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1 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GIL VICENTE ANO LETIVO 2011-2012 RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL DE ATIVIDADES Aprovado em reunião do Conselho Geral de 21 de novembro de 2012

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GIL VICENTE ANO LETIVO 2011-2012

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL DE ATIVIDADES

Aprovado em reunião do Conselho Geral de 21 de novembro de 2012

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INTRODUÇÃO

Dando cumprimento ao previsto na alínea a) do ponto 2, do artº 9º, do Decreto-Lei n.º

75/2008 de 22 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 224/2009 de 11 de

Setembro, a Direção deste Agrupamento de Escolas apresenta o Relatório de Execução do

Plano Anual de Atividades (PAA), referente ao ano letivo 2011/2012.

Não obstante a não aprovação da estrutura do Plano Anual de Atividades /2011-2112

por parte do Conselho Geral deste Agrupamento, entendeu a Direção que o mesmo

congregasse as atividades propostas pelas diversas estruturas que integram esta unidade

orgânica, em estreita articulação com as áreas funcionais inscritas no Projeto Educativo e que

orientam a ação deste Agrupamento. Procede-se, por isso, a uma apreciação sumária das

atividades mais relevantes.

No final do 1º período lectivo (6,7 e 9 de dezembro), o Agrupamento de Escolas Gil

Vicente foi objecto de uma avaliação externa por parte da Inspeção-Geral de Educação. O

resultado da avaliação poderá ser considerado razoável, uma vez que se obteve a classificação

de Bom, nos domínios Resultados Escolares e Prestação do Serviço Educativo e de Muito Bom

no domínio Liderança e Gestão Escolar.

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A. ÓRGÃO DE GESTÃO

1. Organização do ano letivo 2011-2012

A direção do Agrupamento planificou um conjunto de ações que objetivou a

implementação eficaz da rede escolar pré-estabelecida, atendendo ao elevado número de

turmas previstas e à diversidade da oferta curricular nos diversos graus de ensino da escola

sede que esteve na sua lotação máxima nos turnos da manhã e da tarde. Opostamente, no

turno da noite, a taxa de ocupação diminuiu consideravelmente no seguimento do

encerramento, pela tutela, do Centro Novas Oportunidades e da extinção das ofertas

qualificantes para adultos (Formação Modular), prevalecendo a turma de continuidade de

Educação e Formação de Adultos (EFA) e, desde janeiro, o curso de Português para Todos

(PPT), destinado a cidadãos adultos cuja língua veicular não é o Português.

Nas escolas básicas do 1º ciclo, foi supervisionada a organização das atividades de

enriquecimento curricular (AEC) e a manutenção da componente de apoio à família (CAF) em

articulação com as Juntas de Freguesia da área de intervenção do Agrupamento e com os

professores titulares das atividades extra curriculares.

2. Promoção do sucesso escolar e prevenção do abandono escolar

Com o intuito de fazer face a percursos irregulares, pautados por sucessivas retenções

de um grupo de alunos do 5º ano de escolaridade, foi implementada, pela primeira vez, uma

turma de percurso curricular alternativo que terá continuidade no ano subsequente.

Promoveu-se, também, o sucesso educativo através da atribuição, no ensino básico, de apoios

educativos de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês aos alunos com necessidades

educativas de carácter permanente e, no caso dos alunos com planos de acompanhamento

e/ou de recuperação, foram disponibilizadas aulas de apoio para a disciplina de Inglês e de

Francês (8º e 9º anos). Foram atribuídos apoios educativos a 150 alunos do 2º e 3º ciclos do

ensino básico. A taxa de sucesso destes alunos foi de 59% no 2º ciclo e de 70% no 3º. Nas

disciplinas sujeitas a exame nacional foram atribuídas salas de estudo aos alunos do ensino

secundário nas disciplinas de Português (12º ano), História (12º ano), Biologia e Geologia (11º

ano), Física e Química (10º/11º ano), Filosofia (11º ano) e Matemática (10º/11º/12 anos), nas

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quais estiveram envolvidos dezanove professores num total de trinta segmentos de 45

minutos semanais.

