8
Edição 44 - Fev/2012 - Uma revista: Nesta edição montamos um completo passo a passo descritivo das funções dos sensores, que levam as informações do motor para a unidade de comando. Entenda o mecanismo e aprimore seus conhecimentos sobre este sistema que é cada vez mais presente na sua oficina. Página 4 SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA SCANIA PROMOVE LINHA 2012 DE ÔNIBUS E CAMINHÕES SUSTENTÁVEIS Motor DDC MBE 900

Reparador Diesel FEV/12

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Encarte Reparador Diesel de fevereiro de 2012

Citation preview

Page 1: Reparador Diesel FEV/12

Edição 44 - Fev/2012 - Uma revista:

Nesta edição montamos um completo passo a

passo descritivo das funções dos sensores, que

levam as informações do motor para a unidade

de comando.Entenda o mecanismo

e aprimore seus conhecimentos sobre

este sistema que é cada vez mais presente na sua

ofi cina. Página 4

SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA

SCANIA PROMOVE LINHA 2012 DE ÔNIBUS E CAMINHÕES SUSTENTÁVEIS

Motor DDC MBE 900

Page 2: Reparador Diesel FEV/12

2 em foco REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

A REvISTA REPARADOR DIESEL, integrante do jornal OfICINA BRASIL como encarte é administrado pelo GRUPO OfICINA BRASIL. Não está autorizada nenhuma reprodução dos artigos e referências publicados neste caderno sem prévia autorização. Os espaços publicitários desta publicação são pagos. GRUPO OfICINA BRASIL não se responsabiliza pelos anúncios aqui publicados, já que conteúdo, informações técnicas (natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preços) e quaisquer outros dados sobre os produtos e serviços anuncia-dos são fornecidos com exclusividade pelos nossos anunciantes.

Filiado a: Nós apoiamos:

Tiragem desta edição: 17 mil Distribuição nos Correios pormeio de qualifi cado database: 16.040O Oficina Brasil e o Caderno Reparador Diesel oferecem garantias exclusivas para total segurança do investimento dos anunciantes: Auditoria IVC (Instituto Verifi cador de Circulação) e BDO Trevisan (custos com distribuição).

DIRETOR GERALCassio Hervé

SECRETÁRIASolange Ferreira Roberto

GERAÇÃO DE CONTEÚDOJornalista Responsável:Vivian Martins Rodrigues (MTB 55861-SP)

COMERCIALAliandra Artiolialiandra.artioli@ofi cinabrasil.com.brCarlos Souzacarlos.souza@ofi cinabrasil.com.brErnesto de Souzaernesto.souza@ofi cinabrasil.com.brShelli Brazshelli.braz@ofi cinabrasil.com.brEstagiária - Briza Gomes briza.gomes@ofi cinabrasil.com.br

PRODUÇÃOAssistente - Lucas Martinelliproducao@ofi cinabrasil.com.br

ONLINEAnalista – Tiago Lins tiago.lins@ofi cinabrasil.com.br

FINANCEIROGerente - Junio do NascimentoAssistente - Mariana TarregaAuxiliar - Rodrigo Castrofi nanceiro@ofi cinabrasil.com.br

GESTÃO DE PESSOASDaniela Accarinirh@ofi cinabrasil.com.br

ASSINATURA E DATABASEGerente: Mônica Nakaokamonica.nakaoka@ofi cinadireta.com.brCoordenador: Alexandre P. Abadealexandre.abade@ofi cinadiretal.com.brAssistente: Giovana Consortigiovana.consorti@ofi cinadireta.com.br

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITORLuana Cunha e Talita AraújoDe 2ª a 6ª, das 8h30 às 18hTels.: (11) 2764-2880 / 2881leitor@ofi cinabrasil.com.br

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃOGráfi ca Oceano

eXP

ed

Ien

te

Este produto é impresso na Gráfi ca Oceano em papel certifi cado FSC. Trabalhamos comprometidos com o meio ambiente e temos uma ótima impressão do futuro.

Scania promove linha 2012 de sustentáveis

A Scania, montadora sueca de veículos pesados e de motores a etanol, lançou em 19 de ja-

neiro uma campanha publicitária para promover sua linha de ônibus e cami-nhões 2012. O conceito é a apresenta-ção da nova linha com tecnologia Euro 5, que se enquadra na nova exigência ambiental brasileira Proconve P7 e po-lui até 80% menos que os antigos mo-delos Euro 3. Para este lançamento, a montadora preparou também pacotes com vantagens especiais aos clientes.

