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GARANTIAS AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: OS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Remédios Constitucionais

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GARANTIAS AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: OS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

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  • GARANTIAS AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:

    OS REMDIOS CONSTITUCIONAIS

  • Sumrio 1 CONSIDERAES GERAIS ............................................................................................................................................... 3

    2 HABEAS CORPUS ................................................................................................................................................................ 4

    2.1. Natureza da ao ....................................................................................................................................................... 4

    2.2. Espcies de Habeas Corpus ................................................................................................................................... 4

    2.3. Finalidade .................................................................................................................................................................... 4

    2.4. Legitimidade ............................................................................................................................................................... 5

    2.5. Hipteses de cabimento .......................................................................................................................................... 5

    2.6. Aspectos relevantes ................................................................................................................................................. 5

    3 MANDADO DE SEGURANA ............................................................................................................................................. 5

    3.1. Mandado de Segurana Individual ........................................................................................................................ 6

    3.1.1. Natureza jurdica ............................................................................................................................................. 6

    3.1.2. Cabimento ........................................................................................................................................................ 6

    3.1.3. Beneficirios sujeito ativo ......................................................................................................................... 6

    3.1.4. Prazos para propositura ............................................................................................................................... 6

    3.1.5. Competncia .................................................................................................................................................... 6

    3.1.6. Aspectos relevantes ...................................................................................................................................... 7

    3.2. Mandado de Segurana Coletivo ........................................................................................................................... 7

    3.2.1. Natureza jurdica ............................................................................................................................................. 7

    3.2.2. Cabimento ........................................................................................................................................................ 7

    3.2.3. Beneficirios sujeito ativo ......................................................................................................................... 8

    3.2.4. Prazos para propositura ............................................................................................................................... 8

    3.2.5. Competncia .................................................................................................................................................... 8

    4 MANDADO DE INJUNO ................................................................................................................................................. 8

    4.1. Procedimentos ........................................................................................................................................................... 8

    4.2. Pressupostos ............................................................................................................................................................. 8

    4.3. Objetivos ..................................................................................................................................................................... 9

    4.4. Efeitos .......................................................................................................................................................................... 9

    5 HABEAS DATA...................................................................................................................................................................... 9

    5.1. Procedimento do Habeas data ............................................................................................................................. 10

    5.2. Natureza jurdica ...................................................................................................................................................... 10

    5.3. Finalidade .................................................................................................................................................................. 10

    5.4. Hipteses de cabimento ........................................................................................................................................ 10

    5.5. Legitimidade ............................................................................................................................................................. 10

    5.6. Aspectos relevantes ............................................................................................................................................... 10

    6 AO POPULAR ................................................................................................................................................................ 11

    6.1. Objetivos ................................................................................................................................................................... 11

    6.2. Requisitos ................................................................................................................................................................. 11

    6.3. Fins da Ao ............................................................................................................................................................. 12

    6.4. Competncia para processar e julgar ................................................................................................................ 12

    6.5. Legitimao .............................................................................................................................................................. 12

    6.6. Consequncias da sentena ................................................................................................................................ 13

    6.7. Aspectos relevantes ............................................................................................................................................... 13

    7 QUADRO COMPARATIVO DOS REMDIOS CONSTITUCIONAIS ........................................................................... 14

    8 PERGUNTAS E RESPOSTAS .......................................................................................................................................... 15

  • REMDIO CONSTITUCIONAIS

    1 CONSIDERAES GERAIS

    As garantias constitucionais vm recebendo da doutrina e jurisprudncia a

    denominao de Remdios Constitucionais. Segundo Jos Afonso da Silva, os Remdio

    Constitucionais so definidos:

    So os meios colocados disposio dos cidados, visam sanar, corrigir ou evitar ilegalidade e abuso de poder que venham a causar leso ou inobservncia de direitos individuais.

    Em lngua inglesa essas garantias recebem a denominao de WRIT, que

    significa ORDEM, que tecnicamente na lngua jurdica deve ser entendido como

    mandado a ser cumprido.

    A Constituio Federal de 1988, em seu art. 5, menciona vrias garantias,

    que, pela sua funo saneadora, recebem o nome de remdios constitucionais.

    Art. 5 da CF/88 ESPCIES (Remdios Constitucionais)

    Inciso LXVIII Habeas Corpus

    Inciso LXIX Mandado de Segurana (individual)

    Inciso LXX Mandado de Segurana (coletivo)

    Inciso LXXI Mandado de Injuno

    Inciso LXXII Habeas Data

    Inciso LXXIII Ao Popular

    Conceitos importantes:

    Impetrar:

    o ato de interpor recurso, ou seja, o ato de requerer algo ao Tribunal. Normalmente este verbo utilizado quando se refere ao Mandado de Segurana, mas tambm utilizado quando se trata de Habeas Data, Habeas Corpus, dentro outros recursos.

