Relatório_29_08_2013_Fabricação de Circuito Integrado CMOS

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    CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE MINAS

    GERAIS

    (CEFET-MG)

    nio Vieira Soares

    ORIENTADOR: Professor Mestre Egdio Ieno Jnior

    DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITO INTEGRADO CMOS

    Belo Horizonte

    2013

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    nio Vieira Soares

    DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITO INTEGRADO CMOS

    Trabalho: Bolsa de Iniciao Cientfica Jnior (BIC-Jr)

    CEFET-MG, Mecatrnica

    Orientador: Egdio Ieno Jnior

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    Sumrio:

    Sumrio ........................................................................................................ 2

    1.1 Introduo ............................................................................................... 3

    1.2 Compreendendo os Tipos de Transistores de Efeito de Campo .... 31.3 Entendimento Elementar de Como Funciona os MOSFETs .......... 4

    1.4 Tecnologia de Fabricao de Circuito IntegradoCMOS................ 5

    2.1 Fluxo de Fabricao de Circuito Integrado ............................................ 6

    2.2 Etapas do processo de Construo de Circuito Integrado ............ 8

    2.3 Regras de Projeto para a fabricao de Circuitos Integrados para a

    Tecnologia 0,35m CMOS........................................................................... 15

    3.1 Softwares de Simulao Livres ............................................................. 19

    3.2 AIM-Spice .................................................................................... 19

    3.3 CircuitMaker ................................................................................. 19

    3.4 Electronics Workbench ................................................................ 20

    3.5 ICAP/4 ......................................................................................... 20

    3.6 LTspice IV .................................................................................... 21

    3.7 Micro-Cap .................................................................................... 22

    3.8 PSPICE ........................................................................................ 22

    4.1 MOSFETTipo Enriquecimento ............................................................. 234.2 Descries de Frmulas Primordiais que regem os Transistores

    por Efeito de Campo Tipo Enriquecimento de Canal n e p ........................... 23

    4.3 Capacitncias Internas do MOSFET............................................ 25

    4.4 As Margens de Rudo para a Porta Inversora .............................. 27

    4.5 Atraso de Propagao para Uma Porta Inversora ....................... 28

    5.1 Integrao de Processos: CMOSem Si ............................................... 30

    5.2 Disparo por Latch-up ................................................................... 30

    5.3 Estudos das Ferramentas dos Softwares L-Edit e PSPICE e

    Simulao dos Circuitos Projetados ............................................................. 32

    5.4 Simulaes e Analises das Portas Inversoras CMOS .................. 32

    5.5 Desenvolvimento de Clula Bsica 3n-3p .................................... 40

    5.6 Simulaes e Anlises da Porta ANDna Clula Bsica 3n-3p pela

    Tecnologia CMOS......................................................................................... 42

    6.1 Concluso ............................................................................................. 52

    Assinaturas ................................................................................................. 53Bibliografias ................................................................................................ 54

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    1.1 Introduo

    Desde a dcada de 70, as evolues da integrao de transistores em

    uma pastilha de silcio tm aumentado. O transistor substituiu as vlvulas que

    ocupavam muito espao e demoravam muito tempo para comearem afuncionar, alm de esquentarem muito.

    Neste trabalho se desenvolveu um trabalho relativo aos transistores de

    efeito de campo (FET) focado na tecnologia de fabricao de transistores

    0,35m CMOS. O termo CMOSsignifica MOSComplementar.

    Assim para o entendimento do trabalho foram abordados conceitos

    bsicos na rea de fabricao de circuitos integrados. A meta do projeto se

    resume em extrair as capacitncias parasitas do inversor para uma porta ANDe simular suas margens de rudo e atraso de propagao.

    1.2 Compreendendo os Tipos de Transistores de Efeito de Campo

    O que diferencia um Transistor de Efeito de Campo Metal xido Silcio

    (MOSFET), por exemplo, do Transistor por Juno Bipolar (TJB) que o

    MOSFET controlado por tenso e o TJB controlado por corrente. Os FETs

    possuem um terminal chamado de Porta ou Gate que controla por meio decargas estabelecidas por um campo eltrico a conduo do circuito de sada.

    Na Figura 1 verifica-se essa diferena entre o TJBe o MOSFET.

    Figura 1: Transistor por Juno Bipolar (TJB) e Transistor por Efeito de Campo (FET).

    De acordo com Boylestad existem dois tipos de FET, o Transistor de

    Efeito Campo por Juno (JFET) e o MOSFET que dividido em duas

    categorias, os de tipo de Enriquecimento e os de Depleo. Na Figura 2observa-se a estrutura bsica desses transistores.

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    Figura 2: a)Transistor JFET, b) Transistor MOSFETtipo Depleo, c) Transistor MOSFETtipo Enriquecimento.

    1.3 Entendimento Elementar de Como Funciona os MOSFETs

    Verifica-se na Figura 2 que o MOSFET tipo depleo possui um canal

    implantado fisicamente enquanto que no MOSFET tipo enriquecimento

    necessita-se induzir um canal para que o mesmo possa conduzir corrente entre

    dreno e fonte.

    Os MOSFETs tipo enriquecimento e depleo possuem 4 terminais que

    correspondem porta ou Gate (G), fonte ou Source (S), ao dreno ou Drain

    (D) e ao substrato ou Body(B). E o JFET possui 3 terminais: a porta, a fonte e

    o dreno.

    Observa-se que os FETs possuem uma camada de isolante na portaque responsvel pela alta impedncia de entrada.

    Para se conseguir a curva de transferncia aos transistores JFET e

    MOSFET tipo depleo utiliza-se a Equao de Shockley que est

    representada na Equao 1.

    (1)

    Na Equao de Shockley e so constantes e a varivel avarivel de controle. O termo quadrtico ocorre devido relao no linear

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    entre que corresponde a corrente de dreno e que a corrente entre ogate e o source. A corrente se refere ao valor de quando . Atenso corresponde ao valor de quando . Alm disso, a tenso

    inversamente proporcional e as outras variveis so diretamenteproporcional a corrente .1.4 Tecnologia de Fabricao de Circuito Integrado CMOS

    Existe uma diferena entre a tecnologia CMOS e uma porta CMOS. A

    tecnologia CMOS aquela, onde o processo de fabricao utiliza os

    transistores PMOSe NMOSde forma que cada um complemente o outro com

    o objetivo de otimizar os circuitos. Uma porta CMOS formada por duas redes

    chamadas de pull-upe pull-down. Na Figura 3 observa-se o circuito eltrico dasportas NAND, inversora e ANDcom essas redes. A rede pull-upinterliga o sinal

    de sada fonte e a rede pull-downinterliga a sada ao GNDou VSS.

    Figura 3: Redes pull-upe pull-downde portas CMOS.

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    Devido alta impedncia de entrada formam-se entre a camada de

    metal-xido-silcio do gate as chamadas capacitncias de entrada que

    juntamente com os outros tipos de capacitncia do MOSFET ocasionam o

    chamado atraso de propagao.

    No estudo da tecnologia CMOS entende-se que o principal motivo do

    consumo de potncia devido ao componente dinmico que ocorre

    essencialmente pela corrente de carga-descarga das capacitncias de entrada

    das portas lgicas. O consumo esttico muito pequeno para esta tecnologia.

    Na Figura 4 verifica-se o comportamento dinmico dos transistores que

    compem o circuito, cuja sada de uma porta inversora ligada entrada da

    outra, sucessivamente.

    Figura 4: Comportamento dinmico das portas inversoras de um circuito eltrico.

