44

RELATÓRIO SDP

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Relatório de Acompanhamento de Ações da SDP/MDIC

Citation preview

Page 1: RELATÓRIO SDP
Page 2: RELATÓRIO SDP

Gabinete

Humberto Luiz de CastroChefe de Gabinete

Ilda BisinottiAssessora

Diretores

Alexandre CominDiretor de Competitividade Industrial

Alexandre CabralDiretor de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia

Paulo Sérgio Coelho BedranDiretor de Indústrias de Equipamentos e Transporte

Marcos Otávio Bezerra PratesDiretor de Indústrias Intensivas em Mão-de-Obra e Recursos Naturais

Coordenadores-Gerais

Rafael da Silveira Soares LeãoCoordenador–Geral de Acompanhamento de Ações e Programas Especiais

Julio Leite Cardoso Coordenador–Geral de Estudos e Inserção Internacional

Beatriz Martins CarneiroCoordenadora–Geral de Análise da Competitividade e Desenvolvimento Sustentável

Mário José das NevesCoordenador–Geral de Investimentos

Ricardo de Paula RomeroCoordenador–Geral de Arranjos Produtivos Locais

Tolio Edeo RibeiroCoordenador–Geral das Indústrias Metalúrgicas e de Bens de Capital

José Ricardo Ramos Sales Coordenador–Geral das Indústrias do Complexo Eletroeletrônico

Marcus de Freitas SimõesCoordenador–Geral das Indústrias Químicas e de Transformados Plásticos

João Luís RossiCoordenador–Geral das Indústrias Automotiva, Naval e de Equipamentos de Transporte

Margarete Maria GandiniCoordenadora–Geral das Indústrias de Máquinas Agrícolas e Rodoviárias

Edilson Urbano da SilvaCoordenador–Geral das Indústrias de Transporte Aeroespacial

Rita de Cássia Milagres Coordenadora–Geral de Agronegócios

Talita Tormin SaitoCoordenadora–Geral das Indústrias Intensivas em Mão-de-Obra

Secretaria de Desenvolvimento da Produção

Heloísa Regina Guimarães de MenezesSecretária

Page 3: RELATÓRIO SDP

Esse trabalho contou com a colaboração de todos os coordenadores-gerais da SDP e suas equipes.

Elaboração técnicaRafael da Silveira Soares Leão

Coordenador-Geral de Acompanhamento de Ações e Programas Especiais

Revisão de textoJuliana Gomes Ribeiro

Assessoria de Comunicação Social – Ascom/MDIC

Page 4: RELATÓRIO SDP
Page 5: RELATÓRIO SDP

Apresentação

Contando com pouco mais de 150 colaboradores – entre servidores, estagiá-rios e terceirizados –, a Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) opera importantes instrumentos de política industrial e articula diversos atores pú-blicos e privados nas esferas de governança do Plano Brasil Maior. Na gestão de programas como Inovar-Auto, Processo Produtivo Básico, Ex-tarifário e Bar-racões Industriais, a SDP viabilizou, diretamente e indiretamente, mais de R$ 40 bilhões de investimentos no setor produtivo brasileiro ao longo de 2013.

A produção técnica da Secretaria atingiu, nesse ano, mais de 3.600 documen-tos, entre notas técnicas, notas informativas, ofícios e memorandos. Seja na condução de seus próprios instrumentos, seja na atuação em diversos fóruns e instâncias de governança de políticas públicas, a produção técnica da SDP embasou e subsidiou a edição de diversos decretos, projetos de lei, medidas provisórias, resoluções Camex e portarias ministeriais e interministeriais.

Todo esse trabalho foi possível graças ao esforço de institucionalização e for-talecimento técnico das equipes e da infraestrutura de suporte às atividades. A SDP abraçou o esforço de Planejamento Estratégico conduzido pela Secreta-ria Executiva (SE) do MDIC e mobilizou suas equipes em momentos de reflexão e avaliação crítica do papel da Secretaria no fortalecimento da inovação e da competitividade no Brasil. A SDP não só destacou diversos colaboradores para se dedicarem à melhoria de sistemas e processos de trabalho, mas também de-finiu prioritária a ação permanente de revisão de metas, objetivos e resultados alinhados ao Mapa Estratégico do MDIC.

Heloísa MenezesSecretária de Desenvolvimento da Produção

Page 6: RELATÓRIO SDP
Page 7: RELATÓRIO SDP

Planejamento Estratégico

Plano Brasil Maior

Instrumentos de Política Industrial

Inovar-Auto

Ex-tarifário

Processo Produtivo Básico

Barracão Industrial

Articulação e formulação

Eixo Temático 1: Desenvolvimento produtivo e investimentos

Eixo Temático 2: Fortalecimento de cadeias produtivas

Eixo Temático 3: Inovação e agregação de valor

Eixo Temático 4: Desenvolvimento de fornecedores e cadeias produtivas

Eixo Temático 5: Integração produtiva e negociações internacionais

9

10

11

12

13

15

18

19

20

27

29

32

37

Sumário

Page 8: RELATÓRIO SDP
Page 9: RELATÓRIO SDP

9

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Planejamento Estratégico

Planejamento e desenvolvimento institucional marcaram a atuação da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) em 2013. Toda a Secretaria foi mobilizada num esfor-ço intenso e organizado de reflexão e priorização de ativi-dades e projetos. A definição do Mapa Estratégico da SDP e de seus objetivos estratégicos ocorreram ainda no início do ano. Os desdobramentos desse trabalho se deram ao longo de 2013 e seguiram as diretrizes traçadas pela Se-cretaria Executiva (SE) na condução do Planejamento Es-tratégico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), iniciado ainda no segundo se-mestre de 2012.

O Mapa Estratégico da SDP foi pactuado com 16 Objeti-vos Estratégicos. Com apoio da Secretaria Executiva, a SDP avançou na construção de metas, indicadores e iniciativas ligadas a esses Objetivos. Do total de 117 iniciativas, 58 são de caráter finalístico e demonstram o esforço do órgão em gerar políticas públicas de impacto para o setor produtivo.

O comprometimento da Secretaria com o avanço institu-cional do MDIC pode ser visto pelo número de iniciativas do Mapa Estratégico da SDP que foram elencadas como prioritárias no Mapa do Ministério. Das 84 iniciativas que compõem o Mapa do MDIC, 25 são de responsabilidade da SDP, sendo 24 delas finalísticas. Além disso, a SE escolheu as iniciativas da SDP para iniciar os testes do Sistema de Monitoramento e Avaliação pelo seu grau de maturidade conceitual.

Paralelo ao esforço de planejar e elencar prioridades, a SDP foi pioneira nas ações de mapeamento de processos do MDIC, atividade conduzida pela SE em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 2013, a política operacional de fixação e alteração de Pro-cesso Produtivo Básico (PPB) e de concessão de Ex-tarifá-rios – dois processos críticos de concessão de benefícios do MDIC conduzidos pela SDP – foram mapeados e sugestões

Mapa Estratégico da SDP tem 117

iniciativas, sendo 58 finalísticas

25 das 84 iniciativas do

Mapa Estratégico do MDIC são da

SDP

Mapeamento de processos

críticos: Ex-tarifário e PPB

Page 10: RELATÓRIO SDP

10

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

de melhorias validadas com as equipes técnicas. Em cur-so, estão em fase de mapeamento e sugestão de aprimo-ramento quatro processos importantes: gestão do banco de dados de anúncios de investimentos; gestão do Inovar--Auto; elaboração das regras de origem para a política de margem de preferência em compras públicas; e análise de pedidos de alteração tarifária temporária. Está previsto para ser iniciado, já no início de 2014, o mapeamento de mais quatro importantes processos da Secretaria: gestão de convênios de barracões industriais; coordenação da co-missão técnica do Plano Indústria; habilitação provisória do PPB; e coordenação do Grupo de Trabalho Permanente de Arranjos Produtivos Locais (GTP-APL).

Plano Brasil Maior

A Secretaria de Desenvolvimento da Produção é a entida-de central na condução do Plano Brasil Maior (PBM), pre-sente em todas as instâncias de base do Plano bem como nas instâncias de direção, mesmo que no papel subsidiá-rio de assessoria do Ministro. Cinco 1 dos 19 Conselhos de Competitividade Setorial do PBM são coordenados pela SDP e outros oito conselhos são vice coordenados pela Se-cretaria. Assim, direta e indiretamente, a SDP está envolvi-da com a articulação e a execução de pelo menos 70% das 318 medidas das Agendas Estratégicas Setoriais.

O nível de comprometimento do corpo técnico com o PBM pode ser evidenciado pelo nível de execução das Agendas Estratégicas conduzidas diretamente pela Secretaria. O ní-vel global de execução está em 26%, enquanto os cinco conselhos sob a coordenação da SDP apresentam desem-penho superior, de 39% (Gráfico 1). Vale ressaltar que par-te significativa desse esforço de execução é atribuída ao Conselho de Agroindústria, que responde sozinho por 42

1 Atualmente, são sete Conselhos coordenados pela SDP e seis vice coordenados. No entanto, no momento da última atualização dos dados apontados no texto a SDP ainda era vice coordenadora de oito e coorde-nadora de cinco.

