REN 414.2010 ANEEL

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AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA ANEEL RESOLUO NORMATIVA N 414, DE 9 DE SETEMBRO DE 2010 Estabelece as Condies Gerais de Fornecimento de Energia Eltrica de forma atualizada e consolidada. Texto Compilado Texto Original Relatrio Voto O DIRETOR-GERAL DA AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA ANEEL, no uso de suas atribuies regimentais, de acordo com deliberao da Diretoria, tendo em vista o disposto nas Leis no 12.007, de 29 de julho de 2009, no 10.848, de 15 de maro de 2004, no 10.604, de 17 de dezembro de 2002, no 10.438, de 26 de abril de 2002, no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no 9.074, de 7 de julho de 1995, no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nos Decretos no 6.523, de 1o de agosto de 2008, no 6.219, de 4 de outubro de 2007, no 5.163, de 30 de julho de 2004, no 2.335, de 6 de outubro de 1997, no 62.724, de 17 de maio de 1968, no 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, no 24.643, de 10 de julho de 1934, na Portaria no 45 do Ministrio da Infra-Estrutura, de 20 de maro de 1992, o que consta do Processo no 48500.002402/2007-19, e considerando que: em funo da Audincia Pblica no 008/2008 e da Consulta Pblica no 002/2009, realizadas no perodo de 1o de fevereiro a 23 de maio de 2008 e de 9 de janeiro a 27 de maro de 2009, respectivamente, foram recebidas sugestes de agentes do setor e da sociedade em geral, as quais contriburam para o aperfeioamento e atualizao das Condies Gerais de Fornecimento de Energia Eltrica, devendo ser observado, no que couber, o disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, resolve: Art. 1o Estabelecer, de forma atualizada e consolidada, as condies gerais de fornecimento de energia eltrica, cujas disposies devem ser observadas pelas distribuidoras e consumidores. CAPTULO I DAS DEFINIES Art. 2o Para os fins e efeitos desta Resoluo, so adotadas as seguintes definies: I aferio de medidor: verificao realizada pela distribuidora, na unidade consumidora ou em laboratrio, dos valores indicados por um medidor e sua conformidade com as condies de operao estabelecidas na legislao metrolgica; II agricultura de subsistncia: conjunto de tcnicas utilizadas para o cultivo de plantas para obteno de alimentos e, tendo por finalidade primeira, o sustento familiar; 1

III agropecuria: conjunto de tcnicas utilizadas para cultivar plantas e criar animais que vivem no solo, com o objetivo de produzir alimentos para o consumo humano; IV aquicultura: atividade de criao ou reproduo de animais ou vegetais aquticos, com o objetivo de produzir alimentos para o consumo humano; V rea urbana: parcela do territrio, contnua ou no, includa no permetro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal especfica; VI carga desviada: soma das potncias nominais dos equipamentos eltricos conectados diretamente na rede eltrica, no ramal de ligao ou no ramal de entrada da unidade consumidora, de forma irregular, no qual a energia eltrica consumida no medida, expressa em quilowatts (kW); VII carga instalada: soma das potncias nominais dos equipamentos eltricos instalados na unidade consumidora, em condies de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW); VIII central de teleatendimento CTA: unidade composta por estruturas fsica e de pessoal adequadas, com objetivo de centralizar o recebimento de ligaes telefnicas, distribuindoas automaticamente aos atendentes, possibilitando o atendimento do solicitante pela distribuidora; IX chamada abandonada CAb: ligao telefnica que, aps ser recebida e direcionada para atendimento humano, desligada pelo solicitante antes de falar com o atendente; X chamada atendida CA: ligao telefnica recepcionada pelo atendimento humano, com determinado tempo de durao, considerada atendida aps a desconexo por parte do solicitante; XI chamada ocupada CO: ligao telefnica que no pode ser completada e atendida por falta de capacidade da CTA, cujos dados so fornecidos pela operadora de telefonia; XII chamada em espera ou fila CE: ligao telefnica recebida e mantida em espera at o atendimento humano; XIII chamada oferecida COf: ligao telefnica, no bloqueada por restries advindas da operadora de servio telefnico, que visa ao acesso CTA; XIV chamada recebida CR: ligao telefnica direcionada ou transferida para o atendimento humano, composta pelo somatrio de chamada atendida CA e chamada abandonada CAb; XV ciclo de faturamento: perodo correspondente ao faturamento de determinada unidade consumidora, conforme intervalo de tempo estabelecido nesta Resoluo; XVI concessionria: agente titular de concesso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica, doravante denominada distribuidora; XVII consumidor: pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, legalmente representada, que solicite o fornecimento, a contratao de energia ou o uso do sistema eltrico 2

distribuidora, assumindo as obrigaes decorrentes deste atendimento (s) sua(s) unidade(s) consumidora(s), segundo disposto nas normas e nos contratos, sendo: (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) a) consumidor especial: agente da Cmara de Comercializao de Energia Eltrica CCEE, da categoria de comercializao, que adquire energia eltrica proveniente de empreendimentos de gerao enquadrados no 5o do art. 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, para unidade consumidora ou unidades consumidoras reunidas por comunho de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500 kW e que no satisfaam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995; b) consumidor livre: agente da CCEE, da categoria de comercializao, que adquire energia eltrica no ambiente de contratao livre para unidades consumidoras que satisfaam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 1995; e c) consumidor potencialmente livre: aquele cujas unidades consumidoras satisfazem, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 1995, porm no adquirem energia eltrica no ambiente de contratao livre. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) XVIII dano emergente: leso concreta que afeta o patrimnio do consumidor, consistente na perda ou deteriorao, total ou parcial, de bens materiais que lhe pertencem em razo de perturbao do sistema eltrico; XIX dano moral: qualquer constrangimento moral ou honra do consumidor, causado por problema no fornecimento da energia ou no relacionamento comercial com a distribuidora, ou, ainda, a ofensa de interesses no patrimoniais de pessoa fsica ou jurdica provocada pelo fato lesivo; XX demanda: mdia das potncias eltricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema eltrico pela parcela da carga instalada em operao na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampre-reativo (kvar), respectivamente; XXI demanda contratada: demanda de potncia ativa a ser obrigatria e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e perodo de vigncia fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou no utilizada durante o perodo de faturamento, expressa em quilowatts (kW); XXII demanda faturvel: valor da demanda de potncia ativa, considerada para fins de faturamento, com aplicao da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW); XXIII demanda medida: maior demanda de potncia ativa, verificada por medio, integralizada em intervalos de 15 (quinze) minutos durante o perodo de faturamento; XXIV desmembramento: subdiviso de gleba em lotes destinados a edificao, com aproveitamento do sistema virio existente, desde que no implique a abertura de novas vias e logradouros pblicos, nem prolongamento, modificao ou ampliao dos j existentes. 3

XXV distribuidora: agente titular de concesso ou permisso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica; XXVI empreendimentos habitacionais para fins urbanos: loteamentos, desmembramentos, condomnios e outros tipos estabelecidos na forma da legislao em vigor, localizados em zonas urbanas, de expanso urbana ou de urbanizao especfica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. XXVII empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social: empreendimentos habitacionais, destinados predominantemente s famlias de baixa renda, estabelecidos nas modalidades do inciso LI, em uma das seguintes situaes: a) implantados em zona habitacional declarada por lei como de interesse social; ou b) promovidos pela Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios ou suas entidades delegadas, estas autorizadas por lei a implantar projetos de habitao, na forma da legislao em vigor; ou c) construdos no mbito de programas habitacionais de interesse social implantados pelo poder pblico. XXVIII empreendimentos habitacionais integrados edificao: empreendimento em que a construo das edificaes nos lotes ou unidades autnomas feita pelo responsvel pela implantao do empreendimento, concomitantemente implantao das obras de infraestrutura/urbanizao; XXIX encargo de uso do sistema de distribuio: valor em Reais (R$) devido pelo uso das instalaes de distribuio, calculado pelo produto da tarifa de uso pelos respectivos montantes de uso do sistema de distribuio e de energia contratados ou verificados; XXX eficincia energtica: procedimento que tem por finalidade reduzir o consumo de energia eltrica necessrio realizao de um determinado trabalho, excetuado o uso de energia proveniente de matria-prima no utilizada, em escala industrial, na matriz energtica; XXXI energia eltrica ativa: aquela que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh); XXXII energia eltrica reativa: aquela que circula entre os diversos campos eltricos e magnticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovoltampre-reativo-hora (kvarh); XXXIII fator de carga: razo entre a demanda mdia e a demanda mxima da unidade consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado; XXXIV fator de demanda: razo entre a demanda mxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora; XXXV fator de potncia: razo entre a energia eltrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias eltricas ativa e reativa, consumidas num mesmo perodo especificado;

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XXXVI fatura: documento comercial que apresenta a quantia monetria total que deve ser paga pelo consumidor distribuidora, em funo do fornecimento de energia eltrica, da conexo e uso do sistema ou da prestao de servios, devendo especificar claramente os servios fornecidos, a respectiva quantidade, tarifa e perodo de faturamento; XXXVII grupo A: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tenso igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a partir de sistema subterrneo de distribuio em tenso secundria, caracterizado pela tarifa binmia e subdividido nos seguintes subgrupos: a) subgrupo A1 tenso de fornecimento igual ou superior a 230 kV; b) subgrupo A2 tenso de fornecimento de 88 kV a 138 kV; c) subgrupo A3 tenso de fornecimento de 69 kV; d) subgrupo A3a tenso de fornecimento de 30 kV a 44 kV; e) subgrupo A4 tenso de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; e f) subgrupo AS tenso de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema subterrneo de distribuio. XXXVIII grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tenso inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monmia e subdividido nos seguintes subgrupos: a) subgrupo B1 residencial; b) subgrupo B2 rural; c) subgrupo B3 demais classes; e d) subgrupo B4 Iluminao Pblica. XXXIX iluminao pblica: servio pblico que tem por objetivo exclusivo prover de claridade os logradouros pblicos, de forma peridica, contnua ou eventual; XL ndice de abandono IAb: razo entre o total de chamadas abandonadas em tempo superior a 30 (trinta) segundos e a soma entre o total de chamadas atendidas e o total de chamadas abandonadas em tempo superior a 30 (trinta) segundos, em termos percentuais; XLI ndice de chamadas ocupadas ICO: razo entre o total de chamadas ocupadas e o total de chamadas oferecidas, em termos percentuais; XLII ndice de nvel de servio INS: razo entre o total de chamadas atendidas em at 30 (trinta) segundos e o total de chamadas recebidas, em termos percentuais; XLIII inspeo: fiscalizao da unidade consumidora, posteriormente ligao, com vistas a verificar sua adequao aos padres tcnicos e de segurana da distribuidora, o funcionamento do sistema de medio e a confirmao dos dados cadastrais; 5

