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Relatório de Responsabilidade Socioambiental 2009 Catanduva/SP

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Relatório de ResponsabilidadeSocioambiental 2009

Catanduva/SP

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www.redenergia.com.br

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Relatório de ResponsabilidadeSocioambiental 2009

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Sumário

Mensagem da presidente

1. Rede Energia

2. Governança Corporativa

3. Desempenho econômico financeiro

4. Desempenho operacional

5. Meio ambiente

6. Desempenho social

7. Sobre o relatório

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33

57

75

97

125

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O ano de 2009 esteve repleto de desafios, e estes foram respondidos pela Rede Energia com investimentos na ampliação e melhoria

dos serviços, no aprimoramento das práticas de gestão empresarial e em iniciativas socioambientais e de governança corporativa. O cenário de retração global no primeiro semestre de 2009, com efeitos negativos na produção industrial de muitas empresas brasileiras, não alterou nossa confiança no País. Apoiados por nossos stakeholders, demos continuidade a importantes investimentos em 2009, como o programa do Governo Federal “Luz para Todos”, do qual a Rede Energia é a segunda maior parceira. O programa, aliado a outros projetos, nos permitiu levar luz a 211 mil novos consumidores dos segmentos industrial, comercial, residencial e rural, atendidos em 578 municípios, de sete diferentes estados brasileiros.Em 2009, ainda foi iniciado o projeto “Interligação da Ilha de Marajó”, que prevê a construção de cerca de 500 quilômetros de linhas de distribuição para a chegada de energia limpa e de qualidade, pela primeira vez, aos moradores do maior arquipélago fluviomarinho do mundo, promovendo o crescimento local. As nove distribuidoras doaram 150.058 lâmpadas fluorescentes compactas e também investiram R$ 6,8 milhões para substituir gratuitamente 6.876 geladeiras de famílias de baixa renda. A iniciativa tem o objetivo de adequar o orçamento da família ao consumo mensal de energia levada às comunidades, com noções básicas de consumo consciente de energia elétrica. Investimos na eficiência da gestão e sinergia entre as empresas da holding. Nesta linha, desenvolvemos o Programa Evoluir, que engloba sete projetos de estruturação em diferentes áreas da empresa até 2011. Concomitantemente, criamos um Comitê Gestor

Mensagem da presidente

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009

Corporativo para prestar assessoria e orientar o Conselho de Administração nos assuntos relacionados ao planejamento estratégico. A qualidade dos serviços é nosso compromisso e, a cada ano, melhoramos nossos indicadores de performance. Como reconhecimento pelo nosso trabalho, fomos contemplados com excelentes resultados em pesquisas de satisfação dos clientes, realizadas em 2009, como as premiações da Vale Paranapanema, vencedora de três prêmios da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE): “Melhor Empresa Nacional”, “Melhor Empresa na Avaliação do Cliente” e “Evolução de Desempenho”. Esse conjunto de esforços, gestão responsável e planejamento estratégico trouxeram resultados. Ao final de 2009, todos os segmentos de mercado da Rede Energia – residencial, comercial, industrial e rural – apresentaram ampliação. A energia fornecida passou de 15.995 GWh, em 2008, para 18.405 GWh, em 2009. O perfil com maior alta no consumo foi o rural: 26,1%, em 2009. Este também foi o segmento que mais expandiu na base de clientes da Rede Energia, com um aumento de 17,4% sobre o ano de 2008. Encerramos 2009, com lucro líquido de R$ 466,6 milhões nas nove distribuidoras– 285,1% superior ao de 2008.Cientes de que os 368 mil quilômetros de sistema de distribuição da Rede Energia se encontram em uma das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta – em biomas como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica –, temos certeza de que os resultados operacionais e financeiros não seriam suficientes se não estivessem acompanhados do aperfeiçoamento da gestão e da atuação socioambiental da empresa.Com a expansão do alcance das linhas de transmissão da empresa, foi possível a chegada de energia limpa e de qualidade às comunidades isoladas, permitindo, muitas

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Carmem PereiraPresidente Executiva da Rede Energia

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vezes, a desativação de usinas termelétricas movidas a diesel. De 2005 a 2009, foram desativadas 34 usinas. Projeções indicam que mais de 814 mil toneladas de CO2 (dióxido de carbono) deixaram de ser emitidas e 306 milhões de litros de diesel deixaram de ser queimados.Foco de nossa atuação, a segurança foi um dos valores priorizados em 2009. Para reforçá-la e garantir a integridade dos nossos 12.763 colaboradores e contratados, houve a implantação do projeto “Segurança em Primeiro Lugar” em todas as empresas do grupo. O aperfeiçoamento de cada procedimento de segurança no trabalho, exercido em nossas redes de distribuição, será constante.

Centro de Operação de Distribuição - Campo Grande/MS

Mensagem da presidente

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Continuamos a investir na melhoria da qualidade de vida das comunidades com as quais interagimos, especialmente por meio da Fundação Aquarela e de parcerias com os stakeholders locais, voltadas ao desenvolvimento regional, à educação e à geração de renda. Destacam-se entre as iniciativas, a implantação no Tocantins e no Pará do projeto “Agenda Criança Amazônia”, do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que atende a nove milhões de crianças da Amazônia Legal do Brasil e no qual fomos a primeira empresa privada brasileira a integrá-lo. Os resultados alcançados neste projeto já nos permitiram planejar a expansão do projeto para o Mato Grosso em 2010.Compartilhamos todas as conquistas e a superação de desafios ao longo de 2009, com nossos colaboradores, clientes, acionistas e demais parceiros. Estamos convictos de que a mudança estrutural, promovida pelo Programa Evoluir, apontará para o crescimento sustentável da Rede Energia, com qualidade e com o olhar direcionado ao longo prazo, para continuarmos oferecendo valores agregados a todos os nossos stakeholders. Por fim, reiteramos nossa confiança em continuarinvestindo na sociedade para a criação de valores e agradecemos a todos que, de maneira direta e indireta, nos ajudaram a alcançar os resultados históricos obtidos no decorrer de 2009.

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Campo Grande/MS

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Rede Energia

Capítulo 1

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Perfil da empresa

A Rede Energia S.A. (REDE ENERGIA) (GRI 2.1) é um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro, apresentando controle direto e indireto sobre 15 empresas operacionais, das quais nove são distribuidoras de energia elétrica, uma geradora, uma comercializadora, uma prestadora de serviços, uma empresa de bioenergia e duas outras holdings. (GRI 2.2) Ao todo, o grupo empresarial detém a concessão de 2.787.107 km2, correspondente a 34% do território nacional.Operando exclusivamente no Brasil (GRI 2.5), a Rede Energia tem expertise em reorganização e estruturação de empresas com dificuldade financeira e operacional. Também se destaca no setor elétrico nacional pelo registro de alto potencial de crescimento na sua área de concessão.Ao levar luz elétrica a novos consumidores todos os anos, a companhia acelera o desenvolvimento regional. Em troca da ajuda recebida, o mercado de consumo local também cresce.Nos últimos quatro anos, de 2005 a 2009, a Rede Energia tem registrado crescimento médio de 12% ao ano no número de clientes. Somente em 2009, o incremento foi de 5,9%. Foram 250 mil novos clientes.

Rede Energia

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Faz parte da Rede Energia: (GRI 2.7)Distribuidoras

Caiuá Distribuição de Energia S.A. (“CAIUÁ”)A Caiuá Distribuição de Energia S.A. (Caiuá) tem sua sede regional em Presidente Prudente (SP). Atende a uma área de concessão de 9.149 km2, beneficiando mais de 206.022 consumidores, o equivalente a uma população de cerca de 600 mil habitantes, em 24 municípios das regiões de Alta Sorocabana e Alta Paulista. (GRI 2.7)

Centrais Elétricas do Pará S.A. (“CELPA”)A Centrais Elétricas do Pará S.A. (Celpa) abrange todo o estado do Pará, distribui energia em uma área de 1.247.690 km2 e beneficia mais de 7,4 milhões de habitantes, em 143 municípios. Sua sede fica no município de Belém. (GRI 2.7)

Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (“CEMAT”)A Cemat atende ao estado de Mato Grosso – o 4º maior estado brasileiro, com área de 903.358 km2. A empresa é responsável por distribuir energia elétrica a 992.368 unidades consumidoras, localizadas nos 141 municípios de Mato Grosso – sendo 135 atendidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e seis atendidos pelo Sistema Isolado. Ao final de 2009, representa 992 mil unidades consumidoras conectadas à rede elétrica de distribuição da concessionária Cemat. (GRI 2.7)

Cachoeira da Véia/TO

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Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (“CELTINS”)A Celtins é hoje a única distribuidora de energia elétrica do Tocantins. Tem uma área de concessão que abrange 277.621 km2, o equivalente a 3,3% do território nacional. Beneficia uma população estimada em 1,2 milhão de habitantes, distribuídos em 139 municípios, com 270 localidades, o que corresponde a 416.390 unidades consumidoras atendidas (dezembro de 2009). (GRI 2.7)

Companhia Nacional de Energia Elétrica (“CNEE”)A Companhia Nacional de Energia Elétrica (Nacional) é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede regional localiza-se em Catanduva (SP). A Nacional possui uma área de concessão de 4.500 km2 e, atualmente, a energia elétrica distribuída beneficia mais de 97.680 consumidores, o equivalente a uma população de aproximadamente 400 mil habitantes, em 15 municípios das regiões de Catanduva e Novo Horizonte. (GRI 2.7)

Companhia Força e Luz do Oeste (“CFLO”)A Companhia Força e Luz do Oeste é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede regional localiza-se em Guarapuava (PR). É responsável pela distribuição de energia elétrica à cidade de Guarapuava e às localidades de Guará e Jordão, no estado do Paraná. Totaliza 48.695 clientes, em uma área de concessão de 1.200 km2. (GRI 2.7)

Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. (“EDEVP”)A Vale Paranapanema possui uma área de concessão de 11.780 km2 e beneficia mais de 156.470 consumidores, o equivalente a uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, em 27 municípios das regiões da Média Sorocabana e Alta Paulista. (GRI 2.7)

Rede Energia

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Empresa Elétrica Bragantina S.A. (“EEB”)A Empresa Elétrica Bragantina S.A., a Bragantina, possui sede regional em Bragança Paulista (SP). Abastece 15 municípios da região de Bragança Paulista, entre os estados de São Paulo (cinco municípios) e Minas Gerais (10 municípios), atendendo a 123.903 clientes ou, aproximadamente, 500 mil habitantes. (GRI 2.7)

Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (“ENERSUL”)A Enersul atende quase à totalidade do estado de Mato Grosso do Sul – 73 dos 78 municípios – em uma área de 328.316 km2, o equivalente a 91,9% do Estado e a 94,6% da população total, correspondendo a 2,23 milhões de habitantes. (GRI 2.7)

Geradoras:Tangará Energia S.A. (“TANGARÁ”)

Outros serviços:Rede Comercializadora de Energia S.A. (“REDECOM”)

Rede Eletricidade e Serviços S.A. (“REDESERV”)

Bioenergia:Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. (“VALE DO VACARIA”)

Holdings:QMRA Participações S.A. (“QMRA”)Rede Power do Brasil S.A. (“REDE POWER”)

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A distribuição, geração e comercialização de energia da Companhia é levada a 4,5 milhões de unidades consumidoras, o equivalente a 16,5 milhões de pessoas, em 578 municípios dentro de sete diferentes estados brasileiros: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ao distribuir 18.405 GWh em 2009 (GRI EU01), a companhia alavancou o desenvolvimento regional das diferentes áreas – principalmente das mais longínquas – em regiões ricas em biodiversidade, como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica.Para se ter idéia da grandeza do trabalho realizado pelos 6,5 mil empregados diretos da Rede Energia, somando o total de comprimento das linhas de transmissão das empresas que a compõem, chega-se ao total de 15 mil quilômetros (GRI EU04), distância suficiente para ir do extremo norte ao extremo sul do País, pelo menos, três vezes. Mesmo com todo o investimento realizado, a Rede Energia finalizou 2009 com o lucro líquido consolidado de R$ 20,3 milhões. O segmento residencial responde por 34,7% da energia fornecida pela Companhia e, 80,9% do número total de consumidores. A classe industrial fica com a fatia de 21,9% da energia distribuída e, 0,9% do número total de consumidores. O comércio representa 21% do total da energia fornecida e, 7,8% do número total de consumidores, enquanto a área rural fica com 8,1% do total da energia fornecida e, 9,3% do número total de consumidores.

Rede Energia

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relatório de responsabilidade socioambiental 200917

2.847

2005 2006 2007 2008 2009

3.152 3.3484.243 4.493

CAGR: 12,1%

21,9%

21,0%

8,1%

14,4%

34,7% Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

1,2%

9,3%

7,9%

0,9%

80,9%

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

Vendas em GWh

PaRticiPação PoR claSSe De conSumo

Número de consumidores

PaRticiPação PoR claSSe De conSumo

Em milhares

conSumiDoReS

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Rede Energia

Missão, visão e valores

MissãoPrestar serviços de energia elétrica com responsabilidade social e ambiental, visando à satisfação dos clientes, colaboradores, fornecedores e acionistas, e contribuindo para o desenvolvimento do País.

VisãoSer reconhecido como grupo de excelência no setor de energia elétrica pelo serviço prestado, pela tecnologia empregada e pela qualificação dos colaboradores.

Valores• Integridade: respeito à moral, aos bons costumes, às leis, a si próprio e ao próximo.• Competência: saber fazer, poder fazer e querer fazer.• Excelência: realizar suas atividades com grau de qualidade que o diferencie.• Responsabilidade: bem cumprir os deveres para com a sociedade, a família e a empresa.• Criatividade: buscar soluções alternativas, inovadoras e originais (novos paradigmas). (GRI 4.8)

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Mercado e regulação setorial

O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação organizacional. No Brasil, este processo de reestruturação foi desencadeado com a criação de um novo marco regulatório em 1998 e reformulado posteriormente em 2004, o qual vige até o presente momento. A reestruturação envolveu a desestatização das empresas do setor elétrico, a desverticalização em unidades de negócio de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além da abertura do mercado de energia elétrica.O Brasil tem investido maciçamente em transmissão de energia de longa distancia entre regiões, possibilitando a operação eficiente das bacias hidrográficas regionais e a transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras. Com a interligação crescente, é possível ampliar a confiabilidade, otimizar os recursos energéticos e homogeneizar mercados por meio do chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por mais de 95% do fornecimento nacional. Atualmente, fazem parte do SIN as empresas de geração, transmissão e distribuição – atividade de concessão pública –, que operam de maneira interligada.O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e parte das regiões Centro-Oeste e Norte. As demais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte não estão interligadas ao SIN e constituem sistemas isolados. Os segmentos de comercialização e mercado livre completam o setor, coexistindo tanto no sistema interligado como no isolado.A regulação e fiscalização das empresas responsáveis pela produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia, no ambiente de contratação regulada, é feita pela ANEEL.

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CNPE

CMPE MME

CCEEANEELONS

EPE

Rede Energia

No mercado atual, há dois ambientes de comercialização de energia: Ambiente de Contratação Regulado (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL). O ACR é o segmento no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica, precedidas de licitação. O ACL é o segmento no qual se realizam operações de compra e venda de energia elétrica, por meio de contratos, livremente negociados, firmados com produtores independentes de energia, agentes comercializadores ou geradores com concessão de serviço público de energia. Os geradores estatais só podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos.Os agentes setoriais participantes do setor de energia elétrica reúnem-se por comunhão de interesses nas associações representativas de cada segmento. As principais associações do setor são: Associação Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (ABRATE), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL), Associação dos Produtores Independentes de Energia (APINE), entre outros.

estrutura organizacional do modelo do setor elétrico

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Gestão sustentável

A Rede Energia busca atuar de forma responsável, aderente à legislação e ao compromisso com seus stakeholders. O mapa de stakeholders da empresa pode ser representado pelo seguinte diagrama: (GRI 4.14)

Cadeia de valorValue Chain

Meio ambiente

tEnvironment

Sociedade Society

ComunidadeCommunity

ColaboradoresEmployess

FornecedoresSuppliers

Consumidores e c lientes Acionistas

Shareholders

Poderespúblicos eAgência Reguladora

&Governments &Regulatory

agency

InvestidoresInvestors

Consumers &costumers

São considerados stakeholders primários os colaboradores, os acionistas, os poderes públicos e a agência reguladora do setor, os fornecedores e os consumidores e clientes.Como stakeholders secundários, consideram-se os investidores, a sociedade, a cadeia de valor, o meio ambiente e a comunidade onde a empresa está inserida. A Política de Sustentabilidade, vigente desde 2007, define diretrizes e orienta a aplicação de compromissos de todo o grupo. Em 2009, ocorreu disseminação interna da política aos colaboradores.

Fonte: Adaptação do modelo do livro “Managing for Stakeholders – Survival, Reputation, and Success”, de Freeman, Harrison & Wicks, do capítulo 3: The Basic Framework

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Política de SustentabilidadeA Rede Energia, considerando a importância dos públicos com os quais se relaciona (acionistas, poderes públicos, investidores, comunidade, clientes, fornecedores, público interno) e o ambiente no qual está inserida, cumpre o seu papel de empresa cidadã e adota o conceito de responsabilidade socioambiental em sua gestão, assumindo os seguintes compromissos:

Valores, Transparência e Governança• Disseminar valores, políticas e manter canais de comunicação abertos com nossos stakeholders;• Prestar contas de nossas ações e respectivos impactos de forma clara e transparente;• Estabelecer uma relação de confiança e considerar as expectativas e opiniões de nossos stakeholders.

Governo e Sociedade• Ao interagir com todos os nossos públicos, adotar padrões éticos, fundamentados em princípios de honestidade, integridade e transparência;• Contribuir sempre que pertinente e possivel, com políticas, programas e projetos que colaborem para o desenvolvimento sustentável de nossa área de concessão;• Cumprir a legislação ambiental, a legislação de saúde e segurança do trabalho e demais normas vigentes.

Fornecedores• Assegurar a equidade, a isenção e a integridade na relação com fornecedores e parceiros, contribuindo para o seu desenvolvimento por meio do compartilhamento de conhecimentos, diretrizes e valores, estimulando seu envolvimento em práticas de responsabilidade socioambientais.

Rede Energia

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Aerobarco Rede Energia, Corumbá/MS

Clientes e Consumidores• Atender às expectativas dos acionistas, colaboradores, parceiros, do órgão regulador e consumidores, por meio do comprometimento constante com a melhoria da qualidade da energia fornecida e dos serviços prestados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.• Promover a melhoria contínua de nossos sistemas de gestão.

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Rede Energia

Comunidade• Atuar como agente de melhorias socioambientais, maximizando os impactos positivos e minimizando os impactos negativos de nossas atividades, viabilizando investimentos socioambientais que promovam o desenvolvimento regional, a geração de renda, o esporte e a educação, respeitando a cultura, os valores e costumes das comunidades que atendemos;• Respeitar os direitos humanos e apoiar o cumprimento das “Metas do Milênio”, incentivando nossa rede de relacionamento a fazer o mesmo.

Público Interno• Valorizar e respeitar o colaborador, adotando práticas de trabalho que promovam a segurança e a saúde, proporcionando um ambiente seguro e adequado, estimulando a participação na gestão do negócio, garantindo o direito à associação e à negociação coletiva, respeitando a diversidade; motivando a construção de uma harmonia interna e a melhoria da qualidade de vida.

Meio Ambiente• Promover a preservação do meio-ambiente, a prevenção da poluição e o consumo consciente;• Estimular a educação ambiental dos colaboradores, fornecedores e da comunidade;• Apoiar entidades de pesquisas, a inovação tecnológica e do setor elétrico associadas ao meio-ambiente, à saúde e à segurança do trabalho.

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A definição de diretrizes e a orientação da aplicação da política, entre todos os funcionários, estão submetidas à área de responsabilidade socioambiental. Em 2009, para que houvesse o alinhamento das práticas sustentáveis no grupo, cada empresa da Rede Energia passou a ter um comitê de responsabilidade socioambiental na própria empresa, além do comitê corporativo reestruturado em 2008. Também foram revisadas as prioridades e metas socioambientais no plano estratégico da Companhia em 2009. (GRI 4.12)Por definição da Política de Sustentabilidade, os projetos sociais da Rede Energia estão divididos em três classes: educação, esporte e desenvolvimento regional (geração de renda para as comunidades). Pode-se destacar em 2009 os projetos da Fundação Aquarela (Rede Atletismo e a Escola Nuremberg), a realização de peças de teatro educacionais, o patrocínio de feiras de negócios e a elaboração de guia turístico para o fomento do turismo na área de concessão da empresa.A Rede Energia possui um processo sistematizado de cadastro e avaliação de demandas socioambientais da comunidade, que fica disponível em cada uma das operadoras. Com isso, aplica critérios corporativos alinhados à Política de Sustentabilidade e aos pactos e princípios socioambientais que a empresa endossa – “Todos pela Educação” e “Objetivos do Milênio da ONU” – na seleção de projetos a serem apoiados. (GRI 4.12) A avaliação dos resultados alcançados por cada projeto das empresas da holding é feita por processos e ferramentas de análise de investimentos socioambientais que estão sendo aperfeiçoados, assim como a comunicação sobre o assunto para colaboradores e executivos da Rede Energia. Uma iniciativa bem-sucedida foi a realização da “Semana da Sustentabilidade”, ocorrida de 1º a 5 de junho de 2009, que reforçou ainda mais a integração entre as práticas sustentáveis das nove distribuidoras da holding.

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Rede Energia

Ainda com o objetivo de fortalecer as práticas, foram adotadas metodologias consagradas como Ethos, iBase (utilizada desde 2005), Global Reporting Initiative (GRI) e ANEEL (ambos utilizados desde 2007) para a análise de indicadores de performance e na elaboração dos relatórios de sustentabilidade para seus stakeholders.

Compromissos com os princípios de sustentabilidadeEm sua trajetória de construção de gestão sustentável, a Rede Energia gerencia resultados de seus negócios sob as dimensões ambiental, econômica e social. A Companhia promove a conservação do meio ambiente nas áreas de concessão ricas em biodiversidade. Para onde leva a energia elétrica, a Rede Energia também leva o desenvolvimento local: aumentando o número de negócios e, consequentemente, com maior oferta de empregos e maior geração de renda. No longo prazo, o amadurecimento da comunidade local promoverá também o crescimento da Rede Energia. Um bom exemplo da prática sustentável na rotina da companhia é a construção de cerca de 500 quilômetros de linhas de distribuição, com 16 subestações, na Ilha de Marajó. Pela primeira vez, a comunidade da ilha terá acesso à energia limpa e de qualidade, permitindo o desligamento de 15 usinas térmicas movidas a diesel. Sem a queima de óleo diesel, a emissão de CO2 será reduzida no maior arquipélago fluviomarinho do mundo.A primeira etapa do projeto foi iniciada em 2009 e seguirá até 2011. Um destaque importante é o fato de que houve uma orientação para que as empreiteiras envolvidas contratassem, preferencialmente, mão de obra local qualificada para o trabalho exigido. (GRI EC07)Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 62% das famílias da Amazônia Legal (Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins) vivem com uma renda per capita de até meio salário mínimo.

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O projeto para levar energia elétrica, desenvolvimento e educação aos moradores da Ilha de Marajó é mais um entre os vários já realizados pela Rede Energia, que, em 2009, já trocou 6.876 geladeiras da população de baixa renda, e também já levou luz aos quilombos, às aldeias indígenas e a outras regiões extremas da sua área de concessão. No papel de responsável pelo desenvolvimento sustentável local, a Rede Energia segue com o desafio de criar um sistema de valores onde está inserida, preservando relacionamento próximo ao governo, às comunidades locais e às demais empresas da região. Além de obedecer aos requisitos ANEEL, que é a agência reguladora do setor, a empresa busca participar ativamente da construção de normas, aplicação de tratados e pactos que promovam o desenvolvimento sustentável. Exemplo disso é a participação no grupo de trabalho da ISO 26000, no qual houve o patrocínio da empresa, bem como o apoio ao programa “Todos Pela Educação” e aos “Oito Objetivos do Milênio”, definidos pela ONU.

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Rede Energia

Principais impactos, riscos e oportunidades

Presente em regiões ricas em biodiversidade, como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica, a Rede Energia leva energia aos lugares mais distantes e isolados do País, passando por aldeias indígenas, populações quilombolas e ribeirinhas. No total, a energia chega a 4,5 milhões de unidades consumidoras, promovendo desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida aos moradores de 578 municípios da área de concessão da Companhia. A atuação das nove distribuidoras concessionárias abrange aproximadamente um terço do território nacional. A dimensão da área faz com que a Rede Energia mobilize grande volume de investimentos, recursos humanos e naturais para o desenvolvimento de análises e pesquisas sobre o impacto socioambiental produzido pelo negócio na sua área de atuação. A principal preocupação da companhia tem sido minimizar os impactos negativos e ampliar os benefícios advindos de sua atuação.

