7
www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 19 | JUNHO 2011 Índice Reportagem ..................................1 Editorial ...........................................2 Opinião (Adam Hartung) ..............2 Opinião (Jaime Quesado)..............3 Comentários ................................... 4 Notícias ...........................................5 Agenda de eventos.....................5 Guia para começar a inovar ...... 6 Financiar a inovação ...................7 No passado dia 26 de Maio foi realizada uma nova edi- ção das Jornadas Anuais de Empreendedorismo, no auditório da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém - ESGTS. Organizadas pelo departamento de marketing e re- cursos humanos da ESGTS, com a colaboração dos fi- nalistas, da turma pós-Laboral, do curso de Marketing e Publicidade tiveram como tema “Empreendedorismo em tempos de crise” . A sessão foi iniciada pelo director da ESGTS, Ilídio Lo- pes, que realçou para a pertinência do tema e que as jornadas são também uma forma de “incutir dinamis- mo na vida académica da escola” . (Continua na página 4) Jornadas de empreendedorismo na escola Superior de Gestão de Santarém REPORTAGEM Francisco Pegado, representante do IAPMEI, Ilidio Lopes, director do ESGTS e Fernando Gaspar, docente. WORKSHOP VENDAS DE 15 * JUNHO PORTO 17 * JUNHO LISBOA Transforme a sua empresa numa máquina de vendas AUMENTE OS SEUS RESULTADOS Destinatários Empresários, Directores Comerciais e Profissionais da Área Comercial e Vendas Benefícios * Planeamento estratégico e processual na actividade comercial Como atingir os objectivos * Gestão do Tempo O meu organigrama pessoal O planeamento Execução Recursos pessoais * Psicologia e Dinâmica das Vendas Compreender as variáveis a controlar no processo comercial * A Reunião de Vendas Organizar e gerir a reunião de vendas garantindo os máximos resultados: - Abertura - Diagnóstico - Apresentação - Fecho - Venda repetida e referências INSCRIÇÕES/INFORMAÇÕES INDIVIDUAL Preço: 149,00 Euros + IVA Oferta especial assinantes Vida Económica: 119,00 Euros + IVA CONTACTOS: Patrícia Flores Telf.: 223 399 466/00 E-mail: patriciafl[email protected] Orador PAULO DE VILHENA Autor do best-seller “O Livro Secreto das Vendas – O Mapa Mental dos Super Comerciais Desvendados” .

RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 19 | Junho 2011

Índice

reportagem ..................................1

editorial ...........................................2

opinião (Adam Hartung) ..............2

opinião (Jaime Quesado)..............3

Comentários ...................................4

notícias ...........................................5

Agenda de eventos .....................5

Guia para começar a inovar ......6

Financiar a inovação ...................7

no passado dia 26 de Maio foi realizada uma nova edi-ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo, no auditório da escola superior de Gestão e tecnologia de santarém - esGts. organizadas pelo departamento de marketing e re-cursos humanos da esGts, com a colaboração dos fi-nalistas, da turma pós-laboral, do curso de Marketing

e Publicidade tiveram como tema “empreendedorismo em tempos de crise”.A sessão foi iniciada pelo director da esGts, Ilídio lo-pes, que realçou para a pertinência do tema e que as jornadas são também uma forma de “incutir dinamis-mo na vida académica da escola”.

(Continua na página 4)

Jornadas de empreendedorismona escola Superiorde Gestão de Santarém

RepoRtagem

Francisco Pegado, representante do IAPMEI, Ilidio Lopes, director do ESGTS e Fernando Gaspar, docente.

WorkshopVendasde 15*

Junhoporto

17*

JunhoLisboaTransforme a sua empresa numa máquina de vendas

Aumente os seus resultAdos

destinatáriosEmpresários, Directores Comerciais e Profissionais da Área Comercial e Vendas

benefícios* planeamento estratégico e processual na

actividade comercialComo atingir os objectivos

* Gestão do tempoO meu organigrama pessoalO planeamentoExecuçãoRecursos pessoais

* psicologia e dinâmica das VendasCompreender as variáveis a controlar no processo comercial

* a reunião de VendasOrganizar e gerir a reunião de vendas garantindo os máximos resultados:

- Abertura- Diagnóstico- Apresentação- Fecho - Venda repetida e referências

insCriÇÕes/informaÇÕes indiViduaL

Preço: 149,00 Euros + IVAoferta especial assinantes Vida económica: 119,00 euros + iVa

ContaCtos:Patrícia Flores

Telf.: 223 399 466/00E-mail: [email protected]

oradorpauLo de ViLhena

Autor do best-seller “O Livro Secreto das Vendas – O Mapa Mental dos Super Comerciais Desvendados”.

