32
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL Autores

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIALconsad.org.br/wp-content/uploads/2016/06/Painel-33-01.pdf · 2020. 4. 3. · Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE)

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL

    Autores

  • 2

    Painel 33/001 Novas Tecnologias para a Transparência e Controle Social

    RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL

    Isidro-Filho

    Priscila Lima de Castro Telma Maria Escóssio Melo

    Raimundo Weliton de Lacerda Lima

    RESUMO

    O artigo apresenta o Relatório de Acompanhamento Gerencial (REAGE).

    Utilizando uma abordagem descritiva, o trabalho exibe o conteúdo da referida

    ferramenta de gestão, disponibilizada por meio da página eletrônica do Tribunal de

    Contas dos Municípios do Ceará (TCM-CE). Evidenciou-se o caráter informativo e

    gerencial do relatório, que contém informações acerca da arrecadação tributária,

    receitas e despesas, aplicação de recursos, prestações de contas, procedimentos

    licitatórios e Lei da Transparência de cada uma das gestões municipais sob a

    jurisdição do TCM-CE. Para os administradores públicos, é instrumento que os auxilia

    na condução de sua gestão ao possibilitar análises e estudos estatísticos sobre a ação

    pública. Com leitura clara e de acesso público a qualquer cidadão, é mais um

    instrumento que estimula a participação da sociedade e o controle social. Desde sua

    primeira divulgação, tem passado por constantes melhorias. Em 2015, ocorreu

    criteriosa reformulação, destacando-se a utilização de ferramenta de Business

    Intelligence (BI) nesse processo. Desde lá até o final do referido ano, as consultas ao

    REAGE totalizaram 18.372 acessos.

  • 3

    1. INTRODUÇÃO

    Promover a transparência dos atos da administração pública tem sido tarefa

    obrigatória de suas organizações. A transparência, em um Estado democrático como

    o Brasil, é vetor para a efetiva participação da sociedade no desenvolvimento e

    controle das políticas públicas.

    Dentre as instituições que estimulam a transparência e o controle social estão

    os Tribunais de Contas, a quem compete o controle externo dos atos da administração

    pública.

    A realização e divulgação de trabalhos de auditoria dos órgãos de controle

    externo, bem como de ações institucionais e também o desenvolvimento de

    ferramentas tecnológicas que congreguem informações para subsidiar a

    transparência na gestão pública, são exemplos de ações que procuram estimular a

    participação da sociedade no acompanhamento dos atos dos administradores

    públicos.

    O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE), frente a

    sua missão constitucional, tem atuado para a promoção da transparência de

    informações sob sua guarda e o estímulo à participação social. Entre as ferramentas

    desenvolvidas pelo órgão, está o Relatório de Acompanhamento Gerencial (REAGE),

    o qual tem passado por melhorias contínuas para tornar as informações de divulgação

    obrigatórias mais úteis e de fácil leitura.

    O REAGE atende à obrigação disciplinada pela Constituição do Estado do

    Ceará, em seu art. 42, § 1°G:

    Recebida a prestação de contas de que trata o caput deste artigo, o TCM emitirá relatórios quadrimestrais, os quais serão enviados para os respectivos Gestores e disponibilizados para qualquer contribuinte quando solicitados. (CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DO CEARÁ, DE 1989)

    Assim, o relatório é elaborado a partir das informações enviadas pelos próprios

    municípios, em suas prestações de contas mensais, constantes no banco de dados

    do Sistema de Informações Municipais (SIM), sendo sua publicação feita no site do

    TCM-CE, cumprindo a periodicidade legal.

  • 4

    Neste sentido, buscou-se, por meio desse artigo apresentar o REAGE como

    uma das ferramentas que, além de atender a uma disposição legal, busca contribuir

    com a transparência da gestão pública municipal. Para tanto, dividiu-se esse trabalho

    em outros cinco tópicos. São eles: os Objetivos do trabalho, a Metodologia utilizada

    para o desenvolvimento do artigo, a descrição do Relatório de Acompanhamento

    Gerencial (REAGE), as Conclusões e as Referências utilizadas.

    2. OBJETIVOS

    Para este artigo, definiu-se como objetivo geral descrever o Relatório de

    Acompanhamento Gerencial.

    Como objetivos específicos para alcançar o objetivo geral, delineou-se:

    1. Relatar o histórico da elaboração do documento;

    2. Apresentar a estrutura do conteúdo do relatório;

    3. Informar a maneira pela qual o conteúdo do relatório é disponibilizado.

    Adicionalmente, serão informados os resultados das consultas à ferramenta.

    3. METODOLOGIA

    Para a realização do objetivo geral proposto, realizou-se uma pesquisa

    descritiva, com abordagem qualitativa, utilizando-se a pesquisa documental, sendo os

    dados, neste sentido, secundários.