SDP possui responsabilidade por, pelo menos, 70% das medidas

do PBM

42 das 94 medidas

concluídas no PBM são do Conselho de

Agroindústria

Page 11: RELATÓRIO SDP

11

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

das 94 medidas já concluídas do total das agendas. Parte substancial do restante das medidas está em execução e, no geral, apresentam expectativa de êxito até o final de 2014, prazo final para conclusão de todos os trabalhos do Plano Brasil Maior.

Gráfico 1 - Execução dos Conselhos coordenados pela SDP

Fonte: SAPI/ABDI

A SDP vinculou seu planejamento estratégico à formação das Agendas Estratégicas Setoriais, o que coloca o PBM como a atividade central da Secretaria. As atividades de formulação, execução e monitoramento dessas agendas são desempenhadas em plena articulação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) – que as-sume a responsabilidade de Secretaria-Executiva do PBM – e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Instrumentos de Política Industrial

Embora caiba à SDP desempenhar a principal função de coordenação e articulação do Plano Brasil Maior, a Secretaria cumpre um papel central na gestão, execução e monitoramento de um conjunto permanente de instrumentos de política industrial, com concessão de

95% das iniciativas

do PBM, coordenadas

pela SDP, estão concluídas ou em

andamento

Page 12: RELATÓRIO SDP

12

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

benefícios e estímulos de competitividade diretos ao setor produtivo. Atualmente, são quatro instrumentos: Inovar-Auto, Ex-tarifário, Processo Produtivo Básico e Barracão Industrial.

Inovar-Auto

O Regime Automotivo 2013-2017, denominado Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), foi instituído pela Lei nº 12.715/2012 (regulamentado pelo Decreto nº 7.819/2012) e teve seu início de vigência em 1º de janeiro de 2013. O programa tem o objetivo de forta-lecer a indústria automotiva nacional e criar incentivos à ampliação do conteúdo tecnológico dos veículos produzi-dos e comercializados no país, com foco especial na me-lhoria da eficiência energética e na segurança veicular. Responsável pela habilitação e fiscalização do cumprimen-to das metas estabelecidas no Inovar-Auto, a SDP habilitou 48 empresas, até o momento. Esse total inclui 21 fabrican-tes já instalados no país, 14 importadores e 13 novos pro-jetos de investimento que chegam a aproximadamente R$ 8 bilhões em ativos fixos. O incremento da capacidade ins-talada de produção é estimado em 525,7 mil veículos, po-dendo gerar mais de 12,5 mil empregos diretos. A renúncia fiscal do Programa, em 2013, foi de R$ 1,5 bilhão.

Além de exigir níveis mínimos de investimentos em pes-quisa e desenvolvimento e em engenharia, o Inovar-Auto define metas para eficiência energética dos veículos co-mercializados no período 2013-2017. A meta para habili-tação, que reflete a meta global de eficiência de todos os veículos comercializados no país no período entre outubro de 2016 e setembro de 2017, equivale a um incremento de eficiência energética de 12,08%. Já a meta desafio - corres-pondente à meta europeia de 2015 - para redução de dois pontos percentuais do Imposto Sobre Produtos Industriali-zados (IPI), equivale a um incremento de 15,46%. O atingi-mento dessas metas elevará em R$ 2,0 bilhões o montante investido em tecnologia no setor, até 2016. As emissões de dióxido de carbono evitadas entre 2014 e 2021 estarão en-tre 21,1 milhões de toneladas, para a meta de habilitação,

Inovar-Auto pode estimular

aproxImadamente R$ 8 bilhões em investimentos

48 empresas habilitadas

Redução de pelo menos 21,1 bilhões de ton de CO2 até o final da

década

Page 13: RELATÓRIO SDP

13

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

e 41,5 milhões de toneladas para a meta desafio. Estima--se, ainda, que a economia de gasolina do tipo C será de 12 bilhões de litros, entre 2014 e 2021, podendo alcançar 28 bilhões de litros na hipótese de cumprimento da meta desafio.

Alguns resultados do novo regime automotivo já começa-ram a aparecer. Em 2013, foi alcançado o melhor resultado da história da indústria automobilística no país, com a pro-dução de 3,74 milhões de unidades, superando em 9,9% as 3,40 milhões de unidades produzidas em 2012. Esta expan-são na produção resultou do aumento de 26,5% das expor-tações de veículos no período 2012-2013 e da manutenção dos níveis de importação e de vendas no mercado interno.

Ex-tarifário

O regime de Ex-tarifário consiste na redução temporária da alíquota do Imposto de Importação (II) de Bens de Capi-tal ou Bens de Informática e Telecomunicação sem produ-ção nacional. Na Tarifa Externa Comum do Mercosul, esses itens são assinalados como BK ou BIT, respectivamente. O mecanismo foi criado para viabilizar investimentos em tecnologia e processos de fabricação ainda não disponíveis no mercado nacional, em busca de inovação que aumente a competitividade dos produtos nacionais nos mais diver-sos setores. Em 2013, o número de concessões do benefício de redução do Imposto de Importação alcançou 2.831, com mais de 50 consultas públicas realizadas e mais de 4.200 pleitos analisados.

De 2008 a 2013, o Ex-tarifário produziu números relevan-tes para a economia brasileira. Foram mais de 13 mil má-quinas e equipamentos (BK e BIT) beneficiados, gerando um montante de mais de R$ 44 bilhões (Gráfico 2) em im-portações vinculadas a projetos de investimentos anun-ciados – valor superior a R$ 230 bilhões. O ano de 2013

Recorde de Importações

em 2013, via Ex-tarifário: US$ 17,5

bilhões

R$ 44 bilhões em investimentos

anunciados através do Ex-

tarifário

Page 14: RELATÓRIO SDP

14

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

registrou um recorde de importações, via Ex-tarifário, de mais de R$ 17,5 bilhões.

Gráfico 2 - Importações porEx-tarifário / US$ milhões FOB

Fonte: GECEX

Em 2013, diversas ações foram desenvolvidas pela SDP na condução da política de Ex-tarifário. A Secretaria propôs a atualização da Resolução Camex nº 17 com a pretensão de tornar a análise de pleitos mais ágil e transparente, sopesando os interesses dos importado-res e dos fabricantes nacionais. A nova legislação pre-tende dar tratamento mais adequado às demandas de acordo com os investimentos vinculados, o nível tec-nológico dos produtos a serem importados e o interes-se estratégico do País, observando as diretrizes do Pla-no Brasil Maior.

No mesmo contexto, o Brasil construiu uma proposta de reformulação do Regime Comum para Bens de Capital que permita aos países do Mercosul a utilização de regimes próprios na importação de Bens de Capital não produzidos no Bloco. Com a proposta ainda em análise, a SDP traba-lhou em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Secex) na prorrogação do waiver que permite aos países membros manter esses regimes em vigor.

Aproveitando o volume de informações e dados produzi-dos pelos pleitos e análises de concessão do benefício, a SDP formulou um Plano de Desenvolvimento de Forne-

Mais de 4.200 pleitos analisados

em 2013

Page 15: RELATÓRIO SDP

15

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

cedores para BK e BIT. Foram identificados 87 códigos da Nomenclatura Comun do Mercosul (NCM) com volume e regularidade de importações suficientes para viabilizar a produção nacional de diversos itens que são sistematica-mente importados. Os Ex-tarifários vinculados a esse gru-po de itens representam, em média, 38% de tudo o que foi importado nas respectivas NCMs 2, num montante que supera US$ 2,4 bilhões ao ano.

A SDP submeteu o Plano ao Conselho de Competitivi-dade de Bens de Capital do PBM e empresas do setor foram contatadas para verificar o interesse em produ-zir localmente os bens identificados. Em companhia da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-pamentos (Abimaq) e da Agência Brasileira da Inovação (Finep), a SDP esteve reunida com empresas em Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Piracicaba (SP), Join-ville (SC) e São Paulo (SP). No total, 40 empresas foram consultadas, além de terem sido realizadas visitas a seis outras companhias e à 14ª Feira Internacional de Máqui-nas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura., em São Paulo (SP).

Processo Produtivo Básico

O Processo Produtivo Básico foi definido por meio da Lei n.º 8.387/1991, como o conjunto de etapas fabris míni-mas necessárias como contrapartida aos benefícios fis-cais concedidos às empresas instaladas na Zona Franca de Manaus (Suframa). Paulatinamente, também foi ado-tado como contrapartida aos incentivos fiscais previstos pela Lei de Informática (Lei nº 8.248/91) e posteriormen-te agregados à sua legislação. Os PPBs são estabelecidos por meio de Portarias Interministeriais, assinadas pelos ministros do MDIC e do Ministério da Ciência, Tecnolo-gia e Inovação (MCTI).

Para examinar, emitir parecer e propor a fixação, alteração ou suspensão de etapas dos PPBs, foi criado o Grupo Técni-co Interministerial (GT-PPB), composto por representantes

2 Período compreendido de 2009 a 2011.

Desenvolvimento de Fornecedores com apoio do Ex-

tarifário

Revisão, atualização e melhoria da legislação de

PPBs e Ex-tarifários

GT-PPB preconiza valor agregado e adensamento

produtivo

Page 16: RELATÓRIO SDP

16

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

do MDIC, do MCTI e da Suframa. Geralmente, a iniciativa de fixação ou alteração de PPB para um produto específico é da empresa fabricante interessada na produção incenti-vada. A partir do recebimento da proposta, o GT-PPB avalia o pleito preconizando o máximo de valor agregado nacio-nal possível e o adensamento da cadeia produtiva.