XLIV instalaes de iluminao pblica: conjunto de equipamentos utilizados exclusivamente na prestao do servio de iluminao pblica; XLV interrupo de fornecimento de carter sistmico: interrupo de fornecimento de energia eltrica que cause elevada concentrao de chamadas junto central de teleatendimento da distribuidora e que caracterize o respectivo dia ou perodo como atpico; XLVI lote: terreno servido de infraestrutura bsica cujas dimenses atendam aos ndices urbansticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe; XLVII loteamento: subdiviso de gleba de terreno em lotes destinados edificao, com abertura de novas vias de circulao, de logradouros pblicos ou prolongamento, modificao ou ampliao das vias existentes, cujo projeto tenha sido devidamente aprovado pela respectiva Prefeitura Municipal ou, quando for o caso, pelo Distrito Federal; XLVIII lucros cessantes: so os lucros esperados pelo consumidor e que o mesmo deixou de obter em face de ocorrncia oriunda do fornecimento de energia eltrica; XLIX medio: processo realizado por equipamento que possibilite a quantificao e o registro de grandezas eltricas associadas gerao ou consumo de energia eltrica, assim como potncia ativa ou reativa, quando cabvel, sendo: a) medio externa: aquela cujos equipamentos so instalados em postes ou outras estruturas de propriedade da distribuidora, situados em vias, logradouros pblicos ou compartimentos subterrneos; b) medio fiscalizadora: aquela cujos equipamentos de medio, devidamente homologados pelo rgo metrolgico, so instalados no mesmo circuito em que esto aqueles destinados medio de faturamento da unidade consumidora, com caractersticas similares, e que objetiva a comparao de grandezas eltricas; e c) medio totalizadora: aquela cujos equipamentos so instalados em entradas coletivas, para fins de faturamento entre o ponto de entrega e o barramento geral, sempre que no for utilizado o sistema de medio convencional, por convenincia do consumidor e concordncia da distribuidora.L modalidade tarifria: conjunto de tarifas aplicveis s componentes de consumo de energia eltrica e demanda de potncia ativas:

a) tarifa convencional: modalidade caracterizada pela aplicao de tarifas de consumo de energia eltrica e demanda de potncia, independentemente das horas de utilizao do dia e dos perodos do ano; e b) tarifa horossazonal: modalidade caracterizada pela aplicao de tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica e de demanda de potncia, de acordo com os postos horrios, horas de utilizao do dia, e os perodos do ano, observando-se: 1. horrio de ponta: perodo composto por 3 (trs) horas dirias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema eltrico, aprovado pela ANEEL para toda a rea de concesso, com exceo feita aos sbados, domingos, tera-feira de carnaval, sexta-feira da Paixo, Corpus Christi, e os seguintes feriados: 6

Dia e ms 01 de janeiro 21 de abril 01 de maio 07 de setembro 12 de outubro 02 de novembro 15 de novembro 25 de dezembro

Feriados nacionais Confraternizao Universal Tiradentes Dia do Trabalho Independncia Nossa Senhora Aparecida Finados Proclamao da Repblica Natal

Leis federais 10.607, de 19/12/2002 10.607, de 19/12/2002 10.607, de 19/12/2002 10.607, de 19/12/2002 6.802. de 30/06/1980 10.607, de 19/12/2002 10.607, de 19/12/2002 10.607, de 19/12/2002

2. horrio fora de ponta: perodo composto pelo conjunto das horas dirias consecutivas e complementares quelas definidas no horrio de ponta; 3. perodo mido: perodo de 5 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos, referente aos meses de dezembro de um ano a abril do ano seguinte; 4. perodo seco: perodo de 7 (sete) ciclos de faturamentos consecutivos, referente aos meses de maio a novembro; 5. tarifa azul: modalidade caracterizada pela aplicao de tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica, de acordo com as horas de utilizao do dia e os perodos do ano, assim como de tarifas diferenciadas de demanda de potncia, de acordo com as horas de utilizao do dia; e 6. tarifa verde: modalidade caracterizada pela aplicao de tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica, de acordo com as horas de utilizao do dia e os perodos do ano, assim como de uma nica tarifa de demanda de potncia. LI montante de uso do sistema de distribuio MUSD: potncia ativa mdia, integralizada em intervalos de 15 (quinze) minutos durante o perodo de faturamento, injetada ou requerida do sistema eltrico de distribuio pela gerao ou carga, expressa em quilowatts (kW); LII mostrador: dispositivo que possibilita ao consumidor a visualizao dos dados registrados pelo medidor de energia eltrica; LIII nexo de causalidade: relao causal que determina o vnculo entre o evento causador e o dano reclamado; (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) LIV percia tcnica: atividade desenvolvida pelo rgo metrolgico ou entidade por ele delegada ou terceiro legalmente habilitado com vistas a examinar e certificar as condies fsicas em que se encontra um determinado sistema ou equipamento de medio; LV permissionria: agente titular de permisso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica, doravante denominada distribuidora; LVI perturbao no sistema eltrico: modificao das condies que caracterizam a operao de um sistema eltrico fora da faixa de variao permitida para seus valores nominais, definidos nos regulamentos sobre qualidade dos servios de energia eltrica vigentes; 7

LVII posio de atendimento PA: estao de trabalho munida de microcomputador integrado ao sistema telefnico e base de dados da distribuidora, utilizada para realizao dos atendimentos; LVIII posto de ensaio autorizado: pessoa jurdica de direito pblico ou privado autorizada pelo rgo metrolgico ou entidade por ele delegada para realizar os ensaios da verificao aps reparos em equipamentos de medio; LIX potncia ativa: quantidade de energia eltrica solicitada por unidade de tempo, expressa em quilowatts (kW); LX potncia disponibilizada: potncia que o sistema eltrico da distribuidora deve dispor para atender aos equipamentos eltricos da unidade consumidora, segundo os critrios estabelecidos nesta Resoluo e configurada com base nos seguintes parmetros: a) unidade consumidora do grupo A: a demanda contratada, expressa em quilowatts (kW); e b) unidade consumidora do grupo B: a resultante da multiplicao da capacidade nominal de conduo de corrente eltrica do dispositivo de proteo geral da unidade consumidora pela tenso nominal, observado o fator especfico referente ao nmero de fases, expressa em quilovolt-ampre (kVA). LXI qualidade do atendimento telefnico: conjunto de atributos dos servios proporcionados pela distribuidora objetivando satisfazer, com adequado nvel de presteza e cortesia, as necessidades dos solicitantes, segundo determinados nveis de eficcia e eficincia; LXII ramal de entrada: conjunto de condutores e acessrios instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medio ou a proteo de suas instalaes; LXIII ramal de ligao: conjunto de condutores e acessrios instalados entre o ponto de derivao da rede da distribuidora e o ponto de entrega; LXIV rede bsica: instalaes de transmisso do Sistema Interligado Nacional SIN, de propriedade de concessionrias de servio pblico de transmisso, definida segundo critrios estabelecidos na regulamentao da ANEEL; LXV regularizao fundiria de interesse social: regularizao fundiria de ocupaes inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em reas urbanas pblicas ou privadas, utilizadas predominantemente para fins de moradia por populao de baixa renda, na forma da legislao em vigor; LXVI regularizao fundiria de interesse especfico: regularizao fundiria quando no caracterizado o interesse social nos termos do inciso LXV; LXVII relatrio de avaliao tcnica: documento emitido pelo laboratrio da distribuidora ou de terceiros contendo as informaes tcnicas de um determinado sistema ou equipamento de medio e a descrio das condies fsicas de suas partes, peas e dispositivos; LXVIII ressarcimento de dano eltrico: reposio do equipamento eltrico danificado, instalado em unidade consumidora, na mesma condio de funcionamento anterior ocorrncia 8

constatada no sistema eltrico ou, alternativamente, indenizao em valor monetrio equivalente ao que seria necessrio para faz-lo retornar referida condio, ou, ainda, substituio por equipamento equivalente; LXIX reviso tarifria peridica: reviso ordinria, prevista nos contratos de concesso, a ser realizada considerando-se as alteraes na estrutura de custos e de mercado da concessionria, os nveis de tarifas observados em empresas similares, no contexto nacional e internacional, e os estmulos eficincia e modicidade tarifria; LXX sistema de medio: conjunto de equipamentos, condutores, acessrios e chaves que efetivamente participam da realizao da medio de faturamento; LXXI sistema de medio centralizada SMC: sistema que agrega mdulos eletrnicos destinados medio individualizada de energia eltrica, desempenhando as funes de concentrao, processamento e indicao das informaes de consumo de forma centralizada; LXXII sistema encapsulado de medio: sistema externo de medio de energia eltrica, acoplado rede secundria ou primria por meio de transformadores de medio, cuja indicao de leitura se d de forma remota ou convencional; LXXIII solicitao de fornecimento: ato voluntrio do interessado na prestao do servio pblico de fornecimento de energia ou conexo e uso do sistema eltrico da distribuidora, segundo disposto nas normas e nos respectivos contratos, efetivado pela alterao de titularidade de unidade consumidora que permanecer ligada ou ainda por sua ligao, quer seja nova ou existente; LXXIV subestao: parte do sistema de potncia que compreende os dispositivos de manobra, controle, proteo, transformao e demais equipamentos, condutores e acessrios, abrangendo as obras civis e estruturas de montagem; LXXV tarifa: valor monetrio estabelecido pela ANEEL, fixado em Reais por unidade de energia eltrica ativa ou da demanda de potncia ativa, sendo: a) tarifa binmia de fornecimento: aquela que constituda por valores monetrios aplicveis ao consumo de energia eltrica ativa e demanda faturvel; b) tarifa de energia: aquela que se destina ao pagamento pela energia eltrica consumida sob condies reguladas; c) tarifa de uso do sistema de distribuio TUSD: aquela que se destina ao pagamento pelo uso do sistema de distribuio, estruturada para a aplicao de tarifas fixadas em Reais por megawatt-hora (R$/MWh) e em Reais por quilowatt (R$/kW); e d) tarifa monmia de fornecimento: aquela que constituda por valor monetrio aplicvel unicamente ao consumo de energia eltrica ativa, obtida pela conjuno da componente de demanda de potncia e de consumo de energia eltrica que compem a tarifa binmia. LXXVI tempo de abandono TAb: tempo, em segundos, de espera do solicitante na fila antes de abandonar a ligao telefnica;

