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AS COMUNICAÇÕES TÁTICAS NO SISFRON: UMA ANÁLISE DO MÓDULO DE TELEMÁTICA OPERACIONAL (MTO) EMPREGADO PELA 14ª COMPANHIA DE COMUNICAÇÕES MECANIZADA E SUA FORMA DE UTILIZAÇÃO NO APOIO ÀS OPERAÇÕES DA 4ª BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA Roberto Alexandre Freire Estevam* Robson Köhler Damião** RESUMO No presente estudo, apresentou-se o Módulo de Telemática Operacional (MTO) como parte integrante do Sistema de Comunicações Táticas do Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). O MTO é uma ferramenta essencial e imprescindível para o SISFRON e tem sido empregado pela 14ª Companhia de Comunicações Mecanizada (14ª Cia Com Mec) em apoio à diversas operações da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Focou-se em suas características, possibilidades e limitações, uma vez que, na sua forma de utilização, é o elo de ligação entre os diversos escalões do SISFRO N. Analisou-se este equipamento de maneira operacional, buscando-se concluir se o mesmo está respondendo as expectativas táticas e técnicas para que foi concebido no SISFRON. Cada tipo de MTO foi levado em consideração (módulos B, F e G) para chegar as conclusões sobre a forma de aplicação mais adequada para os mesmos. Palavras-chave: SISFRON, MTO, características, possibilidades, limitações. RESÚMEN En el presente estudio, el Módulo de Telemática Operacional (MTO) se presentó como parte del Sistema de Comunicaciones Tácticas del Sistema de Monitoreo Fronterizo (SISFRON). El MTO es una herramienta esencial e indispensable para SISFRON y ha sido empleado por la 14ª Compañía de Comunicaciones Mecanizadas (14ª Cia Com Mec) en apoyo de las diversas operaciones de la 4ª Brigada de Caballería Mecanizada. Se centró en sus características, posibilidades y limitaciones, ya que en su uso es el vínculo entre los distintos niveles de SISFRON. Este equipo fue analizado operacionalmente, buscando concluir si cumple con las expectativas tácticas y técnicas para las cuales fue diseñado en SISFRON. Se ha tenido en cuenta cada tipo de MTO (módulos B, F y G) para llegar a conclusiones sobre el formulario de solicitud más apropiado para ellos. Palabras-clave: SISFRON, MTO, características, posibilidades, limitaciones. ______________________________________________ * Capitão da Arma de Comunicações. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 2010. ** Capitão da Arma de Comunicações. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 2006. Pós graduado em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 2015.

Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

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AS COMUNICAÇÕES TÁTICAS NO SISFRON:UMA ANÁLISE DO MÓDULO DE TELEMÁTICA OPERACIONAL (MTO)

EMPREGADO PELA 14ª COMPANHIA DE COMUNICAÇÕES MECANIZADA E SUAFORMA DE UTILIZAÇÃO NO APOIO ÀS OPERAÇÕES DA 4ª BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

Roberto Alexandre Freire Estevam*Robson Köhler Damião**

RESUMONo presente estudo, apresentou-se o Módulo de Telemática Operacional (MTO) como parte integrantedo Sistema de Comunicações Táticas do Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). OMTO é uma ferramenta essencial e imprescindível para o SISFRON e tem sido empregado pela 14ªCompanhia de Comunicações Mecanizada (14ª Cia Com Mec) em apoio à diversas operações da 4ªBrigada de Cavalaria Mecanizada. Focou-se em suas características, possibilidades e limitações,uma vez que, na sua forma de utilização, é o elo de ligação entre os diversos escalões do SISFRON.Analisou-se este equipamento de maneira operacional, buscando-se concluir se o mesmo estárespondendo as expectativas táticas e técnicas para que foi concebido no SISFRON. Cada tipo deMTO foi levado em consideração (módulos B, F e G) para chegar as conclusões sobre a forma deaplicação mais adequada para os mesmos.

Palavras-chave: SISFRON, MTO, características, possibilidades, limitações.

RESÚMENEn el presente estudio, el Módulo de Telemática Operacional (MTO) se presentó como parte delSistema de Comunicaciones Tácticas del Sistema de Monitoreo Fronterizo (SISFRON). El MTO esuna herramienta esencial e indispensable para SISFRON y ha sido empleado por la 14ª Compañía deComunicaciones Mecanizadas (14ª Cia Com Mec) en apoyo de las diversas operaciones de la 4ªBrigada de Caballería Mecanizada. Se centró en sus características, posibilidades y limitaciones, yaque en su uso es el vínculo entre los distintos niveles de SISFRON. Este equipo fue analizadooperacionalmente, buscando concluir si cumple con las expectativas tácticas y técnicas para lascuales fue diseñado en SISFRON. Se ha tenido en cuenta cada tipo de MTO (módulos B, F y G) parallegar a conclusiones sobre el formulario de solicitud más apropiado para ellos.

Palabras-clave: SISFRON, MTO, características, posibilidades, limitaciones.

______________________________________________

* Capitão da Arma de Comunicações. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militardas Agulhas Negras (AMAN) em 2010.

** Capitão da Arma de Comunicações. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militardas Agulhas Negras (AMAN) em 2006. Pós graduado em Ciências Militares pela Escola deAperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 2015.

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil possui 16.886 quilômetros de fronteira (equivalente a 27% do território

nacional), o que requer atenção e causa preocupação no governo em manter a

segurança do país contra problemas diversos, tais como: tráfico de drogas, entrada

ilegal de armas, contrabando, descaminho e outras ações ilícitas, como a

comercialização de diversos ilícitos.

Esta necessidade de defesa para a manutenção da segurança e integridade

territorial geraram reações que culminaram na criação da Estratégia Nacional de

Defesa (END). Dentre os projetos em vigor trazidos pela END está o Sistema de

Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). Segundo o site do Departamento de

Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro (EB), pode-se conceituar o

SISFRON da seguinte maneira:

O SISFRON é um sistema integrado de sensoriamento, de apoio à decisãoe de emprego operacional cujo propósito é fortalecer a presença e acapacidade de ação do Estado na faixa de fronteira. O SISFRON foiconcebido por iniciativa do Comando do Exército, em decorrência daaprovação da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, que orienta aorganização das Forças Armadas sob a égide do trinômiomonitoramento/controle, mobilidade e presença. O sistema enfatiza oadensamento de Unidades das Forças Armadas nas fronteiras e impulsionaa capacitação da indústria nacional para a conquista da autonomia emtecnologias indispensáveis à defesa. Para o Exército, o SISFRON deverá,além de incrementar a capacidade de monitorar as áreas de fronteira,assegurar o fluxo contínuo e seguro de dados entre diversos escalões daForça Terrestre, produzir informações confiáveis e oportunas para a tomadade decisões, bem como atuar prontamente em ações de defesa ou contradelitos transfronteiriços e ambientais, em cumprimento aos dispositivosconstitucionais e legais que regem o assunto, em operações isoladas ou emconjunto com as outras Forças Armadas ou, ainda, em operaçõesinteragências, com outros órgãos governamentais. (EXÉRCITOBRASILEIRO, 2019)

O objetivo do SISFRON, então, é dispor os meios de sensoriamento por toda a

fronteira com os países vizinhos para monitoramento da área, alcançando cerca de

570 municípios em 11 estados, além de buscar estreitar as grandes distâncias

existentes entre as regiões mais remotas do Brasil, onde é constatada uma fraca

presença do Estado, aumentando o poder de emprego das Organizações Militares

diretamente subordinadas (OMDS) ao Comando Militar da Amazônia (em fase

inicial), ao Comando Militar do Sul (em inicial) e ao Comando militar do Oeste (em

processo de finalização, com mais de 70% do projeto já concluído). Ainda segundo o

site do DCT/EB:

Além de servir de instrumento para a integração da atuação dos váriosescalões de emprego da Força Terrestre, desde patrulhas e postos decontrole na faixa de fronteira, passando pelos Batalhões, Brigadas,Divisões, Comandos Militares de Área e chegando ao Comando de

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Operações Terrestres (COTER), em Brasília, o SISFRON terá condições decompartilhar os benefícios de seus produtos e serviços com outros órgãosgovernamentais em todos os níveis. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019)

Desta forma, o SISFRON atende, também, ao que é preconizado no Plano

Estratégico de Fronteiras, mais especificamente no que diz respeito à execução de

projetos para o fortalecimento da presença do Estado na região fronteiriça e à

atuação das Forças Armadas em conjunto com os Órgãos de Segurança Pública

(OSP), assim como de outras agências governamentais.

