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Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

ÍNDICE

1. Introdução ........................................................................................................................................................... 5

2. Breve Caracterização da CCAM ................................................................................................................... 7

3. Enquadramento Econónimo ........................................................................................................................ 11

3.1 Economia Internacional .................................................................................................................... 11

3.2 Economia Nacional ............................................................................................................................ 13

3.3 Mercado Bancário Nacional ............................................................................................................ 16

3.3.1 Evolução do Mercado Nacional de Depósitos ............................................................... 16

3.3.2 Evolução do Mercado Nacional de Crédito ..................................................................... 16

3.4 Mercados Financeiros ....................................................................................................................... 19

3.5 Principais Riscos e Incertezas para 2018 .................................................................................... 22

4. Crédito Agrícola – Evolução Recente ...................................................................................................... 25

4.1 Resultado e Balanço – Análise Financeira do Grupo CA ...................................................... 25

4.2 Outros Factos Relevantes .............................................................................................................. 29

5. Evolução da Actividade da Caixa Agrícola ............................................................................................. 33

5.1 Actividade Comercial – Visão Global .......................................................................................... 33

5.2 Recursos de Clientes ......................................................................................................................... 35

5.3 Crédito ................................................................................................................................................... 37

5.4 Crédito Vencido ................................................................................................................................. 39

5.5 Indicadores de Estrutura e Dimensão......................................................................................... 43

5.6 Indicadores de Exploração e Rendibilidade ............................................................................. 44

5.7 Indicadores Prudenciais ................................................................................................................... 48

6. Movimento de Sócios Durante o Ano de 2017..................................................................................... 49

7. Dívidas à Administração Fiscal e Segurança Social .............................................................................. 51

8. Estrutura e Práctica de Governo Societário da CCAM ....................................................................... 53

8.1 Estrutura de Governo Societário .................................................................................................. 53

8.2 Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola ............................................................... 53

8.3 Assembleia Geral .............................................................................................................................. 53

8.3.1 Composição da Mesa da Assembleia Geral ................................................................... 53

8.3.2 Competências da Mesa da Assembleia Geral ................................................................ 53

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Relatório e Contas 2017

8.4 Conselho de Administração ........................................................................................................... 54

8.4.1 Composição do Conselho de Administração ................................................................. 54

8.4.2 Competências do Conselho de Administração ............................................................. 54

8.4.3 Reuniões do Conselho de Administração ....................................................................... 55

8.5 Órgãos de Fiscalização .................................................................................................................... 55

8.5.1 Conselho Fiscal ......................................................................................................................... 55

8.5.1.1 Composição do Conselho Fiscal ............................................................................ 55

8.5.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal .................................................................................. 55

8.5.2 Revisor Oficial de Contas ...................................................................................................... 55

8.6 Política de Remuneração ................................................................................................................ 55

9. Proposta de Aplicação de Resultados ..................................................................................................... 63

10. Notas Finais ...................................................................................................................................................... 65

11. Demonstrações Financeiras ........................................................................................................................ 67

12. Anexo às Demonstrações Financeiras ..................................................................................................... 73

13. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal .................................................................................................. 131

14. Certificação Legal de Contas .................................................................................................................... 133

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Relatório e Contas 2017

CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Convocatória publicada no “Mensageiro de Bragança” nº3667, em 22 de Fevereiro de 2018

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Relatório e Contas 2017

1. INTRODUÇÃO

O fecho de contas do exercício de 2017 encerra o segundo ano de permanência de Administradores a tempo

inteiro e com dedicação exclusiva, sendo também o ano em que esta CCAM atingiu os melhores resultados de

sempre, após fusão.

A aplicação do regime de imparidades em substituição do anterior modelo de cálculo de provisões para a

carteira de crédito, não afectou, como era esperado, os resultados do exercício da instituição. O mesmo não

deverá suceder no exercício de 2018, uma vez que passa a ser aplicada a IFRS9 que reflectirá as perdas

esperadas da carteira de crédito e não as ocorridas.

Apesar da elevada concorrência e da baixa remuneração, os depósitos mantiveram-se estáveis, o que reflecte

a confiança dos clientes no grupo crédito agrícola.

Fruto do aumento da concessão de crédito, em especial do crédito sindicado e apesar das taxas de juro

continuarem a sua trajectória descendente, a Caixa de Crédito Agrícola da Terra Quente obteve um resultado

líquido superior a um milhão e quinhentos mil euros.

Na vertente de desempenho comercial, concretamente no cumprimento dos objectivos definidos pela Caixa

Central, a Caixa de Crédito Agrícola da Terra Quente cumpriu 20 dos 21 objectivos anuais, o que permitiu situar-

se, no panorama nacional, entre as 20 melhores Caixas.

A totalidade dos rácios normativos apresentados por esta instituição em 2017, encontram-se enquadrados com

os rácios exigidos pela Caixa Central, sendo ainda expressão de bons níveis de rentabilidade e de risco reduzido.

De referir que as obras previstas para os balcões de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Alfândega

da Fé, apesar de adjudicadas não se concretizaram, pois a empresa adjudicante teve que atender a casos

urgentes provocados pelos incêndios, pelo que serão realizadas no decorrer de 2018.

O Conselho de Administração da CCAM da Terra Quente deixa o seu agradecimento a todos os funcionários,

colaboradores, sócios e clientes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis.

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Relatório e Contas 2017

2. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA CCAM

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente foi constituída sob a forma de cooperativa de

responsabilidade limitada, em 20 de Setembro de 1996, compreendendo como áreas de intervenção e negócio

os concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila

Flor.

Encontra-se inscrita na Conservatória de Registo Comercial de Carrazeda de Ansiães sob o número único de

matrícula e identificação de pessoa colectiva 501 780 645, com sede na Rua Luís de Camões na vila de Carrazeda

de Ansiães.

Actualmente a rede de agências e serviços expande-se pelos cinco concelhos identificados, num total de 7

dependências, a saber:

Concelho Localidade Nº Funcionários Morada Local

Alfândega da Fé

Alfândega da Fé 4 Av. Francisco Sá Carneiro

Vilarchão 1 Largo da Praça

Carrazeda de Ansiães

Carrazeda de Ansiães

(Agência) 5 Rua Luis de Camões

Carrazeda de Ansiães

(Sede Administrativa) 11 Rua Luis de Camões

Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espada à Cinta 2 Largo do Melgago

Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo 4 Rua das Amoreiras, nº52

Carviçais 1 Estrada Nacional nº220

Vila Flor Vila Flor 3 Rua Marechal Carmona nº67

Dispomos ainda de uma rede de 10 ATM’s e 2 Balcão24, disponíveis 24 horas por dia para os nossos 4.329

associados e mais de 18,6 mil clientes activos.

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Relatório e Contas 2017

Principais Indicadores

Indicadores 2016

NCA 1

2016 2

NIC 3

2017

NIC ∆ Abs. ∆ p.p.

Actividade

Activo Líquido 144.677.550 144.292.649

150.731.401 6.438.752 4,46%

Aplicações em Instituições de Crédito 65.427.068 65.427.068 60.376.970 -5.050.098 -7,72%

Activos Financeiros 543.827 543.827 543.999 172 0,03%

Crédito a Clientes (bruto) 69.849.605 69.849.605 83.394.433 13.545.128 19,39%

Recurso de Clientes 110.703.095 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%

Rácio Transformação 63,38% 63,38% 76,40% 13,02 p.p. 20,54%

Situação Líquida 16.504.406 16.504.406 18.424.661 1.920.255 11,63%

Rendibilidade

Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,67% -- 2,81% -- --

Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) 5,51% -- 9,80% -- --

Rendibilidade do Activo (ROA) 0,62% -- 1,13% -- --

Solvabilidade

Rácio Common Equity Tier 1 27,64% 27,64% 25,27% -2,37 p.p. -8,57%

Fundos Próprios Principais de Nível 1 15.599.350 15.599.350 16.732.342 1.132.992 7,26%

Rácio Total Capital 27,64% 27,64% 25,27% -2,37 p.p. -8,57%

Qualidade do Crédito

Rácio Crédito Vencido 2,70% 2,70% 2,16% -0,54 p.p. -20,00%

Rácio Crédito Vencido > 90 dias 2,65% 2,65% 2,12% -0,53p.p. -20,00%

Rácio Crédito Vencido Líquido -0,16% -- 1,49% -- --

1 Indicadores registados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas

2 Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos

3 Indicadores ajustados de acordo com as NIC – Normas Internacionais de Contabilidade

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Relatório e Contas 2017

Rácio de Crédito em Risco 4,64% 4,64% 3,01% -1,63p.p. -35,13%

Cobertura Crédito em Risco por provisões /

imparidades 117,33% -- 91,33% -- --

Cobertura Crédito Concedido por Garantias

Reais 68,54% 68,54% 69,22% 0,68p.p. 0,99%

Produtividade / Eficiência

Rácio de Eficiência (Cost to Income) 61,49% 61,49% 58,34% -3,15p.p. -5,12%

Comissões Líquidas / Produto Bancário 25,22% 25,22% 28,69% 3,47p.p. 13,76%

Gastos Gerais Administrativos / Produto Bancário 23,04% 23,04% 20,42% -2,62p.p. -11,37%

Custos com Pessoal. / Produto Bancário 35,67% 35,67% 35,72% 0,05p.p. 0,14%

Activo Líquido Ajustado/ Nº de Empregados 5.390.727 5.377.455 5.574.281 196.826 3,66%

Produto Bancário / Nº de Empregados 127.421 127.421 141.639 14.218 11,16%

Indicadores 2016

NCA 4

2016 5

NIC 6

2017

NIC ∆ Abs. ∆ p.p.

Conta de Exploração

Margem Financeira 2.581.938 2.581.938 2.611.973 30.035 1,16%

Margem Complementar 932.071 932.071 1.178.473 246.402 26,44%

Produto Bancário 3.695.206 3.695.206 4.107.521 412.315 11,16%

(-) Custos de Funcionamento 2.169.914 2.169.914 2.306.251 136.337 6,28%

(-) Provisões e Imparidades Líquidas 333.424 1.605.044 -264.974 -1.870.018 -116,51%

Resultado antes de Imposto 1.085.059 -186.561 1.976.169 2.162.730 1.159,26%

Resultado do Exercício 862.122 -136.227 1.644.905 1.781.132 1.307,47%

4 Indicadores registados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas

5 Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos

6 Indicadores ajustados de acordo com as NIC – Normas Internacionais de Contabilidade

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Relatório e Contas 2017

3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

3.1. ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns

factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos

e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas

e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto

genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos,

mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de

crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras

acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e

redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que

limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o

principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a

nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo

político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim”

no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que

acabou por não acontecer.

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete

anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento

de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias

do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final

do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego

não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor

manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da

meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa

principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência

de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram

reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta

às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para

metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível

seria mantido até Setembro de 2018.

A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do

PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano,

com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os

melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos.

Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a recrutar

para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o

consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-

se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-

se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para

os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento

em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para

empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas,

eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de

impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta

actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de Governador

da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar desta mudança na

liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização

das taxas de juro americanas..

3.2. ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus

2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do

desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros

comerciais.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível,

tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos

custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da

capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da

média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros

trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento

realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a

ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017

(que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução

na política monetária europeia.

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)

2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um

crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre

Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-

se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual

aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo

contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável

dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente,

contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5%

(1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes,

restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se

traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade

pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em

Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do

défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos,

com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2%

do PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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CCAM da Terra Quente, CRL

16

Relatório e Contas 2017

3.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em

alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas

de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões

de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da

CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de

aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a

conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25%

como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no

Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

3.3.1. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE DEPÓSITOS (DEZEMBRO 2012 – DEZEMBRO 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou

2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos

de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume

de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

3.3.2. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE CRÉDITO (DEZEMBRO 2012 – DEZEMBRO 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017

face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo

(NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a

empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a

Dezembro de 2016.

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total

reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos

distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros

e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo

que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

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Relatório e Contas 2017

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à

diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa

81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-

se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no

agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas,

indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do

crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm

elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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Relatório e Contas 2017

3.4. MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a

bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000

no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns

impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das

empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento

foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e

Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa

também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições

francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em

Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda

metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Bolsa Italiana

13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim,

registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às

moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16%

face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos

1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a

1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior

procura do euro contra as restantes moedas.

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das

transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova

Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos

planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo

força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às

medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare.

Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado

o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos

já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na

maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem

tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando

em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do

movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi

condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019,

data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017

a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução

ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta

e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo

iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de

2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da

procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face

à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções

negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho.

Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos

cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a

tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar

o ano em torno dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a

valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das

taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável.

Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e

baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks

na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram

em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos,

nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação

financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017

anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo

a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields

fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política

decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields

espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento

5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado

pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável

situação fiscal.

3.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias

acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos,

nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do

Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade

geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos

efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir

um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China.

O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos

no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma

expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação

do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama

europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema

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Relatório e Contas 2017

bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada não apenas

pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela

necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. A melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) Do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do

esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) Da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) Da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. A pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) Da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital

interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias

necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex. digital,

regulação); e,

(ii) De compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco

(ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. A adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos

requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex.

GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da

actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. A revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile

banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às

alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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Relatório e Contas 2017

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Relatório e Contas 2017

4. CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE

4.1 RESULTADO E BALANÇO – ANÁLISE FINANCEIRA DO GRUPO CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas),

referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

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Relatório e Contas 2017

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de

cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões

de euros alcançados em 2016.

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte

justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este

aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designadamente

nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas

(+7,2%).

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões

de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração

dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento

do volume de depósitos face ao período homólogo.

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Relatório e Contas 2017

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior

liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE.

Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução

das taxas praticadas no mercado.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este

agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos

gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15

milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em relação ao rácio de

cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em 2017, em

linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que passou

de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento

do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações

em títulos (+696 milhões de euros).

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Relatório e Contas 2017

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer

11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de

clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras

instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de

1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema

bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito

Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Relatório e Contas 2017

4.2 OUTROS FACTOS RELEVANTES

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio

obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se

encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário7, permitem afirmar o bom desempenho

do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de

Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como

“A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão” 8. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa

Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice

de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA

Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis

para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras

no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-

indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o

tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016,

realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes

do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de

todas as regiões vitivinícolas do país.

7 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

8 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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CCAM da Terra Quente, CRL

30

Relatório e Contas 2017

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento

de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento

de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42%

(mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas

– realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em

comparação com igual período de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final

de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1

p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do

Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma

subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do

Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta

evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito

e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias

comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias

entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

• NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

• Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

• Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir

para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de

produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua

presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs

só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada

para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi

introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira,

que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de

eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo

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CCAM da Terra Quente, CRL

31

Relatório e Contas 2017

CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio

Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que

tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade

mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida

pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim

como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais

digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e

promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de

comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as diversas acções

de comunicação digital.

Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que

pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores

alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento

que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de

ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti –

School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são

submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados

numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o

ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no

segmento a que se destinou a iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do

Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o

lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento

do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade

Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde

as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal.

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CCAM da Terra Quente, CRL

32

Relatório e Contas 2017

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do

Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar

a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude,

modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos

como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns

desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian

Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram

consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de

Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,

respectivamente;

• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão

Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica

e Fruit Attraction..

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CCAM da Terra Quente, CRL

33

Relatório e Contas 2017

5. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA

Nota: Salvo menção em contrário, todos os valores e indicadores a seguir referidos relativos aos anos de 2013,

2014, 2015 e 2016 estão registados e calculados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas.

Os valores e indicadores referentes a 2017 estão registados e calculados de acordo com as NIC – Normas

Internacionais de Contabilidade. Ver Nota 2.2 dos Anexos às Demonstrações Financeiras.

5.1. ACTIVIDADE COMERCIAL – VISÃO GLOBAL

No exercício de 2017 o volume dos negócios da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente superou os

258 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 5,11% face ao exercício de 2016, ou seja, incremento

superior a 12,5 milhões de euros.

O crescimento de negócio da CCAM manteve assim a tendência dos últimos exercícios, sendo que, nos últimos

5 exercícios, registou-se um incremento global de 37 milhões de euros, com crescimento médio anual superior

a 4%.

Formação do Volume dos Negócios

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Depósitos Totais 102.205.950 106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%

Créditos Totais 57.142.683 59.588.869 64.538.788 69.849.305 83.394.433 13.545.128 19,39%

Aplicações I.C. 62.239.140 57.140.124 65.744.843 65.427.068 60.376.970 -5.050.098 -7,72%

Volume Negócios 221.587.773 223.696.252 237.696.006 245.979.468 258.560.969 12.581.501 5,11%

Valores em euros

É de realçar o crescimento do negócio via concessão de crédito, com incrementos anuais médios próximos dos

6,5 milhões de euros, permitindo assim, em conjunto com o menor crescimento evidenciado pela rúbrica de

captação de depósitos, uma melhoria do nosso Rácio de Transformação. Destaca-se, ainda assim, o incremento

de 4 milhões de euros na captação de recursos de balanço, reforçado pelo crescimento superior a 600 mil euros

na captação de recursos fora do balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de

pensões).

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CCAM da Terra Quente, CRL

34

Relatório e Contas 2017

Evolução do Volume dos Negócios

O Activo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente atingiu os 150,7 milhões de euros, o que

representou um incremento superior a 6 milhões de euros em relação ao valor homólogo de 2016. Sendo um

crescimento substancial, acima de 4%, é de destacar que resultou não só do incremento do volume de negócios

via crédito, que já representa cerca de 54% dos activos da CCAM, mas igualmente do aumento das

disponibilidades via captação de recursos e da manutenção de operações de refinanciamento TLTRO.

Composição do Activo

No passivo, mantém-se o peso dominante dos Recursos de Clientes (86,58), que ascenderam no final do

exercício em análise a 114,85 milhões de euros, um crescimento de 3,7 % face a 2016. De destacar igualmente

o valor de 16,3 milhões de euros (12,3%) referentes aos recursos de outras instituições de crédito, relativas às

operações de refinanciamento TLTRO.

Caixa e Disponibilidades

1,67%

Aplic.em I.C.40,06%

Activos Finan. Detidos P Venda

0,36%

Ativos N/Corr.Det.Venda

0,28%

Crédito Clientes53,85%

Ativos Tan. e Int. e Inv.Filiais2,59%

Outros Ativos1,19%

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2013 2014 2015 2016 2017

102.206 106.967 107.412 110.703 114.790

57.143 59.589 64.539 69.84983.394

62.239 57.14065.745 65.427

60.377e

uro

sM

ilhare

s

Aplic. em I.C. Crédito Total Depósitos Totais

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CCAM da Terra Quente, CRL

35

Relatório e Contas 2017

Composição do Passivo

De referir que, face ao vencimento e consequente liquidação das últimas emissões de Títulos de Investimento

ainda activas (2,69 milhões de euros no final de 2016), a rúbrica de Outros Passivos Subordinados registou no

final do exercício valor nulo.

Relativamente à análise comercial do ano de 2017, no que diz respeito ao cumprimento dos objectivos definidos

e propostos pela Caixa Central para esta Instituição, é de realçar, mais uma vez, o excelente desempenho

alcançado, pois de um total de 21 famílias de produtos com objectivo, cumpriram-se 20, registando estes, graus

de concretização médios (GRO) que variaram entre os 100% e os 216%. A CCAM atingiu assim um GRO global

de 109,9%, o que permitiu atingir um honroso e prestigiante 11º lugar quando comparada com o universo CA

(81 Caixas).

No que diz respeito ao cumprimento dos objectivos internos definidos pela CCAM da Terra Quente, que no

ano de 2017 foram implementados de forma a complementar os anteriormente referidos, é de salientar,

igualmente, o bom desempenho registado: 80 % agências atingiram os objectivos definidos, ou pelo menos o

seu valor mínimo, assim como 61% dos colaboradores. É ainda importante referir que foram distribuídos pelos

colaboradores, em função do cumprimento destes objectivos, aproximadamente 47,8 mil euros relativos a

incentivos, correspondendo a 63,8% do montante máximo definido. Relativamente à comercialização de

seguros destaca-se o crescimento evidenciado pelo ramo real (comercializados através da companhia do Grupo

CA – CA Seguros), que em 2017 registou um aumento, em termos de prémios comerciais emitidos, próximo

dos 66 mil euros (+18%), totalizando uma carteira de 430,67 mil euros. Já a comercialização de seguros do

ramo vida (exceptuando capitalização) registou, no exercício em análise, um crescimento, em termos de

prémios cobrados homólogos, próximo dos 14 %, alcançando um valor de carteira superior a 350 mil euros.

5.2. RECURSOS DE CLIENTES

Na componente de depósitos, foram as aplicações à ordem que evidenciaram um maior crescimento (22,5%),

ou seja, mais 7,6 milhões de euros que no exercício homólogo, mantendo a tendência de crescimento dos

Recursos OIC12,32%

Recursos Clientes86,81%

Provisões0,09%

Passivos p/Imp. Correntes

0,17%

Outros Passivos0,61%

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CCAM da Terra Quente, CRL

36

Relatório e Contas 2017

últimos exercícios. Contrariamente, as rúbricas de Poupança e Depósitos a Prazo evidenciaram decrescimento

conjunto de 3,52 milhões de euros, resultado essencialmente da sua menor competitividade e, em

consequência, de transferência de algumas aplicações para produtos fora do balanço.

Evolução dos Depósitos

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Depósitos Ordem 26.694.611 28.079.079 31.145.845 33.808.605 41.410.590 7.601.985 22,49%

Depósitos Prazo 55.275.722 59.329.800 57.000.292 56.768.817 51.885.392 -4.883.425 -8,60%

Poupanças 20.235.618 19.558.380 19.266.238 20.125.673 21.493.584 1.367.911 6,80%

Total de Depósitos 102.205.951 106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%

Valores em euros

A estrutura dos recursos, medida através de rácio que avalia o peso da componente à ordem no total de

depósitos, situou-se em 2017 nos 36,1%, registando incremento de 6,3% face ao ano de 2016. Este indicador

dá-nos uma ideia da exposição da CCAM ao risco de liquidez, pois são passivos imediatamente exigíveis, sendo

também um rácio que tem ligação directa aos resultados, por estar associado à relevância dos recursos de mais

baixo custo.

Estrutura dos Recursos

Salienta-se o crescimento sustentado verificado nesta rúbrica nos últimos anos (desde o ano de 2013, a taxa de

crescimento médio anual tem-se situado próximo dos 3,1%), abrangendo a totalidade das nossas agências,

situação que, tal como nos últimos quatro exercícios, volta a ser especialmente relevante no exercício em

análise, pois a instabilidade dos mercados, a desconfiança criada em volta do sistema bancário e essencialmente

a forte concorrência pela captação de recursos, criaram dificuldades adicionais ao crescimento e, como se

referiru anteriormente, na própria manutenção das aplicações a prazo. Este incremento contínuo na captação

de recursos ao longo dos últimos exercícios, tem permitido que esta Caixa Agrícola apresente rácios de liquidez

bastante saudáveis, tendo um efeito determinante na criação de dimensão e na manutenção da

sustentabilidade financeira, que, no contexto actual, é de extrema importância.

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2013 2014 2015 2016 2017

26.695 28.079 31.146 33.80941.411

55.276 59.330 57.000 56.76951.885

20.23619.558 19.266 20.126 21.494

eu

ros

Milh

are

s

Poupanças Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem

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CCAM da Terra Quente, CRL

37

Relatório e Contas 2017

Evolução Carteira Produtos Fora do Balanço e Títulos de Investimento

Rúbricas 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Títulos de Investimento CCAM 3.834.694 4.202.026 2.686.856 0 -2.686.856 -100,00%

Fundos Investimento Mobiliário CA

Gest

920.228 1.572.963 1.985.178 2.660.932 675.754 34,04%

Fundos Investimento Imobiliário 680.925 1.612.135 2.244.234 4.084.783 1.840.549 82,01%

Fundo de Pensões 171.574 260.386 552.582 174.913 -377.669 -68,35%

Seguros de Capitalização CA Vida 7.234.975 9.988.849 9.754.781 8.261.817 -1.492.964 -15,30%

Total 12.842.396 17.636.359 17.223.631 15.182.445 -2.041.186 -11,85%

Valores em euros

Convém referir igualmente a captação de recursos em produtos fora do balanço e colocação de títulos de

investimento, que nos últimos exercícios conquistaram um peso significativo na nossa actividade comercial,

pese embora no exercício de 2017, pelo facto se terem vencido e consequentemente liquidado as últimas

emissão de Títulos de Investimento que se encontravam ainda activas, assim como pelo término de

comercialização de alguns produtos de capitalização pela CA Vida, a nossa carteira destes produtos tenha

diminuído em aproximadamente 2 milhões de euros, registando um valor global superior a 15,1 milhões de

euros.

5.3. CRÉDITO

No final do exercício em análise a carteira de crédito alcançou o montante de 83,4 milhões de euros,

correspondendo a um acréscimo de 13,5 milhões de euros (+19,4%) face ao registado no exercício anterior,

acentuando assim a tendência de longo prazo de crescimento sustentado desta rubrica, tendo-se registado

inclusivamente o maior crescimento dos últimos exercícios.

Evolução do Crédito Concedido

40.000

45.000

50.000

55.000

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

2013 2014 2015 2016 2017

57.26359.627

64.563

69.814

83.394

eu

ros

Milh

are

s

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CCAM da Terra Quente, CRL

38

Relatório e Contas 2017

Este crescimento, planeado e orientado para determinada tipologia de créditos, resultou num incremento em

termos de rentabilidade da CCAM, tanto maior quando comparado com a rentabilidade média dos nossos

recursos depositados na Caixa Central e com o facto da captação de recursos de clientes não ter crescido em

idêntica proporção. No entanto, salienta-se o facto de continuarmos a adoptar medidas rigorosas na concessão

de crédito, nomeadamente de análise de risco, enquadramento e contratação, assim como de

acompanhamento de clientes e operações, no sentido de manter o risco de crédito associado ao

incumprimento em níveis reduzidos, como tem sido histórico nesta instituição.

No final de 2017 a nossa carteira de crédito, em mais de 67%, concentrava-se em financiamentos ao sector

produtivo da nossa economia, sendo que o volume de crédito a empresas ultrapassou os 30 milhões de euros,

representando mais de 36% da carteira e registando um crescimento homologo próximo dos 31%.

Crescimentos idênticos foram registados para os financiamentos à Administração Pública (31%) e Instituições

sem Fins Lucrativos (39%). O crédito concedido ao sector privado (particulares), registou igualmente

crescimento próximo dos 14%, tendo a respectiva carteira se fixado nos 27,2 milhões de euros (33% do volume

de crédito).

Caracterização da Carteira de Crédito (Bruto)

Tipo de Cliente 2016 2017 Variação 2016/2017

Carteira % Total Carteira % Total Valor %

Particulares 23.875.712 34,20% 27.169.418 32,59% 3.293.706 13,80%

ENI 14.307.416 20,49% 14.320.997 17,18% 13.581 0,09%

Empresas não financeiras 23.029.778 32,99% 30.242.528 36.28% 7.212.750 31,32%

Administração Pública 7.448.142 10,67% 9.820.013 11,78% 2.371.871 31,85%

Instituições sem fins lucrativos 1.639.763 2,35% 2.282.566 2,74% 642.803 39,20%

N.E. -486.346 -0,70% -475.301 -0,57% -11.045 -2,27%

Total 69.814.465 100,00% 83.360.221 100,00% 13.545.756 19,40%

Valores em euros

Analisando a carteira de crédito por tipologia de produto é de referir que o Crédito à Habitação mantem o

peso predominante, com cerca de 32% do total de crédito concedido, tendo registado um crescimento próximo

dos 3 milhões de euros em 2017 (+12,3%), sendo igualmente de destacar o peso representado pelo Crédito à

Actividade a Empresas, 21,7%, numa carteira que chega aos 18,1 milhões de euros. A tipologia de crédito que

registou maior crescimento homólogo foi o Crédito ao Investimento a Empresas (+234%), fixando-se a

respectiva carteira nos 7 milhões de euros.

