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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro de 2013 Publicação: sexta-feira, 22 de novembro de 2013 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Joaquim Barbosa Presidente Ministro Ricardo Lewandowski Vice-Presidente Miguel Augusto Fonseca de Campos Diretor-Geral ©2013 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Ducentésima Trigésima Segunda Distribuição realizada em 20 de novembro de 2013. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO ORIGINÁRIA 1.842 (1) ORIGEM : PROC - 00020746120138050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLAPANDO ADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDO RÉU(É)(S) : SILVIA CARNEIRO SANTOS ZARIF ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : TELMA LAURA SILVA BRITTO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : LÍCIA CASTRO CARVALHO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : CARLOS CINTRA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : MARIA DO SOCORRO SANTIAGO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : ESERVAL ROCHA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) :MARIA DA PURIFICAÇÃO SILVA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : JOSÉ OLEGÁRIS CALDAS ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : VILMA VEIGA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : SARA SILVA DE BRITO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : ABELARDO CARVALHO ANTUNES ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : LOURIVAL TRINDADE DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : MARA DA GRAÇA PIMENTEL ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : DAYSY LAGO COELHO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : JOSÉ CÍCERO LANDIM ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : GESIVALDO BRITTO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : MARIA KARAOGLAN ABREU ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : NILSON CASTELO BRANCO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : HELOISA GRADDI ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) :CYNTHIA MARIA PINA RESENDE ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : JEFERSON ASSIS DE SIMAS ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : NAGILA BRITO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) :VERA LÚCIA CARVALHO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : ROSITA MAIA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : ANTÔNIO PESSOA CARDOSO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO ORIGINÁRIA 1.843 (2) ORIGEM : PROC - 00385676419958050001 - JUIZ DE DIREITO PROCED. : BAHIA RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLAPANDO ADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDO RÉU(É)(S) : 2º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS INTDO.(A/S) : BANCO ECONÔMICO SA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS INTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS INTDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO ORIGINÁRIA 1.845 (3) ORIGEM : PROC - 00012182519988050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA PROCED. : BAHIA RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLARPANDO ADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDO RÉU(É)(S) : LÍCIA DE CASTRO LARANJEIRA ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO ORIGINÁRIA 1.846 (4) ORIGEM : PROC - 00033182520138050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA PROCED. : BAHIA RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLARPANDO ADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDO RÉU(É)(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : TELMA BRITTO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) :LÍCIA CASTRO CARVALHO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS RÉU(É)(S) : JERÔNIMO SANTOS ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

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Page 1: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro de 2013 Publicação: sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Joaquim BarbosaPresidente

Ministro Ricardo LewandowskiVice-Presidente

Miguel Augusto Fonseca de CamposDiretor-Geral

©2013

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Ducentésima Trigésima Segunda Distribuição realizada em 20 de novembro de 2013.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.842 (1)ORIGEM : PROC - 00020746120138050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLAPANDOADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDORÉU(É)(S) : SILVIA CARNEIRO SANTOS ZARIFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : TELMA LAURA SILVA BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LÍCIA CASTRO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CARLOS CINTRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DO SOCORRO SANTIAGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ESERVAL ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DA PURIFICAÇÃO SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JOSÉ OLEGÁRIS CALDASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : VILMA VEIGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : SARA SILVA DE BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ABELARDO CARVALHO ANTUNESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LOURIVAL TRINDADE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARA DA GRAÇA PIMENTELADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : DAYSY LAGO COELHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RÉU(É)(S) : JOSÉ CÍCERO LANDIMADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : GESIVALDO BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA KARAOGLAN ABREUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NILSON CASTELO BRANCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : HELOISA GRADDIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CYNTHIA MARIA PINA RESENDEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JEFERSON ASSIS DE SIMASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NAGILA BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : VERA LÚCIA CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ROSITA MAIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ANTÔNIO PESSOA CARDOSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.843 (2)ORIGEM : PROC - 00385676419958050001 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLAPANDOADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDORÉU(É)(S) : 2º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BANCO ECONÔMICO SAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.845 (3)ORIGEM : PROC - 00012182519988050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLARPANDOADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDORÉU(É)(S) : LÍCIA DE CASTRO LARANJEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.846 (4)ORIGEM : PROC - 00033182520138050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLARPANDOADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDORÉU(É)(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : TELMA BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LÍCIA CASTRO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JERÔNIMO SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 2

RÉU(É)(S) : CARLOS CINTRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DO SOCORRO SANTIAGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ESERVAL ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : SÍLVIA ZARIFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DA PURIFICAÇÃO DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JOSÉ OLEGÁRIO CALDASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : VILMA VEIGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : SARA SILVA DE BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ABELARDO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LOURIVAL TRINDADEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DA GRAÇA LEALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : DAYSY LAGO COELHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JOSÉ CÍCERO LANDIN NETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : GESIVALDO BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA KARAOGLAN ABREUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NILSON CASTELO BRANCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : HELOISA GRADDIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CYNTHIA RESENDEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JEFERSON ASSISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NAGILA BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : VERA LÚCIA CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ROSITA MAIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ANTÔNIO PESSOA CARDOSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.847 (5)ORIGEM : PROC - 00005745720138050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : HUGO AMARAL VILLARPANDOADV.(A/S) : HUGO AMARAL VILLARPANDORÉU(É)(S) : VERA LÚCIA CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : TELMA BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LÍCIA CASTRO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JERÔNIMO SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CARLOS CINTRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA DO SOCORRO SANTIAGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ESERVAL ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA PURIFICAÇÃO DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JOSÉ OLEGÁRIO CALDASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : VILMA VEIGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : SARA SILVA DE BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ABELARDO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : LOURIVAL TRINDADEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RÉU(É)(S) : MARIA DA GRAÇA LEALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : DAYSY LAGO COELHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JOSÉ CÍCERO LANDIN NETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : GESIVALDO BRITTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : MARIA KARAOGLAN ABREUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NILSON CASTELO BRANCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : HELOISA GRADDIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CYNTHIA RESENDEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : JEFERSON ASSISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : NAGILA BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : SÍLVIA ZARIFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ROSITA MAIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : ANTÔNIO PESSOA CARDOSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.965 (6)ORIGEM : AC - 200871100044120 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANVERSA E CIA LTDAADV.(A/S) : CÉSAR AUGUSTO DA SILVA PERES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

QUINTOS EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 470 (7)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : CRISTIANO DE MELLO PAZADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHOADV.(A/S) : JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHOADV.(A/S) : CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃESADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETOADV.(A/S) : IZABELLA ARTUR COSTAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 120.320 (8)ORIGEM : ARESP - 399473 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : REVAN FREITAS RODRIGUES LOPESIMPTE.(S) : ANNA REISCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO ARESP Nº 399.473 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.321 (9)ORIGEM : HC - 281747 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JEFFERSON LUIS SASSO VARGASIMPTE.(S) : MARCOS VINÍCIUS BARRIOS DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 281.747 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.323 (10)ORIGEM : HC - 279248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ROBSON PEREIRA DA TRINDADEIMPTE.(S) : DARLAN PIRES SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº279248 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.325 (11)ORIGEM : PROC - 551820127040004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 3

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ANETE FARIA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 120.326 (12)ORIGEM : APCRIM - 106220117100010 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO SOARES DE ALMEIDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 120.329 (13)ORIGEM : HC - 283042 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : DIOGO FERREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : PEDRO MORAIS DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 283042 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.330 (14)ORIGEM : HC - 282031 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : PAULO VITOR SILVA RODRIGUESIMPTE.(S) : LUIZ EDUARDO PENTEADO BORGOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº282031 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.335 (15)ORIGEM : ARESP - 390344 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ELIEL SOARES GONÇALVESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.336 (16)ORIGEM : RESP - 1389930 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ADÉLCIO CARVALHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 120.344 (17)ORIGEM : HC - 227178 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : BENEDITO CARDIAS CARNEIROIMPTE.(S) : NEY GONÇALVES DE MENDONÇA JÚNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 227.178 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.058 (18)ORIGEM : MI - 6058 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMBATE AS

ENDEMIAS E SAUDE PREVENTIVA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : ANDRE FERNANDES DE ANDRADEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.060 (19)ORIGEM : MI - 6060 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS DA COSTA LIMÃO

ADV.(A/S) : SILVIA HELENA TRIBIOLLIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.064 (20)ORIGEM : MI - 6064 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : HAILE ZEUL PANISSON TASCHETTOADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE WIEBBERLLING E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.067 (21)ORIGEM : MI - 6067 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : RONALDO GONCALVES CAVALCANTI DE

ALBUQUERQUEADV.(A/S) : MARCUS AURELIO DE HOLANDA TORQUATOIMPDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAIMPDO.(A/S) : PARAÍBA PREVIDÊNCIA - PBPREVADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 32.568 (22)ORIGEM : RESP - 1125641 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ISAIAS JOSE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ GONZAGA FURTADO CUNHAIMPDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 32.577 (23)ORIGEM : PP - 00031445520132000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : WALTER WALTENBERG SILVA JUNIORADV.(A/S) : TALITAH REGINA DE MELO JORGE BADRA ROESLER

E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.578 (24)ORIGEM : PP - 00031445520132000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : WALTER WALTENBERG SILVA JUNIORADV.(A/S) : TALITAH REGINA DE MELO JORGE BADRA ROESLER

E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.579 (25)ORIGEM : PCA - 00065724520132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : JOÃO SANTANA SOUSAADV.(A/S) : DANIEL SOUSA AMARANTEIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.580 (26)ORIGEM : PCA - 00046783420132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : LEONARDO BICALHO DE ABREUADV.(A/S) : BRUNO ASPIN MANSOR PASSOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 4

IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.581 (27)ORIGEM : PROC - 00045172920102000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : JOSÉ LOPES DA SILVA NETOADV.(A/S) : ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕESIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 16.787 (28)ORIGEM : AIRR - 2172920125120013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : OLGA COUTOADV.(A/S) : LUIZ ALTAIR ZAMPRONIOINTDO.(A/S) : CONVIDA ALIMENTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : GABRIEL LOPES MOREIRA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 16.797 (29)ORIGEM : AC - 03696801120118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TERCEIRA VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PAULO ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : SONIA FERNANDES DE ALMEIDA

RECLAMAÇÃO 16.798 (30)ORIGEM : AIRR - 20597120115100001 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : VIPLAN - VIAÇÃO PLANALTO LTDAADV.(A/S) : GALBA MAGALHÃES VELLOSO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.799 (31)ORIGEM : PROC - 00473003620125160011 - JUIZ DO TRABALHO

DA 16º REGIÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

RAIMUNDO DAS MANGABEIRASRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

BALSASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSE DA SILVA PASSOSINTDO.(A/S) : IRACELIA FERREIRA MOURAINTDO.(A/S) : VALÉRIA CARNEIRO SILVA OLIVEIRAADV.(A/S) : EDILSON ROCHA RIBEIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : IZANIO CARVALHO FEITOSAADV.(A/S) : IZANIO CARVALHO FEITOSA

RECLAMAÇÃO 16.800 (32)ORIGEM : RMS - 38355 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : UNIVERSAL FITNESS DA AMAZONIA LTDAADV.(A/S) : JULIANA FRIEDRICH FARAJ ROMAGNA GRASSORECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

INTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

RECLAMAÇÃO 16.802 (33)ORIGEM : AC - 409665 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE ESCADAADV.(A/S) : LEONARDO BARBOSA CAVALCANTIRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5º REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECLAMAÇÃO 16.803 (34)ORIGEM : RESP - 1300645 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA DALBOSCO POLETTOADV.(A/S) : JAIME VALDUGA GABBARDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.508 (35)ORIGEM : PROC - 50073591720134047208 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JULIO RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : MARCINÉIA DA SILVA VAILATI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO CARLOS VAILATIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.619 (36)ORIGEM : AC - 50049095120104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DENSO DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 774.346 (37)ORIGEM : AC - 391044 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : USINA SÃO JOSÉ S/AADV.(A/S) : EVELINE GUEDES FERREIRA LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.167 (38)ORIGEM : PROC - 153404620065100009 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : AMANDA MICHELINE ALVESADV.(A/S) : JOÃO EMILIO FALCÃO COSTA NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.701 (39)ORIGEM : AC - 50005989320104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : MARISA APARECIDA MARAFON BARCKIADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 5: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 5

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.674 (40)ORIGEM : AC - 200850010104120 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SIMAC CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : WILLIANS FERNANDES SOUSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.946 (41)ORIGEM : MS - 20050044423 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : VANEIDE SIMÕES MONTEIROADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RIBEIRO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.544 (42)ORIGEM : PROC - 91199885220068260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UPS DO BRASIL SERVIÇOS AUXILIARES LTDAADV.(A/S) : CAIO MÁRCIO DE BRITO ÁVILA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ZURICH BRASIL SEGUROS S/AADV.(A/S) : MARIA HELENA GURGEL PRADO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : EXPEDITORS INTERNATIONAL DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.207 (43)ORIGEM : AC - 200771050040193 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LOJAS BECKER LTDAADV.(A/S) : ADRIANO ZIR BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.210 (44)ORIGEM : PROC - 00246793320088100001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : VIENA SIDERÚRGICA S/AADV.(A/S) : JORGE ARTURO MENDOZA REQUE JÚNIOR E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOINTDO.(A/S) : SÃO LUIS PREMOLDADOS DE CONCRETO LTDAINTDO.(A/S) : IMPRECOL INDUSTRIA DE PREMOLDADOS DE

CONCRETO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.330 (45)ORIGEM : AC - 20060108191000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MÓVEIS RUDNICK S/AADV.(A/S) : HELOÍSA CRISTINA VANIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.786 (46)ORIGEM : PROC - 199961090013320 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECDO.(A/S) : LUCIA ZATARIN MILANIADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS CAMARGO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.801 (47)ORIGEM : PROC - 00200580919984036100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MÁRIO LUIZ BONSAGLIARECTE.(S) : LUIZ FERNANDO AUGUSTORECTE.(S) : MÔNICA NICIDA GARCIARECTE.(S) : DARCY SANTANA VITOBELLORECTE.(S) : ROSÁRIA DE FÁTIMA ALMEIDA VILELARECTE.(S) : FÁTIMA APARECIDA DE SOUZA BORGHIRECTE.(S) : JOSÉ LEÔNIDAS BELLEM DE LIMARECTE.(S) : ANA LÚCIA AMARALRECTE.(S) : IEDA MARIA ANDRADE LIMARECTE.(S) : LÚCIA HELENA ROSAS DE ÁVILA FEIJÓADV.(A/S) : HOMAR CAIS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.882 (48)ORIGEM : AC - 50073928720114047107 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COOPERATIVA SANTA CLARA LTDAADV.(A/S) : RODRIGO FORCENETTE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.883 (49)ORIGEM : AC - 50024104220114047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SANTA MANOEL LUCIANOADV.(A/S) : EVERARDO CARDOSO DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.224 (50)ORIGEM : PROC - 50028076820114047211 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ALZEMIRO LINSADV.(A/S) : ANDERSON MACOHIN SIEGEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.262 (51)ORIGEM : PROC - 50023910220124047200 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSÉ DE ASSIS RAMOS FILHOADV.(A/S) : ANDERSON MACOHIN SIEGEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.478 (52)ORIGEM : PROC - 200771600005822 - TJRS - 1ª TURMA

RECURSAL CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : WALCIR BRASIL VAZ CORVELLORECDO.(A/S) : WALTER NEI LOUZADA RIBEIROADV.(A/S) : EISLER ROSA CAVADA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.660 (53)ORIGEM : AC - 994090190837 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DARCI DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 6

ADV.(A/S) : MÁRCIO ROGÉRIO VANALLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.665 (54)ORIGEM : AC - 00393581120094039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GILSO JOAQUIM SANTANAADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ MACEDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.667 (55)ORIGEM : AC - 00340583920074039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GERALDA PEREIRA BARINADV.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO ZEM PERALTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.710 (56)ORIGEM : AC - 00025308220114036139 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : TEREZA MARIA SIQUEIRA LIMAADV.(A/S) : JOEL GONZALEZ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.712 (57)ORIGEM : AC - 00228320420094039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SALVINA ALEIXA DOS SANTOSADV.(A/S) : JULIANA CRISTINA MARCKIS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 784.053 (58)ORIGEM : AC - 200572000109210 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ODETTE SILVEIRA CHAISE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.138 (59)ORIGEM : PROC - 50007574020134047004 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : AGMAR MARQUES DA SILVA JUNIORPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.193 (60)ORIGEM : AC - 200951020029227 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AERÓLEO TÁXI AÉREO S/AADV.(A/S) : BRUNO ZARONI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANA ANDRADE DORNELESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.194 (61)ORIGEM : MS - 99920110009795001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

RECDO.(A/S) : ERNANI DO AMARAL GONÇALVESADV.(A/S) : DANIEL CASTANHEIRA DO AMARAL GONÇALVES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.195 (62)ORIGEM : PROC - 70023462443 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : FERNANDA VIDAL PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALDIR GOMES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIROADV.(A/S) : PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.196 (63)ORIGEM : RESE - 00016891120074047106 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : RAFAEL DERZETE NEGRETEADV.(A/S) : NAIRA HELENA VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.199 (64)ORIGEM : AG - 281476 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : RICARDO NASCIMENTO ALVARENGAADV.(A/S) : RUI CALDAS PIMENTAINTDO.(A/S) : ALESSANDRO DA SILVA BARBOSAINTDO.(A/S) : BRÁULIO PEDRO ISHIHARA SILVA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 737.603 (65)ORIGEM : PROC - 0014971592011817 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ELIAS LOPES DA SILVAADV.(A/S) : HOMERO SÁVIO MENDES CORREIA DE ARAÚJO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.574 (66)ORIGEM : PROC - 201000010036619 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EUGÊNIA NOGUEIRA DO REGO MONTEIRO VILLA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VITOR TABATINGA DO RÊGO LOPES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : HENRIQUE JOSE DE CARVALHO NUNES FILHORECDO.(A/S) : GISELA MENDES LOPESRECDO.(A/S) : CAMILA MAUÉS DOS SANTOSRECDO.(A/S) : DAYANA SAMPAIO MENDESADV.(A/S) : ROBERT RIOS MAGALHÃES JÚNIOR E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.181 (67)ORIGEM : PROC - 200533009092191 - TRF1 - BA - 1ª REGIÃO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JACY DA SILVA ARAÚJOADV.(A/S) : FLORISVALDO COUTINHO GOMES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.474 (68)ORIGEM : AC - 70030540389 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : HOSPITAL MUNICIPAL GETÚLIO VARGASADV.(A/S) : JOAQUIM VIANA CARDINAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE ALMEIDAADV.(A/S) : DANIEL VON HOHENDORFF E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.750 (69)ORIGEM : AC - 994093845837 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSAL EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES

LTDAADV.(A/S) : CARLA MALUF ELIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.478 (70)ORIGEM : AC - 01395476720118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : CLÁUDIO DA SILVA COSTAADV.(A/S) : CRISTIANO MESCOLIN DO CARMO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.740 (71)ORIGEM : PROC - 025013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 51ª CJ -

CARAGUATATUBAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : GENIALL VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : LEONOR MESTRE ALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALDINEI SOARES SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.930 (72)ORIGEM : AC - 02682275 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS GUARARAPESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JABOATÃO

DOS GUARARAPESRECDO.(A/S) : EDVALDO FRANCISCO FERREIRAADV.(A/S) : CLETO ARLINDO DA COSTA ALBUQUERQUE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.393 (73)ORIGEM : PROC - 00319838120118190210 - TJRJ - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARIA FRANCISCA CAETANOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : VIAÇÃO PAVUNENSE S/AADV.(A/S) : EURICO MOREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.462 (74)ORIGEM : AI - 0024113306732001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DANIELA TEIXEIRA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.536 (75)ORIGEM : AC - 200922703742 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : JOSÉ MELLO DA ROCHA NETO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : JORGE ÁLVARO DA SILVA BRAGA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.689 (76)ORIGEM : PROC - 20129005769 - TJRN - 1ª TURMA RECURSAL -

CAPITALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA SALETE SOARESADV.(A/S) : WELLINTON MARQUES DE ALBUQUERQUE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.692 (77)ORIGEM : PROC - 20129007316 - TJRN - 1ª TURMA RECURSAL -

CAPITALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIELMA BORJA GOMESADV.(A/S) : WELLINTON MARQUES DE ALBUQUERQUE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.829 (78)ORIGEM : AC - 70038173951 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOSÉ LOPES DOS SANTOSADV.(A/S) : SÉRGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANA MARIA SILVA DO AMARALADV.(A/S) : DEIBERSON CRISTIANO HORN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.849 (79)ORIGEM : AC - 70052755691 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SULRECDO.(A/S) : ALINSSON LUIS DAGOSTINIADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.850 (80)ORIGEM : PROC - 71004183661 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARCIA REGINA RECHLINSKI GALLOADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.077 (81)ORIGEM : PROC - 44513 - TJSP - TURMA RECURSAL - 28ª CJ -

PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : JOÃO ARTHUR SOBRINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.296 (82)ORIGEM : AC - 7336854400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO PEREIRAADV.(A/S) : SAULO SENA MAYRIQUES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 8: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 8

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.346 (83)ORIGEM : PROC - 20111007030000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOAQUIM BITENCOURT DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.407 (84)ORIGEM : AC - 50163524420114047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSÉ RENI CUSTEL DOS SANTOSADV.(A/S) : GENI KOSKURRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.430 (85)ORIGEM : AI - 1553792520118090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ELIAS ALVES DE SOUSAADV.(A/S) : ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADM DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO MACHADO BORGES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.616 (86)ORIGEM : PROC - 130713 - TJSP - TURMA RECURSAL - 23ª CJ -

BOTUCATUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE

MESQUITA FILHO - UNESPADV.(A/S) : ROGÉRIO LUIZ GALENDIRECDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS PEDROSO DE LIMAADV.(A/S) : ALEXANDRE SARTORI DA ROCHA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.847 (87)ORIGEM : AC - 259311 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARCOS ANTONIO FISCHERADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.874 (88)ORIGEM : AI - 994092617076 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RADI MACRUZADV.(A/S) : OSWALDO CHADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DERSA DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/AADV.(A/S) : CARLA DORTAS SCHONHOFEN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.940 (89)ORIGEM : AC - 00074858019934047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ADOLFO CARLOS TEIXEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELLO MACEDO REBLIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.971 (90)ORIGEM : AC - 200751010281397 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FRANCISCO DE ASSIS FERREIRA COSTAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DA VEIGA SENNA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.007 (91)ORIGEM : AC - 20100316052 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARIA DE LOURDES MAYADV.(A/S) : CARLOS RODOLPHO GLAVAM PINTO DA LUZRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVPROC.(A/S)(ES) : MARCELO DE OLIVEIRA GANZO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO SÃO JOSÉ LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉ MELLO FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.276 (92)ORIGEM : AI - 50026191420104040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CRICIÚMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.294 (93)ORIGEM : AC - 000029761201080501890 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PARIPIRANGAADV.(A/S) : JOSÉ SOUZA PIRES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA RIVANDA DIAS DO NASCIMENTOADV.(A/S) : ANTÔNIO ITALMAR PALMA NOGUEIRA FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.330 (94)ORIGEM : APCRIM - 200181000196216 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FRANCISCO AGACI FERNANDES DA SILVAADV.(A/S) : ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.418 (95)ORIGEM : RESP - 316508 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CLEONICE RODRIGUES MELO E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : PAULO AFONSO DE MOURA MELOADV.(A/S) : FRANCISCA AIRES DE LIMA LEITE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRB - BANCO DE BRASÍLIA S/AADV.(A/S) : MARIA HELENA MOREIRA DOURADO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.420 (96)ORIGEM : RR - 93267001620035020900 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GRANERO TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO PESSOA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MANUEL AUGUSTO VICENTEADV.(A/S) : MAURÍCIO JORGE DE FREITAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.437 (97)ORIGEM : PROC - 50034062020138279100 - TJTO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/AADV.(A/S) : CELSO MARCONRECDO.(A/S) : ALÉSSIO BATISTA PEREIRA JUNIORADV.(A/S) : SANDRO CORREIA DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.478 (98)ORIGEM : AI - 50070554520124040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 9: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 9

RECTE.(S) : JORGE ALBERTO PEIXOTO DE FREITASADV.(A/S) : DAILSSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.480 (99)ORIGEM : AC - 50161228020124047001 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : HÉLVIO BORINI ZEMUNERADV.(A/S) : ELISÂNGELA GUIMARÃES ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.485 (100)ORIGEM : AC - 50101561520124047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EMILIA TAICO DA SILVA FERREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.492 (101)ORIGEM : PROC - 12631 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TERRA INDÚSTRIA DA AMAZÔNIA LTDAADV.(A/S) : FERNANDO DENIS MARTINSRECDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA DO COLÉGIO RECURSAL DE SÃO

BERNARDO DO CAMPO - SPADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROSÂNGELA NUNES DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.505 (102)ORIGEM : AC - 00108473220114039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ODEIR ANTONIO SIMAOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.538 (103)ORIGEM : AC - 00099943820114036114 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANTONIO JOSE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.643 (104)ORIGEM : PROC - 00282230820108190066 - TJRJ - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICO LTDAADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO ALMEIDAADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO FURLANI FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : HOSPITAL VITA VOLTA REDONDA S.AADV.(A/S) : EDUARDO ROCHA PANÇARDES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.649 (105)ORIGEM : PROC - 20020110207889001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO

PESSOARECDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.650 (106)ORIGEM : AC - 10720100005225001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : VERÔNICA ADELAIDE DA SILVAADV.(A/S) : CLAUDIO GALDINO DA CUNHA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.661 (107)ORIGEM : PROC - 0381430722012 - TJMG - TURMA RECURSAL

DE UBERABA - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCOS ROBERTO DE MORAESADV.(A/S) : SONIA HAYECK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVAT S/AADV.(A/S) : GUSTAVO GROSSI DE ASSIS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.666 (108)ORIGEM : PROC - 07306535220118130702 - TJMG - TURMA

RECURSAL DE UBERLÂNDIA - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JULIEBER ARRUDA PEREIRAADV.(A/S) : SONIA HAYECK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO

SEGURO DPVAT S/AADV.(A/S) : JACKSON FREIRE JARDIM SANTOS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.667 (109)ORIGEM : PROC - 051812232245 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARCUS VINÍCIUS FRIZOADV.(A/S) : CAIO EDUARDO SMANIO QUINTEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUCIMARA TONHOLOADV.(A/S) : VICENTE MACHADO DIAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.671 (110)ORIGEM : AC - 10024101666675001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : KELEN CRISTINA SILVAADV.(A/S) : JANAINA TABAJARA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.674 (111)ORIGEM : AC - 20120110238713 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : THIAGO GOMES DE LEMOSADV.(A/S) : JOÃO PAULO TODDE NOGUEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.675 (112)ORIGEM : PROC - 50527907820114047100 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS OLIVEIRAADV.(A/S) : CHAIENNE POGANSKI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.678 (113)ORIGEM : PROC - 50529198320114047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARILIA IBIAS DOS SANTOSADV.(A/S) : CHAIENNE POGANSKI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.680 (114)ORIGEM : AC - 20110112307710 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 10

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : IDERLÂNDIA VINTURA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO

DISTRITO FEDERAL - CAESBADV.(A/S) : ANA CECÍLIA DE FREITAS SANTOS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.681 (115)ORIGEM : AC - 70049780638 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COMÉRCIO DE JÓIAS NOVO HAMBURGO LTDAADV.(A/S) : DANIEL PAZ GONÇALVEZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.683 (116)ORIGEM : AC - 02720318 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VALMIR SOARES DOS SANTOSADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.684 (117)ORIGEM : AC - 20110112318467 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : NÁDIA MARIA GOMES SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO

DISTRITO FEDERAL - CAESBADV.(A/S) : MAURÍCIO COSTA PITANGA MAIA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.689 (118)ORIGEM : AC - 50078827820124047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOANA ARAUJO DO PRADOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.690 (119)ORIGEM : AC - 50031721520124047203 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA MEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.692 (120)ORIGEM : AC - 20090110887348 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : AURINDA NUNES DOS SANTOSADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDEADV.(A/S) : ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.693 (121)ORIGEM : AC - 500060927420124047004 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA ILDA CARDOSO SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.694 (122)ORIGEM : AC - 50023924320104047204 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CLAUDIONE CAETANOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.696 (123)ORIGEM : PROC - 50541037420114047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO RIBEIROADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.697 (124)ORIGEM : AR - 20110645475 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLISRECDO.(A/S) : NILTON SEBASTIAO NUNES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.698 (125)ORIGEM : AC - 00010752620114058403 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSÉ RAIMUNDO DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO PAULO SIQUEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.702 (126)ORIGEM : AC - 03473542820098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : WILMA MARIA BERNARDES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLÁUDIO LUCIANO BEDRAN GOMES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.710 (127)ORIGEM : AC - 024020123824 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : HELOIZA CORDEIRO SCHAYDEGGER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS HOMEMRECDO.(A/S) : BANESTES S/A - BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOADV.(A/S) : OMAR DE ALBUQUERQUE MACHADO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.711 (128)ORIGEM : AC - 20110123292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JACKSON DRAEGERADV.(A/S) : ALDANO JOSÉ VIEIRA NETORECDO.(A/S) : ADENILDA APARECIDA DOS SANTOSADV.(A/S) : DIANA CORRÊA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.717 (129)ORIGEM : AC - 02414404 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JOSÉ QUEIROZ DOS SANTOS JÚNIORADV.(A/S) : JOANNES BOSCO DE OLIVEIRA CAVALCANTIRECDO.(A/S) : HABISERVE INCORPORAÇÕES LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 11: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 11

ADV.(A/S) : EDUARDO VALFRIDO DA ROCHAINTDO.(A/S) : VALERIA CRISTINA MARINHO DE OLIVEIRA QUEIROZ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.718 (130)ORIGEM : AC - 00989894220038260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ANGELA LEME SOARES SANTOSADV.(A/S) : CLÁUDIO SCHWARTZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HOSPITAL SÃO BERNARDO S/AADV.(A/S) : MARIA HELENA LEONATO DE LIMA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.720 (131)ORIGEM : AC - 50107996720124047107 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANTONIO BOLSONADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFFRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.723 (132)ORIGEM : AI - 201130159888 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO

MEDICOADV.(A/S) : CRISTINE DA SILVA ALVES GIMENES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VIRGINIA COELI MONTEIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO DIAS DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.724 (133)ORIGEM : PROC - 50001720520114047118 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OSCAR JUSCELINO BEHMADV.(A/S) : POLLIANA SALETE BEHM

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.734 (134)ORIGEM : AC - 50095023120124047202 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AMARILDO TRANQUILO VERZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.737 (135)ORIGEM : AC - 00031174820084036127 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : APPARECIDA DE MELLO PEREIRAADV.(A/S) : DANIEL FERNANDO PIZANI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.739 (136)ORIGEM : AC - 699493200080601011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : J E MADV.(A/S) : EDMILSON ALMEIDA FERNANDESRECDO.(A/S) : L K N A (REPRESENTADA POR R M N A R)ADV.(A/S) : GERALDO GOMES DE AZEVEDO FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.741 (137)ORIGEM : MS - 000674161201180500000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : IVAN ALMEIDA RODRIGUESADV.(A/S) : ANTONIO ROBERTO PRATES MAIA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.742 (138)ORIGEM : PROC - 50100957320114047112 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOICE ROSA DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.743 (139)ORIGEM : PROC - 50104899220114047108 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANA INES CORNELIADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.744 (140)ORIGEM : AI - 00575150820118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PAULO OLIVEIRA DE AZEVEDOADV.(A/S) : FRANCISCO C R BENFICAADV.(A/S) : MÁRCIO PECEGO HEIDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO RIO DAS TIJUCASADV.(A/S) : EMILIO SEBASTIÃO SILVA FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.747 (141)ORIGEM : AC - 24060057429 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCA E ASSISTÊNCIA DOS

SERVIDORES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - IPAJM

PROC.(A/S)(ES) : RODRIGO ANTONIO GIACOMELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS SALGADO DE ARAÚJOADV.(A/S) : EVANDRO DE CASTRO BASTOS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.756 (142)ORIGEM : AC - 200461230022371 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NAIR RODRIGUES ZIMICHUTADV.(A/S) : EVELISE SIMONE DE MELO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.758 (143)ORIGEM : AC - 00244926720118190066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LUCIA MARIA RIBEIRO LOPESADV.(A/S) : ETTORE DALBONI DA CUNHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA

REDONDA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.763 (144)ORIGEM : AC - 00018987520098190051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : JOSÉLIA CARVALHO PINHEIRO DAMASCENOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO FIDÉLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

FIDÉLIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 12: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 12

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.766 (145)ORIGEM : RR - 1528006320045150023 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RICARDO ALEXANDRE BARBIERI LEAOADV.(A/S) : MARIA CRISTINA BARNABARECDO.(A/S) : NILCÉA HELENA DA SILVAADV.(A/S) : ELAINE PEREIRA CAVALCANTERECDO.(A/S) : JOSE CARLOS MATTANAADV.(A/S) : ADRIANA MAZZEO FIOD

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.767 (146)ORIGEM : PROC - 200871500347557 - TRF4 - RS - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DULCE HELENA MIRAPALHETA PETRYADV.(A/S) : CAMILA FISCHER BITTENCOURT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.773 (147)ORIGEM : AC - 20110112065224 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : AGDA MARIA NUNES DA SILVAADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.775 (148)ORIGEM : MS - 99920120004174001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : MARLENE GRANGEIRO TOSCANO DA SILVAADV.(A/S) : JONAS DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.779 (149)ORIGEM : AC - 50451733320124047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA DORALICE MACHADO DE CAMPOSADV.(A/S) : GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.794 (150)ORIGEM : AC - 50443128120114047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : TEREZINHA FRANCISCA KRAMER RUSCHELADV.(A/S) : WANDA ELISABETH DUPKE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.798 (151)ORIGEM : proc - 50552738120114047100 - TRF4 - RS - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LUIZA URBANOADV.(A/S) : GLÊNIO LUIS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.799 (152)ORIGEM : AC - 20130005158 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA CÍCERA PEREIRAADV.(A/S) : LUCIANO FERNANDES BEZERRARECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CANGUARETAMA/RNADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : WELLINSON CARLOS DANTAS RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.809 (153)ORIGEM : PROC - 50376515220124047100 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES SOARES RIBEIROADV.(A/S) : GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.811 (154)ORIGEM : AC - 20120110848122 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARCIO MOREIRAADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.820 (155)ORIGEM : PROC - 20110754688 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLISRECDO.(A/S) : ADRIANA ELIZETE MEDEIROS DA SILVA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.827 (156)ORIGEM : AC - 00040404220108260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : HUMBERTO NERES DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ FIGUEIREDO ROCHA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.828 (157)ORIGEM : AC - 02374669 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPOJUCAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPOJUCARECDO.(A/S) : SILVIO JOSE SOARES DE MEDEIROSADV.(A/S) : JOÃO RICARDO SILVA XAVIER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.832 (158)ORIGEM : PROC - 200971630026344 - TJRS - 2ª TURMA

RECURSAL CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANITA ANA WINTERADV.(A/S) : LAUDIR GÜLDEN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.877 (159)ORIGEM : PROC - 20120791706000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : JOEL MELOADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.878 (160)ORIGEM : PROC - 20120834147000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LAUDELINO BERKEMBROCK

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 13

ADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.927 (161)ORIGEM : APCRIM - 990081669722 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : W S CADV.(A/S) : RODOLPHO PETTENÁ FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : L DE A PINTDO.(A/S) : L A DE L

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.939 (162)ORIGEM : APCRIM - 990080983105 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FLÁVIO MARCELO FERNANDESADV.(A/S) : CARLOS RENATO RODRIGUES SANCHES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.942 (163)ORIGEM : APCRIM - 200361030037726 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : R DA C VADV.(A/S) : JORGE FELIX DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.960 (164)ORIGEM : EIAPCRIM - 9412 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RUI ALVES FEITOSAADV.(A/S) : GIULIANO OLIVEIRA MAZITELLIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ALESSANDRO CATRI PINHEIROINTDO.(A/S) : RODRIGO DE SÁ CORREIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.964 (165)ORIGEM : APCRIM - 990101567725 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : E JADV.(A/S) : WANDERLEY ABRAHAM JUBRAMRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.966 (166)ORIGEM : APCRIM - 201030080282 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : O S CADV.(A/S) : EDUARDO NEVES LIMA FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁRECDO.(A/S) : R T DA SRECDO.(A/S) : S C C MADV.(A/S) : AUGUSTO CÉSAR FERREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.967 (167)ORIGEM : AREsp - 00013763520108260272 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DOUGLAS GUILHERME MATEUSADV.(A/S) : LUIZ ARNALDO ALVES LIMA FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

INTDO.(A/S) : BENEDITO APARECIDO MATEUS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.969 (168)ORIGEM : APCRIM - 1171162011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARLON OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : HUENDEL ROLIM WENDER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.972 (169)ORIGEM : ARESP - 294875 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GILBERTO CARLOS GUERRA DA SILVAADV.(A/S) : EDMILSON DAS NEVES GUERRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : JOÃO SALIM DA SILVAINTDO.(A/S) : ANTÔNIO ELIAS DE SOUZA BATISTAINTDO.(A/S) : LUIZ EDUARDO DA SILVAINTDO.(A/S) : EDSON PEREIRA DE SOUZAINTDO.(A/S) : FIDEL DE TALINTDO.(A/S) : CARLOS DOS SANTOS CAVALCANTEINTDO.(A/S) : PAULO BATISTA BOTELHOINTDO.(A/S) : ÉDIO SÉRGIO COSTA FARIASINTDO.(A/S) : ALDRIN DA SILVA MOREIRAINTDO.(A/S) : RAIMUNDO NONATO DAS GRAÇAS CARNEIROINTDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS AUGUSTO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.986 (170)ORIGEM : APCRIM - 10024110574670001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ARLAN VIEIRA GOMES JUNIORADV.(A/S) : HERALDO FRANCO CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.066 (171)ORIGEM : AI - 1032520126260011 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DILADOR BORGES DAMASCENORECTE.(S) : PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA -

PSDBADV.(A/S) : ANDERSON POMINIADV.(A/S) : THIAGO TOMMASI MARINHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA CRISTÃO - PSDCADV.(A/S) : HELIO FREITAS DE CARVALHO DA SILVEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.067 (172)ORIGEM : AI - 875920126260306 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : COLIGAÇÃO "O MELHOR PARA SANTO ANDRÉ"ADV.(A/S) : ANDRÉIA MARIA TEIXEIRA VARELLA MARIANO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUSTIÇA PÚBLICA ELEITORAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.106 (173)ORIGEM : APCRIM - 70050481167 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : IRIO MAGNIADV.(A/S) : MARCIANA MAGNIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 14

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.166 (174)ORIGEM : APCRIM - 20110112374148 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RAFAEL EDSON DA SILVAADV.(A/S) : MARIANA M DE FREITAS DANTAS MALTEZ COCARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.202 (175)ORIGEM : APCRIM - 00208215020118260451 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - PIRACICABAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSÉ WILSON DO CARMO CHAVESADV.(A/S) : RAFAEL GERBER HORNINK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.208 (176)ORIGEM : APCRIM - 00319748020118260451 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - PIRACICABAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SAMIR GHOSNADV.(A/S) : RAFAEL GERBER HORNINKADV.(A/S) : GUILHERME SPADA DE SOUZARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.224 (177)ORIGEM : APCRIM - 90000016320088260481 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DIONE FERNANDO FLORÊNCIOADV.(A/S) : ALEXANDRE PINHEIRO VALVERDERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOASSIST.(S) : JESUZ RIBEIROADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO ROSSATO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.225 (178)ORIGEM : AC - 20120205676 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE WALDIR GERALDI REDIVOADV.(A/S) : TIAGO RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.232 (179)ORIGEM : AC - 20110052955 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TÂNIA ESTEVELINA ANACLETO EVANGELISTA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO FERNANDO NOVELLI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.263 (180)ORIGEM : APCRIM - 00604228920018050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : WILSON SILVA CARDOSO FILHOADV.(A/S) : FÁBIO REIS PAIM

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.560 (181)ORIGEM : MS - 19685 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CAMARA MUNICIPAL DE PEDRO ALEXANDRE - BAADV.(A/S) : ISRAEL MENDONÇA SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.561 (182)ORIGEM : MS - 11342 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PAULO JACINTO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ENOCK BARRETO DESIDERIORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.562 (183)ORIGEM : MS - 9290 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CESAR GOMES LEALADV.(A/S) : DANIEL FOLENA DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.315 (184)ORIGEM : HC - 244886 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : WALTER ANTÔNIO CHAPINAADV.(A/S) : MAURO ORTEGARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.316 (185)ORIGEM : HC - 190952 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FERNANDO MELCHIORADV.(A/S) : RODRIGO CORRÊA GODOYRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.317 (186)ORIGEM : HC - 208688 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOAO BATISTA GAMAADV.(A/S) : VICENTE AQUINO DE AZEVEDORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.318 (187)ORIGEM : HC - 156719 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : FABIO LUIS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO CAMILO ALBERTO DE BRITORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.324 (188)ORIGEM : HC - 214406 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SÉRGIO LUIZ BUENOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 15

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 20 0 20

MIN. MARCO AURÉLIO 17 0 17

MIN. GILMAR MENDES 16 0 16

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25 0 25

MIN. CÁRMEN LÚCIA 23 1 24

MIN. DIAS TOFFOLI 16 0 16

MIN. LUIZ FUX 18 2 20

MIN. ROSA WEBER 15 0 15

MIN. TEORI ZAVASCKI 18 0 18

MIN. ROBERTO BARROSO 17 0 17

TOTAL 185 3 188

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ata da Ducentésima Trigésima Terceira Distribuição realizada em 20 de novembro de 2013.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

EXECUÇÃO PENAL 1 (189)ORIGEM : AP - 470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPOLO PAS : JOSÉ GENOÍNO NETOADV.(A/S) : SANDRA MARIA GONÇALVES PIRES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. JOAQUIM BARBOSA 1 0 1

TOTAL 1 0 1

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 20 de novembro de 2013.

DECISÕES E DESPACHOS

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.111

(190)

ORIGEM : AC - 00035290820088180207 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : DULCE BIANCARDINI MOURÃO VIEIRAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS XIMENESEMBDO.(A/S) : MANOEL ESPINOLA DE ARAUJOADV.(A/S) : EDSON LOURENÇO VINHAES E OUTRO(A/S)

DESPACHO : Abra-se vista à parte embargada.Publique-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

HABEAS CORPUS 120.103 (191)ORIGEM : PROC - 0082004 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ANTONIO DE SANTANNAIMPTE.(S) : ANTONIO DE SANTANNACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Antônio de Santanna em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria

Pública da União de Categoria Especial.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 120.238 (192)ORIGEM : EXECUÇÃO - 574263 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : REGINALDO TEODORO DA SILVA JUNIORIMPTE.(S) : REGINALDO TEODORO DA SILVA JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DE RIBEIRÃO PRETO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado por Reginaldo Teodoro da Silva Junior em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Juízo da Vara das Execuções Criminais de Ribeirão Preto/SP.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria

Pública do Estado de São Paulo.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 120.239 (193)ORIGEM : Execução - 746156 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : EVERTON LUIZ GOMES CLARIMUNDOIMPTE.(S) : EVERTON LUIZ GOMES CLARIMUNDOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CRIMINAL DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado por Everton Luiz Gomes Clarimundo em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Juiz de Direito da 10ª Vara Criminal de São Paulo/SP.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria

Pública do Estado de São Paulo.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 16: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 16

HABEAS CORPUS 120.241 (194)ORIGEM : PROC - 30058241520128260309 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : DANILO GOMESIMPTE.(S) : DANILO GOMESCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Danilo Gomes em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria

Pública da União de Categoria Especial.À Secretaria, para que retifique a autuação fazendo-se constar o

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo como autoridade coatora.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 120.256 (195)ORIGEM : PROC - 00360151920128190203 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : HÉLIO NUNES SANTOSIMPTE.(S) : JOSÉ CARDOSO DE SANTANNACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Hélio Nunes Santos.

Apesar de os impetrantes indicarem o Juízo da 1ª Vara Criminal da Capital/RJ como autoridade coatora, a petição inicial informa a existência de habeas corpus impetrado ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o que justifica a competência do Superior Tribunal de Justiça para processar e julgar a presente impetração (CF, art. 105, I, ‘c’).

Como se sabe, a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus – quanto à autoridade coatora - adstringe-se ao taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

À Secretaria, para que retifique a autuação fazendo-se constar o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro como autoridade coatora.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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HABEAS CORPUS 120.276 (196)ORIGEM : PROC - 00235862004 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : IVO RODRIGUESIMPTE.(S) : APOLINARIO RODRIGUES DE QUEIROZCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA COMARCA

DE UBERLÂNDIA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Ivo Rodrigues, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Uberlândia/MG.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me

autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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HABEAS CORPUS 120.277 (197)ORIGEM : IPM - 00001286220127010201 - JUIZ AUDITOR MILITAR

DA 1º CJMPROCED. : ESPÍRITO SANTOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : LEONARDO QUEIROZ CHAVES MONTEIRO DE

BARROSIMPTE.(S) : JOSE MARIO VIEIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ AUDITOR DA 2ª AUDITORIA DA 1ª

CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Leonardo Queiroz Chaves Monteiro de Barros, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Juiz Auditor da 2ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Superior Tribunal Militar, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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HABEAS CORPUS 120.296 (198)ORIGEM : APCRIM - 10331120010268001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : SERAFIM JOSE DUTRA LEITEIMPTE.(S) : SERAFIM JOSE DUTRA LEITEADV.(A/S) : ALIZISE MARIA SILVACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Serafim José Dutra Leite, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 753.112 (199)ORIGEM : AR - 20060020049415 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DEJANDIR DALPASQUALEADV.(A/S) : NILSON CUNHA JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE PARTIC

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 17

AGROINDUSTRIAL BRASAGROADV.(A/S) : PEDRO AURÉLIO ROSA DE FARIAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO (ref. à Petição 51649/2013):Homologo a desistência do recurso extraordinário, requerida pela

parte recorrente em petição subscrita por advogado com poderes para desistir.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.822 (200)ORIGEM : MS - 20100020138691 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MARINA TOSTA DE ALMEIDAADV.(A/S) : VILMAR DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 6) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 22.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 6 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.882 (201)ORIGEM : PROC - 200970500007402 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE FABRISADV.(A/S) : LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007, cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema – “Ajuizamento de ação individual autônoma para pleitear o direito aos juros remuneratórios de caderneta, reconhecido em ação coletiva transitada em julgado.” – cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (Tema 577 - ARE 689.765-RG, rel. min. Gilmar Mendes).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 722.878 (202)ORIGEM : PROC - 8928085901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DURVALINO DE TOLEDO FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO MARCHI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 17 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 727.578 (203)ORIGEM : PROC - 00549120620104013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DIMAS VIEIRA DIASADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDOADV.(A/S) : WILLIAN FRAGA GUIMARÃES

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.444 (204)ORIGEM : PROC - 20092090251677 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GAFISA S/AADV.(A/S) : FABRÍCIO CARRADA ITABORAHY E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RICARDO MELCHIOR DE BARROS RANGELADV.(A/S) : RICARDO MELCHIOR DE BARROS RANGEL

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.768 (205)ORIGEM : PROC - 00315146420094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 18

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : BENEDITO TELLESADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDOADV.(A/S) : WELTON MARDEN DE ALMEIDA

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.381 (206)ORIGEM : PROC - 00531465820094013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CONCEIÇÃO ALVES BERGEROTADV.(A/S) : ÉDEN LINO DE CASTRO

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.981 (207)ORIGEM : PROC - 200581000168858 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : QUEIROZ COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE ALBUQUERQUE ANDRADE E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.441 (208)ORIGEM : PROC - 00120040190488002 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : THAIS ELIZABETH L TAVARESRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE HELDER HENRIQUE ALMEIDAADV.(A/S) : RUSS HOWELL HENRIQUE CESÁRIO

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.468 (209)ORIGEM : PROC - 00120040247239002 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILSON SALES BELCHIORRECDO.(A/S) : EDINALVA TEIXEIRA DE ARAÚJOADV.(A/S) : GIUSEPPE FABIANO DO MONTE COSTA E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 202

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.481 (210)ORIGEM : PROC - 00120040187401002 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SUELLEN MENEZES DA COSTARECDO.(A/S) : VALCINETE GALVÃO DE CARVALHO SILVAADV.(A/S) : GIUSEPPE FABIANO DO MONTE COSTA E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 202

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.228 (211)ORIGEM : PROC - 389403020094013500 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNASA - FUNDACAO NACIONAL DE SAUDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA VIEIRA GOMES

ADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUES

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.884 (212)ORIGEM : PROC - 00481674420094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VICENTE LUIZ DA SILVAADV.(A/S) : WELTON MARDEN DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 211

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 727.568 (213)ORIGEM : PROC - 00577805420104013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ GONZAGA DE MENEZESADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUESADV.(A/S) : WELTON MARDEN DE ALMEIDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 19: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 19

Despacho: Idêntico ao de nº 211

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.351 (214)ORIGEM : PROC - 295608020094013500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELÁDIO JOSÉ LEITE DE BRITOADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO

Despacho: Idêntico ao de nº 211

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.394 (215)ORIGEM : AC - 00208154420098260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MAURI CAMARGO DE MORAISADV.(A/S) : ALEXANDRE ANGELO DO BOMFIMRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 211

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.091 (216)ORIGEM : AC - 0199478302 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATAADV.(A/S) : RODRIGO RANGEL MARANHÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GENILDO JOSÉ DA SILVAADV.(A/S) : KARINA SCHNARNDORF DORNELAS CAMARA E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 211

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.218 (217)ORIGEM : AMS - 200438000031934 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GAZOLA, BARBATO E SILVA ADVOGADOS

ASSOCIADOSADV.(A/S) : ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em

exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.402 (218)ORIGEM : AC - 199151010443053 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO CLEBER CAJUEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DO SOCORRO SUKY OLIVEIRA CONTRUCCI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Abra-se vista à parte recorrente, Antonio Cleber Cajueiro e outro(a/s), para que se manifeste, no prazo de dez dias, sobre o interesse no prosseguimento deste recurso, tendo em vista a petição inserida à fl. 298 – vol. 10, dos autos eletrônicos, dirigida ao relator do agravo em recurso especial no Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.421 (219)ORIGEM : AC - 70040811242 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO VOLKSWAGEN S/AADV.(A/S) : ANA PAULA CAPITANI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VERA REGINA MORO DE QUADROSADV.(A/S) : LUCIANO ROBERTO SARTURI

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 5) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 1º.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 5 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.264 (220)ORIGEM : AC - 990102965473 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDSON APARECIDO CORRÊAADV.(A/S) : ARMANDO SAMPAIO DE REZENDE JÚNIORADV.(A/S) : WILLIAM ALFREDO ATTUY E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 20

da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.331 (221)ORIGEM : PROC - 00009224420138269004 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VESPOLI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDAADV.(A/S) : PIRACI UBIRATAN DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/

S)RECTE.(S) : FRANCISCO DE MELO ORTIZADV.(A/S) : JUDSON CLEMENTINO DE SOUSA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.202 (222)ORIGEM : AC - 10433110226092001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSÉ MARIA ANDRADE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HELIO OLIMPIO DE SOUZA MACEDORECDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - CAPEFADV.(A/S) : MARIA INÊS CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a aferição da tempestividade do recurso se faz pela data da entrada da petição no protocolo do Tribunal, sendo irrelevante a data da postagem da peça nos Correios:

“1. A tempestividade do recurso é aferida pela data de sua interposição na Secretaria do Tribunal e não por sua postagem nos Correios. Intempestivo, portanto, o apelo extremo. Precedente. 2.Agravo regimental improvido. ” (AI 624.641-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJ de

24.08.2007)Nesse sentido: ARE 702.331-AgR (relator-presidente Ayres Britto,

Plenário, DJe de 30.11.2012), ARE 640.424-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 04.10.2011), AI 625.270-AgR-ED (rel. min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 21.11.2008), ARE 682.671-AgR-ED (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 25.09.2012), ARE 648.686-ED (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 1º.02.2012), RE 480.092-AgR-AgR-ED (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 23.11.2007), AI 458.875-AgR-AgR (rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 19.11.2004) e AI 591.001-AgR-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ de 09.11.2007).

Dessa maneira, embora a petição do agravo tenha sido postada nos Correios no último dia do prazo recursal, em 20.03.2013 (fls. 313), o recurso somente foi protocolado no Tribunal a quo em 21.03.2013 (fls. 313). É, pois, intempestivo o agravo.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.368 (223)ORIGEM : AR - 4120 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANNA LUNGEN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KATLEN SUZAN NARDES GERMANO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação dos recorrentes ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.511 (224)ORIGEM : PROC - 0200738007194336 - TRF1 - MG - 1ª REGIÃO -

1ª TURMA RECURSALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PALMA NERY PONTESADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 21

Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.514 (225)ORIGEM : PROC - 682943920104013800 - TRF1 - MG - 1ª REGIÃO

- 1ª TURMA RECURSALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADEMAR JACINTO DA SILVAADV.(A/S) : WENDELL ELIAS MURAD E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO : A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que negou provimento ao recurso inominado não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.894 (226)ORIGEM : AC - 201161260071431 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JEHOVAH CORREIA DA SILVAADV.(A/S) : LUANA DA PAZ BRITO SILVAADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a parte agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática recorrida não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.931 (227)ORIGEM : AC - 004201095201080500010 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EULINO MENDES PEIXOTOADV.(A/S) : MHÉRCIO CERQUEIRA MONTEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO : A parte ora agravante foi intimada da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário em 13.06.2013 (quinta-feira), conforme certidão de fls. 443. Portanto, o prazo para a interposição de agravo esgotou-se em 24.06.2013 (segunda-feira). É, pois, intempestivo o presente agravo, porquanto interposto em 25.06.2013 .

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.231 (228)ORIGEM : AC - 990102621588 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : BUCZMIEJUK COMÉRCIO DE BEBIDAS E

MINIMERCADO LTDA - MEADV.(A/S) : JOÃO FRANCISCO GOUVÊA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 4) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 23.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 4 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.241 (229)ORIGEM : AC - 00104324020078190063 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SAAETRI - SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E

ESGOTO DE TRÊS RIOSADV.(A/S) : WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PEDRO PIRESADV.(A/S) : MARIALVA CARDOSO QUINTELLA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 3) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 24.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 3 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.042 (230)ORIGEM : AC - 00169598720108120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DELZIMAR ALVES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : GILBERTO GARCIA DE SOUSARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO

GRANDE

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 22

de 06.09.2007).Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a

interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.071 (231)ORIGEM : EIAC - 201101177322000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NEY DE BARROS LIMAADV.(A/S) : VERA LÚCIA KRUKI ALMEIDA DINIZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JÚLIO CÉSAR FANAIA BELLO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR FANAIA BELLO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Compulsando os autos, verifico a intempestividade do presente agravo, porquanto interposto em 21.06.2012, ao passo que a intimação da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário ocorreu em 04.05.2012.

Cumpre observar que os embargos de declaração opostos da decisão do presidente do Tribunal de origem que nega seguimento a recurso extraordinário, por manifestamente incabíveis, não suspendem ou interrompem o prazo para a interposição de outro recurso. Nesse sentido: AI 602.116-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 26.10.2007), AI 733.719-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 11.12.2009), AI 777.476-AgR (relator-presidente min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 07.05.2010), AI 779.295-AgR-ED-ED-EDv (rel. min. Rosa Weber, DJe de 06.03.2012) AI 839.995 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 04.06.2012), ARE 663.031-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 15.03.2012), ARE 686.112-ED (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 14.09.2012), ARE 688.273 (rel. min. Luiz Fux, Dje de 28.09.2012) e ARE 704.027 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.078 (232)ORIGEM : AC - 03032279720128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : KATIA FERREIRA FRANÇA GONÇALVESADV.(A/S) : PIERRE VIANNARECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO : A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que deu provimento à apelação não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012),

ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.901 (233)ORIGEM : AIRR - 3202020125080119 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JUVÊNCIO RODRIGUES DA CUNHAADV.(A/S) : LÚCIA VALENA BARROSO PEREIRA CARNEIRORECDO.(A/S) : SANDOVAL NASCIMENTO JUNIORADV.(A/S) : ANTÔNIO DA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.942 (234)ORIGEM : AIRR - 1144000220085150132 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SINDICATO DOS TERAPEUTAS, PROFISSIONAIS DA

BELEZA, ARTE-EDUCADORES, AGENTES SOCIAIS E SIMILARES DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : ANA CLÁUDIA GADIOLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

DOS CAMPOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO MAMULENGO SOCIALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO : A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que negou seguimento ao agravo de instrumento não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 14 de novembro de 2013.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 23

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.339 (235)ORIGEM : AC - 106786600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : PROSEGUR BRASIL S/A - TRANSPORTADORA DE

VALORES E SEGURANÇAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO COIMBRA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALEXANDRE DE CARVALHO FIDALGOADV.(A/S) : WILSON PEREZ PEIXOTOINTDO.(A/S) : UJITEC MOTOR LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Torno sem efeito o termo de remessa de fls. 712, verso.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI

664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 06.09.2007), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 03.05.2007 (fls. 647) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJ de 09.08.2012); AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 15.08.2011); AI 780.477-AgR (rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 08.03.2012); ARE 654.250-ED, (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ de 11.10.2011); AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 13.03.2012); RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ de 10.10.2012); RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ de 15.09.2011); ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJ de 18.09.2012); ARE 692.735 (rel. min. Celso de Mello, DJ de 20.06.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJ de 03.10.2011).

Ademais, esta Corte, ao decidir a Questão de Ordem no ARE 663.637-AgR, relator-presidente min. Ayres Britto (julgado em 12.09.2012), decidiu que é indispensável a apresentação de preliminar de repercussão geral devidamente fundamentada, ainda que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de outro processo, já tenha reconhecido a presença da repercussão geral da mesma questão constitucional em discussão.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Processos com Despachos Idênticos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.270 (236)ORIGEM : AC - 448077 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JR ROLAMENTOS LTDA MEADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUESADV.(A/S) : RODRIGO OTÁVIO ACCETE BELINTANIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 17 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.510 (237)ORIGEM : AC - 405070 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : INDAIÁ BRASIL ÁGUAS MINERAIS LTDAADV.(A/S) : CAIO CESAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.686 (238)ORIGEM : AMS - 200551010156387 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECTE.(S) : MK MUSIC - EDIÇÕES MUSICAIS LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.446 (239)ORIGEM : PROC - 2011189660 - TJPR - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARISETI FRANCISCA VON DENTZADV.(A/S) : CLARICE MARIA DAL COMUNE

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.766 (240)ORIGEM : PROC - 00295616520094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 24

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO ALVES DE LIMAADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.769 (241)ORIGEM : PROC - 00492076120094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JURANDI BISPO DA COSTAADV.(A/S) : HUGO ARAUJO GONÇALVES

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.263 (242)ORIGEM : AC - 00055128920114036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WBR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VESTUÁRIO S/AADV.(A/S) : DANIEL LUIZ FERNANDESADV.(A/S) : MARCELO BAETA IPPOLITORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.609 (243)ORIGEM : PROC - 00331307420094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VALDELICE SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUESADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.610 (244)ORIGEM : PROC - 00488412220094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELZO PEDRO DE SOUZAADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUES

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.600 (245)ORIGEM : PROC - 21013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 27ª CJ -

PRESIDENTE PRUDENTEPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CÉLIO MARQUES MEIRELESADV.(A/S) : LÍDIA MENDES DA COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OMNI S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : HERBERT BARBOSA CUNHAADV.(A/S) : EDUARDO PENA DE MOURA FRANÇA

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.273 (246)ORIGEM : AC - 20020110026693001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : GILDIVAN JOSÉ VIANA PINTOADV.(A/S) : FRANCISCO DE ANDRADE CARNEIRO NETO E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.423 (247)ORIGEM : PROC - 00120040183954001 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILSON SALES BELCHIORRECDO.(A/S) : AUREA COSTA TELESADV.(A/S) : MANOEL FÉLIX NETO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.436 (248)ORIGEM : PROC - 00120040237438002 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SUELLEN MENEZES DA COSTARECDO.(A/S) : SANTANA MARIA FLORINDOADV.(A/S) : MARIA BERNADETE NEVES DE BRITO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.439 (249)ORIGEM : PROC - 00120040190231002 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHARECDO.(A/S) : FRANCINETE BEZERRA SILVAADV.(A/S) : ELVIRA CARMEN FARIAS AGRA LEITE

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.469 (250)ORIGEM : PROC - 00120040193052 - TJPB - TURMA RECURSAL

DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : SUELLEN MENEZES DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHARECDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO AQUINO SILVAADV.(A/S) : MANOEL FÉLIX NETO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.483 (251)ORIGEM : PROC - 00120040182741 - TJPB - TURMA RECURSAL

DE CAMPINA GRANDE - 3ª TURMAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : THAIS ELIZABETH L TAVARESRECDO.(A/S) : ARLINDA MENEZES NUNESADV.(A/S) : GIUSEPPE FABIANO DO MONTE COSTA E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.019 (252)ORIGEM : PROC - 8882012 - TJSP - TURMA RECURSAL - 26ª CJ -

ASSISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE YUJI HIRATA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RODRIGO BULHÕES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MOACIR FIRMINO DE PAIVA JUNIOR E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.020 (253)ORIGEM : PROC - 200935009014649 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 25: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 25

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDMUNDO ROCHA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : HELMA FARIA CORRÊA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 236

HABEAS CORPUS 120.240 (254)ORIGEM : EXECUÇÃO - 537000 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : EMERSON ALVES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : EMERSON ALVES DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO

CRIMINAL DE ARAÇATUBA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado por Emerson Alves de Oliveira em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, pelo Juízo das Execuções Criminais da Comarca de Araçatuba/SP.

É o conciso relatório.Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal.

Remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria

Pública do Estado de São Paulo.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 120.306 (255)ORIGEM : ARE - 660020 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : PEDRO LUIZ FAGUNDES RUASIMPTE.(S) : PEDRO LUIZ FAGUNDES RUAS

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado por Pedro Luiz Fagundes Ruas em seu próprio favor, contra ato praticado, ao que tudo indica, por Turma Recursal de Juizado Especial Criminal.

É o conciso relatório. Decido.O Supremo Tribunal Federal não possui competência para processar

e julgar habeas corpus contra ato da autoridade apontada como coatora, pois esta não figura no taxativo rol do art. 102, inc. I, “i”, da Constituição Federal.

Ademais, o Plenário desta Corte, ao julgar o HC 86.834/SP (rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 09.03.2007), reformulou sua orientação jurisprudencial no tocante à competência originária para o processo e julgamento de habeas corpus impetrados contra atos oriundos de Turmas Recursais de Juizados Especiais, proferindo, então, acórdão cuja ementa possui o seguinte teor:

“COMPETÊNCIA – ‘HABEAS CORPUS’ - DEFINIÇÃO. A competência para o julgamento do ‘habeas corpus’ é definida pelos envolvidos - paciente e impetrante.

COMPETÊNCIA – ‘HABEAS CORPUS’ - ATO DE TURMA RECURSAL. Estando os integrantes das turmas recursais dos juizados especiais submetidos, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, à jurisdição do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal, incumbe a cada qual, conforme o caso, julgar os ‘habeas’ impetrados contra ato que tenham praticado”.

Na mesma ocasião, esta Corte firmou entendimento no sentido de que compete ao pertinente Tribunal de Justiça (ou Tribunal Regional Federal, conforme o caso) – e não mais ao Supremo Tribunal Federal -, a competência para processar e julgar, em sede originária, pedido de habeas corpus impetrado contra ato de Turma Recursal.

No mesmo sentido: HC 104.892/SP, rel. Min. Celso de Mello, DJE nº 149, divulgado em 12/08/2010; HC 101.014-MC/MG, rel. Min. Celso de Mello, DJE nº 194, divulgado em 14/10/2009; HC 89.630-MC/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 19/09/2006; e HC 89.916-MC/SP, Rel. Min. Celso De Mello, DJ de 31/10/2006.

Assim, não conheço do presente habeas corpus, conforme me autorizam os artigos 38 da Lei nº 8.038/90 e 13, inc. V, “d”, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, na forma prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para que adote as providências que entender cabíveis.

Encaminhe-se cópia dessa decisão e da petição inicial ao eminente relator do ARE 660.020/RS.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.126 (256)ORIGEM : AC - 50004135520104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADRIANO MASSIEROADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU -

VIZIVALIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento aos recursos especiais (vol. 8) que visavam ao mesmo fim a que visam os recursos extraordinários. Tal decisão transitou em julgado em 20.08.2013, conforme certidão inserida no vol. 8 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicados os presentes recursos, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 770.244 (257)ORIGEM : AC - 50001921720114047014 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : INES MIECZNIKOWSKI LAZOSKIADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento aos recursos especiais (vol. 3) que visavam ao mesmo fim a que visam os recursos extraordinários. Tal decisão transitou em julgado em 03.09.2013, conforme certidão inserida no vol. 3 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado os presentes recursos, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.129 (258)ORIGEM : AC - 6884844 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAO DANILO FUHRADV.(A/S) : VANESSA MAZORANA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 2) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 12.09.2013, conforme certidão inserida no vol. 2 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 26

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.505 (259)ORIGEM : AC - 50001173320104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : MARIZA NUNES DA LUZADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 7) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 04.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 8 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.397 (260)ORIGEM : AI - 00333091420104040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : JURACI KAMINSKI GABRIELADV.(A/S) : CLEIDE A BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CENTRO PASTORAL EDUCACIONAL E ASSISTENCIA

DOM CARLOSADV.(A/S) : MARCOS ODACIR ASCHIDAMINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALI

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento aos recursos especiais (vol. 1) que visavam ao mesmo fim a que visam os recursos extraordinários. Tal decisão transitou em julgado em 10.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 1 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicados os presentes recursos, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 779.760 (261)ORIGEM : AC - 50000749620104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARINA OLIVEIRA COGOADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO

IGUAÇU - VIZIVALIADV.(A/S) : MARCOS ODACIR ASCHIDAMINIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento aos recursos especiais (vol. 116) que visavam ao mesmo fim a que visam os recursos extraordinários. Tal decisão transitou em julgado em 11.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 150 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicados os presentes recursos, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.844 (262)ORIGEM : MS - 20080020162776 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ALINE GONÇALVES DE MENDONÇAADV.(A/S) : RENATA COELHO LAMOUNIER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 4) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 28.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 4 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 724.456 (263)ORIGEM : PROC - 340643220104013500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GILDA FERNANDES DA SILVAADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 27

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 724.496 (264)ORIGEM : PROC - 02073211720118190001 - TJRJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO PANAMERICANO S/AADV.(A/S) : NEI CALDERON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SIDNEY LIMA BARROSADV.(A/S) : RENIL COTTA DE MOURA

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.969 (265)ORIGEM : PROC - 00161789120118190209 - TJRJ - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NILZA MARIA TAVARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : NILZA MARIA TAVARES OLIVEIRARECDO.(A/S) : ANTONIO JOSÉ FURLANETTO ANTONACCIADV.(A/S) : SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.869 (266)ORIGEM : AC - 8095874 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GLAUCIA REGINA DA SILVA LIMAADV.(A/S) : THIAGO ANTONIO DE LEMOS ALMEIDARECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.939 (267)ORIGEM : PROC - 00263626020078190205 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EXPRESSO MANGARATIBA LTDAADV.(A/S) : SERGIO GUIMARÃES XAVIER DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LAURO CESAR DIAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GEORGE PIMENTEL DE OLIVEIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.949 (268)ORIGEM : PROC - 990104998476 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : CONSTRUTORA VELLOSO DE CASTRO LTDAADV.(A/S) : ROBERTO ELIAS CURYRECDO.(A/S) : J.W.M EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S/AADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO PRADO RODRIGUES

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.983 (269)ORIGEM : PROC - 00683343320128130518 - TJMG - TURMA

RECURSAL DE POÇOS DE CALDAS - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : WILLIAM BATISTA NÉSIOADV.(A/S) : CRISTIANE ELISABETH DA VEIGA RIZZI FRANCORECDO.(A/S) : JOSÉ DONIZETE FELICIANOADV.(A/S) : FÁBIO CAMARGO DE SOUZA

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.259 (270)ORIGEM : PROC - 00326751220094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.349 (271)ORIGEM : PROC - 225797920104013500 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LINDAURA FERNANDES NOGUEIRAADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUES

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.353 (272)ORIGEM : PROC - 362442120094013500 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SEBASTIÃO VIEIRA DA SILVAADV.(A/S) : NUBIANA HELENA PEREIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.360 (273)ORIGEM : PROC - 326064320094013500 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DALVA MIDORI HIRATAADV.(A/S) : CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUES

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.409 (274)ORIGEM : PROC - 100086437754 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO S.A.ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS GARCIA PEREZRECDO.(A/S) : REGINALDO MATTAR NASSERADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Despacho: Idêntico ao de nº 263

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.293 (275)ORIGEM : AC - 01363736920068260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ZULMIRA ANTONIA DOS SANTOSRECTE.(S) : ARABELA MARIA DOS SANTOS FONSECARECTE.(S) : DENISE VITALRECTE.(S) : REGINA DE JESUS VIEIRARECTE.(S) : TEREZINHA PEREIRA GOULARTRECTE.(S) : MARIA CELMA SILVARECTE.(S) : RUTH CORREIA DE MELORECTE.(S) : ROSILDA PEREIRA MARQUES LEALRECTE.(S) : DOREICA DAS NEVES CARDOSORECTE.(S) : MARIA DE LOURDES DOS SANTOSRECTE.(S) : IRANI DE SOUZA FUKAMACHIRECTE.(S) : MARIA DULCE ADÃORECTE.(S) : MARLENE MORAIS CARDOSORECTE.(S) : ELIZETE MARIA DANTAS ROCHARECTE.(S) : MARGARETH GARCIA DA SILVARECTE.(S) : MARIA EMILIA SANTOS OLIVEIRARECTE.(S) : RITA APARECIDA DOS SANTOSRECTE.(S) : SILVANA PEREIRA DE OLIVEIRARECTE.(S) : MARIA LUCIA CORREA GOYA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 28

RECTE.(S) : LIZETE KROLL MIRANDARECTE.(S) : ROSELI DA SILVA DE SANTANARECTE.(S) : JABETE BATISTA PINHEIRO GLARIKESRECTE.(S) : SORAIA DOS SANTOS ARAUJO SILVARECTE.(S) : MARIA ARAUJO SILVA VENTURINIRECTE.(S) : ZELIA BRAGA DOS SANTOSRECTE.(S) : PAULO ROBERTO DA SILVARECTE.(S) : NEIDE APARECIDA DOS SANTOS ANDRADERECTE.(S) : MARCIA MOREIRA DE OLIVEIRARECTE.(S) : EDNA JACINTA DA CRUZ SILVAADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 263

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.642 (276)ORIGEM : PROC - 200935009159205 - TRF1 - GO - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO FERREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDOADV.(A/S) : WELTON MARDEN DE ALMEIDA

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica, aos processos sobrestados, o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.992 (277)ORIGEM : PROC - 00340660220094013500 - TRF1 - GO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ODILSON DA COSTA MADUREIRAADV.(A/S) : DANILO ALVES MACÊDO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 276

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.442 (278)ORIGEM : AC - 01878106620108260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE ROBERTO FRAIAADV.(A/S) : CLAIDE MANOEL SERVILHARECDO.(A/S) : OU SHAO LINADV.(A/S) : GUILHERME NOGUEIRA TRONDOLI

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica, aos processos sobrestados, o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 29

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.972 (279)ORIGEM : AC - 7943585800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COSMO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉLIA MOLLICA VILLARRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : NELSON DOS SANTOSINTDO.(A/S) : NAZARET APARECIDA DE OLIVEIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : OSCAR RONAN BORGES SILVAINTDO.(A/S) : UBIRAJARA AQUINO DE OLIVEIRA

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.572 (280)ORIGEM : PROC - 200334000374610 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDACAO NACIONAL DO INDIO - FUNAIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LINA DOS SANTOS ROCHAADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica, na origem, o entendimento firmado por esta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

No mesmo sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009); ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012); ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012); ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013); ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013); AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011); ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011); ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013); ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil, apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar de acórdão contrário a referido entendimento, caberá a remessa do recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011); Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010); ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013); ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011); Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013); Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013); ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013); ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013); ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.529 (281)ORIGEM : AC - 10024089417562001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DAVID TEIXEIRA DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZA RIBEIRO XAVIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO: Torno sem efeito o termo de remessa de fls. 316.À Secretaria, para o regular trâmite do processo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 30

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.542 (282)ORIGEM : PROC - 00215026320104013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESMERALDO NERIADV.(A/S) : PEDRO ALVES MOREIRA

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.492 (283)ORIGEM : AC - 20020110191687001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : DELMY RAMOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO DE ANDRADE CARNEIRO NETO E

OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 282

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.553 (284)ORIGEM : PROC - 00632501220094013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NILSON GUANAPI ROSSI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO ALVES MOREIRA

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009), ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012), ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012), ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013), ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013), AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011), ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011), ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013), ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011), Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010), ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013), ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011), Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013), Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013), ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013), ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013), ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.103 (285)ORIGEM : PROC - 50167012220124047100 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CELSO BAPTISTA PIZZATOADV.(A/S) : IVONE DA FONSECA GARCIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO : De acordo com a orientação firmada no Supremo Tribunal Federal, não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 31

repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO (relator-presidente min. Gilmar Mendes, DJe de 19.02.2010):

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

No mesmo sentido, confiram-se: Rcl 7.569 (rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJe de 11.12.2009); ARE 694.491 (relator-presidente min. Ayres Britto, DJe de 19.12.2012); ARE 674.019 (relator-presidente min. Cezar Peluso, DJe de 20.04.2012); ARE 763.484 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2013); ARE 739.022 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 22.08.2013); AI 820.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.05.2011); ARE 641.914 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 25.08.2011); ARE 760.390 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 06.08.2013); ARE 760.564 (rel. min. Teori Zavascki, DJe de 07.08.2013) e ARE 734.010 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 01.08.2013).

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil, apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar de acórdão contrário a referido entendimento, caberá a remessa do recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 11.633-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 13.09.2011); Rcl 9.471-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.08.2010); ARE 741.867-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 15.08.2013); ARE 655.926 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJe de 12.12.2011); Rcl 16.356 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 03.10.2013); Rcl 16.237 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 27.09.2013); ARE 755.955 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 18.09.2013); ARE 768.243 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 20.09.2013); ARE 640.066 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 10.08.2011) e ARE 769.350 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 27.09.2013).

Do exposto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.122 (286)ORIGEM : AI - 985100027888 - TJSP - 4º COLÉGIO RECURSAL

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VIVO S/AADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : WANDERLEIA MASSAFELLI RIBEIROADV.(A/S) : OMAR MUHANAK DIB

DESPACHO: Em face do documento acostado aos autos (fls. 135), à Secretaria para que proceda à retificação da denominação social do recorrente, conforme requerido a fls. 120.

Após, voltem-me os autos conclusos.Publique-se.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.233 (287)ORIGEM : AC - 10686110243785001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CLÉLIA BIANCHINI MARTINADV.(A/S) : NANY CARLA GONÇALVES MENDONÇA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI

ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI

DECISÃO : A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que negou seguimento à apelação não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.936 (288)ORIGEM : PROC - 0200938007020608 - TRF1 - MG - 1ª REGIÃO -

3ª TURMA RECURSALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GEUBER GONÇALVES DE BRITOADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.083 (289)ORIGEM : AC - 00075314720104036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ORLANDO STABEADV.(A/S) : VALESKA COELHO DE CARVALHO VIANA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O acórdão recorrido foi publicado em 15.06.2012 (sexta-feira), conforme certidão inserida no vol. 2 dos autos eletrônicos, tendo-se esgotado o prazo para a interposição de recurso extraordinário em 02.07.2012 (segunda-feira). Sendo assim, o recurso é intempestivo, porquanto interposto em 06.07.2012.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 32

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.093 (290)ORIGEM : AR - 20100220304 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVIÇOS S.AADV.(A/S) : KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTÔNIO BONAFÉADV.(A/S) : JUSCELINO LUIZ DA SILVA

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial (vol. 30) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário. Tal decisão transitou em julgado em 09.10.2013, conforme certidão inserida no vol. 30 dos autos eletrônicos. Portanto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda do objeto.

Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.993 (291)ORIGEM : PROC - 921100028252 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL -

SANTOSPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEITOKU SHIMABUKUROADV.(A/S) : JULIANO DE MORAES QUITORECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : NEI CALDERON E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.423 (292)ORIGEM : PROC - 00078582720128190206 - TJRJ - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AVISTA S/A ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE

CRÉDITOADV.(A/S) : JOSÉ CAMPELLO TORRES NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARNALDO SILVEIRA DE ALMEIDAADV.(A/S) : JOÃO RAMOS FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.842 (293)ORIGEM : PROC - 20123006507000100 - TJSC - 3ª TURMA

RECURSAL - CHAPECÓPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NELSON TOEFILO GRANDO FILHOADV.(A/S) : ALINE MILENA GRANDORECDO.(A/S) : JUAREZ CECCONADV.(A/S) : JUAREZ CECCON E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.422 (294)ORIGEM : AC - 200951010163981 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ARYNNE MARTINI GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PATRÍCIA VAIRÃO CARELLI VIEIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação dos recorrentes ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 33

relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.860 (295)ORIGEM : AC - 92036016220098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUIZ PERINE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO DE MELLO ARAÚJO

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança formulado pelo Estado de São Paulo contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquela unidade da Federação no julgamento da apelação no mandado de segurança 9203601-62.2009.8.26.0000.

O acórdão impugnado deu provimento ao recurso interposto contra sentença da 11ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital que indeferira a segurança pleiteada pelos impetrantes, oficiais da reserva remunerada da polícia militar.

Em consequência, foi afastada a incidência do teto remuneratório previsto na Emenda Constitucional 41/2003 sobre o valor dos proventos pagos aos impetrantes.

Considerando o risco de adoção de entendimento análogo por decisões futuras, o Estado de São Paulo sustenta que a decisão impugnada por meio deste pedido representa grave ameaça de lesão à ordem e à economia pública, circunstância que justificaria a suspensão pleiteada.

É o relatório. Decido. No caso concreto em análise, cuida-se de decisão que deferiu a

segurança para afastar a incidência do teto constitucional. A Presidência deste Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre

pedidos análogos ao presente, tendo concluído pela impossibilidade de execução imediata de decisões judiciais que afastaram a incidência do teto constitucional com amparo em suposta ameaça ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e ao princípio da irredutibilidade. As decisões proferidas, mantidas pelo Pleno, foram no sentido da existência da grave lesão sustentada pelo ente público ante a violação de dispositivos constitucionais (SS 2.777-AgR, rel. min. Ellen Gracie, DJe 11.04.2008; SS 2.522-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, DJe 29.08.2008; entre outros).

A possibilidade de execução imediata e o potencial multiplicador da decisão são circunstâncias que afirmam a presença dos requisitos autorizadores da medida pleiteada.

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução do acórdão proferido no mandado de segurança 9203601-62.2009.8.26.0000 até o trânsito em julgado daquele processo.

Comunique-se. Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

PLENÁRIO

NOTAS E AVISOS DIVERSOS

CONVOCAÇÃO

De ordem do Excelentíssimo Senhor Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), ficam convocadas sessões extraordinárias, do Plenário, para os seguintes dias do mês de dezembro:

05 DE DEZEMBRO – QUINTA-FEIRA – ÀS 14 HORAS12 DE DEZEMBRO – QUINTA-FEIRA – ÀS 14 HORAS19 DE DEZEMBRO – QUINTA-FEIRA – ÀS 9 HORAS

Brasília, 20 de novembro de 2013.Luiz Tomimatsu

Assessor-Chefe do Plenário

Repercussão Geral

Quinquagésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos dos arts. 95, 325, parágrafo único, e 329 do RISTF, com a redação da ER nº 21/2007.

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.332

(296)

ORIGEM : AC - 10024102068145001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : UNIAO BRASILEIRA DE EDUCACAO E ENSINO - UBEEADV.(A/S) : LETÍCIA CHAGAS RIBEIRO DE VASCONCELLOS E

OUTRO(A/S)

Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Imunidade tributária. Instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 3. IPTU. Lote vago. Não incidência. 4. A imunidade tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, aplica-se aos bens imóveis, temporariamente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais. Precedentes. 5. Recurso não provido. Reafirmação de jurisprudência.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. No mérito, por maioria, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria, vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestaram os Ministros Joaquim Barbosa e Roberto Barroso.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Brasília, 20 de novembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 50 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

AÇÃO PENAL 465 (297)ORIGEM : PROC - 200034000270590 - JUIZ FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREVISOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALRÉU(É)(S) : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLOADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVA E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO PENALCrimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração

em GeralCorrupção passiva

Brasília, 20 de novembro de 2013.Luiz Tomimatsu

Assessor-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Centésima Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.523 (298)ORIGEM : AC - 6512555400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS PRÉ-

APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA CETESB - AAPPADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 34

Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça que determina o retorno dos autos à origem para novo julgamento torna prejudicada a análise do recurso extraordinário.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.603 (299)ORIGEM : AI - 200804000013730 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DARCI JENZURA FILHOADV.(A/S) : MOYSES GRINBERGAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLOVIS KONFLANZ

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. FALTA DE PEÇA OBRIGATÓRIA À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. SÚMULA 288/STF.

Não consta dos autos a cópia da procuração outorgada ao advogado da recorrida ou certidão que comprove a sua inexistência nos autos principais , peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil - redação anterior à Lei 12.322/2010).

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que cabe ao agravante a fiscalização da correta formação do instrumento.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.077 (300)ORIGEM : AC - 10317030290603001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : VICENTE DE PAULA SANTOSADV.(A/S) : HENRIQUE NERY DE OLIVEIRA SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CEMM - CALDEIRARIA ESTRUTURAS MANUTENÇÃO

E MONTAGEM LTDAADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. FALTA DE PEÇA OBRIGATÓRIA À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. SÚMULA 288/STF.

Não consta dos autos a cópia da procuração outorgada ao advogado da recorrida ou certidão que comprove a sua inexistência nos autos principais, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil - redação anterior à Lei 12.322/2010).

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que cabe ao agravante a fiscalização da correta formação do instrumento.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.409 (301)ORIGEM : AI - 10702062756524002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FERNANDO PEREIRA DE JESEUS REPRESENTADO

POR MARTA OLIVINA PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÍDIA MARIA ANDRADE E BRAGA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LILIA CRISTINA PEREIRA CARNEIROADV.(A/S) : CLEUSO JOSÉ DAMASCENO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), negou provimento ao agravo

regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALTA DE PEÇA OBRIGATÓRIA À FORMAÇÃO DO AGRAVO. SÚMULA 288/STF E ART. 544, § 1º, DO CPC (REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.322/2010).

Não consta dos autos cópia de peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não conhecimento do agravo.

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que cabe à parte agravante a fiscalização da correta formação do agravo.

Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.546 (302)ORIGEM : AI - 568624 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CAIO DE AGUIAR REZENDEADV.(A/S) : ADILSON RAMOS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : VALDEMIR DIÓGENES DA SILVAADV.(A/S) : LEONARDO JOSÉ ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), não conheceu dos embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO AO SUBSCRITOR DA PETIÇÃO RECURSAL. RECURSO INEXISTENTE.

É pacífico nesta Corte o entendimento de que é inexistente o recurso subscrito por advogado sem procuração nos autos.

Embargos de declaração não conhecidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.235 (303)ORIGEM : AC - 3153005000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : RICARDO PORTUGAL GOUVÊAADV.(A/S) : LUIZ COELHO PAMPLONA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.156 (304)ORIGEM : AI - 10024981168669005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : SEMPRE EDITORA LTDAADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES FREIRE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : NUBIA DE CASSIA FERREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RODRIGO ABREU FERREIRA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 35

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.591

(305)

ORIGEM : PROC - 200971580025775 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ALAOR PEDROSO D EMORAESADV.(A/S) : ANTONIO LUIS WUTTKEEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.187

(306)

ORIGEM : AI - 661419720065030093 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : EMATEX TEXTIL LTDAADV.(A/S) : ROBERTO PASSOS BOTELHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JOSÉ ÉDRO GUIMARÃES PEREIRAADV.(A/S) : BRAHIM DEPES NETO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.875

(307)

ORIGEM : PROC - 201171570018653 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : LICEU JOSE PEROZZOADV.(A/S) : MAURICIO CESCON NIEDERAUER E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.979

(308)

ORIGEM : PROC - 147210 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 3º REGIÃO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : SANTA HELENA ASSISTÊNCIA MÉDICA S/AADV.(A/S) : LUCIANE KELLY AGUILAR MARIN E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : OARA CARREGANADV.(A/S) : LEANDRO DRAGOJEVIC BOSKO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.954

(309)

ORIGEM : AC - 200103990307143 - JUIZ FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : AUTO VIACAO URUBUPUNGA LTDAEMBTE.(S) : URUBUPUNGÁ TRANSPORTE E TURISMO LTDAADV.(A/S) : HORÁCIO ROQUE BRANDÃOEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.485

(310)

ORIGEM : AC - 70007211766 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECÔNOMICA

FEDERAL - APCEF/RSADV.(A/S) : RICARDO GUIMARÃES SÓ DE CASTRO

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração, vencido o Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. RECURSO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. MULTA. DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS INCABÍVEIS. NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE.

O agravo de instrumento interposto da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário é intempestivo, porquanto prevalece nesta Corte o entendimento de que os embargos de declaração opostos da decisão que, na origem, nega seguimento a recurso extraordinário, por serem manifestamente incabíveis, não suspendem ou interrompem o prazo para a interposição de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 36: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 36

recurso.Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação

de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos manifestamente protelatórios. Condenação à multa de 5% do valor atualizado da causa (art. 538, parágrafo único, do CPC).

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.629

(311)

ORIGEM : AC - 3781052003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO BATISTA NEVESADV.(A/S) : MANOEL GUIMARÃES NUNESEMBDO.(A/S) : EDITORA ABRIL S/AADV.(A/S) : ANA PAULA GORDILHO PESSOA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração constituem recurso hábil para sanação de omissão, contradição ou obscuridade existentes na decisão embargada, o que não ocorre no presente caso.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.866 (312)ORIGEM : MI - 3866 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : VIRGINIA SILVEIRA FEDRIZZIADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSEMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALLIT.PAS.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento, vencido o Ministro Marco Aurélio na conversão e no mérito. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR ACERCA DA CONTAGEM DIFERENCIADA POR TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO POR SERVIDORES PÚBLICOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL.

1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).

2. A concessão do mandado de injunção, na hipótese do art. 40, § 4º, da Lei Fundamental, reclama a demonstração pelo Impetrante do preenchimento dos requisitos para a aposentadoria especial e a impossibilidade in concrecto de usufruí-la ante a ausência da norma regulamentadora.

3. O alcance da decisão proferida por esta Corte, quando da integração legislativa do art. 40, § 4º, inciso III, da CRFB/88, não tutela o direito à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições prejudiciais à saúde e à integridade física.

4 Não tem procedência injuncional o reconhecimento da contagem diferenciada e da averbação do tempo de serviço prestado pelo Impetrante em condições insalubres por exorbitar da expressa disposição constitucional. Precedentes.

5. Agravo Regimental desprovido.

EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.880 (313)ORIGEM : MI - 3880 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : BEATRIZ ANTUNES DE MATTOSADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAEMBDO.(A/S) : SENADO FEDERALEMBDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento, vencido o Ministro Marco Aurélio na conversão e no mérito. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR ACERCA DA CONTAGEM DIFERENCIADA POR TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO POR SERVIDORES PÚBLICOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL.

1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).

2. A concessão do mandado de injunção, na hipótese do art. 40, § 4º, da Lei Fundamental, reclama a demonstração pelo Impetrante do preenchimento dos requisitos para a aposentadoria especial e a impossibilidade in concrecto de usufruí-la ante a ausência da norma regulamentadora.

3. O alcance da decisão proferida por esta Corte, quando da integração legislativa do art. 40, § 4º, inciso III, da CRFB/88, não tutela o direito à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições prejudiciais à saúde e à integridade física.

4 Não tem procedência injuncional o reconhecimento da contagem diferenciada e da averbação do tempo de serviço prestado pelo Impetrante em condições insalubres por exorbitar da expressa disposição constitucional. Precedentes.

5. Agravo Regimental desprovido.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.267

(314)

ORIGEM : PROC - 1862012 - TJSP - TURMA RECURSAL - 48ª CJ - GUARATINGUETÁ

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : HEWLETT E PACKARD BRASIL LTDAADV.(A/S) : ELLEN CRISTINA GONÇALVES PIRESEMBDO.(A/S) : SELMA LUCIA DE PAULA GONÇALVESADV.(A/S) : ANDRÉA MAURA LACERDA DE LIMA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), não conheceu dos embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO AO SUBSCRITOR DA PETIÇÃO RECURSAL. RECURSO INEXISTENTE.

É pacífico nesta Corte o entendimento de que é inexistente o recurso subscrito por advogado sem procuração nos autos.

Embargos de declaração não conhecidos.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.881

(315)

ORIGEM : AI - 00601079320128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 37

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ESPÓLIO DE ARGÊO PEREIRAADV.(A/S) : RICARDO ALVES PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : COLÉGIO COMERCIAL JARDIM BONFIGLIOLI LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA MOREIRA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), não conheceu dos embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello, a Ministra Cármen Lúcia, em viagem oficial para participar do Programa del VI Observatorio Judicial Electoral e do Congresso Internacional de Derecho Electoral, promovidos pela Comissão de Veneza, na Cidade do México, o Ministro Dias Toffoli e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 24.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTERPOSIÇÃO VIA FAX. INTEMPESTIVIDADE. ORIGINAL NÃO APRESENTADO NO PRAZO CONTÍNUO E IMPRORROGÁVEL (LEI 9.800/1999, ART. 2º).

Não merece ser conhecido o presente recurso, porquanto não apresentado no prazo legal o respectivo original.

Embargos de declaração não conhecidos.

HABEAS CORPUS 87.053 (316)ORIGEM : HC - 128286 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : IBRAHIM CHOUBASSEIMPTE.(S) : EVANDRO MACEDO SANTANACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, à unanimidade e nos termos do voto do Relator, denegou a ordem de habeas corpus. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. Presidiu o julgamento a Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 19.11.2007.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – EXPULSÃO DE ESTRANGEIRO – ATO DISCRICIONÁRIO DO ESTADO BRASILEIRO – EXAME JUDICIAL LIMITADO À LEGITIMIDADE JURÍDICA DESSE ATO, CONSIDERADOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS DE INEXPULSABILIDADE (LEI Nº 6.815/80, ART. 75) – INOCORRÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE CAUSA LEGAL OBSTATIVA DO ATO EXPULSÓRIO – PEDIDO INDEFERIDO.

- O exame judicial do ato expulsório editado pelo Presidente da República sofre limitações impostas pela natureza do ato de expulsão, que, por não se qualificar como pena, projeta-se como medida político-administrativa de proteção à ordem pública e ao interesse nacional, fundada na prerrogativa eminente de que dispõem os Estados soberanos de admitir, ou não, em seus territórios, pessoas juridicamente estranhas à comunhão nacional. Nesse contexto, a tutela jurisdicional circunscreve-se, apenas, aos aspectos concernentes à legitimidade jurídica do ato expulsório. Doutrina. Precedentes.

- Cabe ao Presidente da República, mediante avaliação eminentemente discricionária, aferir, para efeito do ato de expulsão, a necessidade, a oportunidade ou a utilidade da adoção dessa medida excepcional.

- O Chefe do Poder Executivo da União não pode ser substituído pelo Poder Judiciário na formulação desse juízo, que se subsume, inteiramente, à esfera de sua exclusiva competência.

- As condições de inexpulsabilidade constituem limitações jurídicas ao poder discricionário do Estado brasileiro que o impedem de ordenar, validamente, a exclusão do súdito estrangeiro do território nacional. Precedentes do STF.

- O Supremo Tribunal Federal não pode considerar inexistentes a nocividade e a inconveniência de permanência do súdito estrangeiro no território nacional, em oposição ao ato presidencial, quando o Presidente da República, em ato regular e mediante juízo afirmativo, as tenha reconhecido como devidamente configuradas.

- Inocorrência, no caso, das causas excludentes a que se refere o art. 75, II, “a” e/ou “b”, do Estatuto do Estrangeiro. Precedentes.

Brasília, 20 de novembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 34/2013 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento a partir da Sessão do dia 3 de dezembro de 2013, contendo os seguintes processos:

EXTENSÃO NA EXTRADIÇÃO 1.204 (317)ORIGEM : EXT - 1204 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA PORTUGUESARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DE PORTUGALEXTDO.(A/S) : JORGE MIGUEL VARELA GRENHO FERNANDES

CHINELOADV.(A/S) : JEOVÁ APARECIDO DE QUEIROZPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO INTERNACIONALEstrangeiro

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.674 (318)ORIGEM : ADI - 92075000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE MORRO AGUDO DO ESTADO

DE SÃO PAULOADV.(A/S) : MARIANY RODRIGUES DE CASTRO MARQUES

PEREIRARECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MORRO AGUDOADV.(A/S) : ADALBERTO TOMAZELLI

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano

Brasília, 20 de novembro de 2013.Carmen Lilian Oliveira de Souza

Secretária da Primeira Turma

ACÓRDÃOS

Centésima Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 559.042 (319)ORIGEM : AMS - 200351010272354 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COLÉGIO E CURSO MILENIUM LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA E OUTROSAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - ROSANE BLANCO OZÓRIO BOMFIGLIO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 22.10.2013.

TRIBUTO – REGIME – MICROEMPRESAS – LEI Nº 9.317/96. O Supremo assentou, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.643, relator ministro Maurício Corrêa, oportunidade na qual fiquei vencido, na companhia dos ministros Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence, que não há ofensa ao princípio da isonomia tributária quando a lei impede, por motivos extrafiscais, que microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta optem pelo sistema simplificado de recolhimento de impostos e contribuições, denominado SIMPLES.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 119.485 (320)ORIGEM : HC - 277943 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CLEOMAR RODRIGUES ORTIZADV.(A/S) : VLADIMIR DE AMORIM SILVEIRAAGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTAAgravo regimental em habeas corpus. Impetração dirigida contra

decisão monocrática em que se indeferiu liminar em habeas corpus requerido ao STJ. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Aplicação da Súmula nº 691. Agravo regimental não provido.

1. A impetração tem por objeto decisão indeferitória de liminar, a

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incidir na espécie a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de 'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

2. É inviável o conhecimento da impetração, pois não se constata situação de flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento excepcional da Súmula nº 691 da Suprema Corte.

3. O descontentamento pela falta de êxito no pleito submetido ao Superior Tribunal de Justiça, ainda em exame precário e inicial, não pode ensejar o conhecimento do writ, sob pena de supressão de instância e de grave violação das regras de competência.

4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 758.359 (321)ORIGEM : AC - 994061727772 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : HIRONAKA NAKASHIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BENEDITO ÉDISON TRAMA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 29.10.2013.

JUROS – MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS – DÉBITO DA FAZENDA – ARTIGO 33 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. O preceito do artigo 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias encerrou nova realidade, assegurando ao devedor a satisfação dos valores pendentes de precatórios, neles incluídos apenas os juros remanescentes. Não observada a época própria das prestações, cabível é a incidência dos juros da mora. Precedentes: Agravo Regimental no Recurso Extraordinário nº 691.668 e Recurso Extraordinário nº 154.093, ambos de minha relatoria na Primeira e Segunda Turma, respectivamente, Embargos de Declaração no Recurso Extraordinário nº 593.573, de relatoria do ministro Dias Toffoli na Primeira Turma, e Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 456.778, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa na Segunda Turma.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.502

(322)

ORIGEM : AI - 00880894520108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : CÁTIA DA CRUZ FALCÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 29.10.2013.

AGRAVO – OBJETO. Visando o agravo a fulminar certa decisão, as razões devem estar direcionadas de modo a infirmá-la. O silêncio quanto a fundamento conduz, por si só, à manutenção do que assentado.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.037

(323)

ORIGEM : AC - 55738419200080600011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : MARIA DJALMA LIMA VIANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALÉRIA MENEZES GURGEL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 29.10.2013.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.913

(324)

ORIGEM : AC - 10024028268498001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

EMBTE.(S) : COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE DIVINÓPOLIS LTDA

ADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ MARTINS FREITAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 15.10.2013.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no agravo

regimental no agravo de instrumento. Inexistência das hipóteses do art. 535 do CPC.

1. O julgado embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão julgador decidido, fundamentadamente as questões postas no recurso extraordinário, a partir das balizas fixadas no acórdão recorrido.

2. A contradição que autoriza a oposição do recurso declaratório deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela.

3. Da mesma forma, a decisão não é obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi decidido.

4. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.019

(325)

ORIGEM : AC - 200535000196400 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : RODRIGO FELIX BUENOADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 29.10.2013.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria e inexistente no acórdão proferido qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 109.676 (326)ORIGEM : RESP - 953860 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : VITAL DA CRUZ MENDES CURTOADV.(A/S) : EDUARDO BANKS DOS SANTOS PINHEIROEMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 140, § 3º, DO CÓDIGO PENAL. INJÚRIA QUALIFICADA. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA NA IMPETRAÇÃO. SUPOSTA ATIPICIDADE DA CONDUTA E PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO PARA INJÚRIA SIMPLES. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA NA VIA DO WRIT. DESPROVIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

1. A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.

2. O acórdão embargado apreciou a matéria objeto dos declaratórios mediante debates que foram incorporados expressamente ao voto do relator para o acórdão. Ausência de omissão, obscuridade ou contradição.

3. A revisão do julgado, com manifesto caráter infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011).

4. In casu, a) o acórdão embargado assentou que: “i) A Lei nº 9.459/97 acrescentou o § 3º ao artigo 140 do Código Penal, dispondo sobre o tipo qualificado de injúria, que tem como escopo a proteção do indivíduo contra a exposição a ofensas ou humilhações, pois não seria possível acolher a liberdade que fira direito alheio, mormente a honra subjetiva. ii) O legislador ordinário atentou para a necessidade de assegurar a prevalência dos princípios da igualdade, da inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas para, considerados os limites da liberdade de expressão, coibir qualquer

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 39

manifestação preconceituosa e discriminatória que atinja valores da sociedade brasileira, como o da harmonia inter-racial, com repúdio ao discurso de ódio. iii) A pretensão de ser alterada por meio de provimento desta Corte a sanção penal prevista em lei para o tipo de injúria qualificada implicaria a formação de uma terceira lei, o que, via de regra, é vedado ao Judiciário. Precedentes. iv) O pleito de reconhecimento da atipicidade ou de desclassificação da conduta, do tipo de injúria qualificada para o de injúria simples, igualmente não pode ser acolhido, por implicar revolvimento de matéria fático-probatória, não admissível na via do writ”. b) o embargante/paciente foi condenado à pena de um ano e quatro meses de reclusão, substituída por uma pena restritiva de direito consistente em prestação de serviço à comunidade e à prestação pecuniária de 16 (dezesseis) cestas básicas, de valor não inferior a R$ 100,00 (cem reais), em virtude de infração do disposto no artigo 140, § 3º, do Código Penal, a saber, injúria qualificada pelo preconceito.

5. Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 111.363 (327)ORIGEM : RC - 2022220106000000 - TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : CARLOS EDUARDO NOGUEIRA NARCISOADV.(A/S) : ANTONIO MAURÍCIO COSTAEMBDO.(A/S) : RELATOR DO AI Nº 2022220106000000 DO TRIBUNAL

SUPERIOR ELEITORAL

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL ELEITORAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CRIMES TIPIFICADOS NOS ARTS. 299 E 309 DO CÓDIGO ELEITORAL. OMISSÃO INEXISTÊNCIA. REVISÃO DO JULGADO. NÃO CABIMENTO.

1. Os embargos de declaração afiguram-se inviáveis quando, a despeito de omissão inexistente, visam à revisão do julgado.

2. Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 119.161 (328)ORIGEM : HC - 275954 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOEMBDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº275954 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 8.10.2013.

EMENTA Embargos de declaração em habeas corpus. Constitucional.

Processual penal. Recurso oposto contra decisão monocrática. Não cabimento. Conversão em agravo regimental. Possibilidade. Precedentes. Impetração dirigida contra decisão monocrática proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça na qual se indeferiu liminarmente ordem de habeas corpus. Inadmissível dupla supressão de instância. Precedentes. Agravo regimental não provido.

1. Os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, embora não admissíveis, podem ser convertidos em agravo regimental, na esteira da uníssona jurisprudência da Suprema Corte.

2. O habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça foi indeferido liminarmente pelo relator porque as questões ali levadas para discussão e trazidas no presente writ não teriam sido objeto de análise de forma definitiva pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o qual apenas analisou o pleito liminar formulado e o indeferiu. Portanto, a apreciação pela Corte dos temas trazidos à baila na presente impetração, de forma originária, configuraria, flagrantemente, verdadeira dupla supressão de instância, o que não se admite.

3. Agravo regimental não provido.

HABEAS CORPUS 115.451 (329)ORIGEM : HC - 134190 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : SANDRO TABACHI DE FRANÇAPACTE.(S) : ALESSANDRO TABACHI DE FRANÇAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, pertinente é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade irrestrita do substitutivo do habeas corpus.

HABEAS CORPUS 117.258 (330)ORIGEM :PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MAURICIO RICARDO DOS SANTOSIMPTE.(S) : MAURICIO RICARDO DOS SANTOSADV.(A/S) : EVALDO CORREA CHAVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTAHabeas corpus. Processual Penal Militar. Competência. Peculato

(CPM, art. 303). Delito militar cometido por militar em atividade contra militares em atividade e civis. Delito praticado em local sujeito à administração militar. Competência da Justiça Militar. CPM, art. 9º, inciso II, alíneas a e e. Pretensão subsidiária de reavaliação da justiça da decisão condenatória. Inadmissibilidade. Pretendida desclassificação da infração. Tema ainda não definitivamente decidido nas instâncias ordinárias. Ordem denegada.

1. A situação do paciente efetivamente se enquadra nas alíneas a e e do inciso II do art. 9º do CPM.

2. Inviável o acolhimento do pedido subsidiário formulado pelo impetrante no sentido de se afastarem as premissas em que se estribou a Justiça Castrense, relativamente às circunstâncias em que se deu a infração, para se assentar eventual injustiça da decisão condenatória, visto não caber, no âmbito restrito do writ, o reexame do acervo fático-probatório para se confrontarem essas peculiaridades e, em especial, para se aferir a alegada ocorrência de apropriação pelo paciente de recursos oficiais, sacados de conta governamental, destinados ao pagamento de soldos a militares.

3. Quanto à natureza do crime militar praticado, com a análise da subsunção dos fatos ao tipo penal previsto no art. 303 do CPM ou no art. 249 do mesmo estatuto legal, é fato que o tema ainda não foi definitivamente julgado nas instâncias ordinárias, pendendo de apreciação recurso de embargos interposto pelo paciente contra a decisão tomada pelo STM na apelação, não cabendo, igualmente, na presente via recursal, o exame do tema, diante da necessidade, para tanto, de reexame do conjunto probatório coligido. Precedentes.

4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 117.592 (331)ORIGEM : ARESP - 235376 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CLEYTON SANTOS OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma não conheceu da ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTAHabeas corpus. Roubo (CP, art. 157). Dosimetria. Pretensão à

mitigação da pena-base, diante das inexistência de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao paciente (CP, art. 59). Questão não analisada pelo STJ. Supressão de instância. Não conhecimento do writ.

1. A questão relativa à nulidade da sentença diante de proclamada ausência de fundamentação adequada para a dosimetria da pena não foi devidamente analisada pela instância antecedente, o que obsta a análise per saltum do tema, visto que sua análise pela Suprema Corte, de forma originária, configuraria verdadeira supressão de instância, o que não se admite.

