados médios foram de, respetivamente, 44,0% e

52,3%. Relativamente ao domínio da Escrita, os alunos apresentaram um resultado

médio de 61,6%.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2.1., 2.2. e

2.3. da Parte A do Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação

total de, respetivamente, 95,5%, 93,0% e 93,0%.

Tratava-se de 3 itens de seleção de escolha múltipla, nos quais se avaliava o domínio

da Leitura, tendo por suporte um texto de imprensa de carácter argumentativo.

Solicitava-se aos alunos a identificação do sentido de uma expressão, no caso dos

itens 2.1. e 2.2., e de uma paráfrase equivalente ao sentido de uma unidade textual,

no item 2.3..

Para um tão bom desempenho, terá contribuído uma combinação de fatores que

inclui o tipo de texto que suportava estes itens, o formato de escolha múltipla e as

estratégias de leitura a mobilizar para a resolução dos itens. Os 3 itens pressupunham

a mobilização de conhecimento linguístico intuitivo («ou» com valor de alternativa,

no item 2.1.), de conhecimento lexical comum (sentido da expressão «por absurdo»,

no item 2.2.) e a localização de informação explícita (identificação de uma

paráfrase, no item 2.3.), aspetos que poderão ter contribuído para o bom

desempenho dos alunos.

Refira-se ainda o facto de estes 3 itens ocorrerem associados a um texto de imprensa

que, apesar do seu carácter argumentativo, apresentava uma temática familiar aos

alunos e um grau de complexidade lexical pouco significativo e que requeria o

processamento de uma quantidade de informação relativamente baixa.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 7. do Grupo I, o

item 3. do Grupo II e o o item 5.2. do Grupo II, com valores da classificação média

em relação à cotação total de, respetivamente, 26,4%, 17% e 24,5%.

Relativamente ao item 7. do Grupo I, tratava-se de um item de construção, de

resposta restrita, em que se avaliava o domínio da Leitura e da Escrita. Apesar de o

item solicitar a localização de informação explícita, a partir do comando

«identifica», requeria-se uma operação complexa de verificação de coerência

textual, em que se pretendia avaliar a leitura global do texto. Esta operação

pressupunha o reconhecimento das relações entre diferentes fragmentos de

informação textual e o tratamento de informação contraditória.

Page 20: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 20_175

No item 3. do Grupo II, item de Funcionamento da Língua, de resposta curta, sob a

forma de tarefa de transformação, solicitava-se aos alunos que substituíssem, por um

pronome pessoal adequado, um constituinte destacado numa frase. Para a resolução

deste item, requeria-se o recurso a mesóclise, padrão de colocação de pronomes

átonos segundo os registos normativos do português europeu padrão. Trata-se de uma

área em que se regista variação linguística, sendo que a estabilização do uso deste

tipo de padrão dependerá mais da aprendizagem formal da gramática do que do

percurso natural de desenvolvimento linguístico. Os resultados neste item e num

outro, da prova de 2011, que incidia sobre o mesmo aspeto permitem sugerir que,

em sala de aula, se preste particular atenção à construção de conhecimento explícito

sobre os contextos de ênclise, mesóclise e próclise, conteúdo relevante para o

estudo da estrutura da frase.

O item 5.2. do Grupo II era um item de seleção de escolha múltipla, em que se

pretendia avaliar igualmente a aprendizagem no domínio do Funcionamento da

Língua e que requeria conhecimento sobre classes de palavras e análise de contextos

sintáticos diversos, com o objetivo de identificar a frase em que a palavra «que»

ocorria como pronome. Para o desempenho verificado, poderá ter contribuído o facto

de, complementarmente à identificação da classe de uma palavra dada, através da

análise de vários contextos sintáticos, os alunos deverem ultrapassar o problema

colocado pela relação de homonímia entre o pronome «que» e a conjunção «que».

No que diz respeito aos itens em que os alunos revelaram pior desempenho, convém

salientar o facto de dois deles pertencerem ao Grupo II (os itens 3. e 5.2.), destinado

à avaliação do Funcionamento da Língua, domínio em que, por comparação com os

domínios da Leitura e da Escrita, se vêm registando, desde 2009, os piores

resultados.

Propostas de intervenção didática

Os resultados parecem constituir evidência da necessidade de se investir:

na construção de conhecimento explícito sobre os contextos de ênclise,

mesóclise e próclise, relevantes para o estudo da estrutura da frase;

em tarefas que permitam o treino de aspetos relacionados com a coerência

textual, uma vez que se trata de aprendizagens que os alunos deverão

mobilizar não só no âmbito de exercícios de leitura, mas também no

aperfeiçoamento do processo de escrita.

Page 21: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 21_175

Matemática – 92

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Matemática (1.ª chamada),

consideraram-se as respostas de 88 228 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.

Média nacional: 54,4%

Desvio padrão: 24,2%

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 57,3%

Caracterização da prova

A prova teve como referência os conteúdos/objetivos comuns aos dois Programas de

Matemática do ensino básico em vigor no ano letivo de 2011/2012, nomeadamente no

que respeita ao 3.º ciclo.

A prova era constituída por 19 itens, sendo 7 de seleção (escolha múltipla) e 12 de

construção: 4 itens de resposta curta e 8 itens que envolviam a apresentação de

cálculos/justificações.

Os itens estavam organizados segundo quatro domínios temáticos: Estatística e

Probabilidades, Números e Cálculo, Álgebra e Funções, e Geometria. O domínio

temático Estatística e Probabilidades integrava 3 itens (1 item de seleção de escolha

múltipla e 2 itens de construção, um dos quais de resposta curta), que correspondiam

a 15% da cotação da prova. O domínio temático Números e Cálculo era avaliado

através de 3 itens (2 itens de escolha múltipla e 1 item de construção), que

correspondiam a 16% da cotação da prova. O domínio temático Álgebra e Funções

incluía 6 itens (2 de escolha múltipla e 4 itens de construção, um dos quais de

resposta curta), que correspondiam a 32% da cotação da prova. O domínio temático

Geometria integrava 7 itens (2 de escolha múltipla, e 5 de construção, dois dos quais

de resposta curta), que correspondiam a 37% da cotação da prova.

O domínio temático Números e Cálculo foi aquele em que os alunos apresentaram,

em média, melhor nível de desempenho e Geometria foi o domínio temático em que

os alunos apresentaram pior nível de desempenho, embora superior a 50%.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 4. e

14., com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 93,4%, 77,2% e 85,8%.

O item 1.1., de seleção de escolha múltipla, envolvia um raciocínio simples e o

conceito de probabilidade. O item 4., que exigia que o aluno mostrasse como tinha

chegado à resposta, era um item em que se apresentavam os quatro primeiros termos

de uma sequência de intervalos de números reais e se pedia para determinar o oitavo

termo dessa sequência. O item 14., de seleção de escolha múltipla, era um item de

Page 22: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 22_175

Geometria cuja resolução, embora exigisse do aluno alguma abstração, pode ter sido

facilitada devido às opções apresentadas.

Consideramos que a semelhança, no que respeita aos conceitos envolvidos, entre

alguns destes itens e itens incluídos no teste intermédio poderá justificar, entre

outras razões, o melhor desempenho dos alunos relativamente ao previsto.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.2., 2. e 12.1.,

com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,

39,3%, 33,3% e 17,3%.

O item 1.2. era um item que incidia sobre o domínio temático Probabilidades, em

que se solicitava que o aluno mostrasse como tinha chegado à resposta, sendo

solicitado ao aluno que mostrasse como chegou à resposta. Era pedido ao aluno que

construísse um diagrama em árvore ou uma tabela de dupla entrada que lhe

permitisse indicar o número de casos possíveis e o número de casos favoráveis e,

assim, determinar a probabilidade pedida.

O item 2., item de construção de resposta curta, exigia a compreensão do significado

de média. Neste item, era dado o valor exato da média aritmética de três números,

dos quais 1 era o menor e o único número conhecido, e era pedido o maior valor que

o maior desses três números podia tomar. À semelhança do que tem acontecido em

provas de anos anteriores e como tem sido referido em relatórios já publicados, os

alunos continuam a demonstrar dificuldade na compreensão do significado do

conceito de média.

O item 12.1. era um item de construção em que se pedia ao aluno que mostrasse

como tinha chegado à resposta. Este item enquadrava-se no domínio temático

Geometria e exigia que o aluno escrevesse o volume de um paralelepípedo retângulo

em função da aresta de um cubo e que, conhecido o volume total do sólido,

determinasse o valor exato da medida da aresta desse cubo.

Propostas de intervenção didática

De um modo geral, os alunos manifestaram dificuldades na resolução de problemas

que envolviam:

leitura e interpretação de um texto;

raciocínio matemático;

capacidade de abstração.

Tendo em vista melhorar o desempenho dos alunos, sugere-se o desenvolvimento de

trabalho que permita a resolução de problemas que exijam a mobilização de vários

conceitos e propriedades e a resolução de problemas que permitam desenvolver o

Page 23: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 23_175

raciocínio matemático e a capacidade de abstração. A resolução dos testes

intermédios e dos exames nacionais já realizados continua a ser, em nosso entender,

uma boa base de trabalho para o desenvolvimento das capacidades exigidas a um

aluno do ensino básico.

2.º E 3.º CICLOS − PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA, 6.º E 9.º ANOS

Pela primeira vez, as provas de Português Língua Não Materna (PLNM), níveis A2 e B1,

foram dirigidas a alunos de três anos de escolaridade diferentes (6.º, 9.º e 12.º). A

análise dos resultados permite concluir o que de seguida se apresenta:

As médias nacionais foram positivas nos três anos de escolaridade, apesar de

serem ligeiramente mais baixas no nível imediatamente inferior (a média do

6.º ano é inferior à do 9.º e a do 9.º ano é inferior à do 12.º ano);

A maior parte dos itens em que os alunos revelaram melhor e pior

desempenho é comum aos três anos de escolaridade;

Na prova de nível A2 (códigos 63, 93 e 739), os alunos do 2.º ciclo

evidenciaram melhor desempenho do que os alunos do ensino secundário em

quase todos os parâmetros do item de construção de resposta extensa (Grupo

III da prova) e desempenhos muito próximos dos obtidos pelos alunos do 3.º

ciclo. Estes resultados parecem indicar que quanto mais precoce é o contacto

com uma nova língua, mais rápida é a aprendizagem e, consequentemente,

melhor o desempenho.

Português Língua Não Materna – 63/93

Caracterização da prova

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como A2

no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) — Aprendizagem,

Ensino, Avaliação.

Segundo a escala global para o nível A2, os alunos devem ser capazes de:

compreender e interpretar textos curtos e simples em que predomine uma

linguagem corrente, relacionada com vivências escolares ou pessoais;

redigir respostas, manifestando uma expressão escrita correta e estruturada;

produzir textos, de forma articulada, sobre assuntos conhecidos ou de interesse

pessoal;

compreender frases isoladas e expressões frequentes, relacionadas com assuntos do

quotidiano;

Page 24: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 24_175

comunicar sobre assuntos que lhes são familiares e habituais, no desempenho de

tarefas simples e de rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e

direta;

utilizar um repertório linguístico corrente;

produzir expressões quotidianas breves, de modo a satisfazer necessidades simples

de tipo concreto;

usar padrões frásicos correntes e comunicar com expressões frequentes, sobre si e

sobre outras pessoas, sobre aquilo que fazem e sobre lugares, entre outros aspetos.

Dada a natureza escrita da prova, a aprendizagem relevante (nos domínios lexical,

gramatical, semântico e ortográfico) a mobilizar envolve capacidades descritas no

QECR, como as mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio

do vocabulário, correção gramatical ou domínio ortográfico.

A prova apresentava três grupos de itens. No Grupo I, que incluía três textos — os

dois primeiros informativos e o terceiro literário —, avaliavam-se os domínios da

Leitura e da Escrita através de itens de seleção e de itens de construção (de resposta

curta e de resposta restrita).

No Grupo II, avaliava-se a aprendizagem no domínio das competências linguísticas

através de itens de seleção. Neste grupo, não se requeria qualquer tipo de

conhecimento metalinguístico.

No Grupo III, avaliava-se a Escrita, através de um único item (de construção de

resposta extensa), que era orientado no que diz respeito à tipologia textual, ao tema

e à extensão (60 a 100 palavras).

Português Língua Não Materna – 63

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Português Língua Não Materna

(1.ª chamada), nível A2, consideraram-se as respostas de 404 alunos (internos) do

6.º ano de escolaridade.

Média nacional: 57,0%

Desvio padrão: 1,8

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 71,3%

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

4. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de

91,0%, 88,5% e 89,8%, respetivamente.

Page 25: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 25_175

Todos estes itens eram de seleção de escolha múltipla e pretendiam avaliar o

conhecimento da polissemia do verbo «dar» em enunciados breves e a coerência de

tempos e modos verbais num diálogo. Os bons desempenhos poderão dever-se à

tipologia dos itens, ao facto de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de

estes itens se referirem a contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito

treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.3., 7. e 9. do

Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de 35,5%,

37,4% e 23,0%, respetivamente.

No item 1.3., de escolha múltipla, avaliava-se a compreensão de informação

concreta num texto informativo simples. As dificuldades manifestadas pelos alunos

poderão encontrar explicação no facto de a resposta exigir uma reinterpretação do

texto, afastando-se mais do que tem sido habitual do vocabulário utilizado no texto

de suporte.

Os itens 7. e 9. tinham como suporte um texto literário. No item 7., de

associação/correspondência, avaliava-se a compreensão do texto e, em simultâneo,

a coerência na utilização do conjuntivo. O item 9. implicava a expressão de uma

opinião e a consequente construção de uma resposta por parte dos alunos. Os alunos,

geralmente, revelam bastantes dificuldades na execução desta tarefa, sobretudo os

que se encontram no nível de iniciação de aprendizagem de uma língua.

Português Língua Não Materna – 93

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Português Língua Não Materna

(1.ª chamada), nível A2, consideraram-se as respostas de 315 alunos (internos) do

9.º ano de escolaridade.

Média nacional: 64,5%

Desvio padrão: 1,5

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 88,9%

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

1.3. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de

92,0%, 91,5% e 91,5%, respetivamente.

Page 26: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 26_175

Todos estes itens eram de seleção de escolha múltipla e pretendiam avaliar o

conhecimento da polissemia do verbo «dar» em enunciados breves. Os bons

desempenhos revelados nestes itens poderão dever-se à tipologia dos itens, ao facto

de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de estes itens se referirem a

contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.3., 7. e 9. do

Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de 33,0%,

53,8% e 31,0%, respetivamente.

No item 1.3., de escolha múltipla, avaliava-se a compreensão de informação

concreta num texto informativo simples. As dificuldades manifestadas pelos alunos

poderão encontrar explicação no facto de a resposta exigir uma reinterpretação do

texto, afastando-se mais do que tem sido habitual do vocabulário utilizado no texto

de suporte.

Os itens 7. e 9. tinham como suporte um texto literário. No item 7., de

associação/correspondência, avaliava-se a compreensão do texto e, em simultâneo,

a coerência na utilização do conjuntivo. O item 9. implicava a expressão de uma

opinião e a consequente construção de uma resposta por parte dos alunos. Os alunos,

geralmente, revelam bastantes dificuldades na execução desta tarefa, sobretudo os

que se encontram no nível de iniciação de aprendizagem de uma língua.

Português Língua Não Materna – 64/94

Caracterização da prova

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como B1

no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) — Aprendizagem,

Ensino, Avaliação.

Segundo a escala global para o nível B1, os alunos devem ser capazes de:

compreender e interpretar textos em que predomine uma linguagem corrente ou

um registo mais formal da língua padrão;

redigir respostas manifestando uma expressão escrita correta e estruturada;

produzir um texto coeso e coerente (relato de experiências) sobre assuntos do

quotidiano;

produzir textos com explicações;

Page 27: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 27_175

recorrer a um repertório linguístico suficientemente lato para descrever

situações, explicar o elemento principal de uma ideia;

recorrer a vocabulário suficiente para se exprimir sobre assuntos como os

passatempos e as viagens.

Dada a natureza escrita da prova, a aprendizagem relevante (nos domínios lexical,

gramatical, semântico e ortográfico) a mobilizar envolve capacidades descritas no

QECR, como as mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio

do vocabulário, correção gramatical ou domínio ortográfico.

A prova apresentava três grupos de itens. No Grupo I, que incluía três textos — os

dois primeiros informativos e o terceiro literário —, avaliavam-se a Leitura e a Escrita

através de itens de seleção e de itens de construção (de resposta curta e de resposta

restrita).

No Grupo II, avaliava-se a aprendizagem no domínio das competências linguísticas

através de itens de seleção. Neste grupo, não se requeria qualquer tipo de

conhecimento metalinguístico.

No Grupo III, avaliava-se a Escrita, através de um único item (de construção de

resposta extensa), que era orientado no que diz respeito à tipologia textual, ao tema

e à extensão (70 a 120 palavras).

Português Língua Não Materna – 64

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Português Língua Não Materna

(1.ª chamada), nível B1, consideraram-se as respostas de 398 alunos (internos) do 6.º

ano de escolaridade.

Média nacional: 52,5%

Desvio padrão: 1,6

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 64,6%

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 3.1. do Grupo

I, o item 1.1. do Grupo II e o item 2. do Grupo II, com valores da classificação média

em relação à cotação total de 96,0%, 85,5% e 91,3%, respetivamente. Estes itens

eram todos de seleção de escolha múltipla.

No item 3.1. do Grupo I, avaliava-se a interpretação textual. O bom desempenho

neste item poderá explicar-se pela simplicidade e familiaridade do excerto do texto

de suporte para o qual remetia o referido item.

Page 28: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 28_175

Nos itens 1.1. e 2. do Grupo II, avaliava-se o conhecimento da polissemia do verbo

«sair» e a coerência de preposições em enunciados breves, respetivamente. Os bons

desempenhos revelados nestes itens poderão dever-se à tipologia dos itens, ao facto

de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de estes itens se referirem a

contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.3., 4. e 5. do

Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de 20,5%,

24,5% e 20,5%, respetivamente.

No item 1.3., de escolha múltipla, avaliava-se a compreensão de informação

concreta num texto informativo simples. Solicitava-se a identificação da função do

júri final de um concurso. A dificuldade deste item poderá explicar-se pelo facto de,

no texto, haver referência a dois júris, um interno e um final, e uma das opções

apresentadas referir a função do júri interno.

O item 4. era um item de seleção, de ordenação de informações de acordo com a

sequência textual. Os alunos deste ciclo manifestaram particular dificuldade na

resolução deste item.

No item 5., de construção de resposta curta, pretendia-se avaliar a coesão textual

através do reconhecimento de uma relação anafórica. Apesar de ser lecionado no 2.º

ciclo, parece tratar-se de um conteúdo de mais difícil assimilação nesta faixa etária.

Português Língua Não Materna – 94

Na análise dos resultados da prova final de ciclo de Português Língua Não Materna

(1.ª chamada), nível B1, consideraram-se as respostas de 415 alunos (internos) do

9.º ano de escolaridade.

Média nacional: 70,2%

Desvio padrão: 1,2

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 95,9%

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 3.1. do Grupo

I, o item 1.1. do Grupo II e o item 2.do Grupo II, com valores da classificação média

em relação à cotação total de 99,5%, 96,0% e 96,8%, respetivamente.

Page 29: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 29_175

No item 3.1. do Grupo I, avaliava-se a interpretação textual. O bom desempenho

neste item poderá explicar-se pela simplicidade e familiaridade do excerto do texto

de suporte para o qual remetia o referido item.

Nos itens 1.1. e 2. do Grupo II, avaliava-se o conhecimento da polissemia do verbo

«sair» e a coerência de preposições em enunciados breves, respetivamente. Os bons

desempenhos revelados nestes itens poderão dever-se à tipologia dos itens, ao facto

de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de estes itens se referirem a

contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.3., 5. e 9. do

Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de 52,0%,

54,0% e 46,2%, respetivamente.

No item 1.3., de escolha múltipla, avaliava-se a compreensão de informação

concreta num texto informativo simples. Solicitava-se a identificação da função do

júri final de um concurso. A dificuldade deste item poderá explicar-se pelo facto de,

no texto, haver referência a dois júris, um interno e um final, e uma das opções

apresentadas referir a função do júri interno.

No item 5., de construção de resposta curta, pretendia-se avaliar a coesão textual

através do reconhecimento de uma relação anafórica. Apesar de ser lecionado no 2.º

ciclo, parece tratar-se de um conteúdo de mais difícil assimilação nesta faixa etária.

O item 9. implicava a explicação de uma frase de sentido metafórico, retirada de um

texto literário. Neste tipo de tarefa, é habitual os alunos revelarem algumas

dificuldades, considerando que são exigidos não só um bom domínio de estruturas

linguísticas e de vocabulário como uma reflexão sobre a polissemia das palavras.

Português Língua Não Materna – 63/93 e 64/94

Propostas de intervenção didática

Para os alunos que realizam esta prova final de ciclo, o português desempenha uma

dupla função: é a língua de comunicação, funcionando como um instrumento de

integração na escola e na sociedade, e, simultaneamente a língua de escolarização,

essencial ao sucesso escolar dos alunos. Apesar destas funções decisivas, na maioria

dos casos, os contextos de aprendizagem do português resumem-se ao contacto

informal com a língua, no grupo turma, e a uma abordagem mais sistemática, mas

esporádica, nas aulas de apoio de PLNM.

Page 30: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 30_175

Na aprendizagem do português enquanto língua não materna, as maiores dificuldades

verificam-se, geralmente, nos domínios da compreensão e da expressão escrita. Estas

fragilidades permitem explicar os resultados menos positivos nos itens de construção

e, de um modo especial, quando estes têm como suporte um texto literário.

No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuindo para uma boa

integração e para um melhor desempenho escolar global dos alunos, parece ser

imprescindível que estes possam usufruir de um acompanhamento especializado e o

mais intensivo possível. Este apoio é fundamental principalmente para os alunos cuja

língua materna é originária de outras famílias linguísticas, o que envolve,

frequentemente, sistemas gráficos, fonéticos e fonológicos muito diferentes dos do

português.

Dado que a compreensão do texto literário e a expressão escrita são as áreas em que

se verificam desempenhos mais débeis, propõe-se que sejam mais trabalhadas nas

aulas de PLNM.

Page 31: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 31_175

ENSINO SECUNDÁRIO

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Alemão – 5011

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Alemão (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 520 alunos (internos).

Média nacional: 10,2 valores

Desvio padrão: 4,1

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 54,2%

Caracterização da prova

O modelo com base em tarefas que enquadra a prova de Alemão consiste na

realização de uma ou mais tarefas complexas que recobrem a demonstração de

capacidades integradas de leitura e de escrita. As provas são compostas por três

partes, ou seja, 3 macroatividades (ativação de conhecimentos, compreensão e

produção escritas) a realizar sequencialmente. A tarefa final corresponde a 2 itens

de produção escrita.

As provas têm como suporte teórico a abordagem preconizada no Quadro Europeu

Comum de Referência para as Línguas — QECR — (2001), sendo especificamente

enquadradas pelo Programa de Alemão para os 10.º e 11.º anos, Nível de Iniciação

(2001), traçado em articulação com a perspetiva comunicativa do ensino das línguas

expressa no QECR. As provas têm como objeto de avaliação as competências de

compreensão e de produção escritas definidas no Programa, envolvendo a

mobilização dos conteúdos programáticos prescritos para dois anos de aprendizagem.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens A.1., B.1.1.

e B.2.1., com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 92,2%, 67,3% e 68,4%.

No item A.1., era pedida a associação de expoentes linguísticos a funções de

linguagem/ordenação por categorias, o que implicava operações mentais

relativamente simples, apesar de estarem envolvidas expressões, e não apenas

palavras isoladas. O enfoque recaía sobre as componentes linguísticas funcional

                                                            1  Alemão – 801: O reduzido número de alunos internos que realizaram o exame de Alemão com o

código 801 não permite inferir conclusões a partir dos resultados.  

Page 32: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 32_175

(micro) e semântica lexical, em termos de reconhecimento. Tratava-se de um item

similar a itens de provas de anos anteriores.

No item B.1.1., a avaliação incidia também sobre a componente discursiva. A sua

resolução implicava a leitura detalhada do texto para identificar informação factual,

o que envolvia operações mentais elementares. Contudo, verificou-se de novo, por

parte de bastantes alunos, alguma dificuldade na indicação precisa da palavra ou

expressão específica pedida.

No item B.2.1., o aluno deveria associar cada personagem do texto ao modo como

prefere passar férias, explicitando vantagens e desvantagens. A operação mental

remete para reconhecimento de ideias e situações, e sua transferência, com enfoque

na componente discursiva (causa/efeito). Apesar de o tipo de texto ser acessível

(depoimentos), com um nível linguístico pouco elaborado, o item exigia capacidade

de resposta por tópicos, o que, já em anos anteriores, constituiu alguma dificuldade

para muitos alunos. É de notar a percentagem relativamente elevada de respostas

totalmente incorretas/nulas (11,5%).

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens A.2., A.4. e

B.1.2., com valores da classificação média em relação à cotação total de 38,8%,

36,0% e 37,5%, respetivamente.

O item A.2. era um item de seleção de escolha múltipla, tendo como objeto a

identificação de estruturas gramaticais em contexto frásico. Embora a componente

lexical fosse de nível elementar, os alunos continuaram a demonstrar dificuldade em

resolver itens que incidem sobre conteúdos gramaticais, mesmo quando estão

envolvidas apenas operações mentais ao nível do reconhecimento. Foi o item que

apresentou a menor percentagem de respostas totalmente corretas (apenas 1,3%),

sendo que 30,2% das respostas obtiveram cotação nula.

O item A.4. era um item de construção, no qual era pedido o completamento de

frases com correção gramatical, usando determinados conectores. A sua resolução

exigia compreensão lógica das ideias e da função dos conectores nas frases e envolvia

as componentes semântica e gramatical. Os alunos revelaram dificuldades em

reconhecer o contexto e em explicitar ideias que completassem logicamente a

primeira parte da frase. Foi o item com a maior percentagem de pontuação zero da

prova (44,6%), o que se considera um desempenho inexplicavelmente baixo, apesar

de comum em provas de anos anteriores. Foi também o que apresentou pior média

relativa. Pode colocar-se a hipótese de uma eventual dificuldade de compreensão do

contexto das frases. É de realçar, por outro lado, a existência de 12,5% de respostas

totalmente corretas.

O item B.1.2. era um item de associação entre partes de frases que completavam

ideias expressas no texto — informação global. As operações cognitivas remetiam

Page 33: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 33_175

para identificação e transferência, com enfoque nos aspetos de coerência e de

coesão textual. Esta tipologia tem apresentado, em provas de anos anteriores, graus

de sucesso médio. Ao contrário do que aconteceu num item equivalente da prova de

2011, apenas um número bastante escasso de alunos (17,9%) obteve cotação máxima

neste item. Os resultados inferiores observados, não sendo expectáveis, poderão ter

relação com a área semântica, bem como com o tipo de texto (literário). Deve

considerar-se demasiado elevado o resultado de 40,4% de cotações nulas.

Os itens que têm causado maiores dificuldades aos alunos, resultando em piores

classificações, apresentam algumas semelhanças. Trata-se geralmente de itens que

envolvem conteúdos linguísticos do âmbito gramatical ou itens que implicam

demonstração da compreensão de informação específica do(s) texto(s), requerendo,

neste caso, capacidade de transferência de âmbito semântico. São dificuldades

recorrentemente evidenciadas pelos alunos e mencionadas noutros relatórios.

Continua a verificar-se que, independentemente do tipo de item, nas escolas os

alunos não desenvolvem suficientemente estratégias de memorização e de

interiorização das estruturas gramaticais e/ou lexicais, demonstrando falta de

conhecimentos nesses âmbitos. Acontece ainda que grande parte dos alunos continua

a incorrer nos mesmos erros de anos anteriores, nomeadamente, na tendência para

fazer uma leitura palavra a palavra dos textos, não inferindo sentidos e utilizando em

excesso o dicionário para compreensão/procura de vocabulário. Tais procedimentos

dificultam a compreensão global, tornando-se também fatores de perda de confiança

e de tempo na realização da prova. Por outro lado, é curioso verificar que, ao

contrário do que é habitual, o item de construção de texto longo (tarefa final —

C.2.), geralmente com grau de dificuldade elevado, apresenta resultados médios um

pouco mais satisfatórios, apesar de ainda negativos: média de 23 pontos em 50.

Itens de construção de texto longo

Como é amplamente reconhecido, os itens de produção escrita (tarefa final), C.1. e

C.2., costumam apresentar resultados menos positivos por envolverem uma

multiplicidade de competências/capacidades/componentes integradas e complexas.

Tal veio a confirmar-se este ano apenas no que respeita ao item C.2., mas não no

C.1.. Uma vez que foram introduzidas alterações significativas nos critérios de

classificação dos dois parâmetros do item C.2. (componentes linguística e

pragmática), com a utilização de cinco níveis de avaliação em vez de três, poderá

essa variável ter contribuído para resultados mais discriminados e, portanto, mais

válidos. É apenas uma hipótese teórica que carece de comprovação.

O item C.1., sendo um item de construção de resposta curta, envolvia, mesmo assim,

um conjunto de operações e de componentes linguísticas e pragmáticas, no âmbito

das microfunções, o que, por regra, implica algumas dificuldades de resolução. Os

dados obtidos demonstram que isso se verificou nesta prova com menor incidência do

que nas do ano anterior, tendo mais de metade dos alunos obtido média positiva. São

Page 34: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 34_175

de realçar 21,7% de respostas com pontuação máxima, face a cerca de 12% de

classificações de zero. A classificação média em relação à cotação total foi de 21,7%.

O item C.2., era um item de construção extensa que envolvia, mais do que o item

C.1., um conjunto vasto de operações e de componentes — discursivas, linguísticas e

pragmáticas — complexas e que, em geral, causa bastantes dificuldades de

realização, especialmente no que diz respeito ao parâmetro da componente

linguística. Assim, os resultados da resposta ao item, embora não cheguem a atingir

valores positivos, alcançam, no conjunto dos dois parâmetros, uma média de 23

pontos em 50, sendo a classificação média em relação à cotação máxima de 46,2%

(relativamente próxima da classificação positiva).

Propostas de intervenção didática

Seria recomendável e vantajoso que os professores adotassem estratégias de ensino

que permitissem aos seus alunos desenvolver estratégias de aprendizagem pró-ativas.

Reiteram-se algumas recomendações de anos anteriores:

adoção de um modelo de ensino-aprendizagem por tarefas próximas do real, com

incidência nos aspetos pragmáticos, como, por exemplo, estratégias de

aproximação ao texto, reconhecimento de elementos de coesão e sua função;

aprendizagem de elementos gramaticais e lexicais para efeitos de realização de

uma tarefa, e não fora do contexto de comunicação;

desenvolvimento de estratégias de memorização de vocabulário e de expressões

comuns em situações comunicativas;

aprendizagem e prática do uso funcional do dicionário;

desenvolvimento de estratégias de interpretação e de leitura inferencial de

diferentes tipologias textuais;

desenvolvimento de estratégias de produção de diferentes tipos de texto, com

ênfase nas características próprias de cada um e nos elementos de coesão

apropriados — entenda-se que tanto estas estratégias como as anteriores são

transversais à aprendizagem das línguas;

enfoque na aprendizagem e na aplicação das regras básicas de pontuação e de

demarcação das partes de um texto.

Page 35: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 35_175

Espanhol – 547 e 847

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Espanhol — código 547,

Nível de Iniciação — (1.ª fase), consideraram-se as respostas de 2288 alunos

(internos).

Média nacional: 13,4 valores

Desvio padrão: 3,0

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 91,4%

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Espanhol — código 847,

Nível de Continuação — (1.ª fase), consideraram-se as respostas de 187 alunos

(internos).

Média nacional: 13,8 valores

Desvio padrão: 3,3

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 91,4%

Caracterização das provas

As provas de exame nacional com os códigos 547 e 847 incidem nos conhecimentos e

nas competências enunciados, respetivamente, no Programa de Espanhol para o Nível

de Iniciação, bienal, 10.º e 11.º anos, e para o Nível de Continuação, bienal, 10.º e

11.º anos, ambos de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as

Línguas — QECR — (2001).

Em ambos os códigos, as provas eram constituídas por uma sequência de tarefas

possibilitadoras de apoio linguístico e comunicativo, que preparavam o aluno para a

realização de uma tarefa final de produção escrita.

A sequência de tarefas envolvia os seguintes tipos de atividades:

Atividades pré-textuais, que visavam, por um lado, a contextualização do tema

da prova e, por outro, permitiam avaliar o desempenho do aluno na ativação de

conhecimentos pertinentes para a realização da tarefa final;

Atividades intermédias, que, por um lado, visavam a recolha e o tratamento de

informações que serviam de base para a realização da tarefa final e, por outro,

permitiam avaliar o desempenho do aluno em atividades de compreensão de

leitura, de interpretação e de produção de textos;

Tarefa final — o corolário de todas as atividades desenvolvidas ao longo da

prova, ou seja, o momento em que se pretende que todos os recursos sejam

mobilizados para a produção escrita de um texto de resposta extensa.

