Renata Ribeiro de Quadros

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  • 7/24/2019 Renata Ribeiro de Quadros

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    As jias de Clepatra

    The jewels of Clepatra

    Renata Ribeiro de Quadros Carlos Eduardo de Borba

    Resumo

    Clepatra, deusa egpcia conhecida por ser um smbolo romntico da mulher fatal, deusa do sexo,benfeitora publica, entre diversos adjetivos que poderia dar a essa mulher que mostrou ter um grandepoder que a levou ao trono do Antigo Egito. Clepatra foi uma das mulheres mais poderosas,determinadas e complexas da histria, tinha uma grande preocupao com o luxo da corte e com avaidade. Costumava enfeitar-se com jias de ouro e pedras preciosas que encomendava de artesosou ganhava de pessoas prximas e familiares. resgatando esses valores da personalidade daClepatra, juntamente com essas jias conhecidas at hoje transformar esse conceito de luxo emalgo contemporneo, sem perder o mistrio e deixando a mulher cada vez mais poderosa com umajia que pode transparecer o poder que existe em cada uma.

    Palavras Chave: Deusa egpcia; Egito; jia e moderno.

    Abstract

    Cleopatra, Egyptian goddess known as a symbol of the romantic vampire, sex goddess, patronesspublishes, among many adjectives that could give this woman who has shown a great power that ledto the throne of Ancient Egypt. Cleopatra was one of the most powerful women, individual andcomplex history, had a great concern with the luxury of cutting and the vanity. I used to adornthemselves with jewelry of gold and precious stones that have ordered or received from artisans andfamily of people coming. And redeem the values of Cleopatra's personality, along with these gems

    known until today to turn the concept of luxury in this something more modern, without losing themystery and leaving the increasingly powerful woman with a jewel that can clear the power that existseach.

    Keywords: Egyptian Goddess, Egyptian, and modern jewelry

    ________________________________________1 Graduanda em Design de Moda. - UNIVALI - Universidade do Vale do Itaja. Email:[email protected]

    2 Esp. Professor Orientador - UNIVALI - Universidade do Vale do Itaja. E-mail: [email protected]

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    1 INTRODUO

    O mercado joalheiro atual est ampliando seu pblico-alvo. Empresas que antes

    ofereciam jias para encantar apenas os ricos, agora tambm tentam atingir outrasclasses dispostas a adquirir peas cujo papel principal a vaidade e o desejo de

    atrair ateno.

    O homem sempre gostou de ser decorado com jias. Isto contribuiu para odesenvolvimento da jia como uma indstria. A jia um ornamento, paraa o uso pessoal. (Sedycias, 2008).

    O projeto de jia ter como temtica Clepatra, pois alm de ser umas das grandes

    mulheres da histria do Antigo Egito, conhecida pela sua coragem, audcia,

    seduo e pelos seus adornos como jias que at hoje servem como inspiraes

    no s por estilistas, pintores e joalheiros. O foco ser um estudo sobre a vida e

    costumes de Clepatra e o Antigo Egito, para poder unir esses conceitos da

    joalheria egpcia com um ar contemporneo, sem perder a elegncia, luxo,

    sofisticao e mistrio.

    Finalidade do projeto resgatar o estilo das jias da poca, adequando a moda e a

    vida contempornea, desenvolvendo uma coleo de colares e pulseiras

    inovadoras, funcional, valorizando as peas e agregando valor a prpria roupa,

    proporcionando a usuria uma jia exclusiva.

    O pblico-alvo desta coleo sero mulheres destemidas, audaciosas que buscam a

    inovao da joalheria com um toque de mistrio, luxo e seduo em peas

    modernas.

    Os adornos tornaram-se jias atravs da incorporao de valoresestticos e simblicos, do uso de materiais nobres e dodesenvolvimento tecnolgico. (Braga, 2008).

    1.1 Objetivo Geral

    Desenvolver uma coleo de jias sofisticada e luxuosas, inspiradas na cultura

    egpcia e na rainha Clepatra para mulheres ousadas.

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    do sucesso de um produto quando o mesmo exposto realidade do mercado

    (SANTOS, 2005).

    De acordo com Baxter (1998) o que os mtodos e tcnicas permitem uma

    considervel reduo das incertezas.

    O mtodo utilizado neste projeto foi o MD3E- Mtodo de Desdobramento em 3

    Etapas modificado, de Santos(2005), o qual consiste em trs etapas bsicas: Pr-

    concepo, Concepo e Ps-concepo.

    Figura1: Fluxograma metodologia de projeto.Fonte: Adaptado pelo autor (2009).

    2.1 Ferramentas e tcnicas

    2.1.1 Conexes Foradas Morfologicamente:

    A ferramenta consiste em listar as alternativas e escolher ao acaso uma alternativa

    de cada coluna, e no final juntar todas as combinaes.

    2.1.1.1. Brainstorming ou tempestade de idias:

    Pr- Concepo1.Definio do Tema;2.Definio do pblico-alvo.3.Definio dametodologia de pesquisae de projeto.4.Pesquisa sobre osegmento de mercado,tendncias 2010, estadode Design.5.Conceituao: Painis

    semnticos.