Desde janeiro deste ano, está em vigor no Brasil o Proconve P7 (Pro-grama de Controle da Poluição do Ar por veículos Automotores – fase 7). A nova norma obriga as montadoras a fabricarem motores que se enqua-drem no padrão Euro 5 de redução de poluentes, utilizado na Europa desde 2009.

“A mudança de protocolo ambiental no Brasil só reforça o pioneirismo da marca Scania nas questões de susten-tabilidade. A campanha tem por objeti-vo apresentar a linha 2012 e oferecer, por tempo limitado, vantagens exclu-

sivas aos clientes, reforçando nosso portfólio de soluções ao transporta-dor”, explica Márcio furlan, gerente de Marketing e Comunicação Comercial da Scania do Brasil.

O conceito promocional da cam-panha de caminhões está centrada no modelo R 440 nas opções 6x2 e 6x4. Quem adquiri-lo ganhará o câmbio au-tomatizado Scania Opticruise, Controle de Tração e freios ABS. A montadora também garante Arla 32 por aproxi-madamente 120 mil quilômetros para todos os modelos de caminhões ven-didos durante o período da promoção. Para o segmento de ônibus, os clien-tes também terão direito ao Arla 32, além de um Contrato de Manutenção Preventiva, que inclui troca de óleo de motor, fi ltros, entre outros.

A campanha da marca sueca se es-tende até 31 de março. Está divulgada nos principais meios de comunicação, como televisão, jornal, revista e inter-net. Regulamento e condições gerais podem ser consultados no site da mon-tadora.

www.scania.com.br

Div

ulg

ação

Page 3: Reparador Diesel FEV/12

em foco 3REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

Div

ulg

ação

Revisão na barra de direção de caminhões pode evitar acidentes

Números expressivos envolvem o violento trânsito brasileiro. A fro-ta de caminhões e veículos não

para de crescer, assim como os aciden-tes e mortes nas estradas e na malha vi-ária das cidades. Mas alguns cuidados, como a manutenção preventiva no sis-tema de direção de caminhões, poderia salvar vidas.

Os números que envolvem o trânsito brasileiro são expressivos. A frota de au-tomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus saltou de 29.962.783 unidades para 32.492.390 unidades de 2009 para 2010, registrando aumento de 8,4%, segundo levantamento do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Com-ponentes para veículos Automotores. Só os caminhões somaram 1.490.748 unidades, ante 1.354.375 unidades, numa alta de 10,1%. A reboque destes números, uma estatística alarmante. As mortes por acidentes chegam a 37 mil em 2009, de acordo com o IPEA – Ins-tituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Parte desta cifra poderia ser evita-da checando itens de segurança e de mecânica de caminhões e veículos. O Programa Caminhão 100%, do GMA – Grupo de Manutenção Preventiva, que consiste em conscientizar o motorista sobre a manutenção preventiva do ve-ículo, revelou que, entre os problemas mais comuns, nos mais de 576 cami-nhões inspecionados na rodovia Presi-dente Dutra, está o sistema de direção. Mais de 60% dos caminhões apresenta-ram algum defeito no componente. Se-gundo Edson vieira, engenheiro da fa-bricante de autopeças Nakata, unidade de negócios Affinia Automotiva, a falta de manutenção no sistema de direção pode causar graves acidentes. “O siste-ma de direção deve ser revisado, perio-dicamente, a cada 10 mil km”, afirmou vieira, explicando que, ao fazer a ma-nutenção preventiva, é importante veri-ficar se a barra de direção está empena-da, assim como se existe algum tipo de

desgaste ou folga. As coifas protetoras também devem estar em ordem. Peças soldadas ou recondicionadas podem re-presentar trágicos acidentes. “Qualquer movimento brusco ou estradas esbu-racadas podem romper a peça quando soldada, ocasionando perda da dire-ção”, advertiu o engenheiro da Nakata.

vieira alerta para o principal sinal de desgaste na peça: a folga na direção. Também recomenda que o motorista faça manutenção do veículo em uma ofi-cina de confiança, para realizar o exame adequado no conjunto de direção e sus-pensão.

