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7 RELATÓRIO SOBRE A MACROGESTÃO E CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS EXERCÍCIO 2014 Diretoria de Controle Externo do Estado Coordenadoria de Fiscalização e Avaliação da Macrogestão Governamental do Estado

RELATÓRIO SOBRE A MACROGESTÃO E CONTAS DO … · 7.13. Rede de Desenvolvimento Rural ... Balanços e Demonstrações Contábeis sob o Enfoque do Novo Plano de Contas Aplicável

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    RELATRIO SOBRE A MACROGESTO E CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

    EXERCCIO 2014

    DiretoriadeControleExternodoEstadoCoordenadoriadeFiscalizaoeAvaliaoda

    MacrogestoGovernamentaldoEstado

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    Sumrio

    1. Introduo...............................................................................................................................................................................141.1. ComposiodaPrestaodeContasdoGovernador...........................................................................................151.2. AlteraesnaEstruturaAdministrativa....................................................................................................................162. AnliseEconmica...............................................................................................................................................................202.1. ConjunturaEconmicaNacional...................................................................................................................................202.2. EconomiaMineiraem2014.............................................................................................................................................292.2.1. ComrcioExteriordeMinasGerais.......................................................................................................................313. PlanejamentoGovernamentaleOramento.............................................................................................................363.1.PlanoMineirodeDesenvolvimentoIntegradoPMDI..........................................................................................373.2. PlanoPlurianualdeAoGovernamentalPPAG.................................................................................................373.2.1.ResponsabilidadeSocialnoEstado.............................................................................................................................413.3. LeideDiretrizesOramentriasLDO......................................................................................................................443.3.1.AnlisesobreaLDO2014...............................................................................................................................................453.3.2.AnexodeMetasFiscais.....................................................................................................................................................473.3.3.AnexodeRiscosFiscais....................................................................................................................................................483.4. LeiOramentriaAnualLOA.......................................................................................................................................494. ExecuodaLOA...................................................................................................................................................................514.1. ExecuoOramentriaGlobal......................................................................................................................................514.1.1. ProgramasEstruturadores........................................................................................................................................544.2. OramentoFiscal..................................................................................................................................................................604.2.1. CrditosAdicionais.......................................................................................................................................................604.2.2. ExecuoOramentriadaReceitaeDespesaFiscaleResultadoOramentrio.............................674.3. OramentodeInvestimentodasEmpresasControladaspeloEstado.......................................................1124.3.1. AnexoIIIdaLOA.........................................................................................................................................................113

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    4.3.2. ExecuoAcimadaPreviso.................................................................................................................................1175.GestoFiscal..............................................................................................................................................................................1205.1. MetasFiscaisdaReceitaTributria..........................................................................................................................1205.2. MetasBimestraisdeArrecadaodeReceitasEstaduais................................................................................1235.3. ReceitaCorrenteLquidaRCL..................................................................................................................................1245.4. RennciadeReceita.........................................................................................................................................................1265.4.1. EstimativasnaLDO....................................................................................................................................................1275.4.2. EstimativasnaLOA....................................................................................................................................................1295.4.3. RennciasEfetivamenteConcedidas.................................................................................................................1315.5. ReceitadeAlienaodeAtivoseAplicaodosRecursos..............................................................................1375.6. DemonstrativodasOperaesdeCrdito..............................................................................................................1415.7. DemonstrativodasGarantiaseContragarantiasdeValores.........................................................................1435.8. DvidaConsolidadaLquida..........................................................................................................................................1445.8.1. ComposiodaDvidaConsolidadaouFundada..........................................................................................1485.9. ResultadoPrimrioeResultadoNominal..............................................................................................................1595.9.1. ResultadoPrimrio....................................................................................................................................................1605.9.2. ResultadoNominal.....................................................................................................................................................1625.10.RegradeOuroCR/88...................................................................................................................................................1655.11.RestosaPagar.....................................................................................................................................................................1665.11.1. DemonstrativosdeRestosaPagardoRelatrioResumidodaExecuoOramentriaRREO...

    ...........................................................................................................................................................................................1735.11.2. DisponibilidadedeCaixaeDemonstrativodeRestosaPagardoRelatriodeGestoFiscalRGF

    ...........................................................................................................................................................................................1755.12.DvidaAtiva..........................................................................................................................................................................1775.12.1. SaldoPatrimonialdaDvidaAtiva......................................................................................................................1785.12.2. ReceitadaDvidaAtiva............................................................................................................................................1815.12.3. SituaodaDvidaAtivaTributria...................................................................................................................1845.12.4. CrditosTributriosaInscreveremDvidaAtiva.......................................................................................188

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    5.13.PrecatrioseSentenasJudiciais...............................................................................................................................1905.13.1. SituaoPatrimonialeFinanceira......................................................................................................................1915.13.2. ExecuoOramentriaeFinanceira................................................................................................................1955.14.DespesascomPessoal.....................................................................................................................................................1975.14.1. LimiteConsolidadodoEstado..............................................................................................................................1985.14.2. LimitesporPoderergo......................................................................................................................................1995.14.3. AUtilizaodosAportesparaCoberturadeDficitAtuarialnoClculodaDespesacomPessoal

    ...........................................................................................................................................................................................2085.14.4. AnliseHistricadoGrupodeNaturezadeDespesa1PessoaleEncargosSociais...................2105.15.PrevidnciaSocialdoServidorPblico...................................................................................................................2145.15.1. RegimePrpriodePrevidnciaSocialdoServidorPblicoRPPS....................................................2145.16.TransfernciasVoluntriasemPerodoEleitoral...............................................................................................2286.RecursosVinculadosporDeterminaoConstitucionalouLegal.....................................................................2316.1. Educao...............................................................................................................................................................................2316.1.1. ApuraodaReceitaBasedeClculoedondicedeAplicaonoEnsino.......................................2316.1.2. FUNDEBFundodeManutenoeDesenvolvimentodaEducaoBsicaedeValorizaodos

    ProfissionaisdaEducao......................................................................................................................................2346.2. Sade.......................................................................................................................................................................................2386.2.1. AsAplicaesdeRecursosemAeseServiosPblicosdeSadenoEstadoASPS...............2386.3. AmparoeFomentoPesquisa....................................................................................................................................2516.3.1. RepasseConstitucional(art.212daCE/89)..................................................................................................2516.3.2. Destinao de Recursos a Projetos Desenvolvidos por Instituies Estaduais (art. 64 LDO

    2014)................................................................................................................................................................................2536.4. DespesascomPublicidade............................................................................................................................................2546.5. Despesas aplicadas comaFontedeRecursos32CompensaoFinanceirapelaExploraode

    RecursosMineraisCfem.......................................................................................................................................2597. AEstratgiadeDesenvolvimentodoEstado........................................................................................................2667.1. ConsideraesIniciais.....................................................................................................................................................266

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    7.2. AnliseConsolidadadaExecuoFsicaeFinanceiradasAesdoPPAG..............................................2677.3. RededeGovernoIntegrado,EficienteeEficaz.....................................................................................................2727.4. RededeEducaoeDesenvolvimentoHumano..................................................................................................2887.5. RededeAtendimentoemSade.................................................................................................................................3067.6. RededeDefesaeSegurana.........................................................................................................................................3267.7. RededeDesenvolvimentoEconmicoSustentvel...........................................................................................3457.8. RededeInfraestrutura....................................................................................................................................................3697.9. RededeCincia,TecnologiaeInovao..................................................................................................................3807.10.RededeDesenvolvimentoSocialeProteo.........................................................................................................3857.11.RededeCidades.................................................................................................................................................................3897.12.RededeIdentidadeMineira..........................................................................................................................................3927.13.RededeDesenvolvimentoRural................................................................................................................................3977.14.ndiceparaumaVidaMelhorOCDESEC..........................................................................................................4038. AnlisedasDemonstraesContbeis....................................................................................................................4098.1. DiretrizesContbeis.........................................................................................................................................................4098.2. DoParecerConclusivodaControladoriaGeraldoEstado.............................................................................4098.3. Aspectos Relevantes sobre o Processo de Convergncias s Normas Internacionais de

    Contabilidade...............................................................................................................................................................4108.4. BalanoOramentrioFiscal........................................................................................................................................4118.4.1. ResultadoOramentrio.........................................................................................................................................4158.4.2. QuocientesdoBalanoOramentrio...............................................................................................................4198.5. BalanoFinanceiro...........................................................................................................................................................4228.5.1. QuocientedoBalanoFinanceiro........................................................................................................................4258.6. BalanoPatrimonial.........................................................................................................................................................4278.6.1. Ativo.................................................................................................................................................................................4298.6.2. SistemadeCompensao........................................................................................................................................4508.6.3. Passivo.............................................................................................................................................................................4528.6.4. QuocientedoBalanoPatrimonial.....................................................................................................................464

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    8.7. DemonstraodasVariaesPatrimoniais...........................................................................................................4658.7.1. QuocientesdasDemonstraesdasVariaesPatrimoniais..................................................................4719. AvaliaodoCumprimentodasRecomendaesdoExerccioAnterior..................................................47310. Concluso..............................................................................................................................................................................495Referncias......................................................................................................................................................................................499ListadeAbreviaturaseSiglas.................................................................................................................................................502ListadeTabelas.............................................................................................................................................................................510ListadeGrficos............................................................................................................................................................................519ANEXOIEmendasdoCPPaoPPAG2011,2012,2013e2014.............................................................................520ANEXOIIMetasBimestraisdeArrecadaodeReceitasEstaduais...................................................................523ANEXOIIIRealizaodasReceitaseDespesasporUnidadeOramentria...................................................525ANEXOIVDespesaporFuno...........................................................................................................................................527ANEXOVServiosdeTerceirosporrgoseEntidades........................................................................................528ANEXOVITerceirizaoporPoderergo.................................................................................................................529ANEXOVIIDespesadePessoalporUnidadeOramentria..................................................................................531ANEXOVIIIPosiodaDvidaporContratos...............................................................................................................533ANEXOIXIndicadoresdoEstadodeMinasGerais1995a2014.........................................................................534ANEXOXProjeodaDvidacomaUnioValoresCorrentes2014a2030............................................535ANEXOXIProjeodaDvidacomaUnioValoresConstantes2014a2030........................................536ANEXOXIIProjeodaDvidacomaUnioemValoresCorrentesLC148/142014a2030........537ANEXOXIIIProjeodaDvidacomaUnioemValoresConstantesLC148/142014a2030...538ANEXOXIVAtualizaodeValoresIGPDI2014.................................................................................................539

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    1. Introduo CompeteaoTribunaldeContasdoEstadodeMinasGeraisTCEMGapreciareemitirparecerprviosobreascontasprestadasanualmentepeloGovernadordoEstado,conformemissoconstitucionalconferidapeloincisoIdoart.76daConstituioEstadualde1989.

    ACoordenadoriadeFiscalizaoeAvaliaodaMacrogestoGovernamentaldoEstadoCfamgefornece,pormeiodopresenterelatrio,elementoseinformaestcnicasqueauxiliarooTribunalnaemissodoparecerprvio, cuja funo subsidiaraAssembleiaLegislativadoEstadodeMinasGerais ALMGnojulgamentodascontas,competnciaexclusivadoPoderLegislativo.

    A prestao de contas formada por um conjunto de demonstrativos, documentos e informaes denatureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, que permitem avaliar, sob osaspectostcnicoselegais,aregularidadedamacrogestodosrecursospblicos,emespecial,asfunesdeplanejamento,organizao,direoecontroledepolticaspblicas.

    CabeaestaCoordenadoriainstruirprocessocomrelatriotcnicoqueconteranlisedetalhadadessascontas,bemcomoelementoseinformaessobreosresultadosdoacompanhamentoefetuadoaolongodoexerccio financeiro, alm de avaliar a compatibilidade entre os instrumentos de planejamento, ocumprimento dasmetas neles estabelecidas e seus reflexos no desenvolvimento econmico e social doEstado,conformeestatudonosincisosIIIeVIIdoart.31daResoluoTCEMG02/15.

