Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 1
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 2
Exmos. Senhores Accionistas,
O Conselho de Administração Executivo da Crédito Agrícola Vida
Companhia de Seguros, S.A., no cumprimento dos preceitos legais e
estatuários instituídos, vem por este meio apresentar para apreciação,
discussão e aprovação o Relatório e Contas da Companhia respeitante ao
exercício anual findo em 31 de Dezembro de 2018.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 3
O presente documento está escrito ao abrigo das normas
estabelecidas no anterior Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa.
Índice
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 4
RELATÓRIO DE GESTÃO - SEPARADOR
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 5
1. INTRODUÇÃO - SEPARADOR
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 6
INTRODUÇÃO
A CA Vida nasceu para responder eficientemente às necessidades de protecção dos
clientes do Grupo Crédito Agrícola, actualmente com mais de 1,6 milhões de clientes e
associados. Garantimos que, conjuntamente com as 656 Agências bancárias,
conquistamos os clientes Crédito Agrícola, contando actualmente com mais de 238 mil,
repartidos por seguros vida, seguros de capitalização e fundos de pensões.
Conduzidos pelos valores e a cultura do Grupo Crédito Agrícola, somos hoje uma
Seguradora Vida feita de pessoas para pessoas, que protegem o futuro dos seus clientes.
Somos o somatório das diferentes comunidades onde estamos inseridos e para as quais
criamos valor e contribuímos para o seu desenvolvimento.
Um trabalho que se traduz no reconhecimento dos nossos clientes, com a eleição da
CA Vida, pelo segundo ano consecutivo no Ramo Vida, como a Empresa Líder no Índice
Nacional de Satisfação do cliente, o que, em ano de comemoração do vigésimo
aniversário, é motivo de grande orgulho.
.
Congratulamo-nos também com o nível de produção alcançado, baseado
exclusivamente no segmento de produtos de risco, que apresentou um crescimento de
10,6% face ao ano anterior, valor este que supera largamente o verificado no mercado,
que se situou em 1%. À semelhança do ano anterior, também em 2018, o peso dos
produtos de risco quer em volume de prémios, quer em número de contratos, superou o
dos produtos de capitalização, contribuindo para que o crescimento global da produção
se situasse em 3%, compensando, assim, a contracção de 9% verificada em produtos de
capitalização, dada a inexistência de oferta comercial neste segmento.
O montante sob gestão de fundos de pensões apresentou um crescimento global de 12%
face ao ano anterior, o equivalente a 16 milhões de euros, totalizando 152,4 milhões de
euros. Valores que reforçam a tendência de crescimento verificada ao longo dos últimos
anos, sendo demonstrativas da apetência do cliente para este tipo de produto.
O crescimento verificado em ambas as vertentes de negócio, risco e fundos de pensões,
um adequado desempenho da carteira de activos associada aos produtos de
capitalização, aliada a uma gestão eficiente e prudente da actividade, permitiu potenciar
o resultado da CA Vida, tendo a mesma alcançado o melhor Resultado Líquido desde a
sua fundação, no valor de 6.823.382 euros, reiterando uma vez mais o valor da CA Vida
para o Grupo Crédito Agrícola.
Para celebrar o vigésimo aniversário, redefiniu-se a assinatura da CA Vida na sua
mensagem, estabelecendo o negócio da Companhia: seguros do Ramo Vida. A
abordagem e a linha de comunicação passaram a ter conceitos assentes no story telling
do cliente, procurando promover uma aproximação emocional através do conceito de
Simple to sell, simple to buy evou a Companhia a redesenhar as suas
soluções e produtos. Este processo passou por um intenso trabalho de análise e de
brainstorming interno na CA Vida, não só no desenho técnico dos produtos, mas também
na simplificação processual inerente aos mesmos. A componente gráfica e de
comunicação dos produtos seguiu a mesma tendência, com a imagem associada aos
mesmos a ser também renovada.
Os projectos e iniciativas implementados no decorrer do ano, apenas foram possíveis
com uma aposta clara no Digital, em sistemas e soluções que nos permitiram ser ágeis,
automatizando, simplificando e alavancando processos da cadeia de valor. Essa
estratégia desde sempre seguida, possibilita sermos uma estrutura com um rácio de
eficiência dos mais relevantes do mercado Segurador.
Os resultados que a CA Vida tem vindo a alcançar de forma consistente ao longo dos
anos, em muito se devem ao profissionalismo e dedicação da equipa da CA Vida, ao apoio
e enorme dedicação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, seus Administradores e
Colaboradores.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 7
2. GOVERNAÇÃO DA SOCIEDADE - SEPARADOR
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 8
GOVERNAÇÃO DA SOCIEDADE
A estrutura de administração e fiscalização da Seguradora é composta por um Conselho
Geral e de Supervisão, um Conselho de Administração Executivo, uma Comissão de
Remunerações e um Revisor Oficial de Contas.
A gestão da CA Vida é assegurada por um Conselho de Administração Executivo
constituído por três Membros, designados pelo Conselho Geral e de Supervisão para
mandatos de três anos, o qual, por sua vez, é composto por sete Membros eleitos em
Assembleia Geral de Accionistas para mandatos de três anos.
A Comissão de Remunerações eleita em Assembleia Geral por mandatos de três anos,
tem por incumbência fixar as remunerações e a política remuneratória dos Membros do
Conselho Geral e de Supervisão.
O Conselho Geral e de Supervisão integra, no que respeita à vertente de supervisão, uma
comissão para as Matérias Financeiras constituída por três Membros.
O Conselho de Administração Executivo tem como principal função a definição e
implementação da estratégia segundo princípios que assegurem uma criação
sustentável de valor, não só para a Seguradora, mas para todo o Grupo Crédito Agrícola.
É assessorado por uma estrutura interna de Quadros altamente qualificados cujas
competências específicas garantem os objectivos a alcançar.
O Conselho Geral e de Supervisão reúne regularmente numa base mensal e tem por
principal função assegurar a correcta execução das políticas gerais da CA Vida de acordo
com os interesses do Grupo Crédito Agrícola, para além das obrigações e
responsabilidades atribuídas no âmbito do acompanhamento das matérias financeiras.
Órgãos e Corpos Sociais Assembleia Geral
Presidente
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Lourinhã, C.R.L.
João António dos Santos
Vice-Presidente
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alentejo Central, C.R.L.
José Luís Tirapicos Nunes
Secretário
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e
Santarém, C.R.L.
Maria do Rosário Turégano Caetano Honório
Conselho Geral e de Supervisão
Presidente
José Luís Sereno Gomes Quaresma
Vogais
Américo Afonso Cardoso Loureiro
Ana Paula dos Santos Ferreira (Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras)
Jorge Nunes
Manuel António Chaveiro de Sousa Soares
Paulo Alexandre Varela Martins (Vogal da Comissão para as Matérias Financeiras)
Tiago João Pereira Cachulo da Trindade (Vogal da Comissão para as Matérias Financeiras)
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 9
Conselho de Administração Executivo
Presidente
António João Alberto Castanho
Vogais
Nelson Fernando Ferreira Maurício
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Comissão de Remunerações
Presidente
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e
Esposende, C.R.L.
Joaquim Maia Igreja
Vogais
Crédito Agrícola S.G.P.S., S.A.
Manuel Valentim Correia Stichaner Lacasta de Jesus
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Serras de Ansião, C.R.L.
Ilídio Baptista
Revisor Oficial de Contas
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, Lda.
Representada por Fernando Manuel Miguel Henriques
Código de Ética e de Conduta A CA Vida rege-se pelo Código de Ética e de Conduta do Grupo CA, que se destina a todos
os Colaboradores da Caixa Central, das Caixas Agrícolas e a integralidade das Empresas
Participadas.
Este Código é instituído sem prejuízo de todas as normas e disposições legais,
regulamentares e estatutárias que enquadram a governação das diversas sociedades do
Grupo e tem em vista, essencialmente, o estabelecimento dos valores e princípios éticos
e deontológicos fundamentais que regem a actividade do Grupo CA, bem como as
normas de conduta que devem ser observadas por todos os Colaboradores no exercício
das suas actividades e que visam consolidar a cultura de integridade, divulgar os valores
e princípios pelos quais o Grupo CA rege as suas actividades.
Este documento visa também aumentar a transparência da actuação do Grupo CA junto
das partes interessadas, contribuir para a consolidação de uma cultura de conformidade
legal e regulamentar, rigor e competência, tendo como objectivo alcançar a excelência
e a eficiência económica, financeira, social e ambiental, pela adopção das melhores
práticas sectoriais, financeiras e de prestação de serviços.
O Grupo CA norteia as suas actividades e condutas pelos valores da Confiança, da
Proximidade, da Solidez, da Autonomia e do Contributo para o desenvolvimento Sócio-
Económico; e rege a sua actividade pelos princípios do Cooperativismo, da Solidariedade,
da Conduta Ética, da Sustentabilidade, da Igualdade de Oportunidade e de Não
Discriminação, da Transparência na Informação, da Conformidade Legal, Regulamentar
e das Normas de Conduta e da Prudência na Gestão de Riscos.
O Código de Ética e de Conduta representa o compromisso do Grupo CA e dos seus
Colaboradores com a ética e a integridade, vinculando os mesmos aos padrões de
conduta que nele constam e encontra-se publicado no sítio de internet do Grupo CA.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 10
Política de Remunerações Os membros do Conselho de Administração Executivo devem desempenhar as suas
funções de forma diligente e criteriosa, no interesse da CA Vida, tendo em conta a sua
actividade e os interesses dos seus Accionistas e Colaboradores, sendo para isso
importante que sejam estabelecidos parâmetros de remuneração adequados que
motivem o elevado desempenho individual e colectivo e que permitam estabelecer, e
serem atingidas, elevadas metas de crescimento da sociedade, com bons resultados
para os seus Accionistas no quadro de uma cuidada gestão de risco, atentos aos
diferentes interesses que a Seguradora deve respeitar.
A remuneração dos membros do Conselho de Administração Executivo, fixada pelo
Conselho Geral e de Supervisão, deve consistir na atribuição de um valor fixo mensal,
pago catorze vezes por ano e actualizável, anualmente, nos mesmos termos e
percentagens em que o forem os salários dos trabalhadores da CA Vida.
A componente fixa mensal deve visar, fundamentalmente, a remuneração do esforço
desenvolvido ao longo de cada exercício do respectivo mandato, devendo ter em linha de
conta, designadamente, a relevância das áreas de gestão executiva de cada um dos
membros, a sua experiência curricular e o nível de remunerações praticado noutras
empresas congéneres.
É entendido não atribuir qualquer remuneração variável aos membros do Conselho de
Administração Executivo, sem prejuízo de, anualmente, poder ser atribuído pelo
Conselho Geral e de Supervisão, de acordo com a avaliação de desempenho global do
Conselho de Administração Executivo, um montante único, pago a título de prémio pelo
desempenho, devendo ter-se, nomeadamente, em conta, para além dos principais
indicadores financeiros e de ser considerada a sustentabilidade dos mesmos, o seu
contributo para os resultados obtidos, o trabalho desenvolvido durante o exercício e os
critérios aplicados em cada ano na atribuição dos prémios aos restantes quadros da
sociedade, devendo, no entender da Comissão de Remunerações, ser pago aquando do
pagamento dos prémios aos restantes quadros, se tal se vier a verificar.
Em qualquer dos casos, deverá caber ao Conselho Geral e de Supervisão a definição do
peso específico e de ponderação relativa de cada um dos critérios acima enunciados que,
só no plano da sua consideração deve esta comissão ter por vinculativos.
Tendo em atenção a natureza e a estrutura do Grupo Crédito Agrícola, de que a CA Vida
faz parte, não existe qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de
aquisição de acções aos membros do Conselho de Administração Executivo.
Relativamente às remunerações dos membros do Conselho Geral e de Supervisão, tendo
em conta a natureza da composição desse órgão social (composto por pessoas indicadas
pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo eleitas em Assembleia Geral para esse órgão), os
pela participação que têm nas reuniões em que participam, cujo valor tem
essencialmente em linha de conta os custos e as despesas com as deslocações e com as
participações nas respectivas reuniões.
No que respeita à Sociedade Revisora Oficial de Contas da CA Vida, a sua remuneração é
feita por via de um contrato de prestação de serviços de revisão de contas, estando a sua
remuneração em linha com as práticas do mercado.
A política de remuneração dos Colaboradores da Companhia é definida pelo Conselho de
Administração Executivo.
A remuneração é composta por uma componente fixa, adequada ao grau de
responsabilidade da função e às competências inerentes à mesma. À semelhança do
Conselho de Administração Executivo, é entendido não atribuir qualquer remuneração
variável, sem prejuízo de, anualmente, poder ser atribuído pelo Conselho de
Administração Executivo, de acordo com a avaliação de desempenho individual e do
desempenho económico-financeiro da Companhia, um montante único, pago a título de
prémio.
No caso particular dos Colaboradores que exercem a sua actividade profissional no
âmbito de funções-chave, ou seja, funções estabelecidas no âmbito dos sistemas de
gestão de riscos, compliance, auditoria interna e função actuarial, ou que exercem uma
actividade com impacto material no perfil de risco da Companhia, a política de
remuneração definida é idêntica à da generalidade dos Colaboradores da sociedade.
Recomendações no âmbito da política de Remunerações por parte do Órgão de Supervisão Apresenta-se a avaliação da CA Vida relativa às orientações da Circular 6/2010 de 1 de
Abril, do Instituto de Seguros de Portugal, actual Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões (ASF).
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 11
Recomendações Grau de cumprimento Observações
I. Princípios Gerais
I.1. As instituições devem adoptar uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz que evite uma excessiva exposição ao
risco, que evite potenciais conflitos de interesses e que seja coerente com os objectivos, valores e interesses a longo prazo da instituição, designadamente com
as perspectivas de crescimento e rendibilidade sustentáveis e a protecção dos interesses dos tomadores de seguros, segurados, participantes, beneficiários e
contribuintes.
Adoptada
I.2. A política de remuneração deve ser adequada à dimensão, natureza e complexidade da actividade desenvolvida ou a desenvolver pela instituição e, em
especial, no que se refere aos riscos assumidos ou a assumir. Adoptada
I.3. As instituições devem adoptar uma estrutura clara, transparente e adequada relativamente à definição, implementação e monitorização da política de
remuneração, que identifique, de forma objectiva, os Colaboradores envolvidos em cada processo, bem como as respectivas responsabilidades e competências. Adoptada
II. Aprovação da política de remuneração
II.1. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, no que se refere à remuneração dos membros dos órgãos de administração e
de fiscalização, a política de remuneração deve ser aprovada por uma comissão de remuneração ou, no caso de a sua existência não ser exequível ou apropriada
face à dimensão, natureza e complexidade da instituição em causa, pela assembleia-geral ou pelo conselho geral e de supervisão, consoante aplicável.
Adoptada
II.2. No que se refere à remuneração dos restantes Colaboradores abrangidos pela Circular, a política de remuneração deve ser aprovada pelo órgão de
administração. Adoptada
II.3. Na definição da política de remuneração devem participar pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que
integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções-chave e, sempre que necessário, de recursos humanos, assim como peritos externos, de forma a
evitar conflitos de interesses e a permitir a formação de um juízo de valor independente sobre a adequação da política de remuneração, incluindo os seus efeitos
sobre a gestão de riscos e de capital da instituição.
Adoptada
II.4. A política de remuneração deve ser transparente e acessível a todos os Colaboradores da instituição. A política de remuneração deve ainda ser objecto de
revisão periódica e estar formalizada em documentos autónomos, devidamente actualizados, com indicação da data das alterações introduzidas e respectiva
justificação, devendo ser mantido um arquivo das versões anteriores.
Adoptada
II.5. O processo de avaliação, incluindo os critérios utilizados para determinar a remuneração variável, deve ser comunicado aos Colaboradores, previamente ao
período de tempo abrangido pelo processo de avaliação. Não aplicável
III. Comissão de remuneração
III.1. A comissão de remuneração, caso exista, deve efectuar uma revisão, com uma periodicidade mínima anual, da política de remuneração da instituição e da
sua implementação, em particular no que se refere à remuneração dos membros executivos do órgão de administração, incluindo a respectiva remuneração com
base em acções ou opções, de forma a permitir a formulação de um juízo de valor fundamentado e independente sobre a adequação da política de remuneração,
à luz das recomendações da presente Circular, em especial sobre o respectivo efeito na gestão de riscos e de capital da instituição.
Adoptada
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 12
III. Comissão de remuneração (continuação)
III.2. Os membros da comissão de remuneração devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração e cumprir com requisitos de
idoneidade e qualificação profissional adequados ao exercício das suas funções, em particular possuir conhecimentos e/ou experiência profissional em matéria
de política de remuneração.
Adoptada
III.3. No caso de a comissão de remuneração recorrer, no exercício das suas funções, à prestação de serviços externos em matéria de remunerações, não deve
contratar pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos três anos anteriores, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de
administração, ao próprio órgão de administração ou que tenha relação actual com consultora da instituição, sendo esta recomendação igualmente aplicável a
qualquer pessoa singular ou colectiva que com aqueles se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.
Não aplicável
III.4. A comissão de remuneração deve informar anualmente os Accionistas sobre o exercício das suas funções e deve estar presente nas assembleias-gerais em
que a política de remuneração conste da ordem de trabalhos. Adoptada
III.5. A comissão de remuneração deve reunir-se com uma periodicidade mínima anual, devendo elaborar actas de todas as reuniões que realize. Adoptada
IV. Remuneração dos membros do órgão de administração - Membros executivos
IV.1. A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável, cuja determinação dependa de uma avaliação
do desempenho, realizada pelos órgãos competentes da instituição, de acordo com critérios mensuráveis predeterminados, incluindo critérios não financeiros,
que considere, para além do desempenho individual, o real crescimento da instituição e a riqueza efectivamente criada para os Accionistas, a protecção dos
interesses dos tomadores de seguros, segurados, participantes, beneficiários e contribuintes, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscos assumidos, bem
como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da instituição.
Não adoptada
IV.2. As componentes fixas e variável da remuneração total devem estar adequadamente equilibradas. A componente fixa deve representar uma proporção
suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível sobre a componente variável da remuneração,
incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente variável da remuneração. A componente variável deve estar sujeita a um limite máximo.
Não aplicável
IV.3. Uma parte substancial da componente variável da remuneração deve ser paga em instrumentos financeiros emitidos pela instituição e cuja valorização
dependa do desempenho de médio e longo prazos da instituição. Esses instrumentos financeiros devem estar sujeitos a uma política de retenção adequada
destinada a alinhar os incentivos pelos interesses a longo prazo da instituição e ser, quando não cotados em bolsa, avaliados, para o efeito, pelo seu justo valor.
Não aplicável
IV.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos e o seu pagamento deve ficar dependente da
continuação do desempenho positivo da instituição ao longo desse período. Não aplicável
IV.5. A parte da componente variável sujeita a diferimento deve ser determinada em função crescente do seu peso relativo face à componente fixa da
remuneração. Não aplicável
IV.6. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a instituição, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco
inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela instituição.
Não aplicável
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 13
IV. Remuneração dos membros do órgão de administração - Membros executivos (continuação)
IV.7. Até ao termo do seu mandato, devem os membros executivos do órgão de administração manter as acções da instituição a que tenham acedido por força de
esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas com
vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas acções.
Não aplicável
IV.8. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Não aplicável
IV.9. Após o exercício referido no ponto anterior, os membros executivos do órgão de administração devem conservar um certo número de acções, até ao fim do
seu mandato, sujeito à necessidade de financiar quaisquer custos relacionados com a aquisição de acções, sendo que o número de acções a conservar deve ser
fixado.
Não aplicável
IV. Remuneração dos membros do órgão de administração - Membros não executivos
IV.10. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do
valor da instituição. Não aplicável
Todos os membros em função
são executivos.
IV. Remuneração dos membros do órgão de administração - Indemnização em caso de destituição
IV.11. Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa
de um membro do órgão de administração não seja paga se a destituição ou cessação por acordo resultar de um inadequado desempenho do membro do órgão
de administração.
Não adoptada
V. Remuneração dos Colaboradores - Relação entre a remuneração fixa e a remuneração variável
V.1. Se a remuneração dos Colaboradores da instituição incluir uma componente variável, esta deve ser adequadamente equilibrada face à componente fixa da
remuneração, atendendo, designadamente, ao desempenho, às responsabilidades e às funções de cada Colaborador, bem como à actividade exercida pela
instituição. A componente fixa deve representar uma proporção suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política
plenamente flexível sobre a componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente variável da
remuneração. A componente variável deve estar sujeita a um limite máximo.
Não aplicável
V.2. Uma parte substancial da componente variável da remuneração deve ser paga em instrumentos financeiros emitidos pela instituição e cuja valorização
dependa do desempenho de médio e longo prazos da instituição. Esses instrumentos financeiros devem estar sujeitos a uma política de retenção adequada
destinada a alinhar os incentivos pelos interesses a longo prazo da instituição e ser, quando não cotados em bolsa, avaliados, para o efeito, pelo seu justo valor.
Não aplicável
V. Remuneração dos Colaboradores - Critérios de atribuição da remuneração variável
V.3. A avaliação de desempenho deve atender não apenas ao desempenho individual mas também ao desempenho colectivo da unidade de estrutura onde o
Colaborador se integra e da própria instituição, devendo incluir critérios não financeiros relevantes, como o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à
actividade desenvolvida, designadamente as regras de controlo interno e as relativas às relações com tomadores de seguros, segurados, participantes,
beneficiários e contribuintes, de modo a promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.
Adoptada
V.4. Os critérios de atribuição da remuneração variável em função do desempenho devem ser predeterminados e mensuráveis, devendo ter por referência um
quadro plurianual, de três a cinco anos, a fim de assegurar que o processo de avaliação se baseia num desempenho de longo prazo.
Não aplicável
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 14
V. Remuneração dos Colaboradores - Critérios de atribuição da remuneração variável (continuação)
V.5. A remuneração variável, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve ser paga ou constituir um direito adquirido se for sustentável à luz da situação
financeira da instituição no seu todo e se se justificar à luz do desempenho do Colaborador em causa e da unidade de estrutura onde este se integra. O total da
remuneração variável deve, de um modo geral, ser fortemente reduzido em caso de regressão do desempenho ou desempenho negativo da instituição.
Não aplicável
V. Remuneração dos Colaboradores - Diferimento da remuneração variável
V.6. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos e o seu pagamento deve ficar dependente de
critérios de desempenho futuro, medidos com base em critérios ajustados ao risco, que atendam aos riscos associados à actividade da qual resulta a sua
atribuição.
Não aplicável
V.7. A parte da remuneração variável sujeita a diferimento nos termos do número anterior deve ser determinada em função crescente do seu peso relativo face
à componente fixa da remuneração, devendo a percentagem diferida aumentar significativamente em função do nível hierárquico ou responsabilidade do
Colaborador.
Não aplicável
V. Remuneração dos Colaboradores - Remuneração dos Colaboradores que exerçam funções chave
V.8. Os Colaboradores envolvidos na realização das tarefas associadas às funções-chave devem ser remunerados em função da prossecução dos objectivos
associados às respectivas funções, independentemente do desempenho das áreas sob o seu controlo, devendo a remuneração proporcionar uma recompensa
adequada à relevância do exercício das suas funções.
Adoptada
V.9. Em particular, a função actuarial e o actuário responsável devem ser remunerados de forma consentânea com o seu papel na instituição e não em relação
ao desempenho desta.
Adoptada
VI. Avaliação da política de remuneração
VI.1. A política de remuneração deve ser submetida a uma avaliação interna independente, com uma periodicidade mínima anual, executada pelas funções-chave
da instituição, em articulação entre si.
Não adoptada
VI.2. A avaliação prevista no número anterior deve incluir, designadamente, uma análise da política de remuneração da instituição e da sua implementação, à luz
das recomendações da presente Circular, em especial sobre o respectivo efeito na gestão de riscos e de capital da instituição.
Não adoptada
VI.3. As funções-chave devem apresentar ao órgão de administração e à assembleia-geral ou, caso exista, à comissão de remuneração, um relatório com os
resultados da análise a que se refere o número VI.1., que, designadamente, identifique as medidas necessárias para corrigir eventuais insuficiências à luz das
presentes recomendações.
Não adoptada
Gestão de Riscos e Controlo Interno O contínuo robustecimento dos sistemas de Gestão de Riscos e Controlo Interno da
CA Vida, alcançado através da estreita colaboração entre as suas diversas áreas
funcionais e a Gestão de Riscos, o Compliance e a Auditoria Interna assegura a eficiência
e a eficácia necessárias nos diversos processos de negócio, permitindo assim cumprir a
estratégia definida, assegurando também a solidez financeira da Companhia e o
cumprimento dos requisitos legais exigidos e dos normativos internos.
SEPARADOR 3. ACTIVIDADE DA CA VIDA
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 16
ACTIVIDADE DA CA VIDA
1. ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE
1.1. Cenário Macroeconómico
Economia Internacional O ano de 2018 revelou ser um ano desafiante, marcado por guerras comerciais iniciadas
pelos Estados Unidos da América (EUA) contra vários dos seus parceiros económicos
mais relevantes (China, Europa, Canadá e México), incertezas relativamente ao ritmo de
crescimento da China, instabilidade política na Europa, prossecução da normalização da
política monetária por parte da Reserva Federal Americana (FED) e a continuação do
ambiente de incerteza em torno do processo do Brexit. Após dois anos de crescimentos
económicos robustos, o Banco Mundial estima que o crescimento global tenha
permanecido nos 3% em 2018, sem alteração face a 2017.
A fricção entre os EUA e a China, colocando obstáculos ao regular funcionamento das
cadeias de fornecimento globais, aumentou a incerteza quanto à evolução do comércio
internacional e afectou particularmente a economia global em 2018. O final do ano
trouxe alguma esperança, na sequência da reunião do G-20, com os líderes dos EUA e da
China a indicarem que haveria um acordo em vista.
É esperado que o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano
tenha acelerado, devendo ter crescido, em 2018, cerca de 2,9%. A inflação permaneceu
consistentemente em níveis próximos 2,0% e fechou o ano a 1,9%. No entanto, noutras
zonas económicas, o crescimento económico desacelerou e o crescimento global
tornou-se menos sincronizado.
Na Zona Euro, o abrandamento económico foi transversal. O Banco Central Europeu
(BCE) permaneceu cautelosamente optimista e anunciou o fim do programa de compra
de activos, tendo mantido ao longo do ano as suas taxas inalteradas, dando sinais de que
o início de uma hipotética subida das taxas de juro não ocorreria antes do final do Verão
de 2019.
Em termos políticos, o governo italiano de coligação esteve em constante confronto com
a União Europeia (UE), quer devido ao aumento da despesa previsto no programa de
governo, quer pela quantificação dos seus efeitos no aumento do crescimento
económico. Não obstante este facto e após um processo negocial que implicou a rejeição
da versão inicial do orçamento por parte da Comissão Europeia no final do ano, a UE e
Itália chegaram a acordo. O governo italiano acordou em baixar para 2,04% do PIB o valor
do défice orçamental, número que compara com a meta original de 2,4%.
Ainda na Europa, a situação política e económica deteriorou-se também em França. No
subidas dos impostos, bloquearam estradas e interromperam a actividade económica
corrente, prejudicando significativamente o crescimento. Num esforço para acalmar a
situação, foram canceladas várias iniciativas de reformas da economia e anunciou-se o
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 17
aumento do salário mínimo para o ano seguinte, situação que sugere que o Presidente
francês não irá conseguir continuar com os seus planos reformistas.
Na Alemanha, Angela Merkel, informou que não irá recandidatar-se nas próximas
eleições. A CDU elegeu uma aliada de Merkel para líder do partido, reduzindo a
probabilidade de a Chanceler sair antes do final do actual mandato ou encontrar
resistências às suas políticas.
No Reino Unido, o processo do Brexit permaneceu, ao longo de todo o ano de 2018,
marcado por um elevado grau de incerteza, evidenciando as dificuldades demonstradas
pelo governo britânico na sua gestão. A negociação com a UE foi sendo marcada por
avanços e recuos, chegando-se a um acordo de saída em Novembro. Acordo este,
rejeitado por larga maioria em votação realizada já em Janeiro de 2019. As dificuldades
negociais com a UE reflectem em grande medida as divisões internas vividas no Reino
Unido. Os principais pontos de discórdia têm sido a definição da fronteira da Irlanda do
Norte, a sujeição à legislação europeia (Tribunal Europeu de Justiça), a contrapartida
monetária pela saída e a capacidade de negociação de acordos de comércio livre sem
interferência da UE.
O contexto político-económico na Zona Euro foi particularmente afectado por países
como a Itália, França, Alemanha e Reino Unido. Deste modo, prevê-se que a Zona Euro
tenha crescido 1,9%, uma queda face aos 2,4% de 2017. A taxa de desemprego manteve
ainda a tendência de descida, caindo para os 8,2%. A inflação permanece abaixo da meta
de 2% do BCE e fechou o ano nos 1,7%.
Na China, a economia deverá ter registado uma taxa de crescimento de 6,5% em 2018, o
ritmo mais baixo desde 1990. A China enfrenta níveis de endividamento altos,
desaceleração na construção, uma demografia pobre e ainda a já referida guerra
comercial com os EUA. Estão previstos novos estímulos mas é pouco provável que estes
sejam tão significativos e eficazes como outros realizados no passado. No entanto,
deverão ser suficientes para manter o crescimento perto dos 6% em 2019.
Economia Portuguesa Portugal sofreu um abrandamento em termos homólogos no primeiro semestre de 2018
devido à redução do ritmo de crescimento das exportações e da formação bruta de
capital fixo. Esta tendência deverá verificar-se também no segundo semestre. Segundo
o Instituto Nacional de Estatística, no terceiro trimestre de 2018, o PIB português tinha
subido 2,1% em termos homólogos, representando um abrandamento da actividade face
ao trimestre anterior. No conjunto do ano é estimado que Portugal tenha crescido 2,1%,
valor abaixo dos 2,8% verificado em 2017.
É esperado que o crescimento da economia portuguesa continue a ser, nos próximos
anos, uma realidade embora a um ritmo inferior ao registado nos últimos dois anos,
situando-se a níveis inferiores aos 2%. Este crescimento será suportado pelo aumento do
consumo privado e público e por um enquadramento externo favorável, visto que os
principais parceiros comerciais se encontram também com ciclos de crescimento
económico. O contributo da procura interna para o crescimento do PIB é também
justificado pela recuperação de diversos indicadores, como a taxa de desemprego, que
caiu 1,9 p.p. durante o ano de 2018, e o aumento do rendimento disponível das famílias.
Fonte: Banco de Portugal.
A desaceleração das exportações na primeira metade do ano foi comum à Zona Euro,
num contexto de abrandamento económico global e de tensões comerciais associadas a
políticas proteccionistas. No segundo semestre é expectável que tenham voltado a
desacelerar.
Não obstante a desaceleração do crescimento, assistiu-se a um aumento da taxa de
emprego, motivado pela evolução registada no sector privado. A taxa de desemprego
estabilizou em Setembro, Outubro e Novembro em 6,6%, ficando abaixo da média dos
países da UE durante 3 meses consecutivos.
A taxa de inflação permaneceu baixa em Portugal, tendo em Dezembro, ficado nos 0,7%,
seguindo a tendência de abrandamento da Zona Euro. Já a inflação subjacente terminou
o ano a 0,6%.
Em termos de contas públicas, o saldo orçamental global fixou-se em 1.111,2 milhões de
euros nos primeiros três trimestres de 2018, representando 0,7% do PIB, que compara
com o valor de -3,2% em igual período do ano anterior. No Programa de Estabilidade, o
governo prevê um défice de 0,7% para final de 2018, valor que não deverá ser
ultrapassado.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 18
1.2. Mercado de Seguros em Portugal
Mercado Vida e Não Vida 2018 caracterizou-se pela continuidade da evolução que se tem registado nos últimos
anos, com a produção total de seguro directo no mercado português a ascender a um
montante próximo de 13 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 11,8%
face ao ano anterior. As conjunturas económica e financeira permitiram que o rácio
entre prémios e PIB evoluísse também positivamente, tendo atingido o valor de 6,5%, em
2018, mais 0,53 p.p. que em 2017.