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LXXVII tempo de atendimento TA: tempo, em segundos, apurado entre o incio do contato do solicitante com o atendente ou com a unidade de resposta audvel URA at a desconexo da chamada por iniciativa do solicitante; LXXVIII tempo de espera TE: tempo, em segundos, decorrido entre a colocao da chamada em espera para o atendimento humano e o incio do atendimento respectivo, independente do acesso anterior via atendimento eletrnico; LXXIX tempo mdio de abandono TMAb: razo entre o tempo total de abandono, em segundos, e o total de chamadas abandonadas no mesmo perodo; LXXX tempo mdio de atendimento TMA: razo entre o tempo total despendido para o atendimento humano, em segundos, e o total de chamadas atendidas; LXXXI tempo mdio de espera TME: razo entre o tempo total de espera, em segundos, e o total de chamadas atendidas no mesmo perodo; LXXXII tenso primria de distribuio: tenso disponibilizada no sistema eltrico da distribuidora, com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV; LXXXIII tenso secundria de distribuio: tenso disponibilizada no sistema eltrico da distribuidora, com valores padronizados inferiores a 2,3 kV; LXXXIV terminal de consulta ao consumo individual TCCI: aquele que, instalado na unidade consumidora, permite ao consumidor visualizar o registro da medio de energia eltrica; LXXXV unidade consumidora: conjunto composto por instalaes, ramal de entrada, equipamentos eltricos, condutores e acessrios, includa a subestao, quando do fornecimento em tenso primria, caracterizado pelo recebimento de energia eltrica em apenas um ponto de entrega, com medio individualizada, correspondente a um nico consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contguas; LXXXVI unidade consumidora interligada: aquela cujo consumidor responsvel, seja o Poder Pblico ou seu delegatrio, preste o servio de transporte pblico por meio de trao eltrica e que opere eletricamente interligada a outras unidades consumidoras de mesma natureza, desde que atendidas as condies previstas nesta Resoluo; LXXXVII unidade de resposta audvel URA: dispositivo eletrnico que, integrado entre a base de dados da distribuidora e a operadora de servio telefnico, pode interagir automaticamente com o solicitante, recebendo ou enviando informaes, configurando o autoatendimento; LXXXVIII vistoria: procedimento realizado pela distribuidora na unidade consumidora, previamente ligao, com o fim de verificar sua adequao aos padres tcnicos e de segurana da distribuidora; e LXXXIX zona especial de interesse social ZEIS: rea urbana instituda pelo Plano Diretor ou definida por outra lei municipal, destinada predominantemente moradia de populao de baixa renda e sujeita a regras especficas de parcelamento, uso e ocupao do solo. 10

CAPTULO II DA UNIDADE CONSUMIDORA Seo I Da Titularidade Art. 3o A cada consumidor corresponde uma ou mais unidades consumidoras, no mesmo local ou em locais diversos. Pargrafo nico. O atendimento a mais de uma unidade consumidora de um mesmo consumidor, no mesmo local, condiciona-se observncia de requisitos tcnicos e de segurana previstos nas normas e padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27. Seo II Da Classificao Art. 4o A distribuidora deve classificar a unidade consumidora de acordo com a atividade nela exercida e a finalidade da utilizao da energia eltrica, ressalvadas as excees previstas nesta Resoluo. Pargrafo nico. A distribuidora deve analisar todos os elementos de caracterizao da unidade consumidora, objetivando a aplicao da tarifa a que o consumidor tiver direito. Art. 5o A aplicao das tarifas deve observar as classes e subclasses estabelecidas neste artigo. 1o A classe residencial caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora com fim residencial, ressalvado os casos previstos no inciso III do 4o deste artigo, considerando-se as seguintes subclasses: I residencial; II residencial baixa renda; (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) III residencial baixa renda indgena; IV residencial baixa renda quilombola; V residencial baixa renda benefcio de prestao continuada da assistncia social BPC; e VI residencial baixa renda multifamiliar. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) 2o A classe industrial caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora em que seja desenvolvida atividade industrial, conforme definido na Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, assim como o transporte de matria-prima, insumo ou produto resultante do 11

seu processamento, caracterizado como atividade de suporte e sem fim econmico prprio, desde que realizado de forma integrada fisicamente unidade consumidora industrial. 3o A classe comercial, servios e outras atividades caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora em que seja exercida atividade comercial ou de prestao de servios, exceo dos servios pblicos ou de outra atividade no prevista nas demais classes, devendo ser consideradas as seguintes subclasses: I comercial; II servios de transporte, exceto trao eltrica; III servios de comunicaes e telecomunicaes; IV associao e entidades filantrpicas; V templos religiosos; VI administrao condominial: iluminao e instalaes de uso comum de prdio ou conjunto de edificaes; VII iluminao em rodovias: solicitada por quem detenha concesso ou autorizao para administrao em rodovias; VIII semforos, radares e cmeras de monitoramento de trnsito, solicitados por quem detenha concesso ou autorizao para controle de trnsito; e IX outros servios e outras atividades. 4o A classe rural caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora que desenvolva atividade relativa agropecuria, incluindo o beneficiamento ou a conservao dos produtos agrcolas oriundos da mesma propriedade, sujeita comprovao perante a distribuidora, considerando-se as seguintes subclasses: I agropecuria rural: localizada na rea rural, cujo consumidor desenvolva atividade relativa agropecuria, includa a conservao dos produtos agrcolas e o fornecimento para: a) instalaes eltricas de poos de captao de gua, para atender propriedade rural com objetivo agropecurio, desde que no haja comercializao da gua; e b) servio de bombeamento de gua destinada atividade de irrigao. II agropecuria urbana: localizada na rea urbana e cujo consumidor desenvolva atividade relativa agropecuria, observados os seguintes requisitos: a) a carga instalada na unidade consumidora deve ser predominantemente destinada atividade agropecuria; e b) o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural, expedido por rgo pblico ou outro documento hbil que comprove o exerccio da atividade agropecuria. 12

III rural residencial: localizada na rea rural, com fim residencial, utilizada por trabalhador rural ou aposentado nesta condio, includa a agricultura de subsistncia; IV cooperativa de eletrificao rural: atividade relativa agropecuria, que atenda os requisitos estabelecidos na legislao e regulamentos aplicveis, ou outra atividade desenvolvida em unidade consumidora cuja potncia disponibilizada seja de at 45 kVA; (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) V agroindustrial: independente de sua localizao, que se dedicar a atividades agroindustriais, em que sejam promovidos a transformao ou beneficiamento de produtos advindos diretamente da agropecuria, mesmo que oriundos de outras propriedades, desde que a potncia disponibilizada seja de at 112,5 kVA; VI servio pblico de irrigao rural: localizada na rea rural em que seja desenvolvida a atividade de bombeamento d'gua, para fins de irrigao, destinada atividade agropecuria e explorada por entidade pertencente ou vinculada Administrao Direta, Indireta ou Fundaes de Direito Pblico da Unio, dos Estados, DF ou dos Municpios; e VII escola agrotcnica: localizada na rea rural, em que sejam desenvolvidas as atividades de ensino e pesquisa direcionada agropecuria, sem fins lucrativos, e explorada por entidade pertencente ou vinculada Administrao Direta, Indireta ou Fundaes de Direito Pblico da Unio, dos Estados, DF ou dos Municpios. VIII aquicultura: independente de sua localizao, que se dedicar a atividade de cultivo de organismos em meio aqutico e atender, no caso de localizar-se em rea urbana, cumulativamente, aos seguintes requisitos: a) a carga instalada na unidade consumidora deve ser predominantemente destinada atividade aquicultura; e b) o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural, expedido por rgo pblico ou outro documento hbil, que comprove o exerccio da atividade de aquicultura. 5o A classe poder pblico, independente da atividade a ser desenvolvida, caracterizase pelo fornecimento unidade consumidora solicitado por pessoa jurdica de direito pblico que assuma as responsabilidades inerentes condio de consumidor, incluindo a iluminao em rodovias e semforos, radares e cmeras de monitoramento de trnsito, exceto aqueles classificveis como servio pblico de irrigao rural, escola agrotcnica, iluminao pblica e servio pblico, considerando-se as seguintes subclasses: I poder pblico federal; II poder pblico estadual ou distrital; e III poder pblico municipal. 6o A classe iluminao pblica, de responsabilidade de pessoa jurdica de direito pblico ou por esta delegada mediante concesso ou autorizao, caracteriza-se pelo fornecimento para iluminao de ruas, praas, avenidas, tneis, passagens subterrneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usurios de transportes coletivos, logradouros de uso comum e livre acesso, 13

inclusive a iluminao de monumentos, fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histrico, cultural ou ambiental, localizadas em reas pblicas e definidas por meio de legislao especfica, exceto o fornecimento de energia eltrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade, ou para realizao de atividades que visem a interesses econmicos. 7o A classe servio pblico caracteriza-se pelo fornecimento exclusivo para motores, mquinas e cargas essenciais operao de servios pblicos de gua, esgoto, saneamento e trao eltrica urbana ou ferroviria, explorados diretamente pelo Poder Pblico ou mediante concesso ou autorizao, considerando-se as seguintes subclasses: I trao eltrica; e II gua, esgoto e saneamento. 8o A classe consumo prprio caracteriza-se pelo fornecimento destinado ao consumo de energia eltrica das instalaes da distribuidora. Art. 6o Quando houver mais de uma atividade na mesma unidade consumidora, sua classificao deve corresponder quela que apresentar a maior parcela da carga instalada. 1o O consumidor pode solicitar medio em separado, constituindo-se em uma nova unidade consumidora, desde que vivel tecnicamente. 2o Havendo no mesmo local carga que no seja exclusiva de atividade relativa classe servio pblico, a distribuidora deve exigir a separao das cargas com vistas a possibilitar a instalao de medio especfica da carga no-exclusiva. Art. 7o Quando a reclassificao de unidade consumidora implicar alterao da tarifa homologada aplicvel, a distribuidora deve emitir comunicado especfico ao consumidor, no prazo mnimo de 15 (quinze) dias, anteriores apresentao da fatura de energia eltrica subseqente reclassificao. 1o Quando se tratar de unidade consumidora do Grupo A, o comunicado deve informar ao consumidor, adicionalmente, sobre a necessidade de celebrar aditivo ao contrato de fornecimento. 2o O comunicado referido no caput pode ser feito com a insero de mensagem na fatura de energia eltrica subseqente reclassificao quando: I tratar-se de unidade consumidora pertencente subclasse baixa renda; ou II ocorrer reduo da tarifa homologada aplicvel. Art. 8o As unidades consumidoras sero classificadas nas Subclasses Residencial Baixa Renda, desde que sejam utilizadas por: I famlia inscrita no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal Cadastro nico, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salrio mnimo nacional; ou

