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Relatório e Contas 2015

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Relatório e Contas

2015

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Índice MENSAGEM DO PRESIDENTE & CEO ...................................................................................................................................... 5 

ÓRGÃOS SOCIAIS E GESTÃO ................................................................................................................................................... 12 

PRINCIPAIS INDICADORES ....................................................................................................................................................... 16 

DESTAQUES DO ANO ................................................................................................................................................................. 19 

PRÉMIOS E RECONHECIMENTOS ........................................................................................................................................... 21 

PARTE I – RELATÓRIO DE GESTÃO ........................................................................................................................................ 24 

1.  LINHAS ESTRATÉGICAS .......................................................................................................................................... 24 

2.  NEGÓCIOS .................................................................................................................................................................... 25 

2.1.  Enquadramento económico, sectorial e regulatório .................................................................................. 26 

2.2.  Correio ..................................................................................................................................................................... 38 

2.3.  Expresso e Encomendas .................................................................................................................................... 48 

2.4.  Serviços Financeiros ............................................................................................................................................ 51 

2.5.  Banco CTT ............................................................................................................................................................... 53 

3.  ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA E DESEMPENHO DA AÇÃO CTT ................................................... 57 

4.  RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................................ 74 

5.  QUALIDADE, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA ATUAÇÃO DOS CTT ............................................. 78 

5.1.  Qualidade de Serviço ........................................................................................................................................... 78 

5.2.  Inovação e desenvolvimento ............................................................................................................................ 80 

5.3.  Sustentabilidade ................................................................................................................................................... 82 

6.  EVENTOS POSTERIORES E PERSPETIVAS FUTURAS ................................................................................... 86 

7.  PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................ 88 

8.  DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE ................................................................................................................... 91 

PARTE II – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS ................................................................................................ 97 

Demonstrações financeiras consolidadas .................................................................................................................. 97 

Demonstrações financeiras individuais .................................................................................................................... 191 

PARTE III – RELATÓRIO DE AUDITORIA E RELATÓRIO E PARECER DA COMISSÃO DE AUDITORIA .............. 279 

PARTE IV – RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO ..................................................................................................... 293 

CONTACTOS ............................................................................................................................................................................... 377 

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MENSAGEM DO PRESIDENTE & CEO

Dois anos após a privatização, os CTT continuam a dar provas de todo o seu potencial e determinação em ir mais longe. Consolidaram-se em 2015 as principais tendências de um sector em profunda transformação, tendo os CTT continuado a definir e executar iniciativas de desenvolvimento com base nos seus pilares estratégicos fundamentais ao mesmo tempo que proporcionaram um retorno substancial para os seus acionistas. O ano de 2015 ficará marcado pelo lançamento do Banco CTT, o catalisador adicional necessário para acelerar o crescimento do negócio dos serviços financeiros e no qual depositamos elevadas expetativas para o futuro. Mas também pela reintrodução da remuneração variável para colaboradores e administradores executivos após 6 anos de interrupção, alinhando os incentivos e compensando aqueles que constroem o êxito dos CTT. A forma como os colaboradores e a empresa têm respondido aos vários desafios que temos enfrentado ao longo dos últimos três anos deixa-me extremamente orgulhoso da qualidade da nossa organização e confiante no caminho que temos pela frente. Um Sector Postal em Profunda Transformação à Escala Global O Sector Postal encontra-se em profunda fase de transformação sendo várias as tendências que estão a contribuir para a sua mudança. De entre elas destaco:

i. O ambiente competitivo e escrutínio crescente de todos os stakeholders – hoje em dia os operadores postais (i) operam em mercados totalmente liberalizados o que significa maior concorrência nos seus mercados naturais, (ii) competem num mercado global com integradores internacionais de elevada sofisticação tecnológica o que traz maiores exigências por parte dos clientes e (iii) têm cada vez mais um maior escrutínio por parte das autoridades competentes e/ou investidores.

ii. O efeito de substituição/digitalização e a necessidade de diversificação – são uma realidade. Todos sabemos que o volume do correio está a decrescer anualmente - ainda que, no caso dos CTT, com desaceleração da queda - fruto da penetração das novas tecnologias e de uma economia mais frágil nos últimos anos. Este facto obriga os operadores postais a encontrar novas formas de preservar o seu negócio core e diversificar as suas fontes de receita.

iii. A explosão do E-commerce –Portugal e Espanha (os mercados principais dos CTT) ainda

estão atrás da média europeia em termos de e-commerce e compras online. As projeções apontam para crescimentos significativos na Península Ibérica das receitas geradas pelo e-commerce e é obviamente uma oportunidade a capturar pelos operadores postais.

iv. Internet of postal things/data-driven marketing – O novo mundo digital abre várias

possibilidades, para além do e-commerce, aos operadores postais para alavancarem os seus ativos – de proximidade, capilaridade e confiança – potenciando as capacidades tecnológicas de processamento e uso de informação. A captura de informação com valor de mercado, as novas funcionalidades do correio publicitário, as smart cities, novos modelos de distribuição last-mile ou as entregas com recurso ao crowd são apenas exemplos dessa tendência, ainda embrionária e em início de exploração pelos operadores.

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Assim, o sector postal já não é um sector fechado. As tendências mencionadas são apenas alguns exemplos de desenvolvimentos que obrigam a que os operadores postais sejam mais dinâmicos, não estejam apenas focados nos seus negócios tradicionais mas sempre com os olhos postos em novas oportunidades, nomeadamente em sectores como a Banca/Serviços Financeiros, os Transportes e Logística ou mesmo as possibilidades que a Digitalização nos oferece. Um Operador Dinâmico e de Referência no sector postal em todo o mundo Os CTT são hoje uma das referências do sector postal, quer pela capacidade que têm demonstrado em inovar e diversificar os seus negócios, mantendo ao mesmo tempo o forte desempenho dos indicadores de qualidade do serviço postal universal, quer pelo percurso extraordinário no mercado de capitais, desde a sua privatização. Os CTT são também uma das mais valiosas marcas nacionais, repetidamente Marca de Confiança, não apenas em termos de reconhecimento pelos consumidores como também no que se refere aos valores da marca, sobretudo a proximidade e a confiança. Os CTT ocupam um lugar único no imaginário dos portugueses, que queremos preservar e potenciar. Por último, os CTT vêm nas suas redes (retalho e distribuição), uma das mais poderosas demonstrações da sua identidade e uma clara vantagem competitiva. Estamos presentes em todo o país, diretamente ou através dos nossos parceiros. Temos uma rede de mais de 600 lojas próprias que, combinadas com os Postos de correio (em parceria) e a nossa rede PayShop, nos permite chegar a mais de 6 000 pontos de contacto com os nossos clientes. Adicionalmente, temos cerca de 5 000 carteiros, a única rede do país que chega a todos os domicílios todos os dias úteis. Construindo no presente as Bases do nosso Desenvolvimento Futuro Em 2015, continuámos o nosso caminho de construção das bases futuras com a visão de ser cada vez mais um operador postal multi-serviços, reconhecido como referência mundial em qualidade, eficiência e criação de valor. A nossa estratégia é clara e bem definida estando assente em 4 pilares estratégicos. 1- Foco na preservação do valor do negócio correio: programas de eficiência, gestão regulatória

e novas iniciativas no espaço físico-digital e segmentos especializados

Por ser o nosso negócio core, o foco na preservação do Correio continua a ser uma das nossas prioridades estratégicas. Para além do lançamento de programas de eficiência e da preocupação com a gestão regulatória, os CTT assumem também como ambição a captura da sua franja digital natural e o desenvolvimento de segmentos especializados como por exemplo o correio publicitário. O Correio Publicitário é cada vez mais um meio de publicidade preferido em comparação com os canais digitais pelo facto de os consumidores confiarem mais em publicidade impressa e a considerarem mais segura. Os CTT têm em curso a implementação de uma nova estratégia na qual a tecnologia e a digitalização têm um papel fundamental na revitalização deste serviço que se espera venha a gerar receitas importantes no futuro. No espaço digital, os CTT já têm algumas soluções disponíveis (ex.: ViaCTT, mailmanager) direcionadas para o mundo empresarial com vista a digitalizar e facilitar os processos de expedição e receção de correio. Está também a decorrer uma análise sobre o posicionamento do nosso

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portfólio e que assenta fundamentalmente em potenciar novas soluções híbridas físico/digital para mitigar impacto negativo da queda do volume de correio e alavancar o poder da comunicação física. Os projetos de contínua melhoria operacional e eficiência continuam a ser uma prioridade para os CTT, e em 2015 foram várias as iniciativas levadas a cabo de forma a otimizar operações e a rede, das quais saliento a instalação de uma nova máquina tratamento de objetos de formato médio (“Rest Mail”), a transferência da Mailtec para Cabo Ruivo e a integração de uma parte significativa dos produtos de entrega non-time-definite de Expresso e Encomendas na rede de distribuição do Correio, que permitirá uma poupança significativa de custos. 2- Capturar a tendência de crescimento das Encomendas: E-commerce com Elevado Potencial

de Desenvolvimento em Portugal e Espanha

Os avanços tecnológicos e todo o novo universo digital abrem uma série de opções do lado da oferta e procura que facilitam muito as escolhas dos e-sellers e consumidores finais (experiência de lojas online, formas de pagamento, track&trace, etc.), representando um mundo de oportunidades para todos os stakeholders. Este é um tema prioritário e como tal temos definido um plano de ações detalhado com o objetivo de tornar os CTT uma das forças motrizes da transição do tecido empresarial nacional para o comércio eletrónico. Destaco algumas das iniciativas-chave definidas:

i. Fomentar o desenvolvimento dos mercados domésticos: potenciação de um ecossistema de e-commerce para PMEs (ainda em estudo), integração de processos em marketplaces existentes e criação de parcerias com players digitais de relevo.

ii. Foco no cliente e-seller: Desenvolvimento de uma nova oferta e-commerce modular e totalmente adequada às necessidades dos clientes expedidores.

iii. Foco no cliente e-buyer: através da integração na nova oferta de features para o cliente final focada na (i) Simplicidade, (ii) Conveniência, (iii) Flexibilidade e (iv) Interatividade. De forma a expandir a sua rede PuDo, os CTT assinaram também um acordo com um importante retalhista (>140 pontos), disponibilizando neste momento mais de 1 000 pontos de entrega e recolha.

iv. Captura de tráfego internacional: através do fornecimento de soluções para aumentar os fluxos inbound internacionais através de add-ons como a virtualização postal e os line hauls carga-postais (ambos em curso).

No contexto das Operações de Expresso, em 2015, os CTT completaram um projeto de integração das redes de distribuição do Correio Expresso e do Correio para serviços mais lentos (24h a 48h) e de menor customização que já está a ter um impacto marcante em termos de eficiência operacional e que poderá ser ainda mais significativo no futuro. Este processo decorreu de forma gradual de maneira a assegurar o cumprimento do nível de serviço a que habituámos os nossos clientes e minimizando eventuais disrupções. 3- Lançamento do Banco CTT: um passo muito importante que Completa o Negócio de Serviços

Financeiros

O Banco CTT é uma etapa decisiva que vem completar a oferta do negócio de serviços financeiros. Os CTT têm uma rede muito próxima e capilar, presente em todo o País, e um capital de confiança sem paralelo. A isto podemos juntar uma equipa de profissionais nas nossas lojas que têm um

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conhecimento único dos nossos clientes e uma grande experiência na venda de produtos financeiros desenvolvido ao longo de décadas nomeadamente pela comercialização de dívida pública e de outros produtos como seguros. O banco está, portanto, no ADN dos CTT e constitui uma ambição de longa data da empresa. O Banco CTT vem colmatar uma oportunidade clara de mercado. Nos últimos anos a banca e as instituições financeiras portuguesas sofreram graves danos reputacionais causados por uma longa e profunda crise económica agravada pela crise da dívida soberana que afetou particularmente o sector bancário. Através de uma análise profunda e cuidada ao mercado, os CTT identificaram uma oportunidade para lançar um banco dirigido a uma população que valoriza a confiança e privilegia a simplicidade (em vez da complexidade) nas suas necessidades bancárias diárias. O conceito diferenciador do Banco CTT passa por se posicionar como uma alternativa à atual oferta no mercado, capitalizando nas suas claras vantagens competitivas, nomeadamente:

i. Simplicidade: Conceito assente no princípio de simplificação (no-frills) quer em termos de portefólio de produtos como de comunicação com o qual pretendemos captar também um segmento mais jovem e propicio aos novos canais digitais.

ii. Confiança: Forte reputação e imagem da marca CTT.

iii. Proximidade: Proximidade com a população, alavancando na rede física já estabelecida e ao nível das dos maiores bancos.

iv. Eficiência: Elevada experiência e forte track record na comercialização de produtos

financeiros.

v. Solidez: Oportunidade de começar um banco do zero, com um balanço limpo, sem um legado de malparado ou de ativos imobiliários e com sistemas de informação inovadores.

O Banco CTT iniciou a sua operação em novembro em regime de soft opening apenas para colaboradores CTT de forma a testar exaustivamente todas as funções operacionais em ambiente real mas controlado. O roll-out comercial iniciar-se-á no dia 18 de março de 2016 em 52 lojas espalhadas por todo o país, número que aumentará para 200 lojas até final do ano e será alargado em anos futuros. A ambição e dinamismo do Banco CTT, sem paralelo no panorama bancário português, trouxe para a equipa um grupo muito diversificado de profissionais talentosos, empenhados e experientes que acreditamos serão essenciais para assegurar o sucesso do Banco CTT. Tem sido um processo extremamente exigente para todos e envolvendo muitos desafios, alguns de natureza interna devido aos timings apertados do projeto, formação adicional a realizar (+40 000 horas e +500 colaboradores formados) e transformação cultural exigida nos CTT para assegurar que as pessoas que lidam com os clientes e outros stakeholders externos conseguem transmitir adequadamente as nossas vantagens competitivas e proposta, projetando uma diferenciação de solidez e confiança, capitalizando os valores da marca CTT. 4- Continuar a Alavancar na Escalabilidade dos nossos Ativos

Por último, continuamos a ver potencial de crescimento através da escalabilidade dos nossos Ativos, ou seja, olhando para a nossa Rede de Distribuição e para a Rede de Lojas não como ativos postais mas como ativos relevantes que nos permitirão aumentar constantemente a criação de

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valor dos CTT através de parcerias chave. Os serviços de interesse económico geral acordados com o Governo de Portugal assim como a solução de pagamento de portagens em parceria com a Brisa são dois exemplos de parcerias bem-sucedidas. Outras virão. Resultados Sólidos e Forte Investimento no contexto de Lançamento do Banco CTT Em 2015, os CTT mantiveram o foco na criação de valor para o acionista através da obtenção de resultados sólidos. Após a reversão da tendência da queda das receitas em 2014, os CTT mantiveram o seu caminho de crescimento sustentável com os rendimentos operacionais totais recorrentes a crescerem para 727,2 M€ (+1,3% que no ano anterior). Este feito foi possível devido à contribuição positiva de todas as áreas de negócio do grupo:

i. Os rendimentos de Correio aumentaram 1,5% para 554,6 M€ devido ao efeito combinado do aumento do preço médio do correio endereçado, da alteração da política de descontos e da desaceleração do ritmo de queda no tráfego de correio endereçado que se situou nos 3,2% (vs. um decréscimo de 5,7% em 2014 face a 2013). De salientar ainda o crescimento de 6,0% do tráfego do correio publicitário endereçado devido ao maior número de campanhas publicitárias realizadas pelos grandes clientes, o que suporta a nossa estratégia de maior enfoque neste segmento;

ii. O Expresso e Encomendas apresentaram um crescimento dos rendimentos de 1,7% para 131,3 M€ em resultado de um crescimento de tráfego de 3,2%. Nesta área de negócio o foco principal esteve no aumento da rentabilidade através do projeto de integração das redes em Portugal e na reestruturação em curso em Espanha de forma a maximizar os resultados operacionais. Espera-se que as tendências de mercado, nomeadamente no que se refere ao e-commerce, promovam um crescimento futuro ainda mais acentuado embora a competição neste mercado, a pressão dos preços e os impactos da reestruturação da Tourline sejam muito significativos.

iii. Os Serviços Financeiros mantiveram-se como uma alavanca fundamental de crescimento

global dos CTT, consolidando a sua oferta e posição de mercado, e abrindo caminho para o Banco CTT. Os rendimentos recorrentes ascenderam a 75,3 M€, um aumento de 1,9% face ao ano anterior. Este crescimento foi suportado pelo contributo do negócio da Poupança, cujo rendimento aumentou 7,9% face a 2014, mostrando mais uma vez a extraordinária capacidade de captação de poupanças da rede de lojas CTT, captando cerca de 4,3 mil milhões de euros durante todo o ano, nomeadamente em PPR, seguros de capitalização e, principalmente, produtos de dívida pública.

Em linha com a estratégia anunciada e seguida nos últimos anos os CTT continuaram o seu percurso de melhoria da eficiência operacional e aumento dos níveis de produtividade. Assim, conseguiram estabilizar os gastos operacionais recorrentes em 583,2 M€ (+0,1% que no ano anterior) absorvendo os aumentos salariais, a remuneração variável recorrente e os gastos recorrentes do Banco CTT, que foram compensados pela redução dos gastos decorrentes do novo plano de saúde, do outsourcing de sistemas de informação e das iniciativas levadas a cabo para a otimização e racionalização da rede de lojas e das operações como por exemplo a integração das redes de distribuição que originaram maiores sinergias entre as redes de distribuição de Correio e de Expresso e Encomendas. O EBITDA recorrente em 2015 cresceu 6,6% para 144,0 M€ face ao ano anterior e, excluindo os gastos recorrentes com o Banco CTT, o EBITDA cresceu 10,3% em termos comparáveis. Este desempenho foi suportado principalmente pelo crescimento do EBITDA recorrente das áreas de

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negócio de Correio (+11,0 M€; +12,0%) e dos Serviços Financeiros (+4,6 M€; +12,2%), que apresentaram um EBITDA recorrente de 102,7 M€ e 41,9 M€, respetivamente. Vale a pena destacar o plano de revitalização operacional em Espanha. Pela sua natureza intrínseca, este plano - que no longo prazo pretende revitalizar a rede de representantes comerciais e de distribuição da Tourline (franchisados) – tem impactos negativos no curto prazo já que a forte redução de franchisados (tendencialmente os de menor eficiência e solvabilidade e que não resistiram às alterações introduzidas nos acordos comerciais) tem resultado num acréscimo dos custos de distribuição e na perda (temporária) de capilaridade comercial. O mercado espanhol está em crescimento e estamos confiantes que a Tourline está a adotar as medidas necessárias para capturar o seu potencial. O ano fica ainda marcado pelo forte investimento que se situou em 32,3 M€ (sensivelmente o dobro do ano anterior), que se justificou principalmente com os investimentos fulcrais no projeto Banco CTT (11,7 M€), fundamentalmente em sistemas de informação (aquisição do Core Banking System e criação de canais digitais do banco). Verificou-se ainda o reforço de várias infraestruturas operacionais como a aquisição de uma máquina de tratamento de objetos de formato médio – “Rest Mail “– (1,9 M€) para suportar o crescimento do comércio eletrónico, a aquisição de veículos de carga e transporte, a renovação/conservação de edifícios e ainda alguns investimentos decorrentes do programa de transformação dos sistemas de informação de forma a modernizar esta componente da organização e dotar as equipas de melhores ferramentas de gestão. Os CTT mantêm uma elevada robustez financeira (net cash de 271 M€ em dezembro de 2015, 83 M€ em dezembro de 2015 líquidos de responsabilidades com benefícios aos empregados; +8 M€ que em igual período do ano anterior) devido à sua capacidade extraordinária de geração de cash flow operacional e continuam a ser dos operadores postais mais rentáveis no sector com uma margem EBITDA recorrente de 19,8% (+1,0 p.p. do que em 2014 impulsionada pelo aumento do peso dos serviços financeiros, altamente rentáveis). A sólida situação financeira dos CTT, e o nível dos resultados apresentados permitem a manutenção de uma política que oferece um crescimento estável dos dividendos, conciliando os objetivos de remuneração do acionista com as necessidades de desenvolvimento dos CTT. Os CTT contam com uma base acionista institucional (cerca de 90% do capital social) de referência (blue-chip), estável e diversificada (geograficamente e por estratégia de investimento). Em 2015, as ações dos CTT obtiveram o mais elevado retorno acionista (TSR) do sector postal europeu (+15,9%) e excederam uma vez mais o desempenho do índice da bolsa local (PSI 20). A ligação com a comunidade investidora continua forte – ao longo de 2015 realizámos mais de 400 reuniões e teleconferências com investidores. Mais de 55% dos nossos acionistas votaram na Assembleia Geral Anual de maio, apoiando na sua esmagadora maioria todas as resoluções. Em novembro, organizámos em Lisboa o nosso primeiro Capital Markets Day de sempre. A ação é atualmente coberta por 16 analistas. Um sincero Obrigado a Todos os que Contribuíram para um Bem-sucedido 2015 e que juntos façamos um 2016 Ainda Melhor… Gostaria de agradecer a todos os que trabalham nos CTT e nas suas subsidiárias, aos meus colegas dos órgãos sociais e da direção da empresa e ainda aos nossos acionistas, clientes e outros stakeholders pela vossa dedicação e colaboração excecional. Juntos temos vindo a desenvolver um excelente trabalho e sinto-me extremamente orgulhoso por liderar este grupo extraordinário e poder contar diariamente com o vosso valioso contributo.

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Queria agradecer aos participantes do mercado de capitais pelo vosso grande envolvimento com os CTT, pela vossa participação ativa no governo da empresa e pelo feedback franco e direto que recebemos nas reuniões. Espero que assim continue por muito tempo. Permanecemos muito confiantes relativamente ao nosso posicionamento no mercado. A nossa visão estratégica tem-nos permitido antecipar, preparar e adaptar para a recente transformação do sector alavancando nas nossas fortes competências e claras vantagens competitivas. Continuamos totalmente focados nos nossos objetivos de crescimento sustentável no curto e no longo prazo, melhoria da rentabilidade de cada uma das nossas áreas de negócio e criação de valor para os nossos acionistas. E por último, mas não menos importante: as Pessoas. Os CTT têm conseguido atrair e reter um conjunto impressionante de pessoas muito talentosas. Nos últimos anos, temos sido capazes de renovar progressivamente a gestão da empresa a todos os níveis retendo um conjunto de profissionais muito empenhados, experientes e confiáveis. De facto, o período de transformação por que o nosso sector está a passar tem impacto na abertura à mudança das nossas pessoas. A transformação cultural está em curso, embora retendo o núcleo e a melhor parte da cultura dos CTT, e estão a ser elaboradas e implementadas políticas de RH diferentes (employer’s brand, novo sistema de incentivos, eventos empresariais, etc.) em linha com essa ambição. O ano de 2015 foi mais um ano marcante na história de quase 500 anos dos CTT e 2016 será certamente ainda mais... Francisco de Lacerda Presidente do Conselho de Administração & CEO

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ÓRGÃOS SOCIAIS E GESTÃO

Órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral Presidente: Júlio de Lemos de Castro Caldas Vice-Presidente: Francisco Maria de Moraes Sarmento Ramalho Conselho de Administração Presidente: Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda (CEO) Vice-Presidentes: António Sarmento Gomes Mota (Presidente da Comissão de Auditoria) Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco Vogais: André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa (CFO) Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino

Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz (Vogal da Comissão de Auditoria) Diogo José Paredes Leite de Campos (Vogal da Comissão de Auditoria) Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa José Manuel Baptista Fino

Comissão de Vencimentos Presidente: João Luís Ramalho de Carvalho Talone Vogais: José Gonçalo Ferreira Maury1 Rui Manuel Meireles dos Anjos Alpalhão

1 Eleito a 24 de março de 2014 para Vogal da Comissão de Vencimentos para o mandato 2014-2016, comunicou a

renúncia ao cargo a 15 de janeiro de 2016.

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Comissão Executiva Presidente: Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda (CEO) Vogais: Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa (CFO) Dionízia Maria Ribeiro Farinha Ferreira Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo Comissão de Auditoria Presidente: António Sarmento Gomes Mota Vogais: Diogo José Paredes Leite de Campos Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz Revisor Oficial de Contas e Auditor Externo 2 ROC: KPMG & Associados, SROC, S.A., representada por Maria Cristina

Santos Ferreira ROC Suplente: Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho

2 O Revisor Oficial de Contas (ROC) KPMG & Associados, SROC, S.A. foi eleito para o mandato 2015-2017 na Assembleia

Geral Anual realizada no dia 5 de maio de 2015.

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Orgânica de Gestão

Banco CTT

O Banco CTT adota um modelo de governo de cariz anglo-saxónico, assente na existência de um Conselho de Administração, uma Comissão de Auditoria e um Revisor Oficial de Contas. O Conselho de Administração do Banco, em funções em 31 de dezembro de 2015, era composto por 9 Administradores, incluindo 5 Administradores Não Executivos (incluindo o Presidente do Conselho de Administração e 3 Administradores independentes) e 4 Administradores Executivos (incluindo o Presidente da Comissão Executiva). Em janeiro de 2016, o Conselho de Administração passou a integrar 10 membros, incluindo 5 Administradores Executivos.

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Neste âmbito, o Banco estabeleceu a seguinte organização de gestão:

Por seu turno, foram celebrados, a 18 de novembro de 2015, 3 contratos entre os CTT e o Banco, que regulam essencialmente a parceria CTT / Banco relativa ao Canal Rede de Lojas, ao abrigo dos quais estão previstos os seguintes 4 fóruns de discussão da referida parceria: Comité de Governo da Parceria, Comité da Rede de Lojas, Comité de Produtos e Comité de Serviços Partilhados.

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PRINCIPAIS INDICADORES

Indicadores económico-financeiros (dados consolidados em IFRS)

mil euros ou %, exceto indicação adicional 2015 2014 Δ% 15/14

Rendimentos operacionais (1) 727 180 717 774 1,3Gastos operacionais excluindo depreciações, amortizações, imparidades, provisões e gastos não recorrentes 583 205 582 674 0,1

EBITDA recorrente (2) 143 975 135 100 6,6

EBIT recorrente (2) 119 762 111 522 7,4

EBIT 109 932 135 418 -18,8

EBT 104 610 127 999 -18,3

Resultado líquido antes de interesses não controlados 72 071 76 844 -6,2Resultado líquido do período atribuível a detentores de capital dos CTT 72 065 77 171 -6,6

Resultado líquido por ação (euro)(3) 0,48 0,51 -6,5

Margem EBITDA recorrente 19,8% 18,8% 1,0 p.p.

Margem EBIT recorrente 16,5% 15,5% 1,0 p.p.

Margem líquida 9,9% 10,8% -0,9 p.p.

Rentabilidade do capital próprio (ROE) 28,8% 29,4% -0,6 p.p.

Rentabilidade dos capitais investidos (ROIC) 21,3% 26,2% -4,9 p.p.

Rentabilidade dos capitais empregues (ROCE) 20,2% 24,0% -3,8 p.p.

Investimento 32 331 16 596 94,8

Cash flow operacional livre (4) 68 322 106 434 -35,8

Caixa e equivalentes de caixa 603 650 664 570 -9,2

Disponibilidades líquidas 278 999 278 891 0,0

31.12.2015 31.12.2014 Δ% 15/14

Ativo 1 119 472 1 180 997 -5,2

Passivo 867 637 931 787 -6,9

Capital próprio 251 835 249 210 1,1

Capital social 75 000 75 000 -

Número de ações 150 000 000 150 000 000 -

Liquidez geral 133,0% 134,5% -1,5 p.p.

Solvabilidade 29,0% 26,7% 2,3 p.p.

Solvabilidade ajustada (5) 46,4% 45,6% 0,7 p.p.

Dívida líquida (6) - 82 590 - 74 876 10,3

Dívida líquida/EBITDA (7) -0,6 x -0,6 x 0,0 xCobertura dos ativos fixos tangíveis 237,0% 239,0% -2,0 p.p.

1º semestre de 2015.

de serviços financeiros.

(3) Considera-se em 2015 o número de acções em circulação excluindo as 200 177 ações próprias adquiridas no

(1) Rendimentos operacionais excluindo valores não recorrentes.

(7) Se negativo significa posição de caixa positiva.

(6) Na Dívida líquida foram incluídas as responsabilidades com beneficios aos empregados, em valor líquido.

(5) Capital próprio/(Passivo total - valores de terceiros incluídos na Caixa e Equivalentes de Caixa).

(2) Antes de rendimentos e gastos não recorrentes.

(4) Cash flow das atividades operacionais e de investimento não íncluíndo a variação de credores líquidos

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Relatório e Contas 2015

Rendimentos * e EBITDA recorrente por área de negócio

Indicadores operacionais

2015 2014 Δ% 15/14

Correio

Tráfego correio endereçado (milhões de objetos) 814,7 841,3 -3,2

Correio transacional 688,3 718,0 -4,1

Correio editorial 46,2 47,6 -2,9

Correio publicitário 80,2 75,7 6,0

Tráfego correio não endereçado (milhões de objetos) 473,4 507,7 -6,7

Expresso e Encomendas

Portugal (milhões de objetos) 14,4 13,8 4,8

Espanha (milhões de objetos) 14,0 13,7 2,3

Serviços Financeiros

Pagamentos (nº de transações; milhões) 61,5 67,0 -8,2

Poupança e seguros (valores movimentados; milhões de euros) 5 288,4 6 655,6 -20,5

Pessoal

Trabalhadores (ETI) (1) 12 462 12 523 -0,5

Rede de Vendas,Transportes e Distribuição

Rede de lojas 619 623 -0,6

Postos de correio 1 711 1 694 1,0

Agentes PayShop 3 939 3 876 1,6

Centros de distribuição postal 254 262 -3,1

Giros de distribuição postal 4 731 4 659 1,5

Frota (número de veículos) (2) 3 530 3 478 1,5

(2) Valores da frota em operação.

(1) ETI = Equivalente a Tempo Inteiro.

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Relatório e Contas 2015

Indicadores de Sustentabilidade

2015 2014 Δ% 15/14

Clientes

Satisfação dos clientes (%) (1) 85,2 84,8 0,4 p.p.

Nº total de unidades operacionais certificadas (referenciais ISO e certificação de Serviços de Atendimento e Distribuição)

1 183 1 159 2,1

Certificação de Serviços de Atendimento e Distribuição (% decobertura)

100 100 -

Indicador Global de Qualidade de Serviço (em pontos) 206,4 236,5 -30,1

Trabalhadores

Sinistralidade (nº ocorrências) 905 955 -5,2

Volume de formação (horas) 316 042 263 828 19,8

Mulheres em cargos de chefia (1ª linha) (%) 35,3 38,3 -3,0 p.p.

Comunidade/Ambiente

Cadeia de valor - contratos c/ critérios ambientais (%) 99,2 99,5 -0,3 p.p.

Emissões CO2 totais, scopes 1 e 2 (kton.) (1) (2) 21,6 20,7 4,3

Consumos energéticos (TJ) (1) (2) 370,5 357,9 3,5

Peso da gama Eco na linha Direct Mail (%) (3) 34,3 22,8 11,5 p.p.

Investimento na comunidade (mil euros) 908 1 039 -12,6

(1) Alteração de série - nova metodologia; (2) Não inclui os dados da subsidiária Corre e os valores da frota da subsidiária Tourline Express; (3) Tráfego.

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DESTAQUES DO ANO

Janeiro

Registo da fusão por incorporação da Mailtec Holding, S.G.P.S. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., que ocorreu através da transferência global do património da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A..

Assinatura do protocolo entre o Governo e os CTT para abertura de 300 Espaços do Cidadão nas lojas CTT a realizar até final de 2016.

Fevereiro

Constituição da sociedade CTT Serviços S.A., com o capital social de 5.000.000,00 Euros, que tinha por objeto a prestação de serviços de assessoria e apoio na aquisição, desenvolvimento, montagem e preparação da constituição do Banco Postal.

Assinatura com onze sindicatos representados na empresa do novo Acordo de Empresa e da revisão do Regulamento das Obras Sociais (Plano de Saúde), o sistema interno de saúde e proteção social dos CTT.

Março

Seleção do fornecedor da plataforma informática do Banco CTT (Core Banking System) na sequência de uma consulta ao mercado, tendo sido selecionado o consórcio Misys/Deloitte.

Abril

Aumento do capital social da sociedade CTT Serviços, S.A. para 20.000.000,00 Euros.

Maio

Assembleia Geral Anual dos CTT onde foram aprovados os documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2014, incluindo o relatório de gestão, as contas individuais e consolidadas, o relatório de governo societário, a aplicação de resultados do exercício incluindo o pagamento de um dividendo bruto por ação de € 0,465 nos termos propostos pelo Conselho de Administração e votos de louvor aos membros dos orgãos de administração e de fiscalização. A KPMG foi eleita para o mandato correspondente a 2015/2017.

Pagamento de um dividendo bruto por ação de €0,465.

Atribuição de participação nos lucros aos colaboradores e administradores executivos da empresa.

Julho

Apresentação da Taça CTT, nova formulação da Taça da Liga, contrato válido por três temporadas desportivas até ao final da época 2017-2018.

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Relatório e Contas 2015

Agosto

Registo comercial da criação da subsidiária Banco CTT, S.A. com o capital social de 34 milhões de euros (pela transformação da CTT Serviços S.A. em banco e respetiva alteração dos estatutos) e da designação dos respetivos órgãos sociais.

Registo definitivo da fusão por incorporação mediante a transferência global do património das sociedades PostContacto – Correio Publicitário, Lda. e Mailtec Processos, Unipessoal, Lda. para a CTT Gest – Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A., que alterou a denominação para CTT Contacto, S.A.

Outubro

O Banco CTT, S.A. foi notificado pelo Banco de Portugal sobre (i) a decisão desta entidade no sentido de considerar o pedido de autorização para constituição do Banco CTT, S.A. devidamente instruído e cumpridas as condições impostas pelo Banco de Portugal na autorização concedida em 27 de novembro de 2013 e sobre (ii) a conclusão do registo especial do Banco CTT, S.A..

Novembro

Lançamento da Marca do Banco CTT, no Torreão Nascente, na Praça do Comércio, em Lisboa.

Realização do Capital Markets Day 2015, que reuniu em Lisboa os investidores e analistas dos CTT, onde foram apresentados os resultados obtidos nos 3 últimos anos, o projeto do banco CTT, indicadores relativos à ambição em termos de negócio e uma visão das metas 2020.

Início de atividade do Banco CTT, em modo limitado, no modelo de soft opening: opera na agência Sede, num ambiente reservado a trabalhadores dos CTT e do Banco CTT.

Dezembro

Registo definitivo da fusão por incorporação mediante a transferência global do património da sociedade Mailtec Consultoria, S.A. para os CTT - Correios de Portugal, S.A..

Decisão sobre o desenvolvimento de uma análise da melhor estrutura societária para a detenção da participação na Tourline como instrumento de possíveis estratégias futuras de reestruturação dos negócios da empresa e da presença dos CTT no mercado espanhol de Expresso e Encomendas.

Aquisição da sociedade Escrita Inteligente, S.A., que possibilitou adquirir a solução patenteada Recibos Online, presente em mais de 200 lojas em Portugal e que traz o conceito da fatura eletrónica para o balcão de uma qualquer loja/ estabelecimento.

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Relatório e Contas 2015

PRÉMIOS E RECONHECIMENTOS

Em 2015 os CTT obtiveram as seguintes distinções/reconhecimentos:

FRANCISCO DE LACERDA RECEBE PRÉMIO DE MELHOR CEO EM INVESTOR RELATIONS DE

2015 NOS IRGA

O Presidente e CEO dos CTT, Francisco de Lacerda, foi reconhecido com o Prémio de Melhor CEO em Investor Relations nos Investor Relations & Governance Awards 2015 (IRGA). Este prémio é da iniciativa da Deloitte, distingue os melhores desempenhos e performances empresariais e as melhores práticas de governance. PRÉMIOS "EXTEL WECONVENE - IR AWARDS 2015"

No passado dia 28 de setembro, os CTT subiram ao palco dos prémios "Extel WeConvene - IR Awards 2015", integrados na 4.ª edição da Conferência Pan-Europeia de Investor Relations (IR), em Amesterdão. Vencedor na categoria de "Corporate Best for Investor Relations", os CTT viram ainda reconhecido o trabalho do responsável pela direção de Relações com Investidores, que obteve o galardão de "IR Professional Best for Investor Relations". Ambos os prémios foram atribuídos na categoria "Small e Mid Caps Portugal". HUMAN RESOURCES PORTUGAL DISTINGUE CTT COM DOIS PRÉMIOS

Os CTT foram galardoados pela revista Human Resources Portugal com os prémios Human Resources Portugal 2014 nas categorias “Empresa que tem a melhor política na otimização dos Seniores” e “Empresa que mais promove a Igualdade de Género”, ficando em primeiro lugar. “A MAIOR REDE DE OBRIGADOS DO PAÍS” PREMIADA NOS PRÉMIOS LUSOS

A campanha “A Maior Rede de Obrigados do Pais”, que conseguiu motivar os portugueses a enviar mais de 70 mil “obrigados”, foi distinguida com duas medalhas de bronze nas categorias de Marketing Relacional - Marketing Direto Digital e Marketing Relacional - Marketing Direto Impresso, na gala de entrega de prémios da 2ª edição quadrimestral dos Prémios Lusos. CTT OBTÊM RECONHECIMENTO COMMITTED TO EXCELLENCE

Os CTT alcançaram o reconhecimento Committed to Excellence – 1 estrela, atribuído pela Associação Portuguesa para a Qualidade (APQ), que abrange toda a rede operacional da empresa: lojas, centros de distribuição e centros de produção e logística, no âmbito do Modelo Europeu de Excelência da EFQM (European Foundation for Quality Management). CTT RECEBEM PRÉMIOS “MARCAS DE CONFIANÇA”

Os CTT foram mais uma vez distinguidos na cerimónia de entrega dos Prémios “Marcas de Confiança”, na sequência do estudo realizado pelas Seleções do Reader’s Digest para 40 diferentes categorias de produtos e serviços, os CTT foram eleitos em primeiro lugar, e pela 13ª vez, como Marca de Confiança. MARCA DE CONFIANÇA AMBIENTAL

Os CTT foram igualmente distinguidos, pela segunda vez consecutiva, como Marca de Confiança Ambiente, um importante reconhecimento da política ambiental que a empresa implementa há vários anos. Na votação, os CTT alcançaram o primeiro lugar.

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Relatório e Contas 2015

IPC RENOVA CERTIFICADO DE EXCELÊNCIA À ESTAÇÃO DE PERMUTA DE LISBOA

O International Post Corporation (IPC) renovou o Certificado de Excelência à Estação de Permuta de Lisboa, constituída pelo Centro de Produção e Logística do Sul e pelo Entreposto Postal Aéreo. Esta exigente distinção reconhece aos CTT um nível da qualidade de serviço de excelência, assente na capacidade de garantir as melhores práticas no processamento do correio internacional (inbound e outbound) entre os operadores membros daquela organização de referência. LINHAS DE ATENDIMENTO DOS CTT PREMIADAS NO APCC BEST AWARDS 2015

As linhas de atendimento dos CTT e da CTT Expresso foram premiadas com as medalhas de bronze e de prata, respetivamente, no APCC Best Awards 2015, na categoria de Distribuição e Logística, pela Associação Portuguesa de Contact Centers. WORLD MAIL AWARDS 2015 DISTINGUE CTT

Os CTT foram distinguidos na edição de 2015 dos World Mail Awards, os Óscares da Indústria Postal Mundial, com os Prémios “Highly Commended” nas categorias de “Corporate Social Responsability” e “Retail Customer Access”, com os projetos “Mobility Plan Programme” e “Largest Thanks Network”, respetivamente. O “Mobility Plan Programme” (Programa de Mobilidade dos CTT), apresentado com o subtítulo “Moving smarter, moving greener”, tem a ver com a forma como a empresa incentiva a utilização de modos de mobilidade suave por parte dos colaboradores nas suas deslocações casa trabalho (o designado “commutting”) e nas viagens de negócio, explicando como essa é a opção inteligente em termos de negócio e a mais social e ambientalmente responsável. SELO CTT EM TALHE DOCE PREMIADO NOS GRANDS PRIX DE L’ART PHILATÉLIQUE

Os CTT foram premiados com um 3º lugar dos Grands Prix de l’Art Philatélique Européen pela emissão conjunta, com os Correios da Bélgica, da folha comemorativa dos “500 Anos de Andreas Vesalius (1514-1564) ”, colocada em circulação a 19 e 21 de abril de 2014, respetivamente, na Bélgica e em Portugal. Esta é a primeira vez que os CTT recebem um prémio pela técnica de Talhe Doce. Os 11º “Grands Prix de l'Art Philatélique Européen", que assinalam as melhores peças filatélicas e artísticas realizadas na União Europeia, atribuiram o 3º lugar à emissão de Portugal e Bélgica, na categoria de Talhe Doce. 45º PRÉMIO ASIAGO

Os CTT voltaram a ser premiados no âmbito do Prémio Internacional de Arte Filatélica de Asiago. Desta vez, a emissão filatélica distinguida foi a intitulada “150 Anos do Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra”, da autoria do atelier nacional "Design&Etc". A emissão foi premiada na categoria “Turismo”. PRÉMIO INTERNACIONAL COM O LIVRO MEDITERRÂNEO À MESA O Livro “Viver Portugal com o Mediterrâneo à Mesa”, da autoria de Fortunato da Câmara e editado pelos CTT, vai representar Portugal nos mais importantes prémios mundiais de livros de gastronomia, na categoria dedicada à cozinha mediterrânica, os Gourmand World Cookbook Awards. A decisão final será conhecida na China, no próximo mês de Maio. Para representar Portugal, esta edição foi considerada, pela mesma organização, como o melhor livro português dedicado à alimentação mediterrânica editado em 2015.

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Relatório e Contas 2015

EMISSÃO PORTUGUESA CONSIDERADA A MAIS ORIGINAL EM TODO O MUNDO

A emissão de selos “Ano Internacional da Luz e Ano Internacional dos Solos” foi considerada a mais original em todo o mundo pela revista mensal “L’Arte del Francobollo” de fevereiro de 2016. PAYSHOP, MELHOR SOLUÇÃO DE PAGAMENTO A PayShop recebeu o prémio de “Melhor solução de pagamento em Portugal” concedido pela revista CFi.co, uma prestigiada revista britânica. O galardão distingue o trabalho de quem “oferece o serviço de processamento de contas mais conveniente do mercado, quer para clientes particulares, quer para empresas”. GRANDE PRÉMIO APCE 2015 – EXCELÊNCIA EM COMUNICAÇÃO Os CTT foram mais uma vez distinguidos pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE) e pelo júri do Grande Prémio APCE 2015, pelos vários trabalhos de comunicação remetidos a concurso. Os CTT arrecadaram três primeiros prémios e sete diplomas de mérito. PRÉMIOS PRATA DE MARKETING MEIOS & PUBLICIDADE, COM A CAMPANHA ‘‘A MAIOR

REDE DE OBRIGADOS’’ Os CTT foram contemplados com a distinção de Prata dos Prémios de Marketing do jornal Meios & Publicidade, com a campanha ‘‘A Maior Rede de Obrigados’’, sendo o único projeto a ser premiado na categoria onde se inseria. GREEN PROJECT AWARDS 2015

Os CTT foram finalistas no Green Project Awards com o projeto “uma árvore pela floresta”, em parceria com a Quercus, na categoria “iniciativa de mobilização”. “2015 CSR COUPS DE COEUR” DA POSTEUROP

Finalistas com os projetos “somar para dividir” e “drivers’ competition”, nas categorias sociedade e ambiente, respetivamente. “EMPRESA AMIGA DAS BICICLETAS 2015”

Atribuição do selo de reconhecimento “empresa amiga das bicicletas 2015” pela mubi, associação pela mobilidade urbana em bicicleta. TROFÉU CALL CENTER

O responsável pela área de Melhoria Contínua na Direção de Apoio a Clientes e Negócio dos CTT foi o vencedor do prémio de Personalidade do Ano, do Troféu Call Center, organizado pela IFE - International Faculty for Executives.

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Relatório e Contas 2015

PARTE I – RELATÓRIO DE GESTÃO

1. LINHAS ESTRATÉGICAS

1.1. Tendências sectoriais

Em 2015, os CTT mantiveram a sua estratégia em linha com o plano elaborado e comunicado ao mercado no contexto da privatização. A revisitação permanente das iniciativas a lançar (decorrentes do plano estratégico) tem por base as novas exigências dos consumidores e as principais tendências que se observam atualmente no sector e que estão a contribuir para a sua profunda transformação à escala global:

1. O tripé postal “Globalização, Liberalização e Privatização” – crescente concorrência, escrutínio e exigência por parte dos diversos stakeholders .

2. A digitalização / efeito substituição – queda estrutural do volume do correio ano após ano justificada por crescente digitalização de serviços e novas formas de comunicação.

3. Crescimento do E-commerce – o mundo de retalho online representa um novo paradigma

e uma nova oportunidade de negócio para os operadores postais capturarem.

4. Foco em eficiência – contínua melhoria operacional e otimização de recursos de forma a melhorar rentabilidade, cada vez mais sustentada numa arquitetura tecnológica fléxivel e abrangente que permita maximizar a oferta com novos atributos e serviços.

5. Diversificação de serviços – alavancar nas redes únicas de distribuição e de retalho e

maximizar o retorno nos ativos existentes (aposta em serviços financeiros, parcerias com o Governo, integração das redes, etc.).

6. Data-driven marketing – permitir aos clientes retirar o melhor partido do conhecimento

profundo dos operadores postais sobre a população a que prestam serviços.

1.2. Linhas estratégicas

Durante o ano, os CTT reafirmaram os seus três eixos estratégicos diretamente relacionados com as suas áreas de atividade (Correio, Expresso & Encomendas e Serviços Financeiros) consolidando mais um, transversal a toda a organização, e que passa por potenciar a escalabilidade dos seus ativos. Assim, os pilares estratégicos atuais dos CTT são quatro no âmbito dos quais se destacam algumas das principais iniciativas realizadas ou atualmente em curso:

1. Alavancar na escalabilidade dos seus ativos: i) implementar iniciativas de definição de portefólio e segmentação da rede de lojas, maximizando e otimizando a sua utilização; e ii) diversificar e ampliar a utilização das redes existentes (retalho e distribuição, assim como a PayShop) rentabilizando de forma mais eficiente os ativos e potenciando o crescimento.

2. Foco na preservação do valor do negócio de correio: i) gestão regulatória ativa (preço e

outros); ii) desenvolvimento de segmentos especializados, como o correio publicitário; iii) revisão do posicionamento na convergência de serviços físicos-digitais; e iv) esforço

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Relatório e Contas 2015

contínuo de implementação de programas de eficiência para ajustar a estrutura e sustentar uma operação de excelência.

3. Capturar a tendência de crescimento das Encomendas (CEP): i) upgrade da oferta através de soluções inovadoras ao portfolio de produto obedecendo aos princípios de simplicidade, conveniência, flexibilidade e interatividade; ii) desenvolvimento de iniciativas específicas para o desenvolvimento do E-commerce; iii) projeto de integração de redes (Correio e Expresso) para serviços de menor velocidade (19h a 48h) e de menor customização; iv) monitorização de oportunidades de crescimento em negócios adjacentes ao CEP como serviços de logística e de entrega especializada; e v) foco em restruturar o negócio da Tourline para assegurar a rentabilidade futura e uma presença forte em Espanha.

4. Lançamento do Banco CTT para expandir o negócio de Serviços Financeiros: i) expandir o

portefólio de produtos financeiros com novas ofertas como por exemplo o cartão de crédito em parceria com BNP Paribas e produtos de seguro de saúde; ii) lançamento do Banco CTT usando a rede de lojas e oferecendo um portefólio de produtos bancários simples (“no-frills”), alavancando na proximidade e confiança associadas à marca CTT; e iii) desenvolvimento de novas soluções/serviços fora do âmbito bancário para continuar a diversificação da oferta para clientes e potenciando uma maior resiliência no crescimento.

A estratégia dos CTT está assente nas suas vantagens competitivas e fatores de diferenciação sendo sustentada pelas i) solidez financeira, ii) capilaridade e proximidade das suas redes de distribuição e de retalho (rede de lojas), iii) constante excelência operacional, e iv) crescente valorização do capital humano.

Estratégia dos CTT

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2. NEGÓCIOS

2.1. Enquadramento económico, sectorial e regulatório

2.1.1. Enquadramento económico

Internacional

Em 2015 a economia mundial manteve uma trajetória de crescimento moderado. Segundo as últimas estimativas do FMI o PIB mundial terá crescido 3,1%, valor inferior aos 3,4% observados em 2014. As taxas de crescimento continuaram a divergir entre regiões, com as economias avançadas a registarem uma recuperação gradual da atividade (1,9% em 2015, comparativamente a 1,8% em 2014), a par de uma desaceleração das economias de mercado emergentes e em desenvolvimento (de 4,6% em 2014 para 4,0% em 2015). Esta tendência, iniciada em 2013, foi acentuada pela recente queda no preço das matérias-primas, em particular o petróleo, o que implicou uma redistribuição substancial de rendimento entre países exportadores e importadores. A continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva também teve um contributo positivo. Consequentemente, verificou-se uma recuperação do crescimento dos salários nos países desenvolvidos e um aumento da confiança dos consumidores para níveis pré-crise. A atividade económica nas economias de mercado emergentes continuou a desacelerar. A reorientação da política económica da China para um modelo mais baseado no mercado interno levou a uma redução gradual do crescimento económico relativamente às taxas muito elevadas registadas ao longo da última década (de 7,3% em 2014 para 6,9% em 2015). A diminuição dos preços e a contração observada nos mercados teve um impacto significativo em muitas economias emergentes exportadoras de matérias-primas. No caso do Brasil e da Rússia, a estes associaram-se fatores políticos e estruturais, resultando na contração da atividade económica (de 0,1% em 2014 para -3,8% em 2015 no Brasil, de 0,6% em 2014 para -3,7% em 2015 na Rússia). Apesar de uma redução na sua contribuição relativa para o crescimento do PIB mundial, as economias de mercado emergentes e em desenvolvimento ainda foram responsáveis por mais de 70% do PIB mundial em 2015. A fraca procura nestas economias levou a uma forte diminuição do comércio mundial de bens e serviços, que terá crescido 2,6%, valor inferior aos 3,4% verificados em 2014. Na área do euro, a melhoria no ritmo de crescimento no final de 2014 manteve-se durante o ano de 2015, observando-se um crescimento do PIB de 0,9% em 2014 para 1,6% em 2015, segundo as últimas estimativas da Comissão Europeia. Tal como nas outras economias avançadas, a diminuição acentuada nos preços de produtos energéticos aumentou o rendimento real disponível e ajudou ao fortalecimento do crescimento do consumo privado, o que se traduziu na taxa mais elevada desde o início da crise. A confiança crescente dos consumidores num contexto de melhoria gradual no mercado de trabalho proporcionou um impulso adicional ao consumo. A acrescentar, um maior grau de acomodação monetária da parte do BCE, através de medidas não convencionais, contribuiu para o fortalecimento da atividade económica. Neste contexto, assistiu-se a uma redução no custo do crédito e nas taxas de juro de empréstimos. Estes desenvolvimentos, em conjunto com uma orientação orçamental mais neutra na maioria dos países, contribuíram para tornar a recuperação da área do euro mais abrangente. Em particular, a atividade em Espanha continuou a acelerar fortemente, registando um crescimento do PIB de 1,4% em 2014 para 3,2% em 2015. Simultaneamente, países como a Itália (de -0,4% em 2014 para 0,8% em 2015) e a França (de 0,2% em 2014 para 1,1% em 2015) recuperaram da estagnação observada no final de 2014.

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Relatório e Contas 2015

Nacional

Em 2015 observou-se uma recuperação gradual da atividade, a par de uma melhoria do mercado de trabalho e do ajustamento das contas externas.

O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 1,5% em volume, mais 0,6 p.p. do que no ano de 2014, segundo o INE-Instituto Nacional de Estatística. A procura interna apresentou um contributo positivo mais intenso para a variação anual do PIB em 2015, passando de 2,2 p.p. em 2014 para 2,5 p.p., refletindo a aceleração do consumo privado (2,6%) e o aumento do consumo público (0,8%), uma vez que o investimento desacelerou. A procura externa líquida registou um contributo menos negativo, situando-se em -1,0 p.p. em 2015 (-1,3 p.p. em 2014), em resultado da aceleração das exportações de bens e serviços, que passaram de um crescimento de 3,9% em 2014 para 5,1% em 2015. Refira-se ainda que se verificou um significativo ganho de termos de troca em virtude da diminuição dos preços dos bens energéticos. O investimento desacelerou, passando de um crescimento de 5,5% em volume em 2014, para 3,6%, em resultado do comportamento da variação de existências, que registou um contributo nulo para a variação do PIB em 2015, após o contributo positivo observado em 2014 (0,4 p.p.). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) acelerou em 2015, registando um aumento de 3,7% em volume (2,8% em 2014). Este resultado deveu-se sobretudo à recuperação da FBCF em construção, que passou de uma taxa de variação de -3,2% em 2014 para um crescimento de 4,1%, e também à FBCF em Equipamento de Transporte que passou de um aumento de 18,8% em 2014 para 25,4% em 2015.

O emprego registou uma variação positiva de 1,4% em 2015, valor idêntico ao observado no ano anterior. A taxa de desemprego situou-se em 12,4% em 2015, uma diminuição de 1,5 p.p. face a 2014.

A inflação, medida pela taxa de variação média do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), situou-se nos 0,5% em 2015 (-0,2% em 2014), superior em 0,5 p.p. à observada na área do euro. Os produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco apresentaram um contributo crescente para o IHPC ao longo do ano, já que o contributo dos serviços permaneceu estável; em sentido contrário os bens energéticos, refletindo a quebra do preço do petróleo e refinados nos mercados internacionais, exerceram uma pressão negativa.

O ano de 2015 foi marcado por uma continuada depreciação da taxa de câmbio real efetiva, embora a um ritmo inferior ao registado na área do euro, o que se traduziu numa pressão positiva para a competitividade das exportações nacionais.

No conjunto do ano de 2015 as exportações de bens aumentaram 3,6% (1,7% em 2014) e as importações de bens cresceram 1,9% (3,4% em 2014) relativamente ao ano anterior, determinando uma taxa de cobertura de 82,9% (81,6% em 2014). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 4,2% e as importações cresceram 6,7% em 2015 (respetivamente 4,1% e 6,2% em 2014). Esta evolução refletiu-se num desempenho positivo da balança comercial, que melhorou o seu saldo em cerca de 569,8 milhões de euros quando comparado com o ano de 2014, ascendendo a 10,3 mil milhões de euros.

Em 2015, as contas das Administrações Públicas foram largamente influenciadas pelo registo como despesa das injeções de capital em várias empresas, às quais se adiciona a resolução e venda do Banif, cujo impacto estimado é de 1,2% do PIB. Prevê-se que o défice orçamental para 2015 atinja 4,3% do PIB, excedendo o limite de 3% inscrito no Pacto de Estabilidade (PE). Contudo, o Código de Conduta da União Europeia sobre a implementação do PE prevê para um Estado-Membro, que se encontre sob Procedimento dos Défices Excessivos e prossiga medidas de política orçamental que permitam reduzir o défice, um prolongamento de um ano no prazo para a correção.

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Relatório e Contas 2015

2.1.2. Enquadramento sectorial

2.1.2.1. Sector Postal

O sector postal acentuou em 2015 o seu momento de profunda transformação, consequência das tendências sectoriais mencionadas, levando os operadores postais a assumir estratégias de diversificação dos seus negócios. No que diz respeito ao correio, existe de facto uma pressão sobre o tráfego da generalidade dos operadores postais, que resultou nos últimos anos numa diminuição do tráfego e tipicamente numa redução da receita associada ao negócio de correio – sendo os CTT uma exceção neste tópico. O gráfico seguinte mostra a relação entre o crescimento do tráfego e o crescimento da receita para um conjunto de operadores postais, numa análise de observação sectorial de tendências entre 2012 e 2014 (não existem dados sectoriais de 2015 mas a expetativa é que confirmem de uma forma geral esta tendência).

Evolução do volume versus receita de correio por operador

Fonte: Accenture. “Achieving High Performance in the Post and Parcel Industry”

No mercado nacional o panorama é análogo ao dos mercados internacionais com uma tendência histórica de queda de volume de todos os segmentos de correio nos últimos 15 anos. No entanto é importante referir que os segmentos com tendências de queda mais acentuadas são aqueles mais permeáveis ao efeito de substituição digital, como é o caso do correio publicitário e do correio editorial. O correio transacional, sendo aquele que constitui a grande maioria do tráfego postal, tem sido mais resistente às tendências que impactam o sector, tendo apresentado um ritmo histórico de queda de tráfego de mercado de 2,5% ao ano. O gráfico seguinte ilustra a evolução do tráfego de correio nos últimos 15 anos (totalidade do mercado).

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Evolução do tráfego do mercado de correio em Portugal no período 2001-2014 (milhões de objetos)

Fonte: ANACOM, “Desenvolvimento do Sector Postal em Portugal”

Em sentido inverso o mercado global de expresso e encomendas está numa fase de crescimento acentuado, com volumes de tráfego e receitas genericamente crescentes, como o gráfico seguinte ilustra por operador postal.

Evolução do volume versus receita de expresso e encomendas por operador

Fonte: Accenture. “Achieving High Performance in the Post and Parcel Industry”

Adicionalmente, nos mercados onde os CTT têm presença direta, nomeadamente Portugal e Espanha, existe uma oportunidade muito significativa para capturar no que diz respeito ao

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Correio Publicitário EndereçadoCorreio EditorialCorreio TransacionalCAGR 2000-2014

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Relatório e Contas 2015

e-commerce, estando a percentagem de compras efetuadas em e-sellers locais ainda bastante atrás da média europeia.

Percentagem de utilizadores que compraram em e-sellers locais-2014

Fonte: Ecommerce Report Europe, 2014

No que diz respeito especificamente ao mercado nacional de Expresso e Encomendas a tendência de crescimento é coerente com o mercado global e com a oportunidade decorrente do e-commerce, tendo-se verificado um ritmo de crescimento de tráfego de 8,3% ao ano nos últimos 15 anos, como ilustra o gráfico seguinte.

Evolução do tráfego do mercado de expresso e encomendas em Portugal 2001-2014 (milhões de objetos)

Fonte: ANACOM, “Desenvolvimento do Sector Postal em Portugal”

2.1.2.2. Outros sectores de atuação

A evolução do sector postal e as tendências que o impactam têm como consequência uma ligação cada vez mais estreita dos operadores postais com outros sectores de atividade, como a logística e transportes, o sector financeiro ou o sector da publicidade.

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Expresso e EncomendasCAGR 2000-2014

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Mercado publicitário O sector da publicidade em particular tem um impacto bastante direto e significativo na atividade dos operadores postais, nomeadamente na performance das linhas de oferta relacionadas com o correio publicitário. É desta forma relevante notar que o sector da publicidade em Portugal está em fase de crescimento significativo, após um período de desinvestimento dos anunciantes, coincidente com o período de maior agravamento da situação económica (como indicado no gráfico seguinte).

“Evolução do investimento publicitário em Portugal, por meio”, M€.

Fonte: Marktest MediaMonitor

Adicionalmente à tendência de crescimento do sector publicitário em Portugal, é importante também referir o capital de goodwill gerado pelo correio publicitário em Portugal, assim como a relevância que tem ganho no marketing mix dos anunciantes a nível global. Em alguns mercados internacionais verificaram-se também bons resultados da aposta dos operadores postais neste sector. Espera-se que estes fatores, quando aliados à revitalização estratégica da linha de oferta de correio publicitário/marketing direto no universo dos CTT, venham a representar impactos positivos que contrariem a tendência de queda do tráfego de correio.

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Canal publicitário preferido em Portugal e indicadores relacionados com correio publicitário na Bélgica, E.U.A., Reino Unido, Suíça e Canada.

Fontes: Estudo CTT para o correio publicitário; n=602; IPC

Por fim, a crescente redução que se verifica na imprensa escrita a nível global, e também em Portugal, com a migração de alguns jornais e revistas para a disponibilização somente da versão online, abre uma janela de oportunidade para o crescimento do correio publicitário como meio físico escrito de eleição para o mercado publicitário. Mercados Financeiros Em 2015, o comportamento dos mercados financeiros foi caracterizado por um início auspicioso, suportado pelas políticas acomodatícias dos principais bancos centrais que estimularam os mercados de ações e de dívida, seguido de um abrandamento generalizado, despoletado pelo receio em torno da economia chinesa, fragilidade na recuperação económica da zona euro e dessincronização das políticas económicas das grandes potências. O mercado de dívida europeu foi condicionado pelo início do programa do Banco Central Europeu de compra de ativos, com volumes mensais de 60 mil milhões de euros, que manteve as yields das obrigações dos países membros da zona Euro em níveis historicamente baixos. Por sua vez, nos Estados Unidos da América, o adiamento do início do ciclo de subidas de taxas de juro de referência para o fim do ano, aliado à maior aversão ao risco face ao abrandamento das economias emergentes, contrariou as expetativas de aumento das yields das obrigações norte-americanas, que se mantiveram relativamente estáveis ao longo do ano. No mercado de ações, o ano caracterizou-se por performances positivas nas economias desenvolvidas, sendo um ano desapontante nos mercados emergentes. Por outro lado, registou-se uma intensificação da volatilidade, sobretudo devido aos receios quanto ao abrandamento de economias emergentes, nomeadamente a China, e ao adiamento da subida das taxas de juros nos Estados Unidos da América, que provocaram uma forte turbulência nos mercados.

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Sistema Bancário No sector bancário, o ano de 2015 ficou marcado por indefinições no contexto competitivo. A redução do negócio bancário e o ambiente de baixas taxas de juro, assim como a aplicação da medida de resolução ao Banco Espirito Santo, S.A. e ao Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., resultou em vários rumores de aquisição e fusão no sector, que se materializaram na entrada do Bankinter em Portugal, através da aquisição de parte da operação do Barclays, e na consolidação da posição do Banco Santander Totta, S.A., através da aquisição da atividade e de parte dos ativos e passivos do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.. No entanto, apesar destes sinais, o sector bancário Português apresentou em 2015 uma melhoria na rentabilidade, sobretudo devido à redução expressiva das imparidades, que têm vindo a penalizar os resultados deste sector, como também às mais-valias realizadas com a venda de títulos de dívida pública, que mais do que compensaram o impacto da descida das taxas de juro na margem financeira.

Taxas de juros sobre novas operações – 2015 (%)

Fonte: BP stat, Banco de Portugal

Adicionalmente, a tendência na redução de custos operacionais, suportada principalmente pela diminuição no número de colaboradores e balcões, manteve-se ao longo do último ano, facto que permitiu a diminuição do rácio cost-to-income do sistema. Por sua vez, o esforço de redimensionamento dos balanços manteve-se, sobretudo através da redução do stock de crédito a clientes, o que permitiu manter a trajetória de desalavancagem. Por último, importa destacar a consolidação da trajetória positiva dos volumes de nova produção de crédito, embora estes continuem em níveis bastantes inferiores aos observados antes de 2011.

Indicadores sistema bancário português (%)

Fonte: Relatório evolução do sistema bancário português, Banco de Portugal (3º trimestre 2015)

2010 2011 2012 2013 2014 9M15Rácio ativos - PIB Portugal 3,0% 2,9% 2,9% 2,7% 2,5% 2,3%Rácio crédito – depósitos 157,8% 140,2% 127,9% 116,9% 107,2% 104,2%Rácio imparidades - crédito bruto 3,2% 4,2% 5,5% 6,2% 7,7% 7,9%Cost-to-income 57,6% 61,5% 58,8% 71,9% 65,6% 58,8%Rendibilidade dos Capitais Próprios 7,7% -6,3% -5,5% -11,7% -19,2% 3,7%

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2.1.3. Enquadramento regulatório

2.1.3.1. Sector Postal

A nível da União Europeia

Com a aprovação da terceira Diretiva Postal (Diretiva 2008/6/CE) do Parlamento Europeu e do Conselho, em 20.02.2008, foi estabelecido o calendário final para a liberalização total do mercado postal (até 31.12.2010), salvaguardando um nível comum de obrigações de serviço universal para todos os utilizadores dos Estados-Membros da União Europeia (UE) e a definição de princípios harmonizados para a regulação dos serviços postais num enquadramento de mercado livre. A nível do financiamento do serviço universal, e atendendo a que a prestação de serviços postais reservados como meio de financiamento foi abolida, o novo quadro legal prevê um conjunto de mecanismos que os Estados-Membros podem adotar para salvaguardarem e financiarem o serviço universal, contendo ainda a nova Diretiva orientações sobre o cálculo do custo líquido do serviço universal. A prestação do serviço universal é tendencialmente deficitária na UE, tendo vários países implementado medidas para minorar este custo sem necessidade de compensação direta. Os reguladores, conscientes dos desafios que o sector postal e principalmente o prestador do serviço universal enfrentam, têm permitido a diversificação das atividades e uma alocação e utilização mais eficiente dos recursos, salvaguardando sempre as obrigações constantes na diretiva europeia. No âmbito da criação do Mercado Único Digital e do desenvolvimento de ações que visam melhorar o acesso dos consumidores e empresas aos bens e serviços digitais, nomeadamente as que facilitem o comércio eletrónico transfronteiriço, em 06.05.2015 a Comissão Europeia (CE) lançou uma consulta pública, com o objetivo de auscultar todas as partes interessadas sobre as principais questões e as possíveis áreas de melhoria dos serviços de entrega transfronteiriços para bens adquiridos online em toda a UE. Esta iniciativa surge da preocupação de que o mercado europeu não terá crescido ao seu potencial em consequência de uma ainda fragmentada oferta de soluções a nível europeu para as ofertas de bens e serviços online.

O mercado digital

Fonte: Comissão Europeia, “Why we need a Single Digital Market”.

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Explorar o potencial do comércio eletrónico

Fonte: Comissão Europeia, “Why we need a Single Digital Market”. Na sequência dos resultados da consulta pública, publicados em 22.12.2015, a CE tem como objetivo alterar esta situação, através de melhor supervisão e de garantia de transparência nos serviços de entrega de bens adquiridos online na UE, tencionando propor medidas específicas neste âmbito na primavera de 2016. Identificadas igualmente pela Indústria Postal Europeia um conjunto de obstáculos ao desenvolvimento e crescimento do mercado do e-commerce, os operadores postais europeus encontram-se em conjunto a implementar o projeto Interconnect, que entrará em funcionamento no decurso deste ano e que compreende essencialmente 5 compromissos: opções de entrega flexíveis; soluções de devolução; track & trace para objetos leves; serviço ao cliente melhorado; e conceito de etiquetas harmonizadas. O objetivo deste projeto é, assim, remover os obstáculos que impedem os consumidores de comprar online fora do país e, como tal, maximizar o potencial de crescimento do comércio eletrónico transfronteiriço para os operadores postais. Considerando que nos últimos anos o comércio eletrónico registou a nível mundial um crescimento anual da ordem dos 19% e que em termos mundiais o comércio eletrónico crescerá até 2019 a uma taxa média anual de 20%, passando a representar 12,8% do total do mercado de retalho, através do Interconnect os operadores postais europeus contribuirão de forma muito relevante para o desenvolvimento do Mercado Único Digital, sendo o comércio eletrónico (e-commerce) um dos seus importantes motores de crescimento. A nível nacional

Em abril de 2012 entrou em vigor a Lei Postal (Lei nº 17/2012, de 26 de abril, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro), que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva 2008/6/CE. O mercado postal em Portugal foi neste enquadramento totalmente aberto à concorrência, eliminando-se as áreas no âmbito do serviço universal que ainda se encontravam reservadas aos CTT. No entanto, por razões de ordem e segurança pública e de interesse geral, algumas atividades e serviços ficaram reservados até 2020: colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à aceitação de envios postais, a emissão e venda de selos postais com a menção Portugal e o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos.

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Integram-se no âmbito do serviço universal as seguintes prestações, no âmbito nacional e internacional:

. um serviço postal de envios de correspondência, excluindo a publicidade endereçada, de livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas até 2 Kg de peso;

. um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia com peso até 20Kg;

. um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado.

Em termos de financiamento das obrigações de serviço universal (SU), os prestadores de serviço universal têm direito à compensação do custo líquido de SU quando este constitua um encargo financeiro não razoável para os mesmos. Esta compensação é efetuada através de um fundo de compensação suportado pelos prestadores dos serviços postais que ofereçam serviços que, do ponto de vista do utilizador, sejam considerados serviços permutáveis com os abrangidos pelo serviço universal, cujo funcionamento ainda será definido. A entidade reguladora (ANACOM) aprovou, em fevereiro de 2014, a metodologia para o cálculo do custo líquido do serviço universal prestado pelos CTT enquanto prestador do serviço universal, bem como sobre o conceito de encargo financeiro não razoável para efeitos de compensação do custo líquido do serviço universal dos serviços postais e os termos subjacentes à sua determinação. Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantém-se como prestador de serviço universal até 2020, tendo o Governo procedido à revisão das bases da concessão de acordo com o regime constante na Lei Postal, através da publicação do Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro, tendo ao seu abrigo sido celebrada a alteração ao contrato de concessão em 31.12.2013. Ao abrigo da Base XV da Concessão do Serviço Postal Universal, em agosto de 2014 a ANACOM aprovou a decisão final sobre os objetivos de densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços que os CTT deverão cumprir até 2017. Os objetivos definidos em termos de densidade da rede postal e de ofertas mínimas de serviços, que não alteraram significativamente a rede postal existente, reforçam as garantias de existência de disponibilidade e acessibilidade da prestação do serviço universal cometida aos CTT. Em 2014 e 2015 os CTT tiveram que realizar alterações marginais na sua rede, nomeadamente através do reforço do número de marcos/caixas de correio para cumprir na íntegra os objetivos definidos, estando hoje acima dos mínimos exigidos.

Enquadrada nos critérios de formação de preços para o período 2015/2017, definidos por deliberação da ANACOM de 21.11.2014, a proposta de preços do serviço universal apresentada pelos CTT em 17.12.2014, com ajustamentos efetuados em 06.02.2015, foi aprovada pela ANACOM, por deliberação de 12.02.2015. Os preços subjacentes à referida proposta, que cumpria os princípios e critérios de formação de preços definidos, entraram em vigor em 01.03.2015, com exceção dos preços dos jornais, publicações periódicas e livros, cuja data de entrada em vigor foi 01.06.2015. Ainda em matéria de preços, no que se refere ao regime de preços especiais dos serviços postais que integram a oferta do serviço universal, aplicável a remetentes de envios em quantidade, estes foram também atualizados em 01.03.2015, na sequência de proposta comunicada ao Regulador em 14.01.2015. Alguns operadores de serviço de correio, ou com a intenção de prestar este serviço, solicitaram o acesso à rede postal. Por forma a prestar um serviço padronizado e não discriminatório para os operadores que quiserem usar a rede postal, em 2015 os CTT definiram uma oferta de acesso

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competitiva que não coloca em causa a segurança e eficiência da prestação do serviço postal universal e que entrará em vigor em fevereiro de 2016. Em termos de qualidade do serviço postal universal, na sequência da nova Lei Postal, está em curso a implementação de um novo sistema de medição e controlo dos níveis de qualidade, a realizar por uma entidade externa. Por forma a assegurar uma efetiva e eficaz medição dos níveis de qualidade no quadro das especificidades do sector postal, os CTT lançaram em 05.11.2015 um concurso internacional limitado por prévia qualificação a fim de selecionar a entidade externa responsável pela medição dos níveis de qualidade. No que se refere aos objetivos e níveis mínimos de qualidade de serviço, cuja quantificação se encontra no ponto 5.1, os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos de desempenho associados à prestação do serviço universal para o período 2015/2017, definidos por deliberação da ANACOM de 30.12.2014, mantêm os elevados padrões exigidos para os serviços postais em Portugal, que os CTT têm conseguido superar. 2.1.3.2. Sector Financeiro

Apesar da componente transacional assumir crescente importância no sector bancário, em grande parte devido à contínua diminuição da utilização de numerário, este segmento tem vindo a ser alvo de crescente pressão regulatória que coloca desafios à indústria. Exemplo deste facto é a recente legislação promulgada em 2015 pela Comissão Europeia que, por forma a proteger os interesses dos consumidores, estabeleceu um limite máximo às comissões aplicáveis pelos prestadores de serviços de pagamentos às operações efetuadas com cartões multibanco. Por outro lado, a criação da SEPA (Single Euro Payments Area - Área Única de Pagamentos em Euros), com o objetivo de reforçar a integração europeia e promover a constituição de um mercado único de pagamentos, tem obrigado as instituições bancárias a efetuar desenvolvimentos aos seus serviços de meios de pagamentos. Em Portugal, e apesar estarem disponíveis desde 2008, apenas em agosto de 2014 se procedeu a uma migração total dos prestadores de serviços de pagamentos e seus utilizadores, das vertentes tradicionais de transferências a crédito e de débitos diretos dos respetivos subsistemas do Sistema de Compensação Interbancária (SICOI) para a SEPA. O branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e o crime organizado representam temas de relevância primordial na União Europeia, contendo aspetos suscetíveis de comprometerem a integridade e estabilidade das instituições de crédito e financeiras, bem como do sistema financeiro no seu todo. Com o objetivo de intensificar a prevenção e o combate destes fenómenos, a União Europeia publicou em 2015 legislação - 4ª diretiva AML (Anti-money Laundering) – no sentido de reforçar o âmbito e os deveres das instituições financeiras no cumprimento dessa função, impondo a adoção de práticas mais restritivas de controlo e monitorização dos seus clientes e da sua respetiva atividade bancária. Tais exigências têm obrigado as instituições financeiras a efetuarem novos desenvolvimentos aos seus sistemas de informação de gestão e a capacitarem as suas equipas com conhecimentos específicos na deteção de práticas de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, impondo uma crescente pressão na sua estrutura de custos operacionais.

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Face à instabilidade que tem afetado o sector financeiro ao longo da última década, as autoridades de supervisão têm tido como principal preocupação aumentar a resiliência do sector, procurando promover a melhoria da qualidade dos balanços das instituições financeiras. Nesse sentido, a produção legislativa, nomeadamente a publicada ao abrigo dos designados acordos de Basileia III, tem procurado dar resposta a essa preocupação, definindo novas exigências de capital que as instituições financeiras tiveram de adotar, de forma faseada, a partir de 2013 e até 2019. Numa primeira fase, designada por phased in, que decorreu até final do ano transato, os bancos foram obrigados a elevar o seu rácio Common Equity Tier 1 (aquele que constitui o capital de melhor qualidade das instituições) de 3,5% para 4,5%. A partir de 1 de janeiro de 2016, e por um período de três anos, decorre a fase fully implemented, ao abrigo da qual as instituições financeiras são obrigadas a constituir um conservative buffer adicional de 2,5% do seu capital. Deste modo, a crescente exigência regulatória, tem originado algumas restrições à rentabilidade dos ativos das instituições bancárias. No caso do Banco CTT, a abordagem conservadora e prudente deste assunto desde início permitiu incorporar a totalidade do impacto do rácio no modelo do Banco. 2.2. Correio

2.2.1. Atividade

Os rendimentos operacionais3 da área de negócio de Correio atingiram 554,6 M€ (73% do total consolidado4) em 2015, a que corresponde um crescimento de 1,5% face a 2014. Esta área de negócio inclui o negócio dos serviços postais e as soluções empresariais a montante e a jusante do correio, nomeadamente printing & finishing, mailmanager, videocodificação, correio hibrido e outras soluções complementares ao negócio de correio. Também incluída nesta área de negócio está a Rede de Lojas que, além dos serviços postais e de retalho, presta serviços às outras áreas de negócio como canal de venda. Os serviços acima mencionados são prestados pelos CTT, S.A. (empresa-mãe), CTT Contacto e Mailtec. Em 2015, apesar da redução do tráfego verificada (abaixo explicada), assistiu-se a uma evolução favorável dos rendimentos desta área de negócio sobretudo pela cada vez maior utilização das redes de distribuição e de lojas para prestar outros serviços e pela performance dos serviços postais. Para tal contribuíram as políticas de preços e de descontos, o mix de produtos, a valorização cambial do correio internacional (inbound) e a estrutura de peso dos objetos. As alterações dos preços dos produtos no âmbito do Serviço Universal e do correio em quantidade ocorridas a partir de 1 de março de 2015, bem como a dos livros, jornais e publicações periódicas do serviço nacional a partir de 1 de junho de 2015, traduziram-se num aumento global médio de 4,1% em 2015 relativamente ao ano anterior. Foram também aumentados os preços do correio publicitário a partir de 1 de março de 2015 (aumento médio de 2%). A revisão da política de descontos aumentou a exigência aos clientes ao nível do pré-tratamento e do cumprimento de prazos de pagamento, o que incentiva comportamentos em prol da eficiência e levou à perda de alguns descontos por parte dos grandes clientes.

3 Incluem prestações internas e transações intragrupo que são eliminadas para efeitos de consolidação. 4 Excluindo os rendimentos relativos à Estrutura Central dos CTT e às eliminações intragrupo no valor de -34,0 M€ em

2015.

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Correio

A redução do tráfego de correio endereçado (inclui correspondências e direct mail) em 2015 foi de 3,2%. Se se comparar a redução do tráfego de correio endereçado em 2015 (-3,2%) com a ocorrida em 2014 (-5,7%), nota-se um comportamento favorável refletindo o impacto no consumo de correio da evolução positiva da economia nacional, principalmente do consumo interno , como ilustra o gráfico seguinte:

Variação anual do Tráfego de Correio, PIB, Consumo Público e Privado e FBCF

Fonte: CTT; Pordata

A variação do tráfego de correio transacional registou um decréscimo de 4,1% em 2015. Para esta evolução contribuíram as variações de tráfego do correio prioritário (-0,1%), correio normal (-4,3%), correio registado (-8,2%) e correio internacional de saída (-8,1%), atenuadas pela evolução positiva dos tráfegos do correio internacional de chegada (+5,9%) e do correio verde (+8,0%). De destacar os seguintes fatores como fundamentais para as evoluções referidas: o decréscimo do correio registado assente sobretudo na redução dos consumos do sector Estado e Administração Pública, especialmente no 4º trimestre, e a influência significativa do crescimento do e-commerce no crescimento do correio internacional de chegada. Os pacotes postais de baixo valor, originários principalmente da China, registaram um crescimento significativo decorrente das ofertas em termos de aplicativos (apps) e websites que surgiram no mercado. Os aumentos de preços acima referidos e sobretudo as novas regras de descontos permitiram que os rendimentos do correio transacional tenham crescido 0,7% durante 2015. O correio editorial observou um decréscimo (-2,9%) em 2015, após a quebra verificada no 4º trimestre (-3,5%) mais acentuada no segmento ocasional. Contudo, e em resultado da importante revisão de preços realizada em 16 de agosto de 2015, um aumento de 10,7% em média, os rendimentos deste produto cresceram 4,7% em 2015. O tráfego do correio publicitário endereçado observou um crescimento (+6,0%) em 2015, em virtude do acentuado aumento verificado no 4º T (+19,8%), devido à revitalização deste negócio assumida como prioridade estratégica no grupo CTT, assim como pelo maior número de campanhas

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publicitárias realizadas pelos grandes clientes relativamente ao ocorrido no ano anterior; o crescimento dos rendimentos deste produto foi somente de 2,1% afetado pelo efeito de mix de preços. O tráfego do correio não endereçado registou um decréscimo de 6,7% em 2015, devido sobretudo à realização de menos campanhas pelos clientes atuais. A opção por correio publicitário endereçado versus não endereçado é sempre uma solução de maior custo mas também de maior valor para os clientes que, em períodos de crescimento, tendem a preferir este meio publicitário mais direto e efetivo. O segmento ocasional teve um impacto positivo por via das eleições legislativas que não se refletiu nitidamente no total devido ao seu menor peso relativo face ao segmento contratual. Soluções Empresariais Os CTT continuam a sua aposta nas soluções de comunicação híbrida, desenvolvendo ofertas que unem a comunicação física à digital, tais como: produção documental (através da Mailtec Comunicação, líder no mercado), digitalização e tecnologias de informação para o sector postal, soluções geográficas e de georreferenciação, assim como a ViaCTT, solução de email segura e com acesso controlado. As soluções integradas CTT que incorporam funcionalidades configuráveis de acordo com as necessidades e objetivos de cada organização, assentes no portfólio e capacidades inerente às duas redes capilares dos CTT – lojas e distribuição, são cada vez mais solicitadas pelo mercado, pelos mais diversos sectores de atividade. Em complemento, salientam-se a Solução de Tratamento Integral de Contraordenações e a Solução Integrada de Gestão de Águas, que reúnem numa oferta única um conjunto de serviços disponibilizados pelos CTT: printing & finishing, expedição, mailmanager, cobranças, entre outros. No contexto da Comunicação Digital, foi concretizado um conjunto de capacidades no sistema que suporta o serviço ViaCTT, que complementam a automatização da comunicação entre emissor e recetor nomeadamente a componente de obtenção automática de respostas criadas por recetores relativas a documentos enviados pelos emissores. Esta capacidade sustenta e facilita a tramitação eletrónica das Penhoras Eletrónicas entre a AT – Autoridade Tributária e Aduaneira e os bancos. Foi também adicionado um conjunto de novas capacidades à caixa postal eletrónica, visando, por um lado, melhorar a usabilidade do serviço, como seja, a utilização do cartão do cidadão para acesso à caixa e melhorias no processo de recuperação do acesso à caixa postal eletrónica e, por outro lado, reduzir os custos na operação do serviço. Conscientes de que as comunicações electrónicas (email) irão ter um papel crescente na forma de comunicação no mundo transacional, os CTT privilegiam a criação de soluções fiáveis, seguras e com atributos customizáveis para endereçar preocupações deste mercado. Por outro lado, as comuniçações físicas serão cada vez mais um meio de realização efetiva (“fullfilment”) das comunicações por via electrónica e a sua oferta integrada uma tendência. Filatelia

Em 2015 o negócio da Filatelia atingiu 8,2 M€ de receita, que se traduziu num acréscimo de 11,0% face ao ano anterior. Para esta variação positiva contribuíram o lançamento de 27 emissões de selos comemorativas, a 2ª serie da emissão base dos Desportos Radicais e a carteira de selos autoadesivos da Madeira, 27 inteiros postais e uma carta inteira, 4 livros temáticos de prestígio, dois Livros com os selos do ano (um deles dedicado aos jovens) e um Livro de Natal para crianças. A oferta alargada e adaptada à

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procura, bem como os temas de largo interesse junto dos clientes, como o Lince, os Dinossauros ou as Motorizadas Portuguesas, permitiram manter a tendência de crescimento que se verifica desde 2014, invertendo a queda até então registada. Tendo em vista o êxito  na promoção de emissões comemorativas a clientes institucionais – como foi o caso dos “175 anos do Montepio Geral “ em 2015 –, os CTT farão desta  estratégia um fator importante para incentivar contactos comerciais com este tipo de clientes no futuro, focando a questão da exclusividade e do prestígio associados à emissão de selos de Portugal. Em 2015 os CTT receberam três prémios internacionais pela qualidade do design. Foram distinguidos, pela sétima vez, no Concurso Internacional de Design Filatélico promovido pelo município de Asiago, na província de Vincenza, em Itália. A emissão filatélica premiada na categoria “Turismo” é a que comemora os “150 Anos do Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra”. A folha comemorativa dos 500 anos de Vesalius (emitida em 2014) foi duplamente premiada em 2015 na categoria de impressão em relevo “Talhe Doce”. Teve um 3º lugar em Bruxelas e foi considerada a melhor do mundo (1º lugar) em Madrid. O livro “Viver Portugal com o Mediterrâneo à Mesa”, de Fortunato da Câmara, foi considerado o Best Mediterranean Cuisine Book de 2015 em Portugal e ficou qualificado para competir com os restantes livros (vencedores em cada país) dentro da mesma categoria a nível mundial. A emissão de selos “Ano Internacional da Luz e Ano Internacional dos Solos” foi considerada pela revista mensal “L’Arte del Francobollo”, de fevereiro de 2016, a mais original em todo o mundo ao abordar a decisão das Nações Unidas em proclamar 2015, simultaneamente, como o Ano Internacional da Luz e o Ano Internacional dos Solos.

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Os temas glosados pelas séries comemorativas abrangeram várias áreas do conhecimento humano, conforme se pode observar pela lista no quadro seguinte:

Emissões comemorativas

25 Anos da AICEP

150 Anos da União Internacional das Telecomunicações

500 Anos da Torre de Belém

40 Anos do Provedor da Justiça

Leis da Hereditariedade – 150 anos

150 Anos da questão Coimbrã

600 Anos da entrada dos Portugueses em Ceuta

175 Anos do Montepio Geral

500 Anos da Chegada a Timor

Ano Internacional da Luz e dos Solos

História

Vultos da História e da Cultura

100 Anos da Revista Orpheu

Grandes Músicos do Mundo: Elizabeth Schwarzkopf e Sibelius

Barros Populares

Artesanato – Açores

Caminhos de Santiago

EUROPA – Brinquedos Antigos

Festa da Flor – Madeira

Barcos do Mediterrâneo

A Dieta Mediterrânica

Grandes Figuras da Igreja: Santa Teresa de Ávila

Grandes Figuras da Igreja: S. João Bosco

Pioneiros da dança em Portugal

Música, arte e cultura

A Mobilidade Sustentável

Reintrodução do Lince Ibérico

Frutas de Portugal

O Mar Português

Ambiente

Como já referido foram lançados, com o elevado sucesso já habitual, os seguintes livros temáticos:

Livros temáticos

Conversas de Café - Fátima Moura

Motorizadas Portuguesas de 50cc - Pedro Pinto

Viver Portugal com o Mediterrâneo à Mesa - Fortunato da Câmara

Do Mar Oceano ao Mar Português - coordenação de Mário Ruivo

2.2.2. Rede de lojas

A Rede de Lojas é cada vez mais um canal de venda e de serviço muito importante para o crescimento dos rendimentos dos CTT em todas as áreas de negócio. Sendo a rede capilar de acesso aos serviços postais, a sua atividade é muito mais abrangente, gerindo os processos de

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atendimento e de venda direta a clientes finais (particulares e pequenas empresas) e constitui a maior rede comercial com oferta diversificada e de proximidade a nível nacional. A empresa tem valorizado este importante ativo, vocacionando-o para uma plataforma de conveniência e multisserviços, com especial enfoque nos serviços financeiros e serviços de interesse geral ao cidadão, potenciando o seu volume de vendas mas no estrito cumprimento integral das obrigações de serviço postal universal. Em 2015 foi potenciado o valor desta rede de conveniência para as encomendas na entrega e recolha, possibilitando uma oferta mais abrangente para o segmento do e-commerce. A gestão dos negócios na Rede de Lojas assenta em três vetores fundamentais:

Desenvolvimento do negócio de correio, promovendo a excelência da operação e melhor qualidade de serviço resultantes da maior proximidade e conhecimento dos clientes, garantindo níveis acrescidos de produtividade;

Canal de proximidade para comercialização de produtos e serviços financeiros (soluções de poupança e investimento, soluções de pagamento, soluções de crédito pessoal e outros), afirmando-se como uma alternativa na oferta de produtos financeiros competitivos e inovadores para a população. A parceria com a Western Union permite ainda um canal único de proximidade e capilar para transferências urgentes para qualquer parte do mundo. Neste âmbito enquadra-se também o papel da Rede como pilar fundamental do projeto do Banco CTT e este como essencial para permitir uma oferta abrangente na ótica de “one stop shop” para serviços financeiros onde a oferta de contas à ordem e crédito à habitação será fundamental;

Criação e desenvolvimento de negócios e serviços de conveniência às populações, serviços de interesse geral, assumindo a vocação do atendimento local multisserviços para além do serviço postal; a rede constitui-se como um local privilegiado para serviços ao cidadão (de que são exemplos a parceria realizada com a EDP e o projeto Espaços do Cidadão) e também como mais um veículo de entrega e recolha na oferta de soluções para o comércio eletrónico na área de Expresso e Encomendas.

No final de 2015 a rede de lojas tinha 5 208 pontos de contacto, sendo constituída por 619 lojas próprias, 1 711 lojas em parceria (postos de correio) e 2 878 postos de venda de selos. A oferta, em regime de livre serviço e acessível em alguns casos 24 horas por dia, é completada com 222 máquinas automáticas de venda de selos e 18 máquinas automáticas de venda de produtos postais. Foi lançado o novo serviço de Apartados 24H na máquina self-service de Entregas disponível na loja CTT Parque das Nações. Trata-se de uma nova versão de Apartado que permite o levantamento de correio avisado de forma automática pelo cliente incluindo o correio mais volumoso. Durante o ano de 2015 foi promovido, no âmbito do Programa de Transformação em curso, o desenvolvimento de ações de otimização, centradas nos seguintes aspetos:

Lojas nucleares/satélites (transformação que passa por colocar as lojas de prequena dimensão na dependência de lojas nucleares em termos de gestão);

Alteração/redução horários – análise da adequação dos horários de abertura de lojas ajustando-os à evolução da procura.

Foram identificadas as lojas onde deverá ser implementado este projeto em articulação com o lançamento do Banco CTT. Adicionalmente foi também realizado um estudo de segmentação das lojas por forma a maximizar a capacidade disponível para prestar os serviços bancários e outros de maior valor acrescentado, definindo o cabaz da oferta consoante a tipologia e procura das lojas, procurando reduzir a oferta de produtos de terceiros apenas àqueles que acrescentam valor à rede e que se coadunam com a imagem de prestação de serviços bancários, mantendo sempre como

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base a matriz e DNA CTT. Nesse sentido o estudo de segmentação resultou em 4 clusters de lojas, destacando-se a redução significativa de portfólio de terceiros nas lojas prioritárias na abertura do Banco CTT, ficando estas com maior capacidade de foco na prestação de serviços de Correio, Expresso, Serviços Financeiros e Banco CTT, assim como na prestação de serviços especializados e em parceria, como é o caso dos Espaços de Cidadão. A figura abaixo ilustra resumidamente o resultado da segmentação efetuada.

Resultado da segmentação da Rede de Lojas para otimização de portfólio, 2015

Fonte: CTT

No âmbito do Projeto de Reorganização da Rede de Lojas foi implementada, em dezembro, uma Linha de Apoio aos Clientes libertando as lojas dos contactos diários telefónicos dos clientes (centralizando os contactos no call center). A prestação do serviço através de uma linha especializada permite veicular uma mensagem mais uniforme e consistente e as lojas terão possibilidade de organizar o seu tempo reforçando a primazia ao cliente e à atividade comercial. Conforme previsto no Contrato de Concessão, definiram-se em 2014 objetivos de cobertura da rede que consideram fatores como a distância a percorrer pelos clientes para acederem ao Ponto CTT mais próximo, ponderando a natureza urbana ou rural das áreas geográficas, bem como a acessibilidade dos cidadãos aos vários serviços de correio e aos horários em que o podem fazer. O integral cumprimento dos objetivos definidos reforça a intenção da empresa em manter uma rede de proximidade e de conveniência junto dos clientes e da população em geral. Para além de se constituir como um importante canal de venda dos produtos e serviços de todas as áreas de negócio dos CTT, principalmente correio e serviços financeiros, a rede de lojas promoveu iniciativas para dinamização de outros negócios de retalho. Além do projeto Espaços do Cidadão nas lojas CTT referido adiante em ponto específico, a dinamização dos negócios na rede de lojas passou pela cedência de espaço em regime de aluguer, pelo estabelecimento de parcerias com marcas de referência e notoriedade no mercado nacional e pela venda por catálogo através da disponibilização de produtos que potenciam o cross-selling com soluções de crédito.

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Espaços do Cidadão

As soluções de proximidade para a administração pública poderão desempenhar um papel muito relevante no desenvolvimento dos serviços económicos de interesse geral na rede de lojas CTT. O Estado pretende instalar cerca de 1 000 Espaços do Cidadão em todo o país, sendo os CTT o principal parceiro com a sua rede de lojas. Renovar a carta de condução, pedir declarações da Segurança Social, certidões do registo predial ou a isenção do IMI, entregar declarações do IRS ou inscrever alunos nas escolas, são algumas das tarefas que poderão ser feitas nestes espaços a que já aderiram 11 entidades oficiais. No último trimestre de 2014 foi negociado com o Governo o modelo de expansão e o modelo de negócio e em 20 de janeiro de 2015 foi assinado um protocolo entre os CTT e o Governo, que tem por objeto a instalação na rede de lojas CTT de Espaços do Cidadão, de acordo com a seguinte calendarização:

Fase I, até 31 de dezembro de 2015, a instalação de 200 Espaços do Cidadão (24 lojas piloto de 2014 e 176 novas lojas);

Fase II, dependente da renovação contemplada no protocolo, a instalação de mais 100 Espaços do Cidadão até 31 de dezembro de 2016.

Após a conclusão da Fase II, esta parceria será reavaliada pelos parceiros podendo ser alargada sempre que o racional económico o justifique, sendo este função dos serviços prestados mas também baseado no potencial de cross-selling. Na sequência do protocolo estabelecido iniciou-se em 2015 um ciclo de formação que permitiu dotar 370 trabalhadores com as competências e conhecimentos necessários para efetuar os serviços das entidades protocoladas, ação que teve que ser conjugada com a formação em curso para o lançamento do Banco CTT. Este serviço já se encontra disponível em 127 lojas da rede CTT e estão concluídas as iniciativas preparatórias por parte dos CTT para a abertura nas restantes. Este é mais um projeto de grande importância para a rede de lojas, não só contribuindo para uma maior aproximação aos cidadãos mas também como forma de tornar a rede ainda mais abrangente, qualificada e diversificada na sua oferta de serviços, funcionando para os clientes como uma “loja única” de todos os serviços que necessitam (“one stop shop”). 2.2.3. Operações

Em 2015 o Programa de Transformação, além da contínua reorganização das redes de tratamento, transportes e distribuição com vista a um aumento da produtividade e melhoria da eficiência operacional, teve um foco no aprofundamento da integração da rede de distribuição da área de negócios do Expresso e Encomendas com a rede base dos CTT; esta opção traduz-se num maior aproveitamento da capacidade e numa maior capilaridade da oferta, hoje com crescente importância para os clientes em detrimento da velociade de entrega. As restantes iniciativas em 2015 respeitaram a racionalização e reorganização do ciclo operacional e encontram-se agregadas em 3 grandes eixos de atuação: tratamento, transportes e distribuição.

Tratamento

A rede de tratamento é composta por 3 centros de produção e logística, 6 centros de apoio logístico e 1 centro de correio empresarial. A prossecução das atividades dos centros de produção e logística

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é desenvolvida por 44 máquinas de automatização do tratamento de correio (das quais 24 sequenciadoras e uma de tratamento de objetos não padronizados (“Rest Mail”) e 78 postos de videocodificação. Em 2015 foram divididos automática e diariamente para giros 2,13 milhões de envios (correio normal fino). Cerca de 1,83 milhões (85,9%) foram sequenciados automaticamente (porta a porta) para 4 731 giros de 250 centros de distribuição postal. A automatização postal continua a revelar excelentes resultados de reconhecimento de endereços, com o correio fino a obter taxas de decisão a códigos postais de 7 e 10 dígitos de 93% e 66%, respetivamente. Para estes resultados foi importante a redefinição das regras de desconto por pré-tratamento potenciando a maximização da leitura automática. Consolidaram-se as atividades de tratamento do serviço mailmanager e de videocodificação no centro de produção e logística de Taveiro (Coimbra). Após se ter internalizado em 2014 a atividade de videocodificação do centro de produção de logística da Maia (Porto), procedeu-se no 1º semestre de 2015 à internalização da atividade do centro de produção e logística de Cabo Ruivo (Lisboa), com consequente redução das necessidades de outsourcing. Também no contexto de otimização das operações ocorreu a reinstalação das operações de printing & finishing no edifício do centro de produção e logística de Cabo Ruivo (Lisboa) e das operações da CTT Contacto antes em Pinheiro de Fora, aproximando no espaço e no tempo as fases de produção e tratamento do correio e permitindo assim maior racionalização de recursos. Destaque para o processo de implementação de um novo equipamento postal automatizado para tratamento de objetos não padronizados (“Rest Mail”), que confere um fator diferenciador aos CTT já que esta tipologia de tráfego tem uma forte ligação com o comércio eletrónico. Os pacotes postais de baixo valor são distribuídos através dos acordos transfronteiriços como correio normal, com relevo para a China como mercado de origem. Foi igualmente implementado um novo modelo de divisão manual no centro de produção de logística da Maia (Porto), com a aquisição de um novo equipamento postal, desenvolvido com base numa nova metodologia de divisão. A sua implementação foi concluída nos restantes centros de produção de logística. De referir o projeto Zonal, instalado nos 11 equipamentos de indexação que viabilizou uma nova funcionalidade para controlar em tempo real os objetos entregues para cada zona de taxação, respondendo desta forma às necessidades de um controlo mais efetivo da aceitação e aumentando o nível de proteção de receita dos clientes empresariais. Foram, ainda, definidos novos procedimentos de conferência, aceitação, reporte e monitorização nos balcões de correio empresarial, por forma a mitigar os riscos de perda de receita identificados, assegurar que os descontos são concedidos a expedições que efetivamente cumpriram os requisitos do tarifário em vigor, bem como garantir a uniformidade dos procedimentos, independentemente do balcão/cliente onde é realizada a prestação do serviço, com dois objetivos fundamentais:

a total e correta faturação dos serviços prestados a crédito, em conformidade com as regras do tarifário aprovado pelo regulador;

a prestação de um serviço de qualidade aos clientes. A uniformização de procedimentos referida permitiu evitar os riscos de perda de receita por deficiências nos processos de aceitação.

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Transportes

A rede de transportes opera com 252 viaturas que percorrem aproximadamente 48 mil km/dia. Em 2015 a rede nacional de transportes teve uma atividade de cerca de 11,1 milhões de Km. Do conjunto de iniciativas empreendidas destacam-se a contínua reorganização da rede de transportes nacionais (composta pelas redes “primária”, “secundária” e “terciária”) e a renovação da frota, com recurso a viaturas cada vez mais eficientes e adaptadas às necessidades específicas. De destacar ainda as seguintes iniciativas:

Ajustamentos à operação em resultado das alterações de transporte aéreo para a região dos Açores na sequência da liberalização do espaço aéreo;

Concretização do projeto de novo modelo de abertura alfandegária do correio extracomunitário no Entreposto Postal Aéreo (EPA);

Integração na rede de produção do International Post Corporation (IPC) do dispositivo instalado no EPA, para controlo de entrega e receção do tráfego postal das companhias aéreas;

Participação em algumas iniciativas, tais como: FREVUE (Freight Electric Vehicles in Urban Europe), parceria dos CTT com a Mitsubishi Canter E-cell e Semana Europeia da Mobilidade em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa na demonstração da utilização de viaturas elétricas na logística urbana;

Participação no Drivers Challenge, no âmbito do IPC, que premeia os melhores em condução eco defensiva com participação honrosa da equipa portuguesa em Ivalo (Finlândia).

Distribuição

A rede de distribuição é composta por 254 centros de distribuição postal (CDP), incluindo 80 centros de apoio à distribuição, dois serviços de apoio à distribuição em Lisboa e outro em Coimbra e um centro de logística e distribuição em Torres Novas, e gere 4 731 giros de distribuição externa que percorrem cerca de 236 mil km/dia. A frota disponibilizada para as funções de distribuição é constituída primordialmente por viaturas ligeiras, motociclos e velocípedes (na sua grande maioria elétricos), permitindo que cerca de 75% dos giros sejam não apeados (utilizando algum tipo de veículo), o que facilita a integração das redes pela possibilidade de transporte de uma maior carga e maior flexibilidade de deslocação. Em 2015 a atividade de distribuição teve como principal objetivo o aumento da eficiência operacional, através das seguintes iniciativas:

Consolidação de novos modelos de distribuição, mais eficientes e orientados para os padrões de serviço dos produtos, promovendo a contínua reorganização dos CDP com intervenção/implementação de novas organizações.

Alargamento da distribuição do correio com sequenciamento automático sem qualquer manipulação prévia no CDP, permitindo o aumento da eficiência nas operações internas e criando condições para a distribuição em simultâneo do correio sequenciado manual e automaticamente. Em 2015 foi implementado este modelo de distribuição em mais 24 CDP, perfazendo atualmente um total 66;

Consolidação do projeto de integração das redes de distribuição de correio e de expresso e encomendas. Em 2015 foi internalizada pela rede base dos CTT a distribuição do EMS19 em 135 centros de distribuição postal, incrementando a distribuição de EMS na rede base para mais de 70% do total;

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Evolução do processo de integração (% Tráfego CTT Expresso distribuído pela rede base)

Racionalização das estruturas físicas, através da centralização e agregação de 10 centros de distribuição postal e centros de apoio à distribuição.

A par da maior eficiência da operação, da fiabilidade dos processos e do compromisso com uma qualidade de serviço de excelência, continuou-se a apostar na dinamização da rede de carteiros, como canal e rede de proximidade privilegiada para a promoção e venda de produtos e serviços. 2.3. Expresso e Encomendas

Os rendimentos operacionais5 desta área de negócio atingiram 131,3 M€ (17% do total consolidado6) em 2015. Esta área de negócio é assegurada pelas atividades da CTT Expresso, em Portugal, da Tourline Express, em Espanha, e da CORRE, em Moçambique. Os CTT oferecem um portefólio ibérico para o mercado de expresso e encomendas, através da CTT Expresso e da Tourline Express, disponibilizando aos clientes as mesmas soluções de entrega para Portugal e Espanha e garantindo um conjunto de serviços integrado, simplificado e competitivo. Com este portefólio os CTT pretendem posicionar-se como um dos principais operadores em Portugal e Espanha. A oferta ibérica não consiste em operações ibéricas integradas dados os diferentes modelos de negócio com que os CTT operam em cada mercado, não permitndo a obtenção de economias de escala relevantes; assim, foi tomada a opção de integrar a rede de distribuição em Portugal com a rede base dos CTT dadas as claras sinergias e economias de escala. Na sequência desta decisão, está em análise a melhor estrutura societária para ambas as participações.

5 Incluem prestações internas e transações intragrupo que são eliminadas para efeitos de consolidação. 6 Excluindo os rendimentos relativos à Estrutura Central dos CTT e às eliminações intragrupo no valor de -34,0 M€ em

2015.