    Concepo1. Tcnicas decriatividade: ConexoForadaMorfologicamente eBrainstorming.2. Geraes dealternativas.3. Escolha da cartela decores.4.Escolhas das melhoresalternativas para compor

    linhas de colares epulseiras.5.Escolha da melhoralternativa.

    Ps Concepo1. Estudo dos materiais.2. Construo do modelovolumtrico.3. Apresentao domodelo volumtrico.4. Discusso sobre modelovolumtrico.5.Viabilidade paraproduo.6. Produo dos colares epulseiras.

    7.Combinaes com oslooks e produofotogrfica.8.Marketing da marca (venda e ps venda).

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    Brainstorming uma ferramenta para gerao de novas idias, conceitos e solues

    para qualquer assunto ou tpico num ambiente livre de crticas e de restries

    imaginao.

    Na fase que antecede a gerao de alternativas sero utilizadas algumas tcnicas

    de criatividade como: Conexes foradas morfologicamente e Brainstorming, com o

    intuito de explorar a capacidade criativa, provocando a mente e libertando-a dos

    bloqueios mentais que obstruem a imaginao, o que ir facilitar o processo criativo.

    3 Pesquisa Bibliogrfica

    Ruiz (1996) diz que bibliografia a reunio das produes escritas por autores,

    conhecidos ou no, para esclarecer as fontes, ou seja, textos ou documentos

    originais. Sendo assim, a pesquisa bibliogrfica ou de fontes secundrias consiste

    na avaliao de todo material j escrito sobre determinado assunto em publicaes

    como livros, jornais, revistas e teses ou em meios de comunicao oral e visual

    (como rdio e televiso), para fins de conhecimento e formao de novos olhares a

    respeito do tema.

    3.1 Mercado joalheiro

    H alguns anos a joalheria vem se deparando com uma nova realidade e, quem

    sabe, uma revalorizao de seu estatuto enquanto objeto simblico. Depois de viver

    um longo perodo como investimento, a jia redescobriu e resgatou seus outros

    papis, abrindo-se para performances cada vez mais diversificadas. Objeto de

    design, objeto de arte ou objeto de consumo, a jia passou a trajar, como a moda,um vesturio repleto de variveis, capazes de assegurar o seu aspecto como objeto

    nico e precioso e manter o seu carter de legtima representante do seu tempo.

    O mundo contemporneo, povoado por uma infinidade de bens de consumo

    similares e comandado por um alto grau de competitividade, favorece a busca pela

    diferenciao e personalizao dos produtos. nessa instncia que as estratgias

    de marketing focalizam sua ateno para construir o encantamento necessrio seduo do consumidor.

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    Segundo definio de Jean Baudrillard, o consumo seria uma atividade de

    manipulao sistemtica de signos.

    Como foi dito anteriormente sobre uma nova realidade da joalheria, que em tempos

    passados as jias eram relacionadas a status. Grandes smbolos do poder faziam

    questo de mostrar suas riquezas atravs de magnficas jias que mais parecia ser

    coisa de sonho. A arte da joalheria uma das mais antigas artes de decorao, as

    jias de metais preciosos e as gemas sempre vieram ao encontro dos mais

    profundos sentimentos humanos que a atrao por materiais raros e belos e o

    desejo pelo do embelezamento do corpo, o status e a superstio representada pordeterminadas gemas.

    De acordo com o site Cursodejoalheira, que conta a histria da joalheria no processo

    da civilizao humana compreendeu o trabalho, a criatividade e ao talento de

    sucessivas geraes de artesos, desafiando transformar materiais preciosos em

    ornamentos pessoais de elevado valor artsticos.

    Mas, esse rico e diversificado panorama comeou na antiguidade, quando as

    tcnicas bsicas dos ourives tornaram-se sofisticadas. Alguns socilogos chegam

    afirmar que as peas de adornos precedeu at a vestimenta, que, na verdade os

    trajes derivam desses ornamentos. As primeiras jias foram produzidas com

    materiais belos, fascinantes ou at mesmo raros. Essa origem de imagem e riqueza

    que se funde prpria imagem da jia em si. Uma jia era usada normalmente

    como fonte de deleite e beleza e tambm com forte ligao mstica.

    3.2 Joalheria Egpcia

    A joalheria e egpcia conhecida pelos seus smbolos que representavam alguns

    significados, de amuletos e magia. Os significados mgicos eram transmitidos no

    por apenas em aspectos formais, os aspectos cromticos tambm eram de muita

    importncia.

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    Segundo Biane Mattos, as cores tambm representavam alguns significados, o azul,

    por exemplo, representava o cu noite, o verde o renascimento, enquanto o

    vermelho o sangue e a vida. Para tal representao eram utilizadas gemas, alm

    delas outras formas encontradas para introduzir cores s jias a descoberta de um

    esmalte vitrificado que podia chegar ao tom bem prximo do azul sagrado.

    Essas gemas tambm eram atribudas a poderes curativos. A joalheria Egpcia, era

    muito decorativa, era mgico, com um cunho religioso, amuleto, uma forma de pedir

    proteo a todos os deuses. As jias usadas em vida eram levadas junto com a

    pessoa no tmulo como forma de auxiliar e proteger no caminho de passagem era a

    vida da ps-morte.