    Arts. 5, LXX, LXXII, "a", da CF

    Arts. 932, do CPC

    Arts. 630, 2, "a"; 654; 735, todos do CPP

    Impetrante: Quem entra com um pedido de Habeas Corpus ou do requerente de alguma medida judicial, sem a necessidade da atuao de um advogado.Requerente, diz daquele que impetra recurso.

    Impetrado: Autoridade contra quem se impetra Habeas Corpus, um mandado de segurana ou qualquer outra medida de teor judicial. Requerido, pessoa contra a qual se impetra recurso.

  • 2 HABEAS CORPUS

    Art. 5 - ...:

    LXVIII conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar

    ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade

    ou abuso de poder.

    O Habeas Corpus protege direito lquido e certo o direito de locomoo e

    no sentido amplo no movimento e no de permanncia o direito de ir, vir, de estar,

    de permanecer, de parar ou ficar. Dessa forma, pode ser definido como o meio

    constitucional posta disposio de toda pessoa fsica, para proteo da liberdade de

    locomoo ameaada ou obstada, por ilegalidade ou abuso de poder.

    O HC , antes de tudo, uma ordem judicial. Na gnese das garantias

    fundamentais do direito do homem ocupa o primeiro lugar, pois inaugurou o rol dos

    instrumentos que asseguram as liberdades pblicas.

    O HC um ato de prtica particular (impetrado), no precisa est dentro da

    cadeia para requerer. Alm disso, pode, tambm, ser solicitado pelo Ministrio Pblico

    (MP) e inclusive pessoa Jurdica em favor do paciente (preso).

    A legislao atual faz referncia a CF/88 (art. 5, LXVIII) e Cdigo de Processo

    Penal (arts. 647 ao 667)

    2.1. Natureza da ao

    Trata-se de ao penal popular com assento constitucional:

    De natureza cautelar nas hipteses dos incisos II, III, IV e V do art. 648, Cdigo do Processo Penal - CPP;

    De natureza constitutiva negativa ou de natureza rescisria dependendo do caso nas hipteses dos incisos VI e VII do j mencionado dispositivo;

    De natureza cautelar constitutiva ou declaratria dependendo do caso, na hiptese do inciso I.

    2.2. Espcies de Habeas Corpus

    Pelo comando do art. 5., LXIII, CF, est autorizado dois tipos espcies de

    HC:

    O preventivo destinado a prevenir, ...evitar a ocorrncia de uma violao liberdade ambulatria. Se concedido, expede-se um salvo-conduto documento

    emitido pela autoridade judiciria visando conceder livre trnsito ao seu

    portador, de molde a impedir-lhe a priso ou deteno pelo mesmo motivo que

    ensejou o seu pedido;

    O liberatrio ou repressivo objetiva a cessao da efetiva coao ao direito de ir e vir. Ser cabvel quando algum estiver sofrendo violncia ou coao em

    sua liberdade de locomoo por ilegalidade ou abuso de poder e pretende cessar

    esse desrespeito.

    2.3. Finalidade

    Reprimir o ato concreto pelo qual algum sofre a violncia ou coao. No ser

    qualquer ato restritivo da liberdade de locomoo que permite a invocao do direito ao

    HC, mas aqueles ilegais ou praticados com abuso de poder.

  • 2.4. Legitimidade

    Qualquer pessoa pode impetrar Habeas Corpus, inclusive diretamente, sem a

    necessidade de um advogado.

    2.5. Hipteses de cabimento

    Poder se socorrer de HC a partir no momento que qualquer pessoa cuja

    liberdade de locomoo se encontre tolhida ameaada ou tolhida, por ato ilegal ou que

    caracterize abuso de poder, seja ela nacional ou estrangeira, maior ou menor de idade.

    2.6. Aspectos relevantes

    O habeas corpus ao, em que o impetrante pede a imediata expedio de

    ordem judicial, dirigida contra quem estiver ilegalmente restringindo a locomoo de

    outrem.

    Geralmente, essa ordem judicial dirigida contra autoridade pblica, como

    delegado ou juiz de Direito. A jurisprudncia tem admitido, no entanto, HC contra

    particular diretor de hospital que no permite a sada de paciente sem que tenha

    pago a conta de internao.

    O habeas corpus pode ser utilizado contra a coisa julgada ou para trancar a

    ao penal e, em casos excepcionais, para trancar o inqurito policial. O

    constrangimento ilegal pode decorrer inclusive de nulidade processual, facultando ao

    juiz ou tribunal, nesse caso, conceder a ordem de ofcio. Tendo em vista o procedimento

    sumarssimo da ao constitucional de HC, nele no se admite dilao probatria,

    cabendo ao impetrante comprovar, de plano, o constrangimento ilegal.

    3 MANDADO DE SEGURANA

    LXIX conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela

    ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no

    exerccio de atribuies do Poder Pblico

    LXX o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:

    a) partido poltico com representao no Congresso Nacional

    b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda

    e em funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros

    ou associados.