Page 2: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 2

newsletter n.º 19 | Junho 2011

Um exemplode incapacidade nacional

Fiquei surpreendido com uma recen-te notícia sobre o controlo dos mon-tantes gastos pelos partidos políticos na presente campanha eleitoral.esta parte não é a que me espanta, fico sem palavras quando ao interes-sar-me mais pela notícia, fico a saber, que a dita auditoria só poderá ficar concluída para o Verão de 2012, atra-so que se deve ao facto de a dita co-missão de auditoria ficar a aguardar a recolha e envio das facturas dos partidos para confrontação com o registado pelos auditores/observa-dores nesta campanha.só as empresas e os cidadãos é que são obrigados a cumprir, os restantes (partidos) vão cumprindo.Algo está mal quando uma “simples” tarefa demora um ano ou mais a ser auditada.Como é que um país com este tipo de controlo pode ser posto à prova para cumprir com as recentes exigências dos nossos credores. não me parece que tenhamos a tal capacidade para cumprir esses prazos como vemos por este pequeno exemplo de uma simples auditoria ou estas contas são mera fantasia? Deveria ser o estado a dar o exemplo.A noção do tempo de execução de tarefas, a sua aplicação a actividades, sejam elas quais forem, e, nomeada-mente, as respeitantes à incentiva-ção da inovação e do empreende-dorismo, levam-nos a acreditar que para muitos é mais uma palavra com uma visibilidade mediática muito forte e por essa razão, acredito que não passe mesmo desse patamar. esperemos que algo mude neste ca-pítulo, estamos numa situação onde não temos tempo para ouvir os teó-ricos dizerem o que devemos fazer, é tempo de as pessoas com responsa-bilidade deste país mostrarem o que deve ser feito e como se consegue atingir as metas desejadas.não basta dizer que temos de ex-portar mais, têm de nos dizer como se consegue exportar mais nas con-dições actuais de mercado, temos de criar riqueza e postos de traba-lho, também aqui é preciso explicar como se consegue alterar este esta-do de situação.estamos num tempo onde não nos basta dizer, é preciso que digam como se faz, quais as medidas e como se aplicam.Agora é que vamos ver de uma vez por todas, quem na verdade conse-gue mobilizar as pessoas e a econo-mia, é que gerir sem dinheiro é só para “profissionais”, e esses infeliz-mente não abundam.

Vamos inovar e empreender.

Jorge oliveira [email protected]

editorial

Pfizer: aprender a crescer com o exemplo da Google!

opINIÃo

• Muitos líderes dedicam demasiado esforço à minimização das incertezas;

• A recompra de acções reflecte o receio da incerteza;

• As empresas com bons desempenhos investem em novos mercados, produtos e serviços;

• o sucesso resulta não só do investimento, mas da capacidade de perceber rapidamente o que resulta (e o que não resulta) e fazer celeremente as adaptações necessárias.

“Se não se fizer nada, não se pode falhar “ dizia o meu chefe.

eu tinha 20 anos e trabalhava sob o tórrido sol de Julho em oklahoma num elevador de grãos. tinha pedido à equipa de manutenção que alte-rasse uma ferramenta pois acredita-va que dessa forma o equipamento funcionaria mais rápido. Infelizmente, a minha ideia falhou e a produção começou a manifestar atrasos. tive de pedir que a ferramenta fosse no-vamente colocada na sua posição original, e desculpei-me perante o gestor do equipamento.Foi nesta altura que ele utilizou a expressão com que abri o artigo, e disse-me também para “nunca de-sistir de tentar fazer melhor. És um jovem inteligente. Por vezes, as ideias resultam, mas outras vezes não, mas se não tentarmos nunca saberemos. Foi por isso que concordei com a tua ideia original. Até aceito alguns “er-ros” bem intencionados desde que sejam uma forma de aprendizagem. Agora, volta ao trabalho e tenta recu-perar a produção até ao final do dia”.Poucos são os líderes que hoje em dia dão ou seguem tal conselho. o the economist debruçou-se de for-ma eloquente sobre o facto de, actu-almente, os líderes não gostarem de qualquer tipo de incerteza (ver “From tsunami’s to typhoons”). A maioria toma conscientemente medidas que visam reduzir as incertezas – inde-pendentemente do seu impacto nos

