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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS 1 RELATÓRIO TÉCNICO FINAL Projeto Agrisus n. o 1654/15 Título da Pesquisa: "SISTEMAS CONSERVACIONISTAS DE MANEJO DO SOLO PARA AMENDOIM EM REFORMA DE CANA CRUA" Coordenador: Denizart Bolonhezi Instituição: Pólo Regional Centro-Leste - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Endereço: Avenida Bandeirantes, n. 2419, CEP:14030-670, Ribeirão Preto/SP, Fone (16-3637109), celular (997222402), E-mail: [email protected] ou [email protected] Local da Pesquisa: Setor de Agronomia do Polo Centro-Leste (antiga Estação Experimental do IAC), Ribeirão Preto/SP Valor Financiado pela Agrisus: R$ 25.000,00 Vigência do Projeto: 20/09/2015 até 01/09/2016 ____________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO A cultura do amendoim está concentrada no Estado de São Paulo, que representa 89% da produção (346 mil toneladas de amendoim em casca) e 87% da área cultivada (95,1 mil ha na safra 2014/15), sobretudo na reforma de canaviais (Conab, 2015) e praticada predominantemente por arrendatários, que estabelecem parcerias com as usinas e fornecedores de cana-de-açúcar. Nas últimas duas décadas, esta oleaginosa sofreu drásticas alterações no sistema de produção, caracterizadas pela substituição de cultivares eretos por rasteiro do tipo “runner”, expressiva adoção de mecanização no processo de colheita (arranquio e recolhimento), mudanças no beneficiamento e secagem, aumento das exigências no controle de aflatoxina e mais recentemente a introdução de cultivares alto oleico. Atualmente, mais de 80% dos canaviais paulistas (5.76 milhões de ha) são colhidos sem queima prévia (cana crua), e a partir de 2017 mesmo nas áreas com declividade acima de 12% o fogo não será permitido no Estado de São Paulo. Nestas condições, é desejável a adoção

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

Projeto Agrisus n.

o 1654/15

Título da Pesquisa: "SISTEMAS CONSERVACIONISTAS DE MANEJO DO SOLO

PARA AMENDOIM EM REFORMA DE CANA CRUA"

Coordenador: Denizart Bolonhezi

Instituição: Pólo Regional Centro-Leste - Agência Paulista de Tecnologia dos

Agronegócios (APTA)

Endereço: Avenida Bandeirantes, n. 2419, CEP:14030-670, Ribeirão Preto/SP, Fone

(16-3637109), celular (997222402), E-mail: [email protected] ou

[email protected]

Local da Pesquisa: Setor de Agronomia do Polo Centro-Leste (antiga Estação

Experimental do IAC), Ribeirão Preto/SP

Valor Financiado pela Agrisus: R$ 25.000,00

Vigência do Projeto: 20/09/2015 até 01/09/2016

____________________________________________________________

1. INTRODUÇÃO

A cultura do amendoim está concentrada no Estado de São Paulo, que representa 89% da

produção (346 mil toneladas de amendoim em casca) e 87% da área cultivada (95,1 mil ha na safra

2014/15), sobretudo na reforma de canaviais (Conab, 2015) e praticada predominantemente por

arrendatários, que estabelecem parcerias com as usinas e fornecedores de cana-de-açúcar. Nas

últimas duas décadas, esta oleaginosa sofreu drásticas alterações no sistema de produção,

caracterizadas pela substituição de cultivares eretos por rasteiro do tipo “runner”, expressiva adoção

de mecanização no processo de colheita (arranquio e recolhimento), mudanças no beneficiamento e

secagem, aumento das exigências no controle de aflatoxina e mais recentemente a introdução de

cultivares alto oleico. Atualmente, mais de 80% dos canaviais paulistas (5.76 milhões de ha) são

colhidos sem queima prévia (cana crua), e a partir de 2017 mesmo nas áreas com declividade acima

de 12% o fogo não será permitido no Estado de São Paulo. Nestas condições, é desejável a adoção

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de sistemas conservacionistas de manejo do solo na reforma do canavial, pois essa reduz em 30% os

custos com preparo e reduz em 10 vezes a erosão. Contudo, os produtores de amendoim ainda não

se adaptaram a essa mudança, fato que dificulta o estabelecimento de parcerias de arrendamento e

consequentemente migração em busca de terras para cultivo nos Estados vizinhos, refletindo em

aumento no custo de produção e comprometimento da cadeia produtiva paulista. Embora já exista

um mínimo de lastro técnico-científico gerado sobre a viabilidade do amendoim em manejo

conservacionista, algumas questões, tais como; perdas na colheita, impacto da compactação do solo

sobre o desenvolvimento das plantas, estabelecimento do estande inicial e níveis de aflatoxina,

ainda necessitam ser validadas em escala comercial. Convém salientar, que recentemente foi

introduzido dos USA, equipamento para preparo de solo em faixas, denominado Rip Strip, o qual

pode ser uma alternativa ao agricultor descapitalizado, que não tem condições de adquirir uma

semeadora moderna, mas necessita se ajustar à reforma de cana crua.

Considerando o exposto, a pesquisa tem como objetivos; quantificar e qualificar as

características agronômicas de genótipos de amendoim cultivados em diferentes sistemas de manejo

conservacionista na reforma de cana crua, bem como as alterações em alguns atributos do solo das

principais regiões do Estado de São Paulo. Os resultados apresentados neste relatório contemplam

uma etapa do projeto (PA 1654/15), contudo deve-se esclarecer que o projeto continuará nos

próximos três anos como atividade do projeto de desenvolvimento tecnológico do CNPQ (Processo

311121/2015-2).

2. REFERENCIAL TEÓRICO E HIPÓTESES DA PESQUISA

Historicamente, o preparo do solo é uma prática cultural essencial, considerando as

peculiaridades morfofisiológicas da planta de amendoim que desenvolve seus frutos abaixo da

superfície do solo, necessitando em princípio de um solo friável, plano e livre de resíduos da cultura

anterior (Schenk,1961; Godoy et al.,1982). Embora ainda sejam recomendações nos livros

acadêmicos, o assunto já é estudado há mais de 30 anos nos USA, envolvendo diversas

classificações de solo, bem como os quatro tipos comercias de amendoim (Runner, Virgínia,

Spanish e Valência). Consequência deste investimento na geração do conhecimento, a taxa de

adoção de manejo conservacionista do solo nos USA já atinge 30% (Faircloth et al., 2012).

Resultados de pesquisa conduzidas para as condições norte-americanas, verificaram

aumentos na produtividade, qualidade e aumento da renda líquida (Brandenburg et a;, 1998;

Hartzog e Adams, 1989; Hurt et al., 2006; Marois e Wright, 2003; Tubbs e Gallaher, 2005).

Contudo, em virtude da dificuldade em controlar plantas daninhas, ou devido à compactação do

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solo, ou mesmo em virtude da maior incidência de doenças no solo, alguns resultados concluíram

que ocorre diminuição significativa na produtividade (Grichar e Boswell, 1987). Cox & Sholar

(1995) esclarecem que pesquisas e experiências práticas demonstraram, para as condições

americanas, que o cultivo de amendoim em sistemas conservacionistas é viável, todavia com

predominância de produções menores que no manejo de solo convencional. No final da década de

70, questionava-se no sistema de produção americano, sobre a real necessidade da escarificação

profunda na entrelinha da cultura do amendoim. As primeiras pesquisas conduzidas no estado de

Virginia (EUA), demonstraram não haver aumentos na produção de vagens com estes preparos, os

quais proporcionaram aumentos na incidência de Pythium myriotylum e Rhizoctonia solani (Wright

& Porter, 1982 ; Wright et al., 1986).

Por outro lado, alguns resultados demonstram não haver diferença entre manejos

conservacionistas e o sistema convencional quanto à produtividade de vagens (Chapin et al., 2001;

Colvin e Brecke, 1998; Grichar, 2006; Grichar e Smith, 1992; Johnson et al., 2001; Wiatrak et al.,

2004). Resultados de 17 experimentos conduzidos no estado do Alabama (EUA), o sistema de

preparo reduzido aumentou a produção de amendoim em 3 locais, diminui em 5 e não houve

diferença em 9 locais, comparado com o convencional (Hartzog & Adams, 1989).

Embora às vezes não sejam visíveis ganhos em termos de produtividade de vagens, outros

benefícios ocorrem, tais como; mudanças na população de insetos (Olson et al., 2006), supressão de

espécies de plantas daninhas (Price et al., 2007) e redução na pressão de doenças (Monfort et al.,

2004; Wright e Porter, 1991). Estudo realizado por Porter e Wright (1991) no estado de Virginia

(EUA), concluíram que tanto a incidência (% de infecção) quanto à severidade (% de queda de

folhas) de Cercospora arachidicola, foram significativamente reduzidas na semeadura sobre

palhada de aveia. Estes autores explicam que a palhada reduziu a dispersão até as folhas, pelas gotas

da chuva das estruturas do fungo presentes sobre a superfície do solo.

A presença da palhada nos sistemas de manejo conservacionistas do solo, contribui para

diminuir a população do inseto tripes, que é vetor de virose na cultura do amendoim. Campbell et al

(1985) verificaram que a infestação de tripes (Frankliniella spp.) foi menor no plantio direto sobre

palhada de centeio. Através de 6 anos de pesquisa, Brandenburg et al. (1998), concluíram que a

infestações de Frankliniella fusca, em campos comerciais de amendoim, foram significativamente

reduzidas em sistemas de manejo conservacionistas. Este aspecto é de suma importância,

considerando que nas últimas safras a ocorrência da virose “vira-cabeça” tem aumentado

expressivamente no Brasil (Camelo-García et al., 2014). Vale salientar que não existem cultivares

com plena resistência às viroses TSWV (Tomato Spot Wil Virus) e GRSV (Groundnut Ringspot

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Virus), embora os genótipos IAC OL-3 e IAC OL-4 apresentem tolerância semelhante ao cv.

Tifguard (padrão). Portanto, a convivência com esta virose demandará a adoção de diversas

medidas, dentre as quais a semeadura sobre palhada é uma das mais importantes, aliada à

manutenção de bom estande de plantas (falhas aumentam a incidência da virose). A reflexão da

radiação incidente sobre a palhada desorienta o deslocamento dos insetos na lavoura, diminuindo

por consequência a incidência da virose.

No Brasil, as primeiras pesquisas sobre manejo conservacionista do solo para amendoim

sobre cana crua foram realizadas pelo IAC em Ribeirão Preto. Estas pesquisas concluíram que; a

nodulação é duas vezes maior, a umidade do solo na zona de crescimento das vagens é 18% maior,

o controle de plantas daninhas é favorecido e a produtividade de vagens não é reduzida no plantio

direto de amendoim (Bolonhezi et al., 2007). Outras pesquisas foram conduzidas nas universidades

(Tasso Junior, 2003; Crusciol & Soratto, 2008), porém sem continuidade, fato que denota a carência

de informações sobre o efeito dos princípios da agricultura conservacionista para o amendoim no

Brasil. Além disso, os genótipos testados naquela ocasião não representam o perfil dos genótipos

atuais.

Com relação às perdas na operação de arranquio e recolhimento, um dos maiores desafios do

amendoim em plantio direto, a carência de informações é ainda maior, pois este tipo de estudo

requer condução em parceria com setor produtivo. Bolonhezi et al. (2009a, 2009b) concluíram em

pesquisa conduzida em parceria com a Usina Guaíra, que a produtividade de vagens foi superior no

plantio direto sobre palhiço de cana crua e que as perdas (980 kg ha-1

) foram significativamente

menores que no sistema convencional de preparo (1800 kg ha-1

). Bolonhezi et al. (2014) verificaram

que as perdas no arranquio e recolhimento foram 12, 12.3 e 17 sacas por ha, respectivamente no

sistemas convencional de preparo, cultivo mínimo com destruidor mecânico de soqueira e

semeadura direta. Todavia, estas informações não são suficientes para concluir o impacto do

palhiço remanescente sobre as operações de colheita, pois não houve variação quanto ao tipo

de solo e em diferentes anos.

As pesquisas realizadas na última década para as condições norte-americanas, tem utilizado

com frequência um equipamento denominado de Rip Strip® da KMC (Kelley Manufacturing Co.).

Este equipamento realiza preparo em faixas entre 20 e 46 cm de largura através de quatro discos

corrugados posicionados na vertical e entre 25 e 45 cm de profundidade, através de uma haste

subsoladora. Siri-Prieto et al. (2009) estudaram o uso deste implemento em comparação com a

semeadura direta, em integração com pecuária. Concluíram que o maior lucro foi obtido com o

preparo em faixa (US$ 462), em comparação à semeadura direta sobre pastagem (US$ 41).

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Avaliando o preparo em faixas estreitas (31 cm) e largas (45 cm), Faircloth et al. (2012) concluíram

não haver diferenças significativas quanto à produtividade. Todavia, Godsey et al. (2011)

verificaram que a renda líquida na média de três anos foi US$ 495 na semeadura direta e US$ 140,

além dos benefícios decorrentes da menor população de tripes e menor incidência de Sclerotinia

spp. Pesquisa pioneira realizada na Flórida, utilizando a técnica de minirhizotron para estudar o

sistema radicular e o desenvolvimento dos nódulos, Rowland et al. (2015) concluíram que a área

dos nódulos no manejo conservacionista e convencional, foram respectivamente 2,6 mm2

e 1,9

mm2.