Page 36: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 36_175

Espanhol – 547

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 4.1., 4.2. e

4.3., com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 75,1%, 87,9% e 88,8%. Eram todos itens de seleção.

No item 4.1., avaliava-se o desempenho nas atividades linguísticas relativas ao léxico

em contexto e à semântica lexical na competência leitora, uma vez que se pedia ao

aluno que relacionasse definições com as palavras e expressões do texto. Dada a

similitude entre as duas línguas, o aprendente de espanhol facilmente põe em

funcionamento as estratégias entre línguas transparentes para relacionar as palavras

com as expressões dadas. Também importa referir o facto de o aluno poder utilizar

qualquer dicionário, sem restrições nem especificações.

No item 4.2., avaliava-se a competência leitora através da associação de afirmações,

envolvendo, também, as competências linguísticas relativas à semântica lexical e à

pragmática discursiva. Avaliavam-se igualmente as competências linguísticas e

pragmáticas (relações lógicas no discurso), através da relacionação e da seleção das

ideias do texto.

No item 4.3., avaliava-se a competência linguística ao nível semântico gramatical e

pragmático (o uso funcional dos recursos linguísticos), operacionalizada através da

identificação dos referentes pronominais no texto.

Os resultados obtidos nestes itens alertam para a importância da adequação e da

pertinência da seleção dos textos e das atividades propostas, tendo em conta a

especificidade dos alunos lusofalantes. A facilidade ou dificuldade revelada pelos

alunos ao nível da compreensão escrita na língua estrangeira é quase proporcional à

competência de leitura na língua materna, pelo que o aprendente de espanhol

relaciona, identifica e reconhece informação ou referentes no texto com proficiência

similar à que detém na língua materna.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 4.4., 6. e 7.,

com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,

46,9%, 61,0% e 53,3,%.

No item 4.4, item de construção, avaliavam-se as atividades de leitura e de escrita,

envolvendo diversas capacidades: linguística lexical, semântica, semântica lexical,

semântica pragmática, discursiva e ortográfica. Tratava-se de um item com alguma

complexidade, uma vez que os alunos deveriam, por um lado, inferir o sentido de

uma frase do texto, interpretando-a (o que implica várias operações cognitivas), e

por outro lado, construir um pequeno texto, tendo em conta aspetos como o

Page 37: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 37_175

conteúdo, a estrutura, a coesão, a pontuação e a ortografia. A complexidade do item

exigia a operacionalização das várias atividades linguísticas, de receção, de produção

e de interação, em particular a compreensão escrita e a expressão escrita. Em

relação à compreensão escrita, os resultados sugerem a necessidade de inclusão na

prática pedagógica de textos autênticos que permitam o desenvolvimento de

estratégias de interpretação com recurso à inferência e não apenas à compreensão

factual, reforçando assim as competências transversais. A dificuldade de

interpretação de documentos autênticos corrobora a necessidade, já referida

anteriormente, de uma prática comunicativa dentro da sala de aula e de um trabalho

sobre o texto escrito, nomeadamente sobre as diversas tipologias textuais, como

forma de melhorar a capacidade interpretativa dos alunos. Quanto à expressão

escrita, verifica-se a necessidade de uma maior atenção aos processos de

planificação, elaboração e autocorreção, em contexto de sala de aula.

No item 6., item de construção de resposta curta, avaliavam-se os conteúdos

gramaticais, isto é, as competências linguísticas ao nível gramatical, semântico

lexical, semântico pragmático e ortográfico, operacionalizado através do

completamento de espaços de um texto, mediante a utilização da forma verbal

correta (o imperativo) e adequada ao contexto apresentado. A dificuldade em

explicitar os conhecimentos gramaticais em contexto revela que este é um dos

aspetos a melhorar. Assim, a prática pedagógica deverá centrar-se nos métodos

comunicativos, facilitadores de uma aprendizagem implícita da gramática, e num

trabalho sistemático no âmbito dos conteúdos linguísticos.

No item 7., item de construção de resposta restrita, avaliavam-se diversas

competências comunicativas — competência linguística gramatical, semântica

gramatical, semântica pragmática e ortográfica —, operacionalizadas através da

construção de um pequeno texto (40-50 palavras), no qual se deveria utilizar o tempo

verbal adequado ao contexto comunicativo apresentado (futuro). Este item

apresentava um estímulo escrito correspondente a uma situação de interação real do

quotidiano, pelo que fazia esperara um melhor desempenho. Constata-se que os itens

que mobilizavam competências de compreensão e de produção em simultâneo

apresentaram piores resultados. No âmbito da competência de produção escrita,

existe a necessidade de uma maior prática efetiva em contexto de sala de aula, uma

vez que, além das dificuldades decorrentes da aprendizagem de uma língua

estrangeira e das interferências da língua materna, os alunos revelam ainda

fragilidades de expressão na própria língua materna.

Page 38: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 38_175

Espanhol - 847

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2., 4.2. e 5.,

com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,

86,0%, 90,0% e 84,3%. Eram todos itens de seleção.

No item 2., avaliavam-se as competências linguísticas relativas à semântica e à

pragmática textual ou discursiva na competência leitora. Uma vez que se pedia que o

aluno relacionasse parágrafos com subtítulos, pretendia-se avaliar a capacidade de

síntese das ideias nucleares dos fragmentos apresentados, assim como a distinção

entre ideias secundárias e principais.

No item 4.2., avaliava-se a competência leitora através da associação de expressões

dadas ao seu significado em contexto, mobilizando, também, as competências

linguísticas relativas à semântica lexical e à pragmática discursiva.

Os resultados obtidos nos itens 2. e 4.2. alertam para a importância de selecionar

textos que tenham em conta a especificidade dos alunos lusofalantes e promover

leituras que exijam a inferência.

No item 5., avaliava-se o domínio de conteúdos gramaticais, na competência

linguística ao nível semântico gramatical e pragmático (relações lógicas no

discurso/uso funcional dos recursos linguísticos), operacionalizada através do

completamento de frases, mediante a escolha, de entre várias opções dadas, da

opção correta e adequada — o que se revelou ser fácil para os alunos, possivelmente

devido ao facto de este tipo de atividade ser rotineiro. Constata-se que, nos itens em

que se avaliam os conhecimentos gramaticais, a tipologia do item tem influência nos

resultados; neste caso, os resultados teriam sido provavelmente diferentes se se

tivesse optado por itens de construção.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1., 4.3. e 6.,

com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,

65,6%, 57,2% e 44,2%.

No item 1., de construção de resposta restrita, avaliavam-se as competências

linguísticas e pragmáticas: gramaticais, lexicais, semânticas, discursivas e textuais.

Este item envolvia um produto escrito, elaborado em resposta a um estímulo escrito,

e exigia um controlo de diferentes capacidades percetivas, de descodificação e

principalmente de produção.

No item 4.3., de construção de resposta restrita, avaliava-se a competência de

leitura e de escrita, envolvendo diversas competências comunicativas: competência

linguística lexical, semântica, semântica lexical, semântica pragmática e ortográfica.

Page 39: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 39_175

Tratava-se de um item com alguma complexidade, uma vez que os alunos deveriam,

por um lado, inferir o sentido do texto, interpretando-o, o que implica várias

operações cognitivas, e, por outro lado, construir um pequeno texto.

Em relação aos itens 1. e 4.3., constata-se que os itens que mobilizavam

competências de compreensão e de produção em simultâneo apresentaram piores

resultados. As atividades apresentadas nos itens carecem de uma maior atenção e

prática efetiva em contexto de sala de aula. As atividades de compreensão neste

nível de aprendizagem implicam o conceito de leitura crítica, leituras mais

abrangentes (pontos de vista, intenções, crenças, entre outros), que contribuirão

para uma receção e, posteriormente, uma produção escrita mais adequadas e

pertinentes.

No item 6., de construção de resposta curta, avaliavam-se as competências

comunicativas em língua — competências linguísticas, ao nível gramatical, semântico

lexical, semântico pragmático e discursivo ou textual —, exigindo também como

atividade da língua a mediação. Este item envolvia a transformação de uma citação

do texto e requeria o controlo de diferentes capacidades: identificação da mensagem

(capacidades linguísticas), compreensão e interpretação da mensagem (capacidades

semânticas) e reorganização e reformulação da mensagem (capacidades cognitivas,

linguísticas e pragmáticas). O resultado revela a dificuldade em aplicar os

conhecimentos gramaticais em contexto. Os resultados obtidos neste item alertam

para a importância da adoção efetiva do modelo preconizado no Programa da

disciplina — de aprendizagem de conteúdos linguísticos através de tarefas reais e não

fora do contexto de comunicação. Assim, a prática pedagógica deverá centrar-se nos

métodos comunicativos, facilitadores de uma aprendizagem implícita da gramática, e

num trabalho sistemático no âmbito dos conteúdos linguísticos.

Espanhol – 847 e 547

Itens de construção de texto longo

Este item de construção de resposta extensa envolvia um produto escrito, produzido

em resposta a um estímulo escrito, em que se avaliavam as componentes pragmática

e linguística. Assim, mobilizavam-se conteúdos gerais (socioculturais) e discursivos

(componente pragmática), assim como conteúdos lexicais e morfossintáticos

(componente linguística). Este item exigia o domínio de diferentes capacidades,

como organizar e planificar a mensagem (no âmbito da produção escrita) e produzir

um texto adequado ao contexto, no registo adequado aos destinatários, com coesão,

coerência e correção. Verificou-se que o desempenho na componente linguística foi

inferior ao desempenho na componente pragmática, quer pela dificuldade dos

conteúdos linguísticos de uma língua estrangeira e pelas interferências decorrentes

da proximidade das línguas, quer pela fragilidade de expressão escrita na língua

materna.

Page 40: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 40_175

Propostas de intervenção didática

Os resultados obtidos revelam a necessidade de práticas pedagógicas que estimulem

a capacidade criativa dos alunos como usuários da língua num domínio determinado

no qual se organiza a vida social e que, por essa razão, proporcionem situações

comunicativas similares às reais, com materiais autênticos e diversificados, ricos em

input linguístico. Assim, propõe-se a adoção de metodologias que envolvam as

seguintes componentes:

Desenvolver o trabalho tendo em conta o enfoque comunicativo por tarefas,

significativas, reais e contextualizadas, que mobilizem as capacidades

linguísticas, tendo sempre em conta o seu uso em contexto real.

Selecionar como suporte fundamental textos autênticos e diversificados, que

permitam o desenvolvimento de estratégias de interpretação com recurso à

inferência e não apenas à compreensão factual, e que possibilitem o output

na produção escrita.

Elaborar atividades que avaliem a reflexão sobre os conteúdos linguísticos e

as estruturas da língua, promovendo a dedução das regras gramaticais e a

reflexão sobre as especificidades próprias do espanhol.

Insistir nas diferentes competências comunicativas — linguística,

sociolinguística e pragmática — e trabalhar cada uma delas e a sua

interdependência.

Refletir sobre os objetivos de cada atividade e sobre a melhor forma de os

avaliar (adequação do tipo de item, entre outros aspetos).

Ter em conta os diferentes passos na realização de um texto escrito: insistir

na planificação (esquemas, mapas conceptuais, etc.), nos esboços e nas

diferentes correções (versões, revisão da estrutura, dos elementos

linguísticos, da pontuação), assim como na apresentação e no formato que

requer cada tipo de texto.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 41_175

Francês – 517

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Francês (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 1049 alunos (internos).

Média nacional: 12,5 valores

Desvio padrão: 3,3

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 83,4%

Caracterização da prova

A prova era constituída por três partes — A, B e C —, nas quais se testavam,

respetivamente, a compreensão, a mediação/interação e a produção escrita. A prova

era constituída por 10 itens: 4 de seleção (3 de associação/correspondência e 1 de

escolha múltipla) e 6 de construção (2 de resposta curta, um dos quais sob a forma

de tarefa de completamento; 3 de resposta restrita; e 1 de resposta extensa).

O objeto de avaliação da prova centrou-se nas áreas de referência sociocultural

Expériences et Parcours (10.º ano) e Science, technologie et environnement (11.º

ano).

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

2.1., da Parte A, com valores da classificação média em relação à cotação total de

85,5%, 92,2% e 66,3%, respetivamente. Todos estes itens eram de seleção.

No item 1.1., de associação/correspondência, eram propostos quatro documentos

(imagem e texto) relacionados com as duas áreas de referência sociocultural

patentes em toda a prova: Expériences et Parcours (10.º ano) e Science, technologie

et environnement (11.º ano). Os alunos tinham de associar os documentos ao slogan

adequado, escolhido de entre um leque de seis opções. Tratava-se de um item que

requeria conhecimento de léxico, mas também conhecimentos morfossintáticos e

discursivos. O facto de se ter pedido o slogan adequado tornou o item mais fácil para

os alunos do que quando se pediu o «objetivo», nas provas de 2010 e 2011 (em que os

itens correspondentes apresentaram 63% e 65% de respostas com classificação

máxima, respetivamente). Com efeito, a linguagem dos media parece estar mais

próxima dos alunos do que qualquer outra.

O item 1.2., também de associação/correspondência, tinha como suporte os mesmos

quatro documentos do item anterior. Neste item, os alunos deviam ler os quatro

documentos e as palavras apresentadas em cada série, compreender de forma

bastante global os documentos e associá-los à série de palavras adequadas a um

deles, identificando as opções corretas dentro do respetivo item. Tratava-se de um

exercício que requeria, essencialmente, conhecimento do léxico. Os resultados

Page 42: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 42_175

mostraram que o item era muito fácil, facto que poderá estar relacionado com a

familiaridade com o comando (que se mantém inalterado em provas de exame há

vários anos): Associez chaque document du groupe 1 à la série de mots du groupe 2

qui convient pour en parler.

No item 2.1., de escolha múltipla, solicitava-se aos alunos que escolhessem a opção

correta, de 4 alíneas, sobre o texto da Parte A, subordinado à área de referência

sociocultural Science, technologie et environnement (11.º ano). Os alunos deviam ler

e compreender o texto de suporte ao item, mobilizando conteúdos lexicais,

discursivos e morfossintáticos. Este item apresenta algumas semelhanças com o item

2.1. das provas dos anos anteriores, por ser um item de seleção de escolha múltipla,

mas, pela primeira vez, surge com 4 alíneas, permitindo uma correção por níveis de

desempenho.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2.3. e 3.2.,

assim como o parâmetro da componente linguística (CL) do item 4., com valores da

classificação média em relação à cotação total de 51,7%, 45,6% e 55,0%,

respetivamente.

O item 2.3., da Parte A, era um item de construção de resposta curta sob forma de

tarefa de completamento. Neste item, os alunos deviam completar um pequeno

texto (de 4 linhas), com 6 espaços em branco, a partir da leitura e compreensão de

um texto subordinado ao tema Science, technologie et environnement — o mesmo

texto que terá contribuído para que o item 2.1. fosse um dos itens com melhor

desempenho —, retirando informação de forma a criar um texto coeso e coerente, de

acordo com o texto de partida. Neste item, avaliava-se a compreensão detalhada (ao

contrário do item 2.1., que apelava mais à compreensão geral do texto), o que

poderá explicar este resultado mais baixo, não só em comparação com todos os itens

da prova como também com os outros 3 itens subordinados ao mesmo texto (item

2.1., com 66,3% de classificação média em relação à cotação total; item 2.2., com

61,1% de classificação média em relação à cotação total; e item 2.4., com 57,2% de

classificação média em relação à cotação total).

O item 3.2., da Parte B, que apresenta o nível de desempenho mais baixo, era um

item de construção de resposta restrita, no qual os alunos tinham de redigir uma

nota de cerca de 40 palavras, para explicar aos colegas da escola uma atividade da

Cruz Vermelha em Rennes. Nessa nota, elaborada a partir da leitura de um pequeno

texto, os alunos tinham de usar obrigatoriamente três expressões que lhes eram

fornecidas, respeitando, assim, três constrangimentos gramaticais (il faut, afin

de/afin d’ e pour que/pour qu’). O exercício requeria várias operações de

compreensão e de produção, mobilizando conteúdos lexicais, morfossintáticos e

discursivos. Este item estava subordinado à área de referência sociocultural

Expériences et Parcours (10.º ano).

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 43_175

O item 4., da Parte C, era um item de construção de resposta extensa. O parâmetro

da componente linguística (CL), no qual se avalia a correção formal do texto redigido

pelos alunos, obteve um dos piores resultados. Na componente pragmática, avaliada

separadamente, o resultado é habitualmente superior, apresentando, nesta prova, a

classificação média em relação à cotação total de 61,2%. O fraco desempenho na CL

tem sido uma constante ao longo dos anos e têm sido apresentadas sugestões para a

sua melhoria. Neste item, subordinado à área de referência sociocultural Science,

technologie et environnement (11.º ano), mais especificamente à área do meio

ambiente, solicitava-se aos alunos que redigissem um desdobrável, em 120-150

palavras, a ser distribuído à entrada do supermercado do seu bairro, dando a sua

opinião sobre a questão do lixo que cada cidadão produz por ano e apresentando três

conselhos para reduzir a quantidade de lixo produzido. Este item mobilizava

conteúdos lexicais, morfossintáticos, socioculturais e discursivos. É provável que o

tema tenha sido abordado várias vezes em aula e que os alunos tenham sido

convidados a produzir vários textos com a mesma matriz textual do que foi solicitado

neste item.

Nos itens que apresentam um pior nível de desempenho voltamos a encontrar, à

semelhança de anos anteriores, o item 4. na sua componente linguística e um outro

item de construção (3.2.), no qual tradicionalmente se pede aos alunos que elaborem

4 questões e cujos resultados revelam habitualmente muitas dificuldades linguísticas

– foi o que sucedeu também neste caso, em que se pedia a elaboração de uma nota.

Ao contrário dos anos anteriores, os 3 itens com pior nível de desempenho são todos

itens de construção. Talvez possamos, então, inferir que algum trabalho positivo

tenha sido feito no que concerne à compreensão pura testada em itens de seleção No

entanto, há ainda um longo caminho a percorrer em relação à produção ou até

mesmo à compreensão testada em itens de construção.

Propostas de intervenção didática

Da análise dos resultados, conclui-se que seria proveitoso que se implementassem

mais atividades/tarefas que permitissem desenvolver nos alunos estratégias de

leitura não só global, mas também seletiva e analítica. É fundamental haver um

reinvestimento ao nível das estruturas e do próprio léxico, e um trabalho mais

exaustivo com os dicionários, que não se limite apenas aos momentos de avaliação.

No que diz respeito à produção escrita, é importante desenvolver oficinas de escrita,

onde sejam proporcionadas verdadeiras situações de escrita, em que se sensibilizem

progressivamente os alunos a tomarem consciência da forma como se estrutura um

texto escrito, em que estes examinem como as ideias expressas se organizam e se

apresentam de forma clara e lógica e como as frases se combinam entre si com a

ajuda de articuladores para formarem um todo com sentido. Neste caso, o brouillon

apresenta-se como uma técnica de trabalho importante, como já foi referido em

relatórios anteriores. Também a implementação da coavaliação dos processos, e não

Page 44: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 44_175

tanto dos produtos, pode levar os alunos a tomarem mais consciência dos seus erros,

compreendendo-os para, assim, os eliminar. Deve-se continuar a fomentar a escrita

em sala de aula, de forma regular e regulada pela intervenção do professor e dos

colegas, em práticas eficazes de coavaliação. Continua-se a acreditar que muitas das

fragilidades dos alunos estão relacionadas como deficits estratégicos de aprender a

aprender. Reforça-se, ainda, a necessidade de trabalhar mais as sequências

discursivas, no sentido de, assim, se refletir sobre o uso da língua em situação de

comunicação.

Inglês – 550

A prova de exame nacional de Inglês (1.ª fase) foi realizada por16 alunos (internos).

Média nacional: 9,4 valores

Devido ao número muito reduzido de alunos internos que realizaram esta prova de

exame (quer na 1.ª, quer na 2.ª fase), considera-se não haver validade estatística

que permita a análise dos resultados desta prova.

Page 45: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 45_175

CIÊNCIAS NATURAIS

BIOLOGIA E GEOLOGIA – 702

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Biologia e Geologia (1.ª

fase), consideraram-se as respostas de 29 181 alunos (internos).

Média nacional: 9,8 valores

Desvio padrão: 3,5

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 54,0%

Caracterização da prova

A prova foi organizada em quatro grupos, apresentando um total de 31 itens.

Os Grupos I, II e III tinham como suporte documentos de texto e esquemas; o Grupo

IV tinha como suporte um documento de texto e gráficos.

O Grupo I, referente à componente de Geologia, incluía 7 itens de seleção (6 de

escolha múltipla e 1 de ordenação) e 1 item de construção de resposta restrita.

O Grupo II abordava conteúdos de Biologia, incluindo 8 itens de seleção de escolha

múltipla e 1 item de construção de resposta restrita.

O Grupo III, também referente a conteúdos de Geologia, apresentava 6 itens de

seleção (5 de escolha múltipla e 1 de correspondência) e 1 item de construção de

resposta restrita.

O Grupo IV abordava conteúdos de Biologia, apresentando uma situação

experimental. Incluía 6 itens de seleção (5 de escolha múltipla e 1 de ordenação) e 1

item de construção de resposta restrita. Neste grupo, 4 itens pretendiam avaliar

conteúdos do domínio procedimental de natureza experimental.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 5. do Grupo I,

o item 3. do Grupo II e o item 2. do Grupo IV, todos itens de seleção de escolha

múltipla, com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 81,8%, 91,0% e 78,2%.

O item 5. do Grupo I, que incidia em conteúdos de Geologia, teve como objetivo o

relacionamento do contexto tectónico de formação de montanhas com o tipo de

rochas formadas, convocando capacidades no domínio conceptual, nomeadamente o

conhecimento e a compreensão de dados. Este item pretendia avaliar conteúdos

abordados no 10.º ano e que são aprofundados no final do 11.º ano.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 46_175

O item 3. do Grupo II, que abordava conteúdos de Biologia, tinha como finalidade

avaliar a interpretação de dados de uma árvore filogenética. Este item solicitava a

leitura simples de um diagrama de uma árvore filogenética, o que poderá explicar o

bom desempenho, a par com o facto de se tratar de um item similar a outros, de

provas anteriores, com bom nível de desempenho.

No item 2. do Grupo IV, solicitava-se a leitura e a interpretação de gráficos que

traduziam os resultados de uma situação experimental no âmbito da Biologia.

Nos itens 3. do Grupo II e 2. do Grupo IV, o tipo de alternativas possibilitava a

eliminação de duas das opções apresentadas, o que poderá também ter contribuído

para os resultados obtidos.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 7. do Grupo I e

os itens 4. e 5. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação

total de, respetivamente, 11,5%, 28,6% e 18,0%.

O item 7. do Grupo I, item de ordenação, requeria uma sequenciação de um processo

relacionado com a tectónica de placas, nomeadamente a abertura e o fecho de um

oceano e a consequente formação de uma cadeia orogénica. Pretendia-se avaliar

capacidades no âmbito da mobilização de conceitos, modelos e teorias. O facto de o

item ser de ordenação poderá justificar, por si, baixos níveis de desempenho, que

são recorrentes em itens com esta tipologia. Os conteúdos testados neste item

referiam-se a processos de alguma complexidade, que requeriam a integração de

conceitos apreendidos no âmbito de diferentes temas curriculares, o que poderá ter

condicionado as respostas dos alunos.

O item 4. do Grupo II, de escolha múltipla, tinha como objeto a teoria darwinista e

nele se pretendia avaliar a capacidade de mobilização e utilização de dados e

teorias. Neste item, embora o objetivo fosse a avaliação do conhecimento de aspetos

da teoria darwinista, a seleção da opção correta estava também dependente da

interpretação do texto do Grupo II.

O item 5. do Grupo II, de escolha múltipla, pretendia avaliar a capacidade de

mobilização e utilização de dados relacionados com o processo fotossintético, a

partir do suporte fornecido. Este item, referente a um conteúdo de 10.º ano que

normalmente é de difícil apreensão (fotossíntese), requeria também a interpretação

de um texto, com base na qual seria necessário selecionar a resposta.

O baixo nível de desempenho evidenciado nos itens 4. e 5. do Grupo II estará menos

relacionado com a tipologia, de escolha múltipla, do que com o não reconhecimento

de conteúdos, previstos no Programa, quando colocados em contextos novos que

implicam a interpretação de dados fornecidos em diversos suportes ou a mobilização

e utilização de dados, conceitos, modelos e teorias.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 47_175

Verificaram-se, assim, dificuldades na interpretação/compreensão de alguns suportes

fornecidos, bem como na mobilização dos respetivos dados, o que poderá ter

contribuído para os baixos desempenhos registados nos itens referidos.

Apesar de se verificar que o nível de desempenho está, geralmente, associado à

tipologia dos itens — nomeadamente, um melhor nível de desempenho está associado

aos itens de escolha múltipla e de correspondência —, da análise discriminada dos

desempenhos por tipologia do item infere-se que as fragilidades estão mais

associadas ao tipo de operações mentais requeridas do que ao conteúdo conceptual

envolvido — interpretação/mobilização de informação de suportes versus

conhecimento do conteúdo conceptual.

Propostas de intervenção didática

No sentido de se reforçar a intervenção didática em algumas áreas específicas do

currículo, parece emergir da análise dos resultados a necessidade de colmatar

algumas fragilidades relacionadas com capacidades transversais. A intervenção

didática deve passar, assim, por um reforço do ensino e da aprendizagem de

conteúdos, apostando-se na diversificação de experiências educativas e em

atividades que promovam a análise de situações-problema que integrem uma

abordagem transversal dos temas do Programa. Sugere-se, igualmente, um reforço

das experiências de aprendizagem que promovam o desenvolvimento de capacidades

relacionadas com a explicitação de raciocínios de causa-efeito e a produção de

textos que reflitam correção, quer no encadeamento lógico-temático e na utilização

da linguagem científica, quer no domínio da comunicação escrita em língua

portuguesa.

FÍSICA E QUÍMICA A – 715

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Física e Química A (1.ª

fase), consideraram-se as respostas de 29 867 alunos (internos).

Média nacional: 8,1 valores

Desvio padrão: 3,9

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 34,3%

Caracterização da prova

A prova apresentava um total de 28 itens distribuídos por 6 grupos, sendo um destes

grupos, o Grupo IV, relativo às aprendizagens feitas no âmbito de uma atividade

laboratorial prevista no Programa da disciplina. As duas componentes da disciplina

(Física e Química) tiveram uma ponderação igual na cotação da prova, que se

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 48_175

distribuiu de forma equilibrada pelos dois anos de escolaridade de cada componente.

A prova incluía 14 itens de seleção (escolha múltipla) e 14 itens de construção: 4 de

resposta curta, 5 de resposta restrita e 5 de cálculo.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 1. do Grupo I,

o item 2. do Grupo III e o item 1.2. do Grupo V, com valores da classificação média

em relação à cotação total de, respetivamente, 67,4%, 85,4% e 62,3%.

O item 1. do Grupo I, de seleção de escolha múltipla, pretendia avaliar

conhecimentos sobre a Constituição do átomo. Este item, em que se avaliava o

conhecimento/a compreensão de conceitos, envolvia operações mentais simples.

No item 2. do Grupo III, de seleção de escolha múltipla, que incidia no conteúdo

Equilíbrio químico, solicitava-se aos alunos que reconhecessem num gráfico o

instante a partir do qual um sistema químico atinge um estado de equilíbrio.

Também este item envolvia operações mentais simples, pretendendo avaliar o

conhecimento/a compreensão de conceitos.

O item 1.2. do Grupo V, item de cálculo de 10 pontos, incidia nos conteúdos

Movimento circular uniforme e Aceleração centrípeta. Tratava-se de um item de

cálculo de duas etapas, cuja resolução mobilizava capacidades de compreensão das

relações existentes entre conceitos e de aplicação dos conceitos e das relações entre

eles a uma situação concreta. As operações mentais envolvidas na resolução do item

eram a interpretação da informação dada no enunciado, o estabelecimento de uma

metodologia simples de resolução e a apresentação da resolução matemática.

Comparando as capacidades mobilizadas e as operações mentais envolvidas na

resolução deste item com as dos dois outros itens de melhor desempenho, conclui-se

que o facto de um item de cálculo estar incluído no conjunto dos três itens de

melhor desempenho da prova configura uma situação algo inesperada. No entanto, e

à semelhança daquilo que já aconteceu, pelo menos duas vezes, em provas

anteriores, a explicação do resultado obtido por este item estará provavelmente

relacionada com o facto de se tratar de um cálculo-tipo, de certa forma rotineiro,

em que os dados fornecidos são facilmente relacionáveis entre si, permitindo uma

construção mais ou menos imediata da metodologia necessária à resolução do

problema. O estabelecimento de uma metodologia de resolução adequada e a

necessária formalização dos cálculos a efetuar, que constituem as dificuldades

relevantes na resolução da maior parte dos itens de cálculo aplicados nestas provas,

não foram aqui significativos, uma vez que a metodologia de resolução a estabelecer

era muito simples, muito imediata, e porventura também bastante trabalhada em

sala de aula. Este item obteve apenas 17,7% de respostas com cotação nula.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 49_175

Conclui-se que, à semelhança do que se tem referido anteriormente, o melhor nível

de desempenho de alguns itens parece ser independente dos conteúdos

programáticos nos quais eles incidem, havendo uma relação mais direta com o facto

de a resolução dos itens mobilizar competências de nível mais baixo e operações

mentais pouco complexas, não obstante o bom desempenho obtido no item 1.2. do

Grupo V.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3.2. do Grupo II,

o item 2.1. do Grupo IV e o item 2.1. do Grupo V, com valores da classificação média

em relação à cotação total de, respetivamente, 17,7%, 19,0% e 13,0%. Estes itens

eram todos de construção e envolviam operações mentais diversificadas, complexas e

de nível elevado.

O item 3.2. do Grupo II, item de cálculo, incidia no conteúdo Equilíbrio químico, no

contexto das reações de ácido-base e de precipitação. Pretendia-se que o aluno

interpretasse a informação dada no enunciado, construísse uma metodologia de

resolução do problema proposto e apresentasse a resolução matemática. Estas

operações mentais são complexas e, no caso deste item, envolviam vários passos de

raciocínio, o que, nalguma extensão, terá determinado o baixo nível de desempenho

do item em análise. É de referir que a resolução deste item de cálculo, apresentado

num contexto pouco habitual, assentava no estabelecimento de uma metodologia de

resolução que se afigurava desde logo difícil pelo facto de mobilizar conceitos,

relativos a conteúdos programáticos distintos, e compreensão das relações entre

esses conceitos, e, ainda, por implicar a aplicação dos conceitos e das relações entre

eles à resolução do problema proposto. Além disso, para a resolução deste item havia

a necessidade de mobilizar capacidades de análise e de interpretação críticas da

informação dada no enunciado, bem como capacidades de produção e comunicação

de raciocínios demonstrativos, sob a forma dos cálculos a realizar. É ainda de referir

que este item de cálculo obteve 61,8% de respostas com cotação nula, o que revela

óbvias dificuldades por parte da maioria dos alunos na abordagem do problema

proposto: não só não terão conseguido estabelecer uma metodologia de resolução

adequada conducente à resolução do problema, como alguns não terão conseguido

cumprir, sequer, a primeira etapa da sua resolução.

O item 2.1. do Grupo IV, item de construção de resposta curta, incidia no conteúdo

Potência dissipada e solicitava ao aluno a identificação de uma grandeza a medir

para calcular a grandeza referida no enunciado, convocando a compreensão das

relações existentes entre conceitos. No caso deste item, as dificuldades traduzidas

por tão baixo resultado têm obviamente a ver com lacunas significativas na formação

experimental dos alunos (eventualmente traduzidas, na prática, pela insuficiente

realização das atividades laboratoriais obrigatórias previstas no Programa), que não

Page 50: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 50_175

lhes permitem mobilizar as capacidades que seriam necessárias para obter bons

desempenhos neste tipo de itens.

O item 2.1. do Grupo V, que teve o mais baixo desempenho de todos os itens da

prova, era um item de construção de resposta curta sobre o conteúdo Trabalho

realizado por forças. Este item mobilizava competências de nível relativamente

elevado, de aplicação de conceitos e das relações entre eles a uma situação

concreta, bem como de análise e interpretação críticas de informação apresentada

sob a forma de um gráfico. No entanto, a explicação do insucesso deste item estará

relacionada com o nível das operações mentais necessárias à sua resolução:

solicitava-se aos alunos que interpretassem a informação dada no enunciado

relacionando-a com uma expressão matemática, que traduzia uma variação linear

entre as duas grandezas representadas no gráfico fornecido, de modo a concluírem

sobre o quociente dessa variação e sobre o respetivo significado físico. A expressão

matemática, embora fizesse parte do formulário, não era dada no enunciado do

item, pelo que tinha de ser reconhecida como necessária para o resolver. A resolução

deste item exigia dos alunos um esforço conceptual e um exercício de abstração

significativos, a que muitos não terão sido capazes de dar uma resposta satisfatória.