    APrestaodeContasdoGovernador,referenteaoexercciode2014,foirecebidaem1/4/15,dentrodoprazolegalmenteprevisto,eprotocoladasobon.951.454.Importanteressaltarque,at3/4/14,ogovernodeMinasGeraisestevesobocomandodoExcelentssimoSenhorAntnioAugustoJunhoAnastasia.Apartirde4/4/14,tomouposseoExcelentssimoSenhorAlbertoPintoCoelhoJnior,emvirtudedarennciadoGovernadoranterioraoreferidocargo,tendoemvistaaseleiesde2014eemcumprimentodisposiocontidano6doart.14daConstituiodaRepblicade1988.

    NostermosdoincisoXIXdoart.25daResoluoTCEMG12/08,emsessoplenriadodia18/12/13,foramdesignados,comoRelatoreRevisordasContas,osExmos.Srs.ConselheirosGilbertoPintoMonteiroDinizeMauriJosTorresDuarte,respectivamente.Domesmomodo,foiindicadooExmo.Sr.ProcuradorGeralDanieldeCarvalhoGuimarescomorepresentantedoMinistrioPblicodeContasdoEstadodeMinasGeraisMPCMG,conformeestabelecidono1doart.1daResoluo11/14doMPCMG.

    Nesteexerccio,emconsonnciacomasdiretrizesestabelecidaspeloExmo.Sr.ConselheiroRelator,optousepordividirorelatrioem10partes,assimdistribudas:Introduo;AnliseEconmica;PlanejamentoGovernamental e Oramento; Execuo da LOA; Gesto Fiscal; Recursos Vinculados por DeterminaoConstitucionalouLegal;AEstratgiadeDesenvolvimentodoEstado;AnlisedasDemonstraesContbeis;

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    AvaliaodoCumprimentodasRecomendaesdoExerccioAnterior;eConcluso.

    Ciente dos desafios impostos em face dos novos cenrios e filosofias de gerenciamento vivenciados nombito da Administrao Pblica, as mudanas sugeridas pelo Relator buscam dar continuidade aoaprimoramentodesteinstrumentodecontroleexterno,defundamentalrelevncia,queoparecersobreascontasdegoverno.Dessaforma,almdetrazeraanlisedaaogovernamentalsobreasreceitaseasdespesaspblicasluzdaLeideResponsabilidadeFiscal(LRF)eoatendimentoaoslimitesconstitucionaiselegaisestabelecidos,estetrabalhoavaliaosresultadoseimpactosdaspolticaspblicasestaduais,apartirdaestratgiadedesenvolvimentodelineadanoPMDIematerializadapormeiodosprogramasconstantesdoPPAGedaLeiOramentria.Ademais,rene,tambm,asntesedasmedidaseprovidnciasadotadaspelogovernoparaatenderasrecomendaesconsignadasnoRelatriodoexerccioanterior.

    Por fim, oportuno salientar que o parecer prvio emitido por esta Egrgia Corte no interfere e nemcondicionaoposteriorjulgamentopeloTribunaldeContas,emvirtudededenncia,representaoouaofiscalizadora, dos atos de gesto do administrador e demais responsveis por dinheiro, bens e valorespblicos de rgo de qualquer dos Poderes do Estado ouMunicpio ou de entidade da administraoindiretaestadualoumunicipal,conformedispostonoincisoIIIdoart.3daLeiComplementarEstadual102/08.

    1.1. Composio da Prestao de Contas do Governador

    APrestaodeContasdoGovernodoEstadodeMinasGerais,exercciode2014,apresentadaAssembleiaLegislativa,de forma tempestiva, compreendeuoVolume001 (BalanoGeraldoEstado)eosseguintesanexos:

    BalanoseDemonstraesContbeissoboEnfoquedoNovoPlanodeContasAplicvelaoSetorPblico PCASP elaborado pela Superintendncia Central de Contadoria Geral SCCG, daSecretariadeEstadodeFazendaSEF(Anexo001);

    Relatrio Contbil elaborado pela Superintendncia Central de Contadoria Geral SCCG, daSecretariadeEstadodeFazendaSEF(Anexo002);

    BalanoSocial,apresentadopelaSecretariadeEstadodePlanejamentoeGestoSeplag(Anexo003);

    RelatriodeControleInterno,apresentadopelaSuperintendnciaCentraldeControledeGestoSCCGdaContadoriaGeraldoEstado(Anexo004);

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    Sumrio Executivo do Relatrio de Controle Interno n. 1520.0606.15, apresentado pelaControladoriaGeraldoEstado(Anexo005);

    AnexosaoRelatriodeControleInternon.1520.0606.15,apresentadopelaControladoriaGeraldoEstado(Anexo006);

    BalanosGeraisdaAdministraoDireta(Anexo007);

    BalanosGeraisdaAdministraoIndiretaAutarquiaseFundaes(Anexos008e009);

    Balanos Gerais da Administrao Indireta Fundos Estaduais e das Empresas EstataisDependentes(Anexo010);

    Parecer conclusivo da Prestao de Contas Anual dos recursos do Fundo de Manuteno eDesenvolvimentodaEducaoBsicaedeValorizaodosProfissionaisdaEducaoFundeb,aprovadopeloConselhoEstadualdeAcompanhamentoeControleSocialdoFundebdeMinasGeraisConsfundeb/MG.(Anexo011).

    1.2. Alteraes na Estrutura Administrativa

    O ano de 2014, ltimo do mandato do governador, foi de consolidao das alteraes na estruturaadministrativapropostasaofinaldoexercciode2013.Porconseguintenoseverificouaofinalde2014nenhumapropostadealteraodessaestrutura.

    Asnormaslegaiseditadasaofinalde2013equetiveramrepercussonaestruturaadministrativaem2014foramasqueestoinsertasnaTAB.1aseguir:

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    TABELA1ReformadaEstruturaAdministrativa

    RelaodasNormasLegaiscomEficciaem2014

    N. da Lei

    Data da promulgao

    Ementa da Norma

    21.076 27/12/2013

    Alterao da Lei 14.171, de 15 de janeiro de 2002, que criou o Instituto de Desenv olv imento do Norte e Nordeste de Minas Gerais - IDENE, e a Lei Delegada 180, de 20 de janeiro de 2.011, que dispe sobre a estrutura orgnica da Administrao Pblica do Poder Ex ecutiv o do Estado de Minas Gerais.

    21.077 27/12/2013

    Alterao das Leis Delegadas 179, de 01 de janeiro de 2.011, que dispe sobre a organizao bsica e a estrutura da Administrao Pblica do Poder Ex ecutiv o do Estado, e 180, de 20 de janeiro de 2011, que dispe sobre a estrutura orgnica da Administrao Pblica do Poder Ex ecutiv o do Estado de Minas Gerais.

    21.078 27/12/2013Alterao da v inculao e da estrutura orgnica do Departamento Estadual de Telecomunicaes de Minas Gerais - Detel-MG.

    21.081 27/12/2013Incorporao, pelo Instituto de Geocincias Aplicadas - IGA, da Fundao Centro Tecnolgico de Minas Gerais - Cetec.

    21.082 27/12/2013 Ex tino do Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais - Iter.21.083 27/12/2013 Ex tino da autarquia Administrao de Estdios do Estado de Minas Gerais - Ademg.

    - 2.014 No houv e promulgao de lei que modificasse a estrutura administrativ a do Estado.FONTE: Stio eletrnico da Assembleia Legislativ a: leis promulgadas em 2013, acesso em 26 nov . 2014; leis promulgadas em 2014, acesso em 06 fev . 2015

    Comoseverifica,asalteraesinstitudasversaramsobreaextino,afusoeoredimensionamentodergos/entidadesestaduais.AquelasinstitudaspelasLeis21.076/13e21.077/13forammaiscomplexase,demodogeral,cuidaramdosaspectosabaixoanotados.

    Lei 21.076/13: definiu a rea de abrangncia do Instituto de Desenvolvimento do Norte eNordestedeMinasIdene,bemcomosuaestruturaorgnica;redefiniuonomedaSecretariadeEstado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha eMucuri e doNorte deMinas paraSecretariadeEstadodeDesenvolvimentoeIntegraodoNorteeNordestedeMinasSedinor,definindotambmsuaestruturaorgnicaecompetncia;

    Lei21.077/13:alterouasLeisDelegadas179/2011e180/2011,adicionandonovasfunesasecretariasanteriormentecriadas,como,porexemplo,aanexao,SecretariadeAgriculturaFamiliar,dafunoRegularizaoFundiria,assimcomodafunoTrabalhoSecretariadeEstadodeDesenvolvimentoSocial,eacriaodeoutras,comoaSubsecretariadePolticassobreDrogasouaSubsecretariadeJuventude,que,consequentemente,tiverammudadosnomesdecargos. A lei estabeleceu ainda os rgos a serem jurisdicionados por essas secretarias, quetiveramfunesacrescidas,bemcomoreadequouasestruturasinternasorgnicaseasfunesdecadaumadassecretariasemcomento.

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    Asdemaisnormaslegaiscuidaramdostemaselencadosemsuasementas,conformedestacadonatabelaacima.

    Apsanlisedooramentoparaoanode2014etambmdasuaexecuo,verificousequedefatoosrgosextintosouencampadosporoutrosnotiveramverbasoramentriasconsignadasoudespesasexecutadasindicandoaconcretizaodaalteraodaestruturaadministrativadoEstado.

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    2. Anlise Econmica

    2.1. Conjuntura Econmica Nacional

    OProduto InternoBruto (PIB)brasileiro totalizouR$5,521 trilhesem2014,praticamenteestvel emrelaoaoanoanterior,umavezqueapresentouumcrescimentodeapenas0,1%,anteumcrescimentode2,7%verificadoem2013.OPIBpercapitaporsuavezfoideR$27,229mil,recuando0,7%emrelaoa2013.

    TABELA2TaxasdeCrescimentoRealdoPIB

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em %

    I II III IVTrimestral (em relao ao trimestre anterior) 0,1 0,6 -1,4 0,2 0,3Trimestral (em relao ao trimestre do ano anterior) 2,1 2,7 -1,2 -0,6 -0,2Acumulada no ano 2,7 2,7 0,7 0,3 0,1Acumulada em quatro trimestres 2,7 2,8 1,5 0,7 0,1FONTE: IBGE.

    BrasilTaxa de Crescimento 20142013

    IV

    Naanliseportrimestrepodemosobservarqueoprimeirotrimestrede2014,tantoemrelaoaotrimestreimediatamente anterior, quanto ao mesmo trimestre do ano de 2013, foi o que apresentou melhorresultado.Osegundo,foiopiorparaoPIBbrasileiroejdemonstrandoatendnciadequeda,queveioaseconfirmar com o crescimento anual de apenas 0,1%. Os dois trimestres seguintes foram levementemelhores,apontodeevitarumaquedadoPIBem2014.NataxaacumuladaemquatrotrimestrespossvelobservarclaramenteadesaceleraodoPIBnodecorrerdoano.

    Naanlisedaoferta,possvelverificaracontribuiodecadasetoreconmiconoresultadodoProdutoInternoBruto.Segundoascontasnacionaistrimestrais(IBGE),em2014,osetordeserviosaumentousuaparticipao no Valor Adicionado1 Total de 70% em 2013 para 71%; em contrapartida, a indstriaapresentouamenorcontribuionomesmoperodo,recuoupara23,4%em2014ante24,4%em2013.Jaagropecuriamantevesuaparticipaoestvel,em5,6%.

    1OvaloradicionadocorrespondeaomontantedoPIBdeduzidososimpostossobreprodutos,lquidosdesubsdios.

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    TABELA3CrescimentodaAtividadeEconmica

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em %

    2013 2014Agropecuria 7,9 0,4Indstria 1,8 -1,2 Extrativa Mineral -2,5 8,7 Transformao 2,0 -3,8 Construo Civ il 4,7 -2,6 Eletricidade e Gs, gua, Esgoto e Limpeza Urbana 0,4 -2,6Servios 2,5 0,7 Comrcio 3,5 -1,8 Transporte, Armazenagem e Correio 5,8 2,0 Serv ios de Informao 6,5 4,6 Intermediao Financeira, Seguros, etc 1,7 0,4 Outros Serv ios 0,0 0,1 Ativ idades Imobilirias e Aluguis 4,5 3,3 Admiminstrao, Sade e Educao Pblicas 1,8 0,5PIB a Preos de Mercado 2,7 0,1FONTE: IBGE.

