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TPGfolitécnico
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Gestão
A’É,
Diogo Manuel Nunes Babo
dezembro 1 2018
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‘4
1
e
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
R E L A T Ó R I O DE ESTÁGIO
DIOGO MANUEL NUNES BABO
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM GESTÃO
DEZEMBRO 2018
Relatório de Estágio Diogo Babo
i
Ficha de Identificação
Identificação do Discente:
Nome: Diogo Manuel Nunes Babo
Número: 1012136
Morada: Rua das Tintureiras, nº68
4620-638 Lousada
Endereço Correio Eletrónico: [email protected]
Contacto: 916 017 244
Licenciatura: Gestão
Identificação do Estabelecimento de Ensino
Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda-Escola Superior de
Tecnologia e Gestão
Morada: Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 50
6300-559 Guarda
Contacto: 271 220 120
E-mail: www.estg.ipg.pt
Docente Orientadora: Prof.ª Doutora Maria Manuela Dos Santos Natário
Instituição Recetora do Estágio Curricular
Instituição: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Terras do Sousa, Ave, Basto e
Tâmega-Felgueiras
Morada: Avenida Dr. Leonardo Coimbra, 462 4610-105 Felgueiras
Relatório de Estágio Diogo Babo
ii
Contacto: 255 310 480
Endereço Correio Eletrónico: [email protected]
Supervisora do Estágio: Dr.ª Isabel Alexandra Teixeira Cardosa de Abreu
Data de Início: 02 de julho de 2018
Data de Fim: 26 de setembro de 2018
Duração do Estágio: 400h
Relatório de Estágio Diogo Babo
iii
“Eu não sou pago para ter razão.
Eu sou pago para resolver problemas”
(Gonçalves, 2016)
Relatório de Estágio Diogo Babo
iv
Agradecimentos
Quero agradecer em primeiro lugar à minha família pelo enorme esforço e pelo apoio que
me deu para que tudo isto fosse possível. Um especial carinho para os meus pais que
sempre acreditaram em mim e que me apoiaram para que tudo isto fosse possível.
Deixo também um obrigado a todos os amigos com quem criei laços durante o período
da licenciatura, por estarem sempre lá nos momentos que mais precisava e pelas histórias
incríveis que tive oportunidade de viver com eles.
A todos os Professores da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, pelo seu
profissionalismo, pela aprendizagem que me proporcionaram e pela sua disponibilidade
constante.
Um especial obrigado à Professora Manuela Natário pela disponibilidade e por ter aceite
ser a minha orientadora de Estágio, sem esquecer toda ajuda prestada pela Professora
durante todo o meu percurso académico.
Aos funcionários do Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais (GESP), pela sua
disponibilidade e acima de tudo pela oportunidade de estágio que me proporcionaram. A
todos os outros funcionários da ESTG, um agradecimento pelo seu acolhimento.
Por fim, agradeço à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Terras do Sousa, Ave, Basto e
Tâmega – Felgueiras a amabilidade que os seus membros tiveram para comigo, assim
como todo o conhecimento que tive oportunidade de aprender com eles. Um
agradecimento especial à Dr.ª Isabel Abreu, a minha coordenadora de estágio, ao Dr.
Ricardo Faria, ao Sr. Júlio Magalhães, ao Sr. Alberto Miranda, ao Sr. Rui Bica, à Sra.
Glória e à Sra. Natália pelo apoio, simpatia, pelos conhecimentos transmitidos e pela
confiança que todos depositaram em mim.
Relatório de Estágio Diogo Babo
v
Plano de estágio
Coube à coordenadora do estágio curricular, à Dr.ª Isabel Abreu, a definição do plano
de estágio, que comtemplara as seguintes tarefas:
Atendimento geral;
Divulgação de produtos;
Processamento de salários e pagamentos ao Estado;
Abertura de contas aos clientes e procedimentos legais;
Registo de valores compensação;
Análise de mapas diários;
Encerramento de caixa;
Funcionamento de ATM;
Arquivo (Recolha de elementos para entidades judiciais e finanças);
Acompanhamento da tesouraria;
Requisição de cheques;
Preparação de processos de crédito (empresas e particulares);
Reforma de letras;
Relatório de Estágio Diogo Babo
vi
Resumo
O presente relatório tem como objetivo descrever as tarefas realizadas ao longo do estágio
curricular, mostrar a experiência laboral e as competências adquiridas ao longo desse
período. O estágio decorreu no período compreendido entre 02 de julho a 26 de setembro
de 2018 no Crédito Agrícola de Felgueiras.
Foram várias as atividades realizadas, de entre as quais, se destacam as de Front Office e
Back Office que serão posteriormente explicadas.
É de salientar que o trabalho realizado foi muito enriquecedor, pois proporcionou o
primeiro contacto com o mercado de trabalho, que é cada vez mais exigente e
competitivo, obtendo assim o estagiário algum conhecimento da vida profissional
esperada para o futuro.
Palavras-chave: Gestão; Banca; Crédito Agrícola; Felgueiras.
Jel Classification:
G01 (Management);
G21 (Banks; Other Depository Institutions)
Relatório de Estágio Diogo Babo
vii
Lista de Siglas e Abreviaturas
AEP – Associação Empresarial de Portugal
APB – Associação Portuguesa de Bancos
APFIPP – Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios
ATM – Automatic Teller Machine (Caixa Automática)
BIC – Bank Identification Code (Código de Identificação Bancária)
CA – Crédito Agrícola
CCAM – Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
CCCAM – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo
CGD – Caixa Geral de Depósitos
CTT – Correios, Telégrafos e Telefones
ECSI – European Consumer Satisfaction Index (Índice de Satisfação do Cliente)
ENI – Empresas e Empresários em Nome Individual
ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão
FENACAM – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
FGCAM – Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo
FID – Formulário de Informação do Depositante
FIN – Ficha Informativa Normalizada
GCA – Grupo Crédito Agrícola
IES – Informação Empresarial Simplificada
IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas
IRC – Imposto Sobre o Rendimento das pessoas Coletivas
IRS – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IVA – Imposto sobre o Valor Agregado
MUDA – Movimento pela Utilização Digital Ativa
NIB – Número de Identificação Bancária
NIF – Número de Identificação Fiscal
PME – Grandes e Médias Empresas
SICAM – Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo
TSU – Taxa Social Única
Relatório de Estágio Diogo Babo
viii
Índice
Ficha de Identificação..................................................................................................................... i
Agradecimentos ............................................................................................................................iv
Plano de estágio ............................................................................................................................ v
Resumo ..........................................................................................................................................vi
Lista de Siglas e Abreviaturas ....................................................................................................... vii
Índice ........................................................................................................................................... viii
Índice de Figuras ........................................................................................................................... x
Introdução ..................................................................................................................................... 1
Capítulo 1 - Apresentação do Crédito Agrícola ............................................................................. 2
1.1 – Enquadramento Histórico .................................................................................... 3
1.2 – Grupo Crédito Agrícola ........................................................................................ 9
1.3 – Caixas Associadas ............................................................................................... 10
1.4 – Empresas Participadas ........................................................................................ 11
1.5 – Visão, Missão, Valores e Objetivos do Crédito Agrícola .......................... 16
1.6 – Estrutura Organizacional ................................................................................... 18
1.7 – Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola .................................................. 19
1.8 – Análise SWOT do Grupo Crédito Agrícola ................................................... 20
Capítulo 2 – Produtos e Serviços do Crédito Agrícola ................................................................. 21
2.1 – Contas ............................................................................................................................. 22
2.1.1 – Particulares .............................................................................................................. 22
2.1.2 – Empresas ................................................................................................................. 26
2.2 – Cartões Bancários ...................................................................................................... 27
2.2.1 – Particulares .............................................................................................................. 27
2.2.2 – Empresas ................................................................................................................. 32
2.3 – Créditos .......................................................................................................................... 38
2.3.1 – Particulares .............................................................................................................. 38
2.3.2 – Empresas ................................................................................................................. 40
2.4 – Leasing ........................................................................................................................... 41
Capítulo 3 – Atividades Realizadas Durante o Estágio ................................................................ 42
3.1 – Enquadramento .............................................................................................................. 43
3.2 – Abertura e Atualização de Contas .................................................................................. 44
3.3 – Atendimento aos Clientes – Front Office ....................................................................... 45
3.4 – Atividades de Back Office ....................................................................................... 47
3.5 – Crédito Bancário, Análise e Limite de Crédito .............................................................. 49
3.6 – Risco de Crédito ............................................................................................................. 50
Relatório de Estágio Diogo Babo
ix
3.7 – Reforma de Letras .......................................................................................................... 50
3.8 – Quiosque ........................................................................................................................ 51
3.9 – Contas Caucionadas ....................................................................................................... 51
Conclusão .................................................................................................................................... 52
Biografia ...................................................................................................................................... 53
Webgrafia .................................................................................................................................... 54
Relatório de Estágio Diogo Babo
x
Índice de Figuras
Figura 1 - Empresas Participadas pela Caixa Central .................................................................... 9
Figura 2 - Edifício da Caixa Central .............................................................................................. 10
Figura 3 - Logótipo FENACAM ..................................................................................................... 11
Figura 4 - Logótipo Agrocapital ................................................................................................... 12
Figura 5 - Logótipo CA Vida ......................................................................................................... 12
Figura 6 - Logótipo CA Serviços ................................................................................................... 13
Figura 7 - Logótipo CA Seguros ................................................................................................... 13
Figura 8 - Logótipo CA Informática ............................................................................................. 14
Figura 9 - Logótipo CA Gest ......................................................................................................... 14
Figura 10 - Logótipo CA Consult .................................................................................................. 15
Figura 11 - Logótipo CA Imóveis.................................................................................................. 15
Figura 12 - Valores do Grupo Crédito Agrícola ........................................................................... 17
Figura 13 - Organograma do Crédito Agrícola ............................................................................ 18
Figura 14 - Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola ................................................................ 19
Figura 16 - Cartão CA & Companhia ........................................................................................... 27
Figura 17 - Cartão CA Mulher ...................................................................................................... 28
Figura 18 - Cartão CA Seguros ..................................................................................................... 28
Figura 19 - Cartão Twist .............................................................................................................. 29
Figura 20 - Cartão Classic ............................................................................................................ 29
Figura 21 - Cartão Clube A Crédito Particular ............................................................................. 30
Figura 22 - Cartão clube A Débito Particular ............................................................................... 30
Figura 23 - Cartão GR8 ................................................................................................................ 31
Figura 24 - Cartão Premier .......................................................................................................... 31
Figura 25 - Cartão UNPLUGGED .................................................................................................. 32
Figura 26 - cartão Visa Electron................................................................................................... 32
Figura 27 - Cartão CA Agricultores .............................................................................................. 33
Figura 28 - CA Buffet ................................................................................................................... 33
Figura 29 - Cartão CA Corporate ................................................................................................. 34
Figura 30 - Cartão CA Corporate Debit ........................................................................................ 34
Figura 31 - Cartão CA Corporate Premium .................................................................................. 35
Figura 32 - Cartão CA & Companhia Comerciante ...................................................................... 36
Figura 33 - Cartão Clube A Crédito Business ............................................................................... 36
Figura 34 - Cartão Clube A Débito Empresa ................................................................................ 37
Figura 35 - Agência de Felgueiras ............................................................................................... 43
Relatório de Estágio Diogo Babo
xi
TABELAS
Tabela 1 - Análise SWOT do Grupo CA ........................................................................................ 20
Tabela 2 - Restrições da CA Conta Gestão .................................................................................. 22
Tabela 3 - Restrições Conta Serviços Mínimos Bancários ........................................................... 22
Tabela 4 - Restrições da Conta Base ........................................................................................... 23
Tabela 5 - Restrições da Conta 1,2,3 ........................................................................................... 23
Tabela 6 - Restrições da Conta Befree ......................................................................................... 24
Tabela 7 - Restrições da Conta Depósitos à Ordem Particulares ................................................ 24
Tabela 8 - Restrições da Conta Super Jovem .............................................................................. 25
Tabela 9 - Restrições da Conta Especial Emigrante..................................................................... 25
Tabela 10 - Restrições da Conta Completa ................................................................................. 25
Tabela 11 - Restrições da Conta Depósitos à Ordem Empresas ................................................. 26
Tabela 12 - Restrições da Conta Negócio .................................................................................... 27
Relatório de Estágio Diogo Babo
1
Introdução
Esta é a etapa final de uma caminhada de três anos. O percurso académico é uma
ferramenta fundamental no acesso ao mundo laboral, que é, até ao momento,
desconhecido.
