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Relatório Escola Secundária José Saramago MAFRA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Sul 2016 2017

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Relatório

Escola Secundária José

Saramago

MAFRA

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Sul

2016 2017

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Escola Secundária José Saramago – MAFRA

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi

desenvolvido, desde 2006, um programa nacional

de avaliação dos jardins de infância e das escolas

básicas e secundárias públicas, tendo-se

cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho

de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa da Escola Secundária José

Saramago – Mafra, realizada pela equipa de

avaliação, na sequência da visita efetuada nos

dias 24, 26 e 27 de abril de 2017. As conclusões

decorrem da análise dos documentos

fundamentais da Escola, em especial da sua

autoavaliação, dos indicadores de sucesso

académico dos alunos, das respostas aos

questionários de satisfação da comunidade e da

realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para a Escola,

constituindo este documento um instrumento de

reflexão e de debate. De facto, ao identificar

pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório

oferece elementos para a construção ou o

aperfeiçoamento de planos de ação para a

melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a

comunidade em que se insere.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização da Escola, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório da Escola apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2016-2017 está disponível na página da IGEC.

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Escola Secundária José Saramago – MAFRA

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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Secundária José Saramago localiza-se em Mafra, foi criada em 1970 como secção do Liceu D.

Pedro V, tornando-se autónoma em 1976. Em abril de 2010 foi sujeita à avaliação externa das escolas. O

contrato de autonomia celebrado com o Ministério da Educação e Ciência, em janeiro de 2014, vigora até

ao presente ano letivo.

Integra uma unidade de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espetro do

autismo e quatro unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e

surdocegueira congénita. Dispõe, ainda, de um Centro Qualifica.

No ano letivo de 2016-2017, frequentam a Escola, 1801 alunos distribuídos do seguinte modo: 1275 em

cursos científico-humanísticos do ensino secundário (47 turmas), 283 em cursos profissionais (15

turmas), 212 em cursos de educação e formação de adultos de nível básico (quatro turmas) e secundário

(sete turmas) e 31 no ensino recorrente, em regime não presencial.

A percentagem de alunos estrangeiros é 7%, oriundos maioritariamente do Brasil. No que respeita à

ação social escolar, 72% não beneficiam de auxílios económicos.

Os dados relativos à formação académica dos pais e das mães dos estudantes mostram que 17% têm

habilitação superior e 20% possuem o ensino secundário. Quanto à sua ocupação profissional, 32%

exercem atividades de nível superior e intermédio. O serviço educativo é assegurado por 174 docentes,

dos quais 77% pertencem aos quadros, sendo expressiva a sua experiência, pois 83% lecionam há 10 ou

mais anos. Os não docentes totalizam 57 trabalhadores (43 assistentes operacionais, 13 assistentes

técnicos e uma psicóloga).

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência, relativamente ao ano letivo de 2014-2015, os valores das variáveis de contexto da Escola,

quando comparados com os das outras escolas públicas, colocam-na entre as mais favorecidas, em

especial no que concerne à idade média dos alunos e ao número de anos da habilitação dos pais e das

mães.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

No ano letivo de 2014-2015, os resultados dos alunos, quando comparados com os das escolas com

variáveis de contexto análogo, situam-se em linha com os valores esperados na taxa de conclusão do 12.º

ano de escolaridade, acima nas médias dos exames nacionais de português e de matemática e aquém no

de história, registando-se nesta última disciplina uma quebra relativamente ao ano letivo precedente.

Considerando o triénio de 2012-2013 a 2014-2015, constatam-se oscilações nos diferentes indicadores

em análise, evidenciando a necessidade de uma intervenção mais consistente e eficaz, não obstante os

bons resultados alcançados. Com efeito, estes posicionam-se, globalmente, em linha com os valores

esperados. Todavia, dado que a Escola se encontra inserida num contexto com variáveis favoráveis, são

expectáveis melhores desempenhos dos alunos, pelo que o investimento na sua melhoria, que constitui

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uma das prioridades delineadas nos documentos de planeamento estratégico, continua a merecer a

atenção dos responsáveis.

