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UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL Distrito Escoteiro Grande Florianópolis [email protected] Florianópolis, SC Assunto: Relatório de Participação no V Camporee Sul Nos dias 15 a 19 de julho, aconteceu na cidade de Balsa Nova/PR, o V Camporee Sul. O mesmo foi realizado na Fazenda Thalia, um lugar muito bonito e já conhecido por sediar eventos do escotismo. Muitos chefes e dirigentes tornaram-se garotos propaganda desse grande evento, pois em 2014 havia sido realizado a Aventura Sênior Regional, que foi uma atividade muito elogiada e afinal seria comemorado o centenário do escotismo paranaense. Assim começaram as mobilizações nos grupos escoteiros catarinenses para uma forte participação dos seus membros juvenis nesse evento. Santa Catarina participou com um contingente de 250 pessoas, entre membros juvenis de 6,5 a 21 anos e adultos, sendo representados 24 grupos escoteiros, 14 Bis, Agrolândia, Alexandre Roepcke, Brusque, Continente, Costa Esmeralda, Cruzeiro do Sul, Curitibanos, Curt Hering, Desbravador, Desterro, Iguaçu, Ilha Terceira, Ilhas Guará, Ipê Amarelo, Jacoritaba, Lages, Leão do Mar, Mafeking, Navegantes, Padre Baron, Pedra Branca, Pomerano e Príncipe de Joinville. A apresentação do programa do V Camporee Sul nos colocou “água na boca”, trazendo como tema o Tropeirismo, as atividades estavam baseadas na colonização do estado paranaense, em sua cultura e gastronomia e no próprio tropeirismo, que dava nome a Insígnia do Evento, além disso, previa atividades radicais e passeios turísticos a Vila Velha, ponto turístico paranaense. Uma semana antes do evento a situação climática não estava das melhores, muitas cidades sobre fortes chuvas, com alagamentos, incluindo a formação de furacão no sudoeste paranaense, mas isso não impediu que o contingente se deslocasse, afinal todos já acamparam em situações de chuvas e já estavam preparados. A abertura do campo estava prevista para as 14hs do dia 15, quando começaram a chegar alguns grupos, ainda não estavam presente os chefes de subcampo e os que foram chegando foram tentando localizar os locais de suas patrulhas e começar a sua instalação. Os campos estavam demarcados, mas não seguiam uma ordem crescente do número de tropas, assim dificultava a localização das mesmas. Na demarcação do campo encontramos a mesa que serviria de apoio para as patrulhas prepararem seus alimentos, nela estava fixado à relação das patrulhas que compunham a tropa, mas pelos relatos dos nossos chefes isso não foi uma regra, em alguns campos não havia essa lista. Ao Escritório Regional de Santa Catarina A/C Diretor Presidente Região de Santa Catarina Nadir Antonio Mussio Rua Álvaro Ramos, 183 - Trindade Florianópolis/SC CEP 88036-030 Florianópolis, 27 de Julho de 2015.

Relatorio V Camporee SC - … · de ramo, distintivo do evento, caderneta do jovem e um ... presunto/queijo/alface e outro de cenoura e pasta de frango) e um pacote de suco por patrulha

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[email protected] Florianópolis, SC

Assunto: Relatório de Participação no V Camporee Sul

Nos dias 15 a 19 de julho, aconteceu na cidade de B alsa Nova/PR,

o V Camporee Sul. O mesmo foi realizado na Fazenda Thalia, um lugar muito bonito e já conhecido por sediar eventos do e scotismo.

Muitos chefes e dirigentes tornaram-se garotos prop aganda desse grande evento, pois em 2014 havia sido realizado a Aventura Sênior Regional, que foi uma atividade muito elogiada e af inal seria comemorado o centenário do escotismo paranaense. As sim começaram as mobilizações nos grupos escoteiros catarinenses par a uma forte participação dos seus membros juvenis nesse evento. Santa Catarina participou com um contingente de 250 pessoas, entre membros juvenis de 6,5 a 21 anos e adultos, sendo representados 24 grupos escoteiros, 14 Bis, Agrolândia, Alexandre Roepcke, Brusque, Con tinente, Costa Esmeralda, Cruzeiro do Sul, Curitibanos, Curt Herin g, Desbravador, Desterro, Iguaçu, Ilha Terceira, Ilhas Guará, Ipê A marelo, Jacoritaba, Lages, Leão do Mar, Mafeking, Navegante s, Padre Baron, Pedra Branca, Pomerano e Príncipe de Joinville.