    A abordagem deste estudo é tida como qualitativa. Segundo Martins e

    Theóphilo (2009), a pesquisa qualitativa procura alcançar o entendimento de um

    determinado objeto de modo mais subjetivo. Não se observa a necessidade de

    utilização de técnicas experimentais.

    A pesquisa, quando descritiva, caracteriza-se por descrever determinado

    fenômeno. No caso deste trabalho, será descrito o Relatório de Acompanhamento

    Gerencial.

  • 5

    A pesquisa documental foi realizada por meio de relatórios da instituição

    responsável pelo referido instrumento, bem como dos próprios Relatórios de

    Acompanhamento Gerencial disponibilizados na página eletrônica do Tribunal de

    Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Além disso, foram feitas consultas à

    legislação aplicada ao objeto em estudo.

    O tópico a seguir, 4. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL

    (REAGE), apresenta os resultados obtidos com a aplicação das técnicas abordadas

    nessa Metodologia.

    4. 4 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL (REAGE)

    O Relatório de Acompanhamento Gerencial contempla dados dos relatórios da

    Lei de Responsabilidade Fiscal de cada quadrimestre do exercício, que devem ser

    enviados à referida Corte de Contas, conforme disposto em seus instrumentos legais.

    Nos subitens que compõem esse tópico, será apresentado o histórico para a

    construção do relatório, bem como a estrutura do documento e o modo de como ele é

    disponibilizado para a consulta. De forma adicional, outras informações serão

    descritas no texto, como a quantidade de acessos ao relatório.

    4.1. HISTÓRICO

    A Constituição do Estado do Ceará de 1989 estabelece em seu art. 42, dentre

    outras disposições, o dever do Chefe do Executivo Municipal em prestar contas ao

    Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE) dos balancetes

    demonstrativos e da respectiva documentação comprobatória das receitas e despesas

    e dos créditos adicionais, por meio de sistema informatizado, no caso, o Sistema de

    Informações Municipais (SIM).

    Além do caput do referido artigo, em seu §1ºG, é determinado que, após o

    recebimento das prestações de contas, o TCM-CE deve emitir relatórios

  • 6

    quadrimestrais a serem enviados aos respectivos Gestores e disponibilizados para

    quaisquer contribuintes quando solicitado.

    Assim, observou-se que o TCM-CE foi buscando atender o dispositivo legal, ao

    tempo em que trabalhava para tornar referido relatório mais útil para os gestores

    municipais, bem como disponibilizá-lo de modo mais acessível para os cidadãos.

    Procurava-se aperfeiçoar o seu conteúdo não se limitando apenas ao que exige a lei,

    cumprindo também sua missão institucional de orientação para a boa gestão das

    administrações municipais.

    Em 2015, o REAGE passou por significativa reformulação, sendo destaque a

    utilização de ferramenta de business inteligence (BI) para subsidiar a elaboração das

    informações que compõem a estrutura atual do relatório.

    Outro ponto de atenção, em alinhamento às questões ambientais, foi o relatório,

    a partir de 2015, não mais ser encaminhado de forma impressa aos jurisdicionados,

    apenas disponibilizado por meio da internet. Desde 2009, o relatório já vinha sendo

    publicado na página eletrônica do TCM-CE, mas não deixava de ser encaminhado de

    forma impressa aos gestores.

    A última versão do relatório, de acordo com o próprio documento, procurou se

    apresentar:

    (...) de forma mais clara, didática e inteligível, com dados e informações que possibilitam análises mais estratégicas e gerenciais das prestações de contas informadas por meio do Sistema de Informações Municipais - SIM e dos portais da transparência municipal1.

    A estrutura do relatório em 2015 trouxe análises consideradas novas e

    estatísticas antes não demonstradas, incluindo, inclusive, novos gráficos, tudo de

    acordo com os dados coletados do Sistema de Informações Municipais (SIM). Além

    do mais, passou a ser divulgada a situação do município em relação ao cumprimento

    da Lei da Transparência.

    Considerado um instrumento gerencial, estão dispostos em seu conteúdo: a) a

    arrecadação tributária, b) receitas e despesas, c) aplicação de recursos, d) prestações

    1 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 7

    de contas, d) procedimentos licitatórios, e e) atendimento à Lei da Transparência de

    cada uma das gestões municipais.

    O objetivo do Tribunal de Contas, segundo exposto no REAGE, é subsidiar, por

    meio dos resultados apresentados neste relatório, uma avaliação ao longo do

    exercício para que o gestor público municipal possa tomar decisões que possibilitem

    o saneamento do desequilíbrio das contas públicas e a manutenção da

    responsabilidade na gestão fiscal.

    No subtópico a seguir, 4.2 Estrutura do Relatório, serão apresentados os itens

    da estrutura do REAGE.

    4.2. ESTRUTURA DO REAGE - 2015

    O Relatório de Acompanhamento Gerencial foi desenvolvido para atender a

    exigências legais. A versão 2015 é produto de constantes melhorias no relatório.

