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Libertas & Associados Av. Luiz Paulo Franco 500, 13 o andar – Belvedere – Belo Horizonte/MG – CEP: 30320-570 Tel.: (31) 3264.0602 site: www.libertas-mg.com.br e-mail: [email protected] RELATÓRIO DE AUDITORIA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA OUTUBRO/2012 LEGALIDADE DA DESPESA JUNHO A OUTUBRO DE 2012 INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE BETIM – IPREMB

RELATÓRIO DE AUDITORIA - Minas Gerais · OUTUBRO/2012 LEGALIDADE DA DESPESA JUNHO A OUTUBRO DE 2012 INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ... normatizam o viés financeiro, contábil

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RELATÓRIO DE AUDITORIA

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

OUTUBRO/2012

LEGALIDADE DA DESPESA

JUNHO A OUTUBRO DE 2012

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE BETIM – IPREMB

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RELATÓRIO DE AUDITORIA - LEGALIDADE DA DESPESA INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE BETIM – IPREMB

JUNHO A OUTUBRO DE 2012

Cumprindo nossa missão contratual a Libertas & Associados Ltda. fez-se representar no

Instituto de Previdência Social do Município de Betim - IPREMB , para dar continuidade aos

serviços técnicos de auditoria preventiva de gestão, referente aos meses junho a outubro de 2012.

Nosso objetivo é a avaliação da gestão sob a ótica dos princípios da legalidade e da eficiência,

levando em consideração os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal e demais diplomas legais que

normatizam o viés financeiro, contábil e orçamentário da administração pública brasileira.

1. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Foram disponibilizados os seguintes relatórios gerenciais referentes ao mês outubro de 2012,

para análise:

� Balancete da Receita;

� Balancete da Despesa – Sintético;

� Demonstrativo de Movimento de Numerário;

� Dívida Flutuante;

� Balancete de Verificação do Razão Analítico.

1.1. DA ARRECADAÇÃO DA RECEITA

A Lei Orçamentária Anual nº 5.236/2011 do Município de Betim estimou, para o exercício de

2012, receitas para o Instituto de Previdência Social do Município de Betim - IPREMB, no valor de

R$ 140.475.000,00. No período compreendido entre 01/01/12 e 31/10/12 foram arrecadados

R$144.315.756,96, ou seja, 102,73% da previsão inicial. Assim, a arrecadação até o mês outubro de

2012 já superou a previsão inicial em 2,73%.

Nos meses de janeiro a outubro de 2012 foram efetuadas Transferências Interfinanceiras pelo

Tesouro Municipal ao Instituto, no valor de R$ 15.453.051,57 visando o custeio de despesas com o

pagamento das aposentadorias e pensões concedidas até 31/12/2005.

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Já as Transferências Intra-Orçamentárias efetuadas no período correspondem a

R$36.631.025,29, sendo R$25.914.962,56 referentes à Contribuição Patronal para o RRPS e

R$10.716.062,73 referentes à Contribuição em Regime de Parcelamento de Débitos.

O ingresso de receitas até o mês outubro de 2012, deu-se conforme exposto a seguir:

PREVISTO RECEITA

(R$)

ARRECADADO (R$) %

Receitas Correntes ( A ) 84.658.000.00 107.684.731.67 127.20

Receita de Contribuições 50.091.000.00 25.375.905.41 50.66

Receita Patrimonial 30.818.000.00 80.759.579.57 262.05

Receita de Serviços 1.000.00 - -

Outras Receitas Correntes 3.748.000.00 1.549.246.69 41.34

Receitas de Capital ( B ) - - -

Receitas Correntes Intra-Orçamentárias ( C ) 55.817.000.00 36.631.025.29 65.63

Deduções da Receita( D ) - - -

SUB-TOTAL (E = A+B+C–D) 140.475.000.00 144.315.756.96 102.73

Transferências Financeiras Recebidas ( F ) - 15.453.051.57 -

TOTAL (G = E+F) 159.768.808.53 - Fonte: Balancete da Receita – outubro/2012.

Os maiores destaques da arrecadação neste período, em relação à previsão inicial, foram os

seguintes:

PREVISTO ARRECADADO % RECEITA (R$) (R$) APURADO

Contribuição do Servidor Ativo Civil 49.137.000.00 24.651.649.09 50.17 Remuneração dos Investimentos do RPPS 25.408.000.00 76.918.708.13 302.73 Contribuição Patronal Servidor Ativo Civil 49.137.000.00 25.914.962.56 52.74 Contribuição Previdenciária em Regime de Parcelamentos de Débitos

6.179.000.00 10.716.062.73 173.43

Fonte: Balancete da Receita – outubro/2012.

Conforme demonstrado, verifica-se que o ingresso proveniente da remuneração dos

investimentos do IPREMB contribuiu, sistemicamente, para a alavancagem na arrecadação

geral da receita.

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1.2. DA REALIZAÇÃO DA DESPESA

De acordo com o Balancete da Despesa Sintético, para o exercício de 2012 foram fixadas

despesas para o IPREMB no montante de R$171.983.000,00.

No período de janeiro a outubro de 2012 foram empenhadas despesas no montante de

R$52.483.270,90, considerando os empenhos globais e por estimativa; liquidadas R$39.398.831,10 e

pagas despesas no valor de R$39.398.831,10.

A execução da Despesa Orçamentária do IPREMB, até o mês outubro de 2012, por Categoria

Econômica apresenta-se como retratado a seguir:

COMPARATIVO DA DESPESA POR CATEGORIA ECONÔMICA CATEGORIA ECONÔMICA

DOTAÇÃO ATUALIZADA EMPENHADO LIQUIDADO PAGO

DESPESAS CORRENTES 62.042.000.00 52.441.232.00 39.384.641.90 39.384.641.90

Pessoal e Encargos Sociais 1.257.000.00 1.230.000.00 570.617.80 570.617.80

Juros e Encargos da Dívida - - - -

Outras Despesas Correntes 60.785.000.00 51.211.232.00 38.814.024.10 38.814.024.10

DESPESAS DE CAPITAL 6.172.000.00 14.739.20 14.189.20 14.189.20

Investimentos 6.172.000.00 14.739.20 14.189.20 14.189.20

Amortização da Dívida - - - -

Reserva de Orçamentária do RPPS

101.989.000.00

Reserva de Contingência -

TOTAL DA DESPESA 170.203.000.00 52.455.971.20 39.398.831.10 39.398.831.10

Fonte: Balancete da Despesa - Sintético – outubro de 2012.

Da análise do Balancete da Despesa Sintético verificou-se que os dados constantes do campo

“Dot. Atualizada” na realidade correspondem ao “saldo da dotação”. O valor a constar do campo

“Dot. Atualizada” deve resultar da “Dotação Inicial + Suplementação Ano – Redução Ano” enquanto

que o “Saldo da Dotação” resulta da “Dotação Inicial – Empenhado Ano – Anulado Ano”.

Entendemos por bem, que estas considerações devem ser repassadas à empresa mantenedora do

sistema informatizado de contabilidade para fins de adequação.

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Ante o Balancete da Despesa Sintético, esta auditoria verificou que as Dotações Atualizadas

remontam R$170.203.000,00, ou seja, R$1.780.000,00 a menor do que o valor inicialmente fixado de

R$171.983.000,00. Constatou-se que o valor de R$1.780.000,00 foi reduzido, do orçamento; contudo,

não foi aberto crédito adicional no orçamento do IPREMB no valor correspondente. Assim, deverá ser

verificado se o montante de R$1.780.000,00 foi reduzido no orçamento do IPREMB para fazer face à

abertura de crédito adicional no orçamento da Prefeitura.

Quanto à execução orçamentária da despesa, foi verificado que 100% do total das despesas

liquidadas até 31/10/2012 foram pagas no mesmo período.

Apresentamos a seguir, as despesas realizadas pelo Instituto de Previdência Social do

Município de Betim - IPREMB, no período de janeiro a outubro de 2012, discriminadas por “Ação:

Projeto / Atividade / Operação Especial”:

COMPARATIVO DA DESPESA POR AÇÃO DE GOVERNO

AÇÃO DOTAÇÃO

ATUALIZADA EMPENHADO LIQUIDADO PAGO

0205 – Operacionalização das Atividades do IPREMB

3.269.000.00 1724232 881.987.77 881.987.77

0206 – Aquisição de Equipamentos e Material Permanente - IPREMB

172.000.00 14.739.20 14.189.20 14.189.20

0207 – Inativos e Pensionistas até 31/12/2005

34.230.000.00 28.730.000.00 24.109.932.15 24.109.932.15

0208 – Inativos e Pensionistas Benefícios a Partir de 2006

24.543.000.00 21.987.000.00 14.392.721.98 14.392.721.98

0209 – Aquisição de Imóvel – Sede IPREMB

6.000.000.00 - - -

0210 – Reserva do RPPS 101.989.000.00

TOTAL 170.203.000.00 52.455.971.20 39.398.831.10 39.398.831.10

Fonte: Balancete da Despesa - Sintético – outubro de 2012.

Observa-se, mediante o Comparativo da Despesa por Ação de Governo que as despesas

realizadas pelo IPREMB concentram-se, basicamente, no pagamento dos Inativos e Pensionistas,

correspondendo a 97,73% das despesas liquidadas, distribuídos em: 61,19% da folha de pagamento

assumida até 31/12/2005 e 36,53% dos benefícios concedidos a partir de 01/01/2006.

Por sua vez, as despesas administrativas do Instituto representam 2,27% do montante

liquidado até o mês outubro de 2012.

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Vale ressaltar que os gastos administrativos do IPREMB não podem ultrapassar 1% do

montante da remuneração, subsídios, proventos e pensões pagos aos segurados e beneficiários do

RPPS no exercício financeiro anterior, em conformidade com o § 3º, art. 14 da Lei nº 4.275/05, de

28/12/2005 c/c art. 41, da Orientação Normativa SPS nº 02, de 31/03/2009.