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CCAM da Terra Quente, CRL

39

Relatório e Contas 2017

Caracterização da Carteira de Crédito (Bruto)

Tipo de Produto 2016 2017 Variação 2016/2017

Carteira % Total Carteira % Total Valor %

Crédito à Habitação - Particulares 24.036.479 34,43% 26.979.797 32,37% 2.943.318 12,25%

Crédito Consumo e outros fins - Particulares 9.182.286 13,15% 9.474.938 11,37% 292.652 3,19%

Cartões de Crédito - Particulares 188.460 0,27% 188.449 0,23% -12 -0,01%

Crédito à Actividade - ENI's 1.570.354 2,25% 1.438.637 1,73% -131.717 -8,39%

Crédito ao Investimento - ENI's 3.198.670 4,58% 3.400.502 4,08% 201.833 6,31%

Cartões de Crédito - ENI´s 6.880 0,01% 8.092 0,01% 1.213 17,63%

Crédito à Actividade - Empresas 17.978.648 25,75% 18.120.809 21,74% 142.160 0,79%

Crédito ao Investimento - Empresas 3.013.575 4,32% 10.064.526 12,07% 7.050.951 233,97%

Cartões de Crédito - Empresas 5.258 0,01% 4.498 0,01% -760 -14,46%

Leasing - Empresas 46.428 0,07% 33.903 0,04% -12.525 -26,98%

Papel Comercial 1.985.868 2,84% 2.018.793 2,42% 32.924 1,66%

Outros 9.087.905 13,02% 12.102.579 14,52% 3.014.673 33,17%

N.E. -486.346 -0,70% -475.301 -0,57% 11.045 -2,27%

Total 69.814.465 100,00% 83.360.221 100,00% 13.545.756 19,40%

Valores em euros

Os factores relatados anteriormente motivaram o crescimento do rácio de transformação de depósitos em

crédito. O contínuo aumento da concessão de crédito e o menor aumento, no exercício, da captação de

recursos, levaram a que este rácio se tivesse situado, no final do exercício de 2017, acima dos 73%, resultando

assim num incremento dos índices de rentabilidade.

Rácio de Transformação

2013 2014 2015 2016 2017

55,91%55,71%

60,09%

63,38%

73,40%

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CCAM da Terra Quente, CRL

40

Relatório e Contas 2017

5.4. CRÉDITO VENCIDO

A situação económica das famílias e das empresas, debilitada pelos sucessivos anos de forte condicionamento

e dificuldades, resultaram, nos últimos exercícios, no aumento das situações de incumprimento de crédito. Toda

a banca nacional continua fortemente afectada por este fenómeno que motivou a deterioração da qualidade

da carteira de crédito e dos seus respectivos rácios.

Nos últimos exercícios estes constrangimentos afectaram a CCAM da Terra Quente de uma forma pronunciada,

pelo que alguns dos nossos indicadores de crédito vencido sofreram evolução negativa. No entanto, no

exercício em análise e mantendo a evolução muito significativa iniciada em 2016, a nossa carteira de crédito

registou uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, ao verificar uma redução do crédito vencido

em cerca de 87 mil euros (o que representa um decréscimo de cerca de 5%), com o segmento do crédito

empresarial a ser o principal responsável pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo

para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem da CCAM às actividades de

acompanhamento e recuperação de crédito. Este registo é mais significativo quando comparado com o

crescimento da carteira de crédito (+19,4%) e com o facto de no ano de 2017 não se ter procedido a abates ao

activo (write-offs).

Crédito Vencido e em Risco

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Crédito Vencido 1.844.520 2.235.656 2.704.997 1.885.751 1.798.568 -87.183 -4,62%

Crédito Vencido > 90 dias 1.745.728 2.159.281 2.652.529 1.849.229 1.766.011 -83.218 -4,50%

Rácio Créd. Vencido (RCV) 3,23% 3,75% 4,19% 2,70% 2,16% -0,54% --

Rácio Créd. Vencido > 90 dias 3,06% 3,62% 4,11% 2,62% 2,12% -0.50% --

Rácio Créd. Vencido Liquido 1,36% 0,80% 0,54% -0,16% 1,49% -- --

Rácio de Crédito em Risco 4,47% 5,17% 4,44% 4.,64% 3,01% -1,63% --

Imparidade da Carteira -- -- -- -- 2.326.192 -- --

Cobertura do Crédito Vencido

> 90 dias por imparidades

-- -- -- -- 131,72% -- --

Cobertura do Crédito em

Risco por imparidades

-- -- -- -- 91,33% -- --

Valores em euros

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CCAM da Terra Quente, CRL

41

Relatório e Contas 2017

De salientar que a performance da CCAM da Terra Quente na recuperação do Crédito Vencido, quer no último

exercício quer em exercícios anteriores aqui referenciados, quando comparada com a média da banca nacional

e outras congéneres Caixas Agrícolas, foi substancialmente melhor, sendo esse registo evidenciado pelos rácios

de crédito vencido, que registaram evolução positiva em 2017. Também o indicador de crédito em risco (que

incluiu não só crédito vencido mas igualmente créditos não vencidos, mas considerados de risco elevado), fruto

do acompanhamento que foi efectuado à carteira de crédito e respectivos clientes, registou evolução positiva,

tendo-se fixado ligeiramente acima de 3%.

Rácio de Crédito Vencido e em Risco

Relativamente ao exercício anterior, verificou-se um decréscimo de 87 mil euros em termos de crédito vencido

bruto e um decréscimo da mesma grandeza na componente de crédito vencido de maior maturidade. Os rácios

e indicadores de incumprimento brutos registaram importantes descidas, encontrando-se enquadrados nos

limites definidos e planeados. De registar, no entanto, a evolução menos positiva do indicador de crédito

vencido líquido, que em 2016 tinha registado valores inclusivamente negativos e que no exercício em análise

se fixou nos 1,49%. A adopção de novas regras de gestão da carteira de crédito, com a necessidade de calcular

imparidades para a carteira de crédito (ao invés das anteriores provisões) e definição de novos critérios e

parâmetros de risco de crédito e de incumprimento, motivaram a recuperação de provisões constituídas e o

crescimento daquele indicador.

4,47%5,17%

4,44%4,64%

3,01%3,23%

3,75% 4,19%

2,70%2,16%

3,06%

3,62%4,11%

2,62%

2,12%

1,36% 0,80% 0,54% -0,16%

1,49…

-1,00%

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

2013 2014 2015 2016 2017

Crédito em Risco Crédito Vencido Crédito Vencido + 90 Dias Crédito Vencido Líquido

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CCAM da Terra Quente, CRL

42

Relatório e Contas 2017

Crédito Vencido por Tipo de Cliente

Tipo de Cliente 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor % Total RCV Valor % Total RCV Valor %

Particulares 426.443 22,6% 1,8% 819.167 45,5% 3,0% 392.724 92,1%

ENI 818.649 43,4% 5,7% 822.076 45,7% 5,7% 3.427 0,4%

Empresas não

financeiras 603.454 32,0% 2,6% 157.325 8,7% 0,5% -446.129 -73,9%

Administração Pública 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 0,0%

Instituições sem fins

lucrativos 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 0,0%

N.E. 37.205 2,0% -- 0 0,0% -- -37.205 -100,0%

Total 1.885.751 100,00% 2,70% 1.798.568 100,00% 2,16% -87.183 -4,6%

Valores em euros

Em 2017 a redução da sinistralidade global da carteira de crédito, concentrou-se essencialmente no crédito a

empresas, que registou um decréscimo homólogo superior a 73%, finalizando o exercício com um rácio de

apenas 0,5%. Destacou-.se, pela negativa, a sinistralidade crescente da carteira de crédito a particulares, cujo

rácio evolui de 1,8% em 2016 para 3% em 2017, sendo de destacar como factor de maior preocupação e atenção

o crescimento dos indicadores de incumprimento no Crédito à Habitação (cresceu 20% para os 1,4%) e Crédito

ao Consumo (cresceu 58% para os 11%).

Crédito Vencido por Tipo de Produto

Tipo de Produto 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor % Total RCV Valor % Total RCV Valor %

Crédito à Habitação -

Particulares 251.027 13,3% 1,0% 367.551 20,4% 1,4% 116.524 46,4%

Crédito Consumo e outros

fins - Particulares 789.905 41,9% 8,6% 1.050.552 58,4% 11,1% 260.647 33,0%

Cartões de Crédito -

Particulares 12.741 0,7% 6,8% 18.159 1,0% 9,6% 5.418 42,5%

Crédito à Actividade - ENI's 150.322 8,0% 9,6% 142.243 7,9% 9,9% -8.079 -5,4%

Crédito ao Investimento -

ENI's 41.098 2,2% 1,3% 62.246 3,5% 1,8% 21.148 51,5%

Cartões de Crédito - ENI´s 0 0,0% 0,0% 493 0,0% 6,1% 493 --

Crédito à Actividade -

Empresas 603.449 32,0% 3,4% 151.514 8,4% 0,8% -451.935 -74,9%

Crédito ao Investimento -

Empresas 0 0,0% 0,0% 5.330 0,3% 0,1% 5.330 --

Cartões de Crédito -

Empresas 5 0,0% 0,1% 481 0,0% 10,0% 476 9520%

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CCAM da Terra Quente, CRL

43

Relatório e Contas 2017

Leasing - Empresas 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --

Papel Comercial 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --

Outros 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --

N.E. 37.205 2,0% -- 0 0,0% -- -37.205 -100,0%

Total 1.885.751 100,00% 2,70% 1.798.568 100,00% 2,16% -87.183 -4,6%

Valores em euros

O controlo e manutenção desta rubrica dentro dos limites considerados de bom risco é igualmente fruto do

continuado esforço que se encetou nos últimos anos, no sentido de colocar a CCAM da Terra Quente a um

bom nível neste indicador fulcral para a saúde financeira das Instituições de Crédito, mesmo que as

condicionantes económicas e a evolução do próprio mercado, não sejam, ainda, favoráveis.

5.5. INDICADORES DE ESTRUTURA E DIMENSÃO

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Activo Líquido 127.209.14

1

127.785.152 137.026.574 144.292.649* 150.731.401 6.438.752 4,46%

Liquidez Total 65.208.39

2

64.520.950 69.071.411 71.090.803 63.438.765 -7.652.038 -10,76%

Crédito a Clientes 57.142.683 59.588.869 64.538.788 69.849.305 83.394.433 13.545.128 19,39%

Recursos de Clientes 102.205.95

0

106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%

Act. Tang, Int. Invest. 3.973.586 4.112.922 4.027.018 3.985.389 3.908.643 -76.746 -1,93%

Act. Não Corr, D. P/Venda 583.639 571.671 654.121 573.839 436.958 -136.881 -23,85%

Fundos Próprios 15.900.266 14.894.113

15.750.170

15.599.350

16.732.342

1.132.992 7,26%

Situação Líquida 14.149.212 14.835.821 15.571.118 16.504.406 18.424.661 1.920.255 11,63%

Valores em euros * Valor ajustado às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos

Por motivos apontados anteriormente, que tiveram a ver não só com o incremento do volume de negócios,

mas igualmente com as operações de refinanciamento TLTRO, o Activo Líquido registou forte incremento face

a 2016 (+4,18%).

Em termos de liquidez, a Instituição registou decréscimo próximo dos 11%, fixando-se nos 63 milhões de euros,

resultado da aplicação dos excedentes em crédito a clientes. A Situação Líquida apresentada pela Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente no exercício em análise é evidência do crescimento e rentabilidade

alcançados, tendo superado a fasquia dos 18 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 11,6% face

a 2016. De registar igualmente os mais de 16,7 milhões de euros referentes aos Fundos Próprios da instituição.

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CCAM da Terra Quente, CRL

44

Relatório e Contas 2017

Evolução da Situação Líquida

5.6. INDICADORES DE EXPLORAÇÃO E RENDIBILIDADE

Indicadores de Exploração

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2016 * 2017 Variação 2016/2017

Valor %

Margem Financeira 2.572.933 2.595.788 2.555.930 2.581.938 2.581.938 2.611.973 30.035 1,16%

Margem Complementar 979.442 1.076.915 1.143.629 932.071 932.071 1.178.473 246.402 26,44%

Produto Bancário 3.772.216 4.521.419 3.960.807 3.695.206 3.695.206 4.107.521 412.315 11,16%

Custos de

Funcionamento 2.342.710 2.080.511 2.128.070 2.169.914 2.169.914 2.306.251 136.337 6,28%

Meios Libertos 1.429.505 2.440.908 1.832.737 1.525.292 1.525.292 1.801.270 275.978 18,09%

Provisões, Correc.

Imparid. Liquidas 425.321 1.076.217 483.561 338.009 1.605.044 -264.974 -1.870.018 -116,51%

Resultado Líquido 627.107 725.322 809.888 862.122 -136.227 1.644.905 1.781.132 1.307%

Valores em Euros * Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos

A Margem Financeira, diferencial entre juros recebidos e juros pagos, cresceu em 2017 cerca de 30 mil euros,

fixando-se nos 2,61 milhões de euros. Apesar da permanência das taxas Euribor em níveis muito baixos, mesmo

negativos, e da forte concorrência pela captação de recursos e concessão de crédito, que pressionaram

fortemente aquela componente, a CCAM da Terra Quente, pela gestão que efectuou das disponibilidades

existentes, assim como pelo crescimento do negócio via crédito, alcançou um importante registo nesta rúbrica,

superior a todos os exercícios analisados.