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II quem receba o Benefcio de Prestao Continuada da Assistncia Social BPC, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou III famlia inscrita no Cadastro nico com renda mensal de at 3 (trs) salrios mnimos, que tenha portador de doena ou patologia cujo tratamento ou procedimento mdico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia eltrica. Art. 9o Cada famlia ter direito ao benefcio da Tarifa Social de Energia Eltrica TSEE em apenas uma unidade consumidora. 1o Cada famlia, quando deixar de utilizar a unidade consumidora, deve informar distribuidora, que far as devidas alteraes com posterior comunicao ANEEL por meio eletrnico, conforme orientaes especficas da ANEEL. 2o (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL n 431, de 29.03.2011) 3o Caso seja detectada duplicidade no recebimento da TSEE, o consumidor perder o benefcio em todas as unidades consumidoras. Seo III Da Sazonalidade Art. 10. A sazonalidade deve ser reconhecida pela distribuidora, para fins de faturamento, mediante solicitao do consumidor, observados os seguintes requisitos: I energia eltrica destinada atividade que utilize matria-prima advinda diretamente da agricultura, pecuria, pesca, ou, ainda, para fins de extrao de sal ou de calcrio, este destinado agricultura; e II verificao, nos 12 (doze) ciclos completos de faturamento anteriores ao da anlise, de valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) para a relao entre a soma dos 4 (quatro) menores e a soma dos 4 (quatro) maiores consumos de energia eltrica ativa. 1o A cada 12 (doze) ciclos consecutivos de faturamento, a partir do ms em que for reconhecida a sazonalidade, a distribuidora deve verificar se permanecem as condies requeridas, devendo, em caso contrrio, no mais considerar a unidade consumidora como sazonal. 2o Decorridos 12 (doze) ciclos consecutivos de faturamento da suspenso do reconhecimento de sazonalidade, o consumidor pode solicitar uma nova anlise. Seo IV Do Servio Essencial Art. 11. So considerados servios ou atividades essenciais aqueles cuja interrupo coloque em perigo iminente a sobrevivncia, a sade ou a segurana da populao. Pargrafo nico. Para fins de aplicao do disposto neste artigo, classificam-se como servios ou atividades essenciais os desenvolvidos nas unidades consumidoras a seguir indicados: I tratamento e abastecimento de gua; produo e distribuio de energia eltrica, gs 15

e combustveis; II assistncia mdica e hospitalar; III unidades hospitalares, institutos mdico-legais, centros de hemodilise e de armazenamento de sangue, centros de produo, armazenamento e distribuio de vacinas e soros antdotos; IV funerrios; V unidade operacional de transporte coletivo; VI captao e tratamento de esgoto e de lixo; VII unidade operacional de servio pblico de telecomunicaes; VIII guarda, uso e controle de substncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX processamento de dados ligados a servios essenciais; X centro de controle pblico de trfego areo, martimo e urbano; XI instalaes que atendam a sistema rodoferrovirio e metrovirio; XII unidade operacional de segurana pblica, tais como, polcia militar, polcia civil e corpo de bombeiros; XIII cmaras de compensao bancria e unidades do Banco Central do Brasil; e XIV instalaes de aduana. Seo V Da Tenso de Fornecimento Art. 12. Compete distribuidora informar ao interessado a tenso de fornecimento para a unidade consumidora, com observncia dos seguintes critrios: I tenso secundria em rede area: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW; II tenso secundria em sistema subterrneo: at o limite de carga instalada conforme padro de atendimento da distribuidora; III tenso primria de distribuio inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e IV tenso primria de distribuio igual ou superior a 69 kV: quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW. 16

1o Quando se tratar de unidade consumidora do grupo A, a informao referida no caput deve ser efetuada por escrito. 2o Quando for aplicada a tarifa horossazonal na unidade consumidora, deve ser considerada, para definio da tenso de fornecimento, a maior demanda contratada. Art. 13. A distribuidora pode estabelecer tenso de fornecimento sem observar os critrios referidos no art. 12, quando: I a unidade consumidora tiver equipamento que, pelas caractersticas de funcionamento ou potncia, possa prejudicar a qualidade do fornecimento a outros consumidores; ou II houver convenincia tcnica e econmica para o subsistema eltrico da distribuidora, desde que haja anuncia do consumidor. 1o O consumidor pode optar por tenso superior s referidasno art. 12, desde que haja viabilidade tcnica do subsistema eltrico, sendo de sua responsabilidade os investimentos adicionais necessrios ao atendimento. 2o O enquadramento em um dos incisos de que trata o caput deste artigo obriga s partes a incluso de clusula no Contrato de Fornecimento, detalhando as razes para sua utilizao. 3o O consumidor, titular de unidade consumidora com caractersticas de atendimento em tenso secundria, exceto nos casos de sistemas subterrneos em tenso secundria, pode optar por tenso primria de distribuio, desde que haja viabilidade tcnica do subsistema eltrico e assuma os investimentos adicionais necessrios ao atendimento. Seo VI Do Ponto de Entrega Art. 14. O ponto de entrega a conexo do sistema eltrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pblica com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, exceto quando: (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) I existir propriedade de terceiros, em rea urbana, entre a via pblica e a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de entrega se situar no limite da via pblica com a primeira propriedade; II a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso secundria de distribuio, caso em que o ponto de entrega se situar no local de consumo, ainda que dentro da propriedade do consumidor, observadas as normas e padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27; III a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso primria de distribuio e a rede eltrica da distribuidora no atravessar a propriedade do consumidor, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura na propriedade do consumidor;

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IV a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso primria de distribuio e a rede eltrica da distribuidora atravessar a propriedade do consumidor, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura de derivao da rede nessa propriedade; V tratar-se de rede de propriedade do consumidor, com ato autorizativo do Poder Concedente, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura dessa rede; VI tratar-se de condomnio horizontal, onde a rede eltrica interna no seja de propriedade da distribuidora, caso em que o ponto de entrega se situar no limite da via pblica com o condomnio horizontal; VII tratar-se de condomnio horizontal, onde a rede eltrica interna seja de propriedade da distribuidora, caso em que o ponto de entrega se situar no limite da via interna com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora; VIII tratar-se de fornecimento a edificaes com mltiplas unidades consumidoras, em que os equipamentos de transformao da distribuidora estejam instalados no interior da propriedade, caso em que o ponto de entrega se situar na entrada do barramento geral; e IX tratar-se de ativos de iluminao pblica, pertencentes ao Poder Pblico Municipal, caso em que o ponto de entrega se situar na conexo da rede eltrica da distribuidora com as instalaes eltricas de iluminao pblica. 1o Quando a distribuidora atender novo interessado a partir do ramal de entrada de outro consumidor, o ponto de entrega de sua unidade consumidora deve ser deslocado para o ponto de derivao. 2o Havendo interesse do consumidor em ser atendido por ramal de entrada subterrneo a partir de poste de propriedade da distribuidora, observadas a viabilidade tcnica e as normas distribuidora, o ponto de entrega situar-se- na conexo deste ramal com a rede da distribuidora, desde que esse ramal no ultrapasse propriedades de terceiros ou vias pblicas, exceto caladas. 3o Na hiptese do pargrafo anterior, o consumidor assume integralmente os custos adicionais decorrentes e de eventuais modificaes futuras, bem como se responsabiliza pela obteno de autorizao do poder pblico para execuo da obra de sua responsabilidade. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) 4o Por convenincia tcnica, o ponto de entrega pode se situar dentro da propriedade do consumidor, desde que observados os padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27. Art. 15. A distribuidora deve adotar todas as providncias com vistas a viabilizar o fornecimento, operar e manter o seu sistema eltrico at o ponto de entrega, caracterizado como o limite de sua responsabilidade, observadas as condies estabelecidas na legislao e regulamentos aplicveis. Pargrafo nico. O consumidor titular de unidade consumidora do grupo A responsvel pelas instalaes necessrias ao abaixamento da tenso, transporte de energia e proteo dos sistemas, alm do ponto de entrega. 18

