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    UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

    THIAGO DA SILVA PAGLIARI 

    REMEDIAÇÃO DE SOLO CONTAMINADO PORÓLEO ATRAVÉS DE EXTRAÇÃO MULTIFÁSICA

     A VÁCUO

    SÃO PAULO2009 

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    Trabalho____________ em: ____ de _______________ de 2009.

     ______________________________________________Profº Drº Lincoln Lucilio Romualdo

     ______________________________________________

    Profº Drº Carlos Jorge Rocha Oliveira

    THIAGO DA SILVA PAGLIARI 

    REMEDIAÇÃO DE SOLO CONTAMINADO PORÓLEO ATRAVÉS DE EXTRAÇÃO MULTIFÁSICA

     A VÁCUO 

    Trabalho de Conclusão de Curso

    apresentado como exigência parcialpara a obtenção do título de Graduaçãodo Curso de Engenharia Civil daUniversidade Anhembi Morumbi

    Comentários:_________________________________________________________

     ___________________________________________________________________

     ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

     ___________________________________________________________________

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    Dedico este trabalho a DEUS e a minha família pelo apoio e confiança que em mim

    depositam.

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     AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, minha família por tudo que fizeram e fazem por mim, a Aline uma

    pessoa fundamental na minha vida, e aos meus professores em especial ao Profº

    Lincoln pela força e confiança nesta reta final.

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    RESUMO 

    Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica dos principais métodos deremediação de solos e águas contamiadas, dividindo estes métodos em tecnologiastradicionais de remediação, baseadas no transporte de vapores, baseadas nainjeção de reagentes, na adição de calor, atenuação natural monitorada etecnologias baseadas na contenção dos contaminantes. São apresentadas de formaresumida neste trabalho as características mais relevantes do método deremediação de solos contaminados por derivados do óleo.

    Palavras Chave: Remediação de solos, Áreas contaminadas, Óleo.

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     ABSTRACT

    This report presents a literature review of the main soil and groundwater remediationmethods, dividing the technologies in: traditional remediation technologies, based onvapor transportation, on reagents injection and on heat addition, monitored naturalattenuation and technologies based on the migration control of the contamination.The most relevant characteristics of the main soil and groundwater remediationsystems are summarized and presented in this report.

    Key words: Remediation, contamination soils, oil.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 5.1: Croqui detalhado de um poço de monitoramento ................................... 19 

    Figura 5.2: Planta de definição da extenção da contaminação ............................. ....21

    Figura 6.1: Amostra de contaminação – água/ óleo...................................................26

    Figura 6.2: Croqui poço de Bombeamento – água/óleo. ...........................................30

    Figura 6.3: Esquemática de bombeamento – água/óleo............................................32

    Figura 6.4: Modelo de Licença Expedida pela ANP...... ............................................33

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 6.1 – Estimativa do Volume de Fase Removível de Óleo ............................ 34

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

    DEPRN Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais

    HTP Hidrocarbonetos Totais de Petróleo

    ONG Organização Não Governamental

    PB Poço de Bombeamento

    PM Poço de MonitoramentoPS Poço de Sondagem

    SRI Investimento Socialmente Responsável

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    SUMÁRIO

    p.

    1.  INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13 

    2.  OBJETIVOS ....................................................................................................... 15 

    2.1  Objetivo Geral ........................................................................................................... 15 

    2.2  Objetivo Específico ................................................................................................. 15 

    3. 

    MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................ 16 

    4  JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 17 

    5  TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL ........................... 18 

    5.1  Fase 1 – Histórico da Ocupação do Imóvel ...................................................... 18 

    5.2  Fase 2 – Investigações ........................................................................................... 19 

    5.3  Fase 3 – Estudo de alternativas de remediação ............................................. 21 

    5.4  Teste piloto ................................................................................................................ 23 

    5.5  Condições favoráveis e Desfavoráveis  ............................................................. 24 

    6  ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 26 

    6.1 

     A contaminação ....................................................................................................... 27 

    6.2  Remoção e Redisposição de solos  .................................................................... 28 

    6.3   Ano Montagem/ Previsão Desmontagem .......................................................... 28 

    6.4  Peças e Equipamentos........................................................................................... 29 

    6.5  Montagem e Funcionamento do Sistema ......................................................... 30 

    6.6  Coleta de Dados de Campo  .................................................................................. 34 

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    1. INTRODUÇÃO

    O aumento contínuo da população humana é de forma direta ou indireta, um dos

    principais fatores responsáveis pelos impactos ambientais, pela produção cada vez

    maior de resíduos que são de origem doméstica ou de origem industrial. Atividades

    industriais são as principais culpadas na degradação do meio ambiente por destinar

    inadequadamente os rejeitos industriais e por outras diversas formas que causam a

    contaminação do solo, tendo como conseqüência os impactos ambientais, que

    seriam contaminação do solo por derivados do petróleo ou materiais químicos,

    contaminação de rios, lençóis freáticos e até mesmo contaminação do ar (MOLINA;

    BARAHONA, 2004).

