Upload
others
View
7
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 1 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
RELATÓRIO TRIMESTRAL
13ª COLETA
Drª SOLANGE APARECIDA ARROLHO DA SILVA Coordenadora do Monitoramento e Resgate da Ictiofauna UHE Colíder
CRBio43528/01 - D
ALTA FLORESTA – MT
DEZEMBRO - 2014
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 2 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
SUMÁRIO
1. EQUIPE DE TRABALHO: MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES
PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT 03
2. APRESENTAÇÃO 04
3. ATIVIDADES REALIZADAS 04
4. MATERIAIS E MÉTODOS 04
4.1. Descrição da Área de Estudo 04
4.2. Descrição dos Trechos de Coleta 05
4.3. Materiais (apetrechos utilizados) 10
4.4. Metodologia 10
5. RESULTADOS 14
5.1. Abundância, Riqueza e Diversidade de Peixes 14
5.2. Guildas Tróficas 20
5.3. Processo Reprodutivo 21
5.4. Parasitas 23
5.5. Ovos e Larvas 23
5.6. Captura por Unidade de Esforço (CPUE) 24
5.7. Táxons de Interesse para a Conservação (Espécies Endêmicas, Raras, Ameaçadas e de Especial Interesse)
25
5.8. Níveis de Mercúrio na Ictiofauna 25
6. AVALIAÇÃO GERAL DOS RESULTADOS 25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 3 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
1. EQUIPE DE TRABALHO: MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT Coordenadora: Drª Solange Aparecida Arrolho da Silva Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Membros da equipe: Drª Aurea Regina Alves Ignácio Laboratório de Morfofisiologia Animal – UNEMAT, Cáceres – MT Email: á[email protected] Dr. Antonio Francisco Malheiros Laboratório de Parasitologia – UNEMAT, Cáceres – MT Email: [email protected] Dr. Claumir Cesar Muniz Laboratório de Ictiologia – UNEMAT, Cáceres – MT Email: [email protected] DrªKelli Aparecida Cristina Munhoz Moreira Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Especialista Bióloga Andréia Aparecida Franco Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Especialista Biólogo Reginaldo Carvalho dos Santos Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Bióloga Vanuza Aparecida Martins Oliveira Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Auxiliar de Laboratório e Campo Devanir do Espirito Santo Fernandes Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Assessor para Identificação da Ictiofauna: NOME: Willian Ohara Muesu de Zoologia da USP Email: [email protected]
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 4 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
2. APRESENTAÇÃO
Este documento contém as informações básicas obtidas através da execução do Subprograma 10.3
do Programa Básico Ambiental de Ictiofauna “Monitoramento e resgate da ictiofauna existente no rio
Teles Pires, na área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder (UHE Colíder)”, como parte do
Programa 10 “Monitoramento de Ecossistemas Aquáticos”.
O objetivo do presente relatório é apresentar os resultados da decima terceira coleta de
monitoramento (dezembro/2014) e análise de dados da ictiofauna na área de abrangência da UHE Colíder.
3. ATIVIDADES REALIZADAS
A decima terceira coleta foi realizada no período de 28 de novembro a 08 de dezembro de 2014
conforme resultados apresentados neste relatório.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Descrição da Área de Estudo
Situada entre 7°10’ e 14°45’ de latitude sul e 53°45’ e 58°10’ de longitude oeste, a bacia hidrográfica
do rio Teles Pires abrange setores territoriais dos estados do Pará e principalmente do estado do Mato
Grosso, totalizando uma área de drenagem de 141.905 km2.
A bacia está situada ainda entre as bacias dos rios Juruena, a oeste, e Xingu, a leste. Em conjunto
com o rio Juruena, que também drena importante porção territorial do estado do Mato Grosso, o rio Teles
Pires forma o rio Tapajós, um dos principais afluentes da margem direita do rio Amazonas (Mapa de
Unidades de Relevo do Brasil – IBGE, 2006).
A partir da região das cabeceiras, o rio desenvolve percurso na direção NNW, por cerca de 1.600
km, até a sua confluência com o rio Juruena, em altitude de 95 metros, onde ocorre a formação do rio
Tapajós.
A UHE COLIDER será localizada na região do médio rio Teles Pires, na região norte do estado do
Mato Grosso, aproximadamente 1,5 km à jusante de um ponto do rio conhecido localmente por Estreito.
4.2. Descrição dos Trechos de Coleta
Os trechos foram selecionados de forma a incluir a maior gama possível de ambientes habitados
por peixes, visando atingir toda a área de abrangência da UHE Colíder (as coordenadas geográficas dos
trechos amostrados foram registradas com uso de aparelhos de GPS) e em consonância com os trechos
estabelecidos nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA da UHE Colíder). A conectividade dos cursos d’água
foi levada em conta, buscando aumentar a independência das amostras nos diferentes trechos de coleta.
As coletas foram realizadas em 15 trechos (Tabela 1), sendo estes distribuídos de forma o mais
equidistantes possível, cobrindo toda a área de abrangência do futuro reservatório.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 5 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Tabela 1 – Localização dos trechos de coleta de peixes na área de abrangência da UHE Colíder, municípios de Itaúba,
Colíder e Nova Canaã do Norte – MT.
Trecho Local Latitude (S) Longitude (W)
Ictio 001 Canal do Rio Teles Pires – Final reservatório 11° 14' 6,366" 55° 27' 6,384" Ictio 002 Canal do Rio Teles Pires - Poço 11° 8' 4,427" 55° 22' 13,837" Ictio 003 Foz do Rio Renato 11° 5' 12,300" 55° 18' 17,400" Ictio 004 Rio Renato 11° 3' 24,400" 55° 16' 22,100" Ictio 005 Rio Teles Pires – Corredeira ilhas 11° 1' 16,377" 55° 22' 7,123" Ictio 006 Córrego Cruzeiro 11° 2' 59,759" 55° 32' 28,150" Ictio 007 Córrego Cruzeiro 11° 1' 39,404" 55° 32' 45,117" Ictio 008 Foz do Córrego Cruzeiro 11° 0' 38,100" 55° 31' 38,000" Ictio 009 Rio Teles Pires – três ilhas 10° 57' 17,634" 55° 38' 58,137" Ictio 010 Foz igarapé 3º braço 10° 59' 5,500" 55° 40' 56,100" Ictio 011 Foz igarapé 2º braço 10° 59' 14,953" 55° 44' 37,919" Ictio 012 Canal do Rio Teles Pires 10° 58' 5,000" 55° 45' 8,400" Ictio 013 Rio Teles Pires - Barragem 10° 59' 12,600" 55° 46' 15,300" Ictio 014 Rio Teles Pires - jusante 10° 59' 4,497" 55° 49' 25,515" Ictio 015 Ribeirão das águas - Margem esquerda jusante 11° 1' 13,483" 55° 51' 3,608"
Foram marcados dois trechos de coleta de peixes a jusante, um na área da barragem e doze
trechos a montante da área da futura barragem (Figura 1).
Figura 1 – Mapa com 15 trechos de amostragem de peixes na Usina Hidrelétrica Colíder.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 6 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Trechos Ictio 001, 002 e 005 – Rio Teles Pires:
Floresta ombrófila aberta com vegetação ciliar em contato com a água.
Apresenta sinais de antropização, devido a implantação de acampamentos de pesca e fazendas.
Barrancos de até 4 metros entremeados de áreas alagadas.
Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.
Com largura acima de 350 metros e profundidade extremamente variável entre 2 a 8 metros.
Muitas rochas e ilha formando pequena corredeira.
Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentado.