2. Writ do qual não se conhece.

HABEAS CORPUS 118.513 (332)ORIGEM : RESP - 1366118 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ELIAS RIBAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 40

IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTAHabeas corpus. Processual Penal. Crime de contrabando de

cigarros estrangeiros (CP, art. 334, caput). Trancamento da ação penal. Pretensão de aplicação do princípio da insignificância. Não cabimento. Ausência de constrangimento ilegal. Ordem denegada.

1. Embora a expressividade financeira do tributo omitido ou sonegado pelo paciente possa enquadrar-se nos parâmetros definidos pela Portaria 75/2012 do Ministério da Fazenda, não é possível acatar a tese de irrelevância material da conduta por ele praticada, tendo em vista a maior lesividade da conduta típica à saúde pública.

2. A jurisprudência da Corte já reconheceu a impossibilidade de incidência, no contrabando de cigarros estrangeiros, do princípio da insignificância. Precedentes.

3. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 118.527 (333)ORIGEM : ARESP - 168770 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CARLOS EDUARDO PRESTIIMPTE.(S) : MARCELO SAES DE NARDOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTAHabeas corpus. Roubo (CP, art. 157). Pretensão de afastamento

da intempestividade de recurso interposto perante o Superior Tribunal de Justiça. Inadmissibilidade na via eleita. Não conhecimento do writ. Extinção da ordem, sem julgamento de mérito.

1. A decisão proferida por aquela Corte encontra-se devidamente motivada, restando justificado o convencimento formado, além de estar em perfeita sintonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, preconizada no sentido de que as “alterações promovidas pela Lei n. 12.322/2010 não modificam o prazo de interposição de agravo em recurso extraordinário criminal, que é de 5 dias” (ARE nº 749.992/AgR-MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/6/13).

2. Cumpre lembrar, também, que não se revela admissível “a ação de habeas corpus, quando se pretende discutir os pressupostos de admissibilidade de recurso interposto perante o E. Superior Tribunal de Justiça” (HC nº 115.573/SP, decisão monocrática, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 23/11/12).

3. Writ do qual não se conhece.4. Ordem extinta, sem julgamento de mérito.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.467 (334)ORIGEM : HC - 171453 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : PAULINO DA SILVAADV.(A/S) : ANTONIO CAMILO ALBERTO DE BRITORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 5.11.2013.

EMENTARecurso ordinário em habeas corpus. Tráfico de entorpecentes.

Não conhecimento da impetração pelo Superior Tribunal de Justiça, por ser substitutiva de recurso especial. Inexistência de óbice à impetração do writ. Precedentes. Alegação de nulidade do processo diante de irregularidades na interceptação telefônica levada a efeito por determinação de juízo distinto daquele em que instaurada a ação penal e mediante expediente diverso do inquérito policial. Nulidade inexistente. Alegação de uso de prova emprestada e de fundamentação do édito condenatório exclusivamente em elementos coligidos no inquérito. Não ocorrência. Prisão preventiva. Manutenção. Vedação ao recurso em liberdade. Cautelaridade suficientemente demonstrada. Constrangimento ilegal não verificado. Recurso não provido.

1. Não tem admitido a Corte a rejeição da impetração pelo Superior Tribunal de Justiça a pretexto de se cuidar de substitutivo de recurso

especial cabível (HC nº 115.715/CE, Primeira Turma, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julg. em 11/6/13).

2. A investigação e o pedido de quebra de sigilo foram legitimamente solicitados à autoridade competente da Comarca de São Bernardo do Campo/SP e, em razão da pletora de elementos indicativos do envolvimento do recorrente no crime de tráfico de entorpecentes, praticado no âmbito territorial da capital, efetivou-se sua prisão em flagrante, tendo ali sido regularmente instaurada a ação penal que culminou com sua condenação.

3. Não foi a condenação do paciente estribada em ‘prova emprestada’, porquanto somente as interceptações tiveram origem em investigação inicialmente distinta, o que, entretanto, não constitui qualquer nulidade processual nem contamina a prova licitamente produzida.

4. A decisão judicial que autorizou a interceptação, por sua vez, segundo afirmado pelas instâncias ordinárias, está devidamente fundamentada, tendo sido validamente formalizada. As subsequentes prorrogações estão em consonância com o magistério jurisprudencial da Suprema Corte, consolidado no sentido da “possibilidade de se prorrogar o prazo de autorização para a interceptação telefônica por períodos sucessivos quando a intensidade e a complexidade das condutas delitivas investigadas assim o demandarem” (HC nº 102.601/MS, Primeira Turma, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, DJe de 3/11/11).

5. Igualmente dispensável, na espécie, prévia instauração de inquérito para a autorização de interceptação e a respectiva transcrição da integralidade dos diálogos interceptados. Precedentes.

6. A manutenção da prisão cautelar do paciente, conforme se infere da decisão primeva, na qual se manteve a prisão em flagrante do recorrente, está fundada em elementos idôneos para demonstrar a necessidade da segregação cautelar, máxime ao afirmar a maior periculosidade do agente, o qual ostentaria anterior envolvimento em outras infrações penais.

7. Segundo a nossa jurisprudência “a gravidade in concreto do delito ante o modus operandi empregado, enseja também a decretação da medida para garantia da ordem pública por força da expressiva periculosidade do agente” (HC nº 101.132/MA, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe de 1º/7/11).

8. Recurso não provido.

Brasília, 20 de novembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.232 (335)ORIGEM : ROAR - 84379008820035040900 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA CLÁUDIA CARDOSO BORGES BESSA DE SOUZAAGDO.(A/S) : NEUSA DA SILVAADV.(A/S) : VITOR ALCEU DOS SANTOS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processual Civil e Trabalhista. 3. Inexistência de vínculo empregatício. Reexame de fatos e provas. Incidência do Enunciado 279 da Súmula/STF. 4. Pressupostos de admissibilidade de ação rescisória. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.818 (336)ORIGEM : PROC - 20065151026860201 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : IVAN LOUZEIRO BRAGAADV.(A/S) : ANSELMO LOUZEIRO BRAGA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 05.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282 DO STF. RECURSO INTERPOSTO COM BASE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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NO ART. 102, III, B, DA LEI MAIOR. INEXISTÊNCIA DE DECLARAÇÃO FORMAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE TRATADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, NOS TERMOS DO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. Precedentes.

II – Não houve declaração de inconstitucionalidade de lei federal ou de tratado pelo Tribunal de origem, nos termos do art. 97 da Constituição, o que afasta o cabimento de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição. Precedentes.

III - Agravo regimental improvido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.861 (337)ORIGEM : PROC - 20055167002892301 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AMAURY PACIELLOADV.(A/S) : JEFFERSON DOS SANTOS BEZERRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 05.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282 DO STF. RECURSO INTERPOSTO COM BASE NO ART. 102, III, B, DA LEI MAIOR. INEXISTÊNCIA DE DECLARAÇÃO FORMAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE TRATADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, NOS TERMOS DO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. Precedentes.

II – Não houve declaração de inconstitucionalidade de lei federal ou de tratado pelo Tribunal de origem, nos termos do art. 97 da Constituição, o que afasta o cabimento de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição. Precedentes.

III - Agravo regimental improvido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.352 (338)ORIGEM : AC - 1462004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONAS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 29.10.2013.

E M E N T A: AMPLIAÇÃO E MELHORIA NO ATENDIMENTO DE GESTANTES EM MATERNIDADES ESTADUAIS – DEVER ESTATAL DE ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL RESULTANTE DE NORMA CONSTITUCIONAL – OBRIGAÇÃO JURÍDICO- -CONSTITUCIONAL QUE SE IMPÕE AO PODER PÚBLICO, INCLUSIVE AOS ESTADOS-MEMBROS – CONFIGURAÇÃO, NO CASO, DE TÍPICA HIPÓTESE DE OMISSÃO INCONSTITUCIONAL IMPUTÁVEL AO ESTADO-MEMBRO – DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO PROVOCADO POR INÉRCIA ESTATAL (RTJ 183/818-819) – COMPORTAMENTO QUE TRANSGRIDE A AUTORIDADE DA LEI FUNDAMENTAL DA REPÚBLICA (RTJ 185/794-796) – A QUESTÃO DA RESERVA DO POSSÍVEL: RECONHECIMENTO DE SUA INAPLICABILIDADE, SEMPRE QUE A INVOCAÇÃO DESSA CLÁUSULA PUDER COMPROMETER O NÚCLEO BÁSICO QUE QUALIFICA O MÍNIMO EXISTENCIAL (RTJ 200/191-197) – O PAPEL DO PODER JUDICIÁRIO NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS INSTITUÍDAS PELA CONSTITUIÇÃO E NÃO EFETIVADAS PELO PODER PÚBLICO – A FÓRMULA DA RESERVA DO POSSÍVEL NA PERSPECTIVA DA TEORIA DOS CUSTOS DOS DIREITOS: IMPOSSIBILIDADE DE SUA INVOCAÇÃO PARA LEGITIMAR O INJUSTO INADIMPLEMENTO DE DEVERES ESTATAIS DE PRESTAÇÃO CONSTITUCIONALMENTE IMPOSTOS AO ESTADO – A TEORIA DA “RESTRIÇÃO DAS RESTRIÇÕES” (OU DA “LIMITAÇÃO DAS LIMITAÇÕES”) – CARÁTER COGENTE E VINCULANTE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS, INCLUSIVE DAQUELAS DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, QUE VEICULAM DIRETRIZES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ESPECIALMENTE NA ÁREA DA SAÚDE (CF, ARTS. 196, 197 E 227) – A QUESTÃO DAS “ESCOLHAS TRÁGICAS” – A COLMATAÇÃO DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS COMO NECESSIDADE INSTITUCIONAL FUNDADA EM COMPORTAMENTO AFIRMATIVO DOS JUÍZES E TRIBUNAIS E DE QUE RESULTA UMA POSITIVA CRIAÇÃO

JURISPRUDENCIAL DO DIREITO – CONTROLE JURISDICIONAL DE LEGITIMIDADE DA OMISSÃO DO ESTADO: ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIAL QUE SE JUSTIFICA PELA NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DE CERTOS PARÂMETROS CONSTITUCIONAIS (PROIBIÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL, PROTEÇÃO AO MÍNIMO EXISTENCIAL, VEDAÇÃO DA PROTEÇÃO INSUFICIENTE E PROIBIÇÃO DE EXCESSO) – DOUTRINA – PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM TEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DELINEADAS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (RTJ 174/687 – RTJ 175/1212-1213 – RTJ 199/1219-1220) – POSSIBILIDADE JURÍDICO-PROCESSUAL DE UTILIZAÇÃO DAS “ASTREINTES” (CPC, ART. 461, § 5º) COMO MEIO COERCITIVO INDIRETO – EXISTÊNCIA, NO CASO EM EXAME, DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA: INSTRUMENTO PROCESSUAL ADEQUADO À PROTEÇÃO JURISDICIONAL DE DIREITOS REVESTIDOS DE METAINDIVIDUALIDADE – LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CF, ART. 129, III) – A FUNÇÃO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO COMO “DEFENSOR DO POVO” (CF, ART. 129, II) – DOUTRINA – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.558 (339)ORIGEM : AC - 10313100111340001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGAAGDO.(A/S) : SEBASTIÃO GERALDO DA COSTAADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2a Turma, 06.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO DE IPATINGA. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTO BÁSICO. AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO LOCAL QUE DISCIPLINE O TEMA. SÚMULA VINCULANTE 4/STF. VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Não contraria a Constituição a decisão de tribunal que, em razão da omissão legislativa e da impossibilidade de vinculação ao salário mínimo, supre lacuna existente na legislação e fixa o vencimento básico do servidor como base de cálculo do adicional de insalubridade. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.313 (340)ORIGEM : PROC - 71003307618 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ELIZ REGINA SOARES SILVEIRAADV.(A/S) : JACSON SIMONADV.(A/S) : TIAGO SANGIOGO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 12.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO PÚBLICO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS: SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.575

(341)

ORIGEM : AC - 01689834220098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : LUCINEIDE FERNANDES DA GAMA E SILVA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO RECAREY VEIGA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 12.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 42

ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. MORTE DO DE CUJUS ANTERIOR À VIGÊNCIA DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. PREENCHIMENTO DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 47/2005. PARIDADE REMUNERATÓRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.672

(342)

ORIGEM : PROC - 70052232204 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : GISELE COELHO BOINGADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLER

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2a Turma, 06.11.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MAGISTÉRIO ESTADUAL. ADICIONAL NOTURNO. LEIS ESTADUAIS 6.672/1974 E 10.098/1994 DO RIO GRANDE DO SUL. REAPRECIAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que fundamentam a decisão a quo. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.984

(343)

ORIGEM : AC - 03931247320118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOSÉ RAMOS NETOADV.(A/S) : JAMIR CORRÊAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Intempestividade. Recurso protocolado após termo final do prazo recursal. 3. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental não conhecido.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.919 (344)ORIGEM : AI - 82767103 - 2º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : MITSUO KOYAMAADV.(A/S) : FÁBIO FREDERICO DE FREITAS TERTULIANOEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, acolheu os embargos de declaração com efeitos modificativos, para desconstituir o acórdão anterior, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 29.10.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. JUROS MORATÓRIOS. PRECLUSÃO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. EMBARGOS ACOLHIDOS.

I - Para dissentir do entendimento firmado pelo Tribunal a quo, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e da análise de normas infraconstitucionais, o que inviabiliza o recurso extraordinário nos termos da Súmula 279 do STF ou porque a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes.

II - Embargos de declaração acolhidos para, atribuindo-lhes efeitos infringentes, cassar o acórdão embargado bem como a decisão agravada e, assim, negar provimento ao agravo de instrumento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.217 (345)ORIGEM : APCRIM - 199835000001235 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ANTÔNIO EUGÊNIO RIBEIRO DOMINGUES DE

MOURA PACHECOADV.(A/S) : CEZAR ROBERTO BITENCOURT E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : DÁCIO ROGÉRIO FERNANDES CINTRAINTDO.(A/S) : RODRIGO FERNANDES CINTRAINTDO.(A/S) : MARCELO TALARICO MARQUESINTDO.(A/S) : ALFONSE BASTAWROS LEITEINTDO.(A/S) : EXPEDITO ALBINO DE ALMEIDA

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e determinou a imediata remessa dos autos à origem, independentemente da publicação do acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Ausência de contradição, obscuridade ou omissão do acórdão recorrido. 3. Tese que objetiva a concessão de efeitos infringentes aos embargos declaratórios. 4. Mero inconformismo do embargante. 5. Embargos de declaração rejeitados com determinação de remessa dos autos à origem, independentemente da publicação do acórdão.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.775

(346)

ORIGEM : EIAC - 20080110841514 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : CARLOS AUGUSTO ROSÁRIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EMANUEL CARDOSO PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e, por considerá-los procrastinatórios, impôs, à parte embargante, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Inexistência de omissão. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 3. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.224

(347)

ORIGEM : RESP - 907869 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : REAL COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

LTDAADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e, por considerá-los procrastinatórios, impôs, à parte embargante, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

Embargos de declaração em embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Renúncia da prescrição. Art. 18 da Lei 10.522/2002. 3. Princípio da moralidade administrativa. Ofensa reflexa. Matéria de índole infraconstitucional. 4. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 5. Embargos de declaração rejeitados. Determinação de baixa imediata dos autos.

HABEAS CORPUS 115.383 (348)ORIGEM : HC - 188512 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MATEUS TORRES LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.06.2013.

Habeas Corpus. 2. Dano qualificado. Protetor de fibra do aparelho

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 43

telefônico (orelhão) pertencente à Brasil Telecom – concessionária de serviço público. 3. Aplicação do princípio da insignificância. Impossibilidade. Ausência dos vetores da mínima ofensividade da conduta do agente e do reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. 4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 116.119 (349)ORIGEM : HC - 161622 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : GIOVANNI MARTINOVICH DE ARAÚJO CALÁBRIAIMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 20.08.2013.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. ROUBO QUALIFICADO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. 1. PRETENSÃO DE JULGAMENTO DO MÉRITO DO HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPROCEDÊNCIA. MATÉRIA APRECIADA PARA AFASTAR A CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. 2. DENÚNCIA QUE ATENDE AOS REQUISITOS FORMAIS. INÉPCIA AFASTADA. IMPOSSIBILIDADE DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. 3. PRISÃO DO PACIENTE. QUESTÃO SUPERADA. LIBERDADE CONCEDIDA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA.

1. A pretensão deduzida nesta impetração é de reforma do ato ora tido como coator e de determinação do exame do mérito do Habeas Corpus n. 161.622, Relatora a Ministra Marilza Maynard, pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça. Improcedência. Matéria apreciada pela autoridade tida como coatora para afastar a possibilidade de concessão da ordem de ofício.

2. Não é inepta a denúncia que bem individualiza as condutas, expondo de forma pormenorizada o fato criminoso, preenchendo, assim, os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal.

3. O trancamento da ação penal, em habeas corpus, apresenta-se como medida excepcional, que somente deve ser aplicada quando evidente a ausência de justa causa, o que não ocorre quando a denúncia descreve conduta que configura crime em tese.

4. Liberdade concedida ao ora Paciente em primeira instância. Superadas as questões referentes à prisão submetidas ao Superior Tribunal de Justiça.

5. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 117.106 (350)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ANTÔNIO SOUZA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: HABEAS CORPUS. FRAUDE PREVIDENCIÁRIA (ART. 171, § 3º, DO CP). PRESCRIÇÃO. PACIENTE BENEFICIÁRIO DAS PARCELAS PERCEBIDAS INDEVIDAMENTE. CRIME PERMANENTE, CUJA EXECUÇÃO SE PROTRAI NO TEMPO. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. DATA DO ÚLTIMO RECEBIMENTO DA PARCELA INDEVIDA. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.

1. Paciente que é beneficiário das parcelas de aposentadoria percebidas mediante fraude (simulação de vínculos empregatícios em empresas nas quais nunca trabalhou) pratica crime permanente, previsto no art. 171, § 3º, do CP, cuja execução se protrai no tempo, renovando-se a cada parcela recebida. Assim, o termo inicial do prazo prescricional deve ser contado a partir da cessação do pagamento do benefício indevido, e não do recebimento da primeira parcela remuneratória.

2. Ordem denegada.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.663 (351)ORIGEM : HC - 277167 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : E C APACTE.(S) : W C FIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 277.167 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de

habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MERAMENTE DENEGATÓRIA DE LIMINAR EM SEDE DE OUTRA AÇÃO DE “HABEAS CORPUS” – INOCORRÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE SITUAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU DE EVIDENTE ABUSO DE PODER – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO.

DENEGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR EM “HABEAS CORPUS” – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – INOCORRÊNCIA DE QUALQUER DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE JUSTIFIQUEM A SUPERAÇÃO DESSE OBSTÁCULO SUMULAR.

– Revela-se processualmente inviável, em face do que se contém na Súmula 691/STF, a impetração de “habeas corpus” junto ao Supremo Tribunal Federal, quando o “writ” constitucional vem a ser deduzido contra mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” ajuizada perante Tribunal Superior da União, ressalvadas, excepcionalmente, as hipóteses (inocorrentes na espécie) em que a decisão questionada divergir da jurisprudência predominante na Suprema Corte ou, então, veicular situação configuradora de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade. Precedentes.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.673 (352)ORIGEM : HC - 278709 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : K L DOS SIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 278.709 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MERAMENTE DENEGATÓRIA DE LIMINAR EM SEDE DE OUTRA AÇÃO DE “HABEAS CORPUS” – INOCORRÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE SITUAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU DE EVIDENTE ABUSO DE PODER – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO.

DENEGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR EM “HABEAS CORPUS” – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – INOCORRÊNCIA DE QUALQUER DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE JUSTIFIQUEM A SUPERAÇÃO DESSE OBSTÁCULO SUMULAR.

– Revela-se processualmente inviável, em face do que se contém na Súmula 691/STF, a impetração de “habeas corpus” junto ao Supremo Tribunal Federal, quando o “writ” constitucional vem a ser deduzido contra mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” ajuizada perante Tribunal Superior da União, ressalvadas, excepcionalmente, as hipóteses (inocorrentes na espécie) em que a decisão questionada divergir da jurisprudência predominante na Suprema Corte ou, então, veicular situação configuradora de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade. Precedentes.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.780 (353)ORIGEM : HC - 280103 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : L.F.C.IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 280.103 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 22.10.2013.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MERAMENTE DENEGATÓRIA DE LIMINAR EM SEDE DE OUTRA AÇÃO DE “HABEAS CORPUS” – INOCORRÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE SITUAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU DE EVIDENTE ABUSO DE PODER – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO.

DENEGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR EM “HABEAS CORPUS” – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – INOCORRÊNCIA DE QUALQUER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 44

DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE JUSTIFIQUEM A SUPERAÇÃO DESSE OBSTÁCULO SUMULAR.

– Revela-se processualmente inviável, em face do que se contém na Súmula 691/STF, a impetração de “habeas corpus” junto ao Supremo Tribunal Federal, quando o “writ” constitucional vem a ser deduzido contra mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” ajuizada perante Tribunal Superior da União, ressalvadas, excepcionalmente, as hipóteses (inocorrentes na espécie) em que a decisão questionada divergir da jurisprudência predominante na Suprema Corte ou, então, veicular situação configuradora de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade. Precedentes.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 116.371 (354)ORIGEM : HC - 238248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANDRÉ PASQUALINIADV.(A/S) : RAFAEL LAURICELLARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Claudio Demczuk de Alencar. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Teori Zavascki. 2ª Turma, 13.08.2013.

Recurso ordinário em habeas corpus. 2. Art. 311, caput, do CP. Adulteração de placa traseira do veículo com aposição de fita isolante preta. 3. As placas de um automóvel são sinais identificadores externos do veículo, obrigatórios conforme dispõe o Código de Trânsito Brasileiro. A jurisprudência do STF considera típica a adulteração de placa numerada dianteira ou traseira do veículo. 4. Reconhecimento da tipicidade da conduta atribuída ao recorrente. Recurso a que se nega provimento.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 118.102 (355)ORIGEM : HC - 239908 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUISA YEMEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 05.11.2013.

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTE. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. FIXAÇÃO DE REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Brasília, 20 de novembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 3.481 (356)ORIGEM : APC - 10702120020467001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : CINTIA RAQUEL DOS SANTOS OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de medida cautelar proposta por Cintia Raquel dos Santos Oliveira com o objetivo de atribuir efeito suspensivo a recurso extraordinário manejado contra acordão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Em decisão proferida em 30/10/2013, a Presidência desta Corte negou seguimento ao recurso extraordinário diante de sua intempestividade.

Em face da relação de acessoriedade existente entre o processo principal e o cautelar, uma vez extinta a causa principal, torna-se ineficaz a cautelar em virtude da perda superveniente de seu objeto. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO CAUTELAR. TRIBUTÁRIO. EXCLUSÃO DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 573.098. RECURSO JULGADO PREJUDICADO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Pretensão de suspensão dos efeitos da decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial interposto pela União. Decisão que poderia ter sido impugnada no momento processual oportuno. 2. Recurso extraordinário n. 573.098 julgado prejudicado. Prejuízo da ação cautelar, por perda superveniente de objeto”. (AC 2006-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, Dje 025 de 06.02.2009).

“EMENTA Agravo regimental. Medida cautelar. Perda de objeto. 1. Ante o não-provimento do agravo regimental, manejado contra a decisão que negou provimento ao agravo de instrumento, interposto contra o julgado que inadmitiu o recurso extraordinário em razão de sua intempestividade, perdeu objeto a medida cautelar que pleiteava a concessão de efeito suspensivo ao referido recurso extraordinário. 2. Agravo regimental prejudicado”. (AC 2008-AgR, Relator o Ministro Menezes Direito, Primeira Turma, Dje 102 de 05.06.2008).

“EMENTA: Agravo regimental. Ação cautelar. Recurso extraordinário. Efeito suspensivo. Perda de objeto. 1. O agravo de instrumento, autuado nesta Corte sob o nº 700.329, interposto contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário, ao qual pretende o agravante seja conferido efeito suspensivo, foi desprovido, por decisão de minha relatoria, em 22/4/08. Dessa decisão, foi interposto agravo regimental, desprovido por acórdão desta Primeira Turma em 11/11/08, conforme se pode verificar no sítio eletrônico do Supremo Tribunal Federal. Destarte, perdeu objeto a cautelar. 2. Agravo regimental desprovido”. (AC nº 2000/SP-AgR, Relator o Ministro Menezes Direito, Primeira Turma, DJe de 13/3/09).

Ante o exposto, em razão da perda superveniente do objeto desta cautelar, julgo prejudicada a presente ação, com fundamento no artigo 21, IX, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.437 (357)ORIGEM : PROC - 200134000336045 - JUIZ FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAADV.(A/S) : PAULO FAINGAUS BEKINRÉU(É)(S) : ANTHONY STEPHEN HARRINGTON

DECISÃOEXECUÇÃO FISCAL DE DÍVIDA ATIVA – IMUNIDADE DE ESTADO

ESTRANGEIRO – PRECEDENTE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Com a inicial de folha 2, a União formalizou ação de execução fiscal

de dívida ativa contra a Embaixada dos Estados Unidos da América, visando o recebimento de R$ 3.995,40 (três mil, novecentos e noventa e cinco reais e quarenta centavos) concernentes ao não pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e da multa pelo não recolhimento.

Na manifestação de folhas 19 e 20, os Estados Unidos da América relatam que o crédito tributário decorreria da importação de produtos, ocorrida em 1996, sob o regime de admissão temporária, para exibição em feira promocional em São Paulo. Apontam a contratação, na época, de serviço de despachante, tendo a Embaixada firmado termo de responsabilidade relativo à suspensão do tributo, no qual se comprometeu a informar à Receita Federal a reexportação das mercadorias ou o pagamento do valor devido em caso de nacionalização. Apesar de haver constatado que certa sociedade empresária solicitou a internalização das mercadorias, dizem não possuir meios de verificar o cumprimento das obrigações fiscais, não tendo, ainda, localizado o despachante. Asseguram, por fim, que os bens não permaneceram em posse da missão diplomática, nem foram por ela alienados. Sustentam a ausência de responsabilidade pelo pagamento do tributo e evocam a imunidade de jurisdição.

À folha 28 à 30, a União ressalta a necessidade de dilação probatória para aferir as alegações da executada, o que seria possível apenas mediante o ajuizamento de ação de rito ordinário ou a apresentação de embargos à execução. Argui a inexistência de imunidade absoluta quando embaixada atua como ente privado. Evoca jurisprudência e requer o prosseguimento da execução.

O processo foi remetido ao Supremo ante o disposto no artigo 102, inciso I, alínea “e”, do Diploma Maior.

A Procuradoria Geral da República preconiza a relativização da teoria da imunidade de jurisdição ante ato praticado a título particular, e não de império ou diplomático. Opina pela impossibilidade de enriquecimento sem causa dos estados estrangeiros quando atuam como entes privados comuns, sob pena de violação ao princípio da boa-fé e aos postulados de Direito

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 45: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 45

Internacional. Aponta que, afastada a imunidade, o estado estrangeiro fica responsável, no caso, pelo pagamento do tributo, porquanto a importação foi efetuada em nome da Embaixada dos Estados Unidos.

2. Anoto haver o Plenário do Tribunal, no Agravo Regimental na Ação Cível Originária nº 543/SP, relator ministro Sepúlveda Pertence, por maioria, assentado a imunidade absoluta de Estados estrangeiros no tocante ao processo de execução fiscal. Eis a ementa confeccionada, publicada no Diário da Justiça de 24 de novembro de 2006:

Imunidade de jurisdição. Execução fiscal movida pela União contra a República da Coréia. É da jurisprudência do Supremo Tribunal que, salvo renúncia, é absoluta a imunidade do Estado estrangeiro à jurisdição executória: orientação mantida por maioria de votos. Precedentes: ACO 524-AgR, Velloso, DJ 9.5.2003; ACO 522-AgR e 634-AgR, Ilmar Galvão, DJ 23.10.98 e 31.10.2002; ACO 527-AgR, Jobim, DJ 10.12.99; ACO 645, Gilmar Mendes, DJ 17.3.2003.

Na oportunidade, respeitada a divergência inaugurada pelo ministro Celso de Mello, figurei na corrente vencedora, por entender aplicável a imunidade, tendo consignado:

Na assentada em que iniciado o julgamento, o ministro relator concluiu pela incidência da imunidade de jurisdição. Pedi vista para refletir sobre a matéria e fazê-lo a partir das peculiaridades do caso.

O acionado argüiu a imunidade de jurisdição (folha 22-verso). No caso, discute-se a pertinência de multa, por falta de guia de importação, aplicada contra o Consulado Geral dos Estados Unidos da América em São Paulo com base no artigo 526, inciso II, do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 1985.

Observe-se que as Convenções de Viena de 1961 e 1963 versam sobre imunidades pessoais de integrantes de missões diplomáticas e consulados. Em síntese, não abrangem o fenômeno no tocante aos Estados estrangeiros. Entretanto, até mesmo razões de ordem prática revelam a ocorrência da imunidade. Doutrina e jurisprudência são no sentido, é certo, da relativização da imunidade dos Estados estrangeiros e de agentes diplomáticos e consulares quando envolvidos direitos de natureza civil, comercial e trabalhista de particular. A razão está na circunstância de se mostrar inviável, ao súdito brasileiro ou a pessoas com domicílio no território nacional, litigar no estrangeiro. Sob o ângulo da matéria tributária, considerados Estados soberanos, atente-se para a impossibilidade de tributação recíproca. Pertinente é ter-se a execução contra Estado estrangeiro uma vez havida a renúncia à imunidade. Homenageia-se, com isso, a soberania do Estado – Agravos Regimentais nas Ações Cíveis Originárias nº 522/SP, relator ministro Ilmar Galvão, Diário da Justiça de 23 outubro de 1998; nº 527/SP, relator ministro Nelson Jobim, Diário da Justiça de 10 de dezembro de 1999, e nº 630/SP, da qual fui relator, Diário da Justiça de 2 de setembro de 2004.

Vale frisar a restrição à penhora nos países que admitem a execução, como é o caso dos Estados Unidos da América. Bens e valores integrantes do inventário das missões diplomáticas e consulados não são alcançados, circunscrevendo-se o ato de constrição a contas bancárias, títulos e ações. Mesmo assim, a execução pressupõe envolvimento de particular e de direito cível. Daí o ministro Francisco Rezek, Juiz da Corte Internacional de Justiça, haver consignado em A imunidade de jurisdição e o Judiciário brasileiro, obra coordenada por Antenor Pereira Madruga Filho e Márcio Garcia – CEDI, Brasília, 2002, p. 19 - que:

A imunidade, portanto, não existe, no caso do processo intentado à conta de uma relação estabelecida com o meio local, ou setor privado, destacadamente, e regida pelo direito material brasileiro.

Tive notícia de algumas ações que o Supremo rejeitou, enfim, em grau de recurso, que o Supremo considerou inteiramente descabidas, de execução fiscal contra o Estado estrangeiro. Aí, entramos no domínio do impossível absoluto. Isso não é uma relação de trabalho. Isso não é uma relação resultante das conseqüências civis do ato ilícito. Isso não tem a ver com o contrato realizado com o particular. É o Estado brasileiro querendo acionar perante a Justiça do Brasil o Estado estrangeiro. Isto continua sendo impensável. A imunidade continua prevalecendo em todas as hipóteses de relação entre as duas soberanias.

A visão é consentânea até mesmo com a Carta da República, no que se tem, no âmbito interno, a imunidade tributária. Preceitua o artigo 150, inciso VI, alínea a, da Constituição Federal de 1988 ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar impostos uns dos outros, considerado o patrimônio, renda ou serviços. De qualquer forma, prevalece o sistema próprio à soberania.

Acompanho o relator, concluindo pela impossibilidade jurídica do pedido. Julgo, então, a autora carecedora da ação proposta.

O mesmo entendimento, no sentido da incidência da imunidade, veio a prevalecer em pronunciamentos recentes, conforme se observa dos acórdãos alusivos à Ação Cível Originária nº 633, relatora ministra Ellen Gracie, e à Ação Cível Originária nº 645, relator ministro Gilmar Mendes.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido e julgo extinto, sem resolução do mérito, o processo de execução.

4. Publiquem.Brasília, 17 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.562 (358)ORIGEM : ACO - 1562 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Especifiquem, as partes, se for o caso, as provas que pretendem produzir, tendo em vista o que expressamente postularam nesta sede processual.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.844 (359)ORIGEM : PROC - 200533000007750 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DESPACHO: Intimem-se os Senhores Advogado-Geral da União (Lei Complementar nº 73/93, art. 4º, III) e Procurador-Geral do Estado da Bahia (CPC, art. 12, I), para que se manifestem sobre a possibilidade de ratificação dos atos praticados perante o Juízo de primeira instância. Prazo: 05 (cinco) dias.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.245 (360)ORIGEM : PROCESSO - 565987120124013400 - JUIZ FEDERAL

DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : AGARB CEZAR DE CARVALHO FILHOADV.(A/S) : DEISE MENDRONI DE MENEZESRÉU(É)(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : REFINARIA DE PETRÓLEOS DE MANGUINHOS S/AADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE STOLF CESNIK

DESPACHOAÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA – DISTRIBUIÇÃO – PREVENÇÃO.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:Agarb Cezar de Carvalho Filho ajuizou, em 16 de novembro de 2012,

ação de rito ordinário contra o Estado do Rio de Janeiro, a União e a Refinaria de Petróleos de Manguinhos S.A. visando o reconhecimento da nulidade do Decreto nº 43.892, de 15 de outubro de 2012, editado pelo Governador do citado Estado. No ato, veio a ser declarado de utilidade pública e interesse social, para fins de desapropriação, o “prédio situado na Avenida Brasil, nº 3.141 (domínio útil), e respectivo terreno situado na Enseada de Manguinhos”.

Segundo argumenta, é acionista minoritário da mencionada refinaria. Sustenta, no tocante ao decreto expropriatório, a existência de vícios de competência e finalidade. Em relação ao primeiro, estaria envolvido terreno de marinha, de propriedade da União. Refere-se, ainda, à ofensa ao artigo 2º, § 3º, do Decreto-Lei nº 3.365/41, o qual veda aos estados, Distrito Federal e municípios a desapropriação de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições ou empresas cujo funcionamento dependa de autorização do governo federal e se subordine à fiscalização deste. Aduz, quanto à finalidade, não haver sido indicado com precisão, no ato impugnado, o destino do bem.

Requer, em sede de antecipação de tutela, a sustação dos efeitos do Decreto estadual nº 43.892/2012 e, alfim, a declaração de nulidade da norma.

A ação foi inicialmente distribuída ao Juízo da 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, que postergou, para momento posterior ao oferecimento das contestações, a apreciação da medida acauteladora.

A União, à folha 109 à 116, requereu a migração para o polo ativo, figurando como assistente litisconsorcial do autor. Pleiteou a remessa do processo ao Supremo, além do deferimento da liminar.

A Refinaria de Petróleos Manguinhos S/A buscou, à folha 124 à 138, a admissão na qualidade de litisconsorte ativo e o acolhimento do pedido de antecipação de tutela.

O Estado do Rio de Janeiro, na contestação à folha 167 à 195,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 46

postulou o encaminhamento do processo ao Supremo. Arguiu a ilegitimidade ativa do autor. Requereu o indeferimento da liminar e a declaração de improcedência do pedido, condenando-se o autor nas penas da litigância de má-fé.

À folha 491, o Estado do Rio de Janeiro, em petição, informou haver o Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo declinado ao Supremo a competência para analisar pedido idêntico, distribuído ao ministro Gilmar Mendes mediante a Ação Cível Originária nº 2.162.

Às folhas 493 e 494, o Juízo da 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal determinou a remessa do processo ao Tribunal, ressaltando o implemento da medida acauteladora, na citada ação cível originária, pelo ministro Gilmar Mendes.

2. Nota-se a existência de ações versando o mesmo objeto. A Ação Cível Originária nº 2.162 foi proposta pela sociedade Perimeter Administração de Recursos Ltda., também acionista da Refinaria de Petróleos de Manguinhos S.A., objetivando ver assentada a nulidade do Decreto estadual nº 43.892/2012. A distribuição coube ao ministro Gilmar Mendes, isso em 27 de maio de 2013, tendo Sua Excelência deferido, em 30 de agosto seguinte, a medida acauteladora nela postulada, para suspender os efeitos do ato expropriatório.

Embora ausente a tríplice identidade, ante a diversidade de partes autoras, faz-se presente a conexão deste processo com a controvérsia submetida à relatoria do ministro Gilmar Mendes. Assim, cabe definir se incumbe a Sua Excelência também o relato desta ação, que tem a mesma causa de pedir e o mesmo pedido daquela que lhe foi distribuída, observada a organicidade do Direito instrumental, em última análise, a racionalidade.

3. Ao Presidente do Tribunal, ministro Joaquim Barbosa, que melhor dirá.

4. Publiquem.Brasília, 9 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.270 (361)ORIGEM : PROC - 127000000888201223 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PIAUÍ

DESPACHOCONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUAL E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

1. Conflito negativo de atribuição apresentado neste Supremo Tribunal Federal, em 13.11.2013, e autuado como Ação Cível Originária, objetivando a solução de conflito negativo de atribuições entre o Ministério Público do Estado do Piauí e o Ministério Público Federal.

2. Vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. VI e VII, e 168 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.832 (362)ORIGEM : PROC - 103356020124013600 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : WANDERLEY PIANO DA SILVAADV.(A/S) : MAURÍCIO AUDERÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOCOMPETÊNCIA – DECLINAÇÃO. 1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Wanderley Piano da Silva, magistrado do Regional do Trabalho da

23ª Região, ajuizou ação de rito ordinário perante a 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, postulando o recebimento de ajuda de custo decorrente de remoção, a pedido, a qual acarretou a mudança de domicílio, em 2011, de Sinop/MT para Várzea Grande/MT.

Consoante argumenta, o disposto no artigo 65, inciso I, da Lei Complementar nº 35/79 prevê seja concedida a magistrados ajuda de custo “para despesas de transporte e mudança”. Alude ao artigo 53 da Lei nº 8.112/90, a assegurar o pagamento de verba destinada à compensação de gastos com instalação de servidor que passa a ter exercício em nova sede. Pleiteia a aplicação subsidiária do regime jurídico dos servidores públicos, ante a omissão da mencionada lei complementar no tocante à

regulamentação do benefício.Sublinha a existência, no caso, de interesse público na remoção a

pedido, presente a necessidade de preenchimento da vaga para a qual o autor foi removido. Discorre sobre os parâmetros concernentes ao implemento e ao valor do benefício, constantes no Decreto nº 4.004/2001. Evoca jurisprudência.

A União, na contestação, aponta a legalidade do não pagamento da ajuda de custo ante o pronunciamento do órgão plenário do Conselho Nacional de Justiça, na Consulta nº 0005708-46.2009.2.00.0000. Nesta, admitiu-se o pagamento da verba “a cada período de 24 (vinte e quatro) meses”. Sustenta indevida a concessão do benefício na espécie, uma vez não decorrido o prazo mínimo de permanência em Sinop. Enfatiza a diferença entre a remoção a pedido, considerado o interesse público genérico, no que a Administração apenas concorda com o requerimento individual, e a remoção de ofício, consistente em transferência compulsória do servidor, sendo a última a única situação a ensejar o pagamento pretendido. Diz da ofensa ao princípio da legalidade.

As partes buscaram o julgamento antecipado da lide.À folha 74 à 80, o autor insistiu na procedência do pedido.O processo foi remetido ao Supremo ante o disposto no artigo 102,

inciso I, alínea “n”, do Diploma Maior.2. Está-se diante de pleito relativo ao pagamento de ajuda de custo

em virtude de remoção de juiz do trabalho. Tenho consignado inexistir interesse peculiar à magistratura, a ensejar a competência originária do Supremo, em ações envolvendo o pagamento do benefício, porquanto todo e qualquer servidor pode ser favorecido com a citada verba. Nesse sentido, confiram a decisão prolatada na Reclamação nº 15.370:

RECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO PEDIDO.

1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A União argui usurpação da competência do Supremo pelo Juízo da

3ª Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Circunscrição Judiciária de Santa Catarina, em razão do acórdão concernente ao julgamento do Recurso Inominado nº 5016172-28.2011.404.7200.

Consoante assevera, figura como ré em demanda formalizada por juiz do trabalho objetivando o recebimento de ajuda de custo decorrente de remoção da Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região para a Vara do Trabalho de Bagé. Assinala ter sido assentado procedente o pedido, em primeira instância. Anota a interposição de recurso inominado, apontando-se a incompetência absoluta do Juízo, com base no artigo 3º, § 1º, inciso III, da Lei nº 10.259/2001, desprovido pelo Colegiado.

Articula com a usurpação da competência originária do Supremo prevista no artigo 102, inciso I, alínea n, do Diploma Maior, presente o interesse de toda a magistratura na matéria de fundo. Diz da incompetência absoluta do Colegiado local, dada a natureza funcional de que se reveste. Evoca entendimento adotado na Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569/DF, da relatoria de Vossa Excelência, e na Reclamação nº 14.697/AC, da relatoria do ministro Dias Toffoli.

Sob o ângulo do risco, alude ao iminente pagamento indevido resultante do cumprimento do ato reclamado, que dificilmente reverterá ao erário, ante os obstáculos próprios à repetição de verbas alimentares. Postula a suspensão liminar do pronunciamento. No mérito, requer a anulação das decisões proferidas no referido processo, determinando-se seja remetido a este Tribunal para julgamento.

O processo encontra-se concluso, visando a apreciação do pedido de medida acauteladora.

2. Os pronunciamentos do Supremo, presente o alcance da alínea n do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal, são reiterados no sentido de apenas lhe caber o julgamento de conflito de interesses quando se tratar de direito substancial exclusivo da magistratura. Está em jogo ajuda de custo em caso de remoção, instituto que, de início, pode beneficiar todo e qualquer servidor. Precedentes:

COMPETÊNCIA. CAUSA DE INTERESSE DA MAGISTRATURA. A letra n do inciso I do art. 102 da Constituição Federal, ao firmar a competência originária do STF para a causa, só se aplica quando a matéria versada na demanda diz respeito a privativo interesse da magistratura enquanto tal e não também quando interessa a outros servidores. Precedentes. Agravo improvido.

(Agravo Regimental na Reclamação nº 1.952, relatora ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgado em 19 de fevereiro de 2004, Diário da Justiça de 12 de março de 2004)

Ação originária. Reclamação trabalhista. Questão de ordem sobre competência. - Não sendo a vantagem financeira pleiteada na presente reclamação vantagem privativa da magistratura, uma vez que ela interessa também aos servidores e empregados em geral, é pertinente a jurisprudência desta Corte no sentido de que a letra "n" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal só se aplica quando a matéria versada na causa diz respeito a privativo interesse da magistratura como tal, e não quando também interessa a outros servidores (assim, a título exemplificativo, decidiu-se na AO 33). Questão de ordem que se resolve no sentido de que esta Corte é incompetente para julgar em instância única a presente reclamação, sendo competente para julgá-la no primeiro grau de jurisdição a Junta de origem, à qual devem ser restituídos os autos.

(Questão de Ordem na Ação Originária nº 230, relator ministro

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 47

Moreira Alves, Tribunal Pleno, julgado em 17 de março de 1999, Diário da Justiça de 14 de maio de 1999)

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.3. Ante o exposto, assento a incompetência do Supremo e determino

a devolução do processo à Vara de origem.4. Publiquem.Brasília, 10 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO PENAL 681 (363)ORIGEM : AP - 024070658422 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTORÉU(É)(S) : JOSÉ CARLOS DA FONSECA JÚNIORADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : JOSÉ ADILSON LOURENÇOADV.(A/S) : FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Ministério Público Federal manifestou-se, litteris:“PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA. STF. REMOÇAO DO

CARGO DE CHEFE DE MISSÃO DIPLOMÁTICA EM CARÁTER PERMANENTE.”

Incompetência do STF para apreciar o feito. Parecer pela remessa dos autos ao juízo de origem.”

O Pleno desta Corte, no julgamento das ADIns nºs 2.797/DF e 2.860/DF, ambas de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, declarou inconstitucional o art. 84 do CPP, na redação dada pela Lei nº 10.628/2002, que estendera o foro por prerrogativa de função aos ex-ocupantes de cargos públicos ou mandatos eletivos, consoante se depreende do Informativo nº 362/STF, verbis:

“Em relação ao mérito, o Min. Sepúlveda Pertence, relator, julgou procedente o pedido de ambas as ações [ADI's no 2.797-DF e 2.860-DF]. Salientou que o §1º do art. 84 do CPP constitui reação legislativa ao cancelamento da Súmula 394, ocorrido no julgamento do Inq 687 QO/SP (DJU de 9.11.2001), cujos fundamentos a lei nova estaria a contrariar, e no qual se entendera que a tese sumulada não se refletira na CF/88 (Enunciado 394 da Súmula: 'Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício'). Asseverou ser improcedente a alegação de que o cancelamento da Súmula 394 se dera por inexistir, à época, previsão legal que a consagrasse, já que tanto a súmula quanto a decisão no Inq 687 QO/SP teriam derivado de interpretação direta e exclusiva da Constituição Federal. Declarou a inconstitucionalidade do §1º do art. 84 do CPP por considerar que o mesmo, além de ter feito interpretação autêntica da Carta Magna, o que seria reservado à norma de hierarquia constitucional, teria usurpado a competência do STF como guardião da Constituição Federal ao inverter a leitura por ele já feita de norma constitucional, o que, se admitido, implicaria sujeitar a interpretação constitucional do STF ao referendo do legislador ordinário. Declarou, também, a inconstitucionalidade do §2º do art. 84 do CPP. Disse que esse parágrafo veiculou duas regras: a que estende a competência especial por prerrogativa de função para inquérito e ação penais à ação de improbidade administrativa e a que manda aplicar, em relação à mesma ação de improbidade, a previsão do §1º do citado artigo. Esta última regra, segundo o relator, estaria atingida por arrastamento pela declaração de inconstitucionalidade já proferida. E a primeira implicaria declaração de competência originária não prevista no rol taxativo da Constituição Federal. Ressaltou que a ação de improbidade administrativa é de natureza civil, conforme se depreende do §4º do art. 37 da CF ('Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.') e que o STF jamais entendeu ser competente para o conhecimento de ações civis, por ato de ofício, ajuizadas contra as autoridades para cujo processo penal o seria. Salientou, ainda, que a Constituição Federal reservou às constituições estaduais, com exceção do disposto nos artigos 29, X e 96, III, a definição da competência dos seus tribunais (CF, art. 125, §1º), o que afastaria, por si só, a possibilidade da alteração dessa previsão por lei federal ordinária. Concluiu que o eventual acolhimento, no julgamento da Rcl 2138/DF, da tese de que a competência constitucional para julgar crimes de responsabilidade se estenderia às ações de improbidade, não prejudicaria nem seria prejudicado pela declaração de inconstitucionalidade do §2º do art. 84, já que a competência dos tribunais para julgar crimes de responsabilidade é bem mais restrita que aquela para julgar os crimes comuns.” (Informativo nº 362/STF: ADI nº 2.797/DF e ADI nº 2.860/DF, Rel. Sepúlveda Pertence, Pleno, por maioria, acórdão pendente de publicação).

In casu, conforme afirmado no parecer ministerial, a competência

desta Corte cessou em decorrência da remoção réu do cargo de Chefe de Missão Diplomática em Caráter Permanente.

Ex positis, declino da competência para o Juízo da 7ª Vara Criminal da Comarca de Vitória/ES.

Remetam os autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AÇÃO PENAL 858 (364)ORIGEM : INQ - 2984 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREVISOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : EDUARDO COSENTINO DA CUNHAADV.(A/S) : ALEXANDRE DE MORAES E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Designo as seguintes audiências para inquirição das testemunhas de acusação e de defesa, a realizarem-se nos dias 16 e 17 de dezembro de 2013, na sede da Justiça Federal na cidade Rio de Janeiro/RJ, localizada na Avenida Venezuela, nº 134, Bloco B, 4º andar, nos horários a seguir especificados:

16 de dezembro de 2013 (testemunhas de acusação):14h: Elaine Costa da Silva15h: Humberto Dalla Bernardina de Pinho 16h: José Muiños Piñeiro Filho17 de dezembro de 2013 (testemunhas de defesa):9h30min: Jonas Lopes de Carvalho Junior10h30min: Marija Yrneh Rodrigues de Moura11h30min: Antônio José Campos Moreira14h: Jaime Samuel Cukier15h: Cláudio Soares Lopes16h: Marfan Martins VieiraExpeça-se Carta de Ordem à Justiça Federal no Rio de Janeiro/RJ

para intimação da testemunha de defesa Jaime Samuel Cukier, no endereço indicado na fl. 519, para que se faça presente na audiência de inquirição, no dia e horário acima designados.

Os depoimentos das demais testemunhas foram definidos diretamente com elas, por se trataram de autoridades com prerrogativa legal de prévio ajuste das respectivas inquirições.

Oficie-se ao Juiz Federal Diretor do Foro da Justiça Federal no Rio de Janeiro/RJ solicitando que sejam disponibilizados local, equipamento de gravação e um servidor em função de auxílio.

Intime-se o advogado do acusado. Intime-se o Procurador-Geral da República para a indicação de

representante do Ministério Público Federal nas audiências. Designo o Juiz Federal Jurandi Borges Pinheiro, Magistrado Instrutor

lotado neste Gabinete, para a realização das audiências, nos termos do art. 3º, III, da Lei 8.038/90 e do art. 21-A do RISTF.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.213 (365)ORIGEM : PROC - 00060060220074036000 - JUIZ FEDERAL DA 3º

REGIÃOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : ÉLZIO NEVES BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO BRUNO MARIETTOAGDO.(A/S) : FUNAI - FUNDACAO NACIONAL DO INDIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 48

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.571 (366)ORIGEM : ADI - 4571 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES

EM EDUCAÇÃO - CNTEADV.(A/S) : FLÁVIA PINHO DE BRITO MUNDIM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS

GERAISAGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 14 de outubro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.455 (367)ORIGEM : AR - 73407 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : MAGLIANO S/A CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES

MOBILIÁRIOSADV.(A/S) : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Manifeste-se a União, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre o agravo regimental de fls. 291/298. Após, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.942

(368)

ORIGEM : TC - 01238020035 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARLENE TECLA MOITINHOADV.(A/S) : NATALIA LEMOS CARVALHO SOARES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO QUE RECONHECE A INCORPORAÇÃO, À REMUNERAÇÃO DA PARTE IMPETRANTE, DA VANTAGEM PECUNIÁRIA QUESTIONADA PELO TCU. INTEGRAL OPONIBILIDADE DA “RES JUDICATA” AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE, IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA “RES JUDICATA”. “TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT”. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO, NOTADAMENTE EM SEDE ADMINISTRATIVA, DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DA AUTORIDADE DA COISA JULGADA. PRECEDENTES. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONSOLIDADA QUANTO À MATÉRIA VERSADA NA IMPETRAÇÃO. POSSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE O RELATOR DA CAUSA MANDAMENTAL DECIDIR, EM ATO SINGULAR, A CONTROVÉRSIA JURÍDICA. COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DELEGADA EM SEDE REGIMENTAL, PELA SUPREMA CORTE (RISTF, ART. 205, “CAPUT”, NA REDAÇÃO DADA PELA ER Nº 28/2009). MANDADO DE SEGURANÇA DEFERIDO.

- O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557) nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença revestida da autoridade da coisa julgada (RTJ 194/594), ainda que o direito

reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (MS 23.665/DF, v.g.), pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes.

- A norma inscrita no art. 474 do CPC impossibilita a instauração de nova demanda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com fundamento em novas alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade prática que o informa – absorve, necessariamente, “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser” (LIEBMAN), mas não o foram.

A autoridade da coisa julgada em sentido material estende-se, por isso mesmo, tanto ao que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo (“tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”). Aplicação, ao caso, do art. 474 do CPC. Doutrina. Precedentes.

DECISÃO: Registro, preliminarmente, por necessário, que o Supremo Tribunal Federal, mediante edição da Emenda Regimental nº 28, de 18 de fevereiro de 2009, delegou expressa competência ao Relator da causa, para, em sede de julgamento monocrático, denegar ou conceder a ordem de mandado de segurança, desde que a matéria versada no “writ” em questão constitua “objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal” (RISTF, art. 205, “caput”, na redação dada pela ER nº 28/2009).

Ao assim proceder, fazendo-o mediante interna delegação de atribuições jurisdicionais, esta Suprema Corte, atenta às exigências de celeridade e de racionalização do processo decisório, limitou-se a reafirmar princípio consagrado em nosso ordenamento positivo (RISTF, art. 21, § 1º; Lei nº 8.038/90, art. 38; CPC, 544, § 4º) que autoriza o Relator da causa a decidir, monocraticamente, o litígio, sempre que este referir-se a tema já definido em “jurisprudência dominante” no Supremo Tribunal Federal.

Nem se alegue que essa orientação implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

A legitimidade jurídica desse entendimento – que vem sendo observado na prática processual desta Suprema Corte (MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.962/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – decorre da circunstância de o Relator da causa, no desempenho de seus poderes processuais, dispor de plena competência para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, justificando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar (RTJ 139/53 – RTJ 168/174-175 – RTJ 173/948), valendo assinalar, quanto ao aspecto ora ressaltado, que o Plenário deste Tribunal, ao apreciar o MS 27.236-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reafirmou a possibilidade processual do julgamento monocrático do próprio mérito da ação de mandado de segurança, desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 205 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 28/2009.

Tendo em vista essa delegação regimental de competência ao Relator da causa, impõe-se reconhecer que a controvérsia mandamental ora em exame ajusta-se à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise, o que possibilita seja proferida decisão monocrática sobre o litígio em questão.

Trata-se de mandado de segurança impetrado com o objetivo de questionar a validade jurídica de deliberação emanada da colenda Segunda Câmara do E. Tribunal de Contas da União consubstanciada no Acórdão nº 1.018/2009.

Alega-se, em síntese, que o E. Tribunal de Contas da União teria desrespeitado a autoridade de decisão judicial transitada em julgado que reconheceu, à autora deste “writ”, o direito à incorporação, à sua remuneração, de determinada vantagem pecuniária.

Por entender cumulativamente ocorrentes os requisitos concernentes à plausibilidade jurídica e ao “periculum in mora”, vim a conceder provimento cautelar em favor da parte ora impetrante, o que motivou a interposição, pela União Federal, do pertinente recurso de agravo.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede mandamental.

A análise da matéria versada no presente “writ” revela que um dos fundamentos em que se apoia a pretensão mandamental em exame tem o beneplácito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, em sucessivos precedentes, tem reconhecido, quer em decisões monocráticas, quer em julgamentos colegiados, ser integralmente oponível, ao E. Tribunal de Contas da União, a autoridade da coisa julgada, cuja eficácia subordinante, desse modo, não poderá ser transgredida por qualquer órgão estatal, inclusive pela própria Corte de Contas (MS 23.758/RJ, Rel. Min. MOREIRA ALVES – MS 24.529-MC/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 24.569-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 24.939-MC/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO – MS 25.460/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – MS 26.086/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.088-MC/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – MS 26.132-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.156-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 26.186-MC/DF, Rel. Min.

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CELSO DE MELLO – MS 26.228-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.271-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.387/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 26.408/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.443-MC/MA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 27.374- -MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.551-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.575-MC/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.732-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 28.150-MC-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.572-MC-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. APOSENTADORIA. REGISTRO. VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DETERMINAÇÃO À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARA SUSPENDER O PAGAMENTO DA PARCELA. IMPOSSIBILIDADE.

1. Vantagem pecuniária incluída nos proventos de aposentadoria de servidor público federal, por força de decisão judicial transitada em julgado. Impossibilidade de o Tribunal de Contas da União impor à autoridade administrativa sujeita à sua fiscalização a suspensão do respectivo pagamento. Ato que se afasta da competência reservada à Corte de Contas (CF, artigo 71, III).

2. Ainda que contrário à pacífica jurisprudência desta Corte, o reconhecimento de direito coberto pelo manto da ‘res judicata’ somente pode ser desconstituído pela via da ação rescisória.

Segurança concedida.”(MS 23.665/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Pleno – grifei)Vê-se, pois, que o E. Tribunal de Contas da União não dispõe,

constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença impregnada da autoridade da coisa julgada (AI 471.430-AgR/DF, Rel. Min. EROS GRAU), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. SERVIDOR PÚBLICO: VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. TRIBUNAL DE CONTAS: DETERMINAÇÃO NO SENTIDO DA EXCLUSÃO DA VANTAGEM. COISA JULGADA: OFENSA. CF, art. 5º, XXXVI.

.......................................................................................................II. - Vantagem pecuniária, incorporada aos proventos de

aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vantagem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória.

III. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal.IV. - (…) Mandado de Segurança conhecido e deferido

relativamente ao servidor atingido pela decisão do TCU.”(RTJ 194/594, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei)É importante rememorar, no ponto, o alto significado de que se

reveste, em nosso sistema jurídico, o instituto da “res judicata”, que constitui atributo específico da jurisdição e que se revela pela dupla qualidade que tipifica os efeitos emergentes do ato sentencial: a imutabilidade, de um lado, e a coercibilidade, de outro.

Esses atributos que caracterizam a coisa julgada em sentido material, notadamente a imutabilidade dos efeitos inerentes ao comando sentencial, recebem, diretamente, da própria Constituição, especial proteção destinada a preservar a inalterabilidade dos pronunciamentos emanados dos Juízes e Tribunais, criando, desse modo, situação de certeza, de estabilidade e de segurança para as relações jurídicas.

É por essa razão que HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/539-540, item n. 509, 51ª ed., 2010, Forense), discorrendo sobre o fundamento da autoridade da coisa julgada, esclarece que o legislador, ao instituir a “res judicata”, objetivou atender, tão-somente, “uma exigência de ordem prática (...), de não mais permitir que se volte a discutir acerca das questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciário”, expressando, desse modo, a verdadeira razão de ser do instituto em questão: preocupação em garantir a segurança nas relações jurídicas e em preservar a paz no convívio social.

Mostra-se tão intensa a intangibilidade da coisa julgada, considerada a própria disciplina constitucional que a rege, que nem mesmo lei posterior – que haja alterado (ou, até mesmo, revogado) prescrições normativas que tenham sido aplicadas, jurisdicionalmente, na resolução do litígio – tem o poder de afetar ou de desconstituir a autoridade da coisa julgada.

Daí o preciso magistério de JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/329, item n. 687, 2ª ed./2ª tir., 2000, Millennium Editora) em torno das relações entre a coisa julgada e a Constituição:

“A coisa julgada cria, para a segurança dos direitos subjetivos, situação de imutabilidade que nem mesmo a lei pode destruir ou vulnerar – é o que se infere do art. 5º, XXXVI, da Lei Maior. E sob esse aspecto é que se pode qualificar a ‘res iudicata’ como garantia

constitucional de tutela a direito individual.Por outro lado, essa garantia, outorgada na Constituição, dá mais

ênfase e realce àquela da tutela jurisdicional, constitucionalmente consagrada, no art. 5º, XXXV, para a defesa de direito atingido por ato lesivo, visto que a torna intangível até mesmo em face de ‘lex posterius’, depois que o Judiciário exaure o exercício da referida tutela, decidindo e compondo a lide.” (grifei)

Não custa enfatizar, de outro lado, na perspectiva da eficácia preclusiva da “res judicata”, que, em sede de execução, não mais se justifica a renovação do litígio que foi objeto de resolução no processo de conhecimento, especialmente quando a decisão que apreciou a controvérsia apresenta-se revestida da autoridade da coisa julgada, hipótese em que, nos termos do art. 474 do CPC, “reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor (...) à rejeição do pedido” (grifei).

Cabe ter presente, neste ponto, a advertência da doutrina (NELSON NERY JUNIOR/ROSA MARIA ANDRADE NERY, “Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 739, item n. 1, 11ª ed., 2010, RT), cujo magistério – em lição plenamente aplicável ao caso ora em exame – assim analisa o princípio do “tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”:

“Transitada em julgado a sentença de mérito, as partes ficam impossibilitadas de alegar qualquer outra questão relacionada com a lide sobre a qual pesa a autoridade da coisa julgada. A norma reputa repelidas todas as alegações que as partes poderiam ter feito na petição inicial e contestação a respeito da lide e não o fizeram (alegações deduzidas e dedutíveis (…). Isto quer significar que não se admite a propositura de nova demanda para rediscutir a lide, com base em novas alegações. A este fenômeno dá-se o nome de eficácia preclusiva da coisa julgada.” (grifei)

Esse entendimento – que sustenta a extensão da autoridade da coisa julgada em sentido material tanto ao que foi efetivamente arguido quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo – também encontra apoio no magistério doutrinário de outros eminentes autores, tais como HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/550-553, itens ns. 516/516-a, 51ª ed., 2010, Forense), VICENTE GRECO FILHO (“Direito Processual Civil Brasileiro”, vol. 2/267, item n. 57.2, 11ª ed., 1996, Saraiva), MOACYR AMARAL SANTOS (“Primeiras Linhas de Direito Processual Civil”, vol. 3/56, item n. 754, 21ª ed., 2003, Saraiva), EGAS MONIZ DE ARAGÃO (“Sentença e Coisa Julgada”, p. 324/328, itens ns. 224/227, 1992, Aide) e JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/332, item n. 689, 2ª ed., 2000, Millennium Editora).

Lapidar, sob tal aspecto, a autorizadíssima lição de ENRICO TULLIO LIEBMAN (“Eficácia e Autoridade da Sentença”, p. 52/53, item n. 16, nota de rodapé, tradução de Alfredo Buzaid/Benvindo Aires, 1945, Forense), que, ao referir-se ao tema dos limites objetivos da coisa julgada, acentua que esta abrange “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser”:

“(...) se uma questão pudesse ser discutida no processo, mas de fato não o foi, também a ela se estende, não obstante, a coisa julgada, no sentido de que aquela questão não poderia ser utilizada para negar ou contestar o resultado a que se chegou naquele processo. Por exemplo, o réu não opôs uma série de deduções defensivas que teria podido opor, e foi condenado. Não poderá ele valer-se daquelas deduções para contestar a coisa julgada. A finalidade prática do instituto exige que a coisa julgada permaneça firme, embora a discussão das questões relevantes tenha sido eventualmente incompleta; absorve ela, desse modo, necessariamente, tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser.” (grifei)

A necessária observância da autoridade da coisa julgada representa expressivo consectário da ordem constitucional, que consagra, dentre os vários princípios que dela resultam, aquele concernente à segurança jurídica.

É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já fez consignar advertência que põe em destaque a essencialidade do postulado da segurança jurídica e a consequente imprescindibilidade de amparo e tutela das relações jurídicas definidas por decisão transitada em julgado:

“O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIAIS IRRECORRÍVEIS IMPÕE-SE AO PODER PÚBLICO COMO OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL INDERROGÁVEL.

A exigência de respeito incondicional às decisões judiciais transitadas em julgado traduz imposição constitucional justificada pelo princípio da separação de poderes e fundada nos postulados que informam, em nosso sistema jurídico, a própria concepção de Estado Democrático de Direito.

O dever de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário, notadamente nos casos em que a condenação judicial tem por destinatário o próprio Poder Público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma incontornável obrigação institucional a que não se pode subtrair o aparelho de Estado, sob pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da Constituição da República.

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A desobediência a ordem ou a decisão judicial pode gerar, em nosso sistema jurídico, gravíssimas conseqüências, quer no plano penal, quer no âmbito político-administrativo (possibilidade de ‘impeachment’), quer, ainda, na esfera institucional (decretabilidade de intervenção federal nos Estados-membros ou em Municípios situados em Território Federal, ou de intervenção estadual nos Municípios).”

(RTJ 167/6-7, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)O que se revela incontroverso, nesse contexto, é que os

postulados da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da proteção da confiança, enquanto expressões do Estado Democrático de Direito, mostram-se impregnados de elevado conteúdo ético, social e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas, mesmo as de direito público (RTJ 191/922, Rel. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES), em ordem a viabilizar a incidência desses mesmos princípios sobre comportamentos de qualquer dos Poderes ou órgãos do Estado (os Tribunais de Contas, inclusive), para que se preservem, desse modo, situações consolidadas e protegidas pelo fenômeno da “res judicata”.

Cumpre assinalar, bem por isso, que tal entendimento – que ressalta a íntima vinculação entre o postulado da segurança jurídica, a autoridade da coisa julgada e a própria configuração do Estado Democrático de Direito – encontra apoio em autorizado magistério doutrinário (ALMIRO DO COUTO E SILVA, “Princípios da Legalidade e da Administração Pública e da Segurança Jurídica no Estado de Direito Contemporâneo”, “in” RDP 84/46-63; WEIDA ZANCANER, “Da Convalidação e da Invalidação dos Atos Administrativos”, p. 73/76, item n. 3.5.2, 3ª ed., 2008, Malheiros; HELY LOPES MEIRELLES, “Direito Administrativo Brasileiro”, p. 99/101, item n. 2.3.7, 34ª ed., atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho, 2008, Malheiros; CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 87, item n. 77, e p. 123/125, item n. 27, 26ª ed., 2009, Malheiros; MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, “Direito Administrativo”, p. 87/88, item n. 3.3.15.4, 22ª ed., 2009, Atlas; MARÇAL JUSTEN FILHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 1.097/1.100, itens ns. XVII.1 a XVII.3.1, 4ª ed., 2009, Saraiva; GUSTAVO BINENBOJM, “Temas de Direito Administrativo e Constitucional”, p. 735/740, itens ns. II.2.2 a II.2.2.2, 2008, Renovar; RAQUEL MELO URBANO DE CARVALHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 78/94, itens ns. 8 a 8.4, 2008, Podium; LÚCIA VALLE FIGUEIREDO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 257/260, itens ns. 3.2 a 4, 9ª ed., 2008, Malheiros; MATEUS EDUARDO SIQUEIRA NUNES BERTONCINI, “Princípios de Direito Administrativo Brasileiro”, p. 178/180, item n. 4.5.7, 2002, Malheiros; SÉRGIO FERRAZ, “O princípio da segurança jurídica em face das reformas constitucionais”, “in” Revista Forense, vol. 334/191-210; RICARDO LOBO TORRES, “A Segurança Jurídica e as Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar”, p. 429/445, “in” “Princípios e Limites da Tributação”, coordenação de Roberto Ferraz, 2005, Quartier Latin, v.g.), valendo destacar, por extremamente precisa, a lição de NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY (“Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 715/716, item n. 28, 11ª ed., 2010, RT):

“28. Coisa julgada material e Estado Democrático de Direito. A doutrina mundial reconhece o instituto da coisa julgada material como ‘elemento de existência’ do Estado Democrático de Direito (...). A ‘supremacia da Constituição’ está na própria coisa julgada, enquanto manifestação do Estado Democrático de Direito, fundamento da República (CF 1º ‘caput’), não sendo princípio que possa opor-se à coisa julgada como se esta estivesse abaixo de qualquer outro instituto constitucional. Quando se fala na intangibilidade da coisa julgada, não se deve dar ao instituto tratamento jurídico inferior, de mera figura do processo civil, regulada por lei ordinária, mas, ao contrário, impõe-se o reconhecimento da coisa julgada com a magnitude constitucional que lhe é própria, ou seja, de elemento formador do Estado Democrático de Direito, que não pode ser apequenado por conta de algumas situações, velhas conhecidas da doutrina e jurisprudência, como é o caso da sentença injusta, repelida como irrelevante (...) ou da sentença proferida contra a Constituição ou a lei, igualmente considerada pela doutrina (...), sendo que, nesta última hipótese, pode ser desconstituída pela ação rescisória (CPC 485 V). (...) O risco político de haver sentença injusta ou inconstitucional no caso concreto parece ser menos grave do que o risco político de instaurar-se a insegurança geral com a relativização (‘rectius’: desconsideração) da coisa julgada.” (grifei)

Importante referir, por oportuno, em face de sua extrema pertinência, a aguda observação de J. J. GOMES CANOTILHO (“Direito Constitucional e Teoria da Constituição”, p. 250, 1998, Almedina):

“Estes dois princípios – segurança jurídica e protecção da confiança – andam estreitamente associados a ponto de alguns autores considerarem o princípio da protecção de confiança como um subprincípio ou como uma dimensão específica da segurança jurídica. Em geral, considera-se que a segurança jurídica está conexionada com elementos objectivos da ordem jurídica – garantia de estabilidade jurídica, segurança de orientação e realização do direito – enquanto a protecção da confiança se prende mais com as componentes subjectivas da segurança, designadamente a calculabilidade e previsibilidade dos indivíduos em relação aos efeitos jurídicos dos actos dos poderes públicos. A segurança e a protecção da confiança exigem, no fundo: (1) fiabilidade, clareza,

racionalidade e transparência dos actos do poder; (2) de forma que em relação a eles o cidadão veja garantida a segurança nas suas disposições pessoais e nos efeitos jurídicos dos seus próprios actos. Deduz-se já que os postulados da segurança jurídica e da protecção da confiança são exigíveis perante 'qualquer acto' de 'qualquer poder' – legislativo, executivo e judicial.” (grifei)

Impõe-se registrar, ainda, no que concerne à própria controvérsia suscitada nesta causa (necessidade de respeito à autoridade da coisa julgada), que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos, monocráticos ou colegiados, proferidos no Supremo Tribunal Federal (AI 723.357/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 593.160/RN, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. Precatório. Incidência de juros de mora entre a expedição e o pagamento no prazo constitucional. Previsão em sentença transitada em julgado. Exigibilidade. Garantia da coisa julgada material. Jurisprudência assentada. Recurso extraordinário inadmissível. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Sob pretexto de contrariar a jurisprudência, não pode ser descumprida sentença recoberta por coisa julgada material.”

(RE 486.579-AgR-AgR/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei)“COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE,

IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA ‘RES JUDICATA’. ‘TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT’. CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A QUESTÃO DO ALCANCE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 741 DO CPC. MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. RE CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

- A sentença de mérito transitada em julgado só pode ser desconstituída mediante ajuizamento de específica ação autônoma de impugnação (ação rescisória) que haja sido proposta na fluência do prazo decadencial previsto em lei, pois, com o exaurimento de referido lapso temporal, estar-se-á diante da coisa soberanamente julgada, insuscetível de ulterior modificação, ainda que o ato sentencial encontre fundamento em legislação que, em momento posterior, tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, quer em sede de controle abstrato, quer no âmbito de fiscalização incidental de constitucionalidade.

- A decisão do Supremo Tribunal Federal que haja declarado inconstitucional determinado diploma legislativo em que se apóie o título judicial, ainda que impregnada de eficácia ‘ex tunc’, como sucede com os julgamentos proferidos em sede de fiscalização concentrada (RTJ 87/758 – RTJ 164/506-509 – RTJ 201/765), detém-se ante a autoridade da coisa julgada, que traduz, nesse contexto, limite insuperável à força retroativa resultante dos pronunciamentos que emanam, ‘in abstracto’, da Suprema Corte. Doutrina. Precedentes.”

(RE 592.912/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO

REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não obstante a jurisprudência pacífica desta Corte ser no sentido de que, não havendo atraso na satisfação do débito, não incidem juros moratórios entre a data da expedição e a data do efetivo pagamento do precatório, transitou em julgado a sentença, proferida no processo de conhecimento, que estipulou a incidência de juros moratórios até o depósito da integralidade da dívida.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.”(RE 504.197-AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. DESAPROPRIAÇÃO. BENFEITORIAS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. DISPOSITIVOS LEGAIS DECLARADOS INCONSTITUCIONAIS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COISA JULGADA. DESCONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

É certo que esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade de dispositivos que autorizam o pagamento, em espécie, de benfeitorias fora da regra do precatório. Isso não obstante, no caso dos autos, esse pagamento foi determinado por título executivo que está protegido pelo manto da coisa julgada, cuja desconstituição não é possível em sede de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em processo de embargos à execução.

Precedente: RE 443.356-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

Agravo regimental desprovido.”(RE 473.715-AgR/CE, Rel. Min. AYRES BRITTO – grifei)“Desapropriação: recurso do INCRA contra decisão proferida em

execução, onde se alega impossibilidade do pagamento de benfeitorias úteis

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 51

e necessárias fora da regra do precatório: rejeição: preservação da coisa julgada.

Malgrado o Supremo Tribunal Federal tenha se manifestado, por duas vezes, quanto à inconstitucionalidade dos dispositivos legais que autorizam o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório (ADIn 1.187-MC, 09.02.1995, Ilmar; RE 247.866, Ilmar, RTJ 176/976), a decisão recorrida, exarada em processo de execução, tem por fundamento a fidelidade devida à sentença proferida na ação de desapropriação, que está protegida pela coisa julgada a respeito.”

(RE 431.014-AgR/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Cabe ressaltar, finalmente, que esta colenda Segunda Turma, em

recentíssimos julgamentos (MS 28.150-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.399-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.641- -AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO), ao examinar recursos de agravo absolutamente idênticos ao ora em exame, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na decisão objeto do presente recurso.

Sendo assim, e em face das razões expostas, defiro o presente mandado de segurança, para cassar (no que concerne à parte ora impetrante) o Acórdão nº 1.018/2009, emanado da colenda Segunda Câmara do E. Tribunal de Contas da União, restando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo interposto pela União Federal.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão à Presidência do E. Tribunal de Contas da União, bem assim à Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.686

(369)

ORIGEM : MS - 31686 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : REGINA DE FATIMA SIMOES E SILVAADV.(A/S) : RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO QUE RECONHECE A INCORPORAÇÃO, À REMUNERAÇÃO DA PARTE IMPETRANTE, DA VANTAGEM PECUNIÁRIA QUESTIONADA PELO TCU. INTEGRAL OPONIBILIDADE DA “RES JUDICATA” AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE, IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA “RES JUDICATA”. “TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT”. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO, NOTADAMENTE EM SEDE ADMINISTRATIVA, DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DA AUTORIDADE DA COISA JULGADA. PRECEDENTES. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONSOLIDADA QUANTO À MATÉRIA VERSADA NA IMPETRAÇÃO. POSSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE O RELATOR DA CAUSA MANDAMENTAL DECIDIR, EM ATO SINGULAR, A CONTROVÉRSIA JURÍDICA. COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DELEGADA EM SEDE REGIMENTAL, PELA SUPREMA CORTE (RISTF, ART. 205, “CAPUT”, NA REDAÇÃO DADA PELA ER Nº 28/2009). MANDADO DE SEGURANÇA DEFERIDO.

- O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557) nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença revestida da autoridade da coisa julgada (RTJ 194/594), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (MS 23.665/DF, v.g.), pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes.

- A norma inscrita no art. 474 do CPC impossibilita a instauração de nova demanda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com fundamento em novas alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade prática que o informa – absorve, necessariamente, “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser”

(LIEBMAN), mas não o foram.A autoridade da coisa julgada em sentido material estende-se,

por isso mesmo, tanto ao que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo (“tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”). Aplicação, ao caso, do art. 474 do CPC. Doutrina. Precedentes.

DECISÃO: Registro, preliminarmente, por necessário, que o Supremo Tribunal Federal, mediante edição da Emenda Regimental nº 28, de 18 de fevereiro de 2009, delegou expressa competência ao Relator da causa, para, em sede de julgamento monocrático, denegar ou conceder a ordem de mandado de segurança, desde que a matéria versada no “writ” em questão constitua “objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal” (RISTF, art. 205, “caput”, na redação dada pela ER nº 28/2009).

Ao assim proceder, fazendo-o mediante interna delegação de atribuições jurisdicionais, esta Suprema Corte, atenta às exigências de celeridade e de racionalização do processo decisório, limitou-se a reafirmar princípio consagrado em nosso ordenamento positivo (RISTF, art. 21, § 1º; Lei nº 8.038/90, art. 38; CPC, 544, § 4º) que autoriza o Relator da causa a decidir, monocraticamente, o litígio, sempre que este referir-se a tema já definido em “jurisprudência dominante” no Supremo Tribunal Federal.

Nem se alegue que essa orientação implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

A legitimidade jurídica desse entendimento – que vem sendo observado na prática processual desta Suprema Corte (MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.962/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – decorre da circunstância de o Relator da causa, no desempenho de seus poderes processuais, dispor de plena competência para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, justificando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar (RTJ 139/53 – RTJ 168/174-175 – RTJ 173/948), valendo assinalar, quanto ao aspecto ora ressaltado, que o Plenário deste Tribunal, ao apreciar o MS 27.236-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reafirmou a possibilidade processual do julgamento monocrático do próprio mérito da ação de mandado de segurança, desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 205 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 28/2009.

Tendo em vista essa delegação regimental de competência ao Relator da causa, impõe-se reconhecer que a controvérsia mandamental ora em exame ajusta-se à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise, o que possibilita seja proferida decisão monocrática sobre o litígio em questão.

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado com o objetivo de questionar a validade jurídica de deliberação emanada da Primeira Câmara do E. Tribunal de Contas da União consubstanciada no Acórdão nº 2.384/2005.

Alega-se, em síntese, que o E. Tribunal de Contas da União teria desrespeitado a autoridade de decisão judicial transitada em julgado que reconheceu, à autora deste “writ”, o direito à incorporação, à sua remuneração, de determinada vantagem pecuniária.

Por entender cumulativamente ocorrentes os requisitos concernentes à plausibilidade jurídica e ao “periculum in mora”, vim a conceder provimento cautelar em favor da parte ora impetrante.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede mandamental.

A análise da questão versada no presente “writ” revela que um dos fundamentos em que se apoia a pretensão mandamental em exame tem o beneplácito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, em sucessivos precedentes, tem reconhecido, quer em decisões monocráticas, quer em julgamentos colegiados, ser integralmente oponível, ao E. Tribunal de Contas da União, a autoridade da coisa julgada, cuja eficácia subordinante, desse modo, não poderá ser transgredida por qualquer órgão estatal, inclusive pela própria Corte de Contas (MS 23.758/RJ, Rel. Min. MOREIRA ALVES – MS 24.529-MC/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 24.569-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 24.939-MC/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO – MS 25.460/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – MS 26.086/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.088-MC/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – MS 26.132-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.156-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 26.186-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.228-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.271-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.387/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 26.408/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.443-MC/MA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 27.374-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.551-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.575-MC/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.732-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 28.150-MC-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.572-MC- -AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 52

UNIÃO. APOSENTADORIA. REGISTRO. VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DETERMINAÇÃO À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARA SUSPENDER O PAGAMENTO DA PARCELA. IMPOSSIBILIDADE.

1. Vantagem pecuniária incluída nos proventos de aposentadoria de servidor público federal, por força de decisão judicial transitada em julgado. Impossibilidade de o Tribunal de Contas da União impor à autoridade administrativa sujeita à sua fiscalização a suspensão do respectivo pagamento. Ato que se afasta da competência reservada à Corte de Contas (CF, artigo 71, III).

2. Ainda que contrário à pacífica jurisprudência desta Corte, o reconhecimento de direito coberto pelo manto da ‘res judicata’ somente pode ser desconstituído pela via da ação rescisória.

Segurança concedida.”(MS 23.665/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Pleno – grifei)Vê-se, pois, que o E. Tribunal de Contas da União não dispõe,

constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença impregnada da autoridade da coisa julgada (AI 471.430-AgR/DF, Rel. Min. EROS GRAU), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. SERVIDOR PÚBLICO: VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. TRIBUNAL DE CONTAS: DETERMINAÇÃO NO SENTIDO DA EXCLUSÃO DA VANTAGEM. COISA JULGADA: OFENSA. CF, art. 5º, XXXVI.

.......................................................................................................II. - Vantagem pecuniária, incorporada aos proventos de

aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vantagem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória.

III. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal.IV. - (...) Mandado de Segurança conhecido e deferido

relativamente ao servidor atingido pela decisão do TCU.”(RTJ 194/594, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei)É importante rememorar, no ponto, o alto significado de que se

reveste, em nosso sistema jurídico, o instituto da “res judicata”, que constitui atributo específico da jurisdição e que se revela pela dupla qualidade que tipifica os efeitos emergentes do ato sentencial: a imutabilidade, de um lado, e a coercibilidade, de outro.

Esses atributos que caracterizam a coisa julgada em sentido material, notadamente a imutabilidade dos efeitos inerentes ao comando sentencial, recebem, diretamente, da própria Constituição, especial proteção destinada a preservar a inalterabilidade dos pronunciamentos emanados dos Juízes e Tribunais, criando, desse modo, situação de certeza, de estabilidade e de segurança para as relações jurídicas.

É por essa razão que HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/539-540, item n. 509, 51ª ed., 2010, Forense), discorrendo sobre o fundamento da autoridade da coisa julgada, esclarece que o legislador, ao instituir a “res judicata”, objetivou atender, tão-somente, “uma exigência de ordem prática (...), de não mais permitir que se volte a discutir acerca das questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciário”, expressando, desse modo, a verdadeira razão de ser do instituto em questão: preocupação em garantir a segurança nas relações jurídicas e em preservar a paz no convívio social.

Mostra-se tão intensa a intangibilidade da coisa julgada, considerada a própria disciplina constitucional que a rege, que nem mesmo lei posterior – que haja alterado (ou, até mesmo, revogado) prescrições normativas que tenham sido aplicadas, jurisdicionalmente, na resolução do litígio – tem o poder de afetar ou de desconstituir a autoridade da coisa julgada.

Daí o preciso magistério de JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/329, item n. 687, 2ª ed./2ª tir., 2000, Millennium Editora) em torno das relações entre a coisa julgada e a Constituição:

“A coisa julgada cria, para a segurança dos direitos subjetivos, situação de imutabilidade que nem mesmo a lei pode destruir ou vulnerar – é o que se infere do art. 5º, XXXVI, da Lei Maior. E sob esse aspecto é que se pode qualificar a ‘res iudicata’ como garantia constitucional de tutela a direito individual.

Por outro lado, essa garantia, outorgada na Constituição, dá mais ênfase e realce àquela da tutela jurisdicional, constitucionalmente consagrada, no art. 5º, XXXV, para a defesa de direito atingido por ato lesivo, visto que a torna intangível até mesmo em face de ‘lex posterius’, depois que o Judiciário exaure o exercício da referida tutela, decidindo e compondo a lide.” (grifei)

Não custa enfatizar, de outro lado, na perspectiva da eficácia preclusiva da “res judicata”, que, em sede de execução, não mais se justifica a renovação do litígio que foi objeto de resolução no processo de

conhecimento, especialmente quando a decisão que apreciou a controvérsia apresenta-se revestida da autoridade da coisa julgada, hipótese em que, nos termos do art. 474 do CPC, “reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor (...) à rejeição do pedido” (grifei).

Cabe ter presente, neste ponto, a advertência da doutrina (NELSON NERY JUNIOR/ROSA MARIA ANDRADE NERY, “Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 739, item n. 1, 11ª ed., 2010, RT), cujo magistério – em lição plenamente aplicável ao caso ora em exame – assim analisa o princípio do “tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”:

“Transitada em julgado a sentença de mérito, as partes ficam impossibilitadas de alegar qualquer outra questão relacionada com a lide sobre a qual pesa a autoridade da coisa julgada. A norma reputa repelidas todas as alegações que as partes poderiam ter feito na petição inicial e contestação a respeito da lide e não o fizeram (alegações deduzidas e dedutíveis (...). Isto quer significar que não se admite a propositura de nova demanda para rediscutir a lide, com base em novas alegações. A este fenômeno dá-se o nome de eficácia preclusiva da coisa julgada.” (grifei)

Esse entendimento – que sustenta a extensão da autoridade da coisa julgada em sentido material tanto ao que foi efetivamente arguido quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo – também encontra apoio no magistério doutrinário de outros eminentes autores, tais como HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/550-553, itens ns. 516/516-a, 51ª ed., 2010, Forense), VICENTE GRECO FILHO (“Direito Processual Civil Brasileiro”, vol. 2/267, item n. 57.2, 11ª ed., 1996, Saraiva), MOACYR AMARAL SANTOS (“Primeiras Linhas de Direito Processual Civil”, vol. 3/56, item n. 754, 21ª ed., 2003, Saraiva), EGAS MONIZ DE ARAGÃO (“Sentença e Coisa Julgada”, p. 324/328, itens ns. 224/227, 1992, Aide) e JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/332, item n. 689, 2ª ed., 2000, Millennium Editora).

Lapidar, sob tal aspecto, a autorizadíssima lição de ENRICO TULLIO LIEBMAN (“Eficácia e Autoridade da Sentença”, p. 52/53, item n. 16, nota de rodapé, tradução de Alfredo Buzaid/Benvindo Aires, 1945, Forense), que, ao referir-se ao tema dos limites objetivos da coisa julgada, acentua que esta abrange “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser”:

“(...) se uma questão pudesse ser discutida no processo, mas de fato não o foi, também a ela se estende, não obstante, a coisa julgada, no sentido de que aquela questão não poderia ser utilizada para negar ou contestar o resultado a que se chegou naquele processo. Por exemplo, o réu não opôs uma série de deduções defensivas que teria podido opor, e foi condenado. Não poderá ele valer-se daquelas deduções para contestar a coisa julgada. A finalidade prática do instituto exige que a coisa julgada permaneça firme, embora a discussão das questões relevantes tenha sido eventualmente incompleta; absorve ela, desse modo, necessariamente, tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser.” (grifei)

A necessária observância da autoridade da coisa julgada representa expressivo consectário da ordem constitucional, que consagra, dentre os vários princípios que dela resultam, aquele concernente à segurança jurídica.

É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já fez consignar advertência que põe em destaque a essencialidade do postulado da segurança jurídica e a consequente imprescindibilidade de amparo e tutela das relações jurídicas definidas por decisão transitada em julgado:

“O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIAIS IRRECORRÍVEIS IMPÕE-SE AO PODER PÚBLICO COMO OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL INDERROGÁVEL.

A exigência de respeito incondicional às decisões judiciais transitadas em julgado traduz imposição constitucional justificada pelo princípio da separação de poderes e fundada nos postulados que informam, em nosso sistema jurídico, a própria concepção de Estado Democrático de Direito.

O dever de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário, notadamente nos casos em que a condenação judicial tem por destinatário o próprio Poder Público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma incontornável obrigação institucional a que não se pode subtrair o aparelho de Estado, sob pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da Constituição da República.

A desobediência a ordem ou a decisão judicial pode gerar, em nosso sistema jurídico, gravíssimas conseqüências, quer no plano penal, quer no âmbito político-administrativo (possibilidade de ‘impeachment’), quer, ainda, na esfera institucional (decretabilidade de intervenção federal nos Estados-membros ou em Municípios situados em Território Federal, ou de intervenção estadual nos Municípios).”

(RTJ 167/6-7, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)O que se revela incontroverso, nesse contexto, é que os

postulados da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da proteção da confiança, enquanto expressões do Estado Democrático de Direito, mostram-

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se impregnados de elevado conteúdo ético, social e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas, mesmo as de direito público (RTJ 191/922, Rel. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES), em ordem a viabilizar a incidência desses mesmos princípios sobre comportamentos de qualquer dos Poderes ou órgãos do Estado (os Tribunais de Contas, inclusive), para que se preservem, desse modo, situações consolidadas e protegidas pelo fenômeno da “res judicata”.

Cumpre assinalar, bem por isso, que tal entendimento – que ressalta a íntima vinculação entre o postulado da segurança jurídica, a autoridade da coisa julgada e a própria configuração do Estado Democrático de Direito – encontra apoio em autorizado magistério doutrinário (ALMIRO DO COUTO E SILVA, “Princípios da Legalidade e da Administração Pública e da Segurança Jurídica no Estado de Direito Contemporâneo”, “in” RDP 84/46-63; WEIDA ZANCANER, “Da Convalidação e da Invalidação dos Atos Administrativos”, p. 73/76, item n. 3.5.2, 3ª ed., 2008, Malheiros; HELY LOPES MEIRELLES, “Direito Administrativo Brasileiro”, p. 99/101, item n. 2.3.7, 34ª ed., atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho, 2008, Malheiros; CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 87, item n. 77, e p. 123/125, item n. 27, 26ª ed., 2009, Malheiros; MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, “Direito Administrativo”, p. 87/88, item n. 3.3.15.4, 22ª ed., 2009, Atlas; MARÇAL JUSTEN FILHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 1.097/1.100, itens ns. XVII.1 a XVII.3.1, 4ª ed., 2009, Saraiva; GUSTAVO BINENBOJM, “Temas de Direito Administrativo e Constitucional”, p. 735/740, itens ns. II.2.2 a II.2.2.2, 2008, Renovar; RAQUEL MELO URBANO DE CARVALHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 78/94, itens ns. 8 a 8.4, 2008, Podium; LÚCIA VALLE FIGUEIREDO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 257/260, itens ns. 3.2 a 4, 9ª ed., 2008, Malheiros; MATEUS EDUARDO SIQUEIRA NUNES BERTONCINI, “Princípios de Direito Administrativo Brasileiro”, p. 178/180, item n. 4.5.7, 2002, Malheiros; SÉRGIO FERRAZ, “O princípio da segurança jurídica em face das reformas constitucionais”, “in” Revista Forense, vol. 334/191-210; RICARDO LOBO TORRES, “A Segurança Jurídica e as Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar”, p. 429/445, “in” “Princípios e Limites da Tributação”, coordenação de Roberto Ferraz, 2005, Quartier Latin, v.g.), valendo destacar, por extremamente precisa, a lição de NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY (“Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 715/716, item n. 28, 11ª ed., 2010, RT):

“28. Coisa julgada material e Estado Democrático de Direito. A doutrina mundial reconhece o instituto da coisa julgada material como ‘elemento de existência’ do Estado Democrático de Direito (...). A ‘supremacia da Constituição’ está na própria coisa julgada, enquanto manifestação do Estado Democrático de Direito, fundamento da República (CF 1º ‘caput’), não sendo princípio que possa opor-se à coisa julgada como se esta estivesse abaixo de qualquer outro instituto constitucional. Quando se fala na intangibilidade da coisa julgada, não se deve dar ao instituto tratamento jurídico inferior, de mera figura do processo civil, regulada por lei ordinária, mas, ao contrário, impõe-se o reconhecimento da coisa julgada com a magnitude constitucional que lhe é própria, ou seja, de elemento formador do Estado Democrático de Direito, que não pode ser apequenado por conta de algumas situações, velhas conhecidas da doutrina e jurisprudência, como é o caso da sentença injusta, repelida como irrelevante (...) ou da sentença proferida contra a Constituição ou a lei, igualmente considerada pela doutrina (...), sendo que, nesta última hipótese, pode ser desconstituída pela ação rescisória (CPC 485 V). (...) O risco político de haver sentença injusta ou inconstitucional no caso concreto parece ser menos grave do que o risco político de instaurar-se a insegurança geral com a relativização (‘rectius’: desconsideração) da coisa julgada.” (grifei)

Importante referir, por oportuno, em face de sua extrema pertinência, a aguda observação de J. J. GOMES CANOTILHO (“Direito Constitucional e Teoria da Constituição”, p. 250, 1998, Almedina):

“Estes dois princípios – segurança jurídica e protecção da confiança – andam estreitamente associados a ponto de alguns autores considerarem o princípio da protecção de confiança como um subprincípio ou como uma dimensão específica da segurança jurídica. Em geral, considera-se que a segurança jurídica está conexionada com elementos objectivos da ordem jurídica – garantia de estabilidade jurídica, segurança de orientação e realização do direito – enquanto a protecção da confiança se prende mais com as componentes subjectivas da segurança, designadamente a calculabilidade e previsibilidade dos indivíduos em relação aos efeitos jurídicos dos actos dos poderes públicos. A segurança e a protecção da confiança exigem, no fundo: (1) fiabilidade, clareza, racionalidade e transparência dos actos do poder; (2) de forma que em relação a eles o cidadão veja garantida a segurança nas suas disposições pessoais e nos efeitos jurídicos dos seus próprios actos. Deduz-se já que os postulados da segurança jurídica e da protecção da confiança são exigíveis perante 'qualquer acto' de 'qualquer poder' – legislativo, executivo e judicial.” (grifei)

Impõe-se registrar, ainda, no que concerne à própria controvérsia suscitada nesta causa (necessidade de respeito à autoridade da coisa julgada), que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos, monocráticos ou colegiados, proferidos no

Supremo Tribunal Federal (AI 723.357/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 593.160/RN, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. Precatório. Incidência de juros de mora entre a expedição e o pagamento no prazo constitucional. Previsão em sentença transitada em julgado. Exigibilidade. Garantia da coisa julgada material. Jurisprudência assentada. Recurso extraordinário inadmissível. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Sob pretexto de contrariar a jurisprudência, não pode ser descumprida sentença recoberta por coisa julgada material.”

(RE 486.579-AgR-AgR/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei)“COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE,

IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA ‘RES JUDICATA’. ‘TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT’. CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A QUESTÃO DO ALCANCE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 741 DO CPC. MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. RE CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

- A sentença de mérito transitada em julgado só pode ser desconstituída mediante ajuizamento de específica ação autônoma de impugnação (ação rescisória) que haja sido proposta na fluência do prazo decadencial previsto em lei, pois, com o exaurimento de referido lapso temporal, estar-se-á diante da coisa soberanamente julgada, insuscetível de ulterior modificação, ainda que o ato sentencial encontre fundamento em legislação que, em momento posterior, tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, quer em sede de controle abstrato, quer no âmbito de fiscalização incidental de constitucionalidade.

- A decisão do Supremo Tribunal Federal que haja declarado inconstitucional determinado diploma legislativo em que se apóie o título judicial, ainda que impregnada de eficácia ‘ex tunc’, como sucede com os julgamentos proferidos em sede de fiscalização concentrada (RTJ 87/758 – RTJ 164/506-509 – RTJ 201/765), detém-se ante a autoridade da coisa julgada, que traduz, nesse contexto, limite insuperável à força retroativa resultante dos pronunciamentos que emanam, ‘in abstracto’, da Suprema Corte. Doutrina. Precedentes.”

(RE 592.912/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO

REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não obstante a jurisprudência pacífica desta Corte ser no sentido de que, não havendo atraso na satisfação do débito, não incidem juros moratórios entre a data da expedição e a data do efetivo pagamento do precatório, transitou em julgado a sentença, proferida no processo de conhecimento, que estipulou a incidência de juros moratórios até o depósito da integralidade da dívida.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.”(RE 504.197-AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. DESAPROPRIAÇÃO. BENFEITORIAS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. DISPOSITIVOS LEGAIS DECLARADOS INCONSTITUCIONAIS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COISA JULGADA. DESCONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

É certo que esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade de dispositivos que autorizam o pagamento, em espécie, de benfeitorias fora da regra do precatório. Isso não obstante, no caso dos autos, esse pagamento foi determinado por título executivo que está protegido pelo manto da coisa julgada, cuja desconstituição não é possível em sede de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em processo de embargos à execução.

Precedente: RE 443.356-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

Agravo regimental desprovido.”(RE 473.715-AgR/CE, Rel. Min. AYRES BRITTO – grifei)“Desapropriação: recurso do INCRA contra decisão proferida em

execução, onde se alega impossibilidade do pagamento de benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório: rejeição: preservação da coisa julgada.

Malgrado o Supremo Tribunal Federal tenha se manifestado, por duas vezes, quanto à inconstitucionalidade dos dispositivos legais que autorizam o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório (ADIn 1.187-MC, 09.02.1995, Ilmar; RE 247.866, Ilmar, RTJ 176/976), a decisão recorrida, exarada em processo de execução, tem por fundamento a fidelidade devida à sentença proferida na ação de desapropriação, que está protegida pela coisa julgada a respeito.”

(RE 431.014-AgR/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 54

Cabe ressaltar, finalmente, que esta colenda Segunda Turma, em recentes julgamentos (MS 25.805-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.384-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 27.506-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO), ao examinar recursos de agravo absolutamente idênticos ao ora em exame, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na decisão objeto do presente recurso.

Sendo assim, e em face das razões expostas, defiro o presente mandado de segurança, para cassar (no que concerne à parte ora impetrante) o Acórdão nº 2.384/2005, emanado da colenda Primeira Câmara do E. Tribunal de Contas da União, restando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo interposto pela União Federal.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão à Presidência do E. Tribunal de Contas da União, bem assim à Fundação Universidade Federal do Rio Grande.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.945 (370)ORIGEM : RESOLUÇÃO - 1702003 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Tendo em vista a resposta dada, em 05/11/2013, pelo Conselho Nacional de Justiça à consulta formulada por Rodrigo Nunes Gurgel (Consulta nº 000.1801-24.2013.2.00.0000, Relatora Conselheira Gisela Gondin Ramos, DJe de 08/11/2013), manifeste-se a impetrante sobre eventual prejudicialidade da presente ação mandamental.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.734 (371)ORIGEM : AIRR - 1206403420085090662 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MAURA APARECIDA ALVES DOS REISADV.(A/S) : CLEVERSON TOMAZONI MICHELAGDO.(A/S) : PROVIBRAS LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO.

Sustenta-se, na presente sede processual, que o órgão judicial ora reclamado, no julgamento objeto da presente impugnação, teria decidido com base na Súmula nº 331, IV, do TST, afastando, em consequência, a incidência do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o que implicaria ofensa à decisão proferida no julgamento da ADC 16/STF.

Registro que indeferi o pedido de medida cautelar, motivo pelo qual a parte reclamante interpôs o pertinente recurso de agravo.

Sendo esse o contexto, passo ao exame do pedido formulado nesta sede reclamatória.

Como se sabe, esta Suprema Corte, ao apreciar a ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, julgou-a procedente, para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, em decisão que se acha assim ementada:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

(ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei) Cabe ressaltar, no ponto, que, em referido julgamento, não

obstante o Plenário do Supremo Tribunal Federal tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato, na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, enfatizou que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in vigilando”, “in eligendo” ou “in omittendo” do Poder Público.

Essa visão em torno do tema tem sido observada por eminentes Ministros desta Suprema Corte (Rcl 8.475/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 11.917/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.089/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.310/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.388/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.434/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.595/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 13.933/AM, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), em julgamentos nos quais se tem reconhecido possível a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público na hipótese de restar demonstrada a ocorrência de comportamento culposo da Administração Pública.

Vale referir, ainda, ante a pertinência de seu conteúdo, trecho da decisão que o eminente Ministro JOAQUIM BARBOSA proferiu no âmbito da Rcl 12.925/SP, de que foi Relator:

“(...) ao declarar a constitucionalidade do referido § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, a Corte consignou que se, na análise do caso concreto, ficar configurada a culpa da Administração em fiscalizar a execução do contrato firmado com a empresa contratada, estará presente sua responsabilidade subsidiária pelos débitos trabalhistas não adimplidos. Em outras palavras, vedou-se, apenas, a transferência automática ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública por essas obrigações.

No presente caso, a autoridade reclamada, embora de forma sucinta, a partir do conjunto probatório presente nos autos da reclamação trabalhista, analisou a conduta do ora reclamante e entendeu configurada a sua culpa ‘in vigilando’.

…...................................................................................................Como o controle da regularidade da execução dos contratos

firmados com a administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis com o respeito ao erário.

Se bem ou mal decidiu a autoridade reclamada ao reconhecer a responsabilidade por culpa imputável à reclamante, a reclamação constitucional não é o meio adequado para substituir os recursos e as medidas ordinária e extraordinariamente disponíveis para correção do alegado erro.

Ante o exposto, julgo improcedente esta reclamação (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 161, par. ún. do RISTF).” (grifei)

É importante assinalar, por oportuno, que o dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à contratação – consistente em exigir, das empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27) –, mas compreende, também, o controle concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67).

Esse entendimento encontra apoio em expressivo magistério doutrinário (LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH, “A Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública na Terceirização de Serviços – Princípio da supremacia do interesse público x dignidade da pessoa humana? – Repercussões do julgamento da ADC n. 16 pelo STF na Súmula n. 331 do TST”, “in” Revista LTr, vol. 76/2012, p. 719/739; ROBERTO NOBREGA DE ALMEIDA FILHO, “Terceirização na Administração Pública e suas consequências no âmbito da Justiça do Trabalho”, “in” Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 40/2012, p. 187/196; PLÍNIO ANTÔNIO PÚBLIO ALBREGARD, “Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional”, “in” Revista do TRT da 2ª Região, nº 07/2012, p. 67/73; IVANI CONTINI BRAMANTE, “A Aparente Derrota da Súmula 331/TST e a Responsabilidade do Poder Público na Terceirização”, “in” Repertório de Jurisprudência IOB, nº 24/2011, vol. II, p. 721/767; BRUNO SANTOS CUNHA, “Fiscalização de Contratos Administrativos de Terceirização de Mão de Obra: Uma Nova Exegese e Reforço de Incidência”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/131-138; EDITE HUPSEL, “Controle de Execução dos Contratos Administrativos pela Administração Pública”, “in” Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, nº 163/2007, p. 872/878, v.g.).

Cabe destacar, ainda, nessa mesma linha de orientação, em face de sua extrema relevância, a lição de HELDER SANTOS AMORIM, MÁRCIO TÚLIO VIANA e GABRIELA NEVES DELGADO (“Terceirização – Aspectos Gerais: Última Decisão do STF e a Súmula 331 do TST – Novos Enfoques”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/76-83):

“A interpretação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 desafia sua

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 55

leitura conjunta e contextualizada com vários outros dispositivos legais que imputam à Administração Pública, de forma correlata e proporcional, o dever de fiscalizar eficientemente a execução dos seus contratos de terceirização, por imperativo de legalidade e moralidade pública (Constituição, art. 37, ‘caput’), inclusive em relação ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tendo em vista que se trata de direitos fundamentais (Constituição, art. 7º) cuja promoção e fiscalização incumbe aprioristicamente ao Estado, como razão essencial de sua existência.

Daí porque a fiscalização do fiel cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados constitui elemento intrínseco à fiscalização do contrato de prestação de serviços, tal como decorre expressamente de dispositivos da Lei de Licitações e das normas que a regulamentam no nível federal, em observância aos preceitos constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento da República (CF, art. 1º, III e IV), que instituem como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), que fundamentalizam os direitos essenciais dos trabalhadores (art. 7º), que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho humano (art. 170) e que alicerçam a ordem social no primado do trabalho (art. 193).

No plano infraconstitucional, o dever da Administração Pública de fiscalizar o cumprimento de direitos dos trabalhadores terceirizados decorre primeiramente de dispositivos da Lei de Licitações, mas o padrão fiscalizatório, que diz respeito à extensão e profundidade deste dever de fiscalizar, encontra-se emoldurado na integração deste diploma legal com preceitos da Instrução Normativa (IN) nº 02/08, alterados pela Instrução Normativa (IN) nº 03/09, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que regulamentam a matéria no âmbito da Administração Pública Federal.

…...................................................................................................E estando assim evidentes os extensos limites do dever

constitucional e legal da Administração de fiscalizar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, disso decorre naturalmente que a inobservância deste dever de fiscalização implica a responsabilidade da Administração pelo inadimplemento dos direitos que deveriam ser fiscalizados.

Esta responsabilidade não se esgota com a demonstração de uma simples verificação superficial da formalização dos vínculos de emprego, pois o padrão fiscalizatório acima retratado exige o envolvimento direto e diário da Administração com a rotina das práticas trabalhistas da empresa contratada.

A Administração só se desincumbe deste seu dever quando demonstra a promoção eficaz de todos os procedimentos legais de controle, além daqueles que, embora não previstos expressamente na lei, sejam indispensáveis à eficiência da fiscalização na obtenção dos seus resultados, em respeito ao princípio da eficiência administrativa que rege a Administração Pública (Constituição, art. 37).

