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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO TC n. 008.226/2017-2 Fiscalização n. 87/2017 Relator: Aroldo Cedraz DA FISCALIZAÇÃO Modalidade: Conformidade Ato originário: Acórdão 2.757/2016 - Plenário Objeto da fiscalização: (PAC) Canal do Sertão - Alagoas Funcional programática: 18.544.2084.10CT.0027/2017 - Construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano No Estado de Alagoas Tipo da Obra: Canal Período abrangido pela fiscalização: De 03/12/2008 a 20/04/2017 DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADO Órgãos/entidades fiscalizados: Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Infra- Estrutura do Governo do Estado de Alagoas Vinculação (ministério): Órgãos e Entidades Estaduais Vinculação TCU (unidade técnica): Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração Responsáveis pelo órgão/entidade: nome: Maria Aparecida de Oliveira Berto Machado cargo: Secretária de Estado de Infraestrutura de Alagoas período: A partir de 01/01/2015 nome: ANTONIO DE PADUA DE DEUS ANDRADE cargo: Secretário de Infraestrutura Hídrica período: A partir de 06/01/2017 Outros responsáveis: vide peça: “Rol de responsáveis” PROCESSOS DE INTERESSE - TC 028.502/2006-5 - TC 003.075/2009-9 - TC 011.156/2010-4 - TC 032.563/2010-8 - TC 006.216/2012-9 - TC 003.632/2015-6 - TC 006.667/2017-1

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1 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

TC n. 008.226/2017-2 Fiscalização n. 87/2017

Relator: Aroldo Cedraz

DA FISCALIZAÇÃO

Modalidade: Conformidade

Ato originário: Acórdão 2.757/2016 - Plenário

Objeto da fiscalização: (PAC) Canal do Sertão - Alagoas

Funcional programática:

18.544.2084.10CT.0027/2017 - Construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano

No Estado de Alagoas

Tipo da Obra: Canal

Período abrangido pela fiscalização: De 03/12/2008 a 20/04/2017

DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADO

Órgãos/entidades fiscalizados: Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Infra-

Estrutura do Governo do Estado de Alagoas

Vinculação (ministério): Órgãos e Entidades Estaduais

Vinculação TCU (unidade técnica): Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de

Comunicações e de Mineração

Responsáveis pelo órgão/entidade: nome: Maria Aparecida de Oliveira Berto Machado

cargo: Secretária de Estado de Infraestrutura de Alagoas

período: A partir de 01/01/2015

nome: ANTONIO DE PADUA DE DEUS ANDRADE

cargo: Secretário de Infraestrutura Hídrica

período: A partir de 06/01/2017

Outros responsáveis: vide peça: “Rol de responsáveis”

PROCESSOS DE INTERESSE

- TC 028.502/2006-5

- TC 003.075/2009-9

- TC 011.156/2010-4

- TC 032.563/2010-8

- TC 006.216/2012-9

- TC 003.632/2015-6

- TC 006.667/2017-1

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3 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Resumo

Trata-se de auditoria realizada no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria

de Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período de 17/4 a 28/4/2017, com o objetivo de

fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano.

A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão

sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante

indicadas:

Questão 1: A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução

foi adequada?

Questão 2: A administração está tomando providências com vistas a regularizar a

situação da obra?

Os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de Auditoria do

Tribunal de Contas da União e com observância aos Padrões de Auditoria de Conformidade

estabelecidos pelo TCU. Nenhuma restrição foi imposta aos exames. Além disso, o presente

trabalho foi realizado com a utilização do sistema Fiscalis, o que facilitou a implementação das

diretrizes traçadas nos Padrões de Auditoria de Conformidade (Portaria-Segecex 26/2009).

Consoante disposto no art. 10 da Resolução-TCU 280/2016 (“O processo de

fiscalização será distribuído ao relator da primeira fiscalização do edital ou do contrato da obra,

do serviço de engenharia ou da elaboração do projeto, desde que exista processo aberto sobre

aquele objeto”) e considerando a existência dos processos abertos TC 003.632/2015-6, TC

011.156/2010-4, TC 028.502/2006-5 e TC 003.075/2009-9, a relatoria do presente processo foi

atribuída ao Exmo. Ministro Aroldo Cedraz.

Para a elaboração das matrizes de planejamento e de achados, foram utilizadas as

técnicas de análise documental, conferência de cálculos, indagação escrita e consulta a sistemas

informatizados. Tendo em vista o objetivo principal desta auditoria que é a atualização de

informações relativas a achados de auditorias anteriores, não foi executada inspeção física das

obras.

Assim, com base nos procedimentos provenientes de cada questão de auditoria, foi

constatada a seguinte irregularidade: Insuficiência ou inadequação da garantia prestada pela

contratada, para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União

acerca de eventual dano ao Erário.

O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 2.655.754.699,44,

que corresponde à soma dos valores dos seguintes contratos:

a) 1/1993 – Trecho 1 - R$ 388.598.983,11 na data-base outubro/2010, conforme 5º

Termo de Apostila;

b) 10/2007 – Trecho 2 - R$ 249.928.172,23 na data-base junho/2012, conforme 3º

Termo Aditivo;

c) 18/2010 – Trecho 3 - R$ 769.974.816,58 na data base dezembro/2015, conforme

5º Termo Aditivo e 8º Termo de Apostila;

d) 19/2010 – Trecho 4 - R$ 800.217.856,78 na data base dezembro/2016, conforme

1º Termo Aditivo e 11º Termo de Apostila; e

e) 58/2010 – Trecho 5 - R$ 447.034.870,74 na data-base junho/2010, conforme

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4 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

contrato original.

Entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar a melhoria na

forma de atuação do órgão fiscalizado na execução de contratos e a correção de irregularidades

e impropriedades.

A proposta de encaminhamento deste trabalho inclui determinação de providências

corretivas e comunicação ao Congresso Nacional.

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5 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Sumário

I. Apresentação ........................................................................................................................... 6

I.1. Importância socioeconômica............................................................................................ 6

II. Introdução .............................................................................................................................. 6

II.1. Deliberação que originou o trabalho............................................................................... 6

II.2. Visão geral do objeto ...................................................................................................... 6

II.3. Objetivo e questões de auditoria ..................................................................................... 8

II.4. Metodologia utilizada ..................................................................................................... 8

II.5. Limitações inerentes à auditoria ..................................................................................... 8

II.6. Volume de recursos fiscalizados .................................................................................... 8

II.7. Benefícios estimados da fiscalização.............................................................................. 8

III. Achados de auditoria ............................................................................................................ 9

III.1. Insuficiência ou inadequação da garantia prestada pela contratada, para assegurar o

resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao

Erário. ..................................................................................................................................... 9

IV. Conclusão ........................................................................................................................... 11

V. Proposta de encaminhamento .............................................................................................. 12

APÊNDICE A - Matriz de Achados ........................................................................................ 14

APÊNDICE B - Matriz de Responsabilização ......................................................................... 15

APÊNDICE C - Fotos .............................................................................................................. 16

APÊNDICE D - Dados da obra ................................................................................................ 17

APÊNDICE E - Achados de outras fiscalizações .................................................................... 21

APÊNDICE F - Achados reclassificados após a conclusão da fiscalização ............................ 27

APÊNDICE G - Despachos ...................................................................................................... 29

ANEXO A - Deliberações ........................................................................................................ 32

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6 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

I. Apresentação

1. Trata-se de auditoria que teve por objetivo fiscalizar as obras do Canal Adutor do

Sertão Alagoano. A Lei 13.414, de 10 de janeiro de 2017 (LOA/2017) destina ao programa de

trabalho PT 18.544.2051.10CT.0027 o montante de R$ 180 milhões para as obras em exame.

2. As obras dos primeiros 150 km do Canal Adutor do Sertão Alagoano foram

divididas em cinco trechos. Atualmente encontra-se em execução apenas o Trecho 4 do canal.

3. Os contratos dos Trechos 1 e 2, já encerrados, apresentam achados de auditorias

anteriores classificados como IG-R (indício de irregularidade grave com recomendação de

retenção parcial de valores), cujas situações são detalhadas no item III.1 e no Apêndice E deste

relatório.

4. Com relação ao contrato do Trecho 5, que ainda não possui ordem de serviço para

o início das obras, existe achado de auditoria anterior classificado como IG-P (indício de

irregularidade grave com recomendação de paralisação), que também terá sua situação

detalhada na Conclusão e no Apêndice E deste relatório.

5. A última fiscalização realizada pelo TCU, no exercício de 2016, identificou indícios

de irregularidades referente a acréscimos ou supressões em percentual superior ao legalmente

permitido. Como resultado, por meio do Acórdão 2.116/2016-TCU-Plenário, de relatoria do

Ministro Raimundo Carreiro, foi determinado dar ciência à Secretaria de Estado da

Infraestrutura de Alagoas (Seinfra/AL) sobre as impropriedades identificadas.

I.1. Importância socioeconômica

6. O Canal Adutor do Sertão Alagoano tem como objetivo aumentar a disponibilidade

hídrica das regiões do sertão e do agreste alagoanos, recorrentemente assolados pela seca. Em

sua extensão total de 250 quilômetros, desde o município de Delmiro Gouveia até o município

de Arapiraca, o canal deverá beneficiar 42 municípios, propiciando oferta de água aos núcleos

urbanos e rurais ao longo da extensão do canal. O empreendimento tem por finalidade

desenvolver a economia regional pela melhoria das condições de abastecimento humano e dos

perímetros de irrigação, pelo desenvolvimento da piscicultura e do agronegócio, e pelo

remanejamento das adutoras coletivas existentes, com vistas a reduzir os custos de operação e

manutenção para a companhia de abastecimento de água do estado.

II. Introdução

II.1. Deliberação que originou o trabalho

7. Em cumprimento ao Acórdão 2.757/2016-TCU-Plenário, de relatoria do Ministro

Aroldo Cedraz, realizou-se auditoria no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria de

Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período compreendido entre 17/04/2017 e 28/04/2017.

8. Nos termos do art. 124, incisos I, II e IV, da Lei 13.408, de 6 de dezembro de 2016

(LDO/2017), as razões que motivaram esta auditoria foram os valores de créditos autorizados

nos exercícios de 2016 e 2017, R$ 226.196.195,00 e R$ 180.631.100,00, respectivamente, o

grande vulto do projeto, e a existência de indícios de irregularidades graves decorrentes de

fiscalizações anteriores exercidas pelo TCU na obra examinada.

II.2. Visão geral do objeto

9. O Canal Adutor do Sertão Alagoano tem início no extremo oeste do estado de

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7 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

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Alagoas, na região do sertão, no município de Delmiro Gouveia, próximo às divisas com os

estados da Bahia e de Pernambuco, e final no município de Arapiraca, em uma extensão total

de 250 km. Já foram contratadas as obras dos primeiros 150 km do canal, correspondentes aos

Trechos 1 a 5, além da tomada d’água.

10. O canal inicia-se em uma estrutura de tomada d'água, associada a uma estação

elevatória, implantada em um dos braços do reservatório de Moxotó, próxima à Usina Apolônio

Sales. A vazão final de projeto será de 32,0 m³/s. A estação elevatória estará equipada com um

total de doze conjuntos motobomba com capacidade de bombeamento de 2,67 m³/s por unidade

(dois conjuntos já estão instalados), totalizando 32 m³/s, elevando a água a uma altura de

aproximadamente 44 m através de quatro linhas adutoras em aço carbono, com diâmetro de

2,10 m e extensão de 1.700 m, até uma estrutura de transição com nível d'água máximo na cota

288 m. Dessa transição a água é conduzida, por gravidade, através de quatro tubulações em

sifão de 2.000 m de extensão e 2,30 m de diâmetro até o início do canal propriamente dito,

situado na cota de fundo igual a 282,65 m.

11. É prevista a utilização das águas do Canal Adutor do Sertão para diversas

finalidades por meio de estruturas de derivação por gravidade ou por bombeamento. Além do

atendimento aos perímetros irrigados, são previstas derivações para atendimento da agricultura

de sequeiro (abastecimento de fazendas, povoados, dessedentação de animais, etc.) e reforço

aos sistemas de abastecimento urbanos hoje existentes.