Para que a licenciatura em Gestão fosse finalizada, houve a necessidade de realizar um
estágio curricular, com a duração de 400 horas, que durou desde o dia 2 de julho de 2018
até 26 de setembro. O estágio foi realizado, especificamente no Crédito Agrícola de
Felgueiras. O estagiário teve alguma dificuldade no início em conseguir adaptar-se ao
mundo de trabalho que até então era desconhecido, mas com o decorrer do estágio essas
dificuldades desapareceram. De facto, o estágio permitiu adquirir novos conhecimentos
complementares aos adquiridos na formação académica.
O presente relatório pretende descrever de forma pormenorizada as atividades realizadas
ao longo do estágio. É constituído por 3 capítulos diferenciados, mas interligados entre
si, que foram realizados com recurso a diversas fontes de informação.
Assim após a introdução, efetua-se no capítulo 1, a apresentação do Crédito Agrícola
referindo a sua história. No capítulo 2 são descritos os produtos existentes no Crédito
Agrícola. No capítulo 3 são descritas as atividades realizadas durante o período de estágio.
Por fim, apresenta-se a conclusão.
Relatório de Estágio Diogo Babo
2
Capítulo 1 - Apresentação do Crédito Agrícola
Relatório de Estágio Diogo Babo
3
1.1 – Enquadramento Histórico1
A história das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, vai ser apresentada tendo em conta os
principais marcos históricos que se seguem.
1498 - Princípio da Solidariedade
A origem histórica das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo está associada às Santas Casas
da Misericórdia – fundadas em 1498 sob a égide da Rainha D. Leonor e de Frei Miguel
Contreiras – bem como nos Celeiros, criados em 1576 por D. Sebastião.
1778 – A Génese do Crédito aos Agricultores
Em 1778, a Misericórdia de Lisboa foi a primeira a conceder empréstimos aos
agricultores. Este exemplo foi seguido por outras Misericórdias, o que gerou uma
dinâmica que justificou a decisão do recém-empossado Ministro das Obras Públicas,
Andrade Corvo, de publicar, em 1866 e 1867, leis orientadas para a transformação das
Confrarias e Misericórdias em instituições de crédito agrícola e industrial (Bancos
Agrícolas ou Misericórdias-Bancos).
Por sua vez, os Celeiros Comuns, fundados por iniciativa particular ou por intervenção
dos Reis, dos municípios ou das paróquias, constituíam, desde o século XVI,
estabelecimentos de crédito destinados a socorrer os agricultores em anos de escassa
produção, através de um adiantamento em género (sementes) mediante o pagamento de
um determinado juro, também liquidado em géneros. Refira-se que este tipo de instituição
foi pioneiro, na medida em que apenas nos séculos seguintes surgiram congéneres na
Escócia (1649) e na Alemanha (1765). A importância dos Celeiros Comuns foi
diminuindo com o aumento das taxas de juro, pelo que, em 1862, avançou-se para a sua
reforma, no sentido de substituir gradualmente a forma de pagamento – de géneros para
monetária – para um funcionamento pleno como instituições de crédito.
1911 – O Nascimento do Crédito Agrícola em Portugal
O verdadeiro Crédito Agrícola nasceu escassos meses depois da implantação da
República, por decreto outorgado pelo Ministro do Fomento, Brito Camacho, a 1 de
março de 1911. Uma decisão que culminava um processo que se iniciou ainda na vigência
1 A informação apresentada neste 1º capítulo foi retirada do site www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
4
da Monarquia e para o qual contribuíram monárquicos e republicanos. Mas seria através
da Lei n.º 215, de 1914, regulamentada, em 1919, pelo Decreto n.º 5219, que, finalmente,
ficaram definidas as atividades das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo.
Nos anos 20, os números de Caixas de Crédito Agrícola Mútuo aumentaram, graças ao
esforço de inúmeros agricultores, mas a crise bancária e económica dos anos 30 provocou
uma estagnação no ritmo da evolução e a consequente passagem das Caixas para a tutela
da Caixa Geral de Depósitos.
1974 – O Princípio da Autonomia
A transformação do sistema político português, a partir de abril de 1974, contribui para o
aparecimento de um movimento das Caixas existentes no sentido de se autonomizarem,
expandirem a respetiva implantação e alargarem a atividade, à luz do modelo de
desenvolvimento do Crédito Agrícola Mútuo em muitos países europeus.
1978 – A Criação da FENACAM
Esse movimento acabaria por resultar na criação, em 1978, da Federação Nacional das
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM), cuja missão central era o apoio e
representação, nacional e internacional, das suas Associadas. Um dos principais objetivos
envolvia a revisão da legislação aplicável ao Crédito Agrícola Mútuo, nessa altura já com
mais de 60 anos de vigência. E, em 1982, com a publicação do Decreto Lei n.º 231/82 –
que inclui, em anexo, um Regime Jurídico Específico para o Crédito Agrícola Mútuo –
as Caixas deixaram de estar sob alçada da Caixa Geral de Depósitos (CGD), prevendo-se
a criação de uma Caixa Central, orientada para regular a atividade creditícia das Caixas
suas associadas. Tal acontecimento favoreceu a significativa expansão do Crédito
Agrícola durante a década de 80 do seculo XX.
1984 – Caixa Central como pilar de um Sistema Integrado
Em 20 de Junho de 1984 é então constituída a Caixa Central, e em 1987, visando garantir
a solvabilidade do sistema, é instituído, através do Decreto-Lei n.º 182/87, o Fundo de
Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), no qual participam – ainda hoje – todas
as Caixas Associadas.
Nesta fase, em que Portugal integra já como membro de pleno direito a Comunidade
Europeia, o processo de adaptação do Crédito Agrícola ao Direito Comunitário conduz a
um novo regime jurídico, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de janeiro.
Relatório de Estágio Diogo Babo
5
Na sua essência, o diploma prevê a adoção de um modelo organizativo – um Sistema
Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) – assente no conjunto formado pela Caixa
Central e pelas suas associadas, mas em que a Caixa Central passa a exercer funções de
liderança em matéria de orientação, fiscalização e representação financeira do SICAM.
O princípio da coresponsabilidade entre a Caixa Central e as Associadas é um valor que
favorece a consolidação de contas, numa ótica de supervisão, solvabilidade e liquidez.
1994 – Valorização do Portefólio de Serviços Financeiros
O Grupo CA decidiu em 1994 valorizar a sua prestação de produtos e serviços financeiros.
Nascia, então, a empresa especializada na Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário,
hoje a CA Gest, e a Rural Seguros, hoje designada CA Seguros – Seguradora Não Vida.
Cinco anos depois, surgia a Crédito Agrícola Vida, hoje CA Vida – Seguradora do Ramo
Vida. Mais tarde, seria a vez da CA Consult, para a área de assessoria financeira.
Numa lógica interna, mas necessariamente com impacto no incremento progressivo da
qualidade do serviço prestado ao Cliente, é de sublinhar, a criação em 1993 da Rural
Informática, hoje CA Informática. Mais recentemente, o destaque vai para o lançamento
da CA Serviços.
1998 – Rumo à Unificação
A introdução, em 1998, de uma única plataforma informática para as Caixas Associadas
e a Caixa Central corresponde a um reforço da unificação do Crédito Agrícola e da sua
afirmação no mercado como banco completo, com canais de distribuição diversificados
e uma oferta de produtos e serviços ajustada aos vários segmentos, potenciando o
aumento da quota de mercado no seio de um sector cada vez mais competitivo, nas
vésperas da integração numa união económica e monetária, que ditaria, para a economia
portuguesa, mais uma transformação, com a introdução da moeda única – o Euro.
2004 – Programa de Modernização antecipa Futuro
Dezoito anos depois da entrada de Portugal na Comunidade Europeia o Grupo Crédito
Agrícola iniciava uma nova revolução interna, com a implementação de um programa de
modernização tecnológica, mergulhando no futuro para potenciar a flexibilidade
organizativa e a excelência na resposta às necessidades dos Clientes, assente na inovação,
formação e valor, sem esquecer um compromisso sólido, desde a sua génese, com o apoio
Relatório de Estágio Diogo Babo
6
às comunidades em que está inserido, com características muito próprias e funções únicas
no seio do tecido económico nacional.
2006 – Nova Imagem do Grupo
A identidade histórica do Crédito Agrícola, associada a uma realidade de matriz
cooperativa rural, é renovada e alargada a uma realidade urbana, com uma oferta
competitiva de soluções de produtos e serviços. Esta comunhão entre o passado e o
presente, projetando o futuro, viabilizou um posicionamento competitivo, que se traduz
numa Imagem de modernidade, credibilidade e solidez.
Uma visão consubstanciada numa estratégia de médio prazo, cuja implementação se
alicerçou num instrumento estruturante – o Programa de Modernização. Numa simbiose
de valores tradicionais e contemporâneos, partilhada com o universo de Clientes,
Associados, dirigentes e colaboradores, o Crédito Agrícola apostou numa nova Imagem
corporativa e numa nova comunicação, reafirmando a sua mensagem-chave: Um Grupo
ao lado das pessoas.
A nova Imagem do Crédito Agrícola corresponde a uma dinâmica de mudança,
acompanhada por outras unidades, cuja renovação da identidade gráfica traduziu a
partilha comum de uma relação ainda mais próxima do Grupo. Partindo do anterior
símbolo, desenvolveu-se uma imagem corporativa mais contemporânea, tendo por base a
folha de árvore estilizada, cuja forma aponta para o futuro e as cores refletem os valores
do Grupo – o laranja como indutor de mudança e modernização.
2009 – Nova Assinatura “ Juntos Somos Mais”
O Grupo adota a assinatura “Juntos Somos Mais” que reflete o novo posicionamento
distintivo da marca CA, em que se sublinham os valores de ajuda mútua e solidariedade
que estão na essência da instituição e se materializam numa palavra: Cooperativismo.
2011 – Centenário Crédito Agrícola
2011 foi um ano especial para o Grupo CA, pois comemorou 100 Anos de Atividade. Foi
um marco que simbolizou um longo caminho, marcado pelo apoio ao desenvolvimento
económico e social de muitas comunidades e regiões do nosso país. As várias iniciativas
que decorreram ao longo deste ano, permitiram um olhar claro sobre a importância do
CA como Instituição cuja solidez e vitalidade se moldam na entrega e na motivação
sempre renovadas.
