54
DOSSIÊ DE VALOR GLOBAL PARA CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA (CMI) REPARO DE HÉRNIA VENTRAL E INGUINAL

reparo de hérnia ventral e inguinal

  • Upload
    lytruc

  • View
    245

  • Download
    8

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: reparo de hérnia ventral e inguinal

CMI)

DOSSIÊ DE VALOR GLOBAL PARA CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA (CMI)

REPARO DE HÉRNIA VENTRAL E INGUINAL

Page 2: reparo de hérnia ventral e inguinal

2 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 2

Preparado por: Jayne Smith-Palmer

Ossian Health Economics and Communications, Bäumleingasse 20, 4051 Basel, Switzerland

Telefone: +41 61 271 6214

E-mail: [email protected]

Versão No. 2.0

Data: 01 de abril de 2016

Page 3: reparo de hérnia ventral e inguinal

3 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 3

Conteúdo

1. Reparo de hérnia ventral and inguinal .................................................................................. 5

1.1. Visão geral do procedimento ....................................................................................... 5

1.2. Resultados clínicos and econômicos associados ao reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral ............................................................................................. 11

1.1.1. Tabelas de evidências clínicas e econômicas para a hérnia ventral ................. 18

1.3. Resultados clínicos e econômicos associados ao reparo laparoscópico versus aberto da hérnia inguinal ............................................................................................ 30

1.1.2. Tabelas de evidências clínicas and econômicas para a hérnia inguinal............ 36

1.4. Referências ................................................................................................................. 48

Lista de Tabelas Tabela 1-1 Resumo das meta-análises comparando o reparo laparoscópico versus

aberto da hérnia ventral ..................................................................................... 19

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral ............................................................. 21

Tabela 1-3 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral ............................. 28

Tabela 1-4 Resumo das meta-análises comparando a abordagem laparoscópica versus aberta na hérnia inguinal .................................................................................... 37

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal ........................................................... 39

Tabela 1-6 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da hérnia inguinal aberta versus laparoscópica .................................................... 45

Lista de Figuras Figura 1-1 Hérnia estrangulada ............................................................................................. 6

Figura 1-2 Reparo de hérnia laparoscópico extraperitoneal total ....................................... 8

Figura 1-3 Tempo de internação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral ................................................................................................................. 13

Figura 1-4 Tempo de operação com reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral ................................................................................................................. 14

Figura 1-5 Incidência de infecção no local da cirurgia com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral ........................................................................ 15

Figura 1-6 Perda sanguínea estimada com o reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral...................................................................................................... 16

Page 4: reparo de hérnia ventral e inguinal

4 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 4

Figura 1-7 Custos hospitalares totais do reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em estudos conduzidos nos EUA ......................................................... 17

Figura 1-8 Custos hospitalares totais do reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em estudos conduzidos na Europa ...................................................... 18

Figura 1-9 Tempo de internação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal ................................................................................................................ 32

Figura 1-10 Tempo de operação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal ................................................................................................................ 33

Figura 1-11 Incidência de infecção no local da cirurgia com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal ....................................................................... 34

Figura 1-12 Custos totais hospitalares com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal .................................................................................................... 35

Figura 1-13 Custos totais para o reparo aberto versus hérnia inguinal no Canadá ............ 36

Page 5: reparo de hérnia ventral e inguinal

5 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 5

1. Reparo de hérnia ventral and inguinal

1.1. Visão geral do procedimento

A hérnia é uma protrusão de tecido ou parte de um órgão através do osso, tecido muscular ou membrana. As hérnias podem ser classificadas como primárias ou incisionais e podem ocorrer espontaneamente como resultado de musculatura fraca, defeitos congênitos ou trauma, enquanto as hérnias incisionais ocorrem no local de incisões cirúrgicas prévias e acredita-se que ocorram como consequência da não cicatrização completa da fáscia após a cirurgia. A hérnia estrangulada ocorre quando da constrição do tecido pela parede abdominal (ou outro tecido) através do qual ela se projeta, o que, por sua vez, restringe o suprimento de sangue para o tecido e pode resultar em necrose tecidual se não tratada; as hérnias estranguladas são consideradas emergências cirúrgicas (Figura 1-1) e a cirurgia é associada com uma mortalidade notavelmente alta comparada a cirurgia eletiva. A taxa divulgada de estrangulamento ou encarceramento varia de 0,3 a 3% ao ano.1

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, seguido pela hérnia incisional. De fato, as hérnias inguinais representam aproximadamente 75% de todas as hérnias da parede abdominal; o risco vitalício da hérnia inguinal é de 27% para homens e 3% para mulheres.2 Em 2001/2, aproximadamente 70.000 reparos de hérnia inguinal foram realizadas na Inglaterra, representando aproximadamente 100.000 dias de leito.3 Similarmente, nos EUA, mais de 800.000 reparos de hérnia inguinal são realizados anualmente,4 enquanto que o número correspondente para os reparos de hérnia ventral nos EUA é 350.000 a 500.000 anualmente.5 No Canadá, 8% dos reparos de hérnia inguinal são realizados laparoscopicamente.6 Similarmente, um estudo de larga escala feito nos EUA de 2002 a 2003 relatou que, nos EUA, 19,5% dos reparos de hérnia inguinal ambulatoriais foram realizados laparoscopicamente.7 No mesmo estudo, pacientes que se submeteram ao reparo laparoscópico eram significativamente mais jovens, com maior probabilidade de ser brancos e ter plano de saúde privado que os que se submeteram ao reparo aberto. O ônus econômico associado ao reparo de hérnia tanto inguinal quanto ventral é substancial. Nos EUA, o custo para o reparo de hérnia ventral em 2006 foi estimado em USD 3,2 bilhões (2010 USD).8

As hérnias ventrais ocorrem na parede do abdômen; sub-tipos da hérnia ventral incluem a hérnia incisional, hérnias umbilical e epigástrica e taxas de hérnia incisional acima de 20% foram relatadas em 3 anos após a laparotomia da linha média.9 As hérnias inguinais ocorrem no canal inguinal ou próximo a ele. Hérnias inguinais indiretas resultam de um enfraquecimento ou fechamento incompleto da parede abdominal após a descida dos testículos em homens através desta região antes do nascimento. Hérnias inguinais direta surgem do enfraquecimento da parede abdominal na área ao redor do canal inguinal. Hérnias indiretas são o tipo mais comum de hérnia inguinal.

Page 6: reparo de hérnia ventral e inguinal

6 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 6

Figura 1-1 Hérnia estrangulada

Fonte: http://www.drugs.com/health-guide/hernia.html

As escolhas relacionadas ao reparo cirúrgico de hérnias são guiadas pelo tamanho e localização da hérnia e variam desde a redução da hérnia e fechamento primário do defeito com uma sutura simples realizada como um procedimento ambulatorial até a reconstrução majoritária da parede abdominal. O reparo laparoscópico envolve tipicamente o posicionamento de uma tela sintética no abdômen no local da hérnia (veja abaixo).

Diferentes técnicas para o reparo laparoscópico da hérnia inguinal incluem:

• Reparo extraperitoneal total (EPT) (não é usado para hérnias estranguladas)

• Reparo preperitoneal transabdominal (TAPP)

Nas diretrizes da European Hernia Society de 2014, a abordagem de espera vigilante é considerada aceitável em homens com hérnias inguinais assintomáticas ou minimamente sintomáticas. Atualmente, a maioria dos reparos de hérnia são reparos livres de tensão, usando-se telas colocadas sobre o defeito e presas na posição. No procedimento de Lichtenstein para o reparo aberto da hérnia inguinal, a tela é suturada e frente ao defeito da hérnia. Similarmente, no reparo TAPP, a tela é introduzida através do defeito a partir da cavidade peritoneal e é então colocada em posição pre-peritoneal a ela e o peritônio fechado dorsalmente a ela. No reparo EPT, a tela é colocada sobre o defeito de fora do peritônio. Tanto o reparo TAPP quanto o EPT requer anestesia geral ou espinhal.

Tela e fixação da tela

Diversos tipos diferentes de tela e de métodos de fixação estão disponíveis atualmente. As telas podem ser categorizadas de acordo com o material, peso e tamanho do poro e os diferentes tipos de telas incluem telas não-absorventes sintéticas, telas compostas, telas absorvíveis e também telas biológicas derivadas de tecido animal, cada uma das quais tem seus méritos e limitações relativos. Por exemplo, telas sintéticas absorvíveis são menos suscetíveis à infecção mas enfraquecem durante o processo de reabsorção, o que pode levar à recidiva da hérnia. O polipropileno é o material mais comum usado para a tela pois é relativamente inerte, entretanto, ele enfraquece com o tempo devido à oxidação. As telas de polipropileno com diferentes revestimentos também estão disponíveis pois elas podem proporcionar melhor bio-compatibilidade. As telas também podem ser categorizadas como

Pele

Parede abdominal enfraquece

Intestino pressionando a bolsa

Intestino encarcerado

Intestino estrangulado

Intestino

Peritônio

Page 7: reparo de hérnia ventral e inguinal

7 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 7

leves ou pesadas, as primeiras sendo preferidas quando a flexibilidade e o movimento são fatores chave e as telas pesadas são ideais quando a estabilidade mecânicas é o fator chave. Progressos no desenvolvimento de telas estão em andamento, incluindo recentemente a tela de poliéster auto-adesiva, que tem pequenos "ganchos" absorvíveis para promover a adesão à parede abdominal, diminuindo, assim, o número de suturas e/ou grampos necessários para a fixação, o que, por sua vez, minimiza a dor pós-operatória.

Além de uma ampla variedade de tipos de tela, existe uma diversidade de técnicas diferentes de fixação da tela disponíveis, incluindo suturas absorvíveis ou não-absorvíveis, grampos absorvíveis ou não-absorvíveis e cola de fibrina.

Reparo extraperitoneal total (EPT) de hérnia inguinal

Este procedimento envolve uma incisão inicial infraumbilical transversal de aproximadamente 10 mm, e então, a gordura subcutânea é separada para expor a bainha anterior do reto. Então, uma incisão longitudinal é feita dentro da bainha anterior do reto em um lado da linha média e o músculo retal é retraído lateralmente para criar espaço espaço entre o músculo real e a bainha posterior do reto. Em seguida, um balão de dissecção é colocado no espaço preperitoneal e inflado para a dissecção do espaço preperitoneal. Após a adequada dissecção, o balão é desinsuflado e removido e o espaço preperitoneal é insuflado com CO2 (a 12 mmHg). Em seguida, um laparoscópio é introduzido através do acesso umbilical para a inspeção do espaço preperitoneal. Duas incisões adicionais são feitas para o posicionamento do acesso na linha média, um aproximadamente 2–3 cm acima da sínfise púbica e uma entre a sínfise púbica e o acesso sub-umbilical inicial. Tipicamente, a dissecção começa com a exposição do ligamento de Cooper e do tubérculo púbico. A hérnia é, então, reduzida (embora pequenas hérnias diretas podem já ser reduzidas pelo balão de dissecção). Hérnias inguinais e femorais diretas são reduzidas pela aplicação de tração na direção cefálica ao saco herniário com contratração. Depois disso, a tela sintética é introduzida através do acesso subumbilical e posicionada sobre o espaço criado de forma que ela cubra o local da hérnia. A tela é, então, presa por suturas, grampos ou cola. O espaço preperitoneal é, então, desinsuflado e os acessos fechados usando suturas absorvíveis.

Um vantagem essencial do procedimento EPT é que a tela é posicionada fora do peritônio, portanto, as oportunidades de perfuração do intestino ou aderência da tela ao intestino são minimizadas.

Page 8: reparo de hérnia ventral e inguinal

8 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 8

Figura 1-2 Reparo de hérnia laparoscópico extraperitoneal total

Sistema de balão de distensão preperitoneal (BDP). O balão é introduzido no espaço preperitoneal (a). A medida que é tunelado inferiormente em direção à púbis, o balão é insuflado sob visão laparoscópica (b). À medida que o balão é insuflado, o osso púbico e a margem peritoneal são visualizados (linha e setas) (c). Uma vez que o espaço preperitoneal é criado, o balão é removido e substituído por um trocarte de ponta romba. O espaço preperitoneal é insuflado sob baixa pressão, trocartes adicionais são posicionados e o reparo é iniciado (d). Fonte: http://www.sciamsurgery.com/sciamsurgery/institutional/figTabPopup.action?bookId=ACS&linkId=part05_ch22_fig15&type=fig

Reparo preperitoneal transabdominal (TAPP) de hérnia inguinal

Em um reparo preperitoneal transabdominal (TAPP) de hérnia inguinal, é feita uma incisão infraumbilical e a dissecção dos tecidos subcutâneos, o trocarte é posicionado e o abdômen insuflado (mantendo a pressão intra-abdominal em 12 mmHg). Dois acessos adicionais são então posicionados na linha média abaixo do umbigo ou bilateralmente na linha hemiclavicular. O abdômen é visualizado e inspecionado detalhadamente para identificar referências anatômicas e a hérnia. É feita, então, a incisão do peritônio sobreposto à hérnia do ligamento umbilical superior ao medial à espinha ilíaca antero superior, certificando-se de que o retalho peritoneal flap seja estendido o suficiente para cobrir completamente a tela. Uma hérnia direta pode, então ser reduzida se for visível ou uma hérnia indireta dissecada das estruturas do cordão. A tela é, então, introduzida através do trocarte subumbilical no espaço extraperitoneal e posicionada sobre o defeito hernial e fixada no local com um

BDP

Umbigo

Escopo

BDP insuflado

Peritônio Espaço preperitoneal

Cavidade abdominal

Pele e tecido subcutâneo

Trocares

Osso púbico

Vesícula urinária

Page 9: reparo de hérnia ventral e inguinal

9 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 9

dispositivo de grampeamento laparoscópico ou com um selante de fibrina ou suturas. O peritônio é, em seguida, reaproximado, os acessos são removidos com visão direta e o defeito fascial é fechado com suturas.