    Durante muito tempo, em épocas passadas, os efluentes produzidos pelo homem e

    pelas poucas atividades industriais eram simplesmente jogadas nos cursos d´água,

    onde se processava a depuração por vias naturais.

    O aumento da população mundial e das atividades industriais a partir do século XIX

    acarretou no aumento de produção de efluentes, que começaram a impactarfortemente o ecossistema principalmente no que diz respeito a água. Este fato exigiu

    que fossem criadas e constantemente aperfeiçoadas técnicas, produtos e processos,

    visando o tratamento dos solos e águas poluídas por esses efluentes (HOLLINS;

    PERCY, 1998).

    Entre os métodos de remediação de solos “Aplicação de técnica ou conjunto de

    técnicas em uma área contaminada, visando contaminantes presentes, de modo apossibilitar a sua reutilização, com limites aceitáveis á saúde humana”, estão a

    filtração, adsorção por carbono, destilação, osmose reversa entre outros, como a

    extração multifásica a vácuo, que será explicada neste estudo (FIESP, 2009).

    Considerando-se as problemáticas apresentadas, as questões ambientais assumem

    um importante papel no valor da propriedade, valor esse relacionado principalmente

    ao nível de consciência do mercado quanto ao potencial de poluições químicas,

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    radioativas, sonoras e outros poluentes das diversas atividades industriais que

    contaminam o solo, o ar, os rios e os lençóis freáticos.

    O desenvolvimento econômico defronta-se com a polêmica questão ambiental nos

    países que formam a União Européia, e que mostra o nível de consciência ambiental

    dos empresários. Um bom exemplo disso é a contaminação do solo, que tem sido

    aceita como uma conseqüência inevitável da industrialização européia (HOLLINS;

    PERCY, 1998).

    No entanto, quando o solo é contaminado, o valor de mercado da propriedade é

    afetado, gerando o passivo ambiental. Os custos de limpeza, as altas penalidades emultas impostas pelas violações ambientais estão deixando as pessoas mais

    preocupadas e atentas para os perigos que poderão expô-las ao passivo. Estima-se

    que no Brasil pode existir mais de 20 milhões de toneladas de resíduos industriais

    perigosos em situação de se tornarem passivos ambientais (ÁVILA, 2002).

    As empresas que lidam com produtos perigosos precisam conhecer os

    procedimentos necessários para estimar o passivo ambiental, caso ele exista, paracontabilizar como depreciação do valor da empresa, bem como fazer estimativas

    para serem usadas como fundo de reserva para cobrir custos em prováveis danos

    que possam causar ao meio ambiente em caso de acidente (ÁVILA, 2002).

    Assim, espera-se que este trabalho possa contribuir como mais uma referência em

    estudos de pesquisadores que trabalham para um desenvolvimento que favoreça o

    equilíbrio entre o meio ambiente e as indústrias.

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    3. MÉTODO DE TRABALHO

    O local de onde foram pesquisados e retirados os estudos deste trabalho, será

    preservado por serem sigilosas as informações aqui citadas, sendo assim, será

    usado o nome fictício de (MPE-2009) Multiphase Extraction System.

    Será feito o desenvolvimento do trabalho “Remediação do solo contaminado por

    óleo através de extração multifásica a vácuo”, através de pesquisas bibliográficas,

    consultas em livros técnicos, pesquisas na internet e, principalmente entrevistas com

    profissionais que atuam na área, além de visitas no local onde foi implantada a

    técnica de um sistema de extração multifásica a vácuo.

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    4 JUSTIFICATIVA

    Com a chegada da comunicação global e instantânea, o desempenho

    socioambiental de empresas passa a ser analisado de forma dinâmica por ONGs, e

    com o andamento do Investimento Socialmente Responsável (SRI), associando

    conceitos de sustentabilidade, as empresas passaram a se comprometer não só

    com seus indicadores financeiros, mas também, com suas ações sociais e ações ao

    meio ambiente (NADVI; WALTRING, 2004).

    O aumento do número de indústrias e a conseqüente carga poluidora gerada, levou

    a saturação dos meios receptores. As questões ambientais passaram a ser,

    portanto, mais um aspecto na busca da qualidade total, e o conceito de

    gerenciamento ambiental adquiriu uma nova definição, em que as questões

    administrativas se agregam a questão ambiental.

    Diante da necessidade da preservação do meio ambiente, e atualmente ser um tema

    que desperte interesse e preocupação dos especialistas, de autoridades e da

    sociedade, a busca em desenvolver procedimentos tecnológicos que atendam alegislação ambiental vigente e que, ao mesmo tempo, sejam compatíveis com o seu

    porte, localização, condições econômicas, operacionais, entre outras, torna-se

    primordial estabelecer sistemas eficientes para o tratamento do meio ambiente.

    Neste ponto, é importante que sejam salientadas técnicas de remediação de solo e

    águas. (GUNTHER, 2005).

    Assim este trabalho tem a intenção de demonstrar a importância da remediação edescontaminação do solo, dando ênfase aos compostos derivados do petróleo e

    também reforçar a importância de metodologias de prevenção à contaminações.

