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Nº2 | Fevereiro 2015 Associação CAIS | Edição Lisboa Distribuição Gratuita Fotografia Viagem a Goa (p. 4 e 5) Memórias A minha verdadeira 1ª escola (p. 6) Opinião Peça Al Pantalone (p. 3)

Reporteres de rua 02 lisboa

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Nº2 | Fevereiro 2015 • Associação CAIS | Edição LisboaDistribuição Gratuita

Fotografia Viagem a Goa (p. 4 e 5)

Memórias A minha verdadeira 1ª escola (p. 6)

Opinião Peça Al Pantalone (p. 3)

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International Year of Light 2015

Em Dezembro de 2013, declarou a Assembleia Geral das Nações Unidas que 2015 seria o Ano Internacional da Luz.

A luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico. A Luz como matéria da vida e do bem-es-tar de todos os seres vivos.

Costuma-se dizer que “o que passou, passou” e por isso mesmo, quando termina um ano, o calendário muda de algarismos e as pessoas mudam de vida... “Ano novo, vida nova!”. Pelo menos desejam e tentam. Para a maioria, a passagem de ano é sinal de renovação, de oportunidade de viver num mundo melhor.

Certo é que, os anos passam (e o tempo também) e se 2014 foi, no calendário chinês, o ano do Cavalo – ano de conflitos –, 2015 vai ser pacífico, harmonioso e tranquilo, segundo a profecia chinesa, para quem acredita.

Nós continuamos a acreditar no trabalho de equipa e partilhamos as nossas notícias.

Nesta edição, e após um Janeiro em redacção e sem pa-lavras para fora, damos conta dos principais aconteci-mentos que marcaram 2014 e mostramos como pode-mos contribuir para um 2015 mais feliz.

Para os nossos leitores, desejamos o melhor 2015... com muita Luz!

E fez-se luz...!

Vi uma mulher a dar à luzMesmo na presença de JesusE não foi nada complicadoMesmo para a vida do nado

E então Jesus sorriuQuando a mulher descobriuQue o seu filho bem queridoPerto do Jesus aparecido

E Jesus então saiuE a casa então descobriuE a família ficou felizEntão com mais um petiz.

Nº 2 // Fevereiro 2015

Editorial—

Poesia—Luz • Por Mário Oliveira

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-A falência do BES e o descalabro do Grupo Espírito Santo, assim como a prisão do nosso ex-primeiro ministro, José Sócrates, foram de facto os piores acontecimentos que marcaram o ano passado, tornando-o no pior ano de sempre.

Fomos abalados por uma onda de situações que modifi-caram totalmente o nosso comportamento em relação aos políticos. Uma das consequências que trouxe para o país foi a má reputação do Governo português para o estrangeiro.

A Comunidade Europeia tem medidas que não são do agrado da oposição ao Governo mas não temos alter-nativa – somos seguidores das directrizes económicas europeias.

Em relação às condições de vida, fizeram-se cortes nas pensões dos reformados – os idosos foram os mais penalizados em relação aos apoios sociais. As ofertas de emprego foram escassas, e a par disso, o custo de vida aumentou – há cada vez mais famílias portuguesas no limiar da pobreza e que pedem ajuda a instituições.

+Este foi, sem dúvida, o ano do Ébola, que matou milhares de pessoas em todo o Mundo. De apontar que foi desenvolvida uma cadeia de slogans e muitas institui-ções foram solidárias com todo o movimento de apoio às famílias das vítimas desta doença.

Não nos esquecemos do atleta Cristiano Ronaldo, que fez uma exibição única, deixando o mundo inteiro atento aos seus passos. Recebeu a condecoração máxima como jogador. É o melhor atleta do ano no futebol.

Destaque também para as melhorias das condições do sistema de saúde português, que foi apetrechado com novas e melhores máquinas, tanto em laboratórios de investigação como nos centros médicos.

Apesar das dificuldades ainda vividas pelos portugueses, 2014 foi o ano da saída oficial do programa de assistência financeira em Portugal, a Troika.

Tivemos em Portugal uma grande iniciativa – a Ope-ração Nariz Vermelho – por parte de uma instituição portuguesa, que fez uma campanha juntando vários artistas, e pessoas ligadas a rádio e à televisão, com o intuito de oferecer sorrisos a crianças hospitalizadas.

