27
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento das disposições Legais e Estatutárias, nomeadamente o que se dispõe no art. 19º dos Estatutos do TNSJ, conforme Anexo ao DL n.º 159/2007, de 27 de Abril, e no art. 13º do DL n.º 558/99, de 17 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto, vem o Conselho de Administração do TNSJ submeter à apreciação de Vossas Excelências o Relatório de Evolução da Actividade, referente ao segundo trimestre de 2008. I. EXECUÇÃO DAS ACTIVIDADES Proceder-se-á à explanação das actividades concretizadas durante o segundo trimestre de 2008 em conformidade com o Plano de Actividades apresentado pela nova entidade empresarial. 1.Condicionantes da execução É importante ter em atenção os seguintes factores: a) O contrato-programa da Organização continua ainda por celebrar, mantendo-se consequentemente o desconhecimento da dotação orçamental que suportará a actividade da entidade no seu presente e futuro próximo; b) A Administração continua a desenvolver o essencial das actividades constantes do Contrato- Programa e do Plano propostos para 2008, pressupondo que os mesmos serão homologados pela Tutela, apesar de ter efectuado alguns ajustamentos decorrentes da cautela aconselhada pelo Gabinete de Sua Excelência o Senhor Ministro da Cultura; c) O financiamento da actividade não se tem concretizado como estava previsto, já que no período em questão, em vez das transferências trimestrais da indemnização compensatória constantes do Plano de Tesouraria, no valor de 2.450.000 , o TNSJ apenas recebeu da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, no valor total de 2.430.000 , menos 20.000 que o previsto; d) Adicionalmente, há a considerar a não realização da 1ª e 2ª tranche no valor total de 750.000 , proposta para o reforço do capital social no valor de 1.500.000 ; e) De referir ainda que esta situação continua a provocar a impossibilidade de cumprimento das obrigações do TNSJ para com os seus fornecedores dentro dos respectivos prazos, o que, em alguns casos, causa problemas sérios de sobrevivência e fere irremediavelmente relacionamentos longos e vantajosos para o TNSJ. f) Estes condicionalismos impedem o conhecimento atempado do montante de recursos e suas naturezas para financiar a actividade do Organismo, restringindo fortemente a possibilidade de introduzir o planeamento plurianual das actividades, o que se reflecte negativamente no desempenho pela Missão. 2. Missão 1

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

  • Upload
    leduong

  • View
    244

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO2º TRIMESTRE DE 2008

Senhor Ministro da CulturaSenhor Ministro das Finanças

Excelências:

No cumprimento das disposições Legais e Estatutárias, nomeadamente o que se dispõe no art. 19º dos Estatutos do TNSJ, conforme Anexo ao DL n.º 159/2007, de 27 de Abril, e no art. 13º do DL n.º 558/99, de 17 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto, vem o Conselho de Administração do TNSJ submeter à apreciação de Vossas Excelências o Relatório de Evolução da Actividade, referente ao segundo trimestre de 2008.

I. EXECUÇÃO DAS ACTIVIDADES

Proceder-se-á à explanação das actividades concretizadas durante o segundo trimestre de 2008 em conformidade com o Plano de Actividades apresentado pela nova entidade empresarial.

1.Condicionantes da execução

É importante ter em atenção os seguintes factores:

a) O contrato-programa da Organização continua ainda por celebrar, mantendo-se consequentemente o desconhecimento da dotação orçamental que suportará a actividade da entidade no seu presente e futuro próximo;

b) A Administração continua a desenvolver o essencial das actividades constantes do Contrato-Programa e do Plano propostos para 2008, pressupondo que os mesmos serão homologados pela Tutela, apesar de ter efectuado alguns ajustamentos decorrentes da cautela aconselhada pelo Gabinete de Sua Excelência o Senhor Ministro da Cultura;

c) O financiamento da actividade não se tem concretizado como estava previsto, já que no período em questão, em vez das transferências trimestrais da indemnização compensatória constantes do Plano de Tesouraria, no valor de 2.450.000 €, o TNSJ apenas recebeu da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, no valor total de 2.430.000 €, menos 20.000 € que o previsto;

d) Adicionalmente, há a considerar a não realização da 1ª e 2ª tranche no valor total de 750.000 €, proposta para o reforço do capital social no valor de 1.500.000 €;

e) De referir ainda que esta situação continua a provocar a impossibilidade de cumprimento das obrigações do TNSJ para com os seus fornecedores dentro dos respectivos prazos, o que, em alguns casos, causa problemas sérios de sobrevivência e fere irremediavelmente relacionamentos longos e vantajosos para o TNSJ.

f) Estes condicionalismos impedem o conhecimento atempado do montante de recursos e suas naturezas para financiar a actividade do Organismo, restringindo fortemente a possibilidade de introduzir o planeamento plurianual das actividades, o que se reflecte negativamente no desempenho pela Missão.

2. Missão

1

Page 2: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

Tal como consignado no Decreto-Lei nº 159/2007 de 27 de Abril, foram sendo corporizados na actividade desenvolvida os princípios basilares da missão que nos cabe, consubstanciados naqueles que são os nossos valores: excelência, formação, língua portuguesa e memória.

Privilegiar a excelência, conscientes do enquadramento das receitas a atingir;

Aposta na formação: a dos públicos cujos crescimento e fidelização se tem operado na razão directa do esclarecimento (lento) do espectador e na criação de uma sua mentalidade; e a dos artistas, técnicos e outros – não só os da casa, mas também os das escolas do Porto e os que integram as listas crescentes de desemprego teatral nortenho, que nos demandam estágios e colaborações formativas;

Dar prioridade constante à língua portuguesa;

Reproduzir-se territorialmente sem demagogias descentralizadoras e na consciência do preço justo da nossa acção modelar, quer através de tournées quer pela distribuição de suportes áudio/ videográficos e escritos da memória da nossa actividade.

3. Programação

As iniciativas inscritas na nossa Programação relativa ao segundo Trimestre de 2008 foram pensadas e desenvolvidas tendo em vista a prossecução dos objectivos inerentes ao cumprimento da missão de prestação de serviço público na área da cultura teatral que nos é cometida legalmente e tendo em consideração as potencialidades e tipologias cénicas das três Casas que constituem neste momento o universo TNSJ, EPE (Teatro São João, Teatro Carlos Alberto e Mosteiro de São Bento da Vitória).No Anexo 1 está reflectida a diversidade de propostas que compuseram aquela Programação, permitindo-nos destacar a carreira do espectáculo Turismo Infinito, de António M. Feijó a partir de Fernando Pessoa, com encenação de Ricardo Pais, que transitou do ano passado, e que, após uma digressão nacional no primeiro trimestre deste ano, retomou o palco do Teatro Nacional S. João na transição de Março para Abril, tendo-se deslocado depois a França para duas apresentações na Comédie de Reims.Das actividades desenvolvidas merecem igualmente destaque especial o acolhimento da peça Dúvida (de John Patrick Shanley, com encenação de Ana Luísa Guimarães), que marcou o desejado e feliz regresso da actriz Eunice Muñoz ao Teatro Nacional S. João; e a apresentação de Fassbinder-Café, um exercício dirigido por Nuno M. Cardoso, em colaboração com Ricardo Pais, que reuniu o nosso “elenco (quase) residente”, tendo por base a paráfrase que o cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder fez de O Café, de Goldoni, texto que o TNSJ levou a cena no primeiro trimestre de 2008.Das iniciativas que tiveram lugar no Teatro Carlos Alberto, apraz-nos registar a releitura cénica de uma das principais obras de um dos nomes fundamentais da renovação teatral operada a partir de finais do século XIX: a Dama do Mar, de Henrik Ibsen (com encenação de Carlos Pimenta); e a estreia do novo projecto do colectivo teatral portuense Visões Úteis, concebido a partir de “O Rei dos Elfos” de JW Goethe: Muna, um espectáculo com duas faces – para crianças, em sessões diurnas; para adultos, em representações nocturnas. No que concerne a produções apresentadas no Mosteiro de São Bento da Vitória, destacamos a estreia absoluta de Casa-Abrigo, o segundo projecto da trilogia “Poética da Casa”, iniciada em 2006 com o espectáculo “Quarto Anterior”. Registe-se que esta nova criação tem assinatura do colectivo portuense Circolando, em parceria com o TNSJ, com o In Situ e com Festival Chalon dans la Rue, estando em fase final de negociações a sua apresentação em diversas cidades de Espanha, França, Bélgica, Itália e Holanda.Refira-se que as três Salas do TNSJ receberam seis dos espectáculos que integraram a programação da XXXI edição do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica), que reúne anualmente na cidade do Porto algumas das peças mais representativas do teatro que se produz nos países de expressão portuguesa e espanhola, sendo que as peças de abertura e de encerramento do Festival tiveram lugar no Teatro Nacional S. João e no Mosteiro de São Bento da Vitória, respectivamente.Sublinhe-se que o supracitado exercício Fassbinder-Café, bem como a digressão ao Festival de Almagro (Espanha) do espectáculo Convidado de Pedra, o acolhimento do lançamento da publicação Olga Roriz, biografia da coreógrafa e bailarina, a recepção do Concerto da Banda Sinfónica do Porto e a organização da exposição Tuna Nacional de São João, não constavam do nosso Programa de Actividades para o

2

Page 3: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

período a que nos reportamos, sendo apenas possível a sua realização graças à economia que tem sido gerada no desenvolvimento de alguns projectos e no cancelamento de outros.