O Exército Brasileiro (EB) tem sofrido uma profunda mudança com a

consolidação da Estratégia Nacional de Defesa. Já aconteceu a reestruturação de

diversas Organizações Militares (OM) e a aquisição de materiais de tecnologia de

ponta (última geração), mostrando que a Força está preocupada em alcançar a

constante evolução tecnológica que o mundo tem sofrido.

O Comando Militar do Oeste (CMO) foi escolhido para implementar o projeto

piloto do SISFRON e dentre as 03 (três) Grandes Unidades diretamente

subordinadas ao CMO (4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, 13ª Brigada de

Infantaria Motorizada e 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira), a 4ª Bda C Mec,

Brigada Guaicurus, foi selecionada como Teatro de Operações (TO) desse projeto.

A 4ª Bda C Mec recebe da 14ª Companhia de Comunicações Mecanizada (14ª

Cia Com Mec), sua Organização Militar de Comunicações diretamente subordinada,

todo suporte na parte de comunicações.

O Módulo de Telemática Operacional (MTO), objeto principal de estudo deste

trabalho, tem sido largamente empregado no Comando Militar do Oeste, pois é parte

fundamental do projeto, sendo o elo entre os diversos escalões desde o nível

Unidade até o nível Grande Comando enquadrante.

O Módulo de Telemática Operacional é a Viatura de Comando e Controle

utilizada como centro de comunicações dos diversos escalões considerados no

SISFRON. É dotado de uma pequena cabine e sua constituição varia de acordo com

a sua forma de utilização. Segundo a apostila TREINAMENTO SISTEMA MTO, o

MTO viabiliza comunicações de dados, vídeo e voz através de rádio transmissão.

Utiliza um conjunto de equipamentos integrados que fornecem um sistema flexível e

móvel de comunicação tática. (TREINAMENTO SISTEMA MTO, 2014, p. 09)

Para melhor concepção do que é o MTO, seguem alguns conceitos extraídos

da apostila TREINAMENTO SISTEMA MTO:

O MTO foi construído de modo a ser operado remotamente ou embarcadona Viatura de Comando e controle (VCC) especialmente desenvolvida para

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proporcionar flexibilidade e robustez às operações militares. O MTOpossibilita às comunicações militares via rádio integração à rede pública detelefonia fixa ou celular, transmissão de vídeo a dezenas de quilômetros,acesso à Internet a até 100 km de distância da base de operações, empregode tecnologia VoIP e integração a qualquer cenário remoto através desistemas de comunicações via satélite. (TREINAMENTO SISTEMA MTO,2014, p. 10)

Na 14ª Companhia de Comunicações Mecanizada existem 03 (três) tipos de

MTO, os quais serão abordados a seguir.

a. MTO “B” (viatura repetidora multibanda V/UHF)

A repetição e replicação do sinal aumenta as distâncias entre as Unidades no

terreno, possibilitando uma melhor desdobramento. Segundo Araújo, 2019:

O módulo Bravo tem a finalidade de estender o alcance de uma redeANW2C4, repetindo dados e voz a outra estação. O repetidor se aplica emlocal estratégico quando há situações de falha no enlace entre doisusuários. Cabe ressaltar que esta repetidora não possui aplicabilidadeoperacional para o nível GU, uma vez que sua capacidade de transmissãode dados (empregando rádio 7800M) é extremamente reduzida. (ARAÚJO,2019, p. 4)

Este tipo de MTO possui 02 (dois) rádios RF 7800M-MP (multibanda) e serve,

basicamente, como repetidora. Interessante saber que mesmo possuindo 02 (dois)

rádios multibanda, apenas com 01 (um) rádio já seria suficiente para fechar o link de

replicação do sinal, uma vez que, no modo ANW2, o rádio opera automaticamente

como repetidora, caso necessário. Para este rádio, o MTO dispõe de 03 (três) tipos

de antena, sendo elas, 01 (uma) omnidirecional, 01 (uma) setorial e 01 (uma)

direcional, sendo esta última a mais indicada por proporcionar o maior alcance. A

seguir estão descritas as capacidades, limitações e características desse módulo:

1) Capacidades:

a) Estender o alcance de uma rede ANW2, repetindo os dados e voz em

uma segunda rede ANW2 com iguais parâmetros da primeira, somente diferindo na

sua frequência.

b) Melhorar a conectividade ANW2 em situações de falha na cobertura de

uma rede por problemas de visada.

2) Limitações:

- Ambas as redes do sistema devem operar com igual largura de banda.

3) Características:

a) Embarcado em uma viatura AM23 VTL;

b) Possui 02 (dois) rádios V/UHF (RF-7800M);

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c) Possui 02 (dois) amplificadores 50W (RF-7800V-250);

d) Possui 02 (duas) antenas V/UHF veicular (30MHz a 2 GHz).

b. MTO “F” (viatura nível Grande Unidade)

Para suportar grandes fluxos de dados, o Módulo Foxtrot é equipado com

sistemas de rádio e equipamentos de TI, encaminhando dados entre redes

diferentes.

O MTO é capaz de cobrir grandes áreas de diferentes terrenos, permitindo

comunicação de voz segura, transmissão de dados de sensores, vídeo,

teleconferência em vídeo, dentre outras funcionalidades. Segundo Araújo, 2019:

O Módulo Telemático Operacional nível Brigada tem a finalidade deestabelecer ligação entre o Cmdo da 4ª Bda C Mec e as unidadessubordinadas. Os equipamentos embarcados oferecem alta capacidade detransmissão de dados, por meio de 02 (dois) enlaces na faixa de SHF, comcomunicação rádio por voz e dados, permitindo o fluxo de serviços, taiscomo, videoconferência, telefonia VoIP, serviços oferecidos pela EBNet,dentre outros. (ARAÚJO, 2019, p. 2)

Este tipo de MTO traz consigo 01 (um) rádio RF 7800M-MP (multibanda), 02

(dois) rádio RF 7800W-OU500 (HCLOS) e 01 (um) RF 7800V-HH, além do roteador

CISCO 2921 e do Acess Point 3e. Este tipo de viatura é utilizada para receber todos

os dados das OMDS, transmitidos em tempo real, de maneira a serem entregues em

tempo hábil ao Comandante da Brigada.

1) Capacidades:

- Ligar-se com os escalões considerados por meio dos equipamentos

embarcados.