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Falar de “Al Pantalone”, de Mário Botequilha, é falar do Teatro Meri-dional, uma companhia itinerante, que já arrecadou prémios nacionais e internacionais com as variadas apresentações que fizeram.

É uma história cómica que fala da sociedade e do poder político financei-ro actual em Portugal, mas com nuances dramáticas devido aos amores e desamores que se enredam na própria história. Posso dizer que gostei muito do espetáculo e por isso quero felicitar os actores pelas suas gran-des encenações dos textos.

Parabéns e muito obrigado pelos momentos deliciosos que me fize-ram sentir.

No ano que terminou, foram muitos os acontecimentos que marcaram o país e as nossas vidas, tanto pela positiva como pela negativa. Da economia, à sociedade passando pelo desporto, estas são as nossas escolhas, os nossos pareceres sobre aquilo que marcou o ano de 2014.

As Nossas Notícias —Uma Retrospectiva de 2014• Por Jorge Ferreira, José Carapinha, José Vaz, Onyekwere Ogbodo e Tumane Turé

Opinião—Peça “Al Pantalone”• Por Mário Oliveira

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10 de Janeiro de 2014. Comecei uma viagem de ócio a Goa, na Índia, por alguns meses com amigos. Este foi o descobrir de uma parte do mundo que tanto difere dos nossos hábitos e características ocidentais.

Talvez seja a organização e burocracia dos serviços que difere a Índia, a olhos vistos, do mundo ocidental. Tudo está escrito em hindi (língua indo-ariana) e 95% dos produtos não têm preço - é preciso negociar.

Em Goa nunca fomos incomodados por moscas ou mosquitos. Nem formigas ou qualquer outro animal.

É como se cada um ocupasse o seu lugar sem incomodar os outros. Foi aqui que me dei conta disso. Cada um ocupa o seu lugar, respeitando de forma inata e natural o espaço dos outros, ocupando-se dos seus assuntos. Aqui cada religião, profissão ou negócio, é respeitada. Não existe invasão por uma pessoa não acreditar no que outra acredita.

Mas o goês é amável e defende a verdadeira sensação de liberdade de viver e deixar viver. A humanidade é uma regra que está sempre presente.

Fotografia—Viagem a Goa • Por Emílio Marques

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Em 1965, em Conakry – a capital da República da Gui-né, um país que se tornara independente da França em 1958 – foi criada uma escola chamada Escola-Piloto. No início era apenas uma escola experimental, para fa-zer face ao crescente número de crianças que, por um lado eram órfãs, perdidas ou filhas dos guerrilheiros e por outro, faziam parte da população que, com a guerra colonial da Guiné, não conseguiam ser cuidadas pelos familiares.

Tendo em conta os bombardeamentos diários e os as-saltos das tropas coloniais, não era possível criar esco-las em condições com tudo o que se passava na altura.

Proposta pela direcção do Partido Africano para a In-dependência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a criação desta escola fora da Guiné Portuguesa (nome da ac-tual Guiné-Bissau - colónia portuguesa) permitiu que crianças e professores pudessem estar em segurança.

Chegou-se à conclusão de que esse local deveria ser em Conakry , que pertencia à antiga Guiné francesa. Foi neste contexto que nasceu a “Escola-piloto de PAI-GC”.

No início foi difícil a sua operacionalização, face aos diferentes níveis culturais e escolares em que cada criança se encontrava – a maioria das crianças era de aldeias, tribos, com diferentes dialectos. Também tinham crenças distintas: coexistiam cristãos, muçul-manos, amnistas, ateus, entre outras religiões. Os dia-lectos falados eram tão diferentes que muitos dos jo-vens não se compreendiam entre si. E a verdade

Memórias—A minha verdadeira 1ª escola• Por Tumane Turé

é que a maior parte dessas crianças nunca tinha fre-quentado uma escola antes.

Foi neste contexto que, ingressei nesta escola. Estava num país culturalmente diferente, embora perto a ní-vel geográfico do meu país. Pertenciam à mesma tribo, mas a da Guiné Francesa era mais evoluída em termos culturais.

Tive algumas dificuldades nomeadamente em arran-jar materiais escolares (livros, manuscritos, canetas, esferográficas, cadernos, lapiseiras), assim como rou-pas, fardas, batas e até alimentação. Mesmo assim, o ano lectivo arrancou com sucesso.