1. Alterações à programação prevista em sede de orçamento: Refira-se que os cancelamentos de projectos registados até ao momento resultaram das seguintes razões: a não apresentação do espectáculo Evil Machines ficou a dever-se ao cancelamento da digressão daquela peça por parte da entidade produtora e a não participação do TNSJ no Festival Mira, de Nápoles, foi motivada por constrangimentos financeiros da organização do certame. Note-se entretanto que as alterações verificadas no nosso Plano de Actividades tiveram sempre em boa conta o orçamento disponível e o seu rigoroso equilíbrio, através de um apertado controlo de custos.

2. Espectáculos em curso:No final do 2ºT o valor dos Espectáculos em Curso, eleva-se a 618 mil euros, mais 488 mil euros que o Orçamento, considerando-se oportuno referir:

i. O custo em armazém incorpora o contravalor dos serviços prestados pelas secções principais da Produção no valor de 200 mil euros, cerca de 41% daquele desvio, que não foram Orçamentadas por espectáculo;

ii. O processo de custeio do Espectáculo encerra agora (depois da implementação do sistema da contabilidade analítica) com a Desmontagem, momento em que o valor de cada uma das rubricas de custo transita para o Custo Directo do Espectáculo; no final de Junho os espectáculos: Drumming na Praça e Caixa da Música, com valor de Existência de 222 mil euros, cerca de 45% do desvio, haviam terminado a última récita sendo que o seu fecho apenas vai concretizar-se em Julho;

iii. Na reformulação do Orçamento foram mantidos os Espectáculos contemplados no Plano de

Actividades para 2008 e estabelecidas práticas para acautelar as mutações na Programação do Espectáculo (entra um sai outro) de forma a garantir adequado controlo do resultado financeiro global; a título de exemplo, no 1º Trimestre houve mudanças na Programação, conforme Anexo 3 na Demonstração do Resultado Analítico, preparado para acautelar a redistribuição das indemnizações compensatórias associadas;

iv. No quadro daquelas práticas, o orçamento de aquisições externas do espectáculo Platonov foi reformulado para o montante de 178 mil euros, com ajustamentos noutros espectáculos, valor em linha com o que agora se verifica;

v. Os contratos de prestação de serviços celebrados com criativos, etc., são reconhecidos como custo do espectáculo após a contratualização quando anteriormente eram contabilizados com o seu pagamento; no final do mês de Junho o valor dos contratos registados naquelas condições atingia 167 mil euros e que naturalmente estão a influenciar o valor dos Espectáculos em Curso.

CONCLUSÃO: Existem práticas de controlo interno orientadas para assegurar a concretização dos objectivos financeiros relacionados com a Programação dos Espectáculos; os dados disponíveis permitem concluir que será atingido o equilíbrio financeiro previsto até ao final do presente ano.

3.3. Apontadoria: O modelo recentemente implementado com o registo de horas para imputar ao Espectáculo o custo pelo serviço de produção prestado está a gerar Diferenças de Imputação que excedem mais que o dobro do Previsto. Assim sendo, concluímos que tal realidade impõe a necessidade de uma análise cuidada desta questão logo que se reúnam mais dados necessários para este efeito (e que até agora não nos foi possível obter) a fim de poder tomar medidas que permitam neutralizar estas diferenças de imputação.

3.4. Receitas de Digressões:O decréscimo de receitas verificadas na digressão do espectáculo Turismo Infinito, face ao inicialmente previsto, resulta de duas situações distintas. No caso da digressão a Lisboa, no Teatro Nacional D. Maria II, onde a receita incidia exclusivamente sobre o resultado da bilheteira, verificou-se uma venda inferior à estimada na primeira semana de exploração do espectáculo. No caso da digressão a Faro, cuja receita

3

Page 4: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

resultava de parte do produto da venda de bilhetes e de um “cachet” de compra do espectáculo, constatou-se dificuldades na negociação com o Teatro Municipal de Faro, que argumentou constrangimentos financeiros para não aceitar as condições inicialmente propostas pelo TNSJ. Estas dificuldades foram também sentidas nas negociações com os teatros municipais de Braga e de Aveiro, que se escudaram nos seus baixos Orçamentos de Funcionamento para solicitarem reduções ao “cachet” que lhes foi proposto. Sublinhe-se, no entanto, que apesar de ser entendimento das direcções daqueles teatros municipais de que os teatros nacionais deviam circular as suas produções pela rede nacional de teatros a “custo zero”, o “cachet” por estes pago pelo espectáculo Turismo Infinito ficou num patamar superior àquele que é habitualmente praticado no acolhimento de produções teatrais de outras estruturas.

3.5. Horas Extraordinárias:O desvio verificado em Horas Extraordinárias nos departamentos técnicos e de produção deve-se sobretudo a três situações: a inesperada falta de recursos técnicos nos teatros municipais por onde circulou o espectáculo Turismo Infinito no início do ano; a urgência de obras de restauro e de manutenção do edifício do Mosteiro de São Bento da Vitória, a fim dotar aquele espaço de condições mínimas para o acolhimento de espectáculos e de outras actividades, cumprindo exigências determinadas pela legislação em vigor; e a necessidade de suprir a ausência de alguns técnicos com baixa médica, de forma a manter os padrões técnicos de excelência que caracterizam as produções do TNSJ. Recorde-se que a afectação do Mosteiro de São Bento da Vitória ao TNSJ data do início do ano 2007, tendo sido até então sede administrativa e espaço de ensaios da Orquestra Nacional do Porto, cujos requisitos técnico-funcionais e exigências logísticas não são comparáveis com os padrões a que nos impomos como entidade produtora de espectáculos teatrais. Para além da realização de inúmeras pequenas obras de manutenção e de adaptação do espaço às necessidades da nossa actividade, verificou-se ainda a necessidade de proceder a obras de segurança urgentes reclamadas pela Inspecção-Geral de Actividades, o que determinou a prestação de trabalho em regime extraordinário para além do previsto.

Para terminar, devemos concluir que o TNSJ tem vindo a desenvolver um considerável esforço no sentido de manter os níveis de excelência do seu Projecto Artístico, sem prejuízo de uma apertada contenção de custos e uma cuidada gestão dos seus recursos técnicos, humanos e financeiros.

4. Internacionalização e colaborações

4.1. Nos dias 29 e 30 de Abril, o espectáculo Turismo Infinito, de António M. Feijó, a partir de Fernando Pessoa, com encenação de Ricardo Pais apresentou-se em França, na Comédie de Reims – CDN de Champagne-Ardennes. Pela terceira vez em três temporadas consecutivas, o TNSJ apresentou-se, perante duas salas cheias, neste que tem sido um dos Centros Dramáticos mais importantes da descentralização francesa. No dia 28 de Abril, o jornal Le Monde publicou um artigo de página inteira juntando a apresentação deste espectáculo em Reims à encenação que Alain Olivier fez de O Marinheiro, na Companhia de Teatro de Almada, sublinhando a reemergência teatral de Fernando Pessoa, autor universal de língua portuguesa.

4.2. Nos dias 28 e 29 de Junho, o espectáculo Teatro de Papel-O Convidado de Pedra, de Tirso de Molina, com encenação de Mareclo Lafontana, uma co-produção entre o TNSJ e o Teatro de Formas Animadas, apresentou-se no Festival Internacional de Teatro Clássico de Almagro, em Espanha. Esta colaboração com o TFA funciona como uma embaixada itinerante do TNSJ, dado que os espectáculos são representados numa reinvenção à escala 1:10 deste Teatro e o seu repertório acompanha as linhas de programação do TNSJ. Ao longo deste trimestre, decorreram também os trabalhos de preparação da deslocação deste espectáculo ao Festival de Teatro Clássico de Olite, em Espanha, que tem Portugal como país convidado nesta edição que decorrerá entre os meses de Julho e Agosto.