No Brasil este equipamento está iniciando os primeiros testes. A empresa KBM Dumont

desenvolveu sob licença da KMC norte-americana, para as nossas condições o equipamento Rip

Strip KMC®, que realiza em uma operação as faixas de preparo (20 a 46 cm de largura), nas quais

são semeadas as linhas de amendoim em operação conjugada. Faria Junior (2015), realizou a

primeira experiência comercial com Rip Strip em área de cana crua nas safra 2014/15 e verificou

que a média de produtividade foi 4.850 kg ha-1

(194 sc) para a cultivar IAC 503 e 4.175 kg ha-1

(167

sc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional

atingiu R$ 483,45 ha-1

, enquanto na área de cultivo conservacionista o valor atingiu R$ 1.251,58 ha-

1. A despeito dos benefícios agronômicos, econômicos e ambientais deste equipamento, faltam

pesquisas em campo para validar esta tecnologia, conforme os critérios mínimos da

experimentação agrícola.

Considerando o “Estado da Arte” do manejo conservacionista do solo para amendoim,

verifica-se que existem muitas justificativas importantes, diversos resultados que requerem

validação em escala comercial, novos equipamentos e inovações que necessitam ser testadas, as

quais permitem estabelecer algumas hipóteses:

- Não há diferença em termos de estabelecimento de estande, produtividade e perdas no

arranquio e recolhimento entre os sistemas conservacionistas (preparo em faixa e a semeadura

direta sobre cana crua) e o manejo convencional;

- A infestação de tripes e incidência de virose “vira cabeça” são reduzidas em sistemas

conservacionistas de manejo do solo;

- Não existe diferença significativa nos níveis de aflatoxina entre lotes de amendoim

colhidos nos sistema conservacionistas em comparação com o preparo convencional;

- A compactação presente nos canaviais colhidos sem queima, não afeta significativamente o

desenvolvimento do sistema radicular do amendoim.

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3. MATERIAL & MÉTODOS

Na safra 2015/16 foi instalada pesquisa participativa em área comercial nos municípios de

Planalto/SP, Zacarias/SP e Pitangueiras/SP. Os locais da pesquisa variam quanto ao solo, clima,

nível tecnológico e cultivar utilizada. Foram identificados dois produtores, um na região de José

Bonifácio/SP (Família Valochi, 1700 ha de cana-de-açúcar, 600 ha de amendoim, área própria e

arrendada, estrutura de secagem própria) e outro na região de Pitangueiras/SP (Família do Sr.

Germano e Paulo Uliam, cooperado da COPLANA, típico arrendatário, 120 ha de amendoim

cultivado anualmente em parceria com usinas da região). Nestas áreas foram estabelecidos os 3

tratamentos de manejo de solo utilizando delineamento experimental ou parcelas em escala

comercial; preparo convencional (1 grade aradora, 2 intermediárias, 1 aração e 2 niveladoras)

preparo em faixa (Rip Strip®

) e semeadura direta (somente dessecação da soqueira). O número de

operações e tipo de implemento utilizado no preparo convencional foi diferente entre os locais.

3.1. Ensaio na Usina Pitangueiras

Neste ensaio o produtor arrendou canavial da Usina Pitangueiras e foi possível instalar os

tratamentos de manejo do solo utilizando delineamento experimental em blocos ao acaso, além de

uma área comercial para validação. Nesse caso, a área foi liberada pela Usina no início do mês de

novembro/2015 e a instalação dos preparos e semeadura foi realizada somente na segunda quinzena.

O solo da gleba em questão foi classificado como LATOSSOLO Vermelho, típico, eutrófico e

textura argilosa e os resultados das análises da textura e das características da fertilidade,

encontram-se nos Quadros 01 e 02.

Quadro 01. Resultados da análise textural do LATOSSOLO Vermelho, em Pitangueiras/SP. Coleta

efetuada antes da instalação da pesquisa.

Areia total Areia Grossa Areia Fina Argila Silte

0-20 324 132 192 550 126

20-40 315 137 179 588 96

40-60 297 136 161 602 101

Quadro 02. Resultados da análise química do LATOSSOLO Vermelho, em Pitangueiras/SP. Coleta

efetuada antes da instalação da pesquisa.

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Convém informar que o canavial apresentava histórico de 04 cortes mecanizados e

recolhimento do palhiço antes da reforma, o que conferiu maior facilidade nas operações de preparo

do solo, mas menor acúmulo de resíduo (14 t ha-1

de palhiço). Todavia, esse procedimento não foi

realizado neste ano na gleba destinada a esse projeto. Em virtude da análise de solo, o agricultor não

forneceu fertilizantes por ocasião da semeadura. Os tratamentos de manejo de solo testados foram;

preparo convencional, preparo em faixa (Rip Strip) e semeadura direta. Em Pitangueiras/SP, o

produtor apresenta perfil de pequeno arrendatário e normalmente utiliza seis operações de preparo

de solo (01 gradagem aradora, 01 aração com aiveca, 02 gradagens intermediárias e 01 enxada

rotativa), conforme ilustrado na Figura 03. As operações de preparo iniciaram-se no dia 25/11/2015

e finalizaram com o tratamento Rip Strip que foi efetuado em 27/11/205. A semeadura nos

tratamentos convencional e Rip Strip foi realizada em 28/11/2015 e foi utilizada a mesma

semeadora utilizada pelo produtor. No sistema Rip Strip, houve necessidade de utilizar trator

equipado com piloto automático, permitindo a coincidência da linha de semeadura com a faixa

preparada. Detalhes da operação de preparo reduzido com Rip Strip, podem ser vistos na Figura 4.

Figura 3. Operações de preparo convencional utilizado pelo produtor em Pitangueiras/SP.

1 x Gradagem Aradora +

2 Gradagens

intermediáras

1 x Aração com

Aivecas

1 x Enxada

Rotativa

1 ou 2 Gradagens

Niveladoras

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Figura 4. Operações de preparo em faixa utilizado Pitangueiras/SP.

Para o tratamento semeadura direta utilizou-se semeadora JUMIL modelo 7090, equipada

com os requisitos mínimos necessários para semear sobre palhiço (haste escarificadora na

distribuição do adubo, disco corta-palha de 26” e linhas defasadas para permitir fluxo de palhada e

evitar embuchamento). Devido não possuir semeadora com os requisitos mínimos para semear

sobre palhada de cana crua, houve a necessidade convidar a empresa JUMIL no sentido de

emprestar a semeadora (Figura 5).

Figura 5. Semeadoras pneumáticas utilizadas em sistema direto, marca JUMIL modelo 7090 Guerra

GII (esquerda) e a utilizada pelo produtor em sistema convencional no ensaio de Pitangueiras/SP.

Família Uliam – Produtores

Parceiros Sistema de GPS – Piloto

Automático

Rip Strip – Preparo em

Faixa Semeadora após preparo em

faixa

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Em função da ocorrência de chuva, a semeadura do tratamento semeadura direta foi

realizada no dia 03/12/2015. Foram utilizadas sementes da cultivar IAC-OL3, com densidade de

semeadura de 20 sementes por metro e espaçamento de 0,90 m. As sementes (categoria C1, peneira

25) dessa cultivar de característica alto oleica e ciclo de 125 dias foi fornecida pela COPLANA. As

glebas destinadas para a instalação estão no mapa apresentado na Figura 6, totalizando 9,08

hectares. Os tratamentos arranjados em delineamento blocos ao acaso, foram distribuídos conforme

o croqui apresentado na Figura 7.

Figura 6. Mapa dos talhões de cana-de-açúcar reformados na safra 2015/16. Usina Pitangueiras/SP.

Figura 7. Croqui do experimento instalado em Pitangueiras/SP.

A colheita foi iniciada no dia 29/03/2016 através da operação de arranquio e finalizada no

dia 3/04/2016 com o recolhimento, portanto com 126 e 120 dias após a semeadura,

respectivamente para os tratamentos com preparo do solo (convencional e reduzido) e semeadura

direta, respetivamente. Após o arranquio mecanizado, as faixas de manejo do solo em cada

repetição foram recolhidas com recolhedora marca Colombo-MIAC, modelo Double Master, porém

foram deixadas sem colher duas leiras para pesagem.

12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m

Rep. I Rep. II Rep. III Rep. IV

Rep. V Rep. VI

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

Semeadura D

ireta

Convencional

200 metros

Semeadura D

ireta

Convencional

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

200 metros

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

Semeadura D

ireta

200 metros

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

VALIDAÇÃO COMERCIAL COM RIP STRIP

200 metros

Convencional

Semeadura D

ireta

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

144 metros de frente

Convencional

Semeadura D

ireta

200 metros

Convencional

Semeadura D

ireta

Preparo em

Faixa - R

ip Strip

Convencional

Glebas do

experimento

o

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O procedimento da colheita da área amostrada foi realizado com o mesmo equipamento, do

qual foram transferidas as vagens recolhidas em cada faixa com dimensão conhecida (duas leiras de

aproximadamente 200 metros) para vagão graneleiro basculante (Figura 8). A produção de cada

parcela foi pesada em balança de “sapata” (um dispositivo em cada pneu do graneleiro). Após

pesagem foi retirada amostra para determinação da umidade, porcentagem de impurezas,

rendimento de grãos e análise de aflatoxina, todas determinações realizadas nos laboratórios da

cooperativa COPLANA em Jaboticabal/SP.

Figura 8. Equipamentos para colheita e pesagem da produção de amendoim em Pitangueiras/SP.

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3.2. Ensaio e Validação Tecnológica em Planalto/SP e Zacarias/SP

Na região de José Bonifácio/SP, foram instaladas duas áreas, sendo um ensaio e uma área de

validação, localizadas respectivamente no município de Planalto/SP e Zacarias/SP. Estas iniciativas

foram realizadas em parceria com o Grupo Valochi. Um ensaio foi instalado em Planalto/SP, junto

à sede da Fazenda Lago Azul sobre solo classificado como LATOSSOLO Vermelho Amarelo,

típico, eutrófico e textura franco-argilo arenosa (Quadro 3), em canavial reformado com histórico

de 7 cortes da cv. SP 80-3250 e 17 t ha-1

de matéria seca de palhiço, no qual anualmente houve

fornecimento de cama de frango, torta de filtro e vinhaça. As características de fertilidade do solo

encontram-se no Quadro 4. Em virtude do histórico de fertilidade, não foi utilizado fertilizante na

semeadura do amendoim.

Quadro 03. Resultados da análise textural do LATOSSOLO Vermelho Amarelo, em Planalto/SP.

Coleta efetuada antes da instalação da pesquisa.

Areia total Areia Grossa Areia Fina Argila Silte

0-20 752 380 372 210 38

20-40 733 278 455 230 37

40-60 707 252 455 261 32

Quadro 04. Resultados da análise química do LATOSSOLO Vermelho Amarelo, em Planalto/SP.

Coleta efetuada antes da instalação da pesquisa.

Uma área de validação tecnológica foi instalada no município de Zacarias/SP, o canavial

apresentava histórico de 9 cortes (8 mecanizados + 1 manual) da cv. RB855536 e a quantidade de

palhada quantificada antes da instalação foi 21 t ha-1

de matéria seca de palhiço. As características

de textura e fertilidade encontram-se nos Quadro 5 e 6. Em Zacarias/SP, amendoim foi adubado

com 150 kg ha-1

de 05-37-00, pois a área fica 30 km de distância da cidade e não tem acesso a

aplicação de resíduos da indústria sucroalcooleira.

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Quadro 05. Resultados da análise textural do LATOSSOLO Amarelo, em Zacarias/SP. Coleta

efetuada antes da instalação da pesquisa.

Areia total Areia Grossa Areia Fina Argila Silte

0-20 745 332 413 182 73

20-40 761 348 413 175 64

40-60 725 347 378 198 77

Quadro 06. Resultados da análise química do LATOSSOLO Amarelo, em Zacarias/SP. Coleta

efetuada antes da instalação da pesquisa.

Nestas duas iniciativas foi cultivado o genótipo de amendoim IAC-503 (alto oleico, ciclo

longo de 135-140 dias, resistente a doenças foliares e estresse hídrico), o qual foi semeado nos dias

26/10/2015, mas houve necessidade de nova semeadura em Planalto/SP no dia 12/11/2015. A

semente utilizada pelo produtor foi produzida na propriedade na safra anterior e a densidade de

semeadura utilizada foi de 18 sementes por metro e espaçamento de 0,90 m entre linhas. Os tratores

utilizados tinham sistema de piloto automático, aspecto importante considerando que a utilização do

Rip Strip® demanda uso deste sistema, pois a semeadura deve coincidir com as faixas preparadas, a

fim de manter a qualidade da operação da semeadora. Em razão da praticidade, os três tratamentos

de manejo foram instalados lado a lado, deixando-se aproximadamente 1,0 hectare para cada

sistema. Em relação ao ensaio instalado em Pitangueiras/SP, o número de operações de preparo

foram iguais, todavia a enxada rotativa foi substituída por mais uma gradagem niveladora. Utilizou-

se a mesma semeadora, marca John Deere de seis linhas modelo 9213, nos três sistemas de manejo

(Figura 9). É importante salientar que devido a topografia mais suave, foi possível orientar a

semeadura em ângulo em relação à soqueira antiga da cana-de-açúcar, evitando dessa forma

coincidir algum carrinho da semeadora sobre a linha de cultivo. Verifica-se na Figura 10 a

qualidade do estande inicial

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Figura 9. Detalhes da instalação das áreas de validação em Planalto/SP e Zacarias/SP.

Família Valochi – Produtor

Parceiro

Parcelões Convencional x Plantio

Direto Planalto/SP – 2 ha cada

sistema

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Figura 10. Detalhes do estande inicial do Rip Strip, convencional e semeadura direta (direita).