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    5 TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL

    Já são muitos os casos de indústrias e incorporadoras que ao adquirirem um terreno

    ou uma antiga fábrica descobrem que o solo está contaminado e em seguida

    descobrem também que a partir do momento da aquisição do terreno se tornam

    responsáveis pelo passivo ambiental, e que os custos da remediação são

    legalmente, de sua responsabilidade.

    Empresas que localizarem o problema e não atenderem à solicitação da CETESB

    (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), são advertidas com multas que

    variam de mil a cinco mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), hoje em

    torno de R$ 15,00 (quinze reais) cada, e até mesmo com o local interditado, e

    conforme Art.1º da Lei nº 9.605, o proprietário legal do terreno responderá por crime

    ambiental (ANDRADE; TATIANA, 2005).

    É fundamental a execução da avaliação do passivo ambiental, para evitar futuros

    problemas na aquisição de um terreno, não só na compra, mas também para

    verificar e estancar possíveis contaminações assim anulando a desvalorização daárea.

    A avaliação de passivos ambientais é dividida em etapas, que são divididas da

    seguinte forma:

    Fase 1 – Auditoria, histórico da ocupação do imóvel;

    Fase 2 – Investigação preliminar;

    Fase 3 – Estudos de alternativas de remediação.

    5.1 Fase 1 – Histór ico da Ocupação do Imóvel

    A Fase 1 do projeto se trata de uma auditoria do levantamento de dados da

    ocupação do terreno, que é feita através das documentações existentes, inspeções

    em campo, entrevistas e contato com órgãos públicos, para saber quaisprocedimentos eram exercidos na área, onde eram feitos, os tipos de produtos

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    utilizados no processo e também para identificação de possíveis áreas

    potencialmente contaminadas.

    Em situações que essas informações são escassas, é preciso a realização de

    estudos iniciais, como aplicação de métodos geofísicos, sondagens com distribuição

    aleatória e sondagens com distribuição sistemática.

    5.2 Fase 2 – Invest igações

    A Fase 2 do projeto se trata de 3 processos seqüenciais, que seriam as

    Investigações preliminares, Investigações confirmatórias e Investigações detalhadas.

    1ª - Investigação preliminar:

    É efetuada através de sondagens (poços com profundidades de 3 m podendo

    chegar a 15 m, ou até encontrar o lençol freático (figura 5.1), nas áreas que foram

    consideradas potencialmente contaminadas através da Fase 1, sendo coletadas

    amostras de solo e do lençol freático para análise de parâmetros pré-definidos em

    função das exigências do órgão ambiental responsável, no caso de São Paulo(CETESB), ou da avaliação dos possíveis contaminantes.

    Figura 5.1 – Croqui detalhado de um poço de monitoramento

    Fonte: MPE (2009)

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    As amostragens coletadas são acondicionadas em frascos específicos conforme

    recomendações de preservação de amostras. Para o laboratório é importante a

    escolha de alguns tipos de contaminantes significativos, para reduzir o número de

    análises necessárias. Com base no histórico do imóvel foram feitas analises

    específicas para Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP), assim reduzindo o

    tempo e custo e a amplitude de analises (SOUZA, 1977).

    No caso de São Paulo o órgão expeditor de autorizações referentes a autorização

    de analise do solos seria o Departamento Estadual de proteção dos Recursos

    naturais (DEPR).

    2ª - Investigação confirmatória:

    Trata-se de mais sondagens onde foram encontrados anomalias no solo, ou seja,

    instalação de mais poços em pontos estratégicos para confirmação e detalhamento

    das áreas potencialmente contaminadas.

    3ª - Investigação detalhada:

    Quando há confirmação de que a área realmente está potencialmente contaminada,

    a critério do órgão ambiental, é preciso definir medidas a serem adotadas, como por

    exemplo: isolamento da área, restrição de uso do solo, restrição quanto ao consumo

    de águas superficiais/ subterrâneas, remoção imediata dos resíduos/ solos

    contaminados dentre outros.

    A definição da extensão da contaminação é fundamental, afim, de descobrir o

    volume da contaminação ou de solo contaminado. Após esta definição da área

    contaminada, passa-se ao estudo de alternativas de remediação da área (figura 5.2).

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    Figura 5.2 - Planta de definição da extensão da contaminação

    Fonte: MPE (2009)

    5.3 Fase 3 – Estudo de alternativas de remediação

    Para a escolha do método mais apropriado para remediação de um determinado

    local exige a avaliação de uma série de fatores, como:

    •  aplicabilidade e eficácia quanto ao nível de remediação demandado;

    •  disponibilidade, limitação e custos;

    •  categoria de desenvolvimento;

    •  impacto potencial ambiental e

    •  necessidade operacional de informações e monitoramento.

    Mas basicamente é levado em conta o tipo da contaminação, o espaço e seção

    geológica existente no local.