4.3. Na sequência do trabalho de relação que o TNSJ mantém com diversos Teatros europeus, que acaba por ter efeitos colaterais extremamente positivos para a promoção do trabalho de criadores portugueses independentes, o espectáculo O Nome das Ruas, criação da companhia Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser, apresentou-se no Théâtre National de Strasbourg, em França, nos dias 5 e 6 de Junho, incluído no Festival Premières. Também em resultado do trabalho de promoção realizado pelo TNSJ, neste caso através da programação do espectáculo no showcase Portogofone, realizado no

4

Page 5: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

Porto entre 6 e 9 de Dezembro de 2007, o espectáculo Ella, de H. Achternbusch, encenado por Fernando Mora Ramos, uma produção do Teatro da Rainha, apresentar-se-á em Novembro próximo na Roménia, em Cluj, no Teatro Nacional de língua Húngara.

4.4. No âmbito da União dos Teatros da Europa, o TNSJ aprofundou a sua política de envolvimento activo na condução do projecto desta rede europeia de Teatros públicos. Neste sentido, os representantes do TNSJ, José Luís Ferreira e Francisca Carneiro Fernandes, participaram, a 13 de Abril, em Salónica, na Assembleia Geral desta organização. Na sequência desta AG, o Presidente do CA do TNSJ, Ricardo Pais, foi cooptado enquanto membro do Conselho de Administração da UTE. No dia 30 de Abril, realizou-se em Paris uma reunião do CA da UTE, na qual estiveram presentes Ricardo Pais e José Luís Ferreira, tendo este último sido designado como Delegado Executivo, em conjunto com Giovanni Soresi, do Piccolo Teatro di Milano, e Oana Turbatu, do Teatrul Bulandra de Bucareste, para, sob coordenação do Presidente do CA, conduzir alguns dos projectos em curso. Posteriormente, a 19 de Junho, realizou-se em Paris uma reunião destes Delegados.

4.5. Prosseguiram os trabalhos de desenvolvimento dos projectos que conduzirão às deslocações do espectáculo Turismo Infinito a: São Paulo, Brasil, numa colaboração com o SESC; Madrid, a convite do Teatro Español, para apresentação nas Naves del Español, um dos sítios mais importantes da cena madrilena; Milão, no âmbito de um intercâmbio com o histórico Piccolo Teatro. Todas estas apresentações terão lugar em 2009 e encontram-se confirmadas. Paralelamente, o TNSJ continua a trabalhar na extensão desta digressão, desenvolvendo contactos com outros Teatros europeus, com um enfoque especial em Espanha, França, Itália e Inglaterra.

4.6. Ao longo deste trimestre, decorreu com especial intensidade a preparação do Festival PoNTIʼ08, previsto para o mês de Dezembro. Neste sentido, foram desenvolvidos contactos com as seguintes companhias e Teatros: Piccolo Teatro di Milano (Itália), Deschiens & Co. e Théâtre des Bouffes du Nord (França), Jugoslovensko dramsko pozoriste (Sérvia), Wrocławski Teatr Współczesny (Polónia), Teatro Nacional de Língua Húngara (Roménia), Grupo Macunaíma de Teatro (Brasil) e Compañia del Francotirador (Argentina), tendo como objectivo a apresentação no Porto de encenações de Giorgio Strehler, Peter Brook, Jérôme Deschamps e Macha Makeieff, Ive Milosevic, Krzyzstof Warlikowski, Silviu Purcarete, Antunes Filho e Lola Árias. Todos estes contactos chegaram ao estádio que permite a programação dos mesmos, caso se verifiquem os pressupostos financeiros que permitam a realização do Festival.

4.7. No âmbito do networking informal desenvolvido em permanência pelo DRI, destacam-se a presença no Prémio Europa para o Teatro, realizado em Salónica entre 10 e 13 de Abril, no programa Radicals Lliure, mostra de jovem criação catalã promovida pelo Teatre Lliure (Barcelona) entre 2 e 4 de Maio e no Encontro de Teatro Jovem organizado pelo Teatro Maxim Gorki, em Berlim. Neste âmbito, destacam-se ainda os encontros com Agnès Troly, secretária-geral do Théâtre de lʼOdéon, no dia 19 de Junho, e com Armin Petras, director do Teatro Maxim Gorki, no dia 21 de Junho.

5. PROJECTO & PROMOÇÃO:

5.1. Público alcançado:Tal como é evidenciado no Anexo 2 – Evolução Públicos 2008 (Abr.-Jun.), a audiência média ponderada das iniciativas nos 3 espaços que constituem TNSJ (Teatro Nacional S. João, Teatro Carlos Alberto e Mosteiro São Bento da Vitória) registou no segundo trimestre do ano uma taxa de ocupação de 71,0 %. Os dados globais de público no trimestre situaram-se nos 14.780, sem digressões, e de 18.833 considerando as digressões.

Comparativamente ao primeiro trimestre do ano assistimos a um incremento no público de cerca de 56%. Tal aumento justifica-se por ter havido, neste período, uma concentração de grandes produções próprias como Turismo Infinito e Fassbinder-Café, bem como alguns acolhimentos que tiveram óptima receptividade por parte do público (caso concreto de “A Dúvida”) e por ter sido também neste período que se realizou no TNSJ grande parte da programação do FITEI. Em termos acumulados o primeiro semestre do ano regista, quando comparado com o período homólogo do ano transacto, um aumento de 8%.

5

Page 6: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

As estratégias delineadas no início do ano, no que à política de comunicação diz respeito começam, neste trimestre, por dar os seus primeiros frutos, o que se espera venha a acontecer no restante período do ano.

2. Diminuição nos gastos de promoção incorporados:Ao longo do 2º Trim foi realizado o esforço de controlar os gastos de Promoção e Divulgação (Publicidade Operacional) de modo a compensar um aumento registado no 1º Trim relativamente a custos transitados do ano de 2007.

Tal esforço, como pode ser constatado nos anexos 12 e 13 (rubrica 426 e 234), resulta num equilíbrio destas duas contas face ao orçamentado para o semestre, apesar de tal não estar reflectido nos gastos gerais consolidados por Centro de Custos. Tal deve-se, não a uma derrapagem orçamental mas sim ao facto de existir uma diferença no critério de imputação, que previa, na altura da elaboração do plano, que certos custos fossem imputados às produções, mas que acabaram, no processo de implementação da contabilidade analítica, por ficar contabilizados no centro de custo a que estão alocados, sem imputação aos espectáculos (exemplo: custos relativos a honorários de designers e fotógrafos).

Apesar dessa diferença de critérios os custos globais de Projecto & Promoção (Anexo 14) apresentam uma poupança de 8% face ao previsto.

3. Diminuição nas receitas provenientes do merchandising e do aluguer de espaços: As receitas esperadas pela venda de Merchandising e Cedência de Espaços (relativo à cedência do MSBV) encontram-se aquém das nossas previsões, tendo ficado 88% e 69% abaixo, respectivamente.

No que ao merchandising diz respeito constatamos que a previsão realizada em orçamento não teve em conta a conjuntura económica actual, reflectindo-se no comportamento de compra do nosso Público, o qual tem refreado o consumo, e, consequentemente, nas vendas dos produtos de merchandising TNSJ (apesar da introdução de novas peças) o que torna, ao momento, as previsões desajustadas.

Para ultrapassar o facto de o número de cedências ser inferior ao esperado, foram já tomadas medidas concretas, nomeadamente a decisão de investir na promoção do Mosteiro de São Bento da Vitória em dois portais on-line, específicos na promoção de espaços para eventos, que potenciem assim o aluguer do mesmo. Esperamos com esta medida ter já benefícios concretos nos últimos meses do ano, sendo expectável uma melhoria significativa para o ano de 2009.

4. Aumento das receitas de bilheteira: O valor proveniente das receitas de bilheteiras teve um aumento de 40% face ao previsto, gerando um montante superior em 29 mil euros. Tal aumento, advém de um incremento geral do Público face a igual período do ano passado (cerca de 8 %), e do contínuo controlo da política de atribuição de convites, com vista a diminuir o número de convites face às vendas.

Este aumento, no entanto, não foi o suficiente para compensar a queda nas receitas resultantes de Digressões, Merchandising e Cedência de Espaços, pelo que as receitas caíram 14% face ao previsto.