    2.1 Fluxo de Fabricao de Circuito Integrado CMOS

    Utiliza-se dois tipos de metodologias de projeto para a fabricao dos

    Circuitos Integrados que so as chamadas full-custom e as standard-cell. Cada

    uma possui suas vantagens e desvantagens.

    A metodologia full-custom aquela onde os transistores das portas

    lgicas so projetados formando clulas especiais, para a aplicao o qual ir

    se empregar o Circuito Integrado. uma metodologia mais cara porque o

    desenvolvimento do projeto mais demorado e trabalhoso. No entanto na

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    maioria dos casos, quando bem projetados, os Circuitos Integrados

    desenvolvem melhor suas tarefas.

    A metodologia standard-cell aquela onde as portas lgicas so

    projetadas com base em banco de clulas, neste trabalho foi projetado a clula

    bsica 3n-3p para a tecnologia de fabricao 0,35m CMOS, os quais foram

    implementadas as inversora, AND e NAND.

    Antes da fabricao dos Circuitos Integrados utilizaram-se simulaes

    eltricas para que o comportamento desses circuitos para que fossem

    analisados e comparados com as expectativas de projeto.

    Neste trabalho foi empregado o software PSPICE para a simulao

    eltrica dos circuitos e o software L-Edit para o desenvolvimento do projeto

    fsico dos transistores das portas lgicas.

    Realizadas as simulaes e a verificao de possveis modificaes e

    adaptaes pode-se, ento, realizar a fabricao das mscaras.

    As fotomscaras ou placas fotolitogrficas so feitas de lminas de vidro

    ou de quartzo onde so transcritas as geometrias das camadas a serem

    formadas na pastilha de silcio.

    Existem muitos tipos de tecnologias de processo de fabricao de

    circuitos integrados, cada uma com suas especificaes para a criao das

    estruturas dos transistores a serem empregados para aplicaes afins. Na

    Figura 5 verificam-se algumas dessas tecnologias.

    Figura 5: Principais tecnologias de fabricao de circuitos integrados. Adaptado deSIARKOWSKI, L. A. Fundamentos de Fabricao de Circuitos Integrados.

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    2.2 Etapas do Processo de Construo de Circuito Integrado CMOS

    Foram estudadas as etapas bsicas dos processos de fabricao CMOS

    de acordo com Sedras e Smith (2004) e Swart J. W.

    A primeira etapa para a construo de um transistor a preparao dalmina de silcio. Atravs de tcnicas simples de purificao de silcio forma-se

    um tarugo, o qual fatiado em lminas que constituiro a base da pastilha do

    Circuito Integrado. Na Figura 6 representa-se a estrutura fsica de um tarugo.

    Figura 6: Tarugo de silcio. Smith, K. C. Microeletrnica, 5 Edio, p800.

    As lminas passam por processo de polimento qumico mecnico,

    Chemical Mechanical Polishing (CMP). Esta prpria lmina poder ser osubstrato tipo p, caso a tecnologia CMOS adote ilhas com cavidade tipo n.

    Ressalta que os processos que adotam ilhas tipo n conferem certas

    caractersticas que se destacam em relao aos outros processos que adotam

    outros tipos de ilha. Entre essas caractersticas cita-se que os substratos tipo p

    so mais baratos, de melhor qualidade e menos susceptveis a problemas de

    fabricao, e o tempo de difuso de fsforo na ilha tipo n menor que no caso

    de ilha p formada pela implantao de boro.

    O processo de fotolitografia consiste da deposio de uma camada de

    fotorresiste. Com uma exposio seletiva da luz ultravioleta na camada de

    fotorresiste forma-se uma rea que solvel e de fcil remoo. A geometria

    da rea a ser exposta dita pela placa fotolitogrfica. O equipamento que traa

    a geometria das camadas desenvolvidas em projeto o Parttern Generator

    (PG).

    Assim, o fotorresiste pode selecionar a localizao de vrias camadas

    que se deseja construir no transistor.

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    J para a construo da cavidade tipo n, primeiramente realiza-se a

    oxidao da superfcie do substrato de silcio tipo p, depois, aplica-se uma

    camada de fotorresiste e corro-se parcialmente a camada de xido de silcio

    sem prejudicar o fotorresiste. Uma exemplificao destas etapas se encontra

    na Figura 7. Existem diversos tipos de corroso entre alguns desses processos

    cita-se a corroso mida em soluo KOH/isopropanol, a seca em RIE, etch

    back, entre outras.

    Figura 7: Preparao da lmina para a formao das ilhas. Adaptado de SWART, J. W.Integrao de processos: CMOSem silcio, p.7.

    Aps a corroso parcial do xido S iO2 realiza-se a dopagem por

    implantao inica para a formao da cavidade tipo n. Atravs de um canho

    de ons se introduz os ons do dopante necessrio com a acelerao

    provocada pelo campo eltrico na superfcie desejada, que nesse caso a

    rea para a formao da cavidade p. Durante a etapa de implantao inica

    pode haver uma pequena oxidao da superfcie. Verifica-se esta etapa na

    Figura 8.

    Figura 8: a) Implantao de boro, B) Ilha tipo p formada. Adaptado de SWART, J. W.Integrao de processos: CMOSem silcio, p.7.

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    Depois da formao da ilha, se define a regio ativa que corresponde ao

    local onde a fonte, gate e dreno ficaro. Por meio de uma camada espessa de

    xido SiO2 ser possvel a separao dos transistores NMOS dos PMOS e

    delimitao das regies ativas. Para isto, utiliza-se a tcnica de oxidao local

    ou local oxidation (LOCOS). Mas antes disso, uma srie de etapas que tem

    como um dos objetivos evitar a formao de um canal de superfcie induzido

    por cargas no xido ou por uma linha de interconexo passando por cima do

    xido de campo. Para isto, procura-se aumentar a dopagem das regies que

    esto abaixo desse xido, pois, assim, a tenso de limiar dessa regio

    aumentar a tal ponto que seja maior que tenso mxima utilizada no circuito.

    No incio coloca-se uma fina camada de nitreto Si3N4 pelo processo de

    deposio qumica em fase de vapor ou Chemical Vapor Deposition (CVD),

    seguido de uma fotogravao para o delineamento das reas que protegero

    as regies ativas onde sero formados os transistores. Verifica-se essa etapa

    do processo de fabricao de Circuito Integrado CMOSna Figura 9.

    Figura 9: Deposio do nitreto que proteger as regies ativas. Adaptado de SWART, J. W.

    Integrao de processos: CMOSem silcio, p.11.

    Depois se realiza a deposio do filme de fotorresiste seguido do

    processo de fotogravao. Pretende-se nessa etapa proteger uma das regies

    para que a outra possa receber a implantao inica que aumentar a

    dopagem das regies, as quais, ficaro abaixo da camada de xido formada

    pelo LOCOS, no caso desta analise foi escolhida primeiro a deposio inica

    de boro na regio do transistor NMOS. Verifica-se essa etapa do processo defabricao de Circuito Integrado CMOSna Figura 10.

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    Figura 10: Implantao de boro para o aumento da dopagem na regio abaixo do xidoformado pelo LOCOS. Adaptado de SWART, J. W. Integrao de processos: CMOSem silcio, p.11.

    Para a outra parte da dopagem na regio do transistor PMOSrealiza-se

    o mesmo processo realizado para outra regio, mas agora se protegendo esta

    da implantao inica de fsforo. Verifica-se essa etapa do processo de

    fabricao de Circuito Integrado CMOSna Figura 11.