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

2013 2014 2015 2016 2017

14.14914.836

15.57116.504

18.425e

uro

sM

ilha

res

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CCAM da Terra Quente, CRL

45

Relatório e Contas 2017

Evolução da Margem Financeira

Por sua vez a Margem Complementar registou um crescimento homólogo próximo dos 246 mil euros,

registando um valor superior a 1,17 milhões de euros. Para este aumento contribuiu não só o comissionamento

oriundo da captação de novos negócios, mas também de forma determinante, o facto de, para algumas

comissões relativas ao negócio via cross-selling (essencialmente oriundas da CA Vida e Ca Seguros) referentes

ao exercício de 2016, não ter sido possível o seu registo contabilístico nesse exercício, tendo sido registadas

apenas no ano em análise.

A Margem Complementar gerada pela CCAM da Terra Quente permitiu que a sua relevância relativamente ao

Produto Bancário se fixasse nos 29,7%, bem acima do novo mínimo orientativo da DAS (20%). Paralelamente,

é facto de registo, a circunstância de estes proveitos permitirem cobrir, neste exercício, a totalidade dos Gastos

Gerais Administrativos (rácio de 140%), bem como 80% dos Custos com o Pessoal, consumando um rácio de

cobertura de Custos de Funcionamento de 51%.

Evolução da Margem de Negócio

4.607 4.440 3.849

3.164

2.855

2.034 1.845 1.293

582 243

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2013 2014 2015 2016 2017

Milh

are

s E

uro

s

Juros Recebidos Juros Pagos

2.573 2.596 2.556 2.582 2.612

979 1.077 1.144 9321.178

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

2013 2014 2015 2016 2017

Milh

are

s E

uro

s

Marg. Complementar Marg.Financeira

Page 47: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

46

Relatório e Contas 2017

O Produto Bancário, em consequência essencialmente do exposto, mas igualmente pelo acréscimo da rúbrica

de recuperação extraordinária de custos de exercícios anteriores, registou um aumento superior a 11%, fixando-

se nos 4,1 milhões de euros.

Os Custos de Funcionamento – Custos com Pessoal e Gastos Gerais Administrativos – ascenderam a 2,3 milhões

de euros, representando um crescimento de 6,3% em relação ao ano anterior. Se os Gastos Gerais

Administrativos registaram uma variação negativa homóloga na ordem dos -1,5%, já os Custos com Pessoal,

em consequência do aumento dos custos com a nova estrutura organizativa, aumento do quadro

colaboradores e de incentivos atribuídos em função dos objectivos alcançados, registaram um crescimento na

ordem dos 149 mil euros, uma variação homóloga superior a 11%.

Custos Funcionamento / Produto Bancário

No exercício de 2017, o resultado líquido das provisões, correcções e imparidades de crédito ascendeu a 265

mil euros. Como referido anteriormente a adopção de novas regras de gestão da carteira de crédito

(imparidades vs provisões), com a definição de novos critérios e parâmetros de risco de crédito e de

incumprimento, motivaram a recuperação de provisões constituídas.

Provisões, Correcções e Imparidades Líquidas

3.7724.521 3.961

3.695 4.108

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2013 2014 2015 2016 2017

Milh

are

s E

uro

s

Produto Bancário Custos Funcionamento

-1.200

-1.000

-800

-600

-400

-200

0

200

400

2013 2014 2015 2016 2017

-425

-1.076

-484

-333

265

Milh

are

s E

uro

s

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CCAM da Terra Quente, CRL

47

Relatório e Contas 2017

Os resultados obtidos neste exercício são demonstrativos por um lado da estratégia de crescimento orgânico

implementado nos últimos exercícios, a qual visou reforçar o crescimento sustentado, criando condições para

que, ano após ano e tendo em conta a oscilação das condições de mercado, ocorra incremento na geração de

resultados e, por outro lado, reflexo do crescimento extraordinário do comissionamento liquido registado no

exercício, assim como a recuperação de provisões de exercícios anteriores.

Evolução dos Resultados do Exercício

A conjugação dos elementos atrás expostos possibilitou encerrar o exercício 2017 com o Resultado Líquido de

1.644.904,90 euros, tendo os Meios Libertos atingido os 1,8 milhões de euros.

Indicadores de Rendibilidade

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017

Rendibilidade Bruta do Activo 1,05% 1,86% 1,32% 1,03% 1,17%

Rendibilidade do Activo (ROA) 0,51% 0,58% 0,62% 0,62% 1,13%

Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) 4,64% 5,14% 5,49% 5,51% 9,80%

Produto Bancário / Activo Líquido Médio 3,06% 3,63% 3,02% 2,67% 2,81%

RAI / Activo Líquido Médio 0,70% 0,99% 0,95% 0,78% 1,35%

Cost to Income - Custos Totais / Prod. Bancário 65,75% 48,82% 56,34% 61,49% 58,34%

A totalidade dos rácios de rendibilidade em análise, apresentam valores considerados de bom risco, sendo

reveladores da estabilidade da CCAM ao nível da rentabilidade da sua estrutura e evidenciando sinais positivos

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2013 2014 2015 2016 2017

627

725810

862

1.645

Milh

are

s E

uro

s

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Relatório e Contas 2017

quando comparados com os rácios evidenciados em exercícios anteriores. É de ressalvar o indicar de

rentabilidade dos nossos capitais próprios (ROE) com registo já superior aos 9,8%, bem como a rentabilidade

assegurada pelos nossos activos, mesmo considerando que o aumento de negócio, no exercício em causa, foi

proporcionalmente superior à rentabilidade gerada por esse negócio.

5.7. INDICADORES PRUDENCIAIS

Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017

Rácio Common Equity Tier 1 27,62% 28,47% 28,89% 27,64% 25,27%

Rácio de Crédito Vencido 3,23% 3,75% 4,19% 2,70% 2,16%

Rácio de Crédito Vencido Líquido 1,36% 0,80% 0,54% -0,16% 1,49%

Rácio de Eficiência 65,75% 48,82% 56,34% 61,49% 58,34%

Comissões/Produto Bancário 25,96% 23,82% 28,87% 25,22% 28,69%

Produto Bancário / Nº Empregados* 145.085 155.911 132.027 127.421 141.639

Activo Líquido Ajustado/ Nº Empregados* -- -- 4.953.161 5.390.727 5.574.281

Rácio de Transformação 60,01% 57,29% 60,09% 63,38% 76,40%

ANCDV / Activo Total 0,46% 0,45% 0,48% 0,40% 0,29%

*Valores em Euros;

O Rácio Common Equity Tier 1 atingiu em 2017 os 25,27%, expressão da solidez estrutural desta Instituição,

tanto maior quando comparado com o mínimo exigido em termos orientativos (10%).

Os rácios relativos ao comportamento do Crédito Vencido, pelas razões já enunciadas, sofreram genericamente

variações bastante positivas, enquadrando-se, por larga margem, nos limites máximos regulamentares e

salvaguardados pelas imparidades registadas. Também os indicadores relativos à rentabilidade do Activo e

Produto Bancário, medidos em termos de número de empregados, bem como o Rácio de Transformação, se

enquadraram folgadamente nos limites prudenciais, destacando-se este ultimo pelo crescimento registado,

potenciador de um aumento de rentabilidade.

Por ultimo fazer referência à evolução positiva do Rácio de Eficiência, que finalizou o exercício nos 58,3%,

estando assim totalmente enquadrado no limite máximo orientativo (70%) e ao indicador de Activos Não

Correntes Detidos para Venda, que registou um valor próximo dos 0,3% do total do Activo, também ele

amplamente enquadrado no intervalo considerado de bom risco e orientativo, que define como valor máximo

os 6%.

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Relatório e Contas 2017

6. MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2017

Sócios activos existentes em 31/12/2016 4.281

Sócios admitidos durante o ano de 2017 103

Sócios que solicitaram exoneração ou registado o falecimento durante o ano de 2017 55

SÓCIOS ACTIVOS em 31/12/2017 após aprovação em Assembleia Geral 4.329

Lista de Exonerações

21900002600 HENRIQUE L M MELO

21900001737 ANTONIO LUIS O BALTAZAR

21920100434 DULCE ASSUNCAO R CASTRO

21900002652 WELCOME CHANGE LDA

21920100531 JOÃO ALBERTO FONSECA TRIGO

21920100646 ARTUR ALBERTO MADUREIRA

21930200701 STOPEÇAS PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO LDA

21920101066 ANTONIO CANDIDO RABAÇAL CASTRO

21920101180 HORACIO MANUEL RACHADO CASTILHO

21900002738 MARIA AMELIA SOEIRO MEIRELES

21900001235 JOÃO ALBERTO SOUSA GONÇALVES

21930200700 ANTONIO RAMOS TOPETE CARREGA

21900001130 LIDIA JESUS CRUZ GRILO

21930200533 SILVINO ANTÓNIO COSTA

21920100655 ARMENIO ILIDIO BENTO

21900001229 JERÓNIMO AZEVEDO PIRES

21900000914 ALFREDO AUGUSTO VAZ MESQUITA

21900000710 GUILHERMINO AUGUSTO MOREIRA

21900001257 LUIS MANUEL VILA REAL PEREIRA

21900000738 ARMINDO MEIRELES

21900002757 ISABEL MARIA ALMEIDA CASTRO TRIGO

21920100257 JOAQUIM ANTONIO RICARDO

21900001741 LUIS MANUEL MAGALHÃES MOUTINHO

21900002741 PRECIOSA ARMINDA CASCAIS

21930200884 MANUEL JOAQUIM BATISTA

21900001144 PADARIA PANQUENTE

21900002745 DANIEL ESCOVAL MOREIRA

21900000210 MANUEL DECIO MONTEIRO

21900001658 LUIS MIGUEL TRIGO MORAIS

21930200846 FERNANDA AUGUSTA R S GIL

21900002156 CARLOS JERÓNIMO FERREIRA PIRES

21900001968 EDGAR ANTONIO CORDEIRO

21900001715 MANUEL EDUARDO DE CASTRO

21900002785 CLAUDIA MARIA ABREU MESQUITA

21900002209 HELDER JOSÉ TEIXEIRA DE CARVALHO

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Relatório e Contas 2017

21900002307 EURICO ALBINO FAUSTINO

21900002643 CHURRASCARIA VEIGA - UNIPESSOAL LDA

21900002557 PEDRO MIGUEL MADEIRA MARTINS

21920101364 TERESA DE JESUS FERREIRA AFONSO

21920100280 MARIA CELESTE FERREIRA

21900001507 JOÃO MANUEL DOS SANTOS PEREIRA

21900001985 CONSTANTINO ALBERTO BEBIANO TEIXEIRA

21900001470 JOSÉ JOAQUIM MARTINS ABADE

21920100590 JULIO AUGUSTO CELEIROS

21930200669 MARIA DE LURDES BATA

21900002993 ARTUR AUGUSTO NETO

21900001320 MARIA ODETE DIAS SEIXAS

21900002388 LUIS MIGUEL MARTINS RABACAL GONCALVES

21920101282 CARMEN DOLORES AGOSTINHO TRAGUEDO MACEDO

21920101380 FACOAL - TRACTORES E ALFAIAS AGRÍCOLAS LDA

21900002639 JT LUBRIFICANTES LDA

21900002358 MADEIRA,NEVES,TEIXEIRA LDA

21900000952 CARLOS A P S & FILHOS SA

21930200163 ANIBAL ALBERTO FERNANDES

21920100869 ANTONIO MANUEL VIEIRA BEBIANO

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Relatório e Contas 2017

7. DÍVIDAS À ADMINISTRAÇÃO FISCAL E SEGURANÇA SOCIAL

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente não tem, no fim do exercício em análise, qualquer dívida

perante a Administração Fiscal e Segurança Social.

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Relatório e Contas 2017

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Relatório e Contas 2017

8. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM

8.1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente

conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor

Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um

mandato de três anos.

8.2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

8.3. ASSEMBLEIA GERAL

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um presidente, um vice-presidente e um Secretário.

8.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Manuel Rui Araújo Meneses Pimentel

Vice-Presidente: António Júlio Relhas

Secretário: José Francisco Pires Trigo

8.3.2. Competências da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam

competências, competindo-lhe, em especial:

▪ Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

▪ Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

▪ Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

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Relatório e Contas 2017

▪ Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

▪ Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos

cooperativos de grau superior;

▪ Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

▪ Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da

Assembleia Geral;

▪ Decidir da alteração dos Estatutos.

8.4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e

de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por 5 membros, com mandato para o triénio 2016/2018.

8.4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Ricardo Manuel Paninho Pereira

Vogal: Fernando Manuel Gil

Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves

Vogal: Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel

Vogal: António Alfredo Figueiredo

Suplente: Rui Filipe Moura de Carvalho

8.4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo

com os Estatutos:

▪ Administrar e representar a Caixa Agrícola;

▪ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento

para o exercício seguinte;

▪ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

▪ Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

▪ Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

▪ Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

▪ Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

▪ Organizar, dirigir e disciplinar os serviços;

▪ Adquirir bens móveis e imóveis para a recuperação de créditos em situação de incumprimento e

proceder à sua alienação nos termos legais.

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

8.4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 2 vezes por mês, tendo realizado um total de 26 reuniões

em 2017.

8.5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou

uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal,

de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

8.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

8.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Fernando Jaime Castro Candeias

Vogal: Aníbal Tito Fernandes Reis (falecido a 9 de Novembro de 2017)

Vogal: João Carlos Quinteiro Nunes

Vogal: Sandra Carla Raimundo (desde 28 de Dezembro de 2017, sendo suplente até essa data)

Suplente: Esmeralda da Conceição Teixeira Pires (desde 28 de Dezembro de 2017)

8.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total de 5 reuniões.