A apresentação do programa do V Camporee Sul nos co locou “água na boca”, trazendo como tema o Tropeirismo, as ativ idades estavam baseadas na colonização do estado paranaense, em su a cultura e gastronomia e no próprio tropeirismo, que dava nome a Insígnia do Evento, além disso, previa atividades radicais e pa sseios turísticos a Vila Velha, ponto turístico paranaense.

Uma semana antes do evento a situação climática não estava das melhores, muitas cidades sobre fortes chuvas, com a lagamentos, incluindo a formação de furacão no sudoeste paranae nse, mas isso não impediu que o contingente se deslocasse, afinal tod os já acamparam em situações de chuvas e já estavam preparados.

A abertura do campo estava prevista para as 14hs do dia 15, quando começaram a chegar alguns grupos, ainda não estavam presente os chefes de subcampo e os que foram chegando foram tentando localizar os locais de suas patrulhas e começar a s ua instalação. Os campos estavam demarcados, mas não seguiam uma orde m crescente do número de tropas, assim dificultava a localização d as mesmas. Na demarcação do campo encontramos a mesa que serviria de apoio para as patrulhas prepararem seus alimentos, nela estava fi xado à relação das patrulhas que compunham a tropa, mas pelos relatos dos nossos chefes isso não foi uma regra, em alguns campos não havia essa lista.

Ao Escritório Regional de Santa Catarina A/C Diretor Presidente Região de Santa Catarina

Nadir Antonio Mussio Rua Álvaro Ramos, 183 - Trindade Florianópolis/SC CEP 88036-030

Florianópolis, 27 de Julho de 2015.

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Na retirada do kit outros problemas surgiram, embor a os nomes dos inscritos e formações das tropas foram trabalha das três semanas antes do evento, muitos chegaram e não receberam se us kits, pois não se achavam os nomes como inscritos, tivemos ainda j ovens que deveriam estar na categoria sênior e que os kits vieram do e scoteiro, prontamente o erro identificado foi sanado em parte s, com a substituição do lenço, já a emissão de novo crachá acabou não acontecendo até a data de nossa saída.

Os grupos que chegaram cedo, logo começaram a monta r suas barracas, pois no horizonte já demonstrava que a ch uva estava para chegar. Para a montagem dos toldos de convivência o boletim informava que seriam entregues varas de bambus, mas não dizia a quantidade, descobrimos que eram 3 por patrulha. As patrulhas q ue chegaram antes e estavam sozinhas em seus campos não conseguiram m ontar seus toldos enquanto outra patrulha não chegasse para que pudes sem pegar “seus” bambus. Isso atrapalhou e atrasou muitas patrulhas.

Campo montado era hora de retirar os fogareiros. Er am dois fogareiros ligados a um botijão de gás, para cada d uas patrulhas, que os jovens tiveram que transportar por mais de 700 m etros. Foram identificado que as ligações dos fogareiros estavam com vazamentos, alguns chefes conseguiram solucionar o problema sem ter que recorrer à organização, outros que tiveram que recorrer não obteve um bom tempo de resposta, atrasando a cocção da primeira r efeição que era macarrão com carne moída, um pepino para a salada e um pacote de suco. Em muitas patrulhas as porções distribuídas n ão foram suficientes, onde alguns chefes se privaram de alim entar-se com a patrulha para “sobrar” mais para os jovens, estes t iveram que buscar outro meio de alimentação ou utilizando o restauran te ou de seus “contrabandos”. Recebi o relato de três patrulhas q ue chegaram mais tarde ao campo e já não havia mais fogões disponíve is. Então veio a fraternidade escoteira, diferente do divulgado na n ota de sexta-feira, com as outras patrulhas fornecendo suas cozi nhas para o preparo da alimentação, pois esse problema só seria solucionado no dia seguinte.