12. Atualmente, o canal encontra-se dividido em cinco trechos da seguinte forma:

a) Trecho 1 (km 0 ao km 45): execução por meio do Contrato 1/1993-CPL/AL com

a Construtora Queiroz Galvão S.A., concluído; transferência de recursos federais por meio do

Convênio 964/2001 (Siafi 447151);

b) Trecho 2 (km 45 ao km 64,7): execução por meio do Contrato 10/2007-CPL/AL

com a Construtora Queiroz Galvão S.A., concluído; transferência de recursos federais por meio

do Termo de Compromisso 118/2009 (Siafi 663932);

c) Trecho 3 (km 64,7 ao km 92,93): execução por meio do Contrato 18/2010-

CPL/AL com a Construtora OAS Ltda., concluído; transferência de recursos federais por meio

do Termo de Compromisso 207/2011 (Siafi 668823), 1ª etapa, e do Termo de Compromisso

9/2013 (Siafi 674423), 2ª etapa;

d) Trecho 4 (km 92,93 ao km 123,4): execução por meio do Contrato 19/2010-

CPL/AL com a empresa Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S.A., atualmente com

63,25% de execução; transferência de recursos federais por meio do Termo de Compromisso

24/2013 (Siafi 674565); e

e) Trecho 5 (km 123,4 ao km 150): execução por meio do Contrato 58/2010-

CPL/AL com a Construtora Queiroz Galvão S.A., ainda sem ordem de serviço e sem

instrumento de transferência de recursos federais.

13. O custo global do empreendimento, considerando os cinco contratos de obras civis

acima mencionados, atualizados até março de 2017, resulta em R$ 3,28 bilhões de reais,

conforme detalhado no Apêndice D deste relatório.

14. O gerenciamento e supervisão da obra, do km 0 ao km 45, estava a cargo da empresa

Hidroconsult - Consultoria, Estudos e Projetos S/A. (Contrato 57/2008-CPL/AL), enquanto o

gerenciamento e supervisão no trecho compreendido entre o km 45 e o km 150 é

responsabilidade do Consórcio Concremat/Hidroconsult (Contrato 81/2010-CPL/AL). A

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8 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

projetista da obra é a sociedade empresária Cohidro - Consultoria, Estudos e Projetos Ltda.

II.3. Objetivo e questões de auditoria

15. A presente auditoria teve por objetivo fiscalizar as obras de construção do Canal

Adutor do Sertão Alagoano.

16. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão

sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante

indicadas:

a) Questão 1: A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua

execução foi adequada?

b) Questão 2: A administração está tomando providências com vistas a regularizar

a situação da obra?

II.4. Metodologia utilizada

17. Os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de Auditoria do

Tribunal de Contas da União (Portaria-TCU 280/2010, alterada pela Portaria-TCU 168/2011) e

com observância aos Padrões de Auditoria de Conformidade estabelecidos pelo TCU (Portaria-

Segecex 26/2009).

18. Durante o planejamento e a execução da auditoria, o levantamento das informações

sobre os contratos e o andamento da obra foi realizado por meio de ofícios de requisição ao

Ministério da Integração Nacional e à Seinfra/AL. Para responder às questões de auditoria da

matriz de planejamento e preencher a matriz de achados, foram utilizadas as técnicas de análise

documental, conferência de cálculos, indagação escrita e consulta a sistemas informatizados.

19. Não foi executada inspeção física das obras, pois já foram realizadas visitas em

auditorias anteriores, sendo o objetivo principal desta auditoria a atualização de informações

relativas a achados de auditorias anteriores.

II.5. Limitações inerentes à auditoria

20. Nenhuma restrição foi imposta aos exames.

II.6. Volume de recursos fiscalizados

21. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 2.655.754.699,44,

que corresponde à soma dos valores dos seguintes contratos:

a) 1/1993 – Trecho 1 - R$ 388.598.983,11 na data-base outubro/2010, conforme 5º

Termo de Apostila;

b) 10/2007 – Trecho 2 - R$ 249.928.172,23 na data-base junho/2012, conforme 3º

Termo Aditivo;

c) 18/2010 – Trecho - R$ 769.974.816,58 na data base dezembro/2015, conforme

5º Termo Aditivo e 8º Termo de Apostila;

d) 19/2010 – Trecho 4 - R$ 800.217.856,78 na data base dezembro/2016, conforme

1º Termo Aditivo e 11º Termo de Apostila; e

e) 58/2010 – Trecho 5 - R$ 447.034.870,74 na data-base junho/2010, conforme

contrato original.

II.7. Benefícios estimados da fiscalização

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9 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

22. Entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar a melhoria na

forma de atuação do órgão fiscalizado na execução de contratos e a correção de irregularidades

e impropriedades.

III. Achados de auditoria

III.1. Insuficiência ou inadequação da garantia prestada pela contratada, para assegurar o

resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao

Erário.

Tipificação do achado: Falhas/impropriedades (F/I)

23. Constatou-se a inexistência de garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56,

§ 1º, da Lei 8.666/1993, revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da

apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário decorrente

dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em desacordo com o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário, de relatoria do Ministro Raimundo Carreiro:

9.1. Informar à SEINFRA/AL que, caso seja do interesse da empresa Contratada, que

podem ser aceitas, em substituição às retenções cautelares dos valores apurados como

sobrepreço, as garantias previstas no art. 56, § 1º da Lei nº 8.666/1993, no valor de R$

66.109.998,86 revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração

em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao Erário, decorrente

dos Contratos 01/1993-CPL/A e 10/2007-CPL/AL (...).

24. No início dos trabalhos desta auditoria, foi encaminhado à Seinfra/AL o Ofício de

Requisição 1-87/2017/TCU/SeinfraCom, que, dentre outros documentos e informações,

solicitou a apresentação de “seguro-garantia vigente com vistas a assegurar o resultado da

apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário nos

contratos dos Trechos 1 e 2 a que se refere o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário”.

Registra-se que a equipe de auditoria solicitou diretamente a modalidade de garantia “seguro”,

pois era a que já vinha sendo utilizada nos anos anteriores pela empresa contratada.

25. Em resposta, a Seinfra/AL encaminhou o Ofício 286/2017-Seinfra/GS (Evidência

1), que apresentou apólice digitalizada (Evidência 3), que seria o seguro-garantia dos Trechos

1 e 2. Contudo, verificou-se que essa apólice é a mesma que foi apresentada na auditoria anterior

(Fiscalis 52/2016 e TC 006.708/2016-1) e que sua vigência expirou em 19/12/2016.

26. Ato contínuo, encaminhou-se à Seinfra/AL o Ofício de Requisição 3-

87/2017/TCU/SeinfraCom, nos seguintes termos:

(...) considerando que a apólice encaminhada em resposta ao Ofício 1-

87/2017/TCU/SeinfraCom expirou em 19/12/2016, informe sobre a existência de seguro-

garantia vigente com vistas a assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de

Contas da União acerca de eventual dano ao erário nos contratos dos Trechos 1 e 2 a que

se refere o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário.

27. Em nova resposta, a Seinfra/AL encaminhou o Ofício 286/2017-Seinfra/GS

(mesma numeração do anterior, porém outro documento) (Evidência 9), em que informou que

a Construtora não obteve êxito na renovação da apólice, por desinteresse da seguradora, que só

aceitaria reavaliar sua postura em caso de apresentação de cash colateral ou alienação fiduciária

de imóvel urbano em valor não inferior ao da importância segurada. Informou ainda que, diante

do cenário do mercado securitário, outras seguradoras consultadas também registraram o

desinteresse na contratação do seguro. Contudo, a empresa continuaria empenhada na busca de

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10 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

alternativas que viabilizem a renovação da garantia compromissada.

28. Por esse contexto, avalia-se que a Administração está exposta a elevado risco de

ineficácia das decisões de mérito que o Tribunal vier a adotar em relação ao

sobrepreço/superfaturamento dos Contratos 1/1993 (TC 003.075/2009-9 – TCE com citações

realizadas, aguardando as análises das alegações de defesa) e 10/2007 (TC 028.502/2006-5 –

aguardando instrução para atualização do sobrepreço em função dos aditivos realizados).

29. Considerando que as obras estão concluídas, cabe determinar à Seinfra/AL que

adote medidas com vistas a restabelecer garantias válidas e revestidas de abrangência suficiente

para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de

eventual dano ao erário decorrente dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em consonância com o

item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário.

30. Cumpre ressaltar ainda que os Contratos 1/1993 e 10/2007 apresentam achados de

auditorias anteriores classificados como IGR (indício de irregularidade grave com

recomendação de retenção parcial de valores). A despeito da impropriedade identificada, é de

se observar o que dispõe o art. 121, § 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017) a respeito

do enquadramento das irregularidades como IGR:

V - indício de irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores - IGR,

aquele que, embora atenda à conceituação contida no inciso IV do § 1º, permite a

continuidade da obra desde que haja autorização do contratado para retenção de valores a

serem pagos, ou a apresentação de garantias suficientes para prevenir o possível dano ao

erário, até a decisão de mérito sobre o indício relatado;

31. Do trecho supratranscrito, percebe-se que o legislador buscou garantir a

continuidade da obra, mesmo sob o indício de irregularidades graves, de modo a evitar impactos

sociais e econômicos advindos da sua paralisação, desde que o contratado apresentasse

garantias suficientes para prevenir um possível dano ao erário. Assim, a princípio, a inexistência

de garantias válidas para os Contratos 1/1993 e 10/2007 implicaria na classificação das

irregularidades como irregularidades graves com recomendação de paralisação (IGP),

conforme o inciso IV do § 1º do art. 121 da Lei 13.408/2016.

32. Entretanto, não se pode olvidar que as obras que são objetos dos Contratos 1/1993

(Trecho 1) e 10/2007 (Trecho 2) se encontram finalizadas e não há, por óbvio, que se falar em

paralisação ou continuidade das obras. O intuito da classificação de irregularidades graves

prevista na LDO é a constituição de anexo específico da Lei Orçamentária relativo a obras cuja

execução física, orçamentária e financeira deva ser bloqueada. Assim, considerando que as

obras objetos dos Contratos 1/1993 e 10/2007 estão concluídas, entende-se pertinente propor a

reclassificação das irregularidades associadas a esses contratos de IGR para IGC (irregularidade

grave que não prejudica a continuidade).

33. Essa reclassificação, no caso de obras concluídas, é entendimento pacificado no

TCU, conforme pode ser verificado nos Acórdãos 2.495/2016 (relatoria do Min. Benjamin

Zymler), 2.209/2016 (relatoria do Min. Augusto Sherman), 1.934/2015 (relatoria do Min.

Augusto Nardes) e 2.324/2014 (relatoria do Min. Bruno Dantas), todos do Plenário do TCU.

34. Contudo, em que pese o enquadramento das irregularidades como IGR já ter

cumprido o seu objetivo, este Tribunal ainda não se pronunciou acerca do mérito das questões.

Dessa forma, em consonância com o art. 121, § 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017),

os seguros-garantia apresentados pela Construtora Queiroz Galvão, responsável por esses dois

contratos, deverão ser mantidos até a decisão de mérito nos processos TC 003.075/2009-9 e TC

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11 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

028.502/2006-5 (ou em eventual TCE a ser instaurada), de modo a prevenir possível dano ao

erário e manter a eficácia da decisão de mérito do TCU.

35. Desse modo, permanece incólume o comando do item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-

TCU-Plenário.

IV. Conclusão

36. Trata-se de auditoria realizada no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria

de Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período de 17/4 a 28/4/2017, com o objetivo de

fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano.

37. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão

sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante

indicadas:

a) Questão 1: A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução

foi adequada?

b) Questão 2: A administração está tomando providências com vistas a regularizar a

situação da obra?

38. Com base nos procedimentos provenientes das questões de auditoria, constatou-se

a inexistência de garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993,

e revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no

Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário decorrente dos Contratos 1/1993

e 10/2007, em dissonância com o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário (item III.1).

Considerando que as obras associadas a esses contratos estão concluídas, entende-se que resta

expedir determinação para que a Seinfra/AL adote medidas no sentido de restabelecer as

referidas garantias.

39. De forma complementar, destacou-se no item III.1 a existência de achados de

auditorias anteriores associados aos contratos 1/1993 e 10/2007 classificados como IGR

(indício de irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores). Entretanto,

conforme foi demonstrado, considerando que as obras objetos dos Contratos 1/1993 e 10/2007

estão concluídas, entende-se pertinente propor a reclassificação das irregularidades associadas

a esses contratos de IGR para IGC (irregularidade grave que não prejudica a continuidade).

40. Ainda sobre os contratos dos Trechos 1 e 2, rememora-se que o item 9.2 do Acórdão

1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso julgasse oportuno e conveniente

aceitar a renovação da apólice vigente em substituição às retenções cautelares, deveria exigir

que constasse no documento que “a cobertura da apólice terá efeito somente depois de transitada

em julgado a decisão proferida pelo TCU, abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial

para a discussão da deliberação definitiva desta Corte”. Contudo, foi deferida liminar pelo Juízo

da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência

de modificação da garantia, conforme Decisão 315/2013 no âmbito do processo 34288-

37.2013.4.01.3400. Conforme consulta aos sistemas informatizados do TRF – 1ª Região, o

referido processo encontra-se concluso para sentença desde 1/9/2014 (Evidência 4).