    BrasilSetor de Atividade

    ComopodeserobservadonaTAB.3,sobaticadaoferta,aindstriaacumulouquedade1,2%em2014;aagropecuria,expansode0,4%;eosservios,de0,7%.SegundooIBGE,ocrescimentodaagropecuriadecorreu principalmente do desempenho da agricultura, uma vez que alguns produtos da lavouraapresentaram crescimento da produo em 2014, com destaque para soja (5,8%), mandioca (8,8%),algodo(26,0%),arroz(3,3%),fumo(0,7%)etrigo(8,0%).Entretanto,oIBGEressaltaque,comexceodoarrozedoalgodo,asoutrasculturasdestacadasapontaramestimativadeperdadeprodutividade,ouseja,crescimentomenordaproduonasafrade2014,visvisavariaodareaplantada.Naindstria,apesar da queda acumulada em 2014, o destaque positivo foi a extrativa mineral que apresentoucrescimentode8,7%noano,resultadoquesedevetantoaoaumentodaextraodepetrleoegsnaturalquantoaocrescimentodaextraodeminriosferrosos.Entreosservios,odestaquenegativoficouporcontadocomrcio,comquedade1,8%.

    Pelaticadademanda,aFormaoBrutadeCapitalFixotevequedade4,4%em2014(altade6,1%em2013),recuoquesedeve,principalmente,quedadaproduointernaeimportaodebensdecapital,sendoinfluenciadoaindapelodesempenhonegativodaconstruocivilnoperodo,comquedade2,6%.ADespesadeConsumodasFamliascresceu0,9%noano(2,9%em2013),sendoimportantedestacarqueesseaumento,apesardetersidoumdosresponsveispormantercrescimentodoPIBpositivoem2014,foiomenorregistradoemmaisdeumadcada.JaDespesadoConsumodoGovernotevecrescimentode1,3%em2014(2,2%em2013).Nombitodosetorexterno,asExportaesdeBenseServiostiveramquedade1,1%(altade2,1%em2013)easImportaesdeBenseServios,quedade1%(altade7,6%em2013).Portanto, na comparao do ano de 2014 com o de 2013, observase uma ntida desacelerao do

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    crescimentobrasileiro;e,aindaquealgunssetorestenhamapresentadocrescimento,estefoimenordoqueode2014.

    ComparandoseocrescimentodoPIBbrasileiroem2014comodeoutraseconomiasglobais,possvelverificar que a estagnao verificada contrasta com o desempenho, ainda que modesto, das demaiseconomias.

    TABELA4CrescimentodaEconomiaMundialem2014

    Ex erccio de 2014 Em %Economia Mundial PIB

    Total Mundial 3,3Economias Avanadas 1,8Pases Emergentes e em Desenvolv imento 4,4Amrica Latina e Caribe 1,2FONTE SECUNDRIA: Indicadores Enconmicos do BACEN 25/03/2015.FONTE PRIMRIA: World Economic Outlook Database, FMI.

    Emrelaopolticafiscal,aLeideDiretrizesOramentrias(LDO)paraoanode2014instituiuumametadesupervitprimrioparaosetorpblicoconsolidadonofinanceirodeR$167,4bilhes(3,1%doPIBnominalestimadoparaoano).ParaoGovernoCentral,porsuavez,caberiaumesforofiscaldeR$116,1bilhes(2,15%doPIBnominalestimadoparaoano),sendoqueinicialmenteametadoGovernoCentralpoderiaserreduzidaatomontantedeR$67,0bilhes,valoresserelativoaoProgramadeAceleraodoCrescimentoPACesdesoneraestributrias.Porm,em15dedezembrode2014, foieditadaaLei13.053,que,aomodificaroartigo2daLDOde2014,autorizavaoGovernoFederalareduzirametaatomontantedasdesoneraesdetributosedosgastosrelativosaoPAC.Aofinalde2014,asdespesasdoPACatingiramR$57,7bilhes,enquantoasdesoneraestributriaschegaramaR$104,0bilhes,totalizandoumapossibilidadetotaldeabatimentodeR$161,7bilhes.NessecasoovalormnimoparaoresultadoprimriodoGovernoFederal,em2014,corresponderiaaumdficitprimriodeR$45,7bilhes.

    Assim,em2014osetorpblicoconsolidadoapresentouumdficitprimriodeR$32,5bilhes(0,63%doPIB),comparativamenteaosupervitdeR$91,3bilhes(1,88%doPIB)em2013,sendoqueoGovernoCentralapresentoudficitprimriodeR$20,5bilhes(supervitdeR$75,29bilhesou1,57%doPIBem2013);osgovernosregionais,deR$7,8bilhes;easempresasestatais,deR$4,3bilhes.OsjurosnominaisatingiramR$311,4bilhes(6,07%doPIB)em2014,comparativamenteaR$248,9bilhes(5,14%doPIB)em 2013. O resultado nominal, que inclui o resultado primrio e os juros nominais apropriados porcompetncia, foideficitrioemR$343,9bilhes (6,70%doPIB), comparativamenteaR$157,6bilhes(3,25%doPIB)em2013.

    AdvidalquidadosetorpblicoalcanouR$1,883trilhoemdezembro(36,7%doPIB),elevandose3,1p.p.emrelaoa2013.ContriburamparaelevararelaoDLSP/PIBosjurosnominais(6,1p.p.),odficit

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    primrio(0,6p.p.)eoajustedeparidadedadvidaexternalquida(0,2p.p.);porsuavez,contriburamparareduzirarelaoDLSP/PIBocrescimentodoPIBnominal(1,9p.p.),adesvalorizaocambialde13,4%acumuladanoano(1,9p.p.)eoreconhecimentodeativos(0,1p.p.).

    A dvida bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais)alcanouR$3,252trilhesemdezembro,63,4%doPIB,elevandose6,6p.p.emrelaoa2013.

    Quanto polticamonetria, em 2014 o Banco Central do Brasil Bacen,manteve, nas trs primeirasreuniesdoComitdePolticaMonetriaCopom,atrajetriadealtadataxaSeliciniciadaemabrilde2013; posteriormente, manteve a Selic em 11% a.a. de abril a outubro de 2014, quando novamentepromoveuaumentosnataxa,quefechouoanoem11,75%.OprincipalmotivoparaessecomportamentodataxaSeliccontinuasendoatendnciadeelevaodainflao,verificadadesde2013,quandooCopominiciou a alta da taxa de juros. Podese ainda acrescentar a esse fato a expectativa de alta nos jurosinternacionais,quecomeouasersentidanosltimosmesesde2014.

    TABELA5TaxaBsicadeJuros

    Ex erccio de 2014 Em %Perodo em 2014 Meta da Taxa Selic

    1/jan a 15/jan 10,0016/jan a 26/fev 10,5027/fev a 02/abr 10,7503/abr a 28/maio 11,0029/maio a 16/jul 11,0017/jul a 03/set 11,0004/set a 29/out 11,0030/out a 03/dez 11,2504/dez a 31/dez 11,75FONTE: Banco Central do Brasil.

    OvolumetotaldecrditodosistemafinanceiroalcanouR$3,022 trilhesemdezembrode2014,comexpansesde11,3%noano(comparativamentea14,7%em2013).Arelaocrdito/PIBatingiu58,9%,ante56%nofinalde2013.AsoperaescomrecursoslivresalcanaramvolumedeR$1,579trilhoemdezembro,avanosde4,7%emdozemeses(7,8%em2013).PorsuavezocrditodirecionadototalizouR$1,443trilho,comexpansode19,6%em2014(24,5%noanoanterior).

    De acordo com o Bacen, o crdito registrou desacelerao, em linha com o arrefecimento do ritmo deatividade econmica, que afetou, principalmente, a demanda por operaes com recursos livres pelasempresase famlias.Ocrditodirecionadotambmapresentoumenorexpanso,mascomdesempenhoaindaexpressivo, impulsionadopelaofertade recursospara investimentosdaspessoas jurdicasepelasustentaodocrditoimobilirio.Astaxasdejurossubiramaolongodoano,repercutindoosefeitosdapolticamonetria.

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    Sobreapolticacambial,opasadota,desde1999,oregimedecmbioflutuanteadministrado(ousujo).Sobesseregime,ocmbioflutualivremente,pormoBancoCentralobservaocomportamentodomercadoe intervm quando h necessidade, para evitar uma excessiva depreciao ou apreciao da moeda,tentando influenciar as taxasde cmbio.A liquidao, peloBACEN, de linhasde recompra resultou emcompraslquidasdeUS$6,49bilhesem2014nomercadodecmbiooopostode2013,emqueocorreramvendaslquidasnovalordeUS$11,52bilhes.Entretanto,importantedestacarque,apesardosaldodelinhasde recompras ter indicado compras lquidas em2014, emdezembrodeste anohouvevendasdeUS$10,30bilhes,oquedemonstraforteintervenodoBacencomointuitodeconteradesvalorizaodoreal frenteaodlar,esforoessequenosemostroutotalmenteeficaz.Assim,amoedaamericana,quefinalizou 2013 cotada a R$ 2,34, fechou o ano de 2014, 13,68%mais alta, com a cotao de R$ 2,66,significandoumadepreciaodorealfrenteaodlar.

    TABELA6TaxasdeCmbio

    Ex erccio de 2014

    Ms R$ / US$ (1) US$ / Euro R$ / EuroJaneiro 2,43 1,35 3,27Fevereiro 2,33 1,38 3,22Maro 2,26 1,38 3,12Abril 2,24 1,39 3,10Maio 2,24 1,36 3,05Junho 2,20 1,37 3,02Julho 2,27 1,34 3,04Agosto 2,24 1,31 2,94Setembro 2,45 1,26 3,10Outubro 2,44 1,25 3,06Novembro 2,56 1,25 3,19Dezembro 2,66 1,21 3,21FONTE: Banco Central do Brasil.NOTA: 1 - Dlar comercial, cotao de v enda, final de perodo.

    Abalanacomercial,contadoBalanodePagamentosnaqualseregistramosvaloresdasimportaeseexportaes, apresentou saldo negativo de US$ 3,96 bilhes em 2014, resultado 273,19% inferior aoregistradoem2013,revertendoassimasriedesupervitsquevinhamsendoregistradosdesde2001.Asexportaes totalizaramUS$ 225,10 bilhes, ou seja, encolheram 7% em relao ao ano anterior; e asimportaesdiminuram4,50%,perfazendoumaquantiadeUS$229,06bilhesem2014,comopodeservistonaTAB.7.

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    TABELA7BalanaComercial

    Ex erccios de 2013 e 2014 US$ Milhes

    Exportao 242.034 225.101 -7,00 33.437 29.321 -12,31 13,82 13,03Importao 239.748 229.060 -4,50 12.344 11.002 -10,87 5,15 4,80

    Saldo 2.286 -3.959 -273,18 21.093 18.319 -13,15 922,70 462,72FONTE: Ministrio do Desenv olv imento, Indstria e Comrcio Ex terior.NOTA: 1 - Participao de Minas Gerais no total do Brasil ( % ).

    2013 2014Variao

    ( % )Variao

    ( % )2013 2014

    Minas GeraisBrasil

    Participao 2013 1

    Participao 2014 1

    Acorrentedecomrcio,ouseja,asomaentreototaldasexportaeseimportaes,alcanouacifradeUS$ 454,16 bilhes, umaqueda de 5,73%em relao a 2013. A China continuou liderandoo comrcioexteriorcomopas,postoocupadodesde2009.DeacordocomoMinistriodeDesenvolvimento,IndstriaeComrcioExterior,aChinaapresentouumacorrentedecomrciodeUS$77,96bilhes(6,45%menorque2013).SalientasequeaChinaemais09(nove)pasessoresponsveispor57,75%detodaacorrentedecomrciobrasileira,sendoqueoschinesesparticipamcom17,16%,seguidospelosEstadosUnidoscom13,66%.