Águas de coloração turva (barrenta) (Figura 2).
Trechos Ictio 003 e 004 – Rio Renato:
Vegetação de floresta ombrófila aberta secundária na foz do rio (trecho 003), o qual na direção da
subida do curso d’água se torna antropizado devido a presença de desmatamento e locais de
acampamento.
Ambiente lótico de média energia.
Troncos caídos ao longo de todo o leito do rio.
Profundidade muito variável de 0,5 a 4 metros e largura entre 5 a 15 metros.
Solo areno-argiloso de cor amarelada.
Água barrenta, provavelmente devido ao carreamento de sedimentos em suas nascentes (Figura 2).
Trechos Ictio 006, 007 e 008 – Córrego Cruzeiro:
Floresta ombrófila aberta típica de áreas alagadas.
Na foz do curso d’água existe barranco de cerca de 1 a 2 metros de altura, sendo que ao longo do
leito a área se torna baixa e a água entra na vegetação ciliar.
Ambiente lótico de média vazão e energia.
Devido às margens estarem inundadas não foi possível medir a largura.
Profundidade entre 1 e 4 metros.
Galhos e troncos caídos no leito do curso d’água.
Solo arenoso de cor amarelada.
Águas de coloração turva (barrenta) (Figura 2).
Trecho Ictio 009 – Rio Teles Pires – três ilhas:
Floresta ombrófila aberta em alguns trechos secundária devido ao processo de regeneração (áreas
anteriormente desmatadas) e presença de fazenda com pastagem até as margens.
Barrancos de até 5 metros entremeados de áreas alagadas.
Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 7 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Com largura entre 200 a 400 metros e profundidade variável entre 4 a 12 metros.
Ilhas e rochas formando pequenas corredeiras.
Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentada.
Águas de coloração turva (barrenta) (Figura 3).
Trechos Ictio 010 e 011 – Igarapés:
Floresta ombrófila aberta entremeada com áreas alagadas e presença de palmeiras.
Algumas áreas com barranco de até 2 metros de altura, sendo que ao longo do leito a área se torna
baixa e a água entra na vegetação ciliar.
Ambiente lótico de baixa vazão e energia.
Devido às margens estarem inundadas não foi possível medir a largura.
Profundidade entre 0,5 a 2 metros.
Galhos e troncos caídos no leito do curso d’água.
Solo arenoso de cor amarelada.
Águas de coloração turva (barrenta) (Figura 3).
Trechos Ictio 012, 013A (Jusante), 013B (montante) e 014 – Rio Teles Pires:
Floresta ombrófila aberta com vegetação ciliar em contato com a água.
Apresenta sinais de antropização, devido a implantação de acampamentos de pesca.
Margem direita (Trecho 013) completamente transformada em decorrência da implantação da
barragem, com fechamento da ensecadeira.
Barrancos de até 4 metros entremeados de áreas alagadas.
Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.
Com largura acima de 250 metros e profundidade extremamente variável entre 2 a 10 metros.
Rochas formando pequena corredeira na seca.
Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentada.
Águas de coloração turva (barrenta) (Figura 3).
Trecho Ictio 015 – Ribeirão das Águas (Rio Matrinxã):
Vegetação de floresta ombrófila aberta secundária na foz do rio, ambiente antropizado devido a
presença de desmatamento e locais de acampamento.
Ambiente lótico de alta energia.
Troncos caídos ao longo de todo o leito do rio.
Profundidade muito variável de 5 a 4 metros e largura entre 5 a 15 metros.
Solo areno-argiloso de cor amarelada.
Água barrenta, provavelmente devido ao carreamento de sedimentos em suas nascentes (Figura 3).
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 8 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Figura 2: Trechos de amostragem de peixes na área de abrangência da UHE Colíder. Fotos Arrolho, S.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 9 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Figura 3: Trechos de amostragem de peixes na área de influência da UHE Colíder. Fotos Arrolho, S.
4.3. Materiais (apetrechos utilizados)
Coleta com puçás/peneira: Este é um método ativo de coleta de peixes, que geralmente acessa uma
fauna de pequeno porte (<100mm), e visa a captura de exemplares alojados em áreas de vegetação densa,
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 10 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
folhiço submerso ou nas margens. Esta técnica de captura foi aplicada em todos os trechos, em locais
próximos a vegetação aquática e em contato com a água. Este método foi aplicado em áreas de até 1,5m
de profundidade. O tempo de coleta foi duas horas em cada período (matutino e vespertino).
Coleta com rede de arrasto: Este método foi utilizado por, no mínimo, dois coletores, e buscou acessar
uma fauna mais pelágica e/ou associada ao leito dos corpos d’águas. As redes de arrasto foram aplicadas
manualmente em locais menos profundos até 1,5 metros e com o auxílio do barco em áreas mais profundas
(margens, ilhas e canal do rio).
Coleta com rede de espera e tarrafas: Este método passivo de coleta de peixes foi empregado para a
captura de peixes de maior porte que habitam ou esporadicamente utilizam os igarapés ou as margens do
rio para alguma de suas atividades biológicas. Nos trechos foi empregada uma bateria de redes de
diferentes malhas (2, 3, 4, 5, 10 e 20 cm entre nós opostos), a fim de capturar exemplares de vários
tamanhos e formas. Essa bateria possui entre 10 e 100 metros de extensão e entre 2 e 5 metros de altura.
As redes foram mantidas expostas, paralelamente aos corpos d’água, por até 24 horas e revisadas a cada
seis horas.
Coleta com varas de pesca: No intervalo entre as verificações das redes, foram realizadas coletas com o
uso de material de pesca convencional, ou seja, com varas de fibra de carbono equipadas com carretilha ou
molinete. Este equipamento usa linhas de nylon de capacidade de tensão apropriada para o tipo de peixe
esperado. Foram arremessadas com este equipamento, iscas artificiais de diversos modelos, tamanhos e
formas e iscas naturais (Minhoca, milho, etc), no intuito de capturar os peixes de médio e grande porte.
4.4. Metodologia
Cada corpo d’água teve um trecho demarcado de 150 metros de comprimento por toda largura do
corpo d’água (Figura 4).
Figura 4 – Esquema dos métodos utilizados para o protocolo de peixes. Rede de mão utilizada nas margens; rede de arrasto nos leitos dos corpos d’água; e rede de espera expostas paralelamente ao corpo d’água. Todos os métodos foram empregados ao longo dos 150 metros do trecho.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 11 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Coleta e Observação de Ovos e Larvas
As amostras de ovos e larvas de peixes foram obtidas utilizando-se redes de plâncton do tipo
cônico-cilíndrica (malha 0,5 mm), com comprimento de 1,5 m e área de boca igual a 0,07 m². A rede
permaneceu fixada a um cabo estendido perpendicularmente ao rio, nas margens direita, esquerda
superficialmente e no meio ao fundo, com exposição de 15 minutos contra a correnteza.
As amostras de ovos e larvas de peixes foram acondicionadas em frascos plásticos de 500 ml com
tampa rosqueada e fixadas em formol 4% tamponado com carbonato de cálcio (CaCO3). Em laboratório, os
ovos e larvas de peixes foram analisados sob microscópio estereoscópico e identificados conforme
bibliografia específica.
Fixação e conservação dos espécimes
Cada sequência de amostras (rede, tarrafa, puçá ou vara de pesca) foi devidamente etiquetada, e o
material coletado anestesiado com o uso de Eugenol, conforme Resolução N° 714 do Conselho Federal de
Medicina Veterinária e sequentemente fixado em solução de formalina a 10% no local de coleta.