Ainda neste âmbito, salienta-se o trabalho desenvolvido pelo Serviço de Psicologia e

Orientação Educativa (SPO) e Educação Especial (EE), no que respeita à integração dos alunos

dos jardins de infância e do ensino básico e secundário com necessidades educativas especiais,

através da elaboração dos respetivos relatórios técnico-pedagógicos e dos programas

educativos individuais. Sempre que necessário, procedeu-se ao encaminhamento dos alunos

para os serviços de saúde ou recorreu-se às parcerias com a Junta de Freguesia da Graça, o

centro de psicologia e formação - Psicodomus, o centro de estudos - H2S e o centro de

recursos para a inclusão– Externato Zazzo, para se realizar a avaliação psicológica dos alunos

sinalizados.

Foram realizadas ao longo do ano diversas sessões de terapia da fala e de apoio

psicológico, como resultado do estabelecimento de protocolos com diversas instituições,

nomeadamente, o Externato Zazzo e o Psicodomus.

Este trabalho foi, ainda, reforçado através da implementação, em Formação Cívica, do

Programa Olimpo, destinado aos alunos dos 5º e 6º anos de escolaridade para prevenção de

comportamentos de risco e reforço da autoestima e, no 3º ciclo, com o programa Nexus, para

a prevenção primária da toxicodependência. Estes projetos resultam da parceria com a Junta

de Freguesia de S. Vicente de Fora.

Paralelamente, para os alunos do ensino básico que revelavam problemas de

integração, de abandono escolar, de desmotivação para a aprendizagem, socioafetivos,

emocionais e com necessidades de acompanhamento e de orientação pedagógica, procedeu-

se à atribuição de tutorias a 19 alunos do 2º ciclo e a 6 alunos do 3º ciclo do ensino básico.

Neste grupo de alunos a taxa de sucesso atingiu os 50%.

Para o serviço de apoio e encaminhamento dos alunos (SAEA) que tem por missão o

acolhimento preferencial dos alunos do 5º ao 7º ano de escolaridade, a quem foi dada ordem

de saída da sala de aula ou se encontravam numa situação de absentismo, constitui-se uma

equipa educativa com 59 professores que cobriu, apenas, 76% (45 tempos) da mancha horária

semanal, o que foi manifestamente insuficiente face ao número de alunos que foram

encaminhados para o serviço. Apesar do contínuo esforço dos directores de turma e dos

professores da equipa do SAEA em gerirem as situações de conflitos e de mau comportamento

dos alunos mais novos, continuou a verificar-se, no 5º ano, um número muito elevado de

situações conducentes ao SAEA.

Sob o ponto de vista da organização do serviço, salientamos os aspetos mais negativos

que devem ser resolvidos no próximo ano letivo: (i) a equipa educativa ser demasiado grande

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(59); (ii) o número de docentes não ter permitido a cobertura de todo o tempo lectivo (58); (iii)

o 1º bloco da manhã ao longo da semana não ter sido atribuído.

De acordo com o número de horas da componente não letiva dos horários dos

professores, foi organizado um sistema de ocupação plena de tempos escolares (OPTE) para

permitir aos alunos a realização de atividades transversais. Assim, foi constituída uma equipa

educativa com cinquenta professores que cobriram 68% da mancha horária destinada a essas

atividades.

Os departamentos curriculares promoveram sessões de trabalho para reverem os

critérios de avaliação, tendo em vista a uniformização na sua aplicação.

Em relação à articulação curricular o trabalho desenvolvido centrou-se na gestão dos

programas de Matemática e de Língua Portuguesa do 1º, 2º e 3º ciclos.