…..................................................................................................Lado outro, a ausência de fiscalização ou a fiscalização insuficiente,

descomprometida com a efetividade dos direitos fiscalizados, implica inadimplência do ente público contratante para com o seu dever de tutela, dever decorrente da sua própria condição de Administração Pública.” (grifei)

Cumpre ter presente, por relevante, que essa diretriz tem sido observada pela jurisprudência dos Tribunais, notadamente por aquela emanada do E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 132100- -60.2008.5.04.0402, Rel. Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA – AIRR 14726-94.2010.5.04.0000, Rel. Min. MARIA DE ASSIS CALSING – AIRR 2042-50.2010.5.18.0000, Rel. Min. ROSA WEBER – AIRR 546040- -57.2006.5.07.0032, Rel. Min. GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS – RR 193600-61.2009.5.09.0594, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO, v.g.):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA – ENTIDADES ESTATAIS – RESPONSABILIDADE EM CASO DE CULPA ‘IN VIGILANDO’ NO QUE TANGE AO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA POR PARTE DA EMPRESA TERCEIRIZANTE CONTRATADA – COMPATIBILIDADE COM O ART. 71 DA LEI DE LICITAÇÕES – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 159 DO CCB/1916, 186 E 927, ‘CAPUT’, DO CCB/2002. A mera inadimplência da empresa terceirizante quanto às verbas trabalhistas e previdenciárias devidas ao trabalhador terceirizado não transfere a responsabilidade por tais verbas para a entidade estatal tomadora de serviços, a teor do disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações), cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16-DF. Entretanto, a inadimplência da obrigação fiscalizatória da entidade estatal tomadora de serviços no tocante ao preciso cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da empresa prestadora de serviços gera sua responsabilidade subsidiária, em face de sua culpa ‘in vigilando’, a teor da regra responsabilizatória incidente sobre qualquer pessoa física ou jurídica que, por ato ou omissão culposos, cause prejuízos a alguém (art. 186, Código Civil). Evidenciando-se essa culpa ‘in vigilando’ nos autos, incide a responsabilidade subjetiva prevista no art. 159 do CCB/1916, arts. 186 e 927, ‘caput’, do CCB/2002, observados os respectivos períodos de vigência. Agravo de instrumento desprovido.”

(AIRR 157240-94.2007.5.16.0015, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO – grifei)

O exame da decisão ora reclamada, tendo em vista a situação concreta nela apreciada, revela que se reconheceu, na espécie, a responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação configuradora de culpa “in vigilando”, “in eligendo” ou “in omittendo”.

Com efeito, o Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra do eminente Senhor Procurador-Geral da República, ao manifestar-se pela improcedência da presente reclamação, formulou parecer que está assim ementado:

“Agravo Regimental. Reclamação. Responsabilidade subsidiária do Poder Público por débitos trabalhistas. Culpa ‘in vigilando’ do Estado. Não configurada ofensa à decisão proferida na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16 do Supremo Tribunal Federal. Necessidade de reexame da matéria probatória constante dos autos. Providência incabível na sede processual eleita. Parecer pelo desprovimento do agravo.”

Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, fragmento do parecer, oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo:

“6. O agravo regimental deve ser desprovido.7. A decisão reclamada afirmou expressamente que a

Administração deve responder em caso de falha ou omissão do agente público em fiscalizar a empresa fornecedora de serviço:

‘5. Na hipótese dos autos, o Tribunal Regional manteve a responsabilidade subsidiária da agravante não pela simples incidência do inciso IV da Súmula nº 331 do TST, senão pela conclusão de que a agravante incorreu em culpa, pois omissa na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.’

8. Essa decisão, contudo, não foi afetada pela declaração de constitucionalidade do § 1º do artigo 71 da Lei 8.666/93. Aliás, na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, o Supremo Tribunal Federal excepcionou as hipóteses em que configurada a culpa da Administração.

9. Portanto, o conteúdo da ADC nº 16 não foi violado.1 A instância ordinária adentrou o tema referente à culpa da Administração Pública, não cabendo, neste momento, revolver as provas para analisar o acerto ou desacerto do julgamento no seu aspecto fático, como pretende a reclamante, ora Agravante. Entende-se que a desconstituição da decisão em relação à caracterização da culpa não pode ser feita na via estreita da reclamação.

Ante o exposto, o parecer é pelo desprovimento do agravo regimental e pela improcedência da reclamação.” (grifei)

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

Cabe ressaltar, finalmente, que o Plenário desta Suprema Corte, em recentíssimos julgamentos (Rcl 14.917-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.947-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), ao examinar recursos de agravo que versavam matéria idêntica à ora debatida nesta sede processual, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na presente decisão:

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ’IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.”

(Rcl 14.058-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, em face das razões expostas, julgo improcedente a

presente reclamação, restando prejudicada, em consequência, a apreciação do recurso de agravo.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.507 (372)ORIGEM : PROC - 200741000032488 - JUIZ FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREQTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOREQDO.(A/S) : ANA CARLA DOS REISADV.(A/S) : HELENA MARIA BRONDANI SADAHIRO

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 56

DESPACHO: Manifeste-se a União, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre a Petição 58014/2013 (fls. 239/245).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.455 (373)ORIGEM : MS - 84989 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ELZA REGINA FELISMINO FERREIRA LOPESADV.(A/S) : JOÃO QUEVEDO FERREIRA LOPES FILHOEMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO,

OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO – DESPROVIMENTO.1. Em 3 de maio de 2013, neguei seguimento ao mandado de

segurança, consignando:MANDADO DE SEGURANÇA – LEGITIMIDADE – AUSÊNCIA –

NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO PEDIDO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Elza Regina Felismino Ferreira Lopes impetrou mandado de

segurança na condição de dependente de João Quevedo Ferreira Lopes Filho, servidor inativo da Justiça Federal no Estado do Ceará. Aduz sofrer prejuízo decorrente de supressão de parcela dos proventos do referido servidor, autor de pensão alimentícia da qual é beneficiária.

Articula com ofensa à coisa julgada, afirmando que a glosa determinada pelo Tribunal de Contas da União afronta decisão judicial coberta pela preclusão maior.

Com o intuito de elucidar a questão, sustenta encontrar-se em situação idêntica à da parte no Mandado de Segurança nº 25.009, Zilda Ferreira de Sousa, pensionista do servidor falecido Fernando Avelino de Sousa.

Depreende-se dos documentos juntados à inicial que o pagamento da pensão alimentícia se dá mediante desconto na fonte pagadora dos proventos do servidor titular do direito afirmado na ação.

Cumpre informar a ocorrência de erro material nas informações prestadas a Vossa Excelência por ocasião do exame da medida acauteladora. Na oportunidade, houve equívoco no tocante à natureza jurídica da pensão mencionada pela impetrante.

O processo encontra-se concluso para julgamento.2. Descabe confundir a relação privada e autônoma entre o

alimentante e a alimentada, consistente no dever daquele de prestar alimentos, com o vínculo previdenciário de pensionista, inexistente na espécie e apenas equacionável a partir da morte do instituidor.

3. A impetração há de servir ao titular do direito subjetivo que se diz desrespeitado. A toda evidência, o direito afirmado na ação não concerne à impetrante, o que revela a ilegitimidade.

4. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.[...]A embargante, valendo-se de argumentação estranha aos

fundamentos da decisão atacada, aponta a ocorrência de omissão e contradição no ato monocrático. Menciona precedentes relacionados com o suposto direito de pessoa que, na condição de alimentante, paga pensão mediante desconto nos proventos.

2. É de salientar que os embargos declaratórios são pertinentes contra qualquer pronunciamento com carga decisória, pouco importando a natureza do processo, do procedimento, ou a circunstância de se tratar de ato de colegiado ou individual. Impugnada decisão monocrática, compete ao órgão julgador apreciá-los.

Embora haja indicado preceitos alusivos ao cabimento de embargos de declaração, a impetrante desenvolve narrativa destoante do propósito de sanar obscuridade, contradição ou omissão. Insiste em articular como se fosse titular do direito do ex-cônjuge alimentante e evoca precedentes que entende amparar o que alegado.

Ao reconhecer a ilegitimidade da impetrante, fiz ver a existência de pretensão concernente a direito titularizado por outrem, premissa suficiente para obstar o mandado de segurança, que é ação personalíssima.

Cabe consignar, ainda, ter sido o ato questionado praticado em fevereiro de 2002, somente vindo à balha a impetração em julho de 2005, quando há muito ultrapassado o prazo decadencial para a formalização da ação constitucional.

3. Inexistente qualquer dos vícios relativos aos declaratórios, desprovejo-os.

4. Publiquem.Brasília, 8 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 107.840 (374)ORIGEM : HC - 183923 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : SIENA SABINA MAPAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Registro, preliminarmente, por necessário, que o Supremo Tribunal Federal, mediante edição da Emenda Regimental nº 30, de 29 de maio de 2009, delegou expressa competência ao Relator da causa, para, em sede de julgamento monocrático, denegar ou conceder a ordem de “habeas corpus”, “ainda que de ofício”, desde que a matéria versada no “writ” em questão constitua “objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal” (RISTF, art. 192, “caput”, na redação dada pela ER nº 30/2009).

Ao assim proceder, fazendo-o mediante interna delegação de atribuições jurisdicionais, esta Suprema Corte, atenta às exigências de celeridade e de racionalização do processo decisório, limitou-se a reafirmar princípio consagrado em nosso ordenamento positivo (RISTF, art. 21, § 1º; Lei nº 8.038/90, art. 38; CPC, art. 557) que autoriza o Relator da causa a decidir, monocraticamente, o litígio, sempre que este referir-se a tema já definido em “jurisprudência dominante” no Supremo Tribunal Federal.

Nem se alegue que essa orientação implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

A legitimidade jurídica dessa orientação decorre da circunstância de o Relator da causa, no desempenho de seus poderes processuais, dispor de plena competência para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, justificando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar (RTJ 139/53, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RTJ 168/174-175, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 173/948, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 96.821/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 104.241-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tendo em vista essa delegação regimental de competência ao Relator da causa, impõe-se reconhecer que a controvérsia ora em exame ajusta-se à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise, o que possibilita seja proferida decisão monocrática sobre o litígio em questão.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede processual.

Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“‘HABEAS CORPUS’. TRÁFICO DE DROGAS. PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 44, ‘CAPUT’, DA LEI 11.343/2006. VEDAÇÃO LEGAL. NÃO REVOGAÇÃO PELA NOVA REDAÇÃO DO ART. 2º DA LEI Nº 8.072/90, CONFERIDA PELA LEI 11.464/2007. ORDEM DENEGADA.

1. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça vem decidindo no sentido de que ao acusado por tráfico de drogas, cumprindo prisão cautelar, é vedada a concessão de liberdade provisória. Tal proibição legal contida no art. 44 da Lei n.º 11.343/06 não foi revogada com a alteração do art. 2º, II, da Lei 8.072/90 pela Lei n.º 11.464/07.

2. O reconhecimento da repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal no RE 601.384/RS, sob a relatoria do Min. MARCO AURÉLIO, com referência ao mérito deste ‘writ’, em regra, não tem o condão de sobrestar os processos pendentes de julgamento nesta Corte.

3. Ordem denegada.”(HC 183.923/MG, Rel. Min. ADILSON VIEIRA MACABU,

Desembargador Convocado do TJ/RJ – grifei)Os fundamentos em que se apoia a presente impetração revestem-

se de inquestionável relevo jurídico, especialmente se se examinar o conteúdo da decisão que manteve a prisão cautelar da ora paciente (prisão em flagrante), confrontando-se, para esse efeito, as razões que lhe deram suporte com os padrões que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise.

Eis, no ponto, o teor da decisão que, emanada do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca de Conselheiro Lafaiete/MG, motivou as sucessivas impetrações de “habeas corpus” em favor da ora paciente:

“(...) conforme já anotado por este Juízo em várias outras decisões anteriores, apesar dos crimes hediondos não mais sofrerem restrição legal expressa para a concessão da liberdade provisória, exceção para esta regra é o tráfico ilícito de entorpecentes, pois o artigo 44 da Lei de Tóxico veda expressamente a concessão de tal benefício para o crime previsto no artigo 33 da mencionada lei, restando ainda amplamente consolidado que dito artigo não foi revogado pela Lei 11.464/2007.” (grifei)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 57

Presente esse contexto, cabe verificar se os fundamentos subjacentes à decisão ora questionada ajustam-se, ou não, ao magistério jurisprudencial firmado pelo Supremo Tribunal Federal no exame do instituto da prisão cautelar.

Tenho para mim que a decisão em causa, ao manter a prisão em flagrante da ora paciente, apoiou-se em elementos insuficientes, destituídos de base empírica idônea, revelando-se, por isso mesmo, desprovida de necessária fundamentação substancial.

Todos sabemos que a privação cautelar da liberdade individual é sempre qualificada pela nota da excepcionalidade (HC 96.219-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), eis que a supressão meramente processual do “jus libertatis” não pode ocorrer em um contexto caracterizado por julgamentos sem defesa ou por condenações sem processo (HC 93.883/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

É por isso que esta Suprema Corte tem censurado decisões que fundamentam a privação cautelar da liberdade no reconhecimento de fatos que se subsumem à própria descrição abstrata dos elementos que compõem a estrutura jurídica do tipo penal:

“(...) PRISÃO PREVENTIVA – NÚCLEOS DA TIPOLOGIA – IMPROPRIEDADE. Os elementos próprios à tipologia bem como as circunstâncias da prática delituosa não são suficientes a respaldar a prisão preventiva, sob pena de, em última análise, antecipar-se o cumprimento de pena ainda não imposta (…).”

(HC 83.943/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)Essa asserção permite compreender o rigor com que o Supremo

Tribunal Federal tem examinado a utilização, por magistrados e Tribunais, do instituto da tutela cautelar penal, em ordem a impedir a subsistência dessa excepcional medida privativa da liberdade, quando inocorrente hipótese que possa justificá-la:

“Não serve a prisão preventiva, nem a Constituição permitiria que para isso fosse utilizada, a punir sem processo, em atenção à gravidade do crime imputado, do qual (...) ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória’ (CF, art. 5º, LVII).

O processo penal, enquanto corre, destina-se a apurar uma responsabilidade penal; jamais a antecipar-lhe as conseqüências.

Por tudo isso, é incontornável a exigência de que a fundamentação da prisão processual seja adequada à demonstração da sua necessidade, enquanto medida cautelar, o que (…) não pode reduzir-se ao mero apelo à gravidade objetiva do fato.”

(RTJ 137/287, 295, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Impende assinalar, por isso mesmo, que a gravidade em abstrato

do crime não basta para justificar, só por si, a privação cautelar da liberdade individual da paciente.

O Supremo Tribunal Federal tem advertido que a natureza da infração penal não se revela circunstância apta, “per se”, a justificar a privação cautelar do “status libertatis” daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado.

Esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito desta Corte, ainda que o delito imputado ao réu seja legalmente classificado como crime hediondo (RTJ 172/184, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RTJ 182/601-602, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RHC 71.954/PA, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, v.g.):

“A gravidade do crime imputado, um dos malsinados ‘crimes hediondos’ (Lei 8.072/90), não basta à justificação da prisão preventiva, que tem natureza cautelar, no interesse do desenvolvimento e do resultado do processo, e só se legitima quando a tanto se mostrar necessária: não serve a prisão preventiva, nem a Constituição permitiria que para isso fosse utilizada, a punir sem processo, em atenção à gravidade do crime imputado, do qual, entretanto, ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória’ (CF, art. 5º, LVII).”

(RTJ 137/287, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)“A ACUSAÇÃO PENAL POR CRIME HEDIONDO NÃO JUSTIFICA

A PRIVAÇÃO ARBITRÁRIA DA LIBERDADE DO RÉU.- A prerrogativa jurídica da liberdade – que possui extração

constitucional (CF, art. 5º, LXI e LXV) – não pode ser ofendida por atos arbitrários do Poder Público, mesmo que se trate de pessoa acusada da suposta prática de crime hediondo, eis que, até que sobrevenha sentença condenatória irrecorrível (CF, art. 5º, LVII), não se revela possível presumir a culpabilidade do réu, qualquer que seja a natureza da infração penal que lhe tenha sido imputada.”

(RTJ 187/933-934, Rel. Min. CELSO DE MELLO)É que a prisão cautelar, para legitimar-se em face de nosso

sistema jurídico, impõe – além da satisfação dos pressupostos a que se refere o art. 312 do CPP (prova da existência material do crime e presença de indícios suficientes de autoria) – que se evidenciem, com fundamento em base empírica idônea, razões justificadoras da imprescindibilidade dessa extraordinária medida cautelar de privação da liberdade do indiciado ou do réu, como assinalou a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal:

“A PRISÃO CAUTELAR CONSTITUI MEDIDA DE NATUREZA EXCEPCIONAL.

- A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser decretada ou mantida em situações de

absoluta necessidade.A prisão cautelar, para legitimar-se em face do sistema jurídico,

impõe – além da satisfação dos pressupostos a que se refere o art. 312 do CPP (prova da existência material do crime e presença de indícios suficientes de autoria) – que se evidenciem, com fundamento em base empírica idônea, razões justificadoras da imprescindibilidade dessa extraordinária medida cautelar de privação da liberdade do indiciado ou do réu.

- A questão da decretabilidade ou manutenção da prisão cautelar. Possibilidade excepcional, desde que satisfeitos os requisitos mencionados no art. 312 do CPP. Necessidade da verificação concreta, em cada caso, da imprescindibilidade da adoção dessa medida extraordinária. Precedentes.

A MANUTENÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE – ENQUANTO MEDIDA DE NATUREZA CAUTELAR – NÃO PODE SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO DE PUNIÇÃO ANTECIPADA DO INDICIADO OU DO RÉU.

- A prisão cautelar não pode – nem deve – ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito, pois, no sistema jurídico brasileiro, fundado em bases democráticas, prevalece o princípio da liberdade, incompatível com punições sem processo e inconciliável com condenações sem defesa prévia.

A prisão cautelar – que não deve ser confundida com a prisão penal – não objetiva infligir punição àquele que sofre a sua decretação, mas destina-se, considerada a função cautelar que lhe é inerente, a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal.

A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE.

- A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedentes.

AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO, NO CASO, DA NECESSIDADE CONCRETA DE MANTER-SE A PRISÃO EM FLAGRANTE DO PACIENTE.

- Sem que se caracterize situação de real necessidade, não se legitima a privação cautelar da liberdade individual do indiciado ou do réu. Ausentes razões de necessidade, revela-se incabível, ante a sua excepcionalidade, a decretação ou a subsistência da prisão cautelar.

- Presunções arbitrárias, construídas a partir de juízos meramente conjecturais, porque formuladas à margem do sistema jurídico, não podem prevalecer sobre o princípio da liberdade, cuja precedência constitucional lhe confere posição eminente no domínio do processo penal.”

(HC 105.270/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Nem se alegue, de outro lado, que o acórdão emanado do E.

Superior Tribunal de Justiça teria aprimorado, fortalecido e, até mesmo, suprido a deficiente fundamentação do ato decisório que, proferido por magistrado de primeira instância, negou à ora paciente o direito de obter liberdade provisória.

Cabe ter presente, neste ponto, na linha da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria, que a legalidade da decisão que decreta a prisão cautelar ou que denega liberdade provisória deverá ser aferida em função dos fundamentos que lhe dão suporte, e não em face de eventual reforço advindo dos julgamentos emanados das instâncias judiciárias superiores (HC 90.313/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, HC 96.715-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, HC 97.976- -MC/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“(...) Às instâncias subseqüentes não é dado suprir o decreto de prisão cautelar, de modo que não pode ser considerada a assertiva de que a fuga do paciente constitui fundamento bastante para enclausurá-lo preventivamente (...).”

(RTJ 194/947-948, Rel. p/ o acórdão Min. EROS GRAU – grifei) A motivação, portanto, há de ser própria, inerente e contemporânea

à decisão que decreta (ou mantém) o ato excepcional de privação cautelar da liberdade, pois – insista-se – a ausência ou a deficiência de fundamentação não podem ser supridas “a posteriori” (RTJ 59/31 – RTJ 172/191-192 – RT 543/472 – RT 639/381, v.g.):

“Prisão preventiva: análise dos critérios de idoneidade de sua motivação à luz de jurisprudência do Supremo Tribunal.

1. A fundamentação idônea é requisito de validade do decreto de prisão preventiva: no julgamento do ‘hábeas-corpus’ que o impugna não cabe às sucessivas instâncias, para denegar a ordem, suprir a sua deficiência originária, mediante achegas de novos motivos por ele não aventados: precedentes.”

(RTJ 179/1135-1136, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei) Mostra-se importante ter presente, no caso, quanto à Lei nº

11.343/2006, que o seu art. 44 proibia, de modo abstrato e “a priori”, a concessão da liberdade provisória nos “crimes previstos nos art. 33, ‘caput’ e § 1º, e 34 a 37 desta Lei”.

Essa vedação apriorística de concessão de liberdade provisória não pode ser admitida, eis que se revela manifestamente incompatível com a presunção de inocência e a garantia do “due process”, dentre outros princípios consagrados pela Constituição da República, independentemente da gravidade objetiva do delito.

Foi por tal razão que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 10/05/2012, ao julgar o HC 104.339/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, declarou, “incidenter tantum”, a inconstitucionalidade da expressão “e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 58

liberdade provisória”, constante do “caput” do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006.

Devo assinalar, por relevante, que a aplicabilidade do art. 44 da Lei de Drogas já vinha sendo recusada por Juízes do Supremo Tribunal Federal, que vislumbravam, em referida cláusula legal, a eiva da inconstitucionalidade (HC 97.976-MC/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 100.330-MC/MS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – HC 100.949- -MC/SP, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“‘HABEAS CORPUS’. VEDAÇÃO LEGAL ABSOLUTA, IMPOSTA EM CARÁTER APRIORÍSTICO, INIBITÓRIA DA CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA NOS CRIMES TIPIFICADOS NO ART. 33, ‘CAPUT’ E § 1º, E NOS ARTS. 34 A 37, TODOS DA LEI DE DROGAS. POSSÍVEL INCONSTITUCIONALIDADE DA REGRA LEGAL VEDATÓRIA (ART. 44). OFENSA AOS POSTULADOS CONSTITUCIONAIS DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, DO ‘DUE PROCESS OF LAW’, DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA PROPORCIONALIDADE. O SIGNIFICADO DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE, VISTO SOB A PERSPECTIVA DA ‘PROIBIÇÃO DO EXCESSO’: FATOR DE CONTENÇÃO E CONFORMAÇÃO DA PRÓPRIA ATIVIDADE NORMATIVA DO ESTADO. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ADI 3.112/DF (ESTATUTO DO DESARMAMENTO, ART. 21). CARÁTER EXTRAORDINÁRIO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE INDIVIDUAL. NÃO SE DECRETA NEM SE MANTÉM PRISÃO CAUTELAR, SEM QUE HAJA REAL NECESSIDADE DE SUA EFETIVAÇÃO, SOB PENA DE OFENSA AO ‘STATUS LIBERTATIS’ DAQUELE QUE A SOFRE. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.”

(HC 100.742-MC/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe assinalar que eminentes penalistas, examinando o art. 44 da

Lei nº 11.343/2006, vinham igualmente sustentando a inconstitucionalidade da vedação legal à concessão de liberdade provisória prevista em mencionado dispositivo legal (ROGÉRIO SANCHES CUNHA, “Da Repressão à Produção Não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas”, “in” LUIZ FLÁVIO GOMES (Coord.), “Lei de Drogas Comentada”, p. 232/233, item n. 5, 2ª ed., 2007, RT”; FLÁVIO OLIVEIRA LUCAS, “Crimes de Uso Indevido, Produção Não Autorizada e Tráfico Ilícito de Drogas – Comentários à Parte Penal da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006”, “in” MARCELLO GRANADO (Coord.), “A Nova Lei Antidrogas: Teoria, Crítica e Comentários à Lei nº 11.343/06”, p. 113/114, 2006, Editora Impetus”; FRANCIS RAFAEL BECK, “A Lei de Drogas e o Surgimento de Crimes ‘Supra-hediondos’: uma necessária análise acerca da aplicabilidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06”, “in” ANDRÉ LUÍS CALLEGARI e MIGUEL TEDESCO WEDY (Org.), “Lei de Drogas: aspectos polêmicos à luz da dogmática penal e da política criminal”, p. 161/168, item n. 3, 2008, Livraria do Advogado Editora, v.g.).

Vê-se, portanto, que o Poder Legislativo, especialmente em sede processual penal, não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal, ainda mais em tema de liberdade individual, acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade.

Como se sabe, a exigência de razoabilidade traduz limitação material à ação normativa do Poder Legislativo.

Esse entendimento é prestigiado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, por mais de uma vez, já advertiu que o Legislativo não pode atuar de maneira imoderada, nem formular regras legais cujo conteúdo revele deliberação absolutamente divorciada dos padrões de razoabilidade.

Coloca-se em evidência, neste ponto, o tema concernente ao princípio da proporcionalidade, que se qualifica – enquanto coeficiente de aferição da razoabilidade dos atos estatais (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 56/57, itens ns. 18/19, 4ª ed., 1993, Malheiros; LÚCIA VALLE FIGUEIREDO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 46, item n. 3.3, 2ª ed., 1995, Malheiros) – como postulado básico de contenção dos excessos do Poder Público.

A jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal Federal, bem por isso, tem censurado a validade jurídica de atos estatais que, desconsiderando as limitações que incidem sobre o poder normativo do Estado, veiculam prescrições que ofendem os padrões de razoabilidade e que se revelam destituídas de causa legítima, exteriorizando abusos inaceitáveis e institucionalizando agravos inúteis e nocivos aos direitos das pessoas (RTJ 160/140-141, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 176/578-579, Rel. Min. CELSO DE MELLO – ADI 1.063/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Daí a censura que o Plenário do Supremo Tribunal Federal estendeu à interdição legal “in abstracto”, vedatória da concessão de liberdade provisória, prevista no art. 44 da Lei nº 11.343/2006, considerados os múltiplos postulados constitucionais violados por mencionada regra legal, eis que o legislador não pode substituir-se ao juiz na aferição da existência, ou não, de situação configuradora da necessidade de utilização, em cada situação concreta, do instrumento de tutela cautelar penal.

Em suma: a análise dos fundamentos invocados pela parte ora impetrante leva-me a entender que as decisões judiciais que motivaram a presente impetração, tanto aquelas de primeira instância quanto as proferidas nos graus superiores de jurisdição, não observaram os critérios que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou em tema de prisão cautelar.

Sendo assim, pelas razões expostas, defiro o pedido de “habeas corpus”, tornando definitiva a medida liminar anteriormente concedida,

para assegurar à ora paciente, se por al não estiver presa, o direito de permanecer em liberdade, até o trânsito em julgado da condenação, salvo nova decisão judicial em contrário da autoridade judiciária competente, fundada em razões supervenientes vinculadas ao Processo- -crime nº 0085012-32.2010.8.13.0183, ora em curso perante o Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca de Conselheiro Lafaiete/MG.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Superior Tribunal de Justiça (HC 183.923/MG), ao E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (HC 1.0000.10.044860-4/000) e ao Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da comarca de Conselheiro Lafaiete/MG (Processo-crime nº 0085012-32.2010.8.13.0183).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.745 (375)ORIGEM : ARESP - 360386 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : IZAURA COSTA RODRIGUES EMÍDIOPACTE.(S) : LUZIA CRISTINA DOS SANTOS ROCHAIMPTE.(S) : FREDERICO DONATI BARBOSA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Frederico Donati Barbosa e outro, em favor de Izaura Costa Rodrigues Emídio e Luzia Cristina dos Santos Rocha, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou provimento ao Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial n. 360.386/DF.

Consta dos autos que, em razão do falecimento do adolescente Marcelo Dino da Fonseca nas dependências do Hospital Santa Lúcia, localizado em Brasília, foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do óbito.

Concluído o inquérito policial, os autos foram remetidos ao Ministério Público, que os recebeu na data de 16.5.2012.

Após requerimento de juntada de parecer técnico particular, a pedido do representante legal do menor falecido, e de representação administrativa contra o Hospital Santa Lúcia junto à ANVISA, bem como de outros documentos, seguiu-se, em 13.7.2012, manifestação do Promotor de Justiça Diaulas Costa Ribeiro, em que pugnou pela declinação de competência dos autos a uma das Varas Criminais de Brasília, visto que descartada a hipótese de ocorrência de crime doloso contra a vida.

Redistribuídos os autos ao Juízo da 4ª Vara Criminal de Brasília, estes retornaram ao Ministério Público em 30.8.2012.

Daí o ajuizamento de queixa-crime subsidiária de ação penal pública em desfavor das ora pacientes (Izaura Costa Rodrigues Emídio e Luzia Cristina dos Santos Rocha) pelos pais do menor falecido.

Recebida a queixa-crime pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Brasília, este determinou a citação das pacientes.

Contra essa decisão, a defesa das pacientes impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT, que concedeu a ordem para determinar o trancamento da ação penal privada subsidiária. Eis a ementa desse julgado:

“HABEAS CORPUS. INTERVENÇÃO DOS QUERELANTES. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA. NÃO CABIMENTO. COMPLEXIDADE DOS FATOS. DILIGÊNCIAS INDISPENSÁVEIS PARA A FORMAÇÃO DA OPINIO DELICTI. INÉRCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO CARACTERIZADA. ORDEM DEFERIDA.

Decisão do relator sobre intervenção dos querelantes no habeas corpus, não impugnada por agravo regimental no prazo próprio, preclui.

Não se pode recusar que a decisão no habeas corpus que persegue o trancamento da ação penal privada subsidiária posta pelos querelantes se projeta diretamente na esfera de interesse jurídico destes. Como litigantes na relação processual principal, malgrado não partes formais na relação processual do habeas corpus, neste devem ser admitidos para efetivação das garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa em qualquer processo judicial.

A queixa-crime subsidiária só tem cabimento caso evidenciada a inércia do Ministério Público. Precedentes.

Na espécie, a extrapolação matemática do prazo previsto no artigo 46 do Código Processual Penal justifica-se pela complexidade dos fatos, sendo que o Ministério Público não se quedou inerte, tendo requerido diligências consideradas indispensáveis para a formação da opinio delicti.

No caso, o Ministério Público, por seu órgão com as respectivas atribuições, tem adotado comportamento absolutamente compatível com o desejo de bem desempenhar suas funções no menor espaço de tempo compatível com a responsabilidade da sua iniciativa. Não se trata, simplesmente, de subsumir uma conduta, comissiva ou omissiva, a um tipo legal. A própria definição da conduta, como demonstram as diligências médico-periciais já requeridas e parcialmente atendidas, inclusive em

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 59

complementação a exames iniciais, demanda complexa análise técnica que irá nortear a posição a ser adotada pelo titular natural da ação penal. E a este - somente a este - cabe eleger as diligências imprescindíveis à realização do seu mister, salvo clara demonstração de sua inutilidade, que não se verifica na espécie.

Ordem deferida para trancar a ação penal subsidiária, sem prejuízo de sua renovação, se advier situação fática que a permita.”

Opostos embargos de declaração, estes restaram rejeitados.Irresignados, os querelantes interpuseram recursos especial e

extraordinário, aos quais foi negado processamento.Por tal razão, os querelantes interpuseram agravo perante o Superior

Tribunal de Justiça que, em sede de decisão monocrática, deu provimento ao recurso para determinar sua conversão em recurso especial.

Daí a interposição de agravo regimental, também no STJ, ao qual foi negado provimento nos termos da seguinte ementa:

“PENAL E PROCESSO PENAL. ARESP. DECISÃO QUE DÁ PROVIMENTO AO AGRAVO PARA DETERMINAR SUA AUTUAÇÃO COMO RECURSO ESPECIAL. IRRECORRIBILIDADE. ART. 258, § 2º, DO RISTJ. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. É irrecorrível a decisão do relator que dá provimento a recurso de agravo para determinar a conversão do recurso especial inadmitido na origem, a teor do que preceitua o art. 258, § 2º, do RISTJ.

2. Agravo interno a que se nega provimento.”Neste writ, a defesa alega a ausência dos requisitos formais para a

formação do instrumento do agravo ante a ilegitimidade recursal ativa, fato que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Sustentam os impetrantes que: “(...) não se está aqui a discutir a fundamentação meritória da decisão

monocrática que proveu o agravo para convertê-lo em recurso especial, matéria sabidamente irrecorrível à luz do art. 258, parágrafo 2º, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.

A discussão, longe disso, gravita em torno da necessidade do exame judicial de requisito de admissibilidade do agravo, quando oportunamente brandido em contrarrazões do próprio agravo.”(eDOC 1, p. 19-20)

Requer, liminarmente, o sobrestamento do trâmite do Recurso Especial n. 1413879 até o julgamento final do presente habeas corpus.

No mérito, pleiteia a defesa pela “concessão da ordem para determinar à Colenda 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que analise – como entender de direito – a preliminar de ilegitimidade recursal ativa suscitada pelas pacientes nas contrarrazões ao agravo em recurso especial.” (eDOC 1, p. 25)

É o relatório.Decido.A concessão de liminar em habeas corpus dá-se em caráter

excepcional, em face da configuração do fumus boni iuris e do periculum in mora.

Da análise dos autos, em sede de cognição sumária, não vislumbro constrangimento ilegal manifesto a justificar o deferimento da medida de urgência, uma vez que o constrangimento não se revela de plano, impondo uma análise mais detalhada dos elementos de convicção trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento do mérito.

Dessa forma, salvo melhor juízo quanto ao mérito, os fundamentos adotados pela decisão proferida pelo STJ, assim como os demais elementos constantes dos autos, não autorizam a concessão da liminar.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Bem instruídos os autos, abra-se vista à Procuradoria-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 120.093 (376)ORIGEM : HC - 2800851 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : BRUNO GIOVANNI LOCATELLI MADONAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 280.851 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. EXECUÇÃO PENAL.

REQUISITOS PARA A PROGRESSÃO DE REGIME. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO PEDIDO. INDEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

pela DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO, em benefício de BRUNO

GIOVANNI LOCATELLI MADONA, contra decisão do Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 15.10.2013, indeferiu a medida liminar no Habeas Corpus n. 280.851:

“Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Bruno Giovanni Locatelli Madona, apontando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça de São Paulo, que deu parcial provimento ao agravo em execução interposto pelo Ministério Público (fls. 106/111).

Insurge-se o impetrante, em síntese, contra a determinação de submissão da paciente a exame criminológico, pois o Juízo da Execução, que deferiu o pedido de progressão para o regime aberto, confirmou o bom comportamento carcerário da paciente e o preenchimento dos requisitos necessários.

Diante disso, pleiteia, em tema liminar, seja suspenso os efeitos do acórdão, para que o paciente continue no regime aberto, até julgamento definitivo do writ. No mérito busca a cassação do acórdão impugnado e a consequente concessão do regime aberto.

Brevemente relatado, decido.A liminar, que na via eleita, não ostenta previsão legal, é criação da

jurisprudência para casos em que a urgência, necessidade e relevância da medida mostrem-se evidenciadas de forma indiscutível na própria impetração e nos elementos de prova que a acompanham.

No caso, o pleito liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, que será analisado oportunamente pelo órgão colegiado, sendo certo que, ao menos em sede de cognição sumária e perfunctória, não vislumbro manifesta ilegalidade a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Assim, imperioso um exame mais detalhado dos elementos de convicção carreados aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento definitivo.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Suficientemente instruído o feito, dispenso as informações de estilo.Abra-se vista ao Ministério Público Federal” (grifos nossos).2. A Impetrante pede o afastamento da Súmula n. 691 do Supremo

Tribunal Federal e alega que “não há maior teratologia, irrazoabilidade, ilegalidade e abuso do que, indo de encontro à Constituição da República, (...) prosseguir no constrangimento do paciente, determinando o cumprimento de mandado de prisão para regressão de regime, com fundamento na ausência de exame criminológico, quando cumpriu todos os requisitos para o regime mais brando, que foi deferido por decisão judicial de primeira instância, que, por sua vez, se pronunciou sobre a não conveniência de dilação probatória”.

Ressalta que, “[c]aso volte ao regime semiaberto para aguardar a realização de exame criminológico, estará em cheque a própria ressocialização. E estará ferindo de morte o princípio constitucional da individualização da pena”.

Este o teor dos pedidos:“seja concedida liminarmente no presente writ a suspensão dos

efeitos da r. decisão contrária do C. STJ e do v. acórdão prolatado pelo E. Tribunal de Justiça de São Paulo, expedindo-se contramandado de prisão/alvará de soltura, para que o paciente permaneça no regime aberto de cumprimento de pena, enquanto aguarda a decisão definitiva do writ. Ou para que permaneça no regime aberto, enquanto aguarda a realização do exame criminológico e a nova decisão sobre a progressão de regime.

No mérito, requer que sejam cassadas as r. decisões que determinaram a regressão de regime ao paciente, por ausência de exame criminológico”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A decisão questionada é monocrática e tem natureza precária,

desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Nela, o Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu a medida liminar requerida, por considerar ausentes as condições para o acolhimento do pedido, e determinou o encaminhamento dos autos ao Ministério Público Federal, a fim de que, instruído o feito, houvesse o regular prosseguimento do habeas corpus até o seu julgamento, na forma pleiteada.

O que se pediu naquele Superior Tribunal ainda não se exauriu em seu exame e em sua conclusão. A jurisdição ali pedida está pendente e o digno órgão está em movimento para prestá-la.

4. Este Supremo Tribunal tem admitido, em casos excepcionais e em circunstâncias fora do ordinário, o temperamento na aplicação da Súmula n. 691 do Supremo Tribunal (“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”). Essa excepcionalidade fica demonstrada nos casos em que se patenteie flagrante ilegalidade ou contrariedade a princípios constitucionais ou legais na decisão questionada, o que não se tem na espécie vertente.

5. A presente ação está deficientemente instruída, pois não foi juntada a decisão proferida pelo juízo da execução em primeira instância nem o julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça.

Sem todos os dados para a ciência do que ocorreu no processo, o presente habeas corpus não pode ter seguimento, por carecer dos requisitos necessários.

Nesse sentido:“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. ‘HABEAS

CORPUS’. NULIDADES. DEFESAS CONFLITANTES. SEVÍCIAS SOFRIDAS

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 60

PELO RÉU: FALTA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. OMISSÕES DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INJUSTIÇA DESTA. NÃO ESTANDO O PEDIDO DE ‘HABEAS CORPUS’ INSTRUÍDO COM CÓPIAS DE PEÇAS DO PROCESSO, PELAS QUAIS SE PODERIA EVENTUALMENTE, CONSTATAR A OCORRÊNCIA DAS FALHAS ALEGADAS, NÃO SE PODE SEQUER VERIFICAR A CARACTERIZAÇÃO, OU NÃO, DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ‘H.C.’ NÃO CONHECIDO” (HC 71.254/RJ, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ 24.2.1995).

E:“1. Habeas corpus: STF: competência originária: incidência da

Súmula 691-STF (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus, requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Não é dado analisar o mérito das questões discutidas para, a partir daí, conhecer ou não do habeas corpus. 2. Habeas corpus: inviabilidade, no caso - dada a manifesta deficiência da instrução do pedido -, do exame da questão de fundo para ponderar do cabimento ou não, de eventual habeas corpus de ofício” (HC 87.048-AgR/SP, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 9.12.2005).

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL MILITAR. PACIENTE DENUNCIADO POR INFRAÇÃO DO ART. 290, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. 1. DEFICIÊNCIA NA INSTRUÇÃO DO PEDIDO. (…).

1. Não tendo sido juntado qualquer documento na impetração do presente habeas corpus , não foi possível, no momento da prolação da decisão ora agravada, ter ciência do que ocorreu no processo, motivo pelo qual esta impetração não poderia ter seguimento, pois carente dos requisitos necessários. Decisão agravada mantida.

(...)3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (HC 104.564-AgR,

de minha relatoria, DJe 27.5.2011, grifos nossos).6. Na espécie vertente, as circunstâncias expostas na inicial e os

documentos juntados comprovam ser imprescindível prudência na análise e na conclusão do que se contém no pleito, porque não se pode permitir, sem qualquer fundamentação, a supressão da instância a quo. A decisão liminar e precária proferida pelo Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, não exaure o cuidado do quanto posto a exame, estando a ação, ali em curso, a aguardar julgamento definitivo, como pedido pela parte.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PROCESSUAL

PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. A decisão questionada nesta ação é monocrática e tem natureza precária, desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Não vislumbrando a existência de manifesto constrangimento ilegal, incide, na espécie, a Súmula 691 deste Supremo Tribunal (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Precedentes.

2. Agravo regimental não provido” (HC 90.716-AgR, de minha relatoria, DJ 1º.6.2007).

E:“HABEAS CORPUS - OBJETO - INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM

IDÊNTICA MEDIDA - VERBETE N. 691 DA SÚMULA DO SUPREMO. A Súmula do Supremo revela, como regra, o não-cabimento do

habeas contra ato de relator que, em idêntica medida, haja implicado o indeferimento de liminar” (HC 90.602, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ 22.6.2007).

Confiram-se, ainda, entre outros: HC 89.970, de minha relatoria, DJ 22.6.2007; HC 90.232, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 2.3.2007; e HC 89.675-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 2.2.2007.

7. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicada a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 120.105 (377)ORIGEM : HC - 263161 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : GUILHERME AUGUSTO VICENTI DIASIMPTE.(S) : GUILHERME AUGUSTO VICENTI DIASCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. CRIME DE LESÃO

CORPORAL: CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. PRETENSÃO DE REEXAME DE TESES DEFENSIVAS, PRESCRIÇÃO PENAL E NULIDADE DE EXPEDIÇÃO DE MANDADO DE PRISÃO: AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO HABEAS

CORPUS. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA. INFORMAÇÕES. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por GUILHERME AUGUSTO VICENTI DIAS, advogado, em benefício próprio, contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, em 27.8.2013, rejeitou os embargos declaratórios no habeas corpus n. 263.161-SP.

2. Tem-se, nos autos, que, em 8.10.2009, o Juízo da Vara Criminal do Foro Regional IV da Comarca de São Paulo/SP condenou o Impetrante/Paciente como incurso no art. 129, § 1º, do Código Penal à pena de dois anos de reclusão, em regime aberto, “porque no dia 31 de março de 2006, por volta das 20h30min, na Rua Faustolo nº 1628, Lapa, São Paulo-SP, mediante socos e pontapés, ofendeu a integridade física de Rosangela Fátima Chagas, provocando-lhe lesões corporais de natureza grave, das quais resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias” (Evento 4, fl. 12).

3. Interposta apelação pela defesa, em 5.10.2011 a 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo deu parcial provimento ao recurso “para reduzir a pena para 01 ano e 09 meses de reclusão, em regime aberto, mantendo-se, no mais, a r. sentença apelada” (Evento 4, fl. 16):

“PRELIMINARES DE NULIDADE - ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - PRELIMINARES REJEITADAS.

LESÕES CORPORAIS DE NATUREZA GRAVE - PROVAS SUFICIENTES DE MATERIALIDADE E AUTORIA- PLAVRA DA VITIMA - PROVA TESTEMUNHAL - PROVA PERICIAL.

DOSIMETRIA PENAL READEOUADA - REDUÇÃO DO ACRÉSCIMO EM RAZÃO DA CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE GENÉRICA DO ARTIGO 61, III, "C", DO CÓDIGO PENAL – NECESSIDADE.

REGIME ABERTO - SUBSTITUIÇÃO DA CORPORAL INVIABILIZADA- CRIME PRATICADO COM VIOLENCIA À PESSOA.

PRELIMINARES REJEITADAS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO” (Evento 4, fl. 17,

destaques do original).4. Contra esse julgado, a defesa do Paciente opôs embargos de

declaração n. 0290023-62.2010.8.26.0000/50000, rejeitados pela 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 1º.2.2012:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO NO V. ACÓRDÃO INCONFORMISMO COM O RESULTADO DO JULGAMENTO.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS REJEITADOS” (www.tjsp.jus.br). 5. Consta do sítio do Tribunal de Justiça de São Paulo que o acórdão

penal condenatório transitou em julgado para a defesa em 7.3.2012 e para o Ministério Público em 2.5.2012 (www.tjsp.jus.br).

6. Informa o Impetrante/Paciente que “não foi intimado pessoalmente para comparecer a audiência admonitória, logo, ausente do ato, teve mandado de prisão expedido pela MM. Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal do Foro Regional Lapa – Capital/SP, ação penal nº 0010597-46.2005.8.26.0004” (Evento 1, fl. 2).

7. Em 14.1.2013, impetrou-se o habeas corpus n. 163.161-SP, no Superior Tribunal de Justiça e, em 6.8.2013, a Sexta Turma dele não conheceu:

“HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO QUANDO JÁ HAVIA TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. PENDÊNCIA DE REVISÃO CRIMINAL NA ORIGEM. VIA INADEQUADAMENTE UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. IMPROPRIEDADE. EXPEDIÇÃO DE MANDADO DE PRISÃO E NULIDADES. NÃO CONHECIMENTO. MATÉRIAS NÃO DECIDIDAS NO ACÓRDÃO ATACADO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE PATENTE. NÃO CONHECIMENTO.

1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em prestígio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor à lógica do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem quando já havia trânsito em julgado da condenação e na pendência de revisão criminal a ser julgada na origem.

2. Matérias não decididas no acórdão atacado não merecem conhecimento, como na espécie acontece com a insurgência quanto à expedição de mandado de prisão e diversas nulidades suscitadas.

3. Inexistência de flagrante ilegalidade. 4. Writ não conhecido” (Evento 2, fl. 1).8. Contra essa decisão foram opostos embargos declaratórios,

rejeitados pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça em 27.8.2013:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HABEAS CORPUS. VIA

IMPRÓPRIA. FINALIDADE DE MERO EFEITO MODIFICATIVO DO JULGADO. EXCEPCIONALIDADE INEXISTENTE.

1. Os Embargos de Declaração, segundo o disposto no art. 619 do CPP, se prestam a afastar a existência, no julgado, de ambigüidade, omissão, contradição e obscuridade, sendo-lhe impróprio o manejo para o fim de se rediscutir a matéria decidida.

2. Embargos rejeitados” (Evento 3, fl. 1).9. Essa decisão é o objeto do presente habeas corpus, no qual o

Impetrante/Paciente alega: a) erro na denúncia quanto à data dos fatos; b) não reconhecimento da causa de diminuição da pena prevista no art. 129, § 4º, do Código Penal; c) preenchimento das condições objetivas e subjetivas do sursis, ilegalmente vedado pela sentença e acórdão condenatórios; d)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 61

prescrição da pretensão punitiva estatal; e e) ausência de intimação pessoal do Paciente para comparecer à audiência admonitória, o que teria acarretado a expedição de mandado de prisão.

Sustenta o Impetrante/Paciente que a “data real do fato é dia 31 de março de 2005. A denúncia e sentença trazem a data do fato como sendo 31 de março de 2006. Ou seja, a denúncia e a sentença condenam o paciente por fato que não aconteceu na data que consta da denúncia. Erro que interfere na questão da contagem do prazo de prescrição da pena in concreto” (Evento 1, fl. 3), sendo “plausível entender que o presente processo penal é nulo desde o oferecimento da denúncia” (Evento 1, fl. 5).

Pondera que “entre a data do trânsito em julgado para a acusação – 1º de novembro de 2009 até o instante presente, transcorreu um lapso temporal superior a 4 anos. Sendo que o paciente não se encontra em cumprimento de pena. Logo, é o caso da aplicação do artigo 109, inciso V, c.c. Com os artigos 110, 112, I, todos o Código Penal” (Evento 1, fls. 6-7), extinguindo-se a punibilidade pela prescrição.

Afirma que o “V. Acórdão também desprezou a vigência e a eficácia do artigo 129, parágrafo 4º, do Código Penal. E, aqui, não se trata de rever prova e, sim da aplicação efetiva da lei diante do fato concreto. O paciente viu sua filha menor de idade na época dos fatos, ser agredida pela pseudo vítima do caso em questão. Foi ao socorro da filha. E se ir ao socorro da filha que apanhava de uma mulher feita, não é relevante valor após injusta provocação dessa pessoa” (Evento 1, fl. 4).

Pontua o Impetrante/Paciente ausência de “motivação para se decretar a prisão do paciente em regime mais rigoroso ao que se estabeleceu na própria sentença de condenação. A única motivação exposta foi à ausência do paciente na audiência admonitória, o qual não compareceu porque não foi intimado pessoalmente e nem teve a expedição de carta precatória para a realização da audiência admonitória para a comarca onde o paciente reside: Brasília” (Evento 1, fl. 3, destaques do original).

10. Este o teor dos pedidos:“Ex positis, requer a imediata CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR

para que:a) Seja determinada a revogação da prisão e consequente

recolhimento do mandado de prisão expedido em desfavor do Paciente. Em vista dos fatos, exaustivamente, expostos e das ilegalidades, pois o Paciente sofre inaceitável constrangimento ilegal com a possibilidade de ser e permanecer preso sem a devida e exigível justa causa.

b) Seja imediatamente suspensa a execução da ação penal em trâmite MM. Juízo da 1ª Vara Criminal do Juízo Violência Doméstica e Fam. Contra Mulher do Foro Regional IV – Lapa – da Comarca de São Paulo – Processo nº 0010597-46.2005.8.26.0004, até que seja julgado definitivamente o mérito do presente writ.

(c) Seja reconhecida de plano, a inadmissibilidade do decreto de prisão, bem como decretada a nulidade absoluta da referida ação penal, desde o recebimento de sua denúncia, por estar passando o Paciente por evidente constrangimento ilegal;

d) Reconhecida a prescrição da pena corporal; e) Que seja aplicada a causa de diminuição da pena prevista no

artigo 129; f) Que seja deferido o sursis por ser direito do paciente. Por falta de

justa causa para a decretação e manutenção da prisão do Paciente, pela inexistência de casa de albergado em condições dignas” (Evento 1, fls. 13-14, destaques do original).

Examinados os elementos constantes dos autos, DECIDO.11. Neste exame preambular, a exposição dos fatos e a verificação

das circunstâncias presentes e comprovadas na ação conduzem ao indeferimento da medida liminar requerida, não se verificando plausibilidade jurídica dos argumentos apresentados na inicial.

12. Inexistem fundamentos suficientes para afastar, de plano, o que decidido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, no habeas corpus n. 263.161-SP. Colhe-se do voto-condutor:

“(...) Na espécie, esta impetração foi manejada quando já havia trânsito em julgado da condenação, mostrando-se como um sucedâneo, indevido e inominado, de recurso cabível, até porque há, como visto, revisão criminal em tramitação na origem.

É inadmissível que se apresente como mera escolha a interposição de recurso ordinário, do recurso especial/agravo de inadmissão do Resp ou a impetração do habeas corpus. É imperioso promover-se a racionalização do emprego do mandamus, sob pena de sua hipertrofia representar verdadeiro índice de ineficácia da intervenção dos Tribunais Superiores.

No mais, conforme já expendido na decisão de indeferimento do pedido de reconsideração da liminar, o ponto fulcral da pretensão em exame é o fato de ter sido expedido mandado de prisão contra o paciente que, na visão da defesa, não seria possível, pois o regime inicial da pena é o aberto.

Acontece que este específico tema não foi suscitado e nem decidido no acórdão de origem, ao qual foram submetidos apenas a alegação de prescrição da pretensão punitiva e executória, bem como nulidades ocorridas no processo.

O julgado combatido negou a prescrição da pretensão punitiva e não conheceu da prescrição da pretensão executória e nem das nulidades.

Tem-se que a sustação do mandado de prisão não está a merecer conhecimento, tampouco as inúmeras nulidades suscitadas, ante a constatação de não ter havido, sobre esses temas, decisão específica do

julgado tido como coator” (Evento 2, fl. -6). 13. Essa decisão está em harmonia com a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal, porque não se trata de utilização de habeas corpus em substituição à eventual recurso extraordinário no prazo legal, mas de impetração desta ação como sucedâneo de revisão criminal, para suprir o ônus da parte prejudicada de suscitar eventuais nulidades no momento processual oportuno, deixando operar a preclusão pelo advento da coisa julgada formal e material, ocorrida em 7.3.2012. Nesse sentido, julgado de minha relatoria:

“HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO. 1. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. 2. QUESTÕES NÃO SUSCITADAS PELA DEFESA EM ALEGAÇÕES FINAIS E NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO: PRECLUSÃO. 3. INTERROGATÓRIO DO PACIENTE NA FASE DE INQUÉRITO E EM JUÍZO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 10.792/2003. NÃO OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DE DEFENSOR. 4. DESNECESSIDADE DE APREENSÃO DA ARMA E DE PERÍCIA PARA A COMPROVAÇÃO DA CAUSA DE AUMENTO. CIRCUNSTÂNCIA QUE PODE SER EVIDENCIADA POR OUTROS MEIOS DE PROVA. PRECEDENTES. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes. 2. Nulidades não suscitadas pela defesa nas alegações finais e no Tribunal de Justiça de São Paulo. Preclusão que impossibilita o exame dessas questões. 3. Nos termos do que assentado pelo Supremo Tribunal Federal, a presença do defensor do réu no interrogatório faz-se necessária apenas após a entrada em vigor da Lei n. 10.792/2003. Precedentes. 4. O julgado do Superior Tribunal de Justiça está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual são desnecessárias a apreensão e a perícia da arma de fogo empregada no roubo para comprovar a qualificadora do art. 157, § 2º, inc. I, do Código Penal, já que o seu potencial lesivo pode ser demonstrado por outros meios de prova, em especial pela palavra da vítima ou pelo depoimento de testemunha presencial. Precedentes. 5. Ordem denegada.” (HC 104462-SP, Dje 28.6.2011, grifos nosso)

Em idêntico norte, a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no HC n. 103532-SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski:

“HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. CONDENAÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO HÁ MAIS DE QUINZE ANOS. NULIDADES. ALEGAÇÃO. PREJUÍZO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO. PRECLUSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE ADMITIR-SE O WRIT CONSTITUCIONAL COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. AUSÊNCIA DE NULIDADE FLAGRANTE. ORDEM DENEGADA. I - Esta Corte já firmou entendimento o sentido de que não se declara nulidade se a alegação não vier acompanhada de prova do efetivo prejuízo sofrido pelo réu. Precedentes. II - Inexistindo nulidade ou ilegalidade flagrante a ser sanada, não se pode admitir o habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal, ante a verificação do trânsito em julgado do acórdão que tornou definitiva a condenação. III - Habeas corpus denegado.” (Dje 15.10.2010)

Na mesma direção, entre outos, os habeas corpus ns.: 104767, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 17.8.2011; 96.777/BA, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 22.10.2010; 72970, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ 13.91996; entre outros.

Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus não pode ser utilizado, em regra, como sucedâneo de revisão criminal, a menos que haja manifesta ilegalidade ou abuso no ato praticado pelo tribunal superior” (HC 86.367, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 23.10.2008).

14. Ademais, o habeas corpus, não se presta à verificação de alegados vícios que teriam ocorrido na ação penal (suposto erro na denúncia em relação a data dos fatos; não aplicação da causa de diminuição da pena prevista no art. 129, § 4º, do Código Penal e preenchimento das condições objetivas e subjetivas do sursis), por demandar análise do conjunto fático-probatório, em evidente substituição ao processo de conhecimento, no qual todos os elementos de provas foram analisados pelos juízos processantes (Juízo da Vara Criminal do Foro Regional IV da Comarca de São Paulo/SP e 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo). Nesse sentido:

“DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIME DE RESISTÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. 1. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que leva à condenação. Precedentes. 2. Recurso ordinário em habeas corpus não provido.” (RHC 105297, Relatora a Ministra Rosa Weber, Dje 11.04.2013)

E“Habeas Corpus. Tráfico de drogas. Insuficiência de provas para a

condenação. Necessidade de reexame do conjunto fático-probatório. Inadmissibilidade. Intempestividade do agravo de instrumento. Data de postagem do recurso nos Correios. Irrelevância. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o habeas corpus, por não ser um segundo recurso com efeito devolutivo, não se presta a analisar a validade ou a pretensa falta de provas para a condenação, uma vez que nessa via processual não se admite a realização de apurado reexame do conjunto fático-probatório dos autos de origem. “A tempestividade do agravo de instrumento é extraída pelo confronto entre a data do protocolo do recurso no Tribunal de origem e a data da intimação da decisão agravada, sendo

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 62

irrelevante a data da postagem do recurso nos Correios” (AI 790.431-AgR/MG, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe nº 020, publicado em 1°.02.2011). Habeas Corpus parcialmente conhecido e, na parte conhecida, denegada a ordem.” (HC 106888, Relatora a Ministra Joaquim Barbosa, Dje 22.3.2012, grifos nossos)

15. Quanto à alegação de ocorrência de prescrição penal, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça assentou:

“(...) E, quanto à prescrição da pretensão punitiva, decorrente, como quer a impetração, de um equívoco nas datas do fato, o Tribunal de origem foi claro em afirmar que não há constrangimento algum a reconhecer, conforme se colhe da percuciente passagem do voto proferido nos embargos declaratórios (fl. 535):

Insurge-se, também, contra o fato de o acórdão ter considerado como a data dos fatos o dia 31 de março de 2006, porém, o citado dado é mencionado nas informações do Juízo e documentos de fls. 02/03 do primeiro apenso.

Assinala-se, ainda, por oportuno, que mesmo levando-se em conta a data mencionada pelo embargante (31/03/2005 - data dos fatos), entre os marcos interruptivos da prescrição da pretensão punitiva, não transcorreu lapso temporal superior a 4 (quatro) anos, já que a denúncia foi recebida em 24/04/2006, a sentença publicada em 08/10/2009 e o acórdão transitou em julgado para a defesa em 07/03/2012.

(...)” (Evento 2, fl. 6). Apesar de a prescrição ter começado a fluir “do dia em que transita

em julgado a sentença condenatória, para a acusação” (CP, art. 112, inc. I), ao se aplicar as causas de interrupção do art. 117 do Código Penal, fixadas pelas instâncias antecedentes, não se comprova, de plano, a extinção da punibilidade do Paciente.

16. Quanto à expedição de mandado de prisão, porque o Impetrante/Paciente não teria comparecido à audiência admonitória, o Superior Tribunal de Justiça não conheceu dessa matéria, ao fundamento de não ter sido submetida à instância antecedente, caracterizando supressão de instância, o que está de acordo com a jurisprudência desse Supremo Tribunal Federal, que entende incabível o exame, per saltum, de fundamentos não apreciados pelo órgão judiciário apontado como coator (HC 73.390, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ 17.5.1996; e HC 81.115, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ 14.12.2001).

17. Além disso, a presente ação está deficientemente instruída, desacompanhada de cópias: a) da denúncia; b) das alegações finais da defesa; c) da sentença penal condenatória; d) do recurso de apelação interposto pela defesa; e) da petição de interposição dos embargos de declaração; f) do acórdão proferido no julgamento dos embargos de declaração; g) da decisão que determinou a expedição de mandado de prisão.

As cópias desses documentos são imprescindíveis não apenas para analisar o acerto ou o desacerto jurídico da decisão questionada, como também para se evitar eventual julgamento per saltum de questões não submetidas à apreciação das instâncias inferiores, o que não é admitido pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (HC 73.390, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 17.5.1996; HC 81.115, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 14.12.2001).

18. No habeas corpus, é imperiosa a apresentação de todos os elementos que demonstrem as questões postas em análise, por inexistir, na espécie, dilação probatória.

Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal:“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. ‘HABEAS

CORPUS’. NULIDADES. DEFESAS CONFLITANTES. SEVÍCIAS SOFRIDAS PELO RÉU: FALTA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. OMISSÕES DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INJUSTIÇA DESTA. NÃO ESTANDO O PEDIDO DE ‘HABEAS CORPUS’ INSTRUÍDO COM CÓPIAS DE PEÇAS DO PROCESSO, PELAS QUAIS SE PODERIA EVENTUALMENTE, CONSTATAR A OCORRÊNCIA DAS FALHAS ALEGADAS, NÃO SE PODE SEQUER VERIFICAR A CARACTERIZAÇÃO, OU NÃO, DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ‘H.C.’ NÃO CONHECIDO” (HC 71.254, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ 24.2.1995).

19. Assim, neste exame preliminar, os elementos constantes dos autos são insuficientes para comprovar plausibilidade do direito alegado, impondo-se o prosseguimento da presente ação para análise da questão de forma mais detida, após a complementação da instrução do pedido e com o parecer do Procurador-Geral da República, pelo que indefiro a medida liminar requerida.

Oficie-se: a) ao Juízo da Vara Criminal do Foro Regional IV da Comarca de

São Paulo/SP, para, com urgência e por fax, prestar informações pormenorizadas quanto ao alegado na presente impetração; fornecer cópias: a) da denúncia; b) das alegações finais da defesa; c) da sentença penal condenatória; d) do recurso de apelação interposto pela defesa; e) da petição de interposição dos embargos de declaração; f) do acórdão proferido no julgamento dos embargos de declaração; g) da decisão que determinou a expedição de mandado de prisão, referentes à ação penal n. 0010597-46.2005.8.26.0004, além dos demais documentos pertinentes, indicando o atual andamento da ação penal e eventual execução da pena.

Com o ofício, a ser enviado com urgência e por fax, encaminhe-se cópia da inicial e da presente decisão.

20. Prestadas as informações, vista ao Procurador-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 120.117 (378)ORIGEM : HC - 266701 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : FAGNER SOUZA SILVA OU FAGNER SOUZA DA SILVA

OU FAGNER SOUSA DA SILVA OU ANTÔNIO DIAS DA SILVA

IMPTE.(S) : IVAN JEZLER JUNIORIMPTE.(S) : VINÍCIUS LÊDO SOUZACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 266.701 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL.

ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO CAUTELAR. INDEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por IVAN JEZLER JUNIOR e VINÍCIUS LÊDO SOUZA, advogados, em benefício de FAGNER SOUZA SILVA ou FAGNER SOUZA DA SILVA ou ANTÔNIO DIAS DA SILVA, contra decisão do Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 21.3.2013, indeferiu a medida liminar no Habeas Corpus n. 266.701:

“Trata-se de habeas corpus impetrado em benefício de Fagner Souza da Silva, apontando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça da Bahia.

Consta dos autos que o paciente, preso cautelarmente, desde 02/06/2011, foi denunciado pela suposta prática do delito tipificado no art. 35, da Lei 11.343/06.

Irresignada com a determinação do cárcere, a defesa impetrou prévio habeas corpus na Corte de Origem, que, denegado, à unanimidade, pela Primeira Turma da Segunda Câmara Criminal, recebeu a seguinte ementa (fls. 8/12):

HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO PARA A PRÁTICA DO TRÁFICO DE DROGAS (ART 35 DA LEI Nº. 11.343/2006). PRISÃO PREVENTIVA. PACIENTE PRESO DESDE 02.06.2011. IMPETRAÇÃO QUE SUSTENTA A OCORRÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL NA PRISÃO DO PACIENTE, POR EXCESSO DE PRAZO PARA CONCLUSÃO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, PELA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO PREVENTIVO, BEM COMO, PELA DESNECESSIDADE DA PRISÃO. LIMINAR INDEFERIDA. PARECER DA PROCURADORIA DE JUSTIÇA PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. AUTOS QUE DEMONSTRAM, A PRINCÍPIO, QUE O PACIENTE INTEGRA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA VOLTADA PARA A PRÁTICA DO TRÁFICO DE DROGAS INTERESTADUAL. PROCESSO COMPLEXO, COM DIVERSOS RÉUS E QUE NÃO SE ENCONTRA INERTE, ENCONTRANDO-SE EM FASE DE OUVIDA DE TESTEMUNHAS, TENDO SIDO DESIGNADA NOVA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO PARA O DIA 07.11.2012. EXCESSO DE PRAZO JUSTIFICADO. DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA SATISFATORIAMENTE FUNDAMENTADO. NECESSIDADE DA MANUTENÇÃO DA CAUTELA SOB O FUNDAMENTO DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA QUE SE JUSTIFICA, DIANTE DA EXISTÊNCIA DE PROVAS DA MATERIALIDADE DELITIVA E INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA, DOS MAUS ANTECEDENTES DO PACIENTE QUE RESPONDE A DIVERSAS AÇÕES PENAIS, EM MAIS DE UMA COMARCA, ALÉM DO LARGO ALCANCE DA PRÁTICA DO TRÁFICO DE DROGAS, EM FORMA DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, SUPOSTAMENTE POR ELE PRATICADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.

Impetração que sustenta a ocorrência de constrangimento ilegal na prisão do paciente, por excesso de prazo para conclusão da instrução criminal, pela ausência de fundamentação idônea do decreto punitivo, bem como, pela desnecessidade da prisão.

Liminar indeferida.Opinativo da douta Procuradoria de Justiça pela denegação da

ordem.Paciente denunciado em conjunto com mais cinco corréus, por

associação para a prática do crime de tráfico de drogas interestadual, após investigação do serviço de inteligência da Polícia Judiciária, o COE (Coordenação de Operações Policiais), inclusive, através de interceptações, encontrando-se preso desde 02.06.2011.

Documentos acostados aos autos, assim como as informações prestadas pela autoridade impetrada que evidenciam a complexidade do processo, tanto na colheita de provas, quanto na pluralidade do polo passivo da relação processual, encontrando-se em fase de ouvida de testemunhas, tendo sido designada nova audiência de instrução para o dia 07.11.2012,

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 63

restando justificado o excesso de prazo.Decreto de prisão preventiva satisfatoriamente fundamentado pela

autoridade impetrada, que elenca, minuciosamente, as razões e a necessidade do encarceramento do paciente.

Necessidade da manutenção da cautela sob o fundamento de garantia da ordem pública que se justifica, diante da existência de provas da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, dos maus antecedentes do paciente, que responde a diversas ações penais, em mais de uma Comarca, além do largo alcance da prática do tráfico de drogas, em forma de associação criminosa, supostamente por ele praticada.

Constrangimento ilegal não configurado. Ordem denegada.Decisão unânime.Daí a presente impetração, na qual se pretende o relaxamento da

prisão cautelar a que esta sendo submetido o paciente, ante a ausência de fundamentação idônea e dos motivos autorizadores insertos no art. 312 do Código de Processo Penal e de indícios suficientes de autoria.

Aduz, ainda, que há excesso de prazo da prisão processual.Diante disso, busca, em tema liminar, possa o paciente aguardar em

liberdade o julgamento definitivo deste habeas corpus. No mérito, busca o relaxamento da prisão preventiva, com a consequente expedição de alvará de soltura.

Em pleito subsidiário, postula pelo reconhecimento de excesso de prazo da prisão cautelar.

Brevemente relatado, decido.Compulsando os autos verifico que a impetração veio parcialmente

despida de instrução, de forma que não há como se aferir o alegado constrangimento ilegal.

A falta de documento que possibilite a análise da suscitada ilegalidade inviabilizaria o seguimento do presente writ , o qual pressupõe, necessariamente, a existência de prova pré-constituída.

No entanto, em homenagem ao direito de amplo acesso ao Judiciário, indefiro o pedido liminar e determino sejam solicitadas informações a autoridade apontada como coatora acerca do alegado na inicial, bem como ao Juízo de Primeiro Grau.

Após, abra-se vista ao Ministério Público Federal, para parecer de estilo” (grifos nossos).

2. Os Impetrantes pedem o afastamento da Súmula n. 691 do Supremo Tribunal Federal e reiteram as alegações de excesso de prazo para a formação da culpa e de ausência de fundamentação idônea para a manutenção da prisão cautelar do Paciente e dos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Sustenta que deveriam ser estendidos ao Paciente os efeitos da alegada revogação da prisão dos corréus, em razão da similaridade das situações.

Este o teor dos pedidos:“requer, seja a ORDEM CONCEDIDA, liminarmente, para RELAXAR

A PRISÃO CAUTELAR, concedendo ao paciente o DIREITO DE AGUARDAR o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória EM LIBERDADE, com a consequente e imediata expedição de alvará de soltura.

Diante de tudo o que se expôs nas laudas anteriores, requer:- seja a presente Ordem de Habeas Corpus CONCEDIDA para nos

termos da liminar, determinar que o acusado possa aguardar o julgamento em liberdade, relaxando a custódia do mesmo.

- em pleito alternativo, clama pela revogação da prisão preventiva sem fundamentação concreta, na forma já concedida aos outros acusados”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A decisão questionada é monocrática e tem natureza precária,

desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Nela, o Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu a medida liminar requerida, por considerar ausentes as condições para o acolhimento do pedido, requisitou informações e determinou o encaminhamento dos autos ao Ministério Público Federal, a fim de que, instruído o feito, houvesse o regular prosseguimento do habeas corpus até o seu julgamento, na forma pedida pela parte.

O que se pediu naquele Superior Tribunal ainda não se exauriu em seu exame e em sua conclusão. A jurisdição ali pedida está pendente e o digno órgão está em movimento para prestá-la.

4. Este Supremo Tribunal tem admitido, em casos excepcionais e em circunstâncias fora do ordinário, o temperamento na aplicação da Súmula n. 691 do Supremo Tribunal (“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”). Essa excepcionalidade fica demonstrada nos casos em que se patenteie flagrante ilegalidade ou contrariedade a princípios constitucionais ou legais na decisão questionada, o que não se tem na espécie vertente.

5. Tem-se nos autos que, ao decretar a prisão preventiva do Paciente, o juízo da Comarca de Lauro Freitas/BA afirmou:

“Com efeito, vê-se de todo o acervo probatório acostado aos autos (quatro volumes) pela diligente Autoridade Policial, em especial depoimentos e interrogatórios colhidos, que corroboram os RELINTs confeccionados pelo setor de inteligência policial, acompanhados de seus respectivos Cds, advindos de quebras de sigilos telefônicos devidamente autorizados por este Juízo, autos em apenso, que inconteste é a existência do ilícito de associação para o tráfico de drogas ilícitas, tanto que já ofertada denúncia, no qual se

prevê pena de reclusão (…).Quanto aos fundamentos autorizadores da custódia pleiteada, tem-se

que presentes estão nas três modalidades previstas em lei: garantia da ordem pública, pois, conforme se verifica dos autos, mediante termos de interrogatórios, de declarações, FAC, além de outros documentos acostados, propensos são só representados/denunciados ao cometimento de delitos de elevada gravidade, potencialidade; além de que por todos os representados, ora denunciados, há arregimentação de jovens para, a princípio, figurem como distribuidores de entorpecentes, esfalecendo as famílias e contribuindo para o incremento de delitos outros graves, até mesmo hediondos, que circundam o tráfico de substância entorpecente de uso proscrito no país, consoante se depreende também das degravações de áudios constantes nos autos; não se podendo olvidar que até mesmo se utilizam do sistema prisional estadual para o cometimento do crime em testilha. Em liberdade fatalmente continuarão na prática ilícita denunciada; se observando, ainda, que o delito perpetrado pelos representados se estende além das fronteiras (…).

Em relação à necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal tem-se que os representados fazem, em princípio, parte de uma organização criminal bem articulada e estruturada, com ramificações em outros municípios, o que torna possível uma eventual frustração da aplicação da lei penal, com fuga efetiva, haja vista encontrarem refúgio e estrutura mínima em outros Estados da Federação, devendo o Poder Judiciário coibir tal possibilidade, evitando-se, por conseguinte, a ineficácia de uma eventual decisão condenatória, que, por sua vez, acarreta na população, principalmente naquela próxima à ocorrência dos delitos, a sensação de impunidade e ineficiência dos órgãos de segurança social.

Por fim, observa-se, ainda, que a custódia prévia também se faz necessária por conveniência da instrução processual, haja vista que os representados em liberdade, dado às sua perigosidades e funções dentro da organização criminosa, devidamente descriminadas na denúncia, além da propensão ao crime, possivelmente incutirão temor às testemunhas, que (…) terão, no mínimo, seus ânimos afetados e, por conseguinte prejudicada a busca da verdade real” (grifos nossos).

6. Essa prisão foi mantida nas instâncias antecedentes. Dessa forma, consideradas as circunstâncias em que praticado ato imputado ao Paciente, o que decidido nas instâncias antecedentes está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar.

Nesse sentido:“HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE POR TRÁFICO DE

DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA: INADMISSIBILIDADE. DECISÃO QUE MANTEVE A PRISÃO. PERICULOSIDADE DA PACIENTE. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. CIRCUNSTÂNCIAS SUFICIENTES PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. ORDEM DENEGADA. 1. A proibição de liberdade provisória, nos casos de crimes hediondos e equiparados, decorre da própria inafiançabilidade imposta pela Constituição da República à legislação ordinária (Constituição da República, art. 5º, inc. XLIII): Precedentes. O art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90 atendeu o comando constitucional, ao considerar inafiançáveis os crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. Inconstitucional seria a legislação ordinária que dispusesse diversamente, tendo como afiançáveis delitos que a Constituição da República determina sejam inafiançáveis. Desnecessidade de se reconhecer a inconstitucionalidade da Lei n. 11.464/07, que, ao retirar a expressão 'e liberdade provisória' do art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90, limitou-se a uma alteração textual: a proibição da liberdade provisória decorre da vedação da fiança, não da expressão suprimida, a qual, segundo a jurisprudência deste Supremo Tribunal, constituía redundância. Mera alteração textual, sem modificação da norma proibitiva de concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados, que continua vedada aos presos em flagrante por quaisquer daqueles delitos. 2. A Lei n. 11.464/07 não poderia alcançar o delito de tráfico de drogas, cuja disciplina já constava de lei especial (Lei n. 11.343/06, art. 44, caput), aplicável ao caso vertente. 3. Irrelevância da existência, ou não, de fundamentação cautelar para a prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados: Precedentes. 4. Ao contrário do que se afirma na petição inicial, a custódia cautelar do Paciente foi mantida com fundamento em outros elementos concretos, que apontam a periculosidade do Paciente e a quantidade de droga apreendida como circunstâncias suficientes para a manutenção da prisão processual. Precedentes. 5. Ordem denegada” (HC 99.447, de minha relatoria, DJe 19.3.2010, grifos nossos).

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. FINANCIAMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO FUNDAMENTADA. ORDEM PÚBLICA. PRIMARIEDADE E BONS ANTECEDENTES. DENÚNCIA QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP. NECESSIDADE DE EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCOMPATIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. O paciente foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por financiar associação voltada para o tráfico ilícito de entorpecentes, fornecendo veículos para que fossem utilizados para buscar drogas, ou para que fossem negociados. 2. Observo que o decreto de prisão preventiva, na realidade, se baseou em fatos concretos observados pelo juiz de direito na instrução processual, notadamente a periculosidade do paciente, não só em razão da

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 64

gravidade do crime perpetrado, mas também pelo modus operandi , já que a associação criminosa movimentava grande quantidade de drogas, cuja distribuição era comandada por um dos corréus do interior de um presídio. 3. Como já decidiu esta Corte, 'a garantia da ordem pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de maiores danos' (HC 84.658/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 03/06/2005), além de se caracterizar 'pelo perigo que o agente representa para a sociedade como fundamento apto à manutenção da segregação' (HC 90.398/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 18/05/2007). 4. A circunstância de o paciente ser primário, ter bons antecedentes, trabalho e residência fixa não se mostra obstáculo ao decreto de prisão preventiva, desde que presentes os pressupostos e condições previstas no art. 312 do CPP (HC 83.148/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 02.09.2005). 5. A denúncia descreve suficientemente a conduta do paciente, a qual, em tese, corresponde ao delito descrito no art. 36 da Lei 11.343/06, já que financiaria a associação criminosa, fornecendo veículos para o transporte das drogas ou para que fossem negociados. 6. Diversamente do que sustentam os impetrantes, a descrição dos fatos cumpriu, satisfatoriamente, o comando normativo contido no art. 41 do Código de Processo Penal, estabelecendo a correlação entre a conduta do paciente e a imputação da prática delituosa. 7. A alegação de que a situação financeira do paciente revelaria a impossibilidade de ter praticado o delito narrado na denúncia exige, necessariamente, a análise do conjunto fático-probatório, o que ultrapassa os estreitos limites do habeas corpus. 8. Esta Corte tem orientação pacífica no sentido da incompatibilidade do habeas corpus quando houver necessidade de apurado reexame de fatos e provas (HC 89.877/ES, rel. Min. Eros Grau, DJ 15.12.2006). 9. Habeas corpus denegado” (HC 98.754, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 11.12.2009, grifos nossos).

“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO CAUTELAR. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. EXCESSO DE PRAZO. JUSTIFICATIVA. 1. A Primeira Turma desta Corte fixou entendimento no sentido de que a Lei n. 11.343/06 [Lei de Entorpecentes] proíbe a concessão de liberdade provisória ao preso em flagrante pela prática de tráfico de entorpecentes. Precedentes. 2. Ainda que se admita a liberdade provisória em caso de prisão em flagrante por tráfico de entorpecentes, a segregação cautelar para garantia da ordem pública encontra fundamento na periculosidade do paciente, evidenciada pela grande quantidade de droga [1.168 comprimidos de ecstasy], consubstanciando ameaça à sociedade. Não se trata de pequeno traficante. Precedentes. 3. Excesso de prazo da instrução criminal justificado pelo Juiz da causa. Ordem indeferida” (HC 94.872, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 19.12.2008, grifos nossos).

Na mesma linha: HC 102.119, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 25.6.2010; HC 99.929, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 4.6.2010; HC 97.462, de minha relatoria, DJe 23.4.2010; HC 98.130, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 12.2.2010, entre outros.

7. Ademais, quanto ao excesso de prazo da prisão, tem-se na decisão objeto da presente impetração que essa alegação foi afastada em segunda instância, pois os “[d]ocumentos acostados aos autos, assim como as informações prestadas pela autoridade impetrada, (...) evidenciam a complexidade do processo, tanto na colheita de provas, quanto na pluralidade do polo passivo da relação processual, encontrando-se em fase de ouvida de testemunhas, tendo sido designada nova audiência de instrução para o dia 07.11.2012, restando justificado o excesso de prazo”.

Este Supremo Tribunal assentou que não “procede a alegação de excesso de prazo quando a demora na conclusão da instrução processual se dá em razão da complexidade do processo” (HC 88.399, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ 13.4.2007).

Nesse sentido, entre outros, HC 89.761, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 8.6.2007; HC 88.905, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ 13.10.2006; HC 88.740, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 1º.12.2006; HC 88.952, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ 8.6.2007; HC 90.540, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 8.6.2007; e HC 81.819, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ 14.2.2003.

8. Com relação à extensão dos efeitos da alegada revogação da prisão dos corréus, trata-se de matéria que, pelo que se tem da decisão objeto da presente impetração, não foi submetida ao Superior Tribunal de Justiça.

9. Na espécie vertente, as circunstâncias expostas na inicial e os documentos juntados comprovam ser imprescindível prudência na análise e na conclusão do que se contém no pleito, porque não se pode permitir, sem fundamentação suficiente e objetiva, a supressão da instância a quo. A decisão liminar e precária proferida pelo Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, não exaure o cuidado do quanto posto a exame, estando a ação, ali em curso, a aguardar julgamento definitivo, como pedido pela parte.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PROCESSUAL

PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. A decisão questionada nesta ação é monocrática e tem natureza precária, desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Não vislumbrando a

existência de manifesto constrangimento ilegal, incide, na espécie, a Súmula 691 deste Supremo Tribunal (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Precedentes.

2. Agravo regimental não provido” (HC 90.716-AgR, de minha relatoria, DJ 1º.6.2007).

E:“HABEAS CORPUS - OBJETO - INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM

IDÊNTICA MEDIDA - VERBETE N. 691 DA SÚMULA DO SUPREMO. A Súmula do Supremo revela, como regra, o não-cabimento do

habeas contra ato de relator que, em idêntica medida, haja implicado o indeferimento de liminar” (HC 90.602, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ 22.6.2007).

Confiram-se, ainda, entre outros: HC 89.970, de minha relatoria, DJ 22.6.2007; HC 90.232, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 2.3.2007; e HC 89.675-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 2.2.2007.

10. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicada a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 120.182 (379)ORIGEM : HC - 280851 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : BRUNO GIOVANI LOCATELLI MADONAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 280.851 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. EXECUÇÃO PENAL.

REQUISITOS PARA A PROGRESSÃO DE REGIME. INDEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPETIÇÃO DE OUTRO HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

pela DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO, em benefício de BRUNO GIOVANNI LOCATELLI MADONA, contra decisão do Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 15.10.2013, indeferiu a medida liminar no Habeas Corpus n. 280.851:

“Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Bruno Giovanni Locatelli Madona, apontando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça de São Paulo, que deu parcial provimento ao agravo em execução interposto pelo Ministério Público (fls. 106/111).

Insurge-se o impetrante, em síntese, contra a determinação de submissão da paciente a exame criminológico, pois o Juízo da Execução, que deferiu o pedido de progressão para o regime aberto, confirmou o bom comportamento carcerário da paciente e o preenchimento dos requisitos necessários.

Diante disso, pleiteia, em tema liminar, seja suspenso os efeitos do acórdão, para que o paciente continue no regime aberto, até julgamento definitivo do writ. No mérito busca a cassação do acórdão impugnado e a consequente concessão do regime aberto.

Brevemente relatado, decido.A liminar, que na via eleita, não ostenta previsão legal, é criação da

jurisprudência para casos em que a urgência, necessidade e relevância da medida mostrem-se evidenciadas de forma indiscutível na própria impetração e nos elementos de prova que a acompanham.

No caso, o pleito liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, que será analisado oportunamente pelo órgão colegiado, sendo certo que, ao menos em sede de cognição sumária e perfunctória, não vislumbro manifesta ilegalidade a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Assim, imperioso um exame mais detalhado dos elementos de convicção carreados aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento definitivo.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Suficientemente instruído o feito, dispenso as informações de estilo.Abra-se vista ao Ministério Público Federal” (grifos nossos).2. A Impetrante pede o afastamento da Súmula n. 691 do Supremo

Tribunal Federal e alega que “não há maior teratologia, irrazoabilidade, ilegalidade e abuso do que, indo de encontro à Constituição da República, (...) prosseguir no constrangimento do paciente, determinando o cumprimento de mandado de prisão para regressão de regime, estando o paciente em franca ressocialização, quando cumpriu todos os requisitos para o regime mais brando, que foi deferido por decisão judicial de primeira instância, que, por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 65

sua vez, se pronunciou sobre a não conveniência de dilação probatória e a cumprir todas as condições que lhe foram impostas”.

Ressalta que, “[c]aso regrida ao regime semiaberto para aguardar a realização de exame criminológico, depois de cumprir as condições do regime aberto, que crédito haverá na Justiça? Estará em xeque a própria ressocialização. E estará ferindo de morte o princípio constitucional da individualização da pena”.

Este o teor dos pedidos:“seja concedida liminarmente no presente writ a suspensão dos

efeitos da r. decisão contrária do C. STJ e do v. acórdão prolatado pelo E. Tribunal de Justiça de São Paulo, expedindo-se contramandado de prisão/alvará de soltura, para que o paciente permaneça no regime aberto de cumprimento de pena, enquanto aguarda a decisão definitiva do writ. Ou para que permaneça no regime aberto, enquanto aguarda a realização do exame criminológico e a nova decisão sobre a progressão de regime.

No mérito, requer que sejam cassadas as r. decisões que determinaram a regressão de regime ao paciente, por ausência de exame criminológico”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. O que exposto na presente impetração é repetição das alegações

apresentadas no Habeas Corpus n. 120.093, de minha relatoria, também impetrado em benefício do ora Paciente.

4. A repetição do que antes alegado em habeas corpus idêntico, com idêntico objetivo e com os mesmos dados objeto de apreciação e decisão, conduz ao não conhecimento desta nova postulação, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“HABEAS CORPUS (...) INVOCAÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS DEDUZIDOS QUANDO DA IMPETRAÇÃO DE ANTERIOR PEDIDO DE HABEAS CORPUS – NÃO-CONHECIMENTO DO WRIT – AGRAVO IMPROVIDO. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a inadmissibilidade, em sede de habeas corpus, de impetrações que se limitam a reproduzir, sem qualquer inovação de fato ou de direito, os mesmos fundamentos objeto de postulação anterior, especialmente quando esta resultar não conhecida, por incabível” (HC 80.623-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ 6.4.2001).

5. Pelo exposto, não conheço do presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicada a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 120.190 (380)ORIGEM : RHC - 36574 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VANDERLEI DOMINGOS LAZZAROTTOIMPTE.(S) : VANDERLEI DOMINGOS LAZZAROTTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 36.574 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Vanderlei Domingos Lazzarotto , em nome próprio, contra decisão da Ministra Assusete Magalhães, que indeferiu liminarmente o RHC 36.574/RS no Superior Tribunal de Justiça.

O paciente-impetrante narra, inicialmente, que foi preso em flagrante, em 2/7/2011, pela suposta prática dos delitos previstos nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/06 (associação e tráfico de drogas).

Assevera que a Constituição Federal, em seu o art. 5º, LXV, assegura a todos que “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”.

Sustenta, assim, que, em virtude da demora do julgamento do recurso de apelação, está sofrendo constrangimento ilegal por parte do Juiz de Direito da Vara Criminal Única da Comarca de Veranópolis.

Requer, liminarmente, a aplicação de uma das medidas cautelares diversas da prisão, previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei 12.403/2011.

É o breve relatório. Decido.Verifico, preliminarmente, que o paciente pediu informações junto à

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Em resposta, que consta dos autos, por meio da Carta 68/13, a Defensoria informou que, em virtude de o paciente ter advogada constituída nos autos, a Dra. Carla Angeli, esse órgão estaria impedido de prestar-lhe qualquer orientação sobre o processo.

E quanto ao mérito, bem examinado o caso, tenho que a impetração não comporta seguimento.

É cediço que a concessão de tutela de urgência em habeas corpus se dá de maneira excepcional, desde que presentes, de plano, os requisitos autorizadores da medida. No caso concreto, no entanto, entendo que tais requisitos não estão presentes.

Não obstante o pedido ter vindo por meio de carta manuscrita, desacompanhado de qualquer documento que comprove as alegações nele contidas, é possível acessar, pelo sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça, a decisão proferida pela Ministra Assusete Magalhães, do Superior

Tribunal de Justiça, no RHC 36.574/RS, que indeferiu o pedido de medida liminar, nestes termos:

“Requer a concessão de liminar, para determinar a expedição de alvará de soltura, em seu favor e, no mérito, a confirmação da liminar.

Na hipótese, ao menos em sede de cognição sumária e em princípio, não se detecta manifesta ilegalidade, apta a ensejar o deferimento da medida de urgência, devendo a matéria ser deslindada, quando do julgamento do recurso.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar”.Aparentemente, o objeto do writ em trâmite no STJ é igual a este ora

manejado. De toda sorte, é evidente o óbice da Súmula 691, pois não se admite habeas corpus contra decisão de relator que indefere medida liminar em ação de igual natureza ajuizada em outros tribunais, salvo em casos de flagrante ilegalidade ou teratologia, o que não ocorre na espécie.

Essa circunstância também impede o exame da matéria por esta Corte, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal.

Assim, entendo ser de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo das instâncias antecedentes, não sendo a hipótese de se abrir, neste momento, a via de exceção.

Isso posto, nego seguimento a este writ (art. 21, § 1º, do RISTF).Intime-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.216 (381)ORIGEM : RHC - 39201 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LEONARDO AMADEU DE LIMAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de LEONARDO AMADEU DE LIMA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC 39.201/MG, Rel. Min. Moura Ribeiro.

Consta dos autos que o paciente foi preso em flagrante e, posteriormente, denunciado pela suposta prática do delito previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006 (tráfico de drogas).

Inconformada, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais requereu a revogação da custódia preventiva, o que foi indeferido pelo juízo processante. Contra essa decisão, a Defensoria estadual manejou habeas corpus no Tribunal mineiro, que denegou a ordem, dando ensejo à interposição de recurso ordinário no Superior Tribunal de Justiça, ao qual se negou provimento.

É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante.Sustenta, em síntese, a ausência dos requisitos autorizadores da

prisão preventiva, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. Destaca, ainda, a possibilidade de fixação de alguma das medidas

cautelares alternativas à prisão previstas no art. 319 do CPP, reservando-se a custódia preventiva para a hipótese de descumprimento da medida menos gravosa aplicada inicialmente.

Requer, ao final, o deferimento de medida liminar para que seja concedida liberdade provisória ao paciente e, no mérito, a concessão definitiva da ordem.

É o breve relatório. Decido.A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Ademais, no caso concreto, a liminar pleiteada tem caráter satisfativo, confundindo-se com o mérito da impetração, que será oportunamente examinado pela Turma julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de uma apreciação mais aprofundada por ocasião do julgamento de mérito, indefiro a medida liminar.

Dispenso as informações da autoridade apontada como coatora. Oficie-se, contudo, ao Juízo da 1ª Vara Criminal, da Infância e Juventude da Comarca de Pouso Alegre/MG para que preste informações atualizadas sobre o andamento da ação penal movida contra o paciente, bem como se ele ainda permanece preso preventivamente.

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 120.220 (382)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 66: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 66

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : TALES DIEGO INFANTEIMPTE.(S) : ELAINE APARECIDA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AGNELO BOTTONECOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 282.099 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Hellen dos Santos Domiciano Antonelli e Elaine Aparecida dos Santos, em favor de TALES DIEGO INFANTE, contra decisão da Ministra Regina Helena Costa, que indeferiu liminarmente o HC 282.099/SP no Superior Tribunal de Justiça.

As impetrantes narram, de início, que o paciente foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no art. 157, § 2º, I, do Código Penal. Por ocasião do recebimento da denúncia, foi decretada a sua prisão preventiva.

Inconformada, a defesa requereu a revogação da custódia cautelar, o que foi indeferido pelo juízo processante. Contra essa decisão a defesa manejou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde a liminar requerida foi negada, dando ensejo à impetração de novo writ no Superior Tribunal de Justiça, oportunidade em que a Ministra Relatora indeferiu liminarmente o pedido.

É contra essa última decisão que se insurgem as impetrantes.Sustentam, inicialmente, que o caso sob exame autoriza o

afastamento da Súmula 691 desta Corte.Alegam, na sequência, a ausência dos requisitos autorizadores da

prisão preventiva, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.Argumentam, nesse contexto, que a menção no decreto prisional à

existência de condenação anterior do paciente não deve ser considerada, pois entendem que a “reincidência ou maus antecedentes não devem ser motivos para decretar nova prisão, sendo uma afronta ao princípio da individualização”.

Destacam, ainda, que o paciente tem residência fixa e emprego lícito, o que demonstra não haver dedicação à prática criminosa.

Requerem, ao final, o deferimento de medida liminar para que seja revogada a prisão preventiva do paciente, “condicionada às medidas cautelares previstas nos incisos I, V e X do art. 319 do Código de Processo Penal, expedindo-se, com a máxima urgência, o contramandado de prisão” (grifos no original).

No mérito, pedem a concessão definitiva da ordem para “manter a liberdade do paciente até o final julgamento” (grifos no original).

É o breve relatório. Decido.Bem examinados os autos, verifico que este habeas corpus não

comporta seguimento.Eis o teor da decisão impugnada:“Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em

favor de TALES DIEGO INFANTE, contra ato do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Consta dos autos, que o Paciente foi preso cautelarmente e denunciado pela prática do crime de roubo qualificado, previsto no art. 157, § 2º, I, do Código Penal (e-STJ fls. 58/101).

Os impetrantes interpuseram habeas corpus originário 0193522-41.2013.826.0000, alegando que não demonstrada concretamente a necessidade da prisão cautelar e que a decisão que determinou o decreto preventivo não fundamentou os requisitos do prisão, nos termos do art. 312 do Código de Processo Civil, tendo sido indeferida a liminar (e-STJ fls. 116/117).

Irresignada, a Defesa impetrou o presente writ, em que se pleiteia o afastamento da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, sustentando manifesto constrangimento ilegal na aplicação da prisão provisória imposta, pois não configuradas quaisquer das hipóteses do art. 312 do Código de Processo Penal, que as circunstâncias pessoais do Paciente são favoráveis e que a manutenção da prisão cautelar não foi analisada de forma concreta e fundamentada.

Requer, liminarmente e no mérito, a revogação da prisão preventiva, aplicando-se as medidas previstas no art. 319, I, V e X, do Código de Processo Penal.

É o relatório. Decido.Consultando os autos, verifico que pende de julgamento de mérito,

perante a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o Habeas Corpus 0193522-41.2013.826.0000, o que afasta a competência desse Superior Tribunal de Justiça, incidindo, na espécie, o enunciado da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, no sentido do não conhecimento de habeas corpus impetrado contra decisão de Relator que indefere liminar em outro writ.

Ademais, não vislumbro hipótese de superação do óbice do entendimento sumular, porquanto a decisão denegatória da liminar encontra-se suficientemente motivada, não existindo flagrante ilegalidade apta a desafiar o controle antecipado por este Tribunal Superior.

Desse modo, na esteira do entendimento sufragado pelo Pretório Excelso em sua Súmula 691, e porque não resultou inaugurada a competência desta Corte ou existente manifesto constrangimento ilegal merecedor de reparação e que poderia justificar o cabimento do writ, o indeferimento liminar da ordem é medida que se impõe, sob pena de supressão de instância.

Isto posto, nos termos do art. 210, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, INDEFIRO LIMINARMENTE o habeas corpus” (grifos no original).

Pois bem. Verifica-se que a Ministra Relatora no STJ indeferiu liminarmente a pretensão lá formulada porque, nos termos da Súmula 691 deste Tribunal, não se admite habeas corpus contra decisão de relator que indefere medida liminar, em ação de igual natureza ajuizada nos Tribunais de segundo grau, salvo em casos de flagrante ilegalidade ou de teratologia.

Essa circunstância também impede o exame da matéria por esta Corte, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal.

Nesse sentido, transcrevo a ementa do HC 101.004/PI, Rel. Min. Joaquim Barbosa:

“HABEAS CORPUS. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO. Negado seguimento ao habeas corpus impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, porque atacava decisão de desembargador que indeferiu liminar requerida em writ impetrado em tribunal de justiça, não há como ser conhecido o habeas corpus impetrado ao Supremo Tribunal Federal, sob pena de dupla supressão de instância . Habeas corpus não conhecido”.

Na mesma linha, cito, entre outros, os seguintes precedentes: HC 96.088/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; HC 86.997/DF, Rel. Min. Carlos Velloso; HC 98.216/AC, de minha relatoria.

Ademais, da leitura da decisão liminar proferida no habeas corpus impetrado no TJSP, não se vislumbra, de plano, teratologia ou flagrante ilegalidade que justifique a mitigação da Súmula 691 do STF.

Assim, entendo ser de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo das instâncias antecedentes, não sendo a hipótese de se abrir, neste momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 120.234 (383)ORIGEM : RESP - 1316907 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : RAFAEL MONTINI RODRIGUES ALVESIMPTE.(S) : JULIANO BREDA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL E PROCESSO PENAL. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE ENTORPECENTES. ACÓRDÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL: FALTA DE PREQUESTIONAMENTO, VEDAÇÃO AO EXAME DE PROVAS (SÚMULAS 282/STF E 7/STJ) E NÃO DEMONSTRAÇÃO DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. INVIABILIDADE DO WRIT PARA REEXAME DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL. PRECEDENTES: HC 112.756, PRIMEIRA TURMA, RELATORA A MINISTRA ROSA WEBER, DJ DE 13.03.13; HC 113.660, SEGUNDA TURMA, RELATOR O MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI, DJ DE 13.02.13; HC 112.323, PRIMEIRA TURMA, RELATORA A MINISTRA ROSA WEBER, DJ DE 25.09.12; HC 111.254, PRIMEIRA TURMA, RELATOR O MINISTRO LUIZ FUX, DJ DE 28.09.12; HC 112.130, SEGUNDA TURMA, RELATOR O MINISTRO AYRES BRITTO, DJ DE 08.06.12; HC 99.174, SEGUNDA TURMA, RELATOR O MINISTRO AYRES BRITTO, DJ DE 11.05.12. ESCUTA TELEFÔNICA DETERMINADA EM DECISÃO FUNDAMENTADA E CONSENTÂNEA COM A LEI N. 9.296/96. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO, EX OFFICIO, DA ORDEM.

- SEGUIMENTO NEGADO, COM FUNDAMENTO NO ART. 38 DA LEI . 8.038/90.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o seguinte teor:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. ART. 255, § 2º, DO RISTJ. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA SUSCITADA. DESPROVIMENTO.

1. Na via especial, é vedada a alteração das premissas fático-probatórias estabelecidas pelo acórdão recorrido.

2. A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. Súmula 7 do STJ. Precedentes.

3. A teor da farta jurisprudência desta Corte, não se conhece de recurso especial pela alínea ‘c’ do permissivo constitucional se o dissidio jurisprudencial não estiver comprovado, nos moldes exigidos pelo art. 255, parágrafos 1º e 2º, do RISTJ.

4. Agravo regimental a que se nega provimento.”O paciente foi condenado, em 07/07/2008, à pena de 8 (oito) anos de

reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes, em concurso material, sendo-lhe negado o direito de apelar em liberdade.

O Tribunal de Justiça do Paraná desproveu o apelo da defesa.A defesa do paciente e dos corréus interpôs recurso especial ao qual

o relator negou seguimento, in verbis:

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 67

“Cuida-se de recursos especiais interpostos pelas partes recorrentes, contra v. decisão colegiada a quo que decidiu de modo contrário aos seus interesses.

Irresignadas, as partes recorrentes interpuseram recursos especiais calcados nas alíneas ‘a’ e ‘c’ do permissivo constitucional. Em suas razões, alegam contrariedade a dispositivos infraconstitucionais, ocasião em que apresentam acórdão para confrontar com o proferido pelo eg. Tribunal de origem.

É o relatório.DECIDO.Os recursos não merecem prosperar.De plano, verifica-se que os dispositivos apontados como violados

não foram objeto de análise pelo Tribunal a quo, tampouco foram opostos embargos de declaração, com o fito de sanar eventual omissão. Assim, revela-se ausente o necessário prequestionamento, o que inviabiliza sua apreciação por esta Corte Superior.

Incidência, pois, da Súmula 282/STF, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’.

Frise-se que, para configuração do prequestionamento, necessário se faz o prévio debate da matéria pelo Tribunal de origem.

Nesse sentido, destaca-se o seguinte precedente:PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS NS. 211 DO STJ E 282 DO STF. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 7/STJ.

1. ‘Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito de oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo’ (Súmula n. 211 do STJ).

2. O acesso à via excepcional, nos casos em que o Tribunal a quo, apesar da oposição de embargos declaratórios, não soluciona a a omissão apontada, depende da veiculação, nas razões do recurso especial, da ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil.

3. Aplica-se a Súmula n. 7 do STJ na hipótese em que a tese versada no recurso especial reclama a análise dos elementos probatórios produzidos ao longo da demanda.

4. Cabe aplicação da multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC na hipótese de se tratar de recurso manifestamente improcedente e procrastinatório.

5. Agravo regimental desprovido. Aplicação de multa de 10% sobre o valor corrigido da causa.

(AgRg no Ag 1098551/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 02/06/2009, DJe 15/06/2009).

Cumpre consignar, que não se está exigindo a menção expressa do dispositivo tido por violado, mas que a tese jurídica tenha sido debatida pelo Tribunal de origem.

Ressalte, ainda, que a falta de prequestionamento obsta o conhecimento da questão federal suscitada. Incidem, à espécie, as Súmula 211/STJ; 282 e 356 do STF.

Ademais também incide, in casu, a Súmula 7STJ, pois a parte agravante não conseguiu demonstrar que a questão é exclusivamente de direito, ou seja, impõe-se rever o conteúdo fático-probatório para adentrar ao mérito da quaestio. Quanto à aplicação da Súmula 7/STJ , vale conferir os seguintes precedentes:

‘PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. DESCLASSIFICAÇÃO PARA IMPORTUNAÇÃO PELO TRIBUNAL A QUO. INSTÂNCIA SOBERANA NA APRECIAÇÃO DAS PROVAS. REEXAME DO MATERIAL FÁTICO/PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

1. A Corte local desclassificou o delito de atentado violento ao pudor para a importunação ao pudor pois, diante da análise dos elementos contidos nos autos, não teria restado demonstrado a intenção do agente em satisfazer um prazer sexual.

2. É assente, na jurisprudência deste Sodalício, o entendimento no sentido de que a instância ordinária é soberana na apreciação das provas do julgado, sendo o revolvimento do conjunto fático/probatório vedado no âmbito do apelo especial, nos termos do enunciado da Súmula 7/STJ.

3. Agravo regimental improvido.’(AGRG no REsp. 1.038.863/SP, Quinta Turma, Relator Min. Jorge

Mussi, DJe de 08/06/2011)‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL.

AUTORIA. ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME POR ESTA CORTE ESPECIAL. SÚMULA 7/STJ.

1. A Súmula nº 07/STJ impossibilita a verificação, em sede de recurso especial, da autoria, quando o réu restou absolvido por insuficiência de provas.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.’(AGRG no AG. 1.336.437/AC, Quinta Turma, de minha Relatoria, DJe

de 31/05/2011.No tocante à admissibilidade do recurso especial pela alínea ‘c’ do

permissivo constitucional, esta Corte tem decidido, iterativamente, que, para a correta demonstração da divergência jurisprudencial, deve haver o cotejo analítico, expondo-se as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados, a fim de demonstrar a perfeita similitude fática entre o

acórdão impugnado e os paradigmas colacionados (ut AgRg no Ag 947.644/SC, Relatora Ministra Nancy Andrighi, DJ de 8/2/2008).

In casu, bem de ver que não restou evidenciada a similitude fática entre o acórdão cotejado, uma vez que o recorrido tratou de assunto diverso do colacionado como paradigma.

Ante o exposto, nego seguimento aos recursos.A decisão restou confirmada no julgamento do agravo regimental no

recurso especial, conforme ementa acima transcrita.Os impetrantes alegam, em síntese, que a ação penal é nula, ab

initio, em razão de a condenação ter sido embasada em prova ilícita, “consistente em interceptação telefônica decretada com violação ao art. 93, IX, da CF e sem a demonstração dos requisitos exigidos pela Lei 9.296/96, nulidade que deve ser reconhecida, ainda que na sede de habeas corpus e mesmo antes do trânsito em julgado da condenação”.

Afirmam que tal nulidade restou encampada no acórdão da apelação e na decisão que negou seguimento ao recurso especial e no acórdão que a confirmou, tendo este, inclusive, determinado a certificação do trânsito em julgado e a remessa dos autos à origem para o início do cumprimento da pena fixada na sentença.

Sustentam que a interceptação telefônica funda-se apenas e tão somente em notícia anônima levada à autoridade policial, dando conta de que o paciente é traficante de ecstasy em festa rave e exercia a mercancia pelo telefone celular, por isso que tal medida invasiva da privacidade não se coaduna com as exigências contidas nos artigos 2º, 4º e 5º, da Lei n. 9.296/96.

Argumentam que a interceptação telefônica foi determinada sem a devida fundamentação, em evidente afronta ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal.

Requerem a concessão de liminar para “suspender o início do cumprimento da pena” e, no mérito, o deferimento do writ para “declarar a ilicitude das provas produzidas pelas interceptações telefônicas, em razão da ilegalidade das autorizações, e consequente nulidade ab initio do feito”.

É o relatório.DECIDO.As questões suscitadas nas razões da impetração não foram

examinadas pelo Tribunal a quo, que negou seguimento ao recurso especial sob o fundamento de inobservância de formalidades legais atinentes a requisitos de seu cabimento, vale dizer: ausência de prequestionamento, vedação ao exame de prova e não demonstração de divergência jurisprudencial.

O habeas corpus, que tem por objeto a tutela da liberdade de locomoção, não pode ser utilizado para o reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos, consoante pacífico entendimento desta Corte:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INADEQUAÇÃO DO WRIT. SUBSTITUIÇÃO DA PENA. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA. BENEFÍCIO DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/2006. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Compete ao Superior Tribunal de Justiça decidir sobre a admissibilidade do recurso especial. 2. Não cabe habeas corpus, como regra, para rever decisão do Superior Tribunal de Justiça quanto à admissibilidade do recurso especial. 3. Inviável a análise dos pedidos de substituição da pena, de imposição de regime inicial diverso do fechado e de aplicação da causa de diminuição da pena estabelecida pelo art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, temas não debatidos pelo Superior Tribunal de Justiça, sob pena de supressão de instância, em afronta às normas constitucionais de competência. Precedentes. 4. Ordem denegada” (HC 112.756, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 13.03.13).

