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RELATÓRIO E CONTAS DA DIRECÇÃO EXERCÍCIO DE 2008 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL MARÇO DE 2009

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RELATÓRIO E CONTAS DA

DIRECÇÃO

EXERCÍCIO DE 2008

RELATÓRIO E PARECER DO

CONSELHO FISCAL

MARÇO DE 2009

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RELATÓRIO DA DIRECÇÃO REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2008

ÍNDICE

1. HOMENAGEM 2 2. SÓCIOS 3 2.1. RATIFICAÇÃO DA ADMISSÃO DE NOVOS SÓCIOS 3 2.2. SITUAÇÃO SOCIAL DOS SÓCIOS FUNDADORES E COLECTIVOS 3 a) Sócios Fundadores 3 b) Sócios Colectivos 5 c) Sócios Individuais 5 3. SÍNTESE DA ACTIVIDADE DA ESCOLA NACIONAL DE EQUITAÇÃO 6 3.1. RETROSPECTIVA DOS ÚLTIMOS SETE ANOS 6 3.2. QUADRO COMPARATIVO POR DISCIPLINAS FEDERADAS (2007/8) 9 3.3. QUADRO RESUMO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO DE 2008 12 3.4. EVOLUÇÃO FINANCEIRA 13 3.5. ESTRUTURA INTERNA 14 3.6. PONTO DE SITUAÇÃO SOBRE O MERCADO 17 4. PROJECTOS DE ACTIVIDADE INICIADOS E EM CURSO 19 4.1. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO, QUALIDADE E ACREDITAÇÃO DA ENE 19 4.2. CRIAÇÃO DE SUPORTES DIDÁCTICOS 20 4.3. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS E SEUS SUPORTES 20 a) Cursos na Área do Maneio 20 b) Cursos de Treinadores 21 c) Formação de Técnicos de Saúde e Educação em Equitação Terapêutica 22 4.4. INTERNACIONALIZAÇÃO DA ENE 22 5. CONCLUSÕES E PROPOSTAS 25 5.1. CONCLUSÕES 25 a) Sócios 25 b) Síntese Retrospectiva da Actividade 25 c) Situação Financeira e Estrutura Interna 25 d) Projectos de Actividade 26 e) Internacionalização da ENE 26 5.2. PROPOSTAS 27 6. APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 28

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1. HOMENAGEM A Direcção da ENE, certa que interpreta o sentir dos seus colaboradores, deseja prestar

uma muito sentida homenagem de profunda amizade, saudade e gratidão ao Exmo.

Senhor D. Diogo Passanha Braamcamp Sobral, Subdirector desta Escola, Instrutor

formado na Escola de Mafra, que faleceu em 02 de Março do corrente ano.

A sua ausência é muito penosa para todos, não apenas pela amizade pessoal que

nos une há várias décadas, mas também pelo empenho com que se envolveu

desde a primeira hora, na constituição e no desenvolvimento deste projecto.

A Escola Nacional de Equitação, com as características que hoje tem, o nível de

desenvolvimento que conseguiu e os resultados que já apresentou neste primeiro

mandato, constituem um sonho de mais de 30 anos, que ele e todos nós

mantivemos e dinamizamos juntos.

Deu-nos a honra de estar presente na escritura de constituição em 15 de Março

de 2005, representando a Sociedade Hípica Portuguesa, veio depois a integrar o

primeiro grupo de docentes de equitação que constituíram o Conselho Superior

Pedagógico, acabando por aceitar o cargo de Subdirector por convite do

Presidente da Federação Equestre Portuguesa, acordado, nos termos

estatutários, com o Director da ENE.

É desejo desta Direcção e de todos os colaboradores desta Escola, que a sua

memória perdure no espírito dos mais novos como exemplo de entusiasmo pela

formação equestre em Portugal.

À sua Mulher, Filhos, Netos e demais Família os nossos sentimentos mais

profundos e o desejo de que sua Alma descanse em Paz.

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2. SÓCIOS 2.1. RATIFICAÇÃO DA ADMISSÃO DE NOVOS SÓCIOS É com muito gosto que registamos a admissão provisória, de mais nove Sócios Colectivos, cuja ratificação propomos à Assembleia Geral da ENE, nos termos do artº 6º dos Estatutos. Este aumento de 47 % no número de Sócios Colectivos, a qualificação e prestígio dos mesmos e a estreia na admissão de uma entidade de nacionalidade francesa, representam um significativo crescimento da influência e do prestígio desta Escola. É de salientar a admissão do tão esperado e desejado CMEFD de Mafra, bem como da prestigiada Escola Portuguesa de Arte Equestre. Por ordem cronológica das candidaturas, as entidades admitidas provisoriamente, foram as seguintes: Centro Hípico Pinetrees (Almancil) Escola Agrícola D. Dinis – Paiã (Pontinha) Sport Club do Porto – Centro Hípico (Porto) Universidade Lusófona – COFAC (Lisboa) Institute du Cheval et de l'Equitation Portugaise (Paris) Academia Equestre João Cardiga (Leceia) JPL Lusitanos, Lda. (Cartaxo) Fundação Alter Real - Escola Portuguesa de Arte Equestre (Queluz) Centro Militar de Educação Física e Desportos (Mafra) 2.2. SITUAÇÃO SOCIAL DOS SÓCIOS FUNDADORES E COLECTIVOS a) Sócios Fundadores Como é sabido as condições iniciais de admissão para os Sócios Fundadores, estabelecidas em 2005, antes da escritura de constituição, foram extremamente penosas pelo exagerado valor atribuído às jóias e quotas anuais. A Federação Equestre Portuguesa, na qualidade de sócio fundador com estatuto especial foi a mais penalizada, pois pagava 40.000,00 € de jóia e 20.000,00 € de quota anual. Os restantes sócios fundadores pagavam 10.000,00 € de jóia e 5.000,00 € de quota anual. Os sócios promotores colectivos pagavam 4.000,00 € de jóia e 2.000,00 € de quota anual e os sócios promotores individuais deveriam pagar 2.000,00 € de jóia e 500,00 € de quota anual. Este empolamento dos valores nasceu de um estudo económico prévio com erros estratégicos assumidos, pois não teve em conta qualquer estudo de mercado. Esse estudo foi tentado, mas rapidamente se concluiu ser impossível concluí-lo com um mínimo de rigor, por falta de dados históricos fiáveis. Os valores atribuídos não tiveram assim qualquer base científica, resultando absolutamente irrealistas. Ao fim de um ano e meio de existência apenas a SHP tinha liquidado a sua jóia e todas as quotas, mas fê-lo por encontro de contas com a FEP, transitando os respectivos valores para débito desta última à ENE, onde não chegou a entrar um cêntimo. Todos os demais estavam em dívida. Com tal empolamento de valores, não foi possível angariar a admissão de um único sócio promotor até Novembro de 2006.

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Por proposta desta Direcção, a Assembleia Geral decidiu alterar os estatutos para o formato que tem hoje. Assim e por escritura pública de 07/11/2006 as quotas e jóias foram substancialmente reduzidas e foi criada a figura de sócio individual, abrangendo todo o corpo docente e discente da Escola, para além dos seus colaboradores e entusiastas. Só a partir dessa data a ENE conseguiu iniciar a angariação dos seus próprios meios de subsistência, suportando os respectivos encargos, ou seja, só então se criaram as verdadeiras condições de independência financeira, já que antes era a FEP que recebia a totalidade do valor das propinas dos alunos por contra-partida do pagamento da totalidade dos honorários dos formadores, bem como do aluguer dos recursos de funcionamento e exploração. Esta nota prévia serve para se compreender a razão de nem todas as quotas dos sócios fundadores estarem liquidadas no final deste primeiro mandato, conforme se verifica no quadro de saldos devedores, que se segue, que abrange apenas os dois exercícios em que a ENE geriu, de facto, os seus negócios.

Designação Exercício de 2007 Exercício de 2008 (*) Jóias Quotas Jóias Quotas Federação Equestre Portuguesa 6.257,77 € 55.000,00 € 00.00 € 50,000,00 € Sociedade Hípica Portuguesa 00.00 € 00.00 € 00,00 € 00,00 € Câmara Municipal da Golegã 6.500,00 € 12.000,00 € 00,00 € 11.100,00 € Câmara Municipal de Alter do Chão 00,00 € 11.000,00 € 00,00 € 00,00 €

SOMAS: 12,757,67 € 88,000,00 € 00,00 € 66.100,00 € (*) Os valores reportam a 31/12. Após essa data a CM da Golegã já reduziu o débito para cerca de 8.000 € No que respeita ao saldo devedor das jóias e quotas, verificou-se uma evolução positiva em relação ao exercício anterior. Na verdade a FEP, apesar das dificuldades que já vêm de exercícios anteriores, conseguiu amortizar 11.257,77 €. Mas o principal esforço coube às duas Câmaras Municipais: a de Alter do Chão, que amortizou todos os atrasados e a da Golegã, que cumpriu integralmente o seu plano de pagamentos, ficando apenas com 11.100,00 € para liquidar até Dezembro de 2009. O saldo devedor da FEP tem sido o mais difícil de regularizar devido ao volume acumulado da dívida, à situação financeira em que a mesma se encontra e à persistente disparidade do valor da sua quota (10.000 €), comparado com o valor das quotas dos demais sócios fundadores (1.000 €) e do valor da quota dos sócios colectivos (300 €). Tal como sugerimos em 2006, parecia-nos mais realista que a A.G. aceitasse, como então, reduzir a quota da FEP para valores realistas, que ela pudesse liquidar, não deixando prosseguir o agravamento sistemático da sua situação social. Na verdade, o saldo devedor total da FEP à ENE era, em 31 de Dezembro de 2008, de 82.134,57 € valor que já inclui as quotas em atraso. Pensamos que esta situação só poderá ser normalizada com pagamentos mensais regulares, num valor realista, mas persistente.