41. Quanto ao Trecho 3 (Contrato 18/2010), observa-se que o item 9.3.1 do Acórdão

2.957/2015-TCU-Plenário (TC 011.156/2010-4) determinou a instauração de tomada de contas

especial para apurar as responsabilidades e quantificar o superfaturamento no referido contrato.

Essa TCE foi autuada sob o TC 006.667/2017-1 e encontra-se aguardando instrução para

citação dos responsáveis.

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12 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

42. Para o Trecho 4, verifica-se também no Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário, item

9.1, a determinação para repactuação do Contrato 19/2010, de forma a sanear o sobrepreço

identificado. Constatou-se ainda no âmbito do TC 011.156/2010-4, despacho do Exmo.

Ministro Benjamin Zymler que determinou a expedição de medida cautelar para que a

Seinfra/AL se abstenha de efetuar pagamentos no Contrato 19/2010 com preços unitários de

serviços superiores aos indicados nos autos.

43. No curso desta fiscalização, ainda que não existam irregularidades classificadas

como IGR ou IGP associadas ao Contrato 19/2010, pôde-se verificar que estão em andamento

as tratativas para a repactuação do Contrato determinada no item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-

TCU-Plenário, conforme as Evidências 5 e 7.

44. Constatou-se também que a Seinfra/AL está promovendo retenções nas medições

da empresa contratada, dando cumprimento à referida medida cautelar emitida por meio de

Despacho do Exmo. Ministro Benjamin Zymler, como pode ser verificado nas Evidências 8 e

11.

45. Em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), o item 9.5 do Acórdão 2.957/2015-

TCU-Plenário comunicou à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram como

IG-P, nos termos do art. 112, § 1º, inciso IV, da Lei nº 13.080/2015 (LDO 2015), com vistas a

suspender a execução do referido contrato até a comprovação da sua repactuação, nos termos

do item 9.1 do mesmo acórdão. Nesse sentido, a presente fiscalização verificou que a referida

repactuação ainda não foi efetivada.

46. Adicionalmente, deve-se noticiar que a Seinfra/AL apresentou novo Estudo de

Viabilidade Técnica (EVT) para o Trecho 5 da obra, que abarcou uma revisão estrutural no

projeto básico utilizado para a contratação do empreendimento, especialmente em relação aos

preços firmados, quantitativos, concepção técnica, dentre outros aspectos. Essa proposta de

revisão contratual foi avaliada pela unidade técnica no âmbito do TC 003.632/2015-6, que

concluiu pela necessidade de realização de oitiva da Seinfra/AL e da Construtora Queiroz

Galvão, para que se pronunciassem acerca de aspectos específicos que poderiam suscitar a

ilegalidade da referida repactuação. As oitivas foram tempestivamente respondidas e já foram

analisadas por parte da unidade técnica do TCU, que propôs determinar à Seinfra/AL que adote

as providências cabíveis com vistas a anular o Contrato 58/2010-CPL/AL, uma vez que a

licitação baseou-se em projeto básico com graves deficiências. O processo está aguardando o

pronunciamento do Ministro-Relator.

47. Dessa forma, ainda em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), avalia-se que deve

ser mantida a classificação da irregularidade como IGP, em virtude do que estabelece o art. 121,

§ 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017). Por esse regramento, a reclassificação de uma

IGP para IGR requer a autorização do contratado para retenção de valores a serem pagos, ou a

apresentação de garantias suficientes para prevenir o possível dano ao erário, até a decisão de

mérito sobre o indício relatado, o que não foi verificado.

48. Por fim, entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar a

melhoria na forma de atuação do órgão fiscalizado na execução de contratos e a correção de

irregularidades e impropriedades.

V. Proposta de encaminhamento

49. Ante todo o exposto, submetem-se os autos à consideração superior, propondo:

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13 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

a) determinar à Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas, com fulcro no art.

43, inciso I, da Lei 8.443/1992 c/c o art. 250, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de

Contas da União, que, no prazo de 60 (sessenta) dias, adote medidas com vistas a restabelecer

garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993, revestidas de

abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas

da União acerca de eventual dano ao erário decorrente dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em

consonância com o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário, bem como encaminhe ao

TCU, no mesmo prazo, documentação que comprove as medidas adotadas; (item III.1)

b) determinar à Coinfra/Siob que promova a reclassificação, no sistema Fiscalis, das

irregularidades graves com recomendação de retenção parcial dos valores (IGR), relacionadas

aos Contratos 1/1993 e 10/2007 das obras do Canal Adutor do Sertão Alagoano, para

irregularidades graves com recomendação de continuidade (IGC), em razão de as obras

associadas aos referidos contratos já terem sido concluídas; (item III.1)

c) comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que:

c.1) os indícios de irregularidades graves do tipo IGR, apontados nos Contratos 1/1993 e

10/2007, relativos aos serviços de construção dos Trechos 1 e 2 do Canal Adutor do Sertão

Alagoano, respectivamente, não mais se enquadram no inciso V do § 1° do art. 121 da Lei

13.408/2016 (LDO 2017), tendo sua classificação sido alterada para IGC (inciso VI do § 1º do

art. 121 da mesma Lei), em razão de as obras associadas aos referidos contratos já terem sido

concluídas; (item III.1)

c.2) não foram implementadas pelo órgão gestor as medidas saneadoras indicadas por esta

Corte para sanear os indícios de irregularidades graves que se enquadram no inciso IV do § 1°

do art. 121 da Lei 13.408/2016 (LDO 2017), apontados no Contrato 58/2010, relativos aos

serviços de construção do Trecho 5 do Canal Adutor do Sertão Alagoano, com potencial dano

ao erário de R$ 48.331.865,89 e que, assim, subsistem os indícios e seu saneamento depende

da repactuação do contrato pelo órgão de modo a sanear o sobrepreço, conforme determinação

do item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário; (item IV)

d) encaminhar cópia da deliberação que vier a ser proferida, bem como do relatório e

do voto que a fundamentarem, ao Ministério da Integração Nacional e à Secretaria de Estado

da Infraestrutura de Alagoas, para conhecimento; e

e) arquivar o presente processo, com fundamento no art. 169, inciso V, do Regimento

Interno do Tribunal.

SeinfraCOM, 21 de julho de 2017.

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14 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

APÊNDICE A - Matriz de Achados

DESCRIÇÃO DO

ACHADO SITUAÇÃO

ENCONTRADA OBJETOS CRITÉRIO EVIDÊNCIA CAUSA EFEITO ENCAMINHAMENTO

F/I - Insuficiência ou

inadequação da

garantia prestada pela

contratada, para

assegurar o resultado

da apuração em curso

no Tribunal de

Contas da União

acerca de eventual

dano ao Erário.

Verificou-se que as apólices

de seguro apresentadas como

garantias das retenções

consignadas no item 9.1 do

Acórdão 2.860-TCU-Plenário

para os Contratos 1/1993

(Trecho 1) e 10/2007 (Trecho

2) encontram-se vencidas

desde 19/12/2016.

Contrato - 01/93-

CPL-AL

Contrato -

10/2007 -

CPL/AL

Acórdão

2860/2008,

item 9.1,

TCU,

Plenário

Acórdão

1882/2011,

item 9.2,

TCU,

Plenário

Lei

13408/2016,

art. 121, § 1º,

inciso V

Evidência 9 -

Resposta Of

Requisição

3/2017

Evidência 1 -

Resposta ao Of.

Requisição 1-

87/2017

Evidência 3 -

Apólice seguro-

garantia

Causas não

apuradas. Ineficácia de

decisão do

Tribunal de

Contas da União

Determinação a

Órgão/Entidade

(Secretaria de Infra-

Estrutura do Governo do

Estado de Alagoas)

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15 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

APÊNDICE B - Matriz de Responsabilização

Não existem dados cadastrados na matriz de responsabilização.

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16 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

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APÊNDICE C - Fotos

Não existem dados cadastrados no apêndice de fotos.

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17 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

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APÊNDICE D - Dados da obra

1. Dados Cadastrais

Obra bloqueada na LOA deste ano: Sim

1.1. Execução física, orçamentária e financeira

1.1.1. Execução física

Data de vistoria: 25/04/2017 Percentual executado: 75,0%

Data do início da obra: 01/03/2006 Data prevista para conclusão:

Situação na data da vistoria: Em andamento

Descrição da execução realizada até a data da vistoria:

A Seinfra/AL informou, por meio do Ofício 286/2017-Seinfra/GS os percentuais de execução atualizados

de cada um dos trechos do canal:

Trecho 01 - 100,0% (km 0 a 45)

Trecho 02 - 100,0% (km 45 a 64,7)

Trecho 03 - 100,0% (km 64,7 a 77,82)

Trecho 04 - 63,25% (km 92,93 a 123,4)

Trecho 05 - 0,0% (km 123,4 a 150)

Observações:

Não existe data prevista para conclusão, pois ainda não foi dada ordem de serviço para o Trecho 5.

1.1.2. Execução orçamentária e financeira

Valor estimado para conclusão: R$ 998.719.445,92

Valor estimado global da obra: R$ 3.281.468.224,09

Data base da estimativa: 31/03/2017

Funcional programática: 18.544.2084.10CT.0027/2016 - Construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano

No Estado de Alagoas

Origem Ano Lei

Orçamentária

Valores

empenhados

Valores

liquidados

Pagamento de

despesas

Percentual

execução

financeira

União 2016 87.538.733,00 87.538.733,00 30.553.131,00 30.552.287,00 34,90%

União 2015 158.800.000,00 135.748.131,00 83.627.836,00 83.627.836,00 52,66%

União 2014 510.493.171,00 509.942.219,00 281.280.002,00 281.280.002,00 55,10%

União 2013 321.513.071,00 317.958.071,00 257.700.000,00 257.700.000,00 80,15%

União 2012 269.075.427,00 244.602.507,00 141.684.194,00 141.684.194,00 52,66%

União 2011 88.436.879,00 88.436.879,00 88.436.879,00 57.944.555,00 65,52%

União 2010 123.564.260,00 123.564.260,00 123.564.260,00 15.187.326,00 12,29%

União 2009 91.240.000,00 91.240.000,00 91.240.000,00 0,00 0,00%

União 2008 65.994.659,00 65.994.659,00 65.994.659,00 0,00 0,00%

União 2007 92.000.000,00 92.000.000,00 92.000.000,00 0,00 0,00%

Valores em reais

Funcional programática: 18.544.2084.10CT.0027/2017 - Construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano

No Estado de Alagoas

Origem Ano Lei

Orçamentária

Valores

empenhados

Valores

liquidados

Pagamento de

despesas

Percentual

execução

financeira

União 2017 180.631.100,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

Valores em reais

Observações:

O custo estimado global da obra considerou apenas os contratos de obras civis dos Trechos 1 a 5,

atualizados até março de 2017 por meio do índice de reajustamento contratual (INCC coluna 35).

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18 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

- Contrato 1/1993 ¿ Trecho 1 - R$ 388.598.983,11 na data-base outubro/2010, conforme 5º Termo de

Apostila (R$ 603.453.588,18 reajustado para março/2017)

- Contrato 10/2007 ¿ Trecho 2 - R$ 249.928.172,23 na data-base junho/2012, conforme 3º Termo Aditivo

(R$ 339.835.030,40 reajustado para março/2017)

- Contrato 18/2010 ¿ Trecho - R$ 769.974.816,58 na data base dezembro/2015, conforme 4º Termo

Aditivo e 8º Termo de Apostila (R$ 827.133.245,07 reajustado para março/2017)

- Contrato 19/2010 ¿ Trecho 4 - R$ 800.217.856,78 na data base dezembro/2016, conforme 1º Termo

Aditivo e 11º Termo de Apostila (R$ 810.003.026,91 reajustado para março/2017)

- Contrato 58/2010 ¿ Trecho 5 - R$ 447.034.870,74 na data-base junho/2010, conforme contrato original

(R$ 701.043.333,53 reajustado para março/2017)

O valor estimado para conclusão foi calculado com base nos percentuais de execução de cada trecho.

1.2. Contratos principais

Nº contrato: 01/93-CPL-AL

Objeto do contrato:

Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão

Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45

Data da assinatura: 23/07/1993 Mod. licitação: Concorrência

SIASG: Código interno do SIASG:

CNPJ contratada: 33.412.792/0029-61 Razão social: Construtora Queiróz Galvão S.A.

CNPJ contratante: 11.220.019/2001-69 Razão social: Governo do Estado de Alagoas

Situação inicial Situação atual

Vigência: 23/07/1993 a 14/01/1995 Vigência:

Valor: R$ 1.058.325.110.753,20 Valor: R$ 388.598.983,11

Data-base: 30/06/1993 Data-base: 01/10/2010

Volume de serviço: 45 km Volume de serviço: 45 km

Custo unitário: R$ 23.518.335.794,51 Custo unitário: R$ 8.635.532,95

BDI: BDI:

Nº/Data aditivoAtual:

Situação do contrato: Concluído.