Faz parte dos principais desafios socioambientais da Rede Energia: • Eliminação de cerca de 40 usinas termelétricas movidas a diesel, até 2014, nos estados de Mato Grosso e Pará. Desde o início das desativações, em 2005, até 2014, haverá a redução de 4,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.• Continuidade dos trabalhos de remediação do solo e de águas subterrâneas contaminados por hidrocarbonetos (derivados do diesel) em usinas desativadas.• Inserção de localidades das regiões Centro-Oeste e Norte no Sistema Interligado Nacional (SIN), promovendo o desenvolvimento econômico dos locais que se encontram nos sistemas isolados.• Desenvolvimento de um sistema de monitoração da quantidade de emissão, direta e indireta, de gases relevantes ao efeito estufa, ao longo de toda a cadeia de valor.

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Nos 2.787.107 km2 de área de concessão, envolvendo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, o atendimento à população requer soluções criativas e personalizadas para cada situação, seja às margens dos rios e igarapés (na região amazônica ou no pantanal), seja em áreas de dunas de areia (no cerrado).Atualmente, a Rede Energia conta com um aerobarco para levar seus técnicos para a manutenção de toda infraestrutura em regiões afastadas. Quando não há condições de tráfego pelas estradas, ou quando parte da região fica debaixo d’água no período chuvoso, há a necessidade de construção de jangadas para o transporte de cada poste (550 quilogramas, em média) e dos cabos pelos rios. São usados barcos grandes que transportam até 4 mil toneladas, além de balsas pequenas. Há a necessidade de 20 homens para a instalação dos postes nesses locais. Por terra ou areia, a ocorrência de atolamento das carretas com os pesados postes é uma constante na rotina dos colaboradores que, muitas vezes, acampam no local ou consertam pontes para completar o percurso com os postes. Para facilitar e agilizar a operação, a Rede Energia estuda a implantação dos postes de fibra em regiões ribeirinhas nos próximos anos. São várias as vantagens do modelo alternativo: o poste de fibra de vidro pesa quatro vezes menos, precisa de apenas quatro homens como mão de obra e é instalado mais rapidamente, além de ter vida útil de 80 anos – três vezes mais que o de concreto. (GRI 1.2)

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Rede Energia

Reconhecimentos (lista de prêmios) – (GRI 2.10)

Os resultados obtidos pelas empresas da Rede Energia em 2009, em pesquisas de satisfação com o cliente, reforçam ainda mais a presença da gestão socioambiental responsável em todas as hierarquias da Companhia. Veja os resultados obtidos pela Rede Energia ao longo de 2009:

Rede Energia• Holding ocupa 64ª posição no ranking dos 200 maiores grupos por receita bruta no Brasil, segundo a edição 2009 do anuário Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico. A companhia também é destaque entre os 20 maiores em patrimônio líquido. • Holding é a 53ª colocada no ranking dos 100 maiores grupos empresariais, segundo a edição 2009 do anuário Melhores & Maiores que mede o desempenho financeiro das maiores empresas e dos principais setores da economia brasileira da revista Exame. Dentre as 100 maiores empresas de capital aberto, a Rede Energia ocupa a 80ª posição• Prêmio Top Social, concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) ao projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”, na categoria “organizações e profissionais que se destacam em programas relacionados às ações de responsabilidade social”.• Prêmio Funcoge, concedido pela Fundação Coge, para o projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”.

Celtins• Prêmio Eletricidade 2009 – Categorias “Melhor Evolução Nacional”, “Melhor Empresa” (região Norte) e “Melhor Evolução” (região Norte). A Celtins já conquistou premiações como a “Melhor Empresa da região Norte” nas edições de 2000, 2001, 2002 e 2004.

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• Prêmio IASC – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor, conquistado pela quinta vez: 2002, 2003, 2004, 2006 e 2009.• Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT) - Pioneira no setor, a premiação destaca o esforço das indústrias que investem em práticas diferenciadas de gestão e na valorização dos seus colaboradores.

Vale Paranapanema• Prêmio Nacional de “Melhor Distribuidora de Energia Elétrica”, na categoria até 500 mil consumidores – ABRADEE.• Avaliação pelo cliente.• Melhor evolução do desempenho.

CFLOPrêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Empresa Nacional”, “Menor Índice de Perdas”, “Melhor Desempenho Comercial” e “Melhor Desempenho Operação”, na categoria Média Empresa.

CematPrêmio ABRADEE – “Melhor Distribuidora de Energia das Regiões Norte e Centro-Oeste”, com mais de 500 mil consumidores.

Enersul• Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Distribuidora da região Centro-Oeste”.• Medalha Eloy Chaves.• Foi certificada, pelo quinto ano consecutivo, com o selo ABRINQ.• “Prêmio de Qualidade do Trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI)” – organismo vinculado à Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul –, como a melhor empresa do Estado que promove a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer.

Troféu Prêmio ABRADEE

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Governança Corporativa

Capítulo 2

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Governança Corporativa

Valores, transparência e governança

A satisfação dos stakeholders e a busca da sustentabilidade do negócio são compromissos assumidos pela Rede Energia. Na prática dos negócios, tem prevalecido a transparência no relacionamento com as partes envolvidas, com prestação de contas de cada ação e de seus respectivos impactos.Durante reunião do Conselho da Administração da Rede Energia, em fevereiro de 2009, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão e as diretrizes para seu funcionamento. O Comitê de Gestão prestará assessoria ao Conselho de Administração, e seu escopo de atuação abrangerá a Rede Energia e suas controladas. Dentro dos princípios de governança corporativa, a Rede Energia não permite a participação de familiares do acionista controlador na gestão, diretoria ou no conselho de administração. A eficácia dessa norma evitou o registro de conflitos de interesse na Companhia ao longo de 2009. Dentro das práticas estabelecidas pela Rede Energia, qualquer desentendimento entre gestores passaria, primeiramente, pelos gestores de recursos humanos; na sequência, pela diretoria; e, em última instância, pelo presidente do Conselho de Administração. (GRI 4.6)Pelo organograma da companhia, faz parte da responsabilidade do Conselho de Administração, a avaliação do desempenho da Diretoria Executiva e da gestão dos negócios. (GRI 4.10)Ainda faz parte das práticas estabelecidas pela Rede Energia, a avaliação, pela presidente da Companhia, do desempenho econômico, social e ambiental e do cumprimento das metas por parte dos integrantes da diretoria executiva. São realizadas reuniões mensais nas quais comparecem os vice-presidentes para apresentarem os avanços e desafios das empresas controladas nas áreas de atuação. As estratégias corporativas são construídas com base nessas reuniões. (GRI 4.9)

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Estrutura de governança

Como uma sociedade anônima de capital aberto, a governança da Rede Energia estrutura-se a partir da Assembléia Geral de Acionistas, responsável pelo direcionamento da empresa.A Assembléia Geral Ordinária da Companhia ocorre até o final de abril de cada ano, ocasião em que há a aprovação das Contas da Administração, por meio do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras, acompanhadas dos Pareceres dos Auditores Independentes e do Parecer do Conselho Fiscal. Poderá, ainda, ser convocada Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas para deliberar sobre quaisquer outros assuntos de interesses da Companhia. A Companhia é administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria Executiva. O mandato de ambos é de dois anos, sendo permitida a reeleição. Os respectivos mandatos terminarão na data da Assembléia Geral que examinar as contas relativas ao último exercício de suas gestões. (GRI 4.01)A Rede Energia, por tratar-se de companhia de capital aberto, está sempre atenta ao cumprimento das normas do mercado de capitais, com ênfase nas normas e orientações expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“CVM”).

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Compõem o Conselho de Administração: (GRI 4.03)Órgão Nome Indicação

Presidente Jorge Queiroz de Moraes Junior Controlador

Conselheiro Administrativo Alberto José Rodrigues Alves Controlador

Conselheiro Administrativo Antonio da Cunha Braga Controlador

Conselheiro Administrativo Sebastião Bimbati Controlador

Conselheiro Administrativo Omar Bittar Controlador

Conselheiro Administrativo Plácido Gonçalves Meirelles Controlador

Conselheiro Administrativo Joaquim Dias de Castro BNDESPAR

Conselheiro Independente Martus Antonio Rodrigues Tavares Independente

Conselheiro Independente João Carlos Hopp Independente

Política de Divulgação e Negociação

Em conformidade com a Instrução nº 358 da CVM, a Companhia possui uma política de divulgação e de negociação por meio do “Manual das Políticas de Uso e Divulgação de Informações Relevantes e de Negociação dos Valores Mobiliários de emissão da Companhia” A política de divulgação e negociação da Rede Energia formaliza a postura de transparência, ampla disseminação, acuidade e suficiência de informações relevantes, relativas à Companhia, que sempre orientou a conduta da Administração. Todos os administradores estatutários (Conselheiros de Administração, Fiscal e Diretores) aderiram à política de divulgação e de negociação no ato de suas eleições, podendo ser estendida a outros cargos de confiança.

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Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por no mínimo sete e no máximo de nove membros, sendo dois deles conselheiros independentes: João Carlos Hopp e Martus Antonio Rodrigues Tavares. (GRI 4.3) A composição do Conselho conta, ainda, com um representante da empresa BNDES Participações S.A (BNDESPAR) e os demais são indicados pelo acionista controlador, todos com mandatos de dois anos, podendo ser reeleitos. A presidência do Conselho de Administração é exercida pelo acionista controlador, responsável pela elaboração de estratégias de longo prazo e pela formulação das políticas e diretrizes da Companhia. Os membros do Conselho de Administração permanecem no exercício da função até a posse de seus sucessores. (GRI 4.02)Todos os membros do conselho da Rede Energia têm participação no capital social da companhia, conforme exigência da lei corporativa do país.Em 2009, o Conselho de Administração realizou 14 reuniões para aprovação das demonstrações contábeis, eleição e/ou substituição dos membros da Diretoria Executiva, aprovação das operações financeiras e/ou contratações cujos valores sejam superiores a 5% (cinco por cento) do total de ativos da Companhia, planejamento estratégico, elaboração de projetos e investimentos diversos, e ainda, reúne-se sempre que os interesses da sociedade as exigirem.

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Antonio da Cunha Braga – É membro do Conselho de Administração, tendo ingressado na Rede Energia desde 1998, exercendo o cargo de Diretor de Distribuição. É formado como Eletrotécnico pelo Instituto Americano de Lins, e em Administração de Empresas e Economia pelas Faculdades Integradas de Marília, e ainda, possui MBA em Administração Geral pela USP – Universidade de São Paulo.

Alberto José Rodrigues Alves – É membro do Conselho de Administração desde abril de 1995. É Diretor Vice-Presidente da Denerge e membro do Conselho de Administração da Denerge, EEVP e de outras subsidiárias da Rede Energia. Formado em Engenharia Elétrica, com especialização em Eletrônica, pela Escola de Engenharia Mauá. Possui MBA e mestrado em Finanças e Economia pela Fundação Getúlio Vargas.

Jorge Queiroz de Moraes Junior – É Presidente do Conselho de Administração desde abril de 1995. É Diretor Presidente da Denerge e Presidente do Conselho de Administração da EEVP e de outras subsidiárias da Rede Energia. Também preside o Conselho de Administração da REDEPREV - Fundação Rede de Previdência. Até 1999, atuou como professor adjunto da Faculdade de Administração da Fundação Getúlio Vargas. Formado em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, possui mestrado em Administração de Empresas e PhD em Finanças e Economia pela Universidade de Michigan.

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Sebastião Bimbati – É membro do Conselho de Administração de várias empresas controladas pela Rede Energia desde 1995, sendo, atualmente membro do Conselho de Administração das seguintes empresas controladas: Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A., Rede Energia S.A., Centrais Elétricas do Pará S.A – CELPA, Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins – CELTINS, Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. – CEMAT, Companhia Força e Luz do Oeste, Tangará Energia S.A, Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A., Couto Magalhães Energia S.A.. Foi Gerente Financeiro e Contábil da Companhia Energética de São Paulo. É formado em Economia pela Faculdade Armando Álvares Penteado-SP.

Omar Bittar – É membro do Conselho de Administração desde dezembro de 2005. É sócio-proprietário da Omar Bittar Assessoria e Consultoria Jurídica S/C. Foi vice-presidente da CODETEC – Companhia de Desenvolvimento Tecnológico de Campinas. Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói, Rio de Janeiro, e em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.

Plácido Gonçalves Meirelles – É membro do Conselho de Administração desde abril de 2000. Também atua como Conselheiro da EEVP e é Diretor Executivo da Nacional e Bragantina. É sócio-proprietário da Trois Elles Modas e Confecções. Atuou como membro do Conselho Consultivo da REDEPREV e como Diretor da Termocerâmica São Martinho.

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João Carlos Hopp – É membro do Conselho de Administração desde dezembro de 2005. É Conselheiro da Cemat e membro do Conselho Consultivo da Açucareira Corona S/A. Lecionou na Faculdade de Administração da Fundação Getúlio Vargas. É formado em Economia pela Faculdade de Economia de São Paulo da Fundação Armando Álvares Penteado. (GRI 4.7)

Martus Antonio Rodrigues Tavares – É membro do Conselho de Administração desde julho de 2006. É Vice-Presidente Executivo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Foi Secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado de São Paulo, em 2005, e atuou como Diretor Executivo do BID pelo Brasil e Suriname, de 2002 a 2004. Possui mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo.

Joaquim Dias Castro – É membro do Conselho de Administração da Rede Energia S.A e CTX Participações S.A, empresa controladora da Contax, maior empresa brasileira de contact center. Também, desde abril de 2008, é membro suplente do Conselho de Administração da Telemar Participações S.A., da Tele Norte Leste Participações S.A. e da Light Energia S.A.. Em 2003 foi membro do Conselho de Administração da Telemig Celular Participações S.A. É Gerente da Área de Mercado de Capitais do BNDES, no qual trabalha desde 2004. Possui formação em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concluído em 2000, e mestrado em economia pela EPGE/FGV (Rio de Janeiro), concluído em 2008.

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Diretoria ExecutivaA Diretoria Executiva da Rede Energia é eleita pelo Conselho de Administração e composta por até seis membros, que podem ou não ser acionistas, residentes no país, sendo permitida a reeleição. Os Diretores Executivos são responsáveis pela gestão diária dos negócios e pela implantação das resoluções tomadas pelo Conselho de Administração. As atribuições da Diretoria Executiva são estabelecidas pelo Estatuto Social e pelo Conselho de Administração.Em 2009, integravam a Diretoria Executiva da Rede Energia: um Diretor Presidente, um Diretor Vice-Presidente Executivo, um Diretor Administrativo e Financeiro, um Diretor de Distribuição, um Diretor de Produção e Transmissão e um Diretor Gerente.

Carmem Campos Pereira – Presidente da Rede Energia e membro da Diretoria Executiva desde maio de 1998. É Diretora Executiva Financeira da EEVP e de outras subsidiárias da Rede Energia. Também é Diretora Financeira da Fundação Aquarela. É formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em Administração de Empresas pela Universidade São Judas Tadeu e possui mestrado em Gestão Financeira pela Universidade de São Paulo.

Compõem a Diretoria Executiva:

Diretora Presidente e de Relação com Investidores Carmem Campos Pereira

Diretor Vice-Presidente Executivo Valdir Jonas Wolf

Diretor Administrativo e Financeiro Ricardo Del Guerra Perpetuo

Diretor de Distribuição Sidney Simonaggio

Diretor de Produção e Transmissão José Eduardo Costanzo

Diretor Gerente Alexei Macorin Vivan

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Ricardo Del Guerra Perpétuo – É membro da Diretoria Executiva desde outubro de 2009. Atuou na área Financeira de Techint Engenharia S.A., Banco de Boston, Civilcorp Engenharia, Construção e Incorporação Ltda. Foi Diretor Financeiro da Método Engenharia S.A. Em 1999 passou a ser Diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Sanepar - Cia de Saneamento do Paraná. Em 2003/2004 assumiu a Diretoria Financeira e de Relação com Investidores da Amazônia Celular S.A., Telemig Celular S.A., Tele Norte Celular S.A. e Telemig Celular Participações S.A. Em 2007 trabalhou na Diretoria Financeira da TRB Trump Realty e na Inpar S.A. Em 2008, assumiu a Diretoria Financeira e de Relação com Investidores da Construtora Tenda e até setembro de 2009 ocupava o cargo de Diretor Financeiro do Grupo Schahin- Schahin Engenharia S.A. É formado em engenharia civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.

Valdir Jonas Wolf – É membro da diretoria da Cemat desde 1997 e membro da diretoria desde maio de 2005. Atua no setor elétrico desde 1979, trabalhou na CFLO por 08 (oito) anos. Atualmente ocupa o cargo de Vice-Presidente de Assuntos Regulatórios da Rede Energia S.A, onde é responsável pela coordenação e acompanhamento de todos os atos ligados ao Poder Concedente, bem como coordena e executa todo o processo tarifário da Companhia. É formado em Contabilidade pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Línguas de Guarapuava.

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Sidney Simonaggio – É membro da Diretoria Executiva desde maio de 2009. Foi Diretor de Geração e Transmissão da Eletropaulo Eletricidade de São Paulo S.A no período de out/1995 a dez/1997, e exerceu outros cargos de direção e gerência, tendo ingressado como Engenheiro de Operação de Sistemas desde março/1980. É formado em Engenharia Elétrica modalidade Eletrotécnica (1979) - Faculdade de Engenharia Industrial (São Bernardo do Campo/SP), com Mestrado sem dissertação na área de Sistema de Potência (1982) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (São Paulo/SP). É formado também em Direito (2004) - Pontífice Universidade Católica/RS (Porto Alegre/RS).

José Eduardo Costanzo – É membro da Diretoria Executiva desde março de 2004. Foi responsável pela coordenação das usinas hidrelétricas de Rosal, Guaporé e Lajeado. Foi diretor de Engenharia e Construção da CESP – Companhia Energética do Estado de São Paulo e Diretor de Construção da Badra S.A. É formado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo.

Alexei Macorin Vivan – É Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – 1996, Advogado inscrito na OAB/SP e Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo - 2005. Foi Diretor Jurídico da CMS Energy Brasil; Advogado interno de Duke Energy Paranapanema S.A. (cedido pelo Pinheiro Neto - Advogados); Estagiário e Advogado de Pinheiro Neto – Advogados. É diretor de outras empresas controladas da Rede Energia.

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Conselho FiscalO Conselho Fiscal, órgão responsável pela fiscalização dos atos de gestão da Administração da Companhia, conforme estabelecido no seu Estatuto Social, sendo seus membros eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária.O Conselho Fiscal é um órgão permanente composto por, no mínimo, três membros e, no máximo, cinco, com igual número de suplentes substitutos, sendo que no mandato de 2009, um membro efetivo e um membro suplente são indicados pela acionista BNDES Participações S.A (BNDESPAR) e os demais pelo acionista controlador.

Compõem o Conselho Fiscal

Conselheiro Efetivo Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo Controlador

Conselheiro Efetivo Carlos Souza Barros de Carvalhosa Controlador

Conselheiro Efetivo Osmar José Vicchiatti Controlador

Conselheiro Efetivo Annibal Ribeiro do Valle Filho Controlador

Conselheiro Efetivo Rafael Costa Strauch BNDESPAR

Suplente Antonio Carlos de Paula Controlador

Suplente Marcos de Jesus Costa Controlador

Suplente Otmar Mário Brull Controlador

Suplente Kleber Cimini Lage Controlador

Suplente Marcelo Marcolino BNDESPAR

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Os membros do Conselho Fiscal permanecem em seus cargos até a data da realização da Assembléia Geral Ordinária de acionistas que deliberar sobre as contas do exercício de suas gestões, ou seja, até abril do ano seguinte ao ano de sua eleição. Acionistas com, no mínimo, 10% do capital votante da empresa têm direito a eleger um membro do Conselho Fiscal.

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Carlos Sousa Barros de Carvalhosa – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2006. É também membro do Conselho Fiscal da Celpa, Cemat e Celtins. Foi gerente da CNBO – Produtora de Energia Elétrica Ltda., de 1997 a 1998, e Diretor de Investimentos Incentivados da Investco. É Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo – É membro do Conselho Fiscal, tendo exercido vários cargos de Administrador na Rede Energia e em empresas por ela controladas desde 1985 a 1988, e ainda, como consultor, desde 1988 a 1995. Foi consultor do Grupo Vicunha e do Banco Safra para assuntos de privatização – 1994/1995, assessor do Secretário na Secretaria de Planejamento e Gestão de São Paulo – 1994/1995; coordenador de Recursos Hídricos da Secretário de Recursos Hídricos Saneamento e Obras São Paulo – 1993/1994; coordenador de Energia da Secretaria de Energia e Saneamento, São Paulo – 1992/1993; Diretor de Concessões do Dep. Nacional de Águas e Energia Elétrica -DNAEE –1991/1992; Diretor do Departamento de Energia do Instituto de Engenharia de São Paulo – 1993. É formado em Engenharia pela Escola de Engenharia de Mauá – 1966 e Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – 1972.

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Annibal Ribeiro do Valle Filho – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2000. Foi Gerente Técnico da Construtora Beter S.A., e Gerente de Planejamento, Orçamento e Controle da Badra S.A., de 1982 a 1995. É sócio-gerente da Planorc Serviços de Engenharia S/C Ltda. Foi professor da Escola de Engenharia de Alfenas, Minas Gerais. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, com curso de especialização em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.

Osmar José Vicchiatti – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2006. É membro do Conselho Deliberativo da REDEPREV. Foi Diretor da EEB e Diretor e Membro do Conselho de Administração de outras empresas controladas pela Rede Energia de 1980 a 2003. É graduado em Administração de Empresas e Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo.

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Rafael Costa Strauch – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Administração de Empresas pelo IBMEC e mestrando pela EPGE/FGV-RJ.

Antonio Carlosde Paula – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2000. É gerente de projetos da Ericsson Telecomunicações. Engenheiro Elétrico formado pela Universidade de Mogi das Cruzes, com extensão em Contabilidade e Finanças para Executivos e Gerenciamento de Empreendimentos pela Fundação Getúlio Vargas.

Marcos de Jesus Costa – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero e tem MBA em Gestão Estratégica e Econômica pela Fundação Getúlio Vargas.

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Kleber Cimini Lage – Engenheiro Eletricista formado pela Universidade Federal de Goiás. Foi professor do Departamento de Eletrotécnica da Escola de Engenharia desta mesma universidade. Atuou na área de engenharia nas Centrais Elétricas de Goiás S.A. (Celg), de 1968 a 1975, e posteriormente passou a exercer o cargo de Diretor de Operações. Foi Diretor do Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica de Goiás e Assessor da Diretoria da Eletronorte em 1983. Atuou como Diretor de Planejamento da Celtins e como Diretor Estatutário da Investco S.A., de 1998 a 2003. Exerceu ainda o cargo de Assessor da Rede Energia de 2003 a 2006.

Marcelo Marcolino – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem MBA em Finanças e Direito pela Fundação Getúlio Vargas, e MBA Executivo em Finanças Corporativas pelo IBMEC - RJ.

Otmar Mário Brull – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É formado em Engenharia Civil e Elétrica pela Universidade Mackenzie.

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Comitês

Comitê de GestãoDentre as práticas de governança corporativa, o Conselho de Administração deliberou pela criação do Comitê de Gestão, cujo funcionamento é de caráter permanente. O Comitê deverá ter quatro membros, sem hierarquia entre si, composto exclusivamente por membros do Conselho de Administração, sendo que ao menos um deve ser conselheiro independente, para um mandato de dois anos.O Comitê de Gestão reúne-se mensalmente para prestar assessoramento e orientação ao Conselho de Administração nos seguintes assuntos: (1) análise e acompanhamento do planejamento estratégico; (2) planejamento financeiro; (3) o orçamento anual; (4) o planejamento tributário; (5) o desempenho do negócio; (6) assuntos financeiros diversos e de interesse da Companhia e suas Controladas; e (7) cumprir as demais responsabilidades contidas nas Diretrizes do Comitê de Gestão.

Grupos de TrabalhoA Rede Energia conta com grupos de trabalho, de caráter permanente, compostos por superintendentes, diretores estatutários ou não e vice-presidentes. A composição é feita por designação do diretor vice-presidente, responsável pela área de atuação do grupo. Os grupos de trabalho reportam-se à presidência por intermédio dos vice-presidentes, nas respectivas áreas de atuação.Denominados internamente como comitês, os grupos de trabalho realizam análises técnicas, levantamentos das execuções e de propostas, cujo objetivo final é a apresentação das análises relativas ao cumprimento dos planos de trabalho e das metas estabelecidos pela diretoria executiva.

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009

Os grupos de trabalho atuam nas respectivas áreas: Administrativa e Financeira, Regulatória, Jurídica e de Gestão de Pessoas, Distribuição e Gestão de Energia, sendo presididos pelos respectivos vice-presidentes, os quais podem receber contribuições de terceiros.Os assuntos de interesse da sociedade são analisados em reuniões promovidas pelos comitês e, posteriormente, levados à presidência. Nessa instância, sugestões e propostas poderão ser encaminhadas ao secretário do Conselho de Administração para eventual deliberação pelo Comitê de Gestão.Uma vez que as sugestões e propostas do grupo de trabalho sejam apreciadas pelo Comitê de Gestão, este poderá recomendar a deliberação destas pelo Conselho de Administração.