    Figura 11: Implantao de fsforo para o aumento da dopagem na regio abaixo do xidoformado pelo LOCOS, p.11.

    Aps isto, retira-se o fotorresiste da regio que sofreu a ltima

    implantao e se realiza o LOCOS das reas que no esto cobertas pelo

    nitreto. Aps o processo de oxidao se retira o nitreto que traou a regio

    ativa. Observa-se a formao dessa regio na Figura 12. Ressalta-se, ainda,

    que regio ativa diferente de rea ativa, pois esta ltima somente forma os

    drenos e as fontes dos MOSFETs.

    Figura 12: Oxidao local das reas que no foram cobertas pelo nitreto. Adaptado deSWART, J. W. Integrao de processos: CMOSem silcio, p.11.

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    Pretende-se aps a formao da regio ativa formar as portas que so

    constitudas por nitreto. Para isto aplica-se uma nova etapa de fotogravao

    para o delineamento das regies onde ser implantado o nitreto que formar as

    reas de porta. Observa o processo de formao das portas na Figura 13.

    Figura 13: a)Deposio de fotorresiste, b)Fotogravao, c)Implantao do nitreto para aformao das portas dos MOSFETs. Adaptado de SWART, J. W. Integrao de processos: CMOS

    em silcio, p.16.

    Formando-se a porta dopam-se as regies de dreno e fonte atravs de

    uma implantao de ons com os dopantes desejados, para isto reveste-se um

    dos transistores com fotorresiste para a primeira implantao de ons de boro,

    depois, retira-se a primeira camada de fotorresiste e reveste-se o outro

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    transistor para a segunda implantao de ons de fsforo. Aps isto se retira a

    camada de fotorresiste. Verificam-se essas etapas na Figura 14.

    Figura 14: Dopagem por implantao inica para a formao dos drenos e sources dosMOSFETs. Adaptado de SWART, J. W. Integrao de processos: CMOSem silcio, p.18.

    Com a realizao das regies de dreno e fonte dos MOSFETs aplica-se

    uma camada espessa de xido atravs do processo CVDsobre toda a lmina.

    Com isto realiza-se uma nova etapa de deposio de fotorresiste e de

    fotogravao seguido de corroso para a formao das janelas de contato.

    Verifica-se esse processo na Figura 15.

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    Figura 15: a)Deposio do xido CVD, b)Deposio do fotorresiste, c)Fotogravao,d)Corroso do xido CVD, e) Janelas de contato prontas. Adaptado de SWART, J. W. Integrao

    de processos: CMOSem silcio, p.18.

    Para o delineamento das interconexes aplica-se uma pulverizao

    catdica para a deposio de uma fina camada de metal bom condutor, como oouro ou alumnio, seguido de uma fotogravao e corroso do metal para o

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    delineamento das trilhas. Na Figura 16 verifica-se o preenchimento das janelas

    de contato com metal por meio da pulverizao catdica.

    Figura 16: Preenchimento das janelas de contato com metal para a formao das trilhas.Adaptado de Smith, K. C. Microeletrnica, 5 Edio, apndice A.

    Aps a formao dos transistores na lmina de silcio, separam-se os

    circuitos para a formao das pastilhas. Assim, interligam-se as entradas esadas dos circuitos aos contatos que formaro o encapsulamento. Realizado

    esse processo encapsula-se o Circuito integrado com material plstico ou epxi

    sob vcuo ou em uma atmosfera inerte. E na Figura 17 observam-se alguns

    perfis de encapsulamento de circuitos integrados.

    Figura 17: a) Encapsulamento de oito pinos de plstico em linha dupla dual-in-line-package - DIP, b) encapsulamento em superfcie de dezesseis pinos surface mount IC package

    Disponvel em: < http://eletrodex.com.br/Produto>.

    2.3 Regras de Projeto para a Fabricao de Circuitos Integradospara a Tecnologia 0,35m CMOS

    Aps o entendimento bsico de como so formados a maior parte dos

    Circuitos Integrados CMOS foram estudados as regras que regem a

    estruturao para a fabricao dos mesmos. Para isto, necessrio definir que

    tipo de tecnologia ser adotado no projeto, pois cada uma possui suas regras

    de projeto.

    Mostra-se no decorrer deste captulo a estruturao de uma portainversora utilizando a tecnologia 0,35m CMOS. No tipo de tecnologia a ser

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    empregada encontram-se as regras que regem a disposio das estruturas dos

    componentes a serem fabricados.

    Para o desenvolvimento das estruturas fsicas dos transistores do

    projeto foi utilizado o software L-Edit da Tanner, cuja tela inicial mostrada na

    Figura 18.

    Figura 18: Tela inicial do software PSPICE.

    Foi adotado um sistema de medida que chamado de lambda (), que

    facilita a compatibilidade dos projetos com os diversos tipos de softwares

    utilizados durante o processo de criao dos mesmos. Um lambda corresponde

    a 0,2 micrmetros. Alm disso, as definies relativas tecnologia

    SC4ME_SUBM 0,35m CMOS foram carregadas a partir de um arquivo j

    existente em extenso .tdb.

    Para a criao do projeto foram utilizadas varias camadas cuja

    sequncia de colocao no software no importa, pois cada etapa do processo

    de fabricao de Circuito Integrado regida por uma camada projetada para

    aquele fim.

    Foram estudadas as regras de projeto e assim foi realizada a Tabela 1

    com as principais regras para o projeto das portas lgicas inversora, AND e

    NAND tendo como base os MOSFETs do tipo p e n. E nessa mesma tabelaforam inseridos exemplos prticos da aplicao dessas regras.

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    Tabela 1: Principais Regras Utilizadas da Tecnologia 0,35m CMOS

    TIPODE

    REGRA:APLICAO: Tamanh

    o:APLICAO:

    6.1Tamanho dos

    contatos de reaativa.

    2x 2

    7.3

    Sobreposio de

    metal sobre umcontato de reaativa.

    1

    6.2

    Sobreposio decamada ativa em

    relao ao contatode rea ativa.

    1.5

    4.2

    Sobreposio da

    camada deseleo dedopagem em

    relao rea ativa.

    2

    2.2

    Distancia entreuma camada ativa

    e outra camadaativa.

    3

    1.1

    Mnima largura do

    canal n-well(verifica-se se a

    prpria largura dotransistor j o

    suficiente).

    12

    2.3

    Distncia mnimado poo em

    relao s reasativas quando

    relacionadas s

    regies de fonte edreno.

    6

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    2.4

    Distncia mnimado poo em

    relao s reasativas quando

    relacionadas aos

    contatos desubstrato e poo.

    3

    7.1 Mnima largura detrilhas de metal1. 3

    5.2Sobreposio doPoly em relao

    ao contato.1.5

    5.4

    Distncia mnimado contato (que

    est no Poly) em

    relao ao Gatedo transistor.

    2

    7.2

    Espaamentomnimo entre

    trilhas de metal1se as trilhas foremmenores que 10 .

    3

    7.4

    Espaamentomnimo entretrilhas de metal1

    se as trilhas foremmais largas que

    10 .

    6

    5.3Distncia mnimade um contato ao

    outro contato.

    3

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    3.1 Softwares de Simulao Livres

    Foram pesquisados alguns dos melhores softwares de simulao de

    eletrnica em verso livre. Os quais estaro descritos resumidamente e o que

    cada um tem de melhor para oferecer para os usurios.