    Com base nos dados das prestações de contas mensais encaminhadas por

    meio do Sistema de Informações Municipais, especificamente, após o recebimento do

    Relatório Resumido da Execução Orçamentária e do Relatório de Gestão Fiscal,

    passa-se a analisar os referidos dados do período correspondente para,

    posteriormente, ser o relatório divulgado por meio da página eletrônica do Tribunal

    conforme a estrutura elencada a seguir.

    4.2.1. Receitas

    4.2.1.1 Previsão x Arrecadação

    Este item foi definido no REAGE, de acordo com o próprio relatório, para

    demonstrar o grau de planejamento do município, quanto à previsão e à efetiva

    arrecadação das receitas. O objetivo foi o de possibilitar uma visão aos

    administradores da execução da receita para facilitar a gestão fiscal do exercício em

    referência, bem como um planejamento já ajustado para os exercícios seguintes.

    Para o TCM, conforme destaque do próprio REAGE, a previsão das receitas

    deve ser um processo realizado com bastante cautela, pois sobre ela é que serão

  • 8

    fixadas as despesas que garantirão o desenvolvimento das políticas públicas em

    busca do bem-estar social. “O adequado planejamento da receita se confirma no

    momento da execução, quando há coerência entre o valor arrecadado e o previsto no

    orçamento, embora a previsão da Lei Orçamentária Anual – LOA possa sofrer

    alterações”2.

    Nesse sentido, o relatório exibe gráfico, na Figura 01, que tem a finalidade de

    evidenciar o desempenho da arrecadação em relação à previsão. Faz-se, assim, uma

    comparação entre a receita prevista e a efetivamente arrecadada no exercício

    corrente e nos dois exercícios anteriores.

    Figura 1. Previsão x Arrecadação da receita

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    Neste item do REAGE, o tópico é exibido com um texto explicativo, bem como

    a representação gráfica dos números. Como se observa na Figura 1, o gráfico exibido

    no REAGE apresenta as informações do que se foi previsto de receita e do que foi

    efetivamente arrecadado, tanto em números absolutos quanto em termos percentuais

    em relação à previsão de cada um dos três últimos exercícios.

    4.2.1.2 Receita Mensal

    2 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 9

    Neste ponto do REAGE, demonstra-se a comparação mensal (do exercício em

    referência) da efetiva arrecadação do município.

    A preocupação neste ponto, conforme esclarecido no relatório, é de que o

    gestor tenha a possibilidade de observar as variações ocorridas ao longo do período,

    procurando compreender os fatores que venham a justificar tais variações, cabendo a

    ele analisar os motivos que influenciaram positiva ou negativamente na arrecadação,

    para então, adotar as medidas que minimizem essas causas, bem como sejam

    realizados ajustes na gestão fiscal do exercício, se necessário.

    Figura 2. Receita mensal

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    No gráfico extraído do REAGE, exibido na Figura 2, observa-se o valor da

    receita de cada um dos meses de um exercício completo, ou seja, de janeiro até

    dezembro.

    4.2.1.3 Receita Mensal por Exercício

    Neste outro ponto, abrange-se a informação da receita mensal efetivamente

    arrecadada, mas comparando os três últimos exercícios. Para este item, observa-se

    o que dispõe a Lei nº 4.320/64, em seu art. 35, i.

    Para o TCM, a observação dos resultados comparativos entre os três últimos

    exercícios contribui “para o planejamento e a execução orçamentária municipal, bem

  • 10

    como para o monitoramento das metas, de modo a atender às exigências da Lei de

    Responsabilidade Fiscal”3.

    Figura 3. Receita mensal por exercício

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    Como se observa da Figura 3, o gráfico exibido neste item do relatório

    contempla um número considerável de informações, mas de leitura prática e

    acessível.

    4.2.1.4 Receita Orçamentária por Origem

    Neste item, procura-se evidenciar as fontes dos recursos do município. Os

    recursos municipais podem ser oriundos de outros entes da federação, bem como

    provenientes de sua receita tributária, receita de capital, outras receitas e as demais

    classificações, conforme disciplina a Lei n° 4.320/64.

    Aqui, busca-se sensibilizar o gestor municipal quanto à dependência do

    município aos recursos federais e estaduais, quando for o caso. O relatório ainda

    chama a atenção para o fato de que “quanto maior for a concentração da arrecadação

    3 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 11

    por origem, principalmente no que concerne às Receitas de Transferências, maior

    será a dependência do município”4.

    Dependendo do resultado apresentado, o relatório sugere que o gestor

    verifique:

    “a necessidade de implementação de medidas no sentido de diversificar a arrecadação municipal, por meio da condução de políticas que incentivem o desenvolvimento do comércio e serviço local, empreendendo e inovando quanto à forma de arrecadar e gerir os recursos do município.”