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b) Sócios Colectivos Existem, na data de execução deste relatório, os seguintes 28 sócios colectivos, cuja posição no mês de Março de 2009 é a seguinte, comparada com o mesmo mês do ano de 2008:

Designação Março de 2008 Março de 2009 Jóias Quotas Jóias Quotas Escola Prof. Desenv. Rural Abrantes 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Escola Prof. Desenv. Rural de Alter do Chão 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Escola Superior Agrária de Santarém 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Escola Superior Agrária de Elvas 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Escola Agrícola D. Dinis – Paiã -------- -------- 00.00 € 00,00 € Associação Hípica Terapêutica 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Centro Hípico de Santa Bárbara 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Escola Equestre de Aveiro 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico de Alcaria 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Centro Hípico da Bairrada 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Associação Hípica Eborense 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico da Quinta da Beloura 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico Quinta do Senhor da Serra 00,00 € 300,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico de Montebelo 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Guarda Nacional Republicana – C.G. 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Centro Hípico da Quinta da Alorna 00,00 € 00,00 € 00,00 € 00,00 € Centro Hípico Tiffany’s 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico de Santa Isabel 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico Paraíso Alto 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico de S. Pedro (Garajau) 00,00 € 00,00 € 00,00 € 300,00 € Centro Hípico Pinetrees -------- -------- 00,00 € 300,00 € Centro Hípico Sport Club do Porto -------- -------- 00,00 € 00,00 € Academia Equestre João Cardiga -------- -------- 00,00 € 00,00 € JPL Lusitanos, Lda -------- -------- 00,00 € 00,00 € Institute du Cheval et de l’Equitation Portugaise -------- -------- 00,00 € 00,00 € Universidade Lusófona – COFAC -------- -------- 00,00 € 00,00 € FAR - Escola Portuguesa de Arte Equestre -------- --------- 00,00 € 300,00 € Centro Militar de Educação Física e Desportos -------- --------- 00,00 € 300,00 €

SOMAS 00,00 € 300,00€ 00,00 € 3.900,00€ Nota: Aguardamos para breve a adesão da Academia de Dressage de Portugal. c) Sócios Individuais A contabilização rigorosa do número de Sócios Individuais é particularmente difícil pelo enorme movimento de admissões e caducidades que existem ao longo do ano. Estimamos que o seu número “flash” se situa mais ou menos estabilizado entre os 250 e os 400, situação que só se iniciou a 07/11/2006, pois até essa data nem um único sócio individual se conseguiu angariar. Este salto quantitativo deve-se ao facto da ENE, enquanto o seu processo de acreditação não estiver terminado, só poder isentar os seus alunos de IVA se estes forem seus sócios. Por essa razão a AG de Novembro de 2006 estabeleceu o valor simbólico de 10 € com a validade de 12 meses, para os sócios individuais.

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3. SÍNTESE DA ACTIVIDADE DA ESCOLA NACIONAQL DE EQUITAÇÃO 3.1. RECTROSPECTIVA DOS ÚLTIMOS SETE ANOS O primeiro mandato da ENE termina em 2009, mas a actividade de formação iniciou-se, sob esta mesma gestão, em 2002, no âmbito da Federação Equestre Portuguesa, com 9 acções realizadas nesse ano. Em Março de 2005 foi criada a ENE, com uma autonomia administrativa e financeira quase nula pois, conforme já foi referido, os recebimentos e pagamentos inerentes às acções de formação, decorriam totalmente por conta da FEP com dívidas enormes aos formadores e aos Pólos, que cediam os seus recursos, chegando a manter prazos de pagamento superiores a um ano. Esta situação tornou-se completamente insustentável, não apenas pela demora dos pagamentos, mas também porque se tornava cada vez mais difícil encontrar formadores competentes e instalações adequadas nestas condições. Daí nasceu a pressão junto dos sócios, a que já se fez referência, para alterar os Estatutos da Associação. Só a partir do início do Verão de 2006 a Direcção da ENE conseguiu sensibilizar os 4 sócios fundadores (os únicos que então existiam) para a premência da alteração sugerida. Em resumo essas alterações consistiram em: :

� Criar a figura de sócio individual já referida no ponto anterior;

� Baixar em 50 % o valor de jóias e quotas para os sócios fundadores e colectivos;

� A ENE passar a assumir directamente todos os pagamentos e recebimentos estatutariamente ligados à execução de formação profissional.

Esta alteração foi morosa de concretizar, pois houve necessidade de clarificar muito bem as inegáveis vantagens para todas as partes, muito especialmente para os credores da FEP, bem como para ela própria, que se viu livre definitivamente da pressão insuportável dos seus credores, mas também para a ENE porque finalmente ao fim de ano e meio obtinha o seu estatuto de entidade responsável e gestora dos seus negócios, passando a ser credora no mercado como uma entidade extremamente rigorosa na satisfação dos seus compromissos. Estes fenómenos são bem evidentes no quadro que se segue e demonstram à exaustão que não teria sido acertado regressar a ENE à situação de dependência anterior. Essa hipótese ainda foi sugerida porque inexplicavelmente se gerou a ideia ilusória de que esse seria o caminho certo para sanear as dívidas da FEP à ENE. Veja-se pois, no quadro que se segue, os dados quantitativos verificados nos últimos 7 anos, tendo em especial atenção às notas explicativas a seguir indicadas. Cremos que os números falam por si:

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ANOS

Nº Acções

Nº Alunos

Nº Horas Custos Directos das Acções de

Formação

Ratio: Nº Horas x Nº Alunos

Nº Acções

2002(*) 9 65 200 18.300,00 € 1.440 2003 (*) 12 75 260 21.200,00 € 1.630 2004 (*) 10 119 290 13.100,00 € 3.450 2005 (a) 15 98 470 14.500,00 € 3.070 2006 (b) 32 236 1.530 67.300,00 € 10.430 2007 42 248 5.530 162.000,00 € 32.650

2008 (**) 47 313 6.880 156.100,00 € (**) 45.820 (*) Incluiu os alunos das reciclagens especiais de Alter e Mafra para formação expedita de Monitores Responsáveis Técnicos de Centros Hípicos (a) Ano da constituição da Escola Nacional de Equitação – ENE, e de estudo da situação desastrosa para que se estava caminhando (b) Ano da autonomia administrativa e financeira da ENE no início de Novembro (**) Não inclui o contrato com a Escola Profissional de Alter, suspenso em 2007/08 e retomado em 2008/09, Não inclui o contrato com a Escola Agrícola da Paiã, cujos proveitos do 1º trimestre escolar só foram facturados em Janeiro de 2009. Não inclui igualmente que seis acções realizadas no Algarve beneficiaram do apoio de fundos comunitários. A contabilização de tudo isto leva-nos a concluir que houve aumento das receitas e não diminuição. Os gráficos que se seguem visualizam mais claramente a evolução da situação ao longo dos últimos 7 anos tendo como indicadores:

� O número de acções de formação realizadas;

� O número de alunos participantes nas referidas acções

� O número de horas de formação ministradas (indicador de especial importância)

� Custos directos das Acções de Formação

� Ratio de produtividade das Acções de Formação Neste quadro é fácil detectar os três seguintes períodos de exploração da formação: No primeiro período que vai de 2002 a 2004 (três anos) a ENE não existia: A formação era executada directamente pela área de formação da FEP, na qual teve especial relevo o período das “reciclagens” para formação rápida e expedita de Responsáveis Técnicos. Estas reciclagens empolam um pouco os números, por se ter tratado de uma emergência No segundo período que abrange os anos de 2005 e 2006, a ENE tinha-se constituído, mas a sua gestão, nomeadamente no que respeita à organização e realização das Acções, esteve totalmente condicionada, por um lado aos trabalhos de organização interna, e, por outro, à sua falta de autonomia. Mesmo assim e apesar das dificuldades já referidas, verificou-se um forte crescimento de todos os indicadores. Destacam-se por fim e especialmente os anos de 2007 e 2008, anos em que a ENE funcionou com total autonomia.