Relatório de Estágio Diogo Babo
7
2015 – Um ano de distinções para o Grupo Crédito Agrícola
No ano de 2015 o Grupo Crédito Agrícola é galardoado com vários prémios
nomeadamente:
• O Grupo foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top
1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de
capitais exclusivamente nacionais.
• O Prémio Cinco Estrelas 2015, promovido pela U-Scoot com base num estudo de
mercado realizado pela Ipsos APEME, foi atribuído ao Crédito Agrícola na
categoria “Banca, serviço de atendimento ao cliente”.
• A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela
quinta vez, como a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção
resulta de um estudo realizado pela revista EXAME em parceria com a Deloitte e
com a Informa D&B.
• O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento,
gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento
Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de
Organismos de Investimento Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de
Taxa Indexada”. Trata-se de um prémio da autoria da Associação Portuguesa de
Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e do Diário
Económico. O CA Monetário foi, também, considerado pela APFIPP, pelo sexto
ano consecutivo, como o fundo mais rentável na classe “Fundos de Mercados
Monetários Euro”. A mesma entidade distinguiu, ainda, o CA Flexível, como o
fundo que apresentou a melhor rentabilidade em 2014, na categoria “Fundos
Flexíveis”.
2016 – Primeira Agência na Madeira e mais Distinções Marcantes
2016 ficou marcado pela abertura da primeira Agência do Crédito Agrícola na Região
Autónoma da Madeira, mais especificamente na cidade do Funchal. Com esta abertura o
CA passou a dispor de uma rede com cobertura de âmbito nacional.
O Grupo CA é cada vez mais reconhecido, recebendo mais distinções atribuídas em 2016,
nomeadamente:
• Eleição da CA Seguros, pelo sexto ano, como Melhor Seguradora Não Vida.
Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.
Relatório de Estágio Diogo Babo
8
• Distinção da CA Vida como a Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida, num
estudo elaborado pela EY e pela Iberinform e divulgado na Star Company, uma
edição especial do jornal Dinheiro Vivo.
• Clientes do Crédito Agrícola eram, segundo o BASEF Banca, os que estavam
mais satisfeitos e recomendavam o Banco.
• CA entre as instituições financeiras com menos reclamações, segundo dados do
Banco de Portugal.
• CA Vida liderou os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas
classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do National
Customer Satisfaction Index (ECSI) Portugal 2016.
2017 - Lucros do Crédito Agrícola Quadruplicam até Setembro e Ultrapassam os
127 milhões de Euros.
No ano de 2017 o Grupo Crédito Agrícola é distinguido por vários prémios:
• Crédito Agrícola entrega 218 mil euros à União das Misericórdias Portuguesas;
• CA Seguros foi distinguida como a melhor empresa para trabalhar no sector da
banca.
• Crédito Agrícola integra o Movimento pela Utilização Digital Ativa (MUDA) e
promove literacia digital.
• CA Seguros foi considerada nos últimos 10 anos como a melhor seguradora não
vida por 7 vezes.
Relatório de Estágio Diogo Babo
9
1.2 – Grupo Crédito Agrícola
O Grupo Crédito Agrícola, é um grupo financeiro, atualmente composto por 80 Caixas
de Crédito Agrícola Mútuo subdividida em 656 Agências em todo o território nacional,
contando com mais de 400 mil associados e 1.200.000 Clientes. Conta também com uma
larga carteira de empresas que prestam serviços auxiliares, direta ou indiretamente,
participadas pela Caixa Central (Figura 1) e ainda conta com a Federação Nacional das
Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM) que é a instituição que representa a
cooperativa e que é prestadora de serviços especializados do Grupo Crédito Agrícola.
A Caixa Central é um organismo central do Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo
(SICAM), tendo os poderes de intervenção e de fiscalização das Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo suas associadas nos aspetos administrativo, técnico e financeiro e da sua
organização e gestão.
A sua atividade tem como base de sustentação as caixas de Crédito Agrícola que com a
sua autonomia e integração nas respetivas regiões, permitem conhecer em profundidade
as realidades do respetivo tecido empresarial e económico e os desafios que se colocam
para o progresso económico-social a nível local.
Figura 1 - Empresas Participadas pela Caixa Central
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
10
1.3 – Caixas Associadas
A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (Figura 2), foi fundada no dia 20 de junho
de 1984 com o intuito de garantir a solvabilidade do sistema. Atualmente tem como
responsabilidade a coordenação, a fiscalização e a orientação das Caixas de Crédito
Agrícola.
É composta por um conselho de Administração Executiva que é atualmente, constituído
por cinco administradores nomeados. Este conselho é responsável por dirigir 26
departamentos/gabinetes, indicado pelo Conselho Geral e de Supervisão, onde estão
representadas nove Caixas de Crédito Agrícola Mútuo. Existe paralelamente um
Conselho Consultivo e uma Assembleia Geral dirigida por três Caixas Associadas.
A FENACAM cujo logótipo está na Figura 3, foi fundada em 29 de novembro de 1978,
com o objetivo de defender os interesses das Caixas Agrícolas e de as representar nos
mais diversos níveis.
Ao longos dos anos, foi aumentando e diversificando o vasto conjunto de serviços que
prestar. Encontra-se, atualmente, agrupada em três áreas departamentais:
• Serviço Administrativo e Financeiro;
• Serviço de Apoio Técnico;
• Serviço de Produção Documental e Aprovisionamento;
Figura 2 - Edifício da Caixa Central
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
11
1.4 – Empresas Participadas
O Grupo Crédito Agrícola é um grupo financeiro, constituído por cerca de 80 caixas
associadas e por empresas auxiliares participadas pela Caixa Central, sendo estas a
Agrocapital, CA Vida, CA Serviços, CA Seguros, CA Informática, CA Gest, CA Consult
e CA Imóveis.
Através das suas empresas especializadas, o Grupo Crédito Agrícola apresenta uma ampla
oferta de produtos e serviços para diferentes segmentos de clientes e adaptadas às
realidades locais e ao mercado em geral.
Agrocapital – Sociedade de Capital de Risco
A Agrocapital cujo logótipo está na Figura 4, foi constituída no dia 8 de março de 2005 e
tem como acionistas a Crédito Agrícola, SGPS, S.A. e o Instituto de Financiamento da
Agricultura e Pescas (IFAP) .
O objetivo principal da Agrocapital é a realização de investimento em capital de risco
através de aquisições, por períodos de tempo limitados, de instrumentos de capital próprio
e de instrumentos de capital alheio em sociedades com elevado potencial de
desenvolvimento, como forma de beneficiar da respetiva valorização.
Figura 3 - Logótipo FENACAM
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
12
Figura 4 - Logótipo Agrocapital
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Vida – Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros
A CA Vida (ver logótipo na Figura 5), nasceu em 1998 como forma de melhorar a vida
dos seus clientes. Hoje em dia com 20 anos de existência, é uma das maiores seguradoras
para a vida do mercado nacional. É de destacar o prémio recebido em 2017 e o facto de
ter sido eleita Líder no Índice de Satisfação do Cliente, no ramo Vida pelo European
Consumer Satisfaction Index (ECSI).
A CA Vida tem por objetivo responder às necessidades de proteção dos seus clientes,
oferecendo por isso um serviço integrado de seguros vida e fundos de pensões aos
Clientes do Grupo Crédito Agrícola, aos associados e às Caixas Agrícolas.
Figura 5 - Logótipo CA Vida
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Serviços – Centro de Serviços Partilhados
O CA Serviços é responsável pela máxima eficácia na prestação de serviços partilhados
do Grupo Crédito Agrícola.
O CA Serviços cujo logótipo está na Figura 6 presta serviço nas áreas de apoio à
dinamização do negócio e da assessoria fiscal, nas áreas dos sistemas de informação e
comunicação, na operação da compensação, na auditoria interna e nos serviços
Relatório de Estágio Diogo Babo
13
operacionais de suporte à atividade de Banca Direta (Linha Direta) e canais não-
presenciais (serviços On-Line Particulares e Empresas e Balcão 24).
.
Figura 6 - Logótipo CA Serviços
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais
A CA Seguros cujo logótipo está na Figura 7, conta com 23 anos de atividade e é a
seguradora dos ramos não vida do Grupo Crédito Agrícola. Foi considerada nos últimos
10 anos como a melhor seguradora não vida por 7 vezes.
Apresenta uma gama completa de produtos para proteção de particulares, empresários e
empresas, contando com mais de 390 mil clientes, através de mais de 700 apólices em
vigor.
Figura 7 - Logótipo CA Seguros
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Informática -Sistemas de Informação
A CA Informática cujo logótipo está na Figura 8, tem como objetivo otimizar a utilização
das infraestruturas que servem de suporte às tecnologias de informação e ao
desenvolvimento de sistemas de informação.
A CA Informática presta serviço na gestão de ativos de base tecnológica, na gestão e
manutenção das instalações e dos centros de dados e de telecomunicações, e nos Serviços
Relatório de Estágio Diogo Babo
14
de apoio e suporte à atividade das empresas de serviços financeiros do Grupo e do Centro
de Serviços Partilhados.
Figura 8 - Logótipo CA Informática
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Gest- Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário
A Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário até 2004, dava pelo nome de
Central Fundos, adotando a partir daí o nome de CA Gest cujo logótipo está na Figura 9.
A CA Gest tem como principais objetivos a gestão de organismos de investimento
coletivo e a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem.
No seu portefólio de Clientes de Gestão de Carteiras predominam Fundos de Pensões
abertos e fechados, quer de benefício definido quer de contribuição definida, e
Seguradoras do ramo real e do ramo vida.
Figura 9 - Logótipo CA Gest
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Consult - Assessoria Financeira e de Gestão
A CA Consult (ver logótipo na Figura 10) é a empresa especializada em Banca de
Negócios do Grupo Crédito Agrícola. Tem por objetivo a prestação de serviços de
assessoria financeira e estratégica às Pequenas e Médias Empresas (PME) e Entidades
Públicas. Tem como missão um compromisso de rigor e excelência no
Relatório de Estágio Diogo Babo
15
aconselhamento dos clientes tendo em vista a sua sustentabilidade financeira a longo
prazo.
Figura 10 - Logótipo CA Consult
Fonte: www.credito-agricola.pt
CA Imóveis
A CA Imóveis (ver logótipo Figura 11), tem como objetivo a gestão de imóveis nas suas
diferentes dimensões, da centralização do conhecimento sobre a classe de ativos
“imobiliário” e a coordenação e acompanhamento das Entidades Gestoras de Fundos
Imobiliários com património oriundo de entidades do Grupo CA.
Figura 11 - Logótipo CA Imóveis
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
16
1.5 – Visão, Missão, Valores e Objetivos do Crédito Agrícola2
• Visão
A Visão é um conjunto de intenções e de aspirações para o futuro, servindo de inspiração
a todos os membros da organização (Poças, 2014).
O grupo Crédito Agrícola tem como Visão ser uma Instituição financeira próxima do
cliente prestando-lhe o melhor serviço, com a maior confiança e lealdade para com eles.
• Missão
Missão é o que justifica a sua existência, tanto aos olhos da coletividade como para os
homens que a constituem pela satisfação que proporcionam a cada um (Du Montcel,
1990).