Seo VII Da Subestao Compartilhada Art. 16. O fornecimento de energia eltrica a mais de uma unidade consumidora do grupo A pode ser efetuado por meio de subestao compartilhada, desde que atendidos os requisitos tcnicos da distribuidora e observadas as seguintes condies: I as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contguas, sendo vedada a utilizao de vias pblicas, de passagem area ou subterrnea e de propriedades de terceiros no envolvidos no referido compartilhamento; e II a existncia de prvio acordo entre os consumidores participantes do compartilhamento, no caso de adeso de outras unidades consumidoras alm daquelas inicialmente pactuadas. 1o O compartilhamento de subestao pertencente a consumidor responsvel por unidade consumidora do grupo A, mediante acordo entre as partes, pode ser realizado com a distribuidora para atendimento a unidades consumidoras de sua responsabilidade, desde que haja convenincias tcnica e econmica para seu sistema eltrico. 2o No se aplica o inciso I s unidades consumidoras prestadoras do servio de transporte pblico por meio de trao eltrica de que trata o art. 20, desde que tenham sido cumpridas todas as exigncias legais, inclusive a obteno de licena, autorizao ou aprovao das autoridades competentes; 3o Na hiptese de um titular de unidade consumidora de subestao compartilhada tornar-se consumidor livre, a medio de todas as unidades consumidoras dessa subestao deve obedecer especificao tcnica definida em regulamentao especfica. Seo VIII Das Edificaes com Mltiplas Unidades Consumidoras Art. 17. Em edificao com mltiplas unidades, cuja utilizao da energia eltrica ocorra de forma independente, cada frao caracterizada por uso individualizado constitui uma unidade consumidora. Pargrafo nico. As instalaes para atendimento das reas de uso comum constituem uma unidade consumidora de responsabilidade do condomnio, da administrao ou do proprietrio do empreendimento. Art. 18. A edificao com mltiplas unidades consumidoras, cuja atividade predominante seja o comrcio ou a prestao de servios, na qual as pessoas fsicas ou jurdicas utilizem energia eltrica em apenas um ponto de entrega, pode ser considerada uma nica unidade consumidora, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condies: I que a propriedade de todos os compartimentos do imvel, prdio ou conjunto de edificaes, seja de apenas uma pessoa fsica ou jurdica e que ela esteja sob a responsabilidade administrativa de organizao incumbida da prestao de servios comuns aos seus integrantes; II que organizao regularmente instituda se responsabilize pela prestao dos servios comuns a seus integrantes; e 19

III que o valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexo e uso do sistema eltrico seja rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acrscimo. Pargrafo nico. Cabe organizao manifestar-se, por escrito, sobre a opo pelo fornecimento de energia eltrica nas condies previstas neste artigo. Art. 19. Em empreendimentos com mltiplas unidades consumidoras, a medio para faturamento em cada local de consumo pode ser implementada de acordo com os procedimentos estabelecidos neste artigo. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) 1o A distribuidora deve instalar medio totalizadora para faturamento entre o ponto de entrega e a entrada do barramento geral. 2o O empreendimento deve ter suas instalaes eltricas internas adaptadas de forma a permitir a instalao de medidores para: I o faturamento das novas unidades consumidoras; e II a determinao da demanda correspondente s unidades consumidoras do grupo B, quando necessria apurao do faturamento de unidade consumidora do grupo A por meio da medio totalizadora. 3o Deve ser emitido ao responsvel institudo para a administrao do empreendimento, segundo o(s) contrato(s) firmado(s), o faturamento da demanda e da energia eltrica, respectivamente, pela diferena positiva entre: I quando se tratar de unidade consumidora do grupo A, a demanda apurada pela medio totalizadora e quelas correspondentes s unidades consumidoras do grupo B e do grupo A, de forma sincronizada e conforme o intervalo mnimo para faturamento; e II a energia eltrica apurada entre a medio totalizadora e a integralizao das medies individuais de cada unidade consumidora. 4o Cabe ao responsvel manifestar, por escrito, a opo pelo faturamento nas condies previstas neste artigo, desde que anuda pelos demais integrantes do empreendimento ao tempo da solicitao. 5o As condies para a medio individualizada devem constar de instrumento contratual especfico, a ser firmado por todos os envolvidos. 6o O eventual compartilhamento de subestao de propriedade de consumidores responsveis por unidades consumidoras do grupo A com a distribuidora deve constar do instrumento referido no 5o. 7o Os custos associados implementao do disposto neste artigo so de responsabilidade dos consumidores interessados. Seo IX Do Transporte Pblico por meio de Trao Eltrica 20

Art. 20. Unidades consumidoras prestadoras do servio de transporte pblico por meio de trao eltrica podem operar eletricamente interligadas, observando-se que: I a interligao eltrica condiciona-se observncia dos requisitos tcnicos e de segurana previstos em normas ou padres de todas as distribuidoras em cujas reas de concesso ou permisso se situem quaisquer das unidades consumidoras interligadas; II somente podem operar de forma interligada as unidades consumidoras que possuam mesma natureza e contratao individualizada, assim como sejam instalados medidores nos pontos de entrega e interligaes que permitam o faturamento correspondente contratao de cada unidade consumidora; III compete ao consumidor elaborar o estudo tcnico que demonstre distribuidora as possibilidades de remanejamento de carga, decorrentes de sua configurao operativa, privilegiando o uso racional do sistema eltrico, assim como declarar a parcela correspondente a cada unidade consumidora localizada na respectiva rea de concesso; e IV a eventual necessidade de investimento no sistema eltrico da distribuidora, com vistas ao atendimento na forma do disposto no inciso III, deve observar a regulamentao vigente. Seo X Da Iluminao Pblica Art. 21. A responsabilidade pelos servios de elaborao de projeto, implantao, expanso, operao e manuteno das instalaes de iluminao pblica de pessoa jurdica de direito pblico ou por esta delegada mediante concesso ou autorizao. Pargrafo nico. A distribuidora pode prestar esses servios mediante celebrao de contrato especfico para tal fim, ficando a pessoa jurdica de direito pblico responsvel pelas despesas decorrentes. Art. 22. No caso de fornecimento efetuado a partir de circuito exclusivo, a distribuidora deve instalar os respectivos equipamentos de medio, quando houver convenincia tcnica ou solicitao do Poder Pblico. Art. 23. As reclamaes formuladas pelo Poder Pblico com relao iluminao pblica devem ser analisadas pela agncia estadual conveniada, ou ainda pela ANEEL, apenas no que concerne s clusulas contidas no respectivo contrato de fornecimento acordado entre as partes. Art. 24. Para fins de faturamento da energia eltrica destinada iluminao pblica ou iluminao de vias internas de condomnios, o tempo a ser considerado para consumo dirio deve ser de 11 (onze) horas e 52 (cinquenta e dois) minutos, ressalvado o caso de logradouros que necessitem de iluminao permanente, em que o tempo de 24 (vinte e quatro) horas por dia do perodo de fornecimento. 1o O tempo a ser considerado para consumo dirio pode ser diferente do estabelecido no caput, aps estudo realizado pelo consumidor e a distribuidora junto ao Observatrio Nacional, devidamente aprovado pela ANEEL. 2o A tarifa aplicvel ao fornecimento de energia eltrica para iluminao pblica a Tarifa B4a. 21

Art. 25. Para fins de faturamento, a energia eltrica consumida pelos equipamentos auxiliares de iluminao pblica deve ser calculada com base nas normas especficas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, em dados do fabricante dos equipamentos ou em ensaios realizados em laboratrios credenciados por rgo oficial, devendo as condies pactuadas constarem do contrato. Art. 26. Caso sejam instalados equipamentos automticos de controle de carga que reduzam o consumo de energia eltrica do sistema de iluminao pblica, devidamente comprovado e reconhecido por rgo oficial e competente, a distribuidora deve proceder reviso da estimativa de consumo e considerar a reduo proporcionada por tais equipamentos. Pargrafo nico. A implantao do sistema de equipamento automtico de controle de carga deve ser precedida de apresentao de projeto tcnico especfico distribuidora. CAPTULO III DO ATENDIMENTO INICIAL Seo I Da Solicitao do Fornecimento Art. 27. Efetivada a solicitao de fornecimento, a distribuidora deve cientificar o interessado quanto : I obrigatoriedade de: a) observncia, na unidade consumidora, das normas e padres disponibilizados pela distribuidora, assim como daquelas expedidas pelos rgos oficiais competentes, naquilo que couber e no dispuser contrariamente regulamentao da ANEEL; b) instalao, pelo interessado, quando exigido pela distribuidora, em locais apropriados de livre e fcil acesso, de caixas, quadros, painis ou cubculos destinados instalao de medidores, transformadores de medio e outros aparelhos da distribuidora necessrios medio de consumo de energia eltrica e demanda de potncia, quando houver, e proteo destas instalaes; c) declarao descritiva da carga instalada na unidade consumidora; d) celebrao prvia dos contratos pertinentes; e) aceitao dos termos do contrato de adeso pelo interessado; f) fornecimento de informaes referentes natureza da atividade desenvolvida na unidade consumidora, finalidade da utilizao da energia eltrica, da necessidade de comunicar eventuais alteraes supervenientes e o local de entrega da fatura; g) apresentao dos documentos relativos sua constituio, ao seu registro e do(s) seu(s) representante(s) legal(is), quando pessoa jurdica; e h) apresentao do original do Cadastro de Pessoa Fsica CPF, desde que no esteja em situao cadastral cancelada ou anulada de acordo com Instruo Normativa da Receita Federal, e Carteira de Identidade ou, na inexistncia desta, de outro documento de identificao oficial com 22

foto, e apenas o Registro Administrativo de Nascimento Indgena RANI no caso de indgenas. II necessidade eventual de: a) execuo de obras, servios nas redes, instalao de equipamentos da distribuidora ou do interessado, conforme a tenso de fornecimento e a carga instalada a ser atendida; b) construo, pelo interessado, em local de livre e fcil acesso, em condies adequadas de iluminao, ventilao e segurana, de compartimento destinado, exclusivamente, instalao de equipamentos de transformao e proteo da distribuidora ou do interessado, necessrios ao atendimento das unidades consumidoras da edificao; c) obteno de autorizao federal para construo de rede destinada a uso exclusivo do interessado; d) apresentao de licena emitida pelo rgo ambiental competente, quando a extenso de rede ou a unidade consumidora ocupar rea de unidades de conservao da natureza, conforme definidas em legislao especfica; e) participao financeira do interessado, nos termos desta Resoluo; f) adoo, pelo interessado, de providncias necessrias obteno de benefcios tarifrios previstos em legislao; g) aprovao do projeto de extenso de rede, antes do incio das obras; e h) apresentao de documento que comprove a propriedade ou posse do imvel, para fins de alterao da titularidade de unidade consumidora. 1o O prazo para atendimento, sem nus de qualquer espcie para o interessado, deve obedecer, quando for o caso, ao plano de universalizao, aprovado pela ANEEL. 2o A distribuidora deve entregar ao interessado, por escrito, a informao referida no 1o, e manter cadastro especfico para efeito de fiscalizao. 3o A anlise e avaliao de documentos pela distribuidora no constituem justificativa para ampliao dos prazos de atendimento definidos, desde que atendidas as disposies desta Resoluo. 4o A apresentao dos documentos originais constantes da alnea h do inciso I pode, a critrio da concessionria, ser efetuada quando da inspeo do padro de entrada da unidade consumidora, da leitura para o ltimo faturamento da relao contratual anterior, ou de quaisquer outros procedimentos similares que permitam a comprovao da identidade do solicitante. 5o A distribuidora deve informar ao interessado, por escrito, se a medio ser externa. 6o As distribuidoras devem oferecer ao solicitante de pedido de ligao ou de alterao de titularidade, das classes residencial e rural, todas as informaes sobre os critrios definidos na Lei no 12.212, de 2010, para o enquadramento nas Subclasses Residencial Baixa Renda. 23