6. Edições

Nos meses de Abril, Maio e Junho, o departamento de Edições concebeu um conjunto de publicações com o propósito de documentar as iniciativas e espectáculos apresentados no âmbito da programação do TNSJ.Neste trimestre, o departamento produziu o Programa do espectáculo músico-cénico Caixa da Música, estreia absoluta de uma obra do compositor brasileiro Arrigo Barnabé, com direcção musical de Miquel Bernat e direcção cénica de Ricardo Pais, concluindo também o processo de elaboração da versão francesa do Manual de Leitura de Turismo Infinito, espectáculo de Ricardo Pais apresentado na Comédie de Reims (França), no final de Abril. Foram também elaborados desdobráveis de sala para um significativo conjunto de espectáculos apresentados neste período: Dúvida, de John Patrick Shanley, enc. Ana Luísa Guimarães; A Dama do Mar, de Henrik Ibsen, enc. Carlos Pimenta; Casa-Abrigo, uma criação Circolando; Fassbinder-Café, a

6

Page 7: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

partir de O Café, de R.W. Fassbinder, dir. Nuno M Cardoso; e Muna, uma criação Visões Úteis. Neste período, foram ainda produzidas folhas de sala para os espectáculos do 31.º FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica apresentados no TNSJ, Teatro Carlos Alberto e Mosteiro de São Bento da Vitória.Merece particular destaque o investimento editorial efectuado na concepção e elaboração de uma brochura institucional, documento-síntese que visa efectuar uma apresentação da missão estratégica do TNSJ, da sua história desde 1992 e dos três edifícios presentemente atribuídos à Casa.Paralelamente, o departamento de Edições assegurou a elaboração de conteúdos de todos os materiais promocionais produzidos (flyers, convites, anúncios de imprensa, newsletters electrónicas, etc.), bem como a actualização informativa do sítio do TNSJ na Internet.

7. Obras e Equipamentos

a.As obras de restauro do edifício

Tal como já se referiu no Relatório do primeiro trimestre do ano, no Plano de Actividades proposto salientou-se, uma vez mais, que a realização da obra de restauro do edifício do TNSJ seria absolutamente inadiável, em virtude de o mesmo se encontrar em avançado estado de deterioração.Face às condicionantes financeiras supra-descritas continua a não nos ser possível reunir as condições necessárias para iniciar este procedimento.

b.Os equipamentos adquiridos

Neste segundo trimestre elevaram-se a 13.384,63 euros as aquisições de bens do activo imobilizado corpóreo, relacionadas com equipamentos de vídeo, som, maquinaria, cena, ateliers e administrativo.

8. Recursos Humanos

a. A contratação de pessoal

Continuando a almejar o objectivo de construir um quadro de pessoal capaz de levar a cabo a missão que agora nos cabe, a Administração continuou a prosseguir a tarefa de selecção e formação de profissionais de excelência. Face à situação de incerteza orçamental e à consequente necessidade de máxima cautela, esta medida foi reduzida ao mínimo, tendo desde 1 de Abril até ao final de Junho do ano em curso sido admitidos três trabalhadores.

Verifica-se neste item um desvio de cerca de 64 mil euros o que se explica da seguinte forma:a) Os custos resultantes das alterações nas tabelas salariais apontam para um acréscimo de

encargos no primeiro semestre, em comparação com o Orçamento, de 29 mil euros;b) Custos relativos a horas extraordinárias que se revelaram necessárias nos termos justificados

supra (capítulo da Produção), atingiram a quantia de 11 mil e 300 euros;c) O seguro de acidentes de trabalho referente ao terceiro trimestre no montante de cerca de 7 mil

euros, foi contabilizado no período a que respeita o presente relatório;d) Efectuaram-se as já referidas contratações, as quais atingiram um montante de 9 mil, novecentos

e cinquenta euros;e) Há ainda a referir um desvio proveniente das ajudas de custo suportadas com as digressões

efectuadas.

b. A formação e qualificação dos recursos humanos

7

Page 8: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

Em conformidade com a estratégia e plano de actividades definidos, continuou a possibilitar-se a frequência das seguintes acções de formação:

 Trabalhadores Período Tema Entidade Observações

Vogal do Conselho de Administração

15 de Janeiro a 1 de Julho

Programa de Direcção de Empresas AESE 1º e 2º

TrimestreVogal do Conselho de Administração

Entre 31 de Março e 3 de Abril

Novo Regime da Administração Pública

INA 1º e 2º Trimestre

Trabalhador da Contabilidade e

Controlo de Gestão

Entre Março e Junho

Iniciação à Contabilidade e Gestão

ECNOR 1º e 2º Trimestre

Trabalhador da Contabilidade e

Controlo de Gestão

Entre Março e Junho

Iniciação à Contabilidade e Gestão

ECNOR 1º e 2º Trimestre

Dr Sandra Martins Entre 10 a 16 de Abril

O Código dos Contratos Públicos

IGAP 2º Trimestre

Dr Sandra Martins Entre 5 E 6 Junho Fiscalização Prévia dos Contratos Públicos

IGAP 2º Trimestre

Neste âmbito, ao nível da qualificação da vertente técnico artística dos profissionais da Casa e com que a Casa costuma trabalhar, há ainda a referir as seguintes iniciativas:

Aulas de Elocução e de Conhecimento VocalDirigida a actores profissionais e alunos finalistas das escolas de teatro, decorre no TNSJ uma acção de formação técnica especializada na área da Voz e Texto ministrada pelo nosso professor “residente” de voz e elocução João Henriques. Esta formação pretende estabelecer-se como uma plataforma privilegiada de reflexão e prática das questões que envolvem o uso da voz enquanto veículo por excelência da expressão artística dos profissionais de palco. Esta plataforma dará assim aos formandos a oportunidade de sistematizar com maior profundidade a consciência, quer dos fundamentos técnicos para o correcto e saudável funcionamento da voz, quer das ferramentas definitivas concretizadores do seu uso criativo. Durante quatro meses os participantes irão aprofundar, entre muitos outros, os aspectos fundamentais que relacionam a voz com o corpo, o conhecimento efectivo da constituição e funcionamento do aparelho fonador, a relação activa entre postura, respiração, ressonância e projecção vocais, bem como o necessário enfoque na relação destes elementos com a palavra e o texto dramático.

Exercício (Ensaios) Fassbinder-CaféPreparado em menos de metade do tempo médio de ensaios atribuído a qualquer produção do TNSJ, este exercício – que nunca se pretendeu, aliás, que fosse uma produção – procurou potenciar a constância do nosso elenco “residente” e a nossa apetência comum pela exploração didáctica de todas as formas de trabalho, mantendo vivo o espírito de escola informal que todo o Teatro de Arte será por definição. Tendo por base O Café de Fassbinder, o exercício foi conduzido como um estágio sobre a condição do actor nesta intrigante peça ou, mais precisamente, sobre as armadilhas do estilo do autor e a enunciação das suas variantes. Muito ancorado em sucessivas improvisações, o exercício permitiu a este grupo de actores descobrir-se-nos de formas completamente inesperadas e manter-se em regime de experimentação. A organização dos elementos e materiais cénicos, quis desde o início acentuar a informalidade quase total no uso do espaço e das formas, aí incluída a mais impositiva e condicionante – a própria Sala! O preço único, os lugares não marcados, tudo concorreu para o nosso projecto de dar a ver o trabalho como ele estiver, desdobrando, por assim dizer, a voracidade pelo tempo que foi a do autor e o seu destemor da morte e dos seus tiquetaques. Não resistimos, é claro, a uma progressiva formalização, inevitável quando, por exemplo, os músicos, o desenhador de luzes, nos começam a propor a sua visão, naturalmente integrada, da narração que fomos construindo. Com toda a coragem, o Nuno M Cardoso – director do exercício – permitiu-se hipotecar a Sala de Ensaios à Sala do Espectáculo e o produto, híbrido no seu desenho original, é agora, felizmente,

8

Page 9: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

função teatral própria, disjuntiva, claro, como qualquer dos nossos outros espectáculos – sempre abertos que ficam a incessantes revisões e correcções.

Estágios de Encenação e de ProduçãoNo período em análise desenvolveram estágios encenação e de produção, em contexto real de trabalho, os alunos Pedro Ribeiro (3º. Ano do Curso de Teatro da Escola Superior de Artes e Design/Instituto Politécnico de Leiria) e Rita Figueiredo (2º. Ano do Mestrado Televisão/Argumento, com produção final em Argumento do Curso de Som e Imagem na Universidade da Universidade Católica Portuguesa-Porto). O plano de estágio consiste no acompanhamento das diversas fases de produção de um espectáculo (nestes casos: Fassbinder-Café e Platonov), desde a criação, à construção, montagem e comunicação, e abrange as seguintes tarefas: prestar assistência directa ao encenador durante os ensaios; desenvolver acções de acompanhamento da construção do cenário e da confecção dos adereços; coadjuvar a coordenação de produção do TNSJ no controle de custos e na gestão dos meios afectados ao projecto; colaborar com a direcção de comunicação e relações externas do TNSJ na implementação do plano de divulgação e promoção do espectáculo.

Demonstração de Mesa de Som Digital/Estoril Joel Azevedo No sentido de acompanhar os avanços registados em termos de tecnologia digital nos domínios dos equipamentos de som, actualmente mais adequada na oferta de controlo de diversos parâmetros na exigência técnica dos espectáculos por nós produzidos, o técnico de Som do TNSJ Joel Azevedo participou numa sessão de demonstração das potencialidades da mesa de mistura Digidesign Venue, do sistema D-Show e Profile, realizada no Casino Estoril, onde foi possível avaliar as características técnicas e a metodologia de acesso e controlo da superfície de trabalho daquele equipamento de ponta.