resultados! em vez de aproveitarem as vantagens dos acontecimentos e das tendências optam por algo muito diferente, intencionalmente rejeitam as alterações do mercado e procuram dar a ideia que as coisas não estão a mudar – apensar das al-terações massivas! o simples facto de existir qualquer incerteza parece ser uma situação preocupante, visto que os líderes não querem ou não sabem lidar com as incertezas. este medo das incertezas manifesta-se nas decisões de recompra de ac-ções, em vez de se traduzir em inves-timentos em novos produtos, serviços e mercados. 24/7 wall street registou 34 mil milhões de dólares em anún-cios de recompras de acções no início de Fevereiro (2011 stock Buybacks on Fire), tendo este valor sido actualizado no final do mês para 40 mil milhões de dólares. literalmente isto correspon-de a dezenas de empresas que optam por gastar o seu dinheiro na recompra das suas próprias acções, o que não cria qualquer valor económico, em vez de optarem por fazer investimen-tos que poderiam ajudá-las a crescer. e não se trata apenas de empresas com perspectivas de futuro limitadas, aqui se incluem também entidades como Pfizer, Astra-Zeneca, electronic Arts, Medcohealth, Verizon, semantec, Yum! Brands, Quest, Kohl’s, Varian e Ga-mestop entre muitas outras.todas estas empresas têm oportuni-dades de crescimento – na verdade todas as empresas têm oportunida-des de crescimento. Mas, a incerteza implica o gasto de dinheiro em qual-quer coisa que pode ou não resultar. Assim, as empresas estão a optar por

pegar em dinheiro que lhes custou a ganhar e a gastá-lo na recompra das acções da empresa. A verdadeira certeza deste investimento é que ele limita o crescimento – e eventual-mente pode resultar numa empresa mais pequena e que vale menos. não se esqueçam, o único investimento que sara lee fez na Brenda Barnes nos últimos cinco anos foi a recom-pra de acções – agora a empresa encolheu para menos de metade da sua dimensão e o valor acumulado dos fundos próprios desintegrou-se. ninguém ganha a recomprar acções – à excepção dos executivos seniores que recebem compensações associa-dos ao valor das acções. num artigo da harvard Business re-view umar haque adverte os líderes de hoje em dia “Fail Bigger Cheaper: A three word Manifesto.” os investido-res de sillicon Valley, que compreen-dem as alterações de uma economia da informação, estão menos interes-sados na “escala” e muito mais inte-ressados na forma como os líderes, e as suas empresas aprendem depressa – para verem também mais depressa onde podem falhar – e serem assim suficientemente perspicazes para se adaptarem tendo em conta o que aprenderam. não apenas para conse-guir mais do mesmo de forma melhor, mas para identificar alvos maiores – grandes oportunidades – do que os que tinham imaginado originalmente. Muitas vezes o “falhanço” pode levar uma empresa a grandes oportunida-des com resultados ainda melhores. É por isso que empresas como Goo-gle, Apple, netflix, Virgin, ou Cisco não recompram as suas próprias acções. estas empresas vêem opor-tunidades e investem. nem todas resultam. lembram-se do Google wave? tinha óptimo aspecto – mas não resultou – e qual é o problema? A Google aprende com o que resulta e com o que não resulta, utiliza essa informação para desenvolver novos mercados, mais poderosos e com potencial de crescimento.