Alterações do objeto:

Observações:

Execução física e financeira:

Data da coleta de dados / vistoria: 20/04/2017

Situação: Concluída

Percentual de execução física: 100,0%

Descrição da execução realizada até a data da vistoria:

Valores medidos: R$ 0,00

Valores pagos: R$ 0,00

Percentual de execução financeira: 0,00%

Observações acerca da execução física e financeira do contrato:

Nº contrato: 10/2007 - CPL/AL

Objeto do contrato:

Obras e Serviços de Execução do Canal Adutor do Sertão Alagoano, trecho compreendido entre os Km 45 e

Km 64,7; Sistema e Instalações Elétricas e de Bombeamento relativos à Estação Elevatória do sistema de

Adução do Canal; e Implantação dos Perímetros de Irrigação Pariconha I e Pariconha II

Data da assinatura: 01/11/2007 Mod. licitação: Concorrência

SIASG: Código interno do SIASG:

CNPJ contratada: 33.412.792/0029-61 Razão social: Construtora Queiróz Galvão S.A.

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19 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

CNPJ contratante: 02.210.303/0001-64 Razão social: Secretaria de Estado da Infra-Estrutura de

Alagoas

Situação inicial Situação atual

Vigência: 23/06/2010 a 12/06/2012 Vigência:

Valor: R$ 147.993.151,00 Valor: R$ 249.928.172,23

Data-base: 01/06/2006 Data-base: 01/06/2012

Volume de serviço: 19.7 km Volume de serviço: 19.7 km

Custo unitário: R$ 7.512.342,69 Custo unitário: R$ 12.686.709,25

BDI: BDI:

Nº/Data aditivoAtual:

Situação do contrato: Concluído.

Alterações do objeto:

Observações:

1.3. Histórico de fiscalizações

A classe da irregularidade listada é referente àquela vigente em 30 de novembro do ano da

fiscalização.

2014 2015 2016

Obra já fiscalizada pelo TCU (no âmbito do Fiscobras)? Não Sim Sim

Foram observados indícios de irregularidades graves? Não Não Não

2. Deliberações do TCU

A listagem poderá conter deliberações de processos já encerrados.

Processo de interesse (deliberações até a data de início da auditoria)

Processo Deliberação Data

007.041/2001-3 AC-49-27/2001-2C 31/07/2001

006.966/2002-5 Despacho do Min. Augusto Sherman 18/07/2002

006.966/2002-5 Despacho do Min. Augusto Sherman 18/07/2002

006.966/2002-5 Despacho do Min. Augusto Sherman 18/07/2002

007.920/2003-9 AC-1138-31/2003-PL 13/08/2003

006.966/2002-5 AC-1042-27/2004-PL 28/07/2004

014.771/2006-1 AC-2286-46/2007-PL 31/10/2007

013.514/2008-6 AC-2055-37/2008-PL 17/09/2008

028.502/2006-5 AC-2860-51/2008-PL 03/12/2008

003.075/2009-9 AC-279-8/2009-PL 04/03/2009

011.119/2009-0 AC-2004-35/2009-PL 02/09/2009

011.119/2009-0 AC-103-3/2010-PL 03/02/2010

011.156/2010-4 Despacho do Min. Valmir Campelo 14/07/2010

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 27/07/2010

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 20/08/2010

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 14/09/2010

028.502/2006-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 18/10/2010

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 10/11/2010

011.156/2010-4 AC-3146-46/2010-PL 24/11/2010

014.771/2006-1 AC-3128-46/2010-PL 24/11/2010

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20 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

032.563/2010-8 AC-3128-46/2010-PL 24/11/2010

028.502/2006-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 28/01/2011

014.771/2006-1 Despacho do Min. Valmir Campelo 23/02/2011

032.563/2010-8 Despacho do Min. Valmir Campelo 14/03/2011

003.075/2009-9 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 01/06/2011

005.961/2011-4 AC-1882-29/2011-PL 20/07/2011

006.050/2011-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 18/08/2011

006.050/2011-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 18/08/2011

028.502/2006-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 29/08/2011

014.771/2006-1 AC-2331-36/2011-PL 31/08/2011

011.119/2009-0 Despacho do Min. Aroldo Cedraz 03/10/2011

014.771/2006-1 Despacho do Min. Valmir Campelo 23/11/2011

019.907/2009-9 AC-219-4/2012-PL 08/02/2012

014.771/2006-1 AC-407-6/2012-PL 29/02/2012

011.156/2010-4 AC-779-11/2012-PL 04/04/2012

014.771/2006-1 Despacho do Min. Ana Arraes 24/05/2012

006.216/2012-9 AC-1622-24/2012-PL 27/06/2012

006.216/2012-9 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 13/08/2012

011.156/2010-4 AC-2814-41/2012-PL 17/10/2012

014.771/2006-1 AC-3090-47/2012-PL 14/11/2012

011.156/2010-4 AC-3315-50/2012-PL 05/12/2012

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 20/02/2013

014.771/2006-1 Despacho do Min. Valmir Campelo 20/03/2013

011.156/2010-4 AC-1211-17/2013-PL 22/05/2013

006.327/2013-3 AC-2372-34/2013-PL 04/09/2013

003.075/2009-9 AC-1798-25/2014-PL 09/07/2014

028.502/2006-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 23/07/2014

011.119/2009-0 AC-2047-29/2014-PL 06/08/2014

028.502/2006-5 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 04/09/2014

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 16/04/2015

006.216/2012-9 AC-2143-34/2015-PL 26/08/2015

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 14/09/2015

003.632/2015-6 AC-2361-38/2015-PL 23/09/2015

006.216/2012-9 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 07/10/2015

006.216/2012-9 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 03/11/2015

003.632/2015-6 AC-2864-45/2015-PL 11/11/2015

011.156/2010-4 AC-2957-46/2015-PL 18/11/2015

011.156/2010-4 Despacho do Min. Raimundo Carreiro 16/12/2015

011.156/2010-4 AC-68-2/2016-PL 27/01/2016

003.632/2015-6 AC-512-7/2016-PL 09/03/2016

011.156/2010-4 AC-991-14/2016-PL 27/04/2016

011.156/2010-4 Despacho do Min. Benjamin Zymler 17/06/2016

011.156/2010-4 AC-2-24/2016-PL 22/06/2016

011.156/2010-4 Despacho do Min. Benjamin Zymler 22/06/2016

011.156/2010-4 AC-1807-27/2016-PL 13/07/2016

006.708/2016-1 AC-2116-32/2016-PL 17/08/2016

011.156/2010-4 Despacho do Min. Benjamin Zymler 23/08/2016

003.075/2009-9 Despacho do Min. Aroldo Cedraz 31/01/2017

003.075/2009-9 Despacho do Min. Aroldo Cedraz 06/02/2017

011.156/2010-4 Despacho do Min. Benjamin Zymler 21/03/2017

Processo de interesse (deliberações após a data de início da auditoria)

Não há deliberações até a emissão desse relatório.

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21 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

APÊNDICE E - Achados de outras fiscalizações

1. Achados pendentes de solução

1.1. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado

(serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.2. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de BDI excessivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

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22 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.3. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de inconsistências no Edital / Contrato /

Aditivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.4. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de jogo de planilha. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

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23 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.5. (IG-R) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de BDI excessivo. (TC

013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.6. (IG-R) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente

ao mercado (serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

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24 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.7. (IG-R) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de inconsistências no Edital

/ Contrato / Aditivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema

Integrado de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do

Km 0 ao Km 45, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 003.075/2009-9 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 003.075/2009-9 (Trecho

1), tomada de contas especial.

1.8. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado

(serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 10/2007 - CPL/AL, 23/6/2010, Obras e Serviços de Execução do Canal

Adutor do Sertão Alagoano, trecho compreendido entre os Km 45 e Km 64,7; Sistema e

Instalações Elétricas e de Bombeamento relativos à Estação Elevatória do sistema de

Adução do Canal; e Implantação dos Perímetros de Irrigação Pariconha I e Pariconha

II, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 028.502/2006-5 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Page 25: RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO...TRIBUNAL DE CONTAS DA 1 UNIÃO Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração RELATÓRIO

25 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 028.502/2006-5 (Trecho

2), representação com proposta de conversão em tomada de contas especial.

1.9. (IG-R) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de BDI excessivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 10/2007 - CPL/AL, 23/6/2010, Obras e Serviços de Execução do Canal

Adutor do Sertão Alagoano, trecho compreendido entre os Km 45 e Km 64,7; Sistema e

Instalações Elétricas e de Bombeamento relativos à Estação Elevatória do sistema de

Adução do Canal; e Implantação dos Perímetros de Irrigação Pariconha I e Pariconha

II, Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 028.502/2006-5 e foi considerado confirmado,

conforme AC-2860-51/2008-PL.

O item 9.2 do Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso

julgasse oportuno e conveniente aceitar a renovação da apólice de seguro garantia em

substituição às retenções cautelares relativas aos Contratos 1/1993 e 10/2007, exigisse da

contratada que fizesse constar das condições da referida apólice que: "a cobertura da

apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU,

abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da deliberação

definitiva desta Corte, nos estritos termos exigidos pelo Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário".

No entanto, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do

Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão nº 315/2013 no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400.

Verificou-se na presente fiscalização que o seguro garantia expirou em 19/12/2016 e não

foi renovado.

O mérito do superfaturamento está sendo tratado no processo TC 028.502/2006-5 (Trecho

2), representação com proposta de conversão em tomada de contas especial.

1.10. (IG-P) Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (TC

011.156/2010-4)

Objeto: Contrato 58/2010, Execução das obras e serviços de Construção do Canal Adutor

do Sertão Alagoano, entre o km 123,4 e o km 150,00, correspondendo ao Trecho 5,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 011.156/2010-4 e teve sua gravidade alterada

de pIG-P para IG-P por meio do AC-2957-46/2015-PL.

O Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário, de 18/11/2015, determinou à Seinfra/AL a

repactuação do Contrato 58/2010 de modo a sanear o sobrepreço de R$ 48.331.865,89

decorrente de preços excessivos frente ao mercado. O mesmo acórdão determinou ainda

a comunicação à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

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26 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Congresso Nacional de que foram detectados indícios de irregularidades que se

enquadram como IG-P, nos termos do art. 112, § 1º, inciso IV, da Lei 13.080/2015 (LDO

2015), com vistas a suspender a execução do referido contrato até a comprovação da sua

repactuação. No presente momento, os efeitos da determinação de repactuação do

referido acórdão estão suspensos em razão da apresentação de recursos com efeito

suspensivo. Não obstante, o Ministro-Relator dos recursos, ao apreciar suas

admissibilidades, concedeu medida cautelar determinando à Seinfra/AL que se abstenha

de efetuar pagamentos dos serviços no Contrato 58/2010 com preços unitários superiores

aos apurados pelo TCU até que o Tribunal delibere sobre o mérito dos recursos. Cabe

ressaltar que, embora a medida cautelar implique na retenção parcial de valores, não cabe

a reclassificação da irregularidade para IG-R (indício de irregularidade grave com

recomendação de retenção parcial de valores), tendo em vista que não se tem informação

quanto à autorização do contratado para a retenção dos valores a serem pagos, nos termos

da atual LDO, art. 121, §1º, inciso V, da Lei 13.408/2016.

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27 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

APÊNDICE F - Achados reclassificados após a conclusão da fiscalização

1. Achados desta fiscalização

1.1. Não há.

2. Achados de outras fiscalizações

2.1. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de BDI excessivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.2. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado

(serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.3. (IGC) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de inconsistências no Edital /

Contrato / Aditivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.4. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de inconsistências no Edital / Contrato /

Aditivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.5. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de jogo de planilha. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

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28 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.6. (IGC) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de BDI excessivo. (TC

013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.7. (IGC) Superfaturamento - Superfaturamento decorrente de preços excessivos frente ao

mercado (serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 01/93-CPL-AL, 23/7/1993, Obras do Canal de Adução do Sistema Integrado

de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para o Sertão Alagoano, trecho do Km 0 ao Km 45,

Construtora Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.8. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado

(serviços, insumos e encargos). (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 10/2007 - CPL/AL, 23/6/2010, Obras e Serviços de Execução do Canal

Adutor do Sertão Alagoano, trecho compreendido entre os Km 45 e Km 64,7; Sistema e

Instalações Elétricas e de Bombeamento relativos à Estação Elevatória do sistema de Adução

do Canal; e Implantação dos Perímetros de Irrigação Pariconha I e Pariconha II, Construtora

Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

2.9. (IGC) Sobrepreço - Sobrepreço decorrente de BDI excessivo. (TC 013.514/2008-6)

Objeto: Contrato 10/2007 - CPL/AL, 23/6/2010, Obras e Serviços de Execução do Canal

Adutor do Sertão Alagoano, trecho compreendido entre os Km 45 e Km 64,7; Sistema e

Instalações Elétricas e de Bombeamento relativos à Estação Elevatória do sistema de Adução

do Canal; e Implantação dos Perímetros de Irrigação Pariconha I e Pariconha II, Construtora

Queiróz Galvão S.A.