A elaboração do PPB é um processo negocial, envolvendo a empresa interessada, possíveis fornecedores nacionais, outras empresas concorrentes pertencentes ao mesmo segmento e associações representativas dos setores en-volvidos. Questões como o montante de investimentos planejados, desenvolvimento tecnológico, possibilidade de exportações e se haverá ou não deslocamento geo-gráfico da produção são levadas em consideração no mo-mento da análise.

As propostas de PPB são de dois tipos: fixação – que tra-ta de novos produtos e responde por 24% das propostas; e alteração – que corresponde à revisão e/ou aperfeiçoa-mento de PPBs já existentes, com 76% de propostas ana-lisadas (Gráfico 3). No ano de 2013, foram 37 propostas, sendo nove de fixação e 28 de alteração, gerando 71 porta-rias (Gráfico 4) 3. Entre os produtos beneficiados, pode-se destacar: Unidade de Estado Sólido para armazenamento de dados (SSD – Solid State Drive), ecógrafo com análise espectral doppler – ultrassom –, e catalisadores para veícu-los de duas rodas. Importante notar que o alto volume de alterações nos PPBs indica uma atenção permanente com a obsolescência de técnicas produtivas e a atualização do parque fabril.

3 A diferença entre o número de propostas e de portarias ocorre pela duplicação de portarias em casos em que o produto incentivado pela Lei de Informática é fabricado na Zona Franca de Manaus.

Produtos de alta tecnologia

apoiados pela Lei de Informática

Processo transparente

e democrático de análise de

propostas de PPB

Permanente atualização

dos Processos Produtivos

Básicos

Page 17: RELATÓRIO SDP

17

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Gráfico 3 - Propostas de fixação e alteração de PPBs em 2013

Fonte: GT-PPB/SDP

Gráfico 4 - Portarias de fixação e alteração de PPBs em 2013

Fonte: GT-PPB/SDP

Em 2013, foi instituído o instrumento inovador da habilita-ção provisória, pelo Decreto nº 8.072/2013. De competên-cia exclusiva da SDP 4, a habilitação provisória de empresas aos benefícios da Lei de Informática é um procedimento

4 A Habilitação Definitiva aos incentivos da Lei de Informática é res-ponsabilidade conjunta do MDIC e do MCTI. Até a edição do Decreto 8.072/2013, as portarias contavam também com a assinatura do Ministé-rio da Fazenda.

Habilitação provisória

concedida no prazo médio de

21 dias

Recorde de portarias de habilitação

definitivas: 282

Fiscalização de quase 40

empresas

Page 18: RELATÓRIO SDP

18

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

sumário que permite o acesso mais rápido e simplificado aos incentivos da Lei, enquanto o processo de habilitação definitiva ou de inclusão de novos produ-tos tramita sem interrupção. Ano passado, foram publicadas 51 portarias com tempo médio de habilitação de 21 dias, prazo substancialmente inferior ao verificado na habilitação definitiva, que é superior a 12 meses. Também em 2013 foram publicadas 282 portarias de habilitação definitivas, contra 149 no ano anterior, e 51 portarias de habilitação provisória, totalizando 333 porta-rias de habilitação.

A fiscalização do cumprimento de PPBs - realizada em conjunto com o MCTI - alcançou quase 40 empresas. Além disso, desde o início da habilitação provi-sória, a equipe de fiscalização da SDP também efetua inspeções prévias relati-vas a alguns desses pleitos, quando necessário. Ano passado, foram inspecio-nadas nove empresas.

Barracão Industrial

O programa “Promoção do Desenvolvimento Industrial – Apoio aos Arranjos Produtivos Locais e às Cadeias Produtivas”, mais conhecido como Barracão Industrial, é uma política pública de convênios com repasse de recursos finan-ceiros entre o MDIC e administrações públicas municipais, estaduais e/ou dis-trital contemplados por emendas parlamentares com a finalidade de desen-volver e fortalecer cadeias produtivas, preferencialmente APLs. Dessa forma, o MDIC não possui recursos próprios para esse programa, desempenhando o papel de gestor dos convênios.

A finalidade do programa é estimular APLs a partir da construção de barracões industriais para desenvolver empresas de um determinado setor já instala-das no município, incentivando o intercâmbio entre empreendedores, asso-ciações e cooperativas em torno da cultura e da vocação produtiva local. Os barracões também funcionam como espaço de incubação para empresas de-senvolverem empreendimentos de base tecnológica ou tradicional com todo o apoio e a estrutura de serviços compartilhados.

Os barracões podem servir como central de serviços especializados, disponibilizando serviços e informações a empresas de setores industriais desenvolvidos e que possuam considerável número de empresas industriais. Nesse caso, podem ser disponibilizados, de forma concentrada, postos de atendimento de órgãos de arrecadação tributária, junta comercial, serviços bancários e de seguro, Correios, serviços jurídicos, de contabilidade, de internet, de comunicação, de nota fiscal eletrônica, central de atendimento e relacionamento com clientes, agência ou serviço de apoio ao trabalhador,

Page 19: RELATÓRIO SDP

19

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

despachante, estandes de vendas - automóveis, passagens aéreas, locação de veículos, hotelaria - e demais que sejam convenientes.

Até o final de 2013, a SDP administrava 34 convênios em execução, 33 aguardando repasse de recursos e 32 em prestação de contas, totalizando 99 convênios ativos. Dentro dos 33 convênios que aguardam repasse, 23 foram celebrados em 2013, aguardando o montante de R$ 7,1 milhões.

Gráfico 5 - Repasses pelo Barracão Industrial em R$ milhões

Fonte: SDP

Ao longo dos mais de dez anos dessa política, 215 municí-pios foram contemplados com 224 convênios, num valor que superou R$ 40 milhões. O estado do Paraná, com 129 convênios, é de longe o maior contemplado, com 123 mu-nicípios envolvidos, seguido por Goiás, com 30 convênios e 30 municípios.

Articulação e formulação

Os projetos e as atividades ligadas à formulação e execu-ção de políticas públicas na Secretaria de Desenvolvimen-to da Produção estão pautados pelo objetivo fundamental de aumentar a competitividade do setor produtivo. Gran-de parte das 58 iniciativas finalísticas do Mapa Estratégico

99 convênios ativos, 34 em

execução

23 novos convênios

celebrados em 2013

Mais de R$ 40 milhões aplicados

em mais de 10 anos

Page 20: RELATÓRIO SDP

20

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

da SDP estão refletidas nas Agendas do Plano Brasil Maior. Outra parte não é ligada diretamente ao PBM, mas ainda assim é relevante e compõe o conjunto de políticas públi-cas voltadas para o setor produtivo. Cinco são os eixos te-máticos nos quais se desenvolvem todas as ações da SDP, de forma que esse conjunto de ações descritas nas próxi-mas seções também inclui as Agendas do PBM.

Eixo Temático 1: Desenvolvimento produtivo e investimentos

Nesse eixo, a SDP atua em discussões técnicas sobre a execução das medidas de apoio ao setor produtivo. Essa atuação está calcada no apoio ao Governo na tomada de decisões sobre a solução de gargalos legais e infralegais que promovam a competitividade do país. No estímulo à ampliação de investimentos produtivos, a Secretaria ainda promove conceitos de sustentabilidade ambiental, efici-ência energética, energias renováveis e reciclagem de ma-teriais, preconizando mudanças conceituais na concepção do desenvolvimento produtivo.

Novos instrumentos e regulamentação

Diversas leis e regulamentos foram resultado de um intenso esforço de articulação institucional que contou com a participação da SDP. A introdução de produtos e/ou setores contemplados pelo Reintegra (Lei nº 12.546/2011) e pela política de desoneração da folha de pagamentos (Leis nº 12.546/2011, 12.715/2012, 12.794/2013 e Lei nº 12.844/2013) contou com o esforço da Secretaria em dialogar com diversas associações empresariais e produzir análises técnicas e políticas. Atualmente, 56 setores e mais de 3.300 códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) estão abarcados por essa política, com desoneração tributária esperada de aproximadamente R$ 12 bilhões em 2013 5. Essa também foi a contribuição da SDP na definição da lista final de produtos contemplados pela desoneração de PIS/Cofins da cesta básica (Lei nº 12.839/2013).

5 Valores estimados. O número fechado para o ano de 2013 ainda não está disponível.

Intenso esforço de articulação e formulação de

políticas públicas

Contribuição em diversas

leis e decretos voltados à

competitividade

Atuação central no Reintegra e

na desoneração da folha de pagamento

Page 21: RELATÓRIO SDP

21

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Na agroindústria, foi fundamental a participação da SDP para corrigir a aplicação de 60% do crédito presumido de PIS/Cofins (Lei nº 12.865/2013) nas compras de insumos de origem vegetal ou animal nas indústrias de ração. Essa mu-dança foi importante para corrigir a distorção tributária que incentivava a exportação de soja in natura em detrimentos de formas processadas. Ainda sobre a Lei nº 12.865, a Se-cretaria atuou nas negociações para a inclusão da possibi-lidade de geração de crédito presumido de PIS/Cofins de 4,16% sobre o valor da venda do biodiesel.

