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EXPOSIÇÃO 2.GRADEADOS

release 2 gradeados - Copasa...Entre os dias 20 de agosto e 15 de setembro, a Galeria de Arte Copasa recebe a exposição “2.Gradeados”. Assinada pelo artista plástico mineiro

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Page 1: release 2 gradeados - Copasa...Entre os dias 20 de agosto e 15 de setembro, a Galeria de Arte Copasa recebe a exposição “2.Gradeados”. Assinada pelo artista plástico mineiro

Exposição

2.Gradeados

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Entre os dias 20 de agosto e 15 de setembro, a Galeria de Arte Copasa recebe a exposição “2.Gradeados”. Assinada pelo artista plástico mineiro Mário Azevedo, a mostra traz cerca de 50 fotografias inéditas, frutos da observação feita por ele de detalhes que trazem novos significados a paisagens nas quais as grades são as protagonistas.A série faz parte de um projeto que vem sendo desenvolvido pelo artista desde 2011, quando ele decidiu misturar e agrupar as cerca de 2.500 fotos colecionadas ao longo de aproximadamente dez anos. Nesse momento, Mário conta que começou a notar que alguns aspectos se repetiam em várias dessas imagens. Foi então que decidiu montar uma série de exposições que explorassem essas repetições aleatórias. “Só depois que comecei a organizá-las é que percebi que, inconscientemente, havia muitas constantes nas quais apenas a figura/signo se modificava, como nos gradeados. Foi aí que isso se tornou uma intenção, de fato, formalizando-se como trabalho”, explica o artista.

Em “2.Gradeados” – segunda exposição dessa série, que contou com imagens de escadarias na primeira mostra –, as fotos tiradas por Mário redescobrem lugares e coisas pouco exploradas, em torno de verdadeiros monumentos históricos e aspectos gerais das cidades. É o caso de um detalhe flagrado no solo da esplanada onde se localiza o Parthenon, no centro de Atenas, na Grécia. “Pratico uma espécie de antifotografia de viagem, pois em vez de fotografar especificamente alguns pontos turísticos, como a Torre Eiffel, busco um detalhe significante daquilo que, provavelmente, só eu saiba identificar como uma redução daquela construção”.Fotógrafo amador declarado, Mário lembra que sempre gostou de registrar seus olhares. Mas se recorda que já ficou longe dos flashes. “Por um tempo, abandonei a máquina fotográfica e só a retomei há cerca de dez anos, durante o início de um ciclo grande de novas viagens. Sou apaixonado pela

Galeria de Arte Copasa recebe exposição “2.Gradeados”Detalhes de paisagens marcadas por grades estampam cerca de 50 fotografias tiradas por Mário Azevedo. As imagens, que dialogam entre si, foram registradas pelo artista nos últimos dez anos, durante viagens pelo Brasil e pelo mundo

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Serviço:

Período e horário para visitação: de 21.08 a 15.09.13, das 8h às 19h, inclusive aos sábados e domingos.Local: Galeria de Arte Copasa – Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio – BH.Entrada Francafacebook.com/galeriadertecopasa

Assessoria de Imprensa - CopasaAssessoria de imprensa:31-3250.1069 / 2126.8051 / [email protected]

diversidade das cidades e por paisagens. Tudo se torna especial através desse véu, desse tecido inventado”.Sobre a referência desses trabalhos, Mário explica: “a imagem das grades, em geral, representa a lição básica do desenho, que brota do ponto, da linha e do plano. Se assim quisermos, o desenho se torna a matriz de todas as imagens da arte”. Sobre a simplicidade denotada por elas, ele destaca: “são reduções muito preciosas, coisas muito simples da paisagem. E eu quero encontrar esse mínimo múltiplo comum”.Falando em geometria, Mário recorda-se de Joaquim Torres Garcia, um artista com o qual descobriu um acentuado diálogo: “Ele conseguiu realizar um tipo de construtividade que aceita mais sua humanidade, por meio de uma raiz com elementos menos exatos, mais espontâneos, meio tortos e mais dinâmicos. Para ele, a reta não é simplesmente científica”. Ele explica que, como muitos de nós, Garcia procura compreender de onde vêm as coisas, como são construídas, sustentadas, configuradas. “A arte é uma forma de conhecimento, não é para ser apenas bela; e

afinal, o que é beleza?”.O artista ainda ressalta que tudo o que precisa ser limitado, mas que, ao mesmo tempo, permite certa liberdade, é baseado no sistema de grades. As grades das janelas são um bom exemplo, feitas para restringir, mas que, ao mesmo tempo, dão passagem livre para o ar e a luz.

E como as grades não se limitam à função para a qual foram criadas, o trabalho de Mário também vai além da exposição. Ao mesmo tempo em que as obras são expostas na Galeria da Copasa, todas as fotografias são registradas em um catálogo que lembra os tradicionais álbuns de figurinhas de outrora. “Eles fazem alusão a esses objetos, tão presentes em minha infância. É uma espécie de homenagem a essa linguagem do jogo”.Essa menção ao passado, percebida desde à concepção dos trabalhos até o registro catalogado das fotos, indica a intenção do artista de retardar o tempo. “Talvez esse seja o reflexo de meu prazer em fazer as coisas perdurarem por mais dez ou vinte anos. Como se pudéssemos segurar essa vertigem de tempo”, conclui.

O artista

Graduado em 1982 (Desenho, Gravura e Licenciatura em Artes), com mestrado em 1999 (Poéticas Visuais), ambos pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também leciona Pintura, desde 1994. Doutorado em 2010 (Teoria, História e Crítica de Arte) pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio na Université de Picardie Jules Verne, em Amiens, na França. Participa de exposições coletivas e Salões, com várias premiações no Brasil e no exterior, desde 1980.