    3.2 AIM-Spice

    AIM-Spice uma nova verso do SPICE executado sob o Microsoft

    Windows e sistemas operacionais Linux. O AIM-Spicepara Windows capaz

    de exibir graficamente os resultados de uma simulao em curso. O

    desenvolvimento do AIM-Spicefoi motivado pela necessidade de uma interface

    mais amigvel, e como um veculo para o novo conjunto de modelos de

    dispositivos avanados para simulao de circuitos desenvolvidos pela

    empresa. (Disponvel em: Acesso

    em: 17 nov. 2012).

    Figura 19: Tela inicial do software AIM-Spice.

    3.3 CircuitMaker

    Tem interface amigvel alm de ser rpido e prtico na criao e

    modificao de desenhos relativos a diagramas de circuitos analgicos e

    digitais. (Disponvel em: Acesso em: 17 nov. 2012).

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    Figura 20 - Tela inicial do software CircuitMaker.

    3.4 Electronics Workbench

    um excelente simulador de circuitos eletrnicos, como se trata de uma

    verso simplificada do Eletronics Workbench MultiSim e portanto mais

    acessvel para os usurios que desejarem adquirir o software, tem quase todas

    as funcionalidades do Multisim. (Disponvel em:

    Acesso em: 17 nov. 2012).

    Figura 21: Tela inicial do software ElectronicsWorkbench.

    3.5 ICAP/4

    De acordo com o manual do software, algumas de suas melhores

    caractersticas a capacidade de simulao das formas de ondas em tempo

    real mostrando como o circuito executado, alm disso, adiciona, exclui e

    redimensiona as formas de onda a qualquer momento.

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    Figura 22: inicial do software ICAP/4.

    3.6 LTspice IV

    LTspice IV um simulador SPICE de alto desempenho, que possui

    captura esquemtica e visualizador de formas de ondas e modelos que

    facilitam a simulao dos reguladores de comutao. Os reguladores de

    comutao so de forma extremamente rpida em comparao comsimuladores SPICEnormais, permite ao usurio visualizar formas de onda para

    a maioria dos reguladores de comutao em apenas alguns minutos.

    (Disponvel em: Acesso em: 17

    nov. 2012).

    Figura 23: Tela inicial do software LTspice IV.

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    3.7 Micro-Cap

    A interface grfica dele simples de aprender e usar. Modelos SPICE

    familiares, alm de extenses, so fceis de aplicar. Mais de 500 advertncias

    e mensagens podem ajudar com os problemas. Algumas de suascaractersticas so: Editor esquemtico integrado e simulador; analisa

    dinamicamente as atualizaes de ondas e curvas, como a Edio de plotagem

    3D; possui biblioteca de dispositivos com mais de 24.000 partes alm de

    possuir extensos operadores matemticos e variveis. (Disponvel em:

    Acesso em: 17 nov. 2012).

    Figura 24: Tela inicial do software Micro-Cap.

    3.8 PSPICEO software foi desenvolvido para as exigncias das indstrias mais

    complexas e tambm integrado no fluxo de sistemas completos de design pela

    OrCAD and Allegro Cadence. Ele inclui recursos como a anlise de um circuito

    com otimizao automtica, criptografia, um editor de modelo, suporte para

    modelos parametrizados, autoconvergncia e reincio de ponto de verificao,

    vrios solucionadores internos e um editor de parte magntica. (Disponvel em:

    Acesso em: 17 nov. 2012).

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    Figura 25: Tela inicial do software PSpice.

    Devido a sua grande utilizao e aceitao no mercado de trabalho e porsua confiabilidade perante as mais diversas aplicaes na simulao de

    circuitos analgicos, optou-se por sua utilizao para a anlise das formas de

    onda dos nossos projetos CMOS.

    4.1 MOSFETTipo Enriquecimento

    Foram estudas de acordo com Sedras e Smith (2004) algumas das

    frmulas primordiais para o entendimento do funcionamento dos MOSFETs tipo

    enriquecimento. Foram analisadas as frmulas que relacionam Id versus VDSou VGS nas regies de triodo, saturao e corte, e as frmulas de atraso de

    propagao e rudo de uma porta inversora NOT. Alm disso, foram verificadas

    as frmulas que regem as capacitncias internas desses MOSFETs. E ainda,

    se realizou algumas anlises dessas equaes que regem os CMOSe outras

    caractersticas dos MOSFETs.

    4.2 Descries de Frmulas Primordiais que Regem osTransistores por Efeito de Campo Tipo Enriquecimento de Canal n e p

    Para a anlise do comportamento da resistncia do canal de um

    MOSFET, verifica-se que com o aumento do valor de VGS essa resistncia

    tende a diminuir. J a sobretenso de conduo o valor de tenso na porta

    que excede o valor de tenso de limiar. Para valores baixos de tenso VDSe

    aumentando-se gradualmente o valor de VGS, tem-se uma relao linear entre a

    corrente iDe o valor de VDS. Observa-se na Figura 26 o grfico dessa relaolinear.

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    Figura 26 Caractersticas IdX VDS, quando a tenso aplicada entre fonte e dreno, VDS, pequena. O dispositivo opera como um resistor linear cujo valor controlado por VGS. Adaptado

    de SEDRAS, A. S e SMITH, K. C. Microeletrnica, 5 Edio, p.145.

    Na Equao 2 verifica-se, ainda, que a resistncia de canal

    diretamente proporcional ao comprimento do canal, enquanto as outras

    variveis so inversamente proporcionais a essa resistncia. Nota-se que paraum valor pequeno da tenso VDS e um aumento gradativo da tenso VGS o

    canal comporta-se como uma resistncia varivel.

    No estudo dos MOSFETsNMOSe PMOSverificam-se trs regies que

    constituem as caractersticas entre a corrente iDe o valor da tenso VGSe elas

    so conhecidas por regio de triodo, regio de saturao e regio de corte.Aumentando-se o valor de VDSpara um valor VGS>Vtalcana-se a regio

    de saturao e isso ocorre devido ao estreitamento do canal que aumenta

    correspondentemente o valor da resistncia do canal. O valor dessa saturao

    regido pela Equao 3.

    (3)A regio de triodo corresponde ao valor da corrente iDno intervalo que a

    resistncia de canal aumenta at o ponto de saturao que corresponde aVDSsat,. Essa regio ditada pela Equao 4.

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    (4)

    k e Vtcorrespondem aos valores do parmetro de transcondutncia e da

    tenso de limiar, respectivamente, que variam de acordo com o tipo de

    tecnologia MOS adotada. Em uma mesma tecnologia pode haver diferena

    entre os valores dessas variveis para os transistores NMOS e PMOS que

    podem ser representadas por kne kp, e, Vtne Vtp.

    Percebe-se que tanto para a frmula que rege a regio de saturao

    como para a regio de triodo o valor L inversamente proporcional ao valor da

    corrente iD. Percebe-se que aumentando o comprimento do canal a resistncia

    do mesmo aumenta e consequentemente a corrente iD tende a diminuir. Poroutro lado o aumento da largura do canal W tende a facilitar a passagem dos

    portadores. Relaciona-se W como em um fio condutor de eletricidade que pode

    conduzir mais corrente medida que se aumenta o dimetro.

    O parmetro de transcondutncia k dito pela Equao 5.

    (5)A capacitncia capacitncia por unidade de rea da regio da

    porta e a regio de canal, o qual se representa pela Equao 6. (6)

    Onde, a permissividade do xido de silcio que corresponde a 3,45X 10-11F/m, e a espessura da camada de xido entre a porta e a regiode canal.