Em consonância com o Anexo X – Demonstrativo Previdenciário RPPS, extraído da

Prestação de Contas Anual – SIACE/PCA-2011, tem-se que a base de cálculo para apuração do

índice percentual das despesas administrativas a serem executadas pelo IPREMB no exercício em

curso é: R$ 356.436.553,70

Ante o exposto, no período de janeiro a outubro de 2012 as despesas administrativas

realizadas pelo Instituto de Previdência Social do Município de Betim – IPREMB representam 0,25%

da base de cálculo, obedecendo assim, as determinações estabelecidas no art. 14, § 3º, da Lei

4.275/2005.

Confrontando a Receita Arrecadada (R$159.768.808,53), – incluídas as Transferências

Financeiras Recebidas, - com a Despesa Liquidada (R$ 39.398.831,10) no período de janeiro a

outubro de 2012, apura-se um superávit na ordem de 75,34% do total da arrecadação efetivada, ou

R$120.369.977,43, o que denota que a execução orçamentária está pontuada na responsabilidade

fiscal.

1.3. DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

A movimentação financeira do IPREMB, no mês outubro de 2012, apresenta-se da seguinte

forma:

Receita Orçamentária ............. R$ 19.162.801,30 Despesa Orçamentária .......... R$ 3.916.942,40

Receita Extra-Orçamentária . R$ 3.015.984,25 Despesa Extra-Orçamentária. R$ 1.206.795,28

Saldo Anterior ..................... R$ 493.474.202,91 Saldo Atual .......................... R$ 510.529.250,78

TOTAL . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 515.652.988,46 TOTAL . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 515.652.988,46

Fonte: Demonstrativo de Movimento Numerário – outubro de 2012.

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Importa lembra que os recursos financeiros dos Regimes Próprios de Previdência Social

devem ser aplicados em conformidade com a política anual de investimentos em observância ao que

disciplina a Portaria nº. 518/2011 do Ministério da Previdência Social.

Da análise do Balancete de Verificação do Razão Analítico verifica-se que os investimentos

do Regime Próprio de Previdência de Betim, no montante de R$497.191.043,67, representam 97,38%

do total do Ativo Circulante do Instituto (R$510.576.676,13).

No que concerne à Movimentação Extraorçamentária do IPREMB durante o período de

janeiro a outubro de 2012, temos a seguinte situação:

Receita Despesa

Título Valores (R$) Título Valores (R$) SESI 8.636,50 SESI 7.668,50 CDC CEF 1.060.662,89 CDC CEF 939.955,61 CDC Banco do Brasil 548.085,82 CDC Banco do Brasil 493.324,08 Central Odont. de Betim Ltda. 19.648,20 Central Odont. de Betim Ltda. 15.433,20 ODONTOBET Ltda. 8.126,65 ODONTOBET Ltda. 7.330,00 Perda de Investimento - Perda de Investimento 6.703.962,10 CDC HSBC 158.403,58 CDC HSBC 143.728,44 SIND SERB 12.289,31 SIND SERB 11.005,32 ABE 1.654,52 ABE 1.480,36 UNSP 6.286,49 UNSP 6.286,49 SIND Saúde 100,40 SIND Saúde 100,40 SIND UTE 25.350,21 SIND UTE 22.724,02 Seguro Sociedade Auxiliadora 5.743,76 Seguro Sociedade Auxiliadora 5.148,60 Seguro Zurich Minas Brasil 78.637,67 Seguro Zurich Minas Brasil 70.539,34 ASMUBE 2.502.035,54 ASMUBE 2.242.165,77 Seguro CAPEMISA 59.821,71 Seguro CAMPEMISA 53.958,81 Cesta Básica 74.604,99 Cesta Básica 66.432,06 IRRF – Folha de Pagamento 2.070.246,34 IRRF – Folha de Pagamento 1.859.626,53 IRRF – Terceiros 2.560,79 IRRF - Terceiros 2.013,12 AESB 21.568,18 AESB 19.375,29 BMG Card 1.796,77 BMG Card - CDC Banco Rural 70.889,34 CDC Banco Rural 64.097,79 CDC Bonsucesso 56.901,24 CDC Bonsucesso 51.695,81 APAMB 3.946,60 APAMB 3.547,04 CDC BMG 623.907,90 CDC BMG 556.997,82 CDC Banco PINE 2.361,70 CDC Banco PINE 2.125,53 ASAPABE 4.683,01 ASAPABE 4.205,58 Pensão Alimentícia 229.441,17 Pensão Alimentícia 229.441,17 Repasse Financeiro 15.453.051,57 Repasse Financeiro - ISSQN a Recolher 946,27 ISSQN a Recolher 1.022,28 INSS a Recolher 16.951,03 INSS a Recolher 15.356,69 Cauções e Garantias Diversas 3.000,00 Cauções e Garantias Diversas 2.700,00

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Secret. Estado da Fazenda MG 2.003,99 Secret. Estado da Fazenda de MG 2.003,99 Restos a Pagar - Restos a Pagar 20.046,48

Total Total 13.625.498,22 Fonte: Balancetes da Receita e da Despesa – meses 01 a 10/2012.

No que concerne às contas que integram as Receitas e Despesas Extraorçamentárias,

enfatizamos que as mesmas devem ser conciliadas periodicamente, para evitar, ao final do exercício

financeiro, a apuração de saldos na Dívida Flutuante e Devedores Diversos que não retratem a

realidade do Instituto de Previdência Social do Município de Betim – IPREMB .

Tendo em vista a transitoriedade dos saldos das contas que integram a dívida flutuante,

alertamos para que seja verificada a pertinência de se efetuar os pagamentos e, caso contrário, de se

promover o cancelamento dos empenhos de restos a pagar não processados de exercícios anteriores,

por tratar-se de uma dívida de curto prazo (passivo financeiro) que deve ser regularizada no exercício

seguinte ao de sua inscrição1.

1 O Decreto Federal nº. 93.872/86 em seu artigo 68, §2º, estabelece que os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados posteriormente terão validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, ressalvado o disposto no § 3º. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores.

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2. AUDITORIA PREVENTIVA DA DESPESA

O presente Laudo de Auditoria enfatizará as ocorrências relacionadas à despesa realizada pelo

Instituto de Previdência Social do Município de Betim/MG , almejando que os apontamentos

despertem os efeitos pedagógicos para os ordenadores de despesa.

Ao contrário do que ocorre nas relações privadas, em que ao particular é permitido tudo que

não é defeso por lei, à Administração Pública, para garantia do próprio administrado, só é admitido o

que for previamente determinado em lei.

A análise da legalidade da despesa abrange fatores como:

� Formalização da despesa;

� Idoneidade dos comprovantes;

� Cumprimento das etapas orçamentárias;

� Interesse público na realização da mesma;

� Procedimentos de liquidação;

� Observância dos princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade, da eficiência, da

publicidade, da razoabilidade na administração pública, entre outros.

No que se refere aos Regimes Próprios de Previdência Social, o Ministério da Previdência

Social, como órgão de orientação, supervisão e acompanhamento dos RPPS (Inciso I, artigo 9º, da Lei

9717/1998), instituiu um plano de contas específico para os regimes próprios, conforme Portaria

MPS nº 916/2003 e alterações posteriores.

O Plano de Contas aplicado aos RPPS tem a mesma estruturação e codificação do Plano da

Administração Pública Federal, cujo objetivo precípuo é a padronização dos procedimentos contábeis

nas três esferas de governo.

Em nossa análise, que passa por critérios estabelecidos pela legislação em vigor, realizada nos

empenhos pagos nos meses de JUNHO, JULHO, AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO de 2012,

foram detectadas ocorrências no que se refere à realização de despesas. Vejamos:

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JUNHO/2012

NE / OP / NAP

FICHA DATA VALOR R$ CREDOR OCORRÊNCIA

115 599 29/06 3.500,00 Clube Atlético Rodoviário

Locação de auditório para evento de prestação de contas aos aposentados, a ser realizado em 02/07. O pagamento foi realizado antecipadamente, em 29/06, em conformidade com a cláusula quarta do contrato que disciplina: “o pagamento será realizado no ato da assinatura do contrato, através de transferência bancaria, e cheque caução no valor do aluguel para cobrir eventuais danos.” Despesa classificada como 3.3.90.39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, sem o desdobramento em subelemento, não atendendo o preconizado pela IN TCEMG nº. 15/2011.

114 596 29/06 7.870,00 Confeitos da Omã Ltda.

Fornecimento de lanches diversos para recepção de aposentados e pensionistas do IPREMB. Despesa classificada como 3.3.90.30 – Material de Consumo. Como se trata de fornecimento de lanches, o correto seria ter classificado a despesa sob a natureza 3.3.90.39.27 – Fornecimento de Alimentação, em consonância com a IN TCEMG nº. 15/11 c/c Portaria STN 448/02. Despesa contratada por Dispensa licitação, praticamente no limite a que se refere o art. 24, II da Lei 8.666/93, propiciando a incursão no fracionamento de licitação. Nota fiscal talonária não poderia ter sido aceita, face à vigência do Protocolo ICMS nº. 19/2011. Nota fiscal descreve apenas ‘produtos para coffe breack`. Quais produtos, em que quantidades? As CND’s obrigatórias do INSS, FGTS e Trabalhista não foram juntadas ao processo da despesa.

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11

Empenho não faz referência a instrumento de contrato.

112 104 101

599 599 599

26/06 12/06 11/06

1.184,06 392,94

3.592,65

Terra Nova Viagens e Turismo Ltda.