    Segundo o site Cursodejoalheria, os povos egpcios foram os que deixaram as

    peas elaboradas, em formas de escorpies, escaravelhos, serpentes, repletas de

    simbolismos msticos. Deve-se a eles a aplicao das cores s jias, tendo

    dominado as tcnicas de engaste de pedras e a descoberta de um novo material

    produzido pelas mos do homem, o vidro colorido.

    O trabalho dos ourives egpcios era dominado pelo uso de amuletos. Apesar do

    repertrio limitado de motivos decorativos, a criatividade, o domnio de tcnicas de

    ourivesaria, o uso de cores fortes e a repetio de formas e desenhos, que

    confeccionavam jias contendo mais do que um simples efeito decorativo: os

    motivos possuam significados religiosos ou mgicos.

    Os colares podiam ter duas formas distintas principais. Uma era chamadamenat, era exclusivamente atributo da divindade e s podia ser usada por

    faras. O menat um colar composto de vrios fios de contas emdiferentes tamanhos e cores, com um pendente e um fecho decorado,usado atrs dos ombros. A outra forma era o usekh, mais freqentementeusado por todo o perodo do Antigo Egito, e tambm com vrios fios, masde formato semi-circular. (Pedrosa, 2007)

    Os elementos individuais eram criados com apenas um material, como o ouro ou a

    ametista, adornada com decoraes chanfradas ou entalhadas. Esses componentes

    eram ento montados em finas peas de joalheria, com a adio de uma variedade

    de contas, feitas com pedras semipreciosas.

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    O conhecimento de como essas jias foi composto e usadas foi entendido a partir de

    pinturas, relevos e esculturas que retratam as mulheres, reais ou sditas, adornadas

    com uma variedade de ornamentos.

    As gargantilhas largas eram ornamentos populares durante toda a histria do Antigo

    Egito. Com um pingente detalhado e grande, tambm chamado de ornamento

    peitoral. As pulseiras eram usadas durante todo o perodo, com contas finas, feitas

    de pedras semipreciosas e separadas por espaadores, que so barras de ouro

    Partindo do princpio da joalheria egpcia, que conhecido pela sua riqueza,

    grandiosidade e alto grau excelncia dos ourives foram escolhidos uma

    representante daquela poca, Clepatra.

    3.3 Clepatra

    Tudo comeou no ano de 69 a.C, na de cidade da Macednia de Alexandria, nasceu

    filha mais velha de Ptolomeu XIII, Clepatra, que viria a ser a rainha mais famosa

    e intrigante do Egito. Quando tinha 18 anos seu pai vinha a falecer, com isso ela

    herdou o trono junto com seu irmo de 10 anos, Ptolomeu XIV. Esta rainha herdouas heranas gregas e persas que se instituram na regio nordeste da frica pela

    ao do imperador macednico Alexandre, o Grande. Mas, para ela herdar o trono

    foi preciso se casar com seu irmo, para se tornar rainha. A tradio egpcia

    concedia esse tipo de matrimonio, com isso as heranas permaneciam na famlia.

    Segundo o historiador Plutarco, Clepatra no detinha atributos fsicos, mas se valia

    de outros artifcios para alcanar seus objetivos. Alm de conhecer bem a histria, a

    literatura e as filosofias gregas, era uma negociadora astuta e ao parecer, uma

    estrategista militar de primeira ordem.

    Ela uma princesa cuja coragem a prova de sua nobreza; ela umaestrangeira indigna de confiana cuja lascvia e astucia so tpicas de suaraa. Ela benfeitora publica que construiu aquedutos e faras. (LucyHughes Hallet, 1951)

    Mesmo com todos esses atributos no bastava para que Clepatra fosse busca de

    apoios estrangeiros para no perder seu trono, mas s encontrou em Roma. Depois

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    da morte do seu irmo, era preciso ir busca de novos aliados para obter sucesso

    na conquista do reinado. O seu alvo era Julio Csar, lder militar, poltico romano.

    De acordo com Rosane Volpatto, foram esses vrios atributos que Clepatra

    conquistasse Csar com uma estratgia de tomar o poder. Tinha tambm uma

    grande habilidade para cercar-se de uma atmosfera teatral. Quando intimada por

    Csar a deixar suas tropas e a comparecer ao palcio que ele conquistara em

    Alexandria, Clepatra introduziu-se na cidade ao escurecer, fez-se amarrar num rolo

    de roupas de cama, e assim escondida foi carregada nas costas de um servo

    atravs dos portes e at aos aposentos de Csar.

    Essa estratgia destinou impressionar Csar, o fato que a sua entrada na cidade

    foi uma das mais sensacionais de todos os tempos. A coragem de Clepatra e o seu

    encanto convenceram Csar de que ela seria de boa poltica restituir-lhe o trono.

    Segundo Rainer Sousa, Clepatra era longe de ser apenas uma mulher ftil,

    poderosa e entregue aos prazeres da vida, Clepatra ansiava dar fim s dominaes

    estrangeiras que tomavam seu reino. Alm disso, era conhecida como hbildebatedora e dominava vrias lnguas como aramaico, persa, somali, etope, egpcio

    e rabe.