Reparo laparoscópico de hérnia ventral/incisional

Para o reparo laparoscópico de hérnia ventral/incisional, o paciente é posicionado em uma posição de litotomia baixa e o procedimento é realizado sob anestesia geral. A natureza do reparo de hérnia ventral/incisional é influenciada pelo tipo (primária ou incisional) e tamanho da hérnia e pode variar de uma sutura simples à reconstrução majoritária da parede abdominal, necessitando da criação de retalhos musculares e do uso de extensas peças de telas biológicas ou sintéticas. O uso de tela está associado a uma taxa de recidiva reduzida a longo-prazo.10

O reparo laparoscópico da hérnia ventral/incisional normalmente envolve o uso de um acesso óptico com dois ou três acessos adicionais para instrumentos (o posicionamento e número de trocartes usados é dependente tanto do tamanho quanto da localização da hérnia). Após ter acesso à cavidade abdominal, é estabelecido o pneumoperitônio, mantendo a pressão de 12 mmHg durante todo o procedimento. Se presente, as adesões abdominais são lisadas, tomando cuidado para evitar enterotomias. Na sequência, o saco hernial é reduzido para dentro da cavidade abdominal, com qualquer sangramento que possa ocorrer durante este estágio controlado mecanicamente usando clipes, suturas ou Endoloops. Se suficientemente pequeno, o saco hernial pode ser extirpado.

A tela é, então, introduzida (normalmente através de um trocarte de 10 mm) e o tamanho deve ser suficiente para permitir uma sobreposição de, pelo menos, 5 cm a partir das margens da hérnia,11 que é, então, fixado com grampos absorvíveis ou não-absorvíveis e, frequentemente, presos com suturas transfixantes para evitar a migração da tela, particularmente em pacientes obesos. Após a inspeção da tela, (com qualquer ajuste necessário) o pneumoperitônio é liberado, os trocartes são removidos sob visualização direta e os locais de incisão são fechado com suturas absorvíveis.

Page 10: reparo de hérnia ventral e inguinal

10 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 10

Diretrizes sobre o reparo laparoscópico de hérnia

As diretrizes da Society of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons de 2014 para o reparo laparoscópico de hérnia12

O reparo laparoscópico de hérnia ventral, comparado ao reparo aberto, tem uma menor taxa de infecções de lesão. A taxa de recidivas e de dor pós-operatória são similares entre as duas técnicas, durante a avaliação intercalar. As vantagens oferecidas pelo reparo laparoscópico da hérnia ventral em relação ao reparo aberto de hérnia em termos da diminuição das taxas de complicação na lesão devem ser levadas em consideração pelos cirurgiões e informadas aos pacientes durante a consulta e discussão das opções cirúrgicas (++++, recomendações fortes)

Situações especiais como a perda de domínio, presença de enxerto de pele abdominal ou defeitos da parede enterocutânea ativos podem representar contraindicações ao reparo laparoscópico (++, recomendação fraca)

Diretrizes da European Hernia Society de 2014: Tratamento da hérnia inguinal em adultos13

• O Prolene™ Hernia System (PHS) e Plug and Patch (plug de tela) têm resultado comparável (recidiva e dor crônica) à técnica de Lichtenstein (acompanhamento de 1–4 anos) (Nível 1A)

• O PHS e Plug and Patch (plug de tela) pode ser considerada como um tratamento alternativo ao reparo de hérnia inguinal de Lichtenstein (Grau B)

• Para hérnias recorrentes após o reparo aberto convencional, as técnicas endoscópicas de hérnia inguinal resultam em menos dor pós-operatória, convalescência mais rápida e menos dor crônica que com a técnica Lichtenstein (Nível 1A)

• Para o reparo das hérnias recorrentes após o reparo aberto convencional, são recomendadas as técnicas endoscópicas de hérnia inguinal (Grau A)

• Telas de material reduzido têm algumas vantagens com relação à dor crônica e à sensação de corpo estranho no primeiro ano após a cirurgia aberta. Entretanto, não existe diferença na incidência de dor crônica grave. Esta vantagem não foi mostrada no reparo endoscópico (Nível 1B)

• A fixação traumática de tela (dispositivos não reabsorvíveis) no EPT (com tela pesada) não é necessária na maioria dos casos (Nível 1A)

• Existe um possível benefício de curto-prazo (dor pós-operatória) da fixação não traumática da tela no procedimento de Lichtenstein e nos procedimentos endoscópicos (TAPP). Ele não oferece benefícios e relação à dor crônica (Nível 1B)

• Ao usar telas pesadas, a fixação traumática da tela no reparo endoscópico EPT deve ser evitado (com exceção de alguns casos como as hérnias grandes diretas). Uma fixação traumática de tela na técnica de Lichtenstein e no reparo endoscópico TAPP pode ser usada sem aumentar a taxa de recidiva no primeiro ano (Grau B)

Page 11: reparo de hérnia ventral e inguinal

11 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 11

1.2. Resultados clínicos and econômicos associados ao reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral

Principais achados

Resultados clínicos

• Tempo de internação: O reparo laparoscópico da hérnia ventral foi associado consistentemente com um menor tempo de internação que o reparo aberto27,29,31,32,33,38,41,43,46,47,48 e em diversos estudos, esta diferença obteve significância estatística27,31,32,33,38,41,43,47 (Figura 1-3)

• Tempo de operação: Na maioria dos estudos, o tempo de operação foi maior para o reparo laparoscópico da hérnia ventral que o reparo aberto30,33,34,36,37,38,46,47,48; esta diferença foi significativa em diversos estudos30,34,36,37,38,46,48 (Figura 1-4)

• Infecção no local da cirurgia: A incidência de infecção no local da cirurgia foi consistentemente maior para o reparo aberto da hérnia ventral que para o reparo laparoscópico, esta diferença foi significativa em uma meta-análise22 e em diversos estudos individuais27,28,30,33,35,42,43,47 (Figura 1-5)

• Perda sanguínea: A perda sanguínea estimada foi consistentemente e significativamente menor com o reparo laparoscópico da hérnia ventral que com o reparo aberto da hérnia ventral43,44,60

• Transfusão sanguínea: A proporção de pacientes que requerem transfusão sanguínea foi significativamente menor com o reparo laparoscópico da hérnia ventral que com o reparo aberto28,32

• Mortalidade: Dois estudos relataram um risco significativamente menor de mortalidade pós-operatória com o reparo laparoscópico da hérnia ventral versus reparo aberto da hérnia ventral28,31

• Dor pós-operatória: As pontuações de dor não foram significativamente diferentes entre o reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral21,23,43,44,45,48

• Recidiva: Não houve diferença significativa nas taxas de recidiva entre o reparo laparoscópico e aberto de hérnia ventral21,24,25,34,37,41,43,46,48

Resultados econômicos

• Custos totais: Na maioria dos estudos, os custos totais foram menores para o reparo laparoscópico da hérnia ventral que para o aberto, entretanto, houve casos de custos maiores relatados para o procedimento laparoscópico

o Estados Unidos: Nos estudos conduzidos nos EUA, os custos totais hospitalares foram consistentemente menores para o reparo laparoscópico da hérnia ventral que para o reparo aberto29,31,32,38; esta diferença foi significativa em alguns estudos31,32,51 (Figura 1-7)

o Europa: Na Europa (Suíça e Espanha), o reparo laparoscópico da hérnia ventral foi consistentemente associado com menores custos totais hospitalares47,52 (Figura 1-8)

o Índia: Na Índia, os custos totais foram significativamente maiores para o reparo laparoscópico da hérnia ventral comparado com o reparo aberto da hérnia ventral44

• Economia devido aos benefícios clínicos: Dois estudos mostraram que, embora os custos da sala de operação tenham sido maiores para o reparo laparoscópico da hérnia ventral, os custos gerais foram menores devido aos custos substancialmente menores associados à internação hospitalar pós-operatória12,47

Page 12: reparo de hérnia ventral e inguinal

12 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 12

Outros achados

Tamanho da hérnia: Os pacientes com hérnias ventrais/incisionais grandes (≥10 cm) têm mais dor pós-operatória e limitação da atividade que aqueles com hérnias pequenas, mas a magnitude da diferença é maior para pacientes que se submeteram ao reparo aberto que para aqueles que se submeteram ao reparo laparoscópico.14

Composição da tela: Tipos diferentes de tela estão disponíveis para os reparos de hérnia ventral (incisional); a tela biológica é associada a uma menor incidência de complicações infecciosa na lesão em comparação à tela sintética (não-biológica), mas a taxa de recidiva com ambos os tipos de tela são similares.15

Posicionamento da tela: No reparo de hérnias ventrais, o posicionamento da tela underlay ou retrorretal é associado a menores taxas de recidiva que o posicionamento onlay ou interposto. O posicionamento da em interposição também é associado a taxas significativamente maiores de infecção em relação ao posicionamento onlay, retrorretal ou underlay.16

Incidência: Taxas maiores que 20% de hérnia incisional foram relatadas aos 3 anos da laparotomia de linha média.9

Satisfação do paciente: Indicativos de baixa satisfação do paciente após a laparoscopia de hérnia ventral inclui infecção no local da cirurgia, complicações, readmissão, recidiva, baixa satisfação cosmética, dor crônica e baixa condição funcional.17

Barreiras ao uso: Em uma pesquisa com cirurgiões nos EUA, entre aqueles que não usam o reparo laparoscópico da ventral hérnia, as razões para a não utilização da abordagem laparoscópica incluíram a percepção de que ele não oferece vantagens sobre a abordagem aberta, o risco de enterotomia, maior tempo de operação, maior custo e falta de experiência.18

Volume do cirurgião: Os cirurgiões que realizaram o reparo laparoscópico da hérnia ventral favoreceu a abordagem laparoscópica devido à taxa mais baixa de recidiva, menos complicações, menos dor, menor tempo de internação e facilidade do procedimento.18

Obesidade: A incidência perioperatória de complicações em pacientes obesos que se submetem ao reparo laparoscópico de hérnia ventral é similar ao encontrado em pacientes não obesos.19

Taxa de recidiva: A redução da taxa de recidiva tem um impacto econômico considerável. Nos EUA, uma redução de 1% na taxa de recidiva levaria a uma economia de USD 32 milhões anualmente.8

Hérnia primária versus incisional: O reparo laparoscópico da hérnia incisional está associado a uma maior taxa de conversão, maior tempo de operação e maior taxa de recidiva em relação ao reparo da hérnia ventral primária.20

Page 13: reparo de hérnia ventral e inguinal

13 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 13

Figura 1-3 Tempo de internação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral

5.2

4

3

2

1

3.8

4.3

8.6

2.72.5

7

3

2

3.3

7

4.3

5.4

3.5

3 3

2

1

3.23.5

8.3

1.9 2

6

2

1

3.5

6

2.4

3.5

Col

avit

a20

13 Lee

2013

Eker

2013

Rog

mar

k20

13 Prin

g20

08

Froy

lich

2015 St

ipa

2013

Wal

ter

2009

Fekk

es 2

015a

Fekk

es20

15b

Kur

man

n20

11 Ecke

r20

15

Earl

e20

06

Ase

ncio

2009 Bel

di20

06

Pier

ce20

07

Col

avit

a20

13

Leng

th o

f sta

y, d

ays

Open Laparoscopic

***

NR ns

ns

ns

ns**

ns

**ns

*

***

**

ns

*

***

***

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Tem

po d

e in

tern

ação

, dia

s

Aberta Laparoscópica ns

ns

ns

ns

ns

ns ns

NR

Page 14: reparo de hérnia ventral e inguinal

14 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 14

Figura 1-4 Tempo de operação com reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral

86 8581

76

110

43

67

83 83

98

83

180

89

70

155

127

105 103

75

9996

100 100

44

102

72

105 104

94

180

149

102

158155

100

108

Mis

ra20

06

Kao

utza

nis

2013

a

Kao

utza

nis

2013

b Eker

2013

Rog

mar

k20

13 Prin

g20

08

Froy

lich

2015 St

ipa

2013

Wal

ter

2009

Fekk

es20

15a

Fekk

es20

15b

Kur

man

n20

11 Earl

e20

06

Ase

ncio

2009 Bel

di20

06

Itan

i20

10

Pier

ce20

07

Col

avit

a20

12

Ope

rati

ng t

ime,

min

utes

Open Laparoscopic

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

****

*** *** ***

**

***

***

*

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Tem

po d

e op

eraç

ão, m

inut

os

Aberta Laparoscópica

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

ns

Page 15: reparo de hérnia ventral e inguinal

15 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 15

Figura 1-5 Incidência de infecção no local da cirurgia com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral

2.4

30

27

33.6

5

23.2

15.8

3.1 3.4

1.1

26.8

14.1

21.9

10.4

3

0.6

10.7

6

0.61.2

4

1.6

5.7

00.7

0.1

5.8

22.8

1.30.3

Ahe

r20

15

Dav

ies

2012

Mis

ra20

06

Kao

utza

nis

2013

a

Kao

utza

nis

2013

b Eker

2013

Rog

mar

k20

13

Froy

lich

2015 St

ipa

2013

Fekk

es20

15a

Fekk

es20

15b

Kur

man

n20

11 Bel

di20

06

Itan

i20

10

Pier

ce20

07

Col

avit

a20

12

Pati

ents

wit

h su

rgic

al s

ite

infe

ctio

n, %

Open Laparoscopic

***

***

NR

****

NR

***

ns

ns ****

**

*NR

*****

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

NR

NR

ns

ns

NR

Paci

ente

s co

m in

fecç

ão n

o lo

cal d

a ci

rurg

ia, %

Aberta Laparoscópica

Page 16: reparo de hérnia ventral e inguinal

16 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 16

Figura 1-6 Perda sanguínea estimada com o reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral

50

100

127

10

50

29

Eker2013

Kurmann2011

Misra2006

Esti

mat

ed b

lood

loss

, mL

Open Laparoscopic

*

***

***

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Perd

a sa

nguí

nea

esti

mad

a, m

l

Aberta Laparoscópica

Page 17: reparo de hérnia ventral e inguinal

17 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 17

Figura 1-7 Custos hospitalares totais do reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em estudos conduzidos nos EUA

45,707

48,513

11,301

7,197

38,01335,947

40,387

10,948

6,396

31,311

Colavita2013

Lee2013

Ecker2015

Earle2006

Funk2013

Tot

al h

ospi

tal c

ost,

US

D

Open Laparoscopic

***

NR

***

ns

***

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Laparoscópica Aberta

Cus

to h

ospi

tala

r tot

al, U

SD

NR

ns

Page 18: reparo de hérnia ventral e inguinal

18 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 18

Figura 1-8 Custos hospitalares totais do reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em estudos conduzidos na Europa

9,787

4,125

7,654

2,865

Beldi2006

Switzerland

Lobato2014Spain

Tot

al h

ospi

tal c

os, E

UR

Open Laparoscopic

*

NR

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

1.1.1. Tabelas de evidências clínicas e econômicas para a hérnia ventral

Um resumo das evidências clínicas do reparo laparoscópico comparado com aberta da hérnia ventral de meta-análises publicadas e estudos publicados está mostrado na Tabela 1-1 e Tabela 1-2, respectivamente. Um resumo das evidências econômicas de estudos de custo publicados está mostrado na Tabela 1-3.

Nas tabelas seguintes, os resultados com p<0,05 estão sublinhados.

Cus

to h

ospi

tala

r tot

al, E

UR

Aberta Laparoscópica

Suíça Espanha

NR

Page 19: reparo de hérnia ventral e inguinal

19 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 19

Tabela 1-1 Resumo das meta-análises comparando o reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral Autores Detalhes Procedimentos Resultado RP (95% IC) Valor P Sauerland et al. 201121 10 ECRs (N=880

pacientes) Cirurgia laparoscópica versus aberta para o reparo de hérnia primária ventral ou incisional

Pós-operatória Dor aguda Custo Hérnia recidiva Qualquer complicação Infecção local, todas as gravidades Reoperação

0,09 (−0,45, 0,62)a 2,49 (1,84, 3,14)a 1,22 (0,62, 2,38)b 0,72 (0,42, 1,22)b 0,26 (0,15, 0,46)b 0,80 (0,37, 1,75)b

0,75 <0,00001 0,58 0,22 0,00001 0,58

Arita et al. 201522 5 estudos sobre hérnia primária ventral, 15 estudos sobre hérnia incisional ventral

Reparo laparoscópico da hérnia ventral versus reparo aberto com tela; análises separadas para hérnia primária ventral e incisional ventral

Pós-operatória ILC, hérnia primária ventral ILC, hérnia incisional ventral

4,17 (2,03, 8,55)c 5,16 (2,79, 9,57)c

NR NR

Sajid et al. 200923 5 ECRs (N=366 pacientes)

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia incisional/ventral

Perioperatória Tempo de operação Complicações Peri operatórias Pós-operatória Dor pós-operatória Tempo de internação, dias

−1,83 (−4,27, −1,47)a

0,49 (0,33, 0,73)b

−0,04 (−0,41, 0,33)a −1,82 (−3,21, −0,44)a

0,143 <0,001 0,84 0,010

Zhang et al. 201424 11 estudos (N=1.003 pacientes)

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia incisional e ventral

Pós-operatória Taxa de recidiva Infecção da lesão Lesão no intestino

1,21 (0,77, 1,91)b 0,19 (0,11, 0,32)b 3,68 (1,56, 8,67)b

0,41 <0,00001 0,003

Salvilla et al. 201225 N=15 estudos observacionais (N=2.452 pacientes)

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral/incisional

Perioperatória Tempo de operação, minutos Pós-operatória Tempo de internação, dias Abscesso Infecção na lesão Seroma/hematoma Íleo Retenção urinária Recidiva

59,33 (58,55, 60,11)a −1,00 (−1,09, −0,91)a 0,38 (0,16, 0,92) 0,49 (0,29, 0,82) 1,37 (0,87, 2,15) 0,57 (0,29, 1,11) 0,85 (0,18, 3,92) 0,48 (0,22, 1,04)

<0,00001 <0,00001 0,03 0,0007 0,18 0,10 0,83 0,06

Page 20: reparo de hérnia ventral e inguinal

20 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 20

Tabela 1-1 Resumo das meta-análises comparando o reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral Autores Detalhes Procedimentos Resultado RP (95% IC) Valor P Awaiz et al. 201526 N=6 estudos (N=751

pacientes) Reparo com tela laparoscópico versus aberto para a hérnia incisional eletiva

Perioperatória Tempo de operação, minutos Pós-operatória Complicações intestinais Complicações gerais Infecção na lesão Hematoma/seroma Re-operação Tempo de internação, dias Tempo até consumo oral, dias

−0,08 (−4,46, 4,30)a 2,56 (1,15, 5,72) 1,07 (0,33, 3,42) 0,49 (0,09, 2,67) 1,54 (0,58, 4,09) 0,32 (0,07, 1,43) −0,83 (−2,22, 0,56)a 0,16 (−1,97, 2,28)

0,97 0,02 0,91 0,41 0,38 0,14 0,24 0,89

IC, intervalo de confiança; RP, razão de probabilidade; ILC, infecção no local da cirurgia Valores abaixo de 1,00 favorecem o reparo laparoscópico da hérnia ventral aDiferença média, valores negativos favorecem a abordagem laparoscópica bRR (razão de riscos), valores abaixo de 1 favorecem a cirurgia laparoscópica cValores acima de 1 favorecem a laparoscópica

Page 21: reparo de hérnia ventral e inguinal

21 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 21

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P

Pierce et al. 200727

Multinacional Análise agrupada de 45 estudos (n=4.582 laparoscópica, n=758 aberta)

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral (publicado em 1996–2006)

Perioperatória Tempo médio de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio de internação, dias Infecção na lesão, % Complicações na lesão total, %

105 4,3 10,4 16,8

100 2,4 1,3 3,8

0,61 0,0004 <0,0001 <0,0001

Aher et al. 201528

Estados Unidos Análise retrospectiva da base de dados nacional, n=90.721 abertas; n=26.286 laparoscópicas

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral (2009–2012)

Pós-operatória Mortalidade, % Retorno para a SO, % Transfusão, % Infecção incisional superficial, % Infecção incisional profunda, % Infecção órgão/espaço, % Sem complicação, %

0,37 2,0 0,2 2,4 0,9 0,5 92

0,23 1,4% 0,1 0,6 0,2 0,4 96

0,0008 <0,0001 0,0163 <0,0001 <0,0001 0,056 <0,0001

Lee et al. 201329

Estados Unidos Análise de coorte retrospectiva (base de dados nacional) de pacientes obesos, n=39.485 abertas; n=8.176 laparoscópicas

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em pacientes obesos (2008–2009)

Perioperatória Laceração ou punção acidental, % Pós-operatória Mediana do tempo de internação, dias Todas as complicações, % Complicações na lesão, % Complicações pulmonares, %

2,7 4 13,7 1,5 4,8

1,6 3 6,3 0,1 2,4

NR NR NR NR NR

Kaoutzanis et al. 201330

Estados Unidos Análise retrospectiva da base de dados nacional dos dados coletados prospectivamente, n=21.462 abertas, n=5.303 laparoscópicas (propensão pareada)

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral/incisional (2009–2010)

Redutível Perioperatória Tempo médio de operação, minutos Pós-operatória ILC superficial, % ILC profunda, % Rompimento da lesão, % ILC órgão/espaço, % Total, %

85 3,0 1,1 0,6 0,8 5,5

99 0,6 0,2 0,1 0,4 1,2

<0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 NR

Page 22: reparo de hérnia ventral e inguinal

22 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 22

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P Encarcerada/estrangulada Perioperatória Tempo médio de operação, minutos Pós-operatória ILC superficial, % ILC profunda, % Rompimento da lesão, % ILC órgão/espaço, % Total, %

81 3,6 1,5 0,8 0,7 6,6

96 1,2 0,2 0,1 0,9 2,4

<0,01 <0,01 <0,01 0,02 0,41 NR

Colavita et al. 201331

Estados Unidos Análise retrospectiva da base de dados nacional, n=5.032 laparoscópica, n=13.191 aberta

Reparo laparoscópico da hérnia ventral versus reparo aberto da hérnia ventral com tela (2009)

Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Alta de rotina, % Complicação definida, % Mortalidade, %

5,2 (6,4) 81 8,2 0,88

3,5 (5,0) 91 4,0 0,36

<0,0001 <0,0001 <0,0001 0,0002

Ecker et al. 201532

Estados Unidos Análise retrospectiva, n=9.228 aberta, n=4.339 laparoscópica

Reparo eletivo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral com tela (2007–2011)

Pós-operatória Infecção na lesão, % Transfusão sanguínea, % Morte, % Mediana (AIQ) do tempo de internação, dias Alta hospitalar para o domicílio, %

1,9 4,3 0,26 3 (3) 96

0,9 1,8 0,21 2 (3) 98

<0,001 <0,001 0,56 <0,001 <0,001

Fekkes et al. 201533

Estados Unidos Análise retrospectiva da base de dados, N=12.004 pacientes

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em pacientes obesos versus não-obesos (2011)

IMC >30 kg/m2 Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Transfusão sanguínea, % ILC superficial, % ILC profunda, % ILC órgão/espaço, %

98 (76) 2,72 (7,93) 1,3 3,4 1,6 0,8

103 (60) 1,86 (4,70) 0,2 0,7 0,6 0,3

0,08 <0,01 <0,01 <0,01 0,02 0,12

Page 23: reparo de hérnia ventral e inguinal

23 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 23

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P IMC <30 kg/m2 Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Transfusão sanguínea, % ILC superficial, % ILC profunda, % ILC órgão/espaço, %

83 (68) 2,50 (9,92) 1,3 1,5 1,1 0,4

94 (52) 2,04 (13,39) 0,5 0,4 0,1 0,4

<0,01 0,28 0,06 0,01 0,01 0,94

Eker et al. 201334

Estados Unidos ECR multicentro, n=107 aberta, n=99 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia incisional ventral (1999–2006)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Mediana (AIQ) da perda sanguínea, ml Complicações intraoperatórias, % Conversão, % Pós-operatória Dreno da lesão, % Mediana (AIQ) do tempo de internação, dias Complicações pós-operatórias, % Infecção na lesão, % Recidiva, %

76 (33) 50 (10, 100) 2% ― 45% 3 (2, 5) 26 5 14

100 (49) 10 (1, 40) 10% 8,5 3% 3 (2, 4) 37 4 18

0,001 0,05 0,049 ― <0,001 0,50 0,13 NR 0,30

Rogmark et al. 201335

Suécia ECR multicentro (ProLOVE), n=64 laparoscópica, n=69 aberta

Técnicas laparoscópicas versus abertas para o reparo da hérnia incisional na linha média (2005–2009)

Perioperatória Conversões, % Mediana (AIQ) do tempo de operação, minutos Pós-operatória Mediana (AIQ) do tempo de internação, dias Reoperação, % ILC, %

― 110 (78, 137) 2 (1, 3) 8,7 23,2

8% 100 (70, 139) 2 (1,5, 3) 1,6 1,6

― <0,5 <0,861 <0,117 <0,001

Itani et al. 201036

Estados Unidos ECR, n=73 aberta, n=73 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto (com

Perioperatória Mediana do tempo de operação, minutos

127

155

0,02

Page 24: reparo de hérnia ventral e inguinal

24 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 24

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P

tela) hérnia ventral incisional (2004–2007)