2) Limitações:

- Ambas as redes do sistema devem operar com igual largura de banda.

3) Características:

a) Embarcado em uma viatura AM23 VTL;

b) Possui 02 (dois) rádios Microondas (RF-7800W);

c) Possui 01 (uma) antena Omni, 02 (duas) direcionais e 02 (duas)

setoriais (Microondas);

d) Possui 01 (um) Roteador CISCO;

e) Possui 01 (um) rádio VHF (RF-7800V-HH);

f) Possui 01 (uma) antena VHF veicular (30MHz a 108 MHz);

g) Possui 01 (um) rádio V/UHF (RF-7800M-HH);

h) Possui 01 (uma) antena V/UHF veicular (30 a 2 GHz);

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i) Possui 02 (dois) notebooks robustecidos (Toughbook).

c. MTO “G” (viatura nível Unidade)

Para suportar grandes fluxos de dados, o Módulo Golf é equipado com

sistemas de rádio e equipamentos de TI, encaminhando dados entre redes

diferentes.

O MTO é capaz de cobrir grandes áreas de diferentes terrenos, permitindo

comunicação de voz segura, transmissão de dados de sensores, vídeo,

teleconferência em vídeo, dentre outras funcionalidades.

Este módulo veio com 01 (um) rádio Falcon III – 7800M (multibanda), 01 (um)

rádio Falcon III – 7800W (HCLOS) e 01 (um) Falcon III – 7800V, além do roteador

CISCO e do Acess Point 3e. Devido aos 02 (dois) HCLOS, esta viatura consegue

fechar enlace com os MTO nível Subunidade e com os MTO nível Grande Unidade

ou, até mesmo, com a torre de antenas da infovia e um dos MTO antes

mencionados.

1) Capacidades:

- Ligar-se com os escalões considerados por meio dos equipamentos

embarcados.

2) Limitações:

- Ambas as redes do sistema devem operar com igual largura de banda.

3) Características:

a) Embarcado em uma viatura AM23 VTL;

b) Possui 01 (um) rádio Microondas (RF-7800W);

c) Possui 01 (uma) antena Omni, 01 (uma) direcional e 01 (uma) setorial

(Microondas);

d) Possui 01 (um) Roteador CISCO;

e) Possui 01 (um) rádio VHF (RF-7800V-HH);

f) Possui 01 (uma) antena VHF veicular (30MHz a 108 MHz);

g) Possui 01 (um) rádio V/UHF (RF-7800M-HH);

h) Possui 01 (uma) antena V/UHF veicular (30 a 2 GHz);

i) Possui 01 (um) notebook robustecido (Toughbook).

Page 7: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

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1.1 PROBLEMA

Este trabalho científico consiste em uma análise sumária do MTO utilizado pela

14a Companhia de Comunicações Mecanizada no Teatro de Operações da 4ª Bda C

Mec.

No sentido de orientar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico com as

demandas de emprego do EB, foi formulado o seguinte problema: verificar se a

forma de emprego do MTO, pela 14ª Cia Com Mec, tem sido eficaz.

Acompanhando a evolução do SISFRON, hoje já se consegue ter uma visão

mais detalhada de como funciona este sistema e perceber a real importância que ele

tem para a manutenção da segurança nacional, mais particularmente, nas fronteiras

de nosso país. Desta feita, um questionamento é lançado: qual a efetividade do

emprego do MTO para alcançar os objetivos propostos pelo SISFRON?

1.2 OBJETIVOS

A fim de determinar se o MTO atende às demandas do SISFRON, o presente

estudo pretende verificar, como objetivo geral, quais são as possíveis formas de

emprego do MTO e suas capacidades no TO da 4ª Bda C Mec.

Para viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo foram formulados os

objetivos específicos, abaixo relacionados, que permitiram o encadeamento lógico

do raciocínio descritivo apresentado neste estudo:

a. Analisar a forma de utilização dos diferentes tipos de MTO, pela 14ª Cia

Com Mec, durante as operações da 4ª Bda C Mec;

b. Analisar as possibilidades e limitações do MTO, e;

c. Verificar a efetividade do emprego deste meio de comunicações dentro do

SISFRON, por meio de sua eficácia e eficiência.

1.3 JUSTIFICATIVAS E CONTRIBUIÇÕES

Os recursos humanos têm sido cada vez mais poupados em detrimento da

utilização de sofisticados materiais eletrônicos. O EB tem buscado manter-se firme

na árdua missão de capacitar seus recursos humanos para saber manipular cada

novo material adquirido. Isto exige um estudo detalhado do que o material adquirido

poderá oferecer para seu usuário, na busca da melhor forma de utilização do mesmo

e na economia de energia e recursos.

Por outro lado, é sabido que o material é suscetível a falhas e que essas falhas

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podem trazer consequências para o andamento de uma operação. Segundo

Chagas, 2017:

Pelo fato de o MTO oferecer essa diversidade de serviços, caso ocorra umasituação em que uma dessas viaturas esteja temporariamente fora da rede,pode acontecer uma perda do fluxo de informações da operação na qual elaestiver inserida. Isto terá impacto decisivo no sucesso da missão, podendoocasionar falhas de coordenação entre tropas, atraso na entrega desuprimento, alienação do comandante com relação à situação da tropa noterreno e cumprimento de objetivos, impossibilidade do comando emitirnovas ordens às suas tropas e dar prosseguimento na operação, entreoutros problemas que, em casos extremos, podem causar perda de vidas.(CHAGAS, 2017)

O intuito deste trabalho é concluir sobre a efetividade do emprego do MTO

dentro do Sistema de Comunicações do SISFRON. Logo, sabendo estas

informações do equipamento é possível chegar a conclusões mais acertadas com

relação ao planejamento e utilização do mesmo, aumentando assim a capacidade

operacional da 14ª Cia Com Mec, tornando-a uma OM melhor adestrada e mais

eficaz nas operações, pois saberão empregar da melhor maneira estes meios de

comunicações.

Tendo-se em conta a serventia da pesquisa, pode-se concluir que será de

grande valia para o aprimoramento dos trabalhos executados pela 14ª Cia Com Mec.

Além disso, tem grande relevância para as ciências militares, pois melhorando

os procedimentos por parte da OM de Comunicações da 4ª Bda C Mec, melhora-se

o processo de ensino-aprendizagem da mesma, no sentido de passar as novas

técnicas aos seus militares.

Essa evolução do conhecimento é extremamente relevante para a Força

Terrestre, que tem buscado implantar um sistema de monitoramento nas fronteiras

com alta capacidade de produção de conhecimento. Desta feita, este trabalho

apresenta inovações essenciais para o EB, tal como o produto final do mesmo.

Com este trabalho, além de obter um termômetro do SISFRON, no que tange

às possibilidades do Sistema de Comunicações, obtêm-se, também novas ideias

para formas de modus operandi do MTO, configurando-se assim vantagens

derivadas deste trabalho.

2 METODOLOGIA

Este trabalho consiste em uma pesquisa de exploração bibliográfica utilizando

dados extraídos do manual entregue pela empresa fornecedora do equipamento,

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materiais recebidos que contém informações sobre a aplicação doutrinária deste

equipamento e relatórios compilados por militares da 14ª Cia Com Mec que estão

em contato direto com o material, além de questionários e entrevistas buscando

pormenorizar as informações necessárias para conclusão do mesmo.

Para colher subsídios que permitam formular uma possível solução para o

problema, o delineamento desta pesquisa contempla leitura analítica e fichamento

das fontes, questionários, entrevistas, argumentação e discussão de resultados.