Este achado está sendo tratado no processo 008.226/2017-2 e teve sua gravidade alterada de

IGR para IGC por meio do AC-2060-37/2017-PL.

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29 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

APÊNDICE G - Despachos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria Geral de Controle Externo

Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de

Comunicações e de Mineração

Processo: 008.226/2017-2

Fiscalização: 87/2017

Objetivo: fiscalizar as obras de

construção do Canal Adutor do Sertão

Alagoano

DESPACHO

Manifesto-me de acordo com a proposta da equipe de fiscalização.

Em 21 de julho de 2017. Encaminhe-se ao secretário.

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30 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria Geral de Controle Externo

Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de

Comunicações e de Mineração

Processo: 008.226/2017-2

Fiscalização: 87/2017

Objetivo: fiscalizar as obras de

construção do Canal Adutor do Sertão

Alagoano

DESPACHO

Trata-se de auditoria realizada no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria de Estado da

Infraestrutura de Alagoas, no período de 17/4 a 28/4/2017, com o objetivo de fiscalizar as obras de

construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano.

Justifica-se o não envio do relatório preliminar para comentários dos dirigentes da entidade auditada,

conforme determinação do subitem 9.4 do Acórdão 1.255/2013-TCU-Plenário, em razão de os achados

não serem considerados de alta complexidade ou de grande impacto, conforme Normas de Auditoria do

Tribunal de Contas da União (Portaria-TCU 280/2010, alterada pela Portaria-TCU 168/2011).

Estou de acordo com as manifestações no relatório e no despacho do diretor.

Em 26 de julho de 2017. Encaminhe-se ao Gab. do Min. Aroldo Cedraz.

_______________________________________________________

Ivan André Pacheco Rogedo

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31 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Secretário de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

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32 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

ANEXO A - Deliberações

GRUPO I – CLASSE V – Plenário.

TC 008.226/2017-2

Natureza: Relatório de Auditoria

Órgãos/Entidades: Ministério da Integração Nacional (vinculador);

Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado de Alagoas

Interessado: Congresso Nacional (vinculador)

Representação legal: não há.

SUMÁRIO: FISCOBRAS 2017. AUDITORIA DE

CONFORMIDADE REALIZADA NO MINISTÉRIO DA

INTEGRAÇÃO NACIONAL E NA SECRETARIA DE ESTADO

DA INFRAESTRUTURA DE ALAGOAS. OBRAS DE

CONSTRUÇÃO DO CANAL ADUTOR DO SERTÃO

ALAGOANO. DETERMINAÇÕES PARA

RESTABELECIMENTO DE GARANTIAS VÁLIDAS.

RECLASSIFICAÇÃO, NO SISTEMA FISCALIS, DAS

IRREGULARIDADES GRAVES COM RECOMENDAÇÃO DE

RETENÇÃO PARCIAL DOS VALORES (IGR),

RELACIONADAS AOS CONTRATOS 1/1993 E 10/2007 DAS

OBRAS DO CANAL ADUTOR DO SERTÃO ALAGOANO,

PARA IRREGULARIDADES GRAVES COM

RECOMENDAÇÃO DE CONTINUIDADE (IGC). CIÊNCIA.

ARQUIVAMENTO.

RELATÓRIO

Trata-se de auditoria realizada no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria de

Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período de 17 a 28/4/2017, com o objetivo de fiscalizar as obras

de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano. A Lei 13.414/2017 (LOA/2017) destinou ao

programa de trabalho PT 18.544.2051.10CT.0027 o montante de R$ 180 milhões para as obras em

exame.

2. Transcrevo, a seguir, no que reputo essencial, o Relatório elaborado no âmbito da Secretaria

de Fiscalização de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração (SecexCom), constante da

Peça 19, cujas conclusões e propostas tiveram a anuência do corpo dirigente da unidade (Peças 20 e 21),

conforme segue:

“[...] I. Apresentação

1. Trata-se de auditoria que teve por objetivo fiscalizar as obras do Canal Adutor do Sertão

Alagoano. A Lei 13.414, de 10 de janeiro de 2017 (LOA/2017) destina ao programa de

trabalho PT 18.544.2051.10CT.0027 o montante de R$ 180 milhões para as obras em exame.

2. As obras dos primeiros 150 km do Canal Adutor do Sertão Alagoano foram divididas em

cinco trechos. Atualmente encontra-se em execução apenas o Trecho 4 do canal.

3. Os contratos dos Trechos 1 e 2, já encerrados, apresentam achados de auditorias

anteriores classificados como IG-R (indício de irregularidade grave com recomendação de

retenção parcial de valores), cujas situações são detalhadas no item III.1 e no Apêndice E

deste relatório.

4. Com relação ao contrato do Trecho 5, que ainda não possui ordem de serviço para o início

das obras, existe achado de auditoria anterior classificado como IG-P (indício de

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33 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

irregularidade grave com recomendação de paralisação), que também terá sua situação

detalhada na Conclusão e no Apêndice E deste relatório.

5. A última fiscalização realizada pelo TCU, no exercício de 2016, identificou indícios de

irregularidades referente a acréscimos ou supressões em percentual superior ao legalmente

permitido. Como resultado, por meio do Acórdão 2.116/2016-TCU-Plenário, de relatoria do

Ministro Raimundo Carreiro, foi determinado dar ciência à Secretaria de Estado da

Infraestrutura de Alagoas (Seinfra/AL) sobre as impropriedades identificadas.

I.1. Importância socioeconômica

6. O Canal Adutor do Sertão Alagoano tem como objetivo aumentar a disponibilidade

hídrica das regiões do sertão e do agreste alagoanos, recorrentemente assolados pela seca.

Em sua extensão total de 250 quilômetros, desde o município de Delmiro Gouveia até o

município de Arapiraca, o canal deverá beneficiar 42 municípios, propiciando oferta de água

aos núcleos urbanos e rurais ao longo da extensão do canal. O empreendimento tem por

finalidade desenvolver a economia regional pela melhoria das condições de abastecimento

humano e dos perímetros de irrigação, pelo desenvolvimento da piscicultura e do

agronegócio, e pelo remanejamento das adutoras coletivas existentes, com vistas a reduzir

os custos de operação e manutenção para a companhia de abastecimento de água do estado.

II. Introdução

II.1. Deliberação que originou o trabalho

7. Em cumprimento ao Acórdão 2.757/2016-TCU-Plenário, de relatoria do Ministro Aroldo

Cedraz, realizou-se auditoria no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria de Estado

da Infraestrutura de Alagoas, no período compreendido entre 17/04/2017 e 28/04/2017.

8. Nos termos do art. 124, incisos I, II e IV, da Lei 13.408, de 6 de dezembro de 2016

(LDO/2017), as razões que motivaram esta auditoria foram os valores de créditos

autorizados nos exercícios de 2016 e 2017, R$ 226.196.195,00 e R$ 180.631.100,00,

respectivamente, o grande vulto do projeto, e a existência de indícios de irregularidades

graves decorrentes de fiscalizações anteriores exercidas pelo TCU na obra examinada.

II.2. Visão geral do objeto

9. O Canal Adutor do Sertão Alagoano tem início no extremo oeste do estado de Alagoas,

na região do sertão, no município de Delmiro Gouveia, próximo às divisas com os estados

da Bahia e de Pernambuco, e final no município de Arapiraca, em uma extensão total de 250

km. Já foram contratadas as obras dos primeiros 150 km do canal, correspondentes aos

Trechos 1 a 5, além da tomada d’água.

10. O canal inicia-se em uma estrutura de tomada d'água, associada a uma estação elevatória,

implantada em um dos braços do reservatório de Moxotó, próxima à Usina Apolônio Sales.

A vazão final de projeto será de 32,0 m³/s. A estação elevatória estará equipada com um total

de doze conjuntos motobomba com capacidade de bombeamento de 2,67 m³/s por unidade

(dois conjuntos já estão instalados), totalizando 32 m³/s, elevando a água a uma altura de

aproximadamente 44 m através de quatro linhas adutoras em aço carbono, com diâmetro de

2,10 m e extensão de 1.700 m, até uma estrutura de transição com nível d'água máximo na

cota 288 m. Dessa transição a água é conduzida, por gravidade, através de quatro tubulações

em sifão de 2.000 m de extensão e 2,30 m de diâmetro até o início do canal propriamente

dito, situado na cota de fundo igual a 282,65 m.

11. É prevista a utilização das águas do Canal Adutor do Sertão para diversas finalidades por

meio de estruturas de derivação por gravidade ou por bombeamento. Além do atendimento

aos perímetros irrigados, são previstas derivações para atendimento da agricultura de

sequeiro (abastecimento de fazendas, povoados, dessedentação de animais, etc.) e reforço

aos sistemas de abastecimento urbanos hoje existentes.

12. Atualmente, o canal encontra-se dividido em cinco trechos da seguinte forma:

a) Trecho 1 (km 0 ao km 45): execução por meio do Contrato 1/1993-CPL/AL

com a Construtora Queiroz Galvão S.A., concluído; transferência de recursos federais por

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34 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

meio do Convênio 964/2001 (Siafi 447151);

b) Trecho 2 (km 45 ao km 64,7): execução por meio do Contrato 10/2007-

CPL/AL com a Construtora Queiroz Galvão S.A., concluído; transferência de recursos

federais por meio do Termo de Compromisso 118/2009 (Siafi 663932);

c) Trecho 3 (km 64,7 ao km 92,93): execução por meio do Contrato 18/2010-

CPL/AL com a Construtora OAS Ltda., concluído; transferência de recursos federais por

meio do Termo de Compromisso 207/2011 (Siafi 668823), 1ª etapa, e do Termo de

Compromisso 9/2013 (Siafi 674423), 2ª etapa;

d) Trecho 4 (km 92,93 ao km 123,4): execução por meio do Contrato 19/2010-

CPL/AL com a empresa Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S.A., atualmente

com 63,25% de execução; transferência de recursos federais por meio do Termo de

Compromisso 24/2013 (Siafi 674565); e

e) Trecho 5 (km 123,4 ao km 150): execução por meio do Contrato 58/2010-

CPL/AL com a Construtora Queiroz Galvão S.A., ainda sem ordem de serviço e sem

instrumento de transferência de recursos federais.

13. O custo global do empreendimento, considerando os cinco contratos de obras civis acima

mencionados, atualizados até março de 2017, resulta em R$ 3,28 bilhões de reais, conforme

detalhado no Apêndice D deste relatório.

14. O gerenciamento e supervisão da obra, do km 0 ao km 45, estava a cargo da empresa

Hidroconsult - Consultoria, Estudos e Projetos S/A. (Contrato 57/2008-CPL/AL), enquanto

o gerenciamento e supervisão no trecho compreendido entre o km 45 e o km 150 é

responsabilidade do Consórcio Concremat/Hidroconsult (Contrato 81/2010-CPL/AL). A

projetista da obra é a sociedade empresária Cohidro - Consultoria, Estudos e Projetos Ltda.

II.3. Objetivo e questões de auditoria

15. A presente auditoria teve por objetivo fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor

do Sertão Alagoano.

16. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo

aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante

indicadas:

a) Questão 1: A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua

execução foi adequada?

b) Questão 2: A administração está tomando providências com vistas a

regularizar a situação da obra?

II.4. Metodologia utilizada

17. Os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de Auditoria do Tribunal

de Contas da União (Portaria-TCU 280/2010, alterada pela Portaria-TCU 168/2011) e com

observância aos Padrões de Auditoria de Conformidade estabelecidos pelo TCU (Portaria-

Segecex 26/2009).

18. Durante o planejamento e a execução da auditoria, o levantamento das informações sobre

os contratos e o andamento da obra foi realizado por meio de ofícios de requisição ao

Ministério da Integração Nacional e à Seinfra/AL. Para responder às questões de auditoria

da matriz de planejamento e preencher a matriz de achados, foram utilizadas as técnicas de

análise documental, conferência de cálculos, indagação escrita e consulta a sistemas

informatizados.

19. Não foi executada inspeção física das obras, pois já foram realizadas visitas em auditorias

anteriores, sendo o objetivo principal desta auditoria a atualização de informações relativas

a achados de auditorias anteriores.