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Vale a pena acrescentar que desde fins de 2006 até à presente data. a ENE paga a pronto aos formadores e aos Pólos, consegue manter uma gestão equilibrada e cresceu em produtividade cerca de 390 %

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3.2. QUADROS COMPARATIVOS POR DISCIPLINAS FEDERADAS (2007/08) Ano de 2007

DISCIPLINAS

Nº de Alunos

VALORES arredondados

Nº de Acções

Nº de Horas

NºHoras x NºAlunos Nº Acções

Equitação Geral 95 146.240,00 € 31 5.151 15.790 Equitação Terapêutica 27 4.540,00 € 2 124 6.700

Turismo Equestre 7 3.200,00 € 1 120 840 Oficiais de Concurso 119 8.020,00€ 8 139 2.070

Controlo 248 162.000,00 € 42 5.530 32.650

Ano de 2008

DISCIPLINAS

Nº de Alunos

VALORES arredondados

Nº de Acções

Nº de Horas

NºHoras x NºAlunos Nº Acções

Equitação Geral 164 122.720,00 € (**) 25 5.566 (**) 36.510 (**) Equitação Terapêutica 55 10.560,00 € 5 246 2.710

Turismo Equestre 38 16.400,00 € 5 506 3.850 Oficiais de Concurso 56 3.000,00€ 5 82 920

Estudos, e outros - 7.820,00 7 460 -

Controlo 313 160.500,00 € 47 6.880 45.820

A análise destes quadros permite-nos o seguinte: a) Em Número de alunos: O grande aumento verificou-se nas disciplinas de Equitação Geral (+ 73 %) Equitação Terapêutica (+ 104 %) Turismo Equestre (+ 700 %) Apenas os Oficiais de Concurso tiveram uma redução, que significa que o Conselho de Arbitragem não sentiu necessidade de formar mais alunos em 2008, o que não significa que em 2009 não se voltem a sentir essas carências. No global houve um aumento de (+ 26 %) b) Em valores arredondados: Verificou-se aumento nas seguintes disciplinas: Equitação geral (ver nota no quadro geral) Na Equitação Terapêutica (+ 132 %) No Turismo Equestre (+ 412 %) Verificou-se redução nos Oficiais de Concurso pelas razões já expostas c) Em número de acções As diferenças são pequenas, especialmente se tivermos em conta as observações já antes feitas d) Em número de horas É nesta rubrica que se verificam os crescimentos mais significativos.

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Vejamos os respectivos gráficos de barras, comparando os anos de 2007/08:

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3.3. QUADRO RESUMO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO DE 2008

Nº Curso

DATA DESIGNAÇÃO TIPO LOCALIZAÇÃO CUSTOS ILIQUIDOS

PROPINAS RESULTADOS

1 31/11 a 23/12/07 3º Curso Ajudante de Monitor Frac. Anadia 6.282,79 € 8.800,00 € (2.517,21 €) 2 25/12/07 a 9/1/08 3º Curso de Docente de Eq. Terapêutica Frac. Aveiro 4.673,55 € 4.700,00 € 103,55 € 3 19/01 a 03/02 3º Curso de Auxiliar de Eq. Terapêutica Frac. Porto-Mós 2.244,77 € 2.000,00 € 374,77 € 4 09/02 a 10/02 4º Curso de Juízes de TREC Cont. Constância 786,64 € 1.700,00 € (913,36 €) 5 09/02 a 10/02 Curso de Árbitros de Horseball Cont. ________ ________ _________ 6 26/01 a 24/02 Curso de Iniciação à Atrelagem Frac. Almada 1.632,32 € 1.500,00 € 132,32 € 7 14/01/ a 27/02 Curso de Acompanhante de Turismo Eq. Frac. Constância 4.913,67 € 5.250,00 € (336,33 €) 8 01/03 a 16/03 4º Curso de Auxiliar de Equit. Terapêutica Frac. Porto-Mós 1.903,59 € 2.000,00 € (96,41 €) 9 10/03 a 21/03 Curso de Docentes Plena Natureza Cont. Constância 3.333,74 € 4.200,00 € (886,26 €)

10 04/03 a 09/04 1º Curso de Acomp. de Turismo Eq. Frac. Bensafrim 2.283,44 € 3.375,00 € (1.091,56 €) 11 17/03 a 11/04 Curso de Ajudante de Monitor Frac. GNR - Lisboa 1.111,40 € 3.400,00 € (2.288,60 €) 12 12/04 a 27/04 1º Curso de Auxiliar de Eq. Terapêutica Frac. Almansil 1.333,86 € 2.000,00 € (666,14 €) 13 14/04 a 02/05 3º Curso de Ajudante de Monitor Cont. GNR - Lisboa 1.107,27 € 2.300,00 € (1.192,73 €) 14 14/04 a 09/05 1º Curso de Ajudante de Monitor Frac. Penina 2.349,82 € 5.500,00 € (3.150,18 €) 15 14/04 a 21/05 1º Curso de Acomp de Turismo Eq. Frac. Almadena 1.931,28 € 2.625,00 € (693,72 € ) 16 10 e 11/05 1º Curso de Juízes de TREC Cont. Almadena 637,44 € 1.300,00 € (662,56 €) 17 21/04 a 14/05 1º Curso de Ajudante de Monitor Frac. Almeirim 6.327,12 € 7.700,00 € (1.372,88 €) 18 17/05 a 01/06 1º Curso de Auxiliar de Equit. Terapêutica Frac. Bensafrim 400,16 € 1.625,00 € (1.224,84 €) 19 26/06 a 29/06 C. de Cand. a Juiz N. C. Derby Atrelag. Cont. Ponte de Lima 951,20 € 1.320,00 € (368,80 €) 20 16/06 a 27/06 1º Mód do 2º Curso de Monitor Frac. GNR - Lisboa 390,57 € 1.260,00 € (869,43 €) 21 02/10/07a 22/06 Curso de Ajudante de Monitor de Equitação Ext. ESA Santarém 4.382,15 € 3.779,74 € 602,38 € 22 02/10/07a 22/06 Curso de Monitor de Equitação Geral Ext. ESA Santarém 3.810,72 € 3.688,73 € 121,99 € 23 02/10/07a 22/06 Curso de Instrutor de Equitação Geral Ext. ESA Santarém 3.751,32 € 3.841,73 € (90,41 €) 24 30/06 a 11/07 Curso de Docente de Plena Natureza Cont. Constância 3.244,04 € 4.800,00 € (1.555,96 €) 25 02/10/07a 10/07 Curso de Ajudante de Monitor de Equitação Ext. EPDR Alter 899,25 € 1.750,00 € (850,75 €) 26 02/10/07a 10/07 Curso de Monitor de Equitação Geral Ext. EPDR Alter 899,25 € 3.300,00 € (2.400,75 €) 27 24/09/07a 09/07 Curso de Ajudante de Monitor de Equitação Ext. EPDR Abrantes 21.891,40 € 21.727,20 € 164,20 € 28 24/09/07a 09/07 Curso de Monitor de Equitação Geral Ext. EPDR Abrantes 33.655,45 € 35.035,25 € (1.379,80 €) 29 02/11/07a 16/07 Curso de Ajudante de Monitor de Equitação Ext. ESA Elvas 451,55 € 750,00 € (298,45 €) 30 02/11/07a 16/07 Curso de Monitor de Equitação Geral Ext. ESA Elvas 451,55 € 600,00 € (148,45 €) 31 21/07 a 01/08 2º Mód do 2º Curso de Monitor de Eq. Frac. GNR - Lisboa 326,00 € 1.260,00 € (934,00 €) 32 01/01/2008 Manual Of. de Formação Eq. – Volume II Lisboa/Mafra 2.830,00 € _____ 2.830,00 € 33 01/01/2008 Programa dos Cursos de Treinadores Lisboa/Algés 860,00 € _____ 860,00 € 34 01/01/2008 Actualiz. do Regulamento de Aval. Exames Lisboa/Algés 869,13 € _____ 869,13 € 35 01/01/2008 Elab. do Proc de Acreditação p/a DSQA Lisboa/CaldasRa 560,00 € _____ 560,00 € 36 08/08 a 31/08 1º C. de Ajudante de Monitor de Equitação Frac. SHP - Lisboa 5.188,20 € 7.700,00 € (2.511,80 €) 37 15/09 a 13/09 3º C. de Ajudante de Monitor de Equitação Frac. Anadia 5.893,10 € 8.800,00 € (2.906,90 €) 38 06/09 a 07/09 Curso de Comissário Porto 638,00 € 800,00 € (162,00 €) 39 08/09 a 19/09 3º Mód. do Curso de Monitor de Equitação Frac. GNR - Lisboa 326,00 € 1.260,00 € (934,00 €) 40 06/10 a 17/10 4º Mód. do Curso de Monitor de Equitação Frac. GNR - Lisboa 358,86€ 1.260,00 € (901,14€) 41 20/10 a 24/10 5º Mód. do Curso de Monitor de Equitação Frac. GNR - Lisboa 1.150,83€ 1.609,17€ (1.609,17€) 42 15/09 a 24/10 1º Mód. do 1º C. de Monitor de Equitação Frac. Almeirim/Anadia 3.665,20 € 4.410,00 € (744,80 €) 43 03/10 a 02/11 1º Curso de Ajudante de Monitor de Equit. Frac. Barqueiros 6.721,14 € 7.700,00 € (978,86 €) 44 01/12/2008 a

continuar 2009 Elaboração do Manual Oficial de Formação Equestre – Volume II – 2ª Continuação