(Continua na página seguinte)

adam HarTungManaging Partner,

Spark Partnerswww.adamhartung.com

Page 3: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 3

newsletter n.º 19 | Junho 2011

opINIÃo

o sucesso protagonizado pelo Pro-jecto Mobi.e, recentemente acolhi-do em shangai como um exemplo de benchmarking, constitui um passo importante na construção dessa nova “sociedade aberta” cen-trada na defesa do ambiente, uti-lização de energias renováveis e consolidação duma relação mais dinâmica entre as pessoas e o seu espaço. A tentação do carro eléc-trico protagoniza um compromis-so entre a ecoeficiência, essencial em tempo de escassez energética, e um novo conceito de integração urbana, assente na qualidade de vida das pessoas.o carro eléctrico representa de facto uma nova resposta às expec-tativas de uma sociedade cada vez mais exigente nas suas solicitações de uma vida complexa. o carro eléctrico corresponde a um mode-lo de arquitectura simples, habita-bilidade adequada e motorização assente em baterias eléctricas que assegura uma autonomia limitada mas permanentemente recarrega-

da. ou seja, o carro eléctrico assu-me-se como um “passo em frente” face a soluções de carros de cida-de já em acção, com a vantagem suplementar da aposta em novas fontes de energia e conceitos de defesa do ambiente.o sucesso do carro eléctrico depen-de de três grandes factores. Antes de mais, da capacidade do construtor em assegurar um modelo técnica e economicamente viável e cuja uti-lidade efectiva seja percebida pelo consumidor. Depois, torna-se fun-damental que o nível de assistência e apoio na sua utilização esteja em permanente renovação, de forma a conseguir um elevado nível de cum-primento das expectativas criadas. Mais do que tudo, o carro eléctrico tem que passar a assumir-se como um “operador de modernidade” es-sencial para garantir a tão sustenta-bilidade estratégica assente na defe-sa da energia e do ambiente.A produção do carro eléctrico representa também um desafio para os conceitos tradicionais da

indústria automóvel. não restam dúvidas de que os conceitos de “produção em séries adequadas” associadas ao perfil de carro que se pretende vai implicar um salto em frente na gestão da organização industrial. o carro eléctrico, pelos enormes requisitos que suscita em matéria de cumprimento de nor-mativos ambientais e energéticos vai obrigar a uma revolução do co-nhecimento na forma como se in-corporam módulos, utilizam moto-rizações e sobretudo se posiciona

um conceito de produto voltado para os novos espaços ambientais.richard Florida, o “guru” das Cida-des Criativas, é claro ao afirmar que é mais do que nunca fundamental para as pessoas saberem reen-contrar-se com os seus espaços, os seus hábitos quotidianos, a sua dimensão de qualidade de vida. o “diálogo” à volta dos novos concei-tos de mobilidade e sustentabili-dade domina os grandes fóruns internacionais e a aposta em novos instrumentos para ganhar esta ba-talha do futuro não pára. As pessoas precisam de uma nova liberdade. Assente na sua convic-ção de que estão a ocupar um es-paço que sendo de todos é no en-tanto enriquecido por uma leitura individual assente na inovação e criatividade. o carro eléctrico vem dar o seu contributo. Incentiva a utilização de energias renováveis, qualifica o ambiente, dá uma nova dimensão ao espaço público das cidades. É uma tentação que veio para ficar.

a nova aposta na mobilidade

franciscoJaime quesado

Administrador do CEIIA – Centro para a Excelência e Inovação

da Indústria Automóvel

Pfizer: aprender a crescer com o exemplo da Google!opINIÃo

(Continuação da página anterior)

há muito tempo atrás o insucesso com o PDA newton levou a Mac a restringir-se ao desenvolvimento do Mac – o que quase levou a em-presa ao colapso em 2000. Desde então, através do investimento em novos mercados e produtos o cres-cimento das receitas e dos lucros da Apple têm disparado, tornado esta empresa mais valiosa que a sua arqui-rival Microsoft e muito perto de ser a empresa cotada com mais valor. A Virgin utilizou o seu sucesso no mundo da música a retalho para entrar no negócio das companhias aéreas transatlânticas (Virgin Atlan-tic). Desde então já lançou dezenas de negócios. Alguns não resultaram – como por exemplo o Virgin Bridal, mas muitos foram bem sucedidos