    Conforme descrito na CF/88, os dois incisos citados acima, consagra duas

    espcies de mandato de segurana:

    a) Individual e

    b) Coletivo.

    o meio constitucional posto disposio de toda pessoa fsica ou jurdica,

    rgo com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei (massa falida,

    esplio, condomnio), para a proteo de direito individual ou coletivo, lquido e certo,

  • no amparado pelo Habeas Corpus ou Habeas Datas, lesado ou ameaado de leso

    por ato de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais as funes exera.

    Tem por objetivo a correo de ato ou omisso de autoridade, desde que ilegal

    e ofensivo de direito individual ou coletivo, lquido e certo, do impetrante. Onde, o direito

    individual o que pertence a quem invoca, o direito prprio do impetrante. Direito

    lquido e Certo direito comprovado de plano, o direito h de vir expresso em norma

    legal e trazer em si todos os requisitos e condies de sua aplicao ao impetrante. J

    no caso do mandado de segurana coletiva s se presta a defender direito lquido e

    certo de uma determinada categoria e no de um ou de alguns membros da entidade

    representativa.

    O Ato de Autoridade. toda manifestao ou omisso do Poder Pblico ou

    de seus delegados, no desempenho de suas funes ou a pretexto de exerc-las. Por

    autoridade entende-se pessoa fsica investida de poder de deciso dentro da esfera de

    competncia que lhe atribuda pela norma legal.

    Liminar. A medida liminar o provimento cautelar admitido pela prpria lei de

    mandado de segurana, quando sejam relevantes os fundamentos da impetrao e do

    ato impugnado puder resultar a ineficcia da ordem judicial, se concedia a final.

    3.1. Mandado de Segurana Individual

    3.1.1. Natureza jurdica

    Trata-se de verdadeira ao, pois , na verdade, um pedido de atuao

    jurisdicional.

    3.1.2. Cabimento

    O mandado de segurana conferido aos indivduos para que eles se

    defendam de atos ilegais ou praticados com abuso de poder atos vinculados ou atos

    discricionrios.

    3.1.3. Beneficirios sujeito ativo

    S o prprio titular do direito violado tem legitimidade para impetrar o MS

    individual.

    Qualquer pessoa, natural ou jurdica, desde que titular do direito violado pode

    impetrar MS, desde que capacidade de direito que titularize direitos e obrigaes,

    inclusive entes despersonalizados esplio, massa falida, herana jacente.

    3.1.4. Prazos para propositura

    O prazo que decadencial para propositura de 120 (cento e vinte) dias

    contados a partir da cincia do ato eivado de ilegalidade ou exercido com abuso de

    poder, ou seja, da sua publicidade, ou ento a partir da intimao pessoal do titular do

    direito lesionado.

    3.1.5. Competncia

    A competncia para processar e julgar o MS definida em funo da hierarquia

    da autoridade legitimada a praticar a conduta, comissivo ou omissiva, que possa resultar

    em leso ao direito subjetivo da parte, e no ser alterada pela posterior elevao

    funcional da mesma.

    Recebida a petio inicial, notifica-se a autoridade coatora para, em 10 (dez)

    dias, prestar informaes; sem seguida os autos vo ao Ministrio Pblico para parecer

    sua manifestao indispensvel, justificada na tutela do interesse pblico, pois o MP

    no se vincula previamente nem ao impetrante nem autoridade coatora em 5 (cinco)

  • dias, seguindo-se, imediatamente, a sentena. No h dilao para prove testemunhal,

    pericial ou vistorias.

    As informaes no tm natureza de contestao do processo comum feita

    pela prpria autoridade coatora e sua falta no gera confisso caracterizando recusa

    ao cumprimento de ordem.

    3.1.6. Aspectos relevantes

    Do sujeito passivo dois grandes grupos:

    a) Autoridades Pblicas. Compreendem todos os agentes pblicos todas as

    pessoas fsicas que exercem alguma funo estatal investida de poder de

    deciso, e que tenham competncia para desfazer o ato atacado, como os

    agentes polticos e os agentes administrativos;

    b) Agentes de Pessoas Jurdicas com atribuies de Poder Pblico: todos os

    agentes de pessoas jurdicas privadas que executam atividades, servios e

    obras pblicas.

    O MS no proposto contra a pessoa jurdica de direito pblico, mas contra a

    autoridade coatora que identificada sempre como aquela que concretiza a leso a

    direito individual como decorrncia de sua vontade. No ser, portanto, a pessoa que

    estabelece regras e determinaes genricas, tampouco aquela que meramente

    executa a ordem. Isto equivale a dizer que os atos normativos gerais no esto sujeitos

    a mandado de segurana. Os atos de simples execuo tambm esto fora de sua

    apreciao.

    No cabe igualmente contra a lei em tese, a no ser que tenha efeitos

    concretos.