    4.3 Capacitncias Internas do MOFET

    As capacitncias internas podem ocasionar atraso de propagao e

    consequentemente interferncia na velocidade de processamento das

    informaes que o Circuito Integrado ter de trabalhar. Para isto foram

    estudados os tipos de capacitncia interna dos MOSFETs.

    Os efeitos capacitivos so modelados pela incluso de capacitncias no

    modelo do MOSFETentre seus quatro terminais, G, D, S e B: Cgs, Cgd, Cgb, Csb,

    Cdb. Apresentam-se nas equaes abaixo de forma breve as capacitncias

    internas nas regies de triodo, saturao e corte.

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    A capacitncia entre gate-dreno na regio de triodo est representada

    na Equao 7:

    (7)

    A capacitncia entre gate-source e entre gate-dreno na regio de

    saturao est representada na Equao 8 e 9:

    (8) (9)

    A capacitncia entre gate-source e entre gate-build na regio de corte

    est representada na Equao 10 e 11:

    (10) (11)

    Existe ainda um valor de capacitncia que deveria ser acrescentado nas

    frmulas de capacitncia j citadas anteriormente, a chamada capacitncia de

    sobreposio ou overlap, onde de Lov corresponde ao comprimento desobreposio. Essa uma capacitncia que ocorre pelo fato de as difuses de

    dreno e fonte se prolongarem levemente abaixo do xido da porta. Representa-

    se esta capacitncia na Equao 12:

    (12)A capacitncia entre fonte-corpo se representada pela Equao 13.

    Onde Csb0corresponde ao valor de Csbpara polarizao fonte-corpo nula, Vsb

    o valor da tenso de polarizao reversa e V0 a tenso interna da juno.

    (13)

    A capacitncia entre dreno-corpo se representada pela Equao 14.

    Onde Cdb0corresponde ao valor de Cdbpara polarizao dreno-corpo nula, Vdb

    o valor da tenso de polarizao reversa e V0 a tenso interna da juno.

    (14)

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    4.4 As Margens de Rudo para a Porta Inversora

    No projeto das portas lgicas CMOSutiliza-se o casamento das redes

    pull-up e pull-down para que se tenha uma caracterstica de transferncia

    simtrica e capacidades semelhantes de fornecer corrente tanto delevantamento como de abaixamento da tenso de sada em relao tenso

    de entrada. Para que esse casamento ocorra utiliza-se a relao

    , onde

    ter de ser maior que , pois maior que .Emprega-se essa relao quando se deseja manter o comprimento do

    canal L constante, assim .

    Na curva de transferncia de tenso de uma porta inversora, porexemplo, existem cinco trechos distintos e seis pontos que a determinam, os

    pontos VOL, VOH, VIL, VIHe os pontos formados por

    e .As tenses VOL e VOH correspondem ao nvel baixo e alto da sada,

    respectivamente. J a tenso VILcorresponde ao mximo valor de entrada que

    pode ser interpretado como valor lgico 0 na sada. E a tenso VIHcorresponde

    ao mnimo valor de entrada que pode ser interpretado como valor lgico 1 na

    sada. O valor de tenso de transio, o qual, o transistor de canal n e de canal

    p fica na saturao corresponde a

    . Na Figura 27 verifica-se a curva de

    transferncia de um inversor CMOS.

    Figura 27: Caracterstica de transferncia de tenso de uma porta inversora CMOS.

    As Equaes 15 e 16 correspondem, respectivamente, as frmulas

    empregadas para as margens de rudo MRHe MRL. (15)

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    (16)

    Observa-se que essas frmulas de margem de rudo para um inversor

    no apresentam o W e o L, isso ocorre devido ao fato de os transistores PMOS

    e NMOSestarem casados. Caso no exista o casamento desses transistores,

    haver frmulas de margens de rudo que englobaro o W e o L.

    Os valores de VIHe VILso definidos pelas Equaes 17 e 18 para um

    inversor com seus transistores casados.

    (17)

    (18)

    4.5 Atraso de Propagao para Uma Porta Inversora

    O atraso de propagao determina a velocidade de propagao, assim a

    determinao desse atraso fundamental no projeto de circuitos integrados.

    Foi estudado o atraso de propagao para uma porta inversora que a porta

    lgica bsica para a caracterizao da tecnologia CMOS adotada.Existem dois atrasos de propagao num sinal lgico digital, o atraso do

    sinal de sada entre a transio de nvel lgico 0 para 1 que chamado de tPLH

    e o atraso do sinal de sada entre a transio de nvel lgico 1 para 0 que

    chamado tPHL. As equaes que representam esses atrasos esto

    representadas pelas equaes 19 e 20.

    (19)

    (20)

    Mas, usualmente, para casos em que podem-se reduziremas Equaes 19 e 20 para 21 e 22, respectivamente.

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    Nessas equaes de atraso de propagao percebe-se que o aumento

    do W dos transistores CMOStende a diminuir os atrasos, mas o aumento de Waumenta a soma das capacitncias C da porta lgica analisada junto ao circuito

    que est interligada.

    Na Figura 28 observa-se como se representa graficamente os atrasos de

    propagao de uma porta inversora.

    Figura 28: Definies dos atrasos na propagao e tempos de transio de um inversorlgico digital. Adaptado de SEDRAS, A. S e SMITH, K. C. Microeletrnica, 5 Edio, p.212.

    5.1 Integrao de Processos: CMOSem Si

    Existem muitas vantagens que a tecnologia CMOS propicia para a

    formao dos Circuitos Integrados e por isto esta tecnologia atualmente uma

    das mais empregadas nas reas mdicas, computacionais e aeroespaciais.

    Cita-se e acordo com Swart J. W. algumas das caractersticas dessa

    tecnologia:

    O baixo consumo de potncia que proporciona uma maior faixa

    de tenso de polarizao, VDD, e de temperatura de operao

    permitida;

    Maior densidade de integrao;

    Maior imunidade ao rudo;

    No carrega corrente esttica;

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    Devido facilidade de projeto e por utilizao de encapsulamento

    mais simples por dissipar menor potncia o Circuito Integrado

    torna-se mais barato.

    Mas esta tecnologia apresenta algumas desvantagens que de acordo com

    Swart J. W. cita-se:

    A vulnerabilidade descarga eletrosttica;

    Susceptibilidade a efeitos de canal curto e de eltrons quentes

    quando a largura do canal geralmente menor que 2m;

    Alto custo e possibilidades de danos nas lminas para a formao

    apropriada das ilhas por processo de difuso;

    Susceptibilidade a disparo por latch-up.

    5.2 Disparo por Latch-up

    Uma porta CMOS inclui um tiristor em sua estrutura fsica, constituda

    pelas junes das regies p-n-p-n. No funcionamento normal estas junes

    esto reversamente polarizadas, no entanto, existem situaes que se podem

    polarizar diretamente uma destas junes de base-emissor que constituem os

    2 transistores de um tiristor. Na Figura 29.b encontra-se o circuito de um tiristore na Figura 29.a observa-se o modelo da estrutura fsica de um inversor CMOS

    de ilha p com a representao do tiristor embutido.

    Figura 29: a) Modelo inversor CMOSde ilha p com a representao do tiristor embutido, b)

    circuito de um tiristor.

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    So muitos os motivos que podem gerar o disparo por latch-upque de

    acordo com Swart J. W. cita-se:

    A corrente de fuga entre a juno ilha-substrato ou das junes

    de dreno;

    Corrente de carga ou descarregamento da capacitncia de juno

    entre a ilha e substrato ocasionado por algum transitrio da

    alimentao VDD;

    Corrente induzida por radiao;

    Corrente parasitria nas bordas das ilhas; pulsos de tenso rudo

    nos terminais de entrada e sada do circuito com valores fora do

    intervalo (VSS-VDD).