Passagens aéreas para servidores participarem de curso sobre formação de preços nas licitações nos dias 28 e 29/06, em Curitiba/PR, e para o “46º Congresso Nacional da ABIPEM” em Foz do Iguaçu, de 13 a 15/06. Despesa classificada com 3.3.90.39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, quando deveria ter sido classificada como 3.3.90.33 – Passagens e Despesas com Locomoção, nos termos da Portaria STN nº. 163/01. Despesa realizada por dispensa de licitação. Atentar para o limite anual de R$8.000,00 a que se refere o artigo 24, II da Lei 8.666/93, para aquisição de bens e serviços por dispensa de licitação. Despesa realizada sem orçamentos prévios e sem as obrigatórias CND’s do INSS, FGTS e Trabalhista. Não foi retido o IRRF sobre o valor devido à agência pelos serviços de intermediação na aquisição das passagens.

109

108

106

972

972

972

21/06

21/06

21/06

70,00

195,00

147,00

Raphael Fernandes Rios Prado Isabela Lara Ferreira Bernardo Zerlottini Isac

Reembolso despesas com taxi para deslocamento na cidade de Foz do Iguaçu/PR, quando da participação dos servidores no 46º Congresso Nacional e Internacional de Previdência da ABIPEM nos dias 13 a 15 de junho. Verificar o que disciplina a legislação municipal sobre o tema visto que, via de regra, as despesas com locomoção urbana estão amparadas pela figura da diária civil, nos termos da Portaria STN nº. 163/01.

105 599 20/06 3.500,00 Tribunal de Justiça de MG

Pagamento de honorários periciais. Despesa classificada como 3.3.90.39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica. Tendo em vista a IN TCEMG nº. 15/2011, c/c Portaria STN nº. 448/02, a despesa deveria ter sido classificada

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12

sob o desdobramento 3.3.90.39.50 – Serviços Judiciários.

100

99 98

Tem outros

595 11/06 730,00

730,00

730,00

Raphael Fernandes Rios Prado Isabela Lara Ferreira Silvia Ferry de Oliveira

Concessão de diárias e ‘taxas de embarque e desembarque’, apropriadas como 3.3.90.14 – Diária - Civil. Segundo a Contadora Camila, a taxa de embarque e desembarque é para custeio de despesas com taxi no percurso: aeroporto/hotel/hotel/ aeroporto.

95 599 11/06 1.750,00 ABIPEM Taxa de inscrição dos servidores no congresso da ABIPEM. Despesa não se faz acompanhar do documento fiscal ou equivalente. Figura apenas boleto bancário. Nos termos da Súmula TCEMG nº. 93 “as despesas públicas que não se fizerem acompanhar de nota de empenho, de nota fiscal quitada ou documento equivalente de quitação são irregulares e poderão ensejar a responsabilização do gestor.”

56-04 599 13/03 100,00 AMIPREM Repasse de contribuição (mensalidade) à associação. Despesa classificada como 3.3.90.39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, quando o adequado seria classificar como 3.3.90.41 – Contribuições, conforme preconiza a Portaria STN nº. 163/01.

36-04 596 03/02 967,71 TNX Panificadora Ltda.

Aquisição de lanches por meio da Dispensa de Licitação 001/2012, conforme figura na avaliação de fornecedores e solicitação de pagamento. Todavia, no campo destinado aos dados da licitação constante da nota de empenho figura SDO (Solicitação de Dotação Orçamentária) 027/2012. Corrigir estas informações nos próximos empenhos. Nota fiscal talonária modelo 1 não poderia ter sido aceita, face a vigência do Protocolo ICMS nº.19/2011.

35-05 593 30/05 939,27 IPREMB Contribuição patronal dos servidores ativos do IPREMB. Despesa classificada como

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3.1.91.13 – Obrigações Patronais, modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, quando deveria ser contabilizada sob a modalidade 90 – Aplicação Direta, tendo em vista que a contribuição é recolhida para o próprio Instituto.

34-011 591 20/06 3.224,34 INSS – FGTS Recolhimento de obrigação previdenciária ao INSS. Segregar o credor, visto que a contribuição previdenciária e o FGTS são recolhidos a órgãos distintos. Foi juntado ao empenho cópia da GPS. Acostar relatório extraído do sistema da folha de pagamento.

34-10 591 07/06 865,17 INSS – FGTS Recolhimento do FGTS. Segregar o credor, visto que a contribuição previdenciária e o FGTS são recolhidos a órgãos distintos. Foi juntado ao empenho cópia da SEFIP. Acostar relatório extraído do sistema da folha de pagamento.

5-06 599 02/01 3.960,01 CIEE/MG Bolsa estágio classificada como 3.3.90.39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica. O custeio de estagiários deve ser alocado sob a natureza 3.3.90.36.07 – Estagiários, conforme IN TCEMG nº. 15/2011. Por outro lado, a contribuição institucional deve ser classificada como 3.3.90.41 – Contribuições.

1-005

93-001

599

599

02/01

30/05

738,40

852,00

Soma Terceirização de Serviços Ltda.

Despesa contratual, com prestação de serviços de limpeza e conservação, contabilizada sob empenho ordinário. Dispensa de Licitação nº. 19/2012. O processo de dispensa deve ser regularmente instruído e justificado. Subempenho não contempla dados do contrato. Observar o que disciplina a IN TCEMG nº. 08/03. Desconto do IRRF e do INSS oportunamente processados em conformidade com o destacado na Nota Fiscal.

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14

O ISSQN foi retido no local da execução dos serviços de limpeza, nos termos da LC 116/03, art. 3º, VII. Subempenho sem atesto do Controle Interno. Conforme informado pela Contadora Camila, não houve no exercício de 2012, nomeação de controlador interno do IPREMB. Terceirização de mão-de-obra classificado como 3.3.90.39.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica quando o correto é classificar como 37 – Locação de Mão-de-Obra, de acordo com a Portaria Interministerial 163/2001 – atualizada. Subempenho liquidado em 05/06. Atesto do almoxarifado aposto na nota fiscal eletrônica em 04/06. Por se referir a mesma etapa de realização da despesa, as datas devem ser equivalentes. Juntar ao empenho documentos encaminhados pela empresa prestadora dos serviços que atestam a regularidade das obrigações trabalhistas dos funcionários terceirizados. Responsabilidade subsidiária, Súmula TST nº. 331.

JULHO/2012

NE / OP/ NAP

FICHA DATA VALOR R$ CREDOR OCORRÊNCIA

131 121

outros

972 972

23/07 18/07

45,37 181,78

Raphael Fernandes José Ivan Palma Souza

Reembolso despesa com alimentação no curso para preparação ANBIMA CPA 10. As despesas com alimentação de agente público fora de sede, no interesse da administração, devem ser abarcadas pela figura da diária civil, nos termos da Portaria STN nº. 163/01.

130 Outros

análogos

595 20/07 507,50 Andrea Deborah da Costa

Diária de viagem e duas taxas de embarque e desembarque para conselheira participar do 12º Congresso Nacional de Previdência da ANEPREM em Campo Grande/MS.

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15

Verificar qual o tratamento dado pela legislação municipal no que se refere ao pagamento das taxas de embarque e desembarque.

122 599 18/07 6.082,35 Terra Nova Viagens e Turismo Ltda.

Aquisição de passagens aéreas para 12º Congresso da ANEPREM em Campo Grande/MS. Despesa realizada por dispensa de licitação, maculando as disposições insertas no estatuto licitatório pátrio. Nota fiscal emitida em 18/07 e liquidação processada em 19/07. O atesto do almoxarifado não foi firmado no documento fiscal.

118 972 17/07 40,00 Raphael Fernandes Rios Prado

Reembolso de combustível a servidor em deslocamento a Belo Horizonte para realizar prova CPA 10. Conforme recente entendimento manifesto pelo TCEMG, em caráter excepcional, pode o município custear gastos com combustíveis de veículos particulares de agentes públicos no exercício de atividades públicas, mediante o estabelecimento e a observância de condições que garantam o controle e resguardem o interesse público, desde que previsto em lei.

117 972 17/07 395,00 Silvia Ferry de Oliveira

Reembolso despesas com aquisição de papel e envelopes para convites e placas comemorativas, quando da realização de homenagem aos aposentados no evento Prestação de Contas do IPREMB. Despesas passíveis de planejamento deveriam ter sido submetidas ao processo normal de aplicação.

107 972 21/06 165,00 Jose Ivan Palma Reembolso de despesa com taxi para deslocamento em Foz do Iguaçu, quando da participação no Congresso Nacional da ABIPEM. Nos termos da Portaria STN nº. 163/01 as despesas com locomoção urbana, quando em viagem fora de sede no interesse da administração, devem ser abarcadas pela figura da diária civil.

91 599 29/05 1.543,33 Soma Terceirização e Serviços Ltda.

Terceirização de serviços de limpeza e conservação. Despesa vinculada ao Pregão 001-2012.

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Terceirização de mão-de-obra classificado como 3.3.90.39.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica quando o correto seria classificar como 37 – Locação de Mão-de-Obra. Portaria Interministerial 163/2001 – atualizada. A cópia da GRF e da GPS apresentada pela empresa prestadora dos serviços foram oportunamente juntadas ao processo da despesa. A documentação completa, incluindo a SEFIP fica arquiva no setor administrativo, conforme informado pela contadora.

78 588 02/07 7.303,20 Top Office Comércio de Móveis Ltda.

Aquisição de móveis de escritório por meio da Dispensa 11/2012. Verificar limite anual de R$8.000,00 para aquisição de bens e serviços por dispensa de licitação, conforme estabelece a Lei 8.666/93, art. 24, II. Na nota de empenho não figura o numero da dispensa. Conforme IN TCEMG nº. 08/2003 os elementos essenciais da nota de empenho devem ser preenchidos, inclusive, para fins de informação ao SICOM. O atesto do almoxarifado foi firmado em 26/06. Todavia a liquidação do empenho ocorreu em 28/06. Como se referem à mesma etapa de realização da despesa, as datas deveriam ser equivalentes.

73-002 598 24/04 387,00 Itamar Tavares da Silva

Aluguel de imóvel para sede do IPREMB. Empenho não faz referência a processo de dispensa (Lei 8.666/93, art. 24, X).