A SDP também contribuiu para a publicação da Lei nº 12.783/2013, que reduziu o preço da energia elétrica para consumidores industriais – especialmente os ener-go-intensivos, por meio da renovação antecipada de con-cessões e redução de encargos setoriais.

Outro importante regimento legal que contou com a atuação da SDP foi a Lei nº 12.859/2013, que instituiu o crédito pre-sumido de PIS/Cofins na venda e estocagem de etanol, in-clusive para fins carburantes, e também promoveu a desone-ração das matérias-primas químicas de primeira e segunda geração, com renúncia de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, em 2013.

Além da elaboração de leis, a SDP participa na articulação técnica da regulamentação de outros dispositivos legais e demais instrumentos regulatórios. A Secretaria dirigiu sua atenção para a regulamentação da Lei nº 12.794, que insti-tuiu o Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimen-to da Infraestrutura da Indústria de Fertilizantes (Reif), que pode destravar investimentos de aproximadamente US$ 13 bilhões até 2017. O Reif suspende o pagamento de PIS, Cofins e IPI na aquisição de bens e serviços, e sua regu-lamentação está voltada para investimento em P&D e pro-dução nacional. Ainda sobre químicos agrícolas, a SDP está articulada com Casa Civil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para redu-zir o prazo médio de registro de defensivos - atualmen-te em torno de cinco anos - destravando investimentos e

REIF pode destravar mais de R$ 13 bilhões em

investimentos até 2017

Page 22: RELATÓRIO SDP

22

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

reduzindo o déficit na balança comercial química, que foi de US$ 5,5 bilhões em 2012.

Na mesma linha, a SDP está articulada com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e demais entida-des do Sistema MDIC, como a Secex, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o Ban-co de Desenvolvimento Econômico e Social e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial para viabilizar a implantação de um sistema de segurança química no país que permita apoiar uma política industrial de comér-cio exterior, bloqueando importações de produtos quími-cos que apresentam risco à saúde e ao meio ambiente.

Na construção civil, a atuação da SDP também esteve mar-cada pela articulação do PBM com outras políticas públi-cas, como o Minha Casa, Minha Vida e o avanço em regu-lamentações técnicas. A SDP trabalhou pela inclusão do setor de móveis no programa Minha Casa Melhor. A SDP ainda articulou parceria entre MDIC, Exército Brasilei-ro (MD-EB), MCTI, ABDI e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para desenvolver a Plata-forma BIM e contratar consultores para o desenvolvimen-to da primeira etapa do projeto. O modelo de gestão da informação da construção denominado BIM (Building In-formation Modelling) contribui para o aumento da produ-tividade e a diminuição de custos e de riscos relacionados a obras de construção civil.

Na primeira etapa do projeto, a SDP contratou consultores para o desenvolvimento de um conjunto de tabelas para a NBR15965, norma que apresenta um sistema de classifica-ção para as informações da construção brasileira, e assi-nou um termo aditivo ao Convênio MDIC/ABNT para elabo-ração de mais 25 normas prioritárias para a construção civil. Vale mencionar a articulação com o Inmetro para produzir a Regulamentação Técnica para Componentes Cerâmicos para Alvenaria (Portaria Inmetro nº 558, de 19/11/2013) e a consulta pública para os Requisitos de Ava-liação da Conformidade para Blocos Vazados de Concreto para Alvenaria (Portaria nº 559, de 21/11/2013), ambas as

Amplo esforço de normatização e industrialização da construção

civil

SDP está articulada com todo o governo por um sistema

de segurança química

Page 23: RELATÓRIO SDP

23

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Articulação entre Política Industrial

e a Vigilância Sanitária

Participação fundamental da

SDP no Retid

medidas ligadas ao tema de coordenação modular na cons-trução civil.

Um conjunto de outras regulamentações de foco setorial mais restrito também contou com a participação da SDP, como a edição do Decreto nº 7.970/2013, que regulamen-tou a Lei nº 12.598/2012 - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid) - e conferiu à SDP a responsabilidade de emitir a Declaração de Processo Produtivo, que especifica a manufatura ou o desenvolvi-mento de produtos de defesa – mensurado de acordo com as apropriações de custos, e o desenvolvimento e a inova-ção tecnológica – realizados no país.

A SDP também foi peça chave na edição da Portaria In-terministerial MDIC/MS nº 206, que instituiu o Comitê Técnico de Articulação com o Sistema Nacional de Vi-gilância Sanitária no Âmbito do PBM (CT-VSPBM), cuja finalidade é gerenciar a implementação do Acordo de Co-operação Técnica firmado entre Ministério da Saúde (MS), MDIC e Anvisa para conjugação de esforços no estabeleci-mento de gestão das interfaces entre o PBM, o Grupo Exe-cutivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis) e o Siste-ma Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).

Buscando conciliar o cumprimento das exigências legais da Vigilância Sanitária com os desafios de competitividade dos setores industriais, o CT-VSPBM tem tratado de temas como a rastreabilidade e autenticidade de medicamentos, o registro de defensivos agrícolas no Brasil, a agilização de procedimentos para o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, a certificação de Boas Práticas de Fabricação para Equipamentos Eletro-Médicos, entre outros assuntos.

Outra atuação importante da SDP foi a atualização na Lei nº 10.833/2003 – por meio da Lei nº 12.844/2013 –, que ampliou os benefícios do regime de entreposto aduaneiro para bens destinados à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no país. A SDP elaborou a lista de bens beneficiados, que antes abrangia apenas plataformas,

Page 24: RELATÓRIO SDP

24

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

para incluir outras estruturas e embarcações empregadas no setor de petróleo e gás.

Outras discussões também estão em andamento e con-tam com o apoio técnico da SDP, como a criação de um sistema de rastreabilidade de medicamentos; a modi-ficação do marco regulatório de acesso ao patrimônio genético brasileiro - ponto ligado especialmente à ques-tão dos medicamentos fitoterápicos (substituindo a MP 2.186/2001); o aperfeiçoamento do Padis – através da atualização da Lei nº 11.484/2007, com a criação de instru-mentos complementares que possam induzir investimen-tos em semicondutores e displays; e o aperfeiçoamento do marco legal da inovação - por meio de dispositivo a ser incorporado ao PL nº 2.177. Nesse caso, o objetivo é con-ceder tratamento diferenciado na aquisição de bens e ser-viços, pela Administração Pública, às empresas que invis-tam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no país e às Empresas de Base Tecnológica (EBT).

Sustentabilidade ambiental

Na implementação da Política Nacional de Mudanças Cli-máticas, a SDP lançou o Plano Setorial de Redução de Emissões da Indústria (Plano Indústria), em articulação com outros órgãos de governo e o setor privado. Dois es-tudos foram iniciados para implementação da política. O primeiro, em parceria com o BNDES, avalia as emissões de gases de efeito estufa na produção de ferro e aço, vidro e cal, e o segundo é a atualização do estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) – feito em 2010 – so-bre a produção siderúrgica a partir de carvão vegetal. O material servirá de base para a revisão do Plano Setorial de Redução de Emissões da Siderurgia (Plano Siderur-gia), em articulação direta com o Ministério do Meio Am-biente (MMA).

A Secretaria de Desenvolvimento da Produção também atuou na articulação com GEF/MMA/MCTI na constru-ção do Projeto Produção de Carvão Vegetal de Origem Plantada, Sustentável e Renovável para a Indústria de Aço e Ferro no Brasil, visando à produção sustentável de

Plano Indústria coloca o MDIC no centro da agenda de baixo carbono

Em discussão o aperfeiçoamento

do Padis

Page 25: RELATÓRIO SDP

25

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

ferro e aço com uso de carvão vegetal. Esse projeto ajuda-rá o país a cumprir seu compromisso voluntário de re-dução de emissões da indústria siderúrgica, assumido perante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

A atuação da Secretaria na implementação da Política Na-cional de Resíduos Sólidos (PNRS) se deu por meio da coordenação do Grupo de Trabalho Temático (GTT) para definir os parâmetros para criação de sistema de logística reversa de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos. Em 2013, o GTT realizou o Estudo de Viabilidade Técnico--Econômica, mediante convênio com a ABDI, e elaborou o Edital de Chamamento para o Acordo Setorial de Lo-gística Reversa de Eletroeletrônicos.

A SDP também coordena o Grupo de Trabalho (GT3) com o objetivo de elaborar propostas de desoneração e criação de incentivos econômicos, financeiros e creditícios para a implementação da PNRS. A atuação da Secretaria na co-ordenação desses dois grupos produziu um estudo sobre incidência tributária na cadeia da reciclagem, em parce-ria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A SDP também celebrou dois acordos de cooperação técnica, um com a Agência Japonesa de Cooperação (Jica), para ações na área de reciclagem de resíduos eletroeletrônicos, e outro com o Ibama, para compartilhamento de dados e informações relativos às operações de importação e expor-tação de bens sujeitos à logística reversa.

