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Universidade Federal do Amapá. Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania Brasileira NDHCB. Prof. Roberto José Nery Moraes 2009 Religião de Matriz Afro-AmeríndiaUmbanda: Aspectos Éticos e Identidade.

Religião de Matriz Afro-Ameríndia Umbanda: Aspectos · PDF fileValores Civilizatórios das Comunidades Tradicionais - Afro-Religiosas. 1. O Que Nós Somos. Possuem na relação com

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Universidade Federal do Amapá.

Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania

Brasileira – NDHCB.

Prof. Roberto José Nery Moraes

2009

Religião de Matriz Afro-Ameríndia–

Umbanda: Aspectos Éticos e Identidade.

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos – Valores Civilizatórios das

Comunidades Tradicionais (MORAES, 2007).

Sistemas abertos, plurais, inclusivos, evangélicos,

ecumênicos, não codificados, com racionalidade

ambiental, evolucionistas, não reducionistas;

Promovem a cultura da paz, da tolerância, do

respeito mútuo entre os indivíduos, da

convergência, da solidariedade, das liberdades, da

irmandade humana;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos. Possuem na relação com o absoluto, teologia, liturgia,

corpo sacerdotal formado por um aprendizado baseadona tradição oral, valorizam os antepassados, aancestralidade e toda a herança do capital culturalherdado;

Se fundamentam seus comportamentos e agir na ética dauniversalidade e do acolhimento, objetivando o aumentoconsciencial da coletividade planetária para o plenoexercício da cidadania espiritual, opondo-se àsdesigualdades gêneses de injustiças;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos.

Não promovem a discriminação, a intolerância ou amorte de indivíduos por motivos de fé, aceitasse oindivíduo em sua individualidade e totalidade, semrestrições, condicionamento, sem exigência de semoldar a um modelo reducionista;

São espaços democráticos nos diversos níveis derealidade; sacros, litúrgicos e de resistência cultural,orientadas para a prática do bem, da promoção dohomem, da sua evolução espiritual, moral e material;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos.

Promovem a harmonia entre o homem, a natureza e o absoluto.Apesar da diversidade de ritos, de forma de aquisição dosconhecimentos e dos seus adeptos, são unidas pelo objetivocomum de fazer o bem, a caridade, servir ao outro;

Possuem as dimensões de filosofia, ciência, arte, religião ecosmológica, significando o homem como parte do universo, nãosendo sua religião, somente um fenômeno de prática religiosa,mais sim, um sistema filo-religioso complexo e completo;

Adoram o absoluto – Deus - com alegria. Seus fundamentosteológicos são milenares, são espaços de preservação dos valoresculturais e de resistência contra todas as formas dediscriminação, perseguição, opressão e preconceitos;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos.

Não são sua transcendentalidade religiões pagãs, demoníacas oubaixo-espiritismo. Nem são igrejas, nem seitas, mas seconstituem em uma missão de serviço a ser cumprida pelo eleitoda comunidade, para o bem da coletividade, sob a qual exerceuma autoridade como líder e modelo de conduta, não podendodissociar sua ação sacerdotal da vida civil;

Funcionam de forma orgânica, não podendo sofrer, interferênciasdesagregadoras na sua relação cultural, e quando são atingidasem seus valores ou estes ameaçam a natureza, procuramestabelecer um novo arranjo de sua existência, mantendo suasobrevivência – Sincretismo religioso e o atual arranjo emandamento para combater a intolerância religiosa e ofortalecimento da organização comunitária.

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

1. O Que Nós Somos.

Economia pouco impactante, como no extrativismo

tradicional, integrada com o meio ambiente, pois do

conhecimento tradicional, tiram a subsistência, sendo coletivo

o uso da terra e seus recursos, havendo uma partilha

socialmente justa, trabalho com cooperação comunitária e

definição precisa dos papeis sociais;

Não há neste modelo uma sujeição ao mercado, predominando

uma economia solidária, buscando como principal objetivo a

valorização da dignidade da pessoa humana, o lucro não é o

principal, mas o bem estar da coletividade (Moraes. 2004).

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

2. O Que Nós Não Somos – Culto Ecumênico UNIFAP, (MORAES, 26/05/2009).Nós da Religião de Matriz Africana, somos monoteístas;Nos caracterizamos pelo valor democrático e aberto de nossasComunidades e por isso: Não excluímos as pessoas, trabalhamos pela cultura da paz evalorizamos a ancestralidade; Não fazemos guerra por motivo de fé, nem ensinamos, pregamos ouproclamamos a intolerância religiosa e o proselitismo predatório –denegrir outras religiões para captar adeptos;Não somos farizeistas, - comércio da fé – nem mercenários da fé –vendedores de ilusões, falsas esperanças, sonhos, prosperidade fácil; Não somos fetichistas, mas ecologistas, naturalistas e utilizamos anatureza de forma ampla em nossa liturgia; Não somos pagãos, nem nossa religião é profanoreligiosa nemheresia. Não somos folclore ou superstições, mas uma religião;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