    Entre as categorias de produtos exportados, as referentes aos produtos bsicos e semimanufaturadostiveramquedade3,1%e4,8%,respectivamente,easdosmanufaturadosquedade13,7%.Noquetangeaospreos,houvedeclniode5,3%nosdosprodutosexportadosede1,8%naquantidadeexportada.

    Asimportaestambmapresentaramquedaemtodasascategoriasdeprodutos,sendoqueaquedafoide7,6%nosbensdecapital,2,6%empetrleoecombustveis,3,3%embensintermediriose5,2%embensde consumo.Quanto ao preo, as importaes apresentaramquedade 2%no valor total e de 2,5%naquantidade total. Entretanto, essa relao entre o preo e a quantidade importada no se verificou nomesmosentidoquandovistaporcategoriadeprodutos;assim,nosbensdecapitalhouvequedade11,7%naquantidadeealtade0,4%nopreo;nosbensdeconsumodurveis,quedade12,2%naquantidadeealtade1,1%nopreo.Porsuavez,nosbensdeconsumonodurveisocorreuaumentode0,1%naquantidadeequedade1,6%nopreo;empetrleoecombustveis,altade1,9%naquantidadeequedade2,8%nopreo. Nos bens intermedirios, o movimento de preo e quantidade foi no mesmo sentindo, sendoverificada,respectivamente,quedade2,7%e0,6%.

    Seguindo anlise das contas do Balano de Pagamentos, verificase que houve reduo de 42,9% nastransfernciasunilateraisemcomparaocom2013,acumulando,noano,ingressosdeUS$1,9bilho.

    A balana de servios e rendas apresentou dficit de US$ 88,94 bilhes, valor 2,38%maior do que oregistradoem2013,sendoqueodestaquemaisumavezficouporcontadovalorrecordedegastosdos

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    brasileirosnoexterior,US$25,6bilhes,influenciandoacontadeviagensinternacionais,negativadaemUS$18,7bilhesnoano.Logo,asomadabalanacomercial,transfernciasunilateraisebalanadeservioserendasquerepresentamasTransaesCorrentesregistroudficitdeUS$90,95bilhes.Essesaldonegativo12,13%maiorqueoregistradoem2013.

    AdiscussoacercadodficitemTransaesCorrentesdeveconsideraraprocednciadosrecursosparaeliminlooucompenslo,seadvindosdaBalanaComercialoudaContaCapitaleFinanceira.Quandoele provido pela Conta Capital e Financeira, os dlares provenientes de emprstimo no exterior ou deinvestimentosnopaspodemocasionarfuturospagamentosemjuros,lucrosedividendos,tornandoopasmais vulnervel aos problemas externos, ao passo que, quando suportado pelo supervit da BalanaComercial,opasnogeracompromissosdedespesasfuturas.

    Em2014,aContaCapitaleFinanceiraapresentousupervitdeUS$99,57bilhes,tendocomodestaque,novamente,oInvestimentoEstrangeiroDireto,que,apesardaligeiraquedade2,35%emrelaoa2013,registrouo ingresso lquidodeUS$62,50bilhes.Assim,oResultadoGlobaldoBalanodePagamentosapresentousupervitdeUS$10,83bilhes,revertendo,portanto,osaldodeficitrioocorridoem2013.AsreservasinternacionaisnoconceitoliquideztotalizaramUS$374,1bilhesaofinaldoanode2014,0,45%menorqueem2013.

    Quantoaospreos,apolticaeconmicabalizadapeloregimedemetasparaainflao,estabelecidopeloDecretoFederal3.088,de21/6/99.ConformeResoluo2.615/99,doBacen,ondicedepreosrelacionadosmetasparaainflaooIPCA,calculadopeloInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatsticaIBGE.

    AinflaomedidapeloIPCAem2014foide6,41%,percentualacimadocentrodameta,de4,5%,enolimiteestabelecidodemais2p.p.Ondicefoi0,5p.p.superiortaxade2013(5,91%).AsdespesascomHabitaoforamasquemaisaumentaramem2014(8,80%),gerandoimpactode1,27p.p.noIPCA.SegundooIBGE,emboraHabitaotenhalideradoasvariaesporgrupo,foiAlimentaoeBebida,comaltade8,03%,queliderou o ranking dos impactos, com 1,97 p.p. Ainda de acordo com o IBGE, esses dois grupos foramresponsveispor51%doIPCAdoano,somando3,24p.p.Individualmente,asprincipaisaltasregistradasforamdecarnes(22,21%),Refeio(9,96%),Energiaeltrica(17,06%),Empregadodomstico(10,54%)eAluguel residencial (9,35%), sendo que esses cinco itens juntos responderam por 2,29 p.p. do IPCAverificado em 2014. Considerandose ainda outros indicadores de preos, observamse os seguintesresultadosdemonstradosnaTAB.8.

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    TABELA8TaxasdeInflaoem2014

    Ex erccio de 2014 Em %

    ndice de InflaoTaxa

    AnualMeta Resultado

    IPCA - IBGE 6,41 4,5 1,91INPC - IBGE 6,23 4,5 1,73IGP - DI 3,78 4,5 -0,72IGP - M 3,69 4,5 -0,81IPC - FIPE 5,20 4,5 0,70IPCA - IPEAD 6,91 4,5 2,41IPCR - IPEAD 5,83 4,5 1,33IPCA - IBGE - BH 5,83 4,5 1,33INPC - IBGE - BH 6,04 4,5 1,54FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.Fundao Getlio Vargas - FGV.Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas - FIPE (S.P.). Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas, Administrativ as e Contbeis de Minas Gerais -Ipead.

    Ametodologiadeclculoeolocaldeapuraodosndicesvariamentreosinstitutosdepesquisa,motivopeloqualosresultadosapresentamdivergncias.Observaseque,paraoanode2014,oIPCAIpeadfoionicodosndicesdepreosdaTAB.8quesuperouotetodametadeinflao.EnquantooIGPDIeoIGPMficaramabaixodameta.

    Quantoaosindicadoresdeemprego,oIBGErealizaaPesquisaMensaldeEmpregoPME,queabrangeasregiesmetropolitanasdeRecife, Salvador, BeloHorizonte,Riode Janeiro, So Paulo e PortoAlegre. Aseguir,ogrficoexibeoretrocessoda taxadedesocupao,nosmesesdedezembroao longodosanos,desde2002.

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    10,510,9

    9,6

    8,4 8,4

    7,56,8 6,8

    5,34,7 4,6 4,3 4,3

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

    GRFICO1:TaxadeDesocupaodeDezembro20022014FONTE:IBGE

    Conformegrficoanterior,ataxadedesocupaoemdezembrode2014paraoconjuntodasseisregiesmetropolitanaspesquisadasfoide4,3%,mesmovalorobservadoem2013eaprimeiravez,desde2002,emquenohouvequedanataxa,cujamdiaficouem4,84%,contra5,39%em2013.APMEapontouqueorendimentomdiorealhabitualmenterecebidopelapopulaoocupadabrasileiraemdezembrode2014foiapuradoemR$2.122,10,crescimentode1,56%emrelaoadezembrode2013,R$2.089,57(informadoapreosdedezembrode2014).

    ComrespeitoRegioMetropolitanadeBeloHorizonteRMBH,ataxadedesocupaoatingiuamarcade2,9%aofinaldoanode2014(0,5p.p.menorsecomparadoadezembrode2013),sendoessaamenortaxadasuasriehistrica,sperdendoparaataxaverificadaemPortoAlegreemdezembrode2013(2,6%).AtaxadedesocupaomdiaanualdaRMBHtambmapresentouqueda,de4,18%em2013para3,73%em2014.Orendimentomdiorealnosmesesdedezembro(apreosdedezembrode2014),deacordocomaPME,foideR$1.961,90em2014,reduode1,20%emrelaoa2013.Porsuavez,amdiaanualdesserendimentodiminuiudeR$1.991,54em2013paraR$1.989,73em2014,decrscimode0,09%.

    Relativamente ao estoque de empregos celetistas, a pesquisa do Cadastro Geral de Empregados eDesempregadosdoMinistriodoTrabalhoeEmpregoCaged/MTEelucidaqueforamgerados396.993empregos formais no pas, ocasionando um crescimento de 0,98% em comparao com o estoque deempregosdedezembrode2013.NoEstadodeMinasGerais,onveldeempregoscresceu0,36%,sendogerados15.437postosem2014.

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    Maisumavez,observaseem2014atendnciaverificadaem2013,ouseja,quemesmocomadesaceleraodaatividadeeconmica,osdadosapresentadosevidenciamacontinuidadedomovimentodeexpansodoemprego,emborasejaemritmomaiscadenciadoquandoconfrontadocomageraoocorridanosltimosanos,sinaldequepodeestarserevertendoessaexpansodoemprego.

    2.2. Economia Mineira em 2014

    DeacordocomosdadosdisponibilizadospelaFundaoJooPinheiro2,ato3trimestrede2014oPIBmineiroacumulouumaquedade0,4%.Essedesempenhofoiinferioraobrasileiro,umavezqueato3trimestrede2014oPIBdoBrasilregistroualtade0,3%.Porsetores,aAgropecuriamineirateveumaretraode3,7%eaIndstriade1,9%,jnosservioshouvealtade0,8%.

    As contas regionais do Brasil, publicao do IBGE, sintetizam o panorama da economia brasileira econfrontamacontribuiorelativadasGrandesRegieseUnidadesdaFederaonacomposiodoPIBnacional. No ltimo posicionamento da gerao de riqueza no pas, dados de 2012, Minas GeraispermaneceucomoterceiromaiorPIB,comparticipaode9,2%,0,1p.p.abaixodoregistradoem2011;oRiodeJaneiro,emsegundolugar,com11,5%,eSoPaulo,emprimeiro,com32,1%.NaparticipaoporsetoresaAgropecuriarespondepor8,6%novaloradicionadoapreosbsicosdaeconomiamineira,aIndstria29,4%eosservios62,0%.

    NaanlisedoPIBportrimestre,atomomento,ouseja,comosdadosdisponveisato3trimestrede2014,ficaevidenciadooritmodequedadaatividadeeconmicadoEstadoduranteoanode2014,comopode ser observado na TAB. 9. Em comparao com o trimestre imediatamente anterior, o segundotrimestrefoiodepiordesempenho,apresentandoquedade3,7%.Emrelaoaomesmotrimestredoanoanterioraquedanaatividadeeconmicaemaisvisvelainda,comquedaemdoistrimestresconsecutivos,oqueconfiguraqueaeconomiamineiraestemrecessotcnica.PodesedizerqueumaeconomiaestemrecessoquandooPIBficanegativoportrsoumaistrimestresseguidoseaeconomiasedeteriora.Jarecessotcnicaocorrequandoeleficanegativopordoistrimestresseguidos.Elafuncionacomoumalertaenosignifica,necessariamente,queaeconomiavaipiorar,sendopossvelarecuperaonocurtoprazo.

    2Atofechamentodesterelatrio,osdadossobreoPIBmineirosestavamdisponveisato3trimestrede2014.

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    TABELA9TaxasdeCrescimentoReal(%)doPIBMG

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em %

    I II III IVTrimestral (em relao ao trimestre anterior) 0,7 0,8 -3,7 0,4 ...Trimestral (em relao ao trimestre do ano anterior) 1,6 2,7 -1,7 -1,8 ...Acumulada no ano 0,8 2,7 0,4 -0,4 ...Acumulada em quatro trimestres 0,8 1,1 0,6 0,1 ...FONTE: Fundao Joo Pinheiro.NOTA: (...) Dados no disponv eis.

    Minas GeraisTaxa de Crescimento 20142013

    IV

    QuantoaoPIBconformeossetoresdeatividadeeconmica,noacumuladoatoterceirotrimestrede2014,percebesequeosetordeservios foionicoqueapresentoucrescimento,comoseobservanogrficoseguinte:

    GRFICO2:AtividadeEconmicaFONTE:FundaoJooPinheiroeIBGE

    AAgropecuriafoiosetorqueapresentouopiorresultadonoacumuladoatoterceirotrimestrede2014,comquedade3,7%.DeacordocomaFundaoJooPinheiroesseresultadoruimestrelacionadocomolongoperododeprecipitaespluviomtricasabaixodoesperadoparaoanode2014.