O grupo Crédito Agrícola tem como missão ser o motor de desenvolvimento das
comunidades locais através da sua relação de proximidade com os clientes, de modo a
satisfazer às suas ambições e projetos financeiros. Também pretende ser reconhecido pelo
público em geral como o “Melhor Grupo Financeiro” nos mercados em que opera.
• Valores
Os valores são características, virtudes, qualidades da organização que podem ser objeto
de avaliação, como se estivessem numa escala, com gradação entre avaliações extremas
(Costa, 2007).
Os Valores (Figura 12) do Grupo Crédito Agrícola são a solidez, a confiança, a
proximidade e a simplicidade. O Grupo apresenta uma vasta carteira de oferta de
soluções, produtos e serviços capazes de satisfazer todas as necessidades financeiras e
expectativas das famílias, negócios e empresas. É uma instituição que valoriza o
relacionamento com o cliente, suportada pela atuação de cada uma das suas caixas a nível
regional, num equilíbrio entre a captação de poupanças, a concessão de crédito às famílias
e empresas, e no apoio às Instituições sem fins lucrativos, tendo como objetivo principal
o aproximar dos clientes ao Grupo Crédito Agrícola. Os valores são considerados por isso
como os fatores críticos de sucesso para manter e fazer crescer a relação de parceria dos
clientes com o Grupo Crédito Agrícola. O Grupo valoriza a solidez através das
2 Fontes: Visão (Poças,2014), Missão (Du Montcel, 1990), Valores (Costa, 2007), Objetivos (Costa, 2007)
Relatório de Estágio Diogo Babo
17
oportunidades de negócio que apresentem perspetivas de retorno continuado de
rentabilidade e de reforço dos valores cooperativos. Outro valor que o Crédito Agrícola
valoriza é a proximidade com o cliente, através do desenvolvimento das comunidades
locais e preocupando-se com o que de melhor lhes pode oferecer. Valoriza a confiança
que deposita nos seus clientes, prestando sempre o melhor serviço possível, satisfazendo
por isso todas as necessidades e aspirações financeiras dos clientes. É de destacar também
a simplicidade que tem com o cliente, através de processos ágeis e da excelência no
serviço.
Figura 12 - Valores do Grupo Crédito Agrícola
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Objetivos
Os objetivos têm a finalidade de propor desafios ao planeamento estratégico. Quanto
maiores e mais arrojados forem os objetivos, mais desafiador será o planeamento. (Costa,
2007).
Os principais objetivos do Grupo Crédito Agrícola são:
- Satisfazer as necessidades e aspirações financeiras dos clientes;
- Reforçar o desenvolvimento das comunidades locais;
- Promover o investimento em projetos sustentáveis;
- Melhorar a relação com os clientes através de processos ágeis e da excelência no serviço;
- Abordar oportunidades de negócio que apresentem perspetivas de retorno continuado
de rentabilidade e de reforço dos valores cooperativos;
Relatório de Estágio Diogo Babo
18
1.6 – Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional é a estrutura hierárquica e funcional de uma empresa, que torna
visível a repartição do trabalho e das responsabilidades e revelando a natureza da estrutura
adotada, portanto, em outra medida, o espírito e a fase de desenvolvimento da empresa
(Du Montcel, 1990).
Ao analisar a estrutura organizacional do Crédito Agrícola (Figura 13) verifica-se que é
constituído por uma Assembleia Geral, um Conselho Fiscal, um Conselho de
Administração, um Conselho de Administração Executiva, que coordena a parte da
auditoria e controlo interno, o Conselho de Crédito e Comercial e ainda a parte da
assistência jurídico e contratação. No nível hierárquico abaixo aparece um coordenador
geral que coordena os serviços centrais e os serviços comerciais. Os serviços centrais
controlam a área administrativa e financeira, bem como a área de análise e controlo do
risco. Por fim, os serviços comerciais são compostos pela área comercial / coordenação
que por sua vez se subdivide nas agências e nos seguros.
Figura 13 - Organograma do Crédito Agrícola
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
19
1.7 – Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola
O logótipo consiste na representação gráfica ou visual que serve para identificar uma
marca ou empresa. Trata-se de um símbolo que ilustra a personalidade da empresa, de
forma figurativa ou abstrata (Ceneco, 1999).
O mais recente símbolo do Crédito Agrícola baseia-se na folha da árvore estilizada. Esta
nova forma e posicionamento apontam para o futuro, tal como o Grupo. As cores adotadas
foram o verde, que significa os valores existentes e o laranja que representa uma atitude
de mudança e modernização.
Com o passar dos anos o logótipo do Crédito Agrícola foi evoluindo e acompanhando o
crescimento do grupo como se pode verificar na Figura 14.
Figura 14 - Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
20
1.8 – Análise SWOT do Grupo Crédito Agrícola
As letras SWOT referem-se a Strenghts (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). A definição de análise SWOT é uma
ferramenta que permite fazer um diagnóstico estratégico da empresa. A análise é feita a
dois níveis: interno e externo. Ao nível interno são diagnosticados os pontos fortes e
fracos. Quanto à análise externa são diagnosticadas as oportunidades e as ameaças (Poças,
2014).
Neste contexto elabora-se um quadro referente ao diagnóstico dos pontos fortes e pontos
fracos, bem como as ameaças e as oportunidades relativas ao Crédito Agrícola.
Pontos Fortes Pontos Fracos
-Vasta Gama de Produtos e
Serviços;
-Valoriza o relacionamento
com o cliente;
-Atuação de cada uma das suas
caixas a nível regional;
-Falhas constantes no sistema
informático;
-Pouca divulgação dos seus
produtos e serviços;
-Recursos Humanos
envelhecidos;
Oportunidades Sugestões Sugestões
-Crescimento on-line;
-Crescimento do mercado
internacional;
-Abrir mais instalações no
mercado internacional;
-Criar e inovar cada vez mais os
seus produtos, não esquecendo
de cada vez mais valorizar o
relacionamento com o cliente;
-Divulgar e apostar mais em
publicidade que divulgue cada
vez mais os seus produtos e
serviços;
-Modernizar o seu sistema
informático;
Ameaças Sugestões Sugestões
-Concorrência do mercado;
-Digitalização da Banca;
-Informatizar toda a vasta gama
que o Grupo Crédito agrícola
oferece;
-Praticar taxas de juros mais
baixas face à concorrência;
-Formação constante dos seus
funcionários;
-Apostar mais em clientes de
faixa etária mais jovem;
Tabela 1 - Análise SWOT do Grupo CA
Fonte: Elaboração Própria
Relatório de Estágio Diogo Babo
21
Capítulo 2 – Produtos e Serviços do Crédito Agrícola
Relatório de Estágio Diogo Babo
22
2.1 – Contas3
Neste ponto apresentam-se as contas que o grupo Crédito Agrícola pode oferecer tanto ao
nível particular como as das empresas.
2.1.1 – Particulares
• CA Conta Gestão
A Conta Gestão disponibiliza por um lado uma conta de depósitos à ordem e por outro
proporciona uma conta Poupança Gestão onde pode aplicar e remunerar com juros, o
saldo excedente da conta à ordem. O cliente pode ter acesso a um limite de crédito para
gerir as suas necessidades de liquidez. A conta Gestão apresenta várias restrições que são
apresentadas na Tabela 2, a seguir indicada.
Idade de subscrição Comissão de Manutenção
de Conta
Comissão
18 anos Isenta Gestão Mensal - 3,50€
Tabela 2 - Restrições da CA Conta Gestão
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Serviços Mínimos Bancários
A conta Serviços Mínimos Bancários disponibiliza ao cliente que usufruir desta conta o
acesso a um conjunto de produtos e serviços essenciais, são eles disponibilidade de ter
um cartão de débito, um cartão de crédito, de poder requisitar e entregar cheques e poder
fazer transferência de dinheiro para outra conta. Esta conta para abertura da mesma
apresenta várias restrições que são anunciadas na Tabela 3.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
18 anos Anual Fixa - 3,40€ Sem montante mínimo
Tabela 3 - Restrições Conta Serviços Mínimos Bancários
Fonte: www.creditoagricola.pt
3 A fonte deste capítulo é www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
23
• Conta Base
A conta Base disponibiliza um cartão de Débito Maestro a um dos titulares para
movimentar a sua conta através de depósitos e levantamentos de numerário, débitos
diretos, transferências interbancárias nacionais, pagamentos de bens e serviços. O cliente
pode movimentar a conta base a partir do serviço CA Online Particulares, CA Mobile,
Caixas Automáticas e Agências CA. Para quem quer abrir uma conta Base tem que seguir
as restrições apresentadas como se pode ver na Tabela 4.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
18 anos Mensal Fixa - 4,95€ Sem montante mínimo
Tabela 4 - Restrições da Conta Base
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta 1,2,3
A conta 1,2,3 é uma conta a pensar no futuro dos mais novos, com acesso a produtos
vocacionados para os mais novos, são eles Poupança, Depósitos a Prazo Normal e
Poupança Habitação Jovem. Esta conta pode ser movimentada através de transferências
a crédito e depósitos de numerários ou valores. Esta conta apresenta restrições como pode
se ver na Tabela 5 para abertura da mesma.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
Até aos 12 anos Isenta 50,00€
Tabela 5 - Restrições da Conta 1,2,3
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta BeFree
A conta BeFree é uma conta de depósitos à ordem, que permite a constituição de
aplicações a prazo em nome do titular menor. Esta conta dá acesso a uma Poupança
Futura, Depósitos a Prazo Normal e Poupança Habitação Jovem. Esta conta pode ser
movimentada através de transferência a crédito ou Depósito de numerário ou valores. A
conta Befree apresenta restrições como se podem ver na Tabela 6, para abertura da
mesma.
Relatório de Estágio Diogo Babo
24
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
13-17 anos Isenta 50,00€
Tabela 6 - Restrições da Conta Befree
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Depósitos à Ordem Particulares
A conta Depósitos à Ordem Particulares permite domiciliar gratuitamente o pagamento
de despesas periódicas. Esta conta disponibiliza um cartão de débito VISA Electron e um
cartão de crédito VISA Electron (consoante análise casuística) para que possa o cliente
efetuar todos os movimentos e operações necessários quando está fora de casa ou do país.
Esta conta pode ser movimentada através de transferências a crédito e débito, ordens
permanentes e pontuais, depósito de numerário ou valores, Cartão de débito VISA
Electron, CA Online, CA Mobile, Balcão 24, levantamento e depósito de numerário,
cheques e cheques visados. Para abertura desta conta apresenta várias restrições como se
pode ver na Tabela 7.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
Maiores de 18 anos Por escalões 100,00€
Tabela 7 - Restrições da Conta Depósitos à Ordem Particulares
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Super Jovem
A conta Super Jovem é uma conta de depósitos à ordem, que permite a constituição de
aplicações a prazo com condições especiais. Disponibiliza um cartão de débito
Unplugged, cartão de crédito TWIST, Poupança Geração Jovem, Poupança Habitação
Jovem e Depósitos a Prazo Normal. Esta conta pode ser movimentada através de
transferências a crédito e débito, depósito de numerário ou de valores, cartão de débito
Unplugged, CA Online, CA Mobile, Balcão 24, levantamento de numerário nas agências
CA e por cheques. Esta conta apresenta restrições como se pode ver na Tabela 8.