As operações de arranquio foram realizadas nos dias 06/03/2016 e 29/03/2016,

respectivamente em Zacarias/SP e Planalto/SP. Após três dias de secagem em campo (processo de

cura), iniciaram-se as amostragens nas leiras para processamento em trilhadeira de parcelas e

posterior recolhimento com equipamento de alto rendimento, conforme apresentado na Figura 11.

Figura 11. Leira de amendoim em Zacarias (esquerda acima) e detalhes das vagens no manejo

conservacionista (superior direito), amostragem e trilhadeira, recolhedoras e faixas dos preparos.

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3.3. Amostragens e características avaliadas

Aproximadamente 15 dias após a semeadura procedeu-se a avaliação do estande inicial de

plantas (Figura 12). Para tal foram contabilizadas as plantas presentes em 1 metro de linha em 30

pontos em cada sistema de manejo em Planalto/SP e Zacarias/SP, obedecendo o grid de

amostragem que foi seguido posteriormente. No ensaio de Pitangueiras foram amostrados

aleatoriamente 10 pontos em cada parcela. No ensaio de Pitangueiras/SP, utilizou-se VANT

(veículo aéreo não tripulado) para levantamento de falhas nas linhas aos 40 dias após a semeadura.

Esta avaliação não estava programada, mas foi viabilizada por intermédio de parceria estabelecida

com a empresa Eficiente Soluções Florestais (Figura 12). Em posse das imagens geradas, foram

montadas as ortofotos que permitiram identificar em todas as parcelas o percentual de falhas na

lavoura.

Figura 12. Uso de Vant para levantamento de falhas no estande aos 40 dias após semeadura.

Dentre as avaliações previstas inicialmente, foi priorizada a coleta de plantas

quinzenalmente a partir dos 30 dias após semeadura. Nessas avaliações foram coletadas todas as

plantas presentes em 1 metro de linha, as quais foram arrancadas manualmente em cada uma das 7

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repetições do ensaio instalado em Pitangueiras/SP. As plantas foram levadas para APTA em

Ribeirão Preto/SP para lavagem e retirada das estruturas reprodutivas, contagem das mesmas,

separação da parte vegetativa e secagem em estufa com circulação forçada de ar quente. Essas

determinações foram realizadas aos 30, 45, 60, 75, 90, 105 e 120 dias após a semeadura. Na área

instalada em Zacarias/SP, deixou-se para realizar as avaliações somente na colheita. Em

Planalto/SP, foi estabelecido um grid de amostragem com 30 pontos demarcados previamente

(por ocasião do levantamento do estande inicial) e espaçados a cada 30 metros na linha e 16 metros

entre as linhas. Inicialmente, foram coletadas plantas nos 30 pontos em cada sistema, porém em

virtude do grande volume para ser transportado, reduziu-se para 9 pontos de coleta em cada

amostragem, três em cada repetição dos tratamentos de manejo de solo.

É importante esclarecer que enquanto em Zacarias/SP e Planalto/SP, a dessecação foi

realizada dias antes das operações de preparo e semeadura, utilizando herbicida glifosato, no ensaio

instalado em Pitangueiras/SP, em razão da colheita tardia e liberação do canavial para reforma

somente no final de novembro, não houve tempo hábil para efetuar a dessecação da soqueira de

cana antes da semeadura. Esse procedimento foi realizado com herbicida graminicida seletivo

(Haloxifop-R, p.c. Gallant) para a cultura do amendoim 30 dias após a semeadura e reaplicações

aos 75 e 90 dias. Verifica-se nas fotos apresentadas na Figura 13, que em virtude do excesso de

chuva, houve redução na eficiência do efeito do herbicida.

Figura 13. Vista da soqueira de cana aos 15 dias (superior esquerda), aos 30 dias (superior direita),

aos 45 dias (inferior esquerda) e aos 82 dias após a semeadura em Pitangueiras/SP, nos tratamentos

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preparo convencional e Rip Strip.

A resistência à penetração foi avaliada antes da instalação dos tratamentos e após a

semeadura da cultura em alguns estágios de desenvolvimento. Para tal utilizou-se penetrômetro

digital marca DLG modelo PNT-2000 (Figura 14), o qual possui motor elétrico que mantem força

constante, eliminando erro do operador. Em cada leitura, procedeu-se a coleta de amostras de solo

em diferentes camadas (0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm) para determinação da umidade

pelo método gravimétrico. Em Pitangueiras/SP as leituras foram realizadas em todas as repetições

dos tratamentos seguindo a casualização, enquanto que em Planalto/SP, foram realizadas leituras na

linha e entrelinha nos 30 pontos demarcados. O mesmo procedimento foi adotado após a colheita

em Zacarias/SP, conforme um grid de amostragem de 50 pontos (10 pontos por leira de amendoim

arrancado distantes 30 metros no sentido da linha e 15 metros entre leiras) em cada sistema.

Figura 14. Penetrômetro digital DLG em avaliação da resistência à penetração aos 35 e 55 dias após

a semeadura do amendoim IAC-503. Planalto/SP.

Em virtude do ano chuvoso, nas três inciativas instaladas não houve constatação da

ocorrência de virose TSWV. Por essa razão, não houve avaliação dessa doença. Vale também

explicar que, as contagens da infestação de tripes, bem como da incidência e severidade de doenças

foliares, não foram quantificadas devido à dificuldade de conciliar os levantamentos com as

pulverizações realizadas por calendário pelos agricultores. Contudo, convém salientar que são

informações importantes e que merecem estudos específicos para sua determinação.

O manejo fitossanitário entre os locais da pesquisa não foi o mesmo, pois os cultivares

utilizados apresentam tolerância diferente às pragas e doenças foliares, além disso são regiões com

microclimas contrastantes. O cultivar IAC-503 é mais tolerante a cercosporiose que o OL-3,

demandou duas pulverizações a menos. Em Pitangueiras/SP foram realizadas 9 pulverizações com

fungicidas, 3 com inseticidas e 4 com herbicidas (visando destruição da soqueira). Em Planalto/SP e

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18

Zacarias/SP, foram 7 aplicações com fungicidas, 3 com inseticidas e 1 com herbicida ao longo do

ciclo.

Com relação ao estudo do sistema radicular, não foi possível utilizar a técnica de

minirizotrons, conforme previsto na proposta. Existe na APTA Centro-Leste um equipamento da

marca CID-BioScience, modelo CI-600 (Processo Fapesp n.o 2010/02312-1), o qual necessita de

tubos de acesso para leitura das imagens. Estava previsto a compra dos tubos de acrílico, todavia

por se tratar de material de consumo importado, devido o cambio desfavorável e o tempo gasto com

importação, impediu a aquisição dos mesmos.

Procurou-se conciliar o uso dos já existentes com outros colegas, mas não foi possível. No

sentido de responder a essa importante avaliação, procurou-se utilizar o método da trincheira

(Figura 15) e da sonda. Foram abertas duas trincheiras em cada sistema de manejo em Planalto/SP,

no cultivar IAC-503 aos 105 dias após a semeadura, com as dimensões de 0,90 m de largura x 0,70

m de profundidade. Após preparação foram realizadas imagens para posterior análise. Utilizou-se o

método da sonda no ensaio de Pitangueira/SP, realizando-se amostragem aos 100 dias após a

semeadura, através da coleta de dois pontos por parcelas, nas profundidades 0-20 e 20-40 cm em

ambos os lados da linha de semeadura (15 cm e 30 cm ). As amostras foram lavadas, as impurezas

retiradas, foram geradas as imagens em scanner e após secagem avaliou-se a massa seca. As

imagens geradas foram processadas no software Safira para determinação do comprimento, área,

volume e diâmetro médio. Os resultados destas avaliações não estão finalizados para apresentação

no relatório.

Figura 15. Trincheiras para avaliação do sistema radicular do amendoim. Planalto/SP.

O procedimento na colheita das áreas de validação tecnológica baseou-se em uma grid de 70

pontos na iniciativa conduzida em Zacarias/SP e 40 pontos em Planalto/SP, para cada sistema de

manejo de solo. Após arranquio foram coletadas todas as plantas arrancadas presentes em 1 metro

de leira (2 metros de linha) em 10 pontos por leira a cada 20 metros. Foram amostras 7 leiras nos 3

sistemas em Zacarias/SP, pulando-se 3 leiras entre os pontos. As plantas presentes em cada ponto

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amostrado foram contadas, ensacadas, identificadas e trilhadas com trilhadeira de parcelas da

MIAC, sendo o processamento final realizado na APTA em Ribeirão Preto/SP (Figura 16).

Figura 16. Procedimento de colheita e processamento das amostras de amendoim colhidas em

Planalto/SP e Zacarias/SP.

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Foram quantificadas as perdas na colheita em todos os locais, seguindo metodologia descrita

por Silva et al. (2013). Foram amostrados 10 pontos em cada manejo de solo após o recolhimento

de toda a produção, sendo que cada ponto constou de área de 2 m2

. As vagens presentes na

superfície (visíveis) e enterradas até 10 cm (invisíveis) foram recolhidas, contadas, secas e pesadas

para determinação da produtividade potencial e percentual de perdas (Figura 17). Somente no

ensaio de Pitangueiras/SP, as amostras de cada parcela foram submetidas às determinações do

percentual de impureza e níveis de aflatoxina, análises realizadas no laboratório da COPLANA em

Jaboticabal.

Figura 17. Procedimento da quantificação das perdas de vagens após a colheita do amendoim nos

ensaios de Pitangueiras/SP e Planalto/SP.

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Após todas as coletas e antes do plantio do canavial, amostragens de solo para fins de

fertilidade e amostragens com anéis volumétricos (indeformadas) foram realizadas no ensaio de

Pitangueiras/SP e Planalto/SP. Foram coletadas 10 amostras simples para compor uma amostra

composta de fertilidade, nas camadas 0-5, 5-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade. As

mesmas foram encaminhas para o laboratório RIBERSOLO em Ribeirão Preto/SP, para realização

de análise de rotina. Os anéis volumétricos foram encaminhados para o laboratório ATHENAS em

Jaboticabal/SP para determinação da densidade do solo (Ds), macroporosidade, microporosidade e

porosidade total. Vale lembrar que os anéis volumétricos foram amostrados próximo da linha de

cultivo do amendoim nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm.

Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística descritiva antes de proceder

ANOVA , a qual foi efetuada com software estatístico AGROESTAT (UNESP Jaboticabal). As

leituras de resistência mecânica do solo à penetração e produtividade de vagens no ensaio de

Planalto/SP, serão analisados utilizando ferramentas da estatística multivariada para elaboração do

artigo, todavia não estão apresentados neste relatório.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verifica-se nas Figuras 18 e 19 , a quantidade acumulada de chuva na área experimental da

Usina Pitangueiras, localizada entre o Distrito de Luzitânia/SP e o município de Jaboticabal/SP.

Para analisar qual foi a distribuição mensal de chuvas e temperatura média, utilizou-se a base de

dados da UNESP-Campus de Jaboticabal, que está distante 25 km da referida área. Observa-se que

a choveu na região 1155 mm, entre dezembro (semeadura) e final de março (colheita), portanto

muito superior à média histórica dos últimos 30 anos. O mesmo ocorreu com a temperatura média

(Figura 20).

Figura 18. Pluviosidade mensal no ano 2015 e média histórica na UNESP/Jaboticabal. Distante

25km da área experimental entre Luzitânia/SP e Pitangueiras/SP.

Figura 19. Pluviosidade mensal no ano 2015 e média histórica na UNESP/Jaboticabal. Distante

25km da área experimental entre Luzitânia/SP e Pitangueiras/SP.

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23

Figura 20. Variação da temperatura média mensal no ano 2016 em comparação com a média

histórica. Dados da UNESP-FCAVJ, distante 25 km da área experimental.

Com relação ao experimento conduzido nos municípios de Planalto/SP e Zacarias/SP,

considerou-se a média de três localidades próximas aos experimentos, as quais estão apresentadas

no gráfico da Figura 21. A quantidade de chuva acumulada entre os meses de outubro e março

variou de 555 mm (Nhandeara/SP) até 1183 mm (Penápolis/SP), sendo a média considerada de 777

mm. Nota-se que na segunda quinzena de janeiro verificou-se período de veranico. Em virtude da

baixa altitude, próximo às margens do Rio Tietê, a temperatura média nos meses de janeiro e

fevereiro atingiram valores superiores 28 oC.

Figura 21. Distribuição das chuvas, das temperaturas máximas, mínimas no período

compreendido entre 01/10/2015 até 01/04/2016. Região de Planalto/SP e Zacarias/SP.

Considerou-se médias de três locais na referida região (Nhandera, Monte Aprazível e Penápolis).

CIAGRO/IAC.

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

35.0

40.0

45.0

1/10

/20

15

8/10

/20

15

15/

10/

201

5

22/

10/

201

5

29/

10/

201

5

5/11

/20

15

12/

11/

201

5

19/

11/

201

5

26/

11/

201

5

3/12

/20

15

10/

12/

201

5

17/

12/

201

5

24/

12/

201

5

31/

12/

201

5

7/1/

201

6

14/

01/

201

6

21/

01/

201

6

28/

01/

201

6

4/2/

201

6

11/

2/20

16

18/

02/

201

6

25/

02/

201

6

3/3/

201

6

10/

3/20

16

17/

03/

201

6

24/

03/

201

6

31/

03/

201

6

Tem

pe

ratu

ra (

Ce

lsiu

s)

Plu

vio

sid

ad

e (

mm

)

Dias

Chuva (mm)

Temp. Máx.