II.5. Limitações inerentes à auditoria

20. Nenhuma restrição foi imposta aos exames.

II.6. Volume de recursos fiscalizados

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35 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

21. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 2.655.754.699,44, que

corresponde à soma dos valores dos seguintes contratos:

a) 1/1993 – Trecho 1 - R$ 388.598.983,11 na data-base outubro/2010,

conforme 5º Termo de Apostila;

b) 10/2007 – Trecho 2 - R$ 249.928.172,23 na data-base junho/2012,

conforme 3º Termo Aditivo;

c) 18/2010 – Trecho - R$ 769.974.816,58 na data base dezembro/2015,

conforme 5º Termo Aditivo e 8º Termo de Apostila;

d) 19/2010 – Trecho 4 - R$ 800.217.856,78 na data base dezembro/2016,

conforme 1º Termo Aditivo e 11º Termo de Apostila; e

e) 58/2010 – Trecho 5 - R$ 447.034.870,74 na data-base junho/2010,

conforme contrato original.

II.7. Benefícios estimados da fiscalização

22. Entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar a melhoria na forma

de atuação do órgão fiscalizado na execução de contratos e a correção de irregularidades e

impropriedades.

III. Achados de auditoria

III.1. Insuficiência ou inadequação da garantia prestada pela contratada, para assegurar o resultado da

apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao Erário.

Tipificação do achado: Falhas/impropriedades (F/I)

23. Constatou-se a inexistência de garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56, § 1º,

da Lei 8.666/1993, revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da

apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário

decorrente dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em desacordo com o item 9.1 do Acórdão

2.860/2008-TCU-Plenário, de relatoria do Ministro Raimundo Carreiro:

9.1. Informar à SEINFRA/AL que, caso seja do interesse da empresa Contratada, que podem

ser aceitas, em substituição às retenções cautelares dos valores apurados como sobrepreço,

as garantias previstas no art. 56, § 1º da Lei nº 8.666/1993, no valor de R$ 66.109.998,86

revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no

Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao Erário, decorrente dos Contratos

01/1993-CPL/A e 10/2007-CPL/AL (...).

24. No início dos trabalhos desta auditoria, foi encaminhado à Seinfra/AL o Ofício de

Requisição 1-87/2017/TCU/SeinfraCom, que, dentre outros documentos e informações,

solicitou a apresentação de “seguro-garantia vigente com vistas a assegurar o resultado da

apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário nos

contratos dos Trechos 1 e 2 a que se refere o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário”. Registra-se que a equipe de auditoria solicitou diretamente a modalidade de

garantia “seguro”, pois era a que já vinha sendo utilizada nos anos anteriores pela empresa

contratada.

25. Em resposta, a Seinfra/AL encaminhou o Ofício 286/2017-Seinfra/GS (Evidência 1), que

apresentou apólice digitalizada (Evidência 3), que seria o seguro-garantia dos Trechos 1 e 2.

Contudo, verificou-se que essa apólice é a mesma que foi apresentada na auditoria anterior

(Fiscalis 52/2016 e TC 006.708/2016-1) e que sua vigência expirou em 19/12/2016.

26. Ato contínuo, encaminhou-se à Seinfra/AL o Ofício de Requisição 3-

87/2017/TCU/SeinfraCom, nos seguintes termos:

(...) considerando que a apólice encaminhada em resposta ao Ofício 1-

87/2017/TCU/SeinfraCom expirou em 19/12/2016, informe sobre a existência de seguro-

garantia vigente com vistas a assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de

Contas da União acerca de eventual dano ao erário nos contratos dos Trechos 1 e 2 a que se

refere o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário.

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36 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

27. Em nova resposta, a Seinfra/AL encaminhou o Ofício 286/2017-Seinfra/GS (mesma

numeração do anterior, porém outro documento) (Evidência 9), em que informou que a

Construtora não obteve êxito na renovação da apólice, por desinteresse da seguradora, que

só aceitaria reavaliar sua postura em caso de apresentação de cash colateral ou alienação

fiduciária de imóvel urbano em valor não inferior ao da importância segurada. Informou

ainda que, diante do cenário do mercado securitário, outras seguradoras consultadas também

registraram o desinteresse na contratação do seguro. Contudo, a empresa continuaria

empenhada na busca de alternativas que viabilizem a renovação da garantia compromissada.

28. Por esse contexto, avalia-se que a Administração está exposta a elevado risco de

ineficácia das decisões de mérito que o Tribunal vier a adotar em relação ao

sobrepreço/superfaturamento dos Contratos 1/1993 (TC 003.075/2009-9 – TCE com

citações realizadas, aguardando as análises das alegações de defesa) e 10/2007 (TC

028.502/2006-5 – aguardando instrução para atualização do sobrepreço em função dos

aditivos realizados).

29. Considerando que as obras estão concluídas, cabe determinar à Seinfra/AL que adote

medidas com vistas a restabelecer garantias válidas e revestidas de abrangência suficiente

para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União acerca de

eventual dano ao erário decorrente dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em consonância com o

item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário.

30. Cumpre ressaltar ainda que os Contratos 1/1993 e 10/2007 apresentam achados de

auditorias anteriores classificados como IGR (indício de irregularidade grave com

recomendação de retenção parcial de valores). A despeito da impropriedade identificada, é

de se observar o que dispõe o art. 121, § 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017) a

respeito do enquadramento das irregularidades como IGR:

V - indício de irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores - IGR,

aquele que, embora atenda à conceituação contida no inciso IV do § 1º, permite a

continuidade da obra desde que haja autorização do contratado para retenção de valores a

serem pagos, ou a apresentação de garantias suficientes para prevenir o possível dano ao

erário, até a decisão de mérito sobre o indício relatado;

31. Do trecho supratranscrito, percebe-se que o legislador buscou garantir a continuidade da

obra, mesmo sob o indício de irregularidades graves, de modo a evitar impactos sociais e

econômicos advindos da sua paralisação, desde que o contratado apresentasse garantias

suficientes para prevenir um possível dano ao erário. Assim, a princípio, a inexistência de

garantias válidas para os Contratos 1/1993 e 10/2007 implicaria na classificação das

irregularidades como irregularidades graves com recomendação de paralisação (IGP),

conforme o inciso IV do § 1º do art. 121 da Lei 13.408/2016.

32. Entretanto, não se pode olvidar que as obras que são objetos dos Contratos 1/1993

(Trecho 1) e 10/2007 (Trecho 2) se encontram finalizadas e não há, por óbvio, que se falar

em paralisação ou continuidade das obras. O intuito da classificação de irregularidades

graves prevista na LDO é a constituição de anexo específico da Lei Orçamentária relativo a

obras cuja execução física, orçamentária e financeira deva ser bloqueada. Assim,

considerando que as obras objetos dos Contratos 1/1993 e 10/2007 estão concluídas,

entende-se pertinente propor a reclassificação das irregularidades associadas a esses

contratos de IGR para IGC (irregularidade grave que não prejudica a continuidade).

33. Essa reclassificação, no caso de obras concluídas, é entendimento pacificado no TCU,

conforme pode ser verificado nos Acórdãos 2.495/2016 (relatoria do Min. Benjamin

Zymler), 2.209/2016 (relatoria do Min. Augusto Sherman), 1.934/2015 (relatoria do Min.

Augusto Nardes) e 2.324/2014 (relatoria do Min. Bruno Dantas), todos do Plenário do TCU.

34. Contudo, em que pese o enquadramento das irregularidades como IGR já ter cumprido o

seu objetivo, este Tribunal ainda não se pronunciou acerca do mérito das questões. Dessa

forma, em consonância com o art. 121, § 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017), os

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37 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

seguros-garantia apresentados pela Construtora Queiroz Galvão, responsável por esses dois

contratos, deverão ser mantidos até a decisão de mérito nos processos TC 003.075/2009-9 e

TC 028.502/2006-5 (ou em eventual TCE a ser instaurada), de modo a prevenir possível

dano ao erário e manter a eficácia da decisão de mérito do TCU.

35. Desse modo, permanece incólume o comando do item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário.

IV. Conclusão

36. Trata-se de auditoria realizada no Ministério da Integração Nacional e na Secretaria de

Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período de 17/4 a 28/4/2017, com o objetivo de

fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano.

37. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo

aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante

indicadas:

a) Questão 1: A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução foi

adequada?

b) Questão 2: A administração está tomando providências com vistas a regularizar a situação

da obra?

38. Com base nos procedimentos provenientes das questões de auditoria, constatou-se a

inexistência de garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993,

e revestidas de abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no

Tribunal de Contas da União acerca de eventual dano ao erário decorrente dos Contratos

1/1993 e 10/2007, em dissonância com o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário

(item III.1). Considerando que as obras associadas a esses contratos estão concluídas,

entende-se que resta expedir determinação para que a Seinfra/AL adote medidas no sentido

de restabelecer as referidas garantias.

39. De forma complementar, destacou-se no item III.1 a existência de achados de auditorias

anteriores associados aos contratos 1/1993 e 10/2007 classificados como IGR (indício de

irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores). Entretanto,

conforme foi demonstrado, considerando que as obras objetos dos Contratos 1/1993 e

10/2007 estão concluídas, entende-se pertinente propor a reclassificação das irregularidades

associadas a esses contratos de IGR para IGC (irregularidade grave que não prejudica a

continuidade).

40. Ainda sobre os contratos dos Trechos 1 e 2, rememora-se que o item 9.2 do Acórdão

1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra/AL que, caso julgasse oportuno e

conveniente aceitar a renovação da apólice vigente em substituição às retenções cautelares,

deveria exigir que constasse no documento que “a cobertura da apólice terá efeito somente

depois de transitada em julgado a decisão proferida pelo TCU, abstendo-se de vinculá-la a

eventual ação judicial para a discussão da deliberação definitiva desta Corte”. Contudo, foi

deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal, Seção Judiciária do Distrito Federal, no

sentido de suspender a exigência de modificação da garantia, conforme Decisão 315/2013

no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400. Conforme consulta aos sistemas

informatizados do TRF – 1ª Região, o referido processo encontra-se concluso para sentença

desde 1/9/2014 (Evidência 4).

41. Quanto ao Trecho 3 (Contrato 18/2010), observa-se que o item 9.3.1 do Acórdão

2.957/2015-TCU-Plenário (TC 011.156/2010-4) determinou a instauração de tomada de

contas especial para apurar as responsabilidades e quantificar o superfaturamento no referido

contrato. Essa TCE foi autuada sob o TC 006.667/2017-1 e encontra-se aguardando

instrução para citação dos responsáveis.

42. Para o Trecho 4, verifica-se também no Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário, item 9.1, a

determinação para repactuação do Contrato 19/2010, de forma a sanear o sobrepreço

identificado. Constatou-se ainda no âmbito do TC 011.156/2010-4, despacho do Exmo.

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38 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Ministro Benjamin Zymler que determinou a expedição de medida cautelar para que a

Seinfra/AL se abstenha de efetuar pagamentos no Contrato 19/2010 com preços unitários de

serviços superiores aos indicados nos autos.

43. No curso desta fiscalização, ainda que não existam irregularidades classificadas como

IGR ou IGP associadas ao Contrato 19/2010, pôde-se verificar que estão em andamento as

tratativas para a repactuação do Contrato determinada no item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-

TCU-Plenário, conforme as Evidências 5 e 7.

44. Constatou-se também que a Seinfra/AL está promovendo retenções nas medições da

empresa contratada, dando cumprimento à referida medida cautelar emitida por meio de

Despacho do Exmo. Ministro Benjamin Zymler, como pode ser verificado nas Evidências 8

e 11.

45. Em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), o item 9.5 do Acórdão 2.957/2015-TCU-

Plenário comunicou à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram

como IG-P, nos termos do art. 112, § 1º, inciso IV, da Lei nº 13.080/2015 (LDO 2015), com

vistas a suspender a execução do referido contrato até a comprovação da sua repactuação,

nos termos do item 9.1 do mesmo acórdão. Nesse sentido, a presente fiscalização verificou

que a referida repactuação ainda não foi efetivada.

46. Adicionalmente, deve-se noticiar que a Seinfra/AL apresentou novo Estudo de

Viabilidade Técnica (EVT) para o Trecho 5 da obra, que abarcou uma revisão estrutural no

projeto básico utilizado para a contratação do empreendimento, especialmente em relação

aos preços firmados, quantitativos, concepção técnica, dentre outros aspectos. Essa proposta

de revisão contratual foi avaliada pela unidade técnica no âmbito do TC 003.632/2015-6,

que concluiu pela necessidade de realização de oitiva da Seinfra/AL e da Construtora

Queiroz Galvão, para que se pronunciassem acerca de aspectos específicos que poderiam

suscitar a ilegalidade da referida repactuação. As oitivas foram tempestivamente respondidas

e já foram analisadas por parte da unidade técnica do TCU, que propôs determinar à

Seinfra/AL que adote as providências cabíveis com vistas a anular o Contrato 58/2010-

CPL/AL, uma vez que a licitação baseou-se em projeto básico com graves deficiências. O

processo está aguardando o pronunciamento do Ministro-Relator.