8.5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo:

Efetivo: PKF & Associados, SROC, Lda

Suplente: Célia Maria Pedro Custódio

8.6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

1. Em 21 de Dezembro de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra

Quente, CRL apreciou e aprovou a Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

Instituição, em cumprimento do disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

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Relatório e Contas 2017

2. Nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, reproduz-se

na presente a referida Política, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo:

“POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA TERRA QUENTE, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

(RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-

Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DA TERRA QUENTE, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da

Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e

proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade

da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de

centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer

instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs

4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas

somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes

instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se

revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

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Relatório e Contas 2017

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de

Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos

de Capital);

f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na

definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza

jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita

Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor

senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte

tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector

Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses

de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições

do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis

com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de

sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência

ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de

Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório

do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de

riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses

de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade

organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral,

sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos

uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das

remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de,

não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma

de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de

qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo

de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor

moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal

avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente

relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre

Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios

sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse

Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor

fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto

Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias

contidas no mesmo Estatuto.

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal

justificadamente incorram no exercício das suas funções.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa

componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em

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CCAM da Terra Quente, CRL

59

Relatório e Contas 2017

que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de

Natal), de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto

Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias

contidas no referido Estatuto.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham

sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma

remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de

trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à

generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza

não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do

vínculo laboral.

Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito

a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição.

Acresce à referida remuneração a atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das funções

de Membro do Órgão de Administração, bem direito ao reembolso de despesas de serviço desde que

devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da

Instituição.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais

se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão

de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são

inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso

nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável,

pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos

mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

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Relatório e Contas 2017

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são

inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a

Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes

confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados

com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais

compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários

os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição

qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que

é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por

sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem

são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de

alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato

que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo

prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho,

indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme

referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos

termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente

numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos

àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e

subsídios de Natal.

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Relatório e Contas 2017

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente

justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no

âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Carrazeda de Ansiães, 25 de Novembro de 2016”

3. Remunerações Pagas

Conselho de Administração

Presidente: Prof. Ricardo Manuel Paninho Pereira 32.200,00 €

Vogal: Eng.º Fernando Manuel Gil 36.232,00 €

Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves 78.750,00 €

Vogal: Dr. Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel 36.232,00 €

Vogal: Eng.º António Alfredo Figueiredo 16.100,00 €

Total 199.514,00 €

Conselho Fiscal

Presidente: Eng.º Fernando Jaime Castro Candeias 1.250,00 €

Vogal: Aníbal Tito Fernandes dos Reis 600,00 €

Vogal: Dr. João Carlos Quinteiro Nunes 1.200,00 €

Total 3.050,00 €

Revisor Oficial de Contas (excluindo IVA)

PKF & Associados, SROC, LDA 10.000,00 €

Total 10.000,00 €

Total 212.564,00 €

B) Política de Remuneração de Colaboradores

1. Dando cumprimento ao disposto no n.º 3 do artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, é prestada

a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

a. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 auferem uma

remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a

qual pode ainda integrar um complemento remunerativo casuístico.

b. Também podem ser atribuídas uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível

de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

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Relatório e Contas 2017

c. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de

um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

d. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são

divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da

instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela

hierarquia directa dos colaboradores, quando a mesma seja efectuada.

e. Pode também ser atribuído pelo Conselho de Administração um montante pecuniário aos colaboradores,

com base nos resultados alcançados pelas diversas áreas da Caixa Agrícola.

f. A componente variável poderá ser assim atribuída anualmente, considerando o resultado da avaliação de

competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos

aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com

clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor

a longo prazo.

g. A remuneração variável, quando atribuída, é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do

ano transacto.

h. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem

expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um

dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

i. Atento o disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, os colaboradores

abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: remuneração bruta

fixa em 2017 de 45.306,15 € e variável de 9.148,65 €.

Face ao teor da Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, CRL para o

exercício de 2017, e do ocorrido durante esse exercício, não são aplicáveis ou inexistem:

a. Remunerações diferidas que não tenham sido pagas;

b. Remunerações diferidas devidas, pagas ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em

função do desempenho individual dos titulares;

c. Novas contratações efectuadas no ano a que a informação respeita;

d. Pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contracto de trabalho

com Colaboradores.

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Relatório e Contas 2017

9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Para o resultado líquido apurado no exercício de 2017, no valor de 1.644.904,90€ (um milhão seiscentos e

quarenta e quatro mil novecentos e quatro euros e noventa cêntimos) o Conselho de Administração propõe a

seguinte distribuição, de acordo com o Artº. 33º. dos Estatutos:

euros

Reserva Legal 328.980,98 €

Reserva para Educação e Formação Cooperativa 16.449,05 €

Reserva para Mutualismo 1.500,00 €

Reserva Especial 1.297.974,87 €

Total 1.644.904,90 €

Após aquela distribuição de resultados, do montante de Reserva Livre (especial), o Conselho de Administração

propõe que:

O valor de 7.961,09€ (sete mil novecentos e sessenta e um euros e nove cêntimos) seja para distribuir

pelos associados que, em 31 de Dezembro de 2017, detinham títulos de capital social em número igual

ou superior ao legalmente e actualmente estabelecido (≥100 títulos), à razão de 0,50%, respeitante a

dividendos. Esta distribuição será realizada em estrita observância das determinações estabelecidas

pelo Banco de Portugal, ficando condicionada à sua aprovação;

Nos termos da alínea d) do nº.2 do Artigo 8.º dos Estatutos, sejam transferidos para capital social o

montante de 1.290.000,00€ (um milhão duzentos e noventa mil euros).

Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, as contas de Situação Liquida apresentarão

os seguintes saldos:

Capital Social 13.043.610,00 €

Reserva Legal 5.378.128,84 €

Reserva para Mutualismo 6.678,52 €

Reserva Formação e Educação Cooperativa 18.344,64 €

Reserva Especial 2.240,07 €

Outras Reservas 15.437,86 €

Reservas de reavaliação -47.740,00 €

Situação Líquida 18.416.699,93 €

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10. NOTAS FINAIS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, quer manifestar o seu apreço a todos quantos com a Caixa

colaboraram e se têm esforçado para que seja possível atingir os resultados que muito nos orgulhamos de ter

conseguido.

Agradecemos também:

Aos nossos associados em especial e clientes em geral;

A todas as Repartições locais, nomeadamente ao Cartório Notarial, Conservatória, Repartição de

Finanças, Tesouraria da Fazenda Pública, Tribunal Judicial, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, pela

atenção dispensada;

À Caixa Central e Fenacam.

A todos as restantes entidades não mencionadas, mas que mercê da generosa colaboração ajudaram

a nossa tarefa.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, 21 de Março de 2018

O Conselho de Administração

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11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

11.1. BALANÇO INDIVIDUAL

Em 31 de Dezembro de 2017, 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) e 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma)

Montantes expressos em euros

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Relatório e Contas 2017

11.2. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL

INDIVIDUAL

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016 (Pro-forma)

Montantes expressos em euros

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11.3. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016 (Pro-forma)

Montantes expressos em euros

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11.4. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016

Montantes expressos em euros

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11.5. INVENTÁRIO DE TÍTULOS EM BASE INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

Montantes expressos em euros

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Relatório e Contas 2017

12. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2017

(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

1 Nota introdutória

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, C.R.L. (adiante designada por Caixa) é uma instituição de

crédito constituída em 20 de Setembro de 1996 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada.

Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária,

nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa

Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas

associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que

fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Luís de Camões, em Carrazeda

de Ansiães e através de uma rede de sete balcões situados nos concelhos de Vila Flor, Alfandega da Fé, Torre

de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.

Nos exercícios económicos de 2017 e 2016, não ocorreram eventos relevantes na estrutura de capital da Caixa,

nem operações com grande impacto nas contas do exercício.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017 encontram-se pendentes de aprovação pelos

correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações

financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2 Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais políticas

contabilísticas

2.1 Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram preparadas e

apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº

1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada

momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos

nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

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Relatório e Contas 2017

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de

Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo

com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem

como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos

respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o

ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção

das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas

do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as

NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de

Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do

custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efectue

julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os

montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face

à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 02 de

Fevereiro de 2018.A Caixa adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou

efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da

Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão

do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de

Demonstrações financeiras.

2.2 Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação

A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar as suas

demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim

de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os

quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes

finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e

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Relatório e Contas 2017

sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e

(vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram

a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no

Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da preparação e

apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao

nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas

por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no

Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, pelo

que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes comparáveis

com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior

(ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras

aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016,

preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes

62.780.599,57

897.023,57

61.883.576,00

Activos por impostos diferidos 398.235,72 -273.271,28 671.507,00

Outros elementos do activo

74.271.491,00

74.271.491,00

Total do Activo 137.450.326,29 627.752,29 136.826.574,00

Provisões 83.888,91 -374.597,09 458.486,00

Outros elementos do passivo 120.796.970,00 120.796.970,00

Total Passivo 120.880.858,91 -374.597,09 121.255.456,00

Outras reservas e resultados transitados 5.725.388,00 998.349,00 4.727.039,00

Lucro do exercício 809.888,00 809.888,00

Outros elementos do capital próprio 10.034.191,00 10.034.191,00

Total Capital Próprio 16.569.467,00 998.349,00 15.571.118,00

Total do Passivo e Capital Próprio 137.450.325,91 623.751,91 136.826.574,00

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

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Relatório e Contas 2017

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes

67.351.954,02

-384.900,98

67.736.855,00

Activos por impostos diferidos 633.769,00 633.769,00

Outros elementos do activo

76.306.926,00

76.306.926,00

Total do Activo 144.292.649,02 -384.900,98 144.677.550,00

Provisões 163.579,02 -384.900,98 548.480,00

Outros elementos do passivo 127.624.664,00 127.624.664,00

Total Passivo 127.788.243,02 -348.900,98 128.173.144,00

Outras reservas e resultados transitados 5.887.369,00 998.349,00 4.889.020,00

Lucro do exercício -136.227,00 -998.349,00 862.122,00

Outros elementos do capital próprio 10.753.264,00 10.753.264,00

Total Capital Próprio 16.504.406,00 0,00 16.504.406,00

Total do Passivo e Capital Próprio 144.292.649,02 384.900,98 144.677.550,00

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base

nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Margem Financeira

2.581.938,00 2.581.938,00

Produto bancário 3.695.206,00 3.695.206,00

Provisões líquidas de reposições e anulações

-79.690,00

-189.696,00

110.006,00

Imparidade de outros activos finan. líquida de reversões e recuperações -17.250,00

-17.250,00

Correcções valores associados ao crédito a clientes e valores a receber -1.508.104,00 -1.081.924,00 -426.180,00

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos -2.276.723,00

-2.276.723,00

Resultado antes de impostos -186.561,00 -1.271.620,00 1.085.059,00

Impostos correntes -185.200,00 -185.200,00

diferidos 235.534,00 273.271,00 -37.737,00

Resultado líquido do exercício -136.227,00 -998.349,00 862.122,00

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que

não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31

de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento,

desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como

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CCAM da Terra Quente, CRL

77

Relatório e Contas 2017

esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo

de Caixa.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre

perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração

clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor,

como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a

recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais

que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e

passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da

perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de

adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam,

simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características

individuais de cada uma.

Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité

com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste

projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.

O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos

definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9,

optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.

Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos

implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo

está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de

imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às

simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9.

A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário

e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta

avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

b) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de

serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou

prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito,

conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”.

c) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova

norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora

obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de

“direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de

baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar

o uso de um activo identificado".

d) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de

seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos

resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de

seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às

entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às

demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora.

e) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações

de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade

intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes

previstos para simplificar a transição.

3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais

que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro

de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28.

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de

investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é

suficiente para efectuar a transferência.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos

baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano

de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-

settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos

princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como

se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a

reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela

União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-

pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de

condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados.

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo

de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e

empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e

empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial,

são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes

de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo.

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019).

Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias

afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.

g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o

IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos

de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente

das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da

margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva.

3.2 - Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios

que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e

refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a

contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa

de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira.

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela

União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos

requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um

determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento.

Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade

deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz

da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor

esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada.

2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as

seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas

das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados,

independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor

na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos

ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,

de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na

posição cambial.

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

Moeda Descrição da moeda

Taxa de

câmbio

AUD - Dólar Australiano 1,53493

BRL - Real do Brasil 3,97440

CAD - Dólar Canadiano 1,50416

CHF - Franco Suíço 1,17038

DKK - Coroa Dinamarquesa 7,44510

GBP - Libra Esterlina 0,88722

RUB - Rublo Russo 69,39390

USD – Dólar dos Estados Unidos 1,19970

ZAR – Rand da África do Sul 14,82330

CNY - Yuan Renmimbi da China 7,80960

CVE - Escudo de Cabo Verde 110,26500

JPY - Iene Japonês 135,04000

MOP - Pataca de Macau 8,45810

NOK – Coroa Norueguesa 9,84200

SCP – Libra Escocesa 0,88722

SEK – Coroa Sueca 9,84380

BGN - Lev da Bulgária 1,95590

CZK - Koma Checa 25,55100

HKD - Dólar Hong Kong 9,37400

HUF - Forint Húngaro 310,41000

IDR - Rupia Indonésia 16260,74000

KRW - Won Coreia do Sul 1280,62000

LTL - Litas da Lituânia 3,45290

LVL - Lats da Latvia 0,70280

NZD - Dólar Nova Zelândia 1,68550

PHP - Peso Filipinas 59,81110

PLN - Zloty Polaco 4,17640

SGD - Dólar Singapura 1,60290

THB - Baht Tailândia 39,13170

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas

associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como

influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder

de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo

nem controlo conjunto sobre a mesma.

A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu

envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a

entidade.

