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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS RELATÓRIO EXPERIMENTAL DISCIPLINA: Física Experimental II TURMA: 010100 DATA: 08/11/ 2014 EQUIPE: 1. Letícia Santos 2. Paulo Vinícius Martins 3. Uendel Vieira PROFESSOR Jonatan João da Silva 1. Título do Experimento: O fluido em equilíbrio – o objeto da hidrostática. 2. Objetivos: Usar o manômetro calibrado para medir a pressão em pontos de um fluido de densidade desconhecida; Calibrar um manômetro de tubo aberto, verificando assim a Lei de Stevin; Confeccionar e analisar gráficos. Verificar a validade do Princípio de Pascal.

Relatório v - Painel Hidrostático

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Relatório - Física Experimental

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS

RELATÓRIO EXPERIMENTAL

DISCIPLINA: Física Experimental II

TURMA: 010100

DATA: 08/11/ 2014

EQUIPE:

1. Letícia Santos

2. Paulo Vinícius Martins

3. Uendel Vieira

PROFESSOR Jonatan João da Silva

1. Título do Experimento: O fluido em equilíbrio – o objeto da hidrostática.

2. Objetivos:

• Usar o manômetro calibrado para medir a pressão em pontos de um fluido de

densidade desconhecida;

• Calibrar um manômetro de tubo aberto, verificando assim a Lei de Stevin;

• Confeccionar e analisar gráficos.

• Verificar a validade do Princípio de Pascal.

3. Introdução:

O experimento 5: O fluido em equilíbrio nos remete ao conceito de hidrostática, a qual

corresponde ao ramo da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em repouso. O

estudo da mesma está intimamente ligado ao conhecimento de outros conceitos fundamentais

da física, que atribuem, aos teoremas usados na aplicação do experimento, uma base sólida na

análise destes.

Tais conhecimentos prévios podem ser abordados em:

3.1 Fluidos

Os fluidos são substancias que escoam com facilidade adquirindo a forma do

recipiente que os contem e modificando-se de acordo com a ação de determinadas forças

aplicadas sobre eles. Por fluidos, compreende-se tanto líquidos quanto gases. Os líquidos, de

volume definido, tendem a ocupar as regiões mais baixas dos recipientes em que estão

inseridos, devido à ação da gravidade, enquanto os gases expandem-se até ocupar o volume

total destes.

3.2 Pressão

Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o

restante da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos de "fio da

navalha", melhor esta irá cortar.

Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente

proporcional a esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.

No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da navalha" mais intensa será a pressão da força

nela aplicada.

A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), nome o qual, é adotado para N/m².

Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente

superfície de aplicação e a área desta superfície.

Sendo:

p= Pressão (Pa)

F=Força (N)

A=Área (m²)

3.3 Pressão Hidrostática

Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos

corpos, devido ao seu peso.

Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de

densidade d que ocupa o recipiente até uma altura

da gravidade é g.

A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

como:

a massa do líquido é:

mas , logo:

ão média é igual ao quociente resultante das forças perpendiculares à

superfície de aplicação e a área desta superfície.

3.3 Pressão Hidrostática

Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros

Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de

que ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração

Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

resultante das forças perpendiculares à

também exercem pressão sobre outros

Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de

em um local do planeta onde a aceleração

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do

fluido, da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

3.4 Densidade

Ao compararmos dois corpos, formados por materiais diferentes, mas com um mesmo

volume, se dissermos que um deles é mais pesado que o outro, na verdade estaremos nos

referindo a sua densidade. A afirmação correta seria que um corpo é mais denso que o outro.

A unidade de densidade no SI é kg/m³.

A densidade é a grandeza que relaciona a massa de um corpo ao seu volume.

Onde:

d=Densidade (kg/m³)

m=Massa (kg)

V=Volume (m³)

Na análise dos fluidos, alguns princípios e teoremas são amplamente utilizados para facilitar o

entendimento do conteúdo. Para a descrição da hidrostática, destacam-se três de extrema

importância:

3.5 Lei de Stevin

Segundo o teorema, a diferença de pressão entre dois pontos de uma mesma massa líquida é

igual à diferença de profundidade entre eles multiplicada pelo peso específico do fluído e pela

aceleração da gravidade do local em que se encontram. O

Teorema é representado pela equação:

PA −PB = (P0 + ρghA)−(P0 + ρghB ) = ρgh

"Pela lei de Stevin, a diferença de pressão entre dois pontos de um líquido homogêneo em

equilíbrio é constante, dependendo apenas do desnível entre esses pontos." (Nussenzveig,

2002, p.8).

3.6 Princípio de Pascal

Blaise Pascal (1623 - 1662) em seu "Tratado sobre o Equilíbrio dos Líquidos" (1663), aborda o

seu princípio da seguinte forma: "se produzirmos uma variação de pressão num ponto de um

líquido em equilíbrio, essa variação se transmite a todo o líquido, ou seja, todos os pontos do

líquido, sofrem a mesma variação de pressão."

