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RELATÓRIO E CONTAS 2017 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S. TEOTÓNIO, CRL

RELATÓRIO E CONTAS 2017 · Relatório de Gestão e as Contas referentes ao Exercício de 2017. 2017 foi um ano histórico para o Grupo Crédito Agrícola, que registou o seu melhor

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RELATÓRIO E CONTAS 2017

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S. TEOTÓNIO, CRL

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I - Convocatória da Assembleia Geral ..........................................................................05

II – Mensagem do Conselho Administração e Proposta de Aplicação de Resultados...07

1. Mensagem do Conselho de Administração...........................................................................08

2. Proposta de Aplicação do Resultado do Exercício.................................................................10

3. Proposta de Incorporação de Reserva Especial em Capital....................................................11

III – Relatório de Gestão ..............................................................................................13

1. Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM´S.........................................................14

1.1. Estrutura de Governo Societário.......................................................................................14

1.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola...............................................................14

1.3. Assembleia Geral…………………………………………………….......................................................15

1.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral .……………......................................................15

1.3.2. Competência da Assembleia Geral……………………………….................................................15

1.4. Conselho de Administração…………………………………….........................................................16

1.4.1. Composição do Conselho de Administração…………..........................................................16

1.4.2. Competências do Conselho de Administração………..........................................................16

1.4.3. Reuniões do Conselho de Administração.........................................................................17

1.4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração............................17

1.5. Órgãos de Fiscalização……………………………………...............................................................17

1.5.1. Conselho Fiscal…………..................................................................................................17

1.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal…………………................................................................17

1.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal ..…………….……................................................................18

1.5.2. Revisor Oficial de Contas……………………….……………………………………….............................18

2. Políticas de Remuneração de Órgãos de Administração e de Fiscalização................................19

2.1. Política de Remuneração de Colaboradores………………………………........................................27

3. Enquadramento Económico……….........................................................................................29

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3.1. Economia Internacional..................................................................................................29

3.2. Economia Nacional…......................................................................................................32

3.3. Mercado Bancário Nacional.............................................................................................35

3.4. Mercados Financeiros.....................................................................................................39

3.5. Principais Riscos e Incertezas para 2018..........................................................................43

4. Crédito Agrícola: Evolução Recente. ..................................................................................45

4.1. Resultado E Balanço...........................................................................................,...........45

5. Evolução da Actividade Comercial da CCAM........................................................................55

5.1. Evolução dos Recursos...................................................................................................55

5.2. Evolução das Aplicações.................................................................................................56

5.3. Resultado Liquido do Exercício........................................................................................58

5.4. Capitais Próprios............................................................................................................60

IV – Contas e Anexo às Contas.....................................................................................61

1. Balanço...........................................................................................................................63

2. Demonstração de Resultados............................................................................................67

3. Demonstração de Fluxos de Caixa.....................................................................................69

4. Anexo às Contas..............................................................................................................71

V – Certificação Legal de Contas................................................................................153

VI - Parecer do Conselho Fiscal ................................................................................163

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Convocatória da Assembleia Geral

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de S. Teotónio, C.R.L., pessoa colectiva nº 501 145 370, com sede na Rua 25 de Abril, nº 6

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Odemira sob o mesmo número, com o capital

social realizado de € 17 838 450 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus

direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 29 de Março de 2018, pelas 13h30m, na

sede da Instituição, em S. Teotónio, para discutir e votar as matérias da seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de

2017 e respectivo Parecer do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de

remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral

reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por

representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código

Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Todas as informações preparatórias da Assembleia Geral encontram-se à disposição dos Associados,

nas Agências da CCAM, nos 15 dias anteriores à Assembleia Geral.

São Teotónio, 02 de Março de 2018

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Ana Paula Lopes António Vasques

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1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

No cumprimento da Lei e dos Estatutos, vem a Administração apresentar aos Exmos Associados o

Relatório de Gestão e as Contas referentes ao Exercício de 2017.

2017 foi um ano histórico para o Grupo Crédito Agrícola, que registou o seu melhor Resultado

Consolidado de sempre, no montante de 150 Milhões Euros.

A CCAM de S. Teotónio, por sua vez, terminou o Exercício com um lucro de 1 702 149,58 €, que

representa o fim de um ciclo de resultados mais modestos, embora sempre positivos, coincidentes

com a crise do sistema financeiro após 2008.

Este resultado fica a dever-se, essencialmente, aos seguintes factores:

- Excelente desempenho dos nossos Colaboradores que conduziu a um aumento importante da

Actividade Comercial, traduzido no aumento dos Depósitos no montante de 8.679 mil euros, do

Crédito a Clientes no montante de 5.623 mil euros, e da Carteira de Seguros no montante de 222 mil

euros, que teve particular importância na obtenção dum comissionamento total de 458 mil euros dos

quais se destaca o valor de 82 mil euros referente ao extra comissionamento que permeia a

ultrapassagem dos objectivos fixados para o período.

- Redução do crédito vencido no montante de 2.787 mil euros.

- Mais-valias na venda de activos detidos para venda no montante de 188 mil euros.

- Manutenção do Rácio de Eficiência equilibrado na ordem dos 63,5%.

Foi assim possível acomodar as subidas que se verificaram nos Custos com Pessoal e nos Gastos

Gerais Administrativos, o primeiro dos quais influenciado pela admissão de novos colaboradores, pelo

aumento do número de Administradores e pela adopção do Estatuto Remuneratório vinculativo para o

SICAM, e no caso dos gastos gerais administrativos, por uma opção de gestão que levou a

contabilizar em custos, os melhoramentos efectuados na Sede da Caixa.

Congratulamo-nos pelo facto do desempenho de 2017 ter permitido manter todas as pequenas

contribuições, que tradicionalmente encaminhamos para apoiar a tarefa dos agentes do

Desenvolvimento Local, e por, para além disso, ter sido possível oferecer uma ambulância a cada

uma das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Odemira, Vila Nova de Milfontes e

Aljezur, no montante global de 150 000€.

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NOTA FINAL

Os nossos agradecimentos a todos quantos, de uma forma directa ou indirecta, contribuíram para a

obtenção dos resultados alcançados e para a valorização desta Instituição:

- Uma palavra especial para os Srs. António Novais Henrique e José Manuel Guerreiro que

saíram do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, respectivamente, por razões da sua vida

particular.

- A todos os associados e restantes clientes, que vêem na Caixa Agrícola, um parceiro, e que

exigem, com o seu sentido crítico, que esta acompanhe as suas necessidades com soluções práticas e

eficazes;

- Aos nossos colaboradores, pela dedicação demonstrada, e aos nossos órgãos sociais pela

cooperação e dedicação evidenciadas, sempre com total disponibilidade;

- Aos Serviços Públicos dos nossos concelhos, a todas as Entidades Privadas que connosco

têm colaborado, às Associações Locais, a todas as Empresas do Grupo Crédito Agrícola, são

igualmente devidos os nossos agradecimentos.

Na certeza que cumprimos, com fidelidade e empenho, as funções para que fomos eleitos,

apresentamos à Assembleia-Geral, para apreciação e votação, o presente relatório e contas.

O Conselho de Administração

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2. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Nos termos da legislação em vigor e dos Estatutos que regem a actividade, vem o Conselho de

Administração da CCAM, propor à Digníssima Assembleia-Geral a seguinte aplicação dos Resultados

Líquidos do Exercício no montante de 1.702.149,58 euros:

Reservas Legais................................. 330.429,58€

Reservas Especiais………………………….. 1.361.620,00€

Distribuição de Excedentes................. 10.000,00€

A distribuição de excedentes será efectuada pelos sócios detentores de títulos de capital da CCAM,

em 2018, de acordo com o previsto no artigo 73º do Código Cooperativo, nos Estatutos da CCAM e

demais Legislação aplicável, à taxa de remuneração de 1%.

Caso a proposta de aplicação seja aprovada as contas da Situação Líquida da CCAM passa a ser a

seguinte:

Capital Social……..................................... 17.933.510,00€

Reservas de Reavaliação……………………….

Reservas Legais……................................

484.922,24€

5.425.694,06€

Reservas Especiais………………………......... 3.357.357,64€

Outras Reservas + Resultados Transitados….......... 142.847,70€

Total da Situação Líquida... 27.344.331,64€

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3. PROPOSTA DE INCORPORAÇÃO DE RESERVA ESPECIAL EM CAPITAL

Quando o Conselho de Administração julgar oportuno, de acordo com a legislação em vigor, propõe a

Exma. Assembleia-Geral que autorize a incorporação, total ou parcial, da reserva especial em capital.

O Conselho de Administração

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1. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM’S

1.1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Teotónio, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente

conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e

Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral,

para um mandato de três anos.

1.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho Fiscal

Conselho de

Administração

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1.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

1.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Ana Paula Lopes António Vasques

Vice-Presidente: Astregildo Marreiros Regino

Secretário: Fernando da Costa Cabecinha

1.3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

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1.4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo

de cinco, três executivos e dois não executivos e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por 5 membros, com mandato para o triénio

2016/ 2018.

1.4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: António Manuel Nobre Louçã

Vogal: Carlos Manuel Valentim Tomás

Vogal: António Fernando Guerreiro Bernardino

Vogal: Augusto da Silva Oliveira

Vogal: Rogério António Marques Rosa

Suplente: António Jacinto de Oliveira Galego (aguarda registo BP)

1.4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial

e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e

de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

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1.4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um total

de 85 reuniões em 2017.

1.4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

A gestão corrente da CCAM fica a cargo dos Administradores Executivos, em particular a área

financeira e de recursos humanos é de responsabilidade do Presidente António Louçã, a área

de risco e recuperação de crédito fica a cargo do administrador Carlos Tomás e a área

comercial fica a cargo do administrador António Bernardino.

1.5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade

e de orçamento.

1.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

1.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Livónia Cristina Cravinho Xavier

Vogal: Patrícia Palácios Castanheira

Vogal: José Manuel Guerreiro Felizardo

Suplente: José Guerreiro da Silva Cortes (aguarda registo BP)

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1.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total

de 6 reuniões.

1.5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados

para o cargo:

Efectivo: Diz & Associados - SROC, Lda

Suplente: Rui Manuel Tavares Leitão

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2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO Em 18 de Dezembro de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de

S. Teotónio, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art. 2º, nº 1, da

Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

Nos termos e para os efeitos de nº 4 do art.16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente sede a política de remuneração, nos exactos termos em que foi

aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo:

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S. TEOTÓNIO, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na

redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º,

número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola

Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE

S.TEOTÓNIO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA

AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir

adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o

âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

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assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da

mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado

qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo

que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à

matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação

quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a.O RGICSF;

b.O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se

revogadas em função de tais alterações;

c.A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d.A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos

de Capital);

e.O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de

Requisitos de Capital);

f.As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;

g.O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da

proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância

dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de

restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a

tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos

inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações

insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal

como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os

interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

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Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas

as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em

que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas

sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação

de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no

corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente

Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5,

do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os

seguintes objectivos:

a.Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção

de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b.Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e

interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade

organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-

la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4

do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor

das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de

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Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível

pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art.

115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão

de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea

com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a

atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a

natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de

Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas

também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,

incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da

informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de

senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do

Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo,

sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto.

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do

Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções.

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5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente

numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos

análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários,

subsídios de férias e subsídios de Natal, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei,

dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de

trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de

Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos,

idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem

prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos

trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não

pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a

suspensão do vínculo laboral.

Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal

não têm direito a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos

trabalhadores da Instituição.

Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútua, todos

os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo

inteiro e com dedicação exclusiva.

Acresce à referida remuneração: i) utilização de viatura de serviço; ii) utilização de telemóvel; iii)

direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos

termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição; reembolso de

despesas de representação, nomeadamente as referentes a viagens organizadas pela CCAM no

âmbito da política de proximidade com associados e clientes.

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Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso

nª 10/ 2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos

termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que

são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do

nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma

componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à

aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente

variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011;

b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato

que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo

pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não

concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente

pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art.

10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial

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relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é

igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Foram pagas ao Presidente do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas

entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio

ou de grupo: CA SERVIÇOS e CA INFORMÁTICA.

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como

remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os

efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela

Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório

do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias

contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em

montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam

pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de

Natal.

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que

devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos

colaboradores da Instituição, bem como o reembolso de despesas de representação,

nomeadamente as referentes a viagens organizadas pela CCAM no âmbito da política de

proximidade com associados e clientes.

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6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

a) No exercício de 2017 as remunerações pagas foram as seguintes:

Remuneração Total Anual

Conselho de Administração

António Manuel Nobre Louça 101.537 Euros

Carlos Manuel Valentim Tomás 76.154 Euros

António Fernando Guerreiro Bernardino 76.154 Euros

Augusto da Silva Oliveira 20.307 Euros

António de Novais Henrique (Demitiu-se em 30/06/2017) 10.154 Euros

Rogério António Marques Rosa (Inicio funções em 01/07/2017) 10.105 Euros

Conselho Fiscal

Livónia Cristina Cravinho Xavier 2.351 Euros

Patrícia Palácios Castanheira 1.612 Euros

José Manuel Reis Guerreiro (Demitiu-se em 23/11/2017) 1.076 Euros

José Manuel Guerreiro Felizardo (Inicio funções em 24/11/2017) 537 Euros

Revisor Oficial de Contas

Pelos serviços prestados na certificação das contas, conforme contracto celebrado com a CCAM e

a Sociedade Diz & Associados – SROC, Lda, durante o ano de 2017, o montante pago foi 16.341

Euros, com IVA incluído.

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2.1. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011

auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no

ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo,

estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

Também se atribui 1 hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de

avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a

um prémio de desempenho.

A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração,

são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos

colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de

desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.

Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite

máximo 650 euros, o que corresponde 1,5% da remuneração total anual (excluindo a majoração

prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde

a cerca de 1,5 salário bruto por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos

anualmente pelo Conselho de Administração.

Quando por decisão do Conselho de Administração é atribuída uma componente variável, são

considerados os resultados de avaliação, tendo em conta os resultados da avaliação de

competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e

procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que

são relativas às relações com clientes e investidores.

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Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo

prazo.

A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o

desempenho do ano transacto.

Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta

não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que

se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2017 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes

remunerações:

Remuneração Total Anual Fixa Anual Variável

COORDENAÇÃO

1 Elemento Coordenador e Acessor C. Administração 55.853 Euros 650 Euros

1 Elemento Coordenador Comercial 34.916 Euros 650 Euros

COMPLIANCE e GESTÃO DE RISCOS

1 Elemento Compliance (Funções até 30-06-2017) 22.376 Euros 0 Euros

1 Elemento Compliance + Gestão Riscos (Funções desde 01-07-2017) 37.715 Euros 650 Euros

AUDITORIA INTERNA

1 Elemento Auditoria Interna 21.835 Euros 650 Euros

TOTAL ANUAL DE REMUNERAÇÕES 172.695 Euros 2.600 Euros

- Durante o ano 2017 a CCAM contratou três colaboradores, para o balcão S. Teotónio e Odemira;

- Não existiu rescisão antecipada de contracto de trabalho com colaboradores, apenas existiu durante

o ano um acordo de Pré-Reforma.

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3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

3.1. Economia Internacional

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de

alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais

blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as

economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o

crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos

preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades

monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em

2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições

financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os

agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à

medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que

a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das

exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura

externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que

esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de

Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por

não acontecer.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em

quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do

Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção

das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado

no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a

recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação

anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017

em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no

caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no

caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil

milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE

decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros

mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até

Setembro de 2018.

A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de

2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro

trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de

emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase

17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram

activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do

mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à

evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa

primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente

à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a

subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de

transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de

crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de

impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de

financiar a redução de impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta

actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de

Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar

desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na

actual política de normalização das taxas de juro americanas.

3.2. Economia Nacional

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60%

versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura

interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos

principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento

disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da

permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que

contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º

trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou

um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o

mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector

privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que

compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma

evolução na política monetária europeia.

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)

2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano,

sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de

riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa,

situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de

gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens

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energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo

do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector

hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em

Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se

verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao

mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros,

o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do

défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões

de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano

de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o

Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António

Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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3.3. Mercado Bancário Nacional

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de

reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se

mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação

de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista

(Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil

milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo

CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da

alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25%

como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no

Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

3.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado

crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos

particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

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3.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de

2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito

não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa

verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a

particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito

total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das

empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu

4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou

0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global

de 4,2 mil milhões de euros.

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Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro

de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido

de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins

que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017

face a Dezembro de 2016).

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

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No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito

a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da

agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi

possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com

maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio,

que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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3.4. Mercados Financeiros

Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow

Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e

finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o

S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673

pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados

ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector

tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na

Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron

ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza

política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha,

apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o

PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance

inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro

relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra

esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade

entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado

desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à

remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as

restantes moedas.

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de

80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das

políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando,

nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote

fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi

igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha

eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a

Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros

para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham

sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao

dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107

e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda,

nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da

sua moeda.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano,

depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o

comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o

processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU,

será sempre um dos principais factores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o

ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a

sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior

equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em

risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de

retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso

nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum

tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer

um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados

de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda

metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes

de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a

tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a

encerrar o ano em torno dos $66.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o

ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de

normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro

foi assinalável.

Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias

acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields

dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos

registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais

significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas

agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na

classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o

spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo

as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a

instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências

económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das

próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas

sondagens.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando

condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta,

reflexo da sua saudável situação fiscal.

3.5. Principais Riscos e Incertezas para 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas

monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos

agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa

de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal.

Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das

próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da

reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente

tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial

poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após

a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma

das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do

Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no

panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como

também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais

rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições

financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos

players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i.a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i)do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do

esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii)da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii)da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii.a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

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(i)da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via

capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e

parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente

mutação (ex. digital, regulação); e,

(ii)de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii.a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos

requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor

(ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na

condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv.a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito

online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open

banking).

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4.CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

4.1.Resultado e Balanço

4.1.1.Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017Variação

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Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros

activos e outros resultados de exploração.

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros

face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

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Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em

parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros

(+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto

Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira

(+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290

milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas

de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido

atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em

resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de

quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas

na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros).

Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros

(+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no

valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em

relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em

2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que

beneficiaram da retoma económica.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM

que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo

para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de

euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

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O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a

crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos

centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um

acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito

aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo

facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

4.1.2. Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o

prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o

facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1, permitem

afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora

de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi

reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu lado, a CA

Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017,

tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais

1 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4 reclamações por

cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

2 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua

respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas

empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das

fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro

que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016,

realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas,

Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e

Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um

crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24

registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das

transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução

semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24,

verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de

2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520

no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na

rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de

transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90

milhões de transacções.

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No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e

uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de

transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de

0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e

parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de

contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na

comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017

atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada

para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi

introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira,

que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de

eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo

CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e

Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

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O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma

iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim

para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais

forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais

promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas

Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas

as diversas acções de comunicação digital.

Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20,

que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos

melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as

acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um

número crescente de participantes de ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA

Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da

poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando

os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e

vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois

youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no

âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de

que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e

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oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática

e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de

Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os

Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde

as competências como a destreza mental e as habilidades

de memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do

Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para

aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos

juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e

inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de

patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas

Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que

foram consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes,

vencedor da Taça de Portugal – Juniores, vencedor Nacional de

Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,

respectivamente;

CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

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Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o

Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

5. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE COMERCIAL DA CCAM

A actividade comercial da CCAM aumentou 4,90 % de 2016 para 2017, isto é, mais 9.577 mil euros.

Este crescimento foi fortemente influenciado pelo aumento da carteira de Recursos e Fundos de

Investimento ( CA Gest + CA Património Crescente) durante o ano de 2017.

5.1. Evolução dos Recursos

Unidade: Euros

Valor % Valor %

DEPÓSITOS À ORDEM 68.473.335 60.657.483 7.815.852 12,89% 66.304.045 2.169.290 3,27%

DP'S + POUPANÇAS 115.980.458 115.117.103 863.355 0,75%

OUTROS RECURSOS 44.834 2.088 42.746 2047,53%

TOTAL DOS RECURSOS 184.498.627 175.776.673 8.721.954 4,96% 181.498.002 3.000.625 1,65%

Indicadores 2017 2016Variação 17/16 Estimativa

2017

Variação 17/Est.17

115.193.957 831.335 0,72%

Em 2017 registou-se um acréscimo nos recursos da CCAM de cerca de 8.722 mil euros, isto é, 4,96%

acima dos valores verificados em 2016. O valor estimado para 2017 foi efectivamente inferior ao

concretizado, verificando-se um desvio positivo na ordem dos dois por cento.

Contrariando a tendência de evolução negativa durante os anos de 2013 e 2014, a captação de

recursos totais registou uma forte subida a partir de 2015, como se pode ver pelo gráfico seguinte:

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5.2. Evolução do Crédito

Unidade: Euros

Valor % Valor %

CRÉDITO VIVO 119.087.117 110.677.896 8.409.221 7,60% 119.266.200 -179.083 -0,15%

CRÉDITO VENCIDO 13.428.252 16.214.901 -2.786.649 -17,19% 14.897.282 -1.469.030 -9,86%

CRÉDITO TOTAL 132.515.370 126.892.797 5.622.572 4,43% 134.163.482 -1.648.112 -1,23%

Indicadores 2017Variação 17/16 Variação 17/Est.17Estimativa

20172016

Em 2017, verificou-se um acréscimo no crédito total concedido na ordem dos 4,43% (mais 5.622

mil euros). O desvio face ao valor estimado para 2017 foi negativo e correspondeu a menos 1,23%.

Esta diminuição ficou a dever-se à descida acentuada do crédito vencido em relação ao valor

estimado, o que traduz numa descida favorável.

Com excepção de 2014/2015, o crédito concedido total tem apresentado uma evolução positiva ao

longo dos últimos anos, como se pode verificar pelo gráfico seguinte:

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O Rácio de Crédito Vencido foi, em 2017, de 10,13% contra os 12,78% de 2016, registando-se uma

diminuição favorável. Considerando a reclassificação de créditos feita pela Administração, para efeitos

de provisionamento, o Rácio de Crédito Vencido Líquido atingiu 4,49% (contra os 1,22% do ano

passado).