73-001 598 24/04 774,00 Itamar Tavares da Silva

Aluguel de imóvel para sede do IPREMB referente aos meses de maio e junho. Liquidação processada em 28/06. O ideal seria ter realizado duas liquidações distintas, uma referente ao mês maio e outra ao mês junho, em atenção ao princípio da

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competência para a realização da despesa.

39-005 597 23/02 2.000,00 Di Blasi Consultoria Financeira Ltda.

Consultoria financeira mensal. Empenho não faz referência a certame licitatório. Contudo, na avaliação do fornecedor e solicitação de pagamento consta Convite 01/012. Recomendamos a transposição desta informação para a nota de empenho, conforme prescreve a IN TCEMG nº. 08/2003 e, também, para atendimento ao SICOM. Atesto do almoxarifado firmado em 23/07 e liquidação processada em 24/07. Por se referirem à mesma etapa de realização da despesa as datas deveria ser equivalentes.

39-004 597 23/02 2.000,00 Di Blasi Consultoria Financeira Ltda.

Consultoria financeira mensal. Idem ao tópico anterior. Atesto do almoxarifado firmado em 25/06 e liquidação processada em 28/06. Orientamos para que o relatório de atividades realizadas pela empresa seja juntado ao processo da despesa ou arquivado em local adequado.

36-005 596 03/02 941,17 TNX Panificadora Ltda.

Aquisição de lanches por dispensa de licitação. Por se tratar de despesa passível de planejamento, a mesma deveria ter passado pelo crivo do processo licitatório. Com o dispêndio foi realizado por dispensa, a administração do IPREMB deve observar o limite anual de R$8.000,00 de que trata a Lei 8.666/93, art. 24, II, para que não incorra em fracionamento de licitação. Recebimento da mercadoria constante no canhoto da nota fiscal em 05/07. Contudo o atesto do almoxarifado foi firmado em 09/07 e a liquidação do empenho processada em 12/07. Por se referirem à mesma etapa de realização da despesa as datas deveriam ser iguais.

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Nota fiscal talonária não poderia ter sido aceita, face à vigência do Protocolo ICMS 19/2011.

35-006 593 02/07 1.266,56 IPREMB Contribuição patronal servidores do IPREMB contabilizadas sob a modalidade de aplicação 3.1.91.13 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, quando deveria ser contabilizada sob a modalidade 90 – Aplicação Direta, tendo em vista que as contribuições são recolhidas para o próprio Instituto.

34-13 591 31/01 3.224,34 INSS - FGTS Recolhimento de obrigação previdenciária ao INSS. Segregar o credor, visto que a contribuição previdenciária e o FGTS são recolhidos a órgãos distintos. Foi juntado ao empenho cópia da GPS. Acostar relatório extraído do sistema da folha de pagamento. Despesa referente ao mês junho, liquidada em 02/07. Orientamos para que a liquidação seja processada dentro do mês de realização da despesa, em atenção ao princípio da competência.

34-12 591 07/07 865,17 INSS – FGTS Recolhimento do FGTS. Segregar o credor, visto que a contribuição previdenciária e o FGTS são recolhidos a órgãos distintos. Empenho instruído com cópia da SEFIP e GRF. Acostar relatório do FGTS extraído do sistema da folha de pagamento. Despesa referente ao mês junho, liquidada em 02/07. Orientamos para que a liquidação seja processada dentro do mês de realização da despesa, em atenção ao princípio da competência.

16-007 599 10/07 401,08 CEMIG Fatura de energia elétrica paga em 17/07, após o vencimento em 10/07, ensejando a incidência de multa e juros cujo pagamento é vedado pelo TCEMG e considerado de responsabilidade pessoal do ordenador de despesas.

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Empenho do tipo ordinário. Por tratar-se de despesa obrigatória, cujo montante não é possível determinar, a mesma deveria ter sido contabilizada sob o empenho por estimativa (Lei 4.320/64, art. 60, §2º).

7-006 599 02/01 422,34 CORREIOS Nota de empenho ordinário não faz referência a contrato. Despesa vinculada à Inexigibilidade 001. De acordo com a IN TCEMG nº. 15/11 c/c Portaria STN nº. 448/02, os serviços prestados pelos Correios devem ser contabilizados sob o subelemento 33 – Serviços de Comunicação em Geral. Atesto do almoxarifado firmado em 18/07 e liquidação processada em 19/07. Por se tratarem da mesma etapa de realização da despesa as datas deveriam ser iguais.

6-006 599 02/01 74,52 Timbercard Soluções de Ponto e Acesso Ltda.

Manutenção de relógio de ponto. Empenho não faz referência a contrato. Valor empenhado conforme boleto de pagamento (R$74,52) diverge do valor da nota fiscal eletrônica (R$72,92). Deveria ter sido solicitado à empresa o envio de novo boleto constando valor em conformidade com a nota fiscal.

5-007 599 02/01 3.960,01 CIEE/MG Bolsa estágio. Despesa classificada como 3.3.90.39.62 – Serviço de Apoio Adm., Técnico e Operacional quando, de acordo com a IN TCEMG nº. 15/2011 deveria ter sido classificada como 3.3.90.36.07 – Estagiários. Já a contribuição institucional deveria ter sido contabilizada como 3.3.90.41 – Contribuições. Empenho instruído apenas com o boleto de pagamento.

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AGOSTO/2012 NE / OP/

NAP FICHA DATA VALOR R$ CREDOR OCORRÊNCIA

140 599 14/08 600,00 Fundação Brasileira de Contabilidade

Inscrição no III Congresso Internacional de Contabilidade Pública. Pagamento efetuado em 22/08, antes da emissão do documento fiscal em 27/08. Nos casos de pagamentos antecipados inerentes à inscrição para participação em cursos, feiras, congressos e afins, o mesmo só deve ser realizado mediante a apresentação do documento fiscal ou equivalente, ou seja, após a liquidação documental da despesa.

139 972 10/08 192,75 José Ivan Palma Souza

Reembolso de despesas com gasolina, alimentação, estacionamento e taxi quando em reunião no RJ com o consultor do Di Blasi. Despesa deveria ter sido realizada mediante a concessão prévia da diária civil.

138 972 08/08 17,80 Andrea de Souza Reembolso referente aquisição de lâmpada. Despesa deveria ter sido realizada seguindo o processo normal de aplicação ou, em caso excepcional, por meio do suprimento de fundos, conforme norma local.

137 135 134

972 03/08 01/08 01/08

107,50 205,00 100,00

Camila F. Nolasco Jose Ivan P. Souza Bernardo Zerlottini

Reembolso de despesas com taxi na cidade Campo Grande/MS, quando da realização do 12º Congresso da ANEPREM. As despesas com locomoção urbana do agente público quando em viagem fora de sede, no interesse da administração, devem ser abarcadas pela diária civil. Verificar o que disciplina a legislação municipal sobre a matéria.

136 599 02/08 579,27 Terra Nova Viagens e Turismo

Aquisição de passagens aéreas sem precedência de certame licitatório. Tendo em vista as despesas com passagens aéreas no período auditado, percebe-se que este objeto de gasto ultrapassou o limite de R$8.000,00 de que trata a Lei

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8.666/93, art. 24, II, para aquisição de bens e serviços por dispensa de licitação. Atesto do almoxarifado firmado em 02/08 e liquidação processada em 06/08. Por se referirem à mesma fase de realização da despesa as datas deveriam ser equivalentes.

133 599 31/07 300,00 Ângela dos Santos Alencar

Adiantamento de numerário para custeio de pequenas despesas com serviços de terceiros conforme Portaria nº. 109/2011. A prestação de contas foi oportunamente acostada ao empenho. Como há um valor de R$13,25 a restituir, recomendamos para que seja juntada cópia da guia de receita.

132 596 31/07 700,00 Ângela dos Santos Alencar

Adiantamento para custeio de pequenas despesas com material de consumo (gás engarrafado, gasolina, espelho, álcool combustível, refeições e envelopes) conforme Portaria nº. 109/2011. Verificar se as despesas realizadas estão amparadas pela Portaria que regulamenta o suprimento de fundos no âmbito do IPREMB.

116 596 03/08 24.369,00 Comercial Melo e Rodrigues Ltda.

Material de expediente e suprimento informática adquiridos por meio do Pregão 5/2012. Atesto do almoxarifado firmado em 23/07 e liquidação processada em 02/08. Empenho instruído com as obrigatórias CND’s do INSS e FGTS. Deve ser juntada, ainda, a CND Trabalhista.

73-003 598 24/04 387,00 Itamar Tavares Aluguel imóvel para sede do IPREMB. Empenho não faz referência a processo de dispensa, conforme preconiza a Lei 8.666/93, art. 24, X.

40-06 597 23/02 7.000,00 Universalprev Softwares e Consultorias Ltda.

Locação de software. Despesa vinculada à Inexigibilidade 001/2012. O processo de inexigibilidade deve ser devidamente instruído e justificado nos termos da Lei

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8666/93. Atesto do almoxarifado firmado em 01/08 e liquidação processada em 14/08. Por se referirem à mesma fase de realização da despesa as datas deveriam ser equivalentes. Este tipo de falha é uma constante observada pela auditoria.

36-06 596 03/02 690,32 TNX Panificadora Ltda.

Fornecimento de lanche por dispensa de licitação. Despesa classificada como 3.3.90.30 – Material de Consumo. Nota fiscal talonária não poderia ter sido aceita face à vigência do Protocolo ICMS nº. 19/2011.

34-15 34-14

591 591

31/01 31/01

1.297,76 4.326,99

INSS – FGTS INSS – FGTS

Segregar o credor, visto que a contribuição previdenciária e o FGTS são recolhidos a órgãos distintos. Despesa de competência do mês julho liquidada em 02/08. Orientamos para que seja juntado ao processo da despesa relatório extraído do sistema da folha de pagamento.