3. Avaliação de desempenho docente

Em relação à avaliação de desempenho docente a comissão coordenadora de

avaliação do desempenho (CCAD) realizou, ao longo do ano, diversas reuniões, nas quais se

elaborou a calendarização do processo, os instrumentos de registo relativos à avaliação de

desempenho, bem como a emissão de orientações de natureza diversa. Foram ainda

realizadas várias reuniões com os coordenadores de departamento e com os professores

relatores a fim de analisar os procedimentos inerentes ao processo, de apresentar os

instrumentos de registo e de aferir critérios comuns de atuação.

4. Equipamento didático

Em articulação com a coordenadora da BE procedeu-se à aquisição de diversos títulos

para reforço do acervo existente e complemento de todos os trabalhos de pesquisa a

desenvolver pela comunidade escolar.

Em relação a outros materiais e equipamentos educativos e didáticos procedeu-se à

aquisição de diverso equipamento e material didático para os grupos disciplinares de Artes

Visuais, Biologia e Geologia, Educação Física, Educação Musical, Educação Tecnológica, Física e

Química, Matemática, Teatro, tendo em vista o suporte das atividades curriculares

desenvolvidas ao longo do ano letivo.

Mais uma vez se solicitou aos diretores de instalações que atualizassem os

regulamentos das instalações específicas.

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5. Gestão de recursos

Prosseguiu-se a cooperação com o Centro de Emprego e Formação Profissional para a

celebração de contratos de emprego e inserção com o propósito de suprir as necessidades

imediatas de assistente técnicos e operacionais, tendo sido celebrados sete contratos de

emprego e inserção com a duração média de um ano.

Considerando que o número de assistentes operacionais no agrupamento era

insuficiente para suprir as necessidades, a direção obteve autorização da DRELVT para

contratação de quatro tarefeiros para cada período lectivo. Em consequência da aposentação

de dois funcionários auxiliares e da doença prolongada de mais quatro, foi autorizada, pela

DRELVT, a contratação de seis tarefeiros no período compreendido entre fevereiro e junho de

2012.

Realizaram-se ações de formação destinadas aos assistentes técnicos, avaliação do

desempenho (SIADAP), gestão financeira e plataforma de compras públicas e aplicações

informáticas em uso no Agrupamento.

6. Higiene, limpeza e segurança

Relativamente à higiene e limpeza executaram-se as recomendações do Centro de

Saúde, em resultado das vistorias realizadas às instalações de todas as escolas do

Agrupamento para supervisionamento das condições sanitárias.

Adjudicou-se, de acordo com as regras da Central de Compras do Ministério da Educação, os

serviços de limpeza para a escola-sede. Adquiriu-se equipamento diverso destinado à limpeza

de espaços interiores e exteriores.

Os assistentes operacionais, de acordo com as orientações dadas pela direção, tiveram

uma atuação regular e sistemática relativamente à manutenção de paredes e de soalhos de

corredores e salas de aula, remoção de inscrições nas paredes interiores e exteriores, no

mobiliário e à remoção de lixos dos espaços exteriores.

Realizaram-se sessões de divulgação de normas de segurança para os pais e

encarregados de educação e para os alunos do 2º ciclo do ensino básico, a cargo de elementos

da Escola Segura da PSP. Foram mantidos contactos regulares com a equipa da Escola Segura

da PSP para aferir procedimentos de atuação.

Criou-se uma equipa de segurança do Agrupamento para supervisionar, em conjunto

com a direção, as condições necessárias ao funcionamento do plano de emergência da escola

sede, tendo sido realizadas diversas ações, nomeadamente a definição de todos os percursos

de evacuação e o traçado dos pontos de encontro. Adicionalmente, a equipa de segurança

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identificou, catalogou todos os extintores e bocas de incêndio armadas na escola sede e

procedeu ao levantamento de equipamento diverso que apresentava falhas de

funcionamento. Foi ainda validada a localização de todas as plantas de emergência na escola

sede do agrupamento. Contudo, elas não foram colocadas em tempo útil, em virtude da

Parque Escolar só as ter entregue em finais de junho, facto este que inviabilizou a realização

do exercício de evacuação previsto. Por outro lado, o plano de emergência ainda não foi

aprovado pela entidade competente.