    Dentre os tipos de remediação temos:

    •  Remediação Química - tratamento químico que consiste na separação e

    redução de volume, e as principais técnicas são a de precipitação, oxidação,

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    redução, co-processamento, incineração, recuperação eletrolítica e

    gaseificação (FONTES, 2004).

    •  Biorremediação - tratamento através de processos que ultiliza as enzimas

    produzidas por bactérias e fungos para promover a degradação de

    contaminantes presentes no solo ou nas águas subterrâneas

    (BIORREMEDIAÇÃO, 2008).

    •  Fitorremediação - tratamento através do uso de vegetação “in situ” para o

    tratamento de solos contaminados, podendo remediar solos contaminados

    com metais pesados através da Fitoextracção, Fitoadsorção, Fitoestabilização

    e Rizorremediação (SHVOONG, 2009).

    Para cada tipo de contaminante, são indicadas diferentes espécies de

    microorganismos para o processo de biorremediação, podendo ser empregada “in

    situ” ou “ex situ” (BOSCOV. M.E.(2008).

    - “In situ” – Tratamento da contaminação no próprio terreno, seria o “mais seguro”,pois no processo não há necessidade do deslocamento do material contaminado.

    Por meio de tratamento é possível efetuar as remediações através do meio químico,

    físico, biológico e térmico, onde o tratamento químico é feito através da oxidação. O

    tratamento físico através de aspersão de ar abaixo do nível do lençol freático,

    extração de vapor do solo, eletrocinese. O biológico através de atenuação natural

    monitorada, aspersão de ar acima do nível do lençol freático, bombeamento de

    água, óleo e gases, como exemplo tense o MPE, e aspersão abaixo do nível dolençol freático e por fim o térmico, através da injeção de vapor, do aquecimento por

    radiofreqüência, e vitrificação (BOSCOV. M.E.(2008).

    - “Ex situ” – Tratamento através da remoção do solo contaminado.

    Esta técnica é aplicada a solos de baixa permeabilidade, inviabilizando o uso de

    outras alternativas.

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    Para remediação de solos de baixa permeabilidade, o sistema mais comum a ser

    utilizado, é a escavação e a incineração do solo, quando aqüíferos, e quando se

    encontram abaixo de vias e casas, é necessário também o bombeamento e

    tratamento.

    Por meio de tratamentos tem-se disponíveis as remediações através do meio físico,

    químico, ou térmico, onde o tratamento químico se trata da neutralização e extração

    do contaminante por solvente, o físico através da lavagem do solo, estabilização,

    solidificação e vitrificação, e o térmico que seria por incineração e/ou dessorção

    térmica.

    Por meio da contenção disponibiliza-se as remediações através do bombeamento e

    tratamento, barreiras verticais e barreiras horizontais, onde a contenção por

    bombeamento e tratamento, é realizada por poços verticais e horizontais. As

    contenções por barreiras verticais através de diafragmas flexíveis, cortinas de

    injeção, estacas, biobarreiras e barreiras reativas, e as contenções de barreiras

    horizontais por barreiras horizontais de injeção.

    5.4 Teste piloto

    Conforme resultados de sondagens e pesquisas, decidiu-se aplicar a metodologia de

    remediação através da extração multifásica a vácuo, pois foi a que mais se

    enquadrou nos aspectos do terreno e da contaminação de acordo com o item 5.3,

    onde é citado o estudo de alternativas de remediação.

    Aplica-se um protótipo em pequena escala, para que se possa fazer testes, para

    conferir como o sistema irá interagir com o local empregado, e para dimensionar

    potência de bombas, tamanho de caixas para estoque para a contaminação,

    dimensionamento do acionamento das bombas, assim verificando a viabilidade da

    metodologia adotada no estudo de alternativas.

    Uma vez realizado o procedimento e analisado os resultados, seguiu-se para

    aplicação em macro escala, “in situ”. 

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    5.5 Condições favoráveis e Desfavoráveis

    Uma vez constatada, pelo órgão ambiental competente, de que uma determinada

    área contaminada, representa um risco para a saúde humana e segurança pública,

    após resultados de um estudo de investigação detalhada e avaliação de risco real,

    constitui-se, dessa forma, o ponto de partida para a definição da utilização da

    recuperação.

    É essencial estabelecer uma solução de recuperação, no caso a remediação, para

    cada situação de contaminação. O plano de remediação a ser definido para uma

    área, deve completar o objetivo e o escopo da remediação, em função do bem a

    proteger, do uso previsto ou permitido pela lei, da situação no local e demais

    condicionantes.

    Para a utilização de um sistema de remediação, é necessário que seja feita uma

    análise de custo e benefício, para cada situação individual de contaminação. O

    benefício é que a alternativa de remediação, com as despesas envolvidas,

    possibilitará a escolha de soluções que sejam tanto adequadas, como maiseconômicas.

    Sempre que não há diretivas para um caso, a comparação entre diferentes

    alternativas de remediação tende a se restringir, na prática, a uma mera discussão

    sobre as vantagens e desvantagens técnicas de cada uma, associada a um

    confronto de custos.