3.7 Princípio de Arquimedes

O Principio de Arquimedes, que conceitua que um corpo inteira ou parcialmente submerso em

um fluido sofre um empuxo que é igual ao peso do fluido deslocado.

4. Procedimento experimental

4.1 Material Utilizado

• Painel hidrostático FR2 EQ033 Cidepe contendo: um painel manométrico, uma escala

submersível, uma escala milimetrada acoplada ao painel, um tripé com sapatas

niveladoras amortecedoras antiderrapantes, uma haste de sustentação;

• 1 Seringa de 10 ml com prolongador;

• 2 Béquers de 200 ml cada;

• 1 Béquer de 500 ml contendo água;

• Álcool etílico de uso comercial;

• Papel toalha.

Primeiramente, foi executada a montagem do Painel Hidrostático (figura 1), onde:

Após uma montagem, o experimento iniciou-se aplicando uma força no êmbolo de

uma seringa, com a intenção de realizar a sucção da água contida no béquer, para verificar o

comportamento do sistema. Em seguida, ampliou-se a intensidade da força, para novamente

analisar o comportamento do sistema.

(1) Manômetro

(2) Artéria em “T”.

(3) Manômetro

(4) Escala submersível.

(5) Manômetro

(6) Manômetro.

(9) Artéria viso

Figura 1

4.2 Procedimento I

Tal procedimento foi realizado utilizando o lado esquerdo do painel hidrostático

(figuras 2 e 3), e seguindo os passos descritos abaixo.

1. Regulou-se a artéria na posição aproximada de 400 mm, tal posição foi

escolhida ao analisar a movimentação do tubo, que estaria comprometida em

posições menores;

2. Utilizou-se a seringa com prolongador para introduzir 8 ml de água na artéria;

3. Ainda com a seringa colocou-se 2ml de água no manômetro 1 e depois no

manômetro 2;

4. Movimentou-se, para cima e para baixo, cuidadosamente a artéria de modo a

equilibrar as colunas manométricas A e B;

5. Procedeu-se variando a altura da artéria e anotando os desníveis para os dois

manômetros e para a coluna de água na artéria.

'

Figura 2

Figura 3

4.3 Procedimento II

Esse procedimento foi desenvolvido usando o lado direito do painel hidrostático

(figuras 4 e 5), e seguindo os passos descritos abaixo.

Figura 4

Figura 5

Figura 6

1. Preencheu-se o manômetro com álcool até uma altura considerável anotando a

posição do líquido manométrico no tubo em forma de U;

2. Com as duas extremidades do manômetro abertas, colocou-se o tampão na

extremidade superior, anotando as posições atingidas pelas superfícies B3 e A3

do líquido manométrico;

3. Colocou-se a escala vertical do painel imersa no béquer inicialmente vazio,

tendo sido ajustado a posição da escala para que o zero coincida com a

extremidade do tubo vertical e ficasse aproximadamente a 10 mm do tampo da

mesa;

4. Adicionou-se água no béquer até que a extremidade do tubo vertical tocasse a

superfície líquida, aguardando-se 30 s sem tocar o equipamento e certificando-

se que as posições B3 e A3 medidas anteriormente não se modificaram;

5. Acrescentou-se gradativamente água no béquer observando que parte da água

subia pelo tubo, onde a profundidade h é a diferença entre a superfície de água

dentro do béquer, ha, e altura da coluna de água hb, dentro do tubo vertical do

manômetro (Figura 6);

6. Variou-se a profundidade no interior do béquer para cinco valores de ha,

obtendo-se assim hb e o desnível h (Figura 6).

5. Dados experimentais

Tabela 1: Procedimento I

Tabela 2: Procedimento II

Água Álcool

Artéria Livre

Ha Hb Hc Hd

B3 A3

0,010 ± 0,0005 0,005 ± 0,0005 0,026 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005

0,022 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005

0,020 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,014 ± 0,0005

Artéria Tampada

0,030 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,033 ± 0,0005 0,011 ± 0,0005

B3 A3

0,040 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,037 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005

0,022 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005

0,050 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,041 ± 0,0005 0,004 ± 0,0005

C1 C2

Artéria B1 (m) A1 (m) A2 (m) B2 (m)

0,223 ± 0,0005 0,011 ± 0,0005 0,0215 ± 0,0005 0,030 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005

0,250 ± 0,0005 0,012 ± 0,0005 0,0195 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005

0,303 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005

0,310 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005

0,340 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,019 ± 0,0005 0,032 ± 0,0005

0,350 ± 0,0005 0,021 ± 0,0005 0,012 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,030 ± 0,0005