Esta evolução foi muito marcada pelo segmento Vida. Efectivamente, em 2018, a
produção deste segmento aumentou 14,5% em relação a 2017, passando de 7,1 para
8,1 mil milhões de euros, representando agora 62,7% do total da produção do sector
(mais 1,5 p.p. do que em 2017).
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
De entre as modalidades Vida destacam-se, uma vez mais, os Planos de Poupança
Reforma (PPR) cujas contribuições atingiram um total de 3,5 mil milhões de euros, mais
55,5% que em 2017. Este é o valor mais alto de sempre nesta modalidade, sendo que
desde 2010 não se observava uma produção de PPR acima dos 3 mil milhões euros,
evidência de que estes produtos continuam a obter a confiança dos aforradores
portugueses.
Em contraste, as restantes modalidades de Vida não acompanharam esta tendência,
tendo mesmo os seguros Não Ligados a Fundos de Investimentos conhecido um
decréscimo de 28,3% (513 milhões de euros) de 2017 para 2018.
O segmento Não Vida em Portugal também cresceu a um ritmo superior ao do ano
transacto (uma variação positiva de 7,5%, contra 6,9%, em 2017) com a produção de
seguro directo a atingir o valor de 4,8 mil milhões de euros.
-14,1%
6,5%
11,8%
-23,0%
6,2%
14,5%
5,1%
6,9%
7,5%
2016 2017 2018
Taxa de Crescimento Nominal
Total Vida Não Vida
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 19
O mercado Segurador em Portugal continuou a registar uma forte concentração
relativamente ao volume de produção dos principais players. No caso específico do Ramo
Vida, assistiu-se a uma maior concentração nas cinco maiores Seguradoras, passando
estas a representar 79,2% deste Ramo comparativamente com 78,1% do ano anterior.
Também no escalão seguinte, das 6 a 10 maiores Seguradoras, se registou um
incremento de 12,8% em 2017 para 13,3% em 2018. Estas subidas foram compensadas por
decréscimos nos restantes níveis de concentração. O Ramo Não Vida não registou
grandes alterações, com as cinco maiores Seguradoras a decrescerem de 64% em 2017
para 63,7% em 2018.
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
79,2%
13,3%
4,1
%
3,4
%
5 Maiores 6-10 Maiores 11-15 Maiores Restantes
U: Milhares de euros
Prémios e Entregas Variação Anual Estrutura
Ramos 2018 2017 2016 2018/2017 2017/2016 2018 2017 2016
Vida 8.115.215 7.089.677 6.676.361 14,5% 6,2% 62,7% 61,2% 61,4%
Vida Não Ligados 6.347.146 4.901.590 4.990.443 29,5% -1,8% 49,0% 42,3% 45,9%
Excluindo PPR, PPE, PPR/E 3.334.049 3.036.687 3.419.654 9,8% -11,2% 25,8% 26,2% 31,4%
PPR, PPE, PPR/E 3.013.097 1.854.903 1.570.789 61,6% 18,7% 23,3% 16,1% 14,4%
Vida Ligados a Fundos de Investimento 1.767.288 2.186.772 1.685.916 -19,2% 29,7% 13,3% 18,9% 15,5%
Excluindo PPR, PPE, PPR/E 1.301.681 1.814.331 1.540.169 -28,3% 17,8% 10,1% 15,7% 14,2%
PPR, PPE, PPR/E 465.608 372.441 145.747 25% 155,5% 3,6% 3,2% 1,3%
Operações de Capitalização 780 1.314 2 -40,7% 64.108,7% 0,0% 0,0% 0,0%
Não ligadas a Fundos de Investimento 780 1.314 2 -40,7% 64.108,7% 0,0% 0,0% 0,0%
Não Vida 4.826.992 4.490.127 4.199.767 7,5% 6,9% 37,3% 38,8% 38,6%
Acidentes e Doença 1.789.387 1.634.153 1.472.112 9,5% 10,3% 13,8% 14,1% 13,6%
Incêndio e Outros Danos 848.002 802.076 778.633 5,7% 3,0% 6,6% 6,9% 7,2%
Automóvel 1.719.287 1.610.170 1.527.750 6,8% 5,4% 13,3% 13,9% 14,0%
Marítimo e Transportes 25.347 25.596 24.633 -1,0% 3,9% 0,2% 0,2% 0,2%
Aéreo 7.195 7.045 6.215 2,1% 13,4% 0,1% 0,1% 0,1%
Mercadorias Transportadas 20.807 21.269 21.558 -2,2% -1,3% 0,2% 0,2% 0,2%
Responsabilidade Civil Geral 131.366 126.588 116.284 3,8% 8,9% 1,0% 1,1% 1,1%
Diversos 285.601 263.231 242.581 8,5% 8,5% 2,2% 2,3% 2,2%
Total 12.942.206 11.579.804 10.876.128 11,8% 6,5% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
63,7%
21,3%
7,7%
7,3%
NÃO VIDA
VIDA
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 20
No ano de 2018, o rácio de penetração da actividade seguradora na actividade económica
continuou a subir, passando de 6,01% em 2017 para 6,54% em 2018. O Ramo Vida
contribuiu com 0,42 p.p. para este valor, registando uma evolução do seu peso na
economia de 3,68% em 2017 para 4,10% em 2018. Por conseguinte, o prémio de seguro
directo per capita afecto ao Ramo Vida incrementou de 690 euros em 2017, para 791
euros em 2018.
Quanto ao Ramo Não Vida, o peso deste tipo de seguros na economia tem-se mantido
relativamente estável, verificando-se uma ligeira tendência de crescimento ao longo dos
últimos anos. Assim, este indicador passou de 2,33% em 2017 para 2,44% em 2018. A
acompanhar a evolução deste Ramo, o prémio de seguro directo per capita registou um
crescimento, de 437 euros em 2017, para 471 euros em 2018.
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores. O valor de 2018 foi calculado com base em estimativas do Banco de Portugal
para a variação real do PIB e para a taxa de inflação.
Estrutura de Mercado O Ramo Vida continuou a condicionar fortemente a estrutura da produção registada no
Sector Segurador. Efectivamente, os valores verificados neste Ramo, que em 2018
registaram novamente um acréscimo de produção, permitiram que a estrutura do sector
se mantivesse estável face a 2017, tendo-se registado uma variação de 1,5 p.p., a favor do
Ramo Vida.
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
5,89% 6,01%6,54%
3,61% 3,68%4,10%
2,27% 2,33% 2,44%
2016 2017 2018 (e)
Peso dos Seguros na Economia(Produção/PIB)
Total Vida Não Vida
63%
37%
Vida Não Vida
ESTRUTURADE MERCADO
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 21
Caracterização do Ramo Vida A produção do Ramo Vida foi fortemente influenciada pelo crescimento verificado nos
que, com uma variação de 55,5% face ao ano anterior,
regista um peso na estrutura de 42,9%, o valor mais expressivo e com maior crescimento
relativamente a 2017: 11,3p.p..
Os Não Ligados (não PPR) registaram também uma variação positiva de
9,8% relativamente ao ano anterior. Não obstante este aumento, o peso destes produtos
na estrutura do Ramo Vida decresceu 1,7 p.p., situando-se ao fecho de ano em 41,1%.
Produção do Ramo Vida
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
(não PPR) , contrariamente ao ano
anterior em que subiu cerca de 18%, registou no ano de 2018 um decréscimo de 28,3% na
produção, a qual se traduziu numa quebra de 9,6 p.p do seu peso na estrutura, situando-
se, em 2018, o peso destes produtos em 16% da produção realizada no Ramo Vida.
marginal
do negócio Vida, mantendo-se a sua expressão próxima de 0%.
Estrutura do Ramo Vida
Fonte: Associação Portuguesa de Seguradores.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 22
2. ANÁLISE DE GESTÃO
Comentários Gerais Com a necessária proximidade, a CA Vida acompanha a evolução do mercado que tem
compreendido várias alterações, quer de âmbito regulamentar quer legislativo, com
impacto na sua actividade e na do Grupo Crédito Agrícola. Assim, e respondendo às
sugestões partilhadas com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, a Companhia
implementou e ajustou as suas soluções, tornando o processo de comercialização mais
célere e ajustado ao dinamismo dos dias de hoje.
A estreita ligação entre a CA Vida e as Caixas Agrícolas e entidades do Grupo CA é um
factor crítico de sucesso, pelo que se continuou a promover o debate de assuntos
objectivos e transversais à actividade de seguros de vida. Destas interacções resultam
novas dinâmicas, novos processos e novas soluções que contribuem para a diferenciação
desejada.
Em 2018, os mercados financeiros não apresentaram condições para que a CA Vida
pudesse, novamente, comercializar produtos de capitalização. Não obstante, de forma
consolidada a dinâmica comercial que o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver
com a CA Vida traduziu-se num crescimento na produção de prémios de risco puro de
10,6%, superando largamente os cerca de 1% registados no mercado Segurador Vida.
Os desempenhos comerciais do Grupo CA na actividade de seguros de vida têm permitido
o importante retorno financeiro e da vertente de negócio que esta actividade liberta.
Realça-se ainda o volume de gestão de activos financeiros geridos no seio do Grupo CA,
cujo volume de carteira se cifrou em cerca de 1,4 mil milhões de euros.
Ao nível regulamentar, destacou-se o Regulamento Geral de Protecção de Dados, que
entrou em vigor no passado dia 25 de Maio de 2018 e veio estabelecer novas regras
relativas à protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados
pessoais e à livre circulação desses dados. Neste âmbito, o Grupo Crédito Agrícola e, por
conseguinte, a CA Vida, enquanto responsável pelo tratamento dos dados pessoais dos
seus clientes, procedeu à criação de novos procedimentos e adequação de outros já
existentes para fazer face à exigência imposta na regulamentação. De destacar a
realização de acções de sensibilização, com o objectivo de promover o sentido crítico
relativamente a esta matéria, bem como as acções de formação levada a cabo sobre esta
temática.
Apesar da entrada em vigor do novo Regime Jurídico de Distribuição de Seguros ter sido
sucessivamente adiada, a CA Vida acompanhou activamente a discussão no sector em
torno do processo legislativo e trabalhou no sentido de antecipar o máximo possível os
impactos para si e para a rede de Caixas Agrícolas que distribuem os seus produtos, com
o objectivo de concretizar a necessária adequação ao novo regime.
Em ambos os casos, tratando-se de temas transversais ao Grupo Crédito Agrícola, a
adequação regulamentar foi efectuada em estreita articulação com a Caixa Central de
Crédito Agrícola Mútuo e as demais entidades relevantes do Grupo Crédito Agrícola.
No ano de 2018 e de acordo com a tendência evolutiva dos sistemas informáticos, a
CA Vida apostou na digitalização, adaptando diversas funcionalidades a novos formatos
e a novas tecnologias, proporcionando assim uma experiência cada vez mais digital.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 23
Produtos Assente numa estratégia centrada em melhorar a experiência e em criar valor ao cliente
através de um serviço de maior qualidade, a CA Vida desenvolveu em 2018 um projecto
de renovação da sua oferta.
Uma renovação com soluções comercialmente mais simples, assente conceptualmente
simple to sell, simple to buy mais flexíveis na contratação e com uma
melhor relação qualidade/preço, para que toda a estrutura comercial do Grupo potencie
a utilização dos Seguros de Vida como um instrumento de fidelização dos clientes.
Consciente da importância de crescimento do segmento empresarial para o Grupo CA, a
CA Vida, promoveu também a reestruturação de todo o seu portfólio destinado a
Empresas e Empresários em Nome Individual, com uma oferta completa e abrangente
que visa garantir, não só a protecção do património empresarial e dos Colaboradores,
como das responsabilidades assumidas junto das Caixas Agrícolas.
A par com estas alterações, a CA Vida agilizou, uma vez mais, o processo de subscrição
dos seguros de vida, promovendo uma interacção com o cliente mais ligeira e mais
célere, correspondendo, assim, às exigências dos dias de hoje. Desta forma foram criadas
as condições para que a atractividade dos produtos de Risco fosse indutora da
concretização de negócios, tanto no segmento de particulares, como de empresas.
Decorrente da alteração regulamentar no âmbito dos PRIIPs Packaged Retail
Investment and Insurance based Products, a CA Vida promoveu a disponibilização aos
seus clientes do Documento Informação Fundamental (DIF) aplicável aos produtos de
capitalização a 1 de Janeiro de 2018, disponível tanto no front-end como no sítio do Grupo
Crédito Agrícola.
Actividade Comercial e de Marketing Sustentada e criteriosa, a estratégia de abordagem comercial do Grupo CA tem
correspondido ao sólido crescimento da actividade de cross-selling reforçando o seu
posicionamento no negócio de bancassurance.
De forma objectiva, a CA Vida procedeu ao suporte e dinamização das campanhas e das
acções comerciais previstas no plano de marketing do Grupo, procurando desde sempre,
potenciar as mesmas com condições diferenciadoras. O contributo destas iniciativas no
crescimento da actividade Seguradora Vida tem-se revelado muito positivo.
Em resultado da aplicação do modelo de definição de objectivos no Grupo CA, o
desempenho das 81 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) tanto em seguros de risco
como em fundos de pensões apresentou níveis de cumprimento consideráveis, com
75 CCAM a superarem o objectivo total, 71 CCAM a superarem o objectivo de Risco
e 76 CCAM a superarem o objectivo de Fundos de Pensões, representando 92%, 87% e
93% da estrutura comercial do Grupo, respectivamente. No que se refere ao sucesso das
656 Agências, este traduziu-se em 77%, 68% e 80% respectivamente.
O desempenho comercial das Caixas Agrícolas nas diferentes categorias de produtos
reflectiu-se no modelo de comissionamento disponibilizado pela Companhia, o que
resultou uma vez mais num importante contributo para os resultados do Grupo CA no
geral.
Por ocasião do vigésimo aniversário da CA Vida, foi desenvolvido um projecto de
rebranding da marca, com uma forte aposta na renovação da assinatura, a qual para
também o reforço da preocupação da Companhia com as pessoas, tendo como principal
Seguros para a vida.
Uma nova assinatura directa na resposta aos clientes, e que
reforça o negócio da Companhia: seguros do Ramo Vida.
Uma assinatura que envolve emocionalmente e com capacidade de se diferenciar face
aos restantes players do mercado, reforçando o novo posicionamento da CA Vida.
A transformação digital é um caminho de sentido único e obrigatório. Não parámos no
tempo . 2018 foi também o ano de evoluir na forma de estar e chegar aos Colaboradores,
utilizando a tecnologia como forma de tornar o negócio mais eficaz.
A porta de entrada para a CA Vida foi alvo de uma remodelação total. Para além de toda
a evolução da componente de software e de desenvolvimento tecnológico, houve uma
grande aposta na inovação aplicacional, na interactividade e interligação entre
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 24
conteúdos e aplicativo de venda, promovendo uma comunicação mais próxima das
Agências CA e melhorando a sua experiência no negócio vida.
O novo front-end da CA Vida coadjuvou com este processo de transformação, unificando
numa só plataforma a comercialização de seguros de vida e fundos de pensões, bem
como, inovando na facilidade de navegação, com a criação de novas funcionalidades e
simplificação ao nível operacional do processo de venda, tornando o dia-a-dia dos
Colaboradores CA mais simples e mais eficiente.
Este virar de página preconiza também um eixo de comunicação mais forte, mais directo
e simples, não só ao nível do conteúdo, mas também das imagens. Procedeu-se também
a uma revisão com impacto significativo nos diversos documentos e formulários da
Companhia.
A CA Vida e os Colaboradores do Grupo Crédito Agrícola têm
todos os motivos para sorrir. Tal como em 2017, a CA Vida foi
eleita Empresa Líder no Índice de Satisfação do Cliente no
European Consumer Satisfaction Index (ECSI) Portugal 2018.
A Seguradora Vida do Grupo mantém assim a liderança e os
clientes mostram-se ainda mais satisfeitos face ao estudo de
2017, passando o valor médio de satisfação de 7,93 em 2017,
para 8,04 em 2018, numa escala de 1 a 10. Uma valorização com impacto na performance
total da Companhia, com a CA Vida a classificar-se na maioria dos indicadores na 1ª
posição, o que permitiu elevar o Grupo Crédito Agrícola ao 1º Lugar do ranking na
avaliação global do Sector Segurador em 7 das 8 categorias analisadas.
Aliada à nova assinatura da CA Vida, Seguros para a Vida, foi desenvolvida uma
campanha de marketing sob o conceito s nossos seguros são para a Vida. A sua
satisfação também se afirma que para além de oferecer bons seguros que
acompanham o cliente ao longo da vida, não é menos importante garantir sempre a sua
satisfação.
O prémio foi comunicado através de uma campanha multimeios e nos canais internos do
Grupo. Uma forma simbólica de agradecer o reconhecimento dos clientes e a dedicação
diária de todos os Colaboradores do Grupo CA e da CA Vida.
Formação do Canal de Distribuição A CA Vida considera a formação um factor preponderante e relevante na preparação e
aperfeiçoamento da rede comercial para melhor esclarecimento dos seus clientes e
potenciais clientes. A atitude crítica da identificação das necessidades de formação por
parte da Companhia, bem como a auscultação dos Colaboradores do Grupo CA, permite
desenvolver soluções personalizadas que visam oferecer a resposta de formação mais
adequada.
Em parceria com a Direcção dos Recursos Humanos do Grupo, e no âmbito da
reestruturação dos produtos vida efectuada em 2018, a CA Vida realizou 55 acções de
formação, as quais envolveram 77 CCAM e 1.340 Colaboradores. Em paralelo, também a
plataforma de e-learning foi actualizada, estando disponível a cada um dos
Colaboradores, as informações mais relevantes do negócio vida.
Para responder a necessidades pontuais evidenciadas pelas Caixas Agrícolas, e também
em colaboração com a Direcção de Recursos Humanos do Grupo CA, a
CA Vida efectuou diversas acções de formação personalizadas e de âmbitos distintos.
Em 2018 foi dada continuidade à formação presencial interactiva nas instalações da
CA Vida. Assim, efectuaram-se novas formações OpenDay , uma abordagem diferente
de formação, em que a participação dos formandos é potenciada em todas as áreas da
Companhia. Grupos pequenos de participantes aliados a uma partilha de experiências
em posto de trabalho, continuaram a ser a receita de sucesso deste modelo de formação,
com 99% dos convidados a afirmar que gostariam de repetir a iniciativa.
Sistemas de Informação As exigências regulamentares aplicáveis à actividade de gestão e comercialização de
Seguros de Vida, em 2018, continuaram a representar um forte investimento por parte
da Companhia, tanto na componente tecnológica de suporte como em recursos afectos.
A infra-estrutura tecnológica de suporte ao negócio, tanto em hardware como software,
foi reforçada e actualizada para dar resposta às solicitações do mercado mais prementes
no negócio da CA Vida.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 25
A comunicação aos clientes, tem vindo a ser alvo de reestruturação ao longo dos anos,
tanto ao nível de imagem, como ao nível de funcionalidades informáticas. Estas
alterações têm vindo a traduzir-se em elevados padrões de serviço aos clientes, numa
aposta constante na inovação e em novos processos digitais.
O redesenho do novo front-end, assente em metodologia agile, para além da imagem,
sofreu uma reestruturação ao nível da infra-estrutura em que reside, e sobre o qual
funciona, proporcionando uma nova experiência de utilização aos Colaboradores das
Agências e também, por conseguinte, aos clientes.
A CA Vida participou ainda no projecto de Gestão de Continuidade de Negócio do
Grupo CA, ao analisar e acompanhar a respectiva evolução, contribuindo com inputs no
que ao negócio Vida diz respeito. Foi executado um simulacro de desastre tecnológico,
onde foi activado o PCN Plano de Continuidade de Negócio, tendo esta activação
garantido a continuidade da actividade.
A utilização regular e transversal pelas várias áreas da CA Vida da plataforma de
Informação de Gestão, reflectiu-se na melhoria dos indicadores disponíveis e na criação
de novos, permitindo aos seus utilizadores uma visão cada vez mais real e pormenorizada
do negócio.
A partilha de informação de gestão ao Grupo através de uma plataforma comum, foi
novamente alargada este ano, com vista a dar resposta aos novos projectos, quer do
Grupo, quer da CA Vida, destacando-se a utilização dos dados para a actividade comercial
e de dinamização do negócio.
O regulamento de Protecção de Dados, GDPR General Data Protection Regulation, foi
implementado na CA Vida, também ao nível de sistemas de informação, com a adopção
das medidas necessárias para a recolha e divulgação dos dados abrangidos por esta
norma.
Foi iniciada a definição de um BPM Business Process Management, para a gestão do
circuito definido para a criação, preenchimento e entrega dos vários reportes
regulamentares ou de outra natureza, procurando centralizar numa plataforma única
esta informação e minimizar o risco de verificação de cumprimento para com as
entidades regulatórias e fiscais.
No âmbito da IFRS17 International Financial Reporting Standard, a CA Vida deu
continuidade à análise do seu impacto, nomeadamente nas alterações que serão
necessárias, tanto ao sistema core, com a outros módulos em que esta norma irá
impactar. Foram também analisadas algumas das soluções disponíveis no mercado de
suporte à implementação deste novo regime.
Gestão de Riscos e Controlo Interno No decorrer de 2018, a CA Vida desenvolveu diversas acções no sentido de fortalecer o
seu ambiente de Controlo Interno e sistema de Gestão de Riscos.
Ao nível do ambiente de Controlo Interno, após a implementação de uma solução de
Gestão de Riscos e Compliance, deu-se continuidade à revisão da documentação dos
Processos, Riscos e Controlos associados aos processos de negócio da Companhia. A
revisão efectuada permitiu garantir a coerência da informação na solução
implementada e, desta forma, assegurar a eficácia e a eficiência do sistema de Controlo
Interno.
Na sequência desta implementação, procedeu-se à avaliação dos riscos operacionais a
que a Companhia se encontra exposta. Tendo presente a relevância desta temática no
processo de melhoria contínua da CA Vida e que o respectivo sucesso depende da
envolvência efectiva da globalidade da equipa da Companhia, as diversas áreas
funcionais foram incumbidas de efectuar a avaliação dos vários riscos associados aos
respectivos processos.
No âmbito da Gestão de Riscos, a Companhia procedeu à realização do exercício de auto-
avaliação do risco e da solvência. Este exercício visa aferir a robustez da Companhia,
designadamente em termos de fundos próprios e solvabilidade, no âmbito do plano de
negócios definido para um horizonte temporal de três anos. Os resultados obtidos
permitiram concluir que a estratégia definida possibilitará alcançar rácios de solvência
adequados ao desenvolvimento da actividade da seguradora.
No ano de 2018, a Companhia voltou a participar no exercício de Stress Test desenvolvido
pela entidade de supervisão a nível europeu, a European Insurance and Occupational
Pensions Authority, e adaptado para o mercado nacional pela Autoridade de Supervisão
de Seguros e Fundos de Pensões, tendo sido uma das seis seguradoras Portuguesas
elegíveis a contribuir para o estudo, dada a expressividade das suas provisões técnicas.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 26
Gestão de Activos
Evolução dos Mercados Em 2018, o crescimento económico global, ainda que evoluindo a um ritmo similar ao
registado em 2017, tornou-se menos uniforme e sincronizado à medida que a remoção de
estímulos monetários subida das taxas de juro nos EUA e finalização do programa de
Quantitative Easing (QE) na Zona Euro foi alterando o paradigma do suporte dos bancos
centrais que perdurara desde a crise financeira de 2008. Da mesma forma, a introdução
de medidas de cariz proteccionista, a escalada de uma guerra comercial polarizada nos
EUA e na China, e a agudização do risco político em diversas geografias foram
contribuindo para uma deterioração progressiva do sentimento dos diferentes agentes
económicos.
De acordo com o FMI, a economia global terá crescido 3,7% em 2018, menos do que
inicialmente projectado, resultado do abrandamento presenciado na Zona Euro e no
Japão. No bloco desenvolvido, a economia norte-americana terá registado um
crescimento de 2,9%, acima dos 2,2% verificados em 2017, a economia da Zona Euro terá
atingido os 2%, abaixo dos 2,4% registados no ano anterior, enquanto que o Reino Unido
desacelerou de 1,7% para 1,4% em antecipação à saída da União Europeia a 29 Março de
2019. Já no bloco emergente o crescimento seguiu estável nos 4,7%, com o
arrefecimento da economia da China (de 6,9% para 6,6%) a ser parcialmente
compensado pela recuperação presenciada na Rússia e no Brasil.
Nos EUA, a FED prosseguiu com a redução do grau acomodatício da sua política
monetária (tightening) elevando por quatro vezes a taxa de juro directora para um
intervalo entre 2,25% e 2,50%. Jerome Powell, que iniciou o cargo de presidente da FED
em Fevereiro de 2018, deu assim sequência ao processo de normalização dos juros tendo
em conta a robustez da actividade económica norte-americana e ao impulso
providenciado pelo plano de corte de impostos de Donald Trump aprovado em Dezembro
de 2017.
No actual contexto de abrandamento mais pronunciado da actividade económica a nível
global e de riscos vários ao crescimento (proteccionismo, escalada da guerra comercial,
incerteza política em vários pontos do globo, fase mais madura do ciclo de earnings,
prevê-se
Como já referido, na Zona Euro, finalizou-se o programa alargado de compra de activos
(QE) em Dezembro de 2018 mantendo-se, porém, o compromisso de prosseguir com o
reinvestimento dos mais de 2,6 mil biliões de euros adquiridos ao longo dos últimos três
anos e meio.
No que respeita à evolução de preços, a inflação, excluindo energia e alimentação, não
deu sinais de reaceleração na generalidade das geografias, excepção feita para os EUA
onde a taxa de inflação homóloga ultrapassou os 2% reflexo de uma subida progressiva
dos custos laborais e da manutenção da economia em território de pleno emprego (taxa
de desemprego abaixo dos 4%). Na Zona Euro, de forma inversa, a taxa de inflação core
flutuou em torno de 1%, bem distante do target estatutário do BCE (2%.)
No Japão, o PIB terá crescido 1,1% em 2018, valor inferior aos 1,7% registados no ano
anterior, condicionado pela evolução do consumo privado. Apesar do abrandamento
identificado na segunda metade do ano, o governo japonês deverá avançar em Outubro
de 2019 para um aumento do imposto sobre consumo, de forma a contrariar o
crescimento do endividamento público. O Banco do Japão, sem alterações de relevo no
ano, manteve o objectivo explícito de controlo da curva de rendimentos nas maturidades
até aos 10 anos com nível indicativo de 0% e a indicação de manutenção de taxas baixas
por um período alargado de tempo.
Em 2018, os activos de risco registaram o pior ano desde a crise financeira de 2008. Os
spreads de crédito alargaram para máximos de quase três anos enquanto que as acções
foram fortemente penalizadas, no caso dos mercados europeus e das praças emergentes
acumulando perdas de duplo dígito. Neste particular, os focos de maior volatilidade
estiveram associados aos períodos de final de Janeiro/Fevereiro e Outubro/Dezembro,
primeiramente motivados por receios quanto à valorização excessiva do sector
tecnológico norte-americano e numa segunda fase por uma expectativa crescente
quanto à deterioração do quadro macroeconómico global.
No mercado de dívida pública, a Zona Euro permaneceu relativamente imune ao ciclo de
subida dos juros da FED norte-americana com a Alemanha a beneficiar do estatuto de
safe haven durante os períodos de maior nervosismo nos mercados financeiros. A
manutenção de um tom dovish por parte do ed e a redução de expectativas de
crescimento económico conferiram também suporte, em particular na recta final do
ano. Na periferia, o destaque pela negativa pertenceu a Itália, cujo prémio de risco
alargou de forma significativa após a eleição do governo de coligação entre o partido
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 27
Política de Gestão de Activos No início do ano, e durante o primeiro semestre, com o objectivo de diversificar a carteira,
foram aplicados 10% em títulos de dívida de países da região core europeia.
A exposição à classe de acções foi reduzida para zero considerando que as valorizações
elevadas desta classe poderiam motivar uma correcção, tal como se confirmou nos
últimos meses do ano.
As eleições italianas, factor crítico no desempenho das carteiras ao longo ano, tendo
decorrido no primeiro trimestre, só em Maio chegaram os sinais de alerta com o anúncio
da coligação para formação do Governo. Em antecipação, a exposição à dívida daquele
país foi reduzida. O reinvestimento naqueles activos, embora efectuado a uma taxa mais
atractiva, foi, no entanto, realizado ainda antes que aquele risco fosse totalmente
descontado.
No entanto, assistiu-se a partir de Novembro, a uma recuperação do prémio de risco
italiano, o que, aliado à redução das taxas core por revisão em baixo das perspectivas de
crescimento e inflação, permitiu a realização de valias em alguns títulos italianos e da
zona core.
No segmento de dívida privada, o vencimento de alguns produtos de capitalização
contribuiu para a redução da exposição consolidada a esta classe de activos. À parte
deste facto, a restante carteira de crédito não sofreu alterações significativas, tendo a
duração relativamente curta dos activos que a compõem, limitado o impacto da forte
desvalorização ocorrida no ano.
Os activos sob gestão, onde não se incluem os relativos à actividade de fundos de
pensões, diminuíram 24% em 2018, comparativamente a 2017, situando-se em
1.217 milhões de euros.
U: Euros
Activos Financeiros 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 14.533.395 262% 3.550.124 309%
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 26.584.581 10% 23.900.380 11%
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas 48.106.455 88.160.134 -45% 85.417.784 3%
Activos disponíveis para venda 1.087.305.000 1.469.938.015 -26% 1.714.344.542 -14%
Total 1.217.213.784 1.599.216.125 -24% 1.827.212.830 -12%
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 28
No que se refere à composição da carteira de activos no final de 2018, os títulos de dívida
representavam a proporção mais significativa desta, na ordem de 92%, sendo seguidos,
embora com um distanciamento significativo, pelos depósitos em instituições de crédito,
com um peso de 4,3% da carteira de investimento.
U: Euros
Classe de Activos 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Títulos de dívida 1.117.281.150 1.511.441.343 -26% 1.706.508.640 -2%
Instrumentos de capital e unidades de participação 18.127.621 46.656.806 -61% 93.253.686 22%
Depósitos em Instituições de Crédito 52.546.644 14.533.369 262% 3.550.065 -71%
Derivados detidos para negociação 29.255.527 26.584.581 10% 23.900.380 -32%
Total 1.217.210.942 1.599.216.098 -24% 1.827.212.771 -2%
Estrutura da carteira de Investimentos
O resultado dos investimentos ascendeu a 37,9 milhões de euros, sendo inferior ao obtido
no exercício anterior em 29,3 milhões de euros. Esta variação é justificada
essencialmente pela menor volume de valias em obrigações de dívida pública,
comparativamente com o ano anterior.
U: Euros
Resultado Financeiro 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Rendimentos 40.637.648 50.474.056 -19% 65.069.139 -22%
Gastos financeiros* -12.648.791 -15.234.067 -17% -19.404.015 -21%
Ganhos líquidos 9.864.356 31.875.644 -69% 22.592.874 41%
Perdas de imparidade -6.501.379
Total 37.853.212 67.115.633 -44% 61.756.619 9%
* Sem custos por natureza imputados.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 29
Custos e Gastos por Natureza a Imputar A CA Vida tem vindo a nortear a sua gestão baseada numa rigorosa disciplina financeira.
Em 2018, os custos e gastos por natureza a imputar ascenderam a 13,8 milhões de euros,
traduzindo-se este valor num ligeiro crescimento de 0,6% face ao período homólogo.
O incremento verificado ocorreu principalmente na rubrica de fornecimentos e serviços
externos com a aquisição de serviços relacionados a dinamização do negócio de seguros
de Vida no âmbito do Grupo CA.
No que respeita aos impostos e taxas, estes referem-se maioritariamente à taxa a favor
da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, a qual incide sobre os
prémios brutos emitidos e contribuições em fundos de pensões, reflectindo a respectiva
evolução.