Para exemplares de proporções corporais maiores, estes foram fixados através de injeções de
formol 10% ao longo de toda a musculatura e no interior da cavidade abdominal. Posteriormente, esses
exemplares foram mergulhados em recipientes contendo formol 10% permanecendo por cinco a sete dias.
Os peixes capturados, depois de fixados, foram transportados para o Laboratório de Ictiologia da
Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alta Floresta, onde foram identificadas e
anotadas as medidas de comprimento total, comprimento padrão e pesados. Foi efetuada incisão abdominal
para determinação de sexo e estádio de maturação gonadal, fotografados in situ, e retirados tratos
digestivos para determinação da dieta alimentar.
Todos os exemplares coletados foram depositados na Coleção de Peixes do Campus de Alta
Floresta – UNEMAT, estando a disposição para visitas técnicas dos órgãos ambientais e pesquisadores
interessados.
Marcação das espécies migratórias
Cada exemplar de espécies de comprovado valor comercial maior de 30 cm capturado, através do
método de pesca, foi marcado através de TAGS de cor laranja na base da nadadeira dorsal (para peixes de
escama ou de couro). Os TAGS tem um número que corresponde às informações obtidas naquele
momento. Todo esse processo demorou menos de 60 segundos, evitando estressar o peixe.
Unidade amostral
Considerou-se uma Unidade Amostral (UA) o resultado do total de exemplares coletados nas
sequências realizadas com cada método (puçá, rede de arrasto ou rede de espera).
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 12 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Análises Biológicas
As análises biológicas (reprodução e alimentação) foram realizadas somente com as espécies
coletadas com número amostral maior que 10 indivíduos, para permitir a fidedignidade dos cálculos.
a. Análise Reprodutiva
Os estádios de maturação gonadal utilizados foram: 1 – Imaturo; 2 – Em maturação; 3 – Maturo; e 4
– Esvaziado.
Os pesos das gônadas foram utilizados para estabelecer a relação com o peso dos peixes, por
estádio de maturação, determinando os Índices Gonadossomáticos e as curvas de reprodução. Este
procedimento permite observar a dinâmica da reprodução das diferentes espécies dentro do mesmo período
reprodutivo por tipo de ambiente onde a comunidade é estabelecida.
b. Análise Trófica
A determinação do regime alimentar foi efetuada através da aplicação do índice alimentar proposto
por Kawakami & Vazzoler (1980), segundo a fórmula:
IAi = Fi x Vi / (Fi x Vi) (1) i=1 Sendo:
IAi= índice alimentar;
I = 1,2,...n determinado item alimentar;
Fi = freqüência de ocorrência (%) de determinado item alimentar;
Vi = volume (%) de determinado item alimentar.
A análise da estrutura trófica foi efetuada utilizando os seguintes procedimentos:
Uma guilda trófica foi considerada abundante quando seu valor for maior que o valor médio, dividindo o
número de peixes ou o produto de Nix Pi pelo número de guildas tróficas em cada local de amostragem:
Ni x Pi x 100/ Ni x Pi (2)
Onde Ni será igual ao número de exemplares da espécie i e Pi, o peso da espécie i.
c. Análises Estatísticas
A densidade dos peixes foi calculada através da Captura por Unidade de Esforço (CPUE = (C/E)),
onde,
(3)
Sendo:
CPUEn = captura em número por unidade de esforço;
CPUEb = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;
Nm = número total dos peixes capturados na malha m;
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 13 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Bm = biomassa total capturada na malha m;
Epm = esforço de pesca, que representa a área em m² das redes de malha m; e m = tamanho da malha
(entre nós 2, 3, 4, 5, 10 e 20 cm consecutivos).
Deste modo, foram obtidas as seguintes CPUE's:
CPUE(n,b) malha = CPUE, em número e biomassa, por malha de coleta;
CPUE(n,b) espécie = CPUE, em número e biomassa, por espécie.
A constância de ocorrência (C) das espécies foi calculada pela seguinte fórmula: C= p. 100/P,
onde p é o número de coletas contendo as espécies i e P é o número total de espécies, sendo que em
função do valor de C, distinguem as seguintes categorias: Espécies Constantes, presentes em mais de 50%
das coletas; Espécies acessórias, presentes em 25 a 50% das coletas; Espécies acidentais, presentes em
menos de 25% das coletas.
A diversidade foi avaliada utilizando-se o índice de Shannon-Wiener:
H = pi.log pi (4)
Sendo: pi a freqüência de cada uma das espécies e logaritmo na base 10.
A fim de evidenciar diferenças ou semelhanças, aos resultados dos índices de Shannon-Wiener
obtidos foram aplicados testes “t” de significância, onde:
T= H1 – H2 (5)
var. (H1) + var. (H2) Sendo:
H1 é o valor da diversidade no local 1;
H2 é o valor da diversidade no local 2;
var (Hs), a variância do valor da diversidade, calculada como.
Var (Hs)=( pi ln2 pi) – (Hs)
2+ S -1 (6)
N 2N2
Sendo:
S é o número de espécies;
N, o número de indivíduos da biocenose 1;
N2, o número de indivíduos da biocenose 2.
d. Parasitas
Para verificação da incidência de parasitas (ecto e endoparasitas) nos peixes amostrados, são
utilizadas as vísceras retiradas para análises troficas e reprodutivas, brânquias e cavidade visceral, bem
como realizadas observações macroscópicas no muco, pele e partes externas dos exemplares.
A identificação dos parasitas é realizada através de bibliografia especializada.
e. Análise de metais pesados
Para análise de mercúrio foram utilizados exemplares de curimba (Prochilodus nigricans), piau
(Leporinus fridericii) e cachorra (Hydrolicus tatauaia) que foram enviados ao Laboratório de Ictiologia do
Campus de Cáceres – UNEMAT.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 14 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
5. RESULTADOS
5.1. Abundância, Riqueza e Diversidade de Peixes
Na décima terceira coleta realizada no mês de dezembro/2014 nos quinze trechos de amostragem
foram registrados 2.025 exemplares de peixes, pertencentes a 4 ordens, 20 famílias, 55 gêneros e 91
espécies (Tabela 2).
Tabela 2 – Lista dos taxons (peixes) coletados em cada trecho de amostragem na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Colíder, na decima terceira coleta ( Dezembro/2014). As colunas com numeração de 01 a 15 correspondem aos trechos de coleta da ictiofauna.