Relativamente aos cursos profissionais, as taxas de sucesso não são as desejáveis, em grande parte

devido à não conclusão de módulos nas diferentes disciplinas num ciclo de formação, estando em curso,

no presente ano letivo, uma ação de melhoria que, entre outras medidas, reforça o caráter prático e

profissionalizante de cada curso.

As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica procedem à análise e reflexão

regulares dos resultados académicos dos alunos com o objetivo de assegurar continuamente a melhoria,

processo este desencadeado através da disponibilização de informação estatística detalhada, que tem

permitido conhecer os desempenhos internos e externos nas diferentes disciplinas e o seu

posicionamento face aos resultados nacionais. A análise efetuada tem conduzido à implementação de

algumas medidas de promoção do sucesso nas disciplinas onde se verificam taxas e médias de

classificação de frequência muito baixas, nomeadamente os apoios de turma às disciplinas sujeitas a

exame nacional, a coadjuvação em física e química A e geometria descritiva A, o reforço da carga horária

e o desdobramento na disciplina de português.

A identificação das causas do sucesso/insucesso encontra-se muito centrada em fatores exógenos, pelo

que uma reflexão mais aprofundada em torno das causas de natureza endógena à Escola assume-se

relevante, no sentido de permitir desencadear medidas de melhoria estruturantes direcionadas para o

processo de ensino e de aprendizagem, tanto mais que este constitui uma área identificada no relatório

de autoavaliação de 2014-2015, que se consubstancia numa das ações de intervenção prioritária, Gerir e

melhorar os processos de ensino e aprendizagem, expressa no plano de ações de melhoria 2015-2018.

A taxa de abandono escolar atinge valores residuais, considerando os alunos que, abrangidos pela

escolaridade obrigatória, foram excluídos por faltas a todas as disciplinas e não cumprem as atividades

decorrentes do dever de frequência.

RESULTADOS SOCIAIS

As responsabilidades atribuídas aos alunos e a sua corresponsabilização nos processos de decisão são

cogitadas, estimulando-os a colaborar nas diferentes atividades desenvolvidas na Escola através da sua

integração nas várias equipas de trabalho existentes. A associação de estudantes tem apresentado

propostas, designadamente de índole cultural e desportiva, que foram integradas no plano anual de

atividades.

As normas do código de conduta estão divulgadas pela comunidade escolar que revelou ser conhecedora

das mesmas. Contudo, o aparecimento de casos de comportamentos menos apropriados e o aumento do

número de ocorrências, algumas perturbadoras de um ambiente propício às aprendizagens em sala de

aula, conduziram ao reforço de algumas medidas de prevenção. Destaca-se a dinamização do Gabinete

do Aluno, espaço de reflexão para onde são encaminhados os estudantes a quem é aplicada ordem de

saída da sala de aula, havendo também uma maior articulação e uniformização de procedimentos dos

docentes face aos comportamentos inadequados. A intervenção do serviço de psicologia e orientação tem

sido também uma mais-valia no combate à indisciplina.

A educação para a solidariedade, a tolerância e o respeito pelo outro concretizam-se através de

iniciativas de cariz social e da adesão a campanhas concelhias e nacionais, como por exemplo, o Projeto

de Solidariedade Social, que existe desde 2009-2010. Paralelamente, são também implementadas

outras medidas, tais como a Bolsa de Manuais Escolares dinamizada pela biblioteca e os auxílios

concedidos aos alunos carenciados (suplementos alimentares e pagamento de visitas de estudo).

A implementação de alguns clubes e o desenvolvimento de um conjunto diversificado de atividades

constantes do plano anual, nos domínios artístico, científico, social, cultural e desportivo, proporcionam

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aos alunos uma formação integral e abrangente, sensibilizando-os para a importância da aprendizagem

ao longo da vida. São exemplos o projeto Eco-Escolas, o Parlamento dos Jovens ou as atividades

transnacionais do Erasmus+. A preservação do ambiente e a educação para a saúde são outras das

áreas em que a organização investe claramente.