A visita às EB1 para avaliação das condições de segurança e definição dos locais de

colocação de sinalética de emergência e de extintores, bem como a sensibilização sobre as

questões de segurança, equipamentos de 1ª intervenção, evacuação e pontos de encontro não

foram levadas a cabo, em virtude da prioridade atribuída ao trabalho desenvolvido na escola

sede pela equipa de segurança e da dificuldade de articulação com os técnicos da protecção

civil para se realizarem as visitas às escolas do 1º ciclo. No entanto, salvaguarde-se que estas

escolas têm extintores para acorrer a uma emergência. No próximo ano lectivo vai procurar-se

dar cumprimento ao plano de emergência e proceder à vistoria das condições de segurança

das escolas do 1º ciclo.

7. Reabilitação do património

Formou-se uma equipa de acompanhamento do projeto da CML de instalação, no

Convento do Desagravo, das EB1 da Madalena, Sé, Convento do Salvador, Marqueses de

Távora, Infanta D. Maria e do Jardim-de-Infância de S. Vicente. Até ao momento, aquela

equipa não foi convocada pela CML, pelo facto de esta instituição não ter apresentado

qualquer projecto de requalificação para o espaço referido.

A escola EB1 Marqueses de Távora (199) esteve provisoriamente instalada nas

instalações da Voz do Operário no ano lectivo de 2010/2011. Face ao incumprimento

contratual da CML com essa instituição, a Câmara, em Setembro de 2011, tomou,

unilateralmente, a decisão de instalar a referida escola em monoblocos nas instalações do

quartel da Graça dos sapadores bombeiros. Como se veio a verificar ao longo do ano, esta

opção revelou-se manifestamente desadequada, quer em termos físicos, quer em termos

pedagógicos. Os órgãos diretivos do Agrupamento reuniram-se com a Associação de Pais para

analisar as condições de funcionamento da EB1 199. Posteriormente, realizou-se uma reunião

convocada pela Associação de Pais que contou com a presença dos órgãos directivos do

Agrupamento e com os encarregados de educação dos alunos daquela escola, na qual os

órgãos diretivos do Agrupamento se disponibilizaram a reunir com a direção da Voz do

Operário para se analisar a disponibilidade da instituição para renegociar com a CML a

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reinstalação da EB1 199, à semelhança do que acontecera no ano letivo transato. Mais tarde,

os órgãos diretivos do Agrupamento e os representantes da Associação de Pais reuniram-se

com a direção da Voz do Operário para analisar a proposta de retorno da EB1 199 às suas

instalações. Após análise da referida proposta, aquela instituição acolheu-a favoravelmente.

Na sequência destas diligências foi agendada uma outra reunião entre a Associação de Pais, os

órgãos directivos do Agrupamento e os encarregados de educação dos alunos da EB1 199, para

se transmitir o eventual regresso dos mesmos às instalações da Voz do Operário. Todavia, o

retorno da EB1 199 foi rejeitado pelos encarregados de educação presentes na reunião.

Foram inauguradas as instalações específicas do Núcleo Museológico, reativado no ano

letivo transato, tendo sido realizadas, entre outras, tarefas de limpeza, conservação e

arrumação de cerca de 203 peças do acervo existente. Inventariou-se e catalogou-se um outro

conjunto considerável de peças que se encontram expostas nos corredores e gabinetes de

trabalho da escola sede e que são representativas da qualidade e diversidade dos

instrumentos de estudo e de trabalho que remontam à génese desta unidade orgânica.

Concluiu-se a instalação da Biblioteca José Saramago, com o objetivo de reabilitar o

acervo da antiga biblioteca do Liceu Gil Vicente, de grande interesse bibliográfico e procedeu-

se à sua inauguração.