Em relação ao crédito em risco por dificuldades financeiras do cliente, apresentamos os seguintes

indicadores, à data 31 de Dezembro de 2017:

RÁCIO DE CRÉDITO = Crédito a Clientes em Risco = 18.917.927 = 14,28%

EM RISCO CréditoTotal 132.515.370

RÁCIO DE CRÉDITO = Crédito a Clientes com

Incumprimento = 13.367.274 = 10,09%

COM INCUMPRIMENTO CréditoTotal 132.515.370

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A CCAM atingiu um rácio de transformação de recursos em crédito de 74,31%, mais 1,5% do

que em Dezembro de 2016.

Em 31 de Dezembro, a CCAM tinha aplicações financeiras na Caixa Central na ordem dos 76.472

mil euros.

5.3. Resultado Líquido do Exercício

No final de 2017, em resultado da actividade desenvolvida no decurso do ano, a CCAM apresentou um

Resultado Liquido depois de impostos positivo de 1.702.150 Euros.

O mapa apresentado é demonstrativo da evolução das várias rubricas de custos e proveitos, que

conduziram à obtenção desse resultado.

Estimativa

Final 2017 Valor % Valor %

Juros e Rendimentos Similares + 4.417.275 4.610.612 4.502.882 (193.337) -4,2% (85.608) -1,9%

Juros e Encargos Similares - 221.788 399.415 372.728 (177.626) -44,5% (150.940) -40,5%

Margem Financeira = 4.195.486 4.211.197 4.130.154 (15.711) -0,4% 65.332 1,6%

Rendimentos Instrument.Capital + 3 13 16 (10) -76,0% (13) -81,3%

Rendimentos Serviços e Comissões + 2.020.272 1.890.468 2.108.130 129.804 6,9% (87.858) -4,2%

Encargos Serviços e Comissões - 183.093 166.791 220.006 16.302 9,8% (36.913) -16,8%

Result.Activos e Passivos Aval.Justo Valor através result.+ 10.054 10.054

Result.Activos Financ.dispo. Venda +

Result. Reavaliação Cambial + (181) 2.039 1.160 -2.220 -108,9% (1.341) -115,6%

Result. Alienação de Out. Activos + 439.964 251.196 353.988 188.768 75,1% 85.976 24,3%

Outros Resultados de Exploração + 51.823 194.397 169.082 -142.574 -73,3% (117.259) -69,4%

Produto Bancário = 6.534.328 6.382.519 6.542.524 151.809 2,4% (8.196) -0,1%

Custos com Pessoal - 2.230.339 1.956.831 1.955.401 273.508 14,0% 274.939 14,1%

Gastos Gerais Administrativos - 1.716.598 1.501.179 1.584.957 215.419 14,3% 131.642 8,3%

Custos Administrativos - 3.946.937 3.458.010 3.540.357 488.927 14,1% 406.580 11,5%

Amortizações do Exercício - 204.944 229.359 233.230 -24.415 -10,6% (28.286) -12,1%

Provisões Líquid. Repos.e Anulações - (106.193) (106.193) (106.193)

Correcções Valor Assoc. Crédito a

Clientes e Valores Receber Out.

Devedores (Liq.repos.e anulações)

- (293.954) 8.195.747 12.049 -8.489.701 -103,6% (306.003) -2539,6%

Imparidade de Out. Activos

Financeiros Líquida de Reversões e

Recuperações

- 109.284 10 13 109.274 1094930,1% 109.271 815452,2%

Imparidade de Out. Activos Líquida

de Reversões e Recuperações- 438.541 1.474.353 486.876 -1.035.812 -70,3% (48.335) -9,9%

Resultado Antes de Impostos = 2.234.769 -6.974.960 2.269.997 9.209.729 -132,0% (35.228) -1,6%

Impostos Correntes - 550.863 268.235 1.010.377 282.628 105,4% (459.514) -45,5%

Impostos Diferidos - (18.244) (1.730.209) 225.000 1.711.965 -98,9% (243.244) -108,1%

Resultado Líquido = 1.702.150 -5.512.986 1.034.620 7.215.136 -130,9% 667.530 64,5%

2017 2016

Pro-forma

Variação 17/16 Variação 17/Est.17

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A Margem Financeira da CCAM diminuiu 0,4 por cento face ao valor de 2016, devido ao decréscimo

entre as rubricas correspondentes: Juros a receber contra Juros a pagar. Continuamos a assistir à

enorme redução nas taxas de juro, durante o ano de 2017, mas a CCAM tem conseguido recuperar

positivamente ao longo destes últimos anos, este indicador.

O Produto Bancário aumentou 2,4 por cento face ao valor de 2016, consequência da subida na

rubrica do comissionamento e do aumento dos resultados da alienação de Outros Activos (venda de

imóveis em carteira recebidos em dação).

Em relação às rubricas de rendimentos de instrumento de capital e resultados de reavaliação cambial

verificou-se uma descida em relação ao ano transacto, pagamento de dividendos da participação da

CCAM na Ca Seguros e o resultado entre a compra e venda de moeda estrangeira, são rubricas sem

grande expressão. Quanto aos outros resultados de exploração, também se verificou uma descida pelo

facto de em 2017 registarmos na rubrica de Donativos uma verba 165 mil euros oferecidos a várias

Associações de Solidariedade Social distribuídas entre os Concelhos de Odemira e Aljezur.

Os Custos Administrativos registaram um acréscimo de 14% face a 2016, resultante do aumento

nos Custos com o Pessoal, na ordem dos 273 mil euros, e nos Gastos Gerais Administrativos cerca de

215 mil euros, em valores absolutos.

Da análise verificada entre as várias rubricas de Custos Administrativos, podemos destacar duas ou

três rubricas onde a oscilação mais se acentuou: _na rubrica da Conservação e Reparação do Imóvel

da Sede; _na rubrica dos serviços especializados: -Aumento com os Consultores e auditores Externos

(auditoria externa PWC); -Aumento com Avaliadores Externos, para dar cumprimento às obrigações

legais, foi necessário o aumento do nº de avaliações (avaliações de imóveis de clientes).

Quanto aos Custos com o Pessoal o aumento deve-se essencialmente à admissão de novos

colaboradores, à entrada em vigor do Novo Estatuto Remuneratório do SICAM para os Órgãos Sociais

e na rubrica do prémio de desempenho o C. Administração decidiu especializar uma verba destinada

aos funcionários, em compensação dos resultados comerciais alcançados em 2017.

O Resultado Antes de Imposto foi superior ao registado em 2016, mais 1.569.583 euros. Com a

passagem NCA´S para NIC´S, resultado da entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2017 do Aviso nº

5/2015 do Banco de Portugal, ocorreu um grande impacto no nível da diminuição das provisões para

crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em

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conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do

Banco de Portugal.

Esta alteração levou à necessidade de “reexpressar” as demonstrações financeiras de 2016, para

efeitos comparativos. Daqui resultou um Resultado Antes de Impostos em 2016 de -6.974.960 euros,

este resultado é explicado pela alteração conta, saiu de uma conta da Demonstração de Resultados e

passou para uma conta de Capitais Próprios do Balanço.

5.4. Capitais Próprios

Os Capitais Próprios da CCAM em 31 de Dezembro de 2017 registavam um acréscimo de cerca de

1.933.628 euros, face a 2016, atingindo os 27.344.332 euros (25.410.704 euros em 2016).

O Aviso nº1/93 do Banco de Portugal determina que as instituições de crédito são obrigadas a manter

o rácio de Solvabilidade (relação Fundos Próprios / Activo Líquido ponderado em função do

respectivo risco) igual ou acima dos 8%. Em 31 de Dezembro de 2017 o rácio de Solvabilidade da

nossa CCAM era de 21,76%.

O capital social passou de 17.838.450 euros para 17.933.510 euros em consequência do aumento

de capital na variação positiva das participações dos sócios no montante de 95.060 euros, efectuado

durante o ano. Este aumento deve-se ao facto de que os resgates solicitados serem inferiores à

entrada de novos associados conforme quadro seguinte:

MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2017

CCAM SÃO TEO TÓ NIO

- Sócios Existentes em 31.12.2016 ……………………………………………… 3.635

………. 185

Soma ……….. 3.820

- Sócios Falecidos ……….. 10

- Sócios Demitidos a seu Pedido ……….. 13

- Sócios Anulados ……….. 0

Soma ………………………………..…………. ……….. 23

SÓCIOS EXISTENTES EM 31.12.2017 3.797

………………………………………………………………..

- Sócios Admitidos durante o ano de 2017 …………………………………..

…………………………………………………………………

………………………………………………

…………………………….

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S.TEOTÓNIO, C.R.L.

BALANÇO INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA) E 1 DE JANEIRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

ACTIVO NotasActivo

Bruto

Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

Activo

Líquido

Activo

LíquidoPASSIVO E CAPITAL Notas 31-dez-17

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 1.895.685 1.895.685 2.382.117 2.122.557 Recursos de bancos centrais 18 - - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 1.766.659 1.766.659 1.277.130 703.507 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 19 - - -

Activos financeiros detidos para negociação 6 2.866.849 2.866.849 - - Recursos de outras instituições de crédito 20 13.113.277 12.155.743 4.384.841

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 - - - Recursos de clientes e outros empréstimos 21 184.574.362 175.900.449 169.617.266

Activos financeiros disponíveis para venda 8 2.535.714 (109.294) 2.426.420 2.453.990 2.533.279 Responsabilidades representadas por títulos 22 - - -

Aplicações em instituições de crédito 9 76.607.044 76.607.044 74.681.541 60.801.095 Provisões 23 230.749 336.942 223.580

Crédito a clientes 10 132.676.521 (15.629.634) 117.046.887 111.060.222 116.886.186 Passivos por impostos correntes 16 323.910 - 402.717

Investimentos detidos até à maturidade 11 768.654 768.654 10.019 - Passivos por impostos diferidos 16 12.638 13.386 13.800

Activos não correntes detidos para venda 12 8.872.035 (1.871.757) 7.000.277 7.337.999 9.147.177 Instrumentos representativos de capital 24

Outros activos tangíveis 13 9.316.779 (5.170.170) 4.146.609 4.446.234 5.279.496 Outros passivos subordinados 25

Activos intangíveis 14 - - - Outros passivos 26 1.427.372 1.188.078 1.143.740

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 6.381.603 (5.051) 6.376.552 6.374.052 6.374.052 Total do Passivo 199.682.308 189.594.596 175.785.945

Activos por impostos correntes 16 - 336.629 -

Activos por impostos diferidos 16 2.858.746 2.858.746 2.841.250 1.111.455 Capital 28 17.933.510 17.838.450 17.782.235

Outros activos 17 3.612.568 (346.309) 3.266.259 1.804.119 1.867.061 Prémios de emissão 28

Outros instrumentos de capital 29

Reservas de reavaliação 29 484.922 350.022 490.391

Outras reservas e resultados transitados 29 7.223.750 12.735.217 12.767.296

Lucro do exercício 1.702.150 (5.512.986) -

Dividendos antecipados

Total dos Capitais Próprios 27.344.332 25.410.704 31.039.922

Total do Activo 250.158.856 (23.132.216) 227.026.639 215.005.300 206.825.867 Total do Passivo e dos Capitais Próprios 227.026.639 215.005.300 206.825.867

O CONTABILISTA CERTIFICADO A ADMINISTRAÇÃO

31-dez-17

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S.TEOTÓNIO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31-dez-1731-dez-16

(Pro-forma )

Juros e rendimentos similares 30 4.417.275 4.610.612

Juros e encargos similares 31 (221.788) (399.415)

Margem financeira 4.195.486 4.211.197

Rendimentos de instrumentos de capital 32 3 13

Rendimentos de serviços e comissões 33 2.020.272 1.890.468

Encargos com serviços e comissões 34 (183.093) (166.791)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 35 10.054 -