Quanto à forma de abordagem do problema, utilizaram-se, principalmente, os

conceitos de pesquisa qualitativa, pois as referências obtidas por meio dos relatórios

foram fundamentais para a compreensão das necessidades dos militares.

Quanto ao objetivo geral, foi empregada a modalidade exploratória, tendo em

vista o pouco conhecimento disponível, notadamente escrito, acerca do tema, o que

exigiu uma familiarização inicial, materializada pela análise dos relatórios e de outras

informações adquiridas.

2.1 REVISÃO DE LITERATURA

Nesta fase do trabalho, explicar-se-ão os procedimentos adotados neste

trabalho para alcançar os objetivos propostos referentes ao MTO.

Buscou-se, basicamente, tomar como base do trabalho os MTO da 14ª Cia

Com Mec, não levando em consideração as demais OM que possuem MTO e seus

equipamentos.

Momentos de algumas operações reais que a OM participou foram

aproveitados para coletar informações e dados valioso a respeito do MTO e seu

funcionamento.

Além disso, a experiência dos operadores foi um fator relevante para tomar

uma conclusão mais acertada sobre o MTO.

Iniciou-se o delineamento da pesquisa por meio da definição de termos e

conceitos, a fim de viabilizar a solução do problema proposto.

Foram utilizadas as palavras-chave SISFRON, Módulo de Telemática

Operacional (MTO), capacidades, limitações e possibilidades, juntamente com seus

correlatos em inglês e espanhol, na base de dados RedeBIE, Pergamum, Lilacs,

Scielo, em sítios eletrônicos de procura na internet, biblioteca de monografias da

Escola de Comunicações (EsCom), sendo selecionados apenas os artigos em

Page 10: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

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português, inglês e espanhol. O sistema de busca foi complementado pela coleta

manual de relatórios de exercícios militares e data sheets de equipamentos.

Quanto ao tipo de operação militar, a revisão de literatura limitou-se a

operações de não-guerra, com enfoque nas participações da 4ª Bda C Mec em

atividades no TO do CMO.

a. Critério de inclusão:

- Estudos publicados em português, espanhol ou inglês, relacionados ao MTO

e os equipamentos Harris;

- Estudos publicados em português, espanhol ou inglês, relacionados às

operações da 4ª Bda C Mec, e;

- Data sheets e outras publicações doutrinárias em uso pelo Exército

Brasileiro que se relacionam ao tema alvo do estudo.

b. Critério de exclusão:

- Estudos que abordam o emprego de outros equipamentos de

comunicações do SISFRON, diferentes dos selecionados para esta pesquisa;

- Manuais, guias e estudos a respeito de outros equipamentos não

pertencentes ao MTO ou que não estivessem diretamente relacionados ao mesmo,

e;

- Manuais e outras publicações doutrinárias em uso pelo Exército Brasileiro

que se não se relacionam de modo pertinente ao tema alvo do estudo.

2.2 COLETA DE DADOS

Na sequência do aprofundamento teórico a respeito do assunto, o

delineamento da pesquisa contemplou a coleta de dados por meio da análise

exploratória dos relatórios recebidos da 14ª Cia Com Mec e pelos questionários e

entrevistas realizados.

A população abordada foram os militares da 14ª Cia Com Mec que operaram

um MTO.

2.2.1 Entrevista

A fim de aumentar o conhecimento teórico e verificar experiências

importantes, foram realizadas entrevistas exploratórias com os seguintes

especialistas:

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Nome Justificativa

RAPHAEL MACHADO DA SILVA RODRIGUES – Cap Com

Militar que serviu no 9º B Com GE com

experiência em operação do Módulo de

Telemática Operacional

LAYON SANTANA LOPES – 3º Sgt Com

Militar da 14ª Cia Com Mec com

experiência em operação do Módulo de

Telemática Operacional

Quadro 1 – Quadro de Especialistas entrevistadosFonte: O autor

Os militares foram escolhidos pelo conhecimento específico, domínio do

assunto e intimidade que possuem com o equipamento alvo deste trabalho.

2.2.2 Questionário

A amplitude do universo foi estimada a partir do efetivo de oficiais e praças

que tiveram alguma experiência com o MTO. O estudo foi limitado particularmente

aos militares da 14ª Cia Com Mec, devido ao seu vasto conhecimento sobre o

material, fruto das inúmeras operações já realizadas com o mesmo.

Dessa forma, utilizando-se dados obtidos nos questionários, a amostra a ser

estudada foi estimada em 30 militares. A fim de atingir uma maior confiabilidade das

induções realizadas, buscou-se atingir uma amostra significativa, utilizando como

parâmetros o nível de confiança igual a 90% e erro amostral de 10%. Nesse sentido,

a amostra dimensionada como ideal (nideal) foi de 27.

A partir do nideal (27), depreende-se que o tamanho amostral obtido (n=22) foi

inferior ao desejado para o tamanho populacional dos potenciais integrantes da

amostra, no entanto não inviabiliza, tampouco reduz a relevância desta pesquisa,

haja vista a especialização da amostra.

Foi realizado um pré-teste com 04 (quatro) capitães alunos da Escola de

Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), que atendiam aos pré-requisitos para integrar a

amostra proposta no estudo, com a finalidade de identificar possíveis falhas no

instrumento de coleta de dados. Ao final do pré-teste, não foram observados erros

que justificassem alterações no questionário e, portanto, seguiram-se os demais de

forma idêntica.

Page 12: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

11

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta fase do trabalho, serão discutidas as informações colhidas durante a

coleta de dados servindo de base para a conclusão do mesmo.

Antes disso, é importante compreender alguns detlahes sobre o sistema para

dar prosseguimento ao trabalho.

A rede de rádios banda larga de alta capacidade de dados (HCLOS), opera no

modo de operação Ponto-a-Ponto (point-to-point ou PTP) ou no modo Ponto-a-

Multiponto (PMP), configurável através da interface HTTP (browser web) para o

rádio HCLOS. O modo PMP reduz o número de rádios exigidos ao nível mais

elevado, suportando as comunicações de micro-ondas ponto-a-ponto tradicionais.

Fig. 1. Ligação entre o MTO e o Caminhão de Comando e Controle (CC²).

Fonte: LOPES, 2017, p. 10

Os MTO GU funcionam, para a malha do SISFRON, semelhante aos Centros

Nodais (CN), do Sistema de Comunicações de Área (SCA), conforme o manual

EB20-MC-10.205, Manual de Campanha - Comando e Controle, e os MTO U

funcionam semelhante aos nós de acesso (NA), do SCA, conforme o manual C 11-

61, Manual de Campanha - As Comunicações na Divisão de Exército. A seguir pode-

se ver informações que explicam melhor como ele é empregado.

Page 13: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

12

Fig. 2. Ligação entre o MTO e o Caminhão de Comando e Controle (CC²).

Fonte: LOPES, 2017, p. 10

A 4ª Bda C Mec possui as seguintes OM por subordinação: 20º RCB, 10º RC

Mec, 11º RC Mec, 17º RC Mec, 9º GAC, 3ª Bia AAAe, 4ª Cia E Cmb Mec, 14ª Cia

Com Mec, 28º B Log, Esqd Cmdo/4ª Bda C Mec e 4º Pel PE.

Cada OM interliga-se com seu escalão superior por meio do MTO que é o

elemento interligador da rede, ligando os sistemas das Unidades na malha do

SISFRON.