Dos alunos que apresentaram candidatura de acesso ao ensino superior em 2016, 83% foram colocados

na primeira fase. Embora não exista um mecanismo formal que permita conhecer o real impacto da

escolaridade no respetivo percurso, são frequentes as informações de retorno sobre os seus sucessos

académicos e profissionais, sendo a Escola muito procurada por parte de antigos alunos, nomeadamente

enquanto encarregados de educação, pela qualidade do serviço educativo.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A análise das respostas aos questionários aplicados no âmbito da presente avaliação externa permite

concluir que a comunidade educativa, no geral, expressa bons níveis de satisfação face ao serviço

prestado pela Escola.

Os trabalhadores docentes e não docentes manifestam opiniões muito positivas relativamente à

abertura da escola ao exterior, à segurança, à disponibilidade da direção e, também, à liderança, pondo

igualmente em evidência o gosto em trabalhar nesta organização. Os pais e encarregados de educação

relevam a qualidade do ensino e a relação que o diretor de turma estabelece com a família. O uso de

computador na sala de aula e a avaliação das aprendizagens são itens que registam menor satisfação

dos alunos.

O sucesso académico e social dos discentes é valorizado através de iniciativas como o Dia do Diploma, o

Dia dos Cursos Profissionais, o Quadro de Mérito, a atribuição de prémios de reconhecimento, a

participação em concursos e a exposição de trabalhos.

Reconhecida como uma escola de referência pelos diferentes interlocutores, designadamente na

preparação dos alunos para o prosseguimento de estudos e na diversificação da oferta educativa e

formativa em função das necessidades e expetativas da população, a Escola demonstra abertura ao meio

em que se insere, em resultado da dinamização e da adesão a iniciativas mobilizadoras da comunidade,

de que é exemplo a atividade Café Ciência.

Ressalta a relação de reciprocidade com os poderes locais e com diversas entidades, numa linha de

interação bastante positiva, que importa salientar. A participação em diferentes projetos a nível local,

nacional e internacional, tais como o Open Discovering Space, repercute-se positivamente na boa

imagem que detém e na grande procura pelas famílias. É de salientar, ainda, pela sua importância, o

contributo do Centro Qualifica para o aumento dos índices de escolarização e de qualificação da

comunidade envolvente.

Em suma, a ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta uma

maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais

fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

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PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

A gestão articulada do currículo é operacionalizada em sede de conselho de turma e de departamento

curricular através da aferição de procedimentos, atividades, estratégias de atuação e da elaboração de

planificações conjuntas ou da identificação de conteúdos em que os alunos revelam maior dificuldade, de

modo a promover o seu aprofundamento nos anos subsequentes. Contudo, não são formalizadas e

integradas num documento estruturante e orientador, por exemplo num plano de estudos, as decisões e

opções respeitantes à articulação vertical do currículo, por forma a permitir a consecução de práticas

mais eficazes e sustentadas.

Ainda assim, e embora se reconheçam progressos desencadeados no âmbito do plano de ações de

melhoria 2015-2018, designadamente a reflexão sobre práticas pedagógicas e a definição de medidas de

atuação transversais, como a Coordenação de procedimentos/estratégias entre os diretores de turma e os

professores que compõem cada conselho de turma, ainda não foi cabalmente superado o ponto fraco

assinalado na anterior avaliação externa, “A frágil articulação intra e interdepartamental, o que não

propicia a gestão conjunta do currículo nem a generalização das práticas para a aferição do seu

cumprimento”.

Identificam-se iniciativas como visitas de estudo, que resultam da interligação de diferentes disciplinas,

e alguns projetos através dos quais a interdisciplinaridade assume maior expressão, vertente que

poderá ser reforçada, a par da gestão horizontal do currículo, sustentada num planeamento estruturado

em torno da articulação efetiva entre as várias áreas curriculares.