    No caso de ato colegiado, que aquele formado por vrias vontades individuais

    que se integram, o writ deve ser impetrado contra o rgo colegiado do qual emana o

    ato na pessoa de seu presidente.

    No caso de ato complexo, que aquele que se forma pela vontade de uma

    autoridade, mas, dependendo de referendo de autoridade superior, o mandado

    impetrado perante a autoridade inferior que elaborou o ato, uma vez que a autoridade

    superior realizou ato de mera conferncia.

    No cabe mandado de segurana contra ato de particular;

    No h condenao em honorrios em MS;

    No cabem embargos infringentes em processo de MS;

    O mandado de segurana no substituto de ao de cobrana.

    3.2. Mandado de Segurana Coletivo

    3.2.1. Natureza jurdica

    Trata-se de verdadeira ao, pois , na verdade, um pedido de atuao

    jurisdicional.

    3.2.2. Cabimento

    O mandado de segurana conferido aos indivduos para que eles se

    defendam de atos ilegais ou praticados com abuso de poder atos vinculados ou atos

    discricionrios.

  • 3.2.3. Beneficirios sujeito ativo

    a) Partido poltico com reapresentao no congresso nacional;

    b) Organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda,

    em funcionamento h pelo menos um ano, desde que em defesa do interesse

    dos seus membros ou associados.

    O MS coletivo tem dois objetivos: a) fortalecer as organizaes classistas; b)

    pacificar as relaes sociais pela soluo que o judicirio dar a situaes

    controvertidas que poderiam gerar milhares de litgios com a consequente

    desestabilizao da ordem social.

    3.2.4. Prazos para propositura

    Penso ser o mesmo prazo j abordado no mando de segurana individual ou

    seja 120 (Cento de vinte).

    3.2.5. Competncia

    No h regras especiais para o mandado de segurana coletivo.

    4 MANDADO DE INJUNO

    LXXI conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das

    prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania

    O mandado de injuno tem por finalidade realizar concretamente em favor do

    impetrante o direito, liberdade ou prerrogativa, sempre que a falta de norma

    regulamentadora torne invivel o seu exerccio uma nova garantia instituda pela

    CF/88 que visa assegurar o exerccio de qualquer direito ou liberdade constitucional

    no regulamentada.

    O mandado de injuno somente protege as garantias fundamentais

    constitucionais especficas na Carta Magna.

    de suma importncia saber, a soberania referida neste inciso a soberania

    popular, exercida no art. 14 da CF/88, e no a Soberania do Estado, s invocvel pelo

    prprio Estado no exerccio de seus poderes absolutos e incontrastveis.

    4.1. Procedimentos

    Est disciplinado pela Lei 8.038/90:

    a) Se no houver necessidade de produo de prova, o procedimento ser o

    mesmo do mandado de segurana, por aplicao analgica.

    b) Se houver necessidade de dilatao probatria, o procedimento ser o ordinrio.

    4.2. Pressupostos

    a) A falta de norma regulamentadora do direito, liberdade ou prerrogativa

    reclamada;

    b) Ser o impetrante beneficirio direto do direito, liberdade ou prerrogativa que

    postula em juzo. O interesse de agir, mediante mandado de injuno, decorre

  • da titularidade do bem reclamado, para que a sentena que o confira tenha direta

    utilidade para o demandante.

    4.3. Objetivos

    Assegurar o exerccio:

    1) De qualquer direito constitucional individual, coletivo, poltico ou social no

    regulamentado;

    2) De liberdade constitucional, no regulamentada, sendo de notar que as

    liberdades so previstas em normas constitucionais comumente de

    aplicabilidade imediata, independentemente de regulamentao. Incidem

    diretamente; de modo que raramente ocorrer oportunidade de mandado de

    injuno nessa matria, mas h situaes como a do art. 51, VI, CF, em que a

    liberdade de cultos religiosos ficou dependente, em certo aspecto, de lei

    regulamentadora. Quando diz: garantida, na forma da lei, a proteo aos locais

    de culto e a suas liturgias;

    3) Das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania, tambm

    quando no regulamentadas; soberania a soberania popular, segundo dispe

    o Art. 14, no a soberania estatal; aqui igualmente no ocorrero muitas

    hipteses de ocorrncia do mandado de injuno; que as questes de

    nacionalidade praticamente se esgotam nas prescries constitucionais que j a

    definem de modo eficaz no Art. 12; apenas a naturalizao depende de lei, mas

    esta, como vimos, j existe, portanto matria regulamentada, que, por isso

    mesmo, no d azo ao mandado de injuno; as prerrogativas da soberania

    popular e da cidadania se desdobram mediante lei, mas estas j existem, embora

    devam sofrer profunda reviso, quais sejam o Cdigo Eleitoral e a Lei Orgnica

    dos Partidos Polticos; verdade que temos alguns aspectos dependentes de

    lei, como o direito previsto no Art. 5., LXXVII: so gratuitos na forma da lei, os

    atos necessrios ao exerccio da cidadania.