Fig. 3. Ligação de visada direta do MTO para a torre da infovia.

Fonte: LOPES, 2017, p. 10

Como exemplo de uma estrutura completa do sistema de comunicações de um

elemento de manobra da 4ª Bda C Mec, segue abaixo o esquema do 11º RC Mec

para melhor entendimento da estrutura.

Page 14: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

13

Fig. 4. Estrutura do sistema de comunicações do 11º RCMec.

Fonte: LOPES, 2017, p. 10

Pode-se observar o MTO interligando todo o sistema à torre da infovia e

concluir a cerca do quão relevante é o emprego deste meio dentro do sistema. As

informações e dados trafegam desde a ponta da linha, passando pelos diversos

elementos interligadores existentes dentro da estrutura da OM até chegar ao MTO U

que encaminha estas informações, por meio da infovia, para o escalão superior

(Cmdo 4ª Bda C Mec).

Segue, também, a estrutura do sistema de comunicações da 14ª Cia Com Mec.

Page 15: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

14

Fig. 5. Estrutura do sistema de comunicações do 11º RCMec.

Fonte: LOPES, 2017, p. 10

A 14ª Cia Com Mec ficou responsável por centralizar os MTO das Unidades e

gerenciar o emprego dos mesmos nas operações. Este procedimento facilitou a

padronização das configurações dos mesmos de maneira uniforme para que todos

eles funcionem sem que haja conflito interno na rede do SISFRON.

Tendo em vista os dados colhidos dos relatórios, questionários e entrevistas,

pode-se chegar a algumas conclusões a cerca do assunto.

As entrevistas serviram de norte para entender um pouco dos detalhes sobre o

sistema e sobre as peculiaridades do MTO no mesmo. Desta feita, as respostas

serviram de embasamento para prosseguir na busca de dados e poder realizar um

questionário bem mais direcionado e voltado para o que realmente precisava ser

levantado pelos militares especialistas.

A primeira pegrunta da entrevista foi: Quais dificuldades o senhor sentiu ao

travar o primeiro contato com o MTO?

Page 16: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

15

O primeiro entrevistado afirmou o seguinte: “Não vi dificuldades, porém é

requisito mínimo ter conhecimento em redes de computadores no nível

intermediário.”

O segundo disse: A dificuldade maior foi a definição dos escopo para realizar a

programação dos meios. Houve dificuldade em realizar programação utilizando

vários recursos dos meios que não foram ensinados (chamada voip para rádios,

chamada voip para RITEx) na época.

A segunda pergunta foi:Já conseguiu configurar um MTO por completo? Se

sim, qual a maior dificuldade para isto?

O primeiro respondeu: “Sim, já o configurei por completo. Possuindo

conhecimento em redes, tendo um perfil pessoal de resiliencia e dedicação, é

possível empregar muito bem o MTO. Quem trabalha com TI sabe que muitas vezes

as respostas aos problemas que surgem estão em nossa frente e é necessário ter

persistência e tranquilidade para encontrá-las. É sempre bom também possuir uma

boa documentação sobre toda a parte de configuração e ter backup de toda a

programação de forma a agilizar o tempo de resolução de problemas. Uma vez feita

uma configuração completa que funcione, é ideal que seja feita o seu backup, pois

numa eventual pane é mais rápido zerar o sistema e repor com a configuração salva

do que tentar encontrar o problema.”

O segundo disse: “Sim. A maior dificuldade e a necessidade de configurar os

extras do roteador.(chamada voip para RITEx, celular, 0800, segurança firewall,

ssh).”

A terceira pergunta foi: O que o senhor achou dos equipamentos que compõem

o MTO? Cumprem suas finalidades ou sente falta de algo?

Os entrevistados responderam, respectivamente: “Todos os Eqp são úteis e

tem serventia. Seria interessante que o MTO possuísse também a capacidade de

prover o Serviço de Assinante Móvel e de forma integrada a rede de dados do MTO.”

e “Não houve instrução específica.”

A quarta pergunta foi: No escopo do SISFRON, o senhor acredita que o MTO

cumpre a finalidade para que foi concebido?

O primeiro respondeu: “Sim, o MTO cumpre muito bem a sua finalidade, porém

vejo a necessidade que o mesmo possua mais enlaces. Hoje o MTO Bda (Mod

Foxtrot) faz até dois enlaces e o MTO Btl (Mod Golf) apenas um. Não há

Page 17: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

16

confiabilidade de enlaces. Isso para as comunicações se manterem operantes com

resiliência a falhas é essencial.”

O segundo respondeu: “Mesmo com oportunidades de melhoria, cumpre a

finalidade.”

A última pergunta foi: O Sr. possui alguma experiência interessante que possa

contribuir com este estudo?

O primeiro entrevistado respondeu:”Sim, vou compartilhar o relatório técnico de

uma missão que participei em apoio ao CMO onde foi empregado o MTO. O mesmo

conseguiu levar rede de dados a uma taxa de 100 Mbps em uma distância de 20

Km.”

E o sgeundo respondeu: “Tenho experiências empregando os meios do MTO

em missões reais onde foi necessário realizar adequações nas configurações.

Cumpriu muito bem a finalidade mesmo com as limitações impostas pelas missões.

Tais missões foram executados link rádios de mais de 35km de distância é

integração com outros meios não SISFRON (PTP MOTOROLA, MOTOBRIDGE).”

Como primeiro gráfico, vê-se quais equipamentos do MTO foram operados pela

amostra.

Gráfico 1 – Equipamentos do MTO operados.

Fonte: o autor.

Como segundo questionamento, foi se o MTO respondeu as expectativas para

que foi concebido no SISFRON.

Rádio 7800V

Rádio 7800W

Rádio 7800M

Roteador CISCO

Access Point

9 9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5

Quais equipamentos do MTO o senhor ja operou/configurou?

Page 18: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

17

Gráfico 2 – Opinião sobre o MTO.

Fonte: o autor.

Foram perguntados quais aspectos podem ser considerados positivos no MTO

e quais as oportunidades de melhoria podem ser elencadas do mesmo.

Gráfico 3 – Aspectos positivos do MTO.

Fonte: o autor.

14

8

Na sua opinião o MTO respondeu as expectativaspara que foi concebido no SISFRON?

SimNãoEm partes

Flexibi

lidad

e

Equipa

men

tos

resis

tent

es

Equipa

men

tos

cum

prem

sua

fina

lidad

e

Possib

ilidad

e de

inte

graç

ão c

om o

utro

s sis

tem

as02468

1012141618 16

9

1 1

Quais aspectos podem ser considerados positivos do MTO?

Page 19: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

18

Gráfico 4 – Oportunidades de melhoria do MTO.

Fonte: o autor.

Foram, então, questionadas possíveis soluções para as possíveis limitações do

MTO.

Gráfico 5 – Possíveis soluções para o MTO.

Fonte: o autor.

02468

1012141618

4

16

4

1 1

Quais aspectos podem ser considerados oportunidades de melhoria do MTO?

8

5

4

3

1

Para o caso do MTO ser limitado, o que o senhor acredita ser uma solução?

Upgrade do sistema

Trocar Eqp por mais resistentes

Forma de emprego (doutrina)

Capacitação dos operadores

Evolução da Rpt B com a adição do rádio 7800W

Page 20: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

19

Para finalizar o questionário, foi perguntado se havia algo mais a acrescentar e

como resposta ao questionamento, surgiram 02 (duas) resposta, quais foram:

a. Necessita-se de instrução sobre informática voltada ao Emp MTO desde a

formação do militar operador, e,

b. O mastro telescópico deveria regular também em inclinação, de forma a

facilitar o enlace.