2. O Que Nós Não Somos.

Não somos idolatras, só prestamos adoração a Deus Pai, Olurum,Olodumare, Javé, não ao demônio, e respeitamos com veneração ostrabalhadores e mentores espirituais de sua Seara, os Orixás e osencantados;

Não somos pais ou mães de encosto, nem nossas entidades sãoencostos (espíritos atrasados), quem propala isto é mentiroso e praticacrime de racismo religioso e violam a Constituição da Republica;

Nossa religião não é coisa de ignorantes, supersticiosos, de sem fé, denada, como a classe dominante sempre procurou fazer crer, nosmandando procurar uma Igreja, como se a nossa crença não fosse umaReligião;

Hoje mais do nunca, nosso povo abrange pessoas de formação superiore estudar tornou-se uma meta dos adeptos da religião afro. Ser afro-religioso não é coisa de ignorantes e supersticiosos, muito pelo contrário;

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

2. O Que Nós Não Somos.

A boa ou má sorte de alguém depende do indivíduo, não dáreligião que possui, e nossa religião vem para fazer o homemmais feliz e unido a Olurum, Deus Pai e não para desgraçar avida do ser;

Somos uma missão de amor e caridade em Jesus Cristo, PaiOxalá, ou como diz o Caboclo das Sete Encruzilhadas, “amanifestação do espírito para a caridade.” Por isso tomamosabenção e abençoamos uns aos outros;

Transitamos do centro a periferia da sociedade carreando todosque lhe são afins;

Por todo o exposto, somos uma religião da paz e da inclusão.

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

3. Quadro de Valores Civilizatórios:

Valores civilizatórios – matriz espírita (comunidades tradicionais) e matrizjudaico-cristã (católica e protestante) – tolerância significando acapacidade e aptidão de conviver e se relacionar com as diversidadeshumanas (cultura e valores civilizatórios).Resiliência – direitos inter-geracionais + intra-geracionais.

A matriz intolerante gera pré-conceito, discriminação por ser simplesmente diferente, a injustiça e estas a exclusão, que, por conseguinte causa da pobreza fonte da degradação ambiental – modelo de civilização intolerante capitalista – Protestante.

Individualismo + capitalismo + filosofia da avareza + racionalidade econômica (Max Weber – A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, p. 21 e 27).

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Valores Civilizatórios das Comunidades

Tradicionais - Afro-Religiosas.

3. Quadro de Valores Civilizatórios:

Modelos Civilizatórios:

Espírita – Sistema aberto, tolerante, universalista-coletivo, aracionalidade ambiental faz parte do sistema filo-religioso, centrode resistência e depósito da cultura dos povos tradicionais.

Católico – Sistema semi-aberto, parcialmente tolerante, coletivo esolidário, adotou a racionalidade ambiental de base cultural em1999.

Protestante – Sistema fechado, intolerante, individualista, capitalistacomo característica intrínseca do sistema – racionalidade econômica- não adota a racionalidade ambiental.

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Aspectos Éticos - Afro-Religioso.

4. Ética da Temporalidade, Ética do Futuro e Ética daUniversalidade e do Acolhimento.

A ética da temporalidade significa pensar somente noplano de nossa existência terrena, no tempo de vida quetemos sem preocupação com o direito das gerações futuras;A ética do futuro significa agir hoje e não posso pensar sóem mim, mas nas gerações futuras – generosidadeintergeracional;A ética da universalidade e do acolhimento –significando ser parte do cosmo, do universo em evolução,por isso o respeito as diferenças e do acolhimento,aceitação de todas as pessoas no coletivo com suasespecificidades – religião afro-ameríndia;

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Aspectos Éticos - Afro-Religioso.

4. Ética da Temporalidade, Ética do Futuro e Ética daUniversalidade e do Acolhimento.

A ética é uma dimensão fundamental para a modificação doquadro de desconsideração da religião afro-ameríndia;A religião como valor ético – fazer com que haja a aceitaçãode igualdade e respeito a religião afro-ameríndio pela sociedade,como ocorre com as demais, para isso se necessita, de umaunidade de ação, programas, atitudes e ações judiciais, querealizem a reversão do quadro de discriminação e preconceitohistórico-cultural, promovendo assim, o convencimento dacontribuição para a formação do povo brasileiro, dos valoresafro-ameríndios, para ter eficácia na sociedade; O respeito a religião afro-ameríndia vem do fortalecimentodo valor ético da religião.

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ESTATUTO SOCIAL.

5. Estatuto Social Afro-Religioso.

Porque é Necessário se Registrar.