    Durante o projeto da estrutura fsica das portas lgicas atenta-se a

    algumas prticas de planejamento dos circuitos que visam minimizao do

    disparo latch-up, entre elas cita-se:

    A diminuio das resistncias parasitrias de substrato ou

    cavidades entre fonte ou dreno. Na Figura 29 essas resistncias

    foram representadas por R1e R2.

    Reduo dos ganhos dos transistores bipolares parasitrios, este

    ganho obtido pela multiplicao dos Betas x .Quanto maior a distncia entre os transistores de canal p e n do

    substrato em relao aos transistores das ilhas do tipo n ou p, maior ser o

    valor das resistncias R1e R2e menor ser a corrente de base dos transistores

    que formam o tiristor embutido da porta lgica, consequentemente, menor ser

    a probabilidade de ocorrer o disparo latch-up. No entanto, atenta-se para a

    densidade de integrao, procura-se, assim, estabelecer um equilbrio entre

    este e o aproveitamento do espao fsico para as distncias dos transistores do

    substrato com os das ilhas.

    A espessura das ilhas podem ocasionar as resistncias parasitrias se

    as mesmas no forem suficientemente espessas. Para a reduo destas

    resistncias e visando outras caractersticas melhores para a alta densidade de

    integrao utilizam-se maiores nveis de dopagem do material que formar os

    canais dos transistores que constituiro a porta lgica. O aumento da

    quantidade de contatos hmicos nos terminais dos MOSFETs tipo n e p da

    tecnologia CMOS ocasiona diminuio das resistncias parasitrias, deve-se

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    atentar para as regras de projeto para a distncia mnima desses contatos.

    Leva-se em conta ainda que o aumento da quantidade dos contatos hmicos

    aumenta as reas e consequentemente as capacitncias de entrada e de

    interconexes do MOSFET. Outro motivo para que no ocorra o disparo por

    latch-up a isolao de dispositivos de mesmo tipo para isto, utiliza-se camada

    de isolante espesso com o intuito de se evitar a induo de canal de inverso

    da superfcie.

    5.3 Estudo das Ferramentas dos Softwares L-Edit e PSPICE eSimulao dos Circuitos Projetados

    Nos processos de fabricao de Circuitos Integrados utilizam-se

    softwares para o projeto fsico desses circuitos, esses softwares comparam a

    disposio fsica das camadas que compe os transistores nos circuitos com

    as regras de projeto da tecnologia adotada. A tecnologia estudada para as

    simulaes deste trabalho a 0,35 m CMOS.

    No software L-Edit verso 8.30 a ferramenta que realiza essa

    comparao e mostra os erros de projeto que no correspondem s regras da

    tecnologia o DRC (Design-Ruler-Checker). Essa ferramenta possibilita a

    verificao do projeto em qualquer etapa que o projetista possa estar.

    Outra ferramenta muito utilizada o extract que tem como objetivo

    mostrar as dimenses de largura do canal, comprimento do canal, permetros e

    reas das estruturas fsicas que constituem o dreno, fonte, gate e source dos

    MOSFETs que constituem os circuitos. Alm disso, tambm possvel extrair

    as capacitncias parasitrias do circuito. Essas informaes so transferidas

    para os circuitos lgicos digitais do PSPICE para as verificaes dos

    comportamentos que se querem analisar. Com as simulaes do PSPICEpuderam-se se obter os atrasos de propagao e as margens de rudo das

    portas inversoras, ANDe NANDprojetadas no L-Edit.

    5.4 Simulaes e Analises da Porta Inversora CMOS

    Foram projetadas trs portas inversoras com base tecnologia de

    fabricao 0,35m CMOS que tiveram a varivel da largura de canal W dos

    transistores casados tipo n e p modificados. Primeiramente foi projetada uma

    porta inversora com as mnimas dimenses para o transistor NMOS que se

    pode fazer com a tecnologia de fabricao adotada. A porta inversora 2 foi

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    projetada com as dimenses W dos canais dos MOSFETs maiores em relao

    porta inversora 1. E na porta inversora 3 foi projetada com as dimenses W

    dos canais dos MOSFETsmaiores em relao porta inversora 2. Leva-se em

    conta que a dimenso do canal adotado nos transistores dos inversores foi de

    2que corresponde a 0,4m. O sistema de medida foi adotado porque facilita

    a compatibilidade com outras tecnologias. A Tabela 2 mostra as relaes das

    medidas de canal das trs portas inversoras projetadas.

    Tabela 2: Relaes de Medida de Canal das Portas Inversoras:

    TIPO DE PORTANMOS PMOS

    L() W() L() W()Porta inversora 1 2 5 2 17

    Porta inversora 2 2 30,5 2 108Porta inversora 3 2 61 2 209

    Na Figura 30 observa-se o leiaute dos trs inversores projetados no

    software L-Edit.

    Figura 30: a)Porta inversora 1, b)Porta inversora 2, c)Porta inversora 3.

    Com a ferramenta extract foi montada a Tabela 3 que contem as

    dimenses dos transistores e a soma das capacitncias parasitrias das portas

    inversoras trabalhadas.

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    Tabela 3: Dimenses e Capacitncias Parasitrias dos Transistoresdas Portas Inversoras:

    Um programa em linguagem C foi desenvolvido para a soma das

    capacitncias parasitrias de uma porta inversora CMOS. Na Figura 31verifica-se a interface desse programa.

    Figura 31: Programa em linguagem C para o clculo da soma das capacitnciasparasitrias para uma porta inversora.

    Depois da extrao de todas as dimenses e com a soma dascapacitncias parasitarias foi realizada a simulao dos circuitos e foram

    obtidos os grficos das margens de rudo 32, 33, 34 que representam a porta

    inversora 1, porta inversora 2 e porta inversora 3, respectivamente.

    Figura 32: Caracterstica de transferncia de tenso da porta inversora 1.

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    Figura 33: Caracterstica de transferncia de tenso da porta inversora 2.

    Figura 34: Caracterstica de transferncia de tenso da porta inversora 3.

    Percebe-se que os grficos 32, 33 e 34 so muito semelhantes, issoocorreu devido o fato de os transistores que compem a porta inversora

    estarem casados, e possurem o mesmo comprimento de canal, assim as

    variveis que compem VIL e VIH e, consequentemente, MRH e MRL so as

    mesmas para ambos os inversores. Para o clculo de VIL, VIH, MRH e MRL

    foram desenvolvidos, tambm, programas em linguagem C para realizar os

    clculos. Na Figura 35 observa-se a aplicao dos programas para os clculos

    de VIL, VIH, MRHe MRLda porta inversora 1.

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    Figura 35: a)Programa para o clculo de VIL, b) Programa para o clculo de VIH, c)Programa para o clculo de MRH, d) Programa para o clculo de MRL.

    Observa-se que a simetria das margens de rudo MRH e MRL so um

    pouco diferentes, isto ocorreu devido a uma pequena diferena entre Vtne Vtp

    dos transistores NMOSe PMOSda porta inversora dessa tecnologia.

    Aps as simulaes das margens de rudo foram simulados os atrasos

    de propagao tPLHe tPHLdessas portas. Nas Figuras 36, 37 e 38 observam-se

    os sinais de entrada e sada de cada porta NOTprojetada com seus pontos

    mdios nas rampas de decida e subida.