Pós-operatória Complicações gerais em 8 semanas, % ILC, %

48 21,9

32 2,8

0,03 NR

Asencio et al. 200937

Espanha Ensaio clínico aberto randomizado multicêntrico, n=39 aberta, n=45 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia incisional

Perioperatória Tempo médio (95% IC) de operação, minutos Conversões (95% IC) Pós-operatória Complicações locais, % (95% IC) Tempo médio (95% IC) de internação, dias QdV (EuroQol), dia 1 Pós alta Recidiva em um ano, % (95% IC)

70,0 (62,9, 77,1) ― 5,1 (0,0, 12,1) 3,3 (2,8, 3,9) 0,1682 7,9 (0, 16,5)

101,9 (91,7, 112,1) 11,1 (1,6, 20,7) 33.3 (19,6, 47,1) 3,5 (2,7, 4,3) 0,1136 9,8 (0,7, 18,8)

<0,001 0,001 0,787 0,530 0,771

Earle et al. 200638

Estados Unidos Análise retrospectiva de centro único de dados coletados prospectivamente, n=415 aberta, n=469 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia incisional (1999–2004)

Perioperatória Tempo médio (DP) na sala de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Visitas hospitalares pós-operatórias em 30 dias, %

89 (4) 2 (0,6) 13

149 (4) 1 (0,2) 16

<0,001 0,005 0,47

Colavita et al. 201239

Multinacional Análise retrospectiva de base de dados, n=402 aberta, n=308 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral (2007–2011)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias ILC, % Dor em repouso em 1 mês, %

103 (74) 5,4 (4,4) 3,0 17,9

108 (56) 3,5 (2,5) 0,3 31,0

0,360 <0,001 0,004 0,0001

Ahonen-Siirtola et al. 201540

Finlândia Análise retrospectiva, n=291 aberta,

Reparo aberto versus laparoscópico da

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Perda sanguínea média (DP), ml

121 (83) 32 (78)

105 (52) 13 (36)

0,093 0,028

Page 25: reparo de hérnia ventral e inguinal

25 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 25

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P

n=527 laparoscópica

hérnia ventral incisional (2006–2012)

Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Re-operação, % Complicações, % ILC, % Seroma/hematoma, %

6 (9) 5,5 23,4 8,6 6,9

4 (4) 2,1 18,4 3,2 5,3

<0,001 0,013 0,090 0,001 0,36

Stipa et al. 201341

Itália Análise retrospectiva de centro único, n=126 aberta, n=126 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia incisional (2005–2012)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (faixa) de internação, dias Complicações, % Infecção na lesão, % Recidiva, % Escala analógica visual de dor Em 24 h Em 48 h Em 72 h

83 (35,2) 4,3 (2, 12) 13,4 3,1 5,5 7 6 4

72 (29,2) 3,5 (1, 14) 3,9 0 4,7 4 3 2

ns 0,002 0,012 ns ns nr nr nr

Davies et al. 201242

Estados Unidos Estudo retrospectivo de centro único, n=110 aberta, n=158 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto de hérnia ventral (2004–2006)

Pós-operatória ILC superficial, % Reoperação, % ILC profunda, % ILC órgão/espaço, % Todas as complicações de curto-prazo, % Todas as complicações de longo-prazo, %

30,0% 21,8 5,4 1,8 4,5 56

10,7% 16,4% 2,5 0,6 1,3 47

<0,0001 0,270 0,214 0,364 0,127 0,137

Kurmann et al. 201143

Suíça Estudo prospectivo de longo-prazo, n=56 aberta, n=69 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia incisional para hérnias grandes (≥5 cm) (2003–2009)

Perioperatória Mediana (faixa) do tempo de operação, minutos Mediana (faixa) da perda sanguínea, ml Taxa de conversão, % Pós-operatória Mediana (faixa) do tempo de internação,

180 (85, 375) 100 (20, 2500) ― 7 (1, 67)

180 (69, 360) 50 (10, 450) 10 6 (1, 23)

ns 0,001 ― 0,014

Page 26: reparo de hérnia ventral e inguinal

26 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 26

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P dias ILC, % Recidiva, % Reoperação, % Mediana (faixa) de retorno ao trabalho, semanas

26,8 17,9 29 6 (0, 28)

5,8 15,9 25 3 (0, 50)

0,006 ns ns ns

Misra et al. 200644

Índia Estudo prospectivo randomizado, n=33 aberta, n=33 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico para a hérnia ventral incisional e primária (2003–2005)

Perioperatória Tempo médio de operação, minutos Perda sanguínea média, ml Pós-operatória Infecção da lesão superficial, % Infecção da lesão profunda, % Dor pós-operatória EAV Dia 1 EAV Dia 2 EAV Dia 3

86 127 27 3 6,05 4,43 2,16

75 29 6 0 5,95 4,75 2,33

0,371 0,001 NR NR 0,857 NR NR

Pring et al. 200845

Austrália ECR de centro único, n=24 aberta, n=30 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto de hérnia ventral (2003–2005)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Mediana (AIQ) do tempo de internação, dias Mediana (AIQ) do tempo para o retorno às atividades normais, semanas Infecção na lesão, %

43 (11) 1 (1, 1,8) 4 (2,3, 6) 16,7

44 (14) 1 (1, 2) 4 (3, 4,3) 3,3

0,77 0,43 0,92 0,1

Froylich et al. 201546

Israel Quadro de revisão retrospectiva, n=151 aberta, n=35 laparoscópica

Reparo laparoscópico versus aberto da hérnia ventral em pacientes obesos (2004–2012)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Complicações pós-operatórias, % Infecção na lesão, % Recidiva, %

67 (36) 3,8 (2,73) 20,5 15,8 27

102 (42) 3,2 (1,75) 17,1 5,7 20

0,0001 0,234 0,53 0,09 0,28

Beldi et al. 200647

Suíça Análise retrospectiva de

Reparo aberto versus

Perioperatória Mediana do tempo de operação, minutos

155

158

0,28

Page 27: reparo de hérnia ventral e inguinal

27 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 27

Tabela 1-2 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta Laparoscópica Valor P

dados prospectivos, n=92 aberta, n=49 laparoscópica

laparoscópico de hérnia ventral (2003–2005)

Pós-operatória Mediana (faixa) do tempo de internação, dias ILC, %

7 (2, 87) 14

6 (3, 32) 2

0,02 0,03

Wolter et al. 200948

Alemanha Análise retrospectiva de centro único, n=82 aberta, n=41 laparoscópica

Reparo aberto (com tela) versus laparoscópico de hérnia incisional (2004–2006)

Perioperatória Tempo médio (faixa) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (faixa) de internação, dias Dor pós-operatória (EAV) Recidiva, % Complicações, % Re-operação, % Mortalidade, %

83 (17, 210) 8,6 (2, 26) 0,5–4 8,6 23 9,1 2,3

105 (37, 240) 8,3 (2, 31) 1–4 23,4 20 4,9 0

0,001 0,81 0,82 0,089 NR NR NR

Liang et al. 201349

Estados Unidos Análise retrospectiva de centro único, n=79 aberta, n=79 laparoscópica (estudo de caso pareado)

Reparo aberto com tela versus laparoscópico com tela de hérnia ventral primária (2000–2010)

Pós-operatória ILC superficial, % ILC profunda, % ILC órgão ou espaço, % ILC total, % Seroma, % Retenção urinária, % Mediana (faixa) do tempo de internação, dias Re-operação, %

27,8 2,5 1,3 34,2 8,9 1,3 0 (0, 10) 6,3

7,6 0 0 7,6 20,3 6,3 1 (0, 13) 2,5

<0,01 0,48 0,99 <0,01 0,10 0,22 <0,01 0,45

Tsuruta et al. 201450

Japão Análise retrospectiva de centro único, n=21 aberta, n=24 laparoscópica

Reparo aberto com tela versus reparo laparoscópico com tela da hérnia ventral e incisional (2008–2012)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Complicações totais, % ILC, %

152 (51) 13,4 (11,5) 27 4,8

143 (40) 6,8 (3,6) 13 4,2

0,25 0,01 0,03 NR

IMC, índice de massa corporal; IC, intervalo de confiança; AIQ, amplitude inter quartil; NR, não relatado; ns, não significativo; ECR, estudo clínico randomizado controlado; DP, desvio padrão; ILC, infecção no local da cirurgia; EAV, escala analógica visual

Page 28: reparo de hérnia ventral e inguinal

28 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 28

Tabela 1-3 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimentos Moeda (ano

do custo) Custo Resultado Aberta Laparoscópica Valor P

Colavita et al. 201331

Estados Unidos

Análise retrospectiva de dados nacionais, n=5.032 laparoscópica, n=13.191 aberta

Reparo laparoscópico da hérnia ventral versus reparo aberto da hérnia ventral com tela (2009)

USD (2009) Total de cobranças hospitalares

45.707 (61.035)

35.947 (34.883)

<0,0001

Misra et al. 200644

Índia Estudo prospectivo randomizado, n=33 aberta, n=33 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico para a hérnia ventral incisional e primária (2003–2005)

INR (ano não declarado)

Custo total 1.537 (1.063)

13.787 (6.792)

0,01

Lee et al. 201329

Estados Unidos

Análise retrospectiva (dados nacionais) de pacientes obesos, n=39.485 aberta; n=8.176 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral em pacientes obesos (2008–2009)

USD (ano não declarado)

Média das cobranças totais hospitalares

48.513 40.387 NR

Ecker et al. 201532

Estados Unidos

Análise retrospectiva, n=9.228 aberta, n=4.339 laparoscópica

Reparo eletivo aberto versus laparoscópico da hérnia ventral com tela (2007–2011)

USD (ano não declarado)

Custos hospitalares totais 11.301 (11.692)

10.948 (8.870) <0,001

Earle et al. 200638

Estados Unidos

Análise retrospectiva de centro único de dados coletados prospectivamente, n=415 aberta, n=469 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia incisional (1999–2004)

USD (ano não declarado)

Custo de suprimentos operacionais Custo total hospitalar Custo de visita pós-operatória Custo de admissão pós-operatória na UE Custo de readmissão pós-operatória

664 (113) 7.197 (1.819) 1.959 (427) 523 (73) 3.176 (216)

2.237 (71) 6.396 (477) 2.102 (426) 414 (31) 3.101 (190)

<0,001 0,59 0,83 0,56 0,94

Page 29: reparo de hérnia ventral e inguinal

29 Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 29

Tabela 1-3 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia ventral Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimentos Moeda (ano

do custo) Custo Resultado Aberta Laparoscópica Valor P

Beldi et al. 200647

Suíça Análise retrospectiva de dados prospectivos, n=92 aberta, n=49 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral (2003–2005)

EUR (2005) Custo médio (DP) geral Custo médio (DP) da cirurgia Custo médio (DP) hospitalar

9.787 (8.021) 2.314 (925) 7.312 (7.697)

7.654 (3.204) 2.853 (1.147) 4.902 (2.514)

0,02 0,03 0,04

Funk et al. 201351

Estados Unidos

Análise retrospectiva de base de dados

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia ventral (2009–2010)

USD (2009–2010)

Cobrança média hospitalar Umbilical Incisional Ventral

40.649 36.857 38.013

31.384 32.358 31.311

<0,001 <0,001 <0,001

Lobato et al. 201452

Espanha Estudo prospectivo, n=70 aberta, n=70 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia da parede abdominal anterior primária e incisional (2004–2009)

EUR (ano não declarado)

Custo total (incluindo procedimento e internação hospitalar)

4.125 2.865 NR

UE, unidade de emergência; NR, não relatado; DP, desvio padrão

Page 30: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 30

1.3. Resultados clínicos e econômicos associados ao reparo laparoscópico versus aberto da hérnia inguinal

Principais achados

Resultados clínicos

• Tempo de internação: O reparo laparoscópico da hérnia inguinal foi consistentemente associado com um tempo menor de internação comparado com o reparo aberto63,64,67,68,69,70,72,73, com a diferença apresentando significância estatística em quatro estudos68,69,70,73 (Figura 1-9)

• Tempo de operação: O reparo laparoscópico da hérnia inguinal foi associado a um tempo significativamente menor de operação comparado ao reparo aberto em diversos estudos62,64,68,69, embora nenhuma diferença significativa tenha sido relatada entre o reparo aberto e laparoscópico da hérnia inguinal em diversos outros estudos63,65,71,72,74 (Figura 1-10)

• Unilateral versus bilateral: A diferença no tempo de operação entre o reparo laparoscópico e aberto da hérnia inguinal foi mais pronunciada para o reparo da hérnia bilateral que para o unilateral68

• Infecção no local da cirurgia: A incidência de infecção no local da cirurgia foi consistentemente menor com o reparo laparoscópico da hérnia inguinal que com o reparo aberto59,61,62,65,66,68,69,72 e em três estudos esta diferença obteve significância estatística61,68,72 (Figura 1-11)

• Recidiva: Todos com exceção de um estudo relataram ausência de diferença significativa nas taxas de recidiva para o reparo laparoscópico versus aberto das hérnias inguinais56,58,60,63,69,70,72