“Ementa: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. QUESTÕES ALHEIAS À PRIVAÇÃO DA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE, CONTRANGIMENTO ILEGAL OU ABUSO DE PODER. ORDEM DENEGADA. I – A via estreita do habeas corpus não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso, para discutir questões alheias à liberdade de locomoção, tais como ausência dos pressupostos de admissibilidade recursal. Precedentes. II – A decisão impugnada está em consonância com a jurisprudência desta Corte no sentido de que incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada, sob pena de não conhecimento do recurso. III – Ordem denegada.”(HC 113.660, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13.02.13)

“EMENTA. HABEAS CORPUS. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INADEQUAÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRAZO DE CINCO DIAS PARA O AGRAVO CONTRA A DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO EXTRAORDINÁRIO OU DO ESPECIAL. 1. Compete ao Superior Tribunal de Justiça decidir sobre a admissibilidade do recurso especial. 2. Não cabe habeas corpus, como regra, para rever decisão do Superior Tribunal de Justiça quanto à admissibilidade do recurso especial. Caso no qual a pretensão de revisão é manifestamente contrária à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal. 3. O prazo para interposição de agravo contra decisão que não admite o recurso extraordinário em matéria criminal é de cinco dias. A Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal não foi afetada pela Lei nº 12.322/2010. Questão pacificada na Suprema Corte. Entendimento

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 68

extensível ao agravo em recurso especial. 4. Ordem denegada.” (HC 112.323, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 25.09.12)

“Ementa: HABEAS CORPUS. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRAZO DE INTERPOSIÇÃO. MANUTENÇÃO DA FIRME JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RESOLUÇÃO 451/STF. QUESTÕES PROCEDIMENTAIS DA NOVA SISTEMÁTICA DO AGRAVO. ORIENTAÇÃO PLENÁRIA. PEDIDO DE HABEAS CORPUS INDEFERIDO. 1. É firme a jurisprudência desta Casa de Justiça no sentido de que é da competência do Superior Tribunal de Justiça a análise do preenchimento, ou não, dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial. Pelo que não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos, salvo em caso de ilegalidade flagrante ou abuso de poder. O que não é o caso dos autos. 2. Na Sessão Plenária de 13 de outubro de 2011, ao apreciar as duas questões de ordem propostas pelo relator do ARE 639.846, ministro Dias Toffoli, o Supremo Tribunal Federal reafirmou, majoritariamente, o entendimento de que o prazo recursal para o manejo de agravo, em processo penal, é de cinco dias, nos termos da Lei 8.038/1990. Oportunidade em que foi rechaçada, também por maioria de votos, a proposição de que a Resolução 451/2010 disciplinaria o tema do prazo recursal dos procedimentos criminais, alterando-o para dez dias, na linha da Lei 12.322/2010. 3. No caso, para além da impossibilidade de aplicação do prazo de dez dias para o manejo do agravo de instrumento, a inicial nem sequer foi instruída com documentos capazes de sinalizar a tempestividade recursal. 4. Pedido de habeas corpus indeferido.”(HC 112.130, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 08/06/2012).

In casu, a propalada ilicitude da escuta telefônica que culminou na condenação do paciente à pena de 8 (oito) anos de reclusão, pelos crimes tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei n. 11.343/2006, restou infirmada, de modo convincentemente fundamentado, no voto proferido na apelação defensiva, verbis:

“A aventada ilicitude das interceptações telefônicas, da mesma forma, não está a merecer acolhida.

Verifico que o Meritíssimo Juiz da Vara de Inquéritos Policiais autorizou a quebra do sigilo das comunicações telefônicas dos terminais utilizados por Sidney Rafael da Veiga e Alex Sandro da Veiga, encontrando-se devidamente fundamentada a decisão de fls. 15/17, dos autos nº 2007.6192-4, em apenso:

‘Consta dos autos que em data de 21 de maio do corrente, a autoridade policial requerente recebeu denúncia anônima que dava conta que as pessoas de nome Rafael Veiga e Alex estariam fazendo uso dos terminais telefônicos supra mencionados para o comércio de ecstasy, vendidos em fasta Rave.

Das investigações realizadas até o momento, dão conta de que Rafael e Alex são dançarinos em casas noturnas e comercializam a droga ecstasy em Curitiba, região metropolitana e região Sul do país.

Em diligências, os policiais verificaram a veracidade das informações e constataram que os investigados utilizam terminais telefônicos, para os quais se pretende a medida, para cometimento, em tese, do crime de tráfico de substâncias entorpecentes, motivo pelo qual a medida postulada deve ser deferida, uma vez que prevalece na espécie o interesse da sociedade na apuração da verdade (princípio da proporcionalidade). Por outro lado, o acesso a dados, documentos, informações personalíssimas, é autorizado em procedimentos investigatórios, consoante já previsto na Lei 9.034/95 bem como na Lei 9.296/96, que veio regulamentar o artigo 5º, XII, parte final, da Constituição Federal.

(…) Conclui-se que foram preenchidos todos os requisitos para o

deferimento de tal pedido, sendo tal medida indispensável e necessária para identificar os responsáveis pelo cometimento do delito de tráfico de entorpecentes.’

Ainda, cumpre assinalar que as prorrogações da autorização judicial constam também no auto de pedido de interceptação telefônica, em apenso.

A quaestio, devidamente enfrentada em sentença, não prejudica a instrução do feito, pois consta no caderno processual o histórico das conversas entre os corréus e seus clientes às fls. 17/31.”

Destarte, além de ostensivamente fundamentada a decisão que determinou a interceptação telefônica, esta não é a única prova a embasar condenação.

Ex positis, não sendo o habeas corpus o meio hábil à censura do Tribunal a quo no que pertine à análise dos requisitos de recurso de sua competência, e tendo em conta a inviabilidade de concessão ex officio da ordem, nego seguimento ao writ, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.249 (384)ORIGEM : ARESP - 416696 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

PACTE.(S) : JOÃO CARDOSO DE OLIVEIRA NETOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de JOÃO CARDOSO DE OLIVEIRA NETO, contra decisão da Ministra Assusete Magalhães, que negou provimento ao AREsp 416.696/PI do Superior Tribunal de Justiça.

A impetrante narra, inicialmente, que o paciente foi condenado à pena de 4 anos e 2 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 400 dias-multas, pela prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006 (tráfico de drogas).

Diz, mais, que, inconformada, a defesa apelou, pugnando pela absolvição do paciente ou pela desclassificação do delito para o previsto no art. 28 da Lei 11.343/2006.

Relata, ainda, que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais deu parcial provimento ao recurso tão somente para fixar o regime inicial semiaberto e, opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados, à unanimidade.

Afirma que, diante disso, interpôs recurso especial, não admitido. Formalizado o agravo, o recurso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, ao qual a Ministra Assusete Magalhães, relatora do AREsp 416.696/PI, negou seguimento, conforme decisão abaixo, no que importa:

“Com efeito, a apreciação das alegações deduzidas no Recurso Especial, a que foi negado seguimento, no sentido de que não há provas seguras e inequívocas para a condenação do réu, ora agravante, ensejaria, inevitavelmente, a incursão no acervo fático-probatório da causa, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ, segundo a qual a pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial”.

É contra essa decisão que se insurge a impetrante.Sustenta, em síntese, que “a conduta descrita nos relatos e nos autos

da denúncia demonstram de forma clara que se enquadram no artigo 28 da Lei n.º 11.343/06”.

Argumenta, assim, que “meros indícios não podem ser levados em consideração, vez que o simples fato de ter sido encontrada droga com o paciente, não leva à conclusão de estar o mesmo se prestando ao comércio, principalmente pela quantidade que trazia consigo (apenas 2,25 gramas de cocaína)”.

Ressalta, também, que o paciente é primário e que, “pelo tipo de entorpecente e pela quantidade apreendida, não é difícil imaginar que se trata de usuário de drogas”.

Assevera, mais, que “não há falar em aplicação da Súmula 7 do STJ, vez que a análise do writ não demanda reexame fático-probatório”.

Requer, ao final, o deferimento do pedido de liminar e, no mérito, a concessão da ordem para reformar a decisão impugnada e “para que a pena seja readequada”.

É o relatório suficiente. Decido.A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Ademais, no caso concreto, a liminar pleiteada tem caráter satisfativo, confundindo-se com o mérito da impetração, que será oportunamente examinado pela Turma julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de uma apreciação mais aprofundada por ocasião do julgamento de mérito, indefiro a medida liminar.

Bem instruídos os autos, ouça-se o Procurador-Geral da República.Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

HABEAS CORPUS 120.252 (385)ORIGEM : AgResp - 62070 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : MAURICIO FERREIRA JUNIORIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. ALEGAÇÃO DE

AUSÊNCIA DE PROPORCIONALIDADE NA FIXAÇÃO DE PENA. INFORMAÇÕES. VISTA À PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

pela Defensoria Pública da União, em favor de Maurício Ferreira Júnior, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que, em 15.10.2013, negou provimento ao Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial n. 62.070, Relator o Ministro Jorge Mussi.

2. Narra-se na inicial:“MAURICIO FERREIRA JUNIOR foi denunciado como incurso nas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 69: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 69

penas previstas nos artigos 129, §1º, III, e 129, §2º, IV, ambos do Código Penal Brasileiro.

O réu restou condenado às penas dos artigos 129, §2º, IV, do Código Penal Brasileiro, sendo fixado a pena de 3 (tres) anos de reclusão em regime aberto.

Inconformado, interpôs recurso de apelação (fl. 159/167), pleiteando absolvição e subsidiariamente, a desclassificação do delito para o previsto no artigo 129, §1º, III do Código Penal Brasileiro, com consequente fixação da pena base no mínimo legal, suspensão condicional do processo e isenção de pagamento das custas processuais.

O I. MP apresentou contrarrazões pugnando pelo desprovimento do recurso.

Todavia, o E. TJMG deu provimento pela desclassificação da conduta para o tipo penal do artigo 129, §1º, III do Código Penal, sem, no entanto, alterar a pena imposta, bem como não mudou o regime carcerário.

Desta feita, muito embora a desclassificação, o quantum da pena permaneceu inalterado.

Pela proporcionalidade, a pena deveria ser alterada, dada a incidência das circunstancias do art. 59 do Código Penal.

A defesa apresentou Embargos de Declaração, alegando o Reformatio in pejus, ante a análise das circunstâncias do art. 59 do Código Penal, os quais foram rejeitados (fls. 220/223).

A Defensoria manejou Recurso Especial junto ao STJ, com fulcro no art. 105, inciso III, alínea “a” da Constituição Federal.

No entanto, E. STJ, no seu entendimento, negou a reforma da sentença e, muito embora reconhecendo a desclassificação do delito do Art. 129, §2º, IV para o tipo penal do Art. 129, §1º, III do Código Penal, manteve inalterado o quantum da pena, não alterando a pena na proporcionalidade no novo tipo enquadrado e nem mesmo o regime carcerário.” (Evento 2, fls. 2/3)

Alega a Impetrante ser desproporcional a pena imposta ao Paciente:“No caso em comento, foi aplicada 3 anos, ou seja, 1,5 da pena

mínima do delito do Art. 129, §2º, IV, que é prevista de 2 a 8 anos, e posteriormente o Tribunal desclassificou para o delito do Art. 129, §1º, III, que tem pena prevista de 1 a 5 anos, contudo, manteve o quantum de 3 anos, que na proporção, seria o equivalente a 3 vezes a pena mínima, ou seja, uma exasperação de 200% da pena mínima prevista.

Assim, na proporcionalidade, houve um reformatio in pejus da proporcionalidade da exasperação da pena de 150%, ante a desclassificação.” (Evento 2, fls. 6/7)

Salienta estar “configurado o constrangimento ilegal, já que na proporcionalidade foi aplicado um percentual maior para uma conduta que foi desclassificada” (Evento 2, fl. 7), menos reprovável e com consequências menores.

Este o teor dos pedidos:“Requer a concessão da ordem de Habeas Corpus para reformar o v.

acórdão impugnado, para que a pena seja readequada de acordo com o previsto no Código Penal, por ser a medida que mais se amolda à justiça.” (Evento 2, fls. 8/9)

3. Para melhor instrução do feito, oficie-se ao Relator do Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial n. 62.070 no Superior Tribunal de Justiça, Ministro Jorge Mussi, para, com urgência e por fax, prestar informações pormenorizadas quanto ao alegado na presente impetração e fornecer cópia do acórdão impetrado e de outros documentos pertinentes.

Remeta-se com o ofício, a ser enviado, com urgência e por fax, diretamente ao Gabinete do Ministro Jorge Mussi, cópia da inicial e do presente despacho.

4. Prestadas as informações, vista à Procuradoria-Geral da República.

Intimem-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 120.271 (386)ORIGEM : PROC - 4402012 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : J R DOS S CIMPTE.(S) : MAURICIO BETITO NETOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: A petição inicial encontra-se deficientemente instruída ante a ausência de peças imprescindíveis à verificação da ilegalidade apontada. Na espécie, sequer é possível identificar qual é o ato coator. Dessa forma, intime-se o impetrante para que promova a adequada instrução do pedido no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de não-conhecimento do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.278 (387)ORIGEM : RHC - 36881 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ELIELSON ANDRADE DA LUZIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 36.881 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão do Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos do RHC 36881, negou pedido de relaxamento da prisão preventiva. Sustenta a impetrante, em síntese, que o paciente aguarda preso o término da instrução criminal desde novembro de 2011, o que revela inegável excesso de prazo. Requer, assim, o deferimento do pedido, para que seja posto em liberdade.

2. A jurisprudência do STF é no sentido de que o excesso de prazo, como circunstância apta a ensejar o constrangimento ilegal, somente se dá nos casos de evidente desídia do órgão julgador, ou nos que a demora seja incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF (cf.: HC 108.514/MT, 1ª Turma, Min. Rosa Weber, DJe 21/06/2012; HC 110.030/ES, 2ª Turma, Min Ayres Britto, DJe 21/03/2012; HC 110.729/SP, 2ª Turma, Min. Ricardo Lewandowski, DJe 26/03/2012). Na espécie, não se evidencia, desde logo, qualquer dessas hipóteses.

3. Convém ressaltar, ainda, que a impetrante sequer interpôs agravo interno contra a decisão impugnada. Ora, nestas circunstâncias, não se pode admitir o uso do habeas corpus como substitutivo de recurso interno, apto a exaurir o exame da causa pelo competente órgão colegiado do STJ.

4. Com essas considerações, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informações ao Juízo da 3º Vara Criminal de Benevides/PA. Após, à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 120.284 (388)ORIGEM : HC - 282638 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : C L E BIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 282.638 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão do Ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos do HC 282.638, negou seguimento ao pedido. É o seguinte o teor da decisão:

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor do menor C L E B, apontando-se como autoridade coatora o Desembargador Relator do Tribunal de Justiça de São Paulo, que indeferiu liminar em writ ali deduzido.

Consta dos autos ter o paciente sido representado pela suposta prática de ato infracional equiparado ao delito descrito no art. 217-A, caput, do Código Penal.

Ao término da instrução, foi julgada procedente a representação, sendo-lhe aplicada a medida socioeducativa de internação cumulada com a medida protetiva de tratamento psicoterapêutico.

Irresignada, a defesa interpôs apelação criminal e simultaneamente impetrou prévio habeas corpus, tendo o Relator indeferido o pedido urgente no mandamus.

Por isso o presente writ, em que se postula a "concessão do efeito suspensivo ao recurso interposto, não para desde logo absolver o adolescente, mas tão-somente para que ele aguarde o julgamento do recurso em liberdade, em atenção especial à peculiaridade do caso concreto, que indica haver grande probabilidade de ser o adolescente, ainda não condenado definitivamente, inimputável por doença mental" (fls. 3-4).

Brevemente relatado, decido.Desde já, verifico que o writ é manifestamente incabível.O Superior Tribunal de Justiça tem compreensão firmada no sentido

de não caber habeas corpus contra decisão que indefere liminar, a não ser que fique demonstrada flagrante ilegalidade, o que não ocorre na espécie (Súmula 691/STF).

(…)Nesse contexto, extraio o seguinte trecho da decisão de

indeferimento da liminar (fls. 42/43):1. Trata-se de habeas corpus impetrado por Danielle Rinaldi Barbosa

em favor do adolescente C.L.E.B., sob o fundamento de que a r. decisão que recebeu o recurso de apelação interposto apenas no efeito devolutivo mostra-se inadequada e prejudicial ao adolescente. Aduz, ainda, que para imposição

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 70

de medida socioeducativa a um adolescente, este deve ter praticado uma conduta não só típica e antijurídica, mas, também, culpável, circunstância não vislumbrada no caso dos autos, haja vista que o paciente sofre de doença mental preexistente a prática do ato infracional e que, segundo perícia médica, possui nexo de causalidade com a conduta por ele perpetrada. Alega que o jovem não possui capacidade para o cumprimento a medida que lhe fora imposta e necessita, na verdade, de tratamento médico. Pugna pela concessão da ordem para que o paciente seja colocado em liberdade.

Não se verifica, initio litis, a existência de manifesta ilegalidade que dê azo ao deferimento da liminar. Como é sabido o pedido de liminar formulado no habeas corpus só pode ser concedido em hipóteses excepcionais, quando for claro o constrangimento ilegal ou o abuso de poder.

No caso dos autos, inviável, em um juízo de conhecimento sumário, acolher-se a pretensão da Impetrante, tendo em vista que os motivos que servem de base ao pedido liminar entrelaçam-se com o próprio mérito, devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando do julgamento definitivo.

No mais, a liminar teria índole satisfativa retirando do órgão colegiado a sua competência para análise da matéria.

Ademais, as questões propostas demandam amplo exame de fatos e circunstâncias do feito, o que escapa dos estreitos limites desta.

Como se observa, a decisão denegatória da liminar não ostenta ilegalidade evidente apta a desafiar o controle antecipado por este Tribunal Superior, sendo certo que todas as questões suscitadas pelo impetrante serão tratadas naquele habeas corpus no momento adequado, mormente levando em consideração a complexidade dos temas aqui versados.

Ante o exposto, sendo manifesta a inviabilidade do writ, com base no art. 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o pedido.

Na inicial, a impetrante reitera os argumentos invocados perante o STJ. Requer, assim, o deferimento do pedido de liminar, para que o paciente seja posto em liberdade.

2. A hipótese é de insuperável dupla supressão de instância. É que a decisão impugnada negou seguimento ao habeas corpus por entender não demonstrada flagrante ilegalidade que justificasse a não incidência da Súmula 691 do STF. Concluiu-se, com efeito, que o conhecimento do habeas corpus implicaria indevida supressão de instância, já que o TJ/SP não chegou a apreciar o mérito da ordem. Assim, o conhecimento do pedido por esta Corte acarretaria a deliberação de matéria que não foi objeto de apreciação, tanto pelo STJ, quanto pelo Tribunal estadual, o que não é admitido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.301 (389)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DONIZETE CORREAADV.(A/S) : DANIEL SALVIATO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 282.094 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

Daniel Salviato e outros em favor de Donizete Correa, apontando como autoridade coatora o Ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 282.094/SP.

Inicialmente, destacam os impetrantes que o caso concreto autoriza o afastamento do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.

No mais, sustentam a presença de constrangimento ilegal imposto ao paciente, tendo em vista a falta de fundamentação apta a justificar a necessidade da sua medida constritiva, bem como a ausência dos pressupostos autorizadores, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Requerem, liminarmente, a concessão da ordem para que seja revogada a prisão preventiva do paciente.

Examinados os autos, decido.Narram os impetrantes, na inicial, que:“O paciente estava sendo investigado quanto a infração pelas

condutas previstas nos arts. 12, ‘caput’, e 14, ambos da Lei 6.368/76, assim o sendo, teve sua prisão temporária decretada na data de 14/07/2006, posteriormente, após expirado o prazo da prisão temporária, e por não haver provas suficientes a prisão preventiva do paciente, na data de 25/08/2006, foi o mesmo posto em liberdade.

Após o transcorrer da instrução pretoriana, com o réu liberto , foi o mesmo absolvido , julgando-se Improcedente a ação penal, nos termos do art. 386, VII do CPP.

Houve recurso do Ministério Público, e contrarrazões da defesa, processando o recurso junto a autoridade, ora coatora, fato o qual se deu

com o paciente em liberdade.No entanto, acolhendo a pretensão ministerial, o tribunal ‘ad quem’,

deu provimento ao recurso, condenando o paciente a 06 (seis) anos de reclusão, em regime inicial fechado, expedindo-se mandado de prisão.

Assim, encontrando-se os autos pendentes de recurso da defesa, sem que houve-se o transito em julgado da sentença condenatório, veio o tribunal “ad quem” a expedir mandado de prisão, para o acusado que respondeu liberto durante o tramite processual e recurso, pela qual se impetrou o remédio Constitucional perante o Superior Tribunal de Justiça, requerendo-se liminarmente a expedição do Competente Contramandado de Prisão, o que foi negado (...)” (fl. 4 da inicial – grifos dos autores).

Transcrevo o teor da decisão ora impugnada: “Este habeas corpus foi impetrado em favor de DONIZETE CORREA

condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por infração aos arts. 12, caput, e 14, ambos da Lei nº 6.368/76, na forma do art. 69, do Código Penal, a uma pena de 6 (seis) anos e reclusão em regime inicial fechado e que teve negado o direito de recorrer em liberdade.

Sustentando inexistir fundamentação para a imposição da custódia, o impetrante requereu a concessão de liminar para determinar a expedição de alvará de soltura em favor do paciente.

Este, em síntese, o relatório.Decido o pedido liminar.Da leitura do acórdão impetrado constato, relativamente ao direito de

recorrer solto, ter ficado consignado que 'evidenciada a periculosidade do agente bem como a necessidade de garantia da ordem pública, seja o réu recolhido à prisão’ (fl. 14), não sendo possível olvidar que o paciente ‘vendeu, para traficância, 116 pedras de 'crack'’ (fl. 43).

Nesse contexto, inexistindo, por ora, ilegalidade manifesta a permitir o deferimento da medida urgente, indefiro a liminar requerida.

Solicitem-se informações ao acerca do trânsito em julgado da condenação.

Com elas, dê-se vista ao Ministério Público Federal” (fl. 1 do anexo 17).

Essa é a razão pela qual se insurgem os impetrantes neste writ.Como visto, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo

incidir, na espécie, a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de' habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Porém a jurisprudência deste Supremo Tribunal tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

É certo, ainda, ressalvado meu ponto de vista, que a Primeira Turma em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário constitucional, previsto no art. 102, inciso II, alínea “a” da Carta da República.

Esse é exatamente o caminho a ser trilhado por esta impetração em caso de eventual retificação da inicial, após superveniente julgamento de mérito do writ impetrado ao Superior Tribunal de Justiça.

Entretanto, nada impede que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea “a” da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Na hipótese vertente, verifica-se, à primeira vista, de forma evidenciada, situação de flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento, excepcional, de qualquer óbice processual presente.

Anoto que a 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo ao decretar a custódia preventiva do paciente, assim a justificou:

“Evidenciada a periculosidade do agente bem como ante a necessidade de garantia da ordem pública, seja o réu recolhido à prisão.

(…)Expeça-se mandado de prisão” (fl. 2 do anexo 15).Tenho que o ato constritivo não indicou elementos concretos e

individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da prisão preventiva do ora paciente no que tange a sua alegada periculosidade.

Com efeito, não se revela idôneo a fundamentação calcada na periculosidade do agente, quando ausente a indicação de elemento concreto nesse sentido.

Do mesmo modo, não vislumbro justificativa a respaldar a segregação cautelar do paciente, assentada na garantia da ordem pública, uma vez que não há base empírica que a legitime, mormente se considerarmos a notícia constante dos autos de que teria o paciente permanecido em liberdade durante o curso da instrução processual.

Segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que o ato judicial constritivo da liberdade traga, fundamentadamente, elementos concretos aptos a justificar tal medida. Nesse sentido: HC nº 98.673/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 29/10/09; HC nº 99.043/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 9/9/10; e HC nº 100.184/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º/10/10, entre outros.

Essas circunstâncias configuram, neste primeiro exame,

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 71

constrangimento ilegal flagrante, perfeitamente sanável pela via do habeas corpus.

Diante desse quadro defiro a liminar para suspender a prisão preventiva decretada em desfavor do paciente pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos da Apelação Criminal nº 990.09.194814-4.

Comunique-se, solicitando informações à autoridade coatora e ao Tribunal de Justiça estadual.

Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 2.442 (390)ORIGEM : PET - 200041000006042 - JUIZ FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : VALDIR RAUPP DE MATOSADV.(A/S) : MAURO MACHADO CHAIBEN

(PG/STF-0057693/2013)DESPACHO: Defiro o pedido de prorrogação de prazo formulado

pelo Senhor Governador do Estado de Rondônia, em face da expressa concordância manifestada pela douta Procuradoria-Geral da República. Prazo: trinta (30) dias.

Oficie-se, em consequência, ao Senhor Governador do Estado de Rondônia, encaminhando-se-lhe cópia do presente despacho e da manifestação protocolada sob nº 0057693/2013.

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

INQUÉRITO 3.362 (391)ORIGEM : PROCESSO - 4770120090123347000000000 - JUIZ DE

DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ALBERTO PEREIRA MOURÃOADV.(A/S) : ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)

DESPACHO (referente à petição nº 57.878/2013): Tendo em vista a baixa dos autos determinada na decisão publicada no DJE nº 103, de 31/05/2013, encaminhe-se a petição em referência ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.739 (392)ORIGEM : INQ - 3510 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JÂNIO NATAL ANDRADE BORGESADV.(A/S) : WALTER BRITO LIMA

DESPACHO: O Procurador-Geral da República ofereceu denúncia contra Jânio Natal Andrade Borges pela prática, em tese, do crime previsto no art.1º, inciso XIII, do Decreto-Lei 201/67 (fls. 2-6).

Assim, em conformidade com o art. 4º da Lei 8.038/90, apresentada a denúncia perante esta Corte, far-se-á a notificação do acusado para, querendo, oferecer resposta em até 15 (quinze) dias.

Notifique-se, pessoalmente, o acusado, instruindo-se o respectivo mandado com cópia da denúncia.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.784 (393)ORIGEM : IP - 00797359720124010000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : CARLOS EDUARDO TORRES GOMESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINVEST.(A/S) : WALDIR MARANHÃO CARDOSOADV.(A/S) : MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : TAUMATURGO LIMA CORDEIROADV.(A/S) : RODRIGO DE BITTENCOURT MUDROVITSCH E

OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : FERNANDO DANTAS TORRESADV.(A/S) : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO

DECISÃOINQUÉRITO – PRERROGATIVA DE FORO – DESMEMBRAMENTO.INQUÉRITO – INVESTIGAÇÕES – SIGILO – AFASTAMENTO.INQUÉRITO – DILIGÊNCIAS.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Este inquérito veio ao Supremo ante decisão declinatória da

competência proferida pelo juiz federal Cândido Ribeiro. Foi distribuído a Vossa Excelência por prevenção em 8 de outubro de 2013. No dia 11 seguinte, deu-se vista ao Procurador-Geral da República, o qual requereu o desmembramento, a fim de que tenham curso, no Supremo, apenas as investigações relativas às autoridades com prerrogativa de foro, os parlamentares federais Carlos Eduardo Torres Gomes, Waldir Maranhão Cardoso, Taumaturgo Lima e Fernando Torres, com a remessa de cópia dos autos à origem, para apreciação das medidas referentes aos demais investigados.

Os autos encontram-se no Gabinete, estando pendentes de exame:(a) os pedidos de vista e de extração de cópias formalizados pelos

procuradores de Marden Alves Tortorelli Fernandes (Petição/STF nº 50.947), Francisco Bello Gaindo Filho (Petição/STF nº 51.061), Robson Silva de Souza (Petição/STF nº 51.099), Waldir Cardoso Maranhão (Petição/STF nº 51.162), Fayed Atoine Traboulsi (Petição/STF nº 51.420), Fernando Dantas Torres (Petição/STF nº 52.136), Manoel Felipe Rêgo Brandão (Petições/STF nº 52.235 e 53.546), Drachma Investimentos S. A. e Bruno Albuquerque Menezes de Moraes (Petição/STF nº 51.785) e Taumaturgo Lima Cordeiro (Petição/STF nº 51.328);

(b) os ofícios enviados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, prestando informações ou requerendo a juntada de documentos protocolados no Supremo sob os números 51.940, 51.941, 51.942, 51.943, 51.944, 51.945, 52.232, 52.233, 52.234, 52.236, 52.237, 52.238, 52.239, 52.240, 52.241, 52.242, 52.243, 52.244, 52.245, 52.246, 56.848. 56.849, 56.850 e 57.130;

(c) os pedidos de revogação de prisão temporária apresentados pelos advogados de Getúlio Francisco Coelho (Petições/STF nº 51.609 e 51.610), de Cynthia Cabral Soares Cruz (Petição/STF nº 51.611), de Paulo Augusto Freitas de Souza (Petições/STF nº 51.612 e 51.613) e de Fernanda Cardoso (Petição/STF nº 51.614);

(d) os pedidos de restituição de coisas apreendidas formulados pelos procuradores de Carlos Eduardo Torres Gomes (Petição/STF nº 51.530) e de Manoel Felipe Consultoria (Petição/STF nº 54.079).

2. A competência do Supremo é de direito estrito. Sob o ângulo penal, somente devem tramitar sob a direção deste Tribunal os inquéritos concernentes a detentores de prerrogativa de foro, detentores do direito de, ajuizada ação penal, virem a ser julgados por ele.

Quanto ao sigilo, a regra, a teor do disposto nos artigos 37 e 93, inciso IX, da Constituição Federal, é a publicidade de atos e fatos ligados à Administração Pública. Restrinjo-o aos dados levantados nos apensos 52 a 55, que, assim, precisam ficar envelopados e lacrados para acesso restrito.

3. No mais, providenciem:3.1. A juntada, aos autos principais, das Petições/STF nº 50.947,

51.061, 51.099, 51.162, 51.420, 52.136, 52.235, 53.546, 51.785 e 51.328;3.2. A juntada do ofício do Tribunal Regional Federal da 1ª Região,

protocolado no Supremo sob o nº 56.850 aos autos do apenso 55;3.3. A juntada dos ofícios formalizados pelo Tribunal Regional Federal

da 1ª Região, prestando informações ou encaminhando documentos, protocolados no Supremo sob os números 51.940, 51.941, 51.942, 51.943, 51.944, 51.945, 52.232, 52.233, 52.234, 52.236, 52.237, 52.238, 52.239, 52.240, 52.241, 52.242, 52.243, 52.244, 52.245, 52.246, 56.848. 56.849 e 57.130 aos autos do apenso 63;

3.4. A autuação em apartado e o posterior apensamento das Petições/STF nº 51.609 e 51.610, da Petição/STF nº 51.611, das Petições/STF nº 51.612 e 51.613, da Petição/STF nº 51.614, da Petição/STF nº 51.530 e da Petição/STF nº 54.079.

3.5. A anotação, no cabeçalho, dos nomes dos deputados federais Taumaturgo Lima e Fernando Torres, excluindo o de Fayed Atoine Traboulsi;

3.6. O credenciamento dos profissionais da advocacia indicados, observando, no que couber, o disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao processo penal, quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão "e outros";

3.7. O desmembramento destes autos, com reprodução de cópia integral e ulterior remessa ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cabendo ao órgão definir a sequência, ou não, nele próprio, do inquérito

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 72

relativamente aos envolvidos que não têm a prerrogativa de foro;3.8. A digitalização das peças do inquérito faltantes, viabilizando-se o

acesso aos investigados;4. Adotadas as providências, remetam estes autos à Procuradoria

Geral da República, visando o exame da eventual necessidade de serem requeridas diligências, bem como dos documentos alusivos ao pedido de restituição de coisas apreendidas veiculado pelos procuradores de Carlos Eduardo Torres Gomes.

5. Fica prejudicada a apreciação, no Supremo, dos requerimentos formalizados por aqueles que não detêm a prerrogativa de foro.

6. Publiquem.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.787 (394)ORIGEM : INQ - 20090110945949 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : WALDIR MARANHÃO CARDOSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINVEST.(A/S) : TAUMATURGO LIMA CORDEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINVEST.(A/S) : FERNANDO DANTAS TORRESADV.(A/S) : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHOINVEST.(A/S) : CARLOS EDUARDO TORRES GOMESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOINQUÉRITO – AUTUAÇÃO – INVESTIGADOS – INICIAIS –

IMPROPRIEDADE.INQUÉRITO – PRERROGATIVA DE FORO – DESMEMBRAMENTO.INQUÉRITO – INVESTIGAÇÕES – SIGILO – AFASTAMENTO.INQUÉRITO – DILIGÊNCIAS.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Os autos vieram ao Supremo ante decisão declinatória da

competência proferida pelo Juízo da 8ª Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Brasília. No pronunciamento, apontou-se a existência de conexão com os fatos em apuração em procedimento investigatório que tramitou no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e foi posteriormente autuado no Supremo como Inquérito nº 3.784/DF. Houve a distribuição a Vossa Excelência, por prevenção, em 10 de outubro de 2013. No dia 11 seguinte, deu-se vista ao Procurador-Geral da República, o qual requereu o desmembramento, a fim de que tenham curso, no Supremo, apenas as investigações relativas aos parlamentares federais Carlos Eduardo Torres Gomes, Waldir Maranhão Cardoso, Taumaturgo Lima e Fernando Torres, com a remessa de cópia dos autos à origem para a apreciação das medidas referentes aos demais investigados.

Os autos encontram-se no Gabinete, estando pendentes de exame:(a) os pedidos de vista e de extração de cópias, formalizados pelos

procuradores de Fayed Atoine Traboulsi (Petição/STF nº 51.434), de Francisco Bello Galindo Filho (Petição/STF nº 52.042), de Fernando Dantas Torres (Petição/STF nº 52.134) e de Almir Fonseca Bento (Petição/STF nº 53.240);

(b) os Ofícios nº 1.593, nº 1.660 e nº 1.712, todos do Juízo da 8ª Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Brasília, protocolados no Supremo sob os números 53.762, 56.642 e 57.397, visando o encaminhamento de documentos diversos;

(c) os pedidos de envio dos autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, apresentados pelos procuradores de Fayed Atoine Traboulsi (Petição/STF nº 51.446) e de Marcelo Toledo Watson (Petição/STF nº 51.589);

(d) os pedidos de restituição ou de espelhamento de coisas apreendidas, formulados pelos procuradores de Voetur Cargas e Encomendas Ltda. (Petição/STF nº 51.679) e de Luis Fernando Cassela (Petição/STF nº 52.121).

2. Observo, de início, que, no âmbito da Administração Pública, há de prevalecer a transparência, a publicidade. Nada justifica lançar, na autuação, em vez dos nomes completos dos investigados, as iniciais, valendo notar que possível sigilo diz respeito ao conteúdo.

Quanto à competência, a do Supremo é de direito estrito. Sob o ângulo penal, somente devem tramitar sob a direção deste Tribunal os inquéritos concernentes a detentores de prerrogativa de foro, detentores do direito de, ajuizada ação penal, virem a ser julgados por ele.

Sob o ângulo do sigilo, a regra, a teor do disposto nos artigos 37 e 93, inciso IX, da Constituição Federal, é a publicidade de atos e fatos ligados à Administração Pública. Restrinjo-o aos dados levantados nos apensos 22 a 42, que, assim, precisam ficar envelopados e lacrados para acesso restrito.

3. No mais, providenciem:3.1. A juntada, aos autos principais, das Petições/STF nº 51.434,

52.042, 52.134 e 53.240, bem como dos Ofícios nº 1.593, nº 1.660 e nº 1.712, todos do Juízo da 8ª Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Brasília, protocolados no Supremo sob os números 53.762, 56.642 e 57.397;

3.2. A juntada da Petição/STF nº 51.679 aos autos do apenso 44;3.3. A autuação em apartado e o posterior apensamento das

Petições/STF nº 51.679 e nº 52.121;3.4. A anotação, no cabeçalho, dos nomes completos dos deputados

federais Carlos Eduardo Torres Gomes, Waldir Maranhão Cardoso, Taumaturgo Lima e Fernando Torres, excluindo os dos demais.

3.5. O credenciamento dos profissionais da advocacia indicados, observando, no que couber, o disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao processo penal, quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão "e outros";

3.6. O desmembramento destes autos, com reprodução de cópia integral e ulterior remessa ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, considerada a notícia, veiculada pelo Juízo, de possível conexão com os fatos em apuração em procedimento investigatório que tramitou naquele órgão, ao qual caberá definir a sequência, ou não, nele próprio, do inquérito relativamente aos envolvidos que não têm a prerrogativa de foro;

3.7. A digitalização das peças do inquérito faltantes, viabilizando-se o acesso aos investigados;

4. Adotadas as providências, remetam estes autos à Procuradoria Geral da República, visando o exame da eventual necessidade de serem requeridas diligências.

5. Fica prejudicada a apreciação, no Supremo, dos requerimentos formalizados por aqueles que não detêm a prerrogativa de foro.

6. Publiquem.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.799 (395)ORIGEM : INQ - 00466927220124010000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : AUGUSTO SILVEIRA DE CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 756 (396)ORIGEM : MI - 79442 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : FERNANDO DI LASCIOADV.(A/S) : FERNANDO DI LASCIOIMPDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE LACUNA TÉCNICA. INADMISSIBILIDADE DO “WRIT” INJUNCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO.

- O direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir – simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional – a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público.

Para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o consequente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado nem pretender acesso legítimo à via injuncional. Precedentes.

DECISÃO: O presente mandado de injunção não se revela acolhível, eis que inocorrente, no caso, a situação de lacuna técnica – reclamada pela norma inscrita no art. 5º, LXXI, da Carta Política – que constitui pressuposto necessário ao adequado exercício desse remédio de índole constitucional.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas, diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 73

consequências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência – necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados – depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir – simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional – a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o consequente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 668/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O exame da presente causa evidencia, em suma, consoante precedentemente enfatizado, que inexiste, na hipótese exposta pela parte ora impetrante, situação configuradora de lacuna técnica (MARIA HELENA DINIZ, “Norma Constitucional e seus Efeitos”, p. 38, 1989, Saraiva; HANS KELSEN, “Teoria Pura do Direito”, vol. 2/111-112, 1962, Coimbra), que representa, no plano da estrutura constitucional do mandado de injunção, um dos pressupostos essenciais e necessários à utilização do “writ” injuncional.

Na realidade, a parte ora impetrante não demonstrou a existência de qualquer preceito consubstanciador de determinação constitucional para legislar, especificamente, sobre o pretendido “direito de requerer ao TSE a realização de plebiscito, independentemente de prévia aprovação dos representantes eleitos” (grifei), circunstância esta que faz incidir, na espécie, a jurisprudência firmada por esta Corte no sentido de que a ausência de imposição constitucional legiferante, como no caso, descaracteriza qualquer possível existência de direito constitucional à legislação, o que basta, por si só, para inviabilizar a utilização adequada do remédio injuncional.

Vê-se, portanto, que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação injuncional promovida pela parte ora impetrante.

Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de injunção, por tratar-se de medida juridicamente incabível.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.562 (397)ORIGEM : MI - 88337 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOIMPTE.(S) : JAYME DA ROCHA HECKADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DESPACHO:Oficie-se ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio

Grande do Sul, no endereço indicado à fl. 92, dando-lhe conhecimento da decisão de fls. 78-81 e da certidão de trânsito em julgado.

Após, retornem os autos ao arquivo. Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 5.942 (398)ORIGEM : MI - 5942 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : ASSOCIACAO DOS TECNICOS JURIDICOS DO

ESTADO DE SANTA CATARINA - ATJADV.(A/S) : DULCINÉIA ISRAEL COSTAIMPDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: O presente mandado de injunção coletivo, com pedido de medida liminar, não veio instruído com os documentos necessários à demonstração da plausibilidade jurídica da pretensão deduzida pela impetrante, tais como a especificação das categorias dos servidores substituídos (nome, cargo ou função de cada um) e aqueles que demonstrem a negativa do pedido de concessão de aposentadoria especial por ausência de previsão legal.

Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar os MI 1.929-AgR/DF, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI e MI 2.859-ED/DF, Rel. Min. ROSA WEBER, fixou orientação sobre a controvérsia ora em análise, proferindo decisões consubstanciadas em acórdãos assim ementados:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, APLICAÇÃO DAS NORMAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO DESPROVIDO.

......................................................................................................Ainda, nos mandados de injunção coletivos a petição inicial deve ser

instruída (a) com a especificação das categorias de servidores beneficiados pelo pedido, bem como (b) de prova do requerimento e o indeferimento administrativo do pedido de aposentadoria especial. Fundamentos observados pela decisão agravada.

2. Agravo regimental desprovido.”“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO

REGIMENTAL. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA A EMISSÃO DE JUÍZO DE MÉRITO. PROVA DA CONCRETA INVIABILIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO COM BASE NA LACUNA NORMATIVA APONTADA.

Nos mandados de injunção coletivos, a emissão de juízo de mérito pressupõe a especificação dos substituídos e a demonstração de que efetivamente inviabilizado o exercício do direito com base na lacuna normativa apontada.

Não demonstrado, pelo impetrante, a existência de óbice concreto ao exercício do direito dos substituídos, inviável o exame do mérito do ‘writ’ injuncional. Precedentes.

Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.”

Sendo assim, assino, à ora impetrante, o prazo de dez (10) dias (CPC, art. 284), para adequada instrução da presente causa, sob pena de extinção deste processo.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 27.069 (399)ORIGEM : MS - 205732 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : TÂNIA MARIA HUBERT RIBEIROADV.(A/S) : FRANCIS CAMPOS BORDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(PROC Nº 00748020030)PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APRECIAÇÃO, PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, DA LEGALIDADE DO ATO CONCESSIVO DE PENSÃO POR MORTE. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO QUE RECONHECE A INCORPORAÇÃO, À REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS INSTITUIDORES DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS, DA VANTAGEM PECUNIÁRIA QUESTIONADA PELO TCU. INTEGRAL OPONIBILIDADE DA “RES JUDICATA” AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE, IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA “RES JUDICATA”. “TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT”. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO, NOTADAMENTE EM SEDE ADMINISTRATIVA, DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DA AUTORIDADE DA COISA JULGADA. PRECEDENTES. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONSOLIDADA QUANTO À MATÉRIA VERSADA NA IMPETRAÇÃO. POSSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE O RELATOR DA CAUSA MANDAMENTAL DECIDIR, EM ATO SINGULAR, A CONTROVÉRSIA JURÍDICA. COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DELEGADA EM SEDE REGIMENTAL, PELA SUPREMA CORTE (RISTF, ART. 205, “CAPUT”, NA REDAÇÃO DADA PELA ER Nº 28/2009). MANDADO DE SEGURANÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 74

DEFERIDO.- O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de

poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557) nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença revestida da autoridade da coisa julgada (RTJ 194/594), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (MS 23.665/DF, v.g.), pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes.

- A norma inscrita no art. 474 do CPC impossibilita a instauração de nova demanda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com fundamento em novas alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade prática que o informa – absorve, necessariamente, “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser” (LIEBMAN), mas não o foram.

A autoridade da coisa julgada em sentido material estende-se, por isso mesmo, tanto ao que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo (“tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”). Aplicação, ao caso, do art. 474 do CPC. Doutrina. Precedentes.

DECISÃO: Registro, preliminarmente, por necessário, que o Supremo Tribunal Federal, mediante edição da Emenda Regimental nº 28, de 18 de fevereiro de 2009, delegou expressa competência ao Relator da causa, para, em sede de julgamento monocrático, denegar ou conceder a ordem de mandado de segurança, desde que a matéria versada no “writ” em questão constitua “objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal” (RISTF, art. 205, “caput”, na redação dada pela ER nº 28/2009).

Ao assim proceder, fazendo-o mediante interna delegação de atribuições jurisdicionais, esta Suprema Corte, atenta às exigências de celeridade e de racionalização do processo decisório, limitou-se a reafirmar princípio consagrado em nosso ordenamento positivo (RISTF, art. 21, § 1º; Lei nº 8.038/90, art. 38; CPC, 544, § 4º) que autoriza o Relator da causa a decidir, monocraticamente, o litígio, sempre que este referir-se a tema já definido em “jurisprudência dominante” no Supremo Tribunal Federal.

Nem se alegue que essa orientação implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

A legitimidade jurídica desse entendimento – que vem sendo observado na prática processual desta Suprema Corte (MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.962/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – decorre da circunstância de o Relator da causa, no desempenho de seus poderes processuais, dispor de plena competência para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, justificando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar (RTJ 139/53 – RTJ 168/174-175 – RTJ 173/948), valendo assinalar, quanto ao aspecto ora ressaltado, que o Plenário deste Tribunal, ao apreciar o MS 27.236-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reafirmou a possibilidade processual do julgamento monocrático do próprio mérito da ação de mandado de segurança, desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 205 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 28/2009.

Tendo em vista essa delegação regimental de competência ao Relator da causa, impõe-se reconhecer que a controvérsia mandamental ora em exame ajusta-se à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise, o que possibilita seja proferida decisão monocrática sobre o litígio em questão.

Trata-se de mandado de segurança impetrado com o objetivo de questionar a validade jurídica de deliberações emanadas do E. Tribunal de Contas da União, que ao apreciar a legalidade do ato de concessão de pensão por morte aos ora impetrantes, veio a recusar-lhes o concernente registro.

Alega-se, em síntese, que o E. Tribunal de Contas da União teria desrespeitado a autoridade de decisão judicial transitada em julgado que reconheceu, aos servidores públicos instituidores do benefício previdenciário em referência, o direito à incorporação, às suas remunerações, de determinada vantagem pecuniária.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede mandamental.

A análise da questão versada no presente “writ” revela que um dos fundamentos em que se apoia a pretensão mandamental em exame tem o beneplácito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, em sucessivos precedentes, tem reconhecido, quer em decisões monocráticas, quer em julgamentos colegiados, ser integralmente oponível, ao E. Tribunal de Contas da União, a autoridade da coisa julgada, cuja eficácia subordinante, desse modo, não poderá ser transgredida por qualquer órgão estatal, inclusive pela própria Corte de Contas (MS 23.758/RJ, Rel. Min. MOREIRA ALVES – MS 24.529-MC/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 24.569-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 24.939-MC/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO – MS 25.460/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – MS 26.086/

DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.088-MC/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – MS 26.132-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.156-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 26.186-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.228-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.271-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.387/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 26.408/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.443-MC/MA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 27.374-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.551-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.575-MC/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.732-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 28.150-MC-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.572-MC- -AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. APOSENTADORIA. REGISTRO. VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DETERMINAÇÃO À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARA SUSPENDER O PAGAMENTO DA PARCELA. IMPOSSIBILIDADE.

1. Vantagem pecuniária incluída nos proventos de aposentadoria de servidor público federal, por força de decisão judicial transitada em julgado. Impossibilidade de o Tribunal de Contas da União impor à autoridade administrativa sujeita à sua fiscalização a suspensão do respectivo pagamento. Ato que se afasta da competência reservada à Corte de Contas (CF, artigo 71, III).

2. Ainda que contrário à pacífica jurisprudência desta Corte, o reconhecimento de direito coberto pelo manto da ‘res judicata’ somente pode ser desconstituído pela via da ação rescisória.

Segurança concedida.”(MS 23.665/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Pleno – grifei)Vê-se, pois, que o E. Tribunal de Contas da União não dispõe,

constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença impregnada da autoridade da coisa julgada (AI 471.430-AgR/DF, Rel. Min. EROS GRAU), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. SERVIDOR PÚBLICO: VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. TRIBUNAL DE CONTAS: DETERMINAÇÃO NO SENTIDO DA EXCLUSÃO DA VANTAGEM. COISA JULGADA: OFENSA. CF, art. 5º, XXXVI.

.......................................................................................................II. - Vantagem pecuniária, incorporada aos proventos de

aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vantagem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória.

III. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal.IV. - (...) Mandado de Segurança conhecido e deferido

relativamente ao servidor atingido pela decisão do TCU.”(RTJ 194/594, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei)É importante rememorar, no ponto, o alto significado de que se

reveste, em nosso sistema jurídico, o instituto da “res judicata”, que constitui atributo específico da jurisdição e que se revela pela dupla qualidade que tipifica os efeitos emergentes do ato sentencial: a imutabilidade, de um lado, e a coercibilidade, de outro.

Esses atributos que caracterizam a coisa julgada em sentido material, notadamente a imutabilidade dos efeitos inerentes ao comando sentencial, recebem, diretamente, da própria Constituição, especial proteção destinada a preservar a inalterabilidade dos pronunciamentos emanados dos Juízes e Tribunais, criando, desse modo, situação de certeza, de estabilidade e de segurança para as relações jurídicas.

É por essa razão que HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/539-540, item n. 509, 51ª ed., 2010, Forense), discorrendo sobre o fundamento da autoridade da coisa julgada, esclarece que o legislador, ao instituir a “res judicata”, objetivou atender, tão-somente, “uma exigência de ordem prática (...), de não mais permitir que se volte a discutir acerca das questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciário”, expressando, desse modo, a verdadeira razão de ser do instituto em questão: preocupação em garantir a segurança nas relações jurídicas e em preservar a paz no convívio social.

Mostra-se tão intensa a intangibilidade da coisa julgada, considerada a própria disciplina constitucional que a rege, que nem mesmo lei posterior – que haja alterado (ou, até mesmo, revogado) prescrições normativas que tenham sido aplicadas, jurisdicionalmente, na resolução do litígio – tem o poder de afetar ou de desconstituir a autoridade da coisa julgada.

Daí o preciso magistério de JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/329, item n. 687, 2ª ed./2ª tir., 2000, Millennium Editora) em torno das relações entre a coisa julgada e a Constituição:

“A coisa julgada cria, para a segurança dos direitos subjetivos,

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situação de imutabilidade que nem mesmo a lei pode destruir ou vulnerar – é o que se infere do art. 5º, XXXVI, da Lei Maior. E sob esse aspecto é que se pode qualificar a ‘res iudicata’ como garantia constitucional de tutela a direito individual.

Por outro lado, essa garantia, outorgada na Constituição, dá mais ênfase e realce àquela da tutela jurisdicional, constitucionalmente consagrada, no art. 5º, XXXV, para a defesa de direito atingido por ato lesivo, visto que a torna intangível até mesmo em face de ‘lex posterius’, depois que o Judiciário exaure o exercício da referida tutela, decidindo e compondo a lide.” (grifei)

Não custa enfatizar, de outro lado, na perspectiva da eficácia preclusiva da “res judicata”, que, em sede de execução, não mais se justifica a renovação do litígio que foi objeto de resolução no processo de conhecimento, especialmente quando a decisão que apreciou a controvérsia apresenta-se revestida da autoridade da coisa julgada, hipótese em que, nos termos do art. 474 do CPC, “reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor (...) à rejeição do pedido” (grifei).

Cabe ter presente, neste ponto, a advertência da doutrina (NELSON NERY JUNIOR/ROSA MARIA ANDRADE NERY, “Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 739, item n. 1, 11ª ed., 2010, RT), cujo magistério – em lição plenamente aplicável ao caso ora em exame – assim analisa o princípio do “tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”:

“Transitada em julgado a sentença de mérito, as partes ficam impossibilitadas de alegar qualquer outra questão relacionada com a lide sobre a qual pesa a autoridade da coisa julgada. A norma reputa repelidas todas as alegações que as partes poderiam ter feito na petição inicial e contestação a respeito da lide e não o fizeram (alegações deduzidas e dedutíveis (…). Isto quer significar que não se admite a propositura de nova demanda para rediscutir a lide, com base em novas alegações. A este fenômeno dá-se o nome de eficácia preclusiva da coisa julgada.” (grifei)

Esse entendimento – que sustenta a extensão da autoridade da coisa julgada em sentido material tanto ao que foi efetivamente arguido quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo – também encontra apoio no magistério doutrinário de outros eminentes autores, tais como HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/550-553, itens ns. 516/516-a, 51ª ed., 2010, Forense), VICENTE GRECO FILHO (“Direito Processual Civil Brasileiro”, vol. 2/267, item n. 57.2, 11ª ed., 1996, Saraiva), MOACYR AMARAL SANTOS (“Primeiras Linhas de Direito Processual Civil”, vol. 3/56, item n. 754, 21ª ed., 2003, Saraiva), EGAS MONIZ DE ARAGÃO (“Sentença e Coisa Julgada”, p. 324/328, itens ns. 224/227, 1992, Aide) e JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/332, item n. 689, 2ª ed., 2000, Millennium Editora).

Lapidar, sob tal aspecto, a autorizadíssima lição de ENRICO TULLIO LIEBMAN (“Eficácia e Autoridade da Sentença”, p. 52/53, item n. 16, nota de rodapé, tradução de Alfredo Buzaid/Benvindo Aires, 1945, Forense), que, ao referir-se ao tema dos limites objetivos da coisa julgada, acentua que esta abrange “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser”:

“(...) se uma questão pudesse ser discutida no processo, mas de fato não o foi, também a ela se estende, não obstante, a coisa julgada, no sentido de que aquela questão não poderia ser utilizada para negar ou contestar o resultado a que se chegou naquele processo. Por exemplo, o réu não opôs uma série de deduções defensivas que teria podido opor, e foi condenado. Não poderá ele valer-se daquelas deduções para contestar a coisa julgada. A finalidade prática do instituto exige que a coisa julgada permaneça firme, embora a discussão das questões relevantes tenha sido eventualmente incompleta; absorve ela, desse modo, necessariamente, tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser.” (grifei)

A necessária observância da autoridade da coisa julgada representa expressivo consectário da ordem constitucional, que consagra, dentre os vários princípios que dela resultam, aquele concernente à segurança jurídica.

É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já fez consignar advertência que põe em destaque a essencialidade do postulado da segurança jurídica e a consequente imprescindibilidade de amparo e tutela das relações jurídicas definidas por decisão transitada em julgado:

“O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIAIS IRRECORRÍVEIS IMPÕE-SE AO PODER PÚBLICO COMO OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL INDERROGÁVEL.

A exigência de respeito incondicional às decisões judiciais transitadas em julgado traduz imposição constitucional justificada pelo princípio da separação de poderes e fundada nos postulados que informam, em nosso sistema jurídico, a própria concepção de Estado Democrático de Direito.

O dever de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário, notadamente nos casos em que a condenação judicial tem por destinatário o próprio Poder Público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma incontornável obrigação institucional a que não

se pode subtrair o aparelho de Estado, sob pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da Constituição da República.

A desobediência a ordem ou a decisão judicial pode gerar, em nosso sistema jurídico, gravíssimas conseqüências, quer no plano penal, quer no âmbito político-administrativo (possibilidade de ‘impeachment’), quer, ainda, na esfera institucional (decretabilidade de intervenção federal nos Estados-membros ou em Municípios situados em Território Federal, ou de intervenção estadual nos Municípios).”

(RTJ 167/6-7, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)O que se revela incontroverso, nesse contexto, é que os

postulados da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da proteção da confiança, enquanto expressões do Estado Democrático de Direito, mostram-se impregnados de elevado conteúdo ético, social e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas, mesmo as de direito público (RTJ 191/922, Rel. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES), em ordem a viabilizar a incidência desses mesmos princípios sobre comportamentos de qualquer dos Poderes ou órgãos do Estado (os Tribunais de Contas, inclusive), para que se preservem, desse modo, situações consolidadas e protegidas pelo fenômeno da “res judicata”.

Cumpre assinalar, bem por isso, que tal entendimento – que ressalta a íntima vinculação entre o postulado da segurança jurídica, a autoridade da coisa julgada e a própria configuração do Estado Democrático de Direito – encontra apoio em autorizado magistério doutrinário (ALMIRO DO COUTO E SILVA, “Princípios da Legalidade e da Administração Pública e da Segurança Jurídica no Estado de Direito Contemporâneo”, “in” RDP 84/46-63; WEIDA ZANCANER, “Da Convalidação e da Invalidação dos Atos Administrativos”, p. 73/76, item n. 3.5.2, 3ª ed., 2008, Malheiros; HELY LOPES MEIRELLES, “Direito Administrativo Brasileiro”, p. 99/101, item n. 2.3.7, 34ª ed., atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho, 2008, Malheiros; CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 87, item n. 77, e p. 123/125, item n. 27, 26ª ed., 2009, Malheiros; MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, “Direito Administrativo”, p. 87/88, item n. 3.3.15.4, 22ª ed., 2009, Atlas; MARÇAL JUSTEN FILHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 1.097/1.100, itens ns. XVII.1 a XVII.3.1, 4ª ed., 2009, Saraiva; GUSTAVO BINENBOJM, “Temas de Direito Administrativo e Constitucional”, p. 735/740, itens ns. II.2.2 a II.2.2.2, 2008, Renovar; RAQUEL MELO URBANO DE CARVALHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 78/94, itens ns. 8 a 8.4, 2008, Podium; LÚCIA VALLE FIGUEIREDO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 257/260, itens ns. 3.2 a 4, 9ª ed., 2008, Malheiros; MATEUS EDUARDO SIQUEIRA NUNES BERTONCINI, “Princípios de Direito Administrativo Brasileiro”, p. 178/180, item n. 4.5.7, 2002, Malheiros; SÉRGIO FERRAZ, “O princípio da segurança jurídica em face das reformas constitucionais”, “in” Revista Forense, vol. 334/191-210; RICARDO LOBO TORRES, “A Segurança Jurídica e as Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar”, p. 429/445, “in” “Princípios e Limites da Tributação”, coordenação de Roberto Ferraz, 2005, Quartier Latin, v.g.), valendo destacar, por extremamente precisa, a lição de NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY (“Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 715/716, item n. 28, 11ª ed., 2010, RT):

“28. Coisa julgada material e Estado Democrático de Direito. A doutrina mundial reconhece o instituto da coisa julgada material como ‘elemento de existência’ do Estado Democrático de Direito (…). A ‘supremacia da Constituição’ está na própria coisa julgada, enquanto manifestação do Estado Democrático de Direito, fundamento da República (CF 1º ‘caput’), não sendo princípio que possa opor-se à coisa julgada como se esta estivesse abaixo de qualquer outro instituto constitucional. Quando se fala na intangibilidade da coisa julgada, não se deve dar ao instituto tratamento jurídico inferior, de mera figura do processo civil, regulada por lei ordinária, mas, ao contrário, impõe-se o reconhecimento da coisa julgada com a magnitude constitucional que lhe é própria, ou seja, de elemento formador do Estado Democrático de Direito, que não pode ser apequenado por conta de algumas situações, velhas conhecidas da doutrina e jurisprudência, como é o caso da sentença injusta, repelida como irrelevante (…) ou da sentença proferida contra a Constituição ou a lei, igualmente considerada pela doutrina (…), sendo que, nesta última hipótese, pode ser desconstituída pela ação rescisória (CPC 485 V). (…) O risco político de haver sentença injusta ou inconstitucional no caso concreto parece ser menos grave do que o risco político de instaurar-se a insegurança geral com a relativização (‘rectius’: desconsideração) da coisa julgada.” (grifei)

Importante referir, por oportuno, em face de sua extrema pertinência, a aguda observação de J. J. GOMES CANOTILHO (“Direito Constitucional e Teoria da Constituição”, p. 250, 1998, Almedina):

“Estes dois princípios – segurança jurídica e protecção da confiança – andam estreitamente associados a ponto de alguns autores considerarem o princípio da protecção de confiança como um subprincípio ou como uma dimensão específica da segurança jurídica. Em geral, considera-se que a segurança jurídica está conexionada com elementos objectivos da ordem jurídica – garantia de estabilidade jurídica, segurança de orientação e realização do direito – enquanto a protecção da confiança se prende mais com as componentes subjectivas da segurança,

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designadamente a calculabilidade e previsibilidade dos indivíduos em relação aos efeitos jurídicos dos actos dos poderes públicos. A segurança e a protecção da confiança exigem, no fundo: (1) fiabilidade, clareza, racionalidade e transparência dos actos do poder; (2) de forma que em relação a eles o cidadão veja garantida a segurança nas suas disposições pessoais e nos efeitos jurídicos dos seus próprios actos. Deduz-se já que os postulados da segurança jurídica e da protecção da confiança são exigíveis perante 'qualquer acto' de 'qualquer poder' – legislativo, executivo e judicial.” (grifei)

Impõe-se registrar, ainda, no que concerne à própria controvérsia suscitada nesta causa (necessidade de respeito à autoridade da coisa julgada), que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos, monocráticos ou colegiados, proferidos no Supremo Tribunal Federal (AI 723.357/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 593.160/RN, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. Precatório. Incidência de juros de mora entre a expedição e o pagamento no prazo constitucional. Previsão em sentença transitada em julgado. Exigibilidade. Garantia da coisa julgada material. Jurisprudência assentada. Recurso extraordinário inadmissível. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Sob pretexto de contrariar a jurisprudência, não pode ser descumprida sentença recoberta por coisa julgada material.”

(RE 486.579-AgR-AgR/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei)“COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE,

IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA ‘RES JUDICATA’. ‘TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT’. CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A QUESTÃO DO ALCANCE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 741 DO CPC. MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. RE CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

- A sentença de mérito transitada em julgado só pode ser desconstituída mediante ajuizamento de específica ação autônoma de impugnação (ação rescisória) que haja sido proposta na fluência do prazo decadencial previsto em lei, pois, com o exaurimento de referido lapso temporal, estar-se-á diante da coisa soberanamente julgada, insuscetível de ulterior modificação, ainda que o ato sentencial encontre fundamento em legislação que, em momento posterior, tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, quer em sede de controle abstrato, quer no âmbito de fiscalização incidental de constitucionalidade.

- A decisão do Supremo Tribunal Federal que haja declarado inconstitucional determinado diploma legislativo em que se apóie o título judicial, ainda que impregnada de eficácia ‘ex tunc’, como sucede com os julgamentos proferidos em sede de fiscalização concentrada (RTJ 87/758 – RTJ 164/506-509 – RTJ 201/765), detém-se ante a autoridade da coisa julgada, que traduz, nesse contexto, limite insuperável à força retroativa resultante dos pronunciamentos que emanam, ‘in abstracto’, da Suprema Corte. Doutrina. Precedentes.”

(RE 592.912/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO

REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não obstante a jurisprudência pacífica desta Corte ser no sentido de que, não havendo atraso na satisfação do débito, não incidem juros moratórios entre a data da expedição e a data do efetivo pagamento do precatório, transitou em julgado a sentença, proferida no processo de conhecimento, que estipulou a incidência de juros moratórios até o depósito da integralidade da dívida.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.”(RE 504.197-AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. DESAPROPRIAÇÃO. BENFEITORIAS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. DISPOSITIVOS LEGAIS DECLARADOS INCONSTITUCIONAIS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COISA JULGADA. DESCONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

É certo que esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade de dispositivos que autorizam o pagamento, em espécie, de benfeitorias fora da regra do precatório. Isso não obstante, no caso dos autos, esse pagamento foi determinado por título executivo que está protegido pelo manto da coisa julgada, cuja desconstituição não é possível em sede de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em processo de embargos à execução.

Precedente: RE 443.356-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

Agravo regimental desprovido.”

(RE 473.715-AgR/CE, Rel. Min. AYRES BRITTO – grifei)“Desapropriação: recurso do INCRA contra decisão proferida em

execução, onde se alega impossibilidade do pagamento de benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório: rejeição: preservação da coisa julgada.

Malgrado o Supremo Tribunal Federal tenha se manifestado, por duas vezes, quanto à inconstitucionalidade dos dispositivos legais que autorizam o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório (ADIn 1.187-MC, 09.02.1995, Ilmar; RE 247.866, Ilmar, RTJ 176/976), a decisão recorrida, exarada em processo de execução, tem por fundamento a fidelidade devida à sentença proferida na ação de desapropriação, que está protegida pela coisa julgada a respeito.”

(RE 431.014-AgR/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Cabe ressaltar, finalmente, que esta colenda Segunda Turma, em

recentíssimos julgamentos (MS 28.150-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.399-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.641- -AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO), ao examinar recursos de agravo absolutamente idênticos ao ora em exame, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na decisão objeto do presente recurso.

Sendo assim, e em face das razões expostas, defiro o presente mandado de segurança, para cassar (no que concerne às partes ora impetrantes) os Acórdãos nº 1.838/2005 e nº 1.471/2006, emanados da colenda Primeira Câmara do E. Tribunal de Contas da União.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão à Presidência do E. Tribunal de Contas da União, bem assim à Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.669 (400)ORIGEM : MS - 28669 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : PAULO CESAR SABINOADV.(A/S) : MÁRCIO LOCKS FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APRECIAÇÃO, PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, DA LEGALIDADE DO ATO DE CONCESSÃO INICIAL DE APOSENTADORIA. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO QUE RECONHECE A INCORPORAÇÃO, À REMUNERAÇÃO DA PARTE IMPETRANTE, DA VANTAGEM PECUNIÁRIA QUESTIONADA PELO TCU. INTEGRAL OPONIBILIDADE DA “RES JUDICATA” AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE, IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA “RES JUDICATA”. “TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT”. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO, NOTADAMENTE EM SEDE ADMINISTRATIVA, DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DA AUTORIDADE DA COISA JULGADA. PRECEDENTES. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONSOLIDADA QUANTO À MATÉRIA VERSADA NA IMPETRAÇÃO. POSSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DE O RELATOR DA CAUSA MANDAMENTAL DECIDIR, EM ATO SINGULAR, A CONTROVÉRSIA JURÍDICA. COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DELEGADA EM SEDE REGIMENTAL, PELA SUPREMA CORTE (RISTF, ART. 205, “CAPUT”, NA REDAÇÃO DADA PELA ER Nº 28/2009). MANDADO DE SEGURANÇA DEFERIDO.

- O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557) nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença revestida da autoridade da coisa julgada (RTJ 194/594), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (MS 23.665/DF, v.g.), pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes.

- A norma inscrita no art. 474 do CPC impossibilita a instauração de nova demanda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com

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fundamento em novas alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade prática que o informa – absorve, necessariamente, “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser” (LIEBMAN), mas não o foram.

A autoridade da coisa julgada em sentido material estende-se, por isso mesmo, tanto ao que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo (“tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”). Aplicação, ao caso, do art. 474 do CPC. Doutrina. Precedentes.

DECISÃO: Registro, preliminarmente, por necessário, que o Supremo Tribunal Federal, mediante edição da Emenda Regimental nº 28, de 18 de fevereiro de 2009, delegou expressa competência ao Relator da causa, para, em sede de julgamento monocrático, denegar ou conceder a ordem de mandado de segurança, desde que a matéria versada no “writ” em questão constitua “objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal” (RISTF, art. 205, “caput”, na redação dada pela ER nº 28/2009).

Ao assim proceder, fazendo-o mediante interna delegação de atribuições jurisdicionais, esta Suprema Corte, atenta às exigências de celeridade e de racionalização do processo decisório, limitou-se a reafirmar princípio consagrado em nosso ordenamento positivo (RISTF, art. 21, § 1º; Lei nº 8.038/90, art. 38; CPC, 544, § 4º) que autoriza o Relator da causa a decidir, monocraticamente, o litígio, sempre que este referir-se a tema já definido em “jurisprudência dominante” no Supremo Tribunal Federal.

Nem se alegue que essa orientação implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

A legitimidade jurídica desse entendimento – que vem sendo observado na prática processual desta Suprema Corte (MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.962/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – decorre da circunstância de o Relator da causa, no desempenho de seus poderes processuais, dispor de plena competência para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, justificando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar (RTJ 139/53 – RTJ 168/174-175 – RTJ 173/948), valendo assinalar, quanto ao aspecto ora ressaltado, que o Plenário deste Tribunal, ao apreciar o MS 27.236-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reafirmou a possibilidade processual do julgamento monocrático do próprio mérito da ação de mandado de segurança, desde que observados os requisitos estabelecidos no art. 205 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 28/2009.

Tendo em vista essa delegação regimental de competência ao Relator da causa, impõe-se reconhecer que a controvérsia mandamental ora em exame ajusta-se à jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise, o que possibilita seja proferida decisão monocrática sobre o litígio em questão.

Trata-se de mandado de segurança impetrado com o objetivo de questionar a validade jurídica de deliberações emanadas do E. Tribunal de Contas da União que, ao apreciar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria à parte ora impetrante, veio a recusar-lhe o concernente registro.

Alega-se, em síntese, que o E. Tribunal de Contas da União teria desrespeitado a autoridade de decisão judicial transitada em julgado que reconheceu, ao autor deste “writ”, o direito à incorporação, à sua remuneração, de determinada vantagem pecuniária.

Passo, desse modo, a examinar a pretensão ora deduzida na presente sede mandamental.

A análise da questão versada no presente “writ” revela que um dos fundamentos em que se apoia a pretensão mandamental em exame tem o beneplácito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, em sucessivos precedentes, tem reconhecido, quer em decisões monocráticas, quer em julgamentos colegiados, ser integralmente oponível, ao E. Tribunal de Contas da União, a autoridade da coisa julgada, cuja eficácia subordinante, desse modo, não poderá ser transgredida por qualquer órgão estatal, inclusive pela própria Corte de Contas (MS 23.758/RJ, Rel. Min. MOREIRA ALVES – MS 24.529-MC/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 24.569-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 24.939-MC/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO – MS 25.460/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – MS 26.086/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.088-MC/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – MS 26.132-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.156-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 26.186-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.228-MC/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – MS 26.271-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.387/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MS 26.408/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 26.443-MC/MA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 27.374-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.551-MC/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MS 27.575-MC/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MS 27.649/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MS 27.732-MC/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MS 28.150-MC-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.572-MC- -AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. APOSENTADORIA. REGISTRO. VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DETERMINAÇÃO À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARA SUSPENDER O PAGAMENTO DA PARCELA. IMPOSSIBILIDADE.

1. Vantagem pecuniária incluída nos proventos de aposentadoria de servidor público federal, por força de decisão judicial transitada em julgado. Impossibilidade de o Tribunal de Contas da União impor à autoridade administrativa sujeita à sua fiscalização a suspensão do respectivo pagamento. Ato que se afasta da competência reservada à Corte de Contas (CF, artigo 71, III).

2. Ainda que contrário à pacífica jurisprudência desta Corte, o reconhecimento de direito coberto pelo manto da ‘res judicata’ somente pode ser desconstituído pela via da ação rescisória.

Segurança concedida.”(MS 23.665/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Pleno – grifei)Vê-se, pois, que o E. Tribunal de Contas da União não dispõe,

constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença impregnada da autoridade da coisa julgada (AI 471.430-AgR/DF, Rel. Min. EROS GRAU), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal, pois a “res judicata”, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. SERVIDOR PÚBLICO: VANTAGEM DEFERIDA POR SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. TRIBUNAL DE CONTAS: DETERMINAÇÃO NO SENTIDO DA EXCLUSÃO DA VANTAGEM. COISA JULGADA: OFENSA. CF, art. 5º, XXXVI.

.......................................................................................................II. - Vantagem pecuniária, incorporada aos proventos de

aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vantagem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória.

III. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal.IV. - (...) Mandado de Segurança conhecido e deferido

relativamente ao servidor atingido pela decisão do TCU.”(RTJ 194/594, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei)É importante rememorar, no ponto, o alto significado de que se

reveste, em nosso sistema jurídico, o instituto da “res judicata”, que constitui atributo específico da jurisdição e que se revela pela dupla qualidade que tipifica os efeitos emergentes do ato sentencial: a imutabilidade, de um lado, e a coercibilidade, de outro.

Esses atributos que caracterizam a coisa julgada em sentido material, notadamente a imutabilidade dos efeitos inerentes ao comando sentencial, recebem, diretamente, da própria Constituição, especial proteção destinada a preservar a inalterabilidade dos pronunciamentos emanados dos Juízes e Tribunais, criando, desse modo, situação de certeza, de estabilidade e de segurança para as relações jurídicas.

É por essa razão que HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/539-540, item n. 509, 51ª ed., 2010, Forense), discorrendo sobre o fundamento da autoridade da coisa julgada, esclarece que o legislador, ao instituir a “res judicata”, objetivou atender, tão-somente, “uma exigência de ordem prática (...), de não mais permitir que se volte a discutir acerca das questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciário”, expressando, desse modo, a verdadeira razão de ser do instituto em questão: preocupação em garantir a segurança nas relações jurídicas e em preservar a paz no convívio social.

Mostra-se tão intensa a intangibilidade da coisa julgada, considerada a própria disciplina constitucional que a rege, que nem mesmo lei posterior – que haja alterado (ou, até mesmo, revogado) prescrições normativas que tenham sido aplicadas, jurisdicionalmente, na resolução do litígio – tem o poder de afetar ou de desconstituir a autoridade da coisa julgada.

Daí o preciso magistério de JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/329, item n. 687, 2ª ed./2ª tir., 2000, Millennium Editora) em torno das relações entre a coisa julgada e a Constituição:

“A coisa julgada cria, para a segurança dos direitos subjetivos, situação de imutabilidade que nem mesmo a lei pode destruir ou vulnerar – é o que se infere do art. 5º, XXXVI, da Lei Maior. E sob esse aspecto é que se pode qualificar a ‘res iudicata’ como garantia constitucional de tutela a direito individual.

Por outro lado, essa garantia, outorgada na Constituição, dá mais ênfase e realce àquela da tutela jurisdicional, constitucionalmente consagrada, no art. 5º, XXXV, para a defesa de direito atingido por ato lesivo, visto que a torna intangível até mesmo em face de ‘lex posterius’, depois que o Judiciário exaure o exercício da referida tutela, decidindo e compondo a lide.” (grifei)

Não custa enfatizar, de outro lado, na perspectiva da eficácia preclusiva da “res judicata”, que, em sede de execução, não mais se justifica

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a renovação do litígio que foi objeto de resolução no processo de conhecimento, especialmente quando a decisão que apreciou a controvérsia apresenta-se revestida da autoridade da coisa julgada, hipótese em que, nos termos do art. 474 do CPC, “reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor (...) à rejeição do pedido” (grifei).

Cabe ter presente, neste ponto, a advertência da doutrina (NELSON NERY JUNIOR/ROSA MARIA ANDRADE NERY, “Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 739, item n. 1, 11ª ed., 2010, RT), cujo magistério – em lição plenamente aplicável ao caso ora em exame – assim analisa o princípio do “tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat”:

“Transitada em julgado a sentença de mérito, as partes ficam impossibilitadas de alegar qualquer outra questão relacionada com a lide sobre a qual pesa a autoridade da coisa julgada. A norma reputa repelidas todas as alegações que as partes poderiam ter feito na petição inicial e contestação a respeito da lide e não o fizeram (alegações deduzidas e dedutíveis (…). Isto quer significar que não se admite a propositura de nova demanda para rediscutir a lide, com base em novas alegações. A este fenômeno dá-se o nome de eficácia preclusiva da coisa julgada.” (grifei)

Esse entendimento – que sustenta a extensão da autoridade da coisa julgada em sentido material tanto ao que foi efetivamente arguido quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo – também encontra apoio no magistério doutrinário de outros eminentes autores, tais como HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (“Curso de Direito Processual Civil”, vol. I/550-553, itens ns. 516/516-a, 51ª ed., 2010, Forense), VICENTE GRECO FILHO (“Direito Processual Civil Brasileiro”, vol. 2/267, item n. 57.2, 11ª ed., 1996, Saraiva), MOACYR AMARAL SANTOS (“Primeiras Linhas de Direito Processual Civil”, vol. 3/56, item n. 754, 21ª ed., 2003, Saraiva), EGAS MONIZ DE ARAGÃO (“Sentença e Coisa Julgada”, p. 324/328, itens ns. 224/227, 1992, Aide) e JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. III/332, item n. 689, 2ª ed., 2000, Millennium Editora).

Lapidar, sob tal aspecto, a autorizadíssima lição de ENRICO TULLIO LIEBMAN (“Eficácia e Autoridade da Sentença”, p. 52/53, item n. 16, nota de rodapé, tradução de Alfredo Buzaid/Benvindo Aires, 1945, Forense), que, ao referir-se ao tema dos limites objetivos da coisa julgada, acentua que esta abrange “tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser”:

“(...) se uma questão pudesse ser discutida no processo, mas de fato não o foi, também a ela se estende, não obstante, a coisa julgada, no sentido de que aquela questão não poderia ser utilizada para negar ou contestar o resultado a que se chegou naquele processo. Por exemplo, o réu não opôs uma série de deduções defensivas que teria podido opor, e foi condenado. Não poderá ele valer-se daquelas deduções para contestar a coisa julgada. A finalidade prática do instituto exige que a coisa julgada permaneça firme, embora a discussão das questões relevantes tenha sido eventualmente incompleta; absorve ela, desse modo, necessariamente, tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser.” (grifei)

A necessária observância da autoridade da coisa julgada representa expressivo consectário da ordem constitucional, que consagra, dentre os vários princípios que dela resultam, aquele concernente à segurança jurídica.

É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já fez consignar advertência que põe em destaque a essencialidade do postulado da segurança jurídica e a consequente imprescindibilidade de amparo e tutela das relações jurídicas definidas por decisão transitada em julgado:

“O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIAIS IRRECORRÍVEIS IMPÕE-SE AO PODER PÚBLICO COMO OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL INDERROGÁVEL.

A exigência de respeito incondicional às decisões judiciais transitadas em julgado traduz imposição constitucional justificada pelo princípio da separação de poderes e fundada nos postulados que informam, em nosso sistema jurídico, a própria concepção de Estado Democrático de Direito.

O dever de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário, notadamente nos casos em que a condenação judicial tem por destinatário o próprio Poder Público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma incontornável obrigação institucional a que não se pode subtrair o aparelho de Estado, sob pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da Constituição da República.

A desobediência a ordem ou a decisão judicial pode gerar, em nosso sistema jurídico, gravíssimas conseqüências, quer no plano penal, quer no âmbito político-administrativo (possibilidade de ‘impeachment’), quer, ainda, na esfera institucional (decretabilidade de intervenção federal nos Estados-membros ou em Municípios situados em Território Federal, ou de intervenção estadual nos Municípios).”

(RTJ 167/6-7, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)O que se revela incontroverso, nesse contexto, é que os

postulados da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da proteção da

confiança, enquanto expressões do Estado Democrático de Direito, mostram-se impregnados de elevado conteúdo ético, social e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas, mesmo as de direito público (RTJ 191/922, Rel. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES), em ordem a viabilizar a incidência desses mesmos princípios sobre comportamentos de qualquer dos Poderes ou órgãos do Estado (os Tribunais de Contas, inclusive), para que se preservem, desse modo, situações consolidadas e protegidas pelo fenômeno da “res judicata”.

Cumpre assinalar, bem por isso, que tal entendimento – que ressalta a íntima vinculação entre o postulado da segurança jurídica, a autoridade da coisa julgada e a própria configuração do Estado Democrático de Direito – encontra apoio em autorizado magistério doutrinário (ALMIRO DO COUTO E SILVA, “Princípios da Legalidade e da Administração Pública e da Segurança Jurídica no Estado de Direito Contemporâneo”, “in” RDP 84/46-63; WEIDA ZANCANER, “Da Convalidação e da Invalidação dos Atos Administrativos”, p. 73/76, item n. 3.5.2, 3ª ed., 2008, Malheiros; HELY LOPES MEIRELLES, “Direito Administrativo Brasileiro”, p. 99/101, item n. 2.3.7, 34ª ed., atualizada por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Emmanuel Burle Filho, 2008, Malheiros; CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 87, item n. 77, e p. 123/125, item n. 27, 26ª ed., 2009, Malheiros; MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, “Direito Administrativo”, p. 87/88, item n. 3.3.15.4, 22ª ed., 2009, Atlas; MARÇAL JUSTEN FILHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 1.097/1.100, itens ns. XVII.1 a XVII.3.1, 4ª ed., 2009, Saraiva; GUSTAVO BINENBOJM, “Temas de Direito Administrativo e Constitucional”, p. 735/740, itens ns. II.2.2 a II.2.2.2, 2008, Renovar; RAQUEL MELO URBANO DE CARVALHO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 78/94, itens ns. 8 a 8.4, 2008, Podium; LÚCIA VALLE FIGUEIREDO, “Curso de Direito Administrativo”, p. 257/260, itens ns. 3.2 a 4, 9ª ed., 2008, Malheiros; MATEUS EDUARDO SIQUEIRA NUNES BERTONCINI, “Princípios de Direito Administrativo Brasileiro”, p. 178/180, item n. 4.5.7, 2002, Malheiros; SÉRGIO FERRAZ, “O princípio da segurança jurídica em face das reformas constitucionais”, “in” Revista Forense, vol. 334/191-210; RICARDO LOBO TORRES, “A Segurança Jurídica e as Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar”, p. 429/445, “in” “Princípios e Limites da Tributação”, coordenação de Roberto Ferraz, 2005, Quartier Latin, v.g.), valendo destacar, por extremamente precisa, a lição de NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY (“Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante”, p. 715/716, item n. 28, 11ª ed., 2010, RT):

“28. Coisa julgada material e Estado Democrático de Direito. A doutrina mundial reconhece o instituto da coisa julgada material como ‘elemento de existência’ do Estado Democrático de Direito (…). A ‘supremacia da Constituição’ está na própria coisa julgada, enquanto manifestação do Estado Democrático de Direito, fundamento da República (CF 1º ‘caput’), não sendo princípio que possa opor-se à coisa julgada como se esta estivesse abaixo de qualquer outro instituto constitucional. Quando se fala na intangibilidade da coisa julgada, não se deve dar ao instituto tratamento jurídico inferior, de mera figura do processo civil, regulada por lei ordinária, mas, ao contrário, impõe-se o reconhecimento da coisa julgada com a magnitude constitucional que lhe é própria, ou seja, de elemento formador do Estado Democrático de Direito, que não pode ser apequenado por conta de algumas situações, velhas conhecidas da doutrina e jurisprudência, como é o caso da sentença injusta, repelida como irrelevante (…) ou da sentença proferida contra a Constituição ou a lei, igualmente considerada pela doutrina (…), sendo que, nesta última hipótese, pode ser desconstituída pela ação rescisória (CPC 485 V). (…) O risco político de haver sentença injusta ou inconstitucional no caso concreto parece ser menos grave do que o risco político de instaurar-se a insegurança geral com a relativização (‘rectius’: desconsideração) da coisa julgada.” (grifei)

Importante referir, por oportuno, em face de sua extrema pertinência, a aguda observação de J. J. GOMES CANOTILHO (“Direito Constitucional e Teoria da Constituição”, p. 250, 1998, Almedina):

“Estes dois princípios – segurança jurídica e protecção da confiança – andam estreitamente associados a ponto de alguns autores considerarem o princípio da protecção de confiança como um subprincípio ou como uma dimensão específica da segurança jurídica. Em geral, considera-se que a segurança jurídica está conexionada com elementos objectivos da ordem jurídica – garantia de estabilidade jurídica, segurança de orientação e realização do direito – enquanto a protecção da confiança se prende mais com as componentes subjectivas da segurança, designadamente a calculabilidade e previsibilidade dos indivíduos em relação aos efeitos jurídicos dos actos dos poderes públicos. A segurança e a protecção da confiança exigem, no fundo: (1) fiabilidade, clareza, racionalidade e transparência dos actos do poder; (2) de forma que em relação a eles o cidadão veja garantida a segurança nas suas disposições pessoais e nos efeitos jurídicos dos seus próprios actos. Deduz-se já que os postulados da segurança jurídica e da protecção da confiança são exigíveis perante 'qualquer acto' de 'qualquer poder' – legislativo, executivo e judicial.” (grifei)

Impõe-se registrar, ainda, no que concerne à própria controvérsia suscitada nesta causa (necessidade de respeito à autoridade da coisa julgada), que o entendimento exposto na presente decisão tem sido

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 79

observado em julgamentos, monocráticos ou colegiados, proferidos no Supremo Tribunal Federal (AI 723.357/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 593.160/RN, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. Precatório. Incidência de juros de mora entre a expedição e o pagamento no prazo constitucional. Previsão em sentença transitada em julgado. Exigibilidade. Garantia da coisa julgada material. Jurisprudência assentada. Recurso extraordinário inadmissível. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Sob pretexto de contrariar a jurisprudência, não pode ser descumprida sentença recoberta por coisa julgada material.”

(RE 486.579-AgR-AgR/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei)“COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE,

IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA ‘RES JUDICATA’. ‘TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT’. CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A QUESTÃO DO ALCANCE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 741 DO CPC. MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. RE CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

- A sentença de mérito transitada em julgado só pode ser desconstituída mediante ajuizamento de específica ação autônoma de impugnação (ação rescisória) que haja sido proposta na fluência do prazo decadencial previsto em lei, pois, com o exaurimento de referido lapso temporal, estar-se-á diante da coisa soberanamente julgada, insuscetível de ulterior modificação, ainda que o ato sentencial encontre fundamento em legislação que, em momento posterior, tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, quer em sede de controle abstrato, quer no âmbito de fiscalização incidental de constitucionalidade.

- A decisão do Supremo Tribunal Federal que haja declarado inconstitucional determinado diploma legislativo em que se apóie o título judicial, ainda que impregnada de eficácia ‘ex tunc’, como sucede com os julgamentos proferidos em sede de fiscalização concentrada (RTJ 87/758 – RTJ 164/506-509 – RTJ 201/765), detém-se ante a autoridade da coisa julgada, que traduz, nesse contexto, limite insuperável à força retroativa resultante dos pronunciamentos que emanam, ‘in abstracto’, da Suprema Corte. Doutrina. Precedentes.”

(RE 592.912/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO

REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não obstante a jurisprudência pacífica desta Corte ser no sentido de que, não havendo atraso na satisfação do débito, não incidem juros moratórios entre a data da expedição e a data do efetivo pagamento do precatório, transitou em julgado a sentença, proferida no processo de conhecimento, que estipulou a incidência de juros moratórios até o depósito da integralidade da dívida.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.”(RE 504.197-AgR/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. DESAPROPRIAÇÃO. BENFEITORIAS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. DISPOSITIVOS LEGAIS DECLARADOS INCONSTITUCIONAIS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COISA JULGADA. DESCONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

É certo que esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade de dispositivos que autorizam o pagamento, em espécie, de benfeitorias fora da regra do precatório. Isso não obstante, no caso dos autos, esse pagamento foi determinado por título executivo que está protegido pelo manto da coisa julgada, cuja desconstituição não é possível em sede de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido em processo de embargos à execução.

Precedente: RE 443.356-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

Agravo regimental desprovido.”(RE 473.715-AgR/CE, Rel. Min. AYRES BRITTO – grifei)“Desapropriação: recurso do INCRA contra decisão proferida em

execução, onde se alega impossibilidade do pagamento de benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório: rejeição: preservação da coisa julgada.

Malgrado o Supremo Tribunal Federal tenha se manifestado, por duas vezes, quanto à inconstitucionalidade dos dispositivos legais que autorizam o pagamento das benfeitorias úteis e necessárias fora da regra do precatório (ADIn 1.187-MC, 09.02.1995, Ilmar; RE 247.866, Ilmar, RTJ 176/976), a decisão recorrida, exarada em processo de execução, tem por fundamento a fidelidade devida à sentença proferida na ação de desapropriação, que está protegida pela coisa julgada a respeito.”

(RE 431.014-AgR/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Cabe ressaltar, finalmente, que esta colenda Segunda Turma, em

recentíssimos julgamentos (MS 28.150-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.399-AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 31.641- -AgR/PB, Rel. Min. CELSO DE MELLO), ao examinar recursos de agravo absolutamente idênticos ao ora em exame, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na decisão objeto do presente recurso.

Sendo assim, e em face das razões expostas, defiro o presente mandado de segurança, para cassar (no que concerne à parte ora impetrante) os Acórdãos nº 2.179/2006 e nº 5.084/2009, emanados da colenda Segunda Câmara do E. Tribunal de Contas da União.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão à Presidência do E. Tribunal de Contas da União, bem assim à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de Santa Catarina.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 32.040 (401)ORIGEM : Ato Normativo - 0006232720112000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS DO BRASIL -

AJUFE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ SOUZA DA SILVEIRAADV.(A/S) : SÉRGIO BERMUDESIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Tendo em vista a resposta dada, em 05/11/2013, pelo Conselho Nacional de Justiça à consulta formulada por Rodrigo Nunes Gurgel (Consulta nº 000.1801-24.2013.2.00.0000, Relatora Conselheira Gisela Gondin Ramos, DJe de 08/11/2013), manifestem-se os ora impetrantes sobre eventual prejudicialidade da presente ação mandamental.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.165 (402)ORIGEM : MS - 32165 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : SÍLVIO NAMEADV.(A/S) : GERALD KOPPE JUNIOR E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado com o objetivo de questionar a validade jurídica de ato que, fundado em determinação emanada do eminente Ministro GILSON DIPP, então Corregedor Nacional de Justiça, ordenou (a) fosse declarada a vacância da serventia extrajudicial titularizada pela parte impetrante e (b) incidisse, sobre a renda dos serviços prestados no desempenho da delegação notarial/registral, a limitação correspondente a 90,25% do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 37, XI, na redação dada pela EC 41/2003).

Cabe analisar, preliminarmente, questão concernente à ocorrência, ou não, na espécie, da decadência do direito de impetrar mandado de segurança, considerada a data do ato ora impugnado nesta sede mandamental.

E, ao fazê-lo, verifico, conforme destacado pelo próprio impetrante, que o ato ora questionado foi publicado no dia 12/07/2010.

Ocorre, no entanto, que este mandado de segurança foi recebido, eletronicamente, na Secretaria Judiciária desta Suprema Corte, apenas em 03/07/2013, quando já superado – há muito tempo – o prazo decadencial a que se refere o art. 23 da Lei nº 12.016/2009.

Forçoso concluir, desse modo, que se operou, na espécie, em virtude da consumação da decadência, a extinção do direito de impetrar, em tempo oportuno, o mandado de segurança ora utilizado contra o ato estatal em causa.

Cumpre advertir, por necessário, que o preceito inscrito no art. 23 da Lei nº 12.016/2009 – que delimita o âmbito temporal de impetração do mandado de segurança – não ostenta qualquer eiva de inconstitucionalidade. Foi por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, ao analisar o art. 18 da revogada Lei nº 1.533/51 (que foi fielmente reproduzido pelo art. 23 da Lei nº 12.016/2009), veio a proclamar, em reiteradas decisões, a recepção dessa norma legal pela vigente Constituição da República (RTJ 142/161 – RTJ 156/506):

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 80

“Não ofende a Constituição a norma legal que estipula prazo para a impetração do mandado de segurança. A circunstância de a Constituição da República nada dispor sobre a fixação de prazo para efeito de ajuizamento da ação mandamental não inibe o legislador de definir um lapso de ordem temporal em cujo âmbito o ‘writ’ deve ser oportunamente impetrado.”

(RTJ 145/186, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- Com o decurso, ‘in albis’, do prazo decadencial de 120 dias, a

que se refere o art. 18 da Lei nº 1.533/51 – cuja constitucionalidade foi reafirmada pelo Supremo Tribunal Federal (RTJ 142/161 – RTJ 145/186 – RTJ 156/506) –, extingue-se, de pleno direito, a prerrogativa de impetrar mandado de segurança.”

(RTJ 177/774-775, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Cabe registrar, ainda, por relevante, que essa orientação

jurisprudencial acha-se, presentemente, consolidada na Súmula 632 desta Suprema Corte, cujo enunciado assim dispõe: “É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança” (grifei).

Impende assinalar, finalmente, que, segundo reconhece esta Corte (RTJ 126/945 – RTJ 177/774-775, v.g.), a extinção do direito de impetrar o “writ” constitucional em questão não afeta nem compromete o direito material eventualmente titularizado pelo autor da ação mandamental, a quem fica assegurado, por isso mesmo, o acesso às vias ordinárias:

“MANDADO DE SEGURANÇA – PRAZO DECADENCIAL (LEI Nº 1533/51, ART. 18) – CONSUMAÇÃO (...) – RECURSO IMPROVIDO.

- Não se conhece de mandado de segurança quando impetrado fora do prazo decadencial a que se refere o art. 18 da Lei nº 1533/51.

A extinção do direito de impetrar o ‘writ’ constitucional não gera a extinção do direito material eventualmente titularizado pelo impetrante, a quem se reconhece, em conseqüência, observadas as normas legais, a possibilidade de acesso às vias processuais ordinárias.”

(RTJ 158/846, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e considerando as razões expostas, não conheço da

presente ação de mandado de segurança, restando prejudicada, em consequência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.258 (403)ORIGEM : MS - 32258 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA

REPÚBLICA - ANPRADV.(A/S) : THAÍS DE MARTINS QUEIROZIMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Solicitem-se prévias informações à autoridade ora apontada como coatora.

2. Dê-se ciência ao eminente Senhor Advogado-Geral da União, em sua condição de representante da União Federal (Lei Complementar nº 73/93, art. 4º, III, e art. 38, c/c o art. 7º, II, da Lei nº 12.016/2009 e o art. 6º, “caput”, da Lei nº 9.028/95).

Uma vez prestadas tais informações, apreciarei, então, o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.444 (404)ORIGEM : MS - 32444 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : HILMA REJANE ALVES DE OLIVEIRA RAMOSADV.(A/S) : ILANA FLÁVIA CAVALCANTI SILVAIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Preliminarmente, notifique-se a autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009). Paralelamente, dê-se ciência do feito à Advocacia-Geral da União nos termos do art. 7º, II, da Lei 12.016/2009.

Após, encaminhe-se os autos à Procuradoria-Geral da República, para elaboração de parecer.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 32.454 (405)ORIGEM : PROC - 00057569720122000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : WEMBLEY ALEJANDRO GARCIA CAMPOSADV.(A/S) : UILTON ARAUJO SOUZA JUNIOR E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : CORREGEDORA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Verifico que a Petição 57940/2013-STF, embora equivocadamente juntada por seu subscritor a este MS 32.454/DF, já baixado ao Arquivo desde 6/11/2013, diz respeito ao MS 32.451/DF, também de minha relatoria, conforme expressamente indicado na epígrafe da referida peça.

Isso posto, determino o desentranhamento da petição acima mencionada dos autos deste processo, juntando-a, em ato contínuo, ao MS 32.451/DF.

Após, rearquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MANDADO DE SEGURANÇA 32.491 (406)ORIGEM : PCA - 00062112820132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOAB E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : RELATOR DO PCA Nº 0006211282013200000 DO

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Defiro o ingresso da União no feito, conforme requerido (Petição 58010/2013-STF). À Secretaria para as providências.

Notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009).

Após, ouça-se a Procuradoria Geral da República quanto ao mérito deste mandado de segurança, bem como em relação ao agravo regimental interposto pela União contra o deferimento do pedido de liminar (arts. 103, § 1º, da Constituição Federal, e 52, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.535 (407)ORIGEM : MS - 32535 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ENICILDO DEL DUCCAS MENDONCAADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTROADV.(A/S) : RAQUEL CRISTINA RIEGERIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.

REGISTRO DE APOSENTADORIA. VANTAGEM PECUNIÁRIA (28,86%). SUPRESSÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO À COISA JULGADA. LIMINAR DEFERIDA. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Mandado de segurança impetrado em 31.10.2013 por Enicildo Del

Duccas Mendonça, contra acórdão do Presidente da 1ª Câmara do Tribunal de Contas da União que, ao examinar o registro de aposentadoria do Impetrante, determinou a cessação no pagamento alusivo ao valor de parcela pecuniária no percentual de 28,86% (Acórdão n. 5.856/2013-TCU-1ª Câmara, Processo n. 005.527/2013-9).

O caso2. Narra o Impetrante que a seção mato-grossense do Sindicato

Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) obteve provimento da ação ajuizada em substituição aos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na qual se discutiu a incorporação do índice de 28,86% à remuneração da classe, decorrente dos efeitos pecuniários das Leis ns. 8.622 e 8627, de 1993, tendo ocorrido a coisa julgada em 6.3.1996 (Processo n. 94.0002414-2, 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 81

Noticia que a ação rescisória ajuizada pela instituição de ensino superior transitou em julgado em 12.3.2013, sem alteração na decisão rescindenda.

Afirma que, no exame da legalidade do registro de sua aposentadoria, “em evidente desconsideração às inúmeras decisões do Poder Judiciário, com o agravante de já se ter operado o trânsito em julgado da ação rescisória da UFMT, a Eg. 1ª Câmara do TCU houve por bem determinar a imediata supressão do pagamento da parcela relativa ao percentual de 28,86% dos contracheques do servidor ora Impetrante, em indescritível violência ao ordenamento jurídico vigente” (fl. 9).

3. Daí o presente mandado de segurança, no qual o Impetrante sustenta o transcurso do prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei n. 9.784/1999 para a Administração Pública rever seus próprios atos, asseverando que, “embora a aposentadoria seja ato complexo, que somente se aperfeiçoa com o controle externo da legalidade do ato inicial de concessão da aposentadoria, o cerne do acórdão do TCU não se refere à legalidade da concessão da aposentadoria (...) mas sim na incorporação do referido índice aos vencimentos/proventos do Impetrante, [sendo] clarividente que sua revisão pela própria Administração Pública deve observar o prazo decadencial estabelecido na lei” (fl. 10).

Alega ofensa à coisa julgada e ao direito adquirido à incorporação afastada pelo Impetrado, citando precedentes que reputa favoráveis à sua tese.

Argumenta que a decisão transitada em julgado “não limitou o reconhecimento do direito à incorporação do índice a uma única parcela ou apenas aos servidores em atividade[, não havendo] que se falar em absorção do direito ao índice por posteriores reajustes/reestruturações, ante a clareza de r. sentença, que, sem deixar qualquer espaço para dúvidas, reconheceu como devido o direito do Impetrante à incorporação do índice de 28,86%, a partir de janeiro de 1993” (fl. 19, grifos no original).

Assevera que “tampouco pode prosperar o argumento de que, não tendo a r. sentença consignado que o direito em questão deve viger ad aeternum, seria suficiente para pressupor que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário existiria apenas por tempo limitado[, pois] a obviedade de que a sentença não foi exarada para viger por curta duração torna despicienda a explicitação de que sua eficácia se protrai por tempo indeterminado, e que, portanto, seus efeitos não podem ser limitados ao alvedrio do TCU” (fl. 19).

Sustenta, ainda, violação aos princípios da separação dos poderes, da segurança jurídica, da boa fé e da proteção à confiança dos administrados.

4. Requer liminar “para suspender os efeitos do Acórdão nº 5856/2013, originário da Eg. 1ª Câmara do TCU, proferido na sessão de 27.8.2013, nos autos do Processo nº 005.527/2013-9, na parte em que determinou à UFMT que adote imediatas medidas para a supressão do percentual de 28,86% dos contracheques do Impetrante, bem como para determinar ao Impetrado que se abstenha de praticar quaisquer atos tendentes a diminuir, suspender e/ou retirar dos proventos do Impetrante a parcela referente ao percentual de 28,86% de seus contracheques, e/ou que implique na devolução dos valores recebidos por força de decisão transitada em julgado, até o julgamento final deste writ” (fl. 29).

Afirma, para tanto, “a iminente supressão desta importante e significativa parcela” (fl. 24), acarretando “incomensurável prejuízo ao sustento do Impetrante, de forma que o eventual indeferimento da liminar pode resultar na ineficácia da medida ao final deferida, tendo em vista a natureza eminentemente alimentar da verba discutida, a representar parte considerável de suas remunerações (28,86%), percebida por mais de uma década” (fl. 25).

No mérito, pede a confirmação da liminar.5. Distribuído, o mandado de segurança veio-me em conclusão em

4.11.2013.6. Na mesma data, o Impetrante procedeu a regularização da sua

representação processual (Petição n. 55.847/2013).Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.7. Para deferir a medida liminar em mandado de segurança, o art. 7º,

inc. III, da Lei n. 12.016/2009 e art. 203, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal exigem a conjugação de relevante fundamento e a circunstância de que do ato impugnado possa resultar a ineficácia da medida caso essa venha a ser deferida somente ao final. Na espécie, os requisitos estão presentes.

8. Em julho de 1994, a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior e a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso ajuizaram a “Ação Ordinária de Incorporação Acumulada com Cobrança” n. 94.0002414-2 e pediram fosse a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso condenada a reajustar os vencimentos dos [seus substituídos] em 28,87% e 45% com a incorporação imediata em folha de pagamento, por obediência aos mandamentos do artigo 37, X, da ‘Lex Mater” (fl. 16 da prova 1).

Em 28.11.1995, o juízo Federal da 3ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso, julgou procedente a ação ordinária ajuizada para “reconhecer como devido aos professores da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso, representados pela ANDES, o aumento salarial de 28,86%, a partir de janeiro de 1993, condenando a Ré a pagar-lhes a diferença salarial daí resultante, devidamente atualizada, acrescida de juros moratórios, a partir da citação, e sobre aquele montante corrigido” (fl. 7 da prova 2).

Essa decisão transitou em julgado em 6.3.1996 (fl. 10 da prova 2).9. Conforme realcei ao deferir a liminar pleiteada em precedente

citado pelo Impetrante (Mandado de Segurança n. 31.348), a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o Tribunal de Contas da União não pode determinar a supressão de vantagem incluída em proventos por decisão judicial com trânsito em julgado (por exemplo, Mandado de Segurança n. 23.665/DF, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Plenário, DJ 20.9.2002; e Mandado de Segurança n. 25.009/DF, Relator o Ministro Carlos Velloso, Plenário, DJ 29.4.2005), razão pela qual relevantes os fundamentos arguidos no presente mandado de segurança a justificar o deferimento da medida liminar.

Ademais, o seu indeferimento poderá resultar na ineficácia da medida caso essa venha a ser concedida a segurança, pelos descontos a serem suportados pelo Impetrante em seus proventos, de natureza alimentar.

10. Registro que, mais recentemente, este Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento do Mandado de Segurança n. 23.394/DF, impetrado por professores aposentados da Universidade Federal do Piauí, contra decisão do Tribunal de Contas da União que considera ilegal a incorporação do reajuste de 26,05% referente à Unidade de Referência de Preços – URP aos proventos.

Os Ministros Sepúlveda Pertence, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa votaram pela concessão da ordem por entenderem que o Tribunal de Contas da União não poderia ter determinado a supressão de parcelas concedidas por decisão judicial transitada em julgado. Os Ministros Marco Aurélio e Ellen Gracie votaram pela denegação da ordem sustentando a inexistência de ofensa à coisa julgada.

11. Ressalto, ainda, que no Mandado de Segurança n. 31.099/DF, em que também são Impetrantes professoras da Universidade Federal de Mato Grosso beneficiadas pela sentença proferida na Ação Ordinária n. 94.0002412-2, o então Presidente deste Supremo Tribunal Federal, Ministro Cezar Peluso, deferiu a medida liminar requerida para suspender acórdão do Tribunal de Contas da União que determinava a exclusão do pagamento de 28,86% dos proventos das Impetrantes.

No mesmo sentido, a liminar deferida pelo Ministro Celso de Mello, no exercício da Presidência deste Supremo Tribunal (art. 37, inc. I, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), no Mandado de Segurança n. 32.182, assim ementada:

“EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APRECIAÇÃO, PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, DA LEGALIDADE DO ATO DE CONCESSÃO INICIAL DE APOSENTADORIA. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO QUE RECONHECE A INCORPORAÇÃO, À REMUNERAÇÃO DA PARTE IMPETRANTE, DA VANTAGEM PECUNIÁRIA QUESTIONADA PELO TCU. INTEGRAL OPONIBILIDADE DA ‘RES JUDICATA’ AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL. INDISCUTIBILIDADE, IMUTABILIDADE E COERCIBILIDADE: ATRIBUTOS ESPECIAIS QUE QUALIFICAM OS EFEITOS RESULTANTES DO COMANDO SENTENCIAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL QUE AMPARA E PRESERVA A AUTORIDADE DA COISA JULGADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E DE SEGURANÇA JURÍDICAS. VALORES FUNDAMENTAIS INERENTES AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA ‘RES JUDICATA’. ‘TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT’. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO, NOTADAMENTE EM SEDE ADMINISTRATIVA, DE CONTROVÉRSIA JÁ APRECIADA EM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO, AINDA QUE PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSEQUENTE IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DA AUTORIDADE DA COISA JULGADA. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.

- O Tribunal de Contas da União não dispõe, constitucionalmente, de poder para rever decisão judicial transitada em julgado (RTJ 193/556-557) nem para determinar a suspensão de benefícios garantidos por sentença revestida da autoridade da coisa julgada (RTJ 194/594), ainda que o direito reconhecido pelo Poder Judiciário não tenha o beneplácito da jurisprudência prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal (MS 23.665/DF, v.g.), pois a ‘res judicata’, em matéria civil, só pode ser legitimamente desconstituída mediante ação rescisória. Precedentes.