Comitê de Responsabilidade SocioambientalA Rede Energia apresenta um Comitê de Responsabilidade Socioambiental constituído formalmente em 2008. É composto por representantes de todas as empresas para o alinhamento das práticas socioambientais na Rede Energia. O Comitê de Responsabilidade Socioambiental é responsável pela elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental da Rede Energia, que consolida as práticas da Holding e das empresas controladas, distribuidoras, geradoras e comercializadora do grupo. Desde 2009, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal das empresas controladas se reúnem para apreciação e aprovação dos Relatórios Anuais de Responsabilidade Socioambiental que seguem as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI) e as exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

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Estrutura societária da Rede Energia em 2009 (GRI 2.3)

A Rede Energia é uma sociedade anônima de capital aberto (GRI 2.6), com patrimônio líquido consolidado de R$ 1.13 bilhões em 2009. O último processo de reestruturação societária ocorreu em 11 de setembro de 2008, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a troca de ativos entre a Rede Energia e a empresa portuguesa EDP – Energias do Brasil. Pela operação, a Rede passou a deter o controle da Enersul, distribuidora de energia do estado de Mato Grosso do Sul, aumentando de 30% para 35% sua participação no mercado brasileiro de distribuição. Pelo acordo, a Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins, foi transferida para a EDP - Energias do Brasil.

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HoldingOUTROSDENERGEBNDESPAR

% Capital Total

(*) Capital Aberto

23.88%

100.00%

100.00%

43.74%

99.98%

99.60%

99.50%

70.78%

100.00%

10.11%

39.92%

50.86%

91.45%

98.69%

97.70% 56.18%

60.48%

51.26%

15.62% 56.43% 4.07%

EEPVDistribuição

Geração

Comercialização e Serviços

Bio Energia

QMRAEDEVP

CELPA (*)

CEMAT(*)

CAIUÁ

CELTINS

EEB

CNEE

CFLO

VALE DOVACARIA

REDE POWER

ENERSUL

REDE COM

REDE SERV

TANGARÁ

REDE ENERGIA (*)

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009

Mercado de capitais

As ações preferenciais (REDE4) e ordinárias (REDE3) da holding Rede Energia são listadas na BM&F Bovespa. Ao longo dos anos, a Rede Energia segue implantado requisitos mínimos de governança corporativa, exigidos para a adesão ao Nível 2, como a presença de conselheiros independentes no Conselho de Administração da holding. (GRI 4.1 e 4.2) No encerramento de 2009, o capital social da Rede Energia era constituído 322.075.470 ações, das quais 221.157.990 eram ações ordinárias (ON) e 100.917.480 mil, ações preferenciais (PN). A maior parte, 72,05% do total do capital social pertenciam aos acionistas controladores em 2009. O público investidor representava 4,07% do capital acionário total da empresa.No encerramento de 2009, constavam como os maiores acionistas da Rede Energia: a Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP), com 56,43% do capital total, e Denerge – Desenvolvimento Energético S.A, com 15,62% do capital total, seguida pela acionista BNDES Participações S.A (BNDESPAR), com 23,88% do capital total, por meio de um Acordo de Acionistas.Os acionistas da Rede Energia têm direito de receber como dividendo obrigatório, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício em cada exercício, observadas as diminuições e acréscimos permitidos pelo Estatuto Social e pela Lei 6.404/76.Os acionistas titulares de ações preferenciais têm direito a receber dividendos não cumulativos, no mínimo, 10% superiores aos atribuídos às ações ordinárias, além das demais vantagens e direitos previstos no Estatuto Social e Lei 6.404/76.Do resultado positivo do exercício de 2009, a Companhia, antes de qualquer participação, compensou prejuízos acumulados de exercícios anteriores, nos termos do que determina a Lei 6.404/76 e o Estatuto Social. Por esse motivo, não houve distribuição de dividendos aos acionistas.

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Societário e Relação com Investidores

A Companhia dispõe de uma área ligada diretamente à vice-presidência jurídica e de gestão de pessoas, especializada no atendimento aos acionistas, administradores e parceiros. A área é responsável pelo envio e pela disponibilização de informações periódicas e eventuais, tais como: informações padronizadas de mercado, editais de convocação, avisos aos acionistas, atas dos órgãos da administração, comunicados e fatos relevantes; utilizando-se do sistema Informações Periódicas e Eventuais (IPE), da CVM

No site www.redenergia.com, há um link específico para a área de Relação com Investidores, denonimado “Investidores”, no qual estão disponíveis relatórios financeiros, informações sobre o desempenho das ações da Companhia, iniciativas relacionadas à Governança Corporativa e avisos, comunicados ao mercado e fatos relevantes que foram informados em 2009 e nos anos anteriores.

Qualquer sugestão ou requerimento do acionista, enviado por telefone, carta, e-mail ou levado pessoalmente aos estabelecimentos ligados à Rede Energia, são encaminhados à Presidência.

Auditoria IndependenteA posição patrimonial, financeira, aplicações e operações da Rede Energia – descritas nas demonstrações contábeis – são avaliadas por uma auditoria independente, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e legislação do setor. O Conselho de Administração da Rede Energia

Governança Corporativa

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009

escolhe, periodicamente, a empresa de auditoria independente, nos termos da Instrução nº 308/99 da CVM que impede a prestação dos serviços de auditoria para um mesmo cliente por prazo superior a cinco anos consecutivos.

Mecanismos para que acionistas façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança.

Os acionistas podem se utilizar dos mecanismos acima referidos, bem como, de vários outros para efetuar recomendações ou dar orientações à Administração, tais como envio de carta à presidência, visita pessoal à sede social da Companhia e/ou manifestar-se por e-mail, disponível no site corporativo do grupo.

Qualquer sugestão ou requerimento de acionista pode ser protocolado nos estabelecimentos e/ou filiais das empresas controladas pela Rede Energia. As solicitações serão encaminhadas à Presidência.

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Desempenho econômico financeiro

Capítulo 3

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Desempenho econômico financeiro

Estratégia e modelo de gestão

“Foi um ano de redefinição de papéis entre corporativo e empresas.” – Frase da Presidente Executiva Carmem Pereira.

“Para atender às necessidades de um Brasil que cresce, e ser referência em gestão empresarial, é preciso evoluir.”

Com este mote, a Rede Energia iniciou 2009 com um dos mais audaciosos programas já realizados na história da Companhia: o Evoluir. A implantação do programa deixará a Rede Energia alinhada às modernas práticas de gestão empresarial.O Programa Evoluir conta com sete projetos fundamentais: centro de serviços compartilhados; estruturação de processo de cobrança; estruturação da operação e engenharia; manual de controle patrimonial elétrico; Call Center; procedimento de distribuição e SAP.

• Centro de Serviços Compartilhados (CSC) – Tem o objetivo de uniformizar os processos contábeis, fiscais e financeiros das empresas que formam a Rede Energia. • Estruturação do Processo de Cobrança (EPC) – Resultará em uma área de cobrança corporativa responsável pela elaboração de estratégias e pela implantação de melhorias, definindo as políticas e as normas para todo o grupo.• Estruturação da Operação e Engenharia (EOE) – Visa ao aumento de eficiência da área operacional da Rede Energia, aprimorando as estruturas de engenharia e de distribuição de cada distribuidora. A melhoria evitará o retrabalho entre as áreas, com economia de tempo e de recursos.

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relatório de responsabilidade socioambiental 200959

• Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE) – Atualizará o cadastro técnico, operacional e patrimonial de 100% dos ativos das empresas. O trabalho levará três anos para ser concluído.• Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica (PRODIST) – A adequação dos procedimentos segue as orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O resultado trará um ganho de escala em todas as empresas da Companhia.• Call Center – Será todo reestruturado, de acordo com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além de suprir as demandas da própria empresa, prestará serviços às outras companhias.• Sistema de Gestão Empresarial – Com um investimento de R$ 40 milhões, a Rede Energia será modernizada com um novo software da SAP, empresa responsável pelo desenvolvimento da nova ferramenta. O objetivo é integrar as áreas (tesouraria, cobrança, jurídico, infraestrutura, planejamento e frota, contabilidade e área fiscal) das diferentes empresas da Rede Energia. A previsão é de que a substituição do processo antigo pela nova ferramenta seja concluída até julho de 2011 nas nove empresas da Companhia. Além de maior agilidade, haverá 30% de economia por ano no gasto com gestão. Em 2010, o sistema de gestão empresarial será implantado primeiramente nas empresas Cemat e Celtins. No ano seguinte, será a vez das empresas Enersul, Bragantina, Caiuá, Força e Luz do Oeste, Nacional, Vale Parapanema e Rede Comercializadora. O processo mobilizará a dedicação de cerca de cem pessoas.

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Gestão de risco

A Rede Energia e suas controladas possuem procedimentos de controles preventivos que monitoram sua exposição aos riscos de crédito, de mercado, de escassez de energia e aos riscos relacionados à Companhia e suas operações.

Riscos de créditoTrata-se do risco da Companhia e de suas controladas incorrerem em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus consumidores, suas concessionárias e permissionárias. A mitigação desse risco ocorre com a aplicação de procedimentos analíticos de monitoramento das contas a receber de consumidores, ações de cobrança e corte no fornecimento de energia. Outro fator que minimiza o risco de crédito é o perfil da carteira de crédito, que é pulverizada em um número expressivo de consumidores.

Riscos de mercadoRisco de mercado é a eventual perda resultante de mudanças adversas das taxas e preços de mercado. A Rede Energia está exposta a riscos de mercado decorrentes da atividade. Os riscos de mercado envolvem, principalmente, a possibilidade de que mudanças nas taxas de juros, taxas de câmbio e inflação afetem negativamente o valor dos ativos financeiros, fluxos de caixa e rendimentos futuros da Companhia. A mitigação desse risco ocorre por meio da aplicação de procedimentos de avaliação da exposição dos ativos e passivos ao risco de mercado e, consequentemente, da contratação de “hedge” junto às instituições financeiras de primeira linha.

Risco operacional (GRI 4.11)As receitas operacionais da Rede Energia podem ser afetadas ou não por decisões da ANEEL em relação às tarifas praticadas. As tarifas cobradas pela venda de energia aos consumidores são determinadas de acordo com os contratos de concessão celebrados com a ANEEL e estão sujeitas à regulação da agência.

Desempenho econômico financeiro

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relatório de responsabilidade socioambiental 200961

A mitigação desse risco ocorre pelo monitoramento e pela aplicação das normas e dos procedimentos definidos pela ANEEL, e por um criterioso gerenciamento de custos operacionais.

Risco de escassez de energia (GRI EU06)O sistema elétrico brasileiro é abastecido predominantemente pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez de chuva, durante a estação úmida, reduziria o volume de água nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência o aumento no custo da aquisição de energia no mercado de curto prazo e a elevação dos valores de encargos de sistema em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Em outra situação extrema, poderia ser adotado um programa de racionamento, que implicaria redução de receita. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as últimas simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento.

Política de utilização de instrumentos derivativosO uso de derivativos tem o propósito de atender às necessidades da Rede Energia no gerenciamento de riscos de mercado – principalmente de riscos de variação cambial que possam resultar em perda financeira – decorrentes dos descasamentos entre moedas e indexadores. A Companhia e suas controladas possuem apenas operações de swap, sem outros instrumentos derivativos. As operações com derivativos são realizadas por intermédio das superintendências financeiras, de acordo com a estratégia previamente aprovada pelos gestores da Companhia. Os contratos são fechados em mercado de balcão, diretamente com instituições financeiras de primeira linha. As operações com derivativos da Rede Energia e suas controladas não possuem verificadores nem chamada de margens, sendo liquidados integralmente no vencimento.

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Tecnologia e inovação (“P&D”)

Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Rede Energia incentivam projetos inovadores que tragam soluções aos desafios tecnológicos do setor elétrico. Em parceria com as melhores universidades e com os mais avançados centros de pesquisa do País, a Rede Energia busca a melhoria do produto e do serviço prestado aos clientes. Desde o início dos programas, a Rede Energia destinou R$ 160 milhões aos programas de P&D. Em 2009, houve o investimento aproximado de R$ 10 milhões em 48 projetos. Alguns dos projetos em andamento são:

1) Desenvolvimento de metodologia para estabelecimento de estrutura tarifária para o serviço de distribuição de energia elétrica entre as distribuidoras

Proposto pela ANEEL, o estudo sobre a metodologia de construção de tarifas no setor elétrico é pesquisado pela Rede Energia. O projeto sugere uma estrutura tarifária horo-sazonal, orientando o consumo para as horas e os períodos nos quais o fornecimento de energia elétrica seja menos oneroso para o País. Dessa forma, aumentaria o uso mais racional do sistema elétrico, postergando a realização de investimentos futuros em sua expansão.

Desempenho econômico financeiro

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2) Redução de carbono nas cadeias de fornecimento de energia elétrica da Rede Energia

O objetivo do projeto é realizar o inventário das emissões de carbono na cadeia de energia elétrica e, assim, elaborar um estudo de viabilidade econômica para Projetos de Mecanismo de DesenvolvimentoLimpo (MDL) de redução de carbono e criar estratégias para a compensação e neutralização de emissões de carbono nas cadeias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

3) Sistema de gerenciamento e centralização de comunicação móvel de dados de voz com transmissão híbrida

A meta é desenvolver um sistema de comunicação híbrida (TCP/IP, rádio VHF/UHF, GPRS/GSM e satélites) para transmissão móvel de dados de voz em diferentes localidades. Haveria a integração de tecnologias existentes e o desenvolvimento de softwares e hardwares dedicados às especificidades do sistema de comunicação das empresas cooperadas.A Rede Energia já desenvolveu um projeto que resolve o problema de comunicação entre a área que cuida do atendimento ao cliente e o funcionário que faz o atendimento presencialmente. O sistema de despacho decodifica e envia informação. Ao mesmo tempo, o emissor da informação recebe o relatório, confirmando a chegada dela. É uma maneira de se evitar o extravio de mensagens.

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4) Projeto de segmentação de atendimento de clientes por nichos não convencionais

A meta é, a partir de pesquisa de opinião, segmentar o atendimento de clientes do grupo A (ligados em média e alta tensão – acima de 13,8 KV), dividindo-os por interesses e demandas comuns. Assim, segmentos

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relatório de responsabilidade socioambiental 200965

de mercado como aviários, consumidores em etapas de projetos, corporativos, grandes consumos, entre outros, terão um plano diferenciado de atendimento, o que deverá melhorar continuamente o relacionamento deste segmento de mercado com as distribuidoras da Rede Energia.

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Dados Econômicos 2009 2008 Var%Receita Operacional Bruta - R$ mil

Receita Operacional Líquida - R$ mil

EBITDA - R$ mil

Margem EBITDA (%)

Lucro Líquido - R$ mil

Lucro Líquido Combinado das Distribuidoras - R$ mil

Investimento Bruto - R$ mil

7.586.966

5.044.554

1.187.610

23,5%

20.338

466.622

885.830

6.075.141

3.995.756

993.963

24,9%

179.169

121.170

1.482.764

24,9%

26,2%

19,5%

-5,4%

-88,6%

285,1%

-40,3%

Resultados financeiros

Lucro líquidoO resultado econômico-financeiro da Rede Energia foi positivo em 2009, com lucro líquido consolidado de R$ 20,3 milhões. Quando consideradas apenas as nove distribuidoras, o lucro líquido somado representa o montante de R$ 466,6 milhões em 2009, ou seja, 285,1% superior ao de 2008, quando foi registrado R$ 121 milhões.O aumento percentual de 285,1% é significativo, se avaliado que, nos primeiros meses de 2009, devido ao temor da crise financeira global iniciada em meados de 2008, a atividade econômica local se restringiu, principalmente, na região Norte do País – área de concessão da Rede Energia. O próprio consumidor acabou pisando no freio em termos de consumo, especialmente nos primeiros meses do ano, quando a crise ainda estava iminente. Conseqüentemente, houve menor consumo de energia elétrica. Mesmo assim, os investimentos da Rede Energia foram mantidos em 2009, ainda que em uma escala mais modesta que a do ano anterior.

Principais indicadores financeiros (GRI 2.8 e EC01)

Desempenho econômico financeiro

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relatório de responsabilidade socioambiental 200967

Receita operacionalA receita operacional bruta consolidada da Rede Energia – composta pela receita de fornecimento ao consumidor final, fornecimento de energia para revenda (suprimento) e receita do uso do sistema de distribuição (“TUSD”) – aumentou 24,9%, passando de R$ 6.075,1 milhões em 2008 para R$ 7.587,0 milhões em 2009, devido ao crescimento do mercado em 15,1%. Também houve o aumento da tarifa média anual em 8,5% e o processo de consolidação da Enersul a partir de setembro de 2008, data da aquisição da concessionária.Em relação à receita operacional líquida consolidada da Rede Energia, foi registrado o incremento de 26,2%, passando de R$ 3.995,7 milhões, em 2008, para R$ 5.044,5 milhões, em 2009.

EBITDAO EBITDA consolidado da Rede Energia somou R$ 1.187,6 milhões, em 2009, contra R$ 994,0 milhões, em 2008. O crescimento de 19,5% (R$ 193,6 milhões) foi influenciado, principalmente, pelo expressivo aumento de 26,2% (R$ 1.048,8 milhões) na receita líquida.O Ebitda representa o resultado operacional calculado com base no resultado do serviço das demonstrações do resultado, acrescido da depreciação e amortização das demonstrações dos fluxos de caixa.

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Endividamento financeiro (GRI 2.8)

CompanhiaO saldo da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívida passou de R$ 1.065,0 milhões, em 2008, para R$ 1.431,9 milhões, em 2009, representando um aumento de 34,5% (R$ 366,9 milhões), dos quais 53,8% são dívidas em moeda nacional e 46,2% em moeda estrangeira.O aumento ocorreu, principalmente, devido ao saldo devedor dos bônus perpétuos que, embora tenha sido favorecido pela variação cambial, foi negativamente afetado pela variação da marcação a mercado (melhor cotação), decorrente da melhora da percepção de crédito da companhia pelo mercado financeiro e de capitais.O saldo dos empréstimos, financiamento e encargos líquido de caixa e aplicações passou de R$ 1.046,1 milhões, em 2008, para R$ 1.425,0 milhões, em 2009, aumento de 36,2% (R$ 378,9 milhões).

ConsolidadoO saldo consolidado da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívida passou de R$ 4.484,7 milhões, em 2008, para R$ 5.017,7 milhões em 2009, representando um aumento de 11,9% (R$ 533 milhões), dos quais 72,4% são dívidas em moeda nacional e 27,6% em moeda estrangeira. Reclassificando, portanto, as dívidas em moeda estrangeira, que estão protegidas das variações cambiais por meio de swap, para o grupo de moeda nacional, os percentuais passam a ser: 84,4% em moeda nacional e 15,6% em moeda estrangeira. Descontando as disponibilidades em caixa e as aplicações, o saldo líquido da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívidas passou de R$ 4.088,7 milhões, em 2008, para R$ 4.603,7 milhões, em 2009, representando um aumento de 12,6% (R$ 515 milhões).

Desempenho econômico financeiro

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relatório de responsabilidade socioambiental 200969

Financiamento do endividamentoEm 2009, a Rede Energia realizou diferentes operações para o alongamento do endividamento:• Bônus perpétuo – Houve a recompra parcial dos bônus perpétuos com deságio de 47,1% no final do ano. A favor da Companhia, a variação cambial, no decorrer de 2009,contribuiu para a redução de R$ 837,7 milhões no saldo devedor em moeda estrangeira. No entanto, o efeito da marcação a mercado dos bônus perpétuos compensou negativamente esse ganho, reduzindo o saldo em moeda estrangeira em R$ 237,5 milhões de 2008 para 2009.

Perfil do endividamento (Rede Energia)

15,2%46,1%

9,7%

90,3%

12,3%0,7%

25,7% BNDES

Perpetual Bonds

Curto Prazo

Longo Prazo

Dívida Bancária

Debêntures

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70

Desempenho econômico financeiro Desemprenho econômico financeiro

• Debêntures – Foi feita a emissão de debêntures simples, com prazo de cinco anos, no valor de R$ 370 milhões em dezembro de 2009. Desse total, R$ 320 milhões foram usados na liquidação de notas promissórias. O restante foi usado para a composiçãodo capital de giro da companhia. (GRI 2.9)• BNDES – Entrada da primeira tranche do banco no valor de R$ 100 milhões, referente ao Contrato de Financiamento para projetos de melhorias na área de concessão da Celpa, no Pará, no valor total de R$ 449,3 milhões. As próximas tranches estão previstas para 2010.• Eletrobrás – Incremento de R$ 73,4 milhões referente ao Programa Luz para Todos.Esses contratos contam com prazo para liquidação de 12 anos, sendo dois anos de carência e 10 anos para a amortização do principal. O custo da operação foi de 5% ao ano de juros e 1% ao ano de taxa de administração. (GRI EC04)• BID – Desembolso de R$ 15 milhões em dezembro de 2009. Os recursos serão aplicados na Celtins, no Tocantins.

Espaço Cultural José Gomes SobrinhoPalmas/TO

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relatório de responsabilidade socioambiental 200971

Distribuição do Valor Adicionado (DVA)

O valor adicional gerado pela Rede Energia em 2009 e distribuído aos funcionários, governo, financiadores externos e acionistas aumentou de R$ 4,3 milhões em 2008 para R$ 4,9 milhões em 2009. Na distribuição dessa riqueza pela Rede Energia, a maior parte, 51,17% do valor gerado, teve como destino os cofres públi-cos (municipal, estadual e federal) com as taxas e os impostos. Em segundo lugar, parte da riqueza (38,53%) foi destinada à remuneração de capitais de terceiros (despesas financeiras, aluguéis, encargos de dívidas e variações monetárias).

51,17% governo

- 1,31% 38,53% 5,33%acionistas terceiros lucros retidos

0,80% 32,24% 6,36%acionistas terceiros lucros retidos

6,28% colaboradores(as) 54,37% governo 7,83% colaboradores(as)

Em 2009: R$ 4.948.642 Em 2008: R$ 4.288.654

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Perspectivas, estratégias e desenvolvimento

A área de concessão das empresas da Rede Energia exige significativo aporte de recursos por se tratar de regiões com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. O desafio da Companhia é levar energia elétrica aos locais afastados, promovendo o de-senvolvimento local. Como consequência, há o aumento do número de consumidores. Em 2009, a Rede Energia investiu R$ 885,8 milhões. Do total, R$ 415,7 milhões foram recursos próprios e R$ 470,1 milhões vieram de fontes subsidiadas.

Investimentos por empresas

R$ mil 2009 2008 Var%Rede Sul / SE

Celtins

Cemat

Celpa

Enersul

Outras

Total

52.549

129.292

203.204

364.806

124.159

11.820

885.830

57.234

203.933

598.293

579.565

34.953*

8.786

1.482.764

-8,2%

-36,6%

-66,0%

-37,1%

273,2%

-37,2%

-40,3%

* Valor referente ao último trimestre de 2008

Desempenho econômico financeiro

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relatório de responsabilidade socioambiental 200973

Destino dos R$ 885,8 milhões de investimentos da Rede Energia em 2009:• Programa Luz para Todos (“LPT”) e Programa Nacional de Universalização – R$ 433,6 milhões.• Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), PEE, FNDCT e EPE – R$ 48,7 milhões.• Sub-rogação do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC),para subsídio da implantação de projetos que visam à interligação do sistema edesativação da geração térmica – R$ 42,5 milhões.• Interligação da Ilha de Marajó – R$ 60,4 milhões.• Programa de Redução de Perdas – R$ 32,9 milhões.• Manutenção e melhorias no sistema com caixa próprio – R$ 267,8 milhões.

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Desempenho operacional

Capítulo 4

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76

Desempenho operacional Operational performance

O aumento do consumo de energia elétrica, registrado em quatro segmentos da Rede Energia em 2009 – residencial, comercial, industrial e rural –, foi influenciado pelo maior número de consumidores no Brasil, pela elevação da temperatura, pela chegada de grandes grupos varejistas na região central do país, a baixa influência da crise econômica sobre o setor de agronegócio e também pelos programas de transferência de renda nas regiões Norte e Centro- Oeste incentivados pelo governo federal.Em 2009, a quantidade de energia (em GWh) fornecida pela Rede Energia às quatro classes consumidoras foi 15,1% superior à quantidade fornecida em 2008. No entanto, o segmento com maior percentual de consumo foi o rural, com 26,1%. No ranking das unidades consumidoras, a classe rural também foi o destaque, com o expressivo aumento de 17,4% de unidades em 2009 sobre 2008.A relevância, em números, do segmento rural é resultado dos diversos programas do governo federal, que priorizam o acesso à energia em municípios com menor índice de eletrificação e de desenvolvimento humano.Nesse cenário, a Rede Energia é o segundo maior participante do programa “Luz para Todos”(LPT), tendo investido R$ 374,8 milhões, em 2009, em regiões com reduzido desenvolvimento econômico, nos estados do Pará, Mato Grosso e Tocantins.

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Geração Hidráulica

371 GWh

Energia Requerida

26.877 GWh

VendasDistribuidoras

18.097 GWh

Perdas Distribuidoras + Rede Básica

5.772 GWh

RedeCom

1.874 GWh

Residencial

6.383 GWh

Industrial

3.717 GWh

Comercial

3.858 GWh

Outros

4.139 GWhRedeCom

Consum. Lives

307 GWh

Suprimento

821 GWh

Ajustes

6 GWh

Geração Térmica

383 GWh

Energia Comparada

26.123 GWh

relatório de responsabilidade socioambiental 200977

Balanço energético em 2009

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Desempenho operacional

Mercados atendidos

Presente em 34% do território nacional, a Rede Energia registrou o aumento de 15,1% do fornecimento de energia elétrica para as classes de consumidores residenciais, industriais, comerciais e rurais. Em todos os segmentos, o consumo passou de 15.995 GWh, em 2008, para 18.405 GWh, em 2009. Se analisados os últimos quatro anos (de 2004 a 2009), o mercadoconsolidado da Rede Energia tem crescido a uma média de 12,2% ao ano.