8. Parque Escolar

No âmbito do contrato de manutenção e conservação estabelecido com a Parque

Escolar (PE) foram reportadas à Manvia, empresa à qual foi adjudicada a manutenção da

Escola Gil Vicente, as anomalias detetadas nos espaços e equipamentos. Ao longo do ano de

2011 a atuação dessa entidade foi de quase completa inoperância. As dezenas de anomalias

relatadas não tiveram, na generalidade dos casos, qualquer resposta da empresa. Só no final

do ano de 2011 e após o pagamento da renda1, é que a Manvia começou a dar alguma

resposta às inúmeras solicitações apresentadas pela escola ao longo do ano. Em Outubro de

2011 ocorreu uma rotura de uma canalização (por fadiga de material) da casa de banho de

apoio aos serviços administrativos, que teve como consequência a inundação da secretaria,

dos espaços adjacentes, diretores de turma, gabinetes da direção, sala polivalente da BE e

biblioteca escolar. A PE assumiu a responsabilidade dos danos causados e as reparações

iniciaram-se no final de 2011. No final do ano de 2011, a PE criou uma equipa de 3 técnicos

para acompanhamento da Escola Gil Vicente, tendo-se realizado uma reunião em 17/11/2011,

1 Em 2011, o pagamento da renda relativa ao 1º trimestre foi autorizado pelo ME apenas no mês de

Junho. O pagamento dos restantes trimestres só foi autorizado em Dezembro.

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na qual se fez um resumo de todas as anomalias já relatadas e não resolvidas, bem como um

ponto de situação sobre a resolução dos problemas causados pela inundação.

Por resolver, continua a reparação dos estores e fechaduras das salas de aula e dos

laboratórios, as infraestruturas de água e luz do laboratório polivalente, as anomalias do

“Maracanã”. Em relação às redes infraestruturadas, designadamente a de informática, as

anomalias detetadas têm sido reportadas à empresa Regra, tendo em vista a sua correção.

9. Avaliação Interna do Agrupamento

Considerando que, por imperativo legal, é necessário apresentar um relatório de

execução do processo de avaliação interna a decorrer no Agrupamento, optou-se por não o

integrar neste documento, constituindo-se como um anexo ao presente relatório.

10. Avaliação Externa do Agrupamento

No âmbito da avaliação externa a que este Agrupamento foi submetido, no final do 1º

período (6, 7 e 9 de dezembro), a Direção desenvolveu um conjunto de iniciativas no sentido

de calendarizar, em conformidade com o consignado para este efeito, os trabalhos inerentes à

presença da equipa da Inspeção Geral de Educação e de disponibilizar toda a documentação

solicitada pela mesma, designadamente, o Regulamento Interno, o Relatório de Autoavaliação,

os projetos curriculares de turma e dados estatísticos diversos, entre outros. Enquanto

atividade preparatória da visita da equipa da IGE, foram aplicados questionários de satisfação

a alunos, encarregados de educação e funcionários do Agrupamento, realizaram-se reuniões

preparatórias com os alunos delegados e subdelegados de turma, com os representantes dos

pais e encarregados de educação das turmas do 1º, 2º e 3º ciclos e ensino secundário, com os

assistentes técnicos e operacionais e com os professores dos diversos departamentos

curriculares. Por outro lado, constituíram-se painéis representativos da comunidade escolar

que participaram nas entrevistas realizadas pela equipa de avaliação. Há ainda a considerar a

elaboração do documento de apresentação do Agrupamento em suporte papel e videográfico,

bem como documentação diversa orientadora de toda a visita.

B. DEPARTAMENTOS CURRICULARES

Das atividades propostas pelos Departamentos Curriculares, há a salientar a enorme

dedicação dos seus professores cujo profissionalismo esteve patente na concretização das

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mesmas e na participação interessada dos seus destinatários. Relevam-se, sumariamente,

aquelas que tiveram um maior envolvimento da comunidade escolar.

