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RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS 201108820 2ª PARTE 1 - ASSIST. AMBULAT. E HOSPITALAR ESPECIALIZADA 1.1 SUBÁREA - ATENÇÃO À SAÚDE NOS HOSP. DA REDE PÚB.FEDERAL 1.1.1 ASSUNTO - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS 1.1.1.1 - INFORMAÇÃO: (023) Informação da ação “6217 - Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde”. Trata-se da ação “6217 - Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde”, cuja finalidade é garantir a oferta de ações e serviços de saúde nos Hospitais e Institutos da rede própria do Ministério da Saúde e no Grupo Hospitalar Conceição, como a realização de consultas especializadas, internações, cirurgias e transplantes, além de, no caso dos Institutos (INTO, INCA e INCL), promover as condições necessárias para que os mesmos possam desenvolver, nas suas respectivas especialidades, ações relacionadas à avaliação técnica de unidades/serviços que solicitam credenciamento em alta complexidade; a expansão da oferta de serviços; à formação de pesquisadores; dentre outras, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde, e a sua forma de execução é direta, mediante transferência de recursos financeiros do Ministério da Saúde para Hospitais e Institutos que executam a ação. O montante de recursos executados pela Unidade Jurisdicionada – UJ nesta ação, no exercício de 2010, está discriminado no quadro abaixo: Quadro I - Programa 1220 / Ação 6217 Ação Governamental Despesas executadas em R$ % das Despesas Executadas do Programa Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do MS 145.586.114,61 91,44% Fonte: SIAFI 1 de 48

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RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTASNº 201108820 2ª PARTE

1 - ASSIST. AMBULAT. E HOSPITALAR ESPECIALIZADA

1.1 SUBÁREA - ATENÇÃO À SAÚDE NOS HOSP. DA REDE PÚB.FEDERAL

1.1.1 ASSUNTO - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

1.1.1.1 - INFORMAÇÃO: (023)

Informação da ação “6217 - Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares doMinistério da Saúde”.

Trata-se da ação “6217 - Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministérioda Saúde”, cuja finalidade é garantir a oferta de ações e serviços de saúde nos Hospitais e Institutosda rede própria do Ministério da Saúde e no Grupo Hospitalar Conceição, como a realização deconsultas especializadas, internações, cirurgias e transplantes, além de, no caso dos Institutos(INTO, INCA e INCL), promover as condições necessárias para que os mesmos possamdesenvolver, nas suas respectivas especialidades, ações relacionadas à avaliação técnica deunidades/serviços que solicitam credenciamento em alta complexidade; a expansão da oferta deserviços; à formação de pesquisadores; dentre outras, de acordo com as diretrizes estabelecidas peloMinistério da Saúde, e a sua forma de execução é direta, mediante transferência de recursosfinanceiros do Ministério da Saúde para Hospitais e Institutos que executam a ação. O montante derecursos executados pela Unidade Jurisdicionada – UJ nesta ação, no exercício de 2010, estádiscriminado no quadro abaixo:

Quadro I - Programa 1220 / Ação 6217

Ação Governamental Despesas executadas em R$ % das Despesas Executadasdo Programa

Atenção à Saúde nosServiços Ambulatoriais eHospitalares do MS

145.586.114,61 91,44%

Fonte: SIAFI

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No Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), em 2010, o Programa 1220, AssistênciaAmbulatorial, teve a sua execução concentrada na ação 6217, com o percentual de 91,44%.

Convém mencionar que nesta ação do Programa 1220 foram executadas mais de 90% das despesasliquidadas pelo HFSE, em 2010, conforme detalhado no Quadro II.

Quadro II – Distribuição dos valores liquidados em 2010, por ação de governo:

Programa Ação Valor Liquidado em 2010 %

1220 6217 145.586.114,61 90%

1220 8585 13.622.464,35 8%

1444 20AL 29.359,00 0%

0016 7666 2.654.935,00 2%

0016 4572 180.156,22 0%

Total geral 162.073.029,18 100%

Fonte: SIAFI

1.1.2 ASSUNTO - BENS IMOBILIÁRIOS

1.1.2.1 - CONSTATAÇÃO: (030)

Inconsistências nas informações contidas no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de UsoEspecial da União (SPIUnet) sobre Bens de Uso Especial da União sob a responsabilidade do HFSE,tais como desatualização das informações do SPIUnet e ausência de cadastro no SPIUnet de doisimóveis sob responsabilidade do HFSE.

No SPIUnet estão cadastrados dois imóveis sob responsabilidade do HFSE, com RIP´s de utilizaçãon.º(s): 6001014385008 e 6001014785006.

Constatamos que as “Datas da Validade da Avaliação do Imóvel de Uso Especial” de ambos imóveiscadastrados no SPIUnet estão vencidas a mais de sete anos. O de RIP n.º 6001014385008 tem aavaliação vencida desde 21/08/2003, e imóvel de RIP n.º 6001014785006, desde 28/08/2003.

No Memorando n.º 36/PATRIMÔNIO/DIAD/HSE/MS/RJ, de 01/03/11, a Sra. Chefe do Serviço dePatrimônio do HFSE afirma que o HFSE possui quatro bens imóveis, todavia apenas dois estãocadastrados no SPIUnet e apenas um tem cópia de escritura definitiva autenticada, conformedetalhamos no Quadro III.

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Quadro III - Bens de Uso Especial da União sob a responsabilidade do HFSE

Imóvel HFSE

Situação da

Escritura do imóvel Registro SPIUnet

Rua Sacadura Cabral, n.º

178, prédio principal

Cópia escritura (não

autenticada), de

28/05/1936 6001022015001

Rua Sacadura Cabral, n.º

208, prédio anexo

Escritura lavrada

autenticada, de

04/04/1994 6001024375005

Rua Barão de Tefé, n.º 94

Cópia de escritura

de permuta do

domínio útil (não

autenticada), de

30/06/1945 não cadastrado

Rua Venezuela, n.º 165 e

outro s/n junto

Escritura de

promessa de compra

e venda, de

28/07/1978,

autenticada

não cadastrado

Fonte: Memorando n.º 36/PATRIMÔNIO/DIAD/HSE/MS/RJ

Neste mesmo memorando, a Sra. Chefe do Serviço de Patrimônio do HFSE afirma que “(...) nãotemos conhecimento que existe (sic) neste HFSE um setor exclusivo para gestão dos bens imóveis.Por esse motivo dificulta os trabalhos para regularização das pendências dos imóveis e também pornão termos conhecimentos técnicos e específicos de gestão de imóveis.”

A Sra. Chefe do Serviço de Patrimônio do HFSE afirma neste memorando que apenas ela possui asenha do SPIUnet, todavia não tem treinamento para atualizar o SPIUnet e afirma: “ainda não foifeito nenhuma atualização do Sistema devido os registro (sic) existentes não conferir (sic) com arealidade do HFSE até a presente data”.

Na Solicitação de Auditoria n.º 201104115/006 requisitamos os documentos que formalizam os

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processos de trabalhos relativos à gestão dos bens imóveis, bem como as rotinas de programação eacompanhamento da manutenção dos imóveis e rotinas de verificação do vencimento da data devalidade das avaliações dos imóveis.

Ressaltamos que a Sra. Chefe do Serviço de Patrimônio do HFSE afirmou no Memorando n.º36/PATRIMÔNIO/DIAD/HSE/MS/RJ, sobre os processos e rotinas do setor de patrimônio, o quesegue: “Estamos no aguardo das orientações da Comissão e Subcomissão traçarem as metas.”

Por meio do Despacho/Patrimônio/DIAD/MS/RJ/N.º 10, de 04/04/2011, a Sra. Chefe do Serviço dePatrimônio do HFSE enviou cópia do “Manual de Procedimentos” do Serviço de Patrimônio,todavia apenas são citados procedimentos referentes aos bens móveis permanentes sobresponsabilidade do HFSE.

No sentido de melhorar o gerenciamento dos bens imóveis no âmbito do Ministério da Saúde, aPortaria n.º 07 do MS, de 28/05/2009, constituiu a Comissão Especial de Avaliação e Regularizaçãodo acervo de imóveis oriundos do extinto Instituto Nacional da Previdência Social(INPS), InstitutoNacional de Administração Financeira da Previdência Social(IAPAS) e Instituto Nacional deAssistência Médica da Previdência Social(INAMPS).

O artigo 3º desta Portaria estabelece como competências da Comissão, a capacitação dos membrosdas Subcomissões dos Núcleos Estaduais.

Objetivando melhorar o gerenciamento dos bens imóveis no âmbito do HFSE, a PortariaHFSE/MS/n.º 927, de 09/12/10, designou a Subcomissão Especial de Avaliação e Regularização doHFSE, composta por sete servidores. Ressaltamos que o prazo de conclusão dos trabalhos daSubcomissão finalizou em 31/12/2010, todavia, apenas após questionamento da CGU, a Sra.Diretora Administrativa do HFSE solicitou a prorrogação do prazo da portaria por meio do MemoDIAD/HFSE n.º 69/2011, de 18/03/2011, demonstrando fragilidades dos controles internos daUnidade.

Em 09/02/11, três meses após a constituição da Subcomissão, seus membros entraram em contatocom a “Comissão Especial de Avaliação e Regularização” do MS, instituída pela Portaria n.º07, ereceberam as orientações necessárias para a execução da regularização dos imóveis pertencentes aoHFSE.

Em 23/02/2011, o Sr. Presidente da Subcomissão do HFSE solicitou ao Serviço de Engenharia doHFSE, diversos documentos necessários para a regularização dos imóveis da Unidade dentre elescitamos: plantas originais do HFSE, benfeitorias realizadas e edição de novas plantas e de novomemorial descritivo com as benfeitorias realizadas.

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Em 28/02/2011, o Sr. Chefe do Serviço de Engenharia informou ao dirigente máximo que nãodispõe de recursos humanos para cumprir a solicitação da Subcomissão e sugere a contratação deempresa de engenharia especializada e de despachante, para regularizar o imóvel na Prefeitura.

A Subcomissão emitiu dois Relatórios. Em 08/02/2011, informando que a Subcomissão compareceuem 03/02/2011 à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) abrindo processo para a regularizaçãodos imóveis sob responsabilidade do HFSE. Em 03/03/2011, solicitando à Direção Geral do HFSE acontratação de empresa de engenharia especializada para: (i) edição de novas plantas e novomemorial descritivo, com as benfeitorias realizadas e (ii) cadastramento nos órgãos cartoriais emunicipal da nova planta e memorial descritivo.

Constatamos a ausência de:(i) setor responsável pela gestão dos bens imóveis sobre a responsabilidade do HFSE;(ii) atualização dos dados dos imóveis sob responsabilidade do HFSE no SPIUnet;(iii) cadastramento no SPIUnet de dois imóveis sob responsabilidade do HFSE;(iv) escritura definitiva autenticada de três dos quatros imóveis sob responsabilidade da Unidade,conforme detalhado no Quadro XVI;(v) inventário de bens imóveis; e(vi) processos de trabalhos e rotinas pré-estabelecidos, relativos à gestão dos bens imóveis naUnidade.

Em relação à manutenção dos imóveis, o HFSE informou por meio do Ofício GABDIR/HFSE/MSn.º 0242/2011 que existem serviços executados por diversos prestadores de serviços visando àmanutenção dos mesmos, bem como o Serviço de Engenharia e os próprios fiscais de contratos temrotinas de vistorias dos imóveis que possibilitam diagnosticar periodicamente qualquer situaçãoreferente ao imóvel e tomar as providências necessárias para sanar a situação apurada.

CAUSA:Fragilidades nos controles internos do Serviço de Patrimônio do HFSE, bem como ausência depessoal qualificado a operar o SPIUnet e de manuais/rotinas na área de gestão de bens imóveis.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º201104115/011, a Sra. Chefe da Divisão Administrativamanifestou-se por intermédio do Ofício GABDIR/HFSE/MS/N.º 0242/2011, informando o quesegue: a) Sobre as “Datas da Validade da Avaliação do Imóvel de Uso Especial” de ambos imóveiscadastrados no SPIUnet estarem vencidas:

“Os imóveis estão com a validade vencida e não foram validados porque observamos que osdados que constam no SPIUNET, estão incorretos. A unidade está revendo todos os documentos

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existentes para que se proceda a validação correta, porém será necessário um Engenheiro comCREA, para que se proceda as avaliações pertinentes para apresentação técnicas e emissão de laudode avaliação.

A unidade adotou as seguintes providências:- Após detectar não existir documentos dos imóveis na Unidade foi providenciado ofícios

para os cartórios de registro de imóveis e notas, para levantamento das documentações.- Instituída através de portaria uma subcomissão por orientação do SAA/SE/MS com a

finalidade de legalizar as documentações dos imóveis da unidade.- Visitação a SPIU para o recebimento e orientações.- Solicitado ao Serviço de Engenharia o levantamento das benfeitorias realizadas, novas

plantas e novo memorial descritivo.” b) No que se refere à ausência de cadastro no SPIUnet de dois imóveis sob responsabilidade doHFSE:

“O cadastro na SPIUNET ainda não foi possível ser efetivado tendo em vista estarmos emfase de levantamento da documentação. No momento estamos de posse apenas da escritura depromessa de compra e venda do imóvel da Av. Venezuela º 165 e anexo, do imóvel do Barão deTefé, temos apenas cópia da escritura de permuta do imóvel emitida pelo cartório do 18º ofício denotas e adquiridas em julho de 2010.” c) em relação à ausência de escrituras originais e definitivas dos imóveis sob responsabilidade doHFSE:

“No momento estamos em fase de regularização dos imóveis junto com a comissãoSAA/SE/MS e a subcomissão instituída através da portaria de unidade, motivo pelo qual ainda nãofoi possível obter a escritura definitiva e o Registro no RGI.

Não foi encontrado nenhum tipo de documento nem escritura, nem RGI nos cartóriosconsultados referente ao imóvel sito à Rua Sacadura Cabral 178 bem como também só existe a fichado imóvel na SPU.