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CCAM da Terra Quente, CRL

82

Relatório e Contas 2017

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de

análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas

ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado

recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados

ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC

21.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é

estabelecido..

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas

(papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o

montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a

análises periódicas de imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação

contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos

e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à

contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente,

reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e

custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do

momento em que são cobrados ou pagos.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias

após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual

de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos

respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e

benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios

associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas

extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em

resultados ao longo da vida das operações.

Imparidade

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos

assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as

Caixas integradas no SICAM.

Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de

imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de

que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros

esperados desse activo ou grupo de activos.

Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte

forma:

- Crédito concedido a empresas;

- Crédito à habitação;

- Crédito ao consumo;

- Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;

- Outros créditos a particulares;

- Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda

estrangeira e contractos de locação financeira.

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade

em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos

financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os

fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com

características de risco de crédito similares.

Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes

observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais.

Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

- Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

- Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

- Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000

Euros;

- Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou

superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

- Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com

LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

- Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a

500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a

observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

- Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou

juros;

- Dificuldades financeiras significativas do devedor;

- Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

- Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na

capacidade de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto

entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em

meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o

valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros

estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa

situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que

decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento

é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o

GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação.

Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros

valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos

e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou

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CCAM da Terra Quente, CRL

85

Relatório e Contas 2017

activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por

imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por

imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas

por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade

atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas

por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados

incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e

recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de

Administração.

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de

resultados do exercício em que ocorram.

De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três

meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados,

sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são

anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e

não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo

é interrompido.

As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração

de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo

registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros

detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em

mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos

financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor

negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados

em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de

resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização

subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio

ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados

na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos

antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu

“bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo

valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de

preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de

acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para

instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados

utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam

classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à

maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de

capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais

permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são

reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao

reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou

perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto

que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em

reservas.

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o

valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e

registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são

atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos

no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade

de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes

aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio

ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na

rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados

num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões

incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção.

Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro

efectiva e sujeitos a testes de imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo

amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar

os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento

inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em

troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa

data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados.

Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados

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Relatório e Contas 2017

os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo

financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada

data fixada ou em data a fixar.

Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o

preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço,

sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o

valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do

método da taxa efectiva

vii) Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua

liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da

sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida

emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos

custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola

Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou

reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i)

garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas

associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas

instituições, com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a receber, conforme

referido acima.

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade

registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa

situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se

desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses

ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de

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Relatório e Contas 2017

imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo

financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída

a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por

imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante

de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a

perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos

resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de

resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido

após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não

podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas

por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais

tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas

em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.

Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.

Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo

valor é apurado:

- Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros

transaccionados em mercados organizados);

- Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-

flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em

proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através

de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos

para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente.

A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do

instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem

relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal

não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos,

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CCAM da Terra Quente, CRL

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Relatório e Contas 2017

e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam

associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

- Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor

através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

- Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da

NIC 39;

- Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente

reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos

financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”,

respectivamente

g) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente

relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações

acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil

estimado do bem:

Anos de vida útil estimada

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 3 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam

propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato

de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo

valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações

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Relatório e Contas 2017

efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente

a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos

fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

h) Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de

informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em

qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade

acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada

dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos não correntes disponíveis para venda

A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens

recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis

para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período

de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos

valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações

periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o

valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram

contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato

promessa de dação ou da arrematação.

Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.

Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de

“ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo

7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”:

“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua

condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos

(ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

j) Provisões

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Relatório e Contas 2017

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e

outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus

empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma

vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões

relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no

ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o

qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de

viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao

ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o

número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de

reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho

Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios

descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

▪ Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de

antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

▪ Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito

Agrícola, admitiu-se o seguinte:

▪ Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço

passado e total;

▪ Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço

passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez

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Relatório e Contas 2017

que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência

diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-

se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo

masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do

participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela

Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores

inscrito.

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos

de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95%

das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

l) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem

quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um,

dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo

método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base

expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o

apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em

taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das

responsabilidades.

m) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em

resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em

resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um

instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva

n) Impostos sobre os lucros

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Relatório e Contas 2017

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal geral consignado no Código do Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC), que actualmente se cifra em 21%.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos

diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado

contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para

efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante

de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base

fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias

tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável

a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias

dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

▪ Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

▪ Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções

que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

▪ Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável

que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data

da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas

na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto

nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio

(por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o

resultado do exercício.

o) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados

no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas

a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras

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Relatório e Contas 2017

instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados

juntos de Bancos Centrais.

3 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são

continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de

Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre

eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de

estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos

pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos

contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

Provisões e perdas por imparidade

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser

reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de

incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa

futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis

diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de

cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros

através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando

essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando

pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários

e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas

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Relatório e Contas 2017

significativas.

Activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação

do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais

futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas

estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em

exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações,

reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções.

Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação

actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções,

relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de

valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação.

O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

4 Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:

Moedas nacionais 778.976 661.133

Moedas estrangeiras 20.356 41.179

799.332 702.312

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber -

799.332 702.312

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as

instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de

reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a

cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de

Page 98: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

97

Relatório e Contas 2017

incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço.

Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As

reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do

Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.241.421 4.082.283

Cheques a cobrar 476.975 335.101

Outras disponibilidades - -

1.718.397 4.417.384

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:

Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de crédito

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 67 212

1.718.464 4.417.596

6 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

Obrigações CA Vida 543.000 543.000

Instrumentos de capital - -

Unidades de Partecipação

Residentes - AFDV 999 827

Crédito e outros valores a receber

Imparidade - -

543.999 543.827

Page 99: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

98

Relatório e Contas 2017

Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios.

31-dez-16 31-dez-17

Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva

de JV de JV de JV variações de JV

Reservas de justo valor

Títulos emitidos por residentes

- Instrumentos de dívida 543000 543000

- Instrumentos de capital 0

- Outros 0

Títulos emitidos por não residentes

- Instrumentos de dívida 0

- Instrumentos de capital 0

- Outros 0

543.000 - - - 543.000

Movimentos de 2017

7 Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam

objecto de operações de cobertura - -

60.376.970 65.427.068

Imparidades - -

60.376.970 65.427.068

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de

crédito apresentavam a seguinte estrutura:

Page 100: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

99

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses -

Entre três meses e um ano 60.000.000 64.950.000

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos 287.500 287.500

Mais de cinco anos -

60.287.500 65.237.500

Juros a receber 89.470 9.568

60.376.970 65.247.068

8 Crédito a clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito interno

Médio e longo prazos

Desconto 74.468 222.000 197.625

Empréstimos 35.568.055 25.254.217 23.353.485

Crédito em conta corrente 4.197.500 3.792.000 1.713.000

Descobertos em depósitos à ordem 136.601 31.269 25.622

Operações locação financeira 33.855 46.359 58.573

Outros Créditos 4.017 5.253 6.456

Particulares - - -

Habitação 24.656.021 22.069.566 20.443.858

Consuma - - -

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 175.841 180.784 187.840

Outros créditos ao consumo 4.407.037 3.712.154 3.356.384

Outras finalidades

Desconto - - 6.000

Emprestimos 8.402.916 8.727.354 9.321.672

Credito em conta corrente 335.000 434.000 402.500

Descobertos em depósitos à ordem 62.730 55.863 81.685

Outros creditos - - -

78.054.041 64.530.819 59.154.700

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Particulares 1.509.471 1.432.735 1.334.692

1.509.471 1.432.735 1.334.692

Curto prazo

Emitidos por residentes

Titulos de divida 2.032.353 2.000.000 1.344.400

- - -

2.032.353 2.000.000 1.344.400

Juros a receber

Juros a receber 249.895 259.704 278.937

Receitas com rendimento diferido (321.312) (294.544) (254.469)

(71.417) (34.840) 24.468

Correcções de valor dos activos

que sejam objecto de cobertura - - -

Total crédito não vencido 81.524.448 67.928.714 61.858.260

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 1.821.840 1.859.569 2.688.789

Juros vencidos 13.933 26.182 16.208

Total crédito e juros vencidos 1.835.773 1.885.751 2.704.997

83.360.221 69.814.465 64.563.257

Imparidades e Provisões

Para crédito e juros vencidos (586.923) (2.380.811) (1.676.090)

Para crédito de cobrança duvidosa (1.610.820) (81.700) (106.567)

(2.197.743) (2.462.511) (1.782.658)

81.162.478 67.351.954 62.780.599

Page 101: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

100

Relatório e Contas 2017

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise

no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às

principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa.

Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do

Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a

sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme

sucedeu até 31 de Dezembro de 2016.

Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima

encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as

NIC.

Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente

à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a

seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 4.350.967 3.968.934

Entre três meses e um ano 4.952.118 5.324.987

Entre um ano e três anos - 7.631.695

entre um ano e cinco anos 9.279.968

Entre três e cinco anos - 48.743.673

Mais de cinco anos 60.525.573 2.039.914

Duração indeterminada 1.976.553

81.085.179 67.709.203

9 Investimentos detidos até à maturidade

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 102: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

101

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Titulos detidos até à maturidade:

Títulos cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 865.000 311.499

De outros emissores públicos nacionais - -

juros investimentos detidos até maturidade 3.700

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida

De emissores públicos estrangeiros - -

De organismos financeiros internacionais - -

De outros não residentes

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos não cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa - -

De outros emissores públicos nacionais - -

De outros residentes:

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida

De emissores públicos estrangeiros - -

De organismos financeiros internacionais - -

De outros não residentes

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Outros investimentos detidos até à maturidade

Títulos cotados - -

Títulos não cotados - -

868.700 311.499

Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados

ao custo amortizado. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo

de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro

efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos

contratuais:

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 anos

Mais de 5

anos

Indeterminad

o TotalInvestimentos detidos

até à maturidade - 865.000 865.000

Prazos residuais contratuais

31 dez 2017 em milhares de euros

Page 103: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

102

Relatório e Contas 2017

10 Activos não correntes detidos para venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 436.958 573.839

Equipamento - -

Outros - -

436.958 573.839

Outros activos não correntes detidos para venda:

Filiais - -

Associadas - -

Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

436.958 573.839

Imparidade:

Imóveis (13.049) (55.780)

Equipamento - -

Outros - -

423.909 518.059

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 573.839 (55.780) - 136.882 42.732 - - 436.957 (13.048) 423.909

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

573.839 (55.780) - 136.882 42.732 - - 436.957 (13.048) (13.048)

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 654.121 (81.563) 70.000 (138.032) 43.032 (17.250) - 573.829 (55.781) 518.048

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

654.121 (81.563) 70.000 (138.032) 43.032 (17.250) - 573.829 (55.781) (55.781)

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo

de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito:

11 Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o

seguinte:

Page 104: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

103

Relatório e Contas 2017

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 103.470 - - - - - - - - - - 103.470 - - 103.470

Edificios 1.604.102 (599.701) - - (42.870) - - - - - 1.604.102 (637.986) (4.585) 961.531

Outros 607.898 - - (48.337) - - - - - - 559.561 - - 559.561

Obras em imóveis arrendados 3.361 (3.851) - - 48.337 (980) - - - - - 51.698 (4.831) - 46.867

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

2.318.832 (603.552) - - - (43.850) - - - - - 2.318.832 - (642.817) (4.585) 1.671.430

-

Equipamento: -

Mobiliário e material 330.210 (287.996) - 6.673 - (14.008) - - - - - 336.883 (302.004) - 34.880

Máquinas e ferramentas 258.591 (252.724) - - - (1.815) - - - - - 258.591 (254.539) - 4.052

Equipamento informático 93.869 (86.397) - - (417) - - - - - 93.869 (86.814) - 7.055

Instalações interiores 395.397 (379.580) - 2.827 - (3.689) - - - - - 398.223 (383.269) - 14.954

Material de transporte 152.241 (91.218) - - (10.064) - - - (19.940) 15.951 132.300 (85.331) - 46.969

Equipamento de segurança 195.784 (169.684) - 3.235 - (7.090) - - - - - 199.019 (176.774) - 22.245

Outro equipamento 227.231 (211.367) - 2.081 - (9.143) - - - - - 229.312 (220.510) - 8.803

1.653.322 (1.478.966) - 14.816 - (46.225) - - - (19.940) 15.951 1.648.198 (1.509.240) - 138.958

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -

3.972.854 (2.083.218) - 14.816 - (90.075) - - - (19.940) 15.951 3.967.730 (2.152.757) (4.585) 1.810.388

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abatesRegularizações

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 103.470 - - - - - - - - - - 103.470 - - 103.470

Edificios 1.604.102 (552.246) (4.585) - - (42.870) - - - - - 1.604.102 (595.116) (4.585) 1.004.401

Outros 607.898 - - - - - - - - 607.898 - - 607.898

Obras em imóveis arrendados 3.361 (2.871) - - - (980) - - - - - 3.361 (3.851) - (490)

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

2.318.832 (555.117) (4.585) - - (43.850) - - - - - 2.318.832 - (598.967) (4.585) 1.715.280

-

Equipamento: -

Mobiliário e material 320.222 (270.946) - 9.988 - (17.051) - - - - - 330.210 (287.997) - 42.213

Máquinas e ferramentas 258.590 (250.742) - - - (1.982) - - - - - 258.590 (252.724) - 5.866

Equipamento informático 86.273 (86.044) - 7.595 - (353) - - - - - 93.868 (86.397) - 7.471

Instalações interiores 395.397 (375.313) - - - (4.267) - - - - - 395.397 (379.580) - 15.817

Material de transporte 104.645 (83.712) - 47.596 - (7.506) - - - - - 152.241 (91.218) - 61.023

Equipamento de segurança 195.784 (160.436) - - - (9.248) - - - - - 195.784 (169.684) - 26.100

Outro equipamento 227.231 (200.596) - - - (10.771) - - - - - 227.231 (211.367) - 15.864