Em relação a este item e ao tão baixo resultado por ele obtido, serão de considerar

questões relativas ao trabalho desenvolvido em sala de aula: enquanto as expressões

matemáticas que relacionam as grandezas físicas entre si e que permitem fazer

cálculos, tirar conclusões, fazer representações gráficas, etc., não forem pensadas e

trabalhadas da perspetiva do seu significado, mas continuarem somente a ser

encaradas como «fórmulas» onde, mecanicamente, se substituem valores de uma ou

mais grandezas para se calcular o valor da grandeza que falta, este tipo de

aprendizagem terá poucas condições de sucesso.

É ainda de referir que, embora nenhum dos itens de construção de resposta restrita

faça parte dos três itens com pior nível de desempenho, face aos resultados obtidos,

os alunos continuam a revelar alguma dificuldade na construção de textos que

impliquem raciocínios demonstrativos com o objetivo de, por exemplo, apresentarem

uma justificação ou fundamentarem uma determinada conclusão. O item de

construção de resposta restrita de 15 pontos continua a ser um dos itens com pior

desempenho, com um valor da classificação média em relação à cotação total de

21,6%, o que reforça os aspetos já referidos em relação às fragilidades sugeridas pelo

desempenho dos alunos. A média nacional desta prova e os resultados obtidos por

item continuam a ser preocupantes por revelarem lacunas muito significativas na

formação dos alunos, em termos quer dos conhecimentos evidenciados quer das

capacidades convocadas, que, não tendo sido obviamente desenvolvidas, são

impeditivas de bons desempenhos em situações de avaliação.

Page 51: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 51_175

Propostas de intervenção didática

Uma conclusão parece poder ser retirada dos resultados obtidos: no caso dos itens de

cálculo, aplicados nestas provas, a conceção de metodologias de resolução continua

a ser a área (de carácter transversal) de maior fragilidade. Atendendo a que, neste

tipo de itens, os cálculos, por si próprios, nunca oferecem dificuldades significativas,

uma vez que apenas envolvem resoluções matemáticas relativamente simples, o que

vem sobrando como dificuldade é a construção de um caminho, ou seja, o

estabelecimento de uma metodologia de resolução, que passa também por uma

formalização da resolução do item. Torna-se, assim, necessário para a resolução

destes itens, tal como foi referido em relatórios anteriores, o desenvolvimento de um

raciocínio lógico e metódico que permita estabelecer, de uma forma que se pretende

de certo modo original e autónoma do ponto de vista conceptual, as várias etapas de

resolução.

Por fim, e retomando o que já noutros momentos foi identificado, regista-se que

algumas das fragilidades aqui apontadas, relativas sobretudo ao processo global de

aprendizagem, assumem um carácter transversal a várias disciplinas. Face ao

exposto, sugere-se um modelo de aprendizagem por tarefas, de acordo com o qual os

alunos se possam tornar mais autónomos na abordagem das situações-problema

propostas, conseguindo estabelecer estratégias de resolução adequadas.

Page 52: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 52_175

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

ECONOMIA A – 712

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Economia A (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 4537 alunos (internos).

Média nacional: 11,7 valores

Desvio padrão: 3,2

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 77,8%

Caracterização da prova

A prova desta disciplina era constituída por três grupos de itens.

O Grupo I era constituído por 18 itens de seleção de escolha múltipla. O Grupo II e o

Grupo III eram constituídos por um total de 7 itens de construção (4 do Grupo II e 3

do Grupo III), sendo 1 de resposta restrita, 5 de resposta extensa e 1 de cálculo de

uma grandeza. Todos os itens destes dois grupos foram introduzidos por documentos

de natureza diversa, como textos, tabelas de dados e gráficos.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 3. e 10.

do Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 96,0%, 94,8% e 92,2%. Todos estes itens eram de seleção de escolha

múltipla.

No item 1., que abordava o conteúdo A atividade económica e os agentes

económicos, pretendia-se que o aluno identificasse o objeto de estudo da Ciência

Económica.

No item 3., que abordava o conteúdo Necessidades e consumo, pretendia-se que o

aluno identificasse fatores extraeconómicos que influenciam o consumo.

No item 10., que abordava o conteúdo Agentes económicos e circuitos económicos,

pretendia-se que o aluno identificasse os fluxos que se estabelecem entre os agentes

económicos.

O bom desempenho revelado nestes itens deve-se, sobretudo, ao facto de as

operações mentais convocadas envolverem situações de identificação de conceitos

simples, apelando à capacidade de memorização.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 53_175

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 9. do Grupo I, o

item 3. do Grupo II e o item 2. do Grupo III, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 23,0%, 38,1% e 24,8%.

No item 9. do Grupo I, de escolha múltipla, que abordava o conteúdo Rendimentos e

repartição dos rendimentos, pretendia-se que o aluno relacionasse salário real e

salário nominal. Este item exigia que o aluno se tivesse apropriado corretamente dos

conceitos de salário nominal, salário real e IPC, para posteriormente os relacionar. O

item exigia ainda que o aluno identificasse a taxa de variação anual do IPC como

sendo a taxa de inflação e interpretasse corretamente o significado de cada um dos

valores apresentados. O fraco desempenho dos alunos revelado neste item dever-se-á

a duas situações. Por um lado, à insuficiente apropriação do conceito de IPC. Por

outro lado, parecem transparecer ainda dificuldades ao nível da aplicação de

competências do domínio matemático, como seja o cálculo e a interpretação de

taxas de variação médias anuais. A interpretação das razões para o baixo

desempenho deste item é confirmada pelos resultados obtidos no item 1. do Grupo II,

que incidia na interpretação da evolução da taxa de variação média anual do IPC e no

peso de cada uma das suas componentes. Este item registou uma percentagem de

classificação média em relação à cotação total de 47,3%, mas foi o item com menor

percentagem de cotação total obtida (2,5%).

No item 3. do Grupo II, item de construção, que abordava o conteúdo Preços e

mercados, pretendia-se que o aluno distinguisse deslocações ao longo da curva de

deslocações da curva da procura/da oferta. O item era introduzido por um gráfico

onde se apresentavam as curvas da oferta e da procura, a deslocação da curva da

procura de E1 para E2, definindo-se os respetivos pontos de equilíbrio. O item

mobilizava conteúdos e competências semelhantes aos mobilizados nas provas de

2010 e de 2011, não sendo, no entanto, apresentados tópicos orientadores para

exploração do gráfico. Consideramos que, à semelhança de itens de provas

anteriores, também neste item as dificuldades reveladas pelos alunos ao nível das

competências matemáticas serão um fator que acresce à insuficiente apropriação

deste conteúdo, dificultado por uma visão estática do mecanismo de mercado.

No item 2. do Grupo III, que abordava o conteúdo A Contabilidade Nacional — Cálculo

do valor da produção pela ótica da Despesa, pretendia-se que o aluno calculasse o

saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o resto do

mundo (SRRM) a partir do PIB e das componentes da Despesa Interna. Este item

apresentou uma percentagem de respostas com classificação nula de 66,7% (o

segundo pior valor da prova). O baixo desempenho revelado neste item dever-se-á à

dificuldade dos alunos em apresentarem, de forma correta e completa, a fórmula, os

cálculos, o resultado e a unidade de medida. A esta dificuldade, já evidenciada em

anos anteriores e observável pela análise dos resultados de provas anteriores,

acresce ainda a dificuldade introduzida pelo agregado em causa (saldo dos

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 54_175

rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o resto do mundo). Os

alunos revelaram uma insuficiente apropriação deste agregado das Contas Nacionais.

Propostas de intervenção didática

Face à análise dos resultados obtidos, sugere-se que os professores abordem o

Programa da disciplina sob uma perspetiva dinâmica e não apenas como o somatório

de um conjunto de conteúdos estáticos, sem ligação entre eles e com a realidade

económica em que estamos integrados. Tal análise deverá estabelecer sempre a

ligação com a realidade económica portuguesa, europeia e mundial.

Como medidas didáticas que poderão concorrer para a superação dos pontos fracos

revelados pelos desempenhos dos alunos, sugerem-se estratégias de ensino que

favoreçam:

o conhecimento rigoroso dos conceitos constantes do Programa;

a aplicação dos conceitos em situações novas ou problemáticas,

nomeadamente, em situações mais complexas, que exijam várias etapas de

raciocínio para a sua resolução;

a articulação de conhecimentos dentro da mesma unidade e entre unidades

letivas diferentes;

a aplicação de conhecimentos na análise da realidade económica portuguesa,

europeia e mundial;

a análise de documentos de natureza diversa, nomeadamente, tabelas de

dados e gráficos, bem como a elaboração de sínteses coerentes, articuladas e

adequadas ao solicitado, utilizando corretamente a terminologia económica,

que não deverão ser confundidas com a mera transcrição dos conteúdos dos

documentos analisados;

a análise e o cruzamento de dados estatísticos, nomeadamente, a leitura e a

interpretação de valores absolutos e de valores relativos;

o treino de raciocínios matemáticos que impliquem diferentes etapas

mentais, nomeadamente, o cálculo de grandezas;

a apresentação e a formalização correta e completa de operações que exigem

raciocínio matemático, isto é, a apresentação correta da(s) fórmulas, do(s)

cálculo(s), do(s) resultado(s) e da(s) unidade(s) de medida.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 55_175

FILOSOFIA – 714

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Filosofia (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 3972 alunos (internos).

Média nacional: 8,9 valores

Desvio padrão: 4,1

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 45,7%

Caracterização da prova

A prova desta disciplina era constituída por quatro grupos de itens, sendo que um dos

grupos incidia sobre conteúdos programáticos de 10.º ano e os restantes incidiam

sobre conteúdos programáticos pertencentes ao 11.º ano.

No Grupo I, foram objeto de avaliação conteúdos e capacidades no âmbito do módulo

II do Programa de 10.º ano: 1.2. Determinismo e liberdade na ação humana; 3.1.3. A

necessidade de fundamentação da moral — análise comparativa de duas perspetivas

(sendo a ética utilitarista de referência a de John Stuart Mill e a ética deontológica

de referência a de Immanuel Kant); 3.1.4. Ética, direito e política — liberdade e

justiça social; igualdade e diferenças; justiça e equidade (o problema da relação

entre liberdade política e justiça social, tomando como referência a teoria da justiça

de John Rawls). Este grupo era constituído por 2 itens de resposta restrita e 4 itens

de seleção.

No Grupo II, foram objeto de avaliação conteúdos e capacidades no âmbito do

módulo III: 1. Argumentação e lógica formal (1.1. Distinção entre validade-verdade,

1.2. Principais falácias); 2. Argumentação e retórica (2.1. O domínio do discurso

argumentativo — a procura da adesão do auditório) e 2.2. O discurso argumentativo

— principais tipos de argumentos); 3. Argumentação e Filosofia (3.2. Persuasão e

manipulação ou os dois usos da retórica e 3.3. Argumentação, verdade e ser). Este

grupo era constituído por 1 item de construção de resposta curta, 1 item de

construção de resposta restrita e 4 itens de seleção.

O Grupo III incidiu no único item de opção da prova (percurso A ou percurso B), cuja

avaliação se centrou no módulo III: 1.2. Formas de inferência válida — Opção pela

abordagem segundo os paradigmas da lógica aristotélica ou da lógica proposicional.

Este grupo era constituído por apenas 1 item de construção de resposta restrita.

No Grupo IV, foram objeto de avaliação conteúdos e capacidades no âmbito do

módulo IV: 1.2. Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento

(racionalismo de René Descartes e empirismo de David Hume); 2.3. A racionalidade

científica e a questão da objetividade (Diferença entre as perspetivas de Karl Popper

e de Thomas Kuhn acerca da ciência e da objetividade do conhecimento científico).

Este grupo integrava um texto de David Hume, no qual incidiam 3 itens (1 de

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 56_175

resposta curta, 1 de resposta restrita e 1 de resposta extensa orientada), e um texto

de Karl Popper, no qual incidia 1 item de construção de resposta restrita.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2.2. e 2.3.

do Grupo I e o item 2.1. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à

cotação total de 78,8%, 85,8%, e 70,4%, respetivamente. Estes itens eram de seleção

de escolha múltipla.

Os itens 2.2. e 2.3. do Grupo I tinham por referência um texto de John Stuart Mill e

mobilizavam as operações simples de interpretação textual, aplicação de conceitos e

identificação de teorias.

O item 2.1. do Grupo II tinha por referência um texto de Platão e mobilizava

capacidades de conceptualização, de interpretação e de aplicação de

conhecimentos.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1. e 3. do

Grupo I e o item 1.2. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à

cotação total de 32,7%, 35,5% e 35,9%, respetivamente. Nos itens 1. e 3. do Grupo I,

avaliavam-se conteúdos de 10.º ano e, no item 1.2. do Grupo IV, avaliavam-se

conteúdos de 11.º ano. Estes itens eram de construção de resposta restrita.

O item 1. do Grupo I era enquadrado por um texto de Espinosa e mobilizava as

seguintes capacidades: identificação de problemas filosóficos, relacionação de

conceitos por interdependência, identificação de teses, justificação de teses

apresentando razões e/ou argumentos, análise e interpretação de texto. A resposta a

este item pressupunha capacidade de análise e de interpretação de texto. A

compreensão decorrente destas atividades facilitaria o raciocínio inferencial a partir

do exemplo e da conclusão presentes no texto, o que teria conduzido o aluno à

identificação da tese e à sua justificação, integrando a informação do texto de

Espinosa. Este tipo de dificuldade — em transpor e relacionar o exemplo e a tese

e/ou a teoria — foi anteriormente detetada em testes intermédios como uma

operação cognitiva complexa.

O item 3. do Grupo I tinha como suporte um texto de John Rawls e mobilizava as

capacidades de clarificação de conceitos por interdependência, identificação de

teoria, formulação de tese e argumentos, e análise e interpretação de texto. A

resposta a este item pressupunha capacidade de análise e de interpretação do texto,

bem como a mobilização seletiva de conteúdos apreendidos e dos conceitos a

explicitar. As dificuldades dos alunos ao nível da memória seletiva, da destreza na

expressão escrita e da utilização da terminologia filosófica terão contribuído para o

fraco desempenho.

Page 57: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 57_175

O item 1.2. do Grupo IV tinha como suporte um texto de David Hume e centrava-se

nas capacidades de explicitação de conceitos, de análise e interpretação de texto.

Este item apresentava semelhanças com o item 1. do Grupo I, no sentido em que

pressupunha capacidade de interpretação e de análise de texto para a construção da

resposta. Uma correta análise do texto teria facilitado o raciocínio inferencial e teria

conduzido o aluno à teoria do autor, por meio do raciocínio analógico.

Propostas de intervenção didática

As exigências da formação de dois anos em Filosofia supõem a ação didática centrada

na leitura sistemática de textos filosóficos, a contextualização dos problemas

filosóficos, o exercício contínuo da argumentação e da estruturação discursiva, em

consonância com o rigor conceptual e a diversidade de perspetivas, que propiciam a

reflexão e a crítica.

Os elementos recolhidos permitem que se reiterem as recomendações avançadas

relativamente ao teste intermédio do 11.º ano realizado em 2011/2012, de entre as

quais se destacam a leitura orientada de textos filosóficos, a problematização e a

argumentação ancorada em problemas e em textos filosóficos. Sugere-se a

implementação de práticas que privilegiem a construção de textos escritos a partir

de um problema filosófico, investindo-se no rigor conceptual e na relevância

argumentativa, com mobilização de elementos pessoais de reflexão crítica

sustentada.

GEOGRAFIA A – 719

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Geografia A (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 14 484 alunos (internos).

Média nacional: 10,7 valores

Desvio padrão: 3,0

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 67,1%

Caracterização da prova

A prova apresentava seis grupos de itens. Cada grupo tinha como suporte um

documento gráfico e/ou cartográfico.

Os Grupos I, II, III e IV eram constituídos, cada um, por 5 itens de seleção de escolha

múltipla. O Grupo V incluía 4 itens de construção, sendo 2 de resposta restrita, 1 de

resposta curta e 1 de resposta extensa, e o Grupo VI incluía 4 itens de construção,

sendo 3 de resposta restrita e 1 de resposta extensa.

Page 58: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 58_175

Os grupos envolviam a análise de problemas às escalas regional (1), nacional (4) e

europeia (1).

Os temas abordados na prova eram: as especificidades do clima português (Grupo I),

a gestão dos recursos hídricos (Grupo II), as fragilidades dos sistemas agrários (Grupo

III), a rede urbana e as novas relações cidade-campo (Grupo IV), os problemas

sociodemográficos (Grupo V) e a competitividade dos diferentes modos de transporte

(Grupo VI).

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 5. do Grupo I,

o item 4. do Grupo III e o item 5. do Grupo IV, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 81,8%, 87,2% e 80,0%. Estes itens eram

todos de seleção de escolha múltipla e mobilizavam capacidades de reprodução, não

implicando nenhum deles a leitura ou a análise de suportes gráficos e/ou

cartográficos.

No item 5. do Grupo I, pretendia-se avaliar os conhecimentos dos alunos sobre as

finalidades do armazenamento da água em barragens. O bom desempenho poderá

estar relacionado com o facto de se tratar de um conteúdo de natureza ambiental

que é abordado nos vários ciclos de ensino. Os bons resultados poderão também, em

certa medida, dever-se ao facto de, no ano de aplicação da prova, ter ocorrido uma

situação de seca grave, traduzida, pois, na escassez de água para o abastecimento

doméstico e para a agricultura, que foi muito noticiada na imprensa e que terá sido,

direta ou indiretamente, vivenciada por alguns alunos.

No item 4. do Grupo III, solicitava-se a identificação de deficiências estruturais da

agricultura portuguesa. Cada alínea englobava duas características desta atividade

económica, algumas das quais não se aplicavam à situação portuguesa. O bom

resultado obtido neste item poderá explicar-se pelo facto de as deficiências serem

comuns a outras atividades económicas e, por isso, de mais fácil identificação, bem

como por se tratar de um assunto que, para além de ser de abordagem comum, foi

muito debatido por diversas entidades nos órgãos de comunicação social.

O item 5. do Grupo IV tinha como objetivo verificar se os alunos tinham consciência

da importância dos centros urbanos na dinamização dos espaços rurais envolventes. O

facto de os resultados serem muito positivos poderá indiciar que os alunos dominam

com facilidade os conceitos envolvidos. Outra hipótese explicativa poderá estar

relacionada com a estratégia recomendada no Programa — elaboração de estudo de

caso —, que muitas vezes privilegia esta temática, pela sua relevância na atualidade.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1. e 2. do

Grupo I e o item 2. do Grupo VI, com valores da classificação média em relação à

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 59_175

cotação total de, respetivamente, 13,0%, 24,2% e 29,5%. Todos os itens implicavam a

leitura e a análise de suportes gráficos e/ou cartográficos. Considerando que o tema

do Grupo I é objeto de estudo já no 3.º ciclo do ensino básico, optou-se por elaborar

itens que exigissem, simultaneamente, o cruzamento dos conhecimentos relativos ao

tema com a análise do mapa e dos gráficos.

No item 1. do Grupo I, de seleção de escolha múltipla, pretendia-se testar se os

alunos eram capazes de selecionar, de entre as estações meteorológicas

representadas numa figura, as duas em que as diferenças no comportamento da

temperatura e da precipitação fossem determinadas apenas pela posição

relativamente ao oceano. O baixo desempenho registado neste item poderá ser

explicado por uma leitura deficiente do tronco do item. Atendendo a que no item se

considerava a posição relativamente ao oceano como o principal fator explicativo da

diferença nos valores da temperatura e da precipitação entre as estações

meteorológicas representadas na figura, os alunos apenas poderiam considerar

estações que apresentassem valores idênticos de latitude. Como só existia uma

alínea que reunia esta condição, os alunos selecionaram, provavelmente, as estações

mais contrastadas, não atendendo ao que era pedido.

No item 2. do Grupo I, de seleção de escolha múltipla, procurou-se determinar se os

alunos sabiam justificar o número de meses secos observado nas duas estações

meteorológicas a norte do rio Douro. Em vez de ser pedida a explicação para a

ocorrência do número elevado de meses húmidos — situação, por regra, mais habitual

—, foi solicitada a explicação para o «reduzido» número de meses secos a norte do

rio Douro. Como, na formulação do item, não aparecia a palavra «reduzido», havia a

necessidade de os alunos recorrerem à análise da figura. O fraco resultado neste

item poderá dever-se a deficiências de interpretação dos documentos gráficos,

exigida no tronco do item, e a uma leitura menos atenta do enunciado, uma vez que

os alunos terão associado, de imediato, «meses secos» a situações anticiclónicas,

quando o que se pedia era a justificação para o reduzido número de meses secos que

a figura evidenciava, o que se prendia com a influência das perturbações da frente

polar ao longo do ano.

O item 2. do Grupo VI era de construção de resposta restrita e foi o único item de

construção que registou um valor da classificação média em relação à cotação

máxima inferior a 30%. Neste item, pretendia-se que os alunos justificassem a

alteração registada nos modos de transporte utilizados nas exportações portuguesas a

partir do final da década de noventa do século XX, o que implicava a leitura e a

análise atenta do gráfico. Para responder corretamente, era necessário associar esta

alteração às mudanças políticas e económicas que ocorreram no final da década de

90 do século XX, nomeadamente a adesão de Portugal à CEE, e as melhorias nas

infraestruturas rodoviárias de ligação aos países europeus. Possivelmente, muitos

alunos justificaram a alteração ocorrida pelas vantagens do transporte rodoviário

face ao transporte marítimo, independentemente do contexto temporal a que a

questão se reporta.

Page 60: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 60_175

Da análise dos resultados, conclui-se que os piores desempenhos se verificaram em

itens que implicavam uma análise e uma interpretação cuidada dos documentos

gráficos.

Propostas de intervenção didática

Realizada a análise global dos resultados, recomendamos que, em sala de aula, seja

mais trabalhada a exploração de imagens, para que os alunos desenvolvam a

capacidade de observação e de análise de representações da realidade baseadas em

documentos gráficos (mapas, gráficos, fotografias e imagens de satélite). Estes

documentos de síntese, quando devidamente explorados e compreendidos,

proporcionam uma boa descrição do território e facilitam a explicação, entre outros

aspetos, da organização espacial e das alterações ocorridas ao longo do tempo.

É igualmente importante que se reforce o trabalho interdisciplinar e que se adotem

estratégias que ajudem os alunos a elaborar textos coerentes, em termos científicos

e linguísticos, que concorram para uma melhor elaboração de respostas extensas que

exigem operações mentais com nível de complexidade mais elevado.

Deve insistir-se no aprofundamento de conteúdos estruturantes do Programa, para o

qual convergem conhecimentos que são adquiridos em diferentes contextos e

momentos do processo de ensino e de aprendizagem, bem como na atualização, com

recurso a fontes diversificadas, dos conteúdos programáticos, de acordo com as

mudanças que se vão concretizando.

É aconselhável que se promovam práticas que facilitem a apropriação, pelos alunos,

de conhecimentos, de métodos e de técnicas específicas da Geografia e de atitudes

como o rigor, a persistência e a capacidade crítica, com vista a conseguir melhores

desempenhos.

HISTÓRIA A – 623

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de História A (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 10 645 alunos (internos).

Média nacional: 11,9 valores

Desvio padrão: 3,5

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 77,7%

Caracterização da prova

A prova incidiu nos conteúdos de aprofundamento e nos conceitos estruturantes

fixados nos três módulos do último ano curricular do Programa de História A (módulos

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 61_175

7, 8 e 9), sendo requeridas articulações entre estes conteúdos e estes conceitos e

outros de enquadramento/articulação, exigidas pela orientação fixada para cada

módulo.

A prova apresentava três grupos de itens. O Grupo I tinha por suporte dois

documentos de natureza diversa (imagem e mapa) relativos ao módulo 7 (ponto

1.2.). O Grupo II tinha por suporte quatro documentos de natureza diversa (uma

imagem/cartaz, dados quantitativos organizados em quadro e textos), dois dos quais

em que dois apresentavam perspetivas diferentes, e possibilitavam o

estabelecimento de inter-relações, em ordem ao esclarecimento da problemática

decorrente dos módulos 7 e 8 do Programa (pontos 2.4., de articulação, e 2.5. do

módulo 7; ponto 2.1. do módulo 8). O Grupo III teve por suporte um documento

escrito longo, relativo ao módulo 9 (ponto 2.1.).

Todos os itens da prova exigiam a análise dos documentos apresentados e alguns dos

itens requeriam a mobilização da aprendizagem relativa a mais do que um dos temas

do Programa. A prova integrava 6 itens de construção de resposta restrita e 1 item de

construção de resposta extensa com tópicos de orientação temática, integrado no

Grupo II, que tinha por suporte documentos de natureza diversa e exigia uma

resposta desenvolvida, bem como a síntese de aspetos relacionados com as

aprendizagens estruturantes do Programa, em articulação com as fontes

apresentadas.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 1. do Grupo I,

o item 2. do Grupo II e o item 2. do Grupo III, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 77,5%, 74,8% e 78,7%.

No item 1. do Grupo I, era pedido ao aluno que referisse três das realizações da

revolução soviética, com base no documento de suporte do item. O bom desempenho

revelado neste item, com 29,7% de respostas com cotação máxima, decorre do facto

de ele requerer capacidades elementares de análise e de mobilização de informação

contida no documento (texto curto), sob a forma de referência. Acresce, ainda, o

facto de, no item, se apresentar um enunciado cuja interpretação não é complexa.

No item 2. do Grupo II, com 31,7% de respostas com cotação máxima, requeria-se

que o aluno comparasse as duas perspetivas acerca do I Plano de Fomento, expressas

em dois documentos de suporte, quanto a três dos aspetos em que se opõem. Os

resultados refletem uma melhoria substancial do desempenho dos alunos face ao

item habitualmente denominado de comparação, que implica a análise e o cotejo da

informação de dois suportes (textos) e a determinação de categorias analíticas. Pela

primeira vez, a formulação do item de comparação contemplou a indicação

quantitativa da informação solicitada, o que parece ter contribuído para a melhoria

do desempenho. O conteúdo informativo e as características formais dos suportes

contribuíram, também, para esta melhoria.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 62_175

No item 2. do Grupo III, com 35,3% de respostas com cotação máxima, verifica-se o

melhor desempenho. Era pedido aos alunos que referissem três dos problemas

transnacionais que ameaçam o mundo atual, segundo o autor do documento de

suporte do item. Neste caso, o bom desempenho decorrerá do suporte (texto longo,

de compreensão acessível), do facto de apresentar um enunciado cuja interpretação

não é complexa e do facto de requerer capacidades elementares de análise e de

mobilização de informação contida no documento, sob a forma de referência.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2. do Grupo I, o

item 3. do Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 44,7%, 44,0% e 53,9%.

No item 2. do Grupo I, requeria-se a explicação de três das características da Nova

Política Económica, a partir de dois documentos de suporte do item. Neste caso, o

fraco desempenho poderá decorrer do facto de serem requeridas operações mentais

mais complexas: um processo de inferência, a partir dos suportes (texto e imagem),

um registo explicativo correto (e não a mera referência) e a mobilização de

informação dos dois suportes.

No item 3. do Grupo II, que se revelou o item com pior desempenho, requeria-se o

desenvolvimento do tema «O Estado Novo da década de 30 à década de 60 do século

XXI», com a abordagem dos tópicos seguintes: «prioridades económico-sociais de

Portugal na década de 1930; alterações da política económica interna e externa do

Estado Novo após a II Guerra Mundial; movimentos migratórios da população

portuguesa nas décadas de 1950 e 1960.» Este item, de resposta de construção

extensa com tópicos de orientação, implicava capacidades mais complexas e

mobilização de conteúdos vários, tendo por suporte documentos de natureza diversa

(imagem/cartaz, textos e dados quantitativos organizados em quadro), que

possibilitavam o estabelecimento de inter-relações para o esclarecimento do

tema-problema, referente aos módulos 7 e 8 do Programa. Assim, a resposta ao item

requeria o cotejo da informação presente nas fontes e a sua mobilização, associados

às capacidades de explicação e de síntese, implicando articulações de conteúdos

vários.

Já no caso do item 1. do Grupo III, era requerida a explicação de três dos fatores que

levavam o autor do documento a afirmar que «o século XXI revelou um mundo mais

interligado» — aspetos contidos explícita ou implicitamente no documento de suporte

do item (texto longo), implicando mobilização de conhecimentos.

No caso do item 3. do Grupo II e do item 1. do Grupo III, a ausência de uma

abordagem explicativa e as insuficiências na mobilização da informação dos suportes

dos itens terão justificado os resultados acima referidos.

Page 63: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 63_175

HISTÓRIA B – 723

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de História B (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 682 alunos (internos).

Média nacional: 13,2 valores

Desvio padrão: 3,5

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 86,4%

Caracterização da prova

A prova incidiu nos conteúdos de aprofundamento e nos conceitos estruturantes

fixados nos módulos dos dois anos curriculares do Programa de História B (módulos de

1 a 6), sendo requeridas articulações entre estes conteúdos e estes conceitos e

outros de enquadramento/articulação, exigidas pela orientação fixada para cada

módulo.

A prova apresentava três grupos de itens. O Grupo I tinha por suporte três

documentos de natureza diversa (imagem e textos) relativos aos módulos 1 (ponto

4.1.) e 3 (pontos 2.1. e 2.2.). O Grupo II teve por suporte um documento escrito

longo, relacionado com diferentes rubricas dos módulos 4 (ponto 2.5.) e 5 (pontos

1.1. e 1.3., de articulação, e ponto 2.1.). O Grupo III teve por suporte três

documentos de natureza diversa (imagem/caricatura, dados quantitativos

organizados em quadro e texto), que possibilitavam o estabelecimento de

inter-relações, em ordem ao esclarecimento da problemática decorrente dos módulos

5 (ponto 1.2.) e 6 do Programa (1.1., de articulação, 1.3. e 2.1.).

Todos os itens da prova exigiam a análise dos documentos apresentados e alguns

requeriam a mobilização da aprendizagem relativa a mais do que um dos temas do

Programa. A prova incluiu 6 itens de construção de resposta restrita e 1 item de

construção de resposta extensa com tópicos de orientação temática, integrado no

Grupo III, que tinha por suporte documentos de natureza diversa e exigia uma

resposta desenvolvida, bem como a síntese de aspetos relacionados com

aprendizagens estruturantes do Programa, em articulação com as fontes

apresentadas.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2. e 3. do

Grupo I e o item 1. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à

cotação total de, respetivamente, 68,3%, 90,3% e 70,6%.

No caso do item 2. do Grupo I, pedia-se que o aluno explicasse, a partir de dois

documentos, três dos fatores responsáveis pelo rápido crescimento urbano no século

XIX. Neste caso, solicitava-se a mobilização de informação presente nos suportes

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 64_175

documentais — texto descritivo e imagem — para a explicação dos três fatores,

estando cinco presentes no documento. O conteúdo avaliado era acessível, estava

documentado e cronologicamente situado e também não implicava uma sobrecarga

factual.

No item 3. do Grupo I, pedia-se a identificação de três das características da

condição operária do século XIX, presentes no documento de suporte do item. Com

55,9% de respostas com cotação máxima, este foi o item que apresentou os melhores

resultados. O bom desempenho neste item poderá ser justificado pelo facto de estar

centrado na informação do respetivo documento de suporte — um texto descritivo,

embora do século XIX —, com recurso a uma identificação simples e requerendo

capacidades elementares de análise e de mobilização de informação contida no

documento.

No item 1. do Grupo II, com 24,5% de respostas com cotação máxima, solicitava-se a

identificação de três dos princípios ideológicos do Estado Novo, presentes no

documento de suporte do item. Neste caso, há uma analogia com o item 3. do Grupo

I, seja pelo verbo de comando, seja pelo facto de estar centrado na informação do

documento de suporte (texto longo), requerendo as operações acima referidas. Por

outro lado, os conteúdos programáticos referentes ao Estado Novo, identificados no

Programa como conteúdos de aprofundamento, são, em regra, abordados

exaustivamente nas escolas.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2. do Grupo II e

os itens 1. e 2. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação

total de, respetivamente, 55,2%, 61,0% e 58,1%.

O item 2. do Grupo II revelou-se o item com pior desempenho. Solicitava-se que o

aluno explicasse três das dificuldades colocadas ao regime pela guerra colonial na

década de 1960, a partir do documento de suporte do item. O baixo desempenho

terá decorrido da incapacidade, por parte do aluno, de articular a informação do

texto longo com o assunto solicitado e de, em simultâneo, mobilizar conhecimentos

específicos num registo explicativo. Tais dificuldades são comprovadas pela

percentagem de 11,9% de respostas com cotação nula.