    A Indstria,por suavez, registrouumaquedade1,9%, sendoque,quandovistopor setordeatividadeindustrial,snohouveretraonovolumeadicionadopelaIndstriaExtrativaMineralquecresceu3,7%,

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    e pelo setor de Energia e Saneamentoque teve expanso de 1,0%.Destaque negativopode ser dado aConstruoCivilquealmdeterapresentadoquedade4,2%noacumuladoatoterceirotrimestre,vemapresentadocrescimentonegativodesdeoquarto trimestrede2013,quandocomparadocomomesmotrimestredoanoanterior.

    OsetordeServios,porsuavez,foionicoqueapresentoucrescimento,sendoestede0,8%,pormcomtendnciadequeda,jqueessecrescimentovemdiminuindonoacumuladodoano.SegundoaFundaoJooPinheiroovolumedeproduodasatividadesdosetordeServiostemrefletidoaperdadedinamismoda produo de bens atravs de dois canais principais: primeiro, como fornecedor de insumos para aagropecuria e a indstria, em particular (devido ao seu peso) no caso dos transportes; segundo, pelainfluncia dos setores produtores de bens na formao da massa salarial e, portanto, na demanda deconsumodosservios finais.Oprimeirocanalgeramaior reflexoda instabilidadenaproduodebenssobreaproduodeservios;osegundocanaldeterminaomovimentodetendnciadasrie.

    2.2.1. Comrcio Exterior de Minas Gerais

    Em2014, as exportaesmineiras atingiramUS$29,32bilhes, quedade12,31%no comparativo com2013, e as importaes somaramUS$ 11,00 bilhes, 10,87% inferior a 2013, gerandoum supervit deUS$18,32bilhesnabalanacomercial,quedade13,15%.OsupervitdoEstadocorrespondeua562,69%do alcanado pelo Brasil (dficit de US$ 3,96 bilhes), traduzindo a importncia do comrcio exteriormineiro para o pas. Em 2014, novamente, a contribuio do Estado deMinas Gerais para o resultadoexternobrasileirofoienorme,poisobteveomaiorsaldocomercialentretodososestados,eesseexcedentemineiroauxiliaopasnoresultadoglobaldabalanacomercial.

    Por fator agregado, os dados de exportao demonstram que desde 2009 h uma preponderncia dosprodutosbsicosnototaldasexportaesmineiras,situaoqueserepetiuem2014quandoessesprodutosforamresponsveispor63,39%,aindaquesetenharegistradoumapequenaquedanessepercentualemrelao a 2013 (64,81%). Quanto s exportaes por categorias de uso (bens de capital, bensintermedirios,bensdeconsumoecombustveis),apredominnciadevendasparaoexteriorfoimaisumavezdos bens intermedirios, que responderampor90,11%das exportaespor categoria deuso, ante90,59% em 2013. Diante desses nmeros, constatase o domnio dos produtos bsicos na pauta deexportaes do Estado, indicando, assim, a necessidade da diversificao do rol de exportados, comaumentodaparticipaodaquelescommaiorvaloragregado,parareduziravulnerabilidadescondieseconmicasexternaseaumentarovalorexportado.

    Quanto a queda no valor total das vendas externas mineiras de 12,31% em 2014, tendo em vista aparticipaodosprincipaisprodutosexportadospeloEstado, issopodeserexplicado,emparte,porquehouveumabaixaexpressivanopreodessesprodutos.Ominriodeferro,porexemplo,tevedecrscimo

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    de24,26%novalortotalexportado,enquantoseuvolumeexportadoemKGtevealtade3,37%.DeacordocomdadosdoMinistriodoDesenvolvimento,IndstriaeComrcioExterior(MDIC),opreodatonelada,emdlares,dominriodeferro,emdezembrode2014,apresentouquedade47,1%,quandocomparadocomopreodedezembrode2013.

    Entretanto,relativamenteaocaf,asituaofoidiferente,quandocomparadamaioriadosoutrosprodutosexportados,jque,quantoaovolumeexportadoemKG,houvealtade12,39%,e,emrelaoaovalortotalemdlares,oaumentofoide32,87%.Porsuavez,opreodasacade60kg,emdlares,apresentouaumentode49%emdezembrode2014comparativamenteaomesmomsde2013.Porm,aindaqueocafsejaosegundoprodutomaisexportadoporMinasGerais,essaaltanoseupreofoiexceoentreopreodosprodutosexportados,nosendo,portanto,capazdecompensaraquedanovalorexportadodosdemaisprodutos.

    Aseguir,odesempenhodosprincipaisprodutosdapautadeexportaesdeMinasGerais:TABELA10

    ExportaesporProdutos2014/2013

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em US$

    Minrio de Ferro 15.526.389.334 11.760.255.598 40,11 (24,26)Caf 3.094.630.798 4.111.866.089 14,02 32,87Ferroniobio 1.426.334.352 1.557.668.912 5,31 9,21Outros Acares de Cana 1.069.049.059 861.289.417 2,94 (19,43)Ouro em Barra, Fios, etc 1.141.280.060 761.345.476 2,60 (33,29)Soja 869.961.935 720.853.283 2,46 (17,14)Pasta Quim. Madeira 619.327.852 569.409.743 1,94 (8,06)Bulho Dourado 360.861.294 532.922.925 1,82 47,68Ferro Fundido Bruto No Ligado 351.394.841 394.442.038 1,35 12,25Outros Tubos Ligas Aos 247.912.111 356.416.077 1,22 43,77Medicamento contendo insulina 361.659.583 318.979.490 1,09 (11,80)Minrios de Ferro Aglomerados 607.063.384 313.993.588 1,07 (48,28)Outros Produtos 7.761.068.457 7.061.202.370 24,08 (9,02)

    Total 33.436.933.060 29.320.645.006 100,00 (12,31)FONTE: Secex - Ministrio do Desenv olv imento, Indstria e Comrcio Ex terior.

    Variao2014 / 2013

    ( % )

    2014Produtos 2013

    ValorParticipao

    ( % )

    ATAB.11demonstraqueasiacontinuousendooprincipaldestinoparaasexportaes,responsvelporcomprar 46,50% dos produtos mineiros, ainda que esse percentual tenha cado em relao a 2013(49,59%), sendo que essa queda se refletiu no aumento da participao de todos os outros blocoseconmicos,comdiminuiototaldasexportaesexceodosEstadosUnidos,refletindoquedanasexportaesmineirascomoumtodo.

  • 33

    TABELA11ExportaesporBlocosEconmicosdeDestino2014/2013

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em US$

    Participao( % )

    sia (exclusive Oriente Mdio) 16.581.136.324 13.632.903.818 46,50 (17,78)Unio Europeia 7.255.297.692 6.669.386.933 22,75 (8,08)Estados Unidos (inclusive Porto Rico) 2.121.671.743 2.530.595.260 8,63 19,27Oriente Mdio 1.699.522.729 1.628.481.386 5,55 (4,18)Demais Blocos 5.779.304.572 4.859.277.609 16,57 (15,92)

    Total 33.436.933.060 29.320.645.006 100,00 (12,31)FONTE: Secex -Ministrio do Desenv olv imento, Indstria e Comrcio Ex terior.

    Blocos 2013Valor

    2014 Variao2014 / 2013

    ( % )

    Entreosprincipaispasesdedestino,sobressaramosembarquesparaosEstadosUnidoseAlemanha,comasexportaescrescendo19,24%e33,37%,respectivamente.Omaioraumentonoseuvalor,entretanto,foicomandia,comcrescimentode263,46%,pormessepasrespondeporapenas1,62%dasexportaesdoEstado.AChina,porsuavez,continuousendooprincipaldestinodosprodutosmineiros,participandocom30,10%nototaldasexportaes,aindaqueem2014eletenhasido23,36%menoremrelaoa2013.Aps a China, os principais pases de destino foram os Estados Unidos, respondendo por 8,61% dasexportaesmineiras,Japo(6,58%),PasesBaixos(5,53%),Argentina(5,09%)eAlemanha(4,57%).

    OEstadocontinuouaparecendocomoo2maiorexportadordopasaoresponderpor13,03%(13,81%em2013) das vendas para o exterior, atrs de So Paulo (22,86%) e frente doRio de Janeiro (10,05%).ImportantesalientarqueMinasGeraisfoioEstadodoSudestequeapresentoumaiorquedanovalortotaldasexportaesem2014(12,31%).

    AsimportaesdoEstadodeMinasGeraisem2014totalizaramUS$11,00bilhes,variaonegativade10,87%emrelaoa2013.Aparticipaodasimportaesmineirasnototalnacionaldiminuiu,passoude5,15%em2013para4,80%em2014.Porfatoragregado,asimportaesem2014,comparadascomasdoano anterior, apresentaram os seguintes resultados: enquanto houve uma queda de 21,77% nasimportaesdeprodutosbsicos,asdeprodutosindustrializadoscaram9,46%.Quantos importaesalusivas aos setores de contas nacionais, em 2014 houve retrao nas aquisies de Bens de Capital(11,94%), Bens Intermedirios (5,56%), Bens de Consumo (14,71%), e Combustveis e Lubrificantes(27,80%).

    Notocanteparticipao,asimportaesdebensdeconsumorepresentaram17,62%;asimportaesdebensintermedirioscorresponderama44,47%;asdebensdecapital,32,28%;e,quantoacombustveiselubrificantes,5,62%.Apermannciadepequenacontribuiodaimportaodebensdeconsumonototalimportadoeaelevadarepresentatividadedasimportaesdebensintermedirios(insumosindustriais,

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    peaseacessriosdeequipamentosdetransporte,etc.)edebensdecapitaldemonstramrelaopositivaentrecomprasinternacionaiseaproduodebenseserviosmineiros.

    Por fim, a origem das importaes mineiras, por blocos econmicos, revela a predominncia dasimportaesdaUnioEuropeia,querespondepor23,48%dototaldascomprasinternacionaisdoEstado.Noperodo,decresceramascomprasoriginriasdetodososblocos,comdestaqueparaAssociaoLatinoAmericanadeIntegraoAladi(19,66%),UnioEuropeia(17,04%)eEstadosUnidos(15,84%).

    TABELA12ImportaesporBlocosEconmicosdeOrigem2014/2013

    Ex erccios de 2013 e 2014 Em US$

    Unio Europeia 3.113.710.183 2.583.030.797 23,48 (17,04)sia(exclusive Oriente Mdio) 2.608.131.382 2.560.075.186 23,27 (1,84)Estados Unidos (inclusive Porto Rico) 2.058.199.167 1.732.081.942 15,74 (15,84)Aladi (exclusive Mercosul) 1.019.730.074 819.241.973 7,45 (19,66)Demais Blocos 3.544.147.938 3.307.437.263 30,06 (6,68)

    Total 12.343.918.744 11.001.867.161 100,00 (10,87)FONTE: Secex -Ministrio do Desenv olv imento, Indstria e Comrcio Ex terior.

    Variao 2014 / 2013( % )

    Blocos 20132014

    Valor Participao( % )

  • 35

  • 36

    3. Planejamento Governamental e Oramento O modelo de planejamento governamental institudo pela Constituio Federal de 1988, art. 165, eratificadopelaCE/89,art.153,compreendetrsinstrumentos:oPPA,contendooplanejamentodemdioprazo(4anos),aLeideDiretrizesOramentriasLDOeaLeiOramentriaAnualLOA.

    NombitodoEstadodeMinasGerais,aCE/89,noart.231,estabelecemaisuminstrumento,oPlanoMineirodeDesenvolvimento IntegradoPMDI,quecontemplaasdiretrizesdeatuaogovernamentalde longoprazo(20anos),comvistaspromoododesenvolvimentosocioeconmicointegradodoEstado,devendobalizarosdemaisinstrumentos,conformepargrafonicodoart.154,tambmdaCE/89.