0,360 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,034 ± 0,0005

0,370 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005 0,052 ± 0,0005

0,380 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,005 ± 0,0005 0,0145 ± 0,0005 0,0555 ± 0,0005

0,400 ± 0,0005 0,026 ± 0,0005 0,006 ± 0,0005 0,015 ± 0,0005 0,035 ± 0,0005

0,420 ± 0,0005 0,031 ± 0,0005 0,002 ± 0,0005 0,011 ± 0,0005 0,039 ± 0,0005

0,450 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,0425 ± 0,0005

6. Tratamento dos dados experimentais

6.1 Análise do Procedimento I

Observa-se em tal procedimento o princípio de Pascal, em que a pressão aplicada pela

coluna de água na artéria a um líquido confinado é transmitida a todos os pontos do líquido e

as paredes do recipiente. Neste caso, a pressão é dada pelo fluído na artéria, diretamente

proporcional a variação de sua altura.

Sabe-se que a pressão aplicada pelo líquido da artéria é dada por hgpartéria

∆= ρ ,

sendo h∆ a diferença das posições final e inicial da artéria. Essa pressão é transmitida aos

manômetros 1 e 2, que terão pressão igual a hgppartéria

∆+= ρ , sendo h∆ a diferença

entre a posição inicial de água em cada manômetro e sua respectiva posição final, depois do

equilíbrio. Obtemos então os seguintes valores:

hgpartéria

∆= ρ hgppartéria

∆+= ρ1

hgppartéria

∆+= ρ2

h∆ =0,450 - 0,303=0,147 m h∆ =0,029 - 0,016 = 0,013 m h∆ =0,0425 - 0,025 = 0,0175 m

partéria

= 1,441*10³ Pa p1= 1,568*10³ Pa p

2= 1,613*10³ Pa

Observa-se portanto que os valores das pressões nos manômetros 1 e 2 são próximos,

comprovando o Princípio de Pascal.

Posição da

Artéria (m) A1 (m) B1 (m) h=B1-A1 (m) A2 (m) B2 (m) h=B2-A2 (m)

0,303 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005 0 ± 0,0005

0,310 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,007 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,007 ± 0,0005

0,340 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,019 ± 0,0005 0,032 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005

0,350 ± 0,0005 0,012 ± 0,0005 0,021 ± 0,0005 0,009 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,030 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005

0,360 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,025 ± 0,0005 0,017 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,034 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005

0,370 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005 0,052 ± 0,0005 0,034 ± 0,0005

0,380 ± 0,0005 0,005 ± 0,0005 0,023 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005 0,0145 ± 0,0005 0,0555 ± 0,0005 0,041 ± 0,0005

0,400 ± 0,0005 0,006 ± 0,0005 0,026 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,015 ± 0,0005 0,035 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005

0,420 ± 0,0005 0,002 ± 0,0005 0,031 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,011 ± 0,0005 0,039 ± 0,0005 0,028 ± 0,0005

0,450 ± 0,0005 0 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,0425 ± 0,0005 0,0345 ± 0,0005

6.2 Análise do Procedimento II

Em tal procedimento observou-se que a variação da pressão, provocada em um ponto do

fluído, se transmite integralmente a todos os pontos deste fluído e também para às paredes do

recipiente que o contém. Isso explica a uniformidade de todo o conteúdo líquido dentro do

recipiente. Enquanto o béquer é preenchido gradualmente com água, a pressão da água

empurra a coluna de ar do tubo vertical, transmitindo essa mesma pressão para o álcool, e há

uma variação dessa pressão conforme a variação da altura de água no béquer.

A partir deste procedimento foi possível calcular a densidade do álcool, pois as variações da

altura de água no béquer e no tubo eram conhecidas, já que pela Lei de Stevin a variação

manométrica é proporcional a altura de fluído deslocado. Dessa forma, obtemos as equações.

))((**)33(**

)(

2IIgABg

Igh

hh

p

baOHálcool

man

−=−

=

ρρ

ρ

A partir dos dados do experimento e da equação (II), obteve-se a densidade média do

álcool.

Ha (m) Hb (m)

Ha - Hb (m) Hc (m) Hd (m) Hc -Hd (m)

Pressão

Manométrica

(N/m²)

0,010 ± 0,0005 0,005 ± 0,0005 0,005 ± 0,0005 0,026 ± 0,0005 0,018 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,5*10²

0,020 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,010 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,014 ± 0,0005 0,015 ± 0,0005 1,0*10²

0,030 ± 0,0005 0,013 ± 0,0005 0,017 ± 0,0005 0,033 ± 0,0005 0,011 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005 1,7*10²

0,040 ± 0,0005 0,016 ± 0,0005 0,024 ± 0,0005 0,037 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 2,4*10²