    Figura 36: Sinais de entrada e sada da porta inversora 1.

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    Figura 37: Sinais de entrada e sada da porta inversora 2.

    Figura 38: Sinais de entrada e sada da porta inversora 3.

    Desenvolveu-se um programa em linguagem C para os clculos dos

    atrasos de propagao para os dados dos grficos obtidos. O algoritmo

    empregado foi dado pela Equao (20):

    (20)

    Onde representa o atraso de propagao que se quer obter, otempo mdio de transio de um sinal de sada e o tempo mdio de

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    transio de um sinal de entrada. Com base nos dados dos grficos das

    Figuras 36, 37 e 38 foi realizada a Tabela 4. Uma representao prtica desse

    programa para os clculos dos atrasos de propagao est representada na

    Figura 39. Nessa mesma tabela foi acrescentada, tambm, valores de VOH e

    VOLque correspondem, respectivamente, ao mximo nvel lgico 1 conseguido

    na sada e o menor nvel lgico 0 conseguido na sada. Leva-se em

    considerao que o ponto mdio do sinal de sada adotado foi igual a 50% da

    soma dos pontos de 10% e 90% da excurso de sada VOH-VOL,

    matematicamente corresponderia a Equao 21. E o ponto mdio do sinal de

    entrada corresponde metade de VDD.

    (21)

    Tabela 4: Atrasos de Propagao das Portas Inversoras:

    TIPO DE PORTA tPHL (s) tPLH(s) MDIA(s) VOH(V) VOL(V)PORTA INVERSORA 1 3,3n 2,1 2,65 4,8 12,2PORTA INVERSORA 2 0,56 0,4 0,30 4,82 6,22PORTA INVERSORA 3 0,3 0,2 0,23 4,81 1,71

    Figura 39: Programa para os clculos dos atrasos de propagao entre o sinal de sada eum sinal de entrada.

    Para calcular os pontos mdios do sinal de sada foi desenvolvido outro

    programa em linguagem C para a praticidade dos clculos. Uma aplicao

    desse programa est representada na Figura 40.

    Figura 40: Programa para o clculo do ponto mdio de um sinal de sada de uma portalgica digital.

    Percebe-se que a porta inversora 3 apresentou uma mdia dos atrasos

    de propagao menor em relao s outras, isso ocorreu devido relao

    inversamente proporcional da largura do canal dos MOSFETs em relao ao

    atraso de propagao. Alm disso, a varivel C que corresponde soma das

    capacitncias das portas que a sada do inversor est interligada foi mantida

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    constante em todas as portas inversoras projetadas. Nota-se ainda que a

    variao das mdias dos atrasos de propagao no foi linear em relao

    variao das larguras do canal dos transistores que compem essas portas.

    As configuraes para a simulao desses circuitos no software PSPICE

    esto identificadas nas Figuras 41, 42, 43 para as portas inversoras 1, 2, 3,

    respectivamente.

    41: a) Circuito lgico digital da porta inversora 1, b) Configurao utilizada para a simulaodessa porta.

    Figura 42: a) Circuito lgico digital da porta inversora 2, b) Configurao utilizada para a simulaodessa porta.

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    Figura 43: a) Circuito lgico digital da porta inversora 3, b) Configurao utilizada para asimulao dessa porta.

    Ressalta que para a proteo contra o disparo por latch-up pode-se

    aumentar o nmero de contatos hmicos nas regies de dreno e source, mas

    uma quantidade enorme desses contatos acarretar aumento das

    capacitncias parasitrias das portas lgicas. Contudo, devem-se aproveitar as

    reas de dreno, source e corpo que os MOSFETs j possuem para a insero

    desses contatos a fim de se diminuir as resistncias internas que provocam

    esse disparo. Verifica-se o mximo aproveitamento dessas reas na Figura 30

    dos inversores.

    5.5 Desenvolvimento da Clula bsica 3n-3p

    Para o desenvolvimento de Circuitos Integrados que contem maior

    nmero de portas lgicas utiliza-se clulas bsicas que facilitam a integrao e

    organizao dos transistores que compem os circuitos. Entre as

    especificaes bsicas para a construo de uma clula adotam-se os critrios

    de rea mnima, simplicidade de construo, conectividade, desempenho

    dinmico, dissipao de potncia e imunidade ao disparo latch-up.

    No projeto da estrutura fsica dos MOSFETs que faro parte da clula

    bsica utilizam-se as mnimas dimenses necessrias para a potncia

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    requerida da clula pelo circuito que ela far parte. Com isto, obtm-se a menor

    rea que a clula pode ocupar proporcionando maior integrao dos circuitos.

    Em relao facilidade de desenvolvimento dos projetos, quanto maior

    a simplicidade de construo dos circuitos que empregaro as clulas, menor o

    tempo para o desenvolvimento do Circuito Integrado e consequentemente

    menor o custo do produto final para o cliente.

    Existem diversas estruturas de clulas bsicas, entre algumas das mais

    utilizadas se destacam a clula 3n-3p e 2n-2p. A clula 3n-3p formada por

    trs MOSFETs de canal n e trs MOSFETs de canal p, enquanto a clula 2n-2p

    formada por dois MOSFETs de canal n e dois MOSFETs de canal p. Neste

    trabalho foi adotada a clula bsica 3n-3p para a construo das portas AND e

    NAND. Na Figura 44 verifica-se o circuito lgico das clulas bsicas 2n-2p e

    3n-3p.

    Figura 44: a) Clula bsica 2n-2p, b)Clula bsica 3n-3p.

    Para o desenvolvimento de todas as portas lgicas CMOS pode-se

    empregar o conceito das redes pull-upe pull-down assim como foi empregado

    para as portas inversoras. Consequentemente, o principal fator de consumo de

    potncia a dissipao de potncia dinmica causada ora pelo carregamento

    do nvel lgico 1 na sada, ora pelo descarregamento para o nvel lgico 0 na

    sada.

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    Uma das caractersticas de uma clula bsica a conectividade das

    portas dos MOSFETs, como visto na Figura 44, mas para efeitos de

    flexibilidade de projeto pode-se deix-las desconectadas. No entanto essa

    separao das portas aumenta o espao ocupado pela clula. Na Figura 45

    verificam-se duas clulas bsicas 3n-3p desenvolvidas no software L-Editcom

    portas interligadas e no interligadas.

    Figura 45: a) Clula bsica 3n-3p com as portas interligadas b) Clula bsica 3n-3p comportas no interligadas.

    5.6 Simulaes e Anlises da Porta AND na Clula Bsica 3n-3p

    pela Tecnologia CMOS

    Foram projetadas 3 portas ANDs com dimenses de largura de canal

    diferentes sendo que a porta AND1 foi projetada com as mnimas dimenses

    de canal n possveis. A porta AND2 foi projetada coma as dimenses W dos

    canais dos MOSFETs maiores em relao porta AND1. E a porta AND3 foi

    projetada com as dimenses W dos canais dos transistores maiores em

    relao porta AND 2. Alm disto, os transistores dessas portas foram

    casados.

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    Na Figura 46 observa-se o leiaute das trs portas ANDs projetadas no

    software L-Edit.

    Figura 46: a) Leiaute da estrutura fsica da porta AND1, b) Leiaute da estrutura fsica daporta AND2, c) Leiaute da estrutura fsica da porta AND3.

    A Tabela 5 verifica-se as relaes das medidas de canal das trs portas

    ANDs projetadas.