    Figura 4. Receita orçamentária por origem

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    Neste exemplo apresentado na Figura 4, identifica-se que este município tem

    92,49% de suas receitas originadas de transferência, servindo como alerta para o

    gestor público acompanhar e implementar mudança em sua política de arrecadação.

    4.2.1.5 Receita de Transferências

    Observando que uma parcela considerável da receita municipal é constituída

    por transferências realizadas pelo ente estadual e pelo ente federal, que ingressam

    4 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 12

    nos cofres municipais, no REAGE, decidiu-se identificar cada uma das rubricas da

    Receita de Transferências.

    Mais uma vez o próprio relatório alerta para que o gestor proceda a uma análise

    dos dados para que direcionar suas ações no incremento da arrecadação. Sendo as

    informações analíticas, a ideia do relatório é permitir que se visualizem as receitas que

    requerem uma gerência administrativa dirigida.

    Figura 5. Receita de transferência

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    Observa-se da Figura 5, que o gestor pode ter uma visão ampliada de quais

    rubricas colaboram de forma mais acentuada na receita por transferência, e no caso

    do exemplo, trata-se do FPM, Fundo de Participação dos Municípios. No gráfico é

    identificado o montante recebido por meio de transferências, além do seu percentual

    em relação ao total.

    4.2.1.6 Receita Tributária

    Esse último tópico relacionado à receita dedica-se a informar sobre os dados

    da receita tributária. De acordo com a legislação pertinente, trata-se da fonte de renda

    originada da arrecadação do ente municipal por meio dos impostos, taxas e

  • 13

    contribuições de melhoria. Tem este recurso a finalidade do custeio das despesas

    públicas, bem como de suas necessidades de investimento.

    O relatório alerta que é obrigação do ente municipal instituir e efetivamente

    arrecadar todos os tributos de sua competência, conforme prevê a Constituição

    Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Enfatiza ainda que as receitas próprias

    diminuem a dependência do município em relação às transferências correntes e de

    capital.

    Neste sentido, este item do relatório busca detalhar a arrecadação ao longo do

    exercício que está sendo analisado, visando demonstrar necessidades de otimização

    e implementação e/ou execução de políticas tributárias no município.

    Figura 6. Receita tributária

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    A Figura 6 traz a representação gráfica das fontes da receita tributária, podendo

    ser observado pelo gestor os resultados de sua arrecadação para a correta tomada

    de decisão quanto à questão.

    4.2.2. Despesas

    4.2.2.1 Fixação x Execução

  • 14

    Assim como no item da Receita que trata da Previsão x Arrecadação, este item

    é exibido no REAGE com o alerta de que é fundamental no processo orçamentário

    uma adequada fixação das despesas.

    No texto preliminar do item, adverte-se que é por meio dessa “fixação que o

    governo define as prioridades de aplicação dos recursos, visando atender às políticas

    públicas oriundas das demandas sociais”5.

    Lembra ainda que é no momento da execução que se observa se o

    planejamento da despesa foi adequado, ou seja, se houve coerência entre o valor

    fixado e o valor executado do orçamento, embora a fixação da Lei Orçamentária Anual

    - LOA venha a sofrer modificações ao longo do exercício.

    Desse modo, esse item no relatório exibe um comparativo do total de despesas

    fixadas em paralelo com os valores executados ao longo dos dois exercícios

    anteriores e do exercício em análise.

    Figura 7. Fixação versus Execução da despesa

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    No exemplo apresentado pela Figura 7, toma-se a mesma lógica de análise

    utilizada no item Previsão x Arrecadação, mas agora olhando para a fixação e a

    execução da despesa.

    4.2.2.2 Despesa mensal

    5 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 15

    Esse item tem como objetivo permitir o acompanhamento das fases de

    execução da despesa. A Lei nº 4.320/64 dispõe que a despesa pública é executada

    em três estágios: empenho, liquidação e pagamento.

    Os dados apresentados nessa sessão, com relação à despesa, estão dispostos

    conforme os estágios de sua execução. Assim, o relatório evidencia qual o valor

    empenhado pelo município, do momento em que é firmado o compromisso com o

    credor, bem como os valores já pagos, extinguindo, desse modo, a obrigação pelo

    pagamento, mas também exibem os valores liquidados, quando se gera o direito do

    credor em receber os valores ao tempo em que cria deveres para o ente municipal.

    Figura 8. Despesa mensal

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    O gráfico exibido na Figura 8, constante do item “Despesa mensal” do REAGE,

    demonstra a despesa em seus estágios de execução, quais sejam: empenho,

    liquidação e pagamento.

    4.2.2.3 Despesa mensal por exercício

    Este item tem o mesmo objetivo do item correspondente na receita.