Os juros suportados, de montante igual ao do ano anterior, referem-se ao empréstimo
subordinado obrigacionista emitido pela Companhia em 2015, com o objectivo de
garantir níveis de solvabilidade adequados ao desenvolvimento da actividade.
Em relação às amortizações do exercício, as mesmas sofreram um decréscimo
reflectindo o ciclo de vida do software adquirido como investimento em soluções
informáticas de suporte regulamentar e à gestão da actividade.
Quanto às comissões, rubrica na qual são registados os valores das comissões de gestão
e de custódia das carteiras de investimento, a mesma reflecte a evolução ocorrida nos
activos financeiros sob gestão.
U: Euros
Custos e Gastos por Natureza a Imputar 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Gastos com o pessoal 3.075.141 3.008.042 2% 2.919.511 3%
Fornecimentos e serviços externos 5.289.271 4.778.506 11% 4.647.635 3%
Impostos e taxas 37.365 34.699 8% 85.753 -60%
Depreciações e amortizações do exercício 894.396 1.076.850 -17% 883.259 22%
Juros suportados 1.216.666 1.216.666 0% 1.219.999 0%
Comissões 3.252.911 3.573.999 -9% 3.789.122 -6%
Total 13.765.751 13.688.762 1% 13.545.279 1%
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 30
Recursos Humanos e Formação O número de Colaboradores da Companhia tem-se mantido estável ao longo dos anos.
No final de 2018, os quadros da Companhia contemplavam 40 Colaboradores, 15 do sexo
masculino e 25 do sexo feminino, com uma idade média de 41 anos, 72,5% dos quais com
formação académica superior. Os escalões dos 36 aos 40 anos e acima de 40 anos são os
mais representativos, com um peso de 32,5% e 47,5%, respectivamente.
Estrutura etária do Pessoal
O tempo de permanência médio dos Colaboradores na Companhia é de 11 anos,
continuando a reflectir a estabilidade que, desde sempre, caracterizou a equipa da
CA Vida.
Focada em manter recursos com elevadas competências e conhecimento do negócio, a
CA Vida tem promovido a participação dos seus Colaboradores em acções de formação
tanto específicas às suas funções, como outras de interesse comum, destacando-se,
neste âmbito, o Curso de Ética e Conduta do Grupo CA e a formação relativa ao
Regulamento Geral de Protecção de Dados.
39
40
44
43
40
2014 2015 2016 2017 2018
Número de Colaboradores
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 31
Prémios de Seguros de Vida No ano de 2018, a CA Vida alcançou uma produção de 56,3 milhões de euros, tendo-se
verificado um crescimento de 3% face ao ano anterior. Para esta evolução contribuiu o
crescimento dos prémios brutos emitidos de produtos de risco, dada a inexistência de
oferta comercial no segmento de capitalização.
U: Euros
Produção 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Contratos de Seguros
- Produtos de risco 37.269.705 33.705.579 11% 31.113.794 8%
- Produtos de capitalização
Não ligados a fundos de investimento 6.920.372 8.222.682 -16% 81.917.044 -90%
- PPR
Não ligados a fundos de investimento 12.116.165 12.716.123 5% 53.791.853 -76%
Total 56.306.242 54.644.384 3% 166.822.692 -67%
Contratos de Investimento
- Produtos de capitalização
Não ligados a fundos de investimento
Ligados a fundos de investimento 1.556.277
Total 1.556.277 -9%
Total 56.306.242 54.644.384 3% 168.378.968 -68%
No que respeita a fundos de pensões, o volume de contribuições ascendeu a 25 milhões
de euros, representando um crescimento de 45% face ao ano transacto.
Do total de contribuições do ano, 17 milhões referem-se a contribuições para fundos de
pensões abertos, no entanto, o maior crescimento face ao ano anterior deu-se nas
contribuições para o fundo fechado do Crédito Agrícola, cujo valor ascendeu a 8 milhões
de euros.
U: Euros
2018 2017
Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Contribuições em fundos de pensões 24.985.136 17.246.421 45% 21.175.839 -19%
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 32
No ano de 2018, 46% da produção da Companhia dizia respeito a produtos de risco, 23% a
produtos de capitalização incluindo PPR, sendo o peso das contribuições para fundos de
pensões no volume de negócios de 31%. Face ao ano anterior, destaca-se o aumento do
peso relativo dos produtos de fundos de pensões na estrutura de produção da
CA Vida, respectivamente em 7 p.p..
Estrutura de Produção
(Volume de negócios)
Nota: Na rubrica capitalização inclui-se a produção realizada em seguros classificados como contratos de investimento.
Carteira de Clientes No final de 2018, a Companhia detinha 289.645 apólices em vigor e 19.663 contratos de
fundos de pensões.
Tal com já se tinha verificado em 2017, em 2018 acentuou-se a tendência de aumento do peso
dos produtos de risco na carteira total de apólices, tendo o número de apólices aumentado
cerca de 17%, face ao ano anterior. Da mesma forma, nos produtos de capitalização, se
manteve a tendência decrescente, tendo o número de apólices diminuído cerca de 26%. A
carteira de fundos de pensões verificou um abrandamento no seu crescimento,
apresentando ainda assim um crescimento relativamente ao ano anterior de 16%.
Em termos globais, a estrutura da carteira ao nível das famílias de produtos manteve a
distribuição do ano anterior, com o peso dos produtos de risco na carteira a superar pelo
segundo ano consecutivo o dos produtos de capitalização.
Estrutura da Carteira
(Número de contratos)
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 33
Sinistros Os custos com sinistros relativos a contratos de seguro e indemnizações em contratos
de investimento ascenderam a 404,9 milhões de euros, um incremento de 79 milhões de
euros em relação ao ano anterior, correspondente a 24%, devido essencialmente aos
vencimentos ocorridos na carteira de contratos de investimento, produtos de
capitalização não ligados a fundos de investimento.
U: Euros
Custos com Sinistros e Passivos Financeiros 2018 2017 Var.
2018/2017 2016
Var.
2017/2016
Contratos de Seguros
- Produtos de risco 10.140.903 9.966.324 2% 7.547.864 32%
- Produtos de capitalização
Não ligados a fundos de investimento 133.534.529 162.669.734 -18% 133.729.085 22%
- PPR
Não ligados a fundos de investimento 117.938.070 120.690.044 -2% 83.376.777 45%
Total 261.613.501 293.326.102 -11% 224.653.726 31%
Contratos de Investimento
- Produtos de capitalização
Não ligados a fundos de investimento 143.277.768 32.532.573 340% 35.488.810 -8%
Ligados a fundos de investimento 11.484 84.783 -86% 40.781 108%
Total 143.289.252 32.617.357 339% 35.529.591 -8%
Total 404.902.754 325.943.459 24% 260.183.317 25%
A taxa de sinistralidade global, calculada com base na relação entre os custos com
sinistros (montantes pagos e variação da provisão para sinistros) e os prémios brutos
emitidos, incluindo entregas em contratos de investimento, sofreu um incremento de
2017 para 2018, devido aos vencimentos ocorridos nos produtos de capitalização não
ligados a fundos de investimento no segmento dos contratos de investimento.
Nota: No rácio de sinistralidade
dos seguros de capitalização
incluem-se as rubricas associadas
aos seguros classificados como
contratos de investimento.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 34
Resseguro Para gerir o risco associado ao negócio, a CA Vida tem parte do capital seguro da sua
carteira de produtos de risco coberto por Resseguro, com base em tratados efectuados
com três resseguradores de renome internacional a Swiss Re, a Munich Re e a RGA.
O saldo de resseguro cedido em 2018, à semelhança dos anos anteriores, foi favorável aos
resseguradores como é expectável num negócio gerido de forma sustentada.
O rácio dos prémios de resseguro cedido, em relação à totalidade dos prémios brutos
emitidos de seguros de risco, tem vindo a registar uma diminuição nos últimos anos,
derivada, essencialmente, do aumento de contratos em carteira com capitais seguros
mais reduzidos.
Rácio de Resseguro
Capital Próprio e Margem de Solvência Em 2018 o Capital Próprio da CA Vida totalizava 100.961.208 euros, valor inferior ao
período homólogo resultante da variação verificada na reserva de reavaliação por
ajustamentos no justo valor de activos financeiros.
U: Euros
2018 2017 2016
Capital 35.000.000 35.000.000 15.000.000
Reservas de reavaliação -2.854.008 15.838.011 26.193.971
Reserva por impostos diferidos 348.066 -4.215.026 -6.769.506
Outras reservas 7.217.048 6.551.790 6.128.206
Resultados transitados 54.426.720 50.189.398 47.127.145
Resultado do exercício 6.823.382 6.652.580 4.235.836
Capital Próprio 100.961.208 110.016.753 91.915.653
No que concerne aos requisitos de capital, a Companhia manteve o seu objectivo de
manter uma política de rácios de solvabilidade robustos, como indicadores de uma
situação financeira estável. A Companhia gere os requisitos de capital numa base
mensal, atenta às alterações das condicionantes económicas, bem como ao seu perfil de
risco.
No ano de 2016 a CA Vida desenvolveu o processo respeitante à implementação do
regime de Solvência II, que representa uma alteração significativa do cálculo do capital
elegível e também do requisito de capital. Neste contexto, ao abrigo da Circular nº1/2015,
de 16 de Julho, entretanto complementada pela Norma 6/2015, de 17 de Dezembro
emitidas pela ASF, ambas relativas aos pedidos de aprovação para utilização de medidas
relativas aos requisitos quantitativos no âmbito do regime Solvência II, a CA Vida
submeteu à apreciação da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões o
pedido de aprovação para aplicação do regime transitório no respeitante às provisões
técnicas, o qual foi aceite.
O quadro abaixo apresenta a margem de solvência nos anos de 2017 e 2018 no regime de
Solvência II. Os valores apresentados contemplam as medidas aprovadas pelo
Supervisor. Relativamente ao ano de 2018, tratam-se de valores ainda provisórios
sujeitos a certificação externa.
U: Euros
2018 2017 2016
Prémios 7.573.545 7.048.768 6.653.447
Comissões e participação nos resultados -2.119.229 -2.253.663 -2.662.355
Custos com sinistros -4.109.314 -3.567.725 -2.843.087
Saldo de resseguro cedido 1.345.002 1.227.380 1.148.005
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 35
U: Euros
2018 2017
Fundos próprios elegíveis 297.011.760 303.327.883
Requisito de capital de solvência 141.629.266 158.798.288
Rácio de cobertura 210% 191%
Excesso de cobertura 155.382.494 144.529.595
De acordo com a estimativa realizada para 2018, no âmbito do exercício de avaliação
interna, o rácio de cobertura, deverá ser em 2018 de cerca de 210%. Este valor é uma
estimativa, sujeito a diversos factores de risco, sendo o valor final alvo de certificação
por um actuário independente e pelo revisor oficial de contas.
3. PERSPECTIVAS PARA 2019 Embora a nível mundial, como mesmo a nível nacional, seja esperado um abrandamento
no crescimento económico, não se prevê que o seu impacto possa assumir
constrangimentos na evolução do negócio da CA Vida, particularmente, porque a taxa de
penetração do negócio de risco vida assume ao nível do Crédito Agrícola valores que
deixam antever um potencial de crescimento muito significativo.
Acresce o facto de que o realinhamento de produtos realizado em 2018 vem optimizar a
tipologia de oferta, sendo que em muitos casos o pricing foi também revisto com vista a
um alinhamento com o praticado pelos principais concorrentes, particularmente no que
respeita ao segmento de empresas.
No próximo ano, integra os objectivos da CA Vida, dar continuidade ao seu processo de
transformação Digital e de simplificação/desmaterialização dos procedimentos
internos relativos essencialmente à subscrição/aceitação dos contratos, o que passará
por um processo de maior delegação de responsabilidades nas Agências CA.
Está ainda previsto a reformulação do produto actualmente designado como
actual vivência das gerações mais novas. Espera-se ainda poder disponibilizar produtos
de poupança com vista à reforma, acompanhando assim a recente tendência do mercado
de Seguros de Vida.
Ao nível regulamentar, 2019 será essencialmente o ano da implementação da
regulamentação relativa à distribuição de seguros, particularmente no que respeitará
ao processo de formação contínua exigida. Será também o ano para aferir em base
analítica, as implicações quanto ao processo de implementação e transformação dos
processos, dos recursos técnicos e a informação de gestão necessários, para que em 2021
a CA Vida reúna as necessárias condições para responder às novas normas
contabilísticas, designadamente a IFRS 9 Instrumentos Financeiros e a
IFRS 17 Contratos de Seguros.
Manter o rácio de solvência regulamentar ao nível da média do mercado europeu sem
comprometer o crescimento do negócio continuará a ser um importante objectivo da
gestão como forma de afirmação no mercado de seguros.
Como vem sendo habitual, não podemos deixar de referir que continuamos a contar com
todo o empenho e dedicação dos que constituem o Grupo CA, com uma particular palavra
para todos aqueles que integram a rede comercial.
4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Resultado Líquido da CA Vida, em 2018, é de 6.823.382,27 euros.
Deste resultado, 10% serão utilizados para o reforço da Reserva Legal no montante
de 682.338,23 euros, de modo a cumprir o disposto no artigo 62º do Regime Jurídico
de Acesso e Exercício da Actividade Seguradora e Resseguradora, aprovado pela
Lei n.º 147/2015, de 9 de Setembro.
O Conselho de Administração Executivo propõe a distribuição de dividendos pelos
Accionistas, no montante de 1.750.000,00 euros, que corresponde a 5% do Capital Social
da Companhia.
Quanto ao remanescente, no valor de 4.391.044,04 euros, o Conselho de Administração
Executivo propõe a sua transferência para Resultados Transitados.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 36
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Conselho de Administração Executivo da CA Vida agradece a colaboração das várias
entidades que contribuem para o alcance dos diferentes objectivos a que a Companhia
se tem proposto, nomeadamente:
• Aos Accionistas Grupo CA pelo apoio desde sempre demonstrado;
• À Caixa Central e às Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, pelo seu esforço de
comercialização dos Produtos da Companhia e por acreditarem e valorizaram o
projecto CA Vida;
• Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Associação Portuguesa
de Seguradores, pelo seu apoio nas respectivas áreas de competência;
• Aos Resseguradores, pelo seu apoio técnico;
• Aos Associados e Clientes, pela sua preferência e confiança;
• Aos Colaboradores, pelo seu profissionalismo e dedicação.
• Aos Membros do Conselho Geral e de Supervisão e ao Revisor Oficial de Contas pelo
seu acompanhamento e aconselhamento;
A todos, os sinceros agradecimentos.
Lisboa, 14 de Fevereiro de 2019
O Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
Nelson Fernando Ferreira Maurício
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 37
CONTAS 2018 SEPARADOR
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 38
1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 39
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
U: Euros
Notas
do
Anexo
Conta de Ganhos e Perdas
Exercício Exercício
anterior Técnica
Vida Não Técnica Total
5 Prémios adquiridos líquidos de resseguro 48.732.698 48.732.698 47.595.616
Prémios brutos emitidos 56.306.242 56.306.242 54.644.384
Prémios de resseguro cedido -7.573.545 -7.573.545 -7.048.768
Provisão para prémios não adquiridos (variação)
Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação)
6 Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de
prestação de serviços
37.140 37.140 62.085
7 Custos com sinistros, líquidos de resseguro 258.297.177 258.297.177 290.530.233
Montantes pagos 257.789.290 257.789.290 286.433.878
Montantes brutos 262.065.331 262.065.331 289.182.051
Parte dos resseguradores -4.276.041 -4.276.041 -2.748.173
Provisão para sinistros (variação) 507.887 507.887 4.096.356
Montante bruto 341.160 341.160 4.915.907
Parte dos resseguradores 166.727 166.727 -819.552
8 Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 9.070.961 9.070.961 11.842.593
9 Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro -217.231.421 -217.231.421 -243.109.043
Montante bruto -217.231.421 -217.231.421 -243.109.043
Parte dos resseguradores
10 Participação nos resultados, líquida de resseguro 7.813.812 7.813.812 15.850.790
11;14 Custos e gastos de exploração líquidos 16.527.238 16.527.238 15.623.908
Custos de aquisição 13.855.874 13.855.874 13.299.183
Custos de aquisição diferidos (variação)
Gastos administrativos 4.790.593 4.790.593 4.578.388
Comissões e participação nos resultados de resseguro -2.119.229 -2.119.229 -2.253.663
12 Rendimentos 37.962.524 2.675.123 40.637.648 50.474.056
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas 31.067.221 2.621.123 33.688.344 42.778.000
De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas
Outros 6.895.303 54.000 6.949.303 7.696.056
13;14 Gastos financeiros 14.241.390 2.394.602 16.635.992 31.101.805
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas 8.665.907 779.792 9.445.699 12.086.069
De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas -924.244 -924.244 10.651.963
Outros 6.499.727 1.614.810 8.114.537 8.363.773
U: Euros
Notas
do
Anexo
Conta de Ganhos e Perdas (continuação)
Exercício Exercício
anterior Técnica
Vida Não Técnica Total
16
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo
valor através ganhos e perdas 12.313.227 670.125 12.983.352 27.350.097
De activos disponíveis para venda 12.313.227 670.125 12.983.352 27.350.097
De empréstimos e contas a receber
De investimentos a deter até à maturidade
De passivos financeiros valorizados a custo amortizado
De outros
17
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor
através ganhos e perdas -3.075.495 -76.936 -3.152.431 4.314.349
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para
negociação -124.893 -124.893 -199.731
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no
reconhecimento inicial -2.950.602 -76.936 -3.027.538 4.514.080
ao justo valor através de ganhos e perdas
Diferenças de câmbio
Ganhos líquidos de activos não financeiros que não estejam classificados
como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas
18 Perdas de imparidade (líquidas de reversão)
De activos disponíveis para venda
De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado
De investimentos a deter até à maturidade
De outros
19 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 867.228 867.228 714.956
Outras provisões (variação)
20 Outros rendimentos/gastos 320.209 320.209 118.753
Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas
Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos
contabilizados pelo método da equivalência patrimonial
Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação)
classificados como detidos para venda
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 8.118.164 1.193.920 9.312.084 8.789.624
29 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos correntes 2.169.431 319.053 2.488.485 2.137.196
29 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos diferidos 217 217 -152
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 5.948.516 874.866 6.823.382 6.652.580
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 40
U: Euros
Notas
do
Anexo
Demonstração da Posição Financeira
Exercício Exercício
anterior
Valor bruto
Imparidade,
depreciações /
amortizações
ou
ajustamentos
Valor líquido
ACTIVO
21 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803 14.533.395
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos
conjuntos
22 Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 29.255.527 26.584.581
23 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial
ao justo valor através de ganhos e perdas 48.106.455 48.106.455 88.160.134
Derivados de cobertura
24 Activos disponíveis para venda 1.087.305.000 1.087.305.000 1.469.938.015
Empréstimos e contas a receber
Depósitos juntos de empresas cedentes
Outros depósitos
Empréstimos concedidos
Contas a receber
Outros
Investimentos a deter até à maturidade
Terrenos e edifícios
Terrenos e edifícios de uso próprio
Terrenos e edifícios de rendimento
25 Outros activos tangíveis 1.488.977 1.198.310 290.667 376.598
Inventários
Goodwill
26 Outros activos intangíveis 5.377.516 4.579.866 797.650 1.114.367
27 Provisões técnicas de resseguro cedido 3.713.952 3.713.952 3.880.679
Provisão para prémios não adquiridos
Provisão matemática do ramo vida
Provisão para sinistros 3.713.952 3.713.952 3.880.679
Provisão para participação nos resultados
Provisão para compromissos de taxa
Provisão para estabilização de carteira
Outras provisões técnicas
U: Euros
Notas
do
Anexo
Demonstração da Posição Financeira
(continuação)
Exercício Exercício
anterior
Valor bruto
Imparidade,
depreciações /
amortizações
ou
ajustamentos
Valor
líquido
15 Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de
longo prazo
28 Outros devedores por operações de seguros e outras
operações 1.214.878 7.935 1.206.943 880.298
Contas a receber por operações de seguro directo 55.041 7.935 47.106 35.568
Contas a receber por outras operações de resseguro 855.275 855.275 541.015
Contas a receber por outras operações 304.562 304.562 303.714
29 Activos por impostos 1.022.966 1.022.966 1.402.683
Activos por impostos correntes 44.129 44.129 1.387.785
Activos por impostos diferidos 978.837 978.837 14.899
30 Acréscimos e diferimentos 266.668 266.668 190.832
Outros elementos do activo
Activos não correntes detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas
TOTAL ACTIVO 1.230.298.741 5.786.112 1.224.512.629 1.607.061.582
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 41
U: Euros
Notas
do
Anexo
Demonstração da Posição Financeira Exercício Exercício
anterior
PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
27 Provisões técnicas 1.055.585.867 1.233.074.803
Provisão para prémios não adquiridos
Provisão matemática do ramo vida 914.001.240 1.124.623.413
Provisão para sinistros
De vida 16.850.982 16.509.821
De acidentes de trabalho
De outros ramos
Provisão para participação nos resultados 14.149.759 40.428.644
Provisão para compromissos de taxa 55.780.248 51.512.925
Provisão para estabilização de carteira 4.803.638
Provisão para desvios de sinistralidade
Provisão para riscos em curso
Outras provisões técnicas
32 Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de
seguros e de contratos de seguro e operações considerados para
efeitos contabilísticos como contratos de investimento
66.557.902 210.737.962
33 Outros passivos financeiros 40.033.333 40.033.333
Derivados de cobertura
Passivos subordinados 40.033.333 40.033.333
Depósitos recebidos de resseguradores
Outros
15 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo
prazo 57.581 58.431
34 Outros credores por operações de seguros e outras operações 1.168.724 1.307.270
Contas a pagar por operações de seguro directo 355.579 82.169
Contas a pagar por outras operações de resseguro
Contas a pagar por outras operações 813.145 1.225.101
29 Passivos por impostos 1.053.095 2.090.969
Passivos por impostos correntes 1.053.095 763.200
Passivos por impostos diferidos 1.327.769
30 Acréscimos e diferimentos 9.094.920 9.742.060
Outras provisões
Outros elementos do passivo
Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para
venda
TOTAL PASSIVO 1.123.551.421 1.497.044.829
U: Euros
Notas
do
Anexo
Demonstração da Posição Financeira Exercício Exercício
anterior
CAPITAL PRÓPRIO
35 Capital 35.000.000 35.000.000
(Acções Próprias)
Outros instrumentos de capital
35 Reservas de reavaliação -2.854.008 15.838.011
Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros -2.854.008 15.838.011
Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio
Por revalorização de activos intangíveis
Por revalorização de outros activos tangíveis
Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em
coberturas de fluxos de caixa
Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos
líquidos em moeda estrangeira
De diferenças de câmbio
35 Reserva por impostos diferidos 348.066 -4.215.026
35 Outras reservas 7.217.048 6.551.790
35 Resultados transitados 54.426.720 50.189.398
Resultado do exercício 6.823.382 6.652.580
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 100.961.208 110.016.753
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 1.224.512.629 1.607.061.582
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 42
U: Euros
Notas
do
Anexo
Demonstração do Rendimento Integral Técnica Vida Não Técnica Total Exercício anterior
Resultado líquido do exercício 5.948.516 874.866 6.823.382 6.652.580
Variação da reserva de reavaliação
Itens já classificados para a demonstração de resultados
16 Vendas de activos financeiros disponíveis para venda -12.313.227 -670.125 -12.983.352 -27.350.097
Itens que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração de resultados
35 Variação do justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -3.118.863 -2.589.804 -5.708.668 16.994.137
35 Variação dos impostos correntes e diferidos 3.731.810 831.282 4.563.092 2.554.480
Total do rendimento integral, líquido de impostos (5.751.764) (1.553.781) (7.305.545) (1.148.900)
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 43
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
U: Euros
Notas do
Anexo Demonstração de Variações do Capital Próprio
Capital
social
Reservas de reavaliação Reserva por
impostos
diferidos
Outras
reservas Resultados
transitados
Resultado do
exercício Total Por ajustamentos no justo
valor de activos financeiros
disponíveis para venda
Reserva legal
Demonstração da posição de abertura a 31 de Dezembro 2017 (posição de abertura) 35.000.000 15.838.011 -4.215.026 6.551.790 50.189.398 6.652.580 110.016.753
Correcções de erros (IAS 8)
Alterações políticas contabilísticas (IAS 8)
Demonstração da posição de abertura alterada 35.000.000 15.838.011 -4.215.026 6.551.790 50.189.398 6.652.580 110.016.753
Aumentos/reduções de capital
35 Variações no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -18.692.020 4.563.092 -14.128.928
35 Aumento de reservas por aplicação de resultados 665.258 5.987.322 -6.652.580
35 Distribuição de lucros/prejuízos -1.750.000 -1.750.000
Total das variações do Capital Próprio -18.692.020 4.563.092 665.258 4.237.322 -6.652.580 -15.878.928
Resultado líquido do período 6.823.382 6.823.382
Demonstração da posição financeira a 31 de Dezembro 2018 35.000.000 -2.854.008 348.066 7.217.048 54.426.720 6.823.382 100.961.208
U: Euros
Notas do
Anexo Demonstração de Variações do Capital Próprio
Capital
social
Reservas de reavaliação Reserva por
impostos
diferidos
Outras
reservas Resultados
transitados
Resultado do
exercício Total Por ajustamentos no justo
valor de activos financeiros
disponíveis para venda
Reserva legal
Demonstração da posição de abertura a 31 de Dezembro 2016 (posição de abertura) 15.000.000 26.193.971 -6.769.506 6.128.206 47.127.145 4.235.836 91.915.653
Correcções de erros (IAS 8)
Alterações políticas contabilísticas (IAS 8)
Demonstração da posição de abertura alterada 15.000.000 26.193.971 -6.769.506 6.128.206 47.127.145 4.235.836 91.915.653
Aumentos/reduções de capital 20.000.000 20.000.000
35 Variações no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -10.355.960 2.554.480 -7.801.480
35 Aumento de reservas por aplicação de resultados 423.584 3.062.253 -3.485.836
35 Distribuição de lucros/prejuízos -750.000 -750.000
Total das variações do Capital Próprio 20.000.000 -10.355.960 2.554.480 423.584 3.062.253 -4.235.836 11.448.520
Resultado líquido do período 6.652.580 6.652.580
Demonstração da posição financeira a 31 de Dezembro 2017 35.000.000 15.838.011 -4.215.026 6.551.790 50.189.398 6.652.580 110.016.753
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 44
U: Euros
Demonstração de Fluxos de Caixa Exercício Exercício
anterior
1. Fluxos de caixa das actividades operacionais
Operações de seguro -350.899.635 -272.576.965
Prémios de seguro directo e entregas em contratos de investimento 57.531.849 55.545.523
Participação nos resultados distribuída -1.223.806 -1.281.477
Custos com sinistros de seguro directo e reembolsos em contratos de
investimento -395.495.466 -313.365.890
Comissões por intermediação de seguros e contratos de investimento -10.219.678 -11.623.464
Pagamento a resseguradores (líquido de recebimentos) -1.492.534 -1.851.658
Investimentos Financeiros 412.713.889 285.411.728
Aquisição de títulos -2.581.242.715 -5.507.855.414
Alienação de títulos (inclui reembolsos de obrigações) 2.961.166.063 5.753.632.739
Rendimentos de títulos (juros e dividendos) 35.505.519 42.345.321
Pagamentos em swaps (líquidos de recebimentos) -2.716.603 -2.716.067
Recuperações de impostos retidos aquando do recebimento de
dividendos 1.624 5.149
Outros Fluxos de Caixa -20.317.280 -19.082.840
Pagamentos a fornecedores -10.762.291 -8.392.216
Pagamentos ao pessoal -1.316.147 -1.213.442
Impostos (pagos)/ recebidos sobre os lucros 1.491.557 -481.741
Taxas sobre seguros -959.240 -880.428
Outros impostos/taxas -10.262.800 -8.856.847
Outros fluxos de caixas operacionais 1.491.642 741.834
Total 41.496.975 -6.248.076
U: Euros
Demonstração de Fluxos de Caixa (continuação) Exercício Exercício
anterior
2. Fluxos de caixa das actividades de investimento
Compra de activos tangíveis e intangíveis -516.901 -804.673
Total -516.901 -804.673
3. Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Aumento de Capital 20.000.000
Pagamento de dividendos a Accionistas -1.750.000 -747.313
Juros de empréstimos -1.216.666 -1.216.666
Total -2.966.666 18.036.021
Efeito cambial em caixa e equivalentes de caixa
Variação de caixa e equivalentes de caixa (1 + 2 + 3) 38.013.408 10.983.272
Caixa e Equivalentes e Depósitos no início do período 14.533.395 3.550.124
Caixa e Equivalentes e Depósitos no final do período 52.546.803 14.533.395
Variação no período 38.013.408 10.983.272
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 45
2. NOTAS INTEGRANTES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 46
Notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras
(Valores expressos em euros, excepto quando indicado)
1. Informações gerais
A Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros, S.A. (CA Vida) foi constituída por escritura
pública, celebrada em 30 de Novembro de 1998, sob a forma jurídica de Sociedade Anónima,
com o objectivo de desenvolver autonomamente a actividade de Seguros do Ramo Vida em
Portugal. No último trimestre de 2006, iniciou a actividade de gestão de fundos colectivos
de reforma. A Companhia encontra-se registada em Portugal, tendo a sua sede na Rua
Castilho, 233 em Lisboa. O local principal dos negócios é na Rua de Campolide, nº 372, em
Lisboa.
O capital social da CA Vida é detido em 98,18% pela Crédito Agrícola Seguros e Pensões,
SGPS, sendo o restante detido por setenta e oito Caixas Agrícolas que se encontram
detalhadas na Nota 35.
As demonstrações financeiras de 2018 da Companhia foram aprovadas pelo Conselho de
Administração Executivo a 14 de Fevereiro de 2019 e estão sujeitas à aprovação pelos
Accionistas que têm a capacidade para alterar a informação apresentada.
O ano de 2018 caracterizou-se pelo crescimento do Sector Segurador. No conjunto, Ramos
Vida e Não Vida, totalizaram um volume de receitas de cerca de 13 mil milhões de euros,
representando um aumento de 11,8 % face a 2017. O segmento Vida, com um crescimento de
14,5% foi o principal responsável pela evolução do sector. O Ramo Não Vida continuou a
crescer em 2018, na ordem de 7,5% face ao ano anterior.
O volume total de prémios e contribuições captados pelo Ramo Vida foi 8,1 mil milhões de
euros, o que compara com 7,1 mil milhões de euros do ano anterior.
Decorrente deste aumento, o rácio de penetração da actividade seguradora na economia
acompanhou a evolução da produção do mercado, passando de 6% em 2017, para 6,5% em
2018, contribuindo o Ramo Vida com 4,1%.
O mercado Segurador em Portugal continuou a apresentar um forte nível de concentração,
com as cinco maiores Seguradoras a representarem 79,2% da produção de seguros do Ramo
Vida (2017: 78,1%).
A CA Vida, apresentou um crescimento de 3% da sua produção, com um volume de prémios
brutos emitidos e entregas em contratos de investimento de 56,3 milhões de euros
(2017: 54,6 milhões de euros), em consequência do crescimento no segmento de risco.
2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas
contabilísticas adoptadas
Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2018 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as
Empresas de Seguros, emitido pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões (ASF) e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 10/2016-R, de 15 de Setembro e
ainda de acordo com outras normas relativas à contabilização das operações das
empresas de seguros emitidas pela ASF.
O Plano de Contas actual segue as International Financial Reporting Standards (IFRS)
em vigor tal como adoptadas na União Europeia (UE), excepto a IFRS 4 Contratos de
de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As IFRS incluem as normas
contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as
interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation
Committee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores.
Tal como descrito a seguir, sob o título Normas contabilísticas e interpretações
recentemente emitidas, a Companhia adoptou na preparação destas demonstrações
financeiras as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do IFRIC de
aplicação obrigatória desde o início do exercício. Esta adopção não teve impacto nas
demonstrações financeiras da CA Vida, não originou alterações de políticas
contabilísticas e nem afectou a posição financeira da Companhia.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros e encontram-se preparadas de
acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos financeiros ao justo
valor. Os restantes activos e passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo
histórico.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 47
A preparação das demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue
julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas
contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em
tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto nas actuais
estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou
complexidade, ou uma utilização de pressupostos e estimativas significativos,
encontram-se analisadas na Nota 3.