Temp. Míni.

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As informações sobre as variações microclimatológicas, auxiliam a interpretar os resultados

apresentados a seguir. Vale ressaltar que, por tratar-se de pesquisa em parceria com agricultores,

nem sempre é possível obter dados microclimatológico no próprio local. De qualquer maneira, o

ano agrícola 2015/16 foi caracterizado por excesso de chuva, fato que interfere sobremaneira nos

resultados de produtividade do amendoim, considerando-se que as pulverizações para controle de

doenças foliares são prejudicadas.

Com relação ao ensaio conduzido na Usina Pitangueiras, verifica-se na Tabela 1 os

resultados da produtividade de biomassa seca da cultivar IAC-OL3 quantificada quinzenalmente

desde 15 até 105 dias após a semeadura (DAS). Nota-se que, com exceção na amostragem realizada

aos 90 DAS, em todas as amostragens houve diferença estatística significativa entre os tratamentos

de manejo de solo. Na Figura 22 encontram-se as análises de regressões, que permitem visualizar o

menor acúmulo de biomassa seca na parte aérea das plantas desenvolvidas nos sistemas

conservacionistas, desde os 45 DAS até os 105 DAS. O menor acúmulo de biomassa seca nos

manejos conservacionistas, sobretudo no plantio direto, pode ser explicado parcialmente pela

competição por nutrientes, água e luz com a soqueira da cana-de-açúcar, durante fases decisivas da

cultura (ver detalhes no item Material e Métodos). Verifica-se na Tabela 2, que o atraso no

desenvolvimento inicial das plantas nos sistemas conservacionistas interferiu na emissão de

estruturas reprodutivas, reduzindo a produção de vagens por planta, principalmente nas avaliações

realizadas na fase inicial de crescimento, Contudo, na pré-colheita foram quantificadas mais vagens

nos sistemas conservacionistas, recuperação que não compensou o atraso no desenvolvimento e

enchimento das vagens. Nota-se na Figura 23, que o plantio direto apresentava 12,5 % menos

vagens nos estádios de maturação R7+R8+R9, evidenciando menor enchimento de vagens e

menor massa dos grãos. Além do atraso no desenvolvimento inicial, o menor estande inicial e final

de plantas e o menor rendimento de grãos, contribuiu para redução significativa na produtividade de

vagens no tratamento plantio direto (3 vezes menor que o convencional), conforme resultados da

Tabela 3. A % de impurezas quantificadas na colheita foi 10% maior no plantio direto, além de

uma tendência para aumento nos níveis de aflatoxina. Embora o sistema Rip Strip tenha

apresentado indicadores agronômicos semelhantes ao convencional, a produtividade de vagens foi

estatisticamente menor, provavelmente em decorrência da competição por nutrientes com a soqueira

ao longo do desenvolvimento da cultura do amendoim.

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Figura 22. Acúmulo da biomassa seca da parte aérea em amendoim IAC-OL3, cultivado em

diferentes sistemas de manejo de solo.

Tabela 01. Biomassa seca da parte aérea do cultivar de amendoim IAC-OL3, em diferentes sistemas de manejos de solo e

estádios de desenvolvimento, na reforma de cana crua em Pitangueiras/SP, 2016. Média de 10 repetições para perdas e 7

para as demais. Letras diferentes comparam médias (Tukey 5%) entre sistemas de manejo em cada data de amostragem.

Manejo

do Solo (M)

Biomassa Seca da Parte Aérea (kg ha-1

)

Dias Após a Semeadura (DAS)

15 30 45 60 75 90 105

Convencional 151.1 a 898.9 a 2443.3 a 5425.7 a 6659.7 a 6771 a 5235 ab

Rip Strip 164.3 a 1093 ab 1906.9 b 4427.3 ab 5647.3 b 6353 a 5624 a

Plantio Direto 88.7 b 581.9 b 934.8 c 3418.6 b 4097.1 c 5322 a 4492 b

Teste F 6.99 * 9.17 ** 89.48 ** 11.1 ** 23.3 ** 1.58 ns 4.81 *

d.m.s (Tukey 5%) 57,6 321.6 305.0 1136.5 1008.9 1909.3 989.9

CV% 29,9 26,3 12,1 18,0 12,9 21,5 13,6

yPC = -1.2045x2 + 219.82x - 3847.9 R² = 0.9067

yRS = -0.6439x2 + 151.27x - 2597.7 R² = 0.941

yPD = -0.3315x2 + 102.86x - 1957.5 R² = 0.8963

200

1200

2200

3200

4200

5200

6200

7200

0 15 30 45 60 75 90 105 120

Bio

ma

ssa

Se

ca R

am

as

( M

g h

a)

Dias Após Semeadura

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

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Figura 23.Porcentagem de vagens nos estádios R7+ R8+ R9 da cultivar de amendoim IAC-OL3,

em diferentes sistemas de manejo de solo, por ocasião da amostragem realizada aos 120 dias

após a semeadura. Pitangueiras, SP, 2016.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

PreparoConvencional

Rip Strip Plantio Direto

38.1

30.8

25.6

Po

rce

nta

gem

das

Vag

en

s

Maturação das Vagens aos 120 dias

% R7+ R8 + R9

Tabela 2 Número de vagens na cultivar de amendoim IAC-OL3, em diferentes sistemas de manejos de solo e estádios

de desenvolvimento, na reforma de cana crua em Pitangueiras/SP, 2016. Média de 10 repetições para perdas e 7 para

as demais. Letras diferentes comparam médias (Tukey 5%) entre sistemas de manejo em cada data de amostragem.

Manejo

do Solo (M)

Número de Vagens por Planta

Dias Após a Semeadura (DAS)

60 75 90 105 120

Convencional 3.1 a 15.6 a 19.1 a 24.4 a 10.7 b

Rip Strip 4.4 ab 10.3 b 17.6 a 35.1 a 18.9 ab

Plantio Direto 1.1 b 8.1 b 16.3 a 34.6 a 30.4 a

Teste F 8.0 ** 8.8 ** 0.43 ns 1.33 ns 4.49 *

d.m.s (Tukey 5%) 2.1 4.8 8.25 19.8 17.6

CV% 52,1 28,8 32,7 44,3 61,8

Tabela 3. Características agronômicas do cultivar de amendoim IAC-OL3, em diferentes sistemas de manejos de solo

na reforma de cana crua em Pitangueiras/SP, 2016. Letras diferentes comparam médias (Tukey 5%) entre sistemas

de manejo em cada data de amostragem.

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27

Os resultados da biomassa seca acumulada na parte aérea das plantas referente ao ensaio

conduzido em Planalto/SP, encontram-se na Tabela 4. Observa-se que somente no início do

desenvolvimento (30 e 45 DAS) houve diferenças estatística entre os tratamentos de manejo de

solo. As plantas do tratamento plantio direto acumularam menos biomassa seca nas folhas e ramas

no início de desenvolvimento da cultivar IAC-503. Deve-se salientar que o genótipo de amendoim

IAC-503 apresenta maior vigor vegetativo que a IAC-OL-3, razão pela qual mesmo com menor

quantidade de chuva acumulada e solo com potencial produtivo menor, a média de produtividade de

biomassa seca foi superior em Planalto/SP. Conforme demonstrado na Figura 24, as plantas

acumularam maior biomassa seca ao 90 DAS no Rip Strip e observou-se ao contrário de

Pitangueiras/SP, uma maior retenção de folhas no final de ciclo no tratamento plantio direto (640 kg

ha-1

a mais de matéria seca de folhas e ramas) em comparação com o sistema convencional. A

retenção de folhas verdes no final do ciclo tem uma implicação prática importante, pois favorece o

arranquio (menor desprendimento das vagens) e está relacionada com a menor incidência de

doenças foliares nesta fase da cultura. Porter e Wright (1991) no estado de Virginia (EUA),

concluíram que tanto a incidência (% de infecção) quanto a severidade (% de queda de folhas) de

Cercospora arachidicola foram significativamente diminuídas no sistema plantio direto. Estes

autores explicam que a palhada reduziu a dispersão até as folhas, pelas gotas da chuva, das

estruturas do fungo presentes sobre a superfície do solo.

Manejo

do Solo (M)

Estande

Inicial de

Plantas

Estande

Final de

Plantas

Produtividade

de Vagens

Rendimento

de Grãos Impurezas Aflatoxina

Perdas

na

Colheita

plantas m-1

kg ha-1

% % ppb kg ha-1

Convencional 16.3 a 16.4 a 6046 a 76.1 a 11.3 b 0.96 a 761 a

Rip Strip 16.3 a 14.2 a 4514 b 75.5 a 14.2 b 0.20 a 775 a

Plantio Direto 11.2 b 11.0 b 2054 c 70.2 b 20.2 a 1.78 b 543 a

Teste F 9.6 ** 13.2 ** 52.7 ** 12.3 ** 8.9 ** 1.41 ns 1.14 ns

d.m.s (Tukey 5%) 3.6 2.8 1046 3.5 5.7 2.52 439

CV% 17,2 13,2 17,5 3,3

26,3 180,0

55,6

Tabela 4. Biomassa seca da parte aérea do cultivar de amendoim IAC-503, em diferentes sistemas de manejos de solo e

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28

Figura 24. Acúmulo da biomassa seca da parte aérea em amendoim IAC-OL3, cultivado em

diferentes sistemas de manejo de solo.

yPC = -2.1602x2 + 372.51x - 8364 R² = 0.9494

yRS = -2.3406x2 + 406.32x - 9589.5 R² = 0.9682

yPD = -1.9875x2 + 359.16x - 8821.7 R² = 0.9513

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

0 15 30 45 60 75 90 105 120 135

Bio

ma

ssa

Se

ca P

art

e A

ére

a (

Mg

ha

-1)

Dias Após a Semeadura

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

estádios de desenvolvimento, na reforma de cana crua em Planalto/SP, 2016. Média de 9 repetições para perdas e 7 para

as demais. Letras diferentes comparam médias (Tukey 5%) entre sistemas de manejo em cada data de amostragem.

Manejo

do Solo (M)

Biomassa Seca da Parte Aérea (kg ha-1

)

Dias Após a Semeadura (DAS)

30 45 60 75 90 105 120

Convencional 783 a 3629 a 7286 a 7242 a 6991 a 7015 a 5411 a

Rip Strip 736 a 3247 a 6958 a 7556 a 8384 a 6738 a 5667 a

Plantio Direto 555 b 2379 b 5801 a 7766 a 7042 a 6632 a 5851 a

Teste F 25,3** 11.6 ** 3.4 ns 0.26 ns 3.01 ns 0.15 ns 0.39 ns

d.m.s (Tukey 5%) 84,8 666 1505 1851 1617 1794 1253

CV% 10,4 18,2 19,0 20,8 18,3 22,3 18,8

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29

As amostragens para quantificar o número de estruturas reprodutivas ao longo do ciclo estão

apresentadas na Tabela 5. Observa-se que somente aos 105 DAS houve diferença estatística no

número de vagens por planta, entre os tratamentos de manejo de solo, com redução de 44 %

(p>0,05%) e 50% (p<0,05%) nos tratamentos Rip Strip e Plantio Direto, respectivamente. Não

houve problema na dessecação da soqueira de cana-de-açúcar, bem como não houve diferença entre

datas de semeadura nesta iniciativa instalada em um Latossolo Vermelho Amarelo localizado em

Planalto. O estabelecimento inicial da cultura é uma das principais dúvidas quanto à viabilidade de

produzir amendoim em condição de palhada, considerando que a semente do amendoim pode

perder a película e abrir com facilidade, além ser recalcitrante e normalmente de tamanho grande,

demandando bom conteúdo de umidade para iniciar processo de germinação e emergência.

Portanto, avaliações do estande foram realizadas desde a emergência até a colheita.

Tabela 5. Número de vagens na cultivar de amendoim IAC-503, em diferentes sistemas

de manejos de solo e estádios de desenvolvimento, na reforma de cana crua em

Planalto/SP, 2016. Letras diferentes comparam médias (Tukey 5%) entre sistemas de

manejo em cada data de amostragem.