Quanto o imóvel da Barão de Tefé nº 94, apenas temos em nossa posse cópias nãoautenticadas de escritura de permuta.”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:Ainda que pesem os esforços do HFSE no sentido de regularizar os imóveis no SPIUnet, atualmentepermanecem sem cadastro dois imóveis no Sistema, bem como os únicos imóveis cadastrados estãocom as datas de avaliação vencidas.

Em relação à ausência de escrituras originais e definitivas dos imóveis sob responsabilidade doHFSE, o Hospital informa que está em fase de regularização dos imóveis, todavia ainda não existemresultados concretos a serem apresentados.

Concluímos que os controles nos procedimentos adotados pelo HFSE na gestão dos Bens de UsoEspecial da União sob sua responsabilidade foram insuficientes para evitar inadequações quanto aosregistros no SPIUnet.

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RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Atualizar os dados dos imóveis de RIP´s da utilização n.º(s): 6001014385008 e 6001014785006,procedendo, inclusive, nova avaliação dos mesmos. Recomendação 2:

Atuar junto à SPU envidando esforços para regularizar o registro dos imóveis, sob responsabilidadedo HFSE, localizados na Rua Barão de Tefé, n.º 94 e na Rua Venezuela, n.º 165, realizando oregistro dos mesmos no SPIUnet.

Recomendação 3:

Estabelecer processos formais de trabalhos e rotinas relativos à gestão dos bens imóveis no HFSE,fortalecendo os controles internos da área patrimonial. Recomendação 4:

Promover ações de capacitação para utilização do Sistema SPIUnet pelos servidores responsáveispelo serviço de patrimônio.

1.1.3 ASSUNTO - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

1.1.3.1 - CONSTATAÇÃO: (012)

Pagamento de auxílio transporte sem a apresentação dos bilhetes de viagem do mês anterior, noscasos da utilização de transporte especial ou seletivo; e ausência de análise crítica quanto àcomprovação de residência, bem como da excessiva quantidade de transbordos diários de servidoresresidentes fora da região metropolitana.

Analisamos 191 dossiês de concessão de auxílio-transporte, correspondendo a 100% dos servidoresque recebem mais que R$500,00 (quinhentos reais) por mês, a título do referido benefício.

Da análise dos citados dossiês, constatamos o que segue:

1) Ausência dos bilhetes utilizados, no mês anterior, pelos beneficiários que se utilizam de transporteseletivo e/ou especial, contrariando o § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 2.880/98, e em dissonância comentendimento do TCU exarado pelo Acórdão n.º 2.211/2005 – Plenário, em 84 casos, representando100% das concessões verificadas de uso do referido tipo de transporte, ou 44% da amostra totalanalisada:

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Verificamos que a Divisão de Gestão de Pessoas cobra aos beneficiários de auxílio-transporte, quefazem uso de transporte seletivo, a apresentação dos bilhetes utilizados no mês anterior, porém,apesar da orientação, tal diretriz não foi cumprida no exercício de 2010, em dissonância com o item3.1.6. do Acórdão n.º 2.211/2005 – Plenário:“realize o pagamento de auxílio-transporte para custeio de deslocamentos intermunicipais einterestaduais em ônibus rodoviários, contra apresentação do quantitativo de bilhetes de passagemapresentados no mês anterior;”

2) Ausência de comprovante de residência em nome do servidor beneficiário, contrariando o § 1º doArt. 4º, do Decreto nº 2.880, de 15/12/1998, em 60 casos:Verificamos que, embora seja feito recadastramento anual, em 31% dos processos de concessão deauxílio-transporte analisados, não há comprovantes em nome dos servidores beneficiários que sãoem regra supridos por meio de declarações lavradas por cônjuges e pais, dentre outros parentes.

3) Endereço constante do cadastro do servidor no SIAPE divergente do respectivo formulário desolicitação de auxílio-transporte, em 30 casos, ou 16% da amostra analisada.Verificamos que os endereços dos servidores informados nos respectivos requerimentos nãocoincidem com os endereços constantes no SIAPE (transação CDCOINDPES).

4) Número excessivo de transbordos (trocas de condução) de servidores diaristas, residentes emmunicípios fora da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em dissonância com o Acórdão511/2006 - TCU – 2ª Câmara:Inicialmente, cabe mencionar que servidor diarista é aquele que deve comparecer à unidade todosos dias úteis da semana, independente da jornada de trabalho de 20 ou 40 horas semanais, ao passoque o plantonista segue uma determinada escala de serviço. Nos casos relacionados no Quadro XV,verificamos um excessivo número de transbordos dos servidores diaristas:

Quadro XV – Servidores diaristas usuários de transporte seletivo

Cargo

Matrícula

SIAPE

Município

de

Residência

Valor

Mensal

R$

Número de

Transbordos

Distância

(KM)

Odontóloga 2499544 Angra dos

Reis

512,7912

transbordos

diários

157 km

Fisioterapeuta 1533954 Vassouras 683,058

transbordos

diários

116 km

Assistente Social 1578547 Cabo Frio 565,596

transbordos

diários

155 km

Fonoaudióloga 0624753 Cabo Frio 619,786

transbordos

diários

155 km

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Agente

Administrativo

0657347 Saquarema 549,794

transbordos

diários

102 km

Administradora 1530116 Saquarema 603,856

transbordos

diários

102 km

Agente

Administrativo

1733849 Casimiro

de Abreu

686,126

transbordos

diários

140 km

Técnico em

Radiologia

0628005 Araruama 505,796

transbordos

diários

114 km

agente

administrativo

0633015 Rio das

Ostras

611,396

transbordos

diários

170 km

administradora 1789915 Barra do

Piraí

728,586

transbordos

diários

122 km

agente

administrativo

0652072 Cabo Frio 611,396

transbordos

diários

155 km

Médico

Ortopedista

1627847 Além

Paraíba/MG

565,5910

transbordos

diários

180 km

Total de

servidores

12 Média de

transbordos/distância

média 6,83

transbordos

diários/139 Km

Fonte: Formulários de Concessão de auxílio-transporte – Divisão de Gestão de Pessoas/HFSE

Destaque-se determinação exarada pelo Acórdão 511/2006 - TCU – 2ª Câmara - Relação 11/2006 -Gab. do Min. Subst. LINCOLN M. DA ROCHA - Segunda Câmara - Acórdão 511/2006 - TCU – 2ªCâmara:

“6.1.10. recadastre os servidores beneficiários do auxílio-transporte, exigindo a apresentaçãode comprovante de residência e dos bilhetes de viagem nos casos em que sejam utilizadostransportes intermunicipais, visando controle eficaz que garanta que os servidores realmenteutilizam-se dos transportes descritos em seus requerimentos de solicitação; informação falsa deveser apurada por meio de processo administrativo disciplinar com vistas à reposição dos valorespercebidos indevidamente (§ 3º, do art. 4º, do Decreto nº 2.880/98)”;

5) Verificamos que servidora plantonista, auxiliar em enfermagem, então lotada na Maternidade, eatualmente aposentada, conforme cadastro do SIAPE, realizava 14 transbordos diários, no 1ºtrimestre de 2010, nos deslocamentos residência/trabalho/residência, do Município de Carangola, no

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Estado de Minas Gerais, ao HFSE, conforme seu Formulário de Concessão de Auxílio Transporte.A Nota Técnica Nº 432 /2010/COGES/DENOP/SRH/MP, de 03/05/2010, do Órgão Central doSIPEC, exorta os dirigentes de recursos humanos quanto a atenção aos controles a serem exercidossobre a concessão de auxílio-transporte, conforme transcrito a seguir:

“11. Ressalte-se que, no uso da competência supra destacada, deverá o dirigente de pessoalanalisar a situação específica e valer-se de todos os meios comprobatórios (bilhetes, valores detarifas, transportes disponíveis para o trajeto, etc), a fim de definir inequivocadamente que o meiode transporte a ser indenizado é de fato menos custoso para a administração.”

O conjunto das situações verificadas configura a ausência de aderência às orientações emanadaspela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, órgão central do SIPEC, emdissonância com o inciso III do art. 116, do Decreto-Lei nº 200, de 25/02/1967, que determina quetais diretrizes são de atendimento obrigatório, bem como à jurisprudência do TCU.

CAUSA:Ausência de capacidade operacional da unidade em administrar um quadro de cerca de 7000pessoas, aliada à ausência de capacitação adequada dos servidores que controlam a concessão deauxílio-transporte de um número elevado de beneficiários que fazem uso de transporte seletivo e/ouespecial, circunstâncias que em conjunto representam o núcleo das fragilidades nos controlesinternos do setor.Ausência de um sistema integrado de gestão de recursos humanos, obrigando a unidade a adotarcontroles manuais e/ou via planilhas eletrônicas do tipo “excel”.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Em 05/04/2011, a Diretora da Divisão de Gestão de Pessoas, por meio do MEMO HSE/DIVGESP/MS/N.º 059/2011, em atendimento a Solicitação de Auditoria n.º 201104115/014, de 28/03/2011,encaminhou manifestação elaborada pela Seção de Controle e Preparo de Pagamento de PessoalAtivo, conforme transcrito a seguir:

“A Seção de Controle de Pagamento de Pessoal Ativo – SSCPAG/HFSE, responsável pelorecadastramento, avaliação, controle, lançamento, pagamento, guarda de documentos e demaisprovidências relacionadas ao auxílio-transporte, possui parte dos bilhetes que comprovam autilização desse benefício pelos servidores que fazem jus ao uso de transporte seletivo e/ou especial.Ressaltamos que os bilhetes que possuímos são em sua maior parte de servidores plantonistas,conforme cópias anexas sob números: 05, 018, 22, 26, 27, 53, 55, 60, 63, 67, 70, 73, 77, 78, 81, 82,83, 84, 85, 86, 87, 109, 110, 115, 121, 123, 126, 137, 138, 139, 144, 146, 171, 175, 181, 186.Gostaríamos de salientar que realizaremos um novo recadastramento para nos enquadrarmos,conforme Orientação Normativa da SRH/MP n.º 3, de 15/03/2011 (FEDERAL) (ITEM N.º 54);

A SSCPAG também está providenciando a regularização dos casos mencionados no item n.º55 da SA 201104115/014. Ressaltamos ainda que, além do recadastramento, estamos revendo todo oprocesso de trabalho referente ao benefício de auxílio-transporte;

Em função da ausência de normas regulamentadoras, esta SSCPAG não realiza procedimentopara verificação/limitação de quilometragem percorrida e números de transbordos diários. Emrelação à exequibilidade concernente à jornada de trabalho, esclarecemos que é de responsabilidadeda chefia imediata dos servidores interessados, o controle da frequência do servidor, bem como adefinição do horário e o seu cumprimento. Ao setor de Frequência – SETFREQ/DIVGESP, compete

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receber o mapa de frequência de cada Serviço, que unicamente indica as ocorrências do mês,assinado pela chefia (ITEM N.º 56);

Esta Seção possui procedimento de verificação, apurando se o valor apresentado é o menosoneroso, proporcional aos seus recursos e às informações públicas dos transportes urbanos coletivosdisponibilizados. Consultamos, através da internet, tabela de preços das empresas NORMANDY,MAUÁ, FETRANSPOR, etc (ITEM N.º 57);

A SSCPAG está providenciando a regularização dos casos relacionados no item n.º 58;A SSCPAG está providenciando a regularização dos casos relacionados no item n.º 59,

orientando os servidores a procurarem a Seção de Cadastro e Lotação, visando à regularização dosendereços;

Conforme mencionado anteriormente, a SSCPAG não realiza procedimento paraverificação/limitação de quilometragem percorrida e número de transbordos diários, sendo deresponsabilidade da chefia imediata o controle da frequência do servidor, bem como a definição e ocumprimento do horário. Em anexo cópia dos documentos sob números 03, 04, 13, 24, 32, 41, 46,76, 89, 91, 155, 170. (ITEM N.º 60);

(….)A SSCPAG está providenciando a regularização do item 62. Reiteramos que todo o processo

de trabalho, referente à concessão de auxílio-transporte, está sendo revisto;Não há norma ou manual interno que estabeleça explicitamente essa responsabilidade da

chefia imediata. (ITEM N.º 63)”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:A Divisão de Gestão de Pessoas disponibilizou os bilhetes de 39 beneficiários de transporte seletivoe/ou especial, cerca de 50% da amostra analisada de servidores identificados como usuários destamodalidade de transporte, 84 casos.Entretanto, não é possível a emissão de juízo de valor acerca de uma parcela (45 casos) dasconcessões de auxílio-transporte daqueles servidores que se utilizam de transporte seletivo ouespecial, pois há um controle ineficiente sobre a efetiva utilização dos referidos meios de transporte,uma vez que apesar de cobrados uma parte dos beneficiários não disponibilizou os bilhetes utilizadosno mês, em dissonância com o que orienta o Acórdão 2211/2005 – Plenário/TCU.Entendimento do órgão central do SIPEC a respeito da acumulação de cargos de médico,encaminhado por meio do Ofício n.º 142 /2000-COGLE/SRH, de 05/06/2000, com reflexão acercado cumprimento da jornada de trabalho, exorta quanto a seguinte questão:

“6. A preservação de horas destinadas à locomoção, higiene física e mental, alimentaçãoerepouso do servidor, é condição indispensável, de modo a estabelecer repouso de onze horas, nomínimo, entre duas jornadas, para assegurar a integridade física e mental do servidor.”Dessa forma, a SRH/MP entende que está incorporado ao conjunto de direitos do servidorestatutário, no caso em tela, o médico, tese defendida pela legislação trabalhista, que estabelece quedeve haver intervalo não inferior a 11 horas, entre o término de uma jornada e o início dasubsequente (CLT, art. 66).O conjunto de fatores envolvidos no deslocamento diário dos servidores diaristas, residentes fora daregião metropolitana do Rio de Janeiro, o número de transbordos, distância entre a residência e olocal de trabalho, a existência de outros vínculos empregatícios, do modo apresentado pelos dossiêsanalisados, é incompatível com o cumprimento da legislação trabalhista.De acordo com Regimento Interno do HFSE, aprovado pela Portaria n.º 2.123, de 07/10/2004, acompetência de supervisionar, avaliar e controlar a execução de atividades referentes à gestão de

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recursos humanos cabe à Divisão de Administração, todavia os controles sobre a concessão deauxílio transporte são efetivamente executados pela Divisão de Gestão de Pessoas, sobre a qual ocitado documento é silente. Independentemente da atribuição regimental, a competência não foiexercida adequadamente.Cabe destacar, o esforço dos servidores lotados na Divisão de Gestão de Pessoas quedesenvolveram sistema próprio de registro de frequência.

RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Realizar recadastramento com base nas regras emanadas pela Orientação Normativa n.º 4, de11/04/2011, que norteia o pagamento do auxílio-transporte aos servidores e empregados públicosfederais nos deslocamentos residência/trabalho/residência, atentando para o art.5º que exortaquanto à adoção dos meios de transporte menos onerosos ao erário.

Recomendação 2:

Cobrar, quando for indispensável a utilização de transporte seletivo e/ou especial, em função delocalidades não servidas por transporte coletivo convencional, que os bilhetes de passagem emitidospelas respectivas empresas transportadoras sejam mensalmente entregues à Divisão de Gestão dePessoas. Recomendação 3:

Apurar se as informações constantes das requisições de concessão de auxílio transporte sãofidedignas e respeitam o princípio da economicidade; e caso detectadas inconsistências promover osaneamento, com as respectivas responsabilizações, quando for o caso. Recomendação 4:

Incluir, no Plano Anual de Capacitação da unidade, treinamentos específicos, inclusive à distância,em entidades como a Escola Nacional de Administração Pública ? ENAP, voltados à gestão derecursos humanos, abordando aspectos como legislação de pessoal e uso de sistemas corporativos dogoverno federal.

Recomendação 5:

Efetuar um levantamento da distribuição interna da força de trabalho, com foco na prospecção depessoal com qualificação e experiência na gestão de recursos humanos, e caso exequível, promovera sua lotação na Divisão de Gestão de Pessoas.1.1.4 ASSUNTO - PROCESSOS LICITATÓRIOS

1.1.4.1 - CONSTATAÇÃO: (025)

Fuga ao processo licitatório em 45 processos de dispensa de licitação por valor, no montante de R$

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370.394,70 (trezentos e setenta mil, trezentos e noventa e quatro reais e setenta centavos).

Em análise aos empenhos liquidados no HFSE, em 2010, identificamos38 dispensas por valor,fundamentadas no inciso II do art. 24, Lei n.º 8.666/93, com objetos iguais ou semelhantesadquiridos com os mesmos fornecedores, configurando fracionamento de despesas, bem como seteprocessos fundamentados no inciso I do art. 24, com objetos não enquadrados como obra ou serviçode engenharia, extrapolando o limite para dispensa de licitação.No Quadro IV detalhamos as Notas de Empenho, por fornecedor, em que se caracterizou ofracionamentos de despesas.

Quadro IV – Fracionamentos de despesa - HFSE

NE

Modalidade Empresa Processo Valor

Empenhado

Objeto Data

solicitação

compra

900657 Dispensa

CE 003/10

BIOMEDICA 33433000537201019 7.986,40 Frasco

descartável

para

bebidas lácteas

14/01/10

900698 Dispensa

CE 002/10

BIOMEDICA 33433000538201063 7.893,30 14/01/10

901133 Dispensa

CE 033/10

BIOMEDICA 33433003008201077 7.893,30 09/03/10

901134 Dispensa

CE 034/10

BIOMEDICA 33433003009201011 7.986,40 09/03/10

901513 Dispensa

CE 053/10

BIOMEDICA 33433004134201049 7.986,40 24/03/10

901514 Dispensa

CE 054/10

BIOMEDICA 33433004135201093 7.893,30 24/03/10

Total BIOMEDICA 47639,1

903942 Dispensa

CE 216/10

J.M.S. 33433013032201014 7.890,00

Lupas904052 Dispensa

CE 217/10

J.M.S. 33433013030201025 7.680,00

Total J.M.S. 15.570,00

900995 Dispensa

CE 18/10

MICRO VIEW 33433001493201044 7.890,00 Agulha de

biópsia de

mama

901957 Dispensa

CE 75/10

MICRO VIEW 33433005407201072 7.890,00

Total MICRO VIEW 15.780,00

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901782 Dispensa

CE 66/10

LANG E

FILHOS

33433004910201019 7.900,00

Afastador

toráxico de

tecidos

e

fio de sutura

siliconizado

26/03/10

901953 Dispensa

CE 72/10

LANG E

FILHOS

33433004907201097 6.600,00 26/03/10

901955 Dispensa

CE 72/10

LANG E

FILHOS

33433004907201097 1.300,00 26/03/10

902265 Dispensa

CL 111/10

LANG E

FILHOS

33433006391201015 7.900,00 28/04/10

902266 Dispensa

CE 112/10

LANG E

FILHOS

33433006387201057 7.900,00 28/04/10

901784 Dispensa

CE 67/10

LANG E

FILHOS

33433004909201086 7.950,00 Cânula de

cardioplegia

para cirurgia

vídeo assistida

e

perfurador de

tórax

26/03/10

902184 Dispensa

CE 98/10

LANG E

FILHOS

33433006386201011 7.950,00 28/04/10

902185 Dispensa

CE 96/10

LANG E

FILHOS

33433006388201000 7.950,00 28/04/10

Total LANG E FILHOS 55.450,00

901051 Dispensa

CE 19/10

CEI

COMERCIO

33433001630201041 7.500,00 Filtro de

partículas para

soluções

paramentais902283 Dispensa

CE 116/10

CEI

COMERCIO

33433006022201022 7.350,00

901100 Dispensa

CE 12/10

CEI

COMERCIO

33433001131201053 1.400,00 Cateter

totalmente

implantável,

material

silicone901952 Dispensa

CE 80/10

CEI

COMERCIO

33433004945201040 7.000,00

Total CEI COMERCIO 23.250,00

903943 Dispensa

CE 224/10

DMO 33433013578201075 8.000,00 Placa

Ortopédica,

bloco

espaçador,

externo ósseo,

parafuso

ortopédico e fio

ortopédico

903944 Dispensa

CE 227/10

DMO 33433013579201010 8.000,00

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Total DMO 16.000,00

903051 Dispensa

CE 81/10

BAALCA 33433005076201071 5.000,00 Contratação de

empresa

especializada

para o evento

de “Simpósio

Internacional de

Anestesiologia”

903059 Dispensa

CE 177/10

BAALCA 33433009542201097 4.668,00

903081 Dispensa

CE 076/10

BAALCA 33433005189201076 7.000,00

Total BAALCA 16.668,00

900892 Dispensa

CE 273/09

ENDOMAX 33433016640200947 7.590,00

Pinça cirúrgica

30/11/09

901052 Dispensa

CE 275/09

ENDOMAX 33433016636200989 7.590,00 30/11/09

900921 Dispensa

CE 274/09

ENDOMAX 33433016644200925 6.340,00 Manipulador

uterino e pinça

cirúrgica

30/11/09

Total ENDOMAX 21.520,00

903563 Dispensa

CE 215/10

GE

HEALTHCARE

33433011283201064 8.000,00 Serviço de

conserto, com

substituição de

peças, para

equipamento

Gamma Câmara

904436 Dispensa

CE 256/10

GE

HEALTHCARE

33433015443201044 8.000,00

Total GE HEALTHCARE 16.000,00

901138 Dispensa

CE 43/10

SLIM 33433003631201020 3.500,00

Serviços de

Buffet e Coffee

Break para

diversos

eventos

realizados no

HFSE

901949 Dispensa

CE 94/10

SLIM 33433005978201015 2.650,00

902199 Dispensa

CE 124/10

SLIM 33433007650201025 2.750,00

903026 Dispensa

CE 184/10

SLIM 33433011501201061 2.500,00

903489 Dispensa

CE 210/10

SLIM 33433011956201086 6.150,00

903499 Dispensa

CE 108/10

SLIM 33433005173201063 8.000,00

904531 Dispensa

CE 268/10

SLIM 33433015693201084 4.800,00

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Total Slim 30.350,00

Total Geral

258.227,10

Fonte: Processos constantes do Quadro IV

Ressaltamos que 17, das 45 Solicitações de Compras para o Setor de Suprimento de Bens e Serviçosem análise, ocorreram no mesmo dia, feitas pela mesma pessoa, bem como nestes processos écomum encontrar reprografias com o carimbo de “confere com original”, com processos idênticos,mesmas propostas de preços, inclusive as Notas de Empenho são sequenciais. Destacamos na últimacoluna do Quadro IV as datas das Solicitações de Compras dos processos em que identificamos estaprática.

No Quadro V detalhamos as Notas de Empenho, por fornecedor, em que se caracterizou oenquadramento equivocado do objeto como obra ou serviço de engenharia, dispensa fundamentadano inciso I do art. 24 da Lei n.º 8.666/93.

Quadro V – Enquadramento incorretos no inciso I do art. 24 da Lei n.º 8.666/93

NE Modalidade Empresa Processo ValorEmpenhado

Objeto

901115 Dispensa

CE 37/10

Oxylife 33433003177201015 13.949,40 Serviços médicosespecializados emoxigenoterapiahiperbárica

903402 DispensaCE 201/10

Oxylife 33433012018201001 27.898,80

903424 DispensaCE 202/10

Oxylife 33433012413201086 13.949,40

900506 DispensaCE 161/10

Gideao 33433000573201082 14.500,00 PODA DE ARVORES

903103 DispensaCE 181/10

AGL 33433009597201005 14.830,00 CONSERTO DEDIVERSOSEQUIPAMENTOS

902035 DispensaCE 101/10

Fire

Centro

33433003038201083 12.200,00 SERVIÇOS DERECARGAS,RETEST

902036 DispensaCE 100/10

Rio Med 33433002845201089 14.840,00 CONSERTO DEDIVERSAS BOMBASDE SERINGA

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Total Enquadramentos incorretos 112.167,60

Fonte: Processos constantes do Quadro V

O fracionamento de despesa se caracteriza quando se divide a despesa para utilizar modalidade delicitação inferior à recomendada pela legislação para o total da despesa, no exercício financeiro.

Outrossim, se a administração optar por realizar várias licitações ao longo do exercício financeiro,para o mesmo objeto ou finalidade, deverá preservar sempre a modalidade de licitação pertinente aotodo que deveria ser contratado.

Detalhamos no Quadro VI as Notas de Empenho em que identificamos apenas a proposta davencedora da dispensa compondo a estimativa de preços.

Quadro VI – Estimativa de preços da dispensa apenas com a proposta da vencedora da dispensa

NE Modalidade Empresa Processo Valor Empenhado

901782 DispensaCE 66/10

LANG E FILHOS 33433004910201019 7.900,00

901784 DispensaCE 67/10

LANG E FILHOS 33433004909201086 7.950,00

901051 DispensaCE 19/10

CEI COMERCIO 33433001630201041 7.500,00

901100 DispensaCE 12/10

CEI COMERCIO 33433001131201053 1.400,00

902283 DispensaCE 116/10

CEI COMERCIO 33433006022201022 7.350,00

901952 DispensaCE 80/10

CEI COMERCIO 33433004945201040 7.000,00

900995 DispensaCE 18/10

MICRO VIEW 33433001493201044 7.890,00

Fonte: Processos n.º(s):33433004910201019, 33433004909201086, 33433001630201041,33433001131201053, 33433006022201022, 33433004945201040 e 33433001493201044.

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Convém mencionar que 98% dos fracionamentos apontados foram executados na ação 6217 -Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde.

CAUSA:Fragilidades nos controles internos da Divisão Administrativa em relação ao planejamento dasatividades da UJ, de compras, contratação de serviços e manutenção de equipamentos necessáriospara o bom funcionamento da UJ respeitando a anualidade do orçamento e os limites para dispensade licitação estabelecidos nos Incisos I e II, art. 24, Lei n.º 8.666/93.

O Diretor Administrativo, no exercício das competências constantes do inciso III, art. 38, daPortaria MS n.º 2.123/2004, que aprova o Regimento Interno do HFSE, não empreendeu umprocesso de planejamento adequado das aquisições/contratações da entidade, realizando processosde dispensa de licitação, em relação a objetos de mesma natureza, que pelo valor total deveriam serlicitados.