No Departamento de Línguas destacam-se todas as atividades decorrentes do tema

aglutinador, nomeadamente a Semana das Línguas, com mostra de trabalhos realizados pelos

alunos, a Semana da Leitura que incluiu a exposição de livros da Literatura Infanto-Juvenil

(atividade em parceria com a BE e Centro de Estudos Lusófonos), o Dia Mundial da Poesia com

a dinamização de diversas iniciativas: Caiu-me um navio na sopa; Diga lá um poema; as

exposições: The Tea Journey Around the World ; Padre António Vieira. Decorrentes do projeto

de Língua Portuguesa do 2º ciclo – Fazer Coisas com Palavras, foram realizadas duas

exposições de ilustração: uma alusiva ao trabalho desenvolvido pela ilustradora Danuta

Wojciechowska a partir de vários contos africanos e a reposição de Os animais também falam.

Foi realizado, com êxito, o concurso de Spelling, bem como o concurso literário- Fazedores de

Histórias.

A revista Babel que, como habitualmente, incluiu os textos produzidos pelos alunos ao longo

do ano nas várias línguas, assim como os textos vencedores do concurso Literário, foi oferecida

a cores aos vencedores no dia da sua publicação – 15 de Junho, data da entrega dos prémios.

No Departamento de Matemática, Ciências Experimentais e Informática salientam-se as

atividades que abrangeram um maior número de alunos, nomeadamente: i) Jogos

Matemáticos e Problemas aos saltos que contaram com a participação de todos os alunos do

ensino básico; Exposição interativa de Matemática; ii) Dia da Informática; iii) As Palestras no

Gil alusivas à presença da química no nosso quotidiano; iv) Escola Aberta ao 1º ciclo e Ciência

na Escola – iniciativa conjunta dos grupos disciplinares de Biologia, Ciências Físico-Químicas e

Matemática.

No Departamento de Expressões e Tecnologias relevam-se as seguintes atividades: i) mostra

de trabalhos desenvolvidos pelos alunos dos cursos profissionais de Artes do Espetáculo e de

Animador Socio-Cultural; ii) apresentação do trabalho desenvolvido pela Orquestra do Gil,

dinamizada pelos professores de Educação Musical; iii) as iniciativas do grupo disciplinar de

Educação Física desenvolvidas ao longo do ano: torneios de atletismo, badminton, andebol e

corfebol ; jogos inter-turmas de voleibol e futsal; atividades de ar livre (6º; 9º, 11º e 12º

anos); prova de corta-mato e aplicação dos testes de condição física, nutrição e saúde,

destinados à promoção de estilos de vida saudável e à prevenção da obesidade da comunidade

escolar; iv) mostra de trabalhos desenvolvidos pelos alunos nas disciplinas de Educação Visual

e Educação Visual e Tecnológica.

No Departamento do 1º Ciclo, destacam-se as seguintes iniciativas: i) Programa Transições

(EB1 Infanta D. Maria e EB1 Convento do Salvador) que dinamizou, junto dos alunos do 4º ano,

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um conjunto de ações no sentido de preparar a transição de ciclo; ii) Os Heróis da Fruta (EB1

Infanta D. Maria) projeto de promoção de hábitos de vida saudável; iii) os projetos

Matemática para todos – Problemas em Família e Já sei Ler; iv) os projetos Clube de Leitura

Dar a Ver, Dar a Ler, Leituras em Simultâneo, Vamos bibliotecar, Percursos Vicentinos e As

voltas dos Livros, dinamizados em parceria com as bibliotecas escolares.

No Departamento da Educação Pré-Escolar destacam-se todas as iniciativas promovidas em

parceria com as bibliotecas escolares, designadamente, As Voltas dos Livros e os Ateliês de

histórias com Elsa Serra.