Outras ações relevantes na área ambiental estão ligadas à rotulagem ambiental e compras públicas sustentáveis, como o lançamento do Projeto de Cooperação MDIC/MMA/MP/UNEP (United Nation Enviroment Program) e a celebração de Acordo de Cooperação com a Embaixada Britânica e o ICLEI (Governos Locais pela Sustentabili-dade) para desenvolvimento de capacitação em compras públicas sustentáveis, com foco no Plano de Logística Sustentável do MDIC. A SDP também está trabalhando na elaboração do Índice de Sustentabilidade na Administra-ção Pública, que serão encaminhados à Comissão Inter-ministerial de Sustentabilidade na Administração Pública

SDP à frente da logística

reversa para eletroeletrônicos

Apoio à desoneração tributária na

cadeia da reciclagem

Page 26: RELATÓRIO SDP

26

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

(Cisap) e critérios de sustentabilidade para compras pú-blicas, no âmbito do Grupo de Trabalho Intersetorial em Produção e Consumo Sustentáveis (em parceria com MMA e CNI).

Atração e facilitação de investimentos

As ações de atração e viabilização de investimentos pro-dutivos são um dos pilares da SDP. Por meio da Rede Na-cional de Informações sobre Investimento (Renai), a Secretaria atua alinhada à Secretaria Executiva com o ob-jetivo de harmonizar as agendas de atração de investi-mentos do MDIC, além de produzir relatórios periódicos de anúncios de investimento no Brasil e articular com os estados a disseminação de informações e instrumentos de apoio à atração de investimentos.

Em 2013 foi finalizado o relatório referente aos anúncios de projetos de investimento feitos em 2012. O investimen-to é um parâmetro fundamental na quantificação de cená-rios macroeconômicos. Nesse sentido, o Banco de Dados de Projetos de Investimentos disponibilizado pela Renai constitui-se atualmente na principal referência do país.

Outra iniciativa foi a elaboração do Catálogo Oficial de Oportunidades de Investimentos no Brasil (Brazilian Official Guide on Investiment Opportunities), que reú-ne informações sobre projetos e obras públicas nas diver-sas esferas de governo, com o objetivo de atrair investido-res e divulgar oportunidades de investimentos. A Renai foi a responsável por fornecer informações relativas às opor-tunidades de investimentos estaduais, bem como os res-pectivos dados socioeconômicos, alcançando a participa-ção de 26 unidades federativas.

A Renai também foi responsável por organizar a presença dos estados durante a Rodada de Investimentos no Sim-pósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs 2013), realizado no mês de novembro, em Brasília. Nesse encontro, os representantes estaduais apresentaram a investidores nacionais e estrangeiros os projetos previamente cadastrados no Catálogo Oficial de

SDP atua na ação de harmonização

das ações de atração de

investimento

Page 27: RELATÓRIO SDP

27

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Acordo com o DNPM para

estimular investimentos em

mineração

Acordo com a Jetro para

fortalecer agenda de investimentos

Brasil-Japão

Oportunidades de Investimentos. A rodada contou com 13 unidades federativas: Amapá, Pará, Alagoas, Bahia, Per-nambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em parceria com a fDi Intelligence e o governo do Estado do Rio de Janeiro, foi realizado o 4º Seminário de Capa-citação em Atração de Investimentos. O evento contou com entidades governamentais e privadas e abordou o Programa de Investimentos em Logística (PIL), as possibi-lidades de cooperação com a Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL) e a experiência do estado do Rio de Ja-neiro em promoção de novos empreendimentos, além de apresentações de entidades estrangeiras (da Espanha, da França e do Japão) sobre fundos de apoio à estruturação de projetos de infraestrutura no Brasil.

A Secretaria de Desenvolvimento da Produção também re-alizou acordo de cooperação com o Departamento Na-cional de Produção Mineral (DNPM) com o objetivo de compartilhar dados, estudos, metodologias e informações de oportunidades de investimentos e instrumentos de in-centivo. Outra ação importante foi o Acordo de Coopera-ção com a Japan External Trade Organization (Jetro), que busca promover o comércio bilateral e um maior in-tercâmbio de informações e ações de facilitação de inves-timento produtivo entre Brasil e Japão. Com base nesse acordo, a SDP apoiou a vinda de uma missão de empresas japonesas interessadas em conhecer as oportunidades de investimentos no Brasil, que visitaram os estados da Bahia, São Paulo, Pernambuco, Goiás e o Distrito Federal.

Cabe destacar ainda a participação da SDP, como repre-sentante do MDIC, no Grupo Técnico de Avaliação Econô-mica de Interesse Público (GTIP), onde, em conjunto com os demais membros, efetua a análise de suspensão ou al-teração de medidas antidumping ou compensatórias, por motivos de interesse nacional.

Page 28: RELATÓRIO SDP

28

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Eixo Temático 2: Fortalecimento de cadeias produtivas

As políticas de fortalecimento de cadeias produtivas são geridas de forma descentralizada em diversas instituições. Bancos públicos, autarquias e ministérios definem requi-sitos e obrigações de aquisição e fornecimento de bens e serviços nacionais em setores regulados e projetos críticos do governo, sob os mais variados critérios. Além disso, re-gimes tributários e incentivos fiscais também elaboram suas próprias diretrizes de contrapartida com o setor pri-vado e novos instrumentos são desenhados e aplicados.

Do ponto de vista da ação governamental em sua função precípua de formulação, execução e avaliação de política pública, esse conjunto de políticas gera uma descentrali-zação decisória que impõe uma alta exigência de coorde-nação. Seja na condução de instrumentos próprios ou na articulação e na condução compartilhada de instrumen-tos, a atuação da SDP é central na avaliação de possibi-lidades de adoção de ações dessa natureza em setores estratégicos e nas melhorias, inovações e harmonização metodológica para os instrumentos já em funcionamento.

A Secretaria possui assento permanente na Comissão Interministerial de Compras Públicas (CICP), responsá-vel por deliberar sobre a aplicação de margem de preferên-cias para produtos e serviços nacionais, de acordo com a Lei nº 12.349/2011 e o Decreto nº 7.546/2011. Conforme o normativo legal citado, a SDP é a responsável pela edi-ção das regras de origem que atestam a fabricação na-cional. No ano de 2013, a CICP aprovou margem de pre-ferência para equipamentos de tecnologia e comunicação (Decreto nº 7.903/2013) e para pás carregadeiras e tratores de lagarta (Decreto nº 8.002/2013). Após a publicação des-ses decretos foi editada, pelo MDIC, a Portaria nº 246/2013, regulamentando a regra de origem das pás carregadeiras e tratores de lagarta 6. Ainda sobre compras públicas, a SDP

6 A regra de origem dos equipamentos de tecnologia e comunica-ção é o Processo Produtivo Básico, conforme estabelecido pela Lei nº 12.349/2011.

Assento permanente na Comissão

de Margem de Preferência

Protagonismo nas políticas de adensamento

produtivo

Page 29: RELATÓRIO SDP

29

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

revisou os requisitos específicos de origem da Portaria MDIC nº 279/2011 (modificada pela Portaria nº 303/2013), incluindo o cadastramento prévio ao Finame/BNDES para motoniveladores e pás mecânicas, escavadores, carrega-doras, pás carregadoras e retroescavadeiras.

Outra ação relevante que contou com participação dire-ta da SDP foi a regulamentação da Lei nº 12.745/2012, através do Decreto nº 7.889. No mesmo contexto, o Decre-to nº 7.888 foi elaborado em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), e insti-tuiu regras de aquisição de bens e serviços nacionais para obras de mobilidade urbana do PAC2. Seguindo o disposto na própria Lei, o MDIC editou Portaria MDIC nº 131/2013, que dispõe sobre as regras de origem para cumprimento da obrigatoriedade de aquisição de pro-dutos manufaturados e serviços nacionais.

Do ponto de vista da articulação institucional necessária para conduzir o conjunto de ações existentes, foi criado o Grupo de Trabalho de Conteúdo Local no âmbito do Grupo Executivo do PBM. Seu objetivo principal é alinhar conceitos e ações entre MDIC, MPOG, ABDI e BNDES. Ao longo do ano, várias questões foram dirimidas pelo grupo, como a regulamentação do artigo 7º da Lei nº 12.794/2013, que instituiu o Regime Especial de Incentivo ao Desen-volvimento da Infraestrutura da Indústria de Fertili-zantes, e as evoluções metodológicas do Finame/BNDES, tanto na aplicação de nova metodologia de cálculo de na-cionalização progressiva para os aerogeradores como a nova metodologia geral (ainda em fase de avaliação), que utiliza como base de cálculo o custo diretamente relacio-nado ao processo de fabricação. Houve também reuniões para avaliar proposta de exigência de aquisição de produ-tos e serviços nacionais para os editais de concessão de ferrovias do Programa Integrado de Logística (PIL).