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Em 2015 os CTT lançaram em Portugal uma nova oferta de conveniência de suporte ao e-commerce. Inclui o serviço ponto de entrega (pick-up) que permite ao e-buyer que compra um produto na loja online de um cliente CTT Expresso (e-retailer) levantar esse envio diretamente num ponto à sua escolha (loja CTT ou posto de correio, para proximidade, ou podendo também optar por uma loja Worten para horários mais alargados) e o serviço ponto de aceitação (drop-off) que garante aos clientes ocasionais a possibilidade de expedir envios a partir do mesmo ponto. No final de 2015 os pontos de acesso CTT em território nacional para entrega e levantamento das encomendas totalizavam mais de 1 000, permitindo uma maior cobertura e conveniência para quem compra e vende online. Tendo presente a crescente importância do comércio eletrónico, que constitui uma alavanca fundamental para o crescimento das encomendas, prosseguiram as ações de desenvolvimento deste negócio, de que se destacam as seguintes:

Baseado em estudo de mercado aprofundado sobre o e-commerce a nível ibérico, abrangendo e-buyers, e-retailers e plataformas de e-commerce, foi desenvolvida uma nova oferta modular de e-commerce, iniciada em 2015 e a desenvolver ao longo de 2016, de forma faseada, estimando-se estar completa no final do 2º trimestre;

Lançamento de Solução Ponto de Entrega e Ponto de Aceitação, atrás referida, (pick-up & drop-off) na Rede de Lojas e lojas Worten, estando em análise novos pontos;

Disponibilização em dezembro do serviço “Click & Ship”, que permite a preparação e pagamento online de expedições para um qualquer destino nacional ou internacional de objetos até 10 Kg com um tarifário simples, incluindo a recolha no domicílio do expedidor ou a entrega num dos 1 000 pontos espalhados pelo país;

Dinamização comercial com foco na atividade e-commerce, mediante o estabelecimento de objetivos comerciais pelos diversos canais de venda da empresa a nível ibérico;

Estabelecimento de parcerias nacionais e internacionais, de destacar:

A disponibilização para os clientes expedidores do site olx.pt da solução “Expede Fácil” que permite a preparação online do envio de livros para uma qualquer loja CTT que o destinatário escolha;

O estabelecimento, em dezembro, de acordo de parceria com os Correios de Singapura para o lançamento em Portugal de um serviço de virtualização postal que possibilita aos e-buyers portugueses aceder a compras online em sites localizados em geografias (e.g., EUA) onde tal só é possível aos compradores aí residentes. O lançamento deste serviço irá ocorrer durante o 1º trimestre de 2016;

Desenvolvimento e implementação das diversas atividades calendarizadas no âmbito do programa InterConnect, que visa a constituição de uma rede e oferta integrada de serviços e-commerce transfronteiriços envolvendo, na fase atual do seu desenvolvimento, mais de 30 operadores postais. Destaque, no domínio deste programa, para o desenvolvimento e concretização dos produtos Premium, Standard e Economy integrados na oferta modular.

Em Portugal, os CTT mantêm a posição de liderança no mercado nacional com uma quota de 34,8% (fonte: “Relatório Serviços Postais - Informação Estatística - 3º trimestre 2015”, ANACOM). Destaque para o progresso da integração das redes de distribuição de Correio e de Expresso e Encomendas (subcontratada) iniciado em 2014. Em 2015 iniciou-se uma nova fase de uma mais profunda integração das redes com o objetivo de maior utilização da rede de carteiros para a distribuição (last mile) das encomendas e pacotes de “dia certo”, usando a capacidade instalada e a elevada capilaridade da rede para assegurar a distribuição do EMS 48 e EMS 19.

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A distribuição do EMS 48 é assegurada desde o final de 2014 pela rede base dos CTT. A internalização na rede base da distribuição do EMS 19 desenvolveu-se de forma gradual em 2015, por áreas de cobertura geográfica e concluiu-se no final do terceiro trimestre. Envolveu um total de 135 centros de distribuição postal (todos os previstos) e incrementando para mais de 70% a distribuição de EMS pela rede base. Em Espanha, os CTT posicionam-se no TOP 10 do mercado de Expresso e Encomendas, com uma quota de 5,2% em 2014, segundo o estudo de paqueteria empresarial realizado pela DBK Informa. Neste mercado prosseguiu a implementação do plano de reestruturação da atividade e da rede de franchisados da Tourline com vista a um maior controlo e à melhoria da qualidade dos franchisados, quer ao nível das capacidades comerciais, quer ao nível de solidez financeira e competências de gestão. Dada a dificuldade em encontrar parceiros que cumpram o binómio atrás referido, este processo tem resultado num aumento da presença direta, quer em zonas de negócio mais forte, quer temporariamente em zonas distribuidoras que a empresa não pretende cobrir diretamente mas onde foi necessário compensar a perda de franchisados. Este último aspeto tem vindo a prejudicar a rentabilidade da empresa com um aumento dos gastos com transportes e distribuição. A Tourline está também a levar a cabo um processo de otimização e reestruturação dos recursos humanos, tendente ao aumento da eficiência operacional através de uma redução de gastos com pessoal e à melhoria e simplificação dos processos. O processo envolveu consultas às estruturas representativas dos trabalhadores desta empresa, tendo no total contribuido para a redução de 126 trabalhadores. As iniciativas levadas a cabo não conduziram ao total cumprimento dos objetivos pretendidos pelo que decorre um processo de reanálise que conduzirá em breve a decisões sobre a melhor forma de endereçar os desafios futuros da presença em Espanha. Em Moçambique os CTT estão presentes no negócio de Expresso e Encomendas desde outubro de 2010 com a empresa CORRE – Correio Expresso de Moçambique, cujo capital social é detido 50% pelos CTT e 50% pela Empresa Nacional de Correios de Moçambique. A empresa pretende alcançar a liderança do mercado de correio expresso doméstico e assumir-se também como um dos mais importantes players no mercado internacional de Expresso e Encomendas com Moçambique. Cobre já a generalidade das províncias e, em Maputo, detém um centro operacional, duas lojas próprias e um Entreposto Postal no aeroporto. Os produtos e serviços CORRE estão também disponíveis em todas as lojas dos Correios de Moçambique, com cobertura nacional, o que tem contribuído para a rápida expansão do negócio. A qualidade do serviço da CORRE continua a ganhar a confiança junto dos seus clientes, razão pela qual a empresa é o fornecedor exclusivo do maior banco comercial de Moçambique, nas atividades de logística, tratamento e distribuição para todas as suas agências. Manteve-se a relação estreita com a SAPO-Correios da África do Sul, para utilização do hub de trânsito de Joanesburgo, possibilitando-se assim o cumprimento de rotas internacionais com os diversos países que têm relações com este hub, e também com os CTT- Correios de Portugal que executam operações de trânsito para os destinos europeus. Após as dificuldades operacionais verificadas em 2014, a situação normalizou em 2015 tendo a CORRE conseguido manter uma presença forte neste mercado com uma gestão profissional e dedicada. Em 2015 verificou-se uma forte desvalorização da moeda local (metical) face ao dolar/euro, com implicaçãoes imediatas nos custos dos produtos importados e na exposição das dívidas e contratos das empresas contraídas nessas moedas. Têm contudo sido implementadas

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medidas nos últimos anos com vista a reduzir os gastos em moeda estrangeira, tentando contratualizar os acordos em moeda local. Para mitigar o efeito acima referido, que levou a uma inflação superior a 5%, e dentro da estratégia anual de pricing, procedeu-se à actualização dos preços em vigor. 2.4. Serviços Financeiros

Os rendimentos operacionais recorrentes7 desta área de negócio atingiram 75,3 M€ (10% do total consolidado8) em 2015, a que corresponde um aumento de 1,9% face a 2014. Esta área de negócio inclui os serviços financeiros prestados pelos CTT, S.A. (desenvolvidos internamente ou em parceira com operadores líderes nas suas áreas de atuação, como é o caso da Western Union e do BNPP Personal Finance) e a atividade da PayShop, rede de agentes com elevada conveniência para pagamentos em canais presenciais. A natureza sistemática dos bons resultados, que se vêm renovando sucessivamente desde 2013, constitui evidência da validade dos pilares da estratégia implementada, conjugando a competência técnica e capacidade de venda das lojas CTT, a solidez e fitting dos parceiros, a qualidade e competitividade da oferta comercializada, a conveniência e a elevada confiança da marca CTT no mercado financeiro. O ano de 2015 foi marcado pelo projeto de lançamento do Banco CTT que, em resultado da disponibilidade dos recursos e foco das equipas, assumiu o papel central em toda a estratégia de desenvolvimento desta área de negócio. A necessidade de formação das equipas da Rede de Lojas, assim como as atividades tendentes ao lançamento do Banco CTT na rede de lojas, fizeram com que fossem adiadas algumas iniciativas antes programadas como por exemplo as relacionadas com a oferta de seguros de saúde. No negócio corrente, destaque especial para o contributo decisivo do negócio da Poupança, cujos rendimentos aumentaram 7,9% face a 2014, voltando a evidenciar a extraordinária capacidade de captação das lojas CTT mas também as comissões de manutenção recorrentes da carteira de produtos colocada em clientes. Foram colocados cerca de 4,3 mil milhões de euros durante todo o ano, abrangendo PPR, Seguros de Capitalização e, sobretudo, Produtos de Dívida Pública. Sublinhe-se, neste particular, a captação de 2,2 mil milhões de euros realizada em janeiro, que constituiu um recorde absoluto nos mais de 50 anos de história da comercialização de dívida pública nos CTT.

7 Incluem prestações internas e transações intragrupo que são eliminadas para efeitos de consolidação. 8 Excluindo os rendimentos relativos à Estrutura Central dos CTT e às eliminações intragrupo no valor de -34,0 M€ em

2015.

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Colocação de Dívida Pública – 2015 (milhões €)

Fonte: CTT/IGCP

Este contributo positivo foi atenuado pela evolução dos negócios de Pagamento de Serviços, principalmente pelo efeito negativo do forte decréscimo do carregamento de telemóveis pela migração para ofertas 4P (pós-pagos), e de Vales e Transferências (segmento nacional, em particular o pagamento de prestações sociais, com grande peso, apresentou uma queda de rendimento). O negócio de Pagamento de Serviços, o segundo maior em rendimento, registou uma queda de 7,4%, principalmente pelo efeito negativo do decréscimo do carregamento de telemóveis resultante da migração para ofertas 4P (pós-pagos). Referência, no plano positivo, para o lançamento de novas soluções integradas de pagamento bem como para o desempenho positivo da cobrança de portagens cujo rendimento cresceu uns significativos 10,5% face a 2014. A área de Vales e Transferências registou um rendimento inferior ao de 2014, devido à forte dependência da evolução do segmento nacional e em particular ao decréscimo do pagamento de prestações sociais através de vales postais; foram no entanto introduzidas novas prestações pagas por esta via, o que poderá potenciar o crescimento em 2016. Em 2015 é contudo de referir o segmento internacional das transferências, com os envios eletrónicos urgentes a crescerem 18,3% face a 2014 como consequência de uma estratégia de pricing mais agressiva (redução de preços nos corredores migratórios mais relevantes) e da abertura de novos corredores com países de influxo migratório para Portugal nos últimos anos (Europa de Leste).

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Tranferências Internacionais – Principais corredores outbound (milhares €)

Fonte: CTT

Na nova área do Crédito Pessoal, o ano de 2015 ficou marcado pelo lançamento, em abril, do novo Cartão de Crédito CTT cuja promoção não foi ativa tendo em conta a proximidade do lançamento do Banco CTT. Este segmento, a ser integrado na oferta do Banco CTT desde o arranque, será potenciado dentro da oferta bancária e com forte cross-selling com a conta à ordem. 2.5. Banco CTT

Em 4 de novembro de 2014 foi aprovado pelo Conselho de Administração dos CTT o lançamento do Banco Postal, dando continuidade à estratégia de expansão da oferta de produtos e serviços financeiros, tendo sido aprovada pelo Banco de Portugal a prorrogação da autorização por um período adicional de 12 meses (até 27/11/2015). Desde o início do ano 2015, mais precisamente desde fevereiro, que os CTT desenvolveram todos os procedimentos e atividades tendentes ao início de atividade do Banco CTT. Através da criação da CTT Serviços, S.A. – sociedade veículo que mais tarde viria a dar lugar ao Banco CTT, S.A. - foi possível a interação com o Regulador para apreciação e implementação de todas as condições definidas e enumeradas na carta de autorização da Licença datada de novembro 2013 e reiterada em novembro de 2014 por parte do Banco de Portugal. Num processo que contou com o envolvimento de mais de 150 pessoas, o Banco CTT surge como uma realidade no passado dia 27 de novembro, tendo passado com distinção por um exigente e exaustivo processo que se destacou por algumas datas que marcaram o ano de 2015:

6 de julho: data de submissão do dossier suporte à autorização pelo Banco de Portugal para efeitos do Registo Especial;

24 de agosto: após autorização do Regulador, a CTT Serviços é transformada em Banco CTT, com um capital social de 34 M€, e são nomeados os seus órgãos sociais;

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8 de outubro: notificação do Banco de Portugal quanto a considerar o pedido de autorização para constituição do Banco CTT devidamente instruído e as condições por si impostas na autorização concedida em 27 de novembro de 2013 devidamente cumpridas;

8 de outubro: confirmação da conclusão do processo de registo especial do Banco CTT, S.A., assim que cumpridos os requisitos regulatórios aplicáveis;

18 de novembro: aprovação do modelo de contratação entre o Banco CTT e os CTT;

19 de novembro: apresentação do Projeto Banco CTT aos investidores dos CTT, no decurso do Capital Markets’ Day;

27 de novembro: volvidos 2 anos da data da carta do Banco de Portugal quanto às condições impostas para atribuição da licença, o Banco CTT inicia a sua atividade.

Ao longo dos mais de 9 meses, foi determinante a definição do modelo de governance, a implementação do sistema informático (core bancário em implementação pela Misys/Deloitte e respetivas componentes), a determinação das políticas, dos processos, procedimentos e manuais e suportes. Foi igualmente dada especial enfase à formação e preparação da estrutura da Rede de Lojas dos CTT – que serão o espaço principal, enquanto canal presencial, de distribuição da oferta do Banco CTT.

Formação bancária

Fonte: CTT Foram efetuados diversos estudos de mercado, no sentido de confirmar a oportunidade de lançamento de uma operação bancária no mercado português, e foram feitas visitas a bancos postais na Europa, tendo sido desenvolvido um conhecimento profundo dos modelos de banca postal internacional e das suas estratégias ao nível da oferta e processos de crescimento. Os resultados dos estudos de mercado revelaram um alto nível de aceitação do Banco CTT, como se pode observar nos gráficos abaixo.

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Resultados dos Estudos de Mercado

Confirmada oferta e posicionamento, foram desenvolvidos ao longo do ano alguns focus group tendo por base potenciais clientes do segmento alvo, numa primeira fase no sentido de recolher as suas apreciações e inputs previamente ao desenho/estruturação da oferta, e numa segunda fase no sentido de validar a proposta de valor para o segmento alvo do Banco CTT. Todo o trabalho teve o apoio e envolvimento de consultores externos extremamente conhecedores e com provas dadas no sector.

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A agência sede abriu no passado dia 27 de novembro, através de um processo de soft opening, mediante o qual, em ambiente controlado e para trabalhadores dos CTT, foi possível proceder à implementação de todo o processo de KYC - Know Your Customer de suporte à abertura de contas bem como à realização de depósitos e transferências. Esta fase tem permitido formar “on job” as equipas, corrigir erros e preparar a abertura ao público. Com valores como solidez, confiança, transparência e proximidade, o Banco CTT surge no mercado como um banco simples e próximo dos cidadãos. A oferta de produtos, além de gradualmente integrar os serviços financeiros dos CTT vocacionados para o cliente individual (não empresarial) que hoje são disponibilizados (seguros de capitalização e risco, crédito ao consumo, cartão de crédito,…), irá ser composta pela oferta de produtos simples que abranjam as principais necessidades bancárias do mercado. O leque da oferta irá sendo alargado ao longo do período de roll-out do banco por forma a cada vez dar mais valor aos seus futuros clientes. Após o período de soft opening, em ambiente controlado que permite testes a sistemas e processos e que durará até final do 1º trimestre de 2016, o Banco CTT irá estar presente no mercado para o publico em geral, com uma oferta não complexa, diversificada e acima de tudo com uma presença geograficamente distribuída pelo país, permitindo a inclusão financeira, um dos objetivos estratégicos do banco. Os CTT concretizam assim um dos seus objetivos estratégicos traçados aquando do IPO em 2013 – a expansão dos Serviços Financeiros podendo vir a ser considerado o lançamento de um banco próprio, num processo de posicionamento diferenciador e com valor acrescentado à sua oferta. A decisão surge no seguimento da evolução natural da àrea de negócio dos Serviços Financeiros que teve um notável crescimento nos últimos anos, não só pela maximização dos rendimentos do portefólio base, mas também pelo lançamento de novos produtos e serviços, em parceria com empresas líderes nas respectivas áreas de atuação. Imagem das lojas Banco CTT

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3. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA E DESEMPENHO DA AÇÃO CTT

3.1. Análise económica e financeira

O presente capítulo sintetiza os resultados consolidados alcançados pelos CTT e a situação patrimonial e financeira consolidada a 31 de dezembro de 2015. A sua leitura deve ser realizada em conjugação com as demonstrações financeiras consolidadas e notas anexas. Na presente análise está incluída a consolidação das atividades da empresa-mãe e das subsidiárias constantes da nota 8 das contas consolidadas. Refere-se que durante o ano de 2015:

Foi criada a sociedade CTT Serviços, S.A. (em fevereiro) no contexto do processo de constituição do Banco Postal. Em outubro, o Banco de Portugal autorizou a constituição do Banco CTT, S.A., o qual surge pela transformação da CTT Serviços em banco e respetiva alteração dos estatutos. O Banco CTT iniciou a sua atividade em 27 de novembro com o arranque na respetiva agência sede reservado a trabalhadores dos CTT, estando a abertura do Banco CTT na Rede de Lojas dos CTT prevista para o final do primeiro trimestre de 2016. O capital social a dezembro era de 34 M€.

Na sequência do Memorando de Entendimento celebrado com a Altice e tendo o processo de aquisição da PT Portugal sido concluído, os CTT receberam o valor inicial estabelecido contratualmente, o qual será reconhecido ao longo do prazo estipulado no memorando, ou seja, 18 meses até ao final de 2016. Em 2015 foram reconhecidos ganhos de 5,4 M€.

Procedeu-se ao aumento de capital próprio da Tourline em 12 M€ em dezembro estando neste momento os CTT a analisar a melhor alternativa societária para concretizar o plano de restruturação em implementação na empresa, nomeadamente para suportar as necessidades recorrentes de capital da empresa.

Os CTT, S.A. adquiriram, em 17 de dezembro, a totalidade do capital social da sociedade Escrita Inteligente, S.A, startup da área digital dedicada à exploração da solução denominada “Recibos Online”, pelo valor de 0,4 M€.

No exercício de 2015 o resultado líquido consolidado dos CTT atingiu os 72,1 M€, -6,6% (-5,1 M€) face a igual período do ano anterior, mas sem considerar os importantes resultados não recorrentes de 2014 o resultado líquido manteve-se face aos 72,5M€ de resultados recorrentes, referidos na apresentação de resultados de 2014. Os resultados de 2015 foram fortemente influenciados pelos gastos de implementação do Banco CTT na sua maioria não recorrentes. O projeto de constituição do Banco CTT influenciou o resultado em menos 8,8 M€, pelo que excluindo este efeito os resultados líquidos dos CTT atingiriam os 80,9 M€, representando um aumento de 3,7 M€ (+4,8%) face ao período homólogo. Este resultado corresponde a um resultado líquido consolidado de 0,48€ por ação, face aos 0,51€ de 2014 (0,483€ se considerarmos os 72,5M€ comparáveis). O ano de 2014 foi marcado muito positivamente pela renegociação do plano de saúde que reduziu significativamente as responsabilidades, gerando um elevado benefício não recorrente nos resultados do exercício. Mais concretamente, o resultado líquido de 2014 refletiu ganhos de 83M€ com a reformulação do Regulamento das Obras Sociais (plano de saúde dos CTT), parcialmente compensados pelo respetivo aumento no imposto sobre o rendimento (via impostos diferidos) em 24,7 M€ e a perda por imparidade de 16,6 M€ relativa ao goodwill da Tourline.

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A atividade operacional gerou um resultado antes de depreciações e imparidades, resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBITDA recorrente) de 144,0 M€, +6,6% (+8,9 M€) superior ao obtido no período homólogo, com uma margem EBITDA de 19,8%, face aos 18,8% de 2014. Estes resultados refletem um crescimento de 1,3% (+9,4 M€) nos rendimentos operacionais recorrentes, valor que compensou o aumento de 0,1% (+0,5 M€) nos gastos operacionais recorrentes (excluindo imparidades, provisões, depreciações/amortizações e gastos não recorrentes), resultante de gastos já contabilizados com o Banco CTT, apesar de não ter ainda gerado rendimentos. O EBITDA recorrente de 2015, excluindo os gastos recorrentes incorridos no Banco CTT e os gastos nos CTT, S.A. relativos ao banco, foi de 149,0 M€, sendo a variação “like-for-like” de +10,3% (+13,9 M€). Este crescimento no EBITDA recorrente, mesmo com os gastos recorrentes já incorridos com o Banco CTT, demonstra a capacidade dos CTT na implementação do Banco sem afetar de forma substancial a sua capacidade para gerar resultados, fruto de medidas de otimização dos negócios correntes, nomeadamente através da maior e melhor utilização das redes de distribuição e de retalho (rede de lojas). Os CTT registaram em 2015 como resultados não recorrentes um valor negativo de 9,8 M€. Este valor resulta fundamentalmente dos gastos associados a estudos e assessoria para projetos estratégicos, em especial os relacionados com a criação do Banco CTT, bem como da continuação das atuações em temas estruturais com destaque para a compensação por término do horário contínuo, as compensações resultantes do Acordo de Empresa 2015, as rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo e a reestruturação do segmento Expresso & Encomendas, especialmente ao nível de recursos humanos em Espanha (ERE - Expediente de Regulación de Empleo) e da continuação das medidas de otimização da rede. Desta forma, os resultados antes de gastos de financiamento e impostos situaram-se em 109,9 M€, -25,5 M€ (-18,8%) abaixo do atingido no período homólogo, pelo efeito já referido dos ganhos líquidos não recorrentes obtidos em 2014 (impactando em 23,9M€). Os rendimentos financeiros atingiram os 1,5 M€, mantendo os CTT uma estratégia muito prudente de investimento da sua liquidez, e os gastos 6,9 M€, estes últimos resultam maioritariamente dos gastos financeiros com a atualização dos benefícios aos empregados, os quais representam 98% do total. Assim, os resultados financeiros registaram valores negativos de 5,3 M€, apresentando uma melhoria de 28,3% (+2,1 M€) face a igual período do ano anterior, devido à redução dos gastos financeiros com benefícios aos empregados em 4,8 M€ resultante da acentuada redução das responsabilidades com a reformulação do Regulamento das Obras Sociais (plano de saúde dos CTT) e da redução da taxa de desconto de 4,0% para 2,5% em 31 de dezembro de 2014, o que permitiu compensar o decréscimo de 65,7% (-2,8 M€) nos rendimentos financeiros, os quais foram afetados pela acentuada quebra nas taxas de remuneração das aplicações financeiras. O resultado antes de impostos e interesses não controlados (EBT) totalizou 104,6 M€, menos 18,3% que o atingido no ano anterior, pelo efeito já referido dos ganhos líquidos não recorrentes obtidos em 2014. No exercício de 2015 a taxa efetiva de imposto sobre o rendimento situou-se nos 31,11%, muito inferior aos 39,97% de 2014 em função da perda por imparidade do goodwill registada em 2014, a qual não é aceite fiscalmente e ao efeito nos impostos diferidos da atualização da taxa de imposto em 2014.

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Resultados consolidados

Nota: Rendimentos operacionais excluindo valores não recorrentes. * Excluindo rendimentos/gastos da AN Banco CTT e rendimentos/gastos do projeto Banco CTT registados na AN Serviços Financeiros.

mil euros 2015 2014 % 15/14

2015 Excluindo projeto Banco CTT

(like-for-like) *2014

% 15/14

"like-for-like"

Rendimentos operacionais 727.180 717.774 1,3 727.178 717.774 1,3

Vendas e Prestação de Serviços 705.169 703.284 0,3 705.169 703.284 0,3

Vendas 23.807 22.675 5,0 23.807 22.675 5,0

Prestações de Serviços 681.361 680.609 0,1 681.361 680.609 0,1

Outros rendimentos operacionais 22.011 14.491 51,9 22.009 14.491 51,9

Gastos operacionais excluindo imparidades, provisões, depreciações/amortizações e gastos não recorrentes

583.205 582.674 0,1 578.157 582.674 -0,8

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

16.316 16.998 -4,0 16.316 16.998 -4,0

Fornecimentos e serviços externos 224.687 234.843 -4,3 221.973 234.843 -5,5

Gastos com o pessoal 331.738 320.429 3,5 329.485 320.429 2,8

Outros gastos e perdas operacionais 10.463 10.404 0,6 10.381 10.404 -0,2

Resultado antes de depreciações/amortizações, imparidades e provisões, resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBITDA recorrente)

143.975 135.100 6,6 149.021 135.100 10,3

Imparidades de inventários e contas a receber (perdas/reversões)

(233) (936) -75,1 (233) (936) -75,1

Provisões (aumentos/reversões) (240) (1.070) -77,6 (240) (1.070) -77,6

Imparidades ativos não depreciáveis 0 (10) -100,0 0 (10) -100,0

Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)

(23.740) (21.562) 10,1 (23.570) (21.562) 9,3

Resultado antes de resultados não recorrentes, gastos de financiamento e impostos (EBIT recorrente)

119.762 111.522 7,4 124.979 111.522 12,1

Reestruturações empresariais (1.562) 37.192 -104,2 (1.562) 37.192 -104,2

Gastos com estudos e assessoria para projetos estratégicos

(8.397) (2.837) 196,0 (1.987) (2.837) -30,0

Outros rendimentos e gastos não recorrentes 130 (10.460) 101,2 130 (10.460) 101,2

Resultado antes de gastos de financiamento e impostos

109.932 135.418 -18,8 121.559 135.418 -10,2

Rendimentos financeiros, líquidos (5.376) (7.473) 28,1 (5.394) (7.473) 27,8

Ganhos/perdas em associadas 54 54 0,0 54 54 0,0

Resultado antes de impostos (EBT) 104.610 127.999 -18,3 116.219 127.999 -9,2

Imposto sobre o rendimento do período (32.539) (51.155) -36,4 (35.300) (51.155) -31,0

Resultado líquido do período antes de interesses não controlados

72.071 76.844 -6,2 80.919 76.844 5,3

Prejuízos (lucros) atribuíveis a interesses não controlados

5 (327) 101,5 5 (327) -101,5

Resultado líquido do período atribuível a detentores capital do Grupo CTT (RL)

72.065 77.171 -6,6 80.913 77.171 4,8

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60

Relatório e Contas 2015

3.1.1. Rendimentos operacionais

Nota: Exclui valores não recorrentes. * Excluindo rendimentos/gastos da AN Banco CTT e rendimentos/gastos do projeto Banco CTT registados na AN Serviços Financeiros. O negócio dos CTT encontra-se dividido por segmentos da seguinte forma:

Correio – CTT, S.A. excluindo os serviços financeiros, mas incluindo a rede de lojas, as soluções empresariais, as áreas corporativas e de suporte, a CTT Contacto (resultante da fusão por incorporação da PostContacto e da Mailtec Processos na CTT Gest), a Mailtec Comunicação e a Escrita Inteligente, S.A.. De notar, ainda, a fusão da Mailtec Consultoria nos CTT, S.A.;

Expresso & Encomendas – inclui a CTT Expresso, a Tourline e a CORRE; Serviços Financeiros – PayShop e serviços financeiros dos CTT, S.A.; e Banco CTT – Banco CTT, S.A..

Nota: Exclui valores não recorrentes.

Nota: Exclui valores não recorrentes. O segmento Correio, que integra os rendimentos core dos CTT, apresenta o maior peso no volume dos rendimentos operacionais com um total de 554,6 M€, registando no exercício de 2015 um acréscimo de 1,5% (+8,5 M€) face a igual período do ano anterior. As vendas e prestação de serviços cresceram 0,2% (+1,1 M€), com destaque para o aumento nas vendas de produtos de filatelia de 1 M€ (+15,3%). No ano de 2015 no segmento Correio, as quebras na prestação de serviços nas subsidiárias (ex: printing & finishing) que integram este segmento absorveu o crescimento verificado no correio.

mil euros 2015 2014 % 15/14

2015 Excluindo projeto Banco CTT

(like-for-like) *2014

% 15/14

"like-for-like"

Vendas e prestação de serviços 705.169 703.284 0,3 705.169 703.284 0,3

Vendas 23.807 22.675 5,0 23.807 22.675 5,0

Prestação de serviços 681.361 680.609 0,1 681.361 680.609 0,1

Outros rendimentos operacionais 22.011 14.491 51,9 22.009 14.491 51,9

Rendimentos operacionais 727.180 717.774 1,3 727.178 717.774 1,3

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Estrutura Central CTT

Eliminações intragrupo

Rendimentosoperacionais

Vendas e prestação de serviços 511.167 127.014 70.854 - - (3.867) 705.169

Vendas 22.893 916 - - - (1) 23.807

Prestação de serviços 488.274 126.098 70.854 - - (3.865) 681.361

Outros rendimentos e ganhos 43.470 4.242 4.460 2 72.595 (102.759) 22.011

Afetação estrutura central CTT - - - - 36.000 (36.000) -Rendimentos operacionais 554.637 131.256 75.315 2 108.595 (142.625) 727.180

2015 - Rendimentos operacionais por segmento

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosEstrutura

Central CTTEliminações intragrupo

Rendimentosoperacionais

Vendas e prestação de serviços 510.087 126.921 71.227 - (4.951) 703.284

Vendas 21.606 1.073 - - (4) 22.675

Prestação de serviços 488.480 125.848 71.227 - (4.947) 680.609

Outros rendimentos e ganhos 36.092 2.091 2.682 87.235 (113.609) 14.491

Afetação estrutura central CTT - - - 26.063 (26.063) -Rendimentos operacionais 546.179 129.013 73.908 113.298 (144.623) 717.774

2014 - Rendimentos operacionais por segmento

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Relatório e Contas 2015

No entanto, destaca-se o correio endereçado que cresceu 4,6 M€ (+1,0%), justificado pelo efeito conjugado do aumento da variação média de preços do serviço universal verificada em 2015 face ao período homólogo anterior (em média 4,1%) e pela alteração da política de descontos mais clara e efetiva. Estas variáveis compensaram a redução de 3,2% do tráfego de correio endereçado. Destaque do comportamento favorável do correio contratual e do correio publicitário (Direct Mail ) e para o comportamento desfavorável do correio registado, especificamente no último trimestre de 2015. O crescimento dos outros rendimentos e ganhos em 7,4 M€ está sobretudo associado ao aumento da integração das redes de distribuição dos CTT e da CTT Expresso, designadamente na distribuição de EMS (Express Mail Service), com um impacto positivo nos rendimentos de 2,8 M€ e inclui também, no segmento Correio, os rendimentos resultantes do Memorando de Entendimento celebrado com a Altice9 de 1,8 M€ e as melhorias implementadas na afetação real (dedução de IVA) que levaram a um aumento de 3,6 M€ nos outros rendimentos do Correio. O segmento Expresso & Encomendas com 131,3 M€ de rendimentos operacionais apresenta um acréscimo de 1,7% (+2,2 M€) face a igual período do ano anterior, justificado essencialmente pelo crescimento da prestação de serviços verificado em Portugal e Moçambique. Em Portugal o crescimento dos rendimentos foi de 3,1%, incluindo a comissão upfront na sequência do Memorando de Entendimento celebrado com a Altice (1,8M€). O segmento Serviços Financeiros com 75,3 M€ de rendimentos operacionais apresenta um acréscimo de 1,9% (+1,4 M€) face a igual período do ano anterior. Verificou-se uma redução na prestação de serviços da PayShop em 1,0 M€ devido ao decréscimo dos carregamentos de telemóveis, que foi compensado em parte pelo acréscimo nos produtos financeiros. Assim, os rendimentos de comissões dos produtos de poupança e seguros apresentaram um crescimento de 7,9% (2,4 M€), com ênfase para os Títulos da Dívida Pública - Certificados do Tesouro Poupança Mais que subiram 9,2% (+1,5 M€) e para os Seguros de Capitalização que apresentaram um acréscimo de 96,4% (+1,5 M€) devido em parte às comissões de manutenção do valor colocado nos últimos anos. Inversamente, destaca-se a redução de 17,3% (-2,0 M€) nos Títulos da Dívida Pública - Certificados de Aforro devido à acentuada redução da taxa de remuneração definida pelo Estado em janeiro de 2015. Refere-se ainda que o maior crescimento dos serviços financeiros ocorreu no primeiro trimestre de 2015 devido à forte adesão aos Títulos da Dívida Pública, após o Estado/IGCP ter informado o mercado da redução da taxa de juro a partir de 1 de fevereiro de 2015. Este efeito levou a uma menor procura ao longo do segundo e terceiro trimestres de 2015, tendo-se verificado uma melhoria ao longo do ano com impacto já relevante no quarto trimestre em que os valores de subscrição se aproximaram dos níveis mais regulares observados em alguns meses de 2014. Nos restantes produtos continua a verificar-se uma quebra resultante do carregamento de telemóveis resultante da crescente oferta 4Play pelos operadores de telecomunicações. Destaque ainda para a quebra de 1,8 M€ (-77,6%) nos juros financeiros operacionais devido à acentuada quebra nas taxas de remuneração das aplicações financeiras que foi contrabalançada pelos rendimentos resultantes do Memorando de Entendimento celebrado com a Altice de 1,8 M€ e pelas melhorias implementadas na afetação real (dedução de IVA) que levaram a um aumento de 1,8 M€ nos outros rendimentos neste segmento. Na Estrutura Central CTT verificou-se uma redução da prestação interna de serviços de sistemas informáticos (-8,5 M€) e de recursos humanos (-4,4 M€) decorrente das medidas de otimização e eficiência realizadas nestas áreas em 2014 com os novos contratos de outsourcing e com a renegociação do plano de saúde. 9 O Memorando de Entendimento celebrado com a Altice afetou três segmentos (Correio, Expresso & Encomendas e

Serviços Financeiros).

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Relatório e Contas 2015

3.1.2. Gastos operacionais10

Nota: Exclui valores não recorrentes. * Excluindo rendimentos/gastos da AN Banco CTT e rendimentos/gastos do projeto Banco CTT registados na AN Serviços Financeiros. Os gastos operacionais recorrentes atingiram os 583,2 M€, mais 0,1% (0,5 M€) acima do ano anterior, destacando-se: a) Os fornecimentos e serviços externos recorrentes apresentaram uma redução de 4,3%

(-10,2 M€) em relação ao exercício de 2014.

As medidas de eficiência encetadas no Grupo têm permitido uma redução de gastos, destacando-se (i) a redução de 14,7 M€ nos gastos com outsourcing de tecnologias de informação e comunicação, decorrente da alteração dos prestadores de serviços no segundo semestre de 2014, no âmbito dos serviços de infraestrutura base, serviços de linha de apoio & desktop management, assim como serviços de telecomunicações de voz e dados fixos e (ii) o aumento das sinergias dentro dos CTT com um maior recurso a meios internos que permitiu aumentar as transações internas com a CTT Expresso, em cerca de 2,8 M€ e em consequência reduzir os gastos externos, em especial pelo processo contínuo de internalização de serviços de distribuição/tratamento e transporte (processo de integração das redes de distribuição). Inversamente, destacam-se as variações desfavoráveis de (i) 1,3 M€ pelo aumento do número de lojas com transporte de valores decorrente da obrigação legal (Lei 34/2013, de 16 de maio), (ii) 2,7 M€ de aumento na conservação de sistemas de informação principalmente pelos trabalhos no âmbito do Banco CTT e pela manutenção de hardware e reparação de periféricos e (iii) 2,3 M€ de gastos com operadores estrangeiros. O aumento de gastos com operadores estrangeiros foi influenciado pela valorização do DTS (+6,7% no final de 2015 face a 2014), que influenciou todas as tarifas definidas nesta moeda. Por outro lado, o encaminhamento do Correio Azul Internacional através da linha de Prime teve em 2015 ainda um impacto significativo, uma vez que compara com 2014 onde o pagamento deste prémio específico só se verificou a partir de maio. Referir ainda como motivos para o aumento destes gastos a alteração progressiva da estrutura de tráfego (quer em termos de pesos, quer relativamente aos países de destino) e os acordos bilaterais assinados, que para além de influenciarem positivamente os gastos, tiveram igualmente impacto positivo do lado dos rendimentos gerados no ano.

b) Os gastos com pessoal recorrentes atingiram os 331,7 M€, aumentando 11,3 M€ (+3,5%) em relação ao período homólogo. Esta variação teve como principais justificações (i) o registo da estimativa de remunerações variáveis de 9,7 M€ estimados a dezembro de 2015 (referentes a valores a pagar em 2016) que em 2014 foram registadas como não recorrentes, dado que foi o primeiro ano da sua aplicação; (ii) o aumento salarial de 2% nos CTT, S.A. e 1,25% nas

10 CMVMC + FSE + Gastos com pessoal + outros gastos operacionais (exclui valores não recorrentes)

mil euros 2015 2014%

15/14

2015 Excluindo projeto Banco CTT

(like-for-like) *2014

% 15/14

"like-for-like"

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

16.316 16.998 -4,0 16.316 16.998 -4,0

Fornecimentos e serviços externos 224.687 234.843 -4,3 221.973 234.843 -5,5

Gastos com o pessoal 331.738 320.429 3,5 329.485 320.429 2,8

Outros gastos operacionais 10.463 10.404 0,6 10.381 10.404 -0,2

Gastos operacionais 583.205 582.674 0,1 578.157 582.674 -0,8

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Relatório e Contas 2015

subsidiárias (com limites mínimos e máximos) na ordem dos 3,9 M€ e (iii) 2,3 M€ de gastos com pessoal no Banco CTT. Estas variações desfavoráveis foram compensadas pelo desvio favorável de 3,9 M€ nos gastos de saúde devido à renegociação do Regulamento de Obras Sociais e à contratualização de um novo prestador de serviços, com redução da comissão paga, para a gestão do Plano de Saúde.

Os gastos por segmento são os seguintes:

Nota: Exclui valores não recorrentes.

Nota: Exclui valores não recorrentes. O Correio concentra um volume significativo de gastos operacionais uma vez que inclui as funções de tratamento, distribuição, transporte de correio e a rede de lojas, áreas com maior peso, principalmente em número de trabalhadores. Estas atividades operacionais são prestadas aos outros segmentos – tratamento/transporte e distribuição de encomendas para o Expresso & Encomendas e a prestação de serviços financeiros na rede de lojas - num crescente aumento de sinergias pela escalabilidade dos ativos únicos, em ambas as redes. No ano de 2015, os 451,9 M€ de gastos operacionais recorrentes deste segmento refletiram um decréscimo de 2,6 M€ (-0,6%) face ao período homólogo, essencialmente nos gastos relativos às prestações internas de serviços de sistemas de informação (redução de gastos de outsourcing) e recursos humanos (plano de saúde).

Expresso & Encomendas com um acréscimo de 4,3 M€ (+3,5%) nos gastos operacionais recorrentes, com destaque para o aumento em Espanha dos gastos com transporte de mercadorias em 4,8 M€, a par com a redução dos gastos de distribuição em 1,0 M€, no âmbito da reestruturação em curso. Refere-se ainda o aumento em Portugal dos gastos com pessoal em 1,4 M€, essencialmente pela estimativa da remuneração variável de 2015 a pagar em 2016 e pelo aumento do número de recursos humanos para a área operacional, respondendo ao aumento de tráfego (+4,8%) e, sobretudo, compensando a redução do trabalho temporário em 0,7 M€, registando-se ainda a redução dos gastos com estafetas residentes em 1,2 M€ e a diminuição de 0,5 M€ no tratamento do correio da banca. Os Serviços Financeiros registaram uma diminuição nos gastos operacionais recorrentes de 3,1 M€ (-8,6%), justificados pela redução de 1,4 M€ das comissões pagas aos agentes PayShop e dos

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Estrutura Central CTT

Eliminações intragrupo

Gastosoperacionais

Fornecimentos e serviços externos 103.439 99.995 11.087 2.359 41.262 (33.454) 224.687

Gastos com pessoal 239.164 24.666 3.497 2.252 62.159 - 331.738

Outros gastos 73.610 2.573 18.515 78 5.175 (73.171) 26.780

Afetação estrutura central CTT 35.718 - 282 - - (36.000) -Gastos operacionais 451.931 127.233 33.381 4.689 108.595 (142.625) 583.205

2015 - Gastos operacionais por segmento

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Estrutura Central CTT

Eliminações intragrupo

Gastosoperacionais

Fornecimentos e serviços externos 104.979 96.963 13.233 - 52.430 (32.763) 234.843

Gastos com pessoal 236.880 23.583 4.379 - 55.588 - 320.429

Outros gastos 86.776 2.427 18.716 - 5.280 (85.797) 27.402

Afetação estrutura central CTT 25.867 - 196 - - (26.063) -Gastos operacionais 454.502 122.972 36.525 - 113.298 (144.623) 582.674

2014- Gastos operacionais por segmento

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Relatório e Contas 2015

prémios e incentivos referentes à venda de serviços financeiros nas lojas em 1,8 M€, mostrando a forte relação dos seus gastos aos rendimentos gerados, na sua maioria variáveis. O Banco CTT teve em 2015, 4,7M€ de gastos recorrentes designadamente gastos com pessoal, gastos em sistemas de informação, alugueres e consumíveis diversos. Não obstante o segmento do Banco CTT ainda não ter rendimentos da sua atividade, os gastos relativos à infraestrutura necessária para a prestação dos serviços foi considerada recorrente pela sua continuidade futura. Aquando do projeto do Banco Postal e na definição de gastos, se seriam concretizados via investimento ou gasto, não foi possível efetuar uma estimativa concreta, tendo sido todos os valores englobados nos 30 M€ referidos como investimento no projeto do Banco Postal. A Estrutura Central apresenta uma variação favorável de 4,7 M€ (-4,2%), para o que contribui a redução nos gastos com outsourcing de tecnologias de informação e comunicação (-14,7 M€) e a redução dos gastos com recursos humanos fruto da renegociação do plano de saúde (-3,9 M€), que compensou o aumento dos gastos com a conservação/manutenção de sistemas de informação (+1,4 M€), trabalhos especializados de informática (+0,8 M€) e a especialização de remunerações variáveis, de curto e longo prazo, dos CTT, S.A. 3.1.3. EBITDA recorrente O EBITDA recorrente11 totalizou 144,0 M€ correspondente a um aumento de 8,9 M€ face ao valor atingido em 2014, em resultado de um aumento dos rendimentos superior ao aumento dos gastos operacionais.

* Excluindo rendimentos/gastos da AN Banco CTT e rendimentos/gastos do projeto Banco CTT registados na AN Serviços Financeiros.

O EBITDA recorrente cresce no Correio e nos Serviços Financeiros em virtude do crescimento dos rendimentos mas sobretudo devido a um crescimento relevante da margem EBITDA, que beneficia da escalabilidade da rede de lojas e da rede de distribuição (somente no Correio). O segmento de Expresso & Encomendas, apesar do efeito idêntico obtido em Portugal pela integração das redes de distribuição, foi negativamente impactado pelos resultados obtidos com as operações em Espanha cujo EBITDA recorrente se deteriorou. No âmbito do processo de restruturação em Espanha e dos resultados obtidos, e devido às reduzidas sinergias com o negócio em Portugal, resultantes dos diferentes modelos de negócio, estão em análise soluções alternativas ao nível societário.

11 EBITDA recorrente = Resultados operacionais + amortizações e depreciações + variação líquida das provisões e perdas

por imparidade (não inclui gastos não recorrentes, designadamente, reestruturações empresariais, imparidades de propriedades de investimento, provisões para contratos onerosos e contingências laborais).

mil euros 2015 2014 % 15/14

2015 Excluindo projeto Banco CTT

(like-for-like) *2014

% 15/14

"like-for-like"

Rendimentos operacionais recorrentes 727.180 717.774 1,3 727.178 717.774 1,3

Gastos operacionais excluindo imparidades, provisões, depreciações e gastos não recorrentes

583.205 582.674 0,1 578.157 582.674 -0,8

EBITDA recorrente 143.975 135.100 6,6 149.021 135.100 10,3

Margem EBITDA recorrente 19,8% 18,8% 1,0 p.p. 20,5% 18,8% 1,7 p.p.

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Relatório e Contas 2015

3.1.4. Resultados não recorrentes Em 2015 os CTT registaram resultados não recorrentes negativos de 9,8 M€, os quais incluem: (i) Fornecimentos e serviços externos:

8,4 M€ de gastos com estudos e assessoria para projetos estratégicos, em especial os relacionados com o projeto de criação do Banco CTT (6,4 M€), mas também com o plano estratégico de sistemas de Informação, com regulação e com um plano de melhoria da informação de gestão (o qual permitiu em parte as melhorias com a afetação real).

(ii) Gastos com pessoal: 0,04 M€ de gastos com pessoal que incluem: 0,7 M€ gastos com rescisões de

contratos de trabalho por mútuo acordo no âmbito do programa de transformação; 1,7 M€ com a provisão para reestruturação da Tourline; 2,3 M€ de indemnizações para acordos de suspensão e a respetiva redução dos gastos com benefícios aos empregados em 4,8 M€; e 2,2 M€ com compensações por término do horário contínuo e resultantes do Acordo de Empresa 2015.

(iii) Imparidades e provisões líquidas com uma reversão líquida de 0,4 M€: 1,2 M€ relativos a imparidades líquidas resultantes da otimização do segmento

Expresso & Encomendas, que inclui a reestruturação da rede Tourline. 0,04 M€ de reforço de provisões, respeitante à reversão líquida da provisão para

contingências laborais e ao reforço na provisão de contratos onerosos. 0,8 M€ de reversão da imparidade de edifícios e da participação da Tourline.

(iv) Outros gastos:

1,0 M€ considerados como incobráveis, no âmbito da reestruturação do segmento Expresso & Encomendas.

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Rendimentos operacionais 554.637 131.256 75.315 2

Gastos operacionais 451.931 127.233 33.381 4.689

EBITDA recorrente 102.706 4.023 41.934 (4.688)

Margem EBITDA recorrente 18,5% 3,1% 55,7% n.a.

2015- EBITDA recorrente por segmento

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

Financeiros

Rendimentos operacionais 546.179 129.013 73.908

Gastos operacionais 454.502 122.972 36.525

EBITDA recorrente 91.676 6.040 37.384

Margem EBITDA recorrente 16,8% 4,7% 50,6%

2014 - EBITDA recorrente por segmento

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Relatório e Contas 2015

2015 - Resultados não recorrentes

2014 - Resultados não recorrentes

Os gastos não recorrentes com a implementação do Banco CTT foram contabilizados em parte nos CTT, na sua maioria em Serviços Financeiros (3,7 M€) e em parte já no Banco CTT (2,7 M€). No Correio, o principal gasto não recorrente deveu-se à compensação por término do horário contínuo que gerou benefício em termos de produtividade. 3.1.5. Resultados financeiros Em 2015 o resultado financeiro consolidado atingiu os -5,3 M€, refletindo uma melhoria de 2,1 M€ face ao exercício de 2014. O volume dos juros e rendimentos financeiros recuou 65,7% face aos valores atingidos no período homólogo, tendo sido afetado pela quebra acentuada das taxas de remuneração dos depósitos, tendo a empresa optado pela manutenção de uma política conservadora de investimento das suas disponibilidades.

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Estrutura Central CTT

Eliminações intragrupo

Outros não alocados

Total

Outros rendimentos e ganhos - - - - - - - -

Fornecimentos e serviços externos - 140 3.703 2.707 1.847 - - 8.397

Gastos com pessoal 2.811 2.131 58 - (4.965) - - 35

Outros gastos - 973 - - - - - 973

Resultados não recorrentes que afetam o EBITDA

(2.811) (3.244) (3.761) (2.707) 3.118 - - (9.405)

Depreciações/amortizações e imparidade dos investimentos

- - - - - - (167) (167)

Imparidade de inventários e contas a receber líquidas

- 1.237 - - (59) - - 1.177

Imparidade de ativos não depreciáveis - (623) - - - - - (623)

Provisões líquidas - 223 - - (185) - - 38

Resultados não recorrentes que afetam o EBIT

(2.811) (4.080) (3.761) (2.707) 3.362 - 167 (9.830)

mil euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosEstrutura

Central CTTEliminações

intragrupoOutros não

alocadosTotal

Outros rendimentos e ganhos - - 1.000 - - - 1.000

Fornecimentos e serviços externos - - - 2.837 - - 2.837

Gastos com pessoal 1.954 179 6 (64.561) - - (62.423)

Outros gastos - 44 - - - - 44

Resultados não recorrentes que afetam o EBITDA

(1.954) (222) 994 61.724 - - 60.542

Depreciações/amortizações e imparidade dos investimentos

- - - - - (156) (156)

Imparidade de inventários e contas a receber líquidas

- 3.456 - 1.486 - - 4.942

Imparidade de ativos não depreciáveis - 18.922 - - - - 18.922

Provisões líquidas 911 3.292 - 8.736 - - 12.939

Resultados não recorrentes que afetam o EBIT

(2.865) (25.892) 994 51.502 - 156 23.895

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Relatório e Contas 2015

Os gastos financeiros incorridos ascenderam a 6,9 M€ incorporando os gastos financeiros com benefícios aos empregados no montante de 6,7 M€ e juros associados a operações de leasing financeiro e empréstimos bancários (0,1 M€). Verificou-se uma redução nos gastos financeiros com benefícios aos empregados de 4,8 M€ que refletiu o efeito da acentuada redução das responsabilidades reais com cuidados de saúde futuros no âmbito da renegociação do plano e a redução da taxa de desconto de 4,0% para 2,5% em 31 de dezembro de 2014. Os ganhos em associadas em 2015 foram de 0,05 M€, respeitantes principalmente ao ganho na Multicert. 3.1.6. Resultado líquido, Rentabilidade e VAB Os CTT obtiveram no exercício de 2015 um resultado líquido consolidado atribuível a acionistas dos CTT de  72,1 M€, valor 6,6% abaixo do atingido no período homólogo, correspondente a um resultado de 0,48€ por ação e a uma margem líquida sobre os rendimentos operacionais de 9,9% (10,8% em 2014). Se excluirmos os efeitos não recorrentes em ambos os exercícios, positivos em 2014 e negativos em 2015, o resultado líquido teria crescido 12,5%. A demonstração de resultados reportados e recorrentes para 2015 e 2014 é, em síntese, como se segue:

Nota: Gastos operacionais = CMVMC + FSE + Gastos com pessoal + outros gastos operacionais. * O resultado líquido recorrente exclui rendimentos e gastos não recorrentes e considera uma taxa de imposto teórica (nominal).

mil euros 2015 2014%

15/14

Rendimentos financeiros 1.485 4.325 -65,7

Gastos e perdas financeiros 6.861 11.798 -41,8

Gastos e perdas financeiros (reais) 137 242 -43,4

Gastos financeiros com benefícios aos empregados (contabilísticos)

6.724 11.556 -41,8

Ganhos/perdas em associadas 54 54 0,0

Resultados financeiros (5.322) (7.419) 28,3

2015 2014 2015 2014 % 15/14

Total de rendimentos operacionais 727.180 718.774 727.180 717.774 1,3

Gastos operacionais 592.610 523.132 583.205 582.674 0,1

EBITDA 134.570 195.642 143.975 135.100 6,6

Margem EBITDA 18,5% 27,2% 19,8% 18,8% 1,0 p.p.

EBIT 109.932 135.418 119.762 111.522 7,4

Margem EBIT 15,1% 18,8% 16,5% 15,5% 1,0 p.p.

Resultado antes de impostos 104.610 127.999 114.440 104.103 9,9

Imposto sobre o rendimento do período 32.539 51.155 32.865 31.897 3,0

Prejuízos (lucros) atribuíveis a Interesses não controlados

5 (327) 5 (327) 101,5

Resultado líquido do período (RL) 72.065 77.171 81.570 72.534 12,5

Reportado Recorrente *mil euros

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Relatório e Contas 2015

A Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) reduziu 0,6 p.p., passando dos 29,4% em 2014 para os 28,8% em 2015, como resultado da redução do resultado líquido em 6,6%. A Rentabilidade dos Capitais Investidos (ROIC) de 21,3% e a Rentabilidade dos Capitais Empregues (ROCE) de 20,2% diminuíram 4,9 p.p. e 3,8 p.p., respetivamente, face aos valores do exercício de 2014, essencialmente, pela redução de 18,8% nos resultados antes de resultados financeiros e impostos e do forte aumento do investimento realizado (+94,8%). Refere-se que em 2014 os resultados foram muito influenciados pelos ganhos de 83 M€ com a renegociação do Regulamento das Obras Sociais (plano de saúde dos CTT), parcialmente compensados pela respetiva redução dos impostos diferidos (via aumento no imposto sobre o rendimento) em 24,7 M€ e a perda por imparidade de 16,6 M€ relativa ao goodwill da Tourline.

O Valor Acrescentado Bruto atingiu o montante de 441,7 M€ correspondendo a uma capitação VAB/efetivo médio de 35,5 mil euros, valor 3,2% inferior ao registado no período homólogo, devendo-se à redução do resultado líquido e do imposto sobre o rendimento. Este indicador revela o esforço de otimização das operações e maximização da produtividade dos recursos.

Valor Acrescentado Bruto (VAB)

3.1.7. Investimento O investimento do Grupo situou-se nos 32,3 M€, valor 94,8% acima do observado no período homólogo (+15,7 M€) principalmente pelos investimentos para a implementação do Banco CTT (11,7 M€) mormente em sistemas informáticos. Além destes, foram realizados investimento em: (i) aquisições de veículos de carga e transporte (3,0 M€), designadamente veículos elétricos; (ii) reforço das infraestruturas produtivas, de onde se destaca a aquisição de uma máquina de tratamento de volumes médios (1,9 M€) devido ao forte crescimento do comércio eletrónico; (iii) diversos investimentos em renovação/conservação de edifícios e (iv) em sistemas de informação.

2015 2014 % 15/14

Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE)(1) 28,8% 29,4% -0,6 p.p.

Rentabilidade dos Capitais Investidos (ROIC)(2) 21,3% 26,2% -4,9 p.p.

Rentabilidade dos Capitais Empregues (ROCE)(3) 20,2% 24,0% -3,8 p.p.

(1)Resultado Líquido/Capitais Próprios médios Capitais Próprios médios = (CP n + CP n-1)/2

(2) Resultado antes de gastos de financiamento e impostos /(Ativo Líquido-Disponibilidades)(3) Resultado antes de gastos de financiamento e impostos/(Ativo Líquido-Passivo corrente)

Rentabilidade dos Capitais

2015 2014 % 15/14

VAB (Distribuição)- mil euros 441.719 456.228 -3,2

Efetivo médio 12.445 12.448 0,0VAB (Distribuição)/Efetivo médio (euros) 35.494 36.651 -3,2

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Relatório e Contas 2015

3.1.8. Posição financeira e Cash flow

O total do ativo registou uma redução de 61,5 M€ (-5,2%) refletindo:

O acréscimo no ativo não corrente (+4,4 M€) com o aumento dos ativos fixos intangíveis em 14,2 M€, a redução dos ativos por impostos diferidos em 3,9 M€ e a redução de 3,5 M€ nas propriedades de investimentos.

O decréscimo no ativo corrente (-65,9M€) resultante da redução das disponibilidades e aplicações de tesouraria em 60,9 M€ (-9,2%), os quais resultam da redução dos credores/devedores de serviços financeiros, devido ao elevado valor subscrito em dezembro de 2014 nos Certificados do Tesouro Poupança Mais e do pagamento de impostos.

O capital próprio aumentou 2,6 M€ (+1,1%), em resultado da distribuição de dividendos do exercício de 2014 (69,8 M€), ocorrida em maio, e dos resultados do período (72,1 M€). Em junho efetuou-se a compra de ações próprias (200.177 ações) pelo valor total de 1,9 M€. Registou-se ainda o valor de 1,6 M€ relativo ao Plano de ações que constitui a remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração. O passivo reduziu 64,1 M€ (-6,9%) essencialmente pelo:

Decréscimo dos credores de serviços financeiros em 67,0 M€ (-16,8%), refletindo o impacto de se ter observado no mês de dezembro de 2014 um volume muito significativo de subscrições de certificados de aforro/tesouro e de pagamento de impostos;

Decréscimo das responsabilidades com benefícios aos empregados em 17,4 M€ (-6,3%); Aumento dos outros passivos correntes em 9,2 M€ (+11,2%), essencialmente resultante de

uma situação transitória de adaptação de processos por parte do novo fornecedor de serviços de gestão do plano de saúde;

Aumento dos diferimentos correntes em 8,2 M€, refletindo o valor a reconhecer em 2016 referente ao Acordo com a Altice (o seu reconhecimento em resultados foi repartido por um período de 18 meses, correspondente ao período do direito de “first refusal” concedido à Altice);

Aumento nos financiamentos obtidos correntes de 5,2 M€ pelo financiamento via cash pooling à Tourline.

As responsabilidades com benefícios aos empregados ascenderam no exercício de 2015 a 262,8 M€, menos 5,7% que em dezembro de 2014. Destaca-se:

A redução de 9,6 M€ nas responsabilidades com acordos de suspensão decorrentes, essencialmente, da negociação de acordos de rescisão com alguns trabalhadores nesta situação e aos pagamentos ocorridos no exercício de 2015;

mil euros 2015 2014%

15/14Ativo não corrente 354.906 350.481 1,3

Ativo corrente 764.566 830.516 -7,9

Total do ativo 1.119.472 1.180.997 -5,2Capital próprio 251.835 249.210 1,1

Total do passivo 867.637 931.787 -6,9

Passivo não corrente 292.668 314.394 -6,9

Passivo corrente 574.970 617.393 -6,9

Total capital próprio e passivo 1.119.472 1.180.997 -5,2

Demonstração consolidada da posição financeira

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Relatório e Contas 2015

A redução na responsabilidade relativa ao benefício “subsídio mensal vitalício” (-1,9 M€) e ao benefício “pensões por acidentes em serviço” (-1,3 M€) pela atualização da taxa de crescimento das pensões, passando de 2,75% em 2014 para 1,50% em 2015.

A variação de caixa situou-se em 60,9 M€ negativos, 180,6 M€ abaixo do período homólogo mas, sem considerar as variações por conta de credores/devedores de serviços financeiros (decréscimo de 138,6 M€), a variação foi praticamente nula (+0,11 M€), situação que resultou de: Acréscimo de 9,8 M€ de dividendos e 5,5 M€ nos impostos pagos em 2015, face a 2014; Acréscimo de 5,4 M€ (+0,8%) nos recebimentos de clientes; Redução de 17,5 M€ nos pagamentos a fornecedores; Aumento de 19,2 M€ nos pagamentos ao pessoal, influenciados pelas remunerações variáveis

de 2014 (9,0 M€), pelo aumento salarial de 2% nos CTT, S.A. e 1,25% nas subsidiárias (3,9 M€) e pelos gastos com pessoal no Banco CTT (2,3 M€);

Incremento de 20,8 M€ nos pagamentos referentes a investimentos, essencialmente pelas aquisições ocorridas quer no final do ano de 2014, quer pelo forte investimento em 2015 (designadamente no Banco CTT e com sistemas de informação);

Redução de 4,7 M€ nos juros e rendimentos similares, pela redução das taxas de juros; Redução de 4,4 M€ dos valores recebidos nos investimentos financeiros, pela alienação em

2014 da subsidiária EAD (4 M€) e a aquisição em 2015 da Escrita Inteligente (0,4 M€).

* Cash flow das atividades operacionais não incluindo a variação de credores de serviços financeiros líquidos.

mil euros 2015 2014%

15/14Responsabilidades 262 832 278 668 -5,7

Cuidados de saúde 236 806 241 166 -1,8

Pessoal (acordos de suspensão) 8 234 17 810 -53,8

Outros beneficios de longo prazo aos empregados

14 805 18 315 -19,2

Remuneração variável da CE (Plano de ações)

2 987 1 376 117,1

Responsabilidades com benefícios pós-emprego

2015 2014%

15/142015 2014

% 15/14

Cash flow das atividades operacionais 32.832 178.706 -81,6 93.860 101.086 -7,1

Cash flow das atividades de investimento (25.539) 5.348 -577,5 (25.539) 5.348 -577,5

Investimento (28.362) (7.519) -277,2 (28.362) (7.519) -277,2

Outros 2.823 12.868 -78,1 2.823 12.868 -78,1

Free cash flow operacional 7.294 184.055 -96,0 68.322 106.434 -35,8

Cash flow das atividades de financiamento (68.230) (63.669) -7,2 (68.230) (63.669) -7,2

Dividendos (69.750) (60.000) -16,3 (69.750) (60.000) -16,3

Alteração perímetro consolidação 17 (692) 102,5 17 (692) 102,5

Variação de caixa (60.920) 119.694 -150,9 108 42.073 -99,7

Ajustado de fluxos de SF *mil euros

Cash flow

Reportado

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3.1.9. Financiamento O financiamento encontra-se concentrado em operações de leasing financeiro relacionadas com instalações operacionais e aquisição de equipamento básico realizadas até 2013 e em empréstimos bancários correntes na Tourline e na Corre para financiamento da atividade operacional, salientando-se o sistema de cash pooling utilizado pelo universo CTT. A dívida líquida apurada é negativa, o que significa que os CTT detêm disponibilidades líquidas após dívida financeira e responsabilidades com benefícios aos empregados. A caixa líquida ascende a 82,6 M€ em 2015, refletindo um aumento de 7,7M€ (+10,3%) face a 2014, salientando a estabilidade do valor das disponibilidades líquidas (excluindo os credores de serviços financeiros), apesar dos fortes investimentos efetuados no projeto do Banco CTT e na empresa mãe e do dividendo pago. Destaque ainda para a redução das responsabilidades com benefícios aos empregados.

* Inclui Plano de ações registado em capital próprio.

3.1.10. Indicadores financeiros Em 31 de dezembro de 2015 mantém-se a posição sólida de balanço, conforme indicadores evidenciados abaixo que confirmam o reforço da solidez financeira dos CTT, com níveis de liquidez e de posição de caixa elevados.

mil euros 2015 2014%

15/14

Dívida financeira remunerada 8.114 3.759 115,9

Empréstimos bancários e outros empréstimos 6.123 891 587,2

Locação financeira 1.990 2.869 -30,6

Disponibilidades líquidas 278.999 278.891 0,0

Dívida financeira líquida (270.885) (275.132) -1,5

Responsabilidades com benefícios aos empregados *

262.832 278.668 -5,7

Impostos diferidos benefícios aos empregados (74.537) (78.412) -4,9

Dívida líquida (inc. responsabilidades com benefícios aos empregados)

(82.590) (74.876) 10,3

Dívida Líquida

mil euros 2015 2014 % 15/14

Disponibilidades líquidas

(+) Disponibilidades + Aplicações 603.650 664.570 -9,2

(-) Credores de Serviços Financeiros (324.651) (385.679) -15,8

Disponibilidades Líquidas 278.999 278.891 0,0

Disponibilidades Líquidas

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Indicadores financeiros

2015 2014 % 15/14

Liquidez geral (1) 133,0% 134,5% -1,5 p.p.

Solvabilidade (2) 29,0% 26,7% 2,3 p.p.

Solvabilidade ajustada (3) 46,4% 45,6% 0,7 p.p.

Dívida Líquida (m€) (82.590) (74.876) 10,3

Divida líquida/EBITDA(4) -0,6 x -0,6 x 0,0 x

Cobertura dos ativos fixos tangíveis (5) 237,0% 239,0% -2,0 p.p.

Dividendo/RL (6) 97,8% 90,4% 7,4 p.p.

Dividendo/ Free cash flow operacional ajustado (6) 103,2% 65,5% 37,7 p.p.

(1)Ativo corrente/Passivo corrente(2)Capital próprio/Passivo Total(3)Capital próprio/(Passivo Total - valores de terceiros incluídos na Caixa e equivalentes de caixa )(4)Se negativo significa posição de caixa positiva(5)(Passivo não corrente+Capital próprio)/Ativo fixo tangível (incluí propriedades de investimento)(6) 70,5 M€ de dividendo em 2015 e 60,75 M€ em 2014.

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3.2. Desempenho da ação CTT

No ano de 2015, a ação dos CTT valorizou-se 10,4%, tendo pago durante o ano um dividendo de 0,465 €. Assim, o retorno global para os acionistas (valorização mais dividendo, calculado com base no preço da ação em 31 de dezembro de 2014) foi de 15,9%. A ação dos CTT foi a que atingiu melhor performance entre os pares do sector postal europeu, considerando aqueles que estavam cotados a 31 de dezembro de 2014, sendo seguida por Bpost com, um retorno de 14,7%. Neste período o PSI 20 teve um retorno global acionista de 14,9%. Em termos de valorização do preço da ação, o melhor desempenho no sector europeu em 2015 foi da PostNL com 12,9%, seguida dos CTT com uma valorização de 10,4%. Nesta base o índice PSI 20 teve uma valorização em preço de 10,7% no ano 2015. A ação dos CTT paga um elevado dividend yield aos seus acionistas com o compromisso de crescimento de médio e longo prazo sem prejudicar o dividendo. O lançamento do Banco CTT permite aos CTT um potencial de crescimento futuro mais acelerado com uma crescente diversificação do portefólio de produtos e serviços mas assente na escalabilidade dos seus ativos únicos, a rede de distribuição (rede base) e a rede de retalho (Rede de Lojas). Este crescimento diversificado é único entre os seus peers.

Durante o ano 2015, foram transacionados 135 milhões de ações dos CTT na Euronext Lisbon, correspondendo a uma média diária de 526 mil ações, o que se traduz num rácio anual de 90% de rotação do capital em bolsa. A 31 de dezembro de 2015, o preço de fecho de mercado da ação dos CTT foi de 8,854€.

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4. RECURSOS HUMANOS

Cultura e Valores. Plano de Gestão do Talento. Reconhecimento e Recompensa

A Gestão do Talento cria valor para a organização e para cada um. Os CTT estão a integrar os valores, a dar-lhes vida, a desenvolver sistemas e políticas para transformar a organização, a desenvolver capacidades, a responsabilizar a liderança e a comprometer a estrutura. E a reconhecer e recompensar os contributos e performance dos indivíduos, das equipas e dos negócios. Durante o ano de 2015 continuou-se a aprofundar a vivência da Cultura e Valores, tendo sido prosseguidas diversas ações com essa finalidade. Foi implementado o Plano de Gestão do Talento, que tem como objetivos:

Orientar os colaboradores para os principais desafios de negócio e cultura desejada;

Dotar os CTT das melhores práticas de mercado em termos de Gestão de Talento;

Reforçar a Proposta de Valor para colaboradores, posicionando os CTT como uma das melhores e mais atrativas empresas para trabalhar;

Garantir a sustentabilidade do negócio através do desenvolvimento de Talento, disseminação do Conhecimento e Entusiasmo dos colaboradores;

Colocar o cliente no centro da organização, reforçando a variável de inovação na fórmula de Excelência dos CTT;

Colocar a Gestão do Talento na agenda estratégica e no dia-a-dia dos líderes CTT. O plano integra os cinco eixos do Ciclo de Gestão do Talento: Captar novos colaboradores; Clarificar as suas responsabilidades, expetativas, oportunidades e modus operandi nos CTT; Comprometer os colaboradores com os objetivos e resultados de negócio, equipa e individuais; Capacitar os colaboradores para os desafios de hoje e prepará-los para o futuro; Crescer os colaboradores e assim fazer Crescer os CTT. Para cada um destes eixos foram identificadas ações em vários horizontes temporais, com sistematização de prioridades e do respetivo plano de implementação. Durante 2014 foi completado o Enquadramento Organizacional e Grupos Funcionais, foi efetuado um benchmarking salarial e definida a Política Retributiva com o posicionamento da organização nos vários níveis, foram desenhados o Employer Brand e o Programa Trainee que se iniciou no primeiro semestre de 2015, foram definidos Perfis Líder e para Funções-Chave e foi concebido e desenhado o novo sistema de Gestão de Desempenho, que foi implementado num primeiro ciclo completo em 2015. O sistema de Gestão de Desempenho destina-se a toda a estrutura dos CTT e visa o alinhamento dos colaboradores com a estratégia e negócio, consolidando uma cultura de meritocracia, reconhecimento e recompensa de desempenhos diferenciados. Neste sentido, procedeu-se em 2014 à reintrodução da remuneração variável em função do desempenho individual e contributo para os resultados, tendo também em conta o desempenho global dos CTT. No primeiro semestre de 2015 procedeu-se à atribuição desta remuneração variável aos trabalhadores através da participação nos lucros, alinhando também com a política de remuneração variável definida para os administradores executivos, num montante total de cerca de nove milhões de euros. A repartição individual desta atribuição baseou-se no mérito e foi diferenciada considerando os vários grupos funcionais, níveis de desempenho e número de ausências sem justificação, estando alargada a toda a organização.

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Prevê-se a possível atribuição de remuneração variável nos exercícios futuros no âmbito desta política, obviamente em função do desempenho da organização, das áreas de negócio e da performance e desempenho individual, de acordo com critérios detalhados definidos no quadro do referido sistema de Gestão de Desempenho e sujeito à aprovação dos acionistas para pagamento por participação nos lucros.

Atividade corrente

A gestão de recursos humanos continuou a ser guiada pelas prioridades de (i) definição e implementação de novas, completas e consistentes políticas de desenvolvimento do capital humano que permitam promover as competências, premiar o desempenho e a agilidade da organização, (ii) manutenção de um bom ambiente social, (iii) contínuo investimento em formação e qualificação e (iv) otimização e adequação do quadro de trabalhadores, tendo presente a necessidade de responder à evolução e aos desafios de mercado que os CTT enfrentam. No contexto do necessário ajustamento à evolução dos negócios e do tráfego, em 31 de dezembro de 2015 o número de trabalhadores dos CTT (efetivos do quadro e contratados a termo) era de 12 057, menos 63 (-0,5%) do que em 2014. Esta redução quando medida em full time equivalent foi de -61 (-0,5%).

Nº de Trabalhadores

No número de trabalhadores incluem-se 6 603 da área de operações e distribuição de correio (dos quais 4 944 carteiros distribuidores) e 2 677 afetos à rede de lojas. Em 2015 foram admitidos 168 trabalhadores (100 em Portugal e 68 no estrangeiro), regressaram 18 trabalhadores que estavam cedidos às empresas em joint venture TI-POST e Postal Network e 3 em situação de cedência por interesse público, enquanto ocorreram 351 saídas. Destas saídas, 63 foram por aposentação ou reforma, 272 por cessação do contrato de trabalho e licenças sem retribuição e 16 por falecimento. Adicionalmente procedeu-se à reavaliação de trabalhadores com condicionantes para o desempenho das suas funções tendo em vista uma melhor ocupação e a aposta na mobilidade entre as várias empresas e negócios dos CTT, promovendo, quando possível, o insourcing de atividades operacionais. Neste âmbito, o processo de integração das redes de distribuição trará um maior aproveitamento e eficiência dos recursos.

31.12.2015 31.12.2014

AN (1) Correio 9 651 9 717 -66 -0,7%

Correio e Soluções Empresariais 6 974 7 042 -68 -1,0%

Rede de Lojas 2 677 2 675 2 0,1%

AN Expresso e Encomendas 1 074 1 205 -131 -10,9%

AN Serviços Financeiros 102 101 1 1,0%

Banco CTT 65 0 65 -

Outros 1 165 1 097 68 6,2%

Total, do qual: 12 057 12 120 -63 -0,5%

Efetivos do quadro 11 365 11 527 -162 -1,4%

Contratados a termo 692 593 99 16,7%

Total em Portugal 11 600 11 550 50 0,4%

Δ 2015/2014

(1) AN - Área de Negócio

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Desenvolvimento de capital humano e otimização dos recursos No quadro do desenvolvimento das áreas de negócio e do reforço do capital humano requerido para o crescimento dos CTT, rejuvenesceu-se o quadro empresarial recrutando no mercado novos trabalhadores, com conhecimentos e competências acrescidas. Com vista a reforçar a sua proposta de valor como empregador, estruturou-se o Employer Brand CTT e lançou-se o Programa Trainee com os objetivos de captar e reter jovens de elevado potencial, promover o seu desenvolvimento no âmbito de um programa global estruturado, contribuir para o rejuvenescimento dos quadros de pessoal, fomentar uma cultura de mobilidade, preparar “à medida” um pipeline de líderes para o médio prazo e posicionar os CTT como “employer of first choice”. Durante o 1º semestre procedeu-se à estruturação do programa e realizaram-se as várias fases de seleção dos 15 candidatos para o primeiro programa, que se iniciou em setembro de 2015 e que decorrerá durante 18 meses com mobilidade em três direções da empresa. Durante o primeiro semestre realizou-se o processo anual de avaliação de desempenho relativo ao exercício de 2014. Paralelamente foi desenvolvido e implementado um novo sistema de gestão de desempenho, destinado a todas as empresas dos CTT, visando o alinhamento dos trabalhadores com a estratégia e o desenvolvimento do negócio, bem como o reconhecimento do mérito e dos resultados alcançados, baseado na definição de objetivos e comportamentos esperados os quais constituem referência para a avaliação no final do respetivo ciclo de gestão. No âmbito deste novo modelo, procedeu-se à definição dos objetivos e contratação de KPI para 2015 para as várias funções e unidades organizativas e à sua comunicação aos trabalhadores. A avaliação de desempenho relativa ao exercício de 2015 terá lugar em 2016 após apuramento dos respetivos resultados. Em termos de formação prosseguiu-se, em 2015, a um forte investimento que visou a aquisição e o reforço de competências orientadas para i) o cumprimento dos objetivos estabelecidos e resposta aos desafios emergentes, ii) a valorização profissional e pessoal, iii) a motivação, envolvimento e aprofundamento do compromisso dos trabalhadores com a empresa, a sua cultura e os seus valores.

Volume de Formação por Programa (316 mil horas)

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Dos programas com relevância estratégica, destacam-se os que estão associados aos projetos de otimização de redes, dos Espaços do Cidadão e do Banco CTT. A 9 fevereiro de 2015 e com efeitos a dezembro de 2014, procedeu-se à assinatura com as estruturas de representação coletiva dos trabalhadores (ERCT) – Comissão de Trabalhadores e Sindicatos – do novo Acordo de Empresa (AE), válido para os próximos dois anos, e da revisão do Regulamento de Obras Sociais (ROS), o sistema interno de saúde e proteção social dos CTT. Este novo AE reforça um enquadramento laboral ajustado às especificidades da atividade da empresa, promovendo uma maior flexibilidade e mobilidade, um bom clima social e relações coletivas de trabalho estáveis, elementos fundamentais para os CTT enfrentarem os desafios atuais e futuros. Nesse sentido, prevê um maior alinhamento com condições legalmente definidas, a não continuação de alguns subsídios específicos, a harmonização do horário de trabalho nos CTT e a aplicação de aumentos de 2% nas remunerações base dos trabalhadores dos CTT e de 1,25% nas subsidiárias com limites mínimos e máximos, o que sucedeu pela primeira vez em cinco anos. O novo ROS dos CTT mantém um nível de proteção elevado, com maior equilíbrio na repartição de gastos entre a Empresa e os beneficiários e promovendo uma utilização mais racional dos benefícios. Nesse sentido, foi incrementada a comparticipação dos beneficiários no sistema, através do aumento das quotas mensais e dos copagamentos a seu cargo nos actos de rotina, mantendo-se o caráter abrangente do sistema e reforçando-se algumas medidas de apoio social. A partir de 1 de janeiro de 2015 e, para além da revisão do ROS atrás referida, o plano de saúde dos CTT, até então gerido pela PT-ACS, passou a ser gerido pela Médis, na sequência de um concurso dirigido a quatro entidades de referência. A transição para a Médis garante a continuidade de todos os cuidados de saúde em moldes idênticos aos utilizados pelo anterior fornecedor e permitirá uma redução dos gastos correntes com a gestão do plano de saúde e com os serviços médicos. Em dezembro de 2015 foi introduzido um novo benefício complementar ao ROS com a possibilidade de comparticipação de 50% das taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde para os colaboradores que quiserem aderir. Assim é alargado o universo de prestadores cobertos permitindo uma maior oferta em todo o território nacional.

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5. QUALIDADE, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA ATUAÇÃO DOS CTT

5.1. Qualidade de Serviço

Em 2015, os CTT continuaram a apresentar níveis de desempenho operacional elevados, situando-se o IGQS – Indicador Global de Qualidade de Serviço – em 206,4 pontos, que compara com um objetivo de 100. No que se refere ao correio internacional foram excedidos, por Portugal, os objetivos de qualidade definidos pela Diretiva Comunitária para o sector postal.

Em 2015 todas as variáveis convencionadas superaram os valores objetivo estabelecidos:

Níveis de Qualidade Mínimo Objetivo

Correio Azul

% Entregas no dia seguinte (Continente) 93,50 94,50 95,20

% Entregas até dois dias (Açores e Madeira) 84,00 87,00 90,50

% Entregas até dez dias 99,75 99,85 99,91

Correio Normal

% Entregas até três dias 95,50 96,30 97,30

% Entregas até quinze dias 99,77 99,86 99,90

Jornais e Publicações Periódicas

% Entregas até três dias 95,50 96,30 97,90

Correio Internacional

% Entregas até três dias 85,00 88,00 89,50 (1)

% Entregas até cinco dias 95,00 97,00 97,4 0 (1)

Encomendas

% Entregas até três dias 90,50 92,00 92,80

Tempo de espera nas lojas

% Atendimento até 10 minutos 75,00 85,00 92,60

(1) Média ponderada do valor do 4º trimestre de 2014 e do valor dos três primeiros trimestres de 2015.

Realizado

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A perceção dos Clientes relativamente à Qualidade de Serviço dos CTT reflete o bom desempenho operacional alcançado: 85,7% dos clientes afirmam que a qualidade global dos CTT é boa ou muito boa (fonte: questionários de satisfação de clientes). Dando continuidade ao processo de certificação de serviços do atendimento realizaram-se dois estudos do Cliente Mistério, que têm como principal objetivo medir a qualidade de serviço percebida pelo cliente. No primeiro estudo, realizado entre março e abril, foram avaliadas 622 lojas com um resultado global de 99,6% de opiniões favoráveis; no segundo estudo, desenvolvido entre julho e agosto, foram abrangidas 621 lojas e o resultado obtido foi de 99,7% de opiniões favoráveis. Em 2015 prosseguiu-se o esforço de manutenção de todos os sistemas de gestão certificados. No 1º semestre de 2015 foi obtido novo reconhecimento do Committed to Excellence no âmbito do Modelo Europeu de Excelência da EFQM (European Foundation for Quality Management), abrangendo toda a rede operacional dos CTT: lojas, centros de distribuição postal e centros de produção e logística. Esta metodologia tem indubitavelmente contribuído, desde a primeira candidatura (1º projeto em 2006), para reconhecidas melhorias operacionais, tendo vindo a evoluir na transversalidade da sua abrangência operacional. Os CTT foram o primeiro operador postal europeu a alcançar este reconhecimento no referido âmbito. O processo de Certificação de Serviços foi mantido na totalidade das lojas e centros de distribuição postal e em 100 postos de correio, estes ao abrigo de um projeto que vai ser alargado no ano de 2016. No que concerne a qualidade, os CTT estão a desenvolver diversas iniciativas com vista a implementar em 2016 os novos critérios de medição da qualidade definidos na Lei Postal e pelo regulador, com novos critérios de medição e um sistema de medição da qualidade por entidade externa qualificada. Como referido anteriormente, será selecionada uma entidade externa para medição dos níveis de qualidade de serviço que, dada a especificidade do negócio e dos critérios de medição de qualidade, obrigou a um concurso público internacional com prévia qualificação.

Contact Center

O canal telefónico (62%) e o canal de correio electrónico/email (38%) do Contact Center foram os meios mais utilizados pelos clientes no seu contacto com a empresa, tendo-se verificado um crescimento do segundo em detrimento do primeiro. Em 2015 o canal telefónico registou 1 160 143 chamadas atendidas, o que representa um decréscimo de 7% face a 2014. Este decréscimo reflete a preferência dos clientes pelos canais gratuitos (email e ferramentas self service). Relativamente ao canal de correio electrónico, foram recebidos 721 012 contactos, o que representa um crescimento de 20% deste canal face ao ano anterior. O crescimento está associado à necessidade dos clientes de obterem comprovativos ou documentos digitalizados diversos, nomeadamente nos processos de desalfandegamento de objetos, cobrança de portagens e ativação da ViaCTT.

App CTT

A aplicação CTT (App CTT) para smartphones tem permitido facilitar o contacto dos clientes com a oferta dos CTT, de serviços postais e outros. A possibilidade de identificar um ponto de acesso

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próximo, de consultar e pagar portagens através da matrícula da viatura e de acompanhar entregas de encomendas são serviços oferecidos pela App CTT de forma simples e intuitiva. Em 2015 o número total de acessos App CTT foi de 20,1 milhões, uma média mensal de 1,7 milhões.

5.2. Inovação e desenvolvimento

A missão e os valores dos CTT consagram a inovação como, respetivamente, garantia de cumprimento dessa mesma missão – hoje e no futuro – e aposta na contínua exploração de novas ideias, processos e soluções que contribuam para esse mesmo futuro. Assim, no contexto da I&D destaca-se em 2015 o seguinte: Desenvolvimento de soluções, produtos e serviços

• Dinamização do negócio de encomendas, através da introdução de upgrades tecnológicos inovadores no tratamento de encomendas e da criação de sistema de gestão de conhecimento aplicado a situações de avarias (que irá mitigar a intervenção externa). No âmbito do comércio electrónico (já abordado no ponto 2.3 Expresso e Encomendas), e enquanto alavanca daquele negócio, destacam-se: a conclusão de estudo de mercado a nível Ibérico, a concepção e implementação da Solução Ponto de Entrega e Ponto de Aceitação (Pick-up & Drop-off), a definição de nova oferta modular CTT Expresso direccionada ao e-commerce, a disponibilização do serviço “Click & Ship”, a disponibilização da solução “Expede Fácil” para os clientes expedidores do site olx.pt e o estabelecimento de parcerias (nacionais e internacionais), de entre estas, de destacar a estabelecida, em dezembro, com a SingPost.

• Reforço do negócio de Correio, concebendo-se soluções e/ou prosseguindo-se desenvolvimentos que, em particular, visam reforçar a oferta e os atributos dos diversos produtos, assim como do serviço viaCTT (adesão em modo self-adherence e possibilidade de upload digital de documentos para posterior entrega física), das soluções geográficas (webservices para acesso a informação variada, auto-complete de endereços e geoportal AMA - Agência para a Modernização Administrativa para apoio à identificação do código postal no âmbito do cartão do cidadão) e do correio publicitário (solução web para self-service de campanhas). Adquiriu-se a empresa Escrita Inteligente, cujo negócio recibos online, que permite disponibilizar uma solução para envio de recibos de forma electrónica nas lojas de comércio, passou a fazer parte do portefólio dos CTT.

• Optimização da vertente operacional do negócio de Correio, através da aquisição de equipamento postal automatizado aplicado para tratamento de objectos não-padronizados (“Rest Mail”), da realização de acções diversas (estudos/aquisição de equipamentos específicos) para tornar mais eficiente e uniforme a divisão de tráfego em todos os centros de produção logística (CPL) e reforço, pela aquisição de PDTs (Personal Data Terminals), do nível de apetrechamento dos centros de distribuição postal para apoio à distribuição de objetos de expresso e encomendas e a introdução de atributos de localização ao correio, caso o cliente o pretenda. Aquisição de novos veículos elétricos de distribuição urbana, permitindo uma utilização eficiente das viaturas e socialmente responsável, reduzindo substancialmente os níveis de poluição.

• Ampliação da conveniência da app CTT e disponibilização no site CTT de nova opção para

pesquisa de postos de correio e respectivos serviços.

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• Disponibilização, pela PayShop (i) de um novo serviço de bilhética eletrónica contactless para os Transportes Urbanos de Braga (TUB) que passa a ter este serviço, juntamente com Lisboa, Porto e Funchal e (ii) de uma solução de pagamento de impostos disponível em toda a rede de agentes.

Iniciativas de âmbito corporativo

• Definição, aprovação e implementação de um novo SGI&D – Sistema de Gestão da Inovação & Desenvolvimento para os CTT relativamente ao qual já se iniciaram e prosseguem actividades várias, distinguindo-se:

Implementação de plataforma web para a Gestão das Ideias dos trabalhadores dos CTT, que entrará em funcionamento no início de 2016.

Criação e operacionalização de um Observatório que acompanha a actividade de várias incubadoras de startups a fim de identificar oportunidades alinhadas com os objectivos e estratégia dos CTT e que já permitiu seleccionar algumas iniciativas cuja análise decorre.

Actividade de vigilância, em sintonia com diversas áreas da empresa, da respectiva envolvente de inovação, no sentido de explorar áreas para as quais se poderá revelar recomendável complementar-se a oferta CTT existente e/ou desenharem-se soluções inovadoras.

Realização do Dia da Inovação CTT (22 de junho), encontro onde se partilharam as características essenciais do SGI&D e se reflectiu sobre outras experiências de inovação postal, e que se pretende venha a ocorrer periodicamente a fim de contribuir para o enriquecimento da cultura de inovação na empresa.

• Celebração de protocolo com o INDEG/ISCTE visando a colaboração com este Instituto no contexto do Mestrado Executivo em Gestão com Especialização em Gestão da Inovação, cuja 1ª edição ocorre entre setembro 2015 e junho 2016.

• Organização do PostEurop AESForum de 2015, cujo chairmanship está a cargo dos CTT, e que decorreu em novembro, no centro de inovação da Deutsche Post DHL (Bona, Alemanha), versando este ano a temática da inovação.

• Produção da nova Postal 360 Newsletter (mensal) com divulgação interna da informação

sobre: os avanços tecnológicos mais recentes em tecnologias estritamente postais ou

outras TIC que, influenciando a actividade postal, possam configurar oportunidades para novas soluções e negócios para os CTT.

as principais iniciativas de fusões e aquisições de empresas postais/logísticas/distribuição, em todo o mundo, cujo acompanhamento se revista de interesse para os CTT.

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5.3. Sustentabilidade

Este ano foi marcado, perto do final, pela abertura do Banco CTT. Foi o primeiro ano da vida dos CTT enquanto empresa totalmente privada, continuando a prestar um serviço público de excelência e a criar valor para uma grande diversidade de acionistas e investidores.

Empresa e Trabalhadores

No início do ano, foi assinado o novo Acordo de Empresa válido para dois anos e renegociado o Regulamento de Obras Sociais, plano de saúde dos trabalhadores dos CTT, que manteve um elevado nível de proteção na doença, principalmente doenças graves, manteve os benefícios embora elevando a contribuição dos trabalhadores quer pelo aumento das quotas, quer dos copagamentos pelos serviços utilizados. Neste ponto é importante referir que ambos foram conseguidos através de um processo negocial da empresa com as estruturas coletivas de representação dos trabalhadores, conduzido de forma responsável por ambas as partes.

Ainda no âmbito interno, procedeu-se à revisão do Código de Ética e criou-se um Código de Conduta dos CTT e Subsidiárias e deu-se continuidade à implementação da política de sustentabilidade, tendo sido iniciado o estudo de revisão da estratégia de envolvimento com as partes interessadas.

A oferta de formação foi 20% superior à do ano passado, com mais de 316 mil horas. Operacionalizou-se um sistema pioneiro de avaliação e reconhecimento do desempenho eco eficiente para condutores, incluindo itens de segurança rodoviária, consumo de combustível e relacionamento com clientes. Neste domínio, ocorreram 905 acidentes laborais (nenhum mortal), menos 5% do que em 2014. A taxa de absentismo situou-se nos 6,04% (-0.06 p.p. face a 2014).

No âmbito da igualdade de género, os CTT firmaram com o Governo Português um objetivo de 30% do sexo sub-representado no Conselho de Administração, até 2018. Na mesma área, foi assinado o protocolo de adesão ao projeto Break Even, visando a elaboração do Plano de Igualdade dos CTT.

Sociedade e ambiente

Apoiaram-se diversas iniciativas de intervenção social e ambiental no valor de 908 mil euros (CAIS, Salvador, Meias Maratonas de Lisboa e Portugal, Prova de Deficientes Motores em Cadeiras de Rodas, A. P. contra a Leucemia, Corrida da Mulher, Pirilampo Mágico, Pé N’A Terra, Comunidade Vida e Paz, Refúgio Aboim Ascensão, Jardim Zoológico e Dia Verde, entre outros). Dinamizaram-se onze programas de recolha de bens, destacando o Projeto de Luta Contra a Pobreza, Banco do Bebé,  Banco Alimentar, Movimento Reutilizar e Helpo, e distribuíram-se gratuitamente mais de 15 mil embalagens solidárias a 92 Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Mobilizaram-se mais de 140 voluntários CTT e seus familiares, perfazendo um total de 1 000 horas, em 15 ações com parceiros de referência: Fundação Portuguesa de Cardiologia, Banco Alimentar Contra a Fome, EPIS, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Quercus e Biodiversity4All. Acompanharam-se crianças convidadas e filhos de trabalhadores nas Festas de Natal no Porto e em Lisboa. No âmbito da parceria com a EPIS, organizaram-se ateliers vocacionais para 9 jovens EPIS durante três dias e 10 mentores CTT continuaram, pelo segundo ano, a dar apoio regular a dez alunos com insucesso escolar, agora reforçados pelo apoio de mais 8 voluntários trainees, para explicações. No combate às alterações climáticas, os CTT foram a primeira empresa portuguesa e no sector postal mundial a aderir ao programa “Road to Paris 2015”, preparatório da COP 21, das Nações Unidas. Renovou-se 45% da frota comercial ligeira da CTT S.A. com a aquisição de 604 novos veículos, insuficiente todavia para evitar um aumento de 6,0% do consumo de combustível,

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explicado essencialmente pela internalização de rotas subcontratadas. Assim, apesar da ligeira redução de consumo de eletricidade de 0,4%, as emissões de CO2 cresceram 4,3%. Em matéria de gestão carbónica os CTT foram considerados benchmark sectorial em três dos critérios avaliados no programa EMMS, do IPC, e atingiram a 2ª posição em termos de performance no seu sector, a nível mundial, no rating carbónico Carbon Disclosure Project. Pelo segundo ano, em parceria com a Quercus, apostou-se no projeto “Uma Árvore pela Floresta”, com vista à florestação de zonas críticas do país com árvores mais resistentes aos fogos. O projeto, que obteve em 2015 o mais importante galardão ambiental nacional (Green Project Awards), permitiu até ao momento o financiamento da plantação de mais de 6 mil árvores.

Abriram-se novos canais de proximidade com os cidadãos, entre outros, a página “Esfera CTT” no Facebook, tendo já atingido um milhão de leitores. Por esta via, os portugueses puderam intervir na escolha do projeto de compensação carbónica para o transporte e distribuição do Correio Verde, um modelo de cidadania participativa, realizado pela 1ª vez em Portugal.

Focados na promoção da mobilidade sustentável, os CTT aderiram novamente à Semana Europeia da Mobilidade e ao Bike to Work Day, com iniciativas que contaram com a adesão de mais de 200 trabalhadores. Em dezembro lançou-se um programa interno de Car Pooling que já teve mais de 400 intenções de partilha de viatura. O programa de mobilidade CTT foi reconhecido como “Highly Commended” pelo mais influente prémio internacional do sector, o World Mail Awards.

O portefólio ecológico, suportado pela atribuição renovada da distinção “Marca de Confiança Ambiente”, das SDR, verificou o seu melhor desempenho de sempre, com crescimentos homólogos de tráfego de 8,0% no Correio Verde e de 51,3% no DM Eco. Cerca de 1/3 dos 80,2 milhões de correspondências publicitárias endereçadas distribuídas pelos CTT durante 2015 foram Eco.

Clientes e consumidores

A qualidade atingiu os 206,4 pontos, face ao objetivo de 100 pontos definido com o Regulador e 85,7% dos clientes declararam-se satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços prestados pelos CTT. O peso das compras ecológicas foi o mais elevado de sempre, 99,2% do total.

Em 2015 deram entrada 115 944 processos relativos a pedidos de informação e reclamações de clientes sobre serviços e produtos comercializados, um decréscimo de 25% face ao ano anterior, tendo sido respondidos 117 461 processos. O serviço nacional representou 38% do total de processos entrados, o serviço Internacional 54% e os serviços financeiros 8%. Como referido anteriormente, foram realizados em 2015 dois estudos do Cliente Mistério, que tiveram como principal objetivo medir a qualidade de serviço percebida pelo cliente. No primeiro estudo, realizado entre março e abril, foram avaliadas 622 lojas com um resultado global de 99,6% de opiniões favoráveis; no segundo estudo, desenvolvido entre julho e agosto, foram abrangidas 621 lojas e o resultado obtido foi de 99,7% de opiniões favoráveis. Foram avaliadas diversas variáveis, nomeadamente a forma como o cliente é atendido, a apresentação dos nossos trabalhadores, o conhecimento dos produtos, a informação disponível e a apresentação do espaço. Adicionalmente, de forma a aprofundar o conhecimento / satisfação dos seus serviços prestados os CTT realizam continuamente diversos estudos e questionários junto dos seus clientes, quer do Segmento Particular (o que se desloca às lojas CTT), quer junto do segmento empresarial (Clientes Contratuais).

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Clientes Particulares Do estudo realizado pelo IMR – Instituto de Marketing Research, em março de 2015, sobre as expectativas dos clientes particulares, que frequentam as lojas CTT conclui-se que os fatores mais importantes para os clientes são a proximidade das lojas, a rapidez no atendimento e os horários de funcionamento.

Clientes Empresas

A análise para este segmento de mercado reflete os resultados dos Estudos de Satisfação realizados junto dos clientes, segmentados em Grandes Clientes, Clientes Empresariais CTT e Clientes CTT Expresso.

Grandes Clientes (realizado pela Pitagórica, em janeiro de 2015), cuja média geral de

satisfação foi de 7,60 (escala de 1 a 10, em que 1 – Nada satisfeito e 10 – Muito satisfeito)

Os atributos que obtiveram maiores níveis de satisfação foram: Média

Competência/profissionalismo do Gestor de Cliente 8,72

Disponibilidade/facilidade de acesso ao Gestor Cliente 8,56

Empenho e resolução de problemas/feedback 8,48 Base: 62 empresas

Clientes Empresariais (realizado pela Spirituc, em dezembro de 2015) e cuja média geral de satisfação foi de 7,62 (escala de 1 a 10, em que 1 – Nada satisfeito e 10 – Muito satisfeito)

Os atributos que obtiveram maiores níveis de satisfação foram: Média

Disponibilidade/facilidade de acesso ao Gestor Cliente 9,17

Competência/profissionalismo do Gestor de Cliente 9,04

Empenho e resolução de problemas/feedback 9,01 Base: 160 empresas

Clientes CTT Expresso (realizado pelo IMR, em dezembro de 2015) e cuja média geral de satisfação foi de 4,04 (escala de 1 a 5, em que 1 – Nada satisfeito e 5 – Muito satisfeito).

Os atributos que obtiveram maiores níveis de satisfação foram: Média

Confiança e credibilidade na empresa 4,51

Cobertura geográfica 4,51

Cumprimento dos prazos 4,25 Base: 402 empresas

Acionistas e investidores

Durante o ano, os CTT estiveram cerca de 21,5 dias em reuniões externas com investidores, dos quais 11,5 dias em 11 conferências (organizadas por 9 corretoras diferentes em 6 cidades distintas) e 10 dias em 11 roadshows (organizados por 8 corretoras diferentes em 12 cidades distintas). O

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Presidente e CEO da Sociedade participou durante 6,5 dias e o CFO despendeu 15,5 dias para o mesmo efeito. Ao longo do ano, a Empresa reuniu com 370 investidores.

Em 19 de novembro de 2015, os CTT organizaram pela primeira vez o Capital Markets Day com o objetivo de apresentar os resultados do 3.º trimestre e dar a conhecer a estratégia dos CTT, com principal enfoque no Banco CTT. O evento contou com cerca de 80 participantes provenientes de 16 investidores, 17 corretoras e ainda de outras entidades ligadas ao mercado de capitais, tendo ainda incluído visitas a uma loja CTT e ao Centro de Produção e Logística de Lisboa. A 31 de dezembro de 2015, a cobertura da ação dos CTT pelos analistas de research era realizada por 15 analistas (12 no final de 2014), 5 corretoras sediadas em Portugal (CaixaBI, BPI, Haitong, Intermoney e Banco BIG), 5 da América do Norte (JP Morgan, Morgan Stanley, Goldman Sachs, Jefferies e Royal Bank of Canada), 2 espanholas (BBVA e Fidentiis), 1 alemã (MainFirst), 1 inglesa (Barclays) e 1 sul-africana (Investec). A Berenberg suspendeu temporariamente a cobertura devido a alterações da sua equipa de research.

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6. EVENTOS POSTERIORES E PERSPETIVAS FUTURAS

Eventos posteriores

Abertura do Banco CTT A abertura do Banco CTT ao público em geral ocorrerá em 18 de março de 2016 em 52 das lojas CTT garantindo a presença do Banco em todos os distritos do país incluindo ilhas. A atividade do Banco nestas lojas será desenvolvida mediante dois modelos distintos: espaços dedicados, na quase totalidade destas primeiras lojas, e balcões dedicados, permitindo uma identificação/comunicação clara da presença e potenciando o inicio da atividade bancária. Sendo uma natural evolução do segmento de Serviços Financeiros, a abertura do banco será iniciada nas lojas dos CTT que evidenciam maior potencial nesta área de negócio. Atualização de preços do serviço postal Os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”) procederam à atualização dos seus preços com efeitos a 1 de fevereiro de 2016. Esta atualização corresponderá a uma variação média anual do preço do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas de 1,3% (não inclui a oferta do serviço universal a remetentes de envios em quantidade, aos quais se aplica o regime de preços especiais). Os novos preços foram definidos em conformidade com os Critérios de Fixação de Preços do Serviço Postal Universal definidos pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), no âmbito do nº 3 do art.º 14º da Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, na redação que foi dada pelo Decreto-Lei n.º 160/2013, de 19 de novembro. Enquadrada na política tarifária da empresa para o ano 2016, a presente atualização corresponde a uma variação média anual dos preços de 1,1%, refletindo também o efeito da atualização dos preços dos serviços reservados (serviços de citações e notificações postais) e do correio em quantidade. No âmbito da política de preços para o ano de 2016, os CTT, na qualidade de prestador do serviço universal, disponibilizarão uma oferta de acesso à rede do serviço universal por parte de outros operadores, nos termos previstos no art.º 38º da Lei Postal (Lei nº 17/2012, de 26 de abril). Adequação da estrutura societária da área de Expresso e Encomendas Em resultado da análise dos resultados da reestruturação em curso na Tourline e da decisão de integração da rede de Expresso e Encomendas na rede base de correio, foi analisada a melhor organização societária para alcançar os objetivos estratégicos propostos. A estratégia de integração das operações a nível ibérico revelou-se de difícil aplicação face aos diferentes modelos operacionais, e preterida em favor da integração das redes em Portugal dadas as sinergias e economias de escala claras. Neste contexto, foi aprovada pelo Conselho de Administração em 15 de março de 2016 a aquisição pelos CTT da Tourline à CTT Expresso. Esta transação não terá qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas dos CTT. Perspetivas futuras

A melhoria do cenário macroeconómico, a par das iniciativas do Programa de Transformação implementadas entre 2013 e 2015, permitem aos CTT encarar o ano de 2016 com fortes expectativas de cumprir a estratégia definida. O crescimento do PIB esperado para Portugal continuará a ser fortemente influenciado pelo crescimento das exportações e pelo investimento, a par de uma aceleração do consumo privado, principal driver do consumo dos produtos e serviços oferecidos pelos CTT, principalmente no

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negócio de correio. Neste enquadramento, a queda na procura de correio continuará a ser afetada pela tendência estrutural de substituição electrónica mas também pelos fatores macroeconómicos, devendo continuar próximo da tendência natural de longo prazo, podendo vairar em função do comportamento do consumo interno e do investimento. O crescimento do comércio eletrónico continuará a ser o principal motor do crescimento do negócio de encomendas para o segmento B2C (empresa para consumidor) enquanto a atividade económica interna promove o crescimento do mercado de encomendas para o segmento B2B (empresa para empresa), quer em Portugal quer em Espanha. É esperada uma crescente migração ou adoção pelos retalhistas ibéricos a plataformas de venda on line e a mudança de hábitos dos consumidores, passando o comércio electrónico originado em retalhistas locais a ter um peso mais relevante à semelhança do que acontece nos países do norte da Europa. Para tal os CTT estão a empreender diversas iniciativas para liderar cada vez mais a oferta de soluções de logística neste mercado que incluem (i) a oferta modular no negócio das encomendas vocacionada para este segmento, com diversos níveis de serviço, atributos e flexibilidade, (ii) a integração e agora otimização das redes de distribuição em Portugal e também em Espanha, permitindo uma maior competitividade na oferta direcionada a este mercado onde a capilaridade e conveniência são fatores críticos e (iii) o desenvolvimento de uma nova plataforma tecnológica de apoio a este tipo de oferta flexível e modular. Nos Serviços Financeiros, o ano de 2016 será de consolidação da posição relevante como colocador de produtos de poupança a par com o lançamento de novos produtos e serviços, especialmente focado na oferta de serviços bancários do Banco CTT. A área de Serviços Financeiros dos CTT estará focada nos clientes empresariais enquanto o Banco CTT estará focado no segmento de particulares, cobrindo a globalidade de mercado com soluções financeiras alavancadas nas competências e ativos únicos dos CTT. No âmbito da PayShop serão desenvolvidas iniciativas para maximizar as suas vantagens competitivas neste mercado: (i) a vasta carteira de clientes que abrange quase todos os prestadores de serviços, com uma oferta mais abrangente cobrindo também os canais não presenciais (digitais) e (ii) a rede de cerca de 4 000 agentes espalhados por todo o país, introduzindo novos serviços para os seus utilizadores. O Banco CTT tem previsto o início da atividade para o público em geral no dia 18 de março, com a abertura de 52 lojas CTT, posicionando-se com uma oferta simples e alicerçado na sua elevada solidez e na confiança da população nos CTT. A oferta simples será limitada na fase de arranque e evoluirá ao longo da existência do Banco, permitindo um desenvolvimento prudente, muito alavancado na experiência dos CTT em serviços financeiros e em parcerias com operadores neste mercado, permitindo um fluxo importante de receitas de comissões (sem requisitos de capital). O grande objetivo neste primeiro ano será a rápida aquisição de clientes com a abertura de contas de depósitos à ordem ou a prazo, construindo uma importante fonte de recursos e dado que a oferta somente estará completa no final do ano com a disponibilização de crédito à habitação. A empresa tem como objetivo atingir rendimentos operacionais crescentes, moderada e sustentavelmente. Este objetivo baseia-se na expectativa de que os negócios em crescimento (Serviços Financeiros e Expresso e Encomendas) compensem a esperada queda nos rendimentos de Correio, resultante da queda de tráfego não compensada integralmente por aumento de preços. As medidas de otimização de balanço vão continuar, tais como por exemplo a otimização do fundo de maneio e a otimização da utilização de imóveis devolutos. Os CTT irão continuar a gestão dos benefícios dos empregados tendo em vista a monetização do ativo fiscal associado.

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Relatório e Contas 2015

7. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos do artigo 23º dos estatutos da sociedade CTT - Correios de Portugal, S.A. (“CTT” ou “Sociedade”), os lucros líquidos anuais, devidamente aprovados, terão a seguinte aplicação:

a) um mínimo de 5% para constituição de reserva legal, até atingir o montante exigível; b) uma percentagem a distribuir pelos acionistas, a título de dividendo a definir em

Assembleia Geral; c) o restante para os fins que a Assembleia Geral delibere de interesse para a Sociedade.