Fortalecimento institucional e regularização jurídica das Comunidades, quepassam a existir para o mundo jurídico e social, saindo da informalidade daexistência de fato – sair da marginalidade;Acabar com a invisibilidade social;Permitir a defesa dos direitos destas contra os ataques históricos aos seusvalores, teologia, liturgia, locais sagrados e demais componentes de suaritualística; Para poder receber recursos dos governos, mediante convênios e outrasformas de subvenção para execução dos objetivos da Comunidade Religiosa; Garantia de continuidade histórica, com seu patrimônio material eimaterial, suas tradições, costumes e valor social local; Fortalecimento da identidade religiosa das Comunidades, na cidade ondese situam;Projeto de Estatuto Social encomendado ao NDHCB-UNIFAP (MORAES,2009) - Projeto realizado e encaminhado a FECARUMINA.

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda.Porque é Necessário se conhecer a História.

Zélio Fernandino de Moraes – 15 de novembro de 1908; Caboclo das Sete Encruzilhadas – Para ele não existemcaminhos fechados – revelou o ritual de Umbanda, expresso para ocrescimento espiritual – “Umbanda, a manifestação do espíritopara a prática da caridade”; No dia 16 de novembro de 1908, na casa de Zélio de Moraes(Niterói-RJ), o Caboclo anunciava que se iniciava um culto em queespíritos de velhos africanos, que haviam servido como escravos, eos Índios nativos da nossa terra, poderiam a trabalhar embenefícios de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, araça, o credo, e a condição social; Federação Kadercista de Niterói – 15/11/1908 – Presidente Joséde Souza; Preconceito espirístico – arrogância dos dirigentes.

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda.Porque é Necessário se conhecer a História.

Caboclo das sete Encruzilhadas – Sacerdote Jesuíta – GabrielMalagrida – Acusado de bruxaria pela Igreja Católica – previu oterremoto que destruiu Lisboa em 1755 – fogueira da inquisição –ultima existência física – caboclo nas terras brasileiras;Não existência do Dízimos; Resgate espiritual firmado ao reencarnarmos, através do trabalhode amor ao próximo; Crescimento da Consciência Evolutiva;Seguindo a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, queseriam as seguintes: Característica Principal – A prática da caridade, no sentido doamor fraterno; Teria por base o Evangelho de Jesus e mestre Supremo o Cristo –O Oxalá.

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização daUmbanda.

Participantes vestidos de branco; Atendimento totalmente gratuito; Não se admitia atabaques, nem mesmo

palmas nas sessões; Cânticos fortes e ritmados; Guias usadas deveriam ser apenas as que

determinavam a entidade manifestada; Lugar simples e humilde;

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização daUmbanda.

Objetivo: Estava no resgate espiritual por meio da

caridade, praticada pelos espíritos atravésde seus médiuns;

A caridade do médium para com seu irmãoconsulente, objetivando o equilíbrio dasforças vitais;

Dia 15 de novembro foi oficializado o DiaNacional da Umbanda – 3º CongressoNacional de Umbanda – 06/1973.

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda. Objetivo:

“A nova religião virá, e não tardará o tempo emque ela falará aos corações mais simples e numalinguagem despida de preconceito. Entre o povodo moro, das favelas, das ruas,e dos guetos, seráentoada uma cantiga nova. O povo receberá deseus ancestrais o ensinamento espiritual em formade parábolas simples, diretamente da boca de paisvelhos e caboclos.” (Caboclo das SeteEncruzilhadas – Texto introdução do espíritoÂngelo Inácio ao livro Aruanda)

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda. Por Conclusão:

Religião tipicamente brasileira – tipo psicológicocomo se apresentam as entidades;

Foi anunciada e não fundada; Sua origem e essência é milenar; Origem no Aumbandan – 1ª língua – Lemúria – 3ª raça

raiz –África + América – centro, se encontrava oPlanalto Central Brasileiro – surgiu a Umbanda;

Deu origem à Atlântida – submergiu sob as águas deum grande dilúvio em 9564 a.c;

Representava a Umbanda o conhecimento integral –proto-síntese cósmica.

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda. Hoje em 2009: São poucas as casas que seguem ainda as orientações

do Caboclo das Sete Encruzilhadas; Houve evolução de liturgia e formação de teologia

própria; Passou-se a admitir os elementos dos antepassados

africanos - atabaques – rito africano - hibridismo; Foi reconhecida a presença do dogma dos Orixás, como

manifestações do Supremo Criador, ao lado dasentidades ameríndias;

Reconhecimento da Umbanda como religião afro-ameríndia;

A presença em conjunto de um lado o rito africano e deoutro o ameríndio em uma mesma Comunidade;

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Revelação e Institucionalização.

6. Revelação e Institucionalização da Umbanda. Hoje em 2009: Projetos sociais - pouquíssimos; Capacitação para elaboração e gerenciamento de

projetos sociais; Valor ambiental - valorização; Não se confundir um processo normal de evolução com

atitudes de mistificação ou mistura irresponsável deritos – Umbandomblé;

Devemos buscar o reconhecimento Estatal da ReligiãoAfro como a única e legitima religião brasileira;

Tomada de consciência, trabalho como grupo socialorganizado, sensibilização social, participação e eleiçãode representantes para os Parlamentos.