A abertura ocorreu no palco central onde comportava a todos, porém o som não ajudava quase não se entendia o que se falava ao microfone, tanto que quando foi solicitado para avi sar aos integrantes de Santa Catarina para fazermos uma fot o do contingente, poucos apareceram, a grande maioria nem conseguiu o uvir. Logo após começou a festa que foi até pouco mais das 23h30min h. A chefia sênior chamou a todos para um jogo noturno, reunimos os se niores e guias, mais de 400 jovens e sem um microfone os chefes ten tavam passar as instruções do jogo, que não foi nada empolgante par a o ramo.

No dia seguinte começaram as atividades dos módulos , a noite uma forte chuva começou por volta das 19hs parando apen as próximo às 12hs do dia seguinte, que culminaram na decisão de retor no de muitos grupos escoteiros, algumas patrulhas tinham condiçõ es de permanecer na atividade, porém devido à logística de transport e tiveram que acatar a decisão dos demais. Antes da partida do me u grupo do V Camporee percorri os campos escoteiros e sênior ten tando identificar

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quais grupos de Santa Catarina iriam permanecer dev ido à proximidade do almoço os subcampos estavam vazios, uma vez que a alimentação estava sendo preparada na tenda dos pioneiros e alg uns estavam no próprio restaurante. Consegui identificar que apena s o GE Costa Esmeralda permaneceria no acampamento.

No relato abaixo compilo as informações recebidas d os chefes de outros grupos quanto à organização do V Camporee Su l.

KIT DO V CAMPOREE SUL O Kit veio composto com crachá, fita para o crachá, gorro, lenço

de ramo, distintivo do evento, caderneta do jovem e um cartão que avisava dos desafios através do Instagram. A qualid ade do material era muito boa, a inovação do gorro foi excelente e de grande uso pelos jovens no acampamento. Os jovens sentiram fal ta da caneca, que normalmente faz parte dos enxovais de acampamentos. Foram relatados alguns problemas nas distribuições dos kits, onde a lguns chefes não receberam, pois não constavam seus nomes na relação . Outro problema que houve foi de jovens que foram inscritos como sê niors e seus kits vieram como escoteiro, mesmo tendo seguido as orien tações do Escritório Regional PR para a troca de seção no SIG UE, o problema foi rapidamente sanado com a troca dos lenços, porém os crachás até na sexta-feira não havíamos recebido.

ALIMENTAÇÃO Tivemos muitos relatos de pouca alimentação distrib uída e demora

nessa distribuição. Vários chefes deixaram de se al imentar com as patrulhas fazendo sobrar à alimentação para os jove ns.

Café de quinta-feira: A surpresa quando recebemos p ó de café, leite em pó, pães, presunto e queijo, margarina e d oce. Fazer café em pó em um acampamento tenho certeza que foram poucos os que conseguiram, muitos haviam levado só alguns utensíl ios para cozinhar evitando carregamento de material, sem falar que os jovens preferem muito mais um achocolatado. A margarina e o doce fo ram distribuídos em potes lacrados e seria para acompanhar os outros 2 dias.

Almoço de quinta-feira: Os que saíram para atividad e fora do campo receberam um kit alimentação de 1 tangerina ( algumas já estragadas, não dando o número de 1 por jovem), 2 s anduíches (um de presunto/queijo/alface e outro de cenoura e pasta d e frango) e um pacote de suco por patrulha para preparo, porém as patrulhas estavam fora do campo e na maioria dos casos não havia água próximo e nem mesmo recipiente para dissolver o suco. A entrega d esses kits também chegou atrasada e numa única tropa faltaram mais de 15 sanduíches, onde a organização saiu às pressas para comprar pão fatiado e presunto, mesmo assim não atendendo a todos os jove ns e novamente os escotistas abriram mão do seu almoço para que sobra sse aos jovens.