No item 1. do Grupo III, requeria-se a identificação de informação explícita e

implícita no documento. Pedia-se ao aluno que referisse três dos fatores que

estiveram na origem da crise dos mísseis de Cuba, a partir do documento de suporte

do item. Apesar de o verbo de comando «refere» remeter para uma tarefa

elementar, a informação implícita do suporte e a natureza deste (caricatura)

justificam a dificuldade que, no contexto dos resultados da prova, neste item se

evidenciou.

Page 65: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 65_175

No item 2. do Grupo III, de resposta extensa orientada, solicitava-se o

desenvolvimento do tema «Os EUA: da Guerra Fria às questões transnacionais do

mundo atual», com a abordagem dos tópicos seguintes: «papel político-militar dos

EUA; hegemonia dos EUA num mundo unipolar; atuação dos EUA no contexto das

questões transnacionais.» Este item implicava capacidades mais complexas e a

mobilização de conteúdos vários, tendo por suporte documentos de natureza diversa

(imagem/caricatura, texto e dados quantitativos organizados em quadro), que

possibilitavam o estabelecimento de inter-relações para o esclarecimento do

tema-problema. As dificuldades evidenciadas poderão ter relação com o facto de o

tema-problema ser de natureza político-militar e não económico-social.

HISTÓRIA A e HISTÓRIA B – 623 e 723

Propostas de intervenção didática

Da análise dos resultados, conclui-se que as áreas frágeis de carácter transversal são

as seguintes: compreensão plena do conteúdo dos verbos de comando e dos

enunciados e construção e articulação do discurso escrito, utilizando a terminologia

específica da disciplina de História; recurso, quando solicitado, à síntese;

mobilização, em articulação com o discurso do aluno, da informação do(s)

documento(s) e utilização de excertos/dados dessa informação, com utilização

correta da citação no caso das fontes escritas.

Tendo em conta os problemas identificados, propõe-se uma intervenção didática

conducente à eficácia da aprendizagem e à consequente melhoria do desempenho

dos alunos, nomeadamente, através de:

Adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento das capacidades do

aluno ao nível da utilização da metodologia específica da História,

designadamente, o reforço das práticas de análise e de cotejo da informação

presente nos suportes documentais, incluindo os que apresentam perspetivas

diferentes. Saliente-se a importância de desenvolver, em sala de aula,

aptidões de análise quantitativa, com vista à compreensão das realidades

económico-sociais, exigida em suportes como tabelas e gráficos.

Paralelamente, sugere-se um trabalho mais sistemático de análise de fontes

iconográficas, área em que os alunos evidenciam fragilidades;

Reforço de atividades que envolvam a recolha de informação e a reflexão

sobre o mundo atual, em articulação com os conteúdos do módulo final dos

Programas de História A e B «Alterações geoestratégicas, tensões políticas e

transformações socioculturais no mundo atual»;

Recurso a estratégias propiciadoras do desenvolvimento das capacidades de

comunicação escrita, como a elaboração de sínteses escritas a partir da

Page 66: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 66_175

informação recolhida e o recurso à técnica das citações para suporte de

argumentos, com utilização adequada e sistemática da terminologia

específica da disciplina;

Desenvolvimento de metodologias assentes na identificação e na clarificação

do objetivo de cada item e na consequente planificação da resposta do aluno,

em articulação com o verbo de comando (diferenças entre «identificar»,

«explicitar», «explicar»,…) e com a instrução relativa à mobilização da

informação — explícita e/ou implícita — do(s) suporte(s) (diferenças entre a

resposta «com base no documento», que se dirige exclusivamente aos

elementos nele presentes, e a resposta «a partir do documento», que implica

o recurso obrigatório aos dados do documento mas pode mobilizar também

outra informação, relevante em função do item);

Aperfeiçoamento de técnicas diversificadas de avaliação nas escolas,

incluindo também instrumentos, a disponibilizar aos alunos, que tenham por

referência o modelo das provas de avaliação externa e apresentem os

critérios de classificação com níveis de desempenho e descritores.

HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES – 724

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de História da Cultura e das

Artes (1.ª fase), consideraram-se as respostas de 2258 alunos (internos).

Média nacional: 10,9 valores

Desvio padrão: 3,3

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 69,2%

Caracterização da prova

A prova incidia nos dez módulos do Programa de História e Cultura das Artes (HCA),

distribuídos por três grupos de itens.

O Grupo I incluía 4 itens relativos aos módulos 1, 3 e 4, do 10.º ano.

O Grupo II incluía 4 itens relativos aos módulos 5, do 10.º ano, e 6 e 7, do 11.º ano.

O Grupo III incluía 3 itens referentes aos módulos 8 e 9, do 11.º ano.

A prova apresentava itens de seleção (de escolha múltipla e de associação) e itens de

construção (de resposta curta, restrita e extensa). Esta diversificação de tipos de

itens procura dar resposta à necessidade de, por um lado, verificar o grau de

consecução de aprendizagens relativas aos objetivos gerais, constantes do chamado

Tronco Comum do Programa, e, por outro, avaliar algumas das capacidades analíticas

Page 67: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 67_175

enunciadas no Programa, nomeadamente, a análise do objeto artístico como

documento/testemunho do seu tempo.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

2. do Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 92,2%, 67,4% e 91,8%.

No item 1.1., item de seleção de escolha múltipla que incidia sobre o módulo 1

(Cultura da Ágora — arquitetura), solicitava-se a identificação de elementos da

arquitetura clássica grega, com apoio documental (um esquema).

No item 1.2., item de construção de resposta restrita que também incidia sobre o

módulo 1 (Cultura da Ágora — arquitetura), solicitava-se a identificação e a

caracterização de diferenças entre as ordens arquitetónicas dórica e jónica, com

apoio documental (um esquema).

No item 2., item de seleção de escolha múltipla que incidia sobre o módulo 3

(Cultura do Mosteiro — Mosaico Bizantino), solicitava-se que o aluno identificasse a

definição de uma técnica ou arte aplicada.

Da análise dos resultados apresentados por estes itens, parece evidente que, apesar

de não existirem núcleos estruturantes de conteúdos no Programa de HCA, os

elementos arquitetónicos do templo grego e as ordens arquitetónicas funcionam

como base fundamental para uma leitura da linguagem da arquitetura.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1. e 3. do

Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à

cotação total de, respetivamente, 45,3%, 48,7% e 44,0%.

No item 1. do Grupo II, item de associação/correspondência que incidia sobre os

módulos 5, 6 e 7 (Cultura do Palácio, do Palco e do Salão — arquitetura),

solicitava-se a identificação e a associação de obras arquitetónicas a períodos ou

estilos.

No item 3. do Grupo II, item de construção de resposta extensa que incidia sobre o

módulo 6 (Cultura do Palco — contexto social e político e arquitetura), solicitava-se a

caracterização de uma obra arquitetónica e a sua integração no contexto social e

político de uma dada época.

No item 1. do Grupo III, item de construção de resposta extensa que incidia sobre o

módulo 8 (Cultura da Gare — pintura pós-impressionista), solicitava-se ao aluno a

caracterização da vida e da obra de um pintor, com apoio documental.

Page 68: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 68_175

Da análise destes resultados, destacam-se os seguintes aspetos: dificuldades

específicas na construção de respostas extensas; conhecimento insuficiente sobre a

vida e a obra de autores (artistas), individualmente considerados; dificuldade no

estabelecimento de relações entre contextos sociais/políticos e manifestações

artísticas(, ou seja, a base histórica parece não estar consolidada para a maior parte

dos alunos); treino insuficiente de observação de imagens de obras arquitetónicas de

diferentes estilos e períodos, e de comparação e identificação de diferenças, de

datas e de autores.

Propostas de intervenção didática

O facto de o objeto de avaliação desta prova englobar dois anos de lecionação (10.º e

11.º anos) exige a revisão dos conteúdos do 10.º ano ao longo do 11.º ano. Se esta

não for a prática adotada, o volume de conteúdos sem revisão periódica poderá

dificultar significativamente, ou mesmo impedir, a resposta positiva a itens que

mobilizam operações mentais simples e que implicam uma memorização mínima dos

acontecimentos, biografias e casos práticos. Uma vez que se verifica uma dificuldade

crescente em associar a produção artística a contextos sociais e culturais, que

resulta, no essencial, de um insuficiente domínio da sequência de épocas históricas e

da matriz cultural em que se inserem, sugere-se que se recuperem e se consolidem

conhecimentos que terão sido adquiridos no 3.º ciclo do ensino básico e que se

aprofundem, sempre que possível, abordagens à arte portuguesa e à biografia de

autores de referência no panorama internacional, recorrendo-se à integração destes

nos quadros sociais e mentais do seu tempo.

Considerando a análise apresentada, bem como os resultados de anos anteriores,

propõe-se que, nas aulas, se promova a observação da imagem, para que, antes da

crítica e da abordagem pelo senso comum, ela possa ser interrogada como

manifestação de uma cultura e de um tempo histórico. Será igualmente fundamental

que se exercitem respostas a itens de resposta extensa, a partir de uma estrutura em

tópicos. Simultaneamente, será de exercitar a relacionação entre contextos e

produções artísticas, enriquecendo o vocabulário, melhorando o domínio da

terminologia, ajudando os alunos a construir textos coerentes, que não sejam meras

cópias de textos de apoio ou dos manuais.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 69_175

EXPRESSÕES

DESENHO A – 706

Na análise dos resultados da prova de exame nacional (prova prática) de Desenho A

(1.ª fase), consideraram-se as respostas de 3803 alunos (internos).

Média nacional: 12,3 valores

Desvio padrão: 3,0

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 85,1%

Caracterização da prova

A prova continha dois grupos de itens de construção de expressão gráfica e permitia

avaliar o desempenho dos alunos no que diz respeito a:

observação e registo com elevado poder de análise;

aplicação procedimentos e técnicas com correção e adequação;

capacidade de síntese no domínio das operações abstratas;

leitura crítica de mensagens de origens diversificadas;

utilização da criatividade e da invenção como autor de novas mensagens.

Os parâmetros de avaliação considerados em ambos os grupos eram:

domínio dos diversos meios atuantes;

capacidade de análise e representação de objetos;

domínio e aplicação de princípios e estratégias de composição e estruturação

na linguagem plástica.

No Grupo II, eram ainda considerados os seguintes parâmetros:

capacidade de síntese: transformação — gráfica e invenção;

coerência formal e conceptual das formulações gráficas produzidas.

Uma vez que os alunos tiveram um desempenho muito semelhante em todos os itens,

destacam-se os resultados por parâmetro. É esta análise dos resultados por parâmetro

que está na base das conclusões que se apresentam de seguida.

Parâmetros com melhor desempenho

O parâmetro domínio e aplicação de princípios e estratégias de composição e

estruturação na linguagem plástica foi aquele em que os alunos revelaram melhor

desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de 84,5%

e 88,0% nos itens 1. e 2. do Grupo I, respetivamente. Avaliava-se, nestes itens, o

Page 70: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 70_175

enquadramento dos registos no espaço da folha, de fácil execução e muito treinado

pelos alunos.

No Grupo II, os valores da classificação média deste parâmetro em relação à cotação

total baixam para 59,3%, o que continua a demonstrar alguma dificuldade quando à

avaliação da prática de ocupação da página se junta a avaliação do modo como se

organiza a composição e como se faz o tratamento cromático.

Parâmetros com pior desempenho

Os parâmetros em que os alunos revelaram pior desempenho foram os relativos à

capacidade de análise e representação de objetos, no item 2. do Grupo I, e o da

capacidade de síntese — transformação — gráfica e invenção, no Grupo II, com

valores da classificação média em relação à cotação total de 51,8% e 52,3%,

respetivamente.

No item 2. do Grupo I, a capacidade de análise e representação de objetos,

respeitante a morfologia geral, proporções, volume, profundidade e claro/escuro, foi

sem dúvida o parâmetro mais exigente da prova, uma vez que obrigava a grande rigor

e objetividade na resposta.

Os processos de síntese a que se refere o parâmetro capacidade de síntese, no Grupo

II, são os mais difíceis de alcançar, uma vez que requerem o conhecimento de

conceitos e de práticas e uma maturidade artística que muitos alunos não terão ainda

atingido.

Propostas de intervenção didática

Da análise dos resultados, conclui-se que se mantêm as dificuldades diagnosticadas

nos anos anteriores.

Como medidas para a superação destas dificuldades, continuamos a propor a

utilização do diário gráfico, para a criação de hábitos de registo e,

consequentemente, para o desenvolvimento e personalização do traço. Além disso,

sugerimos a observação de obras de arte e a leitura de obras relevantes na área do

desenho, para maior familiarização com os processos de síntese utilizados pelos

diferentes artistas e com o vocabulário específico desta área.

Afigura-se também importante que os alunos tenham oportunidade de simular a

realização da prova de exame nacional em contexto de sala de aula e que efetuem a

autoavaliação dessa prova, observando os critérios específicos de classificação e

respetivos descritores, que se encontram na página do GAVE.

Page 71: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 71_175

GEOMETRIA DESCRITIVA A – 708

Na análise dos resultados da prova de exame nacional (prova prática) de Geometria

Descritiva A (1.ª fase), consideraram-se as respostas de 5923 alunos (internos).

Média nacional: 10,7 valores

Desvio padrão: 5,6

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 56,6%

Caracterização da prova

A prova era constituída por 4 itens para resolução exclusivamente gráfica, que

implicavam metodologias que permitiam converter entidades geométricas definidas

no espaço tridimensional em representações bidimensionais.

A resolução da prova envolvia:

a perceção e visualização no espaço;

a aplicação dos processos construtivos da representação;

o reconhecimento da normalização referente ao desenho;

a utilização dos instrumentos de desenho e execução dos traçados;

a utilização da Geometria Descritiva em situações de comunicação e registo;

a representação de formas reais ou imaginadas.

Os três primeiros itens incidiam em conteúdos do sistema de representação diédrico:

o item 1. em perpendicularidade entre planos, o item 2. em um problema métrico

(ângulo entre reta e plano) e o item 3. em sombras de um sólido geométrico

(pirâmide quadrangular oblíqua com bases de perfil). O item 4. incidia em conteúdos

do sistema de representação axonométrico — axonometria ortogonal de uma forma

tridimensional composta por dois sólidos geométricos.

A construção das respostas a cada um dos itens resultava de um processo faseado,

que envolvia vários temas do Programa e que aparecia sistematizado em cinco

categorias (referidas como parâmetros), que estruturavam os critérios específicos de

classificação: A – Tradução gráfica dos dados; B – Processo de resolução; C –

Apresentação gráfica de solução; D – Observância das convenções gráficas usuais

aplicáveis; e E - Rigor de execução e qualidade expressiva dos traçados. É a análise

de resultados por parâmetro que está na base das conclusões que se apresentam de

seguida.

Page 72: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 72_175

Itens com melhor desempenho

Os itens 3. e 4. foram aqueles em que se verificou melhor nível de desempenho, com

valores da classificação média em relação à cotação total de 63,2% e 60,3%,

respetivamente.

No item 3., era pedida a determinação das sombras de uma pirâmide quadrangular

oblíqua com base de perfil e, no item 4., era pedida uma axonometria ortogonal de

uma forma composta por um prisma quadrangular regular e um cubo.

Estes dois itens são os que apresentam melhor desempenho em praticamente todos

os parâmetros. Registe-se que estes eram os exercícios que envolviam uma maior

exigência no que diz respeito à observância das convenções gráficas usuais aplicáveis

(parâmetro D) e ao rigor de execução e qualidade expressiva dos traçados (parâmetro

E).

O bom desempenho nestes itens terá resultado, entre outros aspetos, do facto de os

enunciados permitirem claramente a identificação do conteúdo a desenvolver no

item.

Itens com pior desempenho

O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item 2., com um valor da

classificação média em relação à cotação total de 40,7%. Neste item, era pedida a

determinação gráfica do ângulo entre uma reta e um plano, tendo-se verificado o

pior desempenho relativamente ao processo de resolução (parâmetro B).

O desempenho neste item terá resultado do facto de a sua resolução envolver um

trabalho mais complexo com entidades geométricas abstratas.

Por outro lado, sendo este um conteúdo programático que implica o conhecimento de

diversos modos ou percursos de resolução, se estes não forem bem diferenciados na

aprendizagem, podem levar a que o aluno não os distinga bem, incorrendo, assim,

em erro.

Propostas de intervenção didática

As áreas em que se manifestaram maiores dificuldades, nas quais será necessário

reforçar a intervenção didática, são aquelas em que é preciso trabalhar com

entidades geométricas mais abstratas.

No primeiro ano em que é lecionada a disciplina e desde o início, o Programa propõe,

para que a aprendizagem da abstração seja favorecida, quanto ao sistema de

representação diédrico, que seja realizada uma ligação ao concreto, através do

recurso sistemático a modelos tridimensionais, nos quais se torna possível simular, de

forma visível e palpável, as situações espaciais que o aluno irá representar

posteriormente na folha de papel — após ter visto e compreendido —, sem decorar

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 73_175

apenas traçados. Se o aluno se limitar a memorizar, muito provavelmente, não

conseguirá resolver problemas mais complexos. Refira-se, porém, que o recurso a

modelos é apenas um ponto de partida a adotar nas fases iniciais da aprendizagem,

que irá sendo progressivamente abandonado à medida que o aluno for atingindo

maior capacidade de abstração e maturidade na visualização a três dimensões, ainda

que possa reutilizá-los, se necessário, em situações pontuais.

Ainda quanto à resolução de problemas métricos, já no 11.º ano, será vantajoso que

o aluno resolva um mesmo problema utilizando diferentes métodos auxiliares e que,

a partir daí, infira as vantagens de um relativamente aos outros.

Quanto aos problemas de determinação da verdadeira grandeza de ângulos, deverá

ser dada especial atenção às definições da geometria euclidiana relativas ao «ângulo

de uma reta com um plano» e ao «ângulo de dois planos».

PORTUGUÊS E LATIM

LATIM A – 732

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Latim A (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 121 alunos (internos).

Média nacional: 11,5 valores

Desvio padrão: 3,8

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 69,4%

Caracterização da prova

A prova constava de cinco grupos. O Grupo I era constituído por 8 itens de construção

de resposta curta (questões de morfossintaxe), que visavam a avaliação de

conhecimentos linguísticos e preparavam a compreensão do texto com vista à

tradução, requerida no Grupo II. Neste grupo, constituído por 1 item de construção

de resposta extensa, solicitava-se aos alunos a tradução do texto (com 60 palavras),

tarefa que avaliava conhecimentos e capacidades transversais a todo o Programa,

bem como a utilização correta da língua materna. O Grupo III, do domínio do

funcionamento da língua, era constituído por 4 itens de seleção (1 item de

associação/correspondência, 2 itens de resposta curta e 1 item de seleção de escolha

múltipla) e 1 item de construção de resposta restrita, que consistia num exercício de

tradução de uma pequena frase (de 17 palavras) de português para latim. O Grupo

IV, sobre capacidade de relacionação entre o léxico português e o léxico latino, era

constituído por 6 itens (4 de construção de resposta curta e 2 de seleção de escolha

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 74_175

múltipla). Finalmente, no Grupo V, pretendia-se avaliar conhecimentos e

capacidades relativas à cultura e à civilização romanas.

Na prova, avaliavam-se as seguintes capacidades e conhecimentos linguísticos:

leitura e compreensão de um texto em língua latina, nas suas dimensões linguística e

cultural; expressão da mensagem do texto latino em língua portuguesa, atendendo às

especificidades de cada um dos códigos linguísticos, latino e português, e às

respetivas realidades culturais; conhecimento e aplicação das categorias

morfológicas e das estruturas sintáticas fundamentais da língua latina; relacionação

do léxico da língua latina com o léxico da língua portuguesa; compreensão do

significado do léxico português à luz da etimologia. Também eram avaliados os

seguintes domínios culturais: conhecimentos e reflexões sobre temas de cultura e/ou

de civilização romanas; relacionação de aspetos relevantes da cultura portuguesa

com aspetos da cultura clássica.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.3.e 3.1. do

Grupo I e os 3 primeiros segmentos da tradução do Grupo II, com valores da

classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 85,3%, 88,3%,

95,8%, 76,5% e 71,0%.

O item 1.3. do Grupo I visava avaliar capacidades do domínio linguístico e de

compreensão do texto e solicitava ao aluno a identificação de um complemento

circunstancial de lugar (ablativo regido da preposição in). Trata-se de uma estrutura

muito frequente na língua latina e o contexto em que surgia conduzia à sua correta

interpretação.

O item 3.1. do Grupo I visava avaliar capacidades do domínio linguístico e de

compreensão do texto e solicitava ao aluno a identificação de uma forma verbal no

pretérito imperfeito do indicativo, que, pela sua característica inconfundível, -ba-,

levou a que os alunos a reconhecessem muito facilmente.

No Grupo II, constituído pela tradução de um texto de latim para português, o

desempenho dos alunos foi relativamente satisfatório. Globalmente, a tradução que

constituía este grupo obteve 58,3% como classificação média em relação à cotação

total, e os segmentos em que o desempenho dos alunos foi melhor foram os 3

primeiros. Estes 3 segmentos eram idênticos, todos constituídos por expressões no

mesmo caso (acusativo) e complementos diretos (coordenados entre si) de regebat. A

única dificuldade que a frase poderia oferecer encontrava-se esclarecida na nota

fornecida. Crê-se que uma maior consolidação da morfologia e da sintaxe da língua

conduziria a melhores resultados. As deficiências no domínio da língua portuguesa

também se refletem de forma negativa nos resultados.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 75_175

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2.1. e 2.2. do

Grupo III e os itens 1.1. e 3.1. do Grupo IV, com valores da classificação média em

relação à cotação total de, respetivamente, 29,0%, 34,5%, 31,4% e 31,4%.

Nos itens 2.1. e 2.2. do Grupo III, solicitava-se a substituição dos nomes sublinhados

pela forma adequada do pronome demonstrativo hic, haec, hoc, que se esperava ser

bem conhecido dos alunos. No primeiro caso, o nominativo serui deveria ter sido

substituído pelo nominativo do plural do pronome indicado; no segundo caso, o

acusativo filias deveria ter sido substituído pelo acusativo correspondente do

pronome. No entanto, os alunos demonstraram uma grande dificuldade na aplicação

destes conhecimentos, provavelmente por não terem presente a declinação do

pronome apresentado, que é, contudo, um dos demonstrativos de uso mais frequente

na língua latina.

No item 1.1., solicitava-se que os alunos indicassem as palavras latinas que estão no

étimo de duas palavras portuguesas de uso comum («quadrilátero» e «omnisciente»).

Para a primeira, deveria ter sido apresentado o vocábulo quattuor (na linha 1 do

texto), que significa «quatro» e que facilmente se relacionaria com o vocábulo

«quadrilátero»; para a segunda palavra, deveria ter sido apresentado o vocábulo

omnes (na linha 4 do texto), que facilmente se relacionaria com o vocábulo

«omnisciente».

No item 3.1., item de seleção de escolha múltipla, solicitava-se que os alunos

estabelecessem a relação etimológica entre regebat e regalis. No conjunto das

quatro palavras apresentadas, a sua escolha dispensaria a consulta do dicionário,

pelo carácter óbvio da relacionação. No entanto, em caso de dúvida, a consulta do

dicionário teria facilitado a resposta, fornecendo a sua solução.

O desempenho dos alunos no Grupo IV revelou-se bastante mais fraco em relação ao

desempenho em itens análogos de provas de anos anteriores. Verifica-se, assim, que

os alunos revelam dificuldade no registo de palavras portuguesas relacionadas com

étimos latinos quando essa relação não é imediatamente óbvia. Basta a introdução de

um prefixo ou a apresentação de uma forma irregular para que os resultados sejam

pouco satisfatórios. Por outro lado, este deficiente desempenho decorre da pobreza

lexical dos alunos e do uso pouco racional do dicionário.

A análise dos resultados leva-nos a concluir que os conhecimentos da morfossintaxe

da língua latina precisam de maior consolidação (tal como se preconiza no

Programa), pois constituem o fundamental da aprendizagem da língua latina. Só o

domínio sólido das estruturas fundamentais da língua permite a análise e a tradução

de textos de grau de dificuldade adequado às exigências do Programa.

Esperar-se-iam melhores resultados no item que constitui o Grupo V (com

classificação média em relação à cotação total de 51,1%), que incide em aspetos

gerais de cultura e civilização romanas (neste caso, o papel do paterfamilias e os

rituais do nascimento), considerando o carácter rotineiro e acessível da informação

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 76_175

solicitada, no contexto do Programa da disciplina. Este item obteve 14,0% de

respostas com cotação nula. No entanto, regista-se uma melhoria significativa em

relação ao ano anterior, em que, no item análogo, a percentagem de respostas com

cotação nula foi de 28,8% e a classificação média em relação à cotação total foi de

42,1%.

Propostas de intervenção didática

A análise dos resultados leva-nos a concluir que os conhecimentos da morfossintaxe

da língua latina precisam de maior consolidação (tal como se preconiza no

Programa), pois constituem o fundamental da aprendizagem da língua latina. Só o

domínio sólido das estruturas fundamentais da língua permite a análise e a tradução

de textos de grau de dificuldade adequado às exigências do Programa.

O desconhecimento e/ou o conhecimento insuficiente da gramática da língua

portuguesa é um dos fatores que contribuem para dificultar a aprendizagem da

língua latina, sobretudo quando se trata do conhecimento explícito do

funcionamento da língua, imprescindível para um desempenho minimamente

satisfatório na disciplina de Latim. Por outro lado, a nova terminologia linguística,

não aplicável à gramática latina, tradicional, não facilita a aprendizagem do

funcionamento da língua latina.

É ainda de salientar que as dificuldades reveladas no domínio da escrita — relevante

nos Grupos II e V — contribuem para o desempenho menos satisfatório nestes itens.

Os resultados no Grupo V, em particular, evidenciam dificuldades na estruturação de

uma resposta mais extensa. Crê-se que as deficiências notórias no uso correto da

língua portuguesa são, em grande parte, impeditivas de um melhor desempenho dos

alunos, nos grupos acima referidos, apesar do peso relativamente diminuto

correspondente à valorização do parâmetro da correção linguística. Constitui-se,

ainda, surpresa o facto de, no Grupo V, muitos alunos não responderem ou revelarem

grande dificuldade na resposta a um item que versa sobre temas de cultura e

civilização romanas, contempladas no Programa da disciplina.

O Programa desta disciplina apresenta um conjunto de sugestões metodológicas

gerais que, se forem postas em prática, conduzirão a um melhor desempenho dos

alunos. As dificuldades detetadas no que respeita ao domínio da língua latina podem

ser minoradas com um maior investimento em atividades e tarefas de consolidação

de conhecimentos. Por vezes, o aluno traduz quase de forma intuitiva, revelando, no

entanto, dificuldade em explicar as operações efetuadas.

Reconhece-se a necessidade do reforço da aprendizagem da língua portuguesa,

concretamente da expressão escrita, e a necessidade do reconhecimento do valor e

da importância do conhecimento do funcionamento da língua portuguesa,

fundamental para um melhor desempenho na disciplina de Latim A.

Page 77: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 77_175

LITERATURA PORTUGUESA – 734

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Literatura Portuguesa (1.ª

fase), consideraram-se as respostas de 1750 alunos (internos).

Média nacional: 10,9 valores

Desvio padrão: 3,3

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 69,2%

Caracterização da prova

A prova incluiu três grupos de itens que incidiram sobre conteúdos programáticos

pertencentes aos dois anos de formação em Literatura Portuguesa. Através desses

itens avaliaram-se a Leitura e a Escrita. A ponderação atribuída à Leitura foi de 60%

da cotação total da prova, cabendo à Escrita os restantes 40% da cotação. A

diferença entre as ponderações atribuídas à Leitura e à Escrita explica-se pelo facto

de as atividades de escrita estarem sempre relacionadas com as atividades

desenvolvidas no âmbito da leitura literária.

No Grupo I, foram objeto de avaliação competências de leitura de poesia lírica. Tal

como nos anos anteriores, este grupo integrou 4 itens de resposta restrita. O texto

literário que serviu de base ao questionário foi o soneto «Quando o Sol encoberto vai

mostrando», de Luís de Camões. A lírica camoniana faz parte da lista de conteúdos

de leitura obrigatória do Programa de Literatura Portuguesa.

Quanto ao Grupo II, os 4 itens de resposta restrita incidiram sobre competências de

leitura de um texto narrativo, tendo a escolha textual recaído num excerto do

romance Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira, narrativa que faz parte da

lista de obras em regime de leitura opcional apresentada no Programa.

O Grupo III integrou 1 item de construção de resposta extensa que exigia a

mobilização de conhecimentos de um dos textos de teatro indicados no corpus de

leituras do 11.º ano (Almeida Garrett, Um Auto de Gil Vicente ou O Alfageme de

Santarém; Raul Brandão, O Gebo e a Sombra ou O Doido e a Morte; José Cardoso

Pires, O Render dos Heróis). As instruções do item forneciam indicações quanto aos

aspetos a ter em conta (caracterização de duas das personagens principais da obra) e

à extensão do texto requerido (100 a 200 palavras).

Nos três grupos, a avaliação das competências de Escrita contemplou a produção de

textos expositivo-argumentativos (escrita analítico-descritiva, de acordo com a

designação consignada no Programa).

Tendo em conta estas características, foram selecionadas capacidades no âmbito da

Leitura e da Escrita, explícitas ou implícitas no Programa da disciplina e entendidas

no horizonte de formação em Literatura Portuguesa, nomeadamente:

Page 78: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 78_175

compreensão e interpretação de textos de diferentes modos, nomeadamente

lírico, narrativo e dramático;

reconhecimento de elos de ligação entre significados, circunstâncias de

produção e/ou opções do(s) autor(es) no que respeita a modos e géneros,

estrutura e linguagem;

desenvolvimento e fundamentação de uma argumentação interpretativa;

produção de textos com correção e coerência, envolvendo a perspetiva

analítico-descritiva (escrita sobre o texto);

utilização, em tarefas interpretativas, de teorias e terminologia apropriadas.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 3. do Grupo I

e os itens 1. e 2. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à

cotação total de 70,1%, 57,6% e 59,6%, respetivamente.

No item 3. do Grupo I, os alunos tinham de apresentar quatro traços do retrato da

figura feminina evocada pelo sujeito poético na sua rememoração.

No item 1. do Grupo II, solicitava-se aos alunos que justificassem uma afirmação

apresentada, a qual implicava o reconhecimento de certo tipo de características

formais de um determinado parágrafo.

No item 2. do Grupo II, o enunciado pedia a explicação do ponto de vista de uma

personagem em relação a um determinado evento.

A informação disponibilizada pelo tratamento dos dados permite concluir que a

diferença de valores existente entre os 3 itens em análise estará diretamente

relacionada com as operações cognitivas envolvidas na resolução dos mesmos:

seleção de informação explícita no caso do item 3. do Grupo I e produção de

inferências de nível médio no caso dos outros 2 itens.

Convém salientar, por último, que houve uma evolução positiva no que toca aos

resultados do Grupo III, este ano com uma percentagem mais alta da classificação

média em relação à cotação máxima (55,2 %).

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1. e 2. do

Grupo I, com valores da classificação média em relação à cotação total de 49,0% e

42,9%, respetivamente.

Relativamente ao item 1. do Grupo I, as classificações revelam as dificuldades

experimentadas pelos alunos quando se trata de explicitar relações entre elementos

do texto que se estabelecem através de processos inferenciais. No item, pedia-se que

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 79_175

os alunos explicitassem a relação que se podia estabelecer entre o sujeito poético e

o cenário físico. À partida, o nível de complexidade das operações cognitivas exigido

neste item parecia superior ao do item 2. do Grupo I, prevendo-se, assim, um

resultado global diferente daquele que o tratamento dos dados acabou por

evidenciar. O nível de desempenho registado dever-se-á, provavelmente, à fraca

desenvoltura dos alunos em, depois de seriarem determinados elementos de um

texto, procederem à sua relacionação. A resolução adequada deste item dependia de

um raciocínio baseado em três etapas: (i) identificação dos elementos

caracterizadores do espaço, (ii) reconhecimento da atividade de rememoração a que

o sujeito lírico se entrega e (iii) explicitação da relação entre o sujeito poético e o

cenário físico.