tais como Virgin Money, Virgin Mo-bil, Virgin Connect – apenas para dar alguns dos exemplos dos negócios da Virgin que contribuíram para o crescimento da empresa e para a criação de valor. ninguém quer falhar. Mas a não ser que não façamos nada, é inevitá-vel errar. nenhum líder ou empresa pode criar valor se não ultrapassar o medo da incerteza e se não investir na inovação. Mas, associado a este investimento está a necessidade de conseguir perceber rapidamente se a inovação está ou não a resultar. e fazer as adaptações. Algumas coisas implicam tempo para que o merca-do se desenvolva, outra requerem avanços tecnológicos, e outra preci-sam de uma mudança de direcção para novos clientes. É a capacidade de investir em situações incertas, de depois prestar atenção à res-

posta do mercado para reconhe-cer se a ideia está a resultar, e de se adaptar constantemente ao que se

aprende no mercado que faz com que estas empresas criam actual-mente riqueza.

Fonte: Silicon Alley Insider of BusinessInsider.com

Page 4: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 4

newsletter n.º 19 | Junho 2011

RepoRtagem

toRNe-se membRodo Nosso gRupo

toRNe-se fà da INovaçÃo& empReeNdedoRIsmo

Jornadas de empreendedorismona escola Superior de Gestão de Santarém

ComeNtáRIos

Constantino Silva - Recebi a Newsletter em as-sunto, que como sempre li com muito interesse.O editorial de sua autoria, remete para um pro-grama televisivo que tive oportunidade de ver, e que reflecte um problema que afecta as socieda-des ditas ocidentais e o chamado Estado Social.A entrada em cena das novas economias cuja população está disponível a cedências para obter mais rendimentos e melhoria de vida, vai inevitavelmente obrigar a um nivelamento por baixo, ou seja, melhoria do nível de vida dos novos países com consequente downgrade das economias ocidentais,

Remeto-lhe em anexo uma entrevista ao pro-fessor chinês de economia Kuing Yamang (não sei se já a tinha lido), que viveu durante vários anos em França e que:

1 - Reflecte aquilo que vimos dos trabalha-dores tailandeses versus portugueses.

2 - Que eles (chineses) têm consciência do que está a acontecer.

3 - Eles estudaram nos nossos países, falam a nossa língua, conhecem a nossa cultu-ra e modo de pensar e agir e nós sabe-mos muito pouco sobre eles.

4 - Que eles são um “IMPÉRIO” e estão a exe-

cutar a “Arte da Guerra”, a económica para nos dominar a prazo.

Espero ter contribuído com uma outra perspec-tiva.

i&e - Caro Constantino, agradeço o seu co-mentário e como tive oportunidade de lhe responder, a sua opinião contribui para uma outra perspectiva sobre o assunto e que de-veria ser encarada com muito maior atenção e cuidado pela parte dos nossos “responsá-veis” que infelizmente não têm um visão de longo prazo como o povo chinês.

(Continuação da página 1)

em seguida, Francisco Pegado, em representa-ção do IAPMeI, sem “receitas milagrosas” para alcançar o sucesso nem “grandes novidades”, procurou explicar, perante o auditório cheio, a importância do empreendedorismo em tem-pos de crise. “este é o momento adequado para novas ideias. este período difícil exige espírito empreendedor e é agora que se revelam os grandes empreendedores. o futuro passa pela capacidade de inovar”, frisou.Abordou também as diversas formas de finan-ciamento existentes, desde soluções de crédito a capital de risco.Pedro nunes, em representação do Clube Busi-ness Angels de santarém, apresentou diversos casos de sucesso, a nível nacional e também na região de santarém, e demonstrou como os Business Angels ajudam os empreendedores. “o Business Angel ajuda a encontra soluções”, salientou.Maria siqueira, em representação do Millen-nium BCP, abordou os modelos de financia-mento.

tiago Martins e João leal, alunos da esGts, apre-sentaram um estudo de mercado sobre apli-cações para smartphones e a sua importância como oportunidade de negócioJoão sarmento, em representação da empresa Pédeção Construções e Vítor Francisco tam-bém empresário encerraram a sessão com o seu testemunho pessoal, e deram vários con-

selhos aos presentes sobre como ter êxito na vida empresarial.o evento registou a presença de estudantes, bem como de outras pessoas com interesse pelo tema, cientes de que os empregos para toda a vida deixaram de existir e de que o empreende-dorismo pode ser a resposta à crise.