Para os que ficaram no campo pareciam que estariam melhor, mas não, receberam charque para fazer um carreteiro e f eijão pré-cozido, porém este charque não estava dessalgado, resultado em pouco tempo era impossível de preparar uma boa alimentação da f orma correta, com o dessalgue da carne e o resultado foi catastrófico , uma refeição

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muito salgada. Outro problema surgiu, como os chefe s não acompanhavam as patrulhas, os que ficaram para ajudar em outras bases ficaram sem kit alimentação. Alguns chefes foram até a organiza ção e a mesma informou que eles teriam que comer com as patrulhas que estavam no campo, mas como? Um chefe conhece a comida que a su a patrulha prepara e está seguro quanto a ela, mas ir se alimentar com outra patrulha que não conhece e já vendo que em duas refeições a comida não era suficiente, obrigou a nossos chefes protestarem na organização sugerindo até que lhes fossem dado um kit alimentaç ão para preparo pelos próprios chefes, só então diante desse impass e a organização concedeu a esses chefes a alimentação no restaurant e.

À noite o problema aconteceu com os chefes que tinh am que se deslocar para o módulo jornada, não puderam se alim entar com as patrulhas já que as mesmas tiveram pouco tempo para o preparo, mais uma vez o fato do chefe não estar com a sua patrulh a atrapalhou, pois alguns chefes eram do Subcampo Guartelá, que recebe u a alimentação depois e não participaria a noite da jornada. O Sub campo Vila Velha recebeu a alimentação antes prevendo a saída para a jornada, então os chefes que foram participar desse módulo e eram do subcampo Vila Velha conseguiram se alimentar os do subcampo Guart elá não, apenas no retorno da jornada. Tentando agilizar nessa noite f oi distribuído frango, arroz, milho verde e suco.

Café de sexta-feira: Devido as fortes chuvas na noi te, alguns toldos/cozinhas já não existiam mais, os que ainda permaneciam era impossível de transitar, pois em alguns pontos a ág ua chegava até 15 cm, mudanças de local de preparo para a tenda dos p ioneiros, cada um se virou da forma que podia.

Almoço de sexta-feira: Alguns grupos já haviam deix ado o campo, o Distrito Escoteiro Grande Florianópolis optou por almoçar na estrada já no retorno, alguns grupos se alimentaram no restaurante, pois seus ônibus demorariam a chegar.

CLIMA Todos entendemos que o fato das chuvas não se pode controlar,

ainda mais em um evento que é programado com certa antecedência. Porém algumas medidas poderiam estar na previsão co mo um plano “B” e infelizmente não ocorreu.

O único ponto que poderia servir de abrigo no momen to da tempestade era a arena central e não comportaria a todos, caso precisassem ser realmente alojados, além do mais o terreno vertia água. As pessoas que ali se alojaram na noite do te mporal dormiram ou no palco do evento ou nos paletes colocados. Aliás, esse foi talvez o melhor investimento feito. Alguns lugares só podíam os transitar por cima deles.

Definitivamente a chuva foi apenas a cereja do bolo , para que os grupos tomassem a decisão de retorno antecipada.

BANHEIROS Os banheiros eram ótimos e eram constantemente limp os e tinham o

material reposto. A distância do campo foi algo rui m. Mais uma vez aqui se teve a decisão certa de cercar os container s com os paletes. A dificuldade ficou por conta dos banheiros para ba nho onde poucos

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apresentavam portas ocasionando grande filas para a utilização destes. A falta de água na quarta-feira deixou os j ovens embarrados e molhados por quase 3 horas, além de deixar outros s em a opção de banho e gerou a insegurança, para os chefes, para a realização de um jogo noturno no campo escoteiro.

STAFFS E MÓDULOS A Região do Paraná optou por um sistema diferente, onde não

havia inscrição para staffs. Todos os chefes tinham ciência de que ajudariam no desenvolvimento das atividades. Porém a realidade não foi essa.