7o A distribuidora deve cadastrar as unidades consumidoras onde pessoas utilizem equipamentos eltricos essenciais sobrevivncia humana, aps solicitao expressa do titular da unidade consumidora, mediante comprovao mdica. 8o Havendo alocao de recursos a ttulo de subveno econmica, oriundos de programas de eletrificao institudos por ato especfico, com vistas instalao de padro de entrada e instalaes internas da unidade consumidora, a distribuidora deve aplic-los, em conformidade com o estabelecido no respectivo ato, exceto nos casos em que haja manifestao em contrrio, apresentada formalmente pelo interessado. Art. 28. Para aplicao da TSEE, um dos integrantes de cada famlia, que atenda a uma das condies dispostas no art. 8o, deve informar distribuidora: I nome; II Nmero de Identificao Social NIS; III CPF e Carteira de Identidade ou, na inexistncia desta, outro documento de identificao oficial com foto; e IV se a famlia indgena ou quilombola. 1o No caso de existncia de portador de doena ou patologia, um dos integrantes da famlia dever ainda comprovar a necessidade do uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, necessitem de energia eltrica, nos termos do regulamento especfico. 2o O beneficirio do BPC deve informar distribuidora apenas o Nmero do Benefcio NB ou Nmero de Identificao do Trabalhador NIT, alm do disposto nos incisos I, III e IV. 3o Caso o beneficirio do BPC seja indgena ou quilombola e almeje receber o desconto descrito no 1o do art. 110, tambm deve estar includo no Cadastro nico e deve informar o NIS. 4o Caso as famlias indgenas no possuam os documentos definidos no inciso III, ser admitido o documento RANI. 5o No caso de habitaes multifamiliares, para continuidade do benefcio, as famlias devem atualizar as informaes dispostas neste artigo a cada 12 (doze) meses ou em prazo inferior quando solicitado pela distribuidora. Art. 29. Para o atendimento unidade consumidora cuja contratao for efetuada por meio da celebrao do Contrato de Compra de Energia Regulada CCER, deve-se observar que: I a formalizao da solicitao de que trata o caput deve ser efetivada mediante celebrao do CCER; II quando se tratar de unidades consumidoras conectadas Rede Bsica, a celebrao do CCER deve ser efetivada com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias da data em que a 24

distribuidora est obrigada a declarar sua necessidade de compra de energia eltrica para o leilo A-5, efetivando-se a entrega no quinto ano subsequente; III a distribuidora pode, a seu critrio, efetuar o atendimento em prazo inferior, vedado o repasse de eventuais repercusses no cmputo de suas tarifas; e IV quando inexistirem dados histricos de consumo da distribuidora, compete ao consumidor informar a mdia de consumo projetada para o prazo de vigncia contratual distribuidora. Seo II Da Vistoria Art. 30. A vistoria da unidade consumidora deve ser efetuada em at 3 (trs) dias teis na rea urbana e 5 (cinco) dias teis na rea rural, contados da data da solicitao de fornecimento ou do pedido de nova vistoria, ressalvados os casos de aprovao de projeto. 1o Ocorrendo reprovao das instalaes de entrada de energia eltrica, a distribuidora deve informar ao interessado, por escrito, em at 3 (trs) dias teis, o respectivo motivo e as providncias corretivas necessrias. 2o Na hiptese do 1o, a distribuidora deve realizar nova vistoria e efetuar a ligao da unidade consumidora nos prazos estabelecidos no art. 31, caso sanados todos os motivos da reprovao em vistoria anterior, observados os prazos do caput, aps solicitao do interessado. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) Seo III Dos Prazos de Ligao Art. 31. A ligao de unidade consumidora deve ser efetuada de acordo com os prazos mximos a seguir fixados: I 2 (dois) dias teis para unidade consumidora do grupo B, localizada em rea urbana; II 5 (cinco) dias teis para unidade consumidora do grupo B, localizada em rea rural; e III 7 (sete) dias teis para unidade consumidora do grupo A. Pargrafo nico. Os prazos fixados neste artigo devem ser contados a partir da data da aprovao das instalaes e do cumprimento das demais condies regulamentares pertinentes. Seo IV Do Oramento e das Obras para Viabilizao do Fornecimento Art. 32. A distribuidora tem o prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da solicitao de fornecimento, de aumento de carga ou de alterao da tenso de fornecimento, para elaborar os estudos, oramentos, projetos e informar ao interessado, por escrito, quando:

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I inexistir rede de distribuio que possibilite o pronto atendimento da unidade consumidora; II a rede necessitar de reforma ou ampliao; ou III o fornecimento depender de construo de ramal subterrneo. 1o No documento formal encaminhado pela distribuidora ao interessado, devem ser informados as condies de fornecimento, requisitos tcnicos e respectivos prazos, contendo: I obrigatoriamente: a) relao das obras e servios necessrios, no sistema de distribuio; b) prazo de incio e de concluso das obras, observado o disposto nos arts. 34 e 35; e c) caractersticas do sistema de distribuio acessado e do ponto de entrega, incluindo requisitos tcnicos, como tenso nominal de fornecimento. II adicionalmente, quando couber: a) oramento da obra, contendo a memria de clculo dos custos orados, do encargo de responsabilidade da distribuidora e da participao financeira do consumidor; b) cronograma fsico-financeiro para execuo das obras; c) clculo do fator de demanda, conforme o 7o do art. 43; d) detalhamento da aplicao dos descontos a que se refere o 9o do art. 43; e) detalhamento da aplicao da proporo entre a demanda a ser atendida ou acrescida, no caso de aumento de carga, e a demanda a ser disponibilizada pelas obras de extenso, reforo ou melhoria na rede, conforme disposto no art. 43. f) informaes gerais relacionadas ao local da ligao, como tipo de terreno, faixa de passagem, caractersticas mecnicas das instalaes, sistemas de proteo, controle e telecomunicaes disponveis; g) obrigaes do interessado; h) classificao da atividade; i) tarifas aplicveis; j) limites e indicadores de continuidade; k) especificao dos contratos a serem celebrados; e l) reforos ou ampliaes necessrios na Rede Bsica ou instalaes de outros agentes, incluindo, conforme o caso, cronograma de execuo fundamentado em parecer de acesso emitido pelo Operador Nacional do Sistema Eltrico - ONS. 26

2o Havendo necessidade de execuo de estudos, obras de reforo ou ampliao na Rede Bsica ou instalaes de outros agentes, o prazo de que trata este artigo dever observar as disposies estabelecidas pelos Procedimentos de Distribuio ou Procedimentos de Rede. Art. 33. O interessado tem o prazo mximo de 30 (trinta) dias, aps a data do recebimento das informaes de que trata o art. 32, para manifestar, por escrito, distribuidora sua opo por: I aceitar os prazos e condies, estipulados pela distribuidora; II solicitar antecipao no atendimento mediante aporte de recursos; ou III executar a obra diretamente, observado o disposto no art. 37. 1o No caso do atendimento sem nus de que tratam os arts. 40 e 41, a no manifestao do interessado no prazo estabelecido no caput caracteriza sua concordncia com relao a prazos e condies informados pela distribuidora. 2o Findo o prazo de que trata o caput deste artigo, sem que haja manifestao do interessado sobre a sua opo pela forma de execuo da obra, ressalvado o caso previsto no 1o, o oramento apresentado pela distribuidora perde a validade. 3o O pagamento da participao financeira do consumidor caracteriza a opo pela execuo da obra de acordo com o oramento e o cronograma apresentados pela distribuidora. Seo V Dos Prazos de Execuo das Obras Art. 34. Satisfeitas, pelo interessado, as condies estabelecidas na legislao aplicvel, a distribuidora tem o prazo mximo de 45 (quarenta e cinco) dias para iniciar as obras, observado o disposto no art. 33. Pargrafo nico. Tratando-se de obras enquadradas no 2o do art. 32, devem ser observadas as disposies estabelecidas nos Procedimentos de Distribuio ou Procedimentos de Rede. Art. 35. Os prazos estabelecidos ou pactuados, para incio e concluso das obras a cargo da distribuidora, devem ser suspensos, quando: I o interessado no apresentar as informaes sob sua responsabilidade; II cumpridas todas as exigncias legais, no for obtida licena, autorizao ou aprovao de autoridade competente; III no for obtida a servido de passagem ou via de acesso necessria execuo dos trabalhos; ou IV em casos fortuitos ou de fora maior. Pargrafo nico. Os prazos continuam a fluir depois de sanado o motivo da suspenso. 27