No caso do item 2. do Grupo I, solicitava-se que os alunos referissem um dos valores

expressivos da repetição de «aqui», «ali» e «agora» (versos 5-9 e 11-12). Tal como

em provas de anos transatos, voltou a verificar-se que os alunos apresentam muitas

dificuldades quando têm de entrecruzar aspetos de estilística ou de versificação com

outros elementos do texto. Com efeito, os resultados deste item parecem apontar

para a dificuldade em entender, por exemplo, o uso da repetição como forma de

«imprimir aos versos um ritmo cadenciado», como é mencionado no cenário de

resposta. Ora, tratando-se de um valor expressivo que é recorrente na poesia e por

demais evidente no soneto de Camões, causa alguma surpresa reconhecer o fraco

nível de desempenho atingido pelos alunos. Aliás, outros dos tópicos apresentados no

cenário de resposta — «acentuar a diversidade das imagens que representam a figura

feminina» ou «realçar o modo de composição do retrato por traços contrastados par

a par» — eram outras possibilidades de resolução, em princípio ao alcance de

qualquer aluno em vias de concluir a frequência na disciplina de Literatura

Portuguesa. O facto de 14,2% das respostas ter tido cotação nula deve ser motivo de

reflexão, porquanto este valor indicia, entre outras lacunas, falta de perceção

daquele que é um dos elementos constitutivos da poesia: o ritmo.

Quanto aos Aspetos de Organização e Correção Linguística, os desempenhos dos

alunos nos 2 itens foram, igualmente, dos mais fracos em toda a prova. Pode

depreender-se, assim, que o elevado índice de resultados negativos no parâmetro do

conteúdo se repercutiu no parâmetro da forma, dada a aplicação do princípio da

proporcionalidade entre a pontuação dada aos Aspetos de Conteúdo e a pontuação

máxima atribuível aos Aspetos de Organização e Correção Linguística.

Propostas de intervenção didática

Leitura

Da análise dos resultados obtidos no Grupo I e no Grupo II da prova de exame,

sobressai a ideia de que os alunos manifestaram dificuldades na resolução dos itens

que implicavam deteção de valores expressivos e que envolviam inferências de grau

médio.

Page 80: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 80_175

Acresce que, tal como na prova de exame da 1.ª fase de 2011, e não obstante o texto

apresentado conter a limpidez própria dos sonetos de Camões, o conjunto das

respostas aos itens do Grupo I obteve classificações ligeiramente inferiores (53,6%)

àquelas que foram atribuídas ao conjunto dos itens do Grupo II (55,3%), cujo suporte

era um excerto de um romance que muitos alunos não terão analisado em aula, por

figurar numa lista de obras em regime de leitura opcional. Assim, mais uma vez se

confirma que os alunos obtêm melhores resultados quando confrontados com textos

narrativos.

É importante que os professores programem, ao longo dos dois anos de formação em

Literatura Portuguesa, aprendizagens em que avultem tarefas que ativem processos

inferenciais mais complexos do que aqueles com que os alunos habitualmente se

confrontam, tal como foi recomendado no Relatório de 2011. Essas tarefas,

orientadas para o reconhecimento da riqueza de sentidos que se desprende da leitura

dos textos literários, reverterão a favor do desenvolvimento da capacidade de análise

e do rigor progressivo do pensamento que constrói uma interpretação, permitindo

uma melhor compreensão do sistema da comunicação literária.

A ação continuada dos professores na conceção de tarefas que levem os alunos a

desenvolver as capacidades de relacionação de elementos de um ou mais textos

poderá contribuir para que, num futuro próximo, estas dificuldades sejam

ultrapassadas. Na planificação das aulas deve, igualmente, ser considerado um

reforço do trabalho com o texto lírico, baseado no aprofundamento dos métodos de

análise. Por sua vez, as noções de estilística e de versificação devem ser trabalhadas

em função do seu contributo para a construção do sentido do texto, evitando-se que

os alunos as percecionem sobretudo como catálogo de lugares possíveis.

Escrita

Os resultados obtidos nos Aspetos de Organização e Correção Linguística decorrem,

no caso dos itens com pior desempenho, dos valores atribuídos aos Aspetos de

Conteúdo, visto que as classificações atribuídas neste parâmetro refletem os

problemas existentes no domínio da leitura.

Mantêm-se, neste domínio, as considerações tecidas no Relatório de 2011,

nomeadamente no que se refere às dificuldades relacionadas com estruturação

discursiva, os erros de sintaxe e de pontuação.

Uma melhoria dos resultados do exame nacional de Literatura Portuguesa poderá,

entre outras medidas, passar, como foi apontado no Relatório de 2011, pelo reforço

da monitorização das aprendizagens dos alunos e pela insistência em práticas de

escrita com base em modelos processuais, nomeadamente através da planificação,

da revisão e, sobretudo, da reescrita de textos. Afigura-se igualmente importante

que as intervenções didáticas visem o alargamento do repertório lexical, passivo e

ativo, dos alunos, porque este é, sem dúvida, um dos fatores que se repercute nas

classificações obtidas pelos examinandos.

Page 81: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 81_175

Os mecanismos de coerência e de coesão discursivos são conteúdos em que os

professores deverão continuar a trabalhar de forma sistemática.

PORTUGUÊS – 639

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Português (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 50 916 alunos (internos).

Média nacional: 10,4 valores

Desvio padrão: 3,2

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 63,2%

Caracterização da prova

A prova apresentou três grupos de itens.

O Grupo I incluiu duas partes: A e B. A Parte A integrou um excerto de Os Lusíadas

(Canto VI), que constituiu o suporte de 4 itens de construção de resposta restrita. A

Parte B consistiu na resposta a 1 item de construção de resposta extensa, no qual se

solicitava uma reflexão sobre o modo como os trabalhadores da construção do

Convento assumem o estatuto de heróis no romance Memorial do Convento, de José

Saramago. Ambas as partes deste Grupo permitiram avaliar capacidades e

conhecimentos relativos à Leitura e à Expressão Escrita.

O Grupo II integrou um texto não literário, que constituiu o suporte de 7 itens de

seleção de escolha múltipla e de 3 itens de construção de resposta curta, e permitiu

avaliar capacidades e conhecimentos de Leitura e de Funcionamento da Língua.

O Grupo III foi constituído por 1 item de construção de resposta extensa, orientado

no que respeita à tipologia textual, ao tema e à extensão, e permitiu avaliar

capacidades e conhecimentos no domínio da Expressão Escrita.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.2., 1.5. e

1.6. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de,

respetivamente, 82,6%, 77,8% e 87,6%. Todos estes itens eram itens de seleção,

apresentados sob o formato de escolha múltipla.

No caso do item 1.2., solicitava-se a interpretação de uma passagem do texto. No

caso do item 1.5., os alunos tinham de identificar a função associada ao uso do

travessão duplo num contexto específico do texto apresentado. No caso do item 1.6.,

solicitava-se a identificação do valor aspetual de uma forma verbal.

Page 82: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 82_175

Os bons resultados obtidos pelos alunos nestes itens poderão ser explicados pelo

facto de a interpretação ter incidido sobre informação explícita no texto. Acresce

que, nos casos em que se recorreu à utilização de terminologia linguística específica,

a resposta exigia apenas a seleção de um dos termos apresentados nas hipóteses de

resposta.

No que diz respeito ao item 1.5., é de salientar que os bons resultados obtidos pelos

alunos ficaram, ainda assim, aquém dos resultados obtidos em itens do mesmo tipo

apresentados em provas de anos anteriores. Esta situação poderá ter decorrido do

facto de o item contemplar não apenas a referência a aspetos formais, mas também

a interpretação de informação textual.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2. e 4. do

Grupo I e o item 2.1. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à

cotação total de, respetivamente, 38,8%, 28,7% e 39,4%.

O item 2. do Grupo I consistiu num item de construção de resposta restrita em que se

solicitava aos alunos a explicitação da intenção manifestada pelo poeta numa

passagem do excerto, relacionando-a com o uso de um determinado recurso

expressivo. O fraco desempenho dos examinandos neste item poderá ser explicado

pelo facto de, em simultâneo, estarem em causa operações cognitivas mais

complexas, como a síntese, e o estabelecimento de relações entre o sentido do texto

e o uso de um determinado recurso expressivo.

O item 4. do Grupo I consistiu num item de construção de resposta restrita em que se

solicitava aos alunos uma explicação sobre o modo como uma das estrofes transcritas

ilustra a mitificação do herói em Os Lusíadas. O fraco desempenho dos examinandos

neste item poderá ser explicado pelo facto de, em simultâneo, se exigir o recurso à

inferência e a mobilização de conhecimentos extratextuais.

O item 2.1. do Grupo II consistiu num item de construção de resposta curta, no qual

se solicitava aos alunos a classificação de uma oração. O facto de se tratar de um

item de construção de resposta curta que incidia sobre conteúdos de funcionamento

da língua, exigindo-se o raciocínio lógico e a mobilização de conhecimentos

metalinguísticos, pode explicar o fraco desempenho dos examinandos.

No que diz respeito ao item 2. do Grupo I e ao item 2.1. do Grupo II, o facto de os

resultados médios destes itens terem sido ligeiramente superiores aos resultados

obtidos em itens do mesmo tipo apresentados em provas de Português de anos

anteriores poderá significar que se está a verificar uma maior atenção às operações

cognitivas implicadas na resposta a diferentes tipos de itens e um reforço do trabalho

realizado no âmbito do funcionamento da língua.

É de realçar que, no Grupo I, apenas o item 1., em que se solicitava a identificação e

a transcrição de informação explícita no texto, obteve uma classificação média

Page 83: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 83_175

superior a 50% (58,2%). Nos restantes itens do Grupo I, as classificações médias em

relação às cotações finais ficaram sempre abaixo dos 50%. De um modo geral, os

resultados obtidos nos parâmetros da correção linguística são inferiores aos

resultados obtidos nos parâmetros do conteúdo, embora tanto uns como outros se

situem em níveis negativos.

Os melhores desempenhos situam-se no domínio da leitura de um texto de carácter

informativo, particularmente em itens de seleção do Grupo II.

As principais dificuldades revelam-se em itens de construção, tanto em itens em que

se avalia a leitura orientada de um texto literário, como em itens em que se avalia o

funcionamento da língua, quando a resposta exige o domínio de metalinguagem.

É de destacar que, nos itens que exigem resposta estruturada, quer no Grupo I quer

no Grupo III, além das dificuldades ao nível do conteúdo, os alunos revelam fracos

desempenhos nos parâmetros da organização e da correção linguística.

No caso específico do Grupo III, o valor da classificação média em relação à cotação

total situou-se nos 56,1%. Este resultado ficou claramente abaixo daquilo que seria

expectável dada a natureza da tarefa proposta: a produção de um texto que não

implicava a mobilização de conteúdos literários. Tratando-se de uma resposta

extensa, com condicionamentos temáticos e formais, estes resultados evidenciam

deficiências a nível do conhecimento do mundo, da estruturação de um texto

expositivo-argumentativo (em termos temáticos e discursivos) e da correção

linguística.

Propostas de intervenção didática

Em termos gerais, destacam-se três áreas específicas passíveis de intervenção

didática nos domínios da leitura de textos literários, da produção escrita e do

funcionamento da língua, em particular em itens com recurso a metalinguagem:

no domínio da Leitura, para além do desenvolvimento do conhecimento

lexical, importará reforçar um trabalho que envolva a realização de

inferências e o posicionamento crítico face aos textos lidos;

no domínio da Expressão Escrita, preconiza-se a realização de um trabalho

sistemático, que envolva a aprendizagem e o treino de diferentes tipologias

textuais, assegurando um crescente domínio das capacidades envolvidas na

planificação, textualização e revisão dos textos;

no domínio do Funcionamento da Língua, será fundamental assegurar o

desenvolvimento de um trabalho de acordo com a metalinguagem e as

orientações metodológicas explicitadas no Programa.

Page 84: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 84_175

PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 7392

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Português Língua Não

Materna (PLNM) (1.ª fase), nível A2, consideraram-se as respostas de 24 alunos

(internos) do 12.º ano de escolaridade.

Média nacional: 12,4 valores

Desvio padrão: 3,1

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 91,7%

Caracterização da prova

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como A2

no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) — Aprendizagem,

Ensino, Avaliação.

Segundo a escala global para o nível A2, os alunos devem ser capazes de:

compreender e interpretar textos curtos e simples em que predomine uma

linguagem corrente, relacionada com vivências escolares ou pessoais;

redigir respostas, manifestando uma expressão escrita correta e estruturada;

produzir textos, de forma articulada, sobre assuntos conhecidos ou de interesse

pessoal;

compreender frases isoladas e expressões frequentes, relacionadas com assuntos do

quotidiano;

comunicar sobre assuntos que lhes são familiares e habituais, no desempenho de

tarefas simples e de rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e

direta;

utilizar um repertório linguístico corrente;

produzir expressões quotidianas breves, de modo a satisfazer necessidades simples

de tipo concreto;

usar padrões frásicos correntes e comunicar com expressões frequentes, sobre si e

sobre outras pessoas, sobre aquilo que fazem e sobre lugares, entre outros aspetos.

Dada a natureza escrita da prova, a aprendizagem relevante (nos domínios lexical,

gramatical, semântico e ortográfico) a mobilizar envolve capacidades descritas no

QECR, como as mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio

do vocabulário, correção gramatical ou domínio ortográfico.

A prova apresentava três grupos de itens. No Grupo I, que incluía três textos — os

dois primeiros informativos e o terceiro literário —, avaliavam-se os domínios da                                                             2   No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que

realizaram o exame no conjunto das duas fases, optou-se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efetuada para as outras provas de exame, no que respeita à 1.ª fase.

Page 85: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 85_175

Leitura e da Escrita através de itens de seleção e de itens de construção (de resposta

curta e de resposta restrita).

No Grupo II, avaliava-se a aprendizagem no domínio das competências linguísticas

através de itens de seleção. Neste grupo, não se requeria qualquer tipo de

conhecimento metalinguístico.

No Grupo III, avaliava-se a Escrita, através de um único item (de construção de

resposta extensa), que era orientado no que diz respeito à tipologia textual, ao tema

e à extensão (60 a 100 palavras).

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

2. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de

91,8%, 87,5% e 88,5%, respetivamente.

Todos estes itens eram de seleção de escolha múltipla e pretendiam avaliar o

conhecimento da polissemia do verbo «dar» em enunciados breves. Os bons

desempenhos revelados nestes itens poderão dever-se à tipologia dos itens, ao facto

de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de estes itens se referirem a

contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1.3. do Grupo I,

o item 9. do Grupo I e o parâmetro D (Morfologia e Sintaxe) do Grupo III, com valores

da classificação média em relação à cotação total de 37,5%, 39,9% e 43,3%,

respetivamente.

No item 1.3., de escolha múltipla, avaliava-se a compreensão de informação

concreta num texto informativo simples. As dificuldades manifestadas pelos alunos

poderão encontrar explicação no facto de a resposta exigir uma reinterpretação do

texto, afastando-se mais do que tem sido habitual do vocabulário utilizado no texto

de suporte.

O item 9. tinha como suporte um texto literário e implicava a expressão de uma

opinião e a consequente construção de uma resposta por parte dos alunos. Os alunos,

geralmente, revelam bastantes dificuldades na execução desta tarefa, sobretudo os

que se encontram no nível de iniciação de aprendizagem de uma língua.

O parâmetro D (Morfologia e Sintaxe) era relativo ao item de construção de resposta

extensa que constituía o Grupo III. Os resultados alcançados parecem revelar que,

relativamente à expressão escrita, as estruturas morfológicas e sintáticas são aquelas

em que se verifica maior dificuldade, dado exigirem um maior domínio da língua.

Page 86: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 86_175

Propostas de intervenção didática

Para os alunos que realizam esta prova de exame nacional, o português desempenha

uma dupla função: é a língua de comunicação, funcionando como um instrumento de

integração na escola e na sociedade, e, simultaneamente a língua de escolarização,

essencial ao sucesso escolar dos alunos. Apesar destas funções decisivas, na maioria

dos casos, os contextos de aprendizagem do português resumem-se ao contacto

informal com a língua, no grupo turma, e a uma abordagem mais sistemática, mas

esporádica, nas aulas de apoio de PLNM.

Na aprendizagem do português enquanto língua não materna, as maiores dificuldades

verificam-se, geralmente, nos domínios da compreensão e da expressão escrita. Estas

fragilidades permitem explicar os resultados menos positivos nos itens de construção

e, de um modo especial, quando estes têm como suporte um texto literário.

No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuindo para uma boa

integração e para um melhor desempenho escolar global dos alunos, parece ser

imprescindível que estes possam usufruir de um acompanhamento especializado e o

mais intensivo possível. Este apoio é fundamental principalmente para os alunos cuja

língua materna é originária de outras famílias linguísticas, o que envolve,

frequentemente, sistemas gráficos, fonéticos e fonológicos muito diferentes dos do

português.

Dado que a compreensão do texto literário e a expressão escrita são as áreas que

apresentam desempenhos mais débeis, propõe-se que sejam mais trabalhadas nas

aulas de PLNM.

PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 8393

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Português Língua Não

Materna (PLNM) (1.ª fase), nível B1, consideraram-se as respostas de 134 alunos

(internos) do 12.º ano de escolaridade.

Média nacional: 14,3 valores

Desvio padrão: 2,6

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 97%

                                                            3   No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que

realizaram o exame no conjunto das duas fases, optou-se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efetuada para as outras provas de exame, no que respeita à 1.ª fase.

Page 87: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 87_175

Caracterização da prova

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como B1

no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) — Aprendizagem,

Ensino, Avaliação.

Segundo a escala global para o nível B1, os alunos devem ser capazes de:

compreender e interpretar textos em que predomine uma linguagem corrente ou

um registo mais formal da língua padrão;

redigir respostas manifestando uma expressão escrita correta e estruturada;

produzir um texto coeso e coerente (relato de experiências) sobre assuntos do

quotidiano;

produzir textos com explicações;

recorrer a um repertório linguístico suficientemente lato para descrever

situações, explicar o elemento principal de uma ideia;

recorrer a vocabulário suficiente para se exprimir sobre assuntos como os

passatempos e as viagens.

Dada a natureza escrita da prova, a aprendizagem relevante (nos domínios lexical,

gramatical, semântico e ortográfico) a mobilizar envolve capacidades descritas no

QECR, como as mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio

do vocabulário, correção gramatical ou domínio ortográfico.

A prova apresentava três grupos de itens. No Grupo I, que incluía três textos — os

dois primeiros informativos e o terceiro literário —, avaliavam-se a Leitura e a Escrita

através de itens de seleção e de itens de construção (de resposta curta e de resposta

restrita).

No Grupo II, avaliava-se a aprendizagem no domínio das competências linguísticas

através de itens de seleção. Neste grupo, não se requeria qualquer tipo de

conhecimento metalinguístico.

No Grupo III, avaliava-se a Escrita, através de um único item (de construção de

resposta extensa), que era orientado no que diz respeito à tipologia textual, ao tema

e à extensão (70 a 120 palavras).

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 3.1. do Grupo

I, o item 1.1. do Grupo II e o item 2.do Grupo II, com valores da classificação média

em relação à cotação total de 100,0%, 95,5% e 98,8%, respetivamente. Estes itens

eram todos de seleção de escolha múltipla.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 88_175

No item 3.1. do Grupo I, avaliava-se a interpretação textual. O excelente

desempenho neste item poderá explicar-se pela simplicidade e familiaridade do

excerto do texto de suporte para o qual remetia o referido item.

Nos itens 1.1. e 2. do Grupo II, avaliava-se o conhecimento da polissemia do verbo

«sair» e a coerência de preposições em enunciados breves, respetivamente. Os bons

desempenhos revelados nestes itens poderão dever-se à tipologia dos itens, ao facto

de não terem materiais de suporte e, ainda, ao facto de estes itens se referirem a

contextos de coloquialidade, que, por regra, são muito treinados em sala de aula.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 9. do Grupo I e

os parâmetros D (Morfologia e Sintaxe) e C (Estrutura e Coesão) do Grupo III, com

valores da classificação média em relação à cotação total de 52,8%, 53,7% e 54,0%,

respetivamente.

No item 9., solicitava-se a explicação de uma frase de sentido metafórico, retirada

de um texto literário. Neste tipo de tarefa, é habitual os alunos revelarem algumas

dificuldades, considerando que são exigidos não só um bom domínio de estruturas

linguísticas e de vocabulário como uma reflexão sobre a polissemia das palavras.

O parâmetro D (Morfologia e Sintaxe) era relativo ao item de construção de resposta

extensa que constituía o Grupo III. Os resultados alcançados parecem revelar que,

relativamente à expressão escrita, as estruturas morfológicas e sintáticas são aquelas

em que se verifica maior dificuldade, dado exigirem um maior domínio da língua.

Propostas de intervenção didática

Para os alunos que realizam esta prova de exame nacional, o português desempenha

uma dupla função: é a língua de comunicação, funcionando como um instrumento de

integração na escola e na sociedade, e, simultaneamente a língua de escolarização,

essencial ao sucesso escolar dos alunos. Apesar destas funções decisivas, na maioria

dos casos, os contextos de aprendizagem do português resumem-se ao contacto

informal com a língua, no grupo turma, e a uma abordagem mais sistemática, mas

esporádica, nas aulas de apoio de PLNM.

Na aprendizagem do português enquanto língua não materna, as maiores dificuldades

verificam-se, geralmente, nos domínios da compreensão e da expressão escrita. Estas

fragilidades permitem explicar os resultados menos positivos nos itens de construção

e, de um modo especial, quando estes têm como suporte um texto literário.

No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuindo para uma boa

integração e para um melhor desempenho escolar global dos alunos, parece ser

imprescindível que estes possam usufruir de um acompanhamento especializado e o

mais intensivo possível. Este apoio é fundamental principalmente para os alunos cuja

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 89_175

língua materna é originária de outras famílias linguísticas, o que envolve,

frequentemente, sistemas gráficos, fonéticos e fonológicos muito diferentes dos do

português.

Dado que a compreensão do texto literário e a expressão escrita são as áreas que

apresentam desempenhos mais débeis, propõe-se que sejam mais trabalhadas nas

aulas de PLNM.

Page 90: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 90_175

MATEMÁTICA

MATEMÁTICA A – 635

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Matemática A (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 31 450 alunos (internos).

Média nacional: 10,5 valores

Desvio padrão: 4,1

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 59,4%

Caracterização da prova

A prova permitia avaliar os conteúdos dos três grandes temas do Programa: Tema I –

Probabilidades e Combinatória; Tema II – Introdução ao Cálculo Diferencial II; Tema

III – Trigonometria e Números Complexos. Para uma leitura mais fácil, os conteúdos

desta prova são referidos como Probabilidades e Combinatória, Funções, incluindo-se

aqui o estudo das funções trigonométricas, e Complexos.

A prova continha dois grupos de itens, que incidiam nos três temas do Programa, com

tipos de itens distintos: o Grupo I, com itens de seleção de escolha múltipla, e o

Grupo II, com itens de construção (resolução de problemas, desenvolvimento de

raciocínio demonstrativo, composição e uso obrigatório de calculadora gráfica).

Itens com melhor desempenho

Grupo I — itens de seleção de escolha múltipla

Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram melhor

desempenho foram os itens 3., 5. e 8., com valores da classificação média em

relação à cotação total de 72,6%, 66,8% e 73,4%, respetivamente. Todos estes itens

envolviam as operações mentais interpretar e transferir, sendo que o item 5.

envolvia também a operação mental relacionar.

No item 3., avaliava-se o tema Probabilidades e Combinatória, pretendendo-se que o

aluno resolvesse um problema recorrendo à análise combinatória e a técnicas de

contagem. Era um item cujos dados eram concisos e de interpretação fácil,

comparável a itens de provas de anos anteriores, nomeadamente a itens das provas

da 1.ª fase de 2011 e da 2.ª fase de 2010, e que parecem já não suscitar dúvidas aos

alunos quanto ao que está a ser questionado. No entanto, difere do item

correspondente da prova do ano anterior por apresentar nas opções uma expressão

em vez de um resultado, aspeto que poderá ter contribuído para o bom desempenho

nele obtido.

Page 91: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 91_175

No item 5., avaliava-se o tema Funções, mais concretamente a continuidade de uma

função num ponto não isolado do domínio, e as propriedades operatórias dos

logaritmos. Era um item em que alguns dados dependiam da análise de uma figura.

Tratava-se de um item com alguma semelhança relativamente a itens de provas de

anos anteriores, nomeadamente a itens das provas da 2.ª fase de 2011 e da 1.ª fase

de 2009, e o conteúdo avaliado tem estado sempre presente nas provas de exame

nacional, facto que poderá justificar o nível de desempenho obtido.

No item 8., avaliava-se o tema Complexos, mais especificamente, domínios planos e

condições em variável complexa. Pretendia-se que o aluno definisse um conjunto de

pontos do plano por meio de uma condição em C , tendo por base uma figura.

Tratava-se de um item de interpretação fácil, com formulação idêntica à de itens de

provas de anos anteriores, nomeadamente de itens das provas da 1.ª fase de 2011 e

da 2.ª fase de 2008. O nível de desempenho obtido poderá estar relacionado com a

tipologia do item, de seleção, e com o facto de o conteúdo avaliado ter sido dos

últimos a serem lecionados.

Grupo II — itens de construção

Os itens de construção em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os

itens 2.2., 3. e 4.2., com valores da classificação média em relação à cotação total

de 80,7%, 76,8% e 78,9%, respetivamente. Todos estes itens envolviam a operação

mental interpretar, sendo que os itens 2.2. e 3. envolviam também as operações

mentais transferir e relacionar.

No item 2.2., avaliava-se o tema Probabilidades e Combinatória e pretendia-se que o

aluno resolvesse um problema e que determinasse a probabilidade de um

acontecimento, recorrendo à análise combinatória e ao cálculo de probabilidades.

Tratava-se de um item algo semelhante a itens de provas de anos anteriores,

nomeadamente da prova da 1.ª fase de 2011. O nível de desempenho obtido poderá

dever-se à formulação do item, por ser idêntica à de outros itens de provas de exame

nacional ou de testes intermédios realizados em anos anteriores.

No item 3., avaliava-se o tema Probabilidades e Combinatória e o conteúdo

distribuição de probabilidades de uma variável aleatória discreta. Era um item de

construção de resposta extensa, em que o aluno deveria produzir uma composição,

pretendendo-se, assim, a avaliação simultânea das competências específicas da

disciplina e das competências de comunicação escrita em língua portuguesa, pois

envolvia a comunicação, por escrito de conceitos, raciocínios e ideias. Tratava-se de

um item sem correspondência direta com itens de provas anteriores, uma vez que

não é rotineiro, no mesmo item, analisar-se uma tabela de distribuição de

probabilidades e produzir uma composição. Atendendo ao resultado obtido, infere-se

que pode ter contribuído para o bom desempenho neste item o conteúdo avaliado, a

tipologia do item e o critério específico de classificação.

Page 92: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 92_175

O item 4.2., no qual se avaliava o tema Funções, era um item em que o uso da

calculadora gráfica era obrigatório. Pretendia-se que o aluno determinasse a área de

um triângulo, tendo de obter as coordenadas de um ponto recorrendo às capacidades

gráficas da calculadora gráfica, o que envolvia o domínio técnico da calculadora.

Tratava-se um item algo semelhante a um item da prova da 2.ª fase de 2010 e

recorrente em provas de exame nacional de outros anos. O bom desempenho neste

item talvez possa ser atribuído à sua tipologia e às competências mobilizadas. Para

este resultado poderá também ter contribuído a formulação do critério específico de

classificação, dado que as diferentes etapas previstas permitem obter alguma

pontuação, uma vez que, mesmo com resultados incorretos nas coordenadas dos

pontos, é atribuída pontuação ao cálculo da área. Este resultado evidencia que os

alunos, em relação ao uso da calculadora gráfica, já detêm as competências

necessárias para, com ela, terem um bom desempenho.

Itens com pior desempenho

Grupo I — itens de seleção de escolha múltipla

Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram pior desempenho

foram os itens 2., 4. e 7., com valores da classificação média em relação à cotação

total de 43,6%, 59,4% e 55,0%, respetivamente. Todos estes itens envolviam as

operações mentais interpretar, relacionar e transferir.

No item 2., avaliava-se o tema Probabilidades e Combinatória e pretendia-se que o

aluno resolvesse um problema, que determinasse a probabilidade de um

acontecimento, recorrendo à análise combinatória e ao cálculo de probabilidades.

Tratava-se de um item comparável a itens de provas de anos anteriores,

nomeadamente a itens da prova da 2.ª fase de 2011, da prova da 1.ª fase de 2010 e

da prova da 2.ª fase de 2009. O nível de desempenho obtido poderá estar relacionado

com o facto de, no enunciado, a interrogativa ser apresentada na forma negativa,

exigindo uma leitura muito atenta.

No item 4., avaliava-se o tema Funções, mais concretamente a aplicação do teorema

de Bolzano à resolução de problemas numéricos. Era um item que podia ser resolvido

com recurso à calculadora, que é uma ferramenta com a qual os alunos estão

familiarizados. Tratava-se de um item sem equivalente em provas de anos anteriores,

com uma tipologia e uma formulação diferentes, pois é dada uma equação em vez de

uma função.

No item 7., avaliava-se o tema Complexos. Pretendia-se que o aluno operasse com

números complexos e que soubesse interpretar vetorialmente. Tratava-se de um item

algo semelhante a itens de provas de anos anteriores, nomeadamente a itens da

prova da 1.ª fase de 2011, da prova da 2.ª fase de 2011 e da prova da 2.ª fase de

2010. Apesar de ser um item cujo conteúdo é avaliado recorrentemente, estes

resultados mostram que os alunos ainda têm dificuldades em interpretar

vetorialmente as operações com números complexos.

Page 93: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 93_175

Grupo II — itens de construção

Os itens de construção em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens

1.2., 5.1. e 6.1., com valores da classificação média em relação à cotação total de

13,7%, 22,4% e 29,7%, respetivamente. Todos estes itens envolviam as operações

mentais transferir e interpretar, sendo que os itens 2.1. e 5.1. envolviam também a

operação mental relacionar, o item 2.1. envolvia ainda a operação mental

demonstrar e o item 6.1. a operação mental analisar.

No item 1.2., avaliava-se o tema Complexos e o raciocínio demonstrativo em C .

Pretendia-se que o aluno fizesse uma demonstração. O nível de desempenho obtido

poderá atribuir-se à dificuldade do item, ao facto de envolver um raciocínio

demonstrativo e ainda ao facto de se tratar de um item não comparável com outros

de provas de exames realizadas em anos anteriores.

No item 5.1., avaliava-se o tema Funções, mais concretamente assíntotas do gráfico

de uma função. Pretendia-se que o aluno estudasse uma função, definida por ramos,

com função exponencial e função logarítmica, quanto à existência de assíntotas não

verticais do seu gráfico. Tratava-se de um item algo semelhante a itens de provas de

anos anteriores, nomeadamente a itens das provas da 1.ª e da 2.ª fases de 2010.

Apesar de ser um item cujo conteúdo é sempre avaliado nas provas de exame

nacional de Matemática A, os resultados mostram que os alunos ainda têm

dificuldades em calcular limites de funções reais de variável real e em levantar

indeterminações com grau de dificuldade superior.

No item 6.1., avaliava-se o tema Trigonometria e Números Complexos. Pretendia-se

que o aluno resolvesse um problema, que determinasse o perímetro de um trapézio,

em função de , trabalhando com funções trigonométricas. Tratava-se de um item

comparável a itens de provas de anos anteriores, nomeadamente a itens da prova da

1.ª fase de 2011 e da prova da 1.ª fase de 2010. Embora a formulação deste item

fosse semelhante à de itens de outras provas, foi dada uma amplitude ao ângulo

diferente da usual, o que poderá ter sido determinante para o desempenho neste

item.

Conclui-se que o tema Probabilidades e Combinatória teve o melhor desempenho, e o

tema Funções o pior. É de considerar que o grau de dificuldade nos itens do tema

Funções tem vindo a aumentar ligeiramente, em comparação com itens de provas

anteriores, o que se terá refletido nos resultados. O item com pior desempenho

inseria-se no tema Trigonometria e Complexos, mas esse resultado deve-se,

essencialmente, ao facto de o item envolver um raciocínio demonstrativo.

Relativamente ao Grupo I, será de ter em conta que alguns dos itens podem ser

considerados como recorrentes, pois são equivalentes a itens de seleção das provas

de exames nacional de 2009, 2010 e 2011, tanto no seu conteúdo como na sua

formulação. É de salientar que 7 dos 8 itens deste grupo obtiveram valores da

classificação média em relação à cotação total superiores a 50%. Estes resultados

Page 94: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 94_175

talvez possam ser atribuídos à tipologia destes itens, uma vez que os alunos podiam

escolher a resposta correta de entre quatro opções, bem como ao facto de ser

permitido o uso da calculadora.

No que respeita ao Grupo II, também será de ressalvar que alguns dos itens podem

ser considerados como recorrentes, quer pela sua formulação quer pelas

competências mobilizadas. Este grupo normalmente integra 1 item que requer uma

composição, 1 item que deve ser resolvido com calculadora gráfica e 1 item que

envolve um raciocínio demonstrativo. Da análise dos resultados poder-se-á inferir que

a tipologia do item, a sua formulação, assim como a do critério específico de

classificação, podem ter contribuído para os resultados obtidos. A análise dos

resultados revela também que itens que envolvam raciocínios demonstrativos,

independentemente do tema abordado, e itens que envolvam cálculo de limites são

itens em que os alunos evidenciam mais dificuldades.