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 36

Resultados de reavaliação cambial 37 (181) 2.039

Resultados de alienação de outros activos 38 439.964 251.196

Outros resultados de exploração 39 51.823 194.397

Produto bancário 6.534.328 6.382.519

Custos com pessoal 40 (2.230.339) (1.956.831)

Gastos gerais administrativos 41 (1.716.598) (1.501.179)

Amortizações do exercício 13/14 (204.944) (229.359)

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 106.193 (8.195.747)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 293.954

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 23 (109.284) (1.474.363)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 23 (438.541)

Resultado antes de impostos 2.234.769 (6.974.960)

Impostos

correntes 16 (550.863) (268.235)

diferidos 16 18.244 1.730.209

Resultado líquido do exercício 1.702.150 (5.512.986)

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Reserva de justo valor

Impostos

Ganhos/(Perdas) actuariais do período

Impostos

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio - -

Total do rendimento integral do período 1.702.150 (5.512.986)

O CONTABILISTA CERTIFICADO A ADMINISTRAÇÃO

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S. TEOTÓNIO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

(Montantes expressos em Euros)

31-dez-17 31-dez-16

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 6.483.567 6.501.080

Pagamentos de juros e comissões -454.314 -566.206

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -3.833.862 -3.454.393

Contribuições para o fundo de pensões -47.079 -3.617

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 109.675 -208.162

Resultados cambiais e outros resultados operacionais 51.641 196.436

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 2.309.628 2.465.138

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito 2.000.000 13.880.446

Activos financeiros detidos para negociação 2.856.794 0

Activos financeiros disponíveis para venda 1.132 -79.279

Créditos a clientes 6.005.602 2.256.421

Investimentos detidos até à maturidade 754.000 10.019

Outros activos 532.625 -923.386

12.150.153 15.144.221

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação

Recursos de instituições de crédito 958.925 7.770.901

Recursos de clientes e outros empréstimos 8.721.954 6.283.183

Derivados de cobertura 0 0

Outros passivos 188.479 -358.795

9.869.358 13.695.290

Caixa líquida das actividades operacionais 28.834 1.016.207

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Dividendos recebidos 3 13

Alienações / (aquisições) de filiais e associadas -2.500 0

Alienações / (aquisições) de activos tangíveis e intangíveis -111.138 -66.804

Alienações / (aquisições) de propriedades de investimento

Caixa líquida das actividades de investimento (113.635) (66.792)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento / (diminuição) de capital 87.898 56.215

Dividendos pagos

Emissão de dívida titulada e subordinada, liquida de reembolsos

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros

Remuneração paga relativa a passivos subordinados

Outros 0 -172.448

Caixa líquida das actividades de financiamento 87.898 (116.233)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 3.097 833.182

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.659.247 2.826.064

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 3.662.344 3.659.247

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.895.685 2.382.117

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.766.659 1.277.130

3.662.344 3.659.247

O CONTABILISTA CERTIFICADO A ADMINISTRAÇÃO

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Teotónio, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM

S. Teotónio) é uma instituição de crédito constituída em 26 de Maio de 1911 sob a forma de

Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a

prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação

aplicável.

A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é

formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação,

fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua 25 de Abril n.º

6, em S. Teotónio e através de uma rede de 7 balcões situados nos concelhos de Odemira e

Aljezur.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram

preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal

como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas,

em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as

derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão

do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras

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em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por

Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo

(SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do

referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de

Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito

Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as

NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período

findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o

princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a

Caixa efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das

políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em

tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais

estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração

de dia 28 de Fevereiro de 2018.

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2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação

A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa

elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de

acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco

de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de

crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito,

(iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e

imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza

análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os

requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de

se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da

preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017,

teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e

garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade

com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de

Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada

retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para

efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente

relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente

documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

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Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações

financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações

financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para

efeitos comparativos:

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 10 116.886.186 6.819.888 110.066.298

Activos por impostos diferidos 16 1.111.455 -1.670.136 2.781.591

Outros elementos do activo 4;5;8;9;11;12;13;15;17 88.828.225 88.828.225

Total do Activo 206.825.867 5.149.752 201.676.115

Provisões 23 223.580 -820.258 1.043.838

Outros elementos do passivo 20;21;16;26 175.562.365 175.562.365

Total Passivo 175.785.945 -820.258 176.606.203

Outras reservas e resultados transitados 29 12.767.296 5.970.010 6.797.286

Lucro do exercício - -

Outros elementos do capital próprio 28 18.272.626 18.272.626

Total Capital Próprio 31.039.922 5.970.010 25.069.912

Total do Passivo e Capital Próprio 206.825.867 5.149.752 201.676.115

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 10 111.060.222 -648.442 111.708.664

Activos por impostos diferidos 16 2.841.250 2.841.250

Outros elementos do activo 4;5;8;9;11;12;13;15;17 101.103.829 101.103.829

Total do Activo 215.005.300 -648.442 215.653.742

Provisões 23 336.942 -648.442 985.384

Outros elementos do passivo 20;21;16;26 189.257.655 189.257.655

Total Passivo 189.594.596 -648.442 190.243.038

Outras reservas e resultados transitados 29 12.735.217 5.970.010 6.765.207

Lucro do exercício -5.512.986 -5.970.010 457.024

Outros elementos do capital próprio 28 18.188.472 18.188.472

Total Capital Próprio 25.410.704 0 25.410.704

Total do Passivo e Capital Próprio 215.005.300 -648.442 215.653.742

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c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Margem Financeira 4.211.197 4.211.197

Produto bancário 6.382.519 6.382.519

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 -8.195.747 -7.640.146 -555.601

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações23 -1.474.363 -1.474.363

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos40;41;13/14 -3.687.369 -3.687.369

Resultado antes de impostos -6.974.960 -7.640.146 665.186

Impostos

correntes 16 -268.235 -268.235

diferidos 16 1.730.209 1.670.136 60.073

Resultado líquido do exercício -5.512.986 -5.970.010 457.024

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de

seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações

financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro

de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos

passivos de financiamento, desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de

caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades

de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos

sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017).

Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos

mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças

temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando

existem restrições na lei fiscal.

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2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória

para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União

Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e

mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos

a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e

classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o

objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que

estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam

adaptáveis às características individuais de cada uma.

Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um

comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão

envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.

O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos

definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS

9, optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.

Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos

modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o

novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo

paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como

complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do

projecto de implementação da IFRS 9.

A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo,

calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a

CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo

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que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma

estimativa razoável dos mesmos.

b) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de

produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação

contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a

contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”.

c) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos

locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros

pagamentos da locação e um activo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto

certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato locação

também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado".

d) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que

negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de

reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS

9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma

isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja

a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas

que incluam uma entidade seguradora.

e) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir

para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do

rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da

relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição.

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3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória

para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União

Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS

12 e IAS 28.

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de

endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e

para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso.

Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em

acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de

mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente

(“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções,

que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com

capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2,

que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse

totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a

reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar

activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo

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amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser

classificado ao justo valor através de resultados.

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos

de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de

uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados

através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando

sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao

investimento como um todo.

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de

Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União

Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.

g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro,

contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação

discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada

data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block

approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica

é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva.

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3.2 - Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de

alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma

entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda

estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as

transacções em moeda estrangeira.

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita

ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto

sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando

existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da

Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à

posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua

melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12,

e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor

esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva

modificada.

2.3. Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à

generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são

registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou

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recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de

câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas

estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em

que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

registadas na posição cambial.

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

Moeda Descrição da moeda Taxa de Câmbio

AUD Dólar Australiano 1,53493

BRL Real do Brasil 3,97440

CAD Dólar Canadiano 1,50416

CHF Franco Suiço 1,17038

CNY Yuan Renmimbi da China 7,80960

CVE Escudo de Cabo Verde 110,26500

DKK Coroa Dinamarquesa 7,44510

GBP Libra Esterlina 0,88722

JPY Iene Japonês 135,04000

MOP Pataca de Macau 8,45810

NOK Coroa Norueguesa 9,84200

RUB Rublo 69,39390

SCP Libra Escocesa 0,88722

SEK Coroa Sueca 9,84380

USD Dólar Americano 1,19970

ZAR Rand África do Sul 14,82330

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas.

As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não

detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa

ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras

e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

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A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis

do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do

seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são

objectos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem

deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por

imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários

valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção,

conforme previsto na NIC 21.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu

pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo

tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são

registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas

pelo valor nominal.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo

submetidos a análises periódicas de imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de

relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são

reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as

comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos

incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência

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dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as

comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações,

independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que

sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos

termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida

toda a dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa

relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira

substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa

retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos

tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em

rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros

proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Imparidade

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e

compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo

de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM.

Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar

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evidências de imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se

e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto

mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos.

Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira

da seguinte forma:

- Crédito concedido a empresas;

- Crédito à habitação;

- Crédito ao consumo;

- Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;

- Outros créditos a particulares;

- Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em

moeda estrangeira e contractos de locação financeira.

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por

imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos.

Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros

desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os

dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares.

Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados

correntes observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais.

Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros; Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros; Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000 Euros;

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Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor;

Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade

de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem

ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o

tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o

máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de

referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI

corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de

imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre

entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse

evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os

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segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi

calculada por operação.

Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em

crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o

valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados,

descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo

ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer

perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por

imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por

imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo

ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente

na demonstração de resultados.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos

considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o

acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente

aprovado pelo Conselho de Administração.

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na

demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são

anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em

atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no

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exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias

reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com

prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o

cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido.

As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na

demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39,

sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos

financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no

curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber

(justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os

derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na

rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor

através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor

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através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas

decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor

nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e

reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua

distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados

activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não

estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização,

que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são

estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à

taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de

avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não

sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados,

activos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de

instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser

mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas

relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital

próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por

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imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais

de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto que

os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos

directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de

aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da

taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em

que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são

registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com

pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a

Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo

de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o

método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e

rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou

determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes

categorias de activos financeiros.

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No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais

comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente

atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado,

com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o

custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é

utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento

financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma

outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de

adquirir o activo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra

retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam

originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta

própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de

juro efectiva.

vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um

activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e

numa determinada data fixada ou em data a fixar.

Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço

que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são

reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras

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instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada

como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

vii) Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo

financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos

de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à

contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados

ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia

do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98,

de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola

Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos

constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii)

promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas

instituições, com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a

receber, conforme referido acima.

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas

por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de

imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação

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dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação

de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para

títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos

com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que

possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de

ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido

directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de

dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo

valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade

registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se

verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após

a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento

variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o

reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a

títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores

variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua

contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor

nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo

respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a

futuros transaccionados em mercados organizados);

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Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado,

incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente

reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e

passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas

são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos para negociação" e "Passivos

financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente.

A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em

separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus

riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do

instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor

através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo

valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que

não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao

justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de

contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes

ao abrigo da NIC 39;

Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados

diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de

activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e

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negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de

resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são

contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente

atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de

vida útil estimado do bem:

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios

que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua

utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram

registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao

custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de

índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações

que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo

registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

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Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por

imparidade.

Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a

sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de

software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além

do exercício em que são realizados.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e

perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da

vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

g) Activos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e

outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando

estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a

probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor

acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente

ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas

(pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que

o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que

se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do

momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.

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Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a

existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo

com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e

Unidades Operacionais Descontinuadas”:

“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para

venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e

costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser

altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

h) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a garantias e compromissos

assumidos, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da

actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.

i) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo

que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e

sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as

responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no

pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual

se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e

pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são

calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de

reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do

cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

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Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo

Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um

Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos

pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das

seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades,

uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e

sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e

sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados,

admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos,

consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em

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função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada

pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de

trabalhadores inscrito.

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral

pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo

de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

j)Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que

completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de

antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da

atribuição), respectivamente.

A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos

actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e

demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas

de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de

desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating

elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

k) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são

reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são

reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

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Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de

um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os

impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do

resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou

proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos

futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a

sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças

temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao

montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a

utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto,

não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em

transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja

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provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em

vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou

substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do

exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas

noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros

disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por

contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os

valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de

aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as

disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de

caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são

continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho

de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as

expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem

razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam

sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes

estimados.

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A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de

pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos,

assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

Provisões e perdas por imparidade

A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de

imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por

imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo

inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das

perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar

em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos

resultados.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na

ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos

calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de

valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto

significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas

utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade,

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crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas

estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida

em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais

positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de impostos

diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros

esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso

estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por

impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários

O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com

qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das

respectivas funções.

Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de

documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do

mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da

informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua

comparação.

O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado

imobiliário.

Os pontos que se encontram omissos no anexo às Contas não são aplicáveis nesta

CCAM.

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4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:

Moedas nacionais 1.890.101 2.359.070

Moedas estrangeiras 5.584 23.047

1.895.685 2.382.117

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

1.895.685 2.382.117

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.481.867 1.076.566

Cheques a cobrar 284.760 200.526

Outras disponibilidades - -

1.766.627 1.277.092

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:

Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de crédito

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 32 38

1.766.659 1.277.130

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6. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 2.866.849 -

Instrumentos de capital - -

Outros - -

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida - -

Instrumentos de capital - -

Outros - -

Instrumentos financeiros derivados - -

Imparidade - -

2.866.849 -

8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 1.359.132 1.358.000

Instrumentos de capital 1.176.582 1.096.000

Outros - -

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida - -

Instrumentos de capital - -

Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade (109.294) (10)

2.426.420 2.453.990

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Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios:

31-dez-16 31-dez-17

Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva

de JV de JV de JV variações de JV

Reservas de justo valor

Títulos emitidos por residentes

- Instrumentos de dívida 0

- Instrumentos de capital 80.582 6.271 -86.853 0

- Outros 0

Títulos emitidos por não residentes

- Instrumentos de dívida 0

- Instrumentos de capital 0

- Outros 0

80.582 6.271 - (86.853) -

Movimentos de 2017

Adicionalmente, existem imparidades registadas sobre títulos desta carteira no total de 109.284 Euros, imparidade que variou 22.431 Euros, face ao final do ano anterior mais o que foi transferido da conta de capitais próprios, no montante 86.853 Euros. Sobre este assunto, remetemos para o detalhe apresentado na nota relativa a provisões e imparidades.

A Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A., procedeu durante o ano 2015 à emissão de obrigações “OBRIGAÇÕES CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA – COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.- 1ª EMISSÃO 2015”. Esta emissão é destinada exclusivamente à subscrição pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) pertencentes ao Sistema Integrado do Crédito do Crédito Agrícola Mútuo que tenham capacidade financeira para tal, nomeadamente em termos de nível de fundos próprios, ficando vedada a transmissão dos títulos a outro tipo de investidores. Esta CCAM procedeu à aquisição de 1.358 títulos, com um valor unitário de € 1.000,00, com prazo indeterminado, com reembolso, parcial ou total, por iniciativa do emitente, decorridos não menos de cinco anos, com juros semestrais, remunerados á taxa nominal fixa de 3% a.a. no primeiro semestre e, nos semestres subsequentes, à taxa indexada à Euribor a 12 meses, acrescida de um spread de 3 pontos percentuais, sendo que, em qualquer circunstância, a taxa de juro nominal nunca será inferior ao valor do spread ou margem.

Em relação aos instrumentos de capital, a ImoValorCA é um fundo especial de investimento imobiliário fechado que consiste em investir primacialmente em imóveis adquiridos através das Caixas Agrícolas de Crédito Agrícola Mútuo e Caixa Central, imóveis esses integrados no âmbito de operações judiciais e extrajudiciais de recuperação de crédito. Não existe garantia para o participante quanto ao capital investido no Fundo, nem quanto à rentabilidade do investimento, pelo que existe o risco de perda de investimento efectuado ao Fundo.

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9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos 75.972.475 73.972.475

Empréstimos - -

Operações de compra de acordo com revenda - -

Aplicações subordinadas 500.000 500.000

Outras aplicações - -

76.472.475 74.472.475

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:

Bancos Centrais:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outras aplicações - -

- -

Organismos financeiros internacionais:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

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31-dez-17 31-dez-16

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam

objecto de operações de cobertura - -

76.472.475 74.472.475

Provisões - -

Juros a receber 134.569 209.066

76.607.044 74.681.541

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses - -

Entre três meses e um ano 72.050.000 70.050.000

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos 4.422.475 4.422.475

76.472.475 74.472.475

Juros a receber 134.569 209.066

76.607.044 74.681.541

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10. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 1.953.026 2.303.865 2.383.808

Empréstimos à habitação regime geral 38.830.088 36.665.642 34.946.669

Empréstimos com garantia real 55.253.726 62.837.035

Empréstimos sem garantia real 8.101.560 3.295.134

Contratos de locação financeira

Clientes - - -

CCAM - - -

Empresas do grupo - - -

Empréstimos subordinados - - -

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 486.587 460.000 469.541

Outros créditos 4.773.588 3.879.548 4.207.785

Créditos em conta corrente 3.339.500 3.829.250 3.603.750

Clientes - - -

Empresas do grupo - - -

Descobertos em depósitos à ordem 116.670 64.948 82.435

Empresas do grupo - - -

Outros residentes - - -

118.728.989 110.558.539 111.826.157

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Empréstimos 104.524 119.347 103.661

Curto prazo

Outros créditos

Descobertos dep.ordem - não residentes - 11 -

Outros créditos a clientes 3.604 - -

108.128 119.358 103.661

Outros Créditos e Valores a Receber (titulados)

Titulos de Dívida

Papel Comercial a desconto-Empresas residentes 250.000 - -

250.000 - -

Juros a receber 378.533 354.481 475.931

Comissões associadas ao custo amortizado:

Despesas com encargo diferido - - -

Receitas com rendimento diferido 217.381 263.468 236.051

217.381 263.468 236.051

Correcções de valor dos activos

que sejam objecto de cobertura - - -

Total crédito não vencido 119.248.269 110.768.911 112.169.697

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 13.339.790 16.088.327 13.164.987

Juros vencidos 88.462 126.574 77.144

Total crédito e juros vencidos 13.428.252 16.214.901 13.242.131

132.676.521 126.983.812 125.411.828

Imparidades e Provisões

Para crédito e juros vencidos (7.448.059) (15.514.531) (5.886.159)

Para crédito de cobrança duvidosa (8.181.576) (409.059) (2.639.483)

(15.629.634) (15.923.590) (8.525.642)

117.046.887 111.060.222 116.886.186

69.229.531

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Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC. Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 4.362.055 3.828.611

Entre três meses e um ano 4.859.225 4.799.629

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos 10.864.890 8.865.633

Mais de cinco anos 112.429.200 109.398.925

132.515.370 126.892.798

Receitas com rendimento diferido 217.381 263.468

Juros a receber 378.533 354.481

132.676.521 126.983.812

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Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a composição de créditos a clientes por sectores de actividade é a seguinte:

-

Vencido Não vencido Total Vencido Não vencido Total

Agricultura 185.139 15.146.652 15.331.791 180.112 14.951.337 15.131.449

Alimentos, bebidas e tabaco 125.928 1.388.794 1.514.722 125.837 1.689.292 1.815.129

Comércio 108.831 9.556.488 9.665.319 108.321 8.232.057 8.340.378

Construção 892.605 6.787.242 7.679.847 2.594.783 4.422.311 7.017.094

Engenharia - - - - - -

Madeira e cortiça - - - - - -

Serviços 1.474.627 9.704.894 11.179.521 1.805.324 8.579.089 10.384.413

Têxtil - - - - - -

Transportes e comunicações 4.597 18.728 23.325 4.560 8.951 13.511

Particulares: - -

Habitação 1.160.994 40.783.114 41.944.108 5.709.240 38.969.507 44.678.747

Consumo 489.519 7.770.003 8.259.523 912.489 6.228.361 7.140.850

Outros 8.986.012 27.931.202 36.917.214 4.774.236 27.596.991 32.371.227

13.428.252 119.087.117 132.515.370 16.214.902 110.677.896 126.892.798

31-dez-17 31-dez-16

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11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Titulos detidos até à maturidade:

Títulos cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 764.000 10.000

De outros emissores públicos nacionais - -

De outros residentes:

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida

De emissores públicos estrangeiros - -

De organismos financeiros internacionais - -

De outros não residentes

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos não cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa - -

De outros emissores públicos nacionais - -

De outros residentes:

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Títulos emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida

De emissores públicos estrangeiros - -

De organismos financeiros internacionais - -

De outros não residentes

Dívida não subordinada - -

Dívida subordinada - -

Outros investimentos detidos até à maturidade

Títulos cotados - -

Títulos não cotados - -

Juros a receber 4.654 19

768.654 10.019

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Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados ao custo amortizado. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Em Maio de 2016 a CCAM subscreveu 10.000 euros em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (“OTRV MAIO 2021”), com valor nominal unitário de €1.000 por cada OTRV, pelo prazo de 5 anos, com pagamentos de juros calculados diariamente na base actual/360 que vencer-se-ão semestral e postecipadamente, a 19 de Maio e a 19 de Novembro de cada ano, até á data de reembolso, á Taxa de Juro Variável, Euribor 6 meses acrescida de 2,20% (Taxa Anual Nominal Bruta), com uma taxa de juros mínima de 2,20% (Taxa Anual Nominal Bruta). O pagamento dos juros ficará sujeito ao regime fiscal em vigor no momento do pagamento, bem como as comissões e outros encargos.

Em Abril de 2017 a CCAM subscreveu 140.000 euros em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (“OTRV ABRIL 2022”), com valor nominal unitário de €1.000 por cada OTRV, pelo prazo de 5 anos, com pagamentos de juros calculados diariamente na base actual/360 que vencer-se-ão semestral e postecipadamente, a 12 de Abril e a 12 de Outubro de cada ano, até á data de reembolso, á Taxa de Juro Variável, Euribor 6 meses acrescida de 1,90% (Taxa Anual Nominal Bruta), com uma taxa de juros mínima de 1,90% (Taxa Anual Nominal Bruta). O pagamento dos juros ficará sujeito ao regime fiscal em vigor no momento do pagamento, bem como as comissões e outros encargos.