    De acordo com Rainer Sousa essa aliana entre Csar e Clepatra a transformou

    em rainha do Egito. Mesmo assim no satisfeita com o objetivo alcanado, resolveu

    apoiar Csar em novas conquistas que pudessem transform-lo em um conquistador

    de muitas fronteiras.

    Segundo Arnaldo Poesia, ningum sabe se Clepatra foi tomada de desespero. Ao

    cabo de um ms, voltou para o Egito com sua famlia. Nenhum dado foi achado que

    dispem sobre os trs anos seguintes de seu reinado. S se sabe que, assumiu o

    poder no rastro de uma guerra, mas o seu reinado foi um perodo de paz.

    Marco Antnio, que depois da morte de Jlio Csar ganhou uma poro oriental do

    imprio romano, exigiu a presena da rainha do Egito em seus domnios. J

    consagrado como grande comandante militar e poltico hbil, ele tinha um plano:

    ressuscitar o projeto de Julio Csar de atacar o Imprio Prtia. Mas como bancar

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    uma campanha desse tamanho? Essa resposta estava nas riquezas do Egito.

    Apesar do tom nada amistoso da convocao, a rainha no se intimidou.

    De acordo com Regina Valadares, Clepatra organizou uma comitiva suntuosa e

    adornada com vrios elementos que faziam meno mitologia grega, Clepatra

    no teve grandes dificuldades para conquistar o general.Subiu o rio Cidno em uma

    barcaa adornada com ouro, prata, tecidos purpreos, envolta em nuvens

    perfumadas e acompanhada de belas moas e moos seminus. Vestida de Vnus,

    estava deitada sob uma espcie de tenda, com meninos fantasiados de cupido aos

    seus ps.

    Essa unio entre Clepatra e Marco deu origem a trs filhos e somente colocava em

    dvida o compromisso que o general romano teria com sua ptria original. Como se

    no bastasse toda essa situao, os filhos do casal foram transformados em reis da

    Armnia da Siria e da sia Menor.

    Figura 2: Imagens de Clepatra.Fontes: do autor.

    Todos os atos de seu governo e seu comportamento pessoal indicam que Clepatra

    desde sempre acalentou a possibilidade de reinar sobre um vasto domnio, alm-

    fronteiras. imperioso abandonar o clich da Clepatra voluptuosa, ocupadaapenas com paixes e prazeres. Ou, ao menos, preciso reconhecer que, se essa

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    Clepatra realmente existiu, ela no era sua nica face. Seu carter e seu

    temperamento afastam qualquer tentativa de delimitao. A obstinao de definir de

    modo to apequenado uma personalidade de prodigiosa complexidade no resiste

    diante das afirmaes dos melhores historiadores da dinastia ptolomaica, que

    reconhecem todos nessa mulher as qualidades e as ambies de um grande rei.

    O painel com as imagens da Clepatra foi extrado alguns elementos para a

    elaborao da coleo, texturas, repeties de formas e a cromtica de cores

    utilizadas nas alternativas e o exagero dos tamanhos da joalheria.

    4 PUBLICO-ALVO

    O projeto de jias tem as mulheres como protagonistas na compra de suas prprias

    jias no mais dependendo da prtica at ento usual de receb-las de presentes,

    principalmente do publico masculino. Cada vez mais atuantes e independentes, as

    mulheres influenciaram a mudana no design das jias que, embora usando o

    mesmo luxo dos materiais, ficando mais atuais, despojadas, prticas.

    destinado ao pblico que tambm tem evoludo e tem-se tornado cada vez mais

    exigentes. As jias, na viso desse pblico, servem para adornar, apara demonstrar

    status, para simbolizar uma celebrao ou alguma ocasio especial. Busca a

    qualidade que garanta o investimento.

    Com a globalizao, impulsiona o pblico consumidor a dar prioridade em artigos

    que reafirmem a sua identidade. No basta ter qualidade e preo justo, hoje em dia

    a oferta tem que ser excitante e at mesmo revolucionria, para conquistar a

    preferncia do consumidor que esta cada vez mais exigente.

    Com o novo conceito na joalheria no mercado, o luxo no se restringe mais funo

    nica de diferenciao social. O que antes estava associado ao poder e exibio,

    agora apresenta caractersticas individualistas. O luxo est se tornando intimista e

    reservado.

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    O luxo sempre foi usado e feito para a nobreza e para os mais ricos, que sempre

    quiseram e buscaram exclusividade e diferenciao em relao aos pobres mortais.

    Sempre foi assim, desde a idade mdia e os primrdios da moda.

    Certamente o luxo tudo isso, mas alm se ser uma coisa palpvel o luxo mexe

    com o imaginrio e com os sentimentos das pessoas. Quando se compra um

    produto de luxo, muito mais do que um "produto" comprado. As pessoas compram

    pelo estilo, pelo marketing que a marca vende. Junto com o produto so esperadas

    sensaes.