Manejo

do Solo (M)

Número de Vagens por Planta

Dias Após a Semeadura (DAS)

75 90 105 120

Convencional 14.7 23.7 24 a 39.7

Rip Strip 12.3 19.2 16 ab 37.1

Plantio Direto 14.8 19.8 12 b 30.3

Teste F 0.38 ns 1.34 ns 4.1 * 2.7 ns

d.m.s (Tukey 5%) 8.1 7.4 10.6 10.5

CV% 49,0 30,1 51,3 24,9

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30

Na Figura 25, nota-se que o estande inicial no plantio direto não foi significativamente

menor em relação aos sistemas convencional e preparo em faixa (Rip Strip). Esta avaliação quando

realizada na colheita, evidencia que somente no preparo em faixa não ocorreu diminuição no

estande. Verifica-se na Figura 26, que as amostragens expressaram produtividades menores que o

valor obtido pela colheita em área total (0,7943 ha no preparo convencional, 1.505 ha no Rip Strip

e 0.8754 ha no plantio direto), com exceção do plantio direto. Nota-se que a produtividade de

vagens medida pelas amostragens no plantio direto foi 19 e 35% maior, em comparação com os

preparos convencional e Rip Strip, respectivamente. Contudo ao colher-se a área total, as falhas

contribuíram para reduzir entre 39 e 42 sacas por alqueire na semeadura direta em comparação com

o preparo convencional e Rip Strip, que praticamente não diferiram entre si. Depreende-se disso,

que se forem corrigidas as falhas através de semeadora adequada, qualidade de sementes e boa

condição de umidade, poder-se-ia obter bons resultados em condição de palhada. Estes resultados

concordam com trabalhos conduzidos em outros países, nos quais também testaram o Rip Strip

(Faircloth et al., 2012; Godsey et al., 2011) e para nossas condições em pesquisas que compararam

somente plantio direto e convencional (Tasso Junior, 2003; Bolonhezi et al., 2007; Crusciol e

Soratto, 2008). A possibilidade de perdas na operação de arranquio é outra importante dúvida que

dificulta a adoção dos manejos conservacionistas. Quanto a isto, verifica-se na Figura 26, que nos

tratamentos plantio direto e Rip Strip, as perdas quantificadas após o arranquio e recolhimento

foram em média 6% menores que as medidas no tratamento com preparo convencional. Mesma

tendência é verificada para a área de validação conduzida nas condições de Latossolo Amarelo

localizado em Zacarias/SP, conforme apresentado nas Figuras 28 e 29. Esta informação confirma

mais uma vez que ao contrário do que se espera, a grande quantidade de palhiço da cana auxilia a

manter umidade e facilita a operação de arranquio. Bolonhezi et al. (2009a, 2009b) concluíram em

pesquisa conduzida em parceria com a Usina Guaíra, que a produtividade de vagens foi superior no

plantio direto sobre palhiço de cana crua e que as perdas (980 kg ha-1

) foram significativamente

menores que no sistema convencional de preparo (1800 kg ha-1

). Por outro lado, Bolonhezi et al.

(2014) verificaram que as perdas no arranquio e recolhimento foram 12, 12.3 e 17 sacas por ha,

respectivamente no sistemas convencional de preparo, cultivo mínimo com destruidor mecânico de

soqueira e semeadura direta.

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31

Figura 25. Estande inicial e final de plantas do genótipo de amendoim IAC-503, cultivado em

diferentes sistemas de manejo de solo na reforma de cana crua, para as condições

edafoclimáticas de Planalto/SP. M

Figura 26. Produtividade de vagens (kg ha

-1) do genótipo de amendoim IAC-503, cultivado em diferentes

sistemas de manejo de solo na reforma de cana crua, para as condições edafoclimáticas de Planalto/SP.

Amostragens referem-se a médias de 48 pontos. Área total no plantio direto, Rip Strip e convencional,

respectivamente 0.79, 1.51 e 0.88 hectares.

12

12.5

13

13.5

14

14.5

15

Convencional Rip Strip Plantio Direto

14.5

14.9

13.7 13.5

15.0

13.0

Pla

nta

s p

or

me

tro

Sistemas de Manejo

IAC-503 Estande Inicial

Estande Final

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Convencional Rip Strip Plantio Direto

4881 4848 4445

3834 A

3089 A

4750 A

Pro

du

tiv

ida

de

de

Va

ge

ns

(kg

ha

)

Sistemas de Manejo

IAC-503 Área Total

Amostragens

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32

Figura 27. Perdas na colheita do amendoim, expressas em sacas de 25 kg por hectare. Médias de

10 pontos de amostragem em cada faixa de manejo de solo. Planalto/SP, safra 2015/16

Figura 28. Produtividade de vagens (kg ha

-1) do genótipo de amendoim IAC-503, cultivado em

diferentes sistemas de manejo de solo na reforma de cana crua, para as condições

edafoclimáticas de Zacarias/SP. Amostragens referem-se a média de 70 pontos de amostragem

em 1 hectare de área em cada sistema.

0

10

20

30

40

50

60

70

Convencional Rip Strip Plantio Direto

66.3 (14,1%)

37.6 (8,1%) 35.3 (8.2%)

Pe

rda

s n

o A

rra

nq

uio

(s

c/a

lq)

IAC-503

0

100

200

300

400

500

600

700

Convencional Rip Strip Plantio Direto

6973

6033

5196

Pro

du

tiv

ida

de

de

Va

ge

ns

(kg

ha

)

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33

Figura 29. Perdas na colheita do amendoim, expressas em sacas de 25 kg por hectare. Médias de

10 pontos de amostragem em cada faixa de manejo de solo, para as condições edafoclimáticas de

Zacarias/SP, safra 2015/16.

É importante mencionar que nas áreas de validação não existe controle local dos

tratamentos, dificultando a utilização das ferramentas estatísticas convencionais de análise da

variância. Todavia, o acompanhamento criterioso de áreas comerciais, permite extrair conclusões,

que não são possíveis de obtenção em experimentos clássicos e instalados com parcelas pequenas,

tais como as perdas no processo de colheita. Embora não apresentados na totalidade neste

relatório, procurou-se aplicar outras recursos da estatística nestes dados coletados nas áreas

comerciais, a fim de aprimorar as conclusões. Na Figura 30 está apresentada a variabilidade

espacial das produtividades de vagens na validação comercial de Planalto/SP. A variabilidade da

produtividade apresentada na forma de um mapa auxilia a interpretar o desempenho dos sistemas de

manejo de solo estudados. Como as áreas eram contíguas e com dimensões semelhantes, é possível

identificar zonas de altas produtividades no sistema plantio direto, porém considerando a colheita na

área total verifica-se melhor resultado para o tratamento com solo preparado. Uma das explicações

para a diferença entre as amostragens e os pontos poder-se-ia explicar através das diferenças no

estande final de plantas, contudo não são argumentos suficientes. Portanto, outros meios devem ser

utilizados para explicar estas diferenças entre a amostragem e os dados brutos colhidos em lavouras

comerciais

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Convencional Rip Strip Plantio Direto

70 (10.4%)

42 (7.2%)

33 (6.6%)

Pe

rda

s (S

c/a

lq)

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34

Figura 30. Variabilidade da produtividade de vagens do genótipo de amendoim IAC-503. Grid de

amostragem de 48 pontos em cada manejo de solo (12 pontos em 4 leiras espaçado a cada 50

metros), para as condições edafoclimáticas de Planalto/SP, safra 2015/16.

Convencional Plantio Direto Rip Strip

Faixas da Produtividade de Vagens (kg ha-1

)

≤1000 2000 3000 4000 ≥5000

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35

A variabilidade da produtividade apresentada na forma de um mapa auxilia a interpretar o

desempenho dos sistemas de manejo de solo estudados. Como as áreas eram contíguas e com

dimensões semelhantes, é possível identificar zonas de altas produtividades no sistema plantio

direto, porém considerando a colheita na área total verifica-se melhor resultado para o tratamento

com solo preparado. Uma das explicações para a diferença entre as amostragens e os pontos poder-

se-ia explicar através das diferenças no estande final de plantas, contudo não são argumentos

suficientes. Portanto, outros meios devem ser utilizados para explicar estas diferenças entre a

amostragem e os dados brutos colhidos em lavouras comerciais.

No experimento conduzido em Pitangueiras/SP, utilizou-se a moderna tecnologia dos

VANTS (Veículo Aéreo Não Tripulado) para identificar as falhas no estande inicial. A aplicação

desta técnica encontra-se na Figura 31, na qual pôde-se avaliar toda a área experimental através da

montagem das fotos. Pelo sensor utilizado (NIR-Near Infrared Reflectance), as faixas claras

representam os tratamentos de manejo de solo que mantiveram os resíduos da cana crua sobre a

superfície do solo.

Figura 31. A) Ortofoto Processada em banda NIR e B) Ortofoto com demarcações de pontos e

linhas correspondentes as áreas amostradas para cada uma das repetições.

A B

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36

Após quantificação minuciosa das falhas visíveis em cada faixa considerada, o valor total foi

somado para cada repetição dos três tratamentos de manejo de solo e expressos em termos de

porcentagem do comprimento amostrado. Verifica-se na Tabela 6 que as falhas quantificadas aos 45

DAS na cultivar IAC-OL3 foi 10 e 100 vezes maior nos tratamentos Rip Strip e Plantio Direto,

respectivamente, em comparação com o tratamento preparo convencional. Esses resultados ajudam

a explicar as menores produtividades de vagens nos sistemas conservacionistas de manejo de solo

do amendoim no experimento em questão. Essa ferramenta será útil em futuros trabalhos com o

objetivo de avaliar tratamentos em escala comercial.

Deve-se salientar que a utilização de GPS nos tratores é uma tecnologia cada vez mais

utilizada pelos produtores de amendoim. A principal aplicação do uso das ferramentas da

agricultura de precisão na cultura do amendoim, refere-se à redução de perdas no processo de

colheita. De acordo com Ortiz et al. (2013), são estimadas perdas de 186 kg ha-1

de vagens para

cada 0,20 mm de desvio do arrancador em relação à linha central. Na presente pesquisa, houve a

necessidade de utilizar tratores com GPS, pois o uso do Rip Strip necessita de coincidir a linha da

semeadora com as faixas previamente preparadas. Contudo, no arranquio não foi utilizado o mesmo

traçado da semeadura, razão pela qual as perdas no Rip Strip foram semelhantes ao plantio direto.

Em futuras pesquisas, sugere-se realizar as avaliações das perdas acompanhando o mesmo grid de

amostragens da produtividade, bem como de outras informações de fertilidade e física do solo

avaliadas, procurando-se estabelecer as correlações e conseguir explicar as causas das diferenças

em produtividade de vagens.

Tabela 6. Quantificação das falhas (m) através de imagens geradas por VANT em experimento

com amendoim IAC-OL3 cultivado em diferentes sistemas de manejo de solo. Pitangueiras/SP,

Avaliação realizada aos 45 DAS.

Preparo Convencional Plantio Direto Rip Strip

Repetições Comprimento (m) Falhas

(m) Comprimento (m)

Falhas

(m) Comprimento (m)

Falhas

(m)

1 204,60 1,01 205,99 29,00 205,36 14,53

2 203,49 0,14 202,24 70,45 204,75 4,88

3 202,87 0,00 204,35 33,83 204,48 2,42

4 203,73 0,00 204,93 57,12 203,34 1,41

5 204,17 0,60 204,38 39,98 203,65 5,60

6 204,30 0,84 204,12 8,48 203,45 4,67

7 203,37 0,00 211,28 67,07 207,18 2,63

Total (m) 1426,52 2,59 1437,27 305,94 1432,22 36,16

% Falhas 0.18% 21.29 % 2.52 %

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37

As explicações para as menores produtividades de vagens observadas nos sistemas de

manejo conservacionistas, podem também estarem relacionadas com a maior compactação do solo

decorrente dos anos de colheita mecanizada de cana crua. Com o intuito de avaliar a resistência

mecânica do solo à penetração (RMSP), foram efetuadas medições com penetrômetro digital de

força constante da marca DLG, modelo PNT-2000. Para as áreas de validação conduzida em

Planalto/SP, a leitura realizada na entrelinha (Figura 33), em período mais úmido e aos 30 DAS, os

maiores valores de RMSP foram observados no Plantio Direto (> 3,0 MPa na camada de 10 a 30

cm de profundidade). Nas leituras efetuadas na linha de semeadura (Figura 33), verifica-se uma

redução da RMSP, sendo maior no plantio direto nos primeiros 30 cm e maior no Rip Strip abaixo

desta camada. Provavelmente, devido a operação com o Rip Strip ter sido realizada com solo muito

úmido, houve um “espelhamento” do solo ocasionado pela ponteira da haste subsoladora do

equipamento. Por outro lado, no mês janeiro ocorreu período de veranico, condição que favoreceu

maior perda de água no tratamento sob preparo convencional, refletindo em aumento da RMSP,

sobretudo na camada de 10 até 25 cm de profundidade nas leituras realizadas na entrelinha (Figura

34). Esta maior RMSP no preparo convencional fica mais pronunciada na linha de semeadura

(Figura 35), onde se verificaram valores expressivamente menores nos manejos conservacionistas,

principalmente no Rip Strip, da superfície até 35 cm. A confirmação do menor conteúdo de água no

solo no preparo convencional, pode ser verificado na Figura 36.

Figura 32. Resistência mecânica do solo à penetração (MPa), medidos na entrelinha da cultura

do amendoim, em diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Planalto/SP,

17/12/2015. Média de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50

Pro

fun

did

ad

e (

mm

)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Entrelinha - 17/12/2016

Preparo Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

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38

Figura 33. Resistência à penetração (MPa) medidos na linha da cultura amendoim em diferentes

sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Planalto/SP, 17/12/2015. Média de 10

pontos em três repetições de cada tratamento.

Figura 34. Resistência à penetração (MPa) medidos na entrelinha da cultura do amendoim em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Planalto/SP, 07/01/2016. Média

de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

fun

did

ad

e (

mm

) Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Linha - 17/12/2016

Preparo Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

fun

did

ad

e d

o s

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Entrelinha - 07/01/2016

Plantio Direto

Preparo Convencional

Rip Strip

Page 39: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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39

Figura 35. Resistência à penetração (MPa) medidos na linha da cultura do amendoim em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Planalto/SP, 07/01/2016. Média

de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

Figura 36. Conteúdo de água no solo em diferentes sistemas de manejo e profundidades de

amostragem. Planalto,SP, 07/01/2016.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50

Pro

fun

did

ad

e (

mm

) Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Linha - 07/01/2016

Plantio Direto

Preparo Convencional

Rip Strip

0

10

20

30

40

50

60

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Umidade do Solo (g H2O g Solo)

Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

Page 40: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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40

Para o ensaio de Pitangueiras/SP, instalado sobre Latossolo Vermelho muito argiloso, nas

avaliações realizadas na entrelinha aos 45 DAS, demonstraram menor RMSP no tratamento

plantio direto, considerando o perfil entre 10 e 40 cm de profundidade (Figura 37). Todavia, na

linha de semeadura, o plantio direto apresentou maiores valores de RMSP abaixo de 30 cm de

profundidade (Figura 38). Nesta fase a palhada presente nos manejos conservacionistas reduzem as

perdas de água e consequentemente a RMSP (Figura 39).