As entrevistas foram realizadas com 02 (dois) militares que tiveram e/ou tem

contato direto com o MTO e seus equipamentos. Esses 02 (dois) militares

levantaram informações relevantes sobre o MTO, fruto de suas experiências, e

puderam ratificar o que foi concluído com os questionários.

Neste momento, serão analisados os dados referente aos relatórios que

contém às experiências dos militares da 14ª Cia Com Mec com o MTO e compilados

de modo a buscar concluir a cerca do objetivo deste trabalho.

1) Segundo LOPES, 2017 e ARAÚJO, 2018 no relatório da 14ª Cia Com Mec:

a) “A quantidade de ligações provida por cada MTO Bda e/ou o número de

MTO Bda é insuficiente para prover as ligações necessárias da rede de dados

ANW2 a todas as OM” (ARAÚJO, 2018).

b) “A baixa capacidade de dados dos repetidores Bravo (aproximadamente

1Mbps) impossibilita/restringe seu emprego como repetidor no nível Bda.” (LOPES,

2017).

c) Encontrou-se dificuldade ao tentar integrar todas as OMDS à Infovia

devido a pequena quantidade de Rádios do tipo HCLOS e pela necessidade da

viatura MTO “Foxtrot” estar sempre próxima à Viatura CC2. Logo, o MTO F deve

possuir 04 rádios 7800W a fim de possibilitar estabelecer 04 enlaces independentes

com antena direcional.

d) “O MTO B (repetidora) deve possuir 02 (dois) rádios RF-7800W –

OU500HCLOS e um switch layer 2. Para possibilitar maior capacidade no apoio de

comunicações durante as operações onde a mobilidade e rapidez sejam

imprescindíveis. Vale ressaltar que o módulo Bravo hoje, é uma repetidora UHF no

nível brigada, e possuí uma capacidade de repetição de 8km em média não

atendendo a finalidade original, ainda sim, a largura de banda oferecida pelos rádios

RF-7800M é de 1Mbps, não sendo útil para o nível brigada.” (ARAÚJO, 2018).

Page 21: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

20

e) Há necessidade de “obter antenas setoriais do RF-7800M para ganhar

maior distância no terreno, tendo em vista que as antenas omnidirecionais obtêm um

curto alcance.” (ARAÚJO, 2018).

f) É interessante a aquisição de “5 Rádios 7800W portáteis com mastro.”

(ARAÚJO, 2018).

g) É de grande valia a “instalação de Rádios RF7800M-V150 em torres da

INFOVIA.” (ARAÚJO, 2018).

h) “Necessidade de possuir mais um galão de combustível devido ao

emprego destacado dessas viaturas e o alto consumo de combustível da viatura e

do gerador.” (ARAÚJO, 2018).

Levando-se em consideração o que foi explanado nas alíneas acima, chega-se

às seguintes afirmações e conclusões:

1) Percebeu-se a necessidade de adicionar mais 01 (um) MTO Bda à rede,

pois 01 (um) MTO para receber o enlace de todas as OM e se ligar a malha do

SISFRON (infovia) foi insuficiente, havendo a necessidade ou de mais rádios ou de

outro MTO para suprir essa demanda. Se todas as OM, que desdobram MTO,

estiverem no terreno, são contabilizados pelos menos 07 (sete) enlaces simultâneos.

Colocando-se mais 01 (um) MTO ou mais 02 (rádios) RF 7800W facilitaria o

fechamento dos enlaces, além de descongestionar a rede que pareceu ficar

sobrecarregada.

2) Os repetidores multibanda se tornaram o “gargalo” do sistema no que diz

respeito a taxa de transmissão, uma vez que são limitados pela taxa de 1Mbps. Para

a quantidade e tamanho das informações que trafegam na rede, o rádio RF 7800M

deixa a desejar por sua especificação técnica.

3) Tendo em vista a viatura CC² não possuir outro meio de se interligar ao

MTO que não seja o cabo de fibra óptica do mesmo, gera-se uma limitação da

posição do MTO no terreno em relação aos demais MTO (nós de acesso),

dificultando muitas vezes o fechamento do melhor enlace. Desta feita, colocando-se

um rádio RF 7800W no CC² este problema seria resolvido.

4) O fato do MTO B passar a ter 02 (dois) rádios RF-7800W –

OU500HCLOS e um switch layer 2 traz economia, pois não há a necessidade de

colocar um roteador na viatura e aumenta a flexibilidade e taxa de transmisão,

deixando de ser um limitador para o sistema.

Page 22: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

21

5) No modo veicular, o rádio RF 7800M trouxe consigo apenas antenas

omnidirecionais. A adequação dessa realidade com antenas direcionais ou, pelo

menos, setoriais traria um ganho considerável na qualidade dos links, além da

facilidade de fechamento dos enlaces mais distantes, uma vez que além de fechar o

link há a necessidade de um mínimo de qualidade do sinal trasnmitido/recebido para

que seja possível o tráfego de dados.

6) A aquisição de 05 (cinco) Rádios 7800W portáteis com mastro traria

flexibilidade ao sistema, pois poderiam ser usados em posições específicas como se

repetidoras fossem.

7) A instalação de Rádios RF7800M-V150 em torres da infovia seria uma

inovação para o sistema como o todo e traria possíveis benefícios, uma vez que se

mostraria como uma alternativa para o link de um elemento com a malha

doSISFRON.

8) Tendo em vista essas viaturas possuírem geradores para emprego em

lugares isolados, o acréscimo de mais um galão de combustível aumentraria a

autonomia do posto.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto às questões de estudo e objetivos propostos no início deste trabalho,

conclui-se que a presente investigação atendeu ao pretendido, ampliando a

compreensão sobre a opinião dos MTO empregados pela 14ª Cia Com Mec no TO

da 4ª Bda C Mec do CMO. Chegando ao final deste trabalho científico, é possível

obter conclusões mais acertadas sobre o MTO e a efetividade de seu emprego no

SISFRON.

A compilação de dados permitiu ratificar o acerto em adquirir estes meios para o

SISFRON. Fruto desta aquisição, hoje, o Brasil conta como uma ampla estrutura de

monitoramento das fronteiras do CMO e tem envidado esforços para expandir este

sistema para a região do CMS e CMA. Desta feita, o país contará com um sistema

que cobrirá toda a fronteira com os países vizinhos, influenciando diretamente no

combate aos crimes transfronteiriços e inibindo estas ações.

O Módulo de Telemática Operacional pode ser considerado um dos principais

“protagonistas” do Sistema de Monitoramento de Fronteiras. Por se tratar de um

elemento que interliga as redes e as malhas do sistema, é indispensável para o

Page 23: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

22

funcionamento do mesmo.

Como resposta aos objetivos deste trabalho é importante dizer que, sendo

empregado como um nó de acesso, o MTO possui várias possibilidades de

emprego, podendo ser utilizado em diversos escalões que vão desde o nível

Unidade até o nível Grande Unidade.

O MTO possui algumas limitações que são facilmente sanadas com um

possível upgrade do sistema, buscando corrigir as limitações dos meios que

reduzem as possibilidades de emprego do sistema como um todo.

Resta comprovado que o MTO é empregado como elemento de ligação entre os

diversos escalões, sendo utilizado de maneira tática e suprindo as demandas que

lhe são impostas de forma essencial, todavia com suas limitações, que foram

elencadas na discussão dos resultados deste trabalho.