5-009 599 02/01 2.376,01 CIEE/MG Bolsa estágio. Despesa classificada como 3.3.90.39.62 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica. O custeio de estagiários deve ser alocado sob a natureza 3.3.90.36.07 – Estagiários, conforme IN TCEMG nº. 15/2011. Já a contribuição constitucional deve ser apropriada sob a natureza 3.3.90.41 – Contribuições. Orientamos para que seja juntado ao processo da despesa relatório de assiduidade e de atividades desempenhadas pelos estagiários.

A partir do mês agosto esta auditoria constatou notável progresso no que concerne à classificação da despesa em subelemento, nos termos da IN TCEMG nº. 15/2011.

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23

SETEMBRO/2012 NE / OP/

NAP FICHA DATA VALOR R$ CREDOR OCORRÊNCIA

149 595 21/09 876,00 José Ivan Palma Souza

Diárias para reunião e treinamento com consultor financeiro Paulo Di Blasi, no RJ, no período de 21 a 23 de setembro/2012. Diárias para período que alcançam o final de semana devem ser devidamente motivadas para fins de comprovação do interesse público frente aos órgãos de controles interno e externo.

148 972 21/09 60,00 Bernardo Zerlottini Reembolso de despesas com gasolina para ir a BH na Justiça Federal. Conforme recente entendimento manifesto pelo TCEMG, em caráter excepcional, pode o município custear gastos com combustíveis de veículos particulares de agentes públicos no exercício de atividades públicas, mediante o estabelecimento e a observância de condições que garantam o controle e resguardem o interesse público, desde que previsto em lei.

147 972 21/09 260,99 Raphael Fernandes Reembolso despesas alimentação, estacionamento e gasolina para servidores que participaram do Congresso Internacional de Direito. Despesa deveria ter sido realizada mediante a concessão prévia da diária civil. Acostar ao empenho comprovante de participação no congresso.

144 599 31/08 692,00 IBRAP Inscrição em curso de Protocolo e Arquivo. Liquidação do empenho processada em 31/08, quando deveria ser 03/09, em conformidade com a emissão da nota fiscal.

143 588 21/08 6.886,00 Ponto do Micro Aquisição de equipamento de informática por meio do Pregão 6/2012. Atesto do almoxarifado firmado em 03/09 e liquidação processada em 13/09. As datas deveriam ser iguais, por se referirem à mesma etapa de realização da despesa.

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A obrigatória CND trabalhista não foi juntada ao processo da despesa.

61-003 599 29/05 1.543,33 Soma Terceirização e Serviços Ltda.

Terceirização de serviços de limpeza e conservação. Despesa vinculada ao Pregão 001/2012. Terceirização de mão-de-obra classificado como 3.3.90.39.61 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica quando o correto seria classificar como 37 – Locação de Mão-de-Obra. Portaria Interministerial 163/2001 – atualizada. Acostar ao empenho cópia da documentação que comprova a regularidade quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços.

34-016 591 31/01 865,17 INSS – FGTS Segregar o credor. FGTS referente ao mês agosto, liquidação processada em 04/09, após período de competência de realização da despesa. Acostar relatório do FGTS extraído do sistema da folha de pagamento.

6-007 599 10/09 72,92 TIMBERCARD Manutenção de relógio de ponto, por dispensa de licitação. Despesa classificada como 3.3.90.39.01 – Assinaturas de Periódicos e Anuidades, quando deveria ser 3.3.90.39.15 - Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos Despesa realizada com regularidade. Todavia, o empenho não faz referência à existência de termo contratual. Atesto do almoxarifado firmado em 23/08 e liquidação processada em 06/09.

5-10 599 02/01 2.376,01 CIEE Bolsa estágio. Despesa classificada como 3.3.90.39.62 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica. O custeio de estagiários deve ser alocado sob a natureza 3.3.90.36.07

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– Estagiários, conforme IN TCEMG nº. 15/2011. Já a contribuição constitucional deve ser apropriada sob a natureza 3.3.90.41 – Contribuições. Orientamos para que seja juntado ao processo da despesa relatório de assiduidade e de atividades desempenhadas pelos estagiários. Empenho instruído apenas com o boleto bancário.

OUTUBRO/2012

NE / OP/ NAP

FICHA DATA VALOR R$ CREDOR OCORRÊNCIA

157-001 156-001

599 596

23/10 300,00 700,00

Ângela dos Santos Alvim

Suprimento de fundos para pequenas despesas com serviços de terceiros e material de consumo. Acostar ao empenho prestação de contas dos gastos feitos.

155 596 17/10 972,19 Mata e Martins Mat. Limpeza

Aquisição de material de limpeza por dispensa de licitação 16/2012. Verificar limite anual de R$8.000,00 a que se refere a Lei 8.666/93, art 24, II, para aquisição de bens e serviços por dispensa de licitação. Atesto do almoxarifado firmado em 19/10 e liquidação realizada em 22/10.

154 591 03/10 4.007,98 Secret. Estado Fazenda de MG

Recolhimento das contribuições previdenciárias patronal do servidor Jose Ivan, Diretor Executivo do IPREMB, cedido pela Secretaria do Estado da Educação referente às competências 03/2011 a 09/2012. Observa-se que o recolhimento das contribuições previdenciárias não foi realizado com a tempestividade devida. As contribuições de competência do exercício de 2011 deveriam ter sido apropriadas sob a natureza 3.1.90.92 – Despesas de Exercícios Anteriores.

151 599 05/10 365,62 Consórcio Ótimo de Bilhetagem Eletrônica

Vale transporte classificado como 3.3.90.39.56 – Vale Transporte. Em se tratando de vale transporte para servidores no deslocamento residência/local de trabalho e vice-versa, o correto é proceder à

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classificação da despesa sob a natureza 3.3.90.49 – Auxílio Transporte, nos termos da Portaria STN 163/01. Empenho instruído apenas com o recibo sacado.

91-004 599 05/10 1.543,33 Soma Terceirização e Serviços Ltda.

Terceirização de serviços de limpeza e conservação. Despesa vinculada ao Pregão 001-2012. Terceirização de mão-de-obra classificado como 3.3.90.39.61 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica quando o correto seria classificar como 37 – Locação de Mão-de-Obra. Portaria Interministerial 163/2001 – atualizada. Acostar ao empenho cópia da documentação que comprova a regularidade quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços.

73-004 598 24/04 387,00 Itamar Tavares Locação imóvel para sede do IPREMB. Despesa classificada corretamente como 3.3.90.36.14 – Locação de Imóveis. Empenho não remete a processo de dispensa (Lei 8.666/93, art. 24, X).

40-008 597 23/02 7.000,00 UNIVERSALPREV Locação de software. Despesa vinculada à Inexigibilidade 001/2012. O processo de inexigibilidade deve ser devidamente instruído e justificado nos termos da Lei 8666/93.

36-008 36-007

596 03/02 1.038,40 1.002,66

TNX Panificadora Aquisição de lanches por dispensa de licitação nº. 001/2012. Na administração pública a regra é licitar! Para bens e serviços comuns o recomendável é a adoção do registro de preços por meio do pregão. Nota fiscal talonária não poderia ter sido aceita, face à vigência do Protocolo ICMS nº. 19/2011.

365 Extra 02/10 136,61 INSS a Recolher Recolhimento de contribuição previdenciária descontada da empresa prestadora de serviços

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Soma Terceirização. A contribuição previdenciária foi recolhida sob a GPS código de pagamento 2100 – Empresas em Geral - CNPJ, nome ou razão social: Instituto de Previdência Social do Município de Betim. No caso de a contribuição previdenciária ter sido retida em nota fiscal de prestação de serviços, o correto é proceder ao recolhimento da mesma sob a GPS código: 2640 – Contr. Retida em NF/Fatura Emp. Prest. – CNPJ (Poder Público).

358 Extra 01/10 6.747,25 Banco rural Desconto consignado em folha de pagamento. O relatório de descontos da folha de pagamento foi oportunamente juntado ao processo da despesa. Orientamos para que também sejam arquivados os extratos para desconto em folha emitidos pelas instituições financeiras.

2.1. CONSIDERAÇÕES

2.1.1. Da Classificação da Despesa em Subelemento

A partir do exercício de 2012, a execução orçamentária dos Entes Jurisdicionados pelo

Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais deve obedecer às regras instituídas pela Instrução

Normativa nº 15/2011, no que se refere ao desdobramento da despesa em nível de “Subelementos” e

à classificação por “Fontes/Destinação de Recursos”. A partir do mês agosto/2012 esta Auditoria

verificou uma maior atenção do setor contábil do IPREMB no que concerne à classificação da despesa

orçamentária em nível de subelemento, em consonância com as normas estatuídas pelo TCEMG.

A vinculação, classificação, registro e controle das receitas e despesas orçamentárias por

Fonte/Destinação de Recursos, foram instituídos pela LC 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal,

em seu art. 8º, § único c/c art. 50, inciso I.

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Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 4ª edição – Portaria

Conjunta STN/SOF nº 1 de 2011, “a classificação orçamentária por Fontes/Destinações de recursos

tem como objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos. As

Fontes/Destinações de recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras previamente

estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas Fontes/Destinações são associadas a

determinadas despesas de forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos”.

Assim sendo, quando da classificação orçamentária da despesa para efeito de empenhamento,

é fundamental realizar um estudo aprofundado do objeto de gasto ali apresentado, com o intuito

de executar, de maneira satisfatória e eficiente, o Orçamento Anual do Município. Ter sempre em

mãos cópia da INTCE nº 15/2012 e da Portaria STN nº. 448/2002 é imprescindível.

De forma análoga, no momento da efetivação do pagamento torna-se imperioso avaliar, com

acuidade e critério, a Fonte/Destinação de Recursos a qual a despesa é vinculada para que não ocorram

equívocos ou substituição da Fonte correta por outra.

O controle das disponibilidades financeiras por Fonte/Destinação de recursos deve ser feito

desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a

saída dos recursos orçamentários (pagamento da despesa).