Na quarta-feira a chefia sênior teve uma primeira r eunião para a apresentação de em qual módulo cada chefe iria coop erar. Os chefes foram divididos em três módulos: IMMA, Jornada e De safio Tropeiro. Após uma breve apresentação do coordenador do ramo, os chefes responsáveis por cada módulo se apresentaram e fora m lendo os nomes dos chefes que trabalhariam em cada um dos módulos. Foi feita uma rápida explicação de como funcionaria o módulo da I MMA, porém nenhum material foi distribuído, ficando os responsáveis e m distribuir as chefias ainda a noite para que pudessem iniciar no dia seguinte. No módulo Jornada a mesma coisa, com um agravante na p rimeira reunião tinham 27 escotistas, no dia seguinte para as maior es explicações e divisões de tarefas aparecerão apenas 12. Como não recebi relato do outro módulo, creio que os escotistas de SC ficaram divididos nesses dois.

O Módulo IMMA, a ideia era de fazer uma explanação de como montar um projeto, apresentando as partes fundament ais para a criação e depois os jovens fariam a parte da execução de um projeto. O módulo subdividia-se em vários temas, alguns foram trabalh ar na recuperação de um jardim de uma escola, outros na jardinagem de um parque mas a grande maioria ficou concentrada na realização de u m senso na cidade de Balsa Nova e por fim outros na distribuição de p anfletos sobre dengue e doenças sexualmente transmissíveis. Pareci a que o objetivo maior dessa atividade era bom, mas no dia seguinte tudo mudou, descobriu-se que os ônibus que fariam o transporte teriam que estar de volta ao campo às 15h30min, dessa forma inverter am a ordem das atividades começando com os jovens em campo e depoi s no retorno faríamos a explanação sobre a elaboração do projeto . O resultado foi que o primeiro ônibus da atividade retornou às 14h3 0min e o último às 17hs, ou seja, nesse intervalo até reunir o subcamp o os jovens ficaram mais de duas horas dispersos e ociosos. Qua ndo chegou o último ônibus a coordenadora quis reunir todos para a explicação do projeto, mas não foi possível, nem mesmo os escotis tas estavam por ali, ficaram apenas 5 para atender a um grupo de ma is de 70 seniores/guias. O resultado foi frustrante para os jovens, e a atividade em nada foi condizente com o tema do ramo “DESAFIO”. O Módulo da Jornada Noturna, já enfrentou problemas com a baixa das chefias pois de acordo com os programadores da ativ idade os chefes que atuariam nessas bases ficariam quase que 48hs e m atividade, com dois pernoites fora do campo, com certeza esse foi o grande motivo da baixa de escotistas entre a primeira e a segunda re união. O

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coordenador foi questionado por vários chefes sobre infraestrutura, trajeto, planilhas, bases e demais informações o ch efe responsável ou não sabia responder com certeza ou avisava que as i nformações iriam ser repassadas novamente no dia seguinte com maior exatidão. Foram distribuídas as cartas prego para cada chefe e escl arecido várias das dúvidas do dia anterior, mas mesmo assim os escotis tas não tinham a divisão de tarefas nem um mapa do trajeto da Jornad a, com isso os escotistas de SC, Robert do GE Continente e Reno do Ilhas Guará, se disponibilizaram a organizar os chefes presentes em turnos de serviço e quem ficaria nas bases.

Somente depois de 1h de reunião que os chefes conco rdaram com suas funções e deram seguimento a atividade da Jorn ada, pois logo às 14h, metade da equipe sairia em direção à base fina l da Jornada.

O Módulo começou com o Subcampo Vila Velha, saíram às 20hs com cartas cifradas em Morse e uma carta para caso de e mergência, que depois se descobriu que também estava cifrada em Mo rse. Enquanto eles ainda saiam do campo em direção à jornada a chuva c omeçou a cair, a organização sabia que a previsão era de chuva forte e mesmo assim a atividade ocorreu. Ninguém da equipe de escotistas tomou conhecimento do trajeto da jornada, nem sequer tinham um mapa pa ra localização. Os escotistas foram alocados em pontos de controle, ma s eram bem distantes um dos outros e não havia um carro de apo io patrulhando nem comunicação entre os pontos, o que resultou em duas patrulhas de jovens perdidos que foram resgatados por policiais sem que a organização tivesse o conhecimento. As 22hs os esco tistas Cesar Kolbe e Fabille foram ao restaurante a procura dos seus j ovens. Encontraram algumas patrulhas que abortaram a jornada por inter venção dos seus chefes e encontraram outros escotistas a procura do s seus jovens. As 22h30min encontraram o Presidente da Região do Para ná determinando que a jornada fosse abortada e que os jovens retorn assem a fazenda. A última patrulha a chegar ao campo cruzou o portão à s 03h00min da manhã. Muitos já não tinham mais seus campos em con dições e alguns foram para o restaurante e outros para a arena cent ral.