C. PROJETOS ESPECÍFICOS

Em relação aos projetos específicos desenvolvidos pelas bibliotecas escolares do

Agrupamento, destacam-se: O Clube de Leitura: Dar a Ver, Dar a Ler; As Voltas dos Livros -

itinerância de livros destinados aos dois jardins de infância e a todas as escolas do 1º ciclo; a

Feira do Gil que teve como tema central Portugal em errância – “o desejar poder querer” , com

destaque para as exposições: Portugal, a Europa e o Mundo. Releva-se, ainda, a construção de

um conto coletivo pelos alunos do 7º ano, o Dia Mundial da Poesia dedicado a Fernando

Pessoa; o Projeto a Ler+ que integrou diversas iniciativas, designadamente, o Concurso de

Leitura – o escritor do mês, o concurso Gil-de-Ler, a Semana da Leitura, os Percursos

Vicentinos, a visita guiada Por Terras de Santana, em parceria com a biblioteca de S. Lázaro e

um conjunto de atividades (Um Jogo- uma História, Ler a Valer e Sessões de Histórias; Vitória,

Vitória acabou-se a nossa história) realizadas em parceria com a contadora de histórias Elsa

Serra. A coordenadora da equipa da biblioteca do Agrupamento foi convidada para participar

no encontro anual do projeto aLer+. Salienta-se que entre as noventas escolas que integram

este projeto, a BE Gil Vicente foi uma das três que apresentaram as atividades realizadas.

Destaque também para as Leituras de Pais para Filhos (2º e 3º ciclos), para as sessões de

Literacia Informática(1º e 2º ciclos) e de Literacia da Informação (1º e 3º ciclos – 3º, 4º, 8º e 9º

anos) e para a atividade Leitura Furiosa, realizada em parceria com a Casa da Achada e que

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contou com a presença, na Escola Gil Vicente, do escritor e antigo aluno Miguel Castro Caldas

que, do encontro que teve com um grupo de cinco alunos do 8º ano “zangados com a leitura”,

escreveu um texto posteriormente editado em brochura própria.

Relativamente ao contributo dado pela Biblioteca Escolar (BE) Gil Vicente e pela BE do

Castelo à manutenção de uma escola de estudo e de trabalho e à promoção do sucesso

educativo, releva-se o facto de continuar a ser um espaço de grande afluência por parte de

alunos e professores do Agrupamento a quem faculta, a título de consulta e/ou empréstimo,

fundo documental específico e materiais didático-pedagógicos elaborados pela equipa da

biblioteca. Ainda neste âmbito, destaca-se toda a colaboração prestada na concretização de

todas atividades organizadas pelo Agrupamento para as quais foi solicitada a participação das

bibliotecas escolares. É de realçar, também, a atividade levada a cabo pelos grupos de estudo

da BE com o propósito de ajudar os alunos mais novos ou com mais dificuldades a

desenvolverem estratégias de organização do seu trabalho.

A Orquestra do Gil continuou a mostrar o excelente trabalho desenvolvido nos três

concertos realizados: um na sessão de entrega dos prémios Top Gil e dois outros no final do 2º

e 3º período. Participou, também, na apresentação do Agrupamento à equipa de avaliação

externa da IGE e, no final do ano letivo, na peça de teatro Saber a Mar – atividade da

responsabilidade do grupo disciplinar de Teatro.

A Semana das Línguas dinamizada pelo Departamento de Línguas, realizou-se no

terceiro período. Todos os professores do Departamento apresentaram os trabalhos

desenvolvidos pelos seus alunos ao longo do ano letivo.

O Centro de Estudos Lusófonos, da responsabilidade da Dra. Raquel Álvares,

dinamizou o contacto com escritores e poetas, contadores de histórias, académicos,

ilustradores lusófonos, ao mesmo tempo que divulgou a literatura e a cultura luso-afro-

brasileiras em colóquios e conferências na escola sede, em colaboração com o Departamento

de Línguas e a BE.

Realizaram-se, com êxito, os Colóquios da Semana da Literatura Infanto- Juvenil que

contaram com a presença dos escritores brasileiros – Selma Maria, Susana Ventura, Juva

Batella e José Santos. Estas sessões foram amplamente participadas pela comunidade escolar.

O Jornal do Gil publicou três edições ao longo do ano letivo.