    4.4. Efeitos

    O contedo da deciso consiste na outorga direta do direito reclamado.

    O impetrante age na busca direta do direito constitucional em seu favor,

    independentemente de regulamentao.

    5 HABEAS DATA

    LXXII conceder-se- habeas data:

    a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do

    impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou

    de carter pblico

    b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo

    sigiloso, judicial ou administrativo

    O habeas data instituto introduzido na CF/88 visa tutelar a esfera intima dos

    indivduos (honra, tranquilidade, do patrimnio, da vida privada, entre outros valores),

    assegurando o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante,

  • constante dos registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de carter

    pblico ou a fim de retificar dados.

    H duas espcies de HD: o preventivo e o corretivo.

    O preventivo, previsto na alnea a do inciso que visa a assegurar o

    conhecimento da informao. previsto na medida em que previne, acautela, evita. O

    conhecimento dos dados tranquiliza a pessoa interessada, prevenindo demanda intil,

    se os dados estiverem corretos e no atenderem contra direito do interessado.

    O Corretivo, preconizado na alnea b do inciso que visa retificao da

    informao incorreta, incerta.

    5.1. Procedimento do Habeas data

    Est previsto na Lei n. 9.507, de 12.11.1997.

    5.2. Natureza jurdica

    uma ao, pois trata-se de pedido de tutela jurisdicional, e, por conseguinte,

    h a necessidade de preenchimento das condies da ao e dos pressupostos

    processuais.

    5.3. Finalidade

    O objetivo o de assegurar o direito de acesso e conhecimento de informaes

    relativas pessoa do impetrante e o direito retificao desses dados e informaes

    constantes de entidades governamentais ou de carter pblico.

    Objetiva tambm a excluso de dados sensveis relativos origem racial,

    poltica, ideolgica, filosfica, religiosa, filiao partidria ou sindical, orientao

    sexual e finalmente o cancelamento de dados falsos ou colhidos para fins ilcitos.

    5.4. Hipteses de cabimento

    Caber a impetrao de HD sempre que houver recusa de informaes por

    parte da autoridade administrativa.

    5.5. Legitimidade

    O HD ao personalssima, no se admitindo pedido de terceiros nem

    sucesso no direito de pedir.

    H contudo, uma deciso do TRF, em sesso plenria, admitindo que os

    herdeiros legtimos do morto ou de seu cnjuge suprstite podero impetrar o writ.

    5.6. Aspectos relevantes

    O habeas data uma ao invoca uma tutela jurisdicional devendo estar

    preenchidos os requisitos e as condies da ao.

    O contedo do habeas data de natureza mandamental visa assegurar o

    conhecimento de informaes pois nesse caso seu objetivo uma ordem judicial a

    rgos governamentais ou de carter pblico, sob pena de desobedincia.

    O contedo do habeas data de natureza constitutiva visa retificao de

    dados pois ser criada uma nova situao com o provimento jurisdicional.

    Quanto necessidade de se comprovar a recusa ou omisso da administrao,

    como condio da ao, porm, o STF j decidiu que:

  • Ementa:

    Habeas data Natureza jurdica Regime do poder visvel como pressuposto

    da ordem democrtica A jurisdio constitucional das liberdades Servio Nacional

    de Informaes (SNI) Acesso no recusado aos registros estatais Ausncia do

    interesse de agir Recurso improviso. O acesso ao habeas data pressupe, dentre

    outras condies de admissibilidade, a existncia do interesse de agir. Ausente o

    interesse legitimador da ao, toma-se invivel o exerccio desse remdio

    constitucional. A prova do anterior indeferimento do pedido de informao de dados

    pessoais, ou da omisso em atend-lo, constitui requisito indispensvel para que se

    concretize o interesse de agir no habeas data. Sem que se configure situao prvia

    de pretenso resistida, h carncia da ao constitucional do habeas data" (STF, RHD

    n. 22, rel. Min. Celso de Mello, j. em 19.9.1991, DJU de 1..9.1995, p. 27378; JUIS n.

    7).

    6 AO POPULAR

    LXXIII qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe,

    moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando

    o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia

    A Ao Popular prevista na da CF/88, mantendo o conceito da Carta anterior,

    aumentou a abrangncia do remdio em questo, pondo fim dvida se a ao popular

    alcanaria tambm os atos praticados por entidades paraestatais, alm dos rgos da

    administrao centralizada.

    um instrumento de defesa dos interesses da coletividade. Por ela no se

    amparam direitos individuais prprios, mas sim interesse da comunidade.

    Dessa forma, pode-se definir como um instrumento da democracia direta, o

    meio constitucional posta disposio de qualquer cidado para obter a invalidao de

    atos ou contratos administrativos ou a estes equiparados ilegais e lesivos do

    patrimnio federal, estadual ou municipal, ou de suas autarquias, entidades paraestatais

    e pessoas jurdicas subvencionadas com dinheiros pblicos.