Nos termos do artigo 295º, nº1, do Código das Sociedades Comerciais (CSC), um mínimo de 5% é destinado à constituição da reserva legal e, sendo caso disso, à sua reintegração até que a mesma represente 20% do capital social. Sendo o capital social de € 75.000.000,00, 20% correspondem a € 15.000.000,00, pelo que a reserva legal à data de 31 de dezembro de 2015 supera o valor mínimo exigido pelo Estatutos e pelo CSC. Nos termos do artigo 294º, nº1 do CSC, salvo diferente cláusula estatutária ou deliberação tomada por maioria de 3/4 dos votos correspondentes ao capital social em Assembleia Geral convocada para o efeito, não pode deixar de ser distribuído aos acionistas metade do lucro do exercício que, nos termos da lei, seja distribuível. Nos Estatutos dos CTT não existe qualquer cláusula que disponha em contrário ao preceituado na referida disposição legal. Por lucro distribuível entende-se o resultado líquido do exercício após constituição ou reforço de reserva legal e cobertura de resultados transitados negativos, quando aplicável. Com referência a 31 de dezembro de 2015, verifica-se que a reserva legal se encontra integralmente constituída e os resultados transitados são positivos. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015 apurou-se um resultado líquido do exercício, nas contas individuais, no montante global de € 72.065.283,00. Devido às regras contabilísticas em vigor, já se encontra refletido no referido resultado líquido um montante de € 9.148.500,00 relativo à atribuição de gratificações, a título de participação nos lucros, a colaboradores e Administradores Executivos dos CTT, que agora se propõe. Nos termos do referido artigo 23º dos estatutos da Sociedade, à remuneração fixa poderá acrescer, no caso dos Administradores Executivos, uma remuneração variável, a qual pode consistir numa percentagem dos lucros consolidados da Sociedade, caso em que a percentagem global de tais lucros afeta à remuneração variável não poderá exceder, em cada ano, o correspondente a 5% dos lucros consolidados do exercício. Neste enquadramento e nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração propõe que: a) O resultado líquido do exercício de 2015, no montante global de € 72.065.283,00 apurado com base nas demonstrações financeiras individuais, tenha a seguinte aplicação: Dividendos*…………………………….€ 70.500.000,00 Resultados Transitados……………….€ 1.565.283,00 * distribuição de dividendos de € 70.500.000,00 corresponde a € 0,47 por ação.

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Relatório e Contas 2015

b) Seja atribuído o montante máximo de € 9.148.500,00 (já pressuposto nas demonstrações financeiras individuais) a colaboradores e Administradores Executivos dos CTT, a título de gratificações de balanço.

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Relatório e Contas 2015

8. DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE

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Relatório e Contas 2015

PARTE II – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Demonstrações financeiras consolidadas

CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Euros

31.12.2015 31.12.2014

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 5 209.940.886 212.466.058Propriedades de investimento 7 19.783.095 23.329.763Ativos intangíveis 6 27.624.015 13.426.007Goodwill 9 8.058.656 7.705.457Investimentos em associadas 10 255.695 227.418Outros investimentos 11 1.106.812 1.106.812Outros ativos não correntes 18 601.103 790.601Ativos por impostos diferidos 41 87.535.941 91.428.940

Total do ativo não corrente 354.906.203 350.481.056

Ativo correnteInventários 13 5.455.115 5.785.277Contas a receber 14 124.355.641 131.682.269Diferimentos 15 8.168.589 5.692.895Outros ativos correntes 18 22.936.943 22.785.382Caixa e equivalentes de caixa 17 603.649.717 664.569.744

Total do ativo corrente 764.566.005 830.515.567

Total do ativo 1.119.472.208 1.180.996.623

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital 20 75.000.000 75.000.000 Ações próprias 21 (1.873.125) -Reservas 21 33.384.112 31.773.967 Resultados transitados 21 91.727.994 84.374.563 Outras variações no capital próprio 21 (18.644.832) (18.786.310)Resultado líquido do período atribuível a detentores de capital do Grupo CTT 72.065.283 77.171.128Interesses não controlados 24 175.322 (323.703)Total do capital próprio 251.834.754 249.209.645

Passivo

Passivo não correnteFinanciamentos obtidos 25 1.035.522 1.913.118Benefícios aos empregados 26 241.306.773 255.541.102Provisões 27 40.732.332 45.671.517Diferimentos 15 5.016.576 6.426.807Passivos por impostos diferidos 41 4.576.598 4.841.684

Total do passivo não corrente 292.667.801 314.394.228

Passivo correnteContas a pagar 28 435.891.677 499.536.907Benefícios aos empregados 26 18.538.572 21.750.445Imposto a pagar 29 7.922.942 6.173.214Financiamentos obtidos 25 7.078.155 1.846.070Diferimentos 15 13.745.430 5.502.183 Outros passivos correntes 30 91.792.877 82.583.931

Total do passivo corrente 574.969.653 617.392.750

Total do passivo 867.637.454 931.786.978

Total do capital próprio e do passivo 1.119.472.208 1.180.996.623

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NOTAS

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Relatório e Contas 2015

CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS PERÍODOS DE 12 MESES E 3 MESES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Euros

NOTAS 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014

Rendimentos operacionais 727.179.760 718.774.422 189.104.907 187.831.964 Vendas e serviços prestados 4 705.168.863 703.283.590 178.208.284 187.381.784Outros rendimentos e ganhos operacionais 33 22.010.897 15.490.832 10.896.623 450.180

Gastos operacionais (617.247.815) (583.356.761) (158.923.053) (134.272.771)Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 13 (16.316.346) (16.998.498) (4.501.124) (5.700.598)Fornecimentos e serviços externos 34 (233.084.139) (237.679.808) (62.361.438) (65.423.040)Gastos com o pessoal 36 (331.772.879) (258.006.736) (82.782.296) (18.889.268)Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões) 37 (1.410.434) (5.877.266) (415.306) (3.847.414)Imparidade de ativos não depreciáveis 9 623.123 (18.932.073) 623.123 (18.932.073)Provisões (aumentos/reversões) 27 (277.313) (14.009.576) (285.526) (12.340.897)Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões) 38 (23.573.001) (21.405.600) (6.887.234) (5.344.782)Outros gastos e perdas operacionais 39 (11.436.825) (10.447.204) (2.313.251) (3.794.698)

Resultado operacional 109.931.945 135.417.661 30.181.854 53.559.193

Resultados financeiros (5.321.964) (7.418.971) (1.408.300) (2.351.539)Gastos e perdas financeiros 40 (6.861.401) (11.797.721) (1.710.418) (2.888.259)Rendimentos financeiros 40 1.485.163 4.325.187 276.121 786.250Ganhos/perdas em associadas 10 54.274 53.562 25.997 (249.531)

Resultado antes de impostos 104.609.981 127.998.690 28.773.554 51.207.654Imposto sobre o rendimento do período 41 (32.539.346) (51.155.054) (7.345.753) (26.925.379)

Resultado líquido do período 72.070.635 76.843.636 21.427.801 24.282.275

Resultado líquido do período atribuível a:Detentores do capital do Grupo CTT 72.065.283 77.171.128 21.430.326 24.537.556Interesses não controlados 24 5.352 (327.492) (2.525) (255.281)Resultado por ação da empresa-mãe 23 0,48 0,51 0,14 0,16

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Doze meses findos em Três meses findos em

CTT- CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS PERÍODOS DE 12 MESES E 3 MESES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Euros

NOTAS 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014

Resultado líquido do período 72.070.635 76.843.636 21.427.801 24.282.275

Ajustamentos em ativos financeiros decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial(ajustamento não reclassificável para a demonstração de resultados)

21 444.637 - 109.622 -

Benefícios aos empregados(ajustamento não reclassificável para a demonstração de resultados)

26 114.181 (61.041.103) 3.290.351 (60.448.095)

Impostos Diferidos - Benefícios aos empregados(ajustamento não reclassificável para a demonstração de resultados)

41 27.297 17.706.037 (866.477) 17.529.914

Outras alterações no capital próprio21/24

(18.661) (1.411.128) (145.681) 191.949

Outro rendimento integral do período líquido de impostos 567.454 (44.746.194) 2.387.815 (42.726.232)Rendimento integral do período 72.638.089 32.097.442 23.815.616 (18.443.957)

Atribuível a interesses não controlados 499.025 (1.729.652) (2.525) (56.858)Atribuível aos acionistas dos CTT 72.139.064 33.827.094 23.818.141 (18.387.099)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Doze meses findos em Três meses findos em

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Relatório e Contas 2015

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Relatório e Contas 2015

CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DOS PERÍODOS DE 12 MESES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Euros

NOTAS 31.12.2015 31.12.2014

Fluxos de caixa das atividades operacionaisRecebimentos de clientes 696.039.358 690.618.115Pagamentos a fornecedores (230.578.621) (248.103.826)Pagamentos ao pessoal (328.407.436) (309.218.520)

Caixa gerada pelas operações 137.053.302 133.295.769 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (26.881.091) (21.370.682)Outros recebimentos/pagamentos (77.340.046) 66.781.084

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 32.832.164 178.706.171

Fluxos de caixa das atividades de investimentoRecebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 515.316 1.434.725 Investimentos financeiros 24.870 4.046.849 Juros e rendimentos similares 2.283.289 6.951.935 Dividendos - 434.128

Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (16.689.137) (7.519.161) Ativos intangíveis (11.254.311) - Investimentos financeiros (418.622) -

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (25.538.595) 5.348.477

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 9.031.873 6.174.600

Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (3.800.884) (7.758.020) Juros e gastos similares (853.263) (1.023.841) Amortização de contratos de locação financeira (984.955) (1.061.358) Aquisição de ações próprias 21 (1.873.125) - Dividendos 22 (69.750.000) (60.000.000)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (68.230.355) (63.668.619)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) (60.936.786) 120.386.029 Alteração do perímetro de consolidação 16.758 (692.087)Caixa e seus equivalentes no início do período 664.569.744 544.875.803Caixa e seus equivalentes no fim do período 17 603.649.717 664.569.744

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório e Contas 2015

CTT – CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas (Montantes expressos em Euros)

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 104

1.1- CTT – Correios de Portugal, S.A. (empresa-mãe) ....................................................................................... 104

1.2- Atividade ................................................................................................................................................................... 105

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ................................................................................................ 106

2.1 Bases de apresentação ........................................................................................................................................ 106

2.1.1 Novas normas ou alterações adotadas pelo Grupo ................................................................................ 107

2.1.2 Novas normas, alterações e interpretações emitidas mas sem aplicação efetiva aos exercícios iniciados a 1 de janeiro de 2015 ou não adotadas antecipadamente:..................................................... 108

2.1.2.1 O Grupo decidiu optar pela não aplicação antecipada das seguintes normas e/ou interpretações, adotadas pela União Europeia: ............................................................................................. 108

2.1.2.2 Normas, alterações e interpretações emitidas mas ainda não efetivas para o Grupo: .............. 109

2.2 Princípios de Consolidação ................................................................................................................................. 110

2.3 Relato por segmentos ........................................................................................................................................... 112

2.4 Transações e saldos em moeda estrangeira ................................................................................................. 112

2.5 Ativos fixos tangíveis ............................................................................................................................................ 113

2.6 Ativos intangíveis ................................................................................................................................................... 114

2.7 Propriedades de investimento .......................................................................................................................... 115

2.8 Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill .............................................................. 115

2.9 Goodwill .................................................................................................................................................................... 116

2.10 Ativos financeiros .................................................................................................................................................. 116

2.10.1 Classificação ........................................................................................................................................................ 116

2.10.2 Reconhecimento e mensuração .................................................................................................................... 117

2.11 Capital ........................................................................................................................................................................ 117

2.12 Passivos financeiros ............................................................................................................................................. 118

2.13 Compensação de instrumentos financeiros .................................................................................................. 118

2.14 Imparidade de ativos financeiros ...................................................................................................................... 118

2.15 Inventários ................................................................................................................................................................ 119

2.16 Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas .............................................. 119

2.17 Distribuição de dividendos .................................................................................................................................. 120

2.18 Benefícios aos empregados ............................................................................................................................... 120

2.19 Pagamento baseado em ações .......................................................................................................................... 122

2.20 Provisões e passivos contingentes .................................................................................................................. 123

2.21 Rédito ......................................................................................................................................................................... 124

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Relatório e Contas 2015

2.22 Subsídios obtidos ................................................................................................................................................... 126

2.23 Locações ................................................................................................................................................................... 126

2.24 Encargos financeiros ............................................................................................................................................. 126

2.25 Impostos .................................................................................................................................................................... 126

2.26 Princípio da especialização ................................................................................................................................. 127

2.27 Julgamentos e estimativas .................................................................................................................................. 127

2.28 Demonstração consolidada dos fluxos de caixa .......................................................................................... 129

2.29 Eventos subsequentes ......................................................................................................................................... 129

3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS ....................................... 129

4. RELATO POR SEGMENTOS ................................................................................................................................ 129

5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ................................................................................................................................. 133

6. ATIVOS INTANGÍVEIS........................................................................................................................................... 136

7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO .............................................................................................................. 138

8. EMPRESAS INCLUÍDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO ............................................................. 140

9. GOODWILL ............................................................................................................................................................... 142

10. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS ................................................................................................................ 145

11. OUTROS INVESTIMENTOS ................................................................................................................................. 146

12. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ................................................................................................................. 146

13. INVENTÁRIOS ......................................................................................................................................................... 150

14. CONTAS A RECEBER ............................................................................................................................................. 151

15. DIFERIMENTOS ....................................................................................................................................................... 153

16. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ........... 154

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ................................................................................................................ 154

18. OUTROS ATIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES ................................................................................. 154

19. PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS................................................................................................. 156

20. CAPITAL .................................................................................................................................................................... 156

21. AÇÕES PRÓPRIAS, RESERVAS, OUTRAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO E RESULTADOS TRANSITADOS .......................................................................................................................................................................... 160

22. DIVIDENDOS ............................................................................................................................................................ 162

23. RESULTADOS POR AÇÃO ................................................................................................................................... 162

24. INTERESSES NÃO CONTROLADOS ................................................................................................................. 163

25. FINANCIAMENTOS OBTIDOS ............................................................................................................................ 163

26. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS ..................................................................................................................... 165

27. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS, PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS ........ 172

28. CONTAS A PAGAR ................................................................................................................................................. 175

29. IMPOSTO A PAGAR ............................................................................................................................................... 176

30. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES ............................................................................ 177

31. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS ............................................................................................................... 177

32. SUBSIDIOS OBTIDOS ........................................................................................................................................... 178

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Relatório e Contas 2015

33. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS ............................................................................. 178

34. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ................................................................................................ 179

35. LOCAÇÕES OPERACIONAIS .............................................................................................................................. 180

36. GASTOS COM O PESSOAL .................................................................................................................................. 180

37. IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS E CONTAS A RECEBER ......................................................................... 182

38. DEPRECIAÇÕES/ AMORTIZAÇÕES (PERDAS/REVERSÕES) ............................................................... 183

39. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS ............................................................................................ 183

40. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS .................................................................................................... 184

41. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO ............................................................................................................... 184

42. PARTES RELACIONADAS ................................................................................................................................... 188

43. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES ............................................................................................. 189

44. OUTRAS INFORMAÇÕES .................................................................................................................................... 189

45. EVENTOS SUBSEQUENTES ............................................................................................................................... 190

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Relatório e Contas 2015

1. INTRODUÇÃO

1.1- CTT – Correios de Portugal, S.A. (empresa-mãe)

CTT – Correios de Portugal, S. A. – Sociedade Aberta (“CTT” ou “Empresa”), com sede na Avenida D. João II, nº 13, 1999-001 em Lisboa, teve a sua origem na Administração Geral dos Correios Telégrafos e Telefones e a sua atual forma jurídica decorre de sucessivas ações de organização do sector Empresarial do Estado na área das Comunicações. Pelo Decreto-Lei n.º 49.368 de 10 de novembro de 1969, foi criada a Empresa pública CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., que iniciou a sua atividade em 1 de janeiro de 1970. Pelo Decreto-Lei n.º 87/92, de 14 de maio, os CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., foram transformados em pessoa coletiva de direito privado, com o estatuto de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Através do Decreto – Lei n.º 277/92, de 15 de dezembro, com a criação da ex-Telecom Portugal, S.A., por cisão dos Correios e Telecomunicações de Portugal, S.A., a sociedade passou à sua atual designação de CTT – Correios de Portugal, S.A.. Em 31 de janeiro de 2013 o Estado Português, através despacho nº 2468/12 – SETF de 28 de dezembro, transferiu as ações detidas pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças nos CTT para a Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A. Em Assembleia Geral dos CTT realizada em 30 de outubro de 2013, o seu capital social foi reduzido para 75.000.000 Euros, passando a ser representado por 150.000.000 ações, como resultado de um desdobramento de ações que foi realizado através da redução do seu valor nominal de 4,99 Euros para 0,50 Euros. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013 verificou-se a abertura do capital dos CTT ao sector privado. Deste modo, e suportado no Decreto-Lei nº129/2013, de 6 de setembro e na Resolução do Conselho de Ministros (“RCM”) nº 62-A/2013, de 10 de outubro, na RCM nº62-B/2013, de 10 de outubro e na RCM nº 72-B/2013, de 14 de novembro, ocorreu a 5 de dezembro de 2013 a primeira fase da privatização do capital dos CTT. Nesta data, 63,64% do capital dos CTT (95,5 milhões de ações) passou a ser detido pelo sector privado, dos quais 14% (21 milhões de ações) foi alienado em Oferta Pública de Venda e 49,64% (74,5 milhões de ações) por Venda Direta Institucional. Em 31 de dezembro de 2013 o Estado português, através da Parpública-Participações Públicas, SGPS, S.A., detinha uma participação de 36,36% do capital dos CTT, 30,00% por detenção e 6,36% por imputação. Em 5 de setembro de 2014 ocorreu a 2ª fase da privatização do capital dos CTT. A participação detida pela Parpública - Participações Públicas, SGPS, S.A., de 31,503% do capital dos CTT, foi nesta data objeto de uma oferta particular de venda de ações através de um processo de accelerated bookbuilding dirigida em exclusivo a investidores institucionais. As ações dos CTT encontram-se cotadas na Euronext Lisbon. As demonstrações financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 15 de março de 2016.

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Relatório e Contas 2015

1.2- Atividade

Os CTT e as empresas suas subsidiárias (“Grupo CTT” ou “Grupo”): CTT Expresso – Serviços Postais e Logística, S.A., PayShop (Portugal), S.A., CTT Contacto, S.A., Mailtec Comunicação, S.A., Corre – Correio Expresso de Moçambique, S.A., Banco CTT, S.A., Escrita Inteligente, S.A. e a Tourline Express Mensajería, SLU e suas subsidiárias, têm como atividade principal assegurar a prestação do serviço postal universal, a prestação de serviços postais e a prestação de serviços financeiros. Em 2015, no âmbito dos serviços financeiros o Grupo CTT alargou o âmbito da sua atividade com a constituição do Banco CTT, S.A., que tem por objeto o exercício da atividade bancária, incluindo todas as operações acessórias, conexas ou similares compatíveis com essa atividade e permitidas por lei. Fazem ainda parte das atividades complementares prosseguidas pelo Grupo, a comercialização de bens ou a prestação de serviços por conta própria ou de terceiros, desde que convenientes ou compatíveis com a normal exploração da rede postal, designadamente a prestação de serviços da sociedade de informação, redes e serviços de comunicações eletrónicas, onde atua como operador móvel virtual (MVNO), e a prestação de serviços de interesse público ou de interesse geral. A prestação do serviço postal é efetuada pelos CTT no âmbito do Contrato de Concessão do Serviço Postal Universal celebrado em 1 de setembro de 2000 entre o Estado Português e os CTT. Para além dos serviços concessionados, os CTT podem prestar outros serviços postais, bem como desenvolver outras atividades, designadamente, as que permitam a rentabilização da rede do serviço universal, diretamente ou através de constituição ou participação em sociedades ou mediante outras formas de cooperação entre empresas. Dentro destas atividades salienta-se a prestação de serviços de interesse público ou de interesse geral mediante condições que vierem a ser acordadas com o Estado. Na sequência das alterações introduzidas pela Diretiva 2008/6/CE de 20 de fevereiro de 2008 do Parlamento Europeu e do Conselho ao quadro regulamentar que rege a prestação de serviços postais, verificou-se em 2012 a sua transposição para a ordem jurídica nacional através da aprovação da Lei nº 17/2012, de 26 de abril (“nova Lei Postal”), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro, e pela Lei nº 16/2014, de 4 de abril, revogando a Lei nº 102/99, de 26 de julho. A nova Lei Postal estabelece o regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais, em plena concorrência, no território nacional, bem como de serviços internacionais com origem ou destino no território nacional. Deste modo, a partir da entrada em vigor da nova Lei Postal, o mercado postal em Portugal foi totalmente aberto à concorrência, eliminando as áreas no âmbito do serviço universal que ainda se encontravam reservadas ao prestador dos serviço postal universal, os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”). No entanto, por razões de interesse geral, mantiveram-se reservados as seguintes atividades e serviços: colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à aceitação de envios postais, emissão e venda de selos postais com a menção Portugal e o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos. De acordo com a nova Lei Postal o âmbito do serviço postal universal integra as seguintes prestações, de âmbito nacional e internacional:

Um serviço postal de envios de correspondência, excluindo a publicidade endereçada, de livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas até 2 Kg de peso;

Um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia com peso até 20Kg;

Um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado.

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Relatório e Contas 2015

Decorrente da nova Lei Postal, o Governo Português procedeu à revisão das bases da concessão, através da publicação do Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro, na sequência da qual se efetuou em 31 de dezembro de 2013 a quarta alteração ao contrato de concessão do serviço postal universal. Deste modo, o contrato de concessão celebrado entre o Estado Português e os CTT em 1 de setembro de 2000, posteriormente alterado em 1 de outubro de 2001, 9 de setembro de 2003, 26 de julho de 2006 e em 31 de dezembro de 2013, abrange:

O serviço postal universal, como acima definido; Os serviços reservados: (i) o direito de colocar marcos e caixas de correio na via pública

destinados à aceitação de envios postais, (ii) a emissão e venda de selos postais com a menção “Portugal” e (iii) o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos;

A prestação do serviço de ordens de pagamento especiais que permite efetuar a transferência de fundos por via eletrónica e física, no âmbito nacional e internacional, designado por serviço de vales postais, a título exclusivo;

Serviço de Caixa Postal Eletrónica, a título não exclusivo. Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantém-se como prestador de serviço postal universal até 2020, assegurando a exclusividade das atividades e serviços reservados mencionados. Uma vez finda a concessão, caso não seja novamente atribuída, os CTT poderão prestar, a par dos restantes operadores, todos os serviços postais que entenderem, em regime de livre concorrência, de acordo com a sua política estratégico-comercial, à exceção dos serviços que forem concessionados em regime de exclusivo. Em súmula, face ao enquadramento legal e regulamentar vigente, entendem os CTT que não existem fundamentos para introduzir qualquer alteração relevante nas políticas contabilísticas do Grupo.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são as abaixo mencionadas.

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, de acordo com as disposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia a 31 de dezembro de 2015. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as IFRS emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as IAS emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”.

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Relatório e Contas 2015

Além das normas que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2015, descritas na Nota 2.1.1, e que se encontram consideradas nas políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas a 31 de dezembro de 2015 e descritas na Nota 2.2 a 2.28, foram emitidas as normas e interpretações descritas na Nota 2.1.2 e que ainda não são de aplicação efetiva nos exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2015.

2.1.1 Novas normas ou alterações adotadas pelo Grupo As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas que entraram em vigor e que o Grupo aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras, apresentam-se como segue:

IFRIC 21 – Taxas- O IASB emitiu em 20 de maio de 2013, esta interpretação com data efetiva de aplicação (de forma retrospetiva) para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de janeiro de 2014. Esta interpretação foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 634/2014, de 13 de junho, (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício que começa em ou após 17 de junho de 2014). Esta nova interpretação define taxas (“Levy”) como sendo um desembolso de uma entidade imposto pelo governo de acordo com legislação. Confirma que uma entidade reconhece um passivo pela taxa quando – e apenas quando – o evento específico que desencadeia a mesma, de acordo com a legislação, ocorre. Esta interpretação não teve impactos materiais nas demonstrações financeiras do Grupo.

Melhoramentos às IFRS (2011-2013)- Os melhoramentos anuais do ciclo 2011-2013, emitidos pelo IASB em 12 de dezembro de 2013 introduziram alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de julho de 2014 às normas IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13 e IAS 40. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 1361/2014, de 18 de dezembro (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de janeiro de 2015). O grupo não antecipa qualquer impacto relevante na aplicação desta alteração nas suas demonstrações financeiras.

o IFRS 2 – Definição de condição de aquisição (“vesting”) A alteração clarifica a definição de condição de aquisição (“vesting”) contida no Apêndice A da IFRS 2 – Pagamentos Baseados em Ações, separando a definição de “condição de desempenho” e “condição de serviço” da “condição de aquisição”, fazendo uma descrição de cada uma das condições de forma mais clara.

o IFRS 3 – Contabilização de uma consideração contingente no âmbito de uma concentração de atividades empresariais. O objetivo da alteração visa clarificar certos aspetos da contabilização da consideração contingente no âmbito de uma concentração de atividades empresariais, nomeadamente a classificação da consideração contingente, tomando em linha de conta se tal consideração contingente é um instrumento financeiro ou um ativo ou passivo não-financeiro.

o IFRS 8 – Agregação de segmentos operacionais e reconciliação entre o total dos ativos dos segmentos reportáveis e os ativos da empresa. A alteração clarifica o critério de agregação e exige que uma entidade divulgue os fatores utilizados para identificar os segmentos reportáveis, quando o segmento operacional tenha sido agregado. Para atingir consistência interna, uma reconciliação do total dos ativos dos segmentos reportáveis para o total dos ativos de uma entidade deverá ser divulgada, se tais quantias forem regularmente proporcionadas ao tomador de decisões operacionais.

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o IFRS 13 – Contas a receber ou pagar de curto prazo. O IASB alterou as bases de conclusão no sentido de esclarecer que, ao eliminar o AG 79 da IAS 39 não pretendeu eliminar a necessidade de determinar o valor atual de uma conta a receber ou pagar no curto prazo, cuja fatura foi emitida sem juro, mesmo que o efeito seja imaterial. De salientar que o parágrafo 8 da IAS 8 já permite que uma entidade não aplique políticas contabilísticas definidas nas IFRS se o seu impacto for imaterial.

o IAS 16 e IAS 38 – Modelo de Revalorização – reformulação proporcional da depreciação ou amortização acumulada. De forma a clarificar o cálculo da depreciação ou amortização acumulada, à data da reavaliação, o IASB alterou o parágrafo 35 da IAS 16 e o parágrafo 80 da IAS 38 no sentido de: (i) a determinação da depreciação (ou amortização) acumulada não depende da seleção da técnica de valorização; e (ii) a depreciação (ou amortização) acumulada é calculada pela diferença entre a quantia bruta e o valor líquido contabilístico.

o IAS 24 – Transações com partes relacionadas – serviços do pessoal chave da gestão. Para resolver alguma preocupação sobre a identificação dos custos do serviço do pessoal chave da gestão (KMP) quando estes serviços são prestados por uma entidade (entidade gestora como por exemplo nos fundos de investimento), o IASB clarificou que as divulgações das quantias incorridas pelos serviços de KMP fornecidos por uma entidade de gestão separada devem ser divulgados, mas não é necessário apresentar a desagregação prevista no parágrafo 17.

2.1.2 Novas normas, alterações e interpretações emitidas mas sem aplicação efetiva aos

exercícios iniciados a 1 de janeiro de 2015 ou não adotadas antecipadamente:

2.1.2.1 O Grupo decidiu optar pela não aplicação antecipada das seguintes normas

e/ou interpretações, adotadas pela União Europeia: IAS 19 (Alterada) – Planos de Benefício Definido: Contribuição dos empregados - O IASB emitiu esta alteração em 21 de novembro de 2013, com data efetiva de aplicação (de forma retrospetiva) para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de julho de 2014. Esta alteração foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 29/2015, de 17 de dezembro de 2014 (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de fevereiro de 2015). A presente alteração clarifica a orientação quando estejam em causa contribuições efetuadas pelos empregados ou por terceiras entidades, ligadas aos serviços exigindo que a entidade atribua tais contribuições em conformidade com o parágrafo 70 da IAS 19 (2011). Assim, tais contribuições são atribuídas usando a fórmula de contribuição do plano ou de uma forma linear. A alteração reduz a complexidade introduzindo uma forma simples que permite a uma entidade reconhecer contribuições efetuadas por empregados ou por terceiras entidades, ligadas ao serviço que sejam independentes do número de anos de serviço (por exemplo um percentagem do vencimento), como redução do custo dos serviços no período em que o serviço seja prestado. O grupo não antecipa qualquer impacto relevante na aplicação desta alteração nas suas demonstrações financeiras. Melhoramentos às IFRS (2010-2012) - Os melhoramentos anuais do ciclo 2010-2012, emitidos pelo IASB em 12 de dezembro de 2013, introduzem alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciaram em, ou após, 1 de julho de 2014 às normas IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13,

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IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 28/2015, de 17 de dezembro de 2014 (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de fevereiro de 2015). O grupo não antecipa qualquer impacto relevante na aplicação desta alteração nas suas demonstrações financeiras. Melhoramentos às IFRS (2012-2014) – Os melhoramentos anuais do ciclo 2012-2014, emitidos pelo IASB em 25 de setembro de 2014, introduzem alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciaram em, ou após, 1 de janeiro de 2016 às normas IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2343/2015, de 15 de dezembro de 2015. O grupo não antecipa qualquer impacto relevante na aplicação destas alterações nas suas demonstrações financeiras. IAS 27: Equivalência patrimonial em demonstrações financeiras separadas - O IASB emitiu, em 12 de agosto de 2014, alterações à IAS 27, com data efetiva de aplicação para períodos que iniciem em, ou após, 1 de janeiro de 2016, visando introduzir uma opção pela mensuração de subsidiárias, associadas ou empreendimentos conjuntos pelo método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2441/2015, de 18 de dezembro de 2015. Como as contas individuais seguem o SNC a presente alteração não é aplicável ao grupo. Outras alterações - Foram ainda emitidas pelo IASB em 2014 e aplicáveis aos exercícios que se iniciam em, ou após, 1 de janeiro de 2016 as seguintes alterações: Alterações à IAS 16 e IAS 41: Plantas vivas de produção de produtos agrícolas (“Bearer Plants”)

(emitida em 30 de junho e adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2113/2015, de 23 de novembro);

Alterações à IAS 16 e IAS 38: Clarificação dos métodos aceites para depreciação e amortização (emitida em 12 de Maio e adotada em 2 de dezembro);

Alterações à IFRS 11: Contabilização de aquisições de interesses em empreendimentos conjuntos (emitida em 6 de Maio e adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2173/2015, de 24 de novembro).

Alterações à IAS 1. Iniciativa de Divulgações (emitida em 18 de dezembro e adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2406/2015, de 18 de dezembro);

O grupo não antecipa qualquer impacto na aplicação destas alterações nas suas demonstrações financeiras.

2.1.2.2 Normas, alterações e interpretações emitidas mas ainda não efetivas para o

Grupo: IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (emitida em 2009 e alterada em 2010, 2013 e 2014) - A IFRS 9 (2009 e 2010) introduz novos requisitos para a classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros. Nesta nova abordagem, os ativos financeiros são classificados e mensurados tendo por base o modelo de negócio que determina a sua detenção e as características contratuais dos fluxos de caixa dos instrumentos em causa. Foi publicada a IFRS 9 (2013) com os requisitos que regulamentam a contabilização das operações de cobertura. Foi ainda publicada a IFRS 9 (2014) que reviu algumas orientações para a classificação e mensuração de instrumentos financeiros (além de participações em capital das sociedades consideradas estratégicas, alargou a outros instrumentos de dívida a mensuração ao justo valor com as alterações a serem reconhecidas em outro rendimento integral – OCI) e implementou um novo modelo de imparidade tendo por base o modelo de perdas esperadas. A IFRS 9 será aplicável para os exercícios que se iniciem em 1 de janeiro de 2018 (com opção para aplicação antecipada). O grupo ainda não procedeu a uma análise completa

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sobre os impactos da aplicação desta norma. Tendo em conta a reformulação operada no tratamento dos instrumentos financeiros, nomeadamente com o início da operação do Banco CTT, SA, poderão ocorrer impactos relevantes nas demonstrações financeiras futuras do Grupo. IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes - O IASB emitiu, em 28 de Maio de 2014, a norma IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes, de aplicação obrigatória em períodos que se iniciem em, ou após, 1 de janeiro de 2017. A sua adoção antecipada é permitida. Esta norma revoga as normas IAS 11 - Contratos de construção, IAS 18 - Rédito, IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente, IFRIC 15 - Acordos para a Construção de Imóveis, IFRIC 18 - Transferências de Ativos Provenientes de Clientes e SIC 31 Rédito - Transações de Troca Direta Envolvendo Serviços de Publicidade. A IFRS 15 determina um modelo baseado em 5 passos de análise por forma a determinar quando o rédito deve ser reconhecido e qual o montante. O modelo especifica que o rédito deve ser reconhecido quando uma entidade transfere bens ou serviços ao cliente, mensurado pelo montante que a entidade espera ter direito a receber. Dependendo do cumprimento de alguns critérios, o rédito é reconhecido:

i) No momento preciso, quando o controlo dos bens ou serviços é transferido para o cliente; ou

ii) Ao longo do período, na medida em que retrata a performance da entidade. O Grupo encontra-se ainda a avaliar os impactos decorrentes da adoção desta norma. IFRS 16 – Locações - O IASB emitiu, em 13 de janeiro de 2016, a norma IFRS 16 - Locações, de aplicação obrigatória em períodos que se iniciem em, ou após, 1 de janeiro de 2019. A sua adoção antecipada é permitida desde que adotada igualmente a IFRS 15. Esta norma revoga a norma IAS 17 - Locações. A IFRS 16 remove a classificação das locações como operacionais ou financeiras, tratando todas as locações como financeiras. Locações de curto-prazo (menos de 12 meses) e locações de ativos de baixo valor (como computadores pessoais) são isentos de aplicação dos requisitos da norma. O grupo ainda não procedeu a uma análise completa sobre os impactos da aplicação desta norma. IFRS 14 – Contas Diferidas Regulatórias - O IASB emitiu em 30 de janeiro de 2014 uma norma que define medidas provisórias para quem adota pela primeira vez as IFRS e tem atividade com tarifa regulada. A Comissão Europeia decidiu não iniciar o processo de adoção desta norma interina e esperar pela norma final. A presente norma não é aplicável ao grupo. Outras alterações - Foram ainda emitidas pelo IASB:

Em 18/12/2014 e aplicável aos exercícios que se iniciam em, ou após, 1 de janeiro de 2016 as alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 28, Entidades de Investimento: Aplicação da exceção de consolidação;

Em 19/1/2016 e aplicável aos exercícios que se iniciam em, ou após, 1 de janeiro de 2017, alterações à IAS 12 que visaram clarificar os requisitos de reconhecimento de ativos por impostos diferidos para perdas não realizadas para resolver divergências praticadas.

O grupo não antecipa qualquer impacto na aplicação desta alteração nas suas demonstrações financeiras.

2.2 Princípios de Consolidação

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detém o controlo, ou seja, está exposto, ou tem direito, a retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos devido ao seu poder sobre a participada, foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. As empresas consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 8.

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O capital próprio e o resultado líquido correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, respetivamente, na rubrica “Interesses não controlados”. Os prejuízos e ganhos aplicáveis aos interesses não controlados são imputados aos mesmos. Os ativos e passivos de cada empresa do Grupo são identificados ao seu justo valor na data de aquisição tal como previsto na IFRS 3. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício. Os custos de transação diretamente atribuíveis às combinações empresariais são imediatamente reconhecidas nos resultados. Os interesses não controlados incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias. Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou data de exercício do controlo até à data da sua venda. Sempre que necessário são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das subsidiárias para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transações (incluindo as eventuais mais e menos-valias derivadas de alienações entre empresas do Grupo), os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Empresas Associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se registados no balanço consolidado, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 10). Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira se situa entre os 20% e os 50%. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo e posteriormente ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas por contrapartida de “Ganhos/perdas em associadas”, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de “Outro rendimento integral”. Adicionalmente, as participações em associadas poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade. Quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é realizada uma avaliação, sendo registadas como gastos na Demonstração consolidada dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição é considerado goodwill relativo à associada e incluído no valor do investimento financeiro em associadas. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício na rubrica de “Ganhos/perdas em associadas”, após confirmação do justo valor atribuído. Quando as perdas em empresas associados excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que o Grupo incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da associada, caso em que é registada uma Provisão.

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Os dividendos recebidos de empresas associadas são registados como uma diminuição do valor dos “Investimentos em associadas”. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objeto de reversão, à exceção das perdas por imparidade sobre o goodwill. Os ganhos e perdas não realizados em transações com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade. Empresas controladas conjuntamente Os investimentos em empresas controladas conjuntamente são registados nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de equivalência patrimonial. A classificação destes investimentos é determinada pela existência de uma acordo contratual que demonstra e regula o controlo da empresa. De acordo com o método de equivalência patrimonial, os investimentos são registados inicialmente ao custo e ajustado posteriormente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas controladas conjuntamente por contrapartida de “Ganhos/perdas em empresas controladas conjuntamente”, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de “Outro rendimento integral”. Adicionalmente, os investimentos em entidades conjuntamente controladas podem ser ajustados através do reconhecimento de perdas de imparidade. Sempre que houver indícios que os ativos possam estar em imparidade, uma avaliação é realizada e caso exista perda por imparidade é registado como gasto nas demonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizáveis nas transações com entidades conjuntamente controladas são eliminados na proporção dos interesses do Grupo na entidade, registando esse movimento no respetivo investimento que detém. As perdas não realizáveis são também eliminadas, mas apenas até ao ponto em que as perdas não signifiquem que o ativo transferido esteja em imparidade.

2.3 Relato por segmentos

O Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados na informação de Gestão produzida internamente.

Em conformidade com o estabelecido na IFRS 8, um segmento operacional é uma componente do Grupo:

(i) que desenvolve atividades de negócio de que pode obter réditos e incorrer em gastos; (ii) cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada de decisões operacionais do Grupo para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de recursos ao segmento e da avaliação do seu desempenho; e (iii) relativamente à qual esteja disponível informação financeira distinta.

2.4 Transações e saldos em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional do Grupo) são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da transação. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de

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câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são atualizadas. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data da cobrança, pagamentos ou na data do balanço, são reconhecidas nos resultados do período. As taxas de câmbio utilizadas na conversão das demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira são as taxas de câmbio de fecho do período, no caso da conversão dos ativos e passivos, e a taxa de câmbio médio no caso da conversão dos resultados. As taxas de câmbio utilizadas na conversão dos saldos e das demonstrações financeiras em moeda estrangeira foram as seguintes.

Fonte: Banco de Portugal

2.5 Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de depreciações acumuladas e perdas de imparidade, quando aplicável. O custo de aquisição inclui: (i) o preço de compra do ativo; (ii) as despesas diretamente imputáveis à compra; e (iii) os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local (Notas 2.20 e 27). De acordo com a exceção prevista no IFRS1 - Adoção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, as reavaliações efetuadas aos ativos tangíveis, de acordo com os índices de atualização monetária previstos na legislação portuguesa, em exercícios anteriores a 1 de janeiro de 2009, foram mantidas, designando-se essas quantias reavaliadas, para efeitos de IFRS, como “custo considerado” e foram incluídos nos “Resultados transitados”. As depreciações dos ativos tangíveis, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

Os terrenos não são depreciáveis. A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, o Grupo avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade. Sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de

Fecho Médio Fecho Médio

Metical de Moçambique (MZM) 49,29000 43,53417 38,53000 40,66583Dólar dos USA (USD) 1,08870 1,10963 1,21410 1,32884Direitos de saque especial (DTS) 1,27283 1,26147 1,19332 1,14454

2015 2014

Anos de vida útil

Edifícios e outras construções 10 – 50Equipamento básico 4 – 10Equipamento de transporte 4 – 7Ferramentas e utensílios 4Equipamento administrativo 3 – 10Outros ativos fixos tangíveis 5 – 10

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imparidade, sendo o excesso do valor contabilístico face ao valor recuperável, caso exista, reconhecido em resultados. A quantia recuperável corresponde ao montante mais elevado entre o justo valor de um ativo menos os custos de o vender e o seu valor de uso. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/produção, encontrando-se registados ao custo de aquisição ou produção. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os rendimentos ou gastos decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada, são contabilizados em resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais“ ou “Outros gastos e perdas operacionais”.

2.6 Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis compreendem essencialmente despesas com patentes, software (sempre que este é separável do hardware e esteja associado a projetos em que seja quantificável a geração de benefícios económicos futuros), licenças e outros direitos de uso. Também incluem as despesas de desenvolvimento dos projetos de I&D sempre que se demonstre a intenção e a capacidade técnica para completar esse desenvolvimento, a fim de o mesmo estar disponível para comercialização ou uso. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método das quotas constantes, a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil estimada, que se situa num período que varia entre 3 e 20 anos:

Exceção para os ativos respeitantes a propriedade industrial e outros direitos, que são amortizados durante o período de tempo em que tem lugar a sua utilização exclusiva e, para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, que não são objeto de amortização, sendo sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, e sempre que haja uma indicação de que possam estar em imparidade.

Projetos de desenvolvimento 3

Propriedade industrial 3 – 20

Software 3 – 10

Anos de vida útil

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O Grupo procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Os rendimentos ou gastos decorrentes da alienação de ativos intangíveis são determinados pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada, são contabilizados em resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais“ ou “Outros gastos e perdas operacionais”.

2.7 Propriedades de investimento

As propriedades de investimento são as propriedades (terreno ou edifícios) detidos pelo Grupo para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou b) venda no curso ordinário do negócio. As propriedades de investimento compreendem essencialmente imóveis que o Grupo desafetou do uso na prestação dos serviços do Grupo e que detém para obter rendas ou valorização de capital. Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. As taxas de depreciação consideradas são compreendidas entre 10 e 50 anos. O Grupo providencia anualmente avaliações dos ativos classificados como propriedades de investimento para determinar eventuais imparidades e proceder à respetiva divulgação do justo valor. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas.

2.8 Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill

O Grupo efetua avaliações de imparidade dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que ocorra algum evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. O justo valor é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo numa transação ordenada entre participantes no mercado à data da mensuração. O valor de uso decorre dos fluxos de caixa futuros estimados e descontados do ativo durante a vida útil esperada. A taxa de desconto utilizada na

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atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o valor atual do capital e o risco específico do ativo. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada na Demonstração consolidada dos resultados. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração consolidada dos resultados. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores.

2.9 Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis de cada entidade adquirida e incluída na consolidação pelo método integral, ou subsidiária, na respetiva data de aquisição, em conformidade com o estabelecido na IFRS 3 (Revista) – Concentração de Atividades Empresariais. Decorrente da exceção prevista no IFRS 1 – Adoção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo aplicou as disposições do IFRS 3 apenas às aquisições ocorridas posteriormente a 1 de janeiro de 2009. Os valores de goodwill correspondentes a aquisições anteriores a 1 de janeiro de 2009 foram mantidos, pelos valores líquidos apresentados nessa data, sendo sujeitos anualmente a testes de imparidade desde aquela data. O goodwill não é amortizado. Na análise da imparidade do goodwill, o mesmo é adicionado à unidade ou unidades geradoras de caixa a que respeita. O valor de uso é determinado pela atualização dos fluxos de caixa futuros estimados da unidade geradora de caixa. O valor recuperável das unidades geradoras de caixa às quais o goodwill é afeto, é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos do negócio. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados corresponde à WACC antes de impostos (“Weighted Average Cost of Capital”) estimada a partir das taxas e estruturas de capital de entidades do sector. Os testes de imparidade são realizados à data de cada relato financeiro ou mais cedo se forem identificados indicadores de risco de imparidade. As perdas por imparidade não são reversíveis. Na venda de unidades geradoras de caixa, o correspondente goodwill é incluído na determinação das perdas ou ganhos de capital.

2.10 Ativos financeiros

2.10.1 Classificação

O Grupo classifica os seus ativos financeiros de acordo com as seguintes categorias: empréstimos concedidos e contas a receber e ativos financeiros disponíveis para venda. A classificação depende do objetivo da aquisição dos referidos ativos financeiros. A gestão determina a classificação dos seus ativos financeiros aquando do seu reconhecimento inicial.

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Empréstimos concedidos e contas a receber Empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados num mercado ativo. Os empréstimos concedidos e contas a receber são classificados como ativos correntes, exceto quando possuam maturidades superiores a 12 meses após a data de balanço, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes. Os empréstimos concedidos e contas a receber do Grupo, incluem ‘Contas a receber’, ‘Caixa e equivalentes de caixa’, ‘Outros ativos não correntes’ e ‘Outros ativos correntes’ registados no balanço consolidado. Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados no momento do seu reconhecimento inicial nesta categoria ou não se enquadram em Empréstimos concedidos e contas a receber. Estes ativos financeiros são classificados como não correntes, exceto se forem investimentos com maturidades inferiores a 1 ano ou se a gestão tiver a intenção de os alienar no prazo de 12 meses seguintes à data das demonstrações financeiras. Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros reconhecidos ao justo valor através dos resultados adquiridos com o objetivo principal de serem transacionados no curto prazo e (ii) os outros ativos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas nos resultados ("fair value option").

2.10.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de contratação – a data na qual o Grupo se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, acrescido dos custos de transação, para todos os ativos financeiros não reconhecidos ao justo valor através de resultados. Os ativos financeiros são desreconhecidos no momento em que expiram ou são transferidos os direitos a receber fluxos de caixa e transferidos substancialmente os riscos e benefícios associados à sua propriedade. Os ativos financeiros disponíveis para venda são subsequentemente mensurados ao justo valor, com a contrapartida da variação do justo valor a ser inscrita no rendimento integral. Os empréstimos concedidos e as contas a receber são subsequentemente mensurados ao custo amortizado de acordo com o método do juro efetivo.

Os dividendos de ações classificados como disponíveis para venda são reconhecidos na demonstração dos resultados quando for estabelecido o direito ao seu recebimento.

2.11 Capital

Os custos com a emissão de novas ações são reconhecidos diretamente em capital como dedução ao valor do encaixe. Os custos com uma emissão de capital próprio que não se concluiu são reconhecidos como gasto.

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2.12 Passivos financeiros

Financiamentos obtidos Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de despesas com a emissão, o qual corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subsequentemente, são mensurados pelo método do custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, contabilizados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica de “Contas a pagar” (Nota 28). A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos futuros durante a vida esperada do instrumento financeiro para a quantia escriturada líquida do passivo financeiro. Contas a pagar As contas a pagar classificadas como passivo corrente são registadas pelo seu valor nominal, o que é substancialmente equivalente ao seu justo valor. As contas a pagar classificadas como passivo não corrente, para as quais não exista uma obrigação contratual pelo pagamento de juros, são mensuradas inicialmente ao valor descontado e subsequentemente pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar (saldos de fornecedores e outros credores) são responsabilidades respeitantes à aquisição de mercadorias ou serviços, pelo Grupo no decurso normal das suas atividades. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos são classificadas como passivo corrente. Caso contrário são classificadas como passivos não correntes.

2.13 Compensação de instrumentos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são compensados e o seu valor líquido é apresentado no balanço consolidado quando existe o direito legal para compensar os valores reconhecidos e existe a intenção de os liquidar em base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.14 Imparidade de ativos financeiros

Ativos mensurados ao custo amortizado

O Grupo avalia a cada data das demonstrações financeiras se existe evidência objetiva que um ativo, ou um grupo de ativos financeiros, se encontra em imparidade. Um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade e são incorridas perdas por imparidade apenas se existir evidência objetiva de imparidade em virtude da ocorrência de um ou mais eventos após o reconhecimento inicial do ativo (um evento de perda), e de que tal evento (ou eventos) resulte num impacto na estimativa de fluxos de caixa futuros, produzidos por esse ativo ou grupo de ativos, que possa ser estimado com fiabilidade. Evidência de imparidade pode referir-se a indicações que os devedores, ou grupo de devedores, se encontram em dificuldades financeiras significativas, incumprimento no pagamento de juros ou valores a receber, a indicações que o devedor poderá entrar em falência ou em processo de reestruturação financeira e a situação onde dados observáveis indicam que existe um decréscimo mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados.

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Para os Empréstimos concedidos e contas a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor ao qual o ativo se encontra escriturado e o valor atual da estimativa de fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efetiva original. O valor escriturado é reduzido, e o montante da perda é reconhecido na demonstração consolidada dos resultados. Se, num período subsequente, o montante da perda por imparidade decresce, e esse decréscimo pode ser objetivamente atribuível a um evento que ocorre após a imparidade ser registada, então a imparidade anteriormente reconhecida é revertida na demonstração dos resultados consolidada. Ativos classificados como disponíveis para venda O Grupo analisa a cada data de reporte se existe evidência objetiva de imparidade sobre um ativo financeiro, ou um Grupo de ativos financeiros. No caso de instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, um decréscimo prolongado ou significativo do justo valor do título relativamente ao seu valor de custo constitui também evidência de imparidade. Se tal evidência existir em ativos disponíveis para venda, a perda acumulada – medida pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor à data, subtraída de qualquer perda por imparidade previamente reconhecida através de resultados por conta do ativo financeiro em questão – é removida do capital e reconhecida na demonstração dos resultados consolidados. As perdas por imparidade reconhecidas na demonstração dos resultados consolidados sobre instrumentos de capital não são revertidas através da demonstração dos resultados consolidados.

2.15 Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao menor entre o custo de aquisição e o valor de realização líquido, utilizando-se o custo médio ponderado como método de valorização das saídas de armazém. O custo de aquisição inclui o preço da fatura, despesas de transporte e seguro. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos de comercialização. As diferenças entre o custo e o respetivo valor realizável líquido dos inventários, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)”.

2.16 Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Os ativos não correntes, são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma venda em vez de o ser através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda, seja muito provável e o ativo esteja disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) o Grupo tenha assumido um compromisso de vender; e (iii) seja expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes desta classificação e o seu justo valor, deduzido dos custos de venda. Quando o justo valor é inferior à quantia escriturada, a diferença é reconhecida em “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)”, na Demonstração dos resultados consolidados.

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Os ativos não correntes detidos para venda são apresentados em linha própria no balanço consolidado. Os ativos não correntes detidos para venda não são sujeitos a amortização e depreciação. Os resultados das operações descontinuadas são apresentados, em linha própria na Demonstração dos resultados consolidados, a seguir ao Imposto sobre o rendimento e antes do Resultado líquido do exercício. Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos anteriormente, ainda que o Grupo retenha algum interesse residual na subsidiária após a venda.

2.17 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos, quando aprovados pelos acionistas em Assembleia Geral da Empresa e enquanto não pagos ao acionista, é reconhecida como um passivo.

2.18 Benefícios aos empregados

O Grupo adota como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades pelo pagamento das prestações de cuidados de saúde pós-reforma e outros benefícios, os critérios consagrados na IAS 19, através do método de custeio atuarial “Unidade de crédito projetada” (Nota 26). Para obtenção da estimativa do valor das responsabilidades (Valor presente da obrigação de benefício definido) e do gasto a reconhecer em cada período, é efetuado anualmente um estudo atuarial por entidade independente de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. O “Valor presente da obrigação de benefício definido” é registado no passivo na rubrica de “Benefícios aos empregados”. Benefícios pós-emprego - Cuidados de saúde Os trabalhadores subscritores da C.G.A. e os trabalhadores beneficiários da Segurança Social (“S.S.”), (admitidos no quadro efetivo da Empresa após 19 de maio de 1992 e até 31 de dezembro de 2009), podem usufruir dos benefícios, no âmbito dos cuidados de saúde, previstos no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. Tais benefícios são extensíveis a todos os trabalhadores efetivos da Empresa, quer se encontrem no ativo, quer na situação de aposentação, pré-reforma ou reforma. Os trabalhadores admitidos na Empresa após 31 de dezembro de 2009, apenas poderão usufruir dos benefícios previstos no Regulamento das Obras Sociais enquanto se mantiverem vinculados à Empresa por um contrato individual de trabalho, não lhe assistindo tal direito na aposentação, pré-reforma ou reforma. Os benefícios com cuidados de saúde respeitam, nomeadamente, à comparticipação no custo dos medicamentos, dos serviços médico-cirúrgicos, de enfermagem e de meios auxiliares de diagnóstico e dos serviços hospitalares, conforme estabelecido no Regulamento das Obras Sociais dos CTT.

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O financiamento do plano de cuidados de saúde pós-emprego é garantido na sua maior parte pela Empresa e pelos co-pagamentos dos beneficiários aquando da utilização de determinados serviços, sendo o restante coberto pelas quotas pagas pelos beneficiários. A adesão ao plano de cuidados de saúde pós-emprego implica o pagamento por parte dos beneficiários titulares (aposentados e reformados) de uma quota correspondente a 2,25% da pensão. Decorrente da alteração ao Plano de Saúde efetuada pela Empresa o montante da quota foi uniformizado passando o mesmo montante a ser pago também por cada familiar inscrito. Em determinadas situações especiais poderá haver isenção do pagamento de quota quer para titulares quer para familiares. A gestão do plano de cuidados de saúde é assegurada pela IOS – Instituto das Obras Sociais e regulado pelo Regulamento das Obras Sociais dos CTT, que por sua vez contratou a Médis – Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, SA (“Médis”), para prestação dos serviços de assistência médica. O contrato com a Médis vigora desde o dia 1 de janeiro de 2015. Outros benefícios de longo prazo Existe ainda um conjunto de obrigações construtivas assumidas pelo Grupo perante alguns grupos de trabalhadores, nomeadamente: - Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho As responsabilidades pelo pagamento de salários a empregados em regime de libertação do posto de trabalho, de suspensão de contrato de trabalho, pré-reforma ou equivalentes, são reconhecidas na Demonstração consolidada dos resultados, na sua totalidade, no momento de passagem do empregado para aqueles regimes. - Taxa de assinatura telefónica Trata-se de um benefício assumido pelos CTT de pagamento da taxa de telefone fixo a um grupo fechado de trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos (7.326 beneficiários em 31 de dezembro de 2015 e 7.471 beneficiários em 31 de dezembro de 2014), que beneficiavam da mesma em 01/06/2004 no montante de 15,30 Euros mensais. Durante o ano de 2013 o Conselho de Administração dos CTT deliberou substituir este pagamento por uma medida equivalente que se traduziu a partir de 1 de janeiro de 2014, na substituição deste apoio financeiro por uma prestação em espécie. - Pensões por acidente de serviço Corresponde essencialmente a responsabilidades com o pagamento de pensões por acidentes em serviço, relativas a trabalhadores subscritores da CGA. O Grupo CTT suporta igualmente as demais responsabilidades decorrentes dos acidentes de serviço destes trabalhadores. De acordo com a legislação em vigor, no que diz respeito aos trabalhadores subscritores da CGA, são da responsabilidade do Grupo os encargos com pensões que tiverem sido atribuídas a título de reparação de danos resultantes de acidentes em serviço, e dos quais tenha resultado a incapacidade permanente ou morte do trabalhador. O valor destas pensões é atualizado por diploma legal. Atualmente, por não se considerar economicamente justificado, não existe apólice de seguro contratada para fazer face a estas responsabilidades. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 havia 64 beneficiários, a receber este tipo de pensão.

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- Subsídio mensal vitalício Constitui um subsídio previsto no regime jurídico das prestações familiares do D.L. nº 133-B/97 de 30 de Maio, retificado pela Declaração de retificação nº 15-F/97, de 30.09, alterado pelos D.L. nº 248/99, de 02 de julho, 341/99 de 25 de agosto, 250/2001 de 21 de setembro e 176/2003, de 02 de agosto. São beneficiários os trabalhadores no ativo ou aposentados, que tenham descendentes, maiores de 24 anos, portadores de deficiência de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, que se encontrem em situação que os impossibilite de proverem normalmente à sua subsistência pelo exercício de atividade profissional. No caso de se tratar de beneficiários subscritores da CGA, o encargo com o subsídio é da responsabilidade dos CTT. Em 31 de dezembro de 2015 havia 44 beneficiários nestas condições, (50 beneficiários em 31 de dezembro de 2014), a receber um valor mensal de 176,76 Euro, 12 meses por ano. Este valor é atualizado por Portaria dos Ministérios das Finanças e da Solidariedade e da Segurança Social. - Apoio por cessação da atividade profissional Este benefício é concedido aos trabalhadores que se aposentem, com pelo menos 5 anos de antiguidade na Empresa. O seu montante depende da antiguidade à data da aposentação. Em 31 de dezembro de 2012 a tabela em vigor previa um valor máximo de 1.847,16 Euros para 36 ou mais anos de antiguidade. Em 2012 o Conselho de Administração dos CTT deliberou descontinuar a compensação que era atribuída aos trabalhadores que atingiram o termo da sua vida ativa ao serviço da empresa CTT, S.A.. Deliberou igualmente que, nas situações de desligação e reforma que venham a ocorrer na sequência dos pedidos de aposentação e de reforma já apresentados ou que viessem a sê-lo até ao dia 31 de março de 2013 a manutenção do referido benefício. Os principais pressupostos financeiros e demográficos utilizados no cálculo destas responsabilidades nomeadamente taxa de desconto, tábuas de mortalidade e invalidez são os mesmos que os utilizados na avaliação atuarial do plano de cuidados de saúde dos CTT. - Plano de contribuições definidas - Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma No âmbito do novo modelo de remunerações dos membros dos Órgãos Sociais definido pela Comissão de vencimentos (eleita em Assembleia Geral de 24 de março de 2014 e composta por membros independentes) foi determinada a afetação de um montante fixo mensal para Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma aos membros executivos do Conselho de Administração. Estas contribuições enquadram-se na definição de um plano de contribuição definida. Ao abrigo de um plano de contribuição definida, são pagas contribuições fixas para um fundo, mas não existe nenhuma obrigação legal ou construtiva de se fazerem pagamentos adicionais se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar todos os direitos dos trabalhadores aos benefícios pós-emprego. A obrigação é, portanto, efetivamente limitada ao montante contribuído para o fundo pelo que o risco atuarial e de investimento são colocados no empregado. Para os planos de contribuição definida, o valor reconhecido no período é a contribuição a pagar em troca do serviço prestado pelos empregados durante o período. As contribuições para um plano de contribuição definida, que não se espera que sejam integralmente liquidados no prazo de 12 meses após o fim do período de relato anual em que o empregado presta o serviço relacionado, são descontadas ao seu valor presente.

2.19 Pagamento baseado em ações

Os benefícios concedidos aos membros executivos do Conselho de administração ao abrigo de Planos de remuneração de longo prazo são registados de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.

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De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a serem liquidados com base em ações próprias (instrumentos de capital próprio), são reconhecidos pelo justo valor na data de atribuição. Dado que não é possível estimar com fiabilidade o justo valor dos serviços recebidos dos empregados, o seu valor é mensurado por referência ao justo valor dos instrumentos de capital próprio. O justo valor determinado na data da atribuição do benefício é reconhecido como custo de forma linear ao longo do período em que o mesmo é adquirido pelos beneficiários, decorrente de prestação de serviços, com o correspondente aumento no capital próprio.

2.20 Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões (Nota 27) quando, cumulativamente: (i) a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada como custo financeiro na rubrica de “Gastos e perdas financeiros” (Nota 40). As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. Provisão para participações financeiras Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão para investimentos em associadas. Provisão para reestruturação São constituídas provisões para reestruturação sempre que um plano formal detalhado de reestruturação tenha sido aprovado pela Empresa e este tenha sido iniciado ou divulgado publicamente, que identifica:

O negócio ou parte de um negócio em questão; As principais localizações afetadas; A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições

pela cessação dos seus serviços; Os dispêndios que serão levados a efeito; e, Quando será implementado o plano; e, Foi criada uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação ao

começar a implementar esse plano ou ao anunciar as suas principais características aos afetados por ele.

A provisão para reestruturação inclui os dispêndios diretos provenientes da reestruturação que são os que sejam quer necessariamente consequentes da reestruturação, quer não associados com as atividades continuadas da entidade. A provisão para reestruturação não inclui os gastos de requalificar ou deslocalizar pessoal que continua, comercialização e investimento em novos sistemas e redes de distribuição e que são

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reconhecidos na mesma base como se surgissem independentemente de uma reestruturação nos gastos do período em que ocorrem. Os ganhos esperados na alienação de ativos não são tidos em consideração na mensuração de uma provisão de reestruturação, mesmo se a venda de ativos for vista como parte da reestruturação. Provisão para desmantelamento São constituídas provisões para os custos de desmantelamento, remoção do ativo e restauração do local de certos ativos, quando esses ativos começam a ser utilizados e seja possível estimar a respetiva obrigação com fiabilidade, ou quando existe o compromisso contratual de reposição de espaços alugados por terceiros. Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, os passivos ambientais que não sejam liquidados num futuro próximo são mensurados pelo seu valor presente. Provisão para processos judiciais em curso É registada uma provisão para processos judiciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar tendo por base o parecer dos advogados da Empresa. Provisões para contratos onerosos A Empresa reconhece uma provisão para contratos onerosos sempre que os custos não evitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios económicos que se espera sejam recebidos ao abrigo do mesmo. Ativos e Passivos Contingentes Quando alguma das condições para o reconhecimento de provisões não é preenchida, a Empresa procede à divulgação dos eventos como passivo contingente (Nota 27). Os passivos contingentes são: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o seu controlo, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que uma saída de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessária para liquidar a obrigação, ou a quantia da obrigação não possa ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos. Os ativos e passivos contingentes são avaliados continuadamente para assegurar que os desenvolvimentos estão apropriadamente refletidos nas demonstrações financeiras. Se se tornar provável que um exfluxo de benefícios económicos futuros será exigido para um item previamente tratado como um passivo contingente, é reconhecida uma provisão nas demonstrações financeiras do período em que a alteração da probabilidade ocorra. Se se tornar virtualmente certo que ocorrerá um influxo de benefícios económicos, o ativo e o rendimento relacionado são reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que a alteração ocorra. A empresa não reconhece ativos e passivos contingentes.

2.21 Rédito

O rédito relativo a vendas, prestações de serviços, royalties, juros e dividendos (provenientes de investimentos não contabilizados pelo método da equivalência patrimonial), decorrentes da

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atividade ordinária da Empresa, é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente às vendas e prestações de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado. O reconhecimento de um rédito exige que (i) seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a Empresa, (ii) o montante do rédito possa ser fiavelmente mensurado, (iii) os custos incorridos ou a incorrer com a transação também possam ser mensurados com fiabilidade e, (iv) que a fase de acabamento da prestação de serviços/ transação possa ser mensurada com fiabilidade, no caso da prestação de serviços/transação ser reconhecida com base na percentagem de acabamento. O rédito relativo às vendas de produtos de merchandising e afetas ao negócio postal é reconhecido no momento em que os riscos e vantagens inerentes ao produto são transferidos para o comprador, o que normalmente ocorre no momento da transação. O rédito relativo à prestação de serviços postais é reconhecido no momento em que o cliente solicita o serviço, uma vez que os CTT não têm informação que permita estimar com fiabilidade o montante relativo a entregas não efetuadas na data do relato financeiro, embora se entenda que o mesmo não é materialmente relevante visto que a data de solicitação do serviço não difere significativamente da data da sua prestação. Os preços dos serviços prestados no âmbito da concessão do Serviço Postal Universal são regulados através de um convénio de preços celebrado entre os CTT e o ICP-ANACOM. As comissões por cobranças efetuadas e por venda de produtos financeiros são reconhecidas na data da prestação de contas com o cliente. O rédito reconhecido corresponde apenas à comissão cobrada pelos CTT, os quais atuam enquanto agente. O rédito relativo a apartados é reconhecido durante o período dos respetivos contratos. O rédito relativo às recargas de serviços de telecomunicações móveis pré-pagos é diferido, e reconhecido em resultados em função do tráfego efetuado pelo cliente, no período em que a prestação de serviços é efetuada. O rédito relativo a serviços postais internacionais, bem como os custos correspondentes, é estimado com base em sondagens e índices acordados com os operadores postais homólogos e registados em contas provisórias, no mês em que o tráfego ocorre. As diferenças, que normalmente não são significativas, entre os valores assim estimados, e as contas definitivas, apuradas por acordo com aqueles operadores, são reconhecidas em resultados quando as contas passam a definitivas. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O Grupo regista parte dos juros recebidos de depósitos em outros rendimentos operacionais, que se referem a depósitos de curto-prazo no segmento “Serviços Financeiros”. O Grupo considera que os recebimentos associados a investimento temporário em fundos e que vão ser pagos a terceiros é um dos objetivos operacionais do segmento “Serviços Financeiros”. Na demonstração consolidada de fluxos de caixa, a parte do juro é reconhecida como fluxo de caixa operacional.

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2.22 Subsídios obtidos

Os subsídios apenas são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição. Os subsídios ao investimento associados à aquisição ou produção de ativos fixos tangíveis são reconhecidos inicialmente no passivo não corrente, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos do período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos bens a cuja aquisição se destinaram. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados como rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos, na medida em que os subsídios não sejam reembolsáveis.

2.23 Locações

A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. As restantes locações são classificadas como operacionais. Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. A taxa de desconto a utilizar deverá ser a taxa implícita na locação. Caso esta não seja conhecida deverá ser utilizada a taxa de financiamento do Grupo para aquele tipo de investimentos. A política de depreciação destes ativos segue as regras aplicáveis aos ativos tangíveis propriedade do Grupo. Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados do período a que respeitam. Nas locações operacionais as rendas devidas são reconhecidas como gasto na Demonstração consolidada dos resultados, durante o período da locação (Nota 35).

2.24 Encargos financeiros

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos quando incorridos. Exceção: os juros são capitalizados quando os empréstimos são diretamente atribuíveis à aquisição ou construção de um ativo que requeira um período substancial de tempo (superior a um ano) para atingir a sua condição de uso.

2.25 Impostos

Imposto sobre o rendimento (“IRC”) O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

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O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, calculado de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do relato financeiro. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes registados dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis. Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. Os CTT encontram-se abrangidos pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades que engloba todas as empresas em que os CTT participam, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que simultaneamente sejam residentes em Portugal e tributadas em sede IRC. As restantes empresas são tributadas individualmente com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. Imposto sobre o valor acrescentado (“IVA”) Para efeito de IVA a Empresa-mãe encontra-se enquadrada no regime normal de periodicidade mensal de acordo com o disposto na alínea a) do nº. 1 do artigo 41 do Código do IVA, praticando no âmbito da sua atividade operações isentas, enquadráveis no art.º 9.º. do Código do IVA e outras sujeitas e não isentas, razão pela qual utiliza para efeitos de apuramento de IVA o método da afetação real e o método do prorata.

2.26 Especialização

Os rendimentos e os gastos são registados de acordo com o pressuposto da especialização dos períodos, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre rendimentos e gastos gerados e os correspondentes montantes faturados são registados em “Outros ativos correntes” ou em “Outros passivos correntes”. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos”, respetivamente, no passivo e no ativo.

2.27 Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos

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são determinados com base no melhor conhecimento existente e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas ocorrem nas seguintes áreas: (i) Ativos fixos tangíveis e intangíveis/ estimativas de vidas úteis As depreciações/amortizações são calculadas sobre o custo de aquisição sendo utilizado o método das quotas constantes, a partir do mês em que o ativo se encontra disponível para utilização. As taxas de depreciação/amortização praticadas refletem o melhor conhecimento sobre a sua vida útil estimada. Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, quando se afigura necessário. (ii) Imparidade do Goodwill O Grupo testa o goodwill, pelo menos anualmente, com o objetivo de verificar se o mesmo está em imparidade, de acordo com a política referida na Nota 2.9. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e reside substancialmente na análise da Gestão em relação à evolução futura da respetiva participada. Na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macroeconómico. As variações destes pressupostos poderão ter impactos ao nível dos resultados e no consequente registo de imparidades. (iii) Imparidade de contas a receber As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação do Grupo da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber. Esta avaliação é efetuada em função do tempo de incumprimento, do histórico de crédito do cliente e da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e outros devedores. Caso as condições financeiras dos clientes se deteriorem, as perdas de imparidade poderão ser superiores ao esperado. (iv) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor para as empresas do Grupo, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. (v) Benefícios aos empregados A determinação das responsabilidades com o pagamento de benefícios pós-emprego, nomeadamente com cuidados de saúde, requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, taxas de desconto e outros fatores que podem ter impacto nos gastos e nas responsabilidades com estes benefícios. Quaisquer alterações nos pressupostos utilizados, os quais estão descritos na Nota 26, terão impacto no valor contabilístico das responsabilidades com benefícios aos empregados. Os CTT têm como política rever periodicamente os principais pressupostos atuariais, caso o seu impacto seja material nas demonstrações financeiras. (vi) Provisões O Grupo exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem-

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Relatório e Contas 2015

sucedido. As provisões são constituídas quando o Grupo espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações à medida que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar resultados futuros.

2.28 Demonstração consolidada dos fluxos de caixa

A Demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

2.29 Eventos subsequentes

Os acontecimentos ocorridos após a data do fecho, até à data de aprovação das demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, e que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do relato financeiro são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data do fecho que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do relato financeiro são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS

No período findo em 31 de dezembro de 2015 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de períodos anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Em conformidade com o estabelecido na IFRS 8 o Grupo apresenta o relato financeiro por segmentos. O Conselho de Administração analisa periodicamente relatórios com informação sobre os segmentos, usando-os para monitorizar e comunicar a performance dos seus negócios, bem como para decidir sobre a melhor alocação de recursos. Em fevereiro de 2015 foi criada a sociedade CTT Serviços S.A. no contexto do processo de constituição do banco postal, sendo integrada no segmento Serviços Financeiros. Em outubro foi transformada em Banco CTT, S.A. na sequência da autorização emitida pelo Banco de Portugal para a sua constituição tendo iniciado a sua atividade em 27 de novembro com o arranque na agência

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Relatório e Contas 2015

sede do Banco CTT. Assim com esta alteração, o Banco CTT passou a ser um segmento independente, refletindo a atividade acumulada desde fevereiro de 2015. O negócio dos CTT encontra-se dividido por segmentos da seguinte forma:

Correio – CTT, S.A. excluindo os serviços financeiros, mas incluindo a rede de lojas e as soluções empresariais, a CTT Contacto (resultante da fusão por incorporação da PostContacto e da Mailtec Processos na CTT Gest), a Mailtec Comunicação e a Escrita Inteligente, S.A.. De notar, ainda, a fusão da Mailtec Consultoria nos CTT, S.A.;

Expresso & Encomendas – inclui a CTT Expresso, a Tourline e a CORRE; Serviços Financeiros – PayShop e serviços financeiros dos CTT, S.A.; Banco CTT – Banco CTT, S.A..

Os segmentos cobrem os três mercados de atuação dos CTT:

• Mercado Postal e de Soluções Empresariais, coberto pelo segmento do Correio; • Mercado de Expresso e Encomendas, coberto pelo segmento de Expresso & Encomendas; • Mercado Financeiro, coberto pelo segmento de Serviços Financeiros e Banco CTT.

Além dos quatro segmentos acima referidos, existem dois canais de venda, transversais a todos os negócios e produtos, a Rede de Lojas e os Grandes Clientes. A Rede de Lojas, estando associada às obrigações no âmbito da concessão do serviço postal universal, encontra-se, para efeitos desta análise, incorporada no segmento Correio, integrando os rendimentos internos relacionados com a sua prestação de serviços a outros segmentos, assim como a venda de produtos e serviços de terceiros realizados na sua rede. Os valores reportados para cada segmento de negócio resultam da agregação das subsidiárias e das unidades de negócio definidas no perímetro de cada segmento, bem como da anulação das transações entre empresas do mesmo segmento. As rubricas da demonstração de posição financeira de cada subsidiária e de cada unidade de negócio são determinadas com base nos montantes registados diretamente nas empresas que compõem o segmento incluindo a anulação dos saldos entre empresas do mesmo segmento, não sendo efetuados quaisquer ajustamentos de imputação entre segmentos. As rubricas da demonstração de resultados para cada segmento de negócio têm subjacentes os montantes contabilizados diretamente nas demonstrações financeiras das empresas e unidades de negócio respetivas, ajustadas pela anulação das transações entre empresas do mesmo segmento. No entanto, dado que a empresa CTT, S.A. possui ativos em mais do que um segmento foi necessário repartir os seus proveitos e custos pelos vários segmentos operacionais. As Prestações Internas de Serviços referem-se a serviços prestados entre as diferentes áreas de negócio dos CTT, S.A., sendo os rendimentos apurados em função de atividades standard valorizadas através de preços de transferência definidos internamente. Numa primeira fase, os gastos operacionais dos CTT, S.A. são afetos aos diferentes segmentos através da imputação das prestações internas de serviços referidas anteriormente. Após esta primeira imputação, os gastos relativos às áreas corporativas e de suporte (Estrutura Central CTT) anteriormente não imputados são repartidos pelos segmentos Correio e Serviços Financeiros em função do número médio de pessoal ao serviço dos CTT, S.A. afeto a cada um destes segmentos.

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Relatório e Contas 2015

Com a imputação da globalidade dos custos, o resultado antes de depreciações, provisões, imparidades, resultados financeiros e impostos por segmento no exercício de 2015 e 2014 é o seguinte:

Euros Correio Expresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

Estrutura Central CTT

Eliminações intragrupo

Outros não alocados

Total

Rendimentos operacionais 554.637.064 131.256.297 75.314.955 1.673 105.477.237 (139.507.467) 727.179.760

Vendas e prestação de serviços 511.166.685 127.014.261 70.854.457 - - (3.866.541) 705.168.863

Vendas 22.892.730 915.975 - - - (1.334) 23.807.371

Prestação de serviços 488.273.956 126.098.286 70.854.457 - - (3.865.207) 681.361.492

Rendimentos operacionais a clientes externos 26.373.250 4.242.035 4.380.458 1.673 16.626.648 (29.613.167) 22.010.897

Prestações internas de serviços 17.097.129 - 80.040 - 55.968.284 (73.145.454) -

Afetação estrutura central CTT - - - - 32.882.305 (32.882.305) -

Gastos operacionais 451.648.885 130.477.384 37.117.452 7.396.698 105.477.237 (139.507.467) 592.610.190

Fornecimentos e serviços externos 103.439.453 100.134.379 14.789.649 5.066.117 43.109.017 (33.454.476) 233.084.139

Gastos com pessoal 241.974.873 26.796.905 3.555.387 2.252.303 57.193.411 - 331.772.879

Outros gastos 19.503.763 3.546.100 598.685 78.279 4.051.577 (25.233) 27.753.171

Prestações internas de serviços 54.105.814 - 17.916.408 - 1.123.231 (73.145.454) -

Afetação estrutura central CTT 32.624.981 - 257.323 - - (32.882.305) -

EBITDA(1)102.988.179 778.913 38.197.503 (7.395.025) - - 134.569.570

Depreciações/amortizações e imparidade dos investimentos (14.775.094) (3.213.473) (552.154) (137.081) (4.433.952) - (461.248) (23.573.001)

Imparidade de inventários e contas a receber líquidas (1.410.434)

Imparidade de ativos não depreciáveis 623.123

Provisões líquidas (277.313)

Gastos financeiros (6.861.401)

Rendimentos financeiros 1.485.163

Ganhos/perdas em entidades associadas 54.274

Resultado antes de imposto 104.609.981

Imposto sobre o rendimento (32.539.346)

Resultado líquido 72.070.635

Interesses não controlados 5.352

Resultado líquido atribuível aos detentores de capital 72.065.283(1) Resultados operacionais + depreciações/ amortizações + variação líquida de provisões e perdas por imparidade.

2015

Euros CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosEstrutura

Central CTTEliminações

intragrupoOutros Não

alocadosTotal

Rendimentos operacionais 546.178.734 129.012.707 74.908.453 51.573.467 (82.898.939) 718.774.422

Vendas e prestação de serviços 510.086.693 126.921.380 71.226.579 - (4.951.062) 703.283.590

Vendas 21.606.200 1.073.082 - - (4.494) 22.674.787

Prestação de serviços 488.480.494 125.848.298 71.226.579 - (4.946.568) 680.608.803

Rendimentos operacionais a clientes externos 18.753.395 2.091.327 3.602.982 18.873.926 (27.830.798) 15.490.832

Prestações internas de serviços 17.338.645 - 78.893 68.360.718 (85.778.256) -

Afetação estrutura central CTT - - - (35.661.176) 35.661.176 -

Gastos operacionais 395.196.908 123.194.717 36.066.094 51.573.467 (82.898.939) 523.132.246

Fornecimentos e serviços externos 104.979.473 96.962.567 13.233.439 55.267.717 (32.763.388) 237.679.808

Gastos com pessoal 238.834.195 23.761.516 4.384.799 (8.973.774) - 258.006.736

Outros gastos 20.023.978 2.470.634 732.070 4.237.493 (18.472) 27.445.702

Prestações internas de serviços 66.751.982 - 17.984.242 1.042.032 (85.778.256) -

Afetação estrutura central CTT (35.392.720) - (268.456) - 35.661.176 -

EBITDA(1)150.981.826 5.817.990 38.842.360 - - 195.642.176

Depreciações/amortizações e imparidade dos investimentos (15.062.055) (2.345.754) (582.109) (2.805.063) - (610.618) (21.405.600)

Imparidade de inventários e contas a receber liquídas (5.877.266)

Imparidade de ativos não depreciáveis (18.932.073)

Provisões liquidas (14.009.576)

Gastos financeiros (11.797.721)

Rendimentos financeiros 4.325.187

Ganhos/perdas em entidades associadas 53.562

Resultado antes de imposto 127.998.690

Imposto sobre o rendimento (51.155.054)

Resultado liquído 76.843.636

Interesses não controlados (327.492)

Resultado líquido atribuível aos detentores de capital 77.171.128(1) Resultados operacionais + depreciações/ amortizações + variação líquida de provisões e perdas por imparidade.

2014

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Relatório e Contas 2015

As receitas detalham-se como se segue:

Os ativos por segmentos detalham-se como se segue:

Milhares de Euros 2015 2014

Correio 554.637 546.179

Correio Transacional 416.806 413.740

Correio Editorial 15.738 15.028

Encomendas (SU) 6.892 7.179

Correio publicitário 31.712 31.071

Produtos e Serviços de Retalho 19.505 18.614

Filatelia 8.155 7.344

Soluções empresariais 11.524 12.154

Outros 44.305 41.049

Expresso & encomendas 131.256 129.013

Serviços Financeiros 75.315 74.908

Banco CTT 2 -

Estrutura Central CTT 105.477 51.573

Eliminações intragrupo (139.507) (82.899)

727.180 718.774

Ativos (Euros) Correio Expresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

EstruturaCentral CTT

Ativos não alocados

Total

Ativos intangíveis 2.884.879 3.663.322 245.408 9.716.701 9.104.348 2.009.357 27.624.015

Ativos fixos tangíveis 174.902.447 13.727.659 549.351 60.642 17.579.075 3.121.711 209.940.886

Propriedades de investimento 19.783.095 19.783.095

Goodwill 7.652.555 406.101 8.058.656

Ativos por impostos diferidos 87.535.941 87.535.941

Contas a receber 124.355.641 124.355.641

Outros ativos 38.524.257 38.524.257

Caixa e equivalentes de caixa 603.649.717 603.649.717185.439.881 17.390.982 1.200.860 9.777.343 26.683.423 878.979.718 1.119.472.208

31.12.2015

Ativos (Euros) CorreioExpresso &

EncomendasServiços

FinanceirosEstrutura

Central CTTAtivos não

alocadosTotal

Ativos intangíveis 2.110.500 3.213.796 126.432 3.264.482 4.710.797 13.426.007

Ativos fixos tangíveis 181.233.066 12.775.184 830.551 15.988.164 1.639.093 212.466.058

Propriedades de investimento 23.329.763 23.329.763

Goodwill 7.299.356 406.101 7.705.457

Ativos por impostos diferidos 91.428.940 91.428.940

Contas a receber 131.682.269 131.682.269

Outros ativos 36.388.385 36.388.385

Caixa e equivalentes de caixa 664.569.744 664.569.744190.642.921 15.988.979 1.363.085 19.252.646 953.748.991 1.180.996.623

31.12.2014

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Relatório e Contas 2015

Abaixo apresentamos os financiamentos por segmento:

O Grupo CTT está domiciliado em Portugal. As vendas e prestação de serviços por áreas geográficas são apresentadas abaixo:

5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos “Ativos fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:

Outra informação (Euros) Correio Expresso &

EncomendasServiços

FinanceirosBanco CTT

EstruturaCentral CTT

Total

Financiamentos não correntes 724.845 310.677 - - - 1.035.522

Financiamentos bancários - 95.241 - - - 95.241Locações 724.845 215.436 - - - 940.281

Financiamentos correntes 462.968 6.615.187 - - - 7.078.155Financiamentos bancários - 6.028.197 - - - 6.028.197Locações 462.968 586.990 - - - 1.049.958

1.187.813 6.925.864 - - - 8.113.677

31.12.2015

Outra informação (Euros) Correio Expresso &

EncomendasServiços

FinanceirosEstrutura

Central CTTTotal

Financiamentos não correntes 1.187.975 725.143 - - 1.913.118

Financiamentos bancários - - - - -Locações 1.187.975 725.143 - - 1.913.118

Financiamentos correntes 460.098 1.385.972 - - 1.846.070Financiamentos bancários - 890.586 - - 890.586Locações 460.098 495.386 - - 955.484

1.648.073 2.111.115 - - 3.759.188

31.12.2014

Milhares de Euros 2015 2014

Rendimentos - Portugal 624.709 624.685Rendimentos - outros países 80.406 78.599

705.169 703.284

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Relatório e Contas 2015

Em 31 dezembro de 2015, os saldos das rubricas “Terrenos” e “Edifícios e outras construções” incluem 4.756.534 Euros (4.982.117 Euros em 31 dezembro de 2014) referentes a terrenos e imóveis em copropriedade com MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A.. No período findo em 31 dezembro de 2015, a rubrica alteração do perímetro de consolidação diz respeito aos saldos da empresa Escrita Inteligente, S.A. que foi adquirida em dezembro de 2015. Em 2014 esta mesma rubrica reflete a alienação da empresa EAD que ocorreu no decurso do 1º semestre de 2014. No período findo em 31 de dezembro de 2015 reclassificou-se para ativo fixo tangível um imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 4.517.053 Euros e depreciações acumuladas de 2.047.352 Euros, fruto do modelo de desenvolvimento definido para a Rede de Lojas.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2014, procedeu-se à reclassificação para propriedade de investimento de um conjunto de nove imóveis que não se encontram afetos à atividade operacional do Grupo no montante de 6.627.890 Euros e respetivas depreciações acumuladas no montante de 2.950.936 Euros. Procedeu-se igualmente à reclassificação para ativo

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 36.831.709 330.651.512 143.631.822 2.620.085 53.946.268 22.491.331 1.737.799 431.404 592.341.930Aquisições - 241.625 6.037.562 1.981 1.694.892 929.960 3.505.594 2.137.061 14.548.674Alienações (2.881) (206.610) (3.453.459) - (10.823) - - - (3.673.773)Transferências e abates 477.748 7.295.485 (8.159.431) 647.245 (634.229) (139.395) (3.271.776) (1.168.066) (4.952.418)Regularizações - - (57.723) 4.016 (34.707) (29.544) - (1.991) (119.949)Alteração perímetro consolidação - - 3.569 - - - - - 3.569Saldo final 37.306.577 337.982.013 138.002.341 3.273.327 54.961.400 23.252.352 1.971.616 1.398.408 598.148.034

Depreciações AcumuladasSaldo inicial 3.888.710 181.856.867 124.532.096 2.539.928 48.417.343 18.220.445 - - 379.455.389Depreciações do período - 8.999.999 6.576.631 65.894 2.392.151 1.244.129 - - 19.278.804Alienações (388) (116.904) (3.449.206) - (10.823) - - - (3.577.322)Transferências e abates - 2.004.296 (8.961.765) 548.540 (602.122) (154.648) - - (7.165.699)Regularizações - (271) (70.002) 60 (9.332) (3.176) - - (82.720)Alteração perímetro consolidação - - 1.927 - - - - - 1.927Saldo final 3.888.322 192.743.987 118.629.681 3.154.422 50.187.217 19.306.750 - - 387.910.379

Perdas Imparidades Acumuladas

Saldo inicial - - - - - 420.483 - - 420.483

Outras variações - - - - - (123.714) - - (123.714)Saldo final - - - - - 296.769 - - 296.769

Ativos fixos tangíveis líquidos 33.418.255 145.238.026 19.372.659 118.905 4.774.183 3.648.833 1.971.616 1.398.408 209.940.886

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

2015Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 38.540.555 337.440.722 148.660.979 3.607.333 81.746.922 24.362.622 174.283 754.041 635.287.457Aquisições - 274.607 6.126.576 7.200 2.630.276 728.593 3.062.319 389.863 13.219.435Alienações - - (7.720) (166) (39.509) (974) - - (48.369)Transferências e abates - 1.480.911 (8.951.356) (482.988) (29.388.060) (2.525.697) (1.498.803) (712.500) (42.078.492)Regularizações - 2.920 681.532 (280.939) (386.820) (16.693) - - -Outras variações (725.969) (5.467.977) 2.957 - 1.103 (56.521) - - (6.246.407)Alteração perímetro consolidação (982.877) (3.079.671) (2.881.147) (230.355) (617.644) - - - (7.791.694)Saldo final 36.831.709 330.651.512 143.631.822 2.620.085 53.946.268 22.491.331 1.737.799 431.404 592.341.930

Depreciações AcumuladasSaldo inicial 3.899.830 176.151.489 131.057.686 3.387.271 76.683.934 18.742.818 - - 409.923.028Depreciações do período - 9.055.496 4.996.397 65.703 2.559.852 1.138.257 - - 17.815.704Alienações - - (7.720) (3.978) (39.311) (974) - - (51.983)Transferências e abates - - (9.783.218) (479.176) (30.119.633) (1.658.689) - - (42.040.715)Regularizações - 608 292.116 (207.224) (84.400) (1.281) - - (181)Outras variações (11.120) (2.738.980) 18.645 (3.225) 12.100 313 - - (2.722.266)Alteração perímetro consolidação - (611.746) (2.041.810) (219.443) (595.199) - - - (3.468.198)Saldo final 3.888.710 181.856.867 124.532.096 2.539.928 48.417.343 18.220.445 - - 379.455.389

Perdas Imparidades Acumuladas

Saldo inicial - - - - - - - - -

Imparidades do período - - - - - 2.530 - - 2.530

Outras variações - - - - - 417.953 - - 417.953Saldo final - - - - - 420.483 - - 420.483

Ativos fixos tangíveis líquidos 32.942.999 148.794.645 19.099.726 80.157 5.528.924 3.850.403 1.737.799 431.404 212.466.058

Equipamento básico

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

2014Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

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Relatório e Contas 2015

fixo tangível, de um imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 439.417 Euros e depreciações acumuladas de 223.473 Euros. De acordo com o contrato de concessão em vigor, após as últimas alterações de 31 de dezembro de 2013 (Nota 1), no termo da concessão revertem gratuita e automaticamente para o concedente, os bens dos domínios público e privado do Estado. Sendo a rede postal propriedade exclusiva dos CTT, reverterão para a posse do Estado apenas os bens que ao Estado pertençam, pelo que no fim da concessão os CTT continuarão na posse dos bens que integram o seu património. O Conselho de Administração suportado nos registos patrimoniais da Empresa e na declaração da Direção Geral do Tesouro e Finanças, responsável pelo Sistema de Informação de Imóveis do Estado (SIIE), entende que o ativo dos CTT não inclui qualquer bem do domínio público ou privado do Estado. Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Fixos Tangíveis, foram os seguintes: Edifícios e outras construções: Os movimentos associados às aquisições e transferências dizem respeito à capitalização de obras em edifícios próprios e alheios em diversas instalações dos CTT. Equipamento básico: O valor relativo às aquisições respeita maioritariamente à aquisições de motociclos, triciclos e quadriciclos num valor aproximado de 1.096 mil Euros, veículos ligeiros e pesados de mercadorias no valor de 1.644 mil Euros, atrelados num valor de cerca de 286 mil Euros, de porta paletes no valor aproximado de 75,6 mil Euros e scanners, monitores e balanças no valor aproximado de 222 mil Euros nos CTT, aquisição de máquina tratamento de médios para dar resposta ao e-commerce (“Rest Mail”) no valor aproximado de 1.873 mil Euros, upgrade das máquinas divisoras de encomendas no valor aproximado de 309 mil Euros, aquisição de 800 PDA’s no valor aproximado de 485 mil Euros e porta paletes no valor de 30,6 mil Euros por parte da CTT Expresso. Na PayShop foram adquiridos 400 terminais no valor de 74 mil Euros e 350 scanners no valor de 26 mil Euros. Na Tourline efetuou-se o upgrade de servidores no montante aproximado de 40 mil Euros. A Corre adquiriu viaturas e motociclos no valor aproximado de 228 mil Euros. Equipamento administrativo: As aquisições respeitam essencialmente à aquisição de equipamento informático de médio e grande porte e diverso equipamento informático num montante de cerca de 1.061 mil Euros e aquisições de diversos equipamentos administrativos num valor total de 369 mil Euros por parte dos CTT. Na Tourline adquiriu-se diverso mobiliário no valor de 56,5 mil Euros, equipamento informático no valor de cerca de 60,7 mil Euros, e adquiriu-se/renovou-se servidores num valor aproximado de 67,6 mil Euros. Outros ativos fixos tangíveis: Na rubrica de aquisições estão registados essencialmente aparelhos de marketing olfativo (60 mil Euros) e equipamento de prevenção e segurança (cerca de 714 mil Euros) por parte dos CTT. Ativos fixos tangíveis em curso: Os valores constantes nesta rúbrica, dizem respeito ao registo dos gastos com obras de manutenção e conservação em imóveis próprios e alheios. No findo em 31 de dezembro de 2015 os montantes verificados na rubrica de abates, com particular destaque nas classes de Equipamento básico, devem-se fundamentalmente ao abate efetuado nos CTT, de bens que se encontravam totalmente depreciados.

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Relatório e Contas 2015

As depreciações contabilizadas no montante de 19.278.804 Euros (17.815.704 Euros em 31 de dezembro de 2014), foram registadas na rubrica de "Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38). Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Tangíveis são como segue:

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido nas principais classes de ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Na rubrica Propriedade Industrial encontra-se registada a licença da marca “PayShop Internacional” propriedade da CTT Contacto, S.A., no montante de 1.200.000 Euros. Esta licença não se encontra em amortização uma vez que tem uma vida útil indeterminada.

Cofres e portas de segurança 121.119Equipamento segurança 438.117Balanças 43.542

602.778

Ativos intangíveisSaldo inicial 4.372.922 38.620.250 11.659.692 444.739 4.726.397 59.824.001Aquisições 84.441 5.386.048 342.437 - 11.911.640 17.724.566Transferências e abates (84.441) 4.448.727 - - (4.502.826) (138.540)Alteração perímetro consolidação - - 2.167 - 40.201 42.368Saldo final 4.372.922 48.455.024 12.004.296 444.739 12.175.413 77.452.394

Amortizações acumuladas Saldo inicial 4.340.765 33.801.244 7.816.346 439.639 - 46.397.993Amortizações do período 12.060 3.471.192 344.597 5.100 - 3.832.949Transferências e abates (2.413) (359.537) - - (361.949)Regularizações - - (40.614) - - (40.614)Saldo final 4.350.412 36.912.898 8.120.329 444.739 - 49.828.379

Ativos intangíveis líquidos 22.510 11.542.126 3.883.967 - 12.175.413 27.624.015

2015

Projetos de desenvolvimento

Programas de computador

Propriedade industrial

Outros ativos intangíveis

Ativos intangíveis em

cursoTotal

Ativos intangíveisSaldo inicial 4.372.922 36.540.593 11.718.920 444.739 2.672.064 55.749.238Aquisições - 586.266 - - 2.790.181 3.376.447Transferências e abates - 1.810.188 - - (735.847) 1.074.341Regularizações - - 1.618 - - 1.618Alteração perímetro consolidação - (316.797) (60.846) - - (377.643)Saldo final 4.372.922 38.620.250 11.659.692 444.739 4.726.397 59.824.001

Amortizações acumuladas Saldo inicial 4.350.799 30.479.661 7.472.614 396.856 - 42.699.930Amortizações do período 9.647 2.544.357 382.492 42.783 - 2.979.278Transferências e abates (19.681) 1.094.023 - - - 1.074.342Regularizações - - 11.570 - - 11.570Alteração perímetro consolidação - (316.797) (50.330) - - (367.127)Saldo final 4.340.765 33.801.244 7.816.346 439.639 - 46.397.993

Ativos intangíveis líquidos 32.157 4.819.006 3.843.346 5.100 4.726.397 13.426.007

2014

TotalProgramas de

computadorPropriedade

industrialOutros ativos

intangíveis

Ativos intangíveis em

curso

Projetos de desenvolvimento

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Relatório e Contas 2015

As transferências ocorridas no período findo em 31 de dezembro de 2015 de ativos intangíveis em curso para programas de computador dizem respeito a projetos informáticos concluídos no decorrer do exercício. Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Intangíveis, foram os seguintes: Programas de computador: Na rubrica de aquisições estão registados essencialmente as aquisições do software “Centralização da informação da Automatização” no valor aproximado de 483 mil Euros, aquisição do “SAP Hana” no valor aproximado de 371 mil Euros, “SAP Financial Consolidation” no valor de 90,5 mil Euros, de software para servidores UNIX no valor aproximado de 889,5 mil Euros, software “Enterprise Application Integration ” no valor de 476 mil Euros, software “SAP Hybris Billing” no valor de 1.459 mil Euros, software “Solução Enterprise Content Management” no valor de 239,8 mil Euros, software “Business Process Management” no valor de 476 mil Euros por parte dos CTT. No Banco CTT foram adquiridos o software “Oracle” no valor aproximando de 601 mil Euros, “Qlik View Enterprise” no valor de 71,9 mil Euros e “SAP Crystal Reports” no valor de 47,9 mil Euros. Propriedade industrial: As aquisições respeitam essencialmente à aquisição, por parte da empresa CTT, das licenças Forefront TMG no valor de 17 mil Euros com vida útil indeterminada e à aquisição de licenças Biztalk no valor de 298 mil Euros. Foram capitalizados em programas de computador ou ativos intangíveis em curso, os valores de 306.256 Euros e 407.270 Euros, respetivamente em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, que dizem respeito à participação de recursos internos no desenvolvimento de projetos de informática. Os ativos intangíveis em curso em 31 de dezembro de 2015 referem-se a projetos de informática que se encontram a ser desenvolvidos sendo os mais significativos os seguintes:

As amortizações do período, no montante de 3.832.949 Euros, (2.979.278 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registadas na rubrica “Depreciações/ amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38). Não existem quantias escrituradas com titularidade restringida ou quantias escrituradas de Ativos Intangíveis dadas como garantia de passivos.

2015

CBS - Core Banking System 8.994.990E-CIP- Internacional 452.485Evolução Produtos Correio 198.163Evolução NAVE 346.336Avaliação de desempenho - Software 134.259Plataforma de pagamento 121.093Consolidação financeira 105.120Gestão de auditoria - software 83.190DOL - Tratamento e geração de escalas 79.906Migração riposte 61.454Caixa postal virtual extraterritorial 58.808

10.635.804

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Relatório e Contas 2015

Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Intangíveis são como segue:

7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo tem os seguintes ativos classificados como propriedades de investimento:

CBS - Core Banking System 8.440.589Sistema Administração de Cartões 187.664Software Oracle 145.000Software "Central de Risco" 141.832APP Abertura de Conta Mobile 125.001REG Pro 119.460APP CTT 2.0 93.780Web call center 50.000

9.303.326

Propriedades de investimentoSaldo inicial 7.716.058 45.722.963 53.439.021

Adições 14.500 43.500 58.000

Alienações (173.376) (854.186) (1.027.562)Transferências e abates (477.748) (4.017.057) (4.494.805)Saldo final 7.079.434 40.895.220 47.974.654

Depreciações acumuladas Saldo inicial 259.501 28.399.732 28.659.233Depreciações do período - 752.365 752.365Alienações (20.075) (435.235) (455.310)Transferências e abates - (2.047.352) (2.047.352)Saldo final 239.426 26.669.510 26.908.936

Perdas Imparidades AcumuladasSaldo inicial - 1.450.025 1.450.025Imparidades do período - (167.403) (167.403)

Saldo final - 1.282.622 1.282.622

Propriedades de investimento líquidas 6.840.008 12.943.087 19.783.095

2015

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Total

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Relatório e Contas 2015

Estes ativos, não se encontram afetos à atividade operacional do Grupo, nem têm uso futuro determinado. O valor de mercado destes ativos fixos classificados como propriedades de investimento, de acordo com as avaliações reportadas ao final do exercício económico de 2015 efetuadas por entidades independentes, ascende a 29.425.470 Euros (35.978.503 Euros em 31 de dezembro de 2014). Os movimentos associados às alienações dizem respeito à venda de três imoveis, efetuadas no decurso do período findo em 31 dezembro de 2014. No período findo em 31 de dezembro de 2015 reclassificou-se para ativo fixo tangível um imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 4.517.053 Euros e depreciações acumuladas de 2.047.352 Euros, fruto do modelo de desenvolvimento definido para a Rede de Lojas.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2014, procedeu-se à reclassificação para propriedade de investimento de um conjunto de nove imóveis que não se encontram afetos à atividade operacional do Grupo no montante de 6.627.890 Euros e respetivas depreciações acumuladas no montante de 2.950.936 Euros. Procedeu-se igualmente à reclassificação para ativo fixo tangível, de um imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 439.417 Euros e depreciações acumuladas de 223.473 Euros. As depreciações do período, no montante de 752.365 Euros, (764.567 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registadas na rubrica “Depreciações/amortizações e imparidade de investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38). As perdas por imparidade do período, no montante de 167.403 Euros, (156.480 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registadas na rubrica “Depreciações/amortizações e imparidade de

Propriedades de investimentoSaldo inicial 7.237.214 42.551.163 49.788.377

Alienações (247.126) (2.290.703) (2.537.829)Outras variações 725.970 5.462.503 6.188.473Saldo final 7.716.058 45.722.963 53.439.021

Depreciações acumuladas Saldo inicial 273.950 26.146.036 26.419.986Depreciações do período - 764.567 764.567Alienações (25.568) (1.227.215) (1.252.783)Outras variações 11.119 2.716.343 2.727.463Saldo final 259.501 28.399.732 28.659.233

Perdas Imparidades AcumuladasSaldo inicial - 1.606.505 1.606.505Imparidades do período - (156.480) (156.480)

Saldo final - 1.450.025 1.450.025

Propriedades de investimento líquidas 7.456.557 15.873.206 23.329.763

2014

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Total

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Relatório e Contas 2015

investimentos (perdas/reversões)” (Nota 38) ), sendo explicadas por reduções do valor de mercado de alguns edifícios.

8. EMPRESAS INCLUÍDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Empresas subsidiárias Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram incluídas na consolidação a empresa-mãe, CTT – Correios de Portugal, S.A. e as seguintes subsidiárias nas quais se detém a maioria dos direitos de voto (controlo):

Relativamente à empresa “CORRE”, em virtude de o Grupo ter direito a retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a CORRE e ter a capacidade de afetar os retornos devido ao seu poder sobre a Empresa, a mesma é incluída no perímetro de consolidação. Em janeiro de 2015 a Corre – Correio Expresso de Moçambique, S.A. foi alvo de um aumento de capital por incorporação de créditos de ambos os acionistas no montante total de 670.030 Euros. No dia 20 de janeiro de 2015, mas com produção de efeitos a 1 de janeiro de 2015, foi registada a fusão por incorporação da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., mediante a transferência global do património da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A.. Em consequência desta fusão as participações detidas pela Mailtec Holding, S.G.P.S., na Mailtec Comunicações, S.A., Mailtec Consultoria, S.A. e Mailtec Processos, Lda. passaram a ser detidas na sua totalidade pela casa-mãe, CTT – Correios de Portugal, S.A.. No dia 10 de agosto de 2015, mas com efeitos a 1 de janeiro de 2015, registou-se a fusão por incorporação da Post Contacto, Lda. e da Mailtec Processos, Lda. na CTT Gest, S.A., mediante a transferência global do património da Post Contacto, Lda. e da Mailtec Processos, Lda.. No seguimento desta fusão a designação social da empresa incorporante, CTT Gest, S.A., foi alterada para CTT Contacto, S.A..

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total Empresa - mãe: CTT - Correios de Portugal, S.A. Av. D. João II N.º 13

1999-001 Lisboa - - - - - - Subsidiárias: PostContacto - Correio Rua de S. José, 20 Publicitário, Lda. ("PostContacto") 1166-001 Lisboa - - - 100 - 100

CTT Expresso - Serviços Postais e Lugar do Quintanilho Logística, S.A. ("CTT Expresso") 2664-500 São Julião do Tojal 100 - 100 100 - 100

Payshop Portugal, S.A. Av. D. João II N.º 13 ("Payshop") 1999-001 Lisboa 100 - 100 100 - 100

CTT Contacto, S.A. (a) Av. D. João II N.º 13 ("CTT Con") 1999-001 Lisboa 100 - 100 100 - 100

Mailtec Holding, SGPS, S.A. Estrada Casal do Canas, Edificio ("Mailtec SGPS") Mailtec, 2720-092 Amadora - - - 100 - 100

Mailtec Comunicação , S.A. Av. D. João II N.º 13 ("Mailtec TI") 1999-001 Lisboa 100 - 100 17,7 82,3 100

Mailtec Consultoria , S.A. Estrada Casal do Canas, Edificio ("Mailtec CON") Mailtec, 2720-092 Amadora - - - 10 90 100

Mailtec Processos, Lda. Estrada Casal do Canas, Edificio ("EQUIP") Mailtec, 2720-092 Amadora - - - - 100 100

Tourline Express Mensajería, SLU. Calle Pedrosa C, 38-40 Hospitalet de ("TourLine") Llobregat (08908)- Barcelona - 100 100 - 100 100

Correio Expresso de Moçambique, S.A. Av. Zedequias Manganhela, 309 50 - 50 50 - 50 ("CORRE") Maputo - Moçambique

Escrita Inteligente , S.A. Av. D. João II N.º 13 ("RONL") 1999-001 Lisboa 100 - 100 - - -

Banco CTT, S.A. Av. D. João II N.º 11 ("BancoCTT") 1999-001 Lisboa 100 - 100 - - -

(a)Anteriormente designada de CTT Gest, S.A.

2015Percentagem do capital detido Percentagem do capital detido

2014

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Relatório e Contas 2015

A Tourline Express Mensajeria, SLU, no mês de dezembro de 2015, foi alvo de um aumento de capital no montante de 12.0000.000 de Euros. Em 28 de dezembro de 2015, produzindo efeitos a 1 de janeiro de 2015, foi registada a fusão por incorporação da Mailtec Consultoria, S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A. mediante a transferência global do património da primeira. No primeiro semestre de 2014 foi alienada a participação na subsidiária Tourline Express Mensajeria, SLU, detida pela casa-mãe, à subsidiária CTT Expresso, S.A. na sequência da estratégia de maior integração entre as áreas de expresso e encomendas na Península Ibérica, potenciando uma maior criação de valor na Tourline. Esta alienação foi efetuada pelo valor líquido contabilístico. Em 2014 foi igualmente registada a alienação da participação de 5% detida pela CTT Expresso, S.A. na PostContacto, Lda. à empresa-mãe CTT- Correios de Portugal, S.A., passando esta a deter diretamente 100% do capital da Post Contacto, Lda.. A operação concretizou-se pelo valor líquido contabilístico. Nenhuma destas transações teve qualquer impacto ao nível do perímetro de consolidação. Entidades controladas conjuntamente Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo detinha os seguintes interesses em entidades controladas conjuntamente, registadas pelo método da equivalência patrimonial:

(a) Anteriormente designado de Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão de Infra-Estruturas de Comunicações, ACE

Associadas Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo detinha as seguintes participações em empresas associadas, incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial:

(a) Empresa participada pela PayShop Portugal, S.A., que se encontra em processo de liquidação

(b) Empresa participada pela Tourline Mensajeria, SLU. Empresa sem atividade comercial

Alterações no perímetro de consolidação No período findo em 31 de dezembro de 2015 foi alterado o perímetro de consolidação com a criação em 6 de fevereiro, no contexto do processo de constituição do banco postal, da sociedade CTT Serviços, S.A. com o capital social de 5.000.000 Euros.