    Tabela 5: Relaes de Medida de Canal das Portas ANDs:

    TIPO DE PORTA NMOS PMOSL() W() L() W()

    Porta AND 1 2 5 2 17Porta AND 2 2 15 2 51Porta AND 3 2 30 2 102

    Assim como para os inversores a ferramenta extract foi empregada para

    extrao das dimenses dos transistores e das capacitncias parasitrias dos

    circuitos e com isto foi montada a Tabela 5. Para a soma das capacitncias

    parasitrias de uma porta ANDempregou-se outro programa em linguagem C.

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    Na Figura 47 verifica-se a aplicao desse programa para a soma das

    capacitncias parasitrias de uma porta ANDpela tecnologia CMOS.

    Tabela 5: Dimenses e Capacitncias Parasitrias dos Transistoresdas Portas ANDs:

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    Figura 47: Programa para a soma das capacitncias parasitrias de uma porta ANDpelatecnologia CMOS.

    Depois da extrao de todas as dimenses e com a soma dessas

    capacitncias se realizou a simulao das portas ANDs. Pode-se a partirdessas simulaes analisarem os atrasos de propagao do sinal de sada em

    relao aos sinais provindos das entradas A e B. Nas Figuras 48, 49, 50, 51, 52

    e 53 observam-se os sinais de entrada e sada com os pontos mdios nas

    rampas de decida e subida dessas portas.

    48: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal A para a porta AND1.

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    49: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal B para a porta AND1.

    Figura 50: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal A para a portaAND2.

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    Figura 51: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal B para a portaAND2.

    Figura 52: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal A para a portaAND3.

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    Figura 53: Sinal de sada em relao transio de nvel lgico do sinal B para a portaAND3.

    Realizada as simulaes partiu-se para os clculos dos atrasos depropagao tPLH e tPHLutilizando os mesmos procedimentos empregados nos

    clculos dos inversores. Com base nos grficos das Figuras 48, 49, 50, 51, 52

    e 53 foi realizada a Tabela 6. Nessa Tabela foram acrescentados, tambm, os

    valores de VOHe VOL.

    Tabela 6: Atrasos de Propagao das Portas ANDs:

    TIPODEPORTA

    EM

    RELAOAO SINALDE

    ENTRADA

    tPHL(s)

    tPLH(s)

    MDIA(s)

    VOH(V)

    VOL(V)

    PONTOMDIO DE

    TRANSIODO SINALDE SAIDA

    (V)PORTAAND1

    A 10,0n 10n 10,0n 4,49V 570,2 2,04B 10,0n 5,4n 7,7n 4,55V 542,5 2,06

    PORTAAND2

    A 6,7n 0 3,35n 4,55V 518,3 2,07B 10,0n 0 5,06n 4,59V 488,4 2,08

    PORTAAND3

    A 1,1n 0,9n 1,0n 4,41V 609,8 2,01B 1,1n 0,8n 0,95n 4,49V 568,4 2,04

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    A porta AND 3 apresentou uma mdia dos atrasos de propagao do

    sinal de sada em relao ao sinal A e B menor do que as outras portas, assim

    como para uma porta inversora, isso ocorreu devido relao inversamente

    proporcional da largura do canal dos MOSFETs em relao ao atraso de

    propagao. Percebe-se, ainda, que as variaes das mdias dos atrasos de

    propagao no foram lineares em relao variao das larguras de canal

    dos transistores que compem as portas ANDs. Leva-se em conta que para a

    definio dos atrasos de propagao cada sinal foi analisado separadamente

    mantendo o outro sinal constantemente em nvel alto.

    Em todos os casos manteve-se a capacitncia de carga C constante e

    igual a 1pF, mas se essa capacitncia aumentasse, consequentemente, os

    atrasos de propagao seriam maiores. Relaciona-se esse fato condio

    diretamente proporcional de C em relao s equaes de atraso de

    propagao.

    Para a proteo contra o disparo latch-updevem-se aproveitar as reas

    de dreno, source e corpo que os MOSFETs j possuem para a insero de

    contatos hmicos, assim como foi realizado para as portas inversoras, a fim de

    se diminuir as resistncias internas que provocam esse disparo.

    Verifica-se que as tenses VOH so menores e as tenses VOL so

    maiores do que as que foram encontradas para as portas inversoras, isto

    ocorreu devido soma das resistncias dos canais dos transistores que

    formam as redes pull-upe pull-downdas portas ANDs. Percebe-se, ainda, que

    devido a maiores valores de resistncias e de capacitncias parasitrias

    encontradas nas portas AND, os valores dos atrasos de propagao so

    maiores do que as encontradas nas portas NOT.

    Devido s limitaes no software optou-se pela demonstrao damargem de rudo em uma porta NAND. Para a realizao dessa simulao foi

    mantida um dos sinais de entrada em nvel alto enquanto o outro sinal serviu

    de entrada para a transio na sada. Na Figura 54 observa-se o grfico da

    caracterstica de transferncia de tenso dessa porta. Na Figura 55 encontra-

    se a representao lgica da porta NANDformada com as redes pull-upe pull-

    down no software PSPICE. E na Figura 56 verifica-se o projeto da estrutura

    fsica dessa porta em uma clula 3n-3p no software L-Edit.

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    Figura 54: Caracterstica de transferncia de tenso da porta NANDprojetada.

    Figura 55: Representao lgica da porta NAND.

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    Figura 56: Estrutura fsica da Porta NANDna clula 3n-3p pelo software L-Edit.

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    6.1 Concluso

    No estudo da fabricao de Circuito Integrado CMOS verificou-se aspropriedades bsicas para o entendimento da tecnologia 0,35m CMOS.Aplicaram-se conhecimentos da rea de eletrnica analgica e digital para o

    entendimento da lgica de funcionamento dos circuitos projetados queresponderam de acordo com a teoria de projeto estudada. Os estudos dasetapas do processo de fabricao CMOS ajudaram no entendimento maisprtico da produo de Circuitos Integrados que adotam essa tecnologia e queso empregados para os mais diversos fins em muitos aparelhoseletroeletrnicos utilizados no dia a dia das pessoas, tais como computadores,tablets, videogames entre outros. Alm disso, a tecnologia CMOS tambmempregada na rea mdica, como por exemplo, em circuitos eletrnicos demarca-passos que exigem o mnimo consumo de bateria possvel. O software

    L-edit e PSPICE foram fundamentais para os projetos fsicos e na simulaoeltrica dos circuitos, respectivamente. Analisou as margens de rudo dasportas inversoras com diferentes larguras de canal e da porta NAND.Avaliaram-se os atrasos de propagao de portas AND e das portasinversoras. Todas essas anlises puderam mostrar o quo importante oplanejamento das estruturas que formaro os Circuitos Integrados. O disparopor latch-up uma caracterstica indesejvel para os circuitos projetados epara a reduo desse fenmeno recorreu-se a uma boa distribuio doscontatos hmicos nas regies de dreno, source e da regio que se liga oterminal de corpo, a fim de se diminuir as resistncias internas indesejveis queprovocam esse disparo. As portas AND e NAND foram projetadas tendo comobase a clula bsica 3n-3p que visa reduo da rea ocupada pelos circuitose consequentemente maior integrao dos transistores que formaro o CircuitoIntegrado. As caractersticas de projeto tratadas nesse trabalho soimprescindveis para uma viso sobre os projetos com transistores por efeito decampo.

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    Assinaturas

    __________________________

    Bolsista: nio Vieira Soares

    ______________________________

    Orientador: Egdio Ieno Jnior

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