O plano anual de atividades concretiza diversas iniciativas adequadas às especificidades do meio

envolvente, designadamente projetos e clubes diversificados, que promovem a contextualização do

currículo e a abertura ao meio, proporcionando aos alunos o desenvolvimento de aprendizagens

significativas. A sua elaboração resulta dos contributos que emergem de reuniões levadas a cabo pelos

departamentos curriculares, pelos conselhos de turma e pela associação de estudantes. Porém, uma

monitorização e avaliação que permitam a retroalimentação, ao nível do planeamento e da respetiva

consecução, poderão potenciar uma análise mais objetiva e eficaz do projeto educativo.

O recurso a diferentes modalidades de avaliação, sustentadas na definição de critérios e de

instrumentos, tem contribuído para a gestão curricular e para a coerência entre o ensino e a avaliação.

Contudo, a consolidação deste processo carece de uma maior articulação entre as modalidades

implementadas, de modo a que se obtenha uma informação descritiva e pormenorizada das

aprendizagens e uma regulação deliberada e intencional, que promova o efetivo controlo dos processos

de ensino e aprendizagem.

O reforço do trabalho colaborativo entre docentes da mesma área disciplinar e/ou do mesmo conselho de

turma constitui uma das ações contempladas no plano estratégico de 2015-2016. Desenvolve-se,

essencialmente, entre professores que lecionam o mesmo ano de escolaridade, em tempos comuns

atribuídos para o efeito, e concretiza-se na elaboração das planificações a médio e curto prazo, de

instrumentos de avaliação e de materiais pedagógicos, e na preparação de atividades comuns. Apesar do

trabalho desenrolado ter vindo a contribuir para a uniformização de procedimentos, importa aprofundar

a reflexão sobre as opções didáticas efetuadas, as metodologias aplicadas em sala de aula e a respetiva

avaliação, conducente a uma maior adequação e eficácia das estratégias utilizadas.

PRÁTICAS DE ENSINO

As respostas proporcionadas aos alunos com necessidades educativas especiais contemplam uma boa

articulação entre os docentes envolvidos, os técnicos especializados e as famílias na procura de soluções

para as problemáticas diagnosticadas. As intervenções planeadas visam contribuir para uma efetiva

educação inclusiva através da participação em projetos e atividades diversificadas, com recurso à

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utilização de ferramentas adequadas, o que promove a sua integração na sociedade e os prepara para o

exercício de uma cidadania ativa.

Nesta linha de atuação, tem havido um significativo investimento na adoção de condições físicas

(equipamentos), na gestão de recursos humanos (docentes e não docentes), na utilização de metodologias

específicas, bem como no reforço e consolidação de parcerias. De referir, a título exemplificativo, a

estabelecida com o Centro de Recursos para a Inclusão da Associação para a Educação e Reabilitação de

Cidadãos Inadaptados de Mafra, que possibilita aos alunos o acesso a terapias ajustadas às suas

necessidades e ao desenvolvimento de competências facilitadoras da transição para a vida pós-escolar.

Destaca-se, ainda, a candidatura a projetos inovadores que tem possibilitado a aquisição de tecnologias

de apoio, assim como a colaboração do Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação

para a Educação Especial (CRTIC) de Sintra, designadamente na valência da formação específica a

docentes e técnicos. Também as unidades de ensino estruturado e de apoio especializado oferecem uma

resposta educativa de qualidade.

O plano de ação estratégica para a promoção da qualidade das aprendizagens integra medidas que têm

como objetivo adequar as atividades educativas e o ensino às capacidades e aos ritmos dos alunos, como

seja, a coadjuvação. O currículo é operacionalizado com recurso a dinâmicas de sala de aula que se

situam entre um ensino mais centrado no professor e aquele em que os alunos têm uma intervenção

mais ativa. Embora existam ações de diferenciação pedagógica que passam, por exemplo, por um apoio

individualizado dos docentes e pela aprendizagem cooperativa, trata-se de uma área a desenvolver e a

generalizar, de forma a atender às características específicas dos discentes e a potenciar aprendizagens

significativas.

A Escola dinamiza várias iniciativas (como a participação em olimpíadas) e projetos (Erasmus+,

Descobrir o Universo) que proporcionam ambientes favoráveis à aprendizagem, valorizam as

potencialidades dos alunos e incentivam a melhoria dos desempenhos.