    6.1. Objetivos

    Tem a finalidade repressiva e preventiva. Como meio preventivo, a ao

    popular pode ser ajuizada antes da consumao dos efeitos lesivos do ato, sendo que

    a lei permite a suspenso liminar do ato impugnado para prevenir a leso. Como meio

    repressivo, visa a corrigir atos danosos consumados.

    Existe tambm uma finalidade supletiva, em que o autor obriga a administrao

    omissa a atuar.

    6.2. Requisitos

    1 S pode ser proposta por cidado brasileiro, i. e., somente por pessoa fsica

    munido de seu ttulo eleitoral e que esteja no gozo de seus direitos polticos. Os

    inalistveis, os partidos polticos, as entidades de classe e qualquer pessoa

  • jurdica no tm qualidade para propor ao popular. O MP no pode ajuizar

    Ao Popular.

    2 Ilegalidade ou ilegitimidade do ato impugnado, i. e., ilegalidade na sua formao

    ou no seu objeto. Ato Ilegal ou Ilegtimo todo ato contrrio ao direito, por infringir

    as normas especficas que regem a sua prtica ou por se desviar dos princpios

    gerais que norteiam a Administrao Pblica (princpio da legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia).

    3 Lesividade do ato ao patrimnio pblico: ato lesivo todo aquele (ato ou omisso

    administrativa) que desfalca o errio da Administrao, que atinge a moralidade

    administrativa, o meio ambiente e o patrimnio histrico e cultural. Observe-se

    que a ao popular tambm alcana aqueles atos que ferem a moralidade

    administrativa. Assim, mesmo mngua de leso patrimonial, comprovada a

    ofensa moralidade administrativa, teremos motivo para a propositura da ao.

    Essa leso pode ser efetiva quanto presumida.

    6.3. Fins da Ao A ao popular tem fins preventivos, repressivos e supletivos.

    a) Como medida preventiva de leso ao patrimnio pblico, a ao popular poder

    ser ajuizada antes da consumao dos efeitos lesivos do ato;

    b) Como medida repressiva poder ser proposta depois da leso, para reparar do

    dana;

    c) Como medida supletiva visa a exigir a ao do Poder Pblico, nos casos em

    que devia agir por expressa imposio legal. Amar-se, assim, o cidado, para

    corrigir a atividade comissiva da administrao, como para obriga-la a atuar,

    quando sua omisso tambm redunde em leso ao patrimnio pblico.

    6.4. Competncia para processar e julgar

    determinada pela origem do ato impugnado. Em se originando de funcionrio,

    rgo ou entidade ligada unio, ser competente o juiz da seo judiciria federal do

    local onde o ato foi praticado. Em se originando de funcionrio, rgo ou entidade ligado

    ao Estado, ser competente o juzo indicado na lei de organizao judiciria estadual.

    Se municipal a origem do ato, ser o juiz da comarca onde o ato foi praticado. A

    propositura da ao prevenir o juzo para todas as aes que forem intentadas contra

    as mesmas partes, sob o mesmo fundamento.

    6.5. Legitimao

    Tem legitimidade ativa o nacional no gozo dos direitos polticos.

    No tm essa legitimidade os estrangeiros, os partidos polticos e as pessoas

    jurdicas.

    O autor popular no milita como substituto processual.

    Antes, veicula por meio dessa ao direito prprio, determinado pela

    titularidade subjetiva da prerrogativa constitucional de ter o patrimnio pblico, ao qual

    o administrado est relacionado, gerido de forma honesta.

    No polo passivo, em litisconsrcio, devero estar a entidade lesada, os autores

    e responsveis pelo ato e os seus beneficirios.

    O ru pode confessar tcita ou expressamente, passando a atuar em prol do

    pedido inicial mais comum no caso da pessoa jurdica.

  • Os responsveis que no integrarem a lide sero responsabilizados por ao

    regressiva.

    O Ministrio Pblico tambm parte na ao popular. Trata-se de parte

    autnoma, podendo manifestar-se a favor ou contra o pedido, sendo-lhe vedado apenas

    assumir a defesa do ato impugnado contraditando a inicial, produzindo provas contra

    o autor etc.

    Se a ao visa a anular contrato lesivo em razo de avaliao inexata, dever

    ser tambm chamado o avaliador.

    6.6. Consequncias da sentena

    Se procedente o pedido, o juiz dever decretar a invalidade do ato, a

    condenao ao ressarcimento de perdas e danos por parte dos responsveis pelo ato

    que tiverem agido com dolo ou culpa, assim como dos beneficirios. Haver ao

    regressiva contra os responsveis que no integraram a lide. A condenao abrange as

    custas e honorrios advocatcios, O autor vencido fica isento das custas e do nus da

    sucumbncia.