  • 16

    Figura 9. Despesa mensal por exercício

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.2.4 Despesa por função

    Neste tópico do relatório, de acordo com o próprio documento, são

    demonstradas funções de governo e os valores gastos em cada uma delas. Ainda

    segundo o REAGE, as funções indicam as áreas de atuação do governo, e dentre elas

    estão a saúde, educação, transporte, entre outras. “É o maior nível de agregação das

    ações da administração pública, nas diversas áreas que competem ao setor público”6.

    Para tanto, utilizou-se de um quadro (Figura 10), que destaca o quanto e em

    quais funções foram aplicados os recursos públicos no exercício em questão.

    Figura 10. Despesa por função

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    6 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 17

    Vale destacar que no quadro são apresentados valores e percentuais das

    despesas com exceção da folha de pagamento. Observe-se, ainda, que tratam das

    despesas liquidadas.

    4.2.2.5 Gastos por elemento de despesa

    Esse outro item, conforme o REAGE, relaciona “os montantes de despesas

    liquidadas dos principais elementos de despesa, relacionados na Portaria

    Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001, emitida pela Secretaria do Tesouro

    Nacional do Ministério da Fazenda e pela Secretária de Orçamento Federal do

    Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.

    A tabela, que pode ser visualizada na Figura 11, é exibida com o intuito de

    identificar a evolução dos referidos itens ao longo dos três últimos exercícios,

    considerando o mesmo período para cada exercício, no caso de janeiro a dezembro.

    É apontada, ainda, a variação percentual ocorrida entre os exercícios.

    Figura 11. Gastos por elemento de despesa

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.2.6 Procedimentos administrativos para aquisição de bens e serviços

    Nesse item, segundo o Relatório de Acompanhamento Gerencial, são

    evidenciados os pagamentos para aquisição de bens e serviços, separando-os nas

    modalidades dos procedimentos administrativos para aquisição de bens e serviços

    disciplinados pela Lei n° 8.666/93. A licitação, como destaca o texto introdutório desse

    item no REAGE, é obrigatória para toda Administração Pública Direta e Indireta e para

    entidades que tenham a proveniência de seu capital formado por dinheiro público.

    Dentre os princípios que devem ser respeitados no âmbito dos processos de

    aquisição, têm-se: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade,

  • 18

    probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo

    e dos que lhe são correlatos.

    Na Figura 12, pode-se observar um exemplo do gráfico que é exibido neste

    tópico no REAGE. Por meio dele, observa-se que a informação apresentada

    corresponde ao percentual do procedimento administrativo utilizado nas aquisições

    em relação ao total.

    Figura 12. Procedimentos administrativos para aquisição de bens e serviços

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    Ainda neste tópico, o relatório mostra a distribuição dos pagamentos com base

    nas modalidades de licitação dispostas na Lei n° 8.666/93. A Figura 13 traz um

    exemplo do gráfico que é apresentado no relatório.

    Figura 13. Pagamentos por modalidade de licitação

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

  • 19

    4.2.3. Comparativo das receitas e despesas orçamentárias

    Conforme o REAGE, neste tópico, busca-se demonstrar o desempenho da

    execução orçamentária do município.

    De acordo com o texto prévio explicativo que ilustra o item, pode-se entender

    como resultado orçamentário aquele:

    (...) apurado quando se compara o total das receitas arrecadadas com o total das despesas empenhadas. Havendo um saldo positivo, ou seja, quando as receitas forem superiores às despesas, tem-se o chamado superávit orçamentário, contudo, ocorrendo o contrário (despesas maiores que as receitas) surge o déficit orçamentário. Por fim, ocorrendo uma igualdade entre os totais das receitas e das despesas, obtém-se uma situação de equilíbrio orçamentário.7

    Figura 14. Arrecadação versus empenho

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    7 http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios

  • 20

    4.2.4. Pessoal

    4.2.4.1 Despesa mensal com pessoal

    Esse item do relatório demonstra a evolução das despesas com pessoal

    liquidadas ao longo do exercício analisado. O intuito é o gestor fazer

    acompanhamento no sentido de evitar o descumprimento à legislação pertinente,

    notadamente a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n°101/2000), que estabelece

    limites quanto a gastos desta natureza.

    Tais dados podem ser vistos na Figura 15, que traz exemplo de gráfico de como

    as informações são apresentadas no Relatório de Acompanhamento Gerencial.

    Figura 15. Despesa mensal com pessoal

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.4.2 Despesa mensal com pessoal por exercício

    As informações demonstradas nesse tópico, segundo o REAGE, podem

    permitir ao gestor acompanhar as quantias gastas mensalmente com pessoal

    (vantagens e vencimentos) ao longo do exercício em questão e dos três exercícios

    anteriores. Desse modo, é possível proceder a análises pertinentes à evolução das

    despesas para fins de correção de desvios e prevenção de riscos que possam afetar

    as contas públicas.