A classificação da despesa por “subelementos” é um procedimento capaz de estabelecer um

sistema de informações gerenciais, auxiliando a administração a identificar a evolução de

determinados gastos, localizar falhas ou desajustes na execução orçamentária e tomar decisões

estratégicas.

2.1.2. Da Responsabilidade subsidiária na Locação de Mão-de-Obra:

Quanto aos serviços terceirizados de limpeza e conservação, contratados junto à empresa

Soma Terceirização de Serviços Ltda., entendemos por bem, que sejam acostados aos empenhos os

documentos encaminhados pela empresa prestadora dos serviços que atestam a regularidade das

obrigações trabalhistas dos funcionários terceirizados, para que seja afastado o instituto da

responsabilidade subsidiária, conforme Súmula TST nº. 331.

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"TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA. ÓRGÃO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SÚMULA 331 DO TST. O órgão público que se beneficia de serviços terceirizados e que deixa de fiscalizar e exigir o cumprimento de todas as obrigações trabalhistas assumidas pela fornecedora de mão-de-obra, tanto as constituídas no curso do contrato, quanto as decorrentes de sua extinção, incide em culpa "in eligendo" ou "in vigilando", razão pela qual deve responder subsidiariamente pelos créditos deferidos ao trabalhador. Os ditames da Lei 8666/93 não se sobrepõem às normas tutelares do Direito do Trabalho, ainda que lícita a contratação, nem isenta o ente público da responsabilidade inerente ao risco administrativo (art. 37, § 6º, CF). Aplicação do disposto nos artigos 455 da CLT e 186 c.c. 927 e 933 do Código Civil, nos quais se embasa a Súmula nº 331, IV, do TST. Apelo a que se nega provimento para manter a segunda reclamada no pólo passivo a fim de responder subsidiariamente pela satisfação dos créditos deferidos ao reclamante." (TRT/SP - 01848004620075020291 (01848200729102008) - RO - Ac. 10ªT 20101039004 - Rel. RILMA APARECIDA HEMETÉRIO - DOE 19/10/2010)

2.1.3. Da Liquidação da Despesa:

Durante os trabalhos de auditoria, ainda foram detectadas fragilidades na fase de liquidação da

despesa, como: divergência entre a data de liquidação firmada na nota de empenho/subempenho, com

aquela constante do atesto do almoxarifado.

Por se referirem à mesma etapa de realização da despesa, as datas firmadas nos campos

citados devem ser equivalentes. A data de liquidação aposta na nota de empenho deve ser coerente

com a documentação acostada ao mesmo (carimbo de atesto nos comprovantes fiscais hábeis,

comprovante de transferências bancárias, etc.).

A liquidação é a fase de verificação do direito adquirido pelo credor ou do implemento de

condição com base nos títulos ou na documentação hábil e importância exata a pagar do respectivo

crédito. O art. 63 da Lei nº 4.320/64 traz o conceito de liquidação: “entretanto, não basta

simplesmente dar direito ao credor; é preciso confirmar toda a documentação que deu origem ao

processo, tais como requisição, autorização, processo licitatório, contrato, nota de empenho contendo

histórico completo e esclarecedor, dotação orçamentária, autorização, medição dos serviços ou

materiais, comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço, etc”.

De acordo com Piscitelli, Timbó e Rosa2, “liquidação da despesa consiste na verificação do

direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos

comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício”.

2 PISCITELLI, Roberto Bocaccio, TIMBÓ, Maria Zulene Farias, ROSA, Maria Berenice. Contabilidade Pública: Uma Abordagem da Administração financeira Pública. São Paulo: Atlas. 2002. 7ª Ed. P. 364.

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A etapa de liquidação da despesa vai além do recebimento do material ou da confirmação da

prestação do serviço, pois ela consiste na verificação do direito adquirido pelo credor. Para que a

Administração reconheça a dívida como líquida e certa é necessário que a documentação que suporta a

transação seja idônea e que tenham sido seguidas todas as etapas antecedentes a liquidação.

Visando atender o dispositivo legal que estabelece as etapas da despesa

(empenho>liquidação>pagamento), alertamos que a data da liquidação nos empenhos ou da emissão

dos documentos de liquidação (subempenhos), deverá ser igual a data do carimbo de atesto ou da

autorização do pagamento. Vejamos o que estabelecem os arts. 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64:

“Art.62 – O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após a sua regular liquidação”. Art.63 – A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. § 1º - Essa verificação tem por fim apurar: I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a importância exata a pagar; III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. § 2º - A liquidação da despesa, por fornecimentos feitos ou serviços prestados, terá por base: I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II – a nota de empenho; III – os comprovantes da entrega do material ou prestação efetiva do serviço.”

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais vem constantemente aplicando multas aos

Gestores pela incorreta liquidação da despesa. Vejamos:

“639228, Processo Administrativo decorrente de inspeção realizada na Prefeitura Municipal de Dom Cavati, período de janeiro de 1997 a agosto de 1998 Interessada: Maria da Conceição Almeida Alves (...) pela realização de despesa sem a observância do princípio do prévio empenho e sem a observância do estágio de liquidação, (...)” (grifamos)

2.1.4. Dos Procedimentos Licitatórios:

Esta Auditoria constatou que despesas com aquisição de lanches, passagens aéreas e

locação de imóvel foram contratadas por Dispensa de Licitação.

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Vejamos o que disciplina a Lei Federal nº 8.666/93 no que se refere à aquisição de

bens/serviços por dispensa de licitação:

“Art. 23. (...) II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); Art. 24. É dispensável a licitação: (...) II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;”

A realização de licitação garante o cumprimento do princípio constitucional da

impessoalidade:

“Art.37 – A administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” Vejamos os ditames da Lei 8.666/93: “Art. 2º - As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. Art.89: Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: Pena – detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.”

No caso da aquisição de bens e serviços comuns o recomendável é a adoção do Sistema de

Registro de Preços. Algumas vantagens do registro de preços são: redução de gastos e simplificação

administrativa; rapidez na contratação e otimização de gastos; prazo de validade das propostas de até

um ano; estimação de quantidades mínimas e máximas, podendo contratar as quantidades que forem

adequadas à suas necessidades; possibilidade de promover um registro de preços de produtos de

qualidades diversas, podendo adquirir aquele que melhor lhe convier na ocasião.

Lei Federal nº 10.520, de 17/07/2002:

“Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser

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objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. (...) Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico.” (grifo desta Auditoria)

Além disso, a ocorrência de várias compras de um mesmo gênero, ou sua dispensa, podem

caracterizar o fracionamento. O fracionamento de compras é evidenciado quando são realizadas

diversas licitações ou compras diretas em função do valor, concernentes a objetos da mesma natureza

(especialidade), por meio de modalidades licitatórias que consideram apenas o valor isolado de uma

aquisição e não o valor global de todas as contratações de mesma espécie no exercício.

A adoção deste sistema determina, com absoluta certeza, flagrante de economia, além de

ganho de agilidade e segurança, com pleno atendimento ao princípio da eficiência, recentemente

elevado a princípio constitucional da Administração Pública.

Estatuto de Licitações e Contratos, Lei nº 8.666/93:

“Art.15 – As compras, sempre que possível, deverão: (...) § 1 º - O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. § 2º - Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial. § 3º - O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: I – seleção feita mediante concorrência; II – estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III – validade do registro não superior a um ano. § 4º - A existência de preços não registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.”

Exibiremos decisões da Egrégia Corte de Contas quanto às inconformidades apontadas neste

tópico.

“ATA DA 27ª (VIGÉSIMA SÉTIMA) SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 10 (DEZ) DE OUTUBRO DE 2006 (DOIS MIL E SEIS).

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695765, Processo Administrativo decorrente de inspeção realizada na Prefeitura Municipal de Sericita – Período: jan/03 a mar/04. Interessado: Sebastião Robison Cruz dos Reis (Prefeito Municipal) Advogado: Luiz André Calais Correia Pinto – OAB/MG 51749 Decisão: Pela irregularidade das despesas realizadas sem o devido procedimento licitatório, bem como mediante procedimentos licitatórios irregulares (Tomada de Preços nºs. 04/2003 e 01/2004), além de falhas no sistema de controle interno; aplicação de multa no valor de R$2.000,00 (dois mil reais) ao Sr. Sebastião Robison Cruz dos Reis, e remessa dos autos ao Ministério Público para adoção das medidas legais cabíveis. ATA DA 27ª (VIGÉSIMA SÉTIMA) SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA CÂMARA REALIZADA EM 10 (DEZ) DE OUTUBRO DE 2006 (DOIS MIL E SEIS). 494476, Processo Administrativo decorrente de inspeção realizada na Câmara Municipal de Carneirinho – Exercício: 1996. Interessado: Onízio Queiroz Lima (ex-Presidente da Câmara Municipal) Decisão: Pela irregularidade das contratações efetuadas sem prévio procedimento licitatório, bem como irregularidade da fragmentação de despesas na aquisição de materiais de escritório, aplicação de multa no valor total de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais) ao Sr. Onízio Queiroz Lima, e remessa dos autos ao Ministério Público para adoção das medidas legais cabíveis”. (Grifamos)

O TCEMG vem aplicando multas aos Gestores pela não realização dos devidos certames

licitatórios:

Trata-se de recurso ordinário interposto contra decisão que julgou irregulares contratações de serviços de buffet e de locação de imóvel para realização de eventos efetivadas por Município sem a formalização de procedimento licitatório, tendo sido aplicada multa ao gestor em virtude de afronta ao disposto nos arts. 2° e 3° da Lei 8.666/93. O recorrente afirmou, em relação às contratações, que não houve fracionamento nem inobservância aos arts. 2° e 24, II, da citada lei, justificando não ter sido possível prever a totalidade das despesas questionadas. O relator, Cons. Eduardo Carone Costa, asseverou que, no caso analisado, as contratações de serviços e aquisições de pequena monta deveriam ter sido precedidas de licitação, pois foram despendidos valores superiores ao limite admitido para dispensa. Ressalvou não ser admissível que a dispensa de licitação em função do parcelamento acarrete prejuízo à Administração, estabelecendo-se uma contratação menos favorável ou mais onerosa para o Poder Público.