0,050 ± 0,0005 0,020 ± 0,0005 0,030 ± 0,0005 0,041 ± 0,0005 0,004 ± 0,0005 0,037 ± 0,0005 3,0*10²

Ha - Hb (m) Hc - Hd (m) ρ

álcool(kg/m³)

0,005 ± 0,0005 0,008 ± 0,0005 0,625*10³

0,010 ± 0,0005 0,015 ± 0,0005 0,667*10³

0,017 ± 0,0005 0,022 ± 0,0005 0,773*10³

0,024 ± 0,0005 0,029 ± 0,0005 0,828*10³

0,030 ± 0,0005 0,037 ± 0,0005 0,811*10³

ρoAlcoolMédi

0,741*10³

σ Alcool

0,090*10³

A densidade também foi obtida pelo Gráfico Pressão x (B3-A3), através do quociente da

tangente pela gravidade. Obtendo-se o valor de 0,741*10³ kg/m³. Comparando esse valor com

o obtido pela equação (II) observa-se que os mesmo são próximos entre si e também da

densidade específica do álcool (ρAlcool

= 0,806*10³ kg/m³ - TIPLER, Paul A. MOSCA, G.

Física para Cientistas e Engenheiros).

7. Discussão e Conclusão

Conclui-se que, com base nos estudos realizados, é possível reproduzir de forma experimental

leis, conceitos e princípios que explicam os efeitos da pressão sobre um líquido incompressível.

Verificou-se a Lei de Stevin, com a qual foi possível calcular a densidade do álcool através das

variações das alturas, entre o béquer e o tubo vertical, e entre os dois lados do manômetro,

devido a pressão manométrica do sistema.

Por fim, comprovou-se o princípio de Pascal no qual a pressão aplicada a um líquido

confinado é transmitida a todos os pontos do líquido e as paredes do recipiente, sem qualquer

diminuição. Neste caso, a pressão foi dada pelo fluído na artéria, diretamente proporcional à

variação de sua altura.

ANEXO I

Questões do Experimento

5.1) Como você explicaria o comportamento do ludião? Qual o conceito físico associado a

este comportamento?

R: Ao comprimir o ludião, a água é pressionada para o interior do êmbolo, aumentando o

volume de água dentro deste e, portanto, seu peso, que se torna maior do que o peso do fluído

deslocado por ele, fazendo-o afundar. O conceito físico associado a este comportamento é o

princípio de Arquimedes, que enuncia: um corpo inteiro ou parcialmente submerso em um

fluído sofre um empuxo que é igual ao peso do fluído deslocado.

5.2) Como a força se comporta em um fluído, observando os resultados do segundo

experimento?

R: Quando uma força de grande magnitude é aplicada no êmbolo, gera uma pressão também

de grande magnitude, ocasionando a entrada de pouca quantidade de fluído na seringa, devido

a menor velocidade. Por outro lado, se for aplicada uma força menor, a pressão gerada por ela

também é menor, possibilitando assim uma maior entrada de fluído, em função de uma maior

velocidade, já que a pressão e a velocidade são grandezas inversamente proporcionais.

5.3) Podemos entender que uma grandeza vetorial (como a força) é um bom parâmetro para

descrever um fluído? Qual seria uma outra grandeza interessante para descrever o

comportamento de um fluído sob a ação de uma força?

R: Não, pois quando um fluído exerce uma força sobre uma superfície, essa força é distribuída

igualmente por toda a superfície (se a altura da coluna de fluído sobre ela for uniforme), como

um vetor indica uma única direção, sentido e intensidade, ele não seria adequado, pois agiria

como uma carga concentrada em um ponto. É interessante fazer uso da altura, que é uma

grandeza escalar, para descrever o comportamento de um fluído, já que, de acordo com o

paradoxo hidrostático, a pressão só depende da profundidade do fluído.

5.4) O que acontece com a altura de uma coluna de um fluído manométrico se não colocarmos

o tampão (item 4.4.3) antes de iniciarmos o procedimento do béquer? Porque isto ocorre?

R: A altura da coluna de fluído manométrico não se altera, pois ao preencher o béquer com

água, ela entra gradativamente no tubo vertical, empurrando a coluna de ar para fora do

sistema. Caso o tampão estivesse presente, a coluna de ar não seria expulsa e empurraria o

fluído manométrico, alterando o nível deste.

8. Bibliografia

1. H. M. Nussenzveig, Um Curso de Física Básica: Volume 2 Edgard Blucher, São Paulo (2003).

2. Paul A. Tipler, Gene Mosca, Física para cientistas e engenheiros, Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica, Vol. 1, 6ª edição, LTC, Rio de Janeiro, 2009.

3. JUNIOR¹, Fretz Sievers et al. EXPERIMENTOS DE HIDROSTÁTICA DO PROJETO

WEBLAB.