RuralMaior aumento no consumo de energia, com alta de 26,1%. O consumo dos moradores das regiões afastadas das cidades passou de 1.182 GWh, em 2008, para 1.490 GWh, em 2009.Apenas na região Norte – especificamente no Pará – o consumo de energia da classe rural cresceu 13,5%, devido aos seguintes programas: “Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica”; “Luz Para Todos”; “Entorno do Lago” e “Programa de Investimentos Sociais” (PIS).Na região de atuação da Enersul, a classe residencial também se destacou com um crescimento de 12,4%. O alto desempenho é resultado da implantação, pela Rede Energia, do novo sistema de faturamento e recadastramento dos clientes.

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relatório de responsabilidade socioambiental 200979

ComercialRegistro de aumento de consumo de 18,8%, em 2009. A energia consumida por lojas, supermercados, restaurantes, entre outros estabelecimentos, evoluiu de 3.248 GWh, em 2008, para 3.858 GWh, em 2009. Um dos principais motivos foi o aumento das redes de varejo naregião Centro-Oeste e Norte do País.Na região de atuação da Enersul, a classe residencial também se destacou com um crescimento de 12,4%. O alto desempenho é resultado da implantação, pela Rede Energia, do novo sistema de faturamento e recadastramento dos clientes.

ResidencialO consumo aumentou 18,5%, passando de 5.384 GWh, em 2008, para 6.383 GWh, em 2009.Resultado do crescimento vegetativo, expansão do número de ligações, aumento do consumo nas áreas da Cemat e Rede Sul-Sudeste (com 7,4% e 5,7%, respectivamente) e da elevação da renda nas regiões Norte e Centro-Oeste.

IndustrialConsumo modesto de energia em 2009, mas acima da média de crescimento nacional. A energia fornecida pela Rede Energia para o segmento industrial passou de 3.898 GWh, em 2008, para 4.025 GWh, em 2009, aumento de 3,3%. O resultado tímido, mas positivo, deu-se graças ao bom desempenho dos setores de abate de animais e de cimento, na área de concessão da Celtins, à resistencia à crise económica do setor de agronegócio na área de concessão da Cemat e Enersul, além da consolidação societária da Enersul desde setembro de 2008.No entanto, nas regiões Sul e Sudeste, a interferência da crise financeira mundial, aliada à baixa produtividade das indústrias, resultou na redução do

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Desempenho operacional

consumo de energia nos setores de metalurgia, têxtil, transportes e produtos alimentícios.Na região Norte, o segmento industrial também reduziu o consumo de energia em 2,7%, se comparado a 2008. A queda foi ocasionada pela crise financeira mundial, iniciada no último trimestre de 2008, com forte impacto nas atividades industriais do Estado, afetando, principalmente, os ramos de extração e tratamento de minerais, metalurgia e madeira.

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

Total

6.382.560

4.024.698

3.857.844

1.489.897

2.649.668

18.404.667

5.384.305

3.897.514

3.248.164

1.181.726

2.283.750

15.995.459

18,5%

3,3%

18,8%

26,1%

16,0%

15,1%

2008 Var%2009Rede Consolidado (MWh)

Energia Vendida

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relatório de responsabilidade socioambiental 200981

Artesanato em Capim Dourado/TO

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82

Mercado consumidor

A Rede Energia leva luz para 16,5 milhões de brasileiros, em 578 municípios dos estados do Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo.O número de unidades consumidoras atendidas pelas subsidiárias da empresa aumentou 5,9%, passando de 4.242.604, em 2008, para 4.493.030, em 2009. Esse percentual foi impulsionado, principalmente, pela expansão da base de clientes da Celpa e Cemat que, juntas, agregaram 168.454 novos consumidores.Em número de unidades consumidoras, a classe rural, influenciada pela implantação do Programa “Luz para Todos”, se destaca em 2009 pelo expressivo crescimento de 17,4%.Nos últimos quatro anos, de 2005 a 2009, o número de consumidores das subsidiárias da empresa cresceu a uma média anual de 12,1%.

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Outros

Total

3.633.062

38.270

351.471

416.773

53.454

4.493.030

3.461.033

35.288

340.698

355.051

50.544

4.242.614

5,0%

8,5%

3,2%

17,4%

5,8%

5,9%

2008 Var%2009Rede Energia Consolidado

Clientes

Desempenho operacional

Page 83: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200983

O evento anual “Ciclo de Palestras” passou a ser marca registrada do planejamento de mercado nas áreas de concessão das distribuidoras da Rede Energia. Importantes personagens da área política, econômica, cultural e de energia do País e das regiões atendidas pelas distribuidoras são convidados a explanar sobre assuntos nos quais têm expertise. O intuito do evento é oferecer subsídios para o planejamento estratégico das empresas no horizonte decenal.

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84

Desempenho operacional

Grandes clientes das Distribuidoras

Para o segmento de grandes clientes das nove distribuidoras, a Rede Energia ampliou, em 2009, o número de serviços que podem ser acessados pela internet, oferecendo ainda mais agilidade às empresas. Integram os novos serviços on-line: histórico de consumo; histórico de faturamento; demanda sub e sobrecontratada; impacto do consumo e demanda reativos; atualização cadastral; envio de dúvidas; consulta ao contrato firmado e simulação de faturamento da unidade. Também criou o comitê de atendimento a grandes clientes, onde são padronizadas as políticas e procedimentos de atendimento aos grandes clientes das distribuidoras em todas as áreas de concessão.Por meio do Departamento de Grandes Clientes, criado especialmente para desenvolver a melhoria contínua da qualidade dos serviços e do relacionamento, as distribuidoras atendem indústrias e unidades comerciais de grande porte.As ações de melhoria no atendimento são analisadas e decididas pelo comitê de atendimento de grandes clientes, de forma corporativa, envolvendo todas as empresas. Isso permite a unificação de procedimentos e critérios de atendimento, e a troca de experiências entre as empresas. Como parte dessas ações, além dos “Serviços On-Line”, é disponibilizada uma central de atendimento exclusiva aos grandes clientes e outros canais de atendimento via web.Os Gestores de clientes, vinculados ao Departamento de Grandes Clientes, atendem a todos os clientes do grupo tarifário A (atendidos em média e alta

Page 85: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200985

tensão) tais como: indústrias e comércios, exceto clientes públicos que contam com uma estrutura de atendimento diferenciada. As necessidades e expectativas dos grandes clientes são identificadas na análise mensal dos relatórios de faturamento e arrecadação, nas visitas periódicas dos Gestores de Clientes e por meio de reuniões com órgãos públicos e entidades de classe locais.

Page 86: Relatorio rede-energia-sgasst

86

Comercializadora A Rede Comercializadora, controlada pela Rede Energia, registrou volume de vendas (curto e longo prazo) de 2.164 GWh para clientes industriais e comerciais nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil, além da exportação de energia para a Bolívia. Houve aumento de 17,7% em relação ao ano anterior, resultado do aumento do numero de clientes livres atendidos pela empresa e da maior eficiência na comercialização de energia.A Rede Comercializadora transaciona contratos de venda de energia alternativa e renovável (Pequenas Centrais Hidrelétricas e Biomassa) para consumidores no mercado livre. O volume somou 465 GWh em 2009, classificando a empresa como a maior comercializadora de fontes alternativas e renováveis do Brasil.Primeira colocada no ranking da comercialização de energia incentivada no País e em sétimo lugar no ranking da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Rede Comercializadora operacionalizou, em 2009, 424 Contratos de Compra e Venda de Energia e de intermediação de negócios, firmados com importantes grupos econômicos do país, destacando-se como a maior comercializadora de energia incentivada do Brasil. É a única comercializadora de energia do País certificada pela norma ISO 9001/2008.A Rede Comercializadora atua com destaque em:• Comércio de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Desempenho operacional

Page 87: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200987

• Intermediação entre compradores e vendedores de energia no ACL.• Operação e representação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).• Representação de agentes do setor em leilões de energia, prestação de serviços deassessoria e consultoria técnica a consumidores.

Faz parte da Política da Qualidade da Rede Comercializadora:• Atender às demandas de seus clientes, oferecendo soluções customizadas de flexibilidade de volume de energia, prazos de fornecimento, preços, condições de pagamento, tipos de garantia e serviços agregados.• Prestar serviços confiáveis a seus clientes, com preços competitivos e entregas dentro dos prazos contratados.• Atender às expectativas dos seus acionistas, cumprindo as metas de desempenho da empresa.• Assumir o compromisso com a melhoria contínua dos processos definidos no escopo de seu Sistema de Gestão da Qualidade.

Page 88: Relatorio rede-energia-sgasst

88

Acumulado 12 meses

Rede Energia Sul / Se

Celtins

Cemat

Celpa

Enersul

Rede Energia Consolidado

6,8%

14,8%

16,6%

30,3%

23,7%

20,9%

6,2%

14,7%

16,2%

27,3%

23,9%

19,8%

2009 2008

Índice de perdas

O percentual consolidado de perdas das empresas da Rede Energia chegou a 20,9% no final de 2009. O índice consolidado, acumulado em 12 meses, aumentou 1,1% em relação a 2008, influenciado principalmente pelo índice da subsidiária Celpa, que registrou uma variação de 3%.

Dentre os principais componentes do índice de perdas estão as perdas técnicas que ocorrem quando as dimensões do sistema elétrico não estão tecnicamente adequadas, ou seja, correspondem à energia perdida devido ao subdimensionamento do sistema elétrico. Sendo assim, esse tipo de perda é sempre conseqüente de sobrecarga no sistema.

Desempenho operacional

Resultado de perdas por empresa – (GRI EU12)

Page 89: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200989

Já as perdas não técnicas, também denominadas perdas comerciais, correspondem à energia perdida na comercialização, ou seja, conseqüente de furtos de energia, fraudes em medidores e medidores com defeito.Na distribuidora do Pará, a Celpa, por exemplo, há perdas de 16% sobre a energia distribuída, devido a fraudes e “gatos”. Na Enersul, as perdas técnicas correspondem a 8,8% da energia distribuída; na Cemat, 5%; na Celtins, 6%. Nas distribuidoras da rede Sul-Sudeste, as perdas técnicas são inferiores a 1%.Com o aumento de 3% no índice de perdas técnicas no Pará em 2009, a Celpa fez investimentos e pôs em prática várias ações para reduzir as fraudes. Integram as iniciativas:• Rede PSH – O novo sistema, associado à medição eletrônica centralizada, foi implantado para a medição

Page 90: Relatorio rede-energia-sgasst

90

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 20082007 2009

23,2%20,7%

17,3% 15,9% 15,8% 14,8% 15,6% 16,6% 18,5% 18,8% 19,8% 20,9%

Histórico de perdas de energia

de 96 mil clientes. O uso do sistema foi homologado em 1º de julho de 2009. Os efeitos serão notados nos próximos anos.• Medição Eletrônica – Retirada, substituição e instalação dos novos medidores pela empresa Landis+Gyr, após liberação do INMETRO, totalizando 25.239 clientes faturados pelo novo sistema.• Projeto Luz em Conta – Para solucionar o desperdício de energia elétrica e eficiência energética a partir das instalações elétricas residenciais, a Companhia tem doado lâmpadas econômicas, além de adequar o consumo e substituir geladeiras na residência de clientes com baixo poder aquisitivo e alto consumo.• Combate aos Clientes sem Medição – O projeto, iniciado em outubro de 2009, tem como objetivo o atendimento, até maio de 2010, de 86.093 unidades consumidoras, sem medição, por meio da instalação de medidores em padrão convencional. Abrange a área metropolitana de Belém e o interior do estado do Pará. Até dezembro de 2009, foram instalados 30.285 equipamentos de medição.

Desempenho operacional

Page 91: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200991

• Contratos de Performance – Em parceria com a empresa Landis+Gyr, até o final de 2009, foram instalados 208 conjuntos de medição de média-tensão (classe industrial e comercial), de um total previsto de 600 conjuntos. • Fiscalização de Unidades Consumidoras – Fiscalização geral e pontual, abrangendo a região metropolitana de Belém e o interior do estado, por meio da análise de perdas por subestação, alimentador e transformador. Em 2009, foram realizadas 312.808 fiscalizações. • Contrato de Performance (SMIT) – Caixa Padrão Rede de Sistema Medição de Telemedição, otimizando a leitura, corte, religação e serviços comerciais no padrão convencional de medição indireta. Dos 150 previstos, foram instalados 14 conjuntos, com ganho médio por unidade consumidora de 12 MWh ao mês.

Page 92: Relatorio rede-energia-sgasst

92

Indicadores de serviço

Os indicadores de continuidade do serviço, chamados DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Cliente) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Cliente), estão próximos do padrão definido pela ANEEL em sete distribuidoras da Rede Energia. Apenas a Celpa, no Pará, e a Celtins, no Tocantins, apresentam indicado-res superiores ao determinado pela ANEEL.Na Celtins, em 1998, a Frequência Equivalente de Inter-rupção por Cliente (FEC) era de 96,3 vezes, com Duração Equivalente de Interrupção por Cliente (DEC) de 77,3 horas. No ano de 2009, os índices diminuíram signifi-cativamente para uma FEC de 39,31 vezes, com DEC de 52,23 horasNa Celpa, a frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora (FEC) ficou em 48,40 vezes con-tra o padrão da ANEEL de 45 vezes em 2009. No mesmo período, a duração equivalente de interrupção por uni-dade (DEC) foi de 84,44 horas ante o padrão ANEEL de80,50 horas.

Desempenho operacional

Caiuá

EDEVP

EEB

CNEE

CFLO

Celtins

Cemat

Celpa

Enersul

7,29

7,09

11,22

7,29

4,64

52,23

29,27

83,44

12,35

5,93

6,31

11,54

8,03

3,32

46,00

27,85

77,20

11,98

10,02

13,11

14,10

11,88

9,27

39,00

33,53

80,50

14,95

6,95

7,75

8,81

9,58

5,23

39,31

22,83

48,40

9,10

5,62

6,95

11,54

13,98

3,99

33,87

23,75

51,60

7,80

14,82

15,27

17,90

13,18

10,27

39,00

28,64

45,00

13,31

31/12/09 31/12/08Padrão

Aneel 31/12/09 31/12/08Padrão

Aneel

DEC FEC

Page 93: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200993

Os indicadores da Celtins e da Celpa continuam superiores à meta estabelecida pela ANEEL, em 2009, por vários fatores:• Expansão acelerada do sistema elétrico na área rural e em regiões afastadas dos polos de manutenção com geografia complexa (presença de reservas indígenas e vegetação densa).• Alta dispersão entre os consumidores fora das áreas urbanas e infraestrutura viária precária, o que compromete o desempenho operacional. • Atendimentos emergenciais e de manutenção, com a continuação do “Programa Luz para Todos”.• Processo de incorporação de redes particulares em cumprimento às metas de universalização fixadas pelo governo federal. • Influência de fatores não gerenciáveis, que contribuem com mais de 50% na apuração final dos indicadores. São eles: descargas atmosféricas, vendavais, erosão, vegetação, pipas, vandalismos, animais, quedas de árvores e queimadas.

Page 94: Relatorio rede-energia-sgasst

Data

Anexo I

Anexo II

Fator X

RTA / RevTar

Impacto médio p/ consumidor

Resolução

Próxima Revisão

10-mai-09

15,32%

10,58%

1,30%

RTA

17,55%

819/09

10-mai-12

10-mai-09

11,13%

6,70%

1,39%

RTA

11,16%

816/09

10-mai-12

10-mai-09

23,47%

11,19%

-0,03%

RTA

16,14%

818/09

10-mai-12

10-mai-09

14,49%

9,61%

-0,04%

RTA

5,48%

817/09

10-mai-12

29-jun-09

6,99%

9,16%

0,37%

RTA

4,85%

842/09

29-jun-12

4-jul-08

2,15%

3,63%

-0,37%

RTA

-5,50%

847/09

4-jul-12

8-abr-09

15,99%

11,33%

0,18%

RTA

13,04%

794/09

8-abr-13

7-ago-09

8,63%

2,83%

-1,37%

RTA

3,75%

857/09

7-ago-11

8-abr-09

13,60%

10,90%

0,34%

RTA

0%*

796/09

8-abr-13

CAIUÁ EDEVP EEB CNEE CFLO CELTINS CEMAT CELPA ENERSUL

* O impacto médio para o consumidor da ENERSUL seria de 8,61%, não fosse o passivo regulatório da companhia.

94

Reajuste tarifário

As tarifas cobradas pela venda de energia aos consumidores são determinadas de acordo com os contratos de concessão celebrados com a ANEEL e estão sujeitas às normas regulatórias da agência.O governo federal definiu fontes de financiamento para a concessão e subvenção econômica de menor tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores residenciais de baixa renda, com consumo mensal inferior a 80 kWh ou com consumo entre 80 e 220 kWh – neste último caso, desde que atendam a alguns critérios, conforme estabelecido no artigo 5º da Lei nº 10.604, de 17/12/2002.

Desempenho operacional

Reajuste tarifário anual das nove distribuidoras / Annual rate readjustment of the nine distributors

Page 95: Relatorio rede-energia-sgasst

Data

Anexo I

Anexo II

Fator X

RTA / RevTar

Impacto médio p/ consumidor

Resolução

Próxima Revisão

10-mai-09

15,32%

10,58%

1,30%

RTA

17,55%

819/09

10-mai-12

10-mai-09

11,13%

6,70%

1,39%

RTA

11,16%

816/09

10-mai-12

10-mai-09

23,47%

11,19%

-0,03%

RTA

16,14%

818/09

10-mai-12

10-mai-09

14,49%

9,61%

-0,04%

RTA

5,48%

817/09

10-mai-12

29-jun-09

6,99%

9,16%

0,37%

RTA

4,85%

842/09

29-jun-12

4-jul-08

2,15%

3,63%

-0,37%

RTA

-5,50%

847/09

4-jul-12

8-abr-09

15,99%

11,33%

0,18%

RTA

13,04%

794/09

8-abr-13

7-ago-09

8,63%

2,83%

-1,37%

RTA

3,75%

857/09

7-ago-11

8-abr-09

13,60%

10,90%

0,34%

RTA

0%*

796/09

8-abr-13

CAIUÁ EDEVP EEB CNEE CFLO CELTINS CEMAT CELPA ENERSUL

* O impacto médio para o consumidor da ENERSUL seria de 8,61%, não fosse o passivo regulatório da companhia.

relatório de responsabilidade socioambiental 200995

Page 96: Relatorio rede-energia-sgasst
Page 97: Relatorio rede-energia-sgasst

Meio ambiente

Capítulo 5

Page 98: Relatorio rede-energia-sgasst

98

Desempenho ambiental

A Rede Energia, com o grande esforço dos colabora-dores e parceiros de negócio tem o comprometimento de levar luz às comunidades de regiões com delicada biodiversidade. Com respeito aos ecossistemas e com gestão socioambiental responsável, aliando preserva-ção do meio ambiente, consumo consciente e desen-volvimento regional a Rede Energia encara esse desafio.Em 2009, a Rede Energia fez investimentos ambien-tais destinados à conservação do meio ambiente, à prevenção da poluição, ao consumo consciente e ao estímulo à educação ambiental dos colaboradores, dos fornecedores e da comunidade. Os recursos aplicados estão relacionados à produção e operação de todas as empresas da holding e foram aplicados conforme o entendimento corporativo dos principais desafios ambientais atuais, dada a biodiversidade da região em que a empresa está inserida. (GRI EC01)

Meio Ambiente

Page 99: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 200999

Biodiversidade – área de concessão, desafios e projetos

“Nosso desafio é a expansão da rede elétrica pelo País, cruzando rios e florestas, com todo o respeito do mundo, porque estamos no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado.” – Frase de Carmem Pereira, Presidente Executiva da Rede Energia.

A Rede Energia tem a responsabilidade de levar energia limpa a toda sua área de concessão, para estimular o cresci-mento de locais que têm o menor Índice de Desenvolvim-ento Humano (IDH) do País. Junto à passagem dos postes e das linhas de distribuição por rios, florestas,parques e reservas indígenas, há a preocupação constante em minimizar qualquer tipo de impacto ambiental.A área de concessão das empresas da Rede Energia abrange 34% do território nacional com três diferentes biomas, em meio a 578 municípios de sete diferentes esta-dos brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. O desafio da Rede Energia é continuar interligando os sistemas isolados de distribuição de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) com o menor impacto ambiental possível, im-plantando linhas de distribuição nos lugares longínquos, para reduzir gradativamente a utilização de combustíveis fósseis por usinas a diesel.

Page 100: Relatorio rede-energia-sgasst

100

Meio Ambiente

O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul, Nordeste e parte das regiões Centro-Oeste e Norte. As demais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte não estão interligadas, constituindo sistemas isolados, nos quais, muitas vezes, não é possível chegar nem por terra e nem por água.Nesses casos, a Rede Energia estuda a implantação de energias alternativas, como a eólica (vento), por biomassa (queima de resíduos) ou a fotovoltaica (luz solar). O resultado será a melhoria da qualidade do ar e o desenvolvimento da comunidade local com a cultura de respeito ao meio ambiente. Um dos grandes desafios ambientais da Rede Energia é levar luz à população dos estados integrantes da Amazônia Legal, como Pará, To-cantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, integrantes da área de concessão da Companhia.O contexto da Amazônia Legal é ser uma das maiores regiões exportadoras do País e por outro lado, uma das últimas reservas de floresta nativa do globo terrestre. Dados do IBGE de 2008 mostram que os estados da Amazônia Legal concentram: 33,9% da produção nacio-nal de soja; cerca de 33,2% do rebanho de gado bovino brasileiro; em torno de 13,5% da extração e produção nacional mineral (minérios de ferro, alumínio, ouro, níquel e bauxita); e ainda são responsáveis por 81,4% do volume de toras de madeira exploradas no Brasil.

Unidade de conservaçãoÁrea total no

Brasil (ha)Área total dos estados:

TO, PA, MT e MS (ha)

% da área total que está presente no território de

concessão da RE

Parque nacional 22.757.006 5.761.755 25%

Reserva biológica 5.438.001 852.906 16%

Área de proteção ambiental 7.427.042 920.269 12%

Floresta nacional 19.190.136 3.616.823 19%

Reserva extrativista 8.350.147 3.084.162 37%

Page 101: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009101

Por outro lado, as áreas das florestas presentes na Amazônia Legal equivalem a quase dois terços das florestas ainda existentes no globo, ou 40% do território brasileiro. No entanto, de 2000 a 2006, a Amazônia Legal perdeu cerca de 143,1 mil km2 de cobertura vegetal, segundo dados do INPE (2008).O resultado da exploração desenfreada foi a criação de inúmeras unidades de conservação na Amazônia Legal, com diferentes níveis de proteção: parques nacionais, reservas biológicas, floresta nacional, reserva extrativista, área de proteção ambiental, entre outros (vide tabela).

É nesse complexo cenário da Amazônia Legal – de intensa exploração econômica com baixo Índice de Desenvolvimento Econômico (IDH) e, ao mesmo tempo, de reservas ambientais protegidas – que a Rede Energia necessita implementar e manter sistemas e equipa-mentos de energia e de distribuição, para levar energia limpa às comunidades distantes que, muitas vezes, só contam com energia de usinas movidas a diesel. São áreas longínquas, isoladas e ainda descobertas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por con-trolar a geração e o consumo de energia elétrica para que não haja risco de déficit.

Page 102: Relatorio rede-energia-sgasst

102

Abordagem Rede Energia para sustentabilidade

O entendimento dos desafios para desenvolver suas atividades de forma socioambientalmenteresponsável e ainda atuar na promoção do desenvolvimento econômico regional faz parte docompromisso da Rede Energia.A abordagem da empresa para superar este desafio foi desenvolver e implementar as ações,em 2009, de quatro programas ambientais chave, a saber:I-Programa de licenciamento;II-Programa Cuide de seu mundo;III-Programa de Gestão de resíduos;IV-Programa de Mudanças Climáticas;

Meio Ambiente

Adequação à legislação e regulamentaçãoComunidade e sociedade

Operações

Compras deSuprimentos erecursos naturais

Clientes e consumidoresConsumo

consciente

Descarte de materiaise equipamentos

Emissão de gases

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009103

Os quatro programas estão endereçados aos assuntos críticos da empresa para a construção da gestão da sustentabilidade e mitigação de riscos socioambientais potenciais.Um dos destaques é o programa endereçado para fomentar o consumo consciente, batizado de “Cuide do seu mundo”, cuja implementação demandou grande esforço da empresa durante 2009. O desafio para 2010 é a melhoria dos indicadores e controle abordados no Programa Gestão de Resíduos.Os demais assuntos críticos, ilustrados no quadro, não abordados nos programas, também foram alvo de iniciativas e projetos específicos.