Figura 37. Resistência à penetração (MPa) medidos na entrelinha da cultura do amendoim em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Pitangueiras/SP, 19/01/2016.

Média de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

Figura 38. Resistência à penetração (MPa) medidos na linha da cultura do amendoim em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Pitangueiras/SP, 19/01/2016.

Média de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Entrelinha- 19/01/2016

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Linha - 19/01/2016

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

Page 41: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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41

Figura 39. Conteúdo de água no solo em diferentes sistemas de manejo e profundidades de

amostragem. Pitangueiras,SP, 19/01/2016.

Avaliações realizadas na pré-colheita, demonstram redução da RMSP no plantio direto na

entrelinha (Figura 40) e expressiva redução no preparo convencional nas leituras efetuadas na

linha de semeadura, a partir dos 35 cm de profundidade (Figura 41). Embora ainda não tivesse

sido colhido ao amendoim, este diagnóstico indica como a gleba seria devolvida para plantio da

cana-de-açúcar na sequência.

Figura 40. Resistência à penetração (MPa) medidos na entrelinha da cultura do amendoim, em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Pitangueiras/SP, 29/03/2016.

Média de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

0

10

20

30

40

50

60

0.030 0.050 0.070 0.090 0.110 0.130 0.150

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Umidade do Solo (g H2O g Solo)

Rip Strip

Convencional

Plantio Direto

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Entrelinha - 29/03/2016

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

Page 42: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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42

Figura 41.Resistência à penetração (MPa) medidos na linha da cultura do amendoim, em

diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Pitangueiras/SP, 29/03/2016.

Média de 10 pontos em três repetições de cada tratamento.

Bolonhezi et al.. (2014) encontraram maiores valores da RMSP abaixo dos 30 cm no sistema

de manejo convencional de amendoim, em comparação com solo preparado, nas medições

efetuadas após as operações de colheita do amendoim, porém sem discriminar as leituras na linha e

entrelinha. É de suma importância essa informação, considerando que o preparo do solo em reforma

de canaviais é justificado na maioria das vezes para favorecer o canavial que será plantado na

sequencia. Porém, os resultados podem ser muito desfavoráveis após a colheita do amendoim,

devido às operações de arranquio, tráfego de transbordo e da recolhedora. Os resultados

apresentados na Figura 42, referem-se às leituras efetuadas após o arranquio do amendoim na área

de validação conduzida em Latossolo Amarelo em Zacarias/SP. Nota-se que desde a superfície até

a profundidade de 40 cm, os valores médios de RMSP são verificados no plantio direto. Contudo,

não houve diferença significativa entre o Rip Strip e sistema convencional que demandou 6

operações de preparo do solo.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (mm)

Linha- 29/03/2016

Preparo Convencional

Rip Strip

Plantio Direto

Page 43: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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43

Figura 42. Resistência à penetração (MPa) medidos após a operação de arranquio do amendoim

em diferentes sistemas de manejo do solo na reforma de canaviais. Zacarias/SP, 18/03/2016.

Média de 50 pontos em cada tratamento.

A maior resistência à penetração verificada no plantio direto, ultrapassa os níveis

considerados aceitáveis para o pleno desenvolvimento do sistema radicular, que segundo Canarache

(1990) situam-se no limite máximo de 2,5 MPa. Segundo Arshad et al. (1996) citado por Roque et

al. (2003) em solos não mobilizados anualmente, como é o caso da cana-de-açúcar, os valores

médios entre 2 e 4 MPa não são impeditivos ao crescimento radicular, afirmando que são toleráveis

valores até 4 MPa. Tormena et al. (1998) menciona que para a maioria das culturas o valor de 2,0

MPa já seria limitante. Além da RMSP, outras características físicas do solo devem ser analisado

para entender o impacto dos manejos de solo estudados. No ensaio de Pitangueiras/SP, instalado

sobre Latosso Vermelho argiloso, verifica-se na Tabela 7 que houve interação significativa entre

sistema de manejo do solo e profundidade de amostragem para densidade do solo (Ds) e

macroporosidade (Ma), enquanto que para microporosidade e porosidade total não foram detectadas

diferenças estatísticas entre os tratamentos. A densidade do solo é significativamente maior no

plantio direto, bem como a macroporosidade é reduzida na camada de 0-5 cm (Tabelas 8 e 9). De

acordo com Leonel et al. (2007), a densidade crítica ao desenvolvimento do amendoim é 1,40 g cm-

3, a partir da qual ocorre diminuição da biomassa da parte aérea e produtividade de vagens. Esses

autores esclarecem que o amendoim é mais sensível que a soja em termos de adensamento do solo,

provavelmente devido às peculiaridades morfofisiológicas desta leguminosa.

0

100

200

300

400

500

600

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00

Pro

fun

did

ad

e n

o S

olo

(m

m)

Resistência Mecânica do Solo à Penetração (MPa)

Plantio Direto

Preparo Convencional

Rip Strip

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44

Tabela 7. Valores médios de macroporosidade (m3m

-3), microporosidade (m

3m

-3),

porosidade total (m3m

-3), densidade (g cm

-3), m três sistemas de manejo dos solo e

profundidades de amostragem. Pitangueiras/SP, amostragem em março de 2016.

Sistemas de Manejo Macroposidade

(m3 m

-3)

Microposidade

(m3 m

-3)

Porosidade

Total

(m3 m

-3)

Densidade

(g cm-3

)

Preparo Convencional 15.6 a 31.4 a 46.9 a 1.29 a

Rip Strip 13.3 a 36.0 a 52.6 a 1.33 a

Plantio Direto 12.1 a 35.0 a 47.9 a 1.36 a

Teste F 1.83 ns 1.52 ns 0.75 ns 0.40 ns

dms (5%) 6.5 7.90 15.1 0.09

Profundidade (P)

0 - 5 15.6 a 35.2 a 54.2 a 1.38 a

5 - 10 14.9 ab 35.0 a 49.7 ab 1.37 a

10 - 20 13.8 ab 34.5 a 47.0 ab 1.31 ab

20 - 40 12.3 b 33.9 a 46.9 ab 1.29 b

40 - 60 11.7 b 32.1 a 46.4 b 1.27 b

Teste F 4.47 ** 0.74 ns 2.64 ns 4.88 **

dms (5%) 3.2 5.44 7.4 0.08

Interação (SxP) 2.8 * 0.90 ns 1.91 ns 6.3 **

CV parcela (%) 36,5 22,6 30,1 6,7

CV Subparcela (%) 17,2 12,9 12,3 5,1

Tabela 8 Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Densidade do Solo, referente às amostragens feitas após colheita do

amendoim. Pitangueiras, SP, 2016. Média de 7 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 1.20 Ab 1.25 Ab 1.32 Aa 1.33 Aa 1.32 Aa 2.24 ns

Rip Strip 1.26 Ab 1.22 Ab 1.34 Aba 1.41 Ba 1.47 Ba 5.88 **

Plantio Direto 1.46 Aa 1.40 Aa 1.15 Bb 1.40 Bb 1.37 Aa 9.35 **

Teste F 11.05** 5.15* 6.40** 1.20 ns 1.85 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 0.14 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 0.16 , letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 9. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Macroporosidade, referente às amostragens feitas após colheita do

amendoim. Pitangueiras, SP, 2016. Média de 7 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 18.9 Aa 15.9 Aa 14.5 Aa 14.5 Aa 14.2 Aa 2.1 ns

Rip Strip 17.7 Aa 14.6 Aba 11.8 Ba 11.5 Ba 11.0 Ba 4.3 **

Plantio Direto 15.6 Ab 14.3Aba 10.7 Ba 10.2 Ba 9.9 Ba 3.7 *

Teste F 7.1 ** 0.22 ns 1.43 ns 1.21 ns 1.55 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 6.68 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 5.66 , letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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45

Com relação à área de validação tecnológica conduzida em Planalto/SP, em Latossolo

Vermelho Amarelo, nota-se na Figura 43 que a densidade do solo (Ds) avaliada na pré colheita do

amendoim foi estatisticamente maior no sistema de preparo convencional na camada entre 15 e 30

cm de profundidade, com menores valores observados no tratamento com Rip Strip. Todos os

tratamentos de manejo de solo aumentaram a porosidade total em comparação com as avaliações

realizadas antes da reforma (Figura 44). Verificou-se aumento na microporosidade no tratamento

convencional na camada compreendida entre 5 e 40 cm de profundidade (Figura 45), resultado que

encontra respaldo nas leituras da RMSP. Por outro lado, o equipamento Rip Strip proporcionou

aumento na macroporosidade na camada entre 20 e 40 cm. Os resultados apresentados demonstram

que o preparo de solo intensivo na reforma de canaviais, nem sempre é necessário. Em muitas

situações, o preparo convencional contribui para piorar as características físicas, ao contrário do que

se busca. A justificativa do preparo deve seguir critérios mais técnicos e sem generalizações. Silva

Junior et al. (2013), em pesquisa comparando sistemas de manejo do solo para cana-de-açúcar para

as condições do Mato Grosso do Sul, concluíram em duas safras que o plantio direto aumentou a

densidade do solo e a RMSP, com consequente redução de 20 Mg ha-1

na produtividade de colmos,

em comparação com os preparos convencionais. Resta saber se ,com o uso da colheita mecanizada

esta realidade será alterada ao longo dos cortes, considerando que 80% da compactação é

decorrente da primeira colheita

Figura 43. Densidade do solo (g cm-3

) em diferentes sistemas de manejo do solo para reforma de

cana crua com a cultura do amendoim em Latossolo Vermelho Amarelo, situado em Planalto/SP.

Amostra coletada em março de 2016.

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

1.30 1.40 1.50 1.60 1.70 1.80 1.90

Pro

fun

did

ad

e d

o S

lo (

cm)

Densidade do Solo (g cm-3)

Convencional

Plantio Direto

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46

Figura 44. Porosidade total (m3 m

-3) em diferentes sistemas de manejo do solo para reforma de

cana crua com a cultura do amendoim em Latossolo Vermelho Amarelo, situado em Planalto/SP.

Amostra coletada em março de 2016.

Figura 45. Microporosidade (m3 m

-3) em diferentes sistemas de manejo do solo para reforma de

cana crua com a cultura do amendoim em Latossolo Vermelho Amarelo, situado em Planalto/SP.

Amostra coletada em março de 2016.

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00 50.00P

rofu

nd

idad

e d

o S

olo

(cm

) Porosidade Total (m3 m-3)

Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

Antes da reforma

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

20.00 22.00 24.00 26.00 28.00 30.00

Pro

fun

did

ad

e d

o S

olo

(cm

)

Microporosidade (m3 m-3)

Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

Antes da Reforma

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47

Figura 46. Macroporosidade (m3 m

-3) em diferentes sistemas de manejo do solo para reforma de

cana crua com a cultura do amendoim em Latossolo Vermelho Amarelo, situado em Planalto/SP.

Amostra coletada em março de 2016.

As características químicas da fertilidade do solo são alteradas pelo manejo de solo

utilizado. No caso de reforma de canaviais, o entendimento dessas alterações são importantes,

considerando que as adubações e aplicação de corretivos são realizadas neste período, visando

melhorar o perfil do solo para a cana-de-açúcar a ser cultivada na sequência. Os resultados das

análises referentes às amostras coletadas antes da reforma estão demonstrados no item Material e

Métodos. Após a colheita foram realizadas amostragens estratificadas, com os objetivos de

identificar em quais condições de fertilidade do solo a gleba será disponibilizada para o cultivo da

cana-de-açúcar. Verifica-se na Tabela 10 que houve interação significativa para todas as

características referentes à análise de rotina (macronutrientes). Neste caso os resultados devem ser

interpretados nos desdobramento. Todavia, para os micronutrientes (Tabela 11), não houve

interação significativa. Nota-se que a manutenção da palhada de cana crua acumulada ao longo dos

anos, contribui para manter mais altos teores de micronutrientes, principalmente para Zn, Cu e B,

devido principalmente à manutenção e aumento da matéria orgânica no solo, principalmente na

camada superficial (Tabela 12).

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00P

rofu

nd

ida

de

do

So

lo (

cm)

Macroporosidade (m3 m-3)

Convencional

Plantio Direto

Rip Strip

Antes da Reforma

Page 48: RELATÓRIO TÉCNICO FINAL - Agrisussc) para a variedade Granoleico. Verificou também que lucro bruto na área de cultivo convencional atingiu R$ 483,45 ha-1, enquanto na área de

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48

Tabela 10. Resultados das análises químicas da fertilidade do solo (macronutrientes), em diferentes sistemas de manejo e profundidades de amostragens,

realizadas após a colheita do amendoim e antes do plantio do canavial, Planalto/SP, 2016. Média de 4 repetições.