  • 21

    Como pode ser observado, a Figura 16 representa exemplo de gráfico que

    consolida as informações propostas para análise das despesas mensais do exercício

    em análise e dos três anteriores

    Figura 16. Despesa mensal com pessoal por exercício

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.4.3 Folha de pagamento por vínculo funcional

    O Relatório de Acompanhamento Gerencial traz nesse item informações acerca

    dos valores pagos pelo município aos seus agentes públicos a título de vencimentos

    e vantagens, considerando o tipo de vínculo funcional.

    Figura 17. Folha de pagamento por vínculo funcional

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

  • 22

    Ainda nesse item, o REAGE esclarece que Agente Público é todo aquele que

    exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo, emprego

    ou função pública.

    A Figura 17 representa o gráfico que ilustra as informações referentes aos

    valores pagos pelo município ao seu corpo de agentes, indicando sua quantidade em

    cada um dos vínculos funcionais e o montante despendido.

    A título de informação, o REAGE elenca as definições dos tipos de vínculo com

    o serviço público, conforme o Manual do Sistema de Informações Municipais,

    referente ao ano de 2015. São eles:

    Cargo efetivo: relação decorrente de concurso público, regido pelo

    regime jurídico estatutário, para ocupar cargo efetivo criado por lei;

    Emprego público: relação para admissão em emprego público, regido

    pelo regime jurídico da CLT;

    Cargo comissionado (exclusivamente): relação funcional, regido pelo

    regime jurídico estatutário, que permite ao gestor a livre nomeação ou

    exoneração;

    Cargo eletivo: relação funcional decorrente de eleição, regido pelo

    regime político-administrativo, mantido com base no período de mandato

    estipulado pela Constituição Federal;

    Estagiário ou bolsista: relação temporária estipulada por

    regulamentação municipal;

    Prestação de serviço (contratos): relação temporária estipulada por lei

    municipal, regido pelo regime administrativo especial (contrato por

    tempo determinado) ou pelo regime licitatório e/ou Código Civil

    (contratação temporária de autônomos);

    Regime especial: relação estável regida, após a CF de 1988, pelos

    regimes jurídicos estatutários ou celetistas (admissões anteriores a CF

    de 1988);

    Pensionista: relação vitalícia ou temporária decorrente do óbito do

    segurado herdando desse o mesmo regime jurídico;

  • 23

    Conveniado: relação temporária determinada pelo prazo de validade de

    um convênio, dependendo do interesse formalizado entre os órgãos que

    correspondem as partes, poderá ser renovado;

    Cargo político administrativo: relação funcional decorrente de nomeação

    para exercício da função com status de “secretário municipal”;

    Cargo efetivo - atividade adicional: relação decorrente de concurso

    público, regido pelo regime jurídico estatutário, para ocupar atividade

    adicional remunerada ao "cargo efetivo" em outra unidade orçamentária;

    Emprego público - atividade adicional: relação decorrente de admissão

    em concurso público, regido pelo regime jurídico celetista, para ocupar

    atividade adicional remunerada ao "emprego público" em outra unidade

    orçamentária;

    Prestação de serviço (contratos) - atividade adicional: relação decorrente

    de contrato administrativo, para ocupar atividade adicional remunerada

    a "prestação de serviço contratada" em outra unidade orçamentária;

    Regime especial - atividade adicional: relação decorrente do regime

    jurídico especial, para ocupar atividade adicional remunerada ao "regime

    especial" em outra unidade orçamentária.

    4.2.4.4 Quantidade de agentes por unidade orçamentária

    De acordo com o REAGE, a despesa com pessoal consome grande parte das

    receitas, no entanto, é necessária para o bom funcionamento da máquina pública, e,

    portanto, necessita de uma gestão adequada de recursos humanos.

    Diante disso, o REAGE fornece informações quanto à distribuição de agentes

    públicos nas diversas unidades orçamentárias do município.

    O objetivo do relatório, neste ponto, é que os gestores, tendo conhecimento

    dos números dos agentes em cada uma das unidades orçamentárias têm a

    possibilidade de alocar e/ou transferir pessoal, buscando otimizar os recursos

    humanos, conforme o grau de interesse e a necessidade de cada uma das áreas.

  • 24

    Figura 18. Agentes por unidades orçamentárias

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    A Figura 18 mostra o gráfico dos agentes por unidades orçamentárias. São

    ilustradas as informações referentes aos valores pagos pelo município ao seu corpo

    de agentes, indicando sua quantidade em cada uma das unidades orçamentárias e o

    montante despendido.

    4.2.4.5 Diárias

    Trata o relatório de item específico de gastos com diárias. Em seu texto

    explicativo, o relatório esclarece que as diárias possuem caráter indenizatório para os

    agentes públicos que realizam viagens em razão do interesse público, nos termos da

    respectiva legislação municipal.

  • 25

    Ademais, em virtude de seu caráter indenizatório, não se pode converter o

    benefício das diárias em remuneração indireta e o gestor público costumeiramente

    deve avaliar sua adequação aos objetivos da gestão.

