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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013...Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013 5 l 1.1 Organograma do ACeS Fluxograma 1: Estrutura Orgânica do ACeS Cova da Beira LEGENDA:

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RELATÓRIO DE

ATIVIDADES 2013

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

1

Índice

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2

1. CARATERIZAÇÃO DO ACES ............................................................................................................. 4

1.1 Organograma do ACeS.................................................................................................. 5

1.2 Recursos Humanos ....................................................................................................... 7

1.3 Área Geográfica ............................................................................................................ 9

1.4 População ..................................................................................................................... 9

1.5 População Inscrita ...................................................................................................... 12

2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS ............................................................................................. 14

2.1 Indicadores do Eixo Nacional ..................................................................................... 15

2.2 Indicadores do Eixo Regional ..................................................................................... 16

2.3 Indicadores do Eixo Local ........................................................................................... 16

2.4 Processo de Contratualização ..................................................................................... 17

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO ................................................................................................ 19

3.1 Indicadores contratualizados ..................................................................................... 19

3.2 Outros indicadores ..................................................................................................... 20

3.2.1 Movimento Assistencial ....................................................................................... 20

3.2 .2 Unidade Saúde Publica ....................................................................................... 22

3.2 .3 Formação ............................................................................................................ 22

3.3 Outras Actividades e Serviços .................................................................................... 25

3.3.1 Gabinete do Cidadão...…………………….……………………………………………………………….25

3.3.2 Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados..…….…………………………………………25

3.3.3 Internato de Medicina Geral e Familiar..…………………………………………………………..27

3.4 Parcerias ...................................................................................................................... 29

4. PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO .................................................................................... 31

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 33

6. SIGLAS E ABREVIATURAS……..……………………………………………………………………………………………….38

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INTRODUÇÃO

Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) são o pilar central do sistema de saúde,

constituindo-se como agente da promoção da saúde e prevenção da doença.

Pretendemos contribuir para um sistema de saúde inclusivo, abrangente e

financeiramente sustentável. É nosso entendimento que a manutenção da nossa saúde e

o respeito pela saúde dos outros é uma obrigação de cidadania onde os CSP, têm um

papel essencial.

Os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) criados pelo Decreto-lei nº 28/2008 de

22 de Fevereiro, são serviços públicos de saúde constituídos por várias unidades

funcionais e que têm por missão garantir a prestação de cuidados de saúde à população,

permitindo uma gestão rigorosa, equilibrada, ciente das necessidades das populações e

o desenvolvimento de actividades de vigilância epidemiológica, investigação em saúde,

controlo e avaliação dos resultados e, acima de tudo, a melhoria no acesso aos cuidados

de saúde com vista a uma maior capacitação da população.

A contratualização externa do ACeS com a Administração Regional de Saúde do Centro,

IP (ARSC, IP) e a posteriormente a contratualização interna com as Unidades Funcionais

(UF), é um factor fundamental na implementação da reforma em curso nos CSP, que

pretendemos que seja dominante e paradigmática.

O Contrato Programa, que decorre do Plano de Desempenho, é um instrumento fulcral de

gestão a ser celebrado entre o Director Executivo do ACeS e o Conselho Directivo da

ARSC, IP, que garante o cumprimento da missão dos ACeS, delimita o âmbito,

prioridades e modalidades da prestação de cuidados e serviços de saúde, estabelece

objectivos e metas quantitativas em cada uma das áreas de intervenção do ACeS e prevê

mecanismos de controlo da qualidade e continuidade dos cuidados prestados.

Assim, o relatório de actividades é o instrumento de análise e medição das metas

estabelecidas no Plano de Desempenho que anteriormente foram negociadas e

acordadas entre os intervenientes. O presente Relatório de Actividades descreve

sumariamente a forma como o ACES Cova da Beira exerceu a respectiva missão ao

longo do ano de 2013, com referência à avaliação dos resultados contratualizados, bem

como as principais exigências inerentes ao seu desenvolvimento.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

3

Para tal é primordial garantir 3 pilares que alicerçam toda a acção prática e linha

estratégica de uma instituição, assim é fundamental manter a simbiose destas traves

mestras que são:

1. Missão

Garantir a prestação de cuidados de saúde personalizados aos utentes e à comunidade,

com elevado desempenho assistencial, qualidade e eficiência, procurando manter os

princípios de equidade e solidariedade.

2. Visão

Ser uma Instituição prestadora de cuidados de saúde personalizados e de

proximidade de referência, pela excelência e qualidade do trabalho desempenhado

por profissionais comprometidos com a satisfação dos Assim Utentes, promovendo e

contribuindo para uma sociedade de bem-estar e comunidades saudáveis.

3. Princípios e Valores

No desenvolvimento da sua actividade o ACeS Cova da Beira e os seus profissionais

regem-se pelos seguintes princípios e valores:

a) Qualidade – procurando a Excelência na prestação de cuidados, utilizando

procedimentos, tecnologias e meios geradores de qualidade;

b) Cultura, Trabalho em Equipa e Comunicação – promovendo o trabalho em equipa, o

empwordment, a responsabilidade individual, a iniciativa, a inovação e a

comunicação, conseguindo assim elevados níveis de participação entre todos;

c) Compromisso e Humanização – colocando o utente no centro do sistema, para que

todas as atividades se desenvolvam no sentido de responder às suas preocupações

e necessidades, privilegiando uma relação personalizada, seguindo elevados

padrões de comportamento ético e respeito pelo próximo;

d) Ética, Responsabilidade Social e Ambiental – respeitando o bem-estar e o futuro da

comunidade onde estamos inseridos, fomentando um espírito ativo de

responsabilidade social e ambiental;

e) Valorização, das pessoas e com as pessoas – apostando no desenvolvimento

pessoal e profissional dos nossos colaboradores, capitalizando todo o conhecimento

criado numa importante fonte de informação e diferenciação para todos.

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1. CARATERIZAÇÃO DO ACES

O ACeS Cova da Beira foi criado pela Portaria 274/2009 de 18 de Março. Tem como área

geográfica de actuação os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão pertencentes à

Sub-região Estatística da Cova da Beira (NUTs III) na Região Centro, Distrito de Castelo

Branco. Iniciou o seu funcionamento em Março de 2009 o que implicou a reorganização

interna dos Centros de Saúde de Belmonte, Covilhã e Fundão que o constituem.

Mapa 1: Enquadramento Geográfico

Os respectivos Centros de Saúde deram lugar a 10 Unidades Funcionais que permitem o

garante da prestação de cuidados de saúde, com base numa gestão rigorosa,

equilibrada, ciente das necessidades das populações e o desenvolvimento de actividades

de vigilância epidemiológica, investigação em saúde, controlo e avaliação dos resultados

e, acima de tudo, na melhoria do acesso aos cuidados de saúde para se poderem

alcançar maiores ganhos em saúde.

Todo este desiderato elaborado num contexto, nada facilitador, de interiorização regional,

longe dos centros de decisão, acrescido de núcleo populacional com características

idiossincráticas de envelhecimento e despovoamento das comunidades rurais.

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1.1 Organograma do ACeS

Fluxograma 1: Estrutura Orgânica do ACeS Cova da Beira

LEGENDA: - UAG: Unidade de Apoio à Gestão; - ECLCCI: Equipa Coordenadora Local de Cuidados Continuados Integrados; - UCSP: Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados; - UCC: Unidade de Cuidados na Comunidade; - USP: Unidade de Saúde Pública; - URAP: Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados.

DIRETOR

EXECUTIVO

GABINETE DO

CIDADÃO

CONSELHO DA

COMUNIDADE

USP

URAP

URAP

URAP

UAG

Unidade Apoio à Gestão

CONSELHO EXECUTIVO

- Director Executivo

- Presidente do Conselho Clínico e de Saúde

- Presidente do Conselho da Comunidade

-

D

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C

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o

CONSELHO CLÍNICO E DE SAÚDE

Presidente do Conselho Clínico e de Saúde

3 Vogais

ECLCCI

CENTROS DE

SAÚDE

BELMONTE

UCSP Belmonte

UCC Belmonte

COVILHÃ

UCSP Covilhã

UCSP Teixoso

UCSP Tortosendo

UCC Cava Juliana

U

C

S

P

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o

s

o

FUNDÃO

UCSP Fundão

UCC Fundão

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Estrutura orgânica

Director Executivo Dr. João Henrique Pereira Bento

Conselho Clínico e de Saúde

Presidente – Prof. Doutor António José Santos Silva

Vogal – Dr.ª Marli Gomes Pinho Loureiro

Vogal – Enf.º Carlos Manuel Ramos Martins

Vogal – TSA Carla Susana Gonçalves Mariano

Conselho Executivo

Presidente – Dr. João Henrique Pereira Bento

Prof. Doutor. António José Santos Silva

Dr. Carlos Manuel de Abreu Mendes Pereira

Conselho da Comunidade Presidente – Dr. Carlos Manuel de Abreu Mendes Pereira

USP Cova da Beira Dra. Henriqueta Luísa Duarte Forte

URAP Cova da Beira Dra. Anabela Ponces Ferraz de Almeida Correia

UCSP Belmonte Dr. Manuel Tomás Geraldes

UCSP Covilhã Dr. António Jorge Santos Silva

UCSP Fundão Dra. Maria Pilar Villoria Miguel

UCSP Teixoso Dr. Manuel Ângelo Ribeiro

UCSP Tortosendo Dr. Carlos Manuel de Abreu Mendes Pereira

UCC Belmonte Enf.º Cristóvão Paulo Anjos Marques

UCC Cava Juliana Enf.ª Maria de Fátima Alves Simões Cardoso

UCC Fundão Enf.ª Maria Adélia Silveira Vaz

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1.2 Recursos Humanos

O quadro seguinte reflete o número efetivo de trabalhadores que prestam funções em

todo o ACeS Cova da Beira, a 31Dez2013, nas diferentes áreas, para além de elucidar a

variação observada nos três últimos anos, acrescidos dos recursos humanos previstos e

publicados na Portaria n.º 274/2009 de 18 de Março, e ainda, a evolução do quadro

estimado de pessoal para 2014, com base nos pedidos de reforma existentes.