    O individualismo extremo, algumas modificaes elitistas permanecem, mas o luxo

    emocional mais direcionado para si do que com vista estima do outro. Para

    Lipovetsky ( 2007), exatamente neste ponto que comea a surgir uma sociedade

    de hiperconsumo, quando as mulheres compram objetos para viver melhor, mais

    que para exibir, quando os objetos ao invs de funcionarem necessariamente como

    smbolos de status, funcionam mais como um servio pessoa. As satisfaes

    sociais, naturalmente diferenciam a permanncia, mas so uma das grandes

    motivaes dentre outras, em conjunto agora denominada pela busca da felicidade

    privada.

    Em geral este pblico pressa uma vida saudvel, sempre em busca de produtos que

    satisfaam os prazeres ntimos e os seus desejos que tenham um componente

    emocional que cultivem a cultura e a razo. Na figura 03, representa o painel que

    demonstra as caractersticas desse publico alvo, que representa mulheres que

    gostam de acessrios grandes, com cores vibrantes, investem em vrios acessrios

    que estejam de acordo com as principais tendncias do mercado. Roupastransparentes fazem parte do seu guarda roupa, demonstrando uma mulher mais

    ousada. Essa vestimenta alm de ter algumas transparncias, uma produo mais

    moderna, com misturas de tecidos e formas. Uma mulher bem feminina,

    representada com uma imagem que mostra bem as formas da face de uma mulher,

    sendo que, est sendo escondida de certa forma, mostrando um ar de mistrio. E

    por fim, um rosto de uma mulher coberta de pedras, demonstrando uma mulher que

    investe na joalheria.

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    Figura 3: Publico alvo da coleo.Fonte: Adaptador pelo autor (2009)

    Acima painel com algumas imagens que representam o pblico- alvo a ser atingido.

    5 ESTADO DE DESIGN

    Com o avano da tecnologia e a facilitao na produo do ouro rosa - vermelho, asjoalherias se dividem entre as cores do metal precioso, o que, muitas vezes gera

    dvidas em relao a que cor apostar: o tradicional e muito em alta o amarelo,

    clssico e eterno parceiro dos diamantes, o branco ou o revival do rosa- vermelho.

    Enquanto a maioria dos joalheiros se concentra nestas cores, outros, muito ousados,

    brincam com as mais diversas tonalidades de ouro. Algumas receitas das ligas de

    ouro colorido existem h muito tempo, mas a sua produo, principalmente em

    escala industrial, no to simples, o que deixava as peas coloridas restritas s

    jias de pequenos ateliers.

    Segundo Adriana Costa (site Jia BR) em 2007, empresa Aspial com o apoio do

    World Gold Council e em parceria com um metalrgico da universidade politcnica

    de Cingapura, desenvolveu uma liga de ouro prpura. As joalherias Aspial, LeeHwa

    e Goldheart desenvolveram colees usando a novidade. Chamam a ateno tanto

    pela beleza como pela intensidade. Os diamantes ganham um destaque inusitado

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    pela colorao. Esta nova cor abriu novas possibilidades para a joalheria, mas sua

    liga foi patenteada e de distribuio exclusiva da Aspial Corporation.

    Figura 4: Liga comercial na cor prpura.Fonte: Jia BR ( 2007).

    Adeline Moniez, criadora da marca francesa Marella, escolheu a ndia como

    inspirao na criao de uma espcie de tatuagens removveis. A ndia conhecia

    pelos seus mistrios, sendo que a criadora da coleo apaixonada por tatuagensde henna, sensuais e removveis, a diretora da criao, resolveu dar asas a sua

    imaginao e adaptar esse conceito ao gosto das francesas.

    Le Body jewel como so chamadas essas tattos removveis, pois esses adesivos

    podem ser usados por diversas vezes e em lugares diferentes como na roupa e no

    cabelo s dependendo do look no nosso dia-a-dia.

    De acordo com Heloisa Pereira as Le body jewel (jias de corpo) so cortadas a

    laser e graas a isso preciosos em detalhes. Alm do corte a laser as tatuagens

    so hipoalergnicas, ou seja, no causam nenhuma irritao e vermelhido na pele

    e ainda so feitas de materiais de luxo como renda Calais, cristais Swarovski, p de

    ouro e pedras de cores.

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    Figura 5: Jias para o corpo em forma de lao com strass.Fonte: http://msn.bolsademulher.com/corpo/materia/joias_em_tatuagens/88351/1

    Essas novas tattos so bem criativas, reflexo do universo mgico das artes em que

    sempre viveu Adeline, que filha de uma pintora junto com um pianista. Os adesivos

    so ricos em detalhes, cada pea nica e exclusiva, sendo confeccionada pela

    prpria Adeline em seu ateli parisiense da Marbella. Cada coleo divida,

    incluindo a linha infantil e de casamento.

    De acordo com a Heloisa Pareira, o nome Marbella no foi escolhido por acaso,

    esse nome representa um local na Espanha onde lembra muito sua infncia, sendo

    que o significado representa o sol e a feminilidade.

    Depois de tanto sucesso com os adesivos, foi este ano ela resolveu se lanar

    internacionalmente. Caso encontre um parceiro comercial, pretende lanar uma

    coleo no Brasil. Enquanto ela no vem para o nosso pas, ela pode ser encontrada

    na internet.