    Figura 19. Diárias por mês

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    A Figura 19 apresenta o gráfico que evidencia os valores gastos com diárias ao

    longo dos meses do exercício em análise. É possível observar as variações ocorridas

    ao longo do período e os montantes consumidos.

    4.2.4.6 Limite de despesa com pessoal x receita corrente líquida

    Os arts. 18 a 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelecem que a despesa

    total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com

    as dos onze meses imediatamente anteriores. E em cada período de apuração não

    poderá exceder 60% da Receita Corrente Líquida para os municípios, dos quais 54%

    para o Executivo e 6% para o Legislativo.

    Se a despesa total com pessoal exceder 95% do limite, ou seja, 51,30% da

    Receita Corrente Líquida para o Executivo e 5,7% para o Legislativo, o percentual

    excedente deverá ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes. Não alcançada a

    redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o município não

    poderá receber transferências voluntárias, garantias e contratar operações de crédito.

  • 26

    A Figura 20 mostra tabela retirada do REAGE sintetizando os limites definidos

    na Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Figura 20. Limites definidos pela Lei de Responsabilidade fiscal para gastos com pessoal

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    O REAGE, neste sentido, faz uma apuração da despesa total com pessoal,

    indicando os percentuais em relação à Receita Corrente Líquida nos três últimos

    quadrimestres, exibidas conforme apresenta a Figura 21.

    Figura 21. Resultado da despesa com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.5. Aplicação de recursos com a manutenção e o desenvolvimento do ensino e em ações e serviços públicos de saúde

    O REAGE também evidencia, em seu item 5, a aplicação de recursos com a

    manutenção e o desenvolvimento do ensino e ações e serviços públicos de saúde.

    Tal determinação encontra-se na Carta Magna, em seu art. 212, dispondo que aos

  • 27

    municípios cabe o dever de aplicar, anualmente, um percentual da receita na

    manutenção e o desenvolvimento do ensino, bem como nas ações e serviços públicos

    de saúde, conforme disposto no art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais

    Transitórias (ADCT).

    Esclarece o texto introdutório do REAGE, expondo que:

    O preceito constitucional será atendido quando o gasto com Educação e Saúde atingirem, respectivamente, 25% e 15%, em relação aos valores Totais dos Impostos e Transferências. Assim, embora a apuração do percentual seja calculada anualmente, os dados a seguir permitem ao gestor público avaliar periodicamente a determinação constitucional, propiciando-lhe promover as correções necessárias para o atendimento dos referidos Dispositivos Legais.

    Assim, trouxe o REAGE tabela contendo o total dos impostos e transferências,

    bem como o valor aplicado conforme exigência do art. 212 da Constituição Federal,

    bem como a disposta no art. 77 do ADCT, conforme a Figura 22.

    Figura 22. Aplicação de recursos com a manutenção e o desenvolvimento do ensino e em ações e serviços públicos de saúde

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.6. Prestações de contas mensais - SIM

    Esse item chama a atenção do gestor público quanto ao cumprimento do

    disposto na Constituição Estadual, em seu art. 42, que estabelece a obrigatoriedade

    do envio das prestações de contas mensais por meio de sistema informatizado ao

  • 28

    TCM-CE, no caso o SIM, de acordo com critérios pré-estabelecidos, relativas à

    aplicação dos recursos recebidos e arrecadados por todas as Unidades Gestoras da

    administração municipal.

    Por meio de quadro sintetizado, conforme mostra a Figura 23, o REAGE

    apresenta situação de envio das Prestações de Contas Mensais do município por

    meio do Sistema de Informações Municipais - SIM de cada um dos meses do exercício

    em análise.

    Figura 23. Prestação de Contas Mensais por meio do SIM

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

    4.2.7. Da Fiscalização da Lei Complementar nº 131/2009

    Por fim, a versão mais atual do Relatório de Acompanhamento Gerencial

    identifica se o município atende aos requisitos de divulgação e qualidade das

    informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira do

    município.

    Tais exigências foram trazidas com a Lei Complementar n° 131/2009,

    conhecida por “Lei da Transparência”, que alterou o art. 48 da Lei Complementar nº

    101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

    Os dados apresentados no REAGE acerca dessa questão são exibidos por

    meio de quadro, o qual pode ser visto na Figura 24. A cada mês é indicado se o

    Executivo e o Legislativo municipal estão regulares quanto à matéria.

    Figura 24. Resultado da aderência à Lei Complementar nº 101/2000

    Fonte: Disponível em http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/uploads/lrf/municipio/002/2015/002-

    2015-3quadrimestre.pdf

  • 29

    Conhecida a estrutura do relatório, esclarece-se, no próximo item do artigo,

    como os jurisdicionados e a sociedade em geral tem acesso ao documento.

    4.3. CONSULTA AO RELATÓRIO

    Como já mencionado em tópicos anteriores, o REAGE buscou atender

    exigência constitucional bem como colaborar com a transparência e estimular o

    controle social.