Relatório de Estágio Diogo Babo
25
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
18-30 anos Isento 100,00€
Tabela 8 - Restrições da Conta Super Jovem
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Especial Emigrante
A conta Especial Emigrante é uma conta de depósitos à ordem, que pode ser movimentada
em Euros ou Moeda Estrangeira e que permite o acesso à constituição de aplicações a
prazo. Permite o acesso a um cartão Classic ou Premier da Rede VISA, que dá crédito
em qualquer parte do mundo. Disponibiliza também um cartão de débito VISA Electron
que permite ao cliente efetuar todos os movimentos necessários em Portugal e no
Estrangeiro. As restrições estão presentes na Tabela 9.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
Maiores de 18 anos isenta 125,00€
Tabela 9 - Restrições da Conta Especial Emigrante
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Completa
A conta Completa é uma conta de depósitos à ordem com liberdade de movimento.
Disponibiliza um cartão de débito VISA Electron que permite ao cliente efetuar todos os
movimentos necessários quando está fora de casa. Pode ser movimentada através de
transferências a crédito e débito, ordens de pagamento, depósito de numerário ou valores,
cartão de débito VISA Electron, CA Online, Balcão 24, cheques e cheques visados. Para
abertura desta conta tem várias restrições que são apresentadas na Tabela 10.
Idade de subscrição Comissão de
Manutenção de Conta
Montante mínimo de
abertura
Maiores de 18 anos Por escalões 500,00€
Tabela 10 - Restrições da Conta Completa
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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2.1.2 – Empresas
• Conta Depósitos à Ordem Empresas
A conta Depósitos à ordem Empresas uma conta é ideal para fazer a gestão corrente de
uma empresa com total liquidez. Tem à disposição da empresa um conjunto de meios de
pagamentos nomeadamente: Serviço MB Way, Entidades de Pagamento de
Serviços/Compras e Caixas Automáticas, que permitem gerir cómoda e eficazmente
todos os pagamentos e recebimentos. Disponibiliza um cartão de débito e um cartão de
crédito (consoante análise casuística), ambos MasterCard, para que a empresa possa
efetuar todos os movimentos necessários, mesmo quando o cliente está fora do escritório.
Pode ser movimentada através de cheques, cheques visados, transferências a crédito e
débito, ordens de pagamento, depósitos de numerário ou valores, do cartão corporate
debit, CA online, CA mobile e Balcão 24. As restrições referentes a esta conta podem ser
visualizadas na Tabela 11.
Montante mínimo de abertura Comissão de Manutenção de Conta
250,00€ Por escalões
Tabela 11 - Restrições da Conta Depósitos à Ordem Empresas
Fonte: www.creditoagricola.pt
• Conta Negócio
A conta Negócios é uma conta de depósitos à ordem, vocacionada para as Empresas e
Empresários em Nome Individual (ENI). Esta conta possibilita o acesso a facilidades de
crédito associadas, permitindo à empresa cobrir necessidades pontuais de tesouraria, sem
efetuar a gestão quotidiana do seu negócio. Disponibiliza um cartão de débito e um cartão
de crédito (consoante análise casuística), ambos da rede MasterCard, permite-lhe efetuar
diversos movimentos e operações. Esta conta proporciona à empresa um conjunto de
meios de pagamento nomeadamente Serviço MB Way, Terminal de Pagamento
Automático, Entidades de Pagamento de Serviços/Compras e Caixas Automáticas, que
lhe permitem gerir cómoda e eficazmente todos os pagamentos e recebimentos. Pode ser
movimentada através de cheques, cheques visados, transferências de crédito e débito,
ordens de pagamento, depósito de numerário ou valores, cartão corporate debit, CA
online, CA mobile e Balcão 24. Esta conta apresenta restrições que se apresentam na
Tabela 12.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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Montante mínimo de abertura Comissão de Manutenção de Conta
500,00€ Isenta
Tabela 12 - Restrições da Conta Negócio
Fonte: www.creditoagricola.pt
2.2 – Cartões Bancários
Neste ponto serão apresentados os cartões bancários que o grupo crédito agrícola pode
oferecer aos seus clientes tanto particulares como empresas.
2.2.1 – Particulares
• Cartão CA & Companhia
O Cartão CA & Companhia (Figura 15) é um cartão de crédito que permite a sua
utilização em compras optar por pagar o saldo em dívida na totalidade ou em prestações
fixas. Concede crédito de 20 a 50 dias sem juros. Apresenta uma taxa efetiva global de
15,29%, taxa calculada com um limite de crédito de 1.500€ e é isenta da comissão de
disponibilidade do cartão.
Figura 15 - Cartão CA & Companhia
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão CA Mulher
O cartão CA Mulher (Figura 16) foi criado para responder às necessidades e desejos das
mulheres. Permite o acesso a descontos até 70% e a muitos benefícios em diferentes
parceiros comerciais: lojas, bem-estar e lazer, restauração, hotelaria, entre outros.
Também dá acesso a descontos em combustíveis da rede PRIO até 11 cêntimos/litro. Dá
vales de desconto, na compra de programas turísticos e/ou estadias de valor superior a
Relatório de Estágio Diogo Babo
28
500€ na Halcon Viagens recebendo por isso um vale de desconto de 500€. Este cartão
permite o acesso a um crédito que pode ir até 50 dias, sem juros. Apresenta uma taxa
anual efetiva global de 11,64%, taxa calculada considerando um limite de crédito de
1.500€. Para ter acesso ao cartão terá de pagar de comissão 12€.
Figura 16 - Cartão CA Mulher
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão CA Seguros
O cartão CA Seguros (Figura 17) é um cartão de Crédito e um cartão identificador do
Cliente CA Seguros. Este cartão garante em caso de roubo e/ou uso indevido do cartão, a
reposição das despesas efetuadas na conta Cartão do Tomador de Seguro, com um limite
de indemnização de 750,00€ por sinistro. Permite optar por pagar o saldo em dívida de
acordo com a sua disponibilidade financeira. Tem de taxa anual efetiva global de 15,19%,
taxa calculada considerando com um limite de crédito de 1.500€ e é isenta de comissão
de disponibilidade do cartão;
Figura 17 - Cartão CA Seguros
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão TWIST
O Cartão TWIST (Figura 18) é um cartão 2 em 1, tanto de crédito como de débito, que
pode ser utilizado em Portugal ou no estrangeiro, em todas os estabelecimentos
comerciais, caixas automáticas e agências bancárias aderentes à rede Multibanco e VISA.
Este cartão dá ainda acesso a descontos em combustíveis da rede PRIO até 11
cêntimos/litro. Apresenta uma taxa anual efetiva global de 11,20%, calculada
Relatório de Estágio Diogo Babo
29
considerando um limite de crédito de 1.500€ e tem de pagar para ter acesso ao cartão uma
comissão de 13,50€;
Figura 18 - Cartão Twist
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão Classic
O Cartão Classic (Figura 19) é um cartão de crédito da rede VISA, aceite em Portugal e
no estrangeiro, que permite fazer compras online, pagar a Via Verde, efetuar
carregamentos de telemóvel, combustível, alimentação, hotéis e muitos outros. Este
cartão dá acesso a descontos de até 4 cêntimos/litro em combustível com retorno de 3%
sobre o montante das compras efetuadas e acesso a descontos também em combustíveis
da rede PRIO até 11 cêntimos/litro. O cartão Classic conta com um seguro de assistência
em viagem, seguro de uso fraudulento e roubo em ATM, proteção ao crédito, comodidade
na proteção ao lar e proteção ao desemprego. Permite conceder crédito que pode ir até 50
dias, sem juros e pagar integralmente o saldo em dívida ou através de percentagens do
seu valor. Apresenta uma taxa anual efetiva global de 13,86%, calculada considerando
um limite de crédito de 1.500€ e tem uma comissão de disponibilidade de cartão de
18,50€.
Figura 19 - Cartão Classic
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão Clube A Crédito Particular
O Cartão Clube A Crédito Particular (Figura 20) dá acesso imediato a 10% de descontos
em comissões do preçário de produtos e serviços Crédito Agrícola, como, por exemplo,
Relatório de Estágio Diogo Babo
30
comissões de abertura e requisição de cheques, a 5% de desconto nos produtos de risco
geridos pela CA Vida e 1% de desconto no valor dos prémios totais dos seguros geridos
pela CA Seguros para apólices em que o associado é o tomador do seguro, exceto em
seguros do ramo automóvel, máquinas agrícolas e acidentes de trabalho. Concede crédito
até 50 dias, sem juros, podendo pagar o valor em dívida através de percentagens do seu
valor, ou através de suaves prestações fixas. Por último, oferece 11 cêntimos/litro em toda
a rede PRIO. Apresenta uma taxa anual efetiva global de 15,29%, calculada considerando
um limite de crédito de 1.500,00€ e é isenta de comissão de disponibilidade do cartão.
Figura 20 - Cartão Clube A Crédito Particular
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão clube A Débito Particular
Para poder usufruir do cartão clube A Débito Particular (Figura 21) tem que ser sócio do
Crédito Agrícola. Este cartão dá acesso imediato a 10% de desconto em comissões do
preçário de produtos e serviços Crédito Agrícola, como, por exemplo, comissões de
abertura e requisição de cheques, a 5% de desconto nos produtos de risco geridos pela
CA Vida e a 1% de desconto no valor dos prémios totais dos Seguros geridos pela CA
Seguros, para apólices em que o associado é o tomador do seguro, exceto em seguros do
ramo automóvel, máquinas agrícolas e acidentes de trabalho. Proporciona descontos de
11 cêntimos/litro em toda a rede PRIO. Por fim está equipado com a tecnologia
Contactless que lhe permite efetuar o pagamento de compras de baixo valor até 20€. A
comissão de disponibilidade de cartão é de 6€.
Figura 21 - Cartão clube A Débito Particular
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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• Cartão GR8
O Cartão GR8 (Figura 22) é um cartão de débito recarregável com mínimo de 10€ e sem
carregamentos obrigatórios, para jovens dos 13 aos 17 anos. É isenta de comissão de
disponibilidade do cartão.
Figura 22 - Cartão GR8
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão Premier
O Cartão Premier (Figura 23) é um cartão de crédito aceite na Rede Visa em todo o
mundo. O cliente pode com ele fazer compras em lojas online, pagar portagens e Via
Verde, efetuar carregamentos de telemóvel, fazer compras de combustível, alimentação,
hotéis, e muitos outros. Tem um seguro de assistência em viagem, seguro de uso
fraudulento e roubo em ATM, proteção ao crédito, comodidade na proteção ao lar e
proteção ao desemprego. Oferece um desconto de 11 cêntimos/litro em combustível na
rede PRIO. Por fim, concede crédito que pode ir até 50 dias, sem juros, podendo optar
por o pagamento do valor em dívida integralmente ou através de percentagens do seu
valor. Tem uma taxa anual efetiva global de 15,28%, calculada considerando um limite
de crédito de 2.500€ e uma comissão de disponibilidade de cartão de 50€.
Figura 23 - Cartão Premier
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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• Cartão UNPLUGGED
O Cartão UNPLUGGED (Figura 24) é um cartão de débito aceite em todo o mundo nos
estabelecimentos da Rede VISA, para jovens dos 18 aos 30 anos. O cartão está equipado
com a tecnologia Contactless o que permite efetuar pagamentos de baixo valor, até 20€,
apenas por contacto com o terminal e ainda dá acesso a 11 cêntimos/litro de desconto em
toda a rede PRIO. Tem de comissão de disponibilidade de cartão de 7,50€;
Figura 24 - Cartão UNPLUGGED
Fonte:www.credito-agricola.pt
• Cartão Visa Electron
O Cartão Visa Electron (Figura 25) é um cartão de débito da Rede VISA aceite em todo
o mundo. Este cartão está equipado com a tecnologia Contactless permitindo por isso
efetuar pagamentos de baixo valor, até um máximo de 20€, apenas por contacto com
terminal. Oferece descontos de 11 cêntimos/litro em toda a Rede PRIO. Apresenta uma
comissão de disponibilidade de cartão de 14€.