1.588.142 (1.427.789) - 65.179 - (51.178) - - - - - 1.653.321 (1.478.967) - 174.354

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -

3.907.674 (1.983.606) (4.585) 65.179 - (95.028) - - - - - 3.972.853 (2.078.634) (4.585) 1.889.634

31-dez-15 31-dez-16

Alienações e abatesRegularizações

12 Activos intangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Page 105: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

104

Relatório e Contas 2017

-

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 36.834 (36.834) - - - - - - - - - 36.834 (36.834) - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -

36.834 (36.834) - - - - - - - - - - 36.834 (36.834) - -

31-12-2017 31-dez-16

Regularizações Alienações e abates

-

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 36.834 (29.638) - 7.196 - - (7.196) - - - - - 36.834 (36.834) - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -

36.834 (29.638) - 7.196 - - (7.196) - - - - - 36.834 (36.834) - -

31-12-2016 31-dez-15

Regularizações Alienações e abates

13 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte

composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

CCCAM Instituição Crédito Lisboa 2.093.640 2.093.640

CA Informática Serv. Informática Lisboa 2.001 2.001

Fenecam Federação do SICAM Lisboa 55 55

CA Seguros Seguros Lisboa 59 59

CA Vida Seguros Lisboa 2.500 0

2.098.255 2.095.755

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras

destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Empresa líquido Sit. líquida Result. líquido

Caixa Central 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370

CA Seguros & Pensões SGPS 147.825.100 130.818.141 2.573.088

CA Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580

CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039

CA Informática 16195104 7.559.474 327.939

Fenacam 7.722.972 5.148.024 187.913

14 Imposto sobre o rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e

31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

Page 106: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

105

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 564.876 633.769 398.236

Por prejuízos fiscais reportáveis - - -

564.876 633.769 398.236

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias - - -

564.876 633.769 398.236

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta - - -

Outros - - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 80.459 59.202

- 80.459 59.202

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar (225.618) - -

(225.618) 80.459 59.202

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal

como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto

remetemos para a mencionada nota deste anexo:

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação

entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados

como se segue:

31-dez-17 30-jun-16

Impostos correntes - -

Impostos sobre os lucros exercicio 359.066 247.087

Correcções de imp. de exerc. anteriores (100.837) (61.887)

258.229 185.200

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 73.035 (235.534)

Prejuízos fiscais reportáveis - -

Total de impostos reconhecidos em resultados 331.264 (50.334)

Lucro antes de impostos 1.976.169 (186.561)

Carga fiscal 16,76% 26,98%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da

Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de

2014 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte

daquela entidade.

Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto

significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser

demonstrada como segue:

Page 107: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

106

Relatório e Contas 2017

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 1.988.156 (186.561)

21% 417.513 21% (39.178)

417.513 (39.178)

Variações Patrimoniais Positivas 0,00% - 0,00% -

Variações Patrimoniais Negativas 0,00% - 0,10% (180)

Lucro tributavel imputado por sciedades transparentes 0,00% - 0,00% -

Correcções relativas a Exercicios anteriores 0,00% - -0,83% 1.541

Gastos de Beneficios 0,17% 3.363 -2,35% 4.390

Depreciações e Amortizações 0,00% - 0,00% -

Provisões não dedutiveis (2,11%) (41.926) 3,12% (5.815)

Multas 0,00% 60 0,00% 2

Contribuição sobre o sector bancário 0,29% 5.773 -2,52% 4.693

Outros (1,83%) (36.478) -3,49% 6.513

Restituição de impostos não dedutiveis 0,00% 0,00%

Derrama 0,42% 8.434 -3,10% 5.788

Derrama Estadual 0,00% 0,00%

Tributações Autonomas 0,20% 3.956 -2,04% 3.812

Beneficios Fiscais (0,08%) (1.629) 0,81% (1.519)

Correcções de impostos sobre exercicios anteriores (5,07%) (100.837) 33,17% (61.887)

(…)

Imposto sobre o rendimento corrente 258.231 (81.840)

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 3,67% 73.035 126,25% (235.534)

Custo com imposto do exercício 16,66% 331.266 170,12% (317.374)

31-dez-17 31-dez-16

15 Outros activos

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activos

Outros metais preciosos 138 138

Devedores por operações sobre futuros - -

Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -

(…) -

Despesas a debitar a clientes 1.914 1.618

Bonificações a receber 4.490 167

Outros devedores diversos 283.867 211.441

Devedores e outras aplicações 37.205

327.614 213.364

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 32.747 -

Seguros - -

(…) - -

Outras (24.246) 2

8.501 2

Valores a regularizar

Operações cambiais a liquidar - -

Operações activas a regularizar 262.999 304.800

(…) - -

Outras 171 67

263.169 304.867

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (197.516) (197.516)

Devedores e outras aplicações (37.737) -

(235.253) (197.516)

364.031 320.717

Page 108: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

107

Relatório e Contas 2017

16 Recursos de outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no país

Mercado monetário interbancário - -

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos 16.301.387 13.451.045

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

Juros a receber 951 952

16.302.338 13.451.997

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

Organismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

Outras instituições de crédito

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam objecto

de operações de cobertura - -

Juros a pagar - -

16.302.338 13.451.997

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de

crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses - -

Entre três meses e um ano 16.302.338 13.451.997

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos - -

16.302.338 13.451.997

17 Recursos de clientes e outros empréstimos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 109: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

108

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos

À ordem 41.205.012 33.799.886

A prazo 51.885.392 56.768.817

De poupança 21.493.584 20.125.673

Outros recursos de clientes - -

Cheques e ordens a pagar 205.579 8.739

Outros - -

Juros a pagar 62.499 136.922

114.852.066 110.840.037

18 Provisões e imparidade

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o

seguinte.

Saldos em Reposições e Saldos em

31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 2.424.774 2.536.072 (2.720.663) - (42.440) 2.197.743

em instituições de crédito

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -

Imparidade em AFT e AI 4.585 - - - - 4.585

Imparidade em ANCDV 55.781 - (2.850) (39.882) - 13.049

Imparidade em outros activos 197.516 - - - 37.737 235.253

Imparidade para garantias e compromissos assumidos 163.579 133.821 (211.354) - 27.384 113.430

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - -

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Outras provisões - - - - - -

- - - - - -

2.846.235 2.669.893 (2.934.867) (39.882) 22.681 2.564.060

Saldos em Reposições e Saldos em

1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.604.965 1.405.128 (978.948) (684.512) 1.078.141 2.424.774

em instituições de crédito

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida 2.479.680 1.422.378 (978.948) (684.512) (160.987) 2.077.611

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

2.479.680 1.422.378 (978.948) (684.512) (160.987) 2.077.611

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) - - - - - -

Imparidade em AFT e AI 4.585 - - - - 4.585

Imparidade em ANCDV 81.563 17.250 - (43.032) - 55.781

Imparidade em outros activos 293.645 - - - (96.129) 197.516

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -

Provisões:

- Riscos bancários gerais - -

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Outras provisões 279.079 4.585 - - (25.782) 257.882

279.079 4.585 - - (25.782) 257.882

4.743.517 2.849.341 (1.957.896) (1.412.056) 795.243 5.018.149

Page 110: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

109

Relatório e Contas 2017

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da

publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as

NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até

31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do

Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se

devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

19 Instrumentos representativos de capital

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:

Acções preferenciais

Emitidos 500 -

Readquiridos - -

Outros instrumentos

Emitidos - -

Readquiridos - -

500 -

Correcções de valor de passivos - -

que sejam objecto de operações de cobertura

500 -

20 Outros passivos subordinados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Empréstimos subordinados:

Titulados - -

Emitidos - 2.656.500

Readquiridos - -

Não titulados - -

- 2.656.500

Outros passivos subordinados:

Emitidos - -

Readquiridos - -

- -

- 2.656.500

Correcções de valor de passivos - 30.356

que sejam objecto de operações de cobertura

- 2.686.856

Page 111: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

110

Relatório e Contas 2017

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em

31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 analisa-se como segue:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses - -

Entre três meses e um ano - 2.656.500

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos - -

- 2.656.500

21 Outros passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursos

Credores por operações sobre futuros - -

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 57.904 43.457

Contribuições para a Segurança Social 22.399 22.409

Imposto sobre o Valor Acrescentado - -

Cobranças por conta de terceiros 1.567 766

Contribuições para outros sistemas de saúde 4.408 4.333

Credores diversos 49.969 65.419

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 16.231

Outros credores 4.770 4.751

141.017 157.366

Encargos a pagar

Por capitais próprios e equiparados - -

Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 179.439 132.317

Prémio de antiguidade 122.302 127.731

Subsídio de morte - -

Remunerações variáveis - -

Outros 552 552

Por gastos gerais administrativos - -

Outros - -

302.293 260.600

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 14.805 8.448

Outras 22.390 2.260

Valores a regularizar

Posição cambial - -

Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -

Outras operações a regularizar 332.284 217.100

369.479 227.808

812.788 645.774

Page 112: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

111

Relatório e Contas 2017

22 Passivos contingentes e compromissos

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em

rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados - -

Aceites e endossos - -

Créditos documentários abertos - -

Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -

Contratos a prazo de depósitos - -

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 4.388.875 3.403.306

Compromissos revogáveis 1.163.122 1.090.759

Por subscrição de títulos - -

Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 368.173 128.869

Valores recebidos para cobrança 65.468 114.000

Valores administrados pela instituição - -

Outras - -

5.985.637 4.736.934

23 Capital e prémios de emissão

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor

unitário de 5 euros.

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das

Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos

de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do

Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam

associar-se.

A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou

deliberado em Assembleia-geral.

Em 31 Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016, o capital da Caixa ascende a Euro 11.753.610 e Euro 10.860.875

respectivamente, sendo a estrutura accionista de capital a seguinte:

Page 113: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

112

Relatório e Contas 2017

N º de Valor Valor N º de Valor Valor

Titulos Titulos % Titulos Titulos %

Titulos de Capital

Títulos próprios 2.001.891 10.009.455 85,16% 1.869.357 9.346.785 85,68%

Títulos dos Associados 348.831 1.744.155 14,84% 302.818 1.514.090 14,32%

2.350.722 11.753.610 100,00% 2.172.175 10.860.875 100,00%

31-dez-17 31-dez-16

24 Reservas, resultados transitados, outros instrumentos de capital e lucro do exercício

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados

transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda

De investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos

Fundo Pensões - Ganhos e Perdas actuariais 47.740 107.611 69.179

Reservas de reavaliação do imobilizado

Reservas por impostos diferidos

De activos financeiros disponíveis para venda

(…)

47.740 107.611 69.179

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 5.049.148 4.876.723 4.714.746

Outras reservas e Resultados Transitados 24.738 1.010.646 1.010.642

5.073.886 5.887.369 5.725.388

Lucro do exercício 1.644.905 -136.227 809.888

6.766.531 5.858.753 6.604.455

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo

de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados

transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do

resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto

encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

25 Juros e rendimentos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 114: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

113

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 30-jun-16

Juros de disponibilidades em bancos centrais

Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 807 3.106

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 330.361 651.202

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

7904000 Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 17.013 18.303

Empréstimos 913.412 921.846

Créditos em conta corrente 136.142 119.146

Descobertos em depósitos à ordem 22.082 26.994

Créditos tomados - factoring - -

79040005 Operações de locação financeira 801 1126

Mobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

79040008 Outros créditos 147 175

Particulares

7904001 Habitação

79040010 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 408.770 385.732

Consumo

79040011 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 305.698 296.500

790400118 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - 501

Empréstimos 416.694 479.135

Créditos em conta corrente 30.426 35.506

Descobertos em depósitos à ordem 9.217 7.050

Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

31-dez-17 30-jun-16

Crédito externo

Empresas e administrações públicas

7904010 Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - -

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - -

Créditos tomados - factoring - -

Operações de locação financeira

79040105 Mobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outros créditos - -

Particulares

7904011 Habitação 21.219 18.733

Operações de locação financeira - -

Outros créditos -

790401108 Consumo

79040111 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 14.607 19.891

790401118 Outras finalidades 109 251

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - -

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - -

Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

Outros créditos e valores a receber (titulados) 53.343 43.696

790480 Emitidos por residentes -

Juros Crédito Vencido 147.897 116.060

Juros de activos titularizados não desreconhecidos

790630 Crédito a clientes - titularizado

7906300 Crédito interno - -

79063001 Crédito ao exterior - -

7906308 Outros créditos e valores a receber - titularizados - -

Juros de activos financeiros disponiveis para venda 16.516 16.561

Juros de investimentos detidos até à maturidade 9.372 2.499

7906600 Títulos de dívida emitidos por residentes - -

7906601 Títulos de dívida emitidos por não residentes - -

790661 Outros investimentos detidos até à maturidade - -

Outros juros e rendimentos similares - -

2.854.634 3.164.013

Page 115: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

114

Relatório e Contas 2017

26 Juros e encargos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 30-jun-16

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 21.313 18.750

no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 189.718 419.731

Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -

Juros de derivados de cobertura - -

Juros de passivos subordinados 31.630 143.593

Outras comissões pagas:

operações de crédito - -

Outros juros e encargos similares - -

242.661 582.074

27 Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes - -

Emitidos por não residentes - -

- -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- -

Outros instrumentos de capital 2 9

2 9

28 Rendimentos de serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 116: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