Propostas de intervenção didática

A análise dos resultados leva-nos a concluir que, em parte, o insucesso e/ou o fraco

nível de desempenho em itens de construção e de seleção pode estar relacionado

com dificuldades ao nível da interpretação e compreensão dos enunciados dos itens,

bem como com o número de operações mentais convocadas para a sua resolução.

Também se continuam a verificar dificuldades nos itens que pressupõem o

desenvolvimento de raciocínios demonstrativos, independentemente dos conteúdos

curriculares contemplados, e nos itens que envolvam cálculo de limites e operações

em IR e em C .

Assim, considera-se importante reforçar, na sala de aula:

o desenvolvimento de raciocínios demonstrativos;

o cálculo algébrico, nomeadamente o cálculo de limites e operações em IR e

em C ;

a interpretação vetorial das operações com números complexos;

o cálculo de limites de funções reais de variável real e as indeterminações com

grau de dificuldade superior.

Page 95: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 95_175

MATEMÁTICA B - 735

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Matemática B (1.ª fase),

consideraram-se as respostas de 1692 alunos (internos).

Média nacional: 8,7 valores

Desvio padrão: 3,8

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 44,2%

Caracterização da prova

A prova era constituída por um total de 13 itens de construção, sendo um deles um

item de composição, distribuídos por quatro grupos.

O Grupo I era constituído por 5 itens: 2 que incidiam no tema Estatística/Modelos de

probabilidades, 1 que incidia no tema Funções (polinomiais) e 2 que incidiam no

tema Modelos discretos.

O Grupo II era constituído por 1 item sobre o tema Otimização, mais

especificamente, sobre Programação linear.

O Grupo III era constituído por 3 itens: 2 que incidiam no tema Funções e 1 sobre o

tema Otimização.

O Grupo IV era constituído por 4 itens: 2 sobre o tema Geometria e 2 sobre

Movimentos periódicos.

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 3.1. do

Grupo I, o Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média em

relação à cotação total de 65,7%, 62,2% e 77,0%, respetivamente.

O item 3.1. do Grupo I incidia no tema Funções. Tratava-se de um item de cálculo,

com o uso técnico da calculadora (regressões), muito comum em provas anteriores, o

que poderá ter contribuído para o bom desempenho neste item.

O Grupo II incidia no tema Otimização, mais concretamente em Programação linear.

Era um item de resposta de construção, cuja resolução apresentava algumas

dificuldades aos alunos, dado que exigia a leitura atenta de um enunciado longo e a

elaboração de uma resposta longa. No entanto, trata-se de um item que é habitual

em provas de exame nacional, o que poderá explicar o bom desempenho.

O item 1. do Grupo III era um item de cálculo, que incidia no tema Funções. O bom

desempenho obtido neste item poderá encontrar explicação no facto de também ser

comum em provas de exame nacional anteriores.

Embora os itens 3.1. do Grupo I e o Grupo II abordem conteúdos matemáticos muito

distintos, apresentam um aspeto comum: o facto de exigirem respostas muito

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 96_175

estruturadas, mas orientadas através do enunciado e/ou dos procedimentos exigidos

na resolução. No primeiro caso, a própria apresentação do item e os procedimentos

realizados na calculadora obrigam a uma estruturação natural da resposta. No caso

do Grupo II, item sobre Programação linear, é dado, no enunciado, um percurso da

resposta por etapas. Poderá residir nesta característica comum o bom desempenho

revelado.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1., 3.1. e 3.2.

do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de 16,1%,

13,3% e 13,5%, respetivamente.

No item 1., que incidia no tema Geometria, a resposta exigia um raciocínio

hipotético-dedutivo, no qual os alunos geralmente manifestam dificuldades.

O item 3.1., que incidia no tema Movimentos periódicos, era um item de construção

de resposta curta. Os resultados obtidos poderão dever-se ao facto de este item se

encontrar no final da prova, bem como ao facto de ser um item que não é

comparável a itens de provas anteriores. O baixo desempenho evidenciará ainda que

os alunos revelam dificuldades em resolver problemas, em situação de contexto, em

conexão com conceitos matemáticos.

No item 3.2, de resposta extensa, pedia-se a elaboração de uma composição,

também sobre o tema Movimentos periódicos, tema em que os alunos geralmente

manifestam dificuldades. À semelhança do item anterior, os resultados obtidos

poderão dever-se ao facto de este item se encontrar no final da prova. No entanto,

ao contrário do que se apresentou em provas de outros anos, este item incidia na

área de Trigonometria, o que poderá também ter contribuído para o mau

desempenho.

Propostas de intervenção didática

A análise dos resultados permite concluir que as dificuldades são maiores quando a

resposta aos itens requer interpretação. Os dados sugerem que o grau de dificuldade

não estará relacionado diretamente com as características dos temas. Também o

facto de as respostas implicarem a execução de várias etapas (embora a mesma

dificuldade não se verifique quando as etapas são simples) ou o delinear de uma

estratégia de resolução faz baixar os níveis de desempenho.

Assim, sugerem-se algumas propostas de intervenção didática:

melhorar a preparação dos alunos relativamente ao raciocínio geométrico

dedutivo;

habituar os alunos a resolverem problemas em situação de contexto, em

conexão com conceitos matemáticos;

melhorar a escrita de composições cujo suporte matemático não seja trivial.

Page 97: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 97_175

MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS – 835

Na análise dos resultados da prova de exame nacional de Matemática Aplicada às

Ciências Sociais (1.ª fase), consideraram-se as respostas de 6539 alunos (internos).

Média nacional: 10,6 valores

Desvio padrão: 3,8

Percentagem de classificações iguais ou superiores a 10 valores: 62,2%

Caracterização da prova

A prova apresentava cinco conjuntos de itens de construção, todos contextualizados

em situações do quotidiano (simplificadas), e abrangia os grandes temas do

Programa, a saber: Métodos de Apoio à Decisão (itens 1.1. e 1.2.), Modelos

Matemáticos (itens 2., 3.1., 3.2. e 3.3.) e Estatística (itens 4.1., 4.2. e 4.3.),

incluindo-se neste último grande tema os Modelos de probabilidade (itens 5.1. e 5.2.)

e a Introdução à inferência estatística (item 4.4.). Alguns conjuntos de itens

mobilizavam uma aprendizagem relativa a mais do que um tema. Verificava-se uma

preponderância dos itens de construção de resposta restrita. No entanto, 2 itens

implicavam a produção de texto (itens 3.3. e 4.3.).

Itens com melhor desempenho

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e

2., com valores da classificação média em relação à cotação total de 84,8%, 67,3% e

80,7%, respetivamente.

Nos itens 1.1. e 1.2., avaliava-se a aprendizagem relativa à aplicação de Métodos

eleitorais, no âmbito dos temas Teoria matemática das eleições e Teoria da partilha

equilibrada. Ambos os itens solicitavam a aplicação de métodos de apuramento de

resultados de eleições através do comando «determine».

O item 2., sobre Modelos de grafos, solicitava a justificação da veracidade ou da

falsidade de uma afirmação, recorrendo, também, à aplicação de um algoritmo de

grafos.

Os conteúdos do tema Métodos eleitorais mantêm bons níveis de desempenho. Os

métodos/algoritmos a aplicar pelos alunos nestes itens são dados na prova ou no

formulário, porque o Programa não impõe a lecionação obrigatória de determinados

métodos. Este aspeto poderá ter contribuído para o desempenho obtido, porque a

experiência nas aulas é bastante diversificada. Outro aspeto a salientar prende-se

com os comandos «determine» e «justifique a veracidade», que predominam na

generalidade dos itens com melhor desempenho. A clareza no comando do item,

relativamente ao que é necessário concretizar, também é muitas vezes associada à

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 98_175

indicação «na sua resposta, deve», o que pode ter contribuído para a eficácia da

resposta dos alunos a estes itens.

Itens com pior desempenho

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3.3., 4.1. e

4.4., com valores da classificação média em relação à cotação total de 32,9%, 30,5%

e 20,5%, respetivamente.

O item 3.3., que incidia em Modelos Matemáticos e cujo verbo de comando era

«justifique», apelava ao recurso da representação gráfica de modelos matemáticos

na calculadora, o que era essencial para responder ao item. Os resultados podem

revelar dificuldades na seleção das ferramentas da calculadora gráfica adequadas à

elaboração da resposta, bem como dificuldades na interpretação do enunciado.

No item 4.1., solicitava-se um valor em falta numa tabela através da média, o que

configurava um conhecimento geral de matemática e, muito concretamente, sobre o

tema Estatística.

No item 4.4., que incidia no tema Introdução à inferência estatística, solicitava-se a

dimensão da amostra num intervalo de confiança para o valor médio, o que

constituiu uma novidade em termos de itens de provas de exame nacional.

Estes dois últimos itens exigiam a resolução de uma equação com uma incógnita.

Embora esta semelhança entre os dois itens não fosse objeto de avaliação só por si,

este aspeto revela as fragilidades dos alunos nesse desempenho.

O fraco desempenho dos alunos confirma, mais uma vez, as dificuldades que se vêm

manifestando nos últimos anos em itens de probabilidades.

Propostas de intervenção didática

Em Estatística e Modelos de probabilidade, há necessidade de utilizar em sala de aula

estratégias que promovam a autorregulação da aprendizagem por parte dos alunos.

Assim, propõe-se uma metodologia em que:

os conceitos são construídos a partir da experiência de cada um e de situações

concretas;

os conceitos são abordados sob diferentes pontos de vista e em progressivos

níveis de detalhe metodológico;

se estabelece maior ligação da Matemática com a vida real, com a tecnologia e

com as questões abordadas noutras disciplinas, ajudando a enquadrar o

conhecimento numa perspetiva histórico-cultural e a estabelecer conexões

entre os temas.

No entanto, deverá reforçar-se, em sala de aula, o uso das tecnologias, e em

particular, das calculadoras gráficas, que desempenham um papel fundamental na

Page 99: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 99_175

abordagem dada à Estatística e aos Modelos matemáticos. As calculadoras podem ser

um recurso acessível para os estudantes por permitirem calcular facilmente

estatísticas, trabalhar com modelos matemáticos a partir de gráficos e de expressões

e obter as diferentes regressões (linear, exponencial, logarítmica e logística), de

modo a chegar-se a modelos abstratos a partir de dados apresentados.

Page 100: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 100_175

II. DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III

Nota introdutória

A segunda parte deste relatório apresenta a georreferenciação dos resultados das

provas finais e dos exames por NUTS III e por disciplina. À semelhança do ano

passado, apresenta-se também a georreferenciação do indicador da variação de

resultados entre 2009 e 2012 em valores índice (Capítulo III do relatório e Anexo IV).

Na representação gráfica da distribuição espacial de resultados das provas finais e

dos exames consideram-se somente as disciplinas que apresentaram mais de 2500

alunos internos na 1.ª fase/1.ª chamada. Ainda assim, alerta-se para o facto de a

exígua dimensão territorial e/ou demográfica de algumas NUTS III e o baixo

contingente de alunos daí decorrente poderem influenciar, positiva ou

negativamente, os resultados médios obtidos.

 

 

ENSINO BÁSICO

 

Ensino Básico, 6.º ano – Língua Portuguesa e Matemática

A distribuição espacial dos resultados das provas finais do 6.º ano de escolaridade de

Língua Portuguesa e de Matemática regista médias globalmente positivas em quase

todo o território nacional (Figuras 1 e 2). Na prova final de Língua Portuguesa, a

média dos resultados situa-se acima dos 50% em todas as NUTS III, variando entre os

51% registados na RA dos Açores e os 63% alcançados pela sub-região de Dão-Lafões.

A faixa litoral centro e norte e a as sub-regiões da Beira Interior Norte e da Beira

Interior Sul evidenciam os resultados mais elevados, com médias iguais ou superiores

a 60%. Destaquem-se também os resultados alcançados pela sub-região do Alentejo

Central, que, contrariando uma tendência para se verificarem desempenhos médios

baixos na região do Alentejo, regista uma média de 59%.

A prova final de Matemática do 6.º ano de escolaridade, embora evidenciando um

padrão territorial semelhante ao da prova de Língua Portuguesa, apresenta

resultados médios globalmente inferiores. As sub-regiões da faixa litoral centro e

norte e a Beira Interior Norte registam resultados médios entre 54% e 60%, mas as RA

da Madeira e dos Açores, assim como três sub-regiões a sul do rio Tejo (Alto

Alentejo, Península de Setúbal e Alentejo Litoral), apresentam médias abaixo de

50%. No conjunto destas cinco regiões com médias negativas, a RA dos Açores

apresenta um resultado de 38% ― oito pontos percentuais abaixo do resultado do

Alentejo Litoral e cerca de onze pontos percentuais abaixo dos resultados registados

no Alto Alentejo, na RA da Madeira e na Península de Setúbal. 

Page 101: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 101_175

Ensino Básico, 6.º ano – Língua Portuguesa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1 – Distribuição dos resultados da prova final de Língua Portuguesa (61)

Fonte: GAVE, 2013

Page 102: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 102_175

Ensino Básico, 6.º ano – Matemática

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Figura 2 – Distribuição dos resultados da prova final de Matemática (62)

Page 103: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 103_175

Ensino Básico, 9.º ano – Língua Portuguesa e Matemática

A georreferenciação dos resultados das provas finais de Língua Portuguesa e de

Matemática do 9.º ano de escolaridade aponta para resultados médios positivos em

quase todas as sub-regiões do país, à semelhança do verificado para o 6.º ano

(Figuras 3 e 4). Na prova final de Língua Portuguesa, somente a RA dos Açores regista

uma média negativa (43%). As sub-regiões de Portugal e da RA da Madeira

apresentam resultados médios iguais ou superiores a 50%, destacando-se o Baixo

Mondego, o Pinhal Litoral e a Beira Interior Norte, com desempenhos médios situados

no intervalo entre 56% e 58%.

Embora o padrão geográfico da distribuição de resultados seja idêntico ao verificado

noutras provas de avaliação externa, isto é, apresentando regularmente as sub-

regiões da faixa litoral centro e norte resultados acima das médias registadas noutras

sub-regiões do país, deve referir-se, ainda assim, uma maior dispersão de resultados

na prova de Língua Portuguesa do 9.º ano, com destaque para a sub-região do Baixo

Alentejo (média de 54%).

A prova final de Matemática do 9.º ano de escolaridade evidencia uma maior

amplitude de resultados do que a verificada na prova de Língua Portuguesa do

mesmo ano, variando entre os 37% alcançados pela RA dos Açores e os 63%

alcançados pela sub-região do Baixo-Mondego. Neste caso, a distribuição de

resultados assume o padrão da maioria dos resultados das provas de avaliação

externa, com as sub-regiões do sul do país e as RA a apresentarem desempenhos

médios mais baixos do que as restantes sub-regiões.

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 104: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 104_175

Ensino Básico, 9.º ano – Língua Portuguesa

 

 

Figura 3 – Distribuição dos resultados da prova final de Língua Portuguesa (91)

Fonte: GAVE, 2013

Page 105: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 105_175

Ensino Básico, 9.º ano – Matemática

 

 

Figura 4 – Distribuição dos resultados da prova final de Matemática (92)

Fonte: GAVE, 2013

Page 106: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 106_175

ENSINO SECUNDÁRIO

CIÊNCIAS NATURAIS

Biologia e Geologia e Física e Química A

Os resultados da prova de exame de Biologia e Geologia do ensino secundário

apresentam uma distribuição equilibrada entre as várias sub-regiões, variando entre

a média de 8,7, alcançada na Serra da Estrela, e a média de 10,5, alcançada na

sub-região do Baixo Mondego (Figura 5). Note-se, porém, que somente dez das 30

sub-regiões registam médias iguais ou superiores a dez valores, localizando-se estas,

maioritariamente, na faixa litoral. No conjunto das restantes vinte sub-regiões, três

NUTS III do centro interior apresentam médias abaixo de nove valores (Pinhal Interior

Norte, Serra da Estrela e Beira Interior Norte).

As três sub-regiões com os piores desempenhos assinalados na disciplina de Biologia e

Geologia integram também o conjunto das sete NUTS III com resultados médios

abaixo de 8 valores, na análise territorial dos resultados na disciplina de Física e

Química A (Figura 6). Nesta disciplina, nenhuma sub-região alcançou um resultado

igual ou superior a 10 valores. A sub-região do Baixo Mondego foi a que mais se

aproximou desse valor, registando uma média de 9,3.

Page 107: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 107_175

Ensino Secundário – Biologia e Geologia

Figura 5 – Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702)

Fonte: GAVE, 2013

Page 108: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 108_175

Ensino Secundário – Física e Química A

 

 

 

Figura 6 – Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715)

Fonte: GAVE, 2013

Page 109: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 109_175

CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Economia A, Filosofia, Geografia A e História A

Do conjunto das quatro disciplinas que compõem a área das Ciências Sociais (Figuras

7 a 10), três ― Economia A, Geografia A e História A ― registam resultados médios

nacionais positivos, evidenciando uma malha territorial de distribuição de resultados

que se diferencia do padrão vigente para a maioria das disciplinas. Filosofia é a única

disciplina deste conjunto que não regista um resultado médio global acima dos 10

valores (8,9).

Na disciplina de Economia A, apenas três NUTS III apresentam uma média negativa de

resultados ― Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul e Cova da Beira. No conjunto

das sub-regiões com melhores resultados médios, destaca-se a Beira Interior Norte,

com a média global mais elevada (13 valores). Refiram-se, também, os resultados

médios das sub-regiões do Grande Porto, Dão-Lafões e RA dos Açores, com uma

média acima de 12 valores.

Somente quatro NUTS III registam médias inferiores a 10 valores no exame de

Geografia A do 11.º ano ― Douro, Alto Trás-os-Montes, Alto Alentejo e Alentejo

Central. O conjunto constituído pelo contínuo litoral interior no centro do país

apresenta médias iguais ou superiores a 11 valores ― Grande Lisboa, Península de

Setúbal, Oeste, Médio Tejo, Pinhal Interior Sul e Beira Interior Sul.

A disciplina de História A é a que regista uma média mais elevada (13,2), no conjunto

das quatro disciplinas que compõem o conjunto dos exames de Ciências Sociais. O

litoral centro e norte sobressai, com as sub-regiões do Cávado e do Baixo Mondego a

alcançarem médias iguais ou superiores a 13 valores. Note-se ainda, no conjunto das

NUTS III com resultados médios mais elevados, a sub-região do Baixo Alentejo, que

regista uma média de 12,4. Apenas as regiões do Pinhal Interior Sul e da Beira

Interior Sul apresentam médias abaixo do limiar positivo.

O exame da disciplina de Filosofia é o que regista uma maior amplitude de

resultados, variando entre os 7 valores, alcançados na sub-região do Douro, e os 11,2

valores, alcançados na Lezíria do Tejo. Ao contrário dos restantes exames do grupo

das Ciências Sociais, a georreferenciação dos resultados de Filosofia assume um

padrão marcado, dividindo o norte e o sul do país. Nas regiões do Alentejo, Algarve e

RA da Madeira observam-se resultados uniformemente baixos, situados no intervalo

entre os 8 e os 9 valores. Note-se, porém, que o norte interior (Alto-Trás-os-Montes,

Douro e Cávado), a RA dos Açores, a Serra da Estrela e o Pinhal Interior Sul são as

sub-regiões que apresentam as médias mais baixas, não chegando aos oito valores.

   

Page 110: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 110_175

Ensino Secundário – Economia A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Figura 7 – Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712)

Fonte: GAVE, 2013

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 111_175

Ensino Secundário – Filosofia

 

 

 

Figura 8 – Distribuição dos resultados do exame de Filosofia (714)

Fonte: GAVE, 2013

Page 112: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 112_175

Ensino Secundário – Geografia A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Figura 9 – Distribuição dos resultados do exame de Geografia A (719)

Fonte: GAVE, 2013

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 113_175

Ensino Secundário – História A

 

 

 

Figura 10 – Distribuição dos resultados do exame de História A (623)

Fonte: GAVE, 2013

Page 114: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 114_175

EXPRESSÕES

Desenho A e Geometria Descritiva A

No grupo das Expressões, ambas as disciplinas ― Desenho A e Geometria Descritiva A

― apresentam médias globais positivas (12,3 e 10,7, respetivamente), embora

registem distribuições territoriais de resultados muito diferentes.

Na disciplina de Desenho A, nenhuma NUTS III apresenta resultados médios abaixo de

10 valores. A sub-região da Serra da Estrela e a RA da Madeira são as duas NUTS III

com resultados mais elevados, alcançando médias entre os 14 e os 15 valores.

Sobressai também o contínuo litoral norte e sul, com médias acima dos 12 valores.

A repartição espacial de resultados na disciplina de Geometria Descritiva A denota

uma grande variação de resultados entre as sub-regiões NUTS III ― 7 valores no Baixo

Alentejo e 13 valores na sub-região do Douro. As médias mais elevadas concentram-

se no litoral centro e norte, em consonância com o padrão mais comum da

distribuição de resultados nas provas de exame. Destacam-se, ainda, as sub-regiões

da Grande Lisboa, Lezíria do Tejo e Douro, com médias acima dos 12 valores.

 

   

Page 115: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 115_175

Ensino Secundário – Desenho A

 

 

 

Figura 11 – Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706)

Fonte: GAVE, 2013

Page 116: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 116_175

Ensino Secundário – Geometria Descritiva A

 

 

 

Figura 12 – Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708)

Fonte: GAVE, 2013

Page 117: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 117_175

PORTUGUÊS

A georreferenciação dos resultados da disciplina de Português do 12.º ano evidencia

uma distribuição equilibrada, concentrando-se as médias mais elevadas nas sub-

regiões do litoral e do centro do país. O Baixo Mondego, o Cávado e o Grande Porto

destacam-se com resultados médios acima dos 11 valores. As NUTS III que registam

médias abaixo dos 10 valores situam-se em diferentes zonas do território nacional ―

refiram-se a RA do Açores e as sub-regiões do Alentejo Central, do Pinhal Interior

Norte, da Península de Setúbal e da Beira Interior Norte.

É de salientar, com resultados médios positivos, um grupo de sub-regiões no centro

norte do território, com médias próximas de 11 valores ― Médio Tejo, Pinhal Interior

Sul, Cova da Beira, Beira Interior Sul, Serra da Estrela, Dão-Lafões, Baixo Vouga,

Entre Douro e Vouga e Douro.

 

 

 

  

 

 

 

   

Page 118: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 118_175

Ensino Secundário – Português

 

 

 

Figura 13 – Distribuição dos resultados do exame de Português (639)

Fonte: GAVE, 2013

Page 119: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 119_175

MATEMÁTICA

Matemática A e Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS)

As duas disciplinas do grupo de Matemática registaram médias globais positivas, com

valores próximos dos 10 valores − Matemática A, 10,5 valores, e MACS, 10,6 valores.

A distribuição territorial de resultados evidencia, no entanto, uma variação maior das

médias alcançadas nas diferentes sub-regiões NUTS III na disciplina de MACS do que

das médias obtidas na disciplina de Matemática A.

A repartição territorial de resultados no exame de Matemática A mostra uma

variação entre os 8,9 valores, alcançados pela sub-região do Alto Alentejo, e os 11,3

valores, alcançados pela sub-região do Baixo Mondego. Esta sub-região e as

sub-regiões da Grande Lisboa e do Cávado são as três NUTS III com melhores

resultados médios na disciplina de Matemática A. Do conjunto das 30 sub-regiões

NUTS III, 11 registam médias abaixo dos 10 valores e destas, a sub-região do Alto

Alentejo apresenta uma média abaixo de 9 valores (8,9).

Embora apenas cinco sub-regiões apresentem médias inferiores a 10 valores, na

distribuição territorial de resultados na disciplina de MACS a amplitude das médias

obtidas em cada NUTS III é superior à verificada na disciplina de Matemática A. Os

resultados variam entre os 7,9 valores, alcançados na sub-região do Douro, e os 12,8

valores, alcançados na Beira Interior Sul. Em consonância com o padrão territorial de

distribuição de resultados de outras disciplinas, o litoral centro e norte evidenciam

melhores resultados médios do que o interior e o sul do país.

 

 

 

 

   

Page 120: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 120_175

Ensino Secundário – Matemática A

 

 

Figura 14 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática (635)

Fonte: GAVE, 2013

Page 121: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 121_175

Ensino Secundário – Matemática Aplicadas às Ciências Sociais

  

 

 

Figura 15 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835)

Fonte: GAVE, 2013

Page 122: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 122_175

III. VARIAÇÃO DE RESULTADOS 2009-2012

Nota metodológica

Apresenta-se, de seguida, a representação gráfica do indicador de variação de

resultados entre 2009 e 2012, por NUTS III e por disciplina de exame (Figuras 16 a

27). A construção deste indicador assentou no cruzamento de duas variáveis

distintas: i) a média obtida em 2012 em cada NUTS III (em números índice, tendo por

referência a média nacional); ii) a diferença dos resultados médios alcançados em

cada NUTS III entre 2009 e 2012 (calculada, igualmente, a partir de números índice).

Da composição do indicador resultaram quatro categorias que caracterizam a

variação de resultados entre os dois anos considerados.

A primeira categoria − − agrega as NUTS III cujos resultados evidenciam um

desempenho acima da média nacional e que, entre os dois anos em análise,

melhoraram a sua posição relativa em termos nacionais:

registam, em 2012, valores médios superiores à média nacional (resultados

iguais ou superiores a 100, em valores índice);

apresentam uma variação positiva dos resultados médios entre 2009 e 2012

(uma diferença igual ou superior a zero, em valores índice).

A segunda categoria − − agrega as NUTS III cujos resultados evidenciam um

desempenho acima da média nacional, mas que, nos dois anos em análise, pioraram a

sua posição relativa em termos nacionais:

registam, em 2012, valores médios superiores à média nacional (resultados

iguais ou superiores a 100, em valores índice);

apresentam uma variação negativa dos resultados médios entre 2009 e 2012

(uma diferença inferior a zero, em valores índice).

A terceira categoria − − agrupa as NUTS III cujos resultados evidenciam um

desempenho inferior à média nacional, mas que, nos dois anos em análise,

melhoraram a sua posição relativa em termos nacionais:

registam, em 2012, valores médios inferiores à média nacional (resultados

iguais ou superiores a 100, em valores índice);

apresentam uma variação positiva dos resultados médios entre 2009 e 2012

(uma diferença igual ou superior a zero, em valores índice).

Finalmente, a quarta categoria − − engloba as NUTS III cujos resultados

evidenciam um desempenho inferior à média nacional e que, nos dois anos em

análise, pioraram a sua posição relativa em termos nacionais:

Page 123: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 123_175

registam, em 2012, valores médios inferiores à média nacional (resultados

iguais ou superiores a 100, em valores índice);

apresentam uma variação negativa dos resultados médios entre 2009 e 2012

(uma diferença inferior a zero, em valores índice).

À semelhança do já referido anteriormente para a georreferenciação dos resultados

médios alcançados por NUTS III, a leitura desta informação deverá fazer-se com as

devidas reservas dada a possibilidade de algumas sub-regiões (NUTS III) apresentarem

um número reduzido de alunos, o que pode, em certa parte, explicar variações ou

contrastes mais ou menos acentuados. O Anexo 1 fornece informação relativa ao

número de alunos que constitui o universo de cada NUTS III e o Anexo 2 apresenta as

médias alcançadas, em 2012, em valores índice e a diferença entre 2009 e 2012.

Para completar a análise da variação de resultados entre os dois anos, o Anexo IV

permite analisar a posição relativa das NUTS III num plano, tendo em conta o eixo

que representa a média nacional de 2012 e o eixo que representa a variação de

resultados entre 2012 e 2009.

 

Page 124: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 124_175

Ensino Básico – Língua Portuguesa  

  

  

Figura 16 – Variação dos resultados (2009 – 2012) da prova final de Língua Portuguesa (91)

Fonte: GAVE, 2013

Page 125: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 125_175

Ensino Básico – Matemática

 

 

 

Figura 17 – Variação dos resultados (2009 – 2012) da prova final de Matemática (92)

Fonte: GAVE, 2013

Page 126: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 126_175

Ensino Secundário – Biologia e Geologia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Figura 18 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Biologia e Geologia (702)

Fonte: GAVE, 2013

Page 127: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 127_175

Ensino Secundário – Física e Química A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 19 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Física e Química A (715)

Fonte: GAVE, 2013

Page 128: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 128_175

Ensino Secundário – Economia A

 

 

   

Figura 20 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Economia A (712)

Fonte: GAVE, 2013

Page 129: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 129_175

Ensino Secundário – Geografia A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Figura 21 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Geografia A (719)

Fonte: GAVE, 2013

Page 130: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 130_175

Ensino Secundário – História A

 

 

 

Figura 22 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de História A (623)

Fonte: GAVE, 2013

Page 131: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 131_175

Ensino Secundário – Desenho A

 

 

 

Figura 23 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Desenho A (706)

Fonte: GAVE, 2013

Page 132: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 132_175

Ensino Secundário – Geometria Descritiva A

 

 

 

Figura 24 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Geometria Descritiva A (708)

Fonte: GAVE, 2013

Page 133: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 133_175

Ensino Secundário – Português

 

 

 

Figura 25 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Português (639)

Fonte: GAVE, 2013

Page 134: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 134_175

Ensino Secundário – Matemática A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Figura 26 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Matemática A (635)

Fonte: GAVE, 2013

Page 135: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 135_175

Ensino Secundário – Matemática Aplicada às Ciências Sociais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Figura 27 – Variação dos resultados (2009 – 2012) do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835)

Fonte: GAVE, 2013

Page 136: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 136_175

CONCLUSÃO

A análise do desempenho dos alunos a partir dos resultados das provas realizadas em

2012 não evidencia alterações de relevo em relação ao que tem sido observado desde

2009, ano em que se deu início à publicação dos relatórios nacionais.

Mais do que quaisquer inferências que possam emergir da comparação diacrónica das

classificações médias − a vertente com maior visibilidade −, a análise dos resultados

por item, centrada numa mesma disciplina e ao longo de vários anos, torna possível

uma visão cada vez mais consistente do nível de desempenho médio dos alunos. Esta

análise permite ficar a conhecer, para cada disciplina, as capacidades e os

conhecimentos específicos que os alunos mostram dominar e outros em que são

notórias e persistentes as lacunas, que se considera indispensável colmatar.

Os resultados por item permitem, numa abordagem de natureza sintética, evidenciar

as capacidades e os conhecimentos transversais inerentes e necessários a uma sólida

aprendizagem em qualquer área do saber. Torna-se, assim, possível sinalizar aqueles

aspetos em que um trabalho interdisciplinar se revela urgente e prioritário, tanto sob

o ponto de vista do ensino como no âmbito das estratégias de aprendizagem que os

alunos devem privilegiar. Por fim, é também evidente que, no essencial, as

dimensões transversais da aprendizagem em que são notórias mais fragilidades

devem merecer especial atenção na aprendizagem a desenvolver nos anos de

escolaridade mais precoces4.

Podemos, pois, concluir que se deve continuar a insistir na necessidade de assegurar

a melhoria de desempenho ao nível dos processos de leitura e de escrita. As

fragilidades, a este nível, são recorrentemente diagnosticadas na análise dos

resultados da generalidade das disciplinas, sobretudo na de Português, mas com igual

relevo nas áreas da Matemática, das Ciências Naturais e das Ciências Sociais e

Humanas, em qualquer dos níveis de ensino em causa.

A dimensão da leitura reflete-se na capacidade para entender os enunciados e os

suportes que constituem cada prova (o que implica desde logo a plena compreensão

do significado dos verbos de comando dos itens)5. Quando a qualidade da leitura

apresenta fragilidades, esta reflete-se também na qualidade das repostas a qualquer

dos tipos de itens (seja nos de resposta de seleção, seja nos de resposta construída),

tendo consequências nos resultados finais alcançados.

                                                            4   Os resultados de vários anos de aplicação de Provas de Aferição e, mais recentemente, dos Testes

Intermédios do 2.º ano de escolaridade (2011 e 2012) nas disciplinas de Português e de Matemática confirmam esta evidência.

5 Ser capaz de fazer a distinção entre o que se exige de uma resposta cujos verbos de comando sejam

«refere», «identifica», descreve», «carateriza» e de outras em que o comando seja «explica», «relaciona», «demonstra» é condição essencial para não ver limitada a oportunidade de apresentar respostas cuja classificação evidencie um bom desempenho.

 

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 137_175

As dificuldades ao nível da leitura, quando no plano concreto da leitura inferencial,

condicionam ainda a utilização adequada da informação contida nos suportes que

acompanham muitos dos itens da generalidade das provas como textos, tabelas,

gráficos, mapas, entre outros.