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total

Ti-Post Prestção de Serviços informáticos, ACE R. do Mar da China, Lote 1.07.2.3

(" Ti-Post") Lisboa 49 - 49 49 - 49

NewPost, ACE (a) Av. Fontes Pereira de Melo, 40

Lisboa 49 - 49 49 - 49

PTP & F, ACE Estrada Casal do Canas - 51 51 - 51 51

Amadora

Percentagem do capital detido

2015 2014

Percentagem do capital detido

Denominação social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. R. do Centro Cultural, 2

("Multicert") Lisboa 20 - 20 20 - 20

Payshop Moçambique, S.A. (a) R. da Sé, 114-4º. - 35 35 - 35 35

Maputo - Moçambique

Mafelosa, SL (b) Castellon Espanha - 25 25 - 25 25

Urpacksur, SL (b) Málaga Espanha - 30 30 - 30 30

2014

Percentagem do capital detido

2015

Percentagem do capital detido

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Relatório e Contas 2015

Esta sociedade foi entretanto objeto de um aumento de capital, perfazendo atualmente o capital social o total de 34.000.000 Euros. Em 24 de agosto de 2015 a designação social da CTT Serviços, S.A. foi alterada para Banco CTT, S.A., assim como o seu objeto social, de forma a acomodar a atividade bancária. Em 17de dezembro de 2015 foi adquirida a sociedade Escrita Inteligente, SA, start up da área digital dedicada à exploração da solução denominada “Recibos Online”. No seguimento da aquisição, o Grupo efetuou uma avaliação do justo valor dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos de acordo com a IFRS 3 – Concentrações Empresariais, não tendo identificadas diferenças significativas entre os valores contabilísticos dos ativos e dos passivos e os seus justos valores. O detalhe dos ativos líquidos da Escrita Inteligente e do Goodwill apurado no âmbito desta transação a 31 de dezembro de 2015, é como se segue:

A contribuição da Escrita Inteligente para os resultados do Grupo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, foi negativa em 360 Euros, correspondente ao período de 17 de dezembro a 31 de Dezembro de 2015. No período findo em 31 de dezembro de 2014, o perímetro de consolidação foi alterado na sequência da alienação da participação na EAD. Decorrente desta alienação foi registada uma mais-valia no montante de 256.383 Euros na rubrica “Ganhos/perdas em associadas” na demonstração consolidada dos resultados.

9. GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a composição do Goodwill era a seguinte:

Valor contabilístico

Ativos adquiridos 63.469

Passivos adquiridos 2.764

Total dos ativos líquidos adquiridos 60.705

Goodwill (Nota 9) 357.917

Preço de aquisição 418.622

Ano daAquisição 2015 2014

Mailtec Holding SGPS, S.A. (51%) 2004 - 582.970Mailtec Consultoria, S.A. 2004 - 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 7.294.638 69.767Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 406.101Mailtec Holding SGPS, S.A. (49%) 2005 - 6.641.901Escrita Inteligente, S.A. 2015 357.917 -

8.058.656 7.705.457

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Relatório e Contas 2015

Em consequência da fusão por incorporação da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., o Goodwill detido pelos CTT naquela empresa foi na sua totalidade alocado à Mailtec Comunicação, S.A.. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os movimentos ocorridos em Goodwill foram os seguintes:

As aquisições realizadas no período findo em 31 de dezembro de 2015 dizem respeito à aquisição da sociedade Escrita Inteligente, S.A., tendo sido registado um Goodwill no montante de 357.917 Euros. As regularizações decorrem da fusão da Mailtec Consultoria, S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., facto que implicou a regularização do Goodwill associado a esta empresa. No período findo em 31 de dezembro de 2014, em resultado da alienação da participação na empresa EAD, o correspondente goodwill, no valor de 786.164 Euros, foi eliminado. No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2014, em função da deterioração das condições de negócio em Espanha, nomeadamente pelo facto da Tourline ter perdido em 2014 dois dos seus principais franchisados e a dificuldade de integração operacional dos negócios em Espanha e Portugal, os resultados da Tourline ficaram muito abaixo das estimativas da gestão. Assim, o Grupo reviu as estimativas de evolução do negócio da Tourline, deixando também de ter uma gestão comum a ambas as empresas, as quais foram incorporadas nos cash flows futuros usados no teste de imparidade realizado em 2014, tendo sido registada uma perda por imparidade, no montante de 16.592.248 Euros, relativa ao goodwill da referida empresa. Análise da Imparidade do Goodwill O valor recuperável do goodwill é avaliado anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. O valor recuperável é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio. No decurso do corrente ano, por forma a determinar o valor recuperável dos investimentos efetuados, o Grupo CTT realizou, com efeitos a 31 de dezembro de 2015 e de 2014, testes de imparidade com base nos seguintes pressupostos:

2015 2014

Saldo início período 7.705.457 25.083.869Aquisições 357.917 -Regularizações (4.718) -Alienações - (786.164)Imparidade - (16.592.248)Saldo final período 8.058.656 7.705.457

Tourline Express Mensajeria, SLU CEP e Logistica Equity Value/DCF 5 anos 10,00% 0,5%Mailtec Comunicação, SA Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 9,02% 0,5%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 9,85% 0,5%

2015

Empresa ActividadeBase de

determinação do valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa de desconto (WACC)

Taxa de crescimento na

perpetuidade

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Relatório e Contas 2015

O decréscimo verificado na taxa de desconto (WACC) no período findo em 31 de dezembro de 2015 resultou principalmente da redução ocorrida no spread das yields das obrigações do tesouro português face às obrigações sem risco da zona Euro. As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nos planos de negócio a médio e longo prazo, aprovados pelo Conselho de Administração. Na sequência desta análise de imparidade o Grupo concluiu que em 31 de dezembro de 2015 não se verificaram perdas por imparidade. No caso da Tourline o teste de imparidade realizado em 31 de dezembro de 2015 confirma a imparidade registada em 31 de dezembro de 2014 não havendo qualquer impacto adicional a considerar. Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as perdas por imparidade registadas foram as seguintes:

a) Detida pela empresa do Grupo PayShop Portugal, subsidiária do Grupo CTT

Foram realizadas análises de sensibilidade aos resultados dos testes de imparidade efetuados nomeadamente às seguintes variáveis chave: (i) taxa de crescimento na perpetuidade e (ii) taxas de desconto. Os resultados das análises de sensibilidade para a PayShop, e Mailtec Comunicação não determinam a existência de indícios de imparidade.

Tourline Express Mensajeria, SLU CEP e Logistica Equity Value/DCF 5 anos 9,86% 0,5%Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 10,80% 0,5%Payshop Portugal, SA Gestão rede pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 10,30% 0,5%

2014

Empresa ActividadeBase de

determinação do valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa de desconto (WACC)

Taxa de crescimento na

perpetuidade

Tourline Express Mensajería, SLU 2005 20.671.985 - 20.671.985 - -Payshop Moçambique, S.A. (a) 2008 235.946 - 235.946 - -

20.907.931 - 20.907.931 - -

2015

EntidadeAno da

aquisição

Montante ínicial do Goodwill

Perdas por imparidade do período

Perdas por imparidade

acumuladasAlienações

Quantia escriturada

Tourline Express Mensajería, SLU 2005 20.671.985 16.592.248 4.079.737 - -EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. 2006 1.082.015 - 295.851 (786.164) -Payshop Moçambique, S.A. (a) 2008 235.946 - 235.946 - -

21.989.946 16.592.248 4.611.534 (786.164) -

2014

EntidadeAno da

aquisição

Montante ínicial do Goodwill

Perdas por imparidade do período

Perdas por imparidade

acumuladas

Quantia escriturada

Alienações

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Relatório e Contas 2015

10. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe dos “Investimentos em associadas” era como segue:

Investimentos em empresas associadas Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os investimentos em empresas associadas apresentam os seguintes movimentos:

Maitec Comunicação (mil euros)

7,0% 8,0% 9,0% 10,0% 11,0%

0,00% 19.394 15.774 12.959 10.707 8.866

0,25% 20.224 16.385 13.424 11.070 9.154

0,50% 21.117 17.037 13.915 11.451 9.457

0,75% 22.082 17.733 14.437 11.854 9.774

1,00% 23.127 18.479 14.991 12.278 10.108

* existe imparidade caso o valor seja negativo.

Imparidade*WACC

Variação do WACC e da Taxa de crescimento na perpetuidade (g)

g

Payshop (mil euros)

7,9% 8,9% 9,9% 10,9% 11,9%

0,00% 77.071 68.358 61.415 55.752 51.045

0,25% 79.242 70.029 62.735 56.817 51.920

0,50% 81.562 71.799 64.125 57.933 52.833

0,75% 84.044 73.679 65.591 59.105 53.788

1,00% 86.708 75.678 67.140 60.336 54.786

* existe imparidade caso o valor seja negativo.

Variação do WACC e da Taxa de crescimento na perpetuidade (g)

Imparidade*WACC

g

2015 2014Multicert, S.A. 255.214 226.937Urpacksur, SL 481 481

255.695 227.418

Capital Resultado % Participações Provisões ProporçãoSede Ativo Passivo próprio líquido detida financeiras (Nota 27) no resultado

Empresas associadas:

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) Lisboa 2.767.973 1.491.901 1.162.488 113.584 20% 255.214 - 28.277 Payshop Moçambique, S.A. (b) Maputo - Moçambique n.d. n.d. n.d. n.d. 35% - 189.775 n.d.Mafelosa, SL (c) (d) Castellon - Espanha n.d. n.d. n.d. n.d. 25% - - n.d.Urpacksur (c) (d) Espanha n.d. n.d. n.d. n.d. 30% 481 - n.d.

255.695 189.775 28.277

2015

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Relatório e Contas 2015

(a) Valores de dezembro 2014

(b) Empresa participada PayShop Portugal, que se encontra em processo de liquidação

(c) Empresa participada Tourline Express Mensajeria

(d) Empresas sem atividade comercial

O montante de 28.277 Euros refere-se à parcela do resultado de 2014 que não foi registado naquele exercício. Por falta de informação financeira mais atualizada não foi efetuado qualquer outro registo relativo à participação da Multicert, S.A.. O montante de (7.432) Euros diz respeito, no período findo em 31 de dezembro de 2014, à proporção do resultado a setembro de 2014. Foi igualmente reconhecido o valor de (240.167) Euros relativo ao resultado de 2013 que não tinha sido registado naquele exercício

11. OUTROS INVESTIMENTOS

Os outros investimentos dizem respeito a instrumentos de capitais não cotados cujo justo valor não pode ser mensurado com fiabilidade. O montante destes instrumentos registados ao custo a 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, eram os seguintes:

No período em análise, não foi reconhecida qualquer imparidade nestes investimentos. Não existiam preços de mercado disponíveis para os investimentos mencionados e também não é possível determinar o justo valor recorrendo a transações comparáveis. O Grupo não mensurou os instrumentos através de cash flows descontados uma vez que estes não podiam ser determinados com fiabilidade. À data da preparação das demonstrações financeiras, o Grupo não pretende alienar qualquer um destes investimentos.

12. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

As atividades do Grupo acarretam exposição a riscos financeiros. Por risco financeiro, entende-se a probabilidade de se obterem resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o valor patrimonial do Grupo. A gestão deste risco visa minimizar, entre outros aspetos, os efeitos adversos da imprevisibilidade dos mercados financeiros no desempenho financeiro do Grupo.

Capital Resultado % Participações Provisões ProporçãoSede Ativo Passivo próprio líquido detida financeiras (Nota 27) no resultado

Empresas associadas:

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) Lisboa 3.300.404 2.165.716 3.122.809 (37.161) 20% 226.937 - (7.432)Payshop Moçambique, S.A. (b) Maputo - Moçambique n.d. n.d. n.d. n.d. 35% - 215.772 n.d.Mafelosa, SL (c) (d) Castellon - Espanha n.d. n.d. n.d. n.d. 25% - - n.d.Urpacksur (c) (d) Espanha n.d. n.d. n.d. n.d. 30% 481 - n.d.

227.418 215.772 (7.432)

2014

IPC - International Post Corporation Bruxelas - Bélgica 6.157 6.157Eurogiro Network Copenhaga - Dinamarca 124.435 124.435CEPT Copenhaga - Dinamarca 237 237Tagus Park Lisboa - Portugal 975.982 975.982

1.106.812 1.106.812

Empresa Sede 20142015

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Relatório e Contas 2015

A gestão dos riscos financeiros integra o Sistema de Gestão do Risco do Grupo com reporte direto à Comissão Executiva. As direções de Finanças e Risco e Contabilidade e Tesouraria asseguram a gestão centralizada das operações de financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transações cambiais assim como a gestão do risco de contrapartes do Grupo e a monitorização do risco cambial, de acordo com políticas aprovadas pela Comissão Executiva. Adicionalmente, são responsáveis pela identificação, quantificação e pela proposta e implementação de medidas de mitigação dos riscos financeiros a que o Grupo se encontra exposta. O Grupo tem em desenvolvimento um sistema integrado de gestão de riscos. Dos riscos financeiros destacam-se os riscos de crédito, os riscos de mercado, de taxa de juro e cambial, e os riscos de liquidez. Riscos de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando em perdas financeiras para o Grupo. No Grupo o risco de crédito situa-se essencialmente nas contas a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a sua atividade operacional e de tesouraria. O agravamento das condições económicas ou as adversidades que afetem as economias podem originar dificuldade ou incapacidade dos clientes para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo. Neste sentido, tem sido desenvolvido um esforço na redução do prazo médio de recebimentos e do montante de crédito concedido a clientes A gestão do risco de crédito assenta num conjunto de normas e orientações que constitui o Regulamento de Concessão de Crédito a Clientes (RCCC) e abrange os processos de concessão do crédito, monitorização e cobrança da dívida. Tendo presente os princípios orientadores da Gestão do Risco do Grupo, está definida uma metodologia de avaliação do risco de crédito que permite aferir à priori, com base na informação disponível no momento, a capacidade do cliente vir a cumprir todas as suas obrigações nos prazos e condições estabelecidos. Com base nessa avaliação é determinado o montante máximo de crédito a conceder ao cliente, cuja evolução é acompanhada periodicamente. O risco de crédito nas contas a receber é monitorizado numa base regular por cada um dos negócios do Grupo e acompanhado mensalmente em sede de Comissão de Crédito com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidade da conta a receber, acompanhando a evolução do nível de crédito concedido, e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. As perdas de imparidade para as contas a receber são calculadas considerando essencialmente: (i) a antiguidade das contas a receber; (ii) o perfil de risco do cliente; e (iii) a condição financeira do cliente. O movimento das perdas de imparidade das contas a receber encontra-se divulgado nas Notas 19 e 37. Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo entende que as perdas por imparidade em contas a receber se encontram adequadamente estimadas e relevadas nas demonstrações financeiras consolidadas. Adicionalmente, no âmbito das atividades de tesouraria, o risco financeiro resulta essencialmente dos investimentos efetuados pelo Grupo. Com o objetivo de reduzir este risco, a política do Grupo é a de investir em aplicações de curto/médio prazo, junto de diversas instituições financeiras e todas com rating relativo de crédito elevado (tendo em conta o rating da República Portuguesa).

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Relatório e Contas 2015

A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de dezembro de 2015, associada a este tipo de ativos (Caixa e Equivalentes conforme Nota 17, com exceção do valor de caixa), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como se segue:

(1) Classificação atribuída pela Moody's. (2) Por conversão da classificação de BB- atribuída pela Standard&Poor's. (3) Por conversão da classificação de BBB+ atribuída pela Fitch. (4) Outros sem rating atribuído.

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” havia aplicações de tesouraria que totalizavam, respetivamente, 508.153.791 Euros e 498.232.900 Euros, respetivamente (Nota 17). A tabela seguinte apresenta a exposição máxima ao risco de crédito associado a ativos financeiros detidos pelo Grupo. Os valores representam apenas os ativos financeiros sensíveis ao risco de crédito incluídos nas rubricas, pelo que os valores não reconciliam com os valores totais registados nas demonstrações financeiras:

Risco taxa de juro O risco de taxa de juro está essencialmente relacionado com os juros obtidos com a aplicação dos excedentes de tesouraria. Os ganhos resultantes das operações financeiras são importantes, pelo que as alterações das taxas de juro têm um impacto direto na receita financeira do Grupo. Com o propósito de reduzir o impacto do risco de taxa de juro, o Grupo acompanha numa base regular e sistemática as tendências de mercado, com vista a alavancar a relação prazo/ taxa por um lado e risco/ rentabilidade por outro. As aplicações dos excedentes de tesouraria, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, beneficiaram de um rendimento financeiro de 1.483.388 Euros e 4.225.231 Euros, respetivamente (Nota 40). Adicionalmente, encontram-se registados juros relativos a serviços financeiros na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais”, nos exercícios de 2015 e 2014, no montante de 516.707 Euros e 2.305.688 Euros, respetivamente (Nota 33).

Rating (1) 2015A1 6.113A2 120.006.242A3 43.463B1 236.789.344B2 128.799.819Ba1 37.126.081Ba2 1.295

Baa1(3) 31.088.972Baa2 30.128

Ba3 (2) 20.498.794Caa2 1.155.814

Outros (4) 672.829576.218.894

2015 2014

Outros ativos não correntes 601.103 790.601

Contas a receber 124.355.641 131.682.269

Outros ativos correntes 12.590.310 16.272.945

Caixa e equivalentes a caixa 576.218.894 627.995.792

713.765.948 776.741.607

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Relatório e Contas 2015

O Grupo contrata geralmente as suas aplicações a taxas fixas, sendo os seus financiamentos remunerados a taxa variável. Devido ao reduzido montante dos seus financiamentos, o Grupo acredita que o diferencial resultante entre os ativos financeiros a taxa fixa e os passivos financeiros a taxa variável representa um potencial impacto pouco significativo na demonstração dos resultados consolidada. Se as taxas de juro variassem 0,25 p.p., durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, o impacto em juros seria de 742 milhares de Euros (31 dezembro 2014: 3.818 milhares de Euros). Risco cambial Os riscos de taxa de câmbio estão relacionados com a existência de saldos expressos em moeda distinta do Euro, particularmente saldos decorrentes de transações com Operadores Postais estrangeiros expressos em Direito de Saque Especial (DTS), e a consequente flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio. A gestão do risco cambial assenta na monitorização periódica do grau de exposição ao risco de taxa de câmbio de ativos e passivos, tendo como referência objetivos previamente definidos com base na evolução das atividades do negócio internacional. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a exposição líquida (ativo menos passivo) do Grupo ascendia, respetivamente, 988.959 DTS (1.258.777 Euros à taxa de câmbio €/DTS 1,27283) e a 895.251 DTS (1.068.321 Euros à taxa de câmbio €/DTS 1,19332). Na análise de sensibilidade efetuada aos saldos das contas a receber e a pagar a Operadores Postais estrangeiros, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, utilizando-se como pressuposto uma valorização / desvalorização na taxa de câmbio €/DTS de 10%, o impacto em resultados seria, um aumento de 125.878 Euros e de 106.832 Euros, respetivamente. Risco Liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de caixa operacionais e os fluxos de caixa obtidos de operações de desinvestimento, de linhas de crédito e de financiamento, não satisfizerem as necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos e a remuneração dos acionistas. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas operações e nas disponibilidades de caixa, o Grupo entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações. As principais obrigações contratuais do Grupo CTT são as relacionadas com o financiamento obtido (essencialmente locações financeiras) e respetivos juros, as locações operacionais e outros compromissos financeiros não contingentes. O quadro a seguir apresentado resume as obrigações contratuais esperadas e compromissos financeiros em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 que não reconciliam com o balanço consolidado:

Mais de 1 ano e Até 1 ano menos de 5 anos Mais de 5 anos Total

Passivos financeirosFinanciamentos obtidos 7.088.293 1.037.265 - 8.125.558Contas a pagar 426.809.193 - - 426.809.193Outros passivos correntes 30.650.178 - - 30.650.178

Compromissos não financeirosLocações Operacionais (Nota 35) 10.434.899 16.618.420 - 27.053.319Compromissos financeiros não contingentes (1) 9.906.104 - - 9.906.104

484.888.668 17.655.685 - 502.544.353

2015

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Relatório e Contas 2015

(1) Os compromissos financeiros não contingentes referem-se essencialmente a fornecedores de ativos fixo, com contratos já assinados, e que o passivo não se encontra reconhecido no balanço (Notas 5 e 6).

Risco de capital O Grupo procura manter um nível de capitais próprios adequado que lhe permita não só assegurar a sua continuidade e desenvolvimento, como também proporcionar uma adequada remuneração para os seus acionistas e a otimização do custo de capital. Por forma a manter ou ajustar a sua estrutura de capital, o Grupo poderá ajustar o montante dos dividendos a pagar, emitir dívida ou vender ativos para reduzir dívida. O equilíbrio da estrutura de capital é monitorizado com base no rácio de solvabilidade, calculado de acordo com a seguinte fórmula: Capital Próprio / Passivo. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o Grupo seguiu como estratégia, a manutenção do seu nível de rácio de solvabilidade superior a 35%. Os rácios de solvabilidade em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, são como seguem:

(1) Capital próprio / (Passivo total - Valores de terceiros incluídos em Caixas e equivalentes de caixa)

13. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os “Inventários” do Grupo apresentam o seguinte detalhe:

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe do “Custo com as mercadorias vendidas e as matérias consumidas” foi o seguinte:

Mais de 1 ano e Até 1 ano menos de 5 anos Mais de 5 anos Total

Passivos financeirosFinanciamentos obtidos 1.866.056 1.926.723 - 3.792.779Contas a pagar 491.269.984 - - 491.269.984Outros passivos correntes 18.037.952 - - 18.037.952

Compromissos não financeirosLocações Operacionais (Nota 35) 9.345.242 14.456.925 - 23.802.167Compromissos financeiros não contingentes (1) 494.954 - - 494.954

521.014.188 16.383.648 - 537.397.836

2014

2015 2014

Capital próprio 251.834.754 249.209.645Passivo total 867.637.454 931.786.978Valores de terceiros 324.650.604 385.678.898

Solvabilidade ajustado (1) 46,4% 45,6%

Quantia Perdas por Quantia Quantia Perdas por Quantiabruta imparidade líquida bruta imparidade líquida

Mercadorias 4.618.877 1.397.098 3.221.779 5.240.512 1.527.827 3.712.685Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 2.670.454 565.513 2.104.941 2.716.730 676.836 2.039.894Adiantamentos por conta de compras 128.395 - 128.395 32.698 - 32.698

7.417.726 1.962.611 5.455.115 7.989.940 2.204.663 5.785.277

2015 2014

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Relatório e Contas 2015

Imparidade Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas de inventários” (Nota 19) foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram registadas perdas por imparidade de inventários, líquidas de reversões no montante de, respetivamente, (203.851) Euros e (289.408) Euros, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37).

14. CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Contas a receber” apresentava a seguinte composição:

Saldo inicial 5.240.512 2.716.730 7.957.242Compras 13.256.802 3.206.079 16.462.881Ofertas de inventários (128.047) (22.249) (150.296)Regularizações de inventários (358.796) (305.354) (664.150)Saldo final (4.618.877) (2.670.454) (7.289.331)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 13.391.594 2.924.752 16.316.346

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

2015

Saldo inicial 5.018.085 3.410.775 (30.453) 8.398.407Compras 13.868.917 3.528.006 - 17.396.923Ofertas de inventários (39.334) (24.807) - (64.141)Regularizações de inventários (265.997) (509.452) - (775.449)Saldo final (5.240.512) (2.716.730) - (7.957.242)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 13.341.159 3.687.792 (30.453) 16.998.498

2014Alteração do Perimetro de Consolidação

TotalMercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações final

Mercadorias 1.527.827 36.874 (129.402) (38.201) 1.397.098Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 676.836 35.091 (146.414) - 565.513

2.204.663 71.965 (275.816) (38.201) 1.962.611

2015

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações final

Mercadorias 1.812.893 43.671 (323.990) (4.747) 1.527.827Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 685.925 4.863 (13.952) - 676.836

2.498.818 48.534 (337.942) (4.747) 2.204.663

2014

2015 2014

Clientes 124.355.641 131.682.077Empresas associadas - 192

124.355.641 131.682.269

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Relatório e Contas 2015

Clientes Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a antiguidade do saldo de clientes é detalhada como segue:

(1) Os montantes relativos a operadores estrangeiros, ainda que se encontrem em aberto à mais de 360 dias, apresentam-se

dentro do prazo normal para apresentação e regularização de contas.

O valor escriturado líquido do saldo de clientes com antiguidade superior a 360 dias decompõe-se do seguinte modo:

A rubrica operadores estrangeiros refere-se aos recebimentos pela distribuição em Portugal de tráfego postal com origem em países terceiros. Estas operações enquadram-se no âmbito da regulamentação da União Postal Universal (UPU), que prevê a apresentação de contas numa base anual, o qual, portanto, apenas é efetuado após o final do ano, originando assim um montante significativo de saldo de clientes em aberto há mais de 360 dias. Acresce mencionar que a referida regulamentação estipula um prazo até 22 meses para apresentação das contas pelo que os saldos dos operadores estrangeiros refletem uma situação expectável no quadro deste negócio específico. Ainda ao abrigo da regulamentação da UPU, as contas entre Operadores estrangeiros são liquidadas por encontro de contas. O risco de crédito é mitigado pelos saldos a pagar às mesmas entidades e pelos adiantamentos por conta dos recebimentos líquidos do ano (Nota 28). Relativamente ao saldo de clientes nacionais, é constituído essencialmente por dívidas de entidades públicas, a que se juntam clientes que são simultaneamente fornecedores e com os quais se efetuam encontros de contas, e clientes com planos de pagamento de dívida. Considerando o universo de clientes nacionais, o nível de cobertura das dívidas de clientes por garantias bancárias e depósitos prévios de clientes reduziu de 1,0% no final de 2014 para 0,8% em 31 de dezembro de 2015.

Quantia brutaImparidade acumulada

Quantia escriturada

líquidaQuantia bruta

Imparidade acumulada

Quantia escriturada

líquida

CorrentesNão vencido 68.617.967 - 68.617.967 63.040.222 151.682 62.888.540

Vencido(1):0-30 dias 10.721.851 - 10.721.851 17.089.136 105.192 16.983.94430-90 dias 11.622.753 - 11.622.753 10.948.465 211.018 10.737.44790-180 dias 5.308.371 - 5.308.371 5.512.173 395.193 5.116.980180-360 dias 11.320.671 875.685 10.444.986 13.167.307 2.831.679 10.335.628> 360 dias 48.501.197 30.861.483 17.639.714 52.423.561 26.804.022 25.619.539

156.092.809 31.737.168 124.355.641 162.180.863 30.498.785 131.682.077

2015 2014

2015 2014

Clientes nacionais 396.387 2.673.966

Operadores estrangeiros 17.243.327 22.945.573

Total 17.639.714 25.619.539

Operadores estrangeiros - valores a pagar (Nota 28) (16.456.906) (21.714.470)

2015 2014Depósitos prévios 647.495 894.069Garantias bancárias 43.663 83.753

Total 691.159 977.822

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Relatório e Contas 2015

Imparidade de clientes Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas ” (Nota 19) foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram registadas perdas por imparidade (aumentos líquidos de reversões) de contas a receber no montante de, respetivamente, 2.599.910 Euros e 6.700.175 Euros, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37).

15. DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Diferimentos” do ativo corrente e do passivo corrente e não corrente apresentava a seguinte composição:

Saldo inicial Aumentos Reversões UtilizaçõesAlteração do perímetro

de consolidaçãoSaldo final

Clientes 30.498.785 4.625.870 (2.025.960) (1.361.526) - 31.737.16930.498.785 4.625.870 (2.025.960) (1.361.526) - 31.737.169

2015

Saldo inicial Aumentos Reversões UtilizaçõesAlteração do perímetro

de consolidaçãoSaldo final

Clientes 24.361.985 7.575.359 (875.184) (497.000) (66.375) 30.498.78524.361.985 7.575.359 (875.184) (497.000) (66.375) 30.498.785

2014

2015 2014Diferimentos ativos

CorrentesRendas a pagar 1.293.761 1.313.235Subsídios de Refeição 1.701.736 1.698.085

Compensação Acordo Complementar AE CTT 1.457.575 -

Outros 3.715.517 2.681.5758.168.589 5.692.895

Diferimentos passivosNão correntes

Mais-valias diferidas 3.677.282 6.076.311Comissões diferidas 1.000.000 -Subsídios ao investimento 339.294 350.496

5.016.576 6.426.807

CorrentesMais-valias diferidas 2.399.029 2.399.029Carregamentos Phone-IX 206.329 258.669

Comissões diferidas 400.000 1.800.000Acordo Altice 9.583.333 -Subsídios ao investimento 11.201 11.201Outros 1.145.538 1.033.284

13.745.430 5.502.18318.762.006 11.928.989

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Relatório e Contas 2015

Em exercícios anteriores a Empresa alienou um conjunto de imóveis, relativamente aos quais celebrou posteriormente contratos de arrendamento. As mais-valias apuradas naquela alienação foram diferidas, e são reconhecidas no período de duração dos contratos de arrendamento. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 foram reconhecidos em “Outros rendimentos e ganhos operacionais” na demonstração consolidada dos resultados 1.511.128 Euros, em ambos os períodos, relativos àquelas mais-valias. Em 2014 os CTT celebraram um contrato com a Cetelem, o qual implicou um recebimento de 3 milhões de Euros no momento da assinatura do contrato, dos quais 1 milhão de Euros, correspondentes a um direito de entrada foi reconhecido no início do contrato, sendo os restantes 2 milhões de Euros, relativos a comissões não reembolsáveis, reconhecidos ao longo do período do contracto. Em 31 de dezembro de 2015 encontrando-se diferido um montante de 1.400.000 Euros. Na sequência do Memorando de entendimento celebrado com a Altice e tendo o processo de aquisição da PT Portugal, pela Altice, sido concluído, os CTT receberam o valor correspondente ao pagamento inicial acordado, o qual está a ser reconhecido em resultados ao longo do período de exclusividade para negociar as eventuais parcerias definidas. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram reconhecidos em “Outros rendimentos e ganhos operacionais” 5.416.667 Euros relativos a este contrato.

16. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo não apresentava ativos não correntes classificados como detidos para venda, nem existiam operações classificadas como operações descontinuadas.

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidas de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, detalha-se como segue:

18. OUTROS ATIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, as rubricas “Outros ativos não correntes” e “Outros ativos correntes” apresentavam a seguinte composição:

2015 2014

Numerário 27.430.823 36.573.952Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 67.920.196 129.762.892Depósitos à ordem no Banco de Portugal 15.847 -Ativos financeiros disponíveis para venda 129.060 -Depósitos a prazo 508.153.791 498.232.900Caixa e seus equivalentes (Balanço) 603.649.717 664.569.744Descobertos bancários - -Caixa e seus equivalentes (Demonstração de Fluxos de Caixa) 603.649.717 664.569.744

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Relatório e Contas 2015

Os montantes registados na rubrica “Serviços financeiros postais” respeitam a valores a receber referentes a resgates de produtos de aforro e a comercialização de seguros. Devedores por acréscimos de rendimentos Em 31 de dezembro de 2015 e 31 dezembro de 2014, os devedores por acréscimos de rendimentos referem-se a especializações de juros, valores a faturar, produtos filatélicos, agentes filatélicos e outros valores. Imparidade Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido em “Perdas de imparidade acumuladas de outros ativos não correntes e correntes” (Nota 19), foi como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram registadas, perdas por imparidade (aumentos líquidos de reversões) de “Outros ativos correntes e não

2015 2014

Não correnteAdiantamentos ao pessoal 466.086 512.079Outros valores a receber do pessoal 1.558.326 1.699.523Emprestimo INESC 347.021 371.891Fundo compensação trabalho 49.527 -Outros ativos não correntes 191.853 -Imparidade (2.011.710) (1.792.892)

601.103 790.601

CorrenteAdiantamento a fornecedores 31.205 101.457Adiantamentos ao pessoal 2.736.705 2.776.653Emprestimo INESC 49.740 49.740Serviços financeiros postais 6.372.504 12.352.806Estado e outros entes públicos IVA 2.523.671 290.714Devedores por acréscimo de rendimentos 4.784.068 2.703.244Montantes cobrados em nome dos CTT 1.211.810 2.791.459Garantias 232.289 360.977Reembolsos CGA 11.598 302.004Adiantamentos a advogados 143.603 162.686Devedores por ativos vendidos 124.734 137.054Outros ativos correntes 13.195.073 10.268.251Imparidade (8.480.056) (9.511.662)

22.936.943 22.785.382

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Outras contas a receber 10.882.923 539.816 (1.500.571) (9.530) 182.366 10.095.004Empréstimo INESC 421.631 - (24.870) - - 396.761

11.304.554 539.816 (1.525.441) (9.530) 182.366 10.491.765

2015

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Outras contas a receber 10.394.977 1.539.178 (1.046.957) (4.275) - 10.882.923Empréstimo INESC 1.447.353 - (1.025.722) - - 421.631

11.842.330 1.539.178 (2.072.679) (4.275) - 11.304.554

2014

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156

Relatório e Contas 2015

correntes” no montante de (985.625) Euros e (533.502) Euros, respetivamente, na rubrica de “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/reversões)” (Nota 37).

19. PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, verificaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de imparidade:

As perdas por imparidade relacionadas com ativos fixos tangíveis, propriedades de investimento e goodwill, encontram-se detalhadas, respetivamente nas Notas 5, 7 e 9.

20. CAPITAL

Em 31 de dezembro de 2015 o capital social da Empresa é composto por 150.000.000 ações com o valor nominal de 0,50 Euros cada. O capital encontra-se totalmente subscrito e realizado. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os acionistas da Empresa com participações iguais ou superiores a 2%, resumem-se como segue:

Saldo Saldoinicial final

Outros ativos não correntes (Nota 18)Outras contas a receber 1.421.001 51.835 - - - 1.472.836Empréstimo INESC 371.891 - (24.870) - - 347.021

1.792.892 51.835 (24.870) - - 1.819.857

Clientes e Outros ativos correntes (Notas 14 e 18)Clientes 30.498.785 4.625.870 (2.025.960) (1.361.526) - 31.737.169Outras contas a receber 9.461.922 487.981 (1.500.571) (9.530) 182.366 8.622.168Empréstimo INESC 49.740 - - - - 49.740

40.010.447 5.113.851 (3.526.531) (1.371.056) 182.366 40.409.077

Inventários (Nota 13)Mercadorias 1.527.827 36.874 (129.402) (38.201) - 1.397.098Matérias-Primas, subs. e de consumo 676.836 35.091 (146.414) - - 565.513

2.204.663 71.965 (275.816) (38.201) - 1.962.61144.008.002 5.237.651 (3.827.217) (1.409.257) 182.366 44.191.545

2015

Aumentos Reversões Utilizações Transferências

Saldo Saldoinicial final

Outros ativos não correntes (Nota 18)Outras contas a receber 1.296.044 124.957 - - - 1.421.001Empréstimo INESC 1.397.613 - (1.025.722) - - 371.891

2.693.657 124.957 (1.025.722) - - 1.792.892

Clientes e Outros ativos correntes (Notas 14 e 18)Clientes 24.361.985 7.575.359 (875.184) (497.000) (66.375) 30.498.785Outras contas a receber 9.098.933 1.414.221 (1.046.957) (4.275) - 9.461.922Empréstimo INESC 49.740 - - - - 49.740

33.510.658 8.989.580 (1.922.141) (501.275) (66.375) 40.010.447

Inventários (Nota 13)Mercadorias 1.812.893 43.671 (323.990) (4.747) - 1.527.827Matérias-Primas, subs. e de consumo 685.925 4.863 (13.952) - - 676.836

2.498.818 48.534 (337.942) (4.747) - 2.204.66338.703.133 9.163.071 (3.285.805) (506.022) (66.375) 44.008.002

2014

Aumentos Reversões UtilizaçõesAlteração do perímetro de

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157

Relatório e Contas 2015

(1) Empresa detida pela Standard Life Investments (Holdings) Limited.

(2) Participação qualificada imputável, direta e indiretamente, ao Sr. Manuel Carlos de Mello Champallimaud.

(3) Empresa detida pela Artemis Investment Management LLP.

(4) Anteriormente denominada: Allianz Global Investors Europe GmbH.

(5) A participação qualificada do BNP Paribas Investment Partners representa 5,025% do capital social dos CTT e 4,773% dos

direitos de voto (v. comunicado CTT de 18-12-2015). Participação detida através dos seguintes fundos geridos pelo BNP

Paribas Investment Partners: A.A.-FORTIS ACTIONS PETITE CAP. EUROPE; BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset

Income; BNP PARIBAS B PENSION BALANCED; BNP PARIBAS B PENSION GROWTH; BNP PARIBAS B PENSION STABILITY;

BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME; BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND; Merck BNP Paribas European Small Cap;

METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH; PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP; PARWORLD TRACK EUROPE SMALL

CAP; Stichting Bewaar ANWB - Eur Small Cap; Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken.

Acionista Nº ações % Valor nominal

Standard Life Investments Limited (1) 9.910.580 6,607% 4.955.290

Ignis Investment Services Limited (1) 97.073 0,065% 48.537

Standard Life Investments (Holdings) Limited Total 10.007.653 6,672% 5.003.827

Manuel Carlos de Mello Champalimaud 33.785 0,023% 16.893

Gestmin SGPS, S.A. (2) 7.766.215 5,177% 3.883.108

Manuel Carlos de Mello Champalimaud Total 7.800.000 5,200% 3.900.000Artemis Fund Managers Limited (3) 7.433.817 4,956% 3.716.90 9

Artemis Investment Management LLP 276.892 0,185% 138.446

Artemis Investment Management LLP Total 7.710.709 5,140% 3.855.355

Allianz Global Investors Europe GmbH (AGIE) (4) Total 7.552.637 5,035% 3.776.319

A.A.-FORTIS-ACTIONS PETITE CAP. EUROPE (5) 226.096 0,151% 113.048

BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset Income (5) 241.969 0,161% 120.985

BNP PARIBAS B PENSION BALANCED (5) 675.151 0,450% 337.576

BNP PARIBAS B PENSION GROWTH (5) 89.950 0,060% 44.975

BNP PARIBAS B PENSION STABILITY (5) 42.617 0,0 28% 21.309

BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME (5) 287.384 0,192% 143.692

BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND (5) 1.569.016 1,046% 784.50 8

Merck BNP Paribas European Small Cap (5) 97.607 0,065% 48.804

METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH (5) 159.111 0,10 6% 79.556

PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP (5) 3.863.880 2,576% 1.931.940

PARWORLD TRACK EUROPE SMALL CAP (5) 5.0 04 0,0 03% 2.502

Stichting Bewaar ANWB – Eur Small Cap (5) 149.732 0,100% 74.866

Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken (5) 130.657 0,087% 65.329

BNP Paribas Investment Partners, Limited Company (5) Total 7.538.174 5,025% 3.769.087

Kames Capital plc (6) 2.045.003 1,363% 1.022.502

Kames Capital Management Limited (6) 3.096.134 2,064% 1.548.067

Aegon NV (6) Total 5.141.137 3,427% 2.570.569

Norges Bank Total 3.143.496 2,096% 1.571.748

F&C Asset Management plc (7) 3.124.80 1 2,0 83% 1.562.401

Bank of Montreal (7) 3.124.801 2,083% 1.562.401

Henderson Global Investors Limited (8) 3.037.609 2,025% 1.518.805

Henderson Group plc (8) 3.037.609 2,025% 1.518.805

CTT, S.A. (ações próprias) (9) Total 200.177 0,133% 100.089

Restantes acionistas Total 94.743.607 63,162% 47.371.804

Total 150.000.000 100,000% 75.000.000

2015

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158

Relatório e Contas 2015

(6) A partir de 1 de janeiro de 2015, em resultado de reestruturação societária, as carteiras que se encontravam sob gestão da

Kames Capital Management Limited (subsidiária da Kames Capital plc) foram transferidas, encontrando-se sob gestão da

Kames Capital plc. Participação qualificada imputável à seguinte cadeia de entidades: (i) Kames Capital Holdings Limited, que

detém 100% da Kames Capital plc; (ii) Aegon Asset Management Holding BV, que detém 100% da Kames Capital Holdings

Limited; e (iii) Aegon NV, que detém 100% da Aegon Asset Management Holding BV.

(7) Participação imputável à F&C Asset Management plc enquanto entidade com a qual a F&C Management Limited, a F&C

Investment Business Limited e a F&C Managers Limited se encontram em relação de domínio. A F&C Asset Management plc

encontra-se sob o domínio da BMO Global Asset Management (Europe) Limited que, por sua vez, se encontra sob o domínio

do Banco de Montreal.

(8) O Henderson Group plc é a empresa-mãe da Henderson Global Investors Limited. Todos os direitos de voto são imputáveis à

Henderson Global Investors Limited. Segundo comunicação de 8 de janeiro a Henderson Global Investors Limited deixou de

deter puma participação qualificada nos CTT.

(9) Os direitos de voto inerentes às ações próprias detidas pela Sociedade encontram-se suspensos por força do artigo 324º do

Código das Sociedades Comerciais (CSC).

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Relatório e Contas 2015

(1) Empresa detida pela Standard Life Investments (Holdings) Limited.

(2) A partir de 1 de janeiro de 2015, em resultado de reestruturação societária, as carteiras que se encontravam sob gestão da

Kames Capital Management Limited (subsidiária da Kames Capital plc) foram transferidas, encontrando-se sob gestão da

Kames Capital plc.

(3) Participação qualificada imputável à seguinte cadeia de entidades: (i) Kames Capital Holdings Limited, que detém 100% da

Kames Capital plc; (ii) Aegon Asset Management Holding BV, que detém 100% da Kames Capital Holdings Limited; e (iii) Aegon

NV, que detém 100% da Aegon Asset Management Holding BV.

(4) Em virtude da fusão da Allianz Global Investors Luxembourg, S.A. (AGIL) com a Allianz Global Investors Europe (AGIE), passou

a ser imputável à AGIE a participação qualificada mencionada.

(5) Subsidiária do UBS Group AG.

Acionista Nº ações % Valor nominal

Standard Life Investments Limited (1) 9.910 .580 6,60 7% 4.955.290

Ignis Investment Services Limited (1) 97.0 73 0 ,065% 48.537

Standard Life Investments (Holdings) Limited Total 10.007.653 6,672% 5.003.827

Kames Capital plc (2) 2.0 45.0 03 1,363% 1.022.50 2

Kames Capital Management Limited (2) 3.0 96.134 2,064% 1.548.067

Aegon NV (3) Total 5.141.137 3,427% 2.570.569

Allianz Global Investors Europe GmbH (AGIE) (4) Total 4.695.774 3,131% 2.347.887

UBS AG (5) 3.705.257 2,470 % 1.852.629

UBS Fund Management (Switzerland) AG (5) 55.397 0,037% 27.699

UBS Fund Services (Luxembourg) AG (5) 57.770 0 ,039% 28.885

UBS Global Asset Management (UK) Limited (5) 8.330 0 ,0 06% 4.165

UBS Global Asset Management (Australia) Ltd (5) 3.715 0 ,00 2% 1.858

UBS Group AG (6) Total 3.830.469 2,554% 1.915.235

Morgan Stanley & Co. International plc (7) 3.553.396 2,369% 1.776.698

Morgan Stanley (7) Total 3.553.396 2,369% 1.776.698

Pioneer Funds - European Equity Target Income (8) 613.645 0 ,409% 30 6.823

Pioneer Funds - Global Equity Target Income (9) 170.0 47 0,113% 85.024

Pioneer Funds - ABS Return European Equities (9) 95.475 0 ,064% 47.738

Pioneer Funds - European Potential (9) 825.0 82 0 ,550 % 412.541

Pioneer Funds - European Equity Value (9) 764.953 0 ,510 % 382.477

Pioneer Funds - European Equity Market Plus (9) 15.876 0 ,011% 7.938

Pioneer Funds - European Research (9) 643.20 4 0 ,429% 321.60 2

UniCredit S.p.A. Total 3.128.282 2,086% 1.564.141

Artemis Fund Managers Limited (10) 3.104.624 2,070% 1.552.312

Artemis Investment Management LLP Total 3.104.624 2,070% 1.552.312

FMRC-FMR CO., INC. (11) 716.444 0 ,478% 358.222

FMR UK-FIDELITY MANAGEMENT & RESEARCH (U.K.) INC. (11) 2.379.854 1,587% 1.189.927

FMR LLC Total 3.096.298 2,064% 1.548.149

DSAM Partners LLP (12) 3.0 96.0 79 2,064% 1.548.0 40

DSAM Cayman Ltd. Total 3.096.079 2,064% 1.548.040

Goldman Sachs International (13)

Goldman Sachs Asset Management, L.P. (13)

Goldman Sachs Asset Management International (13)

The Goldman Sachs Group, Inc. (13) Total 3.019.750 2,013% 1.509.875

Restantes acionistas Total 107.326.538 71,551% 53.663.269

Total 150.000.000 100,000% 75.000.000

2014

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160

Relatório e Contas 2015

(6) Em resultado da aquisição do UBS AG pelo UBS Group AG, as acções do UBS AG foram transferidas para o UBS Group AG. As

subsidiárias do UBS AG passaram também a ser detidas pelo UBS Group AG.

(7) A empresa-mãe é a Morgan Stanley e a cadeia de empresas entre a empresa-mãe e o acionista é a seguinte: Morgan Stanley,

Morgan Stanley International Holdings Inc., Morgan Stanley International Limited, Morgan Stanley Group (Europe), Morgan

Stanley UK Group, Morgan Stanley Investments (UK) e Morgan Stanley & Co. International plc.

(8) Fundo gerido pela Pioneer Investments Kapitalangesellschaft GmbH, nomeada pela Pioneer Asset Management, S.A., a qual

é detida na totalidade pela UniCredit S.p.A.

(9) Fundo gerido pela Pioneer Investments Management Limited Dublin, nomeada pela Pioneer Asset Management, S.A., a qual é

inteiramente detida pela UniCredit S.p.A.

(10) Empresa detida pela Artemis Investment Management LLP.

(11) Empresa detida pela FMR LLC.

(12) A cadeia de empresas entre a empresa-mãe e o acionista é a seguinte: DSAM Cayman Ltd, DSAM Cayman LP, DSAM Capital

Partners Ltd e DSAM Partners LLP. A participação é detida exclusivamente através de posição económica longa resultante da

celebração de um swap sobre ações realizado ao balcão, com data de negociação a 10 de setembro de 2014, data de

liquidação a 15 de setembro de 2014 e termo a 2 de setembro de 2015. A operação swap referida prevê a liquidação financeira

como opção de liquidação.

(13) A cadeia de empresas controladas por meio das quais os direitos de voto e/ou os instrumentos financeiros são efetivamente

detidos é conforme segue: The Goldman Sachs Group, Inc. (empresa-mãe); Goldman Sachs (UK) L.L.C. (Controlada por The

Goldman Sachs Group, Inc.); Goldman Sachs Group UK Limited (Controlada por Goldman Sachs (UK) L.L.C.); Goldman Sachs

International (Controlada por Goldman Sachs Group UK Limited); Goldman Sachs Asset Management International

(Controlada por Goldman Sachs Group UK Limited); Goldman Sachs Asset Management, L.P. (Controlada por The Goldman

Sachs Group, Inc.). A participação inclui 1,42% correspondente a 2.131.364 de ações dos CTT e 0,59% de posição económica

longa via Contratos por Diferença (CFD) relativos a 888.386 ações. Os detalhes relativos aos CFD são conforme segue:

21. AÇÕES PRÓPRIAS, RESERVAS, OUTRAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO E RESULTADOS TRANSITADOS

Ações Próprias A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva não distribuível de montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas ações permanecerem na posse da sociedade. Adicionalmente, as regras contabilísticas aplicáveis determinam que os ganhos ou perdas na alienação de ações próprias sejam registados em reservas. Em 31 de dezembro de 2015, existiam 200.177 ações próprias, adquiridas em junho de 2015, representativas de 0,133% do capital social. As ações próprias detidas pelos CTT, S.A. encontram-se dentro dos limites estabelecidos pelos Estatutos da Sociedade e pelo Código das Sociedades Comerciais. Estas ações encontram-se contabilizadas ao custo de aquisição. Os movimentos ocorridos no período findo em 31 de dezembro de 2015 foram como se segue:

Período/Data de Vencimento /  Exercício / Conversão  

Nº de ações/ direitos de voto que podem ser adquiridos caso o instrumento financeiro seja 

exercido/ convertido  

% de direitos de voto que podem ser obtidos caso o instrumento financeiro 

seja exercido/convertido  

25‐Nov‐2019  2.453  0,0016% 

22‐Nov‐2019  1.278  0,0009% 

4‐Dez‐2024  506.660  0,3378% 

4‐Dez‐2024  4.869  0,0032% 

9‐Dez‐2024  600  0,0004% 

23‐Set‐2024  11.502  0,0077% 

26‐Set‐2024  360.000  0,2400% 

11‐Nov‐2024  1.024  0,0007% 

Total de direitos de voto e da percentagem de direitos de voto 

888.386  0,59% 

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Relatório e Contas 2015

Reservas Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Reservas” apresentava o seguinte detalhe:

Reservas legais A legislação comercial estabelece que, pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Reserva para ações próprias (CTT, S.A.) Em 30 de setembro de 2015 esta rubrica inclui o montante de 1.873.125 Euros relativos à constituição de uma reserva indisponível de igual valor ao preço de aquisição das ações próprias detidas. Outras reservas Esta rubrica regista os lucros transferidos para reservas que não sejam impostas pela lei ou pelos estatutos, nem sejam constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 regista igualmente o valor reconhecido no ano relativo ao Plano de ações que constitui a remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração no âmbito do novo modelo de remunerações dos membros dos Órgãos Sociais definido pela Comissão de Vencimentos, no valor de 2.987.092 Euros. Resultados Transitados No período findo em 31 de dezembro de 2015 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de “Resultados transitados”:

Quantidade Valor Preço médio

Saldo em 31 de dezembro de 2014 - - -Aquisições 200.177 1.873.125 9,357Alienações - - -

Saldo em 31 dezembro de 2015 200.177 1.873.125 -

2015 2014

Reservas legais 18.072.559 18.072.559Reservas para ações próprias (CTT, S.A.) 1.873.125 -Outras reservas 13.438.428 13.701.407

33.384.112 31.773.967

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162

Relatório e Contas 2015

Outras variações no capital próprio Os ganhos/perdas atuariais associadas a benefícios pós-emprego, bem como o correspondente imposto diferido, são reconhecidos nesta linha (Nota 26). Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 os movimentos ocorridos nesta rubrica foram os seguintes:

22. DIVIDENDOS

De acordo com a proposta de dividendos que consta do Relatório e Contas de 2014, foi proposta e aprovada, na Assembleia Geral que ocorreu no dia 5 de maio de 2015, a distribuição de dividendos no montante de 69.750.000 Euros, referente ao período findo em 31 de dezembro de 2014, tendo o dividendo sido pago em 29 de maio de 2015. Na Assembleia-Geral realizada em 5 de maio de 2014, foi aprovada a distribuição de um dividendo por ação de 0,40 Euros por ação (tendo por base as 150.000.000 ações existentes a 31.12.2013) referente ao período findo em 31 de dezembro de 2013, tendo sido pago o dividendo total de 60.000.000 Euros em maio de 2014.

23. RESULTADOS POR AÇÃO

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os resultados por ação foram calculados como segue:

2015 2014

Saldo inicial 84.374.563 83.367.465Aplicação do resultado líquido do período anterior 77.171.128 61.016.067Distribuição de dividendos (Nota 22) (69.750.000) (60.000.000)Ajustamentos em ativos financeiros decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial

109.622 -

Outros movimentos (177.319) (8.969)Saldo final 91.727.994 84.374.563

2015 2014

Saldo inicial (18.786.310) 24.548.756Ganhos /perdas atuariais - Saúde 114.181 (61.041.103)Impostos diferidos de ganhos/perdas atuariais - Saúde 27.297 17.706.037Saldo final (18.644.832) (18.786.310)

2015 2014

Resultado líquido do período 72.065.283 77.171.128Nº médio de ações ordinárias 149.883.331 150.000.000Resultado líquido por ação:

Básico 0,48 0,51Diluído 0,48 0,51

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163

Relatório e Contas 2015

O número médio de ações é analisado como segue:

O resultado líquido por ação básico é calculado dividindo o lucro consolidado atribuível aos acionistas da Empresa pelo número médio de ações ordinárias que compõem o seu capital, excluindo o número médio de ações próprias detidas pelo Grupo. Em 31 de dezembro de 2015 o número de ações próprias em carteira é de 200.177, sendo o seu número médio no período findo em 31 de dezembro de 2015 de 116.669, refletindo o facto das aquisições de ações próprias ter ocorrido em junho de 2015. Não existem quaisquer fatores diluidores do resultado líquido por ação.

24. INTERESSES NÃO CONTROLADOS

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 realizaram-se os seguintes movimentos em interesses não controlados:

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os interesses não controlados são relativos às seguintes empresas:

25. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Financiamentos obtidos” apresentava o seguinte detalhe:

2015 2015Ações emitidas no início exercício 150.000.000 150.000.000Efeito ações próprias 116.669 -Nº médio de ações durante o período 149.883.331 150.000.000

2015 2014

Saldo inicial (323.703) 1.604.372Resultado do período atribuível a interesses não controlados 5.352 (327.492)Distribuição de dividendos - (198.423)Alienações - (1.395.678)Outras variações 493.673 (6.482)Saldo final 175.322 (323.703)

2015 2014

Correio Expresso de Moçambique, S.A. 175.322 (323.703)175.322 (323.703)

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Relatório e Contas 2015

A 31 de dezembro de 2015, as taxas de juro aplicadas aos leasings financeiros encontravam-se entre 0,60% e 0,83% (31 de dezembro de 2014: entre 0,62% e 0,91%) e as taxas de juro aplicadas a outros empréstimos encontravam-se entre 0,06% e 2,10% (31 de dezembro de 2014: 0,56% e 3,84%). Empréstimos bancários e outros empréstimos Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe dos empréstimos bancários era o seguinte:

Os financiamentos contraídos com entidades bancárias espanholas destinam-se a financiar a atividade operacional da subsidiária Tourline, sendo as taxas de juros praticadas referenciadas à Eonia. Locações Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

2015 2014

Passivo não correnteEmpréstimos bancários 95.241 -Locação financeira 940.281 1.913.118

1.035.522 1.913.118Passivo corrente

Empréstimos bancários 6.028.197 824.650Locação financeira 1.049.958 955.484Outros empréstimos - 65.936

7.078.155 1.846.0708.113.677 3.759.188

Empréstimos bancáriosBanco Sabadell (Espanha) 400.000 - - 400.000 - -BBVA (Espanha) 500.000 - - 500.000 - -Millennium BCP (Espanha) 9.750.000 5.991.565 - 5.000.000 818.911 -BIM - (Moçambique) 218.270 - - 218.270 5.739 -BIM - (Moçambique) 131.873 36.632 95.241

Outros empréstimosMillennium BCP 5.000.000 - - 5.000.000 - -Millennium BCP 250.000 - - 250.000 - -Millennium BCP 150.000 - - 150.000 - -BIM - (Moçambique) 77.861 - 77.861 65.936Moza Banco (Moçambique) 25.954 - - 25.954 - -

16.503.958 6.028.197 95.241 11.622.085 890.586 -

2015Montante utilizado

Limite CorrenteNão

correnteEntidade financiadora

2014Montante utilizado

Limite CorrenteNão

corrente

Terrenos e recursos naturais 9.425.895 815.990 8.609.905 9.651.895 815.990 (226.000) 8.609.905Edifícios e outras construções 4.963.685 1.397.118 3.566.567 5.641.685 1.296.022 (678.000) 3.667.663Equipamento básico - - - 856.109 (856.109)Equipamento de transporte 19.371 18.854 517 87.790 18.854 (68.419) 517

14.408.951 2.231.962 12.176.989 16.237.479 2.130.866 (1.828.528) 12.278.085

2015

CustoDepreciações/perdas

imparidade acumuladasQuantia

escriturada

2014Alteração doperímetro deconsolidação

CustoDepreciações/perdas

imparidade acumuladasQuantia

escriturada

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Relatório e Contas 2015

Os contratos mais significativos são os seguintes: Os CTT são locatários em contrato de locação financeira celebrado com IMOLEASING - Sociedade de locação financeira imobiliária, S.A., referente a um imóvel sito no concelho da Maia (Porto) onde se encontra implantado o Centro Operacional de Correio. A tipologia dos contratos de locação determina o seu enquadramento como uma locação financeira, nomeadamente pelo facto de existir uma opção de compra por um valor residual de aproximadamente 6% do contrato, o qual se estima ser significativamente inferior ao valor estimado de mercado no final do contrato. Não existem rendas contingentes a pagar nem a imposição de quaisquer restrições. A subsidiária CTT Expresso é locatária de imóvel sito na Perafita (Matosinhos) destinado a albergar o Centro Operacional Regional do Norte, o qual inclui uma opção de compra no final do contrato por um valor que se estima ser significativamente inferior ao valor estimado de mercado no final do contrato. As rendas mensais são calculadas com base no valor inicial do contrato, existindo a possibilidade de, mediante pagamento de um valor residual exercer a opção de compra. Não existem nos contratos celebrados quaisquer outras cláusulas/restrições impostas. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014, as responsabilidades do Grupo com contratos de locação financeira apresentavam o seguinte plano de vencimentos:

Para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os valores pagos relacionados com juros de locação ascenderam respetivamente, a 18.201 Euros e 34.441 Euros respetivamente.

26. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS

As responsabilidades com benefícios a empregados referem-se a (i) benefícios pós-emprego – cuidados de saúde, (ii) outros benefícios de longo prazo a empregados e (iii) outros benefícios de longo prazo aos órgãos sociais. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 apresentaram o seguinte movimento:

Capital Juros Total Capital Juros Total

Até 1 ano 1.049.958 9.996 1.059.954 955.484 19.986 975.470Entre 1 ano e 5 anos 940.281 1.742 942.023 1.913.118 13.605 1.926.723A mais de 5 anos - - - - - -

940.281 1.742 942.023 1.913.118 13.605 1.926.723

Total 1.990.239 11.738 2.001.977 2.868.602 33.591 2.902.192

20142015

Capital Próprio

Saldo inicial 241.166.000 36.125.547 277.291.547 1.376.407 278.667.954Movimento do período (4.360.000) (13.086.203) (17.446.203) 1.610.685 (15.835.518)Saldo final 236.806.000 23.039.345 259.845.345 2.987.092 262.832.437

2015

Passivo

TotalCuidados de saúde

Outros benefícios de longo prazo

empregadosTotal

Outros benefícios longo prazo aos órgãos sociais

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Relatório e Contas 2015

As responsabilidades relativas à rubrica “Outros benefícios de longo prazo” dizem essencialmente respeito ao programa de suspensões de contratos de trabalho. As responsabilidades relativas à rubrica “Outros benefícios aos órgãos sociais” dizem respeito à remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração. O detalhe das responsabilidades com benefícios a empregados atendendo à sua exigibilidade é como segue:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os gastos com benefícios aos empregados reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados e o valor registado diretamente em “Outras variações do capital próprio”, foram os seguintes:

Cuidados de saúde Conforme referido na Nota 2.18, os CTT são responsáveis pelo financiamento do plano de cuidados de saúde, aplicável a determinados empregados. Para obtenção da estimativa das responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é anualmente elaborado estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit”, e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis, tendo sido elaborado um estudo atuarial a 31 de dezembro de 2015.

Capital Próprio

Saldo inicial 263.371.000 35.172.054 298.543.054 - 298.543.054Movimento do período (22.205.000) 953.493 (21.251.507) 1.376.407 (19.875.100)Saldo final 241.166.000 36.125.547 277.291.547 1.376.407 278.667.954

Passivo

2014

Cuidados de saúdeOutros benefícios de

longo prazo empregados

TotalOutros benefícios

longo prazo aos órgãos sociais

Total

2015 2014

Capital Próprio (Outras reservas) 2.987.092 1.376.407Passivo não corrente 241.306.773 255.541.102Passivo corrente 18.538.572 21.750.445

262.832.437 278.667.954

2015 2014

Gastos do períodoCuidados de saúde 9.942.000 (68.905.327)Outros benefícios de longo prazo aos empregados (7.075.980) 7.602.753Outros benefícios longo prazo aos órgãos sociais 1.610.685 1.376.407

4.476.705 (59.926.168)

Outras variações no capital próprioCuidados de saúde 114.181 (61.041.103)

114.181 (61.041.103)

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Relatório e Contas 2015

Os principais pressupostos seguidos na avaliação atuarial foram os seguintes:

A taxa de desconto é estimada com base em taxas de juro de obrigações de dívida privada com qualidade de crédito elevada (“AA” ou equivalente) à data do balanço e com duração equiparável à das responsabilidades com cuidados de saúde. A manutenção da taxa de desconto em 2,50% é motivada pela análise efetuada pelo Grupo à evolução da realidade macroeconómica tendo em atenção uma constante necessidade de adequação dos pressupostos atuariais e financeiros a essa mesma realidade. A taxa esperada de crescimento dos salários é determinada de acordo com a política salarial definida pelo Grupo. A taxa esperada de crescimento das pensões é determinada em função da evolução estimada para a taxa de inflação e para a taxa de crescimento do PIB. A taxa de crescimento dos gastos com saúde reflete a melhor estimativa para a evolução futura destes gastos, sendo tidos em conta os dados da experiência do plano. Os pressupostos demográficos têm por base as tábuas de mortalidade e de invalidez consideradas apropriadas para efeitos da avaliação atuarial deste plano. A evolução do valor presente das obrigações para com o plano de cuidados de saúde tem sido a seguinte:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido no valor presente da obrigação de benefícios definidos relativa ao plano de cuidados de saúde foi como segue:

2015 2014Pressupostos financeiros

Taxa de desconto 2,50% 2,50%

Taxa de crescimento salarial 2,25% 2,75%

Taxa de crescimento das pensõesLei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)

Taxa de inflação 1,50% 2,00%

Taxa crescimento dos custos com saúde - Taxa de inflação 1,50% 2,00% - Crescimento devido ao envelhecimento 2,00% 2,00%

Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez Swiss RE Swiss RE

2015 2014 2013 2012 2011

Responsabilidades no fim do período 236.806.000 241.166.000 263.371.000 252.803.000 272.102.000

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Relatório e Contas 2015

Em fevereiro de 2015 os CTT assinaram, com efeitos a 31 de dezembro de 2015, com os onze sindicatos representados na empresa a revisão do Regulamento das Obras Sociais (“ROS”), o sistema interno de saúde e proteção social dos CTT. A revisão do ROS dos CTT mantém um nível de proteção elevado, mas equilibrado, racionalizando a utilização dos benefícios. Nesse sentido, foi incrementada a comparticipação dos beneficiários no sistema, através do aumento das quotas mensais e dos copagamentos a cargo, mantendo-se o caráter abrangente do sistema e reforçando-se algumas medidas de apoio social. A revisão do plano implicou uma redução significativa da estimativa de despesas futuras com saúde a cargo dos CTT e portanto uma correspondente redução das responsabilidades por serviços passados a 31 de dezembro de 2014, a qual, configurando uma alteração ao plano foi reconhecida em resultados. O total de gastos do período encontra-se reconhecido da seguinte forma:

Em 31 de dezembro de 2015, os (ganhos)/perdas atuariais no montante de (114.181) Euros (61.041.103 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registados no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio” líquidos de impostos diferidos no montante de 27.297 Euros (17.706.037 Euros em 31 de dezembro de 2014). A melhor estimativa que o grupo dispõe nesta data, para os gastos com o plano de cuidados de saúde, que espera reconhecer no próximo período anual situa-se nos 9.770 milhares de euros. A análise de sensibilidade efetuada para o plano de cuidados de saúde permite concluir o seguinte:

(i) Caso ocorresse um aumento de 1 ponto percentual na taxa de crescimento dos gastos médicos e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades do plano de saúde seriam de 292.432 milhares de Euros, aumentando cerca de 23,5%.

(ii) Se a taxa de desconto reduzisse meio ponto percentual e mantendo todas as

restantes variáveis constantes, as responsabilidades aumentariam cerca de 7,7%, ascendendo a 255.040 milhares de Euros.

2015 2014

Saldo inicial 241.166.000 263.371.000Gasto com o serviço do período 4.042.000 3.825.000Gasto financeiro do período 5.900.000 10.268.000Alteração do plano - (82.998.327)Quotas dos aposentados 5.113.703 3.607.690(Pagamento de benefícios) (18.654.596) (16.894.342)(Outros gastos) (646.926) (1.054.123)(Ganhos)/perdas atuariais (114.181) 61.041.103Saldo final 236.806.000 241.166.000

2014 2014

Gastos com pessoal/beneficios aos empregados (Nota 36) 3.395.074 (80.227.450)Outros gastos 646.926 1.054.123Gastos com juros (Nota 40) 5.900.000 10.268.000

9.942.000 (68.905.327)

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Relatório e Contas 2015

(iii) A utilização de tábuas de mortalidade ajustadas, diferenciadas entre homens e mulheres (Homens TV 73/77(-2) e Mulheres TV 88/90(-3)), mantendo tudo o resto constante, poderia traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados de cerca de 5,5% ascendendo a um montante de 249.883 milhares de Euros.

Outros benefícios de longo prazo Conforme referido na Nota 2.18, o Grupo tem, em determinadas situações, responsabilidades com o pagamento de salários em situações de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, com a atribuição de subsídios de “Apoio por cessação da atividade profissional”, que foram suprimidos a partir de 1 de abril de 2013, com o pagamento da “Taxa de assinatura de telefone”, com “Pensões por acidentes de serviço” e com “Subsídio mensal vitalício”. Para obtenção da estimativa do valor destas responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada exercício, é elaborado anualmente um estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit” e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis, tendo sido igualmente elaborado um estudo atuarial por entidade independente com o objetivo de determinar o montante estimado das responsabilidades a 31 de dezembro de 2015. Os principais pressupostos seguidos na avaliação destas responsabilidades foram os seguintes:

No apuramento das responsabilidades da Empresa com empregados em situações de “Suspensões de contrato, recolocação e libertação de postos de trabalho” foram consideradas taxas de crescimento salarial de 2,25% em 2015 e anos seguintes. Para os benefícios “Subsídio mensal vitalício” e “Pensões por acidentes de serviço” a taxa de crescimento das pensões aplicada foi de 1,50% já que decorrente de uma análise efetuada ao histórico destes benefícios se concluiu que as atualizações estão por norma associadas às atualizações do IPC. Para os restantes benefícios, “Taxa de assinatura de telefone” e “Apoio por cessação da atividade profissional” não se considerou qualquer taxa de crescimento dado que os benefícios não são atualizados. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento das responsabilidades com outros benefícios aos empregados de longo prazo, foi o seguinte:

2015 2014Pressupostos financeiros

Taxa de desconto 2,50% 2,50%

Taxa de crescimento salarial (Suspensões contratos) 2,25% 2,75%

Taxa de crescimento das pensões (SMV e PAST*) 1,50%Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)

Taxa de inflação 1,50% 2,00%

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez Swiss RE Swiss RE

*PAST - Pensões por acidentes serviço/trabalho SMV-Subsídio mensal vitalício)

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Relatório e Contas 2015

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a composição do gasto com outros benefícios de longo prazo, foi como segue:

Na sequência da renegociação das condições associadas aos trabalhadores em situação de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, os CTT registaram uma redução das responsabilidades no montante de 4.782.194 Euros.

2015 2014

Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalhoSaldo inicial 17.810.243 19.743.891Gasto financeiro do período 379.359 696.465Responsabilidades relativas a novos beneficiários - 393.318Corte (4.782.194) -(Pagamento de benefícios) (5.187.776) (5.738.282)(Ganhos)/perdas atuariais 14.599 2.714.852Saldo final 8.234.231 17.810.243

Taxa assinatura de telefoneSaldo inicial 4.832.775 4.800.195Gasto financeiro do período 114.854 178.544(Pagamento de benefícios) (216.939) (303.781)(Ganhos)/perdas atuariais (212.420) 157.817Saldo final 4.518.270 4.832.775

Acidentes em serviçoSaldo inicial 8.161.400 7.004.370Gasto financeiro do período 198.665 271.647(Pagamento de benefícios) (472.298) (437.324)(Ganhos)/perdas atuariais (1.024.176) 1.322.707Saldo final 6.863.591 8.161.400

Subsídio mensal vitalícioSaldo inicial 5.282.395 3.544.784Gasto financeiro do período 130.698 139.714(Pagamento de benefícios) (97.925) (112.271)(Ganhos)/perdas atuariais (1.891.915) 1.710.168

Saldo final 3.423.253 5.282.395

Apoio por cessação da atividade profissionalSaldo inicial 38.734 78.814Gasto financeiro do período 484 1.576(Pagamento de benefícios) (35.284) (57.602)(Ganhos)/perdas atuariais (3.934) 15.946Saldo final - 38.734

Total 23.039.345 36.125.547

2015 2014

Gastos com pessoal/benefícios aos empregados (Nota 36)Suspensão do contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho (4.767.595) 3.108.170Taxa assinatura de telefone (212.420) 157.817Acidentes em serviço (1.024.176) 1.322.707Subsídio mensal vitalício (1.891.915) 1.710.168Apoio por cessão da atividade profissional (3.934) 15.946

subtotal (7.900.040) 6.314.808

Gasto financeiro do período (Nota 40) 824.060 1.287.945(7.075.980) 7.602.753

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Relatório e Contas 2015

Em consequência da alteração da taxa de crescimento das pensões aplicada aos benefícios “Subsídio mensal vitalício” e “Pensões por acidentes de serviço” a responsabilidade associada a estes benefícios sofreu um decréscimo significativo que se encontra refletido na rubrica de “Gastos com o pessoal”. No período findo em 31 de dezembro de 2014, decorrente da Lei 11/2014, de 6 de março que estabelece mecanismos de convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social, procedendo a alterações dos regimes da aposentação foi alterada a idade da reforma de 65 para 66 anos para os trabalhadores abrangidos pela Caixa Geral de Aposentações. Esta alteração teve um impacto mais significativo na responsabilidade relacionada com o benefício “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho” onde o acréscimo da responsabilidade foi cerca de 2.137 mil Euros. No período findo em 31 de dezembro de 2013 o Conselho de Administração dos CTT deliberou substituir o pagamento, a partir de 1 de janeiro de 2014, da Taxa de assinatura de telefone, por uma medida equivalente aos trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos que dele beneficiem traduzida na substituição do apoio financeiro por uma prestação em espécie. A melhor estimativa que a Empresa dispõe nesta data, para os gastos com os outros benefícios de longo prazo, que espera reconhecer no próximo período anual situa-se nos 529.495 euros. A análise de sensibilidade efetuada, no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, para o plano de “Outros benefícios”, permite concluir que se a taxa de desconto sofresse uma variação negativa de 50 b.p., mantendo tudo o resto constante, poderá traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados em cerca de 4,1%, aumentando para 23.984 milhares de Euros. Outros benefícios de longo prazo aos órgãos sociais Os CTT aprovaram com efeitos a 31 de dezembro de 2014 o Regulamento de Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais, o qual define a atribuição de uma remuneração variável de longo prazo, paga através da atribuição de ações da Sociedade (nota 2.19). O número de ações a atribuir aos membros da Comissão Executiva dos CTT tem por base os resultados da avaliação de desempenho durante o período de duração do mandato, até 31 de dezembro de 2016, a qual consiste na comparação do desempenho registado do Total Shareholder Return (TSR) das ações dos CTT e o TSR ponderado de um peer group, constituído por empresas nacionais e internacionais (vesting conditions). O período de avaliação do desempenho do TSR dos CTT face aos peers é de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2016. A remuneração variável de longo prazo é paga em 31 de janeiro de 2017, mediante a atribuição de ações da Sociedade sujeita à verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade no final do período de avaliação, de acordo com um número máximo de ações definido no regulamento, corrigido por limites máximos definidos para cada um dos membros da Comissão Executiva. Em 31 de dezembro de 2014 a responsabilidade relativa à remuneração de Longo Prazo foi calculada com base no justo valor das ações calculado por um perito independente através da metodologia Black- Scholes para produção de Modelo de Simulação Monte Carlo. Desta forma, a 31 de dezembro de 2015 os CTT registaram um custo de 1.610.685 euros corresponde ao período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015, o qual foi registado por contrapartida de “Outras Reservas”.

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Relatório e Contas 2015

27. PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS, PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Provisões Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, para fazer face aos processos judiciais e a outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados o Grupo constituiu “Provisões” que apresentaram o seguinte movimento:

Processos judiciais As provisões para processos judiciais em curso destinam-se a fazer face a responsabilidades decorrentes de processos intentados contra o Grupo, estimadas com base em informações dos seus advogados. Contratos Onerosos No período findo em 31 de dezembro de 2015 foi reforçada em 1.291.580 Euros a provisão destinada a fazer face à cobertura da estimativa do valor presente do dispêndio líquido associado a contratos onerosos. O restante reforço foi obtido a partir da atualização dos pressupostos utilizados em 2014 nomeadamente a taxa de desconto. A 31 de dezembro de 2015 o montante provisionado ascende a 14.358.103 Euros (16.854.955 Euros em 31 de dezembro de 2014). Outras Provisões No período findo em 31 de dezembro de 2015 o montante provisionado para fazer face a eventuais contingências relativas a ações de contencioso laboral não incluídos nos processos judiciais em curso, relativos a diferenças retributivas que possam ser exigidas pelos trabalhadores, foi reforçada em 231.067 Euros ascendendo nesta data a 15.142.991 Euros (16.374.091 Euros em 31 de dezembro de 2014). A 31 de dezembro de 2015, para além das situações acima referida esta rubrica inclui ainda:

o montante de 204.480 Euros para cobertura de gastos de desmantelamento de ativos fixos tangíveis e/ou remoção de instalações e restauração do local.

o valor de 981.272 Euros que resulta da avaliação efetuada pela gestão relativamente à possibilidade de materialização de contingências fiscais.

Investimentos em associadas A provisão para investimentos em associadas corresponde à assunção pelo Grupo de obrigações legais ou construtivas relativas à associada PayShop Moçambique, S.A..

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Provisões não correntesProcessos judiciais 9.907.427 1.942.805 (2.556.840) (1.603.861) 1.413.169 9.102.700Contratos Onerosos 16.854.955 1.291.580 (670.798) (3.117.634) - 14.358.103Outras provisões 18.693.363 1.212.339 (941.773) (515.527) (1.413.169) 17.035.233Investimentos em subsidiárias e associadas 215.772 - - - (25.997) 189.775

45.671.517 4.446.724 (4.169.411) (5.237.022) (25.997) 40.685.811

Reestruturações - 1.880.000 (167.398) (1.666.081) - 46.52145.671.517 6.326.724 (4.336.809) (6.903.103) (25.997) 40.732.332

2015

Saldo Saldoinicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências final

Provisões não correntesProcessos judiciais 10.868.975 4.848.272 (4.019.596) (3.216.034) 1.425.810 9.907.427Contratos Onerosos 12.643.714 6.728.727 - (2.517.486) - 16.854.955Outras provisões 14.775.306 6.452.173 - (690.354) (1.843.762) 18.693.363Investimentos em subsidiárias e associadas 213.840 - - - 1.932 215.772

38.501.835 18.029.172 (4.019.596) (6.423.874) (416.020) 45.671.517

2014

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Relatório e Contas 2015

Reestruturações No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2015 foi constituída, na subsidiária Tourline Express Mensajería, SLU, uma provisão para reestruturações, no montante de 1.880.000 Euros, na sequência do processo de otimização e reestruturação ao nível dos recursos humanos, oportunamente divulgado pela empresa-mãe (ERE). O processo em curso visa o aumento da eficiência operacional da Tourline através de uma redução de gastos com pessoal e a melhoria e simplificação dos processos, no quadro do plano de reestruturação que tem vindo a ser implementado. Esta provisão foi registada por contrapartida da rubrica de “Gastos com o pessoal” na demonstração consolidada dos resultados por naturezas. A 31 de dezembro de 2015 o montante da provisão é de 46.521 Euros. O valor líquido entre aumentos e reversões das provisões foi registado na Demonstração consolidada dos resultados nas rubricas de “Provisões (aumentos) / reduções” em (277.313) Euros ((14.009.576) Euros em 31 de dezembro de 2014). Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo tinha prestado garantias bancárias a terceiros conforme detalhe seguinte:

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Relatório e Contas 2015

Descrição 2015 2014

Tribunais 200.087 325.684FUNDO DE PENSÕES DO BANCO SANTANDER TOTTA 3.030.174 3.030.174EURO BRIDGE-Sociedade Imobiliária, Lda 2.944.833 2.944.833PLANINOVA - Soc. Imobiliária, S.A. 2.033.582 2.033.582LandSearch, Compra e Venda de Imóveis 1.792.886 1.792.886NOVIMOVESTE - Fundo de Investimento Imobiliário 1.523.201 1.523.201LUSIMOVESTE - Fundo de Investimento Imobiliário 1.274.355 1.274.355Autoridade Tributária e Aduaneira 590.000 590.000Lisboagás, S.A. 190.000 190.000Autarquias 183.677 154.677Sofinsa - 91.618Solred 80.000 80.000Parc Logistics Zona Franca - 77.969Alfândega do Porto - 74.820Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna - 44.547ACT Autoridade Condições Trabalho 59.395 67.638PT PRO - Serv Adm Gestao Part, S.A. 50.000 50.000Record Rent a Car (Cataluña, Levante) 40.000 40.000SetGás, S.A. 30.000 30.000ANA - Aeroportos de Portugal 34.000 34.000TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACE 50.000 50.000EPAL - Empresa Portuguesa de Águas Livres 21.433 21.433Natur Import (nave Barbera) - 18.096Portugal Telecom, S.A. 16.657 16.657SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde 30.180 30.180Petrogal, S.A. - 10.774Águas do Porto, E.M 10.720 10.720Alquiler Nave Tarragona - 7.155TNT Express Worldwide 6.010 6.010SMAS Torres Vedras 2.808 4.001Instituto do emprego e formação profissional 3.718 3.718Controlplan S.L - 3.400Inmobiliaria Ederkin 7.800 7.800Promodois 6.273 -Águas de Coimbra 870 -Direção Geral do Tesouro e Finanças 16.867Instituto Infra-Estruturas Rodoviárias - 3.725Estradas de Portugal, EP 5.000 5.000ARM - Águas e Resíduos da Madeira , SA 12.681 12.681REN Serviços, S.A. 9.818 9.818EMEL, S.A. 19.384 19.384IFADAP 1.746 1.746Casa Pia de Lisboa, I.P. - 1.863Martinez Estevez - 3.000Gexploma - 3.000Consejeria Salud 6.433 6.433Universidad Sevilha 4.237 4.237Fonavi, Nave Hospitalet 40.477 40.477Outras entidades 7.694 7.694

14.336.996 14.758.985

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Relatório e Contas 2015

Garantias contratos de arrendamentos: De acordo com o estipulado em alguns contratos de arrendamento dos edifícios ocupados pelos serviços da Empresa, tendo o Estado Português deixado de deter a maioria do capital social dos CTT, irão ser prestadas garantias bancárias on first demand. Estas garantias foram já emitidas e atingem o montante de 12.599.031 Euros. Compromissos A 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo subscreveu livranças que totalizaram um valor aproximado de 60,9 mil Euros e 73,8 mil Euros, respetivamente, a favor de diversas entidades de crédito destinadas ao bom cumprimento dos respetivos contratos de financiamento. A Grupo assumiu ainda compromissos financeiros (cartas de conforto) no montante de 1.170.769 Euros relativamente à sua subsidiária Tourline e relativamente à sua subsidiária Corre no montante de 131.873, os quais se encontram ativos em 31 de dezembro de 2015. Em 31 de dezembro de 2015 o Grupo assumiu compromissos relativos ao patrocínio da Taça da Liga no montante de 1,5 milhões de Euros. Adicionalmente o Grupo assumiu ainda compromissos relativos a rendas de imóveis no âmbito de contratos de arrendamento e rendas de locações operacionais e financeiras. Os compromissos contratuais referentes a ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis que se encontram detalhadas, respetivamente nas Notas 5 e 6.

28. CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 a rubrica “Contas a pagar” apresentava a seguinte composição:

Vales CNP O valor de “Vales CNP” refere-se aos valores recebidos do Centro Nacional de Pensões, cuja data de liquidação aos respetivos pensionistas deverá ocorrer no mês seguinte ao encerramento do período. Serviços financeiros postais Esta rubrica regista essencialmente os valores cobrados relativos a impostos, seguros, certificados de aforro e outros vales. O elevado montante registado em 31 de dezembro de 2014 resulta em

2015 2014

Adiantamento de clientes 3.043.051 2.996.416Vales CNP 218.478.956 200.879.441Fornecedores c/c 67.989.193 64.572.970Faturas em receção e conferência (c/corrente) 9.834.805 12.958.575Fornecedores de investimentos 6.717.094 8.063.263Faturas em receção e conferência (investimentos) 5.311.267 1.997.480Valores cobrados por conta de Terceiros 5.881.304 5.645.991Serviços financeiros postais 112.544.152 197.152.263Depósito de clientes bancários 52.422 -Outras contas a pagar 6.039.433 5.270.507

435.891.677 499.536.907

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Relatório e Contas 2015

grande parte de se ter observado no mês de dezembro de 2014 um volume muito significativo de subscrições de certificados de aforro/tesouro. Fornecedores c/c, Fornecedores de investimentos Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a antiguidade do saldo das rubricas de “Fornecedores c/c” e de “Fornecedores de investimentos” é detalhada conforme se segue:

(1) Os montantes relativos a operadores estrangeiros, ainda que se encontrem em aberto à mais de 360 dias, apresentam-se

dentro do prazo normal para apresentação e regularizaçãode contas.

O aumento verificado na rubrica de “Fornecedores de investimento” está relacionado diretamente com o investimento em equipamento básico, com particular destaque para a aquisição de viaturas e equipamento administrativo.

A dívida a fornecedores correntes com antiguidade superior a 360 dias decompõe-se do seguinte modo:

As contas com operadores estrangeiros são liquidadas por encontro de contas. Estes valores estão relacionados com os valores a receber destas entidades (Nota 14).

29. IMPOSTO A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “ Imposto a pagar ” apresentava a seguinte composição:

2015 2014Fornecedores c/c

Não vencido 22.897.539 14.865.7260-30 dias 6.425.563 8.694.89730-90 dias 12.499.262 8.659.13290-180 dias 1.423.112 2.551.882180-360 dias 8.255.781 7.657.452

> 360 dias (1) 16.487.936 22.143.88167.989.193 64.572.970

2015 2014Fornecedores de investimentos

Não vencido 6.325.283 7.367.6900-30 dias 241.226 400.19830-90 dias 42.735 29.84790-180 dias - 43.697180-360 dias - 59.389> 360 dias 107.850 162.443

6.717.094 8.063.263

2015 2014

Fornecedores nacionais 31.030 429.411

Operadores estrangeiros 16.456.906 21.714.470

Total 16.487.936 22.143.881

Operadores estrangeiros - valores a receber (Nota 14) (17.243.327) (22.945.573)

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Relatório e Contas 2015

30. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Outros passivos correntes” apresentava a seguinte composição:

O acréscimo verificado na rubrica de “Especialização FSE” resulta essencialmente do aumento do valor especializado na sequência de uma situação transitória de adaptação de processos do lado do novo fornecedor de serviços de gestão do Plano de Saúde.

31. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os ativos e passivos financeiros por categoria apresentavam as seguintes decomposição:

2015 2014

Passivo correnteImposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 7.922.942 6.173.214

7.922.942 6.173.214

2015 2014Corrente

Especialização férias, subsídio de férias e outras remunerações 49.152.091 50.315.835Especialização FSE 30.650.178 18.037.952Estado e outros entes públicos Imposto sobre o valor acrescentado 1.405.729 3.740.619 Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 3.367.641 3.543.152 Contribuições para a Segurança Social 5.139.856 5.124.264 Caixa Geral de Aposentações 776.789 860.878 Impostos das autarquias locais 515.275 521.000 Outros impostos 577 20Outros 784.739 440.211

91.792.877 82.583.931

Empréstimos concedidos e contas

a receber

Ativos financeiros disponiveis para

venda

Outros passivos financeiros

Ativos/Passivos não financeiros

Total

AtivosOutros investimentos - 1.106.812 - - 1.106.812Outros ativos não correntes 601.103 - - - 601.103Contas a receber 124.355.641 - - - 124.355.641Outros ativos correntes 12.590.310 - - 10.346.634 22.936.944Caixa e equivalentes de caixa 603.649.717 - - - 603.649.717Total de Ativos Financeiros 741.196.771 1.106.812 - 10.346.634 752.650.216

PassivosFinanciamentos obtidos médio e longo prazo - - 1.035.522 - 1.035.522Contas a pagar - - 426.756.771 9.134.906 435.891.677Financiamentos obtidos curto prazo - - 7.078.155 - 7.078.155Outros passivos correntes - - 31.434.918 60.357.959 91.792.877Total de Passivos Financeiros - - 466.305.366 69.492.865 535.798.231

2015

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Relatório e Contas 2015

O Grupo entende que o justo valor dos ativos e passivos financeiros é similar ao montante registado.

32. SUBSIDIOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 a informação relativa a subsídios comunitários (Nota 2.22) era como segue:

Os valores recebidos de subsídios ao investimento – FEDER - são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados, na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais”, à medida que os bens subsidiados vão sendo amortizados. A comparticipação financeira do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I.P. (“IEFP”), recebida no âmbito da “Medida Estágios Emprego” configura na tipologia de “Subsídios Relacionados com Rendimentos ou à Exploração”, é reconhecida como rédito no mesmo período do gasto relacionado. Os montantes recebidos foram inicialmente diferidos como rendimentos a reconhecer (Nota 15), e transferidos para a Demonstração dos resultados por naturezas, para a rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais”, na medida em que os gastos foram reconhecidos.

33. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a composição da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos operacionais” era conforme segue:

Empréstimos concedidos e contas

a receber

Ativos financeiros disponiveis para

venda

Outros passivos financeiros

Ativos/Passivos não financeiros

Total

AtivosOutros investimentos - 1.106.812 - - 1.106.812Outros ativos não correntes 790.601 - - - 790.601Contas a receber 133.290.415 - - - 133.290.415Outros ativos correntes 16.953.369 - - 5.832.013 22.785.382Caixa e equivalentes de caixa 664.580.080 - - - 664.580.080Total de Ativos Financeiros 815.614.466 1.106.812 - 5.832.013 822.553.290

PassivosFinanciamentos obtidos médio e longo prazo - - 1.913.118 - 1.913.118Contas a pagar - - 491.269.983 8.266.923 499.536.907Financiamentos obtidos curto prazo - - 1.846.070 - 1.846.070Outros passivos correntes - - 18.478.162 64.105.769 82.583.931Total de Passivos Financeiros - - 513.507.333 72.372.692 585.880.026

2014

FEDER 9.815.622 9.662.306 153.316 9.465.126 350.496 9.815.622 9.662.306 153.316 9.453.925 361.697IEFP 100.774 100.774 - 100.774 - 94.486 79.132 15.354 82.390 12.096

9.916.396 9.763.080 153.316 9.565.900 350.496 9.910.108 9.741.438 168.670 9.536.315 373.792

2015Montante atribuído

Montante recebido

Montante por receber

Rendimento acumulado

Montante por utilizar

Subsídio

2014Montante atribuído

Montante recebido

Montante por receber

Rendimento acumulado

Montante por utilizar

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Relatório e Contas 2015

Os juros relacionados com o segmento “Serviços financeiros” passaram a ser registados nesta rubrica (Nota 2.21). O montante reconhecido na rubrica “Regularização IVA” decorre essencialmente de melhorias implementadas nos procedimentos da metodologia de dedução do IVA. Na sequência do Memorando de entendimento celebrado com a Altice e tendo o processo de aquisição da PT Portugal, pela Altice, sido concluído, os CTT receberam o valor correspondente ao pagamento inicial acordado, o qual está a ser reconhecido em resultados ao longo do período de negociações exclusivas com vista ao estabelecimento de eventuais parceria, como previsto no Memorando.

34. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” tinha a seguinte composição:

2015 2014

Rendimentos suplementares 3.214.885 4.348.820Acordo Altice 5.416.667 -Descontos de pronto pagamento obtidos 85.154 114.757Ganhos em inventários 16.657 39.519Diferenças de câmbio favoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento 1.999.259 1.990.205Rendimentos e ganhos em investimentos financeiros 485.472 684.122Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 1.751.030 2.121.308Ganhos e perdas de juros - Serviços financeiros 516.707 2.305.688Regularização IVA 6.409.103 -Outros 2.115.962 3.886.415

22.010.897 15.490.832

2015 2014

Transporte de mercadorias 63.427.926 63.934.867Serviços especializados 61.074.007 65.771.170Rendas e alugueres 35.141.392 34.637.236Energia e fluídos 15.073.806 15.508.445Operadores postais 18.051.278 17.242.525Outros serviços 13.568.885 12.980.182Comunicação 2.691.023 4.058.295Agenciamentos 5.321.179 4.940.226Subcontratos 4.178.927 4.750.345Limpeza higiene e conforto 3.966.115 3.778.809Postos de Correio 4.498.737 4.496.988Seguros 3.498.473 3.128.038Materiais 1.840.512 1.656.662Contencioso e notariado 275.234 307.177Transporte de pessoal 222.216 270.949Royalties 254.430 217.896

233.084.139 237.679.808

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Relatório e Contas 2015

(i) Os "Transportes de mercadorias" dizem respeito a gastos com o transporte de correio pelas diversas vias (marítima, aérea e terrestre).

(ii) Os "Serviços especializados" referem-se aos contratos de outsourcing de prestação de serviços informáticos, à manutenção de equipamentos informáticos e a consultores externos.

(iii) As "Rendas e alugueres" referem-se essencialmente a gastos com instalações arrendadas a terceiros e com o aluguer operacional de viaturas.

(iv) A "Energia e fluídos" referem-se fundamentalmente a gasóleo de veículos de mercadorias utilizados no processo operativo.

(v) Os "Operadores postais" dizem respeito a gastos efetuados com os operadores postais congéneres.

35. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o Grupo mantinha responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas, com cláusula de penalização em caso de cancelamento. O montante total dos pagamentos futuros respeitante a locações operacionais é o seguinte:

Nos exercícios findos a 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os gastos incorridos com contratos de locação operacional foram respetivamente, de 7.488.749 Euros e 6.927.430 Euros e encontram-se reconhecidos em “Rendas e alugueres” na rubrica “Fornecimentos e serviços externos” da Demonstração consolidada dos resultados. Leasings operacionais são contratos de locação de curta duração, em que o locador cede a sua utilização temporária a um terceiro, mediante o pagamento de uma renda ou aluguer. Os pagamentos da locação são efetuados mensalmente por quantias constantes durante o prazo da locação e o reconhecimento da renda é considerado como um gasto que será igualmente efetuado numa base linear (método). Não há reconhecimento de qualquer ativo locado, pois a substância da locação é de mero aluguer/arrendamento, não havendo evidência que permita concluir que o locatário obterá benefícios económicos futuros do ativo para além do período do contrato. Não se prevê no final do contrato a transferência da propriedade jurídica para o Locatário.

36. GASTOS COM O PESSOAL

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Gastos com o pessoal” tinha a seguinte composição:

2015 2014

Até 1 ano 10.434.899 9.345.242Entre 1 ano e 5 anos 16.618.420 14.456.925A mais de 5 anos - -

27.053.319 23.802.167

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Relatório e Contas 2015

Remunerações dos órgãos sociais Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, as remunerações fixas e variáveis atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais das diversas empresas do Grupo foram as seguintes:

Tendo presente a nova realidade dos CTT, enquanto sociedade de capitais privados e admitidos à negociação em mercado regulamentado, a Comissão de Vencimentos (eleita em Assembleia Geral de 24 de março de 2014 e composta por membros independentes) definiu o novo modelo de remuneração dos membros dos Órgãos Sociais na sequência de estudo de benchmarking realizado por entidade especializada que já se encontra refletido na rubrica “Remunerações dos órgãos sociais”. No âmbito do modelo de remuneração dos membros dos Órgãos sociais aprovado pela Comissão de vencimentos foi determinada a afetação de um montante fixo mensal para Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma aos membros executivos do Conselho de Administração. A remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração será paga no final do mandato 2014-2016 em ações da empresa, sendo que o montante de 1.610.685 Euros corresponde ao gasto a assumir no período entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2015 e foi determinado por estudo atuarial realizado por entidade

2015 2014

Remunerações dos orgãos sociais (Nota 42) 4.136.712 3.768.528Remunerações do pessoal 259.355.100 256.671.440Benefícios aos empregados (2.686.050) (72.385.347)Indemnizações 5.891.115 2.423.911

Encargos sobre remunerações 56.482.830 55.373.290

Seguros de acidente trabalho e doenças profissionais 2.253.074 1.851.651

Gastos de ação social 6.297.590 10.233.119

Outros gastos com o pessoal 42.509 70.144331.772.879 258.006.736

Conselho de Administração

Comissão de Auditoria/Fiscal Único

Comissão de Vencimentos

Assembleia Geral Total

Remunerações curto prazoRemunerações fixas 2.446.796 273.886 37.440 5.461 2.763.583Remuneração variável anual 1.373.129 - - - 1.373.129

3.819.925 273.886 37.440 5.461 4.136.712Remunerações Longo prazo

Plano de contribuição definida - PPR207.458 - - - 207.458

Remun variável Longo prazo - Plano de ações 1.610.685 - - - 1.610.6851.818.143 - - - 1.818.1435.638.068 273.886 37.440 5.461 5.954.855

2015

Conselho de Administração

Comissão de Auditoria/Fiscal Único

Comissão de Vencimentos

Assembleia Geral Total

Remunerações curto prazoRemunerações fixas 2.028.033 284.459 28.808 - 2.341.300Remuneração variável anual 1.427.228 - - - 1.427.228

3.455.261 284.459 28.808 - 3.768.528Remunerações Longo prazo

Plano de contribuição definida - PPR 144.517 - - - 144.517Remun variável Longo prazo - Plano de ações 1.376.407 - - - 1.376.407

1.520.924 - - - 1.520.9244.976.185 284.459 28.808 - 5.289.452

2014

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Relatório e Contas 2015

independente. A remuneração variável anual, será determinada e paga anualmente e foi igualmente determinada por estudo atuarial realizado por entidade independente. Remunerações do pessoal A variação na rubrica “Remunerações do pessoal” resulta essencialmente do efeito da atualização das remunerações base em 2% na sequência da assinatura do novo Acordo de Empresa e que produziu efeitos a 1 de janeiro de 2015. Benefícios aos empregados O montante registado na rubrica de “Benefícios aos empregados” no período findo em 31 de dezembro de 2015 reflete essencialmente a redução das responsabilidades associadas aos trabalhadores em situação de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho” assim como a redução das responsabilidades dos benefícios “Pensões por acidentes de serviço” e “Subsídio mensal vitalício” decorrente da alteração da taxa de crescimento das pensões. Indemnizações No período findo em 31 de dezembro de 2015 a rubrica “Indemnizações” inclui o montante de 2.988.045 Euros relativos a indemnizações pagas no âmbito de processos de rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo. Inclui igualmente o montante de 1.712.602 Euros relativos à provisão para reestruturações constituída na Tourline na sequência do processo de otimização ao nível dos recursos humanos (ERE) enquadrado no plano de reestruturação que tem vindo a ser implementado nesta empresa. Gastos de ação social Os gastos de ação social dizem respeito, na sua quase totalidade, aos gastos de saúde suportados pelo Grupo com os trabalhadores que se encontram no ativo e também a gastos relacionados com a Higiene e Segurança no trabalho. O decréscimo verificado nesta rubrica resulta das alterações operadas ao Plano de Saúde dos CTT no âmbito da assinatura da revisão do Regulamento das Obras Sociais (ROS), tendo sido incrementada a comparticipação dos beneficiários no sistema, através do aumento das quotas mensais e dos copagamentos a cargo destes. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 estão incluídos na rubrica “Gastos com o pessoal” os montantes de 807.237 Euros e 828.060 Euros, respetivamente, relativos a gastos com estruturas representativas dos trabalhadores. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o nº médio de pessoal ao serviço do Grupo era, respetivamente, de 12.445 e 12.448 colaboradores.

37. IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS E CONTAS A RECEBER

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 o detalhe da “Imparidade de inventários e contas a receber (perdas/ reversões) ” era o seguinte:

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38. DEPRECIAÇÕES/ AMORTIZAÇÕES (PERDAS/REVERSÕES)

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe das “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade (perdas / reversões) ” era o seguinte:

39. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas operacionais” era conforme segue:

2015 2014

Gastos com reforços de perdas por imparidadeClientes (Nota 14) 4.625.870 7.575.359Outras contas a receber (Nota 18) 539.816 1.539.178Inventários (Nota 13) 71.965 48.534

5.237.651 9.163.071

Rendimentos com reversões de perdas por imparidadeClientes (Nota 14) 2.025.960 875.184Outras contas a receber (Nota 18) 1.500.571 1.046.957Empréstimo INESC (Nota 18) 24.870 1.025.722Inventários (Nota 13) 275.816 337.942

3.827.217 3.285.805Movimento líquido do período - (perdas/reversões) 1.410.434 5.877.266

2015 2014

Activos fixos tangíveisDepreciações (Nota 5) 19.278.804 17.815.704Perdas de Imparidade (Nota 5) (123.714) 2.530

Activos intangíveisAmortizações (Nota 6) 3.832.949 2.979.278

Propriedades de investimentoDepreciações (Nota 7) 752.365 764.567Perdas de Imparidade (Nota 7) (167.403) (156.480)

23.573.001 21.405.600

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Relatório e Contas 2015

40. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Gastos e perdas financeiros” tinha o seguinte detalhe:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Rendimentos financeiros” encontrava-se detalhada como se segue:

41. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

As empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas a impostos sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 21% (23% em 2014), sendo a Derrama Municipal fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável, e a Derrama estadual de 3% do excedente do lucro tributável em 1.500.000 Euros, 5% do excedente de 7.500.000 Euros até 35.000.000 Euros e 7% no montante que exceda os 35.000.000 Euros. A Tourline encontra-se sujeita a impostos sobre os lucros em Espanha, em sede de Impuesto sobre Sociedades (“IS”) à taxa de 25%, assim como a subsidiária CORRE se encontra sujeita em

2015 2014

Impostos 1.894.532 1.627.497Dívidas incobráveis 1.090.569 569.304Perdas em inventários 510.693 397.190Gastos e perdas em investimentos não financeiros 368.018 390.193Renda da concessão - 11.287

2.029.152 1.934.484

Donativos 908.366 1.038.825Serviços bancários 1.181.262 1.110.280Juros de mora 88.201 14.651Quotizações 804.791 763.775Fundo Garantia de depósito/Fundo Único de Resolução 51.000 -Outros gastos e perdas 2.510.241 2.589.718

11.436.825 10.447.204

Diferenças de câmbio desfavoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento

2015 2014

Juros suportadosFinanciamentos bancários 77.473 153.478Outros juros 26.823 66.218

Gastos financeiros - Benefícios de empregados (Nota 26) 6.746.892 11.555.946Outros gastos de financiamento 10.212 22.079

6.861.401 11.797.721

2015 2014

Juros obtidosDepósitos em instituições de crédito 1.483.388 4.225.231

Outros rendimentos similares 1.775 99.9561.485.163 4.325.187

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Relatório e Contas 2015

Moçambique a impostos sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Coletivas (“IRPC”) à taxa de 32%. O Grupo é tributado em sede de IRC juntamente com as suas participadas CTT – Expresso, S.A., Mailtec Comunicação, S.A., PayShop Portugal, S.A., CTT Contacto, S.A. e Banco CTT, S.A. pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”). As restantes empresas participadas são tributadas individualmente. Reconciliação da taxa de imposto Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto foi efetuada como segue:

No período findo em 31 de dezembro de 2014 a rubrica “Excesso de estimativa e restituição de impostos” inclui o montante de 487.839 Euros referente ao crédito fiscal atribuído no âmbito do SIFIDE dos exercícios de 2006 e 2008 da subsidiária CTT Expresso. Impostos diferidos Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o saldo de impostos diferidos ativos e passivos era composto como segue:

2015 2014

Resultado antes de impostos 104.609.981 127.998.690Taxa nominal de imposto 21,0% 23,0%

21.968.096 29.439.699

Benefícios fiscais (198.588) (270.373)Mais-valias contabilísticas 17.549 (51.057)Mais-valias fiscais (394.293) (338.751)Equivalência patrimonial 5.938 56.948Provisões não consideradas para cálculo de impostos diferidos 19.167 13.633Perdas e reversões por imparidade (133.566) 4.319.294Outras situações, líquidas 959.041 5.920.739Ajustamentos à colecta - Tributação autónoma 1.628.892 582.101Ajustamentos à colecta - Derrama Municipal 1.496.378 1.242.098Ajustamentos à colecta - Derrama Estadual 5.162.504 3.951.454Impacto da alteração da taxa de imposto (imposto diferido) (574.330) 4.616.986Prejuizos fiscais sem imposto diferido ativo reconhecido 2.648.348 2.418.712Excesso de estimativa e restituição de impostos (65.790) (746.429)

Impostos sobre o rendimento do período 32.539.346 51.155.054

Taxa efetiva de imposto 31,11% 39,97%

Impostos sobre o rendimento do períodoImposto corrente 28.469.567 24.823.529Imposto diferido 4.135.569 27.077.954Excesso de estimativa para impostos (65.790) (746.429)

32.539.346 51.155.054

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Relatório e Contas 2015

A 31 de dezembro de 2015 é expectável que os ativos e passivos por impostos diferidos a serem liquidados no prazo de 12 meses sejam 4.428.230 Euros e 265.086 Euros, respetivamente. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido nas rubricas de impostos diferidos foi o seguinte:

2015 2014Ativos por impostos diferidos

Benefícios aos empregados - cuidados de saúde 67.158.181 67.864.112Benefícios aos empregados - outros benefícios de longo prazo 6.531.878 10.160.424Mais-valias contabilisticas diferidas 1.723.242 2.384.961Perdas por imparidade e provisões 8.997.558 10.134.884Prejuízos fiscais reportáveis 342.161 -Perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis 405.373 497.238Plano de ações 847.140 387.321Terrenos e edifícios 1.392.924 -Outros 137.484 -

87.535.941 91.428.940

2015 2014Passivos por impostos diferidos

Excedentes de revalorização antes IFRS 3.562.520 3.793.815Mais-valias suspensas 971.679 994.953Outros 42.399 52.916

4.576.598 4.841.684

2015 2014

Ativos por impostos diferidosSaldos no início do período 91.428.940 103.645.256Movimentos do período - efeito em resultados

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde (733.228) (28.063.112)Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo (3.628.545) (273.016)Mais-valias contabilisticas diferidas (661.719) (844.727)Perdas por imparidade e provisões (1.142.594) 1.482.942Perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis (91.864) 44.378Desreconhecimento de inventários - (77.821)Valor descontado de dividas - (18.692)Prejuízos fiscais reportáveis 24.628 (2.432.701)Plano de ações 459.819 387.321Terrenos e edifícios 1.392.924 -Outros 460.283 (124.155)

Efeito em capitais própriosBenefícios aos empregados-cuidados de saúde 27.297 17.706.037

Alteração perimetro de consolidação

Outros - (2.770)Saldo final 87.535.941 91.428.940

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Relatório e Contas 2015

Os prejuízos fiscais estão relacionados com as perdas das subsidiárias Tourline e Corre. No caso da Tourline referem-se aos anos de 2008, 2009 e 2011 e podem ser reportadas nos próximos 15 anos, exceto os prejuízos fiscais de 2012, 2013 e 2014 que podem ser reportados nos próximos 18 anos. No caso da Corre referem-se às perdas do exercício de 2013 e podem ser reportadas nos próximos 5 anos. A análise de sensibilidade efetuada permite concluir que uma redução de 1% na taxa subjacente ao cálculo dos impostos diferidos teria como impacto um aumento do imposto sobre o rendimento do período de cerca de 2,6 milhões de Euros. SIFIDE O Grupo adota como política de reconhecimento do crédito fiscal relativo ao SIFIDE a efetiva receção da declaração da comissão certificadora da elegibilidade das despesas apresentadas em candidatura. Relativamente às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2013, no montante aproximado de 33.987 Euros, o Grupo terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 9.519 Euros. De acordo com a notificação da Comissão Certificadora de 16 de janeiro de 2015 foi atribuído um crédito fiscal de 8.337 Euros aos CTT. No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2014, no montante aproximado de 736.033 Euros, o Grupo terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 514.753 Euros. De acordo com a notificação da Comissão Certificadora de 18 de janeiro de 2016 foi atribuído um crédito fiscal de 268.898 Euros aos CTT. No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2015, no montante aproximado de 3.358.151 Euros, o Grupo terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 2.556.380 Euros. Outras informações De acordo com a legislação em vigor em Portugal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos CTT de 2012 e seguintes podem ser sujeitas a revisão, uma vez que as anteriores àquela data já foram sujeitas a inspeção tributária.