Quadro 1: Mapa de Recursos Humanos do ACeS da Cova da Beira

Regime Jurídico de Emprego

Grupo Profissional

Previsão VAB Port.

2011 2012 2013 2014 2011 vs 2013 394-A/12

Dirigente 1 1 1 1 0 1

Técnico Superior 0 2 2 2 2 0

Assistente Técnico 57 62 59 49 2 80

Assistente Operacional 38 32 31 29 -7 45

Médico 53 53 53 46 0 71

Medico interno MGF 6

Enfermeiro 71 72 68 64 -3 84

Técnico Diag. e Terapeuta 6 8 7 7 1 8

Técnico informático 3 1 1 1 -2 3

Técnico Sup. de Saúde 2 2 2 2 0 8

Total 231 233 230 201 -7 300

FONTE: ACeS Cova da Beira e SIOE 2013

Na análise dos dados registados, verificámos uma fraca mobilidade de recursos humanos

nos 3 anos em análise que permitiu consolidar as estruturas e Unidades Funcionais da

instituição, porém a previsão de 2014 vem despertar uma consciência já visível, um

acréscimo de mobilidade de Recursos Humanos (RH), elencados na perda de

profissionais que passaram à condição de aposentação.

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8

180

200

220

240

2011 2012 2013 2014QP.Estimado

231 233 230 201

Re

curs

os

hu

man

os

Evolução do Q.Pessoal do ACES.CB

O gráfico seguinte demonstra a tendência previsível para a evolução do quadro de

pessoal do ACeS Cova da Beira.

Gráfico 1: Evolução dos Recursos Humanos do ACeS da Cova da Beira

FONTE: ACeS Cova da Beira

Quadro 2: Distribuição dos Recursos Humanos do ACeS por Unidade Funcional

Regime Jurídico

de Emprego Grupo

Profissional

Unidades Funcionais – 2013

Total

UCSP UCC USP

URAP ACeS UAG

Belmonte Covilhã Fundão Teixoso Tortosendo Belmonte

Cava Juliana Fundão

Dirigente

1 1

Técnico Superior

1 1 2

Assistente Técnico

3 9 13 4 8

22 59

Assistente Operacional

1

30 31

Médico 5 15 15 6 9

2 52

Medico interno MGF

1 4 1

6

Enfermeiro 5 14 16 5 10 2 4 6 3 65

Técnico Diag.Terapeuta

5 2 7

Técnico informático

1 1

Técnico Sup. Saúde

2 2

Total 14 42 45 15 27 2 5 6 10 5 55 226

FONTE: ACeS Cova da Beira a 31/12/2013

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1.3 Área Geográfica

O ACeS Cova da Beira reporta a sua área de actuação aos 3 Concelhos a Norte do

Distrito de Castelo Branco, nomeadamente o Concelho de Belmonte, Covilhã e Fundão.

Com uma extensão geográfica de 1.374 Km e com uma densidade populacional de 63,8

habitantes por Km2. A média Nacional é de 114,5 hab/Km2.

Belmonte é sede de um município com 118,8 km² de área e 6.805

habitantes em 2011 (INE), subdividido em 5 freguesias. Com uma densidade

populacional de 57,3 hab/Km2.

Covilhã é sede de município com uma área de cerca de 555,6 km² e a sua

população está estimada em 51.777 habitantes em 2011 (INE), e é

constituído por 31 freguesias. Com uma densidade populacional de 93,2

hab/Km2.

O Fundão é sede de um município com 700,4 km² de área e 29.172

habitantes em 2011 (INE), subdividido em 31 freguesias. Com uma

densidade populacional de 41,7 hab/Km2.

São essencialmente as cidades da Covilhã e Fundão que garantem, pela maior

densidade populacional, a mobilização dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos

do Aces Cova da Beira. Segue a tendência Nacional em que o mundo rural é mais

disperso e o mundo citadino tem mais capacidade de alavancar conhecimentos e

informação, pilares vitais no impulsionamento da problemática da saúde.

1.4 População

Segundo os dados recolhidos do INE (Censos de 2011) o ACeS possui uma população a

cuidar, em saúde, no valor de 87.754 habitantes. O quadro 4 demonstra-nos a sua

distribuição geográfica, onde é evidente o polo de tração populacional, elencados num

espaço citadino e urbano.

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Quadro 3: População da Cova da Beira

Concelhos População

(Censos 2011)

Belmonte 6.805

Covilhã 51.777

Fundão 29.172

TOTAL 87.754

FONTE: INE

Da análise do gráfico seguinte podemos constatar que pirâmide etária é simétrica em

termos de género, excepção às idades superiores aos 70 anos em que o género feminino

tem predominância evidente. Situação a que não será alheia a maior esperança de vida

do género feminino.

Gráfico 2: Pirâmide Etária do Utentes do ACeS Cova da Beira

FONTE: ACeS Cova da Beira

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11

Estamos perante uma pirâmide etária invertida da base para o topo, em que as idades

jovens decrescem em relação às idades adultas. Podemos ainda verificar que com o

decorrer do tempo o valor modal sobe de idade, mais expressivo e linear no topo da

pirâmide. Assim, estamos perante um fenómeno de envelhecimento da população que se

torna mais acentuado no interior do país.

Quadro 5: Indicadores Demográficos

Inscritos

87 583

Utilizadores

56 784

Taxa de Utilização (Utilizadores / Inscritos)

58,16%

Proporção da População Residente Feminina

51,69%

Taxa Bruta de Natalidade (Rácio por 1000)

Aces - 6,76% Nacional – 8,5%

Índice de Dependência Total (Rácio por 100)

53,84%

Índice de Envelhecimento (Rácio por 100)

Aces - 185,91% Nacional -127,8%

Densidade populacional (Nº/km2)

Aces - 63,80 Nacional – 114%

Percentagem de População Jovem

1,17%

Percentagem de População Idosa

24,29%

Índice de Dependência de Jovens

1,83%*

FONTE: ACSS 2010 ou disponíveis e SIARS e INE 2012

População Residente

87 754

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12

A baixa taxa de natalidade, num espaço rural disperso e de baixa densidade populacional

cria constrangimentos na qualidade da informação, consequentemente obstaculiza novos

conhecimentos, originando entropia na evolução das comunidades locais. Esta dinâmica

é transversal à vivência do cidadão no que concerne ao seu conceito de saúde e a sua

aplicação prática. A fraca renovação das gerações cristaliza mentalidades e não abre

espaço a novos pensamentos e ideias.

Os dados apresentados são esclarecedores no que concerne ao índice envelhecimento

populacional 186%, valor elevadíssimo em relação à média Nacional 127,8%. Também o

índice de dependência total é de 54% e a percentagem de idosos representa 24% do

universo. Estamos perante um quadro demográfico recessivo de grande dependência em

que a qualidade de serviços prestados terá que ter forte apoio directo ao utente, muita

orientação e aconselhamento individualizado.

A percepção que o idoso tem do estado da sua saúde é menos clarividente, por vezes

distorcida, pelo que necessita de esforço permanente de informação por parte do

profissional de saúde.

Acrescidos a estes vectores, a literacia, “modus vivendi” e estrutura económica

determinam a vivência quotidiana das comunidades.

1.5 População Inscrita

Tendo em consideração que as cinco UCSP do ACeS Cova da Beira foram formalmente

constituídas durante o ano 2013, os dados apresentados no quadro seguinte referem-se

a dezembro de 2013, onde nos é apresentado a população de utentes inscritos, bem

como os profissionais de saúde afetos em cada uma destas unidades.

Podemos igualmente analisar os rácios utente por médico, enfermeiro e assistente

técnico, e ainda, confirmar o anteriormente exposto na caraterização da população,

nomeadamente os elevados índices de dependência total, com especial destaque do

índice de envelhecimento, que se reflete nas unidades ponderadas da lista dos utentes

inscritos.

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Quadro 6: N.º Utentes Inscritos por UCSP e Profissional de Saúde

UCSP Belmonte

UCSP Covilhã

UCSP Fundão

UCSP Teixoso

UCSP Tortosendo

Total ACeS

M – Médicos 5 15 15 6 9 50

E - Enfermeiros 5 14 16 5 10 50

AT - Administrativos 3 9 13 4 8 37

Utentes Inscritos 7.512 26.532 27.759 8.690 14.821 85.314

Lista Ponderada 10.277 35.190 38.320 11.778 20.604 116.169

Rácios

Utente/M 1.502 1.769 1.851 1.448 1.647 1.706

Utente/E 1.502 1.895 1.735 1.738 1.482 1.706

Utente /AT 2.504 2.948 2.135 2.173 1.853 2.306

Rácios Ponderados

Utente/M 2.055 2.346 2.555 1.963 2.289 2.323

Utente/E 2.055 2.514 2.395 2.356 2.060 2.323

Utente /AT 3.426 3.910 2.948 2.944 2.576 3.140

FONTE: ACeS Cova da Beira, Dezembro 2013

Gráfico 3: Distribuição de Utentes Inscritos por UCSP

FONTE: ACeS Cova da Beira, Dezembro 2013

Analisando o Gráfico 3 poderemos constatar que as UCSP de Fundão e Covilhã, são as

que apresentam maior número de utentes inscritos, respectivamente 33% e 31%,

totalizando 64%. Os restantes 36% estão distribuídos pelas restantes três Unidades,

nomeadamente, UCSP Tortosendo (17%), UCSP Teixoso (10%) e UCSP Belmonte (9%).