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104

Gestão ambiental

A elaboração do Sistema de Gestão Ambiental, Saúde e Segurança do Trabalho (SGASST) – compatível com as normas internacionais NBR ISO 14001 e OHSAS 18.001 – foi concluída em 2008 nas principais empresas da Rede Energia, permitindo a padronização de procedimentos em diferentes empresas do grupo, embora cada uma delas mantenha especificidades e exigências regionais. (GRI LA09)O novo sistema de gestão ambiental da Rede Energia passou a ser divulgado a todos os colaboradores, por meio de palestras, treinamentos, campanhas de consumo consciente e eventos para a conscientização da interação do meio ambiente com os processos da Companhia.A prática do SGASST, na área ambiental, exigiu atividades de planejamento, definição de responsabilidades, gestão de resíduos, regularização ambiental de linhas de distribuição, adequações de engenharia, mudanças de rotinas e implantação de novos procedimentos. O processo de aprimoramento do SGASST está sendo conduzido, em cada região, pelas Gerências de Meio Ambiente das empresas envolvidas, que são supervisionadas pela Gerência Corporativa de Meio Ambiente, ligada à Vice-Presidência de Engenharia e Meio Ambiente. A área corporativa também mantém interface com a Gerência Corporativa de Responsabilidade Socioambiental.O SGASST na área ambiental apresenta metas e indicadores com valores na área socioambiental. Com isso, permite maior controle e sistematização de práticas ambientais como, por exemplo, dados específicos sobre o volume de resíduos sólidos gerados nas instalações das empresas e um levantamento de passivos ambientais.

Meio Ambiente

Page 105: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009105

Em uma primeira instância, as ações ambientais realizadas pela Rede Energia são debatidas e definidas pelo Comitê de Meio Ambiente, existente desde 2004, coordenado pela Gerência Corporativa de Meio Ambiente. O papel das gerências é dar apoio técnico ao controle de quaisquer impactos ambientais e oferecer suporte em processos de licenciamento ambiental dos empreendimentos nas fases de planejamento, construção, operação e desativação.

Bragança Paulista/SP

Page 106: Relatorio rede-energia-sgasst

106

Número de autuações e/ou multas por violação

de normas ambientais

Valor incorrido em autuações e/ou multas por violação de

normas ambientais*

Enersul 0 70 mil

Caiuá 0 ND

Bragantina 1 0,536

Celpa 1 196 mil

Cernat 0 0

Celtins 0 31,1 mil

Vale Paranapanema 0 0

Nacional 0 0

CFLO 0 0

* Valores referentes a parcela de autuações/multas de 2009 e anos anteriores

Meio Ambiente

Regulação, licenciamento e legislação ambiental

Em todas as áreas onde a Rede Energia atua, há estudos ambentais que visam o licenciamento dos seus empreendimentos. Mesmo quando não há este licenciamento, a área passa por um plano de mitigação de riscos ambientais. (GRI EN12)O Sistema de Gestão do Programa de Licenciamento Ambiental da Rede Energia permite acompanhar a agenda de compromissos: prazos legais, controle das condições previstas nas licenças e atualização do histórico de processo de licenciamento ambiental.O número de autuações e multas por violação de normas ambientais, em 2009, com os respectivos valores, é apresentado no quadro que segue: (GRI EN28)

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009107

Com assiduidade, as Gerências de Meio Ambiente realizam consultas e reuniões, formais e informais, com os órgãos estaduais competentes, e tratam da neces-sidade de regularização das linhas de distribuição nas tensões de 69 kV e 138 kV já existentes. Em relação às redes de distribuição, são realizadas tratativas quando há a necessidade de licenciamento de obras de redes de distribuição rural até 34,5 kV.

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Investimentos da gestão ambiental

O total de indicadores ambientais relacionados com a produção e operação da empresa somaram R$ 50,63 milhões em 2009. Outros R$ 48,67 milhões são investimentos relacionados à produção e operação da empresa, que englobam o Programa de Eficiência Energética (PEE – R$ 24,09 milhões); o programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D – R$ 9,92 milhões); o Fundo Nacional de Pesquisa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (R$ 9,77 milhões); e, por último, o Estudo de Pesquisa Energética (R$ 4,88 milhões).

Meio Ambiente

Gastos com gerenciamento do impacto ambiental(arborização, manejo sustentável com equipamentos e redes protegidas – R$/mil) (GRI EU13)

Enersul 4.461Caiuá 64,1Bragantina 0

Celpa 821

Cemat 0Celtins 649Vale Paranapanema 0Nacional 0CFLO 0

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009109

Rede protegida isolada (rede ecológica ou linha verde) na área urbana (em km)

Enersul 839,4Caiuá 150Bragantina 231,1Celpa 23,6Cemat 151Celtins 1.342Vale Paranapanema 80,6Nacional 0,5CFLO 63,3

A gestão ambiental, recebeu investimentos de R$ 5,99 milhões em 2009.A Rede Energia apresenta procedimentos para a conservação ambiental de suas áreas de concessão (GRI EN11), principalmente das áreas localizadas dentro de regiões protegidas (ver tabela).Uma das iniciativas de preservação foi o Programa de Arborização Urbana, com recursos destinados à arborização, ao manejo sustentável, aos equipamentos e às redes protegidas. (GRI EN30) A Rede Energia ainda desenvolveu um Guia de Arborização Urbana, divulgado e distribuído nas áreas de concessão para o incentivo ao plantio de mudas.

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Meio Ambiente

Operações ambientalmente adequadas

A Rede Energia busca aplicar conceitos e princípios de sustentabilidade em suas operações. Exemplo disso é o Projeto Tuiuiu. O objetivo desse projeto é compatibilizar o sistema elétrico com a avifauna pantaneira, conside-rando as características físicas e os hábitos alimentares dessas espécies. O posteamento instalado nos pon-tos de alta inundação, como nos campos alagáveis, é diferenciado, em atendimento a Norma interna PTD 25 - Construção de Redes de Distribuição na Área do Pan-tanal Matogrossense. Nesses locais, durante a vazante do Pantanal, formam-se pequenas lagoas e ocorre concentração das aves aquáticas como Tuiuiú e Cabeça Seca, em busca de alimento. Como são aves de grande envergadura, estruturas tradicionais oferecem risco de eletrocussão, pois as aves podem tocar em duas fases ao mesmo tempo. As estruturas diferenciadas instala-das nestes locais trazem um espaçamento maior entre as fases, impedindo a morte das aves e permitindo o convívio harmonioso entre o sistema elétrico e a fauna local. Em 2008, foi iniciada a III Etapa do Projeto Tuiuiú, com a assessoria e monitoramento das áreas já exis-tentes e em 2009 a identificação (anterior à construção da Rede Bifásica) de novas áreas alagáveis, como na região do Araguaia e do Guaporé.

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009111

P&D relacionado ao meio ambiente

A Rede Energia incentiva o programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), relacionado ao meio am-biente, para o fomento de inovações tecnológicas e, consequentemente, de aplicações de novas soluções ecológicas na área das concessionárias. (GRI EN26) O resultado é o menor impacto ambiental nas iniciativas das distribuidoras. Alguns dos projetos de pesquisa em andamento são:• Energia solar – Em parceria com a Unicamp, o projeto prevê a construção de um módulo solar que permite a transformação de energia solar em energia elétrica. O dife-rencial é o desenvolvimento da tecnologia no Brasil, com significativa redução de custos do produto. (GRI EU08)• Redução das emissões de carbono – Estudo da viabilidade econômica para projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), com estratégias para a compensação e neutralização de emissões de carbono nas cadeias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Com isso, a Rede Energia demonstra sua preocupação com os efeitos que as mudanças climáticas podem acarretar e com o equilíbrio das dinâmicas econômica, social e ambiental de suas atividades. (GRI EC02)

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Compras conscientes

A Rede Energia busca fornecedores de produtos e serviços que respeitem o meio ambiente e que viabilizem o controle de impactos no traçado das linhas de distribuição que levam luz às casas. A madeira ainda é o material mais usado nas cruzetas das redes aéreas de distribuição de energia elétrica no Brasil, por ser um isolante natural. Contudo, a matéria-prima está se tornando escassa e apresenta restrições ambientais para reparos e instalação de novos postes em localidades de difícil acesso. Também apresenta degradação causada por fungos, insetos e umidade nas regiões ribeirinhas.Desde 2006, a Rede Energia usa, em áreas com maior potencial de degradação, a cruzeta ecológica, que é feita de polietileno e bagaço de cana-de-açúcar. Quando comparada com a tradicional cruzeta, a de polietileno tem peso reduzido, facilidade de instalação e possibilidade de retorno de parte do capital investido, uma vez que, quando danificadas, o material pode ser novamente reciclado.Outra opção tecnológica, nas redes de baixa-tensão, são os cabos multiplexados: um conjunto de fios isolados entre si, compondo um cabo único, que tem substituído os fios da rede elétrica. Esses cabos reduzem a quantidade de desligamentos em redes de baixa-tensão. A tecnologia proporciona menor risco de acidentes com a população e a também a melhoria

Meio Ambiente

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009113

do microclima na região urbana, além de menor interferência da arborização nas redes. (GRI EN14) Quando há necessidade de substituição dos cabos, os antigos são devolvidos aos fabricantes, que se comprometem contratualmente com o processo de reciclagem e a destinação correta para cada tipo de material.

Véu da Noiva, Chapada/MT

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Meio Ambiente

Consumo de recursos naturais

Em 2009, o consumo de energia direta total da Rede Energia foi de 53.501.937 kWh (GRI EN03), com 93% proveniente de hidrelétricas. A tabela que segue especifica o consumo por fonte por empresa.A Rede Energia incentiva a redução das perdas elétricas, conforme as especificações da ANEEL, desde o início da cadeia produtiva até o desenvolvimento do hábito de conservação de energia pelos consumidores, que o devem fazer de forma racional e consciente. Para o alcance dos objetivos, há projetos de conservação de energia em andamento nas empresas, como por exemplo:

Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária (em kWh) (GRI EN03)

HidrelétricaCombustíveis

fósseis

Fontes alternativas (gás, energia eólica,

energia solar etc.)Consumo total

de energia

Enersul 7.590.958Caiuá 1.270.522 0 0 1.270.522Bragantina 552.531 0 0 552.531Celpa 8.131.824 21.472.402 0 29.604.226Cemat ND ND ND 10.317.319

Celtins 2.977.839 ND ND 2.977.839

Vale Paranapanema 679.183 0 0 679.183Nacional 407.679 0 0 407.679CFLO 101.680 0 0 101.680

ND - O monitoramento realizado pela empresa não permite a identificação por fontes

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009115

• Execução do Programa de Eficiência Energética (PEE) para o público de baixa-renda. Esse projeto prevê a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas para os clientes de baixo poder aquisitivo em sua área de concessão. Houve substituição de 150 mil lâmpadas incandescentes por econômicas fluorescentes compactas até 2009. As lâmpadas incandescentes substituídas são doadas para a Cooperativa de Catadores, os quais obtêm o sustento de suas famílias com a venda de material reciclável. Em sua cadeia produtiva, a Rede Energia atua com a geração, distribuição e venda de energia elétrica, sendo que não lida com compra e venda de materiais como core business. Sendo assim, hoje não há um percentual significativo de materiais provenientes

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de reciclagem utilizados em seus escritórios. Nessa linha, há a utilização de plástico reciclado como uma das matérias primas para a fabricação de cruzetas ecológicas. As cruzetas, num primeiro momento, foram substituídas por concreto. E hoje há a substituição das cruzetas retiradas do sistema pelas cruzetas feitas de uma mistura de polímeros (plástico reciclado) e fibras naturais (resíduos de cana-de-açúcar) – que foi batizada de “cruzeta ecológica”. (GRI EN02)• Consumo de águaA tabela abaixo apresenta a quantidade de água que é consumida por fonte nas das empresas da Rede Energia. Vale destacar que em algumas empresas a água utilizada provém de poços artesianos que não são providas de medidores, daí a ausência de alguns dados.

Consumo total de água por fonte (m3) (GRI EN08)

Abastecimento (rede pública)

Fonte subterránea

Captação superficial

Consumo total

Enersul 11.108 ND 0 11.108Caiuá 1.199 ND 0 1.199Bragantina 3.374 ND NA 3.374Celpa 18.144 ND NA 18.144Cemat 15.696 ND NA 15.696Celtins 10.152 0 NA 10.152Vale Paranapanema 2.226 ND NA 2.226Nacional 562 ND NA 562CFLO 512 ND NA 512

Meio Ambiente

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009117

Crianças atendidas pela Fundação Aquarela

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Meio Ambiente

Volume anual de gases do efeito estufa (CO2, CH4, N2O, HFC, PFC, SF6) emitidos na atmosfera (em toneladas de CO2 equivalentes) (GRI EN16)

Enersul 2.130 tonCaiuá 594 tonBragantina 453 tonCelpa 282.903 tonCemat 26.952 tonCeltins 1.778 tonVale Paranapanema 562 tonNacional 277 tonCFLO 115 ton

*Dados referentes à geração diesel e frota

Emissões atmosféricas

A Rede Energia é a primeira empresa do setor elétrico a mapear as emissões de CO2 provenientes da distribuição de energia por três anos consecutivos. Desde 2005, em parceria com a empresa CantorCO2, a Rede Energia faz levantamentos das emissões de dióxido de carbono (CO2).A empresa promoveu a desativação de 70 usinas termelétricas até 2009. Desde 2005, as 34 desativadas deixaram de usar 306 milhões de litros de óleo diesel como combustível básico, diminuindo a emissão de dióxido de carbono. Outras 40 usinas termelétricas também deixarão de funcionar. Desde o início das desativações até 2014, a meta é a redução de 4,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. (GRI Eu09)As consequências diretas da redução do CO2 são os seguintes: a melhoria da qualidade do ar nas regiões próximas das usinas desativadas; menor poluição sonora e disponibilização de créditos de carbono, conforme as regras de comercialização em projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009119

*Data referring to diesel generation and fleet

A Rede Energia desenvolveu metodologia inédita, aprovada pela ONU em dezembro de 2005, sob o código AM0045 – “Conexão à Rede de Sistemas Isolados”. Com esta metodologia foi possível desenvolver e submeter à ONU o projeto de “Desativação de Usinas Diesel em Sistemas Isolados” para certificação e obtenção de créditos de carbono sob as regras do Protocolo de Kyoto. Este é um reconhecimento internacional sobre a validade e importância da atuação ambiental da Rede Energia nesta atividade de desativação de usinas termelétricas movidas a diesel.Na busca de resultados na redução de emissões no curto prazo, a Rede Energia desenvolveu, em 2009, iniciativas importantes como a “Interligação da Ilha de Marajó”, que visa levar, pela primeira vez, energia limpa ao maior arquipélago fluviomarinho do mundo, desativando 15 usinas térmicas a diesel e, como consequência, reduzindo a emissão de CO2 na atmosfera.Outra iniciativa da Rede Energia para a redução da emissão de dióxido de carbono no ar foi iniciada com a substituição da frota própria por veículos novos, dando preferência à utilização do álcool como combustível. Também são realizadas revisões preventivas em todos os veículos da frota. Dessa forma, a empresa consegue diminuir o impacto da emissão de poluentes. (GRI EN18) Veja na página anterior a tabela com a quantidade de CO2 emitida no ano de 2009:

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Meio Ambiente

Consumo de combustíveis em 2009 (GRI EN29) Consumo total de combustíves fósseis pela frota de veículos da empresa por km rodado*

Undeground source

Surface intakeTotal

consumption diesel gasolina álcool gás natural

Enersul 0,126 0,108 0,108 NACaiuá 0,134 0,121 0,121 NABragantina 0,14 0,123 0,123 NACelpa 0,124 0,094 0 NACemat 0,129 0,163 0,163 NACeltins 0,138 0,125 0,125 NAVale Paranapanema ND ND ND NDNacional 0,151 0,127 0,127 0CFLO 0,142 0,126 0,126 NA

* Quando se trata de veículos Flex foi considerado o mesmo valor para gasolina e álcool

Desde 2002 até o encerramento de 2009, as empresas da Rede Energia estiveram em 22 mil casas para realizar a troca gratuita da geladeira velha por uma nova, economizando até cinco vezes mais energia. (GRI EN06) O Programa de Eficiência Energética, cujos recursos provêm das faturas de energia, leva aos moradores orientações, incluídas também em material impresso, sobre consumo consciente, menos desperdício e segurança no uso e no manuseio de equipamentos e instalações.

Enersul 8.502,970Caiuá 1.270Bragantina 1.020Celpa 113,760Cemat 2.781,660

Energia economizada (em MWh/ano)* (GRI EN05)

*Dados do Programa de Eficientização Energética

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A atenção ao dióxido de carbono emitido não se limita aos projetos externos. Desde 1997, a Rede Energia administra sua frota de veículos com sistema de controle de velocidade e consumo de combustíveis (microcomputador de bordo), proporcionando segurança aos motoristas e ganhos ambientais, por meio da redução dos impactos ambientais no consumo de recursos naturais e do volume de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera ao ano.Existe um estudo em andamento do projeto de levantamento de emissões de gases, como CO2 e SO6 ao longo de toda a cadeia de valor nos próximos anos. (GRI EN17)

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Descarte de residuos

A Rede Energia realiza o controle, o armazenamento e a destinação de resíduos perigosos provenientes das atividades da empresa. A área de Almoxarifado e a do Departamento de Manutenção do Sistema, juntamente com as Gerências de Meio Ambiente , providenciam o armazenamento dos materiais e, depois, a destinação final adequada.As baterias descartadas são armazenadas de forma centralizada. Após compor quantidade economicamente viável, são devolvidas aos fabricantes que se encarregam do processo de reciclagem e da destinação correta para cada tipo de material (logística reversa). O mesmo procedimento é aplicado aos cabos usados nos postes. Resultantes do programa do

Meio Ambiente Environment

Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados (GRI EN24)

Percentual de equipa-mentos substituídos por

óleo mineral isolante sem PCB (Ascarel)

Percentual de lâmpadas descontaminadas

em relação ao total substituído na empresa

Gastos com tratamento e destinação de resíduos

tóxicos (incineração, aterro, biotratamento

etc. – R$ mil)

Enersul 100% 100% 79,1Caiuá ND 0% NDBragantina ND 100% NDCelpa 100% 0% 7.063,9Cemat 100% 100% 854.532,5Celtins 100% 100% 35.951Vale Paranapanema ND 0% NDNacional ND 0% 0CFLO ND 0% ND

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009123

governo federal de eficiência energética, as geladeiras velhas, recebidas em troca das novas, têm o material plástico encaminhado para a reciclagem, enquanto o gás poluente CFC é tratado e comercializado por empresas parceiras terceirizadas. Os equipamentos e materiais contaminados, como filtros e estopas de usinas termelétricas, são destruídos ou queimados por empresas especializadas. Trata-se de uma medida preventiva contra riscos de contaminação do meio ambiente. Já os materiais como os vidros e os lacres de medidores – apesar de serem resíduos inertes – são armazenados por motivo de segurança e, após compor quantidade economicamente viável, têm destinação final adequada.

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Desempenho social

Capítulo 6

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Desempenho Social

Características dos atores sociais

A Rede Energia leva energia às populações urba-nas e rurais de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 62% das famílias da Amazônia Legal (Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Ror-aima e Tocantins) vivem com uma renda per capita de até meio salário mínimo.Também é verificada uma correlação entre índice de analfabetismo e de pobreza. Dados do IBGE mostram que o índice de analfabetismo funcio-nal das pessoas de 15 anos ou mais corresponde a 21,90% no Mato Grosso, enquanto o índice de pobreza da população fica em 34,34%. Percentuais semelhantes são verificados no Mato Grosso do Sul. As taxas são mais elevadas no Tocantins, com 27,10% de analfabetismo funcional e 41,28% de pobreza. O cenário preocupante persiste no Pará, com 26,30% de índice de analfabetismo funcional e recorde de índice de pobreza, 43,14%.

Fonte: IBGE estados

EstadoTaxa de analfabetismo funcional das

pessoas de 15 anos ou maisIncidência da

pobrezaPA 26,30% 43,14%TO 27,10% 41,28%MS 21,20% 34,23%MT 21,90% 34,34%

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009127

Engajamento das partes interessadas

Ao interagir com todos os públicos, a Rede Energia adota padrões éticos fundamentados em princípios de honestidade, integridade e transparência.A empresa desenvolve relacionamento com cada stakeholder na busca de resultados corporativos alinhados com demandas sociais.

Stakeholders primários:São considerados stakeholders primários para a Rede Energia os colaboradores, os poderes públicos e a agência reguladora do setor (ANEEL), os fornecedores, os acionistas e os consumidores e clientes.Em 2009, a melhoria contínua das condições da saúde e segurança no trabalho dos colaboradores e da comunidade foi um dos focos da Rede Energia, que tem como desafio consolidar seu papel de empresa cidadã ao adotar práticas transparentes de responsabilidade socioambiental em sua gestão, promovendo ainda a qualidade de vida e o desenvolvimento das comunidades em torno de sua área de atuação.

Atuação da Rede Energia junto aos Poderes públicos e sociedade (GRI 4.17)A Rede Energia mantém um relacionamento ativo e construtivo com as diferentes esferas do poder público brasileiro – governos federal, estadual e municipal – para dar continuidade na expansão da rede elétrica aos lugares mais longínquos do País. Qualquer ação tomada cumpre rigorosamente a legislação ambiental, a legislação de saúde e segurança do trabalho e demais normas vigentes. Com relação a contribuições financeiras a partidos políticos, elas não ocorrem, uma vez que essa prática é legalmente proibida no Brasil para o serviço público. (GRI SO06)

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A Rede Energia participa ativamente das discussões e encontros políticos, em fóruns e associações, defendendo a importância estratégica e ambiental da chegada da energia elétrica às comunidades isoladas do País. Com a ANEEL, agência reguladora do setor, participa, frequentemente, de reuniões, audiências e consultas públicas. (GRI 4.16)O Conselho de Consumidores da Empresa Elétrica Bragantina (CONCEEB) elegeu o seu indicado, no final de 2008, como representante dos Conselhos de Consumidores do Brasil na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para 2009. O registro dos candidatos, a eleição e a apuração foram coordenados pela ANEEL (GRI 4.13).

Atuação da Rede Energia junto aos fornecedores (GRI 4.17)Foram emitidos 1.470 contratos de serviço entre a Rede Energia e terceiros em 2009. (GRI HR01) Os mesmos padrões éticos e de responsabilidade socioambiental adotados pela Rede Energia são exigidos dos fornecedores, seja para a contratação de serviços ou para a compra de materiais. A Rede Energia faz essa avaliação prévia antes da assinatura do contrato, pois, se o fornecedor não for conivente com as exigências previstas em cláusulas, o contrato não será assinado. (GRI HR02)

Desempenho Social

Cadeia de valorValue Chain

Meio ambiente

tEnvironment

Sociedade Society

ComunidadeCommunity

ColaboradoresEmployess

FornecedoresSuppliers

Consumidores e c lientes Acionistas

Shareholders

Poderespúblicos eAgência Reguladora

&Governments &Regulatory

agency

InvestidoresInvestors

Consumers &costumers

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009129

As minutas dos contratos padrões da Companhia apresentam cláusulas que proíbem a prática de trabalho infantil e de trabalho forçado. (GRI HR01) À medida que os objetivos estratégicos da Rede Energia são atualizados, ocorrem ações de reciclagem com os fornecedores.Em 2009, a totalidade dos contratos assinados pela Rede Energia foi formalizado com a inclusão de cláusulas específicas de proibição de trabalho infantil e de trabalho escravo, e também com a exigência do cumprimento das leis ambientais vigentes e do respeito aos Direitos Humanos. Tais cláusulas foram imediatamente incorporadas ao processo contínuo de fiscalização e avaliação dos fornecedores da Rede Energia. (GRI HR1)São feitas fiscalizações em campo aos fornecedores para vistoriar os profissionais contratados, a qualidade dos serviços, o atendimento aos clientes, as condições de trabalho, a disponibilidade de equipamentos de segurança, os acidentes de trabalho e o cumprimento das obrigações fiscais e trabalhistas. (GRI HR06 e HR07) Também são exigidos dos prestadores de serviços a apresentação de comprovantes de pagamento de salários e do recolhimento de tributos.Em 2009, a Celpa,no Pará, consolidou sua participação no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), da Federação das Indústrias do estado do Pará (FIEPA). O PDF oferece programas e incentivos aos fornecedores locais, promovendo a competitividade saudável entre as empresas e o crescimento da área. (GRI EC06)A Celpa ainda coordena a Comissão de Acompanhamento do Programa de Certificação de Empresas (PROCEM) do PDF, por meio do qual os principais prestadores de serviços da concessionária foram certificados ou atualizaram o documento em 2009.A certificação do PROCEM garante boas práticas de gestão de segurança no trabalho, de custos, qualidade e produtividade pelos fornecedores, que, por sua vez, adotam medidas sustentáveis para o negócio, passando a ter novas oportunidades comerciais.Nas empresas Bragantina, Caiuá, Força e Luz do Oeste, Vale Paranapanema e Nacional, os fornecedores só podem participar dos Processos de Tomada de Preços e de Concorrências se tiverem cadastros aprovados e, por consequência, o porte do Certificado de Registro Cadastral (CRC), documento com validade de 12 meses.Uma das práticas dessas empresas é o convite aos principais

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prestadores de serviços a participar de reuniões mensais com as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) e com representantes do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) para a análise da segurança e medicina do trabalho na empresa.