    Em relao ao projeto, essas novas inovaes que esto no mercado, do nfase

    no uso de materiais alternativos e nas novas formas de usar essa jia. Tambm

    deixando de lado as questes que antes era relacionado como padro, como o ouro

    que aparecia somente na cor ouro amarelo e atualmente esto com novos papis,

    novas tonalidades, representada na figura 04, sendo que um maxi colar, com uma

    nova tonalidade de ouro.

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    6 TENDNCIAS

    Em 2010, compreende a moda como o resultado de uma srie de amplas mudanasno pensamento das pocas e no acredita em imposies e sim na imaginao.

    Viajamos nas asas da imaginao, visitamos naturezas de mundos irreais e

    cultivamos memrias inventadas. Essa imaginao gera o surrealismo que tempera

    os novos lanamentos da joalheria no outono inverno 2010. Vivemos na fuga

    constante da banalizao, buscamos a criao da novidade num ambiente repleto

    de velhos smbolos.

    Segundo Danusa Ppricigo Pasqual (site portal da moda) as jias possuem um ritmo

    de mudana prprio, so objetos criados para a contemplao, so produtos

    extraordinrios. Cada vez mais familiarizada com a arte, a joalheria no dialoga com

    a banalidade, no valoriza as solues domesticadas e quer sempre mais.

    Portanto, fica destacado que necessrio manter um olho bem vivo nas vitrinas, um

    faro apurado para a intuio e um esprito muito aberto s novas misturas na hora

    da produo dos looks pessoais.

    No Inverno 2010 eles diferem nos modelos entre acessrios casuais e formais e

    entram em contrastes nas cores e materiais. Cores exticas misturam-se com

    materiais inovadores. Penas e pedrarias ganham fora total no inverno 2010.

    Seguindo uma das tendncias das bolsas, as jias e bijuterias para o inverno

    ganham inspiraes ldicas e teatrais. Alm disso, o estilo vintage prevalece nas

    bijuterias e jias.

    Segundo Grazielle Cruz Abu Absi (Site portal da moda) as bijuterias, grande parte

    feitos em contas de madeira com cores quentes relembram as inspiraes nas

    etnias, para as bijuterias informais. Os colares, decorados com turquesa, tm

    inspiraes na cultura do Tibete e no Budismo. Outros, em verses mais curtas,

    recebem inmeros detalhes em pedras penduradas, tima aposta para serem

    combinados com blusas simples.

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    Figura 6 : Jias grandes e ousadas marcam a temporadaFonte: Portal da Moda ( 2009 ).

    As pulseiras tambm aparecem decoradas com algumas gemas preciosas com

    detalhes em amarraes. Os braceletes em modelos grossos que pegam o pulso

    inteiro feitos com metais brilhantes. Os anis continuam com a mesma identidade

    das demais jias, entram com tamanhos grandes com tons prateados ou dourados

    que misturam as cores vivas, que servem para uma proposta de um look maisinformal.

    Esse maximalismo de jias j comea aparecer desde o vero de 2010, com o mix

    de materiais e formas. Mas na temporada do frio que elas ganham fora, com

    brincos que chegam at os ombros, com a mistura de cores que vo deixar a

    estao colorida e divertida.

    De acordo com Grazielle Cruz Abu Absi (site portal da moda) os formatos dos

    acessrios de inverno 2010 brincam com as cores e materiais ousados. O inverno

    2010 traz para os acessrios uma mistura de contrastes entre as tonalidades

    exticas e entre os materiais.

    A grife americana Tiffany & Co, especialista em jias de luxo, traz para a temporada

    de outono/inverno 2010 jias que parecem abrir o corao de muita gente e que

    contm o segredo de portas e cadeados de muitos lugares. A grife inspirou-se em

    diversas chaves rsticas que transpe idias passadas e grosseiras para suas jias,

    transformando-as em acessrios caros e cheios de glamour. Esses mimos podem

    ser encontrados em diversos materiais como ouro, ouro branco, prata e diamante,

    elas realmente parecem com as chaves usadas em portas de palcios e ornamentos

    utilizados em catedrais.

    Segundo Fernanda Sartori Fernandes (site portal da moda) o diferencial da marca,

    est presente na grandiosidade dos detalhes e na perfeio dos desenhos. As

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    chaves apresentam formas de flores, coraes e argolas de vrios tipos e tamanhos.

    As rosceas tambm so um dos elementos mais usados nas chaves transmitindo a

    volta de um perodo gtico e contactando-se com a espiritualidade de tudo que

    sagrado.

    Figura 7: Chaves ricas em detalhes parecem ser de verdade.Fonte: Portal da moda (2009).

    Algumas peas so mais grossas e feitas em ouro branco e prata podendo ser

    usadas em qualquer ocasio do dia. J outras mais refinadas e delicadas combinam

    perfeitamente com a luz do dia. O azul beb e a prata so os tons mais usados

    nessa nova coleo de pingentes e o ouro utilizado em apenas detalhes ou peasmenores.

    A IBGM lanou Preview Design de Jois 2010, que serviu como referncia para as

    indstrias brasileiras de jias da Feninjer criarem as novas colees que foram

    apresentadas na 49 feira. Essa publicao divulgou os novos conceitos e linhas de

    inspiraes para o design de jias brasileiro para 2010.