2015 2014

Passivos por impostos diferidosSaldos no início do período 4.841.684 5.481.878Movimentos do período - efeito em resultados

Excedentes de revalorização antes IFRS (231.295) (495.037)Mais-valias suspensas (23.274) (87.502)Outros (10.517) (57.655)

Saldo final 4.576.598 4.841.684

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188

Relatório e Contas 2015

O Conselho de Administração do Grupo entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2015.

42. PARTES RELACIONADAS

O Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas dos CTT define parte relacionada como: acionista qualificado, dirigente ou, ainda, entidade terceira com aquele relacionado através de qualquer interesse comercial ou pessoal relevante e ainda sociedade subsidiária, ou associada ou entidade conjuntamente controlada (joint-venture). De acordo com o Regulamento as transações significativas com partes relacionadas têm de ser aprovadas previamente pela Comissão de Auditoria dos CTT assim como as transações que os membros dos órgãos de administração dos CTT e/ou subsidiárias realizem com os CTT e/ou subsidiárias. As demais “Transações com partes relacionadas” são comunicadas à Comissão de Auditoria para efeitos da sua apreciação posterior. No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram efetuadas as seguintes transações e existiam os seguintes saldos com partes relacionadas:

As transações e saldos entre as empresas consolidadas pelo método integral, são eliminadas no processo de consolidação, não sendo objeto de divulgação na presente nota. Para detalhe das transações eliminadas no âmbito da consolidação ver nota equivalente no anexo às demonstrações financeiras individuais.

Acionistas - - - 69.750.000 -

Associadas 11.579 21.592 18.841 - 109.211Conjuntamente controladas 136.855 14.574 524.252 - 187.938

Membros doConselho de Administração - - - - 3.819.925Assembleia Geral - - - - 5.461Comissão de Auditoria - - - - 273.886Comissão de Vencimentos - - - - 37.440

148.434 36.166 543.093 69.750.000 4.433.860

Outros accionistas de empresas do Grupo

2015Contas a receber

correntes

Contas a pagar correntes

Rendimentos Dividendos Gastos

Acionistas - - - 60.000.000 -

Associadas 2.901 226 18.048 - 84.300Conjuntamente controladas 51.389 945 250.988 - 177.272

Membros doConselho de Administração - - - - 3.455.261Assembleia Geral - - - - -Comissão de Auditoria - - - - 284.459Comissão de Vencimentos - - - - 28.808

54.291 1.171 269.036 60.000.000 4.030.100

2014Contas a receber

correntes

Contas a pagar correntes

Rendimentos Dividendos Gastos

Outros accionistas de empresas do Grupo

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Relatório e Contas 2015

43. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES

A informação relativa aos honorários e serviços prestados pelos auditores encontra-se descrita nos pontos 46 e 47 do relatório de governo da sociedade.

44. OUTRAS INFORMAÇÕES

Banco Postal O ano 2015 permitiu que fossem monitorizados e atualizados os resultados dos diversos estudos de mercado desenvolvidos pelos CTT e permitiu ainda a organização de várias visitas a bancos postais na Europa, tendo sido desenvolvido um conhecimento profundo dos modelos de banca postal internacional e das suas estratégias ao nível da oferta e processos de crescimento. Simultaneamente, e ao longo de todo o ano 2015, foi continuamente monitorizado o mercado e o comportamento dos principais indicadores, e foi sendo atualizada a estratégia do Banco em função das exigências e contexto envolvente, levando a uma progressiva adequação do modelo económico e financeiro. O projeto e o seu enquadramento estratégico foram reiterados e apresentados aos investidores/acionistas dos CTT no Capital Markets Day, que teve lugar a 19 de novembro, e onde foi possível detalhar a oferta de valor, o posicionamento e alguns dos indicadores. O Banco CTT é um projeto bancário que se posiciona no mass market/retalho e com fortes valias na solidez do balanço, na simplicidade e proximidade, alavancando numa rede já existente. Após a submissão do processo suporte ao Registo Especial junto do Banco de Portugal, no início de julho, e no seguimento das interações com o regulador, foi possível acautelar todos os requisitos definidos pelo Banco de Portugal, e em outubro o Banco CTT obteve autorização para a conclusão do seu processo de registo especial, e dedicou-se assim à implementação dos requisitos regulatórios aplicáveis, nomeadamente em matéria de política de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. O Banco CTT deu início à sua atividade no dia 27 de novembro último, mediante a abertura da sua agência sede em regime de soft opening, que permitiu testar os sistemas os processos e as práticas bancárias em ambiente controlado, antes da abertura ao público em geral, prevista para o primeiro trimestre de 2016. Memorando de Entendimento com a Altice Portugal, SA Em novembro de 2014 os CTT assinaram um Memorando de Entendimento com a Altice, na altura proponente à aquisição da PT Portugal, S.A., com vista à celebração de um Acordo Quadro que potencie as sinergias entre os CTT e a PT Portugal. Na sequência da formalização da operação de aquisição da PT Portugal por parte da Altice, foi já pago aos CTT, em julho de 2015, o montante inicial contratualmente estabelecido. Foram desenvolvidas no segundo semestre algumas interações no que toca ao detalhe das parcerias comerciais específicas geradoras de valor para ambas as empresas, nomeadamente a otimização conjunta das redes de retalho, aproveitando a escala e capilaridade da rede CTT, o desenvolvimento de negócios conjuntos na área do comércio eletrónico e convergência físico-digital e também oportunidades de criação de valor no âmbito dos Serviços Financeiros e do Banco CTT. No entanto, fruto das prioridades da MEO pós aquisição, ainda não foi materializada nenhuma parceria em concreto.

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Relatório e Contas 2015

Escrita Inteligente, S.A. A 17 de dezembro de 2015, os CTT adquiriram a totalidade do capital social da sociedade Escrita Inteligente, S.A., start up da área digital dedicada à exploração da solução denominada “Recibos Online”. A solução em questão consiste na emissão de faturas eletrónicas, permitindo a retalhistas e outros emitentes do mundo físico eliminarem a tradicional impressão em papel por uma versão digital com igual valor legal e aos consumidores terem uma plataforma onde concentrem as suas despesas (útil para efeitos de IRS).

45. EVENTOS SUBSEQUENTES

Atualização de preços do serviço postal Os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”) procederam à atualização dos seus preços com efeitos a 1 de fevereiro de 2016. Esta atualização corresponderá a uma variação média anual do preço do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas de 1,3% (não inclui a oferta do serviço universal a remetentes de envios em quantidade, aos quais se aplica o regime de preços especiais). Os novos preços foram definidos em conformidade com os Critérios de Fixação de Preços do Serviço Postal Universal definidos pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), no âmbito do nº 3 do art.º 14º da Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, na redação que foi dada pelo Decreto-Lei n.º 160/2013, de 19 de novembro. Enquadrada na política tarifária da empresa para o ano 2016, a presente atualização corresponde a uma variação média anual dos preços de 1,1%, refletindo também o efeito da atualização dos preços dos serviços reservados (serviços de citações e notificações postais) e do correio em quantidade. No âmbito da política de preços para o ano de 2016, os CTT, na qualidade de prestador do serviço universal, disponibilizarão uma oferta de acesso à rede do serviço universal por parte de outros operadores, nos termos previstos no art.º 38º da Lei Postal (Lei nº 17/2012, de 26 de abril). Banco CTT – abertura ao público em geral A abertura do Banco CTT ao público em geral ocorrerá em 18 de março, através da abertura do Banco em 52 das lojas CTT, garantindo a presença do Banco em todos os distritos do país incluindo ilhas. Sendo uma natural evolução do segmento de Serviços Financeiros, a abertura do banco será iniciada nas lojas dos CTT que evidenciam maior potencial nesta área de negócio. A atividade do Banco nestas Lojas será desenvolvida mediante dois modelos distintos: espaços dedicados, na quase totalidade das lojas em causa, e balcões dedicados, permitindo uma identificação/comunicação clara da presença e potenciando o inicio da atividade bancária. Adequação da estrutura societária da área de Expresso e Encomendas Fruto da análise dos resultados da reestruturação em curso na Tourline e da decisão de integração da rede de Expresso e Encomendas na rede base de correio, foi analisada a melhor organização societária para alcançar os objetivos estratégicos propostos. A estratégia de integração das operações a nível ibérico revelou-se de difícil aplicação face aos diferentes modelos operacionais, e preterida em favor da integração das redes em Portugal dadas as sinergias e economias de escala claras. Neste contexto, foi aprovada pelo Conselho de Administração em 15 de março de 2016, a aquisição pelos CTT da Tourline à CTT Expresso. Esta transação não terá qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas dos CTT.

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Relatório e Contas 2015

Demonstrações financeiras individuais

CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Unidade Monetária: Euro Unidade Monetária: Euro

31.12.2015 31.12.2014

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 7 193.843.668 196.761.737Propriedades de investimento 8 19.783.095 23.329.763Goodwill 9 8.058.656 7.705.457Ativos intangíveis 10 12.960.678 8.934.087Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 11 57.363.394 35.876.915Participações financeiras - outros métodos 12 1.106.812 1.106.812Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 6.750.000 9.103.098Outras contas a receber 15 586.741 790.601Ativos por impostos diferidos 38 86.330.601 90.547.447

Total do ativo não corrente 386.783.645 374.155.917

Ativo correnteInventários 14 4.671.709 5.002.908Clientes 15 97.684.021 96.513.372Estado e outros entes públicos 28 2.502.186 -Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 3.291.221 733.318Outras contas a receber 15 19.360.051 20.049.456Diferimentos 16 7.002.270 4.670.967Caixa e equivalentes de caixa 4 559.542.719 649.688.918

Total do ativo corrente 694.054.177 776.658.939

Total do ativo 1.080.837.822 1.150.814.856

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado 19 75.000.000 75.000.000Ações próprias 20 (1.873.125) -Reservas legais 20 19.945.684 18.072.559Outras reservas 20 13.438.968 13.701.407Resultados transitados 20 72.869.417 62.752.243Ajustamentos em ativos financeiros 20 18.858.577 21.622.320Outras variações no capital próprio 20 (18.393.737) (18.526.395)

Resultado líquido do período 72.065.283 77.171.128

Total do capital próprio 251.911.067 249.793.262

Passivo

Passivo não correnteProvisões 23 36.725.302 41.715.256Financiamentos obtidos 25 724.845 1.187.975Benefícios aos empregados 26 241.306.773 255.527.808Diferimentos 16 4.677.282 6.076.311Passivos por impostos diferidos 38 4.633.600 4.890.550

Total do passivo não corrente 288.067.802 309.397.900

Passivo correnteFornecedores 27 64.887.846 66.845.568Estado e outros entes públicos 28 17.001.342 18.247.579Acionistas/ sócios e empresas do Grupo 6 1.613.945 295.103Financiamentos obtidos 25 462.968 460.098Benefícios aos empregados 26 18.499.767 21.594.809Outras contas a pagar 27 427.854.060 478.688.808Diferimentos 16 10.539.025 5.491.729

Total do passivo corrente 540.858.953 591.623.694

Total do passivo 828.926.755 901.021.594

Total do capital próprio e do passivo 1.080.837.822 1.150.814.856

As notas anexas fazem parte integrante dos balanços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NOTAS

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Relatório e Contas 2015

CTT- CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Unidade Monetária: Euro

Notas 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014

Vendas e serviços prestados 30 550.979.418 544.860.686 138.165.711 145.343.425Subsídios à exploração 29 8.119 62.745 - 21.242Ganhos / perdas imputados de subsidiárias e associadas 11 (4.058.785) (18.672.591) (462.036) (23.035.916)Trabalhos para a própria entidade 306.257 407.280 115.303 121.709Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 14 (13.874.596) (14.655.528) (3.802.546) (5.034.507)Fornecimentos e serviços externos 32 (153.012.109) (161.177.888) (39.730.090) (45.460.327)Gastos com o pessoal 33 (297.335.567) (226.759.946) (76.616.236) (11.124.897)Imparidade de inventários (perdas / reversões) 14, 18 268.616 332.471 347.441 487.418Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 15, 18 248.629 46.382 (52.039) (1.218.982)Provisões (aumentos/reduções) 23 246.722 (9.668.919) (60.022) (8.765.841)Outros rendimentos e ganhos 31 51.298.403 47.278.332 18.906.806 9.345.349Outros gastos e perdas 35 (8.328.937) (8.399.468) (1.572.777) (2.494.094) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 126.746.170 153.653.556 35.239.515 58.184.579

Gastos / reversões de depreciação e de amortização 34 (19.732.394) (18.395.130) (5.698.056) (4.603.666)Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 7 291.117 153.950 (133.321) 93.360

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 107.304.893 135.412.376 29.408.138 53.674.273

Juros e rendimentos similares obtidos 36 283.466 519.287 69.904 116.447Juros e gastos similares suportados 36 (6.774.705) (11.629.302) (1.693.146) (2.849.454)

Resultados antes de impostos 100.813.654 124.302.361 27.784.896 50.941.266Imposto sobre o rendimento 38 (28.748.371) (47.131.233) (6.354.569) (26.403.710)

Resultado líquido do período 72.065.283 77.171.128 21.430.327 24.537.556

Resultado por ação 22 0,48 0,51 0,14 0,16

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

O DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Três meses findos em Doze meses findos em

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Relatório e Contas 2015

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Relatório e Contas 2015

Unidade Monetária: Euro

Notas 31.12.2015 31.12.2014ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 563.510 .468 552.932.792 Pagamentos a fornecedores (158.179.087) (167.588.299)Pagamentos ao pessoal (297.169.839) (279.279.756)

Fluxos gerados pelas operações 108.161.542 106.064.737

Pagamento do imposto sobre o rendimento (22.257.569) (15.303.753)Pagamento de outros impostos (14.698.754) (7.0 10.0 65)Outros recebimentos/pagamentos (53.133.970) 83.353.459

(90 .090.293) 61.039.641 Fluxos das atividades operacionais (1) 18.0 71.248 167.104.378

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Ativos fixos tangíveis 515.316 1.434.725 Investimentos financeiros 24.870 22.293.518 Empréstimos concedidos - 9.90 5.569 Juros e rendimentos similares 2.168.561 6.704.914 Dividendos 11 7.500 .373 15.392.297

10.209.119 55.731.024 Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis (10 .814.488) (5.717.843)Ativos intangíveis (1.574.138) (210 .199)Investimentos financeiros 11 (34.418.622) (23.153.803)Empréstimos concedidos - (11.20 5.569)

(46.807.249) (40 .287.414) Fluxos das atividades de investimento (2) (36.598.129) 15.443.610

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:Financiamentos bancários - -

- -

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos bancários - - Amortizações de contratos de locação financeira (460 .260) (456.115)Juros e gastos similares (583.121) (922.195)Aquisição ações próprias (1.873.125) - Dividendos ao acionista 20 (69.750 .00 0) (60.0 00 .00 0)

(72.666.506) (61.378.310) Fluxos das atividades de financiamento (3) (72.666.506) (61.378.310)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (91.193.387) 121.169.677 Caixa e seus equivalentes no início do período 4 649.688.918 528.519.241 Fusão por incorporação 1.0 47.189 - Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 559.542.719 649.688.918

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOO DIRETOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 20 14

CTT - CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

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Relatório e Contas 2015

CTT – CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. Notas às demonstrações financeiras individuais Em 31 de dezembro de 2015 (Montantes expressos em Euros)

ÍNDICE

1 NOTA INTRODUTÓRIA .............................................................................................................................................. 197

1.1. CTT – Correios de Portugal, S.A. ....................................................................................................................... 197

1.2. Atividade .................................................................................................................................................................... 197

2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....... 199

3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ..................................................................................................... 200

3.1. Ativos fixos tangíveis ............................................................................................................................................. 200

3.2. Propriedades de investimento ........................................................................................................................... 201

3.3. Concentração de atividades empresariais e Goodwill ................................................................................ 201

3.4. Ativos intangíveis .................................................................................................................................................... 202

3.5. Transações e saldos em moeda estrangeira.................................................................................................. 203

3.6. Participações financeiras ...................................................................................................................................... 204

3.7. Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill ................................................................. 205

3.8. Instrumentos financeiros...................................................................................................................................... 205

3.9. Inventários ................................................................................................................................................................ 208

3.10. Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas ......................................... 208

3.11. Resultados por ação ......................................................................................................................................... 209

3.12. Distribuição de dividendos ............................................................................................................................. 209

3.13. Provisões e passivos contingentes ............................................................................................................. 209

3.14. Locações ............................................................................................................................................................. 211

3.15. Benefícios aos empregados .......................................................................................................................... 211

3.16. Pagamento baseado em ações .................................................................................................................... 214

3.17. Rédito ................................................................................................................................................................... 214

3.18. Subsídios obtidos .............................................................................................................................................. 216

3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos .................................................................................... 216

3.20. Impostos .............................................................................................................................................................. 216

3.21. Especialização ................................................................................................................................................... 217

3.22. Julgamentos e estimativas ............................................................................................................................ 217

3.23. Matérias ambientais ......................................................................................................................................... 219

3.24. Demonstração de fluxos de caixa................................................................................................................ 219

3.25. Eventos subsequentes ................................................................................................................................... 219

4 FLUXOS DE CAIXA ...................................................................................................................................................... 219

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Relatório e Contas 2015

5 ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS ............................................ 220

6 PARTES RELACIONADAS......................................................................................................................................... 220

7 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ....................................................................................................................................... 225

8 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ................................................................................................................... 227

9 GOODWILL .................................................................................................................................................................... 229

10 ATIVOS INTANGÍVEIS ................................................................................................................................................ 231

11 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ................................ 233

12 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – OUTROS MÉTODOS ................................................................................ 236

13 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ...................................................................................................................... 237

14 INVENTÁRIOS ............................................................................................................................................................... 240

15 CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER ....................................................................................................... 241

16 DIFERIMENTOS ............................................................................................................................................................ 244

17 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS ................ 245

18 PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS ...................................................................................................... 245

19 CAPITAL ......................................................................................................................................................................... 245

20 RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................... 249

21 DIVIDENDOS ................................................................................................................................................................. 251

22 RESULTADOS POR AÇÃO ........................................................................................................................................ 252

23 PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS .............. 252

24 LOCAÇÕES OPERACIONAIS ................................................................................................................................... 255

25 FINANCIAMENTOS OBTIDOS ................................................................................................................................. 255

26 BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS .......................................................................................................................... 256

27 FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR ............................................................................................. 262

28 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS ................................................................................................................ 264

29 SUBSIDIOS OBTIDOS ................................................................................................................................................. 264

30 VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS ...................................................................................................................... 265

31 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS ................................................................................................................... 266

32 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ...................................................................................................... 266

33 GASTOS COM O PESSOAL ....................................................................................................................................... 267

34 GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS . 269

35 OUTROS GASTOS E PERDAS .................................................................................................................................. 270

36 JUROS E RENDIMENTOS/GASTOS SIMILARES OBTIDOS/SUPORTADOS ............................................ 270

37 EFEITOS E ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO ........................................................................................... 270

38 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ....................................................................................................................... 271

39 HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES .................................................................................................. 274

40 INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS ............................................................................................. 274

41 PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS ............................................................................. 275

42 OUTRAS INFORMAÇÕES .......................................................................................................................................... 276

43 ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES ................................................................................................................. 277

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Relatório e Contas 2015

1 NOTA INTRODUTÓRIA

1.1. CTT – Correios de Portugal, S.A.

CTT – Correios de Portugal, S. A. – Sociedade Aberta (“CTT ou “Empresa”), com sede na Avenida D. João II, nº 13, 1999-001 em Lisboa, teve a sua origem na Administração Geral dos Correios Telégrafos e Telefones e a sua atual forma jurídica decorre de sucessivas ações de organização do sector Empresarial do Estado na área das Comunicações. Pelo Decreto-Lei n.º 49.368 de 10 de novembro de 1969, foi criada a Empresa pública CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., que iniciou a sua atividade em 1 de janeiro de 1970. Pelo Decreto-Lei n.º 87/92, de 14 de Maio, os CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P., foram transformados em pessoa coletiva de direito privado, com o estatuto de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Através do Decreto – Lei n.º 277/92, de 15 de dezembro, com a criação da ex-Telecom Portugal, S.A., por cisão dos Correios e Telecomunicações de Portugal, S.A., a sociedade passou à sua atual designação de CTT – Correios de Portugal, S.A.. Em 31 de janeiro de 2013 o Estado Português, através despacho nº 2468/12 – SETF de 28 de dezembro, transferiu as ações detidas pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças nos CTT para a Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A. Em Assembleia Geral dos CTT realizada em 30 de outubro de 2013, o seu capital social foi reduzido para 75.000.000 Euros, passando a ser representado por 150.000.000 ações, como resultado de um desdobramento de ações que foi realizado através da redução do seu valor nominal de 4,99 Euros para 0,50 Euros. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013 verificou-se a abertura do capital dos CTT ao sector privado. Deste modo, e suportado no Decreto-Lei nº129/2013, de 6 de setembro e na Resolução do Conselho de Ministros (“RCM”) nº 62-A/2013, de 10 de outubro, na RCM nº62-B/2013, de 10 de outubro e na RCM nº 72-B/2013, de 14 de novembro, ocorreu a 5 de dezembro de 2013 a primeira fase da privatização do capital dos CTT. Nesta data, 63,64% do capital dos CTT (95,5 milhões de ações) passou a ser detido pelo sector privado, dos quais 14% (21 milhões de ações) foi alienado em Oferta Pública de Venda e 49,64% (74,5 milhões de ações) por Venda Direta Institucional. Em 31 de dezembro de 2013 o Estado português, através da Parpública-Participações Públicas, SGPS, S.A., tinha 30% por detenção e 6,36% por imputação, do capital dos CTT. Em 5 de setembro de 2014 ocorreu a 2ª fase da privatização do capital dos CTT. A participação detida pela Parpública - Participações Públicas, SGPS, S.A., de 31,503% do capital dos CTT, foi nesta data objeto de uma oferta particular de venda de ações através de um processo de accelerated bookbuilding dirigida em exclusivo a investidores institucionais. As ações dos CTT encontram-se cotadas na Euronext Lisbon. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, por esta ser a moeda principal das operações da Empresa.

1.2. Atividade

Os CTT têm como atividade principal assegurar o estabelecimento, gestão e exploração das infraestruturas e do serviço postal universal e a prestação de serviços financeiros. Fazem ainda

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Relatório e Contas 2015

parte das atividades prosseguidas as que sejam complementares, como a comercialização de bens ou a prestação de serviços por conta própria ou de terceiros, desde que convenientes ou compatíveis com a normal exploração da rede pública de Correios, designadamente a prestação de serviços da sociedade de informação, redes e serviços de comunicações eletrónicas, onde atua como operador móvel virtual (MVNO), e a prestação de serviços de interesse público ou de interesse geral. A prestação do serviço postal é efetuada pelos CTT no âmbito do Contrato de Concessão do Serviço Postal Universal celebrado em 1 de setembro de 2000 entre o Estado Português e os CTT. Para além dos serviços concessionados, os CTT podem prestar outros serviços postais, bem como desenvolver outras atividades, designadamente, as que permitam a rentabilização da rede do serviço universal, diretamente ou através de constituição ou participação em sociedades ou mediante outras formas de cooperação entre empresas. Dentro destas atividades salienta-se a prestação de serviços de interesse público ou de interesse geral mediante condições que vierem a ser acordadas com o Estado. Na sequência das alterações introduzidas pela Diretiva 2008/6/CE de 20 de fevereiro de 2008 do Parlamento Europeu e do Conselho ao quadro regulamentar que rege a prestação de serviços postais, verificou-se em 2012 a sua transposição para a ordem jurídica nacional através da aprovação da Lei nº 17/2012, de 26 de abril (“nova Lei Postal”), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro, e pela Lei nº 16/2014, de 4 de abril, revogando a Lei nº 102/99, de 26 de julho. A nova Lei Postal estabelece o regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais, em plena concorrência, no território nacional, bem como de serviços internacionais com origem ou destino no território nacional. Deste modo, a partir da entrada em vigor da nova Lei Postal, o mercado postal em Portugal foi totalmente aberto à concorrência, eliminando as áreas no âmbito do serviço universal que ainda se encontravam reservadas ao prestador dos serviço postal universal, os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”). No entanto, por razões de interesse geral, mantiveram-se reservados as seguintes atividades e serviços: colocação de marcos e caixas de correio na via pública destinados à aceitação de envios postais, emissão e venda de selos postais com a menção Portugal e o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos. De acordo com a nova Lei Postal o âmbito do serviço postal universal integra as seguintes prestações, de âmbito nacional e internacional:

Um serviço postal de envios de correspondência, excluindo a publicidade endereçada, de livros, catálogos, jornais e outras publicações periódicas até 2 Kg de peso;

Um serviço de encomendas postais até 10 Kg de peso, bem como a entrega no território nacional de encomendas postais recebidas de outros Estados-Membros da União Europeia com peso até 20Kg;

Um serviço de envios registados e um serviço de envios com valor declarado. Decorrente da nova Lei Postal, o Governo Português procedeu à revisão das bases da concessão, através da publicação do Decreto-Lei nº 160/2013, de 19 de novembro, na sequência da qual se efetuou em 31 de dezembro de 2013 a quarta alteração ao contrato de concessão do serviço postal universal. Deste modo, o contrato de concessão celebrado entre o Estado Português e os CTT em 1 de setembro de 2000, posteriormente alterado em 1 de outubro de 2001, 9 de setembro de 2003, 26 de julho de 2006 e em 31 de dezembro de 2013, abrange:

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Relatório e Contas 2015

O serviço postal universal, como acima definido; Os serviços reservados: (i) o direito de colocar marcos e caixas de correio na via pública

destinados à aceitação de envios postais, (ii) a emissão e venda de selos postais com a menção “Portugal” e (iii) o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos;

A prestação do serviço de ordens de pagamento especiais que permite efetuar a transferência de fundos por via eletrónica e física, no âmbito nacional e internacional, designado por serviço de vales postais, a título exclusivo;

Serviço de Caixa Postal Eletrónica, a título não exclusivo.

Como empresa concessionária do serviço postal universal, os CTT mantém-se como prestador de serviço postal universal até 2020, assegurando a exclusividade das atividades e serviços reservados mencionados. Uma vez finda a concessão, caso não seja novamente atribuída, os CTT poderão prestar, a par dos restantes operadores, todos os serviços postais que entenderem, em regime de livre concorrência, de acordo com a sua política estratégico-comercial, à exceção dos serviços que forem concessionados em regime de exclusividade. Em súmula, face ao enquadramento legal e regulamentar vigente, entendem os CTT que não existem fundamentos para introduzir qualquer alteração relevante nas políticas contabilísticas da Empresa.

2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), regulado pelos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as retificações da Declaração de Retificação nº67-B/2009, de 11 de setembro, e com as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de agosto;

Portaria nº 986/2009, de 7 de setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras); Aviso nº 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual); Aviso nº 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro); Aviso nº 15654/2009, de 7 de setembro (Normas Interpretativas); Portaria nº 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas).

Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) que integram o SNC. As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstos no artº 1º da Portaria nº 986/2009, de 7 de setembro, designadamente o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo. O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes. Conforme previsto no Anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa aplica supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho e as Normas Internacionais de Contabilidade e

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Relatório e Contas 2015

de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) e as respetivas interpretações (“SIC/IFRIC”) do IASB, de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC. Nos períodos de 2015 e 2014 a que respeitam as presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da informação divulgada.

3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas.

3.1. Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis (Nota 7) são inicialmente registados ao custo de aquisição ou de produção. O custo de aquisição inclui: (i) o preço de compra do ativo, (ii) as despesas diretamente imputáveis à compra, e (iii) os custos estimados de desmantelamento, remoção dos ativos e restauração do local (Notas 3.13 e 22). Após o reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. De acordo com a exceção prevista na NCRF3 - Adoção pela Primeira vez das Normas Contabilísticas de Relato Financeiro, as reavaliações efetuadas aos ativos tangíveis, de acordo com os índices de atualização monetária previstos na legislação portuguesa, em exercícios anteriores a 1 de janeiro de 2009, foram mantidas, designando-se essas quantias reavaliadas, para efeitos de NCRF, como “custo considerado”.

As depreciações dos ativos tangíveis, deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as diversas classes de ativos:

Os terrenos não são depreciáveis. A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda. Em cada data de relato, a Empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar em imparidade. Sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes de imparidade, sendo o excesso da quantia escriturada face à quantia recuperável, caso exista, reconhecido em resultados. A quantia recuperável corresponde ao montante mais elevado entre o justo valor de um ativo menos os custos de o vender e o seu valor de uso. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos tangíveis ainda em fase de construção/produção, encontrando-se registados ao custo de aquisição ou produção. Estes ativos

Anos de vida útil

Edifícios e outras construções 10 – 50Equipamento básico 4 – 10Equipamento de transporte 4 – 7Ferramentas e utensílios 4Equipamento administrativo 3 – 10Outros ativos fixos tangíveis 5 – 10

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Relatório e Contas 2015

são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como gastos do período em que são incorridos. As grandes reparações que originem acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada são registadas como ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

3.2. Propriedades de investimento

As propriedades de investimento são as propriedades (terreno ou edifícios) detidos pela Empresa para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou b) venda no curso ordinário do negócio. As propriedades de investimento compreendem essencialmente imóveis que a Empresa desafetou do uso na prestação dos serviços da Empresa e que detém para obter rendas ou valorização de capital. Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e de perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável. As taxas de depreciação consideradas são compreendidas entre 10 e 50 anos. A Empresa providencia anualmente avaliações dos ativos classificados como propriedades de investimento para determinar eventuais imparidades e proceder à respetiva divulgação do justo valor. Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas.

3.3. Concentração de atividades empresariais e Goodwill

Os investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registados ao custo de aquisição e mensurados subsequentemente pelo método da equivalência patrimonial (Nota 3.6). Na data de aquisição de uma subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos seus ativos e passivos identificáveis é reconhecido como goodwill (Nota 9) e mantido no balanço com esta designação. Procedimento em conformidade com o estabelecido na NCRF 14 – Concentração de Atividades Empresariais. Decorrente da exceção prevista na NCRF 3 – Adoção pela Primeira vez das Normas Contabilísticas

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e de Relato Financeiro, a Empresa aplicou as disposições da NCRF 14 apenas às aquisições ocorridas posteriormente a 1 de janeiro de 2009. Os valores de goodwill correspondentes a aquisições anteriores a 1 de janeiro de 2009 foram mantidos, pelas quantias líquidas apresentadas nessa data. O goodwill não é amortizado sendo o seu valor recuperável avaliado anualmente ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor. As eventuais perdas de imparidade determinadas são reconhecidas em gastos do período. O valor recuperável é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos do negócio. As perdas por imparidade não são revertíveis. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos, a diferença apurada é registada como ganho financeiro na Demonstração dos resultados por naturezas do período em que ocorre a aquisição, após confirmação do justo valor atribuído. Na alienação de uma unidade geradora de caixa, o correspondente goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.

3.4. Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis (Nota 10) são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis são mensurados ao custo deduzido das amortizações acumuladas e das perdas de imparidade, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade. Os ativos intangíveis, compreendem essencialmente despesas com patentes, software (sempre que este é separável do hardware e esteja associado a projetos em que seja quantificável a geração de benefícios económicos futuros), licenças e outros direitos de uso. Também incluem as despesas de desenvolvimento dos projetos de I&D sempre que se demonstre a intenção e a capacidade técnica para completar esse desenvolvimento, a fim de o mesmo estar disponível para comercialização ou uso. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. O custo dos ativos intangíveis gerados internamente compreendem todos os custos diretamente atribuíveis necessários para criar, produzir e preparar o ativo para ser capaz de funcionar de forma pretendida. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método da linha reta (quotas constantes), a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, durante a vida útil estimada, que se situa num período que varia entre 3 e 20 anos:

Exceção para os ativos respeitantes a propriedade industrial, que são amortizados durante o período de tempo em que tem lugar a sua utilização exclusiva e, para os ativos intangíveis com vida

Anos de vida útil

Projetos de desenvolvimento 3Propriedade industrial 3 – 20Software 3 – 10

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útil indefinida, que não são objeto de amortização, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, e sempre que haja uma indicação de que possam estar em imparidade. A Empresa procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Os rendimentos ou gastos resultantes da alienação dos ativos intangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e a quantia escriturada na data da alienação, sendo registadas na Demonstração dos resultados por naturezas como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

3.5. Transações e saldos em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordo de fixação de câmbio são convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes na data do balanço. Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das operações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são registadas como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” na Demonstração dos resultados por naturezas do período (Notas 31, 35 e 37). As diferenças de câmbio positivas relativas a atividades de financiamento são relevadas na demonstração dos resultados por naturezas como “Juros e rendimentos similares obtidos” e as negativas como “Juros e gastos similares suportados” (Notas 36 e 37). Quando um ganho ou uma perda num item não monetário é reconhecido diretamente no capital próprio, qualquer diferença de câmbio incluída nesse ganho ou perda é reconhecida diretamente no capital próprio. Quando um ganho ou uma perda num item não monetário é reconhecido nos resultados, qualquer diferença de câmbio incluída nesse ganho ou perda é reconhecida nos resultados. As taxas de câmbio utilizadas na conversão das demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira são as taxas de câmbio de fecho do período, no caso da conversão dos ativos e passivos, e a taxa de câmbio médio no caso da conversão dos resultados. As taxas de câmbio utilizadas na conversão dos saldos, transações e das demonstrações financeiras em moeda estrangeira foram as seguintes (X de moeda estrangeira por 1 Euro):

Fonte: Banco de Portugal

Fecho Médio Fecho Médio

Metical de Moçambique (MZM) 49,29000 43,53417 38,53000 40,66583Dólar dos USA (USD) 1,08870 1,10963 1,21410 1,32884Direitos de saque especial (DTS) 1,27283 1,26147 1,19332 1,14454

2015 2014

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3.6. Participações financeiras

As participações financeiras nas quais a Empresa tem controlo, geralmente representado por mais de metade dos direitos de voto (empresas subsidiárias), nas que exerce influência significativa, geralmente onde a participação se situa entre os 20% e os 50% dos direitos de voto (empresas associadas) ou nas que controla conjuntamente com outras entidades, são registadas no balanço em “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial”, ao custo de aquisição e mensurados subsequentemente, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 11). Presume-se a existência de controlo quando a Empresa detém mais de metade dos direitos de voto ou quando detém o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma Empresa ou de uma atividade económica a fim de obter benefícios da mesma, mesmo que a percentagem que detém seja inferior a 50%. A existência de influência significativa é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas:

Representação no Conselho de Administração ou órgão de direção equivalente; Participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões

sobre dividendos ou outras distribuições; Existência de transações materiais entre a Empresa e a participada; Intercâmbio de quadros de gestão; Fornecimento de informação técnica essencial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo e posteriormente ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas subsidiárias, conjuntamente controladas ou associadas por contrapartida de “Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos”, e por outras variações ocorridas nos seus capitais próprios por contrapartida de “Ajustamentos em ativos financeiros”. As participações financeiras poderão igualmente ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade. Quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, são realizadas avaliações sendo as perdas por imparidade que se demonstrem existir, registadas como gastos na Demonstração dos resultados por naturezas. Os resultados das participadas adquiridas ou vendidas durante o período são incluídos na demonstração dos resultados por naturezas desde a data em que a Empresa assume o controlo, influência significativa ou controlo conjunto ou até à data em que a empresa deixa de ter o controlo, influência significativa ou controlo conjunto. Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão (Nota 23). Os dividendos recebidos de empresas subsidiárias e associadas são registados como uma diminuição do valor das “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial”. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objeto de reversão, com exceção das perdas por imparidade sobre o Goodwill. Os ganhos e perdas não realizados em transações com subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Empresa na

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subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada, por contrapartida do investimento nessa mesma subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade. Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados em “Participações financeiras – outros métodos” ao custo de aquisição (Nota 12). Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos, sendo registada como “Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) ” a perda por imparidade que se revele existir. Os dividendos recebidos das empresas assim classificadas são registados na demonstração dos resultados por naturezas do período em que é decidida a anunciada a sua distribuição.

3.7. Imparidade de ativos tangíveis e intangíveis, exceto goodwill

A Empresa efetua avaliações de imparidade dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis sempre que ocorre algum evento ou alteração que indique que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, a Empresa procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. O justo valor é o preço que seria recebido pela venda do ativo numa transação entre participantes do mercado à data da mensuração. O valor de uso decorre dos fluxos de caixa futuros estimados e descontados do ativo durante a vida útil esperada. A taxa de desconto utilizada na atualização dos fluxos de caixa descontados reflete o valor atual do capital e o risco específico do ativo. Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que se refere, na rubrica de “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) ” (Notas 18 e 34). A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida na demonstração dos resultados como dedução à rubrica “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) ”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como um rendimento na demonstração dos resultados.

3.8. Instrumentos financeiros

Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos, os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual por

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parte do emissor de liquidar capital e/ou juros, mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os “Clientes” e “Outras contas a receber”, “Caixa e equivalentes de caixa”. Os passivos financeiros são fundamentalmente os “Financiamentos obtidos” e os “Fornecedores” e “Outras contas a pagar”. Os ativos e passivos financeiros encontram-se mensurados na data do relato financeiro ao custo ou ao custo amortizado subtraído da perda por imparidade, ou ao justo valor com as alterações do justo valor a ser reconhecidas na demonstração de resultados. A Empresa mensura os instrumentos financeiros ao custo ou custo amortizado menos perda por imparidade quando satisfazem as seguintes condições:

Seja à vista ou tenha uma maturidade definida; Os retornos para o seu detentor sejam (i) de montante fixo, (ii) de taxa de juro fixa durante a

vida do instrumento ou de taxa variável que seja um indexante típico de mercado para operações de financiamento (como por exemplo a Euribor) ou que inclua um spread sobre esse mesmo indexante;

Não contenha nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor em perda do valor nominal e do juro acumulado (excluindo-se os casos típicos de risco de crédito)

Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de evidência objetiva de imparidade, nomeadamente da qual resulte um impacto adverso nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros e sempre que possa ser medido de forma fiável. Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade, é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objetiva de perda de valor resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial. Por instrumento de capital próprio entende-se um qualquer contrato que evidencie um interesse nos ativos da Empresa após a subtração de todos os passivos. Os instrumentos de capital próprio são basicamente as ações/quotas da Empresa e prestações suplementares e acessórias, sempre que cumpram o conceito de instrumento de capital próprio. Clientes e Outras contas a receber Os saldos de clientes e de outros devedores constituem as contas a receber por serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade (Nota 15). Se é expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos, são classificadas como ativo corrente. Caso contrário são classificadas como ativo não corrente. As contas a receber classificadas como ativo corrente não têm implícito juro e são apresentadas pelo respetivo valor nominal, deduzidas de perdas de realização estimadas (perdas por imparidade). As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida dos resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. As contas a receber classificadas como ativo não corrente são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

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Quando existe evidência de que as mesmas se encontram em imparidade, procede-se ao registo da correspondente perda em resultados. O seu desreconhecimento só ocorre quando expiram os direitos contratuais. Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros reconhecidos ao justo valor através dos resultados adquiridos com o objetivo principal de serem transacionados no curto prazo e (ii) os outros ativos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas nos resultados ("fair value option"). Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos nas rubricas de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos à ordem, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Estes ativos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o seu custo amortizado não difere do seu valor nominal. Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e seus equivalentes” é deduzida dos descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de “Financiamentos obtidos” (Nota 4). Financiamentos obtidos Os financiamentos (Nota 25) são registados ao custo ou ao custo amortizado. São expressos no passivo corrente ou não corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, contabilizados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica de “Outras contas a pagar” (Nota 27). A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos futuros durante a vida esperada do instrumento financeiro para a quantia escriturada líquida do passivo financeiro. Fornecedores e Outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar (Nota 27) são responsabilidades respeitantes à aquisição de mercadorias ou serviços pela Empresa no decurso normal das suas atividades. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos são classificadas como passivo corrente. Caso contrário, são classificadas como passivo não corrente. As contas a pagar classificadas como passivo corrente são registadas ao custo, o qual não difere geralmente do seu valor nominal. As contas a pagar classificadas como passivo não corrente, para as quais não exista uma obrigação contratual pelo pagamento de juros, são mensuradas pelo respetivo custo amortizado, determinado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tiver havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração.

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Instrumentos de capital próprio Um instrumento de capital próprio só é reconhecido quando é emitido e subscrito. Se um instrumento de capital próprio for emitido, subscrito e se os recursos não forem proporcionados, a quantia a receber é relevada como dedução ao capital próprio. Caso a Empresa adquira ou readquira os seus próprios instrumentos de capital próprio, estes instrumentos são reconhecidos como dedução ao capital próprio. Os custos com a emissão de novas ações são reconhecidos diretamente em capital como dedução ao valor do encaixe. Os custos com uma emissão de capital próprio que não chega a ser concretizada são reconhecidos como gasto.

3.9. Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 14) encontram-se valorizadas ao menor entre o custo de aquisição, incluindo os custos incorridos para colocar os inventários no seu local e em condições de utilização e o seu valor de realização líquido. O método de valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos de comercialização. As diferenças entre o custo e o respetivo valor realizável líquido dos inventários, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais na rubrica de “Imparidade de inventários (perdas/reversões)”. O sistema de inventário utilizado na Empresa é o sistema de inventário permanente.

3.10. Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Os ativos não correntes, nomeadamente ativos fixos tangíveis e participações de capital, são classificados como detidos para venda (Nota 17) se o respetivo valor for realizável através de uma venda e não através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda, seja muito provável e o ativo esteja disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) a Empresa tenha assumido um compromisso de vender; e (iii) seja expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes desta classificação e o seu justo valor, deduzido dos custos expectáveis com a sua venda. Quando o justo valor é inferior à quantia escriturada, a diferença é reconhecida em “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)” ou em “Imparidade de investimentos não depreciáveis (perdas/reversões). Os ativos não correntes detidos para venda são apresentados em linha própria no balanço. Os ativos não correntes detidos para venda não são, em qualquer caso, objeto de depreciação ou amortização.

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Caso um ativo deixe de cumprir os requisitos para ser classificado como detido para venda, esta classificação deve cessar e o seu valor deve passar a ser o mais baixo entre: (i) a quantia escriturada antes da classificação como detido para venda, ajustado por qualquer depreciação ou amortização que teria sido efetuada caso não tivesse sido classificado como tal; e, (ii) a quantia recuperável à data da decisão posterior de não vender. Qualquer ajustamento é reconhecido em resultados. Uma operação descontinuada é uma componente da Empresa que tenha sido alienada ou esteja classificada para venda, e (i) represente uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica operacional, ou (ii) seja parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica operacional. Os resultados das operações descontinuadas são apresentados, em linha própria na demonstração dos resultados por naturezas, a seguir ao Resultado líquido do período.

3.11. Resultados por ação

Os resultados por ação (Nota 22) são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas pelo número ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. No entanto caso ocorra uma alteração do número de ações que não corresponda a entrada ou saídas de fundos da Empresa, para efeitos do cálculo do resultado por ação será utilizado o número de ações existente na atualidade.

3.12. Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos, quando aprovada em Assembleia Geral da Empresa e enquanto não pagos ao acionista, é reconhecida como um passivo (Nota 21).

3.13. Provisões e passivos contingentes

São reconhecidas provisões (Nota 23) quando, cumulativamente: (i) a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) exista uma estimativa fiável da quantia da obrigação. O montante das provisões corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada como custo financeiro na rubrica de “Juros e gastos similares suportados” (Nota 36). As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. Provisão para participações financeiras Quando as perdas em empresas subsidiárias ou associadas excedem o investimento efetuado nessas entidades, o valor contabilístico do investimento financeiro é reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que a Empresa incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da subsidiária ou associada, caso em que é registada uma Provisão para participações financeiras.

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Provisão para reestruturação São constituídas provisões para reestruturação sempre que um plano formal detalhado de reestruturação tenha sido aprovado pela Empresa e este tenha sido iniciado ou divulgado publicamente, que identifica:

O negócio ou parte de um negócio em questão; As principais localizações afetadas; A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições

pela cessação dos seus serviços; Os dispêndios que serão levados a efeito; Quando será implementado o plano; e, Foi criada uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação ao

começar a implementar esse plano ou ao anunciar as suas principais características aos afetados por ele.

A provisão para reestruturação inclui os dispêndios diretos provenientes da reestruturação que são os que sejam quer necessariamente consequentes da reestruturação, quer não associados com as atividades continuadas da entidade. A provisão para reestruturação não inclui os gastos de requalificar ou deslocalizar pessoal que continua, comercialização e investimento em novos sistemas e redes de distribuição e que são reconhecidos na mesma base como se surgissem independentemente de uma reestruturação nos gastos do período em que ocorrem. Os ganhos esperados na alienação de ativos não são tidos em consideração na mensuração de uma provisão de reestruturação, mesmo se a venda de ativos for vista como parte da reestruturação. Provisão para desmantelamento São constituídas provisões para os custos de desmantelamento, remoção do ativo e restauração do local de certos ativos, quando esses ativos começam a ser utilizados e seja possível estimar a respetiva obrigação com fiabilidade, ou quando existe o compromisso contratual de reposição de espaços alugados por terceiros. Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, os passivos ambientais que não sejam liquidados num futuro próximo são mensurados pelo seu valor presente. Provisão para processos judiciais em curso É registada uma provisão para processos judiciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar tendo por base o parecer dos advogados da Empresa. Provisões para contratos onerosos A Empresa reconhece uma provisão para contratos onerosos sempre que os custos não evitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios económicos que se espera sejam recebidos ao abrigo do mesmo. Ativos e Passivos Contingentes Quando alguma das condições para o reconhecimento de provisões não é preenchida, a Empresa procede à divulgação dos eventos como passivo contingente (Nota 23). Os passivos contingentes são: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o seu controlo, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que uma saída de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessária para liquidar a obrigação, ou a quantia da

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obrigação não possa ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos. Os ativos e passivos contingentes são avaliados continuadamente para assegurar que os desenvolvimentos estão apropriadamente refletidos nas demonstrações financeiras. Se se tornar provável que um exfluxo de benefícios económicos futuros será exigido para um item previamente tratado como um passivo contingente, é reconhecida uma provisão nas demonstrações financeiras do período em que a alteração da probabilidade ocorra. Se se tornar virtualmente certo que ocorrerá um influxo de benefícios económicos, o ativo e o rendimento relacionado são reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que a alteração ocorra. A empresa não reconhece ativos e passivos contingentes.

3.14. Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância e não da forma do contrato. As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem (Nota 25). As restantes locações são classificadas como operacionais (Nota 24). Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades para com o locador, são registados no balanço no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação por contrapartida da rubrica de financiamentos obtidos. A taxa de desconto a utilizar deverá ser a taxa implícita na locação. Caso esta não seja conhecida deverá ser utilizada a taxa de financiamento da Empresa para aquele tipo de investimentos. A política de depreciação destes ativos segue as regras aplicáveis aos ativos tangíveis propriedade da Empresa. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações do ativo fixo tangível são reconhecidos na Demonstração dos resultados por naturezas do período a que respeitam. Nas locações operacionais as rendas devidas são reconhecidas como gasto na Demonstração dos resultados por naturezas, durante o período da locação (Nota 32).

3.15. Benefícios aos empregados

A Empresa adota como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades pelo pagamento das prestações de cuidados de saúde pós-emprego e de outros benefícios, os critérios consagrados na NCRF 28 – Benefícios dos Empregados, com utilização nomeadamente do método de custeio atuarial “Unidade de crédito projetada” (Nota 26). Para obtenção da estimativa do valor das responsabilidades (Valor presente da obrigação de benefício definido) e do gasto a reconhecer em cada período, é feito anualmente um estudo atuarial, elaborado por entidade independente de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis. O “Valor presente da obrigação de benefício definido” é registado no passivo na rubrica de “Benefícios aos empregados”.

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A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de Empresas de “rating” elevado, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com uma maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano. Os ganhos e perdas atuariais resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos atuariais, são reconhecidos em reservas, de acordo com o método alternativo que é permitido pelo IAS 19 – Benefícios de Empregados, adotada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de novembro. A Empresa reconhece como um gasto, na sua demonstração de resultados, um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o custo dos juros e (iii) o rendimento esperado dos ativos do fundo. Benefícios pós-emprego - cuidados de saúde Os trabalhadores subscritores da C.G.A. e os trabalhadores beneficiários da Segurança Social (“S.S.”), (admitidos no quadro efetivo da Empresa após 19 de Maio de 1992 e até 31 de dezembro de 2009), podem usufruir dos benefícios, no âmbito dos cuidados de saúde, previstos no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. Tais benefícios são extensíveis a todos os trabalhadores efetivos da Empresa, quer se encontrem no ativo, quer na situação de aposentação, pré-reforma ou reforma. Os trabalhadores admitidos na Empresa após 31 de dezembro de 2009, apenas poderão usufruir dos benefícios previstos no Regulamento das Obras Sociais enquanto se mantiverem vinculados à Empresa por um contrato individual de trabalho, não lhe assistindo tal direito na aposentação, pré-reforma ou reforma. Os benefícios com cuidados de saúde respeitam, nomeadamente, à comparticipação no custo dos medicamentos, dos serviços médico-cirúrgicos, de enfermagem e de meios auxiliares de diagnóstico e dos serviços hospitalares, conforme estabelecido no Regulamento das Obras Sociais dos CTT. O financiamento do plano de cuidados de saúde pós-emprego é garantido na sua maior parte pela Empresa e pelos co-pagamentos dos beneficiários aquando da utilização de determinados serviços, sendo o restante coberto pelas quotas pagas pelos beneficiários. A adesão ao plano de cuidados de saúde pós-emprego implica o pagamento por parte dos beneficiários titulares (aposentados e reformados) de uma quota correspondente a 2,25% da pensão. Decorrente da alteração ao Plano de Saúde efetuada pela Empresa o montante da quota foi uniformizado passando o mesmo montante a ser pago também por cada familiar inscrito. Em determinadas situações especiais poderá haver isenção do pagamento de quota quer para titulares quer para familiares. A gestão do plano de cuidados de saúde é assegurada pela IOS – Instituto das Obras Sociais e regulado pelo Regulamento das Obras Sociais dos CTT, que por sua vez contratou a Médis – Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, SA (“Médis”), para prestação dos serviços de assistência médica. O contrato com a Médis vigora desde o dia 1 de janeiro de 2015. Outros benefícios de longo prazo Existe ainda um conjunto de obrigações construtivas assumidas pelos CTT perante alguns grupos de trabalhadores (Nota 26), nomeadamente:

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- Suspensão de contratos, recolocação, contratos de pré-reforma e libertação de postos de trabalho As responsabilidades pelo pagamento de salários a trabalhadores nas situações supra referidas ou equivalentes, são contabilizadas, na totalidade, no momento de passagem do trabalhador para aqueles regimes. - Taxa de assinatura telefónica Trata-se de um benefício assumido pelos CTT de pagamento da taxa de telefone fixo a um grupo fechado de trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos (7.326 beneficiários em 31 de dezembro de 2015 e 7.471 beneficiários em 31 de dezembro de 2014), que beneficiavam da mesma em 01/06/2004 no montante de 15,30 Euros mensais. Durante o ano de 2013 o Conselho de Administração dos CTT deliberou substituir este pagamento por uma medida equivalente que se traduziu a partir de 1 de janeiro de 2014, na substituição deste apoio financeiro por uma prestação em espécie. - Pensões por acidentes de serviço As responsabilidades com o pagamento de pensões por acidentes em serviço, restringe-se aos trabalhadores subscritores da C.G.A. A Empresa suporta igualmente as demais responsabilidades decorrentes dos acidentes de serviço destes trabalhadores. De acordo com a legislação em vigor, no que diz respeito aos trabalhadores subscritores da C.G.A, são da responsabilidade dos CTT os encargos com pensões que tiverem sido atribuídas a título de reparação de danos resultantes de acidentes em serviço, e dos quais tenha resultado a incapacidade permanente ou morte do trabalhador. O valor destas pensões é atualizado por diploma legal. Atualmente, por não se considerar economicamente justificado, não existe apólice de seguro contratada para fazer face a estas responsabilidades. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 havia 64 beneficiários, a receber este tipo de pensão. - Subsídio mensal vitalício Constitui um subsídio previsto no regime jurídico das prestações familiares do D.L. nº 133-B/97 de 30 de Maio, retificado pela Declaração de retificação nº 15-F/97, de 30 de setembro, alterado pelos D.L. nº 248/99, de 02 de julho, 341/99 de 25 de agosto, 250/2001 de 21 de setembro e 176/2003, de 02 de agosto. São beneficiários os trabalhadores no ativo ou aposentados, que tenham descendentes, maiores de 24 anos, portadores de deficiência de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, que se encontrem em situação que os impossibilite de proverem normalmente à sua subsistência pelo exercício de atividade profissional. No caso de se tratar de beneficiários subscritores da CGA, o encargo com o subsídio é da responsabilidade dos CTT. Em 31 de dezembro de 2015 havia 44 beneficiários nestas condições, (50 beneficiários em 31 de dezembro de 2014), a receber um valor mensal de 176,76 Euros, 12 meses por ano. Este valor é atualizado por Portaria dos Ministérios das Finanças e da Solidariedade e da Segurança Social. - Apoio por cessação da atividade profissional Este benefício era concedido aos trabalhadores que se aposentassem, com pelo menos 5 anos de antiguidade na Empresa. O seu montante dependia da antiguidade à data da aposentação. Em 31 de dezembro de 2012 a tabela em vigor estabelecia um valor máximo de 1.847,16 Euros para 36 ou mais anos de antiguidade. Em 2012 o Conselho de Administração dos CTT deliberou descontinuar a compensação que era atribuída aos trabalhadores que atingiam o termo da sua vida ativa ao

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serviço dos CTT. Deliberou igualmente, nas situações de desligação e reforma que venham a ocorrer na sequência dos pedidos de aposentação e de reforma apresentados até ao dia 31 de março de 2013, a manutenção do referido benefício (Nota 26). Os principais pressupostos financeiros e demográficos utilizados no cálculo destas responsabilidades nomeadamente taxa de desconto, taxas de mortalidade e invalidez são os mesmos que os utilizados na avaliação atuarial do plano de cuidados de saúde dos CTT. - Plano de contribuições definidas - Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma No âmbito do novo modelo de remunerações dos membros dos Órgãos Sociais definido pela Comissão de vencimentos (eleita em Assembleia Geral de 24 de março de 2014 e composta por membros independentes) foi determinada a contribuição de um montante fixo mensal para Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma aos membros executivos do Conselho de Administração. Esta contribuição reveste-se da natureza de um Plano de contribuições definidas ao abrigo da NCRF 28 – Benefícios aos empregados. A contabilização dos planos de contribuição definida é linear porque a obrigação de relato relativamente a cada período é determinada pelas quantias a serem contribuídas relativas a esse período. Consequentemente, não são necessários pressupostos atuariais para mensurar a obrigação ou o gasto e não há possibilidade de qualquer ganho ou perda atuarial. Além disso, as obrigações são mensuradas numa base não descontada, exceto quando não se vençam completamente dentro de doze meses após o final do período em que os empregados prestam o respetivo serviço.

3.16. Pagamento baseado em ações

Os benefícios concedidos aos membros executivos do Conselho de Administração ao abrigo de Planos de remuneração de longo prazo são registados de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações. De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a serem liquidados com base em ações próprias (instrumentos de capital próprio), são reconhecidos pelo justo valor na data de atribuição. Dado que não é possível estimar com fiabilidade o justo valor dos serviços recebidos dos beneficiários, o seu valor é mensurado por referência ao justo valor dos instrumentos de capital próprio. O justo valor determinado na data da atribuição do benefício é reconhecido como custo de forma linear ao longo do período em que o mesmo é adquirido pelos beneficiários, decorrente de prestação de serviços, com o correspondente aumento no capital próprio.

3.17. Rédito

O rédito relativo a vendas, prestações de serviços, royalties, juros e dividendos (provenientes de investimentos não contabilizados pelo método da equivalência patrimonial), decorrentes da atividade ordinária da Empresa, é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente às vendas e prestações de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (Notas 30, 31 e 36).

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O reconhecimento de um rédito exige que (i) seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a Empresa, (ii) o montante do rédito possa ser fiavelmente mensurado, (iii) os custos incorridos ou a incorrer com a transação também possam ser mensurados com fiabilidade e, (iv) que a fase de acabamento da prestação de serviços/transação possa ser mensurada com fiabilidade, no caso da prestação de serviços/transação ser reconhecida com base na percentagem de acabamento. O rédito relativo às vendas de produtos de merchandising e afetas ao negócio postal é reconhecido no momento em que os riscos e vantagens inerentes ao produto são transferidos para o comprador, o que normalmente ocorre no momento da transação. O rédito relativo à prestação de serviços postais é reconhecido no momento em que o cliente solicita o serviço, uma vez que os CTT não têm informação que permita estimar com fiabilidade o montante relativo a entregas não efetuadas na data do balanço, embora se entenda que o mesmo não é materialmente relevante visto que a data de solicitação do serviço não difere significativamente da data da sua prestação. Os preços dos serviços prestados no âmbito da concessão do Serviço Postal Universal são regulados através de um convénio de preços celebrado entre os CTT e o ICP-ANACOM. As comissões por cobranças efetuadas e por venda de produtos financeiros são reconhecidas na data da prestação de contas com o cliente. O rédito reconhecido corresponde apenas à comissão cobrada pelos CTT, os quais atuam enquanto agente. O rédito relativo a apartados é reconhecido durante o período dos respetivos contratos. O rédito relativo às recargas de serviços de telecomunicações móveis pré-pagos é diferido, e reconhecido em resultados em função do tráfego efetuado pelo cliente, no período em que a prestação de serviços é efetuada. O rédito relativo a serviços postais internacionais, bem como os custos correspondentes, é estimado com base em sondagens e índices acordados com os operadores postais homólogos e registados em contas provisórias, no mês em que o tráfego ocorre. As diferenças, que normalmente não são significativas, entre os valores assim estimados, e as contas definitivas, apuradas por acordo com aqueles operadores, são reconhecidas em resultados quando as contas passam a definitivas. O rédito proveniente de royalties é reconhecido segundo o regime de acréscimo de acordo com a substância dos correspondentes contratos, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. A Empresa regista parte dos juros recebidos de depósitos em outros rendimentos operacionais, que se referem a depósitos de curto-prazo no segmento “Serviços Financeiros”. A Empresa considera que os recebimentos associados a investimento temporário em fundos e que vão ser pagos a terceiros é um dos objetivos operacionais do segmento “Serviços Financeiros”. Na demonstração de fluxos de caixa, a parte do juro é reconhecida como fluxo de caixa operacional.

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O rédito de dividendos, provenientes de investimentos não contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, é reconhecido quando for estabelecido o direito da Empresa receber o pagamento, que regra geral ocorre com a deliberação dos sócios da subsidiária.

3.18. Subsídios obtidos

Os subsídios são reconhecidos quando exista uma garantia razoável de que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão (Nota 29). Os subsídios ao investimento associados à aquisição ou produção de ativos fixos tangíveis ou ativos intangíveis são reconhecidos inicialmente no capital próprio (Nota 20), sendo posteriormente reconhecidos na Demonstração dos resultados por naturezas numa base sistemática como rendimentos do período (Nota 31), de forma consistente e proporcional às depreciações dos bens a cuja aquisição de destinaram. Caso os subsídios respeitem a ativos não depreciáveis ou com vida útil indefinida, as quantias serão mantidas em capital próprio, exceto se forem necessárias para compensar qualquer perda por imparidade. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração dos resultados por naturezas como rendimentos durante os períodos necessários para compensar os gastos incorridos (Nota 31), na medida em que os subsídios não sejam reembolsáveis.

3.19. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos no período em que são incorridos (Nota 36). Exceção para os juros que são capitalizados quando os empréstimos são diretamente atribuíveis à aquisição ou construção de um ativo que requeira um período substancial de tempo (superior a um ano) para atingir a sua condição de uso.

3.20. Impostos

Imposto sobre o rendimento (“IRC”) O imposto sobre o rendimento (Nota 38) corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período calculado de acordo com as leis fiscais vigentes à data do balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis. Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais

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futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. A Empresa encontra-se abrangida pelo Regime especial de tributação dos grupos de sociedades que engloba todas as empresas em que os CTT participam, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que simultaneamente sejam residentes em Portugal e tributadas em sede IRC, pelo que a estimativa de imposto sobre o rendimento e as retenções efetuadas por terceiros são registadas no balanço como contas a pagar e a receber dos CTT. Imposto sobre o valor acrescentado (“IVA”) Para efeito de IVA os CTT encontram-se enquadrados no regime normal de periodicidade mensal de acordo com o disposto na alínea a) do nº. 1 do art.º. 40º. do Código do IVA, praticando no âmbito da sua atividade  operações isentas, enquadráveis no art.º 9.º. do Código do IVA e outras sujeitas e não isentas, razão pela qual utiliza para efeitos de apuramento de IVA o método  da afetação real e o método do prorata.

3.21. Especialização

Os rendimentos e os gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os rendimentos e os gastos reconhecidos na demonstração dos resultados por naturezas que ainda não tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são registados por contrapartida de “Devedores por acréscimos de rendimentos” ou de ” Credores por acréscimos de gastos” relevados nas rubricas de balanço de “Outras contas a receber” e “Outras contas a pagar”, respetivamente (Notas 15 e 27). Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do passivo e do ativo, respetivamente (Nota 16).

3.22. Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinados com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

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Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras ocorrem nas seguintes áreas: (i) Ativos fixos tangíveis e intangíveis/estimativas de vidas úteis (Nota 3.1/Nota 3.4/Nota 7/Nota 10) As depreciações e amortizações são calculadas sobre o custo de aquisição sendo utilizado o método das quotas constantes, a partir do mês em que o ativo se encontra disponível para utilização. As taxas de depreciação e amortização praticadas refletem o melhor conhecimento sobre a sua vida útil estimada. Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, quando se afigura necessário. (ii) Imparidade do Goodwill (Nota 9) A Empresa testa o goodwill, pelo menos anualmente, com o objetivo de verificar se o mesmo está em imparidade, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 3.3. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso envolvendo os mesmos julgamentos, residindo substancialmente na análise da Gestão baseada na experiência passada, bem como nas expectativas futuras de evolução da respetiva atividade. Na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macro-económico. As variações destes pressupostos poderão ter impactos ao nível dos resultados e no consequente registo de imparidades. (iii) Imparidade de clientes e outras contas a receber (Nota 15) As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação que a Empresa faz da probabilidade de recuperação dos saldos de clientes ou de outras contas a receber. Esta avaliação é efetuada em função do tempo de incumprimento, do histórico de crédito do cliente e outros devedores e da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e outros devedores. Caso as condições financeiras dos clientes se deteriorem, as perdas de imparidade poderão ser superiores ao esperado. (iv) Impostos diferidos (Nota 38) O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência dos resultados e matéria coletável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. (v) Benefícios aos empregados (Nota 3.15/Nota 26) A determinação das responsabilidades com o pagamento de benefícios pós-emprego e de outros benefícios de longo-prazo, nomeadamente com cuidados de saúde, requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, taxas de desconto e outros fatores que podem ter impacto nos gastos e nas responsabilidades com estes benefícios. Quaisquer alterações nos pressupostos utilizados, os quais estão descritos na Nota 26, terão impacto no valor contabilístico das responsabilidades. Os CTT têm como política rever periodicamente os principais pressupostos atuariais, caso o seu impacto seja material nas demonstrações financeiras. (vi) Provisões (Nota 3.13/Nota 23) A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das

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originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações à medida que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros.

3.23. Matérias ambientais

A Empresa tem a obrigação legal de evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental decorrentes das suas atividades, podendo incorrer em dispêndios para assegurar o integral cumprimento das suas obrigações (Nota 40). Contudo, a atividade da Empresa é de natureza essencialmente não industrial, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos de prestação de serviços, sendo a sua pegada ecológica direta limitada. Uma análise comparativa empírica permite estimar que o peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social nacional. Em termos de política ambiental a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca:

(i) Prevenção da poluição; (ii) Cumprimento da legislação; (iii) Comunicação e divulgação a todas as partes interessadas da política ambiental da Empresa; (iv) Formação e sensibilização dos trabalhadores; (v) Análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa; (vi) Definição de “standards” ambientais para fornecedores e parceiros.

Este tema encontra-se desenvolvido com profundidade no Relatório de Sustentabilidade de 2015.

3.24. Demonstração de fluxos de caixa

A Demonstração de fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

3.25. Eventos subsequentes

Os acontecimentos ocorridos após a data do balanço mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço, são refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos”) são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materiais (Nota 43).

4 FLUXOS DE CAIXA

Através da demonstração dos fluxos de caixa, são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

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As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional, nomeadamente o imposto sobre o rendimento. As atividades de investimento incluem, nomeadamente aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas, pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros e de dividendos. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, juros pagos e pagamentos de dividendos. Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a caixa e seus equivalentes que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidas de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, detalha-se como segue:

5 ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ERROS E ESTIMATIVAS

No período findo em 31 de dezembro de 2015 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de períodos anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

6 PARTES RELACIONADAS

O regulamento sobre Apreciação e Controlo de transações com partes relacionadas dos CTT define parte relacionada como: acionista qualificado, dirigente ou, ainda, entidade terceira com aquele relacionado através de qualquer interesse comercial ou pessoal relevante e ainda sociedade subsidiária, ou associada ou entidade conjuntamente controlada (joint-venture). De acordo com o Regulamento as transações significativas com partes relacionadas têm de ser aprovadas previamente pela Comissão de Auditoria dos CTT assim como as transações que os membros dos órgãos de administração dos CTT e/ou subsidiárias realizem com os CTT e/ou subsidiárias. As demais “Transações com partes relacionadas” são comunicadas à Comissão de Auditoria para efeitos da sua apreciação posterior.

2015 2014

Numerário 27.375.713 36.536.610Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 61.926.006 119.105.308

Depósitos bancários a prazo 470.241.000 494.047.000Caixa e seus equivalentes (Balanço) 559.542.719 649.688.918Caixa e seus equivalentes (Demonstração dos fluxos de caixa) 559.542.719 649.688.918

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Relatório e Contas 2015

EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS: Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa detinha participações nas seguintes subsidiárias:

(a) Anteriormente designada de CTT Gest, SA

Em janeiro de 2015 a Corre – Correio Expresso de Moçambique, S.A. foi alvo de um aumento de capital por incorporação de créditos de ambos os acionistas no montante total de 670.030 Euros. No dia 20 de janeiro de 2015, mas com produção de efeitos a 1 de janeiro de 2015, foi registada a fusão por incorporação da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., mediante a transferência global do património da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A.. Em consequência desta fusão as participações detidas pela Mailtec Holding, S.G.P.S., na Mailtec Comunicações, S.A., Mailtec Consultoria, S.A. e Mailtec Processos, Lda. passaram a ser detidas na sua totalidade pela casa-mãe, CTT – Correios de Portugal, S.A.. No dia 10 de agosto de 2015, mas com efeitos a 1 de janeiro de 2015, registou-se a fusão por incorporação da Post Contacto, Lda. e da Mailtec Processos, Lda. na CTT Gest, S.A., mediante a transferência global do património da Post Contacto, Lda. e da Mailtec Processos, Lda.. No seguimento desta fusão a designação social da empresa incorporante, CTT Gest, S.A., foi alterada para CTT Contacto, S.A.. Em 28 de dezembro de 2015, produzindo efeitos a 1 de janeiro de 2015, foi registada a fusão por incorporação da Mailtec Consultoria, S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A. mediante a transferência global do património da primeira. Em 6 de fevereiro de 2015, no contexto do processo de constituição do banco postal, foi criada a sociedade CTT Serviços, S.A.. Em 24 de agosto de 2015 a designação social foi alterada para Banco CTT, S.A., assim como o seu objeto social, de forma a acomodar a atividade bancária. Em 17de dezembro de 2015 foi adquirida a sociedade Escrita Inteligente, SA, start up da área digital dedicada à exploração da solução denominada “Recibos Online. No seguimento da aquisição, a Empresa efetuou uma avaliação do justo valor dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos de acordo com a IFRS 3 – Concentrações Empresariais, não tendo identificadas diferenças significativas entre os valores contabilísticos dos ativos e dos passivos e os seus justos valores. O detalhe dos ativos líquidos da Escrita Inteligente e do Goodwill apurado no âmbito desta transação a 31 de dezembro de 2015, é como se segue:

Subsidiária Sede 2015 2014

Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. Lisboa - 100%

CTT - Expresso, S.A. S. Julião do Tojal 100% 100%

CTT - Contacto, S.A. (a) Lisboa 100% 100%

Payshop Portugal, S.A. Lisboa 100% 100%

Mailtec Holding, SGPS, S.A. Amadora - 100%

Mailtec Comunicação, S.A. Amadora 100% -

Banco CTT, SA Lisboa 100% -

Escrita Inteligente, SA Lisboa 100% -

CORRE - Correio Expresso de Moçambique, S.A. Maputo 50% 50%

Percentagem de

participação

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222

Relatório e Contas 2015

No decurso do primeiro trimestre de 2014, foi alienada a participação na subsidiária EAD. Decorrente desta alienação foi registada uma mais-valia no montante de 256.383 Euros na rubrica “Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas” na demonstração dos resultados por natureza. No primeiro semestre de 2014 foi alienada a participação na subsidiária Tourline Express Mensajeria, SLU, à subsidiária CTT Expresso, S.A. na sequência da estratégia de maior integração entre as áreas de expresso e encomendas na Península Ibérica, potenciando uma maior criação de valor na Tourline. Esta alienação foi efetuada pelo valor líquido contabilístico. Em 2014 foi igualmente registada a aquisição da participação de 5% detida pela CTT Expresso, SA na PostContacto, Lda passando os CTT a deter diretamente 100% do capital da PostContacto, Lda. A operação concretizou-se pelo valor líquido contabilístico. EMPRESAS ASSOCIADAS: Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa detinha as seguintes participações em empresas associadas:

ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS: Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa detinha os seguintes interesses em entidades conjuntamente controladas:

(b) Anteriormente designado de Postal Network – Prestação de Serviços de Gestão de Infra-Estruturas de Comunicações, ACE * Participação indireta

OUTRAS EMPRESAS DO GRUPO CTT: Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, através de participações indiretas a Empresa detinha os seguintes interesses em outras empresas do Grupo:

Valor contabilístico

Ativos adquiridos 63.469

Passivos adquiridos 2.764

Total dos ativos líquidos adquiridos 60.705

Goodwill (Nota 9) 357.917

Preço de aquisição 418.622

Empresa associada Sede 2015 2014

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. Lisboa 20% 20%Mailtec Comunicação, S.A. Amadora - 17,695%Mailtec Consultoria, S.A. Amadora - 10%

participaçãoPercentagem de

Sede 2015 2014

TI-Post Prestação de Serviços Informáticos, ACE Lisboa 49% 49%

NewPost, ACE (b) Lisboa 49% 49%PTP & F, ACE Amadora 51%* 51%*

participaçãoPercentagem de

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223

Relatório e Contas 2015

(e) Empresas sem atividade comercial

*Indiretamente, os CTT detêm a totalidade do capital desta entidade.

A empresa PayShop Moçambique, SARL encontra-se atualmente em processo de liquidação. No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 foram efetuadas as seguintes transações e existiam os seguintes saldos com partes relacionadas:

Os gastos com os membros do Conselho de Administração, Assembleia Geral, Comissão de Auditoria e Comissão de Vencimentos correspondem à totalidade dos gastos de pessoal no período indicado. Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a natureza e o detalhe, por empresa do Grupo CTT, dos principais saldos devedores e credores era como segue:

Sede 2015 2014

Payshop Moçambique, SARL Moçambique 35% 35%Mailtec Processos, Lda. Amadora - 100%*Tourline Express Mensajeria, SLU Barcelona 100%* 100%*

Mafelosa, SL (a) Espanha 25% 25%

Urpacksur, SL (a) Espanha 30% 30%

participaçãoPercentagem de

AcionistasDividendos - - - - - - - 69.750.000

Subsidiárias 7.509.804 10.041.220 2.965.125 1.613.945 30.769.481 12.380.647 283.466 -Associadas 11.579 - 21.592 - 18.841 55 - -Conjuntamente controladas 136.855 - - - 15.575 1.317 - -Outras partes relacionadas 2.690.121 - (1.542) - 1.297.272 3.780 - -

Membros do Conselho Administração - - - - - 2.087.398 - -Assembleia Geral - - - - - 5.461 - -Comissão Auditoria - - - - - 200.786 - -Comissão Vencimentos - - - - - 37.440 - -

10.348.359 10.041.220 2.985.175 1.613.945 32.101.169 14.716.884 283.466 69.750.000

2015

Fornecedores e outras contas

pagar

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SC)

Rendimentos Gastos

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SD)

Juros obtidos Dividendos

Empresas do Grupo CTT

Clientes e outras contas

receber

AcionistasDividendos - - - - - - - 60.000.000

Subsidiárias 3.804.609 9.658.701 2.993.472 253.806 26.993.335 8.370.542 - -Associadas 81.593 177.716 552.682 - 992.027 3.539.538 - -Conjuntamente controladas 50.926 - 945 - 246.450 4.646 - -Outras partes relacionadas 1.499.388 - 200.426 41.297 1.370.781 1.197.660 492.402 -

Membros do Conselho Administração - - - - - 2.003.280 - -Assembleia Geral - - - - - - - -Comissão Auditoria - - - - - 173.303 - -Comissão Vencimentos - - - - - 28.808 - -

5.436.516 9.836.417 3.747.525 295.103 29.602.593 15.317.775 492.402 60.000.000

Juros obtidos Dividendos

Empresas do Grupo CTT

2014

Clientes e outras contas

receber

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SD)

Fornecedores e outras contas

pagar

Acionistas/ sócios e

empresas do Grupo (SC)

Rendimentos Gastos

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224

Relatório e Contas 2015

SD- Saldos devedores; SC – Saldos credores

SD- Saldos devedores; SC – Saldos credores

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a natureza e o detalhe, por empresa do Grupo CTT, das principais transações era como segue:

SubsidiáriasBanco CTT, S.A. 189.572 - 189.572 - 1.596.131 1.596.131CTT Expresso,S.A. 5.920.444 9.634.255 15.554.699 1.789.877 - 1.789.877Payshop Portugal, S.A. 114.755 199.578 314.333 455.610 - 455.610CTT Contacto, S.A. 516.407 177.560 693.968 441.484 - 441.484Mailtec Comunicação S.A. 115.422 - 115.422 278.155 17.814 295.969CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 653.203 29.827 683.031 - - -

Associadas Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 11.579 - 11.579 21.592 - 21.592

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 1.778 - 1.778 - - -NewPost, ACE 135.077 - 135.077 - - -

Outras partes relacionadasTourline Express Mensajeria, S.A. 2.689.929 - 2.689.929 (1.542) - (1.542)Payshop Moçambique, S.A.R.L. 192 - 192 - - -

10.348.359 10.041.220 20.389.579 2.985.175 1.613.945 4.599.120

1 Estes montantes incluem os valores relativos a contratos de concessão de crédito às respetivas empresas subsidiárias pelos CTT.

2015

Clientes e outras contas

a receber

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SD)

Total de contas a receber

Fornecedores e outras contas

pagar

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SC)

Total de contas a pagar

1

SubsidiáriasPost Contacto - Correio Publicitário, Lda. 583.596 - 583.596 191.257 179.546 370.803CTT Expresso,S.A. 2.465.042 9.427.262 11.892.305 2.244.398 - 2.244.398Payshop Portugal, S.A. 185.000 50.513 235.513 451.356 - 451.356CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 61.332 - 61.332 106.460 41.028 147.488Mailtec SGPS S.A. - - - - 33.233 33.233CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 509.638 180.925 690.564 - - -

Associadas -Mailtec Consultoria S.A. 910 103.631 104.541 148.636 - 148.636Mailtec Comunicação S.A. 77.782 74.084 151.867 403.820 - 403.820

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 2.901 - 2.901 226 - 226

Conjuntamente controladas -Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 1.778 - 1.778 945 - 945Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 49.148 - 49.148 - - -

Outras partes relacionadas -Tourline Express Mensajeria, S.A. 1.485.714 - 1.485.714 78.297 - 78.297Payshop Moçambique, S.A.R.L. 192 - 192 - - -Mailtec Processos Lda. 13.482 - 13.482 122.130 41.297 163.427

5.436.516 9.836.417 15.272.933 3.747.525 295.103 4.042.629

1 Estes montantes incluem os valores relativos a contratos de concessão de crédito às respetivas empresas subsidiárias pelos CTT.

Total de contas a pagar

2014

Fornecedores e outras contas

pagar

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SC)

Clientes e outras contas

a receber

Acionistas/ sócios e empresas do

Grupo (SD)

Total de contas a receber

1

1

SubsidiáriasBanco CTT, S.A. - - - 166 196.572 - - -CTT Expresso,S.A. - 129.038 442.228 292.683 21.797.649 3.440.390 20.827 283.466Payshop Portugal, S.A. - - - 47.503 1.125.963 4.319.262 213 -CTT Contacto, S.A. - 108.824 - 4.139 5.348.220 2.567.969 - -Mailtec Comunicação S.A. - 1.107.119 - 644.184 1.127.168 2.031.987 - -CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. - - - - 185.234 - - -

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. - - - 18.841 - - 55 -

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE - - - - 15.575 1.317 - -NewPost, ACE - - - - - - - -

Outras partes relacionadasTourline Express Mensajeria, S.A. 84.441 9.869 - 15.207 1.282.065 3.780 - -Payshop Moçambique, S.A.R.L. - - - - - - - -

84.441 1.354.850 442.228 1.022.724 31.078.446 12.364.705 21.095 283.466

Associadas

2015

Ativos fixos adquiridos

Serviços a refaturar

Ativos fixos vendidos

Vendas e serviços

prestados

Outros rendimentos e

ganhos

Fornecimentos e serviços externos

Outros gastos e perdas

Juros obtidos

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225

Relatório e Contas 2015

7 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos “Ativos fixos tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

SubsidiáriasPost Contacto - Correio Publicitário, Lda. - 137.913 - 5.562 5.266.469 336.643 - -CTT Expresso,S.A. - 37.513 272.773 206.555 19.226.880 2.514.818 14.557 -Payshop Portugal, S.A. - - - 81.400 1.551.025 4.089.073 - -CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. - - - - 546.130 1.415.451 - -CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. - - - - 109.314 - - -

Mailtec Consultoria S.A. 28.003 38.024 - - 4.378 1.421.645 - -Mailtec Comunicação S.A. - 1.027.629 - 199.983 769.617 2.033.592 - -

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. - - - 18.048 - 84.300 - -

Conjuntamente controladasTi-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE - - - - 21.306 4.646 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão - - - - 225.145 - - -

Outras partes relacionadasTourline Express Mensajeria, S.A. 79.105 744 - - 1.193.545 66.757 - 492.402Payshop Moçambique, S.A.R.L. - - - - - - - -Mailtec Processos Lda. - - - - 177.236 1.130.903 - -

107.108 1.241.823 272.773 511.548 29.091.045 13.097.828 14.557 492.402

Ativos fixos vendidos

Vendas e serviços

prestados

Outros rendimentos e

ganhos

Fornecimentos e serviços externos

Outros gastos e perdas

Juros obtidos

Associadas

2014

Ativos fixos adquiridos

Serviços a refaturar

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 35.014.836 315.616.144 113.261.739 1.645.511 46.543.817 20.574.950 1.737.799 264.291 534.659.087Aquisições - - 3.685.875 1.981 1.436.934 892.426 3.505.594 1.358.018 10.880.829Alienações (2.881) (206.610) (2.133.753) - (10.823) - - - (2.354.066)Transferências e abates 477.748 7.288.834 (8.237.710) 831.755 (52.712) (7.862) (3.271.776) (222.750) (3.194.472)Regularizações - - (57.723) - (34.205) (30.046) - (1.151) (123.125)Fusões - 35.215 833.509 - 429.307 43.375 - - 1.341.407Saldo final 35.489.704 322.733.584 107.351.938 2.479.248 48.312.318 21.472.844 1.971.616 1.398.407 541.209.658

Depreciações acumuladas Saldo inicial 3.888.711 174.091.789 99.782.739 1.593.991 41.734.094 16.385.542 - - 337.476.866Depreciações do período - 8.420.076 4.180.955 53.402 2.079.555 1.195.715 - - 15.929.702Alienações (388) (116.904) (2.133.753) - (10.823) - - - (2.261.869)Transferências e abates - 2.047.352 (8.128.892) 721.745 (35.991) - - - (5.395.785)Fusões - 35.215 832.322 - 410.013 42.757 - - 1.320.308Saldo final 3.888.322 184.477.527 94.533.371 2.369.138 44.176.849 17.624.014 - - 347.069.222

Perdas Imparidades AcumuladasSaldo inicial - - - - - 420.483 - - 420.483Imparidades do período - - - - - - - - -Outras variações - - - - - (123.714) - - (123.714)Saldo final - - - - - 296.769 - - 296.769

Ativos fixos tangíveis líquidos 31.601.381 138.256.056 12.818.567 110.110 4.135.469 3.552.061 1.971.616 1.398.407 193.843.668

TotalEquipamento

transporteEquipamento

administrativoOutros ativos

fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Adiantamentos por conta

investimentos

2015

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Ativos fixos tangíveisSaldo inicial 35.740.806 319.723.303 117.680.370 2.117.321 73.659.820 22.428.688 54.193 754.041 572.158.541Aquisições - - 3.829.070 7.200 2.300.930 728.093 3.062.319 222.750 10.150.361Alienações - - (7.417) - (34.175) (974) - - (42.566)Transferências e abates - 1.360.821 (8.243.933) (479.010) (29.383.860) (2.524.335) (1.378.713) (712.500) (41.361.529)Outras variações (725.970) (5.467.980) 3.650 - 1.103 (56.523) - - (6.245.720)Saldo final 35.014.836 315.616.144 113.261.739 1.645.511 46.543.817 20.574.950 1.737.799 264.291 534.659.087

Depreciações acumuladas Saldo inicial 3.899.830 168.523.276 105.152.324 2.043.608 69.707.937 16.932.252 - - 366.259.227Depreciações do período - 8.307.542 3.713.671 29.393 2.177.395 1.105.819 - - 15.333.819Alienações - - (7.417) - (33.976) (974) - - (42.367)Transferências e abates - - (9.075.797) (479.010) (30.117.261) (1.651.072) - - (41.323.140)Outras variações (11.119) (2.739.030) (41) - - (483) - - (2.750.672)Saldo final 3.888.711 174.091.789 99.782.739 1.593.991 41.734.094 16.385.542 - - 337.476.866

Perdas Imparidades AcumuladasSaldo inicial - - - - - - - - -Imparidades do período - - - - - 2.530 - - 2.530Outras variações - - - - - 417.953 - - 417.953Saldo final - - - - - 420.483 - - 420.483

Ativos fixos tangíveis líquidos 31.126.125 141.524.356 13.479.000 51.520 4.809.723 3.768.925 1.737.799 264.291 196.761.737

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Adiantamentos por conta

investimentosTotal

2014

Terrenos e recursos naturais

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226

Relatório e Contas 2015

Os saldos das rubricas “Terrenos” e “Edifícios e outras construções” incluem 4.756.534 Euros (4.982.117 Euros em 31 de dezembro de 2014) referente a terrenos e imóveis em co-propriedade com a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A.. No período findo em 31 de dezembro de 2015 reclassificou-se para ativo fixo tangível 1 imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 4.517.053 Euros e depreciações acumuladas de 2.047.352 Euros, fruto do modelo de desenvolvimento definido para a Rede de Lojas.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2014, procedeu-se à reclassificação para propriedade de investimento de um conjunto de 9 imóveis que não se encontram afetos à atividade operacional da Empresa no montante de 6.627.890 Euros e respetivas depreciações acumuladas no montante de 2.950.936 Euros. Procedeu-se igualmente à reclassificação para ativo fixo tangível, de 1 imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 439.417 Euros e depreciações acumuladas de 223.473 Euros.

De acordo com o contrato de concessão em vigor, após as últimas alterações de 31 de dezembro de 2013 (Nota 1), no termo da concessão revertem gratuita e automaticamente para o concedente, os bens dos domínios público e privado do Estado. Sendo a rede postal propriedade exclusiva dos CTT, reverterão para a posse do Estado apenas os bens que ao Estado pertençam, pelo que no fim da concessão os CTT continuarão na posse dos bens que integram o seu património. O Conselho de Administração suportado nos registos patrimoniais da Empresa e na declaração da Direção Geral do Tesouro e Finanças, responsável pelo Sistema de Informação de Imóveis do Estado (SIIE), entende que o ativo dos CTT não inclui qualquer bem do domínio público ou privado do Estado.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Fixos Tangíveis, foram os seguintes: Edifícios e outras construções: Os movimentos associados às transferências dizem respeito à capitalização de obras em edifícios próprios e alheios em diversas instalações dos CTT.

Equipamento básico: O valor relativo às aquisições respeita maioritariamente a aquisições de motociclos, triciclos e quadriciclos num valor aproximado de 1.096 mil Euros, veículos ligeiros e pesados de mercadorias no valor de 1.644 mil Euros, atrelados num valor de cerca de 286 mil Euros, de porta paletes no valor aproximado de 75,6 mil Euros e scanners, monitores e balanças no valor aproximado de 222 mil Euros. Equipamento administrativo: As aquisições respeitam essencialmente à aquisição de equipamento informático de médio e grande porte e diverso equipamento informático num montante de cerca de 1.061 mil Euros e aquisições de diversos equipamentos administrativos num valor total de 369 mil Euros. Outros ativos fixos tangíveis: Na rubrica de aquisições estão registados essencialmente aparelhos de marketing olfativo (60 mil Euros) e equipamento de prevenção e segurança (cerca de 714 mil Euros). Ativos fixos tangíveis em curso: Os valores constantes nesta rúbrica, dizem respeito ao registo dos gastos com obras de manutenção e conservação em imóveis próprios e alheios.

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227

Relatório e Contas 2015

No período findo em 31 de dezembro de 2015 os montantes verificados na rubrica de abates, com particular destaque nas classes de Equipamento básico, devem-se fundamentalmente ao abate efetuado nos CTT, de bens que se encontravam totalmente depreciados. As depreciações contabilizadas no período do presente Anexo, no montante de 15.929.702 Euros (15.333.819 Euros em 31 de dezembro de 2014), foram registadas na rubrica de "Gastos/reversões de depreciação e de amortização” da Demonstração dos resultados por naturezas (Nota 34). Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Fixos Tangíveis encontram-se detalhados na Nota 23.

8 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa tem os seguintes ativos classificados como propriedades de investimento:

Propriedade de investimentoSaldo inicial 7.716.058 45.722.963 53.439.021Adições 14.500 43.500 58.000Alienações (173.376) (854.186) (1.027.562)Transferências e abates (477.748) (4.017.057) (4.494.805)Saldo final 7.079.434 40.895.220 47.974.654

Depreciações acumuladas Saldo inicial 259.501 28.399.732 28.659.233Depreciações do período - 752.365 752.365Alienações (20.075) (435.235) (455.310)Transferências e abates - (2.047.352) (2.047.352)Saldo final 239.426 26.669.510 26.908.937

Imparidades acumuladasSaldo inicial - 1.450.025 1.450.025Imparidades do período - (167.403) (167.403)Saldo final - 1.282.622 1.282.622

Propriedades investimento líquidas 6.840.008 12.943.087 19.783.095

2015

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Total

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228

Relatório e Contas 2015

Estes ativos não se encontram afetos à atividade operacional da Empresa nem têm uso futuro determinado. O valor de mercado destes ativos fixos classificados como propriedades de investimento, de acordo com as avaliações reportadas ao final do exercício económico de 2015 efetuadas por entidades independentes, ascende para os terrenos e edifícios, a 29.425.470 Euros (35.978.503 Euros em 31 de dezembro de 2014). No período findo em 31 de dezembro de 2015 reclassificou-se para ativo fixo tangível 1 imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 4.517.053 Euros e depreciações acumuladas de 2.047.352 Euros, fruto do modelo de desenvolvimento definido para a Rede de Lojas.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2014, procedeu-se à reclassificação para propriedade de investimento de um conjunto de 9 imóveis que não se encontram afetos à atividade operacional da Empresa no montante de 6.627.890 Euros e respetivas depreciações acumuladas no montante de 2.950.936 Euros. Procedeu-se igualmente à reclassificação para ativo fixo tangível, de 1 imóvel que passou a estar afeto à atividade operacional no montante de 439.417 Euros e depreciações acumuladas de 223.473 Euros.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 foram registados na rubrica de “ Gastos/ reversões de depreciação e de amortização” 752.365 Euros e 764.567 Euros, respetivamente respeitante a depreciações (Nota 34). As perdas por imparidade do período, no montante de 167.403 Euros, (156.480 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registadas na rubrica “Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)” (Nota 34) ), sendo explicadas por reduções do valor de mercado de alguns edifícios.

Propriedade de investimentoSaldo inicial 7.237.214 42.551.163 49.788.377Alienações (247.126) (2.290.703) (2.537.829)Outras variações 725.970 5.462.503 6.188.473Saldo final 7.716.058 45.722.963 53.439.021

Depreciações acumuladas Saldo inicial 273.950 26.146.036 26.419.986Depreciações do período - 764.567 764.567Alienações (25.568) (1.227.215) (1.252.783)Outras variações 11.119 2.716.343 2.727.463Saldo final 259.501 28.399.732 28.659.233

Imparidades acumuladasSaldo inicial - 1.606.505 1.606.505Imparidades do período - (156.480) (156.480)Saldo final - 1.450.025 1.450.025

Propriedades investimento líquidas 7.456.557 15.873.206 23.329.763

2014

TotalTerrenos e

recursos naturaisEdifícios e outras

construções

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229

Relatório e Contas 2015

9 GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a composição do Goodwill era a seguinte:

Em consequência da fusão por incorporação da Mailtec Holding, S.G.P.S., S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., o Goodwill detido pelos CTT naquela empresa foi na sua totalidade alocado à Mailtec Comunicação, S.A.. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, os movimentos ocorridos no Goodwill foram os seguintes:

As aquisições realizadas no período findo em 31 de dezembro de 2015 dizem respeito à aquisição da sociedade Escrita Inteligente, S.A., tendo sido registado um Goodwill no montante de 357.917 Euros. As regularizações decorrem da fusão da Mailtec Consultoria, S.A. nos CTT – Correios de Portugal, S.A., facto que implicou a regularização do Goodwill associado a esta empresa. As alienações, efetuadas no período findo em 31 de dezembro de 2014, referem-se às alienações das participações nas empresas EAD e Tourline, pelo que o correspondente Goodwill, no montante de 786.164 Euros e 16.592.248 Euros, respetivamente, foi eliminado. Imparidade O valor recuperável do goodwill é avaliado anualmente e sempre que existam indícios de eventual perda de valor. O valor recuperável é determinado com base no valor em uso dos ativos, sendo calculado com recurso a metodologias suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio. No decurso do corrente ano, por forma a determinar o valor recuperável dos investimentos efetuados, os CTT realizaram, com efeitos a 31 de dezembro de 2015, testes de imparidade com base nos seguintes pressupostos:

Ano daaquisição 2015 2014

Empresas subsidiárias

Mailtec Consultoria, S.A. (51%) 2004 - 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 7.294.638 69.767Mailtec Holding, SGPS, S.A. (51%) 2004 - 582.970Mailtec Holding, SGPS, S.A. (49%) 2005 - 6.641.901Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 406.101Escrita Inteligente, S.A. 2015 357.917 -

8.058.656 7.705.457

Entidade

2015 2014

Saldo início período 7.705.457 25.083.869Aquisições 357.917 -Regularizações (4.718) -Alienações - (17.378.412)Saldo final período 8.058.656 7.705.457

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Relatório e Contas 2015

O decréscimo verificado na taxa de desconto (WACC) no período findo em 31 de dezembro de 2015 resultou principalmente da redução ocorrida no spread das yields das obrigações do tesouro português face às obrigações sem risco da zona Euro. As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nos planos de negócio a médio e longo prazo, aprovados pelo Conselho de Administração, sendo prolongadas por uma perpetuidade. Na sequência desta análise de imparidade a Empresa concluiu que em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 não se verificaram perdas por imparidade. Assim em 31 de dezembro de 2015 as perdas por imparidade em goodwill (Nota 18) eram como segue:

As perdas por imparidade do período são reconhecidas nos resultados e encontram-se relevadas na rubrica “Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)” da Demonstração dos resultados por naturezas. Foram realizadas análises de sensibilidade aos resultados dos testes de imparidade efetuados, nomeadamente relativamente às seguintes variáveis chave: (i) taxa de crescimento na perpetuidade e (ii) taxas de desconto. Os resultados das análises de sensibilidade para a PayShop e a Mailtec Comunicação não determinam a existência de indícios de imparidade conforme quadros seguintes:

Mailtec Comunicação, SA Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 9,02% 0,5%Payshop Portugal, SA Gestão rede de pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 9,85% 0,5%

2015

Empresa AtividadeBase

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto (WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

Mailtec Grupo Serviço documental Equity Value/DCF 5 anos 10,80% 0,5%Payshop Portugal, SA Gestão rede de pontos pagamento Equity Value/DCF 5 anos 10,30% 0,5%

2014

Empresa AtividadeBase

determinação valor recuperável

Período explícito para fluxos caixa

Taxa desconto (WACC)

Taxa crescimento na perpetuidade

2014

Mailtec Consultoria, S.A. (51%) 2004 4.718 - - (4.718) - - 4.718Mailtec Comunicação, S.A. (51%) 2004 7.294.638 - - - - 7.294.638 69.767Mailtec Holding, SGPS, S.A. (51%) 2004 - - - - - - 582.970Mailtec Holding, SGPS, S.A. (49%) 2005 - - - - - - 6.641.901Payshop Portugal, S.A. 2004 406.101 - - - - 406.101 406.101Escrita Inteligente, S.A. 2015 - - - - 357.917 357.917 -

7.705.457 - - (4.718) 357.917 8.058.656 7.705.457

Quantia escriturada

Quantia escriturada

2015

EntidadeAno da

aquisição

Montante ínicial do Goodwill

Perdas por imparidade do

período

Perdas por imparidade

acumuladasAquisiçõesRegularizações

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Relatório e Contas 2015

10 ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido nas principais classes de ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Maitec Comunicação (mil euros)

7,0% 8,0% 9,0% 10,0% 11,0%

0,00% 19.394 15.774 12.959 10.707 8.866

0,25% 20.224 16.385 13.424 11.070 9.154

0,50% 21.117 17.037 13.915 11.451 9.457

0,75% 22.082 17.733 14.437 11.854 9.774

1,00% 23.127 18.479 14.991 12.278 10.108

* existe imparidade caso o valor seja negativo.

Imparidade*WACC

Variação do WACC e da Taxa de crescimento na perpetuidade (g)

g

Payshop (mil euros)

7,9% 8,9% 9,9% 10,9% 11,9%

0,00% 77.071 68.358 61.415 55.752 51.045

0,25% 79.242 70.029 62.735 56.817 51.920

0,50% 81.562 71.799 64.125 57.933 52.833

0,75% 84.044 73.679 65.591 59.105 53.788

1,00% 86.708 75.678 67.140 60.336 54.786

* existe imparidade caso o valor seja negativo.

Variação do WACC e da Taxa de crescimento na perpetuidade (g)

Imparidade*WACC

g

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Relatório e Contas 2015

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, os movimentos mais relevantes ocorridos nas rubricas dos Ativos Intangíveis, foram os seguintes: Programas de computador: Na rubrica de aquisições estão registados essencialmente do software “Centralização da informação da Automatização” no valor aproximado de 483 mil Euros, aquisição do “SAP Hana” no valor aproximado de 371 mil Euros, “SAP Financial Consolidacion” no valor de 90,5 mil Euros, de software para servidores UNIX no valor aproximado de 889,5 mil Euros, software “Enterprise Application Integration ” no valor de 476 mil Euros, software “SAP Hybris Billing” no valor de 1.459 mil Euros, software “Solução Enterprise Content Management” no valor de 239,8 mil Euros, e software “Business Process Management” no valor de 476 mil Euros. As transferências ocorridas no período findo em 31 de dezembro de 2015 de ativos intangíveis em curso para programas de computador dizem respeito a projetos informáticos concluídos no decorrer do exercício. Foram capitalizados em programas de computador ou ativos intangíveis em curso, os valores de 306.256 Euros e 407.270 Euros, respetivamente em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, que dizem respeito à participação de recursos internos no desenvolvimento de projetos de informática.

Ativos intangíveisSaldo inicial 3.717.326 28.465.655 3.223.072 4.710.797 40.116.850Aquisições 84.441 4.654.861 326.469 1.775.205 6.840.977Transferências e abates (84.441) 4.783.837 - (4.476.645) 222.750Fusões - 814.821 16.833 - 831.654Saldo final 3.717.326 38.719.174 3.566.374 2.009.357 48.012.230

Amortizações acumuladas Saldo inicial 3.685.169 24.541.759 2.955.835 - 31.182.763Amortizações do período 12.060 3.001.272 36.994 - 3.050.326Transferências e abates (2.413) 2.413 - - -Fusões - 801.631 16.833 - 818.464Saldo final 3.694.816 28.347.074 3.009.662 - 35.051.553

Ativos intangíveis líquidos 22.510 10.372.099 556.712 2.009.357 12.960.678

2015

Projetos desenvolvimento

Programas computador

Propriedade industrial

Ativos intangíveis em

cursoTotal

Ativos intangíveisSaldo inicial 3.907.578 26.596.077 3.223.072 2.408.588 36.135.315Aquisições - 230.973 - 2.616.864 2.847.837Transferências e abates (190.252) 1.638.605 - (314.655) 1.133.698Saldo final 3.717.326 28.465.655 3.223.072 4.710.797 40.116.850

Amortizações acumuladas Saldo inicial 3.695.203 21.140.403 2.916.714 - 27.752.320Amortizações do período 9.647 2.247.976 39.121 - 2.296.744Transferências e abates (19.681) 1.153.380 - - 1.133.699Saldo final 3.685.169 24.541.759 2.955.835 - 31.182.763

Ativos intangíveis líquidos 32.157 3.923.896 267.237 4.710.797 8.934.087

2014

Projetos desenvolvimento

Programas computador

Propriedade industrial

Ativos intangíveis em

cursoTotal

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Relatório e Contas 2015

Propriedade industrial: As aquisições respeitam essencialmente à aquisição das licenças Forefront TMG no valor de 17,5 mil Euros com vida útil indeterminada, a aquisição de licenças Biztalk no valor de 298 mil Euros. Os ativos intangíveis em curso em 31 de dezembro de 2015 referem-se a projetos de informática que se encontram a ser desenvolvidos sendo os mais significativos os seguintes:

As amortizações do período, no montante de 3.050.326 Euros, (2.296.744 Euros em 2014) foram registadas na rubrica “Gastos/reversões de depreciação e de amortização” (Nota 34). Não existem quantias escrituradas com titularidade restringida ou quantias escrituradas de Ativos Intangíveis dadas como garantia de passivos. Os compromissos contratuais referentes aos Ativos Intangíveis encontram-se detalhados na Nota 23.

11 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, os movimentos ocorridos em “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial” foram os seguintes:

2015

E-CIP- Internacional 452.485Evolução NAVE 346.336Evolução Produtos Correio 198.163Avaliação de desempenho - Software 134.259Plataforma de pagamento 121.093Consolidação financeira 105.120Gestão de auditoria - software 83.190DOL - Tratamento e geração de escalas 79.906Migração riposte 61.454Caixa postal virtual extraterritorial 58.808

1.640.814

Quantia escriturada brutaSaldo inicial 34.939.183 937.732 35.876.915Equivalência patrimonial -proporção nos RL (4.087.062) 28.277 (4.058.785)Distribuição de dividendos (7.917.720) - (7.917.720)Outras variações 34.173.779 (710.795) 33.462.984Saldo final 57.108.180 255.214 57.363.394

2015Partes de capital

em empresas subsidiárias

Partes de capital em empresas

associadasTotal

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Relatório e Contas 2015

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o detalhe por empresa das “Participações financeiras – método da equivalência patrimonial” era como segue:

(a) O montante registado em 2015 refere-se à parcela do resultado de 2014 que não foi registado naquele

exercício. O valor de 2014 reflete o efeito do Método de equivalência patrimonial de 2013 e o valor relativo a

setembro de 2014.

(b) A proporção nos resultados líquidos das empresas Tourline e EAD, em 2014, corresponde aos resultados destas

empresas até ao momento da sua alienação e consequente perda de controlo por parte dos CTT.

(c) No caso da Post Contacto, foram considerados na proporção dos resultados líquidos os 5% adquiridos em junho

de 2014.