Para além disso, continuam a ser desenvolvidas acções de formação no posto de trabalho, com a finalidade de possibilitar uma maior assimilação dos novos conceitos, facilitando a aprendizagem e consolidação da mudança requerida.

II. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

A. RESULTADO ANALÍTICO – Controlo Orçamental

1.PRELIMINAR

No início do ano procedeu-se à reformulação do Orçamento tal como consta dos chamados Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG´s) parte do Plano de Actividades para o ano de 2008.

O Orçamento reformulado, como se refere no Relatório do trimestre anterior, consagrou: (1) Novos procedimentos decorrentes da implementação da Contabilidade Analítica; (2) Mais amortizações de 181 mil euros pela incorporação no Balanço´07 de bens transitados do

anterior instituto;(3) Mais 58 mil contos com o acerto da revisão salarial entretanto decidida;(4) Redução de 250 mil euros na Contribuição da REN;(5) Impossibilidade de imputar a cada espectáculo os serviços de produção estimados com base no

modelo das horas de trabalho.

Com aquelas alterações, novo Resultado Final: prejuízo de 1,721 milhões de euros contra os iniciais 1,232 milhões de euros constantes dos IPG´s (Projecções Financeiras, modelo POC, que não foram reformuladas) e de que resultou um agravamento de 489 mil euros, calendarizado como segue (milhões de euros):

9

Page 10: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

No entretanto o novo Cash Flow previsional (resultado+amortizações), negativo de 1,488 milhões de euros, manteve-se em linha com o previsto aumento de capital de 1,5 milhões de euros para a cobertura financeira do Plano de Actividades do ano corrente, com posterior recurso à aplicação da chamada operação harmónio.

Torna-se essencial analisar a execução dos objectivos constantes do Orçamento reformulado, aqui designado como Orçamento, coerente com o Controlo de Gestão instituído; a inevitável referência à comparabilidade ocorrerá com a análise do Balanço e Demonstração de Resultados, modelo POC, ao contrapor o realizado (influenciado pelos procedimentos acima) com os objectivos constantes dos IPG´s.

A presente análise está suportada pelos mapas em anexo a este Relatório, com valor em euros, salvo indicação em contrário e adiante especificadamente referidos.

2.INDEMNIZAÇÕES COMPENSATÓRIAS + CONTRIBUIÇÕES DO MECENATO

Assumem papel relevante no apuramento da rentabilidade: (1) complementam o preço não pago pelos públicos, segundo o conceito de custo total, (2) são contabilizadas após o fecho de cada Espectáculo e (3) fixam indicadores para uma correcta avaliação na eficiência da performance, em comparação com os objectivos.

A contabilização daquelas receitas directas de cada Espectáculo fechado vai libertar Contribuição para ocorrer aos demais custos fixos, nomeadamente os gastos nas áreas de Projecto & Promoção e Administrativa; desvios nestas receitas implicam análise sobre o comportamento da execução do Programa de Espectáculos. 3.MOVIMENTO TRIMESTRAL

Durante o 2ºT´08 foi atingido um prejuízo de 533 mil euros, mais 26 mil euros que no trimestre anterior, cerca de 5%, como segue (Anexo 1):

a. Mais Contribuição I no 2ºT: 158 mil euros, porque aumentaram os Proveitos (7 mil euros) e diminuíram os custos directos (151 mil euros);

b. Menos Outros Proveitos/Outros Custos: 235 mil euros, explicáveis pela diminuição na ordem de 217 mil euros em Indemnizações Compensatórias e Contribuições do Mecenato imputadas aos espectáculos fechados no 2ºT;

10

Page 11: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

c. Menos Gastos de Projecto & Promoção: 36 mil euros, cerca de 12%, conforme se detalha no anexo 14;

d. Menos Gastos Administrativos: 2 mil euros, conforme Anexo 14, apesar do aumento dos custos relacionados com a manutenção e limpeza dos Edifícios, na ordem de 9 mil euros, mais 5% que o Orçamento;

e. Mais Resultados Financeiros e Extraordinários: de 12 mil euros.

Conclusão: Numa primeira aproximação esta evolução trimestral poderá transmitir sinais positivos sobre o comportamento de cada uma das componentes do apuramento do resultado, como decorre daqueles específicos espectáculos fechados.

Contudo, a diminuição ocorrida nos Custos Directos, associada a uma diminuição no valor do fecho do Espectáculo e sua Contribuição que serve de base ao reconhecimento das Indemnizações e Contribuições do Mecenato, acabou por afectar a rentabilidade da Casa.

4.MOVIMENTO ACUMULADO

Até ao final de Junho foi atingido um resultado negativo de 1,039 milhões de euros, menos 197 mil euros que o Orçamento, cerca de 16%, como segue (Anexo 1):

a. PROVEITOS: menos 31 mil euros que o Orçamento, cerca de 14%; o aumento nas Receitas de Bilheteira (29 mil euros) foi absorvido pela queda nas receitas de Digressões (Anexo 4), Merchandising e Cedência de Espaços;

b. CUSTO DIRECTO DO ESPECTÁCULO (FECHADO): menos custo de 422 mil euros, cerca de 20%, conforme estrutura de custos detalhada nos Anexos 6 e 7.

1) Custos de Aquisição Externa: diminuição de 158 mil euros nos custos orçamentados, cerca de 17%;

2) Gastos de Produção Incorporados: menos 278 mil euros que o Orçamento, cerca de 29%, sendo que e como antes dito o Orçamento não contemplou a imputação por espectáculo, tendo acomodado a totalidade dos Gastos da Produção; entretanto e na área da Produção, a Direcção Técnica tem a seu cargo a Manutenção e Limpeza dos Edifícios com imputação dos serviços prestados aos Centros de Custo incluídos na área Administrativa.

Tal significa que aquele desvio deve ser devidamente analisado, com o detalhe consequente aos demais serviços da produção prestados e imputados ao espectáculo, de que se apresenta síntese no Anexo 11-Diferenças de Imputação, a justificar análise mais detalhada para cada secção homogénea.

11

Page 12: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

3) Gastos de Projecto e Promoção Incorporados: mais 14 mil euros que o previsto.

c. CUSTOS: MATERIAIS DE PROMOÇÃO E CEDÊNCIA DE ESPAÇOS: a prática tem sido a de contabilizar o custo dos materiais de merchandising ao preço de venda, através da respectiva conta de Existências na Analítica sendo que no caso das Cedências há uma recuperação nos Centros de Custo de Edifícios; fica a zero a respectiva Contribuição I.

d. OUTROS PROVEITOS - OUTROS CUSTOS: um netting positivo de 1,839 milhões de euros, menos 177 mil euros que o Orçamento, cerca de 9%, como segue:

1) Indemnizações Compensatórias: imputadas a cada espectáculo fechado em função do ratio previsional das Dotações do Tesouro sobre a Contribuição I (que não inclui os gastos com os serviços da Produção), termos em que o apuramento da performance não aparece condicionado pela chegada dos fundos do Tesouro, conforme Anexo 5, o que é adequadamente tratado na Contabilidade POC.

No final do 2ºT elevaram-se a 1,741 milhões de euros as indemnizações reconhecidas, menos 177 mil euros que o Orçamento, cerca de 9%;

2) Contribuições do Mecenato (REN): segundo a mesma lógica das indemnizações compensatórias, tendo sido incorporadas nos espectáculos fechados: 89 mil euros, menos 9 mil que o Orçamento, seja 9% - Anexo 5;

3) Proveitos e Custos Atrasados: assim chamados porque ocorreram num período posterior ao encerramento do espectáculo, sendo que no seu conjuntos traduziram um benefício net de 9,3 mil euros, não Orçamentado.

e. CONTRIBUIÇÃO II: tudo somado e como consta do Anexo 1, a Contribuição II atingiu um valor positivo de 373 mil euros, mais 251 mil euros que o Orçamento, assim se tendo libertado margem para ocorrer aos restantes custos de estrutura, se bem que claramente abaixo das necessidades, recordando que a cobertura financeira da actividade foi perspectivada com a realização de um aumento de capital social de 1,5 milhões de euros.

f. GASTOS DE PROJECTO & PROMOÇÃO, líquidos das imputações entretanto efectuadas aos Espectáculos, no valor de 585 mil euros, menos 49 mil euros que o Orçamento, cerca de 8%, conforme Anexos 12, 13 e 14.

g. GASTOS ADMINITRATIVOS: atingiram 820 mil euros, mais 96 mil euros queOrçamento, cerca de 13%, conforme detalhes constantes dos Anexos 12, 13 e 14, muito centrado nos Centros de Custo Edifícios (Anexo 14) que ultrapassam claramente aquele desvio: 126 mil euros, cerca de 46% do Orçamento daqueles Centros de Custo (não foram Orçamentados os débitos da manutenção, a cargo da Produção, como antes referido).

h. RESULTADOS FINANCEIROS E EXTRAORDINÁRIOS, negativos de 6 mil euros, não Orçamentados.