Taxons 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 a 13 b 14 15
Ordem Characiformes
Família Acestrorhynchidae
Acestrorhynchus falcatus
4
1
6
Acestrorhynchus microlepis
2
3
2
1
Família Anostomidae
Laemolyta próxima
1
Leporinus brunneus
1
1
Leporinus fasciatus
3
2
Leporinus friderici 1
5
3
1
5
1
Leporinus vanzoi
1 6
1 1 9
4
Schizodon vittatus 1
1
2
1
Família Characidae
Astyanax aff. bimaculatus
2
Astyanax gracilior
1
2
Astyanax multidens
15
3
20
Brachychalcinus copei
8
Brycon falcatus 1
1
1
1
1
Brycon pesu
4
1
Bryconexodon trombetasi
1
2
1
Bryconops transitória
9
7 10
10
4
Colossoma macropomum
1 2
Creagrutus anary
4 9
1
Hemigrammus coeruleus
2
Hemigrammus Levis
5
Hemigrammus ocellifer
1
Hemigrammus geisleri
34 64
1
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 15 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 a 13 b 14 15
Hyphessobrycon aff. heliacus
8
Hyphessobrycon agulha
1
Hyphessobrycon cf. tukunai 2
12 56 29 1 41
3 30
Hyphessobrycon sp. "4 pontes"
1
42 16
12
5
3
Jupiaba acanthogaster 1
4
1 1
1
Jupiaba apenina 2
1 4
1
Jupiaba polylepis 2
3
4
4
1
Jupiaba poranga
1
Knodus heteresthes
6
6
Microschemobrycon elongatus
3 1
1
Moenkhausia ceros 4
2
Moenkhausia lepidura
2
5
Moenkhausia collettii 5
15 10 9 3
19 3 1
Moenkhausia cotinho
2 2
Moenkhausia oligolepis
1
Moenkhausia gr. Grandisquamis
47
Moenkhausia sp. 5
10
11 20
Moenkhausia sp. lepidura longa
3 78 1
7 2
2
2
Myleus schomburgkii
2
1
Myleus setiger 2 2 1
1
1 1
Phenacogaster gr. pectinatus
4 3
Serrapinnus cf. notomelas 1
5
Serrapinnus sp. 1
5
7
Serrasalmus rhombeus
1
1
1 2 1
5
1
Tetragonopterus chalceus
2
5
Thayeria boehlkei
7 3
1
1
Família Chilodontidae
Caenotropus schizodon
1 79 1
5
3
10
Família Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri
1 1
1
2
5
3 2
Família Curimatidae
Curimata inornata
59 15
1
5
87
Cyphocharax spiluropsis
15 1
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 16 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 a 13 b 14 15
Família Crenuchidae
Characidium zebra 2
3 11
Família Cynodontidae
Hydrolycus armatus
1 1
3 3
5
Hydrolycus tatauaia 4 6 6 14 4
1 4 1 2
50 2 3 26
Família Erythrinidae
Hoplias Aimara
1
Hoplias malabaricus 1
7 1
1
1
1
Família Hemiodontidae
Argonectes robertsi
5
2
6
1
Hemiodus microlepis
25
3
1
7
Hemiodus sp. "juvenil"
6
Hemiodus sterni
2
Hemiodus unimaculatus
2
1
9
Hemiodus gracilis
71 4
12
Família Prochilodontidae
Prochilodus nigricans 3
2 3
3 2
3
Família Poeciliidae
Pamphorichthys scalpridens
40 3 1
Ordem Gymnotiformes
Família Hypopomidae
Brachyhypopomus brevirostris
1
Família Rhamphichthyidae
Gymnorhamphichthys petiti
1
2
3
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Aequidens epae
18
4
Apistogramma sp. "juvenil"
2
Apistogramma gr. steindachnerina
1
Apistogramma gr. eunotus 1
2
49 7
1
Cichla mirianae
2 2 1
2
1
Crenicichla lepidota 3 4 4 1 3
1 1
Gephagus proximus 2 1 1
1 1
1
Teleocichla prionogenys
1 2
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 17 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 a 13 b 14 15
Família Sciaenidae
Pachyurus junki
1
Plagioscion squamosissimus
3
Ordem Siluriformes
Família Callichthyidae
Corydoras aff. loretoensis 39 2
11 2 17
1 17 20
Corydoras xinguensis 3
1
Hoplosternum littorale
2
Família Heptapteridae
Imparfinis stictonotus 8
3 13
14
Pimelodella cf. howesi 2
7 23
Família Loricariidae
Hisonotus sp. "manchado"
1 6
Hypostomus sp. "juvenil"
5 1
Hypostomus soniae
1
1
Otocinclus hasemani
3
Família Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos
5 1
1 2
1
4
1
Pimelodus blochii
4
1
1
2
Pimelodus ornatus
1
Pseudoplatystoma punctifer
1
1
Sorubim trigonocephalus
1
34
9
As 91 espécies amostradas na área de influência da UHE Colíder estão distribuídas da seguinte
forma: Characiformes com 71,43 % da riqueza de espécies (12 famílias, 34 gêneros, 65 espécies e 1621
indivíduos), Siluriformes com 15,38 % (4 família, 11 gênero,14 espécie e 273 indivíduos), Perciformes com
10,99 % (2 famílias, 8 gêneros, 10 espécies e 124 indivíduos) e Gymnotiformes com 2,20 % (2 famílias, 2
gêneros, 2 espécies e 7 indivíduos) (Figura 5).
As ordens Characiformes e Siluriformes juntos somam 86,81% da riqueza de espécies coletadas
confirmando a predominância destas ordens e corroborando com os resultados obtidos nas nove campanhas
anteriores do Subprograma- de Monitoramento da Ictiofauna da UHE Colíder. Resultados semelhantes foram
encontrados por Arrolho et al. (2011) em coletas realizadas no baixo rio Teles Pires, bem como por Smerman
(2007) e Godoi (2008) em afluentes do Rio Teles Pires, evidenciando que as ordens Characiformes e
Siluriformes representam mais de 70% da ictiofauna da região.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 18 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Figura 5 – Porcentagem dos táxons de peixes coletados na área de abrangência da UHE Colíder, no mês d
Dezembro de 2014.
Em trabalho realizado por (Ferreira et al 2011) foram capturadas 271 espécies de peixes,
pertencentes a 183 gêneros, 41 famílias e 12 ordens, a proporção de espécies é similar àquela proposta por
Roberts (1972) com a predominância de Ostariophysi: Characiformes (52,4%), Siluriformes (26,9%) e
Gymnotiformes (5,2%), seguido por Perciformes (9,6%). Centofante & Melo (2012) em trabalho realizado na
bacia do Araguaia, estado de Mato Grosso, afirmam que Characiformes foi a ordem dominante em número de
indivíduos em todas as coletas, com maiores abundâncias na enchente, quando representou 86,94% e na
seca com 86,67% dos espécimes coletados. Os resultados apresentado por estes autores corroboram com
dados do presente trabalho
Com relação a frequência de ocorrência de cada espécie, os resultados confirmam o alto grau de
exclusividade, onde 63,73% delas são classificadas como acidentais (58 espécies), 31,86 % como
acessórias (29 espécies), apenas 4,39 % constantes (4 espécies) (Tabela 3).
Tabela 3 – Lista de Espécies da Ictiofauna da área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Colíder, março de
2014. Classificação com base em Reis et al. (2003). Legenda: Ocorrência: Co: Constante; Ace: Acessória;
Aci: Acidental; e Método de Coleta: pc – puçá; ra – rede de arrasto; re – rede de espera; pe – pesca.