    Muitas vezes as alternativas remediadoras são comparadas sem avaliação e

    contemplação do benefício de cada uma delas, comparando-se, unicamente os

    gastos iniciais, sem levar em conta os custos correntes e futuros, decorrentes da

    operação, manutenção e monitoramento pós-tratamento.

    É de suma importância que os custos sejam considerados ao se optar por qualquer

    tipo de remediação, mas sobre tudo, faz-se necessário que haja um estudo, para

    que o sistema de remediação utilizado, não possibilite impactos adicionais ao

    ambiente.

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    Quando se leva em conta essas considerações, os benefícios dessas técnicas

    mostram-se efetivamente eficientes, pois requerem prazos curtos de operação e

    propiciam um descomissionamento mais rápido da área.

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    6 ESTUDO DE CASO

    O presente trabalho tem como local de estudos e pesquisas uma antiga fábrica

    multinacional, que por motivos sigilosos será citada como (MPE-2009), situada em

    uma área industrial da grande São Paulo, a qual atualmente funciona como central

    de distribuição, pelo fato de estar contaminada por óleo e derivados.

    Há aproximadamente 30 anos atrás é inaugurada a “MPE – 2009”, uma grande

    fábrica de brocas e ferramentas, que como carro chefe utilizava maquinários de

    grande porte para fabricações, sendo grande parte dos equipamentos dependentes

    do óleo para seu funcionamento.

    Com o passar dos anos, a falta de manutenção dos equipamentos, entre outros

    fatores, fizeram com que o terreno, fosse sofrendo derramamento de pequenas

    proporções de óleo. No ano de 2005, foram instalados alguns Poços de Sondagem

    (PS) para confirmação da possível existência do passivo ambiental.

    Como esperado, foram encontradas grandes concentrações de óleo espalhadaspelo terreno (figura 6.1).

    Figura 6.1 - Amostra de contaminação - água/ óleo

    Fonte: MPE (2009)

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    Após as investigações foram feitos estudos alternativos para a remediação do

    problema e devido a Seção Geológica, foi aplicada a técnica de Extração Multifásica

    à Vácuo. A partir das sondagens os estudos levaram aproximadamente 2 anos, até

    que se chegasse à conclusão da extenção da contaminação e se desse início à

    montagem do Sistema de Remediação.

    6.1 A contaminação

    No decorrer dos anos de funcionamento, não só a falta de manutenção, mas muitas

    vezes a falta de conhecimento dos próprios funcionários e possíveis acidentes

    envolvendo o derramamento de óleo no local, fez-se com que a contaminação

    tomasse proporções na qual não se esperaria chegar. Tal contaminação e proporção

    só foi reconhecida quando se foi tentar vender o terreno, e após estudos para

    confirmação foi detectado um passivo ambiental na área.

    Para confirmação da possível existência do passivo ambiental, foi preciso a

    instalação de alguns poços de sondagem (PS), em áreas específicas onde atuavamos maquinários.

    A constatação, pelo órgão ambiental competente (CETESB), de que uma

    determinada área contaminada representa um risco segurança publica e saúde

    humana, e a partir dos resultados de estudo de investigação detalhada e avaliação

    de risco, constituiu-se o início para a definição da concepção da remediação da

    área.

    O responsável, ou responsáveis, quando houver mais de 01 (um) representante

    legal do imóvel, devem propor um plano de remediação, descrevendo as ações a

    serem tomadas para solucionar o problema, e quando não cumpridas isso poderá

    incorrer em multas altíssimas ou em desativação da área ou até mesmo a demolição

    caso aja alguma edificação no local, e em casos de loteamentos, o proprietário

    poderá ter que recuperar a natureza tal como no estado inicial do empreendimento e

    ainda responde a um processo criminal (BRITO; VALMIR, 2006)

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      28

    A finalidade da investigação para remediação, é oferecer subsídios para a

    concepção e detalhamento de um projeto de remediação, que seja tecnicamente

    adequado e economicamente viável, para cada situação de contaminação, visando

    prevenir danos presentes ou futuros ao meio ambiente, a saúde humana e

    segurança pública. 

    Com estudos foi constatado que a área estava com contaminante na fase livre

    (quando se tem altas concentrações do contaminante, ou ainda quando existe

    produto puro no solo), que no caso o contaminante encontrado foi o óleo e derivados

    do petróleo.

    6.2 Remoção e Redisposição de solos

    A remoção e redisposição de solos é uma prática tradicional e consagrada dentre

    aquelas empregadas na remediação de locais contaminados.

    Apesar de possibilitar a eliminação dos principais focos de contaminação na zonainsaturada, esta prática deve ser realizada com cautela, pois pode propiciar a

    investigação de algumas vias de exposição ao risco (como a inalação de vapores e

    materiais particulados) e a transferência de passivo de um compartimento ambiental

    a outro (durante a escavação, o armazenamento, o transporte e a redisposição dos

    solos contaminados).