9%

31%

33%

10%

17%

UCSPs Belmonte

Covilha

Fundão

Teixoso

Tortosendo

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2. CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS

Na contratualização de indicadores foram estabelecidos, para 2013, 16 indicadores que

foram distribuídos por 3 eixos definidos:

1. Eixo nacional tem atribuído - 10 indicadores.

2. Eixo regional tem 4 indicadores.

3. Eixo local possui 2 indicadores

Quadro 7: Indicadores Contratualizados 2013

FONTE: SIARS

ACeS Cód Designação Res. 2012

Res 2013

Val. Contr.

Tx. Exec

Desvio Con/TE

Co

va da B

eira

EIXO NACIONAL

6 Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos 76 86 80 107% 7%

4

Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos 67 80 82 97% -3%

66

Proporção medicamentos faturados, que são genéricos 31 35 45 78% -22%

14

Proporção utentes com idade >= 14 Anos, c/ registo de hábitos tabágicos 9 10 25 41% -59%

174 Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 79 81 85 95% -5%

GDH

Proporção recém-nascidos de termo, de baixo peso por % 2,5 3,6 2,5 144% 43%

64 Proporção jovens 14A, c/ cons. méd. vig. e PNV 18 31 30 104% 4%

56 Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót. 66 64 70,5 90% -10%

68 Despesa medic. faturados, por utiliz. (PVP) 196 176 187,45 94% -6%

69 Despesa MCDTs fatur., por utiliz. SNS (p. conv.) 36 41 35,43 117% 17%

EIXO REGIONAL

11 Percent. prim. consult. gravid. 1º trim. 89 75 90 83% -17%

20

Proporção hipertensos < 65 A, com PA < 150/90 25 21 33 65% -35%

27 Proporção crianças 2A, c/ PNV cumprido até 2A 87 90 98 92% -8%

45

Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos) 17 24 35 69% -31%

EIXO LOCAL

14 Percent. primeiras consultas até 28 dias 73 74 80 93% -7%

16 Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano 37 43 45 96% -4%

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

15

Assim, foram estabelecidas metas quantitativas em cinco áreas de Monitorização

/Acompanhamento, designadamente, Acesso, Qualidade Técnica /Efetividade, Qualidade

dos Registos, Qualidade Percepcionada e Eficiência.

O Quadro 7, ilustra os indicadores estabelecidos para 2013 verifica a tendência em

relação aos resultados apurados de 2012 e estabelece o desvio do resultado apurado em

2013 com a Taxa de Execução (TE).

A taxa média de execução de todos os indicadores, com o mesmo valor de ponderação,

foi de 92% e a média de desvio negativa foi 8%, ou seja a nível global os indicadores

aproximam-se da zona de tolerância de 5%.

2.1 Indicadores do Eixo Nacional

Quadro 8: Indicadores Contratualizados - Eixo Nacional

ACeS Cód Designação Meta

Res 2013

V. Contr.

Tx. Exec

Desvio Con/TE

Co

va da b

eira

6 Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos 100% 86 80 107% 7%

4

Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos 100% 80 82 97% -3%

66

Proporção medicam. faturados, que são genéricos 100% 35 45 78% -22%

14

Proporção utentes >= 14 A, c/ reg. hábit. tabágic. 100% 10 25 41% -59%

174 Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 100% 81 85 95% -5%

GDH

Proporção recém-nascidos de termo, de baixo peso por % 100% 3,6 2,5 144% 43%

64 Proporção jovens 14A, c/ cons. méd. vig. e PNV 100% 31 30 104% 4%

56 Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót. 100% 64 70,5 90% -10%

68 Despesa medic. faturados, por utiliz. (PVP) <100% 176 187,45 94% -6%

69 Despesa MCDTs fatur., por utiliz. SNS (p. conv.) <100% 41 35,43 117% 17%

FONTE: SIARS

A taxa média de execução dos indicadores nacionais foi de 97% e a média de desvio

negativa foi de 3%. Foi no eixo nacional que foram superados 4 indicadores e 2 estiveram

na amplitude do acordado com uma taxa variável (tolerância) até 5%. A nível de análise

estes indicadores caem na zona de tolerância e apresentam o melhor resultado apurado.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

16

2.2 Indicadores do Eixo Regional

Quadro 9: dos Indicadores Contratualizados - Eixo Regional

ACeS Cód Designação Meta

Res 2013

V. Contr. Tx. Exec

Desvio Con/TE

Co

va da b

eira

11 Percent. prim. consult. gravid. 1º trim. 100% 75 90 83% -17%

20 Proporção hipertensos &lt; 65 A, com PA &lt; 150/90 100% 21 33 65% -35%

27 Proporção crianças 2A, c/ PNV cumprido até 2A 100% 90 98 92% -8%

45 Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos) 100% 24 35 69% -31%

FONTE: SIARS

A taxa média de execução dos indicadores regionais foi de 77% e a média de desvio

negativa foi de 23%. Apresentam os resultados mais baixos das 3 categorias de

indicadores.

2.3 Indicadores do Eixo Local

Quadro 10: Indicadores Contratualizados - Eixo Local

ACeS Cód Designação Meta

Res 2013

V. Contr.

Tx. Exec

Desvio Con/TE

Cova 14 Percent. primeiras consultas até 28 dias 100% 74 80 93% -7%

Beira 16 Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano 100% 43 45 96% -4%

FONTE: SIARS

A taxa média de execução dos indicadores foi de 94% e a média de desvio negativa foi

de 6%. Apresenta a 2.ª melhor taxa de execução e cumpriu um dos indicadores. Um dos

indicadores cai na margem de tolerância.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

17

2.4 Processo de Contratualização

Com o objetivo de minimizar o impacto na saúde da população do ACeS Cova da Beira

da previsível diminuição de recursos humanos, mantendo os atuais padrões de

qualidade, foi elaborado o Plano de Desempenho 2013, com base no diagnóstico

anteriormente efetuado, que serviu de base de contratualização.

Decorrente do Plano de Desempenho, após negociação de contratualização com o

Departamento de Contratualização da ARSC,IP que decorreu dia 25/06/2013, foi

celebrado um Contrato Programa entre o Diretor Executivo do ACeS Cova da Beira e o

Conselho Diretivo da ARS, IP, como garante do cumprimento da missão do ACeS, tendo

sido definidos 16 Indicadores de Desempenho, 10 do Eixo Nacional, quatro do Eixo

Regional e dois do Eixo Local, e posteriormente estabelecidas metas quantitativas em

cinco áreas de Monitorização/Acompanhamento, designadamente, Acesso, Qualidade

Técnica/Efetividade, Qualidade dos Registos, Qualidade Percepcionada e Eficiência.

Posteriormente efetuou-se a divulgação por todos os profissionais do ACeS, iniciando-se

pela elaboração de uma apresentação em PowerPoint, em articulação do Diretor

Executivo com o Conselho Clínico e de Saúde e o Grupo de Estudos e Desenvolvimento

do ACeS, a qual foi apresentada e disponibilizada em Reunião Geral de Coordenadores,

solicitado-lhes a sua replicação pelos profissionais da respectiva Unidade Funcional.

Não obstante o processo de contratualização ser considerado um fator fundamental na

implementação da reforma em curso nos Cuidados de Saúde Primários, e decorrer da

Contratualização Externa e Contratualização Interna com as UCSP, no ano 2013 não se

efetuou neste ACeS o processo de Contratualização Interna, no entanto, iniciou-se o

processo de formalização das UCSP, nomeadamente a elaboração de Matrizes com

respectiva constituição, recursos, área de influencia, características do contrato

assistencial e compromisso, com a finalidade da sua aprovação e homologação, servindo

de base à contratualização interna para 2014.

No processo de contratualização, consideramos que não obstante os múltiplos

constrangimentos e dificuldades sentidas, o referido processo permitiu uma necessária

reflexão interna, identificando oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos do ACeS

Cova da Beira, destacamos no entanto como críticas/sugestões a seguir apresentadas:

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

18

Dificuldade na recolha de indicadores claros e precisos ao nível do ACeS Cova

da Beira o mais precocemente possível, logo nos primeiros meses do ano;

A insuficiente sensibilidade para uma gestão orientada para os resultados, e do

assumir do compromisso com uma “nova” cultura de contratualização, com base

em metas e objectivos e claramente definidos e quantificados, com a necessária

envolvencia de todos os profissionais deste ACeS;

A não formalização efetiva das UCSP do ACeS Cova da Beira que faculte a sua

individualização em termos de indicadores de desempenho que permita o

processo de Contratualização Interna;

Necessidade de investimento efetivo nos sistemas de informação, salientando o

alargamento da banda de rede para facilitar o funcionamento mais rápido do

sistema, equipar com sistema informático as 13 Extensões de Saúde do ACeS

Cova da Beira onde o mesmo é inexistente, reforço e alargamento do número de

postos de trabalho com equipamento informático;

A importância de reforçar a formação dos profissionais ao nível da adequação

dos registos nos sistemas informáticos e reflexão interna sobre os mesmos, bem

como da criação de orientações técnicas e guidelines.