Taxons Nome Vulgar
Abundância Biomassa (gramas)
Ocorrência Método
de Coleta
Ordem Characiformes
Família Acestrorhynchidae
Acestrorhynchus falcatus Cachorrinha 11 420,6006 Aci Ra, Re
Acestrorhynchus microlepis Cachorrinha 8 160,1033 Ace Ra, Re
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 19 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Nome Vulgar
Abundância Biomassa (gramas)
Ocorrência Método
de Coleta
Família Anostomidae
Laemolyta proxima Piau 1 23,9460 Aci Re
Leporinus brunneus Piau 2 125,9372 Aci Re
Leporinus fasciatus (Bloch, 1794)
Piau flamenguista
5 2957,8487 Aci Re
Leporinus friderici Piau Três-
pintas 16 3624,1134 Ace
Ra, Re e Pc
Leporinus vanzoi Piau 22 587,7296 Ace Re e Ra
Schizodon vittatus Piau
Cabeça-gorda
5 3050,0000 Ace Re
Família Characidae
Astyanax aff. bimaculatus Lambari 2 1,0955 Aci Pc
Astyanax gracilior Lambari 3 0,8668 Aci Pc
Astyanax multidens Lambari 38 28,6439 Aci Ra e Pc
Brachychalcinus copei Moeda 8 31,5403 Aci Ra
Brycon falcatus Matrinxã 5 3238,4837 Ace Re
Brycon pesu Matrinxã 5 93,3774 Aci Re
Bryconexodon trombetasi Lambari 4 88,3332 Aci Re
Bryconops transitoria Lambari 40 60,9539 Ace Ra
Colossoma macropomum Tambaqui 3 10940,0000 Aci Re
Creagrutus anary Piaba 14 8,0507 Aci Pc
Hemigrammus coeruleus Piaba 2 0,7293 Aci Ra
Hemigrammus levis Piaba 5 4,0741 Aci Ra
Hemigrammus ocellifer Piaba 1 0,1128 Aci Pc
Hemigrammus geisleri Piaba 99 16,4313 Aci Ra e Pc
Hyphessobrycon aff. heliacus Piaba 8 1,8453 Aci Pc
Hyphessobrycon agulha Piaba 1 0,1269 Aci Pc
Hyphessobrycon cf. tukunai Piaba 174 35,6040 Co Ra e Pc
Hyphessobrycon sp. "4 pontes"
Piaba 79 16,9820 Ace Ra e Pc
Jupiaba acanthogaster Piaba 8 6,0632 Ace Ra e Pc
Jupiaba apenina Piaba 8 12,4325 Ace Pc
Jupiaba polylepis Piaba 14 21,6828 Ace Ra e Pc
Jupiaba poranga Piaba 1 16,5310 Aci Re
Knodus heteresthes Piaba 12 1,5887 Aci Ra e Pc
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 20 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Nome Vulgar
Abundância Biomassa (gramas)
Ocorrência Método
de Coleta
Microschemobrycon elongatus
Piaba 5 1,2639 Aci Ra e Pc
Moenkhausia ceros Lambari 6 1,7792 Aci Ra
Moenkhausia lepidura Lambari 7 10,9776 Aci Ra
Moenkhausia collettii Lambari 65 71,4610 Co Ra e Pc
Moenkhausia cotinho Lambari 4 12,1212 Aci Ra
Moenkhausia oligolepis Lambari 1 3,0045 Aci Pc
Moenkhausia gr. grandisquamis
Lambari 47 488,0909 Aci Re
Moenkhausia sp. 5 Lambari 41 17,4628 Aci Ra e Pc
Moenkhausia sp. lepidura longa
Lambari 95 16,8556 Ace Ra e Pc
Myleus schomburgkii Pacu 3 716,2324 Aci Re
Myleus setiger Pacu 8 8559,7892 Ace Re e Ra
Phenacogaster gr. pectinatus Piaba 7 1,7029 Aci Pc
Serrapinnus cf. notomelas Piaba 6 0,7706 Aci Pc
Serrapinnus sp. 1 Piaba 12 3,6715 Aci Ra e Pc
Serrasalmus rhombeus Piranha 12 1143,7988 Ace Re e Pc
Tetragonopterus chalceus Lambari Moeda
7 62,6989 Aci Re
Thayeria boehlkei Piaba 12 6,6822 Ace Ra e Pc
Família Chilodontidae
Caenotropus schizodon Canivete 99 2525,0154 Ace Re
Família Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri Bicuda 15 16865,0000 Ace Re
Família Curimatidae
Curimata inornata Curimbinha 167 6594,3970 Ace Re
Cyphocharax spiluropsis Curimbinha 16 253,8714 Aci Re e Pc
Família Crenuchidae
Characidium zebra - 16 9,5470 Aci Ra e Pc
Família Cynodontidae
Hydrolycus armatus Cachorra 13 17035,0000 Ace Re
Hydrolycus tatauaia Cachorra 123 83924,9093 Co Re
Família Erythrinidae
Hoplias aimara Traira 1 810,0000 Aci Re
Hoplias malabaricus Traira 12 175,9943 Ace Pc, Ra e Re
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 21 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Nome Vulgar
Abundância Biomassa (gramas)
Ocorrência Método
de Coleta
Família Hemiodontidae
Argonectes robertsi Sardinhão 14 5003,6514 Ace Re
Hemiodus microlepis Sardinha 36 971,4304 Ace Re
Hemiodus sp. "juvenil" Sardinha 6 0,6179 Aci Ra e Pc
Hemiodus sterni Sardinha 2 0,4627 Aci Ra
Hemiodus unimaculatus Sardinha 12 278,5870 Aci Re
Hemiodus gracilis Sardinha 87 3111,4994 Aci Re
Família Prochilodontidae
Prochilodus nigricans Curimba 16 9697,0000 Ace Re
Família Poeciliidae
Pamphorichthys scalpridens Barrigudinho 44 3,6447 Aci Ra e Pc
Ordem Gymnotiformes
Família Hypopomidae
Brachyhypopomus brevirostris
Sarapó 1 0,9127 Aci Pc
Família Rhamphichthyidae
Gymnorhamphichthys petiti Tuvira 6 9,6997 Aci Pc e Ra
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Aequidens epae Cará 22 13,2821 Aci Pc
Apistogramma sp. "juvenil" Cará 2 0,1059 Aci Pc
Apistogramma gr. steindachnerina
Cará 1 0,3878 Aci Pc
Apistogramma gr. eunotus Cará 60 25,6514 Ace Pc, Ra e Re
Cichla mirianae Tucunaré 8 4629,4346 Ace Re
Crenicichla lepidota Joaninha 17 136,7731 Ace Re, Ra e Pc
Gephagus proximus Cará 7 50,5522 Ace Ra, Re e Pc
Teleocichla prionogenys Joaninha 3 1,4470 Aci Ra
Família Sciaenidae
Pachyurus junki Curvina amarela
1 521,0000 Aci Re
Plagioscion squamosissimus Curvina branca
3 7225,0000 Aci Re
Ordem Siluriformes
Família Callichthyidae
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 22 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Nome Vulgar
Abundância Biomassa (gramas)
Ocorrência Método
de Coleta
Corydoras aff. loretoensis Tamboatá 109 57,8952 Co Ra e Pc
Corydoras xinguensis Tamboatá 4 4,2342 Aci Pc
Hoplosternum littorale Tamboatá 2 41,9084 Aci Re
Família Heptapteridae
Imparfinis stictonotus Bagrinho da
areia 38 6,7602 Ace Ra e Pc
Pimelodella cf. howesi Mandi 32 37,4491 Aci Ra e Pc
Família Loricariidae
Hisonotus sp. "manchado" Cascudinho 7 1,8797 Aci Ra e Pc
Hypostomus sp. "juvenil" Cascudinho 6 0,7736 Aci Ra e Pc
Hypostomus soniae Cascudo 2 257,9054 Aci Re
Otocinclus hasemani Cascudinho 3 1,1549 Aci Pc
Família Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos Jurupoca 15 11132,0119 Ace Re
Pimelodus blochii Mandi 8 271,7118 Ace Re
Pimelodus ornatus Mandi 1 208,0000 Aci Re
Pseudoplatystoma punctifer Cachara 2 5045,0000 Aci Re
Sorubim trigonocephalus Chinelo 44 10776,6238 Aci Re
Quando comparados os resultados obtidos nos quinze trechos de amostragem dos valores de
riqueza de espécies e abundância de indivíduos (R = 91; N = 2014) os trechos referentes ao canal do rio
Teles Pires apresentam maior riqueza, porém os trechos correspondentes aos afluentes apresentam
maiores valores de abundância (Tabela 3 – Figura 6), isso se deve pelo incremento de exemplares de
algumas espécies de peixes de pequeno porte, como Hypessobrycon e Moenkhausia.