    6.3 Ano Montagem/ Previsão Desmontagem

    O estudo de alternativas para remoção de fase livre de óleo indicou um sistema de

    Extração Multifásica o MPE-2009 como melhor opção para a remoção do óleo

    existente na área, pois além do bombeamento direto da fase livre, ocorre a injeção

    de ar ou oxigênio puro no solo/ água subterrâneo, assim ocorre o estimulo a

    atividade dos microorganismos eliminando por sua vez o óleo absorvido no solo

    (MARIA REGANHAN, CASSIANA; BIODEGRADAÇÃO, UNICAMP).

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      29

    Iniciou-se atividade no ano de 2005 e tendo em vista a remediação parcial da área

    no ano de 2010.

    6.4 Peças e Equipamentos

    A montagem do sistema de remediação citado neste trabalho utilizou os seguintes

    equipamentos:

    - Bomba a vácuo;

    - Caixa separadora de sedimentos (Demister);

    - Caixa separadora de água e óleo;

    - Tanque reservatório para óleo;

    - Tanque reservatório para água;

    - Filtro de carvão ativado;

    - Caixa de contenção para óleo/ água.

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      30

     

    PERFIL CONSTRUTIVO

    LEGENDA

    Calda de Bentonita

    Bentonita Granulada

    Pré-filtro de Areia

    Filtro (PVC Ranhurado)

    superfície

    Cimento

     AB

    C

    B

        h

    B

     A

    B

    C

    h

    DIMENSIONAMENTO

    CÂMARA DE CALÇADA

    Material:______________

        7 ,    8

        0   m

     6 , 5 0m

     0 , 3 0

     0 ,2 0

     6 , 0 0m

    6” pol

    8” pol

    4” pol

    0

     Alumínio

     0 , 8 0Vazio Vazio

     

    Figura 6.2 - Croqui Poço de Bombeamento – água/ óleo

    Fonte: MPE (2009)

    6.5 Montagem e Funcionamento do Sistema

    A montagem do MPE (2009) consiste em um sistema de sucção onde é retirado dospoços de bombeamento (figura 6.3), ar+óleo+água contidos no lençol do local

    contaminado.

    Esses poços são instalados onde constatado a contaminação através das

    investigações.

    Para retirada do material contaminado é preciso de uma bomba de sucção a vácuo.Esse material proveniente dos poços de bombeamento (PB), no caso ar, óleo e

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      31

    água, é conduzido para um tanque (DEMISTER), uma espécie de filtro, onde é feita

    a separação dos sedimentos e ar retirados junto à contaminação.

    Esta separação é feita através da gravidade. O fundo do Demister facilita a retirada

    dos sedimentos, pois seu fundo é cônico.

    O Demister tem duas saídas, onde a 1ª saída é retirado o ar que passa por um

    processo através de carvão ativado para depois ser liberado, e a 2ª saída, onde

    passa o óleo mais a água para tratamento.

    Em seguida esse material (água+óleo) é levado para uma caixa separadora de águae óleo, que por sua vê faz a separação dos dois elementos.

    O óleo depois de retirado e separado é depositado em um tanque onde aguarda

    uma empresa especializada e legalmente correta , ou seja, uma empresa que tenha

    licença de operação (figura 6.4) de acordo com a resolução CONAMA nº362.

    art.2º.inc.V.(LWART, 2009).

    A água é retirada e levada para outro tanque (AIR STRIPPER), uma espécie de

    peneira, onde temos varias malhas com perfurações imitando uma peneira, no qual

    a furação de cada peneira não coincide com a peneira abaixo, e na base deste

    tanque temos uma espécie de ventilador voltado para cima onde por volatilização é

    separado os fragmentos de óleo (gases) ainda contidos na água.

    Os gases desse processo passam pelo mesmo sistema de carvão ativado docomeço do procedimento e também são liberados na atmosfera conforme

    esquemática de bombeamento.

    A água vai direto para outro sistema de carvão ativado, e que por sua vez é

    estocada em tanques, onde são feitas amostragens para garantir que as impurezas

    foram sanadas, e com isto garantido esta água é descartada em alguma rede de

    esgoto ou reutilizadas (figura 6.2.)

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       V

       D   E   M   I   S   T   E   R

       S   E   P  -   0   2

       S   E   P  -   0   1

       T   Q  -   O  -   0   1

       (   5 .   0   0   0   L   )