Mafra-Lisboa 2.470,00 € ________ 2.470,00 €

45 17/11 a 21/11 15/12 a 19/12

2º Mód. do Curso de Monitor de Equitação Frac. Alorna/Aveiro 4.988,80 € 4.410,00 € 578,89 €

46 24/11 a 18/12 2º C. Fraccionado de Ajudante de Monitor Frac. Alorna 5.414,60 € 6.600,00 € (1.185,40 €) 47 01/12 a 31/12 Elaboração do Curso na Área do Maneio Santarém 252,00 € ________ 252,00 €

160.543,20€ 187.636,82 €

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3.4. EVOLUÇÃO FINANCEIRA O quadro que se segue compara, nos três anos de gestão efectiva da ENE, valores que por si só são significativos de três aspectos fundamentais:

� Um fundo social que permitiria, se saldados os créditos, um maior desafogo a aplicar em investimentos geradores de um mais acelerado crescimento;

� Uma redução significativa dos resultados líquidos proveniente do forte crescimento dos custos de estrutura, obrigando, em época de crise, a um extremo cuidado na sua administração a par de um grande esforço promocional no sentido de aumentar o valor acrescentado global das acções;

� Um crescimento dos custos de exploração que corresponde ao aumento da actividade e a necessidade de gerar mais fundos pela venda de serviços

ANOS FUNDO

SOCIAL RESULTADOS

LÍQUIDOS CUSTOS DE

EXPLORAÇÃO VENDA DE SERVIÇOS

2005 112.173,28 € - - - 2006 112.173,28 € 21.173,41 € 96.754,20 € 104.155,47 € 2007 114.215,69 € (6.864,83 €) 155.030,84 € 162.030,84 € 2008 107.336,01 € (15.511,12 €) 160.543,20 € 187.636,82 €

Estes valores tomam especial significado quando comparados com 2005 em que a ENE não exercia a gestão e parcialmente com 2006, onde só a exerceu já quase no final do exercício: Os novos sócios colectivos e individuais só começaram a ser admitidos no final de 2006, daí não ter havido alteração no Fundo Social entre 2005 e 2006. Os resultados líquidos não existem em 2005 por não haver custos nem proveitos. O ano de 2006 só teve actividade própria a partir de Outubro. Para suportar o enorme aumento da actividade iniciada em 2007, mas que atingiu o ponto máximo em 2008, houve necessidade de aumentar as estruturas de suporte, cujo reforço se verificou especialmente em custos de pessoal passando de 38.000 € em 2007, para 60.000 € em 2008, isto é, um acréscimo de custo de cerca de 22.000 €, que não houve tempo ainda de compensar, de forma consolidada, com aumento das vendas. Veja-se que fechadas as contas do mês de Janeiro de 2009, obtivemos um resultado líquido positivo de cerca de 30.000 € e o de Fevereiro também não será mau. Não temos ainda possibilidade de prognosticar o que acontecerá em Agosto e Setembro, mas certamente serão meses com deficit, o que obriga a uma gestão muito atenta e dinâmica. É fácil de verificar que apesar da enorme falta de fundo social disponível, tem sido possível aumentar a actividade. Não devemos escamotear, contudo, que se as prestações de capital tivessem entrado quando devidas, a capacidade de investimento da Direcção da ENE teria sido muito maior. Ela far-se-ia sentir, especialmente, na rapidez com que o desenvolvimento quantitativo e, especialmente, qualitativo se tem verificado.

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Com o actual número de sócios colectivos e fundadores (32), as jóias e quotas rondam os 25.000 € por ano, que estão muito longe de cobrirem os custos de estrutura. Ora não será expectável que os sócios se motivem para, nos tempos mais próximos, aumentarem as suas quotizações. Teremos pois é de aumentar as nossas vendas de serviços, sem aumentar as propinas dos formandos para, do valor acrescentado, podermos cobrir os nossos custos. Hoje conhecemos o mercado real e também o mercado potencial, isto é, as centenas de Centros Hípicos e outras organizações clandestinas que não têm responsável técnico nem pessoal qualificado. É aí e no mercado externo, a que nos referiremos adiante, que reside a nossa esperança e o nosso futuro potencial. Na situação actual do País e do Mundo não parece que as condições sejam favoráveis, mas muito menos serão se não tomarmos, nesta fase de mudança, as medidas certas. 3.5. ESTRUTURA INTERNA Poucas foram as alterações operadas na estrutura interna da ENE: O seu funcionamento provou a justeza da sua concepção, contudo o aumento de actividade que já vinha a fazer-se sentir desde 2007, obrigou ao seu reforço. Ao nível da Direcção cresceu, sem dúvida, o trabalho do Director, que sempre esteve a tempo inteiro, contudo faz muita falta a existência de um Subdirector disponível a meio tempo, que possa aliviar o trabalho externo do primeiro, absorvendo parte das relações com Clientes, com Pólos, com Entidades Oficiais, assegurando a presença institucional da Escola sempre que ela não caiba obrigatoriamente ao Director. O trabalho administrativo e financeiro, contou com a acção da Subdirectora, Maria Violante Salazar Lebre, que está a tempo inteiro na FEP. Só o seu entusiasmo, dedicação e bom senso puderam superar um pouco a escassez do pequeno part time dedicado à ENE: As múltiplas relações administrativas e de intercâmbio dos sistemas de informação entre a ENE e a FEP foram facilitadas pela capacidade de trabalho e a dedicação desta Subdirectora, que teve a sorte de poder contar com uma figura central desta estrutura, que é a actual Adjunta da Direcção, Drª Joana Gama Vaz dos Reis, com quem estabeleceu um relacionamento muito bom, de alta produtividade e de mútua cooperação. Na verdade esta colaboradora que se iniciou na ENE como Secretária, é hoje, de pleno direito, Adjunta da Direcção e Procuradora, respondendo a todo o suporte administrativo e financeiro da Escola em apoio do Técnico Oficial de Contas e do Revisor Oficial de Contas, com os quais soube estabelecer relações de trabalho eficientes. Mas a acção da referida Adjunta ultrapassou o simples trabalho de escritório, pois vem respondendo com grande capacidade e acerto ao apoio a dar à área operacional, nomeadamente na ligação com os Pólos, com os formandos e formadores, para além dos esgotantes relatórios que ajuda a produzir, em nome da FEP para o IDP. Este apoio sistemático verificou-se em áreas da competência da FEP, como o caso das ligações com as filiações e o controlo de execução dos exames de Sela.

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Contámos também com os bons serviços da Empresa MTS, chefiada pelo TOC, João José Bravo, que nos assegura balancetes mensais da actividade com grande oportunidade. A fiscalização das contas está assegurada com grande rigor pelo Revisor Oficial de Contas, Oliveira e Vergamota, representado no Conselho Fiscal pelo Dr. Vitor Amaral Vergamota, que nos garante a justeza dos resultados, resolvendo os casos mais complexos. A Direcção tem contado, deste modo, com um apoio muito pertinente do Conselho Fiscal presidido pelo Dr. José Veiga Maltez a quem agradecemos. Passando para a Estrutura Técnico Pedagógica, para além de um sólido, competente e dedicado corpo docente, baseado num reduzido grupo de Mestres e Instrutores de Equitação, civis e militares, que assegurou a docência dos cursos de Equitação Geral de Equitação de Plenas Natureza e de Equitação Terapêutica, pudemos contar com um factor aglutinador principal, responsável pela formação de um corpo de doutrina equestre e pela manutenção e consolidação da sua unidade. É injusto não os referir todos os agentes deste desenvolvimento, mas não o faremos para não cometer a involuntária injustiça de esquecer algum. Devemos, no entanto, salientar os que mais se evidenciaram pelos cargos que ocupam e pelo óptimo trabalho realizado, isto é, o Equitador Chefe, Cor. Manuel Neves Veloso e o Coordenador do Conselho Superior Pedagógico, T.Cor J.Manuel de Almeida e Souza. E porque devemos dar algum realce às disciplinas de menor visibilidade, lembramos a Equitação Terapêutica onde salientamos o trabalho da respectiva responsável no CSP, Drª Kathryn Watson e seu adjunto Carlos Vasconcelos. Também realçamos o imenso trabalho desenvolvido pelo Cor. António Camacho Soares, figura ímpar no incremento e realização dos cursos de Equitação de Plena Natureza (Turismo Equestre). A Associação Portuguesa de Atrelagem (APA) iniciou um trabalho em conjunto com o CSP sobre a estrutura dos cursos profissionais a ministrar. Esse trabalho está iniciado, mas longe de concluído. A terminar e também porque se trata dos poucos casos de alteração de Estrutura, salientamos a criação da Secção de Qualidade, encarregue do tratamento da informação da qualidade das acções de formação, apoiado em dados recolhidos no final de cada curso, do seu tratamento e divulgação para os docentes e discentes, para o Equitador Chefe, o Coordenador do CSP e da própria Direcção da Escola, tendo em vista melhorar as actuações, as condições e os suportes didácticos. Ligado a esta actividade e integrado nesta Secção, ficaram os processos de candidatura à acreditação da Escola junto da DSQA / IEFP, bem como outros ligados à internacionalização da ENE a que nos referiremos adiante. Para a chefia desta tão importante Secção convidamos o T.Cor, José Pedro Carmo Costa, Mestre de Equitação, que foi promovido a Assessor do Equitador Chefe e Chefe da Secção de Qualidade. Infelizmente a sua imensa actividade militar, precisamente nesta área, tem dificultado grandemente o seu ritmo de trabalho na ENE, contudo esperamos melhores dias e a ajuda de técnicos a que tem recorrido.