    Segundo o presidente do IBGM Hcliton Santini Henriques que falou a respeito

    sobre o assunto no site Infojoia, contou que neste ano resolveram trabalhar de

    forma integrada com os setores brasileiros de moda e beleza. Com um comit para

    pensar a moda brasileira envolvendo os diversos segmentos. O resultado final

    resultou um caderno de tendncias que servir como guia para a cadeia produtiva

    brasileira alinhando com a indstria internacional.

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    Nesse caderno encontramos as linhas pop modernistas, orgnico, azul mar verde

    botnico e tnico. Essa ultima linha onde apresenta a mistura de materiais e as

    texturas diferenciadas que vai ser utilizada como referncia para esse projeto.

    Figura 8 : Algumas linhas de inspiraes.

    Fonte: http://www.infojoia.com.br/news_portal/noticia_5885

    Na linha tnica, o encontro das culturas, transformando a joalheria em um mix de

    idias vindas de todas as partes do globo de uma maneira nova e excitante. Um luxo

    experimental. A nova tendncia da moda fusion justape os neutros tons de terra a

    brilhantes referncias tnicas.

    Figura 9: Linha tnica.Fonte: http://www.infojoia.com.br/hotsite/f49/]

    Segundo o site Infojoia, a mistura da ascenso chinesa, alma brasileira, padres

    africanos, Oriente Mdio, padres asiticos e cones religiosos da cultura Indiana.

    So os quatros cantos do mundo resultando uma variedade de texturas e desenhos.

    Em relao s novas tendncias que esto aparecendo no mercado joalheiro, esto

    de acordo com as propostas iniciais do projeto, uso de materiais alternativos, formas

    exageradas e uso de maxi jias como brincos grandes, juntamente com colaresgrandes tambm. As cores fortes, vibrantes tambm fazem parte da proposta da

    coleo.

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    7 CONCORRENTES

    A concorrncia o principal elemento gerador de desempenho e inovao. Ela

    beneficia a todos ao permitir que escolhamos dentre diversos produtos excelentes. Aconcorrncia estimula a adoo das inovaes medida que as empresas evoluem

    e oferecem novas idias, com o objetivo de crescerem no mercado.

    A perspectiva de crescimento para jias refinadas e luxuosas promissora, com a

    volta da necessidade que o consumidor tem de se sentir bem, que to fundamental

    para as vendas. Sendo assim, o mercado do novo luxo vem crescendo de tal forma

    que o mercado joalheiro est cada vez mais em busca de novos padres estticosinovadores agregando um valor simblico atribudos pela sociedade, que algumas

    vezes so molas propulsoras de engrenagens socioeconmicas, pois tais valores

    so amplamente difundidos por diversas mdias, com o auxilio do marketing que as

    empresas investem.

    Segundo Kathia Castilho e Nizia Villaa a atualidade est processando novos

    cdigos de percepo do luxo. O luxo perde a obviedade do material nobre e ganhaem capital cultural, no design, na sofisticao tecnolgica, na hipermobilidade.

    Fatores estes que so codificados de maneira que apenas os privilegiados tenham

    acesso e possam prontamente identificar.

    Com cada vez mais concorrncia entre as grifes de luxo para conquistar sua fatia de

    mercado. Acreditamos que o design ser um fator fundamental de diferenciao.

    7.1 Hory Gomes

    Hory Gomes Jias Egpcias uma griffe que est no mercado joalheiro. Que a

    pioneira, no tema Egpcio e so exclusivas, criada pelo designer HORY GOMES,

    que criou tcnicas especiais no desenvolvimento das Jias HG. O artista arteso,

    trs no seu trabalho a impressionante riqueza, de detalhes nas suas Jias. O design

    trabalha sete anos com a temtica do Antigo Egito, usando algumas deusas

    egpcias como inspiraes para suas jias e outros objetos decorativos.

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    Figura10: Pioneiro em trabalhar com a temtica egpcia.Fonte: http://www.hgjoiasegipcias.blogpost.com

    7.2 Valria S

    A 12 anos, do ateli de jias de Valria S, nasce colees personalizadas e

    exclusivas, assim como reforma de jias antigas, executadas desde o desenho,

    escultura em cera, fundio, at o acabamento final, passando por uma criteriosa

    avaliao de qualidade.

    Figura11: Jias exclusivas com um design diferenciado.Fonte: http://www.valeriasa.com.br/

    7.3 Stile Metais

    Marca que sempre est em busca de tecnologia para suas peas. Um design

    diferenciado em suas colees possibilitando aos clientes uma satisfao na

    exclusividade em cada pea.

    Figura 12: Mistura de matrias, tornando um diferencial da marca.

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    Fonte: http://www.infojoia.com.br/hotsite/f49

    8 CONCEITUAO

    Seguindo o tema Clepatra que foi uma das mulheres mais poderosas da histria,

    cujo principal conceito da coleo luxo emocional. Acessvel a um nmero maior

    de consumidores, o luxo emocional atual busca uma nova identidade e um novo

    sentido. Suas caractersticas essenciais, no entanto, continuam intocadas e

    despertam desejos imaginrios e contemplao.