5.CONTRIBUIÇÃO II (Espectáculo)

Foi apurada a Contribuição II dos Espectáculos, conforme síntese (Anexo 2) e detalhes por Espectáculo até ao fim do 2ºT (Anexo 3), observando os mesmos critérios de apuramento do Resultado Analítico, tal como antes referido.

Contribuição II: mais 241 mil euros que o Orçamento, quase que duplicando, sendo de referir:

2) O desvio para menos nas Indemnizações+Mecenato na ordem de 187 mil euros, com destaque para a “Caixa da Música” e “Drumming na Praça”;

12

Page 13: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

3) A influência nos custos directos dos Gastos de Produção incorporados (porque não foi Orçamentada a sua imputação ao espectáculo) e que inevitavelmente contribuem para o desvio a que se chegou.

Com esta informação dispõe-se de uma importante base de dados para ajudar na acção pelo equilíbrio no resultado.

6.ESPECTÁCULOS EM CURSO

No final do 2ºT o valor dos Espectáculos em Curso, não encerrados e com custos imputados ao respectivo Centro de Custo eleva-se a 618 mil euros, mais 488 mil euros que o Orçamento, conforme Anexos 8 e 9, decomposto pelas suas componentes de custo:

Em aditamento aos comentários já efectuados sobre este importante indicador da eficiência da Gestão, é claramente entendido que a não concretização de espectáculos fechados (pelas diferenças resultantes da implementação da contabilidade analítica) impede sejam contabilizadas as Indemnizações Compensatórias e Contribuição do Mecenato, com diminuição na Contribuição libertada para cobertura dos custos fixos e perda de rentabilidade no período. 7.PRODUÇÃO EFECTIVA

Apura os custos incorporados na Produção do Espectáculo durante o exercício e é obtida através da seguinte formula (valores do período):

Produção efectiva = Produção Acabada + Stock Final (Curso) – Stock Inicial (Curso)

No final do 2ºT (Anexo 10) a Produção Efectiva atingiu: 2,261 milhões de euros, mais 66 mil euros que no Orçamento, cerca de 3%, como segue:

1) Custos de Aquisição Externa: inclui os custos referentes aos Espectáculos em Curso no final do ano de 2007, no valor de 86 mil euros (não houve existência inicial); feita a correcção restará um aumento de custos na ordem de 32 mil euros, mais 3% que o Orçamento;

2) Gastos de Produção, incorporados: o valor Orçamentado está por excesso, porque considerou a totalidade dos custos afectos à Produção, sendo que e como já foi dito há, nomeadamente, os serviços de Manutenção e Limpeza que estão a ser imputados aos Edifícios (Área Administrativa);

3) Gastos de Projecto & Promoção: com mais 25 mil euros, 13% do Orçamento.

8.DIFERENÇAS DE IMPUTAÇÃO

13

Page 14: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

O Anexo 11 sintetiza a actividade das secções de Produção, numa relação de “input” / ”output”, através do mecanismo da taxa horária média anual previsional para cada uma das secções principais da área da Produção e que vão gerar conhecidas e incontornáveis diferenças de imputação.

No cômputo global da actividade durante o 1ºsemestre, há a registar:

Diferenças de Imputação apuradas: 144 mil euros, porque o contravalor das horas imputadas excede os custos registados, o que foi colmatado com a constituição de Provisão por idêntico valor na conta “Acréscimos de Gastos de Produção” e por isso os Gastos da Área de Produção ficam saldados.

9.GASTOS CONSOLIDADOS

Mais 47 mil euros, cerca de 3% no cômputo dos Gastos Gerais Consolidados, Anexo 13, acumulado dos Gastos: Projecto & Promoção e Administrativos; estão saldados os Gastos de Produção, porque objecto de imputação através das horas de trabalho e após a correcção das Diferenças de Imputação, como antes referido.

Listam-se as naturezas analíticas que registaram variações claramente acima do desvio total havido, como segue:

1) Custos com o Pessoal Próprio: com informes no tratamento analítico POC e explicações antecedentes para o respectivo aumento;

2) Manutenção e Limpeza de Edifícios: débito interno dos serviços de produção prestados, não Orçamentados, com impacto nos Custos Administrativos, aliviando o peso dos Gastos de Produção no computo do Espectáculo.

10.CONCLUSÕES

A diminuição no prejuízo acumulado de 197 mil euros relativamente ao Orçamento, resulta da execução abaixo do previsto nos custos directos dos espectáculos fechados e aconteceu apesar da quebra no reconhecimento das Indemnizações Compensatórias e Contribuições de Mecenato na ordem de 187 mil euros, por não terem ocorrido o fecho de todos os espectáculos previstos para este trimestre, nomeadamente Drumming na Praça e Caixa da Música, com valor de Produção em Curso de 222 mil euros, como se refere em I;3.2;ii.

Aparece mais consolidada a implementação do modelo de Contabilidade Analítica, após o fecho do 2º Trimestre;

Dispõe-se de informação para avaliar os impactos de orientações estratégicas emergentes;

14

Page 15: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

O processo de recuperação da Contabilidade passará a disponibilizar informação em tempo útil que torne mais eficazes as acções correctivas consequentes ao conteúdo dos respectivos relatórios.

B. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em anexo a este Relatório são apresentados o Balanço e a Demonstração dos Resultados por naturezas que comparam com as Previsões constantes dos Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG´s), adiante designadas “Previsto” e incorporadas no Plano de Actividades para o ano de 2008.

1. COMPARABILIDADE

Tal como referido no Relatório do Trimestre anterior e em consequência da implementação da Contabilidade Analítica foram introduzidos novos critérios de valorimetria que influenciaram o estado das Demonstrações Financeiras a que se chegou no termo deste trimestre em apreciação, para além de ter sido reformulado o Orçamento 2008 e novos procedimentos no fecho de contas referente ao exercício de 2007.

Principais rubricas do Balanço e Demonstração de Resultados onde ocorreram mudanças de critérios relevantes e que vão influenciar a comparação a efectuar:

a. Imobilizado e suas AmortizaçõesEleva-se a 96 mil euros o valor das amortizações contabilizadas no primeiro semestre e referentes aos bens transitados do anterior Instituto, com entrada no fecho do exercício anterior;

b. Existências 1) No termo de cada período são reflectidos nas Contas POC os espectáculos em curso

(não fechados) valorados conforme o modelo de custeio na Contabilidade Analítica.As receitas previstas por espectáculo mostram-se abaixo do seu valor no Balanço; o reconhecimento das expectáveis Indemnizações compensatórias do Estado e Contribuições do Mecenato, conforme Orçamento e que são registadas após o seu fecho, assegura claramente a cobertura do valor das Existências apuradas naqueles termos;

2) A partir do mês de Abril passaram a ser movimentadas na Contabilidade Analítica contas de Existências para “Materiais de Produção” e “Material de Escritório”, com melhoria na afectação dos custos originados pelos consumos respectivos.

c. Acréscimos e Diferimentos

Com a adopção das práticas relacionadas com o princípio da especialização, já iniciado no fecho de contas do ano anterior, pretende-se maior transparência no apuramento dos custos e proveitos, por contraponto com as práticas no anterior Instituto que consagravam o seu registo aquando das entradas e saídas de numerário (base de caixa).

1) No final de Junho eleva-se a 166,9 mil euros o custo relacionado com a Prestação de Serviços de criativos e autores que passou a ser reconhecido no momento da contratação;

2) Indemnizações Compensatórias do Estado: i) Imputadas a cada espectáculo, após o seu fecho, em função do ratio de 2,07 sobre

a Contribuição, conforme Orçamento´08, contabilizadas como Acréscimo de Proveitos;

ii) As entregas do Tesouro (base de Caixa) são contabilizadas como “Proveitos Diferidos”;

3) Contribuições do Mecenato, entretanto fixadas nos 250 mil euros, com tratamento idêntico com base no ratio sobre a contribuição dos espectáculos fechados;

4) Maior rigor na especialização de custos e proveitos, na linha do conceito de Contribuição por espectáculo.

15

Page 16: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

d. Provisão para Riscos e EncargosFoi constituída Provisão para “Gastos de Produção a suportar”, no valor de 144 mil euros para de modo simplificado colmatar o desequilíbrio originado com a imputação ao espectáculo dos gastos de produção, conforme taxa horária média anual, para salvaguardar a sazonalidade dos custos suportados e horas imputadas e evitar criar resultados fictícios;

e. Resultado PrevistoComo referido na análise do Resultado Analítico – Controlo Orçamental e consequente à reformulação do Orçamento para o ano corrente, para o final do 2ºTrimestre ficou Orçamentado um resultado negativo de 1,237 milhões de euros; como não foram reformuladas as Projecções Financeiras, modelo POC, constantes dos IPG´s, permanece a comparação com um prejuízo previsto de 723 mil euros.