• Retorno às atividades/trabalho normal: Três meta-análises mostraram que o reparo laparoscópico da hérnia inguinal foi associado a um retorno significativamente mais rápido às atividades/trabalho comparado com o reparo aberto56,57,58

• Complicações pós-operatórias: Quatro estudos mostraram que não houve diferença significativa entre o reparo aberto e laparoscópico da hérnia inguinal em termos de complicações gerais; 64,66,68,71 entretanto, uma meta-análise mostrou uma taxa de complicação significativamente menor com o reparo laparoscópico56

• Transfusão sanguínea: Um estudo relatou que as taxas de transfusão, a proporção de pacientes necessitando transfusão sanguínea, foi menor com o reparo laparoscópico da hérnia inguinal que com o reparo aberto, mas não significativamente66

Resultados econômicos

• Custos totais: Em geral, os achados de estudos de custo mostraram inconsistência entre as localizações

o Europa: Os achados dos estudos de custo europeus foram inconsistentes; na Alemanha, tanto o EPT quanto o TAPP foram associados a custos hospitalares totais significativamente menores que o reparo aberto da hérnia inguinal73; Entretanto, na Suécia, o EPT foi associado a custos significativamente maiores que o reparo aberto79

Page 31: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 31

o Canadá: No Canadá, o reparo laparoscópico da hérnia inguinal está associado a custos totais maiores que o reparo aberto; Entretanto, esta diferença apenas é significativa para o reparo da hérnia inguinal unilateral78

o Estados Unidos: Em dois estudos conduzidos nos EUA, o reparo laparoscópico da hérnia inguinal foi associado com despesas hospitalares totais significativamente maiores que o reparo aberto7,67

• Economia devido aos benefícios clínicos: Evidências de estudo canadense mostrou que, embora os custos da sala de operações sejam maiores para o reparo laparoscópico da hérnia inguinal, os custos totais são menores devido aos custos da internação hospitalar pós-operatória78

Outros achados

Dor pós-operatória: No período imediatamente pós-cirurgia, os pacientes submetidos ao reparo laparoscópico da hérnia inguinal tiveram menos dor em repouso e durante atividades normais que aqueles submetidos ao reparo aberto.59,61

Custos de EPT versus TAPP: Em um estudo de custo na Índia, o reparo EPT e TAPP de hérnia inguinal foi associado com custos similares75; entretanto, em um estudo alemão, o reparo TAPP foi associado com custos notavelmente mais altos que o reparo EPT.73

Preditores: No Canadá, preditores significativos para o uso da abordagem laparoscópica para o reparo da hérnia inguinal incluem menos idade, menos comorbidades, hérnias bilaterais e hérnias recidivantes.6

Tempo de operação: Nas comparações do reparo EPT versus TAPP da hérnia inguinal, o reparo EPT foi associado a um tempo significativamente menor de operação que o reparo TAPP.75,76

Dor pós-operatória: As pontuações de dor pós-operatória até 6 semanas pós-cirurgia foram significativamente menores com o reparo EPT da hérnia inguinal versus reparo TAPP.75

Dor crônica: A proporção de pacientes com dor crônica de longo-termo após a cirurgia foi significativamente maior em pacientes submetidos ao reparo aberto da hérnia inguinal que para pacientes submetidos ao reparo laparoscópico.60,68

Qualidade de vida: Um estudo mostrou que na semana 4 pós-operatória, os pacientes que foram submetidos ao reparo laparoscópico da hérnia inguinal tivera pontuações totais SF-36 significativamente maiores comparados com os que foram submetidos ao reparo aberto.63

Escolha da tela: No reparo aberto da hérnia inguinal, o uso de tela leve está associado com a redução de dor na virilha em relação à tela pesada e não aumenta o risco de recidiva.53 Além disso, no reparo aberto, a fixação da tela com cola está associada a um menor tempo de operação que a fixação da tela com sutura, mas taxas similares de complicações pós-operatórias e dor pós-operatória.54

Page 32: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 32

Figura 1-9 Tempo de internação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal

2.8 2.8

4.0

2.7

1.3

7.3

4.7

0.2

1.2

0.3

2.3

1.9 1.8

0.7

1.3

4.4

2.1

1.1 1.1

0.2

Wit

tenb

eche

r20

13T

APP

Wit

tenb

eche

r20

13T

EP

Li20

13

Che

ong

2014

Abb

as20

12

Yan

g20

12

Tim

ises

cu20

13 Sin

gh20

12

Gur

bula

k20

15

Tad

aki

2016

Leng

th o

f sta

y, d

ays

Open Laparoscopic

nsns

ns

ns

***

*** **

*

*

*

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; nr, não relatado; ns, não significativo

Tem

po d

e in

tern

ação

, dia

s

Aberta Laparoscópica

ns

ns

ns

ns

Page 33: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 33

Figura 1-10 Tempo de operação com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal

68

135

64

87

58

4539

81

69

56

35

60

34

49

30

72

5046

33

80

67

58

30

71

Li20

13A

ll

Li20

13B

ilate

ral

Li20

13U

nila

tera

l

Che

ong

2014 La

u20

06

Abb

as20

12

Cel

ebi

2014

Yan

g20

12

Shah

2011

Sing

h20

12

Gur

bula

k20

15

Tad

aki

2016

Ope

rati

ng t

ime,

min

utes

Open Laparoscopic

**

**

**

***

*** ns

ns

ns

*

ns

ns

***

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

ns

ns

ns

ns

ns

Aberta Laparoscópica

Tem

po d

e op

eraç

ão, m

inut

os

Page 34: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 34

Figura 1-11 Incidência de infecção no local da cirurgia com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal

0.9 0.9

2

1.4

11

9.2

0.30.04 0.03

5.9

3.9

0.1 0 0

1

3

00.25 0.06 0

3.3

0

Li20

13

Che

ong

2014 La

u20

06

Neu

may

er20

04

Wel

lwoo

d19

98 Yan

g20

12

Sale

h 20

14Su

perf

icia

l

Sale

h 20

14D

eep

Sale

h 20

14O

rgan

spa

ce

Sing

h 20

12Su

perf

icia

l

Sing

h 20

12D

eep

Inci

denc

e of

sur

gica

l sit

e in

fect

ion,

%

Open Laparoscopic

*ns ns

nr

**

*ns

ns ns

ns

ns

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Inci

dênc

ia d

e in

fecç

ão n

o lo

cal d

a ci

rurg

ia, %

Aberta Laparoscópica

ns ns

nr

ns ns ns

ns

ns

Page 35: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 35

Figura 1-12 Custos totais hospitalares com o reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal

1952 1987

2231

2663

1633

2069

Eklund 2010Sweden

TEP

Wittenbecher 2013Germany

TEP

Wittenbecher 2013Germany

TAPP

Tot

al h

ospi

tal c

ost,

EU

R

Open Laparoscopic

***

***

*

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; NR, não relatado; ns, não significativo

Cus

to h

ospi

tala

r tot

al, E

UR

Aberta Laparoscópica

Eklund 2010 Suécia

EPT

Wittenbecher 2013 Alemanha

EPT

Wittenbecher 2013 Alemanha

TAPP

*

Page 36: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 36

Figura 1-13 Custos totais para o reparo aberto versus hérnia inguinal no Canadá

3270

4574

3724

4663

Netto 2014Unilateral

Netto 2014bilateral

Tot

al c

ost,

US

D

Open Laparoscopic

***

ns

*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001; ns, não significativo

1.1.2. Tabelas de evidências clínicas and econômicas para a hérnia inguinal

Um resumo das evidências clínicas da cirurgia minimamente invasiva comparada à cirurgia aberta de meta-análises publicadas e estudos publicados está mostrado na Tabela 1-4 e Tabela 1-5, respectivamente. Um resumo das evidências econômicas de estudos de custo publicados está mostrado na Tabela 1-6.

Nas tabelas seguintes, os resultados com p<0,05 estão sublinhados.

ns C

usto

tot

al, U

SD

Aberta Laparoscópica

Netto 2014 Unilateral

Netto 2014 Bilateral

Page 37: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

37

Tabela 1-4 Resumo das meta-análises comparando a abordagem laparoscópica versus aberta na hérnia inguinal Autores Detalhes Procedimentos Resultado RP (95% IC) Valor P O’Reilly et al. 201255 N=27 ECRs, N=7.161

pacientes Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal primária

Perioperatória Complicações Pós-operatória Recidiva Dor crônica na virilha

1,22 (1,04, 1,42)a 2,06 (1,26, 3,37)a 0,66 (0,51, 0,87)a

0,015 0,004 0,003

Zhu et al. 201456 N=12 estudos (n=10 ECRs e n=2 estudos comparativos) N=1.157 pacientes

Reparo aberto (extraperitoneal) com tela versus laparoscópico (TEPP) da hérnia inguinal

Perioperatória Complicações intra-operatórias Tempo de operação, minutos Pós-operatória Recidiva Complicações totais Dor crônica Infecção na lesão Problemas no saco escrotal/testículo Problemas urinários Tempo de internação, dias Retorno às atividades/trabalho normal, dias

1,60 (0,33, 7,78) 1,05 (0,04, 2,05)b 1,39 (0,60, 3,23) 0,54 (0,37, 0,83) 0,70 (0,24, 2,06) 0,49 (0,19, 1,27) 0,70 (0,27, 1,78) 0,21 (0,06, 0,67) −2,00 (−2,36, −1,63)b

−1,80 (−3,32, −0,28)b

0,564 0,041 0,829 0,002 0,297 0,141 0,453 0,008 0,000 0,021

Pisanu et al. 201557 N=7 ECRs, N=647 pacientes

Reparo aberto (Lichtenstein) versus laparoscópico (EPT ou TEPP) da hérnia inguinal recidivante

Perioperatória Tempo de operação, minutos Pós-operatória Dor inguinal crônica Hematoma/seroma Tempo até as atividades normais, dias

0,46 (0,03, 0,89)b 0,39 (0,21, 0,72) 0,51 (0,17, 1,55) −0,81 (−1,40, −0,23)b

0,04 0,003 0,24 0,006

Li et al. 201458 N=11 estudos (n=5 ECRs e n=5 estudos comparativos), N=1.311 pacientes

Procedimentos abertos versus laparoscópicos para a hérnia inguinal recidivante (1999–2012)

Perioperatória Tempo de operação (subgrupo 1 análise) Tempo de operação (subgrupo 2 análise) Pós-operatória Recidiva Recidiva (apenas ECRs) Dor aguda pós-operatória Dor crônica pós-operatória Infecção na lesão pós-operatória

3,45 (−4,66, 11,57)b 3,74 (−4,92, 12,39)b −0,01 (−0,06, 0,03)c −0,01 (−0,06, 0,03)c 0,48 (0,14, 1,69) −0,04 (−0,10, 0,02)c −0,02 (−0,04, −0,00)c

0,40 0,40 0,36 0,62 0,25 0,22 0,02

Page 38: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

38

Tabela 1-4 Resumo das meta-análises comparando a abordagem laparoscópica versus aberta na hérnia inguinal Autores Detalhes Procedimentos Resultado RP (95% IC) Valor P

Infecção na lesão pós-operatória (apenas ECRs) Hematomas e seromas pós-operatórios Tempo para retornar ao trabalho (subgrupo 1 análise) Tempo para retornar ao trabalho (subgrupo 2 análise)

0,23 (0,07, 0,76) 0,69 (0,36, 1,30) −5,15 (−7,43, −2,87) −5,36 (−7,73, −3,00)

0,02 0,25 <0,00001 <0,00001

IC, intervalo de confiança; RP, razão de probabilidade; ECR, estudo clínico randomizado controlado Para as razões de probabilidade, valores abaixo de 1,00 favorecem o reparo laparoscópico, valores acima de 1,00 favorecem o reparo aberto aValores de risco relativo acima de 1 favorecem o reparo aberto bDiferença média, valores negativos favorecem o reparo laparoscópico, valores positivos favorecem o reparo aberto cDiferença de risco, valores negativos favorecem o reparo laparoscópico, valores positivos favorecem o reparo aberto

Page 39: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

39

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P

Neumayer et al. 200459

Estados Unidos

ECR, n=994 aberta, n=989 laparoscópica

Reparo laparoscópico com tela (EPT ou TAPP) versus aberto com tela da hérnia inguinal (1999–2001)

Perioperatória Complicação intraoperatória, % Pós-operatória Infecção na lesão, % Pós alta Recidiva em 2 anos, %

1,9 1,4% 4,9

4,8 1,0 10,1

NR NR NR

Eker et al. 201260

Holanda ECR prospectivo multicêntrico, n=336 laparoscópica (EPT), n=324 reparo de Lichtenstein

EPT versus reparo de Lichtenstein da hérnia inguinal (2000–2004)

Perioperatória Conversões, % Pós alta Recidiva, % Dor crônica em 5 anos, %

8,1 28,0

6,3 4,9 14,9

― 0,10 0,004

Wellwood et al. 199861

Reino Unido ECR, n=200 aberta, n=200 laparoscópica

Reparo aberta livre de tensão com tela versus laparoscópico (TAPP) da hérnia inguinal (1995–1996)