Saliente-se que este processo de contratualização permitiu a reorganização do

atendimento nas diferentes Unidades Funcionais; a otimização dos recursos disponíveis,

diminuindo o impacto da diminuição significativa dos recursos humanos; a manutenção

da intervenção nas áreas de medicina preventiva e da promoção da saúde; e o

envolvimento dos profissionais de saúde orientado para a melhoria dos resultados dos

indicadores contratualizados.

Perante o anteriormente exposto, consideramos que não obstante as fragilidades e

dificuldades sentidas com este primeiro processo de contratualização e sua

implementação, este permitiu essencialmente efetuar uma primeira auto e hetero-

avaliação dos cuidados prestados, através de indicadores precisos, bem como da sua

comparação com os da ARSC, IP, e fundamentalmente encontrar os principais

constrangimentos que inviabilizaram a obtenção de melhores resultados que espelhem a

qualidade dos cuidados de saúde prestados à população deste ACeS Cova da Beira.

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19

3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO

3.1 Indicadores contratualizados

Partindo para a análise das atividades desenvolvidas no âmbito do Plano de Ação

proposto no Plano de Desempenho de 2013 onde constavam os objetivos e indicadores

pelas cinco diferentes áreas de Monitorização/Acompanhamento, respectivas Metas e

principais Atividades a desenvolver para atingir as mesmas, como consta nos quadros de

8 a 11, podemos constatar o seguinte:

A taxa de cumprimento deve ser de 100% com uma tolerância acordada de 5%,

apurámos ainda o desvio apresentado em cada indicador com base no

contratualizado e o apurado. Valores superiores a 100% consideram-se

superados, excepção ao indicadores (68 e 69) com base em despesa que para

serem superados devem ser inferiores a 100%.

A taxa média de execução da globalidade dos indicadores foi de 92% e a média

de desvio foi de -8%, ou seja a nível global os indicadores aproximam-se

significativamente da zona de tolerância de 5%.

Todos os indicadores de nível nacional tiveram tendência de melhoria em

comparação com o ano de 2012, ou seja foram atingidos melhores resultados

comparativamente com ano anterior. Realce-se a superação de 4 indicadores e

mais 2 estiveram dentro da amplitude estabelecida. A nível de análise a média

destes indicadores caem na zona de tolerância e apresentam o melhor resultado

apurado.

Os indicadores no eixo regional, apresentam uma taxa média de execução de

77% e a média de desvio foi de -23%. Apresentam os resultados mais baixos dos

3 eixos de indicadores, apresentando 2 indicadores, com código 11 e 20, com

desempenhos inferiores a 2012. Aliás, são estes 2 indicadores a excepção à

tendência observada de melhoria de resultados em 2013, face a 2012.

A taxa média de execução dos indicadores de âmbito local foi de 94% e a média

de desvio foi de -6%. Apresenta a 2.ª melhor taxa de execução e cumpriu um dos

indicadores, visto que cai na margem de tolerância. Há uma melhoria relativa ao

ano transacto.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

20

3.2 Outros indicadores

3.2.1 Movimento Assistencial

No que se refere ao movimento assistencial do ACeS Cova da Beira, poderemos

analisar, no Quadro 11, o total de consultas realizadas no ano 2013, pelos médicos, de

Medicina Geral e Familiar (MGF), e pelos enfermeiros, e ainda, as realizadas no âmbito

dos principais programas de saúde.

Quadro 11: Movimento Assistencial do ACeS Cova da Beira 2012/13

2012 2013

Fundão Covilhã Belmonte Total 2012 Fundão Covilhã Belmonte Total 2013

Utentes Inscritos 30.921 58.438 8.271 97.630 27.759 50.043 7.512 85.314

1ªs Consultas MGF

17.907 38.295 5.627 61.829 14.801 29.342 5.192 49.335

Consultas Seguintes MGF

46.441 110.332 14.696 171.469 40.714 96.613 16.868 153.655

Total Consultas MGF

64.348 148.627 20.323 233.298 55.515 125.955 22.060 203.530

Consultas Não Presencias

22.367 59.859 8.229 90.455 22.968 57.984 7.564 88.516

Consulta Aberta (atendimentos)

25.883 1.005 6.471 33.359 26.534 3.215 233 29.982

Consultas Domicílio MGF

30 76 50 156 17 52 25 94

Saúde Adulto 58.533 131.090 17.734 207.357 55.515 125.955 22.060 203.530

Saúde Infantil 3.910 8.573 1.488 13.971 3.962 7.989 2.889 14.840

Saúde Materna 304 1.016 226 1.546 251 804 198 1.253

Planeamento Familiar

1.571 7.872 825 10.268 1.630 7.877 662 10.169

Nº Contactos em Atos e Consultas de Enfermagem

56.902 93.861 20.10

2 170.866 55.629 116.849 18.156 190.634

Nº de Intervenções de Enfermagem

130.909 245.857 54.00

8 430.774 128.224 375.642 48.458 552.324

FONTE: SIARS – ACeS Cova da Beira

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

21

Também, em complemento ao movimento assistencial, apresentamos, no Quadro 12, as

principais atividades e serviços disponibilizados por este ACeS Cova da Beira.

Quadro 12: Atividades e Serviços do ACeS Cova da Beira em 2013

Tipo de serviço Belmonte Covilhã Fundão

Consultas específicas

Diabetes ● ●

Hipertensão (HTA) ● ●

Atendimento de jovens e adolescentes

● ●

Cessação tabágica

● ●

Planeamento Familiar ● ● ●

Saúde Materna ● ● ●

Saúde Infantil ● ● ●

Alcoologia

● ●

Nutrição ● ● ●

Psicologia ● ● ●

Ostomizados ● ●

Consultas de especialidade

Medicina Geral e Familiar ● ● ●

Psiquiatria ●

Saúde Pública ● ● ●

Promoção da saúde

Vacinação Crianças ● ● ●

Vacinação Adultos ● ● ●

Preparação para o parto ● ●

Saúde oral ● ● ●

Tratamentos/Outras atividades

Pensos ● ● ●

Injetáveis ● ● ●

Remoção de Cerúmen ●

Algaliações ● ● ●

Remoção de pontos ● ● ●

Domicílios de enfermagem ● ● ●

Avaliação da Tensão Arterial ● ● ●

Avaliação de Glicémia Capilar ● ● ●

Serviços de Atendimento Complementar

Atendimento Complementar ● ●

Consulta aberta ●

Outros Serviços

CDP – Pneumologia, Raio-X convencional

Serviço de Saúde Pública ● ● ●

FONTE: Portal da Saúde, Diagnóstico de Saúde do ACeS Cova da Beira, Julho 2013

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

22

3.2.2 Unidade Saúde Publica

No que se refere à Unidade de Saúde Pública (USP) do ACeS, podemos constatar que

das principais atividades desenvolvidas pela Autoridade de Saúde e USP ao longo de

2013, se salientam as 542 avaliações de incapacidades; as 468 análises efetuadas nos

sistemas de águas para consumo humano; as 430 vistorias, especialmente

estabelecimentos comerciais; e os 227 pareceres sanitários.

Quadro 13: Resumo de atividades da Autoridade de Saúde e da USP no ano de 2013

Atividades Total Cartas de condução 101

Atestados de robustez 6

Atestados: Uso e porte de arma / Incapacidade de uso de cinto de segurança 3

Avaliação de incapacidades 542

Óbitos: atestados / verificação 42

Verificação de Doença 43

Reclamação de Insalubridade 39

Pareceres sanitários 227

Vistorias Habitabilidade 4 430

Estabelecimento Comerciais 358

Estabelecimentos industriais 68

Inquéritos Epidemiológicos 23

Vigilância Sanitária das Aguas para Consumo Humano

Vigilância sanitária dos sistemas de abastecimento 48

N.º Total de análises efetuadas 468

N.º de comunicações à entidade gestora de não cumprimento do DL 306/2007

16

Vigilância Sanitária das águas Minerais e estabelecimentos termais

Fábrica de engarrafamento 1

Estabelecimentos termais 1

Vigilância Sanitária das Águas de Utilização Recreativa

Tanques / Piscinas / Praias Fluviais 69

FONTE: Relatório de Atividades da USP - 2013

Salienta-se que as vistorias de licenciamento foram realizadas com as várias Entidades

Coordenadoras nomeadamente Câmara Municipal, Ministério da Economia, Ministério

do Ambiente, Segurança Social, entre outras.

De referir ainda, que foi ainda efetuada a avaliação das condições de todas as

extensões de saúde localizadas nas áreas geográfica do ACeS Cova da Beira, num

total 60 avaliações; visitas domiciliárias param avaliação das condições de

habitabilidade das residências de alguns utentes; e ações de verificação conjuntas com

os Médicos Veterinários Municipais.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

23

Também, ao nível da vigilância sanitária das águas para consumo humano, ao longo do

ano foram realizadas várias reuniões com representantes da Entidade Gestora e

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos com o objetivo de se debater e

colmatar os problemas existentes na rede de distribuição nomeadamente sobre arsénio

e manganês, salientando-se que as notificações feitas à Entidade Gestora foram todas

resolvidas em tempo útil pois existe uma boa relação de comunicação entre os

Serviços. No que se refere aos estabelecimentos termais e de engarrafamento de

águas, foi efetuada a vigilância sanitária aos existentes com sede nos concelhos deste

ACeS.