Ratificou o apontamento do órgão técnico e do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, no sentido de não ter o recorrente apresentado fato novo capaz de ensejar a revisão da decisão recorrida. Registrou não proceder a alegação do defendente de que qualquer punição sem a prova do dolo ou da conduta típica configura lesão aos princípios da justiça e da proporcionalidade. Explicou que, no âmbito da Administração Pública, ganha relevo o princípio da legalidade, segundo o qual é dever do gestor público atuar nos limites impostos pela lei. Por fim, afirmou não merecer acolhida os argumentos elencados pelo recorrente para a diminuição da multa imputada nos termos do art. 85, II, da LC 102/08, visto ter sido aplicada em valor muito próximo ao mínimo, em face dos atos julgados irregulares. Por todo o exposto, negou provimento ao recurso, mantendo incólume a decisão originária. Fonte: TCEMG - Recurso Ordinário n. 838.576, Rel. Cons. Eduardo Carone Costa, 07.11.12

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2.1.5. Do Adiantamento de Numerário:

Foi apurada a concessão de adiantamentos de numerário destinado a suprimento de fundos,

pela Gestão do IPREMG, consoante disposições da Portaria do Instituto, que “institui regime de

adiantamento para Pequenas Despesas no âmbito do Instituto de Previdência Social do Município de

Betim”.

Observados os preceitos da Lei 4.320/64, temos que o regime de adiantamento só deve ser

aplicado às despesas expressamente definidas em lei. A eficácia de toda atividade administrativa está

condicionada ao atendimento da lei, já que a legalidade constitui pressuposto fundamental da validade

do ato.

Assim, apenas aquelas despesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardar o

processamento normal de compra, poderão ser realizadas em forma de adiantamento.

Ainda, devem ser considerados os seguintes aspectos relevantes:

1) O regime de adiantamento não elimina a exigência do procedimento licitatório, quando este

se impõe em razão dos valores de compra ou contratação de serviços;

2) O regime descentralizado de aplicação de recursos poderá, em alguns casos, comprovar-se

anti-econômico e atentatório ao princípio constitucional da economicidade, sabendo que a

centralização do regime de compras constitui fator de redução de custos, possibilita a instituição do

regime de registro de preços previsto em lei e racionaliza os procedimentos burocráticos, gerando

economia de serviços, sem falar que afasta os vícios dos combatidos fracionamentos de compras,

dentre outros freqüentemente detectados pelos órgãos de controle interno e externo;

3) O regime de adiantamento pressupõe a instituição da disciplina de prestação de contas

formal, sistemática e periódica, não podendo ser concedido a servidor em alcance.

Quanto ao reembolso de despesas, em "nota" publicada no Informativo de Jurisprudência nº.

75 o TCEMG se manifestou pela "possibilidade de o Município custear, excepcionalmente, gastos

com combustível de veículos de agentes públicos no exercício da função pública" (Consulta nº.

862.825).

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Insta colocar que este é um entendimento contemporâneo do TCEMG que contradiz

manifestações anteriores do próprio Tribunal.

Ao opinar pela possibilidade de tal custeio o Conselheiro Relator referiu-se à regulamentação

no Estado de Minas Gerais, por meio do Decreto 45.618/11, que autoriza a indenização de despesas

com combustível até o valor de R$150,00.

Vejamos excerto da Consulta 862.825 publicada no Informativo de Jurisprudência nº. 75.

Possibilidade de Município custear, excepcionalmente, gastos com combustíveis de veículos particulares de agentes públicos no exercício de atividades públicas Trata-se de consulta formulada por prefeito municipal indagando sobre a possibilidade de custeio com recursos públicos de gastos com combustíveis de veículos próprios de secretários e servidores municipais na realização das atividades inerentes ao cargo e à função. O relator, Cons. Cláudio Couto Terrão, iniciou seu parecer citando as Consultas n. 740.569 e812.510, dentre outras, nas quais o TCEMG posicionou-se pela impossibilidade de Município realizar despesa com combustível para veículos de propriedade de vereadores ou servidores do Poder Legislativo Municipal, ainda que utilizados no interesse do serviço público. Ressaltou caber à Administração proporcionar aos agentes públicos as condições instrumentais adequadas para o exercício das suas atribuições, incluindo os meios de transporte para eventual deslocamento em serviço. Considerou que, quando tais condições não forem ofertadas, faz-se necessária a adoção de medidas alternativas visando a alçar a finalidade pública pretendida, em consonância com o princípio da adequação, o qual deriva do princípio constitucional da proporcionalidade. A esse respeito, citou entendimento firmado pelo TCESC e pela Procuradoria-Geral do TCERJ, que defendem a possibilidade de o Poder Público Municipal ressarcir as despesas com combustível, decorrentes do uso de veículo particular a serviço da Administração, mediante o estabelecimento e a observância de condições que garantam o controle e resguardem o interesse público. Destacou que o Poder Executivo do Estado de Minas Gerais regulamentou o uso de veículos próprios dos servidores, mediante a indenização das despesas, consoante o disposto no Decreto Estadual n. 45.618/11. Diante do exposto, entendeu o relator que, na hipótese de deslocamento dos agentes públicos além da circunscrição municipal, em razão do serviço, a Administração poderá dispor do pagamento, previsto em lei, de diárias de viagem a serem utilizadas para fazer face às despesas com hospedagem, alimentação e locomoção. Já nas ocasiões em que houver necessidade de deslocamento dos agentes públicos no próprio Município, entendeu ser admissível, excepcionalmente, a utilização de veículos próprios dos servidores, mediante a concessão de verba indenizatória a título de ressarcimento pelas despesas decorrentes de gastos com combustível, desde que tal ressarcimento esteja previsto em lei e condicionado à devida comprovação das despesas realizadas para o exclusivo atendimento dos serviços vinculados ao exercício da função. Ressaltou ser primordial a adoção de mecanismos de controle da atividade desempenhada e do recurso despendido. O parecer foi aprovado, ficando reformadas as teses contidas nas Consultas n. 740.569 e 812.510, vencido in totum o Conselheiro Mauri Torres, e em parte a Cons. Adriene Andrade, quanto aos destinatários da permissão do citado custeio (Consulta n. 862.825, Rel. Cons. Cláudio Couto Terrão, 12.09.12).

2.1.6. Do Pagamento de Multas e Juros:

No que se refere ao pagamento das despesas, constatou-se o recolhimento de multas e juros

provenientes do atraso na quitação de faturas pelo consumo de energia elétrica.

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A nossa Corte Estadual de Contas considera irregular a realização de tais despesas e de

responsabilidade do ordenador. Vejamos:

ATA DA 13ª SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA CÂMARA REAL IZADA AOS 16 (DEZESSEIS)

DIAS DO MÊS DE JUNHO DO ANO DE 2005 (DOIS MIL E CINCO) 11093, Pedido de Auditoria na Prefeitura Municipal de Várzea da Palma, gestão do Sr. Mário Francisco de Morais, de 1983 a 1988, encaminhado pelo Presidente da Câmara, em 1988, Sr. Marcos da Silva Sanguinette. Interessados: Mário Francisco de Morais (ex-Prefeito) e Marcos da Silva Sanguinette (ex-Presidente) Decisão: Pela aplicação de multa no valor total de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) ao Sr. Mário Francisco de Morais pelo dano causado ao erário, decorrente de juros e outros encargos pelo atraso na liquidação de seus compromissos junto aos fornecedores, emissão de cheques sem provisão de fundos, conforme registrado pela Equipe de Inspeção e, ainda, pela falta de controle interno; transitada em julgado a decisão sem comprovação do pagamento das multas, emita-se e encaminhe-se a concernente Certidão de Débito ao Ministério Público de Contas, para as providências cabíveis, nos termos do voto do Conselheiro Relator conforme consta das notas taquigráficas. (grifo nosso) Relator conforme consta das notas taquigráficas.

2.1.7. Do Aceite de Notas Fiscais Talonárias:

Registramos o aceite, por parte do Instituto de Previdência Social do Município de Betim -

IPREMB, de notas fiscais talonárias Modelo 01, quando já se encontra em vigor a obrigatoriedade

de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, em substituição a nota fiscal Modelo 1 ou

1-A.

A vedação aos órgãos públicos de aceitar a nota fiscal talonária modelo 1 ou 1A entrou em

vigor a partir de 1º de outubro de 2011 para grande parte dos contribuintes mineiros, em atenção ao

que disciplina o Protocolo ICMS 42, de 3 de julho de 2009, alterado pelo Protocolo ICMS nº 19,

de 01 de abril de 2011, in verbis:

Cláusula segunda Ficam obrigados a emitir Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, modelo 55, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a partir de 1º de dezembro de 2010, os contribuintes que, independentemente da atividade econômica exercida, realizem operações: I - destinadas à Administração Pública direta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia mista, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do emitente; III - de comércio exterior.