Pós-operatória Infecção na lesão, % Readmissão, %

11 3

3 2

<0,01 0,50

Lau et al. 200662 China ECR, n=100 aberta, n=100 laparoscópica

Reparo laparoscópico (EPT) versus aberto (hernioplastia de Lichtenstein) para a hérnia inguinal primária em homens (2002–2004)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Infecção na lesão, %

58 (17,6) 2

50 (13,2) 0

<0,001 0,477

Abbas et al. 201263

Egito ECR, n=88 TAPP, n=97 aberta

Reparo TAPP versus aberto (Lichtenstein) para a hérnia de virilha não complicada unilateral

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Falha técnica, % Infecção na lesão, %

45 (10) 1,27 (0,87) 0 3,1

46 (9) 1,25 (1,19) 1,1 0

0,513 0,907 0,294 0,097

Page 40: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

40

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P Dor crônica, % Recidiva, % Pontuação média (DP) SF-36 na semana 4

7,2 5,2 75,7 (14,9)

2,3 3,4 79,4 (13,0)

0,12 0,561 0,031

Gurbulak et al. 201564

Turquia ECR, n=73 laparoscópica (EPT), n=75 aberta (Lichtenstein)

Reparo aberto (Lichtenstein) versus laparoscópico (EPT) da hérnia inguinal unilateral (2012–2014)

Perioperatória Tempo médio (range) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (faixa) de internação, dias Complicações precoces, %

35 (27, 60) 1,2 (1, 2) 14,3

30 (19, 55) 1,1 (1, 2) 4,7

0,01 0,95 0,24

Singh et al. 201265

Índia ECR, n=60 laparoscópica, n=57 aberta

Reparo aberto com tela versus laparoscópico (TAPP ou EPT) da hérnia inguinal (2009–2010)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Analgesia parenteral, dias >1, % Mediana de analgésicos orais, dias Mediana do tempo de internação, dias Infecção na lesão superficial, % Infecção na lesão profunda, % Seroma, % Dor testicular, % Pontuação média (DP) da dor em 24 h

56 (11) 14 10 0,2 5,9 3,9 1,7 10,5 4,4 (1,7)

58 (12) 40 7 1,1 3,3 0 13,3 1,7 3,0 (1,2)

0,7 0,04 0,02 0,04 0,8 0,6 0,03 0,1 0,001

Saleh et al. 201466

Canadá Estudo de coorte prospectivo, n=6.356 laparoscópica, n=31.289 aberta

Reparo aberto versus laparoscópico da primeira hérnia inguinal unilateral (2005–2010)

Pós-operatória Mortalidade em 30 dias, % Complicações gerais, % Complicações principal, % ILC superficial, % ILC profunda, % ILC órgão/espaço, % Transfusão, %

0,05 0,98 0,54 0,30 0,04 0,03 0,09

0,02 0,98 0,49 0,25 0,06 0 0,04

0,3374 1,00 0,5744 0,6098 0,5122 0,2299 0,6422

Page 41: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

41

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P

Tadaki et al. 201667

Estados Unidos

Estudo retrospectivo de base de dados, n=5.468 aberta, n=775 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia (2008–2011)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Duração médio (DP) da anestesia, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Tempo médio (DP) de internação, dias

60 (29) 96 (35) 0,32 (3,01) 0,32 (3,23)

71 (38) 112 (44) 0,22 (0,86) 0,21 (0,80)

<0,001 <0,001 0,322 0,357

Li et al. 201368 China Análise retrospectiva, n=1.230 laparoscópica, n=530 aberta

Reparo laparoscópico (TAPP e EPT) versus aberto hérnia inguinal peritoneal (herniorrafia modificada de Kugel) (2008–2010)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Tempo médio (DP) de operação, bilateral, minutos Tempo médio (DP) de operação, unilateral, minutos Complicações intraoperatórias, % Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Complicação pós-operatória de longo-prazo, % Infecção na lesão, % Dor crônica de longo-prazo, %

68 (39) 13 (52) 64 (35) 0,75 4,03 (2,49) 10 0,94 7,3

34 (21) 49 (23) 30 (18) 0,73 1,83 (1,59) 8,6 0,08 1,4

<0,01 <0,01 <0,01 1,00 <0,01 0,353 0,016 0,01

Cheong et al. 201469

Singapura Análise retrospectiva, n=352 aberta, n=168 laparoscópica

Reparo laparoscópico (TAPP e EPT) versus aberto para a hérnia inguinal (2010)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Recidiva, % Dor crônica, % Infecção na lesão, %

87 (30) 2,7 (10,9) 3,7 1,7 0,9

72 (34) 0,7 (0,8) 4,2 0 0

<0,001 0,020 ns ns ns

Page 42: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

42

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P

Timisescu et al. 201370

Romênia Análise retrospectiva de centro único, n=91 aberta, n=234 laparoscópica

Reparo aberto (Lichtenstein) versus laparoscópico (EPT) da hérnia inguinal bilateral (2006–2011)

Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Infecção, % Hematoma, % Seroma, % Retenção urinária aguda, % Recidiva, %

4,7 (2) 0 0,9 0 0 0,4

2,1 (1,2) 5,5 9,9 2,2 4,4 1,1

<0,05 NR <0,05 NR NR ns

Shah et al. 201171

Estados Unidos

Quadro de revisão retrospectiva, n=61 reparo aberto com tela, n=111 reparo laparoscópico com tela (n=76 EPT, n=35 TAPP)

Reparo aberto versus laparoscópico (TAPP ou EPT) com tela para a hérnia inguinal recidivante

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Complicações gerais, % Dor crônica, % Recidiva, %

69 (38) 15,3 8,2 8,2

67 (26) 13,1 10,8 3,6

0,53 0,70 0,58 0,28

Yang et al. 201272

China Análise retrospectiva de base de dados, n=57 laparoscópica, n=131 aberta

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia para a hérnia de virilha estrangulada aguda (2007–2011)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Infecção na lesão, % Hematoma, % Seroma, % Recidiva, %

81 (35) 7,3 (2,4) 9,2 3,8 5,3 2,3

80 (30) 4,4 (2,0) 0 3,5 14,0 1,8

0,863 0,307 0,018 0,918 0,074 0,815

Wittenbecher et al. 201373

Alemanha Análise retrospectiva de base de dados

EPT versus TAPP versus cirurgia aberta com tela para o reparo da hérnia inguinal não encarcerada

pós-operatória TAPP versus aberta com tela, tempo médio (DP) de internação, dias EPT versus aberta com tela, tempo médio (DP) de internação, dias

2,82 (1,10) 2,84 (1,81)

2,31 (1,08) 1,93 (1,18)

<0,0001 <0,0001

Page 43: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

43

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P

Celebi et al. 201474

Turquia Estudo cego de centro único, n=32 aberta, n=30 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal para a hérnia bilateral em garotos (2011–2013)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (faixa) até as atividades normais, dias Mediana (DP) das doses analgésicos requeridas Mediana (DP) das doses de analgésicos entregues

39 (3) 1,8 (1, 3) 12,5 (10,2) 11,9 (5,6)

33 (3,2) 2,4 (1, 4) 8,8 (6,6) 8,4 (6,6)

0,067 0,32 0,315 0,321

Comparações de EPT versus TAPP TAPP EPT Bansal et al. 201375

Índia Estudo clínico randomizado de TAPP versus EPT, n=160 EPT, n=154 TAPP

TAPP versus EPT para a hérnia de virilha não complicada (2007–2012)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Infecção na lesão, % Retorno a caminhar normalmente, dias Dor média (DP), EAV Em 1h Em 6h Em 24h Em 7 dias Em 6 semanas

TAPP 69 (24) 1,05 (0,21) 3,2 1,93 (0,53) 2,27 (0,87) 2,39 (1,1) 1,93 (0,64) 1,75 (0,72) 1,46 (0,54)

EPT 62 (22) 1,02 (0,15) 1,8 1,96 (0,64) 2,16 (0,75) 2,17 (1,37) 1,77 (1,1) 1,44 (0,96) 1,27 (0,92)

0,027 0,2 0,3 0,8 0,1 0,006 0,001 0,002 0,002

Köckerling et al. 201576

Alemanha Análise retrospectiva dos dados de registro coletados prospectivamente, n=10.887 TAPP, n=6.700 EPT

EPT versus TAP para a hérnia inguinal unilateral primária

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Tempo médio (DP) de internação, dias Complicações intraoperatórias, %

TAPP 53 (24) 1,93 (2,22) 1,40

EPT 49 (22) 1,88 (2,19) 1,19

<0,0001 <0,0001 0,2763

Page 44: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

44

Tabela 1-5 Resumo dos principais estudos clínicos comparando a abordagem aberta versus laparoscópica da hérnia inguinal Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimento (ano realizado)

Resumo dos achados clínicos Desfecho Aberta CMI Valor P Complicações pós-operatórias, % Reoperação, % Infecção, % Sangramento, %

3,97 0,90 0,04 0,82

1,70 0,82 0,04 1,15

<0,0001 0,6165 1 0,03

Shah et al. 201171

Estados Unidos

Quadro de revisão retrospectiva, n=61 reparo aberto com tela, n=111 reparo laparoscópico com tela (n=76 EPT, n=35 TAPP)

Reparo aberto versus laparoscópico (TAPP ou EPT) com tela para a hérnia inguinal recidivante

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Pós-operatória Complicações gerais, % Dor crônica, % Recidiva, %

TAPP 70 (26) 11,4 11,4 5,7

EPT 66 (25) 17,1 10,5 2,6

0,44 0,44 0,89 0,59

Gass et al. 201277

Suíça Análise retrospectiva da base de dados, n=3.457 EPT, n=1.095 TAPP

EPT versus TAPP para o reparo da hérnia inguinal unilateral (1995–2006)

Perioperatória Tempo médio (DP) de operação, minutos Conversões para a aberta, % Complicação intra-operatória, % Pós-operatória Complicação cirúrgica, % Complicação geral, % Tempo médio (DP) de internação, dias

TAPP 59 (27) 0,2 0,9 0,8 0,4 2,9 (2,4)

EPT 67 (31) 1,0 1,9 2,3 0,7 2,3 (6,4)

<0,0001 0,011 0,029 0,003 0,195 0,002

ECR, estudo clínico randomizado controlado; DP, desvio padrão; ILC, infecção no local da cirurgia; TAPP, preperitoneal transabdominal; EPT, hernioplastia inguinal extraperitoneal total; EAV, escala analógica visual

Page 45: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

45

Tabela 1-6 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da hérnia inguinal aberta versus laparoscópica Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimentos Moeda (ano

do custo) Custo Resultado Aberta Laparoscópica Valor P

Netto et al. 201478

Canadá Revisão retrospectiva de uma base de dados mantida prospectivamente, n=117 aberta, n=94 laparoscópica

Herniorrafia inguinal eletiva aberta ou laparoscópica (2009–2011)

CAD (2012) Herniorrafia inguinal unilateral, mediana (AIQ) Dia cirurgia Total SC Total Herniorrafia inguinal bilateral, mediana (AIQ) Dia cirurgia Total SC Ala Total

261 (141,337) 2.399 (2.016, 2.763) 3.270 (2.776, 3.819) 221 (145, 363) 3.472 (3.118, 3.703) 66 (33, 297) 4.574 (4.215, 6.361)

323 (257, 373) 3.092 (2.476, 3.509) 3.724 (3.163, 4.375) 266 (234, 365) 3.941 (3.196, 4.316) 0 (0, 63) 4.663 (4.179, 5.228)

<0,001 <0,001 <0,001 0,222 0,145 0,012 0,827

Eklund et al. 201079

Suécia Análise de minimização de custo baseada nos dados do n=705 aberta (Lichtenstein), n=665 laparoscópica (EPT)

EPT versus procedimento de Lichtenstein para a hérnia inguinal unilateral primária

EUR (2007) Primeira operação Custo hospitalar Custo comunidade Custo total Recidiva ou complicação (5 anos) Custo hospitalar Custo comunidade Custo total

1.952 2.250 4.202 2.062 1.754 3.816

2.663 1.671 4.333 2.760 2.466 5.225

<0,001 NR NR NR NR NR

Wittenbecher et al. 201373

Alemanha Análise retrospectiva de base de dados

EPT e TAPP versus cirurgia aberta com tela para o reparo da hérnia inguinal não-encarcerada

EUR (2008) EPT versus aberta com tela, custo médio (DP) Custo total Sala de cirurgia Anestesia Ala TAPP versus aberta com tela, custo médio (DP) Custo total

1.987 (697) 987 (448) 305 (141) 644 (220) 2.231 (727)

1.633 (436) 730 (269) 294 (98) 552 (210) 2.069 (547)

<0,0001 <0,0001 0,135 <0,001 0,0148

Page 46: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

46

Tabela 1-6 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da hérnia inguinal aberta versus laparoscópica Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimentos Moeda (ano

do custo) Custo Resultado Aberta Laparoscópica Valor P Sala de cirurgia Anestesia Ala

1.024 (419) 402 (159) 699 (318)

1.032 (355) 400 (110) 551 (205)

0,7821 0,5748 <0,0001

Smink et al. 20097

Estados Unidos

Estudo retrospectiva dos casos de reparo ambulatorial de hérnia (n=11.351 aberta; n=46.821 laparoscópica)