47. Dessa forma, ainda em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), avalia-se que deve ser

mantida a classificação da irregularidade como IGP, em virtude do que estabelece o art. 121,

§ 1º, inciso V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017). Por esse regramento, a reclassificação de

uma IGP para IGR requer a autorização do contratado para retenção de valores a serem

pagos, ou a apresentação de garantias suficientes para prevenir o possível dano ao erário, até

a decisão de mérito sobre o indício relatado, o que não foi verificado.

48. Por fim, entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar a melhoria

na forma de atuação do órgão fiscalizado na execução de contratos e a correção de

irregularidades e impropriedades.

V. Proposta de encaminhamento

49. Ante todo o exposto, submetem-se os autos à consideração superior, propondo:

a) determinar à Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas, com fulcro no art.

43, inciso I, da Lei 8.443/1992 c/c o art. 250, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de

Contas da União, que, no prazo de 60 (sessenta) dias, adote medidas com vistas a restabelecer

garantias válidas, dentre aquelas previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993, revestidas de

abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de

Contas da União acerca de eventual dano ao erário decorrente dos Contratos 1/1993 e

10/2007, em consonância com o item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário, bem como

encaminhe ao TCU, no mesmo prazo, documentação que comprove as medidas adotadas;

(item III.1)

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39 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

b) determinar à Coinfra/Siob que promova a reclassificação, no sistema Fiscalis, das

irregularidades graves com recomendação de retenção parcial dos valores (IGR),

relacionadas aos Contratos 1/1993 e 10/2007 das obras do Canal Adutor do Sertão Alagoano,

para irregularidades graves com recomendação de continuidade (IGC), em razão de as obras

associadas aos referidos contratos já terem sido concluídas; (item III.1)

c) comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que:

c.1) os indícios de irregularidades graves do tipo IGR, apontados nos Contratos 1/1993

e 10/2007, relativos aos serviços de construção dos Trechos 1 e 2 do Canal Adutor do Sertão

Alagoano, respectivamente, não mais se enquadram no inciso V do § 1° do art. 121 da Lei

13.408/2016 (LDO 2017), tendo sua classificação sido alterada para IGC (inciso VI do § 1º

do art. 121 da mesma Lei), em razão de as obras associadas aos referidos contratos já terem

sido concluídas; (item III.1)

c.2) não foram implementadas pelo órgão gestor as medidas saneadoras indicadas por

esta Corte para sanear os indícios de irregularidades graves que se enquadram no inciso IV

do § 1° do art. 121 da Lei 13.408/2016 (LDO 2017), apontados no Contrato 58/2010,

relativos aos serviços de construção do Trecho 5 do Canal Adutor do Sertão Alagoano, com

potencial dano ao erário de R$ 48.331.865,89 e que, assim, subsistem os indícios e seu

saneamento depende da repactuação do contrato pelo órgão de modo a sanear o sobrepreço,

conforme determinação do item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário; (item IV)

d) encaminhar cópia da deliberação que vier a ser proferida, bem como do relatório

e do voto que a fundamentarem, ao Ministério da Integração Nacional e à Secretaria de

Estado da Infraestrutura de Alagoas, para conhecimento; e

e) arquivar o presente processo, com fundamento no art. 169, inciso V, do

Regimento Interno do Tribunal. [..]”.

É o Relatório.

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40 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

VOTO

Aprecia-se, nesta oportunidade, Relatório de Auditoria realizada no Ministério da Integração

Nacional e na Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas (Seinfra-AL), no período de 17 a

28/4/2017, com o objetivo de fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano.

2. Os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de Auditoria do Tribunal

de Contas da União e com observância aos Padrões de Auditoria de Conformidade estabelecidos pelo

TCU. Nenhuma restrição foi imposta aos exames.

3. Não foi executada inspeção física das obras, pois esta já havia sido realizada, sendo o

objetivo principal desta fiscalização a atualização de informações relativas a achados de auditorias

anteriores.

4. As obras dos primeiros 150 km do referido Canal foram divididas em cinco trechos.

Atualmente, encontra-se em execução apenas o Trecho 4 do Canal.

5. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 2.655.754.699,44, que

corresponde à soma dos valores dos seguintes contratos:

a) 1/1993 – Trecho 1 - R$ 388.598.983,11, na data-base outubro/2010, conforme 5º Termo

de Apostila;

b) 10/2007 – Trecho 2 - R$ 249.928.172,23, na data-base junho/2012, conforme 3º Termo

Aditivo;

c) 18/2010 – Trecho 3 - R$ 769.974.816,58, na data base dezembro/2015, conforme 5º

Termo Aditivo e 8º Termo de Apostila;

d) 19/2010 – Trecho 4 - R$ 800.217.856,78, na data base dezembro/2016, conforme 1º

Termo Aditivo e 11º Termo de Apostila; e

e) 58/2010 – Trecho 5 - R$ 447.034.870,74, na data-base junho/2010, conforme contrato

original.

6. O custo global do empreendimento, considerando os cinco contratos de obras civis acima

mencionados, atualizados até março de 2017, resulta em R$ 3,28 bilhões.

7. No Relatório à Peça 19, a Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Hídrica, de

Comunicações e de Mineração (SecexCom) registra a inexistência de garantias válidas, entre aquelas

previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993, e revestidas de abrangência suficiente para assegurar o

resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União (TCU) acerca de eventual dano ao

Erário decorrente dos Contratos 1/1993 e 10/2007, em dissonância com o item 9.1 do Acórdão

2.860/2008-TCU-Plenário. Ante essa constatação e considerando que as obras associadas a esses

contratos estão concluídas, entende ser necessário expedir determinação para que a Seinfra-AL adote

medidas no sentido de restabelecer as referidas garantias.

8. De forma complementar, os auditores teceram comentários, no item III.1 da instrução

transcrita no Relatório precedente, sobre a existência de achados de auditorias anteriores associados aos

aludidos Contratos 1/1993 e 10/2007, classificados como IGR (Indício de Irregularidade Grave com

Recomendação de Retenção Parcial de Valores). Entretanto, considerando que as obras estão concluídas,

entenderam pertinente propor a reclassificação das irregularidades associadas a esses contratos de IGR

para IGC (Irregularidade Grave que não prejudica a Continuidade).

9. Ainda sobre os contratos dos Trechos 1 e 2 (1/1993 e 10/2007), registram que o item 9.2 do

Acórdão 1.882/2011-TCU-Plenário determinou à Seinfra-AL que, caso julgasse oportuno e conveniente

aceitar a renovação da apólice vigente em substituição às retenções cautelares, deveria exigir que

constasse no documento que “a cobertura da apólice terá efeito somente depois de transitada em julgado

a decisão proferida pelo TCU, abstendo-se de vinculá-la a eventual ação judicial para a discussão da

deliberação definitiva desta Corte”. Contudo, foi deferida liminar pelo Juízo da Nona Vara Federal,

Seção Judiciária do Distrito Federal, no sentido de suspender a exigência de modificação da garantia,

conforme Decisão 315/2013, no âmbito do processo 34288-37.2013.4.01.3400. Segundo consulta aos

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41 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

sistemas informatizados do TRF – 1ª Região, o referido processo encontra-se concluso para sentença

desde 1/9/2014.

10. Quanto ao Trecho 3 (Contrato 18/2010), a SecexCom informa que o item 9.3.1 do Acórdão

2.957/2015-TCU-Plenário (TC 011.156/2010-4) determinou a instauração de Tomada de Contas

Especial (TCE) para apurar as responsabilidades e quantificar o superfaturamento no referido contrato.

Essa TCE foi autuada sob o TC 006.667/2017-1 e encontra-se aguardando instrução para citação dos

responsáveis.

11. Para o Trecho 4, a SecexCom registra que, no Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário, item 9.1,

consta determinação para repactuação do Contrato 19/2010, de forma a sanear o sobrepreço identificado.

Constatou ainda, no âmbito do TC 011.156/2010-4, despacho do Exmo. Ministro Benjamin Zymler

determinando a expedição de Medida Cautelar para que a Seinfra-AL abstenha-se de efetuar pagamentos

no aludido Contrato 19/2010 com preços unitários de serviços superiores aos indicados nos autos.

12. Esclarece a unidade técnica que, no curso da fiscalização, ainda que não existam

irregularidades classificadas como IGR ou IGP associadas ao Contrato 19/2010, verificou que estão em

andamento as tratativas para a repactuação determinada no item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-TCU-

Plenário e, ainda, que a Seinfra-AL está promovendo retenções nas medições da empresa contratada,

dando cumprimento à Medida Cautelar emitida pelo Exmo. Ministro Benjamin Zymler, por meio de

Despacho de 17/6/2017.

13. Em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), o item 9.5 do Acórdão 2.957/2015-TCU-

Plenário comunicou à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso

Nacional que foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram como IGP, nos termos do

art. 112, § 1º, inciso IV, da Lei 13.080/2015 (LDO 2015), com vistas a suspender a execução do referido

Contrato até a comprovação da sua repactuação, nos termos do item 9.1 do mesmo Acórdão. A referida

repactuação ainda não foi efetivada.

14. A SecexCom noticia que a Seinfra-AL apresentou novo Estudo de Viabilidade Técnica

(EVT) para o Trecho 5 da obra, que abarcou uma revisão estrutural no projeto básico utilizado para a

contratação do empreendimento, especialmente em relação aos preços firmados, quantitativos,

concepção técnica, entre outros aspectos. Esta proposta de revisão contratual foi avaliada pela unidade

técnica no âmbito do TC 003.632/2015-6, que concluiu pela necessidade de realização de oitiva da

Seinfra-AL e da Construtora Queiroz Galvão, para que se pronunciassem acerca de aspectos específicos

que poderiam suscitar a ilegalidade da referida repactuação.

15. As oitivas foram tempestivamente respondidas e já foram analisadas por parte da unidade

técnica do TCU, que propôs determinar à Seinfra-AL que adote as providências cabíveis com vistas a

anular o Contrato 58/2010-CPL/AL, uma vez que a licitação baseou-se em projeto básico com graves

deficiências.

16. Ainda em relação ao Contrato 58/2010 (Trecho 5), a unidade técnica sugere que deve ser

mantida a classificação da irregularidade como IGP, em virtude do que estabelece o art. 121, § 1º, inciso

V, da Lei 13.408/2016 (LDO 2017). Por esse regramento, a reclassificação de uma IGP para IGR requer

a autorização do contratado para retenção de valores a serem pagos, ou a apresentação de garantias

suficientes para prevenir o possível dano ao Erário, até a decisão de mérito sobre o indício relatado, o

que não foi verificado.

17. Inicialmente, registro minha anuência, no essencial, aos encaminhamentos sugeridos pela

SecexCom, apenas com alguns ajustes, que entendo necessários, sem prejuízo das considerações a seguir

aduzidas.

18. De fato, no que concerne aos Trechos 1 (Contrato 1/1993, no valor de R$ 388.598.983,11),

e 2 (Contrato 10/2007, no valor de R$ 249.928.172,23), cujas obras já foram encerradas, apresentam

achados de auditorias anteriores classificados como IGR, sendo que, no que diz respeito ao Contrato

1/1993, em atendimento Acórdão 2.860/2008, foi autuado processo de TCE, TC 003.075/2009-9, com

o objetivo de quantificar o débito em relação ao mencionado ajuste e em seus termos aditivos,

materializado nas medições 1 a 41, bem como identificar os responsáveis pelas irregularidades

praticadas. O processo encontra-se na fase de análise das alegações de defesa. Quanto ao Contrato

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42 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

10/2007, está sendo tratado no TC 028.502/2006-5, aguardando instrução para atualização do sobrepreço

em função dos aditivos realizados.

19. No que se refere à proposta da SecexCom de reclassificação das irregularidades associadas

aos Contratos 1/1993 e 10/2007 de IGR para IGC, devo registrar que, como as obras relativas a essas

avenças já estão concluídas, não haveria, por óbvio, que se falar em paralisação ou continuidade do

empreendimento.

20. Conforme explicado pela unidade técnica, o intuito da classificação de irregularidades

graves prevista na LDO é a constituição de anexo específico da Lei Orçamentária relativo a obras cuja

execução física, orçamentária e financeira deva ser bloqueada. Para esse efeito não teria sentido a

reclassificação. Assim, o meu Gabinete buscou informação na unidade técnica a respeito da necessidade

da ação e foi informado que tal se deve a uma limitação do Sistema Fiscalis que não possui classificação

específica para a situação em que a obra já esteja finalizada, porém ainda existindo pendências no âmbito

do TCU, no que se refere à regularidade da execução contratual.

21. Ante isso, embora acolhendo a proposta no sentido de determinar à Coinfra-Siob que

promova a reclassificação de IGR para IGC, de irregularidades relacionadas a esses Trechos da obra,

entendo necessário determinar à Secretaria-Geral de Controle Externo (Segecex), que promova alteração

no Fiscalis para inclusão de classificação mais fidedigna à real situação do Contrato, para melhor

orientação do público interno e externo, em razão da limitação hoje existente no aludido Sistema.

