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Reproducao Humana Assistida

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Direito Ambiental

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  • PROBLEMAS DA INSEMINAO ARTIFICIAL (GIFT) HOMLOGA

  • 1) Coleta, utilizao e implantao do material gentico dependem da prvia e expressa anuncia dos interessados (consentimento informado da mulher e do marido).

    ITEM II. 2 da Res. CFM n. 1.358/92 - Estando casada ou em unio estvel, ser necessria a aprovao do cnjuge ou do companheiro, aps processo semelhante de consentimento informado.

  • PROBLEMAS DA INSEMINAO ARTIFICIAL (GIFT) HETERLOGA

  • 3) Haveria um falso registro civil diante da presuno legal de que filho do marido o concebido por meio de inseminao artificial heterloga durante o casamento j que o RPCN funciona com base no princpio da veracidade informacional?

  • SOLUO DO CC/02 MAIS UMA PRESUNO

    Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constncia do casamento os filhos:

    V - havidos por inseminao artificial heterloga, desde que tenha prvia autorizao do marido.

  • 4) Homem casado ou unido estavelmente poderia, isoladamente, dispor ou ceder seu material gentico? A sua esposa/companheira deve anuir? Poderia ela pleitear separao judicial por injria grave?

    5) Ausncia de consentimento do marido da mulher receptora pode ser motivo de separao judicial por injria grave?

    ITEM II.2 da Res. n. 1.358/92 do CFM -Estando casada ou em unio estvel, ser necessria a aprovao do cnjuge ou do companheiro, aps processo semelhante de consentimento informado.

  • 6) Vontade procriacional do marido e no do terceiro doador. Portanto, aps a autorizao para a inseminao heterloga pode, em tese, haver arrependimento, gerando questes complexas como o aborto, infanticdio, rejeio paterna, maus tratos, negatria de paternidade, etc.

  • 7) IMPUGNAO DA PATERNIDADE em princpio possvel, mas h que se ter cautela, pois depois da inseminao a mulher ficar muito fragilizada numa eventual alegao de adultrio.

    Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ao imprescritvel.

    Art. 1.600. No basta o adultrio da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presuno legal da paternidade.

  • PROBLEMAS DA ECTOGNESE OU FERTILIZAO IN VITRO (ZIFT)

  • 1) Beb de Proveta Manchester, 26 de julho de 1978, Lesley Brown retirou vulo que foi fecundado em tubo de ensaio pelo smen de seu marido John Brown. O embrio foi implantado no tero de Lesley, nascendo Louise Brown. No Brasil, Anna Paula Caldeira, nascida em 1984, foi a primeira criana fruto de ectognese.

  • 2) FECUNDAO IN VITRO COM TRANSFERNCIA DE EMBRIO (FIVET) PODE SER HOMLOGA (componentes genticos do casal) ou HETERLOGA (smen do marido e vulo de outra mulher; smen de terceiro e vulo da mulher ou mesmo smen e vulo de estranhos).

    3) ANUNCIA DO CNJUGE fundamental e o consentimento deve ser obtido por escrito.

    4) POSSIBILIDADE DE UMA CRIANA NASCER DE GENITOR MORTO com a utilizao, por exemplo, de esperma congelado de pessoa j falecida.

  • 5) RISCOS SADE DA DOADORA DOS VULOS deve se submeter a forte tratamento hormonal para provocar superovulao.

    6) RISCOS SADE DA RECEPTORA DO VULO FECUNDADO derivado justamente da carga hormonal, que poder acarretar alteraes cromossmicas nos vulos.

    7) RISCOS PROVENIENTES DO MATERIAL GENTICO DOADO possibilidade de o doador transmitir ao embrio doena gentica/hereditria.

  • 8) CC/02 NO TRATA DA PATERNIDADE FRUTO DE ECTOGNESE trata apenas da inseminao artificial (homloga ou hterloga incisos III e V do art. 1.597), e da da fertilizao in vitro homloga (inciso IV), deixando de lado a heterloga.

    III - havidos por fecundao artificial homloga, mesmo que falecido o marido;IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embries excedentrios, decorrentes de concepo artificial homloga;V - havidos por inseminao artificial heterloga, desde que tenha prvia autorizao do marido.

  • 9) GESTAO EM TERO ALHEIO (gestao de substituio, doao temporria do tero, ou barriga de aluguel) possvel segundo a Res. 1.358/92 do CFM, desde que:

    ITEM VII da Res. 1.358/92 do CFM - As Clnicas, Centros ou Servios de Reproduo Humana podem usar tcnicas de RA para criarem a situao identificada como gestao de substituio, desde que exista um problema mdico que impea ou contra-indique a gestao na doadora gentica.

  • 9) CONTINUAO do Item VII da Res. 1.358/92 CFM:. 1 - As doadoras temporrias do tero devem pertencer famlia da doadora gentica, num parentesco at o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos autorizao do CRM. 2 - A doao temporria do tero no poder ter carter lucrativo ou comercial.

  • 10) DISCUSSO SOBRE A PATERNIDADE/MATERNIDADE: eventualidade de o doador do smen, a doadora do vulo ou a que cedeu o ventre pretender reconhecer a criana como sua, reclamando-a judicialmente.

    No caso da barriga de aluguel, poderamos ter 6 pessoas reclamando o reconhecimento da paternidade/maternidade: doador do smen, doadora do vulo (pais genticos), receptora do embrio e seu marido (pais biolgicos), casal que idealizou a fecundao in vitro (pais institucionais).

  • 12) POSSIBILIDADE DE BITO DO CASAL ENCOMENDANTE: nesta hiptese, o casal encomendante morre num acidente aps a fecundao e implantao. De quem ser a criana? Seria ela herdeira do casal que morreu?

  • 13) FACILITAO DE MTODOS EUGNICOS: manipulao dos embries para implantao do melhor, seleo do sexo, bando de smen de notveis, leilo de vulos de modelos, etc... Embrio como produto.

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  • 15) DESTINO DOS EMBRIES EXCEDENTRIOS: antes da fecundao in vitro, a mulher submetida a tratamento hormonal para estimular a ovulao, para que vrios vulos sejam fecundados na proveta, implantando-se, porm somente alguns deles. Como ficaria a proteo jurdica dos demais?

  • 16) LEI DE BIOSSEGURANA:

    Art. 5o permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilizao de clulas-tronco embrionrias obtidas de embries humanos produzidos por fertilizaoin vitroe no utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condies:I sejam embries inviveis; ouII sejam embries congelados h 3 (trs) anos ou mais, na data da publicao desta Lei, ou que, j congelados na data da publicao desta Lei, depois de completarem 3 (trs) anos, contados a partir da data de congelamento. 1oEm qualquer caso, necessrio o consentimento dos genitores. 3o vedada a comercializao do material biolgico a que se refere este artigo e sua prtica implica o crime tipificado noart. 15 da Lei no9.434, de 4 de fevereiro de 1997.

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