Para avançar no debate, a SDP organizou o Seminário Ferrovias, em Brasília, com mais de 150 participantes. O evento buscou aproximar os setores público e privado na discussão de políticas de atração de investimentos e de incentivo à indústria nacional no contexto dos projetos

Aquisição de bens e serviços nacionais nas obras do PAC-

Mobilidade

Seminário Ferrovias, que reuniu mais de

150 participantes, foi organizado

pela SDP

Page 30: RELATÓRIO SDP

30

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

de concessão na área de logística. Membros do governo, representantes da iniciativa privada e da sociedade civil discutiram sobre a situação da indústria metroferroviária, instrumentos de apoio do governo e grandes investimen-tos públicos e privados na área.

Eixo Temático 3: Inovação e agregação de valor

O Plano Brasil Maior é uma política pública assentada na inovação. Por ser uma política de governo, dialoga com outras políticas públicas e cria um espaço de interação en-tre vários órgãos. A SDP atua em rede promovendo a in-tegração de suas ações com políticas de inovação, ciência e tecnologia, e educação. Apesar de não ser a secretaria protagonista nesses assuntos, a SDP se preocupa em dire-cionar o debate em torno de tecnologias críticas, estimu-lar a atração de centros de P&D para o Brasil e fortalecer o acúmulo de conhecimento sobre marcas, patentes e de-sign no Sistema MDIC.

Sob sua coordenação está o Programa Brasileiro de De-sign (PBD), conduzindo o Comitê de Orientação Estra-tégica da Bienal 2015, que se realizará em Florianópolis (SC). Ao longo de 2013, aspectos técnicos como o tema e a identidade visual foram definidos. Dentro do PBD, foi elaborado e publicado, mediante convênio celebrado com a Apex-Brasil, o estudo “Mapeamento Estratégico para Inserção do Design nos Grandes Eventos Esportivos no Brasil”, com atenção para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Também em par-ceria com a Apex-Brasil foi encomendado o estudo Ma-peamento e Diagnóstico do Design no Brasil, que está sendo realizado pelo Centro Brasil Design, e foi realizada a exposição Celebrar Design Mercosul com a mostra de 30 peças da indústria moveleira, sendo 10 de cada país – Argentina, Brasil e Uruguai. A exposição ocorreu durante a Feira Casa Brasil de design moveleiro em Bento Gonçalves (RS).

No setor de confecções e calçados, a SDP conduz diversas ações voltadas para a agregação de valor através da inova-ção e do design. Como fruto da atuação da SDP no PBM, foi

SDP coordena o Programa Brasileiro de

Design

Ação conjunta com Apex-Brasil

em estudos e ações de design

Page 31: RELATÓRIO SDP

31

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

criada a Rede Tecnológica de Têxtil e Confecções (T&C), com oito Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT), entida-des representativas do setor privado e órgãos de governo, visando coordenar as ações de P&D e divulgá-las ao setor produtivo. Foi também realizada a Oficina de Processo Criativo na sede da ABIT, no âmbito do Convênio MDIC/ABIT. O evento abordou a metodologia FORTH (Full steam ahead; Observ and learn; Raise ideas; Test ideas; Homeco-ming) e os empresários foram colocados em contato com o que há de mais moderno na área de estímulo à inovação sistêmica, além de terem recebido treinamento com as fer-ramentas abordadas.

Ainda sobre o setor de confecções e calçados, a SDP avan-çou no projeto de Materiotecas – físicas e virtuais. As ma-teriotecas físicas são “bibliotecas” de materiais nas quais são disponibilizadas matérias-primas para as indústrias de confecções e calçados. A materioteca virtual complemen-ta a física com imagens, especificações técnicas e contatos das empresas fornecedoras.

Por meio do Convênio MDIC/Assintecal (Associação Bra-sileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) foi inaugurada a materioteca de São João Ba-tista (SC) e a materioteca virtual já se encontra disponibi-lizada e em fase de testes no site http://materiotecavirtual.com.br/. Esse mesmo convênio viabilizou a realização do Workshop de Integração do Sistema Moda Brasil (SMB), em Divinópolis (MG). O SMB é um instrumento tático-ope-racional de política industrial coordenado pela SDP cuja função é articular a implementação de ações estratégicas para o fomento das indústrias da moda brasileira.

Em ações compartilhadas com outras instituições, importantes medidas foram colocadas em operação ao longo de 2013. Esse é o caso do programa Prodesign do BNDES, que foi concebido em articulação com diversos Conselhos de Competitividade do PBM. O programa foi criado para incentivar investimentos em design, moda, desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas em diversas cadeias produtivas.

Fortalecimento das Materiotecas

para o setor de confecções e

calçados

Formação da Rede Tecnológica

de Têxtil e Confecções

Participação na construção do Prodesign do

BNDES

Page 32: RELATÓRIO SDP

32

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Com vigência até dezembro de 2015, o Prodesign financia diversos tipos de despesas, com destaque para as relacio-nadas à P&D, prototipagem, aquisição de softwares desen-volvidos no país, despesas com treinamento, capacitações gerencial, técnica e de apoio operacional, aquisição de máquinas e equipamentos novos e a desenho industrial, investimentos em marketing e moldes industriais.

No Pronatec, as equipes técnicas da SDP promoveram di-álogos com o setor privado para articular a demanda por cursos de capacitação em diversos setores e subsidiar o MDIC em seu acordo com o MEC na criação do Pronatec--PBM (Plano Brasil Maior). O mapeamento da demanda por qualificação foi realizado pela Secretaria de Inovação do MDIC e contou com apoio da SDP junto às empresas e associações setoriais, gerando mais de 94 mil vagas homo-logadas. Os destaques são para o setor têxtil, com mais de 48 mil vagas, de etanol, com mais de 24 mil, e TICs, com mais de 12 mil. O MDIC está em fase final de negociações com MME e Petrobras para formalizar cooperação específi-ca no setor de petróleo, gás e naval, alinhando o Pronatec e o PNQP/Prominp (Programa de Mobilização da Indús-tria Nacional de Petróleo e Gás Natural). Essa parceria já está sendo iniciada com uma turma para soldadores espe-cializados no processo eletrodo-revestido para aço carbo-no e aço baixa liga, executado pelo Senai de Aracajú.

Ainda na área de petróleo, gás e naval, foi aprovada pela Agência Japonesa de Cooperação (Jica) proposta de Projeto de Cooperação Técnica Brasil-Japão no setor Naval e Offshore para promoção da qualificação pro-fissional em parceria com o Senai, que também atuará como instituição executora. Em novembro, uma missão técnica japonesa visitou os estados identificados como foco da cooperação – Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul – para identificar, com a SDP e o Senai, as necessidades de treinamento, bem como definir as dire-trizes, atividades e metas do projeto, que será executado em quatro anos, a partir de 2014.

No setor Espacial, a Secretaria iniciou estudo para ana-lisar a viabilidade do fomento e desenvolvimento do

Apoio ao Pronatec-PBM no levantamento de demandas junto ao setor privado

Projeto de Cooperação com

a Jica na área de P&G

Page 33: RELATÓRIO SDP

33

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

mercado de microssatélites no Brasil, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o MCTI, a Finep, o BNDES e a ABDI. O mercado de microssatélites – satéli-tes espaciais de tamanho pequeno e valores de fabricação mais acessíveis – ainda está em desenvolvimento em todo o mundo e não há grandes competidores consolidados, o que abre a possibilidade para o Brasil disputar esse novo nicho de mercado. O produto final do estudo será um pla-no de negócios de um cluster de microssatélites que domi-ne todo o ciclo fabril e tecnológico, o que inclui a manufa-tura, o lançamento, a gestão do dispositivo e sua vida útil em órbita e, finalmente, a inativação do artefato.

Eixo Temático 4: Desenvolvimento de fornecedores e cadeias produtivas

A atuação da SDP está cada vez mais voltada para subsidiar a elaboração de políticas públicas de adensamento produ-tivo e desenvolvimento de fornecedores em setores estra-tégicos. O órgão também tem concedido suporte técnico e político para transferências tecnológicas e programas de offset. No apoio a cadeias produtivas, além dos setores es-tratégicos, a SDP contribui para o desenvolvimento da po-lítica de Arranjos Produtivos Locais com foco em setores mais tradicionais em uma abordagem de desenvolvimen-to regional.

Arranjos Produtivos Locais

O Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Pro-dutivos Locais (GTP-APL), instalado em 2004 (Portaria Interministerial MDIC/MCTI/MP/MI nº 200) é coordenado pelo MDIC com apoio de uma Secretaria Executiva lo-tada na SDP. O GT articula ações de diversões órgãos com o objetivo de identificar os APLs existentes no país, definir critérios de ação governamental e construir um sistema de informações para o gerenciamento de projetos e ativida-des.

Atualmente, a discussão de APLs passa pela revisão dos instrumentos de política pública, pensando o adensamen-to e enraizamento das potencialidades produtivas e ino-

Fomento ao debate sobre a 2ª Geração de Políticas para

APLs

Estímulo ao mercado de

microssatélites no Brasil

Page 34: RELATÓRIO SDP

34

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

vativas locais, e trabalhando com múltiplas escalas terri-toriais, econômicas, sociais, culturais, e ambientais. Nesse ínterim, a SDP trabalha pela ampliação da integração de ações e políticas governamentais e incentiva a maior in-terlocução entre estados e municípios nas participa-çoes para desenvolvimento de APLs, com a discussão de definição dos marcos legais. Essa nova atuação está sendo chamada de 2ª Geração de Políticas para Arranjos Pro-dutivos Locais.