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Com este fortalecimento da estrutura de gestão e administrativa, procurou-se resolver o apoio ao aumento da actividade operacional, sem recorrermos proporcionalmente ao aumento dos custos fixos. Para a actividade que as projecções e o mercado nos vão permitindo quantificar, não poderemos correr o risco de responder, com menos eficiência, o que seria inaceitável. Assim e na sequência deste exercício, deveremos manter:

� Na Estrutura de Gestão:

Um Director a tempo Inteiro sem outras acumulações (que está em final de mandato); Um Subdirector a meio tempo, bem dedicado e disponível (que não temos); Uma Subdirectora a tempo parcial que nos ajude nas relações administrativas com a FEP (que está também em final de mandato, mas que o actual Director considera uma figura que deve ser mantida, pois será muito difícil de substituir); Uma Adjunta de Direcção e Procuradora ( a continuar) Uma Escriturária a meio tempo (a continuar)

� Na Estrutura Técnico Pedagógica:

Um Equitador Chefe (cujo custo se paga parcialmente em formação directa) Um Coordenador do CSP (cujo custo se paga quase todo em formação); Um Chefe da Secção de Qualidade (cujo custo se paga muito parcialmente em formação, pois o seu trabalho é essencialmente de estudo e investigação) Esta estrutura, que envolve custos fixos, terá de ser muito bem gerida tendo em conta a forma como o mercado se for comportando neste incerto exercício de 2009. Uma estrutura com oito pessoas, três dos quais produzem vendas como formadores, não nos parece desproporcionada para permitir vender cerca de 190.000 € e, simultaneamente, trabalhar em investimento, como é o caso da produção de livros e manuais, de regulamentos, de sistemas de acreditação, de sistemas de avaliação de qualidade, de abertura a organizações internacionais portadoras de maiores perspectivas de mercado, temas a que nos referiremos em número posterior deste relatório. Os dois actuais membros da Direcção (Director e Subdirectora) têm plena consciência das dificuldades que o corrente ano e talvez os próximos, vão trazer a quem pegar nesse leme, correndo até o risco de verem as suas remunerações reduzidas. Apesar do cansaço proveniente do excesso de trabalho, temos a convicção de que os próximos meses serão decisivos para o futuro da formação equestre em Portugal e no estrangeiro. Por essa razão consideramos que esta seria a pior altura para mudanças de orientação, Assim, manifestamos a nossa disponibilidade para iniciar novo mandato, caso seja esse o desejo do futuro Presidente da Federação Equestre Portuguesa. Gostaríamos de afirmar que aqueles que conseguiram, trazer a ENE ao ponto a que chegou, não são como os ratos que abandonam o navio quando existem ameaças de tempestade.

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3.6. PONTO DE SITUAÇÃO SOBRE O MERCADO A situação actual do País e do mundo em que o mesmo está inserido, não propiciam projecções directas da actividade anterior, especialmente da verificada nos dois últimos anos. É absolutamente necessário tomar medidas urgentes e ter iniciativa para conseguir minimizar os efeitos da recessão que está à vista. Actualmente existe uma total anarquia no mercado de formação equestre. Na verdade as leis em vigor há 10 e 12 anos (1997/99) estabelecem a obrigatoriedade de todas as instalações desportivas, designadamente as equestres, disporem de Responsável Técnico, seguros para os utentes e condições de funcionamento adequadas, definidas pelo IDP. Como esse Decreto Lei nunca foi regulamentado, nunca chegou a vigorar. Mesmo antes da constituição da ENE e ainda ao serviço da FEP, isto é há cerca de 8 anos, insistimos repetidamente com a Direcção do IDP chamando a atenção para a escandalosa situação existente, manifestada numa percentagem crescente de sinistralidade não coberta pelo seguro obrigatório e não prevenida por capacidade técnica residente, agravada pelo facto de ser o Estado que, ao pactuar com esta situação, promove e contribui para o aumento gritante de casos de concorrência desleal, onde o prevaricador é o beneficiado. Depois de tanta insistência, saiu uma pseudo-solução transferindo a responsabilidade da execução das vistorias, previstas no DL nº 317/97, para as Câmaras Municipais e, posteriormente para a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica). O referido Decreto Lei já previa que os Municípios se responsabilizassem pelo licenciamento da construção e respectiva fiscalização, mas essa responsabilidade não abrangia a licença de funcionamento, para a qual não dispunham, nem dispõem de competência técnica especializada. Assim os serviços camarários, tal como acontece em qualquer outra construção, trataram de verificar as canalizações, a alvenaria e algo mais, que nada tinha a ver com a segurança e operacionalidade efectiva do funcionamento especializado, que verdadeiramente compete aos órgãos ou entidades para tal vocacionadas, que não serão, certamente as Câmaras. Há dois anos, chegou ao meio equestre, com algum alarido, a ASAE que tomou a iniciativa de fiscalizar os Centros Hípicos de que tinha notícia. Mas como mais de 70 % dos mesmos não estão registados na FEP nem no IDP e muitos até nem registo têm nas respectivas Câmaras Municipais, procuraram basicamente aqueles que eram conhecidos pelo IDP, ou seja, aqueles que tinham ou tiveram responsável técnico. Isso significou que incidiram o seu esforço de fiscalização sobre aqueles que, melhor ou pior, lá iam cumprindo as suas obrigações. Actuaram com base na legislação publicada que envolve “no mesmo saco” as questões essências do funcionamento e as meramente burocráticas. O que aconteceu, uma vez mais, foi que ficou de fora a imensidade de prevaricadores, que “nem tiveram a honra” de uma visita, “caindo em cima” dos cumpridores, a quem, em muitos casos, sancionaram por faltas ligadas à burocracia e não ao mais importante, que eram as condições de funcionamento e segurança dos utilizadores. Gerou-se grande revolta e começou a confirmar-se a ideia, que vem alastrando no meio equestre, de que o Estado e os seus Serviços acham que o “crime compensa” e o melhor é nem ter Responsável Técnico. É claro que a sinistralidade continua a aumentar e, para muitos o melhor será procurar outro negócio.