Page 4: Reparador Diesel FEV/12

4 consultor rd REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

Sensores do sistema de injeção eletrônica

Cada sistema possui valores de referência específicos, e é prati-camente impossível ter informa-

ções de todos os veículos que possam entrar em nossa oficina. Mas se sou-bermos como funciona um sensor de temperatura de um sistema, teremos uma base para fazer um análise inicial consistente dos sensores de tempera-tura da maioria dos modelos presentes no mercado.

O mais importante é ter em mente que a busca pela solução de um pro-blema tem de ser feita de forma orga-nizada e baseada em uma sequência lógica. Se não há sinal do sensor não se pode afirmar que ele não está fun-cionando antes de verificar se há ali-mentação positiva e aterramento, caso possua.

A central eletrônica depende dos sensores para conhecer os parâme-tros do motor, como temperatura (do ar e da água), posição do virabrequim,

posição do comando de válvulas, pres-são do combustível, pressão do ar, en-tre outros, para calcular a quantidade de combustível e o momento ideal para realizar a injeção.

É também pelos sensores que a ECU interpreta falhas de funcionamen-to de atuadores e também condições de risco à integridade do motor ou de algum componente, nesses casos a central possui estratégias que vão des-de uma limitação ao número de rota-ções até uma parada total do funciona-mento até que o problema seja sanado. Então não é porque a aceleração não responde ao acelerador que o sensor ou atuador do pedal estão defeituosos, também pode ser uma ação da central para evitar danos ao motor.

Acompanhe a seguir uma breve descrição dos principais sensores que equipam os sistemas de injeção eletrô-nica de grande parte da linha de moto-res diesel:

Marco Antonio Silvério Junior

O papel dos sensores é fundamental num sistema de injeção eletrônica, pois eles são os mensageiros

das condições de operação do motor,

informando a Centralina do que está acontecendo em cada sistema. Assim, são peças fundamentais cuja calibragem e gama

de atuação precisam estar 100% calibradas para que a operação do motor seja eficiente, tanto em termos

de desempenho quanto de controle de emissões.

Confira na matéria a seguir, uma análise da operação destes

componentes

Foto

s: D

ivu

lgaç

ão

Page 5: Reparador Diesel FEV/12

KIT DE VEDAÇÃO PARA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA. PERFORMANCE COM SUAVIDADE.NA NATUREZA É EVOLUÇÃO, NO MERCADO AUTOMOTIVO É CORTECO.

Só quem tem o maior portifólio mundial de Kits de Vedação para Transmissão Automática e é a marca original dos maiores

fabricantes de transmissão pode ter mais de 3.000 aplicações para 70% da frota e continuar evoluindo. Este ano serão 190

novos itens e vem muito mais por aí. A CORTECO bate asas no mundo inteiro para trazer a melhor tecnologia para você.

A marca de transmissão automática da CORTECO.

corteco.com.br 0800 194 111

Faça

revi

sões

em

seu

veí

culo

regu

larm

ente

. Res

peite

a s

inal

izaç

ão d

e trâ

nsito

.

Page 6: Reparador Diesel FEV/12

Lembrando que estamos falando dos sistemas em geral, por isso os va-lores de teste podem variar de sistema para sistema.

Sensor do pedal de aceleração – Tem a função de informar à central a posição do pedal do acelerador, e con-sequentemente a solicitação do moto-rista. O sensor recebe uma tensão de referência em cada um dos dois poten-ciômetros, que varia de acordo com a movimentação do pedal. Os potenciô-metros são redundantes, ou seja, caso um apresente valor inesperado, a ECU irá confirmar a informação com o ou-tro.

% do curso do pedal Potenciômetro 1 Potenciômetro 2

0 0,5 1,55 0,65 1,6510 0,8 1,815 0,95 1,9520 1,1 2,125 1,25 2,2540 1,7 2,750 2,0 3,060 2,3 3,375 2,75 3,7580 2,9 3,9100 3,5 4,5

Sensor de pressão do óleo – Um sensor de capacitância variável mo-nitora a galeria principal de óleo para que a central possa tomar medidas de proteção caso exceda o programado, além de controlar a luz espiã do painel.

Pressão - psi Tensão - v0 0,5

25 1,550 2,575 3,5

100 4,5

Sensor de pressão do coletor de admissão – Monitora a pressão do co-letor, esta informação é imprescindível para a central regular a quantidade e momento da injeção de combustível, além de avaliar a correta pressão de trabalho do turbocompressor, que nos casos de geometria variável também podem ser controlados pela central.