    Segundo Gilles Lipovetsky, os produtos de luxo no so mais destinados clientela

    de elite, mas parte elitista que existe em cada um de nos. O consumo do luxo est

    mais voltado para experimentao de emoes estticas ou sensitivas. O imprio

    do luxo emocional, experimental, subjetivo, psicologizado, em suma, um luxo para si.

    Os produtos tm em seu valor algo subjetivo e intangvel. Pode ser histria,

    tradio, suntuosidade, elegncia, raridade, prestigio, exclusividade e tantos outros

    atributos quando puder valorizar. Esse novo luxo nasce de um encontro entre o

    objetivo e a intimidade profunda daquela que a reconhece.

    Feggiani (2006, p. 02), pesquisadora dos bens de luxo, estudou os aspectos

    ecolgicos e a percepo do consumo pela jia moderna e verificou que:

    Hoje os conceitos e caractersticas do novo luxo, conseqentemente dajoalheria, se ampliaram a tal ponto, que a fronteira entre jia e bijuteria muito tnue. Atualmente outros materiais que antes eram pertencentes classe da bijuteria, so acrescentados joalheria, como a madeira, oplstico, vidro, resina e at peas feitas com papel, borracha, micro chip.Hoje, o que especifica uma jia no mais o conjunto de materiaisintrnsecos, mas a capacidade criativa do seu autor na concepo eresoluo de uma idia, enfatizando outros valores alm do monetrio. Osanos noventa destruram a idia de luxo como conceito ligado somente riqueza. Agora se entende o luxo como um prazer para a alma, entotemos novos valores a decifrar.

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    De acordo com Jean Castarde, necessrio vender desejos em vez de

    necessidades e atuar tanto nos planos material quanto no mental. Para o autor, o

    luxo est relacionado aos cinco sentidos e, como no existe hierarquia entre eles,

    todas as formas de luxo so igualmente importantes.

    O conceito principal do projeto despertar o imaginrio e ressuscitar artes de viver.

    As formas, curvas orgnicas resgatando alguns conceitos da rainha Clepatra, se

    entrelaam ao tempo e a feminilidade, integrando-se no cotidiano e adaptando-se ao

    ritmo acelerado do mundo moderno. Despertar emoes, criar desejos e transformar

    sonhos em realidade. Uma mulher que busca a exclusividade e personificao da

    joalheria egpcia com novas reformulaes deixando mais modernas sem perder oalguns elementos da histria da Clepatra. Os cdigos bem definidos e sem

    excessos, estaro presentes na coleo, colares e pulseiras que transmitiro o

    conceito de modernidade e um novo luxo.

    o mistrio do feminino e sua poderosa fora simblica traduzidos com muito luxo.

    Figura 13: Conceito da Coleo.Fonte: do autor.

    Na figura 13 apresenta figuras que representam o conceito da coleo: desejo,

    diferente, moderno, sensual, misterioso, ousado, feminino, luxo, riqueza.

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    Figura 14: Colees de Jias inspiradas em ClepatraFonte: Adaptado pelo autor (2009)

    Para ilustrar melhor o conceito, acima as alternativas que compem a coleo de

    jias. Sendo que a primeira alternativa foi escolhida para execuo do projeto.

    9 CONSIDERAES FINAIS

    Este trabalho verificou as etapas do desenvolvimento de coleo de jias, tendocomo tema e referencia visual a vida da rainha Clepatra. Diante uma pesquisa

    mercadolgica, os dados apontam que a nfase tem sido dada ao mercado joalheiro

    para um novo conceito, novo luxo que busca novos materiais alternativos,

    quebrando alguns tabus nesse ramo onde a jia era representada como status e

    poder.

    O objetivo bsico deste artigo foi demonstrar em termos tericos as principaiscaractersticas da personalidade da Clepatra, para assim extrair para montar um

    conceito da coleo e direcionar para o publico alvo que deve ser atingido.

    Outra pesquisa feira para ter como melhor referencia so a joalheria egpcia, que

    serve para dar foco nos detalhe e tipos de texturas e cores a serem trabalhadas. O

    desejo de se adornar nos acompanha h sculos. A evoluo da idia constante e

    chega atualidade com o aprimoramento do olhar.

    Ao final desta pesquisa foram verificados que as tendncias seguem exatamente

    com a proposta inicial do projeto, jias grandes com misturas de materiais,

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    conseqentemente tornando novo nicho de mercado cada vez mais exigente,

    buscando exclusividade nas peas.

    Um aspecto importante para se levar em considerao que um mero aumento das

    jias vem aparecendo no mercado, tendo como mega tendncia as maxi jias.

    O projeto buscou aliar design, moda e jia, adequando sofisticao, estilo prprio,

    para alcanar o pblico alvo na qual buscam produtos inovadores, exclusivos,

    design diferenciado e ousado.

    Conclui-se, portanto, que de forma sria, obtiveram resultados satisfatrios,alcanando todos os objetivos pr - determinados com a coleo, agradando o

    pblico desejado.

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    10 REFERNCIAS BICLIOGRAFICAS

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