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A Escola Nacional de Equitação, como entidade sem fins lucrativos, está bem à-vontade para denunciar esta situação por todos os meios disponíveis, nomeadamente a Comunicação Social e é isso que está nos seus planos fazer em 2009, pedindo o apoio da FEP, com quem está perfeitamente alinhada. Veja-se bem o que isto significa do ponto de vista quantitativo: Portugal dispõe no Continente e Ilhas cerca de 800 Centros Hípicos. Destes não chegam a 300 os registados e dos registados só cerca de 90 têm a sua situação regularizada no IDP/FEP em matéria de responsável técnico, seguros e condições mínimas de funcionamento. O mais preocupante é constatar que de ano para ano este número tem vindo a reduzir, ao contrário do número de Centros “clandestinos”, que têm vindo a aumentar. Esta é a prova mais acabada do que dissemos antes, é que em Portugal e neste particular, é compensador não cumprir a Lei e não há autoridade que consiga pôr cobro a isto. Para que um Centro Hípico possa funcionar com um mínimo de regularidade, prevê o Decreto Lei nº 385/99 a existência do tal responsável técnico acompanhado de técnicos monitores. Assim cada Centro Hípico carece de 1 a 3 docentes de equitação, ou técnicos correspondentes. Não pretendendo resolver tudo de um dia para outro, precisamos, no mínimo e a curto prazo, de ter disponíveis cerca de 1.400 docentes de nível II (2x700). O nosso mercado de procura desta mão de obra especializada não atinge hoje os 100 Monitores, pelo que existe desemprego declarado quando a procura deveria andar na ordem dos referidos 1.400 profissionais. Em 2008, constituindo um autêntico recorde, a ENE, formou cerca de 40 Monitores de nível II. Como não existem saídas profissionais a Escola não teve mais candidatos para os cursos. Mas o que acontece é que não há mais saídas profissionais porque o próprio Estado fomenta ou não impede a utilização de mão de obra clandestina. Conforme consta nos mapas e gráficos antes apresentados a ENE preparou, em 2008, cerca de 110 Ajudantes de Monitor (nível I), que carecem ainda de experiência para se formarem no nível II. Mas também não formou mais a este nível porque não há posteriormente, saídas profissionais de nível II É claro que a acção concertada do Estado tem permitido que estes lugares de responsabilidade sejam ocupados por “professores” sem qualquer qualificação, ou experiência, chegando a ser vergonhosa a situação de muitas destas instituições clandestinas, colocando o nosso País a par das do 3º Mundo. É evidente que para muitos irresponsáveis, que constituem hoje uma grande parte dos gestores dos centros hípicos, esta situação lhes dá imenso jeito, pois por menos de um ordenado mínimo nacional, têm lá apenas um clandestino incompetente a dar lições a crianças e adultos. Acontece que também estes são explorados, mas quem fica pior são os utentes que levam “gato por lebre” e que pagam como pagariam se os formadores fossem certificados.

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A ignorância dos clientes, nestas e noutras matérias, faz o resto, muitas vezes nem chega para reclamar os seguros de sinistros provocados pela incompetência dos ditos “professores”. Estamos, nesta matéria, num período de crise aguda em que, se nada se fizer, vão aumentar os transgressores da lei, aumentar a sinistralidade e baixar o nível equestre dos cavaleiros. Esquece-se muitas vezes que é destes cavaleiros que saem os elementos da alta competição e que se os resultados não aparecem é porque não os temos com a competência desejada. 4. PROJECTOS DE ACTIVIDADE INICIADOS E EM CURSO 4.1. SISTEMA DE AVALIAÇÃO, QUALIDADE E ACREDITAÇÃO DA ENE Um dos principais suportes reformulados em 2008 foi o Regulamento Geral de Avaliação e Exame, vocacionado para a Equitação Geral. Tratou-se de um trabalho de fundo elaborado pelo Equitador Chefe e pelo Coordenador do Conselho Superior Pedagógico, baseado na experiência das acções de formação em equitação geral constantes do POFFTE, dele passando a fazer parte integrante e que vai concorrer decisivamente como alicerce da consolidação de uma unidade de doutrina. Pode considerar-se um trabalho notável que honra os seus autores e que constituirá uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do ensino da equitação em Portugal O Sistema de Avaliação das Acções de Formação foi iniciado ainda em 2007 pelo T.Cor. Carmo Costa, que nesse ano apresentara como tese final do seu estágio de Mestre de Equitação, precisamente esse tema ao qual se vem dedicando há alguns anos. Este Sistema foi integrado na já referida Secção de Qualidade, prossegue o seu caminho carecendo de meios humanos que assegurem o seu desenvolvimento mais rápido contudo já está em funcionamento A par deste sistema e igualmente integrado na Secção de Qualidade, prossegue a candidatura à Acreditação da ENE junto da DSQA, igualmente conduzido pelo T..Cor Carmo Costa, Assessorado pelo Cap. Correia, que é um especialista em acreditação, tendo já desenvolvido programas destes para o Exército. No que respeita à Avaliação, grande parte das acções de formação são avaliadas pelos formandos segundo um esquema predefinido, que permite e facilita o seu tratamento informático. As conclusões são posteriormente divulgadas por professores e alunos, incluindo o Equitador Chefe que deverá tirar as devidas ilações e providenciar medidas correctivas. O sistema está a trabalhar não tendo abrangido a totalidade das acções por falta de tempo e de meios. Quanto ao Sistema de Acreditação já está elaborado o Plano de Acreditação e estão em marcha o Plano de Intervenção e os Referenciais das principais acções de formação do POFFTE.

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Admitimos entregar a candidatura e os seus principais suportes, para apreciação junto da DSQA até Junho do corrente ano. 4.2. CRIAÇÃO DE SUPORTES DIDÁCTICOS A 3ª edição do Manual Oficial de Formação Equestre (Selas 1, 2, 3 e 4) sofreu atrasos inesperados por agravamento da doença do seu principal autor, Cor. Cav. Joaquim Arnaut Pombeiro. Mercê de algumas divergências técnicas surgidas na opinião dos dois autores, não foi possível manter a equipa inicial, tendo o Cor. Netto de Almeida, desvinculado da mesma. A falta de provimento de verba, por parte do Editor, também foi responsável pelo atraso verificado na publicação desta obra. Este problema parece estar ultrapassado e aguardamos a publicação dos exemplares. Tratou-se de um problema grave na medida em que começaram a proliferar por todo o lado fotocópias clandestinas da 2ª edição. Neste momento já temos abertura orçamental para o Volume II do Manual (Selas, 5, 6 e 7) e o Cor. Pombeiro com o apoio do designer, Engº Manuel Pedro Dória, têm o livro quase concluído, esperando entregá-lo no IDP para execução gráfica ainda neste semestre. Em tempo record, o Equitador Chefe, Cor. Neves Veloso, com o apoio do Coordenador do CSP, TCor Almeida e Souza, elaboraram aquilo que, certamente, virá a ser um dos principais suportes didácticos da ENE: Trata-se do Manual do Monitor de Equitação Geral, obra que vai ser editada directamente pela ENE recorrendo a uma gráfica e que já tem a aprovação da Direcção da FEP. Esperamos ter 2.000 exemplares para distribuição ainda no corrente mês de Março Esta obra é complementada com um suporte digital em power point, que acompanha a exposição da matéria com a projecção de imagens. Esse suporte também já está concluído. Em anexo a este Manual publicaremos anexos sobre as restantes matérias do curso de Monitores, tais como “primeiros socorros”, marketing e gestão de centros hípicos” organização e preparação de eventos”, etc., 4.3. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS E SEUS SUPORTES a) Cursos na Área do Maneio Por sugestão antiga do Senhor Dr. José Veiga Maltez, presidente da Câmara Municipal da Golegã e Presidente do Conselho Fiscal da ENE, sugestão reforçada na última Assembleia Geral, haveria necessidade de responder às carências do mercado, no que respeita à criação de profissionais com formação mais desenvolvida do que a de um tratador, ou mesmo desbastador. Sem pretensões de aqui e agora definir um perfil profissional, interessaria que esses técnicos fossem agentes úteis e competentes nas Herdades com criação cavalar, bem como nos Centros Hípicos com actividade artística e desportiva, bem como no apoio aos cavaleiros tauromáquicos.

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Pretendia-se igualmente formação agropecuária bastante para nesses locais e dentro de um princípio de polivalência, saberem responder às questões básicas. O Conselho Superior Pedagógico designou para este efeito um pequeno grupo de estudo com competência e experiência nestas áreas, constituído pelo Mestre de Equitação António Filipe Canelas Pinto e pelo Engº António Vicente, professor da Escola Superior Agrária de Santarém. Tendo em conta as características do nosso mercado, o perfil social dos eventuais candidatos e os custos decorrentes das acções necessárias, concluiu o grupo de trabalho que seria necessário desdobrar esta área numa nova carreira constituída por dois graus de valência profissional. Ao primeiro, designado por Técnico Auxiliar de Maneio Equestre, seria produto de um Curso de 72 horas, cujo conteúdo e estrutura ficou consagrado no POFFTE e na NEF nº 26/ENE/08. Ao segundo, designado por Técnico de Maneio Equestre, seria produto de um Curso de 48 Horas, cujo conteúdo e estrutura ficou expressa também no POFFTE e na NEF nº 27/ENE/08. Estes dois cursos foram anunciados no SITE da ENE a na newsletter e, em princípio deverão ser ministrados nas instalações que a Câmara Municipal da Golegã disponibilizar. Têm a particularidade de poderem ser frequentados por jovens com 16 anos, ou mais, desde que possuam o 9º ano de escolaridade. O número mínimo de participantes para rentabilização de qualquer dos dois cursos é 7 e a sua propina ronda os 650 €. Carecemos de um esforço promocional dos principais beneficiários que são os Agricultores e Criadores, bem como os Gestores de Centros Hípicos e Cavaleiros Tauromáquicos. b) Cursos de Treinadores Entregues ao CSP este criou os dois seguintes cursos:

� Treinadores de Dressage – NEF nº 24A/ENE/08 e POFFTE � Treinadores de Saltos de Obstáculos (Nível II) – NEF nº 25/ENE/08 e POFFTE � Treinadores de Saltos de Obstáculos (Nível III)- Idem

O Nível I é classificado por análise curricular O primeiro Cursor de Treinadores de Dressage foi, na sua concepção dirigido pelo Coordenador do CSP, T.Cor Almeida e Souza. Os cursos de Treinador de Saltos de Obstáculos foram concebidos e trabalhados por Luís Xavier de Brito a partir do trabalho por si desenvolvido na Tese do Estágio de Mestre de Equitação Também estes três cursos, bem como a qualificação do Nível I, foram publicitados no SITE da ENE e na Newsletter, mas até à data não tivemos candidatos. Supomos que esta situação só será ultrapassada quando o Estado decidir fiscalizar sobre o que se passa com muitos treinadores clandestinos, que vemos acompanhar crianças e adultos em provas oficiais, sem terem a menor preparação técnica para esse desempenho.