Atuação da Rede Energia junto aos clientes e consumi-dores (GRI 4.17)Duas distribuidoras da Rede Energia foram escolhidas pelos clientes como as melhores empresas de energia elétrica do País, durante a premiação promovida pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), em 7 de julho de 2009. A Vale Paranapanema, distribuidora da Rede Energia na região de Assis, interior de São Paulo, ganhou três prêmios na categoria “Empresas com até 500 mil clientes”: “Melhor Empresa Nacional”, “Melhor Avaliação pelo Cliente” e “Melhor Evolução de Desempenho”.A Cemat, distribuidora da Rede Energia em Mato Grosso, venceu como a “Melhor empresa das regiões Norte e Centro-Oeste”, na categoria “Empresas acima de 500 mil clientes”.

IASC – ANEEL ABRADEE - ISQPEnersul 61,09 76,2Caiuá 66,4 87,4Bragantina 65,59 83,2

Celpa 50,89 60,8Cemat 65,6 79,4Celtins 63,37 65,2

Vale Paranapanema 68,12 91,5Nacional 65,47 89,5CFLO 67,24 91,1

Índices de satisfação – GRI PR05

Desempenho Social

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009131

O estudo da ABRADEE mede, anualmente, a satisfação do cliente em aspectos como a qualidade dos serviços e o recebimento pontual da conta de luz. A avaliação dos quesitos para o prêmio ABRADEE 2009 contou com a parceria do Instituto Innovare, que realizou a pesquisa de satisfação do consumidor; da Fundação Nacional de Qualidade, para a avaliação da qualidade da gestão; e do Instituto Ethos, cujos indicadores fazem parte da avaliação de responsabilidade social. A metodologia e a apuração dos dados foram realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).Ainda em 2009, a Celtins foi a vencedora da pesquisa Índice da Agência Nacional de Energia Elétrica de Satisfação do Consumidor (IASC), na categoria Regional, pela região Norte. Na página ao lado estão listados os índices de satisfação pelo IASC e ISQP (índice de satisfação com a qualidade percebida).O estreitamento do relacionamento da Rede Energia com os órgãos de defesa do consumidor tem apresentado redução no número de queixas, orientações e reclamações. Nos primeiros nove meses de 2008, foram realizadas 430 audiências da Cemat no Procon. No mesmo período de 2009, o número caiu para 104 audiências. A redução foi de 75%.Em toda a empresa, 85,50% do total de 7.161 críticas ou reclamações dos consumidores, recebidas em unidades do Procon, foram atendidas ou solucionadas. Do total de 9.273 críticas ou reclamações recebidas diretamente pela Rede Energia, 98,77% tiveram atendimento ou solução. Em relação às 4.868 reclamações ou críticas levadas à Justiça, quase metade – 49,48% – recebeu atendimento ou solução.Fazem parte dos serviços e meios de relacionamento disponíveis aos clientes e consumidores da Rede Energia: (GRI 4.16)

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Número total de reclamações ou críticas em 2009

Receberam atendimento ou solução em 2009 (em %)

Empresa 9.273 98,77

Procon 7.161 85,50

Justiça 4.868 49,48

Atendimentos ao consumidor

Fonte: Rede Energia

• Call Center e Centro de Atendimento ao Cliente (CAC) – Em 2009 ocorreu um processo de reestruturação, de acordo com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Principal canal de comunicação para os clientes residenciais – baixa-tensão, Grupo B – atende por telefone, funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Registra e direciona todas as solicitações, informações e reclamações de serviços. Encaminha serviços, como pedidos de ligação e religação, comunicados de falta de energia, alteração de dados cadastrais, entre outros. O CAC solicita as providências às áreas responsáveis por meio de ordens de serviço. Para os clientes do Grupo A existe um Call Center dedicado, com atendentes capacitados para o atendimento das demandas específicas desse segmento, com funcionamento em dias úteis no horário comercial.• Agências de Atendimento – As Agências realizam os seguintes serviços para o público que prefere o atendimento pessoal: ligações, religações, atualizações cadastrais e outros serviços comerciais. Atendem aos clientes residenciais e disponibilizam a legislação do setor elétrico. Todas as Agências dispõem de um Livro de Críticas e Sugestões aberto ao público. Em 2009, a

Desempenho Social

Não existiu nenhuma ação judicial contra a empresa no período de 2009 em concorrência desleal, práticas de truste e monopólio. (GRI SO07)

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Enersul abriu 19 lojas de atendimento, aumentando o alcance da empresa em municípios mais afastados. A iniciativa resultou no aumento do índice de satisfação dos clientes, comprovado em pesquisas daABRADEE e da ANEEL.• Ouvidoria – Acessada por clientes que não tenham conseguido resolver seus problemas nos demais canais de relacionamento com as concessionárias. A Ouvidoria atende e encaminha ao setor responsável as solicitações e reclamações que recebe, e cobra soluções dentro de prazos informados aos consumidores. Recebe os clientes pelos seguintes meios: ligação telefônica gratuita, e-mails, agências. Em 2009, ocorreu a implantação da ouvidoria na distribuidora Enersul. Com a iniciativa, as reclamações passaram a ser classificadas por tipo e por área, permitindo o planejamento de ações locais para a solução dos problemas. Em apenas um ano de funcionamento da Ouvidoria, a Enersul passou do primeiro lugar no ranking de reclamações no Procon para o oitavo lugar.• Fale Conosco – Pelo endereço eletrônico – www.redenergia.com.br – os clientes e consumidores têm a opção de entrar em contato com as empresas pelo

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link “Fale Conosco”. As solicitações e reclamações são recebidas pela Ouvidoria, que as encaminha às áreas responsáveis, para que sejam tomadas providências e seja dado retorno aos clientes. (GRI 4.04)• Agência WEB – Propõe maior rapidez e comodidade na solicitação de serviços pelos clientes. O acesso é feito por meio de endereço eletrônico, na seção “Serviços Online”. Os serviços disponíveis são: consulta à segunda via de conta; pagamento de conta; consulta a débitos; solicitação de data certa e autoleitura. Para os clientes do Grupo A existe uma funcionalidade que permite o acompanhamento das solicitações dos clientes.• Conselho de Consumidores – Cada empresa conta com um Conselho, composto por representantes das diversas classes de consumidores – residencial, comercial, industrial, poder público, Procons e serviços públicos –, que orienta, analisa e avalia as tarifas e o fornecimento de energia elétrica. As reuniões dos Conselhos de Consumidores são mensais. A Rede Energia mantém com eles canais abertos de comunicação. Para os clientes e consumidores, cada empresa possui uma Ouvidoria que funciona como uma forma de entender as principais demandas desses grupos e encaminhar a solução dos eventuais problemas relatados.• Conta de luz e folhetos (GRI EU24) – A comunicação com o cliente é feita de forma regional, considerando-se as particularidades de cada região de concessão. A mídia utilizada localmente inclui jornais, rádio e a distribuição de folhetos. Em 2009, os folhetos “É bom saber”, com histórias em quadrinhos, alertaram os clientes para práticas mais seguras. Os temas abordados em três diferentes histórias foram: “Solte pipas com segurança”, “Construindo com Segurança” e “Uso correto, casa segura”. A Rede Energia também usou a fatura convencional de energia elétrica para

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levar mensagens ao cliente. Em 2009, alguns dos comunicados presentes nas faturas foram: “Construir ou reformar perto da rede elétrica é perigoso”; “Usar máquinas agrícolas próximo à rede elétrica é perigoso”; “Furtar energia é perigoso e ilegal”; “Furto de energia elétrica, um crime que todos pagam. Denuncie!”• Gestores de clientes – Atendem a todos os clientes do Poder Público, dos Serviços Públicos e, também, aos grandes clientes industriais e comerciais. As necessidades e expectativas dos grandes clientes são identificadas na análise mensal dos relatórios de faturamento e arrecadação, nas visitas periódicas dos Gestores de Clientes e por meio de reuniões com órgãos públicos e entidades de classe locais.• Coordenadoria de Relacionamento com o Cliente (CRC) – Trata todas as reclamações, formais ou informais, identifica as causas, classifica-as como

Centro de atendimento ao cliente

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procedentes ou improcedentes e as envia às áreas pertinentes para gerar ações de melhoria nos processos – nos casos de reclamações consideradas procedentes. As reclamações improcedentes também podem subsidiar ações de comunicação com os clientes. Os canais de reclamações são: Livro de Críticas e Sugestões, disponível a todos os clientes nas Agências de Atendimento, Centros de Atendimento ao Cliente, Ouvidoria, Procons, Juizados Especiais e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).• Portal na internet – Mantém diversas informações de interesse dos clientes como notícias, tarifas, esclarecimento de dúvidas e pesquisas, entre outras. • Canal de atendimento para portadores de necessidades especiais (surdez e mudez) – Houve a adaptação de telefones com visores, por meio do qual os consumidores portadores de deficiência ligam e iniciam o diálogo com o atendente por meio de umatela semelhante à de bate-papo, utilizada na internet. Por meio do telefone com visor, os portadores de deficiência podem solicitar segunda via da fatura, ligação de energia, entre outros serviços. O produto está disponível em todos os estados de atuação daRede Energia.

Atuação da Rede Energia junto aos Colaboradores (GRI 4.17)Ao adotar as normas da Organização Internacional

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do Trabalho (OIT), a Rede Energia, no seu exercício empresarial, garante condições à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação dos trabalhadores. A Companhia apresenta um cargo específico de gerência com o relacionamento sindical para o atendimento das solicitações e demandas dos colaboradores (GRI LA09), sem qualquer risco à liberdade de associação e negociação coletiva – por abranger todos os funcionários. (GRI HR5, LA03 e LA04)Os acordos de negociação coletiva, aprovados pela Rede Energia junto aos sindicatos da categoria, garantem aos colaboradores um amplo pacote de benefícios. As negociações ocorrem em reuniões periódicas.A Rede Energia respeita os direitos fundamentais de seus profissionais, oferecendo condição apropriada de trabalho em um ambiente saudável. A capacitação contínua dos funcionários para um mercado cada vez mais competitivo está na rotina da Companhia. Em troca, há uma equipe satisfeita e comprometida com os objetivos da empresa. (GRI 4.16)No encerramento de 2009, a Rede Energia somava 6.504 empregados próprios, um aumento de 2,13% em relação aos 6.368 empregados diretos da empresa no final de 2008. Além dos empregados contratados, a empresa somou 6.259 empregados terceirizados e temporários no mesmo ano.Foram necessários mais funcionários para atuarem no “Programa Luz para Todos” (LPT) e a Rede Energia é a segunda maior participante do programa no País. Também foi preciso aumentar o quadro de profissionais para a atualização do cadastro técnico, operacional e patrimonial de 100% dos ativos das empresas, exigida pela ANEEL.

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Mais da metade dos funcionários da Rede Energia, 54,63%, tem até o segundo grau como formação esco-lar. A maior parte, 45,52%, tem entre 30 e 45 anos. Os homens são a maioria, como é carácterístico no setor. Do total de 6.504 empregados contratados, 25,07% eram mulheres em dezembro de 2009.O grupo busca oportunidades iguais aos empregados de diferentes crenças, raças, sexos, condições físicas e interesses ideológicos. O número de negros e pardos, de ambos os sexos, era de 41,69% do total de funcionários próprios. Em 2009, a fatia de negros com cargos geren-ciais era 5,24% do número total de gerentes contratados pela Rede Energia. No ano de 2009 não foi identificado nenhum caso de corrupção (GRI SO04) e também ne-nhum caso judicial referente a discriminação. (GRI HR04)A maior holding do setor elétrico nacional realiza as modificações necessárias para o melhor atendimento dos profissionais portadores de necessidades especiais (PNEs). Em 2009, havia 247 funcionários PNEs na Companhia.

Total Rede Energia 6.504Celpa 2.125Cemat 1.610Celtins 774Enersul 829Vale do Vacaria 14Tangará 24Rede Comercializadora 07Caiuá 380Bragantina 209Força e Luz do Oeste 91Nacional 158

Vale Paranapanema 283

351 colaboradores destas empresas formam o corporativo que fica na sede em São Paulo.

Número de empregados total e por empresa da Rede Energia (GRI LA01 e 2.8)

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PLR – Participação nos Lucros e ResultadosO programa de Participação nos Lucros e Resulta-dos (PLR), implantado em 2002, contempla todos os empregados da Rede Energia, incentivando a melhoria contínua da qualidade dos serviços.O PLR é uma importante ferramenta para a gestão estratégica da empresa, pois demonstra o desempenho do colaborador no alcance de metas e resultados esta-belecidos pela organização em determinado período de tempo, valorizando e reconhecendo o seu trabalho. O programa distribui a todos os funcionários valores variáveis de acordo com as metas atingidas em indica-dores definidos no próprio programa firmado com as entidades sindicais. Em 2009, as metas operacionais e financeiras atingidas resultaram na participação do PLR de R$ 10 milhões pagos aos funcionários, ante R$ 7 milhões em 2008, segundo cálculos baseados nos resultados consolidados. (GRI 4.05)

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BenefíciosOs benefícios oferecidos pela Rede Energia e suas subsidiárias visam à qualidade de vida, ao bem-estar e à valorização de seus colaboradores. A área de Gestão de Pessoas tem aperfeiçoado continuamente a lista de benefícios aos colaboradores.O tempo de serviço e o desempenho de cada colaborador são reconhecidos e avaliados. A empresa tem a preocupação de envolver e comunicar adequadamente os colaboradores no caso de mudanças operacionais, sempre negociando prazos com o sindicato. Prova disso foram os aproveitamentos internos de funcionários, que ocorreram durante a implantação do CSC – Centro de Serviços Compartilhados, um dos projetos do Programa Evoluir, em 2009. (GRI LA05)

RemuneraçãoA relação entre a maior e a menor remuneração na Rede Energia apresenta a relação 16,05. (GRI EC05) Para ajustar os salários da Companhia àqueles praticados no mercado, em 2009, foi colocado em prática o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) em toda a holding, exceto na Celpa.

Participantes (Base: Outubro/2009)

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16,2%

4,8% 0,7% 0,6%

77,7%5.805

1.209359 55 43

Ativo Aposentado Pensionista Auto-Patrocinado Outros

TOTAL: 7.471

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Bolsas de estudo para cursos de 2º grau, graduação no 3º grau, pós-graduação e mestrado fazem parte dos incentivos oferecidos pela Rede Energia, que se dispõe a reembolsar parte do valor da matrícula e das mensalidades, em cursos cujo conteúdo se alinhe às necessidades e planos da Companhia. Em 2009, foram concedidas 469 bolsas de estudo aos colaboradores. (GRI LA11)Ainda que abranja diversas modalidades, o Programa de Bolsa de Estudos para os funcionários da Companhia tem foco em cursos técnicos e de graduação, com a finalidade de atingir um maior número de pessoas. (GRI LA11) Em 2008, 476 colaboradores foram contemplados, enquanto que, em 2009, esse número foi de 469 colaboradores.Foram inseridos na lista de benefícios, em 2009, assistência médica e odontológica, vale-alimentação e refeição e auxílio-creche, extensivos aos pais separados ou viúvos que detenham a guarda da criança. (GRI LA03)Os colaboradores da Rede Energia ainda contam com a cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido da Companhia. (GRI EC03) Os benefícios de aposentadoria estão subdivididos em: normal, antecipada e por invalidez (pensão por morte, proporcional diferido, resgate, abono anual, portabilidade).

Treinamento e desenvolvimentoA Rede Energia, preocupada com a aprendizagem contínua de seus funcionários, oferece diversos treinamentos, em diferentes níveis e em diferentes temas. No ano de 2009, foram realizados 391 treinamentos externos e 672 treinamentos internos. Com relação aos treinamentos por função, 12 % dos participantes foram gestores, 24% administradores, 30% técnicos e 34% operacional, com um investimento monetário total de R$ 1.627 mil.Enquanto a quantidade e as horas de treinamentos e o número de participantes em 2009 superaram os de 2007 e de 2008, o investimento foi inferior ao de 2008. Isso pode ser explicado pela significativa expansão de treinamentos nas funções de base. (GRI LA11) Em 2009, foram realizadas, no total, 424.798 horas de treinamento para 16.971 participantes, com a média de 25 horas de treinamento por pessoa. (GRI LA10)

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Em 2009 o assunto “responsabilidade socioambiental” contou com 119 treinamentos. Essa é uma evidência de que a Rede Energia considera a responsabilidade socioambiental importante e estratégica dentro do seu negócio, uma vez que capacita seus funcionários para que o entendimento sobre esse tema fique difundido em todas as áreas da empresa. (GRI LA11 e LA12)

SaúdeA Rede Energia ainda proporciona atividades para o bem-estar e para a saúde dos empregados, como a prática de ginástica laboral. A prioridade é a apresentação de um ambiente seguro e de qualidade aos colaboradores, incentivando a prática de hábitos saudáveis, como exercícios, boa alimentação e acompanhamento médico.A área de Gestão de Pessoas e Segurança do Trabalho promove campanhas de prevenção contra doenças do trabalho. A empresa acompanha com rigor o resultado da avaliação dos exames periódicos e dá suporte ao colaborador, que, se necessário, é direcionado a procurar um especialista. (GRI LA08 e EU16)

Comunicação internaA comunicação interna é um instrumento eficaz de interação com os profissionais da Rede Energia. A Companhia tem como principal veículo para se comunicar com seus colaboradores a revista mensal Notícias em Rede, com tiragem de 10 mil exemplares. . A revista apresenta reportagens sobre a gestão da empresa, história de profissionais que são destaques na Companhia, saúde, turismo, projetos em andamento, ações de segurança no trabalho e eventos promovidos nas comunidades ao redor das concessionárias.Iniciativas inovadoras são freqüentes. Um exemplo é o comunicado chamado “Infobanheiro”, fixado na porta de cada banheiro da Cemat para a leitura rápida e fácil

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dos colaboradores que passam pelo local. Em 2009, os comunicados levaram aos funcionários informações sobre etapas do Programa Evoluir, premiações e campanhas contra doenças na concessionária.

VoluntariadoA Rede Energia apóia a participação dos empregados em programas de trabalho voluntário na empresa. Há a flexibilização no horário de trabalho, espaço físico para atividades, utilização de recursos tecnológicos, transportes e divulgação interna para aqueles que desejam trabalhar com atividades voluntárias.Os colaboradores têm liberdade para escolher as instituições beneficiadas, sejam com crianças ou idosos em situação de vulnerabilidade social. Normalmente, as ações ocorrem nas comunidades próximas ou em instituições de caridade.Um exemplo é o “Projeto de Mãos Dadas”, criado em 2002, que reúne profissionais de vários departamentos e áreas da Cemat. O projeto desenvolve atividades voluntárias que ajudam a promover a igualdade social em Mato Grosso.

Atuação da Rede Energia junto à Agência Reguladora A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma agência reguladora vinculada ao Ministério das Minas e Energia com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as Políticas e Diretrizes do Governo Federal. Em busca de melhores práticas para o setor elétrico, a ANEEL constantemente anuncia novas normas e regulamentos a serem seguidos pelas empresas.A Rede Energia possui uma área interna que lida com esse relacionamento, a vice-presidência de Assuntos Regulatórios

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Segurança no trabalho e capital humano

A importância do assunto “segurança” na Rede Energia resultou na criação do “Programa Segurança em Primeiro Lugar”. Com ações desenvolvidas desde 2008, o Programa consolidou-se ao ser lançado concomitantemente em todas as distribuidoras, em março de 2009. A iniciativa destacou a importância dos procedimentos de segurança para um trabalho seguronas redes de distribuição e envolveu colaboradores próprios, terceirizados e a população.Um total de 37 profissionais, entre técnicos, engenheiros e um coordenador, foram alocados na área de segurança no trabalho e passaram a se reportar diretamente ao vicepresidente coorporativo de operações. (GRI LA06)Para a valorização do profissional eletricista e melhor cumprimento de todas as regras de segurança durante o trabalho, a Rede Energia realizou o I Rodeio dos Eletricistas. O objetivo foi a troca de experiência entre os profissionais e a conscientização da importância dos equipamentos de segurança. Durante três dias, os profissionais ficaram hospedados em um mesmo hotel, em Mato Grosso do Sul.Outra importante iniciativa da área de Segurança no Trabalho da Rede Energia, em 2009, foi a troca dos uniformes dos eletricistas, que deu a eles mais conforto, proteção e a possibilidade de melhor transpiração. Houve a exclusão de bolsos para evitar que objetos guardados causem mais danos ao corpo do eletricista em casos de acidentes. Também foi adotado o cinto paraquedista com linha de vida, que evita lesões em quedas de locais altos.Os indicadores técnicos e comerciais apresentam certificação ISO 9001 na área de segurança no trabalho. Os treinamentos para a padronização de procedimentos continuam para uma redução mais efetiva do número de acidentes. Esse empenho tem como meta a redução do número de acidentes de trabalho. Em 2009, os acidentes com colaboradores próprios na Rede Energia somaram 175. A meta é reduzi-los para 166, em 2010.

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Acidentes de trabalho com colaboradores próprios na Rede Energia (em 2009) – (GRI LA07) (GRI EU25)Total de acidentes de trabalho – 175Acidentes com afastamento – 79Acidentes sem afastamento – 94Óbitos – 02

Quando ocorre um acidente, imediatamente é aberta uma sindicância para a apuração das causas do mesmo. Posteriormente, um plano de melhorias impedirá a repetição do ocorrido. (GRI PR01)Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos pela direção, gerência, pelos colaboradores e pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).Ao longo de 2009, foram implantadas visitas às empresas, realizadas por uma área interna de regulamentação da Rede Energia, para a elaboração de planos de correção. O objetivo das vistorias é a manutenção da certificação da empresa e a prevenção de registros de acidentes.As ações do “Programa Segurança em Primeiro Lugar” para os colaboradores próprios envolveram oito projetos: Integração de Segurança do Trabalhador e Saúde do Trabalhador;Diálogo de Saúde e Segurança; Segurança Ativa; Comunicação e Eventos; Ranking dos CRSs (Centro Regional de Serviços); Matriz de Avaliação; Carta de Autorização e Anjo da Guarda.Banners e faixas com os alertas “Saindo para mais um dia de trabalho? Chegou a hora de ficar ligado!”, “Segurança em 1º lugar!” e “Fique ligado” foram fixados em diferentes pontos de fácil visualização dos colaboradores, com o objetivo de alertar que a segurança é o item mais importante do trabalho na Rede Energia.A empresa promoveu uma série de eventos, como palestras, workshops, treinamentos e engajamentos de todas as esferas da Rede Energia, inclusive da presidência, da vicepresidência e das diretorias, que percorreram as regionais divulgando o novo programa de segurança.Para a conscientização das pessoas sobre a importância da adoção de normas e procedimentos seguros, foram organizadas palestras de motivação. Campanhas de rádio, distribuição de folhetos e cartazes nas cidades, mensagens nas faturas de consumo de energia com alertas de segurança são algumas das ações promovidas pela Rede Energia para conscientizar a população de que a energia é um bem que deve ser usufruído com cuidado.

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Desenvolvimento dos parceiros de negócio

A chegada da energia elétrica às comunidades de regiões ricas em biodiversidade, como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica, exige a utilização de produtos renováveis, mitigando o impacto ambiental. Para isso, a Rede Energia desenvolve parcerias para o desenvolvimento de tecnologia que melhor se adapte à localidade. Quando possível, são fechadas parcerias locais para o desenvolvimento da região.Desde 2006, a Rede Energia trabalha com a “cruzeta ecológica” – uma peça colocada nos altos dos postes de distribuição –, que é feita de polietileno e bagaço de cana-de-açúcar. Além de ecologicamente correta, é também mais durável. O novo material tem substituído a cruzeta de madeira durante os reparos e a instalação de novos postes. Já foram instaladas 237.854 unidades até o final de 2009. A produção da cruzeta ecológica é resultado de uma parceria com a pequena empresa Ecology Plastic, de Rio Claro, cidade do interior de São Paulo.A Rede Energia também estuda a implantação dos postes de fibra em regiões ribeirinhas nos próximos anos. São várias as vantagens do modelo alternativo ao poste de concreto. A peça de fibra de vidro pesa quatro vezes menos, precisa de apenas quatro homens como mão de obra, é instalada rapidamente, além de ter vida útil de 80 anos – três vezes mais que a peça de concreto.Estudos realizados apontam que a utilização destes postes pode, a princípio, ser mais onerosa, gastaria-se R$ 1,7 milhão com postes de fibra, em comparação aos R$ 1,4 milhão desembolsados na aquisição dos similares em concreto. No entanto, pode ocorrer a economia de 16,5% com mão de obra, redução de 33,3% com o transporte e 98,3% com a logística. E o prazo convencional de instalação cair de 314 dias para 96 dias.

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Investimento nas comunidades (esporte, educação, desenvolvimento regional)

Além de distribuir e produzir energia elétrica de forma segura, confiável e responsável em termos ambientais, a Rede Energia assume o compromisso de colocar em prática sua política de sustentabilidade, ao realizar investimentos com três focos principais: esporte, educação e desenvolvimento regional (geração de renda para as famílias).Sendo assim, todas as ações apoiadas pela empresa passam por uma avaliação prévia, verificando, justamente, se possuem alguma relevância para a comunidade onde a empresa está inserida. (GRI SO01) Esses projetos incluem a publicação de guias de turismo, patrocínios de eventos religiosos, educação a comunidades em situação de vulnerabilidade social, entre outros.No exercício encerrado em 2009, houve o investimento de aproximadamente R$ 8 milhões no desenvolvimento de programas sociais de educação, cultura, esporte e lazer.Como principal investimento social desenvolvido e mantido pela Rede Energia, a Fundação Aquarela foi criada em 2001, com o objetivo de desenvolver projetos sociais nas áreas de educação e esporte. A fundação tem como principal missão a formação do cidadão brasileiro.É uma entidade privada, sem fins lucrativos, formalmente declarada de utilidade pública federal pela Portaria n°1584 de 1 de outubro de 2007, com ações direcionadas a projetos de responsabilidade

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social para crianças e jovens. (GRI EC08) Abaixo estão listados alguns dos programas sociais mantidos pela Rede Energia, separados pelo tipo de iniciativa a que se relacionam: educação, esporte e desenvolvimento regional das comunidades locais (geração de renda).