Já no que se refere à produção escrita, as dificuldades evidenciadas na redação de

um texto bem estruturado e coerente, quer no plano formal quer no plano do

conteúdo (onde não se devem ignorar fragilidades genéricas no que se refere ao uso

de terminologia específica de cada disciplina), refletem-se, em particular, em piores

desempenhos nos itens de resposta construída extensa, cujo peso relativo na

distribuição da cotação de muitas provas é significativo.

Em contextos disciplinares mais específicos, para além das capacidades e limitações

no uso das ferramentas linguísticas atrás elencadas, os resultados continuam a

mostrar que, em termos médios, são persistentes as dificuldades em várias

vertentes, de que se destacam as capacidades para:

estabelecer adequadamente conexões entre os vários tópicos de uma mesma

disciplina;

desenhar estratégias de resposta que impliquem duas ou mais etapas na sua

construção;

explicitar relações causa-efeito;

desenvolver raciocínios lógico-dedutivos, bem como raciocínios demonstrativos;

resolver problemas.

Também não se deve ignorar que em muitas disciplinas, em itens cuja resposta deve

mobilizar a reprodução de conhecimentos ou de termos específicos, ou que requer o

conhecimento ou a aplicação de conceitos, os resultados obtidos ficam, em alguns

casos, aquém do valor esperado, tendo em consideração o baixo nível de dificuldade

que estes itens apresentam.

Como sinal mais positivo, continua-se a salientar os desempenhos na resposta a itens

que implicam a reprodução de conhecimentos associados a factos, termos ou

conceitos elementares, bem como em processos cognitivos mais complexos, como

sejam o estabelecimento de relações causais, a aplicação de conhecimentos ou a

resolução de problemas, sempre em situações que facilmente se reconhecem como

estando marcadas por rotinas simples e muito trabalhadas em termos didáticos.

Em matéria de georreferenciação dos resultados, o padrão geográfico das várias

distribuições não evidencia, este ano, tal como seria de esperar, alterações dignas de

registo.

Nas disciplinas com um maior número de provas realizadas Português e Matemática

em qualquer nível de ensino, e ainda Biologia e Geologia e Física e Química A, no

ensino secundário observa-se um padrão de distribuição geográfica das NUTS III

com melhores resultados que, em comparação com as distribuições retratadas em

anos anteriores, se afigura estável. Com algumas exceções, sobressaem os melhores

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 138_175

resultados das NUTS III localizadas na faixa litoral a norte do Tejo. Nesta faixa litoral

evidenciam-se, como tem sido recorrente, as NUTS III da região centro litoral, sendo

igualmente observáveis bons desempenhos em NUTS III do interior centro. De forma

menos sistemática, podem ainda destacar-se os desempenhos dos alunos de NUTS III

do sul do país, como o Baixo Alentejo (Português do 3.º ciclo) ou o Algarve

(Matemática A, 12.º ano).

Como em anos anteriores, nas disciplinas das áreas das Ciências Sociais e Humanas e

das Expressões, não obstante a recorrência dos melhores desempenhos também no

litoral a norte do Tejo, observam-se ainda padrões menos regulares na distribuição

das NUTS III com melhores resultados, cuja análise particular, realizada na parte II do

relatório, aqui não se replica.

As NUTS III cujos alunos, em termos gerais, continuam a evidenciar piores

desempenhos são as do norte interior, do Alentejo e das Regiões Autónomas da

Madeira e dos Açores, salvaguardando exceções pontuais que uma análise detalhada

por disciplina permite identificar.

Como notas finais, reitera-se que a análise aqui apresentada resulta da aplicação de

provas finais de ciclo e de exames finais nacionais que são instrumentos de avaliação

externa com carácter público. Assim, os resultados são sempre afetados, entre outras

variáveis extrínsecas ao processo de avaliação externa, por caraterísticas específicas

da coorte de alunos em avaliação, por características técnicas dos instrumentos de

avaliação utilizados (provas escritas de duração limitada) e ainda pelo processo de

classificação.

No que se refere à conceção das provas, têm sido mantidas, nos anos mais recentes,

as suas caraterísticas essenciais: a estrutura, a tipologia dos itens, a extensão,

nomeadamente no que concerne ao número de itens (também em função da

tipologia), o grau de complexidade dos itens, a estabilidade dos critérios de

classificação, entre outras condições que contribuem para minimizar o impacto da

variável prova nos resultados finais, atendendo ao facto de, ano após ano, ser

obrigatoriamente original.

Com aquelas condições, a variabilidade interanual dos resultados, principalmente se

esta evidenciar alguma tendência definida e continuada de sentido positivo ou

negativo, ficará sempre mais ligada à evolução da qualidade do desempenho das

sucessivas coortes de alunos e, como se pretende, menos dependente da dimensão

pública das provas.

No caso dos resultados aqui analisados, e tendo também em presença a sua evolução

nos anos mais recentes, pode concluir-se que a qualidade de desempenho dos alunos

não tem constituído uma variável que contribua para romper a estabilidade dos

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 139_175

resultados das provas de avaliação externa nacionais, desejavelmente num sentido

da elevação dos resultados médios nacionais6.

De facto, tendo em conta as escalas de medida utilizadas na atribuição das

classificações, no ensino básico e no ensino secundário, e sabendo que não se

confirma qualquer tendência definida num sentido de aumento ou de redução

quantitativa das médias nacionais por disciplina, as oscilações interanuais de

resultados, verificada desde 2009, podem ser consideradas normais: com exceções

pontuais, situam-se dentro de um intervalo igual ou inferior a um valor, no ensino

secundário (numa escala de 0 a 20 valores), ou igual ou a inferior a 7 pontos

percentuais, no ensino básico (numa escala de 0 a 100).

Assim, face a esta constatação, aliás recorrente, insiste-se novamente na

necessidade de uma mobilização de todos os interlocutores com responsabilidades

diretas no processo educativo − administração, escolas, professores, pais e alunos −

para que, a partir de uma reflexão participada e construtiva, possam contribuir para

definir estratégias de atuação que concorram para uma sustentada melhoria da

qualidade da aprendizagem, assegurando, assim, uma elevação dos resultados

escolares, em geral, e da avaliação externa, em particular.

   

 

                                                            6  O resultado registado, em 2012, na disciplina de Matemática no 9.º ano, mostra uma subida de cerca

de 10 pontos percentuais na média nacional (44%, em 2011; 54%, em 2012). Esta subida, tendo em conta que não se produziram alterações estruturais que a justifiquem, nomeadamente no enunciado da prova ou nos respetivos critérios de classificação, considera-se imprevista. De notar ainda que as provas de 2011 e de 2012 foram consideradas, quer pela Associação de Professores de Matemática quer pela Sociedade de Professores de Matemática, como tendo um nível de dificuldade equivalente. Também não é expectável que num intervalo de um ano se registem melhorias na qualidade de desempenhos dos alunos que expliquem esta variação.

A única variável extrínseca à prova que poderá constituir uma possível explicação para este fenómeno foi a ampla mediatização do resultado do Teste Intermédio, publicitado em março de 2012. A média nacional, muito baixa (31,1%), criou um profundo alarme social e poderá ter contribuído para um crescente e generalizado empenho dos alunos na realização de prova final. Como se sabe, as classificações médias no ensino básico são marcadas pelo impacto que o peso relativo da classificação interna tem no cálculo da média final (70%). Esta situação permite que qualquer aluno com classificação interna positiva (nível 3, 4 ou 5) obtenha uma classificação na prova final entre 1 a 4 níveis inferior, sem que esta circunstância gere uma classificação final de nível negativo, logo sem consequências em termos de reprovação.

Em 2012, a percentagem de alunos que alcançaram nas provas finais um nível superior ao obtido na classificação interna foi 67%, 24 pontos percentuais acima do valor registado em 2011, que não foi além de 43%.

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 140_175

ANEXOS

ANEXO 1

Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, 6.º ano, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos  

Provas Finais 61 62

NUTS III Língua Portuguesa Matemática

Média N.º de alunos Média N.º de alunos

RA dos Açores 51,0 2936 38,0 2928

RA da Madeira 56,8 3223 48,1 3242

Minho-Lima 60,6 2358 55,2 2371

Cávado 60,5 4891 57,5 4907

Ave 59,1 6150 55,3 6165

Grande Porto 60,9 14095 55,7 14118

Tâmega 57,0 7006 51,0 7007

Entre Douro e Vouga 60,7 3096 55,4 3100

Douro 58,4 2115 52,3 2118

Alto Trás-os-Montes 59,4 1694 50,5 1694

Baixo Vouga 61,3 4236 57,5 4255

Baixo Mondego 63,6 3020 59,4 3034

Pinhal Litoral 60,3 2835 57,9 2863

Pinhal Interior Norte 57,7 1201 50,3 1211

Pinhal Interior Sul 58,3 307 52,9 308

Dão-Lafões 62,9 2766 59,7 2775

Serra da Estrela 59,7 351 54,3 352

Beira Interior Norte 61,3 878 58,9 879

Beira Interior Sul 60,9 569 52,3 572

Cova da Beira 58,9 770 53,8 768

Oeste 60,3 3997 55,9 4011

Médio Tejo 60,8 2226 56,4 2241

Grande Lisboa 59,9 20876 54,7 21113

Península de Setúbal 57,4 8233 49,4 8317

Lezíria do Tejo 59,8 2462 52,0 2479

Alentejo Litoral 54,6 634 46,5 640

Alto Alentejo 56,6 1112 48,0 1113

Alentejo Central 58,5 1725 51,7 1729

Baixo Alentejo 57,7 1101 50,3 1101

Algarve 57,5 4408 51,2 4511

   

 

 

   

Fonte: GAVE, 2013

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 141_175

Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, 6.º ano, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos  

Provas Finais 63 64

NUTS III PLNM A2 PLNM B1

Média N.º de alunos Média N.º de alunos

RA dos Açores 72,0 1 31,0 3

RA da Madeira 62,5 13 63,5 6

Minho-Lima 70,0 3 55,6 8

Cávado 53,3 3 50,4 10

Ave 54,5 2 49,1 8

Grande Porto 43,0 17 40,9 15

Tâmega ― ― 44,3 3

Entre Douro e Vouga 48,0 2 50,7 3

Douro 76,0 1 ― ―

Alto Trás-os-Montes 48,0 2 54,3 3

Baixo Vouga 52,0 8 56,2 13

Baixo Mondego 53,2 5 62,4 14

Pinhal Litoral 49,8 14 44,7 13

Pinhal Interior Norte 47,0 2 59,8 4

Pinhal Interior Sul ― ― ― ―

Dão-Lafões 67,7 3 63,0 5

Serra da Estrela ― ― ― ―

Beira Interior Norte ― ― ― ―

Beira Interior Sul 48,3 3 43,0 1

Cova da Beira ― ― ― ―

Oeste 54,7 9 60,8 5

Médio Tejo 53,0 8 51,8 4

Grande Lisboa 58,6 203 50,3 143

Península de Setúbal 57,5 48 54,3 53

Lezíria do Tejo 52,4 5 49,0 9

Alentejo Litoral 42,0 2 67,6 5

Alto Alentejo 54,5 2 ― ―

Alentejo Central 43,0 2 40,5 2

Baixo Alentejo 40,0 1 64,0 1

Algarve 59,6 43 55,6 65

Fonte: GAVE, 2013

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Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 142_175

Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, 9.º ano, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos  

Provas Finais 91 92

NUTS III Língua Portuguesa Matemática

Média N.º de alunos Média N.º de alunos

RA dos Açores 42,9 1445 37,4 1459

RA da Madeira 51,3 2404 50,0 2416

Minho-Lima 54,6 1937 57,5 1943

Cávado 55,1 4091 58,0 4100

Ave 54,2 4994 55,1 5001

Grande Porto 55,7 10808 56,5 10845

Tâmega 50,9 5704 50,5 5714

Entre Douro e Vouga 54,9 2541 55,2 2551

Douro 51,8 1725 51,1 1732

Alto Trás-os-Montes 53,6 1418 53,4 1420

Baixo Vouga 54,7 3317 58,8 3336

Baixo Mondego 57,7 2579 63,0 2582

Pinhal Litoral 56,0 2275 60,9 2282

Pinhal Interior Norte 51,8 974 53,1 977

Pinhal Interior Sul 51,6 314 54,5 314

Dão-Lafões 55,4 2289 59,9 2288

Serra da Estrela 50,0 292 54,9 291

Beira Interior Norte 56,1 737 58,1 739

Beira Interior Sul 53,6 512 56,5 514

Cova da Beira 52,4 636 53,6 637

Oeste 54,6 2958 56,9 2979

Médio Tejo 55,6 1801 56,7 1824

Grande Lisboa 54,7 15514 55,0 15799

Península de Setúbal 51,3 6192 48,8 6292

Lezíria do Tejo 53,0 1782 52,7 1796

Alentejo Litoral 51,4 568 50,8 578

Alto Alentejo 51,9 797 49,1 810

Alentejo Central 52,8 1362 51,0 1369

Baixo Alentejo 54,1 863 51,2 868

Algarve 52,2 3394 52,5 3458

   

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 143: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 143_175

Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, 9.º ano, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos  

Provas Finais 93 94

NUTS III PLNM A2 PLNM B1

Média N.º de alunos Média N.º de alunos

RA dos Açores 43,7 3

RA da Madeira 78,0 6 71,4 5

Minho-Lima 55,0 2 75,7 6

Cávado 69,5 2 77,0 6

Ave 23,0 1 71,0 2

Grande Porto 70,4 12 68,5 25

Tâmega ― ― 74,7 3

Entre Douro e Vouga 50,0 1 74,0 2

Douro 59,0 4 73,5 2

Alto Trás-os-Montes ― ― 72,5 2

Baixo Vouga 65,8 6 73,4 16

Baixo Mondego 56,8 6 76,7 7

Pinhal Litoral 50,7 6 74,0 8

Pinhal Interior Norte 79,5 2 72,8 4

Pinhal Interior Sul ― ― ― ―

Dão-Lafões 66,5 2 66,5 2

Serra da Estrela ― ― ― ―

Beira Interior Norte 53,0 1 ― ―

Beira Interior Sul ― ― ― ―

Cova da Beira ― ― ― ―

Oeste 66,7 6 72,9 11

Médio Tejo 60,3 8 71,7 10

Grande Lisboa 69,3 150 70,7 139

Península de Setúbal 66,5 33 70,3 72

Lezíria do Tejo 53,3 6 69,1 8

Alentejo Litoral 67,7 6 81,3 3

Alto Alentejo 61,0 2 67,3 8

Alentejo Central 69,0 2 64,7 3

Baixo Alentejo 84,0 1 70,0 4

Algarve 69,6 19 67,2 48

   

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 144: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 144_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Ciências Naturais

Exames 702 715

NUTS III Biologia e Geologia Física e Química A

Média N.º de alunos Média N.º de alunos

RA dos Açores 9,2 633 7,5 667

RA da Madeira 9,0 781 6,6 912

Minho-Lima 9,5 729 7,7 767

Cávado 10,0 1597 8,1 1671

Ave 9,7 1682 7,8 1697

Grande Porto 10,3 3811 8,7 3925

Tâmega 9,3 1688 7,5 1646

Entre Douro e Vouga 10,2 811 8,3 798

Douro 9,4 703 7,8 687

Alto Trás-os-Montes 9,1 646 7,3 624

Baixo Vouga 10,2 1147 8,4 1229

Baixo Mondego 10,5 1104 9,3 1146

Pinhal Litoral 10,0 817 8,1 844

Pinhal Interior Norte 8,6 341 7,2 312

Pinhal Interior Sul 10,0 122 8,2 111

Dão-Lafões 10,1 903 8,5 910

Serra da Estrela 8,7 148 6,5 136

Beira Interior Norte 8,8 359 7,1 368

Beira Interior Sul 9,9 164 8,1 183

Cova da Beira 10,2 259 8,4 249

Oeste 9,8 820 8,2 882

Médio Tejo 9,9 664 7,9 746

Grande Lisboa 10,1 4544 8,6 4697

Península de Setúbal 9,4 1934 7,8 1861

Lezíria do Tejo 9,3 577 7,7 548

Alentejo Litoral 9,7 174 7,5 157

Alto Alentejo 9,0 296 6,3 297

Alentejo Central 9,3 417 7,5 419

Baixo Alentejo 9,4 263 7,7 246

Algarve 9,8 925 8,0 986

 

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 145: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 145_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Matemática

Exames 635 735 835

NUTS III

Matemática A Matemática B Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

RA dos Açores 10,0 665 8,1 45 10,2 283

RA da Madeira 10,2 854 8,0 44 9,4 238

Minho-Lima 10,5 799 9,3 48 10,7 125

Cávado 11,0 1647 8,7 120 10,8 207

Ave 10,4 1866 8,3 78 11,2 371

Grande Porto 10,7 4115 9,3 127 11,2 840

Tâmega 9,9 1533 8,9 38 10,2 309

Entre Douro e Vouga 10,6 727 10,6 33 10,5 117

Douro 9,2 709 9,1 24 7,9 173

Alto Trás-os-Montes 9,8 578 13,4 5 9,4 110

Baixo Vouga 10,5 1297 9,7 66 10,6 188

Baixo Mondego 11,3 1243 9,7 90 11,1 230

Pinhal Litoral 10,4 941 9,5 60 11,7 178

Pinhal Interior Norte 9,7 262 ― ― 12,4 75

Pinhal Interior Sul 9,3 147 ― ― 10,5 33

Dão-Lafões 10,7 945 9,6 21 11,2 175

Serra da Estrela 10,6 77 9,0 9 9,1 31

Beira Interior Norte 10,3 352 8,5 13 10,1 60

Beira Interior Sul 9,7 256 7,2 13 12,8 24

Cova da Beira 9,7 278 7,3 11 11,2 41

Oeste 10,3 1008 9,9 54 11,3 230

Médio Tejo 10,0 825 8,1 56 11,6 171

Grande Lisboa 11,2 5302 8,9 384 10,9 1149

Península de Setúbal 9,8 2007 7,2 133 10,0 432

Lezíria do Tejo 9,5 604 7,4 31 10,3 139

Alentejo Litoral 10,3 174 9,5 12 10,2 56

Alto Alentejo 8,9 303 4,7 31 8,9 89

Alentejo Central 9,9 484 9,7 23 9,4 114

Baixo Alentejo 10,0 279 10,7 3 10,9 54

Algarve 10,5 1019 8,4 108 10,5 204

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 146: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 146_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Expressões

Exames 708 706

NUTS III

Geometria Descritiva A Desenho A

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

RA dos Açores 9,2 110 12,1 72

RA da Madeira 9,4 211 14,1 130

Minho-Lima 9,9 146 12,3 86

Cávado 11,8 256 11,8 192

Ave 9,2 281 12,1 192

Grande Porto 11,2 732 13,0 415

Tâmega 8,2 165 12,3 107

Entre Douro e Vouga 10,2 140 13,0 104

Douro 13,0 58 12,3 50

Alto Trás-os-Montes 9,4 73 11,8 17

Baixo Vouga 11,7 203 13,6 116

Baixo Mondego 11,7 272 12,8 157

Pinhal Litoral 10,3 149 12,2 114

Pinhal Interior Norte 10,6 25 ― ―

Pinhal Interior Sul 11,4 9 11,9 15

Dão-Lafões 11,9 126 11,7 110

Serra da Estrela 6,7 21 14,5 13

Beira Interior Norte 7,6 58 11,3 37

Beira Interior Sul 9,1 46 13,5 11

Cova da Beira 8,8 40 12,6 25

Oeste 11,4 211 12,4 131

Médio Tejo 11,3 151 12,0 100

Grande Lisboa 12,0 1299 12,3 809

Península de Setúbal 10,2 365 12,2 305

Lezíria do Tejo 12,0 95 11,5 59

Alentejo Litoral 7,7 58 12,2 39

Alto Alentejo 8,7 60 11,2 44

Alentejo Central 9,3 101 10,7 85

Baixo Alentejo 7,0 44 11,8 41

Algarve 9,2 360 11,4 208

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 147: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 147_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Ciências Sociais e Humanas – 1

Exames 712 714 719

NUTS III

Economia A Filosofia Geografia A

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

RA dos Açores 12,5 72 7,5 72 10,3 397

RA da Madeira 10,2 101 8,8 104 10,4 407

Minho-Lima 11,9 95 9,1 94 10,8 277

Cávado 11,4 181 8,3 130 11,3 517

Ave 10,8 155 7,7 202 10,6 720

Grande Porto 12,6 545 8,6 493 10,5 1815

Tâmega 11,4 141 9,1 266 10,2 804

Entre Douro e Vouga 11,3 97 8,1 106 11,0 289

Douro 11,8 66 7,0 107 9,3 350

Alto Trás-os-Montes 11,4 31 7,8 66 9,7 249

Baixo Vouga 11,7 126 9,9 83 10,9 429

Baixo Mondego 11,8 144 10,6 165 11,0 443

Pinhal Litoral 11,7 129 10,5 62 11,4 392

Pinhal Interior Norte ― ― 9,6 41 10,3 142

Pinhal Interior Sul ― ― 7,4 16 11,0 33

Dão-Lafões 12,7 71 9,1 119 11,0 300

Serra da Estrela 11,0 13 7,8 9 10,0 61

Beira Interior Norte 13,0 12 9,6 29 10,7 110

Beira Interior Sul 11,6 11 8,9 30 11,0 37

Cova da Beira 8,0 4 9,7 44 10,4 73

Oeste 12,2 193 9,8 117 11,4 578

Médio Tejo 10,7 103 9,0 85 11,5 303

Grande Lisboa 12,0 1480 9,5 737 11,0 3146

Península de Setúbal 10,9 356 8,4 321 10,2 1100

Lezíria do Tejo 11,0 61 11,2 69 11,1 299

Alentejo Litoral 11,8 32 8,4 46 10,5 96

Alto Alentejo 10,9 25 8,5 63 9,7 154

Alentejo Central 11,7 69 8,2 71 9,9 295

Baixo Alentejo 10,2 22 8,2 35 10,3 97

Algarve 11,8 149 8,9 184 10,0 461

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 148: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 148_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Ciências Sociais e Humanas – 2

Exames 623 723 724

NUTS III

História A História B História da Cultura e

da Artes

Média N.º de alunos Média

N.º de alunos Média

N.º de alunos

RA dos Açores 11,3 333 12,1 10 12,4 46

RA da Madeira 12,3 367 10,4 21 10,6 70

Minho-Lima 11,3 218 14,1 24 10,2 31

Cávado 13,2 356 11,7 31 10,1 74

Ave 12,3 491 9,9 7 9,9 112

Grande Porto 12,2 1326 14,2 84 11,4 229

Tâmega 10,7 683 13,6 17 10,8 89

Entre Douro e Vouga 11,7 263 12,2 13 11,5 106

Douro 10,8 261 14,2 20 8,7 33

Alto Trás-os-Montes 10,7 210 ― ― 13,7 11

Baixo Vouga 11,7 313 15,4 19 10,9 52

Baixo Mondego 13,1 298 17,1 11 11,3 71

Pinhal Litoral 12,9 186 14,1 12 11,7 42

Pinhal Interior Norte 12,2 126 ― ― ― ―

Pinhal Interior Sul 9,9 32 ― ― ― ―

Dão-Lafões 10,9 243 10,6 16 11,6 55

Serra da Estrela 12,6 41 ― ― ― ―

Beira Interior Norte 10,4 83 ― ― 11,1 17

Beira Interior Sul 9,2 60 ― ― 12,9 19

Cova da Beira 12,9 69 ― ― 14,2 9

Oeste 12,8 413 12,5 21 10,7 114

Médio Tejo 12,2 225 ― ― 9,0 40

Grande Lisboa 12,1 2075 13,3 321 11,1 498

Península de Setúbal 11,4 776 12,2 21 11,2 194

Lezíria do Tejo 11,5 209 ― ― 11,4 27

Alentejo Litoral 11,3 99 ― ― 10,6 46

Alto Alentejo 10,8 145 ― ― 11,3 22

Alentejo Central 11,8 213 ― ― 9,2 59

Baixo Alentejo 12,4 80 15,4 3 12,8 19

Algarve 11,8 358 11,5 31 9,6 165

 Fonte: GAVE, 2013

Page 149: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 149_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Língua Portuguesa – 1

Exames 639 734 739

NUTS III

Português Literatura Portuguesa

PLNM A2

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

RA dos Açores 9,7 1108 7,7 43 ― ―

RA da Madeira 10,0 1467 10,2 84 ― ―

Minho-Lima 10,9 1147 11,6 19 ― ―

Cávado 11,0 2459 11,4 62 ― ―

Ave 10,4 2726 11,7 114 ― ―

Grande Porto 11,1 6370 11,8 189 ― ―

Tâmega 10,0 2564 9,3 172 ― ―

Entre Douro e Vouga 10,6 1189 10,5 72 ― ―

Douro 10,6 1041 8,5 47 ― ―

Alto Trás-os-Montes 10,2 890 9,4 44 ― ―

Baixo Vouga 10,5 1907 10,7 58 12,0 1

Baixo Mondego 11,1 1852 12,3 77 ― ―

Pinhal Litoral 10,1 1357 16,7 7 ― ―

Pinhal Interior Norte 9,4 446 16,0 6 ― ―

Pinhal Interior Sul 10,5 192 ― ― ― ―

Dão-Lafões 10,7 1452 12,1 39 ― ―

Serra da Estrela 10,6 164 ― ― ― ―

Beira Interior Norte 9,9 537 10,2 16 ― ―

Beira Interior Sul 10,5 328 9,0 3 ― ―

Cova da Beira 10,9 381 12,1 12 ― ―

Oeste 10,5 1737 12,7 56 14,2 1

Médio Tejo 10,7 1270 10,6 6 9,8 1

Grande Lisboa 10,4 9700 10,9 360 12,3 16

Península de Setúbal 9,8 3561 10,6 79 13,2 2

Lezíria do Tejo 10,4 984 13,5 29 ― ―

Alentejo Litoral 10,0 352 9,1 3 ― ―

Alto Alentejo 10,1 508 8,4 20 ― ―

Alentejo Central 9,1 862 13,1 42 14,0 1

Baixo Alentejo 10,3 437 13,7 18 ― ―

Algarve 10,1 1705 10,8 73 ― ―

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 150: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 150_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Língua Portuguesa – 2

Exames 839 239 732

NUTS III

PLNM B1 Português Latim A

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

Média N.º de alunos

RA dos Açores ― ― ― ― 12,4 12

RA da Madeira 13,6 1 ― ― 10,5 10

Minho-Lima ― ― ― ―

Cávado 14,2 2 13,7 1 11,4 39

Ave 14,8 2 ― ― 14,7 2

Grande Porto 14,8 9 11,2 3 13,9 4

Tâmega ― ― ― ― 9,7 9

Entre Douro e Vouga 15,1 2 ― ―

Douro ― ― ― ― 10,4 11

Alto Trás-os-Montes ― ― 16,5 1 ― ―

Baixo Vouga 15,0 1 ― ― ― ―

Baixo Mondego 17,3 3 17,1 1 ― ―

Pinhal Litoral 16,6 2 16,9 1 ― ―

Pinhal Interior Norte 16,2 1 ― ― ― ―

Pinhal Interior Sul 14,6 1 ― ― ― ―

Dão-Lafões 18,5 2 ― ― ― ―

Serra da Estrela ― ― ― ― ― ―

Beira Interior Norte ― ― 9,5 1 ― ―

Beira Interior Sul ― ― ― ― ― ―

Cova da Beira ― ― ― ― ― ―

Oeste 14,3 3 ― ― ― ―

Médio Tejo 11,8 2 ― ― ― ―

Grande Lisboa 14,8 52 14,6 4 14,3 4

Península de Setúbal 13,3 21 12,4 2 ― ―

Lezíria do Tejo 14,9 4 ― ― ― ―

Alentejo Litoral ― ― ― ― ― ―

Alto Alentejo ― ― ― ― ― ―

Alentejo Central ― ― ― ― ― ―

Baixo Alentejo ― ― ― ― 14,0 10

Algarve 16,8 1 ― ― 10,4 20

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 151: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 151_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III (média) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos

Área – Línguas Estrangeiras

Exames 501 547 517 847 

NUTS III

Alemão iniciação

Espanhol iniciação

Francês continuação

Espanhol continuação 

Média N.º de alunos Média

N.º de alunos Média

N.º de alunos Média

N.º de alunos

RA dos Açores 10,0 32 ― ― 12,0 29 ― ―

RA da Madeira 10,8 55 ― ― 13,0 68 ― ―

Minho-Lima 8,5 21 14,6 21 12,1 10 15,4 8

Cávado ― ― 14,9 130 11,6 30 ― ―

Ave 9,3 2 14,7 115 13,4 17 14,4 11

Grande Porto 12,4 40 13,8 663 12,6 77 16,3 31

Tâmega ― ― 12,2 94 11,7 62 ― ―

Entre Douro e Vouga ― ― 13,5 123 13,7 23 ― ―

Douro 11,1 5 13,7 35 8,2 8 ― ―

Alto Trás-os-Montes 11,3 3 11,6 17 10,0 19 16,4 7

Baixo Vouga 11,9 11 12,9 123 12,0 10 13,7 11

Baixo Mondego 14,9 11 15,8 24 ― ― ― ―

Pinhal Litoral 11,9 27 12,8 40 14,4 15 13,9 11

Pinhal Interior Norte 6,8 4 13,1 30 11,2 8 ― ―

Pinhal Interior Sul ― ― ― ― ― ― ― ―

Dão-Lafões ― ― 13,4 20 ― ― ― ―

Serra da Estrela ― ― ― ― 12,2 12 ― ―

Beira Interior Norte ― ― ― ― 9,2 5 12,5 8

Beira Interior Sul ― ― ― ― ― ― ― ―

Cova da Beira ― ― 11,6 9 ― ― 13,4 7

Oeste 10,3 18 11,9 32 13,3 68 13,8 11

Médio Tejo ― ― 12,9 70 12,5 21 13,6 7

Grande Lisboa 9,7 185 13,0 396 12,5 408 9,6 5

Península de Setúbal 8,1 63 13,4 107 12,6 123 13,5 8

Lezíria do Tejo ― ― 11,5 8 13,0 16 ― ―

Alentejo Litoral 12,4 7 12,6 12 ― ― 16,0 4

Alto Alentejo 8,9 7 14,6 22 ― ― 11,0 29

Alentejo Central ― ― 12,3 50 10,4 9 9,1 4

Baixo Alentejo ― ― 14,2 6 ― ― ― ―

Algarve 11,0 29 12,5 141 12,7 11 14,1 25

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 152: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 152_175

ANEXO 2  

Resultados das Provas Finais do Ensino Básico, por NUTS III – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009  

Provas Finais 91 92

NUTS III Língua Portuguesa Matemática

2012 (2012-2009) 2012 (2012-2009)

RA dos Açores – – – –

RA da Madeira 95,6 -1,8 91,9 1,2

Minho-Lima 101,7 0,9 105,8 4,1

Cávado 102,6 2,4 106,6 3,2

Ave 100,9 2,6 101,2 0,8

Grande Porto 103,6 1,7 103,9 4,2

Tâmega 94,8 0,1 92,9 1,2

Entre Douro e Vouga 102,3 1,5 101,5 -0,6

Douro 96,5 2,1 94,0 2,3

Alto Trás-os-Montes 99,9 3,6 98,2 2,6

Baixo Vouga 101,8 0,2 108,1 1,4

Baixo Mondego 107,5 0,5 115,8 6,3

Pinhal Litoral 104,2 1,8 111,9 3,6

Pinhal Interior Norte 96,5 3,4 97,6 1,0

Pinhal Interior Sul 96,0 -5,0 100,2 -8,3

Dão-Lafões 103,1 6,2 110,0 8,3

Serra da Estrela 93,2 -4,6 101,0 -2,0

Beira Interior Norte 104,5 3,6 106,7 2,7

Beira Interior Sul 99,8 1,4 103,9 3,0

Cova da Beira 97,6 -2,9 98,5 -2,4

Oeste 101,6 0,4 104,7 1,4

Médio Tejo 103,5 0,5 104,3 3,2

Grande Lisboa 101,9 3,9 101,0 5,4

Península de Setúbal 95,6 -5,2 89,8 -17,2

Lezíria do Tejo 98,7 -1,9 96,9 -2,9

Alentejo Litoral 95,7 -1,6 93,3 -3,5

Alto Alentejo 96,7 1,6 90,3 3,3

Alentejo Central 98,3 -0,9 93,7 -4,5

Baixo Alentejo 100,7 2,2 94,1 -0,8

Algarve 97,3 2,9 96,5 0,9

     

Fonte: GAVE, 2013

Page 153: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 153_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009. Área – Ciências Naturais

Exames 702 715

NUTS III Biologia e Geologia Física e Química A

2012 (2012-2009) 2012 (2012-2009)