Igualmente o Programa de Vigilância Sanitária da Água em Piscinas foi executado de

acordo com as recomendações da Circular Normativa (DGS) nº 14/DA de 21/08/2009,

tendo sido assegurado a 100% a vigilância sanitária dos tanques e piscinas públicas,

bem como das praias fluviais classificadas, apenas uma não classificada não foi

efetuada. Todos os incumprimentos que foram detetados, na medida do possível foram

resolvidos. Em Maio foi realizada uma ação de formação subordinada ao tema “Saúde

em Piscinas” destinada a operadores e outros profissionais que desempenham funções

em piscinas localizadas na área geográfica do ACeS Cova da Beira.

3.2.3 Formação

A formação, sendo fundamental para a capacitação e envolvimento dos profissionais

numa melhoria da qualidade dos cuidados prestados, após identificação das

necessidades, foi elaborado o Plano de Formação de 2013 pelo Núcleo de Formação e

Ensino do ACeS Cova da Beira.

Foi ainda possível a participação dos profissionais de saúde deste ACeS em diversas

formações promovidas pelo Departamento de Formação da ARSC, IP.

Da avaliação global da formação integrada no Plano de Formação do ACeS Cova da

Beira de 2013, podemos constatar que foram realizadas 34 Ações de Formação/Cursos,

com 28 temáticas diferentes, contando com a presença de 1.008 formandos, num total

de 2.963 horas de formação, como consta no Relatório de Formação de 2013 deste

ACeS apresentados no quadro seguinte.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

24

Quadro 14: Formações Realizadas no ACeS por Temáticas, Formandos e Total de Horas

Tema

Destinatários Data Formandos Horas

UCF – Norte Profissionais de saúde 23-01-2013 38 76

Recém-nascido de Baixo Peso Profissionais de Saúde 05-02-2013 20 40

RNCCI Médicos, Enfermeiros, Assistentes Sociais

e outros Profissionais de Saúde 19-02-2013 20 40

Maus Tratos infantis (CS Covilhã)

Profissionais de Saúde 26-02-2013 19 38

Maus Tratos infantis (CS Fundão)

Profissionais de Saúde 27-02-2013 9 18

Resíduos Sólidos Hospitalares (CS Belmonte)

Profissionais de Saúde 06-03-2013 11 22

Resíduos Sólidos Hospitalares (CS Covilhã)

Profissionais de Saúde 06-03-2013 25 50

Resíduos Sólidos Hospitalares (CS Fundão)

Profissionais de Saúde 09-04-2013 10 20

Resíduos Sólidos Hospitalares (CS Fundão)

Profissionais de Saúde 19-03-2013 15 30

Plano Nacional de Vacinação e Indicadores de Avaliação

Médicos e Enfermeiros 13-03-2013 19 38

Plano Nacional de Vacinação e Indicadores de Avaliação

Médicos e Enfermeiros 13-03-2013 33 66

Acupuntura nos CSP Profissionais do ACeS 20-03-2013 19 38

PAF Profissionais de saúde 18-04-2013 150 600

Tabagismo - Consulta intensiva de C. tabágica

Profissionais de Saúde 21-05-2013 22 44

Saúde Oral para os Profissionais de Saúde

Profissionais de Saúde 05-04-2013 15 30

Norma ISSO Profissionais de Saúde 23-04-2013 15 30

Preparação para a parentalidade

Profissionais de saúde 29-05-2013 22 44 Método psico-profilatico do parto

APSI – Crianças/ Encarregados de Educação

Profissionais de Saúde 03-06-2013 35 70

APSI – Grávidas/ Acompanhantes

Profissionais de Saúde 03-06-2013 14 28

APSI – Profissionais de Saúde Profissionais de Saúde 03-06-2013 42 84

Doença venosa crónica Médicos e Enfermeiros 19-06-2013 39 78

Violência doméstica Profissionais de Saúde 22-06-2013 120 720

Cuidados paliativos Profissionais de Saúde 25-06-2013 32 64

Mioma uterino Profissionais de Saúde 10-07-2013 8 16

Pé diabético Profissionais de Saúde 28-08-2013 17 34

Aorta é vida Médicos e Enfermeiros 18-09-2013 24 48

Novo PNSIJ Profissionais de Saúde 16-10-2013 29 58

Lombalgia Aguda Profissionais de Saúde 20-11-2013 19 19

Insuficiência Cardíaca Profissionais de Saúde 20-11-2013 18 18

Workshop área cardiovascular Médicos e Enfermeiros 26-11-2013 22 44

Alimentação na gravidez e 1º.s anos de vida da criança

Profissionais de Saúde 28-11-2013 25 50

Rastreio do cancro do colo do útero

Todos os médicos e enfermeiros, 1 assistente técnico por unidade funcional do

ACES 11-12-2013 43

172

Rastreio do cancro do colo do útero

Todos os médicos e enfermeiros, 1 assistente técnico por unidade funcional do

ACES 11-12-2013 31 124

Rastreio do cancro do colo do útero

Todos os médicos e enfermeiros, 1 assistente técnico por unidade funcional do

ACES 12-12-2013 17 68

Rastreio do cancro do colo do útero

Todos os médicos e enfermeiros, 1 assistente técnico por unidade funcional do

ACES 12-12-2013 11 44

TOTAL: 34 1.008 2.963

FONTE: Relatório de Formação do Núcleo de Formação e Ensino do ACeS Cova da Beira

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

25

3.2.1.1 Outras Actividades e Serviços

3.3.1 Gabinete do Cidadão

O gabinete do cidadão é um serviço de apoio à Gestão, com a finalidade de aferir da

qualidade dos serviços e dos cuidados de saúde prestados ao cidadão.

Vivifica a cidadania elucidando os utentes dos seus direitos e deveres, medeia

conflitos e elabora toda a tramitação processual de informação ao cidadão, bem como

de todas as reclamações/sugestões apresentadas.

Quadro 16: Actividades desenvolvidas pelo Gabinete do Cidadão em 2013

Tipo de serviço Belmonte Covilhã Fundão ACeS

N.º reclamações

N.º reclamações não inseridas no SGSR

0 0 0 0

N.º reclamações inseridas no SGSR 6 27 33 66

N.º reclamações tratadas GC 66

N.º Sugestões

N.º sugestões inseridas no SGSR 0 0 1 1

Tempo de resposta

Média de resposta (em dias) ao cidadão

17 28 30 27

N.º processos concluídos

N.º processos concluídos> 30 dias 0 8 10 18

N.º processos concluídos até 30 dias 6 19 24 49

N.º processos sem conclusão 0 0 0 0

Atendimentos presenciais

No Gabinete Cidadão 0 0 0 7

Nas UCSP 6 27 33 66

Informação Verificação Carta de Direitos e Deveres 1 2 2 5

Verificação Livro de reclamações 1 3 4 8

Diligências e audições internas

Diligências 2 4 6 12

Audições internas 6 27 34 67

FONTE: Relatório de Actividades do Gabinete do Cidadão

3.3.2 Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

A Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP), tem por missão contribuir

para a melhoria do estado de saúde da população, actuando junto da comunidade

para o seu desenvolvimento bio-psicossocial e bem-estar social, económico e de

cidadania, através de acções educacionais, culturais, e de apoio a actividades

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

26

comunitárias, conduzidas através da criação de modelos ou de programas sistémicos

de carácter temporário ou permanente:

1. Presta serviços de consultoria e assistenciais às restantes unidades funcionais;

2. Contribui para a promoção da saúde e prevenção da doença, obtendo ganhos em

saúde ao longo do ciclo de vida e promovendo a capacitação da comunidade;

3. Participa em ligações funcionais aos serviços hospitalares e outras entidades

públicas ou privadas.

A actividade desenvolvida é refletida no quadro seguinte, retirado do Relatório de

actividades da URAP e explana-as pelas 5 especialidades da Unidade Funcional.

Quadro 17: Actividades Desenvolvidas na URAP em 2013

Actividade Proposta Actividades Desenvolvidas

Nutrição Resposta a 100% de solicitações de “Consultas de Nutrição”;

Efectuadas 838, consultas não médicas. (Fonte Sinus - ARSC IP)

Continuidade do programa "Juntos é mais fácil" . 9 Sessões

Colaboração com as equipas de Saúde Escolar, Cessação Tabágica e Núcleo da Paramiloidose.

Foram efectuadas no total de 7 sessões.

Psicologia Resposta a 100% das solicitações de consultas de Psicologia.

Efectuadas: 839 consultas não médicas. (Fonte Sinus - ARSC IP)

Radiologia Resposta a 100% das solicitações na elaboração de exames Radiológicos.

Foram efectuados 638 Radiografias.

Foram ainda efectuados os seguintes actos:

- 120 Convocatórias para a Retinopatia Diabética; - 37 Ofícios para o apoio ao ano comum de internato médico de MGF; - E passados 65 Certificados de Formação.

Serviço Social Atendimento a 100% dos utentes: Efectuadas: 266 consultas não médicas (Fonte Sinus - ARSC IP)

Resposta a 100% RNCCI / UCC. No prazo máximo de 5 dias úteis.

31 Utentes Tempo médio, de Elaboração e Introdução Relatório Social RNCCI: - 2,3 Dias. (Fonte base de dados RNCCI)

Elaboração de 100% dos Relatórios Sociais solicitados

- 14 Relatórios

Colaboração com o NACJR. Foram contabilizados 30 actos, entre reuniões, acompanhamentos, e formação, com o NACJR.

Colaboração a 100% nas reuniões NLI da Seg. Social

Presença em 100% das 25 reuniões do NLI da Covilhã e Belmonte. Colaboração no Plano de Acção do NLI e Relatório de Actividades da Segurança Social.