O Setor de Suprimento de Bens e Serviços processou pedidos na mesma data, de materiais idênticos,solicitados pela mesma pessoa, abrindo CE e emitindo NE sequenciais, demonstrando que o setortinha conhecimento que o somatório dessas dispensas ultrapassaria o limite estabelecido no inciso IIdo art. 24 da Lei n.º 8.666/93, caracterizando o fracionamento dessas despesas.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Questionamos o HFSE por meio da Solicitação de Auditoria n.º 201000459/002, de 14/12/2010, emrelação aos fracionamentos de dispensas expostas no Quadro I. A Sra. Diretora Administrativamanifestou-se por intermédio do Memo DIAD/HFSE n.º 106/2010, de 21/12/2010, informando oque segue:

a) em relação à BIOMEDICA ESTEVES & ANJOS LTDA – EPP:

“No que se refere a não realização do certame licitatório, temos a explicar que houve anecessidade de aquisição de mamadeiras descartáveis face a notificação da ANVISA, através daCCIH, tínhamos um processo licitatório de nº 33433/014166/2009-19, Pregão 01/10, cujo objeto eraaquisição de mamadeiras descartáveis, porém o mesmo foi cancelado por não atender a RDC nº 221da ANVISA, parecer anexo ao documento fls.162 do referido processo. Sendo necessária aberturade cotações eletrônicas para atender a necessidade da demanda de mamadeiras, uma vez não existirnenhuma adesão que atendesse a nossa necessidade e estar dentro da conformidade estabelecidapela ANVISA. Como o hospital cuida e dá assistência a neonatologia e pediatria para que nãohouvesse descontinuidade na nutrição dos pacientes aqui internados, não tivemos alternativa a nãoser preparar alguns processos na forma de Cotação Eletrônica para dar atendimento à clientela.”

b) no que se refere à J.M.S. COMERCIO E FORNECIMENTO LTDA:

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“Tendo em vista o credenciamento do Transplante hepático à época na nossa Unidade nãohavia tempo hábil para aquisição de lupas, como o transplante pode ocorrer a qualquer momento,não poderíamos ficar sem esse material, que embora simples é de suma importância para equipe dotransplante, não havia adesão em outras unidades, esse foi o motivo de termos aberto duas CotaçõesEletrônicas na tentativa de solucionarmos a necessidade do objeto, dando atendimento ao pedido doServiço de Transplante Hepático.”

c) no que tange à MICRO VIEW COM. E REP. DE PRODUTOS MEDICO:

“As agulhas de biópsia de mama, uma vez não estarem contempladas em nenhum pregão daUnidade e tendo em vista a grande fila de espera e por tratar de um exame de diagnóstico de granderelevância para a clientela do Serviço de Ginecologia, ao recebermos o pedido do Serviço nãotivemos opção a não ser adquiri-las, através de Cotação Eletrônica, tais agulhas tem prioridadeespecíficas só podendo ser adquiridas as compatíveis com a pistola Promag, já existente no Serviço.Para sanar essa improbidade administrativa foi elaborado o processo nº 33433/001603/2010-78,Pregão 32/2010, no momento para licitar, onde constam as agulhas de biópsia de mama.”

d) em referência à LANG E FILHOS MATERIAL HOSPITALAR LTDA M E:

“Um dos fatores de relevância que culminou com a abertura de vários processos namodalidade de dispensa de licitação através de cotações eletrônicas foram às cirurgias cardíacasvídeo assistidas. À época a administração recebeu diversos memorandos solicitando materiais nãocontemplados em ata de registro de preços e não tínhamos tempo hábil para realização de pregãoregular, tendo em vista a natureza do objeto. Essas aquisições foram despesas excepcionais que nãofaziam parte da programação das despesas prevista para o ano de 2010. Não houve por parte daadministração o intuito de fraudar a legislação através do parcelamento das despesas, o únicoobjetivo foi atender a programação pretendida pelo Serviço de Cirurgia Cardíaca. Tecnicamente nãoseria viável o não fracionamento uma vez terem sido as solicitações de aquisições individualizadaspor paciente e visando a integridade qualitativa do objeto a ser executado, decidimos emindividualizar os processos e proceder à cotação eletrônica para os itens de cada documento. Comoos objetos eram comuns para cada paciente utilizamos as mesmas estimativas para cada um dosprocessos e executamos cada dispensa de licitação eletronicamente. Sendo a empresa Lang, a únicaa atender as especificações técnicas. Ressaltamos ainda, que a primeira cirurgia cardíaca vídeoassistida foi realizada no HFSE e foram divulgadas no portal do Governo federal com os seguintesdizeres Hospital Federal dos Servidores do Estado realiza a primeira Cirurgia Cardíaca por vídeo noRio de Janeiro, o que vem a confirmar a aquisição dos materiais para os pacientes do Serviço deCirurgia Cardíaca.”

e) relativo à CEI COMERCIO EXPORTACAO E IMP DE MAT MEDICOS LTDA:

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“Foram abertas duas Cotações Eletrônicas, uma em Fev/10 e outra em Mai/10 cujo objetoera filtro de partículas para soluções parenterais ambas abertas por não existirem pregões no SistemaComprasnet e embora já incluído no pregão 09/10, da unidade o mesmo ainda não havia sidolicitado. Trata de material imprescindível para o processo alimentar dos pacientes principalmente anível de Cetip e CTI(s), que não poderiam deixar de ser adquiridos.

Em relação ao processo 33433/001131/2010-53 Cotação Eletrônica 12/10, foi adquirida paraatender o solicitado pelo Serviço de Cirurgia Pediátrica para o paciente K.A.P.O. reg. 1.415.473,internado na enf. 301 leito 06 do HFSE. A época não encontramos no mercado o cateter calibre 3apenas existia no mercado calibre 4 e 6, foi comunicado a chefia da pediatria que informou servirpara o propósito deles o de calibre 4 contudo não existiam na época atas de registro de preço emvigor, conforme comprova documento do sistema comprasnet em anexo. Tendo em vista a gravidadedo paciente e a urgência do material não tivemos alternativa a não ser adquirir o material através deDispensa de Licitação.”

f) em referência à DMO DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ORTOPEDICOS LTDA:

“Os referidos processos foram abertos na modalidade de Cotação Eletrônica nºs 224 e227/10 para dar atendimento ao paciente C.H.S.S reg. 1.424.564 que encontrava-se internado naenf. 600 leito 04, fizemos opção de cotação eletrônica por tratar de material necessário para cirurgiado paciente, na época não foi encontrado nenhum registro de preço. Consta no processo parecertécnico do setor solicitante.”

g) em referência à BAALCA:“Processos abertos para contratação de empresa especializada para o evento de simpósio

internacional de anestesiologia, o enquadramento no Artigo 24 inciso II foi por compreendermosque trata de outros serviços previstos na alínea “a” do inciso II do artigo 24.”

h) relativo à ENDOMAX:

“Processos abertos para não comprometer aos pacientes através das cirurgias por Vídeo,uma vez que tais cirurgias são realizadas através de equipamentos locados e a falta dos materiaiscomprometeriam as cirurgias.”

i) sobre a GE HEALTHCARE:

“Processos abertos para contratação de empresa para prestação de serviço de conserto comsubstituição de peças para equipamento gamma câmara do Serviço de Medicina Nuclear, Oenquadramento aplicado Artigo 24 inciso I, está de acordo com o pretendido isto é, Contratação deempresa para realização de serviços de engenharia, no caso engenharia clínica, tais como: consertos,

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reparos, etc.”

j) no que se refere à OXYLIFE:

“Processos abertos para contratação de serviços médicos especializados em oxigenoterapiahiperbárica em determinação ao mandato judicial, o enquadramento no Artigo 24 inciso I foi porcompreendermos que trata de serviços.”

l) no que tange à SLIM:

“Processos abertos para contratação de serviços de Buffet e coffee break para diversoseventos realizados no HFSE, o enquadramento no Artigo 24 inciso II foi por compreendermos quetrata de outros serviços.”m) sobre a Gideao, A G L, Fire Centro e Rio Med (classificados como Inciso I, art.24, Lei n.º8.666/93:

“O enquadramento aplicado artigo 24, Inciso I, está de acordo com o pretendido isto é,contratação de empresa para realização de serviços de engenharia e/ou engenharia médica.”n) no que se refere às estimativas de preços das dispensas apenas com a proposta da firmavencedora (Quadro VI):

n.1) Fornecedor Lang e Filhos

- Cotações Eletrônicas n.º(s) 66/10 e 67/10:

“A Estimativa foi realizada apenas com a Empresa Vencedora da Cotação Eletrônica, tendoem vista se tratar de materiais novos e específicos para Cirurgia Cardíaca Vídeo Assistida, baseadona segurança oferecida à nova técnica cirúrgica.

Não houve a participação de outras Empresas nas CE’s face especificidade do materialnecessário para atender ao pedido em nome dos pacientes já diagnosticados com risco de morte.”

n.2) Fornecedor CEI Comércio

- Cotação Eletrônica n.º 12/10:

“O Serviço de Suprimentos encontrou dificuldades em estimar esse processo devido à

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especificidade do material mesmo após alteração do calibre do cateter. Tendo em vista que aEmpresa CEI – Comércio Exportação e Importação de Material Médico Ltda. já fornecera cateterestotalmente implantáveis de uso pediátrico, enviamos carta solicitando estimativa para o item (fls.6),sendo atendido as fls..07.

Com base na proposta da Empresa estimamos o item, divulgamos a Cotação Eletrônica noSistema Comprasnet na qual participaram outras duas empresas. Contudo, a opção da chefia doServiço foi pela empresa de terceiro menor preço por ter, entre os folders e catálogos apresentados,o material mais compatível com a idade e o peso do menor, conforme memorando às fls. 30.”

- Cotações Eletrônicas n.º(s) 19/10 e 116/10:

“O Objeto da CE nº 19/10 e 116/10 é utilizado pelo Serviço de Suporte Nutricional paraeliminação de micro partículas de ar, com o objetivo de evitar a contaminação das dietas. O Hospitaldos Servidores do Estado é a única Unidade Federal que se utiliza deste material.

Realizada a Cotação Eletrônica, a Empresa CEI apresentou o menor preço com a marcaPALL, atendendo as especificações técnicas solicitada, além de ser a única a comercializar oproduto, já aprovado no HFSE, conforme carta de exclusividade em anexo.”

- Cotação Eletrônica n.º 80/10:

“Neste processo foram encaminhadas cartas às Empresas CEI (doc. Fls. 06), Partner’s (doc.Fls.07) e E. Tamussino (doc. Fls. 08) sendo que a única a responder foi a CEI (doc. Fls. 12).

Em face da urgência do assunto o processo foi estimado com a proposta recebida. Quandoda realização da cotação eletrônica a Empresa CEI foi a única participante e teve o itemhomologado em 11/05/2010.

Informamos que, no Portal de Compras do Governo Federal ainda não existe nenhumregistro de aquisição do material no período.”

n.3) Fornecedor Microview:

- Cotação Eletrônica n.º 18/10:

“Informamos que observando o processo da CE 18/10 verificamos que apenas a EmpresaMicroview apresentou estimativa. Isto ocorreu por ser ela a única a Empresa a possuir agulhasadaptáveis a pistola da marca PROMAG ULTRA 14GX10CM existente no Serviço de Ginecologia.

Embora, outras Empresas tenham participado da Cotação Eletrônica, somente as agulhasapresentadas pela Microview foram compatíveis com o material já utilizado pelo Serviçosolicitante.”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:a) Em relação aos fracionamentos de despesas classificados como dispensa de licitação, no art.24,

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inciso II, Lei n.º 8.666/93:Em que pesem as justificativas apresentadas, evidenciamos a ocorrênciade fracionamento de despesa em todos os processos elencados no Quadro IV da presenteconstatação, uma vez que as compras realizadas para cada objeto superaram o limite estabelecido noinciso II do art. 24 da Lei 8.666/93.

O fracionamento de despesas pode ocorrer por ausência de planejamento do quanto vai serefetivamente gasto no exercício para a execução de determinada obra, serviço ou produtocomprado. O planejamento do exercício deve observar o princípio da anualidade do orçamento.

Neste sentido, as despesas tratadas são previsíveis para um Hospital terciário de referência do SUS,com especialidades clínicas e cirúrgicas de alta complexidade, o fracionamento seria evitado com acriação de uma grade com objetos específicos, por meio de registro de preços, ou pele adoção depontos de controle no fluxo dos processos de aquisição de bens/serviços.

Notamos que em 17 processos a mesma pessoa solicita, o mesmo material, na mesma data, o quediferencia os processos são as quantidades, sempre balizadas no limite de R$ 8.000,00 (oito milreais) estabelecido pelo art. 24 da Lei n.º 8.666/93. É premente o fortalecimento do controle internodo fluxo dos processos de aquisição de bens/serviços, de modo a evitar os fracionamentos dedespesa.b) em relação aos enquadramentos como dispensa de licitação, no art.24, inciso I, Lei n.º 8.666/93(GE Healhcare/Oxlife/GIDEAO/AGL/Fire Centro/Rio Med):

Não há nos processos elementos que demonstrem o enquadramento dos serviços como engenharia,para fins de aplicação do limite previsto no art. 24, inciso I, Lei n.º 8.666/93, haja vista que todocontrato referente a obras e serviços de engenharia está sujeito à Anotação de ResponsabilidadeTécnica (ART), nos termos do art. 1º da Lei n.º 6.496/77, e que é dever do gestor exigir aapresentação da ART com a indicação do responsável, conforme o estabelecido na Súmula n.º 260do Tribunal de Contas da União - TCU.c) no que se refere às estimativas de preços das dispensas apenas com a proposta da firmavencedora(Quadro VI):As justificativas apresentadas pela UJ para a ausência de três propostas de preços embasando ocálculo das estimativas de preços expostas no Quadro II, se fundamentam na especificidade dosmateriais adquiridos, afirmando que apenas a firma vencedora fornece o material.Todavia, a administração deve provar a exclusividade do fornecimento do bem ou serviço a seradquirido pela administração, por meio de atestado de exclusividade emitidos pelo órgão de registrodo comércio local em que se realizará a licitação ou pelo Sindicato, Federação ou ConfederaçãoPatronal.

RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Definir o fluxo e os pontos de controle dos processos de aquisição por dispensa de licitação,

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abrangendo as etapas que envolvam desde a solicitação de compras até a análise pelo Setor deSuprimento de Bens e Serviços a fim de evitar o fracionamento de despesas.

Recomendação 2:

Classificar como dispensa de licitação por valor, Inciso I, art.24, Lei n.º 8.666/93, apenas obras eserviços de engenharia, exigindo a apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ARTcom a indicação do responsável, conforme o estabelecido na Súmula n.º 260 do Tribunal de Contasda União - TCU.

1.1.4.2 - CONSTATAÇÃO: (026)

Desclassificação de propostas com menores preços sem estar devidamente caracterizado noprocesso o embasamento técnico, ocasionando contratações por dispensa de licitação majoradas emR$ 24.066,11 (vinte e quatro mil, sessenta e seis reais e onze centavos).