A motivação e o envolvimento dos alunos na construção do próprio saber são reforçados através da

implementação de atividades práticas, de base laboratorial e experimental, sendo estas

complementadas com as desenvolvidas e contextualizadas, por exemplo, no Núcleo de Divulgação

Científica. Ainda assim, afigura-se relevante aprofundar e generalizar, em contexto de sala de aula,

atividades de resolução de problemas e de investigação, às quais subjazem metodologias mais ativas

como, por exemplo, o trabalho de projeto.

As dimensões artística e estética são muito valorizadas através da oferta formativa disponibilizada,

assim como a realização de um conjunto diversificado de atividades, nomeadamente Visitas a Museus e

Arte Urbana, Percursos Literários em Locais Históricos, participação em encontros nacionais e

internacionais de teatro, Idas ao Teatro e ao Cinema, Ciclos de Cinema na Escola, Eventos Musicais,

Apresentação e Lançamento de Livros.

A Escola dispõe de recursos educativos adequados para o desenvolvimento das aprendizagens dos

alunos. A biblioteca escolar funciona como espaço interativo e tem contribuído para a aquisição de

competências e saberes transversais às várias áreas disciplinares, através da implementação de

atividades incluídas no plano anual e devidamente articuladas com o projeto educativo.

As tecnologias de informação e comunicação são utilizadas pelos professores, nomeadamente o correio

eletrónico para a disponibilização de informação e de materiais didáticos aos alunos. Contudo, uma

maior diversificação destas tecnologias e instrumentos, a partilha articulada entre docentes e a sua

utilização mais regular, em sala de aula, poderão contribuir para uma gestão mais eficaz do currículo e

para induzir a melhoria das aprendizagens dos alunos.

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Existem ações de acompanhamento, em casos específicos, para superação de eventuais dificuldades no

desempenho dos docentes, partilha de saberes ou enriquecimento mútuo. No entanto, a supervisão da

atividade letiva não é ainda alvo de atenção enquanto estratégia planificada e destinada à discussão em

torno das práticas de ensino, constituindo um desafio a equacionar.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os processos avaliativos são objeto de reflexão por parte do conselho pedagógico e dos departamentos

curriculares, sustentando-se esta na construção de critérios de ponderação e respetiva aprovação. A

divulgação, junto dos alunos e dos pais e encarregados de educação, é feita no início do ano letivo,

nomeadamente através da página web da Escola e dos docentes das respetivas disciplinas.

A validação e fiabilidade das práticas e dos instrumentos de avaliação são induzidas, designadamente a

partir da elaboração conjunta de algumas provas e respetivos critérios de correção. Contudo, embora

existam alguns procedimentos comuns entre os docentes, afigura-se pertinente generalizar a realização

e aplicação conjunta de matrizes e instrumentos, por forma a garantir uma regulação mais eficaz dos

processos de ensino e de aprendizagem.

O recurso às diferentes modalidades avaliativas, incluindo a formativa, constitui uma prática docente,

sendo, contudo, privilegiada, de um modo geral, a sumativa. A interpelação e a informação de retorno,

nas folhas de resposta de provas escritas, constituem práticas que proporcionam algum conhecimento

aos alunos sobre as suas aprendizagens. Contudo, os procedimentos indutores de autorregulação

carecem de uma maior sistematização e generalização, no sentido de proporcionar feedback sistemático,

descritivo e pormenorizado e, simultaneamente, regular os processos, de forma estruturada,

potenciando a criação de condições pedagógicas favorecedoras do sucesso escolar.

Como medidas de promoção do sucesso, a Escola disponibiliza a sala de estudo e os apoios de turma que

constituem espaços dinamizados por professores onde os alunos podem consolidar os conhecimentos e

beneficiar de um apoio individualizado. Identificados como aspetos a melhorar, a baixa frequência dos

alunos a estes espaços, bem como o reduzido impacto das aulas de apoio pedagógico acrescido na

obtenção de sucesso nos alunos do 10.º ano de escolaridade, revela-se pertinente aprofundar os

mecanismos de monitorização e de avaliação das medidas implementadas, de forma a aprofundar o

conhecimento dos seus efeitos na qualidade das aprendizagens e no sucesso escolar.