115

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadas

Garantias e avales 72.323 67.146

Fianças e indemnizações (contragarantias) - -

Créditos documentários abertos - -

Outras garantias prestadas - -

72.323 67.146

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 119.317 87.996

Subscrição de títulos - -

Outros compromissos irrevogáveis - -

Compromissos revogáveis - -

119.317 87.996

Por operações sobre instrumentos financeiros

Operações de crédito - -

Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - -

Cobrança de valores 1.638 1.644

Administração de valores - -

Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -

Comissão de emissão de unidades de participação - -

Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 13.194 12.803

Gestão de cartões 263 385

Anuidades 63.070 59.364

Montagem de operações 6.466 -

Operações de crédito

Por operações de factoring - -

Outras operações de crédito 356.519 350.568

Outros serviços prestados 376.018 214.434

817.167 639.198

Por operações realizadas por conta de terceiros

Sobre títulos

Em operações de Bolsa - -

Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -

- -

Outras comissões recebidas 259.029 230.108

1.267.837 1.024.448

29 Encargos com serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias recebidas - -

Por compromissos assumidos por terceiros - -

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 495 349

Operações de crédito - -

Cobrança de valores 22.895 26.182

Outros serviços Bancários prest. Terceiros 65.093 65.344

Outros - -

Comissões - Operações sobre títulos 42 55

Outras comissões pagas 838 444

89.364 92.374

Page 117: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

116

Relatório e Contas 2017

30 Resultados de reavaliação cambial

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais à vista 264 3.081

Operações cambiais a prazo - -

264 3.081

31 Resultados de alienação de outros activos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeiros

Outros activos tangíveis - -

Activos não correntes detidos para venda 29.810 2.550

Resultados em investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos - -

29.810 2.550

32 Outros resultados de exploração

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Page 118: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

117

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- -

Ganhos em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados -

Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimento

Propriedades de investimento em locação financeira - -

Propriedades de investimento em locação operacional - -

Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis

Locação financeira - -

Locação operacional - -

Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - -

- -

Outros rendimentos de exploração

Rendas de locação operacional - -

Ganhos em operações descontinuadas - -

Reembolso de despesas 36.257 46.761

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 120.322 102.835

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 51.051 43.935

Rendimentos da prestação de serviços diversos 40.514 69.835

Outros 153.587 4.448

401.731 267.814

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos 41.150 25.874

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 17.192 13.770

Outros encargos e gastos operacionais 24.157 27.025

Outros impostos 32.233 25.588

114.732 92.257

286.999 175.557

33 Custos com pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 119: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

118

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 190.725 132.498

Empregados 989.039 916.692

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões 10.893 8.231

Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -

Segurança Social 208.488 198.552

SAMS 49.716 47.575

Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios: 9.178 10.621

Subsídio por morte - -

Outros - -

Outros 9.316 4.102

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais - -

Outros - -

1.467.355 1.318.271

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte

composição:

31-dez-17 31-dez-16

Direcção

Chefias e gerência 7 7

Quadros técnicos 3 3

Administrativos 18 17

Outros 2 2

30 29

34 Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 120: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

119

Relatório e Contas 2017

31-dez-17 31-dez-16

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 49.343 50.045

Material de consumo corrente 3.116 12.713

Publicações - -

Material de higiene e limpeza 832 705

Outros fornecimentos de terceiros 44.172 32.673

97.464 96.136

Com serviços:

Rendas e alugueres 12.895 18.650

Comunicações 86.745 94.591

Deslocações, estadas e representação 4.926 2.660

Publicidade e edição de publicações 44.477 46.128

Conservação e reparação 25.181 21.498

Transportes 5.951 5.617

Formação de pessoal 8.047 8.355

Seguros 17.689 17.510

Serviços especializados:

Avenças e honorários 23.415 23.434

Judiciais contencioso e notariado 44.956 68.797

Informática 277.731 280.922

Segurança e vigilância 10.165 -

Limpeza - -

Informações - -

Bancos de dados 86 -

Mão de obra eventual - -

Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -

Consultores e auditores externos 49.713 25.455

Tratamento de valores - -

Avaliadores externos 15.726 13.087

SIBS Multibanco 38.651 43.981

Outros serviços de terceiros 75.079 84.822

741.432 755.507

838.895 851.643

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores

Oficiais de Contas ascende a 10.000,00 €.

35 Entidades relacionadas

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 13), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais,

entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo

de 31 de Dezembro de 2016.

Page 121: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

120

Relatório e Contas 2017

Coligadas Outras Emp. Grupo Total Coligadas Outras Emp. Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 1.718.397 1.718.397 - 4.417.384 4.417.384- -

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - -- -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - -- -

Aplicações em instituições de crédito - 60.287.500 60.287.500 - 65.237.500 65.237.500- -

Crédito a clientes - - - - - -- -

Outros activos - - - - - --

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -- -

Recursos de outras instituições de crédito - 16.302.339 16.302.339 - 13.451.045 13.451.045- -

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - -- -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -- -

Passivos subordinados - - - - - -- -

Outros passivos - 24.093 24.093 - 11.909 11.909

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -- -

Garantias recebidas - - - - - -- -

Compromissos perante terceiros - 65.468 65.468 - 114.000 114.000- -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - -

Coligadas Outras Emp. Grupo Total Coligadas Outras Emp. Grupo Total

Custos:

Juros e encargos similares - 938 - 938 938-

Encargos com serviços e comissões - - 30.356 30.356- -

Resultados de activos e passivos avaliados - -

ao justo valor através de resultados - - - - - -- -

Gastos gerais administrativos - 490.524 490.524 - 450.539 450.539- -

- -

Proveitos: - -

- -

Juros e rendimentos similares - 330.361 330.361 - 582.074 582.074- -

Rendimentos de instrumentos de capital - 376.018 376.018 - 214.434 214.434- -

Rendimentos de serviços e comissões - - - - - -- -

Outros resultados de exploração - - - - - --

-

31-dez-17 31-dez-16

31-dez-17 31-dez-16

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas

respectivas datas.

36 Pensões de reforma

Decorrentes da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito á “IAS 19 –

Benefícios dos Empregados”, foi registado em Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes

a 31 de Dezembro 2016.

O período de diferimento dos impactos da transição na adopção da IAS 19 terminou no final do exercício de

2016.

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no calculo das responsabilidades da CCAM da Terra Quente

com referencia a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Page 122: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

121

Relatório e Contas 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados

com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde

pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformas e pensões em

pagamento, referentes á CCAM Terra Quente, é o seguinte:

31-12-2017

F.2016 Valor actual das responsabilidades por serviços passados 633.814

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 335.007

F.2 Com licenças sem vencimentos 25.702

F.3 Com pré-reformas 227.056

F.4 Com pensões em pagamento 46.050

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-

emprego referente á CCAM Terra Quente é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 21.105

G.3 + Custo dos juros Líquidos #”Net Interest” 570

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -64.079

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados

-64.079

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos

0

Page 123: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

122

Relatório e Contas 2017

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -42.404

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente á CCAM Terra Quente foi o seguinte:

A.4.2015 + Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 648.315

H.1 + Contribuições efectuadas 10.781

H.1.1 Pela CCAM Terra Quente 0

H.1.2 Pelos Empregados 10.781

H.2 + Capitais recebidos de seguros 0

H.3 + Rendimentos de ativos do Fundo de Pensões (liquido) 16.060

H.4 - Prémios de seguros pagos 16.249

H.9 + Participação de resultados no seguro 12.041

H.5 - Pensões pagas pelo fundo de pensões 3.602

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 3.602

H.6 - SAMS pago pelo fundo de pensões 787

H.7.2016 = Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2017 666.559

H.8 Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017

(H.7.2017 – A.4.2016)

18.244

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços

passados foi o seguinte:

F.2016 + Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 664.548

G.1 + Custos do serviço corrente 21.105

G.1.1 Custos do serviço corrente da Entidade 10.323

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pêlos

empregados

10.781

G.2 + Custos dos juros 13.989

G.4.1 +/- (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -61.439

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de

reforma antecipadas

0

H.5 - Pensões pagas pelo fundo de pensões 3.602

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

Page 124: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

123

Relatório e Contas 2017

H.5.2 Outros 3.602

H.6 - SAMS pago pelo fundo de pensões 787

F.2017 - Responsabilidades totais em 31-12-2017 633.814

K. Variação nas responsabilidades em 2017 (F.2017 –

F.2016)

-30734

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o aviso 12/2001 do

Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços

passados

633.814

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso

7/2008)*

0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001 615.779

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 108

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da

IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios

actuariais por amortizar apurados á data de 31 Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do

rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral “, foi o seguinte

RI.2016 Desvios actuariais em 31-12-2016 -107.610

RI.Ano Desvios actuariais gerados em 2017 – Ganhos e perdas

actuariais

59.871

RI.2017 Desvios actuariais em 31-12-2017

Prémio de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com

trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 114.779

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 12.952

N.2016 Total 127.731

Page 125: Relatório e Contas 2017 - Banco de Portugal...CCAM da Terra Quente, CRL 8 Relatório e Contas 2017 Principais Indicadores Indicadores 2016 2016 NCA 1 NIC 2 NIC 3 2017 ∆ Abs. ∆

CCAM da Terra Quente, CRL

124

Relatório e Contas 2017

Prémio de Antiguidade 31-12-2017

N.1.2017 Com trabalhadores no ativo 108.618

N.2.2017 Com licenças sem vencimento 13.684

N.2017 Total 122.302

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo -6.161

O.2. Com licença sem vencimentos 732

O. -5429

37 Divulgações relativas a instrumentos financeiros

a. Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de

mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas

de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco

de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de

instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma

política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido

a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos

responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

b. Risco Cambial

O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições

abertas” nessas mesmas moedas.

A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco

cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.

c. Risco de Taxa de Juro

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Relatório e Contas 2017

A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações

com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

▪ Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos

extrapatrimoniais (risco de repricing);

▪ Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

▪ Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais

e extrapatrimoniais (risco de base); e

▪ Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

d. Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas

datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se

traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de

transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são

centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida

pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais

ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma

equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável

e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta

e acompanhados os seguintes aspectos:

- Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se,

pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e

permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras

sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento

adicionais.

- Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural

de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de

Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

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Relatório e Contas 2017

- Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência

dos recursos projectados.

- Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento

inesperado de saídas de caixa.

e. Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma

gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo

de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento

de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes

desafios de carácter regulamentar vigentes.

Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo

de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de

scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o

Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base

na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro,

excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:

31-dez-17 31-dez-16

Patrimoniais

Crédito a clientes 81.595.864 67.963.554

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.718.397 4.417.384

Aplicações em instituições de crédito 60.287.500 65.237.500

143.601.761 137.618.438

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 2.804.497 2.356.874

Compromissos irrevogáveis 4.388.874 4.528.906

7.193.371 6.885.780

150.795.132 144.504.218

f. Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em

balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia:

Nível 1 – Cotações em mercado activo: Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com

base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação.

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Relatório e Contas 2017

Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado: Neste nível são considerados os

instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no

mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio.

Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado:

Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização

internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na

valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de

modelos de valorização.

38 Prestação de serviços de mediação de seguros

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Terra Quente está inscrita na Autoridade de Supervisão de

Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,

alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação

em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros

– Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros

para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se

dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões

a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações

de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe

remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão

definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas

Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na

rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de

mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas

referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos

últimos 3 anos (valores em euros):

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Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por Origem

2017

Ramos Não Vida CA Seguros 77.267,66 85.156,35 113.549,06 52,2%

Ramo Vida CA Vida 120.814,77 114.923,77 91.812,68 42,2%

Fundos de Pensões CA Vida 4.089,07 9.792,37 12.021,59 5.6%

Total 202.171,50 209.872,49 217383,33 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo,

rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

39 Rácios prudenciais

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio

Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor

um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”.

No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 27,6%

situando-se nos 25,3% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 17,3%,

cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Terra Quente

Em euros 2014 2015 2016 2017 Δ 16/17

Fundos Próprios totais 14.894.113 15.750.170 15.599.350 16.732.342 7,3%

Common equity tier 1* 14.064.740 14.722.414 15.599.350 16.732.342 7,3%

Tier 1* 14.064.740 14.722.414 15.599.350 16.732.342 7,3%

Tier 2 829.372 1.027.756 0 0 0%

Posição em risco de activos e equivalentes 130.814.960 139.279.591 157.442.546 154.574.284 -1,8%

Requisitos de fundos próprios 49.401.537 50.960.419 56.440.304 66.211.610 17,3%

Crédito 4.139.707 42.845.154 48.508.588 58.599.326 20,8%

Operacional 8.004.830 8.115.266 7.931.716 7.612.284 -4,0%

CVA 0 0 0 0 0,0%

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 28.5% 28,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P

Tier 1 * 28,5% 28,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P

Tier 2 1,7% 2,0% 0,0% 0,0% 0,0 P.P

Total* 30,1% 30,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício. (a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD

IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

40 Eventos subsequentes

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Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras,

não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

41 Crédito Concedido aos Órgãos Sociais

2017 2016

Conselho Administração 104.986 113.926

Conselho Fiscal - 548

Assembleia Geral - -

104.986 114.474

42 Lei 28/2009 – Divulgação da política de remuneração dos membros dos Órgãos de

Administração e de fiscalização

A Caixa aprovou em Assembleia Geral a declaração de política de remuneração para o ano em curso.

A remuneração dos Órgãos de Gestão da Caixa e do Conselho Fiscal são compostos apenas por uma

componente fixa:

Assembleia Geral

Presidente: Eng.º Manuel Rui Araujo Meneses Pimentel 750

Vice-Presidente: Prof. António Julio Relhas 600

Secretário: José Francisco Pires Trigo 600

1.950

Conselho de Administração

Presidente: Prof. Ricardo Manuel Paninho Pereira 32.200

Vogal: Eng.º Fernando Manuel Gil 36.232

Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves 79.212

Vogal: Drº Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel 36.232

Vogal: Engº Antonio Alfredo Figueiredo 16.100

199.976

Conselho Fiscal

Presidente: Eng.º Fernando Jaime Castro Candeias 1.250

Vogal: Drº João Carlos Quinteiro Nunes 1.200

Vogal: Anibal Tito Fernandes dos Reis 600

3.050

Revisor Oficial de Contas (excluindo IVA)

PKF & Associados, SROC, LDA 10.000

10.000

214.976

Remuneração bruta auferida no exercício findo em

31-Dez-17

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13. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

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14. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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