Reparo aberto versus laparoscópico da hérnia inguinal

USD (2002/3)

Despesas hospitalares totais Despesas totais, centros ambulatoriais de cirurgia

8.854 3.575

12.860 6.973

<0,001 NR

Bourgon et al. 201580

Estados Unidos

Estudo de coorte retrospectivo, n=4.710 aberta (anestesia loco-regional), n=7.905 aberta (anestesia geral), n=3.203 laparoscópica

Reparo aberto (sob anestesia geral ou loco-regional) versus laparoscópico da hérnia inguinal (2009–2010)

USD (2009–2010)

Despesas médias (95% IC) ajustadas totais

Anestesia loco-regional 6.845 (6.746, 6.945) Anestesia geral 7.839 (7.752, 7.926)

11.340 (11.124, 11.559)

<0,001

Tadaki et al. 201667

Estados Unidos

Estudo retrospectivo de base de dados, n=5.468 aberta, n=775 laparoscópica

Reparo aberto versus laparoscópico de hérnia (2008–2011)

USD (ano não declarado)

Mediana (AIQ) dos custos diretos totais Mediana (AIQ) dos suprimentos cirúrgicos Mediana (AIQ) dos serviços SC Mediana (AIQ) outros cirúrgicos

4.360 (3.148, 6.416) 717 (483, 1097) 1.334 (1.063, 1.698) 237 (158, 334)

5.105 (3.778, 7.140) 1.361 (767, 2.025) 1.389 (1.206, 1.728) 304 (175, 437)

<0,001 <0,001 0,250 <0,001

Page 47: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal

47

Tabela 1-6 Resumo dos principais estudos comparando os resultados econômicos da hérnia inguinal aberta versus laparoscópica Estudo Localização Detalhes do

estudo Procedimentos Moeda (ano

do custo) Custo Resultado Aberta Laparoscópica Valor P

Comparação de TAPP e EPT TAPP EPT

Bansal et al. 201375

Índia Estudo clínico randomizado de TAPP versus EPT, n=160 EPT, n=154 TAPP

TAPP versus EPT para a hérnia de virilha não complicada (2007–2012)

INR (ano não declarado)

Médio total custo 13.932 (6.849–33.189)

13.484 (7.827–24.949)

0,2

IC, intervalo de confiança; AIQ, amplitude interquartil; SC, sala de cirurgia; UCPA, unidade de cuidado pós anestesia; DP, desvio padrão; TAPP, preperitoneal transabdominal; EPT, extraperitoneal total inguinal

Page 48: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 48

1.4. Referências

1 Simons MP, Aufenacker T, Bay-Nielsen M, Bouillot JL, Campanelli G, Conze J, de Lange D, Fortelny R, Heikkinen T, Kingsnorth A, Kukleta J, Morales-Conde S, Nordin P, Schumpelick V, Smedberg S, Smietanski M, Weber G, Miserez M. European Hernia Society guidelines on the treatment of inguinal hernia in adult patients. Hernia. 2009 Aug;13(4):343-403 (PMID: 19636493) 2 Kingsnorth A, LeBlanc K. Hernias: inguinal and incisional. Lancet 2003;362:1561-71 (PMID: 14615114) 3 Jenkins JT, O'Dwyer PJ. Inguinal hernias. BMJ. 2008 Feb 2;336(7638):269-72 (PMID: 18244999) 4 Rutkow IM. Demographic and socioeconomic aspects of hernia repair in the United States in 2003. Surg Clin North Am. 2003 Oct. 83(5):1045-51 (PMID: 14533902) 5 Society of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons: Laparoscopic ventral hernia repair patient information from SAGES. Disponível em: http://www.sages.org/publications/patient-information/patient-information-for-laparoscopic-ventral-hernia-repair-from-sages/ [Último acesso em 6 de outubro de 2015] 6 Trevisonno M, Kaneva P, Watanabe Y, Fried GM, Feldman LS, Andalib A, Vassiliou MC. Current practices of laparoscopic inguinal hernia repair: a population-based analysis. Hernia. 2015 Oct;19(5):725-33 (PMID: 25754219) 7 Smink DS, Paquette IM, Finlayson SR. Utilization of laparoscopic and open inguinal hernia repair: a population-based analysis. J Laparoendosc Adv Surg Tech A. 2009 Dec;19(6):745-8 (PMID: 19916771) 8 Poulose BK, Shelton J, Phillips S, Moore D, Nealon W, Penson D, Beck W, Holzman MD. Epidemiology and cost of ventral hernia repair: making the case for hernia research. Hernia. 2012 Apr;16(2):179-83 (PMID: 21904861) 9 Fink C, Baumann P, Wente MN, Knebel P, Bruckner T, Ulrich A, Werner J, Büchler MW, Diener MK. Incisional hernia rate 3 years after midline laparotomy. Br J Surg. 2014 Jan;101(2):51-4 (PMID: 24281948) 10 Luijendijk RW, Hop WC, van den Tol MP, de Lange DC, Braaksma MM, IJzermans JN, Boelhouwer RU, de Vries BC, Salu MK, Wereldsma JC, Bruijninckx CM, Jeekel J. A comparison of suture repair with mesh repair for incisional hernia. N Engl J Med. 2000 Aug 10;343(6):392-8 (PMID: 10933738) 11 LeBlanc K. Proper mesh overlap is a key determinant in hernia recurrence following laparoscopic ventral and incisional hernia repair. Hernia. 2016 Feb;20(1):85-99 (PMID: 26143072) 12 Earle D, Roth S, Saber A, Haggerty S, Bradley III, JF, Fanelli R, Price R, Richardson WS, Stefanidis D, for the SAGES Guidelines Committee. Guidelines for laparoscopic ventral hernia repair. Disponível em: http://www.sages.org/publications/guidelines/guidelines-for-laparoscopic-ventral-hernia-repair/ [Último acesso em 2 de setembro de 2015] 13 Miserez M, Peeters E, Aufenacker T, Bouillot JL, Campanelli G, Conze J, Fortelny R, Heikkinen T, Jorgensen LN, Kukleta J, Morales-Conde S, Nordin P, Schumpelick V, Smedberg S, Smietanski M, Weber G, Simons MP. Update with level 1 studies of the

Page 49: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 49

European Hernia Society guidelines on the treatment of inguinal hernia in adult patients. Hernia. 2014 Apr;18(2):151-63 (PMID: 24647885) 14 Wormer BA, Walters AL, Bradley JF 3rd, Williams KB, Tsirline VB, Augenstein VA, Heniford BT. Does ventral hernia defect length, width, or area predict postoperative quality of life? Answers from a prospective, international study. J Surg Res. 2013 Sep;184(1):169-77 (PMID: 23768769) 15 Darehzereshki A, Goldfarb M, Zehetner J, Moazzez A, Lipham JC, Mason RJ, Katkhouda N. Biologic versus nonbiologic mesh in ventral hernia repair: a systematic review and meta-analysis. World J Surg. 2014 Jan;38(1):40-50 (PMID: 24101015) 16 Albino FP, Patel KM, Nahabedian MY, Sosin M, Attinger CE, Bhanot P. Does mesh location matter in abdominal wall reconstruction? A systematic review of the literature and a summary of recommendations. Plast Reconstr Surg. 2013 Nov;132(5):1295-304 (PMID: 24165612) 17 Liang MK, Clapp M, Li LT, Berger RL, Hicks SC, Awad S. Patient Satisfaction, chronic pain, and functional status following laparoscopic ventral hernia repair. World J Surg. 2013 Mar;37(3):530-7 (PMID: 23212794) 18 Alder AC, Alder SC, Livingston EH, Bellows CF. Current opinions about laparoscopic incisional hernia repair: a survey of practicing surgeons. Am J Surg. 2007 Nov;194(5):659-62 (PMID: 17936430) 19 Ching SS, Sarela AI, Dexter SP, Hayden JD, McMahon MJ. Comparison of early outcomes for laparoscopic ventral hernia repair between nonobese and morbidly obese patient populations. Surg Endosc. 2008 Oct;22(10):2244-50 (PMID: 18622552) 20 Stirler VM, Schoenmaeckers EJ, de Haas RJ, Raymakers JT, Rakic S. Laparoscopic repair of primary and incisional ventral hernias: the differences must be acknowledged: a prospective cohort analysis of 1,088 consecutive patients. Surg Endosc. 2014 Mar;28(3):891-5 (PMID: 24141473) 21 Sauerland S, Walgenbach M, Habermalz B, Seiler CM, Miserez M. Laparoscopic versus open surgical techniques for ventral or incisional hernia repair. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Mar 16;(3):CD007781 (PMID: 21412910) 22 Arita NA, Nguyen MT, Nguyen DH, Berger RL, Lew DF, Suliburk JT, Askenasy EP, Kao LS, Liang MK. Laparoscopic repair reduces incidence of surgical site infections for all ventral hernias. Surg Endosc. 2015 Jul;29(7):1769-80 (PMID: 25294541) 23 Sajid MS, Bokhari SA, Mallick AS, Cheek E, Baig MK. Laparoscopic versus open repair of incisional/ventral hernia: a meta-analysis. Am J Surg. 2009 Jan;197(1):64-72 (PMID: 18614144) 24 Zhang Y, Zhou H, Chai Y, Cao C, Jin K, Hu Z. Laparoscopic versus open incisional and ventral hernia repair: a systematic review and meta-analysis. World J Surg. 2014 Sep;38(9):2233-40 (PMID: 24777660) 25 Salvilla SA, Thusu S, Panesar SS. Analysing the benefits of laparoscopic hernia repair compared to open repair: A meta-analysis of observational studies. J Minim Access Surg. 2012 Oct;8(4):111-7 (PMID: 23248436)

Page 50: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 50

26 Awaiz A, Rahman F, Hossain MB, Yunus RM, Khan S, Memon B, Memon MA. Meta-analysis and systematic review of laparoscopic versus open mesh repair for elective incisional hernia. Hernia. 2015 Jun;19(3):449-63 (PMID: 25650284) 27 Pierce RA, Spitler JA, Frisella MM, Matthews BD, Brunt LM. Pooled data analysis of laparoscopic vs. open ventral hernia repair: 14 years of patient data accrual. Surg Endosc. 2007 Mar;21(3):378-86 (PMID: 17180261) 28 Aher CV, Kubasiak JC, Daly SC, Janssen I, Deziel DJ, Millikan KW, Myers JA, Luu MB. The utilization of laparoscopy in ventral hernia repair: an update of outcomes analysis using ACS-NSQIP data. Surg Endosc. 2015 May;29(5):1099-104 (PMID: 25249146) 29 Lee J, Mabardy A, Kermani R, Lopez M, Pecquex N, McCluney A. Laparoscopic vs open ventral hernia repair in the era of obesity. JAMA Surg. 2013 Aug;148(8):723-6 (PMID: 23760470) 30 Kaoutzanis C, Leichtle SW, Mouawad NJ, Welch KB, Lampman RM, Cleary RK. Postoperative surgical site infections after ventral/incisional hernia repair: a comparison of open and laparoscopic outcomes. Surg Endosc. 2013 Jun;27(6):2221-30 (PMID: 23389063) 31 Colavita PD, Tsirline VB, Walters AL, Lincourt AE, Belyansky I, Heniford BT. Laparoscopic versus open hernia repair: outcomes and sociodemographic utilization results from the nationwide inpatient sample. Surg Endosc. 2013 Jan;27(1):109-17 (PMID: 22733198) 32 Ecker BL, Kuo LE, Simmons KD, Fischer JP, Morris JB, Kelz RR. Laparoscopic versus open ventral hernia repair: longitudinal outcomes and cost analysis using statewide claims data. Surg Endosc. 2015 Jun 20. [Publicação eletrônica antes da versão impressa] (PMID: 26092027) 33 Fekkes JF, Velanovich V. Amelioration of the effects of obesity on short-term postoperative complications of laparoscopic and open ventral hernia repair. Surg Laparosc Endosc Percutan Tech. 2015 Apr;25(2):151-7 (PMID: 25222715) 34 Eker HH, Hansson BM, Buunen M, Janssen IM, Pierik RE, Hop WC, Bonjer HJ, Jeekel J, Lange JF. Laparoscopic vs. open incisional hernia repair: a randomized clinical trial. JAMA Surg. 2013 Mar;148(3):259-63 (PMID: 23552714) 35 Rogmark P, Petersson U, Bringman S, Eklund A, Ezra E, Sevonius D, Smedberg S, Osterberg J, Montgomery A. Short-term outcomes for open and laparoscopic midline incisional hernia repair: a randomized multicenter controlled trial: the ProLOVE (prospective randomized trial on open versus laparoscopic operation of ventral eventrations) trial. Ann Surg. 2013 Jul;258(1):37-45 (PMID: 23629524) 36 Itani KM, Hur K, Kim LT, Anthony T, Berger DH, Reda D, Neumayer L; Veterans Affairs Ventral Incisional Hernia Investigators. Comparison of laparoscopic and open repair with mesh for the treatment of ventral incisional hernia: a randomized trial. Arch Surg. 2010 Apr;145(4):322-8 (PMID: 20404280) 37 Asencio F, Aguiló J, Peiró S, Carbó J, Ferri R, Caro F, Ahmad M. Open randomized clinical trial of laparoscopic versus open incisional hernia repair. Surg Endosc. 2009 Jul;23(7):1441-8 (PMID: 19116750) 38 Earle D, Seymour N, Fellinger E, Perez A. Laparoscopic versus open incisional hernia repair: a single-institution analysis of hospital resource utilization for 884 consecutive cases. Surg Endosc. 2006 Jan;20(1):71-5 (PMID: 16333530)