No Ramo escoteiro a desorganização também foi visív el, na Aldeia Regional de Desenvolvimento haviam lobos e escoteir os realizando as mesmas atividades e ao mesmo tempo. No jogo pebolim humano não havia sequer uma bola para o início, onde o Escotista Joã o Calçada disse ter improvisado com material retirado do lixo e fit a adesiva, fato que pode ser comprovado verificando as fotos do eve nto. Já o módulo “Pia“ estava organizado com atividades atraentes e os jovens gostaram.

O Escotista Cesar Kolbe ficou encarregado de montar uma base ao estilo “touro mecânico”, ao chegar ao local indicad o constatou que não haviam materiais, após muito tempo conseguiram alguns, mas que não eram os ideais. Como bom escoteiro fez seu melh or possível, que não foi o suficiente após a base ter sido totalment e improvisada sem o material apropriado após a terceira patrulha a ba se já não tinha mais condições de uso, sendo improvisado um jogo de cabo de guerra para entreter os outros jovens.

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No jogo noturno do ramo escoteiro os escotistas se reuniram e não deixaram seus jovens participar com medo que os mesmos se sujassem e não tivesse água novamente para o banho, fato que havia ocorrido com os pioneiros no dia anterior e também por protesto contra a má organização das bases.

No Ramo Pioneiro foi ainda mais sério, os chefes fo ram reunidos as 07h40min da manhã de quinta-feira e souberam que tinham que “preparar e aplicar” atividades para o dia todo sem nem receberem ao menos material e serem pegos totalmente desprevenid os. Um dos escotistas após insistir muito em material recebeu um pacote de balas para aplicar à dinâmica. No segundo dia por conta d as chuvas o passeio turístico dos pioneiros foi cancelado.

No Ramo Lobo, percebia-se uma grande esforço para g arantir a integridade das crianças, mas novamente sem perspec tivas, foram colocados para ver filmes e entretê-los. Os desloca mentos com as crianças estava inviável e os locais de atividades estavam inutilizados. Na primeira noite 90 lobos ficaram ac antonados.

INFRAESTRUTURA Embora o lugar fosse maravilhoso pudemos perceber m uitas falhas

graves na infraestrutura. Nos kits que recebemos continha um cartão avisando das missões

no Instagram, onde os jovens deveriam ficar “antena dos” e quem melhor cumprisse a missão receberia prêmios. O que não se contava é que embora houvesse sinal de celular das operadoras, nã o havia sinal de Wifi disponível e nem mesmo tomadas para o carregam ento das baterias. Nem mesmo as lonas que eram disponibilizadas para o s chefes de subcampo não continham luz e nem tomadas. Muitos ch efes perderam as comunicações com os familiares já no primeiro dia. As únicas tomadas disponíveis estavam no restaurante, e era fácil enc ontrar tomadas com até 10 “T” (benjamim) ligando vários aparelhos.

Os subcampos poderiam ter recebido algumas valetas nas demarcações o que aliviariam o encharcamento e pode riam deixar as barracas e campos em melhor situação. Por foto, vim os que após a debandada dos grupos, os que permaneceram acabaram fazendo isso em volta de suas barracas.

Existia apenas uma arena e com a previsão de chuvas esse era o único local que poderia receber as pessoas para um caso de emergência, mas não comportava a todos. Seria neces sário pelo menos mais uma do mesmo tamanho.