No exercício de 2018 não ocorreram alterações das políticas contabilísticas na
preparação da informação financeira relativamente ao exercício anterior.
Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas
Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a
1 de Janeiro de 2018:
• IFRS 15 (n - Esta nova norma aplica-se apenas a
contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade
reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar
serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade
nas demonstrações financeiras da Companhia.
• IFRS 15 (alteração) - Estas alterações referem-se às
indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um
contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade
intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus
agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. A norma não terá
impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
• IFRS 9 (nova), - A IFRS 9 substitui os requisitos da
International Accounting Standards (IAS) 39, relativamente: (i) à classificação e
mensuração dos activos e passivos financeiros, (ii) ao reconhecimento de imparidade
sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada), e (iii) aos requisitos para
o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. De acordo com a
consulta pública nº3/2018 emitida pela ASF, as entidades que se dedicam
predominantemente a actividades de seguros e que preencham determinadas
condições podem optar por diferir a data de eficácia da IFRS 9 até 1 de Janeiro de 2021. A
aplicação da IFRS 9 em 2021 terá impacto nas demonstrações financeiras da
Companhia.
• S 4 com a IFRS 9) - Esta
alteração atribui às entidades que negoceiam contratos de seguro a opção de
reconhecer em Outro rendimento integral em vez de reconhecer na Demonstração dos
resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma
sobre contratos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção
temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante
seja a seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras
consolidadas que incluam uma entidade seguradora. A norma terá impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
• IFRS 2 (alteração),
- Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de
pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente (cash-settled) e a
contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que
alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (cash-settled) para liquidado
com capital próprio (equity-settled). Para além disso, introduz uma excepção aos
princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções
seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (equity-settled),
quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e
pagar essa quantia à autoridade fiscal. A alteração não terá impacto nas demonstrações
financeiras da Companhia.
• Propriedades de investi - Esta alteração clarifica que os
activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimento
quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão
não é suficiente para efectuar a transferência. A alteração não terá impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
• Melhorias às normas 2014 2016 - Este ciclo de melhorias afecta os seguintes
normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. Estas melhorias não terão impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
• - Trata-se
-se à
determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe
antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira.
em moeda estrangeira. A norma não terá impacto nas demonstrações financeiras da
Companhia.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 48
Normas (novas e alterações) publicadas, cuja aplicação é obrigatória para
períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019, que a União
Europeia já endossou:
• ciem em ou após 1 de Janeiro
de 2019) - Esta nova norma substitui a IAS 17 com um impacto significativo na
contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de
direito de uso" para
todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de
baixo valor. A definição de um contrato de locação também foi alterada, sendo baseada
no "direito de controlar o uso de um activo identificado". No que se refere ao regime de
transição, a nova norma pode ser aplicada retrospectivamente ou pode ser seguida uma
abordagem retrospectiva modificada. A norma terá impacto nas demonstrações
financeiras da Companhia, todavia é convicção que o mesmo não é materialmente
relevante.
• -
nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019) - Esta alteração introduz a
possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com
compensação negativa ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de
condições específicas, em vez de serem classificados ao justo valor através de
resultados. A alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
• nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019) - Trata-se de uma
interpretação à IAS 12 -se aos requisitos de
mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação
de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração Fiscal relativamente
a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração
Fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor
estimativa e registar os activos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da
IAS 12, e não da IAS 37 com
base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser
retrospectiva ou retrospectiva modificada. A norma não terá impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é
obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019,
mas que a União Europeia ainda não endossou:
• (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019) - Esta alteração
ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia e esta exige que uma
entidade: (i) utilize pressupostos actualizados para determinar o custo do serviço actual
e os juros líquidos para o período remanescente após a alteração, redução ou liquidação
do plano, e (ii) reconheça no resultado do exercício como parte do custo com serviços
passados, ou como ganho ou perda na liquidação qualquer redução no excedente de
cobertura, mesmo que o excedente de cobertura não tenha sido reconhecido
ante asset ceiling asset ceiling
sempre registado em outro rendimento integral, não podendo ser reciclado por
resultado do exercício. A alteração terá impacto nas demonstrações financeiras da
Companhia.
• -prazo em associadas e empreendimentos
- Esta
alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A mesma
clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos
conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e
empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de
equivalência patrimonial são contabilizados segundo a IFRS 9. Os investimentos de
longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos estão sujeitos ao modelo de
imparidade das perdas estimadas, antes de serem adicionados para efeitos de teste de
imparidade ao investimento global numa associada ou num empreendimento conjunto
caso existam indicadores de imparidade. A alteração não terá impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
• plicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de Janeiro de 2020) - Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela
União Europeia e constitui uma revisão à definição de negócio para efeitos de
contabilização de concentrações de actividades empresariais, nomeadamente o
conceito de aquisição e output. A nova definição exige que uma aquisição inclua um
input e um processo substancial que conjuntamente gerem outputs. Estes passam a ser
definidos como bens e serviços que sejam prestados a clientes e que gerem rendimentos
de investimentos financeiros e outros rendimentos, excluindo os retornos sob a forma
de reduções de custos e outros benefícios económicos para os accionistas.
ra determinar se
uma transacção se refere à aquisição de um activo ou de um negócio. A alteração não
terá impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
• ou após 1 de Janeiro de 2020) - Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso
pela União Europeia e introduz (i) modificação ao conceito de material, (ii) clarificações
quanto à referência a informações pouco claras, correspondendo a situações em que o
seu efeito é similar a omitir ou distorcer tais informações, no contexto global das
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 49
demonstrações financeiras e (iii) ainda clarificações quanto ao termo principais
utilizadores das demonstrações financeiras . Estes são definidos como actuais e futuros
investidores, financiadores e credores que dependem das demonstrações financeiras
para obterem uma parte significativa da informação de que necessitam. As alterações
não terão impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
• Melhorias às normas 2015 2017 (a aplicar aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
Janeiro de 2019) - Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela
União Europeia e afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.
específicos obtidos que ainda permaneçam em aberto, após os activos qualificáveis a
que respeitam estarem na sua condição de uso ou venda, devem ser adicionados aos
empréstimos genéricos para calcular a taxa de juro média de capitalização nos outros
activos qualificáveis.
A
são reconhecidos na data em que a entidade regista a responsabilidade pelo pagamento
de dividendos, os quais são reconhecidos no resultado do exercício, em outro rendimento
integral ou em capital, consoante a transacção ou o evento que deu origem aos
dividendos.
esclarecem que: (i) na obtenção de controlo sobre um negócio que é uma operação
conjunta, os interesses detidos anteriormente pelo investidor são mensurados ao justo
valor, e (ii) quando um investidor numa operação conjunta, que não exerce controlo
conjunto, obtém controlo conjunto numa operação conjunta que é um negócio, não
contabiliza o interesse detido anteriormente ao justo valor.
As melhorias não têm impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
• que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2020) que ainda estão sujeitas a aprovação pela
União Europeia. Como resultado da publicação da nova Estrutura Conceptual, o IASB
introduziu alterações no texto de várias normas e interpretações, como: IFRS 2, IFRS 3,
IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS 37, IAS 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22,
SIC 32, de forma a clarificar a aplicação das novas definições de activo/passivo e de
gasto/rendimento, além de algumas das características da informação financeira. Essas
alterações são de aplicação retrospectiva, excepto se impraticáveis. A alteração da
estrutura conceptual não terá impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
•
1 de Janeiro de 2022) - Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União
Europeia. A mesma substitui a IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam
contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com
características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração
corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente
pode assentar num modelo completo (building block approach) ou simplificado
(premium allocation approach). O reconhecimento da margem técnica é diferente
consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. A norma
terá impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
Principais políticas contabilísticas adoptadas
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações
financeiras são as a seguir descritas, tendo sido aplicadas de forma consistente para os
períodos apresentados:
a) Reporte por segmentos
Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que se encontram
sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.
A CA Vida optou por relatar a informação pelos seguintes segmentos: poupança, risco,
contratos de investimento e fundos de pensões.
Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num
ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes
dos existentes em outros ambientes económicos. Visto que todos os contratos da CA Vida
são celebrados em Portugal, este constitui o seu único segmento.
b) Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis encontram-se contabilizados ao respectivo custo histórico de
aquisição sujeito a depreciação e testes de imparidade. As respectivas depreciações
foram calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, seguindo o
critério duodecimal, com base nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma
razoável, a vida útil estimada dos bens:
• Equipamento administrativo 12,50%
• Máquinas e ferramentas 20,00%
• Equipamento informático 33,33%
• Material de transporte 25,00%
• Instalações interiores 15,00%
• Património Artístico 0%
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 50
Na rubrica Instalações interiores são reconhecidos os valores despendidos nas obras
realizadas nas actuais instalações da Companhia, depreciados de forma linear até à data
de término do contrato de arrendamento.
No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia
capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o
correcto funcionamento do activo, de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da
mensuração subsequente, é estabelecida uma vida útil do activo capaz de espelhar o
tempo estimado de obtenção de benefícios económicos por parte deste, depreciando-o
por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.
Os custos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se
for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia.
Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Quando existe a evidência de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor
recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que
o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade
são reconhecidas em resultados para os activos registados ao custo histórico.
O valor recuperável do activo é determinado como o mais elevado entre o seu preço de
venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos
fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo
e da sua alienação no fim da sua vida útil. Os activos fixos tangíveis são desreconhecidos
quando a Companhia procede à sua alienação, quando se tornam obsoletos ou quando
ocorrem danos severos que conduzam à sua inutilização. Nos casos de
desreconhecimento por venda, a Companhia apura o valor da mais/menos valia, o qual é
reconhecido na demonstração de resultados.
c) Activos intangíveis
Os activos intangíveis apenas são reconhecidos quando: (i) sejam identificáveis, (ii) seja
provável que dos mesmos advenham benefícios económicos futuros e (iii) o seu custo
possa ser mensurado com fiabilidade.
Os custos incorridos com a aquisição de aplicações informáticas são capitalizados como
activos intangíveis, assim como as despesas adicionais necessárias à sua implementação.
Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações
informáticas, sobre os quais seja expectável que venham a gerar benefícios económicos
futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos
intangíveis.
Os activos intangíveis estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição
sujeito a amortização e a testes de imparidade. As amortizações respectivas são
calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério
duodecimal, com base na seguinte taxa anual, a qual reflecte, de forma razoável, a vida
útil estimada dos activos intangíveis:
• Despesas com aplicações informáticas 33,33%
Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos
quando incorridos.
Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor
recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que
o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade
são reconhecidas em resultados para os activos registados ao custo histórico.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido e
o valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros
estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no
fim da vida útil.
d) Activos financeiros
i) Classificação
A Companhia classifica os activos financeiros no momento da sua aquisição
considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes
categorias:
• Activos financeiros detidos para negociação
Adquiridos com o principal objectivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui
também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.
• Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 51
Esta categoria inclui os activos com derivados embutidos, designados no momento do
seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo valor
reconhecidas em resultados.
• Activos disponíveis para venda
Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a
Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como
disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) quando não se
enquadrem noutras categorias existentes.
• Investimentos a deter até à maturidade
São activos financeiros sobre os quais existe a intenção e a capacidade de detenção até à
maturidade, apresentando uma maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis. Em
caso de venda antecipada, a classe considera-se contaminada e todos os activos da
mesma têm de ser reclassificados para a classe disponíveis para venda.
• Empréstimos concedidos e contas a receber
Inclui activos financeiros, excepto derivados, com pagamentos fixos ou determináveis
que não sejam cotados num mercado activo e cuja finalidade não seja a negociação.
ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento
As aquisições e alienações de activos financeiros detidos para negociação, classificados
no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas, de activos
financeiros disponíveis para venda e de investimentos a deter até à maturidade são
reconhecidas na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia
se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros referidos são
inicialmente reconhecidos ao justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto
nos casos de activos financeiros detidos para negociação e classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas, em que estes custos
são registados directamente em resultados.
Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da
Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não
obstante, retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios
associados à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos.
Os empréstimos concedidos e contas a receber são reconhecidos ao justo valor no
momento inicial e são mensurados ao justo valor e subsequentemente ao custo
amortizado através da taxa de juro efectiva, sendo deduzidas quaisquer perdas por
imparidade.
iii) Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os
activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em
ganhos e perdas e, quando afectos a seguros de vida com participação nos resultados,
transferidas para a conta de participação nos resultados a atribuir, na parte pertencente
ao tomador de seguro.
Os investimentos disponíveis para venda são igualmente registados ao justo valor sendo,
no entanto, as respectivas variações reconhecidas no Capital Próprio (Reserva de
Reavaliação), na parte que pertence ao Accionista, até que os investimentos sejam
desreconhecidos, ou seja, alienados ou identificadas perdas por imparidade, momento
em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é
transferido para resultados. No caso de activos financeiros afectos a seguros com
participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente
em reservas (Capital Próprio) e posteriormente transferidas para a conta de participação
nos resultados a atribuir, na parte pertencente ao tomador de seguro.
Ainda relativamente aos activos disponíveis para venda, o ajustamento ao justo valor
compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva por
contrapartida de resultados do exercício (somente no que respeita a títulos de
rendimento fixo), (ii) as variações cambiais (no caso de denominação em moeda
estrangeira) por contrapartida de resultados do exercício e (iii) as variações no justo
valor (excepto risco cambial) conforme descrito anteriormente.
Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo
amortizado, de acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros,
valores incrementais e prémios e descontos) a serem registadas na conta de ganhos e
perdas.
O justo valor dos activos financeiros cotados difere de acordo com a sua natureza. As
acções, os direitos autónomos de subscrição ou de atribuição de acções e os exchange
traded funds são valorizados ao preço oficial de fecho ou equiparado do mercado
organizado com maior volume de transacção médio, formado e divulgado na data a que
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 52
respeita a valorização ou, caso não se tenha formado nessa data, em data anterior, que
não diste da data a que se refere a avaliação mais de 15 dias de calendário. Caso o preço
oficial de fecho ou equiparado do mercado de referência seja formado em momento
posterior ao de referência da valorização, é adoptado o último preço de transacção
efectuado nesse mercado, na data a que se reporta a valorização, divulgado até ao
momento de referência da valorização. Os fundos de investimento são valorizados ao
respectivo valor patrimonial.
Os títulos representativos de capital de organismos de investimento colectivo são
valorizados com base no último valor do respectivo valor unitário do activo líquido net
asset value ou valor da unidade de participação, divulgado pela fonte de informação de
referência até ao momento da valorização.
Nas obrigações, o preço de valorização corresponde ao último preço de transacção,
divulgado até ao momento de referência da valorização, correspondente ao último preço
divulgado para essa data, excepto se tal preço não possa ser considerado representativo.
Sempre que não exista mercado de referência ou, existindo, nas datas em que nele não
se realizem transacções, bem como naquelas em que o último preço formado não possa
ser considerado representativo, o preço de valorização é determinado de acordo com os
critérios aplicáveis a obrigações e outros títulos de dívida não admitidos à negociação em
mercado regulamentado. No caso de obrigações, certificados e instrumentos de dívida
com activos subjacentes, direitos ou instrumentos derivados incorporados não
admitidos à negociação em mercado regulamentado, o preço de referência é constituído
pelo último valor de compra do Composite Bloomberg Bond Trader (CBBT), formado na
data e divulgado até ao momento de referência da valorização, pela Bloomberg. Caso
não exista um preço CBBT, o preço de valorização corresponderá à média das duas
ofertas de compra firmes a melhor preço de intermediários financeiros qualificados. Na
ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de
avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos
de avaliação de opções parametrizados de modo a reflectir as particularidades e
circunstâncias do instrumento, recorrendo para o efeito, caso necessário, a entidades
especializadas e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.
Os instrumentos financeiros encontram-se valorizados ao justo valor em três níveis, de
acordo com a hierarquia de justo valor, conforme previsto pela Norma IFRS 13
Mensuração pelo justo valor , a saber: (i) Nível 1 - Instrumentos financeiros valorizados
com base em cotações de mercados activos a que a Companhia tem acesso. Incluem-se
nesta categoria os títulos valorizados com base em preços executáveis (com liquidez
imediata) publicados por fontes externas; (ii) Nível 2 - Instrumentos financeiros cuja
valorização tem por base dados observáveis, direta ou indiretamente, em mercados
ativos. Incluem-se nesta categoria os títulos valorizados tendo por base bids fornecidos
por contrapartes externas e técnicas de valorização interna que utilizam
exclusivamente dados observáveis de mercado; e (iii) Nível 3 - Instrumentos financeiros
cujo justo valor deriva de técnicas de valorização em que os inputs não são observáveis
em mercado.
Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o
justo valor são registados ao custo de aquisição.
iv) Transferências entre categorias de activos financeiros
Em Outubro de 2008, o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 Reclassificação de
instrumentos financeiros (Amendements to IAS 39 Financial Instruments: Recognition
and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures). Esta alteração veio
permitir que uma entidade transfira de activos financeiros detidos para negociação para
as carteiras de activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e
contas a receber ou para activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses
activos financeiros obedeçam às características de cada categoria.
As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de
empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade
são também permitidas.
v) Imparidade
Imparidade de títulos
A CA Vida analisa a cada data de balanço se existe evidência objectiva de que um activo
financeiro, ou um grupo de activos financeiros, se encontram em imparidade.
No caso de se verificar essa evidência, é determinado o respectivo valor recuperável,
sendo as perdas de imparidade resultantes da diferença entre o valor recuperável e o
valor contabilístico do activo financeiro, registadas por contrapartida de resultados.
Relativamente a instrumentos classificados como disponíveis para venda, as perdas por
imparidade serão reconhecidas sempre que se verifique uma evidência objectiva de
imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorram após o seu reconhecimento
inicial, tais como:
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 53
• Para os títulos representativos de capital, um declínio prolongado ou significativo no
justo valor destes, inferior ao respectivo custo e,
• Para os títulos de dívida, quando exista um impacto no valor dos fluxos de caixa futuros
do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com
razoabilidade.
Os critérios para estimar as perdas por imparidade da Companhia, relativamente a
títulos representativos de capital, consistem na existência de uma desvalorização, à data
da referência das demonstrações financeiras, de menos valias potenciais superiores a
50% do custo de aquisição do instrumento financeiro, independentemente do período de
tempo em que se verificou esta situação ou a manutenção do justo valor do instrumento
financeiro abaixo do respectivo custo de aquisição ao longo de um período de 24 meses.
A definição do critério de imparidade, utilizado pela Companhia, teve por base o
normativo contabilístico em vigor (base IFRS) e as tendências que estão a ser usadas no
mercado segurador, nas organizações que prestam as suas contas em conformidade
com as IFRS, visando desta forma a harmonização com algumas práticas do mercado.
Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda,
que correspondem a instrumentos de dívida, a perda potencial acumulada em reservas,
correspondente à diferença entre o custo de aquisição (amortizado pela taxa efectiva, no
caso de títulos de dívida) e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade
no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se
num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, esta é revertida
por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, se o
aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o
reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros
instrumentos de capital, para os quais não é possível reconhecer qualquer reversão de
imparidade. As valorizações subsequentes de acções e outros instrumentos de capital
são reconhecidas em reservas.
No que se refere aos investimentos a deter até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos
fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados
à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no
activo, líquidos de imparidade. No caso de um activo com taxa de juro variável, a taxa de
juro a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro
efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Se num período
subsequente o montante de perda por imparidade diminui, e essa diminuição puder ser
objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o respectivo
reconhecimento, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.
Ajustamentos para recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa
Os ajustamentos para recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos
prémios em cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não
O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos prémios por cobrar
segundo a aplicação dos critérios estabelecidos pela Autoridade de Supervisão de
Seguros e Fundos de Pensões.
Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante
dos saldos devedores, provenientes de operações de seguro directo, de resseguro ou
outras, com excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor previsional de realização, por
aplicação dos critérios autorizados por norma específica da autoridade de supervisão.
e) Outros activos financeiros derivados embutidos e instrumentos financeiros
derivados
Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados
separadamente quando as suas características económicas e os seus riscos não estão
relacionados com o instrumento principal e este não se encontra contabilizado ao justo
valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor e as
respectivas variações reconhecidas em resultados.
Em alternativa, são reconhecidos respectivamente, como activos financeiros
classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas ou
como activos financeiros detidos para negociação. Subsequentemente, o justo valor dos
instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou
perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do
período.
O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e na
ausência de cotação ou inexistência de mercado activo, é determinado com base na
utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de
mercado, ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades
especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados,
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 54
considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e os
factores de volatilidade.
A Companhia não tem derivados designados como derivados de cobertura.
f) Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação
contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro
activo financeiro, independentemente da sua forma legal.
Os passivos financeiros incluem essencialmente passivos de contratos de investimento
e são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção
incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa
efectiva, com a excepção dos passivos por contratos de investimento em que o risco de
investimento é suportado pelo tomador de seguro os quais são registados ao justo valor.
g) Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam
os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data
de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de
valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Instituições de Crédito.
h) Capital social
As acções são classificadas como Capital Próprio quando não têm subjacente a
obrigação de transferir dinheiro ou outros activos. Os custos incrementais directamente
atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são apresentados no Capital Próprio
como uma dedução dos proveitos, líquidos de impostos.
i) Contratos de seguro e contratos de investimento
Os contratos de seguro são contratos segundo os quais a Seguradora assume um risco
de seguro significativo da pessoa segura, aceitando compensá-la no caso de um
acontecimento futuro incerto que a afecte de forma adversa. Este tipo de contrato
encontra-se no âmbito da IFRS 4 (seguros de vida puros).
Os contratos de investimento são contratos que envolvem exclusivamente risco
financeiro. Estes contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente
financeiros e aqueles que possuem uma característica de participação discricionária
(participação nos resultados).
Se os contratos de investimento forem puros enquadram-se no âmbito da IAS 39, se
atribuírem uma participação discricionária enquadram-se no âmbito da IFRS 4 (Produtos
de capitalização com taxas garantidas e com participação nos resultados).
Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados,
são reconhecidos e mensurados como se segue:
Prémios
Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que
respeitam, da mesma forma que os prémios brutos emitidos.
Custos de aquisição
Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração de
mediação contratualmente atribuída ao canal de distribuição (Caixa Central de Crédito
Agrícola Mútuo e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo), pela angariação de contratos de
seguro e de investimento.
Estas remunerações são registadas como custo no exercício a que respeitam.
Provisão matemática
A provisão matemática do Ramo Vida corresponde à diferença entre os valores actuais
das responsabilidades da Companhia e os valores actuais das responsabilidades dos
tomadores de seguro, relativamente às apólices emitidas, sendo calculada com base em
métodos actuariais reconhecidos e em conformidade com as notas técnicas aprovadas
pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões para cada uma das
modalidades.
De acordo com estas notas técnicas, a provisão é calculada com base na tábua de
mortalidade GKM80 e com as taxas de juro técnicas definidas para cada modalidade.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 55
Provisão para sinistros
A provisão para sinistros é determinada pela conjugação de dois métodos. O primeiro
baseia-se numa análise caso a caso, determinando os sinistros ocorridos e ainda por
liquidar. O segundo consiste na aplicação de métodos estatísticos que calculam a
provisão dos sinistros ocorridos mas não declarados à data de balanço e eventuais custos
associados (IBNR).
Provisão para participação nos resultados a atribuir (shadow accounting)
De acordo com o estabelecido na IFRS 4, os ganhos e perdas não realizados dos activos
financeiros afectos a responsabilidades de contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária são atribuídos aos tomadores de seguro, na
parte estimada da sua participação, através do reconhecimento de uma
responsabilidade, tendo por base a expectativa de que estes irão participar nesses
ganhos e perdas não realizados quando estes se concretizarem.
Esta provisão corresponde ao valor líquido dos ajustamentos de justo valor relativos aos
investimentos afectos a seguros de vida com participação nos resultados, na parte
estimada do beneficiário do contrato. A estimativa dos montantes a atribuir aos
beneficiários do contrato sob a forma de participação nos resultados em cada
modalidade ou conjunto de modalidades deve ser calculada tendo por base um plano
adequado, aplicado de forma consistente, que tenha em consideração o plano de
participação nos resultados, a maturidade dos compromissos, dos activos afectos e
ainda outras variáveis específicas da modalidade ou modalidades em causa.
Ao longo do período de duração dos contratos de cada modalidade ou conjunto de
modalidades, o saldo da provisão para participação nos resultados a atribuir que lhe
corresponde deve ser integralmente utilizado pela compensação dos ajustamentos
negativos do justo valor dos investimentos e pela sua transferência para a provisão para
participação nos resultados atribuída.
Provisão para participação nos resultados atribuída
Esta provisão inclui os montantes destinados aos tomadores de seguro ou aos
beneficiários dos contratos sob a forma de participação nos resultados que não tenham
ainda sido distribuídos, designadamente mediante a inclusão na provisão matemática
dos contratos.
Provisões técnicas de resseguro cedido
As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas aplicando os critérios
anteriormente descritos para o seguro directo, tendo em atenção as cláusulas existentes
nos tratados de resseguro em vigor e correspondem à parte dos resseguradores nos
montantes brutos das provisões técnicas de seguro de vida.
Provisão para estabilização de carteira
A provisão para estabilização de carteira é constituída relativamente aos contratos de
seguro de grupo anuais renováveis, que garantem como cobertura principal o risco de
morte, com vista a fazer face ao agravamento do risco inerente à progressão da média
etária do grupo seguro, sempre que este tenha sido tarifado com base numa taxa única,
a qual, por compromisso contratual, se deva manter por um certo prazo.
Provisão para compromissos de taxa
A cada data de reporte, a Companhia procede à avaliação da adequação das
responsabilidades decorrentes de contratos de seguro e de contratos de investimento
com participação nos resultados discricionária. Essa avaliação é efectuada tendo por
base a projecção dos cash-flows futuros associados a cada contrato, descontados
considerando a estrutura temporal de taxas de juro disponibilizada pela European
Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA) para efeitos de cálculos de
Provisões Técnicas no âmbito do regime Solvência II, sendo feita produto a produto ou
agregada quando os riscos dos produtos são similares ou geridos de forma conjunta. Na
eventualidade de existir uma diferença entre os valores das responsabilidades e a
projecção de cash-flows futuros descontados, esta é registada em resultados por
contrapartida da rubrica provisão para compromissos de taxa.
j) Imposto sobre o rendimento
Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos.
Os impostos correntes são os que se estimam pagar com base no resultado tributável,
apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada
ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.
Os impostos diferidos são calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores
contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto
aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que
se espera virem a ser aplicadas quando os ajustamentos fiscais se reverterem.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 56
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
tributáveis, com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de
activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico, quer o fiscal e de
diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias, na medida em que
provavelmente não serão revertidas no futuro.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
dedutíveis, apenas até ao montante em que seja expectável a existência de lucros
tributáveis no futuro, capazes de absorver as referidas diferenças.
Os impostos sobre lucros são reflectidos em resultados, excepto quando relacionados
com itens reconhecidos directamente no Capital Próprio, caso em que são também
registados por contrapartida do Capital Próprio. Os impostos diferidos registados no
Capital Próprio decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são
posteriormente reconhecidos em resultados, no momento em que forem reconhecidos
em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
k) Benefícios concedidos aos empregados
Plano de benefícios pós-emprego
De acordo com o n.º 1 da cláusula 50ª do Acordo Colectivo entre a Açoreana Seguros, S.A.
e outras e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS) e outro
(adiante também designado por ACT), ao qual a CA Vida aderiu, publicado no Boletim de
Trabalho e Emprego (BTE)
em efectividade de funções, com contratos de trabalho por tempo indeterminado,
beneficiarão de um plano individual de reforma, em caso de reforma por velhice ou por
invalidez concedida pela Segurança Social o qual integrará e substituirá quaisquer
outros sistemas de atribuição de pensões de reforma previstos em anteriores
instrumentos de regulamen
O plano de pensões é financiado através de uma adesão colectiva ao fundo de pensões
aberto CA Reforma Garantida.
Tendo em conta o disposto no anexo V do referido ACT, a Companhia, em 2018, efectuou
contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR) de valor correspondente à taxa de
3,25% aplicada sobre o ordenado anual do trabalhador.
A primeira contribuição anual do empregador para o Plano Individual de Reforma
verificar-se-á, para os trabalhadores em efectividade de funções, no ano seguinte àquele
em que completem 2 anos de prestação de serviço efectivo na empresa.
No caso do contrato de trabalho ter sido celebrado a termo resolutivo, a primeira
contribuição anual do empregador apenas terá lugar no ano civil subsequente ao da
conversão do contrato a termo em contrato de trabalho sem termo e cumprido que
esteja o período de carência de 2 anos previsto acima.
O PIR prevê a garantia de capital investido, sendo essa responsabilidade da entidade
gestora. Trata-se de um plano de contribuição definida, sendo os benefícios pós-emprego
recebidos pelos empregados determinados pelas contribuições pagas pela Companhia,
juntamente com o retorno dos investimentos provenientes dessas mesmas
contribuições. Consequentemente, os riscos actuarial e de investimento recairão nos
empregados, sem prejuízo da garantia de capital investido, referida acima.
Dado que a obrigação da Companhia (Associada) é determinada pelas quantias a serem
contribuídas, a respectiva contabilização consistirá em reconhecer um gasto anual, à
medida que essas contribuições forem efectuadas.
Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)
Ao abrigo da cláusula 42ª do CCT, a Companhia atribuirá aos Colaboradores, mediante o
cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma, prémios de permanência
pecuniários (Colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou a concessão de dias de
licença com retribuição (Colaboradores com idade superior ou igual a 50 anos).
Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na
Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu
ordenado efectivo mensal. Após este completar 50 anos de idade e logo que verificados
os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário
será substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de
acordo com o esquema seguinte:
• Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;
• Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na Companhia;
• Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na Companhia.
As responsabilidades da Companhia com prémios de permanência foram calculadas, na
data de fecho de contas, com base no Método da Unidade de Crédito Projectada.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 57
Benefícios de saúde
Os Colaboradores da CA Vida que se encontram no activo beneficiam de um seguro de
assistência médica, sendo os gastos resultantes deste benefício registados como gastos
do ano.
Bónus de desempenho
A política de remuneração dos Colaboradores é definida pelo Conselho de Administração
Executivo e poderá contemplar um prémio pelo desempenho, atribuído com base nos
resultados obtidos por estes e pela Companhia e nos critérios definidos no modelo de
avaliação de desempenho em vigor na CA Vida.
Os gastos resultantes de bónus de desempenho são registados pela Companhia como
gastos do ano.
Benefícios de cessação de emprego
Os benefícios de cessação de emprego são reconhecidos quando a Companhia cessa o
emprego antes da data normal de reforma, ou quando o empregado aceita a cessação de
emprego em troca destes benefícios. A CA Vida reconhece a responsabilidade com
benefício de cessação de emprego na mais antiga das seguintes datas: na qual a CA Vida
deixa de poder retirar a oferta dos benefícios, ou na qual a Companhia reconhece os
gastos de uma restruturação no âmbito do registo das provisões. Os benefícios devidos a
mais de 12 meses, após o final do período de reporte, são descontados para o seu valor
presente.
l) Outras provisões, activos e passivos contingentes
São constituídas provisões quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva)
resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de
recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade.
O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para
liquidar a responsabilidade na data do balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio
de recursos, trata-se de um passivo contingente.
Os passivos contingentes são objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua
concretização seja remota.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados quando for provável, mas não certa, a existência de um influxo económico
futuro de recursos.
m) Reconhecimento de juros e dividendos
Os juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda e como
a deter até à maturidade são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares
utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor
através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.
A taxa de juro efectiva é aquela que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros
estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um
período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.
Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros
considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando,
no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam
parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e
descontos directamente relacionados com a transacção.
No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes, para os
quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são
determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por
imparidade.
No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente
à variação de justo valor não é separada, sendo classificada, conjuntamente com o
activo, na rubrica de ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao
justo valor através de ganhos e perdas.
Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são
reconhecidos em resultados quando o direito ao seu recebimento é estabelecido.
n) Transacções em moeda estrangeira
As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao
câmbio em vigor na data em que ocorrem.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 58
Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União
Económica e Monetária (UEM) são convertidos para euros utilizando o último câmbio de
referência indicado pelo Banco de Portugal.
As diferenças de câmbio, de activos e passivos monetários, entre as taxas em vigor na
data da contratação e as vigentes na data de balanço, são contabilizadas na conta de
ganhos e perdas do exercício.
Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda
estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos
não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são
convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As
diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz
respeito às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros
disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.
o) Locações
As operações de locação são classificadas como locações financeiras ou locações
operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os
critérios definidos na IAS 17 Locações . São classificadas como locações financeiras as
operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são
transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas
como locações operacionais.
Locações operacionais
Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em
custos nos períodos a que dizem respeito.
Locações financeiras
Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no
passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual
das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro
que é debitado em resultados e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida
ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período
da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo
remanescente do passivo em cada período.
p) Resultados por acção
Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado líquido dos
accionistas pelo número médio ponderado de acções ordinárias existentes no ano. O
resultado por acção diluído corresponde ao número médio ponderado de acções
ajustado no cálculo do resultado por acção diluído para comportar o efeito diluidor de
todas as acções ordinárias potenciais.
3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na
elaboração das demonstrações financeiras
As IAS/IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos contabilísticos e requerem que o
Conselho de Administração Executivo utilize julgamentos e efectue estimativas
necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As
principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos
princípios contabilísticos pela Companhia são a seguir divulgados, com o objectivo de
melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados e
sem intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas seriam mais apropriadas.
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da
Companhia são continuamente avaliados, representando a cada data de relato a melhor
estimativa do Conselho de Administração Executivo, tendo em conta o desempenho
histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas
circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.
Na Nota 2 foi apresentada uma descrição alargada das principais políticas
contabilísticas utilizadas pela Companhia.
Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao
tratamento contabilístico adoptado pela CA Vida, que levariam a resultados diferentes
dos obtidos. No entanto, a Companhia entende que os julgamentos e as estimativas
utilizados são os adequados, pelo que as demonstrações financeiras apresentam de
forma verdadeira e apropriada a sua posição financeira e o resultado das operações em
todos os aspectos materialmente relevantes.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 59
a) Provisões técnicas e responsabilidades relativas a contratos de seguro e de
investimento com participação nos resultados discricionária
As responsabilidades futuras decorrentes de contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária são registadas na rubrica contabilística das
provisões técnicas.
As provisões técnicas relativas aos produtos Vida tradicionais são determinadas tendo
por base vários pressupostos nomeadamente mortalidade, longevidade e taxa de juro,
aplicáveis a cada uma das coberturas. Os pressupostos utilizados baseiam-se na
experiência passada da Companhia e do mercado. Estes pressupostos poderão ser
revistos se for determinado que a experiência futura venha a confirmar a sua
desadequação.
As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária (produtos de capitalização) incluem as (i)
provisão matemática, (ii) provisão para participação nos resultados, (iii) provisão para
sinistros, (iv) provisão para compromisso de taxa e (v) provisão para estabilização de
carteira.
Quando existem sinistros, qualquer montante pago ou que se estime pagar é
reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões para
pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro e de investimento com
participação nos resultados discricionária.
Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro e de
investimento com participação nos resultados, a Companhia avalia periodicamente as
suas responsabilidades utilizando metodologias actuariais e tomando em consideração
as coberturas de resseguro respectivas. As provisões são revistas periodicamente pela
função actuarial.
Ver adicionalmente a Nota 27.
b) Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e obrigações com
derivados embutidos
O justo valor é determinado com base em preços de cotação em mercado, quando
disponíveis e, na ausência destes, em preços de transacções recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado ou em metodologias de avaliação, baseadas em
técnicas de fluxos de caixa futuros descontados, considerando as condições de mercado,
o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade, recorrendo para o
efeito, caso necessário, a entidades especializadas. Estas metodologias podem requerer
a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.
A utilização de diferentes metodologias, pressupostos ou julgamentos na aplicação de
determinado modelo, poderá originar resultados financeiros distintos daqueles
reportados.
Ver adicionalmente a Notas 22 e 23.
c) Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda e dos activos
detidos até à maturidade
A Companhia determina que existe imparidade nos activos disponíveis para venda
quando se verifica uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo
valor. A determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo
requer julgamento. No julgamento efectuado, a Companhia avalia entre outros factores,
a volatilidade normal dos preços das acções.
No que se refere aos investimentos a deter até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos
fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados
à taxa de juro efectiva original do activo financeiro.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas
poderão resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o
consequente impacto nos resultados da Companhia.
A Companhia adopta as orientações contabilísticas da IAS 39 para determinar quando os
seus activos financeiros se encontram em imparidade. Esta avaliação requer julgamento
significativo. Ao calcular esta estimativa, a Gestão avalia, entre outros factores, a
duração e extensão das circunstâncias nas quais o valor recuperável destes activos é
inferior ao seu custo.
Os saldos de Clientes e Outras contas a receber são avaliados para factores como a
frequência de incumprimento, recuperação de imparidades anteriormente
reconhecidas, e situação financeira do devedor, enquanto elementos de avaliação mais
críticos para efeitos de análise de imparidade.
Ver adicionalmente a Nota 2 alínea d), subalínea v) e a Nota 18.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 60
d) Provisões
A Companhia analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos
passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou divulgação. A subjectividade
inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários
para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos: (i) por
variação dos pressupostos utilizados; (ii) pelo futuro reconhecimento de provisões
anteriormente divulgadas como passivos contingentes; e/ou (iii) pela anulação futura de
provisões, quando se passem a classificar apenas como passivos contingentes.
e) Activos tangíveis e intangíveis
A determinação da vida útil dos activos, bem como o método de depreciação/amortização
a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações/amortizações a
reconhecer na demonstração dos resultados e do outro rendimento integral de cada
exercício. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do
Conselho de Administração Executivo.
f) Imposto sobre o rendimento
As revisões de declarações fiscais efectuadas pela Autoridade Tributária podem levar ao
reconhecimento de passivos respeitantes a pagamentos adicionais de impostos,
incluindo juros e outras penalidades. Tais revisões podem implicar impactos ao nível do
imposto sobre o rendimento e provisões para impostos, nos períodos contabilísticos em
que as mesmas ocorrem.
Os activos por impostos diferidos para os prejuízos fiscais reportados são reconhecidos
até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis no futuro
capazes de os absorver. Tendo em conta o contexto de crise e o impacto que pode ter nos
resultados futuros, para determinar a quantia de impostos diferidos activos que podem
ser reconhecidos deve-se ter em consideração (i) a data e quantia prováveis de lucros
futuros tributáveis; e (ii) as estratégias de planeamento fiscal futuro definidas pelo
Conselho de Administração Executivo.
4. Reporte por segmentos
Os segmentos operacionais correspondem a componentes da Companhia:
(i) Que prosseguem actividades de negócio das quais podem obter-se rendimentos e
incorrer em gastos (incluindo rendimentos e gastos com transacções com outros
componentes da mesma Companhia);
(ii) Cujos resultados operacionais são regularmente revistos pela Gestão da Companhia,
de maneira a tomar decisões acerca dos recursos a serem alocados ao segmento e
avaliar a sua performance; e
(iii) Para os quais existe informação financeira disponível.
Os segmentos operacionais da CA Vida são apresentados de forma consistente com o
reporte apresentado internamente ao Conselho de Administração Executivo, sendo este
responsável pela alocação de recursos e avaliação de performance dos segmentos
operacionais.
A Companhia considera como segmentos operacionais os seguintes:
• Poupança
Produtos que preenchem necessidades de investimento dos tomadores de seguro,
garantindo-lhes uma taxa de rendimento e uma participação nos resultados,
dependente, principalmente, da rendibilidade financeira dos activos.
• Risco
Produtos que protegem a pessoa segura contra os riscos de morte, invalidez, doença
grave e outros.
• Contratos de investimento
Produtos de investimento com taxa garantida, mas sem participação nos resultados
e produtos de investimento em que o risco do investimento é do tomador de seguro
(unit linked).
• Fundos de pensões
Rendimentos e gastos relacionados com a gestão de fundos de pensões.
• Não alocados
Inclui essencialmente activos não afectos a provisões técnicas e os respectivos
ganhos e perdas e estão de acordo com os requisitos previstos na IFRS 8.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 61
Segmento de negócio
Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2018
Poupança Risco Contratos de
investimento
Fundos de
pensões Não alocados Total
Prémios adquiridos líquidos de resseguro 19.036.537 29.696.160
48.732.698
Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos
de investimento ou como contratos de prestação de serviços
37.140
37.140
Custos com sinistros, líquidos de resseguro -252.234.850 -6.062.327 -258.297.177
Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro -4.267.323 -4.803.638
-9.070.961
Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 217.650.603 -419.182 217.231.421
Participação nos resultados, líquida de resseguro -6.609.249 -1.204.564 -7.813.812
Custos e gastos de exploração líquidos -5.476.907 -9.598.618 -407.721 -1.043.992 -16.527.238
Rendimentos 32.079.589 305.675 5.577.260 2.675.123 40.637.648
Gastos financeiros -12.761.682 -124.282 -1.355.427
-2.394.602 -16.635.992
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 10.867.710 22.054 1.423.463 670.125 12.983.352
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas -916.774
-2.158.721
-76.936 -3.152.431
Perdas de imparidade (líquidas de reversão)
Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro -1.239
868.467
867.228
Outros rendimentos/gastos 5.845
314.364 320.209
Resultado antes de impostos -2.627.739 7.811.279 3.115.994 -175.525 1.188.074 9.312.084
Imposto -701.998 2.087.422 832.693 -46.906 317.491 2.488.702
Resultado líquido do exercício -1.925.741 5.723.857 2.283.302 -128.619 870.583 6.823.382
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 62
Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2017
Poupança Risco Contratos de
investimento
Fundos de
pensões Não alocados Total
Prémios adquiridos líquidos de resseguro 20.938.805 26.656.811 47.595.616
Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos
de investimento ou como contratos de prestação de serviços 62.085 62.085
Custos com sinistros, líquidos de resseguro -284.105.408 -6.424.825 -290.530.233
Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro -11.842.593 -11.842.593
Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 243.163.348 -54.306 243.109.043
Participação nos resultados, líquida de resseguro -14.626.984 -1.223.806 -15.850.790
Custos e gastos de exploração líquidos -6.388.259 -7.680.320 -732.006 -823.324 -15.623.908
Rendimentos 38.717.361 449.996 9.314.367 1.992.332 50.474.056
Gastos financeiros -14.534.846 -212.246 -14.052.124 -2.302.590 -31.101.805
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 24.891.787 726.847 322.961 1.408.503 27.350.097
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas -3.424 4.287.001 30.772 4.314.349
Perdas de imparidade (líquidas de reversão)
Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 711.088 3.868 714.956
Outros rendimentos/gastos 118.753 118.753
Resultado antes de impostos -3.790.214 12.238.151 -797.715 -112.236 1.251.637 8.789.624
Imposto -921.742 2.975.705 -193.964 -27.290 304.335 2.137.044
Resultado líquido do exercício -2.868.472 9.262.446 -603.751 -84.945 947.302 6.652.580
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 63
Activos e passivos por segmento em 31 de Dezembro de 2018
Poupança Risco Contratos de
investimento Não alocados Total
Caixa e depósitos à ordem 34.630.713 14.851.250 3.064.840 52.546.803
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527
29.255.527
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 17.706.168 29.603.074 797.213 48.106.455
Activos disponíveis para venda 929.646.020 17.398.416 32.311.893 107.948.671 1.087.305.000
Outros activos tangíveis
290.667 290.667
Outros activos intangíveis 797.650 797.650
Provisões técnicas de resseguro cedido
3.713.952
3.713.952
Outros devedores por operações de seguros e outras operações -7.935 910.316 304.561 1.206.943
Activos por impostos
8.606
1.014.359 1.022.966
Acréscimos e diferimentos
266.668 266.668
Total Activo 1.011.230.493 22.031.291 76.766.216 114.484.628 1.224.512.628
Provisões técnicas 989.508.467 16.077.400 1.005.585.867
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e
operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 66.557.902 66.557.902
Outros passivos financeiros 40.033.333 40.033.333
Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 57.581 57.581
Outros credores por operações de seguros e outras operações 355.579 813.145 1.168.724
Passivos por impostos 4.553 98.390 950.152 1.053.095
Acréscimos e diferimentos 9.094.920 9.094.920
Total Passivo 989.513.020 16.531.369 66.557.902 50.949.131 1.123.551.421
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 64
Activos e passivos por segmento em 31 de Dezembro de 2017
Poupança Risco Contratos de
investimento Não alocados Total
Caixa e depósitos à ordem 6.925.060 7.462.204 146.131 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação 26.584.581 26.584.581
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 29.285.781 58.001.192 873.161 88.160.134
Activos disponíveis para venda 1.191.458.361 11.875.433 160.119.720 106.484.502 1.469.938.015
Outros activos tangíveis 376.598 376.598
Outros activos intangíveis 1.114.367 1.114.367
Provisões técnicas de resseguro cedido 3.880.679 3.880.679
Outros devedores por operações de seguros e outras operações 15.344 576.584 14.033 274.338 880.298
Activos por impostos 2.001 1.400.683 1.402.683
Acréscimos e diferimentos 190.832 190.832
Total Activo 1.254.269.125 16.334.696 225.597.149 110.860.612 1.607.061.582
Provisões técnicas 1.221.099.975 11.974.828 1.233.074.803
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e
operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 210.737.962 210.737.962
Outros passivos financeiros 40.033.333 40.033.333
Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 58.431 58.431
Outros credores por operações de seguros e outras operações 82.169 14.033 1.211.068 1.307.270
Passivos por impostos 4.827 82.129 2.004.013 2.090.969
Acréscimos e diferimentos 9.742.060 9.742.060
Total Passivo 1.221.104.802 12.139.126 210.751.995 53.048.906 1.497.044.829
5. Prémios adquiridos líquidos de resseguro
Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são analisados como se segue:
2018 2017
Prémios brutos emitidos 56.306.242 54.644.384
Prémios de resseguro cedido -7.573.545 -7.048.768
Prémios adquiridos líquidos de resseguro 48.732.698 47.595.616
Os prémios brutos emitidos por segmentos decompõem-se da seguinte forma:
2018 2017
Poupança 19.036.537 20.938.805
Risco 37.269.705 33.705.579
Prémios brutos emitidos 56.306.242 54.644.384
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 65
Os prémios de resseguro cedido dizem exclusivamente respeito às coberturas dos
produtos de risco.
De acordo com os princípios de classificação da IFRS 4, os valores recebidos
relativamente a contratos de seguro que apenas transferem risco financeiro sem
participação nos resultados são classificados como contratos de investimento e
contabilizados no passivo. Desta forma, os valores recebidos de contratos de taxa fixa
sem participação nos resultados não são contabilizados como prémios (ver Nota 32).
Alguns indicadores relativos aos seguros de vida podem ser analisados como se segue:
Os prémios de seguro encontram-se calculados em conformidade com as bases técnicas
das respectivas modalidades. Anualmente, a Companhia procede à análise das bases
técnicas e dos princípios e regras actuariais utilizados para a construção das tarifas,
verificando a adequação dos prémios praticados, de forma a garantir os compromissos
assumidos decorrentes dos sinistros associados aos contratos em causa.
2018 2017
Prémios brutos emitidos de seguro directo 56.306.242 54.644.384
Relativos a contratos individuais 19.036.537 20.938.805
Relativos a contratos de grupo 37.269.705 56.306.242 33.705.579 54.644.384
Periódicos 54.119.580 52.712.437
Não periódicos 2.186.662 56.306.242 1.931.947 54.644.384
De contratos sem participação nos resultados 35.447.438 32.099.710
De contratos com participação nos resultados 20.858.805 56.306.242 22.544.674 54.644.384
Prémios de resseguro aceite
Prémios de resseguro cedido -7.573.545 -7.048.768
Saldo de resseguro -1.345.002
-1.227.380
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 66
6. Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de
prestação de serviços
As comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de
serviços são analisadas como se segue:
2018 2017
Comissões de contratos de investimento 37.140 62.085
Total 37.140 62.085
De acordo com os requisitos da IFRS 4, os contratos de seguro relativamente aos quais
existe apenas a transferência de um risco financeiro, sem participação nos resultados
discricionária, são classificados como contratos de investimento e o respectivo valor
recebido contabilizado como um passivo. Desta forma, os valores recebidos de contratos
de taxa garantida, sem participação nos resultados e de contratos em que o risco de
investimento é suportado pelo tomador do seguro, não são reconhecidos sob a forma de
prémios sendo apenas registadas as respectivas comissões de subscrição, gestão e
resgate.
7. Custos com sinistros líquidos de resseguro
Os custos com sinistros líquidos de resseguro são analisados como se segue:
2018 2017
Seguro directo 262.406.491 294.097.958
Montantes pagos 262.065.331 289.182.051
Prestações 261.272.341 288.410.195
Custos de gestão de sinistros imputados (Nota14) 792.990 771.856
Provisão para sinistros (variação) 341.160 4.915.907
Resseguro cedido -4.109.314 -3.567.725
Montantes pagos -4.276.041 -2.748.173
Provisão para sinistros (variação) 166.727 -819.552
Custos com sinistros, líquidos de resseguro 258.297.177 290.530.233
Informação qualitativa e quantitativa acerca dos rácios de sinistralidade, rácios de
despesas, rácios combinados de sinistros e despesas e rácio operacional (resultante da
consideração dos rendimentos obtidos com investimentos afectos aos vários
segmentos), calculados sem dedução do resseguro cedido:
2018
2017
Poupança Risco
Contratos de
investimento Poupança Risco
Contratos de
investimento
Rácio de sinistralidade 24,9% 27,3% 108,4%
23,9% 29,6% 15,1%
Rácio de despesa 28,8% 25,8% Não aplicável*
30,5% 22,8% Não aplicável*
Rácio combinado 53,0% 52,4%
Rácio financeiro 1,9% 0,5% 3,9% 2,0% 0,7% 2,7%
Rácio operacional 52,6% 51,7%
*Não aplicável em 2017 e 2018 devido à inexistência de receita processada durante o ano.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 67
Os rácios anteriormente apresentados foram calculados como se segue:
Poupança Risco Contratos de investimento
A Rácio de sinistralidade / desembolsos Custos com sinistros de seguro directo* / Provisão
matemática média
Custos com sinistros de seguro directo* / Prémios
brutos emitidos
Desembolsos / Passivos financeiros médios
B Rácio de despesa Custos e gastos de exploração / Prémios brutos
emitidos
Custos e gastos de exploração / Prémios brutos
emitidos
Custos e gastos de exploração / Receita processada
C Rácio combinado A+B
D Rácio financeiro Rendimentos líquidos de gastos de investimentos /
Provisão matemática média
Rendimentos líquidos de gastos de investimentos /
Prémios brutos emitidos
Rendimentos líquidos de gastos de investimentos /
Passivos financeiros médios
E Rácio operacional
C-D
* Inclui custos de gestão de sinistros imputados.
No biénio em análise, assistiu-se a um aumento significativo do rácio de sinistralidade
dos contratos de investimento devido ao volume de vencimentos ocorridos e à
inexistência de oferta comercial em 2018. Nos produtos de risco ocorreu uma redução do
rácio de sinistralidade em 2,4 p.p., decorrente do aumento da produção em 11%. No
segmento de poupança, o respectivo rácio não apresentou alterações significativas no
período em análise.
Os rácios combinado e operacional, calculados apenas para os seguros de risco,
aumentaram 0,6 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente, devido ao aumento verificado nas
comissões de mediação.
8. Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro
A variação das outras provisões técnicas, líquidas de resseguro, decompõe-se da
seguinte forma:
2018 2017
Provisão para estabilização de carteira 4.803.638
Provisão para compromissos de taxa 4.267.323 11.842.593
Total 9.070.961 11.842.593
No que respeita à provisão para estabilização de carteira, a mesma foi constituída em
2018 por 4.803.638 Euros.
De acordo com o Plano de Contas para Empresas de Seguros, constante do anexo
referido no artigo 1º da Norma Regulamentar nº10/2016-R, de 15 de Setembro, a provisão
para estabilização de carteira deve ser constituída relativamente aos contratos de
seguro de grupo, anuais renováveis, que garantem como cobertura principal o risco de
morte e tarifados com base numa taxa única, com objectivo de fazer face ao
agravamento do risco inerente à progressão da média etária do grupo seguro, sempre
que aqueles sejam tarifados com base numa taxa única que, por compromisso
contratual, se deva manter por um certo prazo.
No que respeita à provisão para compromissos de taxa, a mesma foi reforçada em
4.267.323 euros no exercício (2017: 11.842.593 euros).
Ver Nota 27.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 68
9. Provisão matemática do Ramo Vida, líquida de resseguro
A rubrica provisão matemática do Ramo Vida, líquida de resseguro representa a variação
das responsabilidades da Companhia com contratos de seguro do Ramo Vida com
participação nos resultados.
Ver adicionalmente a Nota 27.
10. Participação nos resultados líquida de resseguro
A rubrica de participação nos resultados líquida de resseguro, respeita ao acréscimo de
responsabilidades da Companhia relativo aos montantes estimados atribuíveis aos
tomadores de seguros em contratos de seguro do Ramo Vida e em contratos de
investimento com participação nos resultados.
Ver adicionalmente a Nota 27.
11. Custos e gastos de exploração líquidos
Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como se segue:
Custos e gastos de exploração líquidos 2018 2017
Custos de aquisição - Remunerações de mediação 10.585.150 10.176.441
Custos de aquisição imputados (Nota 14) 3.206.000 3.059.388
Custos gestão de fundos de pensões (Nota 14) 64.723 63.354
13.855.874 13.299.183
Gastos administrativos imputados (Nota 14) 4.790.593 4.578.388
Comissão e participação nos resultados de
resseguro -2.119.229 -2.253.663
Custos de exploração líquidos 16.527.238 15.623.908
Os custos por natureza (custos indirectos) são primeiro contabilizados pela sua natureza
e posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a custos de
aquisição, a gastos administrativos, a custos com sinistros, a custos com investimentos
e a custos de gestão de fundos de pensões (ver Nota 14).
A metodologia de imputação utilizada em 2018 foi consistente com a adoptada em 2017.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 69
12. Rendimentos
Os rendimentos por categoria de activos financeiros decompõem-se da seguinte forma:
2018 2017
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 33.688.344 42.778.000
Activos disponíveis para venda 33.577.206 42.642.959
Juros 32.343.197 40.849.936
Amortização segundo a taxa efectiva de títulos de dívida 1.234.009 1.793.023
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 111.138 135.041
Juros 111.138 135.041
Outros 6.949.303 7.696.056
Activos financeiros detidos para negociação 3.781.901 3.781.901
Juros - swaps 3.781.901 3.781.901
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos
e perdas 3.167.402 3.914.155
Juros 3.167.402 3.914.155
Total 40.637.648 50.474.056
13. Gastos financeiros
A rubrica de gastos financeiros é analisada como se segue:
2018 2017
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 9.445.699 12.086.069
Activos disponíveis para venda 9.445.699 12.086.069
Custo amortizado pela taxa efectiva 9.445.699 12.086.069
De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas -924.244 10.651.963
Outros 8.114.537 8.363.773
Activos financeiros detidos para negociação 3.203.092 3.147.998
Juros decorridos - swaps 2.779.325 2.724.230
Upfront payment - swaps 423.768 423.768
Gastos imputados à função investimentos (Nota 14) 4.911.445 5.215.776
Total 16.635.992 31.101.805
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 70
14. Custos por natureza imputados
Os gastos por natureza são imputados por função como se segue:
Gastos por função 2018 2017
Custos com sinistros (Nota 7) 792.990 771.856
Custos de aquisição (Nota 11) 3.206.000 3.059.388
Custos administrativos (Nota 11) 4.790.593 4.578.388
Custos de gestão dos investimentos (Nota 13) 4.911.445 5.215.776
Custos de gestão de fundos de pensões (Nota 11) 64.723 63.354
Total 13.765.751 13.688.762
Apresenta-se a seguir a desagregação dos gastos por natureza:
Gastos por natureza 2018 2017
Gastos com o pessoal 3.075.141 3.008.042
Fornecimentos e serviços externos 5.289.271 4.778.506
Impostos e taxas 37.365 34.699
Depreciações e amortizações do exercício 894.396 1.076.850
Juros* 1.216.666 1.216.666
Comissões** 3.252.911 3.573.999
Total 13.765.751 13.688.762
* Juros suportados com o empréstimo subordinado contraído em Dezembro de 2015.
** Comissões suportadas com a gestão da carteira de investimentos, custódia de títulos e outros serviços bancários.
Os gastos com o pessoal decompõem-se da seguinte forma:
Gastos com o pessoal 2018 2017
Remunerações
Dos órgãos sociais 701.125 509.450
Do pessoal 1.634.362 1.750.524
Encargos sobre remunerações 484.569 469.914
Benefícios pós-emprego
Planos de contribuição definida 47.283 46.599
Outros benefícios a longo prazo dos empregados -851 595
Seguros obrigatórios 104.553 102.738
Gastos de acção social 27.180 41.591
Outros gastos com pessoal 76.920 86.632
Total 3.075.141 3.008.042
A remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento,
direcção e controlo da Companhia, encontra-se detalhada no quadro que se segue:
Benefícios de curto prazo 2018 2017
1. Remuneração
Conselho Geral e de Supervisão
Presidente 14.500 16.500
Vogal 5.600 4.550
Vogal 5.950 3.150
Vogal 5.950 4.550
Vogal 8.050 7.350
Vogal 8.050 7.000
Vogal 7.350 7.350
Total 55.450 50.450
Conselho de Administração Executivo
Presidente 210.000 210.000
Vogal 168.000 168.000
Vogal 150.675
Total 528.675 378.000
2. Bónus
Conselho de Administração Executivo
Presidente 45.000 45.000
Vogal 36.000 36.000
Vogal 36.000
Total 117.000 81.000
3. Encargos
Conselho Geral e de Supervisão
Presidente 3.089 3.515
Vogal 974 792
Vogal 1.035 548
Vogal 1.715 1.566
Vogal 1.715 1.491
Vogal 1.566 1.566
Vogal 1.267 969
Total 11.360 10.446
Conselho de Administração Executivo
Presidente 51.975 51.975
Vogal 41.580 41.580
Vogal 37.292
Total 130.847 93.555
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 71
Não existem benefícios pós-emprego a prazo concedidos aos Órgãos Sociais.
Durante os exercícios de 2017 e 2018 a Companhia teve em média 43 e 42 trabalhadores
ao seu serviço, respectivamente, distribuídos pelas categorias profissionais constantes
no quadro a seguir apresentado:
Categoria profissional (número médio) 2018 2017
Director 4 5
Gestor técnico 4 4
Coordenador operacional 2 3
Técnico 8 7
Especialista operacional 23 23
Estagiário cláusula 6ª 1 1
Total 42 43
Os fornecimentos e serviços externos são analisados como se segue:
Fornecimentos e serviços externos 2018 2017
Combustíveis 32.374 29.441
Material de escritório 53.268 18.424
Artigos para oferta 32.061 21.134
Conservação e reparação 52.862 50.777
Rendas e alugueres 333.495 329.027
Despesas de representação 679.505 523.666
Comunicação 124.533 156.658
Deslocações e estadas 47.611 62.555
Seguros 12.051 12.018
Gastos com trabalho independente 51.425 49.004
Publicidade e propaganda 1.078.497 752.419
Trabalhos especializados* 2.493.694 2.432.939
Quotizações (da actividade) 31.295 103.334
Gastos com cobrança de prémios 169.652 163.781
Outros fornecimentos e serviços 96.948 73.328
Total 5.289.271 4.778.506
*Esta rubrica inclui serviços de consultadoria e de outsourcing a que a Companhia recorre, designadamente de sistemas de
informação, suporte jurídico, expedição de correio, rede clínica, entre outros.
Os serviços prestados pelo Revisor Oficial de Contas são registados na rubrica de
trabalhos especializados. Os honorários respectivos ascenderam a 98.646 euros
(2017: 141.296 euros) incluindo IVA, tendo compreendido o trabalho de revisão legal das
contas da Companhia e dos fundos de pensões sob gestão (2018: 49.200 euros e
2017: 63.960 euros), serviços distintos de auditoria que lhe são exigidos pela legislação
aplicável, nomeadamente a taxa global de custos para efeitos de reporte à
CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (2018 e 2017: 2.460 euros) e ainda
serviços de garantia de fiabilidade sobre o reporte prudencial submetido à ASF das
mesmas entidades (2018: 46.125 euros e 2017: 74.876 euros).
15. Benefícios a empregados
Conforme referido na Nota 2, alínea k), nos termos do estabelecido no Acordo Colectivo
entre a Açoreana Seguros, S.A. e outras e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade
Seguradora (STAS) e outro, cujo texto foi publicado no BTE nº4 de 29 de Janeiro de 2016,
todos os trabalhadores no activo em efectividade de funções, com contratos de trabalho
por tempo indeterminado, têm direito a um plano individual de reforma, em caso de
reforma por velhice ou por invalidez concedida pela Segurança Social. Trata-se de um
plano de contribuição definida em que a Companhia efectua anualmente contribuições
para o plano individual de reforma dos trabalhadores, garantindo o capital investido.
A população de participantes do plano de pensões é constituída pelos Colaboradores que
cumprem a regra acima referida.
O quadro que se segue caracteriza o grupo de pessoas abrangidas pelo plano de pensões
nos anos de 2017 e 2018:
2018 2017
Participantes 37 39
Idade média 42,5 41,6
Antiguidade média na actividade seguradora 14,5 13,6
Salário médio anual 37.120 36.764
Face a 2017, verificou-se a saída de 3 Colaboradores e a inclusão de um novo Colaborador
para efeito de elegibilidade ao PIR.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 72
O PIR é financiado através de uma adesão colectiva ao fundo de pensões aberto
CA Reforma Garantida.
A carteira de activos do fundo de pensões da CA Vida é composta da seguinte forma:
2018 2017
Classe de activos Valor % Valor %
Obrigações de taxa fixa
Obrigações de taxa indexada
Liquidez
164.607
116.293
41.839
51
36
13
175.217
77.640
43.408
59
26
15
Total dos activos do fundo 322.739 100 296.265 100
O valor do activo afecto à participação da Companhia no fundo aberto CA Reforma
Garantida é superior ao valor das contribuições acumuladas à data de referência.
A taxa de rentabilidade dos activos do fundo (líquida de comissões de gestão e de
depósito), no ano de 2018, foi de -0,77% (2017: 1,07%).
A Companhia não utiliza activos do fundo de pensões e o mesmo não detém títulos
emitidos por entidades do Grupo.
A contribuição feita pela Companhia para o plano individual de reforma durante o
exercício de 2018 ascendeu a 47.283 euros (2017: 46.599 euros).
O impacto na conta de ganhos e perdas pode ser analisado como segue:
2018 2017
Contribuições -47.283 -46.599
Total de impactos na conta de
ganhos e perdas -47.283 -46.599
Outros benefícios de longo prazo
Conforme referido na Nota 2, alínea k), ao abrigo do CCT, a cláusula 42ª contempla a
obrigação de a Companhia atribuir aos Colaboradores, mediante o cumprimento de
determinados requisitos definidos na mesma cláusula, prémios de permanência
pecuniários (a Colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou a concessão de dias de
licença com retribuição (a Colaboradores com idade superior ou igual a 50 anos).
Em 31 de Dezembro de 2018, a Companhia tinha registado nas suas contas o valor actual
da responsabilidade por serviços passados relativamente ao prémio de permanência,
tendo por base o Método da Unidade de Crédito Projectada, o valor de 57.581 euros
(2017: 58.431 euros).