Deve ser avaliada a tensão de refe-rência e a variação do sinal de acordo com os diferentes valores de pressão.

Tensão de referência: 5v

Pressão - psi Tensão - vAtmosférica 0,5

12,5 1,525 2,5

37,5 3,550 4,5

Sensor de temperatura do cole-tor de admissão – Pode estar junto do sensor de pressão do coletor, e serve para o cálculo da massa de ar que en-tra no motor, já que a temperatura in-fluencia diretamente em sua densida-de. Também é utilizado para o controle da válvula EGR, quando utilizada.

Deve ter a resistência e tensão de referência verificada.

Resistência: 600 a 1600 ohmsTensão: 5v

Sensor de pressão barométrica – Mede a pressão atmosférica para realizar a correção dos parâmetros de acordo com a variação de altitude.

Pressão - psi Altura - m Tensão - v14,5 0 4 – 4,513 900 3,5 – 4,3

11,8 1800 3,1 – 3,910,5 2700 2,9 – 3,79,4 3600 2,5 – 3,3

6 consultor rd REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

Sensor de posição do pedal doacelerador

Sensor de pressão e temperatura do ar do coletor de admissão

Page 7: Reparador Diesel FEV/12

Sensor de temperatura do líqui-do de arrefecimento – O motor tem uma temperatura ideal de trabalho. An-tes de atingir essa temperatura, a ECU precisa corrigir a quantidade e momen-to da injeção de combustível para ga-rantir o bom funcionamento do motor e também acelerar o aquecimento, sem aumentar a emissão de poluentes. A informação também permite à central tomar alguma ação caso a temperatu-ra ultrapasse determinado valor. Para ativar os sistemas de pós-tratamento dos gases de escapamento, a central também depende desta informação.

Deve ter a resistência e tensão de referência verificada.

Resistência: 600 a 1600 ohmsTensão: 5v

Temperatura - °C Tensão - v120 0,582 0,7554 1,532 2,50 3,6

- 40 4,5

Sensor de temperatura do com-bustível – A temperatura do combus-tível é monitorada para ajustar os pa-râmetros de funcionamento da injeção, mas o combustível tem uma função es-pecial de lubrificar e arrefecer a bomba e outros componentes da linha de alta pressão, por isso caso a temperatura suba além do programado, ações de prevenção serão tomadas.

Deve ter a resistência e tensão de referência verificada.

Resistência: 600 a 1600 ohmsTensão: 5v

Temperatura - °C Tensão - v120 0,582 0,7554 1,532 2,50 3,6

- 40 4,5

Sensor de temperatura do ar ad-mitido – Este fica localizado antes do turbocompressor e também serve para cálculo da massa de ar.

Deve ter a resistência e tensão de referência verificada.

Resistência: 600 a 1600 ohmsTensão: 5v

consultor rd 7REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

Sensor de temperatura do sistema de arrefecimento

Page 8: Reparador Diesel FEV/12

Posição do motor (comando de válvulas) – Trabalha variando a fre-quência e largura de pulso do sinal de acordo com a velocidade e posição do comando de válvulas. Serve também de redundância para o sensor de rota-ção do motor instalado no virabrequim. Este sinal é a referência da central para o momento da injeção do com-bustível. Cada montadora pode utilizar diferentes estratégias de funcionamen-to em seu sistema de injeção, mas, na maioria dos casos, o motor apaga caso perca este sinal.

Rotação do motor (virabrequim) – Esta informação é fundamental para a central identificar a velocidade do motor e assim determinar momento,

quantidade e tempo de duração de cada injeção de combustível. Pode es-tar instalado na parte frontal ou trasei-ra do motor, onde também pode fazer a leitura na cremalheira do volante.

Sensor de contra pressão dos gases de escape – veículos equipa-dos com válvula EGR ou turbina de ge-ometria variável utilizam esta informa-ção para determinar a atuação destes sistemas. Um sensor de pressão é ins-talado em um tubo acoplado ao coletor de escape.

Sensor de pressão do cárter – Monitora a pressão interna do motor e o correto funcionamento do sistema de ventilação do cárter.

8 consultor rd REPARADOR DIESEL | fEvEREIRO DE 2012

Central eletrônica