As alterações societárias efetuadas no decurso do período findo em 31 de dezembro de 2015 encontram-se mencionadas na nota 6 – Partes relacionadas. A principal informação financeira respeitante às empresas acima mencionadas, era a seguinte:

Quantia escriturada brutaSaldo inicial 44.434.518 1.465.577 45.900.095Equivalência patrimonial -proporção nos RL (18.650.689) (278.286) (18.928.975)Provisões 306.162 - 306.162Distribuição de dividendos (15.142.737) (249.559) (15.392.296)Outras variações 23.991.928 - 23.991.928Saldo final 34.939.183 937.732 35.876.915

2014Partes de capital

em empresas subsidiárias

Partes de capital em empresas

associadasTotal

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 50 143.827 - 5.352 50 - 306.162 (316.433)EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. (b) - - - - - - - 46.710Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. (c) - - - - 100 1.739.985 - 1.179.545CTT Expresso,S.A. 100 13.738.828 - (6.752.166) 100 20.490.994 - (23.260.120)CTT Contacto, S.A. 100 3.177.049 - 2.167.192 100 1.233.561 - 873.561Mailtec Holding, SGPS, S.A. - - - - 100 4.106.949 - 133.363Payshop Portugal, S.A. 100 7.706.469 - 5.890.097 100 7.367.694 - 5.566.929Mailtec Comunicação S.A. 100 4.202.889 - 523.510 - - - -Escrita Inteligente, S.A. 100 60.344 - (362) - - - -Banco CTT, S.A. 100 28.078.775 - (5.920.685) - - - -Tourline Express Mensajeria, S.A. (b) - - - - - - - (2.874.244)

57.108.180 - (4.087.062) 34.939.183 306.162 (18.650.689)Associadas:

Mailtec Consultoria S.A. 10 - - - 10 59.708 - 30.337Mailtec Comunicação S.A. - - - - 17,695 651.086 - (61.023)Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 20 255.214 - 28.277 20 226.937 - (247.599)

255.214 - 28.277 937.732 - (278.286)Conjuntamente controladas:

Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE 49 - - - 49 - - -NewPost, ACE 49 - - - 49 - - -

- - - - - -

57.363.394 - (4.058.785) 35.876.915 306.162 (18.928.975)

2015

% detida

Participação financeira

Provisão participações

financeiras

Proporção nos resultados

líquidosDenominação

2014

% detida

Participação financeira

Provisão participações

financeiras

Proporção nos resultados

líquidos

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Relatório e Contas 2015

Equivalência patrimonial Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, os ganhos e perdas em empresas subsidiárias, associadas e conjuntamente controladas decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial e registados na rubrica de “Ganhos/ perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos” da demonstração dos resultados por naturezas foram reconhecidos por contrapartida das seguintes rubricas de balanço:

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 2.154.331 1.801.239 2.131.472 10.705 353.092CTT Expresso,S.A. 48.851.852 35.113.025 76.633.372 (6.752.166) 13.738.828CTT Contacto, S.A. 5.056.112 1.879.064 12.849.294 2.167.192 3.177.048Payshop Portugal, S.A. 10.220.247 2.513.777 14.301.198 5.890.097 7.706.470Mailtec Comunicação S.A. 6.845.863 2.642.975 10.609.442 523.510 4.202.889Escrita Inteligente, S.A. 63.469 3.125 4.994 (10.639) 60.344Banco CTT, S.A. 31.190.010 3.111.235 - (5.920.685) 28.078.775

Associadas:

Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 2.767.973 1.491.901 3.836.139 113.584 1.162.488

(a) Valores de dezembro 2014

Conjuntamente controladas:Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE N.D. N.D. - - -NewPost, ACE (b) 644.541 644.541 535.245 - -

(b) Anteriormente designado de Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão de Infra-Estruturas de Comunicações, ACE

2015

Denominação Ativo PassivoVendas e serviços

prestados

Resultado líquido

Capital próprio

Subsidiárias:

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 2.462.441 3.040.112 1.699.851 (632.867) (577.671)Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. 2.987.558 1.247.574 11.425.205 1.206.683 1.739.984CTT Expresso,S.A. 48.249.330 27.758.336 76.726.551 (23.260.120) 20.490.994CTT Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A. 1.548.746 315.185 1.730.207 873.561 1.233.561Mailtec Holding, SGPS, S.A. 4.126.080 19.131 270.000 133.363 4.106.949Payshop Portugal, S.A. 9.395.798 2.028.104 15.544.280 5.566.929 7.367.694

Associadas:

Mailtec Consultoria S.A. 1.333.598 736.561 3.127.738 303.367 597.037Mailtec Comunicação S.A. 6.864.797 3.185.418 11.349.579 (344.862) 3.679.379Multicert - Serviços de Certificação Electrónica, S.A. (a) 3.300.404 2.165.716 3.122.809 (37.161) 1.134.687

(a) Valores de setembro 2014

Conjuntamente controladas:

Ti-Post Prestação Serviços Informáticos, ACE (b) 281.036 281.036 1.231.306 - -Postal Network - Prestação de Serviços de Gestão 104.728 104.728 (210.265) - -

(b) Valores a setembro 2014

2014

Denominação Ativo PassivoVendas e serviços

prestados

Resultado líquido

Capital próprio

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Relatório e Contas 2015

No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2014 foram alienadas as participações da Tourline e da EAD. A venda da participação da Tourline foi efetuada ao valor líquido contabilístico. Com a venda da EAD foi reconhecida uma mais-valia no montante de 256.383 Euros na rubrica “Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas” na demonstração dos resultados por natureza. O montante de 28.277 Euros refere-se à parcela do resultado de 2014 que não foi registado naquele exercício. Por falta de informação financeira mais atualizada não foi efetuado qualquer outro registo relativo à participação da Multicert, S.A.. O montante de (247.599) Euros diz respeito à proporção do resultado de 2013 que não tinha sido reconhecido naquele exercício bem como à proporção do resultado a setembro de 2014.

12 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – OUTROS MÉTODOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 o detalhe das “Participações financeiras – outros métodos” era como segue:

2015 2014Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. 5.352 (10.271)EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A. - 46.710Post Contacto - Correio Publicitário, Lda. - 1.179.545CTT Expresso,S.A. (6.752.166) (23.260.120)CTT Contacto, S.A. 2.167.192 873.561Payshop Portugal, S.A. 5.890.097 5.566.929Tourline Express Mensajeria, S.A. - (2.874.244)Mailtec Holding, SGPS, S.A. - 133.363Mailtec Comunicação, S.A. 523.510 (61.023)Mailtec Consultoria, S.A. - 30.337Escrita Inteligente, S.A. (362) -Banco CTT, S.A. (5.920.685) -Multicert, Serviços de Certificação Electrónica, S.A. 28.277 (247.599)

(4.058.785) (18.622.813)

Provisões - Participações financeiras em subsidiárias

CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A. - (306.162)- (306.162)

IPC - International Post Corporation Bruxelas - Bélgica 6.157 6.157

Eurogiro Network Copenhaga - Dinamarca 124.435 124.435

CEPT Copenhaga - Dinamarca 237 237

Tagus Park Lisboa - Portugal 975.982 975.982

1.106.812 1.106.812

Empresa Sede 20142015

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Relatório e Contas 2015

13 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros. Por risco financeiro, entende-se a probabilidade de se obterem resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o valor patrimonial da Empresa. A gestão deste risco visa minimizar, entre outros aspetos, os efeitos adversos da imprevisibilidade dos mercados financeiros no desempenho financeiro da Empresa. As categorias de ativos e passivos financeiros em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 são detalhadas conforme se segue:

A gestão dos riscos financeiros integra o Sistema de Gestão do Risco da Empresa com reporte direto à Comissão Executiva. As direções de Finanças e Risco e Contabilidade e Tesouraria asseguram a gestão centralizada das operações de financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transações cambiais assim como a gestão do risco de contrapartes da Empresa e a monitorização do risco cambial, de acordo com políticas aprovadas pela Comissão Executiva. Adicionalmente, são responsáveis pela identificação, quantificação e pela proposta e implementação de medidas de mitigação dos riscos financeiros a que a Empresa se encontra exposta. Dos riscos financeiros destacam-se o risco de crédito, os riscos de mercado, nomeadamente o de taxa de juro e o cambial, e o risco de liquidez. Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando em perdas financeiras para a Empresa. Na Empresa o risco de crédito situa-se essencialmente nas contas a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a sua atividade operacional e de tesouraria. O agravamento das condições económicas ou as adversidades que afetem as economias podem originar dificuldade ou incapacidade dos clientes para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados da Empresa. Neste sentido, tem sido desenvolvido um esforço na redução do prazo médio de recebimentos e do montante de crédito concedido a clientes A gestão do risco de crédito assenta num conjunto de normas e orientações que constitui o Regulamento de Concessão de Crédito a Clientes (RCCC) e abrange os processos de concessão do crédito, monitorização e cobrança da dívida. Tendo presente os princípios orientadores da Gestão do Risco da Empresa, está definida uma metodologia de avaliação do risco de crédito que permite aferir à priori, com base na informação

ATIVOS FINANCEIROS 2015 2014

Contas a receber de terceiros 127.672.034 127.189.845Caixa e equivalentes 559.542.719 649.688.918

687.214.753 776.878.763

PASSIVOS FINANCEIROS

Fornecedores 64.887.846 66.845.568Outras Contas a pagar a terceiros 430.655.818 480.631.984

495.543.664 547.477.552

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Relatório e Contas 2015

disponível no momento, a capacidade do cliente vir a cumprir todas as suas obrigações nos prazos e condições estabelecidos. Com base nessa avaliação é determinado o montante máximo de crédito a conceder ao cliente, cuja evolução é acompanhada periodicamente. O risco de crédito nas contas a receber é monitorizado numa base regular por cada um dos negócios da Empresa e acompanhado mensalmente em sede de Comissão de Crédito com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidade da conta a receber, acompanhando a evolução do nível de crédito concedido, e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. As perdas de imparidade para as contas a receber são calculados considerando essencialmente: (i) a antiguidade das contas a receber; (ii) o perfil de risco do cliente; e (iii) a condição financeira do cliente. O movimento das perdas por imparidade em contas a receber encontra-se divulgado na Nota 15. Em 31 de dezembro de 2015, a Empresa entende que as perdas por imparidade em contas a receber se encontram adequadamente estimadas e relevadas nas demonstrações financeiras. Adicionalmente, no âmbito das atividades de tesouraria, o risco financeiro resulta essencialmente dos investimentos efetuados pela Empresa. Com o objetivo de reduzir este risco, a Empresa utiliza uma metodologia de avaliação do risco de contraparte nas suas aplicações de tesouraria, proporcionando uma ferramenta de auxílio na definição de plafonds por entidade financeira, permitindo mitigar o risco de crédito, diversificando os seus investimentos. A qualidade de risco de crédito da Empresa, em 31 de dezembro de 2015, associada a este tipo de ativos (Caixa e Equivalentes conforme Nota 4, com exceção do valor de caixa), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como se segue:

(5) Classificação atribuída pela Moody's. (6) Por conversão da classificação de BB- atribuída pela Standard&Poor's. (7) Por conversão da classificação de BBB+ atribuída pela Fitch. (8) Outros sem rating atribuído.

Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro está essencialmente relacionado com os juros obtidos com a aplicação dos excedentes de tesouraria e com a determinação, por via do impacto na taxa de desconto, da estimativa de responsabilidades com benefícios aos empregados. Os ganhos resultantes das operações financeiras são importantes, pelo que as alterações das taxas de juro têm um impacto direto na receita financeira da Empresa.

Rating (1) 2015A1 4.336A2 120.006.242B1 205.995.730B2 117.775.652Ba1 36.811.501

Baa1(3) 30.312.113

Ba3 (2) 19.990.344Caa2 1.155.051

Outros (4) 116.037532.167.006

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Relatório e Contas 2015

Com o propósito de reduzir o impacto do risco de taxa de juro, a Empresa acompanha numa base regular e sistemática as tendências de mercado, com vista a alavancar a relação prazo/taxa por um lado e risco/rentabilidade por outro. As aplicações de Tesouraria seguem critérios de diversificação de riscos financeiros, tanto ao nível de prazos como de instituições, os quais são revistos e atualizados regularmente. No ano 2014, os resultados de aplicações financeiras foram negativamente afetados pela queda acentuada das taxas nos mercados monetários, em particular a taxa Euribor, que limitou a remuneração oferecida pelo sector Bancário. As aplicações dos excedentes de tesouraria, beneficiaram de um rendimento financeiro de, aproximadamente, 1.912.543 Euros durante o ano de 2015 e 6.287.495 Euros em 2014 (Nota 31). Se as taxas de juro tivessem sido inferiores em 0,25 p.p., durante o período findo em 31 de dezembro de 2015, os juros obtidos seriam inferiores em 885 milhares de Euros. De acordo com o Estudo Atuarial efetuado a 31 de dezembro de 2015 uma redução de meio ponto percentual na taxa de desconto e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades com benefícios aos empregados – cuidados de saúde aumentariam em cerca de 18,2 milhões de Euros (Nota 26). Risco cambial Os riscos de taxa de câmbio estão relacionados com a existência de saldos expressos em moeda distinta do Euro, particularmente saldos decorrentes de transações com Operadores Postais estrangeiros expressos em Direito de Saque Especial (DTS), e a consequente flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio. A gestão do risco cambial assenta na monitorização periódica do grau de exposição ao risco de taxa de câmbio de ativos e passivos, tendo como referência objetivos previamente definidos com base na evolução das atividades do negócio internacional. Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro 2014, a exposição líquida (ativo menos passivo) da Empresa ascendia, respetivamente, a 72.075 DTS (91.739 Euros à taxa de câmbio €/DTS de 1,27283) e a 7.715 DTS (9.206 Euros à taxa de câmbio €/DTS de 1,19332). Na análise de sensibilidade efetuada aos saldos das contas a receber e a pagar a Operadores Postais estrangeiros, 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro 2014, utilizando-se como pressuposto uma valorização / desvalorização na taxa de câmbio €/DTS de 10%, o impacto em resultados seria, respetivamente, de 9.174 Euros e 921Euros. Risco de liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de caixa operacionais e os fluxos de caixa obtidos de operações de desinvestimento, de linhas de crédito e de financiamento, não satisfizerem as necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos e a remuneração dos acionistas. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas operações e nas disponibilidades de caixa, a Empresa entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações.

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Relatório e Contas 2015

As principais obrigações contratuais da Empresa são as relacionadas com o financiamento obtido (essencialmente locações financeiras) e respetivos juros, as locações operacionais e outros compromissos financeiros não contingentes. O quadro a seguir apresentado resume as obrigações contratuais esperadas e compromissos financeiros da Empresa em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014:

14 INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, os “Inventários” da Empresa apresentam o seguinte detalhe:

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe do “Custo com as mercadorias vendidas e as matérias consumidas” foi o seguinte:

2015

Passivos financeirosFinanciamentos obtidos (Nota 25) 462.968 724.845 - 1.187.813Juros relativos ao financiamento obtido (Nota 25) 4.031 1.449 5.480Fornecedores e Outras contas a pagar 494.355.851 - - 494.355.851

Compromissos financeirosObrigações com locações operacionais (Nota 24) 8.963.676 14.144.316 - 23.107.992Compromissos financeiros não contingentes (1) 696.558 - - 696.558

Total de obrigações contratuais 504.483.084 14.870.610 - 519.353.694

(1) Conforme referido na Nota 23, os compromissos financeiros não contingentes estão relacionados essencialmente com contratos celebrados com fornecedores de investimento.

Mais de 1 ano e menos de 5 anos

Mais 5 anos TotalAté 1 ano

2014

Passivos financeirosFinanciamentos obtidos (Nota 25) 460.098 1.187.975 - 1.648.073Juros relativos ao financiamento obtido (Nota 25) 8.740 8.094 16.833Fornecedores e Outras contas a pagar 545.829.479 - - 545.829.479

Compromissos financeirosObrigações com locações operacionais (Nota 24) 7.657.607 11.864.514 - 19.522.121Compromissos financeiros não contingentes (1) 430.553 - - 430.553

Total de obrigações contratuais 554.386.476 13.060.583 - 567.447.059

(1) Conforme referido na Nota 23, os compromissos financeiros não contingentes estão relacionados essencialmente com contratos celebrados com fornecedores de investimento.

Mais de 1 ano e menos de 5 anos

Mais 5 anos TotalAté 1 ano

2015

Mercadorias 4.080.012 1.367.422 2.712.591 4.678.616 1.489.626 3.188.990Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 2.340.692 509.968 1.830.724 2.437.601 656.380 1.781.221Adiantamentos por conta de compras 128.394 - 128.394 32.698 - 32.698

6.549.098 1.877.390 4.671.709 7.148.915 2.146.006 5.002.908

Quantia brutaPerdas por imparidade

acumuladasQuantia líquida

2014

Quantia líquidaPerdas por imparidade

acumuladasQuantia bruta

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Relatório e Contas 2015

Imparidade em inventários Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido em “Perdas por imparidade acumuladas” (Nota 18) foi como segue:

No período findo em 31 de dezembro de 2015 foram registadas perdas por imparidade em inventários (aumentos líquidos de reversões) no montante de (268.616) Euros e no período findo em 31 de dezembro de 2014 no montante de (332.471) Euros.

15 CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, as rubricas “Clientes” e “Outras contas a receber” apresentavam a seguinte composição:

Saldo inicial 4.678.616 2.437.601 7.116.217Compras 12.351.740 1.447.096 13.798.836Ofertas de inventários (128.047) (22.249) (150.296)Regularizações de inventários (217.275) (252.182) (469.457)Saldo final (4.080.012) (2.340.692) (6.420.704)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 12.605.022 1.269.574 13.874.596

2015

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

Saldo inicial 4.425.452 3.095.723 7.521.175Compras 12.898.984 2.116.031 15.015.015Ofertas de inventários (39.334) (24.807) (64.141)Regularizações de inventários (177.394) (522.910) (700.304)Saldo final (4.678.616) (2.437.601) (7.116.217)Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 12.429.092 2.226.436 14.655.528

2014

MercadoriasMatérias-primas,

subsidiárias, consumo

Total

Saldo Saldoinicial final

Mercadorias 1.489.626 - (122.204) 1.367.422Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 656.380 - (146.412) 509.968

2.146.006 - (268.616) 1.877.390

2015

Aumentos Reversões

Saldo Saldoinicial final

Mercadorias 1.808.145 - (318.519) 1.489.626Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 670.332 - (13.952) 656.380

2.478.477 - (332.471) 2.146.006

2014

Aumentos Reversões

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242

Relatório e Contas 2015

Clientes Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a antiguidade das quantias brutas da rubrica “Clientes” é detalhada conforme se segue:

(1) Os montantes relativos a operadores estrangeiros, ainda que se encontrem em aberto à mais de 360 dias, apresentam-se

dentro do prazo normal para apresentação e regularização de contas.

O saldo de clientes com antiguidade superior a 360 dias decompõe-se do seguinte modo:

A rubrica “operadores postais”, refere-se aos recebimentos pela distribuição em Portugal de tráfego postal com origem em países terceiros. Estas operações enquadram-se no âmbito da regulamentação da União Postal Universal (UPU), que prevê a apresentação de contas numa base anual, depois de terminado o ano civil, sendo previsto um período máximo de 1 ano para a apresentação das mesmas e 3 meses adicionais para aprovação formal pelo operador de destino. Como consequência, em condições normais as contas com estes clientes mantêm saldos em aberto por períodos superiores a 360 dias. Ainda ao abrigo da regulamentação da UPU, as contas entre Operadores estrangeiros são liquidadas por encontro de contas, estando o risco de crédito mitigado pelos saldos pendentes em fornecedores, para as mesmas entidades (Nota 27).

ClientesCorrente Gerais 57.951.733 4.390.348 53.561.385 59.476.827 4.791.624 54.685.203 Empresas do Grupo (Nota 6) 10.273.998 - 10.273.998 5.356.106 - 5.356.106 Operadores Postais 34.080.277 231.639 33.848.638 36.680.866 208.803 36.472.063

102.306.008 4.621.987 97.684.021 101.513.799 5.000.427 96.513.372

Outras contas a ReceberCorrente Gerais 26.459.691 7.099.640 19.360.051 27.289.174 7.239.718 20.049.456 Empresas do Grupo (Nota 6) - - - - - -Não Corrente 2.406.598 1.819.857 586.741 2.583.493 1.792.892 790.601

28.866.289 8.919.497 19.946.792 29.872.667 9.032.610 20.840.057

131.172.297 13.541.484 117.630.813 131.386.466 14.033.037 117.353.429

Quantia brutaPerdas por imparidade

acumuladasQuantia líquida

2014Perdas por imparidade

acumuladas

2015

Quantia bruta Quantia líquida

ClientesOperadores

PostaisEmpresas do

GrupoTotal Clientes

Operadores Postais

Empresas do Grupo

Total

ClientesSaldo não vencido 42.491.008 3.726.564 4.059.975 50.277.547 39.135.695 2.543.508 2.867.770 44.546.972

Saldo vencido(1):0-30 dias 5.329.177 - 3.019.209 8.348.386 10.959.199 - 821.806 11.781.00530-90 dias 3.661.257 4.232.279 287.148 8.180.683 2.984.042 3.171.525 305.945 6.461.51290-180 dias 1.346.472 1.937.569 470.708 3.754.749 1.225.327 1.210.750 445.684 2.881.761180-360 dias 969.827 8.146.862 998.291 10.114.980 931.021 7.634.175 601.869 9.167.064> 360 dias 4.153.992 16.037.004 1.438.667 21.629.663 4.241.543 22.120.910 313.033 26.675.485

57.951.733 34.080.277 10.273.998 102.306.008 59.476.827 36.680.866 5.356.106 101.513.799

2015 2014

2015 2014Clientes nacionais 5.592.659 4.554.575Operadores estrangeiros 16.037.004 22.120.910

Total 21.629.663 26.675.485

Operadores estrangeiros - valores a pagar (Nota 27) (16.026.493) (21.335.993)

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243

Relatório e Contas 2015

Relativamente ao saldo de clientes nacionais, é constituído essencialmente por dívidas de entidades públicas, a que se juntam clientes que são simultaneamente fornecedores e com os quais se efetuam encontros de contas, e clientes que cumprem planos de pagamento de dívida. Considerando o universo de clientes nacionais, o nível de cobertura das dívidas de clientes por garantias bancárias e depósitos de garantia de crédito é de 1,0% em 31 de dezembro de 2015.

Outras contas a receber Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, as quantias escrituradas na rubrica de “Outras contas a receber” apresentavam o seguinte detalhe:

Os montantes registados na rubrica “Serviços financeiros postais” respeitam a valores a receber referentes a resgates de produtos de aforro e a comercialização de seguros. Imparidade em clientes e outras contas a receber Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido em “Perdas por imparidade acumuladas” (Nota 18) foi como segue:

2015 2014Depósitos prévios 647.495 894.069Garantias bancárias 43.663 83.753

Total 691.159 977.822

Não correnteAdiantamentos ao pessoal 466.086 - 466.086 512.079 - 512.079Outros valores a receber do pessoal 1.558.326 1.472.836 85.490 1.699.523 1.421.001 278.522Emprestimo de financiamento INESC 347.021 347.021 - 371.891 371.891 -Fundo compensação trabalho 35.165 - 35.165 - - -

2.406.598 1.819.857 586.741 2.583.493 1.792.892 790.601

CorrenteAdiantamentos ao pessoal 2.735.621 989.529 1.746.092 2.788.353 879.331 1.909.022Serviços financeiros postais 6.372.503 313.438 6.059.065 12.352.806 680.427 11.672.379Devedores por acréscimos de rendimentos 4.251.090 - 4.251.090 1.735.296 - 1.735.296Outros ativos correntes - Agentes filatélicos 45.486 - 45.486 50.029 - 50.029 Faturação diversa CT 3.903.498 637.186 3.266.312 1.737.849 525.439 1.212.410 Protocolo Caixa Geral de Aposentações - Obras Sociais 11.598 - 11.598 302.004 - 302.004 Emprestimo de financiamento INESC 49.740 49.740 - 49.740 49.740 - Gabinete para os meios da comunicação social 494.216 494.216 206.077 206.077 Devedores por depósitos de garantia 169.646 136.342 33.304 184.163 170.557 13.606 Devedores diversos 4.682.104 4.682.102 2 4.918.697 4.918.637 60 Outros 3.744.189 291.303 3.452.886 2.964.160 15.587 2.948.573

26.459.691 7.099.640 19.360.051 27.289.174 7.239.718 20.049.456

Quantia brutaPerdas por imparidade

Quantia líquida

2014

Quantia brutaPerdas por imparidade

Quantia líquida

2015

Clientes 5.000.427 164.956 (300.472) (242.923) - 4.621.988Outras contas a receber 9.032.609 379.305 (492.418) - - 8.919.496

14.033.036 544.261 (792.890) (242.923) - 13.541.484

2015

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

Clientes 3.777.378 1.607.492 (24.145) (360.298) - 5.000.427Outras contas a receber 10.662.338 410.908 (2.040.637) - - 9.032.609

14.439.716 2.018.400 (2.064.782) (360.298) - 14.033.036

2014

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

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Relatório e Contas 2015

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, foram registados aumentos de perdas por imparidade (líquidas de reversões) em dívidas a receber no montante de, respetivamente, (248.629) Euros e (46.382) Euros.

16 DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, as rubricas “Diferimentos” do ativo corrente e do passivo corrente e não corrente apresentavam a seguinte composição:

Em exercícios anteriores a Empresa alienou um conjunto de imóveis, relativamente aos quais celebrou posteriormente contratos de arrendamento. As mais-valias apuradas naquela alienação foram diferidas, e são reconhecidas no período de duração dos contratos de arrendamento. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 foram reconhecidos em “Outros rendimentos e ganhos operacionais” na demonstração dos resultados 1.511.128 Euros em ambos os períodos relativos àquelas mais-valias. Em 2014 os CTT celebraram um contrato com a Cetelem, o qual implicou um recebimento de 3 milhões de Euros no momento da assinatura do contrato, dos quais 1 milhão de Euros, correspondentes a um direito de entrada foi reconhecido no início do contrato, sendo os restantes 2 milhões de Euros, relativos a comissões não reembolsáveis, reconhecidos ao longo do período do contrato. Em 31 de dezembro de 2015 encontra-se diferido um montante de 1.400.000 Euros. Na sequência do Memorando de entendimento celebrado com a Altice e tendo o processo de aquisição da PT Portugal, pela Altice, sido concluído, os CTT receberam o valor correspondente ao pagamento inicial acordado, o qual está a ser reconhecido em resultados ao longo do período de exclusividade para negociar as eventuais parcerias definidas. No exercício findo em 31 de

2015 2014

Diferimentos ativos (Gastos a reconhecer)Correntes

Rendas a pagar 1.025.319 1.044.942Subsídios de refeição 1.701.736 1.698.085Compensação Acordo Complementar AE CTT 1.457.575 -Outros 2.817.640 1.927.940

7.002.270 4.670.967

Diferimentos passivos (Rendimentos a reconhecer)Não correntes

Mais-valias diferidas 3.677.282 6.076.311Comissões diferidas 1.000.000 -

4.677.282 6.076.311Correntes

Mais-valias diferidas 2.399.029 2.399.029Carregamentos Phone-IX 206.329 258.669Comissões diferidas 400.000 1.800.000Acordo Altice 6.388.889 -Outros 1.144.778 1.034.031

10.539.025 5.491.72915.216.307 11.568.040

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Relatório e Contas 2015

dezembro de 2015 foram reconhecidos em “Outros rendimentos e ganhos ” 3.611.111 Euros relativos a este contrato.

17 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a Empresa não apresentava ativos não correntes classificados como detidos para venda.

18 PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de imparidades acumuladas:

A utilização da imparidade relativa ao goodwill, que ocorreu no período findo em 31 de dezembro de 2014, é explicada pela venda da participação financeira dos CTT na Tourline, relativamente à qual os CTT tinham reconhecido 4.375.588 Euros de imparidade em exercícios anteriores.

19 CAPITAL

Capital Em 31 de dezembro de 2015 o capital social da Empresa era composto por 150.000.000 ações com o valor nominal de 0,50 Euros cada. O capital encontra-se totalmente subscrito e realizado. Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os acionistas da Empresa com participações iguais ou superiores a 2%, resumem-se como segue:

Goodwill (Nota 9) - - - - - -Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) 420.483 - (123.714) - - 296.769Propriedades de investimento ( Nota 8) 1.450.025 246.789 (414.192) - - 1.282.622Inventários (Nota 14) 2.146.006 - (268.616) - - 1.877.390Clientes e outras contas receber (Nota 15) 14.033.037 544.261 (792.890) (242.924) - 13.541.484p

18.049.551 791.050 (1.599.412) (242.924) - 16.998.265

2015

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

Goodwill (Nota 9) 4.375.588 - - (4.375.588) - -

Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) - 41.815 (39.284) - 417.952 420.483

Propriedades de investimento ( Nota 8) 1.606.505 331.877 (488.357) - - 1.450.025

Inventários (Nota 14) 2.478.477 - (332.471) - - 2.146.006

Clientes e outras contas receber (Nota 15) 14.439.716 2.018.400 (2.064.782) (360.297) - 14.033.037

22.900.286 2.392.092 (2.924.894) (4.735.885) 417.952 18.049.551

2014

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

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Relatório e Contas 2015

(1) Empresa detida pela Standard Life Investments (Holdings) Limited.

(2) Participação qualificada imputável, direta e indiretamente, ao Sr. Manuel Carlos de Mello Champallimaud.

(3) Empresa detida pela Artemis Investment Management LLP.

(4) Anteriormente denominada: Allianz Global Investors Europe GmbH.

(5) A participação qualificada do BNP Paribas Investment Partners representa 5,025% do capital social dos CTT e 4,773% dos

direitos de voto (v. comunicado CTT de 18-12-2015). Participação detida através dos seguintes fundos geridos pelo BNP

Paribas Investment Partners: A.A.-FORTIS ACTIONS PETITE CAP. EUROPE; BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset

Income; BNP PARIBAS B PENSION BALANCED; BNP PARIBAS B PENSION GROWTH; BNP PARIBAS B PENSION STABILITY;

BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME; BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND; Merck BNP Paribas European Small Cap;

METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH; PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP; PARWORLD TRACK EUROPE SMALL

CAP; Stichting Bewaar ANWB - Eur Small Cap; Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken.

Acionista Nº ações % Valor nominal

Standard Life Investments Limited (1) 9.910.580 6,607% 4.955.290

Ignis Investment Services Limited (1) 97.073 0,065% 48.537

Standard Life Investments (Holdings) Limited Total 10.007.653 6,672% 5.003.827

Manuel Carlos de Mello Champalimaud 33.785 0,023% 16.893

Gestmin SGPS, S.A. (2) 7.766.215 5,177% 3.883.108

Manuel Carlos de Mello Champalimaud Total 7.800.000 5,200% 3.900.000Artemis Fund Managers Limited (3) 7.433.817 4,956% 3.716.90 9

Artemis Investment Management LLP 276.892 0,185% 138.446

Artemis Investment Management LLP Total 7.710.709 5,140% 3.855.355

Allianz Global Investors Europe GmbH (AGIE) (4) Total 7.552.637 5,035% 3.776.319

A.A.-FORTIS-ACTIONS PETITE CAP. EUROPE (5) 226.096 0,151% 113.048

BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset Income (5) 241.969 0,161% 120.985

BNP PARIBAS B PENSION BALANCED (5) 675.151 0,450% 337.576

BNP PARIBAS B PENSION GROWTH (5) 89.950 0,060% 44.975

BNP PARIBAS B PENSION STABILITY (5) 42.617 0,0 28% 21.309

BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME (5) 287.384 0,192% 143.692

BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND (5) 1.569.016 1,046% 784.50 8

Merck BNP Paribas European Small Cap (5) 97.607 0,065% 48.804

METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH (5) 159.111 0,10 6% 79.556

PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP (5) 3.863.880 2,576% 1.931.940

PARWORLD TRACK EUROPE SMALL CAP (5) 5.0 04 0,0 03% 2.502

Stichting Bewaar ANWB – Eur Small Cap (5) 149.732 0,100% 74.866

Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken (5) 130.657 0,087% 65.329

BNP Paribas Investment Partners, Limited Company (5) Total 7.538.174 5,025% 3.769.087

Kames Capital plc (6) 2.045.003 1,363% 1.022.502

Kames Capital Management Limited (6) 3.096.134 2,064% 1.548.067

Aegon NV (6) Total 5.141.137 3,427% 2.570.569

Norges Bank Total 3.143.496 2,096% 1.571.748

F&C Asset Management plc (7) 3.124.80 1 2,0 83% 1.562.401

Bank of Montreal (7) 3.124.801 2,083% 1.562.401

Henderson Global Investors Limited (8) 3.037.609 2,025% 1.518.805

Henderson Group plc (8) 3.037.609 2,025% 1.518.805

CTT, S.A. (ações próprias) (9) Total 200.177 0,133% 100.089

Restantes acionistas Total 94.743.607 63,162% 47.371.804

Total 150.000.000 100,000% 75.000.000

2015

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Relatório e Contas 2015

(6) A partir de 1 de janeiro de 2015, em resultado de reestruturação societária, as carteiras que se encontravam sob gestão da

Kames Capital Management Limited (subsidiária da Kames Capital plc) foram transferidas, encontrando-se sob gestão da

Kames Capital plc. Participação qualificada imputável à seguinte cadeia de entidades: (i) Kames Capital Holdings Limited, que

detém 100% da Kames Capital plc; (ii) Aegon Asset Management Holding BV, que detém 100% da Kames Capital Holdings

Limited; e (iii) Aegon NV, que detém 100% da Aegon Asset Management Holding BV.

(7) Participação imputável à F&C Asset Management plc enquanto entidade com a qual a F&C Management Limited, a F&C

Investment Business Limited e a F&C Managers Limited se encontram em relação de domínio. A F&C Asset Management plc

encontra-se sob o domínio da BMO Global Asset Management (Europe) Limited que, por sua vez, se encontra sob o domínio

do Banco de Montreal.

(8) O Henderson Group plc é a empresa-mãe da Henderson Global Investors Limited. Todos os direitos de voto são imputáveis à

Henderson Global Investors Limited. Segundo comunicação de 8 de janeiro a Henderson Global Investors Limited deixou de

deter puma participação qualificada nos CTT.

(9) Os direitos de voto inerentes às ações próprias detidas pela Sociedade encontram-se suspensos por força do artigo 324º do

Código das Sociedades Comerciais (CSC).

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Relatório e Contas 2015

(1) Empresa detida pela Standard Life Investments (Holdings) Limited.

(2) A partir de 1 de janeiro de 2015, em resultado de reestruturação societária, as carteiras que se encontravam sob gestão da

Kames Capital Management Limited (subsidiária da Kames Capital plc) foram transferidas, encontrando-se sob gestão da

Kames Capital plc.

(3) Participação qualificada imputável à seguinte cadeia de entidades: (i) Kames Capital Holdings Limited, que detém 100% da

Kames Capital plc; (ii) Aegon Asset Management Holding BV, que detém 100% da Kames Capital Holdings Limited; e (iii) Aegon

NV, que detém 100% da Aegon Asset Management Holding BV.

(4) Em virtude da fusão da Allianz Global Investors Luxembourg, S.A. (AGIL) com a Allianz Global Investors Europe (AGIE), passou

a ser imputável à AGIE a participação qualificada mencionada.

(5) Subsidiária do UBS Group AG.

(6) Em resultado da aquisição do UBS AG pelo UBS Group AG, as acções do UBS AG foram transferidas para o UBS Group AG. As

subsidiárias do UBS AG passaram também a ser detidas pelo UBS Group AG.

Acionista Nº ações % Valor nominal

Standard Life Investments Limited (1) 9.910.580 6,607% 4.955.290

Ignis Investment Services Limited (1) 97.073 0,0 65% 48.537

Standard Life Investments (Holdings) Limited Total 10.007.653 6,672% 5.003.827

Kames Capital plc (2) 2.0 45.00 3 1,363% 1.0 22.50 2

Kames Capital Management Limited (2) 3.0 96.134 2,0 64% 1.548.0 67

Aegon NV (3) Total 5.141.137 3,427% 2.570.569

Allianz Global Investors Europe GmbH (AGIE) (4) Total 4.695.774 3,131% 2.347.887

UBS AG (5) 3.705.257 2,470 % 1.852.629

UBS Fund Management (Switzerland) AG (5) 55.397 0 ,037% 27.699

UBS Fund Services (Luxembourg) AG (5) 57.770 0,0 39% 28.885

UBS Global Asset Management (UK) Limited (5) 8.330 0 ,00 6% 4.165

UBS Global Asset Management (Australia) Ltd (5) 3.715 0,0 02% 1.858

UBS Group AG (6) Total 3.830.469 2,554% 1.915.235

Morgan Stanley & Co. International plc (7) 3.553.396 2,369% 1.776.698

Morgan Stanley (7) Total 3.553.396 2,369% 1.776.698

Pioneer Funds - European Equity Target Income (8) 613.645 0,40 9% 30 6.823

Pioneer Funds - Global Equity Target Income (9) 170 .047 0,113% 85.0 24

Pioneer Funds - ABS Return European Equities (9) 95.475 0,0 64% 47.738

Pioneer Funds - European Potential (9) 825.082 0,550 % 412.541

Pioneer Funds - European Equity Value (9) 764.953 0 ,510 % 382.477

Pioneer Funds - European Equity Market Plus (9) 15.876 0 ,011% 7.938

Pioneer Funds - European Research (9) 643.20 4 0,429% 321.602

UniCredit S.p.A. Total 3.128.282 2,086% 1.564.141

Artemis Fund Managers Limited (10) 3.10 4.624 2,070% 1.552.312

Artemis Investment Management LLP Total 3.104.624 2,070% 1.552.312

FMRC-FMR CO., INC. (11) 716.444 0,478% 358.222

FMR UK-FIDELITY MANAGEMENT & RESEARCH (U.K.) INC. (11) 2.379.854 1,587% 1.189.927

FMR LLC Total 3.096.298 2,064% 1.548.149

DSAM Partners LLP (12) 3.096.079 2,064% 1.548.040

DSAM Cayman Ltd. Total 3.096.079 2,064% 1.548.040

Goldman Sachs International (13)

Goldman Sachs Asset Management, L.P. (13)

Goldman Sachs Asset Management International (13)

The Goldman Sachs Group, Inc. (13) Total 3.019.750 2,013% 1.509.875

Restantes acionistas Total 107.326.538 71,551% 53.663.269

Total 150.000.000 100,000% 75.000.000

2014

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249

Relatório e Contas 2015

(7) A empresa-mãe é a Morgan Stanley e a cadeia de empresas entre a empresa-mãe e o acionista é a seguinte: Morgan Stanley,

Morgan Stanley International Holdings Inc., Morgan Stanley International Limited, Morgan Stanley Group (Europe), Morgan

Stanley UK Group, Morgan Stanley Investments (UK) e Morgan Stanley & Co. International plc.

(8) Fundo gerido pela Pioneer Investments Kapitalangesellschaft GmbH, nomeada pela Pioneer Asset Management, S.A., a qual

é detida na totalidade pela UniCredit S.p.A.

(9) Fundo gerido pela Pioneer Investments Management Limited Dublin, nomeada pela Pioneer Asset Management, S.A., a qual é

inteiramente detida pela UniCredit S.p.A.

(10) Empresa detida pela Artemis Investment Management LLP.

(11) Empresa detida pela FMR LLC.

(12) A cadeia de empresas entre a empresa-mãe e o acionista é a seguinte: DSAM Cayman Ltd, DSAM Cayman LP, DSAM Capital

Partners Ltd e DSAM Partners LLP. A participação é detida exclusivamente através de posição económica longa resultante da

celebração de um swap sobre ações realizado ao balcão, com data de negociação a 10 de setembro de 2014, data de

liquidação a 15 de setembro de 2014 e termo a 2 de setembro de 2015. A operação swap referida prevê a liquidação financeira

como opção de liquidação.

(13) A cadeia de empresas controladas por meio das quais os direitos de voto e/ou os instrumentos financeiros são efetivamente

detidos é conforme segue: The Goldman Sachs Group, Inc. (empresa-mãe); Goldman Sachs (UK) L.L.C. (Controlada por The

Goldman Sachs Group, Inc.); Goldman Sachs Group UK Limited (Controlada por Goldman Sachs (UK) L.L.C.); Goldman Sachs

International (Controlada por Goldman Sachs Group UK Limited); Goldman Sachs Asset Management International

(Controlada por Goldman Sachs Group UK Limited); Goldman Sachs Asset Management, L.P. (Controlada por The Goldman

Sachs Group, Inc.). A participação inclui 1,42% correspondente a 2.131.364 de ações dos CTT e 0,59% de posição económica

longa via Contratos por Diferença (CFD) relativos a 888.386 ações. Os detalhes relativos aos CFD são conforme segue:

20 RESERVAS E OUTRAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO

Ações Próprias A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva não distribuível de montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas ações permanecerem na posse da sociedade. Adicionalmente, as regras contabilísticas aplicáveis determinam que os ganhos ou perdas na alienação de ações próprias sejam registados em reservas. Em 31 de dezembro de 2015, existiam 200.177 ações próprias, adquiridas em junho de 2015, representativas de 0,133% do capital social. As ações próprias detidas pelos CTT, S.A. encontram-se dentro dos limites estabelecidos pelos Estatutos da Sociedade e pelo Código das Sociedades Comerciais. Estas ações encontram-se contabilizadas ao custo de aquisição. Os movimentos ocorridos no período findo em 31 de dezembro de 2015 foram como se segue:

Período/Data de Vencimento /  Exercício / Conversão  

Nº de ações/ direitos de voto que podem ser adquiridos caso o instrumento financeiro seja 

exercido/ convertido  

% de direitos de voto que podem ser obtidos caso o instrumento financeiro 

seja exercido/convertido  

25‐Nov‐2019  2.453  0,0016% 

22‐Nov‐2019  1.278  0,0009% 

4‐Dez‐2024  506.660  0,3378% 

4‐Dez‐2024  4.869  0,0032% 

9‐Dez‐2024  600  0,0004% 

23‐Set‐2024  11.502  0,0077% 

26‐Set‐2024  360.000  0,2400% 

11‐Nov‐2024  1.024  0,0007% 

Total de direitos de voto e da percentagem de direitos de voto 

888.386  0,59% 

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250

Relatório e Contas 2015

Reservas legais A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Em 31 de dezembro de 2015 esta rubrica inclui também o montante de 1.873.125 Euros relativos à constituição de uma reserva indisponível de igual valor ao preço de aquisição das ações próprias detidas. Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Reservas legais” apresentava o seguinte detalhe:

A reserva legal já se encontra totalmente constituída, correspondendo a mais de 20% do capital. Outras reservas Esta rubrica regista os lucros transferidos para reservas que não sejam impostas pela lei ou pelos estatutos, nem sejam constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. Em 31 de dezembro de 2015 regista igualmente o valor reconhecido no ano relativo ao plano de ações que constitui a remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração no âmbito do novo modelo de remunerações dos membros dos Órgãos Sociais definido pela Comissão de Vencimentos no valor de 2.987.092 Euros. Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Outras reservas” apresentava o seguinte movimento:

Resultados transitados Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de “Resultados transitados”:

Quantidade Valor Preço médio

Saldo em 31 de dezembro de 2014 - - -Aquisições 200.177 1.873.125 9,357Alienações - - -

Saldo em 31 dezembro de 2015 200.177 1.873.125 -

2015 2014

Saldo inicial 18.072.559 18.072.559Ações próprias 1.873.125 -Saldo final 19.945.684 18.072.559

2015 2014

Saldo inicial 13.701.407 12.325.000Plano de ações (Nota 26) 1.610.685 1.376.407Ações próprias (1.873.125) -Saldo final 13.438.968 13.701.407

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251

Relatório e Contas 2015

Ajustamentos em investimentos financeiros Esta rubrica reflete os ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial sobre rubricas do capital que não o resultado líquido do período. A sua distribuição só ocorre aquando da alienação da empresa participada. Outras variações no capital próprio A Empresa reconhece nesta rubrica os subsídios associados à aquisição ou produção de ativos não correntes (subsídios ao investimento), os quais foram integralmente recebidos e não são reembolsáveis. Estes subsídios são subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam, tendo sido reconhecidos rendimentos no montante de 11.201 Euros no período findo em 31 de dezembro de 2015 e no período findo em 31 de dezembro de 2014 (Nota 31). O saldo desta rubrica corresponde à parcela destes subsídios ainda não imputados a rendimentos do período. São também reconhecidos nesta rubrica, os Ganhos/Perdas atuariais associados aos benefícios com a Saúde, assim como os respetivos impostos diferidos. Assim, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 os movimentos ocorridos nesta rubrica foram os seguintes:

21 DIVIDENDOS

De acordo com a proposta de dividendos que consta do Relatório e Contas de 2014, foi proposta e aprovada, na Assembleia Geral que ocorreu no dia 5 de maio de 2015, a distribuição de dividendos no montante de 69.750.000 Euros, referente ao período findo em 31 de dezembro de 2014, tendo o dividendo sido pago em 29 de maio de 2015. Na Assembleia-Geral realizada em 5 de maio de 2014, foi aprovada a distribuição de um dividendo por ação de 0,40 Euros por ação (tendo por base as 150.000.000 ações existentes a 31.12.2013) referente ao período findo em 31 de dezembro de 2013, tendo sido pago o dividendo total de 60.000.000 Euros em maio de 2014.

2015 2014

Saldo inicial 62.752.243 57.823.615Aplicação do resultado do período anterior 77.171.128 61.016.067Distribuição de dividendos (Nota22) (69.750.000) (60.000.000)Lucros não atribuídos por empresas participadas 2.698.427 3.921.530Outras variações (2.381) (8.969)Saldo final 72.869.417 62.752.243

2015 2014

Saldo inicial (18.526.395) 24.810.903Imputação subsídios ao exercício (11.201) (11.201)Impostos diferidos associados aos subsídios 2.381 8.969Ganhos/perdas atuariais - Saúde (Nota 26) 114.181 (61.041.103)Impostos Diferidos ganhos/perdas atuariais - Saúde (Nota 38) 27.297 17.706.037Saldo final (18.393.737) (18.526.395)

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Relatório e Contas 2015

22 RESULTADOS POR AÇÃO

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, os resultados por ação foram calculados como segue:

O número médio de ações é analisado como segue:

Em 31 de dezembro de 2015 o número de ações próprias em carteira é de 200.177, sendo o seu número médio no período findo em 31 de dezembro de 2015 de 116.669, refletindo o facto das aquisições de ações próprias ter ocorrido em junho de 2015.

23 PROVISÕES, GARANTIAS PRESTADAS PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Provisões Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, as “Provisões” constituídas pela Empresa tiveram o seguinte movimento:

As provisões para processos judiciais destinam-se a fazer face a responsabilidades decorrentes de processos intentados contra a Empresa, estimadas com base em informações dos seus advogados. A provisão para participações financeiras corresponde ao reconhecimento pela empresa de obrigações legais ou construtivas relativas às perdas incorridas pela subsidiária CORRE - Correio Expresso Moçambique, S.A..

2015 2014

Resultado líquido do período 72.065.283 77.171.128Nº de ações ordinárias 149.883.331 150.000.000Resultado líquido por ação 0,48 0,51

2015Ações emitidas no início exercício 150.000.000Efeito ações próprias 116.669Nº médio de ações durante o período 149.883.331

Provisões não correntesProcessos judiciais 9.351.816 1.672.045 (2.523.272) (1.600.929) 1.413.169 8.312.828Outros riscos e encargos 32.057.278 2.165.304 (1.560.798) (2.836.141) (1.413.169) 28.412.474Participações financeiras 306.162 - - (306.162) - -

41.715.256 3.837.349 (4.084.070) (4.743.232) - 36.725.302

2015

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

Provisões não correntesProcessos judiciais 10.672.139 4.259.580 (3.905.765) (3.099.948) 1.425.810 9.351.816Outros riscos e encargos 27.243.144 9.315.104 - (2.657.208) (1.843.762) 32.057.278

subtotal 37.915.283 13.574.684 (3.905.765) (5.757.156) (417.952) 41.409.094Participações financeiras - 306.162 - - - 306.162

37.915.283 13.880.846 (3.905.765) (5.757.156) (417.952) 41.715.256

2014

Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações Transferências Saldo final

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253

Relatório e Contas 2015

O registo desta provisão é efetuado por contrapartida de “Ganhos/perdas imputados de subsidiárias e associadas” razão pela qual a rubrica “Provisões (aumentos / reduções)” na Demonstração dos resultados por naturezas, em 2014, apenas se refere aos movimentos efetuados nas provisões para Processos judiciais e Outros riscos e encargos. As provisões para Outros riscos e encargos englobam essencialmente contingências laborais, contratos onerosos e provisões para situações diversas:

Contingência Laborais No período findo em 31 de dezembro de 2015 o montante provisionado para fazer face a eventuais contingências relativas a ações de contencioso laboral não incluídos nos processos judiciais em curso, relativos a diferenças retributivas na base de cálculo da remuneração de férias, subsídios de férias e Natal que possam ser exigidas pelos trabalhadores, ascende a 12.991.795 Euros (14.404.906 Euros em 31 de dezembro de 2014).

Contratos Onerosos No período findo em 31 de dezembro de 2015 foi reforçada em 1.184.082 Euros a provisão destinada a fazer face à cobertura da estimativa do valor presente do dispêndio líquido associado a contratos onerosos. Este valor foi obtido a partir da atualização dos pressupostos utilizados em 2014 nomeadamente a taxa de desconto.

A 31 de dezembro de 2015 o montante provisionado ascende a 13.899.390 Euros (15.943.847 Euros em 31 de dezembro de 2014).

Outras Provisões A 31 de dezembro de 2015, para além das situações acima referidas a provisão para Outros Riscos e Encargos inclui ainda:

o montante de 204.480 Euros para cobertura de gastos de desmantelamento de ativos

fixos tangíveis e/ou remoção de instalações e restauração do local. o valor de 981.272 Euros que resulta da avaliação efetuada pela gestão relativamente

à possibilidade de materialização de contingências fiscais. O montante líquido (diferença entre aumentos e reversões) das provisões registado na Demonstração dos resultados por naturezas nas rubricas de “Provisões (aumentos / reduções)” totalizou 246.722 Euros em 31 de dezembro de 2015 e (9.668.919) Euros em 31 de dezembro de 2014. Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a Empresa tinha assumido compromissos por garantias prestadas a terceiros no montante de, respetivamente, 13.729.244 Euros e 13.776.878 Euros.

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Relatório e Contas 2015

O detalhe das garantias prestadas era como segue:

Garantias Contratos de arrendamento De acordo com o estipulado em alguns contratos de arrendamento dos edifícios ocupados pelos serviços da Empresa, tendo o Estado Português deixado de deter a maioria do capital social dos CTT, teriam que ser prestadas garantias bancárias on first demand. Estas garantias foram já emitidas e atingem o montante de 12.599.031 Euros.

Passivos Contingentes Em 31 de dezembro de 2015, a Empresa não tem responsabilidades contingentes. Compromissos Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, no decurso normal da sua atividade, a Empresa assumiu compromissos de compra como segue:

Os compromissos relativos a ativos fixos tangíveis respeitam à aquisição de equipamentos de segurança no montante de 438,1 mil Euros, aquisição de cofres e portas de segurança no valor de 121,1 mil Euros e compra de balanças no montante de 4,5 mil Euros. Relativamente aos ativos intangíveis os compromissos de compra dizem respeito à nova versão da app CTT no montante de 93,8 mil Euros.

2015 2014

Garantias bancárias a favor de tribunais 172.867 170.723Garantias bancárias solicitadas pela empresa a favor de terceiros:

FUNDO DE PENSÕES DO BANCO SANTANDER TOTTA 3.030.174 3.030.174EURO BRIDGE-Sociedade Imobiliária, Lda 2.944.833 2.944.833PLANINOVA - Soc. Imobiliária, S.A. 2.033.582 2.033.582LandSearch, Compra e Venda de Imóveis 1.792.886 1.792.886NOVIMOVESTE - Fundo de Investimento Imobiliário 1.523.201 1.523.201LUSIMOVESTE - Fundo de Investimento Imobiliário 1.274.355 1.274.355Autoridade Tributária e Aduaneira 590.000 590.000Autarquias 183.677 154.677ACT Autoridade Condições de Trabalho 59.395 67.638Ana Aeroportos de Portugal 34.000 34.000Alfandega do Freixo - 74.820Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna - 16.000Direção Geral do Tesouro e Finanças 16.867 -SPMS - Serviços Partilhados Ministério da Saúde 30.180 30.180Portugal Telecom 16.657 16.657Instituto Gestão Financeira Segurança Social 12.681 12.681Promodois - Investimentos Imobiliários 6.273 -Estradas de Portugal 5.000 5.000Águas de Coimbra 870 -Instituto das Infra-Estruturas Rodoviárias - 3.725IFADAP 1.746 1.746

13.729.244 13.776.878

Descrição

2015 2014

Compromissos de compra perante:Fornecedores de ativos intangíveis 93.780 -Fornecedores de ativos fixos tangíveis 602.778 430.553

696.558 430.553

Descrição

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255

Relatório e Contas 2015

A Empresa assumiu compromissos financeiros (cartas de conforto) perante o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A e relativamente à sua subsidiária Tourline, SLU no montante de 1.170.769 Euros, os quais ainda se encontram ativos em 31 de dezembro de 2015. Em 31 de dezembro de 2015 a Empresa assumiu compromissos relativos ao patrocínio da Taça da Liga no montante de 1,5 milhões de Euros. Adicionalmente a Empresa assumiu ainda compromissos relativos a rendas de imóveis no âmbito de contratos de arrendamento e rendas de locações operacionais e financeiras.

24 LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa mantinha responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas, com cláusula de penalização em caso de cancelamento. O montante total dos pagamentos futuros destas locações operacionais é o seguinte:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, os gastos incorridos com contratos de locação operacional de viaturas foram, respetivamente, de 6.628.875 Euros e 6.258.419 Euros, encontrando-se reconhecidos em “Rendas e alugueres” na rubrica “Fornecimentos e serviços externos” da Demonstração dos resultados por natureza (Nota 32). Leasings operacionais são contratos de locação de curta duração, em que o locador cede a sua utilização temporária a um terceiro, mediante o pagamento de uma renda ou aluguer. Os pagamentos da locação são efetuados mensalmente por quantias constantes durante o prazo da locação e o reconhecimento da renda é considerado como um gasto que será igualmente efetuado numa base linear (método). Não há reconhecimento de qualquer ativo locado, pois a substância da locação é de mero aluguer/arrendamento, não havendo evidência que permita concluir que o locatário obterá benefícios económicos futuros do ativo para além do período do contrato. Não se prevê no final do contrato a transferência da propriedade jurídica para o Locatário.

25 FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Financiamentos obtidos” apresentava o seguinte detalhe:

2015 2014

Até 1 ano 8.963.676 7.657.607Entre 1 ano e 5 anos 14.144.316 11.864.514

23.107.992 19.522.121

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Relatório e Contas 2015

Locação financeira Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, as responsabilidades da Empresa com contratos de locação financeira apresentavam o seguinte plano de vencimento:

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

A Empresa é locatária em contrato de locação financeira celebrado com IMOLEASING – Sociedade de locação financeira imobiliária, S.A., referente a imóvel sito no concelho da Maia (Porto) onde se encontra implantado o Centro Operacional de Correio. A tipologia dos contratos de locação determina o seu enquadramento como uma locação financeira. Não existem rendas contingentes a pagar nem a imposição de quaisquer restrições. Existe a opção de compra por um valor residual de aproximadamente 6% do valor do contrato.

26 BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS

As responsabilidades com benefícios a empregados referem-se a (i) benefícios pós-emprego – cuidados de saúde, a (ii) outros benefícios de longo prazo a empregados e (iii) outros benefícios de longo prazo aos órgãos sociais. Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 apresentaram o seguinte movimento:

2015 2014

Passivo não correnteLocação financeira 724.845 1.187.975

724.845 1.187.975Passivo corrente

Locação financeira 462.968 460.098

462.968 460.098

1.187.813 1.648.073

Até 1 ano 462.968 4.031 466.999 460.098 8.740 468.838Entre 1 ano e 5 anos 724.845 1.449 726.294 1.187.975 8.094 1.196.069Total 1.187.813 5.480 1.193.293 1.648.073 16.833 1.664.906

Capital Juros Total

20142015

Capital Juros Total

Terrenos e recursos naturais 7.798.567 815.990 6.982.577 7.798.567 815.990 6.982.577Edifícios e outras construções 81.701 30.162 51.539 81.701 26.706 54.995

7.880.268 846.152 7.034.116 7.880.268 842.696 7.037.572

2015 2014

CustoDepreciações/perdas

imparidade acumuladas

Quantia escriturada

CustoDepreciações/perdas

imparidade acumuladas

Quantia escriturada

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Relatório e Contas 2015

As responsabilidades relativas à rubrica “Outros benefícios de longo prazo” dizem essencialmente respeito ao programa de suspensões de contratos de trabalho. As responsabilidades relativas à rubrica “Outros benefícios de longo prazo aos órgãos sociais” dizem respeito à remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração. O detalhe das responsabilidades com benefícios a empregados atendendo à sua exigibilidade é como segue:

Os gastos com benefícios aos empregados reconhecidos na demonstração dos resultados por natureza e o valor registado diretamente em “Outras variações no capital próprio” foi como segue:

Cuidados de saúde Conforme referido na Nota 3.15, os CTT são responsáveis pelo financiamento do plano de cuidados de saúde, aplicável a determinados empregados. Para obtenção da estimativa das

Capital Próprio

Saldo inicial 241.166.000 35.956.617 277.122.617 1.376.407 278.499.024Movimento do período (4.360.000) (12.956.078) (17.316.078) 1.610.685 (15.705.393)Saldo final 236.806.000 23.000.540 259.806.540 2.987.092 262.793.632

2015

Passivo

TotalCuidados de saúde

Outros benefícios de longo prazo

empregadosTotal

Outros benefícios longo prazo aos órgãos sociais

Capital Próprio

Saldo inicial 263.371.000 34.861.626 298.232.626 - 298.232.626Movimento do período (22.205.000) 1.094.991 (21.110.009) 1.376.407 (19.733.602)Saldo final 241.166.000 35.956.617 277.122.617 1.376.407 278.499.024

Outros benefícios longo prazo aos órgãos sociais

Total

2014

Passivo

Cuidados de saúde

Outros benefícios de longo prazo

empregadosTotal

2015 2014

Capital Próprio (Outras reservas) 2.987.092 1.376.407Passivo não corrente 241.306.773 255.527.808Passivo corrente 18.499.767 21.594.809

262.793.632 278.499.024

2015 2014

Gastos do períodoCuidados de saúde 9.942.000 (68.905.327)Outros benefícios de longo prazo aos empregados (7.104.436) 7.591.332Outros benefícios longo prazo aos órgãos sociais 1.610.685 1.376.407

4.448.249 (59.937.589)

Outras variações no capital próprioCuidados de saúde 114.181 (61.041.103)

114.181 (61.041.103)

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Relatório e Contas 2015

responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é anualmente elaborado estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit”, e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis, tendo sido elaborado um estudo atuarial com efeitos a 31 de dezembro de 2015. Os principais pressupostos seguidos na avaliação atuarial foram os seguintes:

A taxa de desconto é estimada com base em taxas de juro de obrigações de dívida privada com qualidade de crédito elevada (“AA” ou equivalente) à data do balanço e com duração equiparável à das responsabilidades com cuidados de saúde. A manutenção da taxa de desconto em 2,50% é motivada pela análise efetuada pela Empresa à evolução da realidade macroeconómica tendo em atenção a constante necessidade de adequação dos pressupostos atuariais e financeiros a essa mesma realidade. A taxa esperada de crescimento dos salários é determinada de acordo com a política salarial definida pela Empresa. A taxa esperada de crescimento das pensões é determinada em função da evolução estimada para a taxa de inflação e para a taxa de crescimento do PIB. A taxa de crescimento dos gastos com saúde reflete a melhor estimativa para a evolução futura destes gastos, sendo tidos em conta os dados da experiência do plano. Os pressupostos demográficos têm por base as tábuas de mortalidade e de invalidez consideradas apropriadas para efeitos da avaliação atuarial deste plano. A evolução do valor presente das obrigações para com o plano de cuidados de saúde tem sido a seguinte:

2015 2014Pressupostos financeiros

Taxa de desconto 2,50% 2,50%

Taxa de crescimento salarial 2,25% 2,75%

Taxa de crescimento das pensõesLei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)

Taxa de inflação 1,50% 2,00%

Taxa crescimento dos custos com saúde - Taxa de inflação 1,50% 2,00% - Crescimento devido ao envelhecimento 2,00% 2,00%

Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez Swiss RE Swiss RE

2015 2014 2013 2012 2011

Responsabilidades no fim do período 236.806.000 241.166.000 263.371.000 252.803.000 272.102.000

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Relatório e Contas 2015

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o movimento ocorrido no valor presente da obrigação de benefícios definidos relativa ao plano de cuidados de saúde foi como segue:

Em fevereiro de 2015 os CTT assinaram, com efeitos a 31 de dezembro de 2014 com os onze sindicatos representados na empresa a revisão do Regulamento das Obras Sociais (“ROS”), o sistema interno de saúde e proteção social dos CTT. A revisão do ROS dos CTT mantém um nível de proteção elevado, mas equilibrado, racionalizando a utilização dos benefícios. Nesse sentido, foi incrementada a comparticipação dos beneficiários no sistema, através do aumento das quotas mensais e dos copagamentos a cargo, mantendo-se o caráter abrangente do sistema e reforçando-se algumas medidas de apoio social. A revisão do plano implicou uma redução significativa da estimativa de despesas futuras com saúde a cargo dos CTT e portanto uma correspondente redução das responsabilidades por serviços passados a 31 de dezembro de 2014, a qual, configurando uma alteração ao plano foi reconhecida em resultados. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a composição dos gastos com cuidados de saúde foi a seguinte:

A melhor estimativa que a Empresa dispõe nesta data, para os gastos com o plano de cuidados de saúde, que espera reconhecer no próximo período anual situa-se nos 9.770 milhares de euros. Em 31 de dezembro de 2015, os (ganhos)/perdas atuariais no montante de (114.181) Euros (61.041.103 Euros em 31 de dezembro de 2014) foram registados no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio” líquidos de impostos diferidos no montante de 27.297 Euros (17.706.037 Euros em 31 de dezembro de 2014). A análise de sensibilidade efetuada para o plano de cuidados de saúde, no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 permite concluir o seguinte:

(i) Caso ocorresse um aumento, em 31 de dezembro de 2015, de 1 ponto percentual na taxa de crescimento dos gastos médicos e mantendo todas as restantes variáveis

2015 2014

Saldo inicial 241.166.000 263.371.000Gasto com o serviço do período 4.042.000 3.825.000Gasto financeiro do período 5.900.000 10.268.000Alteração do plano - (82.998.327)Quotas dos aposentados 5.113.703 3.607.690(Pagamento de benefícios) (18.654.596) (16.894.342)(Outros gastos) (646.926) (1.054.123)(Ganhos)/perdas atuariais (114.181) 61.041.103Saldo final 236.806.000 241.166.000

2015 2014

Gastos com pessoal/benefícios aos empregados (Nota 33) 3.395.074 (80.227.450)Outros gastos operacionais 646.926 1.054.123Gasto financeiro do período (Nota 36) 5.900.000 10.268.000 Total de gastos do período 9.942.000 (68.905.327)

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Relatório e Contas 2015

constantes, as responsabilidades do plano de saúde seriam de 292.432 milhares de Euros, aumentando cerca de 23,5%.

(ii) Se a taxa de desconto reduzisse meio ponto percentual e mantendo todas as restantes variáveis constantes, as responsabilidades aumentariam cerca de 7,7%, ascendendo a 255.040 milhares de Euros. (iii) A utilização de tábuas de mortalidade ajustadas, diferenciadas entre homens e mulheres (Homens TV 73/77(-2) e Mulheres TV 88/90(-3)), mantendo tudo o resto constante, poderia traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados de cerca de 5,5% ascendendo a um montante de 249.883 milhares de Euros.

Outros benefícios de longo prazo Conforme referido na Nota 3.15, a Empresa tem, em determinadas situações, responsabilidades com o pagamento de salários em situações de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, com a atribuição de subsídios de “Apoio por cessação da atividade profissional” que foram suprimidos a 1 de abril de 2013, com o pagamento da “Taxa de assinatura de telefone”, com “Pensões por acidentes de serviço” e com “Subsídio mensal vitalício”. Para obtenção da estimativa do valor destas responsabilidades e do gasto a reconhecer em cada período, é elaborado anualmente um estudo atuarial por entidade independente, com base no método denominado por “Projected Unit Credit” e de acordo com pressupostos considerados apropriados e razoáveis, tendo sido elaborado um estudo atuarial com efeitos a 31 de dezembro de 2015. Os principais pressupostos seguidos na avaliação destas responsabilidades foram os seguintes:

No apuramento das responsabilidades da Empresa com empregados em situações de “Suspensões de contrato, recolocação e libertação de postos de trabalho” foram consideradas taxas de crescimento salarial de 2,25% em 2015 e anos seguintes. Para os benefícios “Subsídio mensal vitalício” e “Pensões por acidentes de serviço” a taxa de crescimento das pensões aplicada foi de 1,50% já que decorrente de uma análise efetuada ao histórico destes benefícios se concluiu que as atualizações estão por norma associadas às atualizações do IPC. Para os restantes benefícios, “Taxa de assinatura de telefone” e “Apoio por cessação da atividade profissional” não se considerou a atualização do valor. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 o movimento das responsabilidades com outros benefícios aos empregados de longo prazo, foi o seguinte:

2015 2014

Pressupostos financeirosTaxa de desconto 2,50% 2,50%

Taxa de crescimento salarial (Suspensões contratos) 2,25% 2,75%

Taxa de crescimento das pensões (SMV e PAST*) 1,50% Lei nº. 53-B/2006

(com ∆ PIB < 2%)

Taxa de inflação 1,50% 2,00%

Pressupostos demográficosTaxa de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Taxa de invalidez Swiss RE Swiss RE

*PAST - Pensões por acidentes serviço/trabalho SMV-Subsídio mensal vitalício

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Relatório e Contas 2015

Na sequência da renegociação das condições associadas aos trabalhadores em situação de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho”, os CTT registaram uma redução das responsabilidades no montante de 4.782.194 Euros. Em consequência da alteração da taxa de crescimento das pensões aplicada aos benefícios “Subsídio mensal vitalício” e “Pensões por acidentes de serviço” a responsabilidade associada a estes benefícios sofreu um decréscimo significativo que se encontra refletido na rubrica de “Gastos com o pessoal”. No período findo em 31 de dezembro de 2014, decorrente da Lei 11/2014, de 6 de março que estabelece mecanismos de convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social, procedendo a alterações dos regimes da aposentação foi alterada a idade da reforma de 65 para 66 anos para os trabalhadores abrangidos pela Caixa Geral de Aposentações. Esta alteração teve um impacto mais significativo na responsabilidade relacionada com o benefício “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho” onde o acréscimo da responsabilidade foi cerca de 2.137 mil Euros. No período findo em 31 de dezembro de 2013 o Conselho de Administração dos CTT deliberou substituir o pagamento, a partir de 1 de janeiro de 2014, da Taxa de assinatura de telefone, por uma medida equivalente aos trabalhadores aposentados e cônjuges sobrevivos que dele beneficiem traduzida na substituição do apoio financeiro por uma prestação em espécie. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a composição do gasto com outros benefícios de longo prazo reconhecido na rubrica “Gastos com o pessoal” e “Juros e gastos similares suportados”, foi como segue:

2015 2014Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho

Saldo inicial 17.641.312 19.433.462Gasto financeiro do período 374.291 687.152Responsabilidades relativas a novos beneficiários - 393.318Corte (4.782.194) -(Pagamento de benefícios) (5.029.195) (5.585.363)(Ganhos)/perdas atuariais (8.788) 2.712.744Saldo final 8.195.426 17.641.312

Taxa assinatura de telefoneSaldo inicial 4.832.775 4.800.195Gasto financeiro do período 114.854 178.544Alteração do benefício - -(Pagamento de benefícios) (216.939) (303.781)(Ganhos)/perdas atuariais (212.420) 157.817Saldo final 4.518.270 4.832.775

Pensões por acidentes serviço/trabalhoSaldo inicial 8.161.400 7.004.370Gasto financeiro do período 198.665 271.647(Pagamento de benefícios) (472.298) (437.324)(Ganhos)/perdas atuariais (1.024.176) 1.322.707Saldo final 6.863.591 8.161.400

Subsídio mensal vitalícioSaldo inicial 5.282.395 3.544.784Gasto financeiro do período 130.698 139.714(Pagamento de benefícios) (97.925) (112.271)(Ganhos)/perdas atuariais (1.891.915) 1.710.168Saldo final 3.423.253 5.282.395

Apoio por cessação da atividade profissionalSaldo inicial 38.735 78.815Gasto financeiro do período 484 1.576(Pagamento de benefícios) (35.285) (57.602)(Ganhos)/perdas atuariais (3.934) 15.946Saldo final - 38.735

Total saldos final 23.000.540 35.956.617

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Relatório e Contas 2015

A melhor estimativa que a Empresa dispõe nesta data, para os gastos com os outros benefícios de longo prazo, que espera reconhecer no próximo período anual situa-se nos 529.495 euros. A análise de sensibilidade efetuada, no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, para o plano de “Outros benefícios”, permite concluir que se a taxa de desconto sofresse uma variação negativa de 50 b.p., mantendo tudo o resto constante, poderá traduzir-se num aumento das responsabilidades por serviços passados em cerca de 4,1%, aumentando para 23.943 milhares de Euros. Outros benefícios de longo prazo aos órgãos sociais Os CTT aprovaram com efeitos a 31 de dezembro de 2014 o Regulamento de Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais, o qual define a atribuição de uma remuneração variável de longo prazo, paga através da atribuição de ações da Sociedade (Nota 3.16). O número de ações a atribuir aos membros da Comissão Executiva dos CTT tem por base os resultados da avaliação de desempenho durante o período de duração do mandato, até 31 de dezembro de 2016, a qual consiste na comparação do desempenho registado do Total Shareholder Return (TSR) das ações dos CTT e o TSR ponderado de um peer group, constituído por empresas nacionais e internacionais (vesting conditions). O período de avaliação do desempenho do TSR dos CTT face aos peers é de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2016. A remuneração variável de longo prazo é paga em 31 de janeiro de 2017, mediante a atribuição de ações da Sociedade sujeita à verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade no final do período de avaliação, de acordo com um número máximo de ações definido no regulamento, corrigido por limites máximos definidos para cada um dos membros da Comissão Executiva. Em 31 de dezembro de 2014 a responsabilidade relativa à remuneração de Longo Prazo foi calculada com base no justo valor das ações calculado por um perito independente através da metodologia Black- Scholes para produção de Modelo de Simulação Monte Carlo. Desta forma, a 31 de dezembro de 2015 os CTT registaram um custo de 1.610.685 euros corresponde ao período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015, o qual foi registado por contrapartida de “Outras Reservas”.

27 FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, as rubricas “Fornecedores” e “Outras contas a pagar” apresentavam a seguinte composição:

2015 2014

Gastos com pessoal/benefícios aos empregados (Nota 33)Suspensão do contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho (4.790.982) 3.106.062Taxa assinatura de telefone (212.420) 157.817Acidentes em serviço (1.024.176) 1.322.707Subsídio mensal vitalício (1.891.915) 1.710.168Apoio por cessão da atividade profissional (3.934) 15.946

subtotal (7.923.428) 6.312.700

Gasto financeiro do período (Nota 36) 818.992 1.278.632

Total de gastos do período (7.104.436) 7.591.332

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Relatório e Contas 2015

Fornecedores Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a antiguidade do saldo das rubricas de “Fornecedores” era conforme se segue:

(1) Os montantes relativos a operadores postais, ainda que se encontrem em aberto à mais de 360 dias, apresentam-se dentro

do prazo normal para apresentação e regularizaçãode contas.

A dívida a fornecedores correntes com antiguidade superior a 360 dias decompõe-se do seguinte modo:

As contas com operadores postais são liquidadas por encontro de contas. Estes valores estão relacionados com os valores a receber destas entidades (Nota 15). Outras contas a pagar Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 o detalhe dos “Outras contas a pagar” era conforme segue:

O acréscimo verificado na rubrica de “Credores por acréscimos de gastos- Outros” resulta essencialmente do aumento do valor especializado na sequência de uma situação transitória de adaptação de processos do lado do novo fornecedor de serviços de gestão do Plano de Saúde.

Empresas Outros Operadores Empresas Outros Operadores do Grupo fornecedores Postais do Grupo fornecedores Postais

Fornecedores, conta corrente: Não vencido 1.401.483 9.791.689 5.542.514 16.735.686 2.244.955 5.006.201 3.213.302 10.464.4580-30 dias 4.779 4.777.364 - 4.782.144 1.949 6.983.769 - 6.985.71830-90 dias - 5.248.751 6.508.123 11.756.875 - 4.171.490 3.926.838 8.098.32990-180 dias - 313.425 850.645 1.164.070 52 16.888 2.149.887 2.166.827180-360 dias - 108.113 7.695.154 7.803.267 - - 7.295.339 7.295.339

> 360 dias (1) - - 16.026.493 16.026.493 - 13.140 21.335.993 21.349.1331.406.263 20.239.343 36.622.929 58.268.535 2.246.956 16.191.489 37.921.359 56.359.804

Fornecedores, facturas em receção e conferência 46.878 6.572.433 6.619.311 10.485.764 10.485.7641.453.141 26.811.776 36.622.929 64.887.846 2.246.956 26.677.253 37.921.359 66.845.568

2015

Total

2014

Total

2015 2014Fornecedores nacionais - 13.140Operadores estrangeiros 16.026.493 21.335.993

Total 16.026.493 21.349.133

Operadores estrangeiros - valores a receber (Nota 15) (16.037.004) (22.120.910)

2015 2014Corrente

Adiantamentos de clientes 3.027.486 2.980.402Fornecedores de investimentos

Empresas grupo - 107.108Outros Fornecedores 10.166.448 7.233.244

Credores por acréscimos de gastosRemunerações a liquidar 39.055.397 40.623.915Custos sociais 6.558.617 6.553.315Outros 26.166.117 13.905.534

CNP-Centro Nacional de Pensões 218.478.956 200.879.441Outros credores

Impostos 17.451.196 15.534.153Vales 17.967.883 17.326.284Certificados de aforro/tesouro 69.797.336 154.941.101Cobrança postal 5.934.466 8.110.817Empresas grupo 1.557.321 1.393.236Outros 11.692.839 9.100.258

427.854.060 478.688.808

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264

Relatório e Contas 2015

O aumento verificado na rubrica de “Fornecedores de investimento” está relacionado diretamente com o investimento em equipamento básico (com particular destaque para a aquisição de viaturas) e equipamento administrativo. A rubrica “ CNP – Centro Nacional de Pensões “ refere-se a valores recebidos do Centro Nacional de Pensões, cuja data de liquidação aos respetivos pensionistas deverá ocorrer no mês seguinte ao encerramento do exercício. O elevado montante registado em 31 de dezembro de 2014 na rubrica “Certificados de aforro/tesouro” resulta em grande parte de se ter observado no mês de dezembro de 2014 um volume muito significativo de subscrições deste produto.

28 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Estado e outros entes públicos” apresentava a seguinte composição:

O passivo corrente relativo ao imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas foi apurado como segue:

29 SUBSIDIOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2015, a informação relativa a subsídios comunitários (Nota 3.17) era como segue:

2015 2014

Ativo correnteImposto sobre o valor acrescentado 2.502.186 -

2.502.186 -

Passivo correnteImposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 7.923.944 6.171.287Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares 3.074.365 3.196.872Imposto sobre o valor acrescentado - 2.801.638Contribuições para a Segurança Social 4.710.392 4.695.884Caixa Geral de Aposentações 776.789 860.878Tributos das Autarquias Locais 515.275 521.000Outros Impostos 577 20

17.001.342 18.247.579

2015 2014

Estimativa de imposto sobre o rendimento (Nota 38) 24.882.795 19.846.209Estimativa de imposto sobre o rendimento empresas do grupo 3.568.585 4.974.953Pagamentos por conta (19.332.653) (16.127.982)Retenção na Fonte (1.194.783) (2.521.893)

7.923.944 6.171.287

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265

Relatório e Contas 2015

Os montantes recebidos de subsídios ao investimento – FEDER - inicialmente reconhecidos em capital próprio (Nota 20), foram transferidos para a Demonstração dos resultados por naturezas, para a rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, na medida em que os bens subsidiados foram amortizados (Nota 31). A comparticipação financeira do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I.P. (“IEFP”), recebida no âmbito da “Medida Estágios Emprego” configura na tipologia de “Subsídios Relacionados com Rendimentos ou à Exploração”, é reconhecida como rédito no mesmo período do gasto relacionado. Os montantes recebidos foram inicialmente diferidos como rendimentos a reconhecer (Nota 16), e transferidos para a Demonstração dos resultados por naturezas, para a rubrica “Subsídios à Exploração”, na medida em que os gastos foram reconhecidos. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 foram reconhecidos, respetivamente, 8.119 Euros e 62.745 Euros na rubrica “Subsídios à exploração” da Demonstração dos resultados por natureza.

30 VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, as categorias significativas do rédito da Empresa eram as seguintes:

Os “Outros serviços” dizem respeito a:

Subsídio

FEDER 9.815.622 9.662.306 153.316 9.465.126 350.496 99.401 251.095IEFP 70.864 70.864 - 70.864 - - -

9.886.486 9.733.170 153.316 9.535.991 350.496 99.401 251.095

2015

Montante atribuído

Montante recebido

Montante não recebido

Rendimento acumulado

Montante por utilizar

Ajustamento imposto diferido

Montante liquido por utilizar

2015 2014

Vendas 22.892.730 21.606.200Prestação de serviços de correio 461.183.181 456.798.816Serviços financeiros postais 54.725.404 54.235.474Dispositivos eletrónicos de matrícula 6.054.633 5.381.947Serviços de Telecomunicações 1.283.540 2.217.736Outros serviços 4.839.931 4.620.514

550.979.418 544.860.686

2015 2014

Certificação de fotocópias 253.102 250.954Subsídio transporte Reg. Aut. Madeira 565.383 442.753Outros Filatelia 230.555 342.801Taxa apresentação alfândega 784.426 704.685Corfax 229.965 311.302Correio Não Endereçado 262.800 248.119Serviços Portugal Telecom 165.762 202.171MailRoom digital 330.015 285.418Outros serviços diversos 2.017.925 1.832.310

4.839.931 4.620.514

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Relatório e Contas 2015

31 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 a composição da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos” era conforme se segue:

De acordo com esclarecimento nº 26 da Comissão de Normalização Contabilística de maio/2012 os “Juros e rendimentos similares obtidos” que não derivem diretamente do financiamento da entidade deverão afetar o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos). O montante reconhecido na rubrica “Ganhos regularização de IVA” decorre essencialmente de melhorias implementadas nos procedimentos da metodologia de dedução do IVA. Os “Rendimentos suplementares” dizem respeito fundamentalmente a:

Na sequência do Memorando de entendimento celebrado com a Altice e tendo o processo de aquisição da PT Portugal, pela Altice, sido concluído, os CTT receberam o valor correspondente ao pagamento inicial acordado, o qual está a ser reconhecido em resultados ao longo do período de negociações exclusivas com vista ao estabelecimento de eventuais parceria, como previsto no Memorando.

32 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” tinha a seguinte composição:

2015 2014

Amortização de subsídios ao investimento (Notas 20 e 29) 11.201 11.201Rendimentos suplementares 39.031.801 33.066.143Descontos de pronto pagamento obtidos 47.120 34.322Ganhos em inventários 9.220 25.636Alienação ativos fixos tangíveis 1.728.185 2.110.446Diferenças de câmbio favoráveis de ativos e passivos

diferentes de financiamento 1.654.988 1.756.540Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 325.155 412.838Ganhos regularização de IVA 6.409.103 77.136Juros de depósitos em instituições de crédito 1.912.543 6.287.495Outros juros e rendimentos similares 1.775 99.956Outros 167.311 3.396.618

51.298.403 47.278.332

2015 2014

Royalties 500.000 500.000Prestação de serviços a subsidiárias 30.656.478 27.787.754Aluguer de espaços em prédios urbanos 2.706.780 2.833.657Acordo Altice 3.611.111 -Outros rendimentos suplementares 1.557.432 1.944.733

39.031.801 33.066.143

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Relatório e Contas 2015

(i) Os gastos com serviços de informática referem-se em particular aos contratos de “outsourcing” de prestação dos referidos serviços;

(ii) Os gastos com “Conservação e reparação” dizem respeito à manutenção dos equipamentos informáticos;

(iii) Os gastos com “Energia e fluidos” referem-se fundamentalmente a gasóleo de veículos de mercadorias utilizados no processo operativo;

(iv) Os gastos com “Transporte de mercadorias” dizem respeito a gastos com o transporte de correio pelas diversas vias (marítima, aérea e terrestre);

(v) Os gastos com “Outras rendas e alugueres” referem-se essencialmente a gastos com instalações arrendadas a terceiros.

A decomposição dos “Outros serviços” é como segue:

33 GASTOS COM O PESSOAL

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Gastos com o pessoal” tinha a seguinte composição:

2015 2014

Serviços especializadosServiços de informática (i) 9.375.013 22.762.277Serviços empresas do Grupo 8.630.861 10.211.503Conservação e reparação (ii) 13.534.616 13.119.959Publicidade e Propaganda 3.665.144 2.726.283Vigilância e Segurança 2.292.751 2.263.119Consultores Externos 7.883.390 6.045.478Outros serviços especializados 6.968.121 6.491.784

Materiais 1.735.039 1.549.879Energia e fluídos (iii) 12.641.773 12.864.043Deslocações e estadas 860.853 671.132Transporte de pessoal 219.697 231.761Transporte de mercadorias (iv) 11.732.952 11.872.433Serviços diversos

Rendas e alugueresAluguer operacional de viaturas (Nota 24) 6.628.875 6.258.419Outras rendas e alugueres (v) 21.523.538 20.856.793

Comunicação 1.619.372 2.758.211Outros serviços 43.700.115 40.494.814

153.012.109 161.177.888

2015 2014

Contencioso e Notariado 230.863 264.960Fardamentos 931.462 1.663.813

Seguros 2.198.994 2.182.369Encarregados de Postos 4.519.705 4.496.988

Limpeza higiene e conforto 3.617.475 3.432.430Serviços p/ Empresas do Grupo 4.469.501 3.713.348

Distribuição 5.504.638 4.940.226Operadores Postais 17.012.078 16.482.219

Outros serviços 5.215.399 3.318.46043.700.115 40.494.814

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Relatório e Contas 2015

Remunerações do Conselho de Administração Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 as remunerações fixas atribuídas ao Conselho de Administração da Empresa, foram as seguintes:

Tendo presente a nova realidade dos CTT, enquanto sociedade de capitais privados e admitidos à negociação em mercado regulamentado, a Comissão de Vencimentos (eleita em Assembleia Geral de 24 de março de 2014 e composta por membros independentes) definiu o novo modelo de remuneração dos membros dos Órgãos Sociais na sequência de estudo de benchmarking realizado por entidade especializada, que já se encontra refletido na rubrica “Remunerações dos órgãos sociais”. No âmbito do modelo de remuneração dos membros dos Órgãos sociais aprovado pela Comissão de vencimentos foi determinada a afetação de um montante fixo mensal para Fundo de Pensões aberto ou Plano de Poupança Reforma aos membros executivos do Conselho de Administração. A remuneração variável de longo prazo atribuída aos membros executivos do Conselho de Administração será paga no final do mandato 2014-2016 em ações da empresa, sendo que o montante de 1.610.685 Euros corresponde ao gasto a assumir no período entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2015 e foi determinado por estudo atuarial realizado por entidade independente. A remuneração variável anual, será determinada e paga anualmente e foi igualmente definida por estudo atuarial realizado por entidade independente. Remunerações do Pessoal A variação na rubrica “Remunerações do pessoal” resulta essencialmente do efeito da atualização das remunerações base em 2% na sequência da assinatura do novo Acordo de Empresa e que produziu efeitos a 1 de janeiro de 2015. Benefícios aos empregados

2015 2014

Remunerações dos orgãos sociais (Nota 6) 3.708.714 3.672.830Remunerações do pessoal 234.037.367 232.616.906Benefícios aos empregados (Nota 26)

Cuidados de saúde 3.395.073 (80.227.450)Outros benefícios de longo prazo (7.923.428) 6.312.700Plano de contribuição definida - PPR 188.500 144.517Remun variável Longo prazo - Plano de ações 1.610.685 1.376.407

Indemnizações 4.030.742 2.147.960Encargos sobre remunerações 50.259.929 49.203.496Seguros de acidente trabalho e doenças profissionais 1.958.618 1.492.249Gastos de acção social 6.069.367 10.020.331

297.335.567 226.759.945

2015 2014

Conselho de AdministraçãoRemunerações fixas 2.087.398 2.003.280Remuneração variável anual 1.373.129 1.427.228Plano de contribuição definida - PPR 188.500 144.517Remun variável Longo prazo - Plano de ações 1.610.685 1.376.407

5.259.712 4.951.432

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Relatório e Contas 2015

A variação verificada na rubrica de “Benefícios aos empregados” reflete essencialmente a redução das responsabilidades associadas aos trabalhadores em situação de “Suspensão de contratos, recolocação e libertação de postos de trabalho” registada no período findo em 31 de dezembro de 2015 assim como a redução das responsabilidades dos benefícios “Pensões por acidentes de serviço” e “Subsídio mensal vitalício” decorrente da alteração da taxa de crescimento salarial. Indemnizações No período findo em 31 de dezembro de 2015 esta rubrica inclui o montante de 2.805.544 Euros relativos a indeminizações pagas no âmbito de processos de rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo. Gastos de ação social Os gastos de ação social dizem respeito, na sua quase totalidade, aos gastos de saúde suportados pela empresa com os trabalhadores que se encontram no ativo e também a gastos relacionados com a Higiene e Segurança no trabalho. O decréscimo verificado nesta rubrica resulta das alterações operadas ao Plano de Saúde dos CTT no âmbito da assinatura da revisão do Regulamento das Obras Sociais (ROS), tendo sido incrementada a comparticipação dos beneficiários no sistema, através do aumento das quotas mensais e dos copagamentos a cargo destes. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, esta rubrica inclui, respetivamente, 3.204.441 Euros e 5.770.804 Euros, relativos a encargos com os cuidados de saúde dos trabalhadores no ativo. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 estão incluídos na rubrica “Gastos com o pessoal” os montantes de 807.237 Euros e 828.060 Euros, respetivamente, relativos a gastos com estruturas representativas dos trabalhadores. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 o nº médio de pessoal ao serviço da Empresa era, respetivamente, 10.908 e 10.904 colaboradores.

34 GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o detalhe dos Gastos/ reversões de depreciação, amortização era o seguinte:

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o detalhe das Imparidades era o seguinte:

2015 2014

Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) 15.929.702 15.333.819Propriedades de investimento ( Nota 8) 752.365 764.567Ativos intangíveis ( Nota 10) 3.050.326 2.296.744

19.732.394 18.395.130

2015 2014

Ativos fixos tangíveis ( Nota 7) (123.714) 2.530Propriedades de investimento ( Nota 8) (167.403) (156.480)

(291.117) (153.950)

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Relatório e Contas 2015

35 OUTROS GASTOS E PERDAS

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas” era conforme segue:

36 JUROS E RENDIMENTOS/GASTOS SIMILARES OBTIDOS/SUPORTADOS

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a rubrica de “Juros e rendimentos similares obtidos” tinha o seguinte detalhe:

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 dezembro de 2014, a rubrica “Juros e gastos similares suportados” encontrava-se detalhada como se segue:

37 EFEITOS E ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO

Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a Empresa reconheceu as seguintes diferenças de câmbio:

2015 2014

Impostos e taxas 1.682.678 1.451.763Dívidas incobráveis 11.025 416.881Abates de ativos fixos tangíveis 23.391 20.497Perdas em inventários 463.217 365.836Renda da concessão - 11.287Diferenças de câmbio desfavoráveis de ativos e passivos diferentes de financiamento 1.711.387 1.843.815Donativos 908.366 1.038.686Quotizações 754.109 709.824Alienações 320.597 369.696Indemnizações 346.599 467.421Serviços bancários 953.814 829.103Juros de mora 67.698 14.651Outros gastos e perdas 1.086.056 860.007

8.328.937 8.399.468

2015 2014

Juros obtidosEmpréstimos a empresas do Grupo 283.466 519.287

283.466 519.287

2015 2014

Juros suportadosDescobertos bancários 5.749 14.595Locações financeiras 8.084 14.491Outros juros 19.285 53.584

Gastos de financiamento - Benefícios aos empregados (Nota 26) 6.718.992 11.546.632Outros gastos de financiamento 22.594 -

6.774.705 11.629.302

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Relatório e Contas 2015

38 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 21% (23% em 2014), sendo a Derrama Municipal fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável, e a Derrama estadual de 3% do excedente do lucro tributável em 1.500.000 Euros, 5% do excedente de 7.500.000 Euros até 35.000.000 Euros e 7% no montante que exceda os 35.000.000 Euros. Os CTT são tributados em sede de IRC juntamente com as suas participadas CTT – Expresso, S.A., Mailtec Comunicação, S.A., PayShop Portugal, S.A. (“PayShop”), Banco CTT, S.A. e CTT Contacto, S.A. pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS). As restantes empresas participadas são tributadas individualmente. Reconciliação da taxa de imposto Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a reconciliação entre o montante resultante da aplicação da taxa nominal de imposto ao resultado antes de impostos e o gasto com imposto sobre o rendimento foi como segue:

2015 2014

Diferenças de câmbio favoráveisAtividade operacional

Outros rendimentos e ganhos (Nota 31) 1.654.988 1.756.5401.654.988 1.756.540

Diferenças de câmbio desfavoráveisAtividade operacional

Outros gastos e perdas (Nota 35) 1.711.387 1.843.8151.711.387 1.843.815

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Relatório e Contas 2015

Impostos diferidos Em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, o saldo de impostos diferidos ativos e passivos era composto como segue:

2015 2014

Resultado antes de impostos 100.813.654 124.302.361Taxa nominal de imposto 21,0% 23,0%

Imposto esperado 21.170.867 28.589.543Diferenças permanentes

Benefícios fiscais (190.773) (225.536)Mais-valias contabilísticas 21.899 (51.010)Mais-valias fiscais (396.402) (291.684)Equivalência patrimonial 879.222 4.294.696Provisões não consideradas para cálculo de impostos diferidos 19.167 13.633Perdas e reversões por imparidade (23.754) (33.123)Outras situações, líquidas (339.381) 354.219

Ajustamentos à colecta - Tributação autónoma 1.571.866 543.060Ajustamentos à colecta - Derrama Municipal 1.189.739 961.817Ajustamentos à colecta - Derrama Estadual 4.657.116 3.593.478Crédito fiscal extraordinário ao investimento - -Impacto da alteração da taxa de imposto (imposto diferido) (574.330) 4.303.929Excesso de estimativa e restituição de impostos (121.616) (131.507)Outros efeitos, líquidos 884.751 5.209.718Impostos sobre o rendimento do período 28.748.371 47.131.233

Taxa efetiva de imposto 28,52% 37,92%

Impostos sobre o rendimento do períodoImposto corrente 24.882.794 19.846.209Imposto diferido 3.987.193 27.416.531Excesso de estimativa para impostos (121.616) (131.507)

28.748.371 47.131.233

2015 2014

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde 67.158.181 67.864.112Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo 6.522.953 10.118.192Mais-valias contabilísticas diferidas 1.723.242 2.384.961Perdas de imparidade e provisões 8.280.788 9.295.624Perdas por imparidade ativos fixos tangíveis 405.373 497.237Plano de ações 847.140 387.321Terrenos e edifícios 1.392.924 -

86.330.601 90.547.447

Ativos por impostos diferidos

2015 2014

Excedentes de revalorização 3.562.520 3.793.815Mais-valias suspensas 971.679 994.953Subsídios ao investimento 99.401 101.782

4.633.600 4.890.550

Passivos por impostos diferidos

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Relatório e Contas 2015

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 o movimento ocorrido nas rubricas de impostos diferidos foi o seguinte:

A 31 de dezembro de 2015 é expectável que os ativos e passivos por impostos diferidos a serem liquidados no prazo de 12 meses sejam 4.417.224 Euros e 256.950 Euros, respetivamente. A análise de sensibilidade efetuada permite concluir que uma redução de 1% na taxa subjacente ao cálculo dos impostos diferidos teria como impacto um aumento do imposto sobre o rendimento do período de cerca de 2,6 milhões de Euros. SIFIDE Os CTT adotam como política de reconhecimento do crédito fiscal relativo ao SIFIDE, o seu registo como crédito fiscal no período em que é recebida a declaração da Comissão Certificadora da elegibilidade das despesas apresentadas em candidatura. Relativamente às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2013, no montante aproximado de 33.987 Euros, o Grupo terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 9.519 Euros. De acordo com a notificação da Comissão Certificadora de 16 de janeiro de 2015 foi atribuído um crédito fiscal de 8.337 Euros aos CTT. No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2014, no montante aproximado de 736.033 Euros, o Grupo terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 514.753 Euros. De acordo com a notificação da Comissão Certificadora de 18 de janeiro de 2016 foi atribuído um crédito fiscal de 268.898 Euros aos CTT.

2015 2014

Ativos por impostos diferidosSaldo inicial 90.547.447 100.849.449Movimentos do período - Efeito em resultados

Benefícios aos empregados-cuidados de saúde (733.228) (28.063.112)Benefícios aos empregados-outros benefícios longo prazo (3.595.239) (234.885)Perdas por imparidade e provisões (1.014.836) 799.499Perdas por imparidade ativos fixos tangíveis (91.864) 44.378Mais-valias contabilísticas diferidas (661.719) (844.727)Ajustamentos de conversão - desreconhecimento de inventários - (77.821)Ajustamentos de conversão - valor descontado de dívidas do pessoal - (18.692)Plano de ações 459.819 387.321Terrenos e edifícios 1.392.924 -

Movimentos do período - Efeito em capitais própriosBenefícios aos empregados-cuidados de saúde 27.297 17.706.037

Saldo final 86.330.601 90.547.447

2015 2014

Passivos por impostos diferidosSaldo inicial 4.890.550 5.482.058Movimentos do período

Excedentes de revalorização (231.295) (495.037)Mais-valias suspensas (23.274) (87.502)Subsídios ao investimento (2.381) (8.969)

Saldo final 4.633.600 4.890.550

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Relatório e Contas 2015

No que se refere às despesas incorridas com I&D no exercício económico de 2015, no montante aproximado de 1.437.765 Euros, a Empresa terá a possibilidade de beneficiar de uma dedução à coleta em sede Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) estimada em 996.844 Euros. Outras informações De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa de 2012 podem ser sujeitas a revisão uma vez que as anteriores àquela data já foram sujeitas a inspeção tributária. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

39 HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES

A informação relativa aos honorários e serviços prestados pelos auditores encontra-se descrita nos pontos 46 e 47 do relatório de governo da sociedade.

40 INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS

O Ambiente é um dos temas relevantes identificados no exercício de materialidade e mapeamento de partes interessadas dos CTT e integra a estratégia de Sustentabilidade da empresa, numa perspetiva de gestão de riscos e oportunidades. Essa abordagem e os respetivos compromissos assumidos estão expressos em statements e referenciais de gestão dos CTT, casos da Política de Ambiente, Política de Gestão Energética, Carbónica e de Alterações Climáticas, Política de Compras Responsáveis e Código de Conduta (internos), ou Business&Biodiversity, Caring for Climate das Nações Unidas e Princípios COP 21 (externos). Os CTT intervêm ativamente num amplo conjunto de descritores ambientais, como a eficiência energética, gestão carbónica, alterações climáticas, sistemas de gestão ambiental certificados, mobilidade sustentável e frotas alternativas, biodiversidade, gestão de resíduos, compras responsáveis ou marketing sustentável, tendo obtido diversos reconhecimentos e prémios, nacionais e internacionais. As ações realizadas e os resultados atingidos encontram-se desenvolvidos em profundidade no “Relatório de Sustentabilidade dos CTT”. De forma a assegurar a cobertura de responsabilidades ambientais decorrentes Decreto-Lei n.º147/2008 de 29 de julho (Diploma da Responsabilidade Ambiental), alterado pelo Decreto-Lei n.º 245/2009, de 22 de setembro, pelo Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de março e pelo Decreto-Lei n.º 60/2012, de 14 de março, que estabelecem o regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais, os CTT subscreveram um seguro de responsabilidade civil no montante de 1.000.000 Euros, por sinistro e período seguro. Não existem, que sejam do nosso conhecimento, quaisquer passivos de carácter ambiental nem obrigações presentes, quer legais, quer construtivas, relacionadas com matérias ambientais que devam dar origem à constituição de provisões.

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Relatório e Contas 2015

41 PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Conforme dispõe a Norma Regulamentar do Instituto de Seguros de Portugal nº. 15/2009-R de 30 de dezembro de 2009 a Empresa divulga aqui a informação pertinente respeitante à atividade de mediação de seguros nos termos do artº. 4º. da acima referida Norma Regulamentar.

a) Descrição das políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento das remunerações. O agente de seguros reconhece o rédito de acordo com as normas em vigor, ou seja, quando efetua prestações de contas às Companhias de Seguros. A emissão bem como o reembolso de seguros são registados na folha de caixa de cada lojas e alocados à respetiva conta contabilística, de acordo com a respetiva natureza.

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza.

c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguros por si intermediados desagregados por Ramo de Vida e Não Vida.

d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira.

Por natureza 2015 2014

Numerário 3.542.063 2.042.531

Espécie

Total 3.542.063 2.042.531

Por Tipo 2015 2014

Comissões 3.542.063 2.042.531

Honorários

Outras remunerações

Total 3.542.063 2.042.531

Por entidade Ramo vida Ramo n/ vida

Empresas de Seguros 3.296.455 245.608

Outros mediadores

Clientes (outros)

Total 3.296.455 245.608

2015

Por entidade 2015 2014

Empresas de Seguros

FIDELIDADE 90,05% 80,53%

Outros mediadores

Clientes (outros)

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Relatório e Contas 2015

e) Valores das contas «clientes», início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentam fundos relativos a contratos de seguros.

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem.

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar.

Nota: As restantes alíneas da norma não são aplicáveis.

42 OUTRAS INFORMAÇÕES

Banco Postal O ano 2015 permitiu que fossem monitorizados e atualizados os resultados dos diversos estudos de mercado desenvolvidos pelos CTT e permitiu ainda a organização de várias visitas a bancos postais na Europa, tendo sido desenvolvido um conhecimento profundo dos modelos de banca postal internacional e das suas estratégias ao nível da oferta e processos de crescimento. Simultaneamente, e ao longo de todo o ano 2015, foi continuamente monitorizado o mercado e o comportamento dos principais indicadores, e foi sendo atualizada a estratégia do Banco em função

Contas "Clientes" 2015 2014

Início exercício - -

Final exercício - -

Volume movimentado no exercício

A Débito 289.194.305 513.739.965

A Crédito 87.855.030 204.059.254

Por entidade (origem) 2015 2014 2015 2014

Tomadores de seguro, segurados ou beneficiários

Empresas de seguros 334.004 8.062.535 51.355 47.009

Empresas de resseguros

Outros mediadores

Clientes (outros)

Total 334.004 8.062.535 51.355 47.009

Contas a receber Contas a pagar

Por entidade (origem) 2015 2014 2015 2014

Outros mediadores

Total 373.770.961 705.074.888 373.673.834 708.782.371

Contas a receber Contas a pagar

Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro

87.855.030 204.059.254 84.479.529 195.042.406

Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro

Fundos que lhe foram confíados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários (ou empresas de seguros no caso da actividade de mediação de resseguros)

285.915.932 501.015.634 289.194.305 513.739.965

Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar

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Relatório e Contas 2015

das exigências e contexto envolvente, levando a uma progressiva adequação do modelo económico e financeiro. O projeto e o seu enquadramento estratégico foram reiterados e apresentados aos investidores/acionistas dos CTT no Capital Markets Day, que teve lugar a 19 de novembro, e onde foi possível detalhar a oferta de valor, o posicionamento e alguns dos indicadores. O Banco CTT é um projeto bancário que se posiciona no mass market/retalho e com fortes valias na solidez do balanço, na simplicidade e proximidade, alavancando numa rede já existente. Após a submissão do processo suporte ao Registo Especial junto do Banco de Portugal, no início de julho, e no seguimento das interações com o regulador, foi possível acautelar todos os requisitos definidos pelo Banco de Portugal, e em outubro o Banco CTT obteve autorização para a conclusão do seu processo de registo especial, e dedicou-se assim à implementação dos requisitos regulatórios aplicáveis, nomeadamente em matéria de política de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. O Banco CTT deu início à sua atividade no dia 27 de novembro último, mediante a abertura da sua agência sede em regime de soft opening, que permitiu testar os sistemas os processos e as práticas bancárias em ambiente controlado, antes da abertura ao publico em geral, prevista para o primeiro trimestre de 2016. Memorando de Entendimento com a Altice Portugal, SA Em novembro de 2014 os CTT assinaram um Memorando de Entendimento com a Altice, na altura proponente à aquisição da PT Portugal, S.A., com vista à celebração de um Acordo Quadro que potencie as sinergias entre os CTT e a PT Portugal. Na sequência da formalização da operação de aquisição da PT Portugal por parte da Altice, foi já pago aos CTT, em julho de 2015, o montante inicial contratualmente estabelecido. Foram desenvolvidas no segundo semestre algumas interações no que toca ao detalhe das parcerias comerciais específicas geradoras de valor para ambas as empresas, nomeadamente a otimização conjunta das redes de retalho, aproveitando a escala e capilaridade da rede CTT, o desenvolvimento de negócios conjuntos na área do comércio eletrónico e convergência físico-digital e também oportunidades de criação de valor no âmbito dos Serviços Financeiros e do Banco CTT. No entanto, fruto das prioridades da MEO pós aquisição, ainda não foi materializada nenhuma parceria em concreto. Escrita Inteligente, S.A. A 17 de dezembro de 2015, os CTT adquiriram a totalidade do capital social da sociedade Escrita Inteligente, S.A., start up da área digital dedicada à exploração da solução denominada “Recibos Online”. A solução em questão consiste na emissão de faturas eletrónicas, permitindo a retalhistas e outros emitentes do mundo físico eliminarem a tradicional impressão em papel por uma versão digital com igual valor legal e aos consumidores terem uma plataforma onde concentrem as suas despesas (útil para efeitos de IRS).