Tabela 3 – Dados básicos da ictiofauna na área de abrangência da UHE Colíder na coleta de dezembro de
2014. Sendo que os números de 01 a 15 na coluna inicial correspondem aos trechos de coleta de peixes.
Dados Básicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 13A 13B 14 15
Riqueza 23 17 42 30 24 20 17 4 24 8 28 24 7 5 27
Abundância 93 139 483 205 116 107 210 4 105 77 124 141 15 18 188
Dominance_D 0,198 0,339 0,088 0,136 0,115 0,156 0,162 0,25 0,091 0,457 0,122 0,194 0,156 0,321 0,246
Shannon_H 2,366 1,72 2,869 2,545 2,565 2,34 2,164 1,386 2,703 1,138 2,593 2,238 1,899 1,349 2,103
Margalef 4,854 3,242 6,634 5,448 4,838 4,066 2,992 2,164 4,942 1,611 5,601 4,648 2,216 1,384 4,965
Equitability_J 0,754 0,607 0,767 0,748 0,807 0,781 0,763 1 0,850 0,547 0,778 0,704 0,976 0,837 0,638
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 23 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Figura 6: Abundância e Riqueza de espécies de peixes na área de abrangência da UHE Colider, em
dezembro de 2014.
Nesta coleta trechos correspondentes ao Rio Teles Pires apresentaram os valores mais altos de
riqueza de espécies, abundância e diversidade (Trecho 3 - R = 42 e H’ = 2,869; N= 483). Já os valores mais
baixos de riqueza de espécies, abundância e diversidade estão representados na foz do Córrego Cruzeiro
(Trecho 8) (Tabela 3, Figura 7).
Figura 7: Índices de diversidade de peixes na área de abrangência da UHE Colider, para o mês de
Dezembro de 2014.
Não ocorreu amostragem de peixes no trecho 12 devido ao entupimento do canal do igarapé por
restos de vegetação e assim não possibilitar a colocação de redes de emalhar ou a utilização de qualquer
outro apetrecho de coleta.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 24 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
As coletas de dezembro foram realizadas no período de cheia do onde o rio inunda sua áreas
marginais desta forma fornecendo uma amplitude de habitats e proteção na floresta alagada assim
dificultando a captura dos peixes. A água das chuvas pode invadir as margens dos rios causando
modificações da qualidade da água e consequentemente influenciando em toda a comunidade aquática
(Vidal et al., 2005), apresentam maior diversidade de habitats e estão em maior contato com o ecótono
terra/água, favorecendo a permanência dos peixes pela maior disponibilidade de recursos alimentares e
refúgios (Smith et al.,2003) e dificultando a coleta de exemplares de pequeno e médio porte que
incrementam a riqueza e diversidade de espécies de uma área (Copatti & Copatti, 2011).
5.2. Captura por Unidade de Esforço (CPUE)
Foram 44 espécies capturadas com rede de espera, com abundância representativa de 41,4320 %
(839 exemplares) e 99 % da biomassa (223,656,87 gramas), que apresentaram comprimento padrão entre
5,5 a 70 cm e peso variando entre 7,37 gramas a 4,6 kilos.
A biomassa total dos peixes capturados na décima terceira coleta no monitoramento da Ictiofauna
da UHE Colíder foi de 224.412,1116 gramas. Como ocorrido nas coletas anteriores a maioria das espécies foi
capturada com puçás e redes de arrasto, sendo estas de pequeno e médio porte, com baixa
representatividade, totalizando 0,3365 % da biomassa total da comunidade (Tabela 4).
Tabela 4 – Métodos de captura, representatividade dos táxons, exemplares capturados e biomassa dos
peixes na área de influência da UHE Colíder, em dezembro/2014
Método de Captura Número de Taxons Número de exemplares
Representatividade do número de
exemplares (%)
Biomassa (%)
Rede de espera 41 839 41,43209877 99,66
Puça - peneirão 42 596 29,43209877 0,20
Rede de arrasto 42 590 29,13580247 0,14
Os resultados obtidos da análise da Captura por Unidade de esforço (CPUE) apenas com redes de
espera (Tabela 5), durante 24 horas continuam baixos confirmando os obtidos nas campanhas anteriores.
Corroborando com os dados obtidos na coleta de dezembro/2013 houve um aumento da biomassa dos
indivíduos nos trechos correspondentes ao canal do Rio Teles Pires a jusante da UHE Colíder.
Tabela 5 – Valores da CPUE, das redes de espera, em número de exemplares capturados e biomassa (g),
por m2 por dia, por período sazonal na área de influência da UHE Colíder, em dezembro/2014.
CPUE – Trecho
T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 6 T 7 T 8 T 9 T 10 T 11 T 12 T13B T13A T 14 T 15
CPUE (n/m
2/dia)
0,10 0,06 2,76 0,41 0,04 - 0,008 0,03 0,36 0,02 0,13 - 0,12 1,17 0,15 1,50
CPUE (g/m
2/dia)
52,35 60,9 138,7 142,5 61,7 - 0,21 37,0 56,1 10,8 44,8 - 172,5 710,2 100,4 275,3
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 25 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Os valores CPUE nos trechos correspondentes á área da UHE Colíder, apontam que houve um
equilíbrio na captura de espécies, sendo que das 44 espécies coletadas com rede de espera, 33 foram
amostradas a jusante (130.313,14 gramas – 58,26% da biomassa) e 37 a montante (93.343,74 gramas –
41,74% da biomassa).
Este fato reforça as observações realizadas desde a formação do canal de desvio para a formação
do vertedouro e construção da UHE Colíder, de que os peixes estão se concentrando na área a jusante da
futura barragem. Segundo Agostinho et. al., (2007) a presença da barragem, juntamente com
procedimentos ligados a construção, dificulta ou impedem a movimentação de peixes para montante,
ocorrendo o adensamento de cardumes a jusante. Situação também registrada por Agostinho et al. (2009)
para as fases de construção e operação do Reservatório de Peixes Angical em Tocantins.
5.3. Guildas Tróficas
Foram realizadas análises dos conteúdos estomacais de 171 exemplares pertencentes a 17
espécies (Biomassa = 149029,000gramas). Registrou se que o maior número de indivíduos analisados
estavam vazios (80,70% 138 exemplares). As análises da dieta das 17 espécies apontam um nível de
especialização alimentar, favorecendo os indivíduos especialistas, com composição específica de 77,78%
de piscívoros, 15,78% de onívoros, e 6,43% de detritívoros (Tabela 6).
Tabela 6 – Guildas tróficas das espécies da ictiofauna da área de abrangência da Usina Hidrelétrica de
Colíder, no mês de dezembro de 2014. Classificação com base em Reis et al. (2003).