Percebemos que não existiam materiais sobressalente s para qualquer eventualidade e nem mesmo foram providenci ados no caso das chuvas a exemplo do que ocorreu no Jamboree Naciona l, quando a chuva pegou várias pessoas de surpresa, quando a organiza ção distribuiu lonas para amenizar os problemas.

Área de lavação de louças era muito pequena e mal d ava conta para um subcampo sênior, o que resultou em muitas l ouças sem serem lavadas ou ocasionando filas de até 45 minutos.

Os acessos aos subcampos, arena central e até mesmo aos pontos de encontro ficavam constantemente alagados. Para a arena central foi construído um trilho de paletes com a ajuda dos sên iors, que foram

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convocados para o serviço, o mesmo foi feito pela o rganização em torno dos banheiros.

A base do rapel era por serviço terceirizado, mas a s patrulhas que chegaram ao primeiro dia não conseguiram passar todas, ou seja, não foi dimensionado para comportar o número de ins critos no evento. Não havia um plano “B” para a realização de ativida des no caso de chuvas.

O ponto positivo ficou pela disponibilização de mes as e cadeiras para as patrulhas, onde nos momentos de chuva possi bilitou que algumas se reunissem embaixo dos toldos, fazendo um grande momento de integração com as outras patrulhas do campo.

ORGANIZADORES Estavam fora de sintonia, constantemente as informa ções passadas

não tinham um consenso geral, sendo muitas vezes es sa informação passada erroneamente gerando transtornos.

Os chefes de subcampos foram nomeados em cima da ho ra e muitos foram se apresentar apenas no segundo dia.

Quando retirei meu kit na secretaria fiz a minha ap resentação como coordenador da Região de Santa Catarina, e per guntei se haveria alguma reunião com os demais coordenadores, ninguém soube responder. O único momento em que vieram atrás foi já na sexta -feira pela manhã quando uma pessoa passou pelos subcampos com um meg afone convocando para uma reunião geral, quando cheguei a tal reuniã o já estava encerrando, sendo marcada uma nova para as 9 horas.

Ficou claro que os organizadores esperaram para ver quem realmente ficaria no campo para então correr atrás de alguma forma de ajudar.

Nesse meio tempo tentei reunir o máximo de represen tantes para uma reunião às 08h30min na base do campo sênior, pe rcorri os campos escoteiros e sênior, alguns chefes tentei contato p elo whatsapp, e fui pedindo para outros me ajudarem na divulgação. Quando cheguei para a reunião na tenda do campo sênior estava alag ada, ficamos em baixo do toldo acessando a mesma pela parte traseir a. Ali tomei conhecimento que os GE Príncipe de Joinville, Brusq ue, Leões do Mar, Jacoritaba e 14 Bis já estavam se aprontando para d eixar o campo, o que correspondia a 118 pessoas, quase metade do nos so contingente. Nessa reunião o Distrito Escoteiro Grande Florianóp olis decidiu retornar mesmo com alguns chefes querendo permanece r, onde foram mais 70 pessoas e outros grupos também tomaram a mesma d ecisão. O único GE que tomei conhecimento que permaneceria no campo er a o Costa Esmeralda e alguns pioneiros a pedido da organizaçã o. Não consegui contato com o representante do GE Mafeking. Assim p odemos dizer que o contingente de Santa Catarina retornou quase em sua totalidade.

Quando retornei para a nova reunião que aconteceria às 9hs vi as mesmas pessoas sentadas e não se via nenhum movimen to, para mim ficou claro que foi a melhor decisão que tomamos. E se as atividades aconteceram nos dias posteriores foi só porque houv e uma redução absurda de membros juvenis, o que fica muito mais f ácil de administrar.

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ENFERMARIA Foi o ponto positivo do acampamento, principalmente no retorno

da jornada sênior onde o número de atendimentos dev e ter batido recordes. Novamente a organização aqui foi falha, d uas semanas antes do evento vimos notícias nas redes sociais de que p recisavam de enfermeiros para o Camporee. Eu presenciei o fato q ue uma pessoa se inscreveu como staff-enfermeiro e foi parar trabalh ando na segurança.