Seo VI Da Antecipao do Atendimento com Aporte de Recursos Art. 36. Com o objetivo de antecipar o atendimento, o interessado, individualmente ou em conjunto, e a Administrao Pblica Direta ou Indireta podem aportar recursos, em parte ou no todo, para a distribuidora. 1o Para os atendimentos enquadrados nos arts. 40 e 41, antes do ano limite da universalizao, os recursos antecipados pelo interessado devem ser restitudos pela distribuidora at o ano em que o atendimento solicitao de fornecimento seria efetivado segundo o plano de universalizao de energia eltrica da distribuidora, atualizados com base no ndice Geral de Preos do Mercado IGP-M, da Fundao Getlio Vargas, quando positivo, acrescidos de juros razo de 0,5% (meio por cento) ao ms, no mesmo nmero de parcelas em que foram desembolsados pelo solicitante. 2o Para os atendimentos enquadrados no inciso II do art. 40, aps o ano limite da universalizao, os recursos antecipados pelo interessado devem ser restitudos pela distribuidora, atualizados com base no IGP-M, quando positivo, no prazo de at 3 (trs) meses aps a energizao da unidade consumidora. 3o Para os casos que se enquadrem no art. 42, os recursos antecipados pelo interessado, relativos parcela dos encargos de responsabilidade da distribuidora, devem ser restitudos pela distribuidora, atualizados com base no IGP-M, quando positivo, no prazo de at 3 (trs) meses, aps a energizao da unidade consumidora, em espcie ou outra forma escolhida de comum acordo entre as partes. Seo VII Da Execuo da Obra pelo Interessado Art. 37. O interessado, individualmente ou em conjunto, e a Administrao Pblica Direta ou Indireta podem optar pela execuo das obras de extenso de rede, reforo ou modificao da rede existente. 1o Para os atendimentos de que tratam os arts. 40 e 41, o valor a ser restitudo, quando o interessado optar pela execuo da obra, deve ser o menor entre o custo da obra por esse comprovado e o constante do oramento entregue pela distribuidora, atualizado com base no IGPM, quando positivo, acrescido de juros razo de 0,5% (meio por cento) ao ms, devendo ser restitudo pela distribuidora em uma nica parcela at o ano em que o atendimento solicitao de fornecimento seria efetivado segundo o plano de universalizao de energia eltrica da distribuidora. 2o Para os casos de que trata o art. 42, a distribuidora deve efetuar a restituio do menor valor entre o custo da obra comprovado pelo interessado, o constante do oramento entregue pela distribuidora e o encargo de responsabilidade da distribuidora, atualizado com base no IGP-M, quando positivo, e restitudo no prazo de at 3 (trs) meses aps a energizao da unidade consumidora. 3o Na execuo da obra pelo interessado, devem ser observadas as seguintes condies: I a obra pode ser executada por terceiro legalmente habilitado, previamente 28

qualificado e com registro no competente conselho de classe, contratado pelo interessado; II a distribuidora deve disponibilizar ao interessado as normas, os padres tcnicos e demais informaes tcnicas pertinentes quando solicitadas no prazo mximo de 15 (quinze) dias aps a opo pela execuo da obra, devendo, no mnimo: a) orientar quanto ao cumprimento de exigncias estabelecidas; b) fornecer as especificaes tcnicas de materiais e equipamentos; c) informar os requisitos de segurana e proteo; d) informar que a obra ser fiscalizada antes do seu recebimento; e e) alertar que a no-conformidade com as normas e os padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27 implica a recusa do recebimento das instalaes e da ligao da unidade consumidora, at que sejam atendidos os requisitos estabelecidos no projeto aprovado. III a distribuidora tem o prazo mximo de 30 (trinta) dias para informar ao interessado o resultado da anlise do projeto aps sua apresentao, com eventuais ressalvas e, quando for o caso, os respectivos motivos de reprovao e as providncias corretivas necessrias; IV em caso de reprovao do projeto, o interessado pode solicitar nova anlise, observado o prazo estabelecido no inciso III deste pargrafo, exceto quando ficar caracterizado que a distribuidora no tenha informado previamente os motivos de reprovao existentes na anlise anterior, sendo que, neste caso, o prazo de reanlise de 10 (dez) dias; V os materiais e equipamentos utilizados na execuo direta da obra pelo interessado devem ser novos e atender s especificaes fornecidas pela distribuidora, acompanhados das respectivas notas fiscais e termos de garantia dos fabricantes, sendo vedada a utilizao de materiais ou equipamentos reformados ou reaproveitados; VI todos os procedimentos vinculados ao disposto nos incisos II, III e IV deste pargrafo, inclusive vistoria e comissionamento para fins de incorporao aos bens e instalaes da distribuidora, devem ser realizados sem nus para o interessado, ressalvadas as disposies especficas desta Resoluo; VII a execuo da obra pelo interessado no pode vincular-se exigncia de fornecimento de quaisquer equipamentos ou servios pela distribuidora, exceto aqueles previstos nos incisos II, III e IV; VIII as obras executadas pelo interessado devem ser previamente acordadas entre este e a distribuidora; e IX nos casos de reforos ou de modificaes em redes existentes, a distribuidora deve fornecer autorizao por escrito ao interessado, informando data, hora e prazo compatveis com a execuo dos servios. Seo VIII Do Atraso na Restituio e na Contabilizao 29

Art. 38. O atraso no pagamento dos valores das parcelas a serem restitudas aos consumidores a que se referem os arts. 36 e 37, alm da atualizao neles prevista, implica cobrana de multa de 5% (cinco por cento) sobre o montante final da parcela em atraso, acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao ms calculado pro rata die. (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010) Art. 39. Os valores correspondentes antecipao de recursos, de que tratam os arts. 36 e 37, devem ser registrados, contabilmente, em conta especfica, pela distribuidora, conforme disposto no Manual de Contabilidade do Servio Pblico de Energia Eltrica. Seo IX Das Obras de Responsabilidade da Distribuidora Art. 40. A distribuidora deve atender, gratuitamente, solicitao de fornecimento para unidade consumidora, localizada em propriedade ainda no atendida, cuja carga instalada seja menor ou igual a 50 kW, a ser enquadrada no grupo B, que possa ser efetivada: I mediante extenso de rede, em tenso inferior a 2,3 kV, inclusive instalao ou substituio de transformador, ainda que seja necessrio realizar reforo ou melhoramento na rede em tenso igual ou inferior a 138 kV; ou II em tenso inferior a 2,3 kV, ainda que seja necessria a extenso de rede em tenso igual ou inferior a 138 kV, observado o respectivo plano de universalizao de energia eltrica da distribuidora. Art. 41. A distribuidora deve atender, gratuitamente, solicitao de aumento de carga de unidade consumidora do grupo B, desde que a carga instalada aps o aumento no ultrapasse 50 kW e no seja necessrio realizar acrscimo de fases da rede em tenso igual ou superior a 2,3 kV. Seo X Das Obras com Participao Financeira do Consumidor Art. 42. Para o atendimento s solicitaes de aumento de carga ou conexo de unidade consumidora que no se enquadrem nas situaes previstas nos arts. 40, 41 e 44, deve ser calculado o encargo de responsabilidade da distribuidora, assim como a eventual participao financeira do consumidor, conforme disposies contidas nesta Resoluo, observadas ainda as seguintes condies: I a execuo da obra pela distribuidora deve ser precedida da assinatura de contrato especfico com o interessado, no qual devem estar discriminados as etapas e o prazo de implementao das obras, as condies de pagamento da participao financeira do consumidor, alm de outras condies vinculadas ao atendimento; II assegurada ao interessado a opo pelo pagamento parcelado da participao financeira de sua responsabilidade, de acordo com as etapas e o prazo de implementao da obra, observado o respectivo cronograma fsico-financeiro; III no caso de solicitaes de atendimento para unidades consumidoras com tenso maior que 2,3 kV, a execuo da obra pela distribuidora deve ser precedida da assinatura, pelo 30

interessado e pela distribuidora, conforme o caso, do Contrato de Fornecimento ou do Contrato de Conexo ao Sistema de Distribuio CCD e do Contrato de Uso do Sistema de Distribuio CUSD; e IV os bens e instalaes oriundos das obras, de que trata este artigo, devem ser cadastrados e incorporados ao Ativo Imobilizado em Servio da distribuidora na respectiva concluso, tendo como referncia a data de energizao da rede, contabilizando-se os valores da correspondente participao financeira do consumidor conforme disposto no Manual de Contabilidade do Servio Pblico de Energia Eltrica. Art. 43. A participao financeira do consumidor a diferena positiva entre o custo da obra proporcionalizado nos termos deste artigo e o encargo de responsabilidade da distribuidora. 1o O custo da obra deve considerar os critrios de mnimo dimensionamento tcnico possvel e menor custo global, observadas as normas e padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27 e os padres de qualidade da prestao do servio e de investimento prudente definidos pela ANEEL. 2o Caso a distribuidora ou o interessado opte por realizar obras com dimenses maiores do que as necessrias para o atendimento ou que garantam nveis de qualidade de fornecimento superiores aos especificados na respectiva regulamentao, o custo adicional dever ser arcado integralmente pelo optante, devendo ser discriminados e justificados os custos adicionais. 3o A distribuidora deve proporcionalizar individualmente todos os itens do oramento da alternativa de menor custo, que impliquem reserva de capacidade no sistema, como condutores, transformadores de fora/distribuio, reguladores de tenso, bancos de capacitores e reatores, entre outros, considerando a relao entre o MUSD a ser atendido ou acrescido e a demanda disponibilizada pelo item do oramento. 4o A proporcionalizao de que trata o 3o no se aplica a mo-de-obra, estruturas, postes, torres, bem como materiais, equipamentos, instalaes e servios no relacionados diretamente com a disponibilizao de reserva de capacidade ao sistema. 5o O encargo de responsabilidade da distribuidora, denominado ERD, determinado pela seguinte equao:ERD = MUSD ERD K ,

onde: MUSDERD = montante de uso do sistema de distribuio a ser atendido ou acrescido para o clculo do ERD, em quilowatt (kW); K = fator de clculo do ERD, calculado pela seguinte equao:K = 12 (TUSD Fio B) ( 1 ) 1 , FRC

onde: 31

TUSD Fio B = a parcela da tarifa de demanda fora de ponta, que remunera o custo de operao e manuteno, a remunerao do investimento e a depreciao dos ativos, em Reais por quilowatt (R$/kW); = relao entre os custos de operao e manuteno, vinculados diretamente prestao do servio de distribuio de energia eltrica, como pessoal, material, servios de terceiros e outras despesas, e os custos gerenciveis totais da distribuidora Parcela B, definidos na ltima reviso tarifria; e FRC = o fator de recuperao do capital que traz a valor presente a receita uniforme prevista, sendo obtido pela equao:

FRC = onde:

(1 + i )n i , (1 + i )n 1

i = a taxa de retorno adequada de investimentos, definida pelo Custo Mdio Ponderado do Capital (WACC), estabelecido na ltima reviso tarifria, acrescido da carga tributria, sendo obtido pela equao: i = WACC / (1 carga tributria) n = o perodo de vida til remanescente, em anos, associado taxa de depreciao percentual anual d definida na ltima reviso tarifria, sendo obtido pela equao:n= 100 d