2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

2.1.MOVIMENTO NO 2ºTRIMESTRE

A regularidade dos procedimentos contabilísticos adoptados facilita a comparação sobre a evolução da performance durante os dois primeiros trimestres, conforme síntese comparativa e esclarecimentos adiante.

Síntese da Evolução Trimestral´08 (Milhares de euros):

Durante o 2ºT´08 foi obtido um resultado negativo de 532,9 mil euros, agravado 26,5 mil euros em relação ao trimestre anterior, seja mais 5%, em consequência de:

a.Proveitos e Ganhos: atingiram 1,226 milhões de euros, menos 234,5 mil euros que no trimestre anterior, cerca de 16% e de que se destacam:

1) Vendas e Prestação de Serviços: mais 23,7 mil euros, cerca de 29% que no período anterior, tendo sido ultrapassada a barreira dos 100 mil euros;

16

Page 17: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

2) Variação da Produção: crescimento nos Espectáculos em Curso, que registaram durante o período uma variação de 310 mil euros, contra 308 mil euros no período anterior;

3) Subsídios à Exploração: o critério de reconhecimento dos Proveitos provenientes das Indemnizações Compensatórias e Contribuições do Mecenato, em função da Contribuição esperada para cada um dos Espectáculos Fechados, elevou-se a 806 mil euros, tendo originado uma quebra de 217 mil euros relativamente ao período anterior, como a seguir se demonstra (milhares de euros):

O valor final destes Proveitos, com origem na Contribuição prevista por espectáculo fechado, acaba condicionado pela concretização do Plano de Produção;

4) Proveitos e Ganhos Extraordinários: menos de 42 mil euros, ligados à especialização das operações conforme a referência da Contribuição por Espectáculo.

b.Custos e Perdas: elevaram-se a 1,759 milhões de euros, menos 208 mil euros que no trimestre anterior, cerca de 11%, como segue:

1) Fornecimentos e Serviços Externos: menos 264 mil euros que no trimestre anterior, seja 22%;

2) Custos com o Pessoal: mais 136 mil euros que no período antecedente, cerca de 23%, consequência do processamento do subsídio de férias e seus encargos sociais, no valor de 132 mil euros e contabilização do seguro de acidentes de trabalho referente ao terceiro trimestre, no valor de 7 mil euros;

3) Provisões: a variação ocorrida no 2ª trimestre para antecipar custos de produção a suportar consequentes à adopção da taxa horária média anual por secção para imputar ao espectáculo os serviços da Produção, no valor de 49,6 mil euros, originou uma diminuição de 44,9 mil euros, cerca de 48%, relativamente ao valor registado no final do 1ºTrimestre corrente;

4) Custos e Perdas Extraordinários: menos 41 mil euros que no 1ºTrimestre corrente, na vizinhança da variação ocorrida em Proveitos e Ganhos Extraordinários.

2.2. ACUMULADO NO 2º TRIMESTRE

Na comparação que se segue com a Demonstração de Resultados constante dos IPG´s incorporada no Plano de Actividades para o ano corrente, no anexo identificada na coluna “Previsto” haverá que salvaguardar os aspectos antes referidos e relacionados com a comparabilidade que introduziram derrogações nos critérios contabilísticos adoptados na elaboração dos IPG´s, o que não pode deixar de ser referido.

Síntese (Milhares de euros):

17

Page 18: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

No final 2ºT´08 foi apurado um resultado negativo de 1,039 milhões de euros, mais 316 mil euros que o Previsto, seja mais 44%, em consequência de:

1) Proveitos estabilizados: 2,686 milhões de euros, mais 14,6 mil euros que o Previsto;2) Mais Custos: 330 mil euros, para um acumulado real de 3,726 milhões de euros, contra

previsão de 3,395 milhões de euros, cerca de 10% acima do Previsto.

a. Proveitos e Ganhos: para a estabilidade dos Proveitos relativamente ao Previsto, há a registar:1) Vendas e Prestação de Serviços: menos 33,5 mil euros que os 222 mil euros Previstos,

porque concretizados 188,5 mil euros, menos 15%, como já explicado;

2) Variação da Produção: reflecte o valor dos Espectáculos em Curso no final do período apurados pela Contabilidade Analítica; a dimensão atingida por esta Conta mostra a relevante mudança ocorrida na preparação das Demonstrações Financeiras e seus impactes na avaliação da performance, com explicações já anteriormente aduzidas;

3) Subsídios à Exploração: detalhado como segue (milhares de euros):

i) Como já referido o valor das Indemnizações Compensatórias do Estado eContribuições do Mecenato (REN), inscrito na coluna “Real” é reconhecido após aplicação do ratio para cobertura da Contribuição I dos Espectáculos, obtido do Orçamento e aplicado conforme espectáculos efectivamente fechados, adequando “custos” e seus específicos “proveitos”, segundo o conceito da Contribuição;

ii) As Indemnizações Compensatórias constantes da coluna “Previsto” foram quantificadas numa base de Caixa, isto é reconhecidas com a sua chegada em numerário;

iii) Este enquadramento está devidamente registado nas rubricas de Acréscimos e Diferimentos.

18

Page 19: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

4) Proveitos e Ganhos Extraordinários: mais 49,6 mil euros, ligados à especialização das operações conforme o indicador da Contribuição por Espectáculo.

b.Custos e Perdas: para o crescimento de 330,8 mil euros nos custos, contribuíram:1) Custos com o Pessoal: mais 63,9 mil euros, tendo atingido 1,311 milhões de euros, mais

5% que o Previsto, crescimento já anteriormente explicado; 2) Amortizações: mais 106,2 mil euros; o agravamento corresponde ao valor contabilizado

à data, já que o Previsto apenas foi considerado no último trimestre.Contudo, o Real regista os impactos com o agravamento das amortizações do equipamento transitado do anterior instituto, não contempladas no Previsto e que estão avaliadas em 96 mil euros no termo do 2ºTrimestre.

3) Provisões: 144,1 mil euros acumulados no final do 2ºTrimestre a título deProvisão para Outros Riscos e Encargos para cobertura do “excedente” imputado ao custo do espectáculo fechado, por contraponto com os Gastos de Produção efectivos, consequente à utilização da taxa horária, média anual, de cada Secção Principal, que acabou homogeneizada, tornando lineares os gastos sazonais e a utilização da capacidade instalada;

4) Custos e Perdas Extraordinários: 41 mil euros contabilizados no final do2ºTrimestre referentes a períodos anteriores e/ou espectáculos fechados, acautelando o conceito de Contribuição implementado.

5)Fornecimentos e Serviços Externos: menos 34,2 mil euros; os custos registados elevaram-se a 2,114 milhões de euros, menos 2% que o Previsto.

c. CONCLUSÃO

O agravamento no Resultado Final relativamente ao Previsto (negativo) de mais 320 mil euros, justifica os seguintes comentários:

1) A referida estabilidade nos Proveitos totais relativamente ao Previsto, resulta de uma “compensação” entre a Variação da Produção e os Subsídios à Exploração, realidades que não são somáveis do ponto de vista da Gestão, como decorre dos conceitos associados;

2) O desvio em Amortizações e Provisões, no valor de 250,3 mil euros, resulta de critérios/conceitos ex-novo, não contemplados no Previsto;

3) A quebra de 33,5 mil euros em Vendas e Prestação de Serviços;

4) O agravamento nos Custos com o Pessoal, de 64 mil euros, como já explicado.

3. BALANÇO

3.1. CONTAS DO ACTIVO

O Activo Líquido atingiu 3,858 milhões de euros, mais 2,212 milhões de euros relativamente ao Previsto, 134%; quanto ao ano anterior o aumento é de 2,166 milhões de euros, mais 128 %, variação que se deve em particular à rubrica de acréscimos e diferimentos, como segue (milhares de euros):

19

Page 20: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

a. IMOBILIZADOCom relação ao final do ano anterior, ocorreu aumento com as aquisições de Bens do Imobilizado no valor de 46 mil euros, mais 5%; as amortizações do exercício, na ordem de 106,2 mil euros superaram o valor das aquisições, uma situação de investimento negativo.