- A norma inscrita no art. 474 do CPC impossibilita a instauração de nova demanda para rediscutir a controvérsia, mesmo que com fundamento em novas alegações, pois o instituto da coisa julgada material – considerada a finalidade prática que o informa – absorve, necessariamente, ‘tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser’ (LIEBMAN), mas não o foram.

A autoridade da coisa julgada em sentido material estende-se, por isso mesmo, tanto ao que foi efetivamente arguido pelas partes quanto ao que poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo (‘tantum judicatum quantum disputatum vel disputari debebat ’ ). Aplicação, ao caso, do art. 474 do CPC. Doutrina. Precedentes” (DJe 2.8.2013).

12. Pelo exposto, defiro a medida liminar para suspender os efeitos do Acórdão n. 5.856/2013 proferido pela Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União no Processo n. 005.527/2013-9, no ponto em que determinou a cessação do pagamento alusivo ao valor de parcela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 82: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 82

pecuniária de 28,86%.Enfatizo que o deferimento desta medida liminar não constitui

antecipação do julgamento do mérito da ação, não constitui direito e não consolida situação remuneratória. Cumpre-se por ela apenas o resguardo de situação a ser solucionada no julgamento de mérito, a fim de que não se frustrem os objetivos da ação.

13. Intime-se a Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 7º, inc. II, da Lei n. 12.016/2009.

14. Vista ao Procurador-Geral da República (art. 12 da Lei n. 12.016/2009 e art. 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.563 (408)ORIGEM : MS - 00159647820134013600 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOBRESADV.(A/S) : DÉBORA SIMONE ROCHA FARIA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDEADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Entendo necessária a vinda de prévias informações, antes de decidir o pleito liminar.

Isso posto, requisito-as à autoridade apontada como coatora.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.566 (409)ORIGEM : TC - 00924120108 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ARY VICENTE DE SANTANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO IVO DA SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Entendo necessária a vinda de prévias informações, antes de decidir o pleito liminar.

Isso posto, requisito-as à autoridade apontada como coatora.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.567 (410)ORIGEM : PROC - 00022013820132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOIMPTE.(S) : MÁRIO ALBERTO SIMÕES HIRS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO : Notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações. Na

sequência, decidirei sobre o pedido de medida liminar.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

PETIÇÃO 4.945 (411)ORIGEM : PROC - 30352420114013813 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : W DE AADV.(A/S) : ALOISIO AUGUSTO CORDEIRO DE AVILA E OUTRO(A/

S)REQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Cuida-se de pedido de restituição de coisa apreendida (R$ 32.810,00), formulado por Walter de Almeida, nos autos da Operação João de Barro (INQ n. 2.427/MG).

Inicialmente, o pedido foi dirigido ao Juízo da 2ª Vara Federal de Governador Valadares/MG, nos autos da Ação Penal nº 3035-24.2011.4.01.3813 (distribuído por dependência ao Processo n. 2006.38.13.006.401-6), sob o fundamento de “que a coisa apreendida não interessa ao processo, aliado ao fato de que o requerente não possui qualquer relação com os supostos delitos e, especialmente que o requerente está necessitando da referida importância” (fl. 1).

Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal assim opinou:“De início, consigna o Ministério Público Federal que o feito encontra-

se precariamente instruído.Com efeito, sequer foi mencionado nestes autos que o requerente

ocupou o cargo de Prefeito Municipal de Coroaci-MG, o que somente foi verificado pelo Ministério Público Federa em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral, que segue anexa.

Também não há nos autos elementos ligados à renda do requerente, a fim de demonstrar a origem lícita dos valores apreendidos.

De todo modo, frisa o Ministério Público Federal que o documento de f. 25, da lavra do Excelentíssimo Ministro do Supremo Tribunal Federal Cezar Peluso, é expresso em afirmar que é ele a autoridade responsável por eventual liberação das quantias apreendidas. Assim, não deve esse juízo apreciar o pedido formulado pelo requerente, mas sim extinguir o feito sem exame do mérito ou, ao menos, remetê-lo ao Supremo Tribunal Federal para análise.

No mérito, caso a tanto se chegue, há de se notar que é no mínimo estranho que se encontre a vultosa quantia de R$ 32.380,00 na própria residência de uma pessoa – circunstância jamais explicada pelo requerente.

Soma-se a isso o fato de que diversas outras pessoas envolvidas na Operação João de Barro – posteriormente denunciadas – foram encontradas em situação similar à do requerente, isto é, na posse de grandes valores.

Ademais, é importante observar que parte das investigações referentes à Operação João de Barro ainda não foi concluída, em razão da grande complexidade das investigações. Assim, o simples fato de o requerente não ter sido denunciado não significa que não é investigada e que não virá a ser denunciado.

Conclui-se, dessarte, que há interesse na manutenção da apreensão, uma vez que é possível (ou até provável) que o dinheiro em questão seja proveito de crime, o que fará com que seja perdido em favor da União em uma futura sentença penal condenatória, nos termos do art. 91, II, a, do Código Penal.

Havendo interesse na manutenção da apreensão, a restituição é inviável, conforme disposto no art. 118 do Código de Processo Penal.”

O Juiz Federal Substituto, Flávio Bittencourt de Souza, acolheu a manifestação ministerial e determinou a remessa dos autos a esta Corte, sob o fundamento de que, “à época da deflagração da Operação J. B., foi enfático ao afirmar, no ofício n. 4220/R de fl. 25, que era autoridade responsável por qualquer liberação das quantias já existentes o que venham a ser depositadas na conta vinculada do aludido procedimento criminal”.

Em 9.5.2012, esta petição foi distribuída por prevenção ao Inquérito n. 2.427/MG – autos redistribuídos a minha relatoria, nos termos do art. 38 do RISTF, em 4.10.2010.

Encaminhados os autos à Procuradoria-Geral da República, foi apresentada manifestação de fls. 62-64, em síntese, opinando pela devolução dos autos ao Juízo Federal da Subseção Judiciária de Governador Valares/MG, porquanto houve o desmembramento da investigação, permanecendo nesta Corte apenas os fatos relacionados às autoridades com prerrogativa de foro.

Determinei a expedição de ofícios para verificar a existência/permanência do depósito judicial da quantia (fls. 67, 72 e 79).

Decido.Em que pese a precária instrução inicial dos autos, logrou-se verificar

que, dentre as várias diligências determinadas no bojo da Operação “João de Barro” - INQ 2.427/MG, foi determinada a busca e apreensão, na residência do ora requerente, de dinheiro, documentos e computadores relacionados à prática dos delitos sob investigação (fl. 40).

Em cumprimento às diligências, foi apreendida a importância de R$ 32.380,00 (trinta e dois mil, trezentos e oitenta reais) (fls. 21-22), que foi depositada na Caixa Econômica Federal (fls. 88-89).

É fato, também, que em ofício datado de 26.6.2008, encaminhado ao Presidente da CEF, o então Relator, Min. Cezar Peluso, foi enfático ao afirmar ser a autoridade responsável “por qualquer eventual liberação das quantias já existentes, ou que venham a ser depositadas, na mencionada conta” vinculada ao referido inquérito (fl. 25).

Contudo, conforme destacado pelo Procurador-Geral da República, o pleito de restituição não deve ser analisado por esta Corte, tendo em vista o desmembramento dos autos com a fixação da competência no Supremo Tribunal para processamento e julgamento, apenas, aos acusados detentores de foro por prerrogativa de função.

Aliás, com base nesse entendimento, por diversas vezes, o então relator, Min. Cezar Peluso, já havia decido os diversos pedidos de restituição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 83

de coisa apreendida. Por oportuno, transcrevo excerto da decisão proferida nos autos apartados em Petição 3.863/MG (decisão proferida em 17.9.2009, fls. 6.042-6.043, vol. 24, da PETIÇÃO n. 3.863/MG):

“O Inquérito nº 2006.38.13.00.006401-6, em trâmite junto à 2ª Vara da Subseção Judiciária de Governador Valadares/MG, originou-se em razão do desmembramento das investigações perpetradas, nos autos da PET nº 3.683, em relação aos acusados não detentores do foro especial por prerrogativa de função.

Diante do superveniente desmembramento da PET nº 3.683, posto o mandado de busca e apreensão tenha origem nesta Corte, tenho por evidente que o pedido de restituição deve ser apreciado no juízo competente para o prosseguimento da causa.

É que, embora a requerente sustente que os bens apreendidos tenham aparência de produto direto do crime objeto das investigações, como bem móvel, poderia, se o caso, ser sequestrado ou arrestado (arts. 125, 132 e 137, todos do Código Penal), a juízo da autoridade competente.”

Ademais, não se pode olvidar, como observado na manifestação do Ministério Público Federal, atuante na primeira instância, que “parte das investigações referentes à Operação João de Barro ainda não foi concluída, em razão da grande complexidade das investigações” e que “o simples fato de o requerente não ter sido denunciado não significa que não é investigado e que não virá a ser denunciado”.

Calha observar, conforme se verifica no sítio eletrônico do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que o requerente possui quatro ações penais em curso, sendo duas na 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Governador Valadares/MG (Ação Penal n. 0008211-47.2012.1.01.3813 e n. 0009468-10.2012.4.01.3813) e duas na 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Governador Valadares/MG (Ação Penal n. 0008173-35.2012.4.01.3813 e n. 0003649-58.2013.4.01.3813) – onde tramita, inclusive, a Ação Penal nº 3035-24.2011.4.01.3813, originada do Processo n. 2006.38.13.006.401-6.

Dessarte, acolho a manifestação do Procurador-Geral da República no sentido da devolução dos autos ao Juízo da 2ª Vara da Subseção Judiciária de Governador Valadares/MG (Ação Penal nº 3035-24.2011.4.01.3813), nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF.

Oficie-se à Presidência da Caixa Econômica Federal para conhecimento e providências que se fizerem necessárias.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 2.456 (412)ORIGEM : RCL - 129379 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MARABÁADV.(A/S) : CARLA FERREIRA ZALOUTH E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARÁINTDO.(A/S) : CONSTRUMIL - CONSTRUTORA E TERRAPLENAGEM

LTDAADV.(A/S) : GILBERTO ALVES

DECISÃORECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE

SEGUIMENTO.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:Em 1º de dezembro de 2003, por meio da decisão de folhas 87 e 88,

Vossa Excelência fez ver:RECLAMAÇÃO – ACÓRDÃO PROFERIDO NO CONTROLE

CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – ALEGAÇÃO DE AFRONTA INDIRETA – LIMINAR – INDEFERIMENTO.

1. O Município de Marabá sustenta que veio a ser executado na quantia de R$ 604.506,77 e que a requisição via precatório ocorreu em 25 de maio de 1993, não havendo notícia de crédito no orçamento referente ao exercício de 1995. Noticia que a Presidência do Tribunal de Justiça do Pará determinara o seqüestro do valor do débito, a ser efetivado em dez parcelas iguais e mensais. Alega, no caso, a transgressão ao contraditório. Menciona a circunstância de não estar em discussão a Instrução Normativa nº 11/97 do Tribunal Superior do Trabalho, alvo da ação direta de inconstitucionalidade em que foi proferido o acórdão supostamente inobservado. Com esteio no que aponta como interpretação elástica do decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.662, pleiteia a suspensão da ordem de seqüestro e, alfim, a procedência do pedido para fulminá-la.

Às folhas 13 e 14, instei o reclamante a juntar o acórdão que se diz desrespeitado e, à folha 81, consignei a necessidade de o profissional da advocacia subscritor da peça inicial declarar a autenticidade das cópias anexadas ao processo, interpretando analogicamente o disposto no artigo 544, § 1º, do Código de Processo Civil. As providências foram implementadas.

2. Deixo para o exame de fundo a exteriorização do entendimento segundo o qual descabe a reclamação considerada a autoridade do que foi decidido em processo objetivo.

No mais, o próprio Município admite que não se faz em jogo a Instrução Normativa nº 11/97 do Tribunal Superior do Trabalho, afastada do cenário jurídico no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade. Evoca a extensão que se tem dado ao julgado, aludindo ao que rotulou como interpretação elástica. Assento a ausência de relevância do pedido formulado. Com base na premissa de não haver o envolvimento do ato normativo fulminado na ação direta de inconstitucionalidade, conclui-se pela inexistência de quadro de excepcionalidade a ditar a concessão de medida acauteladora. O que vem acontecendo é a formalização, a pretexto de buscar-se a autoridade do pronunciamento do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.662, de reclamações a partir de seqüestros de valores públicos, presente a colocação, em plano secundário, da requisição.

3. Indefiro a liminar.4. Ao Pleno, para o referendo deste ato.5. Publique-se.A interessada, na impugnação de folha 99 a 115, sustenta a ausência

de inobservância ao decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.662, porque é diversa a matéria. Argui, com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a competência absoluta e inderrogável da Presidência do Tribunal estadual para a adoção de medidas decorrentes do descumprimento de ofício requisitório. Articula com a legitimidade do bloqueio de valores. Destaca não haver o ente público interposto embargos à execução de título executivo extrajudicial. Entende incabível o reexame necessário no caso de revelia, possibilitando-se a imediata requisição de pagamento. Postula a declaração de improcedência do pedido.

O Procurador-Geral da República opina pela insubsistência do que pretendido. Assevera a inexistência de identidade material entre o paradigma e a situação concreta.

O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará prestou informações à folha 205 à 210.

A interessada manifestou-se, à folha 291 à 293, pela perda do objeto da reclamação, considerado o desprovimento do reexame necessário, na execução, pelo Tribunal local.

Instado a dizer do prejuízo, o reclamante quedou silente.Solicitados esclarecimentos ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará

acerca do alegado prejuízo, noticiou a interposição de especial e extraordinário, os quais foram inadmitidos. Apontou a pendência de julgamento de agravos de instrumento (folha 314).

A interessada peticionou, à folha 317 à 321, reiterando os argumentos concernentes à improcedência do pedido.

2. Assento, de início, já estar pacificado o entendimento segundo o qual se mostra possível o manuseio da reclamação para buscar-se a eficácia de acórdão prolatado em processo objetivo. Precedente: Reclamação nº 1.722/RJ, relator ministro Celso de Mello, Plenário, acórdão publicado no Diário da Justiça de 13 de maio de 2003.

Percebam as balizas desta reclamação. O ato impugnado consiste em ordem de sequestro determinada pela Presidência do Tribunal estadual ante o não atendimento de ofício requisitório para a inclusão de verba, no orçamento do Município, destinada ao pagamento de certo precatório, sem caráter alimentar. Cotejando a situação com o paradigma, vejam o que afirmou o próprio reclamante (folha 6):

17. Por outro lado, o ato impugnado emanado da autoridade reclamante não teve por fundamento os itens da Instrução Normativa 11/97 TST, que é objeto central da ADI 1662.

18. Entretanto, na linha do pensamento externado pelo em. Presidente do STF, Ministro MAURÍCIO JOSÉ CORRÊA ao apreciar pedido de liminar na RECLAMAÇÃO 2102, mesmo que os fundamentos adotados pelas decisões questionadas não anexem similitude com o tema central da ADI 1662, é inegável a afronta daquela decisão, conforme demonstrado nos itens 13 e 14 acima.

Não concorre a pertinência do pedido. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.662, o Supremo apreciou a validade de determinados dispositivos da Instrução Normativa nº 11, de 10 de abril de 1997, do Superior do Trabalho, que não têm relação com o caso concreto. No mais, a discussão de mérito, no processo objetivo, fez-se voltada a precatórios de natureza alimentar. Foi por esse motivo que a ilustrada maioria, ressalvada a óptica pessoal, afastou a preliminar de perda de objeto da ação direta, articulada em virtude da publicação superveniente da Emenda Constitucional nº 30.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília, 15 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 9.163 (413)ORIGEM : RCL - 126874 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MADAL PALFINGER S/AADV.(A/S) : JANE CRISTINA FERREIRA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01348-2008-402-04-00-3)INTDO.(A/S) : CLÁUDIO CEZAR CAMARGO LOPES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 84

DECISÃOEMBARGOS DECLARATÓRIOS – ESCLARECIMENTOS.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:Ao apreciar o pedido liminar, Vossa Excelência fez ver:ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE INCIDÊNCIA –

VERBETE VINCULANTE Nº 4 – DESCOMPASSO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO PEDIDO.

1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A reclamante, à folha 2 à 12, articula com a inobservância ao Verbete

Vinculante nº 4 da Súmula do Supremo. Visa anular o acórdão proferido no Recurso Ordinário nº 01348-2008-402-04-00-3, em 9 de setembro de 2009, por meio do qual o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região solucionou a questão jurídica, suprimindo a lacuna legislativa mediante a regra da inafastabilidade da jurisdição, para a aplicação do inciso XXIII do artigo 7º da Constituição Federal (folha 89 a 96).

Consoante alega, foi condenada ao pagamento de diferenças relativas ao adicional de insalubridade, devido em razão de trabalho em ambiente nocivo à saúde, a serem apuradas com base no salário normativo da categoria, consideradas as normas coletivas juntadas ao processo na origem. Veicula pedido de concessão de medida acauteladora para suspender, até o julgamento final desta reclamação, o curso da ação trabalhista - atualmente em fase de processamento de recurso de revista interposto -, na parte em que condenada ao pagamento do adicional de insalubridade calculado com base no salário normativo da categoria. Alfim, busca ver cassado o acórdão atacado, especificamente na questão impugnada, garantindo-se a autoridade do Verbete Vinculante nº 4 da Súmula do Supremo.

Acompanham a inicial os documentos de folha 14 a 98.À folha 101, Vossa Excelência projetou o exame do pedido de liminar

para o período posterior à vinda das informações.A autoridade reclamada, às folhas 114 e 120, informa ter acolhido o

pleito de pagamento do adicional de insalubridade, com base no salário normativo da categoria, fixado em normas coletivas, preenchendo, no caso concreto, a lacuna normativa sobre o tema ante o afastamento, pelo Supremo, da incidência do artigo 192 da Consolidação das Leis do Trabalho. Alega haver atuado conforme os artigos 4º e 5º da Lei de Introdução ao Código Civil, considerado o dever de suprir as lacunas ou obscuridades da lei, a teor dos artigos 8º da Consolidação das Leis do Trabalho e 126 do Código de Processo Civil.

O interessado, intimado à folha 135, quedou silente.O processo veio concluso para apreciação do pedido de liminar.2. Observem o teor do Verbete Vinculante nº 4 da Súmula do

Supremo:Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode

ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

A leitura da sentença proferida pela 2ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul bem como a do acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região resultante do recurso ordinário revelam que, em momento algum, deu-se a substituição do salário mínimo como base de incidência do adicional de insalubridade. Em síntese, em situação jurídica em que não contratado o adicional de insalubridade, negando-se, até mesmo, a prestação de serviço em ambiente nocivo à saúde, o Juízo acabou por tomar de empréstimo, para cálculo do direito previsto no inciso XIII do artigo 7º da Constituição Federal, o salário mínimo. Então, o Colegiado revisor veio a condenar a ora reclamante a satisfazer o citado direito a partir do salário normativo da categoria. O que cumpre perquirir, considerada a reclamação, é se o decidido discrepa, ou não, de pronunciamento do Supremo, mais precisamente, no caso, do Verbete nº 4. Isso não ocorre porque não verificada, na espécie, a substituição glosada em termos de jurisprudência. Atuou-se no vazio – repita-se – , em quadro em que não pactuada, sequer, a satisfação do adicional, assentando-se como base de cálculo do adicional o salário normativo e não o salário mínimo.

3. Ante esse quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.A reclamante, em embargos declaratórios, sustenta a existência de

contradição na decisão atacada. Consoante argumenta, embora tenha sido reconhecida a substituição da base de incidência do adicional de insalubridade, constou do pronunciamento a ausência de inobservância ao Verbete Vinculante nº 4 da Súmula do Supremo. Acrescenta a ocorrência de erro material, uma vez presente situação na qual o interessado vinha recebendo o aludido adicional em grau médio, não se podendo falar, assim, em negativa de pagamento.

A parte embargada, apesar de intimada, não apresentou contrarrazões (folha 157).

2. Na interposição destes embargos, atendeu-se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituída, foi protocolada no prazo assinado em lei. Conheço.

Reanalisando o caso, noto assistir parcial razão ao embargante quanto à alegação de erro material, insuficiente, contudo, para modificar a decisão embargada. Realmente, a leitura da sentença demonstra que o ora interessado recebia o adicional de insalubridade em grau médio, tendo as partes do processo trabalhista realizado conciliação, no ponto, para admitir o pagamento da verba em nível máximo. Vejam o seguinte trecho da sentença

(folha 22-verso):3. Adicional de insalubridade – base de cálculoAlegando que laborava em local onde existiam agentes insalubres em

grau máximo, o reclamante pleiteia o pagamento das respectivas diferenças, durante todo o período contratual. Requer a apuração da parcela sobre o salário contratual ou profissional e o pagamento de reflexos salariais.

A reclamada, por seu turno, refuta o pedido ao argumento de que o obreiro não laborava em ambiente insalubre em grau máximo, tendo recebido o adicional correto, em grau médio, não fazendo jus, destarte, à verba postulada.

Tendo havido conciliação parcial (fl. 88) onde as partes convencionaram que o autor se submetia a condições de insalubridade em grau máximo, cabe a este julgador analisar a base de cálculo da respectiva verba. [...]

O Juízo, na sequência, decidiu pela incidência do aludido adicional sobre o salário mínimo. Submetido o tema à apreciação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, adotou-se, como parâmetro, o salário normativo da categoria, presente determinada cláusula das normas coletivas da categoria. Não se verificou, no entanto, a substituição vedada no Verbete Vinculante nº 4 da Súmula do Supremo. Eis o que assentei em caso análogo – Reclamação nº 16.255:

2. A Justiça do Trabalho dirimiu conflito de interesses, a envolver o adicional de insalubridade, observando o que previsto em acordos coletivos de trabalho. Em momento algum, defrontou-se com situação jurídica em que se buscou a prevalência do referido adicional a partir da adoção do salário mínimo. Daí a insubsistência de apontar olvidado o Verbete Vinculante nº 4 da Súmula deste Tribunal.

3. Por essas razões, dou parcial provimento aos declaratórios, sem emprestar-lhes efeitos modificativos, para prestar os esclarecimentos articulados.

4. Publiquem.Brasília, 9 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 12.044 (414)ORIGEM : PROCESSO - 01570001520075150054 - VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE LIMEIRA/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SERTÃOZINHORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

SERTÃOZINHORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : RICARDO FRANCISCO MARTIMIANOADV.(A/S) : EDUARDO AUGUSTO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : FORTSEG SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDAADV.(A/S) : HELIO LAGROTERIA JUNIOR

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, além de supostamente haver desrespeitado o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sustenta-se, na presente sede processual, que o órgão ora reclamado, no julgamento objeto da presente impugnação, teria decidido com base na Súmula nº 331, IV, do TST, afastando, em consequência, a incidência do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o que, além de supostamente desrespeitar a decisão proferida no julgamento da ADC 16/STF, implicaria, ainda, ofensa ao princípio da reserva de plenário (CF, art. 97).

Sendo esse o contexto, passo ao exame do pedido formulado nesta sede reclamatória.

Como se sabe, esta Suprema Corte, ao apreciar a ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, julgou-a procedente, para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, em decisão que se acha assim ementada:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

(ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei) Cabe ressaltar, no ponto, que, em referido julgamento, não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 85

obstante o Plenário do Supremo Tribunal Federal tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato, na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, enfatizou que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in omittendo” ou “in vigilando” do Poder Público.

Essa visão em torno do tema tem sido observada por eminentes Ministros desta Suprema Corte (Rcl 8.475/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 11.917/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.089/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.310/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.388/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.434/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.595/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 13.933/AM, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), em julgamentos nos quais se tem reconhecido possível a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público na hipótese de restar demonstrada a ocorrência de comportamento culposo da Administração Pública.

Vale referir, ainda, ante a pertinência de seu conteúdo, trecho da decisão que o eminente Ministro JOAQUIM BARBOSA proferiu no âmbito da Rcl 12.925/SP, de que foi Relator:

“(...) ao declarar a constitucionalidade do referido § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, a Corte consignou que se, na análise do caso concreto, ficar configurada a culpa da Administração em fiscalizar a execução do contrato firmado com a empresa contratada, estará presente sua responsabilidade subsidiária pelos débitos trabalhistas não adimplidos. Em outras palavras, vedou-se, apenas, a transferência automática ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública por essas obrigações.

No presente caso, a autoridade reclamada, embora de forma sucinta, a partir do conjunto probatório presente nos autos da reclamação trabalhista, analisou a conduta do ora reclamante e entendeu configurada a sua culpa ‘in vigilando’.

…...................................................................................................Como o controle da regularidade da execução dos contratos

firmados com a administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis com o respeito ao erário.

Se bem ou mal decidiu a autoridade reclamada ao reconhecer a responsabilidade por culpa imputável à reclamante, a reclamação constitucional não é o meio adequado para substituir os recursos e as medidas ordinária e extraordinariamente disponíveis para correção do alegado erro.

Ante o exposto, julgo improcedente esta reclamação (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 161, par. ún. do RISTF).” (grifei)

É importante assinalar, por oportuno, que o dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à contratação – consistente em exigir, das empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27) –, mas compreende, também, o controle concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67).

Esse entendimento encontra apoio em expressivo magistério doutrinário (LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH, “A Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública na Terceirização de Serviços – Princípio da supremacia do interesse público x dignidade da pessoa humana? – Repercussões do julgamento da ADC n. 16 pelo STF na Súmula n. 331 do TST”, “in” Revista LTr, vol. 76/2012, p. 719/739; ROBERTO NOBREGA DE ALMEIDA FILHO, “Terceirização na Administração Pública e suas consequências no âmbito da Justiça do Trabalho”, “in” Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 40/2012, p. 187/196; PLÍNIO ANTÔNIO PÚBLIO ALBREGARD, “Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional”, “in” Revista do TRT da 2ª Região, nº 07/2012, p. 67/73; IVANI CONTINI BRAMANTE, “A Aparente Derrota da Súmula 331/TST e a Responsabilidade do Poder Público na Terceirização”, “in” Repertório de Jurisprudência IOB, nº 24/2011, vol. II, p. 721/767; BRUNO SANTOS CUNHA, “Fiscalização de Contratos Administrativos de Terceirização de Mão de Obra: Uma Nova Exegese e Reforço de Incidência”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/131-138; EDITE HUPSEL, “Controle de Execução dos Contratos Administrativos pela Administração Pública”, “in” Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, nº 163/2007, p. 872/878, v.g.).

Cabe destacar, ainda, nessa mesma linha de orientação, em face de sua extrema relevância, a lição de HELDER SANTOS AMORIM, MÁRCIO TÚLIO VIANA e GABRIELA NEVES DELGADO (“Terceirização – Aspectos Gerais: Última Decisão do STF e a Súmula 331 do TST – Novos Enfoques”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/76-83):

“A interpretação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 desafia sua

leitura conjunta e contextualizada com vários outros dispositivos legais que imputam à Administração Pública, de forma correlata e proporcional, o dever de fiscalizar eficientemente a execução dos seus contratos de terceirização, por imperativo de legalidade e moralidade pública (Constituição, art. 37, ‘caput’), inclusive em relação ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tendo em vista que se trata de direitos fundamentais (Constituição, art. 7º) cuja promoção e fiscalização incumbe aprioristicamente ao Estado, como razão essencial de sua existência.

Daí porque a fiscalização do fiel cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados constitui elemento intrínseco à fiscalização do contrato de prestação de serviços, tal como decorre expressamente de dispositivos da Lei de Licitações e das normas que a regulamentam no nível federal, em observância aos preceitos constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento da República (CF, art. 1º, III e IV), que instituem como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), que fundamentalizam os direitos essenciais dos trabalhadores (art. 7º), que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho humano (art. 170) e que alicerçam a ordem social no primado do trabalho (art. 193).

No plano infraconstitucional, o dever da Administração Pública de fiscalizar o cumprimento de direitos dos trabalhadores terceirizados decorre primeiramente de dispositivos da Lei de Licitações, mas o padrão fiscalizatório, que diz respeito à extensão e profundidade deste dever de fiscalizar, encontra-se emoldurado na integração deste diploma legal com preceitos da Instrução Normativa (IN) nº 02/08, alterados pela Instrução Normativa (IN) nº 03/09, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que regulamentam a matéria no âmbito da Administração Pública Federal.

…...................................................................................................E estando assim evidentes os extensos limites do dever

constitucional e legal da Administração de fiscalizar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, disso decorre naturalmente que a inobservância deste dever de fiscalização implica a responsabilidade da Administração pelo inadimplemento dos direitos que deveriam ser fiscalizados.

Esta responsabilidade não se esgota com a demonstração de uma simples verificação superficial da formalização dos vínculos de emprego, pois o padrão fiscalizatório acima retratado exige o envolvimento direto e diário da Administração com a rotina das práticas trabalhistas da empresa contratada.

A Administração só se desincumbe deste seu dever quando demonstra a promoção eficaz de todos os procedimentos legais de controle, além daqueles que, embora não previstos expressamente na lei, sejam indispensáveis à eficiência da fiscalização na obtenção dos seus resultados, em respeito ao princípio da eficiência administrativa que rege a Administração Pública (Constituição, art. 37).

…..................................................................................................Lado outro, a ausência de fiscalização ou a fiscalização insuficiente,

descomprometida com a efetividade dos direitos fiscalizados, implica inadimplência do ente público contratante para com o seu dever de tutela, dever decorrente da sua própria condição de Administração Pública.” (grifei)

Cumpre ter presente, por relevante, que essa diretriz tem sido observada pela jurisprudência dos Tribunais, notadamente por aquela emanada do E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 132100- -60.2008.5.04.0402, Rel. Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA – AIRR 14726-94.2010.5.04.0000, Rel. Min. MARIA DE ASSIS CALSING – AIRR 2042-50.2010.5.18.0000, Rel. Min. ROSA WEBER – AIRR 546040- -57.2006.5.07.0032, Rel. Min. GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS – RR 193600-61.2009.5.09.0594, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO, v.g.):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA – ENTIDADES ESTATAIS – RESPONSABILIDADE EM CASO DE CULPA ‘IN VIGILANDO’ NO QUE TANGE AO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA POR PARTE DA EMPRESA TERCEIRIZANTE CONTRATADA – COMPATIBILIDADE COM O ART. 71 DA LEI DE LICITAÇÕES – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 159 DO CCB/1916, 186 E 927, ‘CAPUT’, DO CCB/2002. A mera inadimplência da empresa terceirizante quanto às verbas trabalhistas e previdenciárias devidas ao trabalhador terceirizado não transfere a responsabilidade por tais verbas para a entidade estatal tomadora de serviços, a teor do disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações), cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16-DF. Entretanto, a inadimplência da obrigação fiscalizatória da entidade estatal tomadora de serviços no tocante ao preciso cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da empresa prestadora de serviços gera sua responsabilidade subsidiária, em face de sua culpa ‘in vigilando’, a teor da regra responsabilizatória incidente sobre qualquer pessoa física ou jurídica que, por ato ou omissão culposos, cause prejuízos a alguém (art. 186, Código Civil). Evidenciando-se essa culpa ‘in vigilando’ nos autos, incide a responsabilidade subjetiva prevista no art. 159 do CCB/1916, arts. 186 e 927, ‘caput’, do CCB/2002, observados os respectivos períodos de vigência. Agravo de instrumento desprovido.”

(AIRR 157240-94.2007.5.16.0015, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO – grifei)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 86

O exame da decisão ora reclamada, tendo em vista a situação concreta nela apreciada, revela que se reconheceu, na espécie, a responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação configuradora de culpa “in vigilando”, “in eligendo” ou “in omittendo”.

Com efeito, o Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra do eminente Chefe da Instituição, ao manifestar-se pela improcedência da presente reclamação, formulou parecer que está assim ementado:

“Reclamação. Alegação de desrespeito à decisão proferida na ADI nº 3.395. Matéria não abrangida pelo paradigma invocado. Responsabilidade subsidiária do Município por débitos trabalhistas. Aplicação, pelo acórdão reclamado, da Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho. Análise da culpa ‘in vigilando’ e ‘in eligendo’ do Município. Ofensa às decisões proferidas na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16 e na Súmula Vinculante nº 10 não configurada. Parecer pela improcedência da reclamação.”

Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo:

“6. A reclamação deve ser julgada improcedente.7. Essa Corte Suprema, com arrimo no princípio da

proporcionalidade, deferiu a medida cautelar requerida nos autos da ADI nº 3.395/DF, entendendo ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, das causas que envolvam o poder público e seus servidores estatutários ou com vínculo de direito administrativo.

8. Contudo, na presente hipótese, a ação trabalhista que se pretende suspender discute eventuais direitos de trabalhador vinculado à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços na área de serviços gerais. A participação do Município de Sertãozinho no polo passivo da ação decorre da pretensão do autor em sua condenação subsidiária, uma vez que os serviços prestados são de responsabilidade do Município, matéria não abrangida pelo acórdão tido como paradigma.

9. O entendimento do STF quando do julgamento da ADC nº 16 foi no sentido de que o Município não pode ser compelido a indenizar diretamente empregado de empresa licitada por inadimplemento dessa última. Todavia, isso não significa, de acordo com o inteiro teor do julgado, que a Administração não deva responder em caso de omissão culposa de agente público em fiscalizar a empresa tomadora de serviço. Esse último tema não foi afetado pela declaração de constitucionalidade do § 1º do artigo 71 da Lei 8.666/93. Aliás, na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, o Supremo Tribunal Federal excepcionou as hipóteses em que configurada a culpa da Administração.

10. Ao contrário do afirmado na inicial, em primeiro e em segundo graus de jurisdição, houve o entendimento de que a Administração incorreu em culpa ‘in vigilando’ e ‘in eligendo’.

11. A sentença proferida pela juízo da 1ª Vara do Trabalho de Sertãozinho destacou:

‘Conforme súmula 331 do TST, deve a segunda reclamada responder subsidiariamente pelo pagamento das parcelas ora deferidas, inclusive quanto à multa do art. 477 da CLT e ao dano moral, uma vez que a sua responsabilidade por culpa ‘in vigilando’ e ‘in contrahendo’ é clara.’

12. O Tribunal Regional do Trabalho, por sua vez, ratificou a sentença, enfatizando o seguinte:

‘Mesmo que se entenda que, no ato da contratação, a prestadora de serviços tinha idoneidade financeira, o certo é que, no caso vertente, durante a execução do contrato, tal situação foi drasticamente alterada. Resta evidente, assim, que o recorrente, no presente caso, não teria observado o disposto no artigo 67, da Lei 8666/1993, que lhe impõe o dever de fiscalizar a execução do contrato de prestação de serviços, quanto às obrigações contratuais e legais, fato que caracteriza culpa ‘in vigilando’.’

13. Ou seja, decidiram os juízos reclamados que a Administração deve responder em caso de falha ou omissão de agente público em fiscalizar a empresa fornecedora de serviço. Esse tema não foi afetado pela declaração de constitucionalidade do § 1º do artigo 71 da Lei 8.666/93. Aliás, na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, o Supremo Tribunal Federal excepcionou as hipóteses em que configurada a culpa da Administração.

14. Portanto, o conteúdo da ADC nº 16 não foi violado.1 A responsabilização do Município não ocorreu de forma direta, pelo simples fato de a empresa contratada ter inadimplido com as suas obrigações. As instâncias ordinárias, examinando os elementos concretos, adentraram o tema referente à culpa omissiva do agente, não cabendo, nesse momento, analisar o acerto ou desacerto do julgamento no seu aspecto fático. A desconstituição do entendimento em relação à caracterização da culpa não pode ser feita na via estreita da reclamação.

15. De semelhante forma, não há que se falar em ofensa à Súmula Vinculante nº 10. No tribunal a quo realizou-se interpretação do caso concreto para se concluir pela omissão da Administração em fiscalizar a empresa contratada. Não se vislumbrou a análise do § 1º do art. 71 da Lei 8.666/93, tampouco houve o afastamento da aplicação de tal dispositivo com fundamento em sua inconstitucionalidade.

Ante o exposto, o parecer é pela improcedência da reclamação.” (grifei)

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

De outro lado, e no que concerne ao alegado desrespeito à diretriz resultante da Súmula Vinculante nº 10/STF, não verifico, na decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade do art. 71 da Lei nº 8.666/1993.

Na realidade, tudo indica que, em referido julgamento, o órgão judiciário ora reclamado apenas reconheceu, no caso concreto, a omissão do Poder Público, em virtude do descumprimento de sua obrigação de fiscalizar a fiel execução das obrigações trabalhistas pela contratada, não havendo formulado juízo de inconstitucionalidade, o que afasta, ante a inexistência de qualquer declaração de ilegitimidade inconstitucional, a ocorrência de transgressão ao enunciado constante da Súmula Vinculante 10/STF.

É certo que o Supremo Tribunal Federal, em sua jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Esta Suprema Corte tem entendido equivaler à própria declaração de inconstitucionalidade o julgamento que, sem reconhecer, explicitamente, a eiva de ilegitimidade constitucional, vem, não obstante, a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios outros resultantes do texto da Carta Política.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, por necessário, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 87

Tenho para mim, na linha do que tem sido iterativamente proclamado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Rcl 11.846/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 12.388/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.486/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), que o ato objeto da presente reclamação não declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 nem afastou, mesmo implicitamente, a sua incidência, para decidir a causa “sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

Cabe ressaltar, finalmente, que o Plenário desta Suprema Corte, em recentíssimos julgamentos (Rcl 14.917-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.947-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), ao examinar recursos de agravo que versavam matéria idêntica à ora debatida nesta sede processual, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na presente decisão:

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ’IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.”

(Rcl 14.058-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, em face das razões expostas, julgo improcedente a

presente reclamação.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 12.281 (415)ORIGEM : RESP - 1075901 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : LIANA FERNANDES DE JESUSRECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : A NOTÍCIA S/A EMPRESA JORNALISTICAADV.(A/S) : ADRIANA ZANATA FÁVERO REIS E OUTRO(A/S)

DECISÃOVERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO –

DESRESPEITO – INEXISTÊNCIA – RECLAMAÇÃO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A Assessoria prestou as seguintes informações:Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobrás afirma haver o Vice-

Presidente do Superior Tribunal de Justiça usurpado a competência do Supremo. Aponta a protocolação de recurso extraordinário contra o acórdão formalizado no Recurso Especial nº 1.075.901/SC, o qual teve o trânsito obstado pela autoridade reclamada, com base no artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, presente o pronunciamento relativo ao Agravo de Instrumento nº 735.933/RS. No precedente, o Supremo entendeu pela ausência de repercussão geral de controvérsia a envolver os critérios de correção monetária para a restituição de empréstimos compulsórios sobre o consumo de energia elétrica.

Informa o não conhecimento do subsequente agravo, considerado o que decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 760.358/SE, quando este Tribunal consignou ser imprópria a interposição de agravo ou reclamação contra a observância, pelos tribunais de origem, de orientação firmada sob a sistemática da repercussão geral. Sobrevieram embargos declaratórios, os quais foram desprovidos. Novo extraordinário acabou inadmitido, tendo o processo baixado à origem independentemente do trânsito em julgado.

Aponta a distinção entre a matéria versada nos extraordinários protocolados e a questão veiculada no paradigma. Consoante sustenta, embora o Tribunal tenha assentado, no Agravo de Instrumento nº 735.933/RS, a ausência de repercussão relativa aos critérios de correção monetária para a devolução do empréstimo compulsório, o tema debatido no caso concreto concerne ao afastamento de norma em desarmonia com o teor do Verbete

Vinculante nº 10.Alude ao disposto no § 3º do artigo 544 do Código de Processo Civil,

segundo o qual “haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal.” Diz, com base nos artigos 313 e 544 do Código de Processo Civil, do cabimento de agravo de instrumento contra a inadmissão do extraordinário, devendo o recurso ser remetido ao Supremo para apreciação.

Não faz referência ao requisito do risco.Requer “a concessão de efeito suspensivo a todos os recursos

extraordinários que versem sobre a mesma matéria até o julgamento do mérito da presente questão”. Pede, alfim, a declaração de procedência da pretensão “para reconhecer a aplicabilidade da súmula vinculativa 10 do STF aos casos relacionados em face da jurisprudência existente no âmbito do Supremo Tribunal Federal.”

Em 9 de agosto de 2011, Vossa Excelência negou seguimento ao pedido ante a decisão prolatada no Agravo de Instrumento nº 735.933/RS, mediante o qual, conforme consignado, não foi admitida a repercussão geral no tocante à definição dos critérios de correção monetária utilizados para a devolução de empréstimo compulsório incidente sobre o consumo de energia elétrica. Fez referência, ainda, ao proclamado, no Agravo de Instrumento nº 760.358/SE, relativamente à inadequação de agravo de instrumento ou reclamação contra decisão que implica observância a entendimento adotado em processos múltiplos.

Interposto agravo regimental, Vossa Excelência reconsiderou, em 12 de junho de 2012, o pronunciamento. Assentou ser cabível a medida para impugnar eventual erronia quanto à definição do alcance de pronunciamento do Supremo, considerada a alegação de desrespeito à regra do artigo 97 da Carta da República.

A interessada ressalta a inexistência de afronta ao Verbete Vinculante nº 10. Segundo anota, a reclamante pretende novo pronunciamento sobre matéria já enfrentada no Agravo de Instrumento nº 735.933/RS.

A autoridade reclamada, em informações, apresentou o histórico processual do caso.

O Procurador-Geral da República manifesta-se pela improcedência do pedido. Afirma não haver arguido ofensa ao Verbete Vinculante nº 10. Argumenta ter o Superior interpretado as regras previstas no Decreto-Lei nº 1.512/76, no tocante aos critérios de correção monetária alusivos à devolução de empréstimo compulsório incidente sobre energia elétrica, sem o afastamento da norma ou a declaração de inconstitucionalidade. Destaca, por fim, que, no Agravo de Instrumento nº 735.933, o Supremo assentou a ausência de repercussão geral do tema.

O processo está aparelhado para julgamento.2. Percebam os parâmetros da espécie. Embora tenha a reclamante

aludido, na inicial, à usurpação da competência do Supremo, o pedido volta-se à cassação de pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça ante a suposta inobservância ao Verbete Vinculante nº 10 da Súmula deste Tribunal. O órgão reclamado, ao examinar o Recurso Especial nº 1.075.901/SC, da empresa pública, reiterou, com base no artigo 543-C do Código de Processo Civil, o entendimento firmado no julgamento de recursos representativos da controvérsia. Eis a ementa, publicada no Diário da Justiça eletrônico de 28 de setembro de 2010:

PROCESSUAL CIVIL. DIREITO TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 418/STJ. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO APÓS O JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. DIFERENÇA DE CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O PRINCIPAL E REFLEXO NOS JUROS REMUNERATÓRIOS. PRESCRIÇÃO. PRAZO QUINQUENAL. DECRETO N. 20.910/32. TERMO INICIAL. TEMA JÁ JULGADO PELO REGIME DO ART. 543-C, DO CPC, E DA RESOLUÇÃO STJ 08/08 QUE TRATAM DOS RECURSOS REPRESENTATIVOS DE CONTROVÉRSIA.

1. Quanto ao recurso do particular opera a incidência da Súmula 418 do STJ: "É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação".

2. A forma de devolução do empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica é tema já analisado em julgamento realizado na Primeira Seção, no dia 12 de agosto de 2009, onde foram apreciados o REsp. n. 1.003.955 - RS e o REsp. n. 1.028.592 - RS, elencados como recursos representativos da controvérsia para efeito do art. 543-C, do CPC, e Resolução STJ n. 8/2008, ambos de relatoria da Ministra Eliana Calmon, cuja ementa do primeiro transcrevo, no que pertine ao presente caso:

1. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO DA ELETROBRÁS: CONVERSÃO DOS CRÉDITOS PELO VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO:

1.1 Cabível a conversão dos créditos em ações pelo valor patrimonial e não pelo valor de mercado, por expressa disposição legal (art. 4º da lei 7.181/83) e por configurar-se critério mais objetivo, o qual depende de diversos fatores nem sempre diretamente ligados ao desempenho da empresa. Legalidade do procedimento adotado pela Eletrobrás reconhecida pela CVM.

1.2 Sistemática de conversão do crédito em ações, como previsto no DL 1.512/76, independentemente da anuência dos credores.

2. CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O PRINCIPAL:2.1 Os valores compulsoriamente recolhidos devem ser devolvidos

com correção monetária plena (integral), não havendo motivo para a

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supressão da atualização no período decorrido entre a data do recolhimento e o 1° dia do ano subseqüente, que deve obedecer à regra do art. 7°, § 1°, da Lei 4.357/64 e, a partir daí, o critério anual previsto no art. 3° da mesma lei.

2.2 Devem ser computados, ainda, os expurgos inflacionários, conforme pacificado na jurisprudência do STJ, o que não importa em ofensa ao art. 3° da Lei 4.357/64.

2.3 Entretanto, descabida a incidência de correção monetária em relação ao período compreendido entre 31/12 do ano anterior à conversão e a data da assembléia de homologação.

3. CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE JUROS REMUNERATÓRIOS:Devida, em tese, a atualização monetária sobre juros remuneratórios

em razão da ilegalidade do pagamento em julho de cada ano, sem incidência de atualização entre a data da constituição do crédito em 31/12 do ano anterior e o efetivo pagamento, observada a prescrição qüinqüenal. Entendimento não aplicado no caso concreto por ausência de pedido da parte autora. Acórdão reformado no ponto em que determinou a incidência dos juros de 6% ao ano a partir do recolhimento do tributo, desvirtuando a sistemática legal (art. 2°, caput e § 2°, do Decreto-lei 1.512/76 e do art. 3° da Lei 7.181/83).

4. JUROS REMUNERATÓRIOS SOBRE A DIFERENÇA DA CORREÇÃO MONETÁRIA:

São devidos juros remuneratórios de 6% ao ano (art. 2° do Decreto-lei 1.512/76) sobre a diferença de correção monetária (incluindo-se os expurgos inflacionários) incidente sobre o principal (apurada da data do recolhimento até 31/12 do mesmo ano).

Cabível o pagamento dessas diferenças à parte autora em dinheiro ou na forma de participação acionária (ações preferenciais nominativas), a critério da ELETROBRÁS, tal qual ocorreu em relação ao principal, nos termos do Decreto-lei 1.512/76.

5. PRESCRIÇÃO:5.1 É de cinco anos o prazo prescricional para cobrança de

diferenças de correção monetária e juros remuneratórios sobre os valores recolhidos a título de empréstimo compulsório à ELETROBRÁS.

5.2 TERMO A QUO DA PRESCRIÇÃO: o termo inicial da prescrição surge com o nascimento da pretensão (actio nata), assim considerada a possibilidade do seu exercício em juízo. Conta-se, pois, o prazo prescricional a partir da ocorrência da lesão, sendo irrelevante seu conhecimento pelo titular do direito. Assim:

a) quanto à pretensão da incidência de correção monetária sobre os juros remuneratórios de que trata o art. 2° do Decreto-lei 1.512/76 (item 3), a lesão ao direito do consumidor ocorreu, efetivamente, em julho de cada ano vencido, no momento em que a ELETROBRÁS realizou o pagamento da respectiva parcela, mediante compensação dos valores nas contas de energia elétrica;

b) quanto à pretensão de correção monetária incidente sobre o principal (item 2), e dos juros remuneratórios dela decorrentes (item 4), a lesão ao direito do consumidor somente ocorreu no momento da restituição do empréstimo em valor "a menor".

Considerando que essa restituição se deu em forma de conversão dos créditos em ações da companhia, a prescrição teve início na data em que a Assembléia-Geral Extraordinária homologou a conversão a saber: a) 20/04/1988 – com a 72ª AGE – 1ª conversão; b) 26/04/1990 – com a 82ª AGE – 2ª conversão; e c) 30/06/2005 – com a 143ª AGE – 3ª conversão.

6. DÉBITO OBJETO DA CONDENAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA:

6.1 CORREÇÃO MONETÁRIA: Os valores objeto da condenação judicial ficam sujeitos a correção monetária, a contar da data em que deveriam ter sido pagos:

a) quanto à condenação referente às diferenças de correção monetária paga a menor sobre empréstimo compulsório, e os juros remuneratórios dela decorrentes (itens 2 e 4 supra), o débito judicial deve ser corrigido a partir da data da correspondente assembléia-geral de homologação da conversão em ações;

b) quanto à diferença de juros remuneratórios (item 4 supra), o débito judicial deve ser corrigido a partir do mês de julho do ano em que os juros deveriam ter sido pagos.

6.2 ÍNDICES: observado o Manual de Cálculos da Justiça Federal e a jurisprudência do STJ, cabível o cômputo dos seguintes expurgos inflacionários em substituição aos índices oficiais já aplicados: 14,36% (fevereiro/86), 26,06% (junho/87), 42,72% (janeiro/89), 10, 14% (fevereiro/89), 84,32% (março/90), 44,80% (abril/90), 7,87% (maio/90), 9,55% (junho/90), 12,92% (julho/90), 12,03% (agosto/90), 12,76% (setembro/90), 14,20% (outubro/90), 15,58% (novembro/90), 18, 30% (dezembro/90), 19,91% (janeiro/91), 21,87% (fevereiro/91) e 11, 79% (março/91). Manutenção do acórdão à míngua de recurso da parte interessada.

6.3 JUROS MORATÓRIOS: Sobre os valores apurados em liquidação de sentença devem incidir, até o efetivo pagamento, correção monetária e juros moratórios a partir da citação: a) de 6% ao ano, até 11/01/2003 (quando entrou em vigor o novo Código Civil) - arts. 1.062 e 1.063 do CC/1916;

b) a partir da vigência do CC/2002, deve incidir a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Segundo a jurisprudência desta Corte, o índice a que se refere o dispositivo é a taxa SELIC.

7. NÃO CUMULAÇÃO DA TAXA SELIC: Considerando que a taxa

SELIC, em sua essência, já compreende juros de mora e atualização monetária, a partir de sua incidência não há cumulação desse índice com juros de mora. Não aplicação de juros moratórios na hipótese dos autos, em atenção ao princípio da non reformatio in pejus.

8. EM RESUMO: Nas ações em torno do empréstimo compulsório da Eletrobrás de que trata o DL 1.512/76, fica reconhecido o direito às seguintes parcelas, observando-se que o prazo situa-se em torno de três questões, basicamente:

a) diferença de correção monetária sobre o principal e os juros remuneratórios dela decorrentes (itens 2 e 4);

b) correção monetária sobre os juros remuneratórios (item 3);c) sobre o valor assim apurado, incidem os encargos próprios dos

débitos judiciais (correção monetária desde a data do vencimento - item 6.1 e 6.2 e juros de mora desde a data da citação - item 6.3).

3. Decisão que se encontra de acordo com os precedentes representativos da controvérsia (art. 543-C, do CPC, e Resolução STJ n. 8/2008) REsp. n. 1.003.955 - RS e REsp. n. 1.028.592 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, julgados em 12.8.2009.

4. Recurso especial da ELETROBRÁS parcialmente provido; recurso especial interposto pelo PARTICULAR não conhecido.

A reclamante não aponta, na inicial, o dispositivo que teria sido afastado, por inconstitucional, pelo órgão reclamado. Limita-se a afirmar não se discutir os critérios de correção do empréstimo compulsório, mas o afastamento “de norma tributária” sem a observância à cláusula de reserva de plenário. Também não trouxe ao processo cópia da petição de interposição dos mencionados extraordinários.

Da leitura do acórdão formalizado, bem como das decisões nas quais indeferido o processamento dos extraordinários, depreende-se não ter o Superior declarado a invalidade de dispositivo das Leis nº 4.357/64 e 7.181/83 ou do Decreto-Lei nº 1.512/76. Definiu – certo ou errado, não cabe perquirir –, a partir da interpretação dos preceitos pertinentes, as balizas para a restituição do tributo. Com esta reclamação, pretende a reclamante rediscutir tema versado no Agravo de Instrumento nº 735.933/RS, da relatoria do ministro Gilmar Mendes, no qual a ilustrada maioria assentou:

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. Lei 4.156/62. RESTITUIÇÃO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.

Descabe potencializar o disposto no § 3º do artigo 543-A do Código de Processo Civil para daí concluir pela repercussão geral da matéria presente simples alegação de ofensa a verbete vinculante. Embora o dispositivo leve a presumir a transcendência de determinada questão, no caso de impugnação a ato contrário a verbete ou a jurisprudência dominante do Supremo, não fica dispensado o enquadramento, inexistente na espécie.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília, 9 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 12.430 (416)ORIGEM : RT - 00011912220105150088 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPADV.(A/S) : YEUN SOO CHEON E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOINTDO.(A/S) : EUGÊNIO ANTÔNIO DE ARAÚJOADV.(A/S) : ELISANGELA FREITAS BARRETOINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDA.ADV.(A/S) : MAURICE FERRARI

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, além de supostamente haver desrespeitado o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sustenta-se, na presente sede processual, que o órgão ora reclamado, no julgamento objeto da presente impugnação, teria decidido com base na Súmula nº 331, IV, do TST, afastando, em consequência, a incidência do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o que, além de supostamente desrespeitar a decisão proferida no julgamento da ADC 16/STF, implicaria, ainda, ofensa ao princípio da reserva de plenário (CF, art. 97).

Registro que, em juízo de estrita delibação, deferi a medida cautelar requerida pela parte ora reclamante.

Sendo esse o contexto, passo ao exame do pedido formulado nesta sede reclamatória. E, ao fazê-lo, entendo não assistir razão à ora reclamante.

Com efeito, o exame da decisão ora reclamada, tendo em vista a

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situação concreta nela apreciada, revela que se reconheceu, na espécie, a responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação configuradora de culpa “in vigilando”, “in eligendo” ou “in omittendo”.

Impende destacar, no ponto, o teor da manifestação produzida pelo ilustre representante do Ministério Público do Trabalho que, ao opinar nos autos do Recurso Ordinário nº 0073800-86.2010.5.02.0048, pronunciou-se contrariamente à pretensão deduzida pela Universidade de São Paulo – USP, valendo transcrever, por extremamente relevante, fragmento do parecer oferecido, que a seguir reproduzo:

“(...) Sem razão o recorrente, a divisar.O caso vertente envolve terceirização tida como lícita, operada

em atividade-meio do ente público, que conta com o amparo do inciso III, da Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho.

A seu turno, restou incontroverso nos autos que o reclamante se ativou para a prestadora, em prol do ente público.

Tendo a Universidade de São Paulo se beneficiado dos serviços prestados pelo reclamante, ainda que de forma terceirizada, deve responder pelos direitos trabalhistas e previdenciários não respeitados pela prestadora contratada.

Tal entendimento decorre do fato de ter o ente público deixado de contratar diretamente trabalhadores para exercer as atividades desempenhadas pelo recorrido, de modo que, a partir da redução dos custos com servidores ou empregados próprios, deveria estar atento à capacidade e ao cumprimento, pela prestadora de serviços, das obrigações a que esta se sujeitava.

Nesse contexto, cumpre citar o preceito do artigo.67, ‘caput’, da Lei nº 8.666/1993: ‘A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.’

Portanto, ao não acompanhar o cumprimento das obrigações sociais, agiu a USP com culpa ‘in vigilando’ e ‘in eligendo’, devendo suportar, de forma subsidiária, os débitos trabalhistas em apreço.

Tão somente na hipótese de se excluir a culpa ‘in eligendo’ e a culpa ‘in vigilando’, com a adoção, pelo ente público, das cautelas necessárias à fiel execução do contrato, seria cabível a incidência literal da regra do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993, com exclusão de sua responsabilidade.

Outra não é a interpretação do Supremo Tribunal Federal, desvelada recentemente nos autos da ADC nº 16, que, unicamente, declarou a constitucionalidade do dispositivo encimado.

Porém, tais cuidados não foram demonstrados pelo ente estatal no curso do processo, motivo pelo qual se desvela impositiva a sua responsabilização.

Do contrário, estar-se-ia colocando o interesse público dito secundário (atinente apenas ao patrimônio público) acima do interesse público dito primário, em uma de suas projeções mais relevantes: aquela respeitante à garantia dos direitos sociais previstos na Constituição da República.

…...................................................................................................De ressaltar, outrossim, o comando do § 6º, do artigo 37, da Lei

Maior, que impõe responsabilidade objetiva às pessoas jurídicas de direito público e às de direito privado prestadoras de serviços públicos pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa (...)’.” (grifei)

Como se sabe, esta Suprema Corte, ao apreciar a ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, julgou-a procedente, para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, em decisão que se acha assim ementada:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

(ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei) Cabe ressaltar, por oportuno, que, em referido julgamento, não

obstante o Plenário do Supremo Tribunal Federal tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato, na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, enfatizou que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in omittendo” ou “in vigilando” do Poder Público.

Essa visão em torno do tema tem sido observada por eminentes Ministros desta Suprema Corte (Rcl 8.475/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 11.917/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.089/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX –

Rcl 12.310/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.388/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.434/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.595/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 13.933/AM, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), em julgamentos nos quais se tem reconhecido possível a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público na hipótese de restar demonstrada a ocorrência de comportamento culposo da Administração Pública.

Vale referir, ainda, ante a pertinência de seu conteúdo, trecho da decisão que o eminente Ministro JOAQUIM BARBOSA proferiu no âmbito da Rcl 12.925/SP, de que foi Relator:

“(...) ao declarar a constitucionalidade do referido § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, a Corte consignou que se, na análise do caso concreto, ficar configurada a culpa da Administração em fiscalizar a execução do contrato firmado com a empresa contratada, estará presente sua responsabilidade subsidiária pelos débitos trabalhistas não adimplidos. Em outras palavras, vedou-se, apenas, a transferência automática ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública por essas obrigações.

No presente caso, a autoridade reclamada, embora de forma sucinta, a partir do conjunto probatório presente nos autos da reclamação trabalhista, analisou a conduta do ora reclamante e entendeu configurada a sua culpa ‘in vigilando’.

…...................................................................................................Como o controle da regularidade da execução dos contratos

firmados com a administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis com o respeito ao erário.

Se bem ou mal decidiu a autoridade reclamada ao reconhecer a responsabilidade por culpa imputável à reclamante, a reclamação constitucional não é o meio adequado para substituir os recursos e as medidas ordinária e extraordinariamente disponíveis para correção do alegado erro.

Ante o exposto, julgo improcedente esta reclamação (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 161, par. ún. do RISTF).” (grifei)

É importante assinalar, por oportuno, que o dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à contratação – consistente em exigir, das empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27) –, mas compreende, também, o controle concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67).

Esse entendimento encontra apoio em expressivo magistério doutrinário (LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH, “A Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública na Terceirização de Serviços – Princípio da supremacia do interesse público x dignidade da pessoa humana? – Repercussões do julgamento da ADC n. 16 pelo STF na Súmula n. 331 do TST”, “in” Revista LTr, vol. 76/2012, p. 719/739; ROBERTO NOBREGA DE ALMEIDA FILHO, “Terceirização na Administração Pública e suas consequências no âmbito da Justiça do Trabalho”, “in” Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 40/2012, p. 187/196; PLÍNIO ANTÔNIO PÚBLIO ALBREGARD, “Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional”, “in” Revista do TRT da 2ª Região, nº 07/2012, p. 67/73; IVANI CONTINI BRAMANTE, “A Aparente Derrota da Súmula 331/TST e a Responsabilidade do Poder Público na Terceirização”, “in” Repertório de Jurisprudência IOB, nº 24/2011, vol. II, p. 721/767; BRUNO SANTOS CUNHA, “Fiscalização de Contratos Administrativos de Terceirização de Mão de Obra: Uma Nova Exegese e Reforço de Incidência”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/131-138; EDITE HUPSEL, “Controle de Execução dos Contratos Administrativos pela Administração Pública”, “in” Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, nº 163/2007, p. 872/878, v.g.).

Cabe destacar, ainda, nessa mesma linha de orientação, em face de sua extrema relevância, a lição de HELDER SANTOS AMORIM, MÁRCIO TÚLIO VIANA e GABRIELA NEVES DELGADO (“Terceirização – Aspectos Gerais: Última Decisão do STF e a Súmula 331 do TST – Novos Enfoques”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/76-83):

“A interpretação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 desafia sua leitura conjunta e contextualizada com vários outros dispositivos legais que imputam à Administração Pública, de forma correlata e proporcional, o dever de fiscalizar eficientemente a execução dos seus contratos de terceirização, por imperativo de legalidade e moralidade pública (Constituição, art. 37, ‘caput’), inclusive em relação ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tendo em vista que se trata de direitos fundamentais (Constituição, art. 7º) cuja promoção e fiscalização incumbe aprioristicamente ao Estado, como razão essencial de sua existência.

Daí porque a fiscalização do fiel cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados constitui elemento intrínseco à fiscalização do contrato de prestação de serviços, tal como decorre expressamente de dispositivos da Lei de Licitações e das normas que a regulamentam no nível

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federal, em observância aos preceitos constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento da República (CF, art. 1º, III e IV), que instituem como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), que fundamentalizam os direitos essenciais dos trabalhadores (art. 7º), que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho humano (art. 170) e que alicerçam a ordem social no primado do trabalho (art. 193).

No plano infraconstitucional, o dever da Administração Pública de fiscalizar o cumprimento de direitos dos trabalhadores terceirizados decorre primeiramente de dispositivos da Lei de Licitações, mas o padrão fiscalizatório, que diz respeito à extensão e profundidade deste dever de fiscalizar, encontra-se emoldurado na integração deste diploma legal com preceitos da Instrução Normativa (IN) nº 02/08, alterados pela Instrução Normativa (IN) nº 03/09, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que regulamentam a matéria no âmbito da Administração Pública Federal.

…...................................................................................................E estando assim evidentes os extensos limites do dever

constitucional e legal da Administração de fiscalizar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, disso decorre naturalmente que a inobservância deste dever de fiscalização implica a responsabilidade da Administração pelo inadimplemento dos direitos que deveriam ser fiscalizados.

Esta responsabilidade não se esgota com a demonstração de uma simples verificação superficial da formalização dos vínculos de emprego, pois o padrão fiscalizatório acima retratado exige o envolvimento direto e diário da Administração com a rotina das práticas trabalhistas da empresa contratada.

A Administração só se desincumbe deste seu dever quando demonstra a promoção eficaz de todos os procedimentos legais de controle, além daqueles que, embora não previstos expressamente na lei, sejam indispensáveis à eficiência da fiscalização na obtenção dos seus resultados, em respeito ao princípio da eficiência administrativa que rege a Administração Pública (Constituição, art. 37).

…..................................................................................................Lado outro, a ausência de fiscalização ou a fiscalização insuficiente,

descomprometida com a efetividade dos direitos fiscalizados, implica inadimplência do ente público contratante para com o seu dever de tutela, dever decorrente da sua própria condição de Administração Pública.” (grifei)

Cumpre ter presente, por relevante, que essa diretriz tem sido observada pela jurisprudência dos Tribunais, notadamente por aquela emanada do E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 132100- -60.2008.5.04.0402, Rel. Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA – AIRR 14726-94.2010.5.04.0000, Rel. Min. MARIA DE ASSIS CALSING – AIRR 2042-50.2010.5.18.0000, Rel. Min. ROSA WEBER – AIRR 546040- -57.2006.5.07.0032, Rel. Min. GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS – RR 193600-61.2009.5.09.0594, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO, v.g.):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA – ENTIDADES ESTATAIS – RESPONSABILIDADE EM CASO DE CULPA ‘IN VIGILANDO’ NO QUE TANGE AO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA POR PARTE DA EMPRESA TERCEIRIZANTE CONTRATADA – COMPATIBILIDADE COM O ART. 71 DA LEI DE LICITAÇÕES – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 159 DO CCB/1916, 186 E 927, ‘CAPUT’, DO CCB/2002. A mera inadimplência da empresa terceirizante quanto às verbas trabalhistas e previdenciárias devidas ao trabalhador terceirizado não transfere a responsabilidade por tais verbas para a entidade estatal tomadora de serviços, a teor do disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações), cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16-DF. Entretanto, a inadimplência da obrigação fiscalizatória da entidade estatal tomadora de serviços no tocante ao preciso cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da empresa prestadora de serviços gera sua responsabilidade subsidiária, em face de sua culpa ‘in vigilando’, a teor da regra responsabilizatória incidente sobre qualquer pessoa física ou jurídica que, por ato ou omissão culposos, cause prejuízos a alguém (art. 186, Código Civil). Evidenciando-se essa culpa ‘in vigilando’ nos autos, incide a responsabilidade subjetiva prevista no art. 159 do CCB/1916, arts. 186 e 927, ‘caput’, do CCB/2002, observados os respectivos períodos de vigência. Agravo de instrumento desprovido.”

(AIRR 157240-94.2007.5.16.0015, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO – grifei)

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

De outro lado, e no que concerne ao alegado desrespeito à diretriz resultante da Súmula Vinculante nº 10/STF, não verifico, na decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade do art. 71 da Lei nº 8.666/1993.

Na realidade, tudo indica que, em referido julgamento, o órgão judiciário ora reclamado apenas reconheceu, no caso concreto, a omissão do Poder Público, em virtude do descumprimento de sua obrigação de fiscalizar a fiel execução das obrigações trabalhistas pela contratada, não havendo formulado juízo de inconstitucionalidade, o que afasta, ante a inexistência de

qualquer declaração de ilegitimidade inconstitucional, a ocorrência de transgressão ao enunciado constante da Súmula Vinculante 10/STF.

É certo que o Supremo Tribunal Federal, em sua jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Esta Suprema Corte tem entendido equivaler à própria declaração de inconstitucionalidade o julgamento que, sem reconhecer, explicitamente, a eiva de ilegitimidade constitucional, vem, não obstante, a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios outros resultantes do texto da Carta Política.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, por necessário, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Tenho para mim, na linha do que tem sido iterativamente

proclamado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Rcl 11.846/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 12.388/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.486/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), que o ato objeto da presente reclamação não declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 nem afastou, mesmo implicitamente, a sua incidência, para decidir a causa “sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

Cabe ressaltar, finalmente, que o Plenário desta Suprema Corte, em recentíssimos julgamentos (Rcl 14.917-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.947-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), ao examinar

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recursos de agravo que versavam matéria idêntica à ora debatida nesta sede processual, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na presente decisão:

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ’IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.”

(Rcl 14.058-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, em face das razões expostas, julgo improcedente a

presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia do presente decisão ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (RO nº 0073800-86.2010.5.02.0048) e ao Juízo da 48ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP (RT nº 0000738-13.2010.5.02.0048).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.269 (417)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA

AGROPECUARIA - EMBRAPAADV.(A/S) : ANELIO EVILAZIO DE SOUZA JUNIORRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOINTDO.(A/S) : ROBERTO PICCOLO DA COSTAADV.(A/S) : FABÍOLA DALL'AGNOINTDO.(A/S) : PAMPA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDAADV.(A/S) : CHARLES DA SILVA PEREIRA

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, além de supostamente haver desrespeitado o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sustenta-se, na presente sede processual, que o órgão ora reclamado, no julgamento objeto da presente impugnação, teria decidido com base na Súmula nº 331, IV, do TST, afastando, em consequência, a incidência do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o que, além de supostamente desrespeitar a decisão proferida no julgamento da ADC 16/STF, implicaria, ainda, ofensa ao princípio da reserva de plenário (CF, art. 97).

Registro que, em juízo de estrita delibação, deferi a medida cautelar requerida pela parte ora reclamante.

Sendo esse o contexto, passo ao exame do pedido formulado nesta sede reclamatória.

Como se sabe, esta Suprema Corte, ao apreciar a ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, julgou-a procedente, para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, em decisão que se acha assim ementada:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

(ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei) Cabe ressaltar, no ponto, que, em referido julgamento, não

obstante o Plenário do Supremo Tribunal Federal tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender

juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato, na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, enfatizou que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in omittendo” ou “in vigilando” do Poder Público.

Essa visão em torno do tema tem sido observada por eminentes Ministros desta Suprema Corte (Rcl 8.475/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 11.917/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.089/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.310/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.388/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.434/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.595/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 13.933/AM, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), em julgamentos nos quais se tem reconhecido possível a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público na hipótese de restar demonstrada a ocorrência de comportamento culposo da Administração Pública.

Vale referir, ainda, ante a pertinência de seu conteúdo, trecho da decisão que o eminente Ministro JOAQUIM BARBOSA proferiu no âmbito da Rcl 12.925/SP, de que foi Relator:

“(...) ao declarar a constitucionalidade do referido § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, a Corte consignou que se, na análise do caso concreto, ficar configurada a culpa da Administração em fiscalizar a execução do contrato firmado com a empresa contratada, estará presente sua responsabilidade subsidiária pelos débitos trabalhistas não adimplidos. Em outras palavras, vedou-se, apenas, a transferência automática ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública por essas obrigações.

No presente caso, a autoridade reclamada, embora de forma sucinta, a partir do conjunto probatório presente nos autos da reclamação trabalhista, analisou a conduta do ora reclamante e entendeu configurada a sua culpa ‘in vigilando’.

…...................................................................................................Como o controle da regularidade da execução dos contratos

firmados com a administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis com o respeito ao erário.

Se bem ou mal decidiu a autoridade reclamada ao reconhecer a responsabilidade por culpa imputável à reclamante, a reclamação constitucional não é o meio adequado para substituir os recursos e as medidas ordinária e extraordinariamente disponíveis para correção do alegado erro.

Ante o exposto, julgo improcedente esta reclamação (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 161, par. ún. do RISTF).” (grifei)

É importante assinalar, por oportuno, que o dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à contratação – consistente em exigir, das empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27) –, mas compreende, também, o controle concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67).

Esse entendimento encontra apoio em expressivo magistério doutrinário (LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH, “A Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública na Terceirização de Serviços – Princípio da supremacia do interesse público x dignidade da pessoa humana? – Repercussões do julgamento da ADC n. 16 pelo STF na Súmula n. 331 do TST”, “in” Revista LTr, vol. 76/2012, p. 719/739; ROBERTO NOBREGA DE ALMEIDA FILHO, “Terceirização na Administração Pública e suas consequências no âmbito da Justiça do Trabalho”, “in” Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 40/2012, p. 187/196; PLÍNIO ANTÔNIO PÚBLIO ALBREGARD, “Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional”, “in” Revista do TRT da 2ª Região, nº 07/2012, p. 67/73; IVANI CONTINI BRAMANTE, “A Aparente Derrota da Súmula 331/TST e a Responsabilidade do Poder Público na Terceirização”, “in” Repertório de Jurisprudência IOB, nº 24/2011, vol. II, p. 721/767; BRUNO SANTOS CUNHA, “Fiscalização de Contratos Administrativos de Terceirização de Mão de Obra: Uma Nova Exegese e Reforço de Incidência”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/131-138; EDITE HUPSEL, “Controle de Execução dos Contratos Administrativos pela Administração Pública”, “in” Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, nº 163/2007, p. 872/878, v.g.).

Cabe destacar, ainda, nessa mesma linha de orientação, em face de sua extrema relevância, a lição de HELDER SANTOS AMORIM, MÁRCIO TÚLIO VIANA e GABRIELA NEVES DELGADO (“Terceirização – Aspectos Gerais: Última Decisão do STF e a Súmula 331 do TST – Novos Enfoques”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/76-83):

“A interpretação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 desafia sua leitura conjunta e contextualizada com vários outros dispositivos legais que imputam à Administração Pública, de forma correlata e proporcional, o

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dever de fiscalizar eficientemente a execução dos seus contratos de terceirização, por imperativo de legalidade e moralidade pública (Constituição, art. 37, ‘caput’), inclusive em relação ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tendo em vista que se trata de direitos fundamentais (Constituição, art. 7º) cuja promoção e fiscalização incumbe aprioristicamente ao Estado, como razão essencial de sua existência.

Daí porque a fiscalização do fiel cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados constitui elemento intrínseco à fiscalização do contrato de prestação de serviços, tal como decorre expressamente de dispositivos da Lei de Licitações e das normas que a regulamentam no nível federal, em observância aos preceitos constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento da República (CF, art. 1º, III e IV), que instituem como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), que fundamentalizam os direitos essenciais dos trabalhadores (art. 7º), que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho humano (art. 170) e que alicerçam a ordem social no primado do trabalho (art. 193).

No plano infraconstitucional, o dever da Administração Pública de fiscalizar o cumprimento de direitos dos trabalhadores terceirizados decorre primeiramente de dispositivos da Lei de Licitações, mas o padrão fiscalizatório, que diz respeito à extensão e profundidade deste dever de fiscalizar, encontra-se emoldurado na integração deste diploma legal com preceitos da Instrução Normativa (IN) nº 02/08, alterados pela Instrução Normativa (IN) nº 03/09, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que regulamentam a matéria no âmbito da Administração Pública Federal.

…...................................................................................................E estando assim evidentes os extensos limites do dever

constitucional e legal da Administração de fiscalizar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, disso decorre naturalmente que a inobservância deste dever de fiscalização implica a responsabilidade da Administração pelo inadimplemento dos direitos que deveriam ser fiscalizados.

Esta responsabilidade não se esgota com a demonstração de uma simples verificação superficial da formalização dos vínculos de emprego, pois o padrão fiscalizatório acima retratado exige o envolvimento direto e diário da Administração com a rotina das práticas trabalhistas da empresa contratada.

A Administração só se desincumbe deste seu dever quando demonstra a promoção eficaz de todos os procedimentos legais de controle, além daqueles que, embora não previstos expressamente na lei, sejam indispensáveis à eficiência da fiscalização na obtenção dos seus resultados, em respeito ao princípio da eficiência administrativa que rege a Administração Pública (Constituição, art. 37).

…..................................................................................................Lado outro, a ausência de fiscalização ou a fiscalização insuficiente,

descomprometida com a efetividade dos direitos fiscalizados, implica inadimplência do ente público contratante para com o seu dever de tutela, dever decorrente da sua própria condição de Administração Pública.” (grifei)

Cumpre ter presente, por relevante, que essa diretriz tem sido observada pela jurisprudência dos Tribunais, notadamente por aquela emanada do E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 132100- -60.2008.5.04.0402, Rel. Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA – AIRR 14726-94.2010.5.04.0000, Rel. Min. MARIA DE ASSIS CALSING – AIRR 2042-50.2010.5.18.0000, Rel. Min. ROSA WEBER – AIRR 546040- -57.2006.5.07.0032, Rel. Min. GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS – RR 193600-61.2009.5.09.0594, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO, v.g.):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA – ENTIDADES ESTATAIS – RESPONSABILIDADE EM CASO DE CULPA ‘IN VIGILANDO’ NO QUE TANGE AO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA POR PARTE DA EMPRESA TERCEIRIZANTE CONTRATADA – COMPATIBILIDADE COM O ART. 71 DA LEI DE LICITAÇÕES – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 159 DO CCB/1916, 186 E 927, ‘CAPUT’, DO CCB/2002. A mera inadimplência da empresa terceirizante quanto às verbas trabalhistas e previdenciárias devidas ao trabalhador terceirizado não transfere a responsabilidade por tais verbas para a entidade estatal tomadora de serviços, a teor do disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações), cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16-DF. Entretanto, a inadimplência da obrigação fiscalizatória da entidade estatal tomadora de serviços no tocante ao preciso cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da empresa prestadora de serviços gera sua responsabilidade subsidiária, em face de sua culpa ‘in vigilando’, a teor da regra responsabilizatória incidente sobre qualquer pessoa física ou jurídica que, por ato ou omissão culposos, cause prejuízos a alguém (art. 186, Código Civil). Evidenciando-se essa culpa ‘in vigilando’ nos autos, incide a responsabilidade subjetiva prevista no art. 159 do CCB/1916, arts. 186 e 927, ‘caput’, do CCB/2002, observados os respectivos períodos de vigência. Agravo de instrumento desprovido.”

(AIRR 157240-94.2007.5.16.0015, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO – grifei)

O exame da decisão ora reclamada, tendo em vista a situação concreta nela apreciada, revela que se reconheceu, na espécie, a

responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação configuradora de culpa “in vigilando”, “in eligendo” ou “in omittendo”.

Eis, no ponto, o teor do acórdão emanado do E. Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, objeto da presente reclamação:

“Cabe, ainda, salientar que a redação acrescida ao item IV da Sumula nº 331 do TST tem causa justamente saneadora de interpretações outras que vinham aflorando na sua interpretação: ‘O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade do tornador dos serviços, quanta àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas publicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21-6-1993)’, tornando aplicabilidade do inciso IV da referida Súmula aos entes públicos questão já superada na jurisprudência. Possível, portanto, o reconhecimento da omissão culposa da contratante, ora recorrente, na fiscalização de sua contratada, no caso, a primeira reclamada, violando a Constituição Federal, no seu artigo 1º, incisos III e IV, que tem por fundamento o valor social do trabalho e a proteção do trabalhador, o que, via reflexa, gera a responsabilidade dela.

Não se verifica ofensa aos dispositivos legais e constitucionais invocados, tampouco a Súmula Vinculante nº 10 do STF, e demais dispositivos legais invocados no recurso, os quais se consideram prequestionados, nos termos da OJ nº 118 da SDI-1 do TST. Mantenho a responsabilidade subsidiária da recorrente, reconhecida na sentença de origem.

Nego provimento.” (grifei)Os fundamentos expostos pelo órgão judicial ora reclamado

ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise.

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

De outro lado, e no que concerne ao alegado desrespeito à diretriz resultante da Súmula Vinculante nº 10/STF, não verifico, na decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade do art. 71 da Lei nº 8.666/1993.

Na realidade, tudo indica que, em referido julgamento, o órgão judiciário ora reclamado apenas reconheceu, no caso concreto, a omissão do Poder Público, em virtude do descumprimento de sua obrigação de fiscalizar a fiel execução das obrigações trabalhistas pela contratada, não havendo formulado juízo de inconstitucionalidade, o que afasta, ante a inexistência de qualquer declaração de ilegitimidade inconstitucional, a ocorrência de transgressão ao enunciado constante da Súmula Vinculante 10/STF.

É certo que o Supremo Tribunal Federal, em sua jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Esta Suprema Corte tem entendido equivaler à própria declaração de inconstitucionalidade o julgamento que, sem reconhecer, explicitamente, a eiva de ilegitimidade constitucional, vem, não obstante, a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios outros resultantes do texto da Carta Política.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, por necessário, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 –

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RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Tenho para mim, na linha do que tem sido iterativamente

proclamado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Rcl 11.846/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 12.388/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.486/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.), que o ato objeto da presente reclamação não declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 nem afastou, mesmo implicitamente, a sua incidência, para decidir a causa “sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

Cabe ressaltar, finalmente, que o Plenário desta Suprema Corte, em recentíssimos julgamentos (Rcl 14.917-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.947-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), ao examinar recursos de agravo que versavam matéria idêntica à ora debatida nesta sede processual, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na presente decisão:

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ’IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.”

(Rcl 14.058-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, em face das razões expostas, julgo improcedente a

presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia do presente decisão ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RO nº 0000322-57.2010.5.04.0511) e ao Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Bento Gonçalves/RS (RT nº 0000322-57.2010.5.04.0511).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.658 (418)ORIGEM : MS - 20080044147 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONASRECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO

DO AMAZONASINTDO.(A/S) : MANOEL BESSA FILHOADV.(A/S) : PAULO RODRIGO LEITÃO VARGASINTDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

Trata-se de reclamação, proposta pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, contra a decisão do Presidente do Tribunal de Justiça daquela unidade da Federação que, em 14/2/2012, julgou prejudicados os recursos extraordinários interpostos nos autos do Mandado de Segurança 0004414-78.2008.8.04.0000, em razão do integral provimento dos recursos especiais pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.162.093/AM).

O reclamante narra que os referidos apelos extremos, interpostos por ele próprio e pelo Estado do Amazonas, após terem sido admitidos pelo Tribunal de origem, foram posteriormente devolvidos por esta Corte com a determinação de que fosse aplicado, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil, o regime da repercussão geral.

Alega que o Desembargador-Presidente do TJAM, ao julgar prejudicados os recursos extraordinários, teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal, uma vez que teria retornado ao exame de admissibilidade recursal já definitivamente exercido por esta Corte.

Assevera que a decisão ora reclamada ainda teria o condão de por em risco a segurança jurídica, visto que a decisão paradigma desta Corte teria superado

“a discussão acerca da possibilidade de acúmulo, com o advento da política subsidiária, inaugurada pela Emenda Constitucional 41/2003, do subsídio com outras vantagens de cunho pessoal, a exemplo do Adicional por Tempo de Serviço – ATS, objeto da demanda exordial”.

Requer, assim, a anulação da decisão ora impugnada, “confirmando-se a determinação tocante à aplicação do regime de repercussão geral à matéria em voga”.

Requisitadas informações prévias, prestou-as o Presidente do TJAM (Petição 35592/2012-STF), em que assevera que o provimento dos recursos especiais interpostos pelo reclamante e pelo Estado do Amazonas cassou a segurança anteriormente concedida por aquela Corte estadual.

Salienta, ademais, que a referida decisão proferida pelo STJ em sede de recursos especiais “extinguiu o processo, com resolução de mérito, reconhecendo a decadência do direito de impetrar mandado de segurança, e por via de consequência prejudicou o exame do apelo Extraordinário, conforme previsão do art. 543, § 1º, do CPC”.

É o relatório necessário. Decido.Bem examinados os autos, constato a manifesta inviabilidade desta

ação reclamatória.É que ela impugna decisão que declarou a prejudicialidade de

recurso extraordinário que havia sido interposto pelo Ministério Público amazonense com o fim de reverter, especificamente, acórdão que já foi, em seu favor, integral e definitivamente afastado pelo STJ com o provimento do REsp 1.162093/AM, também interposto pelo reclamante, decisão esta que, tendo transitado em julgado em 20/7/2010, extinguiu a própria ação mandamental originária em razão da não observância do prazo decadencial.

Estando a decisão do STJ, portanto, já há muito acobertada pelo manto da coisa julgada, é manifesta a ausência de interesse processual do reclamante em fazer prosseguir, por esta via, o exame de apelo extremo que, por não mais possuir objeto algum, sequer ensejaria a aplicação do art. 543-B do CPC.

Isso posto, nos termos dos arts. 267, VI, e 295, III, do CPC, e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento a esta reclamação.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECLAMAÇÃO 16.263 (419)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

BENTO GONÇALVESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUIS CARLOS SOUZA DA LUZADV.(A/S) : DAIANE DA SILVA RUDOLPH

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INVIABILIDADE

MANIFESTA.RECLAMAÇÃO – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA

REPÚBLICA.1. Esforços foram empreendidos visando dar ciência ao interessado

Luis Carlos Souza da Luz. Isso não foi possível. Então, deve-se imprimir sequência à reclamação.

2. Ao Ministério Público Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 94

3. Publiquem.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.436 (420)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : WALLACE DARLAN SANTOS COSTAADV.(A/S) : DJALMA SALES BARBOSAADV.(A/S) : THIAGO DE SOUZA BARBOSARECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE TERESÓPOLISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada por Wallace Darlan Santos Costa, em face do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Teresópolis/RJ, por alegada violação da Súmula Vinculante 14.

A defesa alega que o reclamante foi surpreendido, no mês de fevereiro de 2013, por uma medida de busca e apreensão em sua residência que se localiza no Estado da Bahia, emitida pelo Juízo reclamado.

Por esse motivo, aduz que constituiu advogados para que apurassem o ocorrido no juízo do Estado da federação que emitiu a ordem.

Afirma que, no dia 11.9.2013, seus patronos se dirigiram à comarca do Município de Teresópolis, RJ, para fazer a juntada da procuração outorgada e ter vista por completo dos autos nº 0026747-76.2012.8.19.0061, de caráter sigiloso.

Sustenta que, na mesma data, a Douta Magistrada despachou a petição do reclamante para o Parquet Estadual, não se manifestando pela deferência ou não do pedido de vista, estando até os dias de hoje o citado processo no Parquet Estadual.

Assevera que o juízo reclamado, ao não despachar a petição na qual se pleiteava a vista dos autos, violou a Súmula Vinculante n. 14 do STF. A esse propósito argumenta o seguinte:

”não houve uma negativa exteriorizada pela Magistrada, simplesmente de forma oblíqua às formas costumeiras no mundo jurídico, sem plausibilidade, o processo é enviado ao Parquet Estadual, onde a defesa não consegue o acesso aos referidos autos, o que foge a uma regra de normalidade e paridade de armas dentro do ordenamento jurídico para um fim tão elementar ao indivíduo, que é o direito de saber as acusações que versam sobre a sua pessoa”.

Desse modo, requer a concessão da medida liminar para determinar ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Teresópolis/RJ, que disponibilize acesso irrestrito a tudo já efetivamente carreado nos autos, seja em processo físico, digital, mídias, dentre outros, quer seja, o que corresponde ao objeto das investigações. No mérito, pugna pela confirmação da liminar.

A autoridade reclamada prestou informações aduzindo o seguinte:“(...) O Ministério Público do Estado, escoltado em inquérito da

Corregedoria Interna da Polícia Civil, em face de 61 (sessenta e um) réus, que seriam, em tese, integrantes de uma organização criminosa responsável pela exploração de jogos de azar no Rio de janeiro, com ramificações em outros Estados da Federação, denominada ‘Operação Dedo de Deus’. No relatório da autoridade policial se destacou a presença no referido grupo de um rol de empresas que dariam suporte à atividade ilícita, ora se valendo de seus atos constitutivos para movimentar quantias em dinheiro, ora fornecendo insumos e equipamentos ao grupo denunciado. Com efeito, como resultado das investigações naquela ação penal, foram extraídas peças que serviram para embasar outro Inquérito Policial, o qual pretende o Paciente acessar. Esta Magistrada entende que, permitir o acesso do Paciente aos autos da Medida Cautelar trará prejuízo para as investigações ainda em andamento, sendo certo que há diversas providências requeridas pelo Ministério Público que ainda não foram implementadas ou que não foram respondidas pelos órgãos oficiados e que, perderão sua eficácia se tornadas de conhecimento público. Como bem dito pelo Ministério Público em sua manifestação, a garantia de acesso do advogado às investigações penais não é absoluta, já que a Súmula Vinculante número 14 faz ressalva quanto as diligências ainda pendentes, o que ocorre no presente caso. Estas são as informações que tinha a prestar a Vossa Excelência, colocando-me à inteira disposição para outros esclarecimentos que forem julgados imprescindíveis”. (eDOC 10)

O reclamante peticionou informando que, apesar de a autoridade reclamada ter se referido a habeas corpus, trata-se de mera petição de vista dos autos.

Decido.A concessão de liminar dá-se em caráter excepcional, em face da

configuração do fumus boni iuris e do periculum in mora.Da análise dos autos, em sede de cognição sumária, não vislumbro

contrariedade manifesta à Súmula Vinculante n. 14 do STF a justificar o deferimento da medida de urgência, impondo-se uma análise mais detalhada dos elementos de convicção trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento do mérito.

Dessa forma, salvo melhor juízo quanto ao mérito, os elementos constantes dos autos, não autorizam a concessão da liminar.

Ante o exposto, indefiro o pedido liminar.Bem instruídos os autos, abra-se vista à Procuradoria-Geral da

República.Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECLAMAÇÃO 16.631 (421)ORIGEM : AI - 40073856720138120000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : KENITI YOSHIMOTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLAUDIOMIR ANTONIO WONSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOAO OLEGARIO SIQUEIRAADV.(A/S) : CLÁUDIO ROBERTO SCHUTZE

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar, contra decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, nos autos do Agravo de Instrumento 400.7385-67.2013.8.12.0000, que teria desrespeitado o decidido pelo STF no julgamento da ADI 2.652/DF (rel. Min. Maurício Corrêa, Pleno, DJ de 14/11/2003, Ementário 2.132-13).

Sustenta-se, em suma, que: (a) a decisão reclamada, com fundamento no art. 14 do CPC, teria condenado solidariamente os reclamantes, autor da ação originária e seu advogado, ao pagamento de multa processual por litigância de má-fé, fixada em 1% do valor da causa, além de indenização por perdas e danos; (b) ao assim decidir, teria contrariado o disposto no art. 133 da Constituição da República, bem como os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal; (c) O STF, ao julgar procedente a ADI 2.652/DF, teria fixado entendimento no sentido de que os “procuradores e defensores públicos sujeitam-se exclusivamente aos estatutos da Ordem dos Advogados do Brasil e a eles, quando atuando em juízo, não podem ser impostas quaisquer multas por suposta obstrução à justiça” (p. 4 da petição inicial eletrônica).

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88). Ademais, é da jurisprudência da Corte que os atos reclamados devem estrita aderência ao conteúdo das decisões do STF:

“(...) Os atos questionados em qualquer reclamação nos casos em que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal” (Rcl 6534-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe de 17.10.2008 Ementário 2337-1).

Com efeito, a Corte, ao julgar procedente a ADI 2.652/DF, emprestou à expressão “ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB”, contida no parágrafo único do art. 14 do CPC, interpretação conforme à Constituição, sem redução de texto, para abranger, também, os advogados do setor público. Eis a ementa do referido julgado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 14 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, NA REDAÇÁO DADA PELA LEI 10358/2001. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.

1. Impugnação ao parágrafo único do artigo 14 do Código de Processo Civil, na parte em que ressalva “os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB” da imposição de multa por obstrução à Justiça. Discriminação em relação aos advogados vinculados a entes estatais, que estão submetidos a regime estatutário próprio da entidade. Violação ao princípio da isonomia e ao da inviolabilidade no exercício da profissão. Interpretação adequada, para afastar o injustificado discrímen.

2. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente para, sem redução de texto, dar interpretação ao parágrafo único do artigo 14 do Código de Processo Civil conforme a Constituição Federal e declarar que a ressalva contida na parte inicial desse artigo alcança todos os advogados, com esse título atuando em juízo, independentemente de estarem sujeitos também a outros regimes jurídicos”.

No caso, a decisão reclamada impôs multa processual ao causídico, militante do setor privado, com base nos art. 14, II; 17, I e V; e 18, § 2º, do CPC, não aplicando, à espécie, o disposto no parágrafo único do art. 14 do CPC, que, aliás, se refere especificamente às hipóteses de violação ao inciso V do mesmo artigo (“cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embargos à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final”).

Nesses termos, conclui-se que não há, conforme impõe a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 95

jurisprudência da Corte, estrita aderência entre a decisão reclamada e o acórdão apontado como paradigma.

3. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido.Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.690 (422)ORIGEM : Rt - 00013271420115150046 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARARASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TEREZINHA DO CARMO PIRES JULIOADV.(A/S) : ANTONIO MARIA DENOFRIO

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, formulada com o objetivo de fazer preservar a autoridade de decisão que, referendada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (ADI 3.395- -MC/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO), suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Constituição Federal (na redação dada pela EC nº 45/2004) “(...) que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a ‘(...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo’” (grifei).

A parte ora reclamante alega que o órgão judiciário reclamado (RO nº 0001327-14.2011.5.15.0046) – ao reconhecer-se competente para apreciar litígio alcançado pelos efeitos da providência cautelar emanada desta Suprema Corte – teria desrespeitado a eficácia vinculante que é inerente aos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal em sede de fiscalização normativa abstrata (ADI 3.395/DF), comprometendo, desse modo, a integridade de tal ato decisório.

O Supremo Tribunal Federal tem enfatizado, em sucessivas decisões, que a reclamação reveste-se de idoneidade jurídico-processual, quando utilizada, como na espécie, com o objetivo de fazer prevalecer a autoridade decisória dos julgamentos emanados desta Corte, notadamente quando impregnados de eficácia vinculante, como sucede com aqueles que deferem provimentos cautelares em sede de fiscalização normativa abstrata (RTJ 169/383-384 – RTJ 183/1173-1174):

“O DESRESPEITO À EFICÁCIA VINCULANTE, DERIVADA DE DECISÃO EMANADA DO PLENÁRIO DA SUPREMA CORTE, AUTORIZA O USO DA RECLAMAÇÃO.

- O descumprimento, por quaisquer juízes ou Tribunais, de decisões proferidas com efeito vinculante, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade, autoriza a utilização da via reclamatória, também vocacionada, em sua específica função processual, a resguardar e a fazer prevalecer, no que concerne à Suprema Corte, a integridade, a autoridade e a eficácia subordinante dos comandos que emergem de seus atos decisórios. Precedente: Rcl 1.722/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO (Pleno).”

(RTJ 187/151, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Cabe examinar, de outro lado, se terceiros – que não intervieram

no processo objetivo de controle normativo abstrato – dispõem, ou não, de legitimidade ativa para o ajuizamento de reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, quando promovida com o objetivo de fazer restaurar o “imperium” inerente às decisões emanadas desta Corte proferidas em sede de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, a propósito de tal questão, ao analisar o alcance da norma inscrita no art. 28 da Lei nº 9.868/99 (Rcl 1.880-AgR / SP , Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), firmou orientação que reconhece, a terceiros, qualidade para agir, em sede reclamatória, quando necessário se torne assegurar o efetivo respeito aos julgamentos desta Suprema Corte, proferidos no âmbito de processos de controle normativo abstrato:

“(...) LEGITIMIDADE ATIVA PARA A RECLAMAÇÃO NA HIPÓTESE DE INOBSERVÂNCIA DO EFEITO VINCULANTE.

- Assiste plena legitimidade ativa, em sede de reclamação, àquele – particular ou não – que venha a ser afetado, em sua esfera jurídica, por decisões de outros magistrados ou Tribunais que se revelem contrárias ao entendimento fixado, em caráter vinculante, pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento dos processos objetivos de controle normativo abstrato instaurados mediante ajuizamento, quer de ação direta de inconstitucionalidade, quer de ação declaratória de constitucionalidade. Precedente. (…).”

(RTJ 187/151, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Vê-se, portanto, que assiste, à parte ora reclamante, plena

legitimidade ativa “ad causam” para fazer instaurar este processo

reclamatório.Cumpre verificar, agora, se a situação exposta na presente

reclamação pode traduzir, ou não, hipótese de ofensa à autoridade do julgamento que o Supremo Tribunal Federal proferiu, com eficácia vinculante, em sede de fiscalização normativa abstrata, não obstante o acórdão invocado como paradigma (ADI 3.395/DF) consubstancie decisão concessiva de provimento cautelar.

Ao proceder a tal indagação, devo registrar que Juízes desta Suprema Corte, em contexto rigorosamente idêntico ao que emerge do presente processo, têm vislumbrado, em sucessivos julgamentos, a ocorrência de transgressão à autoridade da decisão que esta Suprema Corte proferiu, em sede cautelar, na ADI 3.395/DF (Rcl 15.727-MC/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – Rcl 16.213/SP, Rel. Min. ROBERTO BARROSO – Rcl 16.387-MC/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 16.686-MC/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, v.g.).

Assinalo, por relevante, que o Ministério Público Federal, ao pronunciar-se em causas assemelhadas à que ora se examina (Rcl 9.369/PA, Rcl 11.361/MA, Rcl 11.397/SP, v.g., das quais fui Relator), tem-se manifestado pela procedência dos pedidos formulados pelas partes reclamantes, como se vê, p. ex., de parecer que, produzido na Rcl 7.777/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO, está assim ementado:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA POR SERVIDOR PÚBLICO CONTRA O ESTADO DE MINAS GERAIS. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI N.º 3.395/DF.

- Parecer pela procedência da reclamação.” (grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando,

especialmente, a existência de precedentes específicos sobre a matéria em análise, julgo procedente a presente reclamação, restando prejudicado, desse modo, o exame do pedido de medida liminar.

Determino, em consequência, a remessa dos autos concernentes ao AI RR nº 0001327-14.2011.5.15.0046, ora em curso perante o E. Tribunal Superior do Trabalho, para o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para efeito de oportuna distribuição da causa a uma das Varas competentes daquela unidade da Federação.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR nº 0001327-14- -2011.5.15.0046), ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (RO nº 0001327-14.2011.5.15.0046) e ao Juízo da Vara do Trabalho de Araras/SP (RT nº 0001327-14.2011.5.15.0046).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 16.730 (423)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOSADV.(A/S) : CAMILA DE CAMARGO SILVA VENTURELLIRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUVENILDO SANTANA DOS SANTOSADV.(A/S) : AFONSO PACILEO NETOINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ALEGADO

DESCUMPRIMENTO DA SÚMULA VINCULANTE N. 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA DECISÃO PROFERIDA NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 16. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO RECLAMADA. SÚMULA N. 734 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada pela

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, em 11.11.2013, contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que teria desrespeitado a autoridade da decisão proferida na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16/DF e descumprido a Súmula Vinculante n. 10 deste Supremo Tribunal.

Relatório2. Em 6.5.2011, ao examinar a reclamação trabalhista ajuizada por

Juvenildo Santana dos Santos contra a Personal Service Terceirizações Ltda. e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, o juízo da 11ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP rejeitou a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela CPTM, condenando-a, subsidiariamente, ao pagamento das verbas trabalhistas requeridas pelo autor (doc. 17).

Essa decisão foi confirmada pelo Terceira Turma Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (doc. 18), tendo a Companhia Paulista de Trens

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 96

Metropolitanos interposto recurso de revista, inadmitido (doc. 13). Em 15.8.2013, o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho negou

seguimento ao Agravo de Instrumento no Recurso de Revista n. 0001675-37.2010.5.02.0011, interposto pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (doc. 12), decisão confirmada, em 9.10.2013, pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (doc. 10).

3. Na presente reclamação, a Reclamante insurge-se contra o acórdão proferido pela Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário n. 0001675-37.2010.5.02.0011.

Sustenta, em síntese, que a decisão apontada como reclamada teria desrespeitado a autoridade da decisão proferida no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16 e descumprido a Súmula Vinculante n. 10 deste Supremo Tribunal.

Afirma não ter “incidi[do] em culpa in vigilando, uma vez que, quando da percepção do inadimplemento de cláusulas contratuais por parte da empresa Personal, foi extinto o vínculo contratual, visando assim coibir que novos prejuízos viessem a ocorrer” (fl. 4).

Requer medida liminar para “suspender o despacho denegatório da Vice-Presidência Judicial do TRT da 2ª Região e o r. acórdão da 03ª Turma do mesmo E. Tribunal, proferidos nos autos da reclamação trabalhista nº 00016753720105020011” (fl. 7).

No mérito, pede “seja julgada procedente a presente Reclamação Constitucional para cassar (…) o v. Acórdão proferido pela 2ª turma do mesmo Tribunal, que afastou a aplicação e interpretou o § 1º art. 71 da Lei Federal 8.666/93 em total afronta à autoridade da decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou a constitucionalidade do referido dispositivo, na forma julgada nos autos da ADC 16, em 24/11/2010, determinando, consequentemente, que a nobre 2ª turma do TRT/2ª Região profira nova decisão, em respeito à autoridade da decisão do Colendo Supremo Tribunal Federal” (fl. 7).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Consta do sítio do Tribunal Superior do Trabalho que a decisão

apontada como reclamada, proferida em 2011 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, foi confirmada no julgamento do agravo regimental no agravo de instrumento no recurso de revista interposto pela Reclamante, decisão que transitou em julgado em 28.10.2013.

5. Este Supremo Tribunal assentou que o cabimento de reclamação contra decisões judiciais pressupõe que o ato decisório por meio dela impugnado ainda não tenha transitado em julgado, conforme dispõe a Súmula n. 734 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido: “EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DO QUE DECIDIDO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 761 E NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 240.441. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Não cabe reclamação contra decisão com trânsito em julgado anterior ao seu ajuizamento (Súmula n. 734 do Supremo Tribunal Federal)” (Rcl 12397-ED, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 6.3.2012).

“DECISÃO RECLAMADA QUE TRANSITOU EM JULGADO - OCORRÊNCIA DO FENÔMENO DA RES JUDICATA - INVIABILIDADE DA VIA RECLAMATÓRIA - RECLAMAÇÃO DE QUE NÃO SE CONHECE. A EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA IMPEDE A UTILIZAÇÃO DA VIA RECLAMATÓRIA. - Não cabe reclamação, quando a decisão por ela impugnada já transitou em julgado, eis que esse meio de preservação da competência do Supremo Tribunal Federal e de reafirmação da autoridade decisória de seus pronunciamentos - embora revestido de natureza constitucional (CF, art. 102, I, 'e') - não se qualifica como sucedâneo processual da ação rescisória. - A inocorrência do trânsito em julgado da decisão impugnada em sede reclamatória constitui pressuposto negativo de admissibilidade da própria reclamação, que não pode ser utilizada contra ato judicial que se tornou irrecorrível. Precedentes” (Rcl 1.438-QO, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 22.11.2002).

“RECLAMAÇÃO - ALEGADO DESRESPEITO A DECISÕES PROFERIDAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO ABSTRATA - ATO JUDICIAL, OBJETO DA RECLAMAÇÃO, JÁ TRANSITADO EM JULGADO - INCIDÊNCIA DE OBSTÁCULO FUNDADO NA SÚMULA 734/STF - IMPOSSIBILIDADE DE RENOVAÇÃO DO LITÍGIO EM SEDE DE EXECUÇÃO - TANTUM JUDICATUM QUANTUM DISPUTATUM VEL DISPUTARI DEBEBAT - INADMISSIBILIDADE DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DA AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (Rcl 8.716-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 26.5.2011).

Ausentes, portanto, os requisitos processuais que viabilizariam o regular trâmite da presente reclamação.

6. Pelo exposto, nego seguimento a esta reclamação, prejudicada, por óbvio, a medida liminar requerida (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECLAMAÇÃO 16.751 (424)ORIGEM : RO - 00014103020115150046 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARARASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANA MARIA ASSUMPÇÃO SEGATTOADV.(A/S) : ANTONIO MARIA DENOFRIO

RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. CAUSAS INSTAURADAS ENTRE O PODER PÚBLICO E SEUS SERVIDORES. VÍNCULO DE ORDEM ESTATUTÁRIA OU JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA COMUM. PACÍFICA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE.

DECISÃO: Cuida-se de Reclamação proposta pelo Município de Araras contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região que teria descumprido a orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI nº 3.395/DF.

O Município reclamante alega que a atuação do Juízo reclamado se mostra atentatória à autoridade da decisão proferida pelo Plenário desta Corte na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395-MC/DF, que afastou toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal, na redação atribuída pela Emenda Constitucional 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativa.

Ressalta, ainda, que: “não se trata de uma relação de emprego strito sensu, ou de uma

relação de trabalho lacto sensu, mas de uma relação jurídica administrativa de assistência social, sem qualquer vínculo jurídico que impusesse qualquer dever de prestação de serviço, apenas de colaboração para a formação do próprio assistido, sem qualquer subordinação jurídica.”

Requer seja julgada procedente a presente Reclamação para que seja determinada a remessa dos autos da Reclamação Trabalhista nº 0001410-30.2011.5.15.0046 à Justiça Comum.

É o relatório. Passo a decidir. A pretensão do Reclamante encontra acolhida na remansosa

jurisprudência desta Corte. Este Supremo Tribunal Federal, nas ações em que se discute o

vínculo jurídico estabelecido entre entidades da administração direta e indireta e seus ex-servidores, sejam eles contratados com fundamento em leis locais que autorizam a contratação por tempo determinado, por excepcional interesse público, ou mesmo quando contratados para exercerem cargos em comissão, tem decidido pela incompetência da Justiça do Trabalho.

No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395, o Supremo Tribunal Federal, por maioria, referendou cautelar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, nos seguintes termos:

“INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária.”(ADI 3.395- MC, Rel. o Ministro Cezar Peluso, DJ de 10/11/2006)

Na decisão que deferiu a medida liminar, ad referendum, o Ministro Nelson Jobim consignou na parte dispositiva:

“Dou interpretação conforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redação da EC n. 45/2004. Suspendo, ad referendum, toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a ... apreciação ... de causas que ... sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo .”

Esse entendimento foi corroborado no julgamento da Reclamação nº 5.381, de relatoria do Ministro Carlos Britto, na qual se examinava ação civil pública ajuizada perante a Justiça do Trabalho com o objetivo de impor o desligamento de servidores contratados por tempo determinado. O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA. 1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do artigo 114 da CF (na redação da EC 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo. 2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 97

partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados. 3. Procedência do pedido. 4. Agravo regimental prejudicado.”