Pedro amorim

Page 5: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 5

newsletter n.º 19 | Junho 2011

agenda de eventoSNotíCIas/aRtIgos

comiSSária euroPeia diScurSa na chinaPara oS finaliStaS do ceiBSPor Máire Geoghegan Quinn

A Comissária Máire Ge-oghegan-Quinn fez um discurso na China europe International Business school (CeIBs), Xangai, a propósito da parceria entre a ue e a China, na investigação, inovação e na cooperação científica. A Comissária também entregou os certificados aos alunos finalistas do CeIBs. o CeIBs foi cria-

da em 1994 como uma joint venture entre a Comissão europeia e o Ministério chinês do Comércio exterior e Cooperação económica. no seu discurso, a Comissária destacou: “o testemu-nho da excelência que pode ser alcançado quando a união europeia e China juntam forças.”

29global

innovations in Health

Chicago, EUA

04edUleaRn11

Barcelona, Espanha

31international

council on innovation in

Higher educationMiami, Florida, EUA

05conference on

‘Systems of innovation and

the new role of Universities’

(coSinUS)Bristol, Reino Unido

1412th european conference on creativity and

innovation ecci xii

Faro, Portugal

JUnHo 2011

JUlHo 2011

SetembRo 2011a diderença que um ceo Pode fazer na inovação emPreSarialPor Stefan Lindegaard

refleti sobre esta questão e deci-di pedir ajuda a alguns amigos da Psion, uma empresa líder em solu-ções de computação móvel.o seu Ceo, Conoley John entrou para a Psion em 2008 e decidiu logo no início que a inovação aberta seria o caminho para a Psion. ele faz um grande trabalho de partilha de conhecimentos a partir da perspectiva de execução sobre os seus esfor-ços e uma de suas ferramentas é escrever com frequên-cia no blog hisown.estou impressionado pela sua abordagem, e eu apro-veitei a minha interacção com ele e olhei para as res-postas dos meus amigos da Psion sobre a questão co-locada. esta foi a forma como eles responderam:- Capacidade de equilibrar;- relacionamento;- Disponivel para as tarefas mais duras;- evitar a dedicação à micro-gestão;- Bom comunicador.

ProGrama eureKa-euroStarS e 7º ProGrama-quadro

o gabinete uPIn – universidade do Porto Inovação, em parceria com o a Agência de Inovação (AdI), o Gabinete de Promoção do 7º Programa-Quadro (GPPQ) e a As-sociação empresarial de Portugal (AeP), promove no próximo dia 16 de Junho, pelas 14h30, no anfiteatro da AeP, uma sessão de informação sobre oportunidades de financiamento de I&D para PMe: Programa eureKA-eurostArs e 7º Programa-Quadro.

corKwall® Ganhou Prémio de inovação na teKtónica

A solução natural baseada em produtos sustentáveis para isolamento térmico Corkwall®, um produto fa-bricado pela CortICeIrA AMorIM, ganhou o Prémio de Inovação 2011 na tektónica, uma iniciativa lançada com o objectivo de promover produtos inovadores, serviços e equipamentos, permitindo assim que as em-presas que operam num mercado em rápida mudança estejam preparadas para apresentar novos produtos e soluções.esta nova solução é mais uma prova do potencial de utilização da cortiça na indústria da construção, espe-cialmente em projectos com foco na sustentabilidade. Além de ser um material natural e ecológico, a cortiça tem um número de vantagens que a catapultam para uma posição invejável na construção sustentável: na verdade, a cortiça é um produto 100% natural.

Page 6: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 6

newsletter n.º 19 | Junho 2011

guIa paRa ComeçaR a INovaR

Sabe dizer quais as inovações que vão surgir?um dos maiores desafios enca-rados por qualquer líder é a ha-bilidade de antecipar novas tec-nologias, novos concorrentes, e novos modelos de negócios. eu acho que há muitas maneiras diferentes de explorar o futuro e tentar antecipar o que irá sur-gir de novo no mundo dos ne-gócios. Abaixo descrevo as três abordagens que mais gosto de utilizar:

1. navegue na fronteira da tec-nologia;2. Aproveite a “boleia” com as tendências exponenciais;3. Compre o seu caminho para o futuro.

estas três abordagens não são exaustivas, mas juntas elas po-dem ser muito úteis para gesto-res e líderes que querem anteci-par as inovações que irão surgir.