Constatamos na análise de cinco processos de dispensa de licitação por valor (Inciso II, art. 24, Lei8.666/93), todos realizados por Cotação Eletrônica de Preços (CE), que os primeiros classificadosnos certames não foram contratados pelo HFSE, de acordo com as atas das Cotações Eletrônicas noComprasnet, pelos motivos expostos no Quadro VII:

Quadro VII – Motivo das desclassificações das primeiras colocadas das CE, segundo atas doComprasnet

NE Modalidade Empresa Valor

Empenhado

Motivo da não adjudicação

para a primeira classificada na

CE

901957 Dispensa

CE 75/10

MICRO VIEW 7.890,00 Microview única empresa que

atende as especificações

técnicas compatível com a

pistola utilizada no Serv. de

Ginecologia.

900698 Dispensa

CE 002/10

BIOMEDICA 7.893,30 A 1º e 2º classificadas não

foram contratadas pois o

material ofertado não atendeu

às especificações do edital

900657 Dispensa

CE 003/10

BIOMEDICA 7.986,40

As de menor preço não atendem

às especificações técnicas do

material

901133 Dispensa

CE 033/10

BIOMEDICA 7.893,30

901134 Dispensa

CE 034/10

BIOMEDICA 7.986,40

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Fonte: Processo n.º(s): 33433000538201063, 33433005407201072, 33433006388201000, 33433000537201019, e

33433003009201011 e Comprasnet.

Notamos a ausência de documentos técnicos que embasem as afirmações contidas nas atas doComprasnet, detalhadas no Quadro VII. Ainda neste sentido, verificamos mais cinco processos dedispensa por valor, também realizados por Cotação Eletrônica de preços, que os primeirosclassificados nos certames não foram contratados pela UJ, por alegação de motivos técnicos,fundamentados em pareceres da “Comissão de Padronização e Parecer Técnico” ou por pareceresdos setores solicitantes dos produtos. No Quadro VIII expomos os motivos e os documentos técnicosutilizados para as desclassificações das vencedoras dos certames:

Quadro VIII – Motivo das desclassificações das primeiras colocadas das CE, segundo documentostécnicos

NE Modalidade Empresa Valor

Empenhado

Motivo da não

adjudicação para a

primeira classificada

na CE.

Documento

técnico

900995 Dispensa

CE 18/10

MICRO

VIEW

7.890,00 “baseado na nossa

experiência é a única

que se adapta ao

equipamento já

existente no serviço,

da marca Endomed.”

Parecer Técnico

do Chefe do

Serviço de

Ginecologia

901051 Dispensa

CE 19/10

CEI

COMERCIO

7.500,00 “O produto vencedor

não apresenta

totalidade do

preenchimento da

solução até a

extremidade do

paciente, extremidade

de diâmetro grosso,

câmera pequena que

apresenta acúmulo de

resíduos da dieta

contribuindo para a

obstrução de cateteres

de pequenos calibres”

Parecer da

Comissão de

Padronização e

Parecer Técnico

901100 Dispensa

CE 12/10

CEI

COMERCIO

1.400,00 “após a análise dos

catálogos apresentados

pelas empresas,

optamos pelo material

cotado pela empresa

CEI Com. E Exp. Imp.

Mat. Médico Ltda, por

Parecer Técnico

do Serviço de

Cirurgia

Pediátrica

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ter cotado o cateter

totalmente implantável

Sitimplant 3,9Fr, que é

mais compatível com a

idade e o peso (8

meses e 4,125Kg) do

paciente”

900892 Dispensa

CE 273/09

ENDOMAX 7.590,00 “A empresa Endomax é

a que melhor atende as

nossas especificações

uma vez que já é

utilizado no serviço

sem nenhum

problema.”

Parecer Técnico

do Chefe do

Serviço de

Ginecologia

900921 Dispensa

CE 274/09

ENDOMAX 6.340,00 Item 1: “o material

cotado pela firma

Endomax Comercial

Biomédica Ltda, o qual

já usado na casa, é o

indicado de acordo

com a Ginecologia”.

Item 2: “Faço opção

pela firma Endomax,

tendo em vista que o

material cotado pela

outra firma, não é de

nosso uso rotineiro,

coisa que o material da

firma Endomax já é

usado no Serviço de

Ginecologia com

sucesso.”

Parecer Técnico

do Chefe do

Serviço de

Ginecologia

Fonte: Processo n.º(s): 33433016640200947, 33433016644200925, 33433001630201041, 33433001131201053 e

33433001493201044.

Segundo informado pela Presidente da Comissão de Padronização e Parecer Técnico (CPPT) doHFSE, a CPPT tem a finalidade de garantir que os materiais médicos hospitalares estejam dentro dospadrões de qualidade estabelecidos pelo HFSE, tem ainda a finalidade de padronizar os produtosutilizados pelo hospital. O processo ocorre da seguinte forma:

- Após solicitadas as amostras dos participantes do certame, estas são encaminhadas ao setorsolicitante, acompanhadas por formulário avaliativo, no qual o profissional analisará o material a seradquirido, qualificando-o.

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- O setor solicitante do material, que o utiliza no seu cotidiano, após a análise das amostras, envia oparecer à Comissão de Padronização e Parecer Técnico, que o arquiva.

Consta no Organograma do HFSE a CPPT, subordinada diretamente à Direção Geral. Em22/05/2009, Sr. Diretor geral do HFSE por intermédio da Portaria PT/HSE/MS/N.º 577, nomeou trêsservidores para comporem a referida comissão, duas enfermeiras e um auxiliar de enfermagem.Requisitamos, por meio da Solicitação de Auditoria n.º 201000459/003, o normativo interno quedetalha as competências da CPPT, todavia não foi disponibilizado pelo HFSE até o final destaauditoria.

Notamos, ainda, que ocorreram divergências entre o objeto constante da Cotação Eletrônica n.º12/2010 e o objeto comprado, conforme detalhamos no Quadro IX:

Quadro IX – Divergência de objetos

CE –

Vencedor

Objeto Pregão - Comprasnet Objeto comprado após análise da

Comissão de Padronização e Parecer

Técnico

12/2010 –

CEI

Cateter, material silicone, tipo

central, longa permanência, tipo uso

totalmente implantável,

características adicionais

reservatório titânico, uso neonatal,

calibre 4 a 6 french, revestimento

radiopaco, estéril, descartável

Cateter, material silicone, tipo central,

longa permanência, tipo uso totalmente

implantável, características adicionais

reservatório titânico, uso neonatal,

calibre 3,9 french, revestimento

radiopaco, estéril, descartável

Fonte: Processo n.º 33433001131/2010-53 e Comprasnet.

Demonstramos no Quadro X o impacto financeiro da desclassificação das propostas com menorespreços nas Cotações Eletrônicas em análise:

Quadro X – Impacto financeiro das desclassificações

Dispensa Contratada Valor

Contratado

Valor Vencedor

CE

Diferença

CE 002/10 BIOMEDICA 7.893,30 6.899,00 994,30

CE 003/10 BIOMEDICA 7.986,40 5.930,00 2.056,40

CE 033/10 BIOMEDICA 7.893,30 7.608,30 285,00

CE 034/10 BIOMEDICA 7.986,40 7.748,00 238,40

CE 18/10 MICRO VIEW 7.890,00 1.089,00 6.801,00

CE 75/10 MICRO VIEW 7.890,00 1.244,00 6.646,00

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CE 19/10 CEI

COMERCIO

7.500,00 5.000,00 2.500,00

CE 12/10 CEI

COMERCIO

1.400,00 1.050,00 350,00

CE 273/09 ENDOMAX 7.590,00 5.149,99 2.440,01

CE 274/09 ENDOMAX 6.340,00 4.585,00 1.755,00

Total 70.369,40 46.303,29 24.066,11

Fonte: SIAFI e Comprasnet.

Ressaltamos que em todos os processos tratados nesta constatação ocorreu o fracionamento dedespesa, conforme tratado no item 1.1.3.1 deste relatório.

CAUSA:Fragilidades no processo de padronização e análise técnica de compras da UJ, sem a definiçãoformal das competências e composição da Comissão de Padronização e Parecer Técnico,ocasionando a desclassificação de propostas com menores preços sem demonstração inequívoca docritério técnico utilizado.De acordo com o Inciso V, art. 31, da Portaria MS n.º 2.123/2004, que aprova o Regimento Internodo HFSE, compete ao gestor máximo do HFSE estabelecer normas técnicas para a padronização,controle e a racionalização dos procedimentos da área, todavia o Diretor Geral não adotou asprovidências necessárias no caso em análise.Ausência de normas técnicas que orientem os servidores sobre a solicitação de amostras aosparticipantes dos certames, os critérios de julgamento das mesmas, bem como sobre as competênciase forma de atuação da CPPT.Ausência de segregação de função no processo de análise técnica, haja vista que os parecerestécnicos são elaborados pelos médicos chefes das clínicas especializadas, que também tem o papelde solicitantes dos objetos, não sendo suportado por documentos técnicos, imprimindo valoressubjetivos não comprovados em processo.Desclassificações derivadas de falhas na descrição do objeto adquirido, com exigências nãoprevistas no edital da CE, propiciando que os fornecedores habituais do HFSE fossem beneficiados,uma vez que por sua experiência cotaram o objeto que a unidade normalmente adquire, restringindoa competitividade do certame, haja vista que os novos participantes ofertaram o objeto descrito noComprasnet e foram desclassificados.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Questionamos o HSFE, por meio da Solicitação de Auditoria n.º 201000459/003, em relação àsdesclassificações das vencedoras das Cotações Eletrônicas, a Sra. Diretora Administrativamanifestou-se por intermédio do Memo DIAD/HFSE n.º 106/2010, de 21/12/2010, informando oque segue:a) No que tange à Cotação Eletrônica n.º 75/2010 - Microview:

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“Informamos que a ausência do documento técnico se deu face ao conhecimento do Serviçode Suprimento junto a Chefia do Serviço de Ginecologia, de que não poderíamos adquirir nenhumaoutra marca de agulha a não ser a da marca Ecomed, não por serem as demais marcas apresentadasde qualidade inferior e sim por ser a da marca Ecomed à única agulha adaptável a pistola da marcaPROMAG, já existente no Serviço. As que apresentaram menores preços só poderiam ser adquiridascaso existissem no Serviço pistolas compatíveis.

Anexamos laudo da Chefia do serviço de Ginecologia a respeito do assunto.”

b) Relativo às Cotações Eletrônicas n.º (s) 34/10; 3/10 e 33/10 – Biomédica:

“Informamos que a não apresentação do laudo bacteriológico continuou sendo fatorprincipal para desclassificação das empresas que apresentaram menores preços. Sendo a empresaBiomédica única empresa a atender o solicitado pelo Serviço de Nutrição no seu memorando inicial.Deixamos de consultar a comissão de padronização e parecer técnico, por termos sido orientadospela Chefia do Serviço de Nutrição, uma vez já conhecer as empresas participantes e terconhecimento técnico de que as mesmas não possuíam o laudo bacteriológico solicitado.”

c) Em relação à Cotação Eletrônica n.º 02/10 – Vencedora: Biomédica:

“Quando das estimativas todas as empresas informaram nas suas propostas possuírem laudobacteriológico, bico e rótulo em conformidade com a normatização ANVISA/MS, porém taisempresas não participaram da Cotação Eletrônica, apenas a empresa Biomédica dentre asparticipantes possuía a documentação prevista, sendo este o principal motivo da desclassificação dasempresas de 1º e 2º menores preços.

Confirmando o que estamos afirmando estamos anexando o parecer da Chefia do serviço deNutrição e Dietética a respeito do assunto.

(...)Informamos ainda, não ter existido direcionamento da escolha do material, que se deudentro da melhor proposta apresentada, com base em conhecimentos técnicos, adquiridos ao longodos anos e o estreitamento profissional existente entre o Serviço de Suprimentos e o Serviço deNutrição do Hospital, que nos direcionou na escolha da melhor proposta de mamadeirasapresentadas visando oferecer o melhor para os pacientes, sem com isso causa maiores danos àsaúde dos menores internados.”

d) No que se refere à Cotação Eletrônica n.º 12/10 – CEI:

“(...) a descrição do objeto da CE 12/10 é a que consta do código SIDEC 90276019–“CATETER MATERIAL SILICONE, TIPO CENTRAL, LONGA PERMANÊNCIA, TIPO USOTOTALMENTE IMPLANTÁVEL, CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS RESERVATÓRIOTITÂNIO, USO NEONATAL, CALIBRE 4 A 6 FRENCH, REVESTIMENTO RADIOPACO,

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ESTERIL, DESCARTAVEL”, onde consta uma margem do calibre do cateter, permitindo que asempresas cotem de vários tamanhos, mas naquela aquisição o Serviço de Cirurgia Pediátricanecessitava de cateter que fosse compatível com a idade e peso do paciente.”

e) Em referência à Cotação Eletrônica nº 18/10 – Microview (Justificativa do Sr. Chefe do Serviçode Ginecologia):

“O material oferecido pela firma de menor preço R$6.350,00 é de marca não utilizada pornosso Serviço, trata de um material com uma marca Chinesa (TAIMIN) já por mim conhecida e nãoaprovada e por não atender as nossas expectativas e garantia de uso.

Constatamos que a firma e o material escolhido são a 2ª melhor cotação vide documento doprocesso R$7.590,00(Sete mil quinhentos e noventa reais) e trata de marca tradicional eamplamente usada no nosso serviço, o que possibilita garantir, seu uso e está dentro dasespecificações técnicas necessárias a um produto de qualidade já aprovada pelo Serviço.”

f) Sobre à Cotação Eletrônica nº 274/09 - Endomax (Justificativa do Sr. Chefe do Serviço deGinecologia):

“(...) a marca oferecida pela firma é a que atende a todas as nossas expectativas defuncionabilidade e durabilidade já tendo sido amplamente testada no nosso Serviço.