Essa orientação foi confirmada pelo Ministro Cezar Peluso, que, nos apartes desta Reclamação, ressaltou:

“Na data em que a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF foi referendada, ainda não nos tínhamos pronunciado sobre a alteração do artigo 39, de modo que havia excepcionalmente casos que poderíamos entender regidos pela CLT. Mas hoje isso é absolutamente impossível, porque reconhecemos que a redação originária do artigo 39 prevalece. Em suma, não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chame-se a isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT. (...)

Sim, eu sei, mas estou apenas explicando por que a Emenda nº 45 deu essa redação [ao art. 114, inc. I, da Constituição da República] abrangendo os entes da administração direta, porque havia casos, com a vigência da Emenda nº 19, que, eventualmente, poderiam estar submetidos ao regime da CLT. Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da Constituição, que não admite relação de sujeição à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e a Administração Pública”

Esse entendimento foi reafirmado pelo Plenário do Supremo Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 573.202, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 5.12.2008. Eis a ementa:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME ESPECIAL. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA REGIDA POR LEGISLAÇÃO LOCAL ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO DE 1988, EDITADA COM BASE NO ART. 106 DA CONSTITUIÇÃO DE 1967. ACÓRDÃO QUE RECONHECEU A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

I - Ao reconhecer a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a reclamação trabalhista, o acórdão recorrido divergiu de pacífica orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.

II - Compete à Justiça Comum processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos a regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição Republicana de 1988, com fundamento no art. 106 da Constituição de 1967, na redação que lhe deu a Emenda Constitucional no 1/69, ou no art. 37, IX, da Constituição de 1988.

III Recurso Extraordinário conhecido e provido. Friso que outros Ministros têm julgado monocraticamente pela

procedência de Reclamações análogas à presente: Rcl 16.213, Relator Ministro Roberto Barroso, DJe de 04/09/2013; Rcl 16.387, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 28/10/2013.

Ex positis, julgo procedente a presente Reclamação para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho para apreciar a causa, determinando a remessa da Reclamação Trabalhista nº 0001410-30.2011.5.15.0046, ao órgão jurisdicional competente da Justiça Comum.

Comunique-se. Publique-se. Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECLAMAÇÃO 16.769 (425)ORIGEM : PROC - 00020764620125110001 - JUIZ DO TRABALHO

DA 11º REGIÃOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA

AEROPORTUÁRIA - INFRAEROPROC.(A/S)(ES) : PALOMA SOUZA SICSURECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

MANAUSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ALESSANDRO ANDRADE DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO CRUZ DA SILVAINTDO.(A/S) : CENTER LOGÍSTICA E TRANSPORTE LTDA - MEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar, ajuizada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária Infraero - em face de decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Manaus (Processo nº 0002076-46.2012.5.11.0001), a qual ao afastar o disposto no § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, teria violado a orientação firmada por esta Corte no julgamento da ADC 16, ocasião em que se declarou constitucional o referido preceito.

A decisão recorrida reconheceu a responsabilidade da Infraero na presente relação trabalhista. Transcrevo parte da decisão reclamada:

“ANTE O EXPOSTO, DECIDE A MM PRIMEIRA VARA DO TRABALHO DE MANAUS, REJEITAR AS PRELIMINARES SUSCITADAS PELA LITISCONSORTE E; NO MÉRITO, JULGAR PARCIALMENTE

PROCEDENTE A AÇÃO, PARA EFEITO DE CONDENAR A RECLAMADA CENTER LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA-ME E SUBSIDIARIAMENTE A LITISCONSORTE EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA-INFRAERO A PAGAR AO RECLAMANTE ALESSANDRO ANDRADE DA SILVA A QUANTIA LÍQUIDA DE R$7.108,62 ( SETE MIL CENTO E OITO REAIS E SESSENTA E DOIS CENTAVOS) A TÍTULO DE AVISO PRÉVIO, SALDO DE SALÁRIOS 19 DIAS (DEZ/2012), 13° SALÁRIO PROPORCIONAL 2011/2012 13/12, FÉRIAS PROPORCIONAIS 2011/2012 13/12, 1/3 SOBRE FÉRIAS, MULTAS PREVISTAS NOS ARTS. 467 E 477, DA CLT E INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA REFERENTE AO SEGURO-DESEMPREGO. ASSEGURADOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA, DESCONTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIO”. (eDOC 7, p. 6)

É o relatório. Dispenso a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República,

por entender que o processo já está em condições de julgamento (art. 52, parágrafo único, RISTF).

O art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011. Confira-se a ementa do referido julgado:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

Dessa forma, considerada a ausência de fiscalização das obrigações constantes na Lei 8.666/1993, seria a reclamante responsável, subsidiariamente, pelos obrigações trabalhistas não adimplidas por empresa contratada para prestação de serviços.

Não há dúvidas, portanto, que a referida decisão encerra contrariedade ao quanto disposto no julgamento da ADC 16, que julgou constitucional o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, sem tecer qualquer ressalva acerca de sua aplicabilidade.

O referido preceito dispõe sobre a impossibilidade jurídica de transferência de responsabilidade à Administração Pública de encargos decorrentes do não cumprimento, pelo contratado, de obrigações trabalhistas, fiscais ou comerciais.

Ante o exposto, julgo procedente a reclamação, motivo pelo qual fica prejudicada a análise do pedido liminar, nos termos do art. 161, parágrafo único, do RISTF, para cassar o acórdão reclamado, proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região nos autos do Processo nº 0002076-46.2012.5.11.0001, que reconheceu a responsabilidade subsidiária da Infraero em face do inadimplemento de obrigações trabalhistas por empresa contratada para a prestação de serviços.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

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RECLAMAÇÃO 16.774 (426)ORIGEM : PROC - 01001003520095050631 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 5º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE BRUMADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDILTON DE OLIVEIRA TELESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CÉLIA MARIA DE ALMEIDA SILVAINTDO.(A/S) : CLAUDINÉIA DE AGUIAR L DIASINTDO.(A/S) : ELDA MARIA DE SOUZAADV.(A/S) : DELCIO MEDEIROS RIBEIRO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Notifique-se a autoridade reclamada para que preste informações. Após, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 16.781 (427)ORIGEM : RO - 00002798320125150046 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARARASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 98

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOANA APARECIDA BOMBONATOADV.(A/S) : ANTÔNIO MARIA DENOFRIO

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido liminar, contra acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Processo 0000279-83.2012.5.15.0046), que manteve a competência da Justiça Especializada para julgamento do processo, condenando o ora reclamante ao pagamento de verbas trabalhistas, desrespeitando, assim, a autoridade da decisão tomada nos autos da ADI 3395-MC (Rel. Min. Cezar Peluso, Pleno, DJe de 10.11.2006).

Alega o reclamante que: (a) na origem, Joana Aparecida Bombonato propôs ação junto à Justiça do Trabalho, requerendo verbas trabalhistas referentes ao período em que alegou ter prestado serviços à municipalidade no contexto do “Projeto Cidade Verde”; (b) referido projeto foi instituído pela Lei Municipal 3.403/2002, o que caracterizaria a relação mantida entre as partes como de natureza jurídico-administrativa; e (c) o projeto implementado tem como objetivo dar cumprimento ao art. 3º, I e II, da Constituição da República, no sentido de construir uma sociedade livre, justa e solidária, bem como erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais, porquanto o programa conta com oferecimento de cursos profissionalizantes.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l, CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, há ofensa à autoridade da decisão tomada na ADI 3.395-MC, porquanto no julgamento da ação direta o Plenário da Corte referendou liminar deferida em período de férias pelo então Presidente, Min. Nelson Jobim, para afastar a interpretação dada ao art. 114, I, da Constituição da República, na redação da EC 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

A jurisprudência desta Corte já se consolidou no sentido de que é competência da Justiça Comum pronunciar-se sobre a existência, a validade e a eficácia das relações mantidas entre o Poder Público e os particulares, sob alegação de vício na relação administrativa. Nesses termos, causas como as da espécie aqui tratada, conforme a jurisprudência do STF, são de competência da Justiça Comum:

(...) 2. Apesar de ser da competência da Justiça do Trabalho reconhecer a existência de vínculo empregatício regido pela legislação trabalhista, não sendo lícito à Justiça Comum fazê-lo, é da competência exclusiva desta o exame de questões relativas a vínculo jurídico-administrativo. 3. Antes de se tratar de um problema de direito trabalhista a questão deve ser resolvida no âmbito do direito administrativo, pois para o reconhecimento da relação trabalhista terá o juiz que decidir se teria havido vício na relação administrativa a descaracterizá-la. 4. No caso, não há qualquer direito disciplinado pela legislação trabalhista a justificar a sua permanência na Justiça do Trabalho. 5. Precedentes: Reclamação 4.904, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Plenário, DJe 17.10.2008 e Reclamações 4.489-AgR, 4.054 e 4.012, Plenário, DJe 21.11.2008, todos Redatora para o acórdão a Ministra Cármen Lúcia. 6. Agravo regimental a que se dá provimento e reclamação julgada procedente. (Rcl 8.110-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe de 12/02/2010).

3. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação, fixando a competência da Justiça Comum para o julgamento do processo. Comunique-se o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.783 (428)ORIGEM : RO - 00494201214603003 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS JOSÉ BARBOSAADV.(A/S) : MEDZKER MATOS DA CONCEIÇÃO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SÁ POMAROLI LTDAADV.(A/S) : EDSON PEIXOTO SAMPAIO

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida cautelar, na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, além de supostamente haver desrespeitado o enunciado constante da Súmula Vinculante nº

10/STF, que possui o seguinte teor:“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão

de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sustenta-se, na presente sede processual, que o órgão ora reclamado, no julgamento em questão, teria decidido com base na Súmula nº 331, IV, do TST, afastando, em consequência, a incidência do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o que, além de desrespeitar a decisão proferida no julgamento da ADC 16/STF, implicaria, ainda, ofensa ao princípio da reserva de plenário (CF, art. 97).

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o pedido de medida liminar. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que não se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

Como se sabe, esta Suprema Corte, ao apreciar a ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO, julgou-a procedente, para declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, em julgamento que se acha assim ementado:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995.”

(ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei) É oportuno ressaltar, no ponto, que, em referido julgamento, não

obstante o Plenário do Supremo Tribunal Federal tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, enfatizou-se que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in omittendo”, “in eligendo”, ou “in vigilando” do Poder Público.

Essa visão em torno do tema tem sido observada por Ministros de ambas as Turmas desta Suprema Corte (Rcl 8.475/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – Rcl 11.917/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.089/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.310/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.388/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.434/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 12.595/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 12.828/PE, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 12.944/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 13.272-MC/MG, Rel. Min. ROSA WEBER – Rcl 13.425/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – Rcl 13.841/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.623/ES, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 14.658/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 14.943/RS, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 15.052/RO, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.), em julgamentos nos quais se tem reconhecido possível a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público na hipótese excepcional de restar demonstrada a ocorrência de comportamento culposo da Administração Pública.

Vale referir, bem por isso, ante a pertinência de seu conteúdo, trecho da decisão que o eminente Ministro JOAQUIM BARBOSA proferiu no âmbito da Rcl 12.925/SP, de que foi Relator:

“(...) ao declarar a constitucionalidade do referido § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, a Corte consignou que se, na análise do caso concreto, ficar configurada a culpa da Administração em fiscalizar a execução do contrato firmado com a empresa contratada, estará presente sua responsabilidade subsidiária pelos débitos trabalhistas não adimplidos. Em outras palavras, vedou-se, apenas, a transferência automática ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública por essas obrigações.

No presente caso, a autoridade reclamada, embora de forma sucinta, a partir do conjunto probatório presente nos autos da reclamação trabalhista, analisou a conduta do ora reclamante e entendeu configurada a sua culpa ‘in vigilando’.

…...................................................................................................Como o controle da regularidade da execução dos contratos

firmados com a administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis com o respeito ao erário.

Se bem ou mal decidiu a autoridade reclamada ao reconhecer a responsabilidade por culpa imputável à reclamante, a reclamação constitucional não é o meio adequado para substituir os recursos e as medidas ordinária e extraordinariamente disponíveis para correção do alegado erro.

Ante o exposto, julgo improcedente esta reclamação (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 161, par. ún. do RISTF).” (grifei)

Cumpre assinalar, por necessário, que o dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 99

prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à contratação – consistente em exigir, das empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a situação econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27) –, mas compreende, também, o controle concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67).

Esse entendimento encontra apoio em expressivo magistério doutrinário (LÍVIA DEPRÁ CAMARGO SULZBACH, “A Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública na Terceirização de Serviços – Princípio da supremacia do interesse público x dignidade da pessoa humana? – Repercussões do julgamento da ADC n. 16 pelo STF na Súmula n. 331 do TST”, “in” Revista LTr, vol. 76/2012, p. 719/739; ROBERTO NOBREGA DE ALMEIDA FILHO, “Terceirização na Administração Pública e Suas Consequências no Âmbito da Justiça do Trabalho”, “in” Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 40/2012, p. 187/196; PLÍNIO ANTÔNIO PÚBLIO ALBREGARD, “Responsabilidade Subsidiária da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional”, “in” Revista do TRT da 2ª Região, nº 07/2012, p. 67/73; IVANI CONTINI BRAMANTE, “A Aparente Derrota da Súmula 331/TST e a Responsabilidade do Poder Público na Terceirização”, “in” Repertório de Jurisprudência IOB, nº 24/2011, vol. II/721-767; BRUNO SANTOS CUNHA, “Fiscalização de Contratos Administrativos de Terceirização de Mão de Obra: Uma Nova Exegese e Reforço de Incidência”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/131-138; EDITE HUPSEL, “Controle de Execução dos Contratos Administrativos pela Administração Pública”, “in” Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, nº 163/2007, p. 872/878, v.g.).

Cabe destacar, ainda, nessa mesma linha de orientação, em face de sua precisa abordagem, a lição de HELDER SANTOS AMORIM, MÁRCIO TÚLIO VIANA e GABRIELA NEVES DELGADO (“Terceirização – Aspectos Gerais: Última Decisão do STF e a Súmula 331 do TST – Novos Enfoques”, “in” Revista do TST, nº 01/2011, vol. 77/76-83):

“A interpretação do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 desafia sua leitura conjunta e contextualizada com vários outros dispositivos legais que imputam à Administração Pública, de forma correlata e proporcional, o dever de fiscalizar eficientemente a execução dos seus contratos de terceirização, por imperativo de legalidade e moralidade pública (Constituição, art. 37, ‘caput’), inclusive em relação ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, tendo em vista que se trata de direitos fundamentais (Constituição, art. 7º) cuja promoção e fiscalização incumbe aprioristicamente ao Estado, como razão essencial de sua existência.

Daí porque a fiscalização do fiel cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados constitui elemento intrínseco à fiscalização do contrato de prestação de serviços, tal como decorre expressamente de dispositivos da Lei de Licitações e das normas que a regulamentam no nível federal, em observância aos preceitos constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento da República (CF, art. 1º, III e IV), que instituem como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I), que fundamentalizam os direitos essenciais dos trabalhadores (art. 7º), que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho humano (art. 170) e que alicerçam a ordem social no primado do trabalho (art. 193).

No plano infraconstitucional, o dever da Administração Pública de fiscalizar o cumprimento de direitos dos trabalhadores terceirizados decorre primeiramente de dispositivos da Lei de Licitações, mas o padrão fiscalizatório, que diz respeito à extensão e profundidade deste dever de fiscalizar, encontra-se emoldurado na integração deste diploma legal com preceitos da Instrução Normativa (IN) nº 02/08, alterados pela Instrução Normativa (IN) nº 03/09, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que regulamentam a matéria no âmbito da Administração Pública Federal.

…...................................................................................................E estando assim evidentes os extensos limites do dever

constitucional e legal da Administração de fiscalizar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores terceirizados, disso decorre naturalmente que a inobservância deste dever de fiscalização implica a responsabilidade da Administração pelo inadimplemento dos direitos que deveriam ser fiscalizados.

Esta responsabilidade não se esgota com a demonstração de uma simples verificação superficial da formalização dos vínculos de emprego, pois o padrão fiscalizatório acima retratado exige o envolvimento direto e diário da Administração com a rotina das práticas trabalhistas da empresa contratada.

A Administração só se desincumbe deste seu dever quando demonstra a promoção eficaz de todos os procedimentos legais de controle, além daqueles que, embora não previstos expressamente na lei, sejam indispensáveis à eficiência da fiscalização na obtenção dos seus resultados, em respeito ao princípio da eficiência administrativa que rege a Administração Pública (Constituição, art. 37).

…..................................................................................................Lado outro, a ausência de fiscalização ou a fiscalização insuficiente,

descomprometida com a efetividade dos direitos fiscalizados, implica inadimplência do ente público contratante para com o seu dever de tutela, dever decorrente da sua própria condição de Administração Pública.” (grifei)

Cumpre ter presente, por relevante, que essa diretriz tem sido observada pela jurisprudência dos Tribunais, notadamente por aquela emanada do E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR 132100- -60.2008.5.04.0402, Rel. Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA – AIRR 14726-94.2010.5.04.0000, Rel. Min. MARIA DE ASSIS CALSING – AIRR 2042-50.2010.5.18.0000, Rel. Min. ROSA WEBER – AIRR 546040- -57.2006.5.07.0032, Rel. Min. GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS – RR 193600-61.2009.5.09.0594, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO, v.g.):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA – ENTIDADES ESTATAIS – RESPONSABILIDADE EM CASO DE CULPA ‘IN VIGILANDO’ NO QUE TANGE AO CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA POR PARTE DA EMPRESA TERCEIRIZANTE CONTRATADA – COMPATIBILIDADE COM O ART. 71 DA LEI DE LICITAÇÕES – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 159 DO CCB/1916, 186 E 927, ‘CAPUT’, DO CCB/2002. A mera inadimplência da empresa terceirizante quanto às verbas trabalhistas e previdenciárias devidas ao trabalhador terceirizado não transfere a responsabilidade por tais verbas para a entidade estatal tomadora de serviços, a teor do disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações), cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16-DF. Entretanto, a inadimplência da obrigação fiscalizatória da entidade estatal tomadora de serviços no tocante ao preciso cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias da empresa prestadora de serviços gera sua responsabilidade subsidiária, em face de sua culpa ‘in vigilando’, a teor da regra responsabilizatória incidente sobre qualquer pessoa física ou jurídica que, por ato ou omissão culposos, cause prejuízos a alguém (art. 186, Código Civil). Evidenciando-se essa culpa ‘in vigilando’ nos autos, incide a responsabilidade subjetiva prevista no art. 159 do CCB/1916, arts. 186 e 927, ‘caput’, do CCB/2002, observados os respectivos períodos de vigência. Agravo de instrumento desprovido.”

(AIRR 157240-94.2007.5.16.0015, Rel. Min. MAURICIO GODINHO DELGADO – grifei)

O exame da decisão ora reclamada, ainda que efetuado em juízo de sumária cognição, parece evidenciar, considerada a situação concreta nela apreciada, que se reconheceu, na espécie, a responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação aparentemente configuradora de culpa “in vigilando”, “in eligendo”, ou “in omittendo”.

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

De outro lado, e no que concerne ao suposto desrespeito à diretriz resultante da Súmula Vinculante nº 10/STF, não parece verificar-se, na decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade do art. 71 da Lei nº 8.666/1993.

Na realidade, tudo parece indicar que, em referido julgamento, o órgão reclamado teria apenas reconhecido, no caso concreto, a omissão do Poder Público, em virtude do descumprimento de sua obrigação de fiscalizar a fiel execução das obrigações trabalhistas pela contratada, não havendo, aparentemente, formulado juízo de inconstitucionalidade, o que afastaria, ante a inexistência de qualquer declaração de ilegitimidade inconstitucional, a pretendida ocorrência de transgressão ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

Cabe ressaltar, finalmente, que o Plenário desta Suprema Corte, em recentíssimos julgamentos (Rcl 14.917-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 14.947-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), ao examinar recursos de agravo que versavam matéria idêntica à ora debatida nesta sede processual, negou-lhes provimento, mantendo, em consequência, decisões impregnadas do mesmo conteúdo veiculado na presente decisão:

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ’IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.”

(Rcl 14.058-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, em face das razões expostas e considerando, ainda,

a orientação firmada pelo Plenário desta Egrégia Corte, indefiro o pedido de medida cautelar.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 100

2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 16.794 (429)ORIGEM : AP - 470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : JOSÉ ROBERTO SALGADOADV.(A/S) : MÁRCIO THOMAZ BASTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : RELATOR DA AÇÃO PENAL Nº 470 DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Ementa: 1. Não cabe reclamação contra ato do Supremo Tribunal

Federal. Precedentes. 2. Reclamação não conhecida com determinação de encaminhamento ao relator da AP 470 para o exame do incidente em execução.

1.Trata-se de reclamação, com pedido liminar, em que se alega que o Relator da Ação Penal 470 teria violado a decisão proferida pelo Plenário desta Corta na sessão de 13 de novembro deste ano.

2.Segundo o reclamante, apesar de o Tribunal, por maioria de votos, ter decidido não executar de imediato os capítulos autônomos do acórdão condenatório impugnados por embargos infringentes já interpostos, o eminente Relator teria determinado “a expedição de mandado de prisão contra o reclamante após certificar o trânsito em julgado parcial de suas condenações”. Pede, então, que seja garantida a autoridade da decisão proferida pela Corte, a fim de assegurar ao reclamante o direito de aguardar em liberdade a apreciação definitiva da admissibilidade dos seus embargos infringentes.

3.É o relatório. Decido.4.Inicialmente, observo que é juridicamente incabível reclamação

constitucional direcionada à cassação de atos do Supremo Tribunal Federal, uma vez que os atos emanados pelos seus órgãos são atribuíveis à própria Corte. Confira-se, por amostragem, o precedente abaixo:

“RECLAMAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO RECLAMADA PROFERIDA POR MINISTRO DO STF: DESCABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. 1. O pedido formulado pelos reclamantes não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses permissivas inscritas no art. 102, I, ‘l’, da Constituição da República, seja para preservar a competência desta Suprema Corte, seja para garantir a autoridade de suas decisões. 2. O Plenário desta Corte já decidiu que ‘a reclamação não se presta ao exame de constitucionalidade dos atos do Supremo Tribunal Federal’ (Rcl 2.246-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau). 3. Precedentes do STF. 4. Ausência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. 5. Agravo regimental improvido.” (Rcl 3.102 AgR/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski)

5.Nesse mesmo sentido foram julgadas as seguintes reclamações: Rcl 4.591-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de 04.12.2009; Rcl 3.316-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 26.08.2005; Rcl 8.301-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 09.10.2009; Rcl 2.106, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 08.08.2002; Rcl 1.775, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02/02/2001.

6.Seja como for, não verifico discrepância entre a carta de sentença e o pedido formulado nos embargos infringentes opostos pelo reclamante, em relação aos crimes de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira – objetos da determinação de imediata execução do acórdão. O ponto justifica um esclarecimento adicional.

7. Embora esse reclamante tenha interposto infringentes contra todas as condenações, a verdade é que não pediu absolvição por todas. Em vez disso, pede redução de pena em relação a duas das imputações – lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. De forma ainda mais específica, o ora reclamante, em sua petição de embargos infringentes, já indicou as penas por ele postuladas, tendo como parâmetro os votos vencidos. Nisso reside a singularidade da hipótese. A carta de sentença indicou precisamente essas penas pedidas pelo reclamante, de modo que se baseou na parte do acórdão que já restou incontroversa. Vale dizer: ainda que os embargos infringentes venham a ser conhecidos e providos integralmente, a pena remanescente seria exatamente aquela cuja execução foi determinada. Nesse sentido, a decisão reclamada limitou-se a dar cumprimento à decisão do Plenário, pela qual se determinou o cumprimento imediato das parcelas de condenação que se tornaram definitivas.

8. Com essas considerações, ainda que fosse possível superar o juízo de admissibilidade da presente reclamação, não vislumbro o alegado descumprimento à decisão substancial proferida na Sessão Plenária de 13 de novembro, e muito menos aos fundamentos que a justificaram. Havendo penas a cumprir que se tornaram inquestionáveis, não há motivo que imponha o retardamento da sua execução. A possibilidade de eventual descabimento ou desprovimento dos embargos infringentes, com a consequente necessidade de unificação de penas – para maior – não é fundamento idôneo para a irresignação da defesa quanto ao cumprimento da parte incontroversa

das condenações.9.Nessas condições, com fundamento no art. 38 da Lei nº 8.038/90 e

no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento à reclamação, prejudicado o pedido liminar. No entanto, determino o envio de cópia integral dos autos ao Ministro Joaquim Barbosa, competente para os atos de execução, assim como para o exame dos respectivos incidentes (art. 341 e art. 343, II, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 118.250 (430)ORIGEM : HC - 257950 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALPACTE.(S) : FREDERICO CESAR DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, no qual se alega, em síntese, que o recorrente está sofrendo constrangimento ilegal em decorrência da manutenção da prisão preventiva.

2. Ocorre que em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerias, constata-se que fora expedida a guia de execução definitiva da pena. Assim, como a prisão cautelar contra a qual se insurgiu o recurso não subsiste, está prejudicado o pedido.

3. Pelo exposto, julgo prejudicado o recurso. Arquive-se.Publique-se. Intime-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.273 (431)ORIGEM : RHC - 37002 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JACKSON DOS SANTOS MOREIRAADV.(A/S) : ADRIANO MARCOS SANTOS PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃORECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ERRO

GROSSEIRO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.Relatório1. Recurso ordinário em habeas corpus, com requerimento de medida

liminar, interposto por Jackson dos Santos Moreira contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 22.5.2013, negou seguimento ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 37.002, Relatora a Ministra Marilza Maynard.

2. O Recorrente foi preso preventivamente e pronunciado como incurso nas sanções do art. 121, § 2º, incs. I, III e IV, do Código Penal, por duas vezes, incidindo, ainda, quanto a uma das vítimas, a causa de aumento prevista no § 4º do art. 121 do Código Penal.

3. Contra a decisão que determinou a prisão o Recorrente impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que denegou a ordem:

“HABEAS CORPUS.CRIMES DOLOSOS E CULPOSOS CONTRA A PESSOA.PRONÚNCIA POR HOMICÍDIOS QUALIFICADOS (ARTIGO 121, §

2º, INCISOS I, III E IV, E ARTIGO 121, § 2º, INCISOS I, III E IV, C/C SEU § 4º, AMBOS DO CP).

PRISÃO PREVENTIVA E POSTERIOR PROLAÇÃO DE SENTENÇA DE PRONÚNCIA.

A segregação do paciente decorre de sentença de pronúncia recorrível.

Pelo que consta dos autos, verifica-se que o paciente foi pronunciado, devendo ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo cometimento, em tese, dos delitos acima elencados.

A sentença de pronúncia não reconheceu ao paciente o direito de recorrer em liberdade, consoante a seguinte fundamentação: ‘Permanecem hígidos os motivos da segregação cautelar, uma vez que o acusado permaneceu durante longo período foragido (fls. 319 e 593), demonstrando a necessidade da medida preventiva para assegurar a aplicação da Lei Penal. Ainda com sua soltura, a ordem pública encontrar-se-ia em risco diante da possibilidade da prática de novos crimes. POSTO ISSO, MANTENHO a custódia cautelar’.

Portanto, a prisão do dito paciente decorre de sentença de pronúncia devidamente fundamentada, não se vislumbrando o alegado constrangimento

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 101

ilegal e tampouco se mostrando verídica a alegação de falta de fundamentação da pronúncia, no que diz com a necessidade de manutenção da segregação cautelar do réu.

Por fim, em consulta ao site deste TJRS, em 27FEV2013, foi obtida a informação de que os autos principais, em 26SET2012, foram remetidos a este TJRS, consoante cópia impressa da consulta processual realizada juntada na última folha do presente feito, estando o Recurso em Sentido Estrito pendente de julgamento por este Relator, que o recebeu, mediante distribuição por sorteio, em 22NOV2012.

AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.ORDEM DENEGADA”.4. Contra esse julgado a defesa impetrou no Superior Tribunal de

Justiça o Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 37.002, Relatora a Ministra Marilza Maynard, indeferido em 22.5.2013:

“A jurisprudência desta Corte tem proclamado que a prisão cautelar, como medida de caráter excepcional, deve ser imposta, ou mantida, apenas quando atendidas, mediante decisão judicial fundamentada (art. 93, IX, da CF), as exigências do art. 312 do CPP. Isso porque a liberdade, antes de sentença penal condenatória definitiva, é a regra, e o enclausuramento provisório, a exceção, como têm insistido esta Corte e o Supremo Tribunal Federal em inúmeros julgados, por força do princípio da presunção de inocência, ou da não culpabilidade.

Ao que se verifica, ante a fundamentação apresentada pelas instâncias ordinárias, soberanas na análise dos fatos, inexiste o alegado constrangimento ilegal apontado na impetração, pois consta dos autos que a decisão que decretou a prisão preventiva encontra-se alicerçada em elementos concretos que justificam a imposição da prisão cautelar. No caso, destacou o Tribunal a quo que (fls. 63/70):

(…)Como visto, a decisão que determinou a segregação provisória foi

devidamente fundamentada para garantia da ordem pública e para aplicação da lei penal, buscando evitar a reiteração delitiva, eis que ‘Jackson dos Santos Moreira é apontado como chefe da ramificação criminosa, o qual estaria envolvido com outro crime doloso contra a vida, ocorrido nesta cidade, também relacionado a disputa do comércio ilegal de drogas na região.’ (fl. 66). Daí a razão pela qual a decisão judicial encontra-se devidamente motivada, pois o recorrente é chefe de uma aparente organização criminosa que visa a difusão de drogas ilícitas na cidade de Cachoeirinha/RS, circunstâncias que evidenciam a periculosidade concreta do agente.

(…)A fim de sedimentar o pensamento, o simples fato da decisão de

pronúncia fazer remissão aos fundamentos do decreto preventivo originário não enseja, por si só, a nulidade da segregação provisória, desde que permaneçam hígidos os motivos determinantes da medida extrema, como ocorre no caso.

(…)Ante o exposto, nos termos do artigo 34, inciso XVIII, do RISTJ, nego

seguimento ao recurso ordinário”.5. Esse julgado é o objeto do presente recurso ordinário em habeas

corpus, no qual o Recorrente alega que:“A decisão que decidiu pela manutenção da prisão preventiva do

recorrente não está devidamente fundamentada, visto que foram utilizados dois requisitos, para assegurar a aplicação da lei penal e para a garantia da ordem pública, sem nenhum fato concreto a ampará-los.

Inicialmente deve ser dito que, conforme ordem prevista no artigo 413-§ 3º do CPP, com a redação dada pela Lei n. 11.689/08, deve o magistrado, na sentença de pronúncia, no caso de manutenção da prisão, indicar, motivadamente, da necessidade do mantimento da segregação cautelar.

A exigência não foi cumprida pela autoridade coatora de primeiro grau, pois, conforme já demonstrado, os motivos expostos pelo magistrado sofrem de ausência de fatos palpáveis.

(…)No que diz respeito à garantia da ordem pública, data vênia, temos

que a prisão do recorrente é resultado de um prejulgamento de que, caso solto, voltará a delinquir”.

Este o teor dos pedidos:“Assim, demonstrada à saciedade a ilegalidade da prisão preventiva

decretada e amparado por prestigiosa doutrina e jurisprudência, requer, liminarmente, que seja revogada a prisão do recorrente, comprometendo-se esta, desde já, a comparecer a todos os atos do processo. Após, quando do julgamento do mérito, a confirmação da liminar”.

6. O Procurador-Geral da República opinou pelo “não conhecimento do recurso ordinário e, se conhecido, pelo seu desprovimento”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.7. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.8. O art. 102, inc. II, alínea a, da Constituição da República dispõe

competir ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido “em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” (grifos nossos).

O acórdão recorrido resulta do julgamento de recurso ordinário, o que expõe a inaplicabilidade do permissivo constitucional na espécie. Não se há cogitar da incidência do princípio da fungibilidade recursal: há evidente ocorrência de erro grosseiro e também o recurso extraordinário tem

pressupostos de admissibilidade mais restritos que o recurso interposto.Ao tratar dos requisitos para a aplicação do princípio da fungibilidade

recursal, Nelson Luiz Pinto pondera ser necessário existir “dúvida objetiva a respeito de qual o recurso cabível (‘por dúvida objetiva’, entende-se a existência de controvérsia na doutrina e na jurisprudência), pois essa dúvida plenamente justificável, e que não é subjetiva da parte, afasta necessariamente a existência de erro grosseiro e de má-fé, que eram exigidos pelo Código de 1939” (PINTO, Nelson Luiz. Manual dos Recursos Cíveis. 3ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 89-90).

No exame de recurso interposto em situação idêntica à presente, anotou o Ministro Marco Aurélio:

“2. O erro grosseiro não autoriza a observância do princípio da fungibilidade, implícito no artigo 250 do Código de Processo Civil. Conforme previsão do artigo 102, inciso II, alínea ‘a’, da Constituição Federal, o recurso ordinário em mandado de segurança suscetível de apreciação pelo Supremo deve estar voltado a impugnar ato por meio do qual Tribunal Superior indefere ordem pleiteada no exercício de competência originária, e não recursal. Cabível, em tese, seria o recurso extraordinário, cujos pressupostos de admissibilidade não se confundem com os da espécie” (Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 32.190/DF, decisão monocrática, DJe 21.8.2013 – grifos nossos).

9. Na linha da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, “pode o Relator, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno, negar seguimento ao habeas corpus manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante, embora sujeita a decisão a agravo regimental” (HC 96.883-AgR, de minha relatoria, DJe 1º.2.2011).

Nesse sentido, entre outras, as decisões proferidas no julgamento do RHC 118.004, de minha relatoria, DJe 5.6.2013; RHC 117.983, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 21.6.2013; RHC 117.164, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 19.6.2013; RHC 116.071, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 12.6.2013; RHC 117.976-MC, de minha relatoria, DJe 7.6.2013; RHC 117981, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 3.6.2013; HC 93.343, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2008; HC 89.994, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 22.11.2006; HC 94.134, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe 18.3.2008; HC 93.973, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 13.3.2008; HC 92.881, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 31.10.2007; HC 88.803, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 23.5.2006; HC 92.595, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe 5.10.2007; HC 92.206, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 17.8.2007; HC 91.476, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2007; HC 90.978, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.4.2007; HC 87.921, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 15.2.2006; HC 87.271, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 30.11.2005; HC 92.989, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 21.2.2008; HC 93.219, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 11.12.2007; HC 96.883, de minha relatoria, DJe 9.12.2008; e HC 109.133-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 17.10.2011.

10. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicada a medida liminar requerida.

Publique-se.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.680 (432)ORIGEM : EIAC - 9604297198 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SPRINGER CARRIER S/AADV.(A/S) : HUMBERTO BERGMANN ÁVILA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: A decisão da presente causa está a depender da conclusão do julgamento do RE 208.526/RS e do RE 256.304/RS, ambos de relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO, em curso perante o Plenário desta Corte. Aguarde-se, portanto, a conclusão do julgamento referido.

Sendo assim, impõe-se o sobrestamento dos presentes autos, que permanecerão na Secretaria desta Corte até final julgamento dos mencionados recursos extraordinários.

Publique-se.Brasília, 08 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.077 (433)ORIGEM : MS - 8810 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CCF FUNDO DE PENSÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 102

ADV.(A/S) : LUIZ PAULO ROMANO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Declaro meu impedimento, nos termos dos arts. 134, III, e 137 do Código de Processo Civil. À Presidência, para redistribuição.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.348 (434)ORIGEM : AMS - 200001000278617 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MADEIREIRA SERRA DOURADA INDÚSTRIA E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : NESTOR FEREIRA FILHO

DESPACHO: Declaro meu impedimento, nos termos dos arts. 134, III, e 137 do Código de Processo Civil. À Presidência, para redistribuição.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.051

(435)

ORIGEM : AC - 20110107573 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : WILSON SALES BELCHIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GISALDO DO NASCIMENTO PEREIRAADV.(A/S) : PAULA DE PAIVA SANTOSADV.(A/S) : ANA LUISA FERNANDES PEREIRAAGDO.(A/S) : ELENICE CARDOSOADV.(A/S) : RALINA FERNANDES SANTOS DE FRANÇA

MEDEIROS

DECISÃO: Reconsidero a decisão proferida a fls. 241, ficando prejudicado, em consequência, o exame dos recursos de agravo interpostos a fls. 243/249 e fls. 252/256.

Passo, desse modo, a apreciar o presente agravo.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por

meio eletrônico, apreciando o RE 591.797-RG/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à questão pertinente às “Diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança, não bloqueados pelo BACEN, por alegados expurgos inflacionários decorrentes do plano Collor I” (Tema nº 265 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 05 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.606

(436)

ORIGEM : APCRIM - 00027917820088260060 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SILAS EDUARDO SOARESADV.(A/S) : BRUNO CÉSAR MUNIZ DE CASTROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão monocrática de minha relatoria que não conheceu do presente agravo, ante

sua intempestividade.No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, a tempestividade do

recurso.Assiste razão ao agravante. Verifico que a publicação da decisão de

admissibilidade ocorreu em 22.4.2013 (eDOC 5, p. 27), e o agravo, consoante o carimbo do protocolo, foi interposto no próprios autos em 29.4.2013 (eDOC 5, p. 37), último dia do prazo. Dessa forma, o recurso interposto é tempestivo.

Assim, reconsidero a decisão constante no eDOC 7.Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.Publique-se. Int..Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.120

(437)

ORIGEM : PROC - 00166748320108260008 - TJSP - 5º COLÉGIO RECURSAL DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HONÓRIO DA SILVA FARIASAGTE.(S) : PREÇO CENTER COMECIAL LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO MARCUS ZAKKA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DIONICE DOMINGUES DE BRITOADV.(A/S) : UBIRAJARA MORAL MALDONADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Reconsidero a decisão de fls. 270/271, restando prejudicado, em consequência, o exame do recurso interposto a fls. 275/283.

Passo a apreciar, desse modo, o presente agravo.A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo

interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o órgão judiciário de origem teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626- -AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884- -AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 236.333/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 599.512- -AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.).

A espécie ora em exame não foge aos padrões acima mencionados, refletindo, por isso mesmo, possível situação de ofensa indireta às prescrições da Carta Política, circunstância essa que impede – como precedentemente já enfatizado – o próprio conhecimento do recurso extraordinário (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Cabe observar, finalmente, no que se refere à alegada transgressão ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o Supremo Tribunal Federal – embora sempre enfatizando a imprescindibilidade da observância dessa imposição da Carta Política (RTJ 170/627-628) – não confere, a tal prescrição constitucional, o alcance que lhe pretende dar a parte ora recorrente, pois, na realidade, segundo entendimento firmado por esta própria Corte, “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Vale ter presente, a respeito do sentido que esta Corte tem dado à norma inscrita no inciso IX do art. 93 da Constituição, que os precedentes deste Tribunal desautorizam a abordagem hermenêutica feita pela parte ora recorrente, como se dessume de diversos julgados (AI 731.527-AgR/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 838.209-AgR/MA, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 840.788-AgR/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 842.316-AgR/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.), notadamente daqueles referidos pelo eminente Relator do AI 791.792-QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES, em cujo âmbito se reconheceu, a propósito da cláusula constitucional mencionada, a existência de repercussão geral (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 103

PERTENCE – AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 637.301-AgR/GO, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 327.143-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.).

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.546 (438)ORIGEM : AC - 10079073197968001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S/AADV.(A/S) : ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CONTAGEMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONTAGEM

DESPACHO: Declaro meu impedimento, nos termos dos arts. 134, III, e 137 do Código de Processo Civil. À Presidência, para redistribuição.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.684 (439)ORIGEM : AC - 10024075748715001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : EMPRESA SÃO JORGE S/AADV.(A/S) : BERNARDO FRANCO VIANNA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Declaro meu impedimento, nos termos dos arts. 134, III, e 137 do Código de Processo Civil. À Presidência, para redistribuição.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.903 (440)ORIGEM : AC - 199801000564807 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA-INCRAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LAGOA RICA AGRO-PECUÁRIA LTDAADV.(A/S) : ANÁLIA MARIA GUIMARÃES LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para melhor exame dos recursos extraordinários (art. 21, VI, do RISTF).

Encaminhe-se cópia desta decisão à Corte de origem para juntada aos autos principais, ainda antes da remessa ao Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.633

(441)

ORIGEM : AC - 2009206269 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : RONALDO MACEDO ARAÚJOADV.(A/S) : CEZAR BRITTO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.

1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão proferida.

2. Diga a parte embargada.3. Publiquem.Brasília, 7 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.882

(442)

ORIGEM : ERESP - 1007281 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ANDRÉ LUIZ NEVESADV.(A/S) : CARLA DORIGOEMBDO.(A/S) : ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A -

ESCELSAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO

DESPACHO: Nada mais há a prover na presente causa, tendo em vista o teor da informação prestada pela Secretaria Judiciária desta Suprema Corte (fls. 821/823).

Publique-se.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.213

(443)

ORIGEM : APCRIM - 25920037070007 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : MADSON FERREIRA DE MELOADV.(A/S) : KÁTIA MARIA LOBO NUNES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ÍLCIO JOSÉ FERNANDES DE OLIVEIRA

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem.Brasília, 6 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 764.155 (444)ORIGEM : AC - 10024102043951002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : DENISE MARIA BARBOSA SANTOS ROCHAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DESPACHO Intime-se o Embargado para, querendo, apresentar contrarrazões

no prazo máximo de 15 dias (art. 335, caput , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.821

(445)

ORIGEM : MS - 201200010059410 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍEMBDO.(A/S) : LEILANE ANGÉLICA SANTOS SEKIYAADV.(A/S) : ALLYSSON CARVALHO CRUZ BRITOINTDO.(A/S) : COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DO PIAUÍ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 104

DECISÃO: Trata-se de embargos de divergência, tempestivamente opostos, contra decisão da colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que, proferida no julgamento do ARE 757.821-AgR/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 218):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO DO APELO EXTREMO – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284/STF – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.”

A parte ora embargante, inconformada com essa decisão, opôs estes embargos de divergência, apoiando-se, para tanto, nos fundamentos que expôs em sua petição recursal (fls. 224/231).

Sendo esse o quadro processual, cabe-me examinar, para os fins a que se refere o art. 335, § 1º, do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 47/2012, se se revelam admissíveis, ou não, os mencionados embargos de divergência.

Cabe ressaltar, desde logo, que os presentes embargos de divergência não se revelam viáveis, eis que a parte embargante deixou de cumprir, quanto a eles, o que determina o art. 331 do RISTF.

Com efeito, a parte ora embargante, quando da oposição dos embargos de divergência em causa, descumpriu o preceito regimental inscrito no RISTF, art. 331, eis que não demonstrou, com a transcrição dos textos que o configurariam, o alegado dissídio jurisprudencial.

Impõe-se ter presente, no ponto, a propósito do indispensável cotejo analítico a que se refere o art. 331 do RISTF, a advertência fundada no magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal:

“A utilização dos embargos de divergência reclama, sob pena de liminar recusa de seu processamento, que o dissídio interpretativo seja demonstrado de forma clara, objetiva e analítica, mencionando-se as circunstâncias que identificam ou tornam assemelhados os casos em confronto. Não basta, para esse efeito, a mera transcrição das ementas dos julgados invocados como referência paradigmática. Ausência, no caso, do necessário cotejo analítico.”

(RTJ 157/980-981, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“Não basta, para efeito de comprovação do dissídio pretoriano, a

simples juntada do inteiro teor do acórdão apontado como referência paradigmática. A utilização adequada dos embargos de divergência impõe que se demonstre, de maneira clara, objetiva e analítica, o dissídio jurisprudencial invocado, devendo o recorrente, para esse efeito, reproduzir os trechos pertinentes e mencionar as circunstâncias que identifiquem ou tornem assemelhados os casos em confronto.”

(RTJ 159/296-297, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Revelam-se inviáveis os embargos de divergência, sempre que a

parte que deles se utilizar descumprir, como no caso, a obrigação formal de proceder ao confronto analítico entre decisões invocadas como referências paradigmáticas, de um lado, e o acórdão embargado, de outro, consoante reiteradamente assinalado pela jurisprudência desta Suprema Corte:

“A utilização adequada dos embargos de divergência impõe ao recorrente o dever de demonstrar, de maneira objetiva e analítica, o dissídio interpretativo alegado, reproduzindo, para efeito de sua caracterização, os trechos que configuram a divergência indicada e mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou tornam assemelhados os casos em confronto. O desatendimento desse dever processual legitima o indeferimento liminar da petição recursal ou justifica, quando já admitidos, o não conhecimento dos embargos de divergência.”

(RTJ 157/975-976, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“A parte embargante, sob pena de recusa liminar de

processamento dos embargos de divergência – ou de não conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configuram a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou tornam assemelhados os casos em confronto.”

(RE 247.416-ED-EDv-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Cabe enfatizar, neste ponto, por oportuno, que a parte recorrente

não demonstrou, de maneira objetiva, dissídio jurisprudencial.Inquestionável, portanto, a inviabilidade dos embargos de

divergência em questão, por descumprimento do que determina o art. 331 do RISTF, que exige a demonstração da existência de dissídio interpretativo.

Registre-se, ainda, que os embargos de divergência somente têm pertinência, quando opostos a acórdãos que julgam o mérito da questão suscitada no apelo extremo.

É por essa razão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente advertido que não cabem embargos de divergência, quando opostos a decisão colegiada que sequer apreciou o fundo da controvérsia (AI 304.838-AgR-ED-EDv-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 506.019-AgR-ED-EDv-AgR/MG, Rel. Min. EROS GRAU – AI 681.109-AgR-ED-EDv-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 836.992-AgR-EDv-AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.):

“II – Não são cabíveis embargos de divergência contra acórdão proferido em julgamento de agravo regimental em agravo de instrumento cujo seguimento foi negado, sem exame do mérito do recurso extraordinário,

apenas por ausência de requisitos processuais. Precedente.”(AI 770.101-AgR-ED-EDv-AgR/SP, Rel. Min. RICARDO

LEWANDOWSKI)Impõe-se, finalmente, uma observação adicional: no desempenho

dos poderes processuais de que dispõe, assiste, ao Ministro Relator, competência plena para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, legitimando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar.

Cumpre acentuar, neste ponto, que eminentes Juízes que compõem esta Suprema Corte têm decidido, monocraticamente, embargos de divergência, vindo a examiná-los, até mesmo, quanto ao próprio fundo do dissídio jurisprudencial neles alegado (RE 195.333-ED-EDv/CE, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – RE 199.135-ED-EDv-AgR/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – RE 522.729-AgR-EDv/MG, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.).

Nem se alegue que tal conduta implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal, consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não admito os presentes embargos de divergência.

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.167 (446)ORIGEM : AC - 200372090012089 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : NÉKI CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : JAQUELINE OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : GILBERTO CASSULIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

PREVIDENCIÁRIO. PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AUXÍLIO-DOENÇA. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO. SALÁRIO MATERNIDADE. REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“Tributário. Contribuição Previdenciária sobre salário maternidade. Afastamento do emprego por doença.

O salário maternidade, não obstante seja custeado pela Previdência Social mediante reembolso ao empregador, se inclui no salário de contribuição por expressa disposição de lei (Lei 8.212/91, art. 28, § 2º, o mesmo ocorrendo como o pagamento dos primeiros quinze dias em que o empregado estiver afastado por motivo de doença” (fl. 201).

2. A Recorrente afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 7º, inc. XVII, e 195, inc. I, da Constituição da República.

Argumenta que “o auxílio-doença, ainda que pago pela empresa nos primeiros quinze dias do afastamento, não pode servir de base de cálculo para o salário de contribuição, uma vez que durante o gozo deste benefício, não há efetivamente, a prestação de trabalho.”

Assevera que, “se o salário de contribuição deve ser a remuneração paga ou creditada que representar uma retribuição de trabalho prestado, o que indiscutivelmente não há no caso em tela, um dos requisitos fundamentais a incidência tributária não está presente, sendo, portanto, ilegal a exigência previdenciária.”

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 3. Quanto à incidência de contribuição previdenciária sobre o valor

pago pelo empregador nos quinze primeiros dias do auxílio-doença, o recurso extraordinário está prejudicado, por perda superveniente do objeto.

O Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao Recurso Especial n. 839.608 para afastar a limitação dos juros remuneratórios, nos termos seguintes:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REMUNERAÇÃO PAGA PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO-INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. SALÁRIO MATERNIDADE. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS DE MESMA ESPÉCIE. ART. 66 DA LEI 8.383/91. CORREÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC. JUROS.

1. É dominante no STJ o entendimento segundo o qual não é devida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 105: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 105

a contribuição previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado, durante os primeiros dias do auxílio-doença, à consideração de que tal verba, por não consubstanciar contraprestação a trabalho, não tem natureza salarial. Precedentes: REsp 720817/SC, 2ª Turma, Min. Franciulli Netto, DJ de 05/09/2005.

(…)Diante do exposto, dou parcial provimento ao recurso especial, para

reconhecer a inexigibilidade da contribuição social do empregador incidente sobre os valores pagos a título de auxílio-doença, concernentes aos quinze primeiros dias de afastamento laboral, autorizando a compensação dos valores indevidamente recolhidos, nos termos da fundamentação” (fls. 269-272).

Essa decisão transitou em julgado em 1º.7.2009 (após o trânsito em julgado do Agravo de Instrumento n. 658.155, de minha relatoria), operando a substituição expressa do título judicial, conforme o art. 512 do Código de Processo Civil.

Destarte, atendida a pretensão da Recorrente pela decisão prolatada no recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, é de se ter por prejudicado, em parte, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 669.344-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 26.6.2009.

4. Quanto ao ponto no qual se discute a inclusão do salário maternidade na base de cálculo da contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração, este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 576.967, Relator o Ministro Roberto Barroso.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

5. Pelo exposto, julgo prejudicado o recurso extraordinário, na parte relativa a incidência de contribuição previdenciária sobre o valor pago pelo empregador nos quinze primeiros dias do auxílio-doença, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino, após o trânsito em julgado dessa decisão, a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que, quanto à inclusão do salário maternidade na base de cálculo da contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração, seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.087 (447)ORIGEM : AMS - 200270000183592 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AGROINDUSTRIAL MARINGÁ LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : LUIZ AFONSO DIZ CLETO E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter à análise recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência deste Tribunal.

2. Nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 6 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.047 (448)ORIGEM : AC - 70000284018 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUÍS MAXIMILIANO TELESCARECDO.(A/S) : VALENTINA ROQUINHA CHERUBINI LENZI GATTIADV.(A/S) : ONIR RODRIGUES ALVES E OUTRO(A/S)

DESPACHO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.

CONTROVÉRSIA SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto contra julgado no qual se discute

a forma de cobrança do IPTU no Município de Porto Alegre, em razão da declaração de inconstitucionalidade de sua alíquota progressiva, antes da Emenda Constitucional n. 29/2000.

2. No Recurso Extraordinário n. 179.273/RS, Relator o Ministro Ilmar Galvão, o Plenário deste Supremo Tribunal declarou inconstitucional o sistema de alíquotas progressivas do IPTU, instituído pela Lei Complementar portalegrense n. 212/1989, que alterou a Lei Complementar portalegrense n. 7/1973:

“EMENTA: MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE. TRIBUTÁRIO. IPTU. LC Nº 07, 07.12.73, ART. 5º, § 1º, INC. I E ALÍNEAS A À F, COM A REDAÇÃO QUE LHES DEU A LC Nº 212/89. SISTEMA DE ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS, CONDICIONADAS PELO VALOR DO IMÓVEL. Hipótese de ilegitimidade da exigência, por ofensa ao art. 182, § 4º, II, da Constituição Federal, que limita a faculdade contida no art. 156, § 1º, à observância do disposto em lei federal e à utilização do fator tempo para graduação do tributo. Recurso conhecido e provido, com declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos em tela” (RE 179.273, Relator o Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 11.9.1998).

3. Declarado inconstitucional o sistema de alíquotas do IPTU posto na Lei Complementar 212/1989, do Município de Porto Alegre, surgiu o questionamento quanto à legislação aplicável à cobrança do imposto por aquele Município.

No Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 394.010/RS, Relator o Ministro Carlos Velloso, reiterou-se a conclusão pela inconstitucionalidade da progressividade da alíquota do IPTU de Porto Alegre, prevista na Lei Complementar n. 212/1989, e assentou-se que:

“No que toca aos efeitos da decisão, a regra é esta: declarada a inconstitucionalidade de determinada norma, dá-se o restabelecimento da norma anterior que fora revogada pela norma declarada inconstitucional. É que a norma inconstitucional nasce morta. Assim ocorre, pelo menos no controle difuso. Já no controle concentrado os efeitos da decisão que decreta a inconstitucionalidade podem ser ex tunc, ex nunc e até pró-futuro” (RE 394.010, Relator o Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 28.10.2004).

A Segunda Turma deste Supremo Tribunal fixou que, na linha do entendimento firmado para o ITBI, a progressividade da alíquota do IPTU atinge o sistema como um todo, devendo o imposto ser calculado, não pela menor das alíquotas progressivas, mas na forma da legislação anterior, cuja eficácia se restabelece com o trânsito em julgado da decisão.

Nessa sentido:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. IPTU. PORTO ALEGRE. PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS. LEGISLAÇÃO ANTERIOR. APLICAÇÃO. 1. O Supremo declarou a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. 7/73 do Município de Porto Alegre, na redação que lhe foi conferida pela Lei Complementar n. 212/89, vez que instituiu alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel. 2. A declaração de inconstitucionalidade atinge o sistema da progressividade como um todo. 3. Aplica-se a legislação anterior [LC 7/73 em sua redação originária], dado que as alíquotas nela previstas não variam na medida em que se eleve o valor venal do imóvel. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 390.684 – AgR, Relator o Minisro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 1º.12.2006).

4. Ocorre que, em casos idênticos, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal concluiu ser inconstitucional a “progressividade de alíquotas” e não toda a previsão legal, adotando-se como parâmetro para cobrança do IPTU a alíquota mínima prevista na Lei Complementar portalegrense n. 212/1989:

“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. IPTU. Alíquota progressiva. Leis complementares nºs 7/73 e 212/89. Acórdão embargado. Omissão quanto ao tema. Existência. Embargos de declaração acolhidos. Acolhem-se embargos de declaração, quando seja omisso o acórdão embargado. 2. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. IPTU. Progressividade. Inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89. Precedentes. Firmou-se jurisprudência nesta Corte no sentido de ser devida a alíquota mínima do IPTU, em face da declaração de inconstitucionalidade do art. 1º da LC 212/89, que alterou a redação do art. 5º da LC 7/73” (RE 443.410-AgR-ED, Relator o Ministro Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 23.5.2006).

“EMENTA: TRIBUTÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. COBRANÇA COM BASE NA ALÍQUOTA MÍNIMA. PRECEDENTES RECENTES. NÃO SOBRESTAMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O reconhecimento da inconstitucionalidade da progressividade do IPTU não afasta a cobrança total do tributo, que deverá ser realizada pela forma menos gravosa prevista em lei. II - Trata-se, no caso, de inconstitucionalidade parcial que atinge apenas a parte incompatível com o texto constitucional e permite seu pagamento com base na alíquota mínima. III - No caso dos autos, a legislação anterior também traz progressividade de forma incompatível com o texto da Constituição então vigente, o que reforça a necessidade de adoção da inconstitucionalidade parcial. IV - É possível o julgamento imediato do feito com base em precedentes recentes que analisaram legislação diversa, mas discutiram a mesma matéria. V - Agravo improvido” (RE 378.221 – AgR/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski Primeira Turma, DJ 18.9.2009).

5. A divergência quanto à extensão e aos efeitos da declaração de

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 106

inconstitucionalidade da progressividade da alíquota do IPTU, antes da Emenda Constitucional n. 29/2000, motivou a afetação ao Plenário do Recurso Extraordinário n. 416.895/RS, Relator Ministro Eros Grau, pela Segunda Turma.

6. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário ao analisar o Recurso Extraordinário n. 602.347/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE ANTERIOR À EC 29/2000. INCONSTITUCIONALIDADE. COBRANÇA COM BASE NA ALÍQUOTA MÍNIMA. RELEVÂNCIA JURÍDICA E ECONÔMICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL” (DJe 20.11.2009).

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Nessa linha foram devolvidos ao tribunal de origem recursos cuja matéria envolve saber qual a alíquota a ser adotada pelo Município de Porto Alegre, em razão da declaração de inconstitucionalidade da cobrança do IPTU com alíquotas progressivas, nos termos da Lei Complementar Municipal n. 212/89, que alterou a Lei Complementar Municipal n. 7/73: RE 391.084-AgR-ED/RS, Relator o Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, DJ 15.8.2013; RE 397.759-AgR/RS, Relator Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, DJ 13.2.2013; RE 395.459/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 13.3.2012; AI 482.923-AgR-ED/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 8.11.2011.

7. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 11 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.849 (449)ORIGEM : AC - 200151010253132 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIMED DE JABOTICABAL COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ MATTHES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto em ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu, em suma, que (a) “não há ofensa ao princípio da anterioridade tributária” (fl. 191); (b) “a base de cálculo referente à TSS estipulada pelo artigo 20 da Lei 9.961/2000 guarda estreita relação com o custo do serviço de fiscalização exercido pela ANS” (fl. 193).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.No recurso extraordinário, a parte recorrente aponta, com base no art.

102, III, a, da Constituição Federal violação aos seguintes dispositivos constitucionais: (a) art. 145, II e § 2º, pois (i) “a base de cálculo prevista nos incisos inciso I e II do artigo 20 da Lei n. 9.961/00 não dimensiona (confirma) a hipótese de incidência descrita no artigo 18 da mesma lei” (fl. 248), (ii) “o legislador ordinário deixou de focalizar o que, de fato, interessa para a relação jurídico-tributária, ou seja, o custo do serviço público referente aos atos de polícia praticados pela ANS” (fl. 248), (iii) “taxa de polícia, segundo os artigos 77 a 79, do Código Tributário Nacional e artigo 145, II, da Constituição Federal, deve ser específica, divisível e prestada de forma efetiva pelo Poder Público” (fl. 250), (iv) não existe, “em nenhuma passagem da Lei n. 9.961, qualquer vinculação da receita decorrente da taxa com os gastos de fiscalização, a que aquela se destinaria cobrir” (fl. 258); (b) art. 150, III, b, porque (i) “o preâmbulo da Lei n. 9.961/00 denuncia sua origem: não é fruto de conversão de M.P. Anterior, mas sim um texto novo e autônomo” (fl. 262), (ii) “como lei autônoma, a Lei n. 9.961, editada em 2000, só poderia produzir efeitos a partir do exercício seguinte (2001), o que não ocorreu” (fl. 262).

Em contrarrazões, a parte recorrida postula o desprovimento do recurso.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento do recurso extraordinário (fls. 336/339), ao entendimento de que “para se concluir de modo diverso do v. acórdão objurgado, necessário passar pelo exame de normas infraconstitucionais, o que não é permitido por meio da via extraordinária” (fl. 338).

2. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia tão somente a partir de interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais pertinentes (Lei 9.961/2000 e CTN). Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de alegada violação a dispositivo da Constituição Federal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa. Nesse sentido: ARE 670.626-AgR, Primeira Turma, rel. Min. ROSA WEBER,

DJe de 06/02/2013; ARE 746.649-AgR, Segunda Turma, rel. Min GILMAR MENDES, DJe de 24/6/2013.

Confira-se, ademais, a jurisprudência do STF em casos análogos:1. RECURSO. Extraordinário. Tributo. Taxa de Saúde Suplementar.

Legitimidade questionada. Violação constitucional reflexa. Necessidade de interpretação de legislação infraconstitucional. Seguimento negado. Não se conhece de recurso extraordinário que tenha por objeto interpretação de legislação estadual.

2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. (RE 524432 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, DJe de 20-08-2012)

Agravo regimental no agravo de instrumento. Taxa de Saúde Suplementar. Lei nº 9.961/2000. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes.

1. Ambas as Turmas do STF firmaram o entendimento de que a análise da legitimidade da Taxa de Saúde Suplementar depende do prévio exame de legislação infraconstitucional pertinente ao caso (Lei nº 9.961/2000).

2. Agravo regimental não provido. (AI 616142 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 19-12-2011)

E ainda: AI 597427 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13-08-2012; AI 745649 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 15-06-2011; RE 601150 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 20-11-2009; RE 524336 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 06-03-2009.

3. No tocante à ofensa ao princípio da anterioridade tributária, o recurso extraordinário também não merece ser provido. Isso porque o STF possui o entendimento de que “a medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição” (Súmula 651). Assim, tendo a Medida Provisória 1.928/99 sido reeditada nas Medidas Provisórias 2.003/00 e 2.012/00, sendo esta última convertida na Lei 9.961/00, o termo inicial do prazo da anterioridade tributária será a data da publicação da Medida Provisória original. Nesse sentido:

Agravo interno em agravo de instrumento. Tributário. Contribuição para o PIS. 2. Efeitos do julgamento da ADI 1.417. Inconstitucionalidade do art. 18 da Lei 9.715/98, que contrastava a disposição do art. 195, § 6º, da Constituição Federal. O preceito invalidado remete-se a proposição tributária disposta inicialmente na MP 1.212/95 (e reedições). 3. Ausência de solução de continuidade normativa durante o processo legislativo que resultou na Lei 9.715/98 a partir da MP 1.212/95. 4. Anterioridade nonagesimal cumprida durante período no qual a novel norma tributária ainda era enunciada por medida provisória. O prazo de noventa dias conta-se da publicação primitiva do enunciado prescritivo que cria ou majora tributo. Precedentes de ambas as turmas e do Plenário do STF. 5. Propósito procrastinatório da agravante. Multa do art. 557, § 2º, do CPC. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 749301 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 21-06-2011)

1. RECURSO. Agravo de instrumento. Admissibilidade. Ausência de peça obrigatória. Comprovação. Reconsideração. Demonstrada a presença da peça obrigatória, deve ser reapreciado o recurso. 2. Recurso. PIS. Medida Provisória. Majoração. Constitucionalidade. Não há qualquer vício de inconstitucionalidade na majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. 3. Recurso. Medida Provisória. Reedições. Anterioridade nonagesimal. Fluência a partir da última medida provisória. Não perde eficácia a Medida Provisória com força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada, dentro do prazo de sua vigência, por outra do mesmo gênero. Nesse caso, o prazo nonagesimal começa a fluir a partir da edição da primeira Medida. (AI 623157 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, DJe de 09-10-2009)

4. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.706 (450)ORIGEM : RR - 992200000417006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : MARLA DE ALENCAR VIEGAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : OTÁVIO SUPERBIADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVES

Ref. Petição 58.392/2013.A recorrente, devidamente representada, pede desistência do recurso

extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 107

Isso posto, homologo a desistência.Publique-se.Brasília, 20 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.703 (451)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : HOSPITAL MARECHAL CÂNDIDO RONDON LTDAADV.(A/S) : GUILHERME BROTO FOLLADORRECDO.(A/S) : SECRÉTARIO MUNICIPAL DE FINANÇAS DE

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PRADV.(A/S) : GELCIR ANIBIO ZMYSLONYAM. CURIAE. : CONFEDERAÇÃO DOS MUNICÍPIOS- CNM DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PAULO ANTÔNIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRAAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE GRUPO-

ABRAMGEADV.(A/S) : RICARDO RAMIRES FILHOAM. CURIAE. : FEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR-

FENASAÚDEADV.(A/S) : FRACISCO CARLOS ROSAS GIARDINA

DESPACHO: (PET SR/STF n. 58.353/2012)A Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais

Brasileiras – ABRASF (doc. 32) requer o seu ingresso no feito, na qualidade de amicus curiae.

Ocorre que a requerente não juntou aos autos cópia de seu estatuto, documento necessário para que se comprove a pertinência entre seu objeto social e o tema tratado no recurso extraordinário, tampouco de procuração que outorgue poderes aos advogados subscritores dessa petição.

De acordo com o § 6º do art. 543-A do Código de Processo Civil:

O Relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado , nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (grifei).

Por sua vez, o § 2º do art. 323 do RISTF assim disciplinou a matéria: Mediante decisão irrecorrível, poderá o(a) Relator(a) admitir de ofício

ou a requerimento, em prazo que fixar, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado , sobre a questão da repercussão geral (grifei).

Ex positis, intime-se a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais Brasileiras – ABRASF para que, no prazo de 10 [dez] dias, junte aos autos cópia de seu estatuto e regularize sua representação processual.

À Secretaria para as devidas providências.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

(Em consequência, ficam intimados os Drs Ricardo Almeida Ribeiro da Silva e Eduardo Oliveira do despacho acima).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.703 (452)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : HOSPITAL MARECHAL CÂNDIDO RONDON LTDAADV.(A/S) : GUILHERME BROTO FOLLADORRECDO.(A/S) : SECRÉTARIO MUNICIPAL DE FINANÇAS DE

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PRADV.(A/S) : GELCIR ANIBIO ZMYSLONYAM. CURIAE. : CONFEDERAÇÃO DOS MUNICÍPIOS- CNM DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PAULO ANTÔNIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRAAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE GRUPO-

ABRAMGEADV.(A/S) : RICARDO RAMIRES FILHOAM. CURIAE. : FEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR-

FENASAÚDEADV.(A/S) : FRACISCO CARLOS ROSAS GIARDINA

DESPACHO: A Confederação Nacional dos Municípios - CNM (doc. 34), o Município de São Paulo (doc. 37), a Associação Brasileira de Medicina de Grupo – ABRAMGE (doc. 39) e a Federação Nacional de Saúde Suplementar – FENASAÚDE (doc. 48) requerem suas admissões no feito na qualidade de amici curiae.

O Supremo Tribunal Federal tem entendido que a presença do amici curiae no momento em que se julgará a questão constitucional cuja repercussão geral fora reconhecida não só é possível como é desejável.

A pertinência do tema a ser julgado por este Tribunal com as atribuições institucionais do requerente legitima a sua atuação.

ADMITO o ingresso da CNM, do Município de São Paulo, da ABRAMGE e da FENASAÚDE no feito, na qualidade de amici curiae.

À Secretaria para que proceda às anotações. Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.980 (453)ORIGEM : RE - 20090286872000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : JOAO DA BEGA ITAMAR DA SILVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO ATANAGILDO DA CUNHAADV.(A/S) : FABIOLA MORAES MELGAREJO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu possível a acumulação dos cargos de vereador e de diretor de sociedade de economia mista estadual.

O Tribunal a quo entendeu que a cumulação desses cargos não configuraria ato nulo ou proibido, pois as incompatibilidades ao exercício simultâneo de cargos vigoram somente na Urbe na qual o vereador foi empossado, inexistindo óbice a que ele aceite cargo em comissão, função ou emprego de outro Município, do Estado ou da União.

Eis a ementa do acórdão recorrido: “CONSTITUCIONAL - ADMINISTRATIVO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA

POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - CUMULAÇÃO DO CARGO DE VEREADOR COM O DE DIRETOR DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA- RECURSO PROVIDO

'Toda e qualquer interpretação consubstancia ato de vontade, devendo o intérprete considerar o objetivo da norma. Descabe a fixação de alcance de modo a prejudicar aquele que a norma almeja proteger' (AgRgAI n. 218.668, Min. Marcos Aurélio).

Desde a posse, não poderá o vereador ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público (CR, arts. 29, IX, e 54; CESC, arts. 43, II, b, e 111, VII).

O 'objetivo' do preceptivo constitucional é inequívoco: assegurar a independência no exercício da vereança (Hely Lopes Meirelles; José Nilo de Castro; AC n. 2007.023679-2, Des. Vanderlei Romer).

À luz dessa premissa, é forçoso concluir ser lícita a acumulação do exercício da vereança com cargo ou função, demissível ad nutum, na administração direta ou indireta estadual ou federal”.

O Ministério Público do Estado de Santa Catarina, no presente recurso extraordinário, que se funda no art. 102, III, a, da Constituição, alega, em suma, a impossibilidade de acumulação dos mencionados cargos, com as respectivas remunerações, com fundamento no que dispõem os arts. 29, IX, e 54, I, b, e II, b, da Carta Federal.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo provimento do recurso.

A pretensão recursal merece acolhida. A questão central deste recurso está em saber se é legítima ou não a acumulação dos cargos de vereador e de diretor da sociedade de economia mista, além das respectivas remunerações, caso o cargo para o qual tenha sido nomeado esteja vinculado a outro Município, ao Estado ou à União.

A resposta, contudo, é negativa.Com efeito, dispõe a Constituição Federal:“Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois

turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

(...)IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança,

similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa”.

A dicção do texto constitucional é clara ao estabelecer que a lei orgânica municipal deverá observar, no que couber, as mesmas proibições e incompatibilidades que dizem respeito aos deputados e senadores. A disciplina dessas proibições e incompatibilidades, por seu turno, encontra-se no art. 54 da Carta Política, in verbis:

“Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:I - desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 108

autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ‘ad nutum’, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze

de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ‘ad nutum’ , nas entidades referidas no inciso I, ‘a’;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, ‘a’;

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo” (grifei).

Como se observa, o texto constitucional não fez qualquer exceção à proibição de se ocupar cargo ou função dos quais se possa ser demitido ad nutum, isto é, proibiu qualquer exercício de tais cargos ou funções, independentemente de pertencer ou não ao mesmo Estado pelo qual o deputado ou senador tenha sido eleito.

Dessa forma, não prospera o argumento do acórdão recorrido de que a vedação ao exercício de tais munus públicos só vigora no município onde o vereador se elegeu, pois o texto não faz essa distinção.

Vale observar que à época dos fatos, o art. 45 da Lei Orgânica do Município de Florianópolis/SC dispunha o seguinte:

“Art. 45 - Não perderá o mandato o Vereador: I - investido em cargo de Secretário Municipal, Regional, Estadual,

Ministro de Estado ou equivalente;II - licenciado por motivo de saúde devidamente comprovado;III - para tratar de interesses particulares, por período nunca inferior a

60 dias, admissível a prorrogação e não podendo reassumir na vigência da licença solicitada.

IV - para substituição do Prefeito.§ 1° - O Vereador licenciado no caso previsto no inciso II fará jus à

remuneração integral, e no caso previsto no inciso III, não perceberá qualquer valor.

§ 2° - A Vereadora terá direito a licença-gestante, não superior a 60 (sessenta) dias, sem perda da remuneração”.

Vê-se, assim, que o artigo 45, I, da Lei Orgânica daquele Município também não admitia expressamente a possibilidade de o vereador exercer o cargo de diretor de sociedade de economia mista, como ocorreu no caso.

Em caso assemelhado ao dos autos, a Primeira Turma desta Corte assentou ser inadmissível a acumulação dos cargos e das remunerações de vereador e de secretário municipal, conforme se extrai do entendimento firmado no RE 497.554/PR, de minha relatoria, cuja ementa segue transcrita:

“RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. VEREADOR. SECRETÁRIO MUNICIPAL. ACUMULAÇÃO DE CARGOS E VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE. CONHECIMENTO E PROVIMENTO DOS RECURSOS.

I - Em virtude do disposto no art. 29, IX, da Constituição, a lei orgânica municipal deve guardar, no que couber, correspondência com o modelo federal acerca das proibições e incompatibilidades dos vereadores.

I - Impossibilidade de acumulação dos cargos e da remuneração de vereador e de secretário municipal.

III - Interpretação sistemática dos arts. 36, 54 e 56 da Constituição Federal.

IV - Aplicação, ademais, do princípio da separação dos poderes.V - Recursos extraordinários conhecidos e providos”.Naquela assentada, consignei o seguinte no voto condutor: “No âmbito municipal, a Constituição Federal faz uma única ressalva,

permitindo que o servidor público acumule a função que exerce e a respectiva remuneração com o cargo de vereador, desde que haja compatibilidade de horários (art. 38, III).

É certo que, segundo Hely Lopes Meirelles, os impedimentos ou incompatibilidades para o exercício do mandato de vereador devem estar expressamente previstos na lei orgânica municipal, não se aplicando automaticamente as regras da Constituição Federal aos edis.

Mas a lei orgânica, segundo entende o referido mestre, deve disciplinar tais incompatibilidades à luz do que estabelece Constituição Federal.

Nada impede, pois, que a lei orgânica permitir que um vereador exerça o cargo de secretário municipal, de forma similar ao que dispõe o art. 56, I, da CF” (grifei).

É certo, ainda, que “não cabe ao Judiciário declarar a perda do cargo de parlamentar que infringir as normas relativas a impedimentos ou incompatibilidades. Mas lhe é lícito, porém, pronunciar-se sobre a constitucionalidade da acumulação dos cargos de vereador e de secretário municipal” (trecho extraído das razões do voto proferido no RE 497.554/PR).

Nesse aspecto, verifico, com fundamento em tudo quanto acima exposto, que tal acumulação é vedada pelo texto constitucional.

Por via de consequência, afigura-se contrária ao texto magno a interpretação dada pelo Tribunal a quo no tocante à possibilidade de acumulação dos cargos de vereador e de diretor de sociedade de economia

mista estadual.Isso posto, conheço do recurso e dou-lhe provimento (CPC, art. 557,

§ 1º-A) a fim de restabelecer a sentença de primeiro grau.Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.400 (454)ORIGEM : PROC - 894 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INEPAR S/A INDÚSTRIA E CONSTRUÇÕESADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DO AMARAL E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SV ENGENHARIA S/AADV.(A/S) : CLÁUDIO FINKELSTEIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LITSA LÍNEAS DE TRANSMISSIÓN DEL LITORAL S/AADV.(A/S) : ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. HOMOLOGAÇÃO DE

SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA.1. A EC nº 45/2004 transferiu desta Corte para o STJ a competência

originária para examinar os pedidos de homologação de sentença estrangeira. Seria contrário à ratio da emenda e ofensivo à finalidade do recurso extraordinário, transformá-lo em sede de revisão geral das decisões tomadas pelo STJ neste particular.

2. Não se conhece de recurso quando o acórdão impugnado se assenta em mais de um fundamento autônomo e o recorrente não impugna todos eles.

3. A jurisprudência afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação ordinária, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição, bem como para o reexame de fatos, provas ou cláusulas contratuais (Súmulas 279 e 454/STF).

4. Negado seguimento ao recurso.1.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do

Superior Tribunal de Justiça, assim ementado (fl. 1317):“Homologação de sentença arbitral estrangeira prolatada no Uruguai.

Trânsito em julgado de ação judicial que contesta a sentença arbitral. Desnecessidade. Súmula 420/STF. Inaplicabilidade. Incorporação de empresa por outra. Sujeição à arbitragem. Contraditório. Violação. Inocorrência. Questões intrínsecas à própria arbitragem. Lei de Arbitragem brasileira. Norma de caráter processual. Incidência imediata. Controle judicial. Limitação aos aspectos dos arts. 38 e 39 da Lei 9.307/96. Inexistência de motivos para que seja denegada a homologação.

- Pedido de homologação de sentença arbitral estrangeira obtida perante a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, na cidade de Montevidéu, Uruguai, versando sobre cumprimento de obrigações de índole contratuais.

- Pede-se a homologação de sentença arbitral proferida em maio de 2003 e não sujeita a recursos. Não subsiste a necessidade de trânsito em julgado de ação judicial no Uruguai que questiona a arbitragem, especialmente na espécie, em que a ação judicial foi indeferida.

- A requerida Inepar, ao incorporar duas outras empresas contratantes, assumiu todos os direitos e obrigações das cedentes, inclusive a cláusula arbitral em questão.

- A Lei de Arbitragem brasileira tem incidência imediata aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que firmados anteriormente à sua edição. Precedentes da Corte Especial.

- A análise do STJ na homologação de sentença arbitral estrangeira está limitada aos aspectos previstos nos artigos 38 e 39 da Lei 9.307/96. Não compete a esta Corte a apreciação do mérito da relação material objeto da sentença arbitral.

Sentença arbitral estrangeira homologada.”2.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição. A

parte recorrente alega violação aos arts. 105, I, i; 93, IX; 1º, I; e 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta. Sustenta, em síntese, que:

(i) ao rejeitar os embargos opostos contra o acórdão de origem, o STJ teria afirmado ser incompetente para examinar a matéria constitucional suscitada pela ora recorrente – afirmação que afrontaria o art. 105, I, i, da Lei Fundamental e os direitos à ampla defesa e ao contraditório;

(ii) o Tribunal teria violado seus direitos ao contraditório e à ampla defesa ao negar-se a conhecer de questões suscitadas pela ora recorrente;

(iii) a sentença arbitral teria sido suspensa por ação proposta no Uruguai, de modo que, ao homologá-la, o acórdão teria desrespeitado o art. 38, VI, da Lei nº 9.307/96 e, assim, ofendido a soberania nacional e o princípio do devido processo legal;

(iv) como a recorrente não teria firmado convenção de arbitragem, a homologação de sentença arbitral que a envolve violaria o art. 5º, XXXV, da Carta; e

(v) o direito sucessório seria indisponível e, por isso, insuscetível de submissão à arbitragem.

3.É o relatório. Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 109

4.O recurso não pode ser conhecido. Registro, de início, que a EC nº 45/2004 transferiu desta Corte para o STJ a competência originária para examinar os pedidos de homologação de sentença estrangeira. Seria, assim, contrário à ratio da emenda, além de ofensivo à finalidade institucional do recurso extraordinário, transformá-lo em sede de revisão geral das decisões tomadas pelo STJ neste particular. Feita a nota, passo a examinar cada item do recurso. Confira-se:

Item (i) – Não há interesse recursal. Com efeito, a alegada incompetência do STJ não foi o único fundamento adotado para que se deixasse de prover os embargos de declaração que a recorrente opôs na origem. A própria relatora dos embargos afirmou que o objetivo do recurso era reexaminar matéria já apreciada pelo acórdão embargado. Mesmo o Ministro João Otávio de Noronha – que divergiu da relatora quanto à suposta incompetência – a acompanhou nessa parte, observando que “na fundamentação do acórdão embargado, foram apreciadas, de forma motivada e incisiva, as questões suscitadas, razão pela qual não há o alegado vício de omissão” (fl. 1360). Dessa forma, ainda que se superasse a questão relativa à competência do STJ para apreciar matéria constitucional, o acórdão permaneceria hígido, sustentando-se em fundamento autônomo que não foi impugnado pela recorrente. (v., por todos: ARE 741.411 AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 665.980 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli).

Item (ii) – Como registra o acórdão recorrido, “a primeira manifestação da Inepar, por seus advogados regularmente constituídos, ocorreu em fevereiro de 2008 (fls. 1.161/1.184), ou seja, mais de três anos após a citação, motivo pelo qual os argumentos intempestivamente trazidos devem ser desconsiderados por esta Corte Superior.” Essa conclusão só poderia ser superada com o reexame dos fatos, o que é vedado nesta sede, nos termos da Súmula 279/STF. Ademais, os prazos aplicáveis ao procedimento de homologação de sentença estrangeira, assim como os efeitos da revelia, são objeto de disciplina ordinária (AI 831.857/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática). Assim, incide também a jurisprudência desta Corte que afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição (v., por todos: ARE 695.726 AgR/SP, Rel. Min. Luís Roberto Barroso). Confiram-se os precedentes abaixo:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279. MATÉRIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal a quo seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Eventual ofensa à Constituição seria meramente reflexa, além de incidir a Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental improvido.” (ARE 761.279 ED/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski)

“1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Ausência de prequestionamento. Comprovação. Insubsistência. Demonstrado o prequestionamento da tese, deve ser reapreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Sentença estrangeira. Homologação. STJ. Legitimidade de parte. Questão infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279. Agravo regimental não provido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto reexame de provas e ofensa indireta à Constituição da República. 3. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 4. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 595.276 AgR/República Francesa, Rel. Min. Cezar Peluso)

Item (iii) – O mesmo ocorre com a alegação de que a sentença arbitral teria sido suspensa por ação ajuizada no Uruguai. O recurso extraordinário não se presta à discussão quanto à alegada violação do art. 38, VI, da Lei nº 9.307/96. Não fosse suficiente, o Tribunal de origem declarou que havia processo em trâmite no Judiciário uruguaio, mas “a ação movida pela ora requerida em face da requerente restou ‘desconsiderada’ pelo ‘Tribunal de Apelações Civil de Sétimo Turno’ uruguaio em maio de 2007 (fls. 1.130/1.141).” Trata-se de conclusão baseada na interpretação dos fatos e das provas, igualmente insuscetível de revisão nesta sede.

Item (iv) – A situação é quase idêntica. O acórdão recorrido considerou que a convenção arbitral seria oponível à recorrente porque, “ao incorporar duas outras empresas contratantes, assumiu todos os direitos e obrigações das cedentes, inclusive a cláusula arbitral em questão.” A definição da ocorrência e dos efeitos da incorporação de sociedades, no caso, não envolve matéria constitucional, mas questões de fato e de interpretação dos contratos ou, quando muito, da legislação ordinária. Dessa forma, além do que se expôs acima, incide aqui também a Súmula 454/STF.

Item (v) – Sendo infraconstitucional a disciplina da sucessão de

sociedades, ainda que houvesse qualquer causa de indisponibilidade, a matéria se colocaria exclusivamente no plano ordinário. Ademais, o acórdão de origem assentou que a sentença arbitral homologada versava sobre o cumprimento de obrigações contratuais, bem como que não haveria empecilho à homologação pretendida. Essa conclusão só poderia ser alterada mediante nova interpretação das cláusulas contratuais pertinentes e do contexto fático da avença – providências que, como visto, são inviáveis nesta sede.

6.Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 752.630 (455)ORIGEM : RCL - 10593 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MILTON JORGE MALINOWSKIADV.(A/S) : NELMO DE SOUZA COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO

DE CONTRARIEDADE AOS ARTS. 1º, 5º, INCS. I, II, XXXV, E LIV, E 105, INC. I, ‘f’, E III, ‘a’ E ‘c’, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRESSUPOSTO DE CABIMENTO DE RECLAMAÇÃO EM TRIBUNAL DIVERSO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea ‘a’, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSO CIVIL. RECLAMAÇÃO. A reclamação supõe ato de juiz ou tribunal que afronte a autoridade de decisão do Superior Tribunal de Justiça ou que lhe usurpe competência; não é o caso quando o ato impugnado é de órgão julgador do próprio Superior Tribunal de Justiça. Agravo regimental desprovido”.

2. O Recorrente alega ter o julgado recorrido teria contrariado os arts. 1º, 5º, incs. I, II, XXXV, e LIV e 105, inc. I, ‘f’, e III, ‘a’ e ‘c’, da Constituição da República.

Argumenta que “sob qualquer prisma, a decisão recorrida cede diante dos referidos fundamentos. Ao revés do que alude, os fundamentos por ela invocados e a inicial da Reclamação Constitucional ajuizada se inserem e tratam das hipóteses nas quais admissível aludida medida judicial, tal qual proposta e tal qual consta da regular petição inicial, a ser admitida e regularmente processada”.

Analisados os elementos havidos no processo, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A discussão sobre o cabimento de reclamação no Superior Tribunal

de Justiça não pode ser examinada e decidida nesta via processual.No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o

Ministro Ayres Britto, o Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão relacionada aos pressupostos de cabimento de recursos de outros Tribunais:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso elemento de configuração da própria repercussão geral, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608” (DJe 23.6.2010).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nessa linha, a seguinte decisão monocrática no Recurso Extraordinário n. 664.963, Relator o Ministro Luiz Fux, ao qual foi negado seguimento por atacar julgado do Superior Tribunal de Justiça que considerou incabível reclamação lá ajuizada:

“DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto por TERESINHA BARBOZA, com fulcro no art. 102, III, “a” e “c”, da Constituição Federal de 1988, em face da decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça que indeferiu o processamento da Reclamação proposta pela ora recorrente, porque não demonstrada, nos termos da Resolução n. 12/2009 daquele Tribunal Superior, a divergência entre o acórdão prolatado por turma recursal estadual e a jurisprudência do STJ.

Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.Em suas razões recursais, a recorrente sustenta a preliminar da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 110

repercussão geral e aponta como violados os arts. 5º, XXXIV, XXXV, XXXVI, XXXVII, LII e LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

Não foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário.É o relatório. DECIDO.Não merece prosperar o presente recurso.Os requisitos de admissibilidade dos recursos da competência de

cortes diversas não revelam repercussão geral apta a dar seguimento ao apelo extremo, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do RE nº 598.365, da Relatoria do Min. Ayres Britto, DJe de 26/3/2010.

(…).Ex positis, DESPROVEJO o recurso extraordinário, com fundamento

no artigo 21, § 1º, do RISTF.Publique-se.Brasília, 24 de outubro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator”.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 6 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 760.437 (456)ORIGEM : PROC - 00370021820094013300 - TRF1 - BA - 1ª

REGIÃO - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BERNADETE VENTURA MELLOADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgou procedente o pedido de pagamento do aumento da GAE nos meses de julho e agosto de 2008, tendo afastado a manutenção da referida gratificação, bem como da VPI, após agosto de 2008. Segue a ementa do acórdão recorrido no que importa:

“SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÕES. GAE E VPI. LEI 11.907/2009. EFEITO FINANCEIRO. LAPSO TEMPORAL DE 1º DE JULHO DE 2008 A 29 DE AGOSTO DE 2008. DIFERENÇA DEVIDA. EXTINÇÃO EXPRESSA DA PERCEPÇÃO DAS RUBRICAS EM 29 DE AGOSTO DE 2008, CONTINUIDADE DE PERCEPÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA (...)” (fls. 116-117).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, XV, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento firmado por esta Corte, no sentido de que os servidores públicos não têm direito adquirido à manutenção de determinada fórmula de composição da remuneração, uma vez que não há direito adquirido a regime jurídico. Contudo, a modificação do regime remuneratório do servidor não pode resultar em decesso nos seus vencimentos. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR INTEGRANTE DA RESERVA. SUPRESSÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE DOS PROVENTOS. MP 2.131/2000.INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À MANUTENÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. NÃO-CORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO À GARANTIA DE IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. 1. Consoante a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os servidores públicos não têm direito adquirido a regime jurídico, isto é, à forma de composição da sua remuneração. 2. Não se constata ofensa à garantia da irredutibilidade de vencimentos quando preservado o valor nominal do total da remuneração. 3. Agravo Regimental desprovido” (AI 730.096-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto).

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 591.869-AgR/AM, Rel. Min. Dias Toffoli; RE 589.241-AgR/AM, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 599.977-AgR/AM, Rel. Min. Celso de Mello; RE 589.118-AgR/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 494.628-AgR/AM, Rel. Min. Ayres Britto; RE 600.225-AgR/AM, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.746 (457)ORIGEM : AMS - 50141931620114047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECTE.(S) : GRUPO EDITORIAL SINOS S/AADV.(A/S) : JANE REGINA MATHIAS E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE

TRIBUTÁRIA. MAQUINÁRIO PARA A IMPRESSÃO DE JORNAIS. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO – II, CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS E PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS. IMUNIDADE DO ART. 150, INC. VI, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO APLICÁVEL A CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PRECEDENTES. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO PIS-COFINS/IMPORTAÇÃO. IMUNIDADE NA IMPORTAÇÃO. MÁQUINA PARA IMPRESSÃO. IMUNIDADE. CF/88, ART. 150, VI, 'D'. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

A imunidade prevista no art. 150, VI, 'd', da Constituição Federal incentiva a educação e a cultura. É um instrumento de proteção constitucional destinado a preservar o direito fundamental da liberdade de informar e ser informado.

'Extraia-se da Constituição Federal, em interpretação teleológica e integrativa, a maior concretude possível. IMUNIDADE - 'LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO' - ARTIGO 150, INCISO VI, ALÍNEA 'D', DA CARTA DA REPÚBLICA - INTELIGÊNCIA. A imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa e não exaustiva.' (RE 202149, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 26/04/2011, DJe-195 Divulg 10-10-2011 Public 11-10-2011 Ement vol-02605-01 pp-00101 rddt n. 198, 2012, p. 194-199)”.

No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Federal Relator afirmou:

“Com efeito, a imunidade prevista no art. 150, VI, 'd', da Constituição Federal incentiva a educação e a cultura. É um instrumento de proteção constitucional destinado a preservar o direito fundamental da liberdade de informar e ser informado.

Destarte, reconhecido pela Corte Suprema que a imunidade do artigo 150, inciso VI, alínea 'd', da carta da república, é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos, bem como que a expressão 'e papel' é exemplificativa e não exaustiva, também às contribuições ao COFINS e à PIS devidos na importação o serão, já que a tais tributos também se aplicam as regras da imunidade fiscal.

Assim, curvo-me à decisão do Supremo Tribunal Federal e reformo a sentença proferida em primeiro grau, para reconhecer a imunidade do imposto de importação, PIS-importação e COFINS-importação, incidentes na importação dos equipamentos importados constantes da 'commercial invoice SO15987”.

Os embargos de declaração opostos pela Recorrente foram acolhidos apenas para fins de comprovação de prequestionamento no momento processual oportuno.

2. A Recorrente afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República.

Salienta que “Como a redação do artigo [art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição

da República] determina, somente livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão destes são imunes aos impostos. Não há como ser estendida tal imunidade a gêneros diversos dos expressos na Carta Magna.

A interpretação deste artigo deve ser feita de forma restritiva, sendo imunes apenas os itens listados, não cabendo analogias de nenhum gênero”.

Assevera que “A redação do dispositivo constitucional não deixa dúvidas de que a

imunidade aplica-se somente aos impostos (em prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (…) instituir impostos sobre (…) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão”

Com efeito, não há como estender a imunidade às contribuições sociais previstas no artigo 195 da Constituição Federal, devendo-se, portanto, também nesse aspecto, aplicar adequada e restritivamente o dispositivo constitucional. Coisa que mais uma vez não fez o acórdão recorrido, ao “estender” a imunidade em comento ao PIS-importação e COFINS-importação, numa completa subversão do instituto da imunidade contemplado no art. 150, inc. VI da Constituição”.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica assiste parcialmente à Recorrente.4. O Supremo Tribunal Federal assentou que a imunidade tributária

prevista no art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República se estende ao maquinário para a impressão de jornais, livros e periódicos:

“CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Extraia-se da Constituição Federal, em interpretação teleológica e integrativa, a maior concretude possível. IMUNIDADE – “LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 111

SUA IMPRESSÃO” – ARTIGO 150, INCISO VI, ALÍNEA “D”, DA CARTA DA REPÚBLICA – INTELIGÊNCIA. A imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa e não exaustiva” (RE 202.149, Relator para o Acórdão o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 11.10.2011, grifos nossos).

5. Este Supremo Tribunal também decidiu que aquela imunidade tributária (art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República) não é aplicável a contribuições sociais:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EFEITOS INFRINGENTES. EXCEPCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. FINSOCIAL. ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO CONTRIBUINTE. FATOR DECISIVO NA APLICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE SOBRE O TRIBUTO. JULGAMENTO COM BASE EM PRECEDENTE INAPLICÁVEL À ORA EMBARGADA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, VI, D, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE ÀS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. EMBARGOS ACOLHIDOS E RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. I – Segundo a jurisprudência desta Corte, a natureza das atividades desenvolvidas pelo contribuinte é fator decisivo na resolução de questões atinentes à legitimidade constitucional da cobrança dos diversos tributos abarcados sob o rótulo de FINSOCIAL. II – Apesar de a ora embargada dedicar-se exclusivamente à prestação de serviços, o acórdão impugnado julgou a lide com base em precedente aplicável apenas às empresas que se dedicam à venda de mercadorias ou mercadorias e serviços, às instituições financeiras e às sociedades seguradoras. III – Hipótese configuradora de erro sanável, nos termos da jurisprudência desta Corte, via embargos declaratórios. IV – O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 150.755/PE, relator para o acórdão o Ministro Sepúlveda Pertence, assentou a constitucionalidade do art. 28 da Lei 7.738/1989. Ademais, concluiu-se que a exação por ele instituída possui natureza de contribuição para o financiamento da seguridade social. V – A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d, da Constituição Federal abrange, exclusivamente, os impostos, não se estendendo às contribuições sociais. VI – Embargos de declaração acolhidos para, atribuindo-lhes excepcionais efeitos infringentes, negar provimento ao recurso extraordinário” (RE 177.308-ED, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 2.5.2012, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COFINS. IMUNIDADE. LIVROS. 1. A imunidade tributária prevista na alínea "d" do inciso VI do artigo 150 da Constituição do Brasil não alcança as contribuições para a seguridade social, não obstante sua natureza tributária, vez que imunidade diz respeito apenas a impostos. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 342.336-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 11.5.2007, grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial divergiu, em parte, o acórdão recorrido.

6. Pelo exposto, dou parcial provimento ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para declarar que a imunidade prevista no art. 150, inc. VI, alínea d, da Constituição da República não é aplicável a contribuições sociais. Deixo de condenar o ora Recorrido ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência, nos termos da Súmula n. 512 do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.915 (458)ORIGEM : AC - 540544 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DANIEL SANTOS DE SOUZA REPRESENTADO POR

MARIA DILZA DOS SANTOS SOUZAADV.(A/S) : ADEILSON FERREIRA DE ANDRADERECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de recurso de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. EX-COMBATENTE. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE MILITAR. CUMULAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 1º DA LEI Nº 5.315/67. VIOLAÇÃO.

I. O art. 1º da Lei nº 5.315/67 restringe o conceito de ex-combatente da segunda Guerra Mundial, para efeito da percepção da pensão especial ali prevista, àqueles militares que foram licenciados do serviço ativo e, consequentemente, retornaram à vida civil definitivamente.

II. Tendo o militar permanecido na vida castrense, seguindo carreira até a reserva remunerada, o seu dependente não faz jus ao benefício perseguido.

III. A percepção cumulativa dos proventos oriundos de pensão militar com a pensão especial de ex-combatente configura bis in idem.

5. Apelação improvida” (fl. 111).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos art. 5º, caput, da mesma Carta, e ao art. 53, II, do ADCT.

O recurso deve ser provido.A jurisprudência desta Corte é no sentido de que é possível a

cumulação de pensão especial de ex-combatente com benefício previdenciário. Nesse sentido:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE EX-COMBATENTE. CUMULAÇÃO COM BENEFÍCIO DE NATUREZA PREVIDENCIÁRIA: POSSIBILIDADE. IDÊNTICO FUNDAMENTO: INOCORRÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 28.5.2010. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido da possibilidade de acumulação da pensão especial de ex-combatente com outro benefício de natureza previdenciária. Assentado pelo acórdão recorrido a natureza previdenciária do benefício que se pretende cumular, insubsistente a alegação de que os benefícios teriam o mesmo fundamento. Agravo regimental conhecido e não provido” (AI 835.012-AgR/RN, Rel. Min. Rosa Weber).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PENSÃO ESPECIAL DE EX-COMBATENTE COM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 641.064-AgR/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Isso posto, nos termos do art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao recurso extraordinário. Honorários a serem fixados pelo juízo de origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.251 (459)ORIGEM : PROC - 71003895703 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CLARICE PIRES BITTARADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do TEMA 683 (RE 766.304, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) – “Reconhecimento de direito à nomeação de candidato preterido, quando ajuizada a ação após o prazo de validade do concurso.”. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.256 (460)ORIGEM : PROC - 71003830833 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MARTA ARLETE FERREIRA PUJOL HANZENADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do TEMA 683 (RE 766.304, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) – “Reconhecimento de direito à nomeação de candidato preterido, quando ajuizada a ação após o prazo de validade do concurso.”. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.282 (461)ORIGEM : PROC - 71003824299 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 112

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : LAURA CRISTINA NUNES BRAGAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIQUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de candidato

propor ação, após exaurido o prazo de validade de concurso público, com objetivo de ver reconhecido seu direito à nomeação em decorrência de possível preterição.

O Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral da matéria em exame (RE 766.304-RG, Rel. Min. Marco Aurélio, Tema 683).

Diante do exposto, dou provimento ao recurso extraordinário. Com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.285 (462)ORIGEM : PROC - 71003998358 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MARIA IDOMENIA FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do TEMA 683 (RE 766.304, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) – “Reconhecimento de direito à nomeação de candidato preterido, quando ajuizada a ação após o prazo de validade do concurso.”. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.421 (463)ORIGEM : PROC - 71003860194 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : RITA BÁRBARA PHILIPPI FRANCHIADV.(A/S) : ROBERTO FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do TEMA 683 (RE 766.304, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) – “Reconhecimento de direito à nomeação de candidato preterido, quando ajuizada a ação após o prazo de validade do concurso.”. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.808 (464)ORIGEM : PROC - 7100395354 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL DA

FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECDO.(A/S) : JULIA MARIA LIMA DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 766.304 (Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJe de 29.10.2013) - TEMA 683. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Juízo de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.825 (465)ORIGEM : AC - 000181983200880502250 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. SEGURANÇA PÚBLICA. PRELIMINARES DE INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA E IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO REJEITADAS. OMISSÃO ADMINISTRATIVA – PODER DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – NEGAÇÃO DE DIREITO SOCIAL GARANTIDO CONSTITUCIONALMENTE. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JURISDICIONAL. ARTIGO 5º, XXXV DA CARTA MAGNA. TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL. INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS. DIREITO AO MÍNIMO EXISTENCIAL – DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. IMPLEMENTOS URGENTES E NECESSÁRIOS PARA GARANTIR A SEGURANÇA PÚBLICA DO MUNICÍPIO. DIREITO SUBJETIVO A PRESTAÇÕES POSITIVAS PELO ESTADO QUE PREVALECEM FRENTE A RESERVA DO POSSÍVEL. DECISÃO MANTIDA EM PARTE. IMPROCEDÊNCIA DA CONENAÇÃO NO PAGAMENTO DE CUSTAS”(fls. 441).

O recorrente alega, em suma, violação aos arts. 2º, 165 e 167, I, da Constituição, com as seguintes assertivas:

“(...) é visível, desta maneira, que a decisão, de forma clara e cristalina, admitiu a ingerência do Poder Judiciário na Administração Pública, impondo restrições à gestão das Policias Civil e Militar, a par de obrigar o Estado a realizar contratações, compras e obras de engenharia sem qualquer previsão orçamentária.

Sob esta perspectiva, a decisão a quo violou frontalmente o art. 2º da Constituição Federal que consagra o princípio da separação dos poderes. (...)

O Judiciário não pode, ao argumento de que está protegendo direitos fundamentais, ordenar que tais realizações sejam consumadas. As obrigações de fazer permitidas pela ação civil pública não tem força para quebrar a harmonia e independência dos Poderes.

Revela-se, pois, equivocado, o entendimento externado no acórdão de que o Poder Judiciário pode interferir na administração do recorrente, ordenando-lhe qual o contingente de policiais e os materiais que deve disponibilizar para assegurar à população do município de Acajutiba a segurança dita necessária, porque somente ao Poder Executivo cabe examinar a conveniência de distribuir seu contingente de policiais, consideradas as peculiaridades de cada região e as suas possibilidades materiais.

Resta, patente, portanto, que a decisão emanada do Tribunal de Jusitça da Bahia, desrespeitou frontalmente o disposto no art. 2º da CF/88.

(…) a decisão vergastada, além de violar o art. 2º da CF/88, entrou em textilha aberta e inexpugnável com os artigos 164 165, I, da mesma Carta Magna” (fls. 456-472).

Preliminarmente, verifico que o recurso não deve ser conhecido quanto à alegada violação aos arts. 165 e 167, I, ante a ausência do indispensável prequestionamento da matéria, da qual não tratou o acórdão recorrido, bem como não houve a interposição de embargos de declaração com o intuito de sanar possível omissão. Nesse aspecto, incidem as súmula 282 e 356 do STF.

No que respeita à alegada violação ao art. 2º da Constituição, embora prequestionada a matéria, não enseja provimento a pretensão recursal.

Este Tribunal, ao analisar a possibilidade de o Poder Judiciário determinar a implantação de políticas públicas, fixou entendimento neste sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. SEGURANÇA PÚBLICA. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. OFENSA NÃO CONFIGURADA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 04.11.2004. O Poder Judiciário, em situações excepcionais,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 113: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 113

pode determinar que a Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação de poderes. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido” (RE 628.159-AgR/MA, Rel. Min. Rosa Weber).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Constitucional. Poder Judiciário. Determinação para implementação de políticas públicas. Segurança pública. Destacamento de policiais para garantia de segurança em estabelecimento de custódia de menores infratores. Violação do princípio da separação dos Poderes. Não ocorrência. Precedentes. 1. O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a Administração pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais sem que isso configure violação do princípio da separação dos poderes. 2. Agravo regimental não provido” (AI 810.410-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Ação civil pública. Meio ambiente. 3. Ausência de prequestionamento (súmulas 282 e 356). 4. O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais sem que isso configure violação do princípio da separação de poderes. Precedentes desta Corte. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 563.144-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes).

No mesmo sentido, entre outros.: RE 643.643-AgR/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, RE 642.536-AgR/AP, Rel. Min. Luiz Fux, RE 700.227-ED/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia e AI 664.053-AgR/RO, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.009 (466)ORIGEM : AI - 00109572820114040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE APOIO À TECNOLOGIA E CIÊNCIA -

FATECADV.(A/S) : JESUS RENATO GALO BRUNET E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. SERVIÇO PÚBLICO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS. NECESSIDADE.

Cabe ao Judiciário, considerando a imprescindibilidade da continuidade do serviço público, apenas determinar a nomeação dos candidatos aprovados no concurso público, nos limites do orçamento existente e que vinha sendo gasto com pessoal através dos contratos firmados com a FATEC. Não é cabível que as atividades fins do Hospital Universitário de Santa Maria/RS permaneçam sendo exercidas por pessoal terceirizado, através de contratações ilegais, inclusive configurando desvio de finalidade. Precedente desta Corte.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, alega-se violação aos artigos 2º; 37, III; e 61, § 1º, II, “a”, do texto constitucional.

Decido.O recurso não merece prosperar.Compulsando os autos, verifico que o recurso extraordinário foi

interposto contra decisão que manteve o pedido de liminar na origem. Conforme a jurisprudência pacificada desta Corte, não cabe recurso

extraordinário contra decisão que defere, mantém ou nega provimento liminar ou tutela antecipada, por vedação expressa da Súmula 735 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar”.

Nesse sentido, cito o RE 232.387, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 17.5.2002:

“Recurso extraordinário. - Esta Corte, por ambas as suas Turmas (assim, por exemplo, no RE 234.153, nos AGRAG 252.382 e 219.053, e no AGRRE 234.144), tem decidido que não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere, ou mantém, liminar por entender, em última análise, que ocorrem os requisitos do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora", porquanto a aferição da existência deles, além de se situar na esfera de avaliação subjetiva do magistrado, não é manifestação conclusiva de sua procedência para ocorrer a hipótese de cabimento desse recurso pela letra "a" do inciso III do artigo 102 da Constituição, que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo

constitucional, por negar-lhe vigência, ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo. Recurso extraordinário não conhecido.” (grifei)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.230 (467)ORIGEM : AC - 10313092789509001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : TIAGO SOUZA DE RESENDEADV.(A/S) : FLÁVIO LEITE RIBEIROADV.(A/S) : SÉRGIO SOUZA DE RESENDERECDO.(A/S) : DIONÍSIO LAURINDO PIMENTAADV.(A/S) : KÊNIA SANTOS BARBOSA GUEDES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que, em ação objetivando a repetição de valores pagos indevidamente a título de IPTU, manteve a sentença de parcial procedência, no que interessa, pelos seguintes fundamentos: (a) aplica-se ao caso a Súmula 668/STF (É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana); (b) não há falar em efeitos ex tunc da Emenda, nem em recepção de normas em sentido contrário. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.

No recurso extraordinário (fls. 143-159), interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, o Município de Ipatinga aponta, em suma, ofensa aos seguintes dispositivos constitucionais: (a) arts. 145, § 1º, e 156, I, § 1º, ao argumento de que o acórdão impugnado diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pois a Lei 1.206/1991 estabelece hipótese de seletividade, e não de progressividade, com alíquotas diferenciadas entre imóveis edificados ou não edificados, e residenciais ou não residenciais, critérios que estão em consonância com o princípio da capacidade contributiva e não se confundem com a situação prevista na Súmula 668 do STF; e (b) 150, III, c, pois o acórdão recorrido interpretou incorretamente a norma em referência, uma vez que: (I) não se instituiu ou se majorou a alíquota do IPTU, as quais são as mesmas das Leis anteriores à 1.206/1991; e (b) o prazo de 90 dias deve ser considerado da data de cobrança do tributo (que se iniciou em 30.3.2007), e, não do fato gerador.