Figura 25 - cartão Visa Electron
Fonte: www.credito-agricola.pt
2.2.2 – Empresas
• Cartão CA Agricultura
O Cartão CA Agricultura (Figura 26) é um cartão de crédito da rede VISA, podendo ser
usado em todo o mundo. É exclusivo para o setor agrícola proporcionando condições
especiais na aquisição de produtos e serviços exclusivos para as empresas do sector
agrícola e agroindustrial. Proporciona um período de 50 dias sem juros, de pagamento do
Relatório de Estágio Diogo Babo
33
crédito, mas caso ultrapasse esse período ainda beneficia com taxas de juros reduzidas.
Traz vantagens extras de acesso a linhas de crédito específicas, serviços para a gestão de
tesouraria e apoio ao investimento, produtos de apoio à internacionalização, seguros para
proteção pessoal, ou no âmbito da atividade empresarial e ainda descontos de 11
cêntimos/litro em toda a rede PRIO. Apresenta uma taxa anual efetiva de 12,7%,
calculada considerando um limite de crédito de 1.500€ a 12 meses e é isenta de comissão
de disponibilidade de cartão.
Figura 26 - Cartão CA Agricultores
Fonte: www.credito-agricola.pt
• CA Buffet (Figura 27)
O Cartão CA Buffet (Figura 27) é um cartão de débito, pré-pago destinado
exclusivamente ao pagamento do subsídio de alimentação para a sua empresa e os seus
colaboradores. Proporciona benefícios fiscais na taxa social única (TSU), imposto sobre
o rendimento de pessoas singulares (IRS), e segurança social tanto para as empresas como
para os colaboradores. Destina-se exclusivamente a compras realizadas em
estabelecimentos do setor alimentar, tais como: hipermercados, supermercados e
mercearias, restaurantes, talhos, cafés, pastelarias e muitos outros. É isenta de comissão
de disponibilidade de cartão.
Figura 27 - CA Buffet
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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• CA Corporate
O CA Corporate (Figura 28) é um cartão de crédito da rede MasterCard podendo ser
usado em Portugal, e no estrangeiro. Proporciona maior controlo e flexibilidade na gestão
das despesas de representação e/ou despesas pessoais dos seus Colaboradores. Dá a
possibilidade de atribuir vários cartões de crédito associados a uma mesma conta cartão
titulada pela sua empresa. Tem associado um pacote de seguros CA Seguros que
salvaguarda a sua empresa e o seu colaborador de diversos imprevistos. Tem garantido
crédito automático e gratuito até 30 dias, desde que a opção de pagamento seja a 100% e
à medida que vai liquidando os pagamentos, o crédito é reposto automaticamente. Tem
uma taxa anual efetiva de 0,8%, calculada considerando um limite de crédito de 5.000€ a
12 meses e uma comissão de disponibilidade de cartão de 40€.
Figura 28 - Cartão CA Corporate
Fonte: www.credito-agricola.pt
• CA Corporate Debit
O CA Corporate Debit (Figura 29) é um cartão de débito, da rede MasterCard, podendo
ser usado tanto em Portugal como no estrangeiro. É equipado com a tecnologia
Contactless podendo pagar compras até 20€. Este cartão dá a possibilidade de atribuir
vários cartões a uma mesma conta titulada pela sua Empresa. Vem equipado com um
seguro de proteção de fraude, da CA Seguros que salvaguarda a empresa cliente e o seu
Colaborador. O cartão proporciona um desconto de 11 cêntimos/litro em combustível em
toda a rede PRIO e tem uma comissão de disponibilidade de cartão de 14€.
Figura 29 - Cartão CA Corporate Debit
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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• CA Corporate Premium
O CA Corporate Premium (Figura 30) é um cartão de crédito da rede MasterCard
podendo ser usado tanto em Portugal como no estrangeiro, e permite gerir as despesas de
representação da empresa cliente. Tem garantido um crédito automático e gratuito até 30
dias, desde que a opção de pagamento seja 100%, e à medida que vai liquidando os
pagamentos, o crédito é reposto automaticamente. Vem com um pacote de seguros CA
Seguros que salvaguardam a empresa e o seu colaborador de diversos imprevistos. Dá
descontos no aluguer de veículos da rede Hertz de 10% de desconto fixo nas tarifas de
pré-pago e de até 20% nas tarifas standard. Permite pagar todo o tipo de bens e serviços,
portagens e Via Verde, ligações telefónicas, combustível, alimentação, hotéis, em todos
os estabelecimentos aderentes à Rede MasterCard. Possibilita atribuir vários cartões de
crédito associados a uma mesma conta cartão titulada pela empresa. Apresenta uma taxa
anual efetiva de 1,2%, calculada considerando um limite de crédito de 5.000€ a 12 meses
e tem de comissão de disponibilidade de cartão de 60€.
Figura 30 - Cartão CA Corporate Premium
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão CA & Companhia Comerciante
O Cartão CA & Companhia Comerciante (Figura 31) é um cartão de crédito para as Micro
e Pequenas Empresas que permite financiar o que empresa precisa com taxas de juros
reduzidas e uma prestação mensal fixa de 30€. Para as compras ou despesas especiais,
pode ainda recorrer a uma linha de crédito especial com pagamentos fracionados durante
um prazo máximo de 36 meses. Tem de taxa anual efetiva de 12,7% calculada
considerando um limite de crédito de 1.500€ a 12 meses e é isenta de comissão de
disponibilidade de cartão.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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Figura 31 - Cartão CA & Companhia Comerciante
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão Clube A Crédito Business
O Cartão Clube A Crédito Business (Figura 32) é um cartão de Crédito, que através do
seu número de sócio, identifica e dá acesso a inúmeras vantagens e benefícios em
produtos Crédito Agrícola e nos parceiros Clube A. Sem qualquer anuidade, e com crédito
grátis até 50 dias, pode ser usado não só como meio de pagamento a crédito associado à
rede VISA, como também pode obter descontos de 10% no preçário de produtos e
serviços Crédito Agrícola, como, por exemplo, comissões de abertura e requisições de
cheques. Dá 5% de desconto nos produtos de risco geridos pela CA Vida e permite
beneficiar de 1% de desconto do valor dos prémios totais dos Seguros geridos pela CA
Seguros, para apólices em que o associado é o tomador do seguro, exceto em seguros do
ramo automóvel, máquinas agrícolas e acidentes de trabalho. Tem uma taxa anual efetiva
de 12,7%, calculada para um limite de crédito de 1.500€ e é isenta de comissão de
disponibilidade de cartão.
Figura 32 - Cartão Clube A Crédito Business
Fonte: www.credito-agricola.pt
• Cartão Clube A Débito Empresa (Figura 33)
O Cartão Clube A Débito Empresa (Figura 33) é um cartão de débito, que através do
número de Sócio, identifica e dá acesso a inúmeras vantagens e benefícios em produtos
Crédito Agrícola e nos parceiros Clube A. Sem qualquer anuidade, pode-se usar em
Portugal e no estrangeiro, não só como meio de pagamento associado à rede VISA, como
Relatório de Estágio Diogo Babo
37
para obter descontos, 10% no preçário de produtos e serviços Crédito Agrícola, como por
exemplo, comissões de abertura e requisição de cheques. Dá 5% de desconto nos produtos
de risco geridos pela CA Vida e ainda beneficia de 1% de desconto do valor dos prémios
totais dos Seguros geridos pela CA Seguros, para apólices em que o associado é o tomador
do seguro, exceto em seguros do ramo automóvel, máquinas agrícolas e acidentes de
trabalho. É isenta de comissão de disponibilidade de cartão.
Figura 33 - Cartão Clube A Débito Empresa
Fonte: www.credito-agricola.pt
Relatório de Estágio Diogo Babo
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2.3 – Créditos
Neste ponto apresenta-se os diversos tipos de créditos bancários que o grupo crédito
agrícola pode oferecer aos seus clientes.
2.3.1 – Particulares
Crédito Bancário4
O crédito bancário é definido pela Associação Portuguesa de Bancos (APB) como um
direito que o banco adquire, através de uma entrega inicial em dinheiro (real ou potencial)
a um cliente, de receber desse cliente, o valor da dívida, em datas futuras, uma ou várias
prestações em dinheiro cujo valor total é igual ao da entrega inicial, acrescida do preço
fixado para esse serviço.
No crédito agrícola existem diferentes tipos de crédito a particulares e a empresas.
Seguidamente vão ser apresentados os principais tipos de créditos concedidos pelo crédito
agrícola.
Crédito Habitação
O crédito habitação é utilizado para aquisições, construção e realização de obras para
habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento. Também pode ser para
aquisições de terreno para construção de habitação própria permanente. Tem taxas de
juros indexadas à Euribor a 12 meses, acrescido de um spread em função da análise do
empréstimo e do risco do Cliente. Tem um prazo mínimo de 13 meses e um prazo
máximo de até 40 anos, desde que os titulares no final do financiamento não excedam os
75 anos de idade. Tem de montante mínimo concedido 25.000€. O montante máximo
concedido, caso seja uma habitação própria permanente, pode ir até 90% do menor valor
da avaliação do imóvel, caso seja para arrendamento a habitação pode ir até 80% do
menor valor da avaliação imóvel ou caso seja um CA Imóvel pode ir até 100% do menor
valor da avaliação imóvel.
4 Fonte: http://www.apb.pt/cliente_bancario/servicos_bancarios/credito_bancario/
Relatório de Estágio Diogo Babo
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Crédito automóvel
O crédito automóvel permite financiamento para aquisição de automóveis ligeiros de
passageiros, motociclos e outros de uso particular (novos ou usados). A taxa de juro
variável é indexada à Euribor a 12 meses, acrescida de um spread em função da análise
do empréstimo e do risco do cliente. Também pode ter uma taxa de juro fixa, existindo
a possibilidade de fixar uma taxa de juro do empréstimo durante todo o prazo.
▪ Prazos:
-Automóveis Novos: de 36 a 96 meses;
-Automóveis Usados: de 36 a 60 meses;
▪ Financiamentos:
- Automóveis Novos: de 3.000€ a 75.000€;
- Automóveis Usados: de 3.000€ a 50.000€;
Crédito Pessoal
O crédito pessoal pode ser usado para concretizar qualquer projeto e pode ser financiado
tanto a médio como a longo prazo. Este crédito pode assentar em duas modalidades de
empréstimos nomeadamente o super crédito pessoal e o crédito pessoal dinâmico. Por um
lado, pode ter uma taxa de juro variável para as duas modalidades de empréstimos que
é a indexada pela Euribor a 12 meses, acrescida de um spread em função da análise do
empréstimo e do risco do cliente. Por outro lado, pode ter uma taxa de juro fixa para os
dois tipos de empréstimo podendo fixar taxa de juro durante todo o prazo.