Manejo

do Solo (M)

M.O

g.dm-³

pH

CaCl2

H+AL

mmolc.dm-³

P

mg.dm-³

K

mmolc.dm-³

Ca

mmolc.dm-³

Mg

mmolc.dm-³

S.B

mmolc.dm-³

CTC

mmolc.dm-³

V

%

Convencional 15,66 b 5,6 a 15,13 a 25,00 a 4,22 b 24,46 a 5,93 b 34,13 a 49,86 a 68,20 a

Rip Strip 16,6 ab 5,5 a 16,13 a 36,26 a 5,43 a 24,86 a 7,26 a 37,6 a 53,73 a 67,66 a

Plantio Direto 17,66 a 5,35 a 16,26 a 37,33 a 4,4 ab 25,53 a 5,73 b 36,46 a 44,33 a 66,80 a

Teste F 6,97 ns 1,41 ns 2,04 ns 6,67 ns 8,19* 0,5 ns 16,75* 1,69 ns 3,40 ns 0,33 ns

d.m.s (Tukey 5%) 1.91 0.51 2.18 13.34 1.13 3.82 1.02 5.60 12.90 6.15

Profundidade (P)

0-5 26,44 a 5,62 a 17,66 a 83,66 a 4,71 a 42,88 a 10,44 a 58,11 a 68,88 a 73,44 a

5-10 19,00 b 5,54 ab 16,22 b 50,80 b 4,13 b 31,8 b 7,55 b 43,88 b 58,33 b 72,88 b

10-20 14,77 c 5,6 ab 14,77 c 15,80 c 4,6 ab 22,55 c 5,77 c 33,11 c 46,44 c 69,44 c

20-40 12,33 d 5,45 b 15,22 bc 9,50 cd 4,97 a 16,5 d 4,33 d 25,88 d 39,77 d 63,00 d

40-60 10,66 e 5,18 c 15,33 bc 4,30 d 5,06 a 10,8 e 3,44 d 20,33 e 33,11 e 56,00 e

Teste F 263,49** 24,28** 21,91** 185,85** 9,11** 512,31** 127,01** 23603** 401,71** 109,87**

d.m.s (Tukey 5%) 1.62 0.15 1.02 10.31 0.51 2.33 1.03 4.08 2.99 3.24

Interação M x P 26,85** 7,21** 11,56** 18,82** 3,01* 26,42** 10,77** 13,99** 15,54** 4,07**

Teste F

CV% M 8,82 7,19 10,60 31,18 13,62 11,79 12,50 11,87 20,12 7,00

CV% P 7,01 1,96 4,63 22,59 7,8 6,74 11,75 8,11 4,36 3,45

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Tabela 11. Resultados das análises químicas da fertilidade do solo (micronutrientes), em

diferentes sistemas de manejo e profundidades de amostragens, realizadas após a colheita do

amendoim e antes do plantio do canavial, Planalto/SP, 2016. Média de 4 repetições.

Manejo

do Solo (M)

Cu

mg.dm-³

Fe

mg.dm-³

Mn

mg.dm-³

Zn

mg.dm-³

B

mg.dm-³

Convencional 0,52 b 33,47 a 2,10 b 0,72 b 0,14 b

Rip Strip 0,48 b 40,93 a 5,16 a 0,79 b 0,18 a

Plantio Direto 0,89 a 54,73 a 5,88 a 1,40 a 0,17 ab

Teste F 103,18** 314,31** 393,23 ** 96,28 ** 10,40 *

d.m.s (Tukey 5%) 0.11 3.05 0.51 0.19 0.03

Profundidade (P)

0-5 0,72 55,78 5,98 1,34 0,21

5-10 0,63 44,78 4,37 1,01 0,20

10-20 0,67 46,89 5,39 0,86 0,17

20-40 0,71 44,89 3,43 1,28 0,17

40-60 0,42 22,89 2,73 0,36 0,08

Teste F 1,70 ns 1,69 ns 2,54 ns 0,88 ns 2,16 ns

d.m.s (Tukey 5%) 0.39 38.90 3.50 1.75 0.14

Teste F

Interação M x P 0,14 ns 0,51 ns 0,49 ns 0,13 ns 0,62 ns

CV% P

CV% S 13,7

44,4

5,4

65,0

8,9

57,5

15,2

130,3

13,4

62,0

Os teores de fósforo (Tabela 14) e potássio (Tabela 15) são maiores nos manejos

conservacionistas nas camadas de 0-5 e 5-10 cm de profundidade. Para os teores de cálcio (Tablea

16) e magnésio (Tabela 17), verifica-se aumento somente na camada de 0-5 cm, ocorrendo inversão

nas camadas subsuperficiais. Como o calcário é a principal fonte destes elementos, e considerando a

baixa mobilidade deste corretivo, é de se esperar concentração na superfície nos sistemas de manejo

sem incorporação. O efeito da aplicação superficial do calcário verificada somente nos primeiros 10

cm é citado em diversas pesquisas (Caires et al., 2005; Rheinheimer et al., 2000).

Com relação ao ensaio de Pitangueiras/SP, conduzido em Latossolo Vermelho com textura

argilosa, houve interação significativa entre manejo de solo e profundidade de amostragem somente

para as características matéria orgânica e CTC (Figura 20). Diferenças estatísticas foram

verificadas, principalmente entre as profundidades de amostragem, aspecto de menor relevância

nesta pesquisa. Ao contrário de Planalto/SP, para os teores de micronutrientes foram constatadas

interações significativas para todos os micronutrientes analisados (Figura 21). O desdobramento das

interações para matéria orgânica e CT (Figuras 19 e 20), demonstram também maiores valores no

plantio direto na camada superficial. Quantos aos desdobramentos referentes aos teores dos

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micronutrientes (Figuras 24 a 28), observa-se aumentos de Zn e Mn em camadas subsuperciais

(abaixo de 40 cm). Provavelmente, as operações de preparo convencional ao incorporar o palhiço de

cana crua, transportou para camadas profundas resíduos de torta de torta de filtro e outros

subprodutos do setor sucroalcooleiro, os quais são ricos em matéria orgânica.Vale salientar que, o

amendoim é uma espécie calcífila, demandando muito cálcio na fase de enchimento de grãos, sendo

que a absorção é realizada predominantemente pelas vagens. Por essa razão, a concentração nos

primeiros 10 cm é desejável.

A maior concentração de nutrientes na camada superficial no plantio direto é relatada tanto

em pesquisas conduzidas em condições de clima temperado quanto para o Brasil, neste caso estudos

de longa duração em Latossolo. Calegari et al. (2013) em pesquisa envolvendo plantio direto e

preparo convencional iniciada em 1986 no Paraná, concluíram analisando série de dados com 19

anos, que as maiores diferenças ocorrem nos primeiros 5 e 10 cm de profundidade, sendo que

abaixo desta camada a aplicação superficial do calcário não foi suficiente para neutralizar o

alumínio tóxico, elevar pH e aumentar disponibilidade de fósforo. Martínez et al. (2016), em

trabalho conduzido na Suíça por 20 anos, também concluíram que ocorre maior acúmulo de

nutrientes no plantio direto nos primeiros 5 cm e que a quantidade total de nutrientes ao longo do

perfil não difere do sistema de preparo convencional com aração. Por outro lado, as duas pesquisas

concluem que mesmo não ocasionando alterações significativas nos teores de nutrientes em

camadas subsuperficiais, as produtividades das culturas são maiores no plantio direto. Entretanto,

como esta pesquisa foi realizada em parceria com produtores, não é possível continuar avaliando as

alterações nos atributos da fertilidade do solo após o plantio do canavial, o que seria desejável, mas

que necessitaria de maior investimento no custeio de amostragens e análises do solo

Tabela 12. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável matéria orgânica do solo (M.O.), referente às amostragens feitas após colheita

do amendoim. Planalto, SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 13,33 Ab 20,00 Aa 16,00 Ba 12,33 Ca 10,66 Ca 37,71**

Rip Strip 26,33 Aa 18,33 Ba 14,66 Ca 12,66 CDa 11,00 Da 81,72**

Plantio Direto 33,66 Aa 18,66 Ba 13,66 Ca 12,00 CDa 10,33 Da 197,76**

Teste F 101,39** 1,54 ns 2,70 ns 0,22 ns 0,22 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=2.51 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=2.81, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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Tabela 13. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável pH , referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto, SP,

2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 5,66 Aa 5,56 ABa 5,80 Aa 5,56 ABa 5,36 Ba 6,58**

Rip Strip 5,83 Aa 5,73 Aa 5,60 Aa 5,30 Ba 5,00 Ca 29,57**

Plantio Direto 5,36 ABa 5,33 ABa 5,40 ABa 5,46 Aa 5,20 Ba 2,55 ns

Teste F 4,16 ns 3,00 ns 2,98 ns 1,02 ns 2,51 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=0.5 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=0.26, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 14. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para o teor de fósforo, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto,

SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 41,00 ABc 49,00 Aab 24,00 BCa 9,00 CDa 2,00 Da 22,02**

Rip Strip 95,00 Ab 61,33 Ba 10,00 Ca 9,00 Ca 6,00 Ca 81,49**

Plantio Direto 115,00 Aa 42,33 Bb 13,66 Ca 10,66 Ca 5,00 Ca 113,98**

Teste F 67,54** 4,28* 2,43 ns 0,4 ns 0,2 ns

d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 16.54 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 17.87, letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 15. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para o teor de potássio, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto,

SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 4,06 Ab 3,00 Bb 4,30 Aa 4,83 Aa 4,90 Aa 13,18**

Rip Strip 5,63 Aa 5,20 Aa 5,23 Aa 5,5 Aa 5,6 Aa 0,93 ns

Plantio Direto 4,93 Aa 4,20 Aa 4,23 Aa 4,60 Aa 4,70 Aa 1,01 ns

Teste F 7,74** 13,98** 3,47 ns 2,51 ns 2,57 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 1.14 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 0.88, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 16. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para o teor de Cálcio, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto,

SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 33,33 Ac 33,33 Aa 27,67 Ba 16,66 Ca 11,33 Da 106,30**

Rip Strip 45,00 Ab 35,00 Ba 20,33 Cb 16,66 Da 10,00 Ea 209,98**

Plantio Direto 50,33 Aa 29,33 Bb 19,66 Cb 17,00 Ca 11,33 Da 248,88**

Teste F 56,79** 3,70* 14,80** 0,19 ns 0,45 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 4.21 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 4.05, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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Tabela 17. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Mg , referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto, SP,

2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 7,66 Ac 7,6 Aa 7,6 Aa 7,00 Ba 3,30 Ba 24,06**

Rip Strip 13,00 Aa 9,00 Ba 6,00 Ca 4,66 CDa 3,60 Da 78,00**

Plantio Direto 10,66 Ab 6,00 Bb 4,33 BDb 4,33 BCa 3,30 Ca 46,48**

Teste F 37,99** 12,01** 9,65** 0,59 ns 0,20 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=1.79 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=1.52, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 18. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Soma de Bases , referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Planalto, SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 45,00 Ab 44,30 Aa 39,00 Aa 25,66 Ba 19,66 Ba 45,55**

Rip Strip 63,66 Aa 47,00 Ba 31,66 Ca 26,33 CDa 19,33 Da 109,66**

Plantio Direto 65,66 Aa 40,33 Ba 28,66 Cb 25,66 Ca 22,00 Ca 108,83**

Teste F 36,69** 3,18 ns 7,98** 0,04 ns 0,06 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=1.79 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=1.52, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 19. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável CTC , referente às amostragens feitas após colheita do amendoim. Planalto,

SP, 2016. Média de 3 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 61.3 Ba 52.0 Aab 53.3 Ab 40.3 Ac 34.3 Ac 46.2**

Rip Strip 80.0 Aa 62.7 Ab 47.3 Ac 43.0 Acd 35.6 Ad 100.16**

Plantio Direto 79.3 Aa 60.3 Ab 38.7 Ac 36.0 Acd 29.3 Ad 125.8**

Teste F 8.69* 2.35 ns 4.02 ns 0.93 ns 0.83 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=12.84 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=5.18, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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Tabela 20. Resultados das análises químicas da fertilidade do solo (macronutrientes), em diferentes sistemas de manejo e profundidades de amostragens,

realizadas após a colheita do amendoim e antes do plantio do canavial, Pitangueiras/SP, 2016. Média de 5 repetições.

Manejo

do Solo (M)

M.O

g.dm-³

pH

CaCl2

H+AL

mmolc.dm-³

P

mg.dm-³

K

mmolc.dm-³

Ca

mmolc.dm-³

Mg

mmolc.dm-³

S.B

mmolc.dm-³

CTC

mmolc.dm-³

V

%

Convencional 20,60 a 5,04 b 28,44 a 21,32 a 1,64 a 20,80 a 8,40 a 30,8 a 59,2 a 51,24 a

Rip Strip 21,28 a 5,50 a 29,16 a 24,68 a 1,70 a 23,64 a 8,80 a 34,4 a 63,5 a 51,60 a

Plantio Direto 20,36 a 4,97 b 29,32 a 23,76 a 1,42 a 20,04 a 9,68 a 29,4 a 58,7 a 47,92 a

Teste F 0,37 ns 9,16** 0,16 ns 0,77 ns 0,60 ns 1,35 ns 0,7 ns 1,2 ns 2,77 ns 0,51 ns

d.m.s (Tukey 5%) 3.19 0.39 4.81 8.00 0.79 7.02 2.2 9,4 6.36 11.51

Profundidade (P)

0-5 25,20 a 5,27 a 26,6 c 36,87 a 2,55 a 31,33 a 11,1 a 44.9 a 71,5 a 61,93 a

5-10 22,80 b 5,23 a 29,00 abc 30,20 ab 2,00 b 26,00 a 9,5 ab 37,9 a 66,9 ab 55,53 a

10-20 20,53 c 5,07 a 31,60 a 20,80 bc 1,37 c 19,40 b 7,9 bc 28,7 b 60,3 bc 46,73 b

20-40 18,13 d 5,09 a 30,07 ab 16,60 c 1,07 cd 15,73 b 6,9 c 23,8 b 53,8 cd 43,67 b

40-60 17,10 d 5,20 a 27,60 bc 11,80 c 0,93 d 15,00b 6,4 c 22,3 b 49,9 d 43,40 b

Teste F 40,42** 1,23 ns 5,53** 12,28** 51,55** 17,9** 14,6 ** 19,1 ** 28,3** 18,60**

d.m.s (Tukey 5%) 2.10 0.32 3.37 11.66 0.38 6.7 2.00 8.8 6.65 7.60

Interação M x P

3,00** 1,44 ns 1,22 ns 1,18 ns 1,36 ns 1,98 ns 1,95ns 4,91** 2,29* 1,95 ns Teste F

CV% M 19,0 9,27 20,53 42,57 61,27 40,2 33,1 37,1 13,00 28,34

CV% P 9,79 5,92 11,23 48,41 23,07 29,9 23,2 27,1 10,63 14,6

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Tabela 21. Resultados das análises químicas da fertilidade do solo (micronutrientes), em

diferentes sistemas de manejo e profundidades de amostragens, realizadas após a colheita do

amendoim e antes do plantio do canavial, Pitangueiras/SP, 2016. Média de 5 repetições.