    Nos termos dos 1, 4 e 7 do art. 165 da CR/88 e dos arts. 154 e 157, 1, VI e 2 da CE/89, oplanejamentogovernamentaldeverocorrerdeformaregionalizada,visandoreduodasdesigualdadesregionais;eosseusinstrumentosdeverosercompatveis,comomedidadeeficciadessesedaobservnciaaoprincpiodacontinuidadeadministrativa.

    Reforandoarelevnciadoplanejamentogovernamental,aLeiComplementar101/00(LRF)institui,emseuart.1,1,aaoplanejadaetransparentecomopressupostodaresponsabilidadenagestofiscal;e,no art. 59, 1, inciso V, como sendo competncia dos Tribunais de Contas a anlise dos fatos quecomprometam os custos ou os resultados dos programas ou, ainda, que apresentem indcios deirregularidadesnagestooramentria.

    Quantoaosinstrumentosdeplanejamento,aCE/89determinaqueparaasuaelaboraosejaasseguradaaparticipaopopular,conformeprescritonoart.157,5,enaLei20.024,de9/1/12,queinstituiuoPPAG20122015(art.8,2).

    ALeiEstadual15.011/04introduziuaresponsabilidadesocialnagestopblicadoEstadodeMinasGerais,para a qual devem ser utilizados os seguintes instrumentos de planejamento e avaliao social: ndiceMineirodeResponsabilidadeSocialIMRS;MapadaInclusoSocial;BalanoSocialAnual;eAnexosSociaisdoPlanoPlurianualdeAoGovernamentalPPAG,daLeideDiretrizesOramentriasLDOedaLeiOramentriaAnualLOA.Essaleiestabelece,nopargrafonicodoseuartigo1,quearesponsabilidadesocialnagestopblicadoEstadocaracterizase,ainda,pelatransparncia,peloplanejamentoestratgicodasaesepelocartereducativodaediodosatos.

    Emlinhacomosreferenciadospreceitosconstitucionaiselegais,oRegimentoInternodesteTribunaldeContasdoEstadodeMinasGeraisTCEMG(Resoluo12,de19/12/08)instituiqueoacompanhamentodagestoestadual,visandosubsidiaraemissodoparecerprviosobreasContasdeGoverno,compreendeo controle e a avaliao da execuo do oramento segundo os instrumentos de planejamentogovernamental(1doart.231).Prescreveainda,nopargrafonicodoart.232,queorelatriotcnico

  • 37

    que acompanha esse parecer contenha elementos e informaes sobre o cumprimento das metasestabelecidas nos instrumentos de planejamento governamental e seus reflexos no desenvolvimentoeconmicoesocialdoEstado.

    Aanliseaseguirabranger,portanto,osprincipaisinstrumentosdeplanejamentoeoramento,luzdascitadasnormas.

    3.1.Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado PMDI

    OPMDIvigentenoEstadodeMinasGeraisfoiatualizadopelaLei20.008,de4/1/12,querevisouaestratgiadedesenvolvimentodoEstadoparaosprximos20anos(PMDI20112030),adotandoomodelodegestotransversal,conceituadodeEstadoAbertoeemRede,oqualincorporacomopilaraGestoparaaCidadania.Semprejuzodaobservnciadoequilbriofiscaledagestopararesultados,essaltimaversodoPMDIorientasepelasdiretrizesdecolaboraoinstitucionaledeintersetorialidadenosmbitosgovernamentale extragovernamental; de transparncia administrativa e participao social; de qualidade do gasto,eficincia e compartilhamento na gesto; e demelhoria dos indicadores institucionais, administrativos,econmicos,sociaisehumanos,comnfasenasprioridadesestratgicasdoGoverno,regionaisousetoriais.Almdanovalgicadeorganizaodaaogovernamental,houveaincorporaodequatroatributosvisodefuturodoPlano:prosperidade,qualidadedevida,sustentabilidadeecidadania.

    Operacionalmente,aaodegovernofoiorganizadanoPMDIem11redesdedesenvolvimentointegrado,que focalizam metas snteses e as desdobram em objetivos e estratgias. Para medir o desempenhogovernamentalemcadarede,foramdefinidosindicadoresfinalsticoscomvaloresderefernciaemetasde desempenho estabelecidas para 2015, 2022 e 2030. As apuraes desses indicadores tm sidopublicadasanualmentepeloGoverno,emcadernosespecficos,econtempladas,nombitodessaavaliaodamacrogestogovernamental.

    3.2. Plano Plurianual de Ao Governamental PPAG

    A estratgia definida no PMDI dever ser alcanada mediante as polticas pblicas convertidas emprogramasdegoverno,quesoasunidadesbsicasdeexecuodoPPAGe funcionamcomoelementosintegradoresdoplanejamento,oramentoegesto.

    OPPAGparaoquadrinio20122015foiinstitudopelaLei20.024,de9/1/12,erevisado,para2014,pelaLei 21.149, de 15/1/14. Os programas contemplados nesse Plano so classificados emEstruturadores,Associados e Especiais. Em linha com a orientao estratgica definida no PMDI, os programasestruturadoreseassociadosestoagrupadosnas11redesdedesenvolvimentointegradoqueorganizamaaogovernamental.

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    RevisodoPPAGpara2014

    ArevisodoPPAGumadasetapasdasuagesto,devendoocorreracadaano,conformedispeaLei20.024/12,arts.5e8,visandoatualizarasaeseintegrarasnovasdemandasdasociedadeedaprpriaAdministraoPblica.Ograudasalteraesprocedidasnessarevisoumamedidadaobservnciaaoprincpiodacontinuidadeadministrativaeosseusresultados,para2014,estodemonstradosnoAnexoIIIdaLei21.149/14,(VolumeIIdoPPAG),esintetizadosaseguir:

    inclusode8(oito)programasaoPlano(3%donmerototalexistenteem2014),sendo1(um)estruturadore7(sete)associados;

    exclusode12(doze)programas(5%dototalem2013),sendo,11(onze)associadose1(um)especial;e

    alteraoem70programas,comainclusode60aeseaexclusode117.

    O impactooramentrioanualdas incluses(8programase60aes),naprevisodaLOA2014, foideR$2,957bilhes(3,63%dototaldaLOA)e,nooramentogeralexecutado,deR$3,785bilhes(4,32%dototal).

    Os programas includos, os crditos iniciais, os autorizados e a despesa realizada em 2014 sodemonstradosnatabelaaseguir,etambm,deformaconsolidada,aprogramaoeexecuodas60aesincludasemprogramasjexistentes.

    TABELA13ProgramaseAesIncludosnoPPAG,naReviso2014

    Ex erccio de 2014 Em R$

    Cod. Descrio UO

    001 Gesto dos Complexos Hospitalares da Fhemig FES 135.698.650,00 212.637.962,12 212.148.550,89 156,34 99,77 107 Obras Prediais - Funed SES 1.600.000,00 8.938.266,90 2.600.000,00 162,50 29,09 163 Plugminas - Centro de Formao e Experimentao Digital SEE 7.729.246,00 8.200.000,00 8.200.000,00 106,09 100,00 191 Gesto da Escola de Sade Pblica FES 14.751.552,00 20.723.717,00 19.887.860,70 134,82 95,97 194 Gesto da Secretaria de Estado de Sade FES 583.285.003,00 581.116.180,67 580.880.336,26 99,59 99,96 196 Gesto da Fundao Hospitalar de Minas Gerais FES 963.958.668,00 931.278.995,59 924.983.171,23 95,96 99,32

    203 Gesto da Hemominas FES 151.523.672,00 197.502.614,93 196.815.068,43 129,89 99,65 204 Gesto da Funed FES 110.777.066,00 315.932.291,91 309.249.214,62 279,16 97,88

    1.969.323.857,00 2.276.330.029,12 2.254.764.202,13 114,49 99,05 987.486.563,00 2.091.735.196,00 1.529.844.382,54 154,92 73,14

    2.956.810.420,00 4.368.065.225,12 3.784.608.584,67 128,00 86,64

    FONTE: Anex o III da Lei 21.149/14 (Volume II do PPAG/2014) e Armazm de Informaes - Siafi.NOTA: ex ceo do Plugminas, incorporado Rede de Educao e Desenv olv imento Humano, os demais programas includos pertencem Rede de Ateno em Sade.

    C / B%

    DespesaRealizada

    ( C )

    Crdito Inicial( A )

    Programa

    Aes Includas em Programas j Ex istentesTotal dos Programas

    Total Geral

    Crdito Autorizado

    ( B )

    C / A%

    OsprogramasexcludosdoPPAG,nareviso2014,sodemonstradosnatabelaaseguir.

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    TABELA14ProgramasExcludosdoPPAG,naReviso2014

    Ex erccio de 2014

    Cd. Descrio

    106 Desenvolv imento do Centro de Tecidos Biolgicos de Minas Gerais Hemominas Associado Ateno em Sade

    128 Adm. Logstica, Patrimonial e Gesto do Sist. Corporativo de Adm. Materiais e Serv ios Seplag Associado Governo Integrado

    145 Caminhos da Roa Setop Associado Infraestrutura

    148 Programa de Desenvolv imento Turstico do Nordeste Fase Dois Prodetur/NE-II Setur Associado Identidade Mineira

    151 Gesto do Sistema nico de Assistncia Social Sedese Associado Desenv. Social e Proteo

    168 Gesto e Apoio s Aes da Copa do Mundo Gov. do Estado Associado Cidades

    171 Planejamento, Oramento e Articulao das Aes Governamentais Seplag Associado Governo Integrado

    176 Gesto do Setor Mineral Codemig Associado Desenv. Econmico

    213 Modernizao da Gesto e do Planejamento Seplag Associado Governo Integrado

    221 Plugminas Centro de Formao e Experimentao Digital Sec Associado Desenv. Social e Proteo

    231 Inovao Social para a Reduo da Pobreza no Norte e Nordeste de Minas Idene Associado Desenv. Social e Proteo

    723 Prestao Jurisdicional Tjmg Especial Programa Especial

    FONTE: Anex o III da Lei 21.149/14 (Volume II do PPAG/2014).

    ProgramaUO

    Tipo Programa

    Rede de Desenvolvimento

    Verificouse a existncia de justificativas para a excluso dos citados programas, em cumprimento sprescriesdoart.8,II,daleiqueinstituiuoPPAG2012/2015,que,emsntese,foram:incorporaodasaesnoescopodeoutrosprogramas;encerramentodavignciadecontratos;exaurimentodosobjetos;finalizaodeconvniocomrgofederal;eexpectativafrustradadeentradaderecursosporconvniosoureduodecustos.

    Comainclusode8(oito)programaseaexclusode12(doze),oPPAGpara2014passouasercompostopor237programas,sendo32Estruturadorese165Associadosreunidosnas11redesdedesenvolvimentointegrado,e40ProgramasEspeciais,quenoestodiretamenteligadosestratgiagovernamental.

    Verificouse,ainda,noprocessoderevisodoPPAG,atransposiodeprogramaseaesouatransfernciadecrditosoramentrios,demonstradasnoAnexoIVLei21.149/14,ocorridasemfunodaextinoefusodesecretariasergospblicos,decorrentesdareformaadministrativadoEstado,quevigorouapartirde2014,edaLeiComplementar131,de6/12/13,quecriouoFundoPrevidenciriodeMinasGeraisFunprev/MG.Aotodo, foraminteiramente transpostos18programas;6aesdeoutrosprogramas;etransferidos os crditos oramentrios de 14 (quatorze) aes dos programas Apoio AdministraoPblica(701)eObrigaesEspeciais(702).

    Constatouse a observncia s disposies contidas no art. 2, III, da Lei 21.149/14, tendo em vista aapresentao,emvolumeprprio,dasalteraesaoPPAG,promovidasporemendasdoPoderLegislativo.Referidasemendas,emsntese,constituramsenainclusode1(um)programaassociadoede21aesem16programasjexistentes;atransferncia,entreprogramas,de4aes,assimcomoaalteraodeoutras97,sejaemdistribuioregionalderecursos,nomes,finalidade,produtoouunidadedemedida.