A firma de menor cotação ofereceu uma marca que é desconhecida e nunca foi usada emnosso Serviço, e como a nossa necessidade na aquisição do material era grande resolvemos optarpela escolha do material já conhecido e utilizado pela equipe e atender a clientela a contento commaterial de qualidade, como se tratava de uma cotação eletrônica não havia tempo hábil para testarnovos materiais com a grande fila de espera para cirurgia e com a falta do material apropriado paraas cirurgias começamos a comprometer a programação cirurgia A escolha do material se feznecessário em face de urgência na aquisição dos mesmos. A opção dos materiais já conhecidos sedeu por vários motivos atender as nossas expectativas na urgência, atender as especificaçõestécnicas, durabilidade do material e a garantia do uso. A escolha do material se menor preço semtempo hábil para testá-lo implicaria em risco na aquisição e poderíamos correr o risco de ficar commateriais obsoletos.”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:É importante mencionar que em todos os processos tratados nesta constatação ocorreu ofracionamento de despesa, conforme tratado no item 1.1.3.1 deste relatório.

A Lei n.º 8.666/93, no inciso I, do art. 40 estabelece que o objeto da licitação deverá ter descriçãosucinta e clara e o parágrafo 7º do artigo 17 da mesma lei afirma que a especificação do bem deveser completa sem indicação de marca.

A Súmula n.º 177 do TCU delibera o que segue:

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“A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável dacompetição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual ésubsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciaisdas condições básicas da licitação.(...)”

Em relação à padronização, esta em regra não afasta a realização de procedimento licitatório, já quepode haver no mercado mais de um fornecedor do produto padronizado.

O parágrafo 5º, art. 7º, da Lei n.º 8.666/93, estabelece o seguinte:

“é vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou demarcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamentejustificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime deadministração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.”

A padronização deve estar fundamentada em comprovação de ordem técnica (estudos, laudos,perícias e pareceres).

a) No que tange à Cotação Eletrônica n.º 75/2010 - Microview:

A especificação da Cotação Eletrônica não foi adequada para caracterizar o bem a ser adquirido,haja vista que as primeiras classificadas na CE n.º 75/2010 foram desclassificadas por não atenderas especificações técnicas compatíveis com a pistola utilizada no Serviço de Ginecologia do HFSE.

A argumentação de preferência pela a única marca compatível com o equipamento utilizado pelaunidade, indica a utilização de procedimento licitatório inadequado, haja vista que em caso deexclusividade comprovada a modalidade licitatória correta é a inexigibilidade.

b) Relativo às Dispensas de Licitações 34/10; 3/10 e 33/10 – Biomédica:

Ainda que a ausência de laudo bacteriológico seja uma causa razoável para a adjudicação dasdispensas à Biomédica, não existe no processo documentos que comprovem a solicitação deamostras ao primeiro colocado, bem como a ausência de laudo bacteriológico das amostrassolicitadas.

c) Em relação à Cotação Eletrônica n.º 002/10 – Biomédica:

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O HFSE afirma que consta no objeto da Cotação Eletrônica n.º 002/10 a exigência das mamadeiraspossuírem laudo bacteriológico, bico e rótulo em conformidade com a normalização daANVISA/MS.

Na Descrição Complementar do objeto no Comprasnet consta a exigência de laudo bacteriológico,todavia em relação à conformidade com a normalização da ANVISA/MS constatamos a citaçãoapenas para o rótulo, detalhamos abaixo a descrição:

“frasco descartável para bebidas lácteas em polipropileno com aproximadamente 5,5 cmdiâmetro e 10 cm de altura, capacidade de 160 ml com boca de 2,7 cm, com graduação em altorelevo de 10 em 10 ml, sem rebarbas, fintas ou manchas, tampa de rosca em polietileno com perfeitavedação, abertura central de 2,3 cm, película de vedação em polietileno expandido com diâmetro de3,75 cm, embalado individualmente, acompanhado de rótulo conforme normalização do Ministérioda Saúdee bico.”

A descrição do objeto não foi clara para caracterizar a exigência quanto ao bico da mamadeira.

d) No que se refere à Cotação Eletrônica n.º 12/10 – CEI:

O cateter comprado pelo HFSE tem o calibre de 3,9 french, abaixo do calibre estabelecido naCotação Eletrônica, de 6 a 4 french, logo podemos afirmar que existe divergência entre o objetolicitado e o comprado.A ocorrência de falhas na descrição do objeto restringe a concorrência e possibilita quefornecedores habituais do HFSE sejam beneficiados, uma vez que possuem o conhecimento sobre asespecificações dos produtos normalmente adquiridos.Outrossim, existe no SIDEC o “Pedido de Catalogação de Item” que tem o objetivo de facilitar oregistro de novos itens.e) Em referência à Cotação Eletrônica nº 18/10 – Microview:

Constatamos a ausência de laudo analisando a marca rejeitada. No caso do primeiro colocado naCotação Eletrônica não ser contratado por razões técnicas é necessário comprovar por documentostécnicos o pedido de amostra, bem como o parecer da análise, visando afastar qualquer dúvida sobredirecionamento.

f) Sobre à Cotação Eletrônica nº 274/09 – Endomax:

Constatamos a ausência de laudo analisando a marca rejeitada. No caso do primeiro colocado na CE

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não ser contratado por razões técnicas é necessário comprovar por documentos técnicos o pedido deamostra, bem como o parecer da análise, visando afastar qualquer dúvida sobre direcionamento.

Os dez processos em análise não foram adequadamente instruídos de forma a caracterizarinequivocadamente a desclassificação das propostas vencedoras das Cotações Eletrônicasfundamentada em avaliação técnica, acessível a todas as participantes da CE, sendo importanteenfatizar que a desclassificação sem a devida justificativa técnica pode ocasionar prejuízos àAdministração.

Nos processos analisados observamos inexistir rito padrão em relação a análise das amostras, apenasnas CE 275/09 e 19/10 fica clara a solicitação de amostras e na CE 12/10 solicita-se o catálogo doproduto e não a amostra.

RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Quando a Administração optar pela padronização de produto, fazer constar do procedimentolicitatório justificativa respaldada em comprovação inequívoca de ordem técnica, com estudos,laudos, perícias e pareceres que demonstrem as vantagens econômicas e o interesse daadministração, considerando condições de manutenção, assistência técnica e garantias oferecidas.

Recomendação 2:

Elaborar normativo interno que detalhe as competências da Comissão de Padronização e ParecerTécnico, bem como sua composição.

Recomendação 3:

Definir adequadamente o objeto pretendido nas cotações de preços, atentando para a utilização deespecificações suficientes para a caracterização do bem ou serviço a ser adquirido, fazendo constartodas as exigências indispensáveis à aquisição / contratação a ser realizada.1.1.4.3 - CONSTATAÇÃO: (027)

Contratações emergenciais de serviços considerados essenciais no valor R$ 626.383,33 (seiscentos evinte e seis mil, trezentos e oitenta e três reais e trinta e três centavos), em função de fragilidades noprocesso de planejamento da UJ e ultrapassando o prazo máximo de execução contratual de 180dias.

Em análise aos processos de dispensa de licitação por emergência, Inciso IV, art. 24º, Lei n.º8.666/93, constatamos a existência de três processos, referentes aos empenhos constantes doQuadro XI, em que a situação emergencial não ficou comprovada, totalizando o valor deR$626.383,33 (seiscentos e vinte e seis mil, trezentos e oitenta e três reais e trinta e três centavos). Quadro XI – Dispensas de Licitação por emergência

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Empenho

Espécie Modalidade Favorecido Data Emissão Valor Liquidado

901170 01 DL 21/10 AMBIENTE SERVICOS 01/03/10 42.773,33

903373 01 DL 166/10 AMBIENTE SERVICOS 03-09-2010 12.000,00

905131 01 DL 166/10 AMBIENTE SERVICOS 31/12/10 23600

901745 01 DL 49/10 C M COUTO 28-04-2010 548.010,00

Total geral

626383,33

Fonte: SIAFI A empresa Ambiente Serviços presta serviços de dedetização, desratização, descupinização ecombate a mosquito nas dependências do HFSE desde 2005 e recebeu, durante 2010, pagamentospor meio de Restos a Pagar inscritos em 2009, referentes a Tomada de Preços n.º 06/2004, Contraton.º 014/2005, bem como por meio das dispensas emergenciais n.º(s) 021/2010 e 166/10, detalhadano Quadro XI. Ressaltamos que o Contrato n.º 014/2005 refere-se ao mesmo objeto da dispensa emergencial, oContrato tem quatro termos aditivos e teve o fim de sua vigência em 31/12/2009. A empresa C M Couto prestou serviços de brigada de incêndio durante o ano de 2010, por meio daDispensa emergencial n.º 49/2010, detalhados no Quadro XI e “Não se Aplica” licitação, constantesdo Quadro XII, item xx deste relatório. A contratação emergencial tem o prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contadosda ocorrência da emergência ou calamidade, não sendo, inclusive, permitida a prorrogação decontratos. Os dois casos em análise ultrapassaram o prazo de execução contratual de 180 dias: (i) o primeiroempenho para a Ambiente Serviços ocorreu em 01/03/2010 e o último em 31/12/2010 e (ii) oprimeiro empenho para a CM Couto ocorreu em 28/04/2010 e o último reforço de empenho, em01/12/2010.

CAUSA:Falhas nos controles internos afetos à realização dos procedimentos licitatórios, em especial quantoao planejamento tempestivo do início dos procedimentos a fim de evitar contratações emergenciais eelaboração de estimativas de preços incorretas. O Diretor Administrativo, no exercício das competências constantes do inciso III, art. 38, daPortaria MS n.º 2.123/2004, que aprova o Regimento Interno do HFSE, não realizou o planejamentoadequado para os gastos previsíveis e essenciais da UJ, como dedetização, desratização,descupinização e combate a mosquito e brigada de incêndio, dando causa à contratação pordispensa emergencial.

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MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Questionamos o HSFE, por meio da Solicitação de Auditoria n.º 201000459/002, em relação àsdispensas por emergência, a Sra. Diretora da Divisão de Administração manifestou-se porintermédio do Memo DIAD/HFSE n.º 106/2010, de 21/12/2010, e do Memo DIAD/HFSE n.º44/2011, de 28/02/2011, informando o que segue:

a)Em relação à Ambiente Serviços:

“Foi realizada a dispensa para dar continuidade à prestação de serviço proposto, pois oprocesso regular nº 33433/008639/2010-Pregão 49/2010, fora cancelado pelo pregoeiro. Aadministração já preparou novo processo nº 33433/012161/2010-95 Pregão 86/2010 em fase delicitação.”

“Início da vigência contratual: 03/09/2010Término correto da vigência contratual (180 dias): 01/03/2010

Dando seqüência aos esclarecimentos, expomos que a Administração no uso de suasatribuições promoveu a abertura de processo licitatório na modalidade de Pregão Eletrônico emtempo hábil para que não houvesse solução de continuidade, ou seja, o início da nova vigência daprestação do serviço deveria ocorrer antes do término da vigência do Processo Emergencial.

Entretanto conforme informações da Pregoeira desta Unidade de Saúde, foi detectado no diado Pregão, pela Sra. Pregoeira, que o valor estimado estava muito acima do valor ofertado noPregão bem como o praticado anteriormente, sendo tomada imediatamente a decisão de interrupçãodo certame, com objetivo de proteger esta Administração, o erário público e promover atransparência dos atos aqui praticados.

Visto que a prestação deste Serviço de combate a vetores é imprescindível para ofuncionamento desta Unidade Hospitalar, pois sem o mesmo haveria a proliferação de doençastransmitidas por ratos, baratas, formigas e demais vetores, podendo culminar na total paralisação doatendimento aos pacientes, que é nossa atividade fim.”

b) Sobre a CM Couto:

“Foi aberto um processo para contratação emergencial de brigada de incêndio no momentojá regularizado através do processo 33433/001800/2010-97 Pregão 68/2010.”

“Início da vigência contratual: 28/04/2010

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Término corretoda vigência contratual (180 dias): 24/10/2010Efetivo encerramento das atividades da empresa neste HFSE: 20/12/2010

Esclarecemos que seguindo orientação do Departamento de Gestão Hospitalar (MemoCircular nº 180/2009), foi providenciada abertura de processo licitatório regular na modalidade dePregão Eletrônico (SIPAR 33433.001800/2010-97), visando aumentar a segurança contra incêndio.

Este processo foi devidamente instruído e licitado em 15/09/2010 (fls. 302), adjudicado aempresa Atac-Fire Extintores Comércio e Serviços Ltda., em 24/09/2010 e homologado em30/09/2010 (fls.338).

Ocorre que em função da mudança da codificação do sistema SERPRO no processo regularacima mencionado, foi inserido como Registro de Preço (equivocadamente) e não como PregãoEletrônico na forma de serviço continuado, ou seja, preço praticado.

Em 15 de outubro de 2010 foi encaminhado ofício GABDIR/HSE/MS/Nº 0701/2010(fls.345) ao Departamento de Logística e Serviços Gerais do MPOG – DF- Brasília para que fosseexaminada a possibilidade de reversão da modalidade Registro de Preços para a modalidade PreçosPraticados.

Em resposta datada de 04 de novembro de 2010 e recebida neste Hospital Federal dosServidores do Estado em 09/11/2010, o Departamento de Logística e Serviços Gerais do MPOG,vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através de Ofício 2948/DLSG – MP(fls. 346) informa-nos que a solicitação não poderia ser atendida tendo em vista que o referidopregão encontrava-se homologado e com ata pública no sítio Comprasnet.