Postula a reforma do acórdão recorrido ou, em caso de manutenção da declaração de inconstitucionalidade da Lei 1.206/1991, que seja autorizada a incidência das alíquotas mínimas para cada espécie de imóvel – imóveis não edificados (1,5%), imóveis residenciais (0,1%), e imóveis não residenciais (0,3%).

2. Quanto à apontada violação aos arts. 145, § 1º, e 156, I, § 1º, da Constituição, não merece qualquer reparo o acórdão recorrido, pois decidiu nos termos da Súmula 668 desta Corte: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. Este entendimento foi confirmado pelo Plenário desta Corte no julgamento do Tema 155 da Repercussão Geral (AI 712.743 QO-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 8.5.2009), cuja ementa é a seguinte:

QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO (CPC, ART. 544, PARÁGRAFOS 3º E 4º). IPTU. INCIDÊNCIA DE ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS ATÉ A EC 29/2000. RELEVÂNCIA ECONÔMICA, SOCIAL E JURÍDICA DA CONTROVÉRSIA. RECONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO DEDUZIDA NO APELO EXTREMO INTERPOSTO. PRECEDENTES DESTA CORTE A RESPEITO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA PROGRESSIVA DO IPTU ANTES DA CITADA EMENDA. SÚMULA 668 DESTE TRIBUNAL. RATIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO. POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DA REPERCUSSÃO GERAL (CPC, ART. 543-B). 1. Mostram-se atendidos todos os pressupostos de admissibilidade, inclusive quanto à formal e expressa defesa pela repercussão geral da matéria submetida a esta Corte Suprema. Da mesma forma, o instrumento formado traz consigo todos os subsídios necessários ao perfeito exame do mérito da controvérsia. Conveniência da conversão dos autos em recurso extraordinário. 2. A cobrança progressiva de IPTU antes da EC 29/2000 - assunto de indiscutível relevância econômica, social e jurídica - já teve a sua inconstitucionalidade reconhecida por esta Corte, tendo sido, inclusive, editada a Súmula 668 deste Tribunal. 3. Ratificado o entendimento firmado por este Supremo Tribunal Federal, aplicam-se aos recursos extraordinários os mecanismos previstos no parágrafo 1º do art. 543-B, do CPC. 4. Questão de ordem resolvida, com a conversão do agravo de instrumento em recurso

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 114

extraordinário, o reconhecimento da existência da repercussão geral da questão constitucional nele discutida, bem como ratificada a jurisprudência desta Corte a respeito da matéria, a fim de possibilitar a aplicação do art. 543-B, do CPC.

3. Por outro lado, as alegações do Município de Ipatinga de que o sistema de cobrança de IPTU previsto na Lei 1.206/1991 era seletivo, e, não, progressivo, demandam análise da legislação local, vedada em recurso extraordinário pela Súmula 280/STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário; Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário). Com efeito, tanto a sentença quanto o acórdão recorrido concluíram que o IPTU de Ipatinga era progressivo, uma vez que a Lei municipal 1.206/1991 previa expressamente critérios de progressividade na formação do elemento quantitativo do tributo. Vejam-se precedentes desta Corte em casos idênticos:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI MUNICIPAL 1.206/1991 E LEI MUNICIPAL 2.257/2006. LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. O acórdão recorrido resolveu a controvérsia com fundamento na legislação infraconstitucional local (Leis Municipais de Ipatinga nºs 1.206/1991 e 2.257/2006. Súmula 280 do STF, verbis: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Precedentes: RE 385.946-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, segunda turma, DJ 14/10/2005, e AI 778.608-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, segunda turma, DJe 22/10/2010. (…)

6. Agravo a que se nega provimento. (AI 789.678-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 5.12.2012)

EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. IPTU. Alíquotas progressivas antes da edição da Emenda Constitucional 29/2000. Lei Municipal nº 1.206/91. Inconstitucionalidade. 1. É inconstitucional lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional nº 29/2000, alíquotas progressivas, salvo se destinadas a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana (Súmula nº 668/STF), o que não é o caso. 2. Agravo regimental não provido. (AI 742.328 AgR/MG, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 9.3.2012)

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO - IPTU. LEI MUNICIPAL N. 1.206/1991. INCONSTITUCIONALIDADE DA PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 29/2000 (SÚMULA N. 668 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). ALEGAÇÃO DE ALÍQUOTA SELETIVA. SÚMULA 280/STF. IMPOSSIBILIDADE. 1. A lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU é inconstitucional, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. (Questão de Ordem suscitada no AI 712.743, da relatoria da Ministra Ellen Gracie). Súmula 668 STF, verbis: “ É Inconstitucional a Lei Municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.” 2. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, Lei Municipal 1.206/91, razão pela qual, inadmissível reapreciá-la nesta via recursal, por vedação expressa do enunciado da súmula nº. 280 do Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor, verbis: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário .” 3. Agravo regimental desprovido. (AI 752.743-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 17.6.2011)

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUÁRIO. IPTU. ALÍQUOTA PROGRESSIVA. LEI N. 1.206/91. ACÓRDÃO QUE DECIDIU COM FUNDAMENTO NA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N. 280/STF. Controvérsia decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 755.067 AgR/MG, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe de 4.12.2009)

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO - IPTU. LEI MUNICIPAL N. 1.206/1991. INCONSTITUCIONALIDADE DA PROGRESSIVIDADE ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 29/2000 (SÚMULA 668 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). ALEGAÇÃO DE ALÍQUOTA SELETIVA: IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI 758.776 AgR/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 23.10.2009)

4. Por fim, a apreciação dos aspectos concernentes à suposta violação ao art. 150, III, c, da Constituição também demanda análise de direito local (Leis Municipais 1.206/1991 e 2.257/2006), o que faz incidir o óbice sumular acima referido. Nesse sentido:

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPTU. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. INDISPENSÁVEL A ANÁLISE DAS LEIS MUNICIPAIS 1.105/1989 E 2.257/2006. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DO EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A existência, ou não, de

ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal, no caso, demanda o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF, bem como requer a interpretação da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie (Leis Municipais 1.105/1989 e 2.257/2006), o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II – Agravo regimental improvido. (RE 633101 AgR/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 14.5.2012)

5. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.598 (468)ORIGEM : APCRIM - 20120020152035 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : PAULO ROBERTO BORGES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : IGOR MARTINS CARVALHO RODRIGUESINTDO.(A/S) : CLEVERSON MACEDO SILVAINTDO.(A/S) : JOSÉ RICARDO DE ALCÂNTARA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO

EXECUTÓRIA. MARCO INICIAL DO PRAZO: TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal do Distrito Federal e dos Territórios:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. MARCO INICIAL DO PRAZO. TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO.

A prescrição da pretensão executória inicia-se com o trânsito em julgado para a Acusação, porque assim é o sistema adotado pela Lei Penal (art. 112, I, do CP). Recentemente, cuidou o legislador de matéria prescricional, quando promoveu a alteração da redação do § 1º e a revogação do § 2º, ambos do art. 110 do Código Penal, por meio da Lei 12.234/2010, posterior, portanto, à vigente Constituição Federal. Por essa nova Lei, o legislador modificou o início da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva (somente após a denúncia ou queixa), dispondo, expressamente, que a prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada. Expresso, pois, que o marco inicial é o ‘trânsito em julgado para a acusação’.

Nesse quadro, não cabe ao Judiciário, adstrito ao princípio da legalidade, alterar o marco inicial para contagem da prescrição da pretensão executória, expressamente previsto em lei, sob pena de exercer indevidamente a função legislativa.

Recurso de agravo desprovido”.2. O Recorrente alega que o Tribunal de origem teria contrariado o

art. 5º, incs. II e LVII, da Constituição da República.Argumenta que “por invocação da corrente jurídica que entende

adequada a adoção literal do critério eleito pelo legislador no artigo 112, I, rejeitando a compreensão que diz iniciar-se o prazo prescricional do trânsito em julgado para ambas as partes” (fl. 163).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A decisão recorrida está em harmonia com a jurisprudência deste

Supremo Tribunal, no sentido de considerar a data do trânsito em julgado para a acusação como marco para o início de contagem da prescrição da pretensão executória:

“Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÂNSITO. SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NÃO INICIADO E AUSÊNCIA DE NOVOS MARCOS INTERRUPTIVOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DA PENA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal. 2. In casu, o agente foi condenado à pena de sete meses de detenção e, decorridos mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença para a acusação e defesa, não se deu início à execução da pena nem se apontou a existência de causa interruptiva da prescrição executória da pena. Extinção da punibilidade em virtude da superveniente prescrição da pretensão executória do Estado, nos termos do artigo 112, inciso I, do Código Penal. 3. Ordem de habeas corpus concedida” (HC 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 115

19.4.2012 – grifos nossos).“Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÂNSITO.

SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NÃO INICIADO E AUSÊNCIA DE NOVOS MARCOS INTERRUPTIVOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DA PENA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal. 2. In casu, o agente foi condenado à pena de sete meses de detenção e, decorridos mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença para a acusação e defesa, não se deu início à execução da pena nem se apontou a existência de causa interruptiva da prescrição executória da pena. Extinção da punibilidade em virtude da superveniente prescrição da pretensão executória do Estado, nos termos do artigo 112, inciso I, do Código Penal. 3. Ordem de habeas corpus concedida” (HC 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19.4.2012 – grifos nossos).

“EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. CP, ART. 110, CAPUT, C/C O ART. 112, I. I. - Pena de 5 (cinco) meses de detenção: prescrição em 2 (dois) anos (CP, art. 109, VI). A prescrição da pretensão executória iniciou-se na data do trânsito em julgado para a acusação (28.02.94). Como ainda não teve início o cumprimento da pena - a causa interruptiva (CP, art. 117, V) - ocorreu a prescrição da pretensão executória. II. - H.C. Deferido” (HC 74.141, Relator o Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 31.10.1996).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

38 da Lei 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.600 (469)ORIGEM : PROC - 70048605604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : CARINA RAQUEL DA ROSAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. RECURSO ESPECIAL

PROVIDO. SUBSTITUIÇÃO EXPRESSA DO TÍTULO JUDICIAL. RECURSO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO. TRÁFICO DE DROGAS. TRÁFICO PRIVILEGIADO. CONDENAÇÃO COMO INCURSO NO ARTIGO 33, CAPUT E § 4º, DA LEI. 11.343/06. INDULTO. DECRETO PRESIDENCIAL Nº. 7.648/10. DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO. AFASTADO O CARÁTER DE HEDIONDEZ.

Para ser deferido o indulto, a condenação imposta ao agente, objeto da execução da pena, não pode se enquadrar nos crimes expressamente vedados – art. 8º do Decreto nº 7.648/11.

A apenada tem direito ao benefício postulado, pois o delito de ‘tráfico privilegiado’ não se enquadra nos crimes com expressa vedação legal.

AGRAVO EM EXECUÇÃO PROVIDO, EM PARTE”.2. O Recorrente afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o

art. 5º, incs. XLIII, XLVI e LIV, da Constituição da República.Argumenta que “o órgão fracionário, ao entender que o tráfico de

drogas, com a incidência da causa de edução de pena do artigo 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06, não se trata de crime equiparado a hediondo, contrariou o art. 5º, incs. XLIII, XLVI e LIV, da Constituição Federal” (fl. 187).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. O presente recurso extraordinário está prejudicado por perda

superveniente de objeto.4. O Recorrente interpôs, simultaneamente ao recurso extraordinário,

recurso especial. O Superior Tribunal de Justiça julgou o REsp n. 1.355.430 nos

seguintes termos:“Com efeito, de acordo com o entendimento desta Corte Superior, a

incidência da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06 não retira do delito a sua hediondez ou sua considerável lesividade.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. MINORANTE DO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/06 ("TRÁFICO PRIVILEGIADO"). AFASTAMENTO DA HEDIONDEZ DO CRIME. IMPROCEDÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DE NOVO TIPO PENAL. INADMISSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DOS PRAZOS PREVISTOS PARA OS CRIMES COMUNS. ORDEM DENEGADA.

1. A jurisprudência pacífica deste Tribunal Superior é no sentido de que a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006 não é suficiente para provocar o afastamento da equiparação existente entre o delito de tráfico ilícito de drogas e os crimes hediondos, dado que não há a constituição de novo tipo penal, distinto da figura descrita no caput do mesmo artigo, não sendo, portanto, o "tráfico privilegiado" tipo autônomo. Assim, em casos tais, não podem ser considerados - como requisito objetivo para a obtenção de benefícios da execução penal - os prazos estabelecidos para os crimes comuns.

2. Se o tráfico de drogas (ilícito penal assemelhado a hediondo) foi praticado na vigência da Lei nº 11.464/2007, devem incidir os lapsos temporais de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente, para a progressão de regime, bem como o prazo disposto no art. 44, parágrafo único, da Lei n.º 11.343/2006 para o livramento condicional.

3. Ordem denegada.(HC 219.960/MS, Relator Ministro Vasco Della Giustina –

Desembargador convocado do TJ/RS, DJe 5/12/2011). EXECUÇÃO PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES.

APLICAÇÃO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DA PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º DA LEI 11.343/2006. NATUREZA HEDIONDA DO DELITO. CASO. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.

1. Embora o legislador tenha previsto a possibilidade de reduzir as sanções do réu primário, de bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e nem integra organização criminosa (art. 33, § 4º da Lei n.º 11.343/2006), as razões que o levaram a qualificar o tráfico ilícito de entorpecentes como delito equiparado a hediondo subsistem em sua integralidade, vez que os critérios que permitem a diminuição da pena não tem o condão de mitigar o juízo de reprovação incidente sobre a conduta delituosa em si mesma.

2. Porque evidenciada a hediondez da figura insculpida no § 4º do art. 33 da Nova Lei de Drogas, não se aplica os prazos previstos no art. 112 da Lei de Execução Penal e art. 83, V, do Código Penal, para fins de progressão carcerária e livramento condicional.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.(AgRg no REsp 1.208.524/MS, Relator Ministro Jorge Mussi, DJe

26/8/2011)De igual modo, na linha da iterativa jurisprudência desta Corte, é

incabível o benefício de indulto a delitos hediondos ou equiparados.A esse respeito, vejam-se:PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE

DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/2006. INDULTO. DECRETO Nº 7.420/2010. NÃO CABIMENTO. CRIME HEDIONDO. TENTATIVA DE EQUIPARAÇÃO AO HOMICÍDIO PRIVILEGIADO. DELITO NÃO HEDIONDO. HIPÓTESE DIVERSA. VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 44, DA LEI Nº 11.343/2006. APLICABILIDADE. ORDEM DENEGADA.

I. A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 não desnatura a natureza hedionda do crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

II. É vedada a concessão de indulto a crimes hediondos e equiparados. Inteligência do art. 2º, inciso I, da Lei nº 8.072/90.

(...)IV. A causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº

11.343/2006 não constitui tipo penal distinto do caput do mesmo artigo, sendo, portanto, aplicável a vedação ao indulto contida no art. 44, da Lei nº 11.343/2006.

V. O art. 8º, incisos I e II, do Decreto nº 7.420/2010, veda a concessão de indulto a pessoas condenadas por tráfico ilícito de droga e por crime hediondo, desde que este tenha sido praticado após a edição das Leis nos 8.072, de 25 de julho de 1990, observadas as alterações posteriores.

VI. Ordem denegada.(HC 206.888/RS, Relator Ministro Gilson Dipp, DJe 08/02/2012).HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS (ART. 12, DA LEI

6.368/76). CONCESSÃO DE INDULTO. IMPOSSIBILIDADE. SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº 11.343/06. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA NOVA LEGISLAÇÃO. AFASTAMENTO DA HEDIONDEZ. DESCABIMENTO.

1. Na linha da iterativa jurisprudência desta Corte, é incabível o benefício de indulto a delitos hediondos ou equiparados.

2. De se ver, ainda, que o possível enquadramento da conduta como aquela prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 não afasta a hediondez do delito.

3. Ordem denegada.(HC 150.894/MS, de minha relatoria, DJe 18/05/2011).Diante do exposto, dou provimento ao recurso para, cassando o

acórdão recorrido, restabelecer a decisão de primeiro grau".Essa decisão transitou em julgado em 16.9.2013 (fl. 273) e operou,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 116

assim, a substituição expressa do título judicial, conforme o art. 512 do Código de Processo Civil:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. PEDIDO DE INTIMAÇÃO ESPECÍFICA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO: PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. ART. 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Atendida a pretensão recursal no julgamento do recurso especial, é de ser reconhecido o prejuízo do recurso com o mesmo objeto” (RE 662.773-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.4.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL PROVIDO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO DE ORIGEM PELO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ART. 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PREJUDICIALIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PERDA DO OBJETO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO” (RE 597.267-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.9.2011).

Assim, atendida a pretensão do Recorrente pela decisão do Superior Tribunal de Justiça, é de se ter por prejudicado o presente recurso.

5. Pelo exposto, julgo prejudicado este recurso extraordinário, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 773.975 (470)ORIGEM : AC - 199951010056457 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL

CIVIL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que decidiu:

“TRIBUTÁRIO. DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA ENTRE AS PARTES. INEXIGIBILIDADE DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO [– IPTU]. CONDENAÇÃO NO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Trata-se de apelação interposta em face da sentença que julgou procedente o pedido, declarando a inexistência de relação jurídico-tributária entre as partes, com a consequente inexigibilidade do Imposto Predial e Territorial Urbano [– IPTU]. Corretamente dirimida a questão dos autos. Adotada a fundamentação da sentença como razão de decidir. Com sua apelação, o Município do Rio de Janeiro juntou aos autos documentos mediante os quais pretende provar que a cobrança que originou a presente lide diz respeito às taxas TCLLP e TIP, porém, como aqueles somente foram trazidos aos autos em fase recursal, operou-se a preclusão consumativa, que impede a rediscussão da matéria em sede de apelação. Também, não deve prosperar a sua irresignação no que diz respeito ao valor de sua condenação no pagamento de honorários advocatícios. O princípio da sucumbência impõe à parte vencida a obrigação de pagar ao vencedor as despesas e a verba honorária, como também, cabe ao juiz fixar ou afastar a condenação em honorários advocatícios, de acordo com a sua apreciação equitativa (§ 4º do art. 20 do CPC). Negado provimento ao recurso”.

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado a alínea a do inc. IV do art. 150 da Constituição da República.

Argumenta que“Consoante ressaltado na contestação, a imunidade tributária do

imóvel da autarquia federal autora, utilizado para atender as finalidades públicas, não está sendo questionada no presente momento pelo Município do Rio de Janeiro.

Tanto assim que os lançamentos efetuados pelo Município não dizem respeito ao IPTU.

Os créditos tributários lançados questionados pelo Autor referem-se, exclusivamente, às taxas fundiárias municipais incidentes sobre o imóvel, ou seja, à Taxa de Coleta do Lixo e de Limpeza Pública (TCLLP) e à Taxa de Iluminação Pública (TIP), devidas no exercício tributário de 1997 em razão dos serviços públicos municipais postos à disposição ou utilizados pelo proprietário do imóvel.

Relembre-se que o reconhecimento da imunidade tributária recíproca,

nos termos do art. 150 da Constituição Federal, importa na proteção exclusivamente do patrimônio, renda e serviços no que se refere à incidência dos impostos federais, estaduais e municipais.

‘Data venia’, o imposto municipal difere das taxas fundiárias municipais, que são devidas em virtude dos serviços públicos prestados pelo Município do Rio de Janeiro. Embora imposto e taxas sejam espécies do gênero tributo, a imunidade não abrange as taxas.

O fato que deu origem ao documento juntado à fl. 5 destes autos foi ausência de registro do pagamento das taxas municipais devidas independentemente da imunidade recíproca. Tudo decorre do fato de que os aludidos tributos (taxas), segundo consta no cadastro municipal, não terem sido pagos nas datas de vencimento correspondentes.

Em virtude da aprovação da Lei municipal n. 2.886/1998, que facultava ao contribuinte o pagamento imediato, naquela ocasião, com a redução da penalidade moratória, foi remetido pela Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro o documento anexado à inicial, como o intuito de propiciar ao contribuinte das taxas (DNER) se beneficiar da faculdade de realizar o pagamento com a redução legal admitida, no prazo em que vigorou a aludida espécie normativa.

Ao contrário do que aduziu a sentença apelada, é possível comprovar que os valores exigidos pelo Município são relativos exclusivamente às taxas municipais.

Consoante se nota nos destaques efetuados nos relatórios de informações sobre o imóvel, não houve lançamento de qualquer valor a título de IPTU no exercício de 1997 (campo ‘imposto’ = zero). Os lançamentos de 1997 foram relativos exclusivamente às taxas fundiárias (TCLLP e TIP).

Para corroborar o afirmado acima, há em anexo cópia do histórico do imóvel obtida na internet (...). Nele consta a existência de débito relativo ao exercício de 1997. Ao imprimirmos o Documento de Arrecadação que decompõe o débito relativo a este exercício, verificamos claramente que não está sendo exigido nenhum valor a título de IPTU, mas apenas valores referentes à TCLLP e TIP” (grifos nossos).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.O Desembargador Relator do caso no Tribunal Regional Federal da

2ª Região observou:“A MM. Magistrada ‘a quo’ corretamente dirimiu a questão dos autos,

de modo que adoto a fundamentação da r. sentença como razão de decidir, ‘in verbis’:

‘(...)A Constituição Federal prevê a imunidade tributária, em seu art. 150,

VI:‘Art. – 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)VI – instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;(...)§ 2º - A vedação do inciso VI, ‘a’, é extensiva às autarquias e às

fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes’.

Temos, então a divergência entre o alegado pelo autor (imposto) e pelo Réu (taxa).

O documento de fl. 5 indica que a cobrança refere-se a IPTU, posto que está explícito no mesmo ‘Guia Especial de Cobrança – IPTU’.

Embora a contestação afirme que a cobrança é relativa a Taxa de Coleta de Lixo e de Taxa de Iluminação Pública devidas no ano de 1997, não é isso que se verifica na prova dos autos.

De toda sorte, ainda que a cobrança fosse relativa à taxa, não há discriminação nesse sentido na guia de cobrança, o que a tornaria nula.

Ademais, tendo em vista que o Réu alega que o débito é relativo a taxas, deveria trazer provas das suas alegações, posto que é seu dever provar à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, em conformidade com o disposto no art. 333, inc. II, do CPC.

Portanto, é totalmente cabível a pretensão autoral de não lhe ser cobrado valor referente ao IPTU.

(...)’.Ainda, com sua apelação, o Município do Rio de Janeiro juntou aos

autos documentos mediante os quais pretende provar que a cobrança que originou a presente lide diz respeito às taxas TCLLP e TIP, porém, como aqueles somente foram trazidos aos autos em fase recursal, operou-se a preclusão consumativa, que impede a rediscussão da matéria em sede de apelação” (grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria do reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

“Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão que confirmou a sentença de primeiro grau, reconhecendo a imunidade do IPTU. No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea ‘a’, da Constituição Federal, sustenta-se, violação ao artigo 150, inc. VI, ‘a’, § 2º, da Constituição

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 117

Federal. Assevera inexistir imunidade absoluta, mas, sim, condicionada à estrita vinculação dos bens às finalidades essenciais do ente tributado. Afirma que é impossível o Município fazer prova negativa. Decido. As razões recursais não merecem acolhida. Observo que o Tribunal ‘a quo’, com base nos elementos probatórios, concluiu que o IBAMA faz jus à imunidade constitucionalmente prevista em relação ao IPTU. Para divergir desse entendimento, seria necessário reexaminar o acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, a teor do disposto na Súmula n. 279 do STF. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes: ‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. BEM DE PROPRIEDADE DE AUTARQUIA. ALEGADO DESVIO DE FINALIDADE. IMÓVEL AO QUAL NÃO SE DÁ DESTINAÇÃO ÍNSITA AOS OBJETIVOS PÚBLICOS DA AUTARQUIA (TERRENO BALDIO OU VAGO). ALEGADO ÔNUS DA AUTARQUIA-AGRAVADA DE COMPROVAR A CORRETA DESTINAÇÃO DADA AO BEM. NECESSIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO. SÚMULA N. 279/STF. 1. Para concluir que a propriedade imóvel era imune à incidência do Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana – IPTU, o acórdão recorrido baseou-se em presunção que admite prova em contrário: a circunstância de o suposto contribuinte ser autarquia e, portanto, de dar correta destinação aos bens que possui. 2. A constituição do crédito tributário deve se submeter à atividade administrativa plenamente vinculada, de modo que deve a autoridade fiscal zelar pela correta mensuração da carga tributária, tal como autorizada pela legitimação democrática (regra da legalidade e princípios da indisponibilidade do interesse público e da propriedade). 3. Considerada a fundamentação utilizada pelo Tribunal de origem, a singela alegação de ser dever do contribuinte comprovar a presença dos requisitos para fruição da imunidade tributária não afasta a necessária obediência à vinculação do processo de lançamento tributário. Aplica-se ao caso a Súmula n. 279/STF. Agravo regimental a qual se nega provimento’(AI-AgR 526.787, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe 7.5.2010). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. AUTARQUIA. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU. VINCULAÇÃO DO IMÓVEL ÀS finalidades essenciais. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE-AgR 378.136, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 5.2.2010). Ademais, para acolher a pretensão da recorrente e ultrapassar o entendimento firmado no acórdão recorrido seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que é inadmissível em sede de recurso extraordinário. Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento” (ARE 758.167, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJe 1º.8.2013, transitada em julgado em 23.8.2013 – grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.4. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário

(caput do art. 557 do Código de Processo Civil e § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 775.482 (471)ORIGEM : AC - 10024111467742001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS MARÇAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PATRÍCIA VIANA FERNANDES BRAGA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 24 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 563.708, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 22.2.2008. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.270 (472)ORIGEM : AC - 20000118173491 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : VERA LÚCIA CORREIA LIMA ALVES DE FREITASADV.(A/S) : ALEXANDRE RODRIGUES DE ALBUQUERQUE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSELBA MARIA ALENCAR DINIZ

ADV.(A/S) : SILVIA PAULA ALENCAR DINIZ E OUTRO(A/S)

DECISÃO (Petição n. 51.096/2013)1. Em 9.10.2013, pela petição n. 51.096/2013, Vera Lúcia Correia

Lima Alves de Freitas requereu desistência deste recurso extraordinário. 2. Pelo exposto, homologo a desistência do recurso

extraordinário (art. 501 do Código de Processo Civil e do art. 21, inc. VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 5 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.401 (473)ORIGEM : PROC - 20110020257515 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MURILO FRANCISCO DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO

EXECUTÓRIA. MARCO INICIAL DO PRAZO: TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal do Distrito Federal e dos Territórios:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. MARCO INICIAL DO PRAZO. TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO.

A prescrição da pretensão executória inicia-se com o trânsito em julgado para a Acusação, porque assim é o sistema adotado pela Lei Penal (art. 112, I, do CP). Recentemente, cuidou o legislador de matéria prescricional, quando promoveu a alteração da redação do § 1º e a revogação do § 2º, ambos do art. 110 do Código Penal, por meio da Lei 12.234/2010, posterior, portanto, à vigente Constituição Federal. Por essa nova Lei, o legislador modificou o início da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva (somente após a denúncia ou queixa), dispondo, expressamente, que a prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada. Expresso, pois, que o marco inicial é o ‘trânsito em julgado para a acusação’.

Nesse quadro, não cabe ao Judiciário, adstrito ao princípio da legalidade, alterar o marco inicial para contagem da prescrição da pretensão executória, expressamente previsto em lei, sob pena de exercer indevidamente a função legislativa.

Recurso de agravo desprovido”.2. O Recorrente alega que o Tribunal de origem teria contrariado os

arts. 2º, 5º, incs. II, XXXIX e LVII, da Constituição da República.Argumenta que “estabelecer a data do trânsito em julgado somente

para a acusação como marco inicial da prescrição da pretensão executória da pena ofende o princípio constitucional da presunção de inocência, na medida em que este – como sistematicamente afirmado por esse Colendo Supremo Tribunal Federal – impede a execução provisória ou antecipada da sanção penal, vale dizer, aquela havida antes do trânsito em julgado definitivo da condenação” (fl. 137).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A decisão recorrida está em harmonia com a jurisprudência deste

Supremo Tribunal, no sentido de considerar a data do trânsito em julgado para a acusação como marco para o início de contagem da prescrição da pretensão executória:

“Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÂNSITO. SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NÃO INICIADO E AUSÊNCIA DE NOVOS MARCOS INTERRUPTIVOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DA PENA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal. 2. In casu, o agente foi condenado à pena de sete meses de detenção e, decorridos mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença para a acusação e defesa, não se deu início à execução da pena nem se apontou a existência de causa interruptiva da prescrição executória da pena. Extinção da punibilidade em virtude da superveniente prescrição da pretensão executória do Estado, nos termos do artigo 112, inciso I, do Código Penal. 3. Ordem de habeas corpus

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 118: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 118

concedida” (HC 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19.4.2012 – grifos nossos).

“Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÂNSITO. SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NÃO INICIADO E AUSÊNCIA DE NOVOS MARCOS INTERRUPTIVOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DA PENA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o artigo 110 do Código Penal. 2. In casu, o agente foi condenado à pena de sete meses de detenção e, decorridos mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença para a acusação e defesa, não se deu início à execução da pena nem se apontou a existência de causa interruptiva da prescrição executória da pena. Extinção da punibilidade em virtude da superveniente prescrição da pretensão executória do Estado, nos termos do artigo 112, inciso I, do Código Penal. 3. Ordem de habeas corpus concedida” (HC 110.133, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19.4.2012 – grifos nossos).

“EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. CP, ART. 110, CAPUT, C/C O ART. 112, I. I. - Pena de 5 (cinco) meses de detenção: prescrição em 2 (dois) anos (CP, art. 109, VI). A prescrição da pretensão executória iniciou-se na data do trânsito em julgado para a acusação (28.02.94). Como ainda não teve início o cumprimento da pena - a causa interruptiva (CP, art. 117, V) - ocorreu a prescrição da pretensão executória. II. - H.C. Deferido” (HC 74.141, Relator o Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 31.10.1996).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

38 da Lei 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.048 (474)ORIGEM : PROC - 200882000036052 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA DUARTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. EXTENSÃO

DE VANTAGEM PECUNIÁRIA: LEI N. 10.698/2003. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDOR PÚBLICO PELO PODER JUDICIÁRIO. SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REAJUSTE DE 13,23% NOS VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE. VANTAGEM PECUNIÁRIA. SÚMULA 339 DO STF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. A Lei n. 10.698/2003 não instituiu uma revisão geral anual, de forma a obedecer aos parâmetros previstos no art. 37, X da CF/88. Na verdade, a norma em questão concedeu uma vantagem pecuniária, a qual não servirá de base de cálculo para qualquer outra vantagem, conforme disposto no parágrafo único, do art. 1º da citada Lei. 2. Mesmo que a referida vantagem fosse considerada como revisão geral de salários, a sua extensão a todos servidores públicos em percentual comum com base no princípio da isonomia encontra vedação na Súmula n. 339 do STF. 3. A vantagem instituída pela Lei nº 10.698/2003 foi concedida indistintamente aos servidores federais, no valor de R$ 59,87 (cinquenta e nove reais e sete centavos) e nenhuma similitude guarda com o percentual 28,86%, que alterou efetivamente os soldos básicos dos militares. 4. Honorários advocatícios mantidos no valor fixado pelo MM. juízo sentenciante. 5. Apelação improvida” (fl. 145).

2. Os Recorrentes alegam que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 37, inc. X, da Constituição da República.

Sustentam serem “servidores públicos federais que, nessa condição, foram contemplados com a concessão de uma vantagem no valor de R$ 59,87, instituída por meio da Lei n. 10.698/2003. Ocorre que o referido aumento, da forma como foi dado, possui natureza de revisão geral anual, a qual é prevista no art. 37, X, da CF. Por sua vez, esse dispositivo constitucional veda que tal aumento seja concedido em percentuais diferenciados para os servidores. É obrigatório, sob pena de afronta ao Texto Maior, que a revisão geral anual seja uniforme para todos os que compõem o

serviço público federal” (fl. 166).Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Recorrentes.4. O Tribunal de origem assentou:“A Lei n. 10.698/2003, dispõe:(...)Da leitura do dispositivo, infere-se que este não instituiu uma revisão

geral anual, de forma a obedecer aos parâmetros previstos no art. 37, X da CF/88.

Não há como entender que a vantagem de que trata a Lei n. 10.698/2003 constituiu revisão geral de salários, eis que, conforme se constata do texto retro, ela não foi incorporada ao vencimento básico dos servidores, que é a primeira rubrica da remuneração a sofrer reajuste, nas hipóteses de revisão geral e salários.

Na verdade, a norma em questão concedeu foi uma vantagem pecuniária, a qual não servirá de base de cálculo para qualquer outra vantagem, conforme disposto no parágrafo único, do art. 1º da citada Lei.

Por essas razões, insubsistente se entremostra a alegação de que a vantagem individual instituída pela Lei 10.698/2003 constituiu revisão geral de salários, infringindo a Constituição Federal, por ter alterado os vencimentos dos servidores com percentuais diferenciados.

Ademais, a Súmula n. 339 do STF, estabelece que ‘não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia” (fls. 140-141, grifos nossos).

Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 10.698/2003). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confiram-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. EXTENSÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. LEI N. 10.698/03. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 807.066-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 25.11.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. 1. DECISÃO FUNDAMENTADA EM SENTIDO CONTRÁRIO AOS INTERESSES DA PARTE. AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. PRECEDENTES. 2. REAJUSTE DE REMUNERAÇÃO. NECESSIDADE DO PRÉVIO EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: LEIS NS. 10.697/2003 E 10.698/2003. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 763.923-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 21.10.2013).

5. Ressalte-se que este Supremo Tribunal assentou não caber “ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia” (Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal).

Em caso idênticos ao dos autos:“AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS.

VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REVISÃO GERAL ANUAL. LEI 10.698/2003. DISCUSSÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE AUMENTO DE VENCIMENTOS PELO PODER JUDICIÁRIO. SÚMULA 339 DO STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação infraconstitucional, o que é vedado nesta esfera. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 650.566-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 22.5.2012, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL. REAJUSTE. LEI 10.698/2003. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. IMPOSSILIDADE DE AUMENTO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA (SÚMULA 339 DO STF). AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. II - O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência predominante deste Tribunal firmada no sentido de que não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento da isonomia (Súmula 339 do STF). Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE 711.344-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 11.3.2013, grifos nossos).

O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações dos Recorrentes.

6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 119

Brasília, 12 de novembro de 2013.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.071 (475)ORIGEM : AC - 200871000301350 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ADAIR JOSE DA SILVAADV.(A/S) : EWERTON CARVALHO DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CRITÉRIO DE

CÁLCULO PARA DETERMINAÇÃO DA RENDA MENSAL INICIAL. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA MAIS BENÉFICA: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRETENSA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: NECESSIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional da 4ª Região:

“PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DIREITO ADQUIRIDO. NÃO-VERIFICAÇÃO. POSICIONAMENTO DO STF. UTILIZAÇÃO DOS 36 MELHORES SALÁRIOS NO PBC. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO ART. 144. COEFICIENTE TETO. INCORPORAÇÃO DA DIFERENÇA PERCENTUAL ENTRE A MÉDIA CONTRIBUTIVA E O LIMITE EM ABRIL DE 1994 OU NO PRIMEIRO REAJUSTE.

1. Consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal (RE 297375 AgR/SP - RE 345398 AgR/SP - RE 352391 AgR/SP) tendo o segurado voluntariamente adiado o requerimento da aposentadoria para momento ulterior ao implemento dos requisitos mínimos, ainda sob a égide da mesma lei, não é possível que, posteriormente, pretenda a retroação da data de início.

2. Hipótese em que, segundo a Corte Suprema, não se cogita de direito adquirido, uma vez que não se está diante de situação em que tenha surgido lei posterior mais gravosa.

3. O artigo 29 da Lei 8.213/91, na redação originária, determinava que fossem utilizados os 36 últimos salários-de-contribuição dentro de um período não superior a 48 meses para apuração do salário-de-benefício.

4. Não sendo o benefício do segurado limitado ao teto do salário-de-contribuição, não tem direito a qualquer incremento nos reajustes posteriores decorrentes do disposto no art. 26 da Lei nº 8.870/94”.

2. O Recorrente alega que a Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. LV, e 93, inc. IX, 201, §§ 3º e 11, da Constituição da República.

Argumenta, em síntese, ter direito a melhor forma de cálculo de seu benefício, com base nos melhores salários de contribuição do período.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Recorrente, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

5. No julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário n. 748.371, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou a inexistência de repercussão geral quanto à alegação de contrariedade ao princípio do devido processo legal, quando o exame da questão depende de prévia análise de normas infraconstitucionais:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral” (DJe 1º.8.2013).

6. No julgamento do Agravo de Instrumento n. 843.287-RG, Relator o Ministro Presidente, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida neste processo:

“Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Benefício previdenciário. Renda mensal inicial. Critérios de cálculo. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto o direito de se

renunciar aos salários-de-contribuição de menor expressão econômica para compor a média aritmética que servirá de base de cálculo para a renda mensal inicial de benefício previdenciário, versa sobre tema infraconstitucional” (DJe 1.9.2011, grifos nossos).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários, aqueles também com agravo que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.842 (476)ORIGEM : APCRIM - 05013822520108260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : WILSON RODOLPHO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : WILSON RODOLPHO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que manteve a determinação de arquivamento de duas representações criminais a pedido do Ministério Público estadual.

No caso, o advogado Wilson Rodolpho de Oliveira, ora recorrente, instaurou dois procedimentos criminais contra o Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Campinas/SP, Dr. Renato Siqueira de Pretto, pela suposta prática do crime de prevaricação, ao desrespeitar o disposto no art. 5º LXXIV, da CF, negando o benefício da justiça gratuita a hipossuficientes.

O Ministério Público estadual requereu o arquivamento dos feitos, por entender não configurada qualquer irregularidade na atuação do referido magistrado.

Tendo em vista o pleito do Parquet, o relator dos referidos procedimentos determinou o arquivamento.

Foi interposto agravo regimental, ao qual foi negado provimento nos seguintes termos:

“PROCESSO PENAL – AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO CONTRA DECISÃO QUE DETERMINOU O ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO COM FUNDAMENTO NO ART. 3º, INC. I, DA LEI 8.038/90 – INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DA DECISÃO – PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO FORMULADO PELO TITULAR DA AÇÃO PENAL.

1. É caso de ser mantida a decisão pedido de arquivamento, até porque os inúmeros precedentes deste Colendo Órgão Especial e dos Tribunais Superiores já firmaram a exegese no sentido de que: não cabe ao tribunal examinar-lhe o mérito, senão acatar-lhe a decisão, como titular que é da ação penal.

3. Recurso improvido”.Daí o presente recurso extraordinário (eDOC 3, p. 58-68), interposto

com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, no qual aponta-se violação aos arts. 5º, incisos XXXIII, XXXV, IV, LV e LXXIV, e 93, inciso IX, do texto constitucional.

O recorrente pugna pela declaração de nulidade do acórdão recorrido, ao argumento de ausência de conexão, mentiras proferidas e assinadas pelo relator, ausência de fundamentação e ausência de relatório.

No mérito, requer que as representações criminais apresentadas sejam aceitas e processadas.

Em contrarrazões, o Ministério Público do Estado de São Paulo sustenta ausência de possibilidade jurídica do pedido, ofensa reflexa à Constituição Federal, ausência de repercussão geral e inadequação formal (eDOC 4, p. 6-14).

É o relatório.Decido.Não assiste razão ao agravante.Verifico que, na espécie, o Tribunal de origem apreciou as questões

suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador.

Desse modo, observo que a prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do recorrente. Portanto, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação, nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal.

Anoto, ainda, que esta Corte reconheceu a repercussão geral da questão constitucional acima discutida, ementada nos seguintes termos:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 120

extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral” (AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, Pleno, DJe 13.8.2010).

Quanto ao mérito, registro que o acórdão recorrido está em consonância com o entendimento desta Corte, no sentido de que, sendo o Ministério Público o único titular da ação penal incondicionada, o pedido de arquivamento formulado pelo Parquet fundado na ausência de conduta criminosa é irrecusável.

A esse propósito, cito o seguinte precedente:“Agravo regimental. Pedido de arquivamento do feito pela

Procuradoria-Geral da República. Arquivamento obrigatório. Ilegitimidade ad causam do particular para recorrer dessa decisão. Irrecorribilidade. Precedentes.

1. Sendo o Ministério Público Federal o único titular da ação penal, o agravante é carente de legitimidade ad causam para interpor o presente agravo regimental, que tem como finalidade exclusiva dar seguimento a noticia criminis por ele ofertada.

2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o pedido de arquivamento formulado pelo Ministério Público Federal, quando fundado na ausência de elementos consistentes à demonstração da ocorrência de conduta criminosa, é irrecusável. 3. Agravo regimental não-conhecido”. (Pet-AgR 4.173/MG, Rel. Min. MENEZES DIREITO, Tribunal Pleno, DJe 29.8.2008)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.665 (477)ORIGEM : AC - 20110064871 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : MARIA FANY MENEZES DE LACERDA MOTAADV.(A/S) : LEANDRO DE OLIVEIRA VIOLIN E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. REMUNERAÇÃO. INCORPORAÇÃO DE QUINTOS. CÁLCULO DA VANTAGEM. INATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. JULGADO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Amazonas:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. APELAÇÃO. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE APOSENTADORIA. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DE VANTAGEM SALARIAL DENOMINADA QUINTOS. EXTENSÃO DE VANTAGEM CONCEDIDA AOS HOMÓLOGOS EM ATIVIDADE. POSSIBILIDADE. PARADIGMA QUE TRATA DE ATUALIZAÇÃO VENCIMENTAL E DE INEXISTÊNCIA DO DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INAPLICABILIDADE AO CASO CONCRETO QUE, TODAVIA, BUSCA FUNDAMENTALMENTE A EXTENSÃO DE DIREITOS A SERVIDOR INATIVO. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. A intenção da servidora ao ingressar com a presente demanda não é auferir aumento salarial, mas tão somente de realizar uma revisão de seus proventos, motivos porque não há confronto com o disposto na súmula nº 339 do STJ.

2. Nas situações onde caracteriza-se a relação de trato sucessivo, a prescrição somente alcança as parcelas vencidas há mais de cinco anos. Prescrição quinquenal.

3. No tocante ao mérito em si, não há, com a devida vênia, similitude entre o RE 563.965/RN e este caso concreto, pois o caso paradigmático versa sobre servidor que apega-se a uma forma de cálculo de vantagem pecuniária, a qual foi extinta por superveniente lei revogadora, e pede que ela lhe seja aplicada indistintamente, em que pese essa revogação.

4. O caso concreto, todavia, revela a pretensão de servidora pública estadual aposentada de fazer valer a regra constitucional de extensão de benefícios concedidos aos servidores em atividade, de sorte que se estes, para uma determinada vantagem, recebem um valor específico, aqueles que eventualmente incorporam a mesma vantagem ao seu patrimônio fazem jus

ao recebimento da mesma importância.5. Apelação conhecida e não provida”.Os embargos de declaração opostos pelo Recorrente foram

rejeitados.2. O Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, inc.

XXXVI, 37, inc. XIII, e 61, § 1º, inc. II, alínea a, da Constituição da República.Assevera que, “não há confundir a natureza jurídica dos valores

pagos aos servidores em atividade, quer por cargos comissionados quer por funções gratificadas, com a natureza jurídica da parcela incorporada pela Autora. (…) No momento em que se opera a incorporação, o fundamento para o pagamento da vantagem deixa de ser o efetivo exercício do cargo em comissão ou da função gratificada, passando a ser a incorporação, em si. Desta feita, a servidora não faz mais jus à remuneração atual do cargo/função de confiança, vez que não está mais desempenhando as funções inerentes ao mesmo, mas sim à vantagem incorporada aos seus vencimentos, cujo valor segue sendo o valor vigente no momento da incorporação, sujeitando-se apenas à revisão geral determinada por lei”.

Argumenta que “o Supremo Tribunal Federal já decidiu, num sem número de oportunidades, que as vantagens de índole pessoal , como o são as decorrentes do exercício de cargos/funções de confiança, não são passíveis de extensão. A questão não é nova, foi ela objeto de apreciação, por parte do Plenário do STF, no Recurso Extraordinário nº 226.462 (…) Resta bem claro, diante dos termos da decisão, que ao reconhecimento do direito adquirido à ‘incorporação’ de certas vantagens ‘não se segue o direito adquirido da Autora à preservação do regime legal de atrelamento do valor dela ao vencimento do respectivo cargo em comissão’”.

E conclui: “em suma, o direito adquirido à percepção de uma determinada vantagem não significa, em absoluto, direito adquirido à forma de cálculo da mesma e à sua constante atualização”.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. Anote-se, inicialmente, que a ora Recorrida interpôs ação para ter

assegurado o direito ao recebimento de vantagem pessoal, por ela incorporada, nos termos de legislação que alterou os critérios de classificação e reajuste de salários e vantagens.

5. O Supremo Tribunal Federal assentou a inexistência de direito adquirido à vinculação entre o valor incorporado pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança e a retribuição atualizada pelo seu efetivo exercício:

“I. Recurso extraordinário: a aplicação de norma ou princípio a situação por eles não alcançada vale por contrariá-los. II. ‘Estabilidade financeira’: inexistência de direito adquirido de servidores ativos e inativos à permanência do regime legal de reajuste de vantagem correspondente. 1. Pacífico no STF a inexistência de conflito entre a chamada ‘estabilidade financeira’ e o art. 37, XIII, CF, que proíbe vinculação entre vencimentos (cf. precedentes citados), daí não se segue, contudo, o direito adquirido do servidor beneficiário da vantagem à preservação do regime legal de atrelamento do valor dela ao vencimento do respectivo cargo em comissão: donde a legitimidade e a aplicabilidade imediata da lei que desvincule o reajuste futuro da vantagem àqueles vencimentos do cargo em comissão, submetendo-a aos critérios das revisões gerais dos vencimentos do funcionalismo. 2. Nessa hipótese, o paradigma do inativo aposentado com a ‘estabilidade financeira’, para os efeitos do art. 40, § 4º, CF, não é o ocupante atual do respectivo cargo em comissão, mas sim o servidor efetivo igualmente beneficiário, na ativa, da vantagem decorrente do exercício anterior dele. 3. Dada a garantia de irredutibilidade, da alteração do regime legal de cálculo ou reajuste de vencimentos ou vantagens funcionais jamais poderá ocorrer a diminuição do quanto já percebido conforme o regime anterior, não obstante a ausência de direito adquirido à sua preservação. III. Recurso extraordinário: inconstitucionalidade reflexa ou mediata e direito local. Como é da jurisprudência iterativa, não cabe o RE, a, por alegação de ofensa mediata ou reflexa à Constituição, decorrente da violação da norma infraconstitucional interposta; mas o bordão não tem pertinência aos casos em que o julgamento do RE pressupõe a interpretação da lei ordinária, seja ela federal ou local: são as hipóteses do controle da constitucionalidade das leis e da solução do conflito de leis no tempo, que pressupõem o entendimento e a determinação do alcance das normas legais cuja validade ou aplicabilidade se cuide de determinar” (RE 226.462, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 25.5.2001).

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidora pública aposentada. Estabilidade financeira. Cálculo da gratificação de cargo em comissão. Desvinculação. Possibilidade. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito adquirido à manutenção da forma de cálculo da remuneração, o que importaria no reconhecimento da existência de direito adquirido a regime jurídico, hipótese refutada por esta Suprema Corte. 2. É possível ao legislador desvincular o cálculo de gratificação que foi incorporada pelo servidor inativo, daquela ocupada pelo servidor em atividade, sem que isto represente violação ao texto constitucional. 3. Agravo regimental não provido” (RE 582.332-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7.6.2011 - grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS. ESTABILIDADE FINANCEIRA. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI QUE DESVINCULA A VANTAGEM DA REMUNERAÇÃO DO CARGO EM QUE SE DEU A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 121

INCORPORAÇÃO, PARA SUJEITÁ-LA AOS CRITÉRIOS DAS REVISÕES GERAIS DO FUNCIONALISMO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. 1. “É legítimo que por lei superveniente, sem ofensa a direito adquirido, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. Ademais, não havendo ‘decesso de remuneração’, não cabe a invocação da garantia da irredutibilidade de vencimentos. Precedente: RE 233.958, Sepúlveda Pertence, 1a T, DJ 17.09.99” (AI 465.090-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence). 2. Agravo Regimental desprovido” (RE 494.628-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 3.11.2010).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. FUNÇÃO COMISSIONADA. INCORPORAÇÃO. QUINTOS. TRANSFORMAÇÃO EM PARCELA NOMINALMENTE IDENTIFICADA. DESVINCULAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS DE ATUALIZAÇÃO DOS QUINTOS E DOS VALORES PAGOS PELO EFETIVO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES COMISSIONADAS. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. JULGADO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. Relatório. 1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea ‘a’, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Amazonas: ‘PROCESSO CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA – (...) SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO – VANTAGEM CONCEDIDA A SERVIDOR EM ATIVIDADE – APLICAÇÃO DO ART. 40, PARÁGRAFO 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – EXCLUSÃO DAS VANTAGENS – IMPOSSIBILIDADE ANTE O PRINCÍPIO DO DIREITO ADQUIRIDO – SEGURANÇA CONCEDIDA. 1 – Estabelecida vantagem por Lei é defesa sua exclusão, sobre pena de ofensa aos princípios Constitucionais do direito adquirido e da divisão funcional do poder. 2 – Segurança concedida’. Tem-se no voto condutor do julgado recorrido: ‘Razão assiste ao impetrante. Como se observa, o valor da gratificação de cunho pessoal, que já havia sido incorporada aos seus proventos, foi reajustado, de modo que tal reajuste, por força do artigo 40, parágrafo 8º, da Constituição Federal/88, deve ser estendido aos servidores inativos. É que o dispositivo legal invocado, além de aplicação imediata, é de absoluta abrangência, posto que assegura a revisão dos proventos de aposentadoria na mesma proporção e mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. Ora, se o impetrante foi para a inatividade, levando os seus proventos com a gratificação concedida ao Comandante do Corpo de Bombeiros, esta gratificação de índole pessoal passou a fazer parte do seu patrimônio, de modo que qualquer aumento ou majoração do valor dessa gratificação, sem dúvida, lhe deve ser estendido’. 2. O Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. XXXVI, e 40, § 8º, da Constituição da República. Sustenta: ‘[H]ouve um evidente equívoco por parte do Tribunal local em empregar o art. 40, § 8º, da Constituição, segundo a redação que lhe foi atribuída pela EC n. 20/1998 e já modificada pela EC n. 41/2003, posto que o Acórdão recorrido a utiliza como fundamento para a atualização de vantagens incorporadas a título de estabilidade financeira, e não para assegurar a extensão de vantagens de caráter geral. Considerando, pois, que o art. 40, § 8º, da CF foi aplicado mesmo sem ter incidido à espécie, é evidente que se caracterizou a violação a essa norma constitucional. De outro lado, mesmo quando se cuida de analisar a questão da atualização da vantagem incorporada desconsiderando o equívoco de enquadramento normativo cometido pelo Tribunal a quo, é mister reconhecer que a decisão está a desafiar reforma, por contrariedade ao disposto no art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição. É que, embora tenha havido a incorporação, aos proventos do Recorrido, de vantagens remuneratórias que lhe eram pagas em razão do efetivo exercício de cargo comissionado, tal incorporação, a título de estabilidade financeira, não lhe assegura o direito à preservação do regime legal de atrelamento do valor dela à retribuição pecuniária do respectivo cargo em comissão. São perfeitamente legítimas, portanto, as normas que estabeleceram o desatrelamento, para fins de reajuste do valor das vantagens incorporadas, entre o seu ‘quantum’ e o das vantagens atualmente pagas aos servidores ocupantes de cargos em comissão. Em meio aos preceitos dessa natureza se insere a Lei estadual n. 2.531/1999, que foi expressa ao estabelecer que as vantagens de ‘quintos’ incorporadas aos proventos dos servidores, passavam, com a incorporação, a constituir vantagem individual nominalmente identificada – VPNI, sujeita exclusivamente à atualização decorrente da revisão geral de remuneração dos servidores. (...). Assim, as vantagens incorporadas pelo Recorrido não se encontram mais atreladas, desde o advento da Lei n. 2.531/1999, ao valor da remuneração do cargo comissionado respectivo’ (transcrição conforme o original). Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 3. Razão jurídica assiste ao Recorrente. 4. O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que não há direito adquirido à forma de cálculo de vantagens pecuniárias percebidas por servidores públicos, nem à atualização de quintos ou vantagem pessoal nominalmente identificada pelos mesmos parâmetros de correção dos valores pagos pelo efetivo exercício das funções comissionadas ou dos cargos em comissão correspondentes. Nesse sentido: ‘DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE

FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, consequentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento’ (RE 563.965, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 20.3.2009). (...). Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido. 6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário” (RE 615.199, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 10.11.2010, transitada em julgado em 22.11.2010 – grifos nossos).

6. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 563.965, do qual fui relatora, o Plenário do Supremo Tribunal reafirmou essa jurisprudência:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (DJe 20.3.2009 - grifos nossos).

No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas transitas em julgado: RE 721.862, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 22.11.2012; RE 592.228, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 5.9.2012; RE 701.562, de minha relatoria, DJe 14.8.2012; e RE 557.155, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 27.10.2011.

Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido.7. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), invertidos os ônus da sucumbência, com a ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 784.024 (478)ORIGEM : AMS - 50008142320114047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARCELO LUZ FILOMENORECTE.(S) : ORLANDO LUZ FILOMENORECTE.(S) : VÂNIA MARIA LUZ FILOMENOADV.(A/S) : RICHARDE FARAH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Esta Corte, no julgamento do ARE 748.371 (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe 13/05/2013 - TEMA 660), decidiu pela inexistência de repercussão geral da questão objeto deste recurso, relativa à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise de normas infraconstitucionais.

Essa é exatamente a situação dos autos, em que a Corte de origem consignou ter sido observado o devido processo legal, pois respeitadas as disposições legais pertinentes (fl. e-STJ 443). Destarte, além do necessário exame de matéria infraconstitucional, o acolhimento do recurso exigiria a incursão em fatos da causa, inviável nesta sede a teor da Súmula 279/STF.

2. No que toca à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o recurso diz respeito à tema cuja repercussão geral foi reconhecida, e já julgado no mérito, na análise do AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, - TEMA 339). O entendimento do Tribunal a quo se ajusta a esse precedente.

Considerada a especial eficácia vinculativa desses julgados (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos.

3 . Ante o exposto, indefiro liminarmente o recurso extraordinário. Publique-se. Intime-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 122

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.072 (479)ORIGEM : AR - 200501000568238 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOÃO ALVES DA SILVA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BENEDITA DIAS DE ANDRADE E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 7 de novembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.591 (480)ORIGEM : APCRIM - 8150174 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MIGUEL MÁRCIO GONÇALVESADV.(A/S) : CRISTIANO DE ASSIS NIZRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXVIII, da Carta Magna.

A pretensão não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, conforme a da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado o mencionado óbice, observo que a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Por oportuno, transcrevo a ementa do AI 580.465-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, que bem sintetiza a questão:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (...). 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (grifos meus).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.758 (481)ORIGEM : PROC - 50021055220114047202 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANA GROLLIADV.(A/S) : LOURENÇO GASPARIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Santa Catarina.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 2º e ao art. 5º, XXXV, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob o fundamento de que “o recurso extraordinário foi interposto pelo autor em 19/06/2012 mais de 6 meses após a intimação do acórdão, que se deu em 06/12/2011, sendo evidentemente intempestivo”.

O agravo é inadmissível, tendo em vista que a parte recorrente não atacou o único fundamento utilizado pela decisão agravada para inadmitir o recurso extraordinário.

De qualquer forma, está correta a decisão agravada, tendo em vista que o recurso extraordinário não pode ser conhecido por ser intempestivo. Com efeito, consta dos autos que a parte recorrente foi informada do acórdão recorrido, por meio de intimação eletrônica, cujo prazo para recurso estabelecido contar-se-ia a partir de 06.12.2011. No entanto, o recurso extraordinário foi protocolado somente em 19.06.2012, quando já transcorrido o prazo de 15 (quinze) dias previsto no art. 508 do Código de Processo Civil.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, I, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, não conheço do agravo.

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.867 (482)ORIGEM : APCRIM - 00174139720128130024 - TJMG - TURMA

RECURSAL CRIMINAL DE BELO HORIZONTE - 1ª TURMA

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EDMAR GONÇALVES CAMPOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL NAS INSTÂNCIAS DE ORIGEM. INADMISSIBILIDADE DE RECURSO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão do Tribunal do Estado

de Minas Gerais que determinou o sobrestamento do recurso extraordinário, pelo reconhecimento da repercussão geral da questão tratada no RE n. 635.659/SP.

2. O recurso extraordinário foi interposto contra julgado do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que negou provimento ao recurso da defesa e manteve a condenação do Agravante como incurso nas penas do art. 28 da Lei 11.343/2006.

3. O Agravante alega que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, caput, incs. X e XXXV, da Constituição da República.

Argumenta que “transformar aquele que tem a droga apenas e tão somente para uso próprio, em agente causador de perigo à incolumidade pública implica frontal violação do princípio da ofensividade, dogma garantista previsto no inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal” (fl. 73).

4. A decisão de sobrestamento do recurso extraordinário pelo Tribunal de origem foi proferida nos seguintes termos:

“Daí, o sobrestamento do RE é medida que se impõe, com o retorno dos autos ao juízo de origem para a persecução penal. Diga-se de passagem, que tal medida poderá, ainda, evitar a ocorrência da pecha da prescrição.

Com tais considerações, determino o sobrestamento do recurso extraordinário, devendo o processo retornar ao douto juízo de origem para a persecução penal, em observância ao artigo 543-B, §§ 3º e 4º, do CPC c/c artigo 328, ‘caput’, e artigo 328-A, §§ 1º e 2º, ambos do RI do STF.

Conforme acenado, tão logo o julgamento de mérito do RE 635.659/SP, os recursos extraordinários serão reapreciados por esta Turma Recursal” (fl. 152).

Examinada a matéria trazida no processo, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.7. Este Supremo Tribunal assentou não caber recurso ou outro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 123

instrumento processual para o Supremo Tribunal Federal contra a decisão que aplica a sistemática da repercussão geral na origem, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo Tribunal de origem” (AI 760.358-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 19.2.2010).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.845 (483)ORIGEM : PROC - 50043501820114047208 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : LUCIA MARIA PRAZERESADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. INATIVOS. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE - GDAMB. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICA E SUPORTE DE MEIO AMBIENTE – GTEMA. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. LEIS N.º 10.410/2002, 11.156/2005 e 11.357/2006. PORTARIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA.

1. A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa – GDAMB e a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica e Suporte de Meio Ambiente – GTEMA, quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de avaliação e desempenho, implicam a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Precedente: ARE 748.751-ED, Rel. Min. Cármen LúciaA, Segunda Turma, DJe 20/9/2013.

2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.

3. Os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do ARE nº 748.371, da Relatoria do Min. Gilmar Mendes.

4. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Assim, como o fundamento jurídico à paridade inexiste, qual seja, falta de avaliação concreta de desempenho dos servidores ativos que justifique a diferenciação entre ativos/inativos, já que nunca existiram servidores ativos do IBAMA percebendo GTEMA, não há justificativa para o pedido de pagamento igualitário. Neste contexto, não há ilegalidade no pagamento da GTEMA nos percentuais que vem percebendo os inativos administrativamente, já que inexiste diferenciação alguma. Concluo, assim, que a parte autora não faz jus ao recebimento das gratificações pleiteadas: GDAMB e GTEMA.”

6. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por LUCIA

MARIA PRAZERES, com o objetivo de ver reformada a r. decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acordão que assentou:

“Assim, como o fundamento jurídico à paridade inexiste, qual seja, falta de avaliação concreta de desempenho dos servidores ativos que justifique a diferenciação entre ativos/inativos, já que nunca existiram servidores ativos do IBAMA percebendo GTEMA, não há justificativa para o

pedido de pagamento igualitário. Neste contexto, não há ilegalidade no pagamento da GTEMA nos percentuais que vem percebendo os inativos administrativamente, já que inexiste diferenciação alguma. Concluo, assim, que a parte autora não faz jus ao recebimento das gratificações pleiteadas: GDAMB e GTEMA.”

Foram opostos embargos de declaração, os quais restaram rejeitados.

Nas razões do apelo extremo alega violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal e art. 7º da EC 41/03.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, por entender que trata-se de questão que demanda a análise de legislação infraconstitucional.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, o recurso não prospera.A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa –

GDAMB e a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica e Suporte de Meio Ambiente – GTEMA, quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de avaliação e desempenho, implicam a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Nesse sentido: ARE 748.751-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 20/9/2013, com a seguinte ementa:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-EXECUTIVA E DE SUPORTE DO MEIO AMBIENTE - GTEMA E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE - GDAMB. EXTENSÃO AOS INATIVOS. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE PARIDADE REMUNERATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Ademais, os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do ARE nº 748.371, da Relatoria do Min. Gilmar Mendes, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no art. 21, § 1°, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.635 (484)ORIGEM : AC - 644816200180600000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : SIMONE MARIA DE SOUSA MENESESADV.(A/S) : FRANCISCO EUDES DIAS DE SOUSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

3. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 124

4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “REEXAME E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AIDS. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA. CONTURBAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO. DISCRIMINAÇÃO. CONDENAÇÃO SINGULAR EXCESSIVA. MITIGAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.”

5. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pelo ESTADO

DO CEARÁ com o objetivo de ver reformada a decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional, contra acordão assim ementado, in verbis:

“REEXAME E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AIDS. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA. CONTURBAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO. DISCRIMINAÇÃO. CONDENAÇÃO SINGULAR EXCESSIVA. MITIGAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.”

Foram opostos embargos de declaração, os quais foram rejeitados.Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário tendo

em vista que sua análise demandaria o reexame do conjunto fático-probatório.É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, razão não assiste à agravante.O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral,

quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

Não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis, “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido, RE 678144-AgR/PB, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, Dje 19/2/2013, e o RE 600866-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 13/12/2012, e RE 587.311-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 30/11/2010, assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da CF. Acidente de trânsito. Comprovação do fato e do nexo causal. Indenização por dano material 3. Incidência das Súmulas 279 e 283 do STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.488 (485)ORIGEM : AC - 20100063113 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EMPRESA DE REDES LTDA - ENRELADV.(A/S) : MARCIO ALEXANDRE SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVAN MENDES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

AMAZONAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DANOS MORAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECURSO CONTRA ACÓRDÃO DO STJ. CONTROVÉRSIA CONSTITUCIONAL SURGIDA NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INADMISSIBILIDADE DO RE. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA.

1. O recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça proferido em recurso especial só é cabível quando a questão constitucional objeto da controvérsia for diversa da decidida pela instância ordinária. Nesses casos, só é admissível o apelo extremo que a suposta violação constitucional tiver sido, originariamente, apreciada pela Corte Especial. Precedentes: RE 750.300-ED, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 6/9/2013, ARE 644.906-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 12/4/2012.

2. A decisão judicial tem de ser fundamentada (art. 93, IX), ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Precedente: AI-QO-RG 791.292, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL DESCABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF. ALTERAÇÃO DO VALOR FIXADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.”

4. Agravo DESPROVIDO. DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pela

EMPRESA DE REDES LTDA - ENREL, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL DESCABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF. ALTERAÇÃO DO VALOR FIXADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.

- A interposição de recurso especial não é cabível quando ocorre violação de súmula, de dispositivo constitucional ou de qualquer ato normativo que não se enquadre no conceito de lei federal, conforme disposto no art. 105, III, "a" da CF/88.

- A ausência de decisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados impede o conhecimento do recurso especial.

- A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais somente é possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada pelo Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada.

- Agravo não provido.”Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo derradeiro, por entender que a alegada ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa.

É o breve relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo.Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que só cabe recurso

extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, proferido no julgamento do recurso especial, quando a questão constitucional objeto da controvérsia for diversa da decidida pela instância ordinária. Assim, o apelo extremo só será cabível quando a suposta violação constitucional tiver sido, originariamente, apreciada pela Corte Especial. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 750.300-ED, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 6/9/2013, ARE 644.906-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 12/4/2012, que possui a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DE ACÓRDÃO DO STJ. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE QUESTÃO DIVERSA DA DECIDIDA PELA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Somente se admite recurso extraordinário de decisão do Superior Tribunal de Justiça se a questão constitucional impugnada for nova. Assim, a matéria constitucional impugnável via RE deve ter surgido, originariamente, no julgamento do recurso especial. II – Agravo regimental improvido.”

Relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 125

Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem de ser fundamentada (art. 93, IX), ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte, nesse sentido, AI-QO-RG 791.292, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.201 (486)ORIGEM : AC - 200884000122957 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARIA RISOLANDIA DE LIMAADV.(A/S) : HERIBERTO ESCOLÁSTICO BEZERRA JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

3. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. PENHORA ON-LINE. BLOQUEIO INDEVIDO DE CONTAS BANCÁRIAS. DANO MORAL CONFIGURADO.”

5. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pela UNIÃO

com o objetivo de ver reformada a decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional, contra acordão assim ementado, in verbis:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. PENHORA ON-LINE. BLOQUEIO INDEVIDO DE CONTAS BANCÁRIAS. DANO MORAL CONFIGURADO.”

Foram opostos embargos de declaração, os quais foram parcialmente providos.

Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário tendo em vista que sua análise demandaria o reexame do conjunto fático-probatório.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, razão não assiste à agravante.O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral,

quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

Não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis, “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido, RE 678144-AgR/PB, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, Dje 19/2/2013, e o RE 600866-AgR/RJ, Rel. Min.

Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 13/12/2012, e RE 587.311-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 30/11/2010, assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da CF. Acidente de trânsito. Comprovação do fato e do nexo causal. Indenização por dano material 3. Incidência das Súmulas 279 e 283 do STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.412 (487)ORIGEM : PROC - 00165161320098260477 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS GARCIA PEREZRECDO.(A/S) : MAURICIO APARECIDO RUGGERIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO : Petição nº 56278/2013: a parte recorrente, representado por seus

advogados, desiste do presente recurso. Tendo em vista o disposto no art. 501 do CPC e no art. 21, VIII, do RI/

STF, homologo o pedido de desistência . Após o trânsito em julgado, baixem os autos à origem. Publique-se. Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.552 (488)ORIGEM : PROC - 200663020106848 - TRF3 - SP - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MIKAELY BRENDA FAGUNDES GARCIA

REPRESENTADA POR MARCIA FAGUNDES DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BEBEDOUROADV.(A/S) : RODRIGO DOMINGOS

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 126: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 126

extraordinário interposto de acórdão que condenou o Poder Público a fornecer medicamentos à ora recorrida.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 198, caput e I, da mesma Carta.

A Procuradoria Geral da República manifestou-se pelo desprovimento do recurso.

A pretensão recursal não merece acolhida.O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com a orientação da

Corte que, ao julgar o RE 271.286-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello, entendeu que o Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode se mostrar indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional.

Salientou-se, ainda, no citado julgado, que a regra contida no art. 196 da Constituição tem por destinatários todos os entes políticos que compõem, no plano institucional, a organização federativa do Estado brasileiro. No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 393.175-AgR/RS e AI 662.822/RS, Rel. Min. Celso de Mello; RE 566.575/ES, Rel. Min. Ayres Britto; RE 539.216/RS, Rel. Min. Eros Grau; RE 572.252/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 507.072/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 535.145/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Seguindo esse raciocínio, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que é solidária a obrigação dos entes da Federação em promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde, tais como, na hipótese em análise, o fornecimento de medicamento à recorrida, paciente destituída de recursos materiais para arcar com o próprio tratamento. Portanto, o usuário dos serviços de saúde, no caso, possui direito de exigir de um, de alguns ou de todos os entes estatais o cumprimento da referida obrigação. Nesse sentido destaco a ementa do RE 716.777-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma:

“PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA ONCOLÓGICA – NEOPLASIA MALIGNA DE BAÇO – PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS – DIREITO À VIDA E À SAÚDE – NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL – FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES – DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, 'CAPUT', E 196) – PRECEDENTES (STF) – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO – CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO”.

Nesse mesmo sentido, cito os seguintes precedentes: RE 607.381-AgR/SC, Rel. Min. Luiz Fux; RE 641.551-AgR/SC e RE 665.764-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 817.938-AgR/RS, de minha relatoria; AI 732.582/SP, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.632 (489)ORIGEM : PROC - 71004022992 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MARIA CAROLINA FORTES DE MOURAADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado (fls. 65/66):

“RECURSO INOMINADO. PROCESSUAL ADMINISTRATIVO. PRORROGAÇÃO PARA 180 DIAS DE LICENÇA À GESTANTE OCUPANTE DE CARGO TEMPORÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ESTADUAL.

Estatuto do Servidor Público Estado do Rio Grande do Sul (LC-RS nº 10.098/94) abarca a relação do Estado com seu servidor público de cargo temporário, pois não submetido este, por disposição constitucional, a estatuto próprio (art. 1º).

Em decorrência disso, a gestante servidora pública de cargo temporário faz jus, a exemplo das ocupantes de cargo de provimento efetivo (art. 128, IV) ou em comissão (art. 128, §2º, segunda parte), à licença de 180 dias conferida pelo Estatuto, sem prejuízo da remuneração (art. 141).

Nesse sentido, vem decidindo o Colendo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: AI 70042655183, 3ª Câmara Cível, Rel. Des. Eduardo Delgado, j. 14/7/2001; AI 70037825965, 3ª Câmara Cível, Rel. Des. Rogério Gesta Leal, j. 20/9/2010; MS 70036975829, 2º Grupo Cível, Rel.

Desa. Agathe Elsa Schmidt, j. 13/8/2010; MS 70028773851, 2º Grupo Cível, Rel. Des. Ricardo Moreira Lins Pastl, j. 08/5/2009.

O fato de tal entendimento implicar desembolso pelo Estado, sem ressarcimento, dos últimos 60 dias da licença à gestante servidora pública ocupante de cargo temporário ou em comissão, tendo em vista o fato de o INSS (art. 40, § 13, da CF) suportar somente o pagamento dos primeiros 120 dias (art. 71 da Lei nº 8.213/91), é da natureza do próprio sistema estatutário estadual vigente, como exsurge do art. 166 da LC-RS nº 10.098/94.

NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, MANTENDO A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente sustenta violação ao art. 40, § 13, da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso, sob o fundamento de que “a atenta leitura das razões recursais deixa patente que o exame da pretensão envolve eminente deliberação sobre legislação estadual que disciplina reajuste do valor da bolsa-alimentação. Assim, plenamente aplicável a súmula n. 280 do STF ” (fl. 88-verso).

A decisão deve ser mantida, tendo em vista que o Tribunal de origem, com fundamento no Estatuto do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul (LC gaúcha nº 10.098/1994), entendeu que a recorrida, gestante e servidora pública ocupante de cargo temporário, é submetida aos ditames da mencionada lei, e, por isso, faz jus à licença gestante de 180 dias conferida pelo Estatuto, sem prejuízo da remuneração (art. 141 da referida lei complementar). Desse modo, para divergir deste entendimento, seria necessário rever a interpretação dada à legislação local pelo Tribunal de origem. Nessas condições, incide a Súmula 280/STF:

“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”Nesse mesmo sentido, vejam-se: ARE 772.608-AgR, Rel. Min.

Cármen Lúcia, e AI 807.932, Rel. Min. Gilmar Mendes.Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC, e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 11 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.254 (490)ORIGEM : PROC - 93918975620098130024 - TJMG - TURMA

RECURSAL CÍVEL DE BELO HORIZONTE - 4ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS

LTDAADV.(A/S) : BERNARDO ANANIAS JUNQUEIRA FERRAZ E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDUARDO GOMES DOS SANTOSADV.(A/S) : RENATO AURELIO FONSECA

DECISÃO : Petição nº 56263/2013: a parte recorrente, representada por seus

advogados, desiste do presente recurso. Tendo em vista o disposto no art. 501 do CPC, e no art. 21, VIII, do

RI/STF, homologo o pedido de desistência . Após o trânsito em julgado, baixem os autos à origem. Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.775 (491)ORIGEM : AC - 50009207420104047117 - TRF4 - SC - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FUNAI - FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 127

incidência da Súmula 279/STF que dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

2. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

3. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ABORDAGEM, POR POLICIAL MILITAR, DE VEÍCULO CONDUZIDO POR CACIQUE DE COMUNIDADE INDÍGENA E NO QUAL ESTAVAM OUTRAS PESSOAS DA TRIBO. DISPARO DE ARMA DE FOGO

CONTRA O AUTOMÓVEL DEMONSTRADA. DÚVIDAS QUANTO À NECESSIDADE, OU NÃO, DE TAL MEDIDA. ALEGAÇÃO DE QUE FORAM PROFERIDAS PELO AGENTE ESTATAL PALAVRAS PRECONCEITUOSAS EM DESFAVOR DOS ÍNDIOS. AUSÊNCIA DE PROVAS.”

5. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pela FUNAI -

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO com o objetivo de ver reformada a decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acordão assim ementado, in verbis:

“ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ABORDAGEM, POR POLICIAL MILITAR, DE VEÍCULO CONDUZIDO POR CACIQUE DE COMUNIDADE INDÍGENA E NO QUAL ESTAVAM OUTRAS PESSOAS DA TRIBO. DISPARO DE ARMA DE FOGO CONTRA O AUTOMÓVEL DEMONSTRADA. DÚVIDAS QUANTO À NECESSIDADE, OU NÃO, DE TAL MEDIDA. ALEGAÇÃO DE QUE FORAM PROFERIDAS PELO AGENTE ESTATAL PALAVRAS PRECONCEITUOSAS EM DESFAVOR DOS ÍNDIOS. AUSÊNCIA DE PROVAS.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário tendo

em vista que sua análise ensejaria o reexame de provas.É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, razão não assiste à agravante.O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral,

quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”

Não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis, “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido, RE 678144-AgR/PB, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, Dje 19/2/2013, e o RE 600866-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 13/12/2012, e RE 587.311-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 30/11/2010, assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da CF. Acidente de trânsito. Comprovação do fato e do nexo causal. Indenização por dano material 3. Incidência das Súmulas 279 e 283 do STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a

verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.596 (492)ORIGEM : AC - 00058004220088190028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ZOROVICH MARANHÃO SERVIÇOS NÁUTICOS E

CONSULTORIAADV.(A/S) : RAFAEL COZER ANTAKI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BUREAU VERITAS DO BRASIL SOCIEDADE

CLASSIFICADORA E CERTIFICADORA LTDAADV.(A/S) : NATHALIA VIVEIROS DE TOLEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : RICARDO FONSECA MURONI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. LICITAÇÕES. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI nº 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007).

2. In casu, a parte não cumpriu referido requisito ao impugnar acórdão recorrido que assentou: “Com relação ao valor da proposta cotado abaixo do preço orçado pelo licitante, não prova por si só, a impossibilidade de execução do contrato. A própria lei de licitações autoriza que a Comissão apure a viabilidade da execução pelo proponente que apresenta a proposta com preço inferior ao orçado pelo licitante. Dessa forma, não merece acolhimento o recurso da parte autora, tendo em vista que não se comprovou quaisquer das ilegalidades apontadas na inicial.”

3. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por ZOROVICH

MARANHÃO SERVIÇOS NÁUTICOS E CONSULTORIA, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional contra acórdão assim assentado:

“Com relação ao valor da proposta cotado abaixo do preço orçado pelo licitante, não prova por si só, a impossibilidade de execução do contrato. A própria lei de licitações autoriza que a Comissão apure a viabilidade da execução pelo proponente que apresenta a proposta com preço inferior ao orçado pelo licitante.

Dessa forma, não merece acolhimento o recurso da parte autora, tendo em vista que não se comprovou quaisquer das ilegalidades apontadas na inicial.”

No mérito do apelo extremo aponta violação aos artigos 5º e 37, XXI, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que não houve o devido prequestionamento, bem como de que a alegada ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa.

É o relatório. DECIDO. A agravante não fundamentou adequadamente a preliminar de

repercussão geral, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06.

Não basta a simples afirmação de que o tema tenha repercussão geral, faz-se necessária a fundamentação adequada que supra as exigências do disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06 e art. 327, § 1º, do RISTF. In casu, o agravante não se desonerou de demostrar a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa, deixando inócua a preliminar apresentada.

O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 128

6/9/2007, fixou o seguinte entendimento: “I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria criminal e a

exigência constitucional da repercussão geral. [...] II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de

admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem,

seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327).

2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal (Art. 543-A, § 2º).

III. Recurso extraordinário: exigência de demonstração, na petição do RE, da repercussão geral da questão constitucional: termo inicial.

[...] 4. Assim sendo, a exigência da demonstração formal e

fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.721 (493)ORIGEM : AC - 9604580450 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MANOEL VITORIO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA XAVIER DA SILVA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita, no que interessa:

“SERVIDORES PÚBLICOS. CARTEIROS. CONDUTORES DE MALAS. REENQUADRAMENTO.

Evidenciado que os autores ocupam os mesmos cargos dos demais servidores administrativos do Ministério das Comunicações, com transformação no cargo de agente administrativo, não se exigindo requisitos distintos, com completa identidade legal pela transformação ou transposição e inexistente fator de discrimen relevante que, sem ferir a Constituição Federal, viesse a permitir o tratamento distinto, devem os autores ser reenquadrados no cargo de Agente Administrativo NI-32” (pág. 14 do volume 3).

No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos artigos 5º, XXXVI, 39, 40, 41, 173, §1º, 195, §5º, e 202, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Preliminarmente, observa-se que o art. 5º, XXXVI, da Constituição

Federal não foi prequestionado. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, anote-se:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA. SÚMULA 287 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 e 356 DO STF. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. INTERPOSIÇÃO PELA ALÍNEA "C" DO INCISO III, DO ART. 102 DA LEI MAIOR. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO. I - As razões do recurso não infirmam os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a incidência da Súmula 287 do STF. II - Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF . III - A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. IV - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. V - Recurso Protelatório. Aplicação de multa. VI - Agravo regimental improvido” (AI 735.676-AgR/DF, de minha relatoria, grifos meus).

No que se refere aos demais artigos, a recorrente não demonstrou na petição de recurso extraordinário de que forma os mesmos foram violados. Assim, a deficiência na fundamentação do recurso não permite a exata compreensão da controvérsia. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da súmula 284 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 313.051/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 532.651/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Por fim, quanto à possibilidade de obter equiparação dos proventos recebidos pelos ora recorridos àqueles percebidos pelos ocupantes do cargo de Agente Administrativo NI-32, o acórdão recorrido julgou de acordo com as seguintes razões:

a) a Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, a Lei 8.112/1990, asseguraram a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo poder ou entre servidores dos Três Poderes;

b) os autores ocupam os mesmos cargos dos demais servidores administrativos do Ministério das Comunicações, com transformação no cargo de agente administrativo, não se exigindo requisitos distintos, com completa identidade legal pela transformação ou transposição e inexistente fator de discrimen relevante que viesse a permitir o tratamento distinto;

c) o entendimento adotado não viola a independência dos Poderes da União, uma vez que a correção de distorções geradas pelo enquadramento dos servidores de forma equivocada pela Administração foi feita em total observância ao Princípio da Isonomia

Contudo, a recorrente, na petição do recurso extraordinário, não atacou os fundamentos da decisão do Tribunal de origem, limitando-se a alegar que o acórdão recorrido violou o disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

Ressalte-se que incumbe ao recorrente o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 283 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 548.094-AgR/DF e RE 561.869-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 452.272-AgR/SE, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.221-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 672.744-AgR/BA, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 544.591-AgR/RN e AI 634.686-AgR/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.991 (494)ORIGEM : AC - 00068285920108010001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO CRUZEIRO DO SUL S/AADV.(A/S) : PEDRO RAPOSO BAUED E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JAIR MOURA DE SOUZAADV.(A/S) : RAPHAEL DA SILVA BEYRUTH BORGES E OUTRO(A/

S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“PROCESSUAL CIVIL; EMPRÉSTIMO BANCÁRIO; CÓDIGO DO CONSUMIDOR; APLICABILIDADE; REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS; TAXA DE JUROS; NÃO APLICABILIDADE DO DECRETO 22.626/33; ALTERAÇÃO VISANDO O EQUILÍBRIO CONTRATUAL; POSSIBILIDADE; COMISSÃO DE PERMANÊNCIA; VEDAÇÃO DE SUA CUMULAÇÃO COM OUTROS ENCARGOS CONTRATUAIS. APELAÇÃO. IMPROVIMENTO.

(...)”.No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, XXXV e LIV e 93, IX da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida.Isso porque o recorrente, apesar de afirmar a existência de

repercussão geral neste recurso, não demonstrou as razões pelas quais entende que a questão constitucional aqui versada seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, e ultrapassaria os interesses subjetivos da causa. A mera alegação de existência do requisito, desprovida de fundamentação adequada que demonstre seu efetivo preenchimento, não satisfaz a exigência prevista no art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e no art. 327, § 1º, do RISTF. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 730.333-AgR/SE, de minha relatoria:

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS DISCUTIDAS NO CASO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O agravante, nas razões do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar formal e fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. A simples

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 129

alegação, destituída de argumentos convincentes, não satisfaz tal exigência.II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação

ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária.

III - Agravo regimental improvido”. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.464 (495)ORIGEM : AI - 01476709620108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : IBI PROMOTORA DE VENDAS LTDAADV.(A/S) : RENATA MARIA SILVEIRA TOLEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SONIA MARIA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO DE OLIVEIRA

DECISÃO : Petição nº 56264/2013: a parte recorrente, representada por seu

advogado, desiste do presente recurso. Tendo em vista o disposto no art. 501 do CPC, e no art. 21, VIII, do

RI/STF, homologo o pedido de desistência . Após o trânsito em julgado, baixem os autos à origem. Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.504 (496)ORIGEM : PROC - 00060047020108260562 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTOSPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA DIASADV.(A/S) : RICARDO SPOSITO CONTEADV.(A/S) : SONIA REGINA SILVA AMARO PEREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. DECISÃO AGRAVADA NÃO IMPUGNADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287/STF. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 665.255-AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22/5/2013, AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7/5/2013.

2. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “A comunicação da venda ao órgão de trânsito é obrigatória apenas para a isenção da responsabilidade administrativa, não se aplicando a responsabilidade civil. Veículo furtado”

4. Agravo DESPROVIDO. DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por JORGE

CARDOSO SOBRINHO, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional, contra acórdão assim assentado:

“INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL. COLISÃO DE MOTOCICLETA NA TRASEIRA DE COLETIVO. ALEGAÇÃO DE FALTA DE CAUTELA DO PREPOSTO DA RÉ. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.”

Não foram opostos embargos de declaração.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por

considerar que a matéria não foi prequestionada, que a violação, se existente, seria meramente reflexa, bem como, que seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

O agravo não merece provimento.O agravante não atacou todos os fundamentos da decisão agravada.

Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que a parte tem o dever de impugnar os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo não atacou os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que torna inviável o recurso, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II - O argumento expendido no presente recurso referente à suposta admissibilidade recursal com base no art. 102, III, c, da Constituição traduz inovação recursal, haja vista não ter sido mencionada nas razões do apelo extremo. III - Agravo regimental improvido.” (ARE 665.255-AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22/5/2013)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual. Ausência de impugnação de todos fundamentos da decisão agravada. Óbice ao processamento do agravo. Precedentes. Súmula nº 287/STF. Prequestionamento. Ausência. Incidência da Súmula nº 282/STF. 1. Há necessidade de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de se inviabilizar o agravo. Súmula nº 287/STF. 2. Ante a ausência de efetiva apreciação de questão constitucional por parte do Tribunal de origem, incabível o apelo extremo. Inadmissível o prequestionamento implícito ou ficto. Precedentes. Súmula nº 282/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7/5/2013)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.598 (497)ORIGEM : RS - 50020963620104047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : LEANDRO BARATA SILVA BRASIL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DIOGO MORADOR BRASILADV.(A/S) : LEONARDO FERREIRA MELLO VAZADV.(A/S) : ANDRÉ PINTO DA ROCHA OSÓRIO GONDINHORECDO.(A/S) : CORRIERI ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : SIMONE FERREIRA PINHEIROINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO DE ENERGIA ELÉTRICA. PRESCRIÇÃO. OFENSA REFLEXA. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO AI 735.933. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL.

1. O empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de restituição e correção monetária, não revela repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI nº 735.933-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes.

2. A prescrição, quando sub judice a controvérsia, não dá ensejo ao cabimento de recurso extraordinário por situar-se no âmbito infraconstitucional. Precedente: AI 848.362-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 1º/8/2012.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. ENERGIA ELÉTRICA. LEGITIMIDADE. UNIÃO. PRESCRIÇÃO. PROVA. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS REMUNERATÓRIOS. PAGAMENTO. RESP 1.003.955-RS.”

4 . Agravo DESPROVIDO . DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto por

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRÁS, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional contra acórdão assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. ENERGIA ELÉTRICA. LEGITIMIDADE. UNIÃO. PRESCRIÇÃO. PROVA. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS REMUNERATÓRIOS. PAGAMENTO. RESP 1.003.955-RS.”

Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 130

geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, II, 22, VI, 37 e 97 da Constituição Federal, artigo 34, § 12, do ADCT e à Súmula Vinculante nº 10.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo pela inexistência de violação ao princípio da reserva de plenário alegado pelo ora agravante, conforme jurisprudência firmada nesta Corte, bem como por entender que a ofensa aos dispositivos constitucionais invocados seria reflexa.

É o relatório. DECIDO. O empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica,

quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de restituição e correção monetária, não revela repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI nº 735.933-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, que possui a seguinte ementa:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEI N. 4.156/62. RESTITUIÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL.“

Por fim, esta Corte firmou entendimento no sentido de que a prescrição, quando sub judice a controvérsia, não dá ensejo ao cabimento de recurso extraordinário por situar-se no âmbito infraconstitucional. Precedentes: AI 848.362-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 1º/8/2012, que possui a seguinte ementa:

“Empréstimo compulsório sobre energia elétrica. Eletrobras. Prazo prescricional. Ofensa constitucional indireta. Afastada a infringência ao art. 93, inciso IX, da Constituição. Precedentes. 1. Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/8/08; e RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06). 2. A matéria relativa ao prazo de prescrição dos créditos referentes ao empréstimo compulsório sobre a energia elétrica é de índole infraconstitucional. Eventuais ofensas à Constituição seriam indiretas ou reflexas, pois ensejariam o reexame de normas infraconstitucionais. 3. Os fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Agravo regimental não provido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.712 (498)ORIGEM : PROC - 00382343120104013300 - TRF1 - BA - 1ª

REGIÃO - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JORGE LUIZ DEIRO MENEZESADV.(A/S) : CLAUDIANE DA SILVA SANTANA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais Cíveis da Bahia, assim ementado (fl. 112/113):

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.

1. O benefício previdenciário de auxílio-doença, na linda do quanto prevê o artigo 59 da Lei n. 8.213/91, será devido ao segurado que, atendida, conforme o caso, a carência de doze contribuições mensais, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos. Entretanto, uma vez demonstrada a incapacidade definitiva do segurado e a impossibilidade de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garante subsistência, é cabível a concessão de aposentadoria por invalidez, de acordo com o artigo 42 da Lei n. 8.213/91.

2. Na hipótese em apreço, tendo o Perito do Juízo afastado a incapacidade laborativa, descabe a concessão do benefício pretendido. Com efeito, o expert atestou que o autor é portador de gonartrose primária bilateral, não existindo, contudo, patologia incapacitante. De acordo com o laudo médico pericial, o perito é taxativo ao afirmar que não há incapacidade laborativa, apesar de reconhecer a enfermidade que acomete o autor. Vejamos o treco do laudo médico pericial acostado aos autos: ‘O exame físico dirigido realizado no dia 18/01/2011 NÃO é expressivo e NÃO revela sinais de comprometimento funcional em grau importante em joelhos que o incapacite para o trabalho’. Deve ser salientado que nem toda patologia ou grau da moléstia é suficiente para dar ensejo a um diagnóstico de incapacidade laborativa. Vale ressaltar que o autor exerce função de encarregado de obras e possui 60 anos de idade. No entanto, restou mais do que evidenciado que o ora recorrente não possui qualquer patologia que o torne incapacitado para o

labor, não ensejando, assim, a concessão de qualquer dos benefícios aqui pleiteados. Em sendo assim, patenteada a inexistência de incapacidade laborativa, não há razão para divergir do juiz sentenciante, que indeferiu o pleito de concessão do auxílio-doença.

3. Registre-se, por oportuno, que a perícia foi empreendida por profissional imparcial e equidistante das partes, sem que se possa nela reconhecer a existência de qualquer vício. Não há, portanto, incapacidade laboral, estando o recorrente apto para sua atividade habitual. Além disso, em face da natureza do benefício pleiteado, nada impede nova postulação, uma vez alterado o quadro fático acima delineado.

4. Recurso a que se nega provimento. Sentença mantida por seus próprios fundamentos.

5. Acórdão integrativo proferido nos termos do artigo 46 da Lei n. 9.099/95, de aplicação subsidiária.

6. Condeno o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios, no importe de 10% (dez por cento) sobre o valor conferido à causa, suspendendo, contudo, a exigibilidade, nos termos do artigo 12 da Lei n. 1.060/50, em face do deferimento dos benefícios da assistência judiciária gratuita.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 1º, III, ao art. 5º, caput, XXXII e XXXV, ao art. 196 e ao art. 201, todos da Constituição. Ademais, aponta ofensa aos princípios da razoabilidade e da boa-fé.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos: (i) ausência da preliminar de repercussão geral; (ii) ausência de prequestionamento das matérias ventiladas no recurso extraordinário; (iii) “a ofensa ao Magno Texto, se existente, apenas ocorreria de modo indireto ou reflexo (fl. 133); (iv) incidência da Súmula 279/STF.

O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista que não consta do recurso extraordinário preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, o que atrai a incidência do art. 327, § 1º, do RI/STF. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 713.080-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FAMÍLIA. ALIMENTOS. EXECUÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. DISCUSSÃO SOBRE CÁLCULOS JUDICIAIS. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CPC E ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07).

2. A jurisprudência do Supremo fixou entendimento no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07: ‘II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327). 2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita ‘à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal’ (Art. 543-A, § 2º).’

[…]4. Agravo Regimental desprovido.”De qualquer forma, os preceitos constitucionais tidos por violados não

foram objeto de análise pelo Colegiado de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração para suprir eventual omissão. O recurso carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Incide a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a matéria relativa ao cumprimento dos requisitos para concessão de benefícios previdenciários não tem natureza constitucional, justamente por tratar-se de matéria infraconstitucional e demandar o reexame do acervo probatório dos autos. Nessa linha, vejam-se o RE 229.571-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão,o AI 806.029-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, e a o ARE 674.431-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Dias Toffoli, assim ementado:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria de trabalhador rural. Requisitos para concessão do benefício não demonstrados na origem. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.

1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

2. Agravo regimental não provido.”Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 131

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.011 (499)ORIGEM : AMS - 20110112325275 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : KARINE MARQUES RODRIGUES TEIXEIRAADV.(A/S) : VICTOR ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL

E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. ASSISTENTE SOCIAL: NATUREZA DAS ATIVIDADES. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios decidiu:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. CARGO DE ESPECIALISTA EM SAÚDE, ESPECIALIDADE ASSISTENTE SOCIAL. CUMULAÇÃO COM CARGO DE ANALISTA EM ASSUNTO SOCIAIS, ESPECIALIDADE ASSISTENTE SOCIAL. CARGOS NÃO PRIVATIVOS DE PROFISSIONAL DA ÁREA DE SAÚDE E IMPASSÍVEIS DE SEREM QUALIFICADOS COMO TÉCNICOS. ACUMULAÇÃO ILEGÍTIMA. 1. Consubstanciando exceção à regra, a cumulação remunerada de cargos públicos deve guardar estrita conformidade com as exceções contempladas pelo legislador constituinte, não comportando as ressalvas, como exceções, interpretação extensiva e a utilização de instrumentos destinados a tangenciar o regramento geral, alcançando a vedação de acumulação a fruição simultânea de proventos e vencimentos, salvo se originários de cargos acumuláveis na ativa (CF, art. 37, XVI e § 10). 2. Do emoldurado pelos preceptivos que autorizam, como exceção, a cumulação de cargos públicos, emerge, então, a certeza de que, aliada à compatibilidade de horários, a cumulação de cargos públicos e a percepção cumulada de proventos e vencimentos somente é constitucionalmente admitida em se tratando: (i) de dois cargos de professor; (ii) de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (iii) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, não admitindo essa regulação interpretação extensiva destinada à mitigação das restrições estabelecidas, inclusive como forma de ser privilegiado o princípio da eficiência administrativa. 3. O assistente social, na exata tradução das atribuições que lhe são conferidas e reservadas privativamente pelo legislador que pautara a profissão - Lei n. 8.662/93, tem sob sua área de atuação atribuições volvidas especificamente à formação social do cidadão na acepção mais abrangente dessa conformação, não subsistindo suporte, contudo, para que seja compreendido como profissional da saúde, notadamente porque não ostenta formação que permite que lhe seja assegurada essa qualificação, pois efetivamente não atua na prevenção ou cura de quaisquer tipos de anomalias físicas, psicológicas ou psiquiátricas, tendo sua atuação adstrita a formação social dos cidadãos, pois essa é a formação que obtém nos bancos escolares. 4. Os cargos reservados ao assistente social na estrutura administrativa local, não sendo passíveis de serem qualificados como cargos privativos de profissionais da saúde, notadamente quando as atribuições que lhes são reservadas coincidem com aquelas legalmente asseguradas ao profissional da assistência social, pois adstritas às funções de orientar e aconselhar pessoas carecedoras de instrução acerca dos direitos humanos essenciais de ordem social, política e econômica, com lastro na regulação positiva vigente, fomentando, em suma, serviço essencial à vida social e juridicamente ordenada, não são passíveis de serem ocupados de forma cumulada com qualquer outro cargo público por não se amoldarem às exceções estabelecidas pelo legislador constituinte. 5. Apelação conhecida e improvida. Maioria”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal.

4. A Agravante argumenta que “ingressou com Mandado de Segurança em desfavor do Agravado,

com vistas a ver reconhecido o direito de acumular o cargo de Especialista em Saúde, exercido no ente Distrital, com o cargo de Analista em Assuntos Sociais, junto à Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Goiânia. Para tanto, aduziu haver compatibilidade de horários e autorização constitucional, argumentando que ambos os cargos são privativos de profissionais da saúde com profissões regulamentadas.

(…) não se discute a natureza técnica ou científica dos cargos exercidos pelo Agravante, com vistas a ser reconhecida a possibilidade de acumulação dos dois. Inegavelmente, ambos são cargos privativos da saúde. No entanto, em especial afronta ao disposto na Carta Magna, em seu art. 37,

XVI, ‘c’, bem como o previsto no parágrafo décimo do mesmo dispositivo constitucional, o Agravado não reconhece tal direito ao Agravante.

(...) não merece guarida o entendimento de que, ‘in casu’ haveria discussão fático-probatória a impedir ao Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, que analise as ofensas diretas aos dispositivos constitucionais indicados”.

No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria contrariado a alínea c do inc. XVI do art. 37 da Constituição da República e o § 2º do art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante.Designado redator para o acórdão no Tribunal de Justiça do Distrito

Federal e dos Territórios, o Desembargador Teófilo Caetano observou:“De conformidade com o alinhado afere-se, pois, que o cerne da

controvérsia reside na aferição se os cargos exercitados pela impetrante – especialista em saúde, especialidade assistente social e analista em assuntos sociais I, especialidade assistente social – se enquadram na exceção constitucional que legitima o exercício cumulado de 02 (dois) cargos públicos privativos de profissionais da área de saúde. Emoldurada a matéria controvertida, seu desenlace reclama tão somente a aferição se os cargos ocupados pela impetrante enquadram-se, portanto, na definição de cargos privativos de profissional de saúde com profissão regulamentada, consoante exigido pela norma constitucional permissiva da cumulação de dois cargos públicos (CF, art. 37, XVI, ‘c’), devendo sua elucidação, então, ser pautada pelas balizas delineadas pelo legislador constituinte ao regular a acumulação de cargos como exceção à regra geral da impossibilidade de acumulação. (…). Com efeito, os cargos de especialista em saúde, especialidade assistente social e de analista em assuntos sociais I, especialidade assistente social, que ocupa não são privativos de profissionais da saúde. Conquanto efetivamente a profissão de Assistente Social tenha sido objeto de regulamentação normativa através da Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993, que estabelecera parâmetros indispensáveis ao seu exercício, afere-se desse normativo que as complexas atribuições inerentes ao assistente social não estão direcionadas especificamente à saúde. Ao contrário, as atribuições afetas e reservadas ao profissional da assistência social destinam-se, precipuamente, à função de orientar e aconselhar pessoas carecedoras de instrução acerca dos direitos humanos essenciais de ordem social, política e econômica, com lastro na regulação positiva vigente, fomentando, em suma, serviço essencial à vida social e juridicamente ordenada, consoante previsto no artigo 4º de aludido instrumento legal, ‘verbis’: (…). Aliado ao rol de competências imputadas ao assistente social, que revelam que a natureza das atividades que desenvolve estão voltadas precipuamente a cuidar, defender e ampliar a justiça social, ressoa que, evidentemente, não pode ser qualificado como profissional da saúde, ou seja, o especialista em cuidar especificamente da saúde física, mental e psicológica das pessoas humanas. A regulação legal conferida aos atos privativos e afetados ao profissional não enseja, pois, que seja qualificada como profissional da área de saúde, sob pena de subverter o conceito do profissional de saúde, nele enquadrando-se profissional sem formação especializada em saúde e com atribuições, pois, inteiramente diversas. (…). Assim é que, de acordo com o disposto no instrumento legislativo invocado - Lei n. 8.662/1993 – inexoravelmente o assistente social não pode ser enquadrado como profissional da área de saúde, notadamente porque não ostenta formação que permite que lhe seja assegurada essa qualificação, pois efetivamente não atua na prevenção ou cura de quaisquer tipos de anomalias físicas, psicológicas ou psiquiátricas, tendo sua atuação adstrita à formação social dos cidadãos, pois essa é a formação que obtém nos bancos escolares. A par dessa apreensão, sobeja que os cargos de especialista em saúde, especialidade assistente social, e de analista em assuntos sociais, especialidade assistente social, detidos pela apelante, são reservados privativamente a profissional da área do serviço social. Conseguintemente, são impassíveis de serem qualificados como cargos privativos de profissionais de saúde, notadamente porque não demandam formação especializada nem conhecimento técnico específico na área da saúde. Fica patente, pois, que não se enquadram nas exceções fixadas pelo legislador constituinte, tornando inviável a cumulação pretendida pela apelante à vista do que dispõe a Constituição Federal, no artigo 37, inciso XVI, ‘c’, que limita o acúmulo de dois cargos privativos de profissional de saúde” (grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria do reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

O novo exame do julgado impugnado exigiria, ainda, a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Lei n. 8.662/1993). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 132

ADMINISTRATIVO. CARGO PÚBLICO. NATUREZA TÉCNICA. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DAS PROVAS QUE FUNDAMENTARAM A DECISÃO DO TRIBUNAL ‘A QUO’. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 579.155-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 17.4.2009, grifos nossos).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Caducidade do certame. Reexame dos fatos e provas. Súmula 279. 3. Acumulação de cargos. Assistente social. 4. Discussão acerca da natureza do cargo demanda análise de legislação infraconstitucional. 5. Ausência de fundamentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 829.074-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 23.03.2011, grifos nossos).

E:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

SERVIDOR PÚBLICO. ASSISTENTE SOCIAL. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. 1. MANDADO DE SEGURANÇA. DECADÊNCIA. MATÉRIA PROCESSUAL. 2. DEFINIÇÃO DE ‘CARGOS OU EMPREGOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE’ PARA FINS DE APLICAÇÃO DA ALÍNEA ‘C’ DO INCISO XVI DO ART. 37 DO MAGNO TEXTO. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. 3. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS INCISOS XXXV E LV DO ART. 5º E AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. O exame do decurso do prazo decadencial diz respeito, em última análise, ao cabimento da via mandamental, questão processual que não é de ser reexaminada na via recursal extraordinária. 2. Eventual ofensa ao Magno Texto apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 3. A jurisdição foi prestada de forma completa, em acórdão devidamente fundamentado, embora em sentido contrário aos interesses da parte recorrente, o que não configura o alegado cerceamento de defesa. Agravo regimental desprovido” (RE 602.320-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe 21.3.2011, grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo que nada há a prover quanto às alegações da Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.230 (500)ORIGEM : AC - 20120110457085 - TJDFT - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DAIANE MARIA MENDES NUNESADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO

FEDERAL - DETRAN DFADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL. PROMOÇÃO E/OU PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal e Territórios decidiu:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CARREIRA DE TRÂNSITO E POLICIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. EFEITOS RETROATIVOS. INCABIMENTO.

1 – Acórdão elaborado de conformidade com o disposto no art. 46 da Lei n. 9.099/1995 e art. 12, inciso IX, 98 e 99 do Regimento Interno das Turmas Recursais. Recurso próprio, regular e tempestivo.

2 – Na forma do art. 10 da Lei Distrital n. 3.750/06, que reestruturou a Carreira de Atividades de Trânsito do Quadro de Pessoal do Detran-DF, a progressão e a promoção funcional dos servidores se dão na forma dos critérios estabelecidos em norma específica.

3 – A legislação de regência somente autoriza o servidor a obter a progressão ou a promoção funcional após o interstício de 12 meses, sendo que esta ainda depende de aprovação em avaliação de desempenho, observando Tabela de Mérito aprovada pelo Secretário da Administração, além da publicação no Diário Oficial do Distrito Federal até 30 de abril de cada ano, não havendo autorização legal para a concessão de efeitos financeiros retroativos para a promoção. Sentença que se confirma pelos próprios

fundamentos. Precedentes: (…).4 – Recurso conhecido e não provido. Arcará o recorrente com as

custas e honorários advocatícios fixados em R$ 500,00, cuja exigibilidade fica suspensa em face da gratuidade de justiça” (fls.117-118).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta e a incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

4. A Agravante argumenta que “o presente Recurso Extraordinário atende a todos os requisitos de admissibilidade, razão pela qual deve ser conhecido” (fl. 152).

No recurso extraordinário, alega-se que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, incs. II, e 37, inc. V, da Constituição da República.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante. O Juiz Relator do caso na Segunda Turma Recursal afirmou:“2 – Na forma do art. 10 da Lei Distrital n. 3.750/06, que reestruturou

a Carreira de Atividades de Trânsito do Quadro de Pessoal do Detran-DF, a progressão e a promoção funcional dos servidores se dão na forma dos critérios estabelecidos em norma específica.

3 – A legislação de regência somente autoriza o servidor a obter a progressão ou a promoção funcional após o interstício de 12 meses, sendo que esta ainda depende de aprovação em avaliação de desempenho, observando Tabela de Mérito aprovada pelo Secretário da Administração, além da publicação no Diário Oficial do Distrito Federal até 30 de abril de cada ano, não havendo autorização legal para a concessão de efeitos financeiros retroativos para a promoção” (fl. 117, grifos nossos).

A Agravante defende que “o que se busca na presente ação é a obediência ao lapso temporal disposto na Lei distrital n. 2.990/2002, em seu art. 6º, § 2º (…) Não se discute na presente ação o preenchimento dos requisitos (…) No entanto, o que busca a parte agravante é o cumprimento do outro requisito que compõe a promoção, qual seja a observância do interstício de 12 (doze) meses, que a parte ré desconsidera ao aplicar os efeitos financeiros após esse lapso temporal, violando dessa forma a previsão legal” (fls. 152-153, grifos nossos).