Manejo

do Solo (M)

Cu

mg.dm-³

Fe

mg.dm-³

Mn

mg.dm-³

Zn

mg.dm-³

B

mg.dm-³

Convencional 0,55 b 19.4 a 16.6 a 0,56 a 0,22 a

Rip Strip 0,50 b 18.6 a 17,0 a 0,44 a 0,23 a

Plantio Direto 0,74 a 18,3 a 15,2 a 0,51 a 0,22 a

Teste F 31,4 ** 0.39 ns 2.79 ns 1.0 ns 0.27 ns

d.m.s (Tukey 5%) 0.08 3.6 2.34 0.25 0.05

Profundidade (P)

0-5 0,68 a 22.0 a 18.1 a 0,71 a 0,25 a

5-10 0,69 a 21,8 ab 16,8 a 0,60 ab 0,23 ab

10-20 0,57 b 17,7 bc 16,5 a 0,40 bc 0,21 ab

20-40 0,51 b 17.6 c 15.4 a 0,31 c 0,20 b

40-60 0,53 b 14.7 c 14.7 a 0,47 bc 0,23 ab

Teste F 10.5 ** 9.04 ** 1.89 ns 9.0 ** 2.94 *

d.m.s (Tukey 5%) 0.1 4.1 3.69 0.21 0.05

Teste F

2.8 * 6.01 ** 5.59 ** 4.1** 2.71* Interação M x P

CV% P

CV% S

18,3 24,0 17,8 62,5 31,6

16,9 21,2 22,4 42,0 19,1

Tabela 22. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável M.O. (matéria orgânica), referente às amostragens feitas após colheita do

amendoim. Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 22,4 Bab 23,0 a 22,2 ab 19,0 bc 16,4 c 9.6 **

Rip Strip 26,2 ABa 23,2 ab 20,2 bc 18,4 c 18,4 c 13.8 **

Plantio Direto 27,0 Aa 22,2 b 19,2 bc 17,0 c 16,4 c 22.9 **

Teste F 4.7 * 0.22 ns 1.8 ns 0.87 ns 1.0 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=1.79 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=1.52, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 23. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável CTC , referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 63.0 65.2 63.0 56.6 48.4 5.7 **

Rip Strip 75.8 70.4 61.0 55.8 54.6 10.4 **

Plantio Direto 75.6 65.2 57.0 50.4 45.6 17.3 **

Teste F 5.9 * 0.99ns 1.03 ns 1.10 ns 3.1 ns d.m.s.(Tukey 5%)manejo=12.84 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=5.18, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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Tabela 24. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Cobre, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 0.60 B 0.60 B 0.52 B 0.44 B 0.60 A 2.5 ns

Rip Strip 0.56 B 0.56 B 0.50 B 0.48 AB 0.42 B 1.69 ns

Plantio Direto 0.88 Aab 0.92 Aa 0.70 Abc 0.60 Ac 0.58 Ac 11.9 **

Teste F 14.3 ** 18.3 ** 5.7 ** 3.3 * 4.6 * d.m.s.(Tukey 5%)manejo= d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= , letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 25. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Ferro, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 19.0 Ab 19.0 Ab 17.2 Ab 14.6 Ab 26.8 Aa 6.51 **

Rip Strip 22.4 Aa 22.4 Aa 17.6 Aab 15.8 Aab 14.8 Bb 4.10 **

Plantio Direto 24.6 Aa 23.6 Aa 18.0 Aab 13.8 Ab 11.6 Bb 10.45 **

Teste F 2.37 ns 1.39 ns 0.05 ns 0.30 ns 19.1 ** d.m.s.(Tukey 5%)manejo=12.84 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade=5.18, letras maiúsculas comparam medias dentro de cada

sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 26. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Manganês, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 15.1 b 14.5 b 16.1 ab 15.1 b 22.3 Aa 3.89 **

Rip Strip 19.0 a 19.0 a 15.2 a 16.8 aa 15.1 B 1.41 ns

Plantio Direto 19.6 a 16.8 ab 18.1 ab 12.2 bc 8.8 Cc 7.7 **

Teste F 2.58 ns 2.06 ns 0.89 ns 2.12 ns 18.4 **

d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 5.4 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 6.6 , letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Tabela 27. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Zinco, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 0.58 Bab 0.58 ab 0.44 b 0.34 b 0.86 Aa 4.4 **

Rip Strip 0.60 B 0.60 0.36 0.30 0.32 B 2.62 *

Plantio Direto 0.96 Aa 0.62 ab 0.32 bc 0.28 bc 0.24 Bc 10.2**

Teste F 4.22 * 0.04 ns 0.16 ns 0.09 ns 10.48 ** d.m.s.(Tukey 5%)manejo=0.3585 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 0.3746, letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

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Tabela 28. Desdobramento da interação entre manejo de solo e profundidade de amostragem,

para a variável Boro, referente às amostragens feitas após colheita do amendoim.

Pitangueiras, SP, 2016. Média de 5 repetições.

0-5 5-10 10-20 20-40 40-60 Teste F

Convencional 0.23ab 0.22 ab 0.19 b 0.22 ab 0.28 Aa 3.12*

Rip Strip 0.26 0.26 0.22 0.21 0.21 AB 1.6 ns

Plantio Direto 0.27 a 0.23 ab 0.23 ab 0.18 b 0.19 Bb 3.64 *

Teste F 1.03 ns 0.77 ns 0.69 ns 0.99 ns 5.1 * d.m.s.(Tukey 5%)manejo= 0.077 d.m.s.(Tukey 5%)profundidade= 0.077, letras maiúsculas comparam medias dentro de

cada sistema de manejo e minúsculas dentro das profundidades.

Conforme mencionado no item M&M, foramm abertas trincheiras para observação do

sistema radicular. Pode-se observar na Figura 47 que o cultivo de amendoim em manejo

conservacionista não proporcionou impedimento ao crescimento de raízes abaixo dos 30 cm de

profundidade. São escassas informações sobre o sistema radicular do amendoim. Bolonhezi (2007),

verificou presença de raízes em camadas mais profundas no sistema plantio direto de amendoim,

embora de maneira geral a maior concentração está presente nos primeiros 35 cm. Os resultados das

coletas pelo método da sonda complementará os resultados, porém não foram finalizadas a tempo

para apresentação neste relatório.

Figura 47. Trincheiras para estudo do sistema radicular do amendoim em diferentes sistemas de

manejo do solo em reforma de cana crua. Planalto/SP.

Plantio Direto Rip Strip

Convencional Rip Strip

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5. CONCLUSÕES

O acúmulo de biomassa seca das plantas da cultivar IAC-OL3 foi significativamente

reduzido nos manejos conservacionistas em condição de Latossolo Vermelho Escuro

argiloso, entre 15 e 75 DAS, enquanto para o genótipo IAC-503 cultivado em Latossolo

Vermelho Amarelo arenoso não foram observadas diferenças estatísticas. Contudo,

verificou-se maior enfolhamento no final do ciclo no plantio direto, devido

provavelmente a menor incidência de manhas foliares nesta fase.

Em condição de Latossolo Vermelho , textura argilosa , a produtividade de vagens (kg ha-1

)

no plantio direto foi três vezes menor, em comparação com o sistema de preparo

convencional, enquanto que no manejo com Rip Strip a produtividade de vagens foi 26%

menor. A redução do estande inicial e final de plantas, associado à menor biomassa seca das

plantas, menor número de vagens e ao atraso no desenvolvimento e maturação das vagens

(redução de 12,5% de vagens no estádio R8 e R9 aos 120 DAS) são as principais causas da

queda na produtividade em comparação ao sistema convencional.

As falhas contabilizadas através de imagens geradas por VANT aos 45 DAS na cultivar

IAC-OL3, representaram 0.18%, 2.52% e 21.29 % da área amostrada nos sistemas

Convencional, Rip Strip e Plantio Direto, respectivamente.

Plantio direto proporcionou aumento de 6 e 9 % de impurezas, em comparação com Rip

Strip e preparo convencional, respectivamente, além de maior nível de aflatoxina nas

amostras (pouco conclusivo, requer mais trabalhos).

Em condição de Latossolo Vermelho Amarelo, textura arenosa, a produtividade de vagens

foi maior no plantio direto, considerando as amostragens (sem descontar as falhas). No

entanto, considerando a colheita da área total com recolhedora, o sistema convencional e

Rip Strip proporcionaram ganhos de 423 kg ha-1

na produtividade de vagens.

A resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) é maior entre 10 e 30 cm de

profundidade no sistema convencional, quando avaliada em períodos de baixa umidade. O

uso do Rip Strip reduz significativamente a RMSP na linha de semeadura. A densidade do

solo é maior no plantio direto nas camadas superficiais.

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As perdas de vagens na colheita são menores no plantio direto. Para IAC-OL3 foram

perdidos 761, 775 e 543 kg ha-1

, respectivamente para os manejos convencional, Rip Strip e

plantio direto. Para IAC-503 as perdas foram; 707, 411 e 353 kg ha-1

, respectivamente para

os manejos convencional, Rip Strip e plantio direto.

O preparo convencional aumentou da microporosidade e reduziu a macroporosidade entre

10 e 30 cm de profundidade. Em períodos de baixa umidade no solo, a resistência mecânica

do solo à penetração superou 2,5 MPa na referida camada, para a condição de preparo

intensivo. A densidade do solo é maior no plantio direto somente nos primeiros 10 cm. O

uso do Rip Strip melhora as condições físicas do solo na linha de semeadura.

A manutenção da palhada de cana crua nos manejos conservacionistas proporciona a

manutenção dos teores de matéria orgânica, fósforo, potássio e micronutrientes, na

camada de 0-5 cm, porém reduz a eficiência no fornecimento de cálcio e correção da acidez

em profundidade.

6. DIFUSÃO DE TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE RECURSOS

HUMANOS

Esse projeto proporcionou a realização de três eventos chamados de Visitas Técnicas,

ocorridos em Pitangueiras/SP no dia 03/02/2016, em Planalto no dia 03/03/2016 (Figuras 48, 49 e

50) e um Dia de Campo sobre Colheita, em Pitangueiras no dia 01/04/2016. Estiveram presentes

mais de 174 participantes (65 em Pitangueiras/SP e 48 em Planalto/SP, 62 em Pitangueiras/SP).

Figura 48. Convites das Visitas Técnicas realizadas nos dias 03/02/2016 em Pitangueiras/SP e

03/03/2106 em Planalto/SP.

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Figura 49. Participantes da Visita Técnica em Pitangueiras/SP no dia 03/02/2016.

Figura 50. Participantes da Visita Técnica em Planalto/SP no dia 03/03/2016.

Considerando a importância do assunto para a Cadeia Produtiva da Cultura do Amendoim, esse

projeto financiado pela Fundação Agrisus contribuiu para aprovação de uma proposta no CNPQ

(Processo n. 311121/2015-2) denominada “Desenvolvimento Tecnológico do Amendoim em

Manejo Conservacionista do Solo em Reforma de Cana Crua” com vigência para os próximos

três anos, o qual financia Bolsa modalidade DT-2 ao proponente. Vale também salientar, que o

projeto proporcionou a aprovação de uma bolsa de iniciação científica no CNPQ, modalidade PIBIT

(Processo n. # 143785/2016-8) para a estudante de agronomia Larissa Ambrósio.

7. PUBLICAÇÕES

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8. AGRADECIMENTOS

A realização dessa pesquisa somente foi possível através da ajuda de diversas pessoas, além

do precioso financiamento da Fundação Agrisus. Agradeço à Família Valochi (Planalto/SP) à

Família Uliam (Pitangueiras/SP), além da Usina Pitangueiras pelo apoio e dedicação, através do

fornecimento de infraestrutura, recurso, tempo e mão-de-obra para a realização de inúmeras

atividades. Às empresas KBM Dumont pelo empréstimo do Rip Strip, à STÉFFANI Massey pelo

empréstimo do trator com piloto automático e às empresas Stoller do Brasil, Syngenta, Fertsolo e

Penergetic pelo apoio na organização dos três eventos. Finalmente, agradeço ao Programa

Amendoim do IAC e à APTA Centro Leste pelo apoio com laboratórios e veículos que

proporcionaram o deslocamento nos mais de 12.500 km rodados desde o início do projeto.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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