Benefícios de curto prazo
Ver Nota 14.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 73
16. Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas
Os ganhos líquidos de activos disponíveis para venda são analisados como se segue:
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo
valor através de ganhos e perdas
2018 2017
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Activos disponíveis para venda 23.137.023 10.153.672 12.983.352 51.859.677 24.509.579 27.350.097
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 16.086.595 10.153.672 5.932.923 49.147.156 23.409.355 25.737.801
De emissores públicos 10.349.282 9.732.644 616.638 31.628.547 10.821.793 20.806.755
De outros emissores 5.737.313 421.028 5.316.285 17.518.609 12.587.562 4.931.047
Acções 1.092 -1.092
Outros títulos de rendimento variável 7.050.428 7.050.428 2.712.520 1.099.132 1.613.388
Total 23.137.023 10.153.672 12.983.352 51.859.677 24.509.579 27.350.097
17. Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas
Os ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação e classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas são analisados como se segue:
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor
através de ganhos e perdas
2018 2017
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Activos financeiros ao justo valor por via de ganhos e perdas classificados
como detidos para negociação -124.893 -124.893
-199.731 -199.731
Derivados detidos para negociação -124.893 -124.893 -199.731 -199.731
Swaps -124.893 -124.893 -199.731 -199.731
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor
através de ganhos e perdas 482.358 -3.476.461 -2.994.103 4.954.667 -229.389 4.725.278
Ganhos e perdas realizados 482.358 482.358 773 -772
Obrigações e outros títulos rendimento fixo 482.358 482.358 773 -772
De emissores públicos 347 347 773 -772
De outros emissores 482.011 482.011
Ganhos e perdas pela alteração justo valor -3.476.461 -3.476.461 4.953.894 -228.617 4.725.278
Obrigações e outros títulos rendimento fixo -3.476.461 -3.476.461 4.953.894 -228.617 4.725.278
De emissores públicos -22.376 -22.376 155.305 155.305
De outros emissores -3.454.085 -3.454.085 4.798.590 -228.617 4.569.973
Passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor
através de ganhos e perdas 40.308 -73.743 -33.435 32.891 -244.089 -211.198
Variações de justo valor de passivos financeiros de contratos de seguros
considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 40.308 -73.743 -33.435 32.891 -244.089 -211.198
Total 522.666 -3.675.098 -3.152.431 4.987.558 -673.209 4.314.349
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 74
18. Perdas de imparidade, líquidas de reversão
Em 2017 e 2018 não foram reconhecidas por perdas de imparidade líquidas de reversões.
19. Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro
Os outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro, são analisados como se
segue:
2018 2017
Rendimentos
Por gestão de fundos de pensões 1.147.631 947.366
Outros 863 4.080
Gastos
Com gestão de fundos de pensões -279.164 -236.278
Outros -2.102 -212
Outros rendimentos/gastos técnicos,
líquidos de resseguro 867.228 714.956
20. Outros rendimentos/gastos
A rubrica de outros rendimentos/gastos apresenta a seguinte decomposição:
2018 2017
Rendimentos
Ganho de imposto por RETGS* 163.028
Reembolso de despesas de colaboradores
em regime cedência 177.065 231.211
Ajustamento de créditos de cobrança
duvidosa (Nota 28) 5.845
Gastos
Valor de impostos diferidos referente a
títulos alienados desreconhecidos da
reserva por impostos diferidos
-96.755
Insuficiência da estimativa para Imposto -12.654
Ajustamento de créditos de cobrança
duvidosa (Nota 28) -9.742
Donativos -13.163 -5.961
Outros rendimentos/gastos 320.209 118.753
*Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 75
21. Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisado como se segue:
2018 2017
Caixa e seus equivalentes 159 26
Depósitos à ordem em Instituições de Crédito 52.546.644 14.533.369
Disponibilidades constantes do balanço 52.546.803 14.533.395
Os valores em depósitos à ordem em Instituições de Crédito dizem respeito a depósitos
da CA Vida junto da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.
22. Activos e passivos financeiros detidos para negociação
Os instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2018 são analisados como
se segue:
2018
Nocional Activo Passivo Justo valor
Activos financeiros
Contratos sobre taxas de juro
Swaps de taxa de juro* 57.795.000 29.911.803 656.276 29.255.527
*Swaps realizados com as seguintes contrapartes: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria S.A. e Caixa - Banco de Investimentos S.A..
Os instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2017 são analisados como
se segue:
2017
Nocional Activo Passivo Justo valor
Activos financeiros
Contratos sobre taxas de juro
Swaps de taxa de juro* 57.795.000 26.874.801 290.221 26.584.581
*Swaps realizados com as seguintes contrapartes: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria S.A. e Caixa - Banco de Investimentos S.A..
O impacto gerado pela variação do justo valor destes activos foi registado em resultados
(ver Nota 17).
No âmbito das operações realizadas, foram prestadas garantias bancárias pelo Banco
Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A. a favor da Companhia, no valor de 16.980.000 euros a
serem accionadas em situação de default da contraparte.
Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS 13, todos os instrumentos
financeiros derivados encontram-se inseridos no Nível 2, ou seja, o seu justo valor é
determinado utilizando modelos de avaliação suportadas em preços observáveis em
mercados correntes transaccionáveis (ver Nota 37).
23. Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor
através de ganhos e perdas
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisado como se segue:
2018 2017
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públicos 1.588.980 1.617.647
De outros emissores 46.514.791 86.540.791
Unidades de participação em fundos de investi-
mento mobiliário* 2.683 1.695
Valor de balanço 48.106.455 88.160.134
Valor de aquisição 45.775.833 81.086.097
* Entregas para o Fundo de Compensação do Trabalho.
O impacto gerado pela variação no justo valor destes activos foi registado em resultados
(ver Nota 17).
Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS 13, todos os activos financeiros
classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas
encontram-se inseridos no Nível 2, ou seja, o seu justo valor é determinado utilizando
técnicas de valorização suportadas em preços observáveis em mercados correntes
transaccionáveis. As excepções referem-se às obrigações BBVASM 6.75% 29/12/49 20 e
PGB 5.65% 15/02/24, com valores de balanço a 31 de Dezembro de 2018 de 8.541.194 euros
e 1.588.980 euros, respectivamente, e às unidades de participação do Fundo de
Compensação do Trabalho, inseridas no Nível 1, isto é, com justo valor determinado
recorrendo directamente a cotações obtidas num mercado oficial activo (ver Nota 37).
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 76
24. Activos disponíveis para venda
Os instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda desagregam-se da seguinte forma:
2018 Custo amortizado*
Variação no justo valor
Imparidade Justo
valor Juro decorrido Valor de balanço
Positiva Negativa
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
Títulos de dívida pública 676.751.336 6.325.734 -12.062.890 671.014.181 8.605.658 679.619.839
De outros emissores públicos 33.894.368 1.894.408 -333.009 35.455.767 836.345 36.292.112
De outros emissores 345.736.531 7.726.609 -4.424.752 349.038.388 4.227.041 353.265.428
Unidades de participação fundos mobiliários 9.000.000 -95.949 8.904.051 8.904.051
Unidades de participação fundos imobiliários 6.441.464 2.782.106 9.223.570 9.223.570
Saldo em 31 de Dezembro de 2018 1.071.823.699 18.728.857 -16.916.600 1.073.635.956 13.669.044 1.087.305.000
* No que se refere a unidades de participação em fundos de investimento o valor apresentado refere-se ao custo de aquisição.
2017 Custo amortizado*
Variação no justo valor
Imparidade Justo
valor Juro decorrido Valor de balanço
Positiva Negativa
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
Títulos de dívida pública 735.181.137 10.565.839 -4.081.977 741.664.999 10.096.299 751.761.298
De outros emissores públicos 27.663.911 3.135.124 30.799.035 678.185 31.477.220
De outros emissores 605.091.774 26.703.221 -564.848 631.230.146 8.814.241 640.044.387
Unidades de participação fundos mobiliários 30.399.829 7.493.255 37.893.084 37.893.084
Unidades de participação fundos imobiliários 6.441.464 2.320.563 8.762.027 8.762.027
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 1.404.778.114 50.218.002 -4.646.825
1.450.349.291 19.588.725 1.469.938.015
* No que se refere a unidades de participação em fundos de investimento o valor apresentado refere-se ao custo de aquisição.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 77
Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS 13, todos os activos disponíveis
para venda encontram-se inseridos no Nível 1, ou seja, o seu justo valor foi determinado
utilizando preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis (ver Nota 37),
com excepção dos activos financeiro a seguir identificados.
As unidades de participação em fundos de investimento mobiliário e a obrigação
CXGD 5.98% 03/03/28 encontram-se no Nível 2, ou seja, o justo valor foi determinado
utilizando técnicas de valorização suportadas em preços observáveis em mercados
correntes transaccionáveis para o mesmo instrumento financeiro.
As unidades de participação em fundos de investimento imobiliário encontram-se no
Nível 3, ou seja, o justo valor foi determinado utilizando técnicas de valorização não
suportadas em preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis para o
mesmo instrumento financeiro.
Em 2018 não ocorreram movimentos em perdas de imparidade nos activos financeiros
disponíveis para venda. Os movimentos ocorridos na reserva de reavaliação por
ajustamentos no justo valor encontram-se detalhados na Nota 35.
25. Outros activos tangíveis
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2018 são analisados como se segue:
Rubricas dos activos fixos
tangíveis
Saldo inicial
Aquisições Transferências
e abates Alienações
Depreciações Saldo final
Valor bruto Depreciações Valor líquido Reforço Regularizações Valor bruto Depreciações Valor líquido
Equip. administrativo 58.698 19.009 39.689 1.715 7.456 60.414 26.466 33.948
Máquinas e ferramentas 12.482 5.590 6.893 2.127 12.482 7.717 4.766
Equip. informático 934.296 896.742 37.554 19.021 39.635 953.317 936.377 16.940
Instalações interiores 292.105 110.412 181.693 43.618 292.105 154.030 138.075
Material de transporte 135.512 35.323 100.189 33.878 135.512 69.201 66.311
Outro equipamento 10.030 3.266 6.764 1.254 10.030 4.520 5.510
Património artístico 3.816 3.816 21.301 25.117 25.117
Total 1.446.941 1.070.343 376.598 42.037 127.968 1.488.977 1.198.310 290.667
Os movimentos ocorridos durante o ano de 2017 são analisados como se segue:
Rubricas dos activos fixos
tangíveis
Saldo inicial Aquisições
Transferências
e abates Alienações
Depreciações Saldo final
Valor bruto Depreciações Valor líquido Reforço Regularizações
Valor bruto Depreciações Valor líquido
Equip. administrativo 58.698 11.689 47.009 7.320 58.698 19.009 39.689
Máquinas e ferramentas 7.323 4.079 3.244 5.160 1.511 12.482 5.590 6.893
Equip. informático 934.296 718.629 215.668 178.113 934.296 896.742 37.554
Instalações interiores 292.105 66.795 225.311 43.618 292.105 110.412 181.693
Material de transporte 110.000 7.292 102.708 25.512 28.032
135.512 35.323 100.189
Outro equipamento 10.030 2.012 8.018 1.254 10.030 3.266 6.764
Património artístico 3.816 3.816 3.816
Total 1.412.453 810.495 601.958 34.488 259.848
1.446.941 1.070.343 376.598
Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor
de realização dos activos tangíveis detidos.
Durante os exercícios de 2017 e 2018 não foram registadas quaisquer perdas de
imparidade nos activos tangíveis
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 78
26. Outros activos intangíveis
Os movimentos ocorridos durante o ano 2018 são:
Rubricas dos activos
intangíveis
Saldo inicial
Aquisições Transferências
e abates
Amortizações Saldo final
Valor bruto Amortizações Valor líquido Reforço Regularizações
Valor bruto Amortizações Valor líquido
Despesas com aplicações
informáticas 4.927.805 3.813.438 1.114.367 449.711 766.428 5.377.516 4.579.866 797.650
Total 4.927.805 3.813.438 1.114.367 449.711 766.428 5.377.516 4.579.866 797.650
Os movimentos ocorridos durante o ano 2017 são:
Rubricas dos activos
intangíveis
Saldo inicial
Aquisições Transferências
e abates
Amortizações Saldo final
Valor bruto Amortizações Valor líquido Reforço Regularizações
Valor bruto Amortizações Valor líquido
Despesas com aplicações
informáticas 4.369.287 2.996.436 1.372.851 558.518 817.002 4.927.805 3.813.438 1.114.367
Total 4.369.287 2.996.436 1.372.851 558.518 817.002
4.927.805 3.813.438 1.114.367
Considera-se que o valor contabilístico relevado, não difere significativamente do valor
de realização dos activos intangíveis detidos.
Durante os exercícios de 2017 e 2018 não foram registadas quaisquer perdas de
imparidade nos activos intangíveis.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 79
27. Provisões técnicas de seguro directo e resseguro cedido
As provisões técnicas de seguro directo e resseguro cedido decompõem-se como se segue em 31 de Dezembro de 2017 e 2018:
2018 2017
Seguro directo
e resseguro aceite Resseguro cedido Total
Seguro directo e
resseguro aceite
Resseguro
cedido Total
Provisão matemática do Ramo Vida 914.001.240 914.001.240 1.124.623.413 1.124.623.413
Provisão para sinistros 16.850.982 -3.713.952 13.137.030 16.509.821 -3.880.679 12.629.142
Provisão para participação nos resultados 14.149.759 14.149.759 40.428.644 40.428.644
Provisão para compromissos de taxa 55.780.248 55.780.248 51.512.925 51.512.925
Provisão para estabilização de carteira 4.803.638 4.803.638
Total de provisões técnicas 1.005.585.867 -3.713.952 1.001.871.915 1.233.074.803 -3.880.679 1.229.194.124
A provisão matemática do Ramo Vida por segmento de negócio é analisada da seguinte forma:
2018 2017
Segmento de negócio Seguro directo e
resseguro aceite Resseguro cedido Total
Seguro directo e
resseguro aceite Resseguro cedido Total
Poupança 912.575.331 912.575.331 1.123.616.686 1.123.616.686
Risco 1.425.908 1.425.908 1.006.727 1.006.727
Provisão matemática 914.001.240 914.001.240 1.124.623.413 1.124.623.413
De acordo com a IFRS 4, os contratos emitidos pela Companhia em que apenas existe
transferência de risco financeiro, sem participação nos resultados discricionária, são
classificados como contratos de investimento.
Assim, em 31 de Dezembro de 2017 e 2018, os contratos de taxa garantida sem
participação nos resultados discricionária e os contratos sem taxa garantida, em que o
risco de investimento é do tomador de seguro são classificados e registados na rubrica
passivos financeiros por contratos de investimentos (ver Nota 32).
A evolução da provisão matemática no exercício de 2018 foi a seguinte:
Provisão no início do exercício
Participação nos resultados incorporada
na provisão matemática
Variação da provisão
matemática Provisão no final do exercício
Provisão matemática 1.124.623.413 6.609.249 -217.231.421 914.001.240
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 80
A provisão para sinistros por segmento de negócio é analisada como se segue:
2018 2017
Segmento de negócio Seguro directo e
resseguro aceite Resseguro cedido Total
Seguro directo e
resseguro aceite Resseguro cedido Total
Poupança 8.207.692 8.207.692 6.765.526 6.765.526
Risco 8.643.290 -3.713.952 4.929.338 9.744.295 -3.880.679 5.863.616
Provisão para sinistros 16.850.982 -3.713.952 13.137.030 16.509.821 -3.880.679 12.629.142
A provisão para sinistros corresponde aos sinistros ocorridos e ainda não pagos à data do
balanço e inclui uma provisão estimada, líquida de resseguro, no montante de 639.283 euros
relativa aos sinistros ocorridos antes do final do ano e ainda não reportados (IBNR), valor
este sem qualquer alteração face ao do ano anterior.
Os movimentos ocorridos no exercício na provisão para sinistros de seguro directo, são
apresentados como se segue:
Saldo a 1 de Janeiro de 2017 11.593.914
Sinistros ocorridos
Próprio ano 294.923.047
Anos anteriores -825.089
Montantes pagos
Próprio ano -282.533.336
Anos anteriores -6.648.715
Saldo a 31 de Dezembro de 2017 16.509.822
Sinistros ocorridos
Próprio ano 263.261.105
Anos anteriores -854.614
Montantes pagos
Próprio ano -250.725.086
Anos anteriores -11.340.245
Saldo a 31 de Dezembro de 2018 16.850.982
Os movimentos ocorridos no exercício na provisão para sinistros de resseguro cedido são
apresentados como se segue:
Saldo a 1 de Janeiro de 2017 3.061.128
Sinistros ocorridos
Próprio ano 4.332.974
Anos anteriores -765.249
Montantes pagos
Próprio ano -1.806.014
Anos anteriores -942.159
Saldo a 31 de Dezembro de 2017 3.880.679
Sinistros ocorridos
Próprio ano 4.324.084
Anos anteriores -214.770
Montantes pagos
Próprio ano -2.169.108
Anos anteriores -2.106.933
Saldo a 31 de Dezembro de 2018 3.713.952
A provisão para participação nos resultados atribuída corresponde aos montantes
atribuídos aos segurados ou aos beneficiários dos contratos de seguro, sob a forma de
participação nos resultados, que não tenham ainda sido distribuídos ou incorporados na
provisão matemática.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 81
A movimentação na provisão para participação nos resultados atribuída para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisada como se segue:
Provisão para participação nos resultados atribuída
Modalidade Provisão no início do
exercício Atribuída Distribuída
Provisão no final do
exercício
CA PPR 1.721.593 1.721.593
CA PPR [Capital] 118.809 118.809
CA Poupança Activa 4.168.538 4.168.538
CA Universitário [Poupança] 376.765 376.765
CA Poupança Activa [Capital] 202.347 202.347
CA Universitário [Capital] 21.197 21.197
CA Protecção Fundos de Pensões 1.223.806 1.204.564 1.223.806 1.204.564
Total 1.223.806 7.813.812 7.833.055 1.204.564
A movimentação na provisão para participação nos resultados atribuída para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2017 é analisada como se segue:
Provisão para participação nos resultados atribuída
Modalidade Provisão no início do
exercício Atribuída Distribuída
Provisão no final do
exercício
Protecção Poupança Investimento 1.170.172 1.170.172
Protecção Poupança Reforma - PPR 1.074.481 1.074.481
Protecção Poupança Educação - PPE 199.287 199.287
CA PPR 3.452.496 3.452.496
CA PPR [Capital] 706.609 706.609
CA Poupança Activa 6.271.970 6.271.970
CA Universitário [Poupança] 464.421 464.421
CA Poupança Activa [Capital] 1.163.765 1.163.765
CA Universitário [Capital] 123.783 123.783
CA Protecção Fundos de Pensões 1.281.477 1.223.806 1.281.477 1.223.806
Total 1.281.477 15.850.790 15.908.461 1.223.806
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 82
A provisão para participação nos resultados a atribuir inclui o ajustamento relativo ao
shadow accounting, o qual corresponde à estimativa dos ganhos e perdas potenciais nos
activos afectos à cobertura de responsabilidades com contratos de seguro e contractos
de investimento com participação nos resultados discricionária, até ao montante em
que é expectável que os tomadores de seguro venham a participar nesses ganhos e
perdas não realizados, no momento em que os mesmas se tornem efectivas, de acordo
com os respectivos termos contratuais e legislação aplicável.
Em 2018, a provisão para participação nos resultados a atribuir evoluiu como se segue:
Provisão para participação nos resultados a atribuir
Modalidade Provisão no início do exercício Aumentos (+) / diminuições (-) Provisão no final
do exercício
Protecção Poupança Investimento 6.943.353 -1.050.193 5.893.161
CA Super 4,25 2.819.487 -2.356.474 463.013
Protecção Poupança Reforma - PPR 7.523.167 -3.796.698 3.726.469
Protecção Poupança Educação - PPE 691.664 691.664
CA PPR +6 376.764 -58.774 317.990
CA PPR 6.154.182 -5.710.944 443.238
CA PPR [Capital] 1.513.915 -1.513.915
CA Poupança Activa 10.569.930 -9.278.550 1.291.380
CA Universitário [Poupança] 792.963 -674.682 118.281
CA Poupança Activa [Capital] 2.268.172 -2.268.172
CA Universitário [Capital] 242.905 -242.905
Total 39.204.838 -26.259.643 12.945.196
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 83
Em 2017, a provisão para participação nos resultados a atribuir evoluiu como se segue:
Provisão para participação nos resultados a atribuir
Modalidade Provisão no início do exercício Aumentos (+) / diminuições (-) Provisão no final
do exercício
Protecção Poupança Investimento 7.877.132 -933.779 6.943.353
CA Super 4,25 5.166.272 -2.346.785 2.819.487
Protecção Poupança Reforma - PPR 9.652.762 -2.129.595 7.523.167
CA PPR +6 409.609 -32.845 376.764
CA PPR 7.942.280 -1.788.098 6.154.182
CA PPR [Capital] 1.262.065 251.850 1.513.915
CA Poupança Activa 13.921.120 -3.351.190 10.569.930
CA Universitário [Poupança] 932.567 -139.604 792.963
CA Poupança Activa [Capital] 1.988.837 279.335 2.268.172
CA Universitário [Capital] 227.603 15.302 242.905
Total 49.380.247 -10.175.409 39.204.838
A provisão para estabilização de carteira foi constituída relativamente aos contratos de
seguro de grupo anuais renováveis que garantem como cobertura principal o risco de
morte, com vista a fazer face ao agravamento do risco inerente à progressão da média
etária do grupo seguro, sempre que este tenha sido tarifado com base numa taxa única,
a qual, por compromisso contratual, se deva manter por um certo prazo.
Provisão no
início do
exercício
Constituição Anulação
Provisão no
final do
exercício
Provisão para estabilização da
carteira
4.803.638 4.803.638
A cada data de reporte, a Companhia procede à avaliação da adequação das
responsabilidades decorrentes de contratos de seguro e de contratos de investimento
com participação nos resultados discricionária. A avaliação da adequação das
responsabilidades é efectuada tendo por base a projecção dos cash-flows futuros
associados a cada contrato, descontados às taxas determinadas com base na estrutura
temporal de taxas de juro disponibilizada pela EIOPA. Esta avaliação é efectuada produto
a produto ou agregada quando os riscos dos produtos são similares ou geridos de forma
conjunta. Na eventualidade de existirem gaps, estes são registados em resultados por
contrapartida da rubrica provisão para compromissos de taxa. Ver Nota 8.
A evolução desta provisão no exercício de 2018 foi a seguinte:
Provisão no
início do
exercício
Constituição Anulação
Provisão no
final do
exercício
Provisão para compromissos
de taxa 51.512.925 4.267.323 55.780.248
Em conformidade com o relatório da função actuarial, no que respeita ao cálculo de
provisões matemáticas e participação nos resultados, verificou-se que o mesmo está de
acordo com as bases técnicas dos produtos e com o normativo em vigor. A análise das
provisões para sinistros revelou a suficiência das mesmas.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 84
28. Outros devedores por operações de seguros e outras operações
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 pode decompor-se como se
segue:
2018 2017
Contas a receber por operações de seguro
directo 55.041 49.349
Tomadores de seguro 55.041 49.349
Contas a receber por operações de
resseguro 855.275 541.015
Outros resseguradores 855.275 541.015
Contas a receber por outras operações 304.562 303.714
Contas a receber de fundos de pensões
geridos pela Companhia* 274.051 233.110
Outros devedores 30.511 70.604
Ajustamentos -7.935 -13.780
Total 1.206.943 880.298
*O valor mais significativo diz respeito a comissões de gestão.
Os ajustamentos entre 31 de Dezembro de 2017 e 2018 evoluíram como se segue:
Saldo
inicial Aumento Redução
Saldo
final
2018
Ajustamentos de créditos de
cobrança duvidosa 13.780
5.845 7.935
2017
Ajustamentos de créditos de
cobrança duvidosa 4.039 9.742 13.780
29. Activos e passivos por impostos
No ano de 2018 a Companhia apurou prejuízo fiscal tributável, tendo calculado o imposto
diferido activo com base na taxa nominal de imposto de 21%.
As declarações de autoliquidação da Companhia ficam sujeitas a inspecção e eventual
ajustamento pelas autoridades fiscais durante um período de quatro anos, no entanto, é
convicção do Conselho de Administração Executivo, não ser previsível qualquer
correcção relativa aos exercícios acima referidos com impacto significativo nas
demonstrações financeiras.
Os activos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2018, são analisados
como se segue:
Activo por impostos correntes 2018 2017
Retenções efectuadas por terceiros 35.522 37.146
INEM 8.607 2.001
IRC a receber 1.348.638
Total 44.129 1.387.785
Os passivos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2018, encontram-se
detalhados a seguir:
Passivo por impostos correntes 2018 2017
Retenção de imposto na fonte 868.347 613.683
IRC a pagar 4.364
IVA a pagar 10.987
INEM 89.687 74.208
Taxa para a ASF 19.673 15.945
Contribuições para a Segurança Social 48.968 49.942
Imposto do selo 11.068 9.421
Total 1.053.095 763.200
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 85
Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço, nos exercícios de 2017 e 2018, bem como os impactos das alterações do ano, são analisados como se segue:
Saldo a
31/12/2017
impostos diferidos
Movimento do Exercício Saldo a
31/12/2018
impostos diferidos
Reserva por
impostos diferidos
Ganhos
e perdas
Diferenças activas
Prejuízo fiscal 678.882 678.882
Prémio de permanência (ao abrigo do CCT) 14.899 217 14.682
Diferenças passivas
RRJV* (carteiras livres e de seguros sem Participação nos Resultados) - valias -1.327.769 285.271 285.271
Total de impostos diferidos activos 14.899 964.153 217 978.835
Total de impostos diferidos passivos -1.327.769 1.327.769
Impostos diferidos líquidos -1.312.870 2.291.923 217 978.835
* RRJV - Reserva de reavaliação por ajustamentos no justo valor.
O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2017 e 2018 explica-se como
se segue:
Imposto sobre o rendimento reportado nos
resultados 2018 2017
Imposto corrente 2.488.485 2.137.196
Imposto diferido 217 -152
Origem e reversão de diferenças temporárias 217 -152
Total do imposto registado em resultados 2.488.702 2.137.044
O imposto sobre o rendimento reportado em reservas nos anos de 2017 e 2018 desagrega-
se da seguinte forma:
Imposto sobre o rendimento reportado em
reservas 2018 2017
Imposto corrente 62.793 -2.887.256
Imposto diferido 285.273 -1.327.769
Reserva de justo valor 285.273 -1.327.769
Total do imposto registado em reservas 348.066 -4.215.026
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 86
A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como se segue:
Reconciliação entre taxa de imposto nominal
e efectiva 2018 2017
Resultado antes de impostos custo (+) / proveito (-) -9.312.084 -8.789.624
Gasto de imposto nominal
21% (2017:25,5%) 1.955.538 2.241.354
1.955.538 2.241.354
Gasto de imposto efectivo 26,73% ( 2017: 24,3%) 2.488.702 2.137.044
Diferença 533.164 -104.310
Custos não aceites fiscalmente 6.301 28.706
Excesso estimativa IRC ano anterior -34.236
Benefícios fiscais -9.370 -11.856
Tributação autónoma 217.317 106.312
Ajustamentos decorrentes, essencialmente, de
alteração de taxa 353.151 -227.472
Diferença 533.164 -104.310
30. Acréscimos e diferimentos
A rubrica acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisada como
se segue:
2018 2017
Activo
Gastos diferidos 242.395 190.832
Total acréscimos e diferimentos activos 242.395 190.832
Passivo
Acréscimos de gastos -9.070.647 -9.740.260
Total acréscimos e diferimentos passivos -9.070.647 -9.740.260
Total -8.828.252 -9.549.427
A rubrica acréscimo de gastos em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 decompõe-se da
seguinte forma:
2018 2017
Acréscimos de gastos
Remunerações e respectivos encargos a liquidar 630.030 611.921
Comissões de mediação 6.678.896 6.980.521
Comissões de gestão de carteira 444.652 1.416.169
Comissão de custódia 284.305 343.004
Outros 790.370 388.645
Total 8.828.252 9.740.260
31. Afectação dos investimentos e outros activos
Ver Nota 4. Reporte por segmentos.
32. Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e
de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos
como contratos de investimento
Os passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro e de
contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como
contratos de investimento respeitam a contratos de taxa garantida, sem participação
nos resultados discricionária, valorizados ao custo amortizado e a contratos em que o
risco de investimento é do tomador de seguro.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 87
A evolução entre 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisada como se segue:
Montante gerido
em 31/12/2017
Montantes Variações de ganhos e perdas
(juro técnico)
Montante gerido
em 31/12/2018 Entradas Saídas
Valorizados ao custo amortizado 209.133.059 143.277.768 -924.244 64.931.047
Valorizados ao justo valor por via de resultados 1.604.904 11.484 33.435 1.626.855
Total 210.737.962 143.289.252 -890.809 66.557.902
De acordo com o IFRS 4, os contratos emitidos pela Companhia em que apenas existe
transferência de risco financeiro, sem participação nos resultados discricionária, são
classificados como contratos de investimento. A alocação dos passivos financeiros por
maturidade encontra-se detalhada na Nota 37.
33. Outros passivos financeiros
A Companhia realizou no dia 22 de Dezembro de 2015 uma emissão de obrigações
perpétuas subordinadas no montante de 40.000.000 de euros, correspondente a 40.000
obrigações com valor nominal de 1.000 euros cada uma, destinada exclusivamente às
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo pertencentes ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola
Mútuo (SICAM), sendo realizada através de oferta particular e directa, antecipando os
requisitos de capital necessários no regime prudencial de Solvência II.
Para este empréstimo não foi estabelecida data de vencimento para as obrigações, as
quais não poderão ser reembolsadas, no todo ou em parte, antes de decorridos cinco
anos após a data de emissão e sem aprovação prévia da Autoridade de Supervisão de
Seguros e Fundos de Pensões.
2018 2017
Outros passivos financeiros
Passivos subordinados
Capital 40.000.000 40.000.000
Juros decorridos 33.333 33.333
Total 40.033.333 40.033.333
34. Outros credores por operações de seguros e outras operações
O detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisado como se segue:
2018 2017
Contas a pagar por operações de seguro directo 355.579 82.169
Tomadores de seguro 355.579 82.169
Contas a pagar por outras operações 813.145 1.225.101
Fornecedores de bens e serviços 442.060 1.175.042
Contas a pagar por outras operações 371.085 50.059
Total 1.168.724 1.307.270
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 88
35. Capital, reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados
Capital
No ano de 2017, a CA Vida realizou um aumento de capital, através de novas entradas em
numerário no montante de 20 milhões de euros passando, consequentemente, o capital
social de 15 milhões de euros para 35 milhões de euros.