Higiene Oral - Atendimento a 100% dos utentes: Efectuadas: 396 consultas não médicas. (Fonte Sinus - ARSC IP)

- Rastreios de Saúde Oral 61

- Elaboração dos mapas de cheque dentista/referenciação

215

- Ações de Educação para a Saúde/Saúde Oral 45

Rastreios de Saúde Oral referentes ao programa PNSO

4 195 (Fonte: Programa PNSO)

FONTE: Relatório de Atividades da URAP 2013

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

27

Quadro 18: Recursos Humanos da URAP

Um Técnico Superior de Serviço Social (coordenador da URAP)

Técnico Superior Saúde – Nutrição Técnico Superior Saúde - Psicologia

TDT de Higiene Oral TDT de Radiologia

FONTE: ACeS Cova da Beira

3.3.3 Internato de Medicina Geral e Familiar

O Internato Médico é uma formação pós Graduada regulamentado principalmente pelos

Dec. Lei 45/09 de 13 de Fevereiro que define o regime jurídico da formação médica, após

licenciatura em Medicina; pelo Dec. Lei 251/2011 de 24 de Junho que expressa o

regulamento do Internato Médico e pela Portaria 300 de 24 de Março de 2009 que expõe

o Programa de Internato Médico.

Segundo esta Portaria:

O programa do internato médico de profissionais na área de Medicina Geral e Familiar,

tem a duração de 48 meses (4 anos) cuja estrutura se apresenta no Quadro19:

Quadro 19: Estágios do Programa do Internato Médico

Estágios obrigatórios: Estágios opcionais, Estágios curtos *

Medicina geral e familiar 1 (MGF1);

Dermatologia; Fundoscopia, colocação de implantes, colocação de dispositivo intra -uterino, entre outros

Medicina geral e familiar 2 (MGF2);

Endocrinologia;

Medicina geral e familiar 3 (MGF3);

Medicina interna;

Medicina geral e familiar 4 (MGF4);

Neurologia;

Pediatria; Pneumologia;

Obstetrícia/ginecologia; Oncologia;

Saúde mental/psiquiatria; Otorrinolaringologia;

Urgência

*aquisição de competências em procedimentos específicos

FONTE: Internato de Medicina Geral e Familiar

A estrutura organizativa baseia-se em Direções de Internato que constituem núcleos de

formação dirigidos por um Diretor de Internato.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

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O Núcleo de Formação Beira Interior, sediado no ACES Cova da Beira agrega os

internos da Formação Específica em MGF, das três instituições: ACES Cova da Beira;

ULS de Castelo Branco e ULS da Guarda, com Diretora de Internato Marli Loureiro e

Diretora Internato Adjunta Maria Jesus Clara da USF A Ribeirinha e secretariado pela

profissional Cristina Teles

A Direção de Internato promove a formação localmente e garante o cumprimento e

desenvolvimento do programa de internato de MGF, tem a responsabilidade de realizar

as avaliações de conhecimentos no final de cada estágio curricular, comunicar e precaver

junto dos responsáveis de estágio nos hospitais de referência o bom funcionamento das

atividades curriculares, organizar os elementos do processo individual dos internos

relevantes para o internato, através de registos autenticados pelo diretor de serviço e

orientador de formação e realizar reuniões clinicas mensais onde internos e orientadores

possam apresentar e discutir trabalhos científicos. Estas reuniões mensais seguem um

calendário anual.

Quadro 19: N.º Total de Internos, Orientadores e Atividades Desenvolvidas

Aces e Hospitais de referência Internos de

MGF Orientadores de formação

Trabalhos apresentados

Estágios Hospitalares

Total do Aces Cova da beira 21 16 42 47

Pêro da Covilhã Cova da Beira 7+2* 5 15 15

Sousa Martins ULS Guarda 7+3* 6 10 16

Amato Lusitano ULS Castelo

Branco 8+1* 5 17 16

Atividades

Reuniões 12

Avaliações de conhecimentos 62

Júris de Exames de Especialidade 6

FONTE: Internato de Medicina Geral e Familiar

O número de internos em cada ano depende da capacidade formativa em orientadores.

Em 2013 foram registados os dados representados no quadro 17, com registo muito

significativo em que para a dimensão do Aces Cova da Beira tem uma significativa

relevância na formação do internato da Região Centro.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

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3.3 Parcerias

As parcerias interinstitucionais constituem uma mas valia para o adequado

desenvolvimento do Plano de Desempenho do ACeS, as quais tem subjacente a

promoção da saúde, prevenção da doença, a reabilitação e reinserção social dos utentes

inscritos e/ou residentes na nossa área geodemografia.

No Quadro 20, apresentamos as principais parcerias existentes no ACeS, pretendendo-

se não só a sua manutenção, como continuidade como consolidar e implementar outras

que se venham a considerar pertinentes para o serviço e comunidade e o bem-estar da

população.

Quadro 20: Projectos e Parcerias do ACeS Cova da Beira em 2013

Nome do

Programa / Projeto

Entidade Promotora

Entidades Parceiras

Objetivos Área de

Intervenção

SNIPI-ELI

Ministério da Saúde,

Educação e Ministério do Trabalho e

Solidariedade Social

ACeS Cova da Beira e DREC

Prevenção de resultados negativos e a maximização de oportunidades de

desenvolvimento para as crianças em risco e com Necessidades Educativas

Especiais dos 0 aos 6 anos (NEE)

Terapia da Fala, Enfermagem, Medicina, psicologia e docência

PNSE Ministério da

Saúde / ARSC, IP

Agrupamento de Escolas, Escolas não Agrupadas e

IPSS

Promoção da Saúde nas crianças e jovens - Objetivos Nacionais do PNSE

Saúde Escolar

PNPSO Ministério da

Saúde / ARSC, IP

Agrupamento de Escolas e Escolas não Agrupadas

Promoção da Saúde Oral Objetivos Nacionais do PNPSO

Saúde Oral

PASSE ARSC, IP ARSC, IP e DREC Prevenção da Obesidade Infantil;

Promoção de escolhas alimentares acertadas

Alimentação

COSI ARSC, IP ARSC, IP e DREC Monitorização /vigilância da obesidade

infantil Saúde Escolar

Projeto COMO

CMF/ ACeS/ CHCB Ordem

dos nutricionistas

CMF/ ACeS/ CHCB Ordem dos nutricionistas

Promover a educação alimentar nas escolas de forma mais eficiente nos

concelhos da CB Alimentação Saudável

CPCJ

Comissão Nacional de Crianças e

Jovens em risco

Autarquia, Educação, PSP e GNR / ACeS, CRSS,

Promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou por termo a

situações susceptíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação

ou desenvolvimento integral

Defesa dos direitos das crianças e jovens.

RNCCI

Ministério da Saúde,

Educação e Ministério do Trabalho e

Solidad. Social

Promover a autonomia e melhorar a funcionalidade de pessoas em situação

de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção

familiar e social

Reabilitação

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

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CLAS

Câmaras Municipais de

Covilhã e Fundão

ACeS; IPSS; Seg. Social, e outros

Desenvolvimento das competências pessoais e parentais, tendo em vista

reverter as situações de risco pessoal e familiar

Deficiência, alcoolismo e toxicodependência

RSI

Ministério da Solidariedade e

Segurança Social

Segurança Social, Saúde, Educação e Instituto de

Emprego

Promover a inclusão social dos mais carenciados, assegurando aos cidadão

recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades

mínimas e paralelamente favorecer a progressiva inserção social, laboral e

comunitária

Beneficiários do RSI

UACB

Equipa de Alcoologia do ACeS, DSM e

U.Inter do CHCB

ACeS, CHCB, Núcleo de Alcoologia da Cova da Beira

Adequada avaliação, encaminhamento e acompanhamento de utentes e famílias

com problemas ligados ao álcool

Consultas, dinâmicas de grupo, internamento e

apoio social

Pólo Inv. e Desenvolvime

nto em Telemotorizaç

ão para a Saúde

UBI ACeS CHCB CMC CMF CMB Portugal Telecom

Inovação S.A.

CMC CMF CMB Portugal Telecom Inovação

S.A.

Melhorar a acessibilidade daqueles que tem dificuldades a aceder aos serviços

especializados e desenvolvimento e utilizando dispositivos médicos de

telemotorização

Doenças crónicas e população idosa HTA, Insuficiência cardíaca,

Hipocogulação, Diabetes …

Análises Saúde

Pública

ARSC, IP ACeS ULS Guarda

ARSC, IP ACeS ULS Guarda

Protocolo de colaboração Análises de Saúde

Pública

UMS Fundão ARS Centro IP

ACeS CMF CHCB

ARS Centro IP ACeS CMF CHCB

Reforçar os cuidados de proximidade minimizando as atuais assimetrias de acesso ao serviço de saúde, e ainda a adequada e otimização dos recursos

Prestação de cuidados de proximidade

UCF-CB ACeS CHCB ACeS CHCB Vigilância partilhada da gravidez, pós parto, da mulher, recém-nascido e das

crianças e adolescentes ate aos 18 anos Formação Reuniões

UCFD-CB ACeS CHCB ACeS CHCB

Reduzir a prevalência e incidência da diabetes nos utentes inscritos no ACeS

atrasando o início das complicações major das diabetes

Prevenção Primaria, secundária e terciária

COOLABORA

«Violência Zero»

COOLABORA

COOLABORA CMC, ACeS, CHCB, UBI, CAT-CRI, DG de Reinserção e Serviços

prisionais, ESQP / 3, GNR, PSP e Ministério Publico

Constituição de uma rede de parceria interinstitucional de combate e

prevenção da violência doméstica

Defesa e proteção da vítima

Agrupamento Escolas Frei

Heitor Pinto,

COOLABORA

«Saber Mais»

Agrupamento de Escolas do

Tortosendo e a COOLABORA

JF Tortosendo, ACeS – UCSP Tortosendo,

MODATEX e Centro de Convívio de Apoio à 3ª idade

CPCJ,

Contribuir para a inclusão social das crianças e jovens do Tortosendo, bem como dos seus familiares, através da

sua capitação em termos de competências sociais e pessoais.