Recorda-se que no termo do exercício de 2007 foram contabilizados os bens transitados do anterior Instituto, no valor de 905 mil euros; como está apurado um desvio de 760 mil euros, tal significa que não está a ser observado o Plano de novas aquisições, com uma quebra na ordem de 145 mil euros.

b. ESPECTÁCULOS EM CURSORegista as incorporações efectuadas nos espectáculos em curso, apuradas na Contabilidade Analítica, sendo de referir o valor final registado de 618 mil euros, após agravamento na ordem de 310 mil euros relativamente ao trimestre anterior.

c. OUTRAS CONTAS DE EXISTÊNCIASCrescimento de 7,8 mil euros relativamente aos artigos de Merchandising, sendo que os Materiais de Consumo (Produção e de Escritório) acabam por reflectir o início de um controlo personalizado dos respectivos consumos.

d. CLIENTES CONTA CORRENTEAs contas a receber à data de 30 de Junho foram pagas durante os meses de Julho e Agosto, com a excepção do valor referente ao Teatro D. Maria II no valor de 16 mil euros.

e. SUBSCRITORES DE CAPITALNo Plano de Actividades para 2008 havia sido proposto um aumento de capital para financiamento da actividade prevista para o ano em curso, no valor de 1,5 milhões de euros a realizar em quatro tranches trimestrais de 375 mil euros cada, o que não se concretizou; o saldo refere as tranches previstas para o 2ºSemestre.

f. DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXAO saldo das disponibilidades de 519 mil euros está influenciado pela chegada a 23 de Junho de 400 mil euros, referentes a Indemnizações Compensatórias do Estado pelo que se trata de disponibilidades pontuais com utilização dos fundos para regularizar dívida a Fornecedores no início de Julho.

g. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS (Activo)Essencialmente centrado na rubrica de Acréscimo de Proveitos, que regista a específica imputação ao espectáculo fechado das indemnizações compensatórias do Estado, tal como previstas no Plano de Actividades e Contribuições do Mecenato, com valor entretanto já acordado com a REN para 250 mil euros, com repartição proporcional em função da Contribuição por espectáculo (que ainda não incluiu a prestação de serviços da Produção), tal como Orçamento´08.

20

Page 21: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

O saldo da conta decompõe-se como segue (milhares de euros):

3.2. CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO(milhares de euros)

No final do 2º Trimestre de 2008 o TNSJ apresenta Capitais Próprios negativos de 262 mil euros; o grau de autonomia financeira eleva-se a -7%, contra 46% no final do ano anterior e 61% previsto no Plano de Actividades, desde que concretizado o previsto aumento de capital de 1,5 milhões de euros.

a. CAPITAL SOCIALO desvio tem a ver com a falta de resposta sobre a proposta de aumento do Capital Social no valor de 1,5 milhões de euros, para financiar o deficit de Exploração previsto para o ano corrente.

b. RESULTADOS TRANSITADOSRegista as perdas do exercício anterior e de que ainda não foi obtida aceitação pelas Tutelas sobre a proposta de aplicação de resultados efectuada pelo Conselho de Administração.

c. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Regista o prejuízo ocorrido no 2ºTrimestre de 2008 no valor de 1,039 milhões de euros, mais 316 mil euros que o Previsto, seja mais 44%, como já anteriormente explicado.

3.3. CONTAS DO PASSIVO(milhares de euros)

21

Page 22: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

O Passivo total atinge 4,120 milhões de euros no final do 2º trimestre, mais 3,21 milhões de euros com relação ao final do ano anterior e 3,483 milhões de euros relativamente ao Previsto, o que é largamente explicável pelas alterações a critérios contabilísticos, nomeadamente quanto aos impactos nas contas de Acréscimos e Diferimentos, no tocante a indemnizações compensatórias recebidas no valor de 2,43 milhões de euros e contratos de prestação de serviços com criativos, no valor de 166,9 mil euros.

Não obstante, merece relevo o crescimento no crédito Fornecedor, que atinge valor de 906 mil euros quando comparado com o Previsto de 377 mil euros e 438 mil euros no final do ano anterior, como adiante se refere.

a. FORNECEDORES, CONTA CORRENTEO crescimento nesta conta, mais 528,7 mil euros que o Previsto, está associado às dificuldades de Tesouraria consequentes à não realização tempestiva das Indemnizações Compensatórias e apports de capital previstos; tem estado a degradar-se o prazo médio de pagamento a Fornecedores cujo saldo representava no final do 2º Trimestre 77 dias de compra contra 53 dias no final do 1ºTrimestre e 32 dias contemplados no Plano Orçamento.

b. FORNECEDORES DE IMOBILIZADOA redução do saldo está relacionada com a não concretização do plano de compras.

c. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOSO crescimento no saldo desta conta de 58,7 mil euros está relacionado com as retenções e encargos sociais referentes ao subsídio de férias processados em Junho.

d. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS (Passivo)

(milhares de euros)

1) Remunerações a Liquidar: mantém-se o valor transitado do ano anterior, referente a custos a suportar no exercício corrente, nomeadamente o vencimento de férias, subsídio de férias e seus encargos sociais;

2) Contratos de Prestação de Serviços: contratos de prestação de serviços celebrados com criativos, etc., numa base de antecipação relativamente ao pagamento, reflectidos no custo do espectáculo;

3) Indemnizações compensatórias recebidas: regista o valor das remessas indemnizatórias remetidas pelo Tesouro.

22

Page 23: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

III. PERSPECTIVAS PARA O FINAL DO ANO

À data de elaboração do presente Relatório ainda não se dispõe de clara definição sobre o montante das indemnizações compensatórias a efectuar pelo Estado durante o ano de 2008 e expectativas para o ano de 2009, necessárias para efectuar a projecção das Demonstrações Financeiras até ao final do ano corrente e preparar a elaboração do Orçamento para o ano de 2009.

Na elaboração do Plano para o ano corrente as actividades relativas à preparação do orçamento de 2009 estavam calendarizadas com início em Julho e fecho até ao final de Novembro, com arranque ainda não concretizado.

Nas conversações com a Tutela o Conselho de Administração tem dado a conhecer os seus pontos de vista, como é o caso do ofício datado de 27 de Agosto último que acompanhou a minuta de contrato-programa e o respectivo anexo onde constam os objectivos que se propõe alcançar durante a vigência do mesmo.

São conhecidas as indesejáveis consequências que vão resultar deste arrastamento: a incerteza ligada à Programação dos Espectáculos, a degradação na imagem da Casa, com incumprimentos originados pelo risco de concretização de projectos, a mora junto dos Fornecedores, a deterioração do clima interno ligada à desmotivação e insegurança dos Trabalhadores, as inevitáveis perdas de eficiência na gestão dos recursos pelo agravamento de perdas irreparáveis, que no limite se vão abater numa estrutura financeira de si já bastante debilitada.

O balizamento da actividade para o ano em curso permanece suportado pelas linhas de equilíbrio financeiro tal como constam da proposta do Plano de Actividades, ainda não aprovado e que acabam de ser analisadas no Controlo Orçamental referente ao 1ºsemestre.

Em caso de alterações estratégicas emergentes, será necessário avaliar os impactos e corrigir de modo estruturado e coerente. A disponibilidade da informação referente ao primeiro semestre por contraponto com os objectivos anuais constantes do Orçamento, que incorpora as propostas iniciais quanto a fontes de financiamento e suas aplicações, permite avaliar o que remanesce para o 2ºsemestre.

Por isso que a disponibilidade de informação Anexa a este Relatório, Dotações do Estado – Impactos no 2ºSem´08, e que a seguir se sintetiza, extraída do apuramento do Resultado Analítico, com agregação entre as fontes de financiamento e a respectiva aplicação, coerente com as propostas do Conselho de Administração, torna-se um auxiliar precioso para uma clara avaliação dos impactos sobre as decisões que entretanto vierem a ser tomadas.

Nota: Cash Flow negativo coberto com aumento de capital de 1,5 milhões de euros

Apesar de já terem passado cerca de três meses sobre a informação do 1º semestre, é convicção do Conselho de Administração que serão atingidas os objectivos de execução constantes do Orçamento, se asseguradas as indemnizações compensatórias requeridas.

23

Page 24: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

IV. CONCLUSÕES

Os resultados apresentados tornam consistente o esforço no domínio da Organização e Gestão que tem vindo a ser desenvolvido, consequente à transformação em EPE;

Em mudança tão complexa, as principais variáveis da Missão estão sob controlo, não obstante as incertezas que têm rodeado a execução do Plano de Actividades;

As debilidades na estrutura de capitais consequentes aos atrasos numa clara definição das fontes de financiamento, comprometem os resultados e põem em causa o trabalho desenvolvido.

V. FECHO DO RELATÓRIO O Conselho de Administração agradece, uma vez mais, a compreensão manifestada pelo adiamento de prazo para apresentação da situação económico-financeira referente ao segundo trimestre de 2008, o que também contribuiu para atingir os objectivos.

Porto, 15 de Setembro de 2008

Ricardo Pais (Presidente) Francisca Carneiro Fernandes (Vogal) Salvador Santos (Vogal)

24

Page 25: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

25

Page 26: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

26

Page 27: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO …“RIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2º TRIMESTRE DE 2008 Senhor Ministro da Cultura Senhor Ministro das Finanças Excelências: No cumprimento

Nota: Cash Flow negativo coberto com aumento de capital de 1,5 milhões de euros.

27