Face a orientação prestada, a Chefe do Serviço de Licitações e Pregoeira desta Unidade deSaúde, Srª Solange de Aquino, com a finalidade de possibilitar a continuidade do feito, renegocioupara baixo, o preço ofertado pela empresa vencedora (fls. 355), o empenho foi autorizado e emitidoem 08/12/2010 o Contrato foi assinado em 08 de dezembro de 2010 (fls.365/376), sendo que aempresa vencedora, através de correspondência datada de 14 de dezembro de 2010, informou-nosque a prestação do serviço nesta Unidade de Saúde seria iniciado em 20 de dezembro de 2010.”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:Os serviços de dedetização, desratização, descupinização e combate a mosquito, bem como os debrigada de incêndio são considerados essenciais para o bom funcionamento de uma unidadehospitalar, logo deveriam ser objeto de um adequado processo de planejamento para afastar ahipótese de contratação por meio de dispensa emergencial. É necessário caracterizar a urgência de atendimento da situação que possa ocasionar prejuízo oucomprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens públicos. Érelevante também comprovar que a situação emergencial não derivou de falhas no planejamento daunidade. Em relação aos pagamentos das firmas contratadas por meio de dispensa emergencial queultrapassarem o prazo máximo de execução contratual de 180 dias, as justificativas do HFSEcomprovam falhas nos controles internos dos procedimentos licitatórios em ambos os casos. No casoda CM Couto, evidenciada no cadastramento errôneo do Comprasnet como Registro de Preço doPregão cuja vencedora foi a Atac-Fire e no caso da Ambiente Serviços, pela fragilidade daestimativa de preços utilizada. Cabe ressaltar, ainda, que em relação aos serviços de dedetização, desratização, descupinização e

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combate a mosquito nas dependências do HFSE, houve morosidade na adoção de providências paraa realização de nova contratação em função do término do contrato n.º 14/2005, cuja vigênciaterminou em dezembro de 2009.

RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Aprimorar o planejamento das aquisições de bens e contratações de serviços, iniciandotempestivamente o devido processo licitatório, com antecedência suficiente em relação ao términodos contratos vigentes, evitando a realização de contratação emergencial sem o devido processolicitatório.1.1.4.4 - CONSTATAÇÃO: (028)

Pagamentos indenizatórios, sem cobertura contratual, no valor de R$ 16.082.070,19 (dezesseismilhões, oitenta e dois mil, setenta reais e dezenove centavos)realizados pelo HFSE em 2010.

Em 2010, constatamos a liquidação de despesas sem cobertura contratual, na modalidade “Não seaplica” licitação, totalizando um valor de R$ 16.082.070,19 (dezesseis milhões, oitenta e dois mil,setenta reais e dezenove centavos). Detalhamos no Quadro XII as notas de empenho.

Quadro XII – Pagamentos sem respaldo contratual, 2010, HFSE

NE Empresa Objeto/SIAFI Valor

Liquidado

000173 IBROWSE Prestação serviços

ago/10

162.523,78

000174 IBROWSE Prestação serviços set/10 175.469,00

000184 IBROWSE Prestação serviços

out/10

165.996,67

000199 IBROWSE Prestação serviços

nov/10

165.677,29

Total IBROWSE 669.666,74

000168

MICRO VIEW Prestação serv 24/09 a

30/09

76.370,00

000178

MICRO VIEW Prestação serviços

out/10

327.300,00

000190

MICRO VIEW Prestação serviços

nov/10

327.300,00

000212

MICRO VIEW Prestação serviços

dez/10

327.300,00

Total MICRO VIEW 1.058.270,00

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000157

TOESA Prestação serv

exerc.2008

4.250,00

000158

TOESA Prestação serv

exerc.2009

34.000,00

000159

TOESA Transporte em

ambulância

11.900,00

Total TOESA 50.150,00

000062

LABOR MED Locação de

Equipamentos

37.175,00

000077

LABOR MED Locação monitores-

endoscopia

185.875,00

000097

LABOR MED Prest. Serv. Nov/10 e

Out/10

74.350,00

Total LABOR MED 297.400,00

000001

Angel´s SERV.PRESTADOS

JAN/2010

537.532,21

000035

Angel´s SERV.PRESTADOS

FEV/2010

838.851,03

000055

Angel´s SERV.PRESTADOS

MAR/2010

849.180,49

000155

Angel´s PREST. SERV.

JUL/2010

804.731,70

000169

Angel´s SERV.PRESTADOS

AGO/2010

802.226,06

000185

Angel´s SERV.PRESTADOS

SET/2010

798.659,37

000188

Angel´s SERV.PRESTADOS

OUT/2010

814.663,25

000210

Angel´s SERV.PRESTADOS

Encerramento

1.522.832,30

Total Angel´s 6.968.676,41

000013

BERKELEY LOCAÇÃO

EQUIPAMENTOS

MÉDICOS

4.909.755,05

000213

BERKELEY LOCAÇÃO

EQUIPAMENTOS

MÉDICOS

446.341,45

Total BERKELEY 5.356.096,50

000063

GMT

ELETROMEDICA

LOCAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

84.170,00

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000067

GMT

ELETROMEDICA

LOCAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

505.020,00

000095

GMT

ELETROMEDICA

PREST.SERV.NOV/10

DEZ/10

168.340,00

000106

GMT

ELETROMEDICA

REFORÇO DA NE 168.340,00

Total GMT ELETROMEDICA 925.870,00

000189

C M COUTO SERVIÇOS

PRESTADOS NO

PERÍODO DE 28/10 À

30/10/2010.

9.133,50

000201

C M COUTO SERVIÇOS

PRESTADOS NO MÊS

DE NOVEMBRO/2010.

91.335,00

Total C M COUTO 100.468,50

000008

TELEMAR NORTE

LESTE S/A

TELEFONIA

FIXA/EXERCÍCIO DE

2010

449.712,21

000019

TELEMAR NORTE

LESTE S/A OI TELEMAR 2008

40.961,04

000020

TELEMAR NORTE

LESTE S/A

OI TELEMAR

2006/2007

882,67

Total TELEMAR 491.555,92

000031

AIR PRODUCTS GASES MEDICINAIS-

EXERCÍCIO 2009

5.537,04

000036

CRIOMETAL MANUTENÇÃO

APARELHOS 1/1/10 A

13/1/10

4.152,74

000040

AIR LIQUIDE

BRASIL LTDA

GASES MEDICINAIS -

FEV/2010

1.296,00

000009

EMBRATEL TELEFONIA - DDD -

EXERCÍCIO 2010

4.284,68

000048

RIO MED

EQUIP.BIOMEDICOS

LTDA

MANUTENÇÃO

PREVENTIVA E

CORRETIVA

3.033,33

000003

SIEMENS LTDA LOCAÇÃO DE

APARELHO

107.004,00

000002 BRASERVICE LOCAÇÃO DE EQUIP. 38.608,33

Total Geral 16.082.070,19

Fonte: SIAFIA regra da Administração Pública para a compra de bens e serviços é a licitação. Entretanto, a Lein.º 8.666/93 apresenta exceções a esta regra, a licitação dispensada, dispensável ou inexigível,

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respectivamente, art. 17º, 24º e 25º, todavia os casos em análise não se enquadram nas exceçõescontidas na lei.

São usualmente classificados como “Não se Aplica” licitação no SIAFI, os gastos administrativosem que não é necessário por sua natureza a realização de processo licitatório, exemplificando:diárias a servidores e colaboradores, indenizações a servidores e obrigações tributárias econtributivas.Convêm mencionar que o TCU exarou o Acórdão n.º 891/2010-Plenário que versa sobre arealização de pagamentos indenizatórios, sem cobertura contratual, nos exercícios de 2008 e 2009,contendo determinações ao HFSE. Das empresas citadas no Acórdão como prestando serviços ouofertando produtos sem licitação e sem cobertura contratual, doze continuaram a receberpagamentos indenizatórios na modalidade “Não se aplica” licitação durante o exercício de 2010. NoAcórdão n.º 891/2010 - Plenário, o TCU determina ao HSFE, o que segue:

9.6. determinar ao HSE/RJ e ao HGB que:9.6.1. planejem adequadamente suas aquisições de bens e serviços, de maneira a evitar

pagamentos sem cobertura contratual;9.6.2. instaurem ou concluam, com a brevidade possível, procedimentos licitatórios

destinados a regularizar pagamentos hoje feitos a título indenizatório por aquisições sem amparocontratual;Constatamos a morosidade do HFSE em regularizar a situação dos pagamentos indenizatórios, amédia do tempo transcorrido entre o final da vigência do contrato e o primeiro empenho da UJ, em2010, na modalidade “Não se Aplica” licitação, foi de 608 dias, ou seja, aproximadamente 1 ano e 8meses.Neste ínterim, o HFSE deixou de realizar processos licitatórios para regularizar a contratação dasprestadoras de serviços e permaneceu, em quatro dos doze casos, realizando pagamentosindenizatórios durante a maior parte do exercício de 2010, conforme detalhado no Quadro XIIIabaixo.

Quadro XIII – Pagamentos Indenizatórios em 2010

Contrato (A)Final (B)1º NE em

2010

(C) Última

NE

C-A (em

dias)

Empresa anterior vigência indenizatória 2010 Diferença

IBROWSE 021/06 31/3/2010 15/10/2010 14/12/2010 196

MICRO VIEW 006/06 26/6/2010 7/10/2010 31/12/2010 103

TOESA 030/08 30/9/2010 14/9/2010 14/9/2010 -15

LABOR MED 06/2007 1/5/2011 17/5/2010 12/7/2010 16

LABOR MED 07/2010 3/5/2011

Angel´s 04/2008 29/8/2008 14/1/2010 31/12/2010 472

BERKELEY 52/2007 1/8/2008 27/1/2010 31/12/2010 514

BRASERVICE 31/2005 31/12/2006 15/1/2010 21/9/2010 1110

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GMT

ELETROMEDICA

32/2002 31/12/2004 17/5/2010 8/9/2010 1961

SIEMENS LTDA 108/2004 31/12/2006 15/1/2010 9/11/2010 1110

CM COUTO Não há 1/12/2010 16/12/2010

AIR PRODUCTS 163/2004 31/12/2005 10/3/2010 10/3/2010 1529

CRIOMETAL 12/2010 13/1/2011 11/3/2010 11/3/2010 -308

Média 608

Fonte: SIASG e SIAFI

(B) e (C) – Datas das Notas de Empenho.

Convém mencionar que 86% dos pagamentos indenizatórios apontados foram executados na ação6217 - Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde, os 14%restantes, foram liquidados na ação 8585 – Atenção à Saúde da População para Procedimentos emMédia e Alta Complexidade, ambas pertencentes ao Programa de Governo 0016 - Gestão daPolítica de Saúde.

Destaque-se que a unidade possui um “Manual Básico de Execução e Acompanhamento deContratos”, inclusive com a presença de “checklists”, onde são elencadas as rotinas e o os seusrespectivos procedimentos, sejam eles manuais ou de interação com algum sistema informatizado,no entanto o documento necessita ser aprimorado.

Verificamos que o roteiro 12 - “Procedimentos para contratos continuados”, do citado manual,carece de aperfeiçoamento, especificamente quanto à implementação de passos adicionais de modoque todo o processo que trata dos serviços de prestação continuada seja abordado de maneiracompleta, a exemplo de um maior detalhamento dos responsáveis por cada etapa, dentre outrosfatores.

CAUSA:Fragilidade no processo de planejamento do HFSE para realização de contratações de serviços. O Diretor Administrativo, no exercício das competências constantes do inciso III, art. 38, daPortaria MS n.º 2.123/2004, que aprova o Regimento Interno do HFSE, não planejouadequadamente gastos previsíveis como manutenção e locação de equipamentos médicos,terceirização de serviços de informática, locação de ambulâncias e dedetização, contratandoverbalmente os serviços com prestadores usuais destes serviço no HFSE, apesar de já haver,inclusive, o Acórdão do TCU n.º 891/10 determinando o fim desta prática na Unidade .

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Morosidade na adoção de providências para a realização de contratações de serviços consideradosessenciais, a fim de evitar a ocorrência de pagamentos sem cobertura contratual.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:Questionamos por meio das Solicitações de Auditoria n.º (s) 201000459/002 e 201104115/001 asimpropriedades constatadas. o Sr. Chefe do Serviço de Execução e Acompanhamento de Contratosmanifestou-se por intermédio do Despacho da Divisão de Administrativa SIPAR 33016703/2010-07,de 21/12/2010, e por intermédio do Ofício GABDIR/HFSE/MS/N.º 0185/2011, de 03/03/2011,informando o que segue: a) No que se refere à IBROWSE - CONSULTORIA & INFORMATICA LTDA:

“Os pagamentos foram efetuados na forma indenizatória, tendo em vista que os serviçosprestados pela Empresa acima citada não poderiam sofrer descontinuidade, uma vez que no quadrodeste nosocômio não existe categoria capaz de suprir a necessidade do Serviço de Informática.

(...)segundo informações do Serviço de Orçamento e Finanças, para concretizar ospagamentos é necessário o lançamento da modalidade licitatória a qual o pagamento se refere.Como tal não existe para os indenizatórios é lançado o Não se Aplica para formalizar ospagamentos.

O Processo original tinha como objeto a contratação de mão de obra para serviços de

informática. Em razão das disposições expressas pela Instrução Normativa N° 2, o objeto teve queser desmembrado em três conjuntos, além do que inúmeras dificuldades técnicas requeridas pela IN2 tiveram que ser pesquisadas e elaboradas em virtude de sua complexidade e grau de inovação. trêsconjuntos são explicados a seguir:

Contratação de Serviço de Digitação e Apoio a Sistemas (HELPDESK):Pregão nº 33/2010; Processo nº 33433.014185/2009-45 - Contratação por demanda de

serviço, e não por postos de trabalho (vedada pela IN2), a qual é extremamente variável em funçãodas necessidades da Instituição. Encaminhado para DATASUS Brasília – Cancelado.

Dispensa de Licitação nº 222/2010; Processo nº 33433.011949/2010-84. Contratação de Serviço de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas:Pregão nº 55/2010; Processo nº 33433.005460/2010-73 - Contratação por ponto de função

de projetos de desenvolvimento, implantação, suporte e atualização de aplicativos existentes naInstituição, com ferramenta profissional. A execução financeira é realizada de acordo com asOrdens de Serviço que são transformadas em ponto de função, o qual tem seu valor em reais.

Suspenso Pregão por solicitação do DGH, emitido Ofício da Direção Geral a EmpresaTOTVS – SOLUÇÕES solicitando manifestações sobre os argumentos apresentados pelo DGH.