       B   T  -   0   1

       B   V  -   0   1

       B   T  -   0   2

       B   T  -   0   3   B   T  -   0   4

       S   O   P  -   0   1

       A   I   R

       S   T   R   I   P   P   E   R

       S   A    Í   D   A   D   O     Ó

       L   E   O

       P   O   Ç   O   S   D   E

       E   X   T   R   A   Ç    Ã   O

       R   E   D   E   D   E   E   S   G   O   T   O

       O   U

       R   E   U   T   I   L   I   Z   A   Ç    Ã   O

       C  a   i  x  a   0 ,   7   0  x   0 ,   7   0  x   0 ,   7   0  m

       F   C  -   0   1

       S   A    Í   D   A   D   E   A   R

       C   A   R   V    Ã   O    A

       T   I   V   A   D   O

       F   C  -   0   1

       A  L I   V I   O   D   E   A   R   B   O   M   B   A   D   E   S   U   C   Ç   Ã   O

        Ó   L   E   O

       +    Á   G   U   A

       A   R   +    Ó   L   E   O   +    Á   G   U   A

       A   R

        Ó   L   E   O    +

        Á   G   U

       A

        Ó   L   E   O 

       Á   G   U   A

        Á   G   U   A

        Ó   L   E   O

       A   L   I   V   I   O    D

       E   A   R   B   O   M   B   A   D   E   S   U   C   Ç    Ã   O

       C   H   A   M   I   N    É

       "   A   I   R   S   T   R   I   P   P   E   R   "

       T   Q  -   O  -   0   1

       (   5 .   0   0   0   L   )

        Á   G   U   A

       B   T  -   0   5

     

    Figura 6.3 – Esquemática de Bombeamento - água/ óleo

    Fonte: MPE (2009)

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    Figura 6.4 – Modelo de Licença expedida pela ANP

    Fonte: GRUPO LWART LUBRIFICANTES

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    6.6 Coleta de Dados de Campo

    Cada poço tem sua área e quantidade de contaminação, já que cada um encontra-

    se em diferentes níveis e diferentes profundidades.

    Na Tabela 6.1 notamos a diferença que se tem de poço para poço. Os cálculos e os

    determinantes levados em conta para os cálculos, como exemplo porosidade do solo

    e/ou tempo de recuperação da fase livre em cada poço não serão citados no

    presente trabalho

    Tabela 6.1 – Estimativa do Volume de Fase Removível de Óleo

    POÇO ÁREA DE

    INFLUÊNCIA(Ai)

    ESPESSURAFASE LIVRENO POÇO

     (FLp)

    ESPESSURAFASE LIVRE

    NA FORMAÇÃO (FLf = FLp/ 3 a 5)

    VOLUMEGEOMÉTRICO(Vg=FLf x Ai)

    (REFERÊNCIA) (m²) (m ) 5 (m ³) minim o m áxim o m inim o m áxim o m édio

    PB-01 12,40 0,32 0,064 0,79 10,0% a 30,0% 0,08 0,24 0,16

    PB-02 12,50 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-03 9,90 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-04 16,70 0,43 0,086 1,44 10,0% a 30,0% 0,14 0,43 0,29

    PB-05 8,80 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-06 12,60 0,13 0,026 0,33 10,0% a 30,0% 0,03 0,10 0,07

    PB-07 13,80 0,40 0,080 1,10 10,0% a 30,0% 0,11 0,33 0,22

    PB-08 11,70 0,14 0,028 0,33 10,0% a 30,0% 0,03 0,10 0,07

    PB-09 14,10 0,20 0,040 0,56 10,0% a 30,0% 0,06 0,17 0,11

    PB-10 13,80 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-11 8,10 0,50 0,100 0,81 10,0% a 30,0% 0,08 0,24 0,16

    PB-12 16,70 0,16 1,600 26,72 10,0% a 30,0% 2,67 8,02 5,34

    PB-13 14,40 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-14 16,50 0,00 0,000 0,00 10,0% a 30,0% 0,00 0,00 0,00

    PB-15 12,80 0,30 3,000 38,40 10,0% a 30,0% 3,84 11,52 7,68

    PB-16 6,50 2,98 29,833 193,92 10,0% a 30,0% 19,39 58,18 38,78

    PB-17 10,90 2,27 22,667 247,07 10,0% a 30,0% 24,71 74,12 49,41

    PB-18 19,40 0,12 1,150 22,31 10,0% a 30,0% 2,23 6,69 4,46

    PB-19 16,90 0,72 7,200 121,68 10,0% a 30,0% 12,17 36,50 24,34

    PB-20 10,10 0,98 9,833 99,32 10,0% a 30,0% 9,93 29,80 19,86

    PB-21 10,60 0,32 3,233 34,27 10,0% a 30,0% 3,43 10,28 6,85

    PB-22 10,20 0,02 0,200 2,04 10,0% a 30,0% 0,20 0,61 0,41

    PB-23 12,90 0,15 0,030 0,39 10,0% a 30,0% 0,04 0,12 0,08

    PB-24 17,30 0,20 0,040 0,69 10,0% a 30,0% 0,07 0,21 0,14

    3,30 9,90 6,60

    79,22 237,65 158,43VOLUME TOTAL ESTIMADO (m³)

    VOLUME EFETIVO(m³)

    POROSIDADE EFETIVADA FORMAÇÃO

     (%)

    ESTIMATIVA REFERENTE AO MONITORAMENTO

    Estimativa do Volume de Fase Removível de Óleo

    VOLUME MÉDIO ESTIMADO (m³)

     

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    7 DISCUSSÃO DE RESULTADOS

    Os resultados mostraram que o Sistema de Extração Multifásica a Vácuo, atende

    muito bem a remediação, quando o contaminante levado em conta é o óleo na sua

    forma fase livre.