A 14ª Cia Com Mec evidenciou o emprego de forma centralizada dos MTO, ou

seja, cada OM, que possui um MTO, solicita à Grande Unidade (GU) a utilização

desse meio que é encaminhada para a Cia Com, a qual planeja e prepara o

emprego do meio em prol da OM solicitante. O MTO é preparado e empregado por

militares dessa OM, além do planejamento que também é realizado pela mesma.

Desta feita, esta é a forma de emprego do MTO no TO da 4ª Bda C Mec. Esta

GU tem total apoio de Com, gerenciado de forma centralizada, por parte da 14ª Cia

Com Mec.

Observando os dados neste trabalho manuseados, vê-se que o MTO tem

cumprido a missão a qual foi concebido, contudo com limitações, que podem ser

sanadas com as devidas sugestões emanadas no capítulo anterior (Resultados e

Discussões).

Conclui-se, portanto, como resposta ao problema deste trabalho, que é inegável

a relevância do emprego do MTO e sua real função no sistema, sendo essencial

para o funcionamento do mesmo. Desta feita, conclui-se que o MTO é efetivo nas

operações da 4ª Bda C Mec e foi uma boa aquisição, fazendo jus a importância que

é revestido.

Page 24: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

23

REFERÊNCIAS

HARRIS: TREINAMENTO SISTEMA MTO. [s.l.: s.n.], 2013.

RFCOM: SISFRON SHELTER MILITAR S-788/BR COM TÁTICA – ALFA/BRAVO.[s.l.: s.n.], 2014.

SAVIS: TREINAMENTO DE INTEGRAÇÃO DO SUBSISTEMA DECOMUNICAÇÕES TÁTICAS NO SISFRON. [s.l.: s.n.], 2014.

LOPES, Layon: COMUNICAÇÕES TÁTICAS. [s.l.: s.n.], 2017.

CHAGAS, Henrique: Sistema de aterramento do Módulo de TelemáticaOperacional. [s.l.: s.n.], 2017.

ARAÚJO, Felipe: O apoio de Comunicações Táticas da 14ª Cia Com Mec à 4ªBda C Mec – considerações sobre a adaptação do projeto SISFRON àsnecessidades operacionais de comunicações da 4ª Bda C Mec. [s.l.: s.n.], 2018.

ARAÚJO, Felipe: RELATÓRIO DE OPORTUNIDADES DE MELHORIAS PARA 2ªFASE DO PROJETO SISFRON. [s.l.: s.n.], 2019.

BRASIL. Exército. Disponível em: <http://www.epex.eb.mil.br/index.php/projetos/sisfron.html>. Acesso em 23 de abril de 2019.

______. ______. Disponível em:<https://www.defesa.gov.br/noticias/50004-sisfron-opera-com-90-da-sua-capacidade-tatica>. Acesso em 23 de abril de 2019.

______. ______. Disponível em: <http://www.dct.eb.mil.br/index.php/termo-de-fomento-a-ser-firmado-entre-o-exercito-brasileiro-e-a-fundacao-parque-tecnologico-de-itaipu-br/35-programas-e-parceiros/97-sisfron>. Acesso em 23 de abril de 2019.

______. ______. EB20-MC-10.205, Manual de Campanha - Comando e Controle,2015.

______. ______. C 11-61, Manual de Campanha - As Comunicações na Divisão deExército, 1997.

______. ______. C 11-1, Manual de Campanha - Emprego das Comunicações,1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação edocumentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação.Rio de Janeiro, 2003.

______________. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração.Rio de Janeiro, 2002a.

______________. NBR 10520: informação e documentação: citações emdocumentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002b.

Page 25: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

24

______________. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:apresentação. 3. ed. Rio de Janeiro, 2011.

Page 26: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

25

ANEXO A

ENTREVISTA COM ESPECIALISTAS (OPERADOR DE MTO)

O presente instrumento é parte integrante do Artigo Científico do Cap Com

Roberto Alexandre Freire Estevam, cujo tema é As Comunicações Táticas no

SISFRON: uma análise do Módulo de Telemática Operacional (MTO) empregado

pela 14ª Companhia de Comunicações Mecanizada e sua forma de utilização no

apoio às Operações da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Pretende-se, através

da compilação dos dados coletados, fornecer subsídio para o emprego mais

eficiente e eficaz do MTO e ratificar a efetividade do mesmo nas operações atuais.

A fim de levantar informações operacionais por meio dos militares, o senhor

foi selecionado, dentro de um amplo universo, para responder as perguntas deste

questionário. Solicito-vos a gentileza de respondê-lo o mais completamente possível.

A experiência profissional do senhor contribuirá sobremaneira para a

pesquisa. Será muito importante, ainda, que o senhor complemente, quando assim o

desejar, suas opiniões a respeito do tema e do problema.

Desde já agradeço a colaboração e coloco-me à disposição para

esclarecimentos através dos seguintes contatos:

Roberto Alexandre Freire Estevam (Capitão de Comunicações – AMAN/2010)

Celular: (61) 98164.4261

E-mail: [email protected]

IDENTIFICAÇÃO

1. Posto e Nome Completo (sublinhar o nome de guerra), Cursos/Estágios

relacionados ao Módulo de Telemática Operacional que participou e em qual OM

serviu no CMO.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 27: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

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QUESTIONAMENTOS2. Quais dificuldades o senhor sentiu ao travar o primeiro contato com o

MTO?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Já conseguiu configurar um MTO por completo? Se sim, qual a maior

dificuldade para isto?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. O que o senhor achou dos equipamentos que compõem o MTO?

Cumprem suas finalidades ou sente falta de algo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. No escopo do SISFRON, o senhor acredita que o MTO cumpre a

finalidade para que foi concebido?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. O Sr. possui alguma experiência interessante que possa contribuir com

este estudo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Obrigado pela participação.

Page 28: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

27

ANEXO B

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

Passo a passo (memento) para emprego do MTO em uma operação, desde aemissão da ordem à 14ª Cia Com Mec até o final da missão:

Ao ser emitida a O Op pelo Esc Sup, o OComElt da 4ª Bda C Mec (Cmt 14ª CiaCom Mec) inicia seu planejamento para cumprimento da missão que o foi imposta,qual seja: instalar, explorar, proteger e manter o Sist Com da 4ª Bda C Mec.

O Cmt reune seu EM para distribuir as diversas missões e o Chefe da Seçãode Operações (S3) fica responsável por planejar a estrutura do Sistema deComnicações de Área da 4ª Bda C Mec, estabelecendo como serão empregados osmeios de Com do SISFRON.

O S3 inicia seu planejamento e, ao finalizá-lo, submete o mesmo à apreciaçãodo Cmt 14ª Cia Com Mec para que o mesmo aprove e seja dado o prosseguimento afase de separação dos materiais e configuração dos diversos equipamentos queassim necessitam.

Nesta fase, os materiais são separados, conforme o planejamento do S3, ecada turma recebe seu material sob cautela. Existem diversas turmas, cada Sgt/Cbfica responsável por chefiar uma turma que pode estar responsável por umadeterminada viatura ou sistema.