No âmbito da prevenção e da resolução das situações de abandono e desistência, a ação concertada entre

os diretores de turma, os pais e encarregados de educação, o serviço de psicologia e orientação, em

articulação com entidades externas, como a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, tem-se

revelado, de um modo geral, eficaz. A diversidade da oferta formativa, adequada aos perfis e interesses

dos alunos, tem contribuído, igualmente, para a redução da taxa de abandono.

Pelo exposto, a ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta

uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes,

o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo para o triénio 2015-2016 a 2017-2018 cimenta-se em diversos documentos

estruturantes, designadamente o projeto educativo municipal, o contrato de autonomia, o plano

estratégico 2014-2015 e o plano de melhoria 2014-2015, integrando também contributos da comunidade

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educativa. Preconiza uma visão estratégica de liderança que assume a construção de uma comunidade

aprendente e define, como política educativa, ser uma escola de qualidade, (…) referência pelo sucesso

académico e profissional dos seus alunos, pela qualidade do seu ambiente interno e relações externas e

pelo elevado grau de satisfação da comunidade.

Alicerçada em três princípios fundamentais que constituem simultaneamente os vetores estratégicos de

atuação – o sucesso e a formação integral dos alunos e a prestação de um serviço educativo de qualidade

– a Escola efetua o planeamento rigoroso de um conjunto variado de atividades que consubstanciam o

plano anual. Este, através da concretização de uma diversidade de iniciativas e estratégias adaptadas à

realidade diagnosticada pela comunidade escolar, visa a concretização dos objetivos e metas

preconizados nos documentos estruturantes.

Não é clara a articulação entre o projeto educativo e o plano de ações de melhoria relativo ao mesmo

período de vigência. Este faz referência a uma das áreas prioritárias identificadas, Gerir e melhorar os

processos de ensino e aprendizagem que, embora seja merecedora da atenção dos diferentes

responsáveis, pode ser alvo de aprofundamento, assumindo-se como relevante no sentido de serem

desencadeadas as respetivas estratégias de melhoria, mediante um planeamento estruturado.

A liderança da diretora, em exercício de funções desde o ano letivo de 2015-2016, é percecionada como

humanista e dialogante, contribui para fomentar a comunicação e a ligação entre os diferentes órgãos e

estruturas e para valorizar o papel desempenhado pelas lideranças intermédias, mobilizando e

motivando os profissionais. A direção promove, igualmente, o bem-estar das pessoas, pautando-se pela

justiça e equidade.

O conselho geral acompanha a ação educativa, de forma empenhada, mediante uma linha de atuação

indutora da prestação de contas, como por exemplo no que concerne à monitorização do grau de

execução das iniciativas previstas nos documentos estruturantes, em especial no projeto educativo e no

plano anual de atividades. Contudo, o claro conhecimento e interiorização dos seus papéis e a

consonância com a liderança de topo, com o foco de aperfeiçoar o funcionamento da Escola no que

respeita a uma articulação efetiva entre os diferentes órgãos e estruturas de coordenação educativa e

supervisão pedagógica, no sentido do desenvolvimento e sustentabilidade dos resultados escolares,

manifesta, ainda, margem para melhoria.

O desenrolar de soluções inovadoras, de parcerias e protocolos com instituições, empresas e associações

sustenta-se numa boa mobilização dos recursos da comunidade e tem contribuído para a consecução do

projeto educativo e da missão da Escola, o que tem concorrido para incrementar a qualidade do ensino e

o desenvolvimento social e cultural dos alunos. Merecedora de destaque é a parceria estabelecida com a

Câmara Municipal de Mafra, na utilização do pavilhão do Parque Desportivo Municipal para a prática

de educação física dos alunos. Neste sentido, foi consolidada a oportunidade indicada na avaliação

externa anterior “A adesão e a forte intervenção dos parceiros locais às estratégias de consolidação da

melhoria. Destacam-se, entre outros, o projeto piloto Descobrir o Universo, no âmbito do programa

Europeu Open Discovering Space e o projeto Inovação Expográfica (realidade aumentada) que se

desenvolve em parceria com uma universidade.