Taxons Indivíduos Nome
Comum Guilda Itens Consumidos
Ordem Characiformes
Família Anostomidae
Leporinus fasciatus 3 Piau Onívoro Sementes e insetos
Leporinus friderici 4 Piau-Três-
Pintas Onívoro
semente, sedimento,peixe
Schizodon vittatus 1 Piau Onívoro sedimento,peixe
Família Characidae
Brycon falcatus 2 Matrinxã Onívoro Inseto, resto vegetal,
resto peixe
Colossoma macropomum 3 Tambaqui Onívoro Inseto, resto vegetal,
resto peixe
Myleus schomburgkii 1 Pacu Onívoro Inseto, sedimento
Myleus setiger 3 Pacu Onívoro Inseto, resto vegetal,
semente
Serrasalmus rhombeus 1 Piranha-preta Piscivoro Peixe
Família Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri 7 Bicuda Piscívoro Peixe
Família Cynodontidae
Hydrolycus armatus 9 Cachorra Piscívoro Peixe
Hydrolycus tatauaia 80 Cachorra Piscívoro Peixe
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 26 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Indivíduos Nome
Comum Guilda Itens Consumidos
Família Hemiodontidae
Argonectes robertsi 5 Sardinhão Onívoro Inseto, resto vegetal
Família Prochilodontidae
Prochilodus nigricans 11 Curimba Iliófago Sedimento, detritos
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Cichla mirianae 5 Tucunaré Onívoro Resto vegetal, Peixe
Família Sciaenidae
Pachyurus junki 1 Curvina-amarela
Piscívoro Peixe
Plagioscion squamosissimus 3 Curvina-branca
Piscívoro Peixe
Família Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos 8 Jurupoca Piscívoro Peixe
Pimelodus ornatus 1 Mandi Piscívoro Peixe
Pseudoplatystoma punctifer 2 Cachara Piscívoro Peixe
Sorubim trigonocephalus 21 Chinelo Piscívoro Peixe
Os itens consumidos pelos peixes analisados foram principalmente de origem autóctone (peixes ou
suas partes, detritos, invertebrados aquáticos, camarões) e material alóctone (partes vegetais, insetos,
sementes e serpente)
5.4. Processo Reprodutivo
Foram analisadas gônadas de 171 indivíduos de 17 espécies (Tabela 5). Os resultados apontam o
mês de Dezembro com 30,99 % dos indivíduos com suas gônadas no estádio reprodutivo 3 (maturo)
correspondendo a 27,48 % sendo fêmeas e 3,50 % sendo machos, os demais espécimes encontravam-se
nos estádios 1, 2 e 4, com (18,71, 43,27 e 7,01% respectivamente). Para esta coleta a proporçao maior foi de
femeas (68,42%) (Figura 7).
Tabela 7 – Espécies da ictiofauna com os estádios de maturação gonadal, da área de abrangência da Usina
Hidrelétrica de Colíder, no mês de dezembro de 2014. Classificação com base em Reis et al. (2003).
Taxons Estádio 1 (A) Estádio 2 (B) Estádio 3 (C) Estádio 4 (D)
Ordem Characiformes F M F M F M F M
Família Anostomidae
Leporinus fasciatus
2
1
Leporinus friderici 1 1 1
1
Schizodon vittatus
1
Família Characidae
Brycon falcatus 1
1
Colossoma macropomum 1 1
1
Myleus schomburgkii
1
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 27 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Taxons Estádio 1 (A) Estádio 2 (B) Estádio 3 (C) Estádio 4 (D)
Myleus setiger
2
1
Serrasalmus rhombeus
1
Família Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri
2
2 1 2
Família Cynodontidae
Hydrolycus armatus 1 1 2 4
1
Hydrolycus tatauaia 2 9 17 5 36 2 8 1
Família Hemiodontidae
Argonectes robertsi
5
Família Prochilodontidae
Prochilodus nigricans
3 3 5
Ordem Perciformes
Família Cichlidae
Cichla mirianae
1
4
Família Sciaenidae
Pachyurus junki
1
Plagioscion squamosissimus
1 2
Família Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos
1 5 1
1
Pimelodus ornatus 1
Pseudoplatystoma punctifer
1 1
Sorubim trigonocephalus
7 13 1
A maioria das espécies analisadas apresentou indivíduos ainda em estágio de desenvolvimento
gonadal inicial, caracterizando assim a presença de indivíduos jovens ou com apenas um ciclo reprodutivo.
Estes dados podem confirmar que a maioria das espécies reproduz-se na época das cheias, com as águas
invadindo as margens dos rios e propiciando alimento e refúgio para as formas juvenis.
Figura 8 – Representação dos estádios de maturação gonadal em porcentagem das espécies de peixes
coletados na área de influência da UHE Colíder, no período de dezembro de 2014.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 28 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Smerman (2007), em estudos realizados em afluentes do rio Teles Pires, indica que o período da
piracema pode variar entre outubro a março o que deve favorecer a coleta de indivíduos em estádio
avançado de maturação gonadal, bem como elevada taxa de indivíduos nas fases iniciais, explicando os
resultados encontrados nesta coleta de março para a área de influência da UHE Colíder.
5.5. Parasitas
Foi registrada para a coleta de dezembro de 2014 a presença de dois tipos de parasitas de peixes.
Um exemplar de Brycon falcatus encontrado Branchiura do gênero Argulus parasitando a nadadeira peitoral
e a cavidade branquial. Níveis de infestação de 27% de parasitos pertencentes ao grupo Nematoda em
cavidade intestinal de Hydrolicus tatauaia.
5.6. Ovos e Larvas
O volume de água filtrada para as coletas de dezembro foi de 2.193 m3. Apesar do intenso volume de
água em todos os trechos de coleta não foram encontradas larvas nem ovos nas amostras.
Confirma-se os resultados das amostragens realizadas até o momento com puçá e redes de arrasto,
onde os trechos de coleta referentes aos pequenos corpos d’água (Renato, Cruzeiro e Matrinxã) e as
margens do rio Teles Pires podem ser locais de preferência para a reprodução, abrigo e crescimento da
maioria das espécies visto que nestes locais foi capturado um número expressivo de juvenis de peixes das
ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes.
5.7. Táxons de Interesse para a Conservação (Espécies Endêmicas, Raras, Ameaçadas e de Especial Interesse)
Dez (38,33%) têm ocorrência em apenas para um trecho. Todas as espécies registradas nesta
coleta já haviam sido capturadas em coletas anteriores. Até o momento não foram coletadas espécies que
pudessem ser consideradas endêmicas para a área de abrangência da UHE Colíder. Também não foram
registradas espécies que se encontram nas listas oficiais de peixes ameaçados.
5.7.1 Espécies Migradoras
Na décima terceira coleta foram marcados 14 exemplares de peixes, sendo 5 de Prochilodus
nigricans, 2 de Pseudoplatystoma punctifer e 7 de Hemisorubim platyrhynchos. Nesta coleta não foram
registradas recaptura de peixes já marcados para área de influência da UHE Colíder.
5.7.2 Espécies Exóticas ou alóctones
Foram registrados dois exemplares de Colossoma macropomum (tambaqui), espécie exótica
altamente adaptada a ambiente lêntico e alvo de criação de pisciculturas em toda a região norte do Estado
de Mato Grosso. Originária da bacia Amazônica, mas sua ocorrência e distribuição são apenas para o baixo
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 29 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Rio Teles Pires abaixo da corredeira Sete Quedas. Pode ser um possível competidor por recursos com
espécies do mesmo nicho (pacus, matrinxãs e piaus) ocupando os espaços de outras espécies.
5.8 Níveis de mercúrio na ictiofauna
Os resultados obtidos nas análises de mercúrio nos peixes apontam que a concentração do metal
pesado não ultrapassa os valores de 0,053 mg/kg para a espécie Hydrolicua tatauaia (cachorra) com habito
alimentar piscívoro, 0,018 para Prochilodus nigricans (curimba) e 0,017 para Leporinus fridericii (piau).
6. AVALIAÇÃO GERAL DOS RESULTADOS
A curva de riqueza e abundância obtida com os resultados da décima coleta de peixes nos quinze
trechos da área de abrangência da UHE Colíder aponta que o número de espécies está estabilizado (Figura
9).