Page 51: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 51

39 Colavita PD, Tsirline VB, Belyansky I, Walters AL, Lincourt AE, Sing RF, Heniford BT. Prospective, long-term comparison of quality of life in laparoscopic versus open ventral hernia repair. Ann Surg. 2012 Nov;256(5):714-22 (PMID: 23095614) 40 Ahonen-Siirtola M, Rautio T, Ward J, Kössi J, Ohtonen P, Mäkelä J. Complications in Laparoscopic Versus Open Incisional Ventral Hernia Repair. A Retrospective Comparative Study. World J Surg. 2015 Dec;39(12):2872-7 (PMID: 26296841) 41 Stipa F, Giaccaglia V, Burza A, Santini E, Bascone B, Picchio M. Incisional hernia: laparoscopic or open repair? Surg Laparosc Endosc Percutan Tech. 2013 Aug;23(4):419-22 (PMID: 23917600) 42 Davies SW, Turza KC, Sawyer RG, Schirmer BD, Hallowell PT. A comparative analysis between laparoscopic and open ventral hernia repair at a tertiary care center. Am Surg. 2012 Aug;78(8):888-92 (PMID: 22856497) 43 Kurmann A, Visth E, Candinas D, Beldi G. Long-term follow-up of open and laparoscopic repair of large incisional hernias. World J Surg. 2011 Feb;35(2):297-301 (PMID: 21136057) 44 Misra MC, Bansal VK, Kulkarni MP, Pawar DK. Comparison of laparoscopic and open repair of incisional and primary ventral hernia: results of a prospective randomized study. Surg Endosc. 2006 Dec;20(12):1839-45 (PMID: 17063290) 45 Pring CM, Tran V, O'Rourke N, Martin IJ. Laparoscopic versus open ventral hernia repair: a randomized controlled trial. ANZ J Surg. 2008 Oct;78(10):903-6 (PMID: 18959646) 46 Froylich D, Segal M, Weinstein A, Hatib K, Shiloni E, Hazzan D. Laparoscopic versus open ventral hernia repair in obese patients: a long-term follow-up. Surg Endosc. 2015 Jun 20. [Publicação eletrônica antes da versão impressa] (PMID: 26091995) 47 Beldi G, Ipaktchi R, Wagner M, Gloor B, Candinas D. Laparoscopic ventral hernia repair is safe and cost effective. Surg Endosc. 2006 Jan;20(1):92-5 (PMID: 16333538) 48 Wolter A, Rudroff C, Sauerland S, Heiss MM. Laparoscopic incisional hernia repair: evaluation of effectiveness and experiences. Hernia. 2009 Oct;13(5):469-74 (PMID: 19418011) 49 Liang MK, Berger RL, Li LT, Davila JA, Hicks SC, Kao LS. Outcomes of laparoscopic vs open repair of primary ventral hernias. JAMA Surg. 2013 Nov;148(11):1043-8 (PMID: 24005537) 50 Tsuruta A, Hirai T, Nakamura M. Retrospective comparison of open versus laparoscopic ventral and incisional hernia repair. Asian J Endosc Surg. 2014 Aug;7(3):246-50 (PMID: 24775278) 51 Funk LM, Perry KA, Narula VK, Mikami DJ, Melvin WS. Current national practice patterns for inpatient management of ventral abdominal wall hernia in the United States. Surg Endosc. 2013 Nov;27(11):4104-12 (PMID: 23860608) 52 Fernández Lobato R, Ruiz de Adana Belbel JC, Angulo Morales F, García Septiem J, Marín Lucas FJ, Limones Esteban M. Cost-benefit analysis comparing laparoscopic and open ventral hernia repair. Cir Esp. 2014 Oct;92(8):553-60 (PMID: 24054792) 53 Sajid MS, Leaver C, Baig MK, Sains P. Systematic review and meta-analysis of the use of lightweight versus heavyweight mesh in open inguinal hernia repair. Br J Surg. 2012 Jan;99(1):29-37 (PMID: 22038579)

Page 52: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 52

54 Ladwa N, Sajid MS, Sains P, Baig MK. Suture mesh fixation versus glue mesh fixation in open inguinal hernia repair: a systematic review and meta-analysis. Int J Surg. 2013;11(2):128-35 (PMID: 23270616) 55 O'Reilly EA, Burke JP, O'Connell PR. A meta-analysis of surgical morbidity and recurrence after laparoscopic and open repair of primary unilateral inguinal hernia. Ann Surg. 2012 May;255(5):846-53 (PMID: 22470068) 56 Zhu X, Cao H, Ma Y, Yuan A, Wu X, Miao Y, Guo S. Totally extraperitoneal laparoscopic hernioplasty versus open extraperitoneal approach for inguinal hernia repair: a meta-analysis of outcomes of our current knowledge. Surgeon. 2014 Apr;12(2):94-105 (PMID: 24321839) 57 Pisanu A, Podda M, Saba A, Porceddu G, Uccheddu A. Meta-analysis and review of prospective randomized trials comparing laparoscopic and Lichtenstein techniques in recurrent inguinal hernia repair. Hernia. 2015 Jun;19(3):355-66 (PMID: 25033943) 58 Li J, Ji Z, Li Y. Comparison of laparoscopic versus open procedure in the treatment of recurrent inguinal hernia: a meta-analysis of the results. Am J Surg. 2014 Apr;207(4):602-12 (PMID: 24139670) 59 Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, Fitzgibbons R Jr, Dunlop D, Gibbs J, Reda D, Henderson W; Veterans Affairs Cooperative Studies Program 456 Investigators. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J Med. 2004 Apr 29;350(18):1819-27 (PMID: 15107485) 60 Eker HH, Langeveld HR, Klitsie PJ, van't Riet M, Stassen LP, Weidema WF, Steyerberg EW, Lange JF, Bonjer HJ, Jeekel J. Randomized clinical trial of total extraperitoneal inguinal hernioplasty vs Lichtenstein repair: a long-term follow-up study. Arch Surg. 2012 Mar;147(3):256-60 (PMID: 22430907) 61 Wellwood J, Sculpher MJ, Stoker D, Nicholls GJ, Geddes C, Whitehead A, Singh R, Spiegelhalter D. Randomised controlled trial of laparoscopic versus open mesh repair for inguinal hernia: outcome and cost. BMJ. 1998 Jul 11;317(7151):103-10 (PMID: 9657784) 62 Lau H, Patil NG, Yuen WK. Day-case endoscopic totally extraperitoneal inguinal hernioplasty versus open Lichtenstein hernioplasty for unilateral primary inguinal hernia in males: a randomized trial. Surg Endosc. 2006 Jan;20(1):76-81 (PMID: 16247575) 63 Abbas AE, Abd Ellatif ME, Noaman N, Negm A, El-Morsy G, Amin M, Moatamed A. Patient-perspective quality of life after laparoscopic and open hernia repair: a controlled randomized trial. Surg Endosc. 2012 Sep;26(9):2465-70 (PMID: 22538670) 64 Gürbulak EK, Gürbulak B, Akgün İE, Özel A, Akan D, Ömeroğlu S, Öz A, Mihmanlı M, Bektaş H. Effects of totally extraperitoneal (TEP) and Lichtenstein hernia repair on testicular blood flow and volume. Surgery. 2015 Nov;158(5):1297-303 (PMID: 25937159) 65 Singh AN, Bansal VK, Misra MC, Kumar S, Rajeshwari S, Kumar A, Sagar R, Kumar A. Testicular functions, chronic groin pain, and quality of life after laparoscopic and open mesh repair of inguinal hernia: a prospective randomized controlled trial. Surg Endosc. 2012 May;26(5):1304-17 (PMID: 22083332) 66 Saleh F, Okrainec A, D'Souza N, Kwong J, Jackson TD. Safety of laparoscopic and open approaches for repair of the unilateral primary inguinal hernia: an analysis of short-term outcomes. Am J Surg. 2014 Aug;208(2):195-201 (PMID: 24507380)

Page 53: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 53

67 Tadaki C, Lomelin D, Simorov A, Jones R, Humphreys M, daSilva M, Choudhury S, Shostrom V, Boilesen E, Kothari V, Oleynikov D, Goede M. Perioperative outcomes and costs of laparoscopic versus open inguinal hernia repair. Hernia. 2016 Feb 13. [Publicação eletrônica antes da versão impressa] (PMID: 26874507) 68 Li J, Wang X, Feng X, Gu Y, Tang R. Comparison of open and laparoscopic preperitoneal repair of groin hernia. Surg Endosc. 2013 Dec;27(12):4702-10 (PMID: 23974862) 69 Cheong KX, Lo HY, Neo JX, Appasamy V, Chiu MT. Inguinal hernia repair: are the results from a general hospital comparable to those from dedicated hernia centres? Singapore Med J. 2014 Apr;55(4):191-7 (PMID: 24763834) 70 Timişescu L, Turcu F, Munteanu R, Gîdea C, Drăghici L, Ginghină O, Iordache N. Treatment of bilateral inguinal hernia -- minimally invasive versus open surgery procedure. Chirurgia (Bucur). 2013 Jan-Feb;108(1):56-61 (PMID: 23464771) 71 Shah NR, Mikami DJ, Cook C, Manilchuk A, Hodges C, Memark VR, Volckmann ET, Hall CR, Steinberg S, Needleman B, Hazey JW, Melvin WS, Narula VK. A comparison of outcomes between open and laparoscopic surgical repair of recurrent inguinal hernias. Surg Endosc. 2011 Jul;25(7):2330-7 (PMID: 21298523) 72 Yang GP, Chan CT, Lai EC, Chan OC, Tang CN, Li MK. Laparoscopic versus open repair for strangulated groin hernias: 188 cases over 4 years. Asian J Endosc Surg. 2012 Aug;5(3):131-7 (PMID: 22776668) 73 Wittenbecher F, Scheller-Kreinsen D, Röttger J, Busse R. Comparison of hospital costs and length of stay associated with open-mesh, totally extraperitoneal inguinal hernia repair, and transabdominal preperitoneal inguinal hernia repair: an analysis of observational data using propensity score matching. Surg Endosc. 2013 Apr;27(4):1326-33 (PMID: 23093240) 74 Celebi S, Uysal AI, Inal FY, Yildiz A. A single-blinded, randomized comparison of laparoscopic versus open bilateral hernia repair in boys. J Laparoendosc Adv Surg Tech A. 2014 Feb;24(2):117-21 (PMID: 24286284) 75 Bansal VK, Misra MC, Babu D, Victor J, Kumar S, Sagar R, Rajeshwari S, Krishna A, Rewari V. A prospective, randomized comparison of long-term outcomes: chronic groin pain and quality of life following totally extraperitoneal (TEP) and transabdominal preperitoneal (TAPP) laparoscopic inguinal hernia repair. Surg Endosc. 2013 Jul;27(7):2373-82 (PMID: 23389072) 76 Köckerling F, Bittner R, Jacob DA, Seidelmann L, Keller T, Adolf D, Kraft B, Kuthe A. TEP versus TAPP: comparison of the perioperative outcome in 17,587 patients with a primary unilateral inguinal hernia. Surg Endosc. 2015 Mar 25. [Epub ahead of print] (PMID: 25805239) 77 Gass M, Banz VM, Rosella L, Adamina M, Candinas D, Güller U. TAPP or TEP? Population-based analysis of prospective data on 4,552 patients undergoing endoscopic inguinal hernia repair. World J Surg. 2012 Dec;36(12):2782-6 (PMID: 22956012) 78 Spencer Netto F, Quereshy F, Camilotti BG, Pitzul K, Kwong J, Jackson T, Penner T, Okrainec A. Hospital costs associated with laparoscopic and open inguinal herniorrhaphy. JSLS. 2014 Oct-Dec;18(4). pii: e2014.00217 (PMID: 25392677) 79 Eklund A, Carlsson P, Rosenblad A, Montgomery A, Bergkvist L, Rudberg C; Swedish Multicentre Trial of Inguinal Hernia Repair by Laparoscopy (SMIL) study group. Long-term

Page 54: reparo de hérnia ventral e inguinal

Dossiê de Valor Global: Reparo de hérnia ventral e inguinal 54

cost-minimization analysis comparing laparoscopic with open (Lichtenstein) inguinal hernia repair. Br J Surg. 2010 May;97(5):765-71 (PMID: 20186996) 80 Bourgon AL, Fox JP, Saxe JM, Woods RJ. Outcomes and charges associated with outpatient inguinal hernia repair according to method of anesthesia and surgical approach. Am J Surg. 2015 Mar;209(3):468-72 (PMID: 25547092)

© 2016 Medtronic. Todos os direitos reservados. Medtronic, Medtronic logo e Further, Together são marcas comerciais da Medtronic. Todas as outras marcas são marcas comerciais de uma empresa Medtronic. 04/2016 US160330