Para alavancar as discussões em torno do assunto, a SDP instituiu o Observatório Brasileiro de APLs (OBAPL), em 2012, que mantém um banco de dados com o registro completo de 167 Instituições de Apoio aos APLs, 27 Núcle-os Estaduais, 57 arranjos produtivos locais de todo o país e 246 empresas dos APLs registrados. O OBAPL disponibiliza também a Rede Social dos APLs, que possui cerca de 1.400 usuários - representantes de instituições de apoio, Gover-nos Federal, Estaduais e Municipais, além de empresários e sociedade civil -, que se organizam em suas mais de 30 comunidades de interesse. O Observatório também conta com um portal de divulgação com uma média de 100 vi-sitas diárias.

O OBAPL conduz diversas ações, como a Pesquisa de Cam-po nos APLs Brasileiros, que será realizada com recursos do MCTI e parceria com a ABDI para coordenar a pesquisa e desenvolver a metodologia de campo. Em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está em elaboração um sistema de automatização das bases de da-dos públicas para alimentar o Observatório e servir como insumo para a geração de indicadores dos arranjos produ-tivos. Em 2013 também foi concluída uma sequência de quatro turmas de treinamento para os Núcleos Esta-duais utilizarem o OBAPL, de forma que todos os estados encontram-se aptos a gerir as suas próprias informações. A partir de agora, o foco de treinamento passa a ser os pró-prios APLs, com quatro treinamentos-piloto em Alagoas, Goiás, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

A SDP, na condição de coordenadora do GTP-APL, reali-zou a 6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produti-

Lançamento do Observatório

Brasileiro de APLs e da Rede Social

dos APLs

Page 35: RELATÓRIO SDP

35

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

vos Locais – Sustentabilidade dos APLs: Governança, conhecimento e Inovação, em Brasília. O tema do even-to aponta para a preocupação de dar sustentabilidade e perenidade aos arranjos produtivos locais existentes, tor-nando-os mais competitivos através da inovação e de uma governança profissional e estratégica. Evento de caráter nacional, a 6ª Conferência propôs um debate voltado ao aprimoramento da atuação das instituições relacionadas ao tema. O objetivo central foi mobilizar os segmentos produtivos e as principais instituições governamentais e não governamentais para aprimorar as políticas de desen-volvimento regional e de apoio. Participaram mais de 600 pessoas, com a realização de oficinas, palestras, encontros de negócios, casos de sucesso, reuniões, parcerias e mini-cursos. Os temas discutidos refletem os assuntos mais im-portantes da discussão sobre a 2ª Geração de Políticas para APLs.

Desenvolvimento de fornecedores e offset

A SDP possui importantes ações de capacitação de for-necedores em dois setores estratégicos do PBM: auto-motivo e petróleo, gás e naval. Por meio da realização de convênios com diversas instituições capacitadas e com experiência no assunto, a Secretaria está aplicando mais de R$ 13 milhões em programas de desenvolvimento de fornecedores. A realização desses convênios está vol-tada para grandes empresas nos setores citados com o objetivo de ampliar relacionamentos cooperativos entre empresas âncoras e fornecedores de sua cadeia de valor para facilitar a realização de negócios e melhorar a compe-titividade dos setores. Estão em vigência projetos na Bahia e em Minas Gerais - petróleo, gás e naval -, e na Bahia e Pernambuco - automotivo. Nesse caso, o volume de recur-sos alcança mais de R$ 5 milhões e envolve, ao todo, 120 fornecedores.

Ao longo de 2013, mais convênios e ações foram desenvol-vidas e já começaram a ser implementadas. Com mais R$ 8 milhões em recurso da SDP e 300 fornecedores, o MDIC está realizando projetos no setor automotivo nos esta-dos de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Já em fase de

Mais de R$ 13 milhões em

desenvolvimento de fornecedores

Realizada, em Brasília, a 6ª Conferência

Brasileira de APLs

Ações de desenvolvimento de fornecedores

em diversos estados

Page 36: RELATÓRIO SDP

36

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

execução está um Acordo de Cooperação com o Sebrae Nacional para realização de projetos de encadeamento produtivo com empresas âncoras nos estados de Minas Gerais (FIAT), Rio Grande do Sul (General Motors), São Pau-lo (Volkswagen), Paraná (Renault), Rio de Janeiro (MAN, PSA, Nissan), Bahia (Ford) e Santa Catarina (BMW).

Em fevereiro, foi lançado o Plano de Desenvolvimento de APLs para o setor de Petróleo, Gás e Naval, no âmbi-to do Prominp, em cooperação com o Plano Brasil Maior. O projeto visa desenvolver ações de apoio para indução e fortalecimento de APLs estratégicos à competitividade da cadeia de petróleo, gás e naval em cinco territórios precursores: Suape e entorno (PE), Maragogipe e entorno (BA), Vale do Aço (MG), Comperj (RJ), e Rio Grande e entor-no (RS). Foram realizados diversos workshops e ações em cada um dos estados (19 no total) de modo a mobilizar o setor público e privado locais a constituir uma governan-ça e elaborar uma Agenda de Desenvolvimento Territorial/Plano de Ação.

Ao final de 2013 foi firmado convênio entre ABDI e Petro-bras, cujo objetivo é apoiar a constituição e o desenvol-vimento das governanças desses cinco APLs. O convênio também visa ampliar o projeto-piloto conduzido pela ABDI e pelo MDIC, que tem foco na qualificação de for-necedores de médio-grande e grande porte da indús-tria de petróleo, gás e naval. Inicialmente o projeto con-templava o atendimento a doze empresas, nos estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A partir do convênio entre ABDI e Petrobras, serão atendidas outras três empresas em cada um dos quatro estados e ou-tras seis no Rio de Janeiro. No total, por meio do convê-nio, serão investidos R$4 milhões.

No setor de Defesa, a SDP é parte fundamental na veri-ficação do cumprimento do offset no âmbito do Projeto HXBR. Esse projeto está vinculado à assinatura do acordo de cooperação entre Brasil e França, que estipula a aqui-sição de 50 helicópteros de médio porte para as For-ças Armadas. Cabe ao MDIC, por meio da SDP, verificar o cumprimento dos milestones –metas com entregas bem

Papel central do MDIC na

verificação do offset do projeto

H-XBR

Page 37: RELATÓRIO SDP

37

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

definidas, presentes nos Projetos de Cooperação Indus-trial (ICP), nos quais será realizado o acompanhamento das empresas beneficiárias do Acordo de Compensação e Cooperação Industrial 001/CTA-SDDP/2008. O Contrato pactuado entre o Ministério da Defesa e o Consórcio He-libras/Eurocopter prevê, subjacente à construção de 50 helicópteros modelo EC-725 “Super Cougar”, um Acordo de Compensação Comercial, Industrial e Tecnológica para promover o desenvolvimento nacional por meio de ativi-dades de produção, comércio e transferência de tecnolo-gia, bem como dois Contratos de Suporte Logístico (CLS), um para a Aeronave e outro para os motores MAKILA 2A1 que equipam os EC-725. Assim, desde setembro último, a Secretaria vem realizando a verificação do cumprimento dos Projetos de Cooperação Industrial, visando dar supor-te ao Ministério da Defesa no que concerne ao reconheci-mento dos créditos de offset do Programa HXBR.

Ainda no âmbito do Projeto HXBR, a SDP deu ensejo ao Termo de Cooperação entre MDIC e Universidade Fe-deral de Itajubá (Unifei). Por meio deste, a Unifei fará o acompanhamento e avaliação do impacto da transferên-cia de tecnologia na competitividade das empresas bene-ficiárias dos 24 projetos do Acordo de Cooperação Indus-trial do Programa. A duração do projeto é de três anos (36 meses), podendo ser estendida a critério do MDIC, e o valor total de recursos previsto é de R$ 1 milhão.

Estudos e projetos

Dentro do tema desenvolvimento de fornecedores e aden-samento de cadeias produtivas, a SDP contrata e produz diversos estudos com instituições parceiras para subsidiar a formulação de suas políticas públicas.