Educação para a cidadania e integração social. TIC´s Psicologia

UBI – FCS No âmbito da Docência e do Contexto da Prática Clínica no Ensino Pré e Pós graduado em Medicina

UBI – FCSH No âmbito do Contexto da Prática Clínica do Ensino Pré graduado em Psicologia

Institutos Politécnicos Castelo Branco, Guarda, Viseu e Portalegre

No âmbito do Contexto da Prática Clínica do Ensino Pré e Pós graduado em Enfermagem

Escola Campos de

Melo

No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais

Escola Secundária do Fundão

No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais

FONTE: ACeS Cova da Beira

No que concerne aos projectos e parcerias em articulação com este ACeS, poderemos

constatar a sua elevada diversidade, bem como os diferentes ministérios e parceiros

institucionais envolvidas, com o objectivo primordial da promoção da saúde da

comunidade.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

31

4. PLANO DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO

Como é do conhecimento, os Agrupamentos de Centros de Saúde da ARSC, IP não

dispunham em 2013 de orçamento próprio, estando este, integrado no orçamento da

ARSC I.P. No entanto e como forma de tentar expressar os valores relativos a 2012 e

2013, demonstramos a execução do ACeS Cova da Beira, com base em informação

prestada pelo DGAG, bem como o orçamento aprovado para 2014, que apresenta uma

redução de -4,35%, num montante de 19.469.260,00 €uros.

Quadro 21: Orçamento do ACeS Cova da Beira em 2013

ORÇAMENTO 2013 ACES COVA DA BEIRA

Custos e Proveitos ACES COVA DA BEIRA %

2012 2013 2013-2012

DADOS ECONÓMICOS

Custos e Perdas (Total) 20.114.712 20.354.841 1,1%

Subcontratos (621)(2) 13.597.324 13.337.013 -1,91%

Assistência Ambulatória 19 0

Meios Complementares de Diagnóstico 1.815.308 2.076.603 14,39%

Meios Complementares de Terapêutica 2.740.640 3.093.812 12,89%

Farm.Priv - Prescr. Med/Cuid. Farm./Diabetes 8.118.510 6.651.644 -18,07%

Internamentos 1.012

Transporte de Doentes 463.901 364.514 -21,42%

Aparelhos Complem. Terap. (Reembolsos/Ostomias) 52.390 73.061 39,46%

Outras rubricas de Subcontratos 406.556 1.076.367 164,75%

Fornecimentos e Serviços Externos (622) 441.413 426.167 -3,45%

Electricidade 47.311 48.739 3,02%

Água 27.555 26.040 -5,50%

Comunicações 57.118 55.566 -2,72%

Transporte de Pessoal / Deslocações e Estadas 3.857 2.671 -30,74%

Outros FSE 305.572 293.150 -4,07%

Pessoal (64) 6.074.328 6.705.107 10,38%

Remunerações dos Orgãos Diretivos 35.555 54.851 54,27%

Remunerações de pessoal 5.136.849 5.443.806 5,98%

Remunerações Base 4.439.416 4.300.596 -3,13%

Suplementos Remuneratórios 592.214 478.918 -19,13%

Outras Remunerações de Pessoal 105.219 664.291 531,34%

Outros Encargos com Pessoal 901.924 1.206.450 33,76%

Correcções Relat. Exerc. Anteriores 1.456 -13.236 -1008,96%

Internamentos 0 0

Transporte de doentes 0 0

Outras Correcções A. Anteriores 1.456 -13.236 -1008,96%

Outros custos e perdas 191 399 109,24%

FONTE: UAG do ACeS Cova da Beira

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

32

Quadro 22: Execução do ACeS Cova da Beira em 2013

Proveitos e Ganhos ACES COVA DA BEIRA %

2012 2013 2013-2012

Proveitos e Ganhos (Total) (3) 301.002 388.252 28,99%

Prest. Serv. Outras Entid. Resp. (7122) 264.778 358.972 35,57%

Taxas Moderadoras (71227) 247.612 346.755 40,04%

Consultas 225.779 315.726 39,84%

Urgência / SAP 42 463 1011,85%

MCDT 3.164 420 -86,71%

Outros 18.627 30.145 61,83%

Outras rubricas de Prestações de serviços 17.166 12.218 -28,82%

Impostos e Taxas 34.092 26.624 -21,90%

Outras rubricas de Proveitos e Ganhos 2.132 2.656 24,58%

(1) Consumos resultantes de aquisições efetuadas pelos ACES // (2) Respeita exclusivamente a facturação conferida pela ARS Centro, IP // (3) 2013-Não Inclui a totalidade da rubrica 741 (Tranfª e Subsídios) relativa ao duodécimo

FONTE: UAG do ACeS Cova da Beira

O Quadro supra demonstra a execução de 2013 e estabelece uma comparação

relativamente ao ano de 2012. De referir que a rúbrica CMVMC não é espelhada no

presente documento, considerando a falta de informação analítica nos anos em causa,

pelo que os custos associados aos diferentes armazéns e respetivos consumos (clínico,

farmácia, administrativo e hoteleiro) não são apresentados.

Da análise deste mapa destaca-se o aumento dos custos com o Pessoal (64) em 10.38%

comparativamente ao ano de 2012, tendo contribuído para este aumento os resultados

da rúbrica – Outras remunerações de Pessoal.

Os Fornecimentos e Serviços Externos tiveram uma redução de 3,45% fruto da

implementação de uma rigorosa política de redução de custos no ACES. Face ao

aumento dos custos no consumo de energia elétrica, o ACES deverá continuar a

desenvolver mecanismos para que a redução de custos nesta área seja mais eficaz.

Salientam-se ainda os valores expressivos na conta de Outros FSE, com contributo da

rubrica “conservação e Reparação” que neste ACES representa um valor significativo.

Para este facto, contribui o elevado nº de reparações em viaturas e equipamentos. O

parque automóvel deste ACES, é na sua grande maioria, composto por viaturas

envelhecidas e com um elevado nº kms, sujeitas a permanentes intervenções.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

33

Os subcontratos refletem uma redução de 1,91%, contribuindo para este resultado a forte

redução nos custos com medicamentos, não estando alheia a este resultado a política do

medicamento, bem como a redução nos custos com transporte de doentes.

As Outras Rubricas de Subcontratos apresentam um elevado crescimento, justificado

com o reinício de reembolsos de lanifícios nas unidades de saúde, e que no caso

particular do ACES Cova da Beira, assumem grande relevância. Em Setembro de 2012,

após revogação do Despacho suspensivo de 6/2011, reiniciou-se o pagamento destes

reembolsos.

Os Proveitos de 2013 apresentam uma variação positiva comparativamente a 2012,

explicada pelo aumento do valor das taxas moderadoras das consultas nos CSP e

aumento do valor das taxas sanitárias. Outra das razões para este incremento no valor

da receita, prende-se com o início de pagamento de taxas moderadoras para as

consultas e atos de enfermagem.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ano de 2013 constituiu um ano de grande exigência ao nível da condução dos Serviços

que compõem o ACeS Cova da Beira, designadamente, ao nível da reestruturação

organizacional e implementação de uma cultura e de uma dinâmica de eficiência e de

coesão, a que acresce o contexto de contingência e restrição económico-financeira

presentes no país com reflexo nas instituições do Serviço Nacional de Saúde, bem

assim, no comportamento de todos os agentes envolvidos, desde os prestadores

aos utentes, passando pelos gestores e profissionais de saúde.

Constituiu deste modo, um forte desafio a manutenção da motivação dos profissionais,

num contexto de carência de profissionais de saúde, e a manutenção dos níveis de

prestação e da qualidade dos cuidados de saúde prestados.

No entanto, 2013, foi também um ano de incentivo ao rigor da gestão, à inovação das

soluções, da procura de sinergias e de concertação de esforços, de reorganização

estrutural e de implementação de algumas novas metodologias de gestão, de forma a

garantir à população do ACeS Cova da Beira, o acesso a cuidados de saúde de

qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e cumprir e

fazer cumprir as nossas atribuições e missão.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

34

Foram cumpridas as medidas no âmbito do Memorando de Entendimento sobre as

Condicionalidades de Politica Económica (MoU), designadamente a redução da

quantidade de trabalho extraordinário e consequente redução de custos, através da

otimização de recursos humanos e técnicos, novos modelos de organização e adequação

de horários obedecendo a critérios de eficiência assistencial.

Da análise dos principais indicadores conclui‐se que:

A taxa de execução global das atividades assistenciais contidas no plano de desempenho

de 2013 ficou aquém das expectativas e das metas contratualizadas para 2013. Para tal

concorreram diversos e múltiplos fatores, tais como:

Menor oferta de cuidados devido à redução de profissionais de saúde, sobretudo

médicos que originou um aumento de utentes sem médico de família. Para estes

a resposta mais rápida passou a ser a consulta aberta/complementar, solução

menos adequada e menos eficaz para a vigilância dos grupos de risco e

vulneráveis, pese embora tenham sido criadas consultas de recurso nesta área;

Insuficiente informação e sensibilidade de gestão orientada para resultados,

envolvimento e partilha dos profissionais de saúde comprometidos com a “nova”

cultura de contratualização de metas e objectivos;

A não formalização efetiva das UCSP que faculte a sua individualização e

autonomia em termos de indicadores de desempenho que permita um

conhecimento mais próximo e real do processo de contratualização interna e,

consequentemente a melhoria dos indicadores do ACeS;

O elevado número de Extensões de Saúde, o seu perfil e, o distanciamento às

sedes das UCSP`s;

A insuficiência de sistemas de informação ou mesmo a sua inexistência em 13

Extensões de Saúde, bem como a dificuldade de alguns profissionais na sua

adequada utilização e na não concretização dos registos clínicos dos atos

médicos e de enfermagem efetuadas.