1. Educacionais• Escola Nuremberg Borja de Brito Filho – Construída pela Fundação Aquarela na periferia de Belém (PA), no bairro Terra Firme, uma das regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. O objetivo é garantir às 340 crianças atendidas, na faixa etária de 4 a 10 anos, os direitos básicos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como saúde, educação, alimentação e lazer. (GRI EC08)As crianças ficam na escola em horário integral, têm acompanhamentos médico, nutricional, odontológico, psicológico, fonoaudiológico, psicomotor e de assistência social. Além disso, recebem quatro alimentações diárias, materiais pedagógicos e de higiene, uniformes e auxílio-alimentação. Para canalizar a agressividade de algumas crianças e potencializar suas habilidades, a escola oferece oficinas de brinquedos e artesanatos, posteriormente doados a uma entidade que também atua no bairro.Paralelamente, a escola desenvolve projetos de integração com as famílias das crianças atendidas e de geração de renda para essa população. Além de ensinar artesanato para as famílias, a escola oferece curso de corte e costura para as mães das crianças. Assim que estiverem capacitadas, essas mães serão incentivadas a montar uma cooperativa com a qual poderão gerar sua própria renda e conquistar melhores condições de vida.• Projeto Cidadania no Campo – Atende a 70 crianças e adolescentes da zona rural de Bragança Paulista (SP). As crianças da pré-escola participam de atividades extraclasse e recebem todo o material utilizado nas

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aulas, garantindo os direitos básicos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os demais alunos, é dada uma ajuda de custo para a compra do material escolar. Além disso, o projeto oferece aos pais das crianças, que completam 14 anos, uma colaboração mensal para que seus filhos continuem na escola, a fim de garantir e promover a continuidade dos estudos no ensino médio e evitar o trabalho infantil. (GRI EC08)

• Projeto Criança Luz – Apóia escolas comunitárias que não recebem verba dos governos estaduais e nem dos municipais. Resultam de iniciativas privadas em locais onde não há escolas suficientes para a população. A meta para os próximos anos é uma parceria com a Fundação Abrinq e o UNICEF com o objetivo de garantir as condições necessárias par que essas escolas se enquadrem nos critérios e possam receber benefícios do Estado. (GRI EC08)

• Lançamentos e distribuição de livros entre os colaboradores próprios e terceiros de todas as empresas da Rede Energia. Os livros também são entregues às secretarias de Educação municipais e estaduais dos locais onde as empresas da Rede Energia atuam.O objetivo é distribuí-los aos alunos da rede pública de ensino e em bibliotecas. Em 2009, foram distribuídos 72 mil exemplares. A série de histórias baseadas nas aventuras das personagens Lelê e Trix, voltada ao público infantojuvenil, teve início em 2008, com o lançamento do livro. A incrível viagem do imperador. Em 2009, foi publicada a obra A experiência investigativa. (GRI EC08)

• Coleção “Um Presente para Todos Nós” – Cidadania, diversidade e ética são alguns dos temas tratados nos livros da coleção em braile “Um Presente Para Todos

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Nós”, de Patrícia Secco. O grande diferencial dos livros é que além de serem em braile, eles trazem também a história impressa, em letras grandes e com ilustrações coloridas, sendo, por si só, totalmente inclusivos, pois podem ser lidos por qualquer pessoa, portadora ou não de deficiência visual. Em uma parceria com a Fundação Dorina Nowil para Cegos foram distribuídos 20 mil exemplares em escolas e bibliotecas de todo país.Na área de concessão da Rede Energia mais 14 mil livros foram distribuídos.

• Projeto Compromisso Todos Pela Educação – Adesão ao Programa Compromisso “Todos pela Educação” em 2006, um programa de consciência nacional para a inclusão das crianças em escolas públicas de qualidade.

• Programa Siminina - Voltado ao atendimento a meninas de 7 a 14 anos em situação de risco na capital mato-grossense, Cuiabá, o Siminina oferece atividades fora do horário escolar, incluindo reforço pedagógico, acompanhamento de tarefas, oficinas de dança, teatro, coral, pintura e artesanato em geral. Assim, busca facilitar o acesso dessas meninas a atividades necessárias para seu pleno desenvolvimento social, emocional, cultural e físico. São 1.500 meninas beneficiadas em diversas unidades do programa, que é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Cuiabá e existe desde 1997. Os resultados aparecem em dados como índices de aprovação escolar acima da média entre as meninas beneficiadas, bem como redução drástica de ocorrências de gravidez na adolescência. O apoio é realizado por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

• Projeto Nego D’Água - barco escola que serve como base para as capacitações e ponto de apoio para a implantação de atividades produtivas sustentáveis,

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realização de controle ambiental e instrumento para a coleta de material para na realização de pesquisas ligadas ao ecossistema aquático (ictiofauna, liminologia), entre outras.

2. Fomento ao esporte• Rede Atletismo Novos Talentos – É um programa de formação de atletas que busca dar condições para que o jovem faça do atletismo seu projeto de vida. Ao ingressar no programa, o jovem recebe bolsa-auxílio, assistência médica e odontológica, moradia, alimentação, bolsa de estudos e treinamento especializado, além do apoio de fisioterapeutas, massagistas, nutricionistas e uma academia de ginástica destinada à sua preparação física. Para formar atletas de base, o Rede Atletismo Novos Talentos selecionou 66 jovens, com idade entre 15 e 18 anos, nos sete estados onde atua a Rede Energia. Mais de 16 mil jovens se inscreveram para participar das eliminatórias e 186 foram para a final realizada em Bragança Paulista, no Centro Nacional de Excelência Esportiva (CNEE). Os jovens selecionados passaram a residir e treinar nesse centro, que foi construído especialmente para esse projeto e possui insfraestrutura para a realização de competições nacionais e internacionais. O projeto venceu os prêmios Top Social e Fundação Coge pelo melhor projeto apresentado pelas empresas de energia elétrica na área de Ações de Responsabilidade Social no ano de 2009. (GRI EC08)

3. Desenvolvimento regional e geração de renda• “Círio de Nazaré” - Patrocínio do maior evento religioso do Brasil, que ocorre no Pará todos os anos e é uma atração turística do Estado.

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• Guias históricos e turísticos - Elaboração de um guia histórico e turístico do Pará e Mato Grosso, em 2008, e lançamento em 2010 dos guias do Tocantins e Mato Grosso do Sul para o fomento do turismo nas regiões nas quais a Rede Energia atua.

• Portas Abertas - Realização de palestras sobre o uso racional de energia, a segurança e outros temas em escolas e entidades. Esse projeto é realizado nas empresas: Bragantina, Caiuá, Nacional, Força e Luz do Oeste e Vale Paranapanema.

• Projeto Transparência - Para esclarecer dúvidas e levar diversas informações de interesse da comunidade no que se refere ao uso da energia elétrica, a Celpa implantou o Projeto Transparência. O projeto é realizado por meio de palestras ministradas nas comunidades para promover o uso seguro e racional da energia e o consumo consciente. As palestras também orientam os clientes sobre os serviços prestados pela concessionária e seus direitos e deveres.

• Projeto navega Pará - O Navega Pará, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDECT), em uma iniciativa conjunta com o Governo do estado do Pará, é um projeto pioneiro que visa integrar todo o estado do Pará, implementando infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e articulando uma rede de fibra óptica, enlaces de rádios e satélites, a fim de promover uma grande ação de inclusão digital e de cidadania. O projeto beneficia a população de todo o Estado. Ao todo são 1.800 quilômetros de rede de fibra óptica que viabilizam ações em diversas áreas. Em 2009 foram inauguradas no nordeste paraense 45 cidades digitais e implantados 86 infocentros nos municípios. A Celpa está trabalhando em parceria com o governo

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do Pará na implantação deste projeto inovador e ousado, disponibilizando sua infraestrutura de postes das redes de distribuição para os cabos de fibra óptica, contribuindo para a promoção da inclusão digital, cidadania e para a melhoria no serviço de atendimento aos clientes da Celpa nos municípios beneficiados pelo projeto.

• Vale-luz – Esse projeto, realizado na Cemat, promove a troca de latas de refrigerante a garrafas PET por créditos a serem usados no pagamento da conta de energia. É realizado em parceria com a Rede de supermercados Modelo, com o Governo do Estado,

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a Aleris Latasa, Bioterra, Bimetal e União Cuiabana das Associações de Moradores de Bairros (Ucamb). Em 2010 terá a ampliação dos postos de coleta na capital mato-grossense. O consumidor leva o material reciclável até o posto de coleta, no supermercado, onde o produto é pesado. De acordo com o peso, ele recebe um vale. A conta de luz deve ser paga no próprio caixa do supermercado, com a apresentação do vale que gera o desconto. Todo o material recolhido é destinado à reciclagem por empresas especializadas.

• A Voz dos Bairros - A Cemat apóia a iniciativa da Federação Mato-grossense das Associações de Moradores de Bairros (Femab), que mantém um programa de rádio diário para divulgar as demandas e promover interação entre as associações de moradores. O programa de rádio é uma ferramenta importante para o fortalecimento e a união das comunidades em prol do desenvolvimento social.

• Fundo da Criança e do Adolescente – a Rede Energia procura direcionar recursos disponíveis para doações ao Fundo da Criança e do Adolescente, beneficiando entidades que promovem ações voltadas às crianças, à geração de renda e ao desenvolvimento regional.

• Feiras de negócios e eventos - Com o apoio à realização de feiras de negócios e eventos, a empresa, além de reforçar eventos tradicionais, incentiva a realização de negócios e o desenvolvimento econômico da sua área de concessão, bem como contribui para o fortalecimento das associações de classe.

Desempenho Social

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009155

Democratização do acesso

Na condição de maior holding do setor elétrico nacional, presente em 34% do território nacional, a Rede Energia assume o compromisso com as três esferas do governo – federal, estadual e municipal – para levar energia limpa às comunidades isoladas que vivem com elevado índice de analfabetismo e baixo índice de renda.Os investimentos da Rede Energia nos programas sociais somaram R$ 494 milhões em 2009, incluindo os programas: “Luz para Todos” (LPT), “Interligação da Ilha de Marajó”, “Programa Universalização”, entre outros. (GRI EU23)No programa do governo federal “Luz para Todos”, a Rede Energia é o segundo maior participante do País, tendo investido R$ 374,8 milhões para fornecer energia a populações urbanas e rurais de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).Instituído em 2003, o “Luz para Todos” tem a meta de levar energia elétrica para 100% da população do meio rural até 2010. O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado com a participação da Eletrobrás. A Lei 10.762 de 11/11/2003 alterou a prioridade de atendimento aos municípios, dando ênfase aos municípios com menor IDH, limitando esses atendimentos às novas unidades ligadas em baixa tensão (inferior a 2,3 kV), com carga instalada de até 50 kW. Segundo pesquisa feita pelo Governo Federal, quase metade dos atendidos pelo “Luz para Todos” deixou de utilizar outras fontes de energia, mais poluentes, como diesel, gasolina, querosene, gás ou pilhas. (GRI EU23)Essa pesquisa ainda mostra que 90% dos beneficiários afirmam que sua qualidade de vida aumentou; 86% dizem que as condições de moradia também são melhores; 38,5% dos entrevistados viram

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crescer a renda familiar; 34% dos atendidos tiveram melhorias nas condições de trabalho; e 41,1% passaram a desenvolver atividades escolares à noite. Outro projeto social em andamento é a “Interligação da Ilha de Marajó”, que prevê a construção de cerca de 500 quilômetros de linhas de distribuição, com 16 subestações, para os residentes da ilha. Pela primeira vez, a comunidade terá acesso à energia limpa e de qualidade, permitindo o desligamento de 15 usinas térmicas movidas a diesel. Sem a queima de óleo diesel, a emissão de CO2 será reduzida no maior arquipélago fluviomarinho do mundo. A primeira etapa do projeto foi iniciada em 2009 pela Rede Energia, com o investimento de R$ 60 milhões. O projeto continua até 2012.A Rede Energia tem promovido ações de eficiência energética. Através do “Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica”, que é um programa do governo federal cujo objetivo é a promoção e a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica, a empresa promove a doação de geladeiras e lâmpadas econômicas a famílias com renda de até três salários mínimos. Todos os equipamentos possuem o selo Procel.

Desempenho Social

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009157

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Desenvolvimento do País

A Rede Energia se une aos governos dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, e à Organização das Nações Unidas (ONU), e convoca desde prefeituras a cooperativas, associações, escolas e empresários para, em conjunto, tornar possível a melhoria dos indicadores sociais das regiões Norte e Centro-Oeste do País.A Rede Energia é a primeira empresa privada a apoiar a “Agenda Criança Amazônia”. Em 2009, a Agenda Criança Amazônia foi implantada no Tocantins e no Pará e, em 2010, será a vez do Mato Grosso. Até 2012, todos os 750 municípios, dos nove estados da Amazônia Legal, serão convidados a participar da iniciativa de mobilização, fortalecimento e monitoramento das políticas públicas locais.A campanha “Agenda Criança Amazônia” é um programa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o objetivo de melhorar as condições de vida dos nove milhões de crianças que vivem na Amazônia Legal brasileira.A parceria de Rede Energia com o UNICEF – órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) – tem como objetivo a melhoria das condições de vida das crianças do Pará e do Tocantins. Dentro da área de atuação, a Celpa e a Celtins mobilizaram sua infraestrutura para inserir uma “fatura carona” junto às contas de energia entregue aos consumidores. Qualquer um dos consumidores residenciais da Celpa e da Celtins podem

Desempenho Social

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009159

optar por contribuir com R$ 2,00 por mês ao UNICEF, para o desenvolvimento do projeto. A suspensão da colaboração pode ser feita a qualquer momento pelo consumidor. A verba tem como meta a melhoria de importantes indicadores sociais, como taxa de pobreza, mortalidade infantil e materna, desnutrição infantil, registro civil, acesso ao pré-natal, gravidez na adolescência, violência e trabalho infantil, incidência de Aids e malária, acesso à água potável, acesso e permanência na escola.

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Sobre o relatório

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Desde 2007, a Rede Energia publica seus relatórios socioambientais anualmente, seguindo o padrão GRI. Este relatório tem a abrangência do ano de 2009 completo – de 01/01/2009 a 31/12/2009.(GRI 3.1, 3.2 e 3.3)A GRI (Global Reporting Initiative) é uma organização não governamental internacional, com sede em Amsterdã, na Holanda, que, desde 1997, desenvolve e dissemina diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade a empresas do mundo todo. Este relatório alcança o nível B GRI, contendo informações econômicas, ambientais e sociais da organização, com um total de 100 indicadores reportados e mais 16 setoriais.Foram consideradas informações materiais, e, portanto, reportadas no relatório, todas aquelas que são relevantes para a empresa, ou seja, que afetam na gestão dos impactos sociais, econômicos e ambientais. Para a priorização dos temas, foram realizadas entrevistas com executivos seniores da Rede Energia, que têm grande entendimento sobre o negócio e sobre a empresa. Eles citaram quais os temas que foram mais relevantes, em sua percepção, durante o ano de 2009. (GRI 3.7) A Rede Energia acredita na importância do engajamento dos stakeholders, sendo assim, pretende disponibilizar o relatório a todos os que se interessarem por ele, uma vez que este estará disponível para acesso no site da empresa e em versões resumidas com os assuntos de interesse dos stakeholders de cada concessionária. (GRI 3.5 e 3.6)

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009163

A fim de identificar os principais stakeholders, na visão da empresa, foi feito um exercício com os executivos participantes do comitê de responsabilidade socioambiental. Esses executivos são atuantes em diversas áreas e diversas localidades geográficas dentro da Rede Energia. Durante uma reunião, cada executivo listou os principais stakeholders, em sua percepção. Em seguida, essa informação foi consolidada, pensando na Rede Energia como um todo, possibilitando, assim, a identificação da lista de stakeholders mais importantes na visão da própria empresa. (GRI 4.15)Neste relatório, não houve alterações que afetem substancialmente a comparabilidade entre as informações de anos anteriores ou entre outras empresas. (GRI 3.8) Também não pode ser citada nenhuma reformulação de informações fornecidas em relatórios anteriores que afetem a comparabilidade dos dados. (GRI 3.10)Os indicadores e as informações publicados neste relatório foram consolidados com base nas diretrizes dos protocolos do GRI e dos relatórios financeiros publicados conforme normas as quais a empresa está sujeita. Informações corporativas, questionário do GRI, entrevistas com as lideranças, relatórios apresentados à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) serviram de base para a compilação do relatório da holding. Ao longo do relatório, sempre que necessário, haverá nota explicativa caso a técnica de medição e/ou a base de cálculos sejam distintas. (GRI 3.9)

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Com relação às alterações relevantes nos métodos de coleta de informação, podemos destacar que no ano de 2009 foi criada uma ferramenta interna que consiste em um questionário enviado a cada uma das áreas das empresas da holding. Utilizando essa ferramenta, os executivos podem responder aos itens do GRI que forem relacionados à sua área. (GRI 3.11) Este relatório não incorpora a prática da verificação externa. Visando à integridade e credibilidade das informações aqui apresentadas, a Rede Energia submete as suas informações financeiras à auditoria externa. (GRI 3.13)Em caso de dúvidas quanto ao relatório, pode-se entrar em contato com a área de Responsabilidade Socioambiental da Rede Energia pelo e-mail:[email protected] ou pelo telefone: (11) 3066-2212. (GRI 3.4)A Rede Energia está localizada na Av. Paulista 2439 – São Paulo SP. (GRI 2.4)

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009165

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Sobre o relatório

C C+ B B+ A A+Relatório Niveis de aplicação

Cont

eúdo

do

rela

tório

Responder aos itens:1.1; 2.1 a 2.10;3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12; 4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15

Responder todos os critéros elencados para o Nível C mais:1.2; 3.9 a 3.13; 4.5 a 4.13, 4.16 a 4.17

Perfil da G3

Resultado

O mesmo exigido para o nível B.

Informações sobre a forma de gestão da G3Resultado

Não exigido. Informações sobre a Forma de gestão para cada Categoria do Indicador.

Forma de Gestão divulgada para cada Categoria de Indicador.

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

Indicadores de Desempenho da G3 & Indicadores de Desempenho do Suplemento Setorial

Resultado

Reponder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, econômico e ambiental.

Reponder a um mínimo de 20 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: econômico, ambiental, dir. humanos, praticas trabalhistas, sociedade, responsabilidade pelo produto

Responder a cada Indicador essencial da G3 e do Suplemento Setorial* com a materialidade de uma das seguintes formas:a) respondendo ao indicador oub) explicando o motivo da omissão

*Suplemento Setorial em sua versão final.

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

Com

ver

ifica

ção

exte

rna

Níveis de aplicação de Indicadores GRI G3

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009167

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Sobre o relatório

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Millennium Development Targets

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são um conjunto de 8 macro-objetivos, a serem atingidos pelos países até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos, empresas e da sociedade. Eles fazem parte da Declaração do Milênio, que foi aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. O Brasil, em conjunto com 191 países membros da ONU, assinou o pacto e estabeleceu um compromisso com a sustentabilidade do Planeta.

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009169

Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome• Fundação Aquarela • Convênio UNICEF – Agenda Criança Amazônia

Atingir a Universalização do Ensino Fundamental• Criança Luz• Fundação Aquarela• Compromisso Todos pela Educação• Doações para Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente

Reduzir a Mortalidade Infantil• Convênio UNICEF – Agenda Criança Amazônia• Doações para Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente• Apoio às Santas Casas

Melhorar a Saúde Materna• Apoio às Santas Casas – com arrecadação de doações das comunidades por meio da fatura de energia elétrica

Garantir a Sustentabilidade Ambiental• Programa de Redução de Emissão de CO2 • Programa de Recuperação de Áreas Degradadas• Sistema de Gestão Ambiental• Programa de Licenciamento Ambiental• Programa de Preservação da Biodiversidade• Programa Cuide do Seu Mundo• Livros de Educação Ambiental – LeLê e Trix• Eficiência Energética

Promover Parceria Mundial pelo Desenvolvimento• GT Ethos ISO 26000• Programa Luz para Todos• Compromisso Todos pela Educação

Projetos e Ações Desenvolvidas

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Sobre o relatório

Balanço SocialSocial Report

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma)

Receita líquida (RL) 5.044.554 3.995.756Resultado Operacional (RO) 64.265 394.371Folha de pagamento bruta (FPB) 384.771 403.000

2009 2008R$ R$

1. Base de cálculo

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009171

R$ FBP RL R$ FPB RL

Alimentação 33.494 8,7 0,7 26.066 6,5 0,7

Encargos sociais compulsórios 80.868 21 1,6 66.319 16,5 1,7

Previdência privada 6.137 1,6 0,1 2.876 0,7 0,1

Saúde 17.587 4,6 0,3 15.911 3,9 0,4

Segurança e medicina no trabalho

3.122 0,8 0,1 4.268 1,1 0,1

Educação 766 0,2 - 676 0,2 -

Capacitação e desenvolvimento profissional

1.627 0,4 - 2.788 0,7 0,1

Auxílio-creche 1.047 0,3 - 895 0,2 -

Participação dos empregados nos lucros ou resultados

12.920 3,4 0,3 6.681 1,7 0,2

Participação dos administradores nos lucros ou resultados

5.077 1,3 0,1 1.605 0,4 -

Incentivo à aposentadoria e demissão voluntária

1.410 0,4 - 5.528 1,4 0,1

Vale-transporte - excedente 1.380 0,4 - 1.850 0,5 -

Outros benefícios 3.884 1 0,1 2.358 0,6 0,1

Total indicadores sociais internos 169.319 44,1 3,3 137.821 34,4 3,5

2009 2008% sobre % sobre

2. Indicadores sociais internos

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172

Sobre o relatório

R$ RO RL R$ RO RL

Educação 2.566 4 0,1 2.455 0,6 0,1

Cultura 907 1,4 - 1.224 0,3 -

Esporte e lazer 290 0,5 - 141 - -

Combate à fome e segurança alimentar - - - - - -

Doações/contribuições 4.374 6,8 0,1 8.190 2,1 0,2

Outros 136 0,2 0 - - -

Subtotal 8.273 12,90 0,20 12.010 3,00 0,30

Programas sociais:

Programa Nacional de Universalização - Luz para Todos

374.752 583,10 7,40 703.011 178,30 17,60

Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL

5.708 8,9 0,10 4.761 1,20 0,10

Programa Universalização 53.008 82,50 1,10 34.292 8,70 0,90

Interligação Ilha do Marajó 60.404 94,00 1,20 - - -

Outros 158 0,20 - 437 0,10 -

Subtotal 494.030 768,70 9,80 742.501 188,30 18,60

Total de contribuições para a sociedade

502.303 781,60 10 715.021 181,3 17,9

Tributos (excluídos encargos sociais) 2.407.993 3.747,00 47,7 1.952.885 495,2 48,9

Total indicadores sociais externos 2.910.296 4.528,6 57,7 2.667.906 676,5 66,8

2009 2008% sobre % sobre

3. Indicadores sociais externos

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009173

R$ RO RL R$ RO RL

Estação ecológica - Fauna/Flora 1.964 3,1 3.073 0,8 0,1

Total de indicadores ambientais 1.964 3,1 3.073 0,8 0,1

Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa:

Fundo Nacional de Desenv. Científico e Tecnológico - FNDCT

9.768 15,2 0,2 8.170 2,1 0,2

Estudo de Pesquisa Energética - EPE (MME)

4.884 7,6 0,1 4.395 1,1 0,1

Programa de Eficiência Energética - PEE

24.092 37,5 0,5 18.565 4,7 0,5

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D

9.925 15,4 0,2 8.498 2,2 0,2

Total de investimentos relacionados com a produção/operação da empresa

48.669 75,7 1 39.628 10,1 1

Total de indicadores ambientais e invest. relac. com a produção/operação da empresa

50.633 78,8 1 42.701 10,9 1,1

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa

(x) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 51% a 75%( ) cumpre de 76% a 100%

(x) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 51% a 75%( ) cumpre de 76% a 100%

2009 2008% sobre % sobre

4. Indicadores ambientais

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174

Sobre o relatório

Nº de empregados no final do período 6.504 6.368

Escolaridade dos empregados:

Superior e extensão universitária 1.562 1.972

2º grau 4.206 3.794

1º grau 736 602

Faixa etária dos empregados:

Abaixo de 30 anos 2.119 1.862

De 30 até 45 anos (inclusive) 2.961 3.119

Acima de 45 anos 1.424 1.387

Nº de admissões durante o período 652 684

Nº de empregados desligados no período 500 626

Nº de mulheres que trabalham na empresa 1.631 1.637

% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao nº total de mulheres 2,15% -

% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao nº total de gerentes 9,14% -

Nº de negros que trabalham na empresa 2.712 289

% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao nº total de negros 0,93% -

% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao nº total de gerentes 5,24% -

2009R$

2008RS

5. Indicadores do corpo funcional (*)

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009175

Nº de empregados portadores de deficiência física 247 244

Nº de dependentes 10.715 10.896

Nº de estagiários 188 211

Nº de empregados terceirizados/temporários 6.259 6.848

2009R$

2008RS

5. Indicadores do corpo funcional (*)

2009 metas 2010Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

16,05 ND

Número total de acidentes de trabalho 175 166

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

( ) direção(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerências( ) todos(as) empregados(as)

(X) todos (as) + Cipa

( ) direção e gerências( ) todos(as) empregados(as)

(X) todos (as) + CipaQuanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve(X) segue as normas da OIT( ) incentiva e segue a OIT

( ) não se envolverá( X ) seguirá as normas da OIT( ) incentivará e seguirá a OIT

A previdência privada contempla:( ) direção

( ) direção e gerências(X) todos(as) empregados(as)

( ) direção( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla:

( ) direção( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

( ) direção( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

6. Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial (*)

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Sobre o relatório About the report

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considerados( ) são sugeridos

(X) são exigidos

( ) não serão considerados( ) serão sugeridos

(X) serão exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve(X) apoia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá(X) apoiará

( ) organizará e incentivará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

Na empresa: 9.273No Procon: 7.161

Na justiça: 4.868

Na empresa: 9.046No Procon: 6.925

Na justiça: 5.217

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

Na empresa: 98,77%No Procon: 85,50%Na justiça: 49,48%

Na empresa: 100%No Procon: 93,78%Na justiça: 49,44%

Valor adicionado total a distribuir Em 2009: R$ 4.948.642 Em 2008: R$ 4.288.654

Distribuição do valor adicionado (DVA):

Governo: 51,17%Colaboradores(as): 6,28%

Acionistas: -1,31%Terceiros: 38,53%

Lucros retidos: 5,33%

Governo: 54,37%Colaboradores(as): 7,83%

Acionistas: -0,8%Terceiros: 32,24%

Lucros retidos: 6,36%

2009 2008

6. Indicadores ambientais

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009177

7. Outras informações(a) Nos dados referentes a reclamações e críticas “Na Empresa”, foram considerados aqueles que entraram via ouvidoria e, no percentual de críticasatendidas ou solucionadas, considerou-se aquelas que foram atendidas e respondidas ao consumidor.(b) Visando aprimorar a qualidade das informações apresentadas no Balanço Social, algumas informações adicionais foram incluídas e, quando aplicável, os valores e dados de 2008 foram reclassificados para melhor comparabilidade, seguindo o padrão do IBASE sugerido pela ANEEL.(c) Negros - inclui negros e pardos, homens e mulheres.(d) (*) Informações não auditadas

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Glossário de Responsabilidade Social Corporativa:

Balanced Scorecard (BSC): Metodologia que busca traduzir a visão e a estratégia de uma empresa em indicadores- chave de desempenho que permitam o contínuo monitoramento e relacionem os objetivos estratégicos da organização a métricas estendidas a todos os níveis.