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Parágrafo 1º. Caso o estabelecimento do contribuinte não se enquadre em nenhuma outra hipótese de obrigatoriedade de emissão da NF-e: I – a obrigatoriedade expressa no “caput” ficará restrita às hipóteses de seus incisos I, II e III; II – a hipótese do inciso II do “caput” não se aplica ao estabelecimento de contribuinte exclusivamente varejista, nas operações com CFOP 6.201, 6.202, 6.208, 6.209, 6.210, 6.410, 6.411, 6.412, 6.413, 6.503, 6.553, 6.555, 6.556, 6.661, 6.903, 6.910, 6.911, 6.912, 6.913, 6.914, 6.915, 6.916, 6.918, 6.920, 6.921. "2º O disposto no inciso I do caput desta cláusula somente se aplica nas operações internas praticadas pelos Estados de Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande no Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e pelo Distrito Federal, a partir de 1º de abril de 2011." "§ 3º O disposto no inciso I do caput desta cláusula somente se aplica nas operações internas destinadas à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a partir de 1º de agosto de 2011."; "§ 4º O disposto no inciso I do caput desta cláusula somente se aplica nas operações internas destinadas aos Estados do Amapá, Minas Gerais, Pernambuco e o Distrito Federal a partir de 1º de outubro de 2011.". (os destaques são desta Consultoria)

Vale esclarecer que a substituição da nota fiscal em papel, pela nota fiscal eletrônica não

alcança a venda no varejo, registrada por meio de Cupom Fiscal ou de Nota Fiscal de venda a

consumidor (Modelo 2); estas continuarão sendo normalmente emitidas em papel.

A Nota Fiscal Modelo 1 ou 1-A ou a Nota Fiscal Eletrônica Modelo 55 é exigida quando

houver o trânsito de mercadorias, enquanto a nota fiscal de venda ao consumidor deve ser emitida

quando a mercadoria for retirada diretamente pelo comprador.

Tendo em vista as disposições insertas no Regulamento do ICMS/MG, tem-se que a Nota

Fiscal eletrônica – NF-e - Modelo 55, deve ser emitida (em substituição às Notas Fiscais Modelo 1 e

1-A) pelo estabelecimento comercial contribuinte do ICMS sempre que o mesmo promover a saída de

mercadorias, transmitir a propriedade da mercadoria e, sempre que no estabelecimento comercial

entrar bens ou mercadorias, real ou simbolicamente, nas situações previstas no RICMS.

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2.1.8. Das Diárias de Viagens em Finais de Semana:

Nos meses auditados verificou-se que houve concessão de diária para períodos que

alcançavam o final de semana.

A gestão do IPREMB deve dispensar especial atenção no que tange aos critérios adotados na

concessão de diárias, primando sempre, pelo alcance do interesse público e atenção aos princípios da

moralidade, impessoalidade, proporcionalidade, economicidade, razoabilidade e legalidade.

Vejamos entendimento manifesto pelo TCEMG por meio das Notas Taquigráficas nº. 835943

de relatoria do Conselheiro Elmo Braz.

Consulta nº. 835943 Data Sessão: 13/04/2011 Relator: Conselheiro Elmo Braz (...) Também, é entendimento desta Casa que as diárias têm natureza indenizatória, não são retribuições, e o seu escopo é o de cobrir despesas extras dos Vereadores que, no desempenho de suas funções, necessitem de se deslocar do Município a serviço da Casa Legislativa, procurando o estudo e aprimoramento da vereança, bem como a fiel representação dos cidadãos.

É, portanto, uma despesa com fim específico, a título de compensação das despesas de alimentação, deslocamento e pousada fora do Município em objeto de serviço ou missão oficial. Como se vê de forma até exaustiva, as diárias somente são devidas quando o deslocamento for por motivo de serviço.

Deste pressuposto, pode-se afirmar que não é legal e nem constitucional o pagamento de diárias para cobrir despesas de viagem que vise ao recebimento de benefícios pessoais de qualquer ordem ou natureza.

Acrescento, ainda, que a concessão de diárias aos agentes políticos deve estar condicionada a critérios que estabeleçam valores fixos com exigência da apresentação de notas fiscais de alimentação, pousada e transporte nas prestações de contas e, ainda, que os deslocamentos sejam autorizados e voltados ao interesse do Poder Legislativo, com moderação e absoluta transparência, tendo como norte os princípios constitucionais da moralidade, impessoalidade, proporcionalidade, economicidade, razoabilidade e legalidade e, fundamentalmente, no princípio da supremacia do interesse público.

Portanto, as diárias, consideradas como verba pecuniária atribuída aos vereadores no desempenho de suas funções quando tiverem que ausentar-se do Município, evidentemente, constituem espécie do gênero parcela indenizatória, cuja instituição é plenamente viável, desde que sejam disciplinadas em norma própria, possuam dotação orçamentária específica, regras para a prestação de contas, critérios de comprovação do cumprimento do objetivo da representação e forma de liberação.

Por outro lado, no que tange especificamente à presente consulta, cumpre-nos, ainda, ressaltar, mais do que a identificação exaustiva dos gastos tidos como ressarcíveis, a observância pela Câmara da finalidade pública destes gastos, de modo a relacionar a possibilidade de indenização com a realização das despesas no efetivo exercício da atividade parlamentar.

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Neste sentido ressaltamos que os vereadores são legítimos representantes da vontade popular, e por intermédio da Câmara de Vereadores, a qual personifica próprio Poder Legislativo Municipal, é que ocorre sua atuação e, ainda, consoante a ordem jurídico-constitucional, exerce funções de relevância social e política no município quer atuando nas funções eminentemente legislativas, quer fiscalizando a administração pública, julgando política e administrativamente a conduta de prefeitos e vereadores, ou mesmo prestando outras formas de colaboração para a realização de legítimas aspirações da comunidade que representa.

Desta forma, o Vereador, ao se utilizar de suas prerrogativas, deverá fazê-lo, exclusivamente, para atender ao interesse público, além de agir em harmonia com o Executivo, colaborando para o bom desempenho de suas funções administrativas.

Abrangendo, especificamente, o primeiro questionamento da presente consulta, merece destacar aqui, que o Vereador somente fará jus às diárias quando se deslocar para fora do Município, em missão oficial, a serviço da comunidade ou do Legislativo, com a aprovação de seus pares, não importando se acompanhado do Prefeito ou não.

(...)

Ressaltamos que o interesse da comunidade não se confunde com contatos meramente político-partidários, de interesse privado do vereador, como nos casos de reunião de entidades de classe, participação em congressos de interesse pessoal e outros, assim, caberá à Câmara estabelecer a concessão das diárias aos vereadores, para tratar de interesses de associações, somente se tal interesse estiver delineado ao interesse público de forma categórica e transparente.

Alertamos ainda que, eventuais abusos na concessão de diárias, assim como na fixação dos respectivos valores, serão objetos de análise deste Tribunal, quando do julgamento das respectivas contas de gestão da Câmara Municipal.

2.1.9. Despesa Intra-Orçamentária:

Foi constatado que as obrigações patronais previdenciárias dos servidores ativos do IPREMB

estão sendo contabilizadas sob a natureza 3.1.91.13 – Obrigações Patronais, modalidade de aplicação

91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades

Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

Nos termos da Portaria Interministerial nº. 338/2006, art. 1º, intra-orçamentárias são as

operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais

dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscais e da seguridade social decorrentes

da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o

recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou

outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.

Assim, as obrigações patronais dos servidores do IPREMB não constituem e despesa intra-

orçamentária, visto que são recolhidas para o próprio Instituto.

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O Poder Executivo e Legislativo é que devem proceder ao empenhamento da despesa sob a

modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e

Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.” (3.1.91.13 – Obrigações

Patronais), já que recolhe as contribuições para o Instituto. O RPPS, por conseguinte, deverá

classificar os ingressos decorrentes do recolhimento realizado pela Prefeitura e Câmara como receita

intra-orçamentária.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Após relato das ocorrências verificadas nos processos das despesas do Instituto de Previdência

Social do Município de Betim - IPREMB, pagas nos meses de junho a outubro de 2012, esta Auditoria

recomenda aos setores competentes a adequação dos procedimentos discriminados neste laudo às

formalidades legais que norteiam a gestão pública.

Esperamos que o relatório em tela cumpra sua função pedagógica induzindo ao

aprimoramento dos setores envolvidos nas atividades de controle, contabilidade e tesouraria.

A importância de se realizar um bom planejamento financeiro e orçamentário é o segredo de

uma Administração estruturada. Os apontamentos realizados neste relatório se destinam apenas a

contribuir com a gestão do IPREMB, no sentido de identificar as melhores possibilidades para a

gestão, visando sempre o interesse público.

Na oportunidade, lembramos que, nos termos da Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº.

1.287 de 17 de agosto de 2012, os municípios têm até o dia 28 de fevereiro de 2013 para regularizar a

situação de seus órgãos e entidades no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

Está em vigor, desde janeiro de 2012, a Lei Federal de nº 12.440, de 07 de julho de 2011 que

altera a Lei de Licitação, e versa a respeito da inclusão da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas

(CNDT) para empresas interessadas em participar de Licitações e firmar contratados com o Poder

Público.

Por fim, a Lei Federal nº. 12.527, de 18 de novembro de 2011, de Acesso à Informação, que

entrou em vigor no dia 16 de maio de 2012, estabelece que os órgãos e entidades públicas devem dar

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publicidade de seus atos, independente de solicitação de interesse geral ou coletivo, resguardadas as

informações cuja confidencialidade esteja prevista no texto legal. A publicidade em questão deverá

ocorrer em todos os meios de comunicação disponíveis e obrigatoriamente em sítios da internet.

É o relatório.

Belo Horizonte, 14 dezembro de 2012.

_________________________________ M IGUEL AUGUSTO BARBOSA DIANESE

MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PROFESSOR DE MBA DO IBMEC –

FINANÇAS E GOVERNANÇA CORPORATIVA PÓS GRADUADO EM CONTROLE EXTERNO PELO TCMG

PÓS GRADUADO EM FINANÇAS PELA FGV CONSULTOR REGISTRADO NA CVM

________________________________________________ LEILIANE ALVARES BARBOSA

CRC/MG 079668-O

__________________________________ DÉBORA D. G. SOUTO CRC/MG: 59.923/0-4

CRA/MG: 27.758 PÓS-GRADUADA EM CONTROLE EXTERNO

PELO TCEMG PÓS-GRADUADA EM CONTROLADORIA PELA PUC-MG

________________________________________________ L IBERTAS AUDITORES E CONSULTORES

CRC/ MG 6722 CORECON/MG 671