Checklist Operacional (antes do deslocamento para a missão)

Verificações de componentes e ações:

1. Verificar nível de combustível da viatura;2. Verificar nível de óleo do gerador;3. Dar partida no Gerador e fazer a leitura do tempo de uso. Verificar na tabela do

gerador se há alguma manutenção aplicável antes da missão;4. Verificar combustível do galão reserva da viatura;5. Verificar kit de aterramento completo (ferramentas, hastes e acessórios);6. Verificar kit de cabos de alimentação externa;7. Verificar conectores internos e externos dos componentes do shelter (rádios,

roteador, telefones, intercom e GPS);8. Verificar os Rádios RF-7800W e acessórios para montagem e fixação no mastro:

a. Conjuntos dos Posicionadores (2);b. Parafusos dos Posicionadores (4 em cada posicionador);c. Parafusos das antenas (4 em cada antena). Além dos parafusos existem (para

cada rádio) arruelas lisas, arruelas de pressão e porcas-borboleta; d. Jumpers de RF (2 por rádio);e. Antenas [Omnidirecional (1), Setorial (2) e Direcional (2)];f. Alimentadores das antenas parabólicas (2), e;g. Chicote de cabos para instalação do rádio micro-ondas no mastro (cabos

ethernet RJ- 45, cabos de aterramento e cabos do posicionador de antenas).

Page 29: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

28

9. Verificar caixas de controle dos Posicionadores (2);10. Verificar antenas VHF e V/UHF, e;11. Verificar notebooks (2) e acessórios (Fonte de alimentação e adaptador de

tomada).

Os chefes dos MTO ficam encarregados de cautelar todo o material que seráempregado na operação, além de configurar os mesmos e/ou acompanhar a suaconfirguração junto aos militares da sala rádio.

O MTO é configurado basicamente por meio do roteador da CISCO que integratodos os equipamentos do sistema. Cada rádio possui seu software para receber asconfigurações.

Após completamente configurados, os equipamentos são submetidos a testesde bancada e testes em campo com distâncias encurtadas. Neste momento, os MTOsão ligados com todas as funcionalidades que serão usadas e todos os testes sãofeitos para que se confirme que tudo está funcionando.

Ao finalizar todos os testes com êxito, o S3 informa ao Cmt que passa osdetalhes da partida para a operação (normamente a fase de cautela de material,confirguração e testes ocorre 1 semana antes da partida).

No momento da partida a OM sai em comboio e vai descentralizando suasviaturas conforme chega a posição de instalação do posto para a operação. OSgt/Cb assume então a condução dos trabalhos e chega a posição preestabelecidapelo S3.

Ao chegar à posição, iniciam-se os trabalhos de montagem e ajuste dosequipamentos. Neste momento, cada MTO tem sua função de integração, ficandonormalmente o módulo F prómixo às torres da infovia (no pé da mesma ou em localque possibilite a visada como rádio 7800W existente nela), os módulos G sãodispostos conforme a necessidade/possibilidade da operação e os enlaces são feitosdiretamente ao módulo F ou por meio de repetidoras (módulo B) em situação emque o enlace direto não é possível.

Checklist Operacional (no local da missão)

ADVERTÊNCIA: Apesar da interligação dos sistemas elétricos de diferentes módulos veiculares não

ser recomendada pela Savis, nas situações em que se fizer necessário, precauções paraassegurar o mesmo potencial de aterramento entre os módulos devem ser tomadas.

Os sistemas de aterramento de cada viatura devem ser montados conformeinstruções dos respectivos manuais e, nos casos com grande espaçamento entre osmódulos, os sistemas de aterramento devem ser interligados por uma conexão elétricaexterna.

A única conexão física prevista entre o MTO e CC2 é por meio do cabo de fibraóptica, armazenado no CC2 móvel, garantindo o correto isolamento elétrico.

1. Instalar o sistema de aterramento;2. Instalar antenas (VHF e V/UHF);

Page 30: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

29

3. Certificar-se que a alavanca do sistema pneumático do mastro esteja na posiçãoDESLIG;

4. Energizar o shelter (procedimentos que devem ser realizados para iniciar aalimentação dos equipamentos):

a. Ligar gerador, e;b. Armar apenas os disjuntores de “SERVIÇO” no rack elétrico.

5. Verificar as mensagens de alerta na tela do gerador e leitura do multimedidor (seo consumo está dentro dos padrões recomendados);

6. Instalar kits RF-7800W no mastro (Rádio, Posicionador, Antena, caixa decontrole do posicionador e cabos);

7. Finalizar a elevação do mastro;8. Ligar os demais disjuntores, conforme necessidades do equipamento

(luminárias, renovação de ar, ar condicionado, rádios, speaker, intercomunicador), e;9. Verificar se os equipamentos ligaram corretamente (os equipamentos possuem

formas diferentes de mostrar que estão ligados): a. Roteador: leds indicadores - 1º estágio: laranja (ligando aprox. 5 min); 2º

estágio: verde (ligado);b. Rádio RF-7800W: leds indicadores na Fonte PoE;c. Rádio VHF, rádio V/UHF e VoIP possuem a indicação no screen (manual do

equipamento);d. Intercom: led indicador, e;e. Ar condicionado: led indicador e indicador de temperatura.

Após todos os ajustes (coordenados pelo Of responsável pela estrutura emcampo, normalmente um Ten) o sistema é ligado e confirmado o pleno êxito nosdiversos serviços que foram demandados pelo Esc Sup.

Ao passar o pronto da missão ao Cmt OM, o mesmo informa ao Cmt Bda que,na hora preestabelecida, da início as diversas ações da operação em questão.

O Sgt/Cb tem então a responsabilidade de coordenar a proteção do posto(normalmente executada por uma OM de Arma Base que está sendo empregada) epor manter o sistema (sua viatura e as funcionalidades da mesma) funcionando atéo final da operação.

Ao término da operação, o Of responsável recebe a ordem do Cmt OM paradesmontar o sistema e retrair e o mesmo procede, dando ordem a todos os chefesque desmontem, confiram seu material e retraiam para a posição de junção paraunir-se ao comboio no deslocamento de retorno à OM. Ao chegar na OM, todomaterial é mantenido, descautelado, guardado e o Cmt libera a tropa por término demissão.

Checklist Operacional (ao término da missão e retorno)

ADVERTÊNCIAS:1.A viatura não deverá ser deslocada com componentes dos rádios RF-7800W

montados no mastro, nem as antenas dos Rádios VHF e V/UHF;

2. O mastro pneumático deverá estar completamente recolhido, e;

3. Certificar-se da correta imobilização das cadeiras e colocação das respectivas

Page 31: Relatório de oportunidades de melhorias para 2ª fase do

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cintas de segurança.

Executar a operação inversa, desligando, desconectando, desmontando,armazenando e preparando o equipamento para deslocamento:

1. Zerar o alinhamento dos Posicionadores das Antenas;2. Descer o mastro do rádio RF-7800W;3. Desmontar as antenas;4. Desligar o equipamento (luminárias, renovação de ar, ar condicionado, rádios,

speaker e intercomunicador);5. Desligar os disjuntores, mantendo armados apenas os disjuntores de SERVIÇOS;6. Desmontar o kit do rádio RF-7800W (desconectar os cabos, desmontar antenas,

remover posicionador, desmontar o(s) rádio(s), recolocando os parafusos e borboletas noposicionador armazenado da parte superior;

7. Um dos rádios deverá ser montado na antena omnidirecional para transporte;8. Armazenar os componentes nos lugares adequados (antenas, alimentadores,

caixas de controle, posicionadores, rádios, notebooks, cadeiras;9. Desligar o gerador;10. Remover e acondicionar o kit de aterramento, e;11. Recolher e acondicionar os cabos utilizados.