Convênio Sebrae da Paraíba – Estudo do complexo ovino-caprino - o objetivo é aprofundar o conhecimento sobre o complexo de produtos da caprino-ovinocultura e os limitantes do seu desenvolvimento. Recursos do Convê-nio: R$ 527.878,76

Estudos voltados ao

desenvolvimento regional

Parceria com a Unifei em mais de R$ 1 milhão

para avaliação de offset do H-XBR

Page 38: RELATÓRIO SDP

38

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Convênio ABDI – estudos técnicos com foco na constru-ção civil para caracterização de produtos e atendimento a critérios de responsabilidade ambiental e social, qualida-de, coordenação modular e Norma de desempenho: Eco-nomia de Baixo Carbono; Estudo Técnico para o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Cerâmica Vermelha; Es-tudo Técnico para Agregados Minerais da Construção; Es-tabelecimento de Critérios de Referência para Avaliação da Sustentabilidade. Recursos do Convênio: R$ 1.916.024,00

Convênio Apex-Brasil – desenvolvimento de cursos à distância visando à promoção da competitividade em-presarial por meio da melhoria de processos e produ-tos das empresas brasileiras. O objetivo é desenvolver soluções técnicas de apoio ao empresário brasileiro, pro-porcionando ferramentas que lhes ajudem no seu posicio-namento estratégico frente às oportunidades de negócios em mercados internacionais. Recursos do Convênio: R$ 760.000,00

Estudo Café: tem como objetivo propor a sistematização de políticas públicas e de estratégias de negócios coorde-nadas para o reposicionamento estratégico da cadeia pro-dutiva do café, para uma maior agregação de valor no país. Valor do projeto: R$ 350.000,00

Convênio Apex-Brasil – implementação do Projeto Ex-tensão Industrial Exportadora (Peix): voltado para aten-der 224 empresas do APL do Alto Vale do Rio Negro (SC), com a introdução de melhorias de gestão administrativa, produtos e processos de produção, incrementando a com-petitividade de microempresas e empresas de pequeno e médio porte por meio de métodos técnico-gerenciais e tecnológicas disseminando a cultura exportadora, além de capacitar para a inovação, a interação e cooperação entre as empresas e instituições de apoio. Recursos do Convê-nio: R$ 590.233,26

Convênio Secretaria das Cidades do Ceará – Observatório do APL do Ceará: o objetivo do convênio é criar observatórios econômicos e sociais nas quatro macrorregiões do estado do Ceará: Sertão dos Inhamuns,

Mais de R$ 5 milhões em convênios

para estudos e capacitações

Articulação com diversas instituições

para estudos e pesquisas

Page 39: RELATÓRIO SDP

39

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Litoral Oeste/ Ibiapaba, Baturité e Sertão Central, para possibilitar o acompanhamento de indicadores econômicos e sociais, identificar e monitorar a formação de APLs. Recursos do Convênio: R$ 670.000,00

Convênio MDIC-ApexBrasil – Enraizamento branding: esse convênio pretende construir um plano de ação para aplicação da marca Brasil Fashion System, de forma a ati-var todos os atributos que norteiam a sua estratégia, pro-movendo a disseminação dos conceitos e apropriação pe-las empresas do setor da moda, bem como desenvolver a estratégia de comunicação da marca proporcionando o entendimento e fidelização do público externo e interno, incluindo o desenvolvimento de um web site. Recursos do Convênio: R$ 366.666,66

Eixo Temático 5: Integração produtiva e negociações internacionais

A SDP subsidia tecnicamente a construção de agendas de integração produtiva e apoio ao MDIC em negociações in-ternacionais, sejam de escopo setorial ou de caráter mais geral, como as que envolvem o Mercosul e as recentes tra-tativas com a União Europeia. Em 2013, a SDP avançou em três frentes principais: avaliação de pleitos de al-terações tarifárias, integração produtiva com o Merco-sul e respostas a questionamentos sobre o Trade Po-liciy Review - mecanismo da Organização Mundial do Comércio (OMC) que explicita as políticas comerciais dos Estados Membros da Organização.

No caso do Mercosul, a SDP é responsável pela parte bra-sileira no Subgrupo de Trabalho nº 7 (SGT07), cujo foco é a melhoria da competitividade do setor industrial do Blo-co, com ênfase nas micro, pequenas e médias empresas da sub-região. Em 2013, o SGT focou principalmente as áreas de artesanato e de design como instrumento de inovação. Nesse contexto, a Comissão de MPMEA do SGT07 voltou suas atividades na negociação de um glossá-rio Mercosul de Artesanato e na negociação com o Grupo de Aduanas do Mercosul para firmar um acordo que facili-te o trânsito de produtos artesanais originários dentro do

SDP coordenou grupo do

Mercosul focado em artesanato e design para

inovação

Apoio às negociações

e temas internacionais

Page 40: RELATÓRIO SDP

40

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

Bloco. Esse acordo está bastante avançado e sua assinatu-ra e entrada em vigência é marco importante da agenda do Subgrupo de Trabalho para 2014.

Por outra parte, a Comissão de Qualidade e Inovação do SGT7 (CQI) enfatizou, em 2013, o desenvolvimento do setor de design regional. Com o apoio da Apex-Brasil, foi possível a participação de produtos dos Estados Partes na Feira de Milão. A CQI também trabalhou na proposta de projeto para o setor de design do Mercosul que, no momento, está em análise para verificação de sua compatibilidade com o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), potencial financiador. A perspectiva para 2014 é de aprovação do projeto e o início de sua implementação sob a coordenação da CQI-SGT7.

Em 2013, o Grupo de Integração Produtiva (GIP) avan-çou no encaminhamento dos temas de sua agenda, com ênfase na integração produtiva nos setores de energia eólica, naval, brinquedos, aeronáutica e entre clus-ters/APLs do Mercosul. Para potencializar esse trabalho, o GIP criou Comitês de Integração Produtiva para focar em cada um desses setores.

Além desses trabalhos, em 2013 o GIP trabalhou forte-mente apoiando o Gafopyme, órgão colegiado do Mer-cosul responsável pelo encaminhamento de ações vol-tadas para a regulamentação do Fundo de Garantias Mercosul para empresas envolvidas em processo de in-tegração produtiva. Como resultado desse esforço, foram firmadas pelo Conselho de Ministros do Mercosul as De-cisões 046/12 (Regulamento Fopyme) e 047/12 (Aspectos Operativos do Fundo de Garantias). Em 2014, o Conselho de Administração do Fopyme estará trabalhando, com for-te apoio do GIP, na implementação do Fundo.

No âmbito do Grupo de Alto Nível Brasil-Uruguai, a SDP tem coordenado o subgrupo de integração produtiva, o qual elegeu o setor naval como prioritário para os dois pa-íses. Nesse sentido, foram realizados diversos encontros técnicos com vistas à troca de informações sobre os ins-

Integração produtiva

em setores estratégicos

Page 41: RELATÓRIO SDP

trumentos de apoio ao setor, nos dois países, como finan-ciamento, tributação e conteúdo local.

Com foco em setores específicos, a SDP participou de al-guns eventos e se envolveu em atividades de negociação internacional com potenciais ganhos para o setor produti-vo brasileiro. A Secretaria apoiou a Secretaria de Inovação (SI) do MDIC na 1ª Reunião do Grupo Franco-Brasileiro so-bre Inovação, realizada em Paris, com foco na cooperação entre polos de petróleo, gás e naval. Na ocasião, ocorreram visitas técnicas aos Pôles de Competitivité desse setor. A delegação brasileira, coordenada pela SI, apresentou pa-norama do setor de petróleo, gás e naval no Brasil, cha-mando a atenção para oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas de ambos os países. Vale des-tacar a participação do BNDES, que estuda articular meca-nismo de cofinanciamento com seu equivalente francês a projetos de inovação entre empresas dos dois países.

Aproveitando a realização do Offshore Technology Confe-rence, em Houston (EUA), a Apex-Brasil promoveu seminá-rio de atração de investimentos para a cadeia de petróleo e gás com a participação de cerca de 100 empresários. Cou-be à SDP apresentar as oportunidades na cadeia de pe-tróleo, gás e naval e as medidas e incentivos do gover-no ao setor, por meio do Plano Brasil Maior. O encontro também serviu para reunir representantes da ABDI, da Apex-Brasil, do Consulado do Brasil em Houston e dos De-partamentos do Comércio e de Energia dos Estados Unidos para aprofundar agenda de cooperação bilateral na área de petróleo e gás - principalmente não convencionais. Como resultado, foi realizado, em parceria com o gover-no norte-americano, MME, ABDI e Apex-Brasil, seminário sobre recursos não convencionais no Rio de Janeiro, em dezembro de 2013, após a 12ª rodada de licitações para ex-ploração de gás onshore no Brasil. Na ocasião, além de se discutir aspectos regulatórios e econômicos envolvidos na exploração destes recursos no Brasil e nos Estados Unidos, foi dada oportunidade para que empresas dos dois países compartilhassem suas experiências e discutissem eventu-ais parcerias.

Participação em eventos

para divulgar oportunidades no

Brasil

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

41

Page 42: RELATÓRIO SDP

No setor Aeronáutico, o ano de 2013 marcou a inserção da SDP em discussões internacionais relevantes para o com-plexo industrial do setor. No âmbito da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) está sendo trabalhado um Acordo de Cooperação Conjunta visando à construção de uma aeronave de treinamento militar envolvendo as indústrias aeronáuticas dos países do bloco. Além disso, o Brasil atualmente articula parceria em aviação com os Estados Unidos. O principal objetivo é incrementar a cooperação entre os dois países, criando oportunidades de negócios para o setor privado, e estimular investimen-tos em diversas áreas, com destaque para infraestrutura, biocombustíveis para aviação e indústria aeronáutica. Um comitê de coordenação bilateral será presidido pelo MDIC, no lado brasileiro, e contará com a SDP como principal base de apoio técnico.

Articulação de cooperação

industrial e militar no âmbito

da Unasul

Indução e viabilização de acordo

aeronáutico com os EUA

Secretaria de Desenvolvimento de ProduçãoRelatório de Atividades - 2013

42

Page 43: RELATÓRIO SDP
Page 44: RELATÓRIO SDP