Assim, conforme afirmado na decisão agravada e observado pela Agravante, a discussão sob análise refere-se ao cumprimento ou não dos requisitos para a obtenção da progressão ou promoção funcional.

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes quanto ao cumprimento do requisito defendido pela Agravante dependeria do reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal.

O novo exame do julgado impugnado exigiria, ainda, a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Leis distritais ns. 3.750/2006 e 2.990/2002). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SALÁRIO-FAMÍLIA. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 840.720-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 16.5.2011, grifos nossos).

Ainda, em caso idêntico ao presente, a seguinte decisão monocrática: Agravo em Recurso Extraordinário n. 769.651, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJe 2.10.2013, transitada em julgado em 14.10.2013.

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo que nada há prover quanto às alegações da Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.478 (501)ORIGEM : PROC - 3955 - TJSP - TURMA RECURSAL - 23ª CJ -

BOTUCATUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - JULIO DE

MESQUITA FILHO - UNESPADV.(A/S) : ROGÉRIO LUIZ GALENDI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 133

RECDO.(A/S) : MARIA LUCIA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE SARTORI DA ROCHA

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Colégio Recursal da 23ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Botucatu – SP, que confirmou sentença de parcial procedência quanto ao pedido do ora recorrido, com vistas ao recebimento de supostos valores não pagos referentes ao adicional denominado Vantagem Promoção – VPRO.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação aos arts. 5º, II e 37, caput e X, do texto constitucional.

Sustenta-se, em síntese, que a concessão do adicional VPRO, nos termos pleiteados, seria uma direta e manifesta afronta ao princípio da legalidade, ante a ausência dos requisitos legais, em favor do recorrido, para a aquisição do mencionado adicional no período de 2003 a 2007.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Isso porque o Tribunal de origem consignou a existência de direito ao

percebimento do adicional VPRO pelo recorrido com base na legislação infraconstitucional aplicável, qual seja: Portaria 161/2003 e Resolução UNESP nº 2/2003.

Desta forma, para se concluir de maneira diversa, far-se-ia necessária a análise da legislação local aplicável ao caso, providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, conforme disposto no Enunciado 280 da Súmula do STF.

Ademais, ressalta-se que, nos termos do Enunciado 636 da Súmula do STF, não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Nesse sentido: AI-AgR 822.961, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.11.2012; e o ARE-AgR 706.650, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8.11.2012, cuja ementa assim dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Assim, não há o que prover quanto às alegações recursais. Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe

provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.592 (502)ORIGEM : APC - 994030971172 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : NELSON ASSISADV.(A/S) : HERBERT BARBOSA CUNHARECDO.(A/S) : AGNYS KRYSTINE TOZIADV.(A/S) : FLÁVIA MIOKO TOSI IKE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CASA DE SAÚDE D. PEDRO II - FUNDAÇÃO NELSON

LIBEROADV.(A/S) : PEDRO LUIZ LESSI RABELLO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“CAUTELAR DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE PARCIALIDADE DO PERITO VALORAÇÃO DA PROVA. CABE AO JUÍZO DA CAUSA PRINCIPAL VALORAR A PROVA. APELAÇÕES NÃO PROVIDAS”. (eDOC 8, p. 84)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, sustenta-se violação do artigo 5º, LV, do texto constitucional (eDOC 10, p. 63-87).

Aponta-se que entender pela preclusão do direito de apresentação do laudo pericial, desconsiderando os argumentos aduzidos pelo assistente técnico, e manter o acolhimento do perito indicado pela autora, houve ofensa ao princípio da ampla defesa e do contraditório.

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. Esta Corte, no julgamento do AI-QO 664.567, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007, decidiu que o requisito formal da repercussão geral será exigido quando a intimação do acórdão recorrido for posterior a 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21 do STF, o que ocorre no presente caso.

Verifico, na petição do recurso extraordinário, a ausência de

preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, pressuposto de admissibilidade do recurso (art. 543-A, § 2º, do CPC), motivo pelo qual este não merece ser conhecido.

Ainda que superado este óbice, observo que, com relação à suposta ofensa ao princípio da ampla defesa e do contraditório, o Supremo Tribunal Federal já apreciou a matéria no ARE-RG 748.371 (Tema 660), de minha relatoria, DJe 1º.8.2013, oportunidade em que rejeitou a repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão quando a solução depender da prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.792 (503)ORIGEM : AC - 20120780198 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : VALTRAUT KUPASADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, do qual se extrai o seguinte trecho conclusivo (fls. 200/2001):

“[...]Respeitante à prejudicial de mérito da prescrição, razão não assiste à

agravante, uma vez que a Decisão vergastada restou fundamentada nos julgados dominantes desta Corte e das Cortes Superiores, em conformidade com os seguintes precedentes: STJ. AgRg no REsp 1007875/RS, rel. Min. João Otávio de Noronha, DJe 27-4-2009; STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1047899/RS, rel. Min. Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS), DJe 30-3-2009; STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1054622/RS, rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe 2-2-2009; STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1057556/RS, rel. Min. Massami Uyeda, DJe 3-12-2008; TJSC. Ap. Cív. n. 2009.022496-8, rel. Des. Cláudio Valdyr Helfenstein; TJSC. Ap. Cív. n. 2009.023194-9, rel. Des. Cláudio Valdyr Helfenstein. j. em: 23-7-2009; TJSC. Ap. Cív. n. 2009.000975-1, rel. Des. Marco Aurélio Gastaldi Buzzi. j. em: 23-7-2009, não havendo se falar, portanto, em afronta ao art. 5º, I, da CF, pois O princípio da isonomia, efetivamente, não resta violado em decorrência da não aplicação do art. 287, II, ‘g’, da Lei n. 6.404/1976, pois a natureza do pedido justifica a incidência das normas do CC no ponto. Em outros termos: relações jurídicas distintas comportam, sim, prazos prescricionais igualmente diversos (TJSC, Ap. Cív. n. 2009.065054-1, rel. Des. Ricardo Fontes, j. Em 25-11-2009).

[...]”O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da

Constituição Federal. Segundo a parte recorrente, “o que se discute neste recurso extraordinário é a prescrição da pretensão da parte autora, em cuja decisão o tribunal a quo acabou por violar frontalmente o princípio da isonomia, assentado no art. 5º, caput e inciso I, da Constituição Federal” (fl. 205).

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que “a recorrente não comprovou o recolhimento das referidas custas de admissibilidade, o que implica na pena de deserção” (fl. 220).

A questão da decretação da deserção em causa, nos termos em que apresentada e impugnada pela parte agravante, não diverge da orientação desta Corte acerca da necessidade de comprovação do recolhimento do preparo no ato da interposição do recurso. Nesse sentido, confiram-se o ARE 685.418-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, o ARE 695.203-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, e o RE 169.347-ED, Rel. Min. Moreira Alves.

De qualquer modo, há outro óbice ao seguimento do recurso extraordinário. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição, como nas controvérsia sobre reconhecimento de prescrição pelas instâncias ordinárias. Nessa linha, vejam-se o ARE 715.845, Rel. Min. Luiz Fux, o ARE 760.457, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, o AI 727.996-AgR, Rel. Min. Eros Grau, e o ARE 725.212-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO DE VALORES PAGOS A TÍTULO DE COMISSÃO DE CORRETAGEM. PRAZO PRESCRICIONAL APLICÁVEL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 134

I – O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à ocorrência de prescrição na hipótese dos autos com fundamento na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Código de Defesa do Consumidor e Código Civil). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

II – Agravo regimental improvido.”Não há questão constitucional a ser dirimida no processo sob exame,

tendo em vista que o Tribunal de origem decidiu que incide a prescrição prevista no art. 177 do Código Civil de 1916 e nos arts. 205 e 2.028 do atual Código Civil, enquanto a parte recorrente pleiteia a prescrição do art. 287, II, g, da Lei nº 6.404/1976. Desse modo, o presente recurso limita-se a questionar alegado erro no enquadramento do caso à legislação infraconstitucional pertinente, procedimento inviável em recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de novembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.891 (504)ORIGEM : EI - 70053585816 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CANDELÁRIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CANDELÁRIARECDO.(A/S) : JANETE BERNARDINI RITZEL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JULIANA SAVI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que negou seguimento ao recurso extraordinário que impugna acórdão ementado nos seguintes termos:

“EMBARGOS INFRINGENTES. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE CANDELÁRIA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI MUNICIPAL Nº 091/2005. LAUDO PERICIAL JUDICIAL. RECONHECIMENTO DO DIREITO.

I - O adicional de insalubridade no âmbito do Município de Candelária foi inicialmente previsto nos artigos. 90 e seguintes da Lei Municipal nº 101/2001. Em 2002 sobreveio a Lei de nº 63, ao fito de especificar as atividades consideradas insalubres, em cumprimento ao estabelecido no parágrafo único do art. 90 da Lei nº 101/01.

II - Com o advento da Lei nº 91/2005 - vigência a partir de 13.02.2006 - foi mantida a forma de concessão do adicional de insalubridade, definida em lei e nos respectivos laudos periciais, com base em pareceres técnicos lavra de médico ou engenheiro do Trabalho.

III - A prova judicial produzida foi tecnicamente fundamentada, minuciosa e particularizada, no sentido da permanência dos agentes nocivos no ambiente de trabalho das recorrentes.

IV - Reconhecido o direito à percepção do adicional de insalubridade em grau médio no período compreendido entre setembro a novembro de 2005.

EMBARGOS INFRINGENTES ACOLHIDOS, POR MAIORIA” (fl. 335)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, alega-se, violação aos artigos 37, caput e 39, § 3º, do texto constitucional.

Na espécie, defende-se que “o direito ao adicional de remuneração para as atividade penosas, insalubres ou perigosas, previsto no art. 7º, inciso XXIII, da CF/88, não consta mais do rol dos direitos dos servidores públicos”. (fl. 354)

Alega-se, ainda, que qualquer tipo de gratificação ou benefício só atinge os servidores públicos se previsto em lei, pois a Administração Pública está vinculada ao princípio da legalidade.

Decido.As razões recursais não merecem prosperar.Isso porque o Tribunal de origem decidiu a controvérsia dos autos

com fundamento na interpretação de legislação local aplicável à espécie ( Lei Municipal Nº 063/2002). Dessa forma, faz-se imprescindível a análise da referida lei, providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

No caso, a ofensa à Constituição Federal, se existente, dar-se-ia de forma indireta ou reflexa.

Nesse mesmo sentido, cito o AI-AgR 475.568, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 16.2.2007; o AI-AgR 438.909, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 17.6.2005; e o AI-AgR 729.394, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 25.5.2011, cuja ementa transcrevo a seguir:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público municipal. Adicional de insalubridade, Ofensa a direito local. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se abre a via de recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local e de fatos e provas. Incidência das Súmulas nº 280 e 279 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido.”

Observo, ainda, que o Tribunal de origem assentou que os laudos

técnicos, elaborados posteriormente, confirmaram as condições insalutíferas em que estava submetida a servidora, condições essas que nunca se modificaram no período em que a recorrida deixou de perceber o pagamento do adicional de insalubridade.

Assim, para adotar entendimento diverso do que ficou assentado, far-se-ia imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que atrai o óbice da Súmula 279 desta Corte.

Por fim, ressalta-se que a jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme no sentido de que não é cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolver a reapreciação de norma infraconstitucional, por óbice da Súmula 636 desta Corte.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.138 (505)ORIGEM : AC - 70052418084 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ELIANA MARA DA SILVA GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTA MORAES DE VASCONCELOS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo, no qual a parte ora agravante sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Impõe-se registrar, desde logo, no que concerne à discussão em torno da constitucionalidade do § 12 do art. 100 da Constituição, na redação dada pela EC nº 62/2009, que o apelo extremo a que se refere o presente agravo revela-se processualmente viável, eis que se insurge contra acórdão que decidiu a causa em desconformidade com a orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame.

Com efeito, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar a ADI 4.357/DF, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX, fixou entendimento que torna acolhível, em parte, a pretensão de direito material deduzida pela ora agravante:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 60, § 2º). CONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE ‘SUPERPREFERÊNCIA’ A CREDORES DE VERBAS ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA GRAVE. RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À PROPORCIONALIDADE. INVALIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A IDOSOS QUE COMPLETEM 60 (SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF, ART. 5º). INCONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PROVEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA PÚBLICA. ULTRAJE À ISONOMIA ENTRE O ESTADO E O PARTICULAR. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CF, ART. 5º). INCONSTITUCIONALIDADE DO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO. OFENSA À CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO ESTADO DE DIREITO (CF, ART. 1º, ‘CAPUT’), AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES (CF, ART. 2º), AO POSTULADO DA ISONOMIA (CF, ART. 5º), À GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA E A EFETIVIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL (CF, ART. 5º, XXXV) E AO DIREITO ADQUIRIDO E À COISA JULGADA (CF, ART. 5º, XXXVI). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE EM PARTE.

…..................................................................................................5. A atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em

precatórios segundo o índice oficial de remuneração da caderneta de poupança viola o princípio constitucional da proporcionalidade (CF, art. 5º, LIV), na sua vertente de adequação entre meios e fins. A inflação, fenômeno tipicamente econômico-monetário, mostra-se insuscetível de captação apriorística (‘ex ante’), de modo que o meio escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a promover

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 135

o fim a que se destina (traduzir a inflação do período).…...................................................................................................8. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente

em parte.”De outro lado, impende assinalar que o exame da presente causa

evidencia que o recurso extraordinário em questão – no ponto em que discute a aplicabilidade, ou não, do IGP-M como critério de correção monetária de precatório – não se mostra processualmente viável, eis que a controvérsia nele suscitada traduz situação configuradora de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

É que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito desta Corte, que versaram questão assemelhada à que ora se examina nesta sede recursal (AI 594.906/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – AI 737.208/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RE 747.706/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.).

Sendo assim, pelas razões expostas, conheço do presente agravo, para, desde logo, conhecer, em parte, do recurso extraordinário a que ele se refere e, nessa parte, dar- lhe provimento (CPC, art. 544, II, “c”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010), em ordem a determinar a remessa dos autos à instância de origem, para que, observados os estritos limites fixados no julgamento plenário da ADI 4.357/DF, julgue, como entender de direito, a matéria infraconstitucional.

Publique-se.Brasília, 06 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.473 (506)ORIGEM : ADI - 70053654703 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA

DO SULRECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SAPUCAIA

DO SULADV.(A/S) : WILSON WOJCICHOSKI JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo e determino o processamento do recurso extraordinário.

Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para parecer.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.481 (507)ORIGEM : AC - 70053531034 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : T V D (REPRESENTADA POR F S V)RECTE.(S) : T V DADV.(A/S) : FERNÃO LEAL MOHNRECDO.(A/S) : P R DRECDO.(A/S) : S A DADV.(A/S) : ROBSON DANNUS

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão cuja ementa transcrevo no que interessa:

“EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. REVISÃO DO ENCARGO. OBRIGAÇÃO AVOENGA E DO PAI. MORTE DA AVÓ. ALIMENTADAS MAIOR E MENOR. REDEFINIÇÃO DO QUANTUM. 1. A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR COMPETE A AMBOS OS GENITORES, CADA QUAL DEVENDO CONCORRER NA MEDIDA DA SUA DISPOIBILIDADE, JÁ QUE SE TRATA DE OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL. 2. A obrigação avoenga é excepcional, pois o encargo é, primordialmente, de ambos os genitores, mas não se questiona

neste feito a obrigação e sim a exoneração e a revisão do encargo. 3. Como a obrigação alimentar foi individualizada para o pai e para cada um dos avós, bem como destinada metade do valor para cada alimentada, então com a morte da avó paterna, restou extinta a obrigação alimentar dela, não havendo transmissão automática dessa obrigação estabelecida. 4. Como o genitor, antes desempregado, está exercendo atividade laboral, com vínculo empregatício, deve ser atribuído a ele o encargo alimentar, que deve ser fixado em percentual sobre os seus ganhos, tendo em mira o binômio legal. 5. De outra banda, não tendo havido modificação substancial na capacidade econômica do avô, a definição do encargo alimentar deve ter em mira a necessidade de cada alimentada (...)”. (fl. 121)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigos 1º, inciso III; e 5º, caput, do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se, em síntese que é devida a pensão alimentícia a alimentanda maior até a conclusão do curso de especialização.

Alega ainda que a redução da pensão alimentícia da filha menor viola a Constituição Federal.

Decido.O recurso não merece prosperar.O Tribunal de origem decidiu o seguinte:“T, que é maior e conta com 23 anos, é saudável, capaz e tem

formação profissional superior, sendo apta ao trabalho, entendo que descabe manter pensão alimentícia em favor dela. Friso, pois, que cabia a ela demonstrar cabalmente sua condição de necessitada para que o pensionamento fosse mantido, mas não se desincumbiu desse ônus processual”. (fl. 125v)

Para se entender de forma diversa, faz-se imprescindível o reexame do acervo fático-probatório dos autos (Enunciado 279 da Súmula desta Corte) e da legislação infraconstitucional aplicável, providência vedada na via do apelo extremo. Nesse sentido, o AI-AgR 784.542, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 24.9.2010; o AI-AgR 605.726, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1.2.2008; e o RE-AgR 218.461, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 5.3.1999, este último com acórdão assim ementado:

“DIREITO CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 5º, I E LV, e 226, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALIMENTOS DEVIDOS, POR UM CÔNJUGE A OUTRO, SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL. 1. O que pretende o recorrente, ora agravante, em substância, é que se reconheça haver o § 5º do art. 226 modificado o Código Civil, na parte em que este trata de alimentos devidos por um cônjuge ao outro. 2. Como acentuou a decisão agravada "não procede a alegação de ofensa ao § 5º do art. 226 da C.F., segundo o qual, "os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher". Tal norma constitucional não implicou revogação das do Código Civil, pelas quais os cônjuges têm o dever de assistência recíproca e aquele que necessitar de alimentos pode exigi-los do outro, desde que este os possa prestar". 3. E assim é porque não pode ser reconhecida situação de igualdade entre os cônjuges, se um precisa de alimentos prestados pelo outro, e se este não precisa de alimentos, pode prestá-los àquele e lhos recusa. Com efeito, a igualdade de direitos pressupõe a igualdade de situações. E, na instância de origem, bem ou mal, com base na prova dos autos, ficou entendido que a ora agravada está em situação de precisão de alimentos e que o ora agravante está em condições de prestá-los. 4. Para se apurar se um precisa de alimentos e o outro pode prestá-los é imprescindível o exame de provas, inadmissível, porém, em Recurso Extraordinário (Súmula 279). 5. E se as normas da legislação civil, infraconstitucional, que regulam o direito e a obrigação de alimentos, foram bem interpretadas, ou não, é matéria que igualmente escapa ao reexame desta Corte, em Recurso Extraordinário, pois sua jurisprudência é pacífica no sentido de não admitir, nessa espécie de apelo, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação e/ou aplicação de normas infraconstitucionais. Até porque essa interpretação e/ou aplicação ficam, em última instância, a cargo do Superior Tribunal de Justiça, em Recurso Especial, que, no ponto, é soberanamente competente. E, no caso, o Superior Tribunal de Justiça manteve o não seguimento do Recurso Especial, por decisão transitada em julgado. 6. Agravo improvido”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.564 (508)ORIGEM : PROC - 50004037820104047211 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : DIOGO MORADOR BRASIL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MADEIREIRA PINUBRAS LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 136

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO DE ENERGIA ELÉTRICA. PRESCRIÇÃO. OFENSA REFLEXA. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO AI 735.933. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL.

1. O empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de restituição e correção monetária, não revela repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI nº 735.933-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes.

2. A prescrição, quando sub judice a controvérsia, não dá ensejo ao cabimento de recurso extraordinário por situar-se no âmbito infraconstitucional. Precedentes: AI 848.362-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 1º/8/2012.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. PRESCRIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICES APLICÁVEIS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. JUROS REMUNERATÓRIOS E DE MORA. SUCUMBÊNCIA.”

4. Agravo DESPROVIDO. DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto por

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRÁS, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional contra acórdão assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. PRESCRIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICES APLICÁVEIS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. JUROS REMUNERATÓRIOS E DE MORA. SUCUMBÊNCIA.”

Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, II, 22, VI, 37 e 97 da Constituição Federal, artigo 34, § 12, do ADCT e à Súmula Vinculante nº 10.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo pela inexistência de violação ao princípio da reserva de plenário alegado pelo ora agravante, conforme jurisprudência firmada nesta Corte, bem como por entender que a ofensa aos dispositivos constitucionais invocados seria reflexa.

É o relatório. DECIDO. O empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica,

quando sub judice a controvérsia sobre os critérios de restituição e correção monetária, não revela repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário virtual do STF, na análise do AI nº 735.933-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, que possui a seguinte ementa:

“EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS SOBRE O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEI N. 4.156/62. RESTITUIÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL.“

Por fim, esta Corte firmou entendimento no sentido de que a prescrição, quando sub judice a controvérsia, não dá ensejo ao cabimento de recurso extraordinário por situar-se no âmbito infraconstitucional. Precedentes: AI 848.362-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 1º/8/2012, que possui a seguinte ementa:

“Empréstimo compulsório sobre energia elétrica. Eletrobras. Prazo prescricional. Ofensa constitucional indireta. Afastada a infringência ao art. 93, inciso IX, da Constituição. Precedentes. 1. Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/8/08; e RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06). 2. A matéria relativa ao prazo de prescrição dos créditos referentes ao empréstimo compulsório sobre a energia elétrica é de índole infraconstitucional. Eventuais ofensas à Constituição seriam indiretas ou reflexas, pois ensejariam o reexame de normas infraconstitucionais. 3. Os fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Agravo regimental não provido.”

Ex positis , DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.963 (509)ORIGEM : AC - 20050110585248 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EMPRESA DE CINEMAS ARCO ÍRIS LTDA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : CLAUDIOMIRO FILIPPI CHIELA E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. ISS, CINEMAS. EXIBIÇÃO DE FILMES CONEMATOGRÁFICOS. BASE DE CÁLCULO. PREÇO DE SERVIÇO. VALOR INTEGRAL DO INGRESSO. DEDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.” ( eDOC 2, fl. 68)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se ofensa aos arts 5º, XXXV; 145, §1º e 150, IV, do texto constitucional.

O tema de fundo do recurso extraordinário diz respeito à legalidade da incidência do ISS sobre a totalidade dos valores recebidos pela recorrente com a venda de ingressos, quando parte desses valores é repassado às produtoras das películas cinematográficas.(eDOC 4, fl. 7)

Decido.Inicialmente, com relação à alegada ofensa ao artigo 5º, XXXV, da

Constituição Federal, observo que esta Corte já apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que o referido artigo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.

De acordo com a orientação assentada na jurisprudência deste Tribunal, a questão discutida no recurso, tal como posta nos autos, é de natureza infraconstitucional ( Decreto Lei 406/68 e Lei Complementar 116/2003) e, por conseguinte, não merece galgar a instância extraordinária.

Nesse sentido transcrevo parte do recurso extraordinário no que interessa:

“A recorrente insurgiu-se contra a decisão, asseverando sua omissão em relação à aplicação das disposições contidas nos artigos 9º do Decreto Lei 406/68 e 7º da Lei Complementar 116/2003, que estabelecem ser a base de cálculo do Imposto sobre Serviços o preço do serviço; artigo 5º, XXII, Constituição Federal, que garante o direito de propriedade no ordenamento jurídico brasileiro; artigo 145, §1º, da Constituição Federal que prevê o princípio da capacidade contributiva; e artigo 150, IV, da Constituição Federal, que veda a instituição do tributo com efeito de confisco.”

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.052 (510)ORIGEM : AC - 200982010028342 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE DA SILVAADV.(A/S) : JURANDIR PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 677.730-RG/RS, Red. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à questão pertinente à “Extensão, a servidores aposentados e pensionistas, dos efeitos financeiros decorrentes do enquadramento de servidores ativos do extinto DNER no Plano Especial de Cargos do DNIT” (Tema nº 602 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.092 (511)ORIGEM : APCRIM - 00087733520108260438 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 137

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : WILLIAN FERNANDESRECTE.(S) : EDEMAR DE OLIVEIRA CAMPOS JUNIORADV.(A/S) : IVOMAR CÉSAR DE ALMEIDARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

O RE foi interposto com base no art. 102, III, a, b e c, da Constituição, sem indicar, contudo, os dispositivos supostamente violados.

A pretensão recursal não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o recurso extraordinário é intempestivo. Com efeito, a publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração ocorreu em 10/1/2013. O apelo extremo foi interposto, por fac-símile, em 21/1/2013, e o original foi protocolizado somente em 29/1/2013.

Cumpre ressaltar que esta Corte firmou entendimento no sentido de que é intempestivo o recurso quando, interposto por fax no prazo legal, a petição original não é apresentada dentro do prazo adicional de cinco dias, instituído pelo art. 2º da Lei 9.800/1999. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 598.337-AgR/RJ e AI 647.239-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 464.055-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 739.647-AgR/ES, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.111 (512)ORIGEM : AC - 01144604620048050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUÍS CARLOS NASCIMENTO DE JESUSADV.(A/S) : ABDIAS AMÂNCIO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 318 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o AI-RG 800.074, de minha relatoria, DJe 6.12.2010. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.381 (513)ORIGEM : EIAPCRIM - 20090110762542 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. DEMONSTRAÇÃO INSUFICIENTE DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:

“EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PEDIDO DE PREVALÊNCIA DO VOTO MINORITÁRIO, QUE ACOLHEU A PRELIMINAR DE NULIDADE. REFERÊNCIA AOS ANTECEDENTES CRIMINAIS DO RÉU EM PLENÁRIO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. NÃO COMPROVAÇÃO DO PREJUÍZO. ARTIGO 563 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. O artigo 478, inciso I, do Código de Processo Penal, impossibilita que as partes, durante os debates em Plenário, façam referências a decisões judiciais ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade. Assim, referido dispositivo legal não veda que as partes façam referência aos antecedentes penais do réu, especialmente porque tal informação consta dos autos e os Jurados podem ter acesso a eles, além do que referida circunstância judicial influencia na dosimetria da pena. Portanto, a menção aos antecedentes criminais do réu em Plenário não constituiu nulidade equiparável a argumento de autoridade.

2. Não se pode olvidar, ainda, o disposto no artigo 566 do Código de Processo Penal de que ‘não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa’. Na espécie, não se vislumbra que a referência aos antecedentes penais do acusado tenha influído no julgamento realizado pelos Jurados no Tribunal do Júri, porquanto, anteriormente aos debates em Plenário, o próprio réu já havia mencionado a existência de antecedentes criminais em seu desfavor.

3. Recurso conhecido e não provido para que prevaleça o voto vencedor que rejeitou a preliminar de nulidade”.

2. O Agravante alega que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 1º, inc. III, 5º, incs. XXXVIII, alínea a, XXXIX, LIV, LV e LVI, da Constituição da República.

Alega pretender “que o Supremo Tribunal Federal (STF), identifique e aplique a nulidade da sentença proferida pelo juízo inicial que condenou o recorrente por alegação de antecedentes criminais diante do plenário do Tribunal do Júri, ferindo o art. 478, I, do CPP” (fl. 602).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta e dependeria de análise de legislação infraconstitucional.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu em 11.5.2012 (fl. 554) e,

nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, “a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007”.

Entretanto, o Agravante limitou-se a afirmar que:“A repercussão geral do caso está fundada nos aspectos de

cerceamento de defesa, mesmo com lei reguladora de tal direito do recorrente, pelo Turma e Câmara Criminais do TJDFT. É uma obviedade lembrar que a Constituição consagra o princípio da dignidade da pessoa humana, da plenitude da defesa para o júri (já ressaltando a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal), da licitude das provas: os arts. 1º, III; 5º, XXXVIII, ‘a, XXXIX, LIV, LV, LVI da Constituição Federal (CF/88), todos violados pelos órgãos fracionários do TJDFT, em face de dispositivo legal expresso: o art. 478, I do Código de Processo Penal (CPP).

Em verdade, pretende-se que o Supremo Tribunal Federal (STF), identifique e aplique a nulidade da sentença proferida pelo juízo inicial que condenou o recorrente por alegação de antecedentes criminais diante do plenário do Tribunal do Júri, ferindo o art. 478, I, do CPP”.

O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, afirmar que o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou jurídica.

A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.

Assim, embora tenha mencionado a existência, na espécie vertente, de repercussão geral, o Agravante não desenvolveu argumentos suficientes para cumprir o objetivo da exigência constitucional.

Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E TAXA DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente. 2. Atribuição de efeitos ex nunc: impossibilidade. Precedentes. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 138: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 138

20.2.2009 – grifos nossos).“Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão

monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 4. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 5. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no Recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 718.395-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 14.5.2009 – grifos nossos).

“1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido” (AI 692.400-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJe 30.5.2008 – grifos nossos).

7. Quanto à alegação de contrariedade aos arts. 1º, inc. III, 5º, incs. XXXVIII, alínea a, XXXIX, LIV, LV e LVI, da Constituição, verifica-se que os dispositivos não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que, ainda que surgida a alegada ofensa constitucional no acórdão recorrido, é necessária a oposição de embargos de declaração, se não houver a análise da ofensa pelo órgão judicante. Precedentes” (AI 620.677-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO - SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida. Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária. - Omissa a decisão judicial na resolução de tema efetivamente suscitado pela parte, impõe-se, a esta, para efeito de cognoscibilidade do recurso extraordinário, o necessário oferecimento dos embargos de declaração, destinados a ensejar a explícita análise da “quaestio juris” pelo Tribunal ‘a quo’. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes” (AI 730.117-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 27.9.2011).

8. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, incs. LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Código Penal e Código de Processo Penal), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que "Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada". Precedentes. 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição

da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2008 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. HOMICÍDIO. NULIDADE DO JULGAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de violação meramente reflexa do texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 757.450-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 4.12.2009 – grifos nossos).

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.593 (514)ORIGEM : PROC - 00281280320124036301 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ANTONIO BENTO FURTADO DE MENDONÇA NETOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS NUNES JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo (doc. 28) contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (doc. 25) sob os fundamentos de que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, “entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999” (págs. 1-2 do doc. 25), bem como a controvérsia em torno da forma de cálculo do fator previdenciário demanda a interpretação da legislação infraconstitucional.

O agravo não merece acolhida. É que o recorrente deixou de atacar os fundamentos da decisão agravada. Ressalto que incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF.

(...) IV Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha

relatoria, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

(...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso

extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 139: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 139

Brasília, 19 de novembro de 2013.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.716 (515)ORIGEM : PROC - 00543747820128260346 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 27ª CJ - PRESIDENTE PRUDENTEPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JEAN PATRICK DOS SANTOSADV.(A/S) : MAURO FERREIRA DE MELO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 551 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 646.000, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 29.6.2012. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.730 (516)ORIGEM : AMS - 518937 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL

PERNAMBUCOADV.(A/S) : CÁSSIA DE ANDRADE LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LEANDRO FREIRE GALIZAADV.(A/S) : MARIA WILMA FREIRE GALIZA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 485 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 632.853, de minha relatoria, DJe 2.3.2012. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.796 (517)ORIGEM : AMS - 02445932 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APONSENTADORIAS E

PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : MARINEIDE FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ OMAR MELO JÚNIOR

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 316 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 627.637, Rel. Min. Ricardo Lewandowski. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.417 (518)ORIGEM : APCRIM - 10024075473678001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BERNARD DE FARIA TEIXEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : LUCIANO RAMIRO MACHADO SANTOSADV.(A/S) : MARCOS PERRELLA

DECISÃO

AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL PENAL. SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTEMPESTIVIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL – LATROCÍNIO – NEGATIVA DE AUTORIA ISOLADA NOS AUTOS – CONDENAÇÃO MANTIDA.

A condenação deve ser mantida se a negativa dos acusados resta isolada nos autos, contrariada por outros elementos probatórios”.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 769).2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de

ausência de preliminar de repercussão geral.3. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art.

5º, inc. LIV, LV e LXIII, da Constituição da República.Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O agravo é intempestivo.O Agravante foi intimado da decisão em 9.8.2013 (sexta-feira). Assim,

o prazo começou a fluir em 12.8.2013 (segunda-feira) e findou em 16.8.2013 (sexta-feira).

O agravo, no entanto, foi protocolizado em 19.8.2013 (fl. 898), quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/1990, nos termos da Súmula n. 699 do Supremo Tribunal, que dispõe ser “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, ... de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”.

Confiram-se os seguintes julgados:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. INAPLICABILIDADE DO PRAZO DA LEI 12.322/2010. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DESTA CORTE. Agravo intempestivo. O Plenário desta Corte, no julgamento da questão de ordem suscitada no ARE 639.846, rel. p/ o acórdão, min. Luiz Fux, reafirmou o enunciado constante da Súmula 699/STF, que prevê ser de 05 (cinco) dias o prazo para interposição do agravo no processo penal, nos termos da Lei 8.038/1990, não se aplicando a alteração trazida pela Lei 12.322/2010 ao art. 544, caput, do Código de Processo Civil. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 659.028-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 25.5.2012).

No mesmo sentido: AI 655.692-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 31.8.2007; AI 476.707-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 11.3.2005.

7. Anote-se a inaplicabilidade do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010 ao processo penal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 20.3.2012 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 140

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.495 (519)ORIGEM : APCRIM - 90000024020098260246 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALAN VINICIUS DE PAULAADV.(A/S) : DARLEY BARROS JÚNIORRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JEFFERSON WILLIAN LIMA ROSA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTEMPESTIVIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Apelação Criminal – Homicídio – Absolvido – Apelo da Acusação requerendo novo júri – Possibilidade – Decisão manifestamente contrária a prova dos autos – Dado provimento ao pelo ministerial”.

2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de ausência de preliminar de repercussão geral.

3. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVIII, da Constituição da República.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O agravo é intempestivo.O Agravante foi intimado da decisão em 30.8.2013 (sexta-feira).

Assim, o prazo começou a fluir em 2.9.2013 (segunda-feira) e findou em 6.9.2013 (sexta-feira).

O agravo, no entanto, foi protocolizado em 9.9.2013 (fl. 682), quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/1990, nos termos da Súmula n. 699 do Supremo Tribunal, que dispõe ser “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, ... de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”.

Confiram-se os seguintes julgados:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. INAPLICABILIDADE DO PRAZO DA LEI 12.322/2010. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DESTA CORTE. Agravo intempestivo. O Plenário desta Corte, no julgamento da questão de ordem suscitada no ARE 639.846, rel. p/ o acórdão, min. Luiz Fux, reafirmou o enunciado constante da Súmula 699/STF, que prevê ser de 05 (cinco) dias o prazo para interposição do agravo no processo penal, nos termos da Lei 8.038/1990, não se aplicando a alteração trazida pela Lei 12.322/2010 ao art. 544, caput, do Código de Processo Civil. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 659.028-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 25.5.2012).

No mesmo sentido: AI 655.692-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 31.8.2007; AI 476.707-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 11.3.2005.

7. Anote-se a inaplicabilidade do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010 ao processo penal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no

art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 20.3.2012 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.664 (520)ORIGEM : APCRIM - 00343832220054047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANDRÉ ANTUNES CAVALHEIROADV.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA STOCKINGER E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : BENTA CONCEIÇÃO DA SILVA NEUBERGERINTDO.(A/S) : LEONILDO ALVES DA SILVAINTDO.(A/S) : ERVELINA ROSANE ALVES DA SILVAINTDO.(A/S) : MARIVANE DALEPIANI DA SILVA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL

PENAL. SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTEMPESTIVIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“Penal e Processual. Art. 171, § 3º, do CP. Estelionato contra a previdência social. Transação Penal e Suspensão Condicional do Processo. Impossibilidade. Questão prejudicial. Inexistência. Responsabilidade Criminal Configurada. Condenação Mantida. Pena. Substituição. Restritivas de direitos. Prestação Pecuniária. Redução. Inviabilidade. Apresentação mensal em Juízo. Ausência de previsão legal. 1. O instituto da transação penal prevista no art. 76 da Lei 9099/95, é cabível quando a pena máxima não ultrapassa o limite de 02 (dois) anos (art. 2º, parágrafo único, da Lei 10.259/2001). 2. Consoante Súmula 243 do STJ, a suspensão condicional do processo não é aplicável ao caso, porquanto a causa de aumento prevista no § 3º do artigo 171 do Código Penal, faz suplantar o limite estipulado no artigo 89 da Lei 9.099/95. Precedentes. 3. Ação cível versando sobre a qualidade de segurado do de cujus para obtenção do benefício de pensão por morte em nada interfere na seara penal eis que nesta esfera se discute o delito tipificado no art. 171, § 3º, do Código Penal. 4. Responsabilidade criminal dos acusados devidamente comprovada nos autos, pois em comunhão ativa de esforços empreenderam manobra para obtenção de benefício de pensão por morte para um dos agentes, mantendo em erro a autarquia previdenciária. 5. Não sendo a pena de prestação pecuniária diminuta a ponto de mostrar-se inócua, nem tão excessiva inviabilizando seu cumprimento, não há falar em excesso. 6. A apresentação mensal em juízo é uma das condições do sursis processual previstas no artigo 89, § 1º, IV da Lei 9.099/95, não podendo ser usada na fase de cumprimento da pena imposta em face de condenação. 7. A prestação de serviços comunitários revela-se mais indicada, pois, a ratio legis do art. 46 consiste justamente em estimular e permitir a readaptação do apenado no seio da comunidade”.

Os embargos de declaração opostos foram parcialmente providos (fl. 935):

“Processo Penal. Embargos de declaração. Esclarecimento. Autoria. Valoração da prova. Persuasão racional. Apresentação mensal em Juízo. Ausência de previsão legal. 1. Com a adoção, pelo processo penal, do princípio da persuasão racional e havendo exaustiva análise da quaestio pelo Colegiado que, examinando todos os elementos dos autos, entendeu pela responsabilização criminal do réu (inciso IV) e a ausência de excludente da ilicitude (inciso VI), mostra-se de rigor a manutenção do édito condenatório. 2. A apresentação mensal em juízo é uma das condições do sursis processual previstas no artigo 89, § 1º, IV da Lei 9.099/95, não podendo ser usada na fase de cumprimento da pena imposta em face de condenação. 3. A prestação de serviços comunitários revela-se mais indicada, pois, a ratio legis do art. 46 consiste justamente em estimular e permitir a readaptação do apenado no seio da comunidade”.

2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de necessidade do reexame das provas (Súmula n. 279 do Supremo Tribunal).

3. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 141

arts. 5º, incs. LIV e LVII, 93, inc. IX, da Constituição da República.Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O agravo é intempestivo.O Agravante foi intimado da decisão em 9.5.2012 (quarta-feira).

Assim, o prazo começou a fluir em 10.5.2012 (quinta-feira) e findou em 14.5.2012 (segunda-feira).

O agravo, no entanto, foi protocolizado em 17.5.2012 (fl. 1054), quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/1990, nos termos da Súmula n. 699 do Supremo Tribunal, que dispõe ser “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, ... de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”.

Confiram-se os seguintes julgados:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. INAPLICABILIDADE DO PRAZO DA LEI 12.322/2010. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DESTA CORTE. Agravo intempestivo. O Plenário desta Corte, no julgamento da questão de ordem suscitada no ARE 639.846, rel. p/ o acórdão, min. Luiz Fux, reafirmou o enunciado constante da Súmula 699/STF, que prevê ser de 05 (cinco) dias o prazo para interposição do agravo no processo penal, nos termos da Lei 8.038/1990, não se aplicando a alteração trazida pela Lei 12.322/2010 ao art. 544, caput, do Código de Processo Civil. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 659.028-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 25.5.2012).

No mesmo sentido: AI 655.692-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 31.8.2007; AI 476.707-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 11.3.2005.

7. Anote-se a inaplicabilidade do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010 ao processo penal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 20.3.2012 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de novembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.466 (521)ORIGEM : RESE - 00016436920088120012 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DURVALINA FERNANDES PEREIRAADV.(A/S) : CLAUDEMIR DE ANDRADE LUCENARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita:

“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – PROCESSO PENAL –

TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO – PRONÚNCIA – ANÁLISE DAS PROVAS – ATRIBUIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA – EXCLUSÃO DE QUALIFICADORAS – IMPOSSIBILIDADE – NÃO PROVIMENTO”.

O RE foi interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegando-se, em suma, violação ao art. 93, IX, da Carta Magna.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o recorrente, na petição do recurso extraordinário, não

demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF. Este Tribunal, ao julgar a Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, assim decidiu:

“A exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.946 (522)ORIGEM : APCRIM - 00000212120019130001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ELIAS NEVES DE CARVALHOADV.(A/S) : GERALDO MAGELA DA SILVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Trata-se de agravo contra decisão que não admitiu o recurso extraordinário criminal.

O RE foi interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal.

O agravo é intempestivo. Isso porque, conforme certificado à página 32 do documento

eletrônico 7, a decisão agravada foi publicada em 13/6/2013 e o agravo foi interposto em 20/6/2013 (página 49 do documento eletrônico 8), após, portanto, o prazo recursal.

Ressalto que, de acordo com a Súmula 699 desta Corte, o prazo para a interposição de agravo em processo penal é de cinco dias. No caso concreto, o termo final para a apresentação do recurso se deu em 18/6/2013.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de novembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.159 (523)ORIGEM : AC - 200851010046649 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOANNA ODALÉA REIS DA CRUZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO VINÍCIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que negou seguimento ao recurso extraordinário.

Decido.O recurso não merece prosperar.Isso porque verifica-se a intempestividade do recurso, pois o acórdão

recorrido foi publicado em 27.7.2011, e o recurso extraordinário, interposto somente em 14.9.2011.

Ressalta-se que esta Corte já firmou entendimento no sentido de que a oposição intempestiva de embargos declaratórios não suspende ou interrompe o prazo para a interposição de interposição de recurso extraordinário. A propósito, entre inúmeros, confiram-se os julgamentos do AI-AgR 694514, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.3.2012 e do AI-AgR 819549, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1.2.2011, que foram ementados nos seguintes termos:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Intempestividade. Embargos declaratórios intempestivos. Não suspensão ou interrupção do prazo recursal. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a oposição intempestiva ou incabível de embargos contra acórdão do Tribunal de origem não suspende ou interrompe o prazo para a interposição de recurso extraordinário. 2. Agravo regimental não provido”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 142: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 142

(grifei).“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INTEMPESTIVOS. NÃO INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. AGRAVO IMPROVIDO. I – A interposição de recurso intempestivo ou incabível não suspende ou interrompe o prazo recursal. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.” (grifei).

Ante o exposto, não conheço do presente agravo (art. 544, § 4º, I, do CPC).

Publique-se.Brasília, 18 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.265 (524)ORIGEM : AI - 10407080203414002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUATUBAADV.(A/S) : MARCELO PERDIGÃO PIMENTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRÉIA DE ABREU SILVAADV.(A/S) : CLEBERSON DE OLIVEIRA VIEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 186 e 339 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o ARE-RG 599.903, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 11.9.2009 e o AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.462 (525)ORIGEM : AC - 70050461219 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SÉRGIO ARIEL DE FARIAS RAUPPADV.(A/S) : ROBERTO BASTIANIRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 688 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 756.915, de minha relatoria, DJe 12.11.2013. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 19 de novembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.531 (526)ORIGEM : APCRIM - 20100110269747 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JORGE RAUL PEREIRA DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, violação ao art. 5º, XLIII e XLVI, da Carta Magna.

O presente recurso perdeu o objeto.Com efeito, verifico que o Juiz da Vara de Execuções das Penas e

Medidas Alternativas do Distrito Federal, em 25/4/2013, declarou extinta a pena imposta ao recorrente em virtude de o paciente tê-la cumprido integralmente durante a execução provisória (pág. 12 do documento eletrônico 8).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (art. 21, IX, do RISTF).Publique-se.

Brasília, 19 de novembro de 2013. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 20 de novembro de 2013.

REPUBLICAÇÕES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.282 (527)ORIGEM : PROC - 71003824299 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : LAURA CRISTINA NUNES BRAGAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIQUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário cuja questão constitucional já teve

sua repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 766.304-RG, Relator Ministro Marco Aurélio.

Em 29 de outubro de 2013, e com apoio no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determinei o retorno dos autos à origem, a fim de que fossem observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

No entanto, da parte dispositiva da referida decisão monocrática constou o seguinte erro material:

“...dou provimento ao recurso extraordinário. Com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.”

Diante do exposto, e com fundamento no art. 463, I, do CPC, corrijo o erro material para que da decisão de 29/10/2013, mantidos os demais termos, passe a constar a seguinte parte dispositiva:

“Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC. “

Publique-se. Brasília, 30 de outubro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

(Republicado por haver saído com incorreção no DJe nº 219, divulgado em 05/11/2013).

ATO ORDINATÓRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.877 (528)PROCED.: BAHIARELATOR : MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S): SAKURA INVESTIMENT LIMITEDADV.(A/S): ANTÔNIO LUIZ CALMON TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S): FERNANDO ANDREAS FRANKADV.(A/S): LIA MAYNARD FRANK E OUTRO(A/S)ADV.(A/S): CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO

"Certifico que, em atendimento ao pleito formulado na Petição STF n. 56365/2013, e conforme autorização do Gabinete do Ministro Dias Toffoli encaminhada por meio eletrônico, fica deferida vista dos autos pelo prazo de 5 dias."

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

CLOVIS KONFLANZ (299) OS MESMOS (257)ABDIAS AMÂNCIO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) (512)ADALBERTO TOMAZELLI (318)ADEILSON FERREIRA DE ANDRADE (458)ADÉLCIO CARVALHO (16)ADILSON RAMOS E OUTRO(A/S) (302)ADRIANA MAZZEO FIOD (145)ADRIANA ZANATA FÁVERO REIS E OUTRO(A/S) (415)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 143

ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) (94)ADRIANO MARCOS SANTOS PEREIRA E OUTRO(A/S) (431)ADRIANO ZIR BARBOSA E OUTRO(A/S) (43)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(18) (18) (19) (19) (19) (20) (20) (20) (23) (24)(25) (26) (27) (33) (38) (39) (47) (49) (52) (84)(89) (90) (92) (112) (113) (123) (125) (138) (139) (149)(150) (151) (153) (182) (183) (206) (218) (256) (257) (259)(260) (261) (282) (284) (294) (312) (313) (316) (325) (331)(336) (337) (357) (358) (359) (360) (362) (365) (367) (368)(368) (369) (369) (370) (371) (372) (373) (396) (398) (398)(399) (400) (400) (401) (402) (404) (405) (406) (406) (407)(408) (408) (408) (409) (410) (415) (440) (456) (458) (466)(470) (478) (479) (486) (488) (493) (510) (523)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E OUTRO(A/S) (397)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(74) (281) (324) (356) (428) (439) (471)AFONSO PACILEO NETO (423)AGNELO BOTTONE (382)ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (410)ALDANO JOSÉ VIEIRA NETO (128)ALDRIN DA SILVA MOREIRA (169)ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S) (286)ALESSANDRO CATRI PINHEIRO (164)ALESSANDRO DA SILVA BARBOSA (64)ALESSANDRO TABACHI DE FRANÇA (329)ALEXANDRE ANGELO DO BOMFIM (215)ALEXANDRE DE MORAES E OUTRO(A/S) (364)ALEXANDRE IUNES MACHADO (325)ALEXANDRE PINHEIRO VALVERDE (177)ALEXANDRE RODRIGUES DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (472)ALEXANDRE SARTORI DA ROCHA(86) (501)ALEXANDRE YUJI HIRATA E OUTRO(A/S) (252)ALFONSE BASTAWROS LEITE (345)ALINE MILENA GRANDO (293)ALIZISE MARIA SILVA (198)ALLYSSON CARVALHO CRUZ BRITO (445)ALOISIO AUGUSTO CORDEIRO DE AVILA E OUTRO(A/S) (411)ANA CECÍLIA DE FREITAS SANTOS E OUTRO(A/S) (114)ANA CLÁUDIA CARDOSO BORGES BESSA DE SOUZA (335)ANA CLÁUDIA GADIOLI E OUTRO(A/S) (234)ANA CRISTINA DE MOURA (275)ANA CRISTINA MOREIRA (315)ANA LÚCIA AMARAL (47)ANA LUISA FERNANDES PEREIRA (435)ANA PAULA CAPITANI E OUTRO(A/S) (219)ANA PAULA GORDILHO PESSOA (311)ANÁLIA MARIA GUIMARÃES LIMA E OUTRO(A/S) (440)ANDERSON MACOHIN SIEGEL E OUTRO(A/S)(50) (51)ANDERSON POMINI (171)ANDRÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (42)ANDRE FERNANDES DE ANDRADE (18)ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) (454)ANDRÉ LUIZ MACEDO (54)ANDRÉ LUIZ MARTINS FREITAS E OUTRO(A/S) (324)ANDRE LUIZ SOUZA DA SILVEIRA (401)ANDRÉ MELLO FILHO E OUTRO(A/S) (91)ANDRÉ PINTO DA ROCHA OSÓRIO GONDINHO (497)ANDRÉA MAURA LACERDA DE LIMA (314)ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S) (85)ANDRÉIA MARIA TEIXEIRA VARELLA MARIANO E OUTRO(A/S) (172)ANELIO EVILAZIO DE SOUZA JUNIOR (417)ANETE FARIA DOS SANTOS (11)ANNA REIS (8)ANSELMO LOUZEIRO BRAGA (336)ANTHONY STEPHEN HARRINGTON (357)ANTONIO CAMILO ALBERTO DE BRITO(187) (334)ANTONIO CARLOS NUNES JUNIOR E OUTRO(A/S) (514)ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (81)ANTONIO CARLOS RODRIGUES DO AMARAL E OUTRO(A/S) (454)ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (391)ANTÔNIO DA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO (233)ANTONIO DE SANTANNA(191) (191)ANTÔNIO ELIAS DE SOUZA BATISTA (169)ANTÔNIO ITALMAR PALMA NOGUEIRA FILHO (93)ANTONIO LUIS WUTTKE (305)ANTÔNIO LUIZ CALMON TEIXEIRA E OUTROS(A/S) (528)ANTÔNIO MARIA DENOFRIO (427)ANTONIO MARIA DENOFRIO(422) (424)

ANTONIO MAURÍCIO COSTA (327)ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕES (27)ANTONIO ROBERTO PRATES MAIA E OUTRO(A/S) (137)ANTÔNIO SOUZA DA SILVA (350)APOLINARIO RODRIGUES DE QUEIROZ (196)ARABELA MARIA DOS SANTOS FONSECA (275)ARMANDO SAMPAIO DE REZENDE JÚNIOR (220)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (366)AUGUSTO CÉSAR FERREIRA (166)AUTO VIACAO URUBUPUNGA LTDA (309)BENEDITA DIAS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (479)BENEDITO APARECIDO MATEUS (167)BENEDITO CARDIAS CARNEIRO (17)BENEDITO ÉDISON TRAMA (321)BENTA CONCEIÇÃO DA SILVA NEUBERGER (520)BERNARD DE FARIA TEIXEIRA (518)BERNARDO ANANIAS JUNQUEIRA FERRAZ E OUTRO(A/S) (490)BERNARDO FRANCO VIANNA E OUTRO(A/S) (439)BRAHIM DEPES NETO (306)BRÁULIO PEDRO ISHIHARA SILVA (64)BRUNO ASPIN MANSOR PASSOS (26)BRUNO CÉSAR MUNIZ DE CASTRO (436)BRUNO GIOVANI LOCATELLI MADONA (379)BRUNO GIOVANNI LOCATELLI MADONA (376)BRUNO ROMERO PEDROSA E OUTROS (319)BRUNO ZARONI E OUTRO(A/S) (60)C L E B (388)CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA(249) (250)CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)(209) (247) (251)CAIO CESAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S) (237)CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)(208) (210) (248)CAIO EDUARDO SMANIO QUINTEIRO E OUTRO(A/S) (109)CAIO MÁRCIO DE BRITO ÁVILA E OUTRO(A/S) (42)CÂMARA DOS DEPUTADOS (397)CAMILA DE CAMARGO SILVA VENTURELLI (423)CAMILA FISCHER BITTENCOURT E OUTRO(A/S) (146)CAMILA MAUÉS DOS SANTOS (66)CARLA DORIGO (442)CARLA DORTAS SCHONHOFEN E OUTRO(A/S) (88)CARLA FERREIRA ZALOUTH E OUTRO(A/S) (412)CARLA MALUF ELIAS E OUTRO(A/S) (69)CARLOS AUGUSTO DE MELLO ARAÚJO (295)CARLOS DOS SANTOS CAVALCANTE (169)CARLOS EDUARDO BRUNO MARIETTO (365)CARLOS EDUARDO PRESTI (333)CARLOS EDUARDO RECAREY VEIGA E OUTRO(A/S) (341)CARLOS HENRIQUE WIEBBERLLING E OUTRO(A/S) (20)CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (528)CARLOS RENATO RODRIGUES SANCHES E OUTRO(A/S) (162)CARLOS ROBERTO ROSSATO (177)CARLOS RODOLPHO GLAVAM PINTO DA LUZ (91)CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃES (7)CÁSSIA DE ANDRADE LIMA E OUTRO(A/S) (516)CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHO (7)CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETO (7)CÉLIA MARIA DE ALMEIDA SILVA (426)CÉLIA MOLLICA VILLAR (279)CELSO MARCON (97)CÉSAR AUGUSTO DA SILVA PERES E OUTRO(A/S) (6)CEZAR BRITTO E OUTRO(A/S) (441)CEZAR ROBERTO BITENCOURT E OUTRO(A/S) (345)CHAIENNE POGANSKI E OUTRO(A/S)(112) (113)CHARLES DA SILVA PEREIRA (417)CLAIDE MANOEL SERVILHA (278)CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)(83) (159) (160) (503)CLARICE MARIA DAL COMUNE (239)CLAUDEMIR DE ANDRADE LUCENA (521)CLAUDIANE DA SILVA SANTANA E OUTRO(A/S) (498)CLAUDINÉIA DE AGUIAR L DIAS (426)CLÁUDIO CEZAR CAMARGO LOPES (413)CLÁUDIO FINKELSTEIN E OUTRO(A/S) (454)CLAUDIO GALDINO DA CUNHA E OUTRO(A/S) (106)CLÁUDIO LUCIANO BEDRAN GOMES (126)CLÁUDIO ROBERTO SCHUTZE (421)CLÁUDIO SCHWARTZ E OUTRO(A/S) (130)CLAUDIOMIR ANTONIO WONS (421)CLAUDIOMIRO FILIPPI CHIELA E OUTRO(A/S) (509)CLEBERSON DE OLIVEIRA VIEIRA E OUTRO(A/S) (524)CLEIDE A BARBOSA E OUTRO(A/S) (260)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

Page 144: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2013. 11. 21. · pacte.(s) :jefferson luis sasso vargas impte.(s) :marcos vinÍcius barrios dos santos coator(a/s)(es):relatora

STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 144

CLEITON KENNIDY AIRES RODRIGUES(211) (213) (243) (244) (271) (273)CLEONICE RODRIGUES MELO E OUTRO(A/S) (95)CLETO ARLINDO DA COSTA ALBUQUERQUE (72)CLEUSO JOSÉ DAMASCENO (301)CLEVERSON MACEDO SILVA (468)CLEVERSON TOMAZONI MICHEL (371)CLEYTON SANTOS OLIVEIRA (331)COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ (445)CRISTIANE ELISABETH DA VEIGA RIZZI FRANCO (269)CRISTIANO DE ASSIS NIZ (480)CRISTIANO MESCOLIN DO CARMO E OUTRO(A/S) (70)CRISTINE DA SILVA ALVES GIMENES E OUTRO(A/S) (132)DÁCIO ROGÉRIO FERNANDES CINTRA (345)DAIANE DA SILVA RUDOLPH (419)DAILSSON PORTANOVA E OUTRO(A/S) (98)DANIEL CASTANHEIRA DO AMARAL GONÇALVES (61)DANIEL FERNANDO PIZANI E OUTRO(A/S) (135)DANIEL FOLENA DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S) (183)DANIEL LUIZ FERNANDES (242)DANIEL PAZ GONÇALVEZ E OUTRO(A/S) (115)DANIEL SALVIATO E OUTRO(A/S) (389)DANIEL SOUSA AMARANTE (25)DANIEL VON HOHENDORFF E OUTRO(A/S) (68)DANILO ALVES MACÊDO(203) (205) (214) (240) (243) (263) (270) (276)DANILO ALVES MACÊDO E OUTRO(A/S) (277)DANILO GOMES(194) (194)DARCY SANTANA VITOBELLO (47)DARLAN PIRES SANTOS (10)DARLEY BARROS JÚNIOR (519)DÉBORA SIMONE ROCHA FARIA E OUTRO(A/S) (408)DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES FREIRE E OUTRO(A/S) (304)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(114) (117) (473) (513) (526)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(74) (482)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(328) (351) (352) (353) (376) (379) (388) (488)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS (485)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(73) (144) (322)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(79) (188) (469)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(11) (12) (15) (16) (59) (317) (329) (332) (348) (350)(355) (356) (374) (381) (384) (385) (387) (430)DEIBERSON CRISTIANO HORN E OUTRO(A/S) (78)DEISE MENDRONI DE MENEZES (360)DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIRO (62)DELCIO MEDEIROS RIBEIRO E OUTRO(A/S) (426)DENISE VITAL (275)DIANA CORRÊA E OUTRO(A/S) (128)DILADOR BORGES DAMASCENO (171)DIOGO FERREIRA DA SILVA (13)DIOGO MORADOR BRASIL (497)DIOGO MORADOR BRASIL E OUTRO(A/S) (508)DJALMA SALES BARBOSA (420)DOREICA DAS NEVES CARDOSO (275)DULCINÉIA ISRAEL COSTA (398)E C A (351)ÉDEN LINO DE CASTRO (206)EDILSON ROCHA RIBEIRO E OUTRO(A/S) (31)EDILTON DE OLIVEIRA TELES (426)ÉDIO SÉRGIO COSTA FARIAS (169)EDMILSON ALMEIDA FERNANDES (136)EDMILSON DAS NEVES GUERRA (169)EDSON LOURENÇO VINHAES E OUTRO(A/S) (190)EDSON PEIXOTO SAMPAIO (428)EDSON PEREIRA DE SOUZA (169)EDUARDO AUGUSTO DE OLIVEIRA (414)EDUARDO BANKS DOS SANTOS PINHEIRO (326)EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO(A/S) (444)EDUARDO NEVES LIMA FILHO (166)EDUARDO OLIVEIRA (451)EDUARDO PENA DE MOURA FRANÇA (245)EDUARDO ROCHA PANÇARDES E OUTRO(A/S) (104)EDUARDO VALFRIDO DA ROCHA (129)EISLER ROSA CAVADA E OUTRO(A/S) (52)ELAINE PEREIRA CAVALCANTE (145)ELIANE PATRICIA BOFF (131)ELIAS RIBAS (332)ELIEL SOARES GONÇALVES (15)

ELIELSON ANDRADE DA LUZ (387)ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) (87)ELISANGELA FREITAS BARRETO (416)ELISÂNGELA GUIMARÃES ANDRADE E OUTRO(A/S) (99)ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) (116)ELIZETE MARIA DANTAS ROCHA (275)ELLEN CRISTINA GONÇALVES PIRES (314)ELVIRA CARMEN FARIAS AGRA LEITE (249)EMANUEL CARDOSO PEREIRA E OUTRO(A/S) (346)EMERSON ALVES DE OLIVEIRA(254) (254)EMILIO SEBASTIÃO SILVA FILHO (140)ENOCK BARRETO DESIDERIO (182)ERVELINA ROSANE ALVES DA SILVA (520)ETTORE DALBONI DA CUNHA E OUTRO(A/S) (143)EURICO MOREIRA E OUTRO(A/S) (73)EVALDO CORREA CHAVES (330)EVANDRO DE CASTRO BASTOS E OUTRO(A/S) (141)EVANDRO MACEDO SANTANA (316)EVELINE GUEDES FERREIRA LIMA E OUTRO(A/S) (37)EVELISE SIMONE DE MELO (142)EVERARDO CARDOSO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (49)EVERTON LUIZ GOMES CLARIMUNDO(193) (193)EWERTON CARVALHO DA SILVA (475)EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)(39) (256) (257) (259) (261)EXPEDITO ALBINO DE ALMEIDA (345)FÁBIO CAMARGO DE SOUZA (269)FÁBIO FREDERICO DE FREITAS TERTULIANO (344)FÁBIO MARTINS RIBEIRO E OUTRO(A/S) (41)FÁBIO REIS PAIM (180)FABÍOLA DALL'AGNO (417)FABIOLA MORAES MELGAREJO (453)FABRÍCIO CARRADA ITABORAHY E OUTRO(A/S) (204)FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS E OUTRO(A/S) (363)FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU - VIZIVALI (260)FAGNER SOUZA SILVA OU FAGNER SOUZA DA SILVA OU FAGNER SOUSA DA SILVA OU ANTÔNIO DIAS DA SILVA

(378)

FÁTIMA APARECIDA DE SOUZA BORGHI (47)FERNANDA VIDAL PEREIRA E OUTRO(A/S) (62)FERNANDO DENIS MARTINS (101)FERNANDO DI LASCIO (396)FERNANDO JOSÉ FIGUEIREDO ROCHA E OUTRO(A/S) (156)FERNANDO NEVES DA SILVA E OUTRO(A/S) (297)FERNÃO LEAL MOHN (507)FIDEL DE TAL (169)FLÁVIA MIOKO TOSI IKE E OUTRO(A/S) (502)FLÁVIA PINHO DE BRITO MUNDIM E OUTRO(A/S) (366)FLÁVIO LEITE RIBEIRO (467)FLORISVALDO COUTINHO GOMES E OUTRO(A/S) (67)FRACISCO CARLOS ROSAS GIARDINA(451) (452)FRANCIS CAMPOS BORDAS (399)FRANCISCA AIRES DE LIMA LEITE E OUTRO(A/S) (95)FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA STOCKINGER E OUTRO(A/S) (520)FRANCISCO ANTONIO ZEM PERALTA E OUTRO(A/S) (55)FRANCISCO ATANAGILDO DA CUNHA (453)FRANCISCO C R BENFICA (140)FRANCISCO DE ANDRADE CARNEIRO NETO E OUTRO(A/S)(246) (283)FRANCISCO EUDES DIAS DE SOUSA E OUTRO(A/S) (484)FREDERICO CESAR DE OLIVEIRA (430)FREDERICO DONATI BARBOSA E OUTRO(A/S) (375)GABRIEL LOPES MOREIRA (28)GALBA MAGALHÃES VELLOSO E OUTRO(A/S) (30)GELCIR ANIBIO ZMYSLONY(451) (452)GENI KOSKUR (84)GEORGE PIMENTEL DE OLIVEIRA (267)GERALD KOPPE JUNIOR E OUTRO(A/S) (402)GERALDO GOMES DE AZEVEDO FILHO (136)GERALDO MAGELA DA SILVA (522)GILBERTO ALVES (412)GILBERTO CASSULI (446)GILBERTO GARCIA DE SOUSA (230)GIOVANNI MARTINOVICH DE ARAÚJO CALÁBRIA (349)GISALDO DO NASCIMENTO PEREIRA (435)GISELA MENDES LOPES (66)GIULIANO OLIVEIRA MAZITELLI (164)GIUSEPPE FABIANO DO MONTE COSTA E OUTRO(A/S)(209) (210) (251)GLÊNIO LUIS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S) (151)GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 145

(149) (153)GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS (366)GOVERNO DE PORTUGAL (317)GUILHERME AUGUSTO VICENTI DIAS(377) (377)GUILHERME BROTO FOLLADOR(451) (452)GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)(102) (103) (226)GUILHERME NOGUEIRA TRONDOLI (278)GUILHERME SPADA DE SOUZA (176)GUSTAVO ANTONIO FERES PAIXAO (442)GUSTAVO GROSSI DE ASSIS E OUTRO(A/S) (107)HELENA MARIA BRONDANI SADAHIRO (372)HELIO FREITAS DE CARVALHO DA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (171)HELIO LAGROTERIA JUNIOR (414)HÉLIO NUNES SANTOS (195)HELIO OLIMPIO DE SOUZA MACEDO (222)HELMA FARIA CORRÊA E OUTRO(A/S) (253)HELOÍSA CRISTINA VANIN E OUTRO(A/S) (45)HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S) (36)HENRIQUE JOSE DE CARVALHO NUNES FILHO (66)HENRIQUE NERY DE OLIVEIRA SOUZA E OUTRO(A/S) (300)HERALDO FRANCO CORRÊA E OUTRO(A/S) (170)HERBERT BARBOSA CUNHA(245) (502)HERIBERTO ESCOLÁSTICO BEZERRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (486)HOMAR CAIS E OUTRO(A/S) (47)HOMERO SÁVIO MENDES CORREIA DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (65)HONÓRIO DA SILVA FARIAS (437)HORÁCIO ROQUE BRANDÃO (309)HUENDEL ROLIM WENDER E OUTRO(A/S) (168)HUGO AMARAL VILLARPANDO(1) (2) (3) (4) (5)HUGO ARAUJO GONÇALVES (241)HUMBERTO BERGMANN ÁVILA E OUTRO(A/S) (432)HUMBERTO MARCIAL FONSECA (224)HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)(288) (339)IBRAHIM CHOUBASSE (316)IEDA MARIA ANDRADE LIMA (47)IGOR MARTINS CARVALHO RODRIGUES (468)ILANA FLÁVIA CAVALCANTI SILVA (404)ÍLCIO JOSÉ FERNANDES DE OLIVEIRA (443)IRACELIA FERREIRA MOURA (31)IRANI DE SOUZA FUKAMACHI (275)ISRAEL MENDONÇA SOUZA E OUTRO(A/S) (181)IVAN JEZLER JUNIOR (378)IVO RODRIGUES (196)IVOMAR CÉSAR DE ALMEIDA (511)IVONE DA FONSECA GARCIA E OUTRO(A/S) (285)IZABELLA ARTUR COSTA (7)IZANIO CARVALHO FEITOSA (31)IZAURA COSTA RODRIGUES EMÍDIO (375)J R DOS S C (386)JABETE BATISTA PINHEIRO GLARIKES (275)JACKSON FREIRE JARDIM SANTOS E OUTRO(A/S) (108)JACSON SIMON (340)JAIME VALDUGA GABBARDO (34)JAMIR CORRÊA (343)JANAINA TABAJARA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (110)JANE CRISTINA FERREIRA E OUTRO(A/S) (413)JANE REGINA MATHIAS E OUTRO(A/S) (457)JAQUELINE OLIVEIRA DOS SANTOS (446)JEFFERSON DOS SANTOS BEZERRA E OUTRO(A/S) (337)JEFFERSON LUIS SASSO VARGAS (9)JEFFERSON WILLIAN LIMA ROSA (519)JEOVÁ APARECIDO DE QUEIROZ (317)JESUS RENATO GALO BRUNET E OUTRO(A/S) (466)JOANNES BOSCO DE OLIVEIRA CAVALCANTI (129)JOÃO BATISTA XAVIER DA SILVA E OUTRO(A/S) (493)JOÃO CARDOSO DE OLIVEIRA NETO (384)JOÃO CARLOS XIMENES (190)JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) (201)JOÃO EMILIO FALCÃO COSTA NETO E OUTRO(A/S) (38)JOÃO FRANCISCO GOUVÊA E OUTRO(A/S) (228)JOÃO PAULO SIQUEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (125)JOÃO PAULO TODDE NOGUEIRA E OUTRO(A/S) (111)JOÃO QUEVEDO FERREIRA LOPES FILHO (373)JOÃO RAMOS FILHO E OUTRO(A/S) (292)JOÃO RICARDO SILVA XAVIER E OUTRO(A/S) (157)JOÃO SALIM DA SILVA (169)JOAQUIM VIANA CARDINAL E OUTRO(A/S) (68)JOEL GONZALEZ (56)

JONAS DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S) (148)JORGE ÁLVARO DA SILVA BRAGA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (75)JORGE ARTURO MENDOZA REQUE JÚNIOR E OUTRO(A/S) (44)JORGE FELIX DA SILVA E OUTRO(A/S) (163)JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO (7)JOSÉ ANTÔNIO SOARES DE ALMEIDA (12)JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S) (349)JOSÉ AUGUSTO PRADO RODRIGUES (268)JOSÉ CAMPELLO TORRES NETO E OUTRO(A/S) (292)JOSÉ CARDOSO DE SANTANNA (195)JOSÉ CARLOS AUGUSTO DE SOUZA (169)JOSÉ CARLOS GARCIA PEREZ(274) (487)JOSÉ CARLOS HOMEM (127)JOSE DA SILVA PASSOS (31)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/S) (82)JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS E OUTRO(A/S) (41)JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO(393) (394)JOSÉ LEÔNIDAS BELLEM DE LIMA (47)JOSÉ LUIZ MATTHES E OUTRO(A/S) (449)JOSE MARIO VIEIRA (197)JOSÉ OMAR MELO JÚNIOR (517)JOSÉ RICARDO DE ALCÂNTARA (468)JOSÉ SOUZA PIRES E OUTRO(A/S) (93)JOSÉ TÔRRES DAS NEVES (450)JUAREZ CECCON E OUTRO(A/S) (293)JUDSON CLEMENTINO DE SOUSA (221)JUIZ AUDITOR DA 2ª AUDITORIA DA 1ª CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(197)

JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CRIMINAL DE SÃO PAULO (193)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

(195)

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DE ARAÇATUBA

(254)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE SERTÃOZINHO

(414)

JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA

(196)

JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DE RIBEIRÃO PRETO

(192)

JULIANA CRISTINA MARCKIS E OUTRO(A/S) (57)JULIANA FRIEDRICH FARAJ ROMAGNA GRASSO (32)JULIANA SAVI E OUTRO(A/S) (504)JULIANO BREDA E OUTRO(A/S) (383)JULIANO DE MORAES QUITO (291)JÚLIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) (447)JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE (120)JÚLIO CÉSAR FANAIA BELLO E OUTRO(A/S) (231)JURANDIR PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (510)JUSCELINO LUIZ DA SILVA (290)JUSTIÇA PÚBLICA ELEITORAL (172)K L DOS S (352)KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S) (290)KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S) (239)KARINA SCHNARNDORF DORNELAS CAMARA E OUTRO(A/S) (216)KARLO KOITI KAWAMURA (159)KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)(83) (160) (178) (179) (503)KÁTIA MARIA LOBO NUNES E OUTRO(A/S) (443)KATLEN SUZAN NARDES GERMANO E OUTRO(A/S) (223)KÊNIA SANTOS BARBOSA GUEDES E OUTRO(A/S) (467)KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S) (496)L A DE L (161)L DE A P (161)L.F.C. (353)LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO(A/S) (397)LAUDIR GÜLDEN E OUTRO(A/S) (158)LEANDRO BARATA SILVA BRASIL E OUTRO(A/S) (497)LEANDRO DE OLIVEIRA VIOLIN E OUTRO(A/S) (477)LEANDRO DRAGOJEVIC BOSKO (308)LEONARDO AMADEU DE LIMA (381)LEONARDO BARBOSA CAVALCANTI (33)LEONARDO FERREIRA MELLO VAZ (497)LEONARDO JOSÉ ROCHA E OUTRO(A/S) (302)LEONARDO QUEIROZ CHAVES MONTEIRO DE BARROS (197)LEONILDO ALVES DA SILVA (520)LEONOR MESTRE ALVES E OUTRO(A/S) (71)LETÍCIA CHAGAS RIBEIRO DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/S) (296)LIA MAYNARD FRANK E OUTRO(A/S) (528)LIANA FERNANDES DE JESUS (415)LÍDIA MARIA ANDRADE E BRAGA E OUTRO(A/S) (301)LÍDIA MENDES DA COSTA E OUTRO(A/S) (245)LINCO KCZAM E OUTRO(A/S) (201)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 146

LIZETE KROLL MIRANDA (275)LOURENÇO GASPARIM E OUTRO(A/S) (481)LUANA DA PAZ BRITO SILVA (226)LÚCIA VALENA BARROSO PEREIRA CARNEIRO (233)LUCIANA ANDRADE DORNELES (60)LUCIANE KELLY AGUILAR MARIN E OUTRO(A/S) (308)LUCIANO FERNANDES BEZERRA (152)LUCIANO ROBERTO SARTURI (219)LUÍS FERNANDO DE OLIVEIRA (495)LUÍS MAXIMILIANO TELESCA (448)LUIZ AFONSO DIZ CLETO E OUTRO(A/S) (447)LUIZ ALTAIR ZAMPRONIO (28)LUIZ ANTÔNIO FURLANI FILHO E OUTRO(A/S) (104)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) (310)LUIZ ARNALDO ALVES LIMA FILHO (167)LUIZ CLÁUDIO CRUZ DA SILVA (425)LUIZ COELHO PAMPLONA E OUTRO(A/S) (303)LUIZ EDUARDO DA SILVA (169)LUIZ EDUARDO PENTEADO BORGO (14)LUIZ FERNANDO AUGUSTO (47)LUIZ GONZAGA FURTADO CUNHA (22)LUIZ PAULO ROMANO E OUTRO(A/S) (433)LUIZA RIBEIRO XAVIER E OUTRO(A/S) (281)LUZIA CRISTINA DOS SANTOS ROCHA (375)LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S) (442)MANOEL FÉLIX NETO E OUTRO(A/S)(247) (250)MANOEL GUIMARÃES NUNES (311)MARCELLO MACEDO REBLIN E OUTRO(A/S) (89)MARCELO BAETA IPPOLITO (242)MARCELO DE OLIVEIRA GANZO E OUTRO(A/S) (91)MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)(123) (138) (139)MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S) (363)MARCELO LUZ FILOMENO (478)MARCELO PERDIGÃO PIMENTA E OUTRO(A/S) (524)MARCELO SAES DE NARDO (333)MARCELO TALARICO MARQUES (345)MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)(104) (300)MARCIA MOREIRA DE OLIVEIRA (275)MARCIANA MAGNI (173)MARCINÉIA DA SILVA VAILATI E OUTRO(A/S) (35)MARCIO ALEXANDRE SILVA E OUTRO(A/S) (485)MÁRCIO LOCKS FILHO E OUTRO(A/S) (400)MÁRCIO PECEGO HEIDE E OUTRO(A/S) (140)MÁRCIO ROGÉRIO VANALLI E OUTRO(A/S) (53)MÁRCIO THOMAZ BASTOS E OUTRO(A/S) (429)MARCO ANTONIO DA VEIGA SENNA E OUTRO(A/S) (90)MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITO (508)MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO(A/S) (367)MARCOS ODACIR ASCHIDAMINI (261)MARCOS ODACIR ASCHIDAMINI E OUTRO(A/S) (260)MARCOS PERRELLA (518)MARCOS VINÍCIUS BARRIOS DOS SANTOS (9)MARCUS AURELIO DE HOLANDA TORQUATO (21)MARCUS VINÍCIUS CAMARGO E OUTRO(A/S) (46)MARGARETH GARCIA DA SILVA (275)MARIA ARAUJO SILVA VENTURINI (275)MARIA BERNADETE NEVES DE BRITO E OUTRO(A/S) (248)MARIA CELMA SILVA (275)MARIA CRISTINA BARNABA (145)MARIA CRISTINA LAPENTA (298)MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S) (483)MARIA DE LOURDES DE ALBUQUERQUE ANDRADE E OUTRO(A/S)

(207)

MARIA DE LOURDES DOS SANTOS (275)MARIA DO SOCORRO SUKY OLIVEIRA CONTRUCCI E OUTRO(A/S)

(218)

MARIA DULCE ADÃO (275)MARIA EMILIA SANTOS OLIVEIRA (275)MARIA HELENA GURGEL PRADO E OUTRO(A/S) (42)MARIA HELENA LEONATO DE LIMA E OUTRO(A/S) (130)MARIA HELENA MOREIRA DOURADO E OUTRO(A/S) (95)MARIA INÊS CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL E OUTRO(A/S)

(222)

MARIA LUCIA CORREA GOYA (275)MARIA WILMA FREIRE GALIZA (516)MARIALVA CARDOSO QUINTELLA E OUTRO(A/S) (229)MARIANA M DE FREITAS DANTAS MALTEZ COCA (174)MARIANY RODRIGUES DE CASTRO MARQUES PEREIRA (318)MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E OUTRO(A/S)(80) (459) (460) (462) (489)MÁRIO LUIZ BONSAGLIA (47)

MARIVANE DALEPIANI DA SILVA (520)MARLA DE ALENCAR VIEGAS E OUTRO(A/S) (450)MARLENE MORAIS CARDOSO (275)MATEUS TORRES LEWANDOWSKI (348)MAURICE FERRARI (416)MAURÍCIO AUDE (362)MAURICIO BETITO NETO (386)MAURICIO CESCON NIEDERAUER E OUTRO(A/S) (307)MAURÍCIO COSTA PITANGA MAIA E OUTRO(A/S) (117)MAURICIO FERREIRA JUNIOR (385)MAURÍCIO JORGE DE FREITAS (96)MAURÍCIO PESSOA E OUTRO(A/S) (96)MAURICIO RICARDO DOS SANTOS (330)MAURO FERREIRA DE MELO E OUTRO(A/S) (515)MAURO MACHADO CHAIBEN (390)MAURO ORTEGA (184)MEDZKER MATOS DA CONCEIÇÃO E OUTRO(A/S) (428)MHÉRCIO CERQUEIRA MONTEIRO (227)MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (393)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (297)MOACIR FIRMINO DE PAIVA JUNIOR E OUTRO(A/S) (252)MÔNICA NICIDA GARCIA (47)MOYSES GRINBERG (299)NAIRA HELENA VIEIRA (63)NANY CARLA GONÇALVES MENDONÇA E OUTRO(A/S) (287)NATALIA LEMOS CARVALHO SOARES E OUTRO(A/S) (368)NATHALIA VIVEIROS DE TOLEDO E OUTRO(A/S) (492)NAZARET APARECIDA DE OLIVEIRA DA SILVA (279)NEI CALDERON E OUTRO(A/S)(264) (291)NEIDE APARECIDA DOS SANTOS ANDRADE (275)NELMO DE SOUZA COSTA E OUTRO(A/S) (455)NELSON DOS SANTOS (279)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (236)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/S) (238)NESTOR FEREIRA FILHO (434)NEY GONÇALVES DE MENDONÇA JÚNIOR (17)NILSON CUNHA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (199)NILZA MARIA TAVARES OLIVEIRA (265)NUBIANA HELENA PEREIRA (272)OMAR DE ALBUQUERQUE MACHADO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (127)OMAR MUHANAK DIB (286)ONIR RODRIGUES ALVES E OUTRO(A/S) (448)ORLANDO LUZ FILOMENO (478)OS MESMOS(39) (238) (256) (259)OSCAR RONAN BORGES SILVA (279)OSWALDO CHADE E OUTRO(A/S) (88)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR E OUTRO(A/S) (406)P R D (507)PALOMA SOUZA SICSU (425)PATRÍCIA VAIRÃO CARELLI VIEIRA (294)PATRÍCIA VIANA FERNANDES BRAGA (471)PAULA DE PAIVA SANTOS (435)PAULO ANTÔNIO CALIENDO VELLOSO DA SILVEIRA(451) (452)PAULO BATISTA BOTELHO (169)PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA E OUTRO(A/S) (62)PAULO FAINGAUS BEKIN (357)PAULO HENRIQUE STOLF CESNIK (360)PAULO ROBERTO COIMBRA SILVA E OUTRO(A/S) (235)PAULO ROBERTO DA SILVA (275)PAULO ROBERTO IVO DA SILVA E OUTRO(A/S) (409)PAULO ROBERTO MACHADO BORGES E OUTRO(A/S) (85)PAULO RODRIGO LEITÃO VARGAS (418)PAULO VINÍCIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO E OUTRO(A/S) (523)PAULO VITOR SILVA RODRIGUES (14)PEDRO ALVES MOREIRA(282) (284)PEDRO AURÉLIO ROSA DE FARIAS E OUTRO(A/S) (199)PEDRO LUIZ FAGUNDES RUAS(255) (255)PEDRO LUIZ LESSI RABELLO E OUTRO(A/S) (502)PEDRO MORAIS DA COSTA (13)PEDRO RAPOSO BAUED E OUTRO(A/S) (494)PFN - ROSANE BLANCO OZÓRIO BOMFIGLIO (319)PIERPAOLO CRUZ BOTTINI E OUTRO(A/S) (370)PIERRE VIANNA (232)PIRACI UBIRATAN DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (221)POLLIANA SALETE BEHM (133)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (312)PRESIDENTE DA REPÚBLICA (313)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL (312)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (373)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 147

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO AMAZONAS

(418)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (412)PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO FIDÉLIS (144)PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (296)PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE (230)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(6) (36) (37) (43) (48) (60) (207) (217) (236) (238)(242) (309) (347) (432) (433) (455) (457) (497)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(7) (39) (59) (63) (64) (92) (94) (163) (169) (184)(185) (186) (187) (188) (334) (345) (354) (355) (361) (364)(390) (391) (392) (393) (394) (395) (403) (411) (430) (431)(443) (466) (491) (520)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(174) (468) (473) (513) (526)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA(180) (465)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

(168)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

(521)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(170) (482) (518) (522)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(453)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(161) (162) (164) (165) (167) (175) (176) (177) (220) (436)(476) (511) (519)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS(338) (418)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

(363)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (166)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ (480)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ (361)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(173) (469)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(111) (120) (147) (154) (200) (262) (346) (499) (500) (509)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(2) (137) (181) (227) (359) (465) (512)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA(21) (61) (105) (106) (148) (246) (283) (358)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(32) (365)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(65) (116) (517)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(28) (45) (92)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(53) (69) (87) (202) (215) (228) (295) (298) (321) (488)(515)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (441)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(41) (338) (418) (477)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(323) (484)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (141)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO (44)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(39) (256) (257) (259) (260) (261) (266)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(66) (445)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(29) (70) (75) (126) (144) (232) (341) (343) (360)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(76) (77)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(80) (115) (340) (342) (459) (460) (461) (462) (463) (464)(489) (491) (505) (506) (527)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARAS(422) (424) (427)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(110) (444)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES (419)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANDELÁRIA (504)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL (79)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM (438)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA (92)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS(124) (155)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ (525)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA (339)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPOJUCA (157)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JABOATÃO DOS GUARARAPES

(72)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA (105)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE(312) (313)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAU

(81)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS (156)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

(234)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(268) (275) (279) (303)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS

(31)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL (506)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO (414)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI (287)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA (143)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(322) (470)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(34) (35) (40) (46) (50) (51) (52) (54) (55) (56)(57) (58) (67) (98) (99) (100) (102) (103) (118) (119)(121) (122) (131) (133) (134) (135) (142) (146) (158) (203)(205) (211) (212) (213) (214) (223) (224) (225) (226) (237)(240) (241) (243) (244) (253) (258) (263) (270) (271) (272)(273) (276) (277) (280) (285) (288) (289) (305) (307) (344)(365) (434) (446) (449) (466) (474) (475) (481) (483) (491)(498) (514)R T DA S (166)RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S) (347)RAFAEL COZER ANTAKI E OUTRO(A/S) (492)RAFAEL GERBER HORNINK (176)RAFAEL GERBER HORNINK E OUTRO(A/S) (175)RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)(124) (155)RAFAEL LAURICELLA (354)RAFAEL MONTINI RODRIGUES ALVES (383)RAIMUNDO NONATO DAS GRAÇAS CARNEIRO (169)RALINA FERNANDES SANTOS DE FRANÇA MEDEIROS (435)RAPHAEL DA SILVA BEYRUTH BORGES E OUTRO(A/S) (494)RAQUEL CRISTINA RIEGER (407)RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S)(312) (313)REGINA DE JESUS VIEIRA (275)REGINALDO TEODORO DA SILVA JUNIOR(192) (192)RELATOR DO AI Nº 2022220106000000 DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

(327)

RELATOR DO HC Nº 227.178 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(17)

RELATOR DO HC Nº 266.701 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(378)

RELATOR DO HC Nº 277.167 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(351)

RELATOR DO HC Nº 280.851 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(376) (379)RELATOR DO HC Nº 282.094 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(389)

RELATOR DO HC Nº 282.638 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(388)

RELATOR DO HC Nº 283042 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(13)

RELATOR DO HC Nº 36.881 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (387)RELATOR DO HC Nº282031 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (14)RELATOR DO RHC Nº 36.574 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(380)

RELATORA DO ARESP Nº 399.473 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(8)

RELATORA DO HC Nº 278.709 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(352)

RELATORA DO HC Nº 280.103 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(353)

RELATORA DO HC Nº 281.747 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(9)

RELATORA DO HC Nº 282.099 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(382)

RELATORA DO HC Nº275954 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(328)

RELATORA DO HC Nº279248 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(10)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 148

RENATA COELHO LAMOUNIER E OUTRO(A/S) (262)RENATA MARIA SILVEIRA TOLEDO E OUTRO(A/S) (495)RENATO AURELIO FONSECA (490)RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S) (369)RENATO MARCONDES BRINCAS (503)RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)(83) (159) (160) (178) (179)RENIL COTTA DE MOURA (264)REVAN FREITAS RODRIGUES LOPES (8)RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA SILVA (451)RICARDO ALVES PEREIRA E OUTRO(A/S) (315)RICARDO AUGUSTO DIAS DA SILVA (132)RICARDO FONSECA MURONI E OUTRO(A/S) (492)RICARDO GUIMARÃES SÓ DE CASTRO (310)RICARDO MARCHI E OUTRO(A/S) (202)RICARDO MELCHIOR DE BARROS RANGEL (204)RICARDO RAMIRES FILHO(451) (452)RICARDO SPOSITO CONTE (496)RICHARDE FARAH E OUTRO(A/S) (478)RITA APARECIDA DOS SANTOS (275)ROBERT RIOS MAGALHÃES JÚNIOR E OUTRO(A/S) (66)ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)(217) (438)ROBERTA MORAES DE VASCONCELOS E OUTRO(A/S) (505)ROBERTO BASTIANI (525)ROBERTO CARLOS VAILATI (35)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) (464)ROBERTO DE FIQUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)(461) (527)ROBERTO ELIAS CURY (268)ROBERTO FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) (463)ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(A/S) (120)ROBERTO PASSOS BOTELHO E OUTRO(A/S) (306)ROBSON DANNUS (507)ROBSON PEREIRA DA TRINDADE (10)RODOLPHO PETTENÁ FILHO (161)RODRIGO ABREU FERREIRA (304)RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S)(456) (474)RODRIGO ANTONIO GIACOMELLI E OUTRO(A/S) (141)RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)(39) (256) (257) (259) (261)RODRIGO CORRÊA GODOY (185)RODRIGO DA SILVA CASTRO (407)RODRIGO DE BITTENCOURT MUDROVITSCH E OUTRO(A/S) (393)RODRIGO DE SÁ CORREIA (164)RODRIGO DOMINGOS (488)RODRIGO FERNANDES CINTRA (345)RODRIGO FERNANDO NOVELLI E OUTRO(A/S) (179)RODRIGO FORCENETTE E OUTRO(A/S) (48)RODRIGO OTÁVIO ACCETE BELINTANI (236)RODRIGO RANGEL MARANHÃO E OUTRO(A/S) (216)ROGÉRIO LUIZ GALENDI(86) (501)ROGÉRIO MARCUS ZAKKA E OUTRO(A/S) (437)ROSÂNGELA NUNES DA SILVA (101)ROSÁRIA DE FÁTIMA ALMEIDA VILELA (47)ROSELI DA SILVA DE SANTANA (275)ROSILDA PEREIRA MARQUES LEAL (275)RUI CALDAS PIMENTA (64)RUSS HOWELL HENRIQUE CESÁRIO (208)RUTH CORREIA DE MELO (275)SANDRA MARIA GONÇALVES PIRES (189)SANDRO CORREIA DE OLIVEIRA (97)SANDRO TABACHI DE FRANÇA (329)SÃO LUIS PREMOLDADOS DE CONCRETO LTDA (44)SAULO SENA MAYRIQUES E OUTRO(A/S) (82)SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS(1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1)(1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1)(1) (1) (1) (1) (1) (1) (2) (2) (2) (3)(4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4)(4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (4)(4) (4) (4) (4) (4) (4) (4) (5) (5) (5)(5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5)(5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5) (5)(5) (5) (5) (5) (18) (21) (22) (28) (29) (30)(31) (32) (33) (34) (44) (71) (100) (101) (118) (119)(121) (122) (134) (152) (234) (235) (274) (295) (371) (393)(394) (394) (394) (395) (405) (409) (419) (420) (421) (422)(423) (423) (424) (425) (425) (426) (427) (428) (429) (487)SENADO FEDERAL(313) (397)

SERAFIM JOSE DUTRA LEITE (198)SÉRGIO BERMUDES (401)SERGIO GUIMARÃES XAVIER DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (267)SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (265)SÉRGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (78)SÉRGIO PIRES MENEZES (89)SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO(A/S) (58)SÉRGIO SOUZA DE RESENDE (467)SIENA SABINA MAPA (374)SILVANA PEREIRA DE OLIVEIRA (275)SILVIA HELENA TRIBIOLLI (19)SILVIA PAULA ALENCAR DINIZ E OUTRO(A/S) (472)SIMONE FERREIRA PINHEIRO (497)SONIA FERNANDES DE ALMEIDA (29)SONIA HAYECK E OUTRO(A/S)(107) (108)SONIA REGINA SILVA AMARO PEREIRA (496)SORAIA DOS SANTOS ARAUJO SILVA (275)SUELLEN MENEZES DA COSTA(210) (248)SUELLEN MENEZES DA COSTA E OUTRO(A/S) (250)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(15) (16) (320) (326) (329) (331) (332) (333) (348) (349)(350) (374) (375) (377) (381) (383) (384) (385) (386)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR(11) (12) (330)T V D (REPRESENTADA POR F S V) (507)TALES DIEGO INFANTE (382)TALITAH REGINA DE MELO JORGE BADRA ROESLER E OUTRO(A/S)(23) (24)TEREZINHA PEREIRA GOULART (275)THAÍS DE MARTINS QUEIROZ (403)THAIS ELIZABETH L TAVARES(208) (251)THIAGO ANTONIO DE LEMOS ALMEIDA (266)THIAGO DE SOUZA BARBOSA (420)THIAGO TOMMASI MARINHO E OUTRO(A/S) (171)TIAGO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (178)TIAGO SANGIOGO (340)TIAGO SOUZA DE RESENDE (467)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (198)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(191) (194)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO (414)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO (416)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO (417)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01348-2008-402-04-00-3)

(413)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (371)UBIRAJARA AQUINO DE OLIVEIRA (279)UBIRAJARA MORAL MALDONADO E OUTRO(A/S) (437)UILTON ARAUJO SOUZA JUNIOR E OUTRO(A/S) (405)ULISSES BORGES DE RESENDE (280)ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)(154) (500)VALERIA CRISTINA MARINHO DE OLIVEIRA QUEIROZ (129)VALÉRIA MENEZES GURGEL (323)VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) (147)VALESKA COELHO DE CARVALHO VIANA E OUTRO(A/S) (289)VANDERLEI DOMINGOS LAZZAROTTO(380) (380)VANESSA MAZORANA E OUTRO(A/S) (258)VERA LÚCIA KRUKI ALMEIDA DINIZ E OUTRO(A/S) (231)VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (415)VICENTE AQUINO DE AZEVEDO (186)VICENTE MACHADO DIAS (109)VICTOR ALVES MARTINS E OUTRO(A/S) (499)VILMAR DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (200)VINÍCIUS LÊDO SOUZA (378)VITOR ALCEU DOS SANTOS (335)VITOR LINDOLFO GRESSLER (342)VITOR TABATINGA DO RÊGO LOPES E OUTRO(A/S) (66)VLADIMIR DE AMORIM SILVEIRA (320)W C F (351)WALCIR BRASIL VAZ CORVELLO (52)WALTER BRITO LIMA (392)WANDA ELISABETH DUPKE E OUTRO(A/S) (150)WANDERLEY ABRAHAM JUBRAM (165)WELLINSON CARLOS DANTAS RIBEIRO (152)WELLINTON MARQUES DE ALBUQUERQUE(76) (77)WELTON MARDEN DE ALMEIDA(205) (213) (276)WELTON MARDEN DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (212)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 149

WENDELL ELIAS MURAD E OUTRO(A/S) (225)WILLIAM ALFREDO ATTUY E OUTRO(A/S) (220)WILLIAM BATISTA NÉSIO (269)WILLIAN FERNANDES (511)WILLIAN FRAGA GUIMARÃES (203)WILLIANS FERNANDES SOUSA E OUTRO(A/S) (40)WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (229)WILSON PEREZ PEIXOTO (235)WILSON RODOLPHO DE OLIVEIRA (476)WILSON SALES BELCHIOR(209) (247)WILSON SALES BELCHIOR E OUTRO(A/S) (435)WILSON WOJCICHOSKI JÚNIOR E OUTRO(A/S) (506)YEUN SOO CHEON E OUTRO(A/S) (416)ZELIA BRAGA DOS SANTOS (275)ZULMIRA ANTONIA DOS SANTOS (275)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 3.481 (356)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.437 (357)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.562 (358)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.844 (359)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.245 (360)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.270 (361)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.832 (362)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.847 (5)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.846 (4)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.845 (3)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.843 (2)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.842 (1)AÇÃO PENAL 465 (297)AÇÃO PENAL 681 (363)AÇÃO PENAL 858 (364)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.945 (370)AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.213 (365)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.571 (366)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.455 (367)AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.942

(368)

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.686

(369)

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.734 (371)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.680 (432)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 559.042 (319)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.523 (298)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.232 (335)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.603 (299)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.077 (300)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.409 (301)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 119.485 (320)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.077 (433)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.818 (336)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.861 (337)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.352 (338)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.348 (434)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.558 (339)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 758.359 (321)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.313 (340)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.502 (322)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.037 (323)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.575 (341)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.672 (342)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.984 (343)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.051 (435)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.606 (436)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.120 (437)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.339 (235)AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.270 (236)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.510 (237)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.546 (438)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.684 (439)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.877 (528)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.903 (440)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.965 (6)CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.507 (372)EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.455 (373)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.913

(324)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.919 (344)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 792.546 (302)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.235 (303)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.156 (304)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.217 (345)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.019

(325)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.633

(441)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.591

(305)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.187

(306)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.875

(307)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.979

(308)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.954

(309)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.111

(190)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.882

(442)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.213

(443)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.775

(346)

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 109.676 (326)EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 111.363 (327)EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 119.161 (328)EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.866 (312)EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 3.880 (313)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.267

(314)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.881

(315)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.485

(310)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.629

(311)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.224

(347)

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 764.155 (444)EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.821

(445)

EXECUÇÃO PENAL 1 (189)EXTENSÃO NA EXTRADIÇÃO 1.204 (317)HABEAS CORPUS 87.053 (316)HABEAS CORPUS 107.840 (374)HABEAS CORPUS 115.383 (348)HABEAS CORPUS 115.451 (329)HABEAS CORPUS 116.119 (349)HABEAS CORPUS 117.106 (350)HABEAS CORPUS 117.258 (330)HABEAS CORPUS 117.592 (331)HABEAS CORPUS 118.513 (332)HABEAS CORPUS 118.527 (333)HABEAS CORPUS 120.093 (376)HABEAS CORPUS 120.105 (377)HABEAS CORPUS 120.103 (191)HABEAS CORPUS 120.117 (378)HABEAS CORPUS 120.182 (379)HABEAS CORPUS 120.190 (380)HABEAS CORPUS 120.220 (382)HABEAS CORPUS 120.234 (383)HABEAS CORPUS 120.239 (193)HABEAS CORPUS 120.238 (192)HABEAS CORPUS 120.241 (194)HABEAS CORPUS 120.240 (254)HABEAS CORPUS 120.252 (385)HABEAS CORPUS 120.256 (195)HABEAS CORPUS 120.277 (197)HABEAS CORPUS 120.276 (196)HABEAS CORPUS 120.271 (386)HABEAS CORPUS 120.284 (388)HABEAS CORPUS 120.296 (198)HABEAS CORPUS 120.306 (255)HABEAS CORPUS 120.323 (10)HABEAS CORPUS 120.321 (9)HABEAS CORPUS 120.320 (8)HABEAS CORPUS 120.326 (12)HABEAS CORPUS 120.325 (11)HABEAS CORPUS 120.329 (13)HABEAS CORPUS 120.330 (14)HABEAS CORPUS 120.335 (15)HABEAS CORPUS 120.336 (16)

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HABEAS CORPUS 120.344 (17)INQUÉRITO 2.442 (390)INQUÉRITO 3.362 (391)INQUÉRITO 3.739 (392)INQUÉRITO 3.787 (394)INQUÉRITO 3.784 (393)INQUÉRITO 3.799 (395)MANDADO DE INJUNÇÃO 756 (396)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.562 (397)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.058 (18)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.060 (19)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.067 (21)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.064 (20)MANDADO DE SEGURANÇA 27.069 (399)MANDADO DE SEGURANÇA 28.669 (400)MANDADO DE SEGURANÇA 32.040 (401)MANDADO DE SEGURANÇA 32.454 (405)MANDADO DE SEGURANÇA 32.491 (406)MANDADO DE SEGURANÇA 32.568 (22)MANDADO DE SEGURANÇA 32.579 (25)MANDADO DE SEGURANÇA 32.577 (23)MANDADO DE SEGURANÇA 32.578 (24)MANDADO DE SEGURANÇA 32.580 (26)MANDADO DE SEGURANÇA 32.581 (27)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.165 (402)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.258 (403)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.444 (404)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.535 (407)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.563 (408)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.566 (409)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.567 (410)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.436 (420)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.690 (422)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.783 (428)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.663 (351)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.673 (352)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.745 (375)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.780 (353)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.216 (381)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.249 (384)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.278 (387)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 120.301 (389)MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 5.942 (398)PETIÇÃO 4.945 (411)QUINTOS EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 470 (7)RECLAMAÇÃO 2.456 (412)RECLAMAÇÃO 9.163 (413)RECLAMAÇÃO 12.044 (414)RECLAMAÇÃO 12.281 (415)RECLAMAÇÃO 12.430 (416)RECLAMAÇÃO 13.269 (417)RECLAMAÇÃO 13.658 (418)RECLAMAÇÃO 16.263 (419)RECLAMAÇÃO 16.631 (421)RECLAMAÇÃO 16.730 (423)RECLAMAÇÃO 16.751 (424)RECLAMAÇÃO 16.769 (425)RECLAMAÇÃO 16.774 (426)RECLAMAÇÃO 16.787 (28)RECLAMAÇÃO 16.781 (427)RECLAMAÇÃO 16.794 (429)RECLAMAÇÃO 16.799 (31)RECLAMAÇÃO 16.798 (30)RECLAMAÇÃO 16.797 (29)RECLAMAÇÃO 16.802 (33)RECLAMAÇÃO 16.800 (32)RECLAMAÇÃO 16.803 (34)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.674 (318)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.167 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.087 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.047 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.849 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.706 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.703(451) (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 667.980 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.400 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 752.630 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 753.112 (199)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 760.437 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.746 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.915 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.251 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.256 (460)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.285 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.282(461) (527)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.126 (256)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.421 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.808 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.825 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 770.244 (257)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.009 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.230 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.508 (35)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 771.598 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.129 (258)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.600 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.619 (36)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 773.975 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 774.346 (37)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 775.482 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.167 (38)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.270 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.505 (259)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 776.701 (39)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.397 (260)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.401 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.674 (40)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.946 (41)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 779.760 (261)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.048 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.071 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.544 (42)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.822 (200)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.844 (262)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 781.842 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.207 (43)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.210 (44)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.330 (45)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.665 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.786 (46)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.801 (47)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.882 (48)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 782.883 (49)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.224 (50)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.262 (51)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.478 (52)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.660 (53)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.667 (55)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.665 (54)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.712 (57)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.710 (56)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 784.024 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 784.053 (58)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.138 (59)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.196 (63)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.199 (64)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.193 (60)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.194 (61)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 785.195 (62)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.072 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.591 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.882 (201)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.686 (238)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.758 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 722.878 (202)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 724.456 (263)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 724.496 (264)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.228 (211)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.642 (276)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.884 (212)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.969 (265)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 727.568 (213)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 727.578 (203)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.869 (266)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.939 (267)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.949 (268)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.983 (269)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.442 (278)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 732.992 (277)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.259 (270)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.444 (204)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.446 (239)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.349 (271)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.353 (272)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.351 (214)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.360 (273)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4917401

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 151

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.766 (240)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.768 (205)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.769 (241)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.972 (279)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.263 (242)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.609 (243)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.610 (244)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 737.603 (65)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.409 (274)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.293 (275)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.572 (280)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.867 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.574 (66)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.845 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.529 (281)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.635 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.488 (485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.181 (67)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.201 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.412 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.552 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.394 (215)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.381 (206)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.632 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.218 (217)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.254 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.542 (282)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.553 (284)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.775 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.600 (245)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.596 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.981 (207)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.721 (493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.991 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.091 (216)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.464 (495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.103 (285)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.273 (246)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.504 (496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.423 (247)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.439 (249)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.436 (248)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.441 (208)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.469 (250)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.468 (209)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.483 (251)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.481 (210)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.019 (252)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.598 (497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 774.712 (498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.122 (286)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.402 (218)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.011 (499)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.230 (500)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.421 (219)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.233 (287)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.264 (220)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.331 (221)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.478 (501)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.592 (502)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.792 (503)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.891 (504)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.936 (288)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.083 (289)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.093 (290)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.138 (505)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.202 (222)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.368 (223)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.474 (68)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.473 (506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.481 (507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.492 (283)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.750 (69)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 778.993 (291)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.020 (253)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.423 (292)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.478 (70)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.514 (225)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.511 (224)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.564 (508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.842 (293)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.894 (226)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 779.931 (227)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.963 (509)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.052 (510)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.092 (511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.111 (512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.231 (228)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.241 (229)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.381 (513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.593 (514)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.716 (515)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.730 (516)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.740 (71)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.796 (517)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 781.930 (72)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.042 (230)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.078 (232)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.071 (231)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.393 (73)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.417 (518)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.462 (74)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.495 (519)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.536 (75)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.664 (520)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.689 (76)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.692 (77)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.829 (78)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.849 (79)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.850 (80)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.901 (233)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 782.942 (234)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.077 (81)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.296 (82)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.346 (83)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.407 (84)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.422 (294)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.430 (85)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.466 (521)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.616 (86)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.847 (87)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.874 (88)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.940 (89)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.946 (522)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.971 (90)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.007 (91)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.159 (523)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.265 (524)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.276 (92)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.294 (93)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.330 (94)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.418 (95)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.420 (96)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.437 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.462 (525)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.478 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.485 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.480 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.492 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.505 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.531 (526)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.538 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.649 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.643 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.650 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.661 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.666 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.667 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.671 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.678 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.675 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.674 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.683 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.681 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.680 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.684 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.689 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.690 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.693 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.694 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.692 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.696 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.698 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.697 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.702 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.710 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.711 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.717 (129)

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STF - DJe nº 230/2013 Divulgação: quinta-feira, 21 de novembro Publicação: sexta-feira, 22 de novembro 152

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.718 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.720 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.724 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.723 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.739 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.737 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.734 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.747 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.744 (140)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.743 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.742 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.741 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.758 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.756 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.763 (144)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.766 (145)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.767 (146)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.775 (148)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.773 (147)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.779 (149)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.798 (151)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.799 (152)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.794 (150)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.809 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.811 (154)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.827 (156)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.828 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.820 (155)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.832 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.878 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.877 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.927 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.939 (162)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.942 (163)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.967 (167)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.969 (168)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.960 (164)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.964 (165)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.966 (166)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.972 (169)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.986 (170)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.066 (171)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.067 (172)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.106 (173)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.166 (174)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.208 (176)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.202 (175)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.224 (177)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.225 (178)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.232 (179)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.263 (180)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.562 (183)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.560 (181)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.561 (182)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 116.371 (354)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.467 (334)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 118.102 (355)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 118.250 (430)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.273 (431)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.318 (187)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.317 (186)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.316 (185)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.315 (184)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 120.324 (188)REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.332

(296)

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.860 (295)

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