Pregão nº 62/2010; Processo nº 33433.006303/2010-85 - Contratação de Administração e

Suporte de rede:Contração de serviço de administração de rede e suporte técnico através de pessoal

especializado, sem contemplar postos de trabalho, através da emissão de Ordens de Serviço, as quaisserão contabilizadas e liquidadas financeiramente em reais.” b) Sobre à Microview:

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“Dificuldade na elaboração do Projeto Básico e Planilhas pelo Serviço de Engenharia”

c) Referente à Toesa Service Ltda:

“O Distrato, datado de 14/08/2008, solicitado pela Empresa BEM GUANABARA

EMERGÊNCIAS MÉDICAS LTDA., protocolado sob o nº 33433.010853/2008-84 alegandoinviabilidade de continuidade da parceria contratual cujo objeto era a Remoção de PacientesInstáveis (UTI) com esta Unidade Hospitalar em face da inexequibilidade contratual e a dificuldadeem contratar em tempo hábil empresa especializada no mesmo objeto e considerando, ainda, que talserviço não poderia sofrer solução de continuidade, ou seja, interrupção na prestação do serviço.Diante disso, foi sugerido por este Serviço a Divisão Administrativa a abertura de ProcessoLicitatório sendo prejudicado nas pesquisas de mercado, ou seja, as Empresas não atenderam asolicitação deste Hospital alegando que não teriam condições de arcar com seus custos. Além disso,foi solicitada a contratação em caráter emergencial, conforme SIPAR nº 33433.015917/2008-33tendo, também, a mesma dificuldade. Desta forma foram realizados os pagamentos na formaindenizatória por entendermos que o atendimento de remoção de situações emergenciais, com riscode vida é o objetivo final , ou seja, atendimento a população desta Unidade Hospitalar.

Vale acrescentar que diante do Pregão nº 60/2009 oriundo do Processo nº

25001.058501/2010-86 foi regularizada a situação. Quanto ao Não se Aplica no Quadro II, segundo informações do Serviço de Orçamento e

Finanças, para se concretizar os pagamentos é necessário o lançamento da modalidade licitatória aqual o pagamento se refere. Como tal não existe para os indenizatórios é lançado o Não se Aplicapara formalizar os pagamentos.” d)No que tange à LABOR MED APARELHAGEM DE PRECISAO LTDA:

“Quanto à utilização do termo “Não se Aplica”, citado neste item, dá-se pela necessidade degerar empenho, especialmente nos processos indenizatórios, haja vista não existir modalidade paraformalizar o pagamento. Neste caso, existiam notas de Prestação de Serviços de Locação realizadospela Empresa labor Med, após reconhecimento foram pagas parceladamente, coincidindo com oinício do novo contrato com o início do novo contrato com a Empresa. Conforme informações doServiço de Orçamento e Finanças.” e)No que se refere à ANGEL´S SERVICOS TECNICOS LTDA:

“Foi aberto um processo de nº 33433/006202/2009-86 para regularizar a situação junto acontratação de mão de obra sendo cancelado em virtude de não ter sido enquadrado no Decreto2271/97, face esse cancelamento foi aberto um processo em caráter emergencial de nº33433/011052/2010-51 DL 179/2010) dentro do enquadramento pertinente, tendo em vista que ocontrato estava sendo pago no Artigo 59. Foi aberto também o processo regular nº 33433/011320/2010-34 Pregão 95/10 em fase de atendimento ao parecer do NAJ.”

f)No que tange à BERKELEY EQUIPAMENTOS:

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“Processo Licitatório solicitado por força da inadimplência da Empresa referente ao FGTS,sendo determinado o cancelamento do Contrato vigente pelo NAJ/RJ, no momento da análise dopedido de prorrogação da vigência (T. A.). Na elaboração do Projeto Básico o Serviço requisitanteteve dificuldades na elaboração por força da Instrução Normativa nº 02/2008, referente às Planilhasque determina as especificações de cada um de seus componentes, em decorrência, trazendodificuldades na obtenção das pesquisas de mercado. Estando neste momento o Processo sob análisepelo NAJ/RJ.

A permanência dos Equipamentos pertencentes a referida Empresa é de vital importância

para este Hospital pois além de Equipamento de Anestesia há também Respiradores. A retiradadestes equipamentos inviabilizaria as cirurgias. Além disso, trata-se de equipamentos de alto custopor conta disto no Emergencial solicitado não obtivemos êxito junto as demais Empresa do ramo,uma vez que o investimento para 180 (cento e oitenta) dias seria inviável. Vale acrescentar que nãohouve prejuízo ao erário tendo em vista que o valor efetuado na forma indenizatória permanece omesmo à época da contratação regular (Contrato nº 005/2007).

Quanto ao Não se Aplica no Quadro II, segundo informações do Serviço de Orçamento e

Finanças, para se concretizar os pagamentos é necessário o lançamento da modalidade licitatória aqual o pagamento se refere. Como tal não existe para os indenizatórios é lançado o Não se Aplicapara formalizar os pagamentos.” g)Referente à Braservice:

“A entrega dos micros computadores resultante da adesão ao Pregão 06/2008 doDepartamento de Logística do MS, Processo 33433.012877/2009-59 carona 249/09, foi dificultadapelo quantidade de equipamentos envolvidos e como não poderia ter haver interrupção dostrabalhos a administração optou pelo pagamento indenizatório.”

h)Sobre a GMT ELETROMÉDICA e SIEMENS:

“As informações encontram-se de posse do Serviço de Orçamentos e Finanças - SEORFI”

i)No que se refere à CM Couto: “Informamos que os empenhos indenizatórios emitidos a favor da empresa CM COUTO

SISTEMAS CONTRA INCÊNDIOS LTDA. na modalidade NÃO SE APLICA referentes a coberturade 02 (dois) dias do mês de outubro/2010 e todo o mês de novembro/2010, ocorreram devido acontinuidade dos serviços prestados pela empresa em questão após o término da vigência daDispensa de Licitação nº 049/2010;

Havendo a necessidade de liquidação da despesa ora executada e uma vez que nenhumadespesa poderá ser realizada sem o competente empenho prévio, éo que estabelece o Artigo 60 daLei 4.320/64, os pagamentos foram efetuados na modalidade questionada para o período informadoe que a única forma de reconhecer a despesa nos termos do art. 59, parágrafo único, da lei nº8.666/1993, é a emissão de empenho através do SIAFI, onde há a possibilidade de sua emissão sema informação de modalidade de licitação.”

j) Referente à Air Liquide Brasil:

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“Pagamento efetuado na forma indenizatória, tendo em vista que os serviços prestados pela

empresa acima citada não poderiam sofrer descontinuidade, uma vez que são imprescindíveis, entreoutros Serviços, para o Centro de Tratamento Intensivo Pediátrico, Unidade Neonatal e CentrosCirúrgicos.”

l) No que tange à Embratel e Telemar:

“Pagamento efetuado na forma indenizatória, tendo em vista que os serviços prestados pelas

empresas acima citadas não poderiam sofrer descontinuidade. Observamos que houve abertura deprocesso licitatório 33433.010105/2009-82 em 31/07/2009. Dificuldade na elaboração do ProjetoBásico e respectivas planilhas pela inexistência de mão-de-obra especializada para execução destaatividade em função qualiquantitativa da rede telefônica.” m) Sobre a Rio Med:

“Pagamento efetuado na forma de indenizatória, correspondente aos período de 01/01/2010a 13/01/2010 uma vez que o contrato oriundo do processo licitatório 33433.016233/2006-97 tevesua vigência inciada em 14/01/2010.

A descontinuidade do presente processo iria acarretar um enorme prejuízo assistencial aospacientes desta Unidade Hospitalar, pois a interrupção da manutenção preventiva e corretiva dosaparelhos de Raio-X afearia os diagnósticos, o planejamento cirúrgico. (...)” Questionamos à UJ por meio da Solicitação de Auditoria n.º 201000459/001, em relação àimplementação do Acórdão n.º 891/2010 - Plenário, o Sr. Diretor Geral do HFSE, manifestou-se porintermédio do Ofício GABDIRT/HFSE/MS/N.º0335/10, de 10/06/10, informando: n) Em relação a implementação do Acórdão n.º 891/2010 – Plenário:

“(...)Ainda no que se refere ao supramencionado Acórdão, mais especificamente àsrecomendações dispostas nos subitens 9.6.1 e 9.6.2, estamos apresentando, também, a planilhaanexa, onde demonstramos que 14 serviços dos 17 que existiam na condição indenizatória já foramsanados, assim como demonstramos o estágio em que se encontram por motivo excepcionalpermanecem naquela condição.(...)”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:Em que pesem as justificativas apresentadas, houve morosidade na adoção de providências parasaneamento da impropriedade, tendo em vista o lapso de tempo em que os serviços foram prestadossem cobertura contratual, conforme detalhado no Quadro XIIIOs serviços em análise podem ser considerados previsíveis e essenciais por sua natureza:manutenção e locação de equipamentos médicos, terceirização de serviços de informática, locaçãode ambulâncias e dedetização; logo os pagamentos indenizatórios ocorreram por deficiências noplanejamento de aquisições e contratações da UJ.Ressalte-se, ainda, o constante da Orientação Normativa n.º 04, de 01/04/2009, da Advocacia-Geralda União (AGU):

“A despesa sem cobertura contratual deverá ser objeto de reconhecimento da obrigação deindenizar nos termos do art. 59, parágrafo único, da lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração

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da responsabilidade de quem lhe der causa.”

O Inciso XXI, art. 37º da Constituição Federal prevê a obrigatoriedade de licitar para aAdministração Pública e o Parágrafo único do Art. 60º da Lei n.º 8.666/93 estabelece a nulidade docontrato verbal.

Outrossim, o TCU determina em seu Acórdão n.º 195/2005 – Plenário que se abstenha de realizardespesas sem prévio empenho e de efetuar contratações verbais.

Em relação ao item 9.6 do Acórdão n.º 891/2010 – Plenário, que versa sobre a realização depagamentos indenizatórios, sem cobertura contratual, o HFSE empenhou em 2010 o valor de R$16.082.070,19 (dezesseis milhões, oitenta e dois mil, setenta reais e dezenove centavos)semcobertura contratual, sendo que das empresas citadas no Acórdão como prestando serviços ouofertando produtos sem licitação e sem cobertura contratual, doze continuaram a receberpagamentos indenizatórios na modalidade “Não se aplica” durante o exercício de 2010, conformedetalhado no Quadro XIV.

Quadro XIV – Pagamentos indenizatórios, durante o exercício de 2010, para as empresas constantesdo Acórdão TCU n.º 891/10

Empenho Nome Favorecido Data Emissão Valor Liquidado

000031 AIR PRODUCTS BRASIL LTDA. 10-03-2010 5.537,04

000040 AIR LIQUIDE BRASIL LTDA 17-03-2010 1.296,00

000001 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

14-01-2010 537.532,21

000035 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

11-03-2010 838.851,03

000055 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

05-05-2010 849.180,49

000155 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

08-09-2010 804.731,70

000169 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

08-10-2010 802.226,06

000185 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

23-11-2010 798.659,37

000188 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

30-11-2010 814.663,25

000210 ANGEL´S SERVICOS TECNICOSLTDA

31-12-2010 1.522.832,30

000036 CRIOMETAL ENGENHARIA LTDA 11-03-2010 4.152,74

000009 EMBRATEL 15-01-2010 4.284,68

000008 TELEMAR NORTE LESTE S/A 15-01-2010 449.712,21

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000019 TELEMAR NORTE LESTE S/A 05-02-2010 40.961,04

000020 TELEMAR NORTE LESTE S/A 05-02-2010 882,67

000048 RIO MED EQUIP.BIOMEDICOSLTDA

14-04-2010 3.033,33

000013 BERKELEY EQUIP. MEDICOSLTDA

27-01-2010 4.909.755,95

000213 BERKELEY EQUIP. MEDICOSLTDA

31-12-2010 446.341,45

000002 BRASERVICE INFORMATICA LTDA 15-01-2010 38.608,33

000173 IBROWSE CONSULT. INFO. LTDA 15-10-2010 162.523,78

000174 IBROWSE CONSULT. INFO. LTDA 18-10-2010 175.469,00

000184 IBROWSE CONSULT. INFO. LTDA 23-11-2010 165.996,67

000199 IBROWSE CONSULT. INFO. LTDA 14-12-2010 165.677,29

000062 LABOR MED APAR. PRECISAOLTDA

17-05-2010 37.175,00

000077 LABOR MED APARELHAGEMLTDA

15-06-2010 185.875,00

000097 LABOR MED APARELHAGEMLTDA

12-07-2010 74.350,00

000063 GMT ELETROMEDICACOM.SERV.LTDA

17-05-2010 84.170,00

000067 GMT ELETROMEDICACOM.SERV.LTDA

17-05-2010 505.020,00

000095 GMT ELETROMEDICACOM.SERV.LTDA

12-07-2010 168.340,00

Total s/cobertura contratual empresas Acórdão 891/10 14597838,54

Fonte: SIAFI

Convém mencionar que o Sr. Diretor Geral do HFSE, em 03/03/2011, por meio da Portaria/HFSE/MS/n.º 0174, determinou a apuração de responsabilidade do pagamento sem cobertura contratual àempresa CM COUTO.

RECOMENDAÇÃO : Recomendação 1:

Realizar os procedimentos licitatórios necessários para a contratação dos serviços essenciais aoHSFE que atualmente estão sendo prestados sem cobertura contratual.

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Recomendação 2:

Realizar contratações emergenciais para os serviços sem cobertura contratual, pelo períodoestritamente necessário para a realização do devido procedimento licitatório, observado o inciso IVdo art. 24 da Lei n.º 8.666/93, promovendo a apuração de responsabilidade pelos pagamentos porvia indenizatória, nos termos do parágrafo único do art. 59 da Lei n.º 8.666/93 e OrientaçãoNormativa AGU n.º 04/2009.

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