1. navegue na fronteirada tecnologia:

“o futuro já está aqui, só não está uniformemente distribuído” é uma citação atribuída ao ciber escritor william Gibson. se olhar para as tarefas ou trabalhos que possuem um grande desafio de execução – irá encontrar um in-teressante conjunto de soluções que podem dar algu-ma ideia do que po-deria se tornar “po-pular” no futuro. Por exemplo, o robert Ballard, o explora-dor mais conhecido pela descoberta do titanic, criou o Inner space Center, em rhode Island, que tem enormes telas de alta definição que permitem ao cien-tista acompanhar o andamento de dois navios oceânicos de pes-quisa em tempo real, na medida em que eles vão fazendo desco-bertas ao redor do mundo. um navio, o okeanus tem dois veí-culos robotizados que podem ser utilizados para exploração submarina, e o mais novo, o nau-

tilus tem quatro. Como pode ver, Ballard explorou o titanic com robôs.Ballard disse: “Por que deveria deslocar meu corpo para um site de pesquisa, quando eu só pre-ciso de mover o meu espírito?” o seu laboratório, e os navios estão conectados à Internet 2.0, com uma velociade de transmis-são de dados 10 mil vezes mais rápida que a internet comum. Isso permite que eles compar-tilhem um volume enorme de informação de alta fidelidade para colaboração e resolução de problemas. olhando para uma actividade como esta “no limite” da tecnologia, pode ter ideias de

como utlizar esse mesmo enfoque para inovar no seu contexto empre-sarial e antecipar o futuro.este processo de procura de tarefas ou trabalhos extre-

mos é a antítese do “benchma-rking” que procura as melhores práticas em torno de tecnologias que já são “populares” (em oposi-ção à futuras tecnologias).

2. aproveite a boleiacom as tendências exponenciais:

hoje me dia, sabemos que o custo do sequenciamento do

gene humano está diminuindo mais rapidamente do que a lei de Moore (i.e., teoria criada pelo engenheiro Gordon e. Moore que diz que o poder dos proces-sadores de computador dobra a cada dois anos, enquanto o pre-ço permanece o mesmo). nesse sentido, o que esta redução exponencial em custos significa para tudo aqui-lo que fazemos hoje em dia, desde a gestão de identidade até a repressão ao crime? Quais organizações e quais funções que irão mu-dar com esta gigantesca e ba-rata tecnologia biológica? esta é apenas uma tecnologia que se está a mover a um ritmo ex-ponencial. no livro “A singulari-dade está próxima”, o autor ray Kurzweil documenta várias ten-dências – e, como ray observa, é possível “ver o futuro”, se pres-tar atenção para a confluência de tendências exponenciais em tecnologia.este processo de análise das tendências exponenciais não é nada parecido com previsão tradicional de tecnologia, que tende a olhar para as projeções de melhoria de forma linear e incremental. os métodos tradi-cionais de previsão tecnológica, não contemplam os saltos tec-nológicos resultantes da conver-gencia de múltiplas forças expo-nenciais.

3. compre o seu caminhopara o futuro:

Alan Kay, o pesquisador que in-ventou a interface de janelas sobrepostas para computado-res disse: “Qualquer empresa pode comprar o seu caminho para o futuro 5, 10 ou mais anos na frente. eles só precisam de gastar o dinheiro, e os militares