6o Para unidade consumidora com faturamento pelo grupo A, o MUSDERD a demanda contratada, se aplicvel tarifa convencional ou horossazonal verde, a demanda contratada no horrio fora de ponta, se aplicvel tarifa horossazonal azul ou o valor do uso contratado para seguimento fora de ponta, devendo ser feita a mdia ponderada caso tenham sido contratados valores mensais diferenciados. 7o Para unidade consumidora com faturamento pelo grupo B, o MUSDERD a demanda obtida por meio da aplicao, sobre a carga instalada prevista, do fator de demanda da correspondente atividade dentro da sua classe principal, segundo a classificao do art. 5o, conforme a mdia verificada em outras unidades consumidoras atendidas pela distribuidora ou, caso no seja possvel, do fator de demanda tpico adotado nas normas e padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27. 8o Todos os componentes necessrios para o clculo do ERD so estabelecidos pela ANEEL, quando da publicao da Resoluo Homologatria referente a cada reviso ou reajuste tarifrio das distribuidoras. 9o Aos valores da TUSD Fio B, devem ser aplicados os descontos previstos na regulamentao referentes a cada classe ou subclasse de unidade consumidora, observado o disposto no pargrafo nico do art. 109. 32

Seo XI Das Obras de Responsabilidade do Interessado Art. 44. de responsabilidade exclusiva do interessado o custeio das obras realizadas a seu pedido nos seguintes casos: I extenso de rede de reserva; II melhoria de qualidade ou continuidade do fornecimento em nveis superiores aos fixados pela ANEEL, ou em condies especiais no exigidas pelas disposies regulamentares vigentes, na mesma tenso do fornecimento ou com mudana de tenso; III melhoria de aspectos estticos; IV empreendimentos habitacionais para fins urbanos, observado o disposto no art. 47; V fornecimento provisrio, conforme disposto no art. 52; e VI outras que lhe sejam atribuveis, em conformidade com as disposies regulamentares vigentes. 1o Nos casos de que trata este artigo, devem ser includos todos os custos referentes ampliao de capacidade ou reforma de subestaes, alimentadores e linhas j existentes, quando necessrias ao atendimento do pedido. 2o O atendimento de pedido nas condies previstas neste artigo depende da verificao, pela distribuidora, da convenincia tcnica para sua efetivao. Art. 45. As condies de atendimento dos servios de iluminao pblica devem observar o disposto no art. 21 desta Resoluo, excluindo-se as condies estabelecidas pelos arts. 42, 43 e 44. Seo XII Do Remanejamento de Carga Art. 46. A distribuidora, por solicitao expressa do consumidor, pode realizar obras com vistas a disponibilizar-lhe o remanejamento automtico de sua carga em casos de contingncia, proporcionando padres de continuidade do fornecimento de energia eltrica superiores aos estabelecidos pela ANEEL, observando-se que: I o uso adicional e imediato do sistema deve ser disponibilizado por meio da automatizao de manobras em redes de distribuio ou ainda pela instalao de dispositivos de manobra da distribuidora dentro da propriedade do consumidor, desde que por este expressamente autorizado; II o custo pelo uso adicional contratado, em montantes equivalentes aos valores contratados de demanda ou uso do sistema de distribuio, deve ser remunerado pelo consumidor mediante a aplicao, respectivamente, da tarifa de demanda ou TUSD nos postos horrios correspondentes;

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III vedada a utilizao exclusiva da rede, exceo do trecho onde esteja conectada a carga a ser transferida; IV o investimento necessrio implementao do descrito no caput deve ser custeado integralmente pelo consumidor; V a implementao condiciona-se ao atendimento dos padres tcnicos estabelecidos pela distribuidora e viabilidade do sistema eltrico onde se localizar a unidade consumidora, sendo vedada quando incorrer em prejuzo ao fornecimento de outras unidades consumidoras; e VI quando da implementao das condies previstas neste artigo, estas devem constar do contrato de fornecimento ou de uso do sistema de distribuio. Seo XIII Do Atendimento aos Empreendimentos Habitacionais para Fins Urbanos e da Regularizao Fundiria de Assentamentos em reas urbanas Art. 47. A distribuidora responsvel pelos investimentos necessrios e pela construo das redes e instalaes de distribuio de energia eltrica para o atendimento das unidades consumidoras situadas em empreendimentos habitacionais urbanos de interesse social e na regularizao fundiria de interesse social, destinados s classes de baixa renda, que estejam em conformidade com a legislao aplicvel. 1o Os investimentos referidos no caput compreendem as obras necessrias, em quaisquer nveis de tenso, para a conexo rede de propriedade da distribuidora. 2o Nos empreendimentos de que trata o caput, inclusive os implantados nas modalidades de condomnios horizontais ou verticais, a responsabilidade da distribuidora compreende as obras de distribuio at o ponto de entrega, observando-se o disposto no art. 14. 3o A responsabilidade de que trata o caput no inclui a implantao do sistema de iluminao pblica ou de iluminao das vias internas, conforme o caso, observando as disposies estabelecidas pelo art. 21. 4o O atendimento s unidades consumidoras localizadas nas reas descritas no caput dar-se- em consonncia com as disposies da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, alterada pela Lei no 10.762, de 11 de novembro de 2003, da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009 e do disposto nesta Resoluo, podendo ser feito gradativamente, na medida em que as solicitaes das ligaes forem sendo atendidas, observadas as particularidades dos empreendimentos habitacionais integrados edificao, onde a execuo da obra deve ser compatibilizada com o cronograma de implementao do empreendimento. 5o O responsvel pela implantao do empreendimento habitacional urbano de interesse social ou da regularizao fundiria de interesse social, de que trata o caput, deve solicitar formalmente a distribuidora o atendimento, com no mnimo 1 (um) ano de antecedncia, fornecendo, entre outras, as seguintes informaes: I documentao comprobatria de caracterizao do empreendimento ou da regularizao fundiria como sendo de interesse social, incluindo as leis especficas, conforme o caso; 34

II as licenas obrigatrias; III cpia do projeto completo aprovado pela autoridade competente; e IV todas as informaes tcnicas necessrias, em coordenadas georreferenciadas, para o projeto da infraestrutura bsica. 6o A distribuidora deve encaminhar resposta ao responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria, por escrito, observando os prazos e condies dispostos no art. 32. 7o Os prazos estabelecidos ou pactuados, para incio e concluso das obras a cargo da distribuidora, podem ser suspensos observando-se o disposto no art. 35 ou, quando a no execuo das demais obras de infraestrutura no empreendimento habitacional ou na regularizao fundiria impedir a execuo das obras a cargo da distribuidora. 8o Objetivando a modicidade tarifria, podem ser alocados recursos a ttulo de subveno econmica, oriundos de programas especiais implementados por rgo da Administrao Pblica Federal, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municpios, ou da administrao indireta, ou, facultativamente, pelo responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria. Art. 48. A distribuidora no responsvel pelos investimentos necessrios para a construo das obras de infraestrutura bsica das redes de distribuio de energia eltrica destinadas regularizao fundiria de interesse especfico e ao atendimento dos empreendimentos habitacionais para fins urbanos, no enquadrados no art. 47. 1o A responsabilidade financeira pela implantao das obras de que trata o caput do responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria, observando-se as normas e os padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27, ressalvado o disposto no 5o do art. 49. 2o Os investimentos referidos no caput incluem os custos referentes s obras do sistema de iluminao pblica ou de iluminao das vias internas, conforme o caso, observando-se a legislao especfica. 3o Os investimentos referidos no caput compreendem inclusive os custos referentes s obras necessrias, em quaisquer nveis de tenso, para a conexo rede de propriedade da distribuidora, observadas as condies estabelecidas nos 6o e 7o deste artigo. 4o O responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria deve submeter o projeto eltrico para aprovao da distribuidora, contendo no mnimo as seguintes informaes: I cpia do projeto completo do empreendimento habitacional aprovado pela autoridade competente; II licenas urbansticas e ambientais, conforme estabelecido na legislao em vigor; e III demais informaes tcnicas necessrias para o projeto e dimensionamento da obra de conexo do empreendimento habitacional rede existente, quando necessrio. 35

5o A distribuidora deve informar ao interessado, observados os prazos e condies estabelecidos no art. 32, o resultado da anlise do projeto, o oramento da obra de conexo necessria para o atendimento e as demais condies comerciais. 6o Para o clculo do oramento da obra de conexo, a distribuidora deve aplicar o disposto no art. 43 considerando como o MUSD a ser atendido o somatrio das demandas previstas para cada unidade do empreendimento habitacional. 7o Tratando-se de empreendimento habitacional integrado edificao, o custo a ser imputado ao responsvel pela implantao do empreendimento habitacional a diferena positiva entre o oramento da obra de conexo, considerando o disposto no 6o, e o encargo de responsabilidade da distribuidora, calculado conforme critrios estabelecidos no art. 42, considerando como o MUSD a ser atendido o somatrio das demandas previstas para cada unidade do empreendimento habitacional. 8o O atendimento a novas solicitaes de ligao de energia eltrica ou de aumentos de carga em empreendimentos habitacionais que j possuam a rede de distribuio de energia eltrica implantada e incorporada pela distribuidora, de responsabilidade da distribuidora, observadas as disposies desta Resoluo. 9o Quando o empreendimento habitacional ou a regularizao fundiria forem implantados em etapas sucessivas, a responsabilidade pela infraestrutura para viabilizar o atendimento das solicitaes de ligao de energia eltrica, nas etapas ainda no concludas, do responsvel pela implantao. 10. A distribuidora pode ser contratada pelo responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria de que trata o caput para executar as obras de infraestrutura bsica das redes de distribuio de energia eltrica, observadas as disposies estabelecidas nesta Resoluo. Art. 49. Os bens e instalaes referentes a redes de energia eltrica, implantados pelos responsveis pelos empreendimentos habitacionais ou regularizao fundiria, com exceo das instalaes destinadas a iluminao pblica e das vias internas, conforme o caso, devem ser incorporados ao patrimnio da concesso, na oportunidade de sua conexo ao sistema de distribuio da distribuidora, o que se caracteriza pela energizao e instalao de equipamento de medio em unidade consumidora. 1o A incorporao dos bens e instalaes dever ser feita de forma parcial e progressiva, quando tal procedimento for tecnicamente possvel, conforme a necessidade de energizao das redes para o atendimento a pedido de fornecimento de unidade consumidora localizada no empreendimento habitacional. 2o A preservao da integridade das redes remanescentes, ainda no incorporadas ao patrimnio da concesso, obrigao do responsvel pela implantao do empreendimento habitacional ou da regularizao fundiria, desde que a referida