De referir, a melhoria sustentada da rede de equipas prestadoras de cuidados de

proximidade, das cinco UCSP do ACeS Cova da Beira (em sede de formalização),

respectivamente, Belmonte, Teixoso, Covilhã, Tortosendo e Fundão, desenvolvendo,

acompanhando, e consolidando localmente, a reforma estrutural e estruturante dos

cuidados de saúde primários.

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Relatório de Actividades do ACeS Cova da Beira de 2013

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De salientar, as homologações junto da ARSC,IP e da ERA, das UCC`s de Belmonte e

do Fundão e ainda da consolidação da UCC Cava Juliana da Covilhã, bem como da

constituição e consolidação das respetivas ECCI nestas três unidades.

Assim, podemos assumir hoje que temos uma cobertura territorial de 100%, ao nível das

Unidades de Cuidados na Comunidade. Estamos, desta forma, convictos de que através

de uma rede de equipas prestadoras de cuidados de proximidade com elevada

qualidade, baseados na confiança, na continuidade de cuidados e na responsabilidade

(cidadãos, profissionais e serviços de saúde) torna-se possível melhorar a eficácia /

efetividade dos cuidados, a capacidade resolutiva das equipas e a obtenção de melhores

resultados de saúde com mais eficiência e maior satisfação dos utentes e dos

profissionais.

Esta cultura da prestação de cuidados de saúde em equipa, elemento estrutural central,

permitirá certamente melhorar o acesso, a qualidade e a continuidade de cuidados, na

perspetiva da intervenção personalizada e qualificada.

Foram celebrados no ano 2013, a assinatura de Cartas de Compromisso e de Contratos -

Programa, entre a Administração Regional de Saúde do Centro, IP (ARSC, IP) e o Diretor

Executivo e o Presidente do Conselho Clínico e de Saúde do ACES Cova da Beira,

documentos estratégicos de inegável importância no contexto da reforma dos CSP, que

são reveladores e sustentam a necessidade de promover a autonomização e a

responsabilização dos prestadores para melhor responder às necessidades em saúde

das populações.

A contratualização consubstancia-se na negociação de um conjunto de indicadores

associados ao desempenho das unidades, resultando daí um compromisso entre as

partes, ARSC, IP., e ACES, com a finalidade de assegurar cuidados de saúde acessíveis

e próximos dos cidadãos, com elevada qualidade, procurando aumentar a transparência

e a responsabilização pelo bom uso dos recursos disponíveis.

Iremos implementar a partir de 2014 a prática da contratualização interna, em ambiente

de Cuidados de Saúde Primários (CSP), particularmente na USP e UCSP, já que

entendemos tratar-se de um instrumento estratégico, inovador e de valor acrescentado

neste processo de reforma em curso, indutor de maior responsabilização e exigência,

sempre no sentido de alcançar mais e melhores resultados em saúde, com maior

eficiência.

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Para responder aos desafios propostos nas áreas de controlo e de informação de

gestão, foi criado um Gabinete de Estudos e Desenvolvimento (GED), com o objetivo de

prestar informação de suporte à tomada de decisão, de elaboração de estudos

específicos, de monitorizar registos e produção assistencial e divulgar informação

estruturada, aos restantes stakeholders internos do ACeS Cova da Beira, propondo

sempre ações corretivas, numa perspetiva de melhoria contínua.

Iremos implementar em 2014, um Tableau de Bord para o ACeS Cova da Beira, ao nível

central (ACES.CB) e das Unidades Funcionais, reforçando a componente de gestão

previsional, planeamento e controlo dos objectivos operacionais, indicadores de medida e

metas contratualizadas, efectuar benchmarking, procurando um aumento de produção e

qualidade assistencial e, ainda alinhar a sua atividade com as metas da ARSC, IP.

No âmbito dos Conselhos Clínicos e de Saúde, estivemos igualmente implicados e

envolvidos no reforço e consolidação do Clinical Governance, uma cultura de governação

assente na responsabilidade de cada profissional, porém, sempre integrada numa lógica

de trabalho em equipa.

Em termos práticos, importa que todos os profissionais se familiarizem com os conceitos,

com os valores e princípios, com as finalidades (resultados esperados), com as

estratégias (envolvimento das pessoas, responsabilização a todos os níveis,

“accountability”), recorrendo e promovendo várias reuniões, com todos os responsáveis

de Unidades Funcionais global e sectorialmente.

Para 2014 propomo-nos cumprir, globalmente, com os objetivos estratégicos e plano de

atividade da ARSC, bem como, em particular, com o Contrato - Programa e metas

contratualizadas, com a ARSC, IP.

Estamos na espectativa do recrutamento de mais recursos humanos, sobretudo, médicos

e enfermeiros, e melhoria da eficácia do sistema informático.

Esperamos, em síntese:

Contribuir na melhoria da equidade no acesso e no desempenho assistencial com

o aumento da oferta de cuidados com resposta focalizada no utente e na

prestação de cuidados nas áreas da promoção, prevenção da doença, tratamento

e reabilitação que reforcem a complementaridade de respostas às necessidades

do cidadão;

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Aumentar os resultados referente a indicadores de qualidade, de produção e da

acessibilidade a cuidados de saúde;

Consolidar a reforma dos CSP, reordenando e capacitando a rede das extensões

de saúde com a finalidade de prestar melhor e mais adequada respostas de

cuidados de saúde;

Contribuir na afirmação dos cuidados de proximidade numa lógica de "cidadania

responsável” e empowerment (capacitação);

Contribuir na melhoria na rede de articulação e integração de cuidados com o

Centro Hospitalar da Cova da Beira, por forma à obtenção de ganhos de eficiência

assistencial;

Incentivar a governação clínica em cuidados de saúde primários, garantindo um

compromisso de qualidade, a todos os níveis, em ordem a prestar um melhor

serviço ao cidadão;

Valorizar o capital humano da organização, reconhecendo o impacto que tem a

qualificação e o desenvolvimento técnico-científico dos profissionais no

desempenho individual e organizacional;

Contribuir na modernização e na elaboração de ferramentas de informação de

apoio à gestão, monitorizando e partilhando resultados, que permitam gerir de

forma mais eficiente e eficaz todas as atividades da organização;

Aumento do grau de satisfação dos utentes e profissionais de saúde.

Ou seja e numa palavra, com o estímulo e a dedicação de todos os colaboradores

do ACeS Cova da Beira e com o recurso a sinergias e a economias de escala

constantes, prosseguiremos com o desenvolvimento e mudanças organizacionais, no

pressuposto da concretização de melhor acesso e desempenho assistencial e da

obtenção de mais e melhores cuidados de saúde para a comunidade em paricular e para

região.

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6. Siglas e Abreviaturas

ACES – Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde

APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil

ARSC, IP – Administração Regional de Saúde do Centro

CDP – Centro de Diagnóstico Pneumológico

CLAS - Conselho Local de Acção Social

CMB – Câmara Municipal de Belmonte

CMC – Câmara Municipal da Covilhã

CMF – Câmara Municipal do Fundão

COOLABORA – Cooperativa de Consultoria e Intervenção Social

CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco

CRSS – Centro Regional de Segurança Social

CSP – Cuidados de Saúde Primários

DGS – Direção Geral de Saúde

DREC – Direção Regional de Educação do Centro

ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados

ECLCCI – Equipa Coordenadora Local de Cuidados Continuados Integrados

ELI – Equipa Local de Intervenção

ERA – Equipa Regional de Acompanhamento

FCS – Faculdade de Ciências da Saúde

FCSH – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

GC – Gabinete do Cidadão

GED – Gabinete de Estudos e Desenvolvimento

GNR – Guarda Nacional Republicana

Hab – Habitante

HTA – Hipertensão Arterial

IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

MGF – Medicina Geral e Familiar

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MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

MoU – Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Politica Económica

NLI – Núcleo Local de Inserção

NPCJR – Núcleo de Proteção de Crianças e Jovens em Risco

NUT´s – Nomenclatura das Unidades Territoriais

PAF – Polineuropatia Amiloidótica Familiar

PNSE – Programa Nacional de Saúde Escolar

PNSIJ – Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

PNSO – Programa Nacional de Saúde Oral

PSP – Policia de Segurança Pública

RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

RNU – Registo Nacional de Utentes

RSI – Rendimento Social de Reinserção

SNIPI – Sistema Nacional de Intervenção Precoce

SNS – Serviço Nacional de Saúde

TDT – Técnico de Diagnóstico e Terapêutica

TIC´s – Tecnologias de Informação e Comunicação

Km – Quilometro

UACB – Unidade de Alcoologia da Cova da Beira

UAG – Unidade de Apoio à Gestão

UBI – Universidade da Beira Interior

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

UCF-CB – Unidade Coordenadora Funcional da Cova da Beira

UCFD-CB – Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes da Cova da Beira

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados;

UF – Unidade Funcional

ULS – Unidade Local de Saúde

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USP – Unidade de Saúde Pública