RA dos Açores 93,3 2,3 92,2 -3,3

RA da Madeira 98,5 9,1 81,6 -1,2

Minho-Lima 105,8 5,0 95,6 -0,9

Cávado 104,9 7,6 100,4 -0,3

Ave 97,4 0,7 97,0 5,3

Grande Porto 106,0 3,6 107,5 4,9

Tâmega 90,3 -0,6 93,0 3,5

Entre Douro e Vouga 109,4 8,9 102,8 3,4

Douro 92,4 -3,7 96,9 -1,1

Alto Trás-os-Montes 96,3 -1,9 90,5 1,3

Baixo Vouga 111,9 7,4 104,0 -5,5

Baixo Mondego 103,7 -3,9 114,5 -0,4

Pinhal Litoral 95,2 -10,7 100,7 -4,3

Pinhal Interior Norte 85,2 -9,2 89,0 -2,3

Pinhal Interior Sul 116,8 17,0 101,2 1,7

Dão-Lafões 101,2 -0,7 105,4 -1,9

Serra da Estrela 85,7 -17,2 80,0 -20,0

Beira Interior Norte 101,1 2,7 88,3 -8,0

Beira Interior Sul 113,1 19,5 100,2 -2,2

Cova da Beira 102,4 2,1 103,9 4,6

Oeste 96,1 -6,6 101,4 2,3

Médio Tejo 101,0 -4,7 97,2 -4,6

Grande Lisboa 102,5 -2,6 105,9 -2,8

Península de Setúbal 93,4 -1,1 95,9 2,0

Lezíria do Tejo 98,9 2,9 95,7 5,3

Alentejo Litoral 104,3 2,2 92,6 -4,0

Alto Alentejo 92,6 -3,2 77,6 -6,3

Alentejo Central 103,0 7,1 92,5 -2,0

Baixo Alentejo 101,3 6,2 95,7 7,6

Algarve 103,8 4,9 98,8 1,0

esultados dos

Fonte: GAVE, 2013

Page 154: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 154_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009.   Área – Matemática  

Exames 635 735 835

NUTS III

Matemática A Matemática B Matemática Aplicada às

Ciências Sociais

2012 (2012-2009) 2012

(2012-2009) 2012

(2012-2009)

RA dos Açores 96,1 -5,1 93,1 -7,1 96,1 4,0

RA da Madeira 97,6 0,4 92,5 -15,9 88,7 -2,0

Minho-Lima 100,3 0,8 106,8 3,3 101,0 2,3

Cávado 104,8 3,6 100,0 -4,7 102,1 -6,7

Ave 99,0 6,4 95,5 6,9 105,2 7,0

Grande Porto 102,4 0,4 107,4 3,9 105,3 1,2

Tâmega 94,2 1,5 102,5 2,0 96,6 1,1

Entre Douro e Vouga 101,1 0,4 121,9 24,3 99,3 -6,1

Douro 87,9 -4,9 104,5 -4,5 74,1 -9,6

Alto Trás-os-Montes 93,7 4,9 154,5 41,2 88,6 0,2

Baixo Vouga 100,4 -3,8 111,5 18,3 100,2 -12,6

Baixo Mondego 108,1 -2,6 111,6 4,1 104,5 4,7

Pinhal Litoral 99,3 -4,2 109,7 4,8 110,8 -0,5

Pinhal Interior Norte 93,1 -4,8 ― ― 117,3 13,7

Pinhal Interior Sul 88,5 6,2 ― ― 98,9 -7,5

Dão-Lafões 102,8 2,2 110,7 6,9 105,4 3,2

Serra da Estrela 101,6 5,5 104,0 4,8 86,0 6,9

Beira Interior Norte 98,9 1,1 97,5 6,3 94,9 -3,6

Beira Interior Sul 92,7 -6,6 82,9 12,3 120,4 14,1

Cova da Beira 92,3 -7,7 83,7 -13,4 105,3 19,1

Oeste 98,7 0,6 113,8 23,3 106,7 -3,8

Médio Tejo 95,6 -5,7 93,2 -9,9 109,7 3,4

Grande Lisboa 107,0 -0,5 102,9 -3,3 103,0 -0,3

Península de Setúbal 93,8 -0,6 82,2 -9,2 94,8 0,1

Lezíria do Tejo 90,7 -1,9 85,0 -17,3 97,6 10,4

Alentejo Litoral 98,8 0,0 108,7 22,9 96,6 2,2

Alto Alentejo 84,7 -3,7 53,6 -9,4 84,0 -1,3

Alentejo Central 95,0 0,5 111,5 17,0 89,2 3,7

Baixo Alentejo 95,7 -4,2 122,6 10,8 102,9 -4,2

Algarve 100,1 1,7 96,4 11,8 99,5 4,0

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 155: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 155_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009. Área – Expressões  

Exames 708 706

NUTS III Geometria Descritiva A Desenho A

2012 (2012-2009) 2012 (2012-2009)

RA dos Açores 85,8 -8,4 98,7 17,6

RA da Madeira 87,8 -3,5 114,3 7,6

Minho-Lima 92,1 6,6 100,3 7,2

Cávado 109,8 8,5 95,7 0,1

Ave 85,6 -0,1 98,5 7,2

Grande Porto 104,3 -2,6 105,4 2,4

Tâmega 76,3 -7,3 100,1 2,3

Entre Douro e Vouga 95,1 -10,5 105,7 18,3

Douro 121,1 33,5 100,1 -5,6

Alto Trás-os-Montes 87,8 7,7 95,7 -10,9

Baixo Vouga 109,4 -0,8 110,6 -0,5

Baixo Mondego 109,0 3,1 104,1 7,6

Pinhal Litoral 95,8 0,5 99,3 -2,4

Pinhal Interior Norte 99,2 17,4 97,1 ―

Pinhal Interior Sul 106,7 14,3 ― ―

Dão-Lafões 111,1 14,7 95,0 -1,3

Serra da Estrela 62,6 0,8 118,1 13,9

Beira Interior Norte 71,2 -24,6 91,7 -3,9

Beira Interior Sul 84,7 7,9 109,6 11,1

Cova da Beira 82,0 1,5 102,8 1,1

Oeste 106,5 9,5 100,7 6,3

Médio Tejo 105,1 2,6 97,4 -6,6

Grande Lisboa 112,1 1,2 99,8 -7,1

Península de Setúbal 95,0 7,6 98,9 2,1

Lezíria do Tejo 112,3 -6,0 93,3 3,5

Alentejo Litoral 72,2 -9,3 99,3 10,8

Alto Alentejo 81,7 20,2 91,3 2,7

Alentejo Central 87,0 -9,2 86,8 -6,4

Baixo Alentejo 64,9 -14,0 96,0 1,2

Algarve 86,3 -8,5 93,0 -6,8

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 156: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 156_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009. Área – Ciências Sociais e Humanas  

Exames 712 719 623 723 724

NUTS III

Economia A Geografia A História A História B História da

Cultura e das Artes

2012 (2012-2009) 2012 (2012-

2009) 2012 (2012-2009) 2012 (2012-

2009) 2012 (2012-2009)

RA dos Açores 106,9 7,0 96,7 7,1 94,8 4,8 91,5 114,3 32,6

RA da Madeira 87,3 -0,3 97,5 -2,7 103,9 4,0 78,6 6,5 97,9 -29,5

Minho-Lima 101,3 1,8 101,2 -0,4 95,6 -2,3 107,2 23,9 93,4 1,0

Cávado 97,0 -3,8 105,9 3,6 111,2 4,1 88,9 -13,2 92,7 16,3

Ave 91,9 -5,9 99,8 0,4 103,3 1,0 75,0 -7,8 91,1 -4,6

Grande Porto 107,2 -0,4 98,9 -5,7 103,0 1,6 107,8 -11,5 104,5 -5,0

Tâmega 97,6 6,0 95,3 1,5 90,4 -5,8 103,3 36,6 99,6 9,5

Entre Douro e Vouga 96,1 3,2 103,0 5,8 98,6 -1,8 92,4 -22,4 105,7 5,3

Douro 100,6 8,8 87,6 -2,1 90,9 -8,5 108,2 ― 80,0 -16,9

Alto Trás-os-Montes 97,1 15,0 91,2 0,2 90,3 -5,0 ― ― 125,8 50,5

Baixo Vouga 100,0 -3,7 102,3 1,0 99,0 0,1 116,9 3,1 100,0 -9,5

Baixo Mondego 100,4 -1,7 102,7 2,3 110,3 8,2 129,6 0,2 104,2 2,9

Pinhal Litoral 99,5 -3,4 107,3 -1,0 108,4 3,9 107,4 -4,0 108,0 10,4

Pinhal Interior Norte ― ― 96,3 7,6 102,6 2,7 ― ― ― ―

Pinhal Interior Sul ― ― 103,5 5,9 83,3 4,4 ― ― ― ―

Dão-Lafões 108,6 13,0 102,9 7,3 91,7 -2,2 80,3 -3,2 106,8 20,2

Serra da Estrela 93,7 93,5 -5,9 106,2 6,2 ― ― ― ―

Beira Interior Norte 111,1 13,3 100,5 7,1 88,1 3,2 ― ― 102,0 12,2

Beira Interior Sul 99,0 -3,0 102,9 -4,2 77,8 -5,8 ― ― 118,7 36,2

Cova da Beira 68,0 -28,3 97,2 -4,6 108,9 22,8 ― ― 131,1 27,7

Oeste 104,0 3,0 106,7 4,5 108,1 2,6 94,7 -26,7 98,3 2,5

Médio Tejo 91,4 -10,3 108,3 3,0 103,0 -1,0 -66,6 82,6 -25,4

Grande Lisboa 102,1 -0,9 103,3 0,4 102,3 -1,4 100,9 -9,6 102,3 -1,2

Península de Setúbal 92,6 -3,8 95,7 0,0 96,0 -1,2 92,6 -0,7 103,0 -0,8

Lezíria do Tejo 94,2 -3,9 104,1 3,3 96,6 -0,7 91,5 6,5 104,5 9,2

Alentejo Litoral 100,2 100,2 98,9 -4,5 95,2 2,2 78,6 23,9 98,0 -23,9

Alto Alentejo 92,9 -1,5 91,2 2,3 90,8 -1,8 107,2 -13,2 103,8 37,9

Alentejo Central 99,7 -0,2 92,7 -1,8 99,6 2,9 88,9 -7,8 84,8 -19,0

Baixo Alentejo 86,8 -1,2 97,0 1,1 104,7 16,4 75,0 -11,5 117,4 13,9

Algarve 101,0 5,3 93,7 -2,8 99,4 -2,4 107,8 36,6 88,2 -4,5

 Fonte: GAVE, 2013

Page 157: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 157_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009. Área – Língua Portuguesa  

Exames 639 734

NUTS III

Português Literatura Portuguesa

2012 (2012-2009)

2012 (2012-2009)

RA dos Açores 93,2 3,2 70,0 -35,1

RA da Madeira 102,7 10,8 93,6 -2,4

Minho-Lima 109,1 9,4 105,7 9,6

Cávado 100,9 -2,5 104,2 2,7

Ave 94,5 -7,4 106,6 1,6

Grande Porto 106,6 2,3 107,7 3,0

Tâmega 90,4 -6,2 85,2 -7,2

Entre Douro e Vouga 106,5 5,7 95,9 -2,7

Douro 99,7 1,7 77,5 -16,0

Alto Trás-os-Montes 96,2 -1,6 86,2 -13,6

Baixo Vouga 102,6 1,4 97,6 -5,8

Baixo Mondego 105,7 4,2 112,7 15,9

Pinhal Litoral 91,6 -8,2 153,0 52,8

Pinhal Interior Norte 92,9 -7,2 145,8 39,3

Pinhal Interior Sul 111,7 17,5 ― ―

Dão-Lafões 101,3 1,6 110,2 9,9

Serra da Estrela 99,8 -4,5 ― ―

Beira Interior Norte 92,8 -5,6 92,9 ―

Beira Interior Sul 106,0 -0,4 82,3 ―

Cova da Beira 103,7 8,4 111,0 10,7

Oeste 96,3 -4,8 115,6 20,1

Médio Tejo 102,3 -0,5 97,2 -26,2

Grande Lisboa 96,9 -3,5 99,9 3,0

Península de Setúbal 94,7 -2,0 96,6 -1,3

Lezíria do Tejo 106,1 5,5 123,2 -15,1

Alentejo Litoral 96,2 -2,3 83,5 -17,3

Alto Alentejo 100,6 -0,4 76,8 -17,8

Alentejo Central 90,7 -9,0 120,1 23,2

Baixo Alentejo 112,2 14,0 125,5 18,5

Algarve 98,0 2,6 ― ―

 

   

Fonte: GAVE, 2013 

Page 158: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 158_175

Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUTS III – 2012, 1.ª Fase. Alunos Internos.

Números índice, Portugal = 100; 2012-2009 – Diferença de valor índice entre 2012 e 2009. Área – Línguas Estrangeiras  

Exames 501 547 517

NUTS III

Alemão iniciação Espanhol iniciação Francês

continuação

2012 (2012-2009) 2012

(2012-2009) 2012

(2012-2009)

RA dos Açores 98,1 6,5 109,1 5,2 96,5 8,5

RA da Madeira 106,1 -18,5 111,0 19,2 104,2 3,9

Minho-Lima 83,5 10,2 109,5 15,1 97,2 -7,7

Cávado ― ― 102,7 2,7 93,3 -13,1

Ave 91,2 21,9 90,9 -13,8 107,6 -1,6

Grande Porto 121,5 -9,0 100,5 -4,6 101,1 -0,5

Tâmega ― ― 102,2 12,8 93,5 -5,3

Entre Douro e Vouga ― ― 86,5 -6,6 109,7 1,0

Douro 109,3 -6,4 96,0 -2,1 66,0 -31,7

Alto Trás-os-Montes 111,2 -22,7 117,8 26,4 80,6 -21,9

Baixo Vouga 116,5 -23,1 95,7 -2,1 96,0 -1,0

Baixo Mondego 146,0 -35,8 98,0 15,7 ― -104,8

Pinhal Litoral 116,3 -11,5 ― ― 115,9 23,1

Pinhal Interior Norte 66,9 29,9 99,8 -6,4 89,8 89,8

Pinhal Interior Sul ― ― ― ― ― ―

Dão-Lafões ― ― ― ― -72,2

Serra da Estrela ― ― ― ― 97,6 6,4

Beira Interior Norte ― ― 86,2 -14,3 73,8 -28,5

Beira Interior Sul ― ― 88,8 -9,4 ― ―

Cova da Beira ― ― 96,3 5,1 ― ―

Oeste 100,5 1,6 97,0 -1,5 106,5 3,7

Médio Tejo 69,6 100,1 -4,0 100,4 -18,1

Grande Lisboa 95,6 4,8 85,9 6,7 100,5 2,3

Península de Setúbal 79,1 17,8 93,6 -8,2 101,0 0,1

Lezíria do Tejo ― ― 109,2 11,7 104,1 -5,2

Alentejo Litoral 121,2 0,6 91,5 -12,1 ― -108,7

Alto Alentejo 87,4 ― 106,0 -1,6 ― ―

Alentejo Central ― ― 93,3 -9,2 83,4 -16,5

Baixo Alentejo ― ― 109,1 5,2 ― ―

Algarve 107,6 -16,5 111,0 19,2 101,6 -1,0

 

    

Fonte: GAVE, 2013 

Page 159: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 159_175

ANEXO 3

Alunos do Ensino Básico com Classificação Positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos

 

Provas Finais Classificação ≥ 50% (níveis 3, 4 e 5)

NUTS III

61 62

Língua Portuguesa

Matemática

RA dos Açores 54,0 28,4

RA da Madeira 71,0 45,8

Minho-Lima 79,3 60,2

Cávado 78,2 63,4

Ave 76,8 60,2

Grande Porto 78,7 59,3

Tâmega 71,0 52,2

Entre Douro e Vouga 79,8 59,8

Douro 72,8 53,3

Alto Trás-os-Montes 74,8 49,6

Baixo Vouga 79,8 62,4

Baixo Mondego 83,4 64,9

Pinhal Litoral 79,0 63,8

Pinhal Interior Norte 72,7 52,1

Pinhal Interior Sul 75,6 53,6

Dão-Lafões 83,0 65,5

Serra da Estrela 76,1 57,1

Beira Interior Norte 80,9 66,4

Beira Interior Sul 78,7 54,2

Cova da Beira 71,6 57,3

Oeste 78,6 60,5

Médio Tejo 79,4 61,3

Grande Lisboa 76,5 57,5

Península de Setúbal 72,8 48,4

Lezíria do Tejo 77,6 53,7

Alentejo Litoral 64,4 41,7

Alto Alentejo 73,1 44,8

Alentejo Central 73,3 53,6

Baixo Alentejo 72,9 49,0

Algarve 71,3 51,4

   

 

 

Fonte: GAVE, 2013 

Page 160: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 160_175

Alunos do Ensino Básico com Classificação Positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos

 

Provas Finais Classificação ≥ 50% (níveis 3, 4 e 5)

NUTS III

91 92

Língua Portuguesa

Matemática

RA dos Açores 40,3 27,5

RA da Madeira 59,4 50,1

Minho-Lima 67,5 63,0

Cávado 71,2 63,6

Ave 68,8 57,9

Grande Porto 71,2 60,8

Tâmega 60,1 51,0

Entre Douro e Vouga 70,0 59,1

Douro 61,2 50,9

Alto Trás-os-Montes 64,3 54,2

Baixo Vouga 68,3 65,5

Baixo Mondego 75,8 71,5

Pinhal Litoral 72,4 69,4

Pinhal Interior Norte 60,6 54,2

Pinhal Interior Sul 63,7 58,9

Dão-Lafões 70,7 66,5

Serra da Estrela 59,2 60,5

Beira Interior Norte 71,9 64,0

Beira Interior Sul 67,0 61,1

Cova da Beira 61,6 56,0

Oeste 69,5 62,9

Médio Tejo 71,7 61,8

Grande Lisboa 68,7 57,3

Península de Setúbal 61,2 47,8

Lezíria do Tejo 64,3 55,5

Alentejo Litoral 57,4 50,2

Alto Alentejo 62,4 49,5

Alentejo Central 59,5 51,4

Baixo Alentejo 64,2 51,4

Algarve 62,7 54,5

  

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013 

Page 161: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 161_175

Alunos do Ensino Básico com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos

 

Provas Finais Classificação ≥ 50% (níveis 3, 4 e 5)

NUTS III 63 64

PLNM A2 PLNM B1

RA dos Açores 100,0 50,0

RA da Madeira 84,6 100,0

Minho-Lima 66,7 73,8

Cávado 33,3 66,7

Ave 100,0 62,5

Grande Porto 35,3 100,0

Tâmega ― 78,6

Entre Douro e Vouga 50,0 76,9

Douro 100,0 ―

Alto Trás-os-Montes 50,0 0,0

Baixo Vouga 62,5 60,0

Baixo Mondego 80,0 80,0

Pinhal Litoral 64,3 66,7

Pinhal Interior Norte 50,0 55,2

Pinhal Interior Sul ― ―

Dão-Lafões 100,0 46,7

Serra da Estrela ― ―

Beira Interior Norte ― ―

Beira Interior Sul 66,7 55,6

Cova da Beira ― ―

Oeste 66,7 75,0

Médio Tejo 62,5 75,0

Grande Lisboa 73,4 60,0

Península de Setúbal 79,2 71,7

Lezíria do Tejo 40,0 100,0

Alentejo Litoral 50,0 61,5

Alto Alentejo 100,0 ―

Alentejo Central 50,0 83,3

Baixo Alentejo 0,0 0,0

Algarve 74,4 66,7

  

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 162: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 162_175

Alunos do Ensino Básico com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Chamada, Alunos Internos

 

Provas Finais Classificação ≥ 50% (níveis 3, 4 e 5)

NUTS III 93 94

PLNM A2 PLNM B1

RA dos Açores 100,0 ―

RA da Madeira 100,0 66,7

Minho-Lima 89,5 100,0

Cávado 100,0 95,8

Ave 0,0 100,0

Grande Porto 100,0 100,0

Tâmega ― ―

Entre Douro e Vouga 66,7 100,0

Douro 83,3 100,0

Alto Trás-os-Montes 100,0 100,0

Baixo Vouga 50,0 93,8

Baixo Mondego 100,0 100,0

Pinhal Litoral 75,0 100,0

Pinhal Interior Norte 100,0 100,0

Pinhal Interior Sul ― ―

Dão-Lafões ― 100,0

Serra da Estrela ― ―

Beira Interior Norte 93,3 ―

Beira Interior Sul ― ―

Cova da Beira ― ―

Oeste 91,7 97,8

Médio Tejo 50,0 84,0

Grande Lisboa 75,0 100,0

Península de Setúbal 50,0 100,0

Lezíria do Tejo 83,3 100,0

Alentejo Litoral 90,9 90,9

Alto Alentejo 100,0 94,4

Alentejo Central 83,3 75,0

Baixo Alentejo 100,0 100,0

Algarve 33,3 100,0

  

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 163: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 163_175

Alunos do Ensino Secundário com Classificação Positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Ciências Naturais

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

702 715

Biologia e Geologia

Física e Química A

RA dos Açores 45,3 26,7

RA da Madeira 44,2 19,8

Minho-Lima 51,4 29,2

Cávado 56,3 34,8

Ave 53,4 30,9

Grande Porto 60,3 42,3

Tâmega 47,6 29,2

Entre Douro e Vouga 60,3 34,6

Douro 50,4 32,5

Alto Trás-os-Montes 45,5 26,6

Baixo Vouga 57,0 36,9

Baixo Mondego 61,8 45,3

Pinhal Litoral 56,5 34,0

Pinhal Interior Norte 39,0 23,7

Pinhal Interior Sul 58,2 36,0

Dão-Lafões 58,5 38,1

Serra da Estrela 37,2 19,9

Beira Interior Norte 43,7 26,9

Beira Interior Sul 53,0 31,7

Cova da Beira 58,7 36,1

Oeste 54,4 34,9

Médio Tejo 52,9 31,6

Grande Lisboa 57,1 39,3

Península de Setúbal 50,3 30,3

Lezíria do Tejo 47,3 31,2

Alentejo Litoral 53,4 30,6

Alto Alentejo 43,9 16,8

Alentejo Central 47,2 25,3

Baixo Alentejo 51,7 27,6

Algarve 54,1 32,6

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 164: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 164_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Matemática  

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

635 735 835

Matemática A

Matemática B

Matemática Aplicada às

Ciências Sociais

RA dos Açores 55,5 42,2 57,2

RA da Madeira 57,3 38,6 47,1

Minho-Lima 58,1 45,8 61,6

Cávado 64,1 50,8 66,7

Ave 58,0 35,9 69,3

Grande Porto 61,8 48,8 67,7

Tâmega 52,6 50,0 57,0

Entre Douro e Vouga 59,6 75,8 59,0

Douro 49,1 62,5 35,8

Alto Trás-os-Montes 51,4 80,0 50,0

Baixo Vouga 60,3 54,5 58,5

Baixo Mondego 66,8 53,3 66,1

Pinhal Litoral 60,9 43,3 78,1

Pinhal Interior Norte 48,1 57,1 81,3

Pinhal Interior Sul 46,3 33,3 60,6

Dão-Lafões 63,4 38,5 69,1

Serra da Estrela 53,2 23,1 45,2

Beira Interior Norte 55,4 27,3 58,3

Beira Interior Sul 52,0 51,9 87,5

Cova da Beira 47,5 35,7 75,6

Oeste 57,8 46,9 67,8

Médio Tejo 56,6 23,3 73,7

Grande Lisboa 67,4 38,7 66,8

Península de Setúbal 52,9 50,0 56,3

Lezíria do Tejo 49,3 9,7 59,0

Alentejo Litoral 59,8 52,2 60,7

Alto Alentejo 45,2 33,3 46,1

Alentejo Central 54,1 38,9 54,4

Baixo Alentejo 54,8 42,2 55,6

Algarve 59,1 38,6 58,8

  Fonte: GAVE, 2013

Page 165: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 165_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Expressões

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

708 706

Geometria Descritiva A

Desenho A

RA dos Açores 50,0 79,2

RA da Madeira 43,1 93,1

Minho-Lima 50,0 81,4

Cávado 64,8 84,4

Ave 47,3 87,0

Grande Porto 60,8 89,9

Tâmega 34,5 78,5

Entre Douro e Vouga 50,7 89,4

Douro 70,7 92,0

Alto Trás-os-Montes 46,6 76,5

Baixo Vouga 68,0 97,4

Baixo Mondego 65,1 89,8

Pinhal Litoral 53,7 91,2

Pinhal Interior Norte 52,0 86,7

Pinhal Interior Sul 66,7 ―

Dão-Lafões 64,3 76,4

Serra da Estrela 23,8 100,0

Beira Interior Norte 36,2 75,7

Beira Interior Sul 43,5 100,0

Cova da Beira 40,0 100,0

Oeste 65,4 88,5

Médio Tejo 64,2 83,0

Grande Lisboa 64,7 84,3

Península de Setúbal 52,1 87,9

Lezíria do Tejo 70,5 74,6

Alentejo Litoral 32,8 82,1

Alto Alentejo 35,0 68,2

Alentejo Central 45,5 71,8

Baixo Alentejo 31,8 80,5

Algarve 46,1 76,9

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 166: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 166_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Ciências Sociais e Humanas - 1  

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III 712 714 719

Economia A Filosofia Geografia A

RA dos Açores 81,9 34,7 64,2

RA da Madeira 60,4 41,3 65,1

Minho-Lima 77,9 45,7 66,1

Cávado 69,1 45,4 72,9

Ave 72,9 37,1 69,6

Grande Porto 85,9 43,2 64,6

Tâmega 75,9 43,6 60,4

Entre Douro e Vouga 84,5 39,6 72,7

Douro 69,7 29,0 47,7

Alto Trás-os-Montes 67,7 36,4 57,0

Baixo Vouga 77,8 57,8 73,0

Baixo Mondego 78,5 58,2 69,8

Pinhal Litoral 82,2 62,9 76,8

Pinhal Interior Norte 84,5 56,1 59,2

Pinhal Interior Sul 84,6 25,0 78,8

Dão-Lafões 66,7 49,6 74,7

Serra da Estrela 90,9 33,3 57,4

Beira Interior Norte 25,0 48,3 72,7

Beira Interior Sul 82,9 46,7 78,4

Cova da Beira 68,0 47,7 61,6

Oeste 80,1 56,4 78,0

Médio Tejo 68,3 47,1 75,6

Grande Lisboa 72,1 50,7 71,3

Península de Setúbal 81,3 39,3 61,4

Lezíria do Tejo 76,0 69,6 72,9

Alentejo Litoral 76,8 37,0 67,7

Alto Alentejo 63,6 41,3 55,2

Alentejo Central 81,9 42,3 57,6

Baixo Alentejo 81,9 37,1 63,9

Algarve 60,4 44,0 57,5

 

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 167: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 167_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Ciências Sociais e Humanas - 2

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

623 723 724

História A História B História da

Cultura e da Artes

RA dos Açores 72,4 70,0 91,3

RA da Madeira 83,7 52,4 67,1

Minho-Lima 71,6 83,3 64,5

Cávado 87,1 77,4 67,6

Ave 84,1 57,1 58,0

Grande Porto 79,8 97,6 74,7

Tâmega 68,4 94,1 71,9

Entre Douro e Vouga 77,9 76,9 76,4

Douro 70,5 100,0 51,5

Alto Trás-os-Montes 65,2 100,0

Baixo Vouga 78,0 100,0 65,4

Baixo Mondego 84,2 100,0 78,9

Pinhal Litoral 87,1 100,0 83,3

Pinhal Interior Norte 81,7 ― ―

Pinhal Interior Sul 62,5 ― ―

Dão-Lafões 73,3 56,3 74,5

Serra da Estrela 80,5 ― ―

Beira Interior Norte 61,4 ― 82,4

Beira Interior Sul 50,0 ― 94,7

Cova da Beira 88,4 ― 100,0

Oeste 85,0 90,5 67,5

Médio Tejo 76,4 ― 47,5

Grande Lisboa 79,8 88,5 71,1

Península de Setúbal 73,2 76,2 70,6

Lezíria do Tejo 73,2 ― 70,4

Alentejo Litoral 74,7 ― 65,2

Alto Alentejo 69,0 ― 72,7

Alentejo Central 78,4 ― 47,5

Baixo Alentejo 83,8 100,0 89,5

Algarve 79,3 71,0 52,1

  Fonte: GAVE, 2013

Page 168: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 168_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Língua Portuguesa  

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

639 734 732

Português Literatura Portuguesa

Latim A

RA dos Açores 53,2 25,6 83,3

RA da Madeira 56,9 71,4 60,0

Minho-Lima 69,7 73,7 ―

Cávado 69,3 80,6 66,7

Ave 63,6 87,7 100,0

Grande Porto 70,2 77,8 100,0

Tâmega 59,4 46,5 44,4

Entre Douro e Vouga 65,5 62,5 ―

Douro 65,7 31,9 72,7

Alto Trás-os-Montes 61,7 50,0 ―

Baixo Vouga 65,1 58,6 ―

Baixo Mondego 68,9 83,1 ―

Pinhal Litoral 60,9 100,0 ―

Pinhal Interior Norte 50,2 100,0 ―

Pinhal Interior Sul 65,6 ― ―

Dão-Lafões 65,7 89,7 ―

Serra da Estrela 62,2 ― ―

Beira Interior Norte 59,0 56,3 ―

Beira Interior Sul 68,9 66,7 ―

Cova da Beira 69,3 91,7 ―

Oeste 63,1 82,1 ―

Médio Tejo 65,4 83,3 ―

Grande Lisboa 63,0 70,6 75,0

Península de Setúbal 56,4 67,1 ―

Lezíria do Tejo 62,1 89,7 ―

Alentejo Litoral 61,6 66,7 ―

Alto Alentejo 57,5 40,0 ―

Alentejo Central 45,9 90,5 ―

Baixo Alentejo 61,1 94,4 80,0

Algarve 60,2 68,5 65,0

 

   

Fonte: GAVE, 2013

Page 169: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 169_175

Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUTS III (%) – 2012, 1.ª Fase, Alunos Internos Área – Línguas Estrangeiras – 1  

Exames Classificação ≥ 10 valores

NUTS III

501 517 547 847

Alemão iniciação

Francês continuação

Espanhol iniciação

Espanhol continuação

RA dos Açores 53,1 79,3 ― ―

RA da Madeira 61,8 89,7 ― ―

Minho-Lima 38,1 100,0 100,0 ―

Cávado ― 70,0 96,9 ―

Ave 50,0 88,2 99,1 ―

Grande Porto 80,0 81,8 93,2 ―

Tâmega ― 74,2 81,9 ―

Entre Douro e Vouga ― 91,3 91,9 ―

Douro 60,0 37,5 97,1 ―

Alto Trás-os-Montes 100,0 57,9 76,5 ―

Baixo Vouga 54,5 70,0 95,9 ―

Baixo Mondego 81,8 ― 100,0 ―

Pinhal Litoral 77,8 100,0 92,5 ―

Pinhal Interior Norte 25,0 75,0 93,3 ―

Pinhal Interior Sul ― ― ― ―

Dão-Lafões ― ― 100,0 ―

Serra da Estrela ― 75,0 ― ―

Beira Interior Norte ― 40,0 ― ―

Beira Interior Sul ― ― ― ―

Cova da Beira ― ― 88,9 ―

Oeste 44,4 91,2 90,6 100,0

Médio Tejo 90,5 90,0 100,0

Grande Lisboa 50,8 85,5 87,4 60,0

Península de Setúbal 28,6 85,4 88,8 100,0

Lezíria do Tejo ― 81,3 87,5 ―

Alentejo Litoral 85,7 ― 91,7 100,0

Alto Alentejo 57,1 ― 100,0 65,5

Alentejo Central ― 66,7 84,0 50,0

Baixo Alentejo ― ― 100,0 ―

Algarve 58,6 72,7 85,1 100,0

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Page 170: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 170_175

ANEXO 4 

Distribuição relativa das NUTS III em função da Média Nacional 2012 e da Variação 2009-2012 (valores índice)

Ensino Básico - Língua Portuguesa (91)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ensino Básico - Matemática (92)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2013

Page 171: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 171_175

Ensino Secundário - Biologia e Geologia (702)

 

Ensino Secundário - Física e Química A (715)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2013

Page 172: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 172_175

Ensino Secundário - Economia A (712)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ensino Secundário - Geografia A (719)

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2013

Page 173: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 173_175

Ensino Secundário - História A (623)

Ensino Secundário - Desenho A (706)

                  

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2012 

Page 174: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 174_175

Ensino Secundário – Geometria Descritiva A (708)                       

   

Ensino Secundário – Português (639)                  

 

 

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2013

Page 175: Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS

Relatório PROVAS FINAIS DE CICLO E EXAMES FINAIS NACIONAIS 2012 175_175

Ensino Secundário – Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835)  

  

Ensino Secundário - Matemática (635)

                      

  

Fonte: GAVE, 2013

Fonte: GAVE, 2013