  • 40

    ParticipaopopularnarevisodoPPAGpara2014

    As21aesincludasnoPPAG/2014peloPoderLegislativotiveramorigemnaComissodeParticipaoPopularCPP.Aespecificaodasreferidasaeserespectivaexecuooramentriaem2014constadoAnexoI,ondetambmdemonstradaaexecuodasparcelasdoscrditosoramentriosadicionadospelaCPPaoutras35aesquejexistiamnoPPAG,registradaspeloIdentificadordeProcednciaeUson4(Recursos recebidos para atendimento de demandas de participao cidad). O referido anexo aindademonstraaexecuodasaesincludasemajoradaspelaComissonosexercciosde2012e2013.

    Ao todo, as alteraes no PPAG/2014 tiveram previso de um impacto oramentrio anual deR$12.621.561,00,masaexecuoperfezapenasR$4.815.602,50(38,16%doplanejado).Essaexecuoconsolidada crtica decorreu da alta incidncia de aes (68% das 56) sem a realizao de quaisquerparcelasdeseuscrditosoramentriosede12,5%comexecuoabaixode70%doprogramado.Essequadrotemsemostradorecorrente,hajavistaque,em2013,57%das74aescomoramentodaCPPnadaexecutaram;igualmenteem2012,44%das54aes;e,em2011,70%das10aesnorealizaramseusoramentos.Nessecontexto,foramverificadas31aes,destacadasnoANEXOI,quetransitaramnoPPAGem2012e/ouem2013,eforamexcludasdoPlanosemnadaexecutaremdoscrditosoramentriosquelhesforamaportadospelareferidaComisso.

    AlmdaaltaincidnciadeaesdaCPPsemexecuooramentria,verificaseumhistricodegradativareduonosrecursostotaisdaparticipaopopular,nooramentodoEstado,comosedemonstraaseguir.

    TABELA15ParticipaodasEmendasdaCPPnoPPAGenoOramentodoEstado

    Exerccios de 2011 a 2014 Em R$ mil

    ExerccioPreviso

    LOA Participao no OF ( % )

    Execuo Oramentria

    Participao no OF ( % )

    AH%

    2011 16.372 0,03 15.748 0,03 96,19 2012 21.540 0,04 14.348 0,02 66,61 2013 13.000 0,02 7.254 0,01 55,80 2014 12.622 0,02 4.816 0,01 38,16

    FONTE: Armazm de Informaes - Siafi.

    Diantedoexposto,verificousequepermanecemasalegadasdificuldadesparaoplenocumprimentodasdisposiesdaCE/89,art.157,5,edaLei20.024/12,art.8,2,asquaisprescrevemquenaelaboraodos instrumentos de planejamento seja assegurada a participao popular, uma vez que, apesar derealizadasasaudinciaspblicaselevantadasasdemandassociaispelaALMG,emparceriacomoPoderExecutivo,nosetemverificadoacorrespondenteeficcianaexecuooramentriadessaspolticas,almdaperdaderepresentatividadedasmesmasnooramentodoEstado.

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    RessaltasequeoPoderExecutivotemsidoreiteradamenteadvertido,nospareceresprviosdestaCorte,aenvidaresforosparasuperarasreferidasdificuldadesnaexecuodasaesdecorrentesdaparticipaopopular,visandoaocumprimentodopreceitoconstitucionalelegaleacoernciacomomodelodegestoadotadonoEstado,quetemcomoumdospilaresaparticipaosocialnadefinioeimplementaodaspolticaspblicas.

    3.2.1. Responsabilidade Social no Estado

    AResponsabilidadeSocialconsiste,nostermosdaLei15.011/04,art.1,naimplementaodepolticaspblicas,planos,programas,projetoseaesqueasseguremoacessodapopulaoaassistnciasocial,educao, servios de sade, emprego, alimentao de qualidade, segurana pblica, habitao,saneamento, transporte e lazer, com equidade de gnero, etnia, orientao sexual, idade e condio dedeficincia.

    EssaleitambmalterouaLei14.172/02,queinstituiuondiceMineirodeResponsabilidadeSocialIMRS,criandoaobrigao,nopargrafonicodoseuart.4,deoGovernoapresentar,anualmente,programaemergencial para o desenvolvimento dos municpios classificados nas cinquenta ltimas posies norelatriodondice,queexpressaonveldedesenvolvimentodecadamunicpiomineironasdimensesdeeducao,sade,seguranapblica,empregoerenda,gesto,habitao,infraestruturaemeioambiente,cultura,lazeredesporto.

    Aps reiteradas recomendaes deste Tribunal para que o Governo d maior transparncia s aesimplementadasparaocumprimentodareferidaobrigao,aLDOpassouadeterminar,apartirde2012,queapropostaoramentriadeveriaseracompanhadadeumdemonstrativoevidenciandoosprogramasesuasrespectivasparcelasoramentriasdestinadasaaplicaonoconjuntodosreferenciadosmunicpios.ConstatousequeodemonstrativovemsendoprevistonasrespectivasLOAs,entretanto,at2013,nohaviasidodemonstradaarespectivaexecuooramentriadessasparcelas.Diantedessequadro,oConselheiroJos Viana, Relator das Contas de 2013, proferiu recomendao para que o Governo se posicionasseconclusivamentequantoaessereiteradotema,concernentedisponibilizaodeinformaesnecessriasao controle da eficcia das aes voltadas para o desenvolvimento social dos municpios com piordesempenhonoIMRS.

    Assim,em2014,foiincludonoRelatrioInstitucionaldeMonitoramentodeTodososProgramas,relativoao5bimestrede2014edivulgadonositedaSeplag,umdemonstrativodaexecuooramentriadasparcelasdosprogramasprevistosnaLOA,destinadasaodesenvolvimentosocialdos50municpiosqueobtiveram as mais baixas classificaes no IMRS. Confrontando os dois demonstrativos verificouse,naquele previsto na LOA, a programao oramentria em 154 programas, totalizandoR$ 1.036.424.717,00, e, no Relatrio de Monitoramento, a execuo de despesas no total deR$1.052.472.984,00,distribudaem107programas.Noseobservoudiscrepnciaexpressivanovalortotal

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    executadoemrelaoaoplanejado(101,55%).Contudo,quandoseavaliaindividualmenteosprogramas,essadisparidadeficaevidente,com61delesnadaapresentandoderealizaodedespesas;eoutros14que,emboraapresentandoessaexecuo,noforamprevistosnaLOA.CausaestranhezaaindaqueoprogramacommaiorexecuotenhasidooObrigaesEspeciais(702),quenoseincluidentreossociaisenemestdiretamenteligadoestratgiagovernamental.

    Issoposto,paraefeitodapresenteanlise,asinformaesprestadasnoscitadosdemonstrativosmostramseprecrias,oque,associado insuficinciade informaesquecomprovemaefetivaaplicaodessesrecursosnos50municpiosqueapresentamaspioresclassificaesnoIMRS,levaaoentendimentodequenofoiplenamentecumpridoopargrafonicodoart.4daLei14.172/02.

    Destarte,cumpreinformarquetramitanaALMGoProjetodeLei891/15(originadododesarquivamentodoPL5.485/14,publicadonoDiriodoLegislativoem11/9/14),deautoriadoPoderExecutivoEstadual,quealteraasLeis14.172/02e15.011/04.Na14.172/02,alteraaredaodoreferenciadopargrafonicodoart.4, substituindoaapresentaodoprogramaemergencialparaodesenvolvimentosocialdos50municpios que obtiveram as piores classificaes no relatrio do IMRS por informaes consolidadasacercadaexecuodeprogramasnaquelesmunicpios,aseremincludasnoRelatrioAnualdeAvaliaodo PPAG. Portanto, se aprovada a alterao, decai a obrigao de o Estado apresentar, anualmente, oreferidoprogramaemergencial.

    QuantoaoBalanoSocialdoEstado,esteintegrouaPrestaodeContasAnualdoGovernador,emanexoespecfico, cumprindose o art. 8 da Lei 15.011/04. Nele, foram informados os principais resultadosalcanadospelaspolticassociaisnoexerccio,porsetordegoverno,eprocedidaaanliseconsolidadadaexecuodosprogramassociaissobdiversasperspectivas,bemcomofoianexado,aofinal,odemonstrativododesempenhofsicoefinanceirodasaesnelescontempladas.

    Os programas ali registrados foram aqueles que apresentarammais de 50% dos respectivos recursosprevistos na LOA nas funes Assistncia Social; Educao; Sade; Trabalho; Agricultura; Direitos daCidadania;SeguranaPblica;Habitao;Saneamento;Transporte;eDesportoeLazer.

    Os recursos oramentrios executados nessas polticas sociais totalizaramR$ 20,495 bilhes em2014,representandoumcrescimentonominalde17,01%,emrelaoa2013 (R$17,515bilhes), tendo sidoconsignados,notadamente,noOramentoFiscal(95,32%).Osestruturadoresresponderampor59,29%dovalor executado; os associados por 30,78%, especialmente nas redes de Educao e DesenvolvimentoHumano(38,91%);AtenoemSade(35,18%);eDefesaeSegurana(10,50%).

    Quanto ao desempenho das 499 aes contempladas nos programas sociais, apenas 51,30% delasapresentaramrealizaofsicasatisfatria(entre70%e130%doplanejado)e26,45%,execuofinanceira

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    nomesmointervalo.Umaparcelaexpressiva,21,04%,dasaesnoapresentouexecuofsicae16,23%,execuofinanceira.

    Notocanteregionalizaonaexecuodosprogramassociais,comonoexerccioanterior,aRegioCentralapresentouamaiorparticipao,50,94%,assimcomoosmaioresgastossociaispercapita,R$1.374,42,ressaltandose que o gastoper capita no Estado foi de R$ 984,35, este superando o de 2013 em 25%.ObservousequeregiespobresdoEstado,comoaNoroeste,RioDoceeNorte,notiveramparticipaosuficiente, na alocao dos recursos sociais, tendo os seus valores per capita, R$ 677,50; R$ 773,30 eR$904,46,respectivamente,ficadoabaixodoplanejadoedogastopercapitadoEstado.

    Quanto ao 1, art. 8, da Lei 15.011/04, que estabelece a proposio, noBalanoSocial, dasmedidascorretivas a serem incorporadas LDO para os casos nos quais no tenham sido atingidas as metasestabelecidasnosAnexosSociaisdeterminaoessaquenovemsendocumpridanosltimosexerccios,devidoadificuldadesoperacionaisparaasuaaplicao,conformeargumentadopelaSeplag,foiobjetoderecomendaodoConselheiroSebastioHelvcio,RelatordasContasde2010,reiteradaem2012e,em2013,peloRelatordasContasdoexerccio,paraquefossealteradotaldispositivo,demodoaviabilizarasuaefetivaaplicao.

    Comvistasasanaressapendncia,oPoderExecutivoelaborouoProjetodeLei891/15,antesmencionado,querevoga,nantegra,oreferenciadoart.8daLei15.011/04,retirandoaobrigaodeoBalanoSocialintegraraPrestaodeContasAnualdoGovernadordoEstadoedeproporascitadasmedidascorretivas.Deoutraparte,oPLacrescentaartigoLei15.011/04,determinandoqueoRelatrioAnualdeAvaliaodoPlanoPlurianualdeAoGovernamentalapresenteinformaesconsolidadasacercadaexecuo,dodesempenhoedaregionalizaodasaesintegrantesdosprogramassociaisbemcomojustificativasparaaquelasqueapresentaremexecuocrticaousubestimada.Porfim,revogaosincisosIIIeIVdoart.2daLei15.011/04,quedeterminamautilizaodoBalanoSocialAnualedosAnexosSociaisdoPPAG,daLDOedaLOAcomoinstrumentosdeplanejamentoeavaliaosocialnagestopblicasocialmenteresponsveleacrescentaincisoaomesmoart.2,prevendooRelatrioAnualdeAvaliaodoPlanoPlurianualdeAoGovernamentalcomoumdaquelesinstrumentosdeplanejamentoeavaliaosocial.