    No caso de improcedncia por insuficincia de provas no faz coisa julgada

    poder uma nova ao ser proposta com novas e efetivas provas.

    6.7. Aspectos relevantes

    A ao popular segue o rito ordinrio, com as seguintes modificaes: no

    despacho inicial, o juiz ordenar a citao de todos os responsveis pelo ato impugnado

    e a intimao do Ministrio Pblico, interveniente obrigatrio na ao; requisitar

    documentos necessrios, marcando prazo de 15 a 30 dias para atendimento; ordenar

    a citao pessoal dos que praticaram o ato e a citao edilcia e nominal de todos os

    beneficiarias, se o autor assim requerer; decidir ento sobre a suspenso liminar do

    ato impugnado, se for pedida. Aos citados por editar que forem revis, nomear-se-

    curador.

    O prazo para contestao de 20 dias prorrogveis por mais 20, se difcil a

    obteno de prova documental. O prazo comum a todos os contestantes e

    inadmissvel a reconveno.

    A ao popular no tem curso nas frias, s indo at o julgamento do pedido

    de suspenso liminar. Acaso no concedida a liminar, pode ser interposto agravo de

    instrumento. Se concedida, so cabveis agravo de instrumento, correio parcial e

    mandado de segurana.

    Caso haja desistncia do autor (a lei fala tambm em absolvio de instncia),

    sero publicados editais, ficando assegurado a qualquer cidado ou mesmo ao

    Ministrio Pblico dar prosseguimento ao processo.

  • 7 QUADRO COMPARATIVO DOS REMDIOS CONSTITUCIONAIS

    REMDIOS CONSTITUCIONAIS

    OBJETIVO

    LEGITIMIDADE ATIVA (QUEM PODE INGRESSAR)

    LEGITIMIDADE PASSIVA (CONTRA QUEM

    IGRESSA)

    OSERVAES IMPORTANTES

    HABEAS CORPUS (HC)

    Preventivo (Salvo conduto) Repressivo (Alvar de soltura)

    Proteger a liberdade de locomoo (art. 5, xv)

    Qualquer pessoa fsica ou jurdica, nacional ou

    estrangeira

    Autoridade pblica e pessoa Privada

    (Autoridade coatora)

    1- Gratuito (Art. 5, LXXVII);

    2- No necessita de advogado;

    3- Beneficirio: Qq. Pessoa fsica.

    4- Art. 142, 2, CF.

    MANDADO DE SEGURANA INDIVIDUAL

    (MS INDIVIDUAL) Preventivo (Justo receio) Repressivo

    Proteger direito lquido e certo, no amparado

    por HC ou HD

    Qualquer pessoa fsica ou jurdica, nacional ou estrangeira

    Autoridade pblica ou Agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies

    do Poder pblico. (Autoridade coatora)

    No amparado por Habeas Corpus ou

    Habeas Data

    MANDADO DE SEGURANA COLETIVO

    (MS COLETIVO) Preventivo (justo receio) Repressivo

    Idem ao MS individual

    1) Partido poltico com representao no CN;

    2) Organizao sindical, entidade de classe e associao: legalmente constituda e em funcionamento h pelo menos 01 ano.

    Idem ao MS individual Idem ao MS individual

    MANDADO DE INJUNO (MI)

    Suprir a falta de norma regulamentadora, que torne invivel o exerccio de Direitos e Liberdades Constitucionais e das prerrogativas inerentes Nacionalidade, Soberania e cidadania

    Qualquer pessoa fsica ou jurdica, nacional ou

    estrangeira Agente ou rgo pblico

    OBS: Somente se refere omisso de regulamentao de Norma Constitucional. Exemplos: Art. 5, VII Art. 7, XI Art. 7, XXVII.

    HABEAS DATA (HD)

    Proteger direito relativo informao e retificao sobre a pessoa do impetrante constante de registros ou bancos de dados

    Qualquer pessoa fsica ou jurdica, nacional ou

    estrangeira

    Entidades governamentais ou pessoas jurdicas de

    carter pblico que tenham registros ou

    bancos de dados

    1- Gratuito (Art. 5, LXXVII);

    2- STF: deve-se primeiramente e obrigatoriamente ter havido a recusa administrativa no fornecimento das informaes;

    3- Somente informaes sobre pessoa do impetrante, nunca de terceiros.

    AO POPULAR (AP)

    Preventiva Repressiva Supletiva

    Proteo: 1) Ao patrimnio pblico

    ou de entidade de que o estado participe;

    2) moralidade Administrativa;

    3) Ao meio ambiente; 4) Ao patrimnio

    histrico e cultural

    Qualquer cidado (Aquele que tenha o gozo dos

    seus direitos polticos)

    Pessoas pblicas ou privadas, autoridades,

    funcionrios ou administradores.