Figura 9 – Curva de rarefação de amostras dos trechos de coleta de peixes da área de abrangência da UHE Colíder, MT, no mês dezembro de 2014.
No dendrograma de similaridade dos quinze trechos de coleta de peixes pode-se observar a
existência de fauna específica para com blocos similares, oscilando de 1-60% nos trechos próximos (Figura
10). A distância entre os trechos parece não influenciar na similaridade faunística, visto que apenas os
trechos 11 e 5 apresentam 60% de similaridade, os outros trechos podem apresentar baixa similaridade
faunística devido às características ambientais semelhantes, acentuadas pelo processo de inundação das
margens dos rios e da dificuldade de coleta com puçá e rede de arrasto.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 30 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
Figura 10 – Dendograma de similaridade (Índice de Sorensen) em quinze trechos de coleta de peixes na
área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder, no mês de dezembro /2014. Agrupamento pela Análise de
Cluster Aglomerativa Hierárquica (CAH).
Os resultados obtidos nas treze coletas são expressivos e permitiram o alcance dos objetivos
planejados para esta fase do Sub-programa de Monitoramento da Ictiofauna da UHE Colider. Desta forma a
equipe avalia que as atividades realizadas foram condizentes com os objetivos e cronograma propostos
para o Subprograma 10.3 do Programa Básico Ambiental de Ictiofauna “Monitoramento e resgate da
ictiofauna existente no rio Teles Pires, na área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder (UHE
Colíder)”, como parte do Programa 10 “Monitoramento de Ecossistemas Aquáticos”.
Não foram coletados exemplares de peixes considerados nobres para a pesca (jaú, cachara, etc),
continuam as atividades ilegais pescadores “repassando” vários anzóis de galho, metros de cordas com
espinhel e redes de espera e o registro da captura excessiva de espécies com alto valor comercial
(matrinxã, cachara, tucunaré, trairão e jaú) na área logo a jusante da UHE Colíder, inclusive dentro do canal
do desvio. Está registrado pela equipe ações de pesca predatória na área de abrangência da UHE Colíder
confirmando que toda a região vem sofrendo intensa pressão dos recursos pesqueiros por parte das
diferentes categorias de pesca (amadora ou profissional).
6. BIBLIOGRAFIA DE APOIO
AGOSTINHO, A. A.; GOMES L. C, PELICICE F. M. Ecologia e Manejo de Recursos Pesqueiros em Reservatórios do Brasil. EDUEM, Maringá, 2007. 510p.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 31 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
AGOSTINHO, C. S.; PELICICE, F. M. & MARQUES, E. E. (orgs) Reservatório de Peixe Angical: Bases
Ecológicas para o manejo da ictiofauna. RiMa Editora. São Carlos: SP. 2009. 179p.
ARROLHO, S.; GODOI, D. S.; ROSA, R.D. Relatório da Ictiofauna para o Plano de Manejo do Parque
Nacional do Juruena, MT/AM. ICV / WWF Brasil /ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade. 2011. 120 p.
ARROLHO, S.; GODOI, D. S.; ROSA, R.D. Relatório da Ictiofauna para o Plano de Manejo das
Unidades de Conservação do Noroeste do Estado de Mato Grosso, MT/AM/RO. SEMA / WWF Brasil.
2012. 40 p.
ARROLHO, S.; ROSA, R. G. D.; RAMIRES, D. G. GODOI, D. S.; SMERMAN, W.; PASCOAL, V.P. Relatório
da Ictiofauna para o Plano de Manejo da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo.
Pará.ICV / WWF Brasil /IBAMA. 2006. 98 p.
BARTHEM, R. B. & GOULDING, M. The Catfish Connection: Ecology, Migration, and Conservation of
Amazon Predators. New York, Columbia University Press, 1997. 144p.
CAMARGO, M.; GIARNIZZO, T.; CARVALHO JR., J. Levantamento ecológico rápido da Fauna Ictica de
tributários do Médio-baixo Tapajós e Curuá. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. 2(1): 2005. 229-
247.
CASTILHOS, C. Z. & BUCKUP, P. A. Ecorregião Aquática Xingu-Tapajós. Rio de Janeiro: CETEM/MCT,
2011. 248 p
CENTOFANTE, E. E MELO, C. E. Estrutura e composição da ictiofauna em um lago isolado na planície do
médio rio Araguaia, Mato Grosso – Brasil. Rev Biotemas. 2012.
FERREIRA, E.; ZUANON, J.; SANTOS, G. & AMADIO, S. The fish fauna of the Parque Estadual do
Cantão, Araguaia River, State of Tocantins, Brazil. Biota Neotrop. 2011 .
COPATTI, C.E. & COPATTI, B.R. Variação sazonal e diversidade de peixes do rio Cambará, Bacia do
rio Uruguai. Biota Neotropica. 11(4): 2011
GODOI, D. S. Diversidade e hábitos alimentares de peixes de um riacho afluente do rio Teles Pires,
MT. Drenagem do Rio Tapajós. Dissertação. Jaboticabal, 2004.
GODOII, S. D. Diversidade e hábitos alimentares de peixes de afluentes do rio Teles Pires, drenagem do rio
Tapajós, bacia Amazônica. Tese de doutorado. Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal/SP. 2008.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Mapas de Unidades de Relevo do
Brasil. Rio de Janeiro, 2006. Escala 1: 5.000.000.
JGP CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. Estudo de impacto ambiental (EIA) do Aproveitamento
Hidrelétrico Teles Pires – rio Teles Pires – MT e PA. São Paulo, 2008. 7 v. Relatório técnico.
HACON, S.; AZEVEDO F.; Plano de ação regional para prevenção e controle da contaminação por mercúrio
nos Ecossistemas Amazônicos Brasília – DF – OTCA 2006. pp.8-46.
KAWAKAMI, E. & G. VAZZOLER. Método gráfico e estimativa de índice alimentar aplicado no estudo de
alimentação de peixes. Boletim do Instituto Oceanográfico, São Paulo, 29 (2): 1980. 205-207.
LOWE-MACCONNELL, R. H. Ecological studies in tropical fish communities. Cambridge University
Press, Cambridge, 1999, 382pp.
REIS, R. E.; KULLANDER, S. O. & FERRARIS JR, C.J. Check list of the freshwater fishes of South and Central America.Porto Alegre/RS. Ed EDIPUCRS, 2003; 729p.
MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES,
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT
PEIXES UHE COLÍDER
Relatório Trimestral - 13 32 / 32 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 Caixa Postal 324 – CEP:
78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]
SMERMAN, W. Ictiofauna de Riachos formadores do Teles Pires, drenagem do rio Tapajós, Bacia
Amazônica. Dissertação. Programa de Pós- graduação em Aquicultura, Universidade Estadual
Paulista,Centro de Aquicultura da Unesp, Jaboticabal, 2007. 88p.
VAZZOLER, A. E. Biologia da reprodução de peixes teleósteos: teoria e prática. Maringá:
EDUEM,1996.196p.
ZUANON, J. A. S.; FERREIRA, E. J. G.; SANTOS, G.M.; AMADIO, S.A.; BITTENCOURT, M. M.; DARWICH,
A. J.; ALVES, L. F.; MERA, P. A. S.; RIBEIRO, M. C. L. B.; AMARAL, B. D. Parque Estadual do Cantão.
Ictiofauna. Naturatins. Seplan. Governo do Estado do Tocantins. Palmas. 2004. 92pp.