▪ Prazos:
- Super Crédito Pessoal: de 12 meses a 36 meses;
- Crédito Pessoal Dinâmico: de 36 meses a 120 meses;
▪ Financiamento:
- Super Crédito Pessoal: de 800€ a 3.000€;
- Crédito Pessoal Dinâmico: de 3.000€ a 30.000€;
Relatório de Estágio Diogo Babo
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2.3.2 – Empresas
Crédito Tesouraria
O CA Tesouraria permite ao cliente fazer o agendamento de pagamento de faturas a prazo
e fazer o adiantamento de faturas por si emitidas. Ao fornecedor permite antecipar o
pagamento da fatura por si emitida ou simplesmente aguardar pelo seu pagamento, na
data de vencimento. Tem um prazo máximo de 6 meses, renovável por iguais períodos.
Em relação ao montante emitido é em função das necessidades de tesouraria da empresa
e da análise de risco efetuada pelo Crédito Agrícola.
Conta corrente caucionada
É um crédito que permite à empresa gerir o seu dia-a-dia sem qualquer plano de
amortizações pré-definidos para o prazo acordado. A movimentação pode ser feita da
conta corrente ou pode ser feita a débito, pelas utilizações, e a crédito, pelas amortizações,
por transferência para e da conta de depósitos à ordem.
Desconto Comercial
O desconto comercial permite antecipar as receitas futuras decorrentes das transações
comerciais de uma empresa. Basta apresentar as letras a desconto e verificar a conta da
empresa a ser creditada pelo valor líquido de desconto.
Financiamento Externo
O financiamento externo é um financiamento ligado a uma operação de importação ou de
exportação, que pode ser concedido em Euros ou em Moeda Estrangeira, tendo como base
as taxas de juro internacionais para os prazos adequados ao prazo do financiamento.
Relatório de Estágio Diogo Babo
41
2.4 – Leasing
Uma sociedade de leasing compra um bem de equipamento a um fornecedor e põe-no à
disposição de uma empresa em troca de uma renda. Em contrapartida a empresa pagará
um juro sobre a soma investida, e reembolsá-la-á segundo um plano convencionado
correspondente à amortização fiscal (Cotta, 1989). Na CA existem vários tipos de leasing
são eles o Leasing Automóvel, o Leasing equipamentos e o Leasing imobiliário.
CA Leasing Automóvel
O Leasing Automóvel destina-se a aquisições de viaturas ligeiras novas de passageiros,
de mercadorias ou mistas e destinadas a utilização no âmbito de uma atividade comercial
ou profissional. Este leasing é isento de imposto do Selo, quer sobre a abertura do crédito,
quer sobre os juros. Tem um prazo de financiamento disponível de 12 a 72 meses. O
pagamento é feito através de rendas mensais. Tem de valor residual (opção de compra)
de 1,00€ até 12% do preço da viatura.
CA Leasing Equipamentos
O Leasing equipamento destina-se à compra de equipamentos para a empresa, para que
ela possa desenvolver-se e crescer no mercado. Este é isento de imposto do Selo, quer
sobre a abertura do crédito, quer sobre os juros. A liquidação do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA) é diluída ao longo do contrato. Tem um prazo de financiamento
disponível a partir de 12 meses, sendo o prazo máximo variável em função do bem a
adquirir. O pagamento é feito através de rendas mensais ou trimestrais. Tem de valor
residual (opção de compra) até 2% do preço do equipamento.
CA Leasing Imobiliário
Com CA Leasing Imobiliário o imóvel é escolhido pelo locatário que contacta
diretamente o vendedor e que negoceia o preço, verificando a conformidade do mesmo
para os fins pretendidos. O crédito agrícola (locador) adquire o imóvel e cede-o ao
locatário em locação financeira à mesma data. O leasing é isento de imposto do Selo, quer
sobre a abertura do crédito, quer sobre os juros. A Liquidação do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA) é diluída ao longo do contrato. Tem a possibilidade de financiamento
das despesas de escritura e registo. O prazo de financiamento varia, entre os 5 e os 15
anos. O pagamento é feito de rendas mensais, trimestrais ou semestrais. Tem de valor
residual (opção de compra) negociável, entre 2% e 10% do preço do imóvel.
Relatório de Estágio Diogo Babo
42
Capítulo 3 – Atividades Realizadas Durante o Estágio
Relatório de Estágio Diogo Babo
43
3.1 – Enquadramento
O presente estágio foi realizado na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Felgueiras, na
Avenida Dr. Leonardo Coimbra 414, 4610-105 Felgueiras, Agência da CCAM Terras do
Sousa, Ave, Basto e Tâmega, com início no dia 02 de julho e término no dia 26 de
setembro de 2018. A figura 34 mostra o Edifício onde funciona a Agência.
Figura 34 - Agência de Felgueiras
Fonte: www.credito-agricola.pt
Nas duas primeiras semanas, o estagiário foi acompanhado por uma estagiária que foi
demonstrando as tarefas a realizar ao longo do período de estágio. O estagiário efetuou
aberturas e atualizações de contas de clientes e de empresas, viu como se faziam as
reformas de letras, as requisições de cheques, aprendeu como funcionava o arquivo, entre
muitas outras tarefas. De início o estágio, era aborrecido, pois o estagiário passava o dia
a ver e a aprender como os outros faziam as coisas, mas com o passar do tempo verificou
que aquilo que aprendeu na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Felgueiras foi de
extrema importância para as tarefas que ia realizar ao longo do estágio.
Ao longo do estágio, as principais tarefas realizadas passaram pela Front-Office, ou seja,
no atendimento aos clientes, o que deu mais ânimo, pois verificaram-se nos colaboradores
da Agência uma maior confiança no trabalho que o estagiário ia desenvolvendo ao longo
do estágio.
No final do estágio, o estagiário aprendeu a preparar processos de crédito, a fazer o
processamento de salários, verificou como funcionava uma ATM e fez acompanhamento
da tesouraria. Estas tarefas eram bastantes interessantes. De referir que o estagiário teve
sempre a supervisão do responsável da Agência de Felgueiras.
Relatório de Estágio Diogo Babo
44
3.2 – Abertura e Atualização de Contas
A abertura de contas e atualizações de contas é uma operação diária frequente realizada
diversas vezes pelo estagiário, e tanto podia destinar-se para empresas como para
particulares.
Para abrir uma conta particular no Crédito Agrícola basta um indivíduo dirigir-se a uma
agência e apresentar o cartão de cidadão, o recibo de vencimento e um comprovativo de
morada. Depois disso, são apresentadas as cinco folhas para assinar: uma Ficha de
Assinatura, um Formulário de Informação do Depositante (FID), as Condições Gerais,
um Formulário de Identificação Normativo (FIN) e por último uma Ficha de Informação
de Pessoas Singulares. O valor á depositar dependia do tipo de conta que o cliente
quisesse abrir.
Após estas informações serem inseridas no programa da “Central”, cabia ao estagiário
inserir os dados todos no programa Edoclink e retirar fotocópia do Registo de
consentimento e da Ficha de Informação Confidencial. Estas informações são muito
importantes para a identificação do cliente. Após inserir toda a informação no programa
cabia ao estagiário arquivar essa conta no respetivo lugar.
Relativamente à abertura de contas de empresas é preciso que os responsáveis da empresa
tragam uma Certidão do Registo Comercial da empresa, um comprovativo da morada da
empresa, uma Declaração escrita com o nome ou denominação social dos titulares de
participações no capital e nos direitos de voto da pessoa coletiva de valor igual ou superior
a 25% e uma Declaração escrita com o nome ou denominação social dos titulares do
Órgão de administração/gestão/direção da pessoa coletiva. No caso de a empresa ter
procuradores da empresa, eles têm que comprovar a sua qualidade através de um
documento escrito, têm que entregar uma procuração que lhes conceda poderes
específicos e determinados para a prática do ato de abertura de conta de depósito à ordem.
Para além disto, têm que assinar uma Declaração Auto-Certificação Permanecente, uma
Ficha de Assinaturas, uma Ficha de Informação de Pessoas Coletivas, as Condições
Gerais, o Formulário de Informação do Depositante (FID) e um Formulário de
Identificação Normativo (FIN).
Toda esta informação é inserida no programa da “Central”, e é dada ao estagiário para
fazer o mesmo processo que foi referido anteriormente para os particulares.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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3.3 – Atendimento aos Clientes – Front Office
O atendimento ao público é muito importante e pode ser determinante para a captação do
cliente. Para isso é necessário que a pessoa que está a atender o cliente seja bastante boa
em termos comunicativos, tenha uma boa empatia com o cliente, conheça todos os
produtos e serviços da empresa e seja confiante, para que possa demonstrar de forma
segura ao cliente, o que lhe está a vender e para que ele tenha confiança de que está a
investir o seu dinheiro da melhor forma possível.
O estagiário teve a oportunidade de poder fazer este serviço sempre acompanhado com o
responsável de caixa; fez depósitos bancários, levantamentos, transferências, requisições
e entrega de cheques e fecho de caixa. O estagiário gostou bastante, pois podia estar em
contacto direto com clientes e podia demonstrar às pessoas o quanto sabia e podia
aprender com aquilo que estava a fazer.
De seguida irão ser apresentadas as tarefas realizadas no atendimento aos clientes:
▪ Entrega para depósito: O depósito por parte do cliente pode ser feito por cheques
ou numerário. Para o cliente fazer esta operação deverá apresentar o seu número
de cartão de cidadão e o seu número de conta, para o responsável da caixa
identificar a pessoa. Depois de efetuar o depósito o responsável entrega ao cliente
um comprovativo de como fez essa operação para assinar, tanto ele como o
responsável de caixa.
▪ Entrega para poupança: Esta operação permite ao cliente fazer um depósito
direto tanto em numerário como em cheque e aplicar esse dinheiro na sua conta
poupança.
▪ Ordens de levantamento: São operações que permitem ao cliente fazer
levantamentos da sua conta. Este tipo de procedimento é feito no programa Sibal.
Para fazer esta operação o particular deverá apresentar o seu número de conta e o
seu cartão de cidadão, para se proceder à sua identificação. Depois de fazer o
levantamento é entregue o comprovativo de levantamento e solicita-se a
assinatura do cliente ou impressão digital.
Relatório de Estágio Diogo Babo
46
▪ Transferência: Para se realizar esta operação é necessário o número da conta a
debitar e o da conta a creditar, devendo sempre consultar o saldo da conta a debitar
e verificar se tem saldo suficiente para poder realizar essa operação. As
transferências podem ser feitas entre contas CA ficando logo, nestes casos, o
montante disponível. Em alternativa, pode ser de uma conta CA para uma conta
de outra agência e nesses casos, o montante só ficará disponível passadas 24 horas.
Muitas vezes o estagiário era chamado para efetuar as transferências de salários
de algumas empresas clientes.
▪ Consultas de clientes: Sempre que o cliente necessitava poderia dirigir-se a uma
agência e pedir a impressão do extrato de conta, do Número de Identificação
Bancária (NIB), a emissão de cheques, entre outros.
▪ Fecho de caixa: Esta operação só deve ser feita no final do dia e permite efetuar
a verificação e contabilização dos montantes totais em numerário existente no
“caixa”. Consiste em contabilizar todas as notas e moedas existentes para que o
sistema valide os montantes inseridos.
Estas foram algumas das operações diárias que o estagiário foi fazendo ao longo do
estágio no front office.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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3.4 – Atividades de Back Office
Ao longo do estágio foram várias as tarefas de back office que o estagiário realizou. De
seguida serão apresentadas as principais tarefas que o estagiário foi realizando.