22. Agora, no que tange à proposta para que seja determinado à Seinfra-AL que adote medidas

com vistas a restabelecer garantias válidas e revestidas de abrangência suficiente para assegurar o

resultado da apuração em curso no TCU, acerca de eventual dano ao Erário decorrente dos Contratos

1/1993 e 10/2007, depreendo ser de pouca ou nenhuma efetividade reiterar a deliberação,

principalmente, em relação ao Contrato 1/1993, que já teve instaurada TCE, que se encontra em fase de

análise de alegações de defesa.

23. Relembro que, por meio do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário (TC 028.502/2006-5), o

Tribunal assim decidiu: “[...] 9.1. Informar à SEINFRA/AL que, caso seja do interesse da empresa Contratada, que podem

ser aceitas, em substituição às retenções cautelares dos valores apurados como sobrepreço, as

garantias previstas no art. 56, § 1º da Lei nº 8.666/1993, no valor de R$ 66.109.998,86 revestidas de

abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da

União acerca de eventual dano ao Erário, decorrente dos Contratos 01/1993-CPL/A e 10/2007-

CPL/AL, especialmente contendo cláusulas que estabeleçam: [...]”.

24. A Construtora Queiroz Galvão, detentora de ambos os Contratos, apresentou seguro no valor

definido pelo Acórdão supracitado, sendo que os dois ajustes estão associados à mesma apólice de

seguro, que expirou em 19/12/2016 e ainda não foi renovada. Esclareço que as irregularidades inerentes

a cada um dos ajustes, inicialmente, foram tratadas no âmbito do mesmo processo.

25. Diante da inexistência de garantia válida, no atual estágio processual, reconheço que é

extremamente incerta a efetividade dessa medida na recuperação dos débitos. A Empresa Construtora

Queiroz Galvão já foi citada solidariamente com gestores da Seinfra-AL para oferecerem alegações de

defesa e/ou recolherem, aos cofres do Tesouro Nacional, o débito a eles atribuído em relação ao Contrato

1/1993. Não recolheram os valores impugnados, porém apresentaram alegações de defesa. Portanto,

estão sujeitos, caso rejeitadas as defesas, à condenação ao pagamento do dano apurado (Peças 386 a 392,

414, 417 a 421, 424 a 427, 431 a 455 do TC 003.075/2009-9).

26. Devo lembrar, também, que os valores em questão serão atualizados monetariamente, desde

as respectivas datas de ocorrência, acrescidos dos juros de mora devidos, até a data do efetivo

recolhimento, bem como os responsáveis estarão sujeitos à imputação de multa prevista nos arts. 57 e

58 da Lei 8.443/1992.

27. Há que se registrar, ainda, que mesmo que a empresa continue empenhada na busca de

alternativas que viabilizem a renovação da garantia compromissada, considerando as dificuldades que

tem encontrado, conforme comentário da SecexCom, nos itens 27 e 28 do Relatório de Peça 19, o valor

da segurança, mesmo que restabelecida nos mesmos patamares, R$ 66.109.998,86, não cobriria a

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43 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

integralidade do débito já apurado nos autos de TCE, em relação ao Contrato 01/1993-CPL/A, que,

atualizado até 20/10/2016, perfaz o montante de R$ 93.246.854,86 (Peça 384 do TC 003.075/2009-9).

28. Entretanto, considerando que ainda não houve a conversão em TCE da Representação que

trata do Contrato 10/2007, TC 028.502/2006-5, acolho, com os ajustes pertinentes, a proposta de

determinar à Seinfra-AL que adote medidas com vistas a restabelecer garantias válidas e revestidas de

abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União

acerca de eventual dano ao Erário decorrente do aludido Contrato.

29. Importante registrar que a evolução jurisprudencial que, posteriormente, foi erigida à norma,

veio em atendimento ao interesse público de não ter a obra paralisada, sopesando para esse fim fatores

como riscos sociais, ambientais, à segurança, ao custo da deterioração ou perda de materiais adquiridos

ou serviços executados, despesas necessárias à preservação das instalações, além de outras medidas.

Assim, indícios de irregularidades graves em procedimentos licitatórios e contratos que poderiam ensejar

a anulação da licitação ou do contrato ou, ainda, a sua paralisação, com essa nova jurisprudência e

evolução normativa, permitiu-se a repactuação e/ou a possibilidade de retenção de valores, com

continuidade da obra.

30. Mencionada evolução jurisprudencial possibilitou, em substituição à retenção cautelar, a

apresentação de garantias suficientes para prevenir possível dano ao Erário, até a decisão de mérito sobre

o indício relatado. Tal situação constou pela primeira vez na Lei 21.017/2009, (LDO/2010, art. 94, § 2º)

e, a partir daí, nas sucessivas LDOs. Hoje está prevista no inciso V, in fine, e no § 3º, do art. 117, da Lei

13.473/2017.

31. Depreendo, entretanto, que pelas consequências danosas o não cumprimento da deliberação

que autorizou a substituição de retenções cautelares por garantia pelos envolvidos obriga a adoção de

procedimento por este Tribunal para apurar a conduta subjetiva da empresa e dos gestores, no âmbito do

processo de TCE, para fins de apenação, pois a ação irregular, consistente na não manutenção da garantia

válida, permitiu à empresa a manutenção da execução física, orçamentária e financeira do

empreendimento, levando à consolidação do dano aos cofres públicos, que se intentou evitar.

32. Em razão dessa circunstância, deve ser determinado à SecexCom que adote providências

para esse fim, no âmbito do TC 003.075/2009-9.

33. Ainda em relação à matéria, registro que se encontra em análise em meu gabinete o TC

041.236/2012, processo administrativo instaurado com objetivo de realizar estudos com vistas à edição

de norma que defina os critérios e procedimentos de aceitabilidade de garantias em substituição à

suspensão cautelar da execução física e financeira de contratos e à retenção cautelar de valores

determinadas com fundamento no art. 45 da Lei 8.443/92, c/c art. 276 do Regimento Interno-TCU, em

atendimento ao subitem 9.5 do Acórdão 1.332/2009-TCU-Plenário.

34. No âmbito do mencionado processo, acredito ser possível avaliar a pertinência da

manutenção da possibilidade da aceitabilidade de garantias em substituição à suspensão cautelar da

execução física e financeira de contratos e à retenção cautelar de valores, ante as ocorrências verificadas

em casos concretos mal sucedidos apreciados por este Tribunal, a exemplo do caso ora analisado.

35. Com relação ao Contrato do Trecho 5, que ainda não possui Ordem de Serviço para o início

das obras, deve ser comunicado à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que ainda subsiste indício de irregularidade grave com recomendação de

paralisação (IGP).

36. Com essas considerações, anuo, em essência, ao posicionamento da equipe de auditoria,

cujo relatório incorporo às minhas razões de decidir.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 20 de setembro de

2017.

AROLDO CEDRAZ

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44 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

Relator

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45 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

ACÓRDÃO Nº 2060/2017 – TCU – Plenário

1. Processo TC 008.226/2017-2.

2. Grupo I – Classe de Assunto: V – Relatório de Auditoria.

3. Interessados/Responsáveis:

3.1. Interessado: Congresso Nacional (vinculador).

4. Órgãos/Entidades: Ministério da Integração Nacional (vinculador); Secretaria de Infraestrutura do

Governo do Estado de Alagoas.

5. Relator: Ministro Aroldo Cedraz.

6. Representante do Ministério Público: não atuou.

7. Unidade Técnica: Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

(SeinfraCom).

8. Representação legal: não há.

9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Auditoria realizada no Ministério da

Integração Nacional e na Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas, no período de 17 a

28/4/2017, com o objetivo de fiscalizar as obras de construção do Canal Adutor do Sertão Alagoano,

ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária,

diante das razões expostas pelo relator, em:

9.1. determinar à Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas, com fulcro no art. 43,

inciso I, da Lei 8.443/1992 c/c o art. 250, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da

União, que, no prazo de 60 (sessenta) dias, adote medidas junto à empresa contratada com vistas a

restabelecer garantias válidas, entre aquelas previstas no art. 56, § 1º, da Lei 8.666/1993, revestidas de

abrangência suficiente para assegurar o resultado da apuração em curso no Tribunal de Contas da União

acerca de eventual dano ao Erário decorrente dos Contratos 10/2007 e 1/1993, em consonância com o

item 9.1 do Acórdão 2.860/2008-TCU-Plenário, bem como encaminhe ao TCU, no mesmo prazo,

documentação que comprove as medidas adotadas (item III.1), alertando, desde logo, a referida empresa

que o descumprimento ensejará a adoção de medida cautelar de indisponibilidade de bens dos

responsáveis, nos termos do art. 44, §2º, da Lei 8.433/1992, c/c os arts. 273 e 274 do Regimento Interno

deste Tribunal;

9.2. determinar à Coinfra/Siob que promova a reclassificação, no sistema Fiscalis, das

irregularidades graves com recomendação de retenção parcial dos valores (IGR), relacionadas aos

Contratos 1/1993 e 10/2007 das obras do Canal Adutor do Sertão Alagoano, para irregularidades graves

com recomendação de continuidade (IGC), em razão de as obras associadas aos referidos contratos já

terem sido concluídas, no entanto ainda existirem ações em curso no âmbito deste Tribunal visando à

reparação do dano ao Erário apurado em relação aos mencionados Contratos e em seus Termos Aditivos

(item III.1);

9.3. comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do

Congresso Nacional que:

9.3.1. os indícios de irregularidades graves do tipo IGR, apontados nos Contratos 1/1993 e

10/2007, relativos aos serviços de construção dos Trechos 1 e 2 do Canal Adutor do Sertão Alagoano,

respectivamente, não mais se enquadram no inciso V do § 1° do art. 121 da Lei 13.408/2016 (LDO

2017), tendo sua classificação sido alterada para IGC (inciso VI do § 1º do art. 121 da mesma Lei), em

razão de as obras associadas aos referidos contratos já terem sido concluídas, existindo, entretanto, ações

em curso no âmbito deste Tribunal visando à reparação do dano ao Erário apurado em relação ao

mencionado Contrato e em seus Termos Aditivos;

9.3.2. não foram implementadas pelo órgão gestor as medidas indicadas por esta Corte para

sanear os indícios de irregularidades graves que se enquadram no inciso IV do § 1° do art. 121 da Lei

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46 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Secretaria-Geral de Controle Externo Secretaria de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração

13.408/2016 (LDO 2017), apontados no Contrato 58/2010, relativos aos serviços de construção do

Trecho 5 do Canal Adutor do Sertão Alagoano, com potencial dano ao Erário de R$ 48.331.865,89 e

que, assim, subsistem os indícios e seu saneamento depende da repactuação do contrato pelo órgão de

modo a sanear o sobrepreço, conforme determinação do item 9.1 do Acórdão 2.957/2015-TCU-Plenário;

(item IV);

9.4. determinar à SeinfraCom que analise a conduta subjetiva da empresa Construtora

Queiroz Galvão e da Seinfra-AL, acerca do não cumprimento do item 9.1 Acórdão 2.860/2008-TCU-

Plenário, no âmbito do processo de Tomada de Contas Especial (TC 003.075/2009-9), pois tal ação

irregular permitiu à empresa a manutenção da execução física, orçamentária e financeira do

empreendimento ajustado por meio do Contrato 1/1993, e de seus termos aditivos o que levou à

consolidação do dano ao erário apurado naqueles autos;

9.5. determinar à Secretaria-Geral de Controle Externo que estude a possibilidade de inserir

no Sistema Fiscalis classificação que reflita de maneira mais fidedigna a tramitação/ação processual, no

âmbito do Tribunal, em relação a obras já concluídas, mas que, no entanto, ainda tenham ações em curso

no âmbito deste Tribunal visando à reparação do dano ao Erário consumado, apurado em relação à

execução contratual;

9.6. encaminhar ao Ministério da Integração Nacional, à Secretaria de Estado da

Infraestrutura de Alagoas e à Controladoria-Geral da União cópia da deliberação.

9.7. arquivar o presente processo, com fundamento no art. 169, inciso V, do Regimento

Interno do Tribunal.

10. Ata n° 37/2017 – Plenário.

11. Data da Sessão: 20/9/2017 – Ordinária.

12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-2060-37/17-P.

13. Especificação do quorum:

13.1. Ministros presentes: Raimundo Carreiro (Presidente), Benjamin Zymler, Aroldo Cedraz (Relator),

José Múcio Monteiro, Bruno Dantas e Vital do Rêgo.

13.2. Ministros-Substitutos convocados: Augusto Sherman Cavalcanti, André Luís de Carvalho e Weder

de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente)

RAIMUNDO CARREIRO (Assinado Eletronicamente)

AROLDO CEDRAZ

Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)

LUCAS ROCHA FURTADO

Procurador-Geral, em exercício