Assim, no final do exercício de 2017 e 2018, o capital da Companhia encontra-se
representado por sete milhões de acções nominativas, com valor nominal de 5 euros
cada, subscritas e realizadas na totalidade por diferentes Accionistas conforme
detalhado no quadro abaixo:
Accionistas Número de acções
Crédito Agrícola Seguros e Pensões 6.872.344
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes 18.666
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola 16.333
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Mondego 12.425
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Albufeira 7.500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira 6.333
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral 6.333
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul 5.166
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pernes e Alcanhões 5.666
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve 4.666
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra 3.416
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Albergaria e Sever 2.499
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Anadia 2.333
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Serras de Ansião 2.333
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Médio Ave 2.200
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Elvas e Campo Maior 1.866
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Viriato 1.500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém 1.023
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Borba 966
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alentejo Central 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Cávado e Basto 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arruda dos Vinhos 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Dão e Alto Vouga 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches 733
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sobral de Monte Agraço 616
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 89
Accionistas (continuação) Número de acções
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio 593
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha 556
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Vouga 532
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pombal 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coruche 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beira Douro 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Costa Verde 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arouca 523
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Área Metropolitana do Porto 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro e Côa 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Lourinhã 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Mogadouro e Vimioso 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Nordeste Alentejano 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Bairro 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Sul 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Bartolomeu de Messines e S. Marcos da Serra 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de São Teotónio 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Vale do Távora e Douro 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Franca de Xira 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal 500
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Bairrada e Aguieira 233
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo 233
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela 200
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal 140
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alenquer 116
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 90
Accionistas(continuação) Número de acções
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Centro 116
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões 116
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores 110
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós 100
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche 50
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel 23
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja 23
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Sousa e Baixo Tâmega 23
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Moravis 23
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul) 23
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Verde e Terras do Bouro 23
Total 7.000.000
O pagamento de dividendos efectuado em 2018, referentes ao exercício anterior, foi efectuado conforme evidenciado no quadro que se segue:
Accionistas Dividendo Bruto
Crédito Agrícola Seguros e Pensões 1.718.086
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes 4.667
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola 4.083
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Mondego 3.106
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Albufeira 1.875
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira 1.583
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral 1.583
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pernes e Alcanhões 1.417
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul 1.292
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve 1.167
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra 854
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Albergaria e Sever 625
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Anadia 583
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Serras de Ansião 583
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Médio Ave 550
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Elvas e Campo Maior 467
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Viriato 375
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Cartaxo, Nazaré, Rio Maior e Santarém 256
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Borba 242
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 91
Accionistas (continuação) Dividendo Bruto
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arruda dos Vinhos 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Dão e Alto Vouga 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alentejo Central 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Cávado e Basto 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior 183
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sobral de Monte Agraço 154
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio 148
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha 139
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Vouga 133
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arouca 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beira Douro 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coruche 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Costa Verde 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pombal 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal 131
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Lourinhã 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S.Teotónio 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S.Bart. Messines e S. Marcos da Serra 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Douro e Côa 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Távora e Douro 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Mogadouro e Vimioso 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Miranda do Douro 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Bairro 125
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 92
Accionistas (continuação) Dividendo Bruto
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Vila Franca de Xira 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Área Metropolitana do Porto 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Sul 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Norte Alentejano 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Nordeste Alentejano 125
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Bairrada e Aguieira 58
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo 58
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela 50
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal 35
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Centro 29
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alenquer 29
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões 29
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores 28
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós 25
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche 13
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja 6
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul) 6
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Moravis 6
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel 6
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Sousa e Baixo Tâmega 6
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Verde e Terras do Bouro 6
Total 1.750.000
Resultados básicos por acção
Os resultados básicos por acção detalham-se como se segue:
2018 2017
Resultado líquido do exercício 6.823.382 6.652.580
Número de acções 7.000.000 7.000.000
Resultado básico por acção 0,97 0,95
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 93
Reservas de reavaliação
As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros
incluem as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos
disponíveis para venda, na parte que pertence ao Accionista, líquidas da imparidade
reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores, como se segue:
2018 2017
Activos disponíveis para venda
Variação de justo valor
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
Títulos de dívida pública -5.737.156 6.483.863
De outros emissores públicos 1.561.399 3.135.124
De outros emissores 3.301.857 26.138.372
Acções
Unidades de participação em fundos de
investimento mobiliário -95.949 7.493.255
Unidades de participação em fundos de
investimento Imobiliário 2.782.106 2.320.563
1.812.258 45.571.177
Valor transferido para a provisão para
participação nos resultados a atribuir
(shadow accounting)
-4.666.267 -29.733.166
Saldo da reserva de reavaliação por
ajustamentos no justo valor -2.854.009 15.838.011
Ver adicionalmente a Nota 24.
Reservas por impostos diferidos
Os impostos diferidos, calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores
contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em
resultados, excepto quando relacionados com itens que são reconhecidos directamente
no Capital Próprio, situação em que são também registados por contrapartida do Capital
Próprio, na rubrica reserva por impostos diferidos. Os impostos diferidos reconhecidos
no Capital Próprio decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda
são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem
reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
Adicionalmente, esta rubrica engloba ainda os impostos correntes que incidem sobre as
valias não realizadas das carteiras afectas com participação nos resultados. Ver detalhe
na Nota 29.
Outras reservas
Nesta rubrica, a Companhia regista o valor da reserva legal, que apenas poderá ser
utilizado para cobertura de prejuízos acumulados ou aumentos de capital. De acordo
com a legislação Portuguesa, a reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo
menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 94
Ao longo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2018, as reservas e os resultados transitados podem ser analisados como se segue:
Reserva de reavaliação
Reserva por impostos
diferidos Outras reservas Resultados transitados
Saldo em 1 de Janeiro de 2017 26.193.971 -6.769.506 6.128.206 47.127.145
Aplicação do resultado líquido do exercício de 2016 423.584 3.062.253
Alterações de justo valor -10.355.960 2.554.480
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 15.838.011 -4.215.026 6.551.790 50.189.398
Aplicação do resultado líquido do exercício de 2017 665.258 4.237.322
Alterações de justo valor -18.692.020 4.563.092
Saldo em 31 de Dezembro de 2018 -2.854.009 348.066 7.217.048 54.426.720
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 95
36. Transacções com partes relacionadas
A CA Vida comercializa seguros de vida e fundos de pensões exclusivamente através das
Agências da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e das Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo, seguindo uma estratégia de aproveitamento de sinergias de distribuição das
actividades bancária e seguradora.
A Companhia adquire alguns serviços a empresas do Grupo, designadamente serviços
bancários de cobranças e de gestão de carteiras de investimento. Comercializa também
produtos do Ramo Vida com outras empresas do Grupo, sendo o peso desta transacção
no volume de negócios da CA Vida muito reduzido.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 96
No exercício de 2018, a CA Vida não realizou qualquer transacção comercial com a
Crédito Agrícola Seguros e Pensões, SGPS, que detém 98,18% do seu capital social,
constituindo o maior Accionista da Companhia.
À CA Gest, a Companhia adquiriu o serviço de gestão da sua carteira de investimentos.
À CA Seguros, a Companhia adquiriu os seguros de Ramos Não Vida inerentes à sua
actividade.
A CA Informática e CA Serviços prestaram serviços informáticos e de comunicações à
CA Vida.
No que respeita à Caixa Central, esta prestou serviços bancários e de mediação de
Seguros de Vida à Companhia, assim como de custódia dos activos financeiros, entre
outros.
As Caixas de Crédito Agrícola Mútuo constituem o canal de distribuição exclusivo da
Seguradora auferindo remunerações de mediação pela intermediação na
comercialização de Seguros de Vida e de Fundos de Pensões. No ano de 2015 a CA Vida
contraiu um empréstimo subordinado obrigacionista junto das Caixas Agrícolas, sem
prazo determinado, no montante de 40 milhões de euros.
Dos serviços prestados entre partes relacionadas, a Companhia reconheceu como
gastos/perdas e proveitos/ganhos nas suas demonstrações financeiras os seguintes
valores:
Em 31 de Dezembro de 2018:
Entidade relacionada Custos, gastos e perdas
(+) /proveitos e ganhos (-)
Saldos
devedores(+)/credores(-)
CA Gest 2.266.237 -514.887
CA Seguros 53.334 6.848
Caixa Central de Crédito Agrícola
Mútuo 2.420.722 52.097.150
CA Informática 43.879 8.701
CA Serviços 803.210 -27.260
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo 11.249.700 -47.475.867
Total 16.837.081 4.094.684
Em 31 de Dezembro de 2017:
Entidade relacionada Custos, gastos e perdas
(+) /proveitos e ganhos (-)
Saldos
devedores(+)/credores(-)
CA Gest 2.384.973 -1.505.250
CA Seguros 54.692 6.266
Caixa Central de Crédito Agrícola
Mútuo 2.169.985 14.019.072
CA Informática 38.605 405
CA Serviços 572.326 -630.486
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo 11.024.377 -46.813.566
Total 16.244.957 -34.923.559
É convicção do Conselho de Administração Executivo da Companhia que todas as
transacções realizadas com empresas relacionadas foram efectuadas a preços de
mercado, idênticos aos preços praticados em transacção semelhantes com outras
entidades.
As remunerações e outros benefícios dos membros dos órgãos de gestão estão
divulgados na Nota 14.
37. Gestão de Riscos de actividade
A Gestão de Riscos apresenta-se como uma função de extrema importância no
desenvolvimento da actividade seguradora. Desta forma, a CA Vida tem desenvolvido
esforços no sentido de reforçar a integração da função de Gestão de Riscos no apoio
activo à gestão.
Na área de Gestão de Riscos, destacam-se as seguintes responsabilidades:
• Participação na elaboração das políticas de investimento e subscrição;
• Colaboração na definição das políticas de resseguro;
• Apoio na definição de novos produtos e respectiva tarifação;
• Identificação dos riscos assumidos e na definição dos respectivos controlos;
• Implementação de ferramentas de gestão de riscos tais como ferramentas de apoio
ao cálculo de capital económico;
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 97
• Registo de riscos operacionais e colaboração na implementação dos respectivos
controlos;
• Elaboração de reporte periódico relativo a indicadores de risco.
A CA Vida identifica como principais riscos, os seguintes:
• Risco de crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração da qualidade
creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários aos quais a empresa de
seguros se encontra exposta, bem como dos devedores, prestatários, mediadores,
tomadores de seguro e resseguradoras que com ela se relacionam.
• Risco de mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos
activos e da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço das
acções, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (por exemplo,
petróleo). Inclui ainda a exposição de produtos derivados a variações do preço do
activo subjacente, encontrando-se também fortemente relacionado com o risco de
disparidade entre activos e passivos.
• Risco de liquidez: risco de exposição a perdas na eventualidade de existirem poucos
activos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades perante os
tomadores de seguros e outros credores.
• Risco operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos
procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Encontra-se
associado a eventos como fraudes, falhas de sistemas e ao não cumprimento de
normas e regras estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas
na governação da sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços
em outsourcing e no plano de continuidade do negócio.
• Risco de reputação: risco da Companhia incorrer em perdas resultantes da
deterioração ou posição no mercado devido a uma percepção negativa da sua
imagem entre os clientes, Contrapartes, Accionistas ou Autoridades de Supervisão,
assim como do público em geral.
• Risco estratégico: risco do impacto actual e futuro nos proveitos ou capital
resultante de decisões de negócio inadequadas, implementação imprópria de
decisões ou falta de capacidade de resposta às alterações ocorridas no mercado.
• Risco específico de seguro: é o risco inerente à comercialização de contratos de
seguro, associado ao desenho de produtos e respectiva tarifação, ao processo de
subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do
resseguro.
Risco de crédito
As principais áreas nas quais a CA Vida se encontra exposta ao risco de crédito são:
• Montantes devidos por resseguradores referentes a indemnizações que já foram
pagas;
• Risco de crédito de títulos de dívida em carteira;
• Risco de contraparte devido a transacções com derivados.
A Companhia define os níveis de risco de crédito aceitáveis estabelecendo limites à sua
exposição a uma única contraparte ou à contraparte no todo, e a segmentos geográficos
e de sector. Estes riscos estão sujeitos a uma revisão anual ou a uma supervisão mais
frequente. Os limites dos níveis de risco de crédito por categoria e território são
aprovados anualmente pelo Conselho de Administração Executivo.
A exposição máxima ao risco de crédito é analisada como se segue:
2018 2017
Disponibilidades em Instituições de Crédito 52.546.803 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 26.584.581
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
48.103.771 88.158.438
Activos disponíveis para venda 1.069.177.379 1.423.282.905
Outros devedores por operações de seguros e
outras operações 1.206.943 880.298
Total 1.200.290.423 1.553.439.617
O resseguro constitui um meio da CA Vida gerir o risco de seguro, no entanto, como
primeira intermediária, a Companhia continua exposta ao mesmo. Em caso de
incumprimento por parte do ressegurador, a Companhia terá mesmo assim que
indemnizar o cliente. A qualidade de crédito do ressegurador é observada numa base
anual, sendo a sua condição financeira analisada antes da finalização dos contratos.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 98
A exposição ao risco de crédito da CA Vida em termos de resseguro resume-se como se
segue:
Ressegurador Participação no Rating
tratado de resseguro S&P
Swiss Re 55% AA-
Munich Re 30% AA-
RGA 15% AA-
A taxa de cedência dos prémios brutos emitidos do seguro directo é apresentada no
quadro abaixo:
Seguros de risco 2018 2017
Prémios brutos emitidos 37.269.705 33.705.579
Prémios de resseguro cedido 7.573.545 7.048.768
Taxa de cedência 20,3% 20,9%
Exposições a entidades de forma individual e a entidades do mesmo sector de actividade
ou geográfico são anexadas à monitorização contínua dos controlos associados aos
investimentos, existindo limites de diversificação definidos na política de investimentos
da Companhia. A análise do risco de crédito das entidades a que a Companhia se encontra
exposta através dos títulos de dívida emitidos por estas é efectuada através de ratings de
entidades externas reconhecidas e independentes. O rating adoptado é o segundo
melhor divulgado.
Os quadros abaixo, ilustram a exposição da Companhia ao risco de crédito, por rating do emitente, em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2018:
2018 AAA AA A BBB BB B Sem rating Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
1.588.980 8.541.194 37.973.597 48.103.771
Activos disponíveis para venda 4.169.333 37.480.253 42.256.418 708.554.927 72.845.935 8.232.737 195.637.776 1.069.177.379
4.169.333 37.480.253 42.256.418 710.143.908 81.387.129 8.232.737 286.158.176 1.169.827.953
2017 AAA AA A BBB BB B Sem rating Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 14.533.395 14.533.395
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
9.242.971 78.915.467 88.158.438
Activos disponíveis para venda 10.790.269 106.727.240 269.080.452 785.111.766 218.248.704 20.310.175 13.014.300 1.423.282.905
10.790.269 106.727.240 269.080.452 785.111.766 227.491.675 20.310.175 106.463.162 1.525.974.738
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 99
Em 2018, a CA Vida adquiriu títulos de dívida pública italiana classificados como activos
disponíveis para venda, as obrigações BOTS 0% 14/08/19 e BTPS 2% 01/02/28, com valor
de balanço a 31 de Dezembro de 60.325.104 euros e 115.622.426 euros, respectivamente.
Estas obrigações não tinham rating atribuído no final do ano, todavia o emitente
apresentava um rating BBB.
Os outros activos financeiros que compõem a classe devedores englobam
maioritariamente valores a receber de clientes e outros devedores, sendo estes saldos
de curto prazo e de valor reduzido, pelo que a CA Vida não utiliza nenhum sistema de
aferição de risco de crédito, com excepção dos montantes a receber de resseguradores,
cuja análise de risco de crédito é efectuada conforme a política já descrita.
A diversificação dos activos financeiros expostos a risco de crédito por sectores de
actividade para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2018, encontra-se
apresentada conforme se segue:
Em 31 de Dezembro de 2018:
Sector de Actividade Activos financeiros detidos para
negociação
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor
através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para venda Total
Instituições financeiras 29.255.527 46.514.791 147.180.753 222.951.070
Dívida pública 1.588.980 715.911.951 717.500.931
Telecomunicações 25.997.238 25.997.238
Energia 61.132.989 61.132.989
Indústria 105.113.991 105.113.991
Outros 13.840.457 13.840.457
Total 29.255.527 48.103.771 1.069.177.379 1.146.536.677
Em 31 de Dezembro de 2017:
Sector de Actividade Activos financeiros detidos para
negociação
Activos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor
através de ganhos e perdas
Activos disponíveis para venda Total
Instituições financeiras 26.584.581 86.540.791 249.937.164 363.062.536
Dívida pública 1.617.647 783.238.517 784.856.165
Telecomunicações 62.954.749 62.954.749
Energia 126.921.509 126.921.509
Indústria 158.895.465 158.895.465
Outros 41.335.500 41.335.500
Total 26.584.581 88.158.438 1.423.282.905 1.538.025.924
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 100
A exposição à dívida pública por País é analisada como se segue:
2018
2017
Emitente Valor de balanço Peso
Valor de balanço Peso
Itália 337.778.864 47,1%
233.252.126 29,7%
Espanha 197.006.525 27,5% 201.710.290 25,7%
Portugal 172.674.488 24,1% 94.318.880 12,0%
Brasil 6.310.965 0,9% 2.346.662 0,3%
República da Coreia 1.353.397 0,2% 2.526.635 0,3%
França 1.282.977 0,2% 31.750.869 4,0%
Irlanda 1.093.716 0,2% 153.376.828 19,5%
Bélgica 43.798.894 5,6%
Áustria 15.757.164 2,0%
Países Baixos 6.017.817 0,8%
Total 717.500.931 100%
784.856.165 100%
Risco de mercado
A carteira de títulos é gerida na sua totalidade pela CA Gest, estando definido um
benchmark de investimento de acordo com o risco que se pretende assumir e a
rentabilidade desejada.
A referida carteira é valorizada diariamente com base em inputs da Entidade Gestora.
No que respeita à gestão do risco de crédito e de mercado da carteira de títulos, a CA Vida
efectua os seguintes controlos:
• São efectuados contactos permanentes com a Entidade Gestora, no sentido de se
avaliar a evolução da carteira;
• Mensalmente são elaborados relatórios de análise de risco pela Entidade Gestora,
sendo efectuada a respectiva análise;
• São realizadas reuniões regulares com a mesma, com periodicidade mensal e sempre
que as condições e perspectivas de evolução do mercado o recomendem,
redefinindo-se os perfis de risco das carteiras caso seja necessário;
• A CA Vida, no âmbito do cálculo mensal dos requisitos de capital de solvência, avalia
e quantifica com essa periodicidade o risco de mercado e de contraparte e a
respectiva evolução.
De acordo com a IFRS 13, os activos financeiros podem encontrar-se valorizados ao justo
valor de acordo com um dos seguintes níveis:
Nível 1 Justo valor determinado directamente com referência a um mercado oficial
activo.
Nível 2 Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização suportadas em
preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis para o mesmo instrumento
financeiro.
No caso de obrigações com derivados embutidos são utilizados modelos de avaliação
geralmente aceites para determinação do valor do tipo de instrumento financeiro em
causa, que avalia separadamente o valor de cada componente da estrutura do
instrumento financeiro e incorpora nos seus pressupostos e metodologia toda a
informação relevante sobre o emitente, os activos subjacentes e o mercado. No caso dos
swaps de taxa de juro, o justo valor é determinado com base em técnicas de fluxos de
caixa descontados.
Nível 3 Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização não suportadas em
preços observáveis em mercados correntes transaccionáveis para o mesmo instrumento
financeiro. O activo classificado nesta categoria de Nível 3 corresponde a um fundo de
investimento imobiliário.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 101
A valorização dos activos financeiros por níveis, a 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é analisada como se segue:
2018 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803
Activos financeiros detidos para negociação
29.255.527 29.255.527
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 10.132.858 37.973.597 48.106.455
Activos disponíveis para venda 1.060.006.686 18.074.745 9.223.570 1.087.305.000
Total 1.070.139.543 137.850.671 9.223.570 1.217.213.784
2017 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 14.533.395 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação 26.584.581 26.584.581
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 9.244.667 78.915.467 88.160.134
Activos disponíveis para venda 1.461.175.989 8.762.027 1.469.938.015
Total 1.470.420.656 120.033.443 8.762.027 1.599.216.125
Em 2018 a Companhia reclassificou de Nível 1 para Nível 3, as unidades de participação do fundo de investimento imobiliário.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2018, o justo valor, por classes de activos e passivos financeiros, é analisado como se segue:
2018 2017
Valor de balanço Justo valor Valor de balanço Justo valor
Activos financeiros
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803 14.533.395 14.533.395
Outros devedores por operações de seguros e outras operações 1.206.943 1.206.943 880.298 880.298
Total 53.753.746 53.753.746 15.413.693 15.413.693
Passivos financeiros
Outros credores por operações de seguros e outras operações 1.168.724 1.168.724 1.307.270 1.307.270
Da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos contabilísticos como
contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 64.931.047 64.931.047 209.133.059 209.464.301
Da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos contabilísticos como
contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 1.626.855 1.626.855 1.604.904 1.604.904
Passivos subordinados 40.033.333 40.871.250 40.033.333 41.310.311
Total 107.759.959 108.597.876 252.078.566 253.686.785
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 102
As disponibilidades e aplicações em Instituições de Crédito e devedores são compostas
maioritariamente por activos financeiros de curto prazo e por essa razão o seu valor de
balanço, à data de reporte, é considerado ser aproximado ao justo valor.
A rubrica de credores é composta maioritariamente por passivos financeiros de curto
prazo e por essa razão o seu valor de balanço à data de reporte é considerado ser
aproximado ao justo valor.
Risco de taxa de juro
Resulta da possibilidade de flutuação do valor dos cash-flows de um instrumento
financeiro, originada por alterações nas taxas de juro do mercado. As aplicações e
disponibilidades em instituições financeiras, obrigações e outros títulos de rendimento
fixo e derivados de taxa de juro estão sujeitos a esta natureza de risco.
Na CA Vida este risco é monitorizado diariamente, sendo observado o diferencial entre o
montante de activos e de passivos que irão estar sujeitos a refixação de taxa de juro com
base em intervalos temporais pré-definidos.
A Companhia transacciona swaps de taxa de juro, over-the-counter, destinados a
garantir uma adequada modelização dos fluxos financeiros gerados pelas carteiras
fechadas, negociados e contratualizados com instituições financeiras cuja notação de
rating seja preferencialmente investment grade, de forma a minimizar o risco de crédito
e/ou de contraparte das carteiras.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se segue:
2018 Taxa fixa Taxa variável Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem
52.546.803 52.546.803
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 29.255.527
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 48.103.771 48.103.771
Activos disponíveis para venda 1.065.627.948 3.549.431 1.069.177.379
1.142.987.246 56.096.234 1.199.083.480
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 64.931.047 64.931.047
Passivos subordinados 40.033.333 40.033.333
64.931.047 40.033.333 104.964.380
Derivados detidos para negociação
Nocional teórico 57.795.000 57.795.000
Exposição líquida 1.020.261.199 16.062.901 1.036.324.100
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 103
2017 Taxa fixa Taxa variável Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 14.533.395 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação 26.584.581 26.584.581
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 88.158.438 88.158.438
Activos disponíveis para venda 1.423.282.905 1.423.282.905
1.538.025.924 14.533.395 1.552.559.319
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 209.133.059
209.133.059
Passivos subordinados 40.033.333 40.033.333
209.133.059 40.033.333 249.166.392
Derivados detidos para negociação
Nocional teórico 57.795.000 57.795.000
Exposição líquida 1.271.097.865 -25.499.938 1.245.597.927
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 104
Os quadros a seguir apresentados resumem a análise do impacto resultante da variação da taxa de juro de referência nos activos e passivos financeiros da Companhia a 31 de Dezembro
de 2017 e 2018.
2018 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 1.050.936 525.468 262.734 52.546.803 -262.734 -525.468 -1.050.936
Activos financeiros detidos para negociação 65.960 32.793 16.350 29.255.527 -16.258 -32.425 -64.491
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 4.568.298 2.045.549 974.562 48.103.771 -894.367 -1.721.161 -3.209.829
Activos disponíveis para venda 177.821.793 79.750.533 38.030.083 1.069.177.379 -34.943.999 -67.261.332 -125.370.410
183.506.987 82.354.342 39.283.730 1.199.083.480 -36.117.358 -69.540.387 -129.695.667
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado -2.089.789 -1.020.639 -504.444 -64.931.047 493.054 975.063 1.907.268
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados -151.571 -73.520 -36.214 -1.626.855 35.159 69.298 134.657
Passivos subordinados -1.597.924 -787.202 -390.719 -40.871.250 152.607 247.093 430.982
-3.839.284 -1.881.361 -931.377 -107.429.152 680.819 1.291.454 2.472.907
2017 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 290.668 145.334 72.667 14.533.395 -72.667 -145.334 -290.668
Activos financeiros detidos para negociação 639.828 316.449 157.372 26.584.581 -155.694 -309.736 -612.964
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 6.044.298 2.747.405 1.318.583 88.158.438 -1.227.192 -2.377.438 -4.489.682
Activos disponíveis para venda 176.701.390 80.919.179 38.988.244 1.423.282.905 -36.539.740 -70.990.554 -134.636.782
183.676.184 84.128.367 40.536.866 1.552.559.319 -37.995.292 -73.823.061 -140.030.096
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado -5.178.669 -2.536.009 -1.255.090 -209.464.301 1.230.055 2.435.835 4.777.474
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados -181.101 -87.444 -42.976 -1.604.904 41.542 81.705 158.104
Passivos subordinados -2.252.987 -1.021.886 -424.208 -41.310.311 144.442 237.762 412.559
-7.612.757 -3.645.338 -1.722.274 -252.379.515 1.416.039 2.755.302 5.348.137
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 105
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 o desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da maturidade ou data de refixação é apresentado no
quadro seguinte:
2018 À vista Até 3 meses De 3 meses
a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 29.255.527
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 10.226.573 24.080.724 13.796.474 48.103.771
Activos disponíveis para venda 16.389.538 109.697.872 170.510.722 315.274.269 457.304.978 1.069.177.379
52.546.803 26.616.111 138.953.399 170.510.722 339.354.993 471.101.452 1.199.083.480
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 28.544.476 8.570.243 1.698.724 26.117.604 64.931.047
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados 1.626.855 1.626.855
Passivo subordinado 40.871.250 40.871.250
28.544.476 49.441.493 1.698.724 26.117.604 1.626.855 107.429.152
2017 À vista Até 3 meses De 3 meses
a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 14.533.395 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação 26.584.581 26.584.581
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 26.512.020 30.736.591 23.821.980 7.087.847 88.158.438
Activos disponíveis para venda 48.860.307 148.820.915 249.235.893 278.943.601 697.422.189 1.423.282.905
14.533.395 48.860.307 175.332.935 306.557.064 302.765.581 704.510.036 1.552.559.319
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 34.773.428 111.863.058 36.619.094 25.877.480 209.133.059
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados 1.604.904 1.604.904
Passivo subordinado 41.310.311 41.310.311
34.773.428 153.173.369 36.619.094 25.877.480 1.604.904 252.048.273
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 106
Risco de preço
O risco de preço das acções e unidades de participação deriva das flutuações de preço
deste tipo de activos, podendo estas afectar um emitente específico ou um conjunto de
activos semelhantes transaccionados no mercado.
A exposição da CA Vida ao risco de preço advém das unidades de participação em fundos
de investimento detidas em carteira, classificadas como activos disponíveis para venda,
com excepção das unidades de participação do Fundo de Compensação do Trabalho,
classificadas no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas.
A diversificação deste tipo de activos por sectores de actividade para os exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2017 e 2018 é como se segue:
Sector de actividade
2018 2017
Unidades de participação em
fundos de investimento
Unidades de participação em
fundos de investimento
Instituições financeiras 18.127.621 46.656.806
Total 18.127.621 46.656.806
Com base no montante registado em balanço a 31 de Dezembro de 2018, uma variação de
10% na valorização dos instrumentos de capital e unidades de participação resultaria
num aumento ou diminuição de capital de 1.812.762 euros (2017: 4.665.681 euros) antes
de impostos.
Risco cambial
Decorre da variação do valor de activos e passivos detidos pela Companhia resultante de
oscilações nas taxas de câmbio das moedas em que esses activos e passivos se
encontram expressos.
A Companhia não se encontra exposta a risco cambial a 31 de Dezembro de 2018 e 2017,
uma vez que todos os activos e passivos se encontram denominados em euros.
Risco de liquidez
A tesouraria da CA Vida é acompanhada numa base diária, existindo controlos dos saldos
bancários e dada a orientação necessária para que sejam cumpridas as necessidades de
liquidez.
A gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção de dinheiro ou
instrumentos financeiros líquidos suficientes e a possibilidade de fechar posições de
mercado. A Gestão monitoriza previsões actualizadas da reserva de liquidez
considerando os fluxos de caixa esperados, tendo por base uma análise da maturidade
contratual remanescente dos passivos financeiros e das suas obrigações com contratos
de seguro e a data esperada dos inflows dos activos financeiros.
Especificamente no que respeita às carteiras de investimento, a Entidade Gestora faz a
gestão diária da tesouraria, tendo em consideração os fluxos de entrada e saída de
dinheiro, e as liquidações das transacções realizadas sobre valores mobiliários.
Adicionalmente, faz parte da política de investimentos a aquisição privilegiada de
valores mobiliários transaccionados em mercados regulamentados.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 107
A tabela seguinte analisa os activos e passivos financeiros da CA Vida por grupos de maturidade relevantes, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data de
reporte. Os montantes que constam dos quadros a seguir apresentados são fluxos de caixa contratuais não descontados:
2018 À vista Até 3 meses De 3 meses
a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos
Mais de
5 anos Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 52.546.803 52.546.803
Activos financeiros detidos para negociação 29.255.527 29.255.527
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 11.444.386 439.900 3.256.579 20.910.983 27.664.520 63.716.368
Activos disponíveis para venda 23.285.613 124.654.175 210.842.144 212.713.507 697.039.336 1.268.534.774
52.546.803 63.985.526 125.094.075 214.098.723 233.624.489 724.703.855 1.414.053.472
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 26.091.155 8.004.382 1.547.976 24.047.972 59.691.485
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados 1.626.855 1.626.855
Passivos subordinados 1.216.667 41.220.000 42.436.667
26.091.155 9.221.048 42.767.976 24.047.972 1.626.855 103.755.006
Diferencial 52.546.803 37.894.371 116.483.027 170.720.747 209.576.518 723.077.001 1.310.298.466
2017 À vista Até 3 meses De 3 meses
a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos
Mais de
5 anos Total
Activo
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 14.533.395 14.533.395
Activos financeiros detidos para negociação -304.411 -2.387.317 29.222.178 26.530.450
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 2.212.390 26.653.678 25.219.641 22.024.340 22.569.974 98.680.022
Activos disponíveis para venda 57.505.750 171.482.800 282.742.756 273.372.663 746.108.193 1.531.212.163
14.533.395 59.413.729 195.749.161 337.184.575 295.397.003 768.678.167 1.670.956.030
Passivo
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao custo amortizado 32.362.126 105.902.510 34.173.220 24.219.847 196.657.703
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento valorizados ao justo valor por via de resultados 1.604.904 1.604.904
Passivos subordinados 1.216.667 42.607.608 43.824.274
32.362.126 107.119.176 76.780.828 24.219.847 1.604.904 242.086.881
Diferencial 14.533.395 27.051.603 88.629.985 260.403.747 271.177.156 767.073.263 1.428.869.150
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 108
Risco operacional
A mitigação do risco operacional é efectuada através do Sistema de Controlo Interno da
Companhia. A metodologia de abordagem ao Sistema de Controlo Interno adoptado
compreende as seguintes fases:
• Identificação das unidades de negócio e dos processos relevantes;
• Documentação dos processos significativos onde se incluem os objectivos, as
principais actividades, riscos e controlos associados;
• Avaliação do desenho dos controlos;
• Realização de testes de efectividade sobre os controlos identificados, confirmação
das deficiências existentes e elaboração de um plano de correcções.
A Companhia procedeu ao levantamento e documentação dos processos internos mais
relevantes e à identificação dos riscos e controlos que lhes estão associados.
O Sistema de Controlo Interno é suportado pela estrutura organizativa que se encontra
formalmente definida e onde constam os responsáveis e as competências de cada área
da CA Vida.
Para garantir a correcta execução das operações, a Companhia possui procedimentos
formais a seguir nos diferentes processos de negócio. Neste contexto, foram definidos os
responsáveis dos processos, que têm como principal função assegurar um nível de
robustez suficiente que permita minimizar a ocorrência de perdas financeiras.
A Companhia tem definido um plano de continuidade de negócio e um plano de Disaster
Recovery.
Risco específico de seguro
O risco de seguro reflecte a impossibilidade de, no momento da subscrição da apólice, se
estimar o custo real efectivo de sinistros futuros, sendo este composto pelos riscos de
longevidade, mortalidade, invalidez, descontinuidade e despesas.
A CA Vida gere o risco de seguro através duma combinação de políticas de subscrição, de
provisionamento e de resseguro.