43 ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

Atualização de preços do serviço postal Os CTT – Correios de Portugal, S.A. (“CTT”) procederam à atualização dos seus preços com efeitos a 1 de fevereiro de 2016. Esta atualização corresponderá a uma variação média anual do preço do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas de 1,3% (não inclui a oferta

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Relatório e Contas 2015

do serviço universal a remetentes de envios em quantidade, aos quais se aplica o regime de preços especiais). Os novos preços foram definidos em conformidade com os Critérios de Fixação de Preços do Serviço Postal Universal definidos pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), no âmbito do nº 3 do art.º 14º da Lei n.º 17/2012, de 26 de abril, na redação que foi dada pelo Decreto-Lei n.º 160/2013, de 19 de novembro. Enquadrada na política tarifária da empresa para o ano 2016, a presente atualização corresponde a uma variação média anual dos preços de 1,1%, refletindo também o efeito da atualização dos preços dos serviços reservados (serviços de citações e notificações postais) e do correio em quantidade. No âmbito da política de preços para o ano de 2016, os CTT, na qualidade de prestador do serviço universal, disponibilizarão uma oferta de acesso à rede do serviço universal por parte de outros operadores, nos termos previstos no art.º 38º da Lei Postal (Lei nº 17/2012, de 26 de abril). Banco CTT – abertura ao público em geral A abertura do Banco CTT ao público em geral ocorrerá em 18 de março, através da abertura do Banco em 52 das lojas CTT, garantindo a presença do Banco em todos os distritos do país incluindo ilhas. Sendo uma natural evolução do segmento de Serviços Financeiros, a abertura do banco será iniciada nas lojas dos CTT que evidenciam maior potencial nesta área de negócio. A atividade do Banco nestas lojas será desenvolvida mediante dois modelos distintos: espaços dedicados, na quase totalidade das lojas em causa, e balcões dedicados, permitindo uma identificação/comunicação clara da presença e potenciando o inicio da atividade bancária. Adequação da estrutura societária da área de Expresso e Encomenda Fruto da análise dos resultados da reestruturação em curso na Tourline e da decisão de integração da rede de Expresso e Encomendas na rede base de correio, foi analisada a melhor organização societária para alcançar os objetivos estratégicos propostos. A estratégia de integração das operações a nível ibérico revelou-se de difícil aplicação face aos diferentes modelos operacionais, e preterida em favor da integração das redes em Portugal dadas as sinergias e economias de escala claras. Neste contexto, foi aprovada pelo Conselho de Administração em 15 de março de 2016, a aquisição pelos CTT da Tourline à CTT Expresso. As demonstrações financeiras para o período findo em 31 de dezembro de 2015 foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Empresa e autorizadas para emissão em 15 de março de 2016. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O DIRECTOR DA CONTABILIDADE E TESOURARIA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório e Contas 2015

PARTE III – RELATÓRIO DE AUDITORIA E RELATÓRIO E PARECER DA COMISSÃO DE

AUDITORIA

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Relatório e Contas 2015

PARTE IV – RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 298

PARTE I – INFORMAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE ........................................................................................................................................................................... 299

A. ESTRUTURA ACIONISTA ........................................................................................................................... 299

I. ESTRUTURA DE CAPITAL ..................................................................................................................... 299

1. Estrutura de capital ............................................................................................................................................. 299

2. Restrições à transmissibilidade das ações .................................................................................................. 300

3. Ações próprias ..................................................................................................................................................... 300

4. Acordos significativos com cláusulas de mudança de controlo............................................................ 301

5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas ............................................................................................................................................................... 302

6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da Sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto ................... 302

II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS .......................................................................... 302

7. Titulares de participações qualificadas, percentagem de capital e de votos imputável, fonte e causas da imputação .......................................................................................................................................... 302

8. Número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização ............................................................................................................................................................ 304

9. Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital ............................................................................................................. 305

10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade .............................................................................. 305

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES ............................................................................................................. 306

I. ASSEMBLEIA GERAL ............................................................................................................................. 306

11. Identificação, cargo e mandato (início e fim) dos membros da Mesa da Assembleia Geral ......... 306

12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto ................................................................................. 306

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do artigo 20º do CVM ........................................................................................................................................................... 306

14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada para além das legalmente previstas ....................................................................................... 307

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ......................................................................................................... 307

15. Identificação do modelo de governo adotado ............................................................................................ 307

16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Conselho de Administração ................................................................... 308

17. Composição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ............................................ 308

18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes .......................................................................................................................... 309

19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares de cada um dos membros do Conselho de Administração ............................................................................................................................. 309

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Relatório e Contas 2015

20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas dos membros do Conselho de Administração com Acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto ................................................................................................................. 310

21. Repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade ........................................................................................................................................................ 310

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ............................................................................ 318

23. Número de reuniões do Conselho de Administração realizadas e grau de assiduidade de cada membro ................................................................................................................................................................. 318

24. Indicação dos órgãos da Sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos .................................................................................................................... 318

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos ............................................................................................................................................................. 318

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros do Conselho de administração ......................... 319

27. Comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento .................................................................................... 319

28. Composição da Comissão Executiva ............................................................................................................ 319

29. Competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício dessas competências ................................................................................................................ 319

III. FISCALIZAÇÃO ........................................................................................................................................ 321

30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado.................................... 321

31. Composição da Comissão de Auditoria com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro ............................................. 321

32. Identificação dos membros da Comissão de Auditoria que se considerem independentes, nos termos do artigo 414º, n.º5 do CSC ....................................................................................................... 322

33. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do órgão de fiscalização ................................................................................................................ 322

34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do órgão de fiscalização ...................................................................................................................................................... 322

35. Número de reuniões da Comissão de Auditoria e grau de assiduidade de cada membro ............ 323

36. Disponibilidade de cada um dos membros da Comissão de Auditoria, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos respetivos membros ............................................................... 323

37. Procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo ............................................................................ 323

38. Outras funções dos órgãos de fiscalização ................................................................................................. 324

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS .............................................................................................................. 326

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa 326

40. Número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da Sociedade e/ou Grupo ................................................................................................................................. 326

41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à Sociedade .......................................................... 326

V. AUDITOR EXTERNO ............................................................................................................................... 326

42. Identificação do auditor externo e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, e respetivo número de registo na CMVM ......................................... 326

43. Número de anos em que o auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da Sociedade e/ou do grupo ................................................................................................................................. 326

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Relatório e Contas 2015

44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções ................................................................... 326

45. Órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita ................................................................................................................................................... 327

46. Trabalhos distintos dos de auditoria realizados pelo auditor externo para a Sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação .............................................................................................. 327

47. Montante da remuneração anual paga pela Sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de Grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas e discriminação da percentagem respeitante a cada tipo de serviços ................................................... 328

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA ........................................................................................................................... 328

I. ESTATUTOS ............................................................................................................................................ 328

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade .................................................................... 328

II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES .............................................................................................. 329

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade .................................. 329

III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS ...................................................................................... 330

50. Pessoas/órgãos responsáveis pela auditoria interna e sistema de controlo interno ................... 330

51. Relações de dependência hierárquica/funcional face a outros órgãos da Sociedade .................. 330

52. Outras áreas funcionais com competência no controlo de riscos ........................................................ 331

53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade ................................................................................ 332

54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão dos riscos ....................................................................................................................................................................... 333

55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira ....................... 334

IV. APOIO AO INVESTIDOR .......................................................................................................................... 335

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto ............................................................ 335

57. Representante para as relações com o mercado ...................................................................................... 336

58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores .......................................................................................................... 337

V. SÍTIO DE INTERNET ................................................................................................................................. 337

59. Endereço ................................................................................................................................................................ 337

60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de Sociedade aberta, a sede e demais elementos de identificação da sociedade .................................................................................... 337

61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões .................................................................................................................................................. 337

62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor, respetivas funções e meios de acesso ........................................................................................................ 337

63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, bem como o calendário semestral de eventos societários .................................................................................................................. 338

64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da Assembleia Geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada .............................................................. 338

65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das Assembleias Gerais da Sociedade, o capital social representado e os resultados das votações ................................................................................................................................................................ 338

D. REMUNERAÇÕES ....................................................................................................................................... 338

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Relatório e Contas 2015

I. COMPETÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO ........................................................................................... 338

66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da Comissão Executiva e dos dirigentes da sociedade ............................................... 338

II. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES ......................................................................................................... 339

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores ..................................................................................................................... 339

68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações ................................................................................................................................. 339

III. ESTRUTURA DAS REMUNERAÇÕES .................................................................................................... 340

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho .............................................................................. 340

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos .............................................................. 342

71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente .............. 345

72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento ...................................................................................................................................... 347

73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações; eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual ........................................................................................................................................................................ 348

74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício ......................................................................................... 348

75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários ................................................................................................................. 348

76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os Administradores e data em que foram aprovados em Assembleia Geral, em termos individuais........................................................................................................................................ 349

IV. DIVULGAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES .................................................................................................. 349

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de administração da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem ....................... 349

78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum ............................................................................... 350

79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos ...................... 350

80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício ........................................................................................ 350

81. Montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho ............ 350

82. Remuneração no ano de referência do Presidente da Mesa da Assembleia Geral ........................ 351

V. ACORDOS COM IMPLICAÇÕES REMUNERATÓRIAS ........................................................................... 351

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração ................... 351

84. Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações

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Relatório e Contas 2015

em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade ........................................................................... 351

VI. PLANOS DE ATRIBUIÇÃO DE AÇÕES OU OPÇÕES SOBRE AÇÕES (‘STOCK OPTIONS’) .................... 352

85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários ............................................................................. 352

86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício de opções) ........................... 352

87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa ............................................................... 352

88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes .. 352

E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ........................................................................................ 352

I. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLO ............................................................................ 352

89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas ............................................................................................................................................ 352

90. Transações sujeitas a controlo no ano de referência ............................................................................... 353

91. Procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ............................................................................................................................................................. 354

II. ELEMENTOS RELATIVOS AOS NEGÓCIOS ........................................................................................... 354

92. Local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24 ................................................................. 354

PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO ..................................................................................... 355

1. Identificação do Código de governo das sociedades adotado .............................................................. 355

2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado....................................... 355

ANEXO I .............................................................................................................................................................. 362

CURRICULA DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO E DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS ................................................................................................................................ 362

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Relatório e Contas 2015

INTRODUÇÃO O ano de 2015 foi um ano marcante para os CTT no que se refere à dinâmica do governo da Sociedade. Por um lado, assistiu-se à consolidação do seu posicionamento no mercado enquanto Empresa recentemente privatizada, com um free-float de 100% do seu capital disperso por Acionistas institucionais e particulares, e por outro à estabilização dos procedimentos necessários à recente realidade de emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado (“Emitente”). Neste âmbito, a Empresa não só tem vindo a dar plena execução ao modelo e práticas de governo adotados ao longo dos exercícios anteriores, como aperfeiçoou neste exercício alguns dos instrumentos relevantes, em especial, face aos desenvolvimentos ocorridos em 2015. Em particular, os CTT robusteceram tais práticas no âmbito da criação do Banco CTT (no contexto do respetivo registo especial junto do Banco de Portugal e início de atividade, respetivamente em 8 de outubro e 27 de novembro de 2015), com destaque para o Código de Conduta dos CTT e Subsidiárias, no qual se reitera a respetiva Missão, Visão e Valores e se adotam melhores práticas de conduta em linha com o benchmarking do sector financeiro. Foi igualmente aperfeiçoado o Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas e Prevenção de situações de Conflito de Interesses, com vista ao afinamento dos conceitos e procedimentos aí previstos. Por sua vez, atentos os desenvolvimentos regulatórios em matéria de auditoria e revisão oficial de contas, os CTT alteraram os Regulamentos da Comissão de Auditoria e de Prestação de Serviços por parte do Revisor Oficial de Contas (“ROC”). Neste contexto, em 2015 os CTT continuam a dar cumprimento a um conjunto significativo de recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (“CMVM”), na versão publicada em julho de 2013 (“Recomendações da CMVM” ou “Código da CMVM”). Neste relatório, a Sociedade procede a uma apreciação do cumprimento das Recomendações da CMVM (exercício de comply or explain constante da Parte II), tendo por referência o modelo de relatório constante do Regulamento n.º 4/2013 da CMVM (correspondente em especial à Parte I).

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Relatório e Contas 2015

PARTE I – INFORMAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE A. ESTRUTURA ACIONISTA I. ESTRUTURA DE CAPITAL

1. Estrutura de capital O capital social dos CTT é de 75.000.000€, integralmente subscrito e realizado, sendo representado por 150.000.000 de ações ordinárias (não existindo diferentes categorias), nominativas, escriturais, com valor nominal de 0,50€ cada, admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon. Os CTT realizaram no final de 2015 um estudo para a caracterização da respetiva estrutura de capital. Este estudo identificou 181 acionistas institucionais detentores de cerca de 87% do capital da Empresa.

Segundo este estudo, o investimento com sede no Reino Unido representava 39% das ações dos CTT detidas pelos investidores institucionais identificados (47% em 2014), enquanto os investidores institucionais sedeados nos Estados Unidos e Alemanha detinham, respetivamente, 14% e 13% (15% e 7% em 2014, respetivamente). O estudo também identificou investidores institucionais com sede em Portugal, que detinham 9% (6% em 2014) e em França, que detinham 9% (8% em 2014).

87%

13%

COMPOSIÇÃO ACIONISTA POR PERFIL DE INVESTIDOR

Institucional

Retalho, outros e nãoidentificados

39%

14%13%

9%

9%

16%

REPARTIÇÃO GEOGRÁFICA

Reino Unido

Estados Unidos

Alemanha

Portugal

França

Resto da Europa

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Relatório e Contas 2015

Os investidores com uma estratégia de crescimento representavam 46% das ações detidas pelos investidores institucionais identificados (vs. 42% em 2014), seguidos por 23% de investidores com uma estratégia de tipo GARP – Growth At a Reasonable Price (vs. 18% em 2014). Os investidores de tipo Hedge Funds, Valor e Fundos de Índice representavam no seu conjunto menos de 20% (que compara com menos de 1/3 em 2014) do total do investimento institucional identificado.

Este estudo demonstrou ainda que os 10 maiores acionistas dos CTT detinham 43% do capital da Empresa (vs. 34% em 2014), enquanto os 25 maiores detinham um total de 64% (vs. 57% em 2014).

2. Restrições à transmissibilidade das ações As ações dos CTT não se encontram sujeitas a quaisquer limitações (seja estatutárias seja legais) no que respeita à sua transmissibilidade ou titularidade. Ainda que as ações dos CTT sejam livremente transmissíveis, a sua aquisição implica, desde a data do registo comercial do Banco CTT (instituição de crédito totalmente detida pelos CTT), o cumprimento dos requisitos legais em matéria de participações qualificadas diretas ou indiretas previstos no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras constante do Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, na sua versão atualizada. Em particular, e nos termos do artigo 102º do referido Regime Geral, as pessoas que pretendam deter participação qualificada nos CTT e indiretamente no Banco (i.e., participação direta ou indireta igual ou superior a 10% do capital social ou dos direitos de voto ou que, por qualquer motivo, possibilite exercer influência significativa na gestão) devem comunicar previamente ao Banco de Portugal o seu projeto para efeitos da respetiva não oposição. Por sua vez, os atos ou factos que resultem na aquisição de uma participação que atinja, pelo menos, 5% do capital ou dos direitos de voto dos CTT e indiretamente do Banco, devem ser comunicados ao Banco de Portugal, no prazo de 15 dias a contar da respetiva verificação, nos termos do artigo 104º do referido Regime Geral.

3. Ações próprias A Empresa procedeu, em 2015, à aquisição de ações próprias no mercado regulamentado Euronext Lisbon, nos termos detalhados adiante, com vista a cumprir as obrigações previstas no plano de atribuição de ações a Administradores Executivos da Sociedade, aprovado na Assembleia Geral Anual de 5 de maio de 2015 (conforme pontos 85 e 86 da Parte I infra), considerando recomendação da Comissão de Vencimentos a este propósito e com base na autorização concedida ao Conselho de Administração para a aquisição de ações próprias na mesma Assembleia Geral:

46%

23%

9%

6%

5%

11%

COMPOSIÇÃO ACIONISTA POR ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO

Crescimento

GARP (Crescimento / Valor)

Fundos de Índice

Valor

Hedge Funds

Outros

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Relatório e Contas 2015

Data da transação

Quantidade % do capital

social Preço médio

Desembolsos efetuados pela Sociedade

% do volume total da sessão

01-06-2015 60.437 0,040% 9,280 € 560.842 € 11,16% 02-06-2015 113.000 0,075% 9,402 € 1.062.400 € 15,85% 03-06-2015 26.740 0,018% 9,345 € 249.883 € 6,89%

Total 200.177 0,133% 9,357 € 1.873.125 € n.a.

Nota: Para maior detalhe sobre as transações supra, consultar o comunicado correspondente no site dos CTT, em: http://www.ctt.pt/ctt-e-investidores/index.html.

Na sequência das referidas transações e por referência a 31 de dezembro de 2015, os CTT são titulares de 200.177 ações próprias, com o valor nominal de 100.088,50€, representativas de 0,133% do respetivo capital social e dos direitos de voto, encontrando-se todos os direitos inerentes às mesmas (com exceção do direito a receber novas ações no caso de aumento de capital por incorporação de reservas) suspensos por força do previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 324º do Código das Sociedades Comerciais (“CSC”).

4. Acordos significativos com cláusulas de mudança de controlo Mantêm-se em vigor contratos de arrendamento de imóveis celebrados ao longo dos anos que previam expressamente que, caso o Estado Português deixasse de deter, pelo menos, 50% do capital social da Sociedade, esta ficaria obrigada a assegurar a emissão a favor do senhorio de uma garantia bancária à primeira solicitação, em sistema de revolving, de valor equivalente a 6 ou a 24 rendas mensais. A 31 de dezembro de 2015, todas as garantias solicitadas haviam sido prestadas e não vigorava (nem vigora nesta data) qualquer previsão contratual relativa a mudança de controlo nos contratos de arrendamento celebrados pelos CTT. Mantém-se igualmente em vigor o contrato para a comercialização de produtos de crédito Cetelem na Rede de Lojas e no website dos CTT celebrado, em 23 de junho de 2014, com o BNP Paribas Personal Finance, S.A., o qual não sofreu alterações quanto à possibilidade de resolução unilateral por qualquer das partes, em determinadas circunstâncias, caso ocorra uma mudança de controlo acionista. Da mesma forma mantêm-se inalterados e em vigor os contratos celebrados, a 16 de julho de 2013 e 8 de outubro de 2007, respetivamente, com a Fidelidade – Companhia de Seguros, S.A., para a mediação de seguros desta entidade, e com a Western Union Payment Services Network EU/EEA Limited, para a prestação de serviços de transferência de fundos, os quais estabelecem que qualquer das partes pode resolver tais contratos no caso de uma alteração de controlo na estrutura acionista da contraparte. Ainda no âmbito da constituição do Banco CTT (instituição integralmente detida pelos CTT que exercerá a sua atividade presencial iminentemente na Rede de Lojas do CTT) foram celebrados, a 18 de novembro de 2015, 3 contratos entre os CTT e o Banco que regulam a disponibilização de meios inerentes à Rede de Lojas e a parceria CTT / Banco relativa ao Canal CTT, o regime de pluralidade de empregadores adotado no contexto dos contratos de trabalho com trabalhadores da Rede de Lojas e a prestação de serviços entre as partes. Estes contratos preveem a possibilidade de, por iniciativa de qualquer das partes, renegociação do respetivo equilíbrio negocial/financeiro, de boa-fé e com base em condições normais de mercado, em caso de termo da respetiva relação de domínio ou de grupo ou de evento que determine que os CTT passem a ser controlados por concorrente do Banco. Ainda que os contratos referidos sejam estrategicamente relevantes para o segmento de serviços financeiros dos CTT, as referidas cláusulas relacionadas com alterações de controlo constituem condições normais de mercado neste tipo de contratos de comercialização/distribuição de

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Relatório e Contas 2015

produtos financeiros, bem como de parceria (sobretudo para proteção das partes no caso de aquisição de controlo da contraparte por concorrentes), e não visam nem são suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações dos CTT. A Sociedade não é parte de quaisquer outros acordos significativos que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem (nem os efeitos respetivos) em caso de mudança de controlo dos CTT na sequência de uma oferta pública de aquisição. Ademais e em linha com a Recomendação I.5. da CMVM, não foram adotadas medidas nem os CTT são parte em acordos significativos que determinem a exigência de pagamentos ou a assunção de encargos pela Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações dos CTT e a livre apreciação pelos Acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração dos CTT.

5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas

Não se encontram estatutariamente previstos limites ao número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único Acionista, de forma individual ou concertada com outros Acionistas, termos em que a Sociedade considera que Recomendação I.4. da CMVM não lhe é aplicável.

6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da Sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto

A Sociedade não tem conhecimento da existência de quaisquer acordos parassociais relativos aos CTT, designadamente em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto. II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS

7. Titulares de participações qualificadas, percentagem de capital e de votos imputável, fonte e causas da imputação

Em 31 de dezembro de 2015, tendo por referência as comunicações efetuadas até essa data à Sociedade, a estrutura das participações qualificadas nos CTT, calculadas nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (“CVM”), era como segue (sem prejuízo das alterações divulgadas ao mercado até à presente data e identificadas na tabela infra):

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Relatório e Contas 2015

Acionistas (10)   Nº Ações % Capital % Direitos de

voto

Standard Life Investments Limited (1)   9.910.580 6,607% 6,607%Ignis Investment Services Limited (1)   97.073 0,065% 0,065%Standard Life Investments (Holdings) Limited Total 10.007.653 6,672% 6,672%Manuel Carlos de Mello Champalimaud   33.785 0,023% 0,023%Gestmin SGPS, S.A. (2)   7.766.215 5,177% 5,177%Manuel Carlos de Mello Champalimaud Total 7.800.000 5,200% 5,200%Artemis Fund Managers Limited (3)   7.433.817 4,956% 4,956%Artemis Investment Management LLP   276.892 0,185% 0,185%Artemis Investment Management LLP (3) Total 7.710.709 5,140% 5,140%Allianz Global Investors GmbH (4) Total 7.552.637 5,035% 5,035%A.A.-FORTIS-ACTIONS PETITE CAP. EUROPE (5)   226.096 0,151% 0,151%BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset Income (5)   241.969 0,161% 0,161%BNP PARIBAS B PENSION BALANCED (5)   675.151 0,450% 0,450%BNP PARIBAS B PENSION GROWTH (5)   89.950 0,060% 0,060%BNP PARIBAS B PENSION STABILITY (5)   42.617 0,028% 0,028%BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME (5)   287.384 0,192% 0,192%BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND (5)   1.569.016 1,046% 1,046%Merck BNP Paribas European Small Cap (5)   97.607 0,065% 0,065%METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH (5)   159.111 0,106% 0,106%PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP (5)   3.863.880 2,576% 2,576%PARWORLD TRACK EUROPE SMALL CAP (5)   5.004 0,003% 0,003%Stichting Bewaar ANWB – Eur Small Cap (5)   149.732 0,100% 0,100%Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken (5)   130.657 0,087% 0,087%BNP Paribas Investment Partners, Limited Company (5) Total 7.538.174 5,025% 5,025%Kames Capital plc (6)   2.045.003 1,363% 1,363%Kames Capital Management Limited (6)   3.096.134 2,064% 2,064%Aegon NV (6) Total 5.141.137 3,427% 3,427%Norges Bank Total 3.143.496 2,096% 2,096%F&C Asset Management plc (7)   3.124.801 2,083% 2,083%Bank of Montreal (7) Total 3.124.801 2,083% 2,083%Henderson Global Investors Limited (8)   3.037.609 2,025% 2,025%Henderson Group plc (8) Total 3.037.609 2,025% 2,025%CTT (ações próprias) Total 200.177 0,133% 0,133% (9)

Restantes acionistas Total 94.743.607 63,162% 63,162%

TOTAL   150.000.000 100,000% 100,000%

(1) Empresa detida pela Standard Life Investments (Holdings) Limited. (2) Participação qualificada imputável, direta e indiretamente, ao Sr. Manuel Carlos de Mello Champalimaud. (3) Empresa detida pela Artemis Investment Management LLP. Segundo comunicação de 25 de fevereiro de 2016, a Artemis Investment Management LLP reduziu a sua participação qualificada nos CTT, passando a mesma a ser constituída como segue: Artemis Fund Managers Limited - 4,8851%; Artemis Investment Management LLP - 0,1%, totalizando 4,9851% detidos naquela data.

(4) Anteriormente denominada: Allianz Global Investors Europe GmbH.(5) De acordo com a comunicação do BNP Paribas Investment Partners, Limited Company, a respetiva participação nos CTT corresponde a “5,03% do capital social (4,77% dos direitos de voto”) - v. comunicado CTT de 18 de dezembro de 2015) Participação detida através dos seguintes fundos geridos pelo BNP Paribas Investment Partners: A.A.-FORTIS-ACTIONS PETITE CAP EUROPE; BNP PARIBAS A FUND European Multi-Asset Income; BNP PARIBAS B PENSION BALANCED; BNP PARIBAS B PENSION GROWTH; BNP PARIBAS B PENSION STABILITY; BNP PARIBAS L1 MULTI-ASSET INCOME; BNP PARIBAS SMALLCAP EUROLAND; Merck BNP Paribas European Small Cap; METROPOLITAN-RENTASTRO GROWTH; PARVEST EQUITY EUROPE SMALL CAP; PARWORLD TRACK EUROPE SMALL CAP; Stichting Bewaar ANWB - Eur Small Cap; Stichting Pensioenfonds Openbare Bibliotheken. Segundo comunicação de 4 de fevereiro de 2016, a estrutura dos direitos de voto detidos nos CTT pelo BNP Paribas Investment Partners teve alterações, ficando como segue: BNP Paribas Investment Partners Belgium SA - 0,833%; BNP Paribas Investment Partners Luxembourg - 2,972%; BNP Paribas Asset Management - 1,197%, totalizando 5,002% detidos naquela data.

(6) A partir de 1 de janeiro de 2015, em resultado de reestruturação societária, as carteiras que se encontravam sob gestão da Kames Capital Management Limited (subsidiária da Kames Capital plc) foram transferidas, encontrando-se sob gestão da Kames Capital plc. Participação qualificada imputável à seguinte cadeia de entidades: (i) Kames Capital Holdings Limited, que detém 100% da Kames Capital plc; (ii) Aegon Asset Management Holding BV, que detém 100% da Kames Capital Holdings Limited; e (iii) Aegon NV, que detém 100% da Aegon Asset Management Holding BV.(7) Participação imputável à F&C Asset Management plc enquanto entidade com a qual a F&C Management Limited, a F&C Investment Business Limited e a F&C Managers Limited se encontram em relação de domínio. A F&C Asset Management plc encontra-se sob o domínio da BMO Global Asset Management (Europe) Limited que, por sua vez, se encontra sob o domínio do Banco de Montreal.

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Relatório e Contas 2015

8. Número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de

fiscalização Nos termos do n.º 5 do artigo 447º do CSC e do artigo 14º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008, durante o exercício de 2015 e de acordo com as comunicações efetuadas à Sociedade até 31 de dezembro, o número de ações detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT (os quais constituem dirigentes dos CTT nos termos e para os efeitos do artigo 248º-B do CVM) e pelas entidades com eles estreitamente relacionadas de acordo com aquelas disposições, bem como todas as suas aquisições, onerações ou cessações de titularidade, foram os indicados nas listas seguintes:

(8) O Henderson Group plc é a empresa-mãe da Henderson Global Investors Limited. Todos os direitos de voto são imputáveis à Henderson Global Investors Limited. Segundo comunicação de 8 de janeiro de 2016, o Henderson Group plc deixou de deter uma participação qualificada nos CTT, passando a deter menos de 2% do capital social e dos direitos de voto dos CTT. (9) Os direitos de voto inerentes às ações próprias detidas pela Sociedade encontram-se suspensos por força do artigo 324º do CSC.(10) Segundo comunicação de 13 de janeiro de 2016, a BlackRock, Inc. passou a deter uma participação qualificada de 2,01% do capital social e direitos de voto nos CTT, correspondentes a 2.748.939 ações e 269.835 CFD, imputáveis à seguinte cadeia de controlo da BlackRock, Inc.: BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc.; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock International Holdings, Inc., BR Jersey International Holdings L.P., BlackRock Group Limited, BlackRock Advisors (UK) Limited; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock International Holdings, Inc., BR Jersey International Holdings L.P., BlackRock (Singapore) Holdco Pte. Ltd., BlackRock Asia-Pac Holdco, LLC, BlackRock HK Holdco Limited, BlackRock Cayco Limited, BlackRock Trident Holding Company Limited, BlackRock Japan Holdings GK, BlackRock Japan Co., Ltd.; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock International Holdings, Inc., BR Jersey International Holdings L.P., BlackRock Australia Holdco Pty. Ltd., BlackRock Investment Management (Australia) Limited; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock International Holdings, Inc., BR Jersey International Holdings L.P., BlackRock Holdco 3, LLC, BlackRock Canada Holdings LP, BlackRock Canada Holdings ULC, BlackRock Asset Management Canada Limited; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock Capital Holdings, Inc., BlackRock Advisors, LLC; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock Holdco 4, LLC, BlackRock Holdco 6, LLC, BlackRock Delaware Holdings Inc., BlackRock Fund Advisors; BlackRock, Inc., BlackRock Holdco 2, Inc., BlackRock Financial Management, Inc., BlackRock Holdco 4, LLC, BlackRock Holdco 6, LLC, BlackRock Delaware Holdings Inc., BlackRock Fund Advisors, BlackRock Institutional Trust Company, National Association; BlackRock, Inc., Trident Merger, LLC, BlackRock Investment Management, LLC.

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Relatório e Contas 2015

Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização dos CTT não detinham a 31 de dezembro de 2015 quaisquer obrigações emitidas pela Sociedade nem quaisquer ações ou obrigações emitidas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com os CTT, nem realizaram em 2015 quaisquer transações relativas àqueles valores mobiliários, nos termos e para os efeitos do artigo 447º do CSC.

9. Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital

Os poderes atribuídos ao Conselho de Administração dos CTT encontram-se descritos no ponto 21 da Parte I infra. Estatutariamente não se encontra prevista a atribuição de poderes especiais ao Conselho de Administração no que se refere a aumentos de capital, sendo esta uma matéria da competência exclusiva da Assembleia Geral.

10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade

As relações significativas de natureza comercial mantidas entre a Sociedade e os seus titulares de participações qualificadas durante o exercício de 2015 correspondem às transações com partes relacionadas identificadas no ponto 92 da Parte I infra.

Conselho de Administração (a)Nº de Ações

em31.12.2014

Data Aquisição Oneração Alienação PreçoNº de Ações

em31.12.2015

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda 3.110 - - - - - 3.110António Sarmento Gomes Mota 0 - - - - - 0

Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco 1.550 - - - - - 1.550André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa (b) 3.110 14.05.2015 780 - - 10,05 € 3.890Dionizia Maria Ribeiro Farinha Ferreira 0 - - - - - 0Ana Mª Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo 0 - - - - - 0

António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino 0 - - - - - 0Nuno Fernandes Thomaz 0 - - - - - 0Diogo José Paredes Leite de Campos 0 - - - - - 0Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa 0 - - - - - 0

José Manuel Baptista Fino 0 - - - - - 0

Pessoas estreitamente relacionadasNº de Ações

em31.12.2014

Data Aquisição Oneração Alienação PreçoNº de Ações

em31.12.2015

Alice Monjardino de Campos de Azevedo Soares(c) 120 - - - - - 120

Manuel Mª Azevedo Soares de Abreu Castelo-Branco(c) 1.550 - - - - - 1.550

Susana Gorjão Costa( d ) 3.110 - - - - - 3.110

Revisor Oficial de Contas e Auditor ExternoNº de Ações

em31.12.2014

Data Aquisição Oneração Alienação PreçoNº de Ações

em31.12.2015

KPMG & Associados, SROC, S.A. 0 - - - - - 0

Maria Cristina Santos Ferreira 0 - - - - - 0

Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho 0 - - - - - 0

(a) Inclui os membros da Comissão Executiva e da Comissão de Auditoria.

(b) Transação em causa realizada em mercado regulamentado.

(c) Pessoa estreitamente relacionada com Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco.

(d) Pessoa estreitamente relacionada com André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa.

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Relatório e Contas 2015

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES I. ASSEMBLEIA GERAL a) Composição da Mesa da Assembleia Geral

11. Identificação, cargo e mandato (início e fim) dos membros da Mesa da Assembleia Geral

Nos termos do artigo 10º dos Estatutos dos CTT, a Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente e um Vice-Presidente, eleitos trienalmente em Assembleia Geral. No ano de 2015 e atualmente, a composição da Mesa da Assembleia Geral é a seguinte:

Titulares Cargo Mandato (1)

Júlio de Lemos de Castro Caldas Presidente 2014/2016 Francisco Maria Freitas de Moraes Sarmento Ramalho Vice-Presidente 2014/2016

(1) Membros inicialmente eleitos em 12/11/2013 para completar o mandato 2012/2014, tendo na Assembleia Geral de 24/03/2014

sido deliberado prolongar as suas funções para o mandato 2014/2016.

Segundo a mesma disposição estatutária, os membros da Mesa da Assembleia Geral são assistidos pela Secretária da Sociedade, funções desempenhadas em 2015 e atualmente pela Dr.ª Maria da Graça Farinha de Carvalho e Sousa Góis. b) Exercício do direito de voto

12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto

Os Estatutos dos CTT não preveem limitações em matéria de direito de voto nem sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial. De acordo com os artigos 7º e 8º dos Estatutos, têm direito de voto na Assembleia Geral os Acionistas que, na data de registo, correspondente às 0 horas (GMT) do 5º dia de negociação anterior ao da realização da Assembleia Geral, sejam titulares de pelo menos uma ação. Segundo estas disposições, o direito de voto pode ser exercido por representação, correspondência ou meios eletrónicos e pode abranger todas as matérias constantes da convocatória. O exercício de voto por qualquer destas vias deve ser efetuado nos termos e prazos e pelos mecanismos detalhadamente fixados na convocatória de modo a incentivar a participação acionista (na reunião da Assembleia Geral Anual realizada em 2015 foi permitida participação e o exercício de voto por qualquer destas vias). Atento o referido, os CTT cumprem plenamente a Recomendação CMVM I.1. Os Estatutos dos CTT não preveem mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação, adotando-se assim a Recomendação I.3. da CMVM.

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do artigo 20º do CVM

Os Estatutos dos CTT não preveem qualquer limitação percentual aos direitos de voto que podem ser exercidos por um único Acionista ou por Acionistas que se encontrem em alguma das relações

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Relatório e Contas 2015

do n.º 1 do artigo 20º do Cód.VM, sendo assim não aplicável aos CTT a Recomendação CMVM I.4.

14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada para além das legalmente previstas

Os Estatutos dos CTT não preveem maiorias qualificadas para a tomada de deliberações para além das legalmente previstas, dando assim cumprimento à Recomendação CMVM I.2. II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO c) Composição

15. Identificação do modelo de governo adotado

A Sociedade adota um modelo de governo de cariz anglo-saxónico, segundo o qual o Conselho de Administração é responsável pela administração da Sociedade e a Comissão de Auditoria (órgão composto por Administradores Não Executivos e independentes) e o ROC são responsáveis pela sua fiscalização. Este modelo tem vindo a permitir a consolidação da estrutura e práticas de governo dos CTT, em linha com as best practices nacionais e internacionais, promovendo o efetivo desempenho de funções e articulação dos órgãos sociais, o regular funcionamento de um sistema de checks and balances e a accountability da sua gestão perante os seus Acionistas e demais stakeholders. Neste âmbito, a Assembleia Geral é competente para: (i) eleger os membros dos órgãos sociais (incluindo os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria bem como o ROC, este último por proposta da Comissão de Auditoria), (ii) apreciar o relatório e contas do Conselho de Administração e o parecer da Comissão de Auditoria, (iii) decidir sobre a aplicação de resultados e (iv) deliberar sobre alterações aos Estatutos. Por sua vez, no contexto das suas funções de administração, o Conselho de Administração delegou poderes de gestão corrente na Comissão Executiva (cfr. descrito no ponto 21 da Parte I infra), cuja atuação é supervisionada pelos Administradores Não Executivos, designadamente pela Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações composta atualmente por uma maioria de Administradores independentes (no desempenho das competências referidas no mesmo ponto). A Comissão de Auditoria (atualmente composta exclusivamente por membros independentes), juntamente com o ROC, desempenham as funções de fiscalização que decorrem das disposições legais e regulamentares aplicáveis, competindo designadamente à Comissão de Auditoria promover e monitorar a independência do ROC / Auditor Externo e da auditoria interna da Sociedade, com vista a contribuir para a qualidade da informação financeira e a eficácia dos sistemas de controlo interno, gestão de risco e auditoria interna (cfr. descrito no ponto 38 da Parte I infra). Adicionalmente, a Comissão de Vencimentos (composta por membros independentes face à administração e eleita pela Assembleia Geral) é responsável pela fixação das remunerações dos membros dos órgãos sociais (cfr. descrito no ponto 66 da Parte I infra).

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Relatório e Contas 2015

16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Conselho de Administração

De acordo com os artigos 9º e 12º dos Estatutos, (i) compete à Assembleia Geral eleger os membros do Conselho de Administração, incluindo o seu Presidente e Vice-Presidentes, por maioria dos votos dos Acionistas presentes ou representados (ou havendo várias propostas a este propósito, fazendo vencimento aquela que tiver a seu favor maior número de votos), e (ii) um dos membros do Conselho de Administração pode ser eleito entre pessoas propostas em listas subscritas por grupos de acionistas, desde que nenhum desses grupos possua ações representativas de mais de 20% e de menos de 10% do capital social. Aplicam-se as regras constantes do CSC no que respeita à substituição dos membros do Conselho de Administração, na ausência de regras estatutárias a este propósito. Nos termos do artigo 16º dos Estatutos, apenas se prevê que a falta de um Administrador a mais de 2 reuniões deste órgão por ano, seguidas ou interpoladas, sem justificação aceite pelo Conselho de Administração, conduz a uma falta definitiva, devendo proceder-se à sua substituição nos termos do CSC. Não estão definidos nos Estatutos da Sociedade quaisquer outros requisitos procedimentais e materiais para efeitos de nomeação ou substituição dos membros do Conselho de Administração.

17. Composição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva De acordo com o artigo 12º dos Estatutos, o Conselho de Administração é composto por 5 a 15 membros, para um mandato de 3 anos renováveis. O Conselho de Administração da Sociedade, em funções em 31 de dezembro de 2015 e nesta data, é composto pelos seguintes 11 Administradores, designados para o mandato 2014/2016:

Titulares Conselho de

Administração Comissão Executiva

Comissão de Auditoria

Independência (1)

Data da 1ª Designação (2)

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Presidente Presidente 24/08/2012António Sarmento Gomes Mota (3) Vice-Presidente Presidente Sim 12/11/2013Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco Vice-Presidente Vogal 24/08/2012André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa Vogal Vogal 24/08/2012Dionizia Maria Ribeiro Farinha Ferreira Vogal Vogal 24/08/2012 Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo Vogal Vogal 24/08/2012 António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino Vogal Sim 24/03/2014Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz Vogal Vogal Sim 24/03/2014Diogo José Paredes Leite de Campos (4) Vogal Vogal Sim 12/11/2013Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa Vogal Sim 29/07/2014José Manuel Baptista Fino Vogal Sim 19/12/2014

(1) A avaliação da independência foi efetuada de acordo com os critérios definidos na Recomendação CMVM II.1.7. e Regulamento n.º 4/2013 da CMVM, bem como com o previsto no n.º 5 do artigo 414º do CSC para os membros não executivos que integram a Comissão de Auditoria.

(2) Apresenta-se neste âmbito a data de primeira designação para um cargo social nos CTT conforme adiante especificado.

(3) Entre 12/11/2013 e 24/03/2014, foi Presidente do Conselho Fiscal dos CTT, tendo nessa última data e aquando da adoção pela Empresa do atual modelo de governo anglo-saxónico, sido designado Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Auditoria.

(4) Entre 12/11/2013 e 24/03/2014, foi Vogal do Conselho Fiscal dos CTT, tendo nessa última data e aquando da adoção pela Empresa do atual modelo de governo anglo-saxónico, sido designado Vogal do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria.

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Relatório e Contas 2015

18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes

O Conselho de Administração é composto pelos membros executivos e não executivos indicados no ponto 17 da Parte I supra, sendo que todos os membros não executivos em funções, desde a sua designação para o mandato em curso, são independentes de acordo com os critérios definidos na Recomendação CMVM II.1.7. e no Regulamento n.º 4/2013 da CMVM e, no que respeita aos membros que integram a Comissão de Auditoria, de acordo com o previsto no n.º 5 do artigo 414º do CSC. A Sociedade adota assim as Recomendações II.1.6. e II.1.7. da CMVM, uma vez que o número de membros não executivos e independentes garante uma efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração, designadamente tendo em conta o modelo de governo adotado, a dimensão da Sociedade e a sua estrutura acionista e free float. A Sociedade cumpre ainda a Recomendação II.1.10. da CMVM, uma vez que adotou os seguintes mecanismos destinados a assegurar a coordenação e eficácia no desempenho de funções pelos Administradores Não Executivos, atenta a cumulação de funções de Chief Executive Officer (“CEO”) pelo Presidente do Conselho de Administração dos CTT:

O Vice-Presidente Não Executivo e independente do Conselho de Administração, António Sarmento Gomes Mota (igualmente Presidente da Comissão de Auditoria e da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações), desempenha as funções de lead independente director que se concretizam nos seguintes termos: (i) acompanha e consulta a Comissão Executiva sobre o desempenho das competências nesta delegadas; (ii) contribui para o efetivo desempenho das suas funções e competências por parte dos Administradores Não Executivos e das comissões internas do Conselho de Administração, assegurando uma adequada coordenação dos seus trabalhos e os mecanismos necessários para que os Administradores Não Executivos recebam atempadamente a informação que julguem adequada à tomada de decisões de forma independente e esclarecida; e (iii) participa em articulação com o Presidente do Conselho de Administração (e CEO) na elaboração e aprovação da agenda das reuniões do Conselho de Administração;

Os Administradores Não Executivos podem obter a informação que julguem necessária ao exercício das respetivas funções e deveres;

A documentação de suporte das reuniões do Conselho de Administração é oportunamente disponibilizada a todos os Administradores Executivos e Não Executivos. As agendas e atas das reuniões da Comissão Executiva são distribuídas aos Administradores Não Executivos, incluindo ao Vice-Presidente Não Executivo do Conselho de Administração, Presidente da Comissão de Auditoria e Presidente da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações.

19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares de cada um dos membros do

Conselho de Administração Remete-se neste ponto para o Anexo I onde são disponibilizados para consulta os curricula dos membros do Conselho de Administração dos CTT.

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Relatório e Contas 2015

20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas dos membros do Conselho de Administração com Acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto

Nenhum dos membros do Conselho de Administração manteve ao longo de 2015 quaisquer relações familiares, profissionais ou comerciais com Acionistas com participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto na Sociedade. Tais relações não existem igualmente relativamente aos Acionistas constantes do quadro detalhado incluído do ponto 8 da Parte I supra, seja por referência a 31 de dezembro de 2015 seja à presente data.

21. Repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade

A 31 de dezembro de 2015 e na presente data, as competências dos órgãos sociais e comissões dos CTT encontram-se repartidas da seguinte forma, como detalhado nos pontos da Parte I adiante indicados:

(1) Vide em particular as competências da Assembleia Geral descritas no ponto 15 supra.

(2) Vide em particular as competências da Comissão de Vencimentos e a sua articulação com Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações descritas nos pontos 15, 21.4 e 66 do presente.

(3) Vide em particular as competências do Conselho de Administração descritas nos pontos 15 e 21.1 do presente. Vide ainda nos pontos 21.4 e 21.5 acerca das competências da Comissão de Ética, enquanto Comissão de apoio à Comissão de Auditoria e ao Conselho de Administração na medida das competências destes órgãos.

(4) Vide em particular as competências da Comissão de Auditoria descritas nos pontos 15, 37 e 38 do presente. Vide ainda nos pontos 21.4 e 21.5 acerca das competências da Comissão de Ética, enquanto Comissão de apoio à Comissão de Auditoria e ao Conselho de Administração na medida das competências destes órgãos.

(5) Vide em particular as competências do ROC descritas nos pontos 15 e 38 do presente.

(6) Vide em particular as competências delegadas pelo Conselho de Administração na Comissão Executiva, assim como os comités e departamentos de apoio à Comissão Executiva, nos termos descritos nos pontos 15, 21.2 e 21.3 do presente.

(7) Vide em particular as competências da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração e a sua articulação com a Comissão de Vencimentos descritas nos pontos 15, 21.4 e 66 do presente.

Assembleia Geral (1)

Conselho de Administração (3)

ROC (5)

ComissãoExecutiva (6)

Comissão de Auditoria (4)

Comissão de Governo Societário,

Avaliação e Nomeações (7)

Comissão de Vencimentos (2)

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Relatório e Contas 2015

21.1. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é o órgão social responsável pela administração e representação da Sociedade, nos termos legais e estatutários, cabendo-lhe praticar todos os atos e operações relativos ao objeto social que não caibam na competência atribuída a outros órgãos da Sociedade. Nos termos do artigo 13º dos Estatutos e artigo 5º do seu Regulamento, o Conselho de Administração é responsável, designadamente, por:

Aprovar os objetivos e políticas de gestão e estabelecer a orientação estratégica e de risco do Grupo, bem como assegurar a eficácia dos sistemas de controlo interno, gestão de risco e auditoria interna do Grupo;

Aprovar os planos de atividades, estratégicos, de investimentos e/ou financeiros anuais e plurianuais e os orçamentos anuais do Grupo, bem como as respetivas alterações;

Deliberar sobre a mudança de sede e projetos de aumento ou redução de capital, de fusões, cisões e transformações e de alterações estatutárias a propor à Assembleia Geral da Sociedade;

Aprovar os relatórios e contas anuais, semestrais e trimestrais da Sociedade;

Deliberar sobre a prestação de cauções e de garantias pessoais ou reais nos termos legais;

Estabelecer os aspetos gerais da estrutura empresarial do Grupo e as normas gerais de conduta;

Apresentar pedidos de convocação das Assembleias Gerais da Sociedade;

Proceder à cooptação de Administradores da Sociedade;

Designar o Secretário da Sociedade e o seu suplente.

Compete especificamente ao Presidente do Conselho de Administração (a ser substituído nos seus impedimentos ou faltas pelos Vice-Presidentes):

Representar o Conselho de Administração em juízo e fora dele;

Coordenar a atividade deste órgão, procedendo à distribuição de matérias pelos Administradores, quando a isso aconselhem as conveniências da gestão, e convocar e dirigir as respetivas reuniões;

Exercer o voto de qualidade na tomada de deliberações pelo Conselho de Administração;

Zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração;

Promover a comunicação entre a Sociedade e todos os seus stakeholders.

21.2. Comissão Executiva

O Conselho de Administração delegou a gestão corrente da Sociedade na Comissão Executiva, nos termos dos artigos 13º dos Estatutos e 5º e 6º do Regulamento do Conselho e em linha com Recomendação CMVM II.1.1. Em cumprimento da Recomendação CMVM II.1.2., as matérias referidas no ponto 21.1. supra e as seguintes matérias são excluídas da referida delegação de competências, tratando-se de matérias com relevância para as linhas estratégicas, políticas gerais e estrutura do Grupo:

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Relatório e Contas 2015

Aquisições de participações (i) em países onde o Grupo não tenha presença, (ii) em novas áreas de negócio para o Grupo ou (iii) em valor por operação superior a 20 M€;

A realização de investimentos pelo Grupo não incluídos no orçamento anual cujo valor por operação supere 10M€ e o cancelamento de investimentos do Grupo de valor por operação superior a 10 M€;

Alienações ou onerações de participações (i) que determinem a saída do Grupo de determinado país ou área de negócio ou (ii) cujo valor por operação supere 20 M€;

Contratação de dívida, sob a forma de financiamento ou emissão de valores mobiliários, em valor por operação superior a 150 M€ ou prazo superior a 5 anos;

Quaisquer outros negócios ou operações que impliquem responsabilidades ou obrigações de valor superior a 50 M€, por transação ou ato, para o Grupo.

O Presidente da Comissão Executiva tem voto de qualidade e deve: Assegurar que seja prestada toda a informação aos demais membros do Conselho de

Administração relativamente à atividade e às deliberações da Comissão Executiva;

Assegurar o cumprimento dos limites da delegação e da estratégia da Sociedade e propor ao Conselho de Administração o elenco de matérias de administração de que deve encarregar-se especialmente cada um dos membros da Comissão Executiva;

Coordenar as atividades da Comissão Executiva, dirigindo as suas reuniões, zelando pela execução das deliberações e distribuindo entre os seus membros a preparação ou acompanhamento dos assuntos objeto de apreciação ou decisão pela Comissão Executiva.

Nos termos dos Regulamentos do Conselho de Administração e da Comissão Executiva e em cumprimento das Recomendações CMVM II.1.8. e II.1.9., a Sociedade adota os seguintes mecanismos:

De forma a assegurar que todos os membros do Conselho de Administração e dos demais órgãos sociais estão a par do estado da gestão da Sociedade, as agendas e atas das reuniões da Comissão Executiva são distribuídas aos Administradores Não Executivos, incluindo ao Vice-Presidente Não Executivo do Conselho de Administração, Presidente da Comissão de Auditoria e Presidente da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações;

Nas reuniões do Conselho de Administração, a Comissão Executiva apresenta um sumário dos aspetos considerados relevantes da atividade desenvolvida desde a última reunião;

A Comissão Executiva está ainda obrigada a facultar atempada e adequadamente aos membros do Conselho de Administração e demais membros dos órgãos sociais os esclarecimentos e informações adicionais ou complementares que forem solicitados.

No âmbito das suas competências delegadas, a Comissão Executiva pode encarregar um ou mais dos seus membros de se ocuparem de certas matérias e subdelegar em um ou mais dos seus membros o exercício de alguns dos poderes que lhe sejam delegados. A 31 de dezembro de 2015 e na presente data, a competência da Comissão Executiva encontra-se distribuída pelos seus membros da seguinte forma:

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Relatório e Contas 2015

21.3. Comités e departamentos de apoio à Comissão Executiva

Atenta a dimensão da Empresa e as suas múltiplas áreas de atuação, foram criados comités de apoio à gestão tendo por objetivo o acompanhamento da atividade da Empresa seja ao nível da implementação da estratégia definida pelo Conselho de Administração seja do cumprimento das normas em vigor. A 31 de dezembro de 2015 e na presente data encontram-se em funcionamento os seguintes comités:

Expresso & Encomendas (2)

FRANCISCO DE LACERDAPresidente do Conselho de Administração e CEO

Ana JordãoMembro Executivo do 

Conselho de Administração

André Gorjão CostaMembro Executivo do 

Conselho de Administração e CFO

Dionizia FerreiraMembro Executivo do 

Conselho de Administração

Manuel Castelo‐Branco

Membro Executivo e Vice Presidente do Conselho de 

Administração

• Comercial Portugal• Marketing Portugal• Diretor Geral Espanha• Administrador Executivo 

Moçambique

• Clientes empresariais• Marketing• Filatelia• Operações e Distribuição

Correio (1)

• Serviços Financeiros• Payshop

Sistemas de Informação Apoio a Clientes e Negócio Relações com InvestidoresSecretário da Sociedade e Secretaria 

Geral

Estratégia e Desenvolvimento

E‐Commerce

Recursos Humanos e Organização

Marca e Comunicação

Auditoria e Qualidade

Regulação e Concorrência

Rede de Lojas

Áreas de Negócio e 

Apoio ao Negócio

Corporativos e Serviços Partilhad

os

Internacional

Finanças e Risco

Contabilidade e Tesouraria

Planeamento e Controlo de Gestão

Jurídicos Gerais

Gestão de Recursos Humanos

Jurídico‐Laboral

Recursos Físicos e Segurança

Compras e Logística

(1) Inclui Mailtec Comunicação e CTT Contacto  (2) Inclui CTT Expresso, Tourline e CORRE; NOTA: O Banco CTT tem a sua estrutura de gestão própria, com autonomia relativamente à Comissão Executiva dos CTT.

Grandes Clientes

Serviços Financeiros

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Relatório e Contas 2015

COMITÉS DE APOIO À GESTÃOE SEUS OBJETIVOS

Comité de Gestão de Risco

Constituído pelo Administrador Executivo com o Pelouro Financeiro e pelos responsáveis das Direções de Finanças e Risco, Estratégia e Desenvolvimento, Operações e Distribuição, Rede de Lojas, Recursos Humanos e Organização, Tecnologias de Informação, Contabilidade e Tesouraria e Recursos Físicos e Segurança.

Dinamização da função de gestão do risco corporativo, funcionando como um instrumento de alavancagem do processo de operacionalização do sistema de gestão de risco nos CTT, nos termos melhor descritos no ponto 52 da Parte I infra.

Comité de Crédito Composto pelo Administrador Executivo com o Pelouro Financeiro, que preside, pelos Administradores Executivos com os Pelouros Comerciais, e pelos responsáveis das seguintes direções: Finanças e Risco, Grandes Clientes, Rede de Lojas, Clientes Empresariais, Correio Publicitário, Expresso e Encomendas. Nas reuniões de acompanhamento e monitorização devem estar representados os Responsáveis da Contabilidade e Tesouraria, do Contencioso, do Apoio a Clientes e Negócio, do Marketing e da Rede PayShop.

Definição e submissão à Comissão Executiva das políticas de crédito a clientes. Apreciação e revisão dos níveis de risco e limites de crédito. Decisão sobre a concessão/revisão/suspensão de crédito prévia à formalização de contratos. Avaliação de propostas de celebração de acordos de pagamento. Monitorização e avaliação dos resultados da implementação da política de crédito a clientes e identificação das medidas para cumprimento dos objetivos definidos.

Comité de Tesouraria Constituído pelo Administrador Executivo com o Pelouro Financeiro, que preside, e pelos responsáveis das direções de Contabilidade e Tesouraria, Finanças e Risco e responsáveis pela Direção Financeira das subsidiárias.

Aferição e análise do processo de gestão de fundos dos CTT tendo em vista a sua melhoria contínua e a adaptação permanente às necessidades.

Comité de Investimento Composto pelos responsáveis das direções corporativas Estratégia e Desenvolvimento (que coordena), Planeamento e Controlo de Gestão e Finanças e Risco.

Apreciação e emissão de parecer não vinculativo quanto a projetos de investimento de valor superior a 50.000,00€, previamente à sua apreciação/aprovação final pela Comissão Executiva.

Comité de Gestão Imobiliária Composto por dois Administradores Executivos dos CTT - com o pelouro dos Recursos Físicos e Segurança e com o pelouro Financeiro - e pelos responsáveis das seguintes direções: Recursos Físicos e Segurança (acompanhado de dois colaboradores), Rede de Lojas, Operações e Distribuição, Planeamento e Controlo de Gestão e um membro do Conselho de Administração da CTT Expresso. Em função dos assuntos da agenda, são ainda membros: o Administrador Executivo com o pelouro da Rede de Lojas e outros quadros de 1ª linha.

Planeamento e gestão estratégica de imóveis, programação de investimentos em imóveis e promoção da otimização e rentabilização do património imobiliário.

A estrutura funcional dos CTT a 31 de dezembro de 2015 e na presente data encontrava-se organizada da seguinte forma:

Grandes Clientes Filipe Flores Ribeiro

Assegurar a gestão integrada dos grandes clientes, gerindo o segmento key accounts numa ótica de maximização das vendas e da rentabilidade das diversas áreas de negócios dos CTT.

Clientes Empresariais Carla Cruz

Garantir a fidelização dos clientes empresariais bem como a maximização do volume e rentabilidade das vendas de todo o portfólio de produtos e serviços disponibilizado pela Área de Negócio Correio.

Marketing Graça Oliveira

Gerir o portfólio de produtos e serviços de correio transacional e publicitário e de soluções de valor acrescentado a montante e a jusante da sua cadeia de valor para particulares e empresas, integrando as capacidades tecnológicas disponíveis e as novas tendências, de modo a oferecer aos clientes soluções inovadoras adaptadas às necessidades do mercado.

Filatelia Raul Moreira

Desenvolver de forma global, sustentada e com rendibilidade o negócio da filatelia e do colecionismo, mantendo a idoneidade e os níveis de qualidade da filatelia portuguesa.

Operações e Distribuição Hernâni Santos

Gerir as operações de recolha, printing e finishing e transporte, tratamento e distribuição de forma eficiente, garantindo a excelência da qualidade de serviço e o respeito pelas obrigações do serviço universal em todo o território nacional, promovendo sinergias com todas as áreas de negócio da Empresa no sentido do aumento da eficiência e da criação de valor para a Empresa.

Comercial de Expresso e Encomendas (Portugal) João Pedro Gonçalves

Garantir a fidelização e dinamização dos clientes existentes e a angariação de novos clientes, visando a rentabilidade dos negócios através de resposta comercial adequada às necessidades e oportunidades no âmbito de cada departamento de vendas.

Marketing de Expresso e Encomendas (Portugal) Pedro Faraústo

Criar, comunicar, captar e gerir o negócio na organização através do entendimento das necessidades dos clientes, proporcionando a inovação da oferta; conceber e elaborar as estratégias de marketing, planos/projetos e executar campanhas de marketing, garantindo à empresa uma visão e atuação centradas no cliente assim como a satisfação e a fidelização da carteira de clientes.

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Relatório e Contas 2015

Diretor Geral Espanha Javier Muelas

Gerir as áreas comerciais, operacionais, de controlo e finanças da subsidiária Tourline.

Administrador Executivo Moçambique Luís Rodrigues

Apoiar a gestão executiva dos negócios da subsidiária Correio Expresso Moçambique (CORRE).

Rede de Lojas António Pedro Silva

Gerir a Rede de Lojas, garantindo o aumento das receitas resultantes dos atos de venda e a sua rentabilização; maximizar a produtividade dos recursos e a racionalização da oferta versus a procura, no contexto da oferta definida, níveis de preço e obrigações do serviço universal; racionalizar a rede de lojas e pontos de acesso à rede postal num contexto de privatização; garantir a qualidade do atendimento em todos os pontos de acesso à rede postal; maximizar o valor da oferta da rede garantindo uma gestão mais eficiente e competitiva.

Serviços Financeiros

Gerir uma oferta inovadora de produtos e serviços financeiros competitivos, geradores de valor para o acionista, estrategicamente orientada para os Clientes, margens, eficiência e alicerçada na rede de Lojas e agentes PayShop.

PayShop Sílvia Correia

Desenvolver a atividade de prestação de serviços de pagamentos.

Secretário da Sociedade e Secretaria-Geral Graça Carvalho

Assegurar as relações institucionais da Empresa com os diversos órgãos de soberania, provedoria e demais entidades; prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho de Administração, à Comissão Executiva e demais órgãos sociais; assegurar a comunicação entre o Conselho de Administração, a Comissão Executiva, a estrutura da Empresa, as empresas subsidiárias e as entidades externas.

Estratégia e Desenvolvimento Francisco Simão

Apoiar a Comissão Executiva na definição, implementação e gestão da estratégia de desenvolvimento do universo CTT, propondo e promovendo iniciativas de desenvolvimento e gestão estratégica do seu portfólio de negócios, numa perspetiva de criação sustentada de valor.

Recursos Humanos e Organização António Marques

Desenvolver e implementar políticas de recursos humanos alinhadas com a estratégia definida para o grupo, promovendo uma cultura de mérito e desenvolvimento profissional contínuo.

Marca e Comunicação Miguel Salema Garção

Definir e implementar as estratégias de comunicação interna e externa dos CTT; assegurar a gestão de patrocínios e mecenato que contribuam para a melhoria da reputação e criação de valor da imagem institucional e marca CTT; assegurar, coordenar e implementar a gestão da imagem institucional dos CTT e das suas marcas, os seus valores e respetivo desenvolvimento estratégico, a gestão das relações públicas e institucionais; identificar as necessidades e expetativas dos stakeholders da Empresa, assegurando o cumprimento da política de sustentabilidade, ambiente, responsabilidade social e cidadania empresarial.

E-Commerce Alberto Pimenta

Garantir que os CTT são agentes e beneficiários do desenvolvimento de e-commerce na Península Ibérica, especialmente no last mile, e em concreto (i) estudar a realidade do mercado e a sua evolução (ii) fazer evoluir a oferta para que esteja em permanente consonância com as preferências do mercado, (iii) promover o desenvolvimento da proximidade dos CTT aos principais players internacionais e domésticos e (iv) acompanhar o alinhamento das soluções de e-commerce com os operadores postais internacionais nomeadamente através do projeto e-CIP.

Internacional João Caboz Santana

Propor e executar a política internacional dos CTT no âmbito das organizações e grupos internacionais e da cooperação para o desenvolvimento.

Auditoria e Qualidade Julieta Cainço

Examinar e avaliar de forma independente as atividades e os negócios dos CTT, por forma a mitigar os riscos associados aos processos e transações, recomendando medidas corretivas às áreas auditadas e fornecendo informações necessárias; contribuir para a gestão e mitigação dos riscos de compliance no âmbito da prestação de serviços financeiros; investigar práticas ilegítimas e/ou fraudulentas; definir e promover políticas e processos de qualidade nos CTT.

Sistemas de Informação Pedro Gomes

Desenvolver a estratégia de sistemas e tecnologias de informação dos CTT que maximize a sua competitividade e eficiência; garantir o correto planeamento e controlo dos sistemas e tecnologias de informação; promover a inovação e implantação de novas soluções para o desenvolvimento do negócio.

Apoio a Clientes e Negócio Laura Costa

Desenvolver a política de relacionamento com os clientes dos CTT em termos de pós-venda e de informação e apoio ao cliente, contribuindo para a sua fidelização; garantir o suporte aos negócios em funções transversais, numa ótica de otimização dos recursos utilizados, propondo medidas de otimização dos processos e/ou ações de melhoria.

Relações com os Investidores Peter Tsvetkov

Atuar como interlocutor dos CTT junto de Acionistas, investidores, analistas financeiros, agências de rating, mercado de capitais e comunidade financeira em geral, sendo responsável pela prestação da informação que permita conhecer a evolução e a realidade económica, financeira e de governo da Sociedade.

Regulação e Concorrência Antónia Rato

Assessorar a Comissão Executiva em matéria de regulação e concorrência e no relacionamento com as entidades reguladoras e supervisoras do sector; gerir os riscos regulatórios e a relação com concorrentes.

Finanças e Risco Rui Pedro Silva

Providenciar e implementar estratégias para a utilização adequada de recursos através da otimização do custo e retorno do capital e de uma apropriada gestão dos riscos, em alinhamento com os objetivos estratégicos definidos para os CTT.

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Relatório e Contas 2015

Contabilidade e Tesouraria Ana Rita Matos

Assegurar a gestão contabilística, a gestão económico-financeira e a gestão da avaliação dos processos de negócio com impacto na geração da receita.

Planeamento e Controlo de Gestão Helena Camacho

Assessorar a Comissão Executiva em matéria de planeamento e controlo de gestão dos CTT, garantindo a articulação de todas as unidades organizacionais dos CTT e subsidiárias, numa perspetiva de criação de valor.

Jurídicos Gerais Graça Carvalho

Assegurar a assessoria jurídica ao Conselho de Administração, à Comissão Executiva, às várias direções da Empresa e às empresas subsidiárias, com exceção das matérias laborais e disciplinares; assegurar o patrocínio judiciário da Empresa e dos trabalhadores que dele careçam por motivo de serviço e por força das suas funções e das empresas subsidiárias quando por estas solicitado.

Gestão de Recursos Humanos António Marques

Prestar serviços administrativos de recursos humanos aos CTT e suas subsidiárias; promover a saúde e segurança no trabalho, bem como a disponibilidade de cuidados de saúde e de proteção social.

Juridico-laboral Luísa Teixeira Alves

Assegurar a assessoria jurídica-laboral e disciplinar ao Conselho de Administração, à Comissão Executiva, às várias Direções da Empresa e às suas subsidiárias; assegurar e coordenar o patrocínio judiciário da Empresa e suas subsidiárias quando por estas solicitado em todas as matérias de natureza laboral.

Recursos Físicos e Segurança Luís Soares Rodrigues

Definir a estratégia articulada dos recursos imobiliários e da frota; garantir a prestação de serviço por parte dos fornecedores nas condições contratualizadas; assegurar a gestão integrada dos processos de documentos e arquivo; definir, coordenar e controlar as políticas de segurança e vigilância das instalações, dos equipamentos e das pessoas.

Compras e Logística Fernando Afonso

Definir a estratégia de compras dos CTT, da centralização e planeamento das necessidades de locação e de aquisição de bens móveis, serviços e de realização de empreitadas, da coordenação, preparação e acompanhamento dos procedimentos de compras, da centralização da gestão administrativa dos contratos, do controlo de qualidade e avaliação de fornecedores e da gestão eficaz de armazéns e stocks.

21.4. Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações

Cabem à Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações constituída em linha com as Recomendações II.1.4. da CMVM, as seguintes principais competências segundo o Regulamento do Conselho de Administração e o seu Regulamento Interno: Em matéria de estrutura e práticas de governo bem como de ética:

Assistir o Conselho na definição e avaliação do modelo, princípios e práticas de governo dos CTT;

Colaborar na elaboração do relatório anual sobre o governo da Sociedade;

Acompanhar a definição e monitorização das normas de ética e de conduta no seio do Grupo;

Formular recomendações ao Conselho sobre os requisitos e boas práticas de governo societário, conflitos de interesses, incompatibilidades, independência e especialização;

Elaborar relatório sobre o funcionamento e eficácia do modelo, princípios e práticas de governo da Sociedade, bem como sobre o grau de cumprimento pela Sociedade dos requisitos aplicáveis;

Avaliar a imagem corporativa dos CTT junto dos Acionistas, investidores, analistas financeiros, mercado em geral e autoridades de supervisão e acompanhar as ações inspetivas da CMVM;

Dar apoio e monitorizar a definição pelo Conselho de políticas e de estratégias de responsabilidade social e sustentabilidade da Sociedade.

Em matéria de avaliação de desempenho e remunerações:

Propor ou dar parecer anualmente à Comissão de Vencimentos sobre a política

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Relatório e Contas 2015

remuneratória do órgão de administração e a declaração anual a apresentar à Assembleia Geral a este propósito;

Acompanhar e apoiar o processo de avaliação anual do desempenho global do Conselho e das respetivas comissões internas, bem como dos membros da Comissão Executiva da Sociedade;

Propor à Comissão de Vencimentos o resultado da avaliação qualitativa do desempenho dos Administradores Executivos no quadro do modelo global de avaliação para efeitos da fixação da remuneração variável a definir por aquela Comissão;

Propor ou dar parecer ao Conselho de Administração e à Comissão de Vencimentos, consoante aplicável, sobre os planos de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações da Sociedade.

Em matéria de nomeações:

Formular recomendações sobre qualificações, conhecimentos e experiência para o desempenho de funções societárias e no contexto da seleção dos membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT, ouvido o Chairman e, no caso de membros executivos, o CEO;

Acompanhar os processos de seleção dos dirigentes do grupo e titulares de órgãos sociais de outras sociedades que os CTT tenham a faculdade de indicar;

Acompanhar a elaboração, em coordenação com a Comissão Executiva, de planos de sucessão;

Propor ao Conselho a promoção do processo de cessação de funções executivas por parte de membros da Comissão Executiva, na sequência de um processo de avaliação e ouvido o CEO;

Dar pareceres relativamente ao desempenho pelos membros da Comissão Executiva de funções executivas em sociedades que não integrem o Grupo.

21.5. Comissão de Ética

Esta Comissão tem por missão acompanhar as matérias relacionadas com a aplicação do Código de Conduta do Grupo e com o tratamento de irregularidades, nos termos do respetivo Regulamento Interno e do Regulamento de Procedimentos de Comunicação de Irregularidades, sempre em articulação com os órgãos sociais, comissões e estruturas do Grupo, designadamente apoiando a Comissão de Auditoria, o Conselho de Administração, a Comissão Executiva e a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações no desempenho das respetivas competências. A Comissão de Ética tem como principais competências: Promover a divulgação, a aplicação e o cumprimento do Código de Conduta do Grupo,

definindo para o efeito planos e canais de comunicação por todos os níveis hierárquicos, bem como estabelecer ações preventivas de formação para a sua divulgação e cumprimento;

Participar no tratamento de denúncias recebidas no seio do Grupo em articulação com a Comissão de Auditoria e a Direção de Auditoria e Qualidade, de acordo com os referidos Regulamentos.

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Relatório e Contas 2015

d) Funcionamento

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do

Conselho de Administração e da Comissão Executiva O texto integral dos Regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva podem ser consultados em “CTT e Investidores”, “A Empresa”, “Governo da Sociedade”, “Estatutos e Regulamentos”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

23. Número de reuniões do Conselho de Administração realizadas e grau de assiduidade de cada membro

O Conselho de Administração reuniu 13 vezes em 2015, com a seguinte assiduidade por parte dos seus membros:

(1) Percentagem por referência às presenças.

24. Indicação dos órgãos da Sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos

De acordo com o artigo 9º dos Estatutos dos CTT, compete à Comissão de Vencimentos a fixação das remunerações dos membros dos órgãos sociais e, consequentemente, a definição da política e princípios remuneratórios do órgão de administração e o modelo global de avaliação para efeitos da remuneração variável dos Administradores Executivos, nos termos descritos nos pontos 66 e seguintes da Parte I infra. Por sua vez, nos termos do seu Regulamento, compete à Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações apoiar a Comissão de Vencimentos e o Conselho de Administração no processo de avaliação dos membros do órgão de administração, conforme descrito no ponto 21 da Parte I supra e nos pontos 70 e 71 da Parte I infra.

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos

Remete-se a este propósito para os pontos 66 e seguintes da Parte I infra acerca da política e princípios remuneratórios do órgão de administração, incluindo uma descrição dos critérios, objetivos e limites em matéria de remuneração variável dos Administradores Executivos, em particular destaca-se o ponto 71 da Parte I infra onde se detalham os critérios para avaliação de desempenho aplicáveis.

Titulares Presenças RepresentaçãoPercentagem de

assiduidade

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda 13 0 100%

António Sarmento Gomes Mota 12 1 92%

Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco 13 0 100%

André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa 13 0 100%

Dionizia Maria Ribeiro Farinha Ferreira 13 0 100%

Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo 13 0 100%

António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino 12 1 92%

Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz 13 0 100%

Diogo José Paredes Leite de Campos 12 1 92%

Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa 12 1 92%

José Manuel Baptista Fino 13 0 100%

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Relatório e Contas 2015

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros do Conselho de administração

Os cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, pelos Administradores da Sociedade encontram-se discriminados no Anexo I. A título de informação complementar, considera-se importante referir: A disponibilidade dos Administradores Executivos para o desempenho do cargo tem sido total,

podendo esta ser confirmada pela sua assiduidade nas reuniões do Conselho de Administração e da Comissão Executiva e pelo exercício de funções executivas a título exclusivo no seio do Grupo;

Também os Administradores Não Executivos têm demonstrado total disponibilidade, como evidenciado pela sua assiduidade nas reuniões do Conselho de Administração, Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações e Comissão de Auditoria.

e) Comissões no seio do órgão de administração

27. Comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser

consultados os regulamentos de funcionamento Vide pontos 21 e 22 da Parte I supra a propósito das comissões criadas no seio do Conselho de Administração. A propósito da Comissão de Auditoria, vide ainda ponto 38 da Parte I infra. As referidas comissões adotaram regulamentos internos de funcionamento cujos textos integrais podem ser consultados em “CTT e Investidores”, “A Empresa”, “Governo da Sociedade”, “Estatutos e Regulamentos”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

28. Composição da Comissão Executiva

A Comissão Executiva é composta pelos seguintes 5 membros em funções a 31 de dezembro de 2015 e nesta data (para efeitos do mandato 2014/2016):

Titulares Cargos

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Presidente Manuel Cabral de Abreu Castelo-Branco Vogal André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa Vogal Dionizia Maria Ribeiro Farinha Ferreira Vogal Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo Vogal

29. Competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas

no exercício dessas competências Vide ponto 21 da Parte I supra a propósito das competências das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e Comissão Executiva. 29.1 Comissão Executiva Durante 2015, a Comissão Executiva realizou 48 reuniões, tendo decidido sobre várias matérias no âmbito das suas competências de que se destacam as seguintes:

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Relatório e Contas 2015

Janeiro Assinatura do protocolo entre o Governo e os CTT para abertura de Espaços do Cidadão na Rede de Lojas dos CTT.

Fevereiro Constituição da sociedade CTT Serviços, S.A., para a prestação de serviços de assessoria e apoio na aquisição, desenvolvimento, montagem e preparação da constituição do Banco.

Assinatura do novo Acordo de Empresa e revisão do Regulamento das Obras Sociais (Plano de Saúde) - sistema interno de saúde e proteção social dos CTT - com onze sindicatos representados na empresa.

Atualização de preços do serviço postal universal das correspondências e das encomendas com efeitos a 1 de março de 2015.

Março Assinatura de Acordo de Compromisso para a Igualdade de Género entre os CTT e o Governo de Portugal.

Abril Aprovação para a realização em novembro do Dia do Investidor CTT.

Agosto Fusão por incorporação mediante a transferência global do património da POSTCONTACTO – Correio Publicitário, Lda.» e da «MAILTEC PROCESSOS, Unipessoal, Lda.» para a «CTT GEST – Gestão de Serviços e Equipamentos Postais, S.A.», com efeitos a 1 de janeiro de 2015, operando-se com o registo definitivo realizado a 10 de agosto de 2015 a extinção das sociedades a incorporar e a transmissão da universalidade dos respetivos direitos e obrigações para a sociedade incorporante que passou a designar-se por «CTT CONTACTO, S.A.».

Aprovação dos atos relevantes para a constituição do Banco CTT (com o capital social de 34 M€) e designação dos seus órgãos sociais.

Novembro Aprovação dos atos relevantes para o início de atividade do Banco em 27 de novembro de 2015, na sequência do respetivo registo especial junto do Banco de Portugal em 8 de outubro de 2015.

29.2 Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações Nos termos do respetivo Regulamento, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações é composta por 3 a 5 membros, incluindo por inerência o Presidente da Comissão Executiva (1) e sendo os seus demais membros Administradores Não Executivos e, pelo menos, 1 deles independente. Esta comissão é composta pelos seguintes 5 membros em funções a 31 de dezembro de 2015 e nesta data, dos quais 4 são Administradores Não Executivos e independentes (para efeitos do mandato 2014/2016):

Titulares Cargos

António Sarmento Gomes Mota Presidente Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Vogal (1) António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino Vogal Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa Vogal José Manuel Baptista Fino Vogal

(1) Note-se que a presença do CEO nesta comissão não prejudica o cumprimento da Recomendação da CMVM II.1.4,

uma vez que aquele, nos termos do Regulamento Interno desta comissão, está impedido de participar e votar em deliberações em que se verifique um conflito de interesses, nomeadamente as respeitantes à sua avaliação individual.

Esta Comissão reuniu 8 vezes em 2015, com a seguinte assiduidade por parte dos seus membros:

(1) Percentagem por referência às presenças.

Durante este exercício, esta Comissão levou a cabo as seguintes principais atividades:

Acompanhamento da evolução das regras de governo societário aplicáveis aos CTT;

Acompanhamento da revisão do Código de Conduta dos CTT e Subsidiárias, em articulação com o Conselho de Administração, a Comissão Executiva e a Comissão de Ética;

Titulares Presenças RepresentaçãoPercentagem de

assiduidade (1)

António Sarmento Gomes Mota 7 1 88%

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda 8 0 100%

António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino 7 1 88%

Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa 8 0 100%

José Manuel Baptista Fino 7 1 88%

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Relatório e Contas 2015

Apreciação dos instrumentos de política remuneratória adotados (em particular quanto à componente variável dependente da avaliação de desempenho) e implementação dos modelos de avaliação de desempenho adotados, incluindo a autoavaliação do Conselho de Administração e a avaliação qualitativa dos Administradores Executivos;

Emissão de parecer sobre alterações ao Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas e Prevenção de Situações de Conflito de Interesses;

Definição de política de diversidade do Conselho de Administração e de programa de desenvolvimento de Administradores Não Executivos;

Apreciação das iniciativas desenvolvidas pelos CTT no âmbito das suas políticas de sustentabilidade e responsabilidade social;

Análise da contratação, pela Comissão Executiva de quadros de alta direção.

29.3 Comissão de Ética A Comissão de Ética é constituída por 3 a 5 membros, nomeados pelo Conselho de Administração. A 31 de dezembro de 2015 e nesta data (para efeitos do mandato 2014/2016), esta comissão é presidida pelo Administrador Não Executivo independente e membro da Comissão de Auditoria, Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz, integrando igualmente esta Comissão, a Diretora de Auditoria e Qualidade e o Diretor de Recursos Humanos e Organização dos CTT. Durante 2015, esta Comissão realizou 7 reuniões e levou a cabo as seguintes principais atividades:

Promoção de ações de formação sobre o Código de Conduta do Grupo e contributo para o reforço das normas de conduta do Grupo, em linha com o benchmarking do sector financeiro, no contexto da criação do Banco CTT;

Apreciação de comunicações relativas a situações de eventual incumprimento das normas de conduta do Grupo. No âmbito do Regulamento de Procedimentos de Comunicação de Irregularidades, não foi identificado pela Comissão de Auditoria qualquer caso para tratamento pela Comissão de Ética.

III. FISCALIZAÇÃO f) Composição

30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado

A fiscalização da atividade da Sociedade cabe à Comissão de Auditoria e ao Revisor Oficial de Contas no mandato em curso. Para maior detalhe sobre este tema, vide ponto 15 da Parte I supra.

31. Composição da Comissão de Auditoria com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro

De acordo com o artigo 19º dos Estatutos dos CTT, a Comissão de Auditoria é composta por 3 Administradores, 1 dos quais será o respetivo Presidente, todos eleitos em Assembleia Geral (para um mandato de 3 anos renovável), em conjunto com os demais Administradores, devendo as listas propostas para a composição do Conselho de Administração discriminar os membros que se

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Relatório e Contas 2015

destinam a integrar a Comissão de Auditoria e indicar o respetivo Presidente. A Comissão de Auditoria da Sociedade, em funções em 31 de dezembro de 2015 e nesta data, é composta pelos seguintes 3 membros, para o mandato 2014/2016:

Titulares Cargos Data da 1ª designação (1) Independência (2)

António Sarmento Gomes Mota (3) Presidente 12/11/2013 Sim Diogo José Paredes Leite de Campos (4) Vogal 12/11/2013 Sim Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz Vogal 19/12/2014 Sim (1) Apresenta-se neste âmbito a data de primeira designação para um cargo social de fiscalização nos CTT conforme adiante

especificado.

(2) A avaliação da independência foi efetuada de acordo com o previsto no n.º 5 do artigo 414º do CSC.

(3) Entre 12/11/2013 e 24 /03/2014 foi Presidente do Conselho Fiscal, tendo sido eleito para Presidente da Comissão de Auditoria a 24/03/2014.

(4) Entre 12/11/2013 e 24 /03/2014 foi Vogal do Conselho Fiscal, tendo sido eleito para Vogal da Comissão de Auditoria a 24/03/2014.

Segundo o artigo 423º-B do CSC e artigo 19º dos Estatutos, a Comissão de Auditoria em funções em 31 de dezembro de 2015 e nesta data é composta exclusivamente por Administradores Não Executivos, que satisfazem os requisitos de independência aplicáveis e possuem curso superior adequado ao exercício das suas funções, tendo pelo menos 1 dos seus membros conhecimentos de contabilidade. Em cumprimento da Recomendação CMVM II.2.1., o Presidente da Comissão de Auditoria é independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possui as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. Em dezembro de 2015 foi aprovada pela Comissão de Auditoria uma alteração ao respetivo Regulamento Interno, em vigor desde 1 de janeiro de 2016, adaptando o mesmo às regras constantes da Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro.

32. Identificação dos membros da Comissão de Auditoria que se considerem independentes, nos termos do artigo 414º, n.º5 do CSC

Vide ponto 31 da Parte I supra.

33. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do órgão de fiscalização

Remete-se neste ponto para o Anexo I onde são disponibilizados para consulta os curricula dos membros do órgão de fiscalização dos CTT. g) Funcionamento

34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do

órgão de fiscalização O texto integral do Regulamento de funcionamento da Comissão de Auditoria com a redação em vigor desde 1 de janeiro de 2016, pode ser consultado em “CTT e Investidores”, “A Empresa”, “Governo da Sociedade”, “Estatutos e Regulamentos”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

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Relatório e Contas 2015

35. Número de reuniões da Comissão de Auditoria e grau de assiduidade de cada membro A Comissão de Auditoria reuniu 14 vezes em 2015, com a seguinte assiduidade dos seus membros:

(1) Percentagem por referência às presenças.

Durante 2015, a Comissão de Auditoria levou a cabo as seguintes principais atividades: Fiscalização da qualidade e integridade da informação financeira constante dos documentos de

prestação de contas intercalares dos CTT;

Supervisão dos sistemas de auditoria interna, controlo interno e gestão de risco, designadamente:

Acompanhamento da atividade da Direção de Auditoria e Qualidade nas suas vertentes de auditoria interna e compliance (ex., prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo) e apreciação do respetivo Plano de Atividades de Auditoria e Compliance e recursos afetos para 2016;

Aprovação de alterações ao Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas e Prevenção de Situações de Conflito de Interesses;

Supervisão da execução das funções desempenhadas pelo ROC / Auditor Externo:

Aprovação da proposta de contratação de serviços de revisão legal das contas e de serviços de auditoria e dos pedidos de autorização prévia de serviços relacionados com serviços de auditoria e serviços adicionais;

Avaliação anual do ROC / Auditor Externo, nomeadamente da sua independência, e aprovação do respetivo Regulamento de avaliação;

Aprovação de alterações ao Regulamento sobre a Prestação de Serviços pelo ROC.

36. Disponibilidade de cada um dos membros da Comissão de Auditoria, com indicação dos

cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos respetivos membros

As funções exercidas noutras empresas pelos membros da Comissão de Auditoria da Sociedade encontram-se discriminadas nos curricula disponibilizados para consulta no Anexo I. Acerca desta matéria, vide ainda o referido no ponto 26 da Parte I supra. h) Competências e funções

37. Procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de

contratação de serviços adicionais ao auditor externo As regras a observar na contratação de serviços adicionais ao ROC encontram-se plasmadas no Regulamento sobre Prestação de Serviços pelo ROC adotado pelos CTT desde 2014.

Titulares Presenças RepresentaçãoPercentagem de

assiduidade (1)

António Sarmento Gomes Mota 14 0 100%

Nuno Fernandes Thomaz 14 0 100%

Diogo Leite de Campos 14 0 100%

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Relatório e Contas 2015

Em dezembro de 2015 foi aprovada uma alteração a este Regulamento, em vigor desde 1 de janeiro de 2016, adaptando-o ao disposto na Lei n.º 140/2015, de 7 de setembro, e à Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro, que reveem o Regime Jurídico de Supervisão da Auditoria e o Estatuto da Ordem dos ROC. Nos termos deste Regulamento, seja na sua versão em vigor até 2015 seja na sua versão alterada, compete à Comissão de Auditoria avaliar os pedidos de contratação de serviços adicionais ao ROC / Auditor Externo pelos CTT ou sociedades em relação de domínio ou grupo (na versão em vigor desde 1 de janeiro de 2016 “pelos CTT, pela sua empresa mãe ou pelas entidades sob o seu controlo (consoante aplicável)”, ficando a sua contratação sujeita à autorização prévia daquele órgão. Na análise a realizar pela Comissão de Auditoria são especialmente ponderados os seguintes critérios: Que não está em causa um serviço proibido e a prestação do serviço não afeta a

independência do ROC / Auditor Externo;

Que a contratação desse serviço não excede o montante anual recomendado para a contratação de serviços adicionais ao ROC / Auditor Externo em cada exercício;

A experiência e o conhecimento que o ROC / Auditor Externo tem da Empresa.

A versão deste Regulamento em vigor desde 1 de janeiro de 2016 passa a incluir, ainda, como objeto de ponderação pela Comissão de Auditoria os novos limites legais em matéria de honorários.

38. Outras funções dos órgãos de fiscalização Competem à Comissão de Auditoria, enquanto órgão de fiscalização, as seguintes principais competências, estabelecidas na lei, nos Estatutos da Sociedade e no seu Regulamento: Relativamente à qualidade da informação financeira:

Avaliar se as políticas e procedimentos contabilísticos e os critérios valorimétricos adotados são consistentes com os princípios contabilísticos geralmente aceites e adequados a uma correta apresentação e avaliação do património, das responsabilidades e dos resultados;

Supervisionar o cumprimento e a correta aplicação dos princípios e normas contabilísticas;

Dar parecer sobre o relatório anual de gestão, as contas do exercício e as propostas apresentados pela administração da Sociedade;

Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira;

Atestar se o relatório anual de governo inclui os elementos devidos.

Relativamente à supervisão dos sistemas de auditoria interna, controlo interno e gestão de risco

e em cumprimento das Recomendações CMVM II.2.4. e II.2.5.:

Acompanhar e fiscalizar os procedimentos internos relativos a matérias contabilísticas e auditoria, bem como a eficácia e adequação dos sistemas de gestão de risco, de controlo interno e de auditoria interna;

Pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos à Direção de Auditoria Interna e Qualidade e aos serviços de compliance da Sociedade e apreciar a sua independência;

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Relatório e Contas 2015

Acompanhar, em articulação com a Comissão Executiva, temas de auditoria interna, apreciando os relatórios da Direção de Auditoria Interna e Qualidade e dos serviços de compliance;

Supervisionar a política e o sistema de gestão de risco da Sociedade, em articulação com o Conselho de Administração e a Comissão Executiva, acompanhando as políticas de controlo de risco e as metodologias de avaliação integrada de risco;

Propor à Comissão Executiva medidas destinadas a melhorar o funcionamento dos sistemas de controlo interno da informação financeira, do sistema de gestão de riscos e da auditoria interna;

Debater o conteúdo do relatório de controlo interno com a Comissão Executiva e o ROC / Auditor Externo;

Definir, implementar e supervisionar os procedimentos de tratamento de irregularidades;

Emitir parecer sobre transações com membros do Conselho de Administração, nos termos legalmente previstos, e estabelecer e implementar procedimentos acerca da emissão de parecer relativamente a transações significativas com acionistas titulares de participação qualificada.

Relativamente à revisão oficial de contas e auditoria externa e em cumprimento das

Recomendações CMVM II.2.2. e II.2.3.:

Propor à Assembleia Geral a nomeação e a destituição do ROC e ao Conselho de Administração a contratação e a resolução do contrato de prestação de serviços do Auditor Externo, quando distinto do ROC, assim como proceder à avaliação anual do ROC e do Auditor Externo;

Proceder à apreciação das habilitações e independência do ROC / Auditor Externo, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais;

Propor a remuneração do ROC / Auditor Externo aos órgãos competentes;

Acompanhar a atividade e as relações contratuais com o ROC / Auditor Externo, em particular em relação à informação financeira e eficácia dos mecanismos de controlo interno, designadamente (i) promovendo que aqueles disponham das condições adequadas ao desempenho da sua atividade, (ii) assumindo-se como o seu principal interlocutor da Sociedade e (iii) recebendo e apreciando os seus relatórios e correspondência relativos aos CTT e sociedades em relação de domínio ou de grupo;

Apreciar as certificações legais de contas anuais e os relatórios de auditoria.

O elenco de responsabilidades e funções da Comissão de Auditoria previsto no respetivo Regulamento Interno foi adaptado em dezembro de 2015, em linha com a Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro. Por sua vez, compete ao ROC proceder ao exame das contas da Sociedade, nos termos previstos na lei e no Regulamento sobre a Prestação de Serviços pelo ROC acima referido. As funções de revisão oficial de contas e auditoria externa desempenhadas pelo ROC são exercidas pelas entidades referidas nos pontos 39 e seguintes da Parte I infra deste relatório, as quais incluem,

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Relatório e Contas 2015

entre outras, a verificação da aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, aprovadas pela Comissão de Vencimentos, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e o reporte de quaisquer deficiências à Comissão de Auditoria dos CTT, em linha com a Recomendação IV.1. da CMVM. IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa

Em 2015 e atualmente, a KPMG & Associados, SROC, S.A. (“KPMG”), ROC n.º 189, representada pela sócia Maria Cristina Santos Ferreira (ROC n.º 1010), presta os serviços de ROC à Sociedade, sendo ROC Suplente Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho (ROC n.º 1081).

40. Número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da Sociedade e/ou Grupo

A KPMG exerce funções de ROC dos CTT desde 5 de maio de 2014, tendo sido eleita nessa data para completar o mandato 2012/2014 e renovado o seu mandato em 5 de maio de 2015 (triénio 2015/2017).

41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à Sociedade Vide ponto 47 da Parte I infra sobre os serviços adicionais prestados pelo ROC à Sociedade. V. AUDITOR EXTERNO

42. Identificação do auditor externo e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, e respetivo número de registo na CMVM

Em 2015 e nesta data, o Auditor Externo é a KPMG registada na CMVM sob o n.º 9093 e representada pela sócia Maria Cristina Santos Ferreira.

43. Número de anos em que o auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da Sociedade e/ou do grupo

A KPMG, representada por Maria Cristina Santos Ferreira, exerce funções de ROC / Auditor Externo desde 2014. Com efeito, em 2012 e 2013, os mesmos desempenhavam funções de auditor independente da Empresa.

44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções

O Regulamento sobre Prestação de Serviços pelo ROC, na sua versão em vigor nos CTT em 2014 e 2015, continha a seguinte política de rotação do ROC / Auditor Externo: cabe à Comissão de Auditoria, no caso de recondução do Auditor Externo, para além das condições de independência, ponderar as vantagens e os custos da sua substituição, devendo emitir parecer fundamentado sobre a matéria. Conforme referido no ponto 37 da Parte I supra, o Regulamento em questão foi alterado para efeitos de adaptação à Lei n.º 148/2015, de 9 de setembro, o qual prevê regras imperativas em

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Relatório e Contas 2015

matéria de rotação a seguir pelos CTT enquanto “entidade de interesse público”. No que respeita à rotação do sócio responsável, a Empresa considera o período máximo definido no Estatuto da Ordem dos ROC. Considerando a referida política e, bem assim, que a KPMG foi contratada para exercer funções de auditor independente em 2012 e 2013 e de ROC / Auditor Externo a partir de 2014, a Sociedade encontra-se em cumprimento da Recomendação IV.3. da CMVM, bem como do período de rotação legal do sócio responsável.

45. Órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita

Vide ponto 38 da Parte I supra a propósito das competências da Comissão de Auditoria quanto à avaliação anual do Auditor Externo. No desempenho das suas competências e em linha com as Recomendações da CMVM II.2.3, a Comissão de Auditoria atestou a independência do Auditor Externo e avaliou positivamente o trabalho por este desenvolvido durante o exercício de 2015.

46. Trabalhos distintos dos de auditoria realizados pelo auditor externo para a Sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação

Os serviços distintos dos de auditoria contratados ao Auditor Externo pelos CTT e sociedades que com estes se encontram em relação de domínio ou de grupo e por aquele realizados, ao longo de 2015, encontram-se resumidos nos quadros constantes do ponto 47 da Parte I infra. O Regulamento sobre Prestação de Serviços pelo ROC em vigor desde 2014 inclui procedimentos relativos à contratação de tais serviços, sujeitando-os à autorização prévia da Comissão de Auditoria. Ao longo de 2015, a Comissão de Auditoria acompanhou a prestação de tais serviços pelo Auditor Externo nos termos supra referidos, de modo a assegurar que não originavam situações de conflito de interesses nem comprometiam a independência do ROC / Auditor Externo, tendo emitido as respetivas autorizações fundamentadas à sua contratação. As razões para a sua contratação corresponderam, na generalidade dos casos, às vantagens decorrentes da experiência do ROC/ Auditor Externo no desenvolvimento de trabalhos similares, do seu conhecimento da Empresa e da sua complementaridade face aos serviços de auditoria. Em 2015, os serviços distintos dos de auditoria contratados à KPMG e entidades da sua rede / grupo pelos CTT e sociedades com estes em relação de domínio ou de grupo atingiram 41% do valor total de serviços prestados/contabilizados pelas mesmas (conforme tabelas constantes do ponto 47 da Parte I infra). Deste modo, os CTT e as sociedades em relação de domínio ou de grupo contrataram à KPMG em 2015 serviços diversos dos de auditoria ultrapassando o limiar máximo de 30% constante da Recomendação CMVM IV.2. Com efeito, ainda que os CTT considerem que constitui uma boa prática de governo a existência de limites à contratação de serviços adicionais destinados a promover a independência do ROC / Auditor Externo, no ano de 2015, entendeu-se que a superação do referido limiar de 30% se afigurava do interesse da Sociedade e não afetava a independência do ROC / Auditor Externo pelas razões explicitadas na Parte II deste relatório infra, especialmente relacionadas com a experiência e conhecimento do ROC / Auditor Externo (quanto às matérias contratadas e quanto à Empresa) e com o seu especial contributo para a qualidade da prestação de serviços adicionais prestados.

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Relatório e Contas 2015

47. Montante da remuneração anual paga pela Sociedade e/ou por pessoas coletivas em

relação de domínio ou de Grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas e discriminação da percentagem respeitante a cada tipo de serviços

No quadro adiante são indicados os valores correspondentes aos honorários da KPMG relativos a 2015:       Serviços Contratados (1) Serviços Contabilizados (2) Serviços Pagos (1)

      Montante (€) % Montante (€) % Montante (€) %

CTT     2.143.924 88,6% 2.103.394 93,2% 1.014.503 88,0%

1 Serviços de revisão legal de contas e auditoria 1.225.664 50,6% 1.188.994 52,7% 672.086 58,3%

1.1   Auditoria e revisão legal de contas 313.650 13,0% 304.266 13,5% 262.637 22,8%

1.2   Serviços de garantia de fiabilidade (3) 419.430 17,3% 406.881 18,0% 277.980 24,1%

1.3   Outros serviços de auditoria (4) 492.584 20,4% 477.847 21,2% 131.469 11,4%

2 Serviços Adicionais 918.260 37,9% 914.400 40,5% 342.417 29,7%

2.1   Serviços de consultoria fiscal 610.760 25,2% 616.100 27,3% 34.917 3,0%

2.2   Outros serviços (5) 307.500 12,7% 298.300 13,2% 307.500 26,7%

Restantes empresas que integrem o Grupo 276.135 11,4% 152.497 6,8% 138.958 12,0%

1 Serviços de revisão legal de contas e auditoria 242.925 10,0% 141.500 6,3% 126.658 11,0%

1.1   Auditoria e revisão legal de contas 159.900 6,6% 130.000 5,8% 112.513 9,8%

1.2   Serviços de garantia de fiabilidade (3) 0 0,0% 11.500 0,5% 14.145 1,2%

1.3   Outros serviços de auditoria (4) 83.025 3,4% 0 0,0% 0 0,0%

2 Serviços Adicionais 33.210 1,4% 10.997 0,5% 12.300 1,1%

2.1   Serviços de consultoria fiscal 33.210 1,4% 10.997 0,5% 12.300 1,1%

2.2   Outros serviços 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

TOTAL     2.420.059 100,0% 2.255.891 100,0% 1.153.461 100,0%

(1) Inclui IVA à taxa legal em vigor. (2) Inclui valores faturados e valores especializados no exercício. (3) Inclui serviços respeitantes à revisão do modelo financeiro do Banco CTT e do relatório de sustentabilidade dos CTT e à recuperação de IVA em créditos

incobráveis. (4) Inclui serviços relacionados com serviços de auditoria (em matérias relativas a controlo interno, prevenção do branqueamento de capitais e do

financiamento ao terrorismo e análise do cumprimento de normativos contabilístico-fiscais). (5) Inclui serviços relacionados com a revisão de procedimentos contabilístico-fiscais no âmbito da criação do Banco CTT.

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA I. ESTATUTOS

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade Compete à Assembleia Geral deliberar sobre quaisquer alterações aos Estatutos. Os Estatutos dos CTT não preveem regras especiais aplicáveis à sua alteração, aplicando-se as regras gerais previstas no CSC, ou seja, esta deliberação deve ser aprovada em reunião da Assembleia Geral:

Na qual, em primeira convocação, estejam presentes ou representados Acionistas que detenham, pelo menos, ações correspondentes a um terço do capital social; e

Por uma maioria de dois terços dos votos emitidos, quer em primeira quer em segunda convocação, salvo se, em segunda convocação, estiverem presentes ou representados

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Relatório e Contas 2015

Acionistas detentores de, pelo menos, metade do capital social, caso em que esta deliberação pode ser tomada pela maioria dos votos emitidos.

II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade Desde 2014, os CTT adotaram o Regulamento de Procedimentos de Comunicação de Irregularidades que prevê os procedimentos internos de receção, retenção e tratamento de comunicações de irregularidades, em linha com as melhores práticas neste domínio. Neste âmbito, a Comissão de Auditoria dos CTT é o órgão competente para receber as comunicações de irregularidades apresentadas por Acionistas, colaboradores da Sociedade e outros, de modo a assegurar a necessária independência destes procedimentos. A comunicação de irregularidades deve ser dirigida, por escrito, à Comissão de Auditoria dos CTT, através de qualquer um dos seguintes canais de comunicação e incluindo a informação prevista no Regulamento de Procedimentos de Comunicação de Irregularidades: Email: [email protected]; Morada: Remessa Livre 8335, Loja de Cabo Ruivo, 1804-001 Lisboa. Após a receção e registo de qualquer comunicação de irregularidade, a Comissão de Auditoria remete-a à Comissão de Ética, para que esta promova as ações tendentes à aferição da existência de fundamentos suficientes para proceder à realização de investigação. No termo da investigação, a Comissão de Ética propõe à Comissão de Auditoria a adoção de medidas adequadas ou o seu arquivamento. Atenta as suas competências e composição referidas nos pontos 21.5 e 29.3 da Parte I supra (em especial sendo presidida por um membro da Comissão de Auditoria e integrando o Diretor de Auditoria e Qualidade que reporta funcionalmente ao órgão de fiscalização dos CTT), a Comissão de Ética constitui uma Comissão de apoio relevante a uma investigação efetiva e preparatória da decisão da Comissão de Auditoria de modo independente do Conselho de Administração. Ainda que o processo de investigação seja conduzido pela Comissão de Ética, a receção e registo das comunicações assim como a decisão final quanto ao arquivamento ou adoção de outras medidas cabe à Comissão de Auditoria, nos termos do referido Regulamento de Procedimentos de Comunicação de Irregularidades. As deliberações da Comissão de Auditoria no contexto destes procedimentos estão sujeitas às salvaguardas gerais em matéria de conflitos de interesses previstas no seu Regulamento Interno, relevantes caso uma comunicação de irregularidades recaia sobre um dos seus membros. Segundo este Regulamento, os membros deste órgão não podem participar nem votar em deliberações sobre assuntos em que tenham um interesse conflituante. No âmbito destes procedimentos e conforme detalhado no referido Regulamento são garantidos os seguintes direitos e salvaguardas a qualquer denunciante:

Tratamento confidencial das comunicações de irregularidades; Tratamento e salvaguarda dos registos e da respetiva informação de forma confidencial e

segura; Direito de informação, acesso e retificação de dados pessoais; e Proibição de retaliação por parte dos CTT em relação às pessoas que reportem as

irregularidades abrangidas por este mecanismo.

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Relatório e Contas 2015

Durante o exercício de 2015 não foram comunicadas à Comissão de Auditoria quaisquer irregularidades.

III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS

50. Pessoas/órgãos responsáveis pela auditoria interna e sistema de controlo interno Os órgãos de administração e fiscalização dos CTT têm atribuído crescente relevância ao aperfeiçoamento dos sistemas de controlo interno, gestão de risco e auditoria interna da Sociedade, tendo presente as melhores práticas aplicáveis (designadamente, a metodologia COSO II) e as especificidades da Empresa. O Conselho de Administração assegura a eficácia dos sistemas de controlo interno, gestão de risco e auditoria interna, fomentando uma cultura de controlo em toda a organização, estando instituídos para o efeito:

Mecanismos internos de informação e comunicação que permitem acompanhar e monitorizar o desempenho da organização a todos os níveis;

Processos de identificação e resposta aos riscos com vista à prossecução dos objetivos estratégicos da Empresa definidos por este órgão;

Um sistema de controlo interno que visa garantir a condução eficiente e sustentável dos negócios e operações, a proteção de recursos e ativos e a conformidade com as políticas, planos, procedimentos e normativos aplicáveis.

É responsabilidade da Comissão de Auditoria, enquanto órgão de fiscalização dos CTT, a supervisão da eficácia dos referidos sistemas, nos termos descritos no respetivo Regulamento Interno. A função de Auditoria Interna é assegurada pela Direção de Auditoria e Qualidade a quem compete a avaliação independente da adequação e efetividade dos sistemas de controlo interno dos CTT e suas Subsidiárias, através de uma monitorização contínua dos principais riscos. Assim, os CTT dão pleno cumprimento às Recomendações da CMVM II.1.5. e II.2.4., na medida em que (i) cabe ao Conselho de Administração fixar os objetivos em matéria estratégica e de assunção de riscos da Empresa e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos e, por sua vez, (ii) cabe à Comissão de Auditoria avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e gestão de risco, o que foi efetuado em 2015 nos termos explicitados no presente ponto, bem como nos pontos 51 a 55 da Parte I infra.

51. Relações de dependência hierárquica/funcional face a outros órgãos da Sociedade A Direção de Auditoria e Qualidade reporta hierarquicamente à Comissão Executiva e funcionalmente à Comissão de Auditoria, no contexto das respetivas funções de administração e fiscalização. Nos termos dos Estatutos e do respetivo Regulamento, o Conselho de Administração é competente por assegurar a eficácia dos sistemas de controlo interno, gestão de risco e auditoria interna, estabelecendo mecanismos e estruturas destinadas a atingir este objetivo. A Direção de Auditoria e Qualidade reporta hierarquicamente à Comissão Executiva (através do Presidente da Comissão

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Relatório e Contas 2015

Executiva), permitindo-lhe atuar de um modo transversal no âmbito dos CTT e de todas suas subsidiárias.

Igualmente nos termos dos Estatutos e do respetivo Regulamento, cabem à Comissão de Auditoria as seguintes responsabilidades neste domínio, as quais asseguram um reporte funcional da Direção de Auditoria Interna e Qualidade perante o órgão de fiscalização da Sociedade, dando por esta via cumprimento, ao longo de 2015, à Recomendação II.2.5. da CMVM:

Pronunciar-se sobre os planos de trabalho e recursos afetos à Direção de Auditoria Interna e Qualidade e aos serviços de compliance e apreciar a sua objetividade e independência;

Desenvolver, de forma articulada com a Comissão Executiva, o acompanhamento das matérias de auditoria interna, apreciando os relatórios da Direção de Auditoria Interna e Qualidade e dos serviços de compliance;

Propor à Comissão Executiva medidas destinadas a melhorar o funcionamento dos sistemas de controlo interno da informação financeira, do sistema de gestão de risco e da auditoria interna;

Debater o relatório de controlo interno com a Comissão Executiva e o ROC / Auditor Externo;

Fiscalizar os procedimentos internos relativos a matérias contabilísticas e de auditoria e a eficácia e adequação dos sistemas de gestão de risco, de controlo interno e de auditoria interna.

52. Outras áreas funcionais com competência no controlo de riscos

Compete à Direção de Finanças e Risco, diretamente dependente da Comissão Executiva (reportando hierarquicamente ao Chief Financial Officer (“CFO”)), a coordenação centralizada do modelo de gestão do risco dos CTT e o planeamento e implementação de programas de gestão dos riscos suportados na Política e Manual de Gestão de Risco da Empresa. A gestão e controlo de risco são assumidos nos CTT por toda a estrutura organizacional, envolvendo desde a gestão de topo aos níveis mais operacionais. A função de gestão de risco possui uma visão integrada sobre o modo como os distintos riscos podem afetar a estratégia de negócio dos CTT, sendo, também, responsável por efetuar a respetiva comunicação e articulação com as demais estruturas de governo, cujas responsabilidades se descrevem adiante:

Conselho de Administração

Designar o responsável pela função de gestão do risco e assegurar que esta função tem autoridade para desempenhar as suas competências e possui os recursos adequados a um sistema de gestão robusto;

Aprovar políticas eficazes e adequadas para a gestão dos riscos a que os CTT estão expostos, assegurando a sua implementação e cumprimento.

Comissão de Auditoria

Supervisionar a política e o sistema de gestão de risco, em articulação com o Conselho de Administração e a Comissão Executiva, acompanhando nomeadamente as políticas de controlo de risco e as metodologias de avaliação integrada de risco, assim como promovendo uma avaliação anual do sistema e propondo as medidas necessárias ao seu aperfeiçoamento;

Fiscalizar os procedimentos internos relativos a matérias contabilísticas e de auditoria, bem como a eficácia e adequação dos sistemas de gestão de risco, de controlo interno e de auditoria interna.

Direção de Finanças e Risco

Desenvolver e promover as políticas e linhas orientadoras de gestão do risco nos CTT e colaborar na criação de uma cultura de gestão do risco, definindo uma linguagem comum, promovendo ações de consciencialização e apoiando outras áreas da organização envolvidas e os risk owners;

Coordenar todo o processo de gestão do risco dos CTT nas suas quatro fases; Monitorizar e melhorar continuamente a eficácia do processo de gestão do risco, assegurando que as

melhores práticas são aplicadas; Proceder à revisão periódica do perfil de risco e do manual da sua gestão.

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Relatório e Contas 2015

Direção de Auditoria Interna e Qualidade

Realizar auditorias periódicas ao sistema de gestão do risco; Prestar assessoria técnica à revisão de normativos, com vista à melhoria dos sistemas de controlo interno; Realizar o follow-up das ações de mitigação realizadas.

Owner do risco Realizar as atividades do processo de gestão do risco relativas à avaliação, definição da resposta e ações

de mitigação; Acompanhar e avaliar os resultados das ações de mitigação; Reportar à função de gestão do risco recomendações relativas às atividades de controlo.