A participação dos pais e encarregados de educação, dos seus representantes e associação faz-se no

conselho geral, nos conselhos de turma e em atividades, em concertação com a direção, nomeadamente

na receção aos pais e encarregados de educação dos alunos do 10.º ano de escolaridade, numa perspetiva

de fomentar o sentido de pertença e identificação com a Escola, assim como, induzir a sua participação

ativa na dinâmica escolar. Porém, e apesar de atualmente superada a necessidade de constituição de

uma associação de pais e encarregados de educação, foi reconhecido pelos diferentes intervenientes que

um maior envolvimento em iniciativas da sua responsabilidade poderá fomentar o contributo eficaz

destes atores educativos com vista à melhoria do bem-estar dos alunos e do sucesso escolar.

GESTÃO

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A direção pauta a sua atuação por uma política de prestação de contas e de proximidade com os

diferentes trabalhadores, procede à atribuição de cargos e tarefas aos docentes e não docentes,

evidenciando-se uma gestão de recursos que privilegia a eficácia e eficiência.

A distribuição do serviço não docente tem em conta os critérios, as preferências e o bem-estar dos

trabalhadores. Os serviços administrativos funcionam com uma gestão por áreas, não estando prevista a

rotatividade de funções. Verifica-se, no entanto, o conhecimento global, por parte da equipa, das tarefas

individuais a desenvolver, fruto das reuniões semanais realizadas.

No caso dos docentes, a constituição de turmas e horários obedecem a critérios previamente definidos

em conselho pedagógico e ratificados pelo conselho geral, sendo privilegiada a continuidade das equipas.

Este aspeto é tido também em consideração na atribuição da direção de turma, efetuada de acordo com o

perfil e a experiência profissional dos professores, o que facilita o acompanhamento dos alunos e a

ligação com as famílias.

A promoção do desenvolvimento profissional é consubstanciada no plano de formação que concretiza um

conjunto de ações adequadas às necessidades identificadas por docentes, não docentes, pais e

encarregados de educação e realizadas no Centro de Formação da Associação de Escolas Rómulo de

Carvalho, sediado na Escola. A disseminação de conhecimentos e de boas práticas, entre pares, em

contexto de trabalho, constitui um aspeto que pode ainda ser mais abrangente, de modo a induzir uma

maior motivação e um ambiente de interação humana e profissional mais profícuo, favorecedor da

melhoria e da sustentabilidade dos resultados.

A Escola apresenta ótimas instalações para a prática letiva e para a realização de atividades de

enriquecimento do currículo com o recurso a diversificadas tecnologias. Dispõe de circuitos de

comunicação interna e externa bastante adequados que permitem o acesso à informação por parte da

comunidade educativa. Destacam-se a página web, o correio eletrónico, software de gestão escolar, a

plataforma moodle, o jornal Páginastantas e os plasmas, colocados no átrio. Porém, e no sentido de

consolidar a imagem de qualidade da Escola, conferir maior visibilidade ao trabalho realizado, melhorar

estrategicamente o fluxo de informação e comunicação e rentabilizar estes circuitos, esta área tem

margem significativa para progresso.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

Dando continuidade às práticas já existentes de reflexão para a promoção da melhoria, a autoavaliação

tem vindo a ser realizada nas reuniões dos órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão

pedagógica, sendo divulgada através dos múltiplos relatórios periódicos. Consubstancia-se,

essencialmente, na análise sistemática dos resultados escolares e na elaboração de um plano de ação,

que tem como base as considerações finais dos referidos relatórios.

A equipa de autoavaliação, que integra elementos representativos da comunidade educativa, tem

procedido, anualmente, a um diagnóstico organizacional materializado num relatório que tem por base a

análise de documentos elaborados por diversos órgãos e estruturas educativas, de questionários de

opinião aplicados aos elementos da comunidade educativa e de informações/esclarecimentos fornecidos

pela diretora, subdiretora e adjuntos, culminando o processo avaliativo com a identificação de um

conjunto de atributos organizacionais, designadamente oportunidades de melhoria e pontos fortes, o que

constitui uma base importante para a promoção da autorregulação.