    Como o PL se encontra em fase de tramitao na ALMG, e o art. 8 ainda vige, o Governo incluiu naLDO/2014, como vem fazendo desde 2012, dispositivo prevendo que, nas informaes a seremdisponibilizadas na internet pelo Poder Executivo para acesso de toda a sociedade, visando atransparncia da gesto fiscal e a observncia ao princpio da publicidade , deveria ser includo umdemonstrativo de acompanhamento bimestral do desempenho dos programas sociais, de maneira acumpriroprescritono1doart.8daLei15.011/04.Constatousequeoreferidodemonstrativotemsidodisponibilizadono sitedaSeplag, apresentandocontedoanlogoaodoBalanoSocial, excetopornodiscriminarosprincipaisresultadosalcanadosporsetordegoverno.

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    Issoposto,avaliasequeasmedidasadotadaspeloGoverno,comadisponibilizaododemonstrativodeacompanhamentobimestraldodesempenhodosprogramassociaisnainternetcorroboramatransparncianagestodessesprogramas,masnocaracterizamocumprimento,nantegra,dasprescriesdo1doart. 8 da Lei 15.011/04, pela falta de proposio, no Balano Social, das medidas corretivas a seremincorporadasLDO.

    ConsideraesFinais

    Constatouse que as dificuldades alegadas na execuo das aes decorrentes da participao popularpersistiramem2014.Essaexecuofoiaindamenosrepresentativaeeficazdoquenosanosanteriores,adespeitodasprescriesconstitucionaiselegaissobreamatriaedacoernciacomomodelodegestoadotadonoEstado.

    Relativamentesmatriasobjetodopargrafonicodoart.4daLei14.172/02edo1doart.8daLei15.011/04,avaliasequeasmedidasadotadaspeloGovernonoforamsuficientesparaqueseconsideremintegralmente cumpridos esses dispositivos, ressaltandose que sobre eles h proposta de alteraomedianteprojetodelei,contudo,aindaemfasedetramitaonaALMG.

    Constatouseumbaixograudesatisfaonodesempenhodas499aesdosprogramassociais,comapenas51,30%delasapresentandorealizaofsicaentre70%e130%doplanejado,e26,45%,execuofinanceirano mesmo intervalo. Observouse que regies pobres do Estado, como a Noroeste, Rio Doce e NorteapresentaramgastossociaispercapitaabaixodoplanejadoedovalordoEstado.

    3.3. Lei de Diretrizes Oramentrias LDO

    ALDO, a teordoestabelecidonasConstituiesdaRepblicaeEstadual, emseusarts.1652e155,respectivamente,compreenderasmetaseprioridadesdaAdministraoPblica, incluindoasdespesascorrentesedecapitalparaoexercciofinanceirosubsequente,orientaraelaboraodaleioramentriaanual,disporsobreasalteraesnalegislaotributria,eestabelecerapolticadeaplicaodasagnciasfinanceirasoficiaisdefomento.Asdiretrizesoramentrias,em2014,foramestabelecidasnaLei20.845,de6/8/13,LDO2014.

    Alm de atender aos dispositivos constitucionais supracitados, a LDO deve observar, tambm, normasespecficascontidasnaLRF,conformeprevoart.4,taiscomo:disporsobreoequilbrioentrereceitasedespesas;oscritrioseaformadelimitaodeempenhonashiptesesdeareceitanocomportarasmetasderesultadoprimrioounominal,ouparaaobtenoderesultadoprimrionecessrioparaareconduodadvidaconsolidadaaolimite;asnormasrelativasaocontroledecustoseavaliaodosresultadosdosprogramas financiados com recursos dos oramentos, assim como dispor sobre as demais condies eexignciasparatransfernciasderecursosaentidadespblicaseprivadas.

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    DeterminaaindaaLRF,nos1e3doart.4,queintegrarooprojetodeLDOosanexosdemetasfiscaisederiscosfiscais.

    3.3.1. Anlise sobre a LDO 2014

    PrioridadeseMetas

    OAnexodePrioridadeseMetas,previstonoart.165,II,2,daCR/88,nointegraaLDO2014,postoque,conforme dispe o art. 2 de tal lei, asmetas e prioridades da Administrao Pblica Estadual (PoderExecutivo)paraoexercciode2014soosprogramasestruturadoresconstantesdoPPAG20122015esuasrevises,bemcomo,paraaDefensoriaPblica,oMPE,oTCEMGeosPoderesLegislativoeJudicirio,asmetasprioritriassoasconsignadasnosrespectivosprogramasfinalsticosdomesmoplano.

    Oart.2daLDO2014determina,ainda,queasmetasdeveroobservarasseguintesdiretrizes:Ireduodas desigualdades sociais; II gerao de emprego e renda com sustentabilidade econmica, social,ambientaleregional;IIIgestopblicatransparente,voltadaparaoservioaopovomineiro.

    AudinciasPblicasRegionais

    Notocanteaoprescritono5doart.155daCE/89,paraqueaLDOfixepercentualnoinferiora1%(umporcento)dareceitaoramentriacorrenteordinriadoEstado,destinadoaoatendimentodaspropostaspriorizadas nas audincias pblicas regionais percentual a ser includo na LOA e executado com orespectivopagamentoato finaldoexerccio financeirocorrespondente, cumpre informarqueaLDO2014assimcomoade2013nocumpriutaldeterminao,permanecendoaceleumaexistentedesde2005,adespeitodasrecomendaesproferidasporestaCortequantoimportnciadetalprevisoparaaparticipaodiretadasociedadenapriorizaodaspropostasoramentrias.Talfixao,importalembrar,tambmcondionecessriaparalimitarosgastoscompublicidade,quenopodemsersuperioresaopercentualexecutadoepagodasdespesasdecorrentesdaspropostaspriorizadasnasaudinciaspblicasregionais,conformepreceituao2,art.158daCE/89.

    A despeito da postergao de providncias efetivas para a soluo do citado descumprimentoconstitucional,relevaregistraramanifestaocontidanoitem4.1.3.2doRelatriodeControleInternodaPrestaodeContasde2014,fl.89,ematenoltimarecomendaodestaCorte,emParecerPrviode2013,nosentidodequeoEstadotemseesforadoparaaperfeioarosmecanismosdeparticipaopopular.Contudo,nosepodeafirmarquehouveaindaatendimentodoscitadosmandamentosconstitucionaisemvigor.

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    SistemadeCustos

    Deacordocomoart.50,3,daLRF,aAdministraoPblicadevermantersistemadecustosquepermitaaavaliaoeoacompanhamentodagestooramentria,financeiraepatrimonial.

    Quanto incumbncia de dispor sobre as normas relativas ao controle de custos e avaliao dosprogramasfinanciadoscomrecursosdosoramentos,conformealneaedoincisoIdoart.4daLRF,cabeapontarqueaLDO2014vemtratandoessaquestodeformagenrica,determinandoemseuart.48que:parafinsdeacompanhamentoecontroledecustos,opagamentodosbenseservioscontratadospeloPoderExecutivodependerdeprvioregistrodosrespectivoscontratosnoSistemaIntegradodeAdministraodeMateriais e Servios Siad, de acordo com a legislao em vigor, ficando facultada a adoo desseprocedimento aos rgos dos Poderes Judicirio e Legislativo, do MPE e da Defensoria Pblica; oacompanhamento dos programas financiados com recursos do Oramento Fiscal e do Oramento deInvestimentosserfeitonomdulodemonitoramentodogastopblicodoSIGPlan;easdiretrizesemetasdelongoprazodecontroledecustos,qualidadeeprodutividadedogastogovernamentalcompemoPMDIeseroavaliadasanualmentepormeiodeprogramaespecficodoPPAG20122015.

    Especificamentequantosdiretrizesemetasdelongoprazo,consultaltimarevisodoPPAG20122015permiteobservarqueexisteprogramadecdigo175quetratadequalidadeeprodutividadedogastogovernamental,mas,poroutroladoeemdesacordocomoart.48daLDO2014,noseverificaqualquerprogramaquedisponhasobrecontroledecustos.

    Porfim,importainformarqueoprazoparaaimplantaodosistemadecustosqueestavaprevistoparaofinal de 2014, segundo a Portaria 828/11 da STN, foi revogado pela Portaria 634/13 da STN, que noestabeleceunovoprazo.

    ReservadeContingncia

    Dispeoart.13daLDO2014que:A lei oramentria conter reserva de contingncia, constituda exclusivamente comrecursosdooramento fiscal,equivalentea,nomnimo,1%(umporcento)dareceitacorrente lquida, a ser utilizada como fonte de recursos para a abertura de crditosadicionais e para o atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventosimprevistos.

    TendoemvistaqueaReceitaCorrenteLquidaprevistanaLOAdeR$48.089.494.100,00,aReservadeContingnciadeveriacorresponderaR$480.894.941,00.

    SegundoaMSG538de2013,queoriginouapropostaparaaLOAde2014,aReservadeContingnciafoioradainicialmentenomontantedeR$615.395.641,00aseremutilizadoscomofontederecursosparaa

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    aberturadecrditosadicionais,correspondendoa1,27%daRCL.Sendoassim,oPoderExecutivocumpriuadeterminaocontidanoart.13daLDO2014.

    Contudo,apsalteraesdoPoderLegislativo,verificase,pormeiodoAnexoIIBdaLOA,fl.166,queovalorfixadoparaaReservadeContingncia(UO1991)foideR$480.891.641,00,apresentando,portanto,umadiferenaamenordeR$3.300,00.

    3.3.2. Anexo de Metas Fiscais

    AsMetasFiscais,metasanuaisemvalorescorrenteseconstantesrelativassreceitas,despesas,resultadosnominaleprimrioemontantedadvidapblicaconsolidadaelquida,paraoexercciocorrenteeparaosdoisseguintes,soasconstantesdoAnexoI.NoclculodasmetasapresentadasnoAnexodeMetasFiscaiselaboradopelaSeplag, considerouse,principalmente,o cenriomacroeconmicocontidonoProjetodaLDO para 2014 da Unio, cujos parmetros macroeconmicos utilizados foram, dentre outros, ocrescimentorealanualdoPIBde4,5%para2014,5%para2015e4,5%para2016;IPCAacumulado:4,5%de2014a2016.

    AsprojeesdasprincipaismetasfiscaisdaLDO2014constamnatabelaseguinte:TABELA16

    ProjeesdasPrincipaisMetasFiscais

    Em R$ Milhes

    2014 2015 2016 LDO LDO LDO

    Receita Total Realizada 74.635 79.030 83.386Despesa Total Executada 74.635 79.030 83.386Dv ida Consolidada Lquida 81.219 84.703 87.722

    Resultado Primrio1 1.860 3.441 5.057

    Resultado Nominal2 11.530 3.405 2.936

    NOTAS 1: superv it se positiv o.

    2: dficit se positiv o.

    Especificao

    FONTE: LDO 2014.

    OBS.: Valores Correntes.

    Houveumaquedabruscanaprojeododficit nominaldeR$11,530bilhes em2014paraR$3,405bilhesem2015,eR$2,936bilhesem2016.JnoAnexodeMetasdoprojetodeLDOpara2015constataseumdficitnominaldeR$11,165bilhespara2015,ouseja,R$7,760bilhesacimadoresultadoprevistona LDO2014.De acordo como textodo anexo, tal diferena decorre da previsode entrada de novasoperaes de crdito, incorporao de juros e projees das variveis de correo dos contratos jexistentes (IGPDI, taxa de cmbio, etc.). Porm, entendese que tais fatores no foram devidamenteconsideradosnasprojeesderesultadonominalparaanosposteriores.

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    NoquesereferereceitaoramentriatotaldoEstado,especificamentequantoaoICMS,principalfontedereceitatributria,aLDO2014informouqueosdadosdasrieforamtomadosemvalorescorrenteseparaasprojees foiutilizadaumasriedemodeloseconomtricos.Quantometadearrecadaodo ICMS,observaseumaumentode8,17%emrelaometaestipuladapara2013.Emtermosabsolutos,ovalordametadearrecadaodesse impostopassoudeR$35,013bilhes, em2013,paraR$37,873bilhes,em2014.Jasmetasde2015e2016,sobemparaR$41,109bilheseR$44,413bilhes,respectivamente.ALDOestim