    1- Regra: o autor fica isento de custas e do nus da sucumbncia. Exceo: comprovada m-f;

    2- No pode impetrar AP:

    Pessoa jurdica;

    Estrangeiro (Art. 14, 2, CF);

    Art. 15 da CF.

  • 8 PERGUNTAS E RESPOSTAS

    1. Em que consiste o habeas corpus preventivo?

    Habeas corpus preventivo. Paciente que se diz ameaado de priso e violncia

    policiais constrangimento fsico ou moral; uso da fora e inexistncia de prova a

    respeito. Informaes negando a alegada coao. Envolvimento do indiciado em vrios

    inquritos. Deciso concessiva da ordem cassada. Recurso oficial provido. Inteligncia

    do art. 647 do CPP. Dar-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar na

    iminncia de sofrer violncia ou coao ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos

    casos de punio disciplinar.

    Temor vago, incerto, presumido, sem prova, ou ameaa remota, que pode ser

    evitada pelos meios comuns, no do lugar concesso do habeas corpus preventivo

    (RHC 30.548-3, Campinas, TJSP, 5 Cm., RT 597-302).

    2. O abusivo excesso de prazo para o encerramento da instruo processual

    penal, quando o acusado se encontra preso, pode ensejar a impetrao do

    habeas corpus, como meio eficaz para suspender a priso preventiva

    decretada?

    Sim. A jurisprudncia preleciona o prazo de 81 dias para a produo da prova

    com o ru preso , assim, excedido esse prazo, caracteriza-se constrangimento ilegal,

    havendo de se socorrer atravs do remdio constitucional do habeas corpus art. 684,

    do CPP.

    3. O habeas data poder ser impetrado pelos legtimos herdeiros ou sucessores

    interessados em retificar dados que considerem falsos? Justifique a sua

    resposta.

    Apesar de ser personalssima, existe uma deciso do TRF, em sesso plenria,

    admitindo que os herdeiros legtimos do morto ou de seu cnjuge suprstite podero

    impetrar o writ.

    4. Ao impetrante do habeas data, em virtude de sigilo e de segurana da

    sociedade, podero ser negadas algumas informaes ao seu respeito,

    contidas em bancos de dados oficiais?

    No pois justamente a via do HD remdio constitucional apropriado para

    destrancar essa recusa de informaes, sob pena de desobedincia.

    5. Em que consiste o direito lquido e certo exigvel no Mandado de Segurana?

    Direito lquido e certo a certeza quanto situao de fato, pois para Hely

    Lopes Meirelles, o direito certo quanto sua existncia, delimitado na sua extenso e

    apto a ser exercido no momento da impetrao. aquele que pode ser provado

    documentalmente.

    Verifica-se que o MS recebeu campo residual contra ilegalidade ou abuso de

    poder praticado por autoridade pblica ou agente de pessoa privada no exerccio de

    funo pblica, excluindo-se qualquer discusso sobre a liberdade de locomoo ou

    mesmo sobre dados pessoais.

  • 6. Quais os legitimados para propor o Mandado de Segurana Coletivo?

    CF, art. 5., LXX.

    a) Partido poltico com reapresentao no congresso nacional;

    b) Organizao sindical, entidade de classe ou associao

    legalmente constituda, em funcionamento h pelo menos um ano, desde que

    em defesa do interesse dos seus membros ou associados.

    7. Quem so os beneficirios do Mandado de Segurana Coletivo?

    O mandado de segurana conferido aos indivduos para que eles se

    defendam de atos ilegais ou praticados com abuso de poder atos vinculados ou atos

    discricionrios, membros ou associados dos legitimados a propositura do MS coletivo.

    8. Quais os pressupostos para o Mandado de Injuno?

    a) A falta de norma regulamentadora do direito, liberdade ou

    prerrogativa reclamada;

    b) Ser o impetrante beneficirio direto do direito, liberdade ou

    prerrogativa que postula em juzo. O interesse de agir, mediante mandado de

    injuno, decorre da titularidade do bem reclamado, para que a sentena que o

    confira tenha direta utilidade para o demandante.

    9. Quais os efeitos da sentena no Mandado de Injuno?

    O contedo da deciso consiste na outorga direta do direito reclamado.

    O impetrante age na busca direta do direito constitucional em seu favor,

    independentemente de regulamentao.

    10. Quais os efeitos da sentena na Ao Popular?

    Se procedente o pedido, o juiz dever decretar a invalidade do ato, a

    condenao ao ressarcimento de perdas e danos por parte dos responsveis pelo ato

    que tiverem agido com dolo ou culpa, assim como dos beneficirios. Haver ao

    regressiva contra os responsveis que no integraram a lide. A condenao abrange as

    custas e honorrios advocatcios, O autor vencido fica isento das custas e do nus da

    sucumbncia.

    No caso de improcedncia por insuficincia de provas no faz coisa julgada

    poder uma nova ao ser proposta com novas e efetivas provas.