A concretização do processo autoavaliativo possibilitou a elaboração, para o triénio de 2015-2016 a 2017-

2018, do plano de ações de melhoria, sujeito a atualizações anuais, com especial relevo na consolidação

de práticas e na definição de estratégias que promovam um aperfeiçoamento dos processos de

desempenho dos elementos da comunidade educativa e dos resultados escolares.

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Os planos estratégicos 2014-2015 e 2015-2016, enquadrados pelo projeto educativo, pelo contrato de

autonomia e pelo projeto educativo municipal, explicitam a política e definem o projeto de autoavaliação

da Escola suportado numa perspetiva de melhoria contínua orientada para a otimização de processos e

resultados.

Reconhece-se que a motivação e o empenho da equipa de autoavaliação, conjuntamente com o

acompanhamento do conselho geral e dos vários órgãos e estruturas, cria condições para continuar a

implementação de ações que promovam a multiplicidade dos ciclos do processo colaborativo de

avaliação. Contudo, o plano estratégico, enquanto instrumento de desenvolvimento da Escola,

contempla, maioritariamente, ações no âmbito da promoção do sucesso que apesar de meritórias não

têm o alcance de medidas estruturais. Por outro lado, apesar de a Escola reconhecer a necessidade de

melhorar o processo de ensino e de aprendizagem verifica-se que o planeamento se limita à realização

do diagnóstico e à reflexão sobre os resultados.

Assim, e apesar de ser notória a intenção de reforço e consolidação das práticas de autoavaliação, de

modo a melhorar o desempenho organizacional e incrementar processos com vista ao desenvolvimento,

afigura-se necessário focar o seu olhar sobre o processo de ensino e de aprendizagem, sobre a capacidade

de se apropriar da mudança e sobre a análise da sua cultura enquanto organização, por forma a

garantir uma eficaz autorregulação e investir na sua sustentabilidade e progresso.

Em síntese, a ação da Escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Apresenta uma

maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais

fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:

A dinamização e a adesão a iniciativas mobilizadoras da comunidade que demonstram a

abertura ao meio e têm impacto no reconhecimento do trabalho desenvolvido;

As respostas pedagógicas proporcionadas aos alunos que apresentam necessidades educativas

especiais, repercutindo-se positivamente no seu sucesso;

A valorização das dimensões artística e estética, visível na oferta formativa disponibilizada e na

realização de um conjunto diversificado de atividades, com projeção no exterior;

A consolidação da rede de parcerias que têm contribuído para a diversificação das

oportunidades de aprendizagem e para a melhoria da prestação do serviço educativo.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços

para a melhoria são as seguintes:

Na consolidação e sustentação da gestão articulada do currículo num planeamento intencional e

estruturante, com vista a sistematizar práticas pedagógicas que assegurem a consistência e a

sequencialidade das aprendizagens e rentabilizem os saberes comuns/afins às várias

disciplinas;

Na intensificação do trabalho colaborativo no sentido de torná-lo numa prática corrente,

possibilitadora da implementação conjunta de estratégias promotoras de sucesso educativo e da

reflexão sobre a eficácia das diferentes metodologias de ensino aplicadas;

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Na supervisão da atividade letiva em contexto de sala de aula, enquanto estratégia formativa

planificada, destinada à análise em torno das práticas, orientada para a rendibilização dos

saberes profissionais e para o sucesso educativo;

Na implementação de mecanismos estruturados de monitorização sistemática dos processos,

como o de ensino e de aprendizagem, por forma a garantir uma eficaz autorregulação e investir

na sua sustentabilidade e desenvolvimento.

16-08-2017

A Equipa de Avaliação Externa: André Sendin, Dulce Campos e Lurdes Campos

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área

Territorial de Inspeção do Sul

Maria Filomena Aldeias

2017-11-09

Homologo.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação

nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79,

Série II, de 22 de abril de 2016