(junto com o ministério da de-fesa) fazem isso o tempo todo.” ele está certo, já que muitas tec-nologias que estão a um ritmo exponencial de melhoria po-dem ser compradas por grandes empresas como uma forma de experimentar agora um futuro

que está por vir. A história apócrifa de steve Jobs de inventar o iPad, e lançar o iPho-ne, foi devido ao facto de que ele estava pro-jetando que

no futuro as telas para produtos eletronicos seriam muito bara-tas e de alta qualidade. era cedo para lançar o iPad, por isso que ele lançou primeiro o iPhone. na minha opinião, se Jobs não estivesse tentando comprar o seu caminho para o futuro, ele nunca teria visto essas possibili-dades. hoje em dia, as empresas deveriam pensar em novos pro-dutos e serviços para um mun-do em que a “banda larga” será muito barata. Por exemplo, eles poderiam instalar recursos de vídeo conferência super avança-dos em uma parte da empresa para ver como seria trabalhar num ambiente aonde você esta sempre ligado, em alta definição e alta velocidade. na minha per-cepção, esse ambiente de traba-lho será diferente e mais produ-tivo. Agora é a hora de comprar o seu caminho para o futuro para vê-lo.Isso não é o mesmo que construir protótipos. essa ideia de comprar o seu caminho para o futuro é a concepção do trabalho real mas com tecnologia que custa muito caro hoje, mas que amanhã será muito mais barato.Bem, essas são pelo menos três maneiras de ver quais inovações que vão surgir no futuro. utili-za outros métodos? Quais deles você prefere?

AleXIs GonçAlVesProfessor-adjunto no John F.

welch College of Businesssacred heart university,

Fairfield, Ct, usAAutor do livro “Innovation

hardwired”

“o futurojá está aqui,só não está

uniformemente distribuído”

“Qualquer empresa pode compraro seu caminhopara o futuro 5,10 ou mais anos

na frente.

Page 7: RepoagemRt Jornadas de empreendedorismo na escola Superior ...mailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2011-06/inovacao/inova… · ção das Jornadas Anuais de empreendedorismo,

Página 7

newsletter n.º 19 | Junho 2011

inovação – o PaPel doS emPreSárioS

De há uns anos a esta parte os empresários portugueses compreenderam as forças da mudança tendo desenvolvido estratégias de diferenciação dos seus produtos ou serviços, acrescentando valor na cadeia de valor das suas actividades. Porém, fruto da tradição e de algum facilitismo muitos tendem a considerar o Governo como a entidade que tem de resol-ver os seus problemas.não há dúvida que o Governo tem o dever e obrigação de criar um ambiente geral favorá-vel à competitividade, de implementar políticas públicas em diversos domínios orientadas para esse objectivo, ou seja, o estado tem, sem dúvi-da, uma missão de enquadramento e de estímu-los imprescindíveis. se isto é verdade, também não é menos verdade, que uma sociedade livre e activa, protagonista e menos expectante das ajudas do estado, é que constitui a chave da ri-queza e do desenvolvimento.A capacidade de iniciativa empresarial e a capa-cidade de inovação são, na economia global em

que todos nós nos inserimos e actuamos, a cha-ve da riqueza e do desenvolvimento.não é por acaso que as sociedades mais dinâ-micas são aquelas em que existe uma capacida-de empresarial acumulada de excelência. neste campo, Portugal tem feito muitos progressos, não obstante as conhecidas debilidades de ca-pacidade de iniciativa empresarial e Inovação. Contudo, há bons exemplos de empresas que, em devido tempo, elencaram a Inovação como

factor chave para o seu desenvolvimento e so-brevivência, tudo fruto de uma visão mais abran-gente e dinâmica imposta pelos empresários, que não tiveram medo de arriscar, de assumir o risco, de incentivarem os seus quadros a contri-buir com ideias por mais “estúpidas” ou “desca-bidas” que à partida pudessem parecer, que os incentivaram e fizeram-nos sentir “importantes. os exemplos podem e devem ser usados, não para ser copiados, mas como pontapé de saí-da para futuras iniciativas que visem aumentar a Inovação por um lado e, por outro lado, criar riqueza.em resumo, temos que uma empresa só pode avançar e progredir com exemplos de sucesso, com uma cultura de excelência e de Inovação: não se progride com discursos miserabilistas ou com estados de espírito derrotistas arreigados, ou reféns do passado.

lUíS aRcHeR – [email protected]

Ficha técnica:coordenador: Jorge Oliveira Teixeiracolaboraram neste número: Adam Hartung Alexis Gonçalves, Francisco Jaime Quesado, Luís Archer e Pedro Amorimtradução: Lisbeth FerreiraPaginação: José Barbosacontacto: [email protected]

Subscreva aqui outras newsletters