Relativamente à política de subscrição, são definidas as tarifas adequadas, que
proporcionem à Companhia resultados positivos, depois de cobertas todas as suas
responsabilidades associadas aos contratos, que incluem sinistros a pagar, custos
administrativos, custo do capital, entre outros.
De forma a reduzir a exposição da CA Vida a este tipo de risco, são celebrados tratados de
resseguro. O resseguro pode ser feito apólice a apólice (resseguro facultativo),
nomeadamente quando o nível de cobertura exigido pelo segurado excede os limites
internos de subscrição, ou com base na carteira (resseguro por tratado), em que as
exposições individuais dos segurados estão dentro dos limites internos, mas em que
existe um risco de acumulação de sinistros.
O principal objectivo do resseguro é mitigar grandes sinistros individuais em que os
limites das indemnizações são elevados, bem como o impacto de múltiplos sinistros
desencadeados por uma única ocorrência.
A exposição máxima ao risco por ocorrência após resseguro, no exercício de 2018, é
resumida como se segue:
Tipo de resseguro
Contratos até 31-12-2005 Proporcional
(excedente de pleno) 25.000 euros
Contratos a partir de 01-01-2006 Proporcional
(excedente de pleno) 55.000 euros
Todos os contratos (cobertura de
catástrofe)
Não proporcional
(excedente de sinistros) 165.000 euros
Para mitigar este risco, a CA Vida recorre a critérios de selecção e políticas de subscrição
baseadas na experiência histórica de perdas, refinados pelo conhecimento ou
expectativas da evolução futura da frequência e gravidade dos sinistros.
Os eventuais ajustamentos resultantes de alterações nas estimativas das provisões são
reflectidos nos resultados correntes de exploração.
Risco de mortalidade
O risco de mortalidade encontra-se relacionado com o aumento da taxa de mortalidade
e o aumento do custo efectivo dos sinistros futuros dele decorrente.
A avaliação da exposição da Companhia a este risco é efectuada através da realização de
estudos de mortalidade, nos quais são definidos os pressupostos de mortalidade a
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 109
utilizar nas projecções de cash-flows futuros. Os estudos realizados são baseados na
observação de dados históricos da Companhia e de dados de mercado.
Risco de descontinuidade
O risco de descontinuidade representa o risco associado à anulação de apólices. A
anulação de apólices pode ocorrer por cessação de pagamento de prémios, por extinção
da apólice ou por transferência da apólice para outra Companhia. A CA Vida monitoriza
a evolução da taxa de resgates, acompanhando assim o impacto resultante dos resgates
no valor da carteira. Para aferir o nível de exposição a este risco, são realizadas análises
de sensibilidade a variações na taxa de resgate estimada.
Risco de despesas
O risco de despesas representa o risco associado a variações nas despesas da Companhia.
A CA Vida tem definida uma estrutura de custos que é utilizada na tarifação dos
produtos. A estrutura de custos é acompanhada regularmente, sendo realizadas
análises de sensibilidade à variação das despesas.
Através da projecção de cash-flows futuros, são realizadas análises de sensibilidade que
demonstram o equilíbrio das tarifas existentes e a provável continuação da geração de
resultados positivos no futuro.
No quadro seguinte apresentam-se os resultados obtidos nas análises de sensibilidade
ao valor actual dos lucros futuros da CA Vida:
2018 2017
Despesas Aumento de 10% nas despesas -3.146.524 -3.159.390
Diminuição de 10% nas despesas 3.138.055 3.159.676
Mortalidade Aumento de 5% da taxa de
mortalidade -1.335.210 -973.531
Diminuição de 5% na taxa de
mortalidade 1.230.033 976.043
Resgates Aumento de 10% na taxa de
resgate -5.755.880 -5.251.215
Diminuição de 10% na taxa de
resgate 6.118.423 5.727.404
38. Solvência
Os objectivos da CA Vida são claros no que se refere aos requisitos de capital,
privilegiando-se a manutenção de rácios de solvabilidade fortes e saudáveis, como
indicadores de uma situação financeira estável. A Companhia gere os requisitos de
capital numa base regular, atenta às alterações das condicionantes económicas, bem
como ao seu perfil de risco.
Durante o decorrer do ano de 2016 a Companhia desenvolveu o processo respeitante à
implementação do regime de Solvência II, que representa uma alteração significativa do
cálculo do capital elegível e também do requisito de capital. Neste contexto, ao abrigo
da Circular nº1/2015, de 16 de Julho, entretanto complementada pela Norma 6/2015, de
17 de Dezembro emitidas pela ASF, ambas relativas aos pedidos de aprovação para
utilização de medidas relativas aos requisitos quantitativos no âmbito do regime
Solvência II, a CA Vida submeteu à apreciação da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões o pedido de aprovação para aplicação do regime transitório no
respeitante às provisões técnicas, o qual foi aceite.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 110
O quadro abaixo apresenta a margem de solvência nos anos de 2017 e 2018 no regime de
Solvência II. Os valores apresentados contemplam as medidas aprovadas pelo
Supervisor acima descritas. Relativamente ao ano de 2018 são valores ainda provisórios
sujeitos a certificação externa.
2018 2017*
Fundos próprios elegíveis 297.011.760 303.327.883
Requisito de capital de solvência 141.629.266 158.798.288
Rácio de cobertura 210% 191%
Excesso de cobertura 155.382.494 144.529.595
*Valores finais certificados e publicados.
De acordo com a estimativa realizada para 2018, no âmbito do exercício de avaliação
interna, o rácio de cobertura, deverá ser em 2018 de cerca de 210%. Este valor é uma
estimativa, sujeito a diversos factores de risco, sendo o valor final alvo de certificações
externas.
39. Compromissos
A CA Vida detém contratos de locação operacional referentes a viaturas e equipamento
informático.
Os pagamentos mínimos não canceláveis de acordo com a sua maturidade são os
seguintes:
Até 1 ano 1-5 anos Total
Locação operacional de viaturas 50.545 44.222 94.767
Locação operacional de equipamento informático
Infra-estrutura de terminal server 9.944 24.268 34.212
Impressoras 1.053 431 1.483
Alojamento de base de dados 1.135 1.135
Hardware 18.547 18.547
Total 81.223 68.921 150.144
40. Elementos extrapatrimoniais
O valor dos activos dos fundos de pensões geridos pela Companhia encontram-se
detalhados no quadro abaixo.
Fundos de pensões geridos pela Companhia
Valor dos activos do
fundo
Rendimento
mínimo
2018 2017
Fundo de Pensões Aberto CA Reforma Mais 10.398.596 8.044.786 Não
Fundo de Pensões Aberto CA Reforma Tranquila 21.080.047 16.541.575 Não
Fundo de Pensões Aberto CA Reforma Segura 27.620.418 22.735.835 Não
Fundo de Pensões Aberto CA Reforma Garantida* 1.946.941 1.756.244 Não
Fundo de Pensões Crédito Agrícola 91.377.740 87.257.503 Não
* Fundo com garantia do capital investido.
A CA Vida detém em carteira swaps de taxa de juro com valor nocional de 57.795.000
euros, cujo detalhe poderá ser analisado na Nota 22.
41. Eventos subsequentes
Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas
demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que
impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 111
INVENTÁRIO DE TÍTULOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS
31 de Dezembro de 2018
Anexo 1
U: Euros
Identificação dos títulos Quantidade
Montante do % do valor Preço médio Valor total Valor de balanço
Código Designação valor nominal nominal de aquisição de aquisição Unitário* Total
2 - OUTROS
2.1 - Títulos nacionais
2.1.1 - Instrumentos de capital e unidades de
participação
2.1.1.3 - Unidades de participação em
fundos de investimento
PTSQUBHM0002 CA Património Crescente 552.614 11,66 6.441.462 16,69 9.223.570
PTYCFMIM0013 AOFSP-CA INSTITUCIONAIS (UP) 90.000 100,00 9.000.000 98,93 8.904.051
642.614 15.441.462 18.127.621
2.1.2 - Títulos de dívida
2.1.2.1 - De dívida pública
PTRAADOM0004 AZORES 1.85% 21/08/25 15.487.500 102,15% 15.820.481 104,22% 16.140.811
PTOTESOE0013 PGB 2.2% 17/10/22 1.500.000 108,24% 1.623.525 108,24% 1.623.661
PTOTEWOE0017 PGB 2.25% 18/04/34 148.100.000 100,42% 148.715.652 101,26% 149.959.025
PTOTETOE0012 PGB 2.875% 21/07/26 3.000.000 109,71% 3.291.300 112,07% 3.362.007
PTOTEQOE0015 PGB 5.65% 15/02/24 1.220.500 120,87% 1.475.218 130,19% 1.588.981
sub-total 169.308.000 170.926.176 172.674.485
2.1.2.1 - De outros emissores
PTCGH1OE0014 CXGD 1% 27/01/22 4.800.000 99,71% 4.786.070 103,08% 4.947.601
PTCG2YOE0001 CXGD 4.25% 27/01/20 5.000.000 79,63% 3.981.304 108,50% 5.424.931
PTCGHFOM0006 CXGD 5.98% 03/03/28 9.200.000 106,71% 9.817.320 99,68% 9.170.693
sub-total 19.000.000 18.584.694 19.543.226
sub-total 188.308.000 189.510.870 192.217.711
Total 642.614 188.308.000 204.952.332 210.345.331
2.2 - Títulos estrangeiros
2.2.2 - Títulos de dívida
2.2.2.1 - De dívida pública
IT0005341109 BOTS 0% 14/08/19 60.400.000 99,88% 60.329.936 99,88% 60.325.104
IT0005216491 BTPS 0.35% 01/11/21 3.500.000 98,98% 3.464.265 98,50% 3.447.414
IT0005325946 BTPS 0.95% 01/03/23 46.200.000 100,09% 46.242.042 97,80% 45.185.878
IT0005172322 BTPS 0.95% 15/03/23 3.670.000 99,20% 3.640.481 97,85% 3.591.040
IT0005210650 BTPS 1.25% 01/12/26 8.500.000 95,07% 8.080.884 92,47% 7.860.183
IT0005323032 BTPS 2% 01/02/28 119.800.000 100,40% 120.280.146 96,51% 115.622.430
IT0005028003 BTPS 2.15% 15/12/21 57.000.000 107,20% 61.104.000 103,40% 58.940.423
IT0004992308 BTPS 2.5% 01/05/19 3.000.000 103,86% 3.115.800 101,24% 3.037.091
IT0005217390 BTPS 2.8% 01/03/67 20.300.000 88,99% 18.064.004 86,70% 17.599.739
IT0005273013 BTPS 3.45% 01/03/48 4.600.000 106,80% 4.912.800 100,22% 4.610.290
IT0004966401 BTPS 3.75% 01/05/21 2.400.000 108,66% 2.607.894 107,37% 2.576.965
IT0004594930 BTPS 4% 01/09/20 200.000 113,90% 227.806 107,07% 214.130
IT0004953417 BTPS 4.50% 01/03/24 449.000 111,13% 498.987 114,04% 512.058
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 112
Identificação dos títulos (continuação) Quantidade
Montante do Montante do Preço médio Valor total Valor de balanço
Código Designação valor nominal valor nominal de aquisição de aquisição Unitário* Total
IT0004889033 BTPS 4.75% 01/09/28 736.000 111,70% 822.090 119,74% 881.270
IT0004848583 BTPSH 0 01/02/19 3.550.000 70,61% 2.506.507 100,02% 3.550.728
IT0005311508 CCTS Float 15/04/25 3.800.000 101,60% 3.860.724 93,41% 3.549.431
FR0013131877 FRTR 0.5% 25/05/26 440.000 102,19% 449.632 101,34% 445.876
IE00BJ38CQ36 IRISH 0.8% 15/03/22 500.000 102,59% 512.925 103,85% 519.254
IE00BJ38CR43 IRISH 2.4% 15/05/30 500.000 119,08% 595.385 114,89% 574.462
ES00000126Z1 SPGB 1.6% 30/04/25 8.300.000 105,46% 8.753.263 106,37% 8.828.874
ES00000127A2 SPGB 1.95% 30/07/30 9.400.000 104,95% 9.865.300 103,89% 9.765.918
ES0000012B47 SPGB 2.7% 31/10/48 9.600.000 108,02% 10.369.658 102,28% 9.818.902
ES00000128C6 SPGB 2.9% 31/10/46 7.600.000 115,30% 8.762.800 107,59% 8.176.738
ES00000124W3 SPGB 3.8% 30/04/24 60.950.000 114,61% 69.853.021 119,51% 72.843.588
ES00000123X3 SPGB 4.4% 31/10/23 878.000 108,18% 949.818 119,78% 1.051.636
ES00000121L2 SPGB 4.6% 30/07/19 1.660.000 115,13% 1.911.112 104,83% 1.740.142
ES00000124C5 SPGB 5.15% 31/10/28 628.000 115,56% 725.736 134,96% 847.578
ES00000123K0 SPGB 5.85% 31/01/22 50.550.000 126,65% 64.019.513 123,48% 62.417.194
sub-total 489.111.000 516.526.528 508.534.333
2.2.2.2 - De outros emissores públicos
XS1072141861 ADIFAL 3.5% 27/05/24 4.600.000 104,01% 4.784.295 115,95% 5.333.489
XS1017435782 BNDES 3.625% 21/01/19 6.100.000 101,90% 6.215.850 103,46% 6.310.965
IT0005323438 CDEP 1.875% 07/02/26 6.500.000 99,85% 6.489.925 96,53% 6.274.696
XS0925003732 EIBKOR 2% 30/04/20 1.300.000 100,20% 1.302.537 104,11% 1.353.397
XS0428962921 ICO 4.375% 20/05/19 6.575.000 92,88% 6.106.740 104,46% 6.868.371
ES0000101602 MADRID 4.125% 21/05/24 6.200.000 100,10% 6.206.274 120,22% 7.453.424
ES0000101396 MADRID 4.688% 12/03/20 1.700.000 117,60% 1.999.146 109,45% 1.860.669
XS0540501359 RATPFP 2.875% 09/09/22 750.000 99,07% 743.048 111,61% 837.102
sub-total 33.725.000 33.847.814 36.292.112
2.2.2.3 - De outros emissores
XS1014539289 ABBEY 2% 14/01/19 600.000 104,21% 625.273 101,99% 611.922
XS1520897163 ABBV 0.375% 18/11/19 1.400.000 100,04% 1.400.490 100,31% 1.404.273
XS1508912646 ACEIM 1% 24/10/26 1.900.000 98,38% 1.869.163 90,02% 1.710.291
XS1087831688 ACEIM 2.625% 15/07/24 3.200.000 99,51% 3.184.233 104,99% 3.359.629
FR0012861821 ADPFP 1.5% 24/07/23 1.100.000 101,35% 1.114.891 105,19% 1.157.129
XS1004874621 AEMSPA 3.625% 13/01/22 4.700.000 102,09% 4.798.432 112,48% 5.286.414
XS1148074518 ALB 1.875% 08/12/21 5.642.000 97,01% 5.473.486 103,80% 5.856.517
XS1616407869 AMSSM 0% 19/05/19 900.000 99,93% 899.388 99,98% 899.802
XS1551000364 BACRED 0.75% 17/02/20 3.900.000 99,82% 3.892.984 100,38% 3.914.951
XS1190663952 BBVASM 6.75% 29/12/49 - 20 8.600.000 101,44% 8.723.931 99,32% 8.541.194
PTBCPIOM0057 BCPPL 0.75% 31/05/22 3.000.000 99,39% 2.981.580 101,46% 3.043.792
PTBCPWOM0034 BCPPL 4 1/2 12/07/27 5.000.000 99,57% 4.978.392 92,22% 4.611.245
XS1622560842 BDX 0.368% 06/06/19 500.000 100,00% 500.000 100,30% 501.484
ES0413307127 BKIASM 1% 14/03/23 3.300.000 100,36% 3.311.868 103,42% 3.412.860
XS1645651909 BKIASM 6% PERP-22 3.800.000 100,00% 3.800.000 95,30% 3.621.493
XS1014670233 BKIR 3.25% 15/01/19 4.000.000 107,17% 4.286.760 103,23% 4.129.138
XS1321956333 BMW 0.875% 17/11/20 2.500.000 100,41% 2.510.261 101,37% 2.534.287
XS1247508903 BNP 6.125% 29/12/49 - 22 7.400.000 107,55% 7.958.950 103,46% 7.656.231
FR0013312493 BPCEGP 0.875% 31/01/24 3.700.000 99,61% 3.685.607 98,79% 3.655.144
XS1457608013 C 0.75% 26/10/23 2.600.000 99,63% 2.590.484 98,28% 2.555.244
ES0840609012 CABKSM 5.25% PERP - 26 1.400.000 100,00% 1.400.000 84,69% 1.185.605
ES0840609004 CABKSM 6.75% PERP - 24 4.800.000 102,85% 4.937.000 101,14% 4.854.714
ES0414970402 CAIXAB 4.625% 04/06/19 3.400.000 94,06% 3.198.170 104,68% 3.558.983
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 113
Identificação dos títulos (continuação) Quantidade
Montante do Montante do Preço médio Valor total Valor de balanço
Código Designação valor nominal valor nominal de aquisição de aquisição Unitário* Total
ES0414950693 CAJAMM 5% 28/06/19 2.550.000 92,95% 2.370.251 104,98% 2.676.938
XS1031019562 CARGIL 2.50% 15/02/23 1.850.000 100,17% 1.853.084 109,89% 2.032.890
XS0807706006 CESDRA 4.125% 23/07/19 250.000 99,82% 249.553 103,89% 259.724
XS1114452060 CNH 2.875% 27/09/21 2.350.000 100,88% 2.370.570 106,18% 2.495.307
XS1529561182 CONGR 0% 05/02/20 1.000.000 99,41% 994.100 99,98% 999.790
XS1074053130 CS 1.375% 29/11/19 1.400.000 99,86% 1.397.970 101,47% 1.420.546
PTCGDKOM0037 CXGD 5.75% 28/06/28 - 23 3.700.000 100,00% 3.700.000 103,84% 3.842.085
XS1190987427 DANBNK 5.875% 29/04/49 - 22 8.600.000 103,08% 8.864.777 101,39% 8.719.820
XS1027954822 DEMETER 4% 20/03/19 10.000.000 100,00% 10.000.000 102,27% 10.226.573
XS1071977539 DEMETR 4.75% 20/03/22 4.000.000 100,93% 4.037.000 112,05% 4.481.934
XS1071975830 DEMETR 4.9% 20/03/22 4.000.000 101,10% 4.044.000 109,13% 4.365.383
XS1071973389 DEMETR 5.1% 20/03/22 4.000.000 100,60% 4.024.000 111,24% 4.449.442
XS1071974601 DEMETR 5.25% 20/03/2022 4.000.000 101,20% 4.048.000 115,96% 4.638.592
XS1071972225 DEMETR 5.25% 20/03/22 4.000.000 100,53% 4.021.000 113,91% 4.556.394
XS1529559525 ECLEAR 1.125% 07/12/26 2.600.000 99,76% 2.593.656 100,68% 2.617.575
FR0011697028 EDF 5% 22/01/49 - 26 2.000.000 101,19% 2.023.800 102,03% 2.040.673
BE0002239086 ELIASO 1.375% 27/05/24 2.300.000 100,88% 2.320.313 103,19% 2.373.467
FR0011942283 ENGIFP 3.875% PERP-24 1.700.000 111,75% 1.899.750 104,71% 1.780.133
XS1052843908 ENGSM 2.5% 11/04/22 2.000.000 99,71% 1.994.140 109,32% 2.186.424
XS1493322355 ENIIM 0.625% 19/09/24 7.600.000 99,24% 7.542.608 96,83% 7.358.956
XS0996354956 ENIIM 2.625% 22/11/21 2.100.000 101,34% 2.128.092 106,92% 2.245.309
XS0993272862 ERSTBK 1.875% 13/05/19 900.000 101,41% 912.734 101,80% 916.198
DE000A185QC1 EVKGR 0% 08/03/21 - 20 4.200.000 99,77% 4.190.382 99,27% 4.169.508
DE000A185QA5 EVKGR 0.375% 07/09/24 1.800.000 99,49% 1.790.820 96,46% 1.736.229
XS1232188257 F 1.114% 13/05/20 2.100.000 99,54% 2.090.308 100,56% 2.111.825
XS1004118904 FERROV 3.5% 13/12/21 2.800.000 100,86% 2.824.177 105,82% 2.962.949
XS0940284937 FERSM 3.375% 07/06/21 1.600.000 99,72% 1.595.472 108,63% 1.738.065
XS0981438582 GASSM 3.50% 15/04/21 2.300.000 101,56% 2.335.838 110,35% 2.538.076
XS0436928872 GASSM 6.375% 09/07/19 1.600.000 104,58% 1.673.354 106,39% 1.702.280
XS0794230507 GE 2.875% 18/06/19 1.700.000 106,31% 1.807.273 102,70% 1.745.829
XS1051003538 GLENLN 2.75 01/04/21 1.700.000 100,33% 1.705.622 105,64% 1.795.852
XS0459410782 GS 5.125% 23/10/19 2.800.000 100,29% 2.808.131 105,00% 2.939.940
FR0012602753 GSZFP 0.5% 13/03/22 3.200.000 99,56% 3.185.884 101,39% 3.244.492
XS1401174633 HEIANA 1% 04/05/26 2.400.000 99,12% 2.378.976 98,98% 2.375.574
XS1084043451 HERIM 2.375% 04/07/24 2.300.000 99,46% 2.287.672 106,36% 2.446.331
XS1291004270 IBESM 1.75% 17/09/23 1.500.000 99,82% 1.497.330 105,42% 1.581.336
XS1057055060 IBESM 2.5% 24/10/22 4.600.000 102,58% 4.718.586 108,20% 4.977.189
XS1204431867 IGT 4.125% 15/02/20 4.750.000 101,54% 4.823.224 103,98% 4.939.281
XS1080078428 INTNED 1.25% 13/12/19 3.000.000 101,26% 3.037.923 101,37% 3.041.089
XS1511781467 IREIM 0.875% 04/11/24 6.100.000 98,97% 6.037.414 93,11% 5.679.505
IT0004872328 ISPIM 3.625% 03/12/22 1.300.000 99,03% 1.287.390 112,25% 1.459.310
XS0526326334 ISPIM 5.15% 16/07/20 1.300.000 115,56% 1.502.250 108,39% 1.409.049
XS0543758246 JPM 3.875% 23/09/20 650.000 99,69% 647.998 107,45% 698.399
BE0002266352 KBCBB 0.75% 18/10/23 2.800.000 100,27% 2.807.560 98,97% 2.771.106
XS1253558388 KHC 2% 30/06/23 1.100.000 100,85% 1.109.324 104,50% 1.149.502
XS0473114543 LGFP 5.50% 16/12/19 250.000 119,87% 299.671 105,25% 263.125
XS0449361350 LLOYDS 5.375% 03/09/19 2.500.000 99,29% 2.482.333 105,34% 2.633.385
XS1324446092 MAERSK 1.5% 24/11/22 1.400.000 99,23% 1.389.150 102,31% 1.432.313
XS1381693248 MAERSK 1.75% 18/03/21 1.300.000 100,40% 1.305.135 103,92% 1.350.997
XS1233732194 MLFP 1.125% 28/05/22 2.300.000 99,80% 2.295.357 103,10% 2.371.296
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 114
Identificação dos títulos (continuação) Quantidade
Montante do Montante do Preço médio Valor total Valor de balanço
Código Designação valor nominal valor nominal de aquisição de aquisição Unitário* Total
XS0998945041 MRDGF 4.50% 04/12/23 3.400.000 109,79% 3.732.691 116,57% 3.963.274
XS1513055555 MRK 0.5% 02/11/24 3.500.000 99,70% 3.489.605 98,70% 3.454.599
XS0298899534 MS 5% 02/05/19 1.950.000 98,76% 1.925.857 105,02% 2.047.964
XS1001749107 MSFT 2.125% 06/12/21 1.600.000 99,63% 1.594.064 105,71% 1.691.337
XS1685481332 NAB 0.625% 18/09/24 1.100.000 99,50% 1.094.533 98,30% 1.081.290
XS1321466911 NAB 0.875% 16/11/22 1.600.000 103,10% 1.649.600 102,56% 1.640.894
XS0993248052 NAB 2% 12/11/20 2.000.000 99,94% 1.998.728 103,81% 2.076.150
XS0942100388 NDAQ 3.875% 07/06/21 2.900.000 107,86% 3.127.947 110,52% 3.205.010
PTNOSFOM0000 NOSPL 1.125% 02/05/23 700.000 99,76% 698.313 100,13% 700.938
XS1025752293 ODGR 2.375% 10/02/21 4.700.000 101,16% 4.754.658 106,26% 4.994.230
XS1294343337 OMVAV 6.25% 29/12/49 - 25 4.800.000 104,09% 4.996.360 114,14% 5.478.850
XS1568875444 PEMEX 2.5% 21/08/21 3.100.000 97,55% 3.024.050 99,15% 3.073.591
XS0997484430 PEMEX 3.125% 27/11/20 8.600.000 103,37% 8.889.629 101,74% 8.749.305
XS0933540527 RABOBK 2.375% 22/05/23 3.250.000 105,41% 3.425.829 109,72% 3.565.998
XS1171914515 RABOBK 5.5% 22/01/49 - 20 10.900.000 103,45% 11.275.974 102,26% 11.146.028
XS1080952960 RBS 1.625% 25/06/19 1.000.000 99,87% 998.710 101,50% 1.015.034
XS0454984765 RBS 5.375% 30/09/19 3.400.000 97,39% 3.311.138 105,12% 3.573.937
XS1079698376 REESM 2.125% 01/07/23 1.500.000 99,59% 1.493.805 108,23% 1.623.441
XS0935803386 REESM 2.375% 31/05/19 1.500.000 103,05% 1.545.822 102,44% 1.536.532
XS0876289652 REESM 3.875% 25/01/22 800.000 100,39% 803.120 115,02% 920.125
FR0013322120 RENAUL 0.25% 12/07/21 3.500.000 99,60% 3.485.895 98,44% 3.445.253
FR0012759744 RENAUL 1.25% 08/06/22 4.800.000 98,36% 4.721.350 100,61% 4.829.399
XS0982774399 RENEPL 4.75% 16/10/20 400.000 102,80% 411.200 108,54% 434.144
XS1334225361 REPSM 2.125% 16/12/20 4.700.000 99,90% 4.695.159 103,81% 4.879.086
XS0933604943 REPSM 2.625% 28/05/20 3.000.000 106,82% 3.204.510 104,81% 3.144.171
XS1207054666 REPSM 3.875% 29/12/49 - 21 6.400.000 98,32% 6.292.196 105,45% 6.749.070
XS0863127279 RIOLN 2.875% 11/12/24 700.000 98,82% 691.705 111,96% 783.703
FR0013201621 SANFP 0% 13/09/22 300.000 99,54% 298.617 99,16% 297.486
FR0011560333 SANFP 1.875% 04/09/20 1.900.000 100,98% 1.918.692 103,39% 1.964.394
XS1386463944 SOCGEN 0 13/08/26 5.400.000 100,00% 5.400.000 97,32% 5.255.280
XS1508588875 SRGIM 0% 25/10/20 3.200.000 99,71% 3.190.560 99,49% 3.183.520
XS1126183760 SRGIM 1,5% 21/04/23 4.100.000 99,12% 4.064.083 103,86% 4.258.294
XS1019326641 SRGIM 3.25% 22/01/24 3.800.000 101,30% 3.849.283 113,35% 4.307.418
XS1290729208 TELEFO 1.477% 14/09/21 300.000 100,27% 300.807 103,56% 310.674
XS1877846110 TELEFO 1.495% 11/09/25 3.800.000 100,00% 3.800.000 100,48% 3.818.074
XS0874864860 TELEFO 3.987% 23/01/23 300.000 99,95% 299.850 116,96% 350.890
XS0462999573 TELEFO 4.693% 11/11/19 1.950.000 97,97% 1.910.475 104,65% 2.040.673
XS1050461034 TELEFO 5.875 31/03/49 - 24 8.500.000 108,12% 9.190.118 110,63% 9.403.836
XS0184373925 TITIM 5.375% 29/01/19 1.700.000 100,45% 1.707.635 105,10% 1.786.784
XS1754213947 UCGIM 1% 18/01/23 2.500.000 98,94% 2.473.430 94,46% 2.361.417
IT0004957137 UCGIM 2.625% 31/10/20 3.200.000 100,29% 3.209.376 104,79% 3.353.174
IT0004988553 UCGIM 3% 31/01/24 900.000 105,90% 953.100 113,73% 1.023.554
XS1014627571 UCGIM 3.25% 14/01/21 200.000 104,03% 208.060 107,32% 214.641
XS0802953165 VALEBZ 3.75% 10/01/23 2.800.000 103,24% 2.890.580 112,27% 3.143.511
XS1061029614 VOTORA 3.25% 25/04/21 4.100.000 98,75% 4.048.875 104,28% 4.275.645
XS1586555606 VW 0.5% 30/03/21 3.700.000 99,61% 3.685.718 99,73% 3.690.013
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 115
Identificação dos títulos (continuação) Quantidade
Montante do Montante do Preço médio Valor total Valor de balanço
Código Designação valor nominal valor nominal de aquisição de aquisição Unitário* Total
XS1629658755 VW 2.7% PREP-22 6.100.000 99,72% 6.083.039 94,33% 5.754.191
XS1130067140 WFC 1.125% 29/10/21 2.200.000 99,18% 2.181.960 102,20% 2.248.294
XS1506396974 WSTP 0.25% 17/01/22 5.400.000 99,68% 5.382.882 99,66% 5.381.551
sub-total 367.742.000 371.804.880 380.236.993
sub-total 890.578.000 922.179.222 925.063.439
total 890.578.000 922.179.222 925.063.439
2.3 - Derivados de negociação
Swaps
771010015501 IRSwap (AS-SUPER4.25 I) 6.600.000 3.602.652
771010015502 IRSwap (AS-SUPER4.25 II) 3.900.000 1.901.792
771010015503 IRSwap (AS-SUPER4.25 III) 6.000.000 2.874.601
771012871801 IRSwap (AS-SUPER4.25 IV) 5.275.000 2.471.696
771010015504 IRSwap (AS-SUPER4.25 V) 4.860.000 2.284.351
771010015505 IRSwap (AS-SUPER4.25 VI) 3.595.000 1.626.942
771010015506 IRSwap (AS-SUPER4.25 VII) 5.865.000 2.544.166
771012871802 IRSwap (AS-SUPER4.25 VIII) 5.600.000 2.435.526
771010015507 IRSwap (AS-SUPER4.25 IX) 3.400.000 1.483.622
771010015508 IRSwap (AS-SUPER4.25 X) 4.750.000 2.015.510
771012871803 IRSwap (AS-SUPER4.25 XI) 5.650.000 2.346.940
771010015509 IRSwap (AS-SUPER4.25 XII) 2.300.000 996.782
sub-total 57.795.000 26.584.581
3 - TOTAL GERAL 642.614 1.136.681.000 1.127.131.555 1.164.664.297
*Inclui o valor dos juros decorridos.
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 116
DESENVOLVIMENTO DA PROVISÃO PARA SINISTROS RELATIVA A SINISTROS OCORRIDOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES E DOS SEUS REAJUSTAMENTOS
31 de Dezembro de 2018
Anexo 2
U: Euros
Provisão para sinistros Custos com sinistros * Provisão para sinistros * Reajustamentos
RAMO em 31/12/N-1 montantes pagos no exercício em 31/12/N
(1) (2) (3) (3)+(2)-(1)
Vida 16.509.821 11.340.245 3.228.577 -1.941.000
TOTAL 16.509.821 11.340.245 3.228.577 -1.941.000
* Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores.
Conselho de Administração Executivo
António João Alberto Castanho
O Contabilista Certificado Nelson Fernando Ferreira Maurício
Liliana Cristina Pereira Mendes
C.C. n.º 51145
Ana Cristina Teixeira Guedes Pestana de Aguiar
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 117
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 118
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 119
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 120
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 121
Relatório & Contas 2018 CA VIDA 122