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Está em fase final o estudo a nível do CSP sobre os Treinadores de TREC. Logo que o Cor Camacho Soares acabe esse trabalho ele será colocado em NEF e depois de aprovado pela FEP, passará a fazer parte do POFFTE. Está também em fase de conclusão o estudo em curso no CSP, elaborado pelo Dr- Luís Lupi e o Cor. Portela Ribeiro, sobre a formação de Treinadores de Concurso Complecto de Equitação. O mesmo acontecerá com estes cursos em matéria de divulgação. c) Formação de Técnicos de Saúde e Educação em Equitação Terapêutica Este curso nasceu da verificação prática de que faltava uma pedra basilar na estrutura de uma equipa de Equitação Terapêutica: Já tínhamos os Docentes de Equitação Terapêutica (coordenadores de equipa), já tínhamos os Auxiliares de Equitação Terapêutica, que prestam os serviços de apoio às equipas, mas os técnicos de saúde, elementos essenciais na acção terapêutica das equipas, eram agentes externos, convocados quase avulso, sem os necessários conhecimentos equestres e que dificilmente poderiam contribuir para a coesão da equipa. Essa constatação fez com que a responsável pela Equitação Terapêutica no CSP, Drª Kathryn Watson, juntamente com o Monitor de Equitação Terapêutica Carlos Vasconcelos e a terapeuta ocupacional Patrícia Pinote, se constituíssem em equipa e gerassem um novo curso por módulos(4), com uma carga horária de128 horas. Este curso foi publicado na NEF nº 23A/ENE/08 e também no POFFTE depois de visado pela FEP. O primeiro destes cursos teve início em Fevereiro do corrente ano, mas já está marcado um segundo a começar em Abril próximo. Tratando-se de cursos fraccionados, haverá sobreposição de dois, ou mesmo três cursos, visto que já temos alguns candidatos para o eventual terceiro. Em princípio estes cursos terão o seu 1º Módulo no Pólo de Alcaria e os três seguintes no Pólo da Sociedade Hípica Portuguesa 4.4. INTERNACIONALIZAÇÃO DA ENE O primeiro passo para a internacionalização da ENE foi dado logo na data da sua constituição ao acompanharmos a FEP na sua adesão ao International Group for Equestrian Qualification (IGEQ). Colaborámos sempre com a Federação Equestre Portuguesa a quando dos seus contactos com aquela associação internacional, nomeadamente no estabelecimento dos perfis profissionais em Portugal e na sua conexão com as tabelas do IGEQ. Nem sempre este relacionamento correu como desejávamos por falta de informação e, sobretudo, por falta de participação da Escola. Ultimamente e em contacto com o Secretário Geral da FEP, Senhor Manuel Bandeira de Mello, acordamos melhorar e aprofundar este relacionamento já que os órgãos técnicos de estudo das carreiras profissionais equestres, equivalências e conteúdos, se situam, desde Março de 2005, no Conselho Superior Pedagógico da ENE.

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Assim, considerámos que nas reuniões futuras daquela Associação, Portugal deveria estar representado por quem de direito da FEP, pois é esta a entidade que representa o País, mas que deveria ser sempre acompanhado de um docente da ENE ligado aos seus órgãos técnico-pedagógicos, considerando-se que o Chefe da Secção de Qualidade, que está a preparar todo o dossier de candidatura à acreditação, poderia ser a pessoa indicada. Mercê dos bons contactos até agora estabelecidos pelo Secretário Geral da FEP, com o IGEQ, nasceu a ideia de uma associação da ENE com uma rede de Escolas de Formação Equestre do Centro e Norte da Europa, designada Equestrian Educational Network (EEN), entidade que já tem um relacionamento informal com a IGEQ e com a FEI. Esses seus contactos foram de extrema importância, pois deles nasceu o convite para que um dos nossos quadros assistisse na Suécia em Flyinge (Centro Equestre) a um meeting, que decorreu nos dias 2, 3 e 4 de Fevereiro p.p., entre os membros da EEN. Nele estiveram presente como convidados o nosso representante, T.Cor. José Pedro Carmo Costa, o Presidente do IGEQ, Ulf Wilken, o Dr. Harald Muller, quadro das relações externas da FEI e ainda o Prof Dalin da Faculdade de Medicina Veterinária e Ciências Animais, SLU, Suécia. A forma como o meeting decorreu e como a ENE foi recebida, será objecto de exposição a apresentar, com apoios audiovisuais, pelo T.Cor Carmo Costa aos sócios e à imprensa da especialidade, no decorrer da Assembleia Geral, constituindo um dos pontos da convocatória. Para que se possa fazer uma ideia mais precisa sobre quem constitui a EEN apresenta-se a seguinte lista:

� Ecole Nacionale d’Equitation , Saumur, França � Die Deutsche Reitschele, Warendorf , Alemanha � Stromsholm, Suécia � Flyinge, Suécia � Helecon NHB Deum, Holanda � Universidade de Limerick , Irlanda � Warwichshire College, Reino Unido � Hartpury College, Reino Unido � Norwegian Equine College, Starum, Noruega � Ypaja, Finlândia

Nos termos das alíneas b) nº 5 e d) nº 9 do Artigo 16º dos Estatutos, a Direcção tem competência para estabelecer este tipo de associações com entidades estrangeiras. Dado contudo a projecção, interesse e responsabilidade de uma associação como esta e porque nos encontramos em período de gestão. Gostaríamos de levar a possível integração da ENE como membro da EEN, à consideração dos Sócios. Mas as acções de internacionalização da ENE não ficaram por aqui: Na lista dos novos sócios colectivos e proveniente de negociações que vêm de Outubro de 2008, figura o Institute du Cheval et de L’Equitation Portugaise. Este Instituto, orientado pelo Prof. Carlos Henrique Pereira, tem como objectivos:

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Promover o património equestre português Divulgar a Equitação de Tradição Portuguesa Revelar o património cultural português através da equitação Formar profissionais de equitação de tradição portuguesa Desenvolver o estudo e a pesquisa sobre o património equestre português Valorizar as raças de cavalos, poneys e outros equídeos portugueses Desenvolver o intercâmbio no plano equestre entre a França e Portugal. A sede do Instituto é em Paris e propõe-se estabelecer a rede de Escolas de Equitação Portuguesa, distribuídas pelo território francês A Direcção da ENE considerou este projecto de grande interesse e acedeu à pretensão que lhe foi formulada para certificar este Instituto como representante da Escola Nacional de Equitação para o mercado francês. A oportunidade desta ligação não poderia ser maior, na medida em que coincidiu com a constituição, ao nível do CSP de um Grupo de Trabalho constituído pelo Dr. João Filipe Pereira de Figueiredo (Graciosa), o Dr. Luís Duarte Silva Lupi e o Engº João Pereira Lynce, que têm em fase adiantada o projecto das carreiras profissionais inerentes à Equitação de Tradição Portuguesa, grupo de trabalho ao qual se veio juntar o Prof. Carlos Henrique Pereira com o seu projecto, que agora é também nosso.. A ENE tem obrigação de se colocar na primeira linha da divulgação e desenvolvimento da Equitação de Tradição Portuguesa em Portugal e em todo o mundo, tendo bem presente os reflexos que estas iniciativas terão na melhoria dos seus próprios produtos nacionais, nos efeitos económicos e culturais para a nossa própria criação e no apoio a dar aos criadores nacionais e estrangeiros do nosso cavalo Lusitano, numa ligação que se pretende seja desenvolvida com a APSL e outras Associações ligadas à produção nacional. Para isso contamos com o apoio e o entusiasmo dos nossos sócios, entre os quais destacamos a Câmara Municipal da Golegã, capital do cavalo e o Centro Hípico JPL Lusitanos, Lda., onde se vão desenvolver as principais actividades aqui referidas. Outro aspecto que importa fazer o mais rapidamente possível no sentido da internacionalização da ENE, é tornar o nosso SITE e a Newsletter bilingues. Seria um projecto a ser enquadrado pelo Subdirector a meio tempo.