Esse grande esforço do partido foi motivado pela falta de formação de quadros que a Guiné Portuguesa care-cia. Segundo dados das autoridades coloniais, nos anos que antecederam a guerra havia 99,99% de analfabe-tos e na altura apenas existia uma única pessoa com uma formação superior que era o próprio Amílcar Ca-bral, fundador do PAIGC. O partido preparava-se, en-tão, para o futuro tal como é nos dias de hoje.

Até 1974, esta escola experimental conseguiu enviar para estudar fora do continente africano – em busca de melhores condições de ensino –, centenas ou até mesmo milhares de jovens, que viajaram para países europeusde Leste, para Cuba e para a Escandinávia.

De 1974 até aos nossos dias, formaram-se centenas de profissionais. E centenas de alunos, com formação aca-démica, estão agora espalhados por esse mundo fora.

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1. Habitue-se a desligar todas as luzes cada vez que sai de uma divisão;

2. Substitua todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras ou de baixo consumo;

3. Passe a desligar todos os aparelhos que possam ser mantidos em standby;

4. Desligue todos os aparelhos que não estão a ser utilizados no momento;

5. Evite deixar o telemóvel a carregar toda a noite;

6. Para aquecer alimentos, escolha o microondas em vez do forno ou fogão;

7. Atenção à porta do frigorífico! Certifique-se que a porta fica sempre bem fechada. Ao ficar aberta, está a gastar ainda mais do que o habitual;

8. Reduza o tempo de utilização do aquecimento, isolando bem portas e janelas para manter o calor e o frio dentro de quatro paredes;

9. Use e abuse da luz natural. Abra as cortinas e estores para iluminar e para aquecer as casas em dias de Inverno;

10. Nos meses de Verão, mantenha janelas e estores fechados nas horas de maior calor, abrindo-os de manhã ou à noite (quando estiver mais fresco) para arrefecer a casa.

Ingredientes:

300gr de alface3 pimentos amarelos3 pimentos vermelhos3 pimentos verdes2 latas de atum1 dente de alho60g de azeitonas pretas1 dl de azeite1 colher de sopa de vinagre2 colheres de sopa de cebolinhoSal e pimenta q.b.

Como fazer:

1. Lave e seque os pimentos, coloque-os num tabuleiro e leve-os ao forno, a temperatura elevada, durante 20 minutos, virando-os de vez em quando e sem os deixar queimar. Retire-os do forno e deixe arrefecer.

2. Pele-os, retire as sementes e corte-os em tiras.

3. Numa saladeira, misture as tiras de pimentos com as folhas de

alface, o atum escorrido e em lascas e as azeitonas (cortadas ao meio e sem caroço). Tempere com sal e pimenta.

4. Num recipiente com tampa, misture o azeite com o vinagre. Acrescente umas gotas de alho (esprema o alho) ou, se preferir, acrescente o dente de alho picado. Finalmente, agite bem e tempere a salada a gosto.

5. Sirva a salada com o cebolinho picado.

Qual é a diferença entre uma mulher e um poste de electricidade?

É que a mulher demora 9 meses a dar à luz e o poste de electricidade dá luz todos os dias.

Dicas—Para poupar luz

Receitas Económicas—Salada de Atum e Pimentos • Por Tumane Turé

Anedota—• Por Elísio Manteigas

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Cartoon—

• Por Marcelo Fernandes

Agenda Fevereiro—

Ficha Técnica—

De 5 a 8 das 10:30 às 21:30 “O Chocolate em Lisboa”Campo Pequeno

Até dia 16 Exposição de Pintura de Ana Horta “Guerreiro, Lanças e Mestres”Casa do Alentejo

Dia 26 às 10:00 Espaço Comunidade Centro CAIS Lisboa

Coordenação/ Edição Lisboa: João Martins e Maria João GomesRepórteres: Elísio Manteigas, José Carapinha, Jorge Ferreira, Onyekwere Ogbodo, Marcelo Fernandes, Mário Oliveira, José Vaz e Tumane TuréColaboradores: Emílio Marques, Pedro Brito

Contactos: 21 386 9000 E-mail: [email protected]: Rua Vale Formoso de Cima, nº49-55 MarvilaTiragem: 50 exemplares

Os conteúdos deste jornal são da exclusiva responsabilidade do grupo ‘Repórteres de Rua’.

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