A Feira da Ciência, da responsabilidade do grupo disciplinar de Ciências Físico-

Químicas, continuou a promover a aquisição de informação científica e a incutir hábitos de

pesquisa nos alunos. Este grupo disciplinar dinamizou em parceria com o grupo disciplinar de

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Biologia/Geologia a atividade Ciência na Escola: Abrir os Laboratórios à comunidade que

contou com a participação de todos os alunos do Agrupamento.

O Desporto Escolar decorreu durante todo o ano letivo, tendo em vista o incentivo da

prática desportiva regular. Dada a obrigatoriedade de apresentar à DRELVT um relatório

circunstanciado relativo ao projeto realizado, o mesmo será, posteriormente, anexado ao

presente relatório.

D. TEMA AGLUTINADOR - Portugal em errância – “O desejar poder querer”

Constituindo-se como fio condutor de muitas das atividades propostas pelas diferentes

estruturas internas deste Agrupamento, o tema geral do PAA patenteou diversas iniciativas, ao

longo do ano letivo, relevando-se, para este efeito: i)a décima terceira edição da Feira do Gil,

coordenada pela BE, congregou um conjunto de ações que envolveram todos os anos de

escolaridade, não só na escola sede mas também em todas as escolas básicas do 1º ciclo e

Jardins de Infância e expôs, em toda as escolas do Agrupamento, os trabalhos dos alunos

realizados no âmbito do tema geral; ii) a exposição subordinada ao tema Calçada Portuguesa –

tapete de pedra no Mundo, dinamizada pelo grupo disciplinar de Biologia, deu a conhecer,

entre outros aspetos, as potencialidades desta técnica artesanal na difusão e errância da nossa

cultura além-fronteiras; iii) a exposição dedicada a Pedro Nunes - o matemático e o

cosmógrafo, da responsabilidade do grupo disciplinar de Matemática; iv) Artistas Portugueses

em França, da responsabilidade do grupo disciplinar de Francês; v) Museando, da

responsabilidade do Núcleo Museológico; vi) os Jogos com Fronteiras – organizados pelo grupo

disciplinar de Educação Física – que integraram um conjunto de provas físicas e cognitivas

decorrentes do tema aglutinador; vii) a dramatização do texto inédito – Saber a Mar – que

contou com a participação dos alunos da disciplina de Oficina de Teatro (3º ciclo), dos alunos

das turmas do curso profissional de Artes do Espetáculo, bem como da Orquestra do Gil que

integrou o espetáculo teatral. Na senda vicentina, autor e encenadora, colocaram em cena as

vicissitudes da escola e respetiva comunidade envolvente.

E. VISITAS DE ESTUDO

Na globalidade, as atividades previstas no campo Visitas de Estudo foram concretizadas.

Recomenda-se, no entanto, aos diferentes grupos disciplinares que, no próximo ano letivo, a

planificação das mesmas seja aferida nos conselhos de turma de modo a evitar que a respetiva

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calendarização se sobreponha às atividades previamente fixadas. Deve evitar-se, também, a

realização de visitas de estudo quer em semanas onde se verifique o agendamento de mais do

que um teste de avaliação formal, quer nos mesmos dias da semana, por forma a não

penalizar as mesmas disciplinas. Aconselha-se, ainda que, contrariamente ao verificado este

ano letivo, não haja uma concentração de visitas no 3º período, sobretudo em anos com

disciplinas sujeitas a exame nacional.

F. APRECIAÇÃO FINAL

A execução do Plano Anual de Atividades do ano letivo de 2011-2012 decorreu com

normalidade e dentro dos prazos previstos. Mais uma vez se confirma a qualidade dos projetos

apresentados e concretizados e que começam a perpassar as barreiras físicas das diversas

escolas que integram o Agrupamento. Apesar de nem todos eles terem sido objeto de

apreciação neste documento, tal facto não os desconsidera nem, tão pouco, os minimiza.

Contribuíram de igual forma para o dinamismo da comunidade escolar e para a contínuo

traçado de uma imagem identitária desta instituição.