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5. CONCLUSÕES E PROPOSTAS 5.1. CONCLUSÕES a) Sócios 1) Verificou-se melhoria da parte dos sócios fundadores na liquidação de quotas: apenas dois têm ainda a situação por regularizar. 2) O número de sócios colectivos, com a admissão de mais 9 num total de 28, representa um crescimento de 47%. b) Síntese Retrospectiva da Actividade 1) Os anos de 2007 e 2008 destacam-se dos anteriores, correspondendo precisamente ao período em que a ENE ganhou a sua independência de gestão (administrativa, financeira e comercial), relativamente à FEP. 2) Na análise por disciplinas é claro o destaque da Equitação Geral em número de horas de formação, em número de alunos, em número de acções e em produtividade. Imaginamos que estas diferenças são para se esbater pois é nesta disciplina que os efeitos da retracção se vão fazer sentir mais. 3) Das restantes disciplinas é de destacar a Equitação de Plena Natureza (Turismo Equestre), que poderá continuar a crescer, com efeitos importantes no desenvolvimento da criação do cavalo nacional e no número geral de praticantes. 4) Também a Equitação Terapêutica cresceu bastante e as expectativas para 2009 são ainda melhores, dada a enorme aceitação que mereceu o novo curso de Técnicos de Saúde e Educação nesta área. 5) Onde se fez sentir maior abrandamento foi na formação de Oficiais de Concurso, ainda que esta redução não seja muito significativa, pois basta que num ano cresça mais para no ano seguinte se dar o movimento inverso. 6) Admitimos que já em 2009 se possam iniciar os cursos da área do Maneio, da Equitação de Tradição Portuguesa e de Treinadores. Quanto ao Horse ball tem havido claro desentendimento conceptual entre a respectiva Associação e o CSP. Urge discutir e resolver este assunto, pois julgamos que o único prejudicado é o Horse ball. c) Situação Financeira e Estrutura Interna 1) Para suportar o aumento da actividade, iniciada em 2007, e desenvolvida em 2008, houve necessidade de aumentar as estruturas de apoio administrativo e logístico, cujo reforço se verificou especialmente em custos de pessoal passando de 38.000 € em 2007, para 60.000 € em 2008, isto é, um aumento de cerca de 22.000 €, que não houve tempo ainda de compensar, de forma consolidada. Veja-se que fechadas as contas do mês de Janeiro de 2009, obtivemos um resultado líquido positivo de cerca de 30.000 €.

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Esse aumento de custos fixos não comprometeu a tesouraria, pois continuámos a pagar honorários e demais despesas a pronto e cumulativamente concretizámos um plano de investimentos em imobilizado corpóreo e incorpóreo. Investimos em equipamento de escritório, suportes documentais, criação de novos cursos, relançamento do processo de acreditação na DSQA, implantação do sistema de avaliação e nas acções de promoção internacional, como foi o caso da participação no meeting da EEN. Embora o ano de 2009 tenha começado activo e prometedor, com os efeitos da crise, não temos ainda possibilidade de prognosticar o que acontecerá em Agosto e Setembro. 2) É muito importante ter presente que se trata, agora mais do que nunca, da necessidade de manter uma gestão muito cuidada, para poder agir com oportunidade e segurança face, às disponibilidades que se forem gerando e às oportunidades que conseguirmos fomentar. Tratando-se embora de uma Associação, os quatro anos de existência em situações tão diversas, deram para comprovar que a ENE só sobrevive se tiver uma gestão do tipo empresarial, pois vive essencialmente do mercado. A celeridade das decisões não é compatível com uma direcção em part time. Só um Director a tempo inteiro poderá assegurar a gestão de qualquer escola deste tipo. Veja-se o caso de Saumur e das demais escolas nacionais. Veja-se o caso das faculdades e até das universidades. d) Projectos de Actividade 1) A análise feita neste Relatório sobre o mercado potencial e a forma como o Estado deve agir como agente fiscalizador da legalidade, são determinantes para o futuro da ENE e, com esta, para o futuro do hipismo em Portugal. 2) A ENE tem crescido no aspecto quantitativo da forma como os números e respectivos gráficos não deixam dúvidas. Conciliar este crescimento com a evolução qualitativa é o mais difícil. Na verdade, malgrado os esforços que se fizeram com o lançamento do primeiro Estágio de Mestres de Equitação para civis e militares, que é um marco histórico na evolução qualitativa da nossa formação, estamos longe de estar satisfeitos. 3) Melhorou-se o Regulamento Geral de Avaliação e Exame, institucionalizaram-se os Sistemas de Avaliação da Formação, avançou-se no Processo de Acreditação da ENE junto da DSQA, estão a criar-se novos Suportes Didácticos (Manuais e Guias), criaram-se mais 6 novos cursos, instituiu-se o sistema de fiscalização pessoal e no terreno, com a presença assídua do Equitador Chefe junto dos Cursos e a apresentação dos seus oportunos Relatórios de Visita mas, no fim de tanto esforço, os Relatórios de Acção apresentados ao IDP perderam qualidade em 2008, sendo essa realidade objecto de reparo daqueles Serviços, mostrando até algum desapontamento pela comparação com anos anteriores. e) Internacionalização da ENE 1) O primeiro passo da internacionalização passa por um maior, diríamos mesmo total envolvimento técnico da ENE na actividade do International Group for Equestrian Qualification - IGEQ, acompanhando a FEP nas reuniões e procurando obter as mais-valias que resultam de um intercâmbio sistemático com as maiores potências mundiais no mundo da formação e da normalização das categorias profissionais.

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2) O relacionamento societário com o Institute du Cheval et de l’Équitation Portugaise, sediado em Paris e dedicado à equitação de tradição portuguesa, constitui um passo importante da ENE para além fronteiras, conforme já foi antes referido, face aos seus reflexos na internacionalização da Escola, da Equitação, do Cavalo e da Economia nacionais, não apenas na Europa, mas também no resto do mundo. 3) A oportunidade de uma integração da ENE na melhor e mais prestigiada rede de Escolas de Equitação a nível da Europa, emparelhando com Saumur, Warendorf, Stromsholm e mais sete distribuídas pela Suécia, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Noruega e Finlândia, parece constituir uma das melhores oportunidades que alguma vez uma escola portuguesa teve. Referimo-nos à Equestrian Educational Network – EEN, onde esteve em representação da ENE o seu Chefe da Secção de Qualidade, num meeting, que vai ser objecto de uma apresentação na AG.. 5.2. PROPOSTAS A Direcção da ENE propõe à Mesa da Assembleia Geral

a) Um voto de pesar pelo falecimento do seu Subdirector, Senhor D. Diogo Passanha Braamcamp Sobral;

b) Um voto de louvor e agradecimento ao Presidente da Mesa da Assembleia

Geral, Dr. Pedro Gonçalo Beja da Costa que, por motivos pessoais, manifestou o desejo de não se recandidatar a novo mandato.

c) Um voto de agradecimento ao Presidente e aos membros do Conselho Fiscal,

designadamente ao Dr. Vitor Vergamota, como Revisor Oficial de Contas;

d) Um voto de agradecimento à MTS, na pessoa do Senhor João José Bravo, Técnico Oficial de Contas da ENE;

e) Um voto de louvor e agradecimento aos nossos colaboradores, destacando o

Equitador Chefe, Cor. Manuel Maria das Neves Veloso, o Coordenador do CSP, T.Cor. Joaquim Manuel de Almeida e Souza, o Chefe da Secção de Qualidade, T.Cor. José Pedro do Carmo Costa, a Adjunta da Direcção, Drª Joana da Gama Lança Vaz dos Reis e todo o corpo docente, designadamente aqueles que com o seu saber e trabalho estiveram ligados à produção didáctica na redacção de Manuais, Documentos de Apoio, criação de novos cursos e respectivos suportes;

f) Um voto de agradecimento aos nossos Sócios, especialmente aos que ao

longo do ano, assumiram as funções de Pólos de Formação de forma repetida e eficaz, como é o caso da Guarda Nacional Republicana, do Centro Hípico da Quinta da Alorna, do Hipódromo da Bairrada, da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter, do Centro Hípico de Santa Bárbara, da Escola Superior Agrária de Elvas, da Associação Hípica Terapêutica, do Centro Hípico de Alcaria, e da Sociedade Hípica Portuguesa.

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6. APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO a Direcção da Escola Nacional de Equitação propõe a V.Exa. que o resultado apurado do exercício, um prejuízo de 15.611,12 €, (quinze mil seiscentos e onze euros e doze cêntimos) seja transferido para a conta de Fundo Social. Lisboa, 24 de Março de 2009

Pela Direcção João Bilstein de Sequeira Maria Violante Salazar Lebre Director Subdirectora

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CONTAS

DA

DIRECÇÃO

EXERCÍCIO DE 2008

MARÇO DE 2009

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RELATÓRIO E PARECER DO

CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO DO REVISOR

OFICIAL DE CONTAS

EXERCÍCIO DE 2008

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