    Até o ano de 2014, o relatório, ainda que estivesse disponível na página

    eletrônica do TCM-CE, era encaminhado em meio físico aos gestores municipais. A

    partir de 2015, a consulta deveria ser realizada, exclusivamente, por meio da página

    eletrônica do TCM-CE.

    Para ter acesso ao relatório, o interessado deve ir até a página eletrônica do

    TCM, na opção “Municípios” e deve clicar no link “Portal da Transparência dos

    Municípios”. Após isso clicar em “Iniciar” no espaço “Município”.

    No espaço destinado a “Município”, será exibida a listagem com o nome de

    todos os municípios. Deve-se, então, selecionar o município de interesse e, em

    seguida, dentre as opções que foram exibidas, clicar em Relatório de

    Acompanhamento Gerencial.

    É dada a opção de consultar o exercício, que desde o ano de 2009 tem

    conteúdo disponível, bem como o quadrimestre de interesse.

    Para concluir a apresentação do REAGE, cabe aqui informar que desde o

    lançamento desse novo formato, com a divulgação do relatório do primeiro

    quadrimestre, em julho de 2015, até o final do referido ano, as consultas ao REAGE

    totalizaram 18.372 acessos.

    5. CONCLUSÕES

  • 30

    A pesquisa procurou descrever o Relatório de Acompanhamento Gerencial

    (REAGE), disponibilizado pelo TCM-CE aos gestores municipais bem como ao público

    geral por força de determinação constitucional, mas também para cumprir sua missão

    institucional de orientação e ainda a necessidade de estimular o controle social.

    Para atingir o objetivo proposto, buscou atender três objetivos específicos. O

    primeiro foi plenamente atendido vez que foi relatado o histórico da emissão do

    instrumento, que advém de um dever legal, e que tem sido atualizado para se tornar

    mais utilizável não só por gestores, mas também pelo público em geral, recorrendo

    para tal fim à tecnologia como ferramenta de business intelligence, como foi em sua

    reestruturação em 2015.

    O segundo objetivo específico foi alcançado na medida em foi apresentada a

    estrutura do relatório. Em sua última versão de 2015, contém informações acerca da

    arrecadação tributária, receitas e despesas, aplicação de recursos, prestações de

    contas, procedimentos licitatórios e Lei da Transparência de cada uma das gestões

    municipais.

    Por fim, para se cumprir o terceiro objetivo específico, procurou-se detalhar o

    modo pelo qual pode se ter acesso ao relatório, atualmente, disponível somente por

    meio da página eletrônica do TCM-CE.

    Alcançados os objetivos específicos propostos, pode-se descrever o Relatório

    de Acompanhamento Gerencial, atendendo ao objetivo geral deste trabalho.

    Observou-se que o REAGE trata de instrumento que auxilia os administradores

    municipais na condução de sua gestão ao possibilitar análises e estudos estatísticos

    sobre a ação pública, podendo se ajustar para atender às boas práticas de gestão.

    Percebeu-se, ademais, que o conteúdo tem leitura clara e é de acesso público

    a qualquer cidadão, demonstrando ser mais um instrumento que estimula a

    participação da sociedade e o controle social.

  • 31

    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de

    outubro de 1988, atualizada até a Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013.

    Disponível em:

    .

    Acesso em: 6 mai. 2016.

    ________. Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000. Lei de

    Responsabilidade Fiscal. Disponível em: <

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em: 6 mai. 2016.

    ________. Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964. Dispõe sobre as normas gerais de

    Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,

    dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Disponível em:

    . Acesso em: 6 mai. 2016.

    ________. Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI,

    da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração

    Pública e dá outras providências. Disponível em: <

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 6 mai. 2016.

    CEARÁ. Constituição do Estado do Ceará: promulgada em 5 de outubro de 1989,

    atualizada até a Emenda Constitucional nº 65, de 24 de setembro de 2009. Disponível

    em:

    . Acesso em: 6 mai. 2016.

    ________. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Prestação de

    Contas Anual. Relatório de atividades. Disponível em:

    . Acesso em: 6 mai.

    2016.

    ________. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Portal da

  • 32

    Transparência dos Municípios. Disponível em: <

    http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/index.php/main/municipios>. Acesso em: 6

    mai. 2016.

    MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para

    ciências sociais aplicadas. São Paulo, Atlas: 2009.

    _____________________________________________________________

    AUTORIA

    Priscila Lima de Castro – Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

    Endereço eletrônico: [email protected]

    Telefone: +55 (85) 3218.1405

    Telma Maria Escóssio Melo – Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

    Endereço eletrônico: [email protected]

    Telefone: +55 (85) 3218.1268

    Raimundo Weliton de Lacerda Lima – Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

    Endereço eletrônico: [email protected]

    Telefone: +55 (85) 3218.1120