Desenvolvimento Sustentável: O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em 1987, na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU, e consiste na capacidade da sociedade atender às suas necessidades no presente, por meio das práticas econômicas e de mercado, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.

Ecoeficiências: Termo utilizado para identificar economias advindas do uso adequado de recursos naturais, possibilitado pela otimização de processos da empresa.

Educação Ambiental: A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e conceitos, que têm por objetivo o desenvolvimento das habilidades e a modificação das atitudes em relação ao meio ambiente, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos.

Inclusão Social: Prática voltada a deliberações sobre a inclusão de pessoas com falta de oportunidades sociais à educação, ao mercado de trabalho, à cultura, à saúde e a outros direitos essenciais.

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009179

Global Reporting Initiative – GRI: Organização internacional baseada na Holanda, pioneira no desenvolvimento de normas globais para elaboração de relatórios de sustentabilidade. A GRI é uma organização não governamental internacional, com sede em Amsterdã, na Holanda, que, desde 1997, desenvolve e dissemina diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade a empresas do mundo todo.

Indicadores GRI: Diretrizes qualitativas e quantitativas para mensuração, avaliação e comunicação de práticas da organização nos âmbitos econômico, social e ambiental.

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase: Instituição sem fins lucrativos, sem vinculação religiosa e partidária criada em 1981. O Ibase desenvolve projetos e/ou iniciativas nas seguintes linhas: Alternativas Democráticas à Globalização; Desenvolvimento e Direitos; Direito à Cidade; Economia Solidária; Processo Fórum Social Mundial; Juventude Democracia e Participação; Observatório da Cidadania: direitos e diversidade; Responsabilidade Social e Ética nas Organizações; Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

Instituto Ethos: O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização não governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa.

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Geração de Valor: No contexto de sustentabilidade, geração de valor significa a geração de benefícios monetários mensuráveis (valores tangíveis) a partir de práticas de Responsabilidade Social Corporativa, como economia de custos ou geração de receitas; ou de benefícios nãomonetários (valores intangíveis) advindos também dessas práticas como o aumento do valor da marca e da reputação da empresa, obtenção de licença para operar, atração e retenção de talentos, acesso ao capital e melhor gestão de riscos.

Políticas Públicas: Entende-se por Políticas Públicas um conjunto de ações coletivas organizadas pelo Estado, voltadas à garantia dos direitos civis, políticos e sociais, configurando um compromisso público que visa contemplar determinada demanda, em áreas diversas.

Relatório Anual: Relatório que consolida informações econômico-financeiras, elaborado anualmente por empresas que visam tornar suas práticas mais transparentes conferindo melhor comunicação com o mercado.

Relatório de Sustentabilidade: É a principal ferramenta de comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações. O modelo de relatório da GRI é atualmente o mais completo e mundialmente difundido. Seu processo de elaboração contribui para o engajamento das partes interessadas da organização, a reflexão dos principais impactos, a definição dos indicadores e a comunicação com os públicos de interesse.

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009181

Responsabilidade Social Corporativa: Forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

Stakeholders (públicos de interesse): Pessoas, grupos, organizações ou sistemas que afetam e podem ser afetados, direta ou indiretamente, pelas ações de uma empresa. São exemplos de stakeholders: colaboradores, fornecedores, consumidores, comunidade, governo, formadores de opinião, meio ambiente, acionistas etc.

Cadeia de Valor: Conceito de administração de empresas que designa a série de atividades relacionadas e desenvolvidas pela empresa para satisfazer as necessidades dos clientes, desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda até a fase de distribuição para o consumidor final. O gerenciamento da cadeia de valor, segundo a metodologia que popularizou esse conceito, traz à empresa vantagens competitivas, por meio da eliminação de atividades que não adicionam valor ao produto. Ao incorporar elementos de responsabilidade social ao gerenciamento da cadeia de valor e estimular essa incorporação por parte de sua cadeia de fornecimento e de distribuição, a empresa, além de adicionar valor ao seu produto, contribui efetivamente para o desenvolvimento sustentável.

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182

Cliente: Destinatário, beneficiário ou usuário externo à organização, de um produto ou serviço provido por um fornecedor, que pode ser interno ou externo à organização. Pode ser também aquele que compra bens ou serviços, para si ou para presentear.

Consumidor: Aquele que faz uso dos bens ou serviços, adquiridos por si ou por outros.

Consumo consciente: Visa transformar o ato de consumir em um ato de cidadania. Em adição ao bem-estar pessoal, o consumidor consciente considera em suas escolhas de consumo as possibilidades ambientais e as necessidades sociais.

Governança corporativa: É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.

Resíduo:Termo utilizado para qualquer material, seja gás, líquido ou sólido, resultante de processos de produção, extração de recursos naturais, execução e utilização de produtos e serviços.

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009183

Glossário específico da empresa:

Holding: Sociedade gestora de participações sociais criada com o objetivo de administrar um grupo delas (conglomerado). A empresa criada para administrar possui a maioria das ações ou quotas das empresas componentes de determinado grupo de empresas, que podem ou não pertencer a diversos setores de atividade.

Bioenergia: Energia renovável obtida pela transformação química da biomassa.

Linhas de transmissão: Sistema usado para transmitir energia eletromagnética. Esta transmissão não é irradiada, é sim guiada de uma fonte geradora para uma carga consumidora, podendo ser uma guia de onda, um cabo coaxial ou fios paralelos ou torcidos.

Desestatização: Processo de venda de uma empresa ou instituição do setor público - que integra o patrimônio do Estado - para o setor privado, geralmente por meio de leilões públicos.O processo de desestatização, segundo o Programa Nacional de Desestatização em seu Art. 1°, inciso I, da Lei de 9 de setembro de 1997, tem como objetivo fundamental “a reordenação da posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público”.

Sistemas elétricos desconectados ou isolados: São localidades não integradas à distribuição de energia elétrica. Esses locais acabam sendo abastecidos por usinas termelétricas ou não são abastecidos. O Brasil

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184

possuía vários sistemas elétricos desconectados, o que impossibilitava uma operação eficiente das bacias hidrográficas regionais e da transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras.

Ambiente de Contratação Regulado (ACR): Segmento no qual as empresas de distribuição realizam as operações de compra e venda de energia elétrica precedidas de licitação.

Ambiente de Contratação Livre (ACL): Segmento no qual as empresas de distribuição realizam operações de compra e venda de energia elétrica por meio de contratos livremente negociados, firmados com Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE), agentes comercializadores e importadores de energia, consumidores livres ou geradores estatais. Estes últimos só podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos.

ABRADEE: Sigla de Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, que tem atualmente um quadro de empresas associadas que compreende mais de 95% do mercado de energia elétrica no Brasil.

Ações preferenciais: Conferem ao titular prioridades na distribuição de resultados e no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia. Entretanto, as ações preferenciais não dão direito a voto ao acionista na Assembléia Geral da empresa, ou restringem o exercício desse direito.

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009185

Ações ordinárias: Conferem ao titular os direitos essenciais do acionista, especialmente participação nos resultados da companhia, e direito a voto nas assembléias da empresa. Cada ação ordinária corresponde a um voto na Assembléia Geral.

ANEEL: Sigla de Agência Nacional de Energia Elétrica. É uma autarquia em regime especial vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) e tem como atribuições: regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica, atendendo reclamações de agentes e consumidores com equilíbrio entre as partes e em beneficio da sociedade; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos; estimular a competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços.

SAP: Sistema integrado de gestão empresarial (ERP), que procura contemplar a empresa e todos os seus departamentos funcionais na criação de um banco de dados centralizado comum.

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Estrutura tarifária horo-sazonal: Aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia (divisão em horário de ponta e horário fora de ponta) e dos períodos do ano (divisão em período seco e período úmido). Elas podem ser de dois tipos: a tarifa Verde e a tarifa Azul.

CCEE: Sigla de Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. É uma Associação civil integrada pelos agentes das categorias de geração, de distribuição e de comercialização de energia elétrica, que desempenha papel estratégico para viabilizar as operações de compra e venda no Sistema Interligado Nacional (SIN), registrando e administrando contratos firmados entre geradores, comercializadores, distribuidores e consumidores livres.

Energia Incentivada/Renovável: Energia que advém de fontes naturais que são capazes de se regenerar, e são, portanto, virtualmente inesgotáveis. São exemplos de fontes de energia renovável a eólica, a solar e a de biomassa.

Área de concessão: Mediante contratos de concessão, assinados entre a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e as empresas prestadoras dos serviços de transmissão e distribuição de energia, são estabelecidas regras claras a respeito de tarifa, regularidade, continuidade, segurança, atualidade e qualidade dos serviços e do atendimento prestado aos consumidores em determinada área por um dado período de tempo.

Sobre o relatório

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relatório de responsabilidade socioambiental 2009187

Cruzeta: Peça localizada no alto dos postes de transmissão de energia, originalmente utilizadas por Companhias de Energia Elétrica, que servem de apoio aos cabos e fios que são transpassados de um poste ou outro.

Logística reversa: Também conhecida como “Canais de Distribuição Reversos”, pode se traduzir na forma como parte dos produtos no pós-venda ou no pós-consumo retornam ao ciclo produtivo, readquirindo valor seja no reuso ou na reciclagem de seus materiais constituintes, minimizando os impactos ambientais através da diminuição de resíduos no pós-consumo e economizando energia. Este novo conceito de logística está alinhado às ações de responsabilidade ambiental da empresa com as exigências governamentais e com as políticas internacionais de sustentabilidade ambiental.

Rede Sul-Sudeste: Nomenclatura utilizada pela empresa para se referir as distribuidoras que estão localizadas nas regiões sul e sudeste do Brasil. O termo engloba as seguintes distribuidoras: Vale Paranapanema, Caiuá, Bragantina, Companhia Força e Luz do Oeste e Nacional.

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188

Índice Remissivo GRI (GRI 3.12)

Indicadores de Perfil

1 Estratégia e Análise

GRI 1.1 Declaração do presidente 8

GRI 1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades. 29

2 Perfil da Organização

GRI 2.1 Nome da organização 13

GRI 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 12

GRI 2.3Estrutura operacional da organização, incluindo principais di-visões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures.

52

GRI 2.4 Localização da sede da organização. 164

GRI 2.5

Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório. .

12

GRI 2.6 Tipo e natureza jurídica da sociedade 52

GRI 2.7Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/beneficiários)

13, 14, 15

Página

Sobre o relatório

Page 189: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009189

GRI 2.8Porte da organização, incluindo:número de empregados;vendas líquidas;capitalização total discriminada em termos de dívida e patrimônio líquido; quantidade de produtos ou serviços oferecidos.

66, 68

GRI 2.9

Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária, incluindo: localização ou mudança nas operações, inclusive abertura, fechamento e expansão de unidades operacionais; mudanças na estrutura de capital social e outra formação de capital; manutenção ou alteração nas operações (para org. do setor privado)

70

GRI 2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 30

Indicadores de Perfil Página

Page 190: Relatorio rede-energia-sgasst

190

3 Parâmetros do Relatório

GRI 3.1 Período coberto pelo relatório 162

GRI 3.2 Data do relatório anterior 162

GRI 3.3 Ciclo de emissão de relatórios 162

GRI 3.4Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório e seu conteúdo.

164

GRI 3.5

Processo para a definição do conteúdo do relatório (incluindo determinação da materialidade; priorização de temas dentro do relatório; identificação de quais stakeholders a organização espera que usem o relatório)

162

GRI 3.6Limite do Relatório (países, divisões, subsidiárias, joint ventures, fornecedores, instalações arrendadas).

162

GRI 3.7Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite da GRI

162

GRI 3.8

Base para a elaboração do Relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações.

163

GRI 3.9Técnicas de Medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório.

163

Sobre o relatório

Indicadores de Perfil Página

Page 191: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009191

GRI 3.10

Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio, em métodos de medição).

163

GRI 3.11Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório. .

164

GRI 3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório. 188

GRI 3.13

Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. Se a verificação não for incluída no relatório de sustentabilidade, é preciso explicar o escopo e a base de qualquer verificação externa fornecida, bem como a relação entre a organização relatora e os auditores.

164

4 Governança, compromisso e engajamento

GRI 4.1

Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização.

53

GRI 4.2Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança seja um diretor executivo (e, se for o caso, suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição).

53

Indicadores de Perfil Página

Page 192: Relatorio rede-energia-sgasst

192

GRI 4.3Para organizações com uma estrutura administrativa unitária, declaração do número de membros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança.

37

GRI 4.4Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança.

134

GRI 4.5

Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos (incluindo acordos rescisórios) e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental).

139

RI 4.6Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados.

34

GRI 4.7

Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais.

40

GRI 4.8

Declaração de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação. Explique até que ponto eles são aplicados na organização em regiões e departamentos/unidades diferentes e relacionam-se a normas acordadas internacionalmente.

18

Sobre o relatório

Indicadores de Perfil Página

Page 193: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009193

GRI 4.9

Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.

34

GRI 4.10Processos para auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com o respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.

34

GRI 4.11

Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução. O artigo 15 dos Princípios do Rio introduziu o princípio da precaução. A resposta ao item 4.11 poderia relatar a abordagem da organização para gestão de risco no planejamento operacional ou no desenvolvimento e introdução de novos produtos.

60

GRI 4.12

Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa. Inclua a data da adoção e países/unidades operacionais em que são aplicados e a gama de stakeholders envolvidos no desenvolvimento e governança dessas iniciativas.

25

Indicadores de Perfil Página

Page 194: Relatorio rede-energia-sgasst

194

GRI 4.13

Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais de defesa em que a organização. Mencionar se possui assento em grupos responsáveis pela governança corporativa; integra projetos ou comitês; contribui com recursos de monta além da taxa básica como organização associada; considera estratégica sua atuação como associada.

128

GRI 4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 21

GRI 4.15Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar.

163

GRI 4.16

Abordagens para engajamento dos Stakeholders, incluindo a frequência do engajamento por tipo e grupos de stakeholders (podem ser incluídos levantamentos , grupos de discussão, comitês comunitários, comitês de assessoria corporativa, comunicações por escrito, estruturas gerenciais e sindicais, etc.).

128, 132, 137,

GRI 4.17Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los.

137

Sobre o relatório

Indicadores de Perfil Página

Page 195: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009195

Indicadores de Desempenho Econômico

EC01

Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos.

66, 98

EC02Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas.

111

EC03Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. / Coverage of the organization’s defined benefit plan obligations.

141

EC04 Ajuda financeira significativa recebida do governo. 70

EC05Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes.

140

EC06Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes.

129

EC07Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.

26

EC08

Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.

147, 148, 149, 151

PáginaIndicadores de Desempenho

Page 196: Relatorio rede-energia-sgasst

196

Indicadores de Desempenho Ambienatal

EN02 Percentual de materiais usados provenientes de reciclagem. 116

EN03Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária.

114

EN05 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. 120

EN06Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas.

120

EN08 Total de retirada de água por fonte. 116

EN11Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

109

EN12Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

106

EN14Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade.

113

EN16Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso.

118

Indicadores de Desempenho Página

Sobre o relatório

Page 197: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009197

EN17Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso. .

121

EN18Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas..

119

EN24

Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basiléia– Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.

122

EN26Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos.

111

EN28Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais.

106

EN29Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores.

120

EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo. 109

Indicadores de Desempenho Página

Page 198: Relatorio rede-energia-sgasst

198

Indicadores de Desempenho Referentes a Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente

LA01Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região.

138

LA03Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações.

137, 141

LA04Percentual de empregados abrangidos por acordos e negociação coletiva.

137

LA05Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva.

140

LA06

Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.

144

Sobre o relatório

Indicadores de Desempenho Página

Page 199: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009199

LA07Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.

145

LA08

Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.

142

LA09Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos.

104, 137

LA10Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional.

142

LA11Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira.

141, 142

LA12Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira.

142

Indicadores de Desempenho Página

Page 200: Relatorio rede-energia-sgasst

200

Indicadores de Desempenho Referentes a Direitos Humanos

HR01

Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.

128, 129

HR02Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.

128

HR04 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. 138

HR05

Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar este direito.

137

HR06Operações identificadas como risco de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.

129

HR07

Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.

129

Sobre o relatório

Indicadores de Desempenho Página

Page 201: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009201

Indicadores de Desempenho Social / Society Performance Indicators

SO01Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída

147

SO04 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. 138

SO06Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país.

127

SO07Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.

132

Indicadores de Desempenho Referentes à Responsabilidade pelo Produto

PR01

Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.

145

PR05Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.

130

Indicadores de Desempenho Página

Page 202: Relatorio rede-energia-sgasst

202

Indicadores de Suplemento Elétrico

EU01Capacidade instalada, discriminada por fonte de energia primária e por regime regulatório (MW).

16

EU04 Extensão das linhas de distribuição e transmissão. 16

EU06Planejamento para assegurar a disponibilidade e segurança na oferta de energia a curto e longo prazos.

61

EU08Atividades de pesquisa e desenvolvimento destinadas a fornecer energia elétrica confiável e promover o desenvolvimento sustentável.

111

EU09 Provisões para a suspensão de unidades de energia nuclear. 118

EU12Perdas na transmissão e distribuição, em percentagem do total de energia.

88

Sobre o relatório

Indicadores de Desempenho Página

Page 203: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009203

EU13Compensação na biodiversidade de habitats recuperados em relação às áreas afetadas.

108

EU16Políticas e procedimentos relativos à saúde e segurança de colaboradores e subcontratados.

142

EU23Programas, incluindo parcerias com o governo, para melhorar ou manter o acesso à energia elétrica e serviços de apoio ao cliente.

155

EU24Práticas para superar barreiras de acesso e garantir a segurança no uso dos serviços de energia (adequação à linguagem, cultura, baixa instrução, deficiência).

134

EU25Número de acidentes e óbitos, envolvendo os ativos da empresa, incluindo decisões legais, acordos e processos judiciais pendentes relacionados a doenças.

145

Indicadores de Desempenho Página

Page 204: Relatorio rede-energia-sgasst

204

Informações corporativas

REDE ENERGIA S.A.Av. Paulista, 2.439, 5o andar – São Paulo – SP – CEP: 01311-936

CAIUÁ – DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA S.A.Rodovia SP-425, km 455 – Presidente Prudente – SP – CEP: 19001-970

EMPRESA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA VALE PARANAPANEMA S.A.Rua Smith Vasconcelos, 462 – Centro – Assis – SP – CEP: 19814-010

EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A.Rua Teixeira, 467 – Taboão – Bragança Paulista – SP – CEP: 12916-360

EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S.A. – ENERSULAv. Gury Marques, 8.000 – Santa Felicidade – Campo Grande – MS – CEP: 79072-900

COMPANHIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICAAv. Miguel Stéfano, 622 – Vila Paulista – Catanduva – SP – CEP: 15803-095

COMPANHIA FORÇA E LUZ DO OESTEAv. Manoel Ribas, 2.525 – Centro – Guarapuava – PR – CEP: 85010-180

COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA DO ESTADO DO TOCANTINS – CELTINS104 Norte, cj. 4 – lote 12 A – Palmas – TO – CEP: 77006-032

CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES – CEMATRua Manoel dos Santos Coimbra, 184 – Bairro Bandeirantes – Cuiabá – MT – CEP: 78010-150

Sobre o relatório

Page 205: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009205

Direção GeralResponsabilidade Socioambiental Corporativa

Maria de Souza Aranha MeirellesSupervisão

Juliana RittesCoordenação de conteúdo

Renato Bomfim LombelloCoordenação de Projeto Gráfico

Engajamento, Conteúdo GRI e textosVia Gutenberg

Projeto Gráfico, diagramação e finalizaçãoFajardo & Ranzini Design Gráfico

FotosBanco de Imagens Rede EnergiaRicardo TelesWillian Souza / Revista OpiniõesLailson Santos

Créditos

CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ S.A. – CELPARodovia Augusto Montenegro, 8.150 – km 8,5 – Bairro Coqueiro – Belém – CEP: 66823-010

REDE COMERCIALIZADORA DE ENERGIA S.A.Av. Paulista, 2.439, 4o andar – Cerqueira César – São Paulo – SP – CEP: 01311-936

TANGARÁ ENERGIA S.A.Av. Paulista, 2.439, 6o andar – Cerqueira César – São Paulo – SP – CEP: 01311-936

Page 206: Relatorio rede-energia-sgasst

206

A Rede Energia agradece aos integrantes do Comitê e aos demais colaboradores, que foram fundamentais para a elaboração do presente relatório:

Comitê Corporativo de Responsabilidade Socioambiental

Abelardo Ferreira dos SantosÁrea Regulatória

Alessandro C. MicelliEscritório de Processos

Ana Claudia Mendes CotrinQualidade

Ana Luiza Anache LeiteComunicação

Ana Luiza RelaMeio Ambiente

Daniel MachadoGestão de Pessoas

Daniela Lepinsk RomioComunicação

Eraldo Silva PereiraRede Comercializadora

Evanize PatriotaComunicação

Geraldo Martins Riera FilhoQualidade

Hans Jurgen PfeiferInformação da Gestão

Ivo Nicolau da SilvaPesquisa e Desenvolvimento

Izaias Ferreira de PaulaSuperintendência Jurídica

Jefferson KopakSuperintendência Administrativa

Jonas GonçalvesPesquisa e Desenvolvimento

Luci SantiagoTecnologia da Informação

Maria Tereza Loureiro RoriguesResponsabilidade Socioambiental

Mariel GoesMeio Ambiente

Sobre o relatório

Page 207: Relatorio rede-energia-sgasst

relatório de responsabilidade socioambiental 2009207

Marinella GuimarãesComunicação

Mário RussoControladoria

Mirian de Lourdes Gomes da SilvaConsultoria de Mercado

Mônica Viveiros CorreiaGestão de Pessoas

Morgana RossiEscritório de Processos

Nicola FrancelliSaúde e Segurança

Paulo MachadoCoordenação de Frotas

Regina Ferreira CorreiaSuperintendência Administrativa

Reinaldo Teixeira MotaContabilidade

Risoleide AlmeidaAtendimento ao Cliente

Roberto Simões IeminiSuperintendência de Operações

Rodrigo Raphul Azevedo GarciaConsultoria de Mercado

Rosangela Valio CamargoRelação com Investidor

Vanessa NespoliSuprimentos

Waldirene LisboaComunicação

Zenilda DrumondComunicação

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