    Conforme a tabela 6.1, as maiores quantidades de óleo encontradas foram nos

    poços PB-16 e PB-17. Nestes locais, de acordo com informações dos ex-

    proprietários, havia o funcionamento de maquinário de grande porte, que utilizavam

    óleo em seu processo de funcionamento e lubrificação. Estes equipamentos não

    tinham a manutenção adequada e permitiram que grandes quantidades de óleo

    fossem eliminados do interior para fora sem que houvesse cuidados para recepção

    do óleo, assim proporcionando a infiltração no solo.

    Nos poços PB-01, PB-04, PB-06, PB-08, PB-16, PB-22, quantidades menores foram

    retiradas, pois são áreas afastadas dos locais onde se encontravam os

    equipamentos de produção da empresa, sendo assim possivelmente que estas

    frações são fruto de deslocamento do óleo por percolação no subsolo durante váriosanos.

    De acordo com os dados, não foi encontrado uma orientação no deslocamento do

    óleo no subsolo. Pois de acordo com as quantidades retiradas nos poços periféricos

    aos poços PB-16 e PB-17, nota-se uma área tendendo a um circulo, ou seja o óleo

    desloca-se em direções do centro para regiões externas as bordas.

    Não foi realizado estudo sobre a quantidade de óleo em função da profundidade,

    logo não é possível informar em uma escala tridimensional abaixo do solo, se há

    áreas com maiores quantidades de óleos. Os trabalhos de extração foram sempre

    em uma determinada profundidade.

    O trabalho está em pleno funcionamento e estima-se retirar mais 500 litros afim de

    deixar a área recuperada atingindo parâmetros aceitáveis pelo órgão regulador, nocaso a CETESB.

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    8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

    Áreas que tenham sofrido contaminação podem ser remediadas desde que estudos

    sejam realizados e sejam encontradas a melhor metodologia a ser empregada.

    A técnica empregada no caso o sistema de extração multifásica a vácuo, mostrou-se

    efetiva, pois a quantidade de fase livre extraída do subsolo é considerada

    satisfatória. Em 2 anos, o funcionamento foi eficaz, conseguindo retirar cerca de

    70% da contaminação total existente no local.

    O monitoramento indica que há óleo em vários setores, mesmo após ser retirada a

    quantidade de 800 litros, porém a idéia é continuar o monitoramento até que se

    esgote a fase livre dispersa no subsolo ou até que seja atingido níveis aceitáveis

    diante a exigência da legislação.

    Atualmente a área de trabalho, não há desenvolvimento de atividades que

    comprometam o meio físico, dessa forma não geram contaminação.

    Sistemas preventivos contra contaminações de óleo são estudados para evitar

    futuras contaminações. Assim, implementar procedimentos para coletar possíveis

    vazamentos, são de extrema importância no meio industrial ou mesmo em

    domicílios, com respeito a disposição de óleo utilizado na preparação de alimentos.

    A reciclagem ou degradação destes componentes em ambientes adequados, como

    lagoas de tratamentos de resíduos líquidos, podem ser um caminho para apreservação de ambientes intactos.

    Evitar que o óleo usado polua o solo ou a água é fundamental para a preservação

    do meio ambiente, assim o óleo retirado do solo é coletado por empresas

    especializadas, passando por um processo de peneiramento e filtração para

    retenção de partículas grosseiras, onde essas partículas são destinadas à

    incineração. Após isto é feita a desidratação por pré-aquecimento em temperaturasque a água e os solventes evaporem para a separação de fases. O óleo tratado se

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    torna um óleo novo, podendo ser reutilizado como lubrificante em máquinas e

    veículos, caso o mesmo não possa voltar a sua aplicação original em por alguma

    contaminação que não possa ser removida no processo, como por exemplo a

    presença de enxofre ativo, o óleo pode ser transformado para outros fins como óleo

    para lubrificação geral ou óleo de corte, sendo o melhor destino que se pode dar a

    esse resíduo perigoso ao meio ambiente.

    O importante é promover a concientização ambiental, para que o futuro, as novas

    gerações possam aproveitar de forma sustentável tudo o que o planeta pode

    oferecer de bem às populações.

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      38

    REFERÊNCIAS

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    BOSCOV, M. E. G. “ Geotecnia Ambintal” . 2008, Ed. Oficina de Letras.

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    BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.Regulamento do art. 2º da

    Presidência da República, dispõe sobre as sanções penais e administrativas

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    FIESP, (2009) – Perguntas Freqüentes, São Paulo. Disponível em:www.fiesp.com.br  acesso em outubro de 2009.

    FONTES, M.P.F. & ALLEONI, L.R.F – Propriedades eletroquímicas e

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    GUNTHER, Hartmut – “Poluição dos Solos”. 2005,  Ed. Educação Ambiental eSustentabilidade. São Paulo, Manole, pp.191.

    HOLLINS, Margaret and Percy - “Enviromental Liability for Contaminates Land”,1998, towards a European consensus.

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