▪ Arquivo e Correspondência: O arquivo foi uma das tarefas que o estagiário mais
fez ao longo do estágio. Foi bom por um lado, pois ajudou-o a perceber a forma
como estão organizados os documentos e o serviço diário.
Davam uma lista, para procurar e depois fotocopiar determinados movimentemos
presentes no serviço diário, para enviar para auditoria, para os colegas poderem
consultar ou simplesmente para enviar aos clientes. Para além disso o estagiário
era responsável pela ordenação alfabética dos livros de cheques que chegavam ao
balcão e de toda a correspondência devolvida.
Cabia a ele muitas vezes ir buscar à sede a correspondência ou o serviço e trazer
para a agência para se fazer o que era pedido.
A correspondência podia ser feita tanto por correio interno como externo. O
correio interno consiste na troca de correspondência entre o grupo Crédito
Agrícola (formulários, cheques, cartões multibanco, modelos, material, etc.) e o
correio externo consiste no envio de cartas através dos Correios, Telégrafos e
Telefones (CTT) aos clientes do CA, sendo apenas necessária a colocação do selo
existente nas agências.
▪ Requisição e entrega de cheques: Os cheques são um instrumento de pagamento
em suporte papel que permite aos titulares das contas de depósito movimentarem
fundos que se encontram imediatamente disponíveis. Há várias modalidades de
emissão de cheques são elas:
✓ Cheques à ordem: são cheques no qual consta a expressão “à ordem de”
e em que o seu beneficiário pode transmiti-lo a um terceiro
(pessoa/entidade), através do respetivo endosso;
✓ Cheques cruzados: Cheques atravessados por duas linhas paralelas e
oblíquas, geralmente colocadas no canto superior esquerdo e tem a
particularidade de só poderem ser pagos ao balcão do banco sacado se o
beneficiário for também cliente do mesmo banco;
Relatório de Estágio Diogo Babo
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✓ Cheque visado: cheque no qual o banco coloca um carimbo que certifica
a existência na conta de fundos suficientes para o pagamento à data do
visto, ficando o valor pelo qual foi emitido cativo na conta do emitente,
por período não inferior ao prazo legal de apresentação a pagamento (em
regra, oito dias);
Sempre que o cliente pretender um novo módulo de cheques é necessário verificar,
através do sistema se o cliente tem em sua posse cheques por utilizar. Caso tenha em sua
posse ainda cheques por utilizar, não é possível fazer uma nova requisição. Caso seja a
primeira vez a fazer uma requisição de cheques, é efetuado um impresso próprio para a
requisição do mesmo. Quando se trata de um cliente querer fazer um levantamento de
cheques é necessário que seja o titular da conta a levantar o módulo de cheques e a assinar
esse levantamento, caso não seja ele não é possível levar os mesmos.
É imprescindível dar baixa dos cheques na “central” quando o respetivo cliente vem
buscá-los, caso contrário se o cliente passar um cheque ele será devolvido, uma vez que
no sistema consta como não entregue ao cliente.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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3.5 – Crédito Bancário, Análise e Limite de Crédito
No Crédito Agrícola existem vários tipos de crédito tais como o crédito automóvel, à
habitação e pessoal, como já foi referido anteriormente.
Para haver uma contratação de crédito é necessária uma cuidada análise das
características do produto e do cliente. Ao longo desta análise é necessário ver se o cliente
possui aptidão e capacidade financeira para poder pagar este empréstimo ao longo do
tempo, caso não apresente essas condições não lhe será entregue o crédito que pretende.
O crédito baseia-se muito na confiança que o banco tem no cliente, pois se houver uma
má relação esta é uma condicionante para não haver acordo entre ambas a partes. Os
lucros provenientes de qualquer tipo de crédito provêm dos juros que vai apresentando ao
longo do tempo e é a partir daí que a intuição bancária sai beneficiária.
Para o banco efetuar a análise de um crédito pessoal é necessário o cartão de cidadão, o
comprovativo de morada, o comprovativo de IRS do ano anterior, neste caso o de 2017 e
os 3 últimos salários, do cliente.
Para haver uma análise do crédito a uma empresa é necessário pedir ao cliente, a
Informação Empresarial Simplificada (IES) do ano anterior, neste caso de 2017, o último
balancete atualizado da empresa, a certidão da segurança social e das finanças e a certidão
permanente da empresa.
No caso do crédito à habitação é necessário a seguinte documentação: certidão predial, a
certidão da conservatória, a licença da habitação e o certificado energético e
comprovativo dos salários.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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3.6 – Risco de Crédito
O risco de crédito é aquele que decorre da possibilidade de não serem pagos o principal
e/ou os juros de uma operação de crédito (Rico, 2001).
Cabe ao banco aplicar as políticas, procedimentos, sistemas e modelos para a
identificação, avaliação, decisão, e mensuração do risco de crédito, em todo o ciclo de
crédito (pré-concessão, concessão, monitorização, cobrança, recuperação e renovação do
crédito).
Para determinar o risco de crédito de um cliente com maior exatidão, deve-se proceder a
avaliação do risco. Esta avaliação era feita detalhadamente de acordo com a atividade em
questão e o peso do crédito concedido era de acordo com o total da faturação da empresa.
3.7 – Reforma de Letras
A reforma de uma letra significa a substituição de uma letra vencida e não paga por uma
outra de igual ou inferior valor, com nova data de vencimento.
Para haver uma reforma de letra é necessário o cliente trazer a nova letra com a seguinte
documentação assinada, escrevendo o montante que está a reformar, a data limite para
proceder ao pagamento e a assinatura de ambas as partes. Nesta tarefa o estagiário
procedia ao seguinte: quando era entregue a letra para proceder à reforma da mesma,
preenchia-se uma folha com todas as restrições que o cliente pedia, por exemplo primeiro
quem era o sacador (que era quem imitia a letra) e o tomador (que era quem recebia o
valor), segundo o valor da letra que se está a reformar, etc. Depois disso era necessário
efetuar um cálculo para saber a taxa de juro a aplicar à reforma que era, o valor atual da
letra menos o valor anterior da reforma a dividir pelo valor inicial (ver formula abaixo).
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜 =𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎
Quando todos os campos da letra fossem preenchidos era necessário tirar fotocópia da
letra, frente e verso, entregar ao responsável da agência para assinar e depois arquivar no
respetivo lugar.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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3.8 – Quiosque
O quiosque é um procedimento que consiste em registar os cheques devolvidos no
Programa “Central”. Para fazer essa operação era necessário tirar duas fotocópias dos
cheques devolvidos, uma só frente e a outra frente e verso. Posteriormente a fotocópia era
digitalizada, frente e verso, juntamente com o mapa dessa devolução. Essa digitalização
era enviada para a sede para registarem o sucedido.
Em relação à fotocópia só da frente do cheque era anexada ao mapa da devolução e
colocada no cestinho para ser posta no cofre, juntamente com o cheque. Esta foi uma das
tarefas realizadas pelo estagiário.
3.9 – Contas Caucionadas
Uma conta caucionada é um acordo entre o banco e uma empresa, onde o banco permite
que o cliente tenha acesso a uma determinada quantia, mesmo sem saldo na conta, para
que a empresa possa prevenir eventuais insuficiências de tesouraria a curto prazo. O
banco ganha com os juros que tem sobre os valores financiados.
Características das contas caucionadas:
▪ O banco define o limite de crédito, não sendo fixo o valor deste;
▪ Por norma a conta caucionada tem uma validade de 180 dias;
▪ Os juros são calculados diariamente de acordo com o valor do empréstimo em
cada momento e cobrados periodicamente na conta à ordem da empresa ;
▪ O banco reserva-se no direito de exigir ao cliente uma garantia, por exemplo uma
livrança.
▪ Obriga a criação de uma nova conta, de forma a garantir a articulação entre os
movimentos na conta caucionada e na conta à ordem, sendo que as empresas têm
liberdade de transferir o valor da conta caucionada para a conta à ordem até ao
limite permitido pelo banco;
Neste campo, cabia muitas vezes ao estagiário organizar e reunir todos os documentos
necessários, sempre com a supervisão do responsável da agência. Tinha que reunir o
contrato assinado e as respetivas identificações das assinaturas.
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Conclusão
O presente relatório começa com apresentação da Agência de Crédito Agrícola de
Felgueiras, local onde foi realizado o estágio com a duração de 400 horas.
Este estágio deu ao estagiário um “abre olhos”, pois começou a perceber mais como é
realmente vestir a “pele” de trabalhador, lidar diariamente com responsabilidades,
compromissos e pressão tantos dos clientes como dos seus colegas de trabalho, de
quererem sempre o melhor a todos os níveis.
A maior barreira encontrada ao longo do estágio foi o sigilo bancário, pois não permitiu
a realização de algumas tarefas e ter acesso a muitos documentos.
No início do estágio foi complicada a adaptação à realidade do mercado do trabalho, pois
era tudo novo para o estagiário. Apesar da dificuldade ao longo do tempo, estas barreiras
foram ultrapassadas devido a uma postura mais pró-ativa por parte do estagiário. Todo o
conhecimento adquirido no curso de gestão, foi de mais valia para o estagiário, pois foi
uma preparação para os termos utilizados no banco. Já não era tudo novo no estágio, pois
grande parte dos termos foram aprendidos no curso.
É de salientar que a Agência do Crédito Agrícola de Felgueiras tem uma excelente
organização em todas as áreas, bem como excelentes colaboradores, que ajudaram em
tudo aquilo que o estagiário tinha dificuldade sendo muito acolhedores na receção do
estagiário. O estágio proporcionou a oportunidade de conhecer todas as áreas de atuação
dos colegas de trabalho na agência.
Todo o plano que a orientadora de estagiário traçou para o estagiário foi cumprido, de
início com alguma dificuldade, por ser tudo novo para ele, mas com o passar do tempo
adaptou-se bem às tarefas que eram colocadas.
De um modo geral, a aprendizagem ao longo do estágio, criou no estagiário uma melhor
preparação para saber enfrentar o mundo que agora está a descobrir o mercado de
trabalho. O estágio ensinou a melhorar a sua postura em relação ao trabalho e a saber
combater com uma maior autonomia as dificuldades colocadas.
Relatório de Estágio Diogo Babo
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Biografia
Ceneco (1999), Dicionário de Marketing, 1º Edição, Lisboa, Instituto Piaget.
Cotta , A. (1989), Dicionário de Economia, 1º Edição, Lisboa, Círculo Leitores.
Costa S. (2007), Gestão Estratégica - Da Empresa que Temos para a Empresa que
Queremos, 2º Edição, São Paulo, Saraiva Editora.
Du Montcel H. T. (1990), Dicionário de Gestão, 1º Edição, Lisboa, Círculo de Leitores
Gonçalves M. (2016), O mercado tem talento, 1º Edição, Barcelona, Marcador Editora.
Poças, A. (2014), Apontamentos da Unidade Curricular de Organização e Gestão,
Instituto Politécnico da Guarda.
Rico J. R. C. (2001), Dicionário da bolsa e do investidor financeiro, 1º Edição, Lisboa,
Círculo de Leitores.
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Webgrafia
https://www.creditoagricola.pt/institucional/o-grupo-ca/quem-somos---historia/historia-ca
http://www.apb.pt/cliente_bancario/servicos_bancarios/credito_bancario/
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