ATIVIDADES APÓS O RETORNO DOS GRUPOS O G.E. Costa Esmeralda resolveu permanecer em campo , pois

estavam em 1 escotista e 3 guias, e seu acampamento não foi atingido. Estavam com roupas secas e reserva monetária para r ealizar as refeições no restaurante.

Ficaram felizes que as atividades retornaram com o sol. CONCLUSÕES Após o relato acima solicitamos que a Região de San ta Catarina,

tome as devidas providências abaixo: • Solicitar uma retratação pública da Região do Paran á em

relação à nota postada no site www.escoteirospr.org.br bem como na rede social do evento, onde entre outras palavras a lega que os que deixaram o V Camporee Sul, não exerceram a fraterni dade escoteira, não bastasse isso, enquanto os grupos deslocavam-se para suas cidades de origem foram postadas fotos das atividades do di a anterior, quinta-feira, e que não retratavam a real situação do campo no momento da decisão dos grupos voltarem. As postagen s prosseguiram nos dias posteriores em tom sarcástico com os jovens co m placas com o escrito “Mãe to Bem” e outras em que os jovens abus avam do uso de protetor solar, deixando os pais com dubiedade da d ecisão tomada por escotistas e dirigentes de grupos.

• Restituição de 50% do valor de inscrição ou ao meno s o valor da alimentação do almoço de sexta-feira até o café da manhã de domingo, para cada participante.

• Exigir a prestação de contas do evento com ampla di vulgação aos grupos escoteiros de Santa Catarina.

• Solicitar esclarecimentos ao boato que corria no ca mpo em que primeira equipe organizadora havia abandonado a pro gramação do evento.

• Solicitar o envio da “Insígnia do Tropeiro” aos gru pos que não retiraram com a organização antes do retorno.

• Solicitar esclarecimentos a falta de material e or ganização dos módulos, que não corresponderam com o programa divulgado, ocasionando a desmotivação de jovens e a falta de r espeito pelos recursos financeiros do próximo, indo contra ao non o artigo de nossa lei.

• Salientamos que todos os adultos voluntários partic ipantes tentaram fazer o seu melhor possível, mas nitidamen te ficou claro que a forma escolhida pela UEB-PR, em substituição as i nscrições de STAFF, não funcionou. Os escotistas que eram para a uxiliar na

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“aplicação” das bases, acabaram tornando-se respons áveis pela sua aplicação, sem estarem preparados para tal.

• Descumprimento das regras de segurança estabelecida nas normas da União dos Escoteiros do Brasil e Princípios, Org anização e Regra.

• Após as respostas pela Região do Paraná, solicitamo s uma posição formal da Região de Santa Catarina e como o s grupos devem proceder para repassar as informações aos pais.

• Que os grupos escoteiros proporcionem aos membros j uvenis e adultos instruções de montagem de barracas, toldos e preparo de mochilas para que estejam preparados para enfrentar situações como esta. Muitas barracas foram afetadas por não serem próprias para resistirem a chuvas, montagem de forma errônea e fa lta de lonas, mesmo com todas as previsões.

• Que possamos viver sempre em espírito escoteiro e q ue possamos sempre lembrar que somos VOLUNTÁRIOS, que por mais catastrófica que tenha sido a situação não adianta descontar em uma pessoa que está ali fazendo o seu melhor possível, muitas vezes esg otada e recebendo ofensas que não deveriam ser dirigidas a ela. Mas q ue temos sim todo o direito de realizar as reclamações formais pelos meios legais.

• Que em 2018 possamos fazer o nosso melhor possível, aprender com esses erros, e que nossos voluntários tenham o entusiasmo de participar e organizar um Belo VI Camporee Sul, bem planejado e organizado. Sendo estas as considerações a serem feitas e escl arecidas acerca do V Camporee Sul, coloco-me a disposição pa ra qualquer dúvida que tenha restado. Agradeço a Região de Santa Catar ina e aos escotistas pelo voto de confiança.

________________________________ Diego Roth Rocha Faria

Coordenador do Contingente de Santa Catarina