Comité de Gestão de Risco

Apoiar o Conselho de Administração e a Comissão Executiva, na medida do necessário, para: Reforçar o envolvimento organizacional ao nível da temática do risco, agregando as diferentes visões e

sensibilidades das áreas envolvidas e promovendo a integração da gestão de risco nos processos de negócio; e

Dinamizar a atuação da função de gestão do risco e cooperar com esta.

53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos)

a que a sociedade se expõe no exercício da atividade Considerando os objetivos estratégicos dos CTT, estão identificados os seguintes principais riscos (“Top risks”) que podem comprometer a concretização do crescimento sustentável da organização, tendo-se assim definido o perfil de risco dos CTT:

Mercados e concorrência

A expansão das comunicações digitais tem resultado, e prevê-se que continue a resultar, num decréscimo do tráfego postal, sendo este o principal mercado concorrente que o negócio core dos CTT enfrenta. Aliado a este facto, a abertura total do mercado tende a intensificar a concorrência que até à data se concentrava maioritariamente noutros segmentos de negócio (ex., expresso e encomendas e serviços financeiros). Neste contexto competitivo é crucial estar preparado para responder atempadamente às transformações do mercado, antecipando os movimentos dos principais concorrentes. A gestão deste risco está entregue às Áreas de Negócio e à unidade de Regulação e Concorrência.

Inovação e desenvolvimento

A inovação na atividade postal é determinante para alavancar o desenvolvimento de novas soluções, serviços e produtos que, conjuntamente, mitiguem o efeito de substituição e introduzam vantagens competitivas que reforcem a liderança dos CTT. A ausência de uma estratégia eficaz e eficiente em matéria de inovação pode resultar numa perda de competitividade, logo, de receita. A gestão deste risco é responsabilidade da unidade de Estratégia e Desenvolvimento

Obrigatoriedade do Serviço Universal

Enquanto prestador do serviço universal até 2020, as obrigações dos CTT – nomeadamente a de assegurar uma oferta de produtos e serviços postais em todo o território nacional (de acordo com padrões de qualidade e preços aprovados pelo regulador) e a de disponibilizar o acesso à sua infraestrutura postal a outros operadores - comportam custos significativos que podem não ser suficientemente reduzidos ou compensados de forma a cobrir o decréscimo nos rendimentos operacionais decorrente da diminuição do tráfego postal. A gestão deste risco está alocada às unidades de Regulação e Concorrência e Estratégia e Desenvolvimento.

Focalização e fidelização de clientes

Alterações nas preferências dos consumidores, no comportamento de consumo dos clientes ou a falha no fornecimento de produtos e serviços de elevada qualidade podem afetar negativamente os CTT. Acresce que uma percentagem importante dos rendimentos operacionais provém do negócio postal e, em particular, de uma base de clientes relativamente concentrada. A gestão deste risco é uma preocupação das Áreas de Negócio e Redes Comerciais.

Gestão de Recursos Humanos

A capacidade de recrutar e reter trabalhadores qualificados e gestores experientes, a implementação de planos de gestão de desempenho e de talento bem como a gestão da relação com as estruturas representativas dos trabalhadores são fatores críticos e essenciais para o sucesso dos CTT. A gestão deste risco compete à unidade de Recursos Humanos e Organização.

Parcerias

A atividade dos CTT depende de parcerias e outros acordos similares, quer ao nível dos segmentos de negócio de correio, serviços financeiros ou soluções empresariais, quer ao nível de prestadores de serviços e fornecedores chave em algumas áreas operacionais. O incumprimento destes compromissos, a resolução dos acordos ou qualquer interrupção nos serviços prestados pode perturbar significativamente as operações e afetar de forma adversa o negócio dos CTT. A gestão deste risco é transversal a todas as áreas da organização.

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Gestão da Informação É crucial para a implementação e gestão da estratégia de negócio dos CTT que a análise, a tomada de decisão, bem como os deveres de comunicação para com os acionistas, entidades reguladoras e mercado em geral, sejam fundamentadas em informação criteriosa, relevante, fiável e consistente. É ainda uma obrigação legal, ética e fundamental, assegurar a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da informação de negócio, seja ela propriedade dos CTT, de clientes ou de outras partes. A gestão deste risco é responsabilidade das unidades de Sistemas e Informação, Planeamento e Controlo de Gestão e Relações com Investidores.

Sistemas e Informação (SI) A gestão corrente das operações dos CTT depende fortemente da sua infraestrutura de TI e de sistemas de comunicação. Qualquer falha no seu funcionamento e a recuperação lenta da atividade normal podem comprometer a capacidade de oferta de produtos e serviços, traduzindo-se numa potencial diminuição de margens operacionais, e com consequências ao nível da reputação e imagem junto dos stakeholders. A gestão deste risco está entregue à unidade de Sistemas e Informação.

Alinhamento Estratégico A gestão de riscos estratégicos envolve a monitorização da evolução dos vetores social, político e macroeconómico, bem como o alinhamento do portfólio de negócio dos CTT e subsidiárias com as tendências de mercado, numa perspetiva de inovação e de criação sustentada de valor. A gestão deste risco compete à unidade de Estratégia e Desenvolvimento.

Análise de Rentabilidade Os CTT estão sujeitos a múltiplos riscos financeiros, com destaque para os riscos de crédito, de taxa de juro e cambial e riscos de liquidez, cuja mitigação para maximização de rentabilidade é crucial para o crescimento sustentado dos CTT. A gestão destes riscos é responsabilidade das unidades de Contabilidade e Tesouraria e Finanças e Risco. Neste âmbito importa, ainda, salientar as atribuições e atividades da Comissão de Crédito e do Comité de Investimentos.

Atendendo às alterações no contexto externo e aos desafios decorrentes do processo de privatização e da criação do Banco CTT, foi iniciado no final de 2015 um projeto de restruturação e reavaliação do portfolio de riscos a que os CTT estão expostos no decurso da sua atividade. Daqui resultará a atualização do perfil de risco e a definição do correspondente plano de gestão do risco constituído por medidas concretas de mitigação a implementar a curto/médio prazo. Este processo envolve a realização de vários “focus groups” temáticos com a participação de todas as áreas de negócio e corporativas da Empresa, onde se pretende, por um lado, promover a reflexão e discussão acerca dos principais riscos enfrentados pelos CTT e, por outro lado, desenvolver indicadores de risco adequados que permitam uma eficiente ligação com os processos de decisão da organização. Além destes fóruns, está a ser feita uma revisitação às boas práticas metodológicas de gestão do risco, nomeadamente através de benchmarking a empresas congéneres europeias e a algumas empresas nacionais que apresentam um elevado grau de maturidade nos seus modelos integrados de gestão do risco. Prevê-se que todo o processo fique concluído durante o primeiro semestre de 2016.

54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão dos riscos

A gestão de risco é promovida pelo Conselho de Administração, em articulação com os diversos responsáveis das unidades organizativas, de forma a identificar, avaliar e gerir as incertezas e ameaças que possam influenciar a prossecução do plano e dos objetivos estratégicos, de modo alinhado com o perfil de risco da Empresa. A gestão do risco está integrada com o processo de planeamento estratégico e gestão operacional dos CTT e suas Subsidiárias, dependendo do compromisso de todos os colaboradores a adoção da gestão de risco como parte integrante das suas funções. As unidades de Auditoria e Qualidade e Finanças e Risco apoiam a implementação do sistema de gestão de risco e a apreciação contínua dos procedimentos estabelecidos, de modo a assegurar o seguinte:

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A manutenção de um modelo de gestão do risco alinhado com os objetivos estratégicos dos CTT e suas Subsidiárias, incluindo canais de informação e comunicação;

A identificação e avaliação dos eventos de risco a que os CTT e as suas Subsidiárias estão sujeitos no âmbito da atividade desenvolvida;

A monitorização permanente dos principais riscos de modo a verificar eventuais alterações do seu nível de risco que impliquem a necessidade de alterar o sistema de controlo interno.

Assim, os CTT implementaram um sistema de gestão de risco destinado a gerir de forma sistemática os riscos e as oportunidades que podem ter impacto nos objetivos estratégicos da Empresa, através de estruturas, processos, metodologias e informação.

(1) A visão estratégica engloba a missão estratégica (sensibilidade ao risco) e objetivos estratégicos (tolerância ao risco) da Empresa. (2)A cultura organizacional engloba 6 layers: Informação e comunicação, gestão da informação, recursos humanos, estrutura

organizacional, gestão do conhecimento e assurance.

Este processo de gestão de risco envolve, assim, as seguintes 4 fases:

Fase I - Identificação

O sistema de gestão de risco é suportado por um conjunto de normas e procedimentos de captura, registo, classificação e comunicação dos riscos inerentes ao desenvolvimento das atividades diárias (ex. financeiras, operacionais, comerciais, outras), bem como dos riscos do meio envolvente.

Fase II - Avaliação

Todos os riscos relevantes são avaliados quanto à sua probabilidade e impacto, utilizando, para o efeito, os níveis de classificação aprovados, conforme consta do manual de gestão do risco periodicamente revisto.

Fase III - Mitigação

Em função da avaliação dos riscos são definidas estratégias de mitigação, no sentido de evitar, reduzir, partilhar e/ou aceitar determinado nível de risco.

Fase IV – Monitorização e reporte

Esta fase é suportada pela execução de atividades, avaliações e relatórios periódicos destinados a assegurar que todos os riscos são monitorizados e a verificar eventuais alterações do nível de risco;

Esta monitorização é efetuada com base em indicadores de risco (Key Risk Indicators - KRI) que permitem um contínuo reporte e a adoção de medidas de remediação em tempo útil;

Os KRI endereçam todos os níveis organizacionais (estratégico, tático e operacional) e visam um alinhamento permanente com key performance indicators e, por conseguinte, com a estratégia de negócio e perfil de risco dos CTT definidos pelo Conselho de Administração.

55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados

na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira O processo de divulgação de informação financeira é acompanhado tanto pelos órgãos de administração e fiscalização como pelas unidades de negócio e pelos serviços corporativos. Os documentos de prestação de contas e demais informação financeira são elaborados pelas Direções de Planeamento e Controlo e Relações com Investidores, com base na informação disponibilizada pela Direção de Contabilidade e Tesouraria e pelas unidades de negócio. Todos os documentos de apresentação de informação financeira são aprovados pelo Conselho de

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Administração e revistos pela Comissão de Auditoria e pelo ROC / Auditor Externo. Cabe, em particular, à Comissão de Auditoria supervisionar a adoção dos princípios e das políticas de identificação e gestão dos principais riscos financeiros e operacionais associados à atividade dos CTT, designadamente acompanhando as atividades da Direção de Auditoria Interna e Qualidade. A Comissão de Auditoria é também responsável por fiscalizar a independência do ROC / Auditor Externo e o processo de preparação e de divulgação de informação financeira da Empresa. Neste âmbito, a Comissão de Auditoria:

Realiza reuniões de acompanhamento destes processos com os membros da Comissão Executiva, com o ROC / Auditor Externo, assim como com os responsáveis pela contabilidade e pelo planeamento e controlo de gestão;

Aprecia os relatórios da Direção de Auditoria Interna e Qualidade (designadamente a propósito dos procedimentos de auditoria interna e ao controlo interno do relato financeiro), com vista a efetuar eventuais propostas à Comissão Executiva;

Acompanha, de forma articulada com a Comissão Executiva, as matérias de auditoria interna, designadamente no que respeita aos procedimentos relativos ao relato financeiro, à deteção de riscos, irregularidades e conflitos de interesses e à salvaguarda do património.

As tarefas realizadas ao longo de 2015 pela Comissão de Auditoria neste âmbito visaram, sobretudo, supervisionar a adequação do processo de preparação e divulgação de informação financeira e assegurar que a auditoria interna e externa tinham condições para desenvolver a sua atividade com independência e objetividade, em linha com a Recomendação II.2.5. da CMVM. Por sua vez, com vista à emissão da certificação legal de contas e do relatório de auditoria, o ROC / Auditor Externo avaliam os mecanismos de controlo interno dos principais processos de negócio das empresas do Grupo com efeitos no relato financeiro. IV. APOIO AO INVESTIDOR

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto

A Direção de Relações com Investidores (“RI”) dos CTT tem como missão assegurar um relacionamento sólido e duradouro entre, por um lado, os acionistas, investidores e analistas, a CMVM, a Euronext Lisbon e os mercados de capitais em geral, e, por outro lado, a Empresa e os seus órgãos sociais, disponibilizando atempadamente e de forma clara e transparente informação que permita conhecer a evolução da realidade atual dos CTT em termos económicos, financeiros e de governo societário. A Sociedade adota assim a Recomendação VI.2. da CMVM disponibilizando um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado.

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A equipa da RI dos CTT é composta por 5 pessoas e dirigida por Peter Tsvetkov, tendo os seguintes contactos: Morada: Avenida D. João II, n.º 13, 12.º piso 1999-001 Lisboa-Portugal

[email protected] Telefone: +351 210 471 867 Fax: +351 210 471 996 Website: www.ctt.pt

Em 2015, além da normal prestação de contas (Relatório & Contas Anual 2014 e Relatório & Contas do 1º semestre de 2015), os CTT emitiram 21 comunicados de informação privilegiada (incluindo comunicados e apresentações de resultados trimestrais), 61 de participações qualificadas nos CTT, bem como 1 referente a transações de dirigentes e ainda 1 sobre a aquisição de ações próprias. Durante o ano, foram despendidos pelos CTT 21,5 dias em reuniões externas com investidores, dos quais 11,5 dias em 11 conferências (organizadas por 9 corretoras diferentes em 6 cidades distintas) e 10 dias em 11 roadshows (organizados por 8 corretoras diferentes em 12 cidades distintas). O número de eventos foi inferior ao do ano anterior devido à realização do Capital Markets Day no dia 19 novembro, pelo que não foram efetuadas deslocações para divulgação dos resultados do 3.º trimestre. Em 2015 o Presidente & CEO da Sociedade despendeu 6,5 dias no exterior em atividades ligadas às Relações com Investidores e o CFO despendeu 15,5 dias para o mesmo efeito. Os CTT receberam igualmente 10 visitas de investidores, sendo 3 independentes e 7 organizadas por 4 corretoras diferentes. Ao longo do ano, a Empresa reuniu com 370 investidores. De referir ainda a realização de 37 teleconferências agendadas com investidores, 12 reuniões com analistas e 24 chamadas agendadas com analistas, bem como muitas chamadas não agendadas.

Em 19 de novembro de 2015, os CTT organizaram pela primeira vez o Capital Markets Day com o objetivo de apresentar os resultados do 3.º trimestre e dar a conhecer a estratégia dos CTT, com principal enfoque no Banco CTT. O evento contou com cerca de 80 participantes provenientes de 16 investidores, 17 corretoras e ainda de outras entidades ligadas ao mercado de capitais, tendo ainda incluído visitas a uma loja CTT e ao Centro de Produção e Logística de Lisboa. A 31 de dezembro de 2015, a cobertura da ação dos CTT pelos analistas de research era realizada por 15 analistas de research (12 no final de 2014), 5 corretoras sediadas em Portugal (CaixaBI, BPI, Haitong, Intermoney e Banco BIG), 5 da América do Norte (JP Morgan, Morgan Stanley, Goldman Sachs, Jefferies e Royal Bank of Canada), 2 espanholas (BBVA e Fidentiis), 1 alemã (MainFirst), 1 inglesa (Barclays) e 1 sul-africana (Investec). A Berenberg suspendeu temporariamente a cobertura devido a alterações da sua equipa de research. A 31 de dezembro de 2014, o preço de fecho de mercado da ação dos CTT foi de 8,017€, sendo nessa data o preço-alvo médio dos 12 analistas que cobriam a ação de 8,554€. A 31 de dezembro de 2015, o preço de fecho de mercado da ação dos CTT foi de 8,854€. Nessa data, o preço-alvo médio dos 15 analistas que cobriam a ação era de 9,847€, sendo que cerca de 47% dos analistas (7) tinham recomendações positivas sobre a ação e cerca de 47% (7) tinham recomendações neutrais. Um dos analistas (~7%) emitiu recomendação negativa.

57. Representante para as relações com o mercado O Representante para as Relações com o Mercado dos CTT é o Administrador Executivo e CFO André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa.

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Relatório e Contas 2015

58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados

no ano ou pendentes de anos anteriores Em 2015, a RI recebeu e processou 354 emails de investidores institucionais, 1.623 de analistas de research, 715 provenientes de organizadores de conferências e eventos financeiros e 568 de outros investidores e público em geral. Dado que nem todos careciam de resposta (caso dos relatórios de research sobre os CTT e seus pares que a RI recebe das corretoras) ou esta foi dada imediatamente por via telefónica, a RI diligenciou por email as respostas indicadas no quadro abaixo nos prazos aí mencionados, em função da sua natureza e complexidade, não tendo ficado qualquer email por responder no final do ano 2015.

Nota: 95,5% de todos os pedidos de informação foram respondidos em 24h* medido desde a hora de receção do email.

V. SÍTIO DE INTERNET

59. Endereço O endereço do website dos CTT é o seguinte: www.ctt.pt. Tal como adiante descrito, em linha com a Recomendação VI.1. da CMVM, a Sociedade proporciona, através do seu website, em português e inglês, acesso a informações que permitem o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.

60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de Sociedade aberta, a sede e demais elementos de identificação da sociedade

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “Governo da Sociedade”, “Identificação da Sociedade”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “A Empresa”, “Governo da Sociedade”, “Estatutos e Regulamentos”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor, respetivas funções e meios de acesso

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “A Empresa” (secção “Governo da Sociedade”) e “Relações com Investidores” (secção “Contactos”), no website dos CTT (www.ctt.pt).

Número de respostas dadas

em menos de1h* de 1h a 24h* em mais de 24h* Total

A investidores institucionais 179 93 13 285 A analistas 189 78 12 279

A outros (investidores retalho, público, etc.) 94 89 9 192

Total 462 260 34 756 Percentagem 61,1% 34,4% 4,5% 100%

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Relatório e Contas 2015

63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, bem como o calendário semestral de eventos societários

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “Informação Financeira”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da Assembleia Geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “Relações com Investidores”, “Assembleias Gerais”, no website dos CTT (www.ctt.pt).

65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das Assembleias Gerais da Sociedade, o capital social representado e os resultados das votações

Esta informação pode ser consultada em “CTT e Investidores”, “Relações com Investidores”, “Assembleias Gerais”, no website dos CTT (www.ctt.pt). D. REMUNERAÇÕES I. COMPETÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO

66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da Comissão Executiva e dos dirigentes da sociedade

De acordo com artigo 9º dos Estatutos, a determinação das remunerações dos membros dos órgãos sociais compete à Assembleia Geral, que pode nomear para o efeito uma Comissão de Vencimentos. Tendo em conta que o Conselho de Administração dos CTT entende que os dirigentes da Sociedade, na aceção do artigo 248º-B do CVM, correspondem apenas aos membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT, a fixação da sua remuneração compete à Comissão de Vencimentos. Conforme melhor detalhado no ponto 21.4 da Parte I supra, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações dispõe de competências consultivas em matéria de avaliação de desempenho e remunerações, prestando apoio à Comissão de Vencimentos na fixação das remunerações. A atribuição de tais competências consultivas, não só dá cumprimento à Recomendação II.1.4(a) da CMVM, como se encontra em linha com as melhores práticas (designadamente do sector financeiro) no sentido de o órgão que define a remuneração dever ser apoiado por uma comissão no seio do Conselho de Administração, que contribua com a sua independência, conhecimento e experiência para a definição de uma política remuneratória ajustada às especificidades do sector e da Sociedade, em especial com conhecimento detalhado do seu perfil estratégico e de risco.

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II. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores

A 31 de dezembro de 2015, a Comissão de Vencimentos tinha a seguinte composição:

Titulares Cargos Data da 1ª designação

João Luís Ramalho de Carvalho Talone Presidente 24/03/2014 José Gonçalo Ferreira Maury (1) Vogal 24/03/2014 Rui Manuel Meireles dos Anjos Alpalhão Vogal 24/03/2014

(1) Renunciou ao cargo por carta datada de 04/01/2016. A convocatória da Assembleia Geral Anual a realizar em 28/04/2016 incluirá um ponto relativo à eleição de novo membro da Comissão de Vencimentos.

Em cumprimento da Recomendação II.3.1. da CMVM, todos os membros da Comissão de Vencimentos são independentes face à administração dos CTT, já que nenhum (i) integra qualquer órgão social da Sociedade nem de sociedades com esta em relação de domínio ou grupo e/ou (ii) tem qualquer relação familiar (i.e., por via do seu cônjuge, parentes e/ou afins em linha reta até ao 3.º grau, inclusive) com qualquer Administrador. Conforme referido nos pontos 21.4 e 66 da Parte I supra, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações dispõe de competências consultivas em matéria remuneratória, prestando apoio à Comissão de Vencimentos responsável pela fixação das remunerações. Como detalhado nos pontos 17 e 29.2 da Parte I supra, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações é composta por uma maioria de Administradores Não Executivos e independentes (4 dos seus 5 membros). Em 2015 a Comissão de Vencimentos foi apoiada por consultores especializados em matéria remuneratória e de recursos humanos, a Mercer. A Mercer mantinha relação com a Empresa a 31 de dezembro de 2015 e prestava e tinha prestado nos últimos 3 anos serviços aos CTT. Ainda que a Sociedade não adote a Recomendação II.3.2. da CMVM, como explicitado na Parte II infra, a Sociedade instituiu os mecanismos necessários para assegurar a independência dos consultores que apoiam a Comissão de Vencimentos.

68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações

Os curricula dos membros da Comissão de Vencimentos constam do Anexo I. Tal como aí evidenciado, e em harmonia com a Recomendação II.3.1. da CMVM, todos os membros desta Comissão dispõem de conhecimento adequado para analisar e deliberar sobre as matérias da sua competência, atenta a sua formação académica e vasta experiência profissional, nomeadamente por via:

Do desempenho de funções de administração em diversos sectores, em Portugal e no estrangeiro, e do desempenho de funções em comissões de vencimentos, em ambos os casos em sociedades com dimensão relevante e com ações admitidas à negociação;

De atividades de consultoria na área de recursos humanos especializados, incluindo políticas remuneratória e de seleção e captação de executivos nos sectores financeiro, serviços e indústria.

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III. ESTRUTURA DAS REMUNERAÇÕES

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho

A política remuneratória para o mandato em curso foi aprovada e implementada pela Comissão de Vencimentos dos CTT em 2015, tendo por base: (i) as linhas gerais da declaração anual sobre a política remuneratória dos membros dos órgãos sociais aprovada pelos Acionistas dos CTT na Assembleia Geral Anual realizada em 5 de maio de 2014; e (ii) e uma profunda reflexão e estudos de benchmarking realizados com o apoio de consultores especializados e, subsequentemente, sujeita a parecer da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações. Nesta reflexão procurou-se desenvolver e adaptar os princípios vertidos naquela declaração e as melhores práticas vigentes às especificidades do mercado português, do sector de atividade dos CTT, assim como do seu plano estratégico, plano de negócios e orçamentos anuais. O peer group utilizado na análise de benchmarking subjacente à política remuneratória aplicável aos Administradores Executivos dos CTT foi selecionado, à data de 28 de julho de 2014, tendo por base 3 critérios (sector, mercado regulado/não regulado e estabilidade dos cash-flows) e englobou 19 empresas, incluindo 7 empresas europeias do sector (Bpost, Deutsche Post, La Poste, Poste Italiane, Poste NL, Post Nord e Royal Mail) e as 12 empresas portuguesas consideradas mais relevantes nessa data com ações admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon. No que respeita aos Administradores Não Executivos e aos membros da Mesa da Assembleia Geral, o benchmarking de referência atendeu a um peer group composto por 14 empresas do PSI20. A política de remuneração aprovada pela Comissão de Vencimentos visou promover o alinhamento entre a remuneração e a estratégia de negócio definidos e, consequentemente, a sustentabilidade dos resultados e a criação de valor para os Acionistas, assentando nos seguintes principais princípios:

Funcionar como instrumento da política de gestão de talento;

Recompensar o trabalho, estimular o desempenho, premiar os resultados, tendo em conta o desempenho e o mérito individual;

Contribuir para atrair, desenvolver e reter profissionais competentes, procurando ser competitiva face às práticas do mercado português para empresas de idêntica complexidade;

Promover o alinhamento de interesses com os valores e a cultura CTT, com a estratégia de negócio, com os Acionistas da Sociedade e, em geral, com os restantes stakeholders; e

Contribuir para a criação de valor não só no curto mas sobretudo no médio e longo prazo, seguindo práticas de gestão sustentadas.

Atentos estes princípios, a remuneração dos Administradores Executivos compreende uma componente fixa e uma componente variável, sendo esta última constituída por uma parcela que visa remunerar o desempenho no curto prazo e por outra que visa remunerar o desempenho no longo prazo. A componente de remuneração fixa foi definida atendendo à competitividade e mediana do

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mercado e natureza e complexidade das funções (razão pela qual se diferencia a remuneração do CEO, CFO e restantes Administradores Executivos), às competências requeridas e à sustentabilidade da performance dos CTT. À remuneração base anual paga 14 vezes ao ano acrescem benefícios complementares correspondentes ao subsídio de refeição anual e um montante fixo mensal a afetar a fundo de pensões aberto ou plano poupança reforma. Esta componente pode ser revista anualmente pela Comissão de Vencimentos. A remuneração variável dos Administradores Executivos é composta por:

Uma componente anual (“Remuneração Variável Anual” ou “RVA”), dependente do atingimento, em cada exercício, de objetivos quantitativos e qualitativos pré-definidos, paga em numerário no mês seguinte à aprovação de contas pela Assembleia Geral Anual subsequente a cada exercício; e

Uma componente de longo prazo (“Remuneração Variável de Longo Prazo” ou “RVLP”), sujeita à verificação de um Total Shareholders Return (“TSR”) positivo das ações CTT no final do período de avaliação equivalente ao mandato (até 1 de janeiro de 2017), e dando lugar à entrega de ações CTT em 31 de janeiro de 2017, sujeita ainda a um período de indisponibilidade de 1 ano relativamente a 50% das ações entregues.

Quer a RVA quer a RVLP estão sujeitas a limites definidos pela Comissão de Vencimentos, designadamente por referência à remuneração fixa conforme adiante explicitado. Os Administradores Não Executivos apenas auferem uma remuneração fixa anual, paga 14 vezes ao ano, cujo montante foi determinado em função do grau de compromisso em tempo e número estimado de reuniões dos órgãos sociais e suas comissões internas, conforme Recomendação III.2. da CMVM. Assim, é atribuído um acréscimo remuneratório diferenciado (i) aos Administradores Não Executivos que presidem ou integram uma ou mais comissões, em particular tratando-se da Comissão de Auditoria, tendo em conta as competências e deveres deste órgão de fiscalização, e (ii) ao Vice-Presidente Não Executivo do Conselho de Administração que desempenha as funções de lead independent director descritas no ponto 21 da Parte I supra. Em síntese, a política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos assenta nos seguintes pilares alinhados com as melhores práticas nacionais e internacionais neste âmbito:

Mix salarial

Equilíbrio adequado entre a remuneração fixa e variável Equilíbrio adequado entre a remuneração de curto e longo prazo Equilíbrio adequado entre a componente em numerário e em ações (sem diluição)

Medidas de desempenho Equilíbrio adequado entre objetivos individuais e coletivos

Equilíbrio adequado entre objetivos financeiros e não financeiros Medidas de desempenho que consideram o risco e fixam KPI e targets adequados face ao peer

group e aos planos da Empresa

Alinhamento de interesses

Definição de nível mínimo de desempenho para aceder à remuneração variável Definição de nível de desempenho máximo a partir do qual não ocorre pagamento adicional de

remuneração variável (caps) Utilização de diferimentos por via da remuneração variável plurianual e da indisponibilidade de

ações CTT entregues

Transparência Deliberações de Comissão de Vencimentos independente, apoiada por consultores especializados e por comissão interna do Conselho de Administração especializada e independente

Divulgação de informação Alinhamento com peer group e objetivos estratégicos da Empresa

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Estes princípios e elementos estruturais da política remuneratória dos membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT encontram-se detalhados nos pontos seguintes deste relatório e constam ainda da declaração sobre a política remuneratória, a submeter anualmente pela Comissão de Vencimentos para aprovação da Assembleia Geral, tal como efetuado na reunião de 5 de maio de 2015, e a efetuar na reunião de 28 de abril de 2016. Por esta via, a Sociedade adota a Recomendação II.3.3. da CMVM nos seguintes moldes:

Em sede de declaração anual é apresentada pela Comissão de Vencimentos à Assembleia Geral a informação devida ao abrigo da Lei nº 28/2009, de 19 de junho, e ainda informação sobre os critérios para a determinação da remuneração e as regras vigentes em matéria de cessação de funções, em linha com as alíneas a) e c) da Recomendação CMVM II.3.3.;

A Comissão de Vencimentos não indica expressamente naquela declaração os montantes máximos potenciais de remuneração nos termos constantes da alínea b) daquela Recomendação da CMVM, sem prejuízo de dar pleno cumprimento aos princípios de previsibilidade, divulgação e transparência dos custos de agência suportados pela Empresa e pelos seus Acionistas, ao adotar uma solução materialmente correspondente à Recomendação II.3.3. b) da CMVM, conforme explicitado na Parte II infra deste Relatório.

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o

alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos

70.1. Fixação e limites da remuneração base anual, da RVA e da RVLP e desincentivo à assunção

excessiva de riscos Como acima antecipado, o montante de remuneração fixa definido em função dos critérios indicados no ponto 69 da Parte I supra procura (i) um alinhamento com as práticas de mercado, encontrando-se próxima da mediana de mercado e procurando que esta seja adequada ao desincentivo à assunção excessiva de risco e (ii) uma diferenciação e recompensa em função da dedicação. Os Administradores Não Executivos dos CTT apenas auferem remuneração fixa, dando cumprimento à Recomendação III.2. da CMVM. Quer a RVA quer a RVLP estão sujeitas a limites máximos definidos pela Comissão de Vencimentos, designadamente por referência à remuneração base anual, em linha com a Recomendação III.3. da CMVM, o que constitui igualmente um desincentivo à assunção excessiva de risco. Assim, a RVA tem como target 65% da remuneração base anual, no caso do CEO, e 55% da remuneração base anual, no caso dos demais Administradores Executivos. Logo, num cenário de 100% de atingimento dos objetivos aplicáveis à RVA, o CEO terá direito a RVA em numerário no valor de 65% da remuneração base anual e os demais Administradores Executivos terão direito a RVA em numerário no valor de 55% da remuneração base anual. Sendo os objetivos superados acima destes targets, o valor máximo da RVA atribuível ao CEO é de 100% da remuneração base anual e aos demais Administradores é de 85% da remuneração base anual. Não sendo atingido o limiar mínimo de consecução descrito no ponto 71 da Parte I infra, não haverá lugar a qualquer RVA. Por sua vez, a RVLP é paga através da atribuição de ações da Sociedade e está dependente da verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade no final de um período de avaliação (até 1 de janeiro de 2017). A atribuição e entrega de ações encontra-se diferida para o final do mandato (sendo o pagamento apenas devido em 31 de janeiro de 2017), sujeita aos referidos critérios e a

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diversos limites descritos infra, determinados tendo em conta, entre outros aspetos, uma percentagem máxima da remuneração base anual, prosseguindo igualmente um desincentivo à assunção excessiva de risco. Assim, a RVLP tem como target para todos os Administradores Executivos 135% da remuneração base anual. Logo, num cenário de 100% de atingimento dos objetivos aplicáveis à RVLP, os Administradores Executivos dos CTT terão direito a RVLP em ações da Sociedade no valor de 135% da remuneração base anual. Sendo os objetivos superados acima deste target, o valor máximo da RVLP atribuível é de 180% da remuneração base anual. Não sendo atingido o limiar mínimo de consecução descrito no ponto 71 da Parte I infra, não haverá lugar a qualquer RVLP. Em acréscimo, o número máximo de ações da Sociedade a atribuir, a título de RVLP referente ao mandato de 3 anos em curso, está duplamente limitado em função do número de ações a atribuir e do seu valor, segundo os seguintes limites: (i) cap máximo de 148.142, 117.876 e 111.504 ações, respetivamente para o CEO, CFO e restantes Administradores Executivos, e (ii) o valor das ações, à média das cotações de fecho das ações dos CTT em dezembro de 2016, não pode exceder um máximo de dois milhões e quinhentos mil euros e dois milhões de euros, respetivamente para o CEO e para os restantes Administradores Executivos. Uma vez atribuídas e entregues ações CTT a título de RVLP em 2017, as mesmas ficarão parcialmente sujeitas a restrições à sua transmissibilidade e oneração, com vista a assegurar o referido alinhamento e incentivo à manutenção do desempenho positivo da Empresa, para além do termo do mandato. Ainda no sentido do desincentivo excessivo do risco e como melhor descrito em 70.2 infra, para o conjunto dos membros da Comissão Executiva dos CTT a componente fixa da remuneração representará em média 40% do total da remuneração anual, sendo os restantes 60% atribuídos como componente variável em caso de cumprimento máximo dos objetivos da RVA e RVLP. Em caso de cumprimento do target de cada uma destas componentes, o seu peso relativo será em média de 50%. Por último, e nos termos do artigo 23º dos Estatutos, a remuneração variável dos Administradores Executivos pode consistir numa percentagem dos lucros consolidados, caso em que a percentagem global de tais lucros afeta à remuneração variável não poderá exceder, em cada ano, o correspondente a 5% dos lucros consolidados do exercício. 70.2. Critérios para avaliação de desempenho, equilíbrio entre componentes remuneratórias e

consequente alinhamento de interesses

A atribuição e o valor da componente variável dependem do cumprimento de objetivos pré-definidos, medidos com recurso a critérios de avaliação de desempenho, descritos no ponto 71 da Parte I infra. Esta componente oscilará de acordo com o grau de consecução de: Objetivos anuais fixados em função de critérios de avaliação quantitativos (definidos com

base no benchmarking realizado e no plano de negócios e orçamento anual aprovado pelo Conselho de Administração e relacionados com EBITDA e TSR) e critérios de avaliação individuais qualitativos (definidos pela Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações, no contexto dos parâmetros estabelecidos pela Comissão de Vencimentos, e relacionados com os valores da Empresa e a sua sustentabilidade e relação com os stakeholders); e

Objetivos plurianuais correspondentes ao período de duração do mandato (3 anos) fixados por referência a critérios de avaliação quantitativos de longo prazo (definidos com base no benchmarking realizado e relacionados com o TSR).

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Adicionalmente quer a RVA quer a RVLP estão dependentes dos limiares mínimos de desempenho descritos em 70.1 supra e objetivos gradativos descritos no ponto 71 da Parte I infra. Assim, por via destes critérios de avaliação do desempenho, objetivos de consecução e limiares de atingimento pretende-se fixar uma política remuneratória que promova o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses dos CTT e a sua performance a longo prazo. Por sua vez, o organograma seguinte apresenta o peso da remuneração fixa e variável (anualizada) face à remuneração total anual atribuída, em média, aos membros da Comissão Executiva, em caso de cumprimento do target e cumprimento máximo dos objetivos da RVA e RVLP. Em termos globais, verifica-se um equilíbrio entre a remuneração fixa anual e a remuneração variável total anualizada que promove igualmente o referido alinhamento de interesses.

O peso da componente variável face à remuneração fixa total encontra-se não só em linha com as melhores práticas de mercado de um universo de empresas de referência nacional (incluindo grandes empresas portuguesas e empresas cotadas no PSI20) e europeias (entidades do sector postal), apuradas no exercício de benchmarking realizado, como também em linha com as Recomendações III.1. e III.3. da CMVM. Em suma, a efetiva atribuição deste mix remuneratório está dependente da avaliação do desempenho segundo os critérios e objetivos descritos no ponto 71 da Parte I infra e contribui para o alinhamento de interesses do Administradores com a Sociedade, nos seguintes moldes:

A componente fixa serve de referência à atribuição da componente variável, estando sujeita a limites, podendo ser revista anualmente pela Comissão de Vencimentos e verificando-se um adequado equilíbrio entre as componentes remuneratórias;

A RVA depende da avaliação de critérios de desempenho quantitativos e qualitativos, pré-determinados e gradativos, tendo como período de avaliação o exercício em causa;

A RVLP depende da avaliação de critérios quantitativos, pré-determinados e gradativos, tendo como período de avaliação o mandato de 3 anos em curso, numa perspetiva de longo prazo;

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A RVLP determina a entrega de ações no final do mandato, ainda sujeita a um período de indisponibilidade que constitui um incentivo adicional à manutenção do desempenho positivo da Sociedade e à criação de valor para os Acionistas, para além do termo do mandato.

71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e

informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente O montante de RVA a auferir pelos Administradores Executivos resulta em 70% da avaliação dos seguintes critérios e objetivos quantitativos, fixados pela Comissão de Vencimentos com base no benchmarking realizado e no plano de negócios e orçamento:

O valor da margem de EBITDA recorrente anual de cada área de negócio dos CTT: (i) correio; (ii) expresso e encomendas; e (iii) serviços financeiros (40%). No ano de 2015, a Comissão de Vencimentos desenvolveu este objetivo em função das áreas de negócio dos CTT, tendo em conta a fase de diversificação da sua atividade por diferentes áreas em que a Empresa se encontra, as quais têm um peso relativo diferente na contribuição para os rendimentos dos CTT;

A percentagem de crescimento de EBITDA recorrente dos CTT (como definido pela Comissão de Auditoria dos CTT) face ao ano civil anterior (40%);

A verificação de um TSR anual das ações da Sociedade positivo e a sua comparação com o TSR médio ponderado de um peer group (20%). No ano de 2015, a Comissão de Vencimentos deliberou limitar o impacto deste indicador de desempenho à respetiva ponderação de 20%, incentivando assim a tomada de opções de prazo mais curto na gestão que podem criar valor a médio e longo prazo, embora no curto prazo sejam suscetíveis de criar pressão sobre as ações.

O referido peer group é formado por 2 subgrupos: (i) TSR do PSI20 com a ponderação de 60% e (ii) TSR (média simples) de um conjunto de peers do sector relevantes (Austrian Post, Bpost, Post NL e Royal Mail, sem prejuízo de alterações definidas pela Comissão de Vencimentos em função de reestruturações societárias relevantes) com a ponderação de 40%.

A atribuição da RVA ao nível destes objetivos está ainda dependente da verificação de (i) uma média ponderada destes objetivos superior a 80% e (ii) uma margem de EBITDA recorrente que cumpra em, pelo menos, 85% do objetivo fixado. Verificadas estas condições, o desempenho registado quanto aos critérios e objetivos quantitativos é remunerado de forma gradativa, de acordo com o grau de consecução e os parâmetros definidos pela Comissão de Vencimentos, em particular:

Se o desempenho registado cumprir em menos de 80% o objetivo fixado, não há lugar à atribuição de RVA relativamente a esse mesmo objetivo quantitativo;

Se o desempenho registado se situar entre 80% e 100% do objetivo fixado, é devido valor situado no intervalo de 29,25% e 65% da remuneração base anual do CEO e no intervalo de 24,75% e 55% da remuneração base anual dos restantes Administradores Executivos;

Se o desempenho registado se situar entre 100% e 130% do objetivo fixado, é devido valor situado no intervalo de 65% e 100% da remuneração base anual do CEO e no intervalo de 55% e 85% da remuneração base anual dos restantes Administradores Executivos;

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Se o desempenho registado cumprir em mais de 130% o objetivo fixado, é devido o valor correspondente a 100% da remuneração base anual do CEO e a 85% da remuneração base anual dos demais Administradores Executivos.

O montante de RVA a auferir resulta em 30% da avaliação de objetivos individuais qualitativos definidos e objeto de avaliação pela Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações, de acordo com os parâmetros fixados pela Comissão de Vencimentos. Segundo estes parâmetros, o desempenho registado quanto a estes objetivos é remunerado de forma gradativa, por referência a uma percentagem da remuneração base anual entre 10% e 100% para o CEO e entre 5% e 85% para os restantes Administradores Executivos, consoante o grau de consecução. As referidas percentagens de 10% e 5% foram introduzidas em 2015 pela Comissão de Vencimentos e destinam-se a permitir a ponderação em sede de objetivos qualitativos das situações em que a performance do Administrador Executivo, embora aquém do esperado, se situa pontualmente em linha com o esperado. Neste âmbito, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações definiu um modelo de avaliação que considera como critérios relevantes a composição, imagem e atividade dos membros da Comissão Executiva, bem como a sua relação com os diversos órgãos sociais e stakeholders da Sociedade (incluindo aspetos como sustentabilidade e ambiente, cultura organizacional, reputação da Empresa e relação com acionistas, trabalhadores, fornecedores e clientes). Por sua vez, a atribuição da RVLP dos Administradores Executivos fica sujeita à verificação do seguinte critério de avaliação: (i) um TSR positivo das ações da Sociedade no final de um período de avaliação, correspondente ao mandato com a duração de 3 anos; (ii) a atribuição e entrega de ações encontram-se diferidas (sendo a atribuição aferida até 1 de janeiro de 2017 e a entrega ocorrendo a 31 de janeiro de 2017), caso no final do mandato se verifiquem os critérios de atribuição de RVLP. Adicionalmente, o cálculo do número de ações correspondente à RVLP a atribuir tem por base a comparação do desempenho registado do TSR das ações da Sociedade e o TSR médio ponderado de um peer group formado pelos subgrupos identificados supra para a RVA e os seguintes parâmetros (para além dos limites descritos no ponto 70.2 supra):

Se o TSR das ações da Sociedade for inferior a 90% do TSR ponderado das ações do peer group, não há lugar à atribuição de RVLP;

Se o TSR das ações da Sociedade for igual ou superior a 90% e inferior ou igual a 110% do TSR ponderado das ações do peer group, é atribuído a cada membro executivo o número de ações da Sociedade correspondente ao quociente da divisão da percentagem proporcionalmente compreendida no intervalo de 50% a 135% da remuneração base anual do respetivo membro executivo pelo preço de atribuição das ações da Sociedade;

Se o TSR das ações da Sociedade for superior a 110% do TSR ponderado das ações do peer group, é atribuído a cada membro executivo o número de ações da Sociedade correspondente ao quociente da divisão de 180% da remuneração base anual do respetivo membro executivo pelo preço de atribuição das ações da Sociedade.

Este plano de atribuição de ações e o respetivo Regulamento foram aprovados pela Assembleia Geral Anual da Sociedade de 5 de maio de 2015, em linha com a política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos. Este plano não dará lugar a qualquer efeito de diluição, uma vez que será implementado por via da aquisição e alienação de ações próprias devidamente autorizada pela Assembleia Geral, e não por via de aumentos de capital.

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72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento

A atribuição da RVLP depende da verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade no final de um período de avaliação correspondente ao mandato de 3 anos, termos em que a atribuição e entrega de ações se encontram diferidas (sendo a atribuição aferida até 1 de janeiro de 2017 e a entrega ocorrendo a 31 de janeiro de 2017), caso no final de mandato se verifiquem os critérios de atribuição de RVLP. Assim, uma componente significativa da remuneração variável total a ser auferida pelo desempenho neste mandato é diferida para o final do mandato e condicionada à verificação do desempenho positivo da Empresa, dando pleno cumprimento à Recomendação III.4. da CMVM. O desempenho positivo é aferido por via do TSR das ações dos CTT e por via da comparação do desempenho registado do TSR das ações da Sociedade e o TSR médio ponderado de um peer group (TSR do PSI20 com a ponderação de 60% e TSR de um conjunto de peers do sector relevantes com a ponderação de 40% nos termos descritos no ponto 71 da Parte I supra). Para além deste mecanismo que condiciona e difere parte significativa da remuneração variável, a RVLP entregue por via de ações também está sujeita a um período de indisponibilidade / retenção, já que 50% das ações da Sociedade entregues a este título, em 31 de janeiro de 2017, só podem ser transmitidas ou oneradas decorrido um ano da data de entrega da RVLP, salvo para efeitos do pagamento de impostos e contribuições devidos e nos seguintes casos de cessação de funções. O pagamento da RVA e da RVLP correspondente a um período de avaliação em que ocorra a cessação de funções não será devido, exceto se a mesma decorrer do termo antecipado do mandato por causa não imputável ao Administrador, nomeadamente alteração do controlo da Sociedade, caso em que haverá lugar a uma proposta de atribuição pro-rata, após deliberação pela Comissão de Vencimentos. Caso um Administrador não seja eleito para novo mandato cessa o regime de indisponibilidade / retenção de ações acima descrito. Em caso de saída do Administrador por qualquer causa, com exceção de destituição por justa causa, após o período de avaliação, mas antes do pagamento da RVA ou RVLP, haverá lugar ao seu pagamento por inteiro na medida correspondente àquele período. Uma vez que as ações a que o Administrador Executivo acede ao abrigo deste esquema de RVLP apenas são atribuídas e entregues após o termo do mandato e ainda assim sujeitas ao referido período de indisponibilidade relativamente a 50% das ações entregues, a Sociedade entende cumprir plenamente o estipulado na Recomendação III.6. da CMVM. Estas regras visam igualmente um alinhamento dos interesses da equipa de gestão executiva com a criação de valor acionista, o que, atentas as especificidades da Empresa e do sector, se entendeu dever decorrer da combinação dos critérios de avaliação ao longo de 3 anos do TSR nos moldes acima descritos e de um período de indisponibilidade relativamente a 50% das ações adquiridas. A componente de RVLP cria, assim, um mecanismo de diferimento e retenção de parte significativa da remuneração variável, sujeitando-a à manutenção do desempenho positivo, por duas vias:

O período de avaliação plurianual correspondente ao mandato de 3 anos determina que, ao longo deste período, o Administrador não adquira qualquer direito nem receba as ações em causa, mas apenas decorrido o prazo de 3 anos e confirmado o desempenho positivo no final deste prazo. Neste modelo não apenas a entrega (vesting), mas também a atribuição (granting), são diferidas e condicionadas ao desempenho positivo (performance conditions). Este modelo de avaliação plurianual dispensa a necessidade de “malus” ou

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“claw-back provisions”, na medida em que não há lugar a atribuição (granting) nem a entrega (vesting) numa base anual no contexto da RVLP, mas apenas após o fim do mandato (janeiro de 2017);

Após o termo do mandato e na medida do desempenho, o Administrador adquire o direito à RVLP e recebe as ações, mas fica impedido de alienar e onerar 50% das mesmas por 1 ano, i.e., até 31 de janeiro de 2018 (holding period).

Estes dois mecanismos incentivam o Administrador a, numa lógica de longo prazo, prosseguir os interesses da Sociedade, dos seus Acionistas e stakeholders e maximizar o valor acionista.

73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações; eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual

A atribuição da RVLP depende da verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade no final do período de avaliação, termos em que a entrega de ações se encontra diferida para 31 de janeiro de 2017 e está condicionada à verificação do referido desempenho positivo no final do mandato (até 1 de janeiro de 2017). Para além deste mecanismo de diferimento, as ações atribuídas ficam sujeitas a um período de indisponibilidade / retenção, segundo o qual 50% das ações da Sociedade atribuídas a título de RVLP só podem ser transmitidas ou oneradas, seja a que título for, decorrido um ano da data de pagamento da RVLP, sem prejuízo do explicitado no ponto 72 da Parte I supra. Nos termos da política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos, os Administradores Executivos não devem celebrar contratos, quer com a Sociedade quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração, dando cumprimento à Recomendação III.5. da CMVM.

74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício

Não aplicável. Vide ponto 71 da Parte I supra.

75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários

A Sociedade não adotou qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários, sem prejuízo do referido no parágrafo seguinte. Os Administradores Executivos auferem os seguintes benefícios complementares não pecuniários, de valor fixo: faculdade de uso de viatura (incluindo combustível e portagens), seguros de vida e de acidentes pessoais (incluindo em viagem), seguro de responsabilidade civil (D&O) e acesso ao sistema de benefícios de saúde - IOS – Instituto de Obras Sociais – nos mesmos termos dos trabalhadores da Empresa.

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76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os Administradores e data em que foram aprovados em Assembleia Geral, em termos individuais

Sem prejuízo do referido no parágrafo seguinte, a política de remunerações da Sociedade não contempla a atribuição de complementos de reforma, assim como não prevê a atribuição de quaisquer contrapartidas em caso de reforma antecipada dos seus Administradores, não sendo assim aplicável à Sociedade a Recomendação da CMVM II.3.5. A remuneração fixa mensal dos Administradores Executivos engloba um montante definido pela Comissão de Vencimentos em função do benchmarking realizado, destinado a ser afeto a um fundo de pensões aberto ou plano poupança reforma, cuja escolha em concreto cabe a cada Administrador Executivo. IV. DIVULGAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de administração da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem

No quadro seguinte são indicados os montantes remuneratórios brutos pagos em 2015 pela Sociedade aos membros do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria:

Titular Cargo Montantes

Remuneração fixa (1) RVA 2014 (2) Total

Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva

513.797,47 € 429.927,00 € 943.724,47 €

Manuel Cabral de Abreu Castelo Branco Vice-Presidente do Conselho e Administrador Executivo 387.297,59 € 185.159,00 € 572.456,59 €

André Manuel Pereira Gorjão de Andrade Costa Administrador Executivo e Chief Financial Officer 409.279,47 € 290.090,00 € 699.369,47 €

Dionizia Maria Ribeiro Farinha Ferreira Administradora Executiva 387.297,59 € 274.409,00 € 661.706,59 €

Ana Maria de Carvalho Jordão Ribeiro Monteiro de Macedo

Administradora Executiva 387.297,59 € 258.659,00 € 645.956,59 €

Total da Comissão Executiva 2.084.969,71 € 1.438.244,00 € 3.523.213,71 €

Titular

Cargo Montante (3)

António Sarmento Gomes Mota Vice-Presidente do Conselho (lead independent director), Presidente da Comissão de Auditoria e Presidente da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações

134.999,90€

Nuno de Carvalho Fernandes Thomaz (4) Vogal da Comissão de Auditoria e Administrador Não Executivo 60.428,51 €

Diogo José Paredes Leite de Campos Vogal da Comissão de Auditoria e Administrador Não Executivo 59.999,92€

Total da Comissão de Auditoria 255.428,35€

António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino Administrador Não Executivo e Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações 44.999,92 €

Rui Miguel de Oliveira Horta e Costa Administrador Não Executivo e Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações 44.999,92 €

José Manuel Baptista Fino (5) Administrador Não Executivo e vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações 46.285,63 €

Total dos Administradores Não Executivos que não integram a Comissão de Auditoria 136.285,47 €

Total do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria 3.914.927,53 €

(1) Montante de remuneração fixa dos Administradores Executivos, incluindo a remuneração base anual, os montantes respeitantes a subsídio de refeição anual e montante fixo pago mensalmente a afetar a um fundo de pensões aberto ou plano poupança reforma.

(2) Remuneração Variável Anual paga aos Administradores Executivos por referência ao respetivo desempenho em 2014, determinada nos termos descritos nos pontos 69 e seguintes da Parte I supra.

(3) Montante de remuneração fixa dos Administradores Não Executivos, os quais não auferem qualquer remuneração variável. (4) Inclui o valor de €428,57 referente a dezembro de 2014, pago em janeiro de 2015. (5) Inclui o valor de 1.285,71 referente a dezembro de 2014, pago em janeiro de 2015

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No que respeita à RVA atribuível aos Administradores Executivos nos termos descritos nos pontos 69 e seguintes supra por referência ao seu desempenho em 2015, os CTT registaram um gasto com pessoal de 1.373.129,00 €, a 31 de dezembro de 2015, definido por estudo atuarial realizado por entidade independente, devendo esta componente remuneratória ser paga em numerário pela Sociedade no mês subsequente à aprovação de contas em Assembleia Geral Anual caso se verifiquem os respetivos pressupostos de atribuição. Quanto à RVLP atribuível aos Administradores Executivos nos termos descritos nos pontos 69 e seguintes supra por referência ao seu desempenho em 2015, os CTT registaram um custo de 1.610.685,00 €, a 31 de dezembro de 2015, correspondente a benefícios de longo prazo aos órgãos sociais ao abrigo do plano de atribuição de ações aprovado pela Assembleia Geral de 5 de maio de 2015. Este montante foi calculado com base no justo valor das ações, por um perito independente. O pagamento da referida RVLP aos Administradores Executivos é efetuado mediante a entrega de ações da Sociedade sendo que a atribuição e entrega das mesmas estão sujeitas à verificação no final de um período de avaliação (mandato de 3 anos) dos critérios de avaliação de desempenho, objetivos e limites referidos nos pontos 70 e 71 da Parte I supra, em especial à verificação de um TSR positivo das ações da Sociedade.

78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum

Durante o exercício de 2015, as empresas em relação de domínio e de grupo com a Sociedade não pagaram aos membros do Conselho de Administração quaisquer remunerações ou montantes a qualquer outro título.

79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios

e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos A remuneração paga pela Sociedade aos Administradores Executivos a título de RVA, nos termos indicados no ponto 77 da Parte I supra, corresponde a participação nos lucros (sob a forma de atribuição de gratificações), nos termos explicitados nas propostas de aplicação de resultados apresentada na reunião da Assembleia Geral Anual de 5 de maio de 2015 e a ser apresentada na reunião da Assembleia Geral Anual de 28 de abril de 2016. Durante o exercício de 2015, não foram pagos aos membros do Conselho de Administração quaisquer outros montantes sob a forma de participações nos lucros ou de prémios.

80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício

Durante o exercício de 2015, não foram pagas nem se tornaram devidas quaisquer indemnizações a ex-Administradores relativamente à cessação das suas funções durante o exercício.

81. Montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho

Vide ponto 77 da Parte I supra no que respeita aos membros da Comissão de Auditoria.

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82. Remuneração no ano de referência do Presidente da Mesa da Assembleia Geral Durante o exercício de 2015, o montante de remuneração auferida pelo Presidente e pelo Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral foi, respetivamente, de 3.075,00€ e de 2.386,40€ (valores sem IVA nem retenção de impostos). V. ACORDOS COM IMPLICAÇÕES REMUNERATÓRIAS

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração

Os membros dos órgãos sociais dos CTT não celebraram quaisquer contratos com a Sociedade em matéria remuneratória ou indemnizatória, não prevendo a política remuneratória aprovada e divulgada pela Comissão de Vencimentos dos CTT para o mandato 2014/2016 qualquer regime de compensação no contexto de cessação de funções pelos membros dos órgãos sociais, aplicando-se assim o regime legalmente vigente neste domínio. O princípio constante do parágrafo anterior foi apresentado pela Comissão de Vencimentos à Assembleia Geral dos CTT de 5 de maio de 2015 e por esta aprovado, no âmbito da declaração sobre a política remuneratória em vigor, segundo a qual: “Em caso de cessação de funções dos membros do Conselho de Administração aplicar-se-ão as regras indemnizatórias legalmente previstas, não tendo sido acordadas ou estabelecidas na política remuneratória quaisquer cláusulas indemnizatórias”. A compensação legalmente devida no que respeita aos membros do órgão de administração (incluindo os Administradores Executivos), em caso de destituição sem justa causa, corresponde a uma indemnização pelos danos por estes sofridos nos termos legais aplicáveis, a qual não pode contudo exceder o montante das remunerações que o Administrador presumivelmente receberia até ao final do período para que foi eleito. Assim, considerando a ausência de acordos individuais neste domínio e os termos da política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos, a Sociedade dá pleno cumprimento à Recomendação III.8. da CMVM, termos em que, num cenário de destituição que não decorra de violação grave de deveres nem de inaptidão para o exercício normal de funções, mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, a Sociedade estará obrigada a pagar uma indemnização apenas nos termos legalmente devidos. Vide ponto 72 da Parte I supra a propósito do impacto da cessação de funções relativamente à RVA e RVLP.

84. Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade

No exercício de 2015, não existiam quaisquer acordos entre a Sociedade e os membros do Conselho de Administração nem da Comissão de Auditoria que previssem indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade, sem prejuízo do referido no ponto 72 da Parte I supra. Saliente-se a este propósito que o Conselho de Administração dos CTT entende que os dirigentes

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da Sociedade, na aceção do artigo 248º-B do CVM, correspondem apenas aos membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT. VI. PLANOS DE ATRIBUIÇÃO DE AÇÕES OU OPÇÕES SOBRE AÇÕES (‘STOCK OPTIONS’)

85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários A atribuição da RVLP aos Administradores Executivos dos CTT dá lugar à entrega de ações da Sociedade nos termos de plano de atribuição de ações e em linha com o descrito nos pontos 69 a 73 da Parte I supra. O plano de atribuição de ações em questão e o respetivo Regulamento foram aprovados na reunião da Assembleia Geral de 5 de maio de 2015, em linha com política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos, dando cumprimento à Recomendação II.3.4. da CMVM. A Sociedade não tem em vigor qualquer tipo de plano de opções de aquisição de ações, não sendo assim aplicável a Recomendação III.7. da CMVM.

86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício de opções)

Conforme referido no ponto anterior tendo em conta o modelo de RVLP aprovado pela Comissão de Vencimentos, foi submetida pelo Conselho de Administração e aprovado pela Assembleia Geral Anual da Sociedade, realizada em 5 de maio de 2015, um plano de atribuição de ações ordinárias representativas do capital social dos CTT (com todos os direitos sociais e económicos inerentes) aos Administradores Executivos da Sociedade, em linha com a política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos, com as características descritas nos pontos 71 e 72 da Parte I supra.

87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa

Conforme referido no ponto 85 da Parte I supra.

88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes

Não vigorou em 2015 nem vigora atualmente nos CTT qualquer sistema de participação dos trabalhadores no capital. E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS I. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLO

89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas

No exercício de 2014, a Sociedade aprovou e implementou procedimentos destinados a garantir (i) o rigoroso cumprimento dos preceitos legais e contabilísticos e das melhores práticas vigentes no contexto de transações com partes relacionadas e (ii) a prossecução do interesse dos CTT nesse

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âmbito, em particular através do Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas e Prevenção de Situações de Conflitos de Interesses. Este Regulamento foi objeto de alguns afinamentos em dezembro de 2015, em face da estrutura acionista e da estrutura societária vigentes e com vista a robustecer os referidos procedimentos de implementação e a clarificar alguns conceitos aí plasmados. Para este efeito, são considerados “Partes Relacionadas”:

Qualquer acionista titular de uma participação, direta ou indireta, correspondente a, pelo menos, 2% do capital social dos CTT, nos termos do artigo 20º do CVM;

Os membros dos órgãos de administração e fiscalização dos CTT e eventuais responsáveis que, não sendo membros destes órgãos, sejam como tal qualificados ao abrigo do referido Regulamento (conceito concretizado no Regulamento alterado), ou qualquer entidade terceira com aqueles relacionada através de qualquer interesse comercial ou pessoal relevante (conceitos igualmente concretizados na recente alteração ao referido Regulamento);

Sociedades subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas (joint-venture).

Segundo o mesmo Regulamento, as “Transações com Partes Relacionadas” (i.e., todos os negócios jurídicos onerosos ou gratuitos entre, por um lado, os CTT e/ou Subsidiárias e, por outro, uma parte relacionada) devem obedecer aos seguintes princípios:

Só podem ter lugar com fundamento em motivos claramente enquadráveis no âmbito dos negócios dos CTT;

A sua realização deve obedecer às condições de mercado, de acordo com a legislação em vigor e cumprindo as melhores práticas de governo societário, de modo a assegurar a transparência e o pleno respeito pelos interesses dos CTT;

Devem ser sempre formalizadas por escrito, especificando-se os termos e condições; Empréstimos a favor de “Partes Relacionadas” são expressamente proibidos, exceto a

favor de empresas subsidiárias, associadas ou entidades conjuntamente controladas; Devem ser divulgadas de forma clara e precisa nas notas explicativas às demonstrações

financeiras da Empresa, com os detalhes suficientes para a identificação da “Parte Relacionada” e das condições essenciais relativas às transações.

Vide ponto 91 da Parte I infra sobre os mecanismos de controlo prévio e subsequente pela Comissão de Auditoria de transações com partes relacionadas.

90. Transações sujeitas a controlo no ano de referência No exercício de 2015 e ao abrigo dos procedimentos descritos no Regulamento sobre Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas mencionados nos pontos 89 e 91 da Parte I deste relatório, foram sujeitas a controlo prévio e subsequente do órgão de fiscalização da Sociedade, as seguintes transações com partes relacionadas:

i. Contratação da sociedade de Advogados Cuatrecasas para a prestação de serviços e patrocínio judiciário em Espanha aos CTT e à CTT Expresso, a qual foi objeto de parecer prévio favorável da Comissão de Auditoria e posteriormente de autorização pelo Conselho de Administração atento o disposto no artigo 397º do CSC.

ii. Transações com subsidiárias no âmbito da atividade (postal e financeira) do Grupo CTT que

foram objeto de apreciação posterior por parte da Comissão de Auditoria (na atividade postal correspondendo na quase generalidade a prestações de serviços e na atividade financeira correspondendo aos 3 contratos celebrados entre os CTT e o Banco que regulam a

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disponibilização de meios inerentes à Rede de Lojas e a parceria CTT / Banco, o regime de pluralidade de empregadores adotado na Rede de Lojas e a prestação de serviços entre as partes).

Remete-se para maior detalhe sobre transações com Partes Relacionadas para a Nota 42 - Partes Relacionadas às demonstrações financeiras consolidadas e Nota 6 - Partes Relacionadas às demonstrações financeiras individuais constantes do Relatório e Contas 2015.

91. Procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada

Segundo o Regulamento para Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas, as “Transações Significativas com Partes Relacionadas” (i.e., de montante superior a 1.000.000€ relativamente a um único negócio ou a um conjunto de negócios realizados em cada exercício económico, com exceção de transações realizadas entre os CTT e as Subsidiárias cuja capital seja detido a 100% pelos CTT) são submetidas pela Comissão Executiva a parecer prévio da Comissão de Auditoria, dando pleno cumprimento à Recomendação V.2. da CMVM. Neste âmbito, a Comissão de Auditoria analisa, designadamente, os termos, o objetivo e oportunidade da transação, o interesse da parte relacionada, eventuais limitações que possam vir a ser impostas aos CTT em resultado da transação, os procedimentos pré-contratuais implementados, os mecanismos adotados para resolver ou prevenir potenciais conflitos de interesses e a demonstração de que a operação será realizada em condições normais de mercado. No caso de parecer desfavorável da Comissão de Auditoria, a conclusão da transação dependerá de autorização do Conselho de Administração dos CTT, órgão que deve claramente fundamentar a sua aprovação, demonstrando que está conforme os interesses dos CTT e que as vantagens superam as desvantagens. Encontram-se, ainda, sujeitas a parecer prévio da Comissão de Auditoria as transações a celebrar entre, por um lado, membros dos órgãos de administração dos CTT e/ou de Subsidiárias (diretamente ou por interposta pessoa) e, por outro, os CTT e/ou Subsidiárias, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 397.º e 423.º-H do CSC e do procedimento explicitado no Regulamento para Apreciação e Controlo de Transações com Partes Relacionadas, conforme alterado em 2015. As demais “Transações com Partes Relacionadas” são comunicadas à Comissão de Auditoria para efeitos da sua apreciação posterior, designadamente no âmbito de relatório anual de atividades. II. ELEMENTOS RELATIVOS AOS NEGÓCIOS

92. Local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24

Os negócios relevantes com partes relacionadas encontram-se descritos na Nota 42 - Partes relacionadas às demonstrações financeiras consolidadas constante do Relatório e Contas 2015, tendo sido realizados em condições normais de mercado em cumprimento da Recomendação V.1. da CMVM.

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Relatório e Contas 2015

PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO 1. Identificação do Código de governo das sociedades adotado Em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 2º do Regulamento da CMVM n.º 4/2013, os CTT adotam o Código de Governo das Sociedades da CMVM, na versão publicada em julho de 2013, que se encontra disponível para consulta em www.cmvm.pt.

2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

CÓDIGO DA CMVM ADOÇÃO PONTOS

I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE

I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica.

Adotado 12

I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

Adotado 14

I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas.

Adotado 12

I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.

n.a. 5 e 13

I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

Adotado 4

II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

II.1. SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO

II.1.1.

Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da Sociedade, o Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da Sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Adotado 21

II.1.2.

O Conselho de Administração deve assegurar que a Sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da Sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

Adotado 21

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Relatório e Contas 2015

CÓDIGO DA CMVM ADOÇÃO PONTOS

II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhe estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da Sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da Sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da Sociedade.

n.a. 15

II.1.4.

Salvo por força da reduzida dimensão da Sociedade, o Conselho de Administração deve criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos Administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.

Adotado 21, 27 e 29

II.1.5. O Conselho de Administração deve fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.

Adotado 21, 50 e 51

II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração.

Adotado 17 e 18

II.1.7. Entre os Administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da Sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. De entre os membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na Sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de:

a. Ter sido colaborador da Sociedade ou de Sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos;

b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a Sociedade ou com Sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, Administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;

c. Ser beneficiário de remuneração paga pela Sociedade ou por Sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de Administrador;

d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de Administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada;

e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas.

Adotado 17 e 18

II.1.8. Os Administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

Adotado 21

II.1.9. O presidente da comissão executiva deve remeter ao Presidente do Conselho de Administração e ao Presidente da Comissão de Auditoria as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.

Adotado 21

II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um Administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.

Adotado 18

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Relatório e Contas 2015

CÓDIGO DA CMVM ADOÇÃO PONTOS

II.2. FISCALIZAÇÃO

II.2.1. O presidente da Comissão de Auditoria deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções.

Adotado 31

II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.

Adotado 38

II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.

Adotado 38 e 45

II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários.

Adotado 38 e 50

II.2.5. A Comissão de Auditoria deve pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à Sociedade (serviços de compliance), e deve ser destinatário dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades.

Adotado 38 e 51

II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES

II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

Adotado 67

II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da Sociedade ou que tenha relação atual com a Sociedade ou com consultora da Sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.

Não Adotado 67

II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da

remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais,

e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;

c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de Administradores.

Não Adotado parcialmente o recomendado na alínea b)

69

II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano.

Adotado

85

II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.

n.a. 76

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Relatório e Contas 2015

CÓDIGO DA CMVM ADOÇÃO PONTOS

III. REMUNERAÇÕES

III.1.

A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos.

Adotado 69, 70 e 71

III. 2.

A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da Sociedade ou do seu valor.

Adotado 69 e 70

III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.

Adotado 70 e 71

III.4.

Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da Sociedade ao longo desse período.

Adotado 72

III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a Sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela Sociedade.

Adotado 73

III.6. Até ao termo do seu mandato devem os Administradores executivos manter as ações da Sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.

Adotado 72

III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.

n.a. 85

III.8. Quando a destituição de Administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a Sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível.

Adotado 83

IV. AUDITORIA

IV.1.

O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da Sociedade.

Adotado 38

IV.2.

A Sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade.

Não Adotado 46 e 47

IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

Adotado

44

V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

V.1. Os negócios da Sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, devem ser realizados em condições normais de mercado.

Adotado 92

V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do artigo 20.º do Cód.VM –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.

Adotado 90 e 91

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Relatório e Contas 2015

VI. INFORMAÇÃO

VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.

Adotado 59

VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contato permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.

Adotado 56 e 58

Recomendação II.3.2. “Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da Sociedade ou que tenha relação atual com a Sociedade ou com consultora da Sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.” No ano de 2015 e para efeitos da elaboração da política remuneratória para o mandato em curso, a Comissão de Vencimentos dos CTT foi apoiada por consultores especializados em matéria remuneratória e de recursos humanos (Mercer). A Mercer mantinha relação com a Empresa nessa data e prestava e tinha prestado nos últimos 3 anos serviços à Sociedade. Em qualquer caso, no contexto do processo de contratação alargado a vários prestadores de serviços, a Comissão de Vencimentos avaliou esta circunstância, tendo concluído que se justificava a contratação da Mercer, por comparação com as propostas disponíveis, pela sua experiência e expertise e porque estavam asseguradas condições de independência através de mecanismos de segregação de equipas e “chinese walls”. Assim, ainda que a Empresa não adote os critérios de aferição da independência dos consultores externos previstos na Recomendação II.3.2. da CMVM, os CTT consideram adotar mecanismos destinados a assegurar a absoluta independência dos consultores que apoiam a Comissão de Vencimentos, através:

Da livre seleção de tais consultores por esta Comissão exclusivamente composta por membros independentes, estando devidamente informada sobre os trabalhos efetuados no passado por tais consultores e tendo realizado uma consulta inicial alargada a outros consultores disponíveis no mercado (da qual concluiu quais estavam em melhores condições para a apoiar);

Do estabelecimento de procedimentos tendentes a garantir a objetividade, isenção e imparcialidade dos consultores que colaboram com a Comissão de Vencimentos, por via da segregação de equipas e “chinese walls” asseguradas no contexto da contratação da Mercer; e

Da prestação de informação à Comissão de Vencimentos sobre a contratação pela Empresa dos seus consultores para que esta se possa pronunciar.

Em suma, os CTT consideram que as práticas seguidas pela Empresa garantem que a Comissão de Vencimentos desempenha as suas competências com o apoio de consultores especializados que evidenciam condições de independência e isenção, assegurando assim uma solução alternativa face à Recomendação II.3.2. da CMVM, em linha com os princípios de bom governo das sociedades e materialmente equivalente ao cumprimento desta Recomendação.

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Relatório e Contas 2015

Recomendação II.3.3.b) “A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, deverá conter, adicionalmente: (…) b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; (…)” A declaração anual sobre a política de remunerações dos CTT submetida, pela Comissão de Vencimentos, à Assembleia Geral Anual realizada em 2015 não incluía o valor máximo potencial, individual e agregado, de remuneração a pagar aos membros dos órgãos sociais da Empresa, como recomendado pela alínea b) da Recomendação II.3.3. da CMVM. No entanto, esta declaração anual é aprovada pela Comissão de Vencimentos dos CTT nos moldes exigidos pela Lei nº 28/2009, de 19 de junho, e pelas alíneas a) e b) da Recomendação II.3.3. da CMVM (em especial as declarações anuais referente ao mandato 2014/2016, seja a aprovada na Assembleia Geral realizada em 5 de maio de 2015 seja a ser submetida à Assembleia Geral a realizar em 28 de abril de 2016), especificando: (i) os critérios e limites a que a política remuneratória se encontra sujeita, designadamente no que respeita à componente variável da remuneração dos Administradores Executivos (a qual é fixada por referência à componente fixa e a métricas pré-definidas); e (ii) o regime indemnizatório vigente na Empresa, nos termos descritos neste relatório. Por sua vez, em cada relatório anual de governo preparado de acordo com o Regulamento n.º 4/2013 da CMVM, a Sociedade divulga o montante de remuneração auferida, de forma individual e agregada, pelos membros dos órgãos sociais. Assim, da conjugação destes dois elementos informativos, os Acionistas, os investidores e o mercado em geral obtêm, com total transparência, informação quanto ao mix remuneratório e montantes em causa, podendo pronunciar-se sobre os mesmos na Assembleia Geral Anual e estimar os custos de agência decorrentes da política remuneratória aprovada pela Comissão de Vencimentos dos CTT. Em suma, a Empresa considera que as suas práticas de divulgação da política remuneratória em vigor permitem atingir 3 objetivos essenciais neste domínio:

Previsibilidade, apresentando os padrões adequados para uma avaliação dos custos de agência, por contraposição com uma quantificação de valores remuneratórios máximos potenciais em função de objetivos de desempenho destinados maxime a motivar a equipa de gestão;

Informação sobre a remuneração efetivamente devida e paga, por contraposição com a indicação de montantes potenciais que representam uma imagem desadequada dos custos de agência, designadamente por tais montantes estarem desligados das imponderáveis do negócio, sector, mercado e contexto e dependentes da avaliação de desempenho a realizar em cada momento;

Transparência, decorrente da indicação dos valores máximos da remuneração fixa dos membros dos órgãos sociais, conjugada com a indicação dos limites e critérios da componente variável (fixados por referência à remuneração base anual de cada Administrador Executivo), para a qual foram igualmente fixados limites máximos, forma mais adequada de os Acionistas conhecerem e se pronunciarem sobre a política remuneratória, competindo à Comissão de Vencimentos e à Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações a análise da adequação da remuneração individual de

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Relatório e Contas 2015

cada um dos membros da equipa de gestão e a sua avaliação.

Deste modo, a Empresa assegura em tudo uma solução equivalente e materialmente correspondente à Recomendação II.3.3.b) da CMVM, em linha com os princípios de bom governo das sociedades e com o cumprimento desta Recomendação. Recomendação IV.2. “A Sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade.” Em 2015, os serviços distintos dos de auditoria contratados à KPMG e entidades da sua rede / grupo pelos CTT e sociedades com estes em relação de domínio ou de grupo atingiram 41% do valor total de serviços prestados/contabilizados pelas mesmas, ultrapassando o referido limiar máximo de 30% do valor total dos serviços prestados. Com efeito, ainda que os CTT considerem que constitui uma boa prática de governo a existência de limites à contratação de serviços adicionais destinados a promover a independência do ROC / Auditor Externo, no ano de 2015 entendeu-se que a superação do limiar se afigurava do interesse da Sociedade e não afetava a independência do ROC / Auditor Externo pelas seguintes razões: Na generalidade dos casos, a qualidade e eficiência da prestação dos serviços em concreto pelo

ROC / Auditor Externo é amplamente potenciada pelo seu conhecimento das matérias e pela sua experiência e conhecimento do historial e atividade da Empresa presente em 3 áreas de negócio (Correio, Expresso e Encomendas e Serviços Financeiros), em particular ao nível dos serviços de consultoria fiscal e serviços de revisão dos procedimentos contabilístico-fiscais no âmbito da criação do Banco CTT contratados em 2015;

Tais vantagens da contratação do ROC / Auditor Externo foram especialmente relevantes no que que respeita ao Banco CTT, atento o prazo célere de criação do mesmo e as suas especificidades, enquanto instituição integralmente detida pelos CTT que exercerá a sua atividade presencial iminentemente na Rede de Lojas do CTT;

Por outro lado, a prestação destes serviços foi acompanhada por adequadas salvaguardas de independência do ROC / Auditor Externo;

Por último, a superação do limiar recomendado não assumiu uma materialidade que possa entender-se afetar a independência do ROC / Auditor Externo.

Por outro lado, a contratação destes serviços e a sua implementação ao longo do exercício foi acompanhada pela Comissão de Auditoria, designadamente por via da emissão de pareceres prévios fundamentados à contratação de cada serviço, tendo em conta os critérios previstos no Regulamento sobre Prestação de Serviços pelo ROC. Deste modo, a Empresa entende ter assegurado uma solução equivalente e materialmente correspondente à Recomendação IV.2. da CMVM, conciliando a promoção da qualidade da prestação de serviços adicionais prestados e especialmente relevantes no ano de 2015, com a salvaguarda da independência do ROC / Auditor Externo, em linha com os princípios de bom governo das sociedades e com o cumprimento desta Recomendação.

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Relatório e Contas 2015

ANEXO I CURRICULA DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO E DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS

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Relatório e Contas 2015

I. Membros dos órgãos de administração e fiscalização

Francisco de Lacerda Presidente & CEO

Data de nascimento 24 de setembro de 1960, Portugal

Data da 1ª designação 24 de agosto de 2012

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1982: Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas, Universidade Católica Portuguesa

Cargos internos de administração e fiscalização Presidente do Conselho de Administração & CEO dos CTT - Correios de Portugal, S.A. Presidente do Conselho de Administração do Banco CTT, S.A. Presidente do Conselho de Administração da CTT Expresso - Serviços Postais e Logística, S.A. Presidente do Conselho de Administração da Tourline Express Mensajería, S.L.U.

Outros cargos Internos Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações dos CTT - Correios de Portugal, S.A. Presidente da Comissão de Remunerações e Vogal da Comissão de Seleção do Banco CTT, S.A. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Correio Expresso de Moçambique, S.A.

Experiência profissional Ao longo de 25 anos até 2008, desempenhou vários cargos na banca de investimento, de empresas e de retalho, incluindo CEO do Banco Mello e Vogal do Conselho de Administração Executivo do Millennium BCP, banco português cotado em bolsa e com operações de relevo na Europa Central e de Leste, pelas quais foi responsável, após o que desempenhou funções em instituições portuguesas cotadas em bolsa, tendo sido CEO da Cimpor – Cimentos de Portugal SGPS, S.A., grupo cimenteiro internacional a operar em 12 países e uma das 5 maiores empresas no mercado de valores NYSE Euronext Lisbon, e Administrador Não Executivo e Membro da Comissão de Auditoria da EDP Renováveis, a 2ª empresa mundial de energias renováveis. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2015 - …: Administrador Não Executivo da Endesa Energia, S.A.

maio - outubro 2014: Administrador Não Executivo da Norfin – Portuguese Property Group, S.A.

2010 - 2012: CEO da Cimpor - Cimentos de Portugal, SGPS S.A.

2010 - 2012: Presidente da Cimpor Inversiones, S.A.

2010 - 2012: Presidente da Sociedade de Investimento Cimpor Macau, S.A.

2008 - 2012: Administrador Não Executivo da EDP Renováveis, S.A., Membro da Comissão de Auditoria em 2008-2011

2008 - 2012: Sócio-Gerente da Deal Winds - Sociedade Unipessoal Lda

Outros cargos externos 2015 - …: Presidente da Direção da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação

2014 - …: Administrador da International Post Corporation

2014 - …: Membro da Direção da AEM – Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado

2012 - …: Vogal do Conselho de Administração da Fundação Portuguesa das Comunicações (atual designação do anterior Conselho Geral por força da alteração da Lei Quadro das Fundações)

2011 - …: Membro do Conselho Consultivo da Nova School of Business and Economics

2009 - …: Membro da Comissão de Vencimentos da PHAROL, SGPS, S.A. (suspendeu o exercício do cargo entre agosto de 2012 e março de 2014)

2006 - …: Membro do Conselho Consultivo do Mestrado em Finanças da Católica Lisbon School of Business & Economics

2006 - …: Membro do Conselho Geral do Clube Naval de Cascais

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Relatório e Contas 2015

António Gomes Mota Vice-Presidente, Administrador Não Executivo, Presidente da Comissão de Auditoria Data de nascimento 10 de junho de 1958, Portugal

Data da 1ª designação 12 de novembro de 2013*

Mandato 2014 / 2016

* Entre 12/11/2013 e 24/03/2014, foi Presidente do Conselho Fiscal dos CTT, tendo nessa última data e aquando da adoção pela Empresa do atual modelo de governo anglo-saxónico, sido designado Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Auditoria.

Formação académica 1981: Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa

1984: MBA, Universidade Nova de Lisboa

2000: Doutoramento em Gestão de Empresas, ISCTE

Cargos internos de administração e fiscalização Vice-Presidente e Administrador Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Presidente da Comissão de Auditoria dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Outros Cargos Internos Presidente da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações

Presidente da Comissão de Seleção do Banco CTT, S.A.

Experiência profissional Tem um percurso empresarial de mais de 20 anos em cargos de gestão nos sectores bancário, de consultoria e serviços financeiros. Foi Diretor do ISCTE Business School (de 2003 a 2012) e Presidente do INDEG/ISCTE (de 2005 a 2012). É Professor Catedrático no ISCTE Business School desde 2005 e Professor convidado do MBA da Nova/Católica de Lisboa desde 2013. Possui uma longa experiência como consultor nas áreas de estratégia, avaliação empresarial e gestão de risco para grandes empresas portuguesas e internacionais. É autor de várias obras de referência na área financeira. Tem desempenhado cargos de liderança em diversos Conselhos de Administração e Supervisão em grandes empresas cotadas portuguesas. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2013 - …: Presidente (não executivo) do Conselho de Administração da SDC Investimentos, SGPS, S.A.

2009 - …: Membro do Conselho Geral e de Supervisão e Presidente da Comissão de Auditoria da EDP - Energias de Portugal, S.A.

2014 - 2015 Vice-Presidente (não executivo) do Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.

2009 - 2012: Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações da CIMPOR – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A.

Outros cargos externos 2013 - …: Membro da Comissão de Vencimentos da PHAROL, SGPS, S.A.

2010 - …: Vice-Presidente do Instituto Português de Corporate Governance.

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Relatório e Contas 2015

Manuel Castelo-Branco Vice-Presidente, Administrador Executivo

Data de nascimento 14 de setembro de 1968, Portugal

Data da 1ª designação 24 de agosto de 2012

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1992: Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas, Universidade Católica Portuguesa

Cargos internos de administração e fiscalização Vice-Presidente do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da CTT Expresso - Serviços Postais e Logística, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da Tourline Express Mensajería, S.L.U.

Outros cargos Internos - Experiência profissional Vice-Presidente do Conselho de Administração dos CTT, tendo sob a sua responsabilidade a área de negócio Grandes Clientes e os serviços de Sistemas e Informação. Desempenhou cargos comerciais e de marketing em empresas de bens de consumo, nomeadamente na Unilever, na Sara Lee e na Reckitt Benckiser. Integrou os quadros da Sonae como Gerente de Vendas para marcas de retalho do grupo como a Worten e o Continente. Como Diretor Geral da Media Capital foi responsável pelo lançamento daquele que viria a ser o 3º maior fornecedor de serviços Internet em Portugal. Posteriormente foi Administrador da Reditus, empresa de Tecnologias da Informação cotada em bolsa tendo feito parte da gestão de topo após a fusão com a Tecnidata. Foi também consultor estratégico da Saudi Oger – Holding Líbano-Saudita para os seus negócios de telecomunicações em Portugal. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2015 - ….Gerente da Alpordex, Lda.

2010 - 2012: Vogal do Conselho de Administração da Reditus BS Products, S.A.

2009 - 2012: Vogal do Conselho de Administração da Strong, S.A.

2009 - 2011: Vogal do Conselho de Administração da Reditus Gestão, S.A.

2008 - 2012: Vogal do Conselho de Administração da Partblack, S.A.

2008- 2012: Vogal do Conselho de Administração da ALL2it Infocomunicações, S.A.

2008 - 2011: Vogal do Conselho de Administração da TD IF, S.A.

2008 - 2011: Vogal do Conselho de Administração da Tecnisuporte, S.A.

2007 - 2012: Vogal do Conselho de Administração da Tecnidata, S.A.

2007 - 2012: Vogal do Conselho de Administração da Reditus, SGPS, S.A.

Outros cargos externos --

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Relatório e Contas 2015

André Gorjão Costa CFO, Administrador Executivo

Data de nascimento 01 de junho de 1973, Portugal

Data da 1ª designação 24 de agosto de 2012

Mandato 2014 / 2016

Formação académica

1996: Licenciatura em Economia, Universidade Nova de Lisboa

Cargos internos de administração e fiscalização

Administrador Executivo e Chief Financial Officer (CFO) dos CTT - Correios de Portugal, S.A. Vogal do Conselho de Administração do Banco CTT, S.A. Vogal do Conselho de Administração da CTT Expresso - Serviços Postais e Logística, S.A. Vogal do Conselho de Administração da Tourline Express Mensajería, S.L.U. Presidente do Conselho de Administração da Payshop (Portugal), S.A.

Outros Cargos Internos

--

Experiência profissional

Desempenha funções de Chief Financial Officer (CFO) e Vogal do Conselho de Administração dos CTT, sendo responsável pela Unidade de Negócio de Serviços Financeiros e pelas áreas de Regulação e Concorrência e Relações com Investidores, fora do âmbito das áreas de competência direta de CFO. Com um percurso profissional de 16 anos na banca comercial e de investimento no Grupo Santander, desempenhou diversos cargos em Portugal e no estrangeiro. Integrou a equipa de Corporate Finance do Banco Santander de Negócios em 1996 tendo posteriormente liderado a equipa cross border na área de Fusões e Aquisições onde foi responsável por várias aquisições em países da América Latina. Em 2000, foi nomeado Diretor de Corporate Banking, sendo responsável pela criação do Departamento de Clientes Globais do Santander e pelas relações com os principais clientes empresariais portugueses do banco. Assessorou a Sonae na aquisição de uma participação na Modelo Continente ao Carrefour e o Grupo Américo Amorim na aquisição de 33,34% da Galp Energia, entre muitas outras transações de relevo em Portugal, Espanha e Brasil. Em 2007, foi nomeado Diretor Executivo de Credit Markets em Portugal, tendo o Santander sido escolhido como Bookrunner em muitas emissões de Eurobonds e Mandated Lead Arranger em alguns dos mais importantes financiamentos de projetos nos sectores de renováveis e infraestruturas em Portugal, assim como a montagem dos financiamentos de diversas aquisições.

Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos)

2015 -...:Vice Presidente do Conselho de Administração do Eurogiro A/S 2012 – 2015: Membro do Conselho de Administração do Eurogiro A/S 2006 - 2012: Sócio-Gerente da Pleximyng, Lda.

Outros cargos externos

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Relatório e Contas 2015

Dionizia Ferreira Administradora Executiva Data de nascimento

03 de janeiro de 1966, Portugal

Data da 1ª designação 24 de agosto de 2012

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1988: Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas, Instituto Superior de Economia e Gestão

Cargos internos de administração e fiscalização Administradora Executiva do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da CTT Expresso - Serviços Postais e Logística, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da Tourline Express Mensajería, S.L.U.

Presidente do Conselho de Administração da Mailtec Comunicação, S.A.

Presidente do Conselho de Administração da CTT Contacto, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da Correio Expresso de Moçambique, S.A.

Outros cargos internos -- Experiência profissional Administradora Executiva do Conselho de Administração dos CTT é responsável pelas Unidades de Negócio de Correio, Expresso & Encomendas (CTT Expresso, Tourline (Espanha) e a CORRE Moçambique) e Rede de Lojas. Com 18 anos de experiência na banca de retalho no Barclays Bank, Banco Mello, Millennium BCP e BP. De 2003 a 2007 foi Diretora Comercial e de Marketing dos CTT, tendo sido responsável pela rede de retalho, marketing operacional e estratégico, PME e Grandes Contas. Durante dois anos, desempenhou as funções de Chief Executive Officer (CEO) da Payup (Portugal e Espanha). Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2013 - 2014: Presidente do Conselho de Administração da EAD - Empresa de Arquivo de Documentação, S.A.

Outros cargos externos --

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Relatório e Contas 2015

Ana Maria Jordão Administradora Executiva Data de nascimento 14 de dezembro de 1955, Portugal

Data da 1ª designação 24 de agosto de 2012

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1977: Licenciatura em Direito, Universidade Clássica de Lisboa

Cargos internos de administração e fiscalização Administradora Executiva do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da CTT Expresso - Serviços Postais e Logística, S.A.

Vogal do Conselho de Administração da Tourline Express Mensajería, S.L.U.

Outros Cargos Internos -- Experiência profissional Como Vogal do Conselho de Administração dos CTT, tem sob a sua responsabilidade os Serviços Jurídicos Gerais e Jurídico-Laborais, a Gestão de Recursos Humanos, os Recursos Físicos e as Compras e Logística. Possui um percurso profissional construído na Administração Pública desde 1978, onde exerceu cargos de elevada responsabilidade, nomeadamente de Adjunta do Secretário de Estado da Defesa Nacional, Adjunta do Secretário de Estado do Orçamento, Secretária Geral Adjunta da Secretaria Geral do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, Chefe de Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Vogal da Comissão de Fiscalização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Diretora Geral das Alfândegas e dos Impostos sobre o Consumo. Desempenhou funções de Diretora de Serviços Administrativos e Financeiros de 2006 a 2011 e de Secretária Geral Adjunta da Assembleia da República em 2012. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) -- Outros cargos externos --

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Relatório e Contas 2015

António Vitorino Administrador Não Executivo Data de nascimento 12 de janeiro de 1957, Portugal

Data da 1ª designação 24 de março de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1981: Licenciatura em Direito, Universidade Clássica de Lisboa

1986: Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas, Universidade Clássica de Lisboa

Cargos internos de administração e fiscalização Administrador Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Outros Cargos Internos Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações

Experiência profissional Inscrito na Ordem dos Advogados e Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa desde 1982, foi também Professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa de 2008 a 2010. Desempenhou vários altos cargos nas áreas política, legislativa e governamental em Portugal e no estrangeiro, tendo sido Deputado (1980 a 2006), Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (1983 a 1985), Secretário de Estado do Governo de Macau (1986 a 1987), Juiz do Tribunal Constitucional (1989 a 1994), Deputado ao Parlamento Europeu (1994 a 1995), Ministro da Presidência e da Defesa Nacional (1995 a 1997) e Comissário Europeu para a Justiça e os Assuntos Internos (1999 a 2004). Também no domínio empresarial tem exercido funções de supervisão e administração não executiva em diversas empresas portuguesas e internacionais. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2014 - ...: Presidente do Conselho Fiscal da Tabaqueira, S.A.

2014 - ...: Presidente do Conselho Fiscal da Siemens Portugal

2007 - ...: Administrador Não Executivo da Áreas Portugal

Outros cargos externos 2011 - ...: Presidente da Notre Europe - Instituto Jacques Delors, Paris

2010 - ...: Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Finpro SGPS, S.A.

2008 - ...: Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Novabase SGPS, S.A.

2007 - ...: Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Brisa - Auto-estradas de Portugal, S.A.

2005 - ...: Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Banco Santander Totta, S.A.

2005 - ...: Sócio da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira

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Relatório e Contas 2015

Nuno Fernandes Thomaz Administrador Não Executivo, Vogal da Comissão de Auditoria

Data de nascimento 05 de agosto de 1943, Portugal

Data da 1ª designação 24 de março de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1965: Licenciatura em Direito, Universidade Clássica de Lisboa

Cargos internos de administração e fiscalização Administrador Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Vogal da Comissão de Auditoria dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Outros cargos Internos

- Experiência profissional Com formação em direito, iniciou a sua carreira profissional exercendo advocacia em Portugal, de 1965 a 1974, tendo simultaneamente desempenhado cargos de gestão em grandes consórcios financeiros e industriais nacionais e internacionais, nomeadamente no Grupo Anglo-Americano/De Beers (Portugal), no Banco do Alentejo e na parabancária Diners Club. No Brasil, Rio de Janeiro, entre 1975 e 1981, exerceu consultoria na Interbrás - Petrobrás e foi Presidente do Banco Pinto de Magalhães e das Distribuidora e Corretora Pinto de Magalhães. De regresso a Portugal, exerceu, a partir de 1981, vários cargos de gestão executiva no Grupo Jorge de Mello/Nutrinveste, como Administrador, Vice-Presidente e Presidente de mais de 25 empresas industriais e financeiras (designadamente Tabaqueira, Molaflex, Incofina). Ao longo da sua carreira, desempenhou cargos de liderança e consultoria em diversas fundações, fóruns, institutos e universidades. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2010 - ...: Presidente da Sociedade Gestora do Fundo de Capital de Risco Bem Comum

2005 - ...: Gerente da I Cook - Organização de Eventos, Lda

2014 – 2015: Administrador Não Executivo da Espírito Santo Saúde, SGPS, S.A.

1998 - 2014: Administrador da Nutrinveste, SGPS, S.A.

Outros cargos externos 2015 - ...: Membro do Conselho Consultivo da Luz Saúde, S.A.

2014 - ...: Vice-Presidente do Fórum para a Competitividade

2011 - ...: Membro da Comissão Consultiva do Instituto Português de Corporate Governance

2009 - ...: Presidente da Nova School of Business and Economics

2008 - ...: Membro dos Boards International e European da UNIAPAC – Union des Entrepreneurs Chrétiens

2007 - ...: Vice-Presidente da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores

1998 - 2002: Membro da Comissão Diretiva da CIP – Confederação da Indústria Portuguesa

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Relatório e Contas 2015

Diogo Leite Campos Administrador Não Executivo, Vogal da Comissão de Auditoria

Data de nascimento 04 de dezembro de 1944, Portugal

Data da 1ª designação 12 de novembro de 2013*

Mandato 2014 / 2016

* Entre 12/11/2013 e 24/03/2014, foi Vogal do Conselho Fiscal dos CTT, tendo nessa última data e aquando da adoção pela Empresa do atual modelo de governo anglo-saxónico, sido designado Vogal do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria.

Formação académica

1967: Licenciatura em Direito, Universidade de Coimbra

1978: Doutoramento em Direito, Universidade de Coimbra

1979: Docteur d’État en Droit, Université de Paris II

1979: Doutoramento em Economia, Université de Paris IX

Cargos internos de administração e fiscalização Administrador Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Vogal da Comissão de Auditoria dos CTT - Correios de Portugal, S.A.

Outros Cargos Internos -- Experiência profissional É Professor Catedrático na Faculdade de Direito de Coimbra e na Universidade Autónoma de Lisboa. Foi Administrador do Banco de Portugal e Presidente do Conselho Consultivo da CMVM entre 1994 e 2000. É advogado (sócio) da Leite de Campos, Soutelinho & Associados - Sociedade de Advogados, RL. (Lisboa) e da Rolim, Viotti e Leite de Campos (Brasil). Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2015 -...: Presidente do Conselho Fiscal da PME Investimentos

2009 -...: Presidente do Conselho Fiscal do Banco Santander Consumer Portugal, S.A.

2014 - 2014:Administrador Não Executivo do Banco Millennium na Roménia.

2008 - 2014: Administrador Não Executivo da RES SGPS, S.A.

2008 - 2011: Presidente do Conselho Fiscal da Hagen Engenharia, S.A.

Outros cargos externos 2013 - 2015: Membro da Comissão de Acompanhamento da privatização do ramo de seguros da Caixa Geral de Depósitos, S.A.

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Relatório e Contas 2015

Rui Horta e Costa Administrador Não Executivo

Data de nascimento 27 de agosto de 1960, Portugal

Data da 1ª designação 29 de julho de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1984: Licenciatura em Economia, Universidade Católica - Lisboa

1986: MBA, University of Minnesota - EUA

1995: FSA Certificate - Londres, RU

Cargos internos de administração e fiscalização Administrador Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Outros cargos internos Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Experiência profissional Foi Managing Director da UBS na área de Investment Banking em Londres, Chefe da Equipa de Utilities para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA) e membro do Investment Banking Management Board para a Região EMEA. Liderou na UBS um número significativo de operações de grande dimensão na Europa, durante um período total de 8 anos, 6 anos antes (de 1995 a 2000) e 2 anos (de 2006 a 2008) depois da sua atividade na EDP. Foi membro do Conselho de Administração e CFO da EDP-Energias de Portugal durante 6 anos (de 2000 a 2006), onde participou muito ativamente na mudança estratégica da empresa, na execução do seu re-enfoque na Península Ibérica e crescimento acelerado nas energias renováveis, bem como na reestruturação e ring fencing dos negócios da EDP no Brasil. No início da carreira profissional trabalhou por um período de 7 anos em Portugal (1986-1994), em banca de investimento (MDM-Morgan, Deutsche & Mello, Finantia e Citibank), e em indústria (Administrador Executivo da Nutrinveste). Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2014 - ...: Membro Não Executivo do Conselho de Administração da Agrocortex (BRASIL)

2012 - ...: Membro do Conselho de Administração da Cell2B

2012 - ...: Membro do Conselho Consultivo Ibérico da ATKearney

2008 - ...: Membro Não Executivo do Conselho de Administração da EIP

2008 - ...: Fundador e membro do Conselho de Administração da Luz.on

2007 - ...: Membro Não Executivo do Conselho de Administração de Vale do Lobo Resort

Outros cargos externos 2008 - ...: Fundador, como consultor, da RHCAS

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Relatório e Contas 2015

José Baptista Fino Administrador Não Executivo Data de nascimento 10 de janeiro de 1954, Portugal

Data da 1ª designação 19 de dezembro de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1972 - 74: Frequência do Curso de Business Studies (North East London Polytechnic, UK)

Cargos internos Vogal Não Executivo do Conselho de Administração dos CTT-Correios de Portugal, S.A.

Outros cargos internos Vogal da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Experiência profissional Empresário desde 1977 foi promotor e gestor de diversas empresas em Portugal, Espanha e mais recentemente Moçambique. Destacam-se atividades na área de retalho para o lar, como a Snucker e a Área Infinitas (empresa que resultou do franchise em Portugal da Habitat), na promoção imobiliária e na atividade agro-industrial. Representando posições acionistas relevantes, foi membro Não Executivo do Conselho de Administração da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. durante 8 anos (de 2004 a 2012), e é desde 2008 também membro Não Executivo da SDC – Investimentos SGPS, S.A., ambas empresas com ações cotadas na Euronext Lisbon. É ainda membro Não Executivo do Conselho de Administração da Specialty Minerals (Portugal), subsidiária em Portugal do grupo multinacional Minerals Technologies Inc. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2009 -...: Presidente do Conselho de Administração de Ramada Energias Renováveis, S.A.

2008 -...:Vogal do Conselho de Administração da SDC – Investimentos SGPS, S.A.

2007 -...:Presidente do Conselho de Administração de Dignatis – Investimentos Imobiliários e Turísticos, S.A.

2001 -...: Presidente do Conselho de Administração da Ramada Holdings SGPS, S.A.

1997 -...: Sócio-Gerente de Nova Algodoeira, Lda.

1996 -...:Gerente da Dorfino Imobiliário, Lda.

1994 -...: Administrador de Specialty Minerals (Portugal) Especialidades Minerais, S.A.

Outros cargos externos 2004 – 2013: Vogal do Conselho de Administração da Investifino – Investimentos e Participações SGPS, S.A.

2004 – 2013: Vogal do Conselho de Administração de Manuel Fino SGPS, S.A.

2004 – 2012: Vogal do Conselho de Administração da Cimpor – Cimentos de Portugal SGPS, S.A.

2001 – 2013: Presidente do Conselho de Administração da Ethnica SGPS, S.A.

2001 – 2013: Presidente do Conselho de Administração Area Infinitas Design de Interiores, S.A.

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Relatório e Contas 2015

II. Membros da Comissão de Vencimentos

João Talone Presidente da Comissão de Vencimentos Data de nascimento 27 de outubro de 1951, Portugal

Data da 1ª designação 24 de março de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1974: Licenciatura em Engenharia Civil, Universidade Técnica de Lisboa

1984: MBA, Universidade Nova de Lisboa

2002: AMP Harvard Business School

Cargos internos Presidente da Comissão de Vencimentos dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Experiência profissional Durante 13 anos (1988 a 2001) foi Vogal do Conselho de Administração Executivo do Banco Comercial Português (BCP), tendo depois sido nomeado Comissário Especial do Governo Português e liderado o processo de extinção da Investimentos e Participações Empresariais (IPE), Empresa Estatal Portuguesa que detinha e controlava as principais participações do Estado em empresas industriais. Entre 2003 e 2006 foi CEO da EDP - Energias de Portugal, S.A., um dos grandes operadores europeus do sector da energia, e Vice-Presidente do Conselho de Administração da HidroCantábrico, depois da sua aquisição pela EDP em 2005. É sócio fundador da Magnum Capital, o maior fundo Ibérico de private equity. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2006 - ...: Presidente do Conselho de Administração da Iberwind

2006 - ...: Vogal do Conselho de Administração do Grupo Eptisa

2006 - ...:Presidente do Conselho de Administração do Grupo Vendap

2006 - ...: Presidente do Conselho de Administração do Grupo Generis

2014 - ...:Vogal do Conselho de Administração do Grupo Nace

Outros cargos externos 2014 - ...:Membro eleito do CNEI - Conselho Nacional de Empreendedorismo e Inovação

2013 - ...: Membro eleito da Academia de Engenharia

2014 - ...: Representante de Portugal na “Comissão Trilateral”

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Relatório e Contas 2015

José Gonçalo Maury (1) Vogal da Comissão de Vencimentos Data de nascimento 29 de novembro de 1950, Portugal

Data da 1ª designação 24 de março de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1973: Licenciatura em Finanças, Instituto Superior de Economia, Lisboa

1978: MBA, INSEAD, Fontainebleau

Cargos internos Vogal da Comissão de Vencimentos dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Experiência profissional Iniciou a sua carreira profissional em 1971 no ex-Secretariado Técnico da Presidência do Conselho, tendo posteriormente desempenhado funções em diversos órgãos do Ministério da Indústria, nomeadamente no IAPMEI (até 1977). Após terminar o MBA, regressou a Portugal onde foi Diretor Comercial da Tobom (1978 a 1979) e depois Adjunto e Chefe de Gabinete do Secretário de Estado dos Transportes (1980 a 1981). De 1981 até 1889 trabalhou no Citibank em Espanha e Portugal, onde foi responsável pelo sector financeiro (banca e seguros), fez parte da equipa que negociou e preparou a abertura do banco em Portugal e foi Diretor do Departamento de Crédito e de Gestão de Risco. Desde 1990 que exerce a sua atividade como consultor para a Egon Zehnder, empresa mundial de seleção de executivos, onde tem assessorado empresas portuguesas e multinacionais com presença em Portugal de todos os sectores de atividade, designadamente financeiro, serviços e indústria. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2015 - Administrador Não Executivo e membro da Comissão de Nomeações e Remunerações da Gestmin SGPS, S.A.

Outros cargos externos 2006 - ...: Presidente da Comissão de Remunerações da Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A.

2006 - ...:Presidente da Comissão de Remunerações do Grupo Portucel Soporcel

2007 - ...:Presidente da Comissão de Remunerações da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

2015 - ...:Vogal da Comissão de Vencimentos eleita pela Assembleia Geral da EDP

2015 - ...:Presidente do Conselho de Remunerações e Previdência do BCP

(1) Renunciou ao cargo por carta datada de 04/01/2016. A convocatória da Assembleia Geral Anual a realizar em 28/04/2016 incluirá um ponto relativo à eleição de novo membro da Comissão de Vencimentos

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Relatório e Contas 2015

Rui Alpalhão Vogal da Comissão de Vencimentos Data de nascimento 05 de agosto de 1963, Portugal

Data da 1ª designação 24 de março de 2014

Mandato 2014 / 2016

Formação académica 1985: Licenciatura em Economia, Universidade Nova de Lisboa

1988: Mestrado em Gestão de Empresas, Universidade Nova de Lisboa

2007: Doutoramento em Finanças, Instituto Universitário de Lisboa

Cargos internos Membro da Comissão de Vencimentos dos CTT – Correios de Portugal, S.A.

Experiência profissional Iniciou a sua carreira profissional no ensino universitário após concluir a licenciatura, sendo ainda atualmente Professor Associado Convidado de Finanças no Instituto Universitário de Lisboa. Foi administrador de sociedades participadas (e controladas) pelo Banco Totta & Açores e pela Caixa Geral de Depósitos e coordenou o management buy in de uma gestora de fundos, cuja administração executiva viria a assegurar. Posteriormente, criou a FundBox Holdings SGPS, que detém participações qualificadas em duas sociedades gestoras de fundos e iniciou atividade no mercado de distressed assets através da Tram 28, com a aquisição de um hotel à Parvalorem. Tem dois livros editados em Portugal, e artigos científicos publicados em revistas internacionais como a “Applied Financial Economics”, a “Financial History Review”, o “International Journal of Financial Research” e o “ISRN Economics”. Cargos de administração e fiscalização em outras empresas (últimos 5 anos) 2014 -…: Presidente do Conselho de Administração da FundBox Holdings S.G.P.S, S.A.

2008 -…: Vogal do Conselho de Administração de Safeunit, S.A.

2007 -…: Vogal do Conselho de Administração de Sintra Retail Park – Parques Comerciais, S.A.

2007 -…: Vogal do Conselho de Administração de Lansdowne SGPS, S.A.

2007 -…: Vogal do Conselho de Administração de Lima Retail Park, S.A.

2006 -…: Vogal do Conselho de Administração de Safeshare – Consultoria, S.A.

2005 -…: Gerente de Tram 28, Lda

2007-2013: CEO de FundBox – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Outros cargos externos Membro do Comité do Índice PSI20 na Euronext Lisbon

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Relatório e Contas 2015

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