Em Agosto de 2017 a CCAM subscreveu 594.000 euros em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (“OTRV AGOSTO 2022”), com valor nominal unitário de €1.000 por cada OTRV, pelo prazo de 5 anos, com pagamentos de juros calculados diariamente na base actual/360 que vencer-se-ão semestral e postecipadamente, a 2 de Fevereiro e a 2 de Agosto de cada ano, até á data de reembolso, á Taxa de Juro Variável, Euribor 6 meses acrescida de 1,60% (Taxa Anual Nominal Bruta), com uma taxa de juros mínima de 1,60% (Taxa Anual Nominal Bruta). O pagamento dos juros ficará sujeito ao regime fiscal em vigor no momento do pagamento, bem como as comissões e outros encargos.

Em Dezembro de 2017 a CCAM subscreveu 20.000 euros em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (“OTRV DEZEMBRO 2022”), com valor nominal unitário de €1.000 por cada OTRV, pelo prazo de 5 anos, com pagamentos de juros calculados diariamente na base actual/360 que vencer-se-ão semestral e postecipadamente, a 5 de Junho e a 5 de Dezembro de cada ano, até á data de reembolso, á Taxa de Juro Variável, Euribor 6 meses acrescida de 1,10% (Taxa Anual Nominal Bruta), com uma taxa de juros mínima de 1,10% (Taxa Anual Nominal Bruta). O pagamento dos juros ficará sujeito ao regime fiscal em vigor no momento do pagamento, bem como as comissões e outros encargos.

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A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos contratuais:

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 anos Até 5 anos

Indeterminad

o TotalInvestimentos detidos

até à maturidade - 764.000 764.000

Prazos residuais contratuais

31 dez 2017 em milhares de euros

12. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 8.850.961 9.985.305

Equipamento - -

Outros 21.074 21.074

8.872.035 10.006.379

Outros activos não correntes detidos para venda:

Filiais - -

Associadas - -

Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

8.872.035 10.006.379

Imparidade:

Imóveis (1.871.757) (2.668.380)

Equipamento - -

Outros - -

7.000.277 7.337.999

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O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 9.985.305 (2.668.380) 2270176 -3404520 716406 -207027 287243 8.850.961 (1.871.757) 6.979.203

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros 21.074 - - - - - - 21.074 - 21.074

10.006.379 (2.668.380) 2.270.176 (3.404.520) 716.406 (207.027) 287.243 8.872.035 (1.871.757) 7.000.277

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 11.164.509 (2.017.332) 542.203 (1.721.408) 131.031 (967.955) 185.876 9.985.305 (2.668.380) 7.316.925

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - 21.074 - - - - 21.074 - 21.074

11.164.509 (2.017.332) 563.277 (1.721.408) 131.031 (967.955) 185.876 10.006.379 (2.668.380) 7.337.999

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

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13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 341.113 - - - - - - - - - - 341.113 - - 341.113

Edificios 6.307.978 (1.928.504) - - - (127.101) (876.527) - - - - 6.307.978 (2.055.605) (876.527) 3.375.847

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

6.649.091 (1.928.504) - - - (127.101) (876.527) - - - - 6.649.091 (2.055.605) (876.527) 3.716.960

Equipamento:

Mobiliário e material 250.435 (246.466) - 6.596 - (1.895) - - - - - 257.031 (248.361) - 8.670

Máquinas e ferramentas 380.261 (351.216) - 8.425 - (7.801) - - - - - 388.686 (359.016) - 29.670

Equipamento informático 198.559 (192.639) - 5.051 - (5.510) - - - - - 203.610 (198.150) - 5.460

Instalações interiores 591.964 (483.692) - - - (20.748) - - - - - 591.964 (504.440) - 87.524

Material de transporte 339.886 (269.890) - 73.911 - (7.016) - - - - - 413.798 (276.905) - 136.892

Equipamento de segurança 237.289 (225.225) - - - (3.627) - - - - - 237.289 (228.853) - 8.436

Outro equipamento 436.995 (340.534) - 56.619 - (31.246) - - - - - 493.614 (371.781) - 121.833

2.435.388 (2.109.663) - 150.602 - (77.843) - - - - - 2.585.991 (2.187.506) - 398.485

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 53.980 (35.980) - - - - - - - - - 53.980 (35.980) - 18.000

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

53.980 (35.980) - - - - - - - - - 53.980 (35.980) - 18.000

Outros activos tangíveis:

(…) 14.553 (14.553) - - - - - - - - - 14.553 (14.553) - -

Activos tangíveis em curso 52.629 - - 9.484 (34.868) - - (14.080) - - - 13.165 - - 13.165

9.205.641 (4.088.700) - 160.086 (34.868) (204.944) (876.527) (14.080) - - - 9.316.779 (4.293.643) (876.527) 4.146.609

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abatesRegularizações

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Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 362.187 - - - - - - - - (21.074) - 341.113 - - 341.113

Edificios 6.307.978 (1.801.403) - - - (127.101) (670.708) - - - - 6.307.978 (1.928.504) (670.708) 3.708.766

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

6.670.166 (1.801.403) - - - (127.101) (670.708) - - (21.074) - 6.649.091 (1.928.504) (670.708) 4.049.879

Equipamento:

Mobiliário e material 249.562 (244.359) - 873 - (2.108) - - - - - 250.435 (246.466) - 3.969

Máquinas e ferramentas 366.746 (344.683) - 13.515 - (6.533) - - - - - 380.261 (351.216) - 29.045

Equipamento informático 197.785 (182.057) - 774 - (10.582) - - - - - 198.559 (192.639) - 5.919

Instalações interiores 591.964 (462.907) - 0 - (20.785) - - - - - 591.964 (483.692) - 108.272

Material de transporte 339.886 (233.911) - 0 - (35.979) - - - - - 339.886 (269.890) - 69.997

Equipamento de segurança 237.289 (221.518) - 0 - (3.707) - - - - - 237.289 (225.225) - 12.064

Outro equipamento 413.226 (318.137) - 23.768 - (22.397) - - - - - 436.995 (340.534) - 96.460

2.396.458 (2.007.571) - 38.930 - (102.092) - - - - - 2.435.388 (2.109.663) - 325.725

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento 53.980 (35.980) - - - - - - - - - 53.980 (35.980) - 18.000

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -

53.980 (35.980) - - - - - - - - - 53.980 (35.980) - 18.000

Outros activos tangíveis:

(…) 14.553 (14.386) - - - (166) - - - - - - - - 0

Activos tangíveis em curso 3.681 - - 48.948 - - - - - - - - - - 52.629

9.138.837 (3.859.341) - 87.879 - (229.359) (670.708) - - (21.074) - 9.138.460 (4.074.147) (670.708) 4.446.234

31-dez-15 31-dez-16

Alienações e abatesRegularizações

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15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

CA INFORMÁTICA SERV. INFORMÁTICA R TEÓFILO BRAGA, LT 63-CAVE_DAMAIA 0,2449% 11.449 11.449

CA SEGUROS SEGURADORA AV ENG.DUARTE PACHECO 19 3º_LISBOA 0,0003% 53 53

CA VIDA SEGURADORA RUA CASTILHO, 233_LISBOA 0,0071% 2.500 -

FENACAM OUT.SERV.INTERMED. MONETÁRIARUA PASCOAL DE MELO, Nº 49_LISBOA 0,0040% 20 20

CAIXA CENTRAL BANCA RUA CASTILHO, 233_LISBOA 2,0963% 6.362.530 6.362.530

(…) (…) (…)

6.376.552 6.374.052

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado

Empresa líquido líquida líquido

CA INFORMÁTICA 16.195.104 7.559.474 327.939

CA SEGUROS 214.871.600 45.234.567 2.031.039

CA VIDA 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580

FENACAM 8.303.491 5.508.860 547.749

CAIXA CENTRAL 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370 Esta rubrica regista uma imparidade total de 5.051 euros, refente ao investimento nas acções da CA Informática e CA seguros.

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16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 2.858.746 2.841.250 1.111.455

Por prejuízos fiscais reportáveis - - -

2.858.746 2.841.250 1.111.455

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 12.638 13.386 13.800

2.871.384 2.854.635 1.125.255

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta - - -

Outros - - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar 336.629

- 336.629 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 323.910 402.717

323.910 336.629 402.717

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo.

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O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

2017

Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em

31-dez-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-17

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 2.564.863 - (76.034) - - 2.488.829

. Imparidades em garantias e compromissos assumidos 78.579 - (44.019) - - 34.560

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em devedores e outras aplicações 2.885 68.474 - - 71.359

. Imparidade em ANCDV e outros activos 146.617 - 45.167 - - 191.784

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - 20.852 - - 20.852

. Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas - - 7.634 - - 7.634

Contribuição efectuada - - - - - -

Prémio de antiguidade 48.305 - (4.577) - - 43.727

Encargos com saúde - - - - - -

. Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente 13.386 - (747) - - 12.638

. Reserva de justo valor de IFD - - - - - -

. Reserva de justo valor de AFDV - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

(…) - -

2.854.635 - 16.749 - - 2.871.384

2016

Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo

em das NIC em em Resultados em em

1-jan-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-16

. Imparidade em activos tangíveis - - - - - -

. Imparidade em activos intangíveis - - - - - -

. Imparidades em crédito 2.639.387 (1.670.136) 1.595.613 - - 2.564.863

. Imparidades em garantias e compromissos assumidos 91.358 - (12.778) - - 78.579

. Imparidade em participações financeiras - - - - - -

. Imparidade em devedores e outras aplicações 4.795 - (1.910) - - 2.885

. Imparidade em ANCDV e outros activos - - 146.617 - - 146.617

. Provisão para riscos gerais bancários - - - - - -

. Provisão para outros riscos e encargos - - - - - -

. Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

Prémio de antiguidade 46.052 - 2.253 - - 48.305

Encargos com saúde - - - - - -

. Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente 13.800 - (415) - - 13.386

. Reserva de justo valor de IFD - - - - - -

. Reserva de justo valor de AFDV - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

(…) -

2.795.392 (1.670.136) 1.729.380 - - 2.854.635

121

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Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntes 550.863 268.235

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias (18.244) (1.730.209)

Prejuízos fiscais reportáveis - -

(18.244) (1.730.209)

Total de impostos reconhecidos em resultados 532.619 (1.461.974)

Lucro antes de impostos 2.234.769 (6.974.960)

Carga fiscal 23,83% 20,96%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2014 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

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A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 2.234.769 (6.974.960)

Imposto apurado com base na taxa geral de IRC 21% 469.301 21% (1.464.742)

Imposto apurado com base na taxa de derrama municipal 0,88% 19.666 0,86% (59.985)

Imposto apurado com base nas taxas de derrama estadual (3% - 7%) 0,99% 22.043 2,35% (164.249)

22,87% 511.010 24,21% (1.688.976)

Gastos relativas a exercícios anteriores 0,18% 4.121 (0,06%) 4.315 Imparidades não dedutíveis (5,73%) (127.993) (22,48%) 1.568.288 Provisões não dedutíveis 4,18% 93.350 (1,32%) 92.099 Ajustamentos relativos a benefícios aos empregados 0,47% 10.601 0,04% (2.722) Contribuição sobre o sector bancário 0,30% 6.709 (0,07%) 5.014 Outros encargos não dedutíveis 3,88% 86.698 (0,31%) 21.595 Eliminação da dupla tributação económica 0,00% - 0,00%Benefícios fiscais (0,53%) (11.774) (0,00%) 10 Outros valores dedutíveis (1,84%) (41.098) (0,25%) 17.312 Dedução de prejuízos fiscais 0,00% - 0,00%Derramas municipal e estadual 0,16% 3.634 (3,35%) 234.006 Tributações autónomas 0,70% 15.605 (0,25%) 17.295 (…)

Impacto do imposto corrente em resultados 24,65% 550.863 (3,85%) 268.235

Impacto do imposto diferido em resultados (0,82%) (18.244) 24,81% (1.730.209)

Custo com imposto do exercício 23,83% 532.619 20,96% (1.461.974)

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,00% - 0,00% -

Total de custo com imposto 23,83% 532.619 20,96% (1.461.974)

31-dez-17 31-dez-16

123

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17. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activos

Outros metais preciosos 203.378 185.020

Outros activos por recuperação crédito 1.505.449 -

Devedores por operações sobre futuros - -

Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -

(…) - -

Despesas a debitar a clientes - -

Bonificações a receber 12.668 5.804

Outros devedores diversos 231.998 466.291

(…) - -

1.953.494 657.114

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões - -

Seguros 19.101 16.561

(…) - -

Outras 8.498 5.458

27.599 22.019

Valores a regularizar

Operações cambiais a liquidar - -

Operações activas a regularizar 1.360.144 1.137.584

Responsabilidades com pensões e out. 34.713 18.794

Outros juros e rendimentos similares 302.061 -

(…) - -

Outras 1.770 1.977

1.698.688 1.158.355

Receitas com rendimento diferido

Outras Comissões (67.213) -

(67.213) -

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (32.023) (33.370)

Outros activos-Prov. p/ imparidade acumulada (314.286) -

(…) - -

(346.309) (33.370)

3.266.259 1.804.119

Em Agosto de 2017, esta CCAM procedeu à transferência contabilística, dos imóveis que estavam registados em Activos Financeiros Disponíveis para Venda para Outros Activos por Recuperação de Crédito, no montante de 1.501.939 euros, pois estes encontram-se onerados por contractos de arrendamento ou impedimento de outra natureza, que não podem ser transaccionados de imediato.

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20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no país

Mercado monetário interbancário - -

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos 13.111.913 12.152.988

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

13.111.913 12.152.988

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

Organismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

Outras instituições de crédito

Recursos a muito curto prazo - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam objecto

de operações de cobertura - -

Juros a pagar 1.363 2.754

13.113.277 12.155.743

O BCE através das operações de financiamento TLTRO do BCE, coloca á disposição do Crédito Agrícola um limite de financiamento correspondente a 7% da sua carteira de crédito a Sociedades Não Financeiras (SNF) do sector privado e a particulares, excluindo os créditos concedidos para aquisição de habitação, sendo este o critério que rege as avaliações do BCE sobre a evolução da carteira de crédito do Crédito Agrícola, com o objectivo expresso de incentivar o crédito à economia mediante a garantia de financiamento.

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As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2016 caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE.

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos

À ordem 68.473.335 60.916.495

A prazo 66.278.881 69.712.007

De poupança 49.701.577 45.146.084

Outros recursos de clientes - -

Cheques e ordens a pagar 44.834 2.088

Outros - -

184.498.627 175.776.673

Juros a pagar 75.735 123.776

184.574.362 175.900.449

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de

clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 109.797.549 103.616.912

Entre três meses e um ano 72.246.173 70.623.014

Entre um ano e três anos 1.795.550 1.086.403

Entre três e cinco anos 41.162 91.765

Mais de cinco anos 618.193 358.579

184.498.627 175.776.673

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23. PROVISÕES E IMPARIDADES O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016

foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 16.260.531 6.291.975 (6.585.930) - (336.943) 15.629.634

em instituições de crédito

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital 10 109.284 - - - 109.294

- Outros títulos - - - - - -

10 109.284 - - - 109.294

Imparidade em investimentos em filiais e associadas 5.051 - - - - 5.051

Imparidade em AFT e AI 670.708 272.742 (66.923) - - 876.527

Imparidade em ANCDV 2.668.381 207.027 (287.243) (716.406) - 1.871.758

Imparidade em outros activos 33.370 314.458 (1.519) - - 346.309

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - 371.452 (572.946) - 336.943 135.449

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos - 200.000 (150.000) - - 50.000

- Outras provisões - 468.894 (423.594) - - 45.300

- 668.894 (573.594) - - 95.300

19.638.051 8.235.832 (8.088.154) (716.406) - 19.069.323

Saldos em Reposições e Saldos em

1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 16.389.367 10.216.630 (9.661.029) (684.437) 16.260.531

em instituições de crédito (Notas 8 e 9)

Imparidade em AFDV (Nota 7)

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - 10 - - - 10

- Outros títulos - - - - - -

- 10 - - - 10

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) 29.051 - - (24.000) - 5.051

Imparidade em AFT e AI (Nota 15 e 16) - 731.778 (61.070) - - 670.708

Imparidade em ANCDV (Nota 13) 2.017.333 967.955 (185.876) (131.031) - 2.668.381

Imparidade em outros activos (Nota 19) 42.107 36.145 (14.579) (30.303) - 33.370

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos - 300.000 (300.000) - - -

- Outras provisões - - - - - -

- 300.000 (300.000) - - -

18.477.858 12.252.517 (10.222.553) (869.771) - 19.638.051

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

127

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26. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursos

Credores por operações sobre futuros - -

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 93.027 73.242

Contribuições para a Segurança Social 37.169 33.088

Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.176 4.501

Cobranças por conta de terceiros 2.405 2.427

Contribuições para outros sistemas de saúde 6.263 6.755

Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -

Recursos diversos 144.051 64.823

Credores por fornecimento de bens 179.636 171.873

Outros credores 43.047 35.127

Encargos a pagar

Por capitais próprios e equiparados - -

Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 208.023 225.706

Prémio de antiguidade 199.851 220.973

Subsídio de morte - -

Remunerações variáveis - -

Outros 176.993 68.901

Por gastos gerais administrativos - -

Outros 20.593 23.884

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 5.138 2.663

Comissões em operações sindicadas 17.169 635

Outras 67.213 263.468

Valores a regularizar

Posição cambial - -

Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -

Outras operações a regularizar 291.831 253.479

1.427.372 1.188.078

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27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se

registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 1.534.495 1.450.421

Aceites e endossos - -

Créditos documentários abertos - -

Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -

Contratos a prazo de depósitos - -

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 7.988.500 13.710.714

Compromissos revogáveis 12.732.348 4.493.035

Por subscrição de títulos 2.250.000 -

Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 38.449 150.575

Valores recebidos para cobrança - 9.806

Valores administrados pela instituição - -

Outras - -

24.543.791 19.814.551

28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, e estrutura de Capital da Caixa é a seguinte:

N º de N º de

acções % acções %

Accionistas:

CAIXA S.TEOTONIO_CAPITAL ORDINÁRIO 11.023 0,31% 11.023 0,31%

CAIXA S.TEOTONIO_INCORPORAÇÃO RESERVAS 3.364.613 93,81% 3.364.613 94,31%

OUTROS ASSOCIADOS 211.066 5,88% 192.054 5,38%

3.586.702 100,00% 3.567.690 100,00%

2017 2016

129

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29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda

De investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos

(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado 144.402 153.082 157.828

Reservas por fundo pensões-ganhos e perdas actuariais 340.520 277.522 334.998

Reservas por impostos diferidos

De activos financeiros disponíveis para venda - (80.582) (2.435)

(…)

484.922 350.022 490.391

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 5.095.264 5.003.861 4.966.391

Outras reservas 2.022.672 7.660.812 7.547.772

Resultados transitados 105.814 70.544 65.794

7.223.750 12.735.217 12.579.956

Lucro do exercício 1.702.150 -5.512.986 187.340

9.410.822 7.572.254 13.257.687

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui

um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o

capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste

impacto encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

O quadro abaixo é demonstrativo do movimento em contas de capital próprio:

130

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE S.TEOTÓNIO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do Total dos

Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Capitais Próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 (NCA) 17.782.235 490.391 6.544.152 65.794 6.609.946 187.340 25.069.912

Impacto da adopção das NIC - Entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 -

Imparidades do crédito (NIC 39) 7.640.146 7.640.146 7.640.146

Impostos Diferidos Activos (NIC 12) (1.670.136) (1.670.136) (1.670.136)

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma) 17.782.235 - 490.391 12.514.162 65.794 12.579.956 187.340 31.039.922

Aplicação do resultado do exercício de 2015: -

Transferência para reservas e resultados transitados 160.746 26.594 187.340 (187.340) -

Distribuição de resultados (510) (10.235) (10.235) (10.745)

(…) - -

Aumento de capital 68.815 - 68.815

Reembolso de capital (12.090) - (12.090)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto (78.147) - (78.147)

Resultado líquido do exercício de 2016 - (5.512.986) (5.512.986)

Outras alterações nos capitais próprios (62.222) (26.594) 4.751 (21.843) (84.065)

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) 17.838.450 - 350.022 12.638.079 97.139 12.735.218 (5.512.986) 25.410.704

Aplicação do resultado do exercício de 2016: - -

Transferência para reservas e resultados transitados (5.512.986) (5.512.986) 5.512.986 -

Distribuição de resultados (195) (7.162) (7.162) (7.357)

(…) - -

Aumento de capital 105.820 - 105.820

Reembolso de capital (10.565) - (10.565)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto 80.582 - 80.582

Resultado líquido do exercício de 2017 - 1.702.150 1.702.150

Outras alterações nos capitais próprios 54.318 8.680 8.680 62.998

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 17.933.510 - 484.922 7.117.931 105.819 7.223.750 1.702.150 27.344.332

O CONTABILISTA CERTIFICADO A ADMINISTRAÇÃO

Outras Reservas e resultados transitados

131

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132

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Juros de disponibilidades em bancos centrais

Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 576 1.210

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 492.144 700.232

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

7904000 Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 1.287.125 1.218.505

Créditos em conta corrente 161.784 163.459

Descobertos em depósitos à ordem 12.370 20.588

Créditos tomados - factoring - -

79040005 Operações de locação financeira

Mobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

79040008 Outros créditos 480 224

Particulares

7904001 Habitação 568.302 538.449

79040010 Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

Consumo

79040011 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 427.398 386.045

790400118 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 991.832 1.191.754

Créditos em conta corrente 49.699 58.804

Descobertos em depósitos à ordem 17.792 15.277

Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

132

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31-dez-17 31-dez-16

Crédito externo

Empresas e administrações públicas

7904010 Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - -

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - -

Créditos tomados - factoring - -

Operações de locação financeira

79040105 Mobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outros créditos - -

Particulares

7904011 Habitação

Operações de locação financeira - -

Outros créditos 4.110 332

790401108 Consumo

79040111 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 7.623 7.011

790401118 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 1.329 685

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - 717

Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

Outros créditos e valores a receber (titulados)

790480 Emitidos por residentes 2.270 -

790481 Emitidos por não residentes - -

Juros de crédito vencido 342.341 266.900

790630 Juros de activos titularizados não desreconhecidos

7906300 Crédito a clientes - titularizado

79063001 Crédito interno - -

7906308 Crédito ao exterior - -

Outros créditos e valores a receber - titularizados - -

Juros de activos com acordo de recompra - -

7906600 Juros de investimentos detidos até à maturidade

7906601 Títulos de dívida emitidos por residentes 6.210 131

790661 Títulos de dívida emitidos por não residentes - -

Outros investimentos detidos até à maturidade - -

Outros juros e rendimentos similares 43.888 40.287

4.417.275 4.610.612

133

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31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-17

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 26.257 28.319

no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 195.532 371.096

Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -

Juros de derivados de cobertura - -

Juros de passivos subordinados - -

Outras comissões pagas:

operações de crédito - -

Outros juros e encargos similares - -

221.788 399.415

32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes - -

Emitidos por não residentes - -

- -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 3 13

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

3 13

Outros instrumentos de capital - -

3 13

134

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33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadas

Garantias e avales 26.646 22.201

Fianças e indemnizações (contragarantias) - -

Créditos documentários abertos - -

Outras garantias prestadas - -

26.646 22.201

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 112.918 103.539

Subscrição de títulos - -

Outros compromissos irrevogáveis - -

Compromissos revogáveis - -

112.918 103.539

Por operações sobre instrumentos financeiros

Operações de crédito - -

Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - -

Cobrança de valores 866 809

Administração de valores - -

Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -

Comissão de emissão de unidades de participação - -

Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 23.920 29.312

Gestão de cartões 753 1.126

Anuidades 145.911 128.184

Montagem de operações 3.802 -

Operações de crédito

Por operações de factoring - -

Outras operações de crédito 341.466 344.336

Outros serviços prestados 911.061 814.179

1.427.779 1.317.946

Por operações realizadas por conta de terceiros

Sobre títulos

Em operações de Bolsa - -

Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -

- -

Outras comissões recebidas 452.930 446.783

2.020.272 1.890.468

135

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34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias recebidas - -

Por compromissos assumidos por terceiros - -

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 392 45

Operações de crédito - -

Cobrança de valores 318 179

Administração de valores 1.400 -

Outros 156.902 149.917

Por operações realizadas por terceiros 1.397 -

Outras comissões pagas 22.684 16.651

183.093 166.791

35. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Ganhos Perdas Líquido Ganhos Perdas Líquido

Activos

Activos financeiros detidos para negociação 20.786 (10.732) 10.054 - - -

Derivados de Cobertura - - - - - -

Outras activos ao justo valor através de resultados - - - - - -

20.786 (10.732) 10.054 - - -

Passivos

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -

Derivados de cobertura - - - - - -

Outros passivos ao justo valor através de resultados - - - - - -

- - - - - -

31-dez-17 31-dez-16

136

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37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais à vista (181) 2.039

Operações cambiais a prazo - -

(181) 2.039

38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeiros

Outros activos tangíveis 439.964 251.196

(…) - -

Resultados em investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos - -

439.964 251.196

137

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39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- -

Ganhos em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimento

Propriedades de investimento em locação financeira - -

Propriedades de investimento em locação operacional - -

Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis

Locação financeira - -

Locação operacional - -

Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - -

- -

Outros rendimentos de exploração

Rendas de locação operacional - -

Ganhos em operações descontinuadas - -

Reembolso de despesas 2.236 27.683

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 85.612 34.162

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 232.381 169.200

Rendimentos da prestação de serviços diversos 60.728 125.715

Outros 116.780 44.870

497.737 401.629

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos (174.490) (3.466)

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (18.216) (17.642)

Outros encargos e gastos operacionais (183.509) (140.512)

(376.215) (161.620)

Outros Impostos

Impostos directos e indirectos (69.700) (45.613)

51.823 194.397

138

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40. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 301.893 100.662

Empregados 1.464.443 1.455.342

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões 47.079 3.617

Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -

Segurança Social 310.599 291.767

SAMS 66.573 68.722

Outros 12.094 13.795

Outros encargos sociais obrigatórios:

Subsídio por morte - -

Outros - -

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais - -

Outros 27.658 22.925

2.230.339 1.956.831

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Direcção 3 1

Chefias e gerência 7 7

Quadros técnicos 6 6

Administrativos 27 27

Outros 5 5

48 46

A política de remuneração em vigor para os órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa de S. Teotónio encontra-se explicado no relatório de gestão.

139

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41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 78.612 81.732

Material de consumo corrente 16.185 19.506

Publicações - -

Material de higiene e limpeza 1.939 3.484

Outros fornecimentos de terceiros 58.288 45.280

155.024 150.002

Com serviços:

Rendas e alugueres 17.065 17.956

Comunicações 111.855 136.954

Deslocações, estadas e representação 41.494 36.080

Publicidade e edição de publicações 57.280 48.549

Conservação e reparação 183.094 72.944

Transportes 51.861 49.498

Formação de pessoal 4.602 3.861

Seguros 50.006 49.480

Serviços especializados:

Avenças e honorários 83.776 74.900

Judiciais contencioso e notariado 5.187 7.865

Informática 488.947 485.371

Segurança e vigilância - -

Limpeza 5.767 6.580

Informações - -

Bancos de dados 3.570 3.350

Mão de obra eventual - -

Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -

Consultores e auditores externos 43.511 13.459

Tratamento de valores 115.371 121.387

Avaliadores externos 57.296 45.528

(…)

Outros serviços de terceiros 240.892 177.416

1.561.574 1.351.177

1.716.598 1.501.179

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 16.341 Euros.

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42. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.480.890 1.480.890 - - 1.075.588 1.075.588

Activos financeiros detidos para negociação - 2.866.849 - 2.866.849 - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - 2.426.420 - 2.426.420 - 2.453.990 - 2.453.990

Aplicações em instituições de crédito - - 76.472.475 76.472.475 - - 74.472.475 74.472.475

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - - - - - - -

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Custos:

Juros e encargos similares - - 8.337 8.337 - - 13.699 13.699

Encargos com serviços e comissões - 1.400 68.888 70.287 - - 74.224 74.224

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 893.568 19.386 912.954 - 865.124 36.516 901.641

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 542.818 542.818 - - 741.861 741.861

Rendimentos de instrumentos de capital - 3 - 3 - 13 - 13

Rendimentos de serviços e comissões - 457.990 40.381 498.371 - 402.645 31.795 434.440

Outros resultados de exploração - 1.980 8.079 10.059 - 5.706 81.923 87.629

31-dez-17 31-dez-16

31-dez-17 31-dez-16

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 340.520 Euros. Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 47.079 Euros.

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

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Em 31 de Dezembro de 2017, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM S. TEOTÓNIO, é o seguinte:

31-12-2017

F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços

passados

852.985

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 463.777

F.2 Com licenças sem vencimento 87.445

F.3 Com pré-reformados 24.620

F.4 Com pensões em pagamento 277.143

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados

médicos pósemprego referente à CCAM S. TEOTÓNIO é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 25.930

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” -107

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais -907

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados

-907

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos

0

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas

37.594

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 62.510

143

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O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM S.

TEOTÓNIO foi o seguinte:

A.4.2015

(+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-

2016

817.518

H.1 (+) Contribuições efectuadas 16.338

H.1.1 Pela CCAM S. TEOTÓNIO 0

H.1.2 Pelos empregados 16.338

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 67.137

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 20.251

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 15.557

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 10.511

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 24.435

H.5.1 Por reformas antecipadas 2.704

H.5.2 Outros 21.731

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.065

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-

2017

887.699

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em

2017

(H.7.2017 – A.4.2016)

70.180

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor actual das

responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2016 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de

2016

798.724

G.1 (+) Custo do serviço corrente 25.930

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 9.592

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 16.338

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G.2 (+) Custo dos juros 17.385

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 1.852

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de

reforma antecipadas

37.594

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 24.435

H.5.1 Por reformas antecipadas 2.704

H.5.2 Outros 21.731

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.065

F.2017 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2017 852.985

K. Variação nas responsabilidades em 2017 (F.2017 –

F.2016)

54.261

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso

12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 852.985

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso

7/2008)*

0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 825.424

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 108

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção

da IAS 19.

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Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto,

os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram

transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no

exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 277.522

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2017 – Ganhos

e perdas atuariais

-4.139

RI.2017 Desvios atuariais em 31-12-2017

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade

futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 220.973

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 220.973

Prémio de Antiguidade 31-12-2017

N.1.2017 Com trabalhadores no ativo 199.850

N.2.2017 Com licenças sem vencimento 0

N.2017 Total 199.850

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo -21.122

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total -21.122

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44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa

do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem

limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se

implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como

pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que

existem “posições abertas” nessas mesmas moedas. A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido

para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida. Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade,

contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

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variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo

satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política

conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde

são centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de

forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

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Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 – Cotações em mercado activo Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

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45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de São Teotónio está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros, a Caixa efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. Á data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2015 2016 2017% por Origem

2017

Ramos Não Vida CA Seguros 187.276,63 281.733,84 337.548,13 73,70%

Ramo Vida CA Vida 58.734,14 117.751,61 113.264,88 24,73%

Fundos de Pensões CA Vida 602,71 3.159,46 7.177,40 1,57%

Total 246.613,48 402.644,91 457.990,41 100,00%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contractos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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46. RÁCIOS PRUDENCIAIS A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 22%, situando-se nos 22% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 22%, cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 2016 2017

Fundos Próprios totais 24.719.521 25.437.098

Common equity tier 1* 24.719.521 25.437.098

Tier 1* 24.719.521 25.437.098

Rácios de solvabilidade

Common equity tier 1* 22,0% 22,0%

Tier 1 * 22,0% 22,0% 0,0 P.P

Total* 22,0% 22,0% 0,0 P.P

* Incorporando o resultado l íquido do exercício.

---

Δ 16/17

2,9%

---

2,9%

47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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LE

GA

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E C

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Parecer do Conselho Fiscal

De acordo com o previsto nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de São Teotónio, vem o

Conselho Fiscal emitir Parecer sobre o Relatório de Gestão e Contas do período de 2017 da Caixa de

Crédito Agrícola de São Teotónio apresentado pelo Conselho de Administração.

Este Conselho Fiscal, no uso pleno das suas competências, procedeu a uma análise atenta e

preocupada do Relatório de Gestão e Contas relativas ao período de 2017 apresentado pelo Conselho

de Administração da Caixa de Crédito Agrícola de São Teotónio.

Para o efeito da nossa análise e emissão deste parecer contámos com a total disponibilidade e

colaboração, ao longo deste ano, do Conselho de Administração e dos colaboradores da Instituição,

nomeadamente, o responsável pela Auditoria Interna, o responsável pelo Compliance e pela Gestão de

Risco e a Contabilista Certificada, no que concerne à prestação de todos os elementos financeiros e

contabilísticos tidos por necessários. Também obtivemos todos os esclarecimentos necessários por

parte do nosso ROC e da sua equipa.

Deste modo, é do nosso entendimento que o Relatório de Gestão e Contas relativas ao período de

2017 evidenciam de forma clara, precisa e inequívoca, os resultados financeiros alcançados no período

em análise, registando-se um Resultado Líquido positivo na ordem de 1.702.150 euros, valor este

muito superior ao registado no ano transacto.

A actividade comercial da CCAM aumentou 4,90% de 2016 para 2017, isto é, mais 9.577 mil euros o

que representa uma evolução positiva da actividade.

Consideramos também importante registar que em 2017 os Recursos Financeiros da Instituição

cresceram cerca de 8.722 mil euros (4,96% acima dos valores verificados em 2016), o Crédito Total

Concedido aumentou na ordem de 5.622 mil euros (4,43% acima do verificado em 2016) e o Produto

Bancário também aumentou cerca de 152 mil euros (mais 2,4% que em 2016).

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As peças contabilísticas analisadas por este Conselho Fiscal ao longo do ano em análise, culminadas no

Relatório de Gestão e Contas apresentado, traduzem a imagem verdadeira da realidade económico-

financeira da Instituição.

Por todos os motivos anteriormente enunciados, é decisão unânime deste Conselho Fiscal dar parecer

favorável ao Relatório de Gestão e Contas do período de 2017 e à consequente proposta de aplicação

dos Resultados Obtidos, propondo a sua aprovação à Digníssima Assembleia-